Saiba mais - Prof. Dr. Luiz Sérgio Marcelino Gomes
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- O USO DE AÇO 316L EM IMPLANTES ORTOPÉDICOS E SEGURANÇA CLÍNICA: O QUE DIZER AOS NOSSOS PACIENTES QUE FORAM SUBMETIDOS AO IMPLANTE DE PRÓTESES ORTOPÉDICAS FABRICADAS COM A LIGA DE AÇO 316L? Prof. Dr. Luiz Sérgio Marcelino Gomes I. Introdução: Os implantes ortopédicos permitiram grande avanço no tratamento de pacientes portadores de fraturas, deformidades ou distúrbios articulares que comprometam a função do sistema locomotor, e assim resultem em perda da qualidade de vida1. Paralelamente a este grande benefício, incorporou-se à rotina do cirurgião o tratamento das complicações associadas à utilização destes dispositivos, tais como a infecção, a soltura, a osteólise e a implantação inadequada, ou ainda relacionada ao desempenho do implante propriamente dito, como a quebra, deformação plástica, reações alérgicas entre outras2. A sobrevida de um implante ortopédico depende de inúmeros fatores, dentre eles a técnica cirúrgica precisa que respeite a biomecânica da reconstrução óssea, o uso adequado pelo paciente, o design do dispositivo, o biomaterial utilizado, assim como o processo produtivo envolvido na sua fabricação2. Com a demanda crescente da utilização de implantes ortopédicos devida ao aumento crescente da população, da expectativa de vida, do número de pacientes vítimas de acidentes, e do número de pacientes portadores de distúrbios destrutivos das articulações, que são operados em faixa etária cada vez mais baixa, cresceu igualmente o interesse para o desenvolvimento de materiais e implantes de melhor desempenho e maior segurança para o paciente1-5. Neste cenário, as ligas metálicas tiveram um papel fundamental para consubstanciar a evolução dos implantes1-7. A substituição progressiva dos materiais comumente usados para a fabricação de implantes ortopédicos, aliada a sobrevivência por décadas destes dispositivos, resultou na situação de clínica de avaliarmos, com alguma freqüência, pacientes portadores de implantes protéticos confeccionados com ligas metálicas não mais em uso corrente, ou mesmo proscritos por normatizações mais recentes de órgãos reguladores e fiscalizadores. Muito embora, a substituição dos materiais tenha como fundamento, pesquisas e ensaios bem elaborados e conduzidos cientificamente, a grande maioria destes estudos refere-se a avaliações laboratoriais em um ambiente que pode não reproduzir o meio biológico e mecânico a que estão sujeitos os implantes metálicos e assim gerar viés na determinação de quais são os materiais mais adequados. A interpretação e detecção dos reais mecanismos causadores de falhas e suas conseqüências tornam-se ainda mais difíceis se considerarmos que a avaliação do desempenho do material é substanciada em implantes removidos de pacientes (explantes) e assim já caracterizam um dispositivo cujo funcionamento é inadequado e que pode ter sido desencadeado, o que acontece na maioria das vezes, por complicações relacionadas a processos infecciosos, soltura asséptica, osteólise, problemas técnicos de implantação entre outras2. A avaliação de pacientes, nestas condições, se torna ainda mais complexa se considerarmos que não existem relatos clínicos que associem a estrutura e composição dos materiais ao seu comportamento in vivo e, portanto sua relação com a ocorrência de eventos adversos específicos. Tão somente, em alguns protocolos, é avaliada a influência da composição e seus possíveis desvios de qualidade, no comportamento in vitro destes materiais, que em seguida é igualmente comparado a estudos e ensaios laboratoriais. O objetivo deste relato é avaliar, à luz de evidencias clínicas, as possíveis complicações descritas pela utilização do Aço Inoxidável 316L na prática ortopédica, em sua aplicação como implante protético. II. Ligas Metálicas Utilizadas como Implantes Ortopédicos. As ligas metálicas atualmente utilizadas na confecção de implantes ortopédicos incluem o Aço Inoxidável 316L, as ligas de Cobalto-Cromo, as ligas de titânio, e o Tântalo. Muito embora as ligas de Cobalto-Cromo tenham sido introduzidas em 1930 na odontologia, e em 1940 na ortopedia, seu uso mais disseminado como implante veio em substituição ao Aço Inox 316L nas hastes femorais de artroplastia total do quadril, devido a sua grande resistência à corrosão e excelentes propriedades mecânicas8. As ligas de titânio foram introduzidas por sua excelente biocompatibilidade, com pouca ou nenhuma reação ao redor do implante, grande resistência à fadiga e baixo módulo de elasticidade1. Mais recentemente o tântalo foi reintroduzido como biomaterial sob a forma de metal trabecular que objetiva maior osteointegração do implante ao tecido ósseo adjacente1. De particular interesse é a história da utilização do Aço Inox 316L como implante ortopédico, que marcou a introdução da artroplastia de baixo atrito por Charnley em 1960. A haste femoral monobloco utilizada neste procedimento, foi inicialmente produzida em Aço 316, ou seja, uma das formas mais primitivas da família de aço inox implantáveis, com concentração de carbono elevada (0.08%) e concentrações de Cromo, Níquel e Molibdênio, inaceitáveis pelos padrões atuais de avaliação, segundo critérios experimentais. Posteriormente, o aço 316L passou a ser utilizado. Este modelo protético, que permaneceu inalterado de 1962 a 1976, se tornou o maior sucesso de todos os procedimentos cirúrgicos em termos de relação risco e custo/benefício e apresentou sobrevivência de 99,3% em 10 anos de seguimento9 e cerca de 90% em seguimentos de 17 a 21 anos de vida útil em serviço10. Ainda mais curioso é o fato de que mudanças no design, introduzidos a partir de 1976, culminaram com piora do desempenho e sobrevivência de 86.8% em 10 anos de seguimento9. Contudo, o resgate dos princípios iniciais de Charnley através de hastes tipo Exeter11, e confeccionada igualmente em aço inoxidável, também resgatou os excelentes resultados do implante femoral cimentado com uma taxa de soltura asséptica de apenas 0.5% em 13-18 anos de seguimento, e assim permanece como o implante femoral cimentado mais utilizado nos dias atuais. Também surpreendente é a taxa de quebra do implante de Exeter e Charnely, que, nesta última, após a introdução do jateamento com endurecimento da superfície, se tornou rara e bastante semelhante à taxa de quebras dos implantes atuais, em torno de 0.23%. Saliente-se que todas as tentativas de mudanças de design baseadas em estudos experimentais, mecânicos e de elementos finitos culminaram e resultados inferiores aos relatados para as hastes de Charnley e Exeter fabricadas em aço Inox12,13. III. Porque e como são desenvolvidas novas ligas? Evidentemente, com o passar do tempo, a busca por melhor biocompatibilidade, melhor resistência mecânica, e a necessidade de implantes não cimentados, culminaram com a substituição do aço 316L pelas ligas de Cobalto-Cromo nas hastes femorais; o uso do 316L ( a partir de 1996 com a recomendação F138) ficou restrito a implantes não permanentes, e com a necessidade de implantes não cimentados foram introduzidas as ligas de titânio com elevada biocompatibilidade e resistência à corrosão1,3,4,8. O desenvolvimento de novas ligas se baseia em estudos e ensaios in vitro sobre resistência à corrosão, biocompatibilidade em animais e resistência mecânica. Muito embora estes procedimento sejam fundamentais para o desenvolvimento de novos materiais, é preciso considerar que sua utilização em serviço, in vivo, está sujeita a um meio externo, quimicamente e mecanicamente, não previstos por ensaios laboratoriais. Isto é tão verdade que observações in vivo em pacientes submetidos ao implante de hastes femorais cimentadas em titânio, mostraram que, apesar de sua grande resistência à corrosão geral determinada experimentalmente, este material é bastante susceptível ao processo de corrosão em frestas (crevice corrosion) e, portanto inadequada para o uso como hastes femorais cimentadas14, 15. Da mesma forma, é também susceptível ao desgaste, por micromovimentos oscilatórios, resultando em corrosão e metalose. Assim sua utilização foi descontinuada nestas condições, em função de resultados clínicos e não laboratoriais. Da mesma forma, inúmeros biomateriais introduzidos na prática clínica com grande promessa e expectativa de bom desempenho a partir de resultados laboratoriais, mostraram-se totalmente impróprios para o uso, quando utilizados in vivo, a partir de constatações clínicas16-19. Desta forma é de se avaliar quando as inovações representam reais avanços no desempenho de implantes. IV. O que indicam as Evidências Clínicas em relação aos eventos adversos produzidos pelos materiais metálicos. Se avaliarmos as recomendações do Aço Inox 316L, inicialmente a normatização ASTM F55 (1966) preconizava uma composição química de Cr (1720), Ni (10-14) Mo (2-4) C (0.03% máximo- Grau 2). A partir de 1997, a norma do Aço Inox implantável passou a ser regida pela ASTM F138, que preconiza uma composição química de Cr (17-19%), Ni (13-15%) Mo (2,25-3%) e C (0.03% máximo). Além disto, outras especificações quanto à microestrutura, presença de inclusões, tamanho de grão e resistência mecânica igualmente são abordadas 8. Evidentemente estas especificações se baseiam em estudos bem elaborados e conduzidos, porém, a exceção de raros artigos, todos dizem respeito a ensaios laboratoriais. Desta forma avalia-se tão somente o impacto de alterações da estrutura e composição do material metálico, na resistência mecânica do implante, de grande importância, e na sua resistência à corrosão cujo impacto clínico ainda não está estabelecido. Um grande viés de estudos que avaliam explantes, é que o dispositivo analisado já se encontrava com uma disfunção, por exemplo a soltura mecânica, que seguramente irá alterar a resistência à corrosão inicial do implante. Da mesma forma é possível relacionar laboratorialmente alterações da composição e estrutura com a resistência à corrosão. Contudo o impacto destas alterações no desempenho clínico é desconhecido. Alguns estudos procuram avaliar a concentração de ions no sangue com o tipo de material utilizado. Se considerarmos esta análise, a liga Cobalto-Cromo da articulação metal-metal é a que mais apresenta ions circulantes no organismo, apesar de ser uma liga considerada bastante adequada aos implantes. Alem disto várias reações locais e sistêmicas de hipersensibilidade a estes implantes já foram constatadas. Também as reações alérgicas ao Níquel tão pouco são possíveis de ser detectadas, através de testes clínicos específicos como o patch test. A presença de metalose nas ligas de titânio pode ocorrer na circunstância de ambiente mecânico desfavorável ou hostil, ou em implantes modulares, e assim somente as propriedades mecânicas e metalúrgicas do material são insuficientes para determinar seu desempenho clínico. Desta forma não ha evidencias clinicas que relacionem pequenas diferenças de concentração de íons no material metálico, com eventos adversos clínicos . É sabido que todos os materiais metálicos sofrem corrosão em meio orgânico, cuja intensidade pode ser agravada por ambiente mecânico hostil ou por processamento inadequado do material. Vários estudos relatam a formação de produtos sólidos de corrosão associada à interface cabeça colo em hastes compostas de Cobalto-Cromo ou Titânio20. Walczak et al 21. relataram a corrosão de hastes de Charnley e Muller em aço 316L em explantes com 9 a 21 anos em serviço que falharam por soltura asséptica. Segundo estes autores os produtos de corrosão estavam distribuídos em camadas de Cromo e Enxofre ou Ferro e fósforo, com quantidades variáveis de cálcio e cloreto em todas as camadas. De chamativo, observam os autores que a presença e extensão do processo corrosivo ocorreu independente da composição da liga e não pôde ser relacionada a duração da implantação (tempo em serviço). Por outro lado Urban et al 20 avaliando os produtos de corrosão de implantes estáveis ou com soltura encontraram produtos de corrosão constituídos principalmente por cloreto de Cromo, Molibdênio e Cobalto e ortofosfato de Cromo, assim como titânio e molibdênio ou Vanádio e Enxofre estes 2 últimos em baixa concentração. Com relação à concentração sanguínea de íons metálicos, a avaliação sanguínea, plasmática e urinária de Níquel, Cromo e Manganês em pacientes submetidos ao implante de prótese de Charnley constituída por Aço Inox todos com seguimento entre 10 e 13 anos após a artroplastia. Embora as concentrações urinárias e plasmáticas se encontrassem pouco elevadas em relação ao grupo controle, nenhuma reação alérgica foi detectada no teste cutâneo. Em recente artigo sobre corrosão in vivo de implantes metálicos, Okazaki et al22 comparando a liberação de ions entre o aço Inox 316L e a liga de Cobalto-Cromo encontraram liberação elevada nesta última liga, de ions de Cromo, Cobalto e Níquel, considerados os íons mais potencialmente tóxicos ao organismo. Os resultados encontrados por estes autores corroboram com os achados de outros pesquisadores, como os de Nasab et al 23 que alertam para o fato de que os produtos da corrosão da liga Cro-Co-Mo são mais tóxicos do que os da liga de Aço Inoxidável 316L. Segundo Vidal e Muñoz 24, o tratamento térmico utilizado na produção de implantes em Co-Cr-Mo modifica a microestrutura da liga e assim altera suas propriedades mecânicas e eletroquímicas. Com relação às ligas de Titânio, Navarro et al.26, assim como Geetha et al 27compartilham da preocupação da liberação de Titânio, Alumínio e Vanádio, que tem sido associado à doença de Alzheimer e outras neuropatias. Além disto o desempenho deste material em implantes cimentados ou sujeitos à micromovimentação, como junções modulares pode originar metalose devido a sua baixa resistência ao desgaste e assim liberar quantidades excessivas de íons nos tecidos adjacente e na corrente sanguinea . Para uma revisão sobre o tema Metais Ortopédicos e sua toxicidade potencial em pacientes submetidos a artroplastia do quadril, refira-se à referência bibliográfica 25. A questão é como contestar e eficiência e segurança do Aço Inox 316L a partir de estudos clínicos ?? Como já mencionamos, os estudos com implante femoral de 316L (F55) colecionam milhares de implantes em todo o mundo com sobrevivência de até 40 anos, sem contudo serem relatados eventos adversos específicos com esta composição. A incidência de quebra destes implantes se encontra dentro da incidência de quebra de implantes com ligas mais modernas. Desta forma a fratura de hastes tem sido relatada em associação com ligas de Co-Cro-Mo assim como hastes de titânio e desta forma a introdução das novas ligas não eliminou a possibilidade de fratura. Isto é facilmente explicado pelo fato de que as razões para a quebra dos implantes estão intimamente associadas ao peso do paciente, e ambiente mecânico a que o implante está submetido, e assim fatores técnicos cirúrgicos também são determinantes. Charnley detectou a ocorrência de fratura da haste confeccionada de Aço inox 316 e 316L em 0.23% em um universo de 6.500 artroplastias de quadril por ele levantadas28. É curioso que ainda em alguns países, a Argentina, por exemplo, se utilize do aço Inox ASTM A276 com concentração de Cr (16-18%), Ni (10-14%), Mo (2-3%) e C (máximo de 0.03%), em consonância com as determinações dos órgãos fiscalizadores locais. Com relação a carcinogênese , nenhum estudo clínico em todo o mundo teve potencia suficiente para demonstrar os efeitos oncogênicos das ligas metálicas utilizadas em ortopedia. V. Conclusões A partir dos artigos apresentados existe uma grande controvérsia entre os achados de desempenho in vitro das ligas metálicas em relação ao seu desempenho clínico. Muito embora não se faça apologia à utilização de ligas não recomendadas pelos órgãos de fiscalização, como o aço 316L, não é possível ignorar a forte evidência clínica de que esta liga foi utilizada durante mais de 20 anos com excelente desempenho em artroplastia total de quadril, que mostram resultados impressionantes de performance in vivo de mais de 40 anos em serviço, sem eventos adversos significativos e que constituíram a base para a consagração da artroplastia de baixo atrito de Charnley em todo o mundo. Muitos destes implantes ainda estão funcionantes atualmente, como podemos observar em inúmeros pacientes acompanhados em nosso serviço, assim como em vários outros relatos na literatura mundial. Eventos adversos e toxicidade são frequentemente relatados por ligas mais modernas e em uso atual como as de Cobalto-Cromo-Molibdênio e as ligas de titânio, que não haviam sido previstos por ensaios laboratoriais. Nenhuma destas ditas ligas modernas tem seguimentos clínicos tão longos como o aço 316L, e assim sua segurança não pode ser determinada somente por estudos laboratoriais, que muitas vezes podem não reproduzir adequadamente o complexo ambiente orgânico. Seguimentos clínicos de maior duração serão necessários para que se compare a segurança IN VIVO destes novos materiais, com a segurança já conhecida e descrita para o 316L. Ressalte-se que os eventos adversos estão ainda relacionados a outros fatores que não somente a composição da matéria prima, como também do processo de fabricação, técnica cirúrgica adequada, ambiente mecânico a que está sujeito o implante, assim como de seu uso em que se resguardam as orientações para maior longevidade da reconstrução protética. Da mesma forma que não mais se recomende a utilização de matérias primas com o aço 316L em implantes ortopédicos no Brasil, que segundo determinações atuais devem ser substituídas pelo aço F-138, devemos considerar que a liga de 316L ainda é continuamente utilizada em outros países e por outro lado, a liga F-138 não mais é utilizada nos Estados Unidos da América. Como justificar aos pacientes esta discrepância? Somente o juízo crítico fundamentado em evidências clínicas, como as apresentadas, pode nos orientar para a ação mais prudente em que o ímpeto alarmista não se sobressaia aos reais interesses da ética médica e da segurança de nossos pacientes. VI. O que Recomendo aos Meus Pacientes: Pelo que expusemos acima, ainda que o paciente tenha sido submetido ao implante de Aço Inox 316L (F55) no passado, devemos somente observar o ambiente mecânico a que este implante está sujeito, através de avaliações clínicas e radiográficas de rotina para o procedimento específico, sem outras medidas adicionais. Contudo, devemos ter conhecimento e garantias de que os processos produtivos mais adequados a este material foram seguidos pelo fabricante. Comunicações de eventos adversos devem ser feitos da mesma maneira que é preconizado para qualquer implante ortopédico. VII. Do Autor Prof. Dr. Luiz Sérgio Marcelino Gomes é Mestre e Doutor em Ortopedia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Fellow em reconstrução articular do Quadril e Joelho junto ao Hennepin County Medical Center (USA) no período de 1987-1988. Desde 1987 tem sua atuação ligada à Biomecânica do sistema osteoarticular, Desenvolvimento e estudo dos Mecanismos de Falhas em Implantes Protéticos, atuando assim há cerca de 25 anos, em conjunto com diferentes profissionais da área de engenharia, física e química, em laboratórios de biomecânica do exterior (Orthopaedic Biomechanics Laboratory Midwest Orthopaedic Research Foundation, Minneapolis Medical Research Foundation and University of Minnesota, Minneapolis, USA) e do país (LAMEF- Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Laboratório de Engenharia Biomecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, Fundação CERTI - Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras, Florianópolis, SC e Departamento de Engenharia de Materiais da Universidade Estadual de Campinas-Unicamp, SP). Durante estes 25 anos sua atuação marcou-se pela seguinte produção científica: - Membro de Banca de Defesa de Tese de Mestrado e Doutorado na área de Mecânica, Metalurgia e Mecanismos de Falhas de Implantes Protéticos junto às principais Universidades do País (Universidade Federal do Rio Grande do SulUFRGS-LAMEF, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP-, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ – COPPE- e Universidade Federal de Santa Catarina – Laboratório de Biomecânica). - Consultor de Órgãos do Ministério da Saúde e da Ciência e Tecnologia para produção de artigos relacionados a materiais para implantes protéticos (Finep, cgee, ANVISA), que resultou em publicações e ações relacionadas ao final deste tópico. - Consultor ad-hoc da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ministrando cursos de Gerenciamento de Risco em Implantes Articulares Protéticos e participando de projetos como o Registro Nacional de Artroplastia de Quadril e Joelho (ANVISA/SBOT–Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) Projeto Remato, Projeto de Análise de Implantes/Explantes para Artroplastia Total de Quadril e Joelho) - Membro da Comissão de Material Ortopédico da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia) - Coordenador Regional do Registro Nacional de Artroplastia de Quadril e Joelho (ANVISA/SBOT). - Tem vários trabalhos publicados no Brasil e Exterior sobre Desenvolvimento e Falhas de Implantes protéticos de Quadril - Tem vários Capítulos publicados em livros-texto e revistas médicas incluindo-se 2 capítulos escritos no Livro recentemente lançado pela Editora Atheneu “O Quadril”, a saber: Capítulo 12- Biomateriais em Artroplastia de Quadril: Propriedades, Estrutura e Composição (pp.121-143) e Capítulo 54- Mecanismos de Falhas Assépticas dos Implantes Artroplásticos de Quadril (pp.589-624). - Participações como conferencista em cerca de 170 eventos científicos Nacionais e Internacionais (Currículo Lattes disponível no site http://lattes.cnpq.br/). - Faz parte do Conselho Editorial da Revista HIP INTERNATIONAL (Publicação Oficial da Sociedade Européia de Quadril) e é Editor de Subespecialidade (Quadril) da Revista Brasileira de Ortopedia (RBO). - Consultor da Escola Paulista de Medicina-UNIFESP (Departamento de Ortopedia e Traumatologia) para elaboração do Projeto de Estruturação e Implantação do Laboratório de Biomecânica Osteoarticular (2010). - Chefe do Grupo de Quadril do Hospital e Maternidade Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUC Campinas, SP. - Chefe do Serviço de Cirurgia e Reabilitação Ortopédico Traumatológica da Santa Casa de Batatais, SP. - Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Quadril - SBQ (2008-2009) - Presidente da Sociedade Brasileira de Quadril - SBQ (2010-2011). - Principais Referências Bibliográficas do Relator, na área em questão: -Gomes LSM. Biomateriais em Artroplastia de Quadril: Propriedades, Estrutura e Composição. In: Luiz Sérgio Marcelino Gomes et al. Eds. O Quadril. São Paulo: Atheneu; 2010:121-143. -Gomes LSM. Nota Técnica: Saúde Integral (Tema IV): Ortopedia. In: Estudo Prospectivo de Materiais. Relatórios de Situação –Fase I. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos/ Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília, Editoria cgee,2007:1-10 (Nota Técnica em Anexo) -Gomes LSM. Tribologia de Superfícies Articulares Protéticas. In: Emerson Kiyoshi Hondal. Ed. Clínica Ortopédica da SBOT: Artroplastia Total do Quadril. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2009:25-40. -Gomes LSM. (co-relator). Materiais avançados para saúde médico-odontológica. In: Materiais Avançados no Brasil 2010-2022. Brasília,CGEE Ed (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos/Ministério da Ciência e Tecnologia). ISBN: 978-85-60755-257; 2010:297-334. -Gomes LSM e Rigol JP. Mecanismos de Falhas Assépticas dos Implantes Artroplásticos de Quadril. In: Luiz Sérgio Marcelino Gomes et al. Eds. O Quadril. São Paulo: Atheneu; 2010:589-624. -Gomes LSM. Consultor: Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos – Remato In:Relatório de Gestão 2005 do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde (Decit) MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde. Brasília: Editora MS; 2007:65-68 -Gomes LSM, Griza S, Cervieri A, Strohaecker T. Different designs of polished, collarless tapered stems influence the in vitro behaviour of cemented femoral hip implants. 2009; 10th EFFORT: Congress of the European Federation of National Associations of Orthopaedics and Traumatology, 3-6 Junho, Viena, Austria. Disponível em: http://www.efort.org/cdrom2009/PosterContent.asp?pid=P345 (20 ag.2009) -L. Gomes (SM), A. Cervieri; S. Griza; and T. Strohaecker. Is removal and reinsertion of cemented femoral stems during revision hip arthroplasty a mechanically safe procedure? 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Centro de Gestão e Estudos Estratégicos/ Ministério da Ciência e Tecnologia. Brasília, Editoria cgee,2007:1-10 5. Gomes LSM. Tribologia de Superfícies Articulares Protéticas. In: Emerson Kiyoshi Hondal. Ed. Clínica Ortopédica da SBOT: Artroplastia Total do Quadril. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;2009:25-40. 6. Gomes LSM. Consultor: Rede Multicêntrica de Avaliação de Implantes Ortopédicos – Remato In: Relatório de Gestão 2005 do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde (Decit) MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde. Brasília: Editora MS; 2007:65-68 7. Gomes LSM, Griza S, Cervieri A, Strohaecker T. Different designs of polished, collarless tapered stems influence the in vitro behaviour of cemented femoral hip implants. 2009; 10th EFFORT: Congress of the European Federation of National Associations of Orthopaedics and Traumatology, 3-6 Junho, Viena, Austria. 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