eegm: ampliação do mercado de eficiência energética no brasil.

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eegm: ampliação do mercado de eficiência energética no brasil.
SETOR PRIVADO COM UM PROPÓSITO
EEGM: AMPLIAÇÃO DO
MERCADO DE EFICIÊNCIA
ENERGÉTICA NO BRASIL.
Finanças Futuras Série No. 3
SETOR PRIVADO COM UM PROPÓSITO
Eficiência Energética
EEGM: Conduzindo Investimentos Privados no Brasil.
Maio de 2014
2 EEGM: Ampliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil
EEGM: Ampliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil
ESTUDO DE CASO
EEGM: ampliação do mercado de eficiência
energética no Brasil.
Através de um mecanismo inovador de redução de risco, o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) quer ajudar a impulsionar
um novo mercado para investimentos em projetos de eficiência
energética no Brasil.
A princípio, tornar um prédio empresarial ou um Shopping Center mais eficiente
energeticamente pode soar um objetivo bem claro, louvável, realizável e até rentável,
mas, na prática, muitas barreiras tendem a se colocar no caminho da implantação.
Esse é o caso até mesmo no Brasil, com sua vasta economia, demanda robusta de
energia, governo compromissado com uma política energética responsável e com
uma crescente consciência pública sobre a necessidade de se conservar energia,
ao passo que a seca tenciona o sistema de rede hidroelétrica do país. Apesar de
todas essas condições favoráveis a eficiência energética, empresas do país inteiro
continuam a jogar dinheiro pela janela por conta de sistemas de iluminação e de
refrigeração ultrapassados.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento quer dar uma luz sobre os benefícios
de modernizar edifícios ineficientes, através de um mecanismo desenvolvido
para mitigar os riscos de tais projetos. O BID espera que o EEGM – Mecanismo de
Garantia em Eficiência Energética – ajudará a superar dúvidas e encorajar bancos a
visualizarem que redução de energia é uma área valiosa para investimento.
Um exemplo de como isso pode funcionar já está acontecendo em um grande
Call Center na cidade de Fortaleza na região nordeste do país. O Call Center
emprega milhares de funcionários em telemarketing e atendimento ao consumidor
que lidam com ligações telefônicas para companhias áreas, empresas de
telecomunicações entre outras empresas.
Uma operação de 24 horas por 7 dias da semana, combinado com o clima tropical da
cidade, fez do prédio um grande consumidor de energia e um candidato natural para
economias significativas. De fato, a conta de energia era o maior custo operacional
individual da empresa depois dos salários dos funcionários. Juntamente aos custos
de energia, a companhia estava pagando multas mensais pela sua dificuldade em
conseguir se adequar aos requerimentos para redução da emissão de CO2.
A APS Soluções, uma empresa de conservação de energia (ESCO) localizada em
Porto Alegre (RS), modernizou o Call Center renovando seu sistema de iluminação
e substituindo, andar por andar, o antigo sistema de ar-condicionado por um
sistema centralizado de chillers moderno para todo o prédio de 12 andares. O
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resultado foi um ambiente de trabalho mais confortável, economia de gastos,
corte nas emissões de CO2 e aderencia às regulações governamentais. A empresa
proprietária do Call Center – que não teve que realizar nenhum investimento inicial
– tem garantido uma quantidade de economia de energia mensal; e de acordo com
o contrato com a APS Soluções, metade destas economias irá para o caixa da ESCO
por muitos anos.
POTENCIAL ÚNICO
BRASILEIRO.
A APS Soluções cobriu muito dos custos iniciais do projeto utilizando seu próprio
caixa, mas financiou cerca de um terço do projeto com um empréstimo do Banco
Indusval & Partners (BI&P). Por conta do envolvimento do BID através da carta de
garantia do EEGM, o BI&P concordou em conceder um empréstimo de prazo mais
longo que o normal e aceitou o fluxo de pagamentos do projeto como garantia
adicional do projeto.
“A garantia do BID tornou essa operação possível. De outra maneira, nós não
teríamos concedido o empréstimo,” disse Pedro José Guerra, um executivo sênior
da área corporativa do BI&P. “Com um parceiro forte como o BID garantindo o
projeto, mesmo não sendo uma garantia para 100% do montante liberado, nossa
percepção de riscos é muito menor.”
Alexandre Behrens, gerente de relacionamento com o mercado da APS Soluções,
acredita que esses tipos de acordos entre ESCOs e bancos não são muito comuns
no Brasil, em parte porque as empresas de conservação de energia pouco se
dedicaram em educar os bancos sobre os retornos potenciais em eficiência
energética. Parte do valor que o BID trouxe para a mesa de negociação, disse
Behrens, foi de poder “traduzir o projeto para a linguagem bancária”.
O BID também está ajudando a trazer confiança para as transações na área
de eficiência energética, de acordo com Behrens. Ultimamente, diz ele, tais
investimentos requerem mais do que apenas capital, eles dependem de um forte
relacionamento entre os decisores das companhias de energia, os usuários finais e
os bancos. “Dinheiro não é o que faz os negócios acontecerem, nós precisamos de
confiança”, disse Behrens.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA COMO FONTE DE ENERGIA
Eficiência Energética possui um potencial que faz aumentar a visão de que não
é apenas um modo de gerar economia de energia, mas também de uma fonte de
energia propriamente dita. A Agência Internacional de Energia (AIE), uma agência
reguladora de energia composta por 28 países membros, baseado nos impactos
cumulativos desde a crise do petróleo de 1973, sugeriu que a Eficiência Energética
pode ser considerada não como um “combustível escondido”, mas sim como “o
primeiro combustível” do mundo. Em uma análise de 11 de seus países membros
– sendo 9 nações europeias, mais o Japão e os Estados Unidos – o AIE estimou
que em 2010, o uso de energia evitado pelas medidas de eficiência energética
excederam os resultados de qualquer outra fonte de combustível nesses países.
Em outras palavras, o montante de energia economizada que estavam sendo
entregues, como resultado de investimentos anteriores em eficiência energética,
eram maiores do que o consumo de petróleo, eletricidade ou gás natural.
“Ao se reduzir ou limitar a demanda de energia, medidas de eficiência energética
podem aumentar a resiliência contra a variedade de riscos, como os aumentos
e volatilidade de energia, estresses na infraestrutura energética e rupturas no
sistema de fornecimento de energia,” declarou o AIE em seu relatório do Mercado
EEGM: Ampliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil
de Eficiência Energética de 2013. “Como um recurso de energia, a eficiência
energética tem um potencial único de contribuir simultaneamente para segurança
energética de longo prazo, crescimento econômico e ainda melhorar a saúde e o
bem-estar; em particular, ainda é uma medida chave para redução da emissão dos
gases de efeito estufa (GHG).”
Apesar de todas essas vantagens, eficiência energética continua um recurso
largamente inexplorado na América Latina e no Caribe. O BID estima que medidas
para aumentar a eficiência energética poderiam suprir, de forma completa, um
terço da demanda energética da região até 2018.
Mas implementar medidas de eficiência energética pode ser um desafio. Para uma
empresa comprometida em cumprir metas de produção e prospectar clientes,
os benefícios podem soar bem abstratos e remotos: investir agora em um novo
sistema de ar condicionado – mesmo que o existente ainda funcione – e colher
retornos saudáveis por diversos anos.
“Essa é uma venda difícil, tanto para indivíduos quanto para empresas,” disse o
executivo de investimentos do BID Matthew McClymont, que ajuda a gerenciar o
Mecanismo de Garantia de Eficiência Energética.
“O Brasil está
preparado para
uma transformação
do mercado de
eficiência energética.
O país possui todos
os participantes e
requisitos técnicos
necessários para
ampliar a indústria
e desenvolver o
mercado.”
De fato, as empresas de conservação de energia essencialmente estão em
primeiro lugar para tornar a venda de eficiência energética uma tarefa fácil. ESCOs
começaram a se desenvolver nos Estados Unidos nos anos 70, oferecendo-se para
absorver os custos dos retrofits de energia dos clientes em troca do recebimento
de uma porcentagem das economias resultantes durante certo tempo.
Atualmente, ESCOs estão prosperando nos Estados Unidos e na Europa –
especialmente quando se fala em retrofit de escolas, hospitais e grandes prédios
públicos – e esse tipo de negócio também está decolando na China. O setor das
ESCOs no Brasil está atrasado, em parte devido a relutância de bancos em financiar
projetos de eficiência energética, disse McClymont.
Algumas razões para isso, ele diz, são estruturais. Primeiramente, bancos giram
em torno de realizar empréstimos de grandes somas de dinheiro por um curto
período de tempo, enquanto a maioria das melhorias e retrofits energéticos são o
contrário: empréstimos relativamente pequenos durante um longo período, talvez
entre três a sete anos. Bancos podem também ser desencorajados por altos custos
administrativos, visto que cada projeto necessita passar não apenas por uma análise
financeira, mas normalmente necessita também de uma avaliação de engenharia,
a qual o banco pode estar mal estruturado para realizá-la. E embora projetos de
eficiência energética devidamente estruturados posam gerar um fluxo financeiro
confiável, os bancos normalmente não consideram como um ativo que possa ser
utilizado como uma garantia que suporte empréstimos.
“Esses são tipos de barreiras financeiras que nós estamos tentando ultrapassar”,
explicou McClymont, adicionando que o potencial para eficiência energética em
edifícios é enorme. “O Brasil está preparado para uma transformação do mercado
de eficiência energética. O país possui todos os participantes e requisitos técnicos
necessários para ampliar a indústria e desenvolver o mercado.
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Há uma grande
quantidade de
dinheiro do setor
privado disponível
para o financiamento
de projetos de
eficiência energética,
mas ainda temos de
superar as barreiras
financeiras atualmente
estabelecidas no
Brasil.”
Não é como se a eficiência energética fosse desconhecida no Brasil, que ratificou
tanto o Protocolo de Quioto na convenção das Nações Unidas para mudanças
do clima e o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada
de Ozônio. Começando nos anos 80, políticas e medidas governamentais de
energia têm encorajado a eficiência, e uma lei decretada em 2000 que exige que as
distribuidoras de energia destinem 1% de sua receita líquida anual em benefícios
públicos de projetos no setor energético, incluindo eficiência energética para
usuários finais.
Os fundos da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) derivados dessa lei
ajudaram a desenvolver ESCOs e, hoje, a Associação Brasileira das ESCOs (ABESCO)
conta com dezenas de membros. As ESCOs no Brasil variam de corporações
gigantes distribuidoras de energia a pequenas empresas que, essencialmente, são
subcontratados pelas distribuidoras de energia para implantar alguns projetos com
recursos da ANEEL, muitas vezes, residência a residência.
Embora em pequeno número, são empresas de conservação de energia de porte
médio que podem lidar com retrofits de edificações para clientes comerciais se eles
tivessem melhor acesso ao capital. Esse é o segmento do mercado que o BID está
trabalhando para expandir.
“Há uma grande quantidade de dinheiro do setor privado disponível para
financiamentos de projetos de eficiência energética, mas ainda temos de superar
as barreiras financeiras atualmente estabelecidas no Brasil.” disse Álvaro Silveira,
sócio e diretor da Atla Consultoria, uma empresa de consultoria financeira
especializada em energia que administra o EEGM no Brasil. Embora sistemas de
iluminação possam ser relativamente simples, requer-se maior conhecimento
técnico para avaliar os custos potenciais, benefícios e economias de longo prazo
ao se investir no massivo e complexo equipamento usado para gerar refrigeração,
ventilação e água quente e fria em edifícios.
“Com o mecanismo de garantia (EEGM)”, disse Silveira, “ o foco é educar o mercado
a melhor avaliar os riscos envolvidos nesses projetos, porque os riscos efetivos
são normalmente menores do que as pessoas pensam que são. O que é preciso,”
adicionou, “é mudar o mapa mental dos empresários”.
O MECANISMO EM OPERAÇÃO
O argumento para o EEGM que está sendo agora implementado foi primariamente
baseado em um relatório de 2009 chamado “Transformação do Mercado de
Eficiência Energética no Brasil”, produzido pelo BID em parceria com o PNUD
(Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ), com o GEF (Fundo Global
para o Meio Ambiente) e com o governo brasileiro.
Este estudo estabeleceu a estrutura geral para o EEGM: uma linha de garantia
no valor de U$25 milhões, sob o qual o BID pode utilizar suas demonstrações
financeiras avaliadas como “AAA” para atuar como fiador de operações financeiras.
O mecanismo é suportado por recursos de U$10 milhões doados pelo GEF e U$15
milhões provenientes do balanço patrimonial do BID.
Cada projeto deve passar por um rigoroso processo de revisão para avaliar a exposição
a partir da perspectiva do risco de crédito e do potencial de desempenho do contrato de
eficiência energética. De acordo com o BID, esse mecanismo de garantia é o primeiro no
mundo a cobrir os dois tipos de riscos, financeiro e de desempenho.
EEGM: Ampliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil
O EEGM garante até 80% dos custos de um projeto, no montante equivalente em
Reais a U$800,000. Projetos de eficiência energética podem ser estruturados de
modos diferentes, com empréstimos bancários feitos diretamente para os clientes
finais ou para as ESCOs. Garantias podem também serem emitidas para cobrir até
80% das economias de energia definidas nos contratos de desempenho.
O EEGM GARANTE
ATÉ 80% DO CUSTO
DE UM PROJETO.
A ideia sempre foi de atingir o mercado para realizar melhorias nos sistemas
consumidores de energia em edifícios , os quais McClymont descreveu como
“frutos mais fáceis de colher”. Ao contrário de melhorias em processos industriais,
que tendem a variar enormemente caso a caso, os retrofits em edificações tendem
a ser relativamente similares e gerarem economias mais previsíveis durante um
longo período de tempo. Eles são frequentemente abandonados: é mais provável
que um fabricante substituía uma peça obsoleta de um equipamento em um
processo chave de sua linha de produção do que substituir sistemas invisíveis
de climatização no prédio, mesmo que esse sistema possa estar metodicamente
comendo os lucros da empresa ano após ano.
No caso do Call Center em Fortaleza, a empresa operadora do edifício não tinha
ideia de quanto dinheiro era desperdiçado em energia. Mesmo depois da análise
mostrar os claros benefícios de uma modernização, a empresa não estaria
preparada para fazer o investimento porque não havia se planejado para isso,
explicou Alexandre Behrens da APS Soluções.
Juntamente com o projeto do Call Center, a APS obteve empréstimos do BI&P
suportados pelo EEGM para mais dois projetos de retrofit em São Paulo: para
uma planta fabril no interior do Estado e para um Shopping Center na capital. Os
três projetos, juntos, demandaram cerca de U$1.5 milhões em financiamentos
bancários.
A APS Soluções já estava envolvida em grandes projetos de eficiência energética
antes da existência do EEGM . No entanto, como muitas outras ESCOs brasileiras,
a APS Soluções dependia dos recursos financeiros da ANEEL para muitos de seus
negócios, cinco ou seis anos antes ela tomou a decisão de focar em oportunidades
nos setores comercial e industrial, e obteve capital para esse objetivo de um fundo
de private equity.
Enquanto esse capital abriu muitas portas para a companhia, “a demanda é
muito maior que nossa capacidade de investimento,” Behrens disse. A maioria
dos usuários finais não desejam tomar um empréstimo para uma modernização
energética, e bancos tendem a exigir garantias físicas, como hipotecas. Mas como
uma empresa de serviços, o principal valor de uma ESCO baseia-se principalmente
em receitas com contratos de desempenho realizados e não pelo seu patrimônio.
Com a carta de garantia do EEGM, a APS Soluções pode utilizar seu fluxo de
receitas como garantia em vez de comprometer seus ativos físicos, permitindo a
realização de mais projetos.
Para uma instituição do tamanho do BI&P, que normalmente empresta capital
apenas para empresas muito maiores, a garantia do EEGM significou que poderiam
conceder um empréstimo para projeto de eficiência energética para a APS Soluções
com uma taxa de juros favorável para um período de quatro anos, um período
muito maior do que teria sido considerado em outro contexto. “Estou procurando
por outros clientes com o mesmo tipo de operação que a APS Soluções para que eu
possa, então, fazer o mesmo com eles,” disse Pedro José Guerra do BI&P.
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O EEGM
INCENTIVA
OS BANCOS A
INVESTIREM
NESTE
MERCADO.
O BID espera que, ao longo do tempo, este tipo de experiência irá fornecer
fortes evidências que, fazendo edifícios mais eficientes energeticamente, os
benefícios não serão somente para o meio ambiente, mas para os resultados
finais da empresa. “Estes projetos tem potencial para trazer grande valor para
os clientes com baixo risco para os financiadores, razão pela qual tanto o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Global para o Meio Ambiente
(GEF) realizaram este compromisso na forma do mecanismo de garantia, para
ajudar o mercado a sair de seu estágio inicial”, disse Kelle Bevine, chefe da equipe
de sustentabilidade climática do Departamento de Finanças Corporativas e
Estruturadas do BID. “Nós acreditamos que uma vez que as ESCOs brasileiras, os
bancos e os usuários finais de energia ganhem mais experiência realizando juntos
estes projetos, eles poderão trazer a eficiência energética para um nível nunca
visto nas Américas.”
“Acreditamos que uma vez que as ESCOs
brasileiras, os bancos e os usuários de energia
ganharem mais experiência em unir esses
projetos, eles poderiam trazer a eficiência
energética a um nível ainda não visto na região.”
Agradecimentos
Agradecemos a todas as pessoas cujos esforços contínuos ajudaram este projeto
alcançar resultados notáveis. Acima de tudo, queremos agradecer o Global
Environment Facility (GEF) e o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas
(PNUD) por formarem uma parecia com o BID com o objetivo de dar o salto inicial
do mercado de eficiência energética no Brasil. Também parabenizamos o Banco
Indusval & Partners (BI&P), a APS Soluções e a Atla Consultoria por fechar os primeiros
projetos no âmbito do EEGM e agradecer a todos por suas contribuições para este
estudo. Agradecimentos especiais também para Kelle Bevine, Patrick Doyle, Matthew
McClymont, Vanessa Matos, Leonardo Mazzei e Ana Lucia Escudero que prestaram
valioso apoio na elaboração do estudo de caso. Finalmente, agradecemos Janelle
Conaway por estarmos montando esta linda história juntos.
EEGM: Ampliação do Mercado de Eficiência Energética no Brasil
O nosso negócio é com o futuro.
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SETOR PRIVADO COM UM PROPÓSITO
Finanças Futuras Série No. 3
EEGM: Ampliação do mercado de Eficiência Energética no Brasil narra como uma
iniciativa apresentada pelo BID, em parceria com o Fundo Global para o Meio
Ambiente (GEF) e do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD)
aborda barreiras no mercado de eficiência energética para edifícios no Brasil.
A eficiência energética é constantemente citada como a melhor forma para
atender as crescentes necessidades energéticas da região. E o Brasil não é
exceção. No entanto, as empresas ainda enfrentam muitas barreiras financeiras
para investimentos em eficiência energética. Essas barreiras são muito comuns
principalmente no que se trata dos riscos do projeto que ainda não são bem
compreendidos por muitos agentes financeiros e, também, no tocante ao fato de
que investimentos em eficiência energética são normalmente muito pequenos e
tem um custo elevado para serem analisados pelos bancos comerciais.
O BID espera que seu Mecanismo de Garantia de Eficiência Energética (EEGM)
ajude a superar as dúvidas e incentive os bancos a visualizar economia energética
como uma área valiosa para investimento, com um perfil de risco aceitável.
O EEGM é o primeiro fundo de garantia que cobre tanto o risco de performance
quanto o risco de crédito em projetos de eficiência energética. A garantia cobre até
80% do custo de um projeto, limitado ao equivalente em Reais à USD800.000,00. Os
projetos de eficiência energética podem ser estruturados de maneiras diferentes,
com empréstimos bancários feitos diretamente para os usuários finais ou para
ESCOs. As garantias também podem ser emitidas para cobrir até 80% da economia
de energia estabelecida nos contratos de performance de eficiência energética.
Este estudo de caso discute como o EEGM, um mecanismo inovador de redução
de risco, está contribuindo para dar início a um novo mercado de investimentos
em projetos de eficiência energética no Brasil.
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