um estudo dos hârmonicos apresentados por
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UM ESTUDO DOS HÂRMONICOS APRESENTADOS POR DIFERENTES MODELOS DE BOCAIS PARA TROMPETE Arthur Vinicius Silva Lima (Bolsista) IFG, Campus Goiânia, Curso Técnico Integrado em Artes/Música, [email protected] José Luiz Pena (Co-orientador) IFG/Campus Goiânia/Departamento II, [email protected] Marcelo Eterno Alves (Orientador) IFG/Campus Goiânia/Departamento I, [email protected] Resumo Este estudo sobre os harmônicos apresentados por diferentes modelos de bocais para trompete está pautado na análise física dos harmônicos obtidos utilizando quatro modelos de bocais: Vincent Bach 1 C, Vincent Bach 3 C, Vincent Bach 7 C e Yamaha 16C4-GP. Testando estes quatro bocais sob orientação de um professor de trompete, e com a ajuda do sistema de aquisição e análise de sinais Brüel & Kjaer, este estudo se propõe a esclarecer algumas dúvidas relacionadas à série harmônica e variações de timbre que estes bocais apresentam, o que permitirá entender melhor a reação física e sonora para o uso de bocais de diferentes modelos. Palavras-chave: trompete, harmônicos, bocal, timbre, música. Introdução Este artigo é resultado de um estudo fundamentado na análise física dos harmônicos pelo instrumento musical trompete, segundo a utilização de diferentes modelos de boquilhas (bocais) usados pelo instrumentista, orientado pelos professores Ms. Marcelo Eterno Alves e Dr. José Luiz Pena, utilizando equipamentos como o analisador de espectros e equipamentos musicais modernos na busca de dados quantitativos para análise e comparação de acordo com a sensibilidade do ouvido musical do instrumentista. Com a especificação de dados apresentados nesse estudo espera-se viabilizar os conhecimentos relativos das séries harmônicas e as freqüências apresentadas conforme o modelo de bocal utilizado pelo instrumentista, o que permitirá entender melhor a reação física e sonora para o uso de bocais de diferentes modelos. Portanto o objetivo desta pesquisa é trazer esclarecimento ao estudo de um conceito tecnológico fundamental da música, que, embora usado pelos músicos de forma apenas sensível, sua utilização teórica ainda é bastante desconhecida pela maioria dos instrumentistas de sopro. 1. Trompete O trompete é um instrumento da família dos metais. É o mais antigo instrumento, dentre os instrumentos de metais. Seu som é produzido a partir do contato dos lábios do instrumentista com o bocal, sendo a vibração dos lábios responsável pelo som – tal vibração é similar à vibração de palhetas duplas. Quanto maior a tensão dos lábios, mais rápido eles vibram, emitindo notas mais agudas. Segundo Roy Bennet: Os instrumentos de metal são, hoje em dia, construídos de uma liga de metais, em vez de puro latão ou bronze. Cada instrumento consiste em determinada extensão de tubos, dobrados ou enrolados, para facilitar o seu manuseio pelo instrumentista. Um bocal é encaixado em uma das extremidades do tubo e a outra extremidade se alarga para formar uma campânula.(Bennet, Roy, 1985. P. 47) Na idade média, o trompete era usado em acontecimentos militares ou cerimônias contando com apenas as notas naturais de sua série harmônica. Esse problema foi resolvido no século XIX, com a invenção do sistema de válvulas. 1.2 Bocais O timbre dos instrumentos de metal depende, em parte, do tipo de bocal utilizado pelo instrumentista. Com o diâmetro interno do bocal estreito, o trompete tende a soar mais brilhante. Com o diâmetro interno mais largo e com o copo maior, torna-se mais fácil a produção de sons graves com um timbre mais volumoso. A maioria dos bocais é feita banhada a prata, embora existam também bocais folheados a ouro, bocais de plástico, de aço inoxidável etc. Figura 1: partes de um bocal. Na figura 1 temos: 1 - Diâmetro interno do copo; 2 - Largura da borda do copo; 3 Forma da borda; 4 - Borda do copo; 5 - Copo; 6 - Garganta; 7 - Backbore e 8 - Skank. 2. Ondas Sonoras As ondas sonoras são ondas mecânicas longitudinais e o que se chama de som é a percepção auditiva de uma onda sonora propagando através do meio. Um objeto que vibra, como uma corda de violão ou de piano, a palheta de um saxofone ou a membrana de um tambor ou de um alto-falante, movimentando-se para frente e para trás, repetidamente, gera regiões de compressão e de rarefação que se propagam no ar como uma onda sonora. Cada movimento de vai e vem constitui uma oscilação. O número de oscilações por unidade de tempo é a freqüência da onda. O ouvido humano pode captar ondas sonoras com freqüências entre 20 Hz e 20.000 Hz, embora esses números possam variar de uma pessoa a outra e com a idade. A altura de um som está associada à freqüência da onda sonora: quanto maior a freqüência, mais agudo (mais alto) é o som. 2.1 Parâmetros do Som 1 - Duração - É o intervalo de tempo em que o som ou o silêncio persiste. Na música são representados pelas figuras (semínima, colcheia, etc.) Pela duração definimos se o som é curto ou longo. A relação entre durações forma os ritmos. 2 - Altura - É a freqüência do som que define a altura. Com ela podemos classificar os sons em graves ou agudos. Quanto maior o numero de oscilações, ou seja, quanto maior a freqüência, mais aguda será a nota. Freqüência é uma grandeza física que indica o número de oscilações dentro de determinado período. A unidade de medida mais usada é o Hertz (Hz), que corresponde ao número de oscilações por segundo. 3 - Intensidade - A intensidade é dada pela amplitude da onda sonora. Quanto maior a amplitude, mais forte será o som, quanto menor a amplitude, mais fraco. A intensidade é uma informação sobre certo grau de energia da fonte sonora. Os sons fortes transportam uma maior quantidade de energia que os sons fracos. No decurso de sua propagação, ao afastar-se da fonte, a onda sonora perde intensidade. A capacidade que o ouvido humano tem de sentir um som depende não apenas de sua freqüência, mas também de sua intensidade. Os sons muito fracos não podem ser ouvidos, enquanto sons muito fortes podem provocar lesões. 4 - Timbre - Cada som não corresponde apenas a uma onda pura, mas a um feixe de ondas, uma superposição de freqüências de comprimento desigual. Os sinais sonoros são complexos e sobrepostos. É improvável nos depararmos com um som que seja efetivamente produto de uma ondulação pura e simples (praticamente só em condições laboratoriais, a partir de sintetizadores). Segundo José Miguel Wisnik, essa complexidade e sobreposição de ondas dão ao som a singularidade colorística que chamamos de timbre. O timbre nos permite distinguir um instrumento de outro, mesmo quando tocam uma mesma nota, na mesma intensidade. Uma mesma nota produzida por uma flauta, um saxofone ou um trompete soa completamente diferente devido à combinação de freqüências que são ressoadas pelo corpo de cada instrumento. Isso ocorre porque, além da freqüência fundamental, que determina a nota, existe também um feixe de freqüências mais rápidas e agudas, que não ouvimos como altura isolada, mas como um corpo timbrístico. Esse espectro de ondas que compõe o som é subdividido nos sons da chamada série harmônica. 2.2 Escala Musical A escala musical é uma sucessão de notas de freqüências (alturas) crescentes no limite de uma oitava. Duas notas estão separadas por uma oitava quando a freqüência de uma delas é o dobro da outra. A definição de uma escala deve abarcar uma oitava porque, na oitava seguinte, as freqüências das notas serão o dobro das correspondentes na oitava anterior. Por exemplo, na escala diatônica maior, as freqüências das notas compreendidas numa oitava obedecem às seguintes relações matemáticas entre suas freqüências: Tabela 1: Relações da escala maior Nota Dó Relação 1 f(Hz) 256 Ré 9/8 288 Mi 5/4 320 Fá 4/3 341,3 Sol 3/2 384 Lá 5/3 426,7 Si 15/8 480 Dó 2/1 512 2.3 Série Harmônica e intervalos musicais De acordo com Wisnik, série harmônica é a única ‘’escala’’ natural, inerente à própria ordem do fenômeno acústico. Por exemplo, uma corda, vibrando numa certa freqüência fundamental, ressoa internamente outras freqüências que são seus múltiplos. As principais aplicações práticas do estudo das séries harmônicas estão na música e na análise de espectros. O 1º harmônico é a freqüência fundamental. O 2º harmônico tem o dobro da freqüência do 1º. Diz-se que forma com ele um intervalo musical de 2/1, ou uma oitava. Um som cuja freqüência fundamental tenha este valor evoca quase a mesma sensação do que um som cuja freqüência fundamental seja o 1º harmônico e parece ser a mesma nota musical, apenas mais aguda (mais alta). Têm quase a mesma série de harmônicos e são apercebidos como tendo uma relação especial (têm o mesmo 'Chroma'). Ou seja, pode-se aumentar ou diminuir um intervalo do dobro - mudando significativamente o seu som - sem essencialmente mudar o seu significado harmônico. É o que se chama de “equivalência das oitavas”. O nome de oitava tem haver com a seqüência das oito notas da escala maior: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si e Dó. Se o 1º harmônico corresponder à 1ª nota da escala e for um Dó, o 2º corresponderá ao último Dó da escala; será também Dó, mas uma oitava acima. O 3º harmônico é forte e facilmente reconhecido. Tem o triplo da freqüência do 1º, o que significa que é uma nota (da oitava seguinte) que corresponde a uma nota distanciada de um intervalo de 3/2 da fundamental (é o intervalo entre o 3º e o 2º harmônicos; = 3/1). O intervalo de valor 3/2 é o que se chama uma quinta perfeita. Se o 1º harmônico corresponder a um Dó, o 3º corresponderá a um Sol (a 5ª nota da escala maior). A quinta perfeita é o intervalo de modulação mais comum na música ocidental. Para Pitágoras (séc. V e VI a.C.), o número 3 representava a divindade e o intervalo 3/2 à perfeição musical. O seu sistema musical foi todo construído com base neste intervalo e a escala que está associada ao seu nome é gerada com base no chamado “ciclo de quintas”. Um tom é definido como o intervalo que resulta de subtrair uma oitava a duas quintas: 3/2*3/2 : 2 = 9/8; é também o intervalo entre o 9º e o 8º harmônicos. O 4º harmônico (4/1) é o dobro do dobro e, por isso, é efetivamente uma repetição da fundamental. O intervalo entre o 4º e 3º harmônico é o que se chama uma quarta perfeita (de valor 4/3). Se o 3º harmônico corresponder a um Sol, o 4º corresponderá a um Dó. O 5º harmônico fica “uma terceira maior” (5/4) acima do 4º harmônico, a segunda repetição da fundamental. Se o 4º harmônico corresponder a um Dó, o 5º corresponderá a um Mi (a 3ª nota da escala maior). O intervalo de 5/4 é um intervalo mais expressivo em termos de sentimento e emoção que, no tempo de Pitágoras era considerado demasiado dissonante. Mais tarde, tornou-se um componente essencial da harmonia dos acordes com três notas. Um ouvido treinado de um músico é capaz de detectar os harmônicos até o 6º ou 7º. Mas a harmonia tradicional parou no 5º harmônico e as escalas naturais diatônicas envolvem apenas os números primos 2, 3 e 5. No entanto, nos dias de hoje, há quem tente ir mais longe. A série harmônica é importante também para a construção de instrumentos musicais, principalmente instrumentos de sopro, como trompetes, trombones e outros. Estes instrumentos surgiram de forma a utilizar apenas as notas da série harmônica da freqüência fundamental, que dependia do tamanho do tubo do instrumento. Para que estes instrumentos pudessem tocar em qualquer escala, foi preciso utilizar algum meio para alterar a freqüência fundamental de seus tubos e possibilitar a execução das notas que faltavam na sua tessitura original. Com a utilização de orifícios como os da flauta ou o prolongamento da vara de um trombone, foi possível aumentar ou diminuir o tamanho do tubo do instrumento, criando uma outra freqüência fundamental e conseqüentemente, outra série harmônica Desta forma, conclui-se que a série harmônica é uma série infinita, composta de freqüências múltiplas inteiras da freqüência fundamental e tecnicamente, a freqüência fundamental é o primeiro harmônico. Não existe uma única série harmônica, mas sim uma série diferente para cada freqüência fundamental 3. Bocais e Espectros sonoros Depois de diversos testes com os modelos de bocais propostos, e, utilizando o sistema de aquisição análise de sinais Brüel & Kjaer, foram obtidos os espectros sonoros com o trompete Yamaha Xeno Artist C emitindo a nota dó – na primeira posição. Após a aquisição do sinal, foi utilizado o programa SciLab 5.3.1 para visualização e análise dos gráficos. 3.1 Bocal Vincent Bach 1 C Este bocal, dentre os modelos utilizados, é o que possui o maior furo. O diâmetro do copo é largo, aproximadamente 17.00 mm, o que facilita a passagem do ar, favorecendo os sons graves e criando um som mais volumoso e escuro, em comparação aos outros bocais. Sua utilização no registro agudo, porém, exige mais do instrumentista. Na figura 2, na próxima pagina, vemos o gráfico em domínio do tempo da nota dó 3, obtida com o sistema de aquisição e analise de sinais Brüel & Kjaer e representada pelo programa SciLab. Figura 2 – Dó 3 emitido com o bocal Vincent Bach 1 C 3.2 Bocal Vincent Bach 3 C O bocal 3 C é o que possui o segundo maior furo dentre os bocais utilizados. O diâmetro do copo é de aproximadamente 16.30 mm, o que é razoavelmente largo. Seu som é parecido com o bocal 1 C, como vemos na figura 3 o gráfico na função do tempo da nota dó 3. Figura 3 – Dó 3 emitido pelo bocal Vincent bach 3 C 3.3 Bocal Vincent Bach 7 C O bocal Vincent Bach 7 C é provavelmente o modelo de bocal mais utilizado por trompetistas e é indicado para iniciantes. O diâmetro do copo é de aproximadamente 16.20 mm e a profundidade é media. Possui um som de característica mais brilhante e torna mais fácil as notas no registro agudo. Na figura 4 vemos o gráfico em função do tempo da nota dó 3. Figura 4 – Dó 3 emitido pelo bocal Vincent Bach 7C 3.4 Bocal Yamaha 16 C4-GP Dentre os quatro bocais, este é o que possui o menor furo e mais larga borda. Seu som é mais brilhante e menos volumoso. Não exige muito da embocadura do instrumentista e favorece o registro agudo. Na figura 5, na próxima pagina, vemos o gráfico em função do tempo da nota dó 3. Figura 5 – Dó 3 emitido pelo bocal Yamaha 16C4-GP 4. Conclusão Tabela 2: valores aproximados da freqüência e intensidade dos harmônicos. Bach 1 C 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Bach 3 C Bach 7 C Hz dB Hz dB Hz dB Yamaha 16C4GP Hz dB 261 522 783 1043 1305 1566 1826 2087 2348 -11,5 -14,8 -13,8 -14 -15 -20 -25 -30 -37 261 522 784 1045 1306 1568 1830 2091 2353 -13 -13,75 -14,75 -13,5 -14 -19,5 -24,2 -32,3 -36 261 522 783 1044 1305 1566 1827 2081 2342 -13,15 -15,6 -15,2 -16 -16,8 -20 -25 -30,6 -38,1 261 523 784 1046 1308 1570 1831 2093 2355 -14,5 -16 -17 -19 -24,5 -22,8 -27,5 -32 -40 Na tabela 2 podemos conferir a freqüência e a intensidade de cada um dos primeiros nove harmônicos apresentados pelos quatro modelos de bocais emitindo a mesma nota. A intensidade do som de cada um dos três primeiros bocais foi de aproximadamente 80 dB e o som gravado pelo ultimo bocal foi de aproximadamente 70 dB. O bocal Bach 1 C, de maior diâmetro de copo, é o que possui maior volume de som nos primeiros harmônicos, principalmente na fundamental. O bocal Yamaha 16C4-GP, utilizado com a intenção de produzir um som da mesma intensidade, obteve menos volume de som. Isso se deve, também, ao fato de que seu furo é menor, o que dificulta a passagem de ar pelo bocal. Além disso, no bocal Yamaha, os harmônicos mais distantes tendem a aparecer mais, em comparação ao bocal Bach 1C e 3C e em relação à intensidade do 1º harmônico, que é a freqüência fundamental. Existe também a desafinação que cada bocal apresenta nos harmônicos mais distantes, em relação à freqüência fundamental. Os bocais Bach 1C e Bach 7C são os que apresentaram uma afinação mais fiel. O bocal Yamaha 16C4-GP apresenta uma diferença de 1 Hz no segundo harmônico, que aumenta conforme a distancia da fundamental. Os bocais Bach 1 C e Bach 3 C, que apresentaram um som mais escuro, cheio e aveludado, possuem mais intensidade nos primeiros harmônicos do que os bocais Bach 7 C e Yamaha 16C4-GP, que apresentaram um som mais brilhante, aberto e estridente. Os bocais Bach 7 C e Yamaha 16C4-GP não possuem tanta intensidade nos primeiros harmônicos e apresentaram mais intensidade nos harmônicos mais distantes. Desta forma, concluímos que a variação de timbre que um bocal pode ter em relação a outro está diretamente ligada à intensidade com que cada harmônico aparece no som emitido pelo bocal. Porém, deve-se levar em consideração também que ocorrem variantes que dependem do instrumentista que tocar nos bocais apresentados. Estes resultados foram obtidos pelo bolsista. A experiência do instrumentista em lidar com a vibração dos lábios e o controle do fluxo de ar pode influenciar nos resultados que serão obtidos e criará uma nova perspectiva de análise, e entendemos que futuramente esta comparação poderá ser feita. Assim, este estudo traz uma possibilidade de inserção ao universo científico e possibilita pesquisas posteriores, em outro nível. Isso hoje é de suma importância para a formação de novos mestres e doutores no Brasil. Portanto, com o estudo apresentado, espera-se que investigações relacionadas ao estudo de harmônicos e de bocais continuem sendo desenvolvida de modo a contribuir com respostas aos questionamentos que os músicos instrumentistas ainda têm, e que são de extrema importância para quem deseja ter uma boa compreensão de séries harmônicas e de sua utilidade prática em instrumentos de sopro. REFERÊNCIAS Helmholtz, H., On The Sensations of Tone, Dover Publications, 1954. Kipnis, I., Bach's Well-Tempered Clavier, Keyboard Magazine, March 1985 Jeans, J. H., Science And Music, Dover Publications, 1968 Matras, J. J., O Som, Martins Fontes, 1991 Wilkinson, S., Tuning In - Microtonality in Electronic Music, Hal Leonard Books, 1989 Bach, Vincent, Mouthpiece Manual, USA. Wisnik, José Miguel, O Som e o Sentido: Uma Outra História das Músicas, 2ª Edição, Companhia das Letras, 1989. Bennet, Roy, Instrumentos da Orquestra, Rio de Janeiro, Jorge Zahor Ed., 1985. 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