Business Plan Gata Bay Resort
Transcrição
Business Plan Gata Bay Resort
OCATEL Lda. Business Plan “Gata Bay Resort” Junho de 2008 1 – Introdução. A OCATEL – Empresa de Investimentos e Promoção Imobiliária, Lda., dinamizada pelo Eng. Dinis Fonseca, com sede na ilha Sal, surge como uma marca de amadurecimento qualitativo do seu promotor na área da imobiliária e do turismo. Após o sucesso que foi o Aldeamento da Murdeira, na ilha do Sal, orientado para o mercado interno, o Eng. Dinis Fonseca, em parceria com Cape Verde Development, de origem irlandesa, vem desenvolvendo o resort Murdeira Beach, numa área de 140 hectares, sita na mesma ilha. Este empreendimento prevê um investimento na ordem dos 500 milhões de euros e inclui hotéis, vivendas, apartamentos e uma marina. Já se antevê um grande sucesso para o mesmo. É forte desta experiência, consolidada e reconhecida, que o Engenheiro Fonseca decidiu lançar-se numa nova aventura, desta vez, na ilha de S. Vicente, através de uma nova sociedade, a OCATEL Lda. Como resultado de negociações com o Estado de Cabo Verde, a OCATEL Lda adquiriu um tracto de terreno medindo cerca de 800.000 metros quadrados, localizado na ZDTI da Baia das Gatas, na costa Nordeste da Ilha de S. Vicente, com vista a construir um resort. Este empreendimento que incluirá, vivendas, apartamentos, store-houses e uma marina, irá servir quase que exclusivamente de residência para amadores da náutica de recreio, golfistas e outros desportistas, que deverão, num futuro próximo, procurar a ilha de S. Vicente, por ser uma ilha que irá transformar-se num destino de golfo por excelência, com resorts de já conceituados nomes do golfo em planeamento, tais como Severiano Ballesteros (Golf Resort Mindelo), Ernie Els (Baia das Gatas Resort), Jack Nicklaus (Salamansa Sands). O Cesária Resort, na parte sudeste da ilha, que também inclui um campo de golfe e marina já está apresentado e aprovado. Também haverá um campo de golfe no vale de Flamengos. No total, para a ilha de S. Vicente, estão previstos 5 campos de golfe e 4 marinas. A ilha tem ainda potencialidades para a náutica de recreio, pesca desportiva e turismo cultural, sem contar com a complementaridade oferecida pela vizinha ilha de Santo Antão (10-12 milhas de distância), através da sua paisagem rica e diversificada entre montanhas e ravinas. Com o crescimento da demanda turística, o aparecimento de vários resorts de grande porte em S. Vicente e ainda a iminente abertura do aeroporto internacional de S. Pedro, surge a necessidade da promoção de outros projectos a serem desenvolvidos, tais como o Gata Bay Resort, desenvolvido no presente Bussines Plan. De entre as várias opções, trabalhamos uma que consiste num resort incluindo um Hotel com 200 quartos, 130 vivendas familiares de alto standing, com piscina individual, 355 Stores Houses (duplex), 202 Apartamentos T1, 505 Apartamentos T2 e 303 Apartamentos T3. O resort que é banhado pelo mar a norte terá uma marina como parte integrante. O conceito de arquitectura a ser usado neste Resort prevê a dispersão das construções nos cerca de 80 hectares de terreno, em 10 zonas temáticas relacionadas com as 10 ilhas de Cabo Verde, com moradias e equipamentos, numa paisagem única, uma concepção de total integração paisagística, ambiental e ecológica, satisfazendo uma clientela de rendimento médio-alto, informada, consciente e exigente. Assim, de acordo com as normas aprovadas pela Cabo Verde Investimentos, o índice de ocupação do solo será 20% (máximo), ao mesmo tempo que a edificação será 40%. Isto é, uma média de dois pisos, em todo o resort. Os restantes 80% do terreno constituirão áreas verdes, espaços com equipamentos de laser, espaços colectivos, vias públicas etc. Ademais, este complexo está localizado estrategicamente entre dois Golf Resorts de cinco estrelas e com certificação PGA. São eles o Salamansa Sands, desenhado por Jack Nicklaus e o Baia das Gatas Resort, desenhado pelo Ernie Els. 2 – Enquadramento O interesse crescente que Cabo Verde tem despertado nos mercados internacionais tem vindo a aumentar exponencialmente, destacando-se a imobiliária turística como o sector mais dinâmico e mais promissor, em termos de criação de riqueza e emprego, quer a curto, quer a médio ou longo prazos. Com o interesse concentrado inicialmente na ilha do Sal, a oportunidade turísticoimobiliária tem vindo a alastrar-se um pouco por todo o país, destacando-se a ilha de São Vicente como uma das que mais atenção tem chamado aos grandes investidores nacionais e estrangeiros. Basta dizer que a carteira de projectos para a ilha de S. Vicente ultrapassa o montante de 4.000 milhões de euros, para os próximos 10 anos. Havendo já projectos de vários resorts de 4 e 5 estrelas aprovados para a ilha e cujo principal atractivo são os campos de golfe e marinas, haverá certamente uma grande procura complementar de imóveis habitacionais. Isto é, instalações completamente direccionadas ao conforto habitacional, para aqueles que não querendo estar inseridos directamente num golfo resort, preferem contudo, ter a opção e a liberdade de habitar perto dos campos de golfe, podendo utilizar todas as facilidades que estes oferecem, a um preço mais modesto, visto não terem que pagar o custo das infra-estruturas e outras facilidades que estes resorts incluem. Ademais, a marina cria uma oferta complementar que torna o Gata Bay Resort um produto sui generis. Assim, este resort, praticamente completo na sua concepção, porque inserido num espaço que contempla outras infra-estruturas, direcciona-se a uma clientela de rendimento médio-alto que procura o equilíbrio ambiental e um estandarte e conforto habitacionais elevados, oferecendo ao mesmo tempo a tradicional possibilidade de golfe, acesso a SPAs e marina, bem como a praias situadas, a menos de 1000 metros de distância. 3 – O produto. A zona turística de Baia das Gatas e Salamansa (daí o nome Gata Bay Resort) tem vindo a posicionar-se como uma das áreas de maior dinamismo a nível de investimentos, tendo já sido apresentados os resorts do “Salamansa Sands”, “Baia das Gatas Resorts” e “Baia Village” de entre outros. A valorização da ZDTI da Baia das Gatas é um dado adquirido. Por conseguinte, importa agora juntar aos vários projectos que serviram de âncora, este novo empreendimento que trás uma mais-valia à oferta turística em desenvolvimento. O Gata Bay Resort situa-se numa área privilegiada, entre dois grandes golf resorts, a cerca de 2 metros em média, acima do nível do mar, portanto ligeiramente mais elevado que os resorts circundantes, conseguindo assim alguma vista sobre os mesmos e sobre o mar. Ademais, o resort que é banhado pelo mar a norte dista entre 200 metros (a leste) e 500 metros (oeste) de praias de areia branca. Para este projecto, cujo contracto promessa de compra e venda do terreno com o Estado, foi assinado em Outubro de 2007, estão reservados cerca de 80 hectares, para a edificação de infra-estruturas turísticas com várias combinações de tipologias, desde que a área construída total não exceda 20% do terreno. Assim, na zona identificada, pode-se ter até 320.000 metros quadrados de construção. Actualmente, pensa-se num arranjo urbanístico que inclui os seguintes elementos: Cenário de utilização do terreno Quadro nº1 Designação Ocupação Construção 1 Hotel com 200 quartos 11.850 m2 23.700 m2 130 Vivendas com piscinas individ (400 m2) 26.000 m2 52.000 m2 355 Stores-Houses – duplex (250 m2) 43.875 m2 87.750 m2 303 Apartamentos T3 (200 m2) 30.300 m2 60.600 m2 505 Apartamentos T2 (150 m2) 37.875 m2 75.750 m2 202 Apartamentos T1 (100 m2) 10.100 m2 20.200 m2 160.000 m2 320.000 m2 TOTAL O litoral que limita o resort a norte terá uma marina, com todos os serviços comerciais adjacentes, avenida marginal e uma série de bares e restaurantes, de modo a valorizar a orla marítima e torná-la num centro de entretenimento permanente. O cenário de master plano prevê a criação de 10 zonas individualizadas, representando cada uma das ilhas de Cabo Verde, mas interdependentes e interligadas, de modo a formarem um todo harmonioso e coerente, do ponto de vista da linguagem arquitectónica e funcionalidade do resort. Tanto os apartamentos, como as stores-houses serão servidos por piscinas localizadas estrategicamente no resort, ginásios, restaurantes, bares e outros serviços, que criarão um ambiente interno aprazível, complementando toda a vasta gama de serviços e estruturas que existirão em toda a extensão da planície da Baia das Gatas e Salamansa, bem como as magníficas praias de Norte Baia, agora altamente valorizada com o lançamento da nova estrada de ligação entre a Baia das Gatas e o Calhau. As vivendas familiares, com uma área construída de 400 m2, estarão implantadas eum perímetros individualizados de 1500 a 2000 metros quadrados, cada um, com piscina individual de 100 a 150 m2, grande espaço verde e possibilidades de introduzir elementos de conforto, ao gosto personalizado de cada comprador. As store-houses também com os seus 250 m2 de construção, estarão dispersas em espaços individualizados, o que permitirá personalizar a estadia, ao mesmo tempo que os residentes terão acesso aos vários serviços comuns que o resort vai oferecer, a partir do hotel e da marina que constituirão dois pólos centrais de dinamização de toda a vida social e cultural a ser desenvolvida. 4 – O Mercado O empreendimento destina-se a ser comercializado essencialmente nos mercados da Europa do Norte e do Leste, privilegiando atingir o mercado do turismo de um segmento alto em termos de standards internacionais. Este resort que terá uma marina deverá ser procurado por uma clientela que pretendendo ter acesso também às infraestruturas do golfe existentes na zona, prefere alojar-se num espaço adjacente e menos oneroso mas com alta qualidade. Para os investidores, a compra da segunda residência num local tão privilegiado é um grande investimento que produz retorno seguro, bem como a possibilidade de anualmente passarem um a dois meses num ambiente ímpar. O mercado alvo do Hotel será os visitantes de curta estadia, que procuram alguns dias de golfe e a já tradicional beach and sun, portanto sol, praia e desportos náuticos, a vida cultural da ilha e facilidades de outros resorts, bem como a complementaridade oferecida pela ilha de Santo Antão. O Hotel será construído e gerido em parceria com uma cadeia hoteleira de renome, garantindo assim as taxas de ocupação necessárias à sua rentabilização, para além de que isso trará maior credibilidade comercial ao empreendimento no seu todo. 5 – Financiamento e Retorno. O presente projecto ocupará uma área de 80 hectares, dos quais 16 ha serão destinados à construção da marina, hotel, vivendas, stores houses e apartamentos. Os restantes 64 hectares serão utilizados para, espaços verdes, equipamentos colectivos e infraestruturas turísticas, tais como áreas de lazer e entretenimento, estrutura viária, etc. Considerando as condições actuais do mercado, recomenda-se muita atenção na qualidade do produto, de modo a satisfazer as exigências do segmento que se pretende atingir. Assim, recomenda-se uma padrão de construção cujo custo não seja inferior a 800€/m2 (opção baixa), podendo ir até 1000€/m2 (opção alta). Com estas premissas, o volume de investimentos na construção variará entre 256 e 320 milhões de euros, a ser concretizado num horizonte de cerca de 5 anos. Para a infra-estruturação da área do projecto, tomamos um custo máximo de 30 €/m2, o que faz um total de 24.000.000€. Entretanto, os custos actuais em Cabo Verde situam à volta dos 20-25€/m2. O terreno está avaliado em 7-10% do montante dos investimentos, parâmetro aceite pelo mercado internacional. Contudo, os promotores nacionais estão abertos a negociações, num quadro global de parceria. Os promotores nacionais do projecto solicitam propostas de parceria, através da venda de uma parte importante da sociedade, de modo a permitir ao parceiro externo assumir a liderança na promoção do produto, na definição dos parâmetros e na venda no mercado internacional. Isso implica que o parceiro tenha capacidade de mobilizar os recursos necessários, consiga organizar uma boa rede de vendas e identificar gabinetes de arquitectura de renome para conceber e pilotar a execução do projecto. Entretanto, os promotores nacionais colaborarão com o parceiro externo em todas as etapas: aprovação do master plano, projectos de arquitectura, engenharia e especialidades, Convenção de Estabelecimento, Estatuto de Investidor Externo e licenciamento da obra. Os pagamentos também acompanharão estas diferentes etapas da execução do projecto. O projecto será financiado na sua quase totalidade com as receitas da venda antecipada das vivendas, residências e apartamentos. A marina e o hotel serão arrendados a especialistas da área, para gestão, integrada no resort. Os promotores serão chamados a suportar um custo inicial que não atinge 5% do montante do investimento, ou seja 10-15 milhões de euros. Isto é, poderão concluir o pagamento da aquisição da sociedade, com o produto do próprio cash-flow gerado pelas vendas. Quadro nº2 Estrutura típica do investimento Custos do projecto Custo do terreno Variante baixa (€) Variante alta (€) 24.000.000 24.000.000 Elaboração do projecto e processos legais 2.000.000 2.000.000 Custos Administrativos (vários) 2.000.000 2.000.000 24.000.000 24.000.000 256.000.000 320.000.000 30.800.000 37.200.000 338.800.000 409.200.000 Custos das infra-estruturas Custos da construção Imprevistos (10%) Total investimentos Tomando as estimativas do custo máximo de 30€/ m2 para a infra-estruturação e duas variantes do custo da construção, uma de 800€/m2 e outra de 1000€/m2, temos uma previsão de custos directos de infra-estruturas e construção que variam entre 280 e 344 milhões de euros. Embora os actuais custos de construção em Cabo Verde estejam entre 600 e 800 euros, prevê-se o aumento das exigências do mercado em matéria de qualidade da construção e conforto dos espaços. Portanto um aumento do custo unitário de construção. Apesar das perspectivas de introdução de novas tecnologias de construção, recomenda-se um cenário conservador de referência que se situa em 1000€/m2 de construção. Por conseguinte, temos uma previsão de investimento total que varia entre 338.800.000€ e 409.200.000€. Esta previsão conservadora permitirá aos investidores absorver os eventuais imprevistos e choques que ocorrerão num mercado bastante concorrencial e de grandes oscilações na procura. A tendência actual nas vendas em Cabo Verde é de 2000€/m2. Neste caso também tomamos três cenários. Um, optimista, que reflecte o preço actual, um segundo, mais conservador que levará em conta uma eventual baixa dos preços de venda que estimamos poder ser 1800€/m2 e um terceiro pessimista, fixando a venda em 1500€/m2. Quadro nº3 Cenários de vendas Custo/m2 Venda /m2 Vendas (euros) Cenários Construção Margem bruta A 320.000 m2 800 € 1.500€ 480.000.000 141.200.000 B 320.000 m2 800€ 1.800€ 576.000.000 237.200.000 C 320.000 m2 800€ 2.000€ 640.000.000 301.200.000 D 320.000 m2 1.000€ 1.500€ 480.000.000 70.800.000 E 320.000 m2 1.000€ 1.800€ 576.000.000 166.800.000 F 320.000 m2 1.000€ 2.000€ 640.000.000 230.800.000 Apesar de todas as vicissitudes que o mercado possa apresentar, é de se excluir os cenários A e D. É de todo inconcebível que os preços de venda reduzam. Contudo, os custos de construção podem aumentar, com vista a satisfazer as exigências de certos nichos do mercado que podem exigir um padrão mais elevado que o actualmente construído em Cabo Verde. O cenário E, embora possível, representaria uma deterioração acentuada do mercado, muito dificilmente materializável. Apresenta uma margem bruta de 40%, o que colocaria o projecto já numa zona de risco. Consideramos este cenário pouco verosímil, porque a tendência é aliar sempre uma alta qualidade a um alto preço. O cenário C, com uma rentabilidade bruta de 88,9%, é o desejável e apesar de parecer optimista, é possível, visto que os cenários de vendas são conservadores. Tudo dependerá da conjuntura, particularmente da qualidade das construções. Os cenários B e F, ao fazerem uma certa correlação entre os custos da construção, factor de qualidade e os preços de venda, apresentam-se como os melhores, enquanto referências de segurança para a previsão do negócio. As taxas são de 70% e 56%, portando, com possibilidades de absorver os possíveis choques do mercado Trata-se assim de um projecto com uma taxa de rentabilidade segura, mesmo com custos sobreavaliados e preços de venda conservadores. Os promotores poderão facilmente comercializar as residências turísticas a preços bastante superiores, tendo em conta a valorização do destino, Ilha de S.Vicente como destino da Náutica de Recreio (4 marinas) e golfe (5 campos), com realce para os golf resorts por exemplo da Cesária Resort, Vale do Flamengo, Baia das Gatas (Ernie Els), Salamansa Sands (Jack Nicklaus) e Golf Club de S.Vicente Cidade do Mindelo (Seve Ballesteros). 6. Conclusão Como foi explicado, trata-se de uma excelente oportunidade de negócio, num terreno extremamente bem posicionado, sendo que o futuro Gata Bay Resort, para além de beneficiar de todas as infra-estruturas de golfe e lazer criados para os resorts do Salamansa Sands e Baia das Gatas Resorts, beneficiará ainda de uma excelente campanha de marketing que será feita para esta zona, portanto toda a planície de Baia das Gatas e Salamansa. Assim, o potencial de valorização deste terreno e projecto é enorme, apoiado ainda pela em breve abertura de vôos internacionais directos para o Aeroporto de S.Vicente. Por conseguinte, os promotores deste projecto são privilegiados, por possuírem um projecto que contempla uma marina, rodeado de campos de golfo, sem terem no entanto de fazer eles mesmo os tais custosos investimentos. Portanto o sucesso deste empreendimento dependerá apenas da sua boa execução e da qualidade de serviços a prestar no mesmo. Anexo: fotos aéreas da zona, mapa geral de localização e mapa de empreendimento para a zona.