O BOY DA VIA LÁCTEA - Instituto Educacional de Assis

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O BOY DA VIA LÁCTEA - Instituto Educacional de Assis
LEITURA : O BOY DA VIA LÁCTEA (Infanto-Juvenil)
ALVES, José1
RESUMO
Através de pesquisa de leitura sobre livro O boy da Via Láctea, de Regina
Chamlian, livro este homônimo da história A Jaqueta do escritor russo Gogol,
procuramos observar o interesse e compreensão de alunos do sétimo ano do
ensino fundamental, pesquisa esta realizada na Escola Estadual no município
de Palmital, SP., onde constatamos o grande hiato entre a leitura e
entendimento do que se lê além de coletarmos também informações sobre o
pouco interesse dos educandos em procurar por livros e mesmo o baixo
discernimento quando se trata de um texto que vai além das entrelinhas.
Pudemos perceber ainda, o pouco estimulo que as crianças recebem desde sua
casa até na própria escola. Acreditamos ter contribuído para melhorar os
diversos meios de construção do conhecimento.
ABSTRACT
Through research on reading the book The boy in the Milky Way, Regina
Chamlian, this eponymous book The History of the Russian writer Gogol The
jacket, tried to look at the interest and understanding of students of the seventh
grade of elementary school, research is conducted in the State School in the
municipality of Palmital, SP., where we find the wide gap between reading and
understanding what is read while also collect information about the low interest of
students in search for books and even the low discernment when it comes to a
text that will beyond the lines. We could still see the little stimulation that children
receive from his house to the school itself. We believe have contributed to
improving the various means of knowledge construction.
Mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003). Atualmente é professor
do INSTITUTO EDUCACIONAL DE ASSIS, atuando com a disciplina de Educação, Comunicação e Tecnologias e
também como Supervisão de Estagio, além de ministrar a disciplina de Organização e Produção de Material
Didático, e atuar como orientador de TCC no IEDA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura
Brasileira, trabalhou também com Inglês Instrumental e Língua Portuguesa na FAI de Adamantina e Literatura
Portuguesa nas Organizações Pimentel em Santa Cruz do Rio Pardo. Atualmente trabalha com Estrutura e
Funcionamento da Educação Básica na formação de professores de Educação Física. Também pertence ao quadro
da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo como PEB II, tendo ingressado em 2000 como professor
efetivo em Língua Portuguesa com cargo lotado na Escola Estadual Dom Antônio José dos Santos em Assis- SP,
designado atualmente como vice-diretor da EE Cleophânia Galvão da Silva, Assis-SP.
1
APRESENTAÇÃO
Em recente pesquisa que fizemos com alunos da Escola Estadual de
Ensino Fundamental e Ensino Médio (EEEFEM) José Joaquim Bittencourt, na
cidade de Palmital, interior do estado de São Paulo, onde lecionamos,
chegamos a alguns resultados que comentaremos a seguir. A pesquisa se
pautou na leitura do paradidático O Boy da Via Láctea, ou A Jaqueta, variações
sobre O Capote de Gogol, - São Paulo, 1997, da autora Regina Chamlian, pela
editora Moderna, e objeto de nossa dissertação de mestrado, recomendado pela
professora Maria Alice Faria, nossa orientadora.
Optamos pela 7ª série, por abranger a classificação de Infanto-Juvenil,
estando o livro também dentro desta sistemática e dentro do que rezam os
PCNS, quando trata dos temas transversais.
A ESCOLA
A EEEFEM J.J. Bittencourt como é conhecida em Palmital – SP, fica na
rua de entrada da cidade, rua principal e embora seja considerada de centro,
agrega uma clientela de vilas populares, de baixa renda que se deslocam até
ela. Os professores, na sua maioria são da própria cidade, que têm sua força
econômica na agricultura da cana de açúcar, mandioca, milho e trigo, além de
possuir uma fábrica de bebidas e olarias, já que a cidade de 12 000 habitantes
fica a poucos quilômetros do Rio Paranapanema.
O ambiente escolar é marcado por tranqüilidade, com alguns problemas
de ordem disciplinar, normais à quaisquer outras escolas, e no geral predomina
o bom relacionamento entre diretor, coordenador, professor, aluno e
funcionários. Raramente se vê situações adversas, ocorrendo às vezes situação
de rebeldia ou mau comportamento por parte de alguns alunos.
A escola possui instalações antigas, mobília sucateada, pois já tem 50
anos e a biblioteca é pouco utilizada por ficar fora do prédio onde os alunos têm
as salas de aula e por não ter um funcionário treinado,
que se
dedique
exclusivamente a ela assim como também por ter um acervo muito pobre.
Destaque para o salão nobre, que é muito bem feito, onde professores o utilizam
para filmes em vídeo cassete. Há também duas quadras, um pátio enorme e
uma sala de informática com dez computadores, cinco dos quais adquiridos no
começo do ano (2001), com verbas enviadas pela Secretaria da Educação para
esse fim.
O TRABALHO
Optamos por fazer nossa pesquisa com a sétima série do ensino
fundamental (7ª série B), por trabalharmos com seis aulas semanais nesta sala e
por termos feito um trabalho diferenciado, já que esta sala era considerada
barulhenta e pouco produtiva. Sabendo disso, desenvolvemos antes, um
trabalho de conscientização nas crianças e de disciplina que deu resultados,
pois ao final de quatro meses com eles, conseguimos uma produtividade maior e
inclusive a diminuição da algazarra que “marcava” a classe. Testamos nossa
capacidade de aceitação ao pedirmos para a sala, a leitura do livro o Boy da Via
Láctea, para depois responderem a um questionário. Muitos alunos se
propuseram a fazê-lo.
A princípio, trabalhamos com sete alunos e depois mais oito, pois o
objetivo era quinze. Desse
total, um perdeu o livro, outro não entregou o
questionário, de forma que, como estávamos no final do ano, resolvemos
analisar somente as leituras dos treze restantes.
Vale atentar para um fato curioso, ocorrido com uma das melhores alunas
da sala que se propôs a ler o livro de livre e espontânea vontade: levou-o e dois
dias depois, o devolveu dizendo que não o leria, pois o livro tinha indicações que
o identificava com a doutrina espírita; perguntado como sabia, se não o tinha
lido, a aluna respondeu que o pai era evangélico e que ele leu (e que costumava
ler todas as obras recomendadas pelos professores) antes e a proibiu de ler.
Ficamos surpresos, pois mais tarde faremos o resumo do livro em questão e
verificaremos que na verdade, a escritora usou o argumento não do espiritismo,
mas uma representação da figura de um fantasma tão lactente nas histórias
mundiais.
QUADRO SÓCIO ECONÔMICO
É preciso salientar que a relutância masculina em ler é uma constante e
inclusive tivemos dificuldades para encontrá-los, prevalecendo um número maior
de meninas que se dispuseram a fazer a leitura, mas lembrando, no entanto,
que a sala era na sua maioria de meninas.
N°
SEXO
IDADE
RENDA MÉDIA
10.........Feminino.......................8 com 13 anos
1 com 14 anos
1 com 16 anos
03........masculino...................... 2 com 13 anos
1 com 16 anos
13.............................................13...............................................
483,84
De pais agricultores, pedreiros, viajantes, caminhoneiros, comerciantes,
administradores,
pintores,
vendedores,
policiais,
caracteriza-se
aí
uma
heterogeneidade que, ao que constatamos forma um grupo coeso e bem
humorado. Os pais, no geral, moram com os filhos, sendo que apenas quatro
são separados. Dos pais constatamos que quatro não terminaram o ensino
básico, oito tem o ensino fundamental incompleto e apenas um fez um curso
superior. Das mães, duas têm apenas o ensino básico e duas o ensino médio.
Das crianças pesquisadas apenas uma trabalha meio período, já que estuda na
parte da manhã. A maioria em seu tempo livre vê TV, brinca, vai ao clube e
estuda. A média de irmãos na família, é de dois por residência.
O LIVRO
O livro retrata a vida de um garoto urbano que trabalhava num escritório,
no centro de São Paulo, numa companhia de seguros com o nome de Via
Láctea e cujo relacionamento era apenas superficial, tendo laços apenas
profissionais exercendo a ocupação de Boy. Freqüenta uma lanchonete onde
almoça e se interessa pela garçonete que a princípio nem o nota. É vidrado em
histórias em quadrinhos, chegando a trombar com pessoas nas ruas de tão
distraído que anda. É um garoto que perdeu os pais muito cedo, os dois de uma
só vez, num acidente de carro, por isso mora com um tio. Era gago e tímido.
Vestia roupas surradas pelo uso e resolve um dia, na intenção de conquistar a
garçonete, trocar sua antiga jaqueta por uma nova. Trabalha muito mais,
economiza ao máximo e finalmente a adquire. É convidado para o aniversário
do patrão e faz a estréia da jaqueta numa noite fria e chuvosa de São Paulo.
Quando volta para casa, já tarde da noite, numa estação do metrô, é assaltado
por dois ladrões que lhe levam a jaqueta e o deixam desolado. O Boy da Via
Láctea então, vai à primeira delegacia fazer a denúncia e não é bem atendido
pelo delegado de plantão, que não lhe dá a mínima importância. Acometido por
uma grande depressão, adquire uma pneumonia por causa da chuva que havia
tomado, o garoto morre no meio da história. O foco se volta então para a
delegacia onde ele havia estado e lá começam notícias que alguém estava
furtando jaquetas próximo à estação do metrô perto dali. Os roubos são tantos,
que a não solução, acaba por causar a demissão do mesmo delegado que tinha
atendido displicentemente o Boy da Via Láctea. O delegado recebe a visita de
uma vidente que lhe dá dicas do porquê dos crimes e numa noite se dá o
encontro do fantasma do menino com o delegado que é obrigado a entregar sua
jaqueta, terminando assim a onda de assaltos perto do metrô. No final da
história, em seu lugar surge outro garoto, igualmente gago, de nome Cacá (o
outro era Dodô, por causa da gagueira: Do-Douglas), menos tímido, que Dodô,
conquista a garçonete deixando a lacuna: será que era o mesmo que voltou?
GOGOL
NIKOLAY (VASILYEVICH) GOGOL, nasceu numa cidade chamada
Sorochintsi, na Ucrânea em 1809 e morreu em 1852. Filho de educador e
escritor estudou em São Petersburg, onde depois escreveu ocasionalmente
para periódicos.
O livro o Boy da Via Láctea segue o conto do escritor ucraneano e a
escritora Regina Chamlian declara:
“ Às vezes segui o conto dele de muito perto. Em outros momentos, talvez eu
tenha ido longe demais (nos dois sentidos da expressão.).
Espero que o leitor leia os livros de Gogol e goste deles tanto quanto eu.
Na ficção desse autor tudo é possível. Demônios voam. Narizes somem de
repente. Fantasmas roubam casacos.”
A história é a mesma que ocorre com o garoto, mas o personagem de
Gogol é um funcionário público especialista em copias, só sabendo fazer isso na
repartição onde trabalhava e um dia resolve reformar seu casaco e o alfaiate lhe
dá a triste noticia que não teria jeito. Tem o mesmo desfecho do Boy da Via
Láctea.
AS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO
Optamos pela terceira parte do questionário que aplicamos por tratar-se
do aprofundamento da leitura , que verifica o entendimento e estrutura do livro.
As outras partes, foram pela ordem: a) A escolha; b) impressões subjetivas; c)
aprofundamento da leitura (a que optamos); d) aspectos formais; e) a
ilustração; f) aspectos sensoriais; g) a autora; h) a entrevista;
Na parte terceira (que adotamos neste artigo), abrangemos apenas o item
em destaque, por não querermos nos estender muito.
A compilação dos dados nos dá a certeza de que algo deve mudar nos
bancos escolares, seja pelos professores, alunos, educadores, diretores, com
relação à leitura, pois detectamos grandes deficiências que acreditamos já vir
de longa data.
Percebemos que quando perguntado se o livro era fácil ou difícil de
entender, a maioria escreveu que era complicado, mas não souberam responder
o porquê, e os poucos que responderam que não era, disseram que era porque
estava em língua portuguesa, um grande equívoco, e é claro que o aluno não
tem discernimento para dar uma resposta concisa, mas alguma coisa errada
está ocorrendo, pois a leitura deveria suscitar discussão e um maior poder de
raciocínio,
item
este,
que
deixa
a
desejar
nas
respostas
das
crianças.entrevistadas.
Quanto ao índice com todos os subtítulos no início do livro e que vem
com várias referências em Inglês, todos, menos um achou que foi legal,
interessante e criativo, pois ajudava no norteamento da história, mesmo porque
eles leram em fases, ou seja, um pouco a cada dia, e isto facilitava a localização
toda vez que voltavam à leitura.
Na pergunta: O livro conta a história de quem? Do Douglas, ou do
Delegado? Apenas dois alunos responderam que a história é dos dois, o que
derruba o fato que eles mencionaram, que o livro é complicado. Ora, se sabem
a quem se refere a história, não há muita complicação.
Outra questão feita foi se a personagem do livro poderia ser real, e todos
concordaram que é uma pessoa do nosso cotidiano e o fato de o garoto ser
gago, tímido, pobre e órfão fez alguma diferença, pois acharam que ele podia
fazer parte de nosso dia-a-dia sem nenhuma restrição.
Perguntado também qual era a história de Douglas e o que aconteceu
com ele, alguns souberam fazer um resumo apenas superficial e houve apenas
um que não respondeu e outro que foi realmente completo, inclusive sendo o
único que relatou a história além da morte da personagem Douglas,
que
ocorreu no meio da história.
Quanto à pergunta se o delegado havia agido certo ao não dar muita
atenção à vítima Dodô, cinco alunos responderam que sim e outros oito que
não, que ele não havia agido certo.
Se acreditam no que aconteceu a Douglas,
foi respondido que sim por
12 alunos, apenas um disse não acreditar no ocorrido.
Quanto ao personagem morrer no meio da história, foram unânimes em
afirmar que foi chato, que não devia, que foi estranho e não gostaram.
Se era possível uma estória dessa ocorrer no nosso dia-a-dia, foi
respondido por 90% que sim, que podia acontecer.
Já na pergunta: se conseguiram identificar onde se passava a história, a
grande maioria disse que sim, mas não souberam precisar exatamente onde.
Três alunos não souberam identificar o local da história.
E na última pergunta: Você gostou de Dodô ter voltado para resolver o
problema de seu casaco, apenas um aluno respondeu que não porque achava
que o casaco não podia ser tudo na vida dele.
AVALIAÇÕES PARCIAIS
O título “avaliações parciais”, procede, porque teríamos que ter
um
espaço maior para nos aprofundarmos nas respostas coletadas.
Lembramos aqui que este projeto que desenvolvemos: “Narrativas
Juvenis” iniciou-se em 1989, na Unesp de Assis e desenvolvido na Escola
Clybas Pinto Ferraz de Assis – SP, coordenado pela professora Maria Alice
Faria e que nos chamou a atenção, e por isso a retomada nos dias de hoje nos
faz reportar àquele ano. Infelizmente observamos uma piora nos títulos infantojuvenis, porque continuam sendo editados às toneladas com o respaldo dos
temas transversais ditados pelos PCNS e sem nenhuma qualidade literária. A
piora também se deu no âmbito da leitura, pois os alunos não sabem o que
lêem e porque lêem. Apenas acreditam que estudar “é bom”.
Na nossa pesquisa a maioria respondeu que achava o livro complicado,
talvez apenas pelo que se apresentou no final do livro, ambíguo; mas todos
sabiam ao que se referia a história e apenas constatamos que na hora de
escrever a história do Boy da Via Láctea, o aluno não soube reproduzir na
escrita, o que se passava no livro. Apenas um aluno, dos treze que leram, fez
um resumo completo e conciso, os outros doze não foram além da morte do
garoto, mostrando claramente que a leitura piorou mais ainda desde 1989, onde
os alunos achavam que as histórias têm que ter um
final feliz, certinho,
arrumadinho. Interessante notar que embora achassem o livro complicado,
apenas um não gostou respondendo:
“não...porque até parece que o casaco era tudo na vida dele.”
Foi o único que teve opinião diferenciada, quando todos deveriam
escrever mais. Isto mostra uma certa apatia e nenhuma intimidade com a
reprodução, entendendo-se que a leitura não serve para nada. Quando
responderam sobre o personagem principal morrer no meio da história, quase
todos acharam ruim, acostumados que estão em ver desenhos e filmes, onde
tudo termina bem e felizes para sempre, não conseguem ir além e alguns até
disseram que perderam o interesse pelo resto do livro já que vinham seguindo o
personagem de perto. Apenas um aluno achou que a morte do personagem
principal no meio da história foi “diferente”. É pouco, entre treze alunos, é pouco
leitor com senso crítico, entre os entrevistados.
As respostas às perguntas que os alunos nos deram foram bastante
limitadas e por vezes confusa, com sérios problemas de interpretação, algumas
respostas equivocadas e vazias, nos dando a dimensão de há quantas anda a
escola pública na questão da leitura.
CONCLUSÃO
O problema pode estar na estrutura escolar que não estimula o professor,
embora equipamentos estejam chegando a todo o momento (computadores,
impressoras, vídeos, filmes). Os professores aderiram a essas tecnologias e
deixaram para trás coisas ultrapassadas como bibliotecas, redação, livros,
leitura. Por nossa experiência já encontramos livros espalhados em diversos
compartimentos, esperando por uma sala
que havia sido “emprestada” para a
sala de informática. Ora, não se troca uma coisa pela outra, mas acrescenta-se
e voltamos a salientar que é uma questão de estrutura. O professor por mais
que queira, não consegue se manter somente no magistério e assim gasta seu
tempo em outras atividades que não o de melhorar seu potencial e nem
conseguiria, pois baixos salários o impedem de capacitar-se por conta própria e
as escolas não recebem verbas suficientes para se sustentarem em constante
manutenção, mesmo tendo uma certa consciência dos alunos em não depredar
o seu próprio local de estudos. Algumas escolas conseguem se manter com
rendas de eventos promovidos por alunos ou
das cantinas quando
administradas por elas mesmas, e assim faz-se o que se pode e a educação
vem cambaleando, sucateada há muitos anos, deixando-nos uma perspectiva
nada agradável de mudanças.
O ensino tem problemas sim, mas cabe ao professor, (já que não
interessa ao governo) despertar o senso crítico, fomentar a discussão e
estabelecer ao menos critérios de estímulo à leitura, para não perpetuarmos os
robozinhos votantes do mesmo candidato, e apertadores de porcas como já
denunciava Chaplin, há anos.
A solução democrática, seria também a privatização, sabendo-se que de
início, não estimula muito a leitura, mas o professor deverá ter um maior
rendimento podendo melhorar sua produção, principalmente se pudesse
dedicar-se somente à profissão e quem sabe se a esperança não estaria aí? A
municipalização, já sabemos que não resolve muito, que só é uma questão de
tempo para adernar e sobretudo, mais uma causa perdida às intenções políticas
que não combinam com livros e leitura neste país.
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