FILEK-Pop Fetistival Portugal (DN)
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FILEK-Pop Fetistival Portugal (DN)
Domingo _9 de agosto de 2015. Diário de Notícias 37 ARTES Portugueses brilham na música k-pop a tentar um lugar na final na Coreia do Sul C0NCURSO Houve quem interpretasse JULIO LOBO PIMENTEL/GLOBAL IMAGENS Sugar Sugar das Laboum (na foto), outros Kontrol, de Kim Sung Kyu, outros ainda At Gwanghwamun, de Kyuhyun; ao todo foram 15 músicas de grandes figuras da k-pop, a música coreana que tem conquistado adeptos mundo fora. O auditório do Museu do Oriente, em Lisboa, encheu para a eliminatória portuguesa do K-Pop World Festival 2015, no qual há representantes de 63 países a tentar um lugar na final na Coreia do Sul. Por cá, dez concorrentes apresentaram-se na categoria de performance e cinco na de canto, sendo avaliados tanto pela técnica, como pelas capacidades vocais e pronúncia, como ainda pelo carisma em palco. O Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, juntamente com o da Cultura, a cidade de Changwon e a televisão KBS organizam a grande final a 18 de outubro. No ano passado, esteve presente a portuguesa Filipa Cardoso. O Carnaval de Buraka e as farpas de Carlão o sucesso Rather Be. A fechar a noite, no palco principal atuaram os DJ holandeses W&W. O coletivo, que existe desde 2007 e que já tocou em festivais como o Tomorrowland, pôs 38 mil pessoas a dançar. O duo de música eletrónica foi, talvez, o mais pesado até agora no Sudoeste. Não deixaram de trazer êxitos como Lean On, de Major Lazer, ou remisturas de Calvin Harris. E ainda algumas brincadeiras com músicas infantis como If You’re Happy Clap Your Hands and You Know It, tornando-as dignas de registo de música de terror. MEO Sudoeste. Sexta-feira foi a noite dos portugueses com os Buraka Som Sistema e Carlão CATARINA FERREIRA A terceira noite do Festival MEO Sudoeste não foi exclusivamente portuguesa, mas bem que o podia ter sido. Nada digno de memória futura se passou ali que não fosse português. O pódio fica então para Carlão e os Buraka Som Sistema – estes últimos já não atuavam no Sudoeste há seis anos. No regresso do Karnaval, trouxeram à herdade da Casa Branca os seus trunfos: a mestre de cerimónias Blaya e as suas danças incendiárias, Kalaf, e também um monte de vuvuzelas para o público fazer “muito barulho”. A audiência, enlouquecida, dançou agachada ao som de êxitos como Kalemba (Wegue Wegue) ou (We Stay) Up All Night. Pelo meio, como numa alucinação coletiva, apareceu Ana Moura para cantar o fado Até ao Verão e logo depois fugiu. O público esfregou os olhos, ela já não estava lá, e continuou tudo a dançar. Na mesma noite, Carlão apresentou o seu novo disco Quarenta. Respaldado por um quarteto de cordas, para as quais até vestiu um fato para cantar e receber o seu amigo Dino D’Santiago. Mais tarde surgiu de vestes mais despojadas e pronto para disparar em todas as direções. Principais alvos: os DJ da pen, José Sócrates, e o BPN e o BES, a que dedicou Colarinho Branco, acompanhado pelo seu amigo DJ Glue. Mais tarde, o público teve direito à presença de outra das grandes da música portuguesa, Sara Tavares, que com ele cantou Bla Bla Bla e Crioula Rainha. O êxito Os Tais fechou o concerto com o público em histeria. Jimmy P. parece ter sido beneficiado pelo mau tempo de sexta-feira. “Não contava ter tanta gente aqui para me ver no Sudoeste”, confessou. Mas houve muito quem o quisesse ver e cantar entusiasmadamente temas como On Fire ou Storytellers. Carolina Deslandes atuou na hora de jantar e, apesar da popularidade de que goza o seu SARA MATOS/GLOBAL IMAGENS (e convidados, um deles muito inesperada). Público respondeu com danças, gritos e vuvuzelas Blaya e as suas coreografias incendiárias single top nas rádios nacionais, a sua prestação esforçada foi debalde – estavam escassas centenas presentes para a ver. Agir, em contrapartida, teve uma legião de fãs à espera, e que abanou com temas como Deixa-Te de Merdas, e respondeu à provocação com beijos apaixonados entre casais. No palco principal, a performance do coletivo britânico Clean Bandit parecia datada. Quando as suas violinistas e violoncelistas não são as protagonistas, fazem lembrar sonoridades antigas de bandas como os extintos Ace of Base ou Everything But The Girl. Para encerrar a sua atuação, apresentaram O festival dos honestos Na folia, com o intrincado das coreografias, e saltos e encontrões que por ali se dão, muitos objetos ficam perdidos na multidão. Segundo o capitão Carvalho, no posto da GNR montado no recinto a maioria dos objetos perdidos são “telemóveis, cartões, carteiras e chaves do carro”. E regista com especial contentamento que tem “muitos clientes felizes”. Isto porque há imensa gente da segurança e campistas a entregar objetos perdidos no posto. “Isto é um festival muito honesto”, graceja o capitão. No momento em que estamos à conversa surge uma miúda em busca do seu iPhone perdido nos concertos da véspera. Chama-se Inês, veio de Faro e agora está toda contente: “Já não estava à espera de encontrar o meu iPhone” e sai logo a falar ao telefone, a comentar o feliz reencontro com o seu aparelho de 600 euros.