o setor de transporte - Revista Entre-Vias
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o setor de transporte - Revista Entre-Vias
l Agosto de 2013 Distribuição gratuita em postos de combustível ANO X l Nº 113 Novidades apimentam o setor de transporte "Cegonheiros optam por segurança, conforto e economia na renovação de sua frota" Carlos Roesel, presidente do Sintrauto/MG Editorial Geraldo Eugênio de Assis A guerra pelo conforto A cada ano, novas tecnologias são introduzidas na fabricação de caminhões. Há, inclusive, modelos de luxo percorrendo as rodovias brasileiras. Nesta edição de Entre-Vias, damos destaque a quatro grandes marcas que disputam o mercado de veículos pesados. Elas se sobressaem na realização do sonho de grande parte dos estradeiros: tornar mais confortáveis e seguros os veículos nos quais eles passam grande parte de sua vida profissional. Para o Sindicato dos Cegonheiros de Minas Gerais (Sintrauto/MG), não poderia ser diferente, já que é uma categoria unida e com poder de decisão na renovação de sua frota. Os estradeiros agradecem. Chega de sofrer com caminhões pouco espaçosos e limitados. Basta, agora, investimento em infraestrutura, por parte do poder público, para que essas máquinas possam ser utilizadas de maneira eficaz, em toda a sua potencialidade. Acompanhamos tais inovações com entusiasmo. Afinal, o conforto do estradeiro é a garantia de um trabalho menos árduo. Gratificante para a categoria e compensador para a sociedade. Envie sua carta para Rua Cremerie, 216, Jardim Petrópolis, Betim, MG CEP: 32655-080 [email protected] Expediente Diretor-gerAL/eDitor Geraldo Eugênio de Assis [email protected] gereNte ComerCiAL Poliana Silva reDAção Cristina Guimarães e Patricia Moraes iLUstrAçÕes Paulo Baraky Werner - PW DiretorA exeCUtivA Tayla Assis [email protected] DePArtAmeNto ComerCiAL Karen Prado, Margeri Mansor, Renata Gomes e Rodrigo do Espirito Santo [email protected] eveNtos Amanda Rodrigues web DesigNer Joélcio Simões eDitorA Chefe Patricia Moraes [email protected] gereNte ADmiNistrAtivA Laís Morais [email protected] fotos Arquivo Entre-Vias revisão Lílian de Oliveira Diagramação Roger Simões DistribUição Antonio Carlos dos Reis imPreSSão Gráfica Del Rey tiragem 10 mil exemplares todos os direitos reservados A reprodução total ou parcial de textos, fotos e artes é proibida sem autorização prévia. ENTRE-VIAS não se responsabiliza por textos opinativos assinados. "As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam, assim como os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes." ENTRE-VIAS, por meio de um mailling especial, chega a empresários e executivos de empresas de transporte de cargas e às principais redes de postos de combustíveis. Autoridades, entidades de classe, sindicatos, indústrias e órgãos governamentais também recebem a publicação. 6 Entre-Vias aSSinaturaS / anunCianteS Minas Gerais Rua Cremerie, 216, Jardim Petrópolis, Betim/MG. CEP: 32.655-080 (31) 3052-0103 / 3594-4245 [email protected] Uma publicação da Auto Gestão Publicidade e Consultoria ltda. 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Veja as vagas abertas 14 28 ESTRADAS Aqui você encontra as novidades da infraestrutura rodoviária 30 MOBILIZAÇÃO O lado da greve dos caminhoneiros que poucos conhecem 34 destaque empresarial Apail Diesel: uma grande família 36 cultura Dez músicas para ouvir na estrada 40 artigo alo é o campeão da Taça G Libertadores da América de 2013 CAPA: Iveco/divulgão e Deivisson Fernandes 8 Entre-Vias Meio Ambiente Diesel S-1800 Mais 385 municípios brasileiros passam a oferecer o S-500, óleo diesel menos poluente. Expectativa é de que, até janeiro, troca seja feita integralmente no país substituído Paulo Werner D esde o início de julho, o diesel S-1800 tem sido substituído no país por um menos poluente, o S-500. A emissão de poluentes por este último ainda não é o ideal, mas atende aos veículos mais antigos, cujo motor não tem capacidade para rodar com o S-10, que tem ainda menor teor de enxofre. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o S-1800 será totalmente retirado do mercado em 1º de janeiro de 2014 em todo o Brasil. O S-500, usado na frota de caminhões, ônibus e outros veículos de uso rodoviário, será agora obrigatório em mais 385 municípios do país. No total, são mais de 3 mil cidades, de sete Estados – Piauí, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Maranhão e Bahia –, oferecendo nos postos de combustíveis o diesel menos poluente. Recife e a região metropolitana já oferecem o diesel S-10 desde 1º de janeiro deste ano. Desde 2006, o S-500 está sendo implantado no país gradativamente. Na época, 237 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Campinas, Belém, Aracaju, Vitória, Baixada Santista (SP), São José dos Campos (SP) e Vale do Aço (MG) passaram a oferecer o diesel com menor teor de enxofre. Toda a mudança atende às etapas do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). 10 Entre-Vias Por meio do Proconve, a ANP elaborou regras para a substituição do óleo diesel mais poluente pelo que emite um percentual menor de gases no meio ambiente. Hoje, estão no mercado nacional o S-10 (10 partículas por milhão – ppm), S-500 (500 ppm) e S-1800 (1800 ppm). O S-50, que já tinha um menor teor de enxofre e começou a ser comercializado no país, já foi totalmente substituído em janeiro pelo S-10, o melhor para o meio ambiente. O S-500 chegou a 72 municípios do Rio Grande do Sul em janeiro de 2012, em 311 cidades do Paraná em março do mesmo ano, 59 de Santa Catarina, 30 de São Paulo e 228 da Bahia até o fim do ano passado. A substituição, segundo a ANP, favorece significativamente a redução da emissão de poluentes causadores do efeito estufa. Dados fornecidos pela agência dão conta de que cerca de 72% de enxofre deixam de ser eliminados pelo escapamento do veículo a diesel leve e pesado quando o combustível S-1800 dá lugar ao S-500. Se substituído pelo S-50, a redução chega a 97%. O Proconve ainda prevê que os veículos de carga saiam da montadora com motores capazes de receber o diesel menos poluente, o S-10. A regra vale para os produzidos a partir de janeiro do ano passado. A diminuição dos gases oferece benefícios para a sociedade do ponto de vista ambiental e da saúde pública. O S-1800 é um combustível derivado do petróleo, com odor forte e característico. É usado em automóveis, furgões, caminhões, pequenas embarcações marítimas, máquinas de grande porte, locomotivas, navios e aplicações estacionárias, como geradores elétricos. Tanto o S-500 quanto o S-1800 são usados nos veículos fabricados até 2011. A ANP esclarece que apenas os veículos fabricados a partir de 2012 podem usar os novos óleos diesel disponíveis no mercado, como o S-10 e o S-50. Os novos motores, chamados Euro 5, podem ter problemas se abastecidos com os combustíveis S-500 e S-1800, como perda de rendimento e potência. A redução na emissão de gases também é menor que o esperado. A expectativa é de que, a partir de 2014, sejam vendidos no país apenas dois tipos de diesel: o S-500, para o interior do país, e o S-10, para os caminhões produzidos a partir de 2012. O diesel menos poluente, o S-10, já é usado nos países membros da União Europeia. Nos Estados Unidos, o padrão é o S-15 e o S-500. O S-50 e o S-500 são comercializados na Colômbia e, no Chile, o S-50 e o S-15. Dos países que fazem a mudança gradativa, o Paraguai é o mais atrasado e utiliza o S-2500. A Argentina tem parte do S-10 e a maioria das cidades ainda vende o S-1500. PREÇO No fim de julho, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou, no “Diário Oficial da União”, o preço médio dos combustíveis aplicado em diversos Estados ao consumidor. Desde o início de agosto, novos preços são praticados no mercado em oito Estados brasileiros. Na média, o Acre é o Estado que tem o combustível mais caro, tanto a gasolina quanto o diesel e o etanol, com R$ 2,72 o litro. Em Mato Grosso, o valor médio do litro é R$ 2,57, seguido de Roraima (R$ 2,56) e Rondônia (R$ 2,51). Em Minas Gerais, o valor médio é R$ 2,32, mais barato que no Espírito Santo (R$ 2,33) e no Rio de Janeiro (R$ 2,33). O menor preço foi encontrado no Mato Grosso do Sul, com R$ 2,20. Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul não informaram. Eventos o Fotos: 2LikePhotoStudi Transporte e logística em pauta São Paulo sedia quatro importantes eventos simultâneos de transporte e logística N o mês de setembro, o setor de transporte e logística estará em evidência, com a realização de quatro eventos simultâneos na capital paulista. De 17 a 19 de setembro, o Expo Center Norte sedia a 28ª Movimat (Feira Internacional de Intralogística), Transporte & Logística Brasil by STIL, VUC Expo e XVII Conferência Nacional de Logística. São esperados 25 mil visitantes no total. Em sua 28ª edição, a Movimat reunirá 200 marcas dos principais representantes de produtos e serviços voltados para as áreas de Armazenagem, Elevação, Automação, Embalagem, Movimentação e Empilhadeiras. Realizada pela primeira vez no país, a Transporte & Logística Brasil leva a assinatura da SITL (Semana Internacional do Transporte e da Logística), evento promovido em Paris, na França, e reconhecido como um dos maiores do mundo no setor. Cento e cinquenta marcas nacionais e internacionais apresentam suas novidades em serviços de transporte e logística, infraestruturas logísticas, condomínios logísticos e sistemas de tecnologia de informação. A primeira edição da Transporte & Logística Brasil terá a França como país convidado, com um pavilhão dedicado exclusivamente aos principais players de transporte e logística franceses. Nesse período será realizada também a VUC Expo – Salão Internacional de Veículos Urbanos de Carga –, primeira feira exclusiva de VUCs no país. No evento, cerca de80 expositores apresentarão suas novidades ao público, que terá à disposição uma área para test drive, onde os interessados poderão dirigir os VUCs e avaliar o desempenho dos veículos. A VUC Expo nasce com a bagagem da Fenatran – Salão Internacional do Transporte –, principal evento do setor, que está em sua 19ª edição. Para completar, será promovida a XVII Conferência Nacional de Logística, em parceria com a Associação Nacional de Logística (Abralog), com o tema “Eficiência logística e excelência na gestão de resultados”. Mais informações nos sites www.expom ovimat.com.br e www.vucexpo.com.br. Homenagem a São Cristóvão Centenas de motoristas e devotos de São Cristóvão acompanharam, no fim de julho, a grande festa e carreata em homenagem ao santo. A missa foi realizada na empresa Transrefer, no bairro Riacho das Pedras, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Após a missa, os motoristas seguiram em carreata pelas ruas da cidade até a igreja de São Gonçalo. Juntos, passaram pelas avenidas Estrela Polar, Centauro, BR-381, avenidas Firmo de Matos e João César de Oliveira, até chegar à igreja. A homenagem foi feita a partir de parceria entre a Associação Comercial e Industrial de Contagem (ACIC), o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Centro-Oeste Mineiro (Setcom) e a Prefeitura de Contagem. Fique de Olho Saiba como usar o acostamento Via ao lado da pista de rolamento é destinada a veículos em emergência. Multa para quem utilizá-la da forma incorreta pode chegar a R$ 570 S eja duplicada, seja pista simples, a maioria das rodovias do Brasil tem – ou deveria ter – acostamento. A faixa ao lado da pista de rolamento é destinada à parada de veículos em caso de emergência e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado. A função do acostamento está descrita no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas muitos insistem em descumprir as regras. Além de estacionar por tempo indeterminado e sem justificativa, motoristas ainda aproveitam a faixa quando o trânsito está engarrafado. As duas práticas são consideradas infrações gravíssimas e passíveis de multa de até R$ 570, além da perda de sete pontos na carteira. De acordo com informações divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante operações especiais de trânsito, transitar no acostamento é sempre infração e a faixa O QUE DIZ O CTB Artigo 37: n Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno devem ser feitas nos locais apropriados e, onde não existirem, o acostamento pode ser usado à direita para cruzar a pista com segurança. Se não cumprido, a infração é gravíssima, com multa e remoção do veículo. Artigo 179: n Fazer reparo em veículo na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado. Se não cumprido, a infração é leve, com multa e remoção do veículo. Artigo 181: n Estacionar o veículo na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento consiste em infração gravíssima, com pena de multa e remoção do veículo. n Estacionar o veículo no acostamento, salvo motivo de força maior, consiste em infração leve com pena de multa e remoção do veículo. Artigo 193: n Transitar como veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins públicos consiste em infração gravíssima, com pena de multa de valor triplicado. Artigo 202: n Ultrapassar outro veículo pelo acostamento, em interseções e passagens de nível consiste em infração grave e pena de multa. Artigo 225: n Deixar de sinalizar a via de forma a prevenir os demais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar visível o local quando tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou permanecer no acostamento ou quando a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada imediatamente consiste em infração grave sob pena de multa. deve estar livre para as equipes de emergência chegarem ao local em que esteja ocorrendo algum problema. Essa é a função do acostamento. Transitar nessa faixa pode atrapalhar o salvamento de vítimas no caso de um acidente, por exemplo. A faixa pode ser usada para parada quando houver uma pane no veículo ou situação de emergência. Ainda assim, a orientação da PRF é que o motorista procure um local mais seguro, como um posto de gasolina, um restaurante ou outro local de parada. A PRF ainda alerta que transitar a pé ou de bicicleta no acostamento é perigoso, mas é permitido. A pessoa deve ter cuidado redobrado para não ser atropelada ou sofrer um acidente. Conforme o CTB, a circulação de pedestres e bicicletas pode acontecer quando não houver local apropriado para esse fim. Mas o motorista no Brasil sabe usar o acostamento da forma correta? De acordo com o Código de Trânsito, a faixa tem muitas utilidades durante a viagem. O artigo 37 descreve que pode ser usada para cruzar a pista ou virar à esquerda. O condutor deve aguardar no acostamento à direita para cruzar a pista com segurança. As bicicletas devem seguir a seguinte ordem de tráfego: ciclovia ou ciclofaixa em primeiro lugar; se não houver, usar o acostamento; e ainda, se não tiver, pelo bordo da pista de rolamento no mesmo sentido da circulação, com preferência sobre os veículos automotores. Para parar no acostamento, o veículo deve estar posicionado no sentido do fluxo, fora da pista de rolamento e devidamente sinalizado. Especialistas alertam que, apesar de práticas comuns, não é permitido parar no acostamento para fazer uma ligação rápida, ir ao banheiro, fazer uma foto, comprar produtos de ambulantes ou mesmo aguardar um comboio. Paulo Werner Segurança Virou moda rebaixar ou levantar a traseira do veículo de carga, mas especialistas alertam que a prática é perigosa A lguns podem até considerar bonito levantar a traseira de um caminhão e deixar o veículo mais imponente. Mas a prática que virou moda é arriscada e pode causar prejuízo para o bolso do motorista. Assim como o rebaixamento, isto é, quando os eixos de suspensão são encurtados, descaracterizar a forma original do caminhão pode levar a desgaste precoce das peças. Conforme especialistas, os caminhoneiros ainda desconhecem as principais consequências: comprometer a vida útil do veículo e causar acidentes. A carga transportada também pode sofrer danos. Em entrevista ao Blog do Caminhoneiro, o sócio da Mobilidade Engenharia e diretor coordenador de Comissões Técnicas da SAE Brasil, Luso Ventura, alerta que, quando se alteram as propriedades de um caminhão, corre-se o risco de quebrar a suspensão e ocasionar outros problemas estruturais. Segundo ele, modificações nos veículos são feitas para 16 Entre-Vias O risco de modificar o caminhão aperfeiçoar ou melhorar o desempenho, mas, no caso de elevar a traseira do caminhão, o motorista deve pensar que a função de transporte de carga vai continuar, e que pode ser prejudicada. No caso do levantamento, o eixo dianteiro fica sobrecarregado e não há outra função senão a estética para a prática. Para chegar ao resultado, são colocados calços debaixo das molas de suspensão ou molas adicionais. A estabilidade e durabilidade do veículo, para especialistas, saem perdendo. A situação pode piorar quando o motorista enfrenta na estrada intempéries como chuva, granizo, muito buraco, enfim, situações que exigem esforço extra do veículo. A inclinação também pode afetar o rolamento e o para-choque traseiro. Já quando rebaixado, como é comumente feito também em carros de passeio, todo o conjunto de molas do veículo passa por cirurgia. Nesse caso, há um comprometimento na capacidade de carga do caminhão e ele também fica mais difícil de manobrar. “O caminhão quase se torna um carro”, disse Luso Ventura para o Portal do Caminhoneiro. O veículo, muitas vezes, não consegue sequer passar por um quebra-molas ou lombada, o que pode levar o motorista a até mesmo perder o controle da direção. Nos dois casos, rebaixar ou levantar a traseira, há riscos. Especialistas explicam que qualquer veículo é fabricado com a distância correta entre os eixos para que ele possa trafegar com segurança. Há cinco anos, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou resolução, de número 292, que regulamenta as modificações de veículos previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No artigo 8º, a resolução, que foi publicada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), dispõe que é ilegal a “alteração das características originais das molas do veículo, inclusão, exclusão ou modificação de dispositivos de suspensão”. Capa Entre-Vias orgulhosamente apresenta: novidades do mercado automotivo Para representar o setor que leva desenvolvimento para o Brasil, os caminhões acompanham as tendências mundiais nos quesitos desempenho, segurança, sustentabilidade, economia, design e conforto. Esses veículos retratam o progresso da atividade do transporte de cargas, que está cada vez mais profissionalizada 18 Entre-Vias Fotos: Divulgação A s montadoras investem pesado em tecnologia, pesquisa e capital intelectual para que as máquinas tenham estilo, funcionalidades e produtividade. Nas previsões de especialistas, equipamentos como o piloto automático completo, brevemente, permitirão que os caminhões sejam conduzidos em longos comboios interligados por sistemas wireless, que precisarão de modernas autoestradas, nas quais estarão embutidas em seu pavimento linhas de transmissão de eletricidade para abastecer a demanda dos veículos. Trata-se de um sistema similar aos que fornecem energia para trens, metrôs e bondes modernos, mas sem perder a capilaridade inerente ao transporte rodoviário. Acreditam, ainda, que a segurança rodoviária também será aumentada em virtude da adoção desse sistema de comboios de veículos em vias energizadas. Além disso, a redução do arrasto aerodinâmico causada pelo fato de um caminhão estar quase “no vácuo” do veículo da frente resultará em expressivas reduções no consumo de combustível e na emissão de CO². Muitos motoristas vão poder descansar ao volante e ativar sistemas de piloto automático enquanto apenas o caminhão da frente do comboio efetivamente irá dirigir. Para melhorar ainda mais a vida dos motoristas, os caminhões do futuro certamente serão ainda mais espaçosos e arejados. Enquanto o futuro não chega, as empresas do ramo mostram as tendências. Nas páginas a seguir, Entre-Vias apresenta os lançamentos das principais montadoras. Entre-Vias 19 Capa iveco HI - way A montadora apresenta um novo conceito: o Iveco Hi-Way, caminhão consagrado com o International Truck of the Year 2013, concedido pela imprensa especializada durante a feira de transportes de Hannover, na Alemanha, em 2012. O prêmio é reflexo de uma grande série de conteúdos tecnológicos e inovações que fazem do Iveco Hi-Way representante de um novo patamar no transporte de cargas e uma verdadeira referência em design, conforto, espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais. O novo modelo será lançado no dia 19 de agosto e a empresa antecipou as seguintes informações para os leitores da Entre-Vias: com amplo espaço interno, o veículo está disponível nas versões teto alto ou teto médio, ambas com cabine leito com 2,5 metros de largura por 2,25 de comprimento, o que possibilita mobilidade e favorece a sensação de bem-estar. Com piso semipleno, a versão teto alto permite que uma pessoa de até 1,90 metro fique em pé sem encostar a cabeça no teto. Chega em três opções de potência: 440, 480 e a novíssima versão de 560 cv, que o posiciona entre os veículos de maior desempenho no mercado dos extrapesados premium. O caminhão de design premiado é referência em espaço interno, ergonomia, tecnologia, segurança, desempenho e baixos custos operacionais. E a tecnologia de ponta dos propulsores e inovações aerodinâmicas garantem economia de 2,5% de combustível em relação ao Stralis Ecoline, que já se destaca nesse quesito, e os custos de manutenção são até 10% inferiores que o dos concorrentes diretos. A seguir, acompanhe a entrevista do diretor comercial da Iveco, Alcides Cavalcanti, sobre as tendências da empresa. Entre-Vias: Quais são as diretrizes para a produção de caminhões da Iveco? Alcides: A Iveco tem como diretriz principal a busca incessante por inovação tecnológica que proporcione alta rentabilidade aos transportadores. Nossos Centros de Desenvolvimento do Produto em todo o mundo (um deles fica no Brasil) trabalham integrados no sentido de oferecer ao mercado tecnologias que vão ao encontro das demandas dos nossos clientes. EV: Elas acompanham os critérios mundiais? A: Sem dúvida. Hoje, a evolução da legislação ambiental em todo o mundo segue praticamente os mesmos padrões de redução de emissão de poluentes. Seja na Europa ou na América Latina, o desenvolvimento das novas tecnologias está conseguindo entregar motores cada vez mais potentes e menos poluidores. Por isso, os motores da família de produtos Iveco Ecoline, além de atenderem ao Proconve P7, são tecnologicamente mais avançados do que a versão anterior, proporcionando aos veículos mais potência e torque com menor consumo. EV: Quais são os diferenciais da Iveco? A: A sua vocação em ser uma empresa full liner (Linha Completa). Esse direcionamento permite que nossa área de Engenharia desenvolva um trabalho especial em cada segmento de produto para oferecer a melhor configuração para a operação do nosso cliente. Começando com o Daily de 3,5 toneladas e chegando, mais recentemente, ao novo Stralis Hi-Way de 74 toneladas de PBTC (Peso Bruto Total Combinado), a Iveco consegue entregar veículos diferenciados para qualquer tipo de operação, seja urbana ou rodoviária. EV: Quais são as tendências da Iveco? O que a empresa prepara para os transportadores? A: Hoje todos os caminhões da Iveco são desenvolvidos com foco em redução do custo operacional. Essa não é uma tendência, e sim uma realidade nas principais transportadoras do país. Por ser um bem de capital, os clientes buscam produtos confiáveis, robustos, econômicos e de alta produtividade. E um exemplo da Iveco que vai ao encontro dessa nova exigência é o novo Stralis Hi-Way, que entrega o máximo de tecnologia, conforto, ergonomia e desempenho, sem abrir mão da economia de combustível e baixos custos operacionais e de serviços. EV: O senhor gostaria de deixar alguma mensagem para os leitores da Entre-Vias? A: Sim, faço um convite aos empresários cegonheiros que ainda não conhecem nossa linha a experimentarem nossos produtos. Nossos avanços e inovações tecnológicas proporcionam significativas vantagens operacionais aos transportadores, pois entregam, de fato, maior conforto para os motoristas, mais segurança, melhor dirigibilidade e maior capacidade de carga, aliados a motorizações cada vez mais econômicas e eficientes. O Sintrauto empenha-se para que nossos associados tenham as melhores ofertas do mercado e, principalmente, sejam tratados de maneira privilegiada. Os novos modelos devem sempre ser equipados com muita tecnologia. E, de nossa parte, investimos em nossos profissionais para que eles acompanhem essa evolução. Carlos Roesel, presidente do Sintrauto/MG Capa VOLVO Linha FH Disponível nas potências de 420cv, 460cv, 500cv e 540cv, os caminhões da linha FH são ideais para o transporte em longas distâncias. Um dos diferenciais dos caminhões desse modelo é a caixa de câmbio I-Shift, por proporcionar menor consumo de combustível, conforto ao motorista, segurança na estrada e baixo custo operacional. A cabine do FHpossui conceito de “célula de sobrevivência” e foi projetadapara atender às necessidades dos transportadores em suas diferentes aplicações e garantir conforto ao motorista. Cabines maiores permitem ao motorista encontrar uma posição de assento ideal, graças ao espaço extra. O painel ergonomicamente projetado é equipado com computador de bordo que a um simples toque fornece ao motorista todas as informações sobre o desempenho e as condições do caminhão como o consumo de combustível, a carga das baterias, a temperatura do óleo do motor, o tempo de percurso, velocidade média e alerta de eventuais falhas, entre outros. Os freios do tipo “Z” came possibilitam frenagem ainda mais segura e menor custo de manutenção. A Volvo garante que equipa os seus caminhões com o mais potente sistema de freio motor do mercado, que oferece potência de frenagem de 410cv e 500cv, e assim o motorista utiliza menos os freios de serviço, provocando menor desgaste no sistema. Os caminhões da linha FH contam ainda com uma série de atributos de segurança: o ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade), que reduz a possibilidade de derrapagem e capotagem em curvas; e o ACC (Piloto Automático Inteligente), um avançado mecanismo que auxilia o motorista a manter o caminhão a uma distância segura do veículo da frente, o que reduz o risco de acidente. Outros dispositivos de segurança ativa são o LCS SCANIA Streamline A Scania apresenta ao mercado o Streamline, em que produtos e serviços são oferecidos juntos. A composição da nova gama contemplará, na cabine G Streamline, modelos de 360 cve 400 cvde potência e torques que variam de 1.850Nm a 2.100Nm. As cabines R Streamline e R HighlineStreamline oferecem caminhões de 400cv, 440cv, 480cv, 560cv e 620 cvde potência e torques que variam de 2.100Nm a 3.000Nm. Da mesma forma que o atual modelo R, o R Streamline V8 de 620cv segue sendo o caminhão mais potente do mercado brasileiro. O desempenho está garantido pelos potentes propulsores de 13 e 16 (V8) litros e pelos mais altos torques da categoria dos pesados. São três tipos de configurações de roda: 4x2, 6x2 e 6x4. O Scania Streamline traz novos ganhos aotrem de força e à caixa automatizada Scania Opticruise, que podem chegar a 4% de economia de combustível. Para atingir esse índice, com o Streamline, estreiam o modo econômico do Scania Opticruise, que representa 2% desse total; o sistema lubrificante da caixa automatizada (adição de 0,4%) e a nova aerodinâmica exclusiva de sua cabine, responsável por 0,6% do montante. Completa a somatória o Ecocruise, o piloto automático inteligente Scania, que contribuiu com o 1% restante. A montadora garante que é possível obter ainda mais ganhos de economia, em comparação a veículos que não usam defletor de ar e são conduzidos sem treinamento adequado. O uso do defletor e ajustes corretos nesse equipamento acrescentam mais 4%, que, somados aos 7% de redução de consumo dos motores Euro 5 em relação à geração anterior Euro 3, garantem até 15% de diminuição na queima de diesel. Os propulsores Euro 5, lançados para a linha atual em janeiro de 2012, utilizam a tecnologia SCR, diminuidora também da emissão de gases – cerca de 80% menos de material particulado (MP) e 60% de óxido de nitrogênio (NOx) –, e o aditivo ARLA 32. Outros 10% de atenuação nos custos operacionais podem ser obtidos com o aperfeiçoamento do operador via Programa de Treinamento 22 Entre-Vias de Motoristas Scania. Para garantir o cumprimento das metas, a empresa continua oferecendo a formação, que pode ser adquirida em qualquer uma das mais de 100 concessionárias; e o Driver Support, o tutor eletrônico instalado no painel para a análise em tempo real da condução. (Sensor de Ponto Cego), que detecta qualquer veículo que esteja posicionado ao lado direito do caminhão, alertando o motorista por meio de alarme sonoro; e o LKS (Monitoramento da Faixa de Rodagem), que alerta o motorista caso o veículo saia da faixa de rodagem em virtude de desatenção. Esse mecanismo integra tambémo DAS (Detector de Nível de Atenção), equipamento que é acionado automaticamente quando o condutor apresenta um estilo de condução irregular, ziguezagueando o veículo na pista, um comportamento característico de fadiga e sonolência ao dirigir. Linha VM Com potências de 220cv, 270cv e 330cv, os caminhões da linha VM prometem ser os mais econômicos de sua categoria. Por dispor de diversas possibilidades de potências, caixas de câmbio e entre-eixos, os caminhões dessa linha adaptam-se a atividades de diferentes segmentos, como agronegócio e supermercadista, em atividades de transporte e distribuição; e na construção civil, como caminhão caçamba, betoneira e guindastes. Evolução Os três modos de condução do Scania Opticruise ganham mais uma opção, o Econômico. A nova função chega com a missão de evitar o desperdício de diesel, desabilitando o Kickdown (acionamento de aceleração rápida) e a possibilidade de trocas manuais de marcha, quando o veículo estiver acima de 50 km/h. Caso o condutor programe o Ecocruise, numa mesma velocidade, em parceria com o modo Econômico, ambos vão encontrar a melhor solução para manter a redução na queima de diesel. Os outros modos são: Potência (alcança o máximo desempenho do motor), Padrão (combina potência e economia) e Off Road (permite ao propulsor girar em rotações mais amplas). O cliente poderá escolher três das quatro opções e será possível mudá-las quando desejar, numa simples atualização do software, em qualquer concessionária. No novo sistema de lubrificação do câmbio, o fluxo de óleo ganhou em performance por conta de um novo direcionamento dentro da transmissão, que assegura sua total lubrificação e melhor refrigeração. Por consequência, foi otimizada a quantidade de óleo na caixa e houve diminuição dos atritos internos; ambos melhoram a eficiência nas passadas. Em sua segunda geração, o sistema de freio auxiliar ganhou mais potência de frenagem mesmo em velocidades mais baixas, e seu torque máximo aumentou em 500Nm, chegando a Seu chassi é longo e fabricado com um tipo de aço altamente resistente, flexível e mais leve, o que garante uma estrutura reforçada e leve ao mesmo tempo. Outro diferencial é que é equipado com freio motor VM-EB de 235cv para os modelos com 270cv e 330cv, o que garante mais segurança, maior velocidade média e menos desgaste nas peças, aumentando a produtividade da operação. A cabine VM também foi projetada e construída no conceito “célula de sobrevivência”. Outros diferenciais são piloto automático no volante, bancos com várias opções de regulagem e controle pneumático do ajuste da coluna de direção. FM Disponível na potência de 370cv, o FM completa a oferta de caminhões Volvo. É um veículo intermediário entre o FH e o VM. O modelo é indicado para transporte em longas distâncias com capacidade de tração de até 56 toneladas. Essa versão é equipada com freio motor VEB de 390cv, possui cabine no conceito de 3.500Nm. No controle da direção para diminuir o consumo de diesel, o Scania Retarder mantém uma velocidade média, principalmente em longos trajetos de descidas acentuadas. Dessa forma, há uma natural contenção de combustível, além de redução de emissões e aumento da produtividade. Nova aerodinâmica O Scania Streamline também chega para ampliar o conforto e a busca pela redução de consumo. No lado externo da cabine, as mudanças que caracterizam o Streamline são os ganhos aerodinâmicos e imponentes das laterais da grade, defletor de ar de série, grafia especial, novo design do quebra-sol e para-choque rebaixado, que agora "abraça" os degraus. Os modelos também são equipados com lanternas em LED e faróis H7 de halógeno de série e, como opcional, novos faróis de xenônio. O renovado controle da suspensão a ar ganhou quatro opções de memória e alta de 25% no intervalo de manutenção. O interior da cabine também traz novidades. O cliente vai encontrar um novo computador de bordo, novo rádio com GPS, Bluetooth e USB, novas cores de revestimento nos painéis da parede, novos assentos de couro (com ventilação e ajuste de pescoço) e climatizador de série. Pela primeira vez no Brasil, a Scania disponibiliza um bafômetro integrado ao painel. O caminhão “célula de sobrevivência” e painel ergonômico, com os comandos ao alcance do motorista. O modelo pode ainda ser aparelhado com a caixa de câmbio I-Shift, airbag e Alcolock: sensor de teor alcoólico instalado no painel que funciona como bafômetro. A versão 6x2 é equipada com a exclusiva suspensão Tandem, que apresenta estabilidade, robustez e conforto. Já o caminhão Volvo FMX foi especialmente desenvolvido para o transporte pesado em condições severas, desde aplicações na construção e mineração até no transporte da cana-de-açúcar e madeira. Disponível nas versões 6x4 e 8x4 nas potências de 370cv, 420cv, 460cv e 500cv, o FMX encara os locais mais difíceis com desenvoltura, devido a suas altas potências e torques. O modelo ainda pode ser equipado com itens comoescada de inspeção de carga, que permite a verificação sem descer da cabine; tapetes de borracha com bordas altas para facilitar a limpeza; e faróis de serviços, quevão desde luzes no teto para iluminar o carregamento até luzes de chassi e de aviso giroscópicas. somente dará partida após o motorista fazer o teste e comprovar que não está alcoolizado. Serviços A gama de opções contempla o novo Programa de Manutenção Scania formado por quatro categorias (Premium, Trem de Força, Standard e Compacto), a Manutenção Flexível, o Sistema de Diagnose e Programação Scania (que promove diagnósticos mais rápidos e precisos) e Consultoria de Desempenho. Para customizar o plano certo para cada cliente, são analisados vários fatores, como tipo do veículo, implemento utilizado, aplicação/operação, quilometragem rodada por ano e tempo contratado. Outra novidade é a opção pelo uso do óleo sintético no lugar do mineral, que dobra o intervalo de troca. Entre-Vias 23 Capa MERCEDES-BENZ Actros V8 O Actros 2655 6x4 V8 é indicado para longas distâncias rodoviárias e é uma opção para os operadores logísticos que utilizam bitrenzão de nove eixos ou rodotrem de nove eixos. A configuração do seu trem de força foi otimizada para a topografia e as condições das estradas brasileiras. O motor OM 502 LA de 8 cilindros em V gera 551 cv de potência a 1.800 rpm e 2.600 Nm de torque a 1.080 rpm, proporcionando elevadas velocidades médias e força para vencer qualquer subida. O caminhão vem equipado com o câmbio PowerShift2 G-330 de 12 marchas, totalmente automatizado e sem pedal de embreagem. Além de tornar a seleção de marchas mais precisa e os engates mais rápidos, o câmbio tem sensor de inclinação da via, que auxilia o sistema a escolher a marcha mais adequada de condução de acordo com o relevo da pista. A tecnologia BlueTec 5 da Mercedes-Benz – presente em toda a atual linha de caminhões – promete desempenho, eficácia e confiabilidade, reduzido consumo de combustível e maiores intervalos de troca de óleo e manutenção. Os eixos traseiros são HL-7, com redução nos cubos e relação de redução 4,14. Esses componentes oferecem flexibilidade nas mais variadas aplicações. A diminuição distribui melhor os esforços internos, tornando o eixo menos suscetível a quebras quando utilizado em vias irregulares. Propicia, ainda, maior distância em relação ao solo, aumentando a proteção e a durabilidade dos eixos. Actros “Estradeiro” O caminhão extrapesado Actros 2546 6x2 “Estradeiro” percorreu a BR-101 por toda a sua extensão. Foram mais de 4.500 km, numa expedição que teve duração de 11 dias, passando por 12 Estados brasileiros, para um longo test-drive. Segundo os especialistas, o caminhão teve desempenho seguro, confortável, econômico e confiável. De acordo com a Mercedes-Benz do Brasil, o Actros versão “estradeira” é um produto desenvolvido para atender as longas distâncias rodoviárias, que promete baixo consumo de combustível e menor custo de manutenção. Dessa forma, pretende atender às demandas cada vez mais específicas do transporte de cargas e assegurar o máximo desempenho, bem como a produtividade. Os cavalos mecânicos Actros 2546 6x2 e Actros 2646 6x4 são equipados com motor de 456 cv e permitem a utilização de diversos tipos de semirreboques, como carga seca aberta, furgão, sider, graneleiros, tanques de líquidos e gases, porta-contêiner e outros. O Actros 2646 6x4 também é utilizado para tracionar muticomposições, como bitrem, bitrenzão e rodotrem. O caminhão conta com exclusivo ar-condicionado noturno, que funciona com o motor desligado, sistema de orientação de faixa de rolagem, controle de proximidade, assistente ativo de frenagem e freio eletrônico com ABS e ASR, além de retarder. Axor A Mercedes-Benz introduziu suspensão pneumática na cabina dos modelos rodoviários Axor 4x2 e 6x2 com motor OM 457, versões leito teto baixo ou teto alto. Item de série, a tecnologia amplia o conforto e o bem-estar a bordo, proporcionando maior satisfação ao motorista e maior produtividade no dia a dia de trabalho. O modelo também conta com o câmbio PowerShift totalmente automatizado, que realiza os engates de forma rápida e suave, aumentando significativamente o conforto de operação para o motorista. 24 Entre-Vias Além disso, contribui para a otimização do consumo de combustível e promete minimizar as diferenças de condução entre os motoristas de uma frota, aproximando os menos experientes aos melhores, fazendo com que a média de consumo da frota melhore significativamente. O sistema de ar condicionado é outro item de série do Axor rodoviário. Estão disponíveis também componentes como trio elétrico, fechamento centralizado das portas com controle remoto, exclusivo freio-motor Top Brake, freios a disco ou tambor, freios ABS e computador de bordo com planejamento da manutenção do veículo, controle do consumo de combustível e diagnóstico de falhas. Para curtas, médias e longas distâncias rodoviárias, os caminhões Axor são oferecidos nas configurações 4x2, 6x2 e 6x4. Os clientes têm à escolha versões cavalo mecânico e caminhão plataforma para diversas aplicações, como operações logísticas, transporte de cargas fracionadas e paletizadas, produtos industrializados, eletrodomésticos, móveis, veículos, bebidas, hortifrutigranjeiros, cargas frigorificadas, cargas líquidas, cereais, alimentos e outros produtos. Formação Hora de se qualificar Instituições de ensino oferecem cursos para profissionais do transporte de cargas; e há vagas para este ano O ano já está quase acabando, mas ainda dá tempo de se qualificar para o mercado de trabalho. Há vagas disponíveis em várias instituições de ensino voltadas para o transporte para este ano. Uma boa opção para quem está sempre na estrada são os cursos a distância. É só levar um computador com internet para onde for e estudar a cada parada. Além de matérias voltadas para a carga, as entidades oferecem capacitações em língua estrangeira, saúde e técnicos. A qualificação abre mais oportunidades nas empresas de logística para motoristas profissionais, transportadores autônomos ou quem quer entrar nesse mercado. O setor é cada dia mais exigente e quem deseja aumentar suas expectativas profissionais pode incrementar sua formação com cursos especiais, muitos gratuitos. Hoje, no país, o principal responsável pela oferta de cursos profissionalizantes no transporte são o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat). Mas outras entidades também oferecem disciplinas especializadas. Faça já sua inscrição. 26 Entre-Vias SEST/SENAT Transporte para todos (on-line) Em parceria com a Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, o curso tem como objetivo sensibilizar e capacitar profissionais para conhecer, valorizar, receber e trabalhar com pessoas com restrição de mobilidade, idosos, gestantes e pessoas com deficiência. O curso é gratuito e tem duração de 10 horas. Noções de meio ambiente (on-line) O curso surgiu com o objetivo de conscientizar os indivíduos quanto ao importante papel que desempenham no meio ambiente e assim auxiliar no processo de mudança de atitudes. É gratuito e tem duração de 12 horas. Enfrentamento à exploração sexual de crianças (on-line) Para auxiliar no processo de enfrentamento e denúncia dessa prática criminosa, o Sest/Senat desenvolveu o curso que apresenta uma breve caracterização do problema, apontando possíveis causas, conceitos, indicando atores e mecanismos que dão sustentação às redes de exploração. O curso é gratuito e tem duração de 12 horas. Português – a nova ortografia (on-line) Com carga horária de 45 horas e duração média de 30 dias, o conteúdo programático abrange disciplinas como a língua falada e escrita, concordâncias verbal e nominal, regências verba e nominal, crase, pronome, acentuação, pontuação, flexão verbal e nominal, redação e reforma ortográfica. O investimento é de R$ 95 e as aulas têm início em 6 de setembro, 4 de outubro, 1º de novembro e 6 de dezembro. Gestão do transporte e da frota (on-line) Com carga horária de 45 horas e duração média de 30 dias, o conteúdo programático abrange disciplinas como métodos práticos para dimensionamento e operação de frotas; softwares, mapas e instrumentos de apoio e roteirização de veículos; transporte de mercadorias: características e modalidades; transporte multimodal: definições e documentos e condução econômica: princípios básicos. O investimento é de R$ 95 e as aulas têm início em 6 de setembro, 4 de outubro, 1º de novembro e 6 de dezembro. Gestão de estoques e armazenagem (on-line) Com carga horária de 45 horas e duração média de 30 dias, o conteúdo programático abrange disciplinas como terminais de carga e armazéns; organização de terminais de carga e armazéns; recepção, conferência e expedição de cargas nos armazéns e terminais; gestão de estoques e sistemas de controle de estoques, compras e processamento de pedidos. O investimento é de R$ 95 e as aulas têm início em 6 de setembro, 4 de outubro, 1º de novembro e 6 de dezembro. Custo e nível de serviço (on-line) Com carga horária de 45 horas e duração média de 30 dias, o conteúdo programático abrange disciplinas como conteúdo de custo total de produção e custos logísticos; formação de preços de fretes; o conceito de nível de serviço logístico ao cliente; definição e construção de indicadores de nível de serviço no transporte e na logística e sistema de avaliação de desempenho por indicadores. O investimento é de R$ 95 e as aulas têm início em 6 de setembro, 4 de outubro, 1º de novembro e 6 de dezembro. Conceitos e aplicações (on-line) Com carga horária de 45 horas e duração média de 30 dias, o conteúdo programático abrange disciplinas como definição e importância da logística; objetivos e razões para o surgimento da logística; cadeia logística; atividades da logística e evolução da logística. O investimento é de R$ 95 e as aulas têm início em 6 de setembro, 4 de outubro, 1º de novembro e 6 de dezembro. Programa de formação de motoristas Curso pretende qualificar condutores que atuarão no transporte de carga e de passageiros. O pré-requisito é ter carteira de habilitação nas categorias C, D ou E. As aulas são presenciais e serão ministradas por instrutores das 138 unidades do Sest/Senat no país. A carga horária é de 160 horas-aula divididas em módulos básico, intermediário, especializado e prático. As inscrições podem ser feitas na unidade mais próxima, pelo telefone 0800 728 2891 ou pelo www.sestsenat.org.br. Técnico em transporte rodoviário de passageiros O curso forma profissionais aptos a auxiliar no planejamento das ações de operação e gestão do transporte rodoviário de passageiros. Está estruturado em três módulos e tem duração de 18 meses. A carga horária total é de 1.080 horas, das quais 765 são realizadas a distância e 315 presenciais. O curso é oferecido nas unidades de Cariacica-ES, Florianópolis-SC, Criciúma-SC, Chapecó-SC, Goiânia-GO, Santo André-SP, Jacareí-SP, Campinas-SP, São Vicente-SP, Marília-SP, Presidente PrudenteSP, Ribeirão Preto-SP, Taubaté-SP, São José do Rio Preto-SC, São Luis-MA, Teresina-PI e Recife-PE. Técnico em logística O curso visa formar profissionais aptos a auxiliar no planejamento das ações de operação e gestão da logística. Está estruturado em três módulos e tem duração de 18 meses. A carga horária total é de 1.080 horas, das quais 765 são realizadas a distância e 315 presenciais. O curso é oferecido nas unidades Bento Gonçalves-RS, Cariacica-ES, Florianópolis-SC, Criciúma-SC, Chapecó-SC, Goiânia-GO, Santo André-SP, Jacareí-SP, Campinas-SP, São Vicente-SP, Marília-SP, Presidente PrudenteSP, Ribeirão Preto-SP, Taubaté-SP, São José do Ri Preto-SC, São Luis-MA, Teresina-PI e Recife-PE. Curso itinerário formativo de transporte de cargas Foi desenvolvido para oferecer aos condutores uma oportunidade de especialização no tipo de carga transportada conforme as opções: carga viva; cana-de-açúcar; carga geral; frigorificadas; frutas, verduras e hortaliças; grãos; lixo urbano; mudanças; produtos farmacêuticos; transporte de valores e veículos (cegonheiro). A carga horária total pode variar entre 148 a 208 horas de conteúdo de acordo com a especialização. Curso itinerário formativo de transporte de produtos perigosos Foi desenvolvido para oferecer aos condutores uma oportunidade de especialização em uma das classes de risco: corrosivos, explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas e infectantes, substâncias radioativas e substâncias perigosas diversas. A carga horária varia entre 172 e 246 horas de conteúdo. Mais informações no Sest/Senat: 0800 728 2891 ou [email protected] SETCEMG Qualidade nos serviços de coleta e entrega Data: 28 de agosto Horário: 8h às 17h Local: Sest/Senat BH (Rua Presidente Manoel Soares Costa, 1, bairro Serra Verde) Objetivo: Proporcionar condições para que os profissionais de coleta e entrega identifiquem e apliquem em seu trabalho os procedimentos para a prestação de serviços com qualidade. No programa estão disciplinas como a importância do transporte de cargas; prestação de serviços com qualidade; comunicação e percepção; apresentação pessoal e cuidados com os veículos, trabalho em equipe e qualidade nos serviços de coleta e entrega. Investimento: Gratuito para os trabalhadores em transporte de carga Mais informações: (31) 3408.1507 | 3408.1512 CENTRO DE ENSINO NO TRANSPORTE E TECNOLOGIA (CETT) A instituição tem a finalidade de profissionalizar e aperfeiçoar os profissionais do setor do transporte rodoviário de cargas. São vários cursos oferecidos durante todo o ano na rua Campos Sales, 775, Jardim Campestre, em Lins, São Paulo. O telefone de contato é o (14) 3532.4346 e o e-mail é [email protected]. Cursos oferecidos e carga horária Custos no transporte 50h Mecânica, pneus e borracharia 50h Direito nos transportes 60h Noções de administração de empresas de transporte 80h Logística no transporte 60h Logística empresarial 60h Mecânica diesel, direção econômica e condução eficaz 30h Custos no transporte para transportadores 60h Ajudante de distribuição (coleta e entrega) 40h Carregador40h Gestão de recursos humanos 60h Custos logísticos 60h Eletrônica básica 40h Gestão de canais de distribuição 60h Logística reversa 60h Ajudante de distribuição 40h Capacitação para instrutores de motoristas 80h Carga e descarga 20h Carga internacional 126h Conferente de cargas 20h Contabilidade gerencial e custos no transporte 40h Direção inteligente segura 10h Espanhol para motorista e caminhão 20h Gerenciamento de distribuição e logística 80h Marketing e logística comercial nacional e internacional 120h Entre-Vias 27 Estradas Fotos: Divulgação Artesp Portais contam com antenas de leitores na mesma frequência que as tags, que permitem o reconhecimeneto do veículo Cobrança automática de pedágio para todo o Brasil Governo expande sistema Ponto a Ponto. Atualmente, iniciativa está em funcionamento em rodovias de São Paulo 28 Entre-Vias R ecentemente, foi anunciada a expansão, para todo o país, da tecnologia implementada em São Paulo – o sistema Ponto a Ponto – que consiste em uma nova forma de cobrança de pedágio nas rodovias, de forma eletrônica e com base no trecho percorrido pelo usuário. Isso acontece por meio da instalação de portais em pontos estratégicos nas estradas, que contam com antenas de leitores na mesma frequência que as etiquetas eletrônicas (tags), aparelhos semelhantes aos utilizados hoje por sistema de cobrança eletrônica, afixadas nos veículos. Assim, ao passar por um pórtico, o dispositivo é reconhecido e o valor é automaticamente debitado dos créditos do usuário. “Esse modelo visa tornar o modelo de cobrança da tarifa mais justo, ao viabilizar que seja solicitado um valor mais próximo da distância efetivamente percorrida pelo motorista. A Europa e os Estados Unidos já utilizam essa tecnologia. Na Itália e na Espanha, por exemplo, é possível percorrer várias estradas sem ter de parar, com a cobrança sendo realizada eletronicamente. Já os Estados Unidos mesclam os sistemas eletrônico e manual”, explica Giovanni Pengue Filho, coordenador do Ponto a Ponto naAgência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Para a ampliação da tecnologia, a instituição firmou parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), entidade do governo federal. Atualmente, o Ponto a Ponto é utilizado somente para a cobrança de pedágio por trecho percorrido em três rodovias do Estado de São Paulo: de forma experimental, em 2012, na rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), que liga Itatiba a Jundiaí; e na rodovia Santos Dumont (SP-75), que liga Campinas a Sorocaba. Em julho deste ano, foi ampliado para a rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP 340), que liga Campinas a Mococa. “São pontos positivos o desenvolvimento e a utilização de tags com radiofrequência RFID 915 MHZ, que passou a ser implantada em São Paulo em substituição aos equipamentos que adotavam a frequência 5,8 GHz, que já eram usados havia 11 anos. A nova modalidade, além de mais moderna, proporcionou o barateamento do acesso do usuário ao pedágio eletrônico e a abertura de mercado desse tipo de serviço – com a entrada de novas operadoras de pedagiamento eletrônico no sistema –, ampliando o núme- Giovanni Pengue Filho, coordenador do Ponto a Ponto na Artesp ro de planos e reduzindo o valor dos que já eram oferecidos aos usuários”, avalia o coordenador. Integração Outra oportunidade refere-se à integração de serviços. A partir da experiência paulista, novos produtos e serviços de transporte e logística poderão ser desenvolvidos com base na tecnologia. A ideia é integrar o mesmo padrão de chip de radiofrequência nos mais diversos modais: rodoviário, marítimo, aéreo e ferroviário. O que se pretende, a partir da parceria, é fomentar o uso da mesma tecnologia e do mesmo padrão em diversas aplicações. Com um único chip para uso em veículos, cargas ou produtos será possível integrar serviços como a cobrança de pedágio, pesagem de veículos comerciais, rastreamento e acompanhamento da origem e do destino da carga, o que contribui no combate ao contrabando de mercadorias e fraudes, já que são compartilhadas as mesmas informações com várias entidades fiscalizadoras. Também poderão ser ampliadas para todo o país as aplicações já em uso atualmente, como os pagamentos de estacionamentos e abastecimento de veículos. A parceria prevê que a Artesp e a EPL prestem suporte a empresas usuárias, fornecedores de equipamentos, governos estaduais e prefeituras no desenvolvimento de produtos e serviços de transporte e logística baseados na tecnologia. A integração poderá beneficiar, inclusive, os chips que já sairão instalados nos veículos fabricados a partir de 2014, conforme estabelecido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (SINIAV). Entre-Vias contatou a assessoria de imprensa da EPL, solicitando o posicionamento da instituição quanto ao prazo de implementação da nova tecnologia e ao valor dos pedágios. Contudo, até o fechamento desta edição, não recebemos retorno. Mobilização Interesses sobrepõem Greve realizada pelos caminhoneiros chama a atenção para problemas do transporte rodoviário de cargas. Contudo, governo responde com arbitrariedade R ecentemente, diversos setores da sociedade foram às ruas para apresentar suas demandas, visando à justiça, equidade e políticas públicas. Um dos principais ramos da economia – o transporte rodoviário de cargas – também mostrou suas necessidades, por meio da greve dos caminhoneiros, nos primeiros dias do mês de julho. De forma pacífica e legítima, os profissionais paralisaram nacionalmente as atividades para chamar a atenção para o cenário repleto de adversidades. A categoria reivindica redução nos custos dos transportes, com subsídio no preço do óleo diesel, isenção do pagamento de pedágios para caminhões e a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada à Presidência da República. Porém, as autoridades reagiram de forma arbitrária, como mostra o relato do presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho. Ele autorizou a Entre-Vias a replicar, com exclusividade, o resultado da manifestação, visando oferecer transparência para a categoria. “Prezados companheiros, Venho desta vez à presença de todos vocês para fazer uma espécie de ‘prestação de contas’ de quase tudo que aconteceu e está acontecendo em relação a nossa luta por justiça (retomada de direitos adquiridos burlados) e melhores condições profissionais, para todos nós e nossas famílias. Quais foram os resultados da nossa pauta de reivindicações apresentada ao governo e que motivou a nossa Manifestação ocorrida no período de 1º a 4 de julho? Primeiramente, é preciso lembrar que, quando estávamos parados em casa e ao à luta digna longo das rodovias, em momento algum os órgãos do governo se dispuseram a sentar à mesa de negociações, muito pelo contrário, fomos surpreendidos com as divulgações pela imprensa de que o governo havia decidido me tornar uma espécie de "bode expiatório" e aplicar, de imediato e sem o direito de defesa, pesadas represálias contra a minha pessoa individual e o MUBC, como se houvesse de minha parte interesses particulares políticos, financeiros, ou outros quaisquer, e havia mobilizado toda a máquina do governo contra mim, de maneira injusta e agressiva. 1. Mandou a Polícia Federal abrir sindicância de averiguação na tentativa de comprovar tratar-se de ‘lock out de empresários’, baseado no falso boato de que eu era um ‘empresário bem-sucedido’, proprietário de uma frota de dezenas de caminhões, quando, na realidade, conforme pôde ser comprovado no nosso site www.uniaobrasilcaminhoneiro.org.br, era, sim, uma ‘manifestação autêntica de caminhoneiros, cooperativas de caminhoneiros e pequenos transportadores’ Entre-Vias 31 Mobilização Sr. Nélio Botelho e a constatação de que possuo na realidade apenas um caminhão (sou autônomo autêntico), ainda pagando prestações do Procaminhoneiro, portanto, alienado; 2. Mandou que a Justiça aplicasse de imediato uma multa no valor de R$ 6.300.000,00 (seis milhões e trezentos mil reais) contra mim e o MUBC, além de bloquear todos os eventuais bens de minha propriedade e do MUBC, onde só foram encontrados para bloqueio na minha conta bancária particular pouco mais de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e na conta bancária do MUBC pouco mais de R$ 2.000,00 (dois mil reais), os quais a seguir foram desbloqueados por sentença judicial, além da constatação de que nem eu e nem o MUBC somos possuidores de quaisquer outros bens móveis ou imóveis; 3. Em represália a minha pessoa, mandou cancelar contratos comerciais de órgãos estatais com a Cooperativa Brasileira dos Caminhoneiros (de cuja diretoria estou afastado); 4. Por fim, mandou cancelar o ‘Acordo de Cooperação Técnica’ entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o MUBC. Um acordo gratuito entre as partes, que facilitava a inscrição obrigatória do transportador de cargas no Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC), sem ônus, e que passou agora a 32 Entre-Vias ser operado somente por duas operadoras credenciadas e que cobram pesados valores na execução dos serviços. O que ficou claro nessas violentas represálias, cujo alvo era eu, foi a constatação de que, na realidade, os mais atingidos foram os próprios caminhoneiros e pequenos transportadores. Com relação à pauta de reivindicações, como ficou: z Sobre o subsídio para baixar o preço do óleo diesel, que poderia baixar também os preços dos alimentos e demais produtos, o governo não quis nem ouvir falar, alegando que não é essa a política do governo. z Sobre a isenção ou baixa do valor do pedágio para caminhões, que também poderia baixar os preços dos alimentos e demais produtos, o governo alegou impossibilidade de atender devido aos contratos que tem com as Concessionárias. z Quanto à criação de uma Secretaria de Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada à Presidência da República (nos mesmos moldes das já existentes Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas), o governo considera descartada a hipótese devido à existência atual de 39 ministérios. z E, finalmente, a respeito do Projeto de Lei que aprimora a Lei 12.619/12 (Lei do Descanso): Nossa reivindicação era de que o projeto fosse aprovado em regime de urgência para abreviar a sua sanção e regularizar a instabilidade existente no setor. Pois bem, foi aprovado, no dia 4 de julho de 2013, na Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados, porém, como não foi estabelecida tramitação de urgência, segue agora normalmente para votação no Plenário da Câmara, depois para o Senado Federal e, finalmente, da mesma forma, para sanção da Presidência da República. Significa dizer que, caso não haja nenhum atropelo nessa trajetória, o projeto só será sancionado em meados do ano que vem. Existe ainda a informação de uma predisposição nas casas de votação e na sanção presidencial de vetar diversos artigos do projeto. Dessa forma, como ficamos: Ficaram prejudicadas e não serão solucionadas as seguintes questões que fazem parte do projeto: z Cartão Frete: continuará obrigatório e permanecerá a proibição do direito de receber o frete ‘em dinheiro’; z Código de Identificação da Operação de Transporte (CIOT): continuará obrigatório e permanecerão as dificuldades de contratar carregamentos em alguns embarcadores; z Remuneração do frete e do salário do motorista: continuarão baixos e defasados, já que a concorrência desleal continuará operando no mercado de fretes; z Cobrança de pedágio de eixo levantado: será cobrado; z Fiscalização e multa do tempo de direção e descanso: o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) revogou a Resolução 417, que orientava a não fiscalização punitiva da lei desde a sua entrada em vigor. A partir de agora, a Polícia Rodoviária passa a fiscalizar e multar todo transportador que não cumprir integralmente a Lei do Descanso. Além do mais, mesmo aqueles transportadores que não forem multados estarão acumulando um ‘Passivo Trabalhista’ tamanho que, quando cobrado, o transportador terá de vender tudo que tem para tentar conseguir pagar. Também o motorista que reclamar na Justiça os seus direitos trabalhistas vai conseguir levar o caminhão e mais alguma coisa do patrão. Ou seja, agora, sim, estamos em um beco sem saída. Quero deixar bem claro, meus amigos, que não vai aqui nenhuma intenção de fazer sensacionalismo e nem assustar ninguém. Essa é a verdadeira realidade em que nos encontramos. Neste momento, a situação é pior do que quando iniciamos a nossa luta por melhores condições de trabalho e por querer restabelecer os nossos direitos adquiridos e que foram injustamente burlados por alguns poucos exploradores. A continuar assim, é melhor mudarmos de profissão. Não sei se vocês perceberam que somos totalmente desacreditados. Não somos sequer respeitados. Prova disso foi a resposta dada a nossa Manifestação Nacional, por meio da qual a nossa intenção era mostrar ao governo, de forma pacífica, a realidade dos milhares e milhares de famílias de caminhoneiros (os maiores trabalhadores desta terra) e despertar para a necessidade da imediata intervenção dos órgãos responsáveis por este país, no sentido de dar condições de sobrevivência a esse setor que carrega o país nas costas e que corre o risco de afundar, levando junto a economia e o próprio país, que depende de nós para sobreviver. Infelizmente, não fomos entendidos. De minha parte, meus amigos, apesar dos ataques que venho recebendo, não me considero derrotado, muito pelo contrário, sinto-me cada vez mais vitorioso, já que estou consciente de estar com a missão cumprida e de levar o sonho de fazer justiça até onde eu puder, como sempre abençoado por Deus. O momento é decisivo. É preciso que cada um fique atento e mantenha a união como única forma de ainda tentarmos nos salvar. Caso contrário, estaremos em breve atingindo o fundo do poço e no futuro não teremos como nos justificar perante nossos filhos e nossos netos. Boa sorte a todos e que Deus continue a nos iluminar. Nélio Botelho. MUBC.” Destaque Empresarial Apail Diesel: uma grande família Empresa que fornece autopeças para vários tipos de veículos está há 26 anos no mercado e faz planos para expansão S ão 26 anos de uma história construída e mantida por laços familiares. Juntos, tio e irmãos perceberam uma demanda no mercado e abriram uma empresa que com muita dedicação se tornou uma das líderes no ramo de autopeças diesel em Minas Gerais. A Apail Diesel, antiga Autopeças e Acessórios Igarapé Ltda., nasceu e cresceu assim. Anísio Antônio Chaves, 45, um dos sócios – a sociedade hoje é composta por cinco irmãos (Arnaldo, Alaor, Ângela, Anísio e Anselmo), a mãe (Silvina Maria) e os herdeiros do tio José Chaves de Oliveira –, conta que o pai era proprietário de uma mineradora em Igarapé, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa mantinha muitos caminhões, que sempre precisavam 34 Entre-Vias de peças, acessórios, manutenção, e a única fornecedora da cidade estava prestes a fechar. Foi quando o tio José Chaves, falecido, se uniu a Anselmo Chaves da Fonseca, irmão de Anísio, e a outra pessoa de fora da família para abrir o negócio. Eles abriram a autopeças em 1987 em Igarapé, onde hoje está a matriz. Mesmo com o nome Autopeças e Acessórios Igarapé Ltda., a empresa ficou conhecida e famosa pelo nome Apail, e os sócios trataram de mudar a razão social. Anísio entrou em 1995 e apostava no futuro da empresa da família. Mesmo já tendo trabalhado também na mineradora, foi lá que ele se ergueu como empresário. “Nós trabalhamos muito unidos, são cinco irmãos na sociedade e minha mãe. Isso é muito bom, não tem briga, resolvemos tudo juntos e tratamos nossos funcionários como amigos mesmo”, diz. Há uma receita para o sucesso? Anísio responde que sim: “O principal capital da Apail é humano, e nós apostamos nisso”. Anselmo é o idealizador e está lá, à frente da Apail até hoje, sem descanso. Todos os dias, ele abre e fecha uma das lojas. Começou aos 22 anos, quando deixou a mineradora, onde também trabalhava, para investir na autopeças. Pai de dois rapazes, de 18 e 23 anos, deseja que cada um siga seu próprio caminho, cada um a sua maneira. O mais velho estuda relações internacionais e o mais novo, até o momento, trabalha com o pai. Agora, o que eles planejam é abrir mais filiais. O local ainda não está definido, mas um plano de expansão está sendo traçado. A primeira loja aberta fora de Igarapé foi em Belo Horizonte, em 2001. Dez anos depois, vendo os resultados sólidos da filial na capital mineira, os sócios decidiram investir em Sete Lagoas e abriram a terceira loja. A cidade é sede de grandes empresas, como Iveco, Ambev, Bombril e Elma Chips. A missão da empresa, conforme descrito na página da Apail na internet, é “fornecer soluções na reposição de autopeças diesel para veículos médios e pesados, gerando a sustentabilidade da organização, satisfazendo clientes, colaboradores, fornecedores, acionistas e a sociedade”. E assim é na prática. Entre-Vias esteve na loja da Avenida Amazonas, em Belo Horizonte. São muitos clientes entrando e saindo toda hora satisfeitos. Os funcionários, cordiais, não têm tempo para mau humor. E convidam para sentar, tomar um café, são solícitos e unidos. O preço também agrada. “O nosso diferencial é que nossos vendedores têm total autonomia para resolver o problema do cliente na hora, seja diminuindo o preço, seja melhorando as condições de pagamento, enfim, da forma que precisar. Eles não precisam de autorização do dono, e isso facilita muito”, afirma Anísio. Porta aberta O tratamento com os funcionários também colabora para o sucesso da empresa. Eles formam uma grande família, estão sempre vendo os donos “darem o sangue” tanto quanto eles e têm trânsito livre com a chefia. “Nossa porta está sempre aberta, nós abrimos e fechamos as lojas, isso é um diferencial no mercado, e nossos funcionários trabalham satisfeitos”, afirmou. No futuro, eles almejam liderar o mercado de reposição de peças para veículos diesel em Minas Gerais. Hoje, outros diferenciais são os serviços oferecidos. A Apail tem frota de entrega própria com motos e picapes, serviço de entrega dos melhores do mercado, condições de pagamento variadas, flexibilidade na negociação de preços e prazos de entrega ou pagamento, profissionais qualificados, vários modelos de veículos atendidos e processo simplificado de garantia. A Apail fornece peças para caminhões, ônibus, vans, trucks e carretas das linhas Mercedes-Benz, Scania, Volvo, Volkswagen, Ford, Iveco, Sprinter, MB-180, Ducato e Daily. As lojas ficam na avenida Amazonas, 8.500, bairro Cabana, em Belo Horizonte; na avenida Fernão Dias, 355, bairro Bela Vista, em Igarapé; e avenida Castelo Branco, 2.286, bairro Santo Antônio, em Sete Lagoas. Cultura Dez músicas para ouvir na estrada O uvir músicas é passear, ir de um para outro sentimento, em busca de sensações, lugares afetivos. Havendo ou não uma letra, contando ou não uma história, as melodias nos transportam para períodos, lugares, estados de espírito, nos relaxam, nos agitam, e é por isto que são fascinantes. Quem não gosta de rock’n’roll? Quem nunca dirigiu ligado nas batidas do “bom e velho” rock’n’roll? Nessa família musical, do rock, existe uma trama mais complexa, de harmonia mais elaborada, chamada rock progressivo. Músicas longas, ótimas para a companhia nas estradas. Segue a minha seleção. 1 2 3 4 5 36 21ST CENTURY SCHIZOID MAN”, “ banda KING CRIMSON Faixa mais conhecida do primeiro disco da banda, “In the Court of the Crimson King”, combina a musicalidade refinada com a poesia das letras. Chamam a atenção os vocais distorcidos e a sonoridade veloz do baixo e saxofone. SINAL DE PARANOIA”, banda SOM NOSSO “ DE CADA DIA Imagino que poucos conheçam a banda, que é uma das mais importantes do rock progressivo brasileiro. O grupo lançou poucos discos, de baixo orçamento, mas, ainda assim, produziu verdadeiras obras-primas do gênero musical, como “Sinal de Paranoia”. “SHINE ON YOU CRAZY DIAMOND”, banda PINK FLOYD "Shine on You Crazy Diamond" é uma composição de nove partes do Pink Floyd, com letras escritas por Roger Waters, em tributo ao ex-membro da banda Syd Barrett e melodia escrita por Waters, Richard Wright e David Gilmour. Uma música feita para o espírito, reconfortante e edificante, que chama o brilho de volta ao poeta decadente. “1974”, banda O TERÇO Suíte instrumental composta por nada menos que Flávio Venturini para o fechamento do terceiro disco da banda O Terço, “As Criaturas da Noite”, a música é sutil e comovente, merecendo figurar entre joias raras do rock progressivo. “A PASSION PLAY”, banda JETRHO TULL Controversa, satírica e de difícil entendimento em vários pontos, a composição relata a jornada pós-morte de Ronnie Pilgrim, que não se adapta à vida no céu, nem no inferno, por se sentir demasiadamente controlado. A composição figura nas listas de composições mais importantes da história em se tratando de rock progressivo. Sempre tive a impressão de que a inspiração inicial do drama artístico foi o romance “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri, embora faltem melhores referências sobre o tema. Entre-Vias 6 7 8 9 “CLOSE TO THE EDGE”, banda YES Faixa título do disco, que muitos consideram a obraprima da banda britânica, nela fica clara a influência épica e esotérica que se inicia com o disco. No site da banda, informa-se que a canção é inspirada no livro “Sidarta”, de Hermann Hesse, que prima por suas linhas misteriosas. “DESPERTAR”, banda TERRENO BALDIO Menos conhecida do que merece, a banda Terreno Baldio – que faz poucos shows – contribui de forma excelente em matéria de rock progressivo. No disco “Terreno Baldio”, salientamos a faixa “Despertar”. A banda merece mais atenção de público e crítica e faz trabalho que a coloca, com méritos, entre minhas favoritas. “WATCHER OF THE SKIES”, banda GENESIS Esta é a primeira faixa do Genesis no álbum de 1972, “Foxtrot”. O título é emprestado do poema de John Keats "On First Looking into Chapman's Homer" e a letra foi inspirada no romance de ficção científica “Childhood's End”, do escritor britânico Arthur C. Clarke. A faixa adaptava-se perfeitamente aos acordes do velho teclado eletromecânico Mellotron Mark 2. “OVERTURE”, banda RUSH Faixa de abertura do disco “2112”, lançado em 1976, simboliza a importância da liberdade de criação do artista em oposição aos diversos sistemas de controle opostos pelo Estado. POR Domingos de Souza Nogueira Neto* o ano de 2062, da guerra entre as galáxias surge a união de todos os N planetas sob a regra do Estrela Vermelha da Federação Solar. Nesse ano, o mundo é controlado pelos "Sacerdotes dos Templos de Syrinx", que censuram o conteúdo de toda a matéria literária, músicas, imagens – todas as facetas da vida. esse universo um homem descobre uma guitarra antiga e aprende a N tocar sua própria música. Pensando que fez uma descoberta maravilhosa, que vai ser uma bênção para a humanidade, apresenta a guitarra para os sacerdotes dos Templos, que tomados de raiva destroem o instrumento e repreendem o artista por desenterrar uma das "fantasias bobas" que causaram o colapso da civilização anterior. letra me traz à lembrança o Manifesto por uma Arte Revolucionária A Independente. Escrito em 25 de julho de 1938 pelo organizador da Quarta Internacional, Leon Trotsky, e pelo fundador do surrealismo, André Breton, o manifesto faz o chamado à construção da Federação Internacional da Arte Revolucionária e Independente (Fiari). 10 CANÇÕES DE BEURIN”, “ banda CÁLIX Excelente conjunto contemporâneo, a banda mineira Cálix mostra, no primeiro álbum, “Canções de Beurin”, que o rock progressivo está vivo nas montanhas de Minas. A faixa título, “Canções de Beurin”, do guitarrista Sânzio Brandão e Guga Schultze, é uma linda peça que reúne os componentes do fantástico, mágico e eterno, que fazem do rock progressivo grande companhia para os amantes de boa música. *Estudioso de psicanálise, direito e crítico de arte – [email protected]. ADESC A diretoria da Associação de Apoio ao Motorista de Araxá/MG (Adesc) agradece a todos que compareceram às comemorações da 29ª Festa dos Motoristas: Tradição e Cultura em um só local – Pronac: 130824. Iniciamos com chave de ouro esta edição, pois inauguramos, no dia 10 de julho, nossa tão sonhada sede. Neste ano, tivemos a oportunidade de contar com o valoroso patrocínio da Companhia Brasileira de Metalúrgia e Mineração (CBMM), por meio da lei de incentivo fiscal - Lei Rouanet - e realização do Ministério da Cultura. Assim, conseguimos oferecer à cidade de Araxá uma programação repleta de atrações culturais, como: a música instrumental com a Orquestra Cabocla e a Lira Santo Antônio, o espetáculo humorístico “Êta Fuminho Bão”, a dança de catira com o grupo Os Considerados, apresentações de artistas regionais e da cidade de Araxá, bem como o tríduo, alvorada, carreata e louvor. A estrutura contou com palco para shows, estandes, praça de alimentação, além de local para aferição de pressão, com total acessibilidade para cadeirantes, deficientes e idosos. Destaque para a pioneira utilização de coleta seletiva de lixo no Parque de Exposições e realizada em parceria com a Confecção de Fraldas Celma Gomes Silva a qual realiza doação de fraldas geriátricas para diversas instituições beneficentes de Araxá. Contamos ainda com marcantes parcerias: Associação de Assistência a Pessoa com Deficiência Física (FADA), Recanto dos Idosos (Asilo São Vicente), Lar Ebenezer, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e a Casa do Caminho, sendo que nós disponibilizamos transporte gratuito a todas as entidades e tivemos a oportunidade de proporcionar um ambiente cultural amplo e confortável para todos. Ressaltamos também a importância do concurso de frases de para-choques relacionadas ao tema “Acidentes não tiram férias, tiram vidas!”, do qual Aline Daniele Rosa foi a ganhadora, com a seguinte frase: “Não pense que acidentes acontecem só com os outros... Nos olhos dos outros o outros o ‘outro’ é você!”. Esportes POR Marcel Moraes* Jogando um bolão Tem de melhorar Até o momento, o Cruzeiro está fazendo uma boa campanha no Campeonato Brasileiro. O time do técnico Marcelo Oliveira está invicto no Mineirão. Mas o torcedor não abraçou totalmente o time celeste, que anda oscilando muito nos jogos fora de casa. Alguns jogadores ainda geram desconfiança aos olhos do exigente torcedor celeste. Acredito que o time precisa melhorar bastante para poder brigar pelo título e, apesar de ter um dos melhores ataques da competição, ainda não sabemos ao certo quem será os titulares do ataque celeste. Dagoberto, Borges, Martilucio, Wilaim, Vinícius Araújo e Lucca ainda brigam pela titularidade. Já no meio-campo a marcação anda falhando, os dois volantes, Souza e Milton, ainda não se entrosaram e os dois armadores, Everton Ribeiro e Ricardo Gular, oscilam bastante entre boas e más atuações. O time de futebol da Sada/Tegma Transportes está fazendo bonito no Torneio da Paz, realizado na cidade de Sarzedo. A equipe é patrocinada pelo Sintrauto e pela Deva, e é comandada pela comissão técnica formada pó Fubá, Valtinho, Mauro e Tica como diretor de futebol. Após vitória de 1 a 0 sobre o Liberdade F.C., com um belo gol do habilidoso Pantera, o time volta a campo no dia 18 de agosto, às 9h, no estádio de Sarzedo, contra o Futgolo, do competente comandante Luciano. Vamos torcer pelo time do Pantera, Daniel, Andersom Mangueira, Kleber do Sindicato, Patrick, Jairo, Max e companhia para que conquistem o título desse torneio para a alegria geral dos cegonheiros. Junior Batista Sem dúvidas nenhuma, Junior Batista foi uma grande contratação da diretoria cruzeirense. Um bom jogador, com passagens pela Seleção Brasileira e pelo futebol europeu. Atleta dotado de muita força e boa técnica, vai se encaixar bem no meio de campo do time celeste. Clube Atlético Mineiro/divulgação Vamos acordar A América é nossa O Galo vai disputar, no fim do ano, em Marrocos, o Campeonato Mundial de Clubes, sem sombra de dúvidas, o título de clubes mais importante do mundo, certo? Mas vamos esquecer esse sonho por enquanto e focar no Campeonato Brasileiro, que já está pegando fogo e em cuja competição o Atlético ainda não se encontrou. O nível técnico do Brasileiro está muito equilibrado e se o time não acordar logo poderá corre sérios ricos de rebaixamento, o que seria uma tragédia para o clube e para os torcedores. A diretoria precisa buscar reforços para que a equipe volte a trilhar na ponta de cima da tabela da competição. Após tenebrosos 42 anos, o torcedor atleticano tem um grande motivo para comemorar. Afinal, o Galo é o campeão da Taça Libertadores da América de 2013, um dos títulos mais importantes da América e da história do Clube Atlético Mineiro. Trata-se de uma conquista que enche de orgulho essa fanática torcida e lava a alma após anos de sofrimento e tristeza. Como não poderia de deixar de ser, o título veio com muito sofrimento e embalado pelo grito de “Eu acredito!”. Nos vários momentos de angústia se viam as lágrimas nos olhos do torcedor, principalmente das crianças que ali estavam, na expectativa de ver seu time do co- ração, pela primeira vez, conquistar um título importante para sua história. Fico feliz pela conquista do Galo e mando um abraço para alguns torcedores alvinegros que acompanham esta coluna: Henrique Polasko, Dude, Careca, Tica, Barrão e vários outros cegonheiros e motoristas da Sada e da Tegma Transportes. Já estava passando da hora de o Clube Atlético Mineiro conquistar um título de grande expressão no futebol mundial, pois tem uma enorme torcida apaixonada, um presidente atuante, um patrimônio invejável e um dos melhores centros de treinamento do mundo. *Colunista esportivo associado a ANCE, trabalhou na rádio Itatiaia e na rádio Ouro Preto, colunista do jornal “O Tempo”, associado ao sindicato dos jornalistas, formado em jornalismo pela Estácio de Sá. E-mail: [email protected] 40 Entre-Vias