LIFE+ Safe Islands for Seabirds - LIFE "Ilhas Santuário para as Aves
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LIFE+ Safe Islands for Seabirds - LIFE "Ilhas Santuário para as Aves
LIFE+ Safe Islands for Seabirds Relatório Acção A1 - Informação base de biodiversidade da ilha do Corvo e do Ilhéu de Vila Franca do Campo LIFE07 NAT/P/000649 Corvo, Dezembro 2009 O P r o j e c O P rojecto LIFE+ Safe Islands for Seabirds é uma parceria da SPEA com a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), a Câmara Municipal do Corvo e a Royal Society for Protection of Birds, contando ainda com o apoio das seguintes entidades enquanto observadoras na sua Comissão Executiva: Direcção Regional dos Recursos Florestais (DRRF) e Câmara Municipal de Vila Franca do Campo. Trabalhar para o estudo e conservação das aves e seus habitats, promovendo um desenvolvimento que garanta a viabilidade do património património natural para usufruto das gerações futuras. A SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é uma organização não governamental de ambiente que trabalha para a conservação das aves e dos seus habitats em Portugal. Como associação sem fins lucrativos, depende do apoio dos sócios e de diversas entidades para concretizar as suas acções. Faz parte de uma rede mundial de organizações de ambiente, a BirdLife International, que actua em mais de 100 países e tem como objectivo a preservação da diversidade biológica através da conservação das aves, dos seus habitats e da promoção do uso sustentável dos recursos naturais. LIFE+ Safe Islands for Seabirds. Seabirds . Relatório Inicial Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, 2009 Direcção Nacional: Ricardo Azul Tomé, Maria Ana Peixe, Pedro Guerreiro, Ana Leal Martins, João Jara, Paulo Travassos, Pedro Coelho, Miguel Capelo, Paulo Simões Coelho, Teresa Catry Direcção Executiva: Luís Costa Coordenação do projecto: Pedro Luís Geraldes Equipa técnica: Ana Catarina Henriques, Carlos Silva, Joana Domingues, Nuno Domingos, Sandra Hervías, Nuno Domingos, Nuno Oliveira, Susana Costa, Vanessa Oliveira. Agradecimentos: Pedro Domingues, João Cardigos, Sandra Mealha Citação: SPEA 2009. LIFE+ Safe Islands for Seabirds. Relatório da Acção A1 – Informação base de biodiversidade da ilha do Corvo e do ilhéu de Vila Franca do Campo (Açores). Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Lisboa (relatório não publicado). Projecto LIFE com o número LIFE07 NAT/P/000649 NAT/P/000649 Relatório Acção A1 / Baseline Biodiversity Information – Informação base de biodiversidade da ilha do Corvo e do ilhéu de Vila Franca do Campo (Açores) Data do Relatório 3131- 1212- 2009 PROJECTO LIFE+ “Safe Safe Islands for Seabirds” Dados do projecto Localização Loc alização do projecto Reserva da Biosfera Ilha do Corvo / ZPE Costa e Caldeirão / SIC proposto Costa do Corvo/ Parque Natural de Ilha do Corvo - Área Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Costa e Caldeirão do Corvo/ Parque Natural de Ilha de São Miguel - Área protegida para a gestão de habitats e espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo (SMG06) Data de início do projecto: 01-01-2009 Data de término do projecto: 31-12-2012 Orçamento total € 1.057.761 Contribuição da CE: € 507.118 (%) de custos elegíveis 47,94% Dados do beneficiário Nome do beneficiário SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Contacto Dr. Luís Costa Morada Avenida da Liberdade 105-2º Esq, 1250-140 Lisboa, Portugal Telefone +351.213220430 Fax: +351.213220439 E-mail [email protected] Project Website www.spea.pt/life_corvo 1. ÍNDICE 2. LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS 3. RESUMO 4. ANTECENDENTES E OBJECTIVO DO ESTUDO 5. O ILHÉU DE VILA FRANCA DO CAMPO (ILHA DE SÃO MIGUEL) 5.1. Enquadramento histórico, sócio-económico, físico e climático 5.2. Tipos e usos do solo 5.3. Descrição do Meio Terrestre 5.3.1. Flora 5.3.2. Fauna 5.4. Descrição do Meio Marinho 5.4.1. Flora 5.4.2. Fauna 6. A ILHA DO CORVO 6.1. Enquadramento histórico, sócio-económico, físico e climático 6.2. Tipos e uso do solo 6.3. Descrição do Meio Terrestre 6.3.1. Flora 6.3.2. Fauna 6.4. Descrição do Meio Marinho 6.4.1. Flora 6.4.2. Fauna 7. CONCLUSÕES 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9. ANEXOS 9.1 Decreto Legislativo Regional da criação do Parque Natural do ilhéu de Vila Franca do Campo 9.1. Plantas da ilha do Corvo do Plano Director Municipal do Corvo 9.2. Galerias de fotos 2. LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS EEI – Espécies Exóticas Invasoras IVFC – Ilhéu de Vila Franca do Campo SMG06 - Parque Natural de Ilha de São Miguel - Área protegida para a gestão de habitats e espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo ZPE – Zona de Protecção Especial IBA - Área Importante para as Aves SIC - Sítio de Importância Comunitária DPH - Domínio Público Hídrico DRA - Direcção Regional do Ambiente DRP – Direcção Regional das Pescas RNIVFC – Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo UAc – Universidade dos Açores 3. RESUMO Entre Julho e Dezembro de 2009 foi feita uma revisão bibliográfica exaustiva dos estudos realizados ao nível da fauna e flora da ilha do Corvo e ilhéu de Vila Franca do Campo. Este acção do projecto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas” tem como objectivo rever e compilar toda a informação existente acerca da biodiversidade do Corvo. A grande maioria das fontes de informação encontradas têm origem em estudos desenvolvidos pela Universidade dos Açores (UAc). No entanto, muitos deles foram elaborados a partir de expedições realizadas às Ilhas das Flores e do Corvo, dedicando a esta última apenas um ou dois dias de amostragem. Neste sentido entre os diferentes autores existem algumas controvérsias, ora na presença ou ausência de algumas espécies ou na sua nomenclatura ao nível da subespécie. Em relação ao Ilhéu de Vila Franca do Campo foram encontrados apenas são 5 os trabalhos publicados. O grupo que tem sido menos estudado são os invertebrados. Alguns autores afirmam que um esforço no estudo destas espécies, sobretudo a nível entomológico, daria como resultado a reclassificação de novas espécies ao estatuto de endemismo. 4. ANTECENDENTES E OBJECTIVOS DE ESTUDO Os Açores localizam-se a 1500 km da Europa continental, a 1450 km de África e a 3900 km da América do Norte. A sua temperatura média anual ao nível do mar é de 17°C, diminuindo cerca de 0,6°C por cada cem metros de altitude, enquanto que a precipitação aumenta em altitude e de leste para oeste, podendo atingir 3000 mm por ano. De um extremo ao outro do arquipélago verifica-se uma variação das condições climáticas e observa-se uma variação espacial significativa dentro de cada ilha. O clima açoriano pode ser classificado como “mesotérmico húmido com características oceânicas” (Azevedo, 2001). A altitude máxima, 2351 m, encontra-se na ilha do Pico, e existem várias ilhas com altitudes máximas ligeiramente acima ou abaixo dos 1000 m. O Arquipélago dos Açores, constituindo um conjunto de ilhas especialmente isolado, jovem e alvo de devastadores acontecimentos pré-históricos (glaciações, vulcões e sismos) possui, de facto, uma baixa diversidade biológica ao nível de determinados grupos taxonómicos. Esta baixa diversidade indicia-nos fraquezas ambientais, resultante num elevado laxismo ecológico que torna o arquipélago especialmente vulnerável à entrada de espécies alienígenas. O fenómeno das espécies invasoras, tal como é conhecido hoje em dia, iniciou-se com a movimentação de pessoas e mercadorias à escala global a partir do século XV com os descobrimentos. Em suma, trata-se de um processo natural que decorreu no passado ao longo de milhões de anos e que actualmente é reproduzido artificialmente pelo homem, com consequências negativas bem visíveis. Após a revolução industrial, e muito especialmente nas últimas décadas, este problema cresceu exponencialmente fruto da globalização dos mercados e da expansão do estilo de vida ocidental. Actualmente, as espécies invasoras representam um dos principais factores de ameaça à biodiversidade do planeta, em particular no que se refere às espécies e aos habitats insulares mais sensíveis e com menor capacidade de adaptação às mudanças verificadas. Tendo as ilhas dos Açores uma história de colonização e utilização ambiental semelhante aos restantes arquipélagos macaronésicos, possui um baixo nível de espécies endémicas ao nível da flora, sendo este o motivo porque em cada três de quatro espécies da flora não pertençam ao conjunto de organismos com distribuição natural nos Açores (Silva & Smith 2004). Nos Açores, as plantas endémicas encontram-se a uma taxa de uma, e mais raramente duas ou três espécies por género (Borges et al., 2005a). Mais de 60% da flora vascular dos Açores foi considerada como exótica (Silva & Smith, 2004). Uma das diferença para os outros Arquipélagos da Macaronésia é que nos Açores não existem espécies nativas de anfíbios e répteis, existindo apenas duas espécies de morcegos, um dos quais endémico - Nyctalus azoreum (Silva et al., 2008). Nas florestas nativas dos Açores, a proporção de espécies exóticas pode atingir os 65% nas comunidades de artrópodes epígeos do solo, em alguns locais muito perturbados (Cardoso et al. 2007), mas por exemplo, nas copas de árvores endémicas (por exemplo, Juniperus brevifolia, Erica azorica, Laurus azorica), domina a fauna de artrópodes nativa e endémica (Borges et al. in press). A constante expansão de algumas plantas invasoras como a conteira Hedychium gardnerianum, o incenso Pittosporum undulatum e o novelão ou hortênsia Hydrangea macrophylla, está a colocar em risco vários fragmentos de vegetação nativa, prevendo-se que várias comunidades de briófitos, líquenes, plantas vasculares, moluscos e artrópodes nativos e endémicos dos Açores estejam em perigo. Este fenómeno parece-nos mais sério nas ilhas de São Miguel, Santa Maria e Flores e supõe uma ameaça constante para o resto das ilhas do Arquipélago. Em Portugal, o Decreto-Lei nº 49/2005 que regula a introdução e detenção de EEI e que inclui uma lista de espécies consideradas como invasoras e com um risco ecológico conhecido, está presentemente em revisão. Nos Açores, há um Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies da Flora Invasora em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS). Existe também um decreto regional que regula a introdução de espécies de animais, estando em elaboração um documento legal que irá regular a importação e a detenção de EEI no Arquipélago dos Açores. Em termos de invertebrados marinhos a fauna submareal é diversa e abundante, no entanto, a taxonomia deste grupo é relativamente pouco conhecida. Tendo registadas mais de 1000 espécies diferentes para os Açores, os inventários realizados são incompletos e estão isolados (Cardoso et al., 2008). Existe um número elevado de endemismos para o Filo Mollusca e para a Classe Anfípodes mas para a Classe Demospongiae e Hydrozoa o número de endemismos é muito baixo (Santos et al., 1995). A razão principal deste baixo número de endemismos parece ser a falta de conhecimento ou informação reduzida da maior parte dos taxones, que não permite confirmar o seu estatuto (Lopes et al., 1993; Ávila, 2005 in Cardoso et al., 2008), uma vez que a taxonomia dos invertebrados marinhos não tem sido objeto de estudo prioritário nesta região. O projecto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas” visa criar um plano de gestão que permita a recuperação e conservação das espécies e habitats existentes na Ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo, através da erradicação das espécies invasoras introduzidas. Um projecto desta natureza só tem viabilidade se no processo não forem afectadas irremediavelmente espécies endémicas ou indígenas. Sendo assim e para poder implementar este projecto será preciso ter a garantia absoluta que a sobrevivência das espécies não alvo esteja assegurada. Neste sentido é fundamental indagar sobre a biodiversidade de espécies e a sua distribuição nos diferentes habitats existentes. O objectivo principal desta revisão bibliográfica é proporcionar uma fonte de informação que sirva como conhecimento dos trabalhos que serão realizados no âmbito deste projecto. O nosso desejo será também o de abordar novos dados à informação já existente, fruto do trabalho de campo diário e incrementar as áreas de dispersão das espécies nativas, com o resultado de algumas das acções de controlo. 5. O ILHÉU DE VILA FRANCA DO CAMPO 5.1. Enquadramento histórico, sóciosócio- económico, físico e climático Tendo sido descoberto em 1537, a história do ilhéu de Vila Franca do Campo (IVFC) está intimamente ligado ao povoamento da ilha de São Miguel, mais concretamente ao nascimento e desenvolvimento da Vila Franca do Campo, assim baptizada, fosse por ter emergido numa zona rasa, fosse para a diferenciar de outras “Vilas Francas” (Frutuoso, 1998). Desde os primórdios do povoamento de toda a zona compreendida entre o ilhéu e a Vila, desempenhou um papel fundamental na protecção e atracagem de embarcações. Durante as crises sísmicas que ocorreram em 1522 e 1563, o ilhéu serviu de abrigo a navios e à população. (Frutuoso, 1998). A 26 de Julho de 1582 esta zona foi palco de batalha decisiva entre a armada espanhola e os apoiantes de D. António, Prior do Crato. Com a derrota portuguesa iniciou-se a era do domínio Filipino, período em que, segundo reza a tradição, o canal (Boquete) que faz a ligação entre a bacia do ilhéu e o exterior teria sido cavado a picão (Martins, 2004). As primeiras diligências para a valorização e aproveitamento do ilhéu como porto estratégico datam do reinado de D. João III. Porém, apesar dos vários estudos e projectos realizados, essa valorização e aproveitamento nunca se concretizaram (Ferreira, 1989). Cedida a 13 de Julho de 1537 a D. João de Grâ pelo Capitão Donatário D. Manuel de Câmara, o IVFC passou por numerosos proprietários e funções diversas (Ferreira, 1989). Após a sua aquisição em 1846 por Simplício Gago da Câmara, foi convertido numa zona de cultura de vinha e no seu ponto mais alto foi construída uma vigia para apoio à caça da baleia. Em 1933, António Botelho da Câmara Melo Cabral construiu um refúgio de veraneio (Ferreira, 1989). António Manuel de Santos adquiriu o ilhéu a 30 de Abril de 1981, com o objectivo de promover o seu aproveitamento turístico. Surgindo a necessidade de salvaguardar o património natural e paisagístico do ilhéu face a um potencial uso indiscriminado, foi publicado em 1983 o Decreto Regulamentar Regional n.º 3/83/A de 3 de Março, que o classificou como Reserva Natural Regional (Ferreira, 1989). Posteriormente, a 3 de Julho de 1989, o ilhéu foi adquirido pelo Governo Regional dos Açores. Hoje em dia o IVFC é utilizado como zona balnear sendo a ligação por barco garantida entre 1 de Junho e a Festa da Senhora de Graça (no terceiro Domingo de Setembro), sempre que as condições de navegabilidade o permitam. O reconhecimento do valor intrínseco e dos problemas que decorreram da sua utilização pelo público, resultou na classificação do ilhéu como Reserva Natural em 1983. A Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo (RNIVFC) situa-se na Costa Sul da ilha de São Miguel, cerca de meio quilómetro da Ponta de São Pedro ou, mais exactamente, a 37º42’10’’ de longitude Oeste (Bulcao et al., 2002a; DRA, 2005). Com uma área aproximada de 87 ha, a RNIVFC é constituída por uma zona terrestre com uma superfície de 6,2 ha (Martins, 2004) – o ilhéu propriamente dito – e por uma zona marítima anexa, traduzindo o reconhecimento da existência de valores naturais e paisagísticos de incontestável valor para a conservação da natureza (Decreto Legislativo Regional nº 22/2004/A, de 3 de Julho). Os limites marítimos da Reserva Natural Regional são uma linha imaginária a distância constante de 350 m ou 0.19 milhas naúticas da linha de costa do IVFC. A 8 de Julho, foi aprovado o Parque Natural de Ilha de São Miguel pelo Decreto Legislativo Regional n.º 18/2008/A estando incluído a RNIVFC como área protegida para a gestão de Habitats e espécies (SMG06). O acesso ao IVFC é efectuado exclusivamente por mar. Possui uma área aproximada de 6,2 hectares e é resultado de um pequeno vulcão que surgiu no mar e cuja cratera se encontra inundada por comunicação com o exterior. Desde o ponto de vista do relevo, o ilhéu visto da Ponta de S. Pedro em Vila Franca do Campo, parece dividido em dois: o Ilhéu Grande e o Ilhéu Pequenino com 62,43 m e 33,90 m de altura respectivamente. Contudo, forma uma baía quase perfeita com cerca de 150 m de diâmetro, que abriga uma lagoa natural de água salgada não diluída. Esta lagoa comunica com o mar através do “Boquete”, um estreito canal com cerca de 11 m de largura e 0,60 m de profundidade na baixa mar, provavelmente aprofundado durante o domínio Filipino. Adicionalmente, existem também sete fendas ou “golas” dispostas radialmente e que permitem, na sua maioria, a livre circulação de água salgada na bacia (Morton et al., 1998; Martins, 2004). No interior do ilhéu, podem ainda ser observadas quatro formações que, por ordem crescente de altura, são conhecidas como a Baixa das Cracas, quase sempre coberta pelas ondas; Baixa Solta (1 m); Baixa da Cozinha (19,40 m) e o imponente Farilhão (32,50 m) (Martins, 2004). O IVFC posiciona-se na direcção da falha activa que percorre a ilha de São Miguel no sentido NO-SE, encontrando-se sujeito a uma elevada actividade sísmica (Cabral, 1987). Na ilha de São Miguel podem ainda ser individualizadas seis unidades vulcanoestratigráficas que, por ordem cronológica decrescente, são designadas por: Complexo Vulcânico do Nordeste, Complexo Vulcânico da Povoação, Complexo Vulcânico das Furnas, Complexo Vulcânico das Sete Cidades, Complexo Vulcânico do Fogo e Complexo Vulcânico dos Picos (França et al., 2003). O IVFC pertence ao Complexo Vulcânico do Fogo, provavelmente formado na sequência de uma erupção submarina no início da era quaternária (Holocénico). O seu substrato rochoso é constituído maioritariamente por tufos palagoníticos estratificados e muito coesos, resultando das acumulações sucessivas, e em grande número, dos produtos expelidos durante a erupção (Ribeiro et al., 2003). Apresenta ainda zonas com solos de características ândicas, o que favorece o aparecimento da vegetação (Bulcão et al., 2003). O seu fundo é rochoso, com acumulações de areia em algumas zonas, sendo mais visível a que forma um crescente em frente da Gola do Inglês (Morton et al., 1998). Enquanto que o exterior do ilhéu está fortemente sujeito à acção erosiva do mar e do vento, em especial nas vertentes NO e O, o interior apresenta uma grande variação nas dinâmicas erosivas actuantes. Ribeiro et al., (2003) identificaram no interior do Ilhéu 16 zonas homogéneas relativamente às características geolitológicas e grau de estabilidade, agrupando as mesmas em três grupos: substrato litológico sem solo, solos incipientes e solos desenvolvidos. As zonas com declive mais acentuado e sem solo sofrem um desgaste maior, sendo mais instáveis. Nas zonas com menor declive e com solos desenvolvidos, a erosão é menor, apresentando uma maior estabilidade devido à vegetação que ai se conseguiu instalar (Almeida, 2007). Em relação à climatologia, na orla costeira de Vila Franca do Campo a temperatura média anual (1961-90) é de 17ºC. A média máxima de temperatura do ar no Verão é de 22º C e a média mínima da temperatura do ar no Inverno é de 9º C. São raros os longos períodos de sol e, mesmo no Verão, são poucos os dias de céu completamente limpo. A precipitação ocorre durante todo o ano, embora com muito menor expressão na época estival. A precipitação anual acumulada na costa sul situa-se abaixo dos 1000 mm, variando entre 400 mm no Inverno e 100 mm no Verão (Instituto de Meteorologia, 2005). Segundo a classificação de Köpen, o clima do IVFC é do Tipo Clima chuvoso (Csb) temperado com Verão seco, uma vez que a temperatura média do mês mais frio é inferior a 18º C, mas superior a -3º C; o rácio entre o mês mais frio e o mês mais seco é de aproximadamente 3 e a média do mês mais quente não ultrapassa em média os 22º C. 5.2. Tipos e usos do solo O fundo da baía interior do ilhéu é composto por rocha nua parcialmente coberta de areia, sendo as zonas sul e sudeste as mais profundas. Para além da comunicação que a baía estabelece com o mar através do canal estreito acima referido, as golas são importantes para a comunidade da baía, na medida em que providenciam trocas adicionais de água e areia entre a baía e o mar aberto. A configuração do banco de areia em forma de crescente, sofre certamente influência de factores sazonais, mas parece resultar da força relativa da água que atravessa as fissuras e da direcção predominante dos ventos. Em relação às diferentes tipologias e usos do solo, o plano de ordenamento do IVFC ainda não está definido. Actualmente, encontra-se em vigor o Decreto Legislativo Regional n.º 22/2004/A para a criação do Parque Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo. O decreto referido e o antigo plano de gestão do ilhéu podem ser consultados no anexo 9.1. deste documento. 5.3. Descrição do Meio Terrestre O IVFC, apesar dos seus reduzidos 6,2 ha, é caracterizado por uma grande diversidade de habitats. Devido à sua pequena dimensão, é necessário ter sempre em conta a forte influência que o meio costeiro e marinho exercem sobre estes habitats. Ao nível do macro-habitat, o meio terrestre do ilhéu é, basicamente, composto por: falésias sem vegetação, praias de areia, falésias com comunidades macaronésicas e charnecas de baixa altitude (Machado, 2007). Não existem aquíferos nem águas superficiais internas no ilhéu. Actualmente, mesmo a cisterna que foi construída no século passado para recolha de água pluviais, para uso na agricultura, está desactivada (Martins, 2004). 5.3.1. Flora A flora do IVFC, apesar de fortemente marcada pela presença humana, mantem parte da sua vegetação nativa (Machado, 2007). É de salientar as espécies próprias dos matos arborescentes macaronésicos como sejam a Faia-da-terra Myrica faya, o Bracel Festuca petreae, o Junco agudo Juncus acutus e a Urze Erica azorica. Refira-se ainda que esta última, a Urze, e a Pericallis malviflolia são espécies protegidas pela Convenção de Berna e/ou pela Directiva Habitats da União Europeia. Na tabela abaixo apresenta-se a listagem das espécies identificadas no IVFC por diversos autores, assinalando-se as plantas endémicas e as com evidente carácter infestante. Tabela 1 – listagem de espécies vegetais identificadas no IVFC Categorias do estatuto: E – Endémico I – Insfestante N – Nativa Espécie Nome comum comu m (Açores) Estatuto Fonte Agave americana L. Piteira I Martins, 1976 A. - I Drouet, 1865 - - Cabral, 1987 Agrostis alba stolonifera L.) L. Aloe arborescens Mill (= Aptenia cordifolia Schwant. L. f. Apténia I Cabral, 1987 Arenaria marina Roth - N Drouet, 1865 Arundo donax L. Cana I Martins, 1976 Azorina vidalii Vidália E Rodrigues, 2009 Briza minor L. - - Drouet, 1865 Centaurium scilloides massonii (Sw.) Palhinha N Sjögren, 1973 Crithmum maritimum L. Perrexil-do-mar - Rodrigues, 2009 Cyperus rotundus L. Junça-brava I Martins, 1976 I Martins, 1976 E Martins, 1976 Digitaria sanguinalis (L.) Scop. Pé-de-galinha I Martins, 1976 Dracaena draco L. Dragoeiro I Cabral, 1987 Erica azorica Hochst. Urze E Drouet, 1865; Sjögren, 1973; Martins, 1976 Erigeron Karvinskianus Dc. - I Cabral, 1987 Erythraea maritima L. (= Centaurium maritimum (L.) Fritsch) N Drouet, 1865 Euphorbia azorica Seub. E Sjögren, 1973 Festuca petraea Guthn. Ex Bracel Seub. E Drouet, 1865; Martins, 1976 Ficus carica L. Figueira I Martins, 1976 Foeniculum vulgare Mill. Funcho I Martins, 1976 Fumaria muralis Sonder ex Erva moleirinha Koch I Martins, 1976 Gaudinia fragiles (L.) P. Beaux - I DRA, 2005 Hypericum humifusum L. - N Cabral, 1987 Holcus rigidus Hochst Caniço E Sjögren, 1973 Juncus acutus L. - N Cabral, 1987 Cyrtomium falcatum (L. F.) C. Feto Presl Daucus Franco carota azoricus Salsa-burra - Juncus effusus L. Junco N Martins, 1976 Lampranthus glaucus (L.) N. E. Br. - Martins, 1976 Lantana camara L. I Cabral, 1987 Laurus azorica (Seub.) Franco Loureiro I Martins, 1976 Lolium sp. - - Cabral, 1987 Lotus sp. - - Cabral, 1987 Mercurialis annua L. - I Cabral, 1987 Metrosideros tomentosa A. Metrosídero Cunn I Martins, 1976 Myosotis maritima Hochst. Ex Não-me-esqueças Seub. E Rodrigues, 2009 Myrica faya Aiton Faia N Martins, 1976 Opuntia tuna L. Mill Babosa - Cabral, 1987 Pericallis malviflora (L. ‘Hér.) B. Nord E Cabral, 1987 Phormium tenax Forst. Espadana ou tábua I Martins, 1976 Plantago coronopus L. - N Sjögren, 1973 Plantago lanceolata L. - I Cabral, 1987 Pinus pinaster Aiton Pinheiro-bravo I Martins, 1976 Pittosporum undulatum Vent Incenso I Martins, 1976 Potentilla anglica Laich - N Cabral, 1987 Pteridium aquilinum (L.) Kuhn Feto N Martins, 1976 Rubus ulmifolius Schott Silva I Martins, 1976 Solanum nigrum L. - - Cabral, 1987 Solidago sempervirens Cubres - Rodrigues, 2009 Sonchus asper asper (L.) Hill - I Cabral, 1987 Spergularia azorica (Kindb.) Lebel E Sjögren, 1973 Tamarix africana Poir. Grossas I Martins, 1976 Tamarix gallica L. Salgueiro I Martins, 1976 Lantana / Cambará (Dryand.) - - Rodrigues et al, 2009 Umbilicus sp - - Cabral, 1987 Urtica sp. - I Cabral, 1987 Vicia atropurpurea Desf. - I Drouet, 1865 Vitis labrusca L. Uva-de-cheiro I Cabral, 1987 Vitis vinifera L. Uva-jaquê I Martins, 1976 Tolpis Lowe succulenta 5.3.2. Fauna Pobre em mamíferos e répteis, o IVFC é uma zona importante de nidificação para espécies de aves residentes e um importante ponto de passagem para espécies de aves migratórias (Machado, 2007). Em semelhança ao que acontece em todo o arquipélago açoreano, também o ilhéu desempenha um papel muito importante no ciclo-de-vida das aves marinhas. Destacam-se o Cagarro Calonectris diomedea borealis, o Garajau Sterna hirundo e o Garajau-rosado Sterna dougallii que para além de apresentarem estatutos ameaçados de conservação (Cabral et al., 2005), estão protegidas ao abrigo da Directiva Aves da União Europeia (2009/147/CE). Sendo usadas as falésias do IVFC como local de nidificação pelas duas primeiras (Rodrigues et al., 2009). Estes factores realçam a importância que o IVFC tem para a conservação da avifauna (Rodrigues et al., 2009). A etnofauna é, muito provavelmente, o grupo que menos se encontra estudado no IVFC. Apenas um trabalho visou o estudo deste grupo, mais especificamente sobre Lepidópteros (Viera, 1995). Esta lacuna no conhecimento deverá ser tida em conta na realização de futuros trabalhos, pois para além de contribuirem para reforçar a importância do património natural do ilhéu, são uma ferramenta imprescindível para a gestão desse património (Ribeiro et al., 2002). Nas tabelas seguintes está sumarizada a informação relativa às espécies faunísticas já observadas no Ilhéu, com referência à respectiva fonte e assinalados os endemismos para os Açores. No caso dos Répteis e Aves, os estatutos aplicados correspondem aos estatutos de conservação definídos por Cabral et al. (2005) para o Arquipélago dos Açores. Lepidópteros Tabela 2 – Listagem de léptidopteros identificados no IVFC Categorias do Estatuto: NA – Não aplicável I – Introduzida E – Endémico dos Açores Espécie Nome comum (Açores) Estatuto Fonte Argyresthia atlanticella Rebel Traça-da-urze E Vieira, 1995 Caloptilia aurantiaca Wollaston - - Vieira, 1995 Colias crocea Geoffroy - - Vieira, 1995 Cosmopterix parietariae Hering - - Vieira, 1995 Ctenoplusia limbirena Guenée Traça - Vieira, 1995 Cyclophora azorensis Prout Traça E Vieira, 1995 Cynthia cardui L. - - Vieira, 1995 Hymenia recurvalis Fabricius - - Vieira, 1995 Hypena lividalis Hübner Traça - Vieira, 1995 Hypena obsitalis Hübner Traça - Vieira, 1995 Lampides boeticus L. Borboleta-azul - Vieira, 1995 Mythimna loreyi Duponchel Traça - Vieira, 1995 Mythimna unipuncta Haworth Lagarta-das-pastagens - Vieira, 1995 - Vieira, 1995 Nomophylla Schiffermüller noctuella Denis & - Peridroma saucia Hübner Traça - Vieira, 1995 Pieris brassicae azorensis Rebel Borboleta-branca, lagarta-da-cove E Vieira, 1995 Vanessa atalanta L. Borboleta-da-sorte, feiticeira - Vieira, 1995 Udea ferrugalis Hübner Traça - Vieira, 1995 Répteis Tabela 3 – Listagem de réptéis identificados no IVFC Categorias do Estatuto: NA – Não aplicável I – Introduzida Espécie Nome comum (Açores) Estatuto Fonte Lacerta (=Teira) dugesii Milne-Edwards Lagartixa NA, I Cabral, 1987 Aves Tabela 4 – Listagem de aves identificados no IVFC Categorias do Tipo: I – Introduzida N – Nidificante R – Residente M – Migrador Categorias do Estatuto: DD – Informação insuficiente EN – Em perigo LC – Pouco preocupante NA – Não Aplicável NE – Não avaliado VU – Vulnerável Espécie Nome comum (Açores) Tipo Estatuto Fonte Alle alle L Mergulhão-anão - - Cabral, 1987 Arenaria interpres L. Rola do mar - DD Cabral, 1987 Buteo buteo rotschildi Swann Milhafre R LC Martins, 1976 Calidris alba Pallas Pilrito-sanderlingo - NE Cabral, 1987 Calidris alpina L. Pilrito-comum - NE Cabral, 1987 Caladris canutus L. Seixoeira - NE Cabral, 1987 M, N LC Martins, 1976 / Rodrigues et al., Calonectris diomedea borealis Cagarro Cori 2009 Charadrius alexandrinus L. Lavadeira R DD Cabral, 1987 Columbia Bannerman atlantis Pombo-da-rocha livia Erithacus rubecula L. Papinho ou Santatonhinho moreleti Tentilhão Fringilla coelebs Pucheran Larus Dwight atlantis Gaivota-de-patas-amarelas cachinnans N DD Martins, 1976 R LC Martins, 1976 R, N LC Martins, 1976 R LC Martins, 1976 Larus ridibundus L Guincho - NE Martins, 1976 Limosa laponica L. Fuselo - NE Cabral, 1987 Limosa limosa L Milherango - NE Cabral, 1987 R LC Martins, 1976 Motacilla Vaurié cinerea patriciae Alvéola-cinzenta Numenius arquata L. Maçarico-real - NE Cabral, 1987 Numenius phaeopus L. Maçarico-galego - NE Cabral, 1987 Oceanodroma castro Harcourt Angelito M VU, EN Passer domesticus L Pardal R, I NA Puffinus assimilis Gould Frulho M VU - LC Martins, 1976 Regulus Seebhom regulus azoricus Estrelinha 1 Cabral, 1987 Serinus canarius canarius L. Canário-da-terra R, N LC Martins, 1976 Sterna dougallii Montagu Garajau-rosado M VU Cabral, 1987 Sterna hirundo L. Garajau M, N VU Cabral, 1987 / Rodrigues et al., 2009 Sturnus vulgaris granti Artert Sylvia atricapilla Williamson Estorninho N LC Martins, 1976 atlantis Touto ou Toutinegra R LC Martins, 1976 R, N LC Martins, 1976 Turdus merula azorensis Artert Melro-negro Existem duas populações de Oceanodroma castro que visitam o ilhéu: uma migrante invernante e uma outra migrante estival. Segundo Cabral et al. (2005) a população invernante tem estatuto de Vulnerável, enquanto a população estival tem estatuto de Em perigo (Cabral, 1987). 5.4. Descrição do Meio Marinho Um dos factos mais surpreendentes da fauna e flora marinhas é o baixo número de espécies endémicas. Os endemismos que ocorrem são a nível da vegetação supra-litoral marinha. 5.4.1. Flora A composição e distribuição das comunidades litorais evidenciam diferenças que resultam da localização (mais ou menos exposta) e o tipo de substrato (sedimentar ou rochoso), traduzindo-se numa das grandes riquezas desta área protegida. A nível submarino, as golas encontram-se entre os habitats mais típicos desta área protegida e de maior interesse, sobretudo pela fauna ciáfila que abrigam. Nos Açores, as paredes destes corredores são normalmente recobertas por organismos como esponjas, briozários encrostrantes, madreporários (como por exemplo, Caryophillia smithii) e minúsculos hidrários. Sobre o quadrante noroeste da baía desenvolve-se um interessantíssimo povoamento formado por algas calcárias de crescimento livre chamada Phymatolithon sp. Maerl. Crescendo a partir dos núcleos centrais, estas algas vão desenvolvendo prolongamentos em várias direcções. À medida que as suas dimensões vão aumentando, as ondas passam a movimentar e a rolar as algas mais frequentemente, levando a um arredondamento do contorno exterior formado pelos vários prolongamentos. No auge do seu desenvolvimento, estes nódulos adquirem uma forma esférica e atingem o tamanho de bolas de golfe. O ilhéu de IVFC é o único local dos Açores onde se registou a ocorrência deste tipo de povoamento. Outras algas que podem também ser encontradas são: Tabela 5 – Listagem de algas identificados no IVFC Espécie Nome comum (Açores) Fonte Fucus spiralis Fava-do-mar Santos et al., 1995 Carollina officinalis Alga vermelha de fonte calcária Santos et al., 1995; Frade et al., 2004 Dictyota adnata Faeófita Frade et al., 2004 Asparagopsis taxiformis Rodófitas Frade et al., 2004 Bryopsis sp. Clorófitas Frade et al., 2004 Cladophora sp. Frade et al., 2004 Codium elisabethae Frade et al., 2004 Colpomenia sp. Faeófita Frade et al., 2004 Dictyota dichotoma Frade et al., 2004 Halopteris filicina Frade et al., 2004 Padina pavonica Frade et al., 2004 Mesophyllum lichenoides Rodófita Frade et al., 2004 5.4.2. Fauna Entre os inverterbrados que caracterizam a zona intertidal encontramos: Tabela 6 – Listagem de invertebrados identificados no IVFC Espécie Nome comum (Açores) Fonte Ligia italica Pequeno crustáceo isópode Santos et al., 1995 Melarhaphe neritoides Gastrópode Santos et al., 1995 Patella candei Lapa mansa Santos et al., 1995 Paracentrotus lividus Ouriço Santos et al., 1995 Centrostephanus longispinus Ouriço Santos et al., 1995 Sphaerechinus granularis Ouriço Frade et al., 2004 Ophidiaster ophidianus Estrela-do-mar Santos et al., 1995; Frade et al., 2004 Hermodice carunculata Poliqueta Frade et al., 2004 Polycirrus sp Frade et al., 2004 Sabella spalanzanii Frade et al., 2004 Calcinus tubularis Decápode Frade et al., 2004 Cystodites dellechiajei Ascídea Frade et al., 2004 Salienta-se os trabalhos de Morton & Britton (1995) sobre as comunidades bênticas ao largo do ilhéu e os de Martins et al (2009) que constituem uma exaustiva lista ilustrada de 232 espécies de moluscos que ocorrem na área sublitoral da zona de Vila Franca do Campo. Os crustáceos que frequentemente encontrados sobre o fundo e irregularidades do substracto são: Espécie Nome comum (Açores) Fonte Dardanus Callidus Caranguejo ermita Santos et al., 1995 Scyllarides Latus Cavaco Santos et al., 1995 Plesionika Narval Pequeno camarão avermelhados de tons Santos et al., 1995 Tabela 7 – Listagem de crustáceos identificados no IVFC Os peixes endémicos estão ausentes nos Açores, no entanto cerca de 15% das espécies de peixe costeiro são endémicas da Macaronésia. Em relação a este grupo encontramos: Tabela 8 – Listagem de peixes identificados no IVFC Espécie Nome comum (Açores) Conger conger Congro Santos et al., 1995 Phycis phycis Abrótea Santos et al., 1995; Frade et al., 2004 Apogon Imberbis folião Santos et al., 1995 Abudefduf luridus Castanheta-azul Leito rochoso Frade et al., 2004 Centrolabrus caeruleus Bodião-verde Leito rochoso Frade et al., 2004 Chromis limbata Castanheta-castanha Leito rochoso Frade et al., 2004 Coris julis Peixe-rei Leito rochoso Santos et al., 1995 Diplodus sargus Sargo Leito rochoso Frade et al., 2004 Labrus bergylta Bodião-vermelho Leito rochoso Frade et al., 2004 Leito rochoso Frade et al., 2004 Ophioblennius atlanticus atlanticus Rói-anzóis Biotopo Fonte Sarpa salpa Salema Leito rochoso Frade et al., 2004 Serranus atricauda Garoupa Leito rochoso Frade et al., 2004 Scorpaena maderensis Rascasso Leito rochoso Frade et al., 2004 Sparissoma cretense Veja Leito rochoso Frade et al., 2004 Thalassoma pavo Rainha Leito rochoso Frade et al., 2004 Sphoeroides marmoratus Sopapo Leito rochoso Frade et al., 2004 Trypterygion delaisi delaisi Caboz-de-três-dorsais Leito rochoso Frade et al., 2004 Muraena Moreia-preta Fendas Frade et al., 2004 Boops boops Boga Coluna de água Frade et al., 2004 Balistes carolinensis Peixe-porco Coluna de água Frade et al., 2004 Sarpa salp Salema Coluna de água Frade et al., 2004 Sphyraena viridensis Bicuda Coluna de água Frade et al., 2004 Mullus surmuletus Salmonete Fundo sedimentar Frade et al., 2004 Bothus poda Solha augusti Frade et al., 2004 Em continuação apresentam-se as espécies de peixes ocorrentes no ilhéu de Vila Franca do Campo e que estão incluídas no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal: Tabela 9 – Listagem de peixes identificados no IVFC Categorias do Estatuto: V – Vulnerável K –Insuficientemente conhecido CT– Comercialmente ameaçado Espécie Nome comum (Açores) Estatuto Fonte Coryphoblennius galerita Caboz-de-crista K Frade et al., 2004 K Frade et al., 2004 Diplecogaster pectoralis bimaculata Peixe-ventosa-dos-ouriços Epinephelus marginatus Mero V Frade et al., 2004 Gaidropsarus guttatus Viúva I Frade et al., 2004 Gobius paganellus Bochecha K Frade et al., 2004 Lipophrys trigloides Caboz K Frade et al., 2004 Mycteroperca fusca Badejo I Frade et al., 2004 Mullus surmuletus Salmonete K Frade et al., 2004 Pagellus bogaraveo Carapau quando juvenil CT Frade et al., 2004 Pagrus pagrus Pargo CT Frade et al., 2004 Parablennius incognitus Caboz-das-cracas K Frade et al., 2004 Parablennius ruber Caboz-lusitano K Frade et al., 2004 Phycis phycis Abrótea CT Frade et al., 2004 Por último, Lapa-brava Patella aspera e a Craca Megabalanus azoricus são espécies regionais propostas para o Anexo V da Convenção OSPAR (Oslo - Paris) (Decreto n.º 59/97 de 31 Outubro). 6. A ILHA DO CORVO 6.1. Enquadramento histórico, socio económico físico e climático As duas ilhas compreendidas pelo Grupo Ocidental foram as últimas a ser descobertas. Flores e Corvo foram avistadas por volta do ano de 1452 por Diogo de Teive e seu filho João de Teive. No entanto, embora não tenha sido arqueologicamente comprovado, o cronista Damião de Góis (1502-1574) refere uma estátua equestre em pedra, representando uma figura humana a cavalo, com um braço apontando para Oeste, alegadamente descoberta na ilha do Corvo, aquando do reconhecimento da ilha no século XV. "...uma estátua de pedra posta sobre uma laje, que era um homem em cima de um cavalo em osso, e o homem vestido de uma capa de bedém, sem barrete, com uma mão na crina do cavalo, e o braço direito estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo segundo, a que os latinos chamam índex, com que apontava contra o poente. Esta imagem, que toda saía maciça da mesma laje, mandou el-rei D. criado debuxador, que se chamava Manuel tirar pelo natural, por um seu Duarte D'Armas; e depois que viu o debuxo, mandou um homem engenhoso, natural da cidade do Porto, que andara muito em França e Itália, que fosse a esta ilha para, com aparelhos que levou, tirar aquela antigualha; o qual quando dela tornou, disse a el-rei que a achara desfeita de uma tormenta, que fizera o inverno passado. Mas a verdade foi que a quebraram por mau azo; e trouxeram pedaços dela, a saber: a cabeça do homem e o braço direito com a mão, e uma perna, e a cabeça do cavalo, e uma mão que estava dobrada, e levantada, e um pedaço de uma perna; o que tudo esteve na guarda-roupa de el-rei alguns dias, mas o que depois se fez destas coisas, ou onde puseram, eu não o pude saber." (Crónica do Príncipe D. João, Cap. IX, 1567). "...soube dos moradores que na rocha, abaixo donde estivera a estátua, estavam entalhadas na mesma pedra da rocha umas letras; e por o lugar ser perigoso para se poder ir onde o letreiro está, fez abaixar alguns homens por cordas bem atadas, os quais imprimiram as letras, que ainda a antiguidade de todo não tinha cegas, em cera que para isso levaram; contudo as que trouxeram impressas na cera eram já mui gastas, e quase sem forma, assim que por serem tais, ou porventura por na companhia não haver pessoa que tivesse conhecimento mais que de letras latinas, e este imperfeito, nem um dos que ali se achavam presentes soube dar razão, nem do que as letras diziam, nem ainda puderam conhecer que letras fossem." (Damião de Góis (1502-1574). Como mostram os documentos históricos, os biótopos dominantes na ilha do Corvo, ao tempo da sua colonização, correspondiam, essencialmente a matos e florestas (PDM, 1991b). No entanto, o povoamento da ilha tem assim, como primeiro impacto, a destruição do coberto arborescente e a introdução de animais, provavelmente em pastoreio semi-selvagem. A exploração das madeiras disponíveis na ilha tem várias vertentes (Medeiros, 1987): 1. A necessária abertura de campo para o desenvolvimento de culturas, que permite, numa primeira fase, a sobrevivência da população e, numa segunda fase, como se compreende da análise histórica dominante até muito recentemente, a produção de cereais para pagamento do dízimo. A exploração dos campos atingiu muitas vezes as capacidades máximas de produção da ilha. A necessidade dos seus habitantes pela procura de junça revela como o cultivo de trigo não chegava para pagar a pensão, o dízimo e ainda ficar com sementes, e isto cerca de dois séculos volvidos à ocupação desta ilha. Entende-se pois, que os melhores terrenos da ilha, a que corresponderiam os melhores arvoredos, se tornaram campos de cultivo rapidamente com a consequente extinção dos seus biótopos originais; 2. Não é pois de estranhar a exportação de madeira de talhadia de espécies nobres, pertencentes à flora natural dos Açores, durante esses dois primeiros séculos de colonização. Encontrando-se associadas às melhores terras e sendo estas exíguas, os indivíduos de bom porte esgotaram-se rapidamente, (ex.: pau-branco e teixo). Por ser capaz de se desenvolver a maiores altitudes, a madeira de cedro do mato foi explorável até mais recentemente; 3. A desflorestação associada às necessidades de lenha. Se as duas condições anteriores afectaram principalmente as terras baixas, esta estende o seu efeito às terras mais altas. Não é, no entanto, a lenha o único combustível. Associado como está o nome da ilha à densidade de aves existente inicialmente, os povoadores desde cedo aproveitaram esse recurso ornitológico como fonte de óleos utilizados também na iluminação. No entanto, e por razões óbvias, apenas na doméstica; 4. Finalmente o pastoreio, presente mesmo antes da ocupação definitiva do homem, constituiu a certidão de óbito das manchas de floresta natural da ilha. Dominado até muito recentemente, por ovinos e caprinos, estes atingiram aqui as maiores densidades do arquipélago por área. Os dados disponíveis mostram que, por volta de 1871, seriam de 1250 e, em 1934 registaram-se 3447 ovinos. Enquanto os ovinos se centravam nas terras superiores (baldio), os caprinos eram empurrados para as zonas mais inóspitas do baldio e das arribas. Este grupo de animais tem particular relevo, porque podendo penetrar na floresta ou mato mais denso e na arriba mais escarpada, utilizava para alimentação não só herbáceas mas também plântulas das espécies arbóreas. Extintos os indivíduos adultos, por abate, e impossibilitados de rejuvenescer pelo pastoreio dos ovinos e caprinos, o coberto florestal da ilha extinguiu-se quase na sua totalidade. Como se percebe, a alteração da paisagem corvina e a extinção dos seus biótopos originiais ter-se-á dado muito cedo na colonização da ilha o que explica a pouca preocupação na manutenção das condições de equilíbrio entre o homem e a terra e a sua exploração até às últimas consequências. A alteração destas circunstâncias terá tido o seu início em 1832, a que Medeiros (1987), no seu estudo desta ilha lhe chamou “Revolução de 1832”. Na sua opinião a ilha do Corvo foi a terra portuguesa que mais benefícios colheu com a queda do ancien régime. Por esta altura estaria já estruturada uma cobertura de solo muito semelhante àquela do principio dos anos 90, já que a evolução futura, embora trazendo alterações significativas, sociais e agrárias, pouco veio favorecer as condições ecológicas da ilha. O aumento progressivo do gado bovino e das actividades pecuárias aproveitando, em grande parte, as terras abertas pelo pastoreio dos ovinos, apenas veio acelerar a degradação das condições ecológicas, em particular a média e grande altitude. Na verdade, e relativamente à área de baldio, a parte mais importante das que nunca foram executadas do “Plano de Aproveitamento do Baldio”, tem a ver com o plano de florestação e reequilíbrio ecológico. Assim, e em grande parte por razões históricas, o Corvo tornou-se a ilha onde os recursos naturais foram mais intensamente explorados, para além das suas próprias capacidades de resiliência e de homeostasia dos seus biótopos, levando à sua quase total aniquilação, e onde os problemas de monocultura da pastagem se fazem sentir com maior gravidade. No entanto, assume-se que o ponto de ruptura ainda não foi atingido e, em alguns aspectos, o restabelecimento do equílibrio ecológico e a recuperação sustentável de algum do património natural da ilha parece ainda possível. Mas deverá ter-se em conta que se está a iniciar a segunda “revolução agrária” nesta ilha, o que poderá trazer graves consequências nas condições ecológicas, fazendo ultrapassar a linha de ruptura. Na actualidade, de acordo com o padrão geral de emprego, cada trabalhador tem vários empregos. A maioria da população trabalha na agro-pecuária, usando pequenos lotes de terreno para criar gado (bovino e suíno) e cultivar produtos hortícolas para consumo pessoal. Parte da população está empregada nos Serviços Públicos e no pequeno comércio. Na ilha existem cerca de 3 pescadores a tempo inteiro e 3 a tempo parcial. Encontram-se também na ilha um grupo de trabalhadores semi-permanentes de construção civil e um grupo de 15 professores permanentes e temporários. O desemprego na ilha não é considerado uma questão para a população activa mais velha, mas poderá constituir um problema para as gerações mais jovens. A escola da ilha assegura o ensino público até ao final da escolaridade básica (9º ano). Os estudantes que pretendam prosseguir os estudos são forçados a deslocarem-se para outras ilhas ou para Portugal continental. Este sistema leva a que apenas uma fracção relativamente reduzida de jovens adultos permaneça na ilha. A falta de emprego especializado dificulta o regresso da população local que obtem formação superior. A demografia da ilha do Corvo, durante os últimos 60 anos, verificou uma diminuição no número de habitantes em resultado da emigração de cerca de 300 habitantes. Estima-se que a sua população actual contêm cerca de 425 habitantes (Meirinho et. al. 2004) 2 A ilha com 17,1km , situada entre 39º49’ e pouco mais de 39º43’ N de latitude e entre cerca de 31º5’ e 31º8’ O de longitude, é a mais pequena, a mais jovem e a menos povoada do Arquipélago dos Açores. Além disto, é a única que possui apenas um povoado e um porto de desembarque de mercadorias. (Medeiros, 1987). A distância à ilha mais próxima, a ilha das Flores, é de aproximadamente 18 km. Caracteriza-se por ser muito alta e ventosa. Na verdade, para uma área de 17km2, a sua altitude de 718m constitui um valor considerável, e só o seu perfil particular de elevadas arribas periféricas, lhe permite ter uma superfície útil aceitável. Mantém a forma de um único cone vulcânico em cujo cimo abateu uma caldeira, que recebeu o nome de Caldeirão. No Corvo, a lagoa do Caldeirão ocupa uma Caldeira de subsidência (Porteiro, 2000). Após a constituição do cone principal, de extensão maior que a área actual do Corvo, começou a ser esculpida pela abrasão marinha. Foi-se formando uma cercadura grandiosa de arribas, excepto a Sul onde se constituiu uma pequena plataforma, fazendo com que toda a ilha esteja cinturada por arribas imponentes, muito mais altas e vigorosas a oeste e norte (700m), donde sopram os ventos principais que activam assim a erosão do mar, do que a leste (150-200m). Uma vez que a abrasão progrediu mais acentuadamente dos lados daqueles dois quadrantes, a caldeira encontra-se hoje bem repuxada para eles e não no centro da ilha. Ao abatimento da caldeira seguiram-se no seu interior, novas fases eruptivas, representadas por cones secundários. Derrames lávicos que cobriram as arribas do sul da ilha geraram, para além delas, uma plataforma onde parece haver um depósito tirreniano (PDM,1991b). O principal reservatório de água superficial da ilha é constituído pelas lagoas situadas dentro do Caldeirão, à altitude de cerca de 410 m, que devem sustentar através de infiltrações algumas nascentes situadas a um nível inferior na periferia do vulcão. Várias ribeiras de regime torrencial, nas vertentes exteriores do vulcão, produzem caudais diversos, mas em geral pouco importantes (Meirinho et al., 2004). Quanto aos materiais, o cone principal é um vulcão basáltico. Nos cortes que as arribas proporcionam evidenciam-se, além de mantos lávicos, piroclastos de diferentes dimensões. No conjunto estes materiais não são muito resistentes, o que facultou a progressão da erosão marinha a ponto de destruir o flanco ocidental. O clima é predominantemente temperado marítimo com Verões amenos (temperatura máxima 23 ºC) e elevada precipitação que no Corvo atinge valores médios anuais de 1201 mm) (PRA, 2001), que resultam numa vegetação terrestre abundante. O vento, o elemento climático-ecológico aqui dominante, constitui o factor limitante em todas as comunidades da ilha e é, em boa parte, responsável pelo actual relevo. A coincidência da sua altitude máxima com a sua localização – é a ilha mais a Norte dos Açores – torna-a sujeita aos alísios e aos ventos do Norte. Durante o Inverno, ventos muito fortes (acima de 55km/h) são frequentes, atingindo facilmente os 100km/h (PDM, 1991b). 6.2 Tipos e usos do solo A estrutura geomorfológica da ilha define as unidades principais na estruturação bio-ecológica (Medeiros, 1987): a) Plataforma S: baixa altitude, baixo declive e separada da restante ilha por uma arriba fóssil. Se por um lado escapa aos rigores de altitude e aos ventos de Norte, não escapa aos ventos de Oeste, Sudoeste e Sudeste. Como consequência directa, as chuvas salgadas associam-se ao efeito eólico criando condições de xero-alomorfismo. Estas são acentuadas pela parcial separação desta plataforma da restante ilha, pelo que os recursos hídricos que lá chegam são naturalmente escassos. Assim se compreende que uma zona com 1055 mm/ano de precipitação acumulada e sem aparente défice hídrico no solo, apresente povoamentos espontâneos com elevada tendência xerohalomórfica. b) Arribas: elemento paisagístico dominante. O seu conhecimento é deficiente e a sua distribuição é contínua em toda a ilha mas assimétrica, variando entre 250 a 700m de altitude. Este biótopo merece especial atenção, para além de nele se encontrar o maior conjunto do património natural da ilha, a acção contínua da erosão coloca-o como o elemento mais sensível pelo que é necessário uma constante monitorização. c) Encostas: basicamente constituídas pelas encostas do cone central da ilha onde se instalam três cones secundários. A altitude média varia entre os 250 e 500m e tem uma exposição a Sul e Este. d) Caldeirão: inclui a grande caldeira e as suas margens exteriores acima dos 500m, encontrando-se sujeito a condições climatéricas, muito agrestes. Geomorfologicamente distinguem-se as vertentes (externas e internas) da base da caldeira consideradas como duas sub-unidades distintas. Nas vertentes exteriores são factores determinantes para além do vento, o declive, pluviosidade e os nevoeiros que criam condições hidromórficas particulares e limitativas do tipo de povoamentos. Os solos são pobres e pouco espessos, muitas vezes apenas com a camada orgânica, em condições de encharcamento permanente e humidade relativa muito perto da saturação e que por isso correspondem a comunidades endémicas características. As vertentes interiores funcionam, por outro lado, como um gigantesco funil de colecta de água, que é canalizada para o fundo caldeira. Aqui os efeitos de erosão são preocupantes, pela existência de estruturas lagunares na base, para as quais o assoreamento é um perigo real. A base da caldeira é ocupada por duas lagoas a que se associa um importante sistema de áreas encharcadas. Embora com condições climatéricas mais amenas, pelo efeito caldeira, as condições extremas de encharcamento limitam os povoamentos ao tipo hidromórfico. A caldeira, constitui a principal unidade paisagística do Corvo, e é o principal e único sistema de colheita de água da ilha, mas considera-se em equilíbrio precário, já em avançada fase de rompimento. Em relação às legislações vigentes na ilha de Corvo, desde 1999 que os pescadores resolveram declarar uma área como Reserva Voluntária, passando a não haver pesca no chamado Caneiro dos Meros. Existe uma Zona de Protecção Especial (ZPE) enquadrada na Directiva Aves (Directiva 79/409/CEE) da Rede Natura 2000. A ZPE “Costa e Caldeirão” abrange praticamente toda a costa da ilha e o Caldeirão do Corvo, apenas excluindo uma pequena faixa costeira em redor da Vila do Corvo e aeroporto (Ilha do Corvo, Açores, Portugal). Abrange uma área de 792 hectares e 18.862 metros de linha de costa. Em relação ao estatutos existentes na ZPE “Costa e Caldeirão” e respectivas entidades responsáveis: 1. Área Importante para as Aves (IBA) PT052 “Costa do Corvo”. 937 Hectares. Ano 2003, SPEA/ BirdLife; 2. Sítio de Importância Comunitária PTCOR0001 “Costa e Caldeirão” (Decisão da Comissão de 28 de Dezembro de 2001). 964 Hectares. Ano 1998, DRA; 3. Zona de Reserva Integral de Apanha de Lapas (Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A, de 31 de Julho). Ano 1993, DRP; 4. Zona de Protecção Especial “Costa e Caldeirão” (Decreto Regulamentar regional n.º 14/2004/A). Hectares 642. Ano 1991, DRA; 5. Proposta de Reserva Ecológica Nacional (Decreto-Lei n.º 93/90 de 19 de Março). Ano 1990, DRA; 6. Domínio Público Hídrico (Decreto-Lei n.º 468/71 de 5 de Novembro). Ano 1971, DROTRH; A ZPE é maioritariamente constituída por pastagens naturais ou melhoradas e apresenta as mais altas falésias costeiras dos Açores. É visitada por poucas centenas de pessoas durante o Verão e encontra-se sujeita a bastante uso humano, nomeadamente pastoreio. A maior parte da área é composta por terrenos agrícolas públicos, denominados de “Baldio”, sendo propriedade da autarquia local e geridos pela Comissão do Baldio. As encostas escarpadas são praticamente inacessíveis e não são cultiváveis, apresentando pastoreio selvagem de caprinos. Imagem1. Mapa da ZPE “Costa e Caldeirão” da Ilha do Corvo Para além da publicação da legislação referida anteriormente efectuaram-se outras acções de gestão e conservação na ZPE, que se apresentam de seguida. Em 1995, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” a DRA produziu e colocou placas de sinalização e informação em madeira pintada a delimitar a ZPE. Em 1996 foram produzidos autocolantes para colocar em placas de madeira por forma a sinalizar a delimitação da ZPE. Em 1997 e 1998 foram renovadas algumas das placas e autocolantes de sinalização. Em 2002, foi realizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) a caracterização dos territórios mais apropriados para a conservação das populações de aves selvagens do Anexo I da Directiva Aves no Arquipélago dos Açores, da qual resultou a revisão da cartografia da Rede de ZPE. De acordo com o Anexo I da Directiva Habitats, os habitats naturais existentes na ZPE em questão e na área envolvente e seus códigos são os seguintes : a) Enseadas e baías pouco profundas - Código 1160; b) Recifes - Código 1170; c) Vegetação perene das praias de calhaus rolados - Código 1220; d) Falésias com flora endémica das costas macaronésicas - Código 1250; e) Águas estagnadas, oligotróficas a mesotróficas, com vegetação da Littorelletea uniflorae e/ou da Isoëto-Nanojuncetea - Código 3130; f) Charnecas macaronésicas endémicas - Código 4050. Habitat prioritário. g) Formação de Euphorbiaceae - Código 5331; h) Prados mesófilos macaronésicos - Código 6180; i) Turfeiras altas activas - Código 7110. Habitat prioritário; j) Turfeiras de cobertura (turfeiras activas) - Código 7130; k) Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da Sedo albi-Veronicion dillenii - Código 8230. Habitat prioritário; l) Grutas marinhas submersas ou semi submersas - Código 8330; m) Turfeiras arborizadas - Código 91D0. Habitat prioritário. Os habitats humanizados existentes na ZPE são principalmente compostos por zonas de pastagem e agricultura: a) baldio (pastagem de gado) b) relvas (pastagem de gado) c) incultos (sem utilização definida). Por último, no ano 2006 foi aprovada a classificação do Parque Natural Regional do Corvo. O Parque Natural Regional do Corvo é uma área protegida classificada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 56/2006/A, de 22 de Dezembro, segundo o regime jurídico decorrente do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, adaptado à Região Autónoma dos Açores pelo Decreto Legislativo Regional n.º 27/93/A, de 23 Dezembro. As suas disposições gerais são: 1. É criado o Parque Natural da Ilha do Corvo, adiante designado por Parque Natural, o qual integra todas as categorias de áreas protegidas da Ilha do Corvo. 2. O Parque Natural constituí a unidade de gestão das áreas protegidas da Ilha do Corvo e integra-se e observa o regime definido para a Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, adiante abreviadamente designada, por Rede Regional de Áreas Protegidas dos Açores. 3. O Parque Natural integra no seu âmbito, os objectivos e limites territoriais definidos para o SIC Costa e Caldeirão e ZPE Costa e Caldeirão do Corvo observando, cumulativamente, o regime estabelecido pelo Decreto Legislativo Regional n.º 20/2006/A, de 6 de Junho, que aprova o Plano Sectorial Rede Natura 2000, da Região Autónoma dos Açores, alterado pelo Decreto Legislativo Regional n.º 7/2007/A, de 10 de Abril e o regime definido pelo presente diploma. As áreas terrestres e marítimas que integram o Parque Natural classificam-se nas categorias de áreas protegidas seguintes: a) Área protegida para a gestão de habitats ou espécies da Costa e Caldeirão do Corvo b) Área de protegida de gestão de recursos da Costa do Corvo. Em relação aos limites, a área marinha é definida a Norte pelo paralelo 39º46,7'N, a Sul pelo paralelo 39º37,0'N, a Oeste pelo meridiano 31º11,7'W e, por último a Este pelo meridiano 31º1,0'W (Carta Militar de Portugal 1:25000. Edição 2000, Série M889, Datum Local). A área terrestre inicia-se a Norte da Praia da Areia no ponto onde a curva de nível dos 50 m intersecta o limite superior de falésia. Segue por este, para Norte, até ao bordo do Caldeira, continuando para Oeste até ao miradouro do Caldeirão. Daí desce pela Ribeira da Picada até à curva de nível dos 500 m estendendo-se por esta cota para Norte até à ribeira junto ao Serão Alto. Desce por esta até ao limite superior de falésia, seguindo-o para Sul até à ribeira do Vintém, continuando para montante até intersectar a estrada, seguindo-a na direcção Sudoeste até à ribeira da Ponte. Desce por esta até ao limite de falésia por onde continua até intersectar a linha de costa, definida pelo nível médio do mar, na Vila do Corvo. Inflectindo para Norte retorna ao ponto inicial por esta linha. Incluem-se os ilhéus da Ponta do Marco. 6.3. Descrição do Meio Terrestre 6.3.1. Flora Os dois principais recursos existentes utilizados para a caracterização da flora do Corvo foram o Portal da Biodiversidade dos Açores e o trabalho de Pereira et al. (2008). O primeiro trabalho foi desenvolvido no âmbito dos Projectos INTERREG III B “Atlântico” (2003-2005) e “BIONATURA" (2007-2008) cujos parceiros nos Açores foram respectivamente a Direcção Regional do Ambiente e do Mar e a Agência Regional da Energia e Ambiente – ARENA (Paulo et al. 2006). A Base de dados das espécies (ATLANTIS) é composta por dados espaciais de presençaausência (grellha de 500x500 m) para ca. 5000 espécies, com base num levantamento exaustivo de literatura (que remonta ao século XIX), bem como em registos inéditos de trabalho de campo intensivo nos Açores. Muitas espécies são também acompanhadas por imagens de exemplares de colecção ou na natureza. Pereira et al. (2008) elaboraram um catálogo das plantas vasculares citadas para a ilha do Corvo com base nas obras de síntese de Trelease (1897), Palhinha (1966), Franco (1971, 1984), Franco & Afonso (1994, 1998, 2003), Hansen & Sunding (1993), Silva et al. (2005), Schäfer (2003, 2005) e nos relatórios das expedições efectuadas àquela ilha em 1987 e 2007 pelo Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. O catálogo refere-se a todas as plantas vasculares cuja ocorrência na ilha do Corvo foi verificada pelo menos uma vez e não referindo espécies cuja distribuição tenha sido indicada apenas de uma forma geral. Nessa compilação Pereira et al. (2008) utilizaram a nomenclatura aceite pela Flora Europaea (Tutin et al., 2001) com as alterações de nomenclatura entretanto publicadas (IPNI, 2005). Para maior clareza no reconhecimento das unidades taxonómicas, foram também indicados os seus sinónimos mais importantes. No catálogo são ainda indicados alguns nomes vulgares, cujo uso na ilha, foi possível confirmar. O presente catálogo assinala para a ilha do Corvo 353 taxa distribuídos por 94 famílias, acrescentando 19 novos registos para esta ilha. Na tabela abaixo apresenta-se a listagem das espécies identificadas no Corvo por diversos autores, assinalando-se o seu nome científico, vulgar e estatuto. Tabela 10 – Listagem de plantas da ilha do Corvo Categorias do Estatuto: E – Endémico EAM – Endémico dos Açores e Madeira EAMC – Endémico dos Açores, Madeira e Canarias N – Nativo dos Açores I – Introduzido nos Açores H – Híbrido d – desconhece-se ou duvida-se da origem em relação aos Açores Az Taxón citado para outras ilhas dos Açores + Taxón citado para a ilha do Corvo Trel eas e, 198 7 Espécie Acacia melanoxylon Nome comum (Açores) Acácia Estatuto E Pal hin ha, 196 6 Az Fra nco (19 84); Fra nco &Af ons o (20 03) Az Han sen & Sun din g (19 93) Silv a et al., 200 5 Sch *afe r (20 05) Az + + Adiantum capillus-veneris Avenca-das-fontes E + Adiantum hispidulum I + Agrimonia eupatoria Agrimónia, Erva-agrimónia E Agrostis azorica Agrostis castellana Agrostis congestiflora congestiflora Agrostis congestiflora oreophila Agrostis stolonifera Agrostis, Feno-da-Madeira, Saudades I E Erva-fina + + + + + + Az Az + + + + Az + + + + + + E I + Az Az Az Az Az Az Az Az + + + N Az Az Az + + + Alho-bravo, Porro-bravo I Az Az Az + + + Beldros, beldro-manso I + + + + + + Bredo, Bredo-vermelho, Carurú-roxo, Beldro Pé-de-pomba I Az Az Az + + + Aira caryophyllea caryophyllea Aira praecox Aira-cariofílea Allium ampeloprasum Amaranthus blitum Amaranthus hybridus N E E Ammi trifoliatum E + + + Anagallis arvensis I Az Az Az Anagallis minima N + + + + + + + + + + Anograma-de-folha-estreita N + + Az + + + Anthemis cotula Funcho-de-burro I + + Az + + + Anthoxanthum aristatum Antoxanto-praganoso, Fenode-cheiro Erva-de-nossa senhora, Erva santa, Feno-de-cheiro I Az + + + + + + + + + + + + + Az + + + I Antirrhinum majus Aphanes microcarpa Áfane-de-fruto-miúdo I + Apium graveolens Aipo d + I Aptenia cordifolia Arrhenatherum elatius bulbosum Arum italicum Grama-de-caroço I Serpentina, Serpentinola, Saprintina, Jarro I + + + Anogramma leptophylla d + + Ammi seubertianum Anthoxanthum odoratum + + I Ailanthus altissima Ammi huntii I Exp edi çõe s (19 87/ 200 7) Az + Az + + + Az + + + + Az + + + + + + + Arundo donax Cana I Asplenium adiantumnigrum Asplenium azoricum Avenca-negra, Fento-negro, Feto-negro N Asplenium hemionitis Feto-de-folha-de-hera, Fetode-três bicos E N + + + + Az + + + + Az + + + + + + + + + + + Asplenium marinum N + + Az + + + Asplenium monanthes N Az Az Az + + + Asplenium obovatum lanceolatum Asplenium onopteris Avenca negra N + + Az + + + Az + + + + Asplenium scolopendrium N Asplenium scolopendrium Língua-cervina scolopendrium Asplenium trichomanes N Asplenium quadrivalens trichomanesAvenca-brava, Avencão, Politrico, Politrico-das-boticas N Avena barbata Avena sterilis ludoviciana Aveão, Aveião, Balanco-maior I Azorina vidalii Vidalia E I E Barbarea verna Margaridas Bellis azorica d I Beta vulgaris. Maritima I Blechnum spicant N Borragem Borago officinalis Brachypodium distachyonBraquipódio, Braquipódio-deSin. Trachynia distachya duas-espigas Brachypodium sylvaticum Saragasso-manso, Sarragasso-manso Brassica oleracea Couve Bromus catharticus Bole-bole, Bule-bule, Bulebule grado Bole-bole, Bole-bole menor, Bule-bule, Bule-bule miúdo Bromo-de-Schrader Bromus diandrus Bromus rigidus Bromus madritensis Sin.Espigão, Fura-capa, Saruga, Seruga Bromus Briza maxima Briza minor Bromus madritensisBromo-de-madride, madritensis Espadana, Espadena Brunsvigia rosea Lírios Sin. Amaryllis belladonna Calendula arvensis Calendula, Erva-vaqueira, Malmequer-dos-campos Calendula officinalis Bonina Callitriche stagnalis Calluna vulgaris Lentilhas-da-água, Morrugemde-água Rapa, Queiró, Queiroga, Leiva Calystegia sepium sepium Bons-dias, Campainhasbrancas, Madrugadas Canna indica Conteira Capsella bursa-pastoris Capsella rubella Bolsa-de-pastor, Erva-dobom-pastor Az Az Az + + + + + N N Atriplex prostrata + + N Fento-fêmea, Feto-manso, Feto-de-espigo, Feto-fêmea Armoles-bravos, Armolessilvestres Balanco Athyrium filix-femina + + + Az + + + + + + + + + + + Az + + + + + + + Az + + + Az Az + + + Az + + + + + Az Az Az Az + + + + + + + + + + + + + + + Az Az Az Az Az + Az Az Az + + + Az Az Az + + + Az Az Az + + + + Az + + + + + + Az + + + + Az Az Az + + + + Az Az Az Az + Az Az Az Az + + + + I I N I I I I I I I I I I N N I I + Az Az Az Az Az Az + Az Az Az Az Az Az + Az Az Az Az + + + + Az + + + Az Az Az + + + + + + + + + + + Az Az Az + + + + I I + + + + Az + + + Cardamine caldeirarum E + + + + + + Az Az Az + + + Az Az Az + E Az Az Az + + + N + + + + + + Cardamine hirsuta Agrião-de-canário I Carduus tenuiflorus Cardo I N Carex echinata Carriço-despedaçado Carex divulsa divulsa Carex hochstetteriana Carriço-de-otruba Carex otrubae + I + + + Carex pairae I + + + Carex pendula N Az Az + Az Az + Carex peregrina E Az Az Az + + + Carex viridula edercreutzii E Az Az Az + + + Carpobrotus edulis Bálsamo, Chorões I + Centaurium erythraea Fel-da-terra I + Centaurium grandiflorum + I erythraea + + Az + + + Centaurium scilloides E + + + + + + Cerastium azoricum E + + + + + + Cerastium fontanum vulgare Cerastium glomeratum Cerástio enovelado, Orelhade-rato Cerastium vagans I Az Az + + + + + + Az + + + Erva-andorinha, Erva-dasverrugas Chelidonium majus + I I I Chenopodium album I Chenopodium albumAnsarina-branca, Sincho album Chenopodium ambrosioides Chenopodium murale Farinheira, Galinhas-gordas, Pé-de-ganso, Pedegoso Chenopodium opulifolium Couve-maltesa, Ervafedorenta Chrysanthemum segetum Malmequer bravo, Pampilho I I I + + Az Az Az + + + Az Az Az + + + + + Az + Az + + + + + + Az + + + + + + + Az + + + I I + + Cichorium intybus Almeirão, Chicória brava I + + + + + + Clinopodium ascendens Néveda, Erva-névea N + + Az + + + Az Az + + + + Az + + + + + + + Clinopodium vulgareSegurelha arundanum Colocasia esculenta Inhame, Colocásia I I + + Consolida ajacis I Az Az Az Az + + + + I + + Az + + + + I + + Az + + + + + + + Corriola, Garriola, Verdisela, Erva-garriola Aboadeira / Raposa Convolvulus arvensis Conyza bonariensis Conyza canadensis Conyza (bonariensis canadensis) Coronopus didymus I H x + + I Az Az + + + + Crassula tillaea Crássula-do-tile I Az Az Az + + + Crepis capillaris Almeirão-branco I Az Az Az + + + Crithmum maritimum Perrexil-do-mar, Perrexil N + + Az + + + + Az Az Az Az + Az + + Crocosmia x crocosmiiflora Sin. Tritonia x crocosmiflora Corynocarpus laevigata Barrilinhos, quinocarpo Cryptomeria japonica Culcita macrocarpa Criptoméria, Clica, Clipa, Crica, Cricomé, Titomé Feto-do-cabelinho H I I N Az Az Az + + + Az Az + + + Cymbalaria muralis muralis I Az Az + + + + Az Az Az + + + Az Az Az Az + + Cynodon dactylon Gramão I Cynoglossum creticum I Cyperus eragrostis Orelha-de-lebre, Língua-decão Juncilho I + + Az + + + + Cyperus esculentus Juncilhão, Junça-mansa I + + Az + + + + Cyperus longus Junça-de-cheiro, Junçaordinária Junça-brava N Az Az Az + + + Az Az Az + + + Az Az Az + + + + + + + Cyperus rotundus I Cyrtomium falcatum I Cystopteris diaphana N + I + Giesteira, Giesta Cytisus scoparius Datura stramonium Daucus carota azoricus Castanheiro-do-diabo, Ervados-bruxos, Estramónio Salsa-burra I E + + + + + + Az Az + + + Az Az + + + + + Az Az Az + + + Az Az + + + + Az + + + + + N Deparia petersenii Feno Deschampsia foliosa N Digitaria ciliaris I Digitaria sanguinalis Sin.Minhã-pé-de-galinha Digitaria ciliaris Diphasiastrum madeirense I + + + + EAM Az Az Diplazium caudatum N Az Az Doodia caudata I Dracaena drago N Drosanthemum floribundum Dryopteris aemula I N + Dryopteris azorica E Az + + + Az + + + Az + + + + + + Az + + + + + + + + Az Az + + + + + + Az Az Duchesnea indica Morango-bravo I Az Az Az Az Az Az Echinochloa crus-galli Pé-de-galo, Milhã grada I Az Az Az + + + Elaeagnus umbellata Groselha I Az Az Az Az Elatine hexandra N + + + + + Eleocharis multicaulis N Az Az Az + + + + + Az + + + Eleocare-dos-charcos, Juncomarreco, Pasto Eleocharis palustris N Eleocharis palustris vulgaris I Eleusine indica I Eleusine indica indica I I Eleusine tristachya Epilobium sp. Erica azorica Erigeron karvinskianus Erva-bonita, Epilóbioserrilhado Urze, Mato, Vassoura, Barbade-mato Vitadínia dos floristas I E I + Az I Dactylis glomerata + + + + Az Az Az Az + + + + Az Az Az + + + Az Az Az Az Az Az + + + Az + + + + Az Az + + + + + Az + Az + Az + + + Nespereira, Nêspera, Moniqueira, Mónicas, Móquenas I Euphorbia azorica Erva-leiteira E Az Az Euphorbia stygiana Trovisco-macho E + + + + + + + Euphrasia azorica E + + Az + + + + Euphrasia grandiflora E + + Eriobotrya japonica Festuca jubata Sin.Bracel, Braceu, Bracés-do- N Az + Az + + + + mato, Bracel-do-mato Bracel-da-rocha, Bracês, Braceu, Bracejo Figueira Festuca francoi Festuca petraea Ficus carica E + Az + + + + Az + + + + + + I I Filago lutescens atlantica + Foeniculum vulgare Funcho I Fragaria vesca Morangueiro d Frangula azorica Sanguinho E + + + + + + + + + + + + Frankenia laevis I + + + + + + Frankenia pulverulenta N + + + + + + Erva-moleirinha, Ervapombinha, Fumária Cardo Fumaria officinalis Galactites tomentosa Amor-de-hortelão, Ervapeganhosa, Pegamaço, Rapasaias Galium aparine I Galium murale I Gaudinia coarctata Erva-de-São Roberto, Erva Roberta Geranium purpureum Gnaphalium luteo-album Hédera, Hera, Hereira Hedera azorica Hedychium gardneranum Roca-da-velha, Roca-dovento, Rubim, Flor-debesouro, Choupa, Conteira Helminthotheca echioides Erva-mole, Erva-maior, Ervabranca Holcus lanatus + I I Solda-de-Paris + I Galium divaricatum Galium parisiense Az Az Az Az Az + + Az + + + + + + I + + + + + E Az Az Az + + + Az Az Az + + I N + + Az + + + + E + + Az + + + + Az Az + + + + + I I I + + + Az + + + + + + Az + + + + Az Az Az + + + Az + + + Holcus rigidus E Hordeum murinumCervada-dos-ratos leporinum Huperzia dentata I EAM Az Az Huperzia suberecta EAM Az Az Az Az + + + Az + + + Az Az Az + + Az N Hydrangea macrophylla Hortênsia, Novelão I N Hymenophyllum tunbrigense Hymenophyllum wilsonii + + + + + + + + Hypericum foliosum Furalha, Malfurada, Milfurada E + + Az + + + Hypericum humifusum Erva-das-mil-folhinhas N + + Az + + + Hypericum undulatum d Az Az + + + + Az + + + + + Hypochoeris radicata Hipericão-bravo, Hipericãoondeado Hipoquere-pelada, Leituga, Leituga-pelada Leiteirigas Az + + + + Ilex perado azorica Azevinho E Az Az Az + + + + E + + + + + + + + + Az + + + + + Az + + + N Az Az Az + + + Hypochoeris glabra Isoetes azorica Isolepis cernua Scirpus cernuus Isolepis setacea Scirpus setaceus Juncus acutus I I Sin. N Sin. N Junco-joeiro, Junco-agudo Juncus articulatus Junco articulado d Az Az Az + + + Juncus bufonius Junco-dos-sapos N + + Az + + + Juncus bulbosus Junco N + + + + + + Juncus capitatus Junco-de-cabeça N + + Az + + + + + Juncus effusus N + + Az + + + Juncus tenuis I + + Az + + + + + Az + + + + + + + + + + + Cedro, Cedro-das-ilhas, Cedro-do-mato, Cedro-daterra, Zimbro Juniperus brevifolia E Kickxia elatine I Kickxia spuria integrifolia I Kickxia spuria spuria I Kyllinga brevifolia Cyperus brevifolius Lagurus ovatus + + I Sin. Az Az + I N Lavatera cretica Louro-macho, Louro-da-terra, Louro-bravo, Louro-manso, Louro-de-cheiro, Loureiro, Folhado Malva, Malva-bastarda Leontodon rigens Alfacinha, Patalugo-menor Laurus azorica Az + + + + + + + + + Az Az I Az Az Az + + + E Az Az + + + + Az Az Az + + + Az Az + Az Az + + + d Ligustrum henryi I Limonium Sin. Eduardidiasii Limonium vulgare Littorella uniflora N Escudinha + Az Leontodon taraxacoidesLíngua-de-ovelha longirostris Leucanthemum vulgare Margarida Lobularia maritima + + I Lampranthus multiradiatus I + Az + + + + + + I Az Az Az Az + + + + Azevão I Az Az Az + + + Azevém I + + Az + + + Lolium rigidum I Lotus angustissimus Azevém, Erva-febra, Erva-jóia, Jela, Joela Trevo amarelo I Az Az Az + Lotus corniculatus Cornichão, Loto I Az Az Az Lotus parviflorus Trevo amarelo I Az Az Az Lotus pedunculatus Erva-coelheira I + + + E d Marroio-de-água Lysimachia azorica Lysimichia nemorum Lythrum hyssopifolia Malva parviflora I E Sin. Salgueirinha I Malva-de-flor-pequena I Matricaria maritima I Matricaria maritima maritima Matthiola incana incana Goivo encarnado I + + Az + Az + + + + + + + + + + Az + + + + + Az + + + + Az Az Az Az Az Az + + + + + + + + + Az Az + + + + + + + + + + Az Az Az + + + + Az Az Az Az Az Az + + + + + + + + Az Az Az + + + + + Az + + + Alfafa, Luzerna I Melilotus indicus I Mentha spicata Anafe-menor, Coroa-de-rei, Trevo-de-cheiro, Trevo-denamorado Hortelã-da-ribeira, Hortelãdos-rios Poejos, Poejo, Hortelãpimenta-mansa Hortelã Mentha suaveolens Mentrasto, Mantrage Mentha pulegium + I Medicago lupulina Mentha aquatica + N Lolium perenne Lycopus europaeus + + Lolium multiflorum Lotus suaveolens Sin. Lotus subbiflorus Luzula purpureosplendens Saragasso, Sarragasso + N N I I + Az Az Az + + + Mercurialis annua Metrosideros excelsa Barradoiro, Erva-mercúrio, Urtiga-morta Metrosidero I I I Mirabilis jalapa Az Az Az + + + Az Az + + + + + + + + + Az Az Az + + I Morella faya Bocas-de-coelho, Focinho-decoelho Faia, Faia-da-terra Myosotis azorica Não-me-esqueças E + + + + + + Myosotis maritima Não-me-esqueças E + + Az + + + + Myrica faya Faia N + + Az + + + + Myrsine retusa Tamujo E + + Az + + + Nasturtium officinale Agriões, Agrião-da-água, Cressa d + + Az + + + Misopates orontium Nothoscordum gracile Oenothera biennis Erva-dos-burros, Onarga I + I + I Oenothera longiflora I Origanum vulgare ssp.Ouregos, Ourégão, Oregãos virens Ornithopus perpusillus Serradela-brava I Ornithopus sativus Serradela-delgada, Serradelalanuda Serradela, Erva-da-casta + I Oenothera glazioviana Ornithopus pinnatus I d I Opuntia sp. I Oryzopsis miliacea I Az + + + + + + + + + + + Az + + + Az Az + + Erva-azeda, Erva-azedinha I I + I Papoila I Papaver somniferum I Papaver hortense Parentucellia viscosa Erva-peganhenta, Parentucélia-peganhenta I Parietaria debilis Parietaria judaica Alfavaca-da-cova, Fava-dacova I Paspalum dilatatum Sin. Paspalum vaginatum Sin. Paspalum paspalodes Paspalum distichum I Pennisetum villosum I Persea indica I Persicaria hydropiperoides Sin. Polygonum hydropiperoides Persicaria maculosa I Persicaria salicifolia Sin. Polygonum salicifolia Petroselinum crispum Salsa I Phalaris brachystachys I Alpista-brava, Alpista-deespiga-curta, Erva-de-cabeça I I + + + Az Az + + + + + + Az Az Az + Az + Az + + + + Az Az Az + + + Az Az Az Az + + + + + + + + + + + + + + Az Az Az + + + + + + + + + + + Az Az + + + + + Az Az + + + Az Az Az + + + I Vinhático, Vinhoto + I I + + Oxalis articulata Oxalis corniculata I Az Az + Papoila, Papoula-vermelha, Papoula-ordinária somniferumPapoila-branca, Dormideira, Dormideira-brava, Dormideirados-jardins Somniferum + Az N Papaver rhoeas + Az Feto-real Papaver dubium Az + Osmunda regalis Oxalis corymbosa Az Az Az Az + Az Az Az Az + + + + + + + + + + + + + + + Az Az Az + + + Az + + Az + Alpista Phalaris canariensis Phalaris minor I Az Az + Az I + Az + Az Az Az Az Az + + + Phytolacca americana Linho-da-Nova Zelândia, Espadana, Filhaça Capuchos, Rebuçados, Tomatinhos-de-capucho, Tomateiro inglês Tintureira, Baga-moira Picconia azorica Pau branco Picris echioides I Piptatherum miliaceumMilho-miúdo, Talha-dente miliaceum Sin. Oryzopsis Pittosporum tobira Faia-da-Holanda, Faia-doNorte Pittosporum undulatum Incenso, Faia I I I Az + Az + + + + Plantago coronopus N + + Az + + + + Plantago coronopusDiabelha, Guiabelha, Engordacoronopus ratos Plantago lanceolata Língua-de-vaca I Phormium tenax Physalis peruviana Tanchagem Plantago major I + + I + + + + + + + E + + Az + + + + + + + + + + + Az + + + + Az + + + Az + I + + Az + + + + + + + + + + + Az Az + + + + + E + Az Az Az Az + Az I Plecostachys serpyllifolia + + Poa annua Erva-negra I Az Az Az + + + Poa trivialis Panasco I + + Az + + + + + Az + + + + + + + + I + + Az + + + + + + + + + Az + Poa trivialis ssp. trivialis I Polycarpon tetraphyllum I Erva-das-galinhas, Sempre noiva Polygonum aviculare Polygonum maritimum I Polipódio E Polypogon maritimus Rabo-de-zorra-macio-menor I Polypogon viridis Panasco I Az Az Polystichum setiferum Feto, Feito N Az Az Az + + + Portulaca oleracea I + + Az + + + Portulaca oleraceaBaldroega, Beldroega, oleracea Beldroega-de-comer Potamogeton polygonifolius Potentilla anglica I Tomentilha Potentilla reptans Erva férrea Prunella vulgaris Brunéla, Consolda-menor, Erva-férrea, Prunela luteo-Perpétua-silvestre N I Ranúnculo-de-flor-pequena Raphanus raphanistrum ssp. microcarpus + + Az Az + + + + + + + + + + I N Ranunculus parviflorus + + N Bafo-de-boi + Az Feto, Feito, Feto-fêmea-dasboticas Ranunculus cortusifolius + + I Pteris incompleta + Az Araçá-amarelo, Araçá-roxo + + + + Az + + + + Az Az + + + Az + + Az + + + + + + Az Az + EAMC Az Az Az + + + I Az Az Az Az + + I + + + I + + Az Pseudognaphalium album Psidium littorale Pteridium aquilinum + I N + + N Prunella vulgaris vulgaris + + Polypodium azoricum Potentilla erecta + I Platanthera azorica Conchelo-do-mato + I I Plantago major intermedia Platanthera micrantha Az + Raphanus raphanistrumSaramago, Rábão-bravo, raphanistrum Rábão-silvestre Rapistrum rugosum spp. rugosum Reseda luteola Lírio-dos-tintureiros Sumagre Rhus coriaria Ricinus communis Funcho-bastardo Ridolfia segetum Rostraria cristata Sin.Erva-do-penacho, Rabo-deLophochloa cristata cão Rubia agostinhoi Sin. RubiaRuiva, Rapa-língua, Raspaperegrina agostinhoi Sin.língua Rubia peregrina azorica Rubus hochstetterorum Silvado-manso, Silva-mansa Silvado-bravo, Silva-brava Rubus ulmifolius Rumex acetosella pyrenaicus Rumex australis I I I + Az + + + Az Az + + + + + + Az + + + I Az Az Az + + Az I Az Az Az + + + Az + + + I I Labaça-das-ilhas Az + Az + + + + + + E Az Az + + + + + I + + Az + + + + + + + + + + + Az Az Az + + N E + I Rumex bucephalophorus + + Rumex conglomeratus Labaça, Erva-labaça I + + Az + + + Rumex crispus Labaça I + + + + + + + + Az + + + + + obtusifoliusCoenha, Labaça, Erva-labaça, Erva-britânica, Azeda-defolha-larga Rumex pulcher pulcher Coenha, Labaça-sinuada Rumex obtusifolius Sagina-das-areias + Az I Rumex azoricus + Az N ssp. + I I + + + + Az + + Az + + + + + + + + + + + + + I Az Sagina maritima N Az Sagina procumbensErva-molhada, Erva-pérola procumbres Sambucus nigra Sabugueiro, Sabugo, Rosade-bem fazer, Sabugueiro preto Scabiosa atropurpurea Saudades I + + + + I Az Az Scabiosa nitens E Az Az + + + + + Selaginella kraussiana N + + + + + + + I Az Az Az + + + Az Az Az Az + Az + + + + + + + + + Sagina apetala Milhã-verde Setaria pumila Setaria verticillata Setaria adhaerens Sherardia arvensis Sin.Milhã-pegadiça, Namorados I I I Az Sibthorpia europaea Erva-longa N + + + + + + Sida rhombifolia Erva-do-chá I Az Az Az Az + + + + Gorga, Cabacinha, Ervacabaceira Silene uniflora uniflora Sin.Erva-cabaceira Silene maritima Sin. Silene vulgaris maritima Sisymbrium officinale Rinchão, Erissimo Silene gallica I + + Az + + + + + + + + + + + + + + N I I Solanum luteum + Solanum luteum alatum Solanum nigrum + Erva-moura Cubres Sonchus asper Sonchus asper asper I + + + I Solanum pseudocapsicum Solidago sempervirens + Serralha, Serralha-áspera, Serralha-espinhosa + + + I + + Az + + + I + + + + + + I + + Sonchus glaucescens Sonchus oleraceus I asper Sonchus tenerrimus Serralha I Serralha, Serralha-macia-defolha-alongada I + + + Az + + + Az Az + + + + + E Az Az Az + + + I + + Az + + + Spergularia marina N Az Az + + + Sporobolus africanus Sin.Erva-rija Sporobolus indicus Stachys arvensis Rabo-de-raposa I I + Stegnogramma pozoi N Az Az Spergularia azorica Spergularia bocconei Sapinho-das-ilhas Stellaria media Erva-canária I Stellaria media media Erva-canária, Erva-moleira I Salgueiro, Grossas, Tamargueira, Tamargueira-deespinhos Az + + + Az + + + Az Az Az + + Az Az + + + + Az + + + + + + + + + Az I Taraxacum officinale Sin.Dente-de-Leão Taraxacum latisectum Taraxacum perssonii I Teixo Tetragonia tetragonioides Espinafre da Nova Zelândia + I Tamarix canariensis Taxus baccata Az I Stenotaphrum secundatum Tamarix africana Az + Az Az d N + + + + Az I + Az Az + + + Az Az + + + + Az Az Az + Tetrapanax papyriferus Árvore-do-papel-de-arroz I Thymus caespititius Erva-úrsula, Tomilho N + + Az + + + + E + + + + + + + EAM + Az + + + + Az Az Az + Az + + Az Az + + Az + + + + + + + Az + + + Tolpis azorica Tolpis succulenta Torilis arvensis arvensis Tradescantia fluminensis Coentrilha, Salsinha, Toriledos-campos Erva-santa I I N Trichomanes speciosum + Trifolium arvense Trevo branco I Trifolium campestre Trevão I + + Az + + + Trifolium dubium Trevinho, Trevo-amarelo-menor I Az Az Az + + + Trifolium glomeratum Trevo-aglomerado, Trevoglomerado Trevo-da-ligúria I Az Az Az + + + Az + + + + + + + + + Trifolium ligusticum Trifolium ornithopodioides Trevo I + + I Az Az Az Az Trevo branco, Trevo-coroa-derei, Trevo-da-holanda Trevo-áspero I I Umbilicus horizontalis Chagas, Chagueira, Mastruçodo-Perú, Nastúrcio Conchelos, Coucelos N Umbilicus rupestris Conchelos, Coucelos I Urospermum picroides Leituga-amargosa, Leituga-deburro Urtiga I Uva-da-serra, Uva-do-mato, Uva-do-monte, Uveira, Romania, Rosmaninho Urgebão, Giribão E Trifolium repens Trifolium scabrum Tropaeolum majus Urtica membranacea Vaccinium cylindraceum Verbena officinalis Veronica agrestis Veronica arvensis Verónica-dos-campos, Verónica-vulgar Az I I + + Az Az + + + Az Az Az + + + Az Az Az + + + + Az + Az + + + + Az Az + + + + + I + + Az + + + I + + + + + + Az Az Az + + + I E Veronica dabneyi Chá-da-europa Veronica officinalis + + + Veronica serpyllifoliaVerónica-folhas-de-tomilho, humifusa Verónica-mimosa Veronica serpyllifolia + + + Az + + I Veronica polita + I Az Az + I + + Az + + + + Viburnum treleasei Folhado E + + + + + + + Vicia benghalensis Ervilhaca-purpúrea, Ervilhacavermelha Cigerão, Unhas-de-gato I + + + + + + + Az + + Vicia hirsuta Vitis sp. I + + I Az Az + Az Vulpia bromoides Vúlpia, Vúlpia-bromada I Az Az + + + Woodwardia radicans Feto-do-botão N Az Az + + + + Zantedeschia aethiopica Jarros, Serpentina-brava I Az Az Az + + + Em continuação e para cada uma das espécies da tabela de cima apresenta-se a sua classificação taxonómica. DIVISÃO: SPERMATOPHYTA SUBDIVISÃO: MAGNOLIOPHYTINA CLASSE: MAGNOLIOPSIDA Ordem: Fabales Família:Fabaceae Género: Acacia Espécie: Acacia melanoxylon Género: Cytisus Espécie: Cytisus scoparius Género: Lotus Espécie: Lotus angustissimus, angustissimus Lotus corniculatus, corniculatus Lotus Lotus parviflorus, parviflorus Lotus pedunculatus, pedunculatus Lotus subbiflorus Género: Medicago Espécie: Medicago lupulina Género: Melilotus Espécie: Melilotus indicus Género: Ornithopus Espécie: Ornithopus perpusillus, Ornithopus pinnatus, perpusillus pinnatus Ornithopus sativus Género: Trifolium Espécie: Trifolium arvense, arvense Trifolium campestre, campestre Trifolium dubium, dubium Trifolium glomeratum, glomeratum Trifolium ligusticum, ligusticum Trifolium ornithopodioides, ornithopodioides Trifolium repens, repens Trifolium scabrum Género: Vicia Espécie: Vicia benghalensis, benghalensis Vicia hirsuta Ordem: Rosales Família:Rosaceae Género: Agrimonia Espécie: Agrimonia eupatoria Género: Aphanes Espécie: Aphanes microcarpa Género: Duchesnea + + Espécie: Duchesnea indica Género: Eriobotrya Espécie: Eriobotrya japonica Género: Fragaria Espécie: Fragaria vesca Género: Potentilla Espécie: Potentilla anglica, anglica Potentilla erecta, erecta Potentilla reptans Género: Rubus Espécie: Rubus hochstetterorum, hochstetterorum Rubus ulmifolius Ordem: Caryophyllales Família:: Amaranthaceae Género:: Amaranthus Espécie: Amaranthus blitum, blitum Amaranthus hybridus Família: Aizoaceae Género: Aptenia Espécie: Aptenia cordifolia Género: Lampranthus Espécie: Lampranthus multiradiatus Género: Drosanthemum Espécie: Drosanthemum floribundum Género: Tetragonia Espécie: Tetragonia tetragonioides Família: Chenopodiaceae Género: Atriplex Espécie: A triplex prostrata Género: Beta Espécie: Beta vulgaris ssp. Maritima Género: Carpobrotus Espécie: Carpobrotus edulis Género: Chenopodium Espécie: Chenopodium album, album Chenopodium album ssp. album, album Chenopodium ambrosioides, ambrosioides Chenopodium murale, murale Chenopodium opulifolium opulifolium Família: Caryophyllaceae Género: Cerastium Espécie: Cerastium azoricum, azoricum Cerastium fontanum ssp. vulgare, vulgare Cerastium vagans Género: Polycarpon Espécie: Polycarpon tetraphyllum Género: Sagina Espécie: Sagina apetala, apetala Sagina maritima, maritima Sagina procumbens Género: Silene Espécie: Silene gallica Género: Spergularia Espécie: Spergularia azorica, azorica Spergularia bocconei, bocconei Spergularia marina Género: Stellaria Espécie: Stellaria media, media Stellaria media ssp. media Família: Nyctaginaceae Género: Mirabilis Espécie: Mirabilis Mira bilis jalapa Família: Cactaceae Género: Opuntia Espécie: Opuntia sp. Família: Phytolaccaceae Género: Phytolacca Espécie: Phytolacca americana Família: Portulacaceae Género: Portulaca Espécie: Portulaca oleracea, oleracea Portulaca oleracea ssp. oleracea Ordem: Araliales Família: Apiaceae Género: Ammi Espécie: Ammi huntii, huntii Ammi seubertianum, seubertianum Ammi trifoliatum Género: Apium Espécie: Apium graveolens Género: Crithmum Espécie: Crithmum maritimum Género: Daucus Espécie: Daucus carota ssp. Azoricus Género: Foeniculum Espécie: Foeniculum vulgare Género: Petroselinum Espécie: Petroselinum crispum Género: Ridolfia Espécie: Ridolfia segetum Género: Torilis Espécie: Torilis arvensis ssp. arvensis Família: Araliaceae Género: Hedera Espécie: Hedera azorica Ordem: Primulales Família:Primulaceae Género: Anagallis Espécie: Anagallis arvensis, arvensis Anagallis minima Género: Lysimachia Espécie: Lysimachia azorica Família: Myrsinaceae Género: Myrsine Espécie: Myrsine retusa Ordem: Scrophulariales Família:: Scrophulariaceae Género: Antirrhinum Espécie: Antirrhinum majus Género:Cymbalaria Espécie: Cymbalaria muralis Género:Euphrasia Espécie: Euphrasia azorica, azorica , Euphrasia grandiflora Género: Kickxia Espécie: Kickxia elatine, elatine Kickxia spuria ssp. Integrifolia, Integrifolia Kickxia spuria ssp spuria Género: Misopates Espécie: Misopates orontium Género: Parentucellia Espécie: Parentucellia viscosa Género: Sibthorpia Espécie: Sibthorpia europaea Género: Veronica Espécie: Veronica agrestis, agrestis Veronica arvensis, arvensis Veronica dabneyi, dabneyi Veronica officinalis, officinalis Veronica serpyllifolia serpyllifolia humifusa, humifusa Veronica serpyllifolia, serpyllifolia Veronica polita Família: Plantaginaceae Género: Littorella Espécie: Littorella uniflora Género: Plantago Espécie: Plantago coronopus, coronopus Plantago coronopus coronopus, coronopus Plantago lanceolata, lanceolata Plantago major, major Plantago major ssp ss p intermedia Ordem: Campanulales Família: Campanulaceae Género: Azorina Espécie: Azorina vidalii Ordem: Capparales Família: Brassicaceae Género: Barbarea Espécie: Barbarea verna Género: Brassica Espécie: Brassica oleracea Género: Capsella Espécie: Capsella Capsella bursabursa - pastoris, pastoris Capsella rubella Género:Cardamine Espécie: Cardamine caldeirarum, caldeirarum Cardamine hirsuta Género:Coronopus Espécie: Coronopus didymus Género: Lobularia Espécie: Lobularia maritima Género: Matthiola Espécie: Matthiola incana spp. Incana Género: Nasturtium Espécie: Nasturtium officinale Género: Raphanus Espécie: Raphanus raphanistrum ssp. Microcarpus, Microcarpus Raphanus raphanistrum ssp. Raphanistrum Género: Rapistrum Espécie: Rapistrum rugosum Género: Sisymbrium Espécie: Sisymbrium officinale Família: Resedaceae Género: Reseda Espécie: Reseda luteola Ordem: Asterales Família: Asteraceae Género: Bellis Espécie: Bellis azorica Género: Calendula Espécie: Calendula officinalis Género: Carduus Espécie: Carduus tenuiflorus Género: Chrysanthemum Espécie: Chrysanthemum Chrysanthemum segetum Género: Conyza Espécie: Conyza bonariensis, bonariensis Conyza canadensis Género: Crepis Espécie: Crepis capillaris Género: Erigeron Espécie: Erigeron karvinskianus Género: Filago Espécie: Filago lutescens ssp. Atlantica Género: Galactites Espécie: Galactites Galac tites tomentosa Género: Helminthotheca Espécie: Helminthotheca echioides Género: Hypochoeris Espécie: Hypochoeris glabra, glabra Hypochoeris radicata Género: Leontodon Espécie: Leontodon rigens, rigens Leontodon taraxacoides spp. Longirostris Género: Leucanthemum Espécie: Leucanthemum vulgare Género: Matricaria Espécie: Matricaria maritima, maritima Matricaria maritima spp. Maritima Género: Plecostachys Espécie: Plecostachys serpyllifolia Género: Pseudognaphalium Espécie: Pseudognaphalium luteoluteo- album Género: Solidago Espécie: Solidago Solidago sempervirens Género: Sonchus Espécie: Sonchus asper, asper Sonchus asper ssp. asper, asper Sonchus asper ssp. glaucescens, glaucescens Sonchus oleraceus, oleraceus Sonchus tenerrimus Género: Taraxacum Espécie: Taraxacum officinale, officinale Taraxacum perssonii Género: Tolpis Espécie: Tolpis azorica, azorica Tolpis succulenta Género: Urospermum Espécie: Urospermum picroides Ordem: Lamiales Família: Callitrichaceae Género: Callitriche Espécie: Callitriche stagnalis Família: Lamiaceae Género: Clinopodium Espécie: Clinopodium ascendens, ascendens Clinopodium vulgare vulga re ssp. Arundanum Género: Lycopus Espécie: Lycopus europaeus Género: Mentha Espécie: Mentha aquatica, aquatica Mentha pulegium, pulegium Mentha spicata, spicata Mentha suaveolens Género: Origanum Espécie: Origanum vulgare ssp. Virens Género: Prunella Espécie: Prunella vulgaris, vulgaris Prunella Prunella vulgaris ssp. vulgaris Género: Stachys Espécie: Stachys arvensis Género: Thymus Espécie: Thymus caespititius Família: Verbenaceae Género: Verbena Espécie: Verbena officinalis Ordem: Ericales Família: Ericaceae Género: Calluna Espécie: Calluna vulgaris vulgaris Género: Erica Espécie: Erica azorica Género: Vaccinium Espécie: Vaccinium cylindraceum Ordem: Solanales Família: Convolvulaceae Género: Calystegia Espécie: Calystegia sepium ssp. sepium Género: Convolvulus Espécie: Convolvulus arvensis Família: Solanaceae Género: Datura Espécie: Datura stramonium Género: Physalis Espécie: Physalis peruviana Género: Solanum Espécie: Solanum luteum, luteum Solanum luteum ssp. alatum, alatum Solanum nigrum, nigrum Solanum pseudocapsicum Ordem: Gentianales Família: Gentianaceae Género: Centaurium Espécie: Centaurium erythraea, erythraea Centaurium erythraea ssp. Grandiflorum, Grandiflorum Centaurium scilloides Família: Rubiaceae Género: Galium Espécie: Galium aparine, aparine Galium murale, murale Galium parisiense, parisiense Galium divaricatum Género: Rubia Espécie: Rubia agostinhoi Género: Sherardia Espécie: Sherardia arvensis Ordem: Papaverales Família: Papaveraceae Género: Chelidonium Espécie: Chelidonium majus Género: Fumaria Espécie: Fumaria officinalis Género: Papaver Espécie: Papaver dubium, Papaver rhoeas, Papaver dubium rhoeas somniferum ssp. Somniferum Somniferum, ferum Papaver Somniferum spp. hortense Ordem: Ranunculales Família: Ranunculaceae Género: Consolida Espécie: Consolida ajacis Género: Ranunculus Espécie: Ranunculus cortusifolius, cortusifolius Ranunculus parviflorus Ordem: Saxifragales Família: Crassulaceae Género: Crassula Espécie: Crassula tillaea Género: Umbilicus Espécie: Umbilicus horizontalis, horizontalis Umbilicus rupestris Ordem: Boraginales Família: Boraginaceae Género: Cynoglossum Espécie: Cynoglossum creticum Género: Myosotis Espécie: Myosotis azorica, azorica Myosotis maritima Ordem: Rhamnales Família: Elaeagnaceae Género: Elaeagnus Espécie: Elaeagnus umbellata Família: Rhamnaceae Género: Frangula Espécie: Frangula azorica Ordem: Theales Família: Elatinaceae Género: Elatine Espécie: Elatine hexandra Família: Hypericaceae Género: Hypericum Espécie: Hypericum foliosum, Hypericum humifusum, foliosum humifusum Hypericum undulatum Ordem: Euphorbiales Família: Euphorbiaceae Género: Euphorbia Espécie: Euphorbia azorica, azorica Euphorbia stygiana Género: Mercurialis Espécie: Mercurialis annua Género: Ricinus Espécie: Ricinus communis Ordem: Urticales Família: Moraceae Género: Ficus Espécie: Ficus carica Género: Urtica Espécie: Urtica membranacea Família: Urticaceae Género: Parietaria Espécie: Parietaria debilis, debilis Parietaria judaica Ordem: Violales Família: Frankeniaceae Género: Frankenia Espécie: Frankenia laevis, laevis Frankenia pulverulenta Família: Tamaricaceae Género: Tamarix Espécie: Tamarix africana, africana Tamarix canariensis Ordem: Geraniales Família: Geraniaceae Género: Geranium Espécie: Geranium purpureum Família: Oxalidaceae Género: Oxalis Espécie: Oxalis articulata, articulata Oxalis corniculata, corniculata Oxalis corymbosa Ordem: Cornales Família: Hydrangeaceae Género: Hydrangea Espécie: Hydrangea macrophylla Família: Aquifoliaceae Género: Ilex Espécie: Ilex perado ssp. Azorica Ordem: Laurales Família: Lauraceae Género: Laurus Espécie: Laurus azorica Género: Persea Espécie: Persea indica Ordem: Malvales Família: Malvaceae Género: Lavatera Espécie: Lavatera cretica Género: Malva Espécie: Malva parviflora Género: Sida Espécie: Sida rhombifolia rhombifolia Ordem: Oleales Família: Oleaceae Género: Ligustrum Espécie: Ligustrum henryi Género: Picconia Espécie: Picconia azorica Ordem: Plumbaginales Família: Plumbaginaceae Género: Limonium Espécie: Limonium vulgare Ordem: Myrtales Família: Lythraceae Género: Lythrum Espécie: Lythrum hyssopifolia Família: Onagraceae Género: Oenothera Espécie: Oenothera biennis, biennis Oenothera longiflora, longiflora Oenothera glazioviana Género: Epilobium Espécie: Epilobium sp. Família: Myrtaceae Género: Psidium Espécie: Psidium littorale Género: Metrosideros Espécie: Metrosideros excelsa Ordem: Myricales Família: Myricaceae Género: Morella Espécie: Morella faya Género : Myrica Espécie: Myrica faya Ordem: Polygonales Família: Polygonaceae Género: Persicaria Espécie: Persicaria hydropiperoides, hydropiperoides P ersicaria maculosa, maculosa Persicaria salicifolia Género: Polygonum Espécie: Polygonum aviculare, aviculare Polygonum maritimu Género: Rumex Espécie: Rumex acetosella ssp. pyrenaicus, pyrenaicus Rumex australis, australis Rumex azoricus, Rumex bucephalophorus, Rumex bucephalophorus conglomeratus, conglomeratus Rumex crispus crispus, Rumex obtusifolius obtusifolius, obtusifolius Rumex pulcher spp. pulcher Ordem: Pittosporales Família: Pittosporaceae Género: Pittosporum Espécie: Pittosporum tobira, tobira Pittosporum undulatum Ordem: Rutales Família: Anacardiaceae Género: Rhus Espécie: Rhus coriaria coriaria Família: Simaroubaceae Género: Ailanthus Espécie: Ailanthus altissima Ordem: Dipsacales Família: Caprifoliaceae Género: Sambucus Espécie: Sambucus nigra Género: Viburnum Espécie: Viburnum treleasei Família: Dipsacaceae Género: Scabiosa Espécie: Scabiosa atropurpurea, atropurpurea Scabiosa nitens Ordem: Tropaeolales Família: Tropaeolaceae Género: Tropaeolum Espécie: Tropaeolum majus ssp. CLASSE: LILIOPSIDA Ordem: Poales Família:Poaceae Género: Agrostis Espécie: Agrostis azorica, azorica , Agrostis castellana, castellana , Agrostis congestiflora congestiflora spp. congestiflora, congestiflora , Agrostis congestiflora spp. Oreophila (Franco),, Agrostis stolonifera Género: Aira Espécie: Aira caryophyllea ssp. Caryophyllea, Caryophyllea Aira praecox Género: Anthoxanthum Espécie: Anthoxanthum aristatum, aristatum Anthoxanthum odoratum Género: Arrhenatherum Espécie: Arrhenatherum elatius spp. Bulbosum Género: Arundo Espécie: Arundo donax Género: Avena Espécie: Avena barbata, barbata Avena sterilis ssp. Ludoviciana Género: Brachypodium Espécie: Brachypodium distachyon, distachyon Brachypodium sylvaticum Género: Briza Espécie: Briza maxima, maxima Briza minor Género: Bromus Espécie: Bromus catharticus, catharticus Bromus diandrus, diandrus Bromus madritensis, madritensis Bromus madritensis ssp. madritensis Género: Cynodon Espécie: Cynodon dactylon Género: Dactylis Espécie: Dactylis glomerata Género: Deschampsia Espécie: Deschampsia foliosa Género:Digitaria Espécie: Digitaria ciliaris, ciliaris Digitaria sanguinalis Género: Echinochloa Espécie: Echinochloa cruscrus - galli Género: Eleusine Espécie: Eleusine indica, indica Eleusine indica ssp. Indica, Indica Eleusine tristachya Género: Festuca Espécie: Festuca jubata, jubata Festuca petraea Género:Gaudinia Espécie: Gaudinia coarctata Género: Holcus Espécie: Holcus lanatus, lanatus Holcus rigidus Género: Hordeum Espécie: Hordeum murinum ssp. Leporinum Género: Lagurus Espécie: Lagurus ovatus Género: Lolium Espécie: Lolium multiflorum, multiflorum Lolium perenne, perenne Lolium rigidum Género: Oryzopsis Espécie: Oryzopsis miliacea Género: Paspalum Espécie: Paspalum dilatatum, dilatatum Paspalum distichum Género:Pennisetum Espécie: Pennisetum villosum Género: Phalaris Espécie: Phalaris brachystachys brachystac hys, hys Phalaris canariensis, canariensis Phalaris minor Género: Piptatherum Espécie: Piptatherum miliaceum Género: Poa Espécie: Poa annua, annua Poa trivialis, trivialis Poa trivialis ssp. Trivialis Género: Polypogon Espécie: Polypogon maritimus, maritimus Polypogon viridis Género: Rostraria Espécie: Rostraria cristata Género: Setaria Espécie: Setaria pumila, pumila Setaria verticillata Género: Sporobolus Espécie: Sporobolus africanus Género: Stenotaphrum Espécie: Stenotaphrum secundatum Género: Vulpia Espécie: Vulpia bromoides Ordem: Liliales Família:Liliaceae Género: Allium Espécie: Allium ampeloprasum Género: Nothoscordum Espécie: Nothoscordum gracile Género: Phormium Espécie: Phormium tenax Ordem: Asterales Família: Asteraceae Género: Anthemis Espécie: Anthemis cotula Género: Cichorium Espécie: Cichorium Cichorium intybus Ordem: Arales Família: Araceae Género: Arum Espécie: Arum italicum Género: Colocasia Espécie: Colocasia esculenta Género: Zantedeschia Espécie: Zantedeschia aethiopica Ordem: Zingiberales Família: Cannaceae Género: Canna Espécie: Canna indica Família:Zingiberaceae Género: Hedychium Espécie: Hedychium gardneranum Ordem: Cyperales Família: Cyperaceae Género: Carex Espécie: Carex echinata, echinata Carex divulsa ssp. Divulsa, Divulsa Carex hochstetteriana, hochstetteriana Carex otrubae, otrubae Carex pairae, pairae Carex pendula, pendula Carex peregrina peregrina, na Carex viridula ssp. cedercreutzii Género:Cyperus Nome da espécie: Cyperus eragrostis, eragrostis Cyperus esculentus, esculentus Cyperus longus, longus Cyperus rotundus Género: Eleocharis Espécie: Eleocharis multicaulis, multicaulis Eleocharis palustris, palustris Eleocharis palustris ssp. Vulgaris Género: Isolepis Espécie: Isolepis cernua, cernua Isolepis setacea Género: Kyllinga Espécie: Kyllinga brevifolia Ordem: Juncales Família: Juncaceae Género: Juncus Espécie: Juncus acutus, acutus Juncus articulatus, articulatus Juncus bufonius, bufonius Juncus bulbosus, bulbosus Juncus capitatus, capitatus Juncus effusus e ffusus, ffusus Juncus tenuis Género: Luzula Espécie: Luzula purpureosplendens Ordem: Orchidales Família: Orchidaceae Género: Platanthera Espécie: Platanthera micrantha, micrantha Platanthera azorica Ordem: Najadales Família: Potamogetonaceae Género: Potamogeton Espécie: Potamogeton Potamogeton polygonifolius Ordem: Commelinales Família: Commelinaceae Género: Tradescantia Espécie: Tradescantia fluminensis Ordem: Asparagales Família: Agavaceae Género: Dracaena Espécie: Dracaena draco Família: Amaryllidaceae Género: Amaryllis Espécie: Amaryllis Ama ryllis belladonna SUBDIVISÃO: CONIFEROPHYTA CLASSE: PINOPSIDA Ordem: Pinales Família: Taxodiaceae Género: Cryptomeria Espécie: Cryptomeria japonica Família: Cupressaceae Género: Juniperus Espécie: Juniperus brevifolia Família: Taxaceae Género: Taxus Espécie: Taxus baccata DIVISAÕ PTEROFHYTA SUBDIVISÃO: FILICOPHYTINA CLASSE: FILICOPSIDA Ordem: Filicales Família: Adiantaceae Género: Adiantum Espécie: Adiantum capilluscapillus- veneris, Adiantum hispidulum Género: Anogramma Espécie: Anogramma leptophylla Família: Dicksoniaceae Género: Culcita Espécie: Culcita macrocarpa Família: Dryopteridaceae Género: Cyrtomium Espécie: Cyrtomium falcatum Género: Dryopteris Espécie: Dryopteris aemula, aemula Dryopteris azorica Género: Polystichum Espécie: Polystichum setiferum Família: Athyriaceae Género: Cystopteris Espécie: Cystopteris diaphana Família: Athyriaceae Género: Deparia Espécie: Deparia petersenii Género: Diplazium Espécie: Diplazium caudatum Família: Hymenophyllaceae Género: Hymenophyllum Espécie: Hymenophyllum tunbrigense, tunbrigense Hymenophyllum wilsonii Género: Trichomanes Espécie: Trichomanes speciosum Família: Polypodiaceae Género: Polypodium Espécie: Polypodium azoricum Família: Aspleniaceae Género: Asplenium Espécie: Asplenium adiantumadiantum - nigrum, nigrum Asplenium azoricum, azoricum Asplenium hemionitis Asplenium marinum, Asplenium hemionitis, ionitis marinum monanthes, monanthes Asplenium obovatum ssp. Lanceolatum, Lanceolatum Asplenium onopteris, onopteris Asplenium scolopendrium sp. scolopendrium, scolopendrium Asplenium trichomanes, Asplenium trichomanes ssp. trichomanes Quadrivalens Família: Athyriaceae Género: Athyrium Espécie: Athyrium filixfilix- femina Família: Blechnaceae Género: Blechnum Espécie: Blechnum spicant Género: Doodia Espécie: Doodia caudata Família: Osmundaceae Género: Osmunda Espécie: Osmunda regalis Família: Hypolepidaceae Género: Pteridium Espécie: Pteridium aquilinum aquilinum Família: Pteridaceae Género: Pteris Espécie: Pteris incompleta Família: Thelypteridaceae Género: Stegnogramma Espécie: Stegnogramma pozoi Família: Blechnaceae Género: Woodwardia Espécie: Woodwardia radicans SUBDIVISÃO: LYCOPHYTINA CLASSE: LYCOPODIOPSIDA Ordem Isoetales Familia Isoetaceae Género: Isoetes Espécie: Isoetes azorica Família: Lycopodiaceae Género: Diphasiastrum Espécie: Diphasiastrum madeirense Ordem Lycopodiales Familia Lycopodiaceae Género: Huperzia Espécie: Huperzia dentata, dentata Huperzia suberecta Ordem: Selaginellales Família: Selaginellaceae Género: Selaginella Espécie: Selaginella kraussiana Em relação à comunidade de espécies macrófitas de sistemas lênticos identificadas na lagoa do Caldeirão o trabalho mais recente é o realizado por Dodkins et al. (2007). Callitriche stagnalis, Callitriche platycarpa, Eleocharis sp., Glyceria declinata, Isoetes azorica, Juncus spp., Juncus effusus, Ryhncostegium riparioides, Sphagnum spp., Polygonum hydropiper, Polytrichum communis, Potamogeton nodosus, Potamogeton polygonifolius. Do trabalho de Dodkins et al. (2007) destaca-se o contributo para o aumento de espécies em relação aos trabalhos anteriores. Dias (2005) refere apenas a presença de um povoamento esparso de Callitriche stagnalis na lagoa do Caldeirão, embora mencione a presença de outras espécies, salientando a dificuldade de realizar um inventário completo. No entanto, Sjogren (1979) refere para esta lagoa a presença de Eleocahrdis multicaulis, E. palustris e Isoetes azorica. 6.3.2. Fauna O Check List das aves do Arquipélago dos Açores (Le Grand, 1983) refere 14 espécies nidificantes para a ilha do Corvo, designadamente: C. d. borealis, C. c. conturbans, S. rusticola, L. c. atlantis, S. hirundo, S. dougallii, C. livia, M. c. patriciae, T. m. azorensis, S. a. atlantis, C. c. parva, S. canaria, F. c. moreletti e S. v. granti. Esta lista tem sido ampliada a 23 espécies nidificantes no Corvo (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009). No ano de 2005 foi criada a página electrónica Birding Azores, uma iniciativa levada a cabo por dois ornitólogos suecos e visitantes de longa data dos Açores, cujo objectivo é compilar informação e descrever a avifauna dos Açores, criando assim uma fonte de informação para os restantes ornitólogos visitantes. Desde a sua criação, esta página na internet tem registado todas as observações de aves realizadas e elaborado uma base de dados actualizada quase diariamente, fornecendo ainda bibliografia e mapas de todas as ilhas com os locais de maior potencial para a observação de aves, etc (Rodebrand, 2005). Na tabela abaixo apresenta-se a listagem de 23 espécies nidificantes no Corvo e o seu estatuto. Destas 23 espécies, 14 delas são nidificantes comuns (a verde), quatro são nidificantes pouco frequentes (a laranja) e cinco são nidificantes raras (a vermelho). Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Br=Nidificante Tabela 11 – Listagem de aves da ilha do Corvo Nome científico Nome português Calonectris diomedea borealis Cagarro 1800- 1950- 1987- Total no. 1949 1986 2008 Corvo CoBr x x x x x x x X Estatuto Larus michahellis Gaviota-de-patas-amarelas CoBr Sterna dougallii Garajau-rosado CoBr Sterna hirundo Garajau-comum CoBr x x x X Columba livia Pombo-das-rochas CoBr x x x X Columba palumbus azorica Pombo-torcaz CoBr x x x X Motacilla cinerea patriciae Alvéola-cinzenta CoBr x x x X Turdus merula azorensis Melro-preto CoBr x x x X Sylvia atricapilla gularis Toutinegra-de-barrete-preto CoBr x x x X Sturnus vulgaris granti Estroninho-malhado CoBr x x x X Passer domesticus Pardal CoBr x x X Fringilla coelebs moreletti Tentilhão CoBr x x X X Serinus canaria Canário-da-terra CoBr x x X X Carduelis carduelis parva Pintassilgo CoBr x x X X Coturnix coturnix conturbans Codorniz UcBr x x X ? X Puffinus puffinus Estapagado UcBr x x X X Charadrius alexandrinus Borrelho-de-coleira-interrompida UcBr x x X X Narceja UcBr x x X X Anas platyrhynchos Pato-real RaBr x x X X Puffinus assimilis baroli Frulho RaBr Gallinula chloropus Galinha-d'água RaBr x x X X Scolopax rusticola Galinhola RaBr x x X X Asio otus Bufo-pequeño RaBr x x X X Gallinago gallinago X Assim, no grupo Ocidental, regista-se uma redução notória no número de espécies de vertebrados a nidificar, regularmente, em estado selvagem, no meio terrestre, como seria de esperar, relativamente a todas as ilhas dos Açores. A ilha do Corvo alberga cerca de 47 %. As espécies acidentais no Corvo registadas por Rodebrand & The Birding Azores Team em 2009 foram: Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Va=Accidental. Tabela 12 – Listagem de aves da ilha do Corvo (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009) 1800- 1950- 1987- Total no. 1949 1986 2008 Corvo CoVa x x x x Pilrito-das-praias CoVa x x x x Numenius phaeopus phaeopus Maçarico-galego CoVa x x x x Nome científico Nome português Puffinus gravis Pardela-de-barrete Calidris alba Estatuto Arenaria interpres Rola-do-mar CoVa x x x x Anas crecca Marrequinha UcVa x x x x Egretta garzetta Garça-branca UcVa x x x x Ardea cinerea Garça-real UcVa x x x x Fulica atra Galeirão UcVa x x x x Charadrius hiaticula Borrelho-grande-de-coleira UcVa x x x x Pluvialis squatarola Tarambola-cinzenta UcVa x x x x Calidris canutus Seixoeira UcVa x x x x Calidris fuscicollis Pilrito-de-sobre-branco UcVa 3 16 x x Larus ridibundus Guincho UcVa x x x x Larus delawarensis Gaivota-de-bico-riscado UcVa x x x Larus marinus Gaivotão-real UcVa x x x x Rissa tridactyla Gaivota-tridáctila UcVa x x x x Oenanthe oenanthe leucorrhoa Chasco-cinzento UcVa x x x x x x x Aythya collaris Caturro RaVa Bubulcus ibis Garça-boeira RaVa 4 7 x x Calidris minuta Pilrito-pequeño RaVa x x x x Calidris melanotos Pilrito-de-colete RaVa 34 x x Calidris ferruginea Pilrito-de-bico-comprido RaVa x x x x Tringa nebularia Perna-verde RaVa x x x x Actitis macularius Maçarico-pintado RaVa x x x Hirundo rustica rustica Andorinha-das-chaminés RaVa x x x x Para seguintes espécies especificasse o número de observações realizadas no Corvo em relação ao número de observações totais no Arquipélago (espécies americanas a amarelo) (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009). Tabela 13 – Listagem de aves de ocorrencia na ilha do Corvo (Birdibng Azores, 2009) Total no. 1800- 1950- 1987- Total no. Azores 1949 1986 2008 Corvo Nome científico Nome português Falco subbuteo Ógea 1 1 1 Sphyrapicus varius Pica-pau-de-barriga-amarela 1 1 1 Catharus guttatus Tordo-eremita 1 1 1 Acrocephalus agricola Felosa-agricola 1 1 1 Parula americana Pisco-americano 1 1 1 Milvus milvus Milhano 2 2 1 Vireo flavifrons Juruviara-de-garganta-amarela 2 2 1 Dendroica virens Mariquita-verde-de-garganta-preta 2 2 1 Petrochelidon pyrrhonota Andorinha-de-dorso-acanelado 3 3 1 Catharus minimus Tordo-de-faces-cinzentas 3 3 2 Hirundo rustica erythrogaster Andorinha-das-chaminés-americana 6 6 2 Egretta alba egretta Garça-branca-grande-americana 28 27 2 1 28 4 10 79 6 Numenius phaeopus hudsonicus Maçarico-galego-americano Tringa flavipes Perna-amarela-pequena 1 29 93 4 Em continuação, apresenta-se a lista de espécies de aves raras ou acidentais cujos registos requerem homologação pelo Comité Português de Raridades (CPR - SPEA). Apenas espécies que contam com registos publicados ou com espécimes em museus foram consideradas para inclusão nesta lista. A área abrangida inclui toda a área do Corvo e em redor desta ilha. Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Br=Nidificante, Va=Accidental. Tabela 14 – Listagem de aves raras da ilha do Corvo para homologação pelo Comité Português de Raridades Total no. 1800- 1950- 1987- Total no. Açores 1949 1986 2008 Corvo 1 1 1 1 4 1 2 7 3 Nome científico Nome português Anser fabalis Ganso-campestre 2 Anser anser Ganso-bravo 6 Aix sponsa Pato-carolino 9 Anas penelope Piadeira Anas americana 1 RaVa x x x x Piadeira-americana 95 2 6 87 8 Anas strepera Frisada 25 25 1 Anas rubripes Pato-escuro-americano x x x Anas acuta Arrábio 47 1 8 38 1 Anas discors Marreca-d'asa-azul 93 1 8 84 5 Aythya fuligula Negrinha RaVa 5 9 x x Aythya marila Negrelho 50 1 6 43 1 Mergus cucullatus Merganso-capuchinho 4 4 1 Mergus serrator Merganso-de-poupa 26 7 2 17 7 Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador 19 1 5 13 1 Fulmarus glacialis Pombalete 27 27 16 Pterodroma arminjoniana Freira de Trindade 4 4 2 Pterodroma feae Gon-gon 22 22 2 Puffinus griseus Pardela-preta UcVa x x x x Oceanodroma leucorhoa Painho-de-cauda-forcada RaVa 7 7 x x Morus bassanus Alcatraz UcVa x x x x Phalacrocorax carbo Corvo-marinho-de-faces-brancas 8 1 7 1 Phalacrocorax auritus Corvo-marinho-d'orelhas 46 46 6 RaBr Ardea herodias Garça-real-americana 24 Platalea leucorodia Colhereiro 48 Buteo lagopus Bútio-calçado 7 Falco tinnunculus Penereiro 37 Falco columbarius Esmerilhão 8 Falco peregrinus Falcão peregrino 22 Porzana porzana Franga-d'água-malhada 15 2 Crex crex Codornizão 18 9 Charadrius semipalmatus Batuíra-de-bando Charadrius vociferus Borrelho-de-coleira-dupla 12 Pluvialis dominica Batuiruçu 41 Vanellus vanellus Abibe RaVa x Calidris pusilla Pilrito-rasteirinho RaVa 1 Tryngites subruficollis Pilrito-acanelado 19 Lymnocryptes minimus Narceja-galega 28 Gallinago delicata Narceja-americana 72 Limnodromus griseus Maçarico-de-bico-curto 21 Limnodromus scolopaceus Maçarico-de-bico-comprido 10 10 RaVa 5 1 9 15 2 4 34 12 7 1 11 16 1 1 7 1 22 5 4 9 1 5 4 3 1 x x 3 4 1 41 3 x x x 10 x x 7 12 1 2 25 8 72 3 16 3 6 1 2 7 1 5 6 Bartramia longicauda Maçarico-do-campo 9 Tringa melanoleuca Perna-amarela-grande 11 1 3 7 1 Actitis hypoleucos Maçarico-das-rochas 54 3 16 35 2 Phalaropus tricolor Pisa-n'água 9 1 8 1 Phalaropus fulicarius Falaropo-de-bico-grosso RaVa 10 x x Stercorarius pomarinus Moleiro do Árctico RaVa x x x Stercorarius parasiticus Moleiro-pequeno RaVa x x x Stercorarius skua Alcaide RaVa x x x Larus atricilla Gaivota-alegre 46 46 3 Larus canus Famego 29 20 9 1 Larus fuscus Gaivota-d'asa-escura UcVa x x x x Larus hyperboreus Gaivotão-branco RaVa x x x x Chlidonias niger Gaivina-preta 6 1 5 1 Sterna paradisaea Gaivina do Árctico RaVa 1 x x 3 42 Sterna forsteri Gaivina de Forster 5 5 1 Sterna sandvicensis Garajau-de-bico-preto 88 35 53 1 Alle alle Torda-miúda 42 19 14 1 Zenaida macroura Rola-carpideira 2 2 1 Coccyzus americanus Papa-lagarta-norte-americano 27 2 11 14 7 Asio flammeus Coruja-do-nabal 18 2 5 11 2 Chordeiles minor Noitibó-americano 9 2 7 1 Chaetura pelagica Rabo-espinhoso RaVa x x Alauda arvensis Laverca RaVa x x Tachycineta bicolor Andorinha-das-árvores 7 7 3 Progne subis Andorinha-roxa 3 3 2 Anthus rubescens Petinha-fulva 6 6 1 Turdus pilaris Tordo-zornal RaVa x x Phylloscopus collybita Felosinha 64 64 2 Lanius collurio Picanço-de-dorso-ruivo 2 2 2 Vireo griseus Juruviara-de-olho-branco 2 2 2 Vireo philadelphicus Juruviara de Filadélfia 1 1 1 Vireo olivaceus Víreo-de-olho-vermelho 10 10 7 Carduelis spinus Lugre 23 17 2 Carduelis flammea Pintarroxo-de-queixo-preto 10 10 8 Carduelis hornemanni Pintarroxo-boreal 1 1 1 Vermivora peregrina Mariquita do Tennessee 1 1 1 Dendroica caerulescens Mariquita-azul-de-garganta-preta 3 3 3 Dendroica coronata Mariquita-coroada 8 8 4 Dendroica striata Mariquita-de-perna-clara 3 3 1 Seiurus aurocapilla Mariquita-de-coroa-ruiva 3 3 1 Geothlypis trichas Maraquita-de-mascarilha 6 6 4 Wilsonia citrina Mariquita-de-capuz 1 1 1 Piranga rubra Sanhaço-de-fogo-migrador 1 1 1 Piranga olivacea Sanhaço-d'asa-preta 5 5 3 Zonotrichia leucophrys Tico-tico-coroado 1 1 1 Calcarius lapponicus Escrevedeira da Lapónia 4 4 2 9 4 1 1 2 6 Plectrophenax nivalis Escrevedeira-das-neves Pheucticus ludovicianus Realejo Passerina cyanea RaVa x x x x 8 8 5 Mariposa-azul 15 15 10 Dolichonyx oryzivorus Triste-pia 8 8 2 Icterus galbula Corrupião-laranja 1 1 1 A lista de espécies americanas observadas no Corvo são (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009): Tabela 16 – Listagem de aves americanas observadas na ilha do Corvo (Rodebrand & The Birding Azores Team) Total no. 1800- 1950- 1987- Total no. Açores 1949 1986 2008 Corvo Garça-branca-grande-americana 28 1 27 2 Maçarico-galego-americano 29 28 4 Sphyrapicus varius Pica-pau-de-barriga-amarela 1 1 1 Hirundo rustica erythrogaster Andorinha-das-chaminésamericana 6 6 2 Petrochelidon pyrrhonota Andorinha-de-dorso-acanelado 3 3 1 Vireo flavifrons Juruviara-de-garganta-amarela 2 2 1 Parula americana Pisco-americano 1 1 1 Dendroica virens Mariquita-verde-de-garganta-preta 2 2 1 Nome científico Nome português Egretta alba egretta Numenius hudsonicus phaeopus 1 Nos Açores todas as espécies de mamíferos, excepto morcegos dos Açores, anfíbios e répteis foram introduzidas. Existe uma única espécie de anfíbio na ilha do Corvo (FAPAS, 2001), a Rã verde Rana perezi (Seoane, 1885, Cunha, 2005) e uma espécie de réptil, a Lagartixa da Madeira Lacerta dugesii (Edwards, 1829; Cunha et al., 2005). A existência de cabras que ao longo dos anos se tornaram selvagens ocupam nomeadamente as falésias costeiras. É de salientar a existência de gatos, principalmente gatos vadios em todas as zonas tendo já sido testemunhado no âmbito deste projecto o seu impacto como predadores nas colónias de aves marinhas. Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores Espécie Nome comum (Açores) Estatuto Fonte Nyctalus azoreum Morcego dos Açores E Thomas, 1901; Cunha 2005 Rattus norvegicus Ratazana I Berkenhout, 1796; Skiba, 1996; Collares-Pereira, 1997; ICN, 1999; Cunha, 2005 Rattus rattus Rato-preto I Linnaeus, 1758; Skiba, 1996; Collares-Pereira, 1997; ICN, 1999, Cunha, 2005 Mus musculus domesticus Murganho I Linnaeus, 1758; Skiba, 1996; Collares-Pereira, 1997; ICN, 1999, Cunha et al., 2005 Felis catus domesticus Gato doméstico assilvestrado I Linnaeus, 1758 Capra hircus Cabra I Linnaeus, 1758 Ovis aries Ovelha domestica Linnaeus, 1758 Tabela 17 – Listagem de mamíferos da ilha do Corvo Em relação aos moluscos terrestres da ilha do Corvo, o único trabalho encontrado é anónimo e foi realizado em 1881, que para além de rever a nomenclatura dada por Morelet (1860) estuda a sua distribuição nas distintas ilhas do Arquipélago. Foi também consultado o Portal de biodiversidade dos Açores, encontrando poucas similitudes com os resultados do estudo anterior. A lista de todas as espécies de moluscos terrestres citadas para o Corvo é a seguinte: Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores Tabela 18 – Listagem de moluscos da ilha do Corvo Espécie Nome comum (Açores) Estatuto Fonte Arion intermedius Lesma E Silva et al., 2005 Arion lusitanicus Lesma E Silva et al., 2005 Arion rufus Lesma Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Arion rufus subfuscus Lesma Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Auriculinella bidentata Caracol E Silva et al., 2005 Balea heydeni Caracol I Silva et al., 2005 Balea nitida Caracol E Silva et al., 2005 Balea pervesa caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Bolimus pruninus vulgaris Carychium ibazoricum Caracol E Silva et al., 2005 Cochlicella barbara Caracol E Silva et al., 2005 Cochlicopa lubrica Caracol E Silva et al., 2005 Columella microspora Caracol E Silva et al., 2005 Deroceras caruanae Lesma I Silva et al., 2005 Deroceras reticulatum Lesma I Silva et al., 2005 Discus rotundatus Caracol E Silva et al., 2005 Euconulus fulvus Caracol E Silva et al., 2005 Helix aspersa Caracol E Morelet, 1860; Silva et al., 2005; Anônimo, 1881 Helix aspera pisana Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Helix aspera barbula Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Helix aspera horripila Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Helix aspera armillata Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Helix aspera rotundata Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Heliz aspera pulchela Caracl Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Helix aspera bulimoides Caracol Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Hydrocena gutta Caracol E Silva et al., 2005 Lauria anconostoma Caracol E Silva et al., 2005 Lauria fasciolata Caracol E Silva et al., 2005 Lehmannia valentiana Lesma E Silva et al., 2005 Leiostyla fuscidula Caracol E Silva et al., 2005 Leiostyla vermiculosa Caracol E Silva et al., 2005 Leptaxis azorica Caracol E Silva et al., 2005 Limacus flavus Lesma E Silva et al., 2005 Limax maximus Lesma E Silva et al., 2005 Limax variegatus gagates Lesma Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Limax variegatus agrestis Lesma Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Microxeromagna armillata Caracol E Silva et al., 2005 Milax gagates Lesma E Silva et al., 2005 Moreletina horripila Caracol E Silva et al., 2005 Myosotella myosotis Caracol E Silva et al., 2005 Napaeus delibutus Caracol E Silva et al., 2005 Napaeus pruninus Caracol E Silva et al., 2005 Napaeus vulgaris Caracol E Silva et al., 2005 Nesovitrea hammonis Caracol I Silva et al., 2005 E Silva et al., 2005 Nesovitrea petronella Oestophora barbula Caracol E Silva et al., 2005 Ovatella vulcani Caracol E Silva et al., 2005 Oxychilus cellarius Caracol E Silva et al., 2005 Oxychilus draparnaudi Caracol E Silva et al., 2005 Oxychilus volutella Caracol E Silva et al., 2005 Pedipes pedipes Caracol E Silva et al., 2005 Plutonia finitima Lesma E Silva et al., 2005 Pseudomelampus exiguus Caracol E Silva et al., 2005 Pupa microspora anconostoma Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Pupa microspora fascicolata Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Pupa microspora fuscidula Testacella maugei Caracol E Morelet, 1860; Silva et al., 2005 Theba pisana Caracol E Silva et al., 2005 Vertigo pygmaea Caracol E Silva et al., 2005 Vitrea contracta Caracol E Silva et al., 2005 Zonites miguelinus celarius Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Zonites miguelinus volutela Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Zonites miguelinus crystallinus Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Zonites miguelinus atlanticus Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Zonites miguelinus fulvus Morelet, 1860; Anônimo, 1881 Em relação à Classe Insecta apresenta-se os resultados obtidos durante a última e mais recente expedição ao Corvo realizada pela Universidade dos Açores “XIII Expedição Científica do Departamento de Biologia: Flores e Corvo 2007”. A lista dos Lepidópteros da ilha do Corvo é actualmente constituída por 45 (30,2 %) espécies do total de 149 conhecidas dos Açores, incluindo 8 (5,4 %) espécies endémicas das 38 (25,5 %) presentes nos Açores. Os endemismos citados são comuns a outras ilhas do arquipélago, exceptuando um taxa exclusivo comum às ilhas do Corvo e das Flores, Hipparchia azorina occidentalis (Sousa, 1985). Além disso, no Corvo habita uma espécie que é comum a outros arquipélagos da Macaronésia Caloptilia schinella (Walsingham), mas está ausente nas Flores. Em relação aos Himenópteros do Corvo, observou-se a existência de Glyptapanteles militaris (Walsh; Hymenoptera: Braconidae) e de Lisibia nana (Gravenhorst; Hymenoptera: Ichneumonidae), respectivamente, um parasitóide larvar e um hiperparasitóide da “lagarta das pastagens” Pseudaletia (=Mythimna) unipuncta (Haworth; Lepidoptera: Noctuidae). Entre os parasitóides oófagos foi apenas observado Telenomus sp. (Hymenoptera: Scelionidae), um parasitóide generalista de Lepidópteros. Os parasitóides G. militaris e Telenomus sp. têm um papel importante no controlo biológico de diversas pragas agrícolas destas ilhas. O inventário dos Lepidópteros e Himenópteros é considerado ainda incompleto, apesar do contributo dado por vários trabalhos publicados desde finais do século XIX até à actualidade (Rebel, 1940; Sousa, 1985 e 1991; Vieira et al., 1990; Vieira, 1995 Vieira & Tavares, 1995; Carvalho et al., 1999; Vieira, 2003; Vieira et al., 2003; Borges et al., 2005a; Borges et al., 2005b; Karsholt & Vieira, 2005). Paralelamente à revisão bibliográfica dos distintos autores, consultou-se também o Portal de biodiversidade para a elaboração da listagem seguinte: Tabela 19 – Listagem da classe insecta da ilha do Corvo Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores EM – Comun a outros arquipélagos da Macaronésia Espécie Estatuto Fonte LEPIDOPTERA Agrius convolvuli I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Agrotis ipsilon I Hupnagel, 1766; Vieira, 2007 Agrotis segetum I Denis & Schiffermüler, 1775; Vieira, 2007 Argyresthia atlanticella E Rebel, 1940; Vieira, 2007 Ascotis furtunata azorica E Pinker, 1971; Vieira, 2007 Autographa gamma I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Caloptilia bristigela E Borges et al., 2005a Caloptilia schinella E Walsingham, 1908; Vieira, 2007 Chrysodeixis chalcites I Esper, 1789; Vieira, 2007 Colias croceus I Fourcroy, 1758; Vieira, 2007 Crocidosema plebejana I Zeller, 1847; Vieira, 2007 Ctenuplusia limbirena I Gueneé, 1852; Vieira, 2007 Cydia molesta I Busck, 1916; Vieira, 2007 Ephestia kuehniella I Zeller, 1879; Vieira, 2007 Eudonia interlinealis E Warren, 1905; Vieira, 2007 Galgula partita I Gueneé, 1852; Vieira, 2007 Gymnoscelis rufifasciata I Haworth, 1809; Vieira, 2007 Helicoverpa armigera I Hübner, 1796; Vieira, 2007 Hypena obsitalis I Hübner, Vieira; 2007 Hypparchia azorina minima E Borges et al., 2005a Hypparchia azorina occidentalis E Sousa, 1985; Vieira, 2007 Macroglossum stellatarum I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Mesapamea storai E Rebel, 1940; Vieira, 2007 Mythimna loreyi I Duponchel, 1827; Vieira, 2007 Mythimna unipuncta I Haworth, 1809; Vieira, 2007 Niditinea fuscella I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Noctua atlantica E Warren, 1905; Vieira, 2007 Noctua pronuba I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Nomophila noctuella I Denis & Schiffermüler, 1775; Vieira, 2007 Opogona sacchari I Bojer, 1856; Vieira, 2007 Palpita vitrealis I Rossi, 1794; Vieira, 2007 Peridroma saucia Hübner, 1808; Vieira, 2007 Phlogophora interrupta E Borges et al., 2005a Phlogophora meticulosa I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Phthorimaea opercullela I Zeller, 1873; Vieira, 2007 Phycitodes albatella pseudonimbella I Bentinck, 1937; Vieira, 2007 Pieris brassicae azorensis E Rebel, 1917; Vieira, 2007, Meirinho et al, 2004 Plutella xylostella I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Praeacedes atomosella I Walker, 1863; Vieira, 2007 Scoparia aequipennalis E Warren, 1905; Vieira, 2007 Selania leplastriana I Curtis, 1831; Vieira, 2007 Sesamia nonagrioides I Lefèbvre, 1827; Vieira, 2007 Sitotroga cerealela I Olivier, 1789; Vieira, 2007 Tebbena micalis I Mann, 1857; Vieira, 2007 Thysanoplusia orichalcea I Fabricius, 1775; Vieira, 2007 Udea ferrugalis I Hübner, 1796; Vieira, 2007 Vanessa atalanta I Linnaeus, 1758 Xestia c-nigrum I Linnaeus, 1758; Vieira, 2007 Agonum marginatum I Borges et al., 2005a Amara aenea I Borges et al., 2005a Anchus ruficornis I Borges et al., 2005a Anotylus nitidulus I Borges et al., 2005a Atheta atramentaria I Borges et al., 2005a Campalita olivieri I Borges et al., 2005a Coccinella undecimpunctata I Borges et al., 2005a Coleoptera Heteroderus azoricus E Borges et al., 2005a Dytiscidae Rhantus suturalis I Borges et al., 2005a Harpalus distinguendus I Borges et al., 2005a Hydroporus guernei E Borges et al., 2005a Laparocerus azoricus E Borges et al., 2005a Melyridae Psilothrix viridicaeruleus I Borges et al., 2005a Ocypus olens I Borges et al., 2005a Ocys harpaloides I Borges et al., 2005a Onthophagus vacca I Borges et al., 2005a Pseudophonus rufipes I Borges et al., 2005a Scarabaeidae Onthophagus taurus I Borges et al., 2005a Staphylinidae I Borges et al., 2005a Stenolophus teutonus I Borges et al., 2005a Xantholinus linearis I Borges et al., 2005a Aphrosylys argyreatus E Borges et al., 2005a Aphrosylys calcarator E Borges et al., 2005a Cerodonta bistrigata E Borges et al., 2005a Chrysotus azoricus E Borges et al., 2005a Psectrocladius sordidellus var. insularis E Borges et al., 2005a COLEOPTERA DIPTERA Smittia (Pseudosmittia) azorica E Borges et al., 2005a Cixius azofloresi E Borges et al., 2005a Eupteryx azorica E Borges et al., 2005a E Borges et al., 2005a HOMOPTERA CRUSTACEA Orchestia chevreuxi É de salientar as poucas espécies de artrópodes existentes na ilha de Corvo. Estudos recentes sugerem que as populações de várias espécies endémicas de artrópodes de ampla distribuição no arquipélago possuem as suas menores densidades em fragmentos perturbados por plantas exóticas. Os padrões de invasão dos habitats naturais dos Açores pelas espécies de artrópodes exóticos é um processo dinâmico em que os resíduos de vegetação nativa mais pequenos e fragmentados estão em maior perigo e em que a matriz de habitats que os rodeia tem uma grande importância, já que a presença de uma matriz de pastagem semi-natural favorece a manutenção de espécies endémicas e nativas (Borges et al., 2000). 6.4. Descrição do Meio Marinho O Arquipélago dos Açores funciona como uma importante zona de transição entre os trópicos e a região temperada do Atlântico Norte, desempenhando um papel importante ao nível de refúgio, reprodução e crescimento dum grande número de espécies marinhas (Pietro et al., 2007). A Ilha do Corvo é caracterizada por uma linha de costa com cerca de 18 km de comprimento. O fundo marinho que rodeia a ilha tem um aumento de profundidade gradual até cerca de 50 m, a partir do qual aumenta abruptamente até aos 500 m de profundidade, que são atingidos a cerca de uma milha náutica da costa. É ainda de referir o canal que separa a ilha do Corvo da ilha das Flores com cerca de 9,5 milhas náuticas que atinge a profundidade máxima de 1000 m (Tempera et al., 2002a). A estreita zona intertidal do Corvo é geralmente composta por grandes blocos de rocha, na sua maioria móveis e sujeitos a erosão marinha (Tempera et al., 2002b). O habitat subtidal de baixa profundidade é formado predominantemente por rampas de blocos de rocha que se fundem gradualmente com planícies de areia a profundidades entre 15 e 60 m. As principais excepções a esta morfologia localizam-se nas costas sudeste e noroeste, onde o habitat subtidal de baixa profundidade é formado por um leito rochoso irregular com uma sucessão de cristas e caneiros que partem da costa. Recifes ou picos rochosos isolados, conhecidos por "baixas", são também frequentes, elevando-se do fundo com declives mais ou menos abruptos até perto da superfície (Tempera et al. 2002a), cujo a diversidade geomorfológica proporciona a existência de múltiplos microhabitats (Pietro et al., 2007). Todas estas variações no fundo marinho suportam a elevada biodiversidade marinha que pode ser encontrada em redor da ilha do Corvo. No entanto, e apesar de Dentinho e Lima (2000) se referirem ao bom estado de preservação dos valores naturais e ecológicos, pouca é a bibliografia disponível à cerca da biodiversidade marinha do Corvo, que nos permita tirar conclusões fiáveis à cerca deste ponto (Tempera et al., 2002b). 6.4.1. Flora Os povoamentos florísticos da envolvente marinha do Corvo, assemelham-se, de um modo geral, aos das restantes ilhas do arquipélago Açoreano. Os tufos algais são constituídos maioritariamente por algas vermelhas coralináceas (Rhodophyta). Em algumas zonas, estes povoamentos apresentam menor desenvolvimento que noutas zonas, o que, como foi explicado anteriormente, deverá ser influenciado pela diversidade de habitats assim como por diferenças no hidrodinamismo local (PDM, 1991a). Os únicos dois estudos com informação relativa à flora marinha da ilha do Corvo referem um total de apenas 41 espécies. Este número parece ser subrepresentativo da riqueza dos povoamentos algais da ilha, tendo em conta outros trabalhos (Dionísimo et al., 2007). No entanto, Tempera et al. (2002a) reconhece as limitações do seu trabalho inerentes à pouca experiência da sua equipa na identificação deste grupo assim como à escassez de dados recolhidos. Apresenta-se a lista de espécies registadas por Tempera et al. (2002a) e Pietro et al. (2007) na envolvente marinha da ilha do Corvo. O número de espécies indicado para cada grupo taxonómico refere-se ao número máximo de espécies observadas, tendo sido contabilizadas como espécies diferentes as espécies indeterminadas observadas por autores diferentes. Tabela 19 – Listagem de flora marinha da ilha do Corvo Espécie Fonte RHODOPHYTA Asparagopsis armata 1 Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Corallina sp. Tempera et al., 2002a Corallinacea indet. (crostas) Tempera et al., 2002a Corallinacea indet. (erectas) Pietro et al., 2007 Corallinales indet.1 Tempera et al., 2002a Corallinales indet.2 1 Tempera et al., 2002a Corallinales indet.3 1 Tempera et al., 2002a Corallinales indet. Pietro et al., 2007 Delesseriaceae indet. Tempera et al., 2002a Gigartina teedii Pietro et al., 2007 Haliptylon sp. Tempera et al., 2002a Espécie Fonte Jania spp. Tempera et al., 2002a Peyssonnelia sp. 1 ("encrostante") Tempera et al., 2002a Peyssonnelia sp. 2 ("amarelada") Tempera et al., 2002a Pterocladiella capillacea - “Rabão” Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Rhodophyta indet. (crostas não calc.) Tempera et al., 2002a 1 Symphyocladia marchantioides Tempera et al., 2002a PHAEOPHYTA Carpomitra costata Tempera et al., 2002a Cladostephus spongiosus Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Colpomenia spp. Tempera et al., 2002a Cutleria multifida (fase Aglaozonia) Dictyopteris membranacea 1 Tempera et al., 2002a Tempera et al., 2002a Dictyota sp. Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Dictyota dichotoma Pietro et al., 2007 Halopteris filicina Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Padina pavonica Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Phaeophyta (filamentosa) Tempera et al., 2002a Sargassum sp. Tempera et al., 2002a Sargassum vulgare 2 Pietro et al., 2007 Stypocaulon scoparium Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Zonaria tournefortii Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 CHLOROPHYTA Pietro et al., 2007 Bryopsis sp. Tempera et al., 2002a Chaetomorpha sp. Tempera et al., 2002a Chlorophyta (filamentosa) Tempera et al., 2002a Cladophora sp. 1 Tempera et al., 2002a Cladophora sp. 2 Tempera et al., 2002a Valonia utricularis Tempera et al., 2002a PLANTAS VASCULARES Juncus sp. Pietro et al., 2007 Limonium vulgare Pietro et al., 2007 Potamogeton polygonifolius Pietro et al., 2007 6.4.2. Fauna A fauna marinha que pode ser observada ao redor da ilha do Corvo apresenta uma grande diversidade. Em termos gerais, os peixes parecem ter uma representatividade muito abundante ao largo do Corvo. É de salientar a relativa abundância de Meros Epinephelus marginatus e o grande número de Salemas Sarpa salpa, Patruças Kyphosus sectator, Garoupas Serranus atricauda e Lírios Seriola dumerili de grandes dimensões existentes no Corvo, quando em comparação com o resto do Arquipélago dos Açores (Tempera et al., 2002a). No que diz respeito aos invertebrados, apesar de vir referenciado na bibliografia a existência de cavacos Scyllarides latus e lagostas Palinurus elephas ao largo da ilha do Corvo, nenhum dos estudos disponíveis confirma a actual existência de ambas as espécies. No entanto, é necessário ter em conta o comportamento pouco conspícuo e a reduzida abundância, no geral, de ambas as espécies. As restantes espécies parecem ter uma representatividade bastante abundante. Tempera et al. (2002a) registaram nas suas prospecções uma frequência de ocorrência superior a 80% de Caranguejos-eremitas Calcinus tubularis e Dardanus calidus, gastrópodes Calliostoma zizyphinum e Stramonita haemastoma, Estrela-do-mar Ophidiaster ophidianus e Espongiários cor-delaranja Tedania/ Myxilla. As espécies de invertebrados registados por Tempera et al. (2002a), Pietro et al. (2007) e PDM (1991a) na envolvente marinha da ilha do Corvo descrevem-se na listagem seguinte. O número de espécies indicado para cada grupo taxonómico refere-se ao número máximo de espécies observadas, tendo sido contabilizadas como espécies diferentes as espécies indeterminadas observadas por autores diferentes. Tabela 20 – Listagem de fauna marinha da ilha do Corvo Nome científico Nome vulgar Fonte Foraminífero-de-coral Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 PROTISTA Miniacina miniacea PORIFERA Tempera et al., 2002a Clathrina chlatrus Tempera et al., 2002a Clathrina coriacea Tempera et al., 2002a Guancha lacunosa Tempera et al., 2002a Haliclona fistulosa Tempera et al., 2002a Hamigera hamigera Tempera et al., 2002a Myxilla spp Pietro et al., 2007 Oscarella lobularis Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 1 Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 1 Petrosia ficiformis Porifera indet. sp.1 amarela encrost. Pietro et al., 2007 Porifera indet. sp.2 laranja" cf. Tedania/Myxilla PDM, 1991a Porifera indet. sp.3 amarela PDM, 1991a Porifera indet. sp.4 laranja estriada PDM, 1991a Sarcotragus/Ircinia spp. PDM, 1991a Tedania spp Pietro et al., 2007 Terpios sp. azul encrostante Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Aiptasia mutabilis Aiptasia-verde Tempera et al., 2002a Alicia mirabilis Alícia Tempera et al., 2002a Anemonia sargassensis Anémona-dos-sargaços Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 CNIDARIA Anthozoa sp. Tempera et al., 2002a Antipathes wollastoni Coral-negro Tempera et al., 2002a Aglaophenia sp. Plumas-do-mar Tempera et al., 2002a Corynidae/Tubulariidae spp. Tempera et al., 2002a Caryophyllia sp. Coral-taça Pietro et al., 2007 Caryophyllia smithi Coral-taça Tempera et al., 2002a Corynactis viridis Anémona-jóia Tempera et al., 2002a Diphasia sp. Tempera et al., 2002a cf. Obelia/Eudendrium spp. Tempera et al., 2002a Octocorallia indet. Tempera et al., 2002a Parazoanthus sp. Anémona-encrostante-amarela Tempera et al., 2002a Physalia physalis Caravela-portuguesa Tempera et al., 2002a Pelagia noctiluca Água-viva Tempera et al., 2002a POLYCHAETA Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Ditrupa arietina Hermodice carunculata Verme-do-fogo Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Myxicola infundibulum Poliqueta-de-trompa Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Tempera et al., 2002a Polychaeta indet. Sabella spallanzanii Espirógrafo Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Spionidae sp. Espionídeos Pietro et al., 2007 Spirographis spallanzanii Espirógrafo PDM, 1991a Pietro et al., 2007 Spirorbis spp. CRUSTACEA Calcinus tubularis Casa-alugada-sedentário Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Dardanus calidus Casa-alugada-vermelho Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Dromia marmorea Caranguejo-dorminhoco Tempera et al., 2002a Galathea sp. Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Galathea squamifera Pietro et al., 2007 Galathea strigosa Pietro et al., 2007 Grapsus grapsus Caranguejo fidalgo PDM, 1991a Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Lysmata seticaudata Megabalanus azoricus Craca-gigante Tempera et al., 2002a Pachygrapsus marmoratus Moura PDM, 1991a Palinurus elephas Lagosta Pietro et al., 2007 Paractaea monodi Tempera et al., 2002a Percnon gibbesi Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Scyllarides latus Cavaco Pietro et al., 2007 Scyllarus arctus Cavaco-anão Tempera et al., 2002a Stenopus spinosus Camarão-espinhoso Tempera et al., 2002a MOLLUSCA Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Aplysia depilans Berthelina edwardsi Bursa scrobiculator Lesma-pêssego Tempera et al., 2002a Tempera et al., 2002a Calliostoma zizyphinum Burrié-bicudo Cerithium cf. vulgatum Tempera et al., 2002a Tempera et al., 2002a Charonia lampas Búzio Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Chromodoris britoi Lesma-de-brito Tempera et al., 2002a Columbella adansoni Búzio Tempera et al., 2002a Discodoris atromaculata Vaquinha Tempera et al., 2002a Ervilia castanea Ervilha-castanha Tempera et al., 2002a Haliotis coccinea Lapa-burra Tempera et al., 2002a Haliotis tubercullata Lapa-burra PDM, 1991a Hexaplex trunculus Búzio-roxo Tempera et al., 2002a Hypselodoris picta azorica Lesma-do-mar-amarela-epúrpura Tempera et al., 2002a PDM, 1991a Litorina sp Luria lurida Cipreia Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Mitra zonata Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Myosotella myosotis Pietro et al., 2007 Octopus vulgaris Polvo Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Ovatella vulcani Caracol Pietro et al., 2007 Patella aspera Lapa brava Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Patella candei gomesii Lapa mansa PDM, 1991a Pietro et al., 2007 Pedipes pedipes Pinna rudis Leque Tempera et al., 2002a Platydoris argo Lesma-do-mar-coriácea Tempera et al., 2002a Pietro et al., 2007 Pseudomelampus exiguus Stramonita haemastoma Thais haemastoma Sin. Búzio-de-boca-vermelha Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a BRYOZOA Bryozoa indet. sp.5 encrost. escuro Tempera et al., 2002a Tempera et al., 2002a Schizoporella sp. PHORONIDA Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Phoronis hippocrepia ECHINODERMATA Antedon bifida Comátula-do-Atlântico Tempera et al., 2002a Arbacia lixula Ouriço-do-mar-negro Tempera et al., 2002a Centrostephanus longispinus Ouriço-castanho-de-espinhos- Tempera et al., 2002a longos Hacelia attenuata Estrela-do-mar-laranja Tempera et al., 2002a Holothuria sanctori Tempera et al., 2002a Holothuria sp. Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Marthasterias glacialis Estrela-do-mar-comum Tempera et al., 2002a Ophidiaster ophidianus Estrela-do-mar-vermelha Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Paracentrotus lividus Ouriço-comum Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Sphaerechinus granularis Ouriço-de-espinhos-curtos Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 TUNICATA Tempera et al., 2002a Didemnidae indet. Para a lista de espécies de peixes da envolvente marinha da ilha do Corvo também foram utilizados os registos de Tempera et al. (2002), Pietro et al. (2007) e o PDM (1991a) além do trabalho recente de Mealha (2009). O número de espécies indicado para cada grupo taxonómico refere-se ao número máximo de espécies observadas, tendo sido contabilizadas como espécies diferentes as espécies ideterminadas observadas por autores diferentes. Tabela 21 – Listagem de peixes da ilha do Corvo Nome científico Nome vulgar Fonte Abudefduf luridus Castanheta-preta Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Anthias anthias Canário-do-mar Tempera et al., 2002a Folião Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Peixe-porco Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Apogon imberbis Atherina presbyter 1 Balistes carolinensis Tempera et al., 2002a Belonidae (Família) indet. Tempera et al., 2002a Boops boops Bogas Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Bothus podas maderensis Solha Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; Caranx crysos Írio-de-Serra Tempera et al., 2002a Centrolabrus trutta Bodião-verde Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Centrolabrus caeruleus Endémico dos Açores Bodião verde Mealha, 2009; Pietro et al., 2007 Chelon labrosus Tainha Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Chromis limbata Castanheta-amarela Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Conger conger Conger conger Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Coris julis Peixe-rei Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; Coryphoblennius galerita Caboz de crista Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Dasyatis pastinaca Ratão Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Diplodus sargus cadenati Sargo Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Diplodus vulgaris Sargo-safia Mealha, 2009; Echiichthys vipera Peixe-aranha Tempera et al., 2002a Enchelycore anatina Anatina Tempera et al., 2002a Epinephelus alexandrinus Badejo Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Epinephelus marginatus Mero Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Gaidropsarus guttatus Viúva Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Caboz ou Joana Gobius paganellus Gymnammodytes cicerellus Gymnothorax unicolor Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Tempera et al., 2002a Moreão Kyphosus sp. Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Kyphosus sectator Patruça Pietro et al., 2007 Labrus bergylta Bodião-vermelho Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Lipophrys pholis Caboz-gigante Pietro et al., 2007; Lipophrys trigloides Caboz Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Mugilidae sp. Salmonete Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Mullus surmuletus Moreia preta Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Muraena augusti Muraena helena Moreia pintada Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Mycteroperca fusca Badejo Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; Ophioblennius atlanticus atlanticus Roi-anzóis Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Pagellus acarne Besugo Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Pagellus bogaraveo Goraz, Carapau Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Pagrus pagrus Pargo Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Parablennius incognitus Caboz-das-cracas Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Parablennius parvicornis Caboz-de-poças Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Parablennius ruber Caboz lusitano Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Paraconger macrops Congro-da-areia Tempera et al., 2002a Phycis phycis Abrótea Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Pomatoschistus pictus Góbio-da-areia Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Pomatomus saltator Anxova Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Pseudocaranx dentex Enxaréu Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Pseudolepidaplois scrofa Gaio ou Peixe-cão Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Sarpa salpa Salema Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Sarda sarda Serra Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Scomber japonicus Cavala Tempera et al., 2002a Mealha, 2009 Scorpaena sp. Scorpaena maderensis Coça Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Scorpaena notata Rascasso Tempera et al., 2002a Scorpaena scrofa Rocaz Tempera et al., 2002a Seriola dumerili Lírio Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Seriola rivoliana Írio Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Serranus atricauda Garoupa Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a Sparisoma cretense Veja Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Sphoeroides marmoratus Sopapo Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007 Sphoeroides spengleri Sopapo Pietro et al., 2007 Sphyraena viridensis Bicuda Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Symphodus mediterraneus Trombetão Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Synodus saurus Lagarto-da-costa Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007 Taeniura grabata Ratão) Tempera et al., 2002a Thalassoma pavo Rainha Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a Thorogobius ephippiatus Bochecha-pintada Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009 Thunus thynus thynus Atum rabilo Pietro et al., 2007; Trachinotus ovatus Prombetas Tempera et al., 2002a Trachurus picturatus Chicharros Tempera et al., 2002a Tripterygion delaisi delaisi Caboz-de-três-dorsais Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a Xyrichtys novacula Bodião-da-areia Tempera et al., 2002a A única espécie de réptil marinho visitante da ilha do Corvo é a Tartaruga-comum Caretta caretta (Pietro et al., 2007). Por último, as espécies de cetáceos que já foram observados ao largo da ilha do Corvo são 20 (Pietro et al., 2007): Nome científico Nome vulgar Balaenoptera acutorostrata Baleia-anã Balaenoptera borealis Baleia-sardinheira Balaenoptera musculus Baliea-azul Balaenoptera physalus Baleia-comum Delphinus delphis Golfinho-comum Globicephala macrorhynchus Baleia-piloto-tropical Grampus griseus Moleiro Hyperoodon ampullatus Botinhoso Kogia breviceps Cachalote-pigmeu Kogia simus Cachalote-anão Megaptera novaeangliae Baleia-de-bossa Mesoplodon bidens Baleia-bicuda-de-sowerby Mesoplodon europaeus Baleia-bicuda-de-gervais Orcinus orca Orca Physeter macrocephalus Cachalote Pseudorca crassidens Falsa-orca Stenella coeruleoalba Golfinho-riscado Stenella frontalis Golfinho-pintado Tursiops truncatus Roaz Ziphius cavirostris Zífio Tabela 22 – Listagem de cetáceos observados na ilha do Corvo 7. OUTROS ESTUDOS MACARONÉSIA DE CONSERVAÇÃO REALIZADOS NA Alguns exemplos de controlo/erradicação de fauna e flora invasora levados a cabo na Macaronésia são: 7.1. Conversão de plantações de Criptomeria japónica em floresta de laurissilva na Serra da Tronqueira (São Miguel, Açores) No âmbito do projecto LIFE Priolo (LIFE03NAT/P/000013) numa área de 10ha foram removidas as espécies de Criptoméria e plantadas cerca de 10 espécies nativas das florestas de laurissilva, como Erica azorica, Myrica faya, Laurus azorica, Picconia azorica, Frangula azorica, Ilex perado, Prunus lusitanica, Juniperus brevifolia, etc. Ainda no âmbito do mesmo projecto realizou-se a Erradicação Erradicação de Conteira Hedychium gardnerianum. gardnerianum Recorreu-se a métodos químicos e mecânicos. A nível químico, foram testados vários herbicidas a diferentes concentrações, e o metil-metsulfurato (comercialmente conhecido como Ally), um químico com muito baixa toxicidade em mamíferos, aves e organismos aquáticos. Realizou-se também a Erradicação de Incenso Pittosporum undulatum e Clethra arborea em S.Miguel. O Incenso é originário da Austrália oriental e foi introduzido como planta ornamental, já a Clethra arborea, apesar de nativa da Madeira e parte da floresta de laurissilva, nos Açores tornou-se, em muito locais, a planta invasora mais agressiva a seguir à Conteira. Ambas as plantas são removidas por métodos químicos utilizando os mesmos produtos e concentrações descritos acima para a Conteira. 7.2. Controlo de roedores em Tenerife, Tigaiga no âmbito do projecto LIFELIFE Nature (LIFE96NAT/E/003095) O veneno utilizado foi o Brodifacoum 0.005% administrado em blocos com parafina (protecção de condições climáticas adversas). Foram utilizadas caixas de isco de modo a evitar o consumo do veneno por outras espécies. Foram seleccionadas duas parcelas em Tigaiga (Norte de Tenerife): uma como controlo e outra para ser livre de ratos (43ha). Para a monitorização bimensal de ratos e pombos. Foram colocadas 299 caixas de isco com veneno arranjadas numa rede. A aplicação de veneno foi repetida de modo a coincidir com os períodos de reprodução. Os efeitos do veneno nos pombos (sucesso reprodutor e evolução da população) ratos e noutros grupos animais foram permanentemente monitorizados. As principais conclusões foram: a) Completa eliminação dos ratos em quatro meses. O consumo de isco diminuiu constantemente até atingir um nível constante perto de zero; b) O sucesso reprodutor dos pombos não aumentou apesar da erradicação dos ratos; c) Não houve efeito negativo do veneno nos pombos ou outros vertebrados. No entanto a comunidade de invertebrados poderá ter sido afectada; d) Recomendação de gestão nas áreas de reprodução dos pombos. 7.3. Programas de erradicação na Ilha da Madeira Em 1996, com o apoio do programa LIFE Natureza, foram desenvolvidos esforços para a erradicação dos coelhos e das Cabras da Deserta Grande da Selvagem Grande. O Coelho foi erradicado com sucesso através de um método misto que envolveu a distribuição de um anti coagulante de segunda geração e de armadilhas. Para os murganhos foi usado o mesmo rodenticida mas colocado em tubos e caixas, de forma a minimizar os impactos negativos sobre as espécies não alvo. Este processo foi reforçado pela iscagem estratégica de toda a ilha, isto é, foi colocado rodenticida em todos os locais que potencialmente poderiam constituir um habitat para os murganhos. A principal prioridade neste processo era que o isco não ficasse disponível para outras espécies que não o murganho. O efeito populacional de cabras foi drasticamente reduzido através do seu abate com armas de fogo. Relativamente a este grupo a erradicação total não foi ainda possível, sendo a população mantida em níveis bastante reduzidos. A tabaqueira está a ser eliminada através de métodos mecânicos, excepto nos casos em que não é possível a retirada total das raízes das plantas. Nestas circunstâncias é aplicado localmente um herbicida sistémico. Em 1998, co-financiado pelo programa LIFE Ntureza, iniciou-se um projecto de erradicação da Bananilha Hedychium gardnerianum do interior de zonas de Laurissilva, bem como de áreas de fronteira. Ao abrigo deste projecto foram intervencionadas cerca de 165 toneladas de rizoma, enterrados 200 toneladas e colocados em mangas plásticas cerca de 500 toneladas. Em finais da década de 1990, procedeu-se a erradicação da planta herbácea Abûndancia Ageratina adenophora, na Deserta Grande, tendo-se efectuado o arranque de centenas de plantas que existiam na zona onde se encontrava instalada e em fase de expansão. Em 2001, iniciou-se um outro projecto na Reserva das Ilhas Selvagens, de erradicação da Tabaqueira azul Nicotiana glauca, tendo sido financiado pelo programa Leader +, via ACAPORAMA e em 2006, na Ponta de São Lourenço, de erradicação do Chorão-das-praias Carpobrotus edulis com o apoio da Direcção Regional de Educação Especial. Nestes projectos procedeu-se ao arranque total das plantas e neste momento a situação está controlada devido às monitorizações feitas pelas equipas de Vigilantes da Natureza. 7. CONCLUSÕES Nos primeiros três meses de estudo foi realizada uma procura das diferente fontes de informação disponíveis: livros, revistas, publicações científicas, expedições, Planos Directores, Estudos de Ordenamento e Gestão, etc. Foram também contactadas várias instituições, a Universidade dos Açores, Câmaras Municipal do Corvo, Biblioteca da Ilhas das Flores, e a Escola Básica Integrada Mouzinho da Silveira da Vila do Corvo. Os restantes meses de estudo destinaramse à revisão e selecção daqueles trabalhos de maior rigor e qualidade científica. Dos resultados obtidos podem ser extraídas as conclusões seguintes: 1. Os trabalhos existentes acerca da Flora e Fauna dos Açores são poucos específicos da Ilha do Corvo e do Ilhéu de Vila Franca do Campo e estão muito dispersos, tendo sido encontradas algumas dificuldades para compilar a informação. 2. Existem algumas controvérsias em relação à nomenclatura e sistemática a nível de espécie e subespécie pelos diferentes autores, nomeadamente para a flora vascular e invertebrados. 3. Em relação a descrição do meio terrestre do ilhéu de Vila Franca do Campo pouca é a informação disponível acerca do seu património natural. Da procura bibliográfica exaustiva que se realizou, apenas foram encontrados 4 trabalhos publicados e um não publicado com informação relevante sobre os habitats terrestres do ilhéu. 4. A posição geográfica da ilha do Corvo tem feito com que a sua fauna e flora sejam menos estudadas e menos exploradas do que nas restantes ilhas do arquipélago. A maioria das expedições realizadas à ilha para a amostragem e caracterização das espécies tiveram uma duração inferior a três dias. 5. Em conformidade com o que acontece para a ilha do Corvo, e para todo o arquipélago dos Açores em geral, não existe qualquer levantamento das comunidades micológicas existentes no ilhéu de Vila Franca do Campo, e o conhecimento actual sobre este grupo baseia-se no conhecimento empírico. 6. A taxonomia das espécies entomológicas tem sido muito pouco estudada, nomeadamente para as espécies marinhas. Alguns autores têm vindo a considerar que o número baixo de endemismos achados pode ser devido à falta de estudos. De facto, o escasso conhecimento existente poderia ser a maior ameaça à conservação deste grupo como consequência da sobreexploração dos seus indivíduos sem qualquer medidas de protecção. 7. A história da colonização e exploração antrópica dos ecossistemas resultaram no baixo nível de espécies endémicas ao nível da flora. Paralelamente, outros grupos taxonómicos, como por exemplo artrópodes e moluscos, apesar de actualmente apresentarem uma elevada diversidade devido à provavel dependência pela flora natural, poderão vir a sofrer fortes perturbações. Por essa razão, devemos evitar a entrada de espécies exóticas e defender-nos, especialmente, em relação às espécies que prejudicam os nossos ecossistemas - as espécies exóticas invasoras. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Almeida, A. L. M. & D. Real. 2005. Guias de Referência para a Implementação de Sistemas de Gestão Ambiental segundo a ISO 14001. 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A Description of the Zonation Patterns of Molluscs and Other Important Biota on the South Coast of S. Miguel, Azores. Açoreana, Supplement: 21-38. – também não encontro 21) Lista das espécies de aves raras ou acidentais cujos registos requerem homologação pelo Comitê Português de Raridades. SPEA – Comitê Português de Raridades. 22) Machado, P. 2007. Gestão Ambiental na Reserva Natural Regional do Ilhéu de Vila Franca do Campo: Auditoria de Diagnóstico. Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança. Departamento de Biologia da Universidade dos Açores. Ponta Delgada. 23) Martins, A. M. F. 1976. Mollusques des Açores – Ilhéu de Vila Franca do Campo. S. Miguel, I. Basommatophora. Publicações do Museu "Carlos Machado", Centenário da Fundação do Museu. Ponta Delgada. 31 pp. 24) Martins, A. M. F. 2004. O Anel da Princesa – Ilhéu de Vila Franca do Campo, S. Miguel, Arquipélago dos Açores – Portugal. Editora Intermezzo – Audiovisuais, Lda. Lisboa. 99p. 25) Martins, A. M. F., Borges J.P. Ávila S.P., Costa, A. , Madeira P., Morton B. 2009. Illustrated checklist of the infralittoral molluscs off Vila Franca do Campo. Açoreana, Suplemento 6. 15-103 26) Medeiros, C. A. 1987. A Ilha do Corvo. 2ª Edição. Centro de Estudos Geográficos, Lisboa. 27) Medeiros F., A. Fonseca, C. Gouveia, R. Nunes, J. Vieira, M. Veiga, M. Nóia & M. Fraga. 2007. Conservação dos vertebrados terrestres das Flores e do Corvo. Departamento de Biologia, Universidade dos Açores. 28) Meirinho, A., M. C. Magalhães & M. Pitta G. 2004. Proposta de Plano de Gestão para a Zona de Protecção Especial Costa e Caldeirão. Arquivos do DOP. Série Estudos, nº 3/2004, 52 p. 29) MORTON, B., & J.C. BRITTON, 1995. Partitioning of shell resources by Aspidosiphon muelleri (Sipuncula) and Anapagurus laevis (Crustacea) in the Azores. In: Morton B & Salvador A. 2009 The biology of the zoning subtidal polychaete Ditrupa arietina (Serpulidae) in the Açores, Portugal, wih a description of the life history of its tube. Açoreana. Suplemento 6. 145-156 29) Morton, B., J. Britton & A. Martins. 1998. Ecologia Costeira dos Açores: Sociedade Afonso Chaves, Associação de Estudos Açoreanos. Ponta Delgada. 249 pp. 30) Paulo A. V., P. A. V. Borges, R. Cunha, R. Gabriel, A. F. Martins, L. Silva & V. Vieira. 2006. Listagem da Fauna e flora (Mollusca e Arthropoda) (Bryophyta, Pteridophyta e Spermatophyta) terrestres dos Açores. Projecto INTERREG III B (2000-2006) ATLÂNTICO, Direcção Regional do Ambiente, Governo Regional dos Açores. 31) Pereira M. J., R. Arruda, C. Medeiros, J. Saramago, P. Domingues, D. Furtado, & N. Cabral. 2008. Catálago das platas vasculares da ilha do Covo. Departamento de Biologia, Universidade dos Açores. 32) Pietro, R., R. Ferraz, S. Luís, S. Pereira & J. C. Nunes. 2007. Candidatura da Ilha do Corvo. Programa "O Homem e a Biosfera". UNESCO. 33) PDM. 1991a. Plano Director Municipal do Corvo – Anexo do Mar. Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. Angra do Heroísmo. 34) PDM, 1991b. Plano Director Municipal do Corvo. Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. Angra do Heroísmo 35) Porteiro, J. 2000. Lagoas dos Açores. Elementos de suporte ao Planeamento Integrado. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Doutor. Universidade dos Açores, 344 pp. 36) PRA. 2001. Plano Regional da Água da Região Autónoma dos Açores. Relatórios de Caracterização e Diagnóstico (versão provisória). 37) Proposta de Decreto Legislativo Regional. Reclassifica a Reserva Natural Regional do Ilhéu de Vila Franca do Campo. 2003. Governo Regional dos Açores. Ponta Delgada. 38) Ribeiro, L., J. Oliveira, L. Bulcão, M. Abreu & P. Arsénio. 2003. Valorização dos espaços de utilização publica do Ilhéu de Vila Franca do Campo, S. Miguel, Açores – Estudo Prévio. Secção Autonómica de Arquitectura dos Paisagistica. Instituto Superior de Agronomia. Lisboa. 13pp. 39) Ribeiro, L., L. Barreiros, M. Abreu & P. Arsénio. 2002. Plano de Ordenamento e Gestão do Ilhéu de Vila Franca do Campo. Secção Antónoma de Arquitectura Paisagista. Instituto Superior de Agranomia. São Miguel, Açores. 40) Rodrigues, P., J. Micael, R. K. Rodrigo & R. T. Cunha. 2009. A conservational approach on the seabird populations of Vila Franca do Campo islet. Açoreana. 6. 217-225. 41) Santos R., Hawkins S., Monteiro L., Alves M., Isidro J. 1995. Marine research, resources and conservation in the Açores. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems, Volume 5, 311-354. 42) Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo. 2008. Flora e Fauna Terrestre Invasora na Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias. ARENA, Ponta Delgada, 546 pp. 43) Silva, L. & C. W. Smith. 2004. A characterization of the non-indigenous flora of the Azores Archipelago. Biological Invasions. 6: 193-204 44) E. 1973. Recent changes in the vascular flora and vegetation of the Azores Islands. Memórias da Sociedade Broteriana. Volume 22. 5-453. 45) Sousa, A. B. 1985. Duas novas subespécies de Hipparchia azorina (Lepidoptera, Satyridae) dos Açores: H. azorina barbara N.SSP. e H. azorina minima N.SSP. respectivamente das ilhas Terceira e Corvo. Actas do II Congresso Ibérico de Entomologia, Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia: 375-382. 46) Sousa, A. B. 1991. Novas citações de Lepidópteros para os Açores. Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia. 5(1) 133: 1-20. 47) Tavares J., L. Oliveira, V. Vieira. 2007. Lepidópteros e Himenópteros (Insecta) das ilhas de Flores e Corvo, Açores. XIII Expedição Científica do Departamento de Biología: Flores e Corvo 2007”. Universidade dos Açores. Rel. Com. Departamento Biologia 35- 86. 48) Tempera, F., P. Afonso, T. Morato & S. R. Serrão. 2002a. Comunidades Biológicas da Envolvente Marinha do Corvo. Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, Horta. 49) Tempera, F., F. Cardigos, P. Afonso, T. Morato, M. J. Pitta, S. Gubbay & S. R. Serrão. 2002b. Proposta Técnico-Científica de Gestão da Envolvente Marinha do Corvo. Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, Horta. 50) Vieira, V. 1995. Lepidopteran fauna from the Ilhéu de Vila Franca, Azores. Açoreana, 8 (1): 119-126. 51) Vieira, V., P. A. V. Borges, O. Karsholt & J. Wunderlich. 2003. The Arthropoda fauna of Corvo Island (Azores): new record and updated list of the species. Universidade dos Açores. Santa Cruz e Tenerife. Volume 31, 1-6 REFERÊNCIAS ELECTRÓNICAS CONSULTADAS 1) Rodebrand, S. & The Birding Azores Team. 2009. Birding Azores. Acedido a 30 de Dezembro de 2009: http://azores.seawatching.net 2) Anónimo. 2009. Açores.com. Acedido a 30 de Dezembro de 2009. http://acores.com/?page=art_det&ida=1257 3) htpp://www.aip.pt. 9. ANEXOS 9.1 Decreto Legislativo Regional de criação do Parque Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo Reserva Natural Regional do Ilhéu de Vila Franca do Campo, reclassificada re classificada pelo Decreto Legislativo Regional n.º 22/2004/A, de 3 de Junho; Junho (Diário da República, 1.ª série — N.º 130 — 8 de Julho de 2008 4249. Artigo 15.º Área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo) 1 — A reclassificação da área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo referida na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior não prejudica a manutenção dos critérios e objectivos iniciais quepresidiram à classificação da Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo, nomeadamente: a) Promover a conservação e valorização dos recursos naturais, desenvolvendo acções tendentes à salvaguarda da flora e da fauna principalmente a endémica ou com distribuição muito restrita nos Açores, e dos valores geológicos, que em conjunto determinam um património natural de excepção; b) Aprofundar os conhecimentos científicos sobre comunidades insulares e marinhas; c) Contribuir para o ordenamento e disciplina das actividades turística e recreativa, de forma a evitar a degradação dos valores naturais, culturais e paisagísticos do local, possibilitando o exercício de actividades de recreio e lazer compatíveis com a sensibilidade dos valores em presença; d) Salvaguardar a singularidade do carácter natural, paisagístico e cultural, possibilitando um incremento de actividades de cariz educativo e interpretativo, principalmente para benefício da população local e para divulgação dos valores presentes na área protegida. 2 — Constituem fundamentos específicos para a reclassificação da área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo os valores tradicionais e estéticos em presença e a importância para espécies, habitats e ecossistemas protegidos. 3 — Na área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo ficam interditos os actos e actividades seguintes: a) A introdução de espécies zoológicas e botânicas invasoras ou não características das formações e associações naturais existentes, nomeadamente plantas e animais exóticos; b) O depósito de resíduos; c) A prática de actividade cinegética; d) A prática de todo e qualquer tipo de pesca, incluindo a pesca lúdica e a caça submarina; e) A instalação, afixação, inscrição ou pintura mural de mensagens de publicidade ou propaganda, temporárias ou permanentes, de cariz comercial ou não, incluindo a colocação de meios amovíveis, com excepção da sinalização específica da área protegida; f) A recolha e posse de qualquer elemento ou amostra geológica, com excepção dos destinados à investigação científica ou no âmbito de acções de monitorização ambiental; g) A prática de campismo; h) A instalação de infra -estruturas eléctricas e telefónicas, aéreas, subterrâneas e de aproveitamento de energias renováveis; i) A exploração e extracção de massas minerais e a instalação de novas explorações de recursos geológicos; j) O sobrevoo de aeronaves com motor abaixo de 1000 pés, salvo por razões de vigilância e combate a incêndios, operações de salvamento e trabalhos científicos devidamente autorizados pela entidade competente; l) A utilização de aparelhagens sonoras; m) A prática de actividades desportivas motorizadas; n) A imobilização de embarcações e barcos de recreio; o) A realização de quaisquer actividades que perturbem o equilíbrio da envolvente. 4 — Na área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo ficam condicionados e sujeitos a parecer prévio do serviço com competência em matéria de ambiente os actos e actividades seguintes: a) A alteração à morfologia do solo por escavações ou aterros, pela modificação do coberto vegetal, do corte de vegetação arbórea e arbustiva, com excepção das decorrentes da execução de acções de manutenção e limpeza da área protegida; b) A colheita, captura, abate ou detenção de exemplares e quaisquer espécies naturais, vegetais ou animais, sujeitas a medidas de protecção, em qualquer fase do seu ciclo biológico, incluindo a destruição de ninhos e a apanha de ovos, a perturbação ou a destruição dos seus habitats; c) A prática de foguear, incluindo a utilização de grelhadores e similares, e a realização de queimadas; d) A navegação com embarcações motorizadas no interiorda cratera, excepto se decorrentesda prática de actividades devidamente autorizadas ou concessionadas; e) A realização de obras de construção civil, designadamente ovos edifícios, ampliação, conservação, colecção de dissonâncias, recuperação e reabilitação ou demolição de edificações, excepto quando regulamentadas; f) A introdução ou reintrodução de espécies zoológicase botânicas não referidas na alínea a) do número anterior, bem como a entrada de animais de companhia; g) A utilização de produtos químicos em operações de gestão e manutenção, nomeadamente de herbicidas e fertilizantes químicos; h) A pernoita;i) O mergulho com escafandro; j) A captação e o desvio de águas ou a execução de quaisquer obras hidráulicas; l) A circulação fora dos trilhos e caminhos estabelecidos, excepto quando necessário para acções científicas e de educação ambiental ou outras actividades de carácter excepcional, nomeadamente de manutenção e limpeza da área protegida; m) A abertura de novos trilhos e caminhos com interesse para a gestão, fruição ou usufruto da área protegida, bem como a requalificação dos existentes; n) A instalação de infra -estruturas de saneamento básico; o) A alteração da configuração dos fundos marinhos; p) A acostagem de embarcações no molhe do ilhéu; q) A realização de eventos culturais e desportivos. 5 — Os limites territoriais da área protegida para a gestãode habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo estão representados no anexo II pela sigla SMG06. 6 — A área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo integra no seu âmbito os objectivos e limites territoriais definidos para o SIC Caloura — ponta da Galera e observa, cumulativamente com o regime definido pelo presente diploma, o regime estabelecido pelo Plano Sectorial Rede Natura 2000 e, ainda, o regime decorrente do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da Ilha de São Miguel, aprovado pelo Decreto Regulamentar Regional n.º 29/2007/A, de 5 de Dezembro, adiante designado por POOC da Costa Sul da Ilha de São Miguel. 7 — A área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca integra no seu âmbito as zonas de reserva integral de captura de lapas definida no n.º 3 do artigo 4.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A, de 31 de Julho. Plano de ordenamento e gestão do ilhéu de Vila Franca do Campo, Campo , proposta do Istituto de Superior de Agronomía do ano 2000. Estão identificadas, no âmbito da RNIVFC as seguintes tipologias que constam na planta de ordenamento: 1) Conservação; 2) Conservação com estratégias de recuperação; 3) Uso condicionado; 4) Recreio com Estratégias de Valorização; 5) Recreio. Na RNIVFC, a área de Conservação (1) integra as seguintes zonas: a) Arribas; b) Farilhão, Baixa do Meio e Baixa da Cozinha; c) Formações herbáceo-arbustiva com dominância de Erica azorica (Ilhéu Pequeno e vertentes exteriores do Ilhéu); d) Formações herbáceas com ocôrrencia de Festuca petraea (Ilhéu Pequeno e vertentes exteriores do Ilhéu); e) Formações arbóreas de Metrosideros tomentosa nas vertentes interiores do Ilhéu; f) Formações herbáceo-arbustiva com dominância de Arundo donax; g) Formação de vinha e formação arbustiva com dominância de Arundo donax não incluidas na Classe de Conservação con Estratégias de Recuperação; h) Manchas de solos mais desenvolvidos do tipo ândico nas zonas mais elevadas do ilhéu, não incluidas na Classe de Conservação con Estratégias de Recuperação; i) Manchas de solo em processo de morfogénese e degradação nas vertentes interiores do ilhéu. As zonas que constituem a área de Conservação com Estratégias de Recuperação (2) são as seguintes: a) Zona superior do Ilhéu Pequeno, com solos incipientes desenvolvidos sobre tufos palagoníticos e formação herbáceo-arbustiva com dominância de Erica azorica b) Zona inferior das vertentes interiores do ilhéu, adjacentes à bahía com exposição predominante a Este, com formações herbáceo-arbustiva com plantas craussicales, nomeadamente Agave sp. e Opuntia sp. c) Zona superior do Ilhéu, anteriormente utilizada para cultivo da vinha, caracterizadas por declives predominantemente inferiores a 16%, solos ândicos e formações arbustivas com dominância de Arundo donax e Myrica faya com Vitis vinifera e Vitis labrusca, adjacentes ao trilho existente. A área de Uso Condicionado (3) integra as seguintes zonas: a) Trilho pedonal entre o portão de acesso à zona superior do Ilhéu e a zona do depósito no topo superior b) Plataforma de terreno na vertente interior do Ilhéu com exposição junto à formação de Metrosideros tomentosa, e adjacente ao trilho pedonal A área de Recreio com Estratégias de Valorização (4) está constituída pelas seguintes zonas: a) Caminhos existentes na área de Recreio; b) Faixa com 1,00 m de largura adjacente ao caminho, entre a bifurcação e o alpendre existente; c) Edifícios existentes; d) Plataformas adjacentes ao caminho; e) Ancoradouros. A área de Recreio (5) inclui a zona de areal ou áreas com aptidão para recreio menos sensíveis, nomeadamente as áreas junto à baía, no seu lado Norte e Este, em situação de substrato geológico de tufos palagoníticos estratificados com fragmentos líticos finos de fáceis basáltica, sem revestimento vegetal, exceptuando-se a área de Recreio com Estratégias de Valorização. 9.2. Plantas da ilha do Corvo do Plano Director Municipal do Corvo 9.2.1. Planta das condicionantes da ilha do Corvo (PDM, 1991b) 9.2.2. Planta da situação existente da Ilha do Corvo (PDM, 1991b) 9.2.3. Planta da ordenamiento da Ilha do Corvo (PDM, 1991b) 9.2.4. Planta da Reserva Ecológica Regional existente da Ilha do Corvo (PDM, 1991b) 9.2.5. Planta da síntesis da Ilha do Corvo (PDM, 1991b) 9.3. Galeria de fotos 9.3.1. Fotos do ilhéu de Vila Franca do Campo e de algumas das espécies nidificantes Trabalhos de controlo de canas no IVFC 9.3.2. Fotos da Ilha do Corvo e das espécies Fotos da monitorização de roedores na ilha do Corvo