LIFE+ Safe Islands for Seabirds - LIFE "Ilhas Santuário para as Aves

Transcrição

LIFE+ Safe Islands for Seabirds - LIFE "Ilhas Santuário para as Aves
LIFE+ Safe Islands for Seabirds
Relatório Acção A1 - Informação base de
biodiversidade da ilha do Corvo e do Ilhéu
de Vila Franca do Campo
LIFE07 NAT/P/000649
Corvo, Dezembro 2009
O
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r
o
j
e
c
O
P
rojecto LIFE+ Safe Islands for Seabirds é uma parceria da SPEA
com a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar (SRAM), a
Câmara Municipal do Corvo e a Royal Society for Protection of
Birds, contando ainda com o apoio das seguintes entidades
enquanto observadoras na sua Comissão Executiva: Direcção
Regional dos Recursos Florestais (DRRF) e Câmara Municipal de
Vila Franca do Campo.
Trabalhar para o estudo e conservação das aves
e
seus
habitats,
promovendo
um
desenvolvimento que garanta a viabilidade do
património
património natural para usufruto das gerações
futuras.
A SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo
das Aves é uma organização não governamental de
ambiente que trabalha para a conservação das aves
e dos seus habitats em Portugal. Como associação
sem fins lucrativos, depende do apoio dos sócios e
de diversas entidades para concretizar as suas
acções. Faz parte de uma rede mundial de
organizações de ambiente, a BirdLife International,
que actua em mais de 100 países e tem como
objectivo a preservação da diversidade biológica
através da conservação das aves, dos seus habitats
e da promoção do uso sustentável dos recursos
naturais.
LIFE+ Safe Islands for Seabirds.
Seabirds . Relatório Inicial
Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, 2009
Direcção Nacional: Ricardo Azul Tomé, Maria Ana Peixe, Pedro
Guerreiro, Ana Leal Martins, João Jara, Paulo Travassos, Pedro
Coelho, Miguel Capelo, Paulo Simões Coelho, Teresa Catry
Direcção Executiva: Luís Costa
Coordenação do projecto: Pedro Luís Geraldes
Equipa técnica: Ana Catarina Henriques, Carlos Silva, Joana
Domingues, Nuno Domingos, Sandra Hervías, Nuno Domingos,
Nuno Oliveira, Susana Costa, Vanessa Oliveira.
Agradecimentos: Pedro Domingues, João Cardigos, Sandra
Mealha
Citação: SPEA 2009. LIFE+ Safe Islands for Seabirds. Relatório da
Acção A1 – Informação base de biodiversidade da ilha do Corvo e
do ilhéu de Vila Franca do Campo (Açores). Sociedade Portuguesa
para o Estudo das Aves, Lisboa (relatório não publicado).
Projecto LIFE com o número
LIFE07 NAT/P/000649
NAT/P/000649
Relatório Acção A1 / Baseline Biodiversity Information – Informação base de
biodiversidade da ilha do Corvo e do ilhéu de Vila Franca do Campo (Açores)
Data do Relatório 3131- 1212- 2009
PROJECTO LIFE+ “Safe
Safe Islands for Seabirds”
Dados do projecto
Localização
Loc alização do projecto
Reserva da Biosfera Ilha do Corvo / ZPE Costa e Caldeirão / SIC
proposto Costa do Corvo/ Parque Natural de Ilha do Corvo - Área
Protegida para a Gestão de Habitats ou Espécies da Costa e
Caldeirão do Corvo/ Parque Natural de Ilha de São Miguel - Área
protegida para a gestão de habitats e espécies do ilhéu de Vila
Franca do Campo (SMG06)
Data de início do projecto:
01-01-2009
Data de término do projecto:
31-12-2012
Orçamento total
€ 1.057.761
Contribuição da CE:
€ 507.118
(%) de custos elegíveis
47,94%
Dados do beneficiário
Nome do beneficiário
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves
Contacto
Dr. Luís Costa
Morada
Avenida da Liberdade 105-2º Esq, 1250-140 Lisboa, Portugal
Telefone
+351.213220430
Fax:
+351.213220439
E-mail
[email protected]
Project Website
www.spea.pt/life_corvo
1. ÍNDICE
2. LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
3. RESUMO
4. ANTECENDENTES E OBJECTIVO DO ESTUDO
5. O ILHÉU DE VILA FRANCA DO CAMPO (ILHA DE SÃO
MIGUEL)
5.1. Enquadramento histórico, sócio-económico, físico e climático
5.2. Tipos e usos do solo
5.3. Descrição do Meio Terrestre
5.3.1. Flora
5.3.2. Fauna
5.4. Descrição do Meio Marinho
5.4.1. Flora
5.4.2. Fauna
6. A ILHA DO CORVO
6.1. Enquadramento histórico, sócio-económico, físico e climático
6.2. Tipos e uso do solo
6.3. Descrição do Meio Terrestre
6.3.1. Flora
6.3.2. Fauna
6.4. Descrição do Meio Marinho
6.4.1. Flora
6.4.2. Fauna
7. CONCLUSÕES
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
9. ANEXOS
9.1 Decreto Legislativo Regional da criação do Parque Natural do
ilhéu de Vila Franca do Campo
9.1. Plantas da ilha do Corvo do Plano Director Municipal do Corvo
9.2.
Galerias
de
fotos
2. LISTA DE ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS
EEI – Espécies Exóticas Invasoras
IVFC – Ilhéu de Vila Franca do Campo
SMG06 - Parque Natural de Ilha de São Miguel - Área protegida para a gestão de
habitats e espécies do ilhéu de Vila Franca do Campo
ZPE – Zona de Protecção Especial
IBA - Área Importante para as Aves
SIC - Sítio de Importância Comunitária
DPH - Domínio Público Hídrico
DRA - Direcção Regional do Ambiente
DRP – Direcção Regional das Pescas
RNIVFC – Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo
UAc – Universidade dos Açores
3. RESUMO
Entre Julho e Dezembro de 2009 foi feita uma revisão bibliográfica exaustiva dos
estudos realizados ao nível da fauna e flora da ilha do Corvo e ilhéu de Vila Franca
do Campo. Este acção do projecto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas”
tem como objectivo rever e compilar toda a informação existente acerca da
biodiversidade do Corvo. A grande maioria das fontes de informação encontradas
têm origem em estudos desenvolvidos pela Universidade dos Açores (UAc). No
entanto, muitos deles foram elaborados a partir de expedições realizadas às Ilhas
das Flores e do Corvo, dedicando a esta última apenas um ou dois dias de
amostragem. Neste sentido entre os diferentes autores existem algumas
controvérsias, ora na presença ou ausência de algumas espécies ou na sua
nomenclatura ao nível da subespécie. Em relação ao Ilhéu de Vila Franca do
Campo foram encontrados apenas são 5 os trabalhos publicados. O grupo que
tem sido menos estudado são os invertebrados. Alguns autores afirmam que um
esforço no estudo destas espécies, sobretudo a nível entomológico, daria como
resultado a reclassificação de novas espécies ao estatuto de endemismo.
4. ANTECENDENTES E OBJECTIVOS DE ESTUDO
Os Açores localizam-se a 1500 km da Europa continental, a 1450 km de África e
a 3900 km da América do Norte. A sua temperatura média anual ao nível do mar
é de 17°C, diminuindo cerca de 0,6°C por cada cem metros de altitude, enquanto
que a precipitação aumenta em altitude e de leste para oeste, podendo atingir
3000 mm por ano. De um extremo ao outro do arquipélago verifica-se uma
variação das condições climáticas e observa-se uma variação espacial
significativa dentro de cada ilha. O clima açoriano pode ser classificado como
“mesotérmico húmido com características oceânicas” (Azevedo, 2001). A altitude
máxima, 2351 m, encontra-se na ilha do Pico, e existem várias ilhas com altitudes
máximas ligeiramente acima ou abaixo dos 1000 m.
O Arquipélago dos Açores, constituindo um conjunto de ilhas especialmente
isolado, jovem e alvo de devastadores acontecimentos pré-históricos (glaciações,
vulcões e sismos) possui, de facto, uma baixa diversidade biológica ao nível de
determinados grupos taxonómicos. Esta baixa diversidade indicia-nos fraquezas
ambientais, resultante num elevado laxismo ecológico que torna o arquipélago
especialmente vulnerável à entrada de espécies alienígenas. O fenómeno das
espécies invasoras, tal como é conhecido hoje em dia, iniciou-se com a
movimentação de pessoas e mercadorias à escala global a partir do século XV
com os descobrimentos. Em suma, trata-se de um processo natural que
decorreu no passado ao longo de milhões de anos e que actualmente é
reproduzido artificialmente pelo homem, com consequências negativas bem
visíveis. Após a revolução industrial, e muito especialmente nas últimas décadas,
este problema cresceu exponencialmente fruto da globalização dos mercados e
da expansão do estilo de vida ocidental. Actualmente, as espécies invasoras
representam um dos principais factores de ameaça à biodiversidade do planeta,
em particular no que se refere às espécies e aos habitats insulares mais sensíveis
e com menor capacidade de adaptação às mudanças verificadas. Tendo as ilhas
dos Açores uma história de colonização e utilização ambiental semelhante aos
restantes arquipélagos macaronésicos, possui um baixo nível de espécies
endémicas ao nível da flora, sendo este o motivo porque em cada três de quatro
espécies da flora não pertençam ao conjunto de organismos com distribuição
natural nos Açores (Silva & Smith 2004).
Nos Açores, as plantas endémicas encontram-se a uma taxa de uma, e mais
raramente duas ou três espécies por género (Borges et al., 2005a). Mais de 60%
da flora vascular dos Açores foi considerada como exótica (Silva & Smith, 2004).
Uma das diferença para os outros Arquipélagos da Macaronésia é que nos
Açores não existem espécies nativas de anfíbios e répteis, existindo apenas duas
espécies de morcegos, um dos quais endémico - Nyctalus azoreum (Silva et al.,
2008). Nas florestas nativas dos Açores, a proporção de espécies exóticas pode
atingir os 65% nas comunidades de artrópodes epígeos do solo, em alguns locais
muito perturbados (Cardoso et al. 2007), mas por exemplo, nas copas de árvores
endémicas (por exemplo, Juniperus brevifolia, Erica azorica, Laurus azorica),
domina a fauna de artrópodes nativa e endémica (Borges et al. in press). A
constante expansão de algumas plantas invasoras como a conteira Hedychium
gardnerianum, o incenso Pittosporum undulatum e o novelão ou hortênsia
Hydrangea macrophylla, está a colocar em risco vários fragmentos de vegetação
nativa, prevendo-se que várias comunidades de briófitos, líquenes, plantas
vasculares, moluscos e artrópodes nativos e endémicos dos Açores estejam em
perigo. Este fenómeno parece-nos mais sério nas ilhas de São Miguel, Santa
Maria e Flores e supõe uma ameaça constante para o resto das ilhas do
Arquipélago. Em Portugal, o Decreto-Lei nº 49/2005 que regula a introdução e
detenção de EEI e que inclui uma lista de espécies consideradas como invasoras
e com um risco ecológico conhecido, está presentemente em revisão. Nos
Açores, há um Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies da Flora
Invasora em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS). Existe também um decreto regional
que regula a introdução de espécies de animais, estando em elaboração um
documento legal que irá regular a importação e a detenção de EEI no Arquipélago
dos Açores.
Em termos de invertebrados marinhos a fauna submareal é diversa e abundante,
no entanto, a taxonomia deste grupo é relativamente pouco conhecida. Tendo
registadas mais de 1000 espécies diferentes para os Açores, os inventários
realizados são incompletos e estão isolados (Cardoso et al., 2008). Existe um
número elevado de endemismos para o Filo Mollusca e para a Classe Anfípodes
mas para a Classe Demospongiae e Hydrozoa o número de endemismos é muito
baixo (Santos et al., 1995). A razão principal deste baixo número de endemismos
parece ser a falta de conhecimento ou informação reduzida da maior parte dos
taxones, que não permite confirmar o seu estatuto (Lopes et al., 1993; Ávila, 2005
in Cardoso et al., 2008), uma vez que a taxonomia dos invertebrados marinhos
não tem sido objeto de estudo prioritário nesta região.
O projecto LIFE “Ilhas Santuário para as Aves Marinhas” visa criar um plano de
gestão que permita a recuperação e conservação das espécies e habitats
existentes na Ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca do Campo, através da
erradicação das espécies invasoras introduzidas. Um projecto desta natureza só
tem viabilidade se no processo não forem afectadas irremediavelmente espécies
endémicas ou indígenas. Sendo assim e para poder implementar este projecto
será preciso ter a garantia absoluta que a sobrevivência das espécies não alvo
esteja assegurada. Neste sentido é fundamental indagar sobre a biodiversidade
de espécies e a sua distribuição nos diferentes habitats existentes. O objectivo
principal desta revisão bibliográfica é proporcionar uma fonte de informação que
sirva como conhecimento dos trabalhos que serão realizados no âmbito deste
projecto. O nosso desejo será também o de abordar novos dados à informação já
existente, fruto do trabalho de campo diário e incrementar as áreas de dispersão
das espécies nativas, com o resultado de algumas das acções de controlo.
5. O ILHÉU DE VILA FRANCA DO CAMPO
5.1. Enquadramento histórico, sóciosócio- económico, físico e climático
Tendo sido descoberto em 1537, a história do ilhéu de Vila Franca do Campo
(IVFC) está intimamente ligado ao povoamento da ilha de São Miguel, mais
concretamente ao nascimento e desenvolvimento da Vila Franca do Campo,
assim baptizada, fosse por ter emergido numa zona rasa, fosse para a diferenciar
de outras “Vilas Francas” (Frutuoso, 1998).
Desde os primórdios do povoamento de toda a zona compreendida entre o ilhéu
e a Vila, desempenhou um papel fundamental na protecção e atracagem de
embarcações. Durante as crises sísmicas que ocorreram em 1522 e 1563, o ilhéu
serviu de abrigo a navios e à população. (Frutuoso, 1998).
A 26 de Julho de 1582 esta zona foi palco de batalha decisiva entre a armada
espanhola e os apoiantes de D. António, Prior do Crato. Com a derrota
portuguesa iniciou-se a era do domínio Filipino, período em que, segundo reza a
tradição, o canal (Boquete) que faz a ligação entre a bacia do ilhéu e o exterior
teria sido cavado a picão (Martins, 2004).
As primeiras diligências para a valorização e aproveitamento do ilhéu como porto
estratégico datam do reinado de D. João III. Porém, apesar dos vários estudos e
projectos realizados, essa valorização e aproveitamento nunca se concretizaram
(Ferreira, 1989).
Cedida a 13 de Julho de 1537 a D. João de Grâ pelo Capitão Donatário D.
Manuel de Câmara, o IVFC passou por numerosos proprietários e funções
diversas (Ferreira, 1989). Após a sua aquisição em 1846 por Simplício Gago da
Câmara, foi convertido numa zona de cultura de vinha e no seu ponto mais alto
foi construída uma vigia para apoio à caça da baleia. Em 1933, António Botelho
da Câmara Melo Cabral construiu um refúgio de veraneio (Ferreira, 1989). António
Manuel de Santos adquiriu o ilhéu a 30 de Abril de 1981, com o objectivo de
promover o seu aproveitamento turístico. Surgindo a necessidade de
salvaguardar o património natural e paisagístico do ilhéu face a um potencial uso
indiscriminado, foi publicado em 1983 o Decreto Regulamentar Regional n.º
3/83/A de 3 de Março, que o classificou como Reserva Natural Regional (Ferreira,
1989). Posteriormente, a 3 de Julho de 1989, o ilhéu foi adquirido pelo Governo
Regional dos Açores.
Hoje em dia o IVFC é utilizado como zona balnear sendo a ligação por barco
garantida entre 1 de Junho e a Festa da Senhora de Graça (no terceiro Domingo
de Setembro), sempre que as condições de navegabilidade o permitam.
O reconhecimento do valor intrínseco e dos problemas que decorreram da sua
utilização pelo público, resultou na classificação do ilhéu como Reserva Natural
em 1983. A Reserva Natural do Ilhéu de Vila Franca do Campo (RNIVFC) situa-se
na Costa Sul da ilha de São Miguel, cerca de meio quilómetro da Ponta de São
Pedro ou, mais exactamente, a 37º42’10’’ de longitude Oeste (Bulcao et al.,
2002a; DRA, 2005).
Com uma área aproximada de 87 ha, a RNIVFC é constituída por uma zona
terrestre com uma superfície de 6,2 ha (Martins, 2004) – o ilhéu propriamente dito
– e por uma zona marítima anexa, traduzindo o reconhecimento da existência de
valores naturais e paisagísticos de incontestável valor para a conservação da
natureza (Decreto Legislativo Regional nº 22/2004/A, de 3 de Julho).
Os limites marítimos da Reserva Natural Regional são uma linha imaginária a
distância constante de 350 m ou 0.19 milhas naúticas da linha de costa do IVFC.
A 8 de Julho, foi aprovado o Parque Natural de Ilha de São Miguel pelo Decreto
Legislativo Regional n.º 18/2008/A estando incluído a RNIVFC como área
protegida para a gestão de Habitats e espécies (SMG06).
O acesso ao IVFC é efectuado exclusivamente por mar. Possui uma área
aproximada de 6,2 hectares e é resultado de um pequeno vulcão que surgiu no
mar e cuja cratera se encontra inundada por comunicação com o exterior.
Desde o ponto de vista do relevo, o ilhéu visto da Ponta de S. Pedro em Vila
Franca do Campo, parece dividido em dois: o Ilhéu Grande e o Ilhéu Pequenino
com 62,43 m e 33,90 m de altura respectivamente.
Contudo, forma uma baía quase perfeita com cerca de 150 m de diâmetro, que
abriga uma lagoa natural de água salgada não diluída. Esta lagoa comunica com
o mar através do “Boquete”, um estreito canal com cerca de 11 m de largura e
0,60 m de profundidade na baixa mar, provavelmente aprofundado durante o
domínio Filipino. Adicionalmente, existem também sete fendas ou “golas”
dispostas radialmente e que permitem, na sua maioria, a livre circulação de água
salgada na bacia (Morton et al., 1998; Martins, 2004).
No interior do ilhéu, podem ainda ser observadas quatro formações que, por
ordem crescente de altura, são conhecidas como a Baixa das Cracas, quase
sempre coberta pelas ondas; Baixa Solta (1 m); Baixa da Cozinha (19,40 m) e o
imponente Farilhão (32,50 m) (Martins, 2004).
O IVFC posiciona-se na direcção da falha activa que percorre a ilha de São Miguel
no sentido NO-SE, encontrando-se sujeito a uma elevada actividade sísmica
(Cabral, 1987).
Na ilha de São Miguel podem ainda ser individualizadas seis unidades
vulcanoestratigráficas que, por ordem cronológica decrescente, são designadas
por: Complexo Vulcânico do Nordeste, Complexo Vulcânico da Povoação,
Complexo Vulcânico das Furnas, Complexo Vulcânico das Sete Cidades,
Complexo Vulcânico do Fogo e Complexo Vulcânico dos Picos (França et al.,
2003). O IVFC pertence ao Complexo Vulcânico do Fogo, provavelmente formado
na sequência de uma erupção submarina no início da era quaternária
(Holocénico).
O seu substrato rochoso é constituído maioritariamente por tufos palagoníticos
estratificados e muito coesos, resultando das acumulações sucessivas, e em
grande número, dos produtos expelidos durante a erupção (Ribeiro et al., 2003).
Apresenta ainda zonas com solos de características ândicas, o que favorece o
aparecimento da vegetação (Bulcão et al., 2003). O seu fundo é rochoso, com
acumulações de areia em algumas zonas, sendo mais visível a que forma um
crescente em frente da Gola do Inglês (Morton et al., 1998).
Enquanto que o exterior do ilhéu está fortemente sujeito à acção erosiva do mar e
do vento, em especial nas vertentes NO e O, o interior apresenta uma grande
variação nas dinâmicas erosivas actuantes. Ribeiro et al., (2003) identificaram no
interior do Ilhéu 16 zonas homogéneas relativamente às características
geolitológicas e grau de estabilidade, agrupando as mesmas em três grupos:
substrato litológico sem solo, solos incipientes e solos desenvolvidos. As zonas
com declive mais acentuado e sem solo sofrem um desgaste maior, sendo mais
instáveis. Nas zonas com menor declive e com solos desenvolvidos, a erosão é
menor, apresentando uma maior estabilidade devido à vegetação que ai se
conseguiu instalar (Almeida, 2007).
Em relação à climatologia, na orla costeira de Vila Franca do Campo a
temperatura média anual (1961-90) é de 17ºC. A média máxima de temperatura
do ar no Verão é de 22º C e a média mínima da temperatura do ar no Inverno é
de 9º C. São raros os longos períodos de sol e, mesmo no Verão, são poucos os
dias de céu completamente limpo. A precipitação ocorre durante todo o ano,
embora com muito menor expressão na época estival. A precipitação anual
acumulada na costa sul situa-se abaixo dos 1000 mm, variando entre 400 mm no
Inverno e 100 mm no Verão (Instituto de Meteorologia, 2005).
Segundo a classificação de Köpen, o clima do IVFC é do Tipo Clima chuvoso
(Csb) temperado com Verão seco, uma vez que a temperatura média do mês
mais frio é inferior a 18º C, mas superior a -3º C; o rácio entre o mês mais frio e o
mês mais seco é de aproximadamente 3 e a média do mês mais quente não
ultrapassa em média os 22º C.
5.2. Tipos e usos do solo
O fundo da baía interior do ilhéu é composto por rocha nua parcialmente coberta
de areia, sendo as zonas sul e sudeste as mais profundas. Para além da
comunicação que a baía estabelece com o mar através do canal estreito acima
referido, as golas são importantes para a comunidade da baía, na medida em que
providenciam trocas adicionais de água e areia entre a baía e o mar aberto. A
configuração do banco de areia em forma de crescente, sofre certamente
influência de factores sazonais, mas parece resultar da força relativa da água que
atravessa as fissuras e da direcção predominante dos ventos.
Em relação às diferentes tipologias e usos do solo, o plano de ordenamento do
IVFC ainda não está definido. Actualmente, encontra-se em vigor o Decreto
Legislativo Regional n.º 22/2004/A para a criação do Parque Natural do Ilhéu de
Vila Franca do Campo. O decreto referido e o antigo plano de gestão do ilhéu
podem ser consultados no anexo 9.1. deste documento.
5.3. Descrição do Meio Terrestre
O IVFC, apesar dos seus reduzidos 6,2 ha, é caracterizado por uma grande
diversidade de habitats. Devido à sua pequena dimensão, é necessário ter
sempre em conta a forte influência que o meio costeiro e marinho exercem sobre
estes habitats. Ao nível do macro-habitat, o meio terrestre do ilhéu é,
basicamente, composto por: falésias sem vegetação, praias de areia, falésias
com comunidades macaronésicas e charnecas de baixa altitude (Machado,
2007).
Não existem aquíferos nem águas superficiais internas no ilhéu. Actualmente,
mesmo a cisterna que foi construída no século passado para recolha de água
pluviais, para uso na agricultura, está desactivada (Martins, 2004).
5.3.1. Flora
A flora do IVFC, apesar de fortemente marcada pela presença humana, mantem
parte da sua vegetação nativa (Machado, 2007). É de salientar as espécies
próprias dos matos arborescentes macaronésicos como sejam a Faia-da-terra
Myrica faya, o Bracel Festuca petreae, o Junco agudo Juncus acutus e a Urze
Erica azorica. Refira-se ainda que esta última, a Urze, e a Pericallis malviflolia são
espécies protegidas pela Convenção de Berna e/ou pela Directiva Habitats da
União Europeia.
Na tabela abaixo apresenta-se a listagem das espécies identificadas no IVFC por
diversos autores, assinalando-se as plantas endémicas e as com evidente
carácter infestante.
Tabela 1 – listagem de espécies vegetais identificadas no IVFC
Categorias do estatuto: E – Endémico I – Insfestante N – Nativa
Espécie
Nome comum
comu m (Açores)
Estatuto
Fonte
Agave americana L.
Piteira
I
Martins, 1976
A. -
I
Drouet, 1865
-
-
Cabral, 1987
Agrostis alba
stolonifera L.)
L.
Aloe arborescens Mill
(=
Aptenia
cordifolia
Schwant.
L.
f. Apténia
I
Cabral, 1987
Arenaria marina Roth
-
N
Drouet, 1865
Arundo donax L.
Cana
I
Martins, 1976
Azorina vidalii
Vidália
E
Rodrigues, 2009
Briza minor L.
-
-
Drouet, 1865
Centaurium
scilloides massonii (Sw.) Palhinha
N
Sjögren, 1973
Crithmum maritimum L.
Perrexil-do-mar
-
Rodrigues, 2009
Cyperus rotundus L.
Junça-brava
I
Martins, 1976
I
Martins, 1976
E
Martins, 1976
Digitaria sanguinalis (L.) Scop. Pé-de-galinha
I
Martins, 1976
Dracaena draco L.
Dragoeiro
I
Cabral, 1987
Erica azorica Hochst.
Urze
E
Drouet, 1865; Sjögren, 1973;
Martins, 1976
Erigeron Karvinskianus Dc.
-
I
Cabral, 1987
Erythraea maritima L. (= Centaurium maritimum (L.)
Fritsch)
N
Drouet, 1865
Euphorbia azorica Seub.
E
Sjögren, 1973
Festuca petraea Guthn. Ex Bracel
Seub.
E
Drouet, 1865; Martins, 1976
Ficus carica L.
Figueira
I
Martins, 1976
Foeniculum vulgare Mill.
Funcho
I
Martins, 1976
Fumaria muralis Sonder ex Erva moleirinha
Koch
I
Martins, 1976
Gaudinia fragiles (L.) P. Beaux -
I
DRA, 2005
Hypericum humifusum L.
-
N
Cabral, 1987
Holcus rigidus Hochst
Caniço
E
Sjögren, 1973
Juncus acutus L.
-
N
Cabral, 1987
Cyrtomium falcatum (L. F.) C. Feto
Presl
Daucus
Franco
carota
azoricus Salsa-burra
-
Juncus effusus L.
Junco
N
Martins, 1976
Lampranthus glaucus (L.) N. E. Br.
-
Martins, 1976
Lantana camara L.
I
Cabral, 1987
Laurus azorica (Seub.) Franco Loureiro
I
Martins, 1976
Lolium sp.
-
-
Cabral, 1987
Lotus sp.
-
-
Cabral, 1987
Mercurialis annua L.
-
I
Cabral, 1987
Metrosideros tomentosa A. Metrosídero
Cunn
I
Martins, 1976
Myosotis maritima Hochst. Ex Não-me-esqueças
Seub.
E
Rodrigues, 2009
Myrica faya Aiton
Faia
N
Martins, 1976
Opuntia tuna L. Mill
Babosa
-
Cabral, 1987
Pericallis malviflora (L. ‘Hér.) B. Nord
E
Cabral, 1987
Phormium tenax Forst.
Espadana ou tábua
I
Martins, 1976
Plantago coronopus L.
-
N
Sjögren, 1973
Plantago lanceolata L.
-
I
Cabral, 1987
Pinus pinaster Aiton
Pinheiro-bravo
I
Martins, 1976
Pittosporum undulatum Vent
Incenso
I
Martins, 1976
Potentilla anglica Laich
-
N
Cabral, 1987
Pteridium aquilinum (L.) Kuhn
Feto
N
Martins, 1976
Rubus ulmifolius Schott
Silva
I
Martins, 1976
Solanum nigrum L.
-
-
Cabral, 1987
Solidago sempervirens
Cubres
-
Rodrigues, 2009
Sonchus asper asper (L.) Hill
-
I
Cabral, 1987
Spergularia azorica (Kindb.) Lebel
E
Sjögren, 1973
Tamarix africana Poir.
Grossas
I
Martins, 1976
Tamarix gallica L.
Salgueiro
I
Martins, 1976
Lantana / Cambará
(Dryand.) -
-
Rodrigues et al, 2009
Umbilicus sp
-
-
Cabral, 1987
Urtica sp.
-
I
Cabral, 1987
Vicia atropurpurea Desf.
-
I
Drouet, 1865
Vitis labrusca L.
Uva-de-cheiro
I
Cabral, 1987
Vitis vinifera L.
Uva-jaquê
I
Martins, 1976
Tolpis
Lowe
succulenta
5.3.2. Fauna
Pobre em mamíferos e répteis, o IVFC é uma zona importante de nidificação para
espécies de aves residentes e um importante ponto de passagem para espécies
de aves migratórias (Machado, 2007). Em semelhança ao que acontece em todo
o arquipélago açoreano, também o ilhéu desempenha um papel muito importante
no ciclo-de-vida das aves marinhas. Destacam-se o Cagarro Calonectris
diomedea borealis, o Garajau Sterna hirundo e o Garajau-rosado Sterna dougallii
que para além de apresentarem estatutos ameaçados de conservação (Cabral et
al., 2005), estão protegidas ao abrigo da Directiva Aves da União Europeia
(2009/147/CE). Sendo usadas as falésias do IVFC como local de nidificação pelas
duas primeiras (Rodrigues et al., 2009). Estes factores realçam a importância que
o IVFC tem para a conservação da avifauna (Rodrigues et al., 2009).
A etnofauna é, muito provavelmente, o grupo que menos se encontra estudado
no IVFC. Apenas um trabalho visou o estudo deste grupo, mais especificamente
sobre Lepidópteros (Viera, 1995). Esta lacuna no conhecimento deverá ser tida
em conta na realização de futuros trabalhos, pois para além de contribuirem para
reforçar a importância do património natural do ilhéu, são uma ferramenta
imprescindível para a gestão desse património (Ribeiro et al., 2002).
Nas tabelas seguintes está sumarizada a informação relativa às espécies
faunísticas já observadas no Ilhéu, com referência à respectiva fonte e assinalados
os endemismos para os Açores. No caso dos Répteis e Aves, os estatutos
aplicados correspondem aos estatutos de conservação definídos por Cabral et al.
(2005) para o Arquipélago dos Açores.
Lepidópteros
Tabela 2 – Listagem de léptidopteros identificados no IVFC
Categorias do Estatuto: NA – Não aplicável I – Introduzida E – Endémico dos Açores
Espécie
Nome comum (Açores)
Estatuto
Fonte
Argyresthia atlanticella Rebel
Traça-da-urze
E
Vieira, 1995
Caloptilia aurantiaca Wollaston
-
-
Vieira, 1995
Colias crocea Geoffroy
-
-
Vieira, 1995
Cosmopterix parietariae Hering
-
-
Vieira, 1995
Ctenoplusia limbirena Guenée
Traça
-
Vieira, 1995
Cyclophora azorensis Prout
Traça
E
Vieira, 1995
Cynthia cardui L.
-
-
Vieira, 1995
Hymenia recurvalis Fabricius
-
-
Vieira, 1995
Hypena lividalis Hübner
Traça
-
Vieira, 1995
Hypena obsitalis Hübner
Traça
-
Vieira, 1995
Lampides boeticus L.
Borboleta-azul
-
Vieira, 1995
Mythimna loreyi Duponchel
Traça
-
Vieira, 1995
Mythimna unipuncta Haworth
Lagarta-das-pastagens
-
Vieira, 1995
-
Vieira, 1995
Nomophylla
Schiffermüller
noctuella
Denis
& -
Peridroma saucia Hübner
Traça
-
Vieira, 1995
Pieris brassicae azorensis Rebel
Borboleta-branca, lagarta-da-cove
E
Vieira, 1995
Vanessa atalanta L.
Borboleta-da-sorte, feiticeira
-
Vieira, 1995
Udea ferrugalis Hübner
Traça
-
Vieira, 1995
Répteis
Tabela 3 – Listagem de réptéis identificados no IVFC
Categorias do Estatuto: NA – Não aplicável I – Introduzida
Espécie
Nome comum (Açores)
Estatuto
Fonte
Lacerta (=Teira) dugesii Milne-Edwards
Lagartixa
NA, I
Cabral, 1987
Aves
Tabela 4 – Listagem de aves identificados no IVFC
Categorias do Tipo: I – Introduzida N – Nidificante R – Residente M – Migrador
Categorias do Estatuto: DD – Informação insuficiente EN – Em perigo LC – Pouco preocupante NA –
Não Aplicável NE – Não avaliado VU – Vulnerável
Espécie
Nome comum (Açores)
Tipo
Estatuto
Fonte
Alle alle L
Mergulhão-anão
-
-
Cabral, 1987
Arenaria interpres L.
Rola do mar
-
DD
Cabral, 1987
Buteo buteo rotschildi Swann
Milhafre
R
LC
Martins, 1976
Calidris alba Pallas
Pilrito-sanderlingo
-
NE
Cabral, 1987
Calidris alpina L.
Pilrito-comum
-
NE
Cabral, 1987
Caladris canutus L.
Seixoeira
-
NE
Cabral, 1987
M, N
LC
Martins,
1976
/
Rodrigues et al.,
Calonectris diomedea borealis Cagarro
Cori
2009
Charadrius alexandrinus L.
Lavadeira
R
DD
Cabral, 1987
Columbia
Bannerman
atlantis Pombo-da-rocha
livia
Erithacus rubecula L.
Papinho ou Santatonhinho
moreleti Tentilhão
Fringilla
coelebs
Pucheran
Larus
Dwight
atlantis Gaivota-de-patas-amarelas
cachinnans
N
DD
Martins, 1976
R
LC
Martins, 1976
R, N
LC
Martins, 1976
R
LC
Martins, 1976
Larus ridibundus L
Guincho
-
NE
Martins, 1976
Limosa laponica L.
Fuselo
-
NE
Cabral, 1987
Limosa limosa L
Milherango
-
NE
Cabral, 1987
R
LC
Martins, 1976
Motacilla
Vaurié
cinerea
patriciae Alvéola-cinzenta
Numenius arquata L.
Maçarico-real
-
NE
Cabral, 1987
Numenius phaeopus L.
Maçarico-galego
-
NE
Cabral, 1987
Oceanodroma castro Harcourt
Angelito
M
VU, EN
Passer domesticus L
Pardal
R, I
NA
Puffinus assimilis Gould
Frulho
M
VU
-
LC
Martins, 1976
Regulus
Seebhom
regulus
azoricus Estrelinha
1
Cabral, 1987
Serinus canarius canarius L.
Canário-da-terra
R, N
LC
Martins, 1976
Sterna dougallii Montagu
Garajau-rosado
M
VU
Cabral, 1987
Sterna hirundo L.
Garajau
M, N
VU
Cabral,
1987
/
Rodrigues et al.,
2009
Sturnus vulgaris granti Artert
Sylvia
atricapilla
Williamson
Estorninho
N
LC
Martins, 1976
atlantis Touto ou Toutinegra
R
LC
Martins, 1976
R, N
LC
Martins, 1976
Turdus merula azorensis Artert
Melro-negro
Existem duas populações de Oceanodroma castro que visitam o ilhéu: uma
migrante invernante e uma outra migrante estival. Segundo Cabral et al. (2005) a
população invernante tem estatuto de Vulnerável, enquanto a população estival
tem estatuto de Em perigo (Cabral, 1987).
5.4. Descrição do Meio Marinho
Um dos factos mais surpreendentes da fauna e flora marinhas é o baixo número
de espécies endémicas. Os endemismos que ocorrem são a nível da vegetação
supra-litoral marinha.
5.4.1. Flora
A composição e distribuição das comunidades litorais evidenciam diferenças que
resultam da localização (mais ou menos exposta) e o tipo de substrato
(sedimentar ou rochoso), traduzindo-se numa das grandes riquezas desta área
protegida.
A nível submarino, as golas encontram-se entre os habitats mais típicos desta
área protegida e de maior interesse, sobretudo pela fauna ciáfila que abrigam.
Nos Açores, as paredes destes corredores são normalmente recobertas por
organismos como esponjas, briozários encrostrantes, madreporários (como por
exemplo, Caryophillia smithii) e minúsculos hidrários.
Sobre o quadrante noroeste da baía desenvolve-se um interessantíssimo
povoamento formado por algas calcárias de crescimento livre chamada
Phymatolithon sp. Maerl. Crescendo a partir dos núcleos centrais, estas algas
vão desenvolvendo prolongamentos em várias direcções. À medida que as suas
dimensões vão aumentando, as ondas passam a movimentar e a rolar as algas
mais frequentemente, levando a um arredondamento do contorno exterior
formado pelos vários prolongamentos. No auge do seu desenvolvimento, estes
nódulos adquirem uma forma esférica e atingem o tamanho de bolas de golfe. O
ilhéu de IVFC é o único local dos Açores onde se registou a ocorrência deste tipo
de povoamento.
Outras algas que podem também ser encontradas são:
Tabela 5 – Listagem de algas identificados no IVFC
Espécie
Nome comum (Açores)
Fonte
Fucus spiralis
Fava-do-mar
Santos et al., 1995
Carollina officinalis
Alga vermelha de fonte calcária
Santos et al., 1995; Frade et al.,
2004
Dictyota adnata
Faeófita
Frade et al., 2004
Asparagopsis taxiformis
Rodófitas
Frade et al., 2004
Bryopsis sp.
Clorófitas
Frade et al., 2004
Cladophora sp.
Frade et al., 2004
Codium elisabethae
Frade et al., 2004
Colpomenia sp.
Faeófita
Frade et al., 2004
Dictyota dichotoma
Frade et al., 2004
Halopteris filicina
Frade et al., 2004
Padina pavonica
Frade et al., 2004
Mesophyllum lichenoides
Rodófita
Frade et al., 2004
5.4.2. Fauna
Entre os inverterbrados que caracterizam a zona intertidal encontramos:
Tabela 6 – Listagem de invertebrados identificados no IVFC
Espécie
Nome comum (Açores)
Fonte
Ligia italica
Pequeno crustáceo isópode
Santos et al., 1995
Melarhaphe neritoides
Gastrópode
Santos et al., 1995
Patella candei
Lapa mansa
Santos et al., 1995
Paracentrotus lividus
Ouriço
Santos et al., 1995
Centrostephanus longispinus
Ouriço
Santos et al., 1995
Sphaerechinus granularis
Ouriço
Frade et al., 2004
Ophidiaster ophidianus
Estrela-do-mar
Santos et al., 1995; Frade et al.,
2004
Hermodice carunculata
Poliqueta
Frade et al., 2004
Polycirrus sp
Frade et al., 2004
Sabella spalanzanii
Frade et al., 2004
Calcinus tubularis
Decápode
Frade et al., 2004
Cystodites dellechiajei
Ascídea
Frade et al., 2004
Salienta-se os trabalhos de Morton & Britton (1995) sobre as comunidades
bênticas ao largo do ilhéu e os de Martins et al (2009) que constituem uma
exaustiva lista ilustrada de 232 espécies de moluscos que ocorrem na área sublitoral da zona de Vila Franca do Campo.
Os crustáceos que frequentemente encontrados sobre o fundo e irregularidades
do substracto são:
Espécie
Nome comum (Açores)
Fonte
Dardanus Callidus
Caranguejo ermita
Santos et al., 1995
Scyllarides Latus
Cavaco
Santos et al., 1995
Plesionika Narval
Pequeno camarão
avermelhados
de
tons Santos et al., 1995
Tabela 7 – Listagem de crustáceos identificados no IVFC
Os peixes endémicos estão ausentes nos Açores, no entanto cerca de 15% das
espécies de peixe costeiro são endémicas da Macaronésia. Em relação a este
grupo encontramos:
Tabela 8 – Listagem de peixes identificados no IVFC
Espécie
Nome comum (Açores)
Conger conger
Congro
Santos et al., 1995
Phycis phycis
Abrótea
Santos et al., 1995;
Frade et al., 2004
Apogon Imberbis
folião
Santos et al., 1995
Abudefduf luridus
Castanheta-azul
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Centrolabrus caeruleus
Bodião-verde
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Chromis limbata
Castanheta-castanha
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Coris julis
Peixe-rei
Leito rochoso
Santos et al., 1995
Diplodus sargus
Sargo
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Labrus bergylta
Bodião-vermelho
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Ophioblennius
atlanticus
atlanticus Rói-anzóis
Biotopo
Fonte
Sarpa salpa
Salema
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Serranus atricauda
Garoupa
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Scorpaena maderensis
Rascasso
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Sparissoma cretense
Veja
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Thalassoma pavo
Rainha
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Sphoeroides marmoratus
Sopapo
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Trypterygion delaisi delaisi
Caboz-de-três-dorsais
Leito rochoso
Frade et al., 2004
Muraena
Moreia-preta
Fendas
Frade et al., 2004
Boops boops
Boga
Coluna de água
Frade et al., 2004
Balistes carolinensis
Peixe-porco
Coluna de água
Frade et al., 2004
Sarpa salp
Salema
Coluna de água
Frade et al., 2004
Sphyraena viridensis
Bicuda
Coluna de água
Frade et al., 2004
Mullus surmuletus
Salmonete
Fundo sedimentar
Frade et al., 2004
Bothus poda
Solha
augusti
Frade et al., 2004
Em continuação apresentam-se as espécies de peixes ocorrentes no ilhéu de Vila
Franca do Campo e que estão incluídas no Livro Vermelho dos Vertebrados de
Portugal:
Tabela 9 – Listagem de peixes identificados no IVFC
Categorias do Estatuto: V – Vulnerável K –Insuficientemente conhecido CT– Comercialmente ameaçado
Espécie
Nome comum (Açores)
Estatuto
Fonte
Coryphoblennius galerita
Caboz-de-crista
K
Frade et al., 2004
K
Frade et al., 2004
Diplecogaster
pectoralis
bimaculata Peixe-ventosa-dos-ouriços
Epinephelus marginatus
Mero
V
Frade et al., 2004
Gaidropsarus guttatus
Viúva
I
Frade et al., 2004
Gobius paganellus
Bochecha
K
Frade et al., 2004
Lipophrys trigloides
Caboz
K
Frade et al., 2004
Mycteroperca fusca
Badejo
I
Frade et al., 2004
Mullus surmuletus
Salmonete
K
Frade et al., 2004
Pagellus bogaraveo
Carapau quando juvenil
CT
Frade et al., 2004
Pagrus pagrus
Pargo
CT
Frade et al., 2004
Parablennius incognitus
Caboz-das-cracas
K
Frade et al., 2004
Parablennius ruber
Caboz-lusitano
K
Frade et al., 2004
Phycis phycis
Abrótea
CT
Frade et al., 2004
Por último, Lapa-brava Patella aspera e a Craca Megabalanus azoricus são
espécies regionais propostas para o Anexo V da Convenção OSPAR (Oslo - Paris)
(Decreto n.º 59/97 de 31 Outubro).
6. A ILHA DO CORVO
6.1. Enquadramento histórico, socio económico físico e climático
As duas ilhas compreendidas pelo Grupo Ocidental foram as últimas a ser
descobertas. Flores e Corvo foram avistadas por volta do ano de 1452 por Diogo
de Teive e seu filho João de Teive.
No entanto, embora não tenha sido arqueologicamente comprovado, o cronista
Damião de Góis (1502-1574) refere uma estátua equestre em pedra,
representando uma figura humana a cavalo, com um braço apontando para
Oeste, alegadamente descoberta na ilha do Corvo, aquando do reconhecimento
da ilha no século XV.
"...uma estátua de pedra posta sobre uma laje, que era um homem em cima de um cavalo em osso, e o
homem vestido de uma capa de bedém, sem barrete, com uma mão na crina do cavalo, e o braço direito
estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo segundo, a que os latinos chamam índex, com que
apontava contra o poente.
Esta imagem, que toda saía maciça da mesma laje, mandou el-rei D.
criado debuxador, que se chamava
Manuel tirar pelo natural, por um seu
Duarte D'Armas; e depois que viu o debuxo, mandou um homem
engenhoso, natural da cidade do Porto, que andara muito em França e Itália, que fosse a esta ilha para,
com aparelhos que levou, tirar aquela antigualha; o qual quando dela tornou, disse a el-rei que a achara
desfeita de uma tormenta, que fizera o inverno passado. Mas a verdade foi que a quebraram por mau azo; e
trouxeram pedaços dela, a saber: a cabeça do homem e o braço direito com a mão, e uma perna, e
a cabeça do cavalo, e uma mão que estava dobrada, e levantada, e um pedaço de uma perna; o que tudo
esteve na guarda-roupa de el-rei alguns dias, mas o que depois se fez destas coisas, ou onde puseram, eu
não o pude saber." (Crónica do Príncipe D. João, Cap. IX, 1567).
"...soube dos moradores que na rocha, abaixo donde estivera a estátua, estavam entalhadas na mesma
pedra da rocha umas letras; e por o lugar ser perigoso para se poder ir onde o letreiro está, fez abaixar
alguns homens por cordas bem atadas, os quais imprimiram as letras, que ainda a antiguidade de todo não
tinha cegas, em cera que para isso levaram; contudo as que trouxeram impressas na cera eram já mui
gastas, e quase sem forma, assim que por serem tais, ou porventura por na companhia não haver pessoa
que tivesse conhecimento mais que de letras latinas, e este imperfeito, nem um dos que ali se achavam
presentes soube dar razão, nem do que as letras diziam, nem ainda puderam conhecer que letras fossem."
(Damião de Góis (1502-1574).
Como mostram os documentos históricos, os biótopos dominantes na ilha do
Corvo, ao tempo da sua colonização, correspondiam, essencialmente a matos e
florestas (PDM, 1991b). No entanto, o povoamento da ilha tem assim, como
primeiro impacto, a destruição do coberto arborescente e a introdução de
animais, provavelmente em pastoreio semi-selvagem.
A exploração das madeiras disponíveis na ilha tem várias vertentes (Medeiros,
1987):
1. A necessária abertura de campo para o desenvolvimento de culturas, que
permite, numa primeira fase, a sobrevivência da população e, numa
segunda fase, como se compreende da análise histórica dominante até
muito recentemente, a produção de cereais para pagamento do dízimo. A
exploração dos campos atingiu muitas vezes as capacidades máximas de
produção da ilha. A necessidade dos seus habitantes pela procura de
junça revela como o cultivo de trigo não chegava para pagar a pensão, o
dízimo e ainda ficar com sementes, e isto cerca de dois séculos volvidos à
ocupação desta ilha. Entende-se pois, que os melhores terrenos da ilha, a
que corresponderiam os melhores arvoredos, se tornaram campos de
cultivo rapidamente com a consequente extinção dos seus biótopos
originais;
2. Não é pois de estranhar a exportação de madeira de talhadia de espécies
nobres, pertencentes à flora natural dos Açores, durante esses dois
primeiros séculos de colonização. Encontrando-se associadas às melhores
terras e sendo estas exíguas, os indivíduos de bom porte esgotaram-se
rapidamente, (ex.: pau-branco e teixo). Por ser capaz de se desenvolver a
maiores altitudes, a madeira de cedro do mato foi explorável até mais
recentemente;
3. A desflorestação associada às necessidades de lenha. Se as duas
condições anteriores afectaram principalmente as terras baixas, esta
estende o seu efeito às terras mais altas. Não é, no entanto, a lenha o
único combustível. Associado como está o nome da ilha à densidade de
aves existente inicialmente, os povoadores desde cedo aproveitaram esse
recurso ornitológico como fonte de óleos utilizados também na iluminação.
No entanto, e por razões óbvias, apenas na doméstica;
4. Finalmente o pastoreio, presente mesmo antes da ocupação definitiva do
homem, constituiu a certidão de óbito das manchas de floresta natural da
ilha. Dominado até muito recentemente, por ovinos e caprinos, estes
atingiram aqui as maiores densidades do arquipélago por área. Os dados
disponíveis mostram que, por volta de 1871, seriam de 1250 e, em 1934
registaram-se 3447 ovinos. Enquanto os ovinos se centravam nas terras
superiores (baldio), os caprinos eram empurrados para as zonas mais
inóspitas do baldio e das arribas. Este grupo de animais tem particular
relevo, porque podendo penetrar na floresta ou mato mais denso e na
arriba mais escarpada, utilizava para alimentação não só herbáceas mas
também plântulas das espécies arbóreas. Extintos os indivíduos adultos,
por abate, e impossibilitados de rejuvenescer pelo pastoreio dos ovinos e
caprinos, o coberto florestal da ilha extinguiu-se quase na sua totalidade.
Como se percebe, a alteração da paisagem corvina e a extinção dos seus
biótopos originiais ter-se-á dado muito cedo na colonização da ilha o que explica
a pouca preocupação na manutenção das condições de equilíbrio entre o homem
e a terra e a sua exploração até às últimas consequências. A alteração destas
circunstâncias terá tido o seu início em 1832, a que Medeiros (1987), no seu
estudo desta ilha lhe chamou “Revolução de 1832”. Na sua opinião a ilha do
Corvo foi a terra portuguesa que mais benefícios colheu com a queda do ancien
régime. Por esta altura estaria já estruturada uma cobertura de solo muito
semelhante àquela do principio dos anos 90, já que a evolução futura, embora
trazendo alterações significativas, sociais e agrárias, pouco veio favorecer as
condições ecológicas da ilha. O aumento progressivo do gado bovino e das
actividades pecuárias aproveitando, em grande parte, as terras abertas pelo
pastoreio dos ovinos, apenas veio acelerar a degradação das condições
ecológicas, em particular a média e grande altitude. Na verdade, e relativamente à
área de baldio, a parte mais importante das que nunca foram executadas do
“Plano de Aproveitamento do Baldio”, tem a ver com o plano de florestação e
reequilíbrio ecológico. Assim, e em grande parte por razões históricas, o Corvo
tornou-se a ilha onde os recursos naturais foram mais intensamente explorados,
para além das suas próprias capacidades de resiliência e de homeostasia dos
seus biótopos, levando à sua quase total aniquilação, e onde os problemas de
monocultura da pastagem se fazem sentir com maior gravidade. No entanto,
assume-se que o ponto de ruptura ainda não foi atingido e, em alguns aspectos,
o restabelecimento do equílibrio ecológico e a recuperação sustentável de algum
do património natural da ilha parece ainda possível. Mas deverá ter-se em conta
que se está a iniciar a segunda “revolução agrária” nesta ilha, o que poderá trazer
graves consequências nas condições ecológicas, fazendo ultrapassar a linha de
ruptura.
Na actualidade, de acordo com o padrão geral de emprego, cada trabalhador tem
vários empregos. A maioria da população trabalha na agro-pecuária, usando
pequenos lotes de terreno para criar gado (bovino e suíno) e cultivar produtos
hortícolas para consumo pessoal. Parte da população está empregada nos
Serviços Públicos e no pequeno comércio. Na ilha existem cerca de 3 pescadores
a tempo inteiro e 3 a tempo parcial. Encontram-se também na ilha um grupo de
trabalhadores semi-permanentes de construção civil e um grupo de 15
professores permanentes e temporários. O desemprego na ilha não é
considerado uma questão para a população activa mais velha, mas poderá
constituir um problema para as gerações mais jovens. A escola da ilha assegura o
ensino público até ao final da escolaridade básica (9º ano). Os estudantes que
pretendam prosseguir os estudos são forçados a deslocarem-se para outras ilhas
ou para Portugal continental. Este sistema leva a que apenas uma fracção
relativamente reduzida de jovens adultos permaneça na ilha. A falta de emprego
especializado dificulta o regresso da população local que obtem formação
superior. A demografia da ilha do Corvo, durante os últimos 60 anos, verificou
uma diminuição no número de habitantes em resultado da emigração de cerca de
300 habitantes. Estima-se que a sua população actual contêm cerca de 425
habitantes (Meirinho et. al. 2004)
2
A ilha com 17,1km , situada entre 39º49’ e pouco mais de 39º43’ N de latitude e
entre cerca de 31º5’ e 31º8’ O de longitude, é a mais pequena, a mais jovem e a
menos povoada do Arquipélago dos Açores. Além disto, é a única que possui
apenas um povoado e um porto de desembarque de mercadorias. (Medeiros,
1987). A distância à ilha mais próxima, a ilha das Flores, é de aproximadamente
18 km.
Caracteriza-se por ser muito alta e ventosa. Na verdade, para uma área de
17km2, a sua altitude de 718m constitui um valor considerável, e só o seu perfil
particular de elevadas arribas periféricas, lhe permite ter uma superfície útil
aceitável. Mantém a forma de um único cone vulcânico em cujo cimo abateu uma
caldeira, que recebeu o nome de Caldeirão. No Corvo, a lagoa do Caldeirão
ocupa uma Caldeira de subsidência (Porteiro, 2000). Após a constituição do cone
principal, de extensão maior que a área actual do Corvo, começou a ser
esculpida pela abrasão marinha. Foi-se formando uma cercadura grandiosa de
arribas, excepto a Sul onde se constituiu uma pequena plataforma, fazendo com
que toda a ilha esteja cinturada por arribas imponentes, muito mais altas e
vigorosas a oeste e norte (700m), donde sopram os ventos principais que activam
assim a erosão do mar, do que a leste (150-200m). Uma vez que a abrasão
progrediu mais acentuadamente dos lados daqueles dois quadrantes, a caldeira
encontra-se hoje bem repuxada para eles e não no centro da ilha. Ao abatimento
da caldeira seguiram-se no seu interior, novas fases eruptivas, representadas por
cones secundários. Derrames lávicos que cobriram as arribas do sul da ilha
geraram, para além delas, uma plataforma onde parece haver um depósito
tirreniano (PDM,1991b).
O principal reservatório de água superficial da ilha é constituído pelas lagoas
situadas dentro do Caldeirão, à altitude de cerca de 410 m, que devem sustentar
através de infiltrações algumas nascentes situadas a um nível inferior na periferia
do vulcão. Várias ribeiras de regime torrencial, nas vertentes exteriores do vulcão,
produzem caudais diversos, mas em geral pouco importantes (Meirinho et al.,
2004).
Quanto aos materiais, o cone principal é um vulcão basáltico. Nos cortes que as
arribas proporcionam evidenciam-se, além de mantos lávicos, piroclastos de
diferentes dimensões. No conjunto estes materiais não são muito resistentes, o
que facultou a progressão da erosão marinha a ponto de destruir o flanco
ocidental.
O clima é predominantemente temperado marítimo com Verões amenos
(temperatura máxima 23 ºC) e elevada precipitação que no Corvo atinge valores
médios anuais de 1201 mm) (PRA, 2001), que resultam numa vegetação terrestre
abundante. O vento, o elemento climático-ecológico aqui dominante, constitui o
factor limitante em todas as comunidades da ilha e é, em boa parte, responsável
pelo actual relevo. A coincidência da sua altitude máxima com a sua localização –
é a ilha mais a Norte dos Açores – torna-a sujeita aos alísios e aos ventos do
Norte. Durante o Inverno, ventos muito fortes (acima de 55km/h) são frequentes,
atingindo facilmente os 100km/h (PDM, 1991b).
6.2 Tipos e usos do solo
A estrutura geomorfológica da ilha define as unidades principais na estruturação
bio-ecológica (Medeiros, 1987):
a) Plataforma S: baixa altitude, baixo declive e separada da restante ilha por
uma arriba fóssil. Se por um lado escapa aos rigores de altitude e aos ventos
de Norte, não escapa aos ventos de Oeste, Sudoeste e Sudeste. Como
consequência directa, as chuvas salgadas associam-se ao efeito eólico criando
condições de xero-alomorfismo. Estas são acentuadas pela parcial separação
desta plataforma da restante ilha, pelo que os recursos hídricos que lá chegam
são naturalmente escassos. Assim se compreende que uma zona com 1055
mm/ano de precipitação acumulada e sem aparente défice hídrico no solo,
apresente povoamentos espontâneos com elevada tendência xerohalomórfica.
b) Arribas: elemento paisagístico dominante. O seu conhecimento é deficiente
e a sua distribuição é contínua em toda a ilha mas assimétrica, variando entre
250 a 700m de altitude. Este biótopo merece especial atenção, para além de
nele se encontrar o maior conjunto do património natural da ilha, a acção
contínua da erosão coloca-o como o elemento mais sensível pelo que é
necessário uma constante monitorização.
c) Encostas: basicamente constituídas pelas encostas do cone central da ilha
onde se instalam três cones secundários. A altitude média varia entre os 250 e
500m e tem uma exposição a Sul e Este.
d) Caldeirão: inclui a grande caldeira e as suas margens exteriores acima dos
500m, encontrando-se sujeito a condições climatéricas, muito agrestes.
Geomorfologicamente distinguem-se as vertentes (externas e internas) da base
da caldeira consideradas como duas sub-unidades distintas. Nas vertentes
exteriores são factores determinantes para além do vento, o declive,
pluviosidade e os nevoeiros que criam condições hidromórficas particulares e
limitativas do tipo de povoamentos. Os solos são pobres e pouco espessos,
muitas vezes apenas com a camada orgânica, em condições de
encharcamento permanente e humidade relativa muito perto da saturação e
que por isso correspondem a comunidades endémicas características. As
vertentes interiores funcionam, por outro lado, como um gigantesco funil de
colecta de água, que é canalizada para o fundo caldeira. Aqui os efeitos de
erosão são preocupantes, pela existência de estruturas lagunares na base,
para as quais o assoreamento é um perigo real. A base da caldeira é ocupada
por duas lagoas a que se associa um importante sistema de áreas
encharcadas. Embora com condições climatéricas mais amenas, pelo efeito
caldeira, as condições extremas de encharcamento limitam os povoamentos
ao tipo hidromórfico. A caldeira, constitui a principal unidade paisagística do
Corvo, e é o principal e único sistema de colheita de água da ilha, mas
considera-se em equilíbrio precário, já em avançada fase de rompimento.
Em relação às legislações vigentes na ilha de Corvo, desde 1999 que os
pescadores resolveram declarar uma área como Reserva Voluntária, passando a
não haver pesca no chamado Caneiro dos Meros.
Existe uma Zona de Protecção Especial (ZPE) enquadrada na Directiva Aves
(Directiva 79/409/CEE) da Rede Natura 2000. A ZPE “Costa e Caldeirão” abrange
praticamente toda a costa da ilha e o Caldeirão do Corvo, apenas excluindo uma
pequena faixa costeira em redor da Vila do Corvo e aeroporto (Ilha do Corvo,
Açores, Portugal). Abrange uma área de 792 hectares e 18.862 metros de linha
de costa. Em relação ao estatutos existentes na ZPE “Costa e Caldeirão” e
respectivas entidades responsáveis:
1. Área Importante para as Aves (IBA) PT052 “Costa do Corvo”. 937
Hectares. Ano 2003, SPEA/ BirdLife;
2. Sítio de Importância Comunitária PTCOR0001 “Costa e Caldeirão”
(Decisão da Comissão de 28 de Dezembro de 2001). 964 Hectares. Ano
1998, DRA;
3. Zona de Reserva Integral de Apanha de Lapas (Decreto Regulamentar
Regional n.º 14/93/A, de 31 de Julho). Ano 1993, DRP;
4. Zona de Protecção Especial “Costa e Caldeirão” (Decreto Regulamentar
regional n.º 14/2004/A). Hectares 642. Ano 1991, DRA;
5. Proposta de Reserva Ecológica Nacional (Decreto-Lei n.º 93/90 de 19 de
Março). Ano 1990, DRA;
6. Domínio Público Hídrico (Decreto-Lei n.º 468/71 de 5 de Novembro). Ano
1971, DROTRH;
A ZPE é maioritariamente constituída
por pastagens naturais ou melhoradas
e apresenta as mais altas falésias
costeiras dos Açores. É visitada por
poucas centenas de pessoas durante
o Verão e encontra-se sujeita a
bastante uso humano, nomeadamente
pastoreio. A maior parte da área é
composta por terrenos agrícolas
públicos, denominados de “Baldio”,
sendo propriedade da autarquia local e
geridos pela Comissão do Baldio. As
encostas
escarpadas
são
praticamente inacessíveis e não são
cultiváveis, apresentando pastoreio
selvagem de caprinos.
Imagem1. Mapa da ZPE “Costa e Caldeirão”
da Ilha do Corvo
Para além da publicação da legislação referida anteriormente efectuaram-se
outras acções de gestão e conservação na ZPE, que se apresentam de seguida.
Em 1995, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats
de aves marinhas dos Açores” a DRA produziu e colocou placas de sinalização e
informação em madeira pintada a delimitar a ZPE. Em 1996 foram produzidos
autocolantes para colocar em placas de madeira por forma a sinalizar a
delimitação da ZPE. Em 1997 e 1998 foram renovadas algumas das placas e
autocolantes de sinalização. Em 2002, foi realizada pela Sociedade Portuguesa
para o Estudo das Aves (SPEA) a caracterização dos territórios mais apropriados
para a conservação das populações de aves selvagens do Anexo I da Directiva
Aves no Arquipélago dos Açores, da qual resultou a revisão da cartografia da
Rede de ZPE.
De acordo com o Anexo I da Directiva Habitats, os habitats naturais existentes na
ZPE em questão e na área envolvente e seus códigos são os seguintes :
a) Enseadas e baías pouco profundas - Código 1160;
b) Recifes - Código 1170;
c) Vegetação perene das praias de calhaus rolados - Código 1220;
d) Falésias com flora endémica das costas macaronésicas - Código 1250;
e) Águas estagnadas, oligotróficas a mesotróficas, com vegetação da
Littorelletea uniflorae e/ou da Isoëto-Nanojuncetea - Código 3130;
f) Charnecas macaronésicas endémicas - Código 4050. Habitat prioritário.
g) Formação de Euphorbiaceae - Código 5331;
h) Prados mesófilos macaronésicos - Código 6180;
i) Turfeiras altas activas - Código 7110. Habitat prioritário;
j) Turfeiras de cobertura (turfeiras activas) - Código 7130;
k) Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da
Sedo albi-Veronicion dillenii - Código 8230. Habitat prioritário;
l) Grutas marinhas submersas ou semi submersas - Código 8330;
m) Turfeiras arborizadas - Código 91D0. Habitat prioritário.
Os habitats humanizados existentes na ZPE são principalmente compostos por
zonas de pastagem e agricultura:
a) baldio (pastagem de gado)
b) relvas (pastagem de gado)
c) incultos (sem utilização definida).
Por último, no ano 2006 foi aprovada a classificação do Parque Natural Regional
do Corvo. O Parque Natural Regional do Corvo é uma área protegida classificada
pelo Decreto Legislativo Regional n.º 56/2006/A, de 22 de Dezembro, segundo o
regime jurídico decorrente do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro, adaptado à
Região Autónoma dos Açores pelo Decreto Legislativo Regional n.º 27/93/A, de
23 Dezembro. As suas disposições gerais são:
1. É criado o Parque Natural da Ilha do Corvo, adiante designado por Parque
Natural, o qual integra todas as categorias de áreas protegidas da Ilha do
Corvo.
2. O Parque Natural constituí a unidade de gestão das áreas protegidas da
Ilha do Corvo e integra-se e observa o regime definido para a Rede Regional
de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, adiante
abreviadamente designada, por Rede Regional de Áreas Protegidas dos
Açores.
3. O Parque Natural integra no seu âmbito, os objectivos e limites territoriais
definidos para o SIC Costa e Caldeirão e ZPE Costa e Caldeirão do Corvo
observando, cumulativamente, o regime estabelecido pelo Decreto Legislativo
Regional n.º 20/2006/A, de 6 de Junho, que aprova o Plano Sectorial Rede
Natura 2000, da Região Autónoma dos Açores, alterado pelo Decreto
Legislativo Regional n.º 7/2007/A, de 10 de Abril e o regime definido pelo
presente diploma.
As áreas terrestres e marítimas que integram o Parque Natural classificam-se nas
categorias de áreas protegidas seguintes:
a) Área protegida para a gestão de habitats ou espécies da Costa e Caldeirão
do Corvo
b) Área de protegida de gestão de recursos da Costa do Corvo.
Em relação aos limites, a área marinha é definida a Norte pelo paralelo 39º46,7'N,
a Sul pelo paralelo 39º37,0'N, a Oeste pelo meridiano 31º11,7'W e, por último a
Este pelo meridiano 31º1,0'W (Carta Militar de Portugal 1:25000. Edição 2000,
Série M889, Datum Local). A área terrestre inicia-se a Norte da Praia da Areia no
ponto onde a curva de nível dos 50 m intersecta o limite superior de falésia.
Segue por este, para Norte, até ao bordo do Caldeira, continuando para Oeste
até ao miradouro do Caldeirão. Daí desce pela Ribeira da Picada até à curva de
nível dos 500 m estendendo-se por esta cota para Norte até à ribeira junto ao
Serão Alto. Desce por esta até ao limite superior de falésia, seguindo-o para Sul
até à ribeira do Vintém, continuando para montante até intersectar a estrada,
seguindo-a na direcção Sudoeste até à ribeira da Ponte. Desce por esta até ao
limite de falésia por onde continua até intersectar a linha de costa, definida pelo
nível médio do mar, na Vila do Corvo. Inflectindo para Norte retorna ao ponto
inicial por esta linha. Incluem-se os ilhéus da Ponta do Marco.
6.3. Descrição do Meio Terrestre
6.3.1. Flora
Os dois principais recursos existentes utilizados para a caracterização da flora do
Corvo foram o Portal da Biodiversidade dos Açores e o trabalho de Pereira et al.
(2008). O primeiro trabalho foi desenvolvido no âmbito dos Projectos INTERREG
III B “Atlântico” (2003-2005) e “BIONATURA" (2007-2008) cujos parceiros nos
Açores foram respectivamente a Direcção Regional do Ambiente e do Mar e a
Agência Regional da Energia e Ambiente – ARENA (Paulo et al. 2006). A Base de
dados das espécies (ATLANTIS) é composta por dados espaciais de presençaausência (grellha de 500x500 m) para ca. 5000 espécies, com base num
levantamento exaustivo de literatura (que remonta ao século XIX), bem como em
registos inéditos de trabalho de campo intensivo nos Açores. Muitas espécies
são também acompanhadas por imagens de exemplares de colecção ou na
natureza.
Pereira et al. (2008) elaboraram um catálogo das plantas vasculares citadas para
a ilha do Corvo com base nas obras de síntese de Trelease (1897), Palhinha
(1966), Franco (1971, 1984), Franco & Afonso (1994, 1998, 2003), Hansen &
Sunding (1993), Silva et al. (2005), Schäfer (2003, 2005) e nos relatórios das
expedições efectuadas àquela ilha em 1987 e 2007 pelo Departamento de
Biologia da Universidade dos Açores. O catálogo refere-se a todas as plantas
vasculares cuja ocorrência na ilha do Corvo foi verificada pelo menos uma vez e
não referindo espécies cuja distribuição tenha sido indicada apenas de uma forma
geral. Nessa compilação Pereira et al. (2008) utilizaram a nomenclatura aceite pela
Flora Europaea (Tutin et al., 2001) com as alterações de nomenclatura entretanto
publicadas (IPNI, 2005). Para maior clareza no reconhecimento das unidades
taxonómicas, foram também indicados os seus sinónimos mais importantes. No
catálogo são ainda indicados alguns nomes vulgares, cujo uso na ilha, foi possível
confirmar. O presente catálogo assinala para a ilha do Corvo 353 taxa distribuídos
por 94 famílias, acrescentando 19 novos registos para esta ilha.
Na tabela abaixo apresenta-se a listagem das espécies identificadas no Corvo
por diversos autores, assinalando-se o seu nome científico, vulgar e estatuto.
Tabela 10 – Listagem de plantas da ilha do Corvo
Categorias do Estatuto: E – Endémico EAM – Endémico dos Açores e Madeira EAMC – Endémico dos
Açores, Madeira e Canarias N – Nativo dos Açores I – Introduzido nos Açores
H – Híbrido d – desconhece-se ou duvida-se da origem em relação aos Açores
Az Taxón citado para outras ilhas dos Açores + Taxón citado para a ilha do Corvo
Trel
eas
e,
198
7
Espécie
Acacia melanoxylon
Nome comum (Açores)
Acácia
Estatuto
E
Pal
hin
ha,
196
6
Az
Fra
nco
(19
84);
Fra
nco
&Af
ons
o
(20
03)
Az
Han
sen
&
Sun
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g
(19
93)
Silv
a et
al.,
200
5
Sch
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r
(20
05)
Az
+
+
Adiantum capillus-veneris Avenca-das-fontes
E
+
Adiantum hispidulum
I
+
Agrimonia eupatoria
Agrimónia, Erva-agrimónia
E
Agrostis azorica
Agrostis castellana
Agrostis congestiflora
congestiflora
Agrostis congestiflora
oreophila
Agrostis stolonifera
Agrostis, Feno-da-Madeira,
Saudades
I
E
Erva-fina
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
E
I
+
Az
Az
Az
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
+
N
Az
Az
Az
+
+
+
Alho-bravo, Porro-bravo
I
Az
Az
Az
+
+
+
Beldros, beldro-manso
I
+
+
+
+
+
+
Bredo, Bredo-vermelho,
Carurú-roxo, Beldro
Pé-de-pomba
I
Az
Az
Az
+
+
+
Aira caryophyllea
caryophyllea
Aira praecox
Aira-cariofílea
Allium ampeloprasum
Amaranthus blitum
Amaranthus hybridus
N
E
E
Ammi trifoliatum
E
+
+
+
Anagallis arvensis
I
Az
Az
Az
Anagallis minima
N
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Anograma-de-folha-estreita
N
+
+
Az
+
+
+
Anthemis cotula
Funcho-de-burro
I
+
+
Az
+
+
+
Anthoxanthum aristatum
Antoxanto-praganoso, Fenode-cheiro
Erva-de-nossa senhora, Erva
santa, Feno-de-cheiro
I
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
I
Antirrhinum majus
Aphanes microcarpa
Áfane-de-fruto-miúdo
I
+
Apium graveolens
Aipo
d
+
I
Aptenia cordifolia
Arrhenatherum elatius
bulbosum
Arum italicum
Grama-de-caroço
I
Serpentina, Serpentinola,
Saprintina, Jarro
I
+
+
+
Anogramma leptophylla
d
+
+
Ammi seubertianum
Anthoxanthum odoratum
+
+
I
Ailanthus altissima
Ammi huntii
I
Exp
edi
çõe
s
(19
87/
200
7)
Az
+
Az
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
Arundo donax
Cana
I
Asplenium adiantumnigrum
Asplenium azoricum
Avenca-negra, Fento-negro,
Feto-negro
N
Asplenium hemionitis
Feto-de-folha-de-hera, Fetode-três bicos
E
N
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Asplenium marinum
N
+
+
Az
+
+
+
Asplenium monanthes
N
Az
Az
Az
+
+
+
Asplenium
obovatum
lanceolatum
Asplenium onopteris
Avenca negra
N
+
+
Az
+
+
+
Az
+
+
+
+
Asplenium scolopendrium
N
Asplenium scolopendrium Língua-cervina
scolopendrium
Asplenium trichomanes
N
Asplenium
quadrivalens
trichomanesAvenca-brava, Avencão,
Politrico, Politrico-das-boticas
N
Avena barbata
Avena sterilis ludoviciana
Aveão, Aveião, Balanco-maior
I
Azorina vidalii
Vidalia
E
I
E
Barbarea verna
Margaridas
Bellis azorica
d
I
Beta vulgaris. Maritima
I
Blechnum spicant
N
Borragem
Borago officinalis
Brachypodium distachyonBraquipódio, Braquipódio-deSin. Trachynia distachya duas-espigas
Brachypodium sylvaticum Saragasso-manso,
Sarragasso-manso
Brassica oleracea
Couve
Bromus catharticus
Bole-bole, Bule-bule, Bulebule grado
Bole-bole, Bole-bole menor,
Bule-bule, Bule-bule miúdo
Bromo-de-Schrader
Bromus
diandrus
Bromus rigidus
Bromus madritensis
Sin.Espigão, Fura-capa, Saruga,
Seruga
Bromus
Briza maxima
Briza minor
Bromus
madritensisBromo-de-madride,
madritensis
Espadana, Espadena
Brunsvigia rosea
Lírios
Sin. Amaryllis belladonna
Calendula arvensis
Calendula, Erva-vaqueira,
Malmequer-dos-campos
Calendula officinalis
Bonina
Callitriche stagnalis
Calluna vulgaris
Lentilhas-da-água, Morrugemde-água
Rapa, Queiró, Queiroga, Leiva
Calystegia sepium sepium Bons-dias, Campainhasbrancas, Madrugadas
Canna indica
Conteira
Capsella bursa-pastoris
Capsella rubella
Bolsa-de-pastor, Erva-dobom-pastor
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
N
N
Atriplex prostrata
+
+
N
Fento-fêmea, Feto-manso,
Feto-de-espigo, Feto-fêmea
Armoles-bravos, Armolessilvestres
Balanco
Athyrium filix-femina
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
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+
+
Az
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Az
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+
Az
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+
+
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Az
Az
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Az
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Az
Az
Az
+
+
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Az
Az
Az
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+
+
Az
Az
Az
+
+
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Az
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+
Az
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+
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Az
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I
I
+
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Az
+
+
+
Cardamine caldeirarum
E
+
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+
Az
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Az
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N
+
+
+
+
+
+
Cardamine hirsuta
Agrião-de-canário
I
Carduus tenuiflorus
Cardo
I
N
Carex echinata
Carriço-despedaçado
Carex divulsa divulsa
Carex hochstetteriana
Carriço-de-otruba
Carex otrubae
+
I
+
+
+
Carex pairae
I
+
+
+
Carex pendula
N
Az
Az
+
Az
Az
+
Carex peregrina
E
Az
Az
Az
+
+
+
Carex viridula edercreutzii
E
Az
Az
Az
+
+
+
Carpobrotus edulis
Bálsamo, Chorões
I
+
Centaurium erythraea
Fel-da-terra
I
+
Centaurium
grandiflorum
+
I
erythraea
+
+
Az
+
+
+
Centaurium scilloides
E
+
+
+
+
+
+
Cerastium azoricum
E
+
+
+
+
+
+
Cerastium
fontanum
vulgare
Cerastium glomeratum
Cerástio enovelado, Orelhade-rato
Cerastium vagans
I
Az
Az
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
Erva-andorinha, Erva-dasverrugas
Chelidonium majus
+
I
I
I
Chenopodium album
I
Chenopodium
albumAnsarina-branca, Sincho
album
Chenopodium
ambrosioides
Chenopodium murale
Farinheira, Galinhas-gordas,
Pé-de-ganso, Pedegoso
Chenopodium opulifolium Couve-maltesa, Ervafedorenta
Chrysanthemum segetum Malmequer bravo, Pampilho
I
I
I
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
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+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
I
I
+
+
Cichorium intybus
Almeirão, Chicória brava
I
+
+
+
+
+
+
Clinopodium ascendens
Néveda, Erva-névea
N
+
+
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
Clinopodium
vulgareSegurelha
arundanum
Colocasia esculenta
Inhame, Colocásia
I
I
+
+
Consolida ajacis
I
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
Corriola, Garriola, Verdisela,
Erva-garriola
Aboadeira / Raposa
Convolvulus arvensis
Conyza bonariensis
Conyza canadensis
Conyza
(bonariensis
canadensis)
Coronopus didymus
I
H
x
+
+
I
Az
Az
+
+
+
+
Crassula tillaea
Crássula-do-tile
I
Az
Az
Az
+
+
+
Crepis capillaris
Almeirão-branco
I
Az
Az
Az
+
+
+
Crithmum maritimum
Perrexil-do-mar, Perrexil
N
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
Az
+
Az
+
+
Crocosmia x crocosmiiflora
Sin. Tritonia x crocosmiflora
Corynocarpus laevigata
Barrilinhos, quinocarpo
Cryptomeria japonica
Culcita macrocarpa
Criptoméria, Clica, Clipa,
Crica, Cricomé, Titomé
Feto-do-cabelinho
H
I
I
N
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
Cymbalaria muralis muralis
I
Az
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
Az
+
+
Cynodon dactylon
Gramão
I
Cynoglossum creticum
I
Cyperus eragrostis
Orelha-de-lebre, Língua-decão
Juncilho
I
+
+
Az
+
+
+
+
Cyperus esculentus
Juncilhão, Junça-mansa
I
+
+
Az
+
+
+
+
Cyperus longus
Junça-de-cheiro, Junçaordinária
Junça-brava
N
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
Cyperus rotundus
I
Cyrtomium falcatum
I
Cystopteris diaphana
N
+
I
+
Giesteira, Giesta
Cytisus scoparius
Datura stramonium
Daucus carota azoricus
Castanheiro-do-diabo, Ervados-bruxos, Estramónio
Salsa-burra
I
E
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
N
Deparia petersenii
Feno
Deschampsia foliosa
N
Digitaria ciliaris
I
Digitaria sanguinalis Sin.Minhã-pé-de-galinha
Digitaria ciliaris
Diphasiastrum madeirense
I
+
+
+
+
EAM
Az
Az
Diplazium caudatum
N
Az
Az
Doodia caudata
I
Dracaena drago
N
Drosanthemum
floribundum
Dryopteris aemula
I
N
+
Dryopteris azorica
E
Az
+
+
+
Az
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Duchesnea indica
Morango-bravo
I
Az
Az
Az
Az
Az
Az
Echinochloa crus-galli
Pé-de-galo, Milhã grada
I
Az
Az
Az
+
+
+
Elaeagnus umbellata
Groselha
I
Az
Az
Az
Az
Elatine hexandra
N
+
+
+
+
+
Eleocharis multicaulis
N
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
Eleocare-dos-charcos, Juncomarreco, Pasto
Eleocharis palustris
N
Eleocharis palustris vulgaris
I
Eleusine indica
I
Eleusine indica indica
I
I
Eleusine tristachya
Epilobium sp.
Erica azorica
Erigeron karvinskianus
Erva-bonita, Epilóbioserrilhado
Urze, Mato, Vassoura, Barbade-mato
Vitadínia dos floristas
I
E
I
+
Az
I
Dactylis glomerata
+
+
+
+
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
+
Az
+
Az
+
+
+
Nespereira, Nêspera,
Moniqueira, Mónicas,
Móquenas
I
Euphorbia azorica
Erva-leiteira
E
Az
Az
Euphorbia stygiana
Trovisco-macho
E
+
+
+
+
+
+
+
Euphrasia azorica
E
+
+
Az
+
+
+
+
Euphrasia grandiflora
E
+
+
Eriobotrya japonica
Festuca
jubata
Sin.Bracel, Braceu, Bracés-do-
N
Az
+
Az
+
+
+
+
mato, Bracel-do-mato
Bracel-da-rocha, Bracês,
Braceu, Bracejo
Figueira
Festuca francoi
Festuca petraea
Ficus carica
E
+
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
I
I
Filago lutescens atlantica
+
Foeniculum vulgare
Funcho
I
Fragaria vesca
Morangueiro
d
Frangula azorica
Sanguinho
E
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Frankenia laevis
I
+
+
+
+
+
+
Frankenia pulverulenta
N
+
+
+
+
+
+
Erva-moleirinha, Ervapombinha, Fumária
Cardo
Fumaria officinalis
Galactites tomentosa
Amor-de-hortelão, Ervapeganhosa, Pegamaço, Rapasaias
Galium aparine
I
Galium murale
I
Gaudinia coarctata
Erva-de-São Roberto, Erva
Roberta
Geranium purpureum
Gnaphalium luteo-album
Hédera, Hera, Hereira
Hedera azorica
Hedychium gardneranum Roca-da-velha, Roca-dovento, Rubim, Flor-debesouro, Choupa, Conteira
Helminthotheca echioides
Erva-mole, Erva-maior, Ervabranca
Holcus lanatus
+
I
I
Solda-de-Paris
+
I
Galium divaricatum
Galium parisiense
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
I
+
+
+
+
+
E
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
I
N
+
+
Az
+
+
+
+
E
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
I
I
I
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
+
Holcus rigidus
E
Hordeum
murinumCervada-dos-ratos
leporinum
Huperzia dentata
I
EAM
Az
Az
Huperzia suberecta
EAM
Az
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
Az
N
Hydrangea macrophylla
Hortênsia, Novelão
I
N
Hymenophyllum
tunbrigense
Hymenophyllum wilsonii
+
+
+
+
+
+
+
+
Hypericum foliosum
Furalha, Malfurada, Milfurada
E
+
+
Az
+
+
+
Hypericum humifusum
Erva-das-mil-folhinhas
N
+
+
Az
+
+
+
Hypericum undulatum
d
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
Hypochoeris radicata
Hipericão-bravo, Hipericãoondeado
Hipoquere-pelada, Leituga,
Leituga-pelada
Leiteirigas
Az
+
+
+
+
Ilex perado azorica
Azevinho
E
Az
Az
Az
+
+
+
+
E
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
N
Az
Az
Az
+
+
+
Hypochoeris glabra
Isoetes azorica
Isolepis
cernua
Scirpus cernuus
Isolepis
setacea
Scirpus setaceus
Juncus acutus
I
I
Sin.
N
Sin.
N
Junco-joeiro, Junco-agudo
Juncus articulatus
Junco articulado
d
Az
Az
Az
+
+
+
Juncus bufonius
Junco-dos-sapos
N
+
+
Az
+
+
+
Juncus bulbosus
Junco
N
+
+
+
+
+
+
Juncus capitatus
Junco-de-cabeça
N
+
+
Az
+
+
+
+
+
Juncus effusus
N
+
+
Az
+
+
+
Juncus tenuis
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Cedro, Cedro-das-ilhas,
Cedro-do-mato, Cedro-daterra, Zimbro
Juniperus brevifolia
E
Kickxia elatine
I
Kickxia spuria integrifolia
I
Kickxia spuria spuria
I
Kyllinga
brevifolia
Cyperus brevifolius
Lagurus ovatus
+
+
I
Sin.
Az
Az
+
I
N
Lavatera cretica
Louro-macho, Louro-da-terra,
Louro-bravo, Louro-manso,
Louro-de-cheiro, Loureiro,
Folhado
Malva, Malva-bastarda
Leontodon rigens
Alfacinha, Patalugo-menor
Laurus azorica
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
I
Az
Az
Az
+
+
+
E
Az
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
Az
Az
+
+
+
d
Ligustrum henryi
I
Limonium Sin. Eduardidiasii Limonium vulgare
Littorella uniflora
N
Escudinha
+
Az
Leontodon
taraxacoidesLíngua-de-ovelha
longirostris
Leucanthemum vulgare
Margarida
Lobularia maritima
+
+
I
Lampranthus multiradiatus
I
+
Az
+
+
+
+
+
+
I
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
Azevão
I
Az
Az
Az
+
+
+
Azevém
I
+
+
Az
+
+
+
Lolium rigidum
I
Lotus angustissimus
Azevém, Erva-febra, Erva-jóia,
Jela, Joela
Trevo amarelo
I
Az
Az
Az
+
Lotus corniculatus
Cornichão, Loto
I
Az
Az
Az
Lotus parviflorus
Trevo amarelo
I
Az
Az
Az
Lotus pedunculatus
Erva-coelheira
I
+
+
+
E
d
Marroio-de-água
Lysimachia azorica
Lysimichia nemorum
Lythrum hyssopifolia
Malva parviflora
I
E
Sin.
Salgueirinha
I
Malva-de-flor-pequena
I
Matricaria maritima
I
Matricaria
maritima
maritima
Matthiola incana incana
Goivo encarnado
I
+
+
Az
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
Alfafa, Luzerna
I
Melilotus indicus
I
Mentha spicata
Anafe-menor, Coroa-de-rei,
Trevo-de-cheiro, Trevo-denamorado
Hortelã-da-ribeira, Hortelãdos-rios
Poejos, Poejo, Hortelãpimenta-mansa
Hortelã
Mentha suaveolens
Mentrasto, Mantrage
Mentha pulegium
+
I
Medicago lupulina
Mentha aquatica
+
N
Lolium perenne
Lycopus europaeus
+
+
Lolium multiflorum
Lotus suaveolens Sin.
Lotus subbiflorus
Luzula purpureosplendens Saragasso, Sarragasso
+
N
N
I
I
+
Az
Az
Az
+
+
+
Mercurialis annua
Metrosideros excelsa
Barradoiro, Erva-mercúrio,
Urtiga-morta
Metrosidero
I
I
I
Mirabilis jalapa
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
I
Morella faya
Bocas-de-coelho, Focinho-decoelho
Faia, Faia-da-terra
Myosotis azorica
Não-me-esqueças
E
+
+
+
+
+
+
Myosotis maritima
Não-me-esqueças
E
+
+
Az
+
+
+
+
Myrica faya
Faia
N
+
+
Az
+
+
+
+
Myrsine retusa
Tamujo
E
+
+
Az
+
+
+
Nasturtium officinale
Agriões, Agrião-da-água,
Cressa
d
+
+
Az
+
+
+
Misopates orontium
Nothoscordum gracile
Oenothera biennis
Erva-dos-burros, Onarga
I
+
I
+
I
Oenothera longiflora
I
Origanum vulgare ssp.Ouregos, Ourégão, Oregãos
virens
Ornithopus perpusillus
Serradela-brava
I
Ornithopus sativus
Serradela-delgada, Serradelalanuda
Serradela, Erva-da-casta
+
I
Oenothera glazioviana
Ornithopus pinnatus
I
d
I
Opuntia sp.
I
Oryzopsis miliacea
I
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
Erva-azeda, Erva-azedinha
I
I
+
I
Papoila
I
Papaver
somniferum
I
Papaver
hortense
Parentucellia viscosa
Erva-peganhenta,
Parentucélia-peganhenta
I
Parietaria debilis
Parietaria judaica
Alfavaca-da-cova, Fava-dacova
I
Paspalum dilatatum Sin.
Paspalum vaginatum Sin.
Paspalum paspalodes
Paspalum distichum
I
Pennisetum villosum
I
Persea indica
I
Persicaria hydropiperoides
Sin.
Polygonum
hydropiperoides
Persicaria maculosa
I
Persicaria salicifolia Sin.
Polygonum salicifolia
Petroselinum crispum
Salsa
I
Phalaris brachystachys
I
Alpista-brava, Alpista-deespiga-curta, Erva-de-cabeça
I
I
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
Az
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
I
Vinhático, Vinhoto
+
I
I
+
+
Oxalis articulata
Oxalis corniculata
I
Az
Az
+
Papoila, Papoula-vermelha,
Papoula-ordinária
somniferumPapoila-branca, Dormideira,
Dormideira-brava, Dormideirados-jardins
Somniferum
+
Az
N
Papaver rhoeas
+
Az
Feto-real
Papaver dubium
Az
+
Osmunda regalis
Oxalis corymbosa
Az
Az
Az
Az
+
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
Az
+
Alpista
Phalaris canariensis
Phalaris minor
I
Az
Az
+
Az
I
+
Az
+
Az
Az
Az
Az
Az
+
+
+
Phytolacca americana
Linho-da-Nova Zelândia,
Espadana, Filhaça
Capuchos, Rebuçados,
Tomatinhos-de-capucho,
Tomateiro inglês
Tintureira, Baga-moira
Picconia azorica
Pau branco
Picris echioides
I
Piptatherum
miliaceumMilho-miúdo, Talha-dente
miliaceum Sin. Oryzopsis
Pittosporum tobira
Faia-da-Holanda, Faia-doNorte
Pittosporum undulatum
Incenso, Faia
I
I
I
Az
+
Az
+
+
+
+
Plantago coronopus
N
+
+
Az
+
+
+
+
Plantago
coronopusDiabelha, Guiabelha, Engordacoronopus
ratos
Plantago lanceolata
Língua-de-vaca
I
Phormium tenax
Physalis peruviana
Tanchagem
Plantago major
I
+
+
I
+
+
+
+
+
+
+
E
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
Az
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
E
+
Az
Az
Az
Az
+
Az
I
Plecostachys serpyllifolia
+
+
Poa annua
Erva-negra
I
Az
Az
Az
+
+
+
Poa trivialis
Panasco
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
Poa trivialis ssp. trivialis
I
Polycarpon tetraphyllum
I
Erva-das-galinhas, Sempre
noiva
Polygonum aviculare
Polygonum maritimum
I
Polipódio
E
Polypogon maritimus
Rabo-de-zorra-macio-menor
I
Polypogon viridis
Panasco
I
Az
Az
Polystichum setiferum
Feto, Feito
N
Az
Az
Az
+
+
+
Portulaca oleracea
I
+
+
Az
+
+
+
Portulaca
oleraceaBaldroega, Beldroega,
oleracea
Beldroega-de-comer
Potamogeton
polygonifolius
Potentilla anglica
I
Tomentilha
Potentilla reptans
Erva férrea
Prunella vulgaris
Brunéla, Consolda-menor,
Erva-férrea, Prunela
luteo-Perpétua-silvestre
N
I
Ranúnculo-de-flor-pequena
Raphanus
raphanistrum
ssp. microcarpus
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
I
N
Ranunculus parviflorus
+
+
N
Bafo-de-boi
+
Az
Feto, Feito, Feto-fêmea-dasboticas
Ranunculus cortusifolius
+
+
I
Pteris incompleta
+
Az
Araçá-amarelo, Araçá-roxo
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
Az
Az
+
EAMC
Az
Az
Az
+
+
+
I
Az
Az
Az
Az
+
+
I
+
+
+
I
+
+
Az
Pseudognaphalium
album
Psidium littorale
Pteridium aquilinum
+
I
N
+
+
N
Prunella vulgaris vulgaris
+
+
Polypodium azoricum
Potentilla erecta
+
I
Platanthera azorica
Conchelo-do-mato
+
I
I
Plantago major intermedia
Platanthera micrantha
Az
+
Raphanus
raphanistrumSaramago, Rábão-bravo,
raphanistrum
Rábão-silvestre
Rapistrum rugosum spp.
rugosum
Reseda luteola
Lírio-dos-tintureiros
Sumagre
Rhus coriaria
Ricinus communis
Funcho-bastardo
Ridolfia segetum
Rostraria
cristata
Sin.Erva-do-penacho, Rabo-deLophochloa cristata
cão
Rubia agostinhoi Sin. RubiaRuiva, Rapa-língua, Raspaperegrina agostinhoi Sin.língua
Rubia peregrina azorica
Rubus hochstetterorum
Silvado-manso, Silva-mansa
Silvado-bravo, Silva-brava
Rubus ulmifolius
Rumex acetosella
pyrenaicus
Rumex australis
I
I
I
+
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
I
Az
Az
Az
+
+
Az
I
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
+
I
I
Labaça-das-ilhas
Az
+
Az
+
+
+
+
+
+
E
Az
Az
+
+
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
N
E
+
I
Rumex bucephalophorus
+
+
Rumex conglomeratus
Labaça, Erva-labaça
I
+
+
Az
+
+
+
Rumex crispus
Labaça
I
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
obtusifoliusCoenha, Labaça, Erva-labaça,
Erva-britânica, Azeda-defolha-larga
Rumex pulcher pulcher
Coenha, Labaça-sinuada
Rumex
obtusifolius
Sagina-das-areias
+
Az
I
Rumex azoricus
+
Az
N
ssp.
+
I
I
+
+
+
+
Az
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
I
Az
Sagina maritima
N
Az
Sagina
procumbensErva-molhada, Erva-pérola
procumbres
Sambucus nigra
Sabugueiro, Sabugo, Rosade-bem fazer, Sabugueiro
preto
Scabiosa atropurpurea
Saudades
I
+
+
+
+
I
Az
Az
Scabiosa nitens
E
Az
Az
+
+
+
+
+
Selaginella kraussiana
N
+
+
+
+
+
+
+
I
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
Az
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Sagina apetala
Milhã-verde
Setaria pumila
Setaria
verticillata
Setaria adhaerens
Sherardia arvensis
Sin.Milhã-pegadiça, Namorados
I
I
I
Az
Sibthorpia europaea
Erva-longa
N
+
+
+
+
+
+
Sida rhombifolia
Erva-do-chá
I
Az
Az
Az
Az
+
+
+
+
Gorga, Cabacinha, Ervacabaceira
Silene uniflora uniflora Sin.Erva-cabaceira
Silene maritima Sin. Silene
vulgaris maritima
Sisymbrium officinale
Rinchão, Erissimo
Silene gallica
I
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
N
I
I
Solanum luteum
+
Solanum luteum alatum
Solanum nigrum
+
Erva-moura
Cubres
Sonchus asper
Sonchus asper asper
I
+
+
+
I
Solanum pseudocapsicum
Solidago sempervirens
+
Serralha, Serralha-áspera,
Serralha-espinhosa
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
I
+
+
+
+
+
+
I
+
+
Sonchus
glaucescens
Sonchus oleraceus
I
asper
Sonchus tenerrimus
Serralha
I
Serralha, Serralha-macia-defolha-alongada
I
+
+
+
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
E
Az
Az
Az
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
Spergularia marina
N
Az
Az
+
+
+
Sporobolus africanus Sin.Erva-rija
Sporobolus indicus
Stachys arvensis
Rabo-de-raposa
I
I
+
Stegnogramma pozoi
N
Az
Az
Spergularia azorica
Spergularia bocconei
Sapinho-das-ilhas
Stellaria media
Erva-canária
I
Stellaria media media
Erva-canária, Erva-moleira
I
Salgueiro, Grossas,
Tamargueira, Tamargueira-deespinhos
Az
+
+
+
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Az
I
Taraxacum officinale Sin.Dente-de-Leão
Taraxacum latisectum
Taraxacum perssonii
I
Teixo
Tetragonia tetragonioides Espinafre da Nova Zelândia
+
I
Tamarix canariensis
Taxus baccata
Az
I
Stenotaphrum secundatum
Tamarix africana
Az
+
Az
Az
d
N
+
+
+
+
Az
I
+
Az
Az
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
Tetrapanax papyriferus
Árvore-do-papel-de-arroz
I
Thymus caespititius
Erva-úrsula, Tomilho
N
+
+
Az
+
+
+
+
E
+
+
+
+
+
+
+
EAM
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
Az
+
+
Az
Az
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
+
Tolpis azorica
Tolpis succulenta
Torilis arvensis arvensis
Tradescantia fluminensis
Coentrilha, Salsinha, Toriledos-campos
Erva-santa
I
I
N
Trichomanes speciosum
+
Trifolium arvense
Trevo branco
I
Trifolium campestre
Trevão
I
+
+
Az
+
+
+
Trifolium dubium
Trevinho, Trevo-amarelo-menor
I
Az
Az
Az
+
+
+
Trifolium glomeratum
Trevo-aglomerado, Trevoglomerado
Trevo-da-ligúria
I
Az
Az
Az
+
+
+
Az
+
+
+
+
+
+
+
+
+
Trifolium ligusticum
Trifolium ornithopodioides Trevo
I
+
+
I
Az
Az
Az
Az
Trevo branco, Trevo-coroa-derei, Trevo-da-holanda
Trevo-áspero
I
I
Umbilicus horizontalis
Chagas, Chagueira, Mastruçodo-Perú, Nastúrcio
Conchelos, Coucelos
N
Umbilicus rupestris
Conchelos, Coucelos
I
Urospermum picroides
Leituga-amargosa, Leituga-deburro
Urtiga
I
Uva-da-serra, Uva-do-mato,
Uva-do-monte, Uveira,
Romania, Rosmaninho
Urgebão, Giribão
E
Trifolium repens
Trifolium scabrum
Tropaeolum majus
Urtica membranacea
Vaccinium cylindraceum
Verbena officinalis
Veronica agrestis
Veronica arvensis
Verónica-dos-campos,
Verónica-vulgar
Az
I
I
+
+
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
+
Az
+
Az
+
+
+
+
Az
Az
+
+
+
+
+
I
+
+
Az
+
+
+
I
+
+
+
+
+
+
Az
Az
Az
+
+
+
I
E
Veronica dabneyi
Chá-da-europa
Veronica officinalis
+
+
+
Veronica
serpyllifoliaVerónica-folhas-de-tomilho,
humifusa
Verónica-mimosa
Veronica serpyllifolia
+
+
+
Az
+
+
I
Veronica polita
+
I
Az
Az
+
I
+
+
Az
+
+
+
+
Viburnum treleasei
Folhado
E
+
+
+
+
+
+
+
Vicia benghalensis
Ervilhaca-purpúrea, Ervilhacavermelha
Cigerão, Unhas-de-gato
I
+
+
+
+
+
+
+
Az
+
+
Vicia hirsuta
Vitis sp.
I
+
+
I
Az
Az
+
Az
Vulpia bromoides
Vúlpia, Vúlpia-bromada
I
Az
Az
+
+
+
Woodwardia radicans
Feto-do-botão
N
Az
Az
+
+
+
+
Zantedeschia aethiopica
Jarros, Serpentina-brava
I
Az
Az
Az
+
+
+
Em continuação e para cada uma das espécies da tabela de cima apresenta-se a
sua classificação taxonómica.
DIVISÃO: SPERMATOPHYTA
SUBDIVISÃO: MAGNOLIOPHYTINA
CLASSE: MAGNOLIOPSIDA
Ordem: Fabales
Família:Fabaceae
Género: Acacia
Espécie: Acacia melanoxylon
Género: Cytisus
Espécie: Cytisus scoparius
Género: Lotus
Espécie: Lotus angustissimus,
angustissimus Lotus corniculatus,
corniculatus Lotus
Lotus
parviflorus,
parviflorus Lotus pedunculatus,
pedunculatus Lotus subbiflorus
Género: Medicago
Espécie: Medicago lupulina
Género: Melilotus
Espécie: Melilotus indicus
Género: Ornithopus
Espécie: Ornithopus
perpusillus,
Ornithopus
pinnatus,
perpusillus
pinnatus
Ornithopus sativus
Género: Trifolium
Espécie: Trifolium arvense,
arvense Trifolium campestre,
campestre Trifolium
dubium,
dubium Trifolium glomeratum,
glomeratum Trifolium ligusticum,
ligusticum Trifolium
ornithopodioides,
ornithopodioides Trifolium repens,
repens Trifolium scabrum
Género: Vicia
Espécie: Vicia benghalensis,
benghalensis Vicia hirsuta
Ordem: Rosales
Família:Rosaceae
Género: Agrimonia
Espécie: Agrimonia eupatoria
Género: Aphanes
Espécie: Aphanes microcarpa
Género: Duchesnea
+
+
Espécie: Duchesnea indica
Género: Eriobotrya
Espécie: Eriobotrya japonica
Género: Fragaria
Espécie: Fragaria vesca
Género: Potentilla
Espécie: Potentilla anglica,
anglica Potentilla erecta,
erecta Potentilla reptans
Género: Rubus
Espécie: Rubus hochstetterorum,
hochstetterorum Rubus ulmifolius
Ordem: Caryophyllales
Família:: Amaranthaceae
Género:: Amaranthus
Espécie: Amaranthus blitum,
blitum Amaranthus hybridus
Família: Aizoaceae
Género: Aptenia
Espécie: Aptenia cordifolia
Género: Lampranthus
Espécie: Lampranthus multiradiatus
Género: Drosanthemum
Espécie: Drosanthemum floribundum
Género: Tetragonia
Espécie: Tetragonia tetragonioides
Família: Chenopodiaceae
Género: Atriplex
Espécie: A triplex prostrata
Género: Beta
Espécie: Beta vulgaris ssp. Maritima
Género: Carpobrotus
Espécie: Carpobrotus edulis
Género: Chenopodium
Espécie: Chenopodium album,
album Chenopodium album ssp.
album,
album Chenopodium ambrosioides,
ambrosioides Chenopodium murale,
murale
Chenopodium opulifolium
opulifolium
Família: Caryophyllaceae
Género: Cerastium
Espécie: Cerastium azoricum,
azoricum Cerastium fontanum ssp. vulgare,
vulgare
Cerastium vagans
Género: Polycarpon
Espécie: Polycarpon tetraphyllum
Género: Sagina
Espécie: Sagina apetala,
apetala Sagina maritima,
maritima Sagina procumbens
Género: Silene
Espécie: Silene gallica
Género: Spergularia
Espécie: Spergularia azorica,
azorica Spergularia bocconei,
bocconei Spergularia
marina
Género: Stellaria
Espécie: Stellaria media,
media Stellaria media ssp. media
Família: Nyctaginaceae
Género: Mirabilis
Espécie: Mirabilis
Mira bilis jalapa
Família: Cactaceae
Género: Opuntia
Espécie: Opuntia sp.
Família: Phytolaccaceae
Género: Phytolacca
Espécie: Phytolacca americana
Família: Portulacaceae
Género: Portulaca
Espécie: Portulaca oleracea,
oleracea Portulaca oleracea ssp. oleracea
Ordem: Araliales
Família: Apiaceae
Género: Ammi
Espécie: Ammi huntii,
huntii Ammi seubertianum,
seubertianum Ammi trifoliatum
Género: Apium
Espécie: Apium graveolens
Género: Crithmum
Espécie: Crithmum maritimum
Género: Daucus
Espécie: Daucus carota ssp. Azoricus
Género: Foeniculum
Espécie: Foeniculum vulgare
Género: Petroselinum
Espécie: Petroselinum crispum
Género: Ridolfia
Espécie: Ridolfia segetum
Género: Torilis
Espécie: Torilis arvensis ssp. arvensis
Família: Araliaceae
Género: Hedera
Espécie: Hedera azorica
Ordem: Primulales
Família:Primulaceae
Género: Anagallis
Espécie: Anagallis arvensis,
arvensis Anagallis minima
Género: Lysimachia
Espécie: Lysimachia azorica
Família: Myrsinaceae
Género: Myrsine
Espécie: Myrsine retusa
Ordem: Scrophulariales
Família:: Scrophulariaceae
Género: Antirrhinum
Espécie: Antirrhinum majus
Género:Cymbalaria
Espécie: Cymbalaria muralis
Género:Euphrasia
Espécie: Euphrasia azorica,
azorica , Euphrasia grandiflora
Género: Kickxia
Espécie: Kickxia elatine,
elatine Kickxia spuria ssp. Integrifolia,
Integrifolia Kickxia
spuria ssp spuria
Género: Misopates
Espécie: Misopates orontium
Género: Parentucellia
Espécie: Parentucellia viscosa
Género: Sibthorpia
Espécie: Sibthorpia europaea
Género: Veronica
Espécie: Veronica agrestis,
agrestis Veronica arvensis,
arvensis Veronica dabneyi,
dabneyi
Veronica officinalis,
officinalis Veronica serpyllifolia
serpyllifolia humifusa,
humifusa Veronica
serpyllifolia,
serpyllifolia Veronica polita
Família: Plantaginaceae
Género: Littorella
Espécie: Littorella uniflora
Género: Plantago
Espécie: Plantago coronopus,
coronopus Plantago coronopus coronopus,
coronopus
Plantago lanceolata,
lanceolata Plantago major,
major Plantago major ssp
ss p
intermedia
Ordem: Campanulales
Família: Campanulaceae
Género: Azorina
Espécie: Azorina vidalii
Ordem: Capparales
Família: Brassicaceae
Género: Barbarea
Espécie: Barbarea verna
Género: Brassica
Espécie: Brassica oleracea
Género: Capsella
Espécie: Capsella
Capsella bursabursa - pastoris,
pastoris Capsella rubella
Género:Cardamine
Espécie: Cardamine caldeirarum,
caldeirarum Cardamine hirsuta
Género:Coronopus
Espécie: Coronopus didymus
Género: Lobularia
Espécie: Lobularia maritima
Género: Matthiola
Espécie: Matthiola incana spp. Incana
Género: Nasturtium
Espécie: Nasturtium officinale
Género: Raphanus
Espécie: Raphanus raphanistrum ssp. Microcarpus,
Microcarpus Raphanus
raphanistrum ssp. Raphanistrum
Género: Rapistrum
Espécie: Rapistrum rugosum
Género: Sisymbrium
Espécie: Sisymbrium officinale
Família: Resedaceae
Género: Reseda
Espécie: Reseda luteola
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Bellis
Espécie: Bellis azorica
Género: Calendula
Espécie: Calendula officinalis
Género: Carduus
Espécie: Carduus tenuiflorus
Género: Chrysanthemum
Espécie: Chrysanthemum
Chrysanthemum segetum
Género: Conyza
Espécie: Conyza bonariensis,
bonariensis Conyza canadensis
Género: Crepis
Espécie: Crepis capillaris
Género: Erigeron
Espécie: Erigeron karvinskianus
Género: Filago
Espécie: Filago lutescens ssp. Atlantica
Género: Galactites
Espécie: Galactites
Galac tites tomentosa
Género: Helminthotheca
Espécie: Helminthotheca echioides
Género: Hypochoeris
Espécie: Hypochoeris glabra,
glabra Hypochoeris radicata
Género: Leontodon
Espécie: Leontodon rigens,
rigens Leontodon taraxacoides spp.
Longirostris
Género: Leucanthemum
Espécie: Leucanthemum vulgare
Género: Matricaria
Espécie: Matricaria maritima,
maritima Matricaria maritima spp. Maritima
Género: Plecostachys
Espécie: Plecostachys serpyllifolia
Género: Pseudognaphalium
Espécie: Pseudognaphalium luteoluteo- album
Género: Solidago
Espécie: Solidago
Solidago sempervirens
Género: Sonchus
Espécie: Sonchus asper,
asper Sonchus asper ssp. asper,
asper Sonchus
asper ssp. glaucescens,
glaucescens Sonchus oleraceus,
oleraceus Sonchus
tenerrimus
Género: Taraxacum
Espécie: Taraxacum officinale,
officinale Taraxacum perssonii
Género: Tolpis
Espécie: Tolpis azorica,
azorica Tolpis succulenta
Género: Urospermum
Espécie: Urospermum picroides
Ordem: Lamiales
Família: Callitrichaceae
Género: Callitriche
Espécie: Callitriche stagnalis
Família: Lamiaceae
Género: Clinopodium
Espécie: Clinopodium ascendens,
ascendens Clinopodium vulgare
vulga re ssp.
Arundanum
Género: Lycopus
Espécie: Lycopus europaeus
Género: Mentha
Espécie: Mentha aquatica,
aquatica Mentha pulegium,
pulegium Mentha spicata,
spicata
Mentha suaveolens
Género: Origanum
Espécie: Origanum vulgare ssp. Virens
Género: Prunella
Espécie: Prunella vulgaris,
vulgaris Prunella
Prunella vulgaris ssp. vulgaris
Género: Stachys
Espécie: Stachys arvensis
Género: Thymus
Espécie: Thymus caespititius
Família: Verbenaceae
Género: Verbena
Espécie: Verbena officinalis
Ordem: Ericales
Família: Ericaceae
Género: Calluna
Espécie: Calluna vulgaris
vulgaris
Género: Erica
Espécie: Erica azorica
Género: Vaccinium
Espécie: Vaccinium cylindraceum
Ordem: Solanales
Família: Convolvulaceae
Género: Calystegia
Espécie: Calystegia sepium ssp. sepium
Género: Convolvulus
Espécie: Convolvulus arvensis
Família: Solanaceae
Género: Datura
Espécie: Datura stramonium
Género: Physalis
Espécie: Physalis peruviana
Género: Solanum
Espécie: Solanum luteum,
luteum Solanum luteum ssp. alatum,
alatum
Solanum nigrum,
nigrum Solanum pseudocapsicum
Ordem: Gentianales
Família: Gentianaceae
Género: Centaurium
Espécie: Centaurium erythraea,
erythraea Centaurium erythraea ssp.
Grandiflorum,
Grandiflorum Centaurium scilloides
Família: Rubiaceae
Género: Galium
Espécie: Galium aparine,
aparine Galium murale,
murale Galium parisiense,
parisiense
Galium divaricatum
Género: Rubia
Espécie: Rubia agostinhoi
Género: Sherardia
Espécie: Sherardia arvensis
Ordem: Papaverales
Família: Papaveraceae
Género: Chelidonium
Espécie: Chelidonium majus
Género: Fumaria
Espécie: Fumaria officinalis
Género: Papaver
Espécie: Papaver dubium,
Papaver rhoeas,
Papaver
dubium
rhoeas
somniferum ssp. Somniferum
Somniferum,
ferum Papaver Somniferum spp.
hortense
Ordem: Ranunculales
Família: Ranunculaceae
Género: Consolida
Espécie: Consolida ajacis
Género: Ranunculus
Espécie: Ranunculus cortusifolius,
cortusifolius Ranunculus parviflorus
Ordem: Saxifragales
Família: Crassulaceae
Género: Crassula
Espécie: Crassula tillaea
Género: Umbilicus
Espécie: Umbilicus horizontalis,
horizontalis Umbilicus rupestris
Ordem: Boraginales
Família: Boraginaceae
Género: Cynoglossum
Espécie: Cynoglossum creticum
Género: Myosotis
Espécie: Myosotis azorica,
azorica Myosotis maritima
Ordem: Rhamnales
Família: Elaeagnaceae
Género: Elaeagnus
Espécie: Elaeagnus umbellata
Família: Rhamnaceae
Género: Frangula
Espécie: Frangula azorica
Ordem: Theales
Família: Elatinaceae
Género: Elatine
Espécie: Elatine hexandra
Família: Hypericaceae
Género: Hypericum
Espécie:
Hypericum
foliosum,
Hypericum
humifusum,
foliosum
humifusum
Hypericum undulatum
Ordem: Euphorbiales
Família: Euphorbiaceae
Género: Euphorbia
Espécie: Euphorbia azorica,
azorica Euphorbia stygiana
Género: Mercurialis
Espécie: Mercurialis annua
Género: Ricinus
Espécie: Ricinus communis
Ordem: Urticales
Família: Moraceae
Género: Ficus
Espécie: Ficus carica
Género: Urtica
Espécie: Urtica membranacea
Família: Urticaceae
Género: Parietaria
Espécie: Parietaria debilis,
debilis Parietaria judaica
Ordem: Violales
Família: Frankeniaceae
Género: Frankenia
Espécie: Frankenia laevis,
laevis Frankenia pulverulenta
Família: Tamaricaceae
Género: Tamarix
Espécie: Tamarix africana,
africana Tamarix canariensis
Ordem: Geraniales
Família: Geraniaceae
Género: Geranium
Espécie: Geranium purpureum
Família: Oxalidaceae
Género: Oxalis
Espécie: Oxalis articulata,
articulata Oxalis corniculata,
corniculata Oxalis corymbosa
Ordem: Cornales
Família: Hydrangeaceae
Género: Hydrangea
Espécie: Hydrangea macrophylla
Família: Aquifoliaceae
Género: Ilex
Espécie: Ilex perado ssp. Azorica
Ordem: Laurales
Família: Lauraceae
Género: Laurus
Espécie: Laurus azorica
Género: Persea
Espécie: Persea indica
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Género: Lavatera
Espécie: Lavatera cretica
Género: Malva
Espécie: Malva parviflora
Género: Sida
Espécie: Sida rhombifolia
rhombifolia
Ordem: Oleales
Família: Oleaceae
Género: Ligustrum
Espécie: Ligustrum henryi
Género: Picconia
Espécie: Picconia azorica
Ordem: Plumbaginales
Família: Plumbaginaceae
Género: Limonium
Espécie: Limonium vulgare
Ordem: Myrtales
Família: Lythraceae
Género: Lythrum
Espécie: Lythrum hyssopifolia
Família: Onagraceae
Género: Oenothera
Espécie: Oenothera biennis,
biennis Oenothera longiflora,
longiflora Oenothera
glazioviana
Género: Epilobium
Espécie: Epilobium sp.
Família: Myrtaceae
Género: Psidium
Espécie: Psidium littorale
Género: Metrosideros
Espécie: Metrosideros excelsa
Ordem: Myricales
Família: Myricaceae
Género: Morella
Espécie: Morella faya
Género : Myrica
Espécie: Myrica faya
Ordem: Polygonales
Família: Polygonaceae
Género: Persicaria
Espécie: Persicaria hydropiperoides,
hydropiperoides P ersicaria maculosa,
maculosa
Persicaria salicifolia
Género: Polygonum
Espécie: Polygonum aviculare,
aviculare Polygonum maritimu
Género: Rumex
Espécie: Rumex acetosella ssp. pyrenaicus,
pyrenaicus Rumex australis,
australis
Rumex
azoricus,
Rumex
bucephalophorus,
Rumex
bucephalophorus
conglomeratus,
conglomeratus Rumex crispus
crispus, Rumex obtusifolius
obtusifolius,
obtusifolius Rumex pulcher spp. pulcher
Ordem: Pittosporales
Família: Pittosporaceae
Género: Pittosporum
Espécie: Pittosporum tobira,
tobira Pittosporum undulatum
Ordem: Rutales
Família: Anacardiaceae
Género: Rhus
Espécie: Rhus coriaria
coriaria
Família: Simaroubaceae
Género: Ailanthus
Espécie: Ailanthus altissima
Ordem: Dipsacales
Família: Caprifoliaceae
Género: Sambucus
Espécie: Sambucus nigra
Género: Viburnum
Espécie: Viburnum treleasei
Família: Dipsacaceae
Género: Scabiosa
Espécie: Scabiosa atropurpurea,
atropurpurea Scabiosa nitens
Ordem: Tropaeolales
Família: Tropaeolaceae
Género: Tropaeolum
Espécie: Tropaeolum majus
ssp.
CLASSE: LILIOPSIDA
Ordem: Poales
Família:Poaceae
Género: Agrostis
Espécie: Agrostis azorica,
azorica , Agrostis castellana,
castellana , Agrostis
congestiflora
congestiflora spp. congestiflora,
congestiflora , Agrostis congestiflora spp.
Oreophila (Franco),, Agrostis stolonifera
Género: Aira
Espécie: Aira caryophyllea ssp. Caryophyllea,
Caryophyllea Aira praecox
Género: Anthoxanthum
Espécie: Anthoxanthum aristatum,
aristatum Anthoxanthum odoratum
Género: Arrhenatherum
Espécie: Arrhenatherum elatius spp. Bulbosum
Género: Arundo
Espécie: Arundo donax
Género: Avena
Espécie: Avena barbata,
barbata Avena sterilis ssp. Ludoviciana
Género: Brachypodium
Espécie: Brachypodium distachyon,
distachyon Brachypodium sylvaticum
Género: Briza
Espécie: Briza maxima,
maxima Briza minor
Género: Bromus
Espécie: Bromus catharticus,
catharticus Bromus diandrus,
diandrus Bromus
madritensis,
madritensis Bromus madritensis ssp. madritensis
Género: Cynodon
Espécie: Cynodon dactylon
Género: Dactylis
Espécie: Dactylis glomerata
Género: Deschampsia
Espécie: Deschampsia foliosa
Género:Digitaria
Espécie: Digitaria ciliaris,
ciliaris Digitaria sanguinalis
Género: Echinochloa
Espécie: Echinochloa cruscrus - galli
Género: Eleusine
Espécie: Eleusine indica,
indica Eleusine indica ssp. Indica,
Indica Eleusine
tristachya
Género: Festuca
Espécie: Festuca jubata,
jubata Festuca petraea
Género:Gaudinia
Espécie: Gaudinia coarctata
Género: Holcus
Espécie: Holcus lanatus,
lanatus Holcus rigidus
Género: Hordeum
Espécie: Hordeum murinum ssp. Leporinum
Género: Lagurus
Espécie: Lagurus ovatus
Género: Lolium
Espécie: Lolium multiflorum,
multiflorum Lolium perenne,
perenne Lolium rigidum
Género: Oryzopsis
Espécie: Oryzopsis miliacea
Género: Paspalum
Espécie: Paspalum dilatatum,
dilatatum Paspalum distichum
Género:Pennisetum
Espécie: Pennisetum villosum
Género: Phalaris
Espécie: Phalaris brachystachys
brachystac hys,
hys Phalaris canariensis,
canariensis Phalaris
minor
Género: Piptatherum
Espécie: Piptatherum miliaceum
Género: Poa
Espécie: Poa annua,
annua Poa trivialis,
trivialis Poa trivialis ssp. Trivialis
Género: Polypogon
Espécie: Polypogon maritimus,
maritimus Polypogon viridis
Género: Rostraria
Espécie: Rostraria cristata
Género: Setaria
Espécie: Setaria pumila,
pumila Setaria verticillata
Género: Sporobolus
Espécie: Sporobolus africanus
Género: Stenotaphrum
Espécie: Stenotaphrum secundatum
Género: Vulpia
Espécie: Vulpia bromoides
Ordem: Liliales
Família:Liliaceae
Género: Allium
Espécie: Allium ampeloprasum
Género: Nothoscordum
Espécie: Nothoscordum gracile
Género: Phormium
Espécie: Phormium tenax
Ordem: Asterales
Família: Asteraceae
Género: Anthemis
Espécie: Anthemis cotula
Género: Cichorium
Espécie: Cichorium
Cichorium intybus
Ordem: Arales
Família: Araceae
Género: Arum
Espécie: Arum italicum
Género: Colocasia
Espécie: Colocasia esculenta
Género: Zantedeschia
Espécie: Zantedeschia aethiopica
Ordem: Zingiberales
Família: Cannaceae
Género: Canna
Espécie: Canna indica
Família:Zingiberaceae
Género: Hedychium
Espécie: Hedychium gardneranum
Ordem: Cyperales
Família: Cyperaceae
Género: Carex
Espécie: Carex echinata,
echinata Carex divulsa ssp. Divulsa,
Divulsa Carex
hochstetteriana,
hochstetteriana Carex otrubae,
otrubae Carex pairae,
pairae Carex pendula,
pendula
Carex peregrina
peregrina,
na Carex viridula ssp. cedercreutzii
Género:Cyperus
Nome da espécie: Cyperus eragrostis,
eragrostis Cyperus esculentus,
esculentus
Cyperus longus,
longus Cyperus rotundus
Género: Eleocharis
Espécie: Eleocharis multicaulis,
multicaulis Eleocharis palustris,
palustris Eleocharis
palustris ssp. Vulgaris
Género: Isolepis
Espécie: Isolepis cernua,
cernua Isolepis setacea
Género: Kyllinga
Espécie: Kyllinga brevifolia
Ordem: Juncales
Família: Juncaceae
Género: Juncus
Espécie: Juncus acutus,
acutus Juncus articulatus,
articulatus Juncus bufonius,
bufonius
Juncus bulbosus,
bulbosus Juncus capitatus,
capitatus Juncus effusus
e ffusus,
ffusus Juncus
tenuis
Género: Luzula
Espécie: Luzula purpureosplendens
Ordem: Orchidales
Família: Orchidaceae
Género: Platanthera
Espécie: Platanthera micrantha,
micrantha Platanthera azorica
Ordem: Najadales
Família: Potamogetonaceae
Género: Potamogeton
Espécie: Potamogeton
Potamogeton polygonifolius
Ordem: Commelinales
Família: Commelinaceae
Género: Tradescantia
Espécie: Tradescantia fluminensis
Ordem: Asparagales
Família: Agavaceae
Género: Dracaena
Espécie: Dracaena draco
Família: Amaryllidaceae
Género: Amaryllis
Espécie: Amaryllis
Ama ryllis belladonna
SUBDIVISÃO: CONIFEROPHYTA
CLASSE: PINOPSIDA
Ordem: Pinales
Família: Taxodiaceae
Género: Cryptomeria
Espécie: Cryptomeria japonica
Família: Cupressaceae
Género: Juniperus
Espécie: Juniperus brevifolia
Família: Taxaceae
Género: Taxus
Espécie: Taxus baccata
DIVISAÕ PTEROFHYTA
SUBDIVISÃO: FILICOPHYTINA
CLASSE: FILICOPSIDA
Ordem: Filicales
Família: Adiantaceae
Género: Adiantum
Espécie: Adiantum capilluscapillus- veneris, Adiantum hispidulum
Género: Anogramma
Espécie: Anogramma leptophylla
Família: Dicksoniaceae
Género: Culcita
Espécie: Culcita macrocarpa
Família: Dryopteridaceae
Género: Cyrtomium
Espécie: Cyrtomium falcatum
Género: Dryopteris
Espécie: Dryopteris aemula,
aemula Dryopteris azorica
Género: Polystichum
Espécie: Polystichum setiferum
Família: Athyriaceae
Género: Cystopteris
Espécie: Cystopteris diaphana
Família: Athyriaceae
Género: Deparia
Espécie: Deparia petersenii
Género: Diplazium
Espécie: Diplazium caudatum
Família: Hymenophyllaceae
Género: Hymenophyllum
Espécie: Hymenophyllum tunbrigense,
tunbrigense Hymenophyllum wilsonii
Género: Trichomanes
Espécie: Trichomanes speciosum
Família: Polypodiaceae
Género: Polypodium
Espécie: Polypodium azoricum
Família: Aspleniaceae
Género: Asplenium
Espécie: Asplenium adiantumadiantum - nigrum,
nigrum Asplenium azoricum,
azoricum
Asplenium hemionitis
Asplenium marinum,
Asplenium
hemionitis,
ionitis
marinum
monanthes,
monanthes Asplenium obovatum ssp. Lanceolatum,
Lanceolatum Asplenium
onopteris,
onopteris Asplenium scolopendrium sp. scolopendrium,
scolopendrium
Asplenium
trichomanes,
Asplenium
trichomanes
ssp.
trichomanes
Quadrivalens
Família: Athyriaceae
Género: Athyrium
Espécie: Athyrium filixfilix- femina
Família: Blechnaceae
Género: Blechnum
Espécie: Blechnum spicant
Género: Doodia
Espécie: Doodia caudata
Família: Osmundaceae
Género: Osmunda
Espécie: Osmunda regalis
Família: Hypolepidaceae
Género: Pteridium
Espécie: Pteridium aquilinum
aquilinum
Família: Pteridaceae
Género: Pteris
Espécie: Pteris incompleta
Família: Thelypteridaceae
Género: Stegnogramma
Espécie: Stegnogramma pozoi
Família: Blechnaceae
Género: Woodwardia
Espécie: Woodwardia radicans
SUBDIVISÃO: LYCOPHYTINA
CLASSE: LYCOPODIOPSIDA
Ordem Isoetales
Familia Isoetaceae
Género: Isoetes
Espécie: Isoetes azorica
Família: Lycopodiaceae
Género: Diphasiastrum
Espécie: Diphasiastrum madeirense
Ordem Lycopodiales
Familia Lycopodiaceae
Género: Huperzia
Espécie: Huperzia dentata,
dentata Huperzia suberecta
Ordem: Selaginellales
Família: Selaginellaceae
Género: Selaginella
Espécie: Selaginella kraussiana
Em relação à comunidade de espécies macrófitas de sistemas lênticos
identificadas na lagoa do Caldeirão o trabalho mais recente é o realizado por
Dodkins et al. (2007). Callitriche stagnalis, Callitriche platycarpa, Eleocharis sp.,
Glyceria declinata, Isoetes azorica, Juncus spp., Juncus effusus, Ryhncostegium
riparioides, Sphagnum spp., Polygonum hydropiper, Polytrichum communis,
Potamogeton nodosus, Potamogeton polygonifolius. Do trabalho de Dodkins et
al. (2007) destaca-se o contributo para o aumento de espécies em relação aos
trabalhos anteriores. Dias (2005) refere apenas a presença de um povoamento
esparso de Callitriche stagnalis na lagoa do Caldeirão, embora mencione a
presença de outras espécies, salientando a dificuldade de realizar um inventário
completo. No entanto, Sjogren (1979) refere para esta lagoa a presença de
Eleocahrdis multicaulis, E. palustris e Isoetes azorica.
6.3.2. Fauna
O Check List das aves do Arquipélago dos Açores (Le Grand, 1983) refere 14
espécies nidificantes para a ilha do Corvo, designadamente: C. d. borealis, C. c.
conturbans, S. rusticola, L. c. atlantis, S. hirundo, S. dougallii, C. livia, M. c.
patriciae, T. m. azorensis, S. a. atlantis, C. c. parva, S. canaria, F. c. moreletti e S.
v. granti.
Esta lista tem sido ampliada a 23 espécies nidificantes no Corvo (Rodebrand &
The Birding Azores Team, 2009). No ano de 2005 foi criada a página electrónica
Birding Azores, uma iniciativa levada a cabo por dois ornitólogos suecos e
visitantes de longa data dos Açores, cujo objectivo é compilar informação e
descrever a avifauna dos Açores, criando assim uma fonte de informação para os
restantes ornitólogos visitantes. Desde a sua criação, esta página na internet tem
registado todas as observações de aves realizadas e elaborado uma base de
dados actualizada quase diariamente, fornecendo ainda bibliografia e mapas de
todas as ilhas com os locais de maior potencial para a observação de aves, etc
(Rodebrand, 2005).
Na tabela abaixo apresenta-se a listagem de 23 espécies nidificantes no Corvo e
o seu estatuto. Destas 23 espécies, 14 delas são nidificantes comuns (a verde),
quatro são nidificantes pouco frequentes (a laranja) e cinco são nidificantes raras
(a vermelho).
Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Br=Nidificante
Tabela 11 – Listagem de aves da ilha do Corvo
Nome científico
Nome português
Calonectris diomedea borealis Cagarro
1800-
1950-
1987-
Total no.
1949
1986
2008
Corvo
CoBr
x
x
x
x
x
x
x
X
Estatuto
Larus michahellis
Gaviota-de-patas-amarelas
CoBr
Sterna dougallii
Garajau-rosado
CoBr
Sterna hirundo
Garajau-comum
CoBr
x
x
x
X
Columba livia
Pombo-das-rochas
CoBr
x
x
x
X
Columba palumbus azorica
Pombo-torcaz
CoBr
x
x
x
X
Motacilla cinerea patriciae
Alvéola-cinzenta
CoBr
x
x
x
X
Turdus merula azorensis
Melro-preto
CoBr
x
x
x
X
Sylvia atricapilla gularis
Toutinegra-de-barrete-preto
CoBr
x
x
x
X
Sturnus vulgaris granti
Estroninho-malhado
CoBr
x
x
x
X
Passer domesticus
Pardal
CoBr
x
x
X
Fringilla coelebs moreletti
Tentilhão
CoBr
x
x
X
X
Serinus canaria
Canário-da-terra
CoBr
x
x
X
X
Carduelis carduelis parva
Pintassilgo
CoBr
x
x
X
X
Coturnix coturnix conturbans
Codorniz
UcBr
x
x
X
?
X
Puffinus puffinus
Estapagado
UcBr
x
x
X
X
Charadrius alexandrinus
Borrelho-de-coleira-interrompida
UcBr
x
x
X
X
Narceja
UcBr
x
x
X
X
Anas platyrhynchos
Pato-real
RaBr
x
x
X
X
Puffinus assimilis baroli
Frulho
RaBr
Gallinula chloropus
Galinha-d'água
RaBr
x
x
X
X
Scolopax rusticola
Galinhola
RaBr
x
x
X
X
Asio otus
Bufo-pequeño
RaBr
x
x
X
X
Gallinago gallinago
X
Assim, no grupo Ocidental, regista-se uma redução notória no número de
espécies de vertebrados a nidificar, regularmente, em estado selvagem, no meio
terrestre, como seria de esperar, relativamente a todas as ilhas dos Açores. A ilha
do Corvo alberga cerca de 47 %.
As espécies acidentais no Corvo registadas por Rodebrand & The Birding Azores
Team em 2009 foram:
Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Va=Accidental.
Tabela 12 – Listagem de aves da ilha do Corvo (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009)
1800-
1950-
1987-
Total no.
1949
1986
2008
Corvo
CoVa
x
x
x
x
Pilrito-das-praias
CoVa
x
x
x
x
Numenius phaeopus phaeopus Maçarico-galego
CoVa
x
x
x
x
Nome científico
Nome português
Puffinus gravis
Pardela-de-barrete
Calidris alba
Estatuto
Arenaria interpres
Rola-do-mar
CoVa
x
x
x
x
Anas crecca
Marrequinha
UcVa
x
x
x
x
Egretta garzetta
Garça-branca
UcVa
x
x
x
x
Ardea cinerea
Garça-real
UcVa
x
x
x
x
Fulica atra
Galeirão
UcVa
x
x
x
x
Charadrius hiaticula
Borrelho-grande-de-coleira
UcVa
x
x
x
x
Pluvialis squatarola
Tarambola-cinzenta
UcVa
x
x
x
x
Calidris canutus
Seixoeira
UcVa
x
x
x
x
Calidris fuscicollis
Pilrito-de-sobre-branco
UcVa
3
16
x
x
Larus ridibundus
Guincho
UcVa
x
x
x
x
Larus delawarensis
Gaivota-de-bico-riscado
UcVa
x
x
x
Larus marinus
Gaivotão-real
UcVa
x
x
x
x
Rissa tridactyla
Gaivota-tridáctila
UcVa
x
x
x
x
Oenanthe oenanthe leucorrhoa Chasco-cinzento
UcVa
x
x
x
x
x
x
x
Aythya collaris
Caturro
RaVa
Bubulcus ibis
Garça-boeira
RaVa
4
7
x
x
Calidris minuta
Pilrito-pequeño
RaVa
x
x
x
x
Calidris melanotos
Pilrito-de-colete
RaVa
34
x
x
Calidris ferruginea
Pilrito-de-bico-comprido
RaVa
x
x
x
x
Tringa nebularia
Perna-verde
RaVa
x
x
x
x
Actitis macularius
Maçarico-pintado
RaVa
x
x
x
Hirundo rustica rustica
Andorinha-das-chaminés
RaVa
x
x
x
x
Para seguintes espécies especificasse o número de observações realizadas no
Corvo em relação ao número de observações totais no Arquipélago (espécies
americanas a amarelo) (Rodebrand & The Birding Azores Team, 2009).
Tabela 13 – Listagem de aves de ocorrencia na ilha do Corvo (Birdibng Azores, 2009)
Total no. 1800- 1950- 1987- Total no.
Azores 1949 1986 2008 Corvo
Nome científico
Nome português
Falco subbuteo
Ógea
1
1
1
Sphyrapicus varius
Pica-pau-de-barriga-amarela
1
1
1
Catharus guttatus
Tordo-eremita
1
1
1
Acrocephalus agricola
Felosa-agricola
1
1
1
Parula americana
Pisco-americano
1
1
1
Milvus milvus
Milhano
2
2
1
Vireo flavifrons
Juruviara-de-garganta-amarela
2
2
1
Dendroica virens
Mariquita-verde-de-garganta-preta
2
2
1
Petrochelidon pyrrhonota
Andorinha-de-dorso-acanelado
3
3
1
Catharus minimus
Tordo-de-faces-cinzentas
3
3
2
Hirundo rustica erythrogaster
Andorinha-das-chaminés-americana
6
6
2
Egretta alba egretta
Garça-branca-grande-americana
28
27
2
1
28
4
10
79
6
Numenius phaeopus hudsonicus Maçarico-galego-americano
Tringa flavipes
Perna-amarela-pequena
1
29
93
4
Em continuação, apresenta-se a lista de espécies de aves raras ou acidentais
cujos registos requerem homologação pelo Comité Português de Raridades (CPR
- SPEA). Apenas espécies que contam com registos publicados ou com
espécimes em museus foram consideradas para inclusão nesta lista. A área
abrangida inclui toda a área do Corvo e em redor desta ilha.
Co=Comum, Uc=Pouco comum, Ra=Raro, Br=Nidificante, Va=Accidental.
Tabela 14 – Listagem de aves raras da ilha do Corvo para homologação pelo Comité Português de
Raridades
Total no.
1800-
1950-
1987-
Total no.
Açores
1949
1986
2008
Corvo
1
1
1
1
4
1
2
7
3
Nome científico
Nome português
Anser fabalis
Ganso-campestre
2
Anser anser
Ganso-bravo
6
Aix sponsa
Pato-carolino
9
Anas penelope
Piadeira
Anas americana
1
RaVa
x
x
x
x
Piadeira-americana
95
2
6
87
8
Anas strepera
Frisada
25
25
1
Anas rubripes
Pato-escuro-americano
x
x
x
Anas acuta
Arrábio
47
1
8
38
1
Anas discors
Marreca-d'asa-azul
93
1
8
84
5
Aythya fuligula
Negrinha
RaVa
5
9
x
x
Aythya marila
Negrelho
50
1
6
43
1
Mergus cucullatus
Merganso-capuchinho
4
4
1
Mergus serrator
Merganso-de-poupa
26
7
2
17
7
Podilymbus podiceps
Mergulhão-caçador
19
1
5
13
1
Fulmarus glacialis
Pombalete
27
27
16
Pterodroma arminjoniana
Freira de Trindade
4
4
2
Pterodroma feae
Gon-gon
22
22
2
Puffinus griseus
Pardela-preta
UcVa
x
x
x
x
Oceanodroma leucorhoa
Painho-de-cauda-forcada
RaVa
7
7
x
x
Morus bassanus
Alcatraz
UcVa
x
x
x
x
Phalacrocorax carbo
Corvo-marinho-de-faces-brancas
8
1
7
1
Phalacrocorax auritus
Corvo-marinho-d'orelhas
46
46
6
RaBr
Ardea herodias
Garça-real-americana
24
Platalea leucorodia
Colhereiro
48
Buteo lagopus
Bútio-calçado
7
Falco tinnunculus
Penereiro
37
Falco columbarius
Esmerilhão
8
Falco peregrinus
Falcão peregrino
22
Porzana porzana
Franga-d'água-malhada
15
2
Crex crex
Codornizão
18
9
Charadrius semipalmatus
Batuíra-de-bando
Charadrius vociferus
Borrelho-de-coleira-dupla
12
Pluvialis dominica
Batuiruçu
41
Vanellus vanellus
Abibe
RaVa
x
Calidris pusilla
Pilrito-rasteirinho
RaVa
1
Tryngites subruficollis
Pilrito-acanelado
19
Lymnocryptes minimus
Narceja-galega
28
Gallinago delicata
Narceja-americana
72
Limnodromus griseus
Maçarico-de-bico-curto
21
Limnodromus scolopaceus Maçarico-de-bico-comprido
10
10
RaVa
5
1
9
15
2
4
34
12
7
1
11
16
1
1
7
1
22
5
4
9
1
5
4
3
1
x
x
3
4
1
41
3
x
x
x
10
x
x
7
12
1
2
25
8
72
3
16
3
6
1
2
7
1
5
6
Bartramia longicauda
Maçarico-do-campo
9
Tringa melanoleuca
Perna-amarela-grande
11
1
3
7
1
Actitis hypoleucos
Maçarico-das-rochas
54
3
16
35
2
Phalaropus tricolor
Pisa-n'água
9
1
8
1
Phalaropus fulicarius
Falaropo-de-bico-grosso
RaVa
10
x
x
Stercorarius pomarinus
Moleiro do Árctico
RaVa
x
x
x
Stercorarius parasiticus
Moleiro-pequeno
RaVa
x
x
x
Stercorarius skua
Alcaide
RaVa
x
x
x
Larus atricilla
Gaivota-alegre
46
46
3
Larus canus
Famego
29
20
9
1
Larus fuscus
Gaivota-d'asa-escura
UcVa
x
x
x
x
Larus hyperboreus
Gaivotão-branco
RaVa
x
x
x
x
Chlidonias niger
Gaivina-preta
6
1
5
1
Sterna paradisaea
Gaivina do Árctico
RaVa
1
x
x
3
42
Sterna forsteri
Gaivina de Forster
5
5
1
Sterna sandvicensis
Garajau-de-bico-preto
88
35
53
1
Alle alle
Torda-miúda
42
19
14
1
Zenaida macroura
Rola-carpideira
2
2
1
Coccyzus americanus
Papa-lagarta-norte-americano
27
2
11
14
7
Asio flammeus
Coruja-do-nabal
18
2
5
11
2
Chordeiles minor
Noitibó-americano
9
2
7
1
Chaetura pelagica
Rabo-espinhoso
RaVa
x
x
Alauda arvensis
Laverca
RaVa
x
x
Tachycineta bicolor
Andorinha-das-árvores
7
7
3
Progne subis
Andorinha-roxa
3
3
2
Anthus rubescens
Petinha-fulva
6
6
1
Turdus pilaris
Tordo-zornal
RaVa
x
x
Phylloscopus collybita
Felosinha
64
64
2
Lanius collurio
Picanço-de-dorso-ruivo
2
2
2
Vireo griseus
Juruviara-de-olho-branco
2
2
2
Vireo philadelphicus
Juruviara de Filadélfia
1
1
1
Vireo olivaceus
Víreo-de-olho-vermelho
10
10
7
Carduelis spinus
Lugre
23
17
2
Carduelis flammea
Pintarroxo-de-queixo-preto
10
10
8
Carduelis hornemanni
Pintarroxo-boreal
1
1
1
Vermivora peregrina
Mariquita do Tennessee
1
1
1
Dendroica caerulescens
Mariquita-azul-de-garganta-preta
3
3
3
Dendroica coronata
Mariquita-coroada
8
8
4
Dendroica striata
Mariquita-de-perna-clara
3
3
1
Seiurus aurocapilla
Mariquita-de-coroa-ruiva
3
3
1
Geothlypis trichas
Maraquita-de-mascarilha
6
6
4
Wilsonia citrina
Mariquita-de-capuz
1
1
1
Piranga rubra
Sanhaço-de-fogo-migrador
1
1
1
Piranga olivacea
Sanhaço-d'asa-preta
5
5
3
Zonotrichia leucophrys
Tico-tico-coroado
1
1
1
Calcarius lapponicus
Escrevedeira da Lapónia
4
4
2
9
4
1
1
2
6
Plectrophenax nivalis
Escrevedeira-das-neves
Pheucticus ludovicianus
Realejo
Passerina cyanea
RaVa
x
x
x
x
8
8
5
Mariposa-azul
15
15
10
Dolichonyx oryzivorus
Triste-pia
8
8
2
Icterus galbula
Corrupião-laranja
1
1
1
A lista de espécies americanas observadas no Corvo são (Rodebrand & The
Birding Azores Team, 2009):
Tabela 16 – Listagem de aves americanas observadas na ilha do Corvo (Rodebrand & The Birding
Azores Team)
Total no.
1800-
1950-
1987-
Total no.
Açores
1949
1986
2008
Corvo
Garça-branca-grande-americana
28
1
27
2
Maçarico-galego-americano
29
28
4
Sphyrapicus varius
Pica-pau-de-barriga-amarela
1
1
1
Hirundo rustica erythrogaster
Andorinha-das-chaminésamericana
6
6
2
Petrochelidon pyrrhonota
Andorinha-de-dorso-acanelado
3
3
1
Vireo flavifrons
Juruviara-de-garganta-amarela
2
2
1
Parula americana
Pisco-americano
1
1
1
Dendroica virens
Mariquita-verde-de-garganta-preta
2
2
1
Nome científico
Nome português
Egretta alba egretta
Numenius
hudsonicus
phaeopus
1
Nos Açores todas as espécies de mamíferos, excepto morcegos dos Açores,
anfíbios e répteis foram introduzidas. Existe uma única espécie de anfíbio na ilha
do Corvo (FAPAS, 2001), a Rã verde Rana perezi (Seoane, 1885, Cunha, 2005) e
uma espécie de réptil, a Lagartixa da Madeira Lacerta dugesii (Edwards, 1829;
Cunha et al., 2005). A existência de cabras que ao longo dos anos se tornaram
selvagens ocupam nomeadamente as falésias costeiras. É de salientar a
existência de gatos, principalmente gatos vadios em todas as zonas tendo já sido
testemunhado no âmbito deste projecto o seu impacto como predadores nas
colónias de aves marinhas.
Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores
Espécie
Nome comum
(Açores)
Estatuto Fonte
Nyctalus azoreum
Morcego dos Açores
E
Thomas, 1901; Cunha 2005
Rattus norvegicus
Ratazana
I
Berkenhout, 1796; Skiba, 1996; Collares-Pereira,
1997; ICN, 1999; Cunha, 2005
Rattus rattus
Rato-preto
I
Linnaeus, 1758; Skiba, 1996; Collares-Pereira,
1997; ICN, 1999, Cunha, 2005
Mus musculus domesticus
Murganho
I
Linnaeus, 1758; Skiba, 1996; Collares-Pereira,
1997; ICN, 1999, Cunha et al., 2005
Felis catus domesticus
Gato doméstico
assilvestrado
I
Linnaeus, 1758
Capra
hircus
Cabra
I
Linnaeus, 1758
Ovis aries
Ovelha domestica
Linnaeus, 1758
Tabela 17 – Listagem de mamíferos da ilha do Corvo
Em relação aos moluscos terrestres da ilha do Corvo, o único trabalho
encontrado é anónimo e foi realizado em 1881, que para além de rever a
nomenclatura dada por Morelet (1860) estuda a sua distribuição nas distintas ilhas
do Arquipélago. Foi também consultado o Portal de biodiversidade dos Açores,
encontrando poucas similitudes com os resultados do estudo anterior. A lista de
todas as espécies de moluscos terrestres citadas para o Corvo é a seguinte:
Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores
Tabela 18 – Listagem de moluscos da ilha do Corvo
Espécie
Nome comum (Açores)
Estatuto
Fonte
Arion intermedius
Lesma
E
Silva et al., 2005
Arion lusitanicus
Lesma
E
Silva et al., 2005
Arion rufus
Lesma
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Arion rufus subfuscus
Lesma
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Auriculinella bidentata
Caracol
E
Silva et al., 2005
Balea heydeni
Caracol
I
Silva et al., 2005
Balea nitida
Caracol
E
Silva et al., 2005
Balea pervesa
caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Bolimus pruninus vulgaris
Carychium ibazoricum
Caracol
E
Silva et al., 2005
Cochlicella barbara
Caracol
E
Silva et al., 2005
Cochlicopa lubrica
Caracol
E
Silva et al., 2005
Columella microspora
Caracol
E
Silva et al., 2005
Deroceras caruanae
Lesma
I
Silva et al., 2005
Deroceras reticulatum
Lesma
I
Silva et al., 2005
Discus rotundatus
Caracol
E
Silva et al., 2005
Euconulus fulvus
Caracol
E
Silva et al., 2005
Helix aspersa
Caracol
E
Morelet, 1860; Silva et al., 2005;
Anônimo, 1881
Helix aspera pisana
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Helix aspera barbula
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Helix aspera horripila
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Helix aspera armillata
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Helix aspera rotundata
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Heliz aspera pulchela
Caracl
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Helix aspera bulimoides
Caracol
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Hydrocena gutta
Caracol
E
Silva et al., 2005
Lauria anconostoma
Caracol
E
Silva et al., 2005
Lauria fasciolata
Caracol
E
Silva et al., 2005
Lehmannia valentiana
Lesma
E
Silva et al., 2005
Leiostyla fuscidula
Caracol
E
Silva et al., 2005
Leiostyla vermiculosa
Caracol
E
Silva et al., 2005
Leptaxis azorica
Caracol
E
Silva et al., 2005
Limacus flavus
Lesma
E
Silva et al., 2005
Limax maximus
Lesma
E
Silva et al., 2005
Limax variegatus gagates
Lesma
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Limax variegatus agrestis
Lesma
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Microxeromagna armillata
Caracol
E
Silva et al., 2005
Milax gagates
Lesma
E
Silva et al., 2005
Moreletina horripila
Caracol
E
Silva et al., 2005
Myosotella myosotis
Caracol
E
Silva et al., 2005
Napaeus delibutus
Caracol
E
Silva et al., 2005
Napaeus pruninus
Caracol
E
Silva et al., 2005
Napaeus vulgaris
Caracol
E
Silva et al., 2005
Nesovitrea hammonis
Caracol
I
Silva et al., 2005
E
Silva et al., 2005
Nesovitrea petronella
Oestophora barbula
Caracol
E
Silva et al., 2005
Ovatella vulcani
Caracol
E
Silva et al., 2005
Oxychilus cellarius
Caracol
E
Silva et al., 2005
Oxychilus draparnaudi
Caracol
E
Silva et al., 2005
Oxychilus volutella
Caracol
E
Silva et al., 2005
Pedipes pedipes
Caracol
E
Silva et al., 2005
Plutonia finitima
Lesma
E
Silva et al., 2005
Pseudomelampus exiguus
Caracol
E
Silva et al., 2005
Pupa microspora anconostoma
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Pupa microspora fascicolata
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Pupa microspora fuscidula
Testacella maugei
Caracol
E
Morelet, 1860; Silva et al., 2005
Theba pisana
Caracol
E
Silva et al., 2005
Vertigo pygmaea
Caracol
E
Silva et al., 2005
Vitrea contracta
Caracol
E
Silva et al., 2005
Zonites miguelinus celarius
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Zonites miguelinus volutela
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Zonites miguelinus crystallinus
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Zonites miguelinus atlanticus
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Zonites miguelinus fulvus
Morelet, 1860; Anônimo, 1881
Em relação à Classe Insecta apresenta-se os resultados obtidos durante a última
e mais recente expedição ao Corvo realizada pela Universidade dos Açores “XIII
Expedição Científica do Departamento de Biologia: Flores e Corvo 2007”. A lista
dos Lepidópteros da ilha do Corvo é actualmente constituída por 45 (30,2 %)
espécies do total de 149 conhecidas dos Açores, incluindo 8 (5,4 %) espécies
endémicas das 38 (25,5 %) presentes nos Açores. Os endemismos citados são
comuns a outras ilhas do arquipélago, exceptuando um taxa exclusivo comum às
ilhas do Corvo e das Flores, Hipparchia azorina occidentalis (Sousa, 1985). Além
disso, no Corvo habita uma espécie que é comum a outros arquipélagos da
Macaronésia Caloptilia schinella (Walsingham), mas está ausente nas Flores. Em
relação aos Himenópteros do Corvo, observou-se a existência de Glyptapanteles
militaris (Walsh; Hymenoptera: Braconidae) e de Lisibia nana (Gravenhorst;
Hymenoptera: Ichneumonidae), respectivamente, um parasitóide larvar e um
hiperparasitóide da “lagarta das pastagens” Pseudaletia (=Mythimna) unipuncta
(Haworth; Lepidoptera: Noctuidae). Entre os parasitóides oófagos foi apenas
observado Telenomus sp. (Hymenoptera: Scelionidae), um parasitóide generalista
de Lepidópteros. Os parasitóides G. militaris e Telenomus sp. têm um papel
importante no controlo biológico de diversas pragas agrícolas destas ilhas.
O inventário dos Lepidópteros e Himenópteros é considerado ainda incompleto,
apesar do contributo dado por vários trabalhos publicados desde finais do século
XIX até à actualidade (Rebel, 1940; Sousa, 1985 e 1991; Vieira et al., 1990; Vieira,
1995 Vieira & Tavares, 1995; Carvalho et al., 1999; Vieira, 2003; Vieira et al.,
2003; Borges et al., 2005a; Borges et al., 2005b; Karsholt & Vieira, 2005).
Paralelamente à revisão bibliográfica dos distintos autores, consultou-se também
o Portal de biodiversidade para a elaboração da listagem seguinte:
Tabela 19 – Listagem da classe insecta da ilha do Corvo
Categorias do Estatuto: E – Endémico I – Introduzido nos Açores
EM – Comun a outros arquipélagos da Macaronésia
Espécie
Estatuto
Fonte
LEPIDOPTERA
Agrius convolvuli
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Agrotis ipsilon
I
Hupnagel, 1766; Vieira, 2007
Agrotis segetum
I
Denis & Schiffermüler, 1775; Vieira, 2007
Argyresthia atlanticella
E
Rebel, 1940; Vieira, 2007
Ascotis furtunata azorica
E
Pinker, 1971; Vieira, 2007
Autographa gamma
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Caloptilia bristigela
E
Borges et al., 2005a
Caloptilia schinella
E
Walsingham, 1908; Vieira, 2007
Chrysodeixis chalcites
I
Esper, 1789; Vieira, 2007
Colias croceus
I
Fourcroy, 1758; Vieira, 2007
Crocidosema plebejana
I
Zeller, 1847; Vieira, 2007
Ctenuplusia limbirena
I
Gueneé, 1852; Vieira, 2007
Cydia molesta
I
Busck, 1916; Vieira, 2007
Ephestia kuehniella
I
Zeller, 1879; Vieira, 2007
Eudonia interlinealis
E
Warren, 1905; Vieira, 2007
Galgula partita
I
Gueneé, 1852; Vieira, 2007
Gymnoscelis rufifasciata
I
Haworth, 1809; Vieira, 2007
Helicoverpa armigera
I
Hübner, 1796; Vieira, 2007
Hypena obsitalis
I
Hübner, Vieira; 2007
Hypparchia azorina minima
E
Borges et al., 2005a
Hypparchia azorina occidentalis
E
Sousa, 1985; Vieira, 2007
Macroglossum stellatarum
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Mesapamea storai
E
Rebel, 1940; Vieira, 2007
Mythimna loreyi
I
Duponchel, 1827; Vieira, 2007
Mythimna unipuncta
I
Haworth, 1809; Vieira, 2007
Niditinea fuscella
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Noctua atlantica
E
Warren, 1905; Vieira, 2007
Noctua pronuba
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Nomophila noctuella
I
Denis & Schiffermüler, 1775; Vieira, 2007
Opogona sacchari
I
Bojer, 1856; Vieira, 2007
Palpita vitrealis
I
Rossi, 1794; Vieira, 2007
Peridroma saucia
Hübner, 1808; Vieira, 2007
Phlogophora interrupta
E
Borges et al., 2005a
Phlogophora meticulosa
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Phthorimaea opercullela
I
Zeller, 1873; Vieira, 2007
Phycitodes albatella
pseudonimbella
I
Bentinck, 1937; Vieira, 2007
Pieris brassicae azorensis
E
Rebel, 1917; Vieira, 2007, Meirinho et al,
2004
Plutella xylostella
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Praeacedes atomosella
I
Walker, 1863; Vieira, 2007
Scoparia aequipennalis
E
Warren, 1905; Vieira, 2007
Selania leplastriana
I
Curtis, 1831; Vieira, 2007
Sesamia nonagrioides
I
Lefèbvre, 1827; Vieira, 2007
Sitotroga cerealela
I
Olivier, 1789; Vieira, 2007
Tebbena micalis
I
Mann, 1857; Vieira, 2007
Thysanoplusia orichalcea
I
Fabricius, 1775; Vieira, 2007
Udea ferrugalis
I
Hübner, 1796; Vieira, 2007
Vanessa atalanta
I
Linnaeus, 1758
Xestia c-nigrum
I
Linnaeus, 1758; Vieira, 2007
Agonum marginatum
I
Borges et al., 2005a
Amara aenea
I
Borges et al., 2005a
Anchus ruficornis
I
Borges et al., 2005a
Anotylus nitidulus
I
Borges et al., 2005a
Atheta atramentaria
I
Borges et al., 2005a
Campalita olivieri
I
Borges et al., 2005a
Coccinella undecimpunctata
I
Borges et al., 2005a
Coleoptera Heteroderus azoricus
E
Borges et al., 2005a
Dytiscidae Rhantus suturalis
I
Borges et al., 2005a
Harpalus distinguendus
I
Borges et al., 2005a
Hydroporus guernei
E
Borges et al., 2005a
Laparocerus azoricus
E
Borges et al., 2005a
Melyridae Psilothrix
viridicaeruleus
I
Borges et al., 2005a
Ocypus olens
I
Borges et al., 2005a
Ocys harpaloides
I
Borges et al., 2005a
Onthophagus vacca
I
Borges et al., 2005a
Pseudophonus rufipes
I
Borges et al., 2005a
Scarabaeidae Onthophagus
taurus
I
Borges et al., 2005a
Staphylinidae
I
Borges et al., 2005a
Stenolophus teutonus
I
Borges et al., 2005a
Xantholinus linearis
I
Borges et al., 2005a
Aphrosylys argyreatus
E
Borges et al., 2005a
Aphrosylys calcarator
E
Borges et al., 2005a
Cerodonta bistrigata
E
Borges et al., 2005a
Chrysotus azoricus
E
Borges et al., 2005a
Psectrocladius sordidellus var.
insularis
E
Borges et al., 2005a
COLEOPTERA
DIPTERA
Smittia (Pseudosmittia) azorica
E
Borges et al., 2005a
Cixius azofloresi
E
Borges et al., 2005a
Eupteryx azorica
E
Borges et al., 2005a
E
Borges et al., 2005a
HOMOPTERA
CRUSTACEA
Orchestia chevreuxi
É de salientar as poucas espécies de artrópodes existentes na ilha de Corvo.
Estudos recentes sugerem que as populações de várias espécies endémicas de
artrópodes de ampla distribuição no arquipélago possuem as suas menores
densidades em fragmentos perturbados por plantas exóticas. Os padrões de
invasão dos habitats naturais dos Açores pelas espécies de artrópodes exóticos é
um processo dinâmico em que os resíduos de vegetação nativa mais pequenos e
fragmentados estão em maior perigo e em que a matriz de habitats que os rodeia
tem uma grande importância, já que a presença de uma matriz de pastagem
semi-natural favorece a manutenção de espécies endémicas e nativas (Borges et
al., 2000).
6.4. Descrição do Meio Marinho
O Arquipélago dos Açores funciona como uma importante zona de transição
entre os trópicos e a região temperada do Atlântico Norte, desempenhando um
papel importante ao nível de refúgio, reprodução e crescimento dum grande
número de espécies marinhas (Pietro et al., 2007).
A Ilha do Corvo é caracterizada por uma linha de costa com cerca de 18 km de
comprimento. O fundo marinho que rodeia a ilha tem um aumento de
profundidade gradual até cerca de 50 m, a partir do qual aumenta abruptamente
até aos 500 m de profundidade, que são atingidos a cerca de uma milha náutica
da costa. É ainda de referir o canal que separa a ilha do Corvo da ilha das Flores
com cerca de 9,5 milhas náuticas que atinge a profundidade máxima de 1000 m
(Tempera et al., 2002a).
A estreita zona intertidal do Corvo é geralmente composta por grandes blocos de
rocha, na sua maioria móveis e sujeitos a erosão marinha (Tempera et al., 2002b).
O habitat subtidal de baixa profundidade é formado predominantemente por
rampas de blocos de rocha que se fundem gradualmente com planícies de areia a
profundidades entre 15 e 60 m. As principais excepções a esta morfologia
localizam-se nas costas sudeste e noroeste, onde o habitat subtidal de baixa
profundidade é formado por um leito rochoso irregular com uma sucessão de
cristas e caneiros que partem da costa. Recifes ou picos rochosos isolados,
conhecidos por "baixas", são também frequentes, elevando-se do fundo com
declives mais ou menos abruptos até perto da superfície (Tempera et al. 2002a),
cujo a diversidade geomorfológica proporciona a existência de múltiplos microhabitats (Pietro et al., 2007).
Todas estas variações no fundo marinho suportam a elevada biodiversidade
marinha que pode ser encontrada em redor da ilha do Corvo. No entanto, e
apesar de Dentinho e Lima (2000) se referirem ao bom estado de preservação
dos valores naturais e ecológicos, pouca é a bibliografia disponível à cerca da
biodiversidade marinha do Corvo, que nos permita tirar conclusões fiáveis à cerca
deste ponto (Tempera et al., 2002b).
6.4.1. Flora
Os povoamentos florísticos da envolvente marinha do Corvo, assemelham-se, de
um modo geral, aos das restantes ilhas do arquipélago Açoreano. Os tufos algais
são constituídos maioritariamente por algas vermelhas coralináceas (Rhodophyta).
Em algumas zonas, estes povoamentos apresentam menor desenvolvimento que
noutas zonas, o que, como foi explicado anteriormente, deverá ser influenciado
pela diversidade de habitats assim como por diferenças no hidrodinamismo local
(PDM, 1991a).
Os únicos dois estudos com informação relativa à flora marinha da ilha do Corvo
referem um total de apenas 41 espécies. Este número parece ser subrepresentativo da riqueza dos povoamentos algais da ilha, tendo em conta outros
trabalhos (Dionísimo et al., 2007). No entanto, Tempera et al. (2002a) reconhece
as limitações do seu trabalho inerentes à pouca experiência da sua equipa na
identificação deste grupo assim como à escassez de dados recolhidos.
Apresenta-se a lista de espécies registadas por Tempera et al. (2002a) e Pietro et
al. (2007) na envolvente marinha da ilha do Corvo. O número de espécies
indicado para cada grupo taxonómico refere-se ao número máximo de espécies
observadas, tendo sido contabilizadas como espécies diferentes as espécies
indeterminadas observadas por autores diferentes.
Tabela 19 – Listagem de flora marinha da ilha do Corvo
Espécie
Fonte
RHODOPHYTA
Asparagopsis armata
1
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Corallina sp.
Tempera et al., 2002a
Corallinacea indet. (crostas)
Tempera et al., 2002a
Corallinacea indet. (erectas)
Pietro et al., 2007
Corallinales indet.1
Tempera et al., 2002a
Corallinales indet.2
1
Tempera et al., 2002a
Corallinales indet.3
1
Tempera et al., 2002a
Corallinales indet.
Pietro et al., 2007
Delesseriaceae indet.
Tempera et al., 2002a
Gigartina teedii
Pietro et al., 2007
Haliptylon sp.
Tempera et al., 2002a
Espécie
Fonte
Jania spp.
Tempera et al., 2002a
Peyssonnelia sp. 1 ("encrostante")
Tempera et al., 2002a
Peyssonnelia sp. 2 ("amarelada")
Tempera et al., 2002a
Pterocladiella capillacea - “Rabão”
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Rhodophyta indet. (crostas não calc.)
Tempera et al., 2002a
1
Symphyocladia marchantioides
Tempera et al., 2002a
PHAEOPHYTA
Carpomitra costata
Tempera et al., 2002a
Cladostephus spongiosus
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Colpomenia spp.
Tempera et al., 2002a
Cutleria multifida (fase Aglaozonia)
Dictyopteris membranacea
1
Tempera et al., 2002a
Tempera et al., 2002a
Dictyota sp.
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Dictyota dichotoma
Pietro et al., 2007
Halopteris filicina
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Padina pavonica
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Phaeophyta (filamentosa)
Tempera et al., 2002a
Sargassum sp.
Tempera et al., 2002a
Sargassum vulgare
2
Pietro et al., 2007
Stypocaulon scoparium
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Zonaria tournefortii
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
CHLOROPHYTA
Pietro et al., 2007
Bryopsis sp.
Tempera et al., 2002a
Chaetomorpha sp.
Tempera et al., 2002a
Chlorophyta (filamentosa)
Tempera et al., 2002a
Cladophora sp. 1
Tempera et al., 2002a
Cladophora sp. 2
Tempera et al., 2002a
Valonia utricularis
Tempera et al., 2002a
PLANTAS VASCULARES
Juncus sp.
Pietro et al., 2007
Limonium vulgare
Pietro et al., 2007
Potamogeton polygonifolius
Pietro et al., 2007
6.4.2. Fauna
A fauna marinha que pode ser observada ao redor da ilha do Corvo apresenta
uma grande diversidade. Em termos gerais, os peixes parecem ter uma
representatividade muito abundante ao largo do Corvo. É de salientar a relativa
abundância de Meros Epinephelus marginatus e o grande número de Salemas
Sarpa salpa, Patruças Kyphosus sectator, Garoupas Serranus atricauda e Lírios
Seriola dumerili de grandes dimensões existentes no Corvo, quando em
comparação com o resto do Arquipélago dos Açores (Tempera et al., 2002a).
No que diz respeito aos invertebrados, apesar de vir referenciado na bibliografia a
existência de cavacos Scyllarides latus e lagostas Palinurus elephas ao largo da
ilha do Corvo, nenhum dos estudos disponíveis confirma a actual existência de
ambas as espécies. No entanto, é necessário ter em conta o comportamento
pouco conspícuo e a reduzida abundância, no geral, de ambas as espécies. As
restantes espécies parecem ter uma representatividade bastante abundante.
Tempera et al. (2002a) registaram nas suas prospecções uma frequência de
ocorrência superior a 80% de Caranguejos-eremitas Calcinus tubularis e
Dardanus calidus, gastrópodes Calliostoma zizyphinum e Stramonita
haemastoma, Estrela-do-mar Ophidiaster ophidianus e Espongiários cor-delaranja Tedania/ Myxilla.
As espécies de invertebrados registados por Tempera et al. (2002a), Pietro et al.
(2007) e PDM (1991a) na envolvente marinha da ilha do Corvo descrevem-se na
listagem seguinte. O número de espécies indicado para cada grupo taxonómico
refere-se ao número máximo de espécies observadas, tendo sido contabilizadas
como espécies diferentes as espécies indeterminadas observadas por autores
diferentes.
Tabela 20 – Listagem de fauna marinha da ilha do Corvo
Nome científico
Nome vulgar
Fonte
Foraminífero-de-coral
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
PROTISTA
Miniacina miniacea
PORIFERA
Tempera et al., 2002a
Clathrina chlatrus
Tempera et al., 2002a
Clathrina coriacea
Tempera et al., 2002a
Guancha lacunosa
Tempera et al., 2002a
Haliclona fistulosa
Tempera et al., 2002a
Hamigera hamigera
Tempera et al., 2002a
Myxilla spp
Pietro et al., 2007
Oscarella lobularis
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
1
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
1
Petrosia ficiformis
Porifera indet. sp.1
amarela encrost.
Pietro et al., 2007
Porifera indet. sp.2
laranja" cf. Tedania/Myxilla
PDM, 1991a
Porifera indet. sp.3
amarela
PDM, 1991a
Porifera indet. sp.4
laranja estriada
PDM, 1991a
Sarcotragus/Ircinia spp.
PDM, 1991a
Tedania spp
Pietro et al., 2007
Terpios sp.
azul encrostante
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Aiptasia mutabilis
Aiptasia-verde
Tempera et al., 2002a
Alicia mirabilis
Alícia
Tempera et al., 2002a
Anemonia sargassensis
Anémona-dos-sargaços
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
CNIDARIA
Anthozoa sp.
Tempera et al., 2002a
Antipathes wollastoni
Coral-negro
Tempera et al., 2002a
Aglaophenia sp.
Plumas-do-mar
Tempera et al., 2002a
Corynidae/Tubulariidae spp.
Tempera et al., 2002a
Caryophyllia sp.
Coral-taça
Pietro et al., 2007
Caryophyllia smithi
Coral-taça
Tempera et al., 2002a
Corynactis viridis
Anémona-jóia
Tempera et al., 2002a
Diphasia sp.
Tempera et al., 2002a
cf. Obelia/Eudendrium spp.
Tempera et al., 2002a
Octocorallia indet.
Tempera et al., 2002a
Parazoanthus sp.
Anémona-encrostante-amarela Tempera et al., 2002a
Physalia physalis
Caravela-portuguesa
Tempera et al., 2002a
Pelagia noctiluca
Água-viva
Tempera et al., 2002a
POLYCHAETA
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Ditrupa arietina
Hermodice carunculata
Verme-do-fogo
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM,
1991a
Myxicola infundibulum
Poliqueta-de-trompa
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Tempera et al., 2002a
Polychaeta indet.
Sabella spallanzanii
Espirógrafo
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Spionidae sp.
Espionídeos
Pietro et al., 2007
Spirographis spallanzanii
Espirógrafo
PDM, 1991a
Pietro et al., 2007
Spirorbis spp.
CRUSTACEA
Calcinus tubularis
Casa-alugada-sedentário
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Dardanus calidus
Casa-alugada-vermelho
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Dromia marmorea
Caranguejo-dorminhoco
Tempera et al., 2002a
Galathea sp.
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Galathea squamifera
Pietro et al., 2007
Galathea strigosa
Pietro et al., 2007
Grapsus grapsus
Caranguejo fidalgo
PDM, 1991a
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Lysmata seticaudata
Megabalanus azoricus
Craca-gigante
Tempera et al., 2002a
Pachygrapsus marmoratus
Moura
PDM, 1991a
Palinurus elephas
Lagosta
Pietro et al., 2007
Paractaea monodi
Tempera et al., 2002a
Percnon gibbesi
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Scyllarides latus
Cavaco
Pietro et al., 2007
Scyllarus arctus
Cavaco-anão
Tempera et al., 2002a
Stenopus spinosus
Camarão-espinhoso
Tempera et al., 2002a
MOLLUSCA
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Aplysia depilans
Berthelina edwardsi
Bursa scrobiculator
Lesma-pêssego
Tempera et al., 2002a
Tempera et al., 2002a
Calliostoma zizyphinum
Burrié-bicudo
Cerithium cf. vulgatum
Tempera et al., 2002a
Tempera et al., 2002a
Charonia lampas
Búzio
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM,
1991a
Chromodoris britoi
Lesma-de-brito
Tempera et al., 2002a
Columbella adansoni
Búzio
Tempera et al., 2002a
Discodoris atromaculata
Vaquinha
Tempera et al., 2002a
Ervilia castanea
Ervilha-castanha
Tempera et al., 2002a
Haliotis coccinea
Lapa-burra
Tempera et al., 2002a
Haliotis tubercullata
Lapa-burra
PDM, 1991a
Hexaplex trunculus
Búzio-roxo
Tempera et al., 2002a
Hypselodoris picta azorica
Lesma-do-mar-amarela-epúrpura
Tempera et al., 2002a
PDM, 1991a
Litorina sp
Luria lurida
Cipreia
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Mitra zonata
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Myosotella myosotis
Pietro et al., 2007
Octopus vulgaris
Polvo
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM,
1991a
Ovatella vulcani
Caracol
Pietro et al., 2007
Patella aspera
Lapa brava
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Patella candei gomesii
Lapa mansa
PDM, 1991a
Pietro et al., 2007
Pedipes pedipes
Pinna rudis
Leque
Tempera et al., 2002a
Platydoris argo
Lesma-do-mar-coriácea
Tempera et al., 2002a
Pietro et al., 2007
Pseudomelampus exiguus
Stramonita haemastoma
Thais haemastoma
Sin. Búzio-de-boca-vermelha
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM,
1991a
BRYOZOA
Bryozoa indet. sp.5
encrost. escuro
Tempera et al., 2002a
Tempera et al., 2002a
Schizoporella sp.
PHORONIDA
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Phoronis hippocrepia
ECHINODERMATA
Antedon bifida
Comátula-do-Atlântico
Tempera et al., 2002a
Arbacia lixula
Ouriço-do-mar-negro
Tempera et al., 2002a
Centrostephanus longispinus
Ouriço-castanho-de-espinhos- Tempera et al., 2002a
longos
Hacelia attenuata
Estrela-do-mar-laranja
Tempera et al., 2002a
Holothuria sanctori
Tempera et al., 2002a
Holothuria sp.
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Marthasterias glacialis
Estrela-do-mar-comum
Tempera et al., 2002a
Ophidiaster ophidianus
Estrela-do-mar-vermelha
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Paracentrotus lividus
Ouriço-comum
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM,
1991a
Sphaerechinus granularis
Ouriço-de-espinhos-curtos
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
TUNICATA
Tempera et al., 2002a
Didemnidae indet.
Para a lista de espécies de peixes da envolvente marinha da ilha do Corvo
também foram utilizados os registos de Tempera et al. (2002), Pietro et al. (2007)
e o PDM (1991a) além do trabalho recente de Mealha (2009). O número de
espécies indicado para cada grupo taxonómico refere-se ao número máximo de
espécies observadas, tendo sido contabilizadas como espécies diferentes as
espécies ideterminadas observadas por autores diferentes.
Tabela 21 – Listagem de peixes da ilha do Corvo
Nome científico
Nome vulgar
Fonte
Abudefduf luridus
Castanheta-preta
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Anthias anthias
Canário-do-mar
Tempera et al., 2002a
Folião
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Peixe-porco
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007; PDM, 1991a
Apogon imberbis
Atherina presbyter
1
Balistes carolinensis
Tempera et al., 2002a
Belonidae (Família) indet.
Tempera et al., 2002a
Boops boops
Bogas
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Bothus podas maderensis
Solha
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007;
Caranx crysos
Írio-de-Serra
Tempera et al., 2002a
Centrolabrus trutta
Bodião-verde
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Centrolabrus caeruleus
Endémico dos Açores
Bodião verde
Mealha, 2009; Pietro et al., 2007
Chelon labrosus
Tainha
Mealha, 2009; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Chromis limbata
Castanheta-amarela
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Conger conger
Conger conger
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Coris julis
Peixe-rei
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007;
Coryphoblennius galerita
Caboz de crista
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Dasyatis pastinaca
Ratão
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Diplodus sargus cadenati
Sargo
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Diplodus vulgaris
Sargo-safia
Mealha, 2009;
Echiichthys vipera
Peixe-aranha
Tempera et al., 2002a
Enchelycore anatina
Anatina
Tempera et al., 2002a
Epinephelus alexandrinus
Badejo
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Epinephelus marginatus
Mero
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007; PDM, 1991a
Gaidropsarus guttatus
Viúva
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Caboz ou Joana
Gobius paganellus
Gymnammodytes cicerellus
Gymnothorax unicolor
Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Tempera et al., 2002a
Moreão
Kyphosus sp.
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Kyphosus sectator
Patruça
Pietro et al., 2007
Labrus bergylta
Bodião-vermelho
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Lipophrys pholis
Caboz-gigante
Pietro et al., 2007;
Lipophrys trigloides
Caboz
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Mugilidae sp.
Salmonete
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007; PDM, 1991a
Mullus surmuletus
Moreia preta
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Muraena augusti
Muraena helena
Moreia pintada
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Mycteroperca fusca
Badejo
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007;
Ophioblennius
atlanticus
atlanticus Roi-anzóis
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Pagellus acarne
Besugo
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Pagellus bogaraveo
Goraz, Carapau
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Pagrus pagrus
Pargo
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Parablennius incognitus
Caboz-das-cracas
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Parablennius parvicornis
Caboz-de-poças
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Parablennius ruber
Caboz lusitano
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Paraconger macrops
Congro-da-areia
Tempera et al., 2002a
Phycis phycis
Abrótea
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Pomatoschistus pictus
Góbio-da-areia
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Pomatomus saltator
Anxova
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Pseudocaranx dentex
Enxaréu
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Pseudolepidaplois scrofa
Gaio ou Peixe-cão
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Sarpa salpa
Salema
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Sarda sarda
Serra
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Scomber japonicus
Cavala
Tempera et al., 2002a
Mealha, 2009
Scorpaena sp.
Scorpaena maderensis
Coça
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Scorpaena notata
Rascasso
Tempera et al., 2002a
Scorpaena scrofa
Rocaz
Tempera et al., 2002a
Seriola dumerili
Lírio
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Seriola rivoliana
Írio
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Serranus atricauda
Garoupa
Tempera et al., 2002a; PDM, 1991a
Sparisoma cretense
Veja
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Sphoeroides marmoratus
Sopapo
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007
Sphoeroides spengleri
Sopapo
Pietro et al., 2007
Sphyraena viridensis
Bicuda
Tempera et al., 2002a; Pietro et al., 2007; PDM, 1991a
Symphodus mediterraneus
Trombetão
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009;
Synodus saurus
Lagarto-da-costa
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007
Taeniura grabata
Ratão)
Tempera et al., 2002a
Thalassoma pavo
Rainha
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; Pietro et al.,
2007; PDM, 1991a
Thorogobius ephippiatus
Bochecha-pintada
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009
Thunus thynus thynus
Atum rabilo
Pietro et al., 2007;
Trachinotus ovatus
Prombetas
Tempera et al., 2002a
Trachurus picturatus
Chicharros
Tempera et al., 2002a
Tripterygion delaisi delaisi
Caboz-de-três-dorsais
Tempera et al., 2002a; Mealha, 2009; PDM, 1991a
Xyrichtys novacula
Bodião-da-areia
Tempera et al., 2002a
A única espécie de réptil marinho visitante da ilha do Corvo é a Tartaruga-comum
Caretta caretta (Pietro et al., 2007).
Por último, as espécies de cetáceos que já foram observados ao largo da ilha do
Corvo são 20 (Pietro et al., 2007):
Nome científico
Nome vulgar
Balaenoptera acutorostrata
Baleia-anã
Balaenoptera borealis
Baleia-sardinheira
Balaenoptera musculus
Baliea-azul
Balaenoptera physalus
Baleia-comum
Delphinus delphis
Golfinho-comum
Globicephala macrorhynchus
Baleia-piloto-tropical
Grampus griseus
Moleiro
Hyperoodon ampullatus
Botinhoso
Kogia breviceps
Cachalote-pigmeu
Kogia simus
Cachalote-anão
Megaptera novaeangliae
Baleia-de-bossa
Mesoplodon bidens
Baleia-bicuda-de-sowerby
Mesoplodon europaeus
Baleia-bicuda-de-gervais
Orcinus orca
Orca
Physeter macrocephalus
Cachalote
Pseudorca crassidens
Falsa-orca
Stenella coeruleoalba
Golfinho-riscado
Stenella frontalis
Golfinho-pintado
Tursiops truncatus
Roaz
Ziphius cavirostris
Zífio
Tabela 22 –
Listagem de
cetáceos
observados na
ilha do Corvo
7.
OUTROS
ESTUDOS
MACARONÉSIA
DE
CONSERVAÇÃO
REALIZADOS
NA
Alguns exemplos de controlo/erradicação de fauna e flora invasora levados a
cabo na Macaronésia são:
7.1. Conversão de plantações de Criptomeria japónica em floresta de
laurissilva na Serra da Tronqueira (São Miguel, Açores)
No âmbito do projecto LIFE Priolo (LIFE03NAT/P/000013) numa área de 10ha
foram removidas as espécies de Criptoméria e plantadas cerca de 10 espécies
nativas das florestas de laurissilva, como Erica azorica, Myrica faya, Laurus
azorica, Picconia azorica, Frangula azorica, Ilex perado, Prunus lusitanica,
Juniperus brevifolia, etc.
Ainda no âmbito do mesmo projecto realizou-se a Erradicação
Erradicação de Conteira
Hedychium gardnerianum.
gardnerianum Recorreu-se a métodos químicos e mecânicos. A
nível químico, foram testados vários herbicidas a diferentes concentrações, e o
metil-metsulfurato (comercialmente conhecido como Ally), um químico com muito
baixa toxicidade em mamíferos, aves e organismos aquáticos.
Realizou-se também a Erradicação de Incenso Pittosporum undulatum e
Clethra arborea em S.Miguel. O Incenso é originário da Austrália oriental e foi
introduzido como planta ornamental, já a Clethra arborea, apesar de nativa da
Madeira e parte da floresta de laurissilva, nos Açores tornou-se, em muito locais,
a planta invasora mais agressiva a seguir à Conteira. Ambas as plantas são
removidas por métodos químicos utilizando os mesmos produtos e
concentrações descritos acima para a Conteira.
7.2. Controlo de roedores em Tenerife, Tigaiga no âmbito do projecto LIFELIFE Nature (LIFE96NAT/E/003095)
O veneno utilizado foi o Brodifacoum 0.005% administrado em blocos com
parafina (protecção de condições climáticas adversas). Foram utilizadas caixas de
isco de modo a evitar o consumo do veneno por outras espécies. Foram
seleccionadas duas parcelas em Tigaiga (Norte de Tenerife): uma como controlo
e outra para ser livre de ratos (43ha).
Para a monitorização bimensal de ratos e pombos. Foram colocadas 299 caixas
de isco com veneno arranjadas numa rede. A aplicação de veneno foi repetida de
modo a coincidir com os períodos de reprodução. Os efeitos do veneno nos
pombos (sucesso reprodutor e evolução da população) ratos e noutros grupos
animais foram permanentemente monitorizados. As principais conclusões foram:
a) Completa eliminação dos ratos em quatro meses. O consumo de isco
diminuiu constantemente até atingir um nível constante perto de zero;
b) O sucesso reprodutor dos pombos não aumentou apesar da erradicação
dos ratos;
c) Não houve efeito negativo do veneno nos pombos ou outros vertebrados.
No entanto a comunidade de invertebrados poderá ter sido afectada;
d) Recomendação de gestão nas áreas de reprodução dos pombos.
7.3. Programas de erradicação na Ilha da Madeira
Em 1996, com o apoio do programa LIFE Natureza, foram desenvolvidos esforços
para a erradicação dos coelhos e das Cabras da Deserta Grande da Selvagem
Grande. O Coelho foi erradicado com sucesso através de um método misto que
envolveu a distribuição de um anti coagulante de segunda geração e de
armadilhas. Para os murganhos foi usado o mesmo rodenticida mas colocado em
tubos e caixas, de forma a minimizar os impactos negativos sobre as espécies
não alvo. Este processo foi reforçado pela iscagem estratégica de toda a ilha, isto
é, foi colocado rodenticida em todos os locais que potencialmente poderiam
constituir um habitat para os murganhos. A principal prioridade neste processo
era que o isco não ficasse disponível para outras espécies que não o murganho.
O efeito populacional de cabras foi drasticamente reduzido através do seu abate
com armas de fogo. Relativamente a este grupo a erradicação total não foi ainda
possível, sendo a população mantida em níveis bastante reduzidos. A tabaqueira
está a ser eliminada através de métodos mecânicos, excepto nos casos em que
não é possível a retirada total das raízes das plantas. Nestas circunstâncias é
aplicado localmente um herbicida sistémico.
Em 1998, co-financiado pelo programa LIFE Ntureza, iniciou-se um projecto de
erradicação da Bananilha Hedychium gardnerianum do interior de zonas de
Laurissilva, bem como de áreas de fronteira. Ao abrigo deste projecto foram
intervencionadas cerca de 165 toneladas de rizoma, enterrados 200 toneladas e
colocados em mangas plásticas cerca de 500 toneladas.
Em finais da década de 1990, procedeu-se a erradicação da planta herbácea
Abûndancia Ageratina adenophora, na Deserta Grande, tendo-se efectuado o
arranque de centenas de plantas que existiam na zona onde se encontrava
instalada e em fase de expansão.
Em 2001, iniciou-se um outro projecto na Reserva das Ilhas Selvagens, de
erradicação da Tabaqueira azul Nicotiana glauca, tendo sido financiado pelo
programa Leader +, via ACAPORAMA e em 2006, na Ponta de São Lourenço, de
erradicação do Chorão-das-praias Carpobrotus edulis com o apoio da Direcção
Regional de Educação Especial. Nestes projectos procedeu-se ao arranque total
das plantas e neste momento a situação está controlada devido às
monitorizações feitas pelas equipas de Vigilantes da Natureza.
7. CONCLUSÕES
Nos primeiros três meses de estudo foi realizada uma procura das diferente
fontes de informação disponíveis: livros, revistas, publicações científicas,
expedições, Planos Directores, Estudos de Ordenamento e Gestão, etc. Foram
também contactadas várias instituições, a Universidade dos Açores, Câmaras
Municipal do Corvo, Biblioteca da Ilhas das Flores, e a Escola Básica Integrada
Mouzinho da Silveira da Vila do Corvo. Os restantes meses de estudo destinaramse à revisão e selecção daqueles trabalhos de maior rigor e qualidade científica.
Dos resultados obtidos podem ser extraídas as conclusões seguintes:
1. Os trabalhos existentes acerca da Flora e Fauna dos Açores são poucos
específicos da Ilha do Corvo e do Ilhéu de Vila Franca do Campo e estão
muito dispersos, tendo sido encontradas algumas dificuldades para
compilar a informação.
2. Existem algumas controvérsias em relação à nomenclatura e sistemática a
nível de espécie e subespécie pelos diferentes autores, nomeadamente
para a flora vascular e invertebrados.
3. Em relação a descrição do meio terrestre do ilhéu de Vila Franca do
Campo pouca é a informação disponível acerca do seu património natural.
Da procura bibliográfica exaustiva que se realizou, apenas foram
encontrados 4 trabalhos publicados e um não publicado com informação
relevante sobre os habitats terrestres do ilhéu.
4. A posição geográfica da ilha do Corvo tem feito com que a sua fauna e
flora sejam menos estudadas e menos exploradas do que nas restantes
ilhas do arquipélago. A maioria das expedições realizadas à ilha para a
amostragem e caracterização das espécies tiveram uma duração inferior a
três dias.
5. Em conformidade com o que acontece para a ilha do Corvo, e para todo o
arquipélago dos Açores em geral, não existe qualquer levantamento das
comunidades micológicas existentes no ilhéu de Vila Franca do Campo, e
o conhecimento actual sobre este grupo baseia-se no conhecimento
empírico.
6. A taxonomia das espécies entomológicas tem sido muito pouco estudada,
nomeadamente para as espécies marinhas. Alguns autores têm vindo a
considerar que o número baixo de endemismos achados pode ser devido
à falta de estudos. De facto, o escasso conhecimento existente poderia ser
a maior ameaça à conservação deste grupo como consequência da
sobreexploração dos seus indivíduos sem qualquer medidas de protecção.
7. A história da colonização e exploração antrópica dos ecossistemas
resultaram no baixo nível de espécies endémicas ao nível da flora.
Paralelamente, outros grupos taxonómicos, como por exemplo artrópodes
e moluscos, apesar de actualmente apresentarem uma elevada
diversidade devido à provavel dependência pela flora natural, poderão vir a
sofrer fortes perturbações. Por essa razão, devemos evitar a entrada de
espécies exóticas e defender-nos, especialmente, em relação às espécies
que prejudicam os nossos ecossistemas - as espécies exóticas invasoras.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1-6
REFERÊNCIAS ELECTRÓNICAS CONSULTADAS
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a 30 de Dezembro de 2009:
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2) Anónimo. 2009. Açores.com. Acedido a 30 de Dezembro de 2009.
http://acores.com/?page=art_det&ida=1257
3) htpp://www.aip.pt.
9. ANEXOS
9.1 Decreto Legislativo Regional de criação do Parque Natural do Ilhéu de
Vila Franca do Campo
Reserva Natural Regional do Ilhéu de Vila Franca do Campo, reclassificada
re classificada
pelo Decreto Legislativo Regional n.º 22/2004/A, de 3 de Junho;
Junho (Diário da
República, 1.ª série — N.º 130 — 8 de Julho de 2008 4249. Artigo 15.º Área
protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do
Campo)
1 — A reclassificação da área protegida para a gestão de habitats ou espécies do
ilhéu de Vila Franca do Campo referida na alínea a) do n.º 2 do artigo anterior não
prejudica a manutenção dos critérios e objectivos iniciais quepresidiram à
classificação da Reserva Natural do Ilhéu de
Vila Franca do Campo, nomeadamente:
a) Promover a conservação e valorização dos recursos naturais,
desenvolvendo acções tendentes à salvaguarda da flora e da fauna
principalmente a endémica ou com distribuição muito restrita nos Açores, e dos
valores geológicos, que em conjunto determinam um património natural de
excepção;
b) Aprofundar os conhecimentos científicos sobre comunidades insulares e
marinhas;
c) Contribuir para o ordenamento e disciplina das actividades turística e
recreativa, de forma a evitar a degradação dos valores naturais, culturais e
paisagísticos do local, possibilitando o exercício de actividades de recreio e lazer
compatíveis com a sensibilidade dos valores em presença;
d) Salvaguardar a singularidade do carácter natural, paisagístico e cultural,
possibilitando um incremento de actividades de cariz educativo e interpretativo,
principalmente para benefício da população local e para divulgação dos valores
presentes na área protegida.
2 — Constituem fundamentos específicos para a reclassificação da área
protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila Franca do
Campo os valores tradicionais e estéticos em presença e a importância para
espécies, habitats e ecossistemas protegidos.
3 — Na área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila
Franca do Campo ficam interditos os actos e actividades seguintes:
a) A introdução de espécies zoológicas e botânicas invasoras ou não
características das formações e associações naturais existentes, nomeadamente
plantas e animais exóticos;
b) O depósito de resíduos;
c) A prática de actividade cinegética;
d) A prática de todo e qualquer tipo de pesca, incluindo
a pesca lúdica e a caça submarina;
e) A instalação, afixação, inscrição ou pintura mural de
mensagens de publicidade ou propaganda, temporárias ou
permanentes, de cariz comercial ou não, incluindo a colocação
de meios amovíveis, com excepção da sinalização
específica da área protegida;
f) A recolha e posse de qualquer elemento ou amostra
geológica, com excepção dos destinados à investigação
científica ou no âmbito de acções de monitorização ambiental;
g) A prática de campismo;
h) A instalação de infra -estruturas eléctricas e telefónicas,
aéreas, subterrâneas e de aproveitamento de energias
renováveis;
i) A exploração e extracção de massas minerais e a instalação
de novas explorações de recursos geológicos;
j) O sobrevoo de aeronaves com motor abaixo de 1000 pés, salvo por razões
de vigilância e combate a incêndios, operações de salvamento e trabalhos
científicos devidamente autorizados pela entidade competente;
l) A utilização de aparelhagens sonoras;
m) A prática de actividades desportivas motorizadas;
n) A imobilização de embarcações e barcos de recreio;
o) A realização de quaisquer actividades que perturbem o equilíbrio da
envolvente.
4 — Na área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila
Franca do Campo ficam condicionados e sujeitos a parecer prévio do serviço
com competência em matéria de ambiente os actos e actividades seguintes:
a) A alteração à morfologia do solo por escavações ou aterros, pela
modificação do coberto vegetal, do corte de vegetação arbórea e arbustiva, com
excepção das decorrentes da execução de acções de manutenção e limpeza da
área protegida;
b) A colheita, captura, abate ou detenção de exemplares
e quaisquer espécies naturais, vegetais ou animais, sujeitas a medidas de
protecção, em qualquer fase do seu ciclo biológico, incluindo a destruição de
ninhos e a apanha de ovos, a perturbação ou a destruição dos seus habitats;
c) A prática de foguear, incluindo a utilização de grelhadores e similares, e a
realização de queimadas;
d) A navegação com embarcações motorizadas no interiorda cratera, excepto
se decorrentesda prática de actividades devidamente autorizadas ou
concessionadas;
e) A realização de obras de construção civil, designadamente
ovos edifícios, ampliação, conservação, colecção de dissonâncias, recuperação
e reabilitação ou demolição de edificações, excepto quando regulamentadas;
f) A introdução ou reintrodução de espécies zoológicase botânicas não
referidas na alínea a) do número anterior, bem como a entrada de animais de
companhia;
g) A utilização de produtos químicos em operações de gestão e manutenção,
nomeadamente de herbicidas e fertilizantes químicos;
h) A pernoita;i) O mergulho com escafandro;
j) A captação e o desvio de águas ou a execução de quaisquer obras
hidráulicas;
l) A circulação fora dos trilhos e caminhos estabelecidos, excepto quando
necessário para acções científicas e de educação ambiental ou outras actividades
de carácter excepcional, nomeadamente de manutenção e limpeza da área
protegida;
m) A abertura de novos trilhos e caminhos com interesse para a gestão,
fruição ou usufruto da área protegida, bem como a requalificação dos existentes;
n) A instalação de infra -estruturas de saneamento básico;
o) A alteração da configuração dos fundos marinhos;
p) A acostagem de embarcações no molhe do ilhéu;
q) A realização de eventos culturais e desportivos.
5 — Os limites territoriais da área protegida para a gestãode habitats ou espécies
do ilhéu de Vila Franca do Campo estão representados no anexo II pela sigla
SMG06.
6 — A área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila
Franca do Campo integra no seu âmbito os objectivos e limites territoriais
definidos para o SIC Caloura — ponta da Galera e observa, cumulativamente com
o regime definido pelo presente diploma, o
regime estabelecido pelo Plano Sectorial Rede Natura 2000 e, ainda, o regime
decorrente do Plano de Ordenamento da Orla Costeira da Costa Sul da Ilha de
São Miguel, aprovado pelo Decreto Regulamentar Regional n.º 29/2007/A, de 5
de Dezembro, adiante designado por POOC da Costa Sul da Ilha de São Miguel.
7 — A área protegida para a gestão de habitats ou espécies do ilhéu de Vila
Franca integra no seu âmbito as zonas de reserva integral de captura de lapas
definida no n.º 3 do artigo 4.º do Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A, de
31 de Julho.
Plano de ordenamento e gestão do ilhéu de Vila Franca do Campo,
Campo , proposta
do Istituto de Superior de Agronomía do ano 2000.
Estão identificadas, no âmbito da RNIVFC as seguintes tipologias que constam na
planta de ordenamento: 1) Conservação; 2) Conservação com estratégias de
recuperação; 3) Uso condicionado; 4) Recreio com Estratégias de Valorização; 5)
Recreio.
Na RNIVFC, a área de Conservação (1) integra as seguintes zonas: a) Arribas; b)
Farilhão, Baixa do Meio e Baixa da Cozinha; c) Formações herbáceo-arbustiva
com dominância de Erica azorica (Ilhéu Pequeno e vertentes exteriores do Ilhéu);
d) Formações herbáceas com ocôrrencia de Festuca petraea (Ilhéu Pequeno e
vertentes exteriores do Ilhéu); e) Formações arbóreas de Metrosideros tomentosa
nas vertentes interiores do Ilhéu; f) Formações herbáceo-arbustiva com
dominância de Arundo donax; g) Formação de vinha e formação arbustiva com
dominância de Arundo donax não incluidas na Classe de Conservação con
Estratégias de Recuperação; h) Manchas de solos mais desenvolvidos do tipo
ândico nas zonas mais elevadas do ilhéu, não incluidas na Classe de
Conservação con Estratégias de Recuperação; i) Manchas de solo em processo
de morfogénese e degradação nas vertentes interiores do ilhéu.
As zonas que constituem a área de Conservação com Estratégias de
Recuperação (2) são as seguintes:
a) Zona superior do Ilhéu Pequeno, com solos incipientes desenvolvidos sobre
tufos palagoníticos e formação herbáceo-arbustiva com dominância de Erica
azorica
b) Zona inferior das vertentes interiores do ilhéu, adjacentes à bahía com
exposição predominante a Este, com formações herbáceo-arbustiva com
plantas craussicales, nomeadamente Agave sp. e Opuntia sp.
c) Zona superior do Ilhéu, anteriormente utilizada para cultivo da vinha,
caracterizadas por declives predominantemente inferiores a 16%, solos
ândicos e formações arbustivas com dominância de Arundo donax e Myrica
faya com Vitis vinifera e Vitis labrusca, adjacentes ao trilho existente.
A área de Uso Condicionado (3) integra as seguintes zonas:
a) Trilho pedonal entre o portão de acesso à zona superior do Ilhéu e a zona do
depósito no topo superior
b) Plataforma de terreno na vertente interior do Ilhéu com exposição junto à
formação de Metrosideros tomentosa, e adjacente ao trilho pedonal
A área de Recreio com Estratégias de Valorização (4) está constituída pelas
seguintes zonas: a) Caminhos existentes na área de Recreio; b) Faixa com 1,00 m
de largura adjacente ao caminho, entre a bifurcação e o alpendre existente; c)
Edifícios existentes; d) Plataformas adjacentes ao caminho; e) Ancoradouros.
A área de Recreio (5) inclui a zona de areal ou áreas com aptidão para recreio
menos sensíveis, nomeadamente as áreas junto à baía, no seu lado Norte e Este,
em situação de substrato geológico de tufos palagoníticos estratificados com
fragmentos líticos finos de fáceis basáltica, sem revestimento vegetal,
exceptuando-se a área de Recreio com Estratégias de Valorização.
9.2. Plantas da ilha do Corvo do Plano Director Municipal do Corvo
9.2.1. Planta das condicionantes da ilha do Corvo (PDM, 1991b)
9.2.2. Planta da situação existente da Ilha do Corvo (PDM, 1991b)
9.2.3. Planta da ordenamiento da Ilha do Corvo (PDM, 1991b)
9.2.4. Planta da Reserva Ecológica Regional existente da Ilha do Corvo (PDM,
1991b)
9.2.5. Planta da síntesis da Ilha do Corvo (PDM, 1991b)
9.3. Galeria de fotos
9.3.1. Fotos do ilhéu de Vila Franca do Campo e de algumas das espécies
nidificantes
Trabalhos de controlo de canas no IVFC
9.3.2. Fotos da Ilha do Corvo e das espécies
Fotos da monitorização de roedores na ilha do Corvo