Floresta Estacional Decidual
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Floresta Estacional Decidual
Volume II Floresta Estacional Decidual Editores Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner Blumenau 2012 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina © Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani, André Luís de Gasper, Débora Vanessa Lingner (Editores) UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU Editora da FURB REITOR Rua Antônio da Veiga, 140 89012-900 Blumenau-SC, BRASIL Fone: (47) 3321-0329 João Natel Pollonio Machado Governo do Estado de Santa Catarina VICE-REITOR Governador João Raimundo Colombo Griseldes Fredel Boos Correio eletrônico: [email protected] EDITORA DA FURB Internet: www.furb.br/editora CONSELHO EDITORIAL Revisão: Roberto Belli Diagramação: Nenno Silva Distribuição: Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Fone: (47) 3221-6047 Correio eletrônico: [email protected] Edson Luiz Borges Elsa Cristine Bevian João Francisco Noll Jorge Gustavo Barbosa de Oliveira Roberto Heinzle Marco Antônio Wanrowsky Maristela Pereira Fritzen EDITOR EXECUTIVO Internet: www.iff.sc.gov.br Maicon Tenfen Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável Secretário Paulo Bornhausen Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina Presidente Sergio Luiz Gargioni Serviço Florestal Brasileiro Diretor-Geral Antônio Carlos Hummel Universidade Regional de Blumenau Reitor João Natel Pollonio Machado Universidade Federal de Santa Catarina Reitora Roselane Neckel Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina Presidente Luiz Hessmann Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Lei nº 10.994 de 14 de dezembro de 2004. “Impresso no Brasil / Printed in Brazil” Floresta Estacional Decidual Dedicatória Esta obra é dedicada à memória dos botânicos Raulino Reitz e Roberto Miguel Klein Floresta Estacional Decidual A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável – SDS faz chegar à comunidade técnico-científica o presente trabalho, ciente de sua importância para os estudos da flora catarinense e do Sul do Brasil. A edição desta obra objetiva, em parte, reconhecer o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos no planejamento, execução e divulgação dos resultados do Inventário Florístico Florestal do Estado de Santa Catarina e, em parte, apresentar os resultados dos levantamentos de dados sobre a diversidade de plantas vasculares, composição florística, estrutura e estado de conservação da cobertura florestal, a diversidade genética de espécies ameaçadas de extinção e a importância socioeconômica e cultural dos recursos florestais do Estado. Os resultados deste projeto servirão de base para fomentar a pesquisa científica relacionada à biodiversidade catarinense, mas acima de tudo constituem um marco no planejamento, formulação e desenvolvimento de uma Política Florestal Sustentável para o Estado de Santa Catarina. Diversas ações do Estado, como o Zoneamento Ecológico Econômico, o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais e as atividades de monitoramento, fiscalização e conservação ambiental do Estado, possuem agora sólida base para seu desenvolvimento. A execução deste trabalho esteve a cargo da Universidade Regional de Blumenau (FURB), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), incentivado e financiado pela FAPESC, tendo a Diretoria de Saneamento e Meio Ambiente da SDS reunido as condições para sua publicação. Paulo Bornhausen Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável Alexander Christian Vibrans Editores Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner É com enorme prazer que publicamos os resultados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), conduzido numa parceria entre a Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Esse estudo recebeu apoio financeiro do Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). O IFFSC foi conduzido por uma equipe multidisciplinar que percorreu quase a totalidade do território catarinense, excetuando-se apenas áreas extremamente íngremes e de difícil acesso, com o intuito de inventariar seus remanescentes florestais e gerar uma sólida base de dados. Estas informações servem de subsídios para a formação de políticas públicas voltadas à conservação das florestas catarinenses e para adoção de medidas concretas do uso sustentável dos recursos florestais. O manejo sustentável de uma floresta permite que ela gere renda sem comprometer sua biodiversidade ou outros aspectos importantes de seu tipo de cobertura vegetal. Permite, também, destacar a importância de manter áreas de proteção integral, como a criação de Unidades de Conservação, a fim de preservar a biodiversidade relevante existente nestas áreas. O IFFSC define áreas prioritárias a serem recuperadas, sinaliza para ecossistemas degradados que merecem serem recompostos e aponta para a necessidade premente da elaboração do zoneamento econômico-ecológico das atividades extrativistas do Estado, conduzindo a mecanismos que permitam pagar pelos serviços ambientais em Santa Catarina. O Inventário proporcionou trabalhar na identificação genética de algumas espécies ameaçadas de extinção e/ou de relevância econômica. Com isto foi possível estudar as espécies e áreas que apresentavam maior diversidade, bem como identificar as populações que apresentavam alta similaridade entre si, sendo, por conseguinte, mais ameaçadas de extinção. Dentro do escopo da proposta do IFFSC, foi dada ênfase à avaliação socioeconômica e cultural dos recursos florestais – especialmente das espécies ameaçadas de extinção, através de entrevistas realizadas com as comunidades locais de cada região catarinense. No total, foram investidos mais de R$ 5,3 milhões de recursos públicos em mais de 5 anos de pesquisa científica. A divulgação destes resultados à comunidade é de suma importância. Os últimos dados datavam das décadas de 1950 e 1960, com um nível de detalhamento e cobertura bem mais carentes. Esse Inventário utilizou metodologia compatível com a proposta do Inventário Florestal Nacional, garantindo a integração dos resultados obtidos com os dados de outros Estados da Nação. Santa Catarina apresenta-se como pioneira neste tipo de estudo, no entanto, se faz necessário que seja dada a devida importância aos resultados destacados pelo IFFSC e que seja dada continuidade na melhoria e atualização de seus dados. Sergio Luiz Gargioni Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarana Floresta Estacional Decidual O s recursos florestais ganharam enorme importância nos últimos anos, notadamente após a Rio92, e, desde então, em decorrência de suas convenções, como a da Diversidade Biológica e das Mudanças do Clima. A sua importância é hoje reconhecida por uma gama de bens e serviços que podem gerar, muito além do que apenas a produção de madeira. Os serviços ambientais decorrentes das florestas, tais como a conservação da biodiversidade e a regulação do clima, ganharam o mundo e a simpatia da sociedade. No âmbito nacional, as florestas também têm ganhado enorme espaço nas discussões e atenções da sociedade. A cada dia observa-se uma demanda maior por políticas públicas que conciliem a necessidade de conservação das florestas com as demandas da sociedade, seja por seus produtos e serviços, seja pelo espaço que as florestas ocupam, competindo com outros usos da terra. A produção de informações e conhecimento sobre os recursos florestais nunca foi tão necessária para dosar, de forma equilibrada, a formulação de políticas que incidem sobre regiões, biomas e, muitas vezes, sobre todo o país, influenciando os padrões de uso da terra. No caso do Brasil, a situação merece ainda maior atenção, uma vez que cerca de 60% de seu extenso território ainda são cobertos por florestas. No entanto, também é fato conhecido, que, nos últimos anos, maior atenção tem sido dada à perda de florestas, o desmatamento, pela perda de biodiversidade e pelo aumento de emissões de gases do efeito estufa que causa. Reduzir a perda de florestas é de fato importante, mas conhecer melhor as florestas de que ainda dispomos é um pré-requisito fundamental para a sua conservação. Como país, estamos trabalhando para que o Inventário Florestal Nacional seja realidade e uma política de Estado consolidada e estruturada para produzir informações sobre as florestas de todo o país a cada cinco anos. Ao longo dos últimos anos, o caminho para a construção dessa política tem-se mostrado árduo, pois, de certa forma, é difícil mostrar o seu valor com resultados concretos, antes que estejam disponíveis, sobretudo para aqueles que tomam decisões estratégicas e precisam crer na sua utilidade. Santa Catarina iniciou, de forma pioneira, a implementação de seu Inventário Florístico Florestal para atender a uma demanda da própria sociedade, motivada por proteger espécies ameaçadas e, além disso, dispor de recursos para a sua gestão, agora e no futuro. Tendo como estrutura básica a metodologia nacional proposta para o Inventário Florestal Nacional, Santa Catarina concluiu com êxito essa importante tarefa, produzindo informações ainda mais detalhadas sobre as suas florestas. Desde a área, a distribuição e as condições de suas florestas até a distribuição da diversidade genética das espécies consideradas mais importantes, os resultados apresentados nesta publicação são a prova concreta de até onde se pode chegar com a produção de informações sobre os recursos florestais, para o uso estratégico e em benefício da sociedade. Trata-se de um conjunto de dados tão precioso que certamente ainda servirá para a geração de conhecimento por anos à frente, refinando e proporcionando novas leituras sobre o que se tem e o que deve ser feito para conservar as florestas do estado. Para o Inventário Florestal Nacional, ainda em implementação em outros estados, o exemplo de Santa Catarina demonstra aonde podemos chegar com a produção de informações florestais sobre todo o país. São os resultados concretos que nos faltavam para avançar e convencer. Estão de parabéns todas as instituições estaduais que trabalharam nesse projeto, todos os pesquisadores, gestores públicos, funcionários, profissionais e estudantes que dedicaram o seu tempo e o seu talento para produzir um resultado tão importante para Santa Catarina, tão importante para o Brasil. Joberto Veloso de Freitas Diretor de Pesquisa e Informações do Serviço Florestal Brasileiro Alexander Christian Vibrans Editores Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano (1992), teve como principal tema a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e sobre como reverter o processo de degradação ambiental. Reuniu 117 governantes de países que buscavam encontrar soluções para diminuir desigualdades sociais e enfrentar a crise da biodiversidade. A contribuição acadêmica foi extensa e inúmeros documentos foram produzidos, ressaltando questões e serviços essenciais da biodiversidade, sem os quais a vida na Terra torna-se comprometida: equilíbrio do clima, qualidade e quantidade de água, produção de alimentos, bem-estar humano, entre outros. Após a assinatura da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), foram iniciadas discussões sobre as possíveis alternativas para reverter o quadro crítico da questão ambiental na escala planetária. Mudanças climáticas, uso sustentável de recursos e a conservação da biodiversidade tornaram-se os pontos centrais da agenda global. A CDB fomentou a criação de tratados e outros instrumentos que orientam políticas sobre conhecimento, conservação e uso sustentável da biodiversidade. Para plantas, um dos principais mecanismos propostos a partir da CDB, foi a Estratégia Global para Conservação de Plantas (GSPC). Sua versão atualizada (ver http://www.plants2020.net/implementing-the-gspctargets/) possui cinco objetivos e 16 metas destinadas a buscar o consenso e facilitar sinergias nos níveis global, nacional e regional, de forma a impulsionar o conhecimento, a conservação e o uso sustentável de plantas de 2011 a 2020. Considerando que o alcance dos objetivos e metas da GSPC, requer a geração de conhecimento e de informações científicas em bases acessíveis, pode-se afirmar que os resultados alcançados pelo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina – IFFSC conferem ao estado de Santa Catarina uma situação privilegiada, não só pela quantidade e qualidade dos dados e informações atualizadas sobre sua flora, como também por facilitar o alcance das metas da GSPC e das diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Biodiversidade. O histórico de busca de conhecimento sobre sua flora, que remonta do Plano de Coleções de R. Reitz (1965), o Inventário Florestal Nacional na década de 1980 e os resultados advindos do IFFSC, permitirão ao estado fundamentar suas políticas públicas com base em dados científicos, embasando as tomadas de decisões relativas ao uso e à conservação da flora, permitindo um planejamento territorial adequado, conciliando assim, as políticas de desenvolvimento social e econômico. Além de ampliar o conhecimento sobre as espécies, permitem avaliar o estado de conservação das espécies e ecossistemas, assim como as potencialidades de utilização e recuperação de espécies de valor econômico do estado. Os dados e as informações da cobertura dos remanescentes florestais, do uso e da diversidade genética das espécies de valor econômico registrados pelo IFFSC, contribuem de forma efetiva para que o estado possa avaliar de forma cientifica e consistente, o risco de extinção das espécies e assim, orientar as ações de conservação, das Metas 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 da GSPC. Com estes exemplos da importância do IFFSC, o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina consolida-se como um exemplo a ser seguido por outros estados brasileiros. Gustavo Martinelli Coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Floresta Estacional Decidual Agradecimentos O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina não teria sido realizado sem a contribuição de um grande número de pessoas que, com entusiasmo e perseverança apoiaram a ideia de realizar o inventário das florestas catarinenses e fizeram com que os inúmeros obstáculos que este empreendimento enfrentou fossem superados. Agradecemos aos Governadores do Estado de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira e João Raimundo Colombo, ao Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, aos Presidentes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (FAPESC) Antônio Diomário de Queiroz e Sergio Luiz Gargioni, aos Diretores de Pesquisa Agropecuária, Zenório Piana e de Pesquisa Científica e Inovação da FAPESC, Mario Vidor, ao Diretor de Pesquisa e Informações do Serviço Florestal Brasileiro, Joberto Veloso de Freitas; às gerentes de projetos da FAPESC, Adriana Dias Trevisan e Caroline Heidrich Seibert; aos Gerentes Florestais da Secretaria de Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Maria Eliza Martorano Bathke (in memoriam) e Silvio Tadeu de Menezes (in memoriam); à CAPES pelo apoio financeiro para a editoração deste livro. Um especial agradecimento devemos às equipes de trabalho do IFFSC e aos proprietários das florestas inventariadas; às primeiras, pelo entusiasmo, pelo incansável empenho e pela seriedade e responsabilidade com que realizaram o levantamento dos dados em campo, seu processamento e sua análise, sob condições muitas vezes adversas; aos segundos pela generosidade, compreensão e confiança com que abriram as portas de suas propriedades para as nossas equipes de trabalho. Agradecemos à administração da Universidade Regional de Blumenau que sempre atendeu às demandas do projeto e tornou possíveis trâmites administrativos às vezes inéditos. Aos consultores externos agradecemos pela cooperação e pela revisão dos manuscritos, aos taxonomistas pela valiosa e indispensável colaboração na identificação de mais de 20.000 exsicatas. Alexander Christian Vibrans Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner Floresta Estacional Decidual Sumário Apresentação do IFFSC...................................................................................................................... 17 Equipe executora IFFSC..................................................................................................................... 18 1 Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................ 25 2 Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.................... 33 2.1 Introdução.................................................................................................................................. 34 2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados......................................................... 42 2.2.1 Representatividade da amostragem realizada..................................................................... 43 2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas.............................. 54 2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual......................... 57 2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie......................................................... 63 2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral....................................... 65 2.4 Discussão...................................................................................................................................75 3 Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ...........................................................................................................................81 3.1 Introdução.................................................................................................................................. 82 3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores................................................................. 82 3.2.1 Metodologia........................................................................................................................ 82 3.2.2 Resultados........................................................................................................................... 84 3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores....................................... 94 3.3.1 Metodologia........................................................................................................................ 94 3.3.2 Resultados........................................................................................................................... 98 3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores......................................................... 106 3.4.1 Metodologia...................................................................................................................... 106 3.4.2 Resultados......................................................................................................................... 108 4 Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina...............................................115 4.1 Introdução................................................................................................................................ 116 4.2 Metodologia............................................................................................................................ 117 4.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 117 4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural................................ 119 4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra...................................................................... 121 4.3.3 Esforço amostral............................................................................................................... 121 5 Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina....................... 129 5.1 Introdução................................................................................................................................ 130 5.2 Metodologia............................................................................................................................ 131 5.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 132 6 Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.......... 143 6. 1 Introdução............................................................................................................................... 144 6.2 Metodologia............................................................................................................................ 144 6.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 145 6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo.................................................................... 145 6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo............................................. 156 7 Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina.....................................167 7.1 Introdução................................................................................................................................ 168 7.2 Metodologia............................................................................................................................ 169 7.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 171 7.3.1 Análise florística............................................................................................................... 171 7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste......... 179 7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste......... 184 8 Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina..........................................................................................................................................191 8.1 Introdução................................................................................................................................ 192 8.2 Metodologia............................................................................................................................ 192 8.3 Resultados e discussão............................................................................................................ 193 8.3.1 Distribuições diamétricas gerais....................................................................................... 193 8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral................................................................ 194 8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie................................................................................. 202 9 Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina................................... 213 9.1 Introdução................................................................................................................................ 214 9.2 Metodologia............................................................................................................................ 215 9.3 Resultados............................................................................................................................... 216 9.3.1 Análise discriminatória..................................................................................................... 216 9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais......................................................................... 217 10 Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina........................... 229 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual................................................. 236 Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare........................... 257 Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual.............. 269 Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual........................ 283 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual....... 291 Floresta Estacional Decidual Apresentação do IFFSC Um inventário florestal tem por finalidade obter dados qualitativos e quantitativos dos recursos florestais de uma determinada área, fornecendo aos gestores desta área informações básicas para o planejamento de atividades de manejo e conservação das florestas. Realizado em escala regional ou nacional, o inventário subsidia a tomada de decisão num nível mais amplo; fundamenta o direcionamento de políticas públicas relativas ao uso e à conservação dos recursos florestais e a adoção de medidas concretas para sua implementação. A realização de um inventário florestal em Santa Catarina foi motivada pelas Resoluções nº 278/2001 e nº 309/2002 do CONAMA, que vincularam autorizações para corte e exploração de espécies ameaçadas de extinção, constantes da lista oficial, em populações naturais no bioma Mata Atlântica, à elaboração de “critérios técnicos, baseados em inventário florestal que garantam a sustentabilidade da exploração e a conservação genética das populações”. Após ampla discussão do seu escopo e de sua metodologia, o objetivo do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC) foi então ampliado, no sentido de gerar uma sólida base de dados para fundamentar políticas públicas que visem a efetiva proteção das florestas nativas mediante a adoção de medidas de conservação, recuperação e utilização dos recursos florestais, além de um planejamento territorial adequado. O inventário foi realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (FAPESC) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) no período entre 2007 e 2011 e teve como objetivos específicos: - Caracterizar a composição florística e estrutura dos remanescentes florestais por meio de um inventário sistemático e detalhado; - Caracterizar a diversidade e estrutura genética de populações de espécies ameaçadas empregando marcadores alozímicos; - Realizar um levantamento socioambiental por meio de entrevistas, focado nos usos tradicionais dos recursos florestais e na percepção da população rural; - Criar uma estrutura que permite a todas as pessoas o acesso às informações obtidas através do uso da internet. Neste Volume II são apresentados os resultados dos estudos realizados na Floresta Estacional Decidual no período entre 2008 e 2010, através do Convênio 16.603/2008-0, firmado entre a FAPESC e a Universidade Regional de Blumenau. A metodologia de todos os levantamentos do IFFSC está detalhadamente descrita no Volume I desta obra e foi abordada apenas resumidamente no presente volume. Foi objetivo publicar, além dos resultados de análises qualitativas e quantitativas dos dados coletados, listas de espécies e tabelas com dados de variáveis dendrométricas e fitossociológicas por espécie, por unidade amostral e por classe de diâmetro, para futuras consultas e para possibilita a realização de novos estudos. No Volume I são apresentados os resultados gerais para Santa Catarina, no contexto das três regiões fitoecológicas, além dos resultados dos estudos genéticos, sócioambientais e outros correlatos. O Volume III é dedicado aos resultados obtidos na Floresta Ombrófila Mista e o Volume IV aos da Floresta Ombrófila Densa. O Volume V aborda as plantas epifíticas da Floresta Ombrófila Densa e o Volume VI contem um guia de campo para identificação de epífitas. No Volume VII serão abordadas as espécies raras e ameaçadas de extinção. Informações atualizadas estão disponíveis no portal do IFFSC: www.iff.sc.gov.br 17 Alexander Christian Vibrans Editores Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner Equipe executora IFFSC A equipe do IFFSC foi formada por integrantes das seguintes instituições executoras: Universidade Regional de Blumenau (FURB), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Empresa de Pesquisa e Extensão Agropecuária de Santa Catarina (EPAGRI). Esta equipe contou com a valiosa colaboração dos proprietários das florestas inventariadas e dos consultores e taxonomistas externos, oriundos de várias instituições entre universidades e instituições de pesquisa brasileiras e estrangeiras. Coordenador institucional: Eng. Agron. MSc. Sílvio Tadeu de Menezes (Secretaria de Agricultura e da Pesca) (in memoriam) Equipe da Universidade Regional de Blumenau (FURB) Coordenação Alexander Christian Vibrans Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Equipe científica Floresta Estacional Decidual Anita Stival dos Santos Bióloga Annete Bonnet Bióloga, Dra. (Epífitas) Carlos Anastácio Júnior Engenheiro Florestal Eduardo Brogni Engenheiro Florestal, MSc. Guilherme Klemz Engenheiro Florestal Jaison Leandro Engenheiro Florestal Juliane Luzia Schmitt Bióloga (Epífitos) Marcela Braga Godoy Bióloga Marcio Verdi Biólogo Ronnie Schmitt Engenheiro Florestal Susana Dreveck Bióloga Volnei Rodrigo Pasqualli Engenheiro Florestal Alexandre Uhlmann Biólogo, Dr., Embrapa Florestas Tiago João Cadorin Biólogo (Epífitos) Annete Bonnet Bióloga, Dra., Embrapa Florestas César Pedro Lopes de Oliveira Rapelista Julio Cesar Refosco Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Eder Caglioni Rapelista Karin Esemann de Quadros Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau Raphael Borsoi Saulo Escalador Lauri Amândio Schorn Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Regional de Blumenau Renato Schmitz Escalador Lucia Sevegnani Bióloga, Dra., Universidade Regional de Blumenau Simone Silveira Escaladora Marcos Eduardo Guerra Sobral Biólogo, Dr., Universidade Federal de São João del Rei Felipe Borsoi Saulo Escalador Moacir Marcolin Engenheiro Florestal, MSc., Universidade Regional de Blumenau José Francisco Torres Escalador Ademar Hilton Kniess Auxiliar de campo Consultores externos Ary Teixeira de Oliveira Filho Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Minas Gerais Aline Luíza Tomazi Auxiliar de campo Daniel Piotto Engenheiro Florestal, Dr., Serviço Florestal Brasileiro Ary Francisco Mohr Filho Auxiliar de campo Doádi Antônio Brena Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria Bruna Grosch Auxiliar de campo Ernestino Guarino Engenheiro Florestal, Dr., Embrapa Acre Caroline Cristofolini Auxiliar de campo João André Jarenkow Biólogo, Dr., Universidade Federal do Rio Grande do Sul Claus Leber Auxiliar de campo Solon Jonas Longhi Engenheiro Florestal, Dr., Universidade Federal de Santa Maria Deunízio Stano Auxiliar de campo Ronald E. McRoberts Matemático, Dr., U.S. Forest Service, Saint Paul, Minnesota Diego Henrique Klettenberg Auxiliar de campo Vanilde Citadini-Zanette Bióloga, Dra., Universidade do Extremo Sul Catarinense Douglas Meyer Auxiliar de campo Yeda Maria Malheiros de Oliveira Engenheira Florestal, Dra., Embrapa Florestas Eduardo Francisco Pedro Auxiliar de campo Emílio Boing Auxiliar de campo Equipes de campo Alexandre Korte Biólogo Eusébio Afonso Welter Auxiliar de campo Andres Krüger Engenheiro Florestal Evair Legal Auxiliar de campo André Luís de Gasper Biólogo, MSc. Francisco Estevão Carneiro Auxiliar de campo 18 19 Alexander Christian Vibrans Editores Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner Floresta Estacional Decidual Francys João Balestreri Auxiliar de campo Adilson Luiz Nicoletti Bolsista, Engenharia Florestal Hélio Tomporowski Auxiliar de campo Ary Gustavo Brignoli Wolff Bolsista, Engenharia Florestal Herison José de Melo Auxiliar de campo Bruno Burkhardt Bolsista, Engenharia Florestal Jair Ivan Rodrigues da Fonseca Auxiliar de campo Camila Mayara Gessner Bolsista, Engenharia Florestal Luís Cláudio Auxiliar de campo Carla Marcolla Bolsista, Engenharia Florestal Marcelo Devid Ferreira Silva Auxiliar de campo Cláudia Mariana Kirchheim da Silva Bolsista, Engenharia Florestal Marco Antônio Florêncio Auxiliar de campo Débora Cristina da Silva Bolsista, Engenharia Florestal Naiara Maria Bruggemann Auxiliar de campo Diego Knoch Sampaio Bolsista, Engenharia Florestal Otávio Júnior Jeremias Auxiliar de campo Eder de Lima Bolsista, Engenharia Florestal Pedro Rodrigues dos Santos Auxiliar de campo Gabriel Eduardo Marroquin Choto Bolsista, Engenharia Florestal Rafaela Tamara Marquardt Auxiliar de campo Helena Koch Bolsista, Engenharia Florestal Reginaldo José de Carvalho Auxiliar de campo João Paulo de Maçaneiro Bolsista, Engenharia Florestal Ricardo Zimmermann Auxiliar de campo Luana Silveira e Silva Bolsista, Engenharia Florestal Robson Carlos Avi Auxiliar de campo Maiara Jade Panca Bolsista, Engenharia Florestal Rony Paolin Hasckel Auxiliar de campo Morgana dos Santos Neckel Bolsista, Engenharia Florestal Sabrina De Moraes Clems Auxiliar de campo Murilo Schramm da Silva Bolsista, Engenharia Florestal Simone de Andrade Auxiliar de campo Raphaela Noêmia Dutra Bolsista, Engenharia Florestal Valdir de Oliveira Auxiliar de campo Sivonir Ricardo Fuchs Bolsista, Engenharia Florestal Heitor Felipe Uller Bolsista Engenharia Florestal Stefanie Cristina De Souza Bolsista, Engenharia Florestal Jefferson Tachini Bolsista Engenharia Florestal Thiago Michael Barth Bolsista, Engenharia Florestal Paulo Roberto Lessa Bolsista Engenharia Florestal Alexandre Amilton de Oliveira Bolsista, Engenharia Florestal Regiane Richartz Bolsista Engenharia Florestal Daniel Augusto da Silva Bolsista, Engenharia Florestal Deise Clarice Melchioretto Bolsista Engenharia Florestal Kathlen Heloise Pfiffer Bolsista, Engenharia Florestal Diego Marcos Feldhaus Bolsista Engenharia Florestal Herbário Eron Marcus Santos Bolsista Engenharia Florestal André Luís de Gasper Biólogo, MSc. Leila Meyer Bióloga Processamento de dados Débora Vanessa Lingner Engenheira Florestal, MSc. Morilo José Rigon Jr. Biólogo Deisi Cristini Sebold Engenheira Florestal Alciane Cé Valim Bolsista, Ciências Biológicas Karine Heil Soares Engenheira Florestal Aline Haverroth Bolsista, Ciências Biológicas Shams Sabbagh Engenheiro Florestal Arthur Vinícius Rodrigues Bolsista, Ciências Biológicas Suélen Schramm Schaadt Engenheira Florestal, MSc. Camila Bernadete Ptermann Bolsista, Ciências Biológicas Vilmar Orsi Analista de Sistemas Emily Daiana do Santos Bolsista, Ciências Biológicas Paolo Moser Matemático Heitor Felipe Uller Bolsista, Engenharia Florestal Adam Henry Marques Gonçalves Bolsista, Engenharia Florestal Itamara Kureck Bolsista, Nutrição 20 21 Alexander Christian Vibrans Editores Lucia Sevegnani André Luís de Gasper Débora Vanessa Lingner Floresta Estacional Decidual Kamila Vieira Bolsista, Ciências Biológicas Ariane Luna Peixoto Jardim Botânico do Rio de Janeiro Mariana Sara Custódio Bolsista, Ciências Biológicas Armando Cervi Universidade Federal do Paraná Nayara Lais de Souza Bolsista, Ciências Biológicas Denilson Fernandes Peralta Instituto de Botânica de São Paulo Thiago Alberto Beckhauser Bolsista, Ciências Biológicas Eliane de Lima Jacques Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Vanessa Bachmann Bolsista, Ciências Biológicas Elsie Guimarães Jardim Botânico do Rio de Janeiro Erik Koiti Okiyama Hattori Universidade Federal de Minas Gerais Alunos de Pós-graduação André Luís de Gasper Biologia Vegetal, Universidade Federal de Minas Gerais Fábio de Barros Instituto de Botânica de São Paulo Anita Stival dos Santos Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Gustavo Martinelli Jardim Botânico do Rio de Janeiro Cláudia Fontana Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Hilda Longhi-Wagner Universidade Federal do Rio Grande do Sul Débora Vanessa Lingner Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau João Aranha Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Mariana Eder Caglioni Engenharia Florestal, Universidade Federal do Paraná João Renato Stehmann Universidade Federal de Minas Gerais Eduardo Brogni Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Leandro Giacomin Universidade Federal de Minas Gerais Gisele Müller Amaral Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Lidyanne Aona Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Gustavo Antonio Piazza Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Lúcia Lohmann Universidade de São Paulo Marcelo Bucci Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Luciano Moreira Ceolin Universidade Federal do Paraná Marcio Verdi Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Mara Rejane Ritter Universidade Federal do Rio Grande do Sul Paolo Moser Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Marcus Nadruz Jardim Botânico do Rio de Janeiro Suélen Schramm Schaadt Engenharia Ambiental, Universidade Regional de Blumenau Maria de Fátima Freitas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Talita Macedo Maia Engenharia Florestal, Universidade Regional de Blumenau Maria Leonor Del Rei Universidade Federal de Santa Catarina Maria Salete Marchioretto Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS Administração Dirce Harnisch Auxiliar administrativo María Silvia Ferrucci Instituto de Botánica del Nordeste Maria José Santana Barros Auxiliar administrativo Massimo Bovini Jardim Botânico do Rio de Janeiro Regiane Patrícia de Souza Auxiliar administrativo Mizue Kirizawa Instituto de Botânica Solange Maria Krug Auxiliar administrativo Rafael Trevisan Universidade Federal de Santa Catarina Taysa Cristina Nardes Auxiliar administrativo Rafaela Campostrini Forzza Jardim Botânico do Rio de Janeiro Regina Andreata Universidade Federal do Rio de Janeiro Taxonomistas Adriana Lobão Universidade Federal Fluminense Renato Goldenberg Universidade Federal do Paraná Alain Chautems Conservatoire et Jardin botanique de la Ville de Genève Rodrigo Augusto Camargo Universidade Estadual de Campinas Alexandre Quinet Jardim Botânico do Rio de Janeiro Alexandre Salino Universidade Federal de Minas Gerais Alice Calvente Universidade Federal do Rio Grande do Norte Ana Cláudia Fernandes Universidade Federal de Minas Gerais Ana Odete Santos Vieira Universidade Estadual de Londrina Andrea Costa Museu Nacional do Rio de Janeiro 23 Capítulo 1 Floresta Estacional Decidual Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Original and present forest cover of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina Alexander Christian Vibrans, Ronald Edward McRoberts, Débora Vanessa Lingner, Adilson Luiz Nicoletti, Paolo Moser Resumo De acordo com o mapa fitogeográfico de Klein, a Floresta Estacional Decidual cobria em Santa Catarina 7.670 km² ou 8% do território. A Floresta Ombrófila Densa cobria aproximadamente 31% e a Floresta Ombrófila Mista 45%, enquanto os campos cobriam 14% e outras formações 2%. A cobertura florestal atual foi estimada com base na avaliação da acuracidade de quatro recentes mapeamentos e nos dados de campo do IFFSC. Estes mapas foram elaborados por instituições governamentais e não-governamentais entre 2005 e 2009, a partir da interpretação de imagens orbitais multiespectrais de resolução espacial média. Os resultados, no entanto, mostraram grandes discrepâncias, com estimativas de cobertura florestal que variam entre 9,6% e 24,6% para a Floresta Estacional Decidual. Considerando vários parâmetros estatísticos de uma amostragem aleatória simples bem como de estimativas baseadas em modelagem com tendências ajustadas pelos dados terrestres do IFFSC, chegou-se a uma estimativa de 1.231 km² com um intervalo de confiança relativamente grande compreendido entre 733 e 1.730 km², equivalentes a uma cobertura florestal de 16,1% para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A fragmentação dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual é maior do que nas demais regiões fitoecológicas no estado, com fragmentos de até 50 hectares representando 89% do total dos fragmentos e 52% de toda área coberta por florestas. Abstract According to Klein’s phytogeographic map, Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina originally covered 7,670 km² or 8% of the state’s territory. Dense Ombrophylous Forest covered nearly 31% and Mixed Ombrophylous Forest 45%, while natural grasslands covered 14% and other formations 2%. The present forest cover was estimated based on an accuracy assessment of four recent cover maps using IFFSC ground data. The maps were produced by governmental and non-governmental institutions between 2005 and 2009, based on classification of medium resolution imagery. Large discrepancies of forest cover of Seasonal Deciduous Forest were observed, ranging from 9.6% to 24.6%. Considering different statistic parameters of plot-based, simple random sampling and bias adjusted model-assisted estimates, the present forest area is estimated in 1,231 km² with a relatively large 95% confidence interval, ranging from 733 to 1,730 km². This estimated forest area represents a current forest cover of 16.1% within the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Fragmentation of forests in Seasonal Deciduous Forest was more intense than otherwere in Santa Catarina, with small forest remnants (<50ha) representing 89% of all forest remnants and 52% of total forest area. Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Lingner; D.V. Nicoletti, A.L.; Moser, P. 2012. Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 25 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utiliza como divisão fitogeográfica do estado aquela proposta por Klein (1978). De acordo com seu mapa fitogeográfico (Figura 1.1), a região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual cobria originalmente uma área de aproximadamente 7.946km², equivalente a 8% da superfície do estado, enquanto a Floresta Ombrófila Mista cobria 45%, os Campos Naturais 14% e a Floresta Ombrófila Densa 31% (Tabela 1.1). SC/FATMA, com base em classificação não-supervisionada de imagens multiespectrais dos satélites SPOT-4 e SPOT-5 do ano de 2005 (Geoambiente 2008). Os resultados destes dois levantamentos, bem como os do projeto PROBIO/MMA (Vicens & Cruz 2008) e do Atlas 2008 (Fundação SOS Mata Atlântica 2009), foram validados com os dados de campo do IFFSC por Vibrans et al. (2013), baseado em metodologia de McRoberts (2010; 2011) e são apresentados na Tabela 1.2. Os valores da cobertura florestal remanescente tanto de Santa Catarina, como da área originalmente coberta pela Floresta Estacional Decidual variam de acordo com cada mapeamento. A validação com dados de campo do IFFSC mostrou que os mapeamentos Atlas 2008 e PROBIO/MMA subestimaram a extensão dos remanescentes, enquanto os mapas LCF/SAR e PPMA-SC/FATMA superestimaram a cobertura remanescente. Considerando um conjunto de parâmetros estatísticos e os trabalhos de campo do IFFSC, é possível afirmar que, baseado no mapeamento Atlas 2008 (Fundação SOS Mata Atlântica 2009) e com probabilidade de 95%, a cobertura florestal remanescente em 2008 na Floresta Estacional Decidual era de 1.231,10 km² (equivalentes a 16,1% de sua área original), com um intervalo de confiança entre 732,71 e 1.729,89 km² (equivalente a uma cobertura florestal entre 9,6 e 22,6%) para um nível de probabilidade de 95% (Vibrans et al. 2013). Nas Figuras 1.2 a 1.5 foram reproduzidos os remanescentes florestais de acordo com os arquivos originais dos levantamentos citados, gentilmente cedidos ao IFFSC pelos responsáveis das respectivas instituições executoras. Tabela 1.2. Remanescentes florestais em Santa Catarina e da Floresta Estacional Decidual; p̂ SRS = Área e percentual de cobertura florestal equivalente à proporção da amostragem aleatória simples; = Área e percentual de cobertura florestal ajustada a partir de matriz de erro considerando os dados de campo do IFFSC, de acordo com Vibrans et al. (2013). Table 1.2. Forest cover of Santa Catarina and of Seasonal Deciduous Forest. p̂ SRS = estimation of forest cover using simple random sampling (SRS); = Model assisted forest cover estimation based on IFFSC ground data, according to Vibrans et al. (2013). Base de dados e ano de referência Figura 1.1. Mapa fitogeográfico do estado de Santa Catarina (Klein 1978). Figure 1.1. Phytogeographic map of Santa Catarina (Klein 1978). IFFSC (campo; 2008/10) Tabela 1.1. Extensão original das regiões fitoecológicas em Santa Catarina, de acordo com Klein (1978). Table 1.1. Original extension of vegetation types in Santa Catarina, according to Klein (1978). Região Fitoecológica Superfície original em km² Percentual da superfície do estado Floresta Ombrófila Densa 29.282,00 30,71 Floresta Ombrófila Mista 42.851,56 44,94 Campos Naturais 13.543,00 14,20 Floresta Estacional Decidual 7.670,57 8,04 Outras (Restinga, Manguezais) 1.999,05 2,10 95.346,18 100 Total LCF/SAR (2003/04) PROBIO (2000) Atlas 2008 (2008) PPMA (2005) Santa Catarina Estimador Área (km2) % Área (km2) % p̂ SRS 26.337, 8 27,8 1.250,6 16,3 p̂ SRS 35.498,7 37,2 1.749,3 22,8 31.326,2 32,9 1.921,4 25,0 25.680,3 26,9 737,2 9,6 30.563,0 32,1 1.600,1 20,9 21.340,7 22,4 798,3 10,4 27.555,0 28,9 1.231,3 16,1 39.531,2 41,5 1.887,8 24,6 35.092,3 36,8 1.813,2 23,6 p̂ SRS p̂ SRS p̂ SRS Para identificar os remanescentes florestais a serem amostrados foi realizado o mapeamento dos remanescentes florestais e do uso do solo através de interpretação visual de imagens orbitais multiespectrais dos satélites Landsat-5 TM e Landsat-7 ETM+ dos anos de 2003 e 2004 LCF/SAR (SAR 2005). Além destes dados, o IFFSC utilizou o mapeamento temático realizado pelo projeto PPMA26 Floresta Estacional Decidual 27 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Figura 1.2. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “LCF/SAR” (SAR 2005). Figure 1.2. “LCF/SAR” forest cover map of Santa Catarina (SAR 2005). Figura 1.3. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009). Figure 1.3. “Atlas 2008” forest cover map of Santa Catarina (Fundação SOS Mata Atlântica 2009). 28 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Figura 1.4. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PROBIO” (Cruz & Vicens 2007). Figure 1.4. “PROBIO” forest cover map of Santa Catarina (Cruz & Vicens 2007). Figura 1.5. Mapa dos remanescentes florestais de Santa Catarina “PPMA-SC/FATMA” (Geoambiente 2008). Figure 1.5. “PPMA-SC/FATMA” forest cover map of Santa Catarina (Geoambiente 2008). 29 1 | Extensão original e remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Analisando a frequência dos fragmentos florestais por classe de tamanho na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (Tabela 1.3), percebe-se que a cobertura florestal atual está altamente fragmentada. Isto significa que os fragmentos pequenos com área de até 20 hectares representam 60% do número total dos fragmentos mapeados e aqueles com até 50 hectares somam 89% dos fragmentos (“Atlas 2008”). Fragmentos maiores que 200 hectares são raramente encontrados e áreas contínuas com mais de 500 hectares são raríssimas. Este processo de fragmentação ocorreu de forma mais intensiva na Floresta Estacional Decidual do que na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Ombrófila Densa, como mostra a Figura 1.6. Enquanto na Floresta Estacional Decidual fragmentos de até 50 hectares de área somam 52% do total da área coberta por florestas, no estado de Santa Catarina a média é de 14%. Considerando os remanescentes até 200 hectares, aqui são 78% e na média estadual 28%, baseado nas informações extraídos do mapeamento “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009) que obteve o melhor desempenho na avaliação de uma série parâmetros estatísticos, quando comparado com os dados de campo do IFFSC (Vibrans et al. 2013). Tabela 1.3. Número de fragmentos florestais mapeados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina e percentual do total acumulado de acordo com os quatro mapeamentos avaliados. Table 1.3. Number of forest fragments mapped by four thematic maps and percentage of accumulated number of fragments. LCF/SAR % <5 1.018 19,1 2.776 34,0 331 12,0 959 45,6 5 a 10 1.374 44,9 1.985 58,3 442 28,0 283 59,1 10 a 20 1.213 67,7 1.387 75,3 892 60,3 288 72,8 20 a 50 1.042 87,3 1.139 89,2 814 89,9 297 86,9 Referências 50 a 100 396 94,7 469 94,9 204 97,2 162 94,6 100 a 200 188 98,2 241 97,9 55 99,2 80 98,4 Cruz, C.B.M.; Vicens, R.S. 2007. Levantamento da Cobertura Vegetal Nativa do Bioma Mata Atlântica. Relatório Final. Rio de Janeiro. IESB/IGEO/UFRJ/UFF. 200 a 500 75 99,6 122 99,4 14 99,7 26 99,7 500 a 1.000 12 99,9 28 99,7 3 99,9 2 99,8 7 100,0 23 100,0 4 100,0 5 100,0 2.759 2.102 Classe (ha) > 1.000 Total 5.325 8.170 % ATLAS 2008 % PROBIO % Figura 1.6. Número de fragmentos da Floresta Estacional Decidual e área acumulada dos fragmentos em percentual da área total, por classe de tamanho (ha), para Santa Catarina, Floresta Estacional Decidual (FED), Floresta Ombrófila Mista (FOM) e Floresta Ombrófila Densa (FOD), de acordo com “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009). PPMA-SC/ FATMA Figure 1.6. Number of forest fragments of Seasonal Deciduous Forest and accumulated area as percentage of total forest area, by size class (ha) for Santa Catarina, Seasonal Deciduous Forest (FED), Mixed Ombrophylous Forest (FOM) and Dense Ombrophylous Forest (FOD), according to “Atlas 2008” (Fundação SOS Mata Atlântica 2009). Fundação SOS Mata Atlântica. 2009. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica, período 2005-2008. Relatório Final. São Paulo. Fundação SOS Mata Atlântica/ Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa Catarina. São José dos Campos. Geoambiente. Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico do Estado de Santa Catarina. In: Reitz, R. (ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues. McRoberts, R.E. 2010. Probability- and model-based approaches to inference for proportion forest using satellite imagery as ancillary data. Remote Sensing of Environment 114: 1015-1025. McRoberts, R.E. 2011. Satellite image-based maps: scientific inference or pretty pictures? Remote Sensing of Environment 115: 715-724. SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo). Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95. 30 31 Capítulo 2 Floresta Estacional Decidual Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Sampling of Seasonal Deciduous Forest remnants in Santa Catarina Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser, João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner, Luana Silveira e Silva Resumo Na área da Floresta Estacional Decidual foram instaladas, nas interseções de uma grade de 5 x 5 km, 78 Unidades Amostrais, formadas por conglomerados compostos por quatro subunidades de 1.000 m² (20 x 50 m) de área cada uma. Estas Unidades Amostrais foram implantadas em áreas onde pelo menos um dos dois mapas temáticos disponíveis na época indicava a existência de florestas. O número de Unidades Amostrais foi suficiente para estimar número de árvores, área basal, volume do fuste e peso seco com uma margem de erro de 10% e uma probabilidade de acerto de 95%. O esforço amostral também foi adequado para registrar a riqueza de espécies na região de estudo, de acordo com a curva de rarefação, baseada na relação espécie/área amostral. Diferenças de número de indivíduos, área basal, volume e peso seco entre as regiões florísticas e entre as bacias hidrográficas foram analisadas. Variáveis dendrométricas como DAP, altura do fuste, altura total, área basal, volume do fuste e peso seco foram calculados com seus intervalos de confiança para toda a Floresta Estacional Decidual e para cada Unidade Amostral baseada na variabilidade intra-conglomerado dos dados. Os seguintes valores médios foram obtidos: número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm (460 ind.ha-1), riqueza de espécies (38,4 Unidade Amostral-1), DAP (19,55 cm), altura do fuste (5,0 m), altura total (10,0 m), área basal (21,29 m².ha-1), volume do fuste (84,01 m³.ha-1), peso seco das árvores vivas com DAP ≥ 10 cm (135,92 Mg.ha-1), peso seco das árvores mortas em pé (DAP ≥ 10 cm) (4,28 Mg.ha-1), estoque de carbono das árvores vivas (67,96 Mg.ha-1) e estoque de carbono das árvores mortas em pé (2,14 Mg.ha-1). Abstract Within the study area of Seasonal Deciduous Forest, field crews installed 78 Sample Plots in the form of a cluster of four crosswise 1,000 m² subplots (20 x 50 m) at the intersections of a 5 x 5 km grid in areas predicted to have forest cover according to at least one of the two forest cover maps available when the inventory was conducted. As a result, number of Sample Plots was sufficient to allow estimates within a 10% error bound with 95% probability (α=0.05) for tree density, basal area, stem volume and total biomass. The conducted sampling effort also resulted in effective measurement of species richness, based on species-area relationship and sample-based rarefaction curves. Differences of tree density, basal area, stem volume and total biomass between floristic regions and main watersheds in the study region were assessed. Descriptive statistics for tree density, species richness, tree diameter and height, basal area, stem volume and biomass were calculated for each Sample Plot (based on intra-plot data variability), for each tree species and for the whole study region. The following mean values were computed: tree density (460 ind.ha-1), species richness (38.4 Sample Plot-1), DBH (19.55 cm), stem height (5.0 m), total height (10.0 m), basal area (21.29 m².ha-1), stem volume (84.01 m³.ha-1), living tree (DBH ≥ 10 cm) biomass (135.92 Mg.ha-1), dead standing tree (DBH ≥ 10 cm) biomass (4.28 Mg.ha-1), living tree carbon stock (67.96 Mg.ha-1) and standing dead tree carbon stock (2.14 Mg.ha-1). Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Amostragem dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 33 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 2.1 Introdução O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina utilizou o processo de amostragem de múltiplas ocasiões com possibilidade de repetição total da amostragem, com distribuição sistemática das Unidades Amostrais, a partir de uma rede de pontos sistematizados (grade), com distância de 10 x 10 km, cobrindo todo o estado (Capítulo 2 do Volume I). Este procedimento resultaria na instalação de 16 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, número considerado insuficiente para atender os requisitos e objetivos do IFFSC. A utilização, no entanto, de uma grade com distância de 5 x 5 km resultou em 112 pontos amostrais, nos quais foram instaladas 78 Unidades Amostrais, o que permitiu amostrar de forma suficiente essa região fitoecológica, considerando ainda o alto grau de fragmentação dos seus remanescentes. A proposta constituiu, ao mesmo tempo, uma quantidade operacionalmente viável de Unidades Amostrais. A seleção das Unidades Amostrais foi realizada a partir de uma estratificação preliminar em floresta e não-floresta, baseada em interpretação de imagens orbitais (SAR 2005; Geoambiente 2008). Adotou-se, inicialmente, para a definição do termo “floresta” o conceito da FAO (2008): terras com área mínima de 0,5 ha, árvores com altura > 5 m e cobertura das copas ≥ 10%. No decorrer do inventário, no entanto, percebeu-se que, ao utilizar imagens orbitais multiespectrais de média resolução espacial (Landsat-5, Landsat-7 e Spot-4) para o mapeamento dos remanescentes e, assim, para a escolha dos pontos amostrais, o termo “floresta” deveria ser definido, embora, de fato, a posteriori, de maneira diferente: em consonância com Ribeiro et al. (2009) e Vibrans et al. (2013), o IFFSC amostrou áreas cobertas por vegetação arbórea contínua com altura do dossel > 10 m e idade > 15 anos, envolvendo assim todas as formações secundárias incluídas nestes limites, pois são estas as formações florestais detectáveis com imagens de média resolução. Plantações de espécies florestais exóticas não são incluídas nesta definição, nem pomares, quebra-ventos e outras culturas agrícolas perenes. Unidades Amostrais que, apesar de estarem localizadas fora dos limites da Floresta Estacional Decidual, indicados por Klein (1978), mostraram uma composição de espécies característica desta região fitoecológica (Unidade Amostral 398, 435, 438, 487, 494, 537, 597, 712, 918), estão incluídas no grupo das 78 Unidades Amostrais atribuídas à Floresta Estacional Decidual e ao ecótono com a Floresta Ombrófila Mista. Unidades localizadas dentro dos limites, porém com composição florística remetendo à Floresta Ombrófila Mista, foram atribuídas a esta região fitoecológica e não à Floresta Estacional Decidual (Unidade Amostral 483, 529, 677, 727, 830, 886, 1190, 1191, 1980). O método de amostragem foi o de Área Fixa em Unidades Amostrais (conglomerados) compostas por quatro subunidades perpendiculares a partir de um ponto central (Figura 2.1). Cada Unidade Amostral foi composta por uma área total de 4.000 m², constituído por quatro subunidades, com área de 1.000 m² cada, medindo 20 m de largura e 50 m de comprimento, orientadas na direção dos quatro pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste), mantendo, cada uma, 30 m de distância do centro da Unidade Amostral, com área de inclusão de 2,56 ha. Cada subunidade de 20 m x 50 m, constituída por 10 unidades básicas de 10 x 10 m (100 m²), foi destinada ao levantamento de todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 10 cm. Destes, foram registradas as suas coordenadas x e y dentro da subunidade, de modo a possibilitar o processamento dos dados com base na unidade básica de 100 m², bem como facilitar o controle de qualidade do trabalho de campo e futuras remedições. As variáveis levantadas foram: espécies, número de fustes, o(s) DAP(s) (através da medição do(s) CAP(s)), a altura do fuste, altura total, qualidade do fuste, sanidade da árvore e a sua posição sociológica. Cada subunidade contém uma subparcela de 5 x 5 m, destinada ao levantamento da regeneração natural, considerando as plantas com altura ≥ 1,50 m e DAP < 10 cm; nesta subparcela foram registrados, além de indivíduos regenerantes de espécies do dossel, também espécimes exclusivas do sub-bosque. As variáveis levantadas foram a espécie e a altura total da planta. 34 Figura 2.1. Unidade Amostral (conglomerado) do IFFSC para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.1. Sample Plot (cluster) of IFFSC used in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Além das unidades regulares da referida grade foi instalada uma Unidade Amostral “complementar” em floresta supostamente bem conservada (Unidade Amostral 6005 no município de Palma Sola). As demais formações florestais, principalmente as formações iniciais de sucessão, não foram detectadas pelos mapeamentos utilizados. Estas constituem, em conjunto com árvores esparsas e plantios em linha (quebra-ventos, aleias), os recursos florestais chamados “fora da floresta” (FAO 2008) e foram amostrados por meio de uma grade de pontos com distância de 20 x 20 km, resultando em outras 27 Unidades Amostrais. A Figura 2.2 e as Tabelas 2.1 a 2.4 mostram a localização de todas as Unidades Amostrais instaladas, bem como aquelas que foram descartadas por motivos diversos. Entre estes motivos constam a falta ou a reduzida área de cobertura florestal no local, a falta de autorização dos proprietários para realizar o levantamento ou dificuldades de acesso. 35 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Figura 2.2. Localização das Unidades Amostrais instaladas e descartadas do IFFSC na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.2. Localization of installed and cancelled Sample Plots by IFFSC in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Tabela 2.1. Unidades Amostrais (UA) levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 2.1. Installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. UA Município Microregião Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S 398 Capinzal Joaçaba Rio do Peixe 443.836 435 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 438 Ouro Joaçaba 487 Concórdia 494 Altitude (m) Data do levantamento 6.973.454 717 21/11/2008 399.059 6.983.036 702 21/01/2009 Rio do Peixe 425.803 6.983.583 779 23/11/2008 Concórdia Rio Jacutinga 398.974 6.993.215 768 20/01/2009 Herval d’Oeste Joaçaba Rio do Peixe 461.633 6.993.681 808 22/11/2008 537 Guatambu Chapecó Rio Chapecó 318.560 7.002.272 480 20/01/2009 597 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 336.161 7.012.905 724 25/01/2009 712 Xanxerê Xanxerê Rio Chapecó 353.879 7.032.686 700 24/03/2009 918 Anchieta Rio das Antas 272.537 7.071.222 830 23/03/2009 941 Anita Garibaldi Rio Pelotas 487.998 6.923.741 784 22/01/2009 São Miguel do Oeste Campos de Lages 36 Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S Rio Canoas 470.158 Rio Canoas Curitibanos Celso Ramos 1318 Altitude (m) Data do levantamento 6.938.759 627 28/01/2009 470.204 6.943.782 749 16/12/2008 Rio Canoas 474.309 6.943.847 707 19/03/2009 Campos de Lages Rio Canoas 457.295 6.948.493 742 30/01/2009 Campos Novos Curitibanos Rio Canoas 448.156 6.953.621 657 17/03/2009 1388 Zortéa Curitibanos Rio Canoas 439.371 6.958.683 661 18/03/2009 1461 Piratuba Concórdia Rio do Peixe 421.438 6.963.447 615 31/03/2009 1536 Alto Bela Vista Concórdia Rio do Peixe 403.611 6.968.242 450 27/11/2008 1542 Capinzal Joaçaba Rio do Peixe 430.205 6.968.500 584 01/04/2009 1616 Peritiba Concórdia Rio do Peixe 412.475 6.973.357 611 29/11/2008 1618 Ipira Concórdia Rio do Peixe 421.275 6.973.438 653 01/12/2008 1619 Ipira Concórdia Rio do Peixe 425.822 6.973.398 575 29/11/2008 1693 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 403.562 6.978.412 548 26/11/2008 1694 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 407.993 6.978.330 511 25/11/2008 1703 Campos Novos Curitibanos Rio do Peixe 447.956 6.978.002 585 20/11/2008 1770 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 332.205 6.982.532 605 22/01/2009 1774 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 381.104 6.983.216 608 27/11/2008 1775 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 385.676 6.983.131 503 28/11/2008 1787 Ouro Joaçaba Rio do Peixe 439.191 6.983.723 647 19/11/2008 1859 Paial Concórdia Rio Irani 349.979 6.987.736 470 04/02/2009 1861 Itá Concórdia Rio Jacutinga 359.234 6.988.064 540 23/02/2009 1864 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.063 6.988.039 531 17/12/2008 1869 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.548 6.988.291 741 27/11/2008 1959 Chapecó Chapecó Rio Irani 345.228 6.993.131 666 23/01/2009 UA Município 1123 Celso Ramos 1187 Celso Ramos 1188 Campos Novos 1249 Microregião Campos de Lages Campos de Lages 37 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina UA Município Microregião Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S Altitude (m) Data do levantamento UA Município Microregião Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S 1965 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.210 6.992.971 620 29/01/2009 2425 Xavantina Concórdia Rio Irani 363.075 1970 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.361 6.993.287 530 25/11/2008 2510 Tunápolis 224.837 6.995.536 259 14/02/2009 2512 Tunápolis Rio Peperi-Guaçu Rio Peperi-Guaçui 246.973 6.995.906 309 11/02/2009 2515 Iporã do Oeste Rio Irani 354.319 6.997.760 546 02/02/2009 São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste 2051 Itapiranga 2056 São João do Oeste São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste Rio Peperi-Guaçu Rio Peperi-Guaçu 2077 Seara Concórdia 2530 2079 Seara Concórdia Rio Irani 363.136 6.997.964 471 11/12/2008 2081 Seara Concórdia Rio Jacutinga 372.159 6.997.955 687 27/01/2009 2083 Arabutã Concórdia Rio Jacutinga 381.153 6.998.121 497 24/11/2008 2088 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 403.378 6.998.237 652 26/11/2008 2099 Luzerna Joaçaba Rio do Peixe 452.327 6.998.543 704 18/11/2008 Altitude (m) Data do levantamento 7.012.816 649 25/03/2009 233.380 7.015.545 380 18/02/2009 242.337 7.015.904 393 17/02/2009 Rio das Antas 255.800 7.016.095 372 04/03/2009 Nova Itaberaba Chapecó Rio Chapecó 322.933 7.017.429 590 02/03/2009 2531 Chapecó Chapecó Rio Chapecó 327.281 7.017.360 604 27/02/2009 2623 Santa Helena São Miguel do Oeste Rio Peperi-Guaçu 237.670 7.020.842 373 19/02/2009 2645 Coronel Freitas Chapecó Rio Chapecó 335.998 7.022.546 479 04/03/2009 2987 Ipuaçu Xanxerê Rio Chapecó 349.292 7.037.756 542 05/05/2009 3082 Barra Bonita São Miguel do Oeste Rio das Antas 260.240 7.041.324 467 19/03/2009 3097 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 326.939 7.042.293 592 02/04/2009 3197 São Miguel da Boa Vista Chapecó Rio das Antas 273.202 7.046.369 352 09/03/2009 3309 Romelândia Rio das Antas 272.983 7.051.350 559 03/03/2009 Rio das Antas 259.192 7.056.491 464 05/03/2009 Rio das Antas 268.275 7.056.227 610 07/03/2009 2100 Herval d’Oeste Joaçaba Rio do Peixe 456.893 6.998.537 742 18/11/2008 2101 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 461.379 6.998.462 762 20/11/2008 São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste Rio Peperi-Guaçu 234.066 Rio das Antas 251.213 7.001.269 338 05/03/2009 Rio das Antas 260.529 7.001.403 341 09/03/2009 3414 Barra Bonita 2166 Itapiranga 7.000.984 340 12/02/2009 São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste 2170 Mondaí 2172 Mondaí 2179 Palmitos Chapecó Rio Chapecó 291.781 7.001.697 320 29/01/2009 3416 Romelândia 2194 Seara Concórdia Rio Irani 363.244 7.002.815 651 15/12/2008 3427 São Lourenço do Oeste Chapecó Rio Chapecó 317.882 7.057.519 738 01/04/2009 2195 Seara Concórdia Rio Irani 367.862 7.002.599 866 12/12/2008 3520 Anchieta São Miguel do Oeste Rio das Antas 259.530 7.061.399 524 27/05/2009 2216 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 461.150 7.003.378 713 22/11/2008 2281 Tunápolis Rio Peperi-Guaçu 233.654 7.005.866 250 13/02/2009 2287 Mondaí São Miguel do Oeste São Miguel do Oeste Rio das Antas 260.358 7.006.012 292 06/03/2009 2294 São Carlos Chapecó Rio Chapecó 291.739 7.006.971 396 26/01/2009 2310 Xavantina Concórdia Rio Irani 363.172 7.007.828 898 20/02/2009 2406 Caibi Chapecó Rio das Antas 278.138 7.011.882 430 07/03/2009 38 Tabela 2.2. Unidade Amostral (UA) “complementar” levantada por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table.2.2. Complementary Sample Plot installed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. UA Município Microregião Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S 6005 Palma Sola São Miguel do Oeste Rio das Antas 262.987 39 7.069.866 Altitude (m) Data do levantamento 709 13/05/2009 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 2.3. Unidades Amostrais (UA) descartadas por município e bacia hidrográfica, com motivo do descarte. 1 = descartado no escritório com base em imagens Google Earth; 2 = acesso negado pelo proprietário; 3 = cultura agrícola; 4 = reflorestamento; 5 = Terra Indígena; 6 = fragmento muito pequeno; 7 = outro motivo. Table 2.3. Cancelled Sample Plots by municipality and watershed with cancelling reason. 1= cancelled at office based on Google Earth images; 2 = access denied by landowner; 3 = agriculture; 4 = forest plantation; 5 = indigenous land; 6 = very small forest remnant; 7 = others. Coordenadas UTM E S UA Município Microregião Bacia Hidrográfica 546 Lindóia do Sul Concórdia Rio Jacutinga 398.878 7.003.186 25/11/2008 7 Rio Canoas 465.977 6.938.751 2008 1 Rio Canoas 492.601 6.943.781 2008 1 Campos de 1122 Celso Ramos Lages Abdon 1192 Curitibanos Batista Data do Motivo do levantamento Descarte 1316 Zortéa Curitibanos Rio Canoas 439.276 6.953.602 2008 1 1541 Piratuba Concórdia Rio do Peixe 425.856 6.968.483 2008 1 1691 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 394.628 6.978.225 27/11/2008 2 Coordenadas UTM E S Microregião Bacia Hidrográfica Chapecó Rio Chapecó 304.942 7.017.032 2008 1 Chapecó Rio Chapecó 322.743 7.022.283 03/03/2009 4 2985 Entre Rios Xanxerê Rio Chapecó 340.431 7.037.478 06/05/2009 5 3075 Paraíso São Miguel d’Oeste Rio PeperiGuaçu 228.437 7.040.558 2008 1 3096 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 322.463 7.042.225 2008 1 3196 Romelândia São Miguel d’Oeste Rio das Antas 268.647 7.046.344 2008 1 3211 Quilombo Chapecó Rio Chapecó 335.828 7.047.391 2008 1 Chapecó Rio Chapecó 335.763 7.052.377 30/03/2009 6 263.891 7.061.221 04/03/2009 3 268.375 7.061.303 2008 1 268.285 7.066.290 2008 1 UA Município 2526 Saudades 2642 3323 Coronel Freitas Santiago do Sul 3521 Anchieta São Miguel do Rio das Antas Oeste São Miguel Rio das Antas d’Oeste São Miguel Rio das Antas d’Oeste 1776 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 390.131 6.983.172 2008 1 1780 Concórdia Concórdia Rio Jacutinga 407.949 6.983.317 25/11/2008 7 1949 Mondaí São Miguel do Rio das Antas Oeste 251.817 6.991.149 14/02/2009 2 1982 Joaçaba Joaçaba Rio do Peixe 447.995 6.993.519 2008 1 São Miguel d’Oeste São Miguel d’Oeste Rio PeperiGuaçu Rio PeperiGuaçu 229.298 7.000.658 2008 1 242.690 7.000.942 2008 1 UA 2192 Arvoredo Concórdia Rio Irani 354.261 7.002.745 30/01/2009 6 258 Celso Ramos Rio Canoas 470.541 2215 Luzerna Joaçaba Rio do Peixe 456.876 7.003.522 22/11/2008 6 393 Concórdia Rio Jacutinga 2217 Ibicaré Joaçaba Rio do Peixe 465.798 7.003.549 2008 1 Rio PeperiGuaçu Capinzal Rio do Peixe 2280 Itapiranga São Miguel d’Oeste 397 229.190 7.005.646 2008 1 474 2290 Caibi Chapecó Rio das Antas 273.844 7.006.534 07/03/2009 2 2309 Arvoredo Concórdia Rio Irani 358.666 7.007.781 25/03/2009 3 Iporã do 2399 Oeste Iporã do 2402 Oeste São Miguel d’Oeste São Miguel d’Oeste Rio das Antas 246.952 7.011.007 2008 1 Rio das Antas 260.353 7.011.271 2008 1 2410 São Carlos Chapecó Rio Chapecó 296.087 7.011.904 27/01/2009 2 2423 Xaxim Xanxerê Rio Irani 354.144 7.012.715 24/03/2009 7 2165 Itapiranga 2168 São João do Oeste 40 3522 Anchieta 3616 Anchieta Data do Motivo do levantamento Descarte Tabela 2.4. Unidades Amostrais (UA) “fora-da-floresta” levantadas por município, microregião e bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 2.4. “Out-of-forest” installed Sample Plots by municipality, district and watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM E S Altitude (m) Data do levantamento 6.934.266 730 18/07/2011 399.122 6.973.277 389 14/04/2011 434.725 6.973.517 585 18/04/2011 Itapiranga Rio Peperi-Guaçu 238.436 6.990.874 185 22/03/2011 475 Palmitos Rio das Antas 274.115 6.991.566 250 24/03/2011 477 Caxambu do Sul Rio Chapecó 309.788 6.992.177 362 24/03/2011 479 Chapecó Rio Chapecó 327.625 6.992.423 423 30/03/2011 485 Arabutã Rio Jacutinga 381.139 6.993.062 651 30/03/2011 586 Tunápolis Rio Peperi-Guaçu 238.018 7.010.822 287 22/03/2011 Município 41 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina UA Município Bacia Hidrográfica Coordenadas UTM S E Altitude (m) Data do levantamento 588 Iporã do Oeste Rio das Antas 255.892 7.011.173 352 22/03/2011 590 Caibi Rio das Antas 273.754 7.011.520 280 24/03/2011 592 Cunhataí Rio Chapecó 291.616 7.011.833 339 25/03/2011 594 Águas de Chapecó Rio Chapecó 309.486 7.012.116 330 24/03/2011 598 Xaxim Rio Irani 345.214 7.012.606 613 28/03/2011 699 Belmonte Rio Peperi-Guaçu 237.595 7.030.768 446 22/03/2011 701 Descanso Rio das Antas 255.499 7.031.124 448 23/03/2011 705 Saudades Rio Chapecó 291.275 7.031.782 448 25/03/2011 707 Pinhalzinho Rio Chapecó 309.187 7.032.063 401 25/03/2011 709 Quilombo Rio Chapecó 327.077 7.032.312 327 28/03/2011 711 Marema Rio Chapecó 344.969 7.032.543 545 28/03/2011 813 Paraíso Rio Peperi-Guaçu 237.184 7.050.721 520 23/03/2011 815 Barra Bonita Rio das Antas 255.116 7.051.078 369 23/03/2011 821 Irati Rio Chapecó 308.884 7.051.994 558 26/03/2011 823 Santiago do Sul Rio Chapecó 326.801 7.052.258 702 26/03/2011 2.2.1 Representatividade da amostragem realizada A questão de que a amostragem realizada é representativa para a população amostrada é de suma importância na avaliação dos resultados de um inventário florestal. Esta representatividade foi avaliada de duas maneiras, através do cálculo da suficiência amostral com base na variabilidade dos dados quantitativos mensurados, bem como por meio da avaliação da curva espécie-área. Suficiência amostral para a Floresta Estacional Decidual O cálculo da suficiência amostral feito a partir da variabilidade dos dados mensurados baseouse em Péllico & Brena (1997), com detalhamento no Volume I. O cálculo do número de parcelas mínimas a serem inventariadas foi feito tomando-se como α = 0, 05 e baseando-se na variabilidade (por Unidade Amostral) do número de indivíduos, área basal total, volume do fuste com casca total e peso seco total. Conforme citado na metodologia, utilizou-se o processo de amostragem aleatória simples com estimativa por razão, visto que as Unidades Amostrais possuem áreas distintas entre si, porque nem sempre foi possível implantar a área de amostragem prevista de 4.000 m², devido ao tamanho reduzido do fragmento amostrado ou devido a impedimentos físicos diversos. a , onde A é a fração de amostragem propriamente dita, é a área inventariada e é a área total populacional. Pode-se considerar infinita uma população, daqual menos do que 2% da área total populacional tenha sido amostrada. Para a Floresta Estacional Decidual, obteve-se α = 28 ha e A=123.100,30 ha, o que caracteriza uma fração f ≅ 0, 02% , confirmando a suposição de população infinita. Para esta situação, a intensidade (suficiência) amostral, em função da variabilidade de uma determinada O indicador que permite realizar esta classificação é a fração de amostragem, dada por f = n variável , é dada por , dado que r = , onde ∑X i =1 n ∑Y i =1 916 São José do Cedro Rio das Antas 254.736 7.071.026 543 23/03/2011 924 Jupiá Rio Chapecó 326.537 7.072.199 536 31/03/2011 4303 Seara Rio Jacutinga 363.295 6.992.872 379 14/04/2011 2.2 Análise estatística dos dados dendrométricos levantados Neste capítulo será abordada a análise estatística das 78 Unidades Amostrais da grade de 5 x 5 km implantadas nos remanescentes da Floresta Estacional Decidual. Em consequência dos resultados das análises estatísticas do Volume I, que mostraram a inexistência de diferenças significativas entre as subunidades para as variáveis a) número de espécies, b) número de indivíduos e c) área basal em 80% das Unidades Amostrais. O conglomerado com suas subunidades foi tratado como uma única Unidade Amostral para realização das estimativas das variáveis dendrométricas por unidade de área. 42 i . i Todas as estimativas foram realizadas utilizando-se 10% como limite de erro amostral. Na Tabela 2.5 são apresentados os resultados dos cálculos da intensidade de amostragem. Tabela 2.5. Número de Unidades Amostrais necessárias para alcançar erro amostral de 10% (E) com probabilidade de α=0,05 na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 2.5. Sample size required to estimate means with 10% error bound (E) at probability α=0,05 in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Unidades Amostrais necessárias Variável Número de indivíduos (ind.ha-1) 30 Área basal total (m2.ha-1) 42 Volume do fuste total (m3.ha-1) 56 Peso seco total (Mg.ha-1) 73 43 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Sabendo-se que, ao todo, foram inventariadas 78 Unidades Amostrais para a Floresta Estacional Decidual, concluiu-se que o levantamento é substancialmente suficiente para a realização de estimativas relativas às variáveis dendrométricas, apresentadas a diante, neste Volume. Curvas de rarefação para a Floresta Estacional Decidual A curva de acumulação de espécies (curva-do-coletor, curva espécie-área, curva espécieindivíduo), bem como as respectivas curvas de rarefação são ferramentas para detectar o tamanho mínimo da amostra para representar suficientemente a riqueza florística da vegetação, considerando ou a área mínima amostral (através da geração da curva espécie-área) ou o número mínimo de indivíduos a serem amostrados (através da curva espécie-indivíduo). Para a geração destas curvas, estabelecem-se áreas de parcelas sucessivamente maiores, computando-se o número acumulado de espécies presentes em cada uma delas. A análise de uma curva espécie-área é feita levando-se em conta sua aproximação à assíntota horizontal. Teoricamente, neste ponto a curva passa a admitir a característica de uma função constante, apresentando evidências de suficiência florística. As curvas espécie-indivíduo são mais acentuadas quando comparadas com as curvas espécie-área, pois parcelas geralmente contêm indivíduos agregados no seu espaço (Kersten & Galvão 2011); além disso, a aleatorização dos indivíduos causa um aumento mais acentuado no número de espécies do que a curva espécie-área. Para fins práticos, Cain & Castro (1959) propuseram que a hipótese de suficiência pode ser corroborada quando o aumento de 10% na área amostral corresponda a um aumento de, no máximo, 10% no número total de espécies. Um aumento de rigorosidade pode ser adotado: o aumento de 10% na área amostral implica em um aumento de 5% no número de espécies. As curvas de rarefação foram desenvolvidas para excluir efeitos de aleatoriedade da análise da curva do coletor e são resultados da autorreamostragem dos dados das diversas Unidades Amostrais (Gotelli & Colwell 2001; Kersten & Galvão 2011). No presente estudo, foram geradas as curvas de rarefação para as Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual, tanto para a área amostral como para os indivíduos amostrados (Magurran 2004) pelo método Mao Tau (Colwell et al. 2004) no software Past versão 2.14 (Capítulo 2 do Volume I). As curvas do coletor e de rarefação para área amostral acumulada e número de indivíduos acumulados constam na Figura 2.3. Os valores dos desvios padrões mínimos, médios e máximos para a curva de rarefação da área amostral acumulada foram 3,35, 6,34 e 6,67, respectivamente. Já para a curva de rarefação do número acumulado de indivíduos os valores mínimos, médios e máximos para o desvio padrão foram 0,17, 3,94 e 2,38, respectivamente. Na Figura 2.3 pode-se observar a curva de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares), a curva de rarefação (linhas contínuas suavizadas) com seus respectivos desvios padrões positivos e negativos (linhas pontilhadas). A curva de rarefação para o número acumulado de Unidades Amostrais indicou uma tendência à estabilização, sendo 83,18% das espécies registradas com metade das Unidades Amostrais. Para a curva de rarefação baseada no número acumulado de indivíduos, 89,52% das espécies foram amostradas com metade do número de indivíduos. 44 Figura 2.3. Curvas de acumulação de espécies e indivíduos (linhas irregulares) intervalos de confiança de 95% (linhas cinza) e curvas de rarefação (linhas contínuas vermelhas suavizadas) para as 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.3. Species-area accumulation (black line) and rarefaction curve (red line) of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with standard deviation (dotted line). Suficiência amostral por Unidade Amostral Para avaliar a representatividade das próprias Unidades Amostrais para o remanescente florestal amostrado, realizou-se o cálculo de suficiência amostral relativo às duas variáveis, número de indivíduos e área basal, utilizando-se as 40 subparcelas de cada Unidade Amostral (Capítulo 2 do Volume I), com 20% de expectância de erro. Notou-se que o número mínimo de subparcelas amostradas para a primeira variável foi suficiente na maioria das Unidades Amostrais (79,5% do total), enquanto para a variável área basal, a suficiência teórica foi atingida em poucas Unidades Amostrais (21,8% do total). Este resultado foi causado pela significativa variabilidade da área basal entre as subparcelas da maioria das Unidades Amostrais (Tabelas 2.6 e 2.7). 45 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Curvas de Suficiência e Estabilidade por Unidade Amostral Para a avaliação da adequada representação da riqueza de espécies arbóreas nos remanescentes amostrados pelo IFFSC, foram geradas para cada Unidade Amostral a curva espécie-área, a curva espécie-indivíduo, a curva de média corrente por espécie e a curva da variância do número de espécies (Capítulo 2 do Volume I), com base nos dados das 40 subparcelas de 100 m² de cada Unidade Amostral. Após a geração das curvas para cada Unidade Amostral em separado, gerou-se uma “curva média” para todas as Unidades Amostrais (Figura 2.4), com exceção da curva espécie-indivíduo, uma vez que esta depende do número variável de indivíduos em cada Unidade Amostral. 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina A análise visual dos gráficos permite concluir que as três curvas corroboram a hipótese de suficiência amostral. Para a curva da média corrente de espécies, percebe-se que 26 das 40 subparcelas estão dentro da faixa de estabilidade de 5%, gerada a partir da última subparcela. Como o critério proposto no Volume I é de que, pelo menos cinco Unidades Amostrais estejam dentro desta faixa, a condição foi satisfeita. Para a curva de variância do número de espécies, é possível constatar a tendência de estabilização em torno do valor 1 (situação esperada para suficiência), validando a respectiva curva média. Finalmente, para a curva do coletor (espécie-área), utilizando-se do recurso “10/10%”, graças à mesma escala utilizada no eixo x e no eixo y, pôde-se encontrar o ponto de suficiência fazendo-se a intersecção da curva com a reta identidade (y = x), também chamada de bissetriz dos quadrantes ímpares. Esta reta (identidade) ocasiona, para incrementos em x, o mesmo incremento em y. Sob esta lógica, é possível concluir que, após o ponto de intersecção da reta identidade com a curva espécie-área (dada a natureza da última), incrementos de 10% no número de parcelas causam, necessariamente, menos de 10% de incremento no número de espécies (visto que esta está abaixo da identidade), conforme esperado. A reta identidade encontra-se traçada juntamente com a curva do coletor, com sua respectiva função de regressão e o coeficiente de determinação (R²), na Figura 2.5, evidenciando-se o ponto de intersecção (suficiência) entre as duas curvas. Figura 2.5. Curva espécie-área média e reta identidade para 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.5. Average species-area curve and identity function of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. De posse da função de regressão da curva espécie-área média ( f ( x) = −0, 0145 x 2 + 1,3932 x + 3,9456), é possível encontrar, analiticamente, o ponto de intersecção entre esta e a função identidade ( f ( x) = x ). A resolução desta igualdade determinou o ponto de intersecção como sendo 35 subparcelas, corroborando o resultado explicitado na figura anterior, logo, a curva espécie-área média apresenta características de suficiência amostral, de acordo com a metodologia adotada pelo IFFSC. Figura 2.4. Curva espécie-área média (a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c) para 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.4. Average species area curve (a); average curve of current mean of species number (b) and average species number variance curve (c) of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 46 Dado que as três curvas médias demostraram ter atingido a suficiência amostral, procedeu-se o teste Kolmogorov-Smirnov (Volume I) para comparação das curvas médias com as curvas de cada Unidade Amostral para validar as mesmas quanto à suficiência para o número de espécies. As Figuras 2.6 e 2.7 apresentam exemplos de curvas que são estatisticamente iguais e diferentes comparadas com as curvas médias. 47 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Figura 2.6. Curvas de suficiência amostral idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias (Unidade Amostral n° 398) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média (a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c). Figure 2.6. Species sufficiency curves identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves (Sample Plot n° 398) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average curve of current mean of species number (b) and average species number variance curve (c). 48 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Figura 2.7. Curvas de suficiência amostral não-idênticas (teste Kolmogorov-Smirnov) às curvas médias (Unidade Amostral n° 435) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina: curva espécie-área média (a); curva média da média corrente do número de espécies (b) e curva média da variância do número de espécies (c). Figure 2.7. Species sufficiency curves not-identical (Kolmogorov-Smirnov test) with average curves (Sample Plot n° 435) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina: average species area curve (a); average curve of current mean of species number (b) and average species number variance curve (c). 49 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Os resultados da análise de aderência à curva média, detalhados por Unidade Amostral, estão relacionados na Tabela 2.6, juntamente com os resultados do cálculo da suficiência amostral e do erro amostral relativo, considerando as variáveis número de indivíduos (ind.ha-1) e área basal (m².ha-1). EspécieÁrea Média Corrente Variância Nº de Indivíduos Erro amostral (%) Critério: AB (m².ha-1) Variância Nº de Indivíduos Erro amostral (%) 1693 Aceita Aceita Aceita 43 21,65 214 48,68 1694 Aceita Aceita Aceita 25 18,31 26 18,82 Critério: AB (m².ha-1) 1703 Rejeitada Rejeitada Rejeitada 26 23,08 333 83,66 Erro amostral (%) 1774 Rejeitada Aceita Aceita 41 24,10 133 43,56 1775 Aceita Aceita Aceita 28 16,90 28 16,96 Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²) (Péllico & Brena 1997) Critério: ind.ha-1 Critério: ind.ha-1 Média Corrente Table 2.6. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. ind = number of trees with DBH ≥ 10 cm; AB = basal area. UA UA Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²) (Péllico & Brena 1997) EspécieÁrea Tabela 2.6. Resultados da investigação da suficiência amostral detalhada para 78 Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. ind = número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm; AB = área basal. Hipótese de Aderência à Curva Média (teste Kolmogorov-Smirnov) Hipótese de Aderência à Curva Média (teste Kolmogorov-Smirnov) Área Basal Área Basal Erro amostral (%) 398 Aceita Aceita Aceita 23 14,91 41 20,00 1787 Rejeitada Aceita Aceita 43 21,51 39 20,29 435 Rejeitada Rejeitada Rejeitada 15 14,27 33 21,14 1859 Aceita Aceita Aceita 38 20,53 62 26,05 438 Aceita Aceita Aceita 29 18,11 35 19,79 1861 Aceita Aceita Aceita 29 17,24 77 28,47 487 Aceita Aceita Aceita 27 17,81 144 45,30 1869 Aceita Aceita Aceita 37 20,06 76 28,93 494 Aceita Aceita Aceita 27 16,94 36 19,54 1959 Aceita Aceita Aceita 18 13,17 25 15,54 537 Aceita Aceita Aceita 21 14,56 70 26,68 1961 Aceita Aceita Aceita 29 17,08 89 30,19 597 Aceita Aceita Aceita 29 16,96 53 23,02 1965 Aceita Aceita Aceita 46 26,06 84 35,20 712 Aceita Aceita Aceita 16 12,48 36 19,20 1970 Aceita Aceita Aceita 31 17,75 37 19,37 918 Aceita Aceita Aceita 32 18,07 45 21,28 2051 Aceita Aceita Aceita 25 17,27 162 44,27 941 Rejeitada Rejeitada Aceita 22 20,91 34 25,83 2056 Aceita Aceita Aceita 29 21,10 35 23,15 1000 Rejeitada Rejeitada Aceita 79 44,41 62 40,59 2077 Aceita Aceita Aceita 21 16,41 73 28,71 1123 Aceita Aceita Aceita 16 13,29 25 17,07 2079 Aceita Aceita Aceita 32 21,72 66 31,26 1187 Aceita Aceita Aceita 23 15,02 33 17,94 2081 Aceita Aceita Aceita 23 15,50 56 24,55 1249 Aceita Aceita Aceita 12 11,08 31 17,76 2083 Aceita Aceita Aceita 30 18,22 62 26,12 1318 Aceita Aceita Aceita 15 12,11 17 13,01 2088 Aceita Aceita Aceita 19 13,72 32 17,66 1388 Aceita Aceita Aceita 32 20,68 200 52,47 2099 Aceita Aceita Aceita 27 16,55 71 26,91 1461 Aceita Aceita Aceita 24 15,81 70 27,41 2100 Aceita Aceita Aceita 30 17,55 44 21,38 1536 Aceita Aceita Aceita 37 19,23 194 43,95 2101 Aceita Aceita Aceita 49 24,55 72 28,97 1542 Aceita Aceita Aceita 21 14,67 135 37,16 2170 Aceita Aceita Aceita 46 26,53 109 40,89 1616 Aceita Aceita Aceita 30 17,27 45 21,03 2172 Aceita Aceita Aceita 28 16,81 72 27,12 1618 Aceita Aceita Aceita 25 15,97 42 20,83 2179 Aceita Aceita Aceita 40 21,94 61 27,12 1619 Aceita Aceita Aceita 20 17,61 19 17,24 2194 Aceita Aceita Aceita 58 27,69 90 34,62 50 51 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Hipótese de Aderência à Curva Média (teste Kolmogorov-Smirnov) UA Suficiência Amostral (Subparcelas de 100m²) (Péllico & Brena 1997) Critério: ind.ha-1 Critério: AB (m².ha-1) EspécieÁrea Média Corrente Variância Nº de Indivíduos Erro amostral (%) 2195 Aceita Aceita Aceita 23 15,33 45 21,39 2216 Aceita Aceita Aceita 24 15,34 48 21,82 2281 Aceita Aceita Aceita 37 20,39 52 24,22 2287 Aceita Aceita Aceita 23 15,69 70 27,33 2294 Aceita Aceita Aceita 16 12,51 103 32,08 2310 Aceita Aceita Aceita 41 21,91 86 31,78 2406 Aceita Aceita Aceita 30 18,61 43 21,75 2414 Aceita Aceita Aceita 29 17,48 70 27,44 2425 Aceita Aceita Aceita 23 18,38 73 32,68 2512 Aceita Aceita Aceita 34 19,67 48 23,41 2515 Aceita Aceita Aceita 38 23,70 93 37,09 2530 Aceita Aceita Aceita 34 18,70 40 20,51 2531 Aceita Aceita Aceita 18 14,46 74 29,44 2623 Aceita Aceita Aceita 37 27,09 64 35,77 2645 Aceita Aceita Aceita 38 21,12 56 25,48 2987 Aceita Aceita Aceita 31 17,39 57 23,81 3097 Aceita Aceita Aceita 26 16,58 111 34,53 3197 Aceita Aceita Aceita 48 33,59 71 40,72 3309 Aceita Aceita Aceita 31 17,43 154 39,21 3414 Aceita Aceita Aceita 33 18,89 81 30,00 3416 Aceita Aceita Aceita 20 14,65 70 27,35 3427 Aceita Aceita Aceita 32 18,82 158 41,88 3520 Aceita Aceita Aceita 25 18,63 82 34,09 Área Basal Erro amostral (%) O erro médio amostral relativo por Unidade Amostral foi de 18,76%, considerando o número de indivíduos e de 29,1%, considerando a área basal. Aplicou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para testar a normalidade destes erros relativos; verificou-se que ambos os conjuntos de dados possuem distribuição aproximadamente normal com valores p > 0,01. Os histogramas das distribuições de frequências destes dados com os pontos médios das classes no eixo horizontal são apresentados na Figura 2.8. 52 Figura 2.8. Histograma da distribuição das frequências por classe de erro relativo médio para a variável ind. ha-1 (a) e para a variável AB.ha-1 (b) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.8. Histogram of frequency distributions of relative sample error considering the variable tree number (ind.ha-1) with DBH ≥ 10cm (a) and basal area (AB.ha-1) (b) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. De posse de todas as comparações e cálculos de suficiência amostral individual (por Unidade Amostral), pôde-se quantificar o número de Unidades Amostrais que atingiram suficiência para a riqueza de espécies, número de indivíduos e área basal. Notou-se que a suficiência amostral para a riqueza de espécies foi atingida para todos os três critérios adotados (curva espécie-área, curva da média corrente e curva da variância) em mais de 90% das Unidades Amostrais, evidenciando que a riqueza de espécies foi, de fato, amostrada de forma suficiente (Tabela 2.7). Para o número de indivíduos, o resultado também foi satisfatório, com aproximadamente 86% das Unidades Amostrais cumprindo a suficiência para α=0,05 e 20% de expectância de erro. A área basal foi a variável que apresentou resultados insatisfatórios de suficiência amostral. Este resultado é explicado pela alta variabilidade da área basal, que ocorreu entre as subparcelas, provavelmente causada pelas influências antrópicas que levaram à abertura do dossel e à heterogeneidade da vegetação nos fragmentos florestais amostrados. 53 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 2.7. Resultados da investigação de suficiência amostral detalhado para as 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 2.7. Results of sufficiency tests of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Critério de avaliação Suficiência atingida Número de Unidades Amostrais Suficiência % não atingida % Curva Espécie-Área 72 92,31 6 7,69 Curva Média Corrente 74 94,87 4 5,13 Curva Variância 76 97,44 2 2,56 Nº de Indivíduos (ind.ha ) 67 85,90 11 14,10 Área Basal (m².ha-1) 18 23,08 60 76,92 -1 2.2.2 Variabilidade de dados entre grupos florísticos e bacias hidrográficas Nesta seção será abordada a variabilidade das variáveis dendrométricas a) número de indivíduos (N), b) número de espécies (S), c) área basal (AB) e d) altura dominante média (Hdom) nos grupos florísticos (áreas “Leste” e “Oeste”, Capítulo 5) e nas bacias hidrográficas localizadas dentro da área de abrangência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (Figura 2.9). A altura dominante descreve a altura média do dossel da floresta e é definida como a média das alturas do grupo das árvores (Volume I), sendo DP o desvio padrão dos dados de altura. que possuem altura total > Grupos florísticos (bacias hidrográficas do Oeste e Leste) Para a comparação das Unidades Amostrais das bacias hidrográficas do Oeste e do Leste, utilizou-se o teste t para comparação de médias em amostras independentes (Volume I). Este teste requer, antes de tudo, inferências a respeito das variâncias das duas amostras. Neste caso, o teste apresentou evidências de que as variâncias das duas amostras são equivalentes, permitindo a utilização do teste t adequado. Os resultados estão resumidos na Tabela 2.8. Notou-se que as quatro variáveis analisadas não apresentaram evidências para rejeição da hipótese de igualdade entre suas médias, ou seja, não há diferença significativa entre as médias destas variáveis nos grupos florísticos das bacias do Oeste e do Leste para α=0,01. Neste contexto é importante salientar que, no caso das espécies, a igualdade refere-se apenas ao número destas e não a diferenças na composição florística. Tabela 2.8. Resultado do teste t na Floresta Estacional Decidual para as variáveis dendrométricas entre as áreas Leste e Oeste (α=0,01). Table 2.8. Results of t-test in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between eastern and western floristic regions (Leste; Oeste) (α=0,01). Variável Hipótese de igualdade Número de indivíduos Aceita Área basal Aceita Número de espécies Aceita Altura dominante média Aceita Bacias hidrográficas A bacia hidrográfica, como delimitação do espaço geográfico, é amplamente utilizada como unidade de análise e planejamento ambiental. Comparam-se as mesmas variáveis (número de indivíduos, área basal, número de espécies e altura dominante média) entre as Unidades Amostrais das bacias dos rios Canoas, Chapecó, das Antas, do Peixe, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu. A bacia do rio Pelotas não pôde ser comparada por possuir apenas duas Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual. Primeiramente realizou-se o teste de ANOVA para detectar a existência de diferenças significativas entre as bacias hidrográficas. Os resultados são apresentados na Tabela 2.9. Tabela 2.9. Resultado do teste de ANOVA realizado para as variáveis dendrométricas entre as bacias hidrográficas da Floresta Estacional Decidual (α=0,01). Table 2.9. Results of ANOVA in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for dendrometric variables between main watersheds (α=0,01). Variável Hipótese de igualdade Número de indivíduos Rejeitada Área basal Rejeitada Figura 2.9. Localização das 78 Unidades Amostrais instaladas por região florística (Oeste e Leste) e bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Número de espécies Aceita Figure 2.9. Localization of 78 installed Sample Plots by floristic regions (western and eastern groups) and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Altura dominante média Aceita 54 55 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Após identificadas as variáveis que apresentaram diferença estatística (número de indivíduos e área basal), procedeu-se o teste de Tukey-Kramer, com o intuito de identificar as igualdades/diferenças pareadas entre as bacias. Nas Tabelas 2.10 e 2.11 são apresentados os resultados obtidos. Enquanto o número de indivíduos mostra diferenças significativas entre 12 dos 36 pares de bacias, a variável área basal mostrou uma variabilidade menor, com valores significativamente diferentes em apenas três casos, entre as bacias do rio das Antas e do rio Chapecó, do rio das Antas e do rio Peperi-Guaçu e entre a do rio Peperi-Guaçu e o rio do Peixe. Pode-se concluir que os valores das variáveis número de espécies, área basal e altura dominante média são bastante homogêneos e não apresentam diferenças significativas (com as três exceções citadas) entre as bacias. Como estas variáveis são indicadoras importantes para avaliar o estado de conservação dos remanescentes, é possível afirmar que neste aspecto as bacias analisadas não diferem estatisticamente entre si. Tabela 2.10. Resultado do teste de Tukey-Kramer da variável número de indivíduos para as bacias hidrográficas da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (α=0,01). Table 2.10. Results of Tukey-Kramer test for variable tree density and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina (α=0,01). Bacia Hidrográfica Canoas Chapecó Hipótese de igualdade Antas Peixe Irani Jacutinga Chapecó Rejeitada Antas Rejeitada Aceita Peixe Aceita Aceita Rejeitada Irani Aceita Rejeitada Rejeitada Aceita Jacutinga Rejeitada Aceita Aceita Aceita Rejeitada Peperi-Guaçu Rejeitada Rejeitada Aceita Rejeitada Rejeitada Rejeitada Tabela 2.11. Resultado do teste de Tukey-Kramer para a variável área basal e as bacias hidrográficas da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (α=0,01). Table 2.11. Results of Tukey-Kramer test for basal area and main watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina (α=0,01). Bacia Hidrográfica Hipótese de igualdade Antas Peixe Canoas Chapecó Irani Antas Aceita Rejeitada Peixe Aceita Aceita Aceita Irani Aceita Aceita Aceita Aceita Jacutinga Aceita Aceita Aceita Aceita Aceita Peperi-Guaçu Aceita Aceita Rejeitada Rejeitada Aceita Jacutinga 2.3 Estimativa das variáveis dendrométricas para a Floresta Estacional Decidual As seguintes variáveis dendrométricas foram estimadas para toda a Floresta Estacional Decidual (FED) a partir do conjunto das 78 Unidades Amostrais implantadas: número de indivíduos (N), número de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área basal (AB), número de espécies (S), volume do fuste com casca (Vf c/c ), peso seco total (PS) e estoque de carbono (C). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%). Estes intervalos de confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado é a estimativa da média populacional e E é a por x − E < µ < x + E , onde é a média amostral, margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) . 56 n , onde t é o valor crítico bi-caudal da distribuição graus de liberdade, é o número de elementos e σ de student, ao nível de significância , com ), o valor de t limita-se é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande ( , ). ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste caso, para A variável altura total e altura do fuste das árvores foram estimadas visualmente pela equipe de campo. As estimativas da altura total foram comparadas com as estimativas preditas pelos modelos ajustados (baseados em alturas medidas com hipsômetro) e consideradas equivalentes (Capítulo 3). O volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos ajustados. Para Nectandra megapotamica e Ocotea puberula foram ajustados modelos específicos; para o conjunto das demais espécies da Floresta Estacional Decidual utilizou-se um modelo ajustado para “Demais espécies” (Capítulo 3). O valor do peso seco total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de carbono. Nota-se que o valor do peso seco total estimado é coerente, pois a razão volume/peso seco apresenta o valor de, aproximadamente, 62%, indicando que a maior parte do peso seco na Floresta Estacional Decidual encontra-se no fuste das árvores. Os resultados destas estimativas para as árvores vivas e as árvores mortas em pé, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, são apresentados nas Tabelas 2.12 e 2.13. Tabela 2.12. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX = valor máximo. Table 2.12. Estimates of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP = standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum value. Variável DAP (cm) Estimativa das variáveis dendrométricas Média DP CV (%) IC (α=0,05) MIN MAX 19,55 3,30 16,88 0,74 18,80 20,29 4,97 0,90 18,03 0,20 4,77 5,17 10,00 2,02 20,21 0,46 9,55 10,46 422,37 140,02 33,15 31,57 390,80 453,94 Área basal total (m².ha-1) 18,30 7,00 38,22 1,58 16,72 19,88 Nº de espécies 38,37 8,98 23,40 2,02 36,35 40,40 Volume do fuste c/ casca (m³.ha-1) 77,75 44,83 57,66 10,11 67,65 87,86 Peso seco (Mg.ha-1) 125,66 59,73 47,53 13,47 112,20 139,13 Carbono (Mg.ha-1) 62,83 29,87 47,53 6,73 56,10 69,57 Altura do fuste (m) Altura total (m) Nº de indivíduos (ind.ha-1) Aceita σ 57 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Seguindo a mesma metodologia, as variáveis dendrométricas (com exceção da variável número de espécies) foram estimadas também para as árvores mortas a partir da média e do desvio padrão nas 75 Unidades Amostrais nas quais ocorreram árvores mortas. Os resultados destas estimativas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, estão apresentados na Tabela 2.12. Tabela 2.13. Estimativa das variáveis dendrométricas para as árvores mortas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. DP = desvio padrão; CV = coeficiente de variação; IC = intervalo de confiança; MIN = valor mínimo; MAX = valor máximo. Table 2.13. Estimates of dendrometric variables of dead standing trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DP = standard deviation; CV = coefficient of variation; IC = confidence interval; MIN = minimum value; MAX = maximum value. Estimativa das variáveis dendrométricas Variável Média DP CV (%) IC (α=0,05) MIN MAX DAP (cm) 21,79 5,70 26,13 1,3104 20,48 23,10 Altura do fuste (m) 4,80 1,86 38,86 0,4287 4,37 5,22 Altura total (m) 6,84 1,93 28,27 0,4451 6,40 7,29 27,64 15,24 55,16 3,5071 24,13 31,14 1,35 0,94 69,37 0,2153 1,13 1,56 Volume do fuste c/ casca (m³.ha ) 3,63 5,26 144,96 1,2104 2,42 4,84 -1 Peso seco (Mg.ha ) 9,32 7,49 80,33 1,7229 7,60 11,04 Carbono (Mg.ha-1) 4,66 3,74 80,33 0,8615 3,80 5,52 Nº de indivíduos (ind.ha-1) Área basal total (m2.ha-1) -1 Figura 2.11. Número médio de espécies por Unidade Amostral do componente arbóreo/arbustivo para as árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral da variável analisada. Figure 2.11. Mean species richness of tree/shrub component by Sample Plot, considering living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line represents the mean value of the variable. Nas Figuras 2.10 a 2.18 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores vivas e mortas das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em ordem decrescente. Figura 2.10. Número médio de indivíduos vivos e mortos do componente arbóreo/arbustivo por hectare (ind.ha-1) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha vermelha representa a média geral das árvores vivas. Figure 2.10. Mean tree density of living and dead trees in tree/shrub component (ind.ha-1) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The red line expresses the mean value of living trees. 58 Figura 2.12. DAP médio (cm) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas. Figure 2.12. Mean DBH (cm) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dached one the mean of dead trees. 59 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Figura 2.13. Altura do fuste média (m) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas. Figure 2.13. Mean stem height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dached one the mean of dead trees. Figura 2.14. Altura total média (m) para as árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. A linha cheia representa a média das árvores vivas, a tracejada a média das árvores mortas. Figure 2.14. Mean total tree height (m) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dached one the mean of dead trees. 60 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Figura 2.15. Área basal média (m².ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo em 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.15. Mean basal area (m².ha-1) of tree/shrub component of living and dead trees in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line the mean of dead trees. Figura 2.16. Volume do fuste médio por Unidade Amostral (m³.ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo nas 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.16. Mean stem volume (m³.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line the mean of dead trees. 61 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 2.3.1 Estimativa das variáveis dendrométricas por espécie A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas: número de indivíduos (N), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS) e estoque de carbono (C). Estas variáveis foram estimadas por espécie amostrada na Floresta Estacional Decidual, a partir da média e do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100 m², localizadas nas quatro subunidades do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos intervalos de confiança, a um nível de significância de 95%. Estes intervalos de confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos da respectiva espécie , onde é a média amostral, é a estimativa da analisada. Este intervalo é dado por σ , onde t é o valor crítico média populacional e é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) . n graus de liberdade, bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com é o número de elementos e é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande ), o valor de t limita-se ao valor , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste ( , z = 1, 96 ). caso, para Figura 2.17. Peso seco total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.17. Total mean dry weight (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line the mean of dead trees. A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de carbono. Na Tabela 2.14 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as 30 espécies com maior valor de importância na Floresta Estacional Decidual. Nota-se que o coeficiente de variação para algumas espécies foi superior a 100%, devido à variabilidade do número de indivíduos destas espécies nas 40 subparcelas de 10 x 10 m (100 m²) do conglomerado. Quanto maior o coeficiente de variação de uma determinada espécie, mais irregular é sua distribuição na Unidade Amostral; um coeficiente de variação menor indica uma distribuição mais uniforme desta espécie na Unidade Amostral. Figura 2.18. Estoque de carbono total médio por Unidade Amostral (Mg.ha-1) das árvores vivas e mortas do componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 2.18. Total mean carbon stock (Mg.ha-1) of living and dead trees of tree/shrub component by Sample Plot in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. The full line expresses the mean value of living trees, the dashed line the mean of dead trees. 62 63 27,89 ± 7,45 19,43 ± 6,53 20,07 ± 7,2 15,96 ± 4,93 12,96 ± 4,79 10,93 ± 3,57 Luehea divaricata Nectandra lanceolata Cupania vernalis Machaerium stipitatum Syagrus romanzoffiana Cedrela fissilis 64 6,36 ± 3,56 6,54 ± 2,77 8,5 ± 6,06 3,79 ± 2,27 5,5 ± 3,27 6,82 ± 2,97 6,54 ± 4,78 5,64 ± 1,96 5,71 ± 2,33 2,82 ± 1,55 3,96 ± 3,15 2,93 ± 2,32 5,93 ± 4,08 6,32 ± 23,94 Cabralea canjerana Lonchocarpus campestris Trichilia clausseni Cordia americana Prunus myrtifolia Allophylus edulis Machaerium paraguariense Chrysophyllum gonocarpum Balfourodendron riedelianum Phytolacca dioica Diatenopteryx sorbifolia Apuleia leiocarpa Annona sylvatica Helietta apiculata Aspidosperma australe 3,89 ± 2,94 7 ± 8,37 9,11 ± 9,86 Matayba elaeagnoides Pilocarpus pennatifolius 6,29 ± 2,84 6,79 ± 4 12,04 ± 19,84 11,93 ± 9,36 Chrysophyllum marginatum Myrocarpus frondosus Hovenia dulcis Casearia sylvestris 6,32 ± 4,76 32,78 ± 5,67 Nectandra megapotamica Parapiptadenia rigida 35,18 ± 12,6 ind.ha-1 Ocotea puberula Espécie 95,2 107,4 160,4 114,1 92,7 94,0 80,9 85,5 69,1 134,7 89,4 96,1 88,4 127,5 101,4 104,4 151,2 76,1 127,5 200,2 199,1 114,0 98,5 118,4 90,5 118,5 99,1 97,6 68,6 119,1 CV (%) 17,81 ± 2,2 12,56 ± 0,48 19,71 ± 2,57 16,45 ± 1,6 29,87 ± 7,41 31,13 ± 7,04 30,62 ± 5,44 18,14 ± 1,55 19,04 ± 1,55 21,08 ± 3,42 15,95 ± 1,42 22,54 ± 4,54 28,5 ± 5,55 14,87 ± 1 18,93 ± 2,46 20,93 ± 2,34 18,3 ± 2,72 23,95 ± 3,03 20,72 ± 2,73 18,52 ± 1,72 15,57 ± 1,05 32 ± 6,36 21,8 ± 2,28 20,18 ± 0,82 17,42 ± 1,37 15,65 ± 1,02 27,83 ± 3,39 23,96 ± 4,29 23,63 ± 1,73 23,73 ± 2,38 DAP (cm) 36,0 9,7 26,2 30,4 70,0 63,8 55,6 29,0 27,4 52,8 30,2 63,0 60,1 21,6 46,3 36,4 45,3 40,0 45,4 26,6 24,3 63,0 40,5 16,2 30,1 26,1 46,4 74,0 31,2 40,4 CV (%) 5,6 ± 1,26 3,85 ± 0,43 5,5 ± 0,84 4,05 ± 0,56 5,96 ± 1,09 5,11 ± 0,83 4,6 ± 0,7 5,32 ± 0,57 4,21 ± 0,56 4,95 ± 0,74 3,99 ± 0,47 4,83 ± 0,53 4,77 ± 0,87 3,8 ± 0,48 4,84 ± 0,69 4,87 ± 0,56 4,09 ± 0,51 5,16 ± 0,65 5,06 ± 0,63 7,13 ± 1,08 3,45 ± 0,38 5,68 ± 1,1 5,19 ± 0,55 8,26 ± 0,68 4,5 ± 0,45 4,13 ± 0,4 5,71 ± 0,52 4,01 ± 0,39 5,21 ± 0,36 5,83 ± 0,47 Hf (m) 58,1 23,9 27,4 39,7 49,9 41,8 41,5 35,1 40,7 45,4 34,2 31,6 48,6 33,0 44,8 34,6 35,6 37,0 42,7 43,4 32,6 59,8 39,8 32,3 36,2 35,8 33,1 38,6 29,1 32,4 CV (%) 11,1 ± 1,58 8,27 ± 0,56 11,54 ± 1,11 8,47 ± 0,76 12,85 ± 2,4 12,47 ± 1,83 10,37 ± 1,33 11,09 ± 0,89 9,01 ± 0,74 11,17 ± 1,33 8,77 ± 0,77 10,67 ± 1,09 10,77 ± 1,2 8,26 ± 0,64 10,88 ± 1,08 10,26 ± 0,89 9,54 ± 0,78 11,1 ± 1,01 11,25 ± 1,18 12,57 ± 1,31 8,45 ± 0,6 12,87 ± 1,75 11,55 ± 0,93 10,77 ± 0,69 9,99 ± 0,74 9,57 ± 0,64 12,79 ± 0,79 10,27 ± 0,92 11,75 ± 0,65 12,29 ± 0,87 1,91 ± 0,51 1,93 ± 0,38 1,55 ± 0,37 1,33 ± 0,38 0,45 ± 0,13 0,44 ± 0,13 0,43 ± 0,12 0,45 ± 0,13 0,61 ± 0,26 0,26 ± 0,15 0,37 ± 0,26 0,3 ± 0,15 0,38 ± 0,15 0,27 ± 0,12 0,3 ± 0,16 0,25 ± 0,09 0,19 ± 0,09 0,39 ± 0,16 0,29 ± 0,13 0,18 ± 0,07 0,21 ± 0,08 0,21 ± 0,07 0,18 ± 0,06 0,36 ± 0,17 0,31 ± 0,14 0,31 ± 0,17 0,13 ± 0,05 0,23 ± 0,17 0,1 ± 0,05 0,12 ± 0,05 28,5 23,5 37,1 23,4 26,9 28,4 25,5 31,2 43,2 25,3 29,8 36,1 28,7 24,7 28,3 35,2 24,9 34,3 32,0 30,0 38,6 27,6 27,3 40,2 41,4 52,7 27,9 19,4 17,1 41,3 0,54 ± 0,24 0,82 ± 0,35 179,2 169,1 0,62 ± 0,31 1,32 ± 0,68 195,8 178,5 1,72 ± 0,96 182,8 0,27 ± 0,19 0,27 ± 0,14 212,7 239,2 1,06 ± 0,47 157,0 1,03 ± 0,81 1,16 ± 0,55 232,7 332,4 0,99 ± 0,46 190,8 0,42 ± 0,23 1,48 ± 0,64 172,2 178,6 1,61 ± 0,97 225,9 1,65 ± 0,93 2,33 ± 1,79 314,8 239,4 0,84 ± 0,66 252,1 1,47 ± 0,78 3,14 ± 1,44 192,2 202,5 2,24 ± 0,76 133,2 1,39 ± 0,7 2,69 ± 0,71 119,7 212,9 1,65 ± 0,65 128,0 0,6 ± 0,26 1,75 ± 0,64 126,1 0,91 ± 0,34 6,49 ± 2,34 128,0 145,3 5,85 ± 1,93 107, 2 147,8 97,6 222,0 304,7 347,2 243,3 248,5 235,7 222,7 167,3 189,5 188,5 194,2 227,0 247,0 225,3 195,3 209,6 204,8 190,8 266,6 340,7 350,3 203,0 151,6 117,7 174,7 161,3 160,2 146,2 128,3 8,64 ± 1,9 0,73 ± 0,31 0,48 ± 0,27 1,3 ± 0,93 0,71 ± 0,31 2,66 ± 1,59 2,47 ± 1,28 3,18 ± 1,87 1,13 ± 0,4 1,34 ± 0,48 1,29 ± 0,49 1,04 ± 0,46 2,01 ± 0,96 3,29 ± 1,49 1,06 ± 0,53 1,64 ± 0,61 2,25 ± 1,39 1,63 ± 0,69 2,86 ± 1,35 2,13 ± 1,16 2,19 ± 1,61 1,46 ± 0,83 4,99 ± 2,32 2,98 ± 1,03 2,55 ± 0,68 2,66 ± 0,84 2,49 ± 0,71 9,5 ± 2,87 11,05 ± 3,16 13,52 ± 2,93 12,64 ± 3,34 CV PS -1 (Mg.ha ) (%) 10,04 ± 2,91 -1 (m³.ha ) Vf c/c 87,9 118,5 Variáveis dendrométricas Ht CV CV AB 2 -1 (m) (%) (m .ha ) (%) 190,3 246,9 316,6 192,3 264,8 229,9 260,9 157,5 157,9 169,0 197,5 213,2 200,3 221,2 165,4 274,9 187,8 208,5 241,2 325,9 251,3 205,8 153,0 118,5 139,7 126,9 134,3 126,6 96,2 117,3 CV (%) 0,37 ± 0,16 0,24 ± 0,13 0,65 ± 0,46 0,36 ± 0,15 1,33 ± 0,79 1,24 ± 0,64 1,59 ± 0,94 0,56 ± 0,2 0,67 ± 0,24 0,65 ± 0,25 0,52 ± 0,23 1 ± 0,48 1,65 ± 0,74 0,53 ± 0,26 0,82 ± 0,31 1,13 ± 0,7 0,82 ± 0,35 1,43 ± 0,67 1,06 ± 0,58 1,09 ± 0,8 0,73 ± 0,41 2,5 ± 1,16 1,49 ± 0,51 1,27 ± 0,34 1,33 ± 0,42 1,24 ± 0,36 4,75 ± 1,44 5,53 ± 1,58 6,76 ± 1,47 6,32 ± 1,67 C (Mg.ha-1) 190,3 246,9 316,6 192,3 264,8 229,9 260,9 157,5 157,9 169,0 197,5 213,2 200,3 221,2 165,4 274,9 187,8 208,5 241,2 325,9 251,3 205,8 153,0 118,5 139,7 126,9 134,3 126,6 96,2 117,3 CV (%) Tabela 2.14. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 30 espécies com maior valor de importância (VI) na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, em ordem decrescente de VI. Valores médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente. Table 2.14. Estimates of dendrometric variables of 30 tree species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, in decrescent order of VI. Mean values with 95% confidence interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB= total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock e; PI = insufficient population size. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 2.3.2 Estimativa das variáveis dendrométricas por Unidade Amostral A seguir serão apresentadas as estimativas por hectare das seguintes variáveis dendrométricas: número de indivíduos (ind.), número de espécies (S), diâmetro à altura do peito (DAP), altura do fuste (Hf), altura total (Ht), área basal (AB), volume do fuste com casca (Vf c/c), peso seco total (PS) e estoque de carbono (C). Estas variáveis foram estimadas para cada fragmento amostrado por sua Unidade Amostral, a partir da média e do desvio padrão das mesmas em todas as 40 subparcelas de 100 m², localizadas nas quatro subunidades do conglomerado (Figura 2.1). Cada variável dendrométrica foi expressa na forma de seu valor médio e dos respectivos intervalos de confiança, com grau 0,95 (95%). Estes intervalos de confiança foram construídos a partir do desvio padrão e do número de indivíduos , onde é a média amostral, do respectivo grupo analisado. Este intervalo é dado por σ é a estimativa da média populacional e E é a margem de erro. No caso, tem-se E = t(α ; n −1) . , onde n t é o valor crítico bi-caudal da distribuição t de student, ao nível de significância , com graus de liberdade, n é o número de elementos e σ é o desvio padrão da amostra. Vale lembrar que, se a amostra for grande ( n > 30 ), o valor de t limita-se ao valor z , obtido da tabela de distribuição normal padronizada (neste caso, para α = 0, 05 , z = 1, 96 ). A variável volume do fuste com casca foi estimada a partir dos valores obtidos pelos modelos ajustados para o conjunto de dados da Floresta Estacional Decidual (Capítulo 3). O valor do peso seco total foi obtido a partir do modelo de Vogel et al. (2006). O carbono estocado nas árvores foi estimado por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de carbono. Árvores vivas Na Tabela 2.15 são apresentadas as estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores vivas do componente arbóreo/arbustivo (DAP ≥ 10 cm) por Unidade Amostral da Floresta Estacional Decidual. Nota-se que o coeficiente de variação das variáveis em algumas Unidades Amostrais foi superior a 100%, isto se deve ao fato de o desvio padrão ser maior que a média do conjunto de dados analisado, ocasionando uma elevada variância entre os dados. 65 ind.ha-1 732,5 ± 103,29 370 ± 90,23 497,5 ± 108,27 490,42 ± 207,79 570 ± 109,65 370 ± 57,12 475 ± 80,57 525 ± 70,87 522,5 ± 98,1 267,5 ± 101,75 395 ± 206,37 550 ± 104,2 692,5 ± 104,05 412,5 ± 93,92 702,5 ± 85,84 717,5 ± 86,87 435 ± 123,87 612,5 ± 115,92 512,5 ± 101,96 ind.ha-1 597,5 ± 92,89 525 ± 90,67 402,5 ± 70,77 291,25 ± 91,6 492,5 ± 118,65 337,5 ± 90,66 200,63 ± 80,9 437,5 ± 87,42 217,5 ± 69,05 414,17 ± 74,76 395 ± 92,17 285 ± 67,77 367,5 ± 68,86 482,5 ± 69,05 452,5 ± 102,68 605 ± 79,65 530 ± 94,48 345 ± 117,22 505 ± 93,3 192,5 ± 43,69 352,5 ± 115,42 442,5 ± 115,63 350 ± 106,44 UA 398 435 438 487 494 537 597 712 918 66 941 1000 1123 1187 1188 1249 1318 1388 1461 1536 UA 1542 1616 1618 1619 1693 1694 1703 1770 1774 1775 1787 1859 67 1861 1864 1869 1959 1961 1965 1970 2051 2056 2077 2079 95,1 81,7 102,4 71,0 57,8 106,2 55,7 41,2 70,9 44,7 58,6 74,3 73,0 56,4 99,3 62,5 126,1 84,0 75,3 98,3 55,0 54,0 48,6 CV (%) 62,2 59,2 89,0 37,9 38,2 71,2 47,0 59,2 163,4 118,9 58,7 42,2 53,0 48,3 60,1 132,5 68,0 76,2 44,1 CV (%) 18,98 ± 2,68 15,80 ± 1,32 16,12 ± 1,83 24,52 ± 3,84 18,33 ± 1,61 20,35 ± 2,53 20,73 ± 2,31 17,96 ± 1,26 22,86 ± 3,25 21,22 ± 2,42 21,65 ± 2,91 24,56 ± 2,97 23,80 ± 3,53 22,27 ± 2,30 14,23 ± 1,22 17,62 ± 1,31 13,97 ± 0,95 19,30 ± 2,58 14,48 ± 0,89 19,72 ± 2,98 15,97 ± 0,77 19,42 ± 2,43 17,23 ± 1,16 DAP (cm) 17,47 ± 1,28 18,35 ± 2,13 20,35 ± 1,23 17,68 ± 1,07 15,41 ± 0,80 16,31 ± 1,30 19,87 ± 1,76 15,69 ± 0,78 18,87 ± 3,31 16,03 ± 1,66 14,42 ± 1,01 19,05 ± 1,45 24,86 ± 3,07 25,01 ± 3,46 22,05 ± 3,28 21,43 ± 2,56 17,25 ± 1,09 16,38 ± 1,19 17,69 ± 0,96 DAP (cm) 35,7 24,2 28,2 44,2 27,1 31,4 34,4 22,0 42,0 35,1 40,8 35,7 44,5 31,5 22,1 22,3 14,1 35,1 18,1 36,6 14,7 39,1 20,7 CV (%) 22,9 34,8 15,9 18,9 15,9 22,9 27,8 14,2 31,6 22,2 21,7 23,5 38,6 42,7 44,6 30,8 18,4 19,1 17,0 CV (%) 4,68 ± 0,51 4,02 ± 0,54 3,73 ± 0,6 6,3 ± 1,05 6,33 ± 0,4 4,33 ± 0,58 4,58 ± 0,64 4,11 ± 0,38 7,58 ± 0,54 4,67 ± 0,73 5,15 ± 1,29 4,38 ± 0,86 5,55 ± 0,76 6,41 ± 0,88 4,29 ± 1,07 3,91 ± 0,37 2,93 ± 0,42 7,01 ± 1,02 4,08 ± 0,64 4,78 ± 0,71 3,98 ± 0,44 5,89 ± 0,7 4,61 ± 0,42 Hf (m) 5,42 ± 0,61 5,17 ± 0,72 4,44 ± 0,63 5,26 ± 0,63 4,01 ± 0,43 3,78 ± 0,46 5,58 ± 0,41 5,39 ± 0,46 4,55 ± 1,16 3,84 ± 0,89 4,33 ± 0,33 5,74 ± 0,68 6,14 ± 0,47 5,83 ± 0,49 6,92 ± 0,5 3,59 ± 0,46 4,86 ± 0,73 4,46 ± 0,73 4,86 ± 0,46 Hf (m) 25,84 31,08 38,73 45,47 19,29 30,90 42,19 28,89 20,89 46,40 65,98 43,21 40,53 41,99 50,20 28,00 29,38 38,35 44,58 32,88 30,25 35,48 28,18 CV (%) 31,29 40,66 36,83 37,60 32,28 34,96 22,82 24,65 44,19 48,04 23,46 29,94 24,20 26,04 21,77 30,77 43,01 39,80 29,47 CV (%) 12,56 ± 1,12 9,23 ± 0,54 6,63 ± 0,52 9,91 ± 1,33 11,79 ± 0,61 10,79 ± 1,16 9,51 ± 0,65 9,12 ± 0,59 13,57 ± 0,93 11,9 ± 0,94 10,7 ± 0,8 10,81 ± 0,83 9,46 ± 1,12 10,43 ± 1,09 5,77 ± 0,80 8,78 ± 0,64 6,03 ± 0,59 10,62 ± 1,36 6,50 ± 0,70 12,78 ± 0,95 13,25 ± 0,67 9,25 ± 0,88 8,64 ± 0,61 Ht (m) 13,63 ± 1,32 9,46 ± 0,95 8,22 ± 0,86 10,17 ± 0,67 7,39 ± 0,55 7,61 ± 0,73 11,65 ± 0,46 8,63 ± 0,57 7,02 ± 1,15 6,03 ± 0,89 8,90 ± 0,29 10,45 ± 0,79 12,23 ± 0,66 11,65 ± 0,94 13,26 ± 0,68 11,40 ± 1,03 8,20 ± 0,71 9,88 ± 0,68 9,34 ± 0,53 Ht (m) 22,4 16,9 19,5 37,9 16,1 27,1 21,0 20,1 20,1 24,2 22,7 22,7 35,4 31,7 35,6 21,8 20,4 33,7 31,9 17,9 15,5 29,8 21,7 CV (%) 30,2 30,0 27,6 20,5 22,9 27,4 12,3 18,9 29,5 31,7 9,9 23,3 16,8 24,8 15,3 23,2 25,3 18,0 17,7 CV (%) 12,69 ± 4,7 14,33 ± 4,43 9,07 ± 3,01 12,61 ± 5,84 18,63 ± 3,73 16,98 ± 6,98 22,98 ± 7,04 20,08 ± 3,12 28,99 ± 8,91 22,6 ± 6,17 16,42 ± 4,07 18,65 ± 5,71 23,32 ± 8,73 21,81 ± 5,59 5,09 ± 2,41 14,68 ± 3,72 4,17 ± 1,77 14,44 ± 5,8 11,73 ± 3,47 13,69 ± 5,13 13,44 ± 2,72 20,86 ± 4,91 18,74 ± 2,82 AB (m².ha-1) 16,89 ± 4,81 19,93 ± 5,81 18,46 ± 5,55 25,44 ± 3,66 17,55 ± 2,73 14,95 ± 4,46 26,9 ± 4,83 17,13 ± 3,72 11,54 ± 5,9 7,5 ± 3,05 13,31 ± 2,91 22,58 ± 4,48 30,61 ± 7,05 27,62 ± 7,5 26,64 ± 5,74 26,96 ± 13,39 15,99 ± 3,66 12,87 ± 3,71 26,81 ± 5,15 AB (m².ha-1) 115,77 96,66 103,77 144,79 62,63 128,55 95,74 48,60 96,12 85,36 77,59 95,75 117,04 80,11 148,45 79,15 132,67 125,62 92,62 117,27 63,23 73,56 47,00 CV (%) 89,05 91,12 94,08 44,98 48,67 93,29 56,10 67,91 159,75 127,25 68,41 62,11 71,98 84,88 67,35 155,22 71,55 90,04 60,06 CV (%) 2,70 ± 0,63 3,63 ± 0,72 58,8 57,9 38,9 46,8 2,00 ± 0,33 3,69 ± 0,58 61,9 51,9 45,7 34,3 48,8 42,4 49,9 63,7 58,4 56,1 59,8 48,1 55,3 49,1 55,5 39,2 42,4 54,1 44,1 CV (%) 45,0 60,1 43,3 36,9 33,6 49,0 41,6 36,6 75,9 44,9 54,7 32,4 41,2 42,5 42,8 49,5 46,3 34,6 38,7 CV (%) 3,41 ± 0,68 3,67 ± 0,75 4,15 ± 0,62 4,15 ± 0,46 3,69 ± 0,61 3,79 ± 0,52 3,45 ± 0,57 2,72 ± 0,59 3,46 ± 0,67 3,29 ± 0,61 2,43 ± 0,56 4,08 ± 0,65 2,58 ± 0,69 3,55 ± 0,66 3,72 ± 0,70 2,88 ± 0,47 2,34 ± 0,33 4,10 ± 0,71 3,74 ± 0,53 S 3,83 ± 0,55 3,11 ± 0,62 4,79 ± 0,79 4,13 ± 0,49 4,62 ± 0,50 3,56 ± 0,61 4,98 ± 0,66 4,35 ± 0,56 4,27 ± 1,79 3,75 ± 0,79 3,31 ± 0,59 3,97 ± 0,42 3,48 ± 0,46 3,28 ± 0,45 3,11 ± 0,44 4,14 ± 0,79 4,23 ± 0,67 3,76 ± 0,49 4,85 ± 0,60 S 44,74 ± 19,7 23,67 ± 11,02 33,56 ± 13,01 73,48 ± 41,14 112,65 ± 22,95 51,75 ± 23,13 80,67 ± 35,77 89,93 ± 15,25 204,44 ± 65,53 80,72 ± 31,4 36,72 ± 14,52 35,01 ± 16,83 126,7 ± 53,77 119,94 ± 41,06 16,91 ± 10,9 68,91 ± 20,23 13,38 ± 6,79 89,71 ± 48,16 47,08 ± 22,04 30,3 ± 11,84 28,99 ± 11,6 113,23 ± 33,57 84,99 ± 17,31 Vf c/c (m³.ha-1) 60,57 ± 17,72 102,67 ± 36,7 72,11 ± 25,33 118,14 ± 23,41 66 ± 14,75 65,04 ± 24,26 143,75 ± 26,85 84,83 ± 19,93 41,51 ± 23,28 24,78 ± 14,75 61,81 ± 14,37 49,76 ± 26,23 181,6 ± 48,94 155,22 ± 44,18 180,66 ± 43,74 64,25 ± 34,91 70,72 ± 20,65 31,98 ± 13,15 129,96 ± 28,19 Vf c/c (m³.ha-1) 137,70 145,57 121,23 175,05 63,71 139,75 138,63 53,03 100,22 121,62 123,67 150,36 132,70 107,04 201,54 91,79 158,61 167,87 146,37 122,24 125,12 92,70 63,69 CV (%) 91,46 111,76 109,82 61,95 69,88 116,65 58,39 73,46 175,35 186,09 72,68 164,83 84,26 89,00 75,71 169,87 91,30 128,62 67,82 CV (%) 82,98 ± 35,12 85,01 ± 29,11 52,16 ± 18,98 100,29 ± 65,44 108,7 ± 22,89 129,34 ± 61,88 169,9 ± 65,45 123,4 ± 23,37 201,79 ± 66,41 162,3 ± 58,73 113,11 ± 32,23 140,69 ± 50,17 185,81 ± 96,38 150,91 ± 45,33 29,1 ± 15,55 91,06 ± 26,04 21,59 ± 9,49 95,39 ± 47,68 67,39 ± 23,73 86,69 ± 35,17 73,98 ± 15,78 137,57 ± 37,31 107,89 ± 17,98 PS (Mg.ha-1) 104,27 ± 33,71 123,02 ± 40,63 122,01 ± 38,36 149,67 ± 23,74 97,19 ± 17,33 87,56 ± 28,47 174,52 ± 36,67 94,35 ± 22,02 70,91 ± 37,19 41,83 ± 17,6 71,61 ± 17,22 145,2 ± 35,89 234,28 ± 64,44 219,47 ± 71,56 180,78 ± 54,35 207,87 ± 125,43 96,63 ± 24 75,04 ± 23,66 165,14 ± 35,49 PS (Mg.ha-1) 132,35 107,07 113,78 204,03 65,83 149,60 120,45 59,23 102,90 113,15 89,08 111,50 162,19 93,92 167,11 89,41 137,43 156,28 110,12 126,87 66,71 84,80 52,11 CV (%) 101,07 103,27 98,30 49,59 55,77 101,65 65,69 72,99 164,00 131,58 75,19 77,28 86,00 101,95 94,00 188,67 77,65 98,61 67,19 CV (%) 41,49 ± 17,56 42,5 ± 14,55 26,08 ± 9,49 50,15 ± 32,72 54,35 ± 11,44 64,67 ± 30,94 84,95 ± 32,72 61,7 ± 11,69 100,9 ± 33,21 81,15 ± 29,36 56,55 ± 16,11 70,34 ± 25,08 92,91 ± 48,19 75,45 ± 22,66 14,55 ± 7,78 45,53 ± 13,02 10,79 ± 4,74 47,7 ± 23,84 33,7 ± 11,87 43,34 ± 17,59 36,99 ± 7,89 68,79 ± 18,65 53,95 ± 8,99 C (Mg.ha-1) 52,14 ± 16,85 61,51 ± 20,32 61 ± 19,18 74,84 ± 11,87 48,59 ± 8,67 43,78 ± 14,23 87,26 ± 18,33 47,17 ± 11,01 35,46 ± 18,6 20,91 ± 8,8 35,81 ± 8,61 72,6 ± 17,94 117,14 ± 32,22 109,73 ± 35,78 90,39 ± 27,17 103,93 ± 62,72 48,31 ± 12 37,52 ± 11,83 82,57 ± 17,74 C (Mg.ha-1) 132,35 107,07 113,78 204,03 65,83 149,60 120,45 59,23 102,90 113,15 89,08 111,50 162,19 93,92 167,11 89,41 137,43 156,28 110,12 126,87 66,71 84,80 52,11 CV (%) 101,07 103,27 98,30 49,59 55,77 101,65 65,69 72,99 164,00 131,58 75,19 77,28 86,00 101,95 94,00 188,67 77,65 98,61 67,19 CV (%) Tabela 2.15. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores vivas em 78 Unidades Amostrais amostradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; S = número médio de espécies por subparcela (10 m x 10 m); DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total. Table 2.15. Estimates of dendrometric variables of living trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; S = average number of species by subplot (10 m x 10 m); DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 363,61 ± 92,75 260 ± 59,63 425 ± 83,76 302,5 ± 87,06 170 ± 55,25 282,5 ± 65,14 202,5 ± 65,38 ind.ha-1 392,5 ± 78,8 417,5 ± 82,54 160 ± 66,3 468,75 ± 114,67 477,5 ± 83,05 250 ± 75,27 415 ± 78,52 103,1 ± 50,2 408,61 ± 69,75 297,5 ± 63,65 430,83 ± 84,51 436,07 ± 93,65 295 ± 82,56 2406 2414 2425 2510 2512 2515 UA 2530 2531 2623 2645 2987 3082 3097 3197 3309 3414 3416 3427 3520 332,5 ± 109,93 2194 2310 242,5 ± 63,92 2179 577,5 ± 72,24 520 ± 91,38 2172 2294 185 ± 65 2170 701,19 ± 184,29 350 ± 68,32 2166 2287 505 ± 147,35 2101 360 ± 82,83 572,5 ± 108,87 2100 2281 518,13 ± 93,66 2099 585 ± 89,74 565 ± 77,51 2088 2216 422,86 ± 89,26 2083 445 ± 67,14 432,5 ± 77,8 2081 2195 ind.ha-1 UA 68 69 87,5 67,2 61,3 66,9 53,4 152,2 59,2 94,1 54,4 76,5 129,6 61,8 62,8 CV (%) 100,9 72,1 101,6 90,0 61,6 71,7 79,8 39,1 82,2 71,9 48,0 47,2 103,4 82,4 54,9 109,9 61,0 91,2 59,5 56,5 42,9 66,0 56,2 CV (%) 23,60 ± 3,94 23,74 ± 3,07 18,40 ± 1,73 27,25 ± 2,87 22,74 ± 2,57 28,50 ± 8,89 24,13 ± 2,93 18,02 ± 2,01 25,25 ± 2,43 17,60 ± 1,47 21,97 ± 2,65 25,78 ± 3,08 17,80 ± 1,23 DAP (cm) 22,86 ± 3,17 17,10 ± 1,29 21,70 ± 3,14 24,06 ± 4,90 23,46 ± 3,65 25,86 ± 2,94 27,18 ± 3,25 18,15 ± 1,72 15,78 ± 0,92 14,71 ± 1,33 17,82 ± 1,69 17,17 ± 0,92 19,90 ± 2,75 27,65 ± 3,48 17,49 ± 1,72 22,24 ± 6,67 19,23 ± 2,22 15,72 ± 1,18 15,78 ± 0,86 19,45 ± 1,72 18,63 ± 1,09 24,41 ± 3,23 17,48 ± 1,63 DAP (cm) 43,1 38,2 28,1 31,1 35,4 60,7 36,4 28,8 30,1 23,9 25,7 34,3 21,0 CV (%) 35,1 22,0 40,1 51,5 46,6 33,6 34,3 29,6 17,5 26,3 29,7 16,5 37,0 35,5 30,3 74,3 34,1 21,6 16,6 27,3 18,3 39,2 27,9 CV (%) 5,8 ± 0,5 4,72 ± 1,05 4,85 ± 0,37 5,23 ± 0,44 4,92 ± 0,41 4,73 ± 0,55 5,43 ± 0,84 5,28 ± 0,53 6,42 ± 0,54 4,93 ± 1,08 5,8 ± 1,37 5,63 ± 0,83 4,78 ± 0,87 Hf (m) 5,96 ± 1,11 4,08 ± 0,56 6,49 ± 1,12 5,22 ± 1,32 5,05 ± 0,46 4,86 ± 0,56 5,35 ± 0,93 4,54 ± 0,38 4,04 ± 0,74 3,64 ± 0,54 4,72 ± 0,53 3,86 ± 0,6 4,54 ± 0,98 5,24 ± 0,59 5,5 ± 0,78 6,38 ± 1,51 5,15 ± 0,59 4,52 ± 0,77 3,85 ± 0,43 5,17 ± 0,56 5,01 ± 0,46 4,81 ± 0,66 3,9 ± 0,5 Hf (m) 22,38 51,41 22,62 24,65 25,01 20,85 32,96 24,18 26,41 45,54 50,65 37,35 44,31 CV (%) 45,92 38,31 46,13 49,11 27,47 32,80 44,15 26,04 52,91 38,88 34,73 45,59 46,12 31,75 43,33 53,40 32,12 43,98 33,48 33,03 28,98 38,70 33,92 CV (%) 11,87 ± 0,66 10,95 ± 0,8 9,34 ± 0,44 9,83 ± 0,65 8,87 ± 0,72 10,63 ± 0,78 11,13 ± 0,71 8,85 ± 0,92 12,48 ± 0,66 9,75 ± 0,60 9,66 ± 1,40 12,43 ± 1,25 8,24 ± 0,77 Ht (m) 10,2 ± 1,55 7,51 ± 0,59 10,51 ± 1,41 9,58 ± 0,86 9,73 ± 0,77 9,44 ± 0,84 12,12 ± 1,06 9,40 ± 0,51 6,91 ± 0,67 6,55 ± 0,67 13,02 ± 1,11 12,02 ± 0,64 10,88 ± 0,91 10,33 ± 0,83 9,2 ± 0,75 9,49 ± 2,22 8,89 ± 0,92 11,57 ± 1,11 10,58 ± 1,24 12,63 ± 1,02 16,21 ± 0,9 13,8 ± 1,08 9,40 ± 0,47 Ht (m) 14,3 21,6 14,0 19,6 25,3 14,2 19,1 26,7 16,6 17,6 31,0 28,7 28,3 CV (%) 38,5 22,8 37,1 22,8 23,9 26,4 25,0 17,1 29,3 29,9 26,5 16,4 22,4 22,8 25,3 57,9 30,5 27,5 35,6 25,0 17,3 23,2 15,0 CV (%) 17,65 ± 7,08 29,49 ± 12,81 17,13 ± 5,06 23,45 ± 7,39 26,44 ± 9,91 10,4 ± 7,5 31,29 ± 11,14 9,78 ± 4,45 34,06 ± 8,11 15,91 ± 4,7 7,38 ± 3,47 32,69 ± 10,24 10,79 ± 2,35 AB (m².ha-1) 11,58 ± 4,94 9,03 ± 2,33 8,13 ± 3,48 19,33 ± 7,55 26,65 ± 7,69 16,93 ± 4,32 33,4 ± 11,44 20,42 ± 6,55 18,71 ± 5,68 7,99 ± 2,66 22,39 ± 4,88 19,14 ± 3,92 13,46 ± 5,21 18,81 ± 5,78 17,27 ± 4,76 8,92 ± 4,12 14,29 ± 4,31 13,51 ± 4,28 18,41 ± 4,16 20,6 ± 5,65 24,93 ± 4,41 24,59 ± 6,93 16,88 ± 4,42 AB (m².ha-1) 125,49 135,81 92,29 98,57 117,20 225,33 111,35 142,24 74,45 92,48 147,11 97,93 68,07 CV (%) 133,42 80,77 134,03 122,17 90,21 79,81 107,10 100,32 94,92 103,91 68,22 64,07 121,08 96,07 86,25 144,25 94,37 99,18 70,63 85,77 55,31 88,10 81,83 CV (%) 3,68 ± 0,71 4,08 ± 0,69 3,62 ± 0,47 3,00 ± 0,55 3,63 ± 0,67 1,76 ± 0,50 4,11 ± 0,65 2,96 ± 0,57 3,90 ± 0,57 3,74 ± 0,62 2,95 ± 0,85 4,03 ± 0,73 3,21 ± 0,51 S 2,67 ± 0,64 2,80 ± 0,45 49,7 50,1 39,2 54,6 57,5 55,0 47,6 49,9 45,6 47,7 61,7 52,0 48,7 CV (%) 60,6 46,5 65,8 44,9 3,74 ± 0,66 1,91 ± 0,45 51,4 50,6 54,0 42,8 42,4 54,9 45,3 44,8 55,4 62,0 58,4 49,6 45,9 59,4 42,6 47,7 38,7 47,3 39,1 CV (%) 3,65 ± 0,62 2,64 ± 0,45 3,62 ± 0,68 3,98 ± 0,54 4,43 ± 0,63 3,06 ± 0,58 3,88 ± 0,56 3,21 ± 0,47 3,60 ± 0,74 2,67 ± 0,59 2,74 ± 0,52 2,50 ± 0,50 3,28 ± 0,51 3,79 ± 0,79 3,76 ± 0,53 4,05 ± 0,63 3,60 ± 0,45 3,94 ± 0,63 3,30 ± 0,43 S 101,67 ± 42,13 94,55 ± 67,94 80,79 ± 28,62 109,51 ± 34,73 133,73 ± 58,84 37,78 ± 29,77 55,84 ± 37,96 42,18 ± 19,15 217,59 ± 55,29 22,44 ± 13,89 38,63 ± 20,42 138,77 ± 57,41 19,68 ± 8,21 Vf c/c (m³.ha-1) 71,01 ± 33,49 39,96 ± 14,58 50,78 ± 24,25 40,56 ± 20,76 157,16 ± 48,49 76,06 ± 22,85 112,22 ± 52,27 105,88 ± 41,5 68,34 ± 27,48 24,2 ± 11,23 82,19 ± 26,32 45,42 ± 16,28 35,63 ± 18,81 102,9 ± 33,75 90,39 ± 31,3 49,72 ± 26,36 70,01 ± 26,6 50,02 ± 17,97 61,38 ± 16,41 115,46 ± 39,56 87,69 ± 17,92 84,58 ± 28,95 37,14 ± 19,16 Vf c/c (m³.ha-1) 129,55 224,67 110,78 99,16 137,59 246,36 212,58 141,98 79,45 193,53 165,31 129,35 130,49 CV (%) 147,47 114,12 149,30 160,05 96,48 93,92 145,65 122,55 125,73 145,04 100,14 112,05 165,07 102,54 108,29 165,77 118,77 112,34 83,60 107,13 63,90 107,04 161,30 CV (%) 136,62 ± 66,65 252,18 ± 153,54 108,84 ± 38,14 183,03 ± 70,53 215,99 ± 110,89 85,02 ± 68,82 262,26 ± 117,2 65,62 ± 38,18 268,51 ± 79,46 98,18 ± 32,81 48,33 ± 23,81 263 ± 93,37 63,59 ± 14,96 PS (Mg.ha-1) 83,82 ± 39,38 53,69 ± 15,69 56,37 ± 27,59 150,29 ± 69,02 210,67 ± 69,92 124,31 ± 36,38 278,52 ± 109,46 133,44 ± 57,72 106,99 ± 37,35 43,86 ± 17,43 140,19 ± 34,27 114,33 ± 26,04 91,48 ± 41,55 147,23 ± 50,47 110,75 ± 39,04 66,58 ± 37,63 95,59 ± 33,62 75,36 ± 24,71 106,42 ± 25,9 136,02 ± 42,91 155,04 ± 29,9 181,59 ± 63,27 109,75 ± 39,22 PS (Mg.ha-1) 152,55 190,38 109,58 120,50 160,53 253,09 139,73 181,95 92,54 104,49 154,05 111,01 73,54 CV (%) 146,91 91,35 153,02 143,61 103,78 91,50 122,89 135,25 109,16 124,23 76,44 71,22 142,00 107,20 110,23 176,74 109,97 102,52 76,10 98,64 60,31 108,95 111,74 CV (%) 68,31 ± 33,33 126,09 ± 76,77 54,42 ± 19,07 91,51 ± 35,27 107,99 ± 55,44 42,51 ± 34,41 131,13 ± 58,6 32,81 ± 19,09 134,25 ± 39,73 49,09 ± 16,4 24,17 ± 11,91 131,5 ± 46,69 31,79 ± 7,48 C (Mg.ha-1) 41,91 ± 19,69 26,84 ± 7,84 28,18 ± 13,79 75,14 ± 34,51 105,33 ± 34,96 62,15 ± 18,19 139,26 ± 54,73 66,72 ± 28,86 53,5 ± 18,68 21,93 ± 8,71 70,09 ± 17,14 57,17 ± 13,02 45,74 ± 20,77 73,61 ± 25,24 55,37 ± 19,52 33,29 ± 18,82 47,8 ± 16,81 37,68 ± 12,35 53,21 ± 12,95 68,01 ± 21,45 77,52 ± 14,95 90,79 ± 31,64 54,87 ± 19,61 C (Mg.ha-1) 152,55 190,38 109,58 120,50 160,53 253,09 139,73 181,95 92,54 104,49 154,05 111,01 73,54 CV (%) 146,91 91,35 153,02 143,61 103,78 91,50 122,89 135,25 109,16 124,23 76,44 71,22 142,00 107,20 110,23 176,74 109,97 102,52 76,10 98,64 60,31 108,95 111,74 CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Árvores mortas As variáveis dendrométricas calculadas para as árvores mortas são as mesmas quantificadas para as árvores vivas (com exceção da variável número de espécies por hectare, que não existe para as árvores mortas). O volume do fuste para as árvores mortas foi estimado a partir do uso da equação ajustado para o grupo “Todas as espécies” da Floresta Estacional Decidual. Seguindo a mesma metodologia, estas variáveis foram estimadas a partir da média e do desvio padrão das mesmas nas 40 subparcelas de cada uma das 75 Unidades Amostrais que apresentavam árvores mortas. Os intervalos de confiança foram construídos da mesma forma que para as árvores vivas. Os resultados destas estimativas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, estão apresentados na Tabela 2.16. Note que o coeficiente de variação para algumas Unidades Amostrais foi superior a 100%, devido ao desvio padrão ter sido maior que a média do conjunto de dados analisados, ocasionando uma elevada variância entre os dados. 70 42,5 ± 33,88 5 ± 7,06 62,5 ± 24,76 15 ± 11,57 17,5 ± 14,28 35 ± 21,18 30 ± 24,24 27,5 ± 20,47 30 ± 20,74 1123 1187 1188 1249 1318 1388 1461 1536 32,5 ± 24,44 597 1000 15 ± 11,57 537 7,5 ± 8,53 40 ± 23,8 494 941 7,5 ± 11,19 487 17,5 ± 14,28 22,5 ± 15,34 438 918 22,5 ± 15,34 435 27,5 ± 16,17 67,5 ± 34,27 398 712 ind.ha-1 UA 71 216,2 232,7 252,6 189,2 255,1 241,1 123,9 441,4 249,3 355,7 255,1 183,9 235,1 241,1 186,1 466,5 213,2 213,2 158,7 CV (%) 31,37 ± 17,56 28,4 ± 14,72 22,06 ± 6,79 15,86 ± 2,95 18,81 ± 2,2 11,46 ± 0,94 17,05 ± 2,52 24,67 ± 6,07 18,63 ± 5,91 13,48 ± 5,72 16,18 ± 5,38 18,91 ± 4,61 21,81 ± 7,41 27,32 ± 16,9 17,14 ± 5,33 31,43 ± 110,21 22,66 ± 8,44 25,38 ± 5,13 17,17 ± 2,9 DAP (cm) 72,8 56,0 33,3 27,7 11,1 7,9 30,7 2,7 37,9 17,1 31,7 34,1 44,2 58,9 43,4 39,0 44,5 24,2 31,7 CV (%) 5 ± 0,9 - - - - - 3,28 ± 0,54 - - - 6 6 3,46 ± 0,65 4,6 ± 0,29 5,35 ± 0,54 6 ± 0,9 3 3,75 ± 0,79 - Hf (m) 56,6 - - - - - 51,8 - - - - - 59,0 19,4 31,4 47,1 - 66,0 - CV (%) 8,57 ± 3 10,07 ± 5,14 4,56 ± 1,73 7,24 ± 2,36 4,5 ± 1,05 3,5 ± 1,45 5,88 ± 1,34 3,25 ± 22,24 6,74 ± 1,51 4,67 ± 7,17 8,97 ± 0,53 6,35 ± 1,96 4,76 ± 2,77 9,5 ± 4,29 8,95 ± 2,46 9 ± 12,71 6,81 ± 3,56 8,3 ± 2,36 5,25 ± 1,1 Ht (m) 45,5 55,2 41 48,6 22,2 39,4 47,4 76,1 26,7 61,9 5,6 43,1 75,9 43 38,5 15,7 62,5 34 39,5 CV (%) 3,33 ± 3,27 2,99 ± 3,78 1,37 ± 1,37 0,75 ± 0,46 1,05 ± 0,99 0,16 ± 0,12 1,56 ± 0,71 0,24 ± 0,34 1,4 ± 1,11 0,11 ± 0,13 0,41 ± 0,39 0,95 ± 0,75 2,5 ± 3,45 1,13 ± 1,4 1,16 ± 0,9 0,54 ± 0,78 1,11 ± 0,87 1,81 ± 1,33 1,91 ± 0,96 AB (m².ha-1) 307,0 394,9 311,9 191,5 294,9 244,0 142,1 441,8 248,2 368,5 300,5 245,0 432,3 385,3 242,7 447,6 245,0 230,8 157,4 CV (%) 3,8 ± 7,1 - - - - - 2,67 ± 1,9 - - - 0,54 ± 1,08 0,48 ± 0,97 7,65 ± 12,85 4,39 ± 5,54 3,11 ± 2,33 2,8 ± 4,36 0,11 ± 0,22 2,13 ± 3,82 - Vf c/c (m³.ha-1) 584,7 - - - - - 222,9 - - - - - 525,6 394,8 234,5 487,0 - 561,3 - CV (%) 28,22 ± 29,2 26,59 ± 38,22 8,93 ± 9,33 4,04 ± 2,54 6,28 ± 5,94 0,71 ± 0,55 8,89 ± 4,28 1,48 ± 2,1 8,41 ± 6,72 0,53 ± 0,64 2,27 ± 2,28 5,97 ± 5,09 19,77 ± 30,37 8,72 ± 12,08 6,85 ± 5,94 3,86 ± 5,61 7,2 ± 5,88 11,56 ± 8,61 10,9 ± 5,73 PS (Mg.ha-1) 323,6 449,4 326,6 196,7 295,8 245,2 150,5 441,9 249,8 373,1 313,9 266,4 480,4 433,1 271,0 454,7 255,1 232,8 164,3 CV (%) 14,11 ± 14,6 13,3 ± 19,11 4,47 ± 4,66 2,02 ± 1,27 3,14 ± 2,97 0,35 ± 0,28 4,44 ± 2,14 0,74 ± 1,05 4,21 ± 3,36 0,27 ± 0,32 1,13 ± 1,14 2,98 ± 2,54 9,88 ± 15,18 4,36 ± 6,04 3,43 ± 2,97 1,93 ± 2,8 3,6 ± 2,94 5,78 ± 4,3 5,45 ± 2,86 C (Mg.ha-1) 323,6 449,4 326,6 196,7 295,8 245,2 150,5 441,9 249,8 373,1 313,9 266,4 480,4 433,1 271,0 454,7 255,1 232,8 164,3 CV (%) Tabela 2.16. Estimativas das variáveis dendrométricas para as árvores mortas em 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com intervalo de confiança (95%) e coeficiente de variação (CV). ind.ha-1 = número de indivíduos; DAP = diâmetro à altura do peito; CV = coeficiente de variação; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total. Table 2.16. Estimates of dendrometric variables of dead trees species within 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence interval and coefficient of variation (CV). ind.ha-1 = number of trees; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 30 ± 16,52 15 ± 18,54 30 ± 19,43 7,5 ± 11,19 17,5 ± 12,31 20 ± 16,52 12,5 ± 12,93 ind.ha-1 22,5 ± 16,97 27,5 ± 19,14 40 ± 21,48 28,13 ± 16,51 40 ± 27,86 27,5 ± 19,14 10 ± 9,72 10 ± 9,72 20 ± 14,84 62,5 ± 25,8 7,5 ± 8,53 12,5 ± 12,93 47,5 ± 26,1 7,5 ± 8,53 30 ± 20,74 10 ± 9,72 15 ± 13,65 47,5 ± 26,1 20 ± 12,96 20 ± 16,52 30 ± 19,43 17,5 ± 14,28 7,5 ± 8,53 1965 1970 2051 2056 2077 2079 UA 2081 2083 2088 2099 2100 2101 2166 2170 2172 2179 2194 2195 2216 2287 2294 2310 2406 2414 2425 2515 2530 2531 2623 20 ± 16,52 1787 1961 32,5 ± 18,3 1775 45 ± 27,05 20 ± 18,03 1774 1959 32,5 ± 20,97 1770 12,5 ± 10,71 55,63 ± 37 1703 1869 32,5 ± 23,34 1694 32,5 ± 16,81 62,5 ± 33,73 1693 1864 42,5 ± 23,9 1619 35 ± 19,9 25 ± 15,78 1618 1861 57,5 ± 23,9 1616 20 ± 14,84 50 ± 19,16 1542 1859 ind.ha-1 UA 72 73 355,7 255,1 202,5 258,2 202,5 171,8 284,4 303,8 216,2 355,7 171,8 323,4 355,7 129,1 232,0 303,8 303,8 217,7 217,8 183,6 167,9 217,7 235,8 CV (%) 323,4 258,2 219,9 466,5 202,5 386,4 172,1 188,0 267,9 161,7 177,8 232,0 258,2 176,1 281,9 201,8 208,0 224,6 168,7 175,8 197,4 130,0 119,8 CV (%) 21,11 ± 30,34 24,59 ± 9,38 15,93 ± 4,18 23,32 ± 10,08 27,33 ± 18,85 22,36 ± 5,79 24,73 ± 7,64 36,76 ± 26,04 15,37 ± 2,57 13,48 ± 7,17 21,82 ± 6,02 20,11 ± 10,53 24,72 ± 57,75 24,06 ± 9,08 19,58 ± 11,66 35,01 ± 23,61 20,61 ± 5,6 17,97 ± 3,65 19,7 ± 4,85 17,19 ± 5,57 22,91 ± 5,24 22,14 ± 7,57 21,86 ± 10 DAP (cm) 26,38 ± 5,7 14,91 ± 3,99 17,37 ± 9,55 11,78 ± 8,09 21,56 ± 7,45 24,37 ± 27,46 27,4 ± 10,34 20,35 ± 6,43 30,15 ± 16,82 26,27 ± 8,19 28,73 ± 6,67 17,62 ± 7,42 20,05 ± 15,59 22,72 ± 4,34 18,25 ± 3,82 20,18 ± 5,32 16,54 ± 3,77 19,42 ± 6,82 16,4 ± 3,42 23,13 ± 5,02 16,28 ± 4,32 18,76 ± 3,72 18,28 ± 3,82 DAP (cm) 57,8 36,4 34,2 41,2 82,5 40,7 24,9 44,5 21,7 21,4 47,7 32,9 94,0 75,9 64,4 42,4 17,1 26,4 34,4 45,3 36,0 44,5 49,5 CV (%) 13,6 25,5 59,4 7,6 44,9 45,4 56,2 49,7 44,9 49,1 36,5 45,5 74,1 28,4 16,9 36,8 31,9 49,1 36,1 34,1 34,6 39,9 42,1 CV (%) - 9 ± 2,71 - - - 2,93 ± 0,14 - 6 2,73 ± 0,27 - 5,38 ± 1 4 - 3 ± 0,33 - - - 4,56 ± 0,64 5,11 ± 0,81 5,13 ± 0,77 2,5 ± 0,23 5,67 ± 1,21 6 Hf (m) 3,5 ± 0,23 - - - 4,72 ± 0,77 4,5 3,88 ± 0,5 3,03 ± 0,57 5,07 ± 0,68 4,5 ± 0,55 3 3 - - - 4,2 ± 0,53 - 1 - 8,17 ± 0,72 8 - - Hf (m) - 94,3 - - - 15,4 - - 30,4 - 57,9 - - 34,5 - - - 44,1 49,4 46,7 28,3 66,8 - CV (%) 20,2 - - - 51,1 - 39,9 58,9 42,0 38,5 - - - - - 39,1 - - - 27,6 - - - CV (%) 5,33 ± 7,59 8,17 ± 4,06 5,17 ± 1,82 5,96 ± 3,84 6,75 ± 2,59 6,16 ± 1,72 3,5 ± 2,48 6,75 ± 3,98 5 ± 1,22 3,67 ± 2,87 9,79 ± 2,06 5,67 ± 4,31 5 ± 6,57 5,28 ± 1,06 5 ± 2,45 5 ± 5,36 4,5 ± 0,92 8,72 ± 3,49 6,4 ± 1,66 6,9 ± 1,89 9,49 ± 1,67 7,56 ± 2,83 6,25 ± 0,85 Ht (m) 7,38 ± 3,97 6,83 ± 2,52 4,29 ± 1,83 3,75 ± 9,53 9,83 ± 3,47 8 ± 2,48 5,18 ± 1,15 5,26 ± 1,76 10,47 ± 5,33 7,92 ± 2,53 6,36 ± 1,78 5,86 ± 2,03 5,58 ± 2,78 6,93 ± 2,09 5,3 ± 1,43 6,03 ± 2,18 4,27 ± 0,56 7,75 ± 3,11 5,01 ± 1,12 10,9 ± 1,8 7,33 ± 2,27 6,54 ± 1,71 7,61 ± 1,43 Ht (m) 57,3 47,4 45,9 61,5 45,8 44 57,1 37 31,6 31,5 36,5 47,8 52,9 40,2 52,9 67,3 12,8 52 36,2 38,3 27,6 48,7 14,8 CV (%) 33,8 35,1 46,1 28,3 46 12,5 32,9 52,7 41 50,4 44,1 37,4 47,5 44,9 21,7 50,5 18,2 56 38,8 25,9 40,3 52,8 37,7 CV (%) 0,32 ± 0,5 1,03 ± 1,11 0,59 ± 0,42 0,84 ± 0,77 1,87 ± 2,55 2,51 ± 1,78 0,71 ± 0,66 1,22 ± 1,44 0,68 ± 0,6 0,11 ± 0,13 2,36 ± 1,7 0,44 ± 0,48 0,57 ± 1,06 3,96 ± 2,82 0,75 ± 0,87 1,09 ± 1,32 0,34 ± 0,35 0,83 ± 0,55 1,92 ± 1,45 0,88 ± 0,8 2,65 ± 1,81 1,17 ± 0,91 1,21 ± 1,05 AB (m².ha-1) 0,7 ± 0,73 0,36 ± 0,31 0,54 ± 0,65 0,09 ± 0,13 1,62 ± 1,28 0,96 ± 1,32 2,34 ± 1,93 1,75 ± 1,15 1,3 ± 1,32 2,47 ± 1,98 2,57 ± 1,71 0,76 ± 0,9 0,9 ± 1,08 1,68 ± 1,26 0,66 ± 0,64 1,15 ± 0,8 1,36 ± 0,92 1,54 ± 1,25 1,91 ± 1,47 2,14 ± 1,49 0,81 ± 0,67 1,81 ± 0,93 1,66 ± 1,05 AB (m².ha-1) 483,8 336,1 224,2 284,3 425,6 221,8 290,7 369,0 273,9 375,0 225,5 338,2 576,9 222,6 362,3 378,2 318,6 207,8 235,5 284,9 213,7 244,1 272,7 CV (%) 326,4 270,7 374,6 481,9 247,0 429,4 258,4 204,7 318,4 250,5 208,7 368,7 375,6 234,6 305,8 218,3 212,0 254,7 240,4 217,6 259,6 160,4 197,8 CV (%) - 1,75 ± 2,49 - - - 2,2 ± 2,07 - 5,16 ± 7,32 1,38 ± 1,52 - 4,37 ± 3,72 0,27 ± 0,56 - 8,14 ± 7,85 - - - 3,42 ± 2,71 2,69 ± 3,63 2,99 ± 3,99 0,17 ± 0,25 1,07 ± 1,59 0,15 ± 0,3 Vf c/c (m³.ha-1) 1,38 ± 2,22 - - - 8,17 ± 6,76 2,15 ± 4,34 3,35 ± 5,06 2,55 ± 2,94 6,6 ± 7,24 7,13 ± 10,02 0,84 ± 1,7 0,16 ± 0,32 - - - 2,33 ± 2,4 - 0,04 ± 0,08 - 4,86 ± 7,32 0,61 ± 1,24 - - Vf c/c (m³.ha-1) - 445,5 - - - 294,2 - - 345,3 - 265,9 - - 301,6 - - - 247,4 423,0 416,9 445,7 464,9 - CV (%) 501,8 - - - 258,9 - 473,1 360,3 342,7 439,1 - - - - - 322,8 - - - 471,2 - - - CV (%) 2,13 ± 3,52 7,01 ± 7,95 3,22 ± 2,52 5,46 ± 5,3 16,4 ± 25,32 17,89 ± 13,47 4,48 ± 4,35 9,69 ± 11,9 3,67 ± 3,34 0,54 ± 0,66 15,84 ± 11,8 2,57 ± 2,89 4,61 ± 8,86 31,25 ± 24,64 5,14 ± 6,77 8,5 ± 10,96 2 ± 2,07 4,65 ± 3,19 11,78 ± 9,46 5,49 ± 5,46 17,59 ± 12,59 7,65 ± 6,38 7,69 ± 6,98 PS (Mg.ha-1) 4,56 ± 4,8 1,88 ± 1,67 3,5 ± 4,8 0,39 ± 0,61 10,45 ± 8,83 6,62 ± 9,17 17,9 ± 16,15 11,26 ± 7,77 9,38 ± 9,87 18,86 ± 16,54 18,21 ± 12,65 5,18 ± 6,73 6,43 ± 8,36 10,92 ± 8,79 3,76 ± 3,72 7,09 ± 5,16 7,5 ± 5,23 9,57 ± 7,93 11,3 ± 9,6 14 ± 10,32 4,54 ± 3,88 11,17 ± 6,29 10,3 ± 7,58 PS (Mg.ha-1) 517,1 354,3 244,6 303,7 482,7 235,3 303,3 384,0 284,7 381,4 233,0 351,4 601,0 246,5 411,7 403,4 325,1 214,4 251,2 311,0 223,8 260,9 283,8 CV (%) 329,0 278,0 428,6 485,4 264,2 432,9 282,2 215,8 329,0 274,2 217,2 406,2 406,5 251,7 309,4 227,4 218,2 259,0 265,4 230,4 267,2 176,0 230,1 CV (%) 1,06 ± 1,76 3,51 ± 3,97 1,61 ± 1,26 2,73 ± 2,65 8,2 ± 12,66 8,95 ± 6,73 2,24 ± 2,17 4,84 ± 5,95 1,84 ± 1,67 0,27 ± 0,33 7,92 ± 5,9 1,29 ± 1,44 2,3 ± 4,43 15,62 ± 12,32 2,57 ± 3,38 4,25 ± 5,48 1 ± 1,04 2,33 ± 1,6 5,89 ± 4,73 2,74 ± 2,73 8,79 ± 6,29 3,83 ± 3,19 3,85 ± 3,49 C (Mg.ha-1) 2,28 ± 2,4 0,94 ± 0,83 1,75 ± 2,4 0,2 ± 0,31 5,22 ± 4,41 3,31 ± 4,59 8,95 ± 8,08 5,63 ± 3,89 4,69 ± 4,93 9,43 ± 8,27 9,1 ± 6,33 2,59 ± 3,37 3,21 ± 4,18 5,46 ± 4,4 1,88 ± 1,86 3,54 ± 2,58 3,75 ± 2,62 4,79 ± 3,96 5,65 ± 4,8 7 ± 5,16 2,27 ± 1,94 5,59 ± 3,14 5,15 ± 3,79 C (Mg.ha-1) 517,1 354,3 244,6 303,7 482,7 235,3 303,3 384,0 284,7 381,4 233,0 351,4 601,0 246,5 411,7 403,4 325,1 214,4 251,2 311,0 223,8 260,9 283,8 CV (%) 329,0 278,0 428,6 485,4 264,2 432,9 282,2 215,8 329,0 274,2 217,2 406,2 406,5 251,7 309,4 227,4 218,2 259,0 265,4 230,4 267,2 176,0 230,1 CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 217,7 2.4 Discussão A partir dos dados obtidos pelas estimativas das variáveis dendrométricas da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, foi possível comparar estes valores com outros trabalhos desenvolvidos no âmbito da Floresta Estacional Decidual no Brasil. É importante salientar que as variáveis dendrométricas estimadas representam um conjunto de 78 Unidades Amostrais inseridas na Floresta Estacional Decidual. Outros trabalhos encontrados na literatura, são realizadas muitas vezes pontualmente num único local, não representando uma área de abrangência ampla, como representa a amostragem realizada pelo IFFSC. 217,7 207,1 200,1 4,39 ± 2,81 29,2 10,31 ± 1,82 26,6 A Tabela 2.17 mostra detalhadamente a comparação entre as variáveis dendrométricas de alguns trabalhos encontrados na literatura com os valores obtidos pelo IFFSC. Tabela 2.17. Comparação entre as variáveis dendrométricas das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina com sete trabalhos no Brasil. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel et al. (2009); 7 = Kilca & Longhi (2011). Table 2.17. Comparison of dendrometric variables of living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with seven other studies. 1 = Scolforo et al. (2008); 2 e 3 = Brun (2004); 4 = Vogel et al. (2006); 5 e 6 = Ruschel et al. (2009); 7 = Kilca & Longhi (2011). VARIÁVEL Limite de inclusão DAP (cm) IFFSC OUTROS TRABALHOS 1 2 3 4 5 6 7 5 5 9,6 10 5 3,2 3,2 3,2 19,55 - 7,50 8,0 - 13,3 14,6 21,8 Altura do fuste (m) 5,03 - 5,60 6,0 - 5,7 6,9 - Altura total (m) 10,0 7,91 9,10 9,7 - 8,5 9,1 12,54 Nº de indivíduos (ind.ha-1) 459,78 973 4167,0 - - - 714,0 Área basal total (m².ha-1) 19,83 16,21 28,5 - - - 28,55 Nº de espécies 38,37 - - - - - - 50,7 Volume do fuste c/c (m³.ha-1) 84,01 - - - - - - - Peso seco (Mg. ha-1) 135,92 88,69 - - - Carbono (Mg. ha-1) 67,96 38,10 - - - DAP (cm) 5167,0 26,60 102,26 - 157,64 210,0 - - A comparação entre as estimativas das variáveis dendrométricas do IFFSC com as obtidas pelos diferentes trabalhos mostrou semelhança em alguns parâmetros. 156,2 37,5 ± 18,73 3520 35,85 ± 9,87 45,6 8,45 ± 0,72 27,06 ± 17,92 35,36 ± 24,61 17,68 ± 12,31 377,9 377,9 348,2 0,56 ± 0,62 32,5 6,3 ± 2,54 286,1 17,5 ± 16,01 3427 18,49 ± 6,16 26,8 - - 3,46 ± 4,19 1,73 ± 2,09 261,6 261,6 242,2 2,01 ± 1,56 207,7 43,33 ± 28,79 3416 22,66 ± 8,73 57,3 - - 8,73 ± 1,05 18 - 13,6 ± 11,38 6,8 ± 5,69 239,4 239,4 228,3 1,89 ± 1,38 201,2 30,63 ± 19,71 3414 26,17 ± 7,27 36,1 - - 9,69 ± 0 - - 13,34 ± 10,22 6,67 ± 5,11 314,2 314,2 485,8 289,9 2,53 ± 2,35 8,02 ± 1,52 70,7 205,6 42,5 ± 27,94 3309 22,57 ± 6,43 39,8 2 ± 0,45 26,4 0,28 ± 0,44 18,77 ± 18,86 9,39 ± 9,43 632,5 632,5 632,5 0,26 ± 0,53 10,26 ± 0 632,5 2,5 ± 5,06 3197 36,61 ± 0 - - - - 1,92 ± 3,88 0,96 ± 1,94 254,0 254,0 235,9 1,17 ± 0,88 175,4 25 ± 14,02 3097 20,87 ± 6,61 41,2 9 - 8,33 ± 2,21 34,5 0,38 ± 0,77 7,76 ± 6,3 3,88 ± 3,15 269,4 269,4 543,7 247,6 0,68 ± 0,54 8,23 ± 1,14 28,3 188,0 22,5 ± 13,53 3082 18,36 ± 5,57 39,5 5 ± 0,45 18,1 0,99 ± 1,72 4,07 ± 3,51 2,03 ± 1,75 262,7 262,7 265,0 251,1 3,66 ± 2,94 8,65 ± 2,48 39,1 152,4 35 ± 17,06 2987 29,12 ± 8,8 50,0 5,93 ± 0,74 47,5 21,58 ± 18,29 27,69 ± 23,26 13,85 ± 11,63 273,5 0,99 ± 0,87 273,5 1,98 ± 1,74 266,9 0,38 ± 0,33 6,11 ± 1,12 29,8 275,4 22,5 ± 19,82 2645 15,01 ± 4,69 6 17,5 0,55 ± 1,11 CV (%) CV (%) CV (%) AB (m².ha-1) CV (%) CV (%) ind.ha-1 UA DAP (cm) Hf (m) CV (%) Ht (m) CV (%) Vf c/c (m³.ha-1) PS (Mg.ha-1) C (Mg.ha-1) CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina O DAP médio (cm) encontrado pelo IFFSC (19,55) foi superior aos encontrados pelos trabalhos de Brun (2004) (7,5 e 8,0), Vogel et al. (2006) (13,3) e Ruschel et al. (2009) (14,6) respectivamente, porém inferior ao encontrado por Kilca & Longhi (2011) (21,8). A altura total média (m) encontrada pelo IFFSC (10,0) foi superior quando comparada com os estudos Scolforo et al. (2008) (7,91), Brun (2004) (9,1 e 9,7), Ruschel et al. (2009) (8,5 e 9,1) respectivamente, porém, inferior aos resultados de Kilca & Longhi (2011) (12,54). 74 75 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 2 | Amostragem dos remanescentes florestais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina O número de indivíduos por hectare (ind.ha-1) do IFFSC (459,8) foi muito inferior quando comparado com os trabalhos Scolforo et al. (2008) (973), Brun (2004) (5.167 e 4.167) e Kilca & Longhi (2011) (714) respectivamente. Este resultado, como aquele do DAP, certamente é influenciado pelo critério de inclusão adotado na medição das árvores, pois no IFFSC se utilizou como critério de inclusão o DAP ≥ 10 cm, enquanto para os trabalhos 1, 2, 3 e 7 usaram-se a circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 15, 7, 10, 10 e 30 cm, respectivamente. SAR. Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de Santa Catarina. 2005. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Relatório do Projeto Piloto. Florianópolis. SAR (mimeo). A área basal média por hectare (m².ha-1) encontrada pelo IFFSC (19,83) foi inferior quando comparada com os trabalhos de Brun (2004) e Kilca & Longhi (2011), que apresentaram 26,6, 28,5 e 28,55 m².ha-1, respectivamente, porém superior ao trabalho de Scolforo et al. (2008) (16,21 m².ha-1). Vibrans, A.C.; McRoberts, R.E.; Moser, P.; Nicoletti, A. 2013. Using satellite image-based maps and ground inventory data to estimate the remaining Atlantic forest in the Brazilian state of Santa Catarina. Remote Sensing of Environment 130: 87-95. O número de espécies médio encontrado pelo IFFSC (38,37) foi inferior quando comparado ao estudo de Kilca & Longhi (2011), no qual foram encontradas, em dez fragmentos de Floresta Estacional Subtropical no Rio Grande do Sul, em média 50,7 espécies. Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Lingner, D.V.; Gasper, A.L. de; Sabbagh, S. 2010. Inventário florístico florestal de Santa Catarina (IFFSC): aspectos métodológicos e operacionais. Pesquisa Florestal Brasileira 30(64): 291-302. Vogel, H.L.M.; Schumacher, M.V.; Trüby, P. 2006. Quantificação da biomassa em uma floresta estacional decidual em Itaara, RS, Brasil. Ciência Florestal 16(4): 419-425. O peso seco (Mg.ha-1) encontrado no IFFSC (135,92) foi superior quando comparado com os trabalhos de Scolforo et al. (2008) e Brun (2004) que apresentaram 88,69 e 102,26 Mg.ha-1, respectivamente. Já os trabalhos de Brun (2004) e Vogel et al. (2006) encontraram peso seco superior ao do IFFSC, acusando 157,64 e 210 Mg.ha-1, respectivamente. Poucos trabalhos no âmbito da Floresta Estacional Decidual abordam o estoque de carbono médio contido nas árvores. Dentre os trabalhos analisados, apenas o de Scolforo et al. (2008) quantificou o estoque de carbono, encontrando 38,1 Mg.ha-1, valor inferior ao obtido pelo IFFSC (67,96). Brun (2004) analisou uma Floresta Estacional Decidual secundária em Santa Tereza, Rio Grande do Sul, encontrando valores médios para a biomassa total de 157,64 Mg.ha-1, enquanto a biomassa total correspondeu a 52,41% da madeira do fuste. Vogel et al. (2006), na quantificação da biomassa total acima do solo em uma Floresta Estacional Decidual em Itaara, Rio Grande do Sul, encontraram valores de 210 Mg.ha-1, sendo que a madeira do fuste das árvores corresponderam a 43,3% do total da biomassa. Referências Colwell, R.K.; Mao, C.X.; Chang, J. 2004. Interpolating, extrapolating, and comparing incidence-based species accumulation curves. Ecology 85: 2717-2727. FAO. Food and Agriculture Organization. 2009. National Forest Monitoring and Assessment – Manual for integrated field data collection. NFMA Paper37/N. Roma. Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. 2008. Projeto de Proteção da Mata Atlântica em Santa Catarina (PPMA/SC). Relatório Técnico do Mapeamento Temático Geral do Estado de Santa Catarina. São José dos Campos. Geoambiente. Gotelli, N.J.; Colwell, R.K. 2001. Quantifying biodiversity: procedures and pitfalls in the measurement and comparison of species richness. Ecology Letters 4: 379-391. Kersten, R.A.; Galvão, F. 2011. Suficiência Amostral em Inventário Florísticos e Fitossociológicos. In: Felfili, J.M.; Eisenlohr, P.V.; Melo, M.M.R.F.; Andrade, L.A.; Neto, J.A.A.M. (eds.). Fitossociologia no Brasil: Métodos e estudos de casos. Viçosa. UFV. Pellico, N.S.; Brena, D.A. 1997. Inventario florestal. Curitiba. Edição dos autores. Ribeiro, M.C.; Metzger, J.P.; Martensen, A.C.; Ponzoni, F.J.; Hirota, M.M. 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation 142: 1141-1153. 76 77 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 78 Capítulo 3 Floresta Estacional Decidual Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Diameter-height, tree volume and biomass equations for Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina Alexander Christian Vibrans, Paolo Moser, João Paulo de Maçaneiro, Débora Vanessa Lingner, Luana Silveira e Silva Este capítulo é dedicado aos escaladores José Francisco Torres, Deunízio Stano, Eder Caglioni, Felipe Borsoi Saulo, Raphael Borsoi Saulo, Renato Schmitz e Simone Silveira Resumo Modelos hipsométricos, volumétricos e de peso seco foram avaliados com base nos dados coletados em 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, entre 2008 e 2009. Modelos hipsométricos foram ajustados a partir de 271 alturas medidas e também a partir de 388 alturas estimadas, sorteadas entre 14.714 alturas estimadas. Os resultados de dez modelos diferentes para Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e o grupo das “Demais espécies” foram ranqueados de acordo com o R² e erro padrão relativo. A análise residual foi realizada para assegurar normalidade, independência e homocedasticidade dos resíduos. A identidade dos melhores modelos foi testada usando o teste F modificado por Graybill. As melhores equações de ambas as bases de dados foram consideradas estatisticamente iguais mediante teste z (p>0.01). Equações para o volume com casca foram ajustadas com base em 300 cubagens rigorosas de árvores em pé, para Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”, usando nove modelos diferentes. Ranking e controle de qualidade foram realizados assim como para os modelos hipsométricos. Equações alométricas para estimativas de peso seco oriundas de outros estudos em Florestas Estacionais Deciduais no Sul e Sudeste do Brasil foram comparadas e aplicadas para estimar peso seco e estoque de carbono de árvores vivas e mortas em pé. Abstract Diameter-height, tree volume and biomass equations for trees of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina were derived from a data set collected by the IFFSC in 78 Sample Plots during 2008 and 2009. Tree height equations were adjusted using data from 271 measured tree heights and from 388 estimated tree heights, randomly chosen from 14.714 trees. Results of ten diameter-height models for Nectandra megapotamica, Ocotea puberula and “Other tree species” were ranked following R² and relative standard error. Residual normality, independence and homoscedasticity were analyzed, both based on measured and estimated heights. Identity of best fitting equations was tested by Graybill’s modified F test. Equations from the two data sets were considered statistically equal by z test (p>0.01). Stem volume (including bark) equations were adjusted based on taper measurements of 300 standing trees of Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, “Other tree species” and “All tree species”, using nine different tree volume models. Ranking and quality checking were performed for all stem volume equations. Allometric biomass equations developed in other sites within Seasonal Deciduous Forest in southern Brazil were compared and used to estimate total living and standing dead tree biomass and carbon stocks. Vibrans, A.C.; Moser, P., Maçaneiro, J.P. de; Lingner, D.V.; Silveira e Silva, L. 2012. Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 81 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3.1 Introdução O diâmetro ou a circunferência das árvores na altura padrão (a 1,30 m do solo) é uma variável que pode ser medida mais facilmente e com maior precisão entre as variáveis dendrométricas em inventários florestais. A medição do diâmetro nas demais alturas do fuste das árvores, bem como da altura deste fuste e da altura total das árvores são variáveis indispensáveis para a estimativa de volume e do peso seco das árvores, mas são de difícil e dispendiosa medição, considerando precisão, tempo, mãode-obra e custo. Como estas são correlatas ao diâmetro à altura do peito (DAP), foram estimadas para toda a população (ou comunidade) a partir do ajuste de modelos baseados em medições de diâmetro e a variável dependente em questão numa subamostra de árvores (Finger 1992, Husch et al. 2003). Como na literatura não foram encontradas equações descrevendo a relação hispométrica para as florestas de Santa Catarina, a coleta de dados para ajuste de modelos hipsométricos foi realizada de duas maneiras: a) em cada uma das Unidades Amostrais foi medido com hipsômetro a altura de até oito árvores, totalizando 271 árvores, abrangendo todas as classes diamétricas; b) paralelamente a estas medições, as alturas total e do fuste de todas as 14.714 árvores do componente arbóreo/arbustivo (DAP ≥ 10 cm), foram estimadas pelo engenheiro de campo durante os levantamentos, além do registro das demais variáveis de cada árvore (Capítulo 2 do Volume I). O objetivo deste procedimento foi obter dados para o ajuste de modelos hipsométricos, considerando toda variabilidade de valores causada pelas diferentes condições de sítio e fatores ambientais ao longo da área de abrangência da Floresta Estacional Decidual. O segundo objetivo foi de comparar os modelos resultantes com modelos baseados nas estimativas de altura feitas em campo, para validar os primeiros e subsidiar a definição de rotinas de trabalho em futuros ciclos do IFFSC. O ajuste de modelos volumétricos para o volume do fuste, por sua vez, baseou-se na cubagem rigorosa em pé do fuste de 300 árvores, realizada pelo escalador de cada equipe de campo. Entende-se como fuste o tronco principal da árvore até a inserção dos primeiros galhos da copa. Diante das impossibilidades legais e das dificuldades administrativas de realizar levantamentos de peso seco em florestas pelo método destrutivo (quando árvores são cortadas para esta finalidade), foram usadas as equações encontradas na literatura para florestas estacionais no Sul e Sudeste do Brasil para as estimativas de peso seco a partir do diâmetro e da altura total das árvores. Embora, em campo, tenha sido levantada a circunferência à altura do peito (CAP) das árvores, utilizou-se, neste capítulo, o diâmetro (DAP) como variável independente no ajuste dos modelos, com exceção de alguns modelos para estimativa do peso seco. 3.2 Modelos para estimativa da altura total das árvores 3.2.1 Metodologia Após ajuste de modelos para os dados medidos com hipsômetro e para os dados estimados pelo engenheiro de campo, os dois modelos para cada classe foram comparados, por meio do teste z e do teste de identidade de modelos. Tabela 3.1. Número de indivíduos medidos e utilizados para o ajuste das equações de regressão nos dados medidos com hipsômetro e estimados pelo engenheiro de campo na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, com intervalo de DAP. Table 3.1. Number of trees measured and used to adjust diameter-height equations for measured and estimated heights in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with DBH range. Hipsômetro Estimativa de campo Número de Amostra DAP (cm) indivíduos utilizada min./max. estimados Número de indivíduos medidos Amostra utilizada DAP (cm) min./max. Nectandra megapotamica 46 46 10 / 61 958 282 10 / 60 Ocotea puberula 89 89 10 / 61 1.151 296 10 / 68 Demais espécies 206 136 11 / 62 12.605 388 10 / 61 Espécie Os modelos hipsométricos testados, com os coeficientes βi determinados e os parâmetros estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por Bartoszeck (2000). Em seguida, foram executadas a análise visual dos gráficos dos resíduos de cada modelo e, para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaram-se os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov (para aderência à normalidade), sequências/runs test (para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para homocedasticicidade). Apresentaram-se, de forma a corroborar as conclusões, os valores p relativos a cada teste. Considerando a quantidade massiva de dados dos modelos ajustados com base nos dados estimados, foram sorteados 80 resíduos do conjunto residual destes modelos, com o intuito de aprimorar a apresentação residual e facilitar os testes estatísticos. Apresentaram-se também o resultado do teste z , com seu respectivo valor p, para determinar se os dois modelos medem, em média, um conjunto de alturas estatisticamente iguais. Por fim, realizou-se o teste de identidade de modelos, para investigar se ambos os modelos (medido e estimado) são iguais do ponto de vista estatístico. O valor p deste teste também é reportado. Para todos os testes de hipóteses foi adotado α = 0, 01 . Foram ajustados 10 modelos de relação hipsométrica para estimativa da altura total do fuste cujas Os modelos hipsométricos foram ajustados a partir de duas bases de dados, uma contendo as alturas das árvores medidas com o hipsômetro e outra contendo as alturas estimadas em campo pelo engenheiro da equipe. Para duas espécies com número suficiente de árvores medidas, Nectandra megapotamica e Ocotea puberula, foram ajustados modelos específicos; para o grupo das “Demais espécies”, no qual foram desconsideradas do conjunto de dados as duas espécies a cima citadas, foi ajustado um modelo genérico. variáveis independentes são: d, d², d³, Ht, log Ht, ln Ht, log (Ht – 1,3), Tabela 3.2. 1 1 , e ln d. Os ajustes tiveram como variáveis dependentes: d d2 1 H t − 1,3 e 1 (Ht − 1,3) Para facilitar a manipulação dos dados estimados pelos engenheiros de campo, realizou-se uma amostragem aleatória dos mesmos com o objetivo de reduzir o número de dados, mantendo, entretanto, a significância estatística da amostra. Para os dados medidos pelo hipsômetro, este procedimento não foi necessário, face ao reduzido número de árvores amostradas. O número de indivíduos utilizados para cada regressão (sem outliers, excluídos, seguindo metodologia detalhada no Volume I) consta na Tabela 3.1. 82 83 1 3 . As equações utilizadas estão representadas na 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.2. Equações hipsométricas ajustadas para a estimativa da altura total do fuste na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Ht = altura total da árvore (m); d = diâmetro à altura do peito (cm). Table 3.2. Diameter-height equations adjusted for estimates of tree height in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = residual error; Ht = total tree height (m); d = DBH (cm). N° Modelo Autor 1 Finger árvores de Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies”, juntamente com seus indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking de melhor modelo. Apresentam-se, em negrito, os modelos mais eficientes segundo esta classificação de cada grupo de árvores. Tabela 3.3. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.3. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,22 3 0,20 4 22,48 5 12,1 5 17 2 0,23 2 0,20 4 22,50 6 6,5 8 20 3 0,23 2 0,18 5 22,75 7 4,3 9 23 4 0,19 4 0,18 5 22,80 8 10,6 6 23 5 0,24 1 0,22 2 8,87 1 13,7 4 8 6 0,24 1 0,22 2 8,87 1 13,9 2 6 7 0,24 1 0,23 1 13,48 4 14,1 1 7 8 0,24 1 0,22 2 10,29 3 13,8 3 9 9 0,24 1 0,21 3 8,96 2 6,8 7 13 10 0,24 1 0,22 2 8,87 1 14,1 1 5 N° 2 Modelo Finger 3 Finger 4 Finger 5 Loetsch 6 Loetsch 7 Finger 8 Finger 9 Barros et al. 10 Petterson Os testes estatísticos foram executados em planilhas Microsoft Excel v. 2011; os gráficos 3D foram gerados no software Maple v.12 © Maplesoft, Waterloo Maple Inc. 2012. 3.2.2 Resultados 3.2.2.1 Ajuste dos modelos hipsométricos Nas Tabelas 3.3 a 3.8 são apresentados os resultados dos ajustes dos dez modelos hipsométricos testados, tanto para as alturas medidas como para as alturas estimadas em campo, para o grupo das 84 85 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.4. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.4. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. Tabela 3.5. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.5. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F RP RG N° 1 0,35 9 0,35 9 28,13 9 151,30 6 33 2 0,37 8 0,36 8 27,85 8 80,48 9 3 0,37 7 0,36 7 27,79 7 54,66 4 0,33 10 0,33 10 28,52 10 5 0,39 3 0,39 2 11,82 6 0,39 5 0,39 5 7 0,39 6 0,38 8 0,39 2 9 0,39 10 0,39 N° Modelo R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,40 5 0,39 5 30,40 8 57,6 6 24 33 2 0,47 4 0,45 4 32,83 10 37,4 9 27 10 31 3 0,47 4 0,45 4 28,89 7 25,1 10 25 139,46 7 37 4 0,40 5 0,39 5 30,49 9 56,9 7 26 2 180,50 2 9 5 0,51 1 0,50 1 11,52 1 90,0 2 5 11,85 4 178,31 4 18 6 0,49 3 0,48 3 11,78 3 82,3 5 14 6 17,49 6 175,31 5 23 7 0,49 3 0,49 2 18,97 6 84,6 4 15 0,39 1 14,52 5 180,87 1 9 8 0,51 1 0,50 1 13,85 5 90,1 1 8 1 0,39 3 11,83 3 90,39 8 15 9 0,51 1 0,50 1 11,57 2 44,8 8 12 4 0,39 4 11,38 1 178,49 3 12 10 0,50 2 0,50 1 12,09 4 87,6 3 10 86 Modelo 87 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.6. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.6. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. Tabela 3.7. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pela medição com hipsômetro para o grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.7. Adjusted diameter-height equations based on measured heights (hypsometer) of “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. RP Sxy (%) RP F RP RG 0,48 3 20,69 10 162,44 1 17 2 0,49 1 20,52 7 84,54 8 18 0,49 1 0,49 2 20,57 8 56,13 10 21 4 0,39 10 0,39 10 22,39 9 113,37 7 36 16 5 0,44 6 0,43 6 9,40 4 134,38 3 19 3 20 6 0,46 5 0,45 5 9,22 2 146,70 2 14 160,67 6 31 7 0,40 9 0,39 9 14,37 6 114,71 6 30 5 166,09 1 13 8 0,43 7 0,43 7 11,46 5 130,91 4 23 13,19 2 83,36 9 18 9 0,46 4 0,46 4 9,21 1 74,13 9 18 12,99 1 163,37 4 20 10 0,41 8 0,41 8 9,29 3 120,71 5 24 R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F RP RG N° 1 0,36 9 0,35 8 30,58 9 161,94 5 31 1 0,48 3 2 0,37 2 0,36 2 30,39 8 84,27 8 20 2 0,49 3 0,37 1 0,36 1 30,38 7 56,61 10 196 3 4 0,30 5 0,30 10 31,86 10 126,03 7 32 5 0,36 6 0,36 5 13,20 3 165,40 2 6 0,36 7 0,36 6 13,20 4 165,09 7 0,35 10 0,35 9 20,05 6 8 0,36 4 0,36 3 16,17 9 0,36 3 0,36 4 10 0,36 8 0,36 7 N° Modelo 88 Modelo R² RP R² aj. 89 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.8. Ajuste dos modelos hipsométricos com os dados obtidos pelas estimativas dos engenheiros de campo para o grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.8. Adjusted diameter-height equations based on estimated heights (forester) of “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. R² RP R² aj. RP Sxy (%) RP F 1 0,41 3 0,41 3 29,97 9 268,66 1 16 2 0,42 2 0,42 2 29,82 8 138,13 8 20 3 0,42 1 0,42 1 29,73 7 93,80 10 19 4 0,34 8 0,34 8 31,78 10 196,49 5 31 5 0,36 6 0,36 6 13,93 4 213,77 3 19 6 0,37 4 0,37 4 13,82 2 223,32 2 12 7 0,32 10 0,31 10 19,20 6 177,21 7 33 8 0,35 7 0,35 7 17,97 5 206,39 4 23 9 0,37 5 0,36 5 13,85 3 110,87 9 22 10 0,33 9 0,33 9 12,59 1 187,28 6 25 N° Modelo RP RG e homocedasticidade residual foram aceitas ( p > 0, 01 ). Nota-se que os pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade foram atendidos em todos os casos com exceção da homocedasticidade para o grupo das “Demais espécies”. Neste último caso, o valor p para homocedasticidade, no entanto, foi muito baixo ( p > 0, 01 ), o que leva à rejeição da hipótese de homocedasticidade. Esta rejeição não faz com que a regressão não seja válida, porém, indica que os coeficientes βi não são os melhores possíveis. Outra consequência é que os estimadores das variâncias dos parâmetros do modelo são viesados, o que afeta o erro padrão dos estimadores dos mínimos quadrados. Isso significa que os testes t e F (bem como os intervalos de confiança) ficam comprometidos. Em termos gerais, o atendimento dos três pressupostos, na maioria dos casos analisados, nos permite concluir que é possível estabelecer estatisticamente uma correlação entre o diâmetro e a altura para Nectandra megapotamica e Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies da Floresta Estacional Decidual. 3.2.2.2 Análise Residual Os modelos mais eficientes foram submetidos à análise residual, com o intuito de investigar a normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos. Num primeiro momento, foi feita a análise visual dos gráficos residuais (Figura 3.1); para evitar subjetividade inerente à análise visual, são apresentados nas Tabelas 3.9 a 3.11 os resultados dos testes de hipóteses residuais previstos na metodologia proposta no Volume I com seus respectivos valores p e consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas. As hipóteses de normalidade, aleatoriedade 90 Figura 3.1. Distribuição dos resíduos das alturas medidas (à esquerda) e estimadas (à direita) para o melhor modelo das árvores na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, de (a) e (b) Nectandra megapotamica, (c) e (d) Ocotea puberula (e) e (f) “Demais espécies”. Figure 3.1. Distribution of residuals of measured (left) and estimated (right) heights by best fitting models in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina for (a) and (b) Nectandra megapotamica, (c) and (d) Ocotea puberula, (e) and (f) “Other tree species”. 91 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.9. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Table 3.9. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of Nectandra megapotamica (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Modelo Teste Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Valor p Norm. Valor p Aleat. Brown-Forsythe Valor p Homoc. 0,489 Aceita 0,60 Aceita 0,161 Aceita 0,960 Aceita 0,576 Aceita 0,039 Aceita Tabela 3.10. Resultado dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para os modelos hipsométricos (para alturas medidas e estimadas) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ). Table 3.10. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of Ocotea puberula (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Modelo Teste Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Valor p Norm. Valor p Aleat. Brown-Forsythe Valor p Homoc. 0,830 Aceita 0,013 Aceita 0,102 Aceita 0,149 Aceita 0,021 Aceita 0,034 Aceita Tabela 3.11. Resultados dos testes de hipóteses de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual para os modelos (para alturas medidas e estimadas) relativos ao grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual ( p > 0, 01 ). Table 3.11. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height models of “Other tree species” (for measured and estimated heights) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Modelo Teste Kolmogorov-Smirnov Teste das Sequências Valor p Norm. Valor p Aleat. Brown-Forsythe Valor p Homoc. 0,798 Aceita 0,365 Aceita 0,000 Rejeitada 0,399 Aceita 0,057 Aceita 0,001 Aceita 3.2.2.3 Identidade dos modelos ajustados Procedendo-se o teste z para médias, concluiu-se que tanto para Nectandra megapotamica, como para Ocotea puberula e para o conjunto restante das espécies, os modelos ajustados com base nas alturas medidas e nas estimadas são estatisticamente iguais, validando a hipótese de que os modelos estimam, em média, as mesmas alturas. Este fenômeno pode ser conferido visualmente através da sobreposição das curvas apresentadas na Figura 3.2. 92 Figura 3.2. Gráfico dos modelos hipsométricos medidos e estimados de (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula e (c) “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 3.2. Graphics of adjusted models based on measured and estimated tree heights of (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula and (c) “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 93 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina O teste F (Zar 1984), descrito no Volume I, foi realizado para a identificação de curvas de regressão coincidentes, o qual, em caso de resultado positivo, fornece subsídios para afirmação de que ambas as bases de dados representem estatisticamente a mesma população. Com isso, verifica-se que as bases de dados medidos e estimados são equivalentes, podendo-se utilizar qualquer uma das duas para cálculos de estimativas dendrométricas e afins. Para possibilitar a comparação entre curvas de regressão, a estrutura dos modelos deve ser a mesma, uma vez que o teste F leva em consideração a soma dos quadrados residuais dos mesmos. Por esta razão, foi adotado, para Nectandra megapotamica, também para as alturas estimadas o modelo Nº 10, uma vez que seus indicadores apresentaram diferença insignificante se comparados ao modelo Nº 5 (melhor posicionado no ranking). O mesmo foi feito para o modelo N° 5 de Ocotea puberula em substituição ao modelo N° 8 (com melhor posicionamento no ranking). Os modelos N° 10 para Nectandra megapotamica e N° 5 para Ocotea puberula também atendem aos pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade (Tabelas 3.12 e 3.13). Tabela 3.12. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para as alturas estimadas e o modelo hipsométrico N° 10 de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Table 3.12. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted diameter-height model N° 10 of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Modelo Kolmogorov-Smirnov Valor p Norm. 0,289 Aceita Teste Teste das Sequências Valor p Aleat. 0,257 Aceita Brown-Forsythe Valor p Homoc. 0,16 Aceita Tabela 3.13. Resultados dos testes de hipóteses residuais de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade para modelo hipsométrico N° 5 de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Table 3.13. Results of residual normality, independence and homoscedasticity tests of adjusted diameter-height model N° 5 of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina ( p > 0, 01 ). Modelo Kolmogorov-Smirnov Valor p Norm. 0,126 Aceita Teste Teste das Sequências Valor p Aleat. 0,131 Aceita Brown-Forsythe Valor p Homoc. 0,656 Aceita Em seguida, foi realizado o teste F de identidade de modelos, ajustando-se uma regressão única para as bases de dados combinadas e comparando-as às regressões ajustadas especificamente. A hipótese nula de igualdade entre as regressões foi testada com os valores p obtidos para Nectandra megapotamica, Ocotea puberula e “Demais espécies” foram maiores que 0,01, corroborando a hipótese de que os modelos ajustados para as bases de dados medidas e estimadas são estatisticamente idênticos. fita métrica a 0,3 m (toco); 1 m; 2 m; 3 m e, assim sucessivamente, de 1 em 1 metro, ao longo do fuste, até o início da copa (Capítulo 2 do Volume I; Vibrans et al. 2010). O cálculo do volume do fuste com casca (Vf c/c ) foi obtido através do uso da cubagem rigorosa pelo método de Smalian, descrito por Finger (1992). A partir dos dados totais da Floresta Estacional Decidual, realizou-se uma estratificação por espécie. O critério para o ajuste de modelos individuais para uma espécie foi o de a mesma possuir ao menos 30 indivíduos medidos. Nos casos em que houve um número substancial de indivíduos em um estrato, foi realizada uma amostragem do mesmo a fim de facilitar a manipulação dos dados. Os “outliers” (pontos discrepantes) foram extraídos das amostras a fim de evitar tendenciosidades entre os modelos de regressão (metodologia detalhada no Volume I). Das 300 árvores cubadas restaram após a remoção dos outliers 285 árvores que foram utilizadas para o ajuste das equações de regressão (Tabela 3.14). Assim foram ajustadas equações volumétricas para as espécies Nectandra megapotamica e Ocotea puberula, para o grupo denominado “Demais espécies” e para o grupo “Todas as espécies”. Tabela 3.14. Número de indivíduos utilizados para ajuste das equações de regressão para o volume do fuste com casca na Floresta Estacional Decidual, com intervalo de DAP. Table 3.14. Number of trees measured and used to adjust stem volume equations by species group in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, with DBH range. Espécie Número de indivíduos Amostra DAP (cm) mín./máx. Nectandra megapotamica 35 32 17 / 43 Ocotea puberula 72 68 18 / 57 Demais espécies 184 168 18 / 55 Todas as espécies 285 275 17 / 60 Na Tabela 3.15, constam as frequências por classe diamétrica dos 285 indivíduos utilizados para ajuste dos modelos volumétricos. Tabela 3.15. Distribuição das frequências das árvores utilizadas para o ajuste de modelos volumétricos por classe diamétrica na Floresta Estacional Decidual. Table 3.15. Frequency distribution of trees used to adjust stem volume equations by diameter class in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Unidade Amostral Centro das classes de diâmetro (cm) 15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60 TOTAL 3.3 Modelos para estimativa do volume do fuste com casca das árvores 435 3 1 - - - 1 - - - - 5 3.3.1 Metodologia 438 2 - - - 1 - - - - - 3 O ajuste de modelos volumétricos foi realizado com base de dados de cubagem rigorosa do fuste de 300 árvores em 57 das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Os DAPs mínimos, médios e máximos das árvores cubadas foram 17,92 cm, 29,92 cm e 84,35 cm, respectivamente. Antes de realizar a cubagem rigorosa do fuste, foram medidos o DAP (d), a altura do fuste até a inserção dos galhos da copa (Hf) e altura total (Ht) das árvores selecionadas com fita métrica e hipsômetro, respectivamente. A cubagem do fuste foi realizada pelo escalador da equipe de campo. De baixo para cima, as medidas dos diâmetros em diferentes alturas foram tomadas com 487 - 1 - - 1 1 - - - - 3 494 1 - - - 1 - - - - - 2 537 2 - - - - 1 - - - - 3 94 95 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral Centro das classes de diâmetro (cm) TOTAL Unidade Amostral 15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60 597 - 1 2 1 2 1 - - - - 7 1123 - 4 1 - 1 - - - - - 1187 1 1 2 1 - - - - - 1188 4 5 1 1 - - - - 1249 2 2 2 2 - - - 1318 - - 4 2 1 - 1388 - 2 3 - 2 1461 - 4 - 1 1542 1 3 3 1616 - 1 1618 - 1693 Centro das classes de diâmetro (cm) TOTAL 15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥ 60 2088 - 1 2 4 2 3 - - - - 12 6 2100 - 4 3 1 - - - - - - 8 - 5 2101 - 3 5 - - - - - - - 8 - - 11 2166 - 1 3 1 1 1 - - - - 7 - - - 8 2170 - 1 4 2 - - - - - - 7 1 - - - 8 2172 1 3 - 3 2 - - - - - 9 - - - - - 7 2179 - - 1 - - - - - - - 1 2 1 - - - - 8 2192 - - 1 1 - 1 - - - - 3 1 - - - - - - 8 2195 - - 3 - - - - - - - 3 1 2 - - - - - - 4 2216 - 1 3 1 3 1 - - - - 9 2 2 - - - - - - - 4 2287 - 4 4 - - - - - - - 8 - 1 3 2 - - - - - - 6 2310 - - - 1 1 1 1 - - 1 5 1775 - 1 2 2 - 3 - - - - 8 2414 - - 1 - 2 - - - - - 3 1787 1 2 2 1 1 - - - - - 7 2510 - - 2 1 1 3 - - - - 7 1859 - - 1 1 - - - - - - 2 2515 - 3 - 2 - 1 - - - - 6 1861 - - 1 1 - - - - - - 2 2531 - - 1 - 1 - 2 - 1 1 6 1864 - - 1 - 1 3 - - - - 5 2987 - - 2 2 1 1 - - - - 6 1869 - - 1 1 2 - - - - - 4 3097 - - - - - - - 1 - - 1 1959 - - 3 1 1 - - - - - 5 3309 - 1 1 1 - - - 1 - - 4 1961 - - 3 1 - - 1 - - - 5 3414 - 3 - 1 - - - - - - 4 1970 - - 1 1 - - - - - - 2 3416 - 1 - 2 - 1 - - - - 4 2051 1 4 1 1 1 - - - - - 8 TOTAL 21 67 79 50 31 26 5 2 2 2 285 2079 1 - - 1 - - - - 1 - 3 96 97 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Foram ajustados nove modelos volumétricos para estimativa do volume total do fuste com casca cujas variáveis independentes são: d, d², h, d²h, ln d²hf, ln d, ln h, ln CAP² e ln CAP²hf. Os ajustes juntamente com seus indicadores de qualidade, seguidos de sua classificação no ranking do melhor modelo, destacando em negrito o modelo N° 8 que, em todos os casos, mostrou ser o mais eficiente. tiveram como variáveis dependentes: Vf, ln Vf e na Tabela 3.16. Tabela 3.17. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.17. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error; F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. . As equações utilizadas estão representadas Tabela 3.16. Equações volumétricas ajustadas para a estimativa do volume total do fuste com casca na Floresta Estacional Decidual. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = coeficientes de regressão; ε = erro aleatório; Vf = volume total do fuste com casca (m3); d = o diâmetro à altura do peito (cm); CAP = a circunferência da árvore na altura do peito (cm); Hf = a altura do fuste até a inserção dos galhos da copa (m). Table 3.16. Volume equations adjusted for estimates of stem volume with bark of trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. β 0 , β1 , β 2 e β 3 = regression coefficients; ε = o residual ror; Vf = stem volume with bark (m3); d = DBH (cm); CAP = CBH (cm); Hf = stem height (m). N° Modelo Autor 1 S. H. Spurr 2 Stoate N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,95 3 0,95 3 12,03 6 596,1 3 15 2 0,97 2 0,97 2 9,59 4 318,7 4 12 3 0,97 2 0,97 2 9,86 5 955,3 1 10 4 0,98 1 0,98 1 8,37 3 668,6 2 7 5 0,90 4 0,90 4 17,40 8 269,2 5 21 6 0,90 4 0,90 4 17,28 7 137,1 6 21 3 lnVf = β 0 + β1 ln(d h f ) + ε Spurr 4 lnVf = β 0 + β1 ln d + β 2 ln h f + ε Schumacher 7 0,88 5 0,87 5 19,72 9 108,5 7 26 5 Kopezky – Gehrhardt 8 0,98 1 0,98 1 1,12 1 668,6 2 5 6 Hohenadl e Krenn 9 0,97 2 0,97 2 1,32 2 955,3 1 7 7 2 lnVf = β 0 + β1 log d + β 2 1 +ε d Brenac 8 Adaptado de Schumacher-Hall 9 Adaptado de Schumacher-Hall Após o ajuste dos modelos, as equações hipsométricas (com os coeficientes βi determinados) e os respectivos parâmetros estatísticos listados, foram organizados pelo ranking sugerido por Bartoszeck (2000). Em seguida, foram executadas as análises residuais de cada modelo. Procedeu-se a análise visual dos gráficos do resíduo e, para eliminar qualquer intervenção subjetiva, efetuaramse os seguintes testes: Kolmogorov-Smirnov (para aderência à normalidade), sequências/runs test (para aleatoriedade) e Brown-Forsythe (para homocedasticidade). Apresentam-se também, de forma a corroborar as conclusões, os valores p relativos a cada teste. Por fim, apresentam-se à comparação entre o volume estimado pelas equações volumétricas com o volume medido a partir da cubagem rigorosa do fuste. 3.3.2 Resultados 3.3.2.1 Ajuste de modelos volumétricos Nas Tabelas 3.17 a 3.20 constam os resultados dos ajustes de nove modelos volumétricos para os grupos de árvores Nectandra megapotamica e Ocotea puberula, “Demais espécies” e “Todas as espécies”, 98 Tabela 3.18. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.18. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy = standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,97 2 0,97 2 9,36 6 2215,8 1 11 2 0,98 1 0,98 1 7,92 5 1040,8 4 11 3 lnVf = -8,5157 + 0,8756 ln d 2 h 0,96 3 0,96 3 8,77 6 1745,1 2 14 4 lnVf = -8,4847 + 1,8576 ln d + 0,6798 ln h 0,97 2 0,97 2 7,38 3 1247,7 3 10 5 0,89 5 0,89 5 18,00 9 551,4 5 24 6 0,90 4 0,90 4 17,48 8 294,9 6 25 7 0,87 6 0,86 6 16,86 7 212,5 7 26 8 0,97 2 0,97 2 0,98 1 1247,7 3 8 9 0,96 3 0,96 3 1,16 2 1745,1 2 10 99 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.19. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão, F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.19. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “ Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,95 2 0,95 2 14,04 5 2728,6 1 10 2 0,96 1 0,96 1 12,46 3 1168,5 4 9 3 0,95 2 0,95 2 14,92 6 2561,9 2 12 4 0,96 1 0,96 1 13,30 4 1631,6 3 9 5 0,84 3 0,84 3 25,15 8 751,3 5 19 6 0,84 3 0,84 3 25,05 7 379,6 6 19 7 0,82 4 0,82 4 27,59 9 324,7 7 24 8 0,96 1 0,96 1 1,54 1 1631,6 3 6 9 0,95 2 0,95 2 1,73 2 2561,9 2 8 Tabela 3.20. Ajuste dos modelos para o volume do fuste com casca do grupo de “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual. R² = coeficiente de determinação (ajustado); Sxy = erro padrão; F = valor da distribuição F; RP = ranking de classificação parcial; RG = ranking geral. Table 3.20. Adjusted volume equations for estimates of stem volume with bark of “All tree species” in Seasonal Deciduous Forest. R² = coefficient of determination (adjusted); Sxy= standard error, F = value of F-distribution; RP = partial classification ranking; RG = general ranking. N° Modelo R² RP R²aj. RP Sxy (%) RP F RP RG 1 0,95 3 0,95 3 13,77 6 4981,9 2 14 2 0,96 2 0,96 2 11,61 4 2372,9 4 12 3 0,95 3 0,95 3 12,57 5 5478,8 1 12 4 0,97 1 0,97 1 10,66 3 3860,9 3 8 5 0,85 4 0,85 4 23,71 9 1499,0 5 22 6 0,85 4 0,85 4 23,60 8 758,3 6 22 7 0,84 5 0,84 5 22,85 7 734,5 7 24 8 0,97 1 0,97 1 1,31 1 3860,9 3 6 9 0,95 3 0,95 3 1,54 2 5478,8 1 9 100 3.3.2.2 Análise Residual O modelo N° 8 com seus respectivos coeficientes para todos os grupos de árvores analisadas foi submetido à análise residual prevista na metodologia, com o intuito de investigar a normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade dos resíduos. A análise visual do gráfico residual da Figura 3.3 revelou que há indícios de que os pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade foram atendidos. Figura 3.3. Distribuição do modelo N° 8 para estimativa do volume com casca de (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula, (c) Demais espécies, (d) Todas as espécies. Figure 3.3. Distribution of residuals of estimated stem volume with bark by model N° 8 for (a) Nectandra megapotamica, (b) Ocotea puberula, (c) Other tree species. (d) All tree species. Para evitar subjetividade inerente à análise visual, foram realizados os testes de hipóteses residuais com seus respectivos valores p e consequentes conclusões a respeito das hipóteses lançadas ( p > 0, 01 ) (Tabelas 3.21 a 3.24). 101 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 3.21. Resultados dos testes de hipóteses para normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual do modelo volumétrico N° 8 para Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 3.21. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Modelo ln Vf = −17, 7183 + 0,94998ln CAP 2 + 0, 6897 ln h 1000 Kolmogorov-Smirnov p Norm. 0,66 Aceita Teste Teste das Sequêcias p Aleat. 0,5 Aceita Brown-Forsythe p Homoc. 0,88 Aceita Tabela 3.22. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos à espécie Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 3.22. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Modelo Kolmogorov-Smirnov p Norm. 0,125 Aceita Teste Teste das Sequêcias p Aleat. 0,044 Aceita Brown-Forsythe p Homoc. 0,319 Aceita Tabela 3.23: Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 3.23. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Modelo Kolmogorov-Smirnov p Norm. 0,196 Aceita Teste Teste das Sequências p Aleat. 0,032 Aceita Modelo Kolmogorov-Smirnov p Norm. 0,275 Aceita 0,016 Aceita p Homoc. 0,521 Aceita Brown-Forsythe p Homoc. 0,848 Aceita 3.3.2.3 Comparação entre volumes medidos e estimados Nas Figuras 3.4, 3.6, 3.8 e 3.10 são apresentados em representação gráfica os valores do volume do fuste com casca em função do DAP das árvores; constam os valores observados (medidos na cubagem rigorosa dos fustes) e os valores estimados usando o modelo volumétrico N° 8. Nota-se um agrupamento entre as nuvens de pontos dos valores observados e estimados, mostrando que o modelo escolhido é representativo para o conjunto de dados analisados. 102 Como o modelo possui duas variáveis independentes (CAP e h), a representação gráfica de todos os resultados possíveis resume-se a uma superfície (tridimensional). Nas Figuras 3.5, 3.7, 3.9 e 3.11 é apresentada no gráfico (a) esta superfície com os respectivos dados observados (medidos na cubagem rigorosa dos fustes) plotados nas adjacências da mesma. (a) (b) (c) Brown-Forsythe Tabela 3.24. Resultados dos testes de hipóteses residuais para o modelo volumétrico N° 8 relativos ao grupo de “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Table 3.24. Results of residual normality, independence and homoscedacity tests of adjusted stem volume model N° 8 for “All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Teste Teste das Sequências p Aleat. Figura 3.4. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. Figure 3.4. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH. Figura 3.5. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os dados observados (medidos) de Nectandra megapotamica na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). Figure 3.5. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Nectandra megapotamica in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem volume (y axis) (c). Nas figuras, o gráfico (b) apresenta a visão do plano CAP x Volume, evidenciando a relação entre estas duas variáveis. Percebe-se que a taxa de variação do volume em função do aumento do CAP é sensivelmente maior em árvores de grande porte, enquanto em árvores pequenas, pequenos incrementos no CAP ocasionam pequenos incrementos no volume (esta conclusão pode ser corroborada pensandose nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior da superfície planificada acima). O gráfico (c), por sua vez, apresenta a visão do plano Altura x Volume, evidenciando a relação entre estas duas variáveis. Neste, percebe-se o comportamento inverso: a taxa de variação do volume em função do incremento da altura é sensivelmente maior em árvores de pequeno porte, enquanto em árvores bem desenvolvidas, incrementos na altura ocasionam menores taxas de variação no volume (esta conclusão 103 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina também pode ser corroborada pensando-se nas derivadas ao longo da curva gerada pela borda superior da superfície planificada acima). Figura 3.6. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. Figure 3.6. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH. Figura 3.8. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 das “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. Figure 3.8. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH. (a) (a) (b) (c) (c) Figura 3.7. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os dados observados (medidos) de Ocotea puberula na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). Figure 3.7. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for Ocotea puberula in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem volume (y axis) (c). 104 (b) Figura 3.9. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os dados observados (medidos) de “Demais espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). Figure 3.9. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for “Other tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem volume (y axis) (c). 105 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Os valores da densidade básica da madeira das espécies foram obtidos de dados da literatura e da base de dados do Instituto de Investigaciones de la Amazonia Peruana (IIAP) (Zanne et al. 2009). Para 176 espécies, entre as 246 encontradas na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, foram encontradas valores de densidades na literatura. A densidade das espécies restantes (70) foi estimada a partir da média do conjunto de espécies pertencentes ao mesmo gênero ou família. Foram testados 18 modelos para estimativa do peso seco total das árvores vivas e mortas, com as seguintes variáveis independentes: CAP, d, d², d²h, ln d²h, ln d, ln d², ln d³, ln h, h, p, pd²h, ln p e d²hp, sendo d - diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP - a circunferência à altura do peito em centímetros; h - altura total da árvore em metros; p - densidade específica da madeira em g/cm³. Os modelos tiveram como variáveis dependentes: PS, ln PS, BS e ln BS, sendo PS - o peso seco do fuste da árvore em kg e BS - biomassa seca do fuste da árvore em kg. As equações constam na Tabela 3.25. Figura 3.10. Valores de volume do fuste com casca medido e estimado pelo modelo N° 8 das “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual, em função do DAP. Figure 3.10. Comparison of observed and estimated stem volume with bark (model N° 8) for “All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, as function of DBH. (a) (b) (c) Tabela 3.25. Equações testadas para estimativa do peso seco total das árvores na Floresta Estacional Decidual. PS = o peso seco do fuste da árvore em kg; d = diâmetro à altura do peito em centímetros; CAP = a circunferência à altura do peito em centímetros; BS = biomassa seca do fuste da árvore em kg; h = altura total do fuste da árvore em metros; p = densidade específica da madeira em g.cm-3. Table 3.25. Equations tested for estimates of total dry weight of trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. PS = dry weight (kg); d = DBH (cm); CAP = CBH (cm); BS = dry biomass of tree stem (kg); h = stem height (m); p = specific wood density (g.cm-3). N° Modelo Autor 1 Burger & Delitti (2008) 2 Burger & Delitti (2008) 3 Burger & Delitti (2008) 4 Burger & Delitti (2008) 5 Burger & Delitti (2008) 6 Burger & Delitti (2008) 7 Burger & Delitti (2008) 8 Vogel et al. (2006) 9 Burger & Delitti (2008) 10 Burger & Delitti (2008) 11 Burger & Delitti (2008) 3.4 Modelos para estimativa do peso seco total das árvores 12 Burger & Delitti (2008) 3.4.1 Metodologia 13 Chaves et al. (2005) Diante da impossibilidade de usar o método destrutivo, por conta de impedimentos legais e da falta de autorização pelo órgão ambiental competente, a estimativa do peso seco (ou biomassa) total das árvores foi realizada por meio de equações ajustadas por outros estudos realizados em Florestas Estacionais no Sul e Sudeste do Brasil. 14 Chaves et al. (2005) 15 Chaves et al. (2005) 16 Chaves et al. (2005) 17 Chaves et al. (2005) 18 Chaves et al. (2005) Figura 3.11. Análise da superfície dos valores preditos pelo modelo para volume do fuste com casca (Modelo N° 8) com os dados observados (medidos) de “Todas as espécies” na Floresta Estacional Decidual; eixo x = altura do fuste (m), eixo y = CAP (cm), eixo z = volume (m³) (a), relação binária entre o CAP (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (b) e relação binária entre altura do fuste (eixo x) e volume do fuste (eixo y) (c). Figure 3.11. Surface analysis of predicted values of stem volume model N° 8 and observed (measured) values for “All tree species” in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina; x axis = stem height (m), y axis = CBH (cm); z axis = volume (m³) (a), binary relation between CBH (x axis) and stem volume (y axis) (b) and between stem height (x axis) and stem volume (y axis) (c). O carbono estocado nas árvores com casca foi estimado por meio da multiplicação das estimativas de biomassa obtidas pelo fator 0,5, considerando-se que o peso seco contém aproximadamente 50% de carbono como constataram Fukuda et al. (2003), Soares & Oliveira (2002) e Fang et al. (2001). 106 107 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3.4.2 Resultados A estimativa do peso seco total na Floresta Estacional Decidual, foi realizada para as árvores vivas e para as árvores mortas, separadamente. Levando em consideração a similaridade das características estruturais (DAP, área basal, alturas mínimas, médias e máximas) entre as florestas estudadas pelos autores citados e das florestas catarinenses, selecionaram-se seis modelos (N° 7, 8, 15, 16, 17 e 18) que se mostraram mais adequados para a aplicação. O modelo logarítmico N° 8 (Figura 3.12), desenvolvido por Vogel et al. (2006) para um remanescente da Floresta Estacional Decidual em Itaara, Rio Grande do Sul, foi escolhido pela menor distância geográfica em relação à Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Tabela 3.26. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das árvores vivas amostradas da Floresta Estacional Decidual. Table 3.26. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled living trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Intervalo entre classes (cm) Centro da classe (cm) N % PS (Mg) % Carbono (Mg) PS p/árvore (Mg) 5 ˫ 15 10 7435 48,50 417,6 10,83 208,8 0,06 15 ˫ 25 20 5206 33,96 853,0 22,12 426,5 0,16 25 ˫ 35 30 1588 10,36 710,3 18,42 355,1 0,45 35 ˫ 45 40 632 4,12 578,3 15,00 289,2 0,92 45 ˫ 55 50 247 1,61 384,4 9,97 192,2 1,56 55 ˫ 65 60 106 0,69 261,3 6,78 130,7 2,47 65 ˫ 75 70 56 0,37 198,5 5,15 99,3 3,54 75 ˫ 85 80 24 0,16 120,1 3,11 60,0 5,00 85 ˫ 95 90 19 0,12 127,6 3,31 63,8 6,72 >95 - 16 0,10 204,7 5,31 102,4 12,79 100,0 3855,8 100,0 Total 15329 1927,9 Tabela 3.27. Número total de indivíduos (N), peso seco total (PS) e estoque total de carbono por classe diamétrica das árvores mortas amostradas da Floresta Estacional Decidual. Table 3.27. Tree number (N), dry weight (PS) and total carbon stock by diameter class of all sampled dead trees in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Figura 3.12. Relação entre o peso seco e o DAP das árvores vivas na Floresta Estacional Decidual, de acordo com a equação N° 8 (Vogel at al. 2006). Figure 3.12. Relationship between dry weight of living trees and DBH in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, according to equation N° 8 (Vogel at al. 2006). Nas Tabelas 3.26 e 3.27 encontram-se os valores de peso seco total e por árvore, separados por classe diamétrica, para as árvores vivas e mortas. Observa-se que o peso seco total das árvores decresce nas classes dos maiores diâmetros, devido ao decréscimo do número de indivíduos amostrados nas classes superiores, mantendo-se uma concentração maior do peso seco nas classes inferiores por conterem um número muito maior de indivíduos. Intervalo entre classes (cm) Centro da classe (cm) N % PS morto total (Mg) % Carbono (Mg) PS p/árvore (Mg) 5 ˫ 15 10 328 35,9 18,6 6,4 9,3 0,06 15 ˫ 25 20 338 37,0 59,3 20,3 29,7 0,18 25 ˫ 35 30 140 15,3 63,2 21,6 31,6 0,45 35 ˫ 45 40 63 6,9 55,5 19,0 27,7 0,88 45 ˫ 55 50 28 3,1 44,8 15,3 22,4 1,60 55 ˫ 65 60 9 1,0 21,6 7,4 10,8 2,40 65 ˫ 75 70 5 0,5 17,3 5,9 8,6 3,46 75 ˫ 85 80 1 0,1 5,0 1,7 2,5 5,00 85 ˫ 95 90 1 0,1 7,1 2,4 3,6 7,10 100,0 292,4 100,0 146,2 Total 108 913 109 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Referências Barros, D.A.; Machado, S.A.; Acerbi Júnior, F.W.; Scolforo, J.R. 2002. Comportamento de modelos hipsométricos tradicionais e genéricos para plantações de Pinus oocarpa em diferentes tratamentos. Boletim de Pesquisa Florestal 45: 3-28. 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Soares, C.P.B.; Oliveira, M.L.R. 2002. 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Artmed/Bookman. 110 111 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 3 | Equações hipsométricas, volumétricas e de peso seco para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 112 113 Capítulo 4 Floresta Estacional Decidual Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Vascular Flora of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani, Leila Meyer, Marcos Guerra Sobral, Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos, Susana Dreveck, Alexandre Korte, Alexandre Uhlmann Resumo O presente trabalho apresenta as espécies constantes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, como resultado do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Foram estudadas 79 Unidades Amostrais, com área de 4.000 m2 cada. As espécies de todas as sinúsias encontradas em estádio fértil, em cada fragmento inventariado e no seu entorno, também foram consideradas. Ao todo, foram registradas 477 espécies. Esse conjunto representa 104 famílias e 303 gêneros. No componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies, sendo 207 com diâmetro na altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com diâmetro na altura do peito DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50 m – regeneração natural. Dessas, 56% são comuns a ambas as sinúsias, sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de material fértil no entorno e na Unidade Amostral - florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58 de pteridófitas, além de uma gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo com os resultados obtidos. Das 389 espécies, 194 foram árvores ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de extinção foram registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia. Abstract This chapter lists the vascular species collected in Seasonal Deciduous Forest of Santa Catarina during the IFFSC (Forest Floristic Inventory of Santa Catarina). A total of 79 Sample Plots were studied. Each Sample Plot had 4,000 m2. Species with fertile material found in Sample Plots and its surroundings were also collected, recording 477 species to Seasonal Decidual Forest. This collection represents 104 families and 303 genera, 207 of them were sampled in the tree/shrub component (diameter at breast height DBH ≥ 10 cm) and 162 species in the regeneration/understory component (DBH < 10 cm and height ≥ 1.50 m). 56% of these species are common to both strata; 74 species were only found in the tree/shrub component and 29 species in the natural regeneration. The collection of fertile material in the surroundings and in Sample Plots - named floristic sampling - registered 331 angiosperms, 58 ferns and one gymnosperm (Araucaria angustifolia). Among 389 species, 194 were trees or shrubs, 137 terrestrial herbs, 34 epiphytic and 43 lianescent. Endangered species such as Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera and Araucaria angustifolia were also recorded. Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Meyer, L.; Sobral, M.G.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte, A.; Uhlmann, A. 2012. Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 115 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 4.1 Introdução 4.2 Metodologia A Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, distribui-se na bacia do rio Uruguai, especialmente na parte média e baixa dos vales formados por seus afluentes e o rio principal, com maior extensão no Sudoeste do estado. Ela tem área original de 7.962 km², em altitudes preferenciais de 150 m a 800 m e, excepcionalmente, em alguns pontos, próximos a 900 m (Klein 1978). Esta floresta foi estudada de 1957 a 1964, pela equipe da Flora Ilustrada Catarinense, do Herbário Barbosa Rodrigues, Itajaí, SC, conforme descrito no Plano de Coleção (Reitz 1965). A relação florística aqui apresentada resulta das coletas de campo do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), especificamente da Floresta Estacional Decidual. Foram incluídas as espécies de plantas vasculares. A metodologia de instalação das Unidades Amostrais e coletas segue o descrito no Capítulo 2 do Volume I, tendo sido inventariadas 78 Unidades Amostrais (27,9 ha) e, uma Unidade Amostral complementar (0,4 ha), por ter sido instalada fora da grade sistemática de pontos, distantes 5 x 5 km. Desde a segunda metade do século XX, esta mesma região fitoecológica está sob intensa exploração dos recursos florestais e, por isso, os remanescentes se encontram muito reduzidos e fragmentados, com grande perda de diversidade (Aldrich & Hamrick 1998), sendo extensa área, outrora coberta por floresta, convertida em área agrícola e de pastagem. Segundo Klein (1972; 1978), à época, esta já sofria com a exploração indiscriminada de madeira e com a sua substituição pela agricultura, dada a fertilidade dos solos da região, tanto que as florestas primárias eram representadas por poucos e pequenos núcleos. Neste trabalho, o componente arbóreo/arbustivo refere-se às espécies medidas em campo, com DAP ≥ 10 cm, a 1,3 m do solo, em área de 4.000 m2 e a regeneração natural refere-se aos indivíduos medidos em campo com DAP < 10 cm e altura ≥ 1,50 m, em área de 100 m2. No entanto, o componente aqui denominado florístico extra, refere-se a todas as coletas de plantas férteis feitas no interior e nos arredores das Unidades Amostrais, mesmo que esteja fora dos critérios de inclusão acima citados, bem como, durante a caminhada de acesso às Unidades Amostrais. Com relação à origem da Floresta Estacional, Bigarella (1964) supõe que ela representa uma vegetação recente em Santa Catarina, sendo seu ingresso posterior àquele dos campos e da Floresta Ombrófila Mista. Assim, ela seria considerada um prolongamento das florestas da bacia do rio Paraná e teria migrado pela província de Missiones, na Argentina (Rambo 1951; 1956), o que parece confirmar a tese de Pennington et al. (2009), que nominaram o bloco vegetacional contido nesta região como “núcleo Missiones”, dentro do que ele considerou Florestas Estacionais Tropicais Secas. Se comparada com as demais regiões fitoecológicas presentes no estado, a floresta da bacia do Uruguai, ou Floresta Estacional, apresenta-se mais pobre em espécies que as demais (Murphy & Lugo 1986), no entanto, é composta de espécies típicas, tais como Apuleia leiocarpa, Albizia niopoides e Ruprechtia laxiflora. O número de espécies arbóreas é relativamente pequeno e epífitos estão quase completamente ausentes, mas há uma bem marcada deciduidade das espécies do dossel e das emergentes (Klein 1972; 1978). Ruschel et al. (2003) comentaram que essa região fitoecológica possuía o maior número de espécies madeireiras do estado, contudo, a densidade delas foi fortemente reduzida em virtude das décadas consecutivas de exploração. Recente síntese das florestas estacionais do Rio Grande do Sul, especialmente as existentes ao longo da borda sul da Serra Geral, foi efetuada por Schumacker et al. (2011), com Scipioni et al. (2011) caracterizando seus aspectos florísticos, Kilca & Longhi (2011) os fitossociológicos e Alberti et al. (2011) os fenológicos; os fatores determinantes de sua presença, clima e solo, foram estudados por Ferraz & Roberti (2011) e Pedron & Dalmolin (2011), respectivamente. Apenas os indivíduos identificados em nível de espécie ou gênero foram listados. No caso da determinação ter sido possível apenas até gênero, somente foram listados aqueles que não tiveram outras espécies, evitando assim superestimativas2. Além da florística, utilizou-se o software ArcGIS 10 (ESRI 2011) para analisar a riqueza de espécies. Sobre o mapa do estado de Santa Catarina, foram plotados os pontos de alocação das Unidades Amostrais, bem como as quadrículas de 20 x 20 km (em linhas de latitude e longitude medida na linha do Equador). Como cada quadrícula possuía mais que uma Unidade Amostral, o algoritmo do programa calculou o número de espécies contidas nas amostras circunscritas a cada quadrícula, permitindo assim identificar as variações espaciais da riqueza específica amostrada. As espécies exóticas encontradas nos fragmentos foram excluídas da listagem apresentada neste trabalho. Para as angiospermas, a circunscrição das famílias adotada é o APG III (2009). Para monilófitas (samambaias e xaxins) foi seguida a classificação de Smith et al. (2006) e para as licófitas (licopódios) a de Kramer & Green (1990) estas duas divisões são chamadas geralmente de pteridófitas. Após sinonimização, foi efetuada comparação entre as espécies arbóreas listadas por Reitz et al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual e as deste trabalho. As espécies amostradas pelo IFFSC, mas não listadas pelo trabalho de Reitz et al. (1979), tiveram descritas as suas preferências ecológicas conforme especificado nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Foi registrada para cada espécie a bacia hidrográfica na qual houve coleta de amostra botânica incorporada ao Herbário FURB. Na Argentina, no limite com Santa Catarina, estudo feito no Parque Provincial Cruce Caballero, Misiones (Ríos et al. 2010), caracterizou a estrutura fitossociológica do componente arbóreo de áreas cobertas por Floresta Estacional ou por Floresta Ombrófila Mista, buscando estabelecer suas relações com as tipologias de solo. Os autores avaliaram também a similaridade destas com outras florestas existentes na Argentina e no Brasil. 4.3 Resultados e discussão Em Santa Catarina, como se pode constatar, exceto por levantamentos florístico e fitogeográfico históricos de Klein (1972; 1978), Reitz et al. (1979) e, mais recentemente, de modo pontual a avaliação da estrutura efetuada por Ruschel et al. (2003; 2005; 2009), a Floresta Estacional Decidual tem sido pouco estudada. Para as angiospermas, a família com maior riqueza específica foi Fabaceae (41 espécies), seguida de Myrtaceae (35) e Asteraceae (33). Os gêneros com maior riqueza foram: Solanum (17 espécies), Eugenia (12), Peperomia (oito), Myrcia e Piper (sete cada). Diversos pesquisadores destacam Fabaceae e Myrtaceae como sendo uma família importante dentro das Florestas Estacionais (Reitz et al. 1979; Klein 1972; 1978; Pennington et al. 2009; Ruschel et al. 2009; Ríos et al. 2010). O presente trabalho tem como objetivo caracterizar a composição florística atual da Floresta Estacional Decidual, a partir dos dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), bem como analisar a distribuição da riqueza de espécies nesta área de estudo. 116 O levantamento total resultou na amostragem de 57 espécies de pteridófitas, uma de gimnosperma e 419 de angiospermas. Esse conjunto representa 104 famílias (Figura 4.1) e 303 gêneros (Apêndice I e Tabela 4.1), evidenciando grande riqueza dentro dos grupos taxonômicos (Figura 4.2). Os valores neste capítulo podem variar em relação aos demais pela adição da Unidade Amostral complementar e, pela junção das listas da florística com as do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural. Destas, as espécies em nível genérico foram excluídas, quando havia um espécime identificado no levantamento florístico. 2 117 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina O esforço de amostragem efetuado pelo IFFSC abrangeu 62% das espécies relacionadas por Stehmann et al. (2009) para a Floresta Estacional Decidual, considerando todo bioma Mata Atlântica no Brasil, o que demonstra a riqueza florística desta região fitoecológica de Santa Catarina. Brack et al. (1985), em trabalho de florística realizado no Parque Estadual do Turvo, no extremo Noroeste do Rio Grande do Sul, nas proximidades da divisa com Santa Catarina, encontraram 658 espécies de angiospermas (de todas as sinúsias), reunidas em 121 famílias, até o momento a maior diversidade de espécies para esta região florestal em um mesmo trabalho. Cabe destacar que constam na lista das espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008), Dicksonia sellowiana, Araucaria angustifolia e Ocotea odorifera, essas registradas pelo presente estudo. 4.3.1 Resultado do componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural Figura 4.1. Distribuição do número de espécies entre as famílias com mais de 10 espécies cada, amostradas na Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Figure 4.1. Distribution of species among families with more than 10 species each, sampled in the Seasonal Deciduous Forest of Santa Catarina Tabela 4.1. Síntese da florística amostrada no âmbito da Floresta Estacional Decidual e seus ecótonos com a Floresta Ombrófila Mista e Estepe Ombrófila, no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. Table 4.1. Summary of floristic sampled within the Seasonal Deciduous Forest and its ecotones with the Mixed Ombrophylous Forest and grasslands in the Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina. Florística do Inventário Florestal de Santa Catarina N°. Famílias de angiospermas 90 Famílias de angiospermas com 10 ou mais espécies 11 Gêneros de angiospermas 275 Famílias de pteridófitas 13 Gêneros de pteridófitas 27 Famílias de gimnospermas 1 Gêneros de gimnospermas 1 Espécies amostradas 477 Espécies de angiospermas 419 Espécies de pteridófitas 57 Espécies de gimnospermas 1 Espécies do componente arbóreo/arbustivo 204 Espécies exclusivas de regeneração natural 29 Espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo 74 Espécies levantadas exclusivamente do florístico extra 419 Espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008) 3 Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) não encontradas no IFFSC 118 36 Considerando somente árvores e arbustos, foram registradas, no total, 236 espécies (três samambaias, uma gimnosperma e 232 angiospermas), das quais 207 pertencentes ao componente arbóreo/arbustivo e 162 pertencentes à regeneração natural. Deste total, 56% (133 espécies) são comuns a ambos os componentes, mas muitas foram encontradas em apenas um deles, sendo 74 exclusivamente do arbóreo e 29 do de regeneração natural. Comparativamente, Reitz et al. (1979) citam um número menor de espécies arbóreas (164 espécies) para o Oeste catarinense que o registrado neste trabalho. Contudo, ainda assim 36 das espécies citadas por Reitz et al. (1979) não foram encontradas por este trabalho (Tabela 4.2). Dentre estas, destaca-se Euterpe edulis, que é muito frequente na bacia do rio Paraná e também encontrada em Missiones, ocorria somente em manchas esparsas no Alto Uruguai e atualmente, possivelmente, está extinta nesta área (Klein 1972; Reitz 1974; Reitz et al. 1979; Tortorelli 2009). Terminalia australis, Pouteria salicifolia, Calliandra selloi e Sebastiania schottiana são espécies características das associações existentes nos barrancos e ilhas dos rios do planalto segundo Exell & Reitz (1967) e, possivelmente, não foram amostradas em decorrência da destruição das matas ciliares ao longo do rio Uruguai e dos seus afluentes, mas também podem não ter sido abrangidas pela grade de Unidades Amostrais. No entanto, Ocotea porosa ocorre na bacia do rio Uruguai somente nas zonas de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Decidual em altitudes entre 600 m e 800 m. Não há registro para Santa Catarina de Faramea porophylla e Guarea guidonia, sendo a última encontrada em Missiones, segundo Pennington et al. (1981). Senna oblongifolia, segundo Bortoluzzi et al. (2010) ocorre preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista, na Floresta Ombrófila Densa Altomontana e na Matinha Nebular. Alguns trabalhos, que se dedicaram à descrição da estrutura da vegetação através de métodos fitossociológicos, permitem comparações com a riqueza específica encontradas nas Unidades Amostrais do presente trabalho. O trabalho de Ruschel et al. (2005; 2009), em Santa Catarina, indicou que a riqueza de espécies em fragmentos analisados pelos autores variou entre 57 e 91 espécies. Outros trabalhos realizados no Rio Grande do Sul podem contribuir para entender o número médio de espécie em levantamentos deste tipo, como os de Tabarelli (1992), Farias et al. (1994), Jarenkow & Waechter (2001), Hack et al. (2005), Ruschel et al. (2007) e Longhi et al. (2009), que registraram entre 51 e 112 espécies. Para o município de Santa Tereza, levantamentos efetuados com base em bibliografia e em campo, Vaccaro (1997) registrou 93 espécies e 37 famílias. Embora, no conjunto total das Unidades Amostrais, este trabalho tenha apontado para uma elevada riqueza de espécies, quando observadas individualmente, nota-se que muitas áreas apresentavam baixíssima diversidade, possivelmente reflexo da intensa exploração e degradação ambiental a qual está sujeita a região como um todo. 119 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 4.2. Espécies arbóreas citadas por Reitz et al. (1979) para a Floresta Estacional Decidual, mas não encontradas pelo Inventário Florestal de Santa Catarina, com respectivas informações sobre sua distribuição, com base em fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Table 4.2. Tree species related to the Seasonal Deciduous Forest by Reitz et al. (1979) but not sampled in Floristic Forest Inventory of Santa Catarina, including information on their distribution based on Flora Ilustrada de Santa Catarina. Família Espécie Observação Annonaceae Annona neosalicifolia H.Rainer Pouco frequente Aquifoliaceae Ilex dumosa Reissek Frequente Arecaceae Euterpe edulis Mart. Muito rara Bignoniaceae Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ex DC. Muito rara Handroanthus pulcherrimus (Sandwith) S.O. Grose Muito rara Cardiopteridaceae Citronella gongonha (Mart.) R.A.Howard Muito rara Celastraceae Maytenus muelleri Schwacke Muito rara Clusiaceae Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi Rara Combretaceae Terminalia australis Camb. Muito frequente Cunnoniaceae Weinmannia paulliniifolia Pohl ex Seringe Raríssima Euphorbiaceae Croton urucurana Baill. Muito rara Sebastiania schottiana Müll.Arg. Muito frequente Pachystroma longifolium (Nees) I.M.Johnst. Pouco frequente Albizia polycephala (Benth.) Killip Muito rara Calliandra tweediei Benth. Frequente Inga sessilis (Vell.) Mart. Frequente Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme Pouco frequente Senna oblongifolia (Vog.) H.S.Irwin & Barneby De altitude Sweetia fruticosa Spreng. Bastante rara Ocotea acutifolia (Nees) Mez Muito rara Ocotea porosa (Nees) Barroso Rara Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer Sem registro em SC Monimiaceae Mollinedia elegans Tul. Muito rara Moraceae Ficus cestrifolia Schott ex Spreng. Bastante comum Myrtaceae Eugenia florida DC. Bastante rara Calyptranthes concinna DC. Muito rara Campomanesia eugenioides (Camb.) D.Legrand ex Landrum Muito rara Myrcia laruotteana Cambess. Muito rara Myrciaria tenella (DC.) O.Berg Muito rara Rhizophoraceae Erythroxylum microphyllum A.St.-Hil. Muito rara Rubiaceae Faramea porophylla (Vell.) Müll.Arg. Sem registro em SC Salicaceae Banara parviflora (A. Gray) Benth. Rara Sapotaceae Pouteria gardneriana (A. DC.) Radlk. Muito rara Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk. Muito frequente Brunfelsia uniflora (Pohl) D.Don Frequente Solanum rantonnei Carr. ex Lescuyer Bastante rara Fabaceae Lauraceae Solanaceae 120 4.3.2 Resultado do levantamento florístico extra A coleta de material fértil oriundo de plantas encontradas no entorno e na Unidade Amostral fora dos critérios de inclusão dos outros componentes, aqui denominada de componente florístico extra, registrou 57 pteridófitas, 331 angiospermas e uma gimnosperma (Araucaria angustifolia), contribuindo sobremaneira para enriquecer a amostra. Das 389 espécies, 194 são árvores e arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 espécies de epífitos (sendo 47% pteridófitas) e 43 lianas. Nesse componente, das angiospermas foram registradas 79 famílias, sendo Asteraceae (com 28 espécies), Fabaceae (26), Solanaceae (18), Myrtaceae (15), Piperaceae, Poaceae e Rubiaceae (13), Malvaceae (11), Euphorbiaceae e Sapindaceae (10), famílias que acumularam 36,8% das espécies encontradas (Tabela 4.1). Foram registrados, ainda, 239 gêneros, sendo os mais ricos: Solanum (13 espécies), Peperomia (oito), Eugenia, Piper e Senegalia (cinco cada), Cyperus, Psychotria e Myrsine (quatro cada). Para as pteridófitas foram registradas 14 famílias, 27 gêneros e 57 espécies. Pteridaceae (com 14 espécies), Polypodiaceae (12) e Dryopteridaceae (sete), são as famílias mais ricas. Quanto aos gêneros, destaca-se Blechnum (com cinco espécies) e Asplenium, Doryopteris e Pteris (com quatro cada). Para a Floresta Estacional Decidual, o número de espécies de pteridófitas pode ser considerado elevado. Nesta região, havia até o momento o registro de apenas 38 espécies para toda a região fitoecológica no Bioma Mata Atlântica (Salino & Almeida 2009). As espécies aqui citadas são comumente observadas na região Sul, Sudeste e Norte do país, de acordo com o descrito para Floresta Estacional Decidual, que é formada principalmente por representantes das floras da Bacia Amazônica e do Brasil Central (Rambo 1956). Alguns gêneros merecem destaque, seja por sua riqueza ou abundância, pois são típicos, de acordo com Sarmiento (1972): Annona, Eugenia, Machaerium, Myrcia, Pisonia, Rauvolfia e Trichilia. Rogalski & Zanin (2003) estudaram os epífitos vasculares no Estreito de Augusto César, situado no município Marcelino Ramos (RS), divisa com Santa Catarina, região de mata ciliar e com maior umidade, e registraram 70 espécies pertencentes a oito famílias. A baixa diversidade de epífitos deste trabalho pode ser explicada pela falta de equipes especializadas em escalada e coleta do grupo, porém esta característica já foi constatada por Klein (1972; 1978) e Leite & Klein (1990) e, segundo eles, uma sinúsia escassa nessa região fitogeográfica. No Parque Provincial Teyú Cuaré e arredores, foram registradas apenas oito epífitas, sendo cinco delas de samambaias (Biganzoli & Romero 2004), dentre as 622 angiospermas listadas. A grande riqueza de lianas, se comparada aos epífitos, pode estar vinculada à fragmentação intensiva da floresta, o que possibilita o desenvolvimento deste grupo de plantas (Teramura et al. 1991). Tamanha riqueza pôde ser observada em campo, pois gerou grande dificuldade de locomoção das equipes, bem como na visualização e coleta de material arbóreo no interior dos fragmentos, por vezes as mesmas cobriam muitas das copas. Klein (1983) comenta que as lianas constituem um dos traços característicos desta floresta. Das espécies mensuradas no componente arbóreo/arbustivo e regeneração e sub-bosque, 68% estavam cobertas por lianas. 4.3.3 Esforço amostral Na Figura 4.2, está registrado o esforço amostral no âmbito do IFFSC na Floresta Estacional Decidual. As quadrículas com menor número de Unidades Amostrais podem ser resultantes de área de contato com a Floresta Ombrófila Mista que foram excluídas deste trabalho ou no local não havia floresta para ser inventariada. Apenas quatro áreas se destacam com riqueza superior a 126 espécies, com média observada entre 52 e 100 espécies. 121 4 | Flora vascular da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina A degradação constatada durante os trabalhos de campo do IFFSC na região de estudo teve reflexo sobre algumas espécies, tanto que as mesmas não foram amostradas. Essa degradação pode provocar redução do número de espécies existentes nos fragmentos, levando à formação de florestas simplificadas, com área restrita, diferentes daquelas originais desta região fitoecológica em Santa Catarina. Igualmente, os resultados aqui apresentados reforçam a relevância deste inventário para a caracterização da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, bem como a importância das coletas externas às Unidades Amostrais, no registro da biodiversidade existente. Referências Alberti, L.F.; Longui, S.L.; Morelatto, L.P. 2011. 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A manutenção dos fragmentos com maior riqueza, bem como, ações de enriquecimento na restauração dos demais fragmentos é fundamental para que a Floresta Estacional Decidual possa se recuperar das grandes interferências antrópicas que a tem tornado cada vez mais simplificada em sua composição. Como já mencionado, embora o conjunto possua elevada riqueza de espécies em sua integralidade, o mesmo não ocorre quando os remanescentes são analisados em particular. No entanto, mesmo internamente simplificados e perturbados cumprem um papel importante como fonte de diásporos e abrigo de espécies da fauna. Stehmann et al. (2009) destacam a importância da conservação da Floresta Estacional Decidual, que, juntamente com a Floresta Estacional Semidecidual e das formações campestres, contém cerca de 50% da diversidade do bioma Mata Atlântica. Com intuito de esclarecimento, foram adicionadas as bacias em que ocorrem as espécies com amostras coletadas e incorporadas ao herbário FURB. Contudo, o esforço amostral diferente em cada quadrícula e em cada bacia impossibilita comparações. Ao todo, 28 espécies foram coletadas em todas as bacias hidrográficas. Outras 33 espécies apareceram em todas as bacias exceto na do rio Pelotas, que possui apenas duas Unidades Amostrais (941 e 1000), ambas situadas no município de Anita Garibaldi. A não coleta de uma espécie em determinada bacia não significa que ela não ocorra nela, pois esta espécie pode ter sido medida em campo pelo inventário, com coleta de amostras estéreis para identificação, que não foram incorporadas ao acervo do herbário FURB. Relativo à conservação da riqueza específica, deve-se ressaltar que esta pode ser drasticamente reduzida, especialmente com a ampliação do complexo hidrelétrico ao longo do rio Uruguai e dos seus principais afluentes, pois estes têm atingido importantes remanescentes florestais ao longo das suas margens (Prochnow 2005). 122 Biganzoli, F.; Romero, M.E.M. de. 2004. 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Caracterização Fitossociológica de três fases sucessionais de uma Floresta Estacional Decidual, no município de Santa Tereza – RS. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria. 126 Capítulo 5 Floresta Estacional Decidual Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1, 2 Structural floristic groups in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina André Luís de Gasper, Alexandre Uhlmann, Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani, Leila Meyer Resumo O objetivo deste trabalho foi identificar as possíveis similaridades estruturais entre remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Associado a este objetivo primário, também se buscou a identificação das zonas de contato entre esta região fitoecológica e a Floresta Ombrófila Mista. Foram analisados os dados de 78 Unidades Amostrais instaladas em remanescentes da Floresta Estacional Decidual entre 2008 e 2009. Os dados foram tratados através da Análise de Correspondência Corrigida (DCA) e Análise de Agrupamentos, valendo-se de uma matriz de densidade de espécies por bacia hidrográfica. A análise foi feita tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para a regeneração natural. A proporção da variância explicada pelos três primeiros eixos da DCA foi de 58,1% e 60,2% (arbóreo e regeneração, respectivamente). Observada somente a ordenação provocada pelo primeiro eixo da DCA, vêse a disposição das bacias do Leste, em um extremo, e das bacias do Oeste, no outro extremo deste eixo. Na extremidade direita do primeiro eixo, estão dispostas as bacias dos rios Canoas, Pelotas e do Peixe, caracterizadas pela presença de espécies como Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron dinisii, comumente associadas com a Floresta Ombrófila Mista. Na extremidade esquerda, estão distribuídas as bacias de Oeste, grupo que inclui as bacias dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu. Dentre as espécies que mais fortemente influenciaram os resultados na análise, cabe destacar Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus e Pisonia ambigua, frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil. Considerando que as altitudes tendem a declinar das porções Leste para Oeste, propõe-se a existência de uma zona de transição entre as duas regiões fitoecológicas na faixa dos 600 m s.n.m., onde ocorre a interdigitação de elementos da flora estacional e aqueles da Floresta Ombrófila Mista, resultando na delimitação de uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual abaixo deste patamar altimétrico. Abstract The purpose of this study was to identify possible structural similarities between remnants of Seasonal Deciduous Forest forest in Santa Catarina. Associated with this primary objective, we also tried to identify transition areas with influence of Mixed Ombrophyllous Forest. Data from 78 Sample Plots were collected between 2008 and 2009 during the Forest Inventory Floristic of Santa Catarina (IFFSC). Data were analyzed through the Detrended Correspondence Analysis (DCA) and cluster analysis, using a density matrix of species by watershed. The analysis was performed for both the tree/shrub component and the natural regeneration. The proportion of variance explained by the first three axes of DCA was 58.1% and 60.2% (tree/shrub and regeneration, respectively). For the first ordination axis of DCA, the arrangement of the watersheds of the east was characterized by the presence of species such as Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron dinisii, commonly associated with the Mixed Ombrophyllous Forest. On the other extreme, we observed watersheds of the west with Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus and Pisonia ambigua, which are common in seasonal forests of the southern interior of Brazil. As altitude tends to decline from east to west, the authors hypothesize the existence of a transition zone between the two phytoecological regions in the range of 600 m a.s.l. At this altidudinal level elements of both the seasonal flora and the Mixed Ombrophyllous flora coexist; below this level, a core area of Seasonal Deciduous Forest was delineated. 1 Parte deste trabalho foi submetido à revista Ciência Florestal em 06/07/2011. Gasper, A.L. de; Uhlmann, A.; Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Meyer, L. 2012. Grupos florísticos da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 2 129 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 5.1 Introdução 5.2 Metodologia Florestas estacionais são caracterizadas por atributos estruturais relacionados à caducifolia condicionada por sazonalidade climática de temperatura e/ou precipitação. Baseado nestes atributos, o sistema de classificação da vegetação brasileira reconhece duas tipologias, a Floresta Estacional Semidecídual e a Floresta Estacional Decídual, as quais estão distribuídas principalmente no interior do Brasil, vinculadas essencialmente aos Biomas Mata Atlântica e Cerrado (Veloso et al. 1991). A área de estudo inclui parte das bacias dos afluentes do rio Uruguai em Santa Catarina (Figura 5.1) e que foi incluída por Klein (1978) na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual. Em Santa Catarina, esta floresta expressa a deciduidade das folhas no período entre maio e setembro, como resultado de fatores climáticos restritivos, como o frio e o menor fotoperíodo do semestre de inverno. A deciduidade, segundo Klein (1972; 1978) e IBGE (1991), ocorre especialmente nas plantas do dossel e emergentes, atingindo valores superiores a 50% das espécies componentes, o que levou os proponentes do sistema de classificação da vegetação brasileira a enquadrá-la como uma Floresta Estacional Decídual (Veloso et al. 1991). Neste estado, sua área original ocupava 7.967 km2 distribuídos em parte da bacia hidrográfica do rio Uruguai, incluindo as porções médias e baixas dos seus tributários rios Pelotas, Canoas, do Peixe, Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e PeperiGuaçu (Klein 1978). A flora frequentemente associada à Floresta Estacional Decidual inclui espécies como Aspidosperma polyneuron, Handroanthus heptaphyllus, Gallesia integrifolia, Balfourodendron riedelianum, Peltophorum dubium, Cordia trichotoma e Apuleia leiocarpa (Leite 1994). Esta representa uma vegetação recente em Santa Catarina (Bigarella 1964), com seu ingresso posterior àquele dos campos e da Floresta Ombrófila Mista, sendo considerada um prolongamento das florestas da bacia do rio Paraná e migrações da província de Missiones (Rambo 1951; 1956; Spichiger et al. 2004; Pennington et al. 2009). Spichiger et al. (2004) ressaltaram o papel dos corredores formados pelos canais fluviais da bacia do Paraná na difusão de elementos bióticos, conforme pode ser deduzido por meio da visualização dos mapas de vegetação dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Klein 1978; Maack 1947; 1968; Rambo 1951). Como consequência desta possível expansão, zonas de contato com a Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucária) e com a Estepe (campos naturais) são formadas em Santa Catarina recebendo contribuições florísticas destas. No Paraná, ao longo do vale do rio Tibagi, Torezan (2002) descreveu a ocorrência de uma zona de contato entre a Floresta Estacional e a Floresta Mista estabelecida em uma faixa altimétrica situada entre 500 e 800 m. Apesar de ser uma região fitoecológica importante sob o ponto de vista biológico, Pennington et al. (2000) ressaltaram que estas florestas estariam recebendo pouca atenção da sociedade, tanto no que diz respeito aos esforços de conservação, quanto por parte de pesquisas visando a compreensão dos padrões disjuntos de sua distribuição no Neotrópico. Nos três estados da região Sul do Brasil, as florestas estacionais ocupam destaque, pois sua distribuição original está vinculada à região de grande desenvolvimento agrícola e pecuário. No estado de Santa Catarina, poucos são os trabalhos que abordam as florestas estacionais. Diante desta carência de dados, este trabalho pretende contribuir com a exposição de novos conhecimentos sobre a floresta estacional do estado de Santa Catarina, baseando-se nos dados de um extensivo levantamento feito através do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). Deseja-se verificar se existem variações expressivas na estrutura das florestas estacionais catarinenses e que estas são o resultado de variações de caráter ambiental, principalmente relacionadas com o clima (em última análise, ligadas à variação altimétrica). Um segundo aspecto que constitui objetivo deste trabalho é verificar a ocorrência de uma zona de transição no contato entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Estacional Decidual. 130 Figura 5.1. Área de distribuição da Floresta Estacional Decidual no Oeste de Santa Catarina e as Unidades Amostrais localizadas nas bacias hidrográficas dos tributários de margem direita do rio Uruguai. Figure 5.1. Distribution area of the Seasonal Deciduous Forest in western Santa Catarina and the Sample Plots located in the watersheds of the right bank tributaries of Uruguai river. Os dados das 78 Unidades Amostrais foram utilizados para a construção de uma matriz de densidades das espécies em cada bacia hidrográfica (tanto para o componente arbóreo/arbustivo quanto para o da regeneração natural). Nesta matriz, as linhas representaram as espécies e as colunas, as bacias hidrográficas, sendo cada célula preenchida pelo valor da densidade média (número de indivíduos por hectare) das espécies em cada bacia (conforme exemplo da Tabela 5.1). No componente arbóreo/arbustivo as espécies raras com menos de um indivíduo por hectare foram removidas, já que estas não contribuem para a análise, segundo Gauch-Junior (1982). Também foram removidos indivíduos mortos e não identificados, restando 79 espécies. Com isso, originou-se uma matriz constituída por 79 espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas), a qual foi submetida à Análise de Correspondência Corrigida (Detrended Correspondence Analisys – DCA) e à Análise de Agrupamentos. As duas análises apontam para os mesmos resultados e foram aqui apresentadas, pois facilitam a visualização dos resultados. O mesmo procedimento foi feito para a regeneração natural, onde 109 espécies foram mantidas, dentre as 176 amostradas. Assim, a matriz constituída por 109 espécies (linhas) e oito Unidades Amostrais (colunas) foi submetida à Análise de Correspondência Corrigida. A fim de classificar as Unidades Amostrais, de acordo com as suas similaridades florísticas, um dendrograma foi construído a partir de uma análise de agrupamento aplicada a uma matriz de similaridade (construída através do uso da distância euclidiana) e valendo do método de ligação de Ward’s. Antes da análise, contudo, as Unidades Amostrais foram identificadas como aquelas do grupo de Leste e de Oeste. Estas análises foram feitas com os dados do componente arbóreo/arbustivo. 131 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina O processamento dos dados e as análises foram feitas com auxílio dos softwares Mata Nativa 2 (Cientec 2002), Microsoft Office Excel (2007) e PC-ORD 6 (McCune & Mefford 2011). Tabela 5.1. Modelo de matriz utilizada para as análises multivariadas da Floresta Estacional Decidual Table 5.1. Matrix model used for multivariate analysis of the Seasonal Deciduous Forest Espécie Canoas Pelotas Peixe Jacutinga Irani Chapecó .... Annona emarginata 5,13 0,00 2,50 0,00 0,00 2,50 0,00 Erythrina falcata 0,00 3,45 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00 Cinnamodendron dinisii 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Bauhinia forficata 0,00 10,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Cordyline spectabilis 0,00 6,90 0,00 0,00 7,50 0,00 0,00 Pisonia ambigua 0,00 0,00 0,00 3,25 0,00 0,00 0,00 Ilex paraguariensis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Trema micrantha 0,00 0,00 10,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Cryptocarya aschersoniana 0,00 0,00 0,00 6,50 5,00 0,00 0,00 Rauvolfia sellowii 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Bastardiopsis densiflora 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Casearia decandra 7,69 0,00 0,00 0,00 7,50 7,50 5,00 Celtis iguanaea 0,00 10,34 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00 Dalbergia frutescens 5,13 3,45 2,50 0,00 0,00 2,50 0,00 Banara tomentosa 0,00 0,00 0,00 3,25 2,50 0,00 5,00 Vitex megapotamica 15,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50 Zanthoxylum fagara 0,00 0,00 2,50 3,25 0,00 0,00 0,00 Solanum sanctaecatharinae 2,56 3,45 2,50 16,24 0,00 0,00 0,00 Myrsine coriacea 0,00 0,00 0,00 0,00 2,50 0,00 0,00 Ficus luschnathiana 0,00 6,90 2,50 0,00 0,00 0,00 2,50 Ruprechtia laxiflora 0,00 3,45 0,00 0,00 0,00 5,00 0,00 Allophylus puberulus 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 A ordenação permitiu identificar as espécies que caracterizam os dois grupos de bacias hidrográficas. As espécies associadas ao grupo de bacias hidrográficas do Oeste no componente arbóreo/arbustivo foram: Aloysia virgata, Apuleia leiocarpa, Bastardiopsis densiflora, Campomanesia xanthocarpa, Casearia sylvestris, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Cyathea corcovadensis, Ficus luschnathiana, Holocalyx balansae, Inga marginata, Myrocarpus frondosus, Pisonia ambigua, Rauvolfia sellowii e Vasconcellea quercifolia (Figura 5.2). Com relação às bacias hidrográficas do Leste no componente arbóreo/arbustivo, as espécies que influenciaram sua separação foram: Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Sebastiania commersoniana, Parapiptadenia rigida, Dalbergia frutescens, Cinnamodendron dinisii, Aspidosperma australe, Myrsine coriacea, Ateleia glazioveana e Cryptocarya aschersoniana (Figura 5.2). ... 5.3 Resultados e discussão No componente arbóreo/arbustivo, a aplicação da Análise de Correspondência Corrigida (DCA) à matriz constituída pelos dados de densidade média das espécies em cada uma das bacias hidrográficas mostrou resultados satisfatórios. Os três primeiros autovalores explicaram 58,1% da variância original dos dados (DCA1 = 42,2%; DCA2 = 9,7%; DCA3 = 6,2%). A Figura 5.2, que apresenta o resultado da DCA, permite observar a tendência de separação das bacias hidrográficas situadas mais a Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas (à direita da figura), das bacias situadas a Oeste – bacias dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu (à esquerda da figura). Figura 5.2. Ordenação obtida para componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação de DCA em uma matriz de dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 5.2. Ordination yielded to tree/shrub component from DCA applied on a matrix composed by mean density of species surveyed in each watershed in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. A mesma análise, para os dados da regeneração natural, também apontou uma segregação das bacias localizadas a Leste das bacias a Oeste, conforme Figura 5.3. Os três primeiros eixos explicaram 60,2% da variação dos dados na regeneração natural (DCA1 = 35,4%; DCA2 = 18,8%; DCA3 = 6,0%), valores e resultados muito similares ao componente arbóreo/arbustivo. Para os dados da regeneração as espécies importantes que levaram à separação das bacias hidrográficas do Oeste, foram: Eugenia hiemalis, Senegalia tucumanensis, Aloysia virgata, Guarea macrophylla, Inga marginata, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Actinostemon 132 133 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina concolor, Esenbeckia grandiflora, Calliandra foliolosa, Sapium glandulosum e Allophylus puberulus. E, para segregação das bacias hidrográficas do Leste foram: Albizia edwallii, Allophylus edulis, Cletra scabra, Cinnamodendron dinisii, Citronela paniculata, Helietta apiculata, Matayba elaegnoides, Myrcia oblongata, Ocotea odorifera, O. pulchella, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Z. rhoifolium, dentre outras (Figura 5.3). Figura 5.4. Classificação obtida para o componente arbóreo/arbustivo por meio da aplicação da Análise de Agrupamentos em uma matriz de dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 5.4. Classification obtained for the tree/shrub component by application of cluster analysis in a data matrix of mean density of species in each watershed in areas covered of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Segundo Klein (1972), Apuleia leiocarpa, Parapiptadenia rigida, Cordia trichotoma, Cordia americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus, Cabralea canjerana, Peltophorum dubium, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum e Enterolobium contortisiliquum são as espécies mais importantes da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Por vezes, Myrocarpus frondosus se torna bastante comum. Três destas espécies citadas pelo autor (Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma e Myrocarpus frondosus) são responsáveis pela delimitação dos grupos de bacias de Oeste. Figura 5.3. Ordenação obtida para regeneração natural por meio da aplicação da DCA em uma matriz de dados de densidade média das espécies em cada bacia hidrográfica na área de abrangência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 5.3. Ordination yielded to natural regeneration component from DCA applied on a matrix composed by mean density of species surveyed in each watershed located in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. As mesmas espécies são citadas como sendo importantes para a caracterização da Floresta Ombrófila Mista do extremo Oeste catarinense (Klein 1978), dentre outras como: Araucaria angustifolia, Parapiptadenia rigida, Cordia americana, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus leucanthus, Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Cedrela fissilis, Phytolacca dioica, Peltophorum dubium, Balfourodendron riedelianum e Myrocarpus frondosus. Estas espécies dão caráter transicional para a Floresta Ombrófila Mista nesta região geográfica, porque são consideradas como características da Floresta Estacional Decidual, exceto por Araucaria angustifolia. A Análise de Agrupamentos apresentou resultados semelhantes ao observados na DCA (como pode ser visualizado na Figura 5.4). A Análise de Agrupamento aponta para a formação de dois grandes grupos, um deles constituído pelas bacias de Leste (do Peixe, Canoas e Pelotas) e outro constituído pelas bacias de Oeste (Peperi-Guaçu, das Antas, Chapecó, Irani e Jacutinga). 134 135 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Na Figura 5.5 pode ser observado o dendrograma construído através do uso da distância e valendo-se do método de ligação de Ward´s. O grande agrupamento das espécies do Oeste (em preto) se destaca (com poucas Unidades Amostrais como outlier). Nas duas extremidades do agrupamento (em vermelho), encontram-se as Unidades Amostraisdas bacias do Leste. Por outro lado, Matayba elaegnoides, Cupania vernalis, Myrcia guianensis, Cinnamodendron dinisii, Campomanesia xanthocarpha, Lamanonia ternata, Quillaja brasiliensis, Clethra scabra, Prunus myrtifolia, Myrcianthes gigantea, Ilex theezans e Luehea divaricata são espécies que caracterizam, segundo Klein (1978), a Floresta Ombrófila Mista das bacias do alto Canoas e Pelotas. O que se observa a partir destas comparações feitas com a literatura é que, de um modo geral, as bacias do Leste incluem Unidades Amostrais que caracterizam tipos intermediários entre a Floresta Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Por outro lado, as bacias do Oeste incluem um grande número de espécies características da flora das florestas estacionais. A altitude média (Tabela 5.2) das Unidades Amostrais inseridas nas bacias dos rios Canoas, Pelotas e Peixe foi de 757, e 691 e 663 m, respectivamente. Embora estas médias não estejam distantes daquelas verificadas para as Unidades Amostrais localizadas na bacia do rio Irani (640 m), esta média vai diminuindo gradativamente na direção das bacias do Oeste, podendo assim levar à compreensão das razões que aproximam estruturalmente as florestas localizadas naquelas bacias com a Floresta Ombrófila Mista. No mapa de vegetação do estado de Santa Catarina (Klein 1978), vê-se esta segregação associada à distribuição da Floresta Ombrófila Mista ao Leste e ao Norte, nas porções mais elevadas, assim como da Floresta Estacional Decidual, nas porções de menor altitude do estado, proximamente ao vale do rio Uruguai. Tabela 5.2. Parâmetros ambientais médios das Unidades Amostrais inseridas em cada bacia hidrográfica considerada no presente estudo. Fonte: Epagri (2008). Table 5.2. Mean environmental parameters of the Sample Plots located at each watershed in the study area. Source: Epagri (2008). Altitude (m) Precipitação média anual (mm) Temperatura média anual (oC) Frequência média anual de geadas (dias por ano) Umidade Relativa do ar (%) Peperi-Guaçu 329 1.800 19,1 6,79 79,0 Das Antas 465 1.917 19,0 8,92 77,8 Chapecó 553 1.846 18,5 9,27 77,5 Irani 640 1.889 18,4 8,61 77,2 Jacutinga 603 1.829 18,5 9,21 77,9 Peixe 663 1.480 18,0 10,43 77,7 Canoas 691 1.733 18,3 9,50 77,3 Pelotas 757 1.800 18,0 9,50 79,0 Bacia hidrográfica Figura 5.5. Dendrograma construído através do uso da distância euclidiana e valendo do método de ligação de Ward´s. Figure 5.5. Dendrogram prepared by using the Euclidean distance and Ward’s connection method. 136 A dissecação do relevo provocada pelo rio Uruguai, somado aos processos morfogenéticos que deram origem aos sistemas de patamares elevados (toda a área considerada inclui-se na bacia do Paraná, mais especificamente sobre os derrames basálticos da Formação Serra Geral, segundo Petri & Fúlfaro 1983; Mizusaki & Thomaz-Filho 2004 – ou ainda do derrame do Trapp – conforme denominou Maack 1947), soerguidos por processos epirogenéticos, foi responsável pela conformação altimétrica e pela configuração das geoformas da área estudada. As flutuações climáticas pretéritas, as quais condicionaram processos de expansão e retração dos tipos vegetacionais (Behling 1997; Behling & Negrelle 2001; Behling et al. 2005), certamente contribuíram para o estabelecimento de conexões 137 5 | Grupos florísticos estruturais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina florísticas que devem ser consideradas na avaliação destes resultados, tendo em vista a geração de zonas de contato entre diferentes tipos florestais. Maack (1968) considerou a possibilidade de retração da Floresta Ombrófila Mista, levando-a a ficar confinada a áreas de clima subtropical no estado do Paraná. Reitz & Klein (1966) já haviam descrito que a zona de araucária encontrava-se em recuo frente ao avanço progressivo da “mata branca” (floresta sem pinheiros) a partir das calhas dos rios formadores da bacia do rio Uruguai. Se, por um lado, as condições em altitude são aparentemente mais adequadas ao estabelecimento dos elementos da Floresta Ombrófila Mista, por outro, em menor altitude, a entrada de elementos das florestas estacionais parece ser impulsionada por condicionantes ambientais que, embora não possam ser profundamente discutidos aqui, devem estar associados a fatores climáticos relacionados com gradientes altitudinais. Para isso, concorre a dissecação do relevo promovida pelos grandes sistemas fluviais, ocasionando o gradual rebaixamento das superfícies constituintes das bacias hidrográficas. Neste caso, é necessário admitir que os canais fluviais das grandes bacias hidrográficas teriam um papel considerável no favorecimento de rotas migratórias para as espécies entre regiões fitoecológicas distintas. Indicativos disso foram observados pela penetração da floresta estacional para dentro dos espaços ocupados pela Floresta Ombrófila Mista através dos canais dos grandes rios nos estados do Paraná e Santa Catarina, conforme pode ser visto nos mapas publicados por Klein (1978) e Maack (1947; 1968) e no Rio Grande do Sul (Rambo 1951; Jarenkow & Waechter 2001). Analogamente a este processo, alguns autores citam que a Araucaria angustifolia (e provavelmente toda a flora associada à Floresta Ombrófila Mista) durante o quaternário recente (a partir de 3.000 anos AP) teve sua expansão a partir de zonas mais úmidas associadas aos cursos dos rios (Oliveira et al. 2005; Pillar et al. 2009). Hoje, contudo, vários autores parecem admitir a redução da Floresta Ombrófila Mista frente ao avanço das florestas estacionais (Reitz & Klein 1966; Maack 1968). Seria razoável propor, portanto, que as bacias de Leste representem zonas de transição entre a Floresta Estacional Decidual e a Floresta Ombrófila Mista. Reitz & Klein (1966) discutiram sobre a expansão das florestas estacionais até uma altitude entre 500 e 700 m, de certa forma, coincidindo com a zona de transição proposta por Torezan (2002) na bacia do rio Tibagi, a qual, segundo os autores, está compreendida no intervalo entre as cotas 500 a 800 m, constituindo a região do médio rio Tibagi. Considerando a necessária correção latitudinal em relação ao estado do Paraná, é uma cota muito aproximada àquela considerada pelos autores acima citados para Santa Catarina. Os dados aqui apresentados indicam haver esta transição a partir da faixa dos 600 m s.n.m. Para fundamentar ainda mais esta discussão, os 800 m foram considerados por Blum (2006) o limite transicional entre os tipos climáticos Cfa e Cfb, na vertente oriental da Serra do Mar paranaense, o qual coincide com o ponto de transição entre a Floresta Ombrófila Densa montana e submontana. A extensão geográfica desta transição, entretanto, pode ser muito maior que a extensão de pontos amostrais analisados neste trabalho, isto porque a ausência de cobertura florestal quando da condução dos trabalhos de campo, impede qualquer conjectura analítica nos extensos “vazios” florestais do estado catarinense. Concluindo, pode-se afirmar que os resultados das análises permitiram a observação de uma tendência de mudança estrutural da vegetação de Oeste para Leste. As Unidades Amostrais alocadas nas áreas de abrangência das bacias de Leste estão posicionadas em regiões mais elevadas, onde a ocorrência de geadas é mais frequente e as temperaturas médias mais baixas. Nestas Unidades Amostrais, foi possível detectar a presença de espécies características da Floresta Ombrófila Mista em meio àquelas de maior abundância, o que sugere a existência de uma região de transição, aproximadamente na faixa dos 600 m de altitude. Nos patamares de menor altitude, onde estão inseridas a maioria das Unidades Amostrais contidas nas áreas das bacias do Oeste, sob condições climáticas diferenciadas, as regiões fitoecológicas Floresta Estacional Decidual e Semidecidual do Sul do Brasil passam a figurar dentre 138 as espécies dominantes. Propõe-se que estas regiões constituam a área núcleo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, uma vez que as espécies aí encontradas são típicas da área e a influência das demais regiões fitoecológicas, principalmente da Floresta Ombrófila Mista, é pequena. Referências Behling, H. 1997. 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IBGE. 140 Capítulo 6 Floresta Estacional Decidual Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Structure of tree component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner, Alexander Christian Vibrans, André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani, Marcos Guerra Sobral, Leila Meyer, Guilherme Klemz, Ronnie Schmidt, Carlos Anastácio Junior, Volnei Rodrigo Pasqualli Resumo Este estudo teve como objetivo avaliar a composição de espécies e a estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, sul do Brasil. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais instaladas sistematicamente, incluindo indivíduos com DAP (diâmetro à altura do peito) ≥ 10 cm. Na área total amostrada, de 28 ha foram registrados 12.899 indivíduos, pertencentes a 210 espécies, 135 gêneros e 62 famílias botânicas. Fabaceae (33 espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae (8) e Euphorbiaceae (8) foram as famílias mais ricas em número de espécies. Os gêneros com maior número de espécies foram: Eugenia (11 espécies), Inga (6), Solanum (5) e Ocotea (5). A estrutura de dois grupos de bacias hidrográficas estabelecidos na área de estudo foi comparada, identificando-se algumas diferenças estruturais entre eles. O grupo de bacias do Leste (bacias do rio Canoas, do Peixe e Pelotas) apresentou uma densidade média de 561,19 ind.ha-1, média de área basal de 20,04 m².ha-1 e os índices de Shannon-Wiener e de Pielou variaram entre 1,79 e 3,64 nats.ind.-1 e 0,61 e 0,9, respectivamente. O grupo de bacias do Oeste (bacias do rio das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e PeperiGuaçu) teve uma densidade média de 419,16 ind.ha-1, média de área basal de 20,03 m².ha-1 e os índices de ShannonWiener e de Pielou variaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. Foram identificadas 124 espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas. Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e Nectandra lanceolata obtiveram o maior valor de importância em ambos os grupos. Entre as espécies que contribuíram para separar os dois grupos observou-se Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia nas bacias do Leste e Casearia sylvestris e Cabralea canjerana nas bacias do Oeste. Algumas evidências demonstram que a Floresta Estacional encontra-se altamente impactada e empobrecida. Abstract This study aimed to evaluate species composition and structure of tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern Brazilian State of Santa Catarina. Data from 78 plots placed systematically were used, including only individuals with DBH (diameter at breast height) ≥ 10 cm. From a total sampling area of 28 ha, 12.899 individuals were recorded, divided in 210 species, 135 genera and 62 families. Fabaceae (33 species), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (9), Sapindaceae (8) and Euphorbiaceae (8) were the richest families in number of species. The genera with higher number of species were: Eugenia (11 species), Inga (6), Solanum (5) and Ocotea (5). The structure of two watershed groups established in study area was compared. The eastern watershed group (Canoas, Peixe and Pelotas rivers) had a mean density of 561.19 ind. ha-1, mean basal area of 20.04 m².ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranged between 1.79 and 3.64 nats.ind.-1 and 0.61 e 0.9, respectively. The western group (Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and Peperi-Guaçu rivers) had a mean density of 419.16 ind.ha-1, mean basal area of 20.03 m² ha-1 and Shannon-Wiener and Pielou indices ranging from 2.3 to 3.66 nats.ind.-1 and 0.62 to 0.96, respectively. It was identified 124 common species between the two watershed groups. Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica and Nectandra lanceolata had the greatest importance value in both groups. Among the species which contributed to separate the two groups were Matayba elaeagnoides and Prunus myrtifolia in eastern and Casearia sylvestris and Cabralea canjerana in the western watersheds. Pioneer and early secondary tree species dominate both, showing that Seasonal Deciduous Forest are highly impacted and impoverished. Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Sobral, M.G.; Meyer, L.; Klemz, G.; Schmidt, R.; Junior, C.A.; Pasqualli, V.R. 2012. Estrutura do somponente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 143 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6. 1 Introdução O estudo fitossociológico de uma floresta possibilita a caracterização do papel exercido por cada espécie dentro da fitocenose (Grombone et al. 1990) e fornece informações essenciais sobre o estado atual da floresta, gerando subsíduos para planos de recuperação e conservação da diversidade (Rosa et al. 2008). A análise da estrutura horizontal revela aspectos sobre a organização e distribuição espacial das espécies que constituem uma comunidade. O método quantitativo para descrever a estrutura horizontal com base na densidade, frequência, dominância e índice de valor de importância (Cain et al. 1956) é amplamente empregado em pesquisas florestais. A densidade indica o número de indivíduos de cada espécie em relação a uma unidade de área (Rivera 2007); a dominância é caracterizada pela área basal acumulada dos indivíduos pertencentes a uma determinada espécie enquanto a frequência é obtida pela proporção entre o número de Unidades Amostrais em que a espécie se faz presente e o número total de Unidades Amostrais (Mueller-Dombois & Ellenberg 1974). Já o valor de importância combina os parâmetros da densidade, dominância e frequência, por meio da soma de seus índices relativos (Curtis & Mcintosch 1950). Em relação ao conhecimento da estrutura da Floresta Estacional Decidual no sul do Brasil, podem ser mencionados alguns trabalhos que abordaram o componente arbóreo/arbustivo, como Vaccaro & Longhi (1995), Vaccaro (2002), Giehl & Jarenkow (2007), Ruschel et al. (2009), Floss (2011), Kilca & Longhi (2011) e Scipioni et al. (2011). Este capítulo tem como objetivo apresentar e discutir os principais resultados da análise fitossociológica dos componentes arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina. Além da compartimentação vertical, os resultados também são apresentados de forma distinta para dois grupos de bacias hidrográficas inseridas na área de ocorrência da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, denominadas bacias hidrográficas do Leste e bacias hidrográficas do Oeste. 6.2 Metodologia Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual, em Santa Catarina, conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). A localização das Unidades Amostrais foi definida pelas interseções de uma grade sistemática com distância de 5 x 5 km. O componente arbóreo/arbustivo foi amostrado nas Unidades Amostrais, compreendendo todos os indivíduos com DAP superior a 10,0 cm (Vibrans et al. 2010). A área total de amostragem do componente arbóreo/arbustivo foi de 280.018 m². Os valores dos parâmetros fitossociológicos são meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais (Capítulo 2). A composição florística foi avaliada através da distribuição dos indivíduos em famílias, gêneros e espécies. Para a definição do número de espécies registradas no levantamento, foram consideradas as espécies identificadas plenamente e até gênero, quando este apresentou apenas uma espécie. As espécies exóticas foram mencionadas, porém não contabilizadas. As espécies foram classificadas quanto ao grupo ecológico, em pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que teve como base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979). As espécies também foram classificadas quanto ao hábito em: árvore, arvoreta ou arbusto, conforme estabelecido por Klein (1972) ou descrito nos fascículos da Flora Ilustrada Catarinense. Quando persistia a falta de informação, as espécies foram classificadas conforme observações em campo. 144 A estrutura fitossociológica foi avaliada segregando-se as Unidades Amostrais em grupos florísticos, conforme resultado da análise de ordenação descrita no Capítulo 5. Um grupo foi constituído pelas Unidades Amostraisdas bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas e, outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu. A análise fitossociológica envolveu o cálculo dos parâmetros da estrutura horizontal, sendo densidade, dominância e frequência absoluta e relativa e valor de importância, conforme Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade Amostral foi indicada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de Pielou (J). O processamento dos dados foi efetuado pelo software Mata Nativa 2.1 (CIENTEC 2006). 6.3 Resultados e discussão 6.3.1 Florística do componente arbóreo/arbustivo No conjunto de 78 Unidades Amostrais implantadas em remanescentes da Floresta Estacional Decidual foram encontradas 210 espécies identificadas plenamente, distribuídas em 62 famílias e 135 gêneros no componente arbóreo/arbustivo (Tabela 6.1). Além disso, foram identificadas 10 espécies ao nível de gênero e três a nível de família. Com o enquadramento das espécies em grupos ecológicos, foram encontradas no estrato arbóreo/arbustivo, 107 espécies secundárias representadas por 6.582 indivíduos, 54 espécies pioneiras com 5.143 indivíduos e, 29 espécies climácicas com 561 indivíduos. Este resultado corrobora o estado atual de degradação da Floresta Estacional Decidual, que segundo IBGE (1990), consiste na floresta mais ameaçada e menos protegida da Mata Atlântica no sul do Brasil. Nas áreas florestais avaliadas pelo IFFSC, foram encontrados somente remanescentes secundários. Tabela 6.1. Lista das espécies e famílias amostradas no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina e, respectivo número de indivíduos (N), hábito (H) e grupo ecológico (GE). A = árvore; Arb = arbusto; Aro = Arborescente; Arv = arvoreta; P = pioneira; SE = secundária; C = climácica. Table 6.1. List of species and families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Southern Brazilian State of Santa Catarina and respective number of individuals (N), habit (H) and ecological group (GE). A = tree; Arb = shrub; Aro = arborescent; Arv = treelet; P = pioneer; SE = secondary; C = climax. Família Nome Científico N H GE Achatocarpaceae Achatocarpus praecox 9 Arv C Adoxaceae Sambucus australis 9 Arv Anacardiaceae Lithrea brasiliensis 81 Arv SE Schinus terebinthifolius 54 Arv SE Annonaceae Annona emarginata 168 A* P Annona sylvatica 203 Arv P Annona sp. 31 Apocynaceae Aspidosperma australe 111 A SE Rauvolfia sellowii 40 A SE Tabernaemontana catharinensis 12 Arv P Aspidosperma sp. 1 145 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE Aquifoliaceae Ilex brevicuspis 18 A SE Cyatheaceae Alsophila setosa 2 Aro C Ilex microdonta 8 Arv SE Cyathea corcovadensis 62 Aro SE Ilex paraguariensis 35 Arv P Cyathea sp. 27 Ilex theezans 5 A SE Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana 4 Aro C Araliaceae Aralia warmingiana 3 A C Ebenaceae Diospyros inconstans 1 Arv P Schefflera morototoni 7 A SE Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta 2 A C Araucariaceae Araucaria angustifolia 6 A P Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum 15 Arv SE Arecaceae Syagrus romanzoffiana 377 A P Euphorbiaceae Actinostemon concolor 66 Arv C Asteraceae Baccharis dracunculifolia 1 Arb P Alchornea sidifolia 5 A P Baccharis semiserrata 2 Arb P Alchornea triplinervia 7 A SE Dasyphyllum spinescens 3 Arv SE Manihot grahamii 1 Arb SE Dasyphyllum tomentosum 10 A SE Sapium glandulosum 88 A P Piptocarpha angustifolia 2 A P Sebastiania brasiliensis 103 Arv P Vernonanthura discolor 1 A SE Sebastiania commersoniana 96 Arv P Baccharis sp. 1 Tetrorchidium rubrivenium 3 A SE Raulinoreitzia sp. 2 Fabaceae Albizia edwallii 98 A* SE Asteraceae 1 Albizia niopoides 19 A n.c. Bignoniaceae Handroanthus heptaphyllus 1 A SE Apuleia leiocarpa 82 A P Jacaranda micrantha 3 A SE Ateleia glazioveana 153 A P Jacaranda puberula 18 Arv SE Bauhinia forficata 29 Arv P Boraginaceae Cordia americana 76 A C Calliandra foliolosa 22 Arv C Cordia ecalyculata 113 A SE Dalbergia frutescens 35 Arv* SE Cordia trichotoma 218 A P Enterolobium contortisiliquum 13 A P Varronia polycephala 26 Arb P Erythrina crista-galli 3 A* SE Cactaceae Cereus sp. 3 Erythrina falcata 30 A SE Canellaceae Cinnamodendron dinisii 29 A P Gleditsia amorphoides 4 Arv P Cannabaceae Trema micrantha 33 Arv P Holocalyx balansae 59 A P Cardiopteridaceae Citronella paniculata 23 A* Inga edulis 9 A SE Caricaceae Jacaratia spinosa 50 A C Inga marginata 73 A P Vasconcellea quercifolia 53 A P Inga subnuda subsp. luschnathiana 8 A P Celastraceae Maytenus aquifolia 6 A* Inga vera subsp. affinis 69 Arv SE Schaefferia argentinensis 5 A* Inga vera 15 A SE Celtaceae Celtis iguanaea 35 Arv* P Inga virescens 16 A SE Clethraceae Clethra scabra 14 Arv SE Leptolobium elegans 1 A Cunoniaceae Lamanonia ternata 8 A SE Lonchocarpus campestris 186 A* SE 146 147 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE Lonchocarpus cultratus 13 A SE Malvaceae Bastardiopsis densiflora 41 A SE Lonchocarpus muehlbergianus 6 A SE Ceiba speciosa 11 A* P Lonchocarpus nitidus 9 Arv P Heliocarpus popayanensis 7 A* Machaerium hirtum 1 A Luehea divaricata 783 A SE Machaerium nyctitans 1 A P Melastomataceae Miconia cinerascens 1 Arv P Machaerium paraguariense 185 A* SE Meliaceae Cabralea canjerana 180 A SE Machaerium stipitatum 452 A SE Cedrela fissilis 306 A SE Mimosa scabrella 3 A SE Guarea macrophylla 8 Arv SE Myrocarpus frondosus 191 A SE Trichilia catigua 24 Arv C Parapiptadenia rigida 178 A SE Trichilia clausseni 243 Arv SE Peltophorum dubium 13 A P Trichilia elegans 8 Arv SE Piptadenia gonoacantha 1 A SE Trichilia sp. 1 Senegalia recurva 1 Arb* Monimiaceae Hennecartia omphalandra 7 Arv C Inga sp. 4 Moraceae Ficus adhatodifolia 9 A P Fabaceae 5 Ficus gomelleira 1 A* SE Lamiaceae Aegiphila brachiata 1 Arb* Ficus luschnathiana 43 A* SE Vitex megapotamica 40 A SE Maclura tinctoria 10 Arv* Lauraceae Cinnamomum amoenum 2 A* SE Morus nigra 2 Arv Cryptocarya aschersoniana 36 A SE Sorocea bonplandii 65 Arv SE Cryptocarya mandioccana 1 A* Ficus sp. 1 Endlicheria paniculata 1 Arv SE Myrtaceae Blepharocalyx salicifolius 2 A SE Nectandra grandiflora 2 A SE Calyptranthes grandifolia 1 A C Nectandra lanceolata 544 A SE Calyptranthes tricona 19 Arv C Nectandra megapotamica 920 A P Campomanesia guaviroba 1 A C Nectandra membranacea 6 A SE Campomanesia guazumifolia 29 Arv SE Ocotea diospyrifolia 68 A C Campomanesia xanthocarpa 88 A SE Ocotea laxa 4 A* SE Eugenia brasiliensis 1 Arv SE Ocotea odorifera 17 A* P Eugenia burkartiana 1 Arv C Ocotea puberula 985 A P Eugenia gracillima 6 A* Ocotea pulchella 52 A P Eugenia involucrata 5 A SE Persea americana 19 A Eugenia pyriformis 6 A SE Persea sp. 1 Eugenia ramboi 6 A P Laxmanniaceae Cordyline spectabilis 33 Arv* SE Eugenia rostrifolia 65 A P Loganiaceae Strychnos brasiliensis 48 A* SE Eugenia subterminalis 1 A* SE Malpighiaceae Bunchosia maritima 1 Arv* C Eugenia uniflora 49 Arv P 148 149 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Nome Científico N H GE Família Nome Científico N H GE Eugenia uruguayensis 1 Arv C Rutaceae Balfourodendron riedelianum 165 A SE Eugenia verticillata 12 Arv C Citrus reticulata 1 Arb Myrceugenia myrcioides 2 Arv C Citrus x limon 3 Arb Myrcia hebepetala 7 A C Esenbeckia grandiflora 1 Arv SE Myrcia oblongata 3 Arv P Helietta apiculata 183 Arv SE Myrcia pubipetala 1 A SE Pilocarpus pennatifolius 197 Arv C Myrcia splendens 2 A SE Zanthoxylum fagara 36 A SE Myrcianthes gigantea 1 A SE Zanthoxylum petiolare 18 A SE Myrcianthes pungens 26 A SE Zanthoxylum rhoifolium 95 A SE Myrciaria floribunda 3 Arv C Salicaceae Banara tomentosa 42 A SE Plinia rivularis 6 Arv C Casearia decandra 39 A SE Plinia trunciflora 3 A SE Casearia obliqua 14 A* SE Siphoneugena reitzii 1 A SE Casearia sylvestris 337 A SE Myrtaceae 5 Xylosma pseudosalzmannii 16 A* SE Nyctaginaceae Pisonia ambigua 34 Arv SE Xylosma sp. 5 Oleaceae Chionanthus trichotomus 1 A* C Sapindaceae Allophylus edulis 192 Arv SE Opiliaceae Agonandra excelsa 14 A* Allophylus guaraniticus 2 Arv C Phytolaccaceae Phytolacca dioica 79 A SE Allophylus petiolulatus 1 Arv C Seguieria aculeata 13 A* SE Allophylus puberulus 48 A* Seguieria langsdorffii 1 A* C Cupania vernalis 562 A P Picramniaceae Picramnia parvifolia 28 A* SE Diatenopteryx sorbifolia 117 A P Polygonaceae Coccoloba argentinensis 2 Arv Matayba elaeagnoides 256 A SE Ruprechtia laxiflora 45 A Matayba intermedia 23 A SE Primulaceae Myrsine coriacea 40 A* P Sapotaceae Chrysophyllum gonocarpum 165 A P Myrsine guianensis 3 A* P 1 A SE Myrsine loefgrenii 2 Arv* SE Chrysophyllum marginatum 179 A P Myrsine umbellata 108 Arv SE Simaroubaceae Picrasma crenata 48 Arv SE Proteaceae Roupala montana 5 A* SE Solanaceae Cestrum intermedium 9 Arv SE Quillajaceae Quillaja brasiliensis 1 A* P Sessea regnellii 15 Arv SE Rhamnaceae Hovenia dulcis 337 A P Solanum bullatum 23 Arv SE Rosaceae Prunus myrtifolia 162 A SE Solanum compressum 1 Arv SE Rubiaceae Cordiera concolor 1 Arv C Solanum mauritianum 57 Arv SE Coussarea contracta 20 Arv P Solanum pseudoquina 2 Arv P Coutarea hexandra 7 Arv SE Solanum sanctaecatharinae 39 Arv P Randia ferox 23 Arv P Solanum sp. 3 150 Chrysophyllum inornatum 151 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Nome Científico N H GE Família Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA Styracaceae Styrax leprosus 60 Arv SE Apocynaceae 55,13 3 4 158 1,24 85,36 Symplocaceae Symplocos tetrandra 4 Arv SE Rosaceae 51,28 1 1 154 1,21 86,57 Symplocos uniflora 8 Arv SE Primulaceae 46,15 1 4 153 1,20 87,78 Urticaceae Coussapoa microcarpa 4 A* SE Solanaceae 61,54 3 8 146 1,15 88,92 Urera baccifera 84 Arb* SE Verbenaceae 20,51 1 1 137 1,08 90,00 Verbenaceae Aloysia virgata 137 Arv Moraceae 56,41 4 7 129 1,02 91,02 Violaceae Hybanthus bigibbosus 1 Arb Phytolaccaceae 53,85 2 3 93 0,73 91,75 8,97 2 3 91 0,72 92,47 Urticaceae 33,33 2 2 82 0,65 93,11 Anacardiaceae 20,51 2 2 81 0,64 93,75 Aquifoliaceae 20,51 1 4 66 0,52 94,27 Styracaceae 29,49 1 1 59 0,46 94,73 Caricaceae 20,51 2 2 53 0,42 95,15 Rubiaceae 33,33 4 4 51 0,40 95,55 Loganiaceae 29,49 1 1 48 0,38 95,93 Polygonaceae 26,92 2 2 47 0,37 96,30 Simaroubaceae 35,90 1 1 47 0,37 96,67 Lamiaceae 26,92 2 2 41 0,32 96,99 Celtaceae 25,64 1 1 35 0,28 97,27 Cannabaceae 25,64 1 1 33 0,26 97,53 Laxmanniaceae 19,23 1 1 33 0,26 97,79 Nyctaginaceae 26,92 1 1 33 0,26 98,05 Canellaceae 3,85 1 1 29 0,23 98,28 Picramniaceae 7,69 1 1 28 0,22 98,50 Asteraceae 10,26 6 9 23 0,18 98,68 Cardiopteridaceae 23,08 1 1 22 0,17 98,85 Bignoniaceae 14,10 2 3 20 0,16 99,01 Erythroxylaceae 11,54 1 1 15 0,12 99,13 Clethraceae 5,13 1 0 14 0,11 99,24 Opiliaceae 3,85 1 1 14 0,11 99,35 Symplocaceae 3,85 1 2 12 0,09 99,44 Achatocarpaceae 6,41 1 1 9 0,07 99,51 Araliaceae 8,97 2 2 8 0,06 99,57 Cunoniaceae 2,56 1 1 8 0,06 99,64 Adoxaceae 7,69 1 1 7 0,06 99,69 Cyatheaceae * Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC. * Species classified according to IFFSC field observations. As famílias mais representativas (Tabelas 6.2 e 6.3) quanto à riqueza foram Fabaceae (33 espécies), Myrtaceae (28), Lauraceae (14), Rutaceae (nove), Sapindaceae (oito) e Euphorbiaceae (oito). Estas famílias abrangem 56,64% do número total de indivíduos amostrados e 46,51% do total de espécies encontradas no levantamento. Em outros trabalhos realizados no componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual, como em Giehl & Jarenkow (2007), Scipioni et al. (2009) e Kilca & Longhi (2011), as famílias mencionadas também foram as mais ricas, com Fabaceae apresentando a maior diversidade de espécies. Segundo Giehl & Jarenkow (2007), a deciduidade da floresta é marcada pela abundância de espécies emergentes caducifólias desta família. Verificou-se também que do total de famílias encontradas, 32 (51,61%) estão presentes na área com uma única espécie e 14 (22,58%) com duas ou três espécies. Tabela 6.2. Lista das famílias do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, em ordem decrescente de número de indivíduos. IA = Indivíduos acumulados. Table 6.2. List of families recorded in the tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Southern Brazilian State of Santa Catarina, in descending order of individuals number. IA = Accumulated number of individuals. Família Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA Lauraceae 98,72 6 15 2.652 20,88 20,88 Fabaceae 100,00 21 35 1.963 15,45 36,33 Sapindaceae 94,87 4 8 1.193 9,39 45,72 Malvaceae 88,46 4 4 838 6,60 52,31 Meliaceae 92,31 4 7 762 6,00 58,31 Rutaceae 91,03 6 9 683 5,38 63,69 Salicaceae 83,33 3 6 448 3,53 67,22 Arecaceae 82,05 1 1 363 2,86 70,07 Euphorbiaceae 79,49 6 8 362 2,85 72,92 Myrtaceae 71,79 11 29 342 2,69 75,61 Rhamnaceae 43,59 1 1 337 2,65 78,27 Sapotaceae 67,95 1 3 335 2,64 80,90 Boraginaceae 71,79 2 4 208 1,64 82,54 Annonaceae 65,38 1 3 200 1,57 84,12 152 153 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Tabela 6.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Tabela 6.3. Synthesis of families and genera diversity recorded in the tree/shrub component of Seasonal Forest in Santa Catarina. Frequência Gêneros Espécies Indivíduos % Indivíduos % IA Monimiaceae 6,41 1 1 7 0,06 99,75 Araucariaceae 3,85 1 1 6 0,05 99,80 Celastraceae 6,41 2 2 6 0,05 99,84 Família Proteaceae 6,41 1 1 5 0,04 99,88 Fabaceae 35 Dicksoniaceae 3,85 1 1 4 0,03 99,91 Myrtaceae 29 11 Cactaceae 1,28 1 1 3 0,02 99,94 Rutaceae 9 Elaeocarpaceae 2,56 1 1 2 0,02 99,95 Asteraceae Ebenaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,96 Malpighiaceae 1,28 1 1 1 0,01 99,97 Melastomataceae 1,28 1 1 1 0,01 Oleaceae 1,28 1 1 1 Quillajaceae 1,28 1 1 Violaceae 1,28 1 135 Total Espécies Número Gêneros Indivíduos 1.963 21 Gênero Número Espécies Indivíduos Eugenia 11 64 342 Inga 6 99 6 683 Solanum 5 13 9 6 23 Allophylus 4 180 Sapindaceae 8 4 1.193 Ilex 4 116 Euphorbiaceae 8 6 362 Lonchocarpus 4 122 Solanaceae 8 3 146 Machaerium 4 99,98 Meliaceae 7 4 762 Myrcia 4 0,01 99,98 Moraceae 7 4 129 Myrsine 4 1 0,01 99,99 Família 6 spp. 1 Nectandra 4 1 1 0,01 100,00 Família 4 spp. 6 Gênero 3 spp. 7 210 12899 100 Família 3 spp. 5 Gênero 2 ssp. 13 Família 2 spp. 8 Gênero 1 sp. 82 Família 1 sp. 32 100 Quanto ao número de gêneros, as famílias que se destacaram foram Fabaceae (21 gêneros), Myrtaceae (11), além de Lauraceae, Rutaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae, cada uma com seis gêneros. Estas famílias responderam por 38,89% do total de gêneros identificados e 47,43% da totalidade dos indivíduos. Aproximadamente 60% das famílias botânicas identificadas foram representadas por apenas um gênero. Com relação ao número total de indivíduos amostrados, as famílias mais representativas foram Lauraceae, Fabaceae, Sapindaceae, Malvaceae, Meliaceae e Rutaceae, somando 63,69% dos indivíduos medidos. Estas mesmas famílias, com exceção da Malvaceae, ocorreram em mais de 90% das Unidades Amostrais implantadas. A maior parte das famílias identificadas, correspondendo a 70,97%, foi encontrada em menos de 50% das Unidades Amostrais implantadas. As famílias Cactaceae, Ebenaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Oleaceae, Quillajaceae e Violaceae apareceram em uma única Unidade Amostral (Tabela 6.2). Ressalta-se que a maior parte da diversidade destas famílias é constituída por espécies arbustivas, herbáceas ou ainda epífitas. Os gêneros com maior número de espécies foram Eugenia (11 espécies), Inga (seis), Solanum (cinco) e Ocotea (cinco), os quais englobaram 11,84% do total de espécies registradas (Tabela 6.3). Estes gêneros, bem com o as famílias com maior riqueza de espécies, estão entre as mencionadas por Oliveira-Filho & Fontes (2000) como características das Florestas Semideciduas do Sudeste do Brasil. Ainda foram verificados 30 (22,2%) gêneros com duas a quatro espécies e 101 (74,8%) dos gêneros com somente uma espécie (Tabela 6.3). Os gêneros com maior riqueza também foram amostrados com alta densidade, especialmente Ocotea com 1.122 indivíduos. Destacaram-se ainda Nectandra (1.470 ind.), Machaerium (632), Casearia (387), Chrysophyllum (335) e Matayba (278), além de alguns gêneros representados por somente uma espécie, como Luehea (781 ind.), Cupania (562), Syagrus (113) e Cedrela (106). 154 As espécies que ocorreram com maior número de indivíduos foram: Ocotea puberula (985 indivíduos), Nectandra megapotamica (918), Luehea divaricata (781), Cupania vernalis (562), Nectandra lanceolata (544), Machaerium stipitatum (447), Syagrus romanzoffiana (363), Casearia sylvestris (334), Cedrela fissilis (306), Matayba elaeagnoides (255), Trichilia clausseni (243), Cordia trichotoma (218) e Annona sylvatica (203), perfazendo 48% do total de indivíduos. Observa-se que essas espécies pertencem aos grupos ecológicos das pioneiras e das secundárias, evidenciando que a estrutura da Floresta Estacional Decidual encontra-se bastante alterada quando comparada com a descrição efetuada por outros autores em décadas passadas, como é o caso de Reitz et al. (1979). Os resultados mostraram também que a maioria das espécies amostradas (68%) apresentou menos de 28 indivíduos, que corresponde a uma densidade menor que 1 ind.ha-1. Este fato denota, de forma geral, o caráter pouco avançado em relação à qualificação sucessional da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, caracterizada pela elevada abundância de um pequeno número de espécies pioneiras e secundárias. Foram registradas cinco espécies exóticas no componente arbóreo/arbustivo, que estão na lista florística, mas não foram contabilizadas. Com exceção da Hovenia dulcis (337 indivíduos, incluídos aqueles numa Unidade Amostral instalada em um reflorestamento abandonado desta espécie), as espécies exóticas foram representadas por poucos indivíduos, sendo Citrus x limon (três indivíduos), Citrus reticulata (um), Morus nigra (dois) e Persea americana (19). O grande número de indivíduos encontrados para Hovenia dulcis comprova seu potencial de invasão biológica, conforme verificado também por Rosa et al. (2008). Os autores constataram a presença de Hovenia dulcis em todos os estratos de uma floresta situada na Reserva Capão de Tupanciretã, no município de Tupanciretã (RS). Hovenia dulcis também foi encontrada em uma área de capoeirão do município de Santa Tereza, correspondendo a 67% dos indivíduos mensurados no trabalho de Longhi et al. (2005). Sua grande capacidade de invasão pode estar associada à facilidade de multiplicação por sementes, rápido crescimento e dispersão zoocórica estimulada pelo seu pedicelo entumescido (Lorenzi et al. 2003; Rosa et al. 2008). 155 Dentre as espécies registradas, foram encontradas Araucaria angustifolia (seis indivíduos), Ocotea odorifera (14) e Dicksonia sellowiana (quatro), as quais são consideradas ameaçadas de extinção, de acordo com MMA (2008). A Floresta Estacional Decidual não é a região fitoecológica preferencial destas espécies, o que explica sua baixa representatividade. 6.3.2 Análise fitossociológica do componente arbóreo/arbustivo Bacias Hidrográficas do Leste Na análise fitossociológica do grupo das bacias hidrográficas do Leste (Figura 5.1) foram utilizadas 23 Unidades Amostrais, onde foram amostrados 4.590 indivíduos e 151 espécies em uma área total de 81.790 m². Estas espécies estão distribuídas em 53 famílias e 100 gêneros. Ocorreram ainda, três espécies exóticas, sendo elas Citrus x limon, Hovenia dulcis e Persea americana. A densidade absoluta média foi de 561,19 ind.ha-1 e a área basal resultou em 20,04 m².ha-1 (Tabela 6.4). As espécies que mais contribuíram com o valor de importância da floresta foram Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis e Prunus myrtifolia (Tabela 6.4). Estas espécies participaram com 52,37% da densidade absoluta total e 44,38% do valor de importância. Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e Cupania vernalis foram as espécies mais frequentes, ocorrendo em aproximadamente 95% das Unidades Amostrais. As espécies Ocotea puberula, Luehea divaricata e Nectandra megapotamica apresentaram os maiores valores de densidade e dominância, observando-se que somente elas foram responsáveis por 29,86% e 37,71% em relação ao total da floresta, respectivamente. As espécies mais representativas da estrutura atual da floresta nas bacias hidrográficas do Leste não são espécies de estádios mais avançados e que caracterizaram essa floresta no passado. Em geral, são espécies pioneiras e secundárias, comuns em áreas de vegetação alterada nesta e em outras regiões fitoecológicas. 156 157 8,44 7,09 Machaerium paraguariense Aspidosperma australe 1,26 1,50 1,02 1,20 1,59 1,39 1,90 1,29 2,00 2,70 1,61 2,11 1,79 2,98 2,85 56,52 47,83 39,13 65,22 26,09 65,22 52,17 69,57 82,61 13,04 69,57 73,91 56,52 60,87 78,26 95,65 178,14 31,66 561,19 100 5,75 Ocotea pulchella Demais espécies (131) Somatório 6,73 7,21 Syagrus romanzoffiana* Albizia edwallii 11,25 Allophylus edulis 8,93 15,16 Ateleia glazioveana Helietta apiculata 9,05 Prunus myrtifolia 7,83 11,86 Cedrela fissilis* Lonchocarpus campestris* 10,03 Parapiptadenia rigida* 10,64 16,75 Matayba elaeagnoides Annona sylvatica 16,02 Machaerium stipitatum* 6,51 0,17 0,18 0,34 0,16 0,33 0,18 0,18 0,28 0,21 0,47 0,41 0,35 0,58 0,35 0,35 0,73 1,31 62,77 5,91 100 20,04 1,59 1,35 1,10 1,84 0,74 1,84 1,47 1,96 2,33 0,37 1,96 2,08 1,59 1,72 2,21 2,70 2,45 29,53 100 0,85 0,87 1,68 0,80 1,66 0,91 0,91 1,41 1,03 2,35 2,05 1,72 2,91 1,74 1,77 3,64 6,52 10,39 123,96 Demais espécies (163) 300 Somatório 3,70 Balfourodendron riedelianum 3,73 Diatenopteryx sorbifolia 3,80 Apuleia leiocarpa 3,84 Lonchocarpus campestris* 3,98 Cordia americana 4,14 Chrysophyllum gonocarpum 4,28 Trichilia clausseni 4,66 Parapiptadenia rigida* 5,37 Myrocarpus frondosus 5,42 Chrysophyllum marginatum 5,63 Cabralea canjerana 5,92 Cupania vernalis* 6,29 Cedrela fissilis* 6,44 Casearia sylvestris 6,83 Machaerium stipitatum* 12,85 Syagrus romanzoffiana* 13,63 Nectandra lanceolata* 21,19 Luehea divaricata* 23,34 Ocotea puberula* 36,56 86,96 2,08 11,12 Cupania vernalis* 4,66 2,70 2,23 26,17 95,65 2,70 Nectandra lanceolata* 8,10 95,65 45,48 GRUPO/ ESPÉCIE Nectandra megapotamica* 9,52 16,2 VI 53,43 3,25 DoR Luehea divaricata* 2,57 DoA 31,02 Nectandra megapotamica* 91,30 FR 68,71 12,24 FA Ocotea puberula* DR Bacias do Oeste DA Bacias do Leste GRUPO/ ESPÉCIE 196,32 419,16 6,00 4,49 3,73 6,00 3,99 7,37 10,34 4,79 7,77 7,47 7,97 13,27 10,54 14,93 15,94 15,34 16,65 17,35 21,34 27,54 DA 46,69 100 1,43 1,07 0,89 1,43 0,95 1,76 2,47 1,14 1,85 1,78 1,90 3,17 2,52 3,56 3,80 3,66 3,97 4,14 5,09 6,57 DR 65,45 50,91 49,09 65,45 54,55 70,91 63,64 50,91 69,09 58,18 67,27 76,36 78,18 70,91 74,55 87,27 69,09 83,64 80,00 90,91 FA 0,21 0,38 0,45 0,30 0,50 0,29 0,24 0,60 0,37 0,48 0,44 0,33 0,48 0,36 0,49 0,48 1,39 1,29 1,38 1,92 DoA 64,12 7,66 100 20,03 1,71 1,33 1,29 1,71 1,43 1,86 1,67 1,33 1,81 1,52 1,76 2,00 2,05 1,86 1,95 2,29 1,81 2,19 2,10 2,38 FR 38,19 100 1,06 1,90 2,27 1,47 2,50 1,45 1,2 2,98 1,85 2,37 2,17 1,65 2,41 1,80 2,47 2,39 6,92 6,44 6,89 9,57 DoR 149,03 300 4,21 4,31 4,44 4,62 4,88 5,06 5,33 5,46 5,52 5,68 5,83 6,82 6,97 7,22 8,22 8,33 12,70 12,77 14,08 18,52 VI Tabela 6.4. Lista das 20 espécies com o maior valor de importância em cada grupo pela análise fitossociológica. N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a espécie ocorre; DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta; (%); FR = frequência relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1); DoR = dominância relativa (%); VI = Valor de importância. *Espécies comuns entre as bacias do Leste e Oeste. Table 6.4. List of the 20 species with the highest importance value of each group by the phytosociological analysis. N = number of individuals; U = number of plots where the species occur; DA = absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); DoA = absolute dominance (m².ha-1); DoR = relative dominance (%); VI = importance value. *Common species between eastern and western watersheds. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou ficaram entre 1,79 e 3,64 nats. ind. e 0,61 e 0,9, respectivamente. A Unidade Amostral 1388 no município de Zortéa registrou o maior valor para o índice de Shannon e maior número de espécies (57 espécies), enquanto a Unidade Amostral 1618 em Ipira teve o menor índice. Para a equabilidade, as Unidades Amostrais 1388 no município de Zortéa e 2099 de Luzerna apresentaram o maior valor e a Unidade Amostral 1618 em Ipira ficou com o menor valor. (Tabela 6.5). -1 Tabela 6.5. Unidades Amostrais do componente arbóreo/arbustivo levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivo município, número de indivíduos (Ind.) e espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J). Table 6.5. Plots placed on tree/shrub component of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by eastern and western watersheds, with the municipality, number of individuals (Ind.) and species (Spp.), Shannon diversity index (H’) and equability index (J). Unidade Amostral Número Município Índice Ind. Spp. H’ J Bacias do Leste 398 438 494 Capinzal Ouro Herval d’Oeste 286 199 229 45 49 31 3,13 3,33 2,35 0,82 0,86 0,69 941 Anita Garibaldi 107 21 2,59 0,85 1000 1123 1187 1188 1249 1318 Anita Garibaldi Celso Ramos Celso Ramos Campos Novos Celso Ramos Campos Novos 96 221 277 165 280 287 23 29 48 30 36 43 2,79 2,77 3,20 2,78 2,82 3,12 0,89 0,82 0,83 0,82 0,79 0,83 1388 Zortéa 174 57 3,64 0,90 1461 1536 1542 1616 1618 1619 1703 1787 2099 2100 2101 2216 Piratuba Alto Bela Vista Capinzal Peritiba Ipira Ipira Campos Novos Ouro Luzerna Herval d’Oeste Ibicaré Ibicaré 237 207 239 210 160 109 80 158 204 229 202 234 30 40 33 49 19 29 21 40 52 28 31 32 2,14 3,10 2,61 3,22 1,79 2,63 2,09 3,21 3,55 2,82 2,61 2,83 0,63 0,84 0,75 0,83 0,61 0,78 0,69 0,87 0,90 0,85 0,76 0,82 148 144 148 190 210 209 197 34 40 43 33 39 42 32 3,07 3,28 3,37 2,69 3,08 2,80 2,86 0,87 0,89 0,90 0,77 0,84 0,75 0,82 Bacias do Oeste 435 487 537 597 712 918 1693 Concórdia Concórdia Guatambu Chapecó Xanxerê Anchieta Concórdia 158 1694 1770 1774 1775 1859 1861 1864 1869 1959 1961 1965 1970 2051 2056 2077 2079 2081 2083 2088 2166 2170 2172 2179 2194 2195 2281 2287 2294 Concórdia Chapecó Concórdia Concórdia Paial Itá Seara Concórdia Chapecó Paial Seara Concórdia Itapiranga São João do Oeste Seara Seara Seara Arabutã Concórdia Itapiranga Mondaí Mondaí Palmitos Seara Seara Tunápolis Mondaí São Carlos Número Ind. Spp. 135 33 175 59 87 34 155 38 108 34 147 44 193 39 181 31 242 45 212 50 138 42 202 30 77 28 132 31 165 46 138 27 173 36 167 42 226 29 140 43 74 34 208 40 97 33 133 42 167 33 139 27 231 37 231 41 2310 Xavantina 144 51 3,57 0,91 2406 2414 2425 2510 2512 2515 2530 2531 Caibi Nova Itaberaba Xavantina Tunápolis Tunápolis Iporã do Oeste Nova Itaberaba Chapecó 104 170 121 66 113 81 157 167 38 43 48 31 25 33 35 43 3,31 3,28 3,38 3,16 2,77 3,17 3,15 3,24 0,91 0,87 0,87 0,92 0,86 0,91 0,88 0,86 2623 Santa Helena 64 31 3,28 0,96 2645 2987 3082 3097 Coronel Freitas Ipuaçu Barra Bonita Quilombo 177 191 100 166 36 51 36 44 3,27 3,44 3,12 3,43 0,91 0,88 0,87 0,91 Unidade Amostral Município 159 Índice H’ 2,94 3,66 3,07 3,19 3,17 3,42 3,05 2,87 2,70 3,25 3,17 2,61 2,95 2,67 3,49 2,36 2,84 3,14 2,76 3,41 3,32 2,30 3,20 3,37 3,12 2,85 2,79 2,94 J 0,84 0,90 0,87 0,88 0,90 0,90 0,83 0,84 0,71 0,83 0,85 0,77 0,89 0,78 0,91 0,72 0,79 0,84 0,82 0,91 0,94 0,62 0,91 0,90 0,89 0,86 0,77 0,79 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 3197 3309 3414 3416 3427 3520 Número Ind. Spp. 35 13 161 46 118 45 163 48 174 48 118 44 Município São Miguel da Boa Vista Romelândia Barra Bonita Romelândia São Lourenço do Oeste Anchieta Índice H’ 2,42 3,43 3,32 3,31 3,25 3,45 J 0,95 0,9 0,87 0,86 0,84 0,91 Bacias hidrográficas do Oeste No conjunto de 55 Unidades Amostrais implantadas na floresta das bacias hidrográficas do Oeste (Figura 5.1), foram amostrados 8.309 indivíduos e 183 espécies. Estas espécies estão distribuídas em 55 famílias e 126 gêneros. Foram encontradas, também, cinco espécies exóticas, sendo elas Citrus x limon, Citrus reticulata, Hovenia dulcis, Morus nigra e Persea americana. A densidade absoluta média encontrada foi de 419,16 ind.ha-1 e a área basal total foi de 20,03 m².ha (Tabela 6.4). A área basal encontrada foi similar ao valor verificado com as bacias hidrográficas do Leste, porém a densidade das bacias do Oeste foi inferior, em média. Nos outros trabalhos listados (Tabela 6.6) foram encontrados valores superiores de densidade, exceto com Vaccaro & Longhi (1995). -1 Kilca & Longhi (2011) adotaram o mesmo critério de inclusão (≥ 10 cm DAP) e obtiveram uma área basal um pouco superior ao observado no presente estudo. A área basal obtida nos demais trabalhos listados foi superior a 30 m² ha-1. As espécies que se destacaram quanto ao valor de importância foram Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Syagrus romanzoffiana, Machaerium stipitatum, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Cupania vernalis e Cabralea canjerana (Tabela 6.4). Estas espécies responderam por 38,38% da densidade absoluta total e 33,81% do valor de importância da floresta. Apenas Nectandra megapotamica, Luehea divaricata e Syagrus romanzoffiana ocorreram em mais de 80% das Unidades Amostrais. Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea divaricata e Nectandra lanceolata ocorreram na floresta com o maior número de indivíduos e área basal, contribuindo com 19,77% da densidade e 29,82% da dominância. Das 183 espécies registradas nas bacias do Oeste, 124 (67,76%) espécies foram também encontradas nas bacias do Leste. Dentre as 20 espécies com maior valor de importância, dez delas foram comuns aos dois grupos de bacias hidrográficas. Destaca-se Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e Nectandra lanceolata, cuja contribuição na importância estrutural da floresta, foi a mais expressiva em ambos os grupos de bacias. O. puberula é raramente encontrada na floresta primária inalterada, ocorrendo de forma esparsa, porém bem desenvolvida. L. divaricata é particularmente frequente ao longo dos rios, terrenos rochosos e íngremes e nas capoeiras mais desenvolvidas. N. megapotamica é característica de estádios finais de sucessão, ocupando geralmente os estratos inferiores da floresta. Apresenta elevada abundância na Floresta Estacional Decidual, porém, é encontrada também na Floresta Ombrófila Mista (Reitz et al. 1979). N. lanceolata ocorre na Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista e raramente na Floresta Ombrófila Densa (Leite et al. 1986; Carvalho 2006). Considerando apenas o conjunto das dez espécies com maior valor de importância, contata-se Matayba elaeagnoides e Prunus myrtifolia como exclusivas das bacias do Leste, enquanto nas bacias do Oeste, apareceram Casearia sylvestris e Cabralea canjerana. M. elaeagnoides começa a surgir na 160 fase de capoeirão, tornando-se bastante abundante na floresta secundária situada no início das encostas (Reitz et al. 1983). P. myrtifolia é mais rara e esparsa no interior de florestas densas. C. sylvestris ocorre preferencialmente nas capoeiras e capoeirões, situados em solos muito úmidos. C. canjerana apresenta agressividade pronunciada por sobre os capoeirões e matas secundárias no Sul do Brasil (Reitz et al. 1979). O índice de diversidade de Shannon e de equabilidade de Pielou das Unidades Amostrais das bacias do Oeste ficaram entre 2,3 e 3,66 nats.ind.-1 e 0,62 e 0,96, respectivamente. A Unidade Amostral 1770 no município de Chapecó registrou o maior valor para o índice de Shannon e maior número de espécies (59 spp.), enquanto a Unidade Amostral 2172 em Mondaí teve o menor índice. Para a equabilidade, a Unidade Amostral 2623 em Santa Helena apresentou o maior valor e a Unidade Amostral 2172, em Mondaí, ficou com o menor valor (Tabela 6.5). Floss (2011), em Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, e Vaccaro & Longhi (1995), em Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, registraram valores maiores aos encontrados nos dois grupos de bacias hidrográficas, com 3,67 e 3,71 nats.ind.-1, respectivamente (Tabela 6.6). Os resultados obtidos para a diversidade e equabilidade também contribuem para evidenciar que a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontra-se bastante alterada, com uma irregular distribuição de indivíduos por espécie, ou concentrada em poucas espécies, conforme já observado na análise florística. De forma geral, os remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina encontramse com a composição e a estrutura bastante alteradas em relação às descrições efetuadas por outros autores em décadas passadas. A estrutura fitossociológica da Floresta Estacional Decidual entre as duas regiões analisadas é semelhante, porém a densidade de indivíduos nas bacias hidrográficas do Leste é superior. A diversidade de espécies no componente arbóreo/arbustivo foi ligeiramente maior nas florestas das bacias hidrográficas do Oeste. Tabela 6.6. Dados de trabalhos que analisaram o componente arbóreo/arbustivo. RF = região fitoecológica; CI = critério de inclusão; S = número de espécies; F = família; DA = densidade absoluta; DoA = dominância absoluta H’ = índice de diversidade de Shannon; J = índice de equabilidade. Tabela 6.6. Data from studies of the tree/shrub component. CI = inclusion criterium; S = species; F = families; DA = absolute density (ind.ha-1); DoA = absolute dominance (m².ha-1); H’ = Shannon diversity index; J = equability index. Área (m²) CI Vaccaro & Longhi (1995) 12.000 Ruschel et al. (2009) Giehl & Jarenkow (2007) Autor Vaccaro (2002) Floss (2011) Kilca & Longhi (2011) Scipioni et al. (2011) Bacias do Leste Bacias do Oeste F DA DoA > 9,5 cm DAP 66 26 490 32,35 3,71 11.200 > 5 cm DAP 69 1.116 33,90 3,03 0,71 10.000 > 4,8 cm DAP 58 26 1.513 4.000 > 3,2 cm DAP 47 22 2.085 51,67 > 5 cm DAP 86 35 1,13 3,67 0,823 100.000 > 10 cm DAP 168 49 1.429 714 22,65 3,08 11.200 81.790 > 9,5 cm DAP 61 28 655 34,50 3,35 0,81 > 10 cm DAP 151 53 561 20,04 1,79/3,64 0,61/0,90 198.228 > 10 cm DAP 183 55 419 20,03 2,3/3,66 0,62/0,96 15.600 S 161 H’ J Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Referências Cain, S.A.; Castro, G.M.O.; Pires, J.N.; Silva, N.T. 1956. Application of some phytosociological techniques to Brazilian rain forests. American Journal of Botany 43(3): 911-941. 6 | Estrutura do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Oliveira-Filho, A.T.; Fonte, M.A.L. 2000. Patterns of floristic differentiations among Atlantic Forests in southeastern Brazil and the influence of climate. Biotropica 32: 793-810. Piazza, W.F. 1994. 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Ciência Florestal 15(4): 331342. 162 163 Capítulo 7 Floresta Estacional Decidual Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Natural regeneration of the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina Leila Meyer, André Luís de Gasper, Lucia Sevegnani, Lauri Amândio Schorn, Débora Vanessa Lingner, Alexander Christian Vibrans, Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos, Susana Dreveck, Alexandre Korte Resumo Foram caracterizadas a composição e a estrutura da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Foram utilizados dados de 78 Unidades Amostrais, com área prevista de 100 m2 cada, perfazendo um total de 6.860 m2, com inclusão de todos os indivíduos com altura superior a 1,5 m e diâmetro a altura do peito menor que 10 cm. Também foi elaborada a lista florística. Os parâmetros fitossociológicos foram determinados para cada grupo de bacias hidrográficas (bacias situadas no Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas, e bacias situadas no Oeste – bacias dos rios das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu). Foram calculados os índices de diversidade de Shannon e de equabilidade e o coeficiente de mistura de Jentsch para cada Unidade Amostral. Foram amostrados 3.325 indivíduos, 165 espécies, 109 gêneros e 47 famílias. Do total de espécies, 133 foram comuns à regeneração natural e ao componente arbóreo/arbustivo, 78 exclusivas do arbóreo/arbustivo e 32 exclusivas da regeneração natural. No grupo das bacias do Leste, a densidade absoluta foi de 6.260 ind.ha-1 e índice de Shannon e equabilidade ficaram entre 0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e 0,28 e 0,96, respectivamente. Para as bacias do Oeste a densidade foi de 4.355 ind.ha-1 e os índices de Shannon e equabilidade foram 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente. Abstract We studied composition and structure of natural regeneration in the Seasonal Deciduous Forest of Santa Catarina. We used data from 78 Sample Plots. Each Sample Plots had 100 m2. The natural regeneration included all individuals with height ≥ 1.50 and DBH < 10 cm. We also compiled a species list. Phytosociological parameters were calculated for each watershed group (eastern watersheds – Canoas, Peixe and Pelotas rivers; western watersheds – Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga and PeperiGuaçu rivers). The Shannon diversity and equitability index and the Jentsch Coefficient of Mixture were computed for each Sample Plot. The number of individuals sampled was 3,325, distributed into 165 species, 109 genera and 47 families. In the natural regeneration 32 species were recorded. 78 species were sampled only in the tree/shrub component and 133 species were recorded in both components. In the eastern watersheds the absolute density was 6,260 ind.ha-1 and Shannon diversity index ranged between 0.51 and 3.05 nats.ind.-1. In the western watersheds the absolute density was 4,355 ind.ha-1 and the Shannon diversity index ranged between 1.22 and 2.87 nats.ind.-1. Meyer, L.; Gasper, A.L. de; Sevegnani, L.; Schorn, L.A.; Lingner, D.V.; Vibrans, A.C.; Verdi, M.; Santos, A.S. dos; Dreveck, S.; Korte, A. 2012. Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 167 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7.1 Introdução A Floresta Estacional Decidual no estado de Santa Catarina distribui-se ao longo do rio Uruguai e seus afluentes e originalmente abrigava algumas espécies características como Apuleia leiocarpa, Parapiptadenia rigida, Peltophorum dubium, Cedrela fissilis (Klein 1972; IBGE 1991). Atualmente, encontra-se reduzida a fragmentos esparsos e isolados, que não mais apresentam a diversidade do passado. Com a venda de lotes pelas empresas colonizadoras aos imigrantes europeus, sobretudo após a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense passou por uma ocupação de fato e as florestas foram gradativamente perdendo suas árvores para indústrias madeireiras e substituídas pela agricultura, por fim, restringindo-se, geralmente, aos locais inadequados para cultivo (Rosseto 1995; Silva 2010). Em relação ao conhecimento da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, poucos são os estudos encontrados que retratam tal biodiversidade, como os de Klein (1972) e Ruschel et al. (2003; 2005; 2009). Quanto à regeneração natural, apesar de sua relevância, não foram encontrados trabalhos no estado. Felfili (1991) destaca que o estudo da regeneração natural pode auxiliar no entendimento dos processos de manutenção da diversidade das florestas, por meio da comparação da composição, estrutura e dinâmica da regeneração e das plantas adultas ao longo do tempo. Para Carvalho (1982), num enfoque silvicultural, a avaliação da estrutura e composição da regeneração natural é fundamental para elaboração e aplicação adequada de planos de manejo que permitam o uso racional das florestas. O conceito de regeneração natural não está bem circunscrito, em geral é dependente dos critérios estabelecidos para cada estudo. Segundo Tegelmark (1998), a regeneração natural abrange uma cadeia de processos ao longo dos anos, a partir da floração das plantas adultas até a sobrevivência ou mortalidade das plântulas. Finol (1971) trata a regeneração natural como o conjunto de descendentes das plantas arbóreas que se encontram entre 0,1 m de altura até o limite de diâmetro pré-estabelecido. Para Felfili (1991), a regeneração natural compreende o estudo dos indivíduos jovens da floresta, os quais são classificados em três classes de acordo com o estádio de desenvolvimento: plântulas com altura até 1,0 m, que são consideradas não estabelecidas; plantas com altura superior a 1,0 m e diâmetro à altura do peito (DAP) inferior a 5,0 cm são definidas como jovens em fase de estabelecimento; plantas com DAP entre 5,0 e 10,0 cm são consideradas já estabelecidas. Grande parte dos autores concorda que a regeneração natural engloba os indivíduos jovens das espécies adultas da floresta. No entanto, Rollet (1969) sugere que cada classe diamétrica pode ser considerada como regeneração dos indivíduos da mesma espécie com diâmetros superiores a essa classe. Assim, por exemplo, os indivíduos com 5,0 a 10,0 cm de DAP podem ser considerados regeneração dos indivíduos com DAP superior a 10 cm da mesma espécie. No Brasil, a maioria dos trabalhos estabelece regeneração natural de acordo com classes de tamanho e os limites das classes adotados são determinados majoritariamente de forma empírica, levando em consideração os objetivos de cada estudo e características da floresta (Longhi et al. 1999; Longhi et al. 2000; Oliveira & Felfili 2005; Alves & Metzger 2006; Negrelle 2006; Carvalho et al. 2009; Garcia 2009). Constata-se que estão inclusas sob a denominação de regeneração natural espécies arbustivas e arbóreas, em geral, esta última, em estádio jovem. Segundo Garcia (2009), em grande parte dos levantamentos fitossociológicos em Floresta Estacional Semidecidual do Brasil, a regeneração natural envolve os indivíduos com até 5,0 cm de DAP. No entanto, em florestas com indivíduos de grande porte, como a Floresta Amazônica, limites mais elevados de DAP são adotados. Estudos realizados na Floresta Estacional Decidual do sul do Brasil, abordando a regeneração natural com discriminação do local, objetivo e critério de inclusão estão relacionados na Tabela 7.1. 168 Tabela 7.1. Trabalhos que abordam regeneração natural da Floresta Estacional Decidual no Sul do Brasil. Cl = Classe; DAP = diâmetro a altura do peito; H = altura; REG = regeneração. Table 7.1. Natural regeneration studies at Seasonal Deciduous Forest in South Brazil. CI = class; DAP = diameter at breast height; H = height; REG = natural regeneration. Autores Local Objetivo Critério de inclusão Longhi et al. (1999) Santa Maria – RS Estrutura componente arbóreo e REG DAP ≥ 4,8 cm Longhi et al. (2000) Santa Maria – RS Estrutura componente arbóreo e REG DAP ≥ 4,8 cm Wedy (2007) Parque Estadual do Turvo – RS Estrutura e dinâmica da REG H ≥ 0,2 ≤ 1,0 m Sccoti (2009) Santa Maria – RS Mecanismos de REG da floresta DAP ≥ 1,0 ≤ 5,0 cm Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim – RS Dinâmica da REG e correlações ambientais DAP ≥ 1,6 ≤ 9,5 cm Scipioni et al. (2009) Kilca & Longhi (2011) Santa Maria e Santa Tereza – RS Mudanças estruturais e funcionais da REG condicionada por distúrbios Cl 1: H ≥ 0,1 ≤ 1,0 m; Cl 2: H ≥ 1,0 m e DAP ≤ 4,7 cm O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina quanto à composição florística e à estrutura fitossociológica e compará-la com o componente arbóreo/arbustivo. 7.2 Metodologia Foram levantadas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, conforme descrito no Capítulo 2 do Volume I (Vibrans et al. 2010). Em cada Unidade Amostral foi amostrada a regeneração natural em área prevista de 100 m2 cada, correspondendo a uma área total de 6.860 m2. Destas Unidades Amostrais, 77 delas foram alocadas nos pontos da grade sistemática e, uma Unidade Amostral complementar instalada fora daquela grade, por apresentar vegetação em estádio avançado de sucessão. Sob a denominação de regeneração natural, foram reunidos todos os indivíduos com altura superior a 1,5 m e DAP inferior a 10,0 cm, incluindo espécies características de sub-bosque, bem como jovens do dossel, conforme descrito por Vibrans et al. (2010). Os valores dos parâmetros fitossociológicos são meras extrapolações por hectare, não tratando-se de estimativas populacionais. Para avaliar a composição florística foi elaborada uma lista com as espécies e famílias a partir dos dados levantados em campo. Para contagem de espécies considerou-se as identificadas até seu epíteto específico e até gênero, quando este estava representado por apenas uma espécie. As espécies exóticas não foram incluídas. As espécies foram classificadas quanto ao hábito em três categorias: arbusto, arvoreta ou árvore, conforme descrito por Klein (1972); quando inexistente nesta obra, consultaram-se os diferentes fascículos da Flora Ilustrada Catarinense e, persistindo a falta de informação, considerou169 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina se as observações das equipes em campo. As espécies também foram classificadas em grupo ecológico, como pioneira, secundária ou climácica, conforme classificação adotada pelo IFFSC que teve como base a Flora Ilustrada Catarinense e a obra de Reitz et al. (1979). 7.3 Resultados e discussão Para avaliar a estrutura da vegetação optou-se em separar as Unidades Amostrais em grupos florísticos, conforme resultados das análises de classificação e ordenação descritas no Capítulo 5. Um grupo foi constituído pelas Unidades Amostrais das bacias situadas a Leste – bacias dos rios Canoas, do Peixe e Pelotas e, outro com as Unidades Amostrais das bacias a Oeste – bacias dos rios das Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga e Peperi-Guaçu (Figura 7.1). Foram determinados os parâmetros de densidade absoluta (DA) e relativa (DR), frequência absoluta (FA) e relativa (FR) e valor de importância (VI), como apontado por Mueller-Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade florística de cada Unidade Amostral foi estimada pelos índices de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e de equabilidade de Pielou (J). Foi calculado também o coeficiente de mistura de Jentsch. Estas análises foram executadas no software Mata Nativa 2 (CIENTEC 2002). Na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, foram levantados 3.325 indivíduos, distribuídos em 165 espécies, sendo uma gimnosperma – Araucaria angustifolia e as demais angiospermas, pertencentes a 109 gêneros e a 47 famílias (Tabela 7.2). 7.3.1 Análise florística As famílias que se destacaram pela riqueza foram: Fabaceae (23 espécies), Myrtaceae (22), Lauraceae (10), Solanaceae (nove), Asteraceae (oito), Euphorbiaceae e Rutaceae (sete). Estas famílias também concentraram maior número de gêneros (Tabela 7.3). Fabaceae apresentou maior riqueza de espécies e gêneros, bem como maior densidade, com 582 indivíduos. Nesta família, encontramse espécies características da Floresta Estacional Decidual, como Apuleia leocarpa, Parapiptadenia rigida, Peltophorum dubium, que compõem o dossel da floresta e são decíduas na estação desfavorável marcando tal região fitoecológica (Klein 1972; 1978). Em outros trabalhos que amostraram o componente arbóreo, como Vaccaro & Longhi (1995), Jarenkow & Waechter (2001) e Ruschel et al. (2007), e a regeneração natural, como Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), também constataram a importância de Fabaceae e das demais famílias citadas. Estas famílias estão entre as mencionadas por Oliveira-Filho & Fontes (2000) como marcantes das Florestas Estacionais do Sudeste do Brasil. Das 47 famílias, 21 (44,7%) delas estavam representadas por somente uma espécie (Tabela 7.3). Dentre os gêneros, Eugenia apresentou oito espécies, seguida por Myrsine com seis, Ocotea e Solanum com cinco cada, Lonchocarpus, Myrcia e Piper com quatro cada. Foram amostrados 20 (18,3%) gêneros com três ou duas espécies e 82 (75,2%) gêneros com somente uma espécie (Tabela 7.3). Nos trabalhos de Longhi et al. (1999) e Longhi et al. (2000), os gêneros Eugenia, Mysrine e Ocotea também destacaram-se pela riqueza. Todos os gêneros citados apresentam espécies arbóreas e arbustivas, com exceção de Piper, que é majoritariamente do sub-bosque da floresta. Dos gêneros com maior riqueza, somente Lonchocarpus (180 indivíduos), Piper (122), Myrcia (116) e Myrsine (99) estão entre os que foram amostrados com alta densidade. Destacaram-se ainda, Actinostemon (276 indivíduos), Cupania (160), Pilocarpus (129), Trichilia (216), Machaerium (126), Nectandra (113) e Casearia (106) (Tabelas 7.2 e 7.3). Figura 7.1. Localização das Unidades Amostrais com levantamento da regeneração na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Figure 7.1. Localization of the natural regeneration Sample Plots at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 170 Os que concentraram maior número de indivíduos são 10 espécies: Actinostemon concolor (276 indivíduos), Lonchocarpus campestris (161), Cupania vernalis (160), Trichilia elegans (153), Pilocarpus pennatifolius (129), Myrcia oblongata (110), Machaerium stipitatum (93) Nectandra megapotamica (91), Casearia sylvestris (81) e Myrsine umbellata (78), perfazendo 40,1% do total de indivíduos amostrados (Tabela 7.2 e Figura 7.2). Destas espécies, A. concolor, T. elegans, P. pennatifolius, M. oblongata e M. umbellata são arvoretas (Klein 1972), compõem o sub-bosque da floresta, não atingindo os estratos superiores e as demais espécies são árvores. No entanto, deve-se considerar que as condições do sítio podem alterar significativamente o crescimento e desenvolvimento, levando os indivíduos a alcançarem alturas menores. 171 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 7.2. Espécies e famílias amostradas na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N = número de indivíduos; H = hábito; GE = grupo ecológico; A = árvore; Arb = arbusto; Arv = arvoreta; C = climácica; P = pioneira; SE = secundária. Família Table 7.2. Species and families recorded in the natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N = number of individuals; H = habit; GE = ecological group; A = tree; Arb = shrub; Arv = small tree; C = climax species; P = pioneer species; SE = secondary species. Espécie N H GE Bernardia pulchella** 3 Arb SE Manihot grahamii 13 Arb SE Sapium glandulosum 10 A P Sebastiania brasiliensis 46 Arv P Sebastiania commersoniana 29 Arv P Albizia edwallii 7 A* SE Família Espécie N H GE Acanthaceae Justicia brasiliana** 45 Arb SE Ruellia angustiflora** 2 Arb* SE Albizia niopoides 3 A - Achatocarpaceae Achatocarpus praecox 2 Arv C Apuleia leiocarpa 4 A P Anacardiaceae Lithrea brasiliensis 1 Arv SE Bauhinia forficata 31 Arv P Schinus terebinthifolius 37 Arv SE Calliandra foliolosa 38 Arv C Annona emarginata 12 A* P Dahlstedtia pinnata** 15 Arv SE Annona sylvatica 34 Arv P Dalbergia frutescens 22 Arv* SE Annona sp. 2 - - Erythrina falcata 1 A SE Aspidosperma australe 16 A SE Holocalyx balansae 8 A P Rauvolfia sellowii 1 A SE Inga marginata 25 A P Ilex microdonta 1 Arv SE Inga subnuda subsp. luschnathiana 3 A P Ilex paraguariensis 7 Arv P Inga vera subsp. affinis 2 Arv SE Araliaceae Schefflera morototoni 2 A SE 161 A* SE Araucariaceae Araucaria angustifolia 2 A P Lonchocarpus cultratus 1 A SE Arecaceae Syagrus romanzoffiana 2 A P Lonchocarpus muehlbergianus 13 A SE Trithrinax brasiliensis** 1 Arv P Lonchocarpus nitidus 1 Arv P Asparagaceae Cordyline spectabilis 6 Arv* SE Lonchocarpus sp. 4 - - Asteraceae Austroeupatorium inulaefolium** 6 Arb P Machaerium paraguariense 33 A* SE Baccharis dracunculifolia 2 Arb P Machaerium stipitatum 93 A SE Baccharis punctulata** 4 Arb P Mimosa scabrella 1 A SE Dasyphyllum spinescens 3 Arv SE Myrocarpus frondosus 36 A SE Neocabreria malachophylla** 2 Arb SE Parapiptadenia rigida 59 A SE Piptocarpha angustifolia 1 A P Senegalia recurva 2 Arb* - Raulinoreitzia sp. 5 - - Senegalia tucumanensis** 19 Arb* - Trixis praestans** 1 Arb SE Lamiaceae Vitex megapotamica 9 A SE Cordia americana 25 A C Lauraceae Cinnamomum amoenum 1 A* SE Cordia ecalyculata 2 A SE Cryptocarya aschersoniana 1 A SE Cordia trichotoma 6 A P Nectandra lanceolata 20 A SE Celtis iguanaea 18 Arv* P Nectandra megapotamica 91 A P Trema micrantha 36 Arv P Nectandra membranacea 2 A SE Cannelaceae Cinnamodendron dinisii 4 A P Ocotea diospyrifolia 8 A C Cardiopteridaceae Citronella paniculata 4 A* - Ocotea laxa 1 A* SE Celastraceae Maytenus aquifolia 3 A* - Ocotea odorifera 7 A* P Clethraceae Clethra scabra 7 Arv SE Ocotea puberula 19 A P Euphorbiaceae Acalypha gracilis** 7 Arv SE Ocotea pulchella 3 A P 276 Arv C Ocotea sp. 1 - - Annonaceae Apocynaceae Aquifoliaceae Boraginaceae Cannabaceae Actinostemon concolor 172 Fabaceae Lonchocarpus campestris 173 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Família Espécie N H GE Família Espécie N H GE Loganiaceae Strychnos brasiliensis 39 A* SE Polygonaceae Ruprechtia laxiflora 8 A - Malvaceae Abutilon sp.** 1 - - Primulaceae Myrsine balansae** 8 A* - 52 A SE Myrsine coriacea 3 A* P 2 Arv P Myrsine guianensis 7 A* P Luehea divaricata Melastomataceae Miconia cinerascens var. cinerascens** Meliaceae Cabralea canjerana 15 A SE Myrsine loefgrenii 2 Arv* SE Cedrela fissilis 23 A SE Myrsine parvula** 1 Arv* P Guarea macrophylla 5 Arv SE Myrsine umbellata 78 Arv SE Trichilia catigua 7 Arv C Proteaceae Roupala montana 1 A* SE 56 Arv SE Rhizophoraceae Erythroxylum deciduum 7 Arv SE 153 Arv SE Rosaceae Prunus myrtifolia 21 A SE Rubiaceae Coussarea contracta 7 Arv P Trichilia clausseni Trichilia elegans Monimiaceae Hennecartia omphalandra 8 Arv C Moraceae Ficus luschnathiana 1 A* SE Coutarea hexandra 1 Arv SE Sorocea bonplandii 75 Arv SE Psychotria carthagenensis** 1 Arb SE Calyptranthes grandifolia 1 A C Psychotria leiocarpa** 2 Arb C Calyptranthes tricona 4 Arv C Randia ferox 4 Arv P Campomanesia guazumifolia 12 Arv SE Balfourodendron riedelianum 24 A SE Campomanesia xanthocarpa 15 A SE Esenbeckia grandiflora 24 Arv SE Eugenia burkartiana 3 Arv C Helietta apiculata 69 Arv SE Eugenia hiemalis** 5 Arv SE Pilocarpus pennatifolius 129 Arv C Eugenia involucrata 5 A SE Zanthoxylum fagara 5 A SE Eugenia pyriformis 4 A SE Zanthoxylum petiolare 4 A SE Eugenia ramboi 6 A P Zanthoxylum rhoifolium 17 A SE Eugenia rostrifolia 14 A P Banara tomentosa 30 A SE Eugenia uniflora 22 Arv P Casearia decandra 17 A SE Eugenia verticillata 5 Arv C Casearia sylvestris 81 A SE Myrceugenia myrcioides 2 Arv C Casearia sp. 8 - - 110 Arv P Allophylus edulis 62 Arv SE Myrcia palustris** 2 Arv C Allophylus guaraniticus 7 Arv C Myrcia pubipetala 3 A SE Allophylus puberulus 20 A* - Myrcia selloi** 1 Arv SE Cupania vernalis 160 A P Myrcianthes pungens 4 A SE Diatenopteryx sorbifolia 23 A P Myrciaria floribunda 2 Arv C Matayba elaeagnoides 30 A SE Myrrhinium atropurpureum** 3 Arv SE Chrysophyllum gonocarpum 22 A P Plinia rivularis 3 Arv C Chrysophyllum inornatum 1 A SE Plinia trunciflora 2 A SE Chrysophyllum marginatum 14 A P Phytolaccaceae Seguieria aculeata 12 A* SE Simaroubaceae Picrasma crenata 3 Arv SE Piperaceae Piper aduncum** 43 Arb* SE Solanaceae Aureliana sp.** 1 - - Piper amalago var. medium** 47 Arb SE Cestrum intermedium 20 Arv SE Piper caldense** 9 Arb SE Cestrum strigilatum** 3 Arv P Piper hispidum** 16 Arb - Sessea regnellii 1 Arv SE 7 - - Solanum bullatum 1 Arv SE Myrtaceae Myrcia oblongata Piper sp. 174 Rutaceae Salicaceae Sapindaceae Sapotaceae 175 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Solanum mauritianum 2 Arv SE Solanum pabstii** 1 Arv P Solanum sanctaecatharinae 6 Arv P Solanum variabile** 1 Arb SE Solanum sp. 2 - - Styracaceae Styrax leprosus 16 Arv SE Thymelaeaceae Daphnopsis racemosa** 1 Arv SE Urticaceae Boehmeria caudata** 14 Arv* P Urera baccifera 61 Arb* SE Aloysia virgata 10 Arv - Lantana camara** 2 Arb* P Hybanthus bigibbosus 41 Arb - Verbenaceae Violaceae * Espécie classificada quanto ao hábito a partir de observações de campo do IFFSC. ** Espécie amostrada somente na regeneração natural. * Species classified according to IFFSC field observations. ** Species sampled only in the natural regeneration. Figura 7.2. Espécies com maior número de indivíduos na regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Figure 7.2. Species with the higher number of individuals in the natural regeneration of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Tabela 7.3. Síntese da diversidade de famílias e gêneros da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. Table 7.3. Diversity synthesis of the families and genera sampled in the natural regeneration in the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Família Número Espécies Gêneros Indivíduos Fabaceae 23 15 582 Myrtaceae 22 9 Lauraceae 10 Solanaceae Gênero Número Espécies Indivíduos Eugenia 8 64 228 Myrsine 6 99 4 154 Ocotea 5 39 9 4 38 Solanum 5 13 Asteraceae 8 7 35 Lonchocarpus 4 180 Euphorbiaceae 7 6 384 Myrcia 4 116 Rutaceae 7 5 272 Piper 4 122 Família com 6 spp. 3 Gênero com 3 spp. 7 Família com 5 spp. 1 Gênero com 2 ssp. 13 Família com 4 spp. 1 Gênero com 1 sp. 82 Família com 3 spp. 3 Família com 2 spp. 11 Família com 1 sp. 21 176 Comparando as espécies amostradas no componente arbóreo/arbustivo e na regeneração natural, tem-se 133 (54,7%) espécies comuns a ambos os componentes, 78 (32,1%) exclusivas do componente arbóreo/arbustivo e 32 (13,2%) exclusivas da regeneração natural (Figura 7.3a). Dentre as espécies exclusivas da regeneração natural foi encontrada como árvore apenas Myrsine balansae, as demais são arbustos ou arvoretas que compõem o sub-bosque da floresta e, possivelmente, pelo critério de inclusão adotado, não foram levantadas no componente arbóreo/arbustivo. Dentre as 78 espécies exclusivas do componente arbóreo/arbustivo estão: Ateleia glazioveana, Aralia warmingiana, Handroanthus heptaphyllus, Jacaranda puberula, Peltophorum dubium, dentre outras. Estas espécies podem apresentar dificuldades em manter-se futuramente na floresta ou podem sofrer redução de suas populações se este quadro de regeneração se mantiver. No entanto, Klein (1972) aponta A. warmingiana e H. heptaphyllus como espécies raras nas florestas do Sul, J. puberula como rara na Floresta Estacional Decidual, P. dubium como não muito frequente no interior da floresta e, A. glazioveana ocorrendo preferencialmente na borda dos fragmentos. A ausência de regenerantes nas Unidades Amostrais pode estar aliada às características ecológicas de cada espécie, ou ainda, elas podem não ter sido incluídas na amostra como resultado do critério de inclusão adotado, bem como do tamanho da área amostral. Ressalta-se que, das 133 espécies comuns a ambos os componentes, algumas foram encontradas com baixa densidade na regeneração natural, como Erythrina falcata, amostrada com somente um indivíduo, Ocotea pulchella (três), Apuleia leiocarpa (quatro), Cordia trichotoma (seis) e Ilex paraguariensis (sete). Quanto ao hábito das espécies amostradas na regeneração natural, tem-se 77 (46,7%) árvores, 67 (40,6%) arvoretas e 21 (12,7%) arbustos (Figura 7.3b). As espécies arbóreas amostradas foram representadas por indivíduos jovens que futuramente poderão atingir o dossel, enquanto as espécies arbustivas e arvoretas constituem o sub-bosque, portanto são espécies intersticiais da floresta. 177 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Foram amostradas três espécies exóticas na regeneração natural, que não foram incluídas na listagem florística, sendo, Citrus x limon (dois indivíduos), Hovenia dulcis (10) e Persea americana (um). As três espécies também foram amostradas no componente arbóreo/arbustivo. No estudo da regeneração natural de Kilca & Longhi (2011), em florestas secundárias que sofreram corte seletivo, também foram registradas as mesmas espécies exóticas encontradas no presente trabalho. Destas, H. dulcis, espécie arbórea, heliófita e pioneira, nativa da China, Japão e Coreia (Carvalho 1994), pode apresentar-se como invasora, alcançando alta densidade em fragmentos florestais em estádio inicial e médio de regeneração. No entanto, Morus nigra e Citrus reticulata, amostradas no componente arbóreo/arbustivo, não foram encontradas na regeneração natural. Estas podem ser reflexo de antigas áreas abertas ou de cultivo, atualmente ocupadas por florestas. Figura 7.3. (a) Percentual das espécies amostradas em três categorias: comuns ao componente arbóreo/arbustivo (ARB) e regeneração natural (REG), bem como exclusivas de cada componente; (b) Distribuição (%) das espécies quanto ao hábito. Figure 7.3. (a) Percentage of species sampled in three categories: Commons = species recorded in the natural regeneration and in the tree/shrub component; Exclusives ARB = species recorded only in the tree/shrub component; Exclusives REG = species recorded only in the natural regeneration. (b) Percentage of trees, small trees and shrubs. Classificando as espécies em grupos ecológicos, foram encontradas 87 espécies secundárias representadas por 1.792 indivíduos, 46 espécies pioneiras com 833 indivíduos e, 18 espécies climácicas com 524 indivíduos (Figura 7.4). Tal distribuição reflete o histórico de ocupação da Floresta Estacional Decidual no estado. No início do século XX, sobretudo após a Guerra do Contestado, o Oeste catarinense passou por um processo de ocupação efetivo por imigrantes majoritariamente europeus e as florestas primárias foram gradativamente exploradas pela indústria madeireira e/ou substituídas pela agricultura (Rosseto 1995; Silva 2010). Com a implantação do Decreto n° 750 (Brasil 1993) e posterior Lei nº 11.428/2006 (Brasil 2006), algumas áreas anteriormente exploradas ou utilizadas pelo homem foram abandonadas permitindo a recuperação das florestas, tanto que o maior número de espécie pertence às secundárias. Dentre as espécies ameaçadas de extinção (MMA 2008) encontram-se Araucaria angustifolia (dois indivíduos) e Ocotea odorifera (sete). No componente arbóreo/arbustivo, estas também foram as espécies ameaçadas de extinção amostradas e suas ocorrências na regeneração natural denotam tendência de ocupação permanente nas florestas avaliadas, embora com densidade baixa. Araucaria angustifolia foi encontrada em Unidades Amostrais de ecótono entre Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista. 7.3.2 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Leste Foram incluídas na análise seis Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio Canoas, 14 Unidades Amostrais à do Peixe e duas Unidades Amostrais à do Pelotas (Figura 7.1), num total de 22 Unidades Amostrais, com 2.000 m2 de área amostrada. Foram registrados 1.252 indivíduos e 121 espécies, além de duas exóticas, Persea americana e Hovenia dulcis. A densidade absoluta média calculada foi de 6.260 ind.ha-1. No estudo de Scipioni et al. (2009), em Floresta Estacional Decidual com área amostral e critério de inclusão aproximados ao presente trabalho, foram registrados somente 2.485 ind.ha-1, enquanto que Narvaes et al. (2005), em Floresta Ombrófila Mista registraram 7.984 ind.ha-1, valor próximo ao encontrado, no entanto, com área amostral muito superior. Longhi et al. (2000) e Wedy (2007), em Floresta Estacional Decidual, registraram respectivamente 40.250 e 20.666 ind.ha-1, valores mais altos que do presente estudo, possivelmente resultantes da área amostral e dos critérios de inclusão adotados (Tabela 7.5). Dentre as espécies que se destacaram em decorrência dos maiores valores de densidade e frequência absoluta estão: Lonchocarpus campestris (595 ind.ha-1 e 68,2%), Cupania vernalis (485,0 ind.ha-1 e 72,7%), Actinostemon concolor (270,0 ind.ha-1 e 40,9%), Allophylus edulis (230,0 ind.ha-1 e 50,0%), Trichilia elegans (210,0 ind.ha-1 e 59,1%), Machaerium stipitatum (210,0 ind.ha-1 e 45,5%) e Nectandra megapotamica (185,0 ind.ha-1 e 54,6%) (Tabela 7.4). Destas, Actinostemon concolor, Allophylus edulis e Trichilia elegans são arvoretas constituindo o sub-bosque da floresta e, as demais, representam indivíduos jovens das espécies arbóreas. Ocorrem preferencialmente em capoeirões e florestas secundárias Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Allophylus edulis, enquanto, Trichilia elegans é encontrada nas florestas primárias e é pouco frequente no interior da Floresta Estacional Decidual. Nectandra megapotamica é encontrada na Floresta Ombrófila Mista e na Floresta Estacional Decidual, nesta última em alta densidade; Actinostemon concolor também assume alta densidade e frequência na Floresta Estacional Decidual (Klein 1972; 1978; Reitz et al. 1979). Figura 7.4. Número de espécies (preto) e dos indivíduos (verde) por grupo ecológico. Figure 7.4. Number of species (black) and individuals (green) by ecological group. 178 Myrcia oblongata foi a segunda espécie com maior densidade absoluta (550,0 ind.ha-1), mas apresentou baixa frequência absoluta (9,1%), sendo registrada somente na bacia do rio Canoas nas Unidades Amostrais 1318 e 1388, áreas de transição entre a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta 179 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Estacional Decidual, possivelmente, por ocorrer preferencialmente na Floresta Ombrófila Mista e Densa, segundo Reitz et al. (1979). Nas Unidades Amostrais das bacias do Leste, o índice de diversidade de Shannon ficou entre 0,51 e 3,05 nats.ind.-1 e o índice de equabilidade entre 0,28 e 0,96. O menor valor para os índices de diversidade de Shannon e equabilidade foram registrados na Unidade Amostral 1388, no município de Zortéa, possivelmente, resultado da alta densidade (124 ind.) distribuída em somente seis espécies. Enquanto isso, a Unidade Amostral 1188, em Campos Novos, e a Unidade Amostral 1536, em Alta Bela Vista, apresentaram os maiores valores de índice de diversidade de Shannon e equabilidade, respectivamente (Tabela 7.6). Nos trabalhos de Wedy (2007) e Scipioni et al. (2009), em Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, o índice de Shannon foi de 2,32 e 3,21 nats.ind.-1 e, equabilidade de 0,67 e 0,78, respectivamente. Narvaes et al. (2005), em Floresta Ombróflia Mista, registraram índice de Shannon de 2,22 nats.ind.-1 (Tabela 7.5). O coeficiente de mistura de Jentsch indica, de forma empírica, a média de indivíduos de cada espécie, por meio da relação do número de espécies e o número total de indivíduos de um determinado local (Oliveira & Rotta 1982). Nas bacias do Leste, e o índice ficou entre 1,33 e 5,15 indivíduos por espécies, com exceção da Unidade Amostral 1388, em Zortéa, que apresentou valor de 20,67 indivíduos em decorrência do alto número de indivíduos (124) e somente seis espécies (Tabela 7.6). Tabela 7.4. Espécies mais importantes em cada grupo de bacias hidrográficas (Leste e Oeste) pela análise fitossociológica. DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DR = densidade relativa (%); FA = frequência absoluta (%); FR = frequência relativa (%); N = número de indivíduos; U = número de Unidade Amostral que a espécie ocorre; VI = valor de importância. Table 7.4. Main species of each watershed groups (east and west) according to the phytosociological analysis. DA = absolute density (ind.ha-1); DR = relative density (%); FA = absolute frequency (%); FR = relative frequency (%); N = number of individuals; U = Sample Plots where species occurred; VI = importance value. Bacias hidrográficas do Leste Espécie N U DA Lonchocarpus campestris 119 15 595,0 Cupania vernalis* 97 16 Myrcia oblongata 110 Trichilia elegans* FA FR VI 9,5 68,2 4,0 13,5 485,0 7,8 72,7 4,3 12,0 2 550,0 8,8 9,1 0,5 9,3 42 13 210,0 3,4 59,1 3,5 6,8 Actinostemon concolor* 54 9 270,0 4,3 40,9 2,4 6,7 Allophylus edulis 46 11 230,0 3,7 50,0 2,9 6,6 Nectandra megapotamica* 37 12 185,0 3,0 54,6 3,2 6,1 Machaerium stipitatum 42 10 210,0 3,4 45,5 2,7 6,0 Casearia sylvestris* 29 7 145,0 2,3 31,8 1,9 4,2 Luehea divaricata 23 8 115,0 1,8 36,4 2,1 4,0 653 273 3.265,0 52,2 1.241,2 72,8 124,8 1.252 22 6.260,0 100,0 1.709,1 100,0 300,0 Actinostemon concolor* 222 35 456,8 10,5 62,5 4,3 14,8 Trichilia elegans* 111 28 228,4 5,2 50,0 3,5 8,7 Pilocarpus pennatifolius 106 20 218,1 5,0 35,7 2,5 7,5 Cupania vernalis* 63 30 129,6 3,0 53,6 3,7 6,7 Sorocea bonplandii 74 25 152,3 3,5 44,6 3,1 6,6 Urera baccifera 60 25 123,5 2,8 44,6 3,1 5,9 Nectandra megapotamica* 54 27 111,1 2,6 48,2 3,3 5,9 Myrsine umbellata 62 16 127,6 2,9 28,6 2,0 4,9 Casearia sylvestris* 52 17 107,0 2,5 30,4 2,1 4,6 Trichilia clausseni 41 21 84,4 1,9 37,5 2,6 4,5 Demais espécies (118) 1.272 565 2.617,3 60,1 1.009,0 69,8 129,9 Somatório 2.117 56 4.356,0 100,0 1.444,6 100,0 300,0 Demais espécies (111) Somatório DR Bacias hidrográficas do Oeste * Espécies comuns entre os dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste). *Species sampled both watershed groups (east and west). 180 181 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 7.5. Estudos que analisaram a regeneração natural. CI = critério de inclusão; DA = densidade absoluta; FED = Floresta Estacional Decidual; FOM = Floresta Ombrófila Mista; H’ = índice de diversidade de Shannon; J = índice de equabilidade; RF = região fitoecológica; S = número de espécies. Table 7.5. Studies of natural regeneration. CI = inclusion criterion; DA = absolute density; FED = Seasonal Deciduous Forest; FOM = Mixed Ombrophylous Forest; H’ = Shannon diversity index; J = equitability index; RF = phytoecological region; S = number of species. Autor RF Área (m2) Wedy (2007) FED 120 Longhi et al. (2000) FED 160 Scipioni et al. (2009) FED Narvaes et al. (2005) CI S DA H’ J H ≥ 0,2 m ≤ 1,0 m 32 20.666 2,32 0,67 H ≥ 10 cm; DAP ≤ 9,5 cm 64 40.250 28.00 DAP ≥ 1,6 cm ≤ 9,5 cm 59 2.485 3,21 0,78 FOM 18.000 DAP ≥ 1,0 cm ≤ 9,5 cm 109 7.984 2,22 Este estudo – Leste FED 2.000 H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm 121 6.260 0,51 a 3,05 0,28 a 0,96 Este estudo – Oeste FED 4.860 H ≥ 1,5 m; DAP ≤ 10 cm 126 4.355 1,22 a 2,87 0,64 a 1,00 Tabela 7.6. Unidades Amostrais da regeneração natural levantadas na Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina, separadas entre bacias hidrográficas do Leste e do Oeste, com respectivos municípios, número de indivíduos (Ind.) e espécies (Spp.), índices de diversidade de Shannon (H’) e de equabilidade (J) e coeficiente de mistura de Jentsch (QM). Table 7.6. Sample Plots of natural regeneration in eastern and western watersheds with respective municipality, number of individuals (Ind.), number of species (Spp.), Shannon diversity index (H’), equitability index (J) and Jentsch Coefficient of Mixture (QM). Unidade Amostral Município Bacias hidrográficas do Leste 398 Capinzal 438 Ouro 494 Herval do Oeste 941 Anita Garibaldi 1000 Anita Garibaldi 1123 Celso Ramos 1187 Celso Ramos 1188 Campos Novos 1249 Celso Ramos 1318 Zortéa 1388 Zortéa 1461 Piratuba 1536 Alto Bela Vista 1542 Capinzal 1616 Peritiba 1618 Ipira 1703 Campos Novos 1787 Ouro 2099 Luzerna 2100 Herval do Oeste 2101 Ibicaré 2216 Ibicaré Número Ind. Spp. 41 45 53 50 26 34 47 97 103 122 124 81 24 30 79 38 39 35 45 48 49 42 182 15 16 19 15 6 13 24 30 20 32 6 24 18 16 17 13 15 11 16 14 17 19 Índice H’ J 2,17 2,35 2,60 2,29 1,08 2,33 2,82 3,05 2,40 2,96 0,51 2,73 2,77 2,51 2,31 2,08 2,55 1,87 2,47 2,20 2,42 2,62 0,80 0,85 0,88 0,85 0,60 0,91 0,89 0,90 0,80 0,85 0,28 0,86 0,96 0,91 0,82 0,81 0,94 0,78 0,89 0,83 0,86 0,89 QM 1: 2,73 1: 2,81 1: 2,79 1: 3,33 1: 4,33 1: 2,62 1: 1,96 1: 3,23 1: 5,15 1: 3,81 1: 20,67 1: 3,38 1: 1,33 1: 1,88 1: 4,65 1: 2,92 1: 2,60 1: 3,18 1: 2,81 1: 3,43 1: 2,88 1: 2,21 Unidade Amostral Número Ind. Spp. Município Bacias hidrográficas do Oeste 435 Concórdia 487 Concórdia 712 Xanxerê 918 Anchieta 1693 Concórdia 1694 Concórdia 1770 Chapecó 1774 Concórdia 1775 Concórdia 1859 Paial 1861 Itá 1864 Seara 1869 Concórdia 1959 Chapecó 1961 Paial 1965 Seara 1970 Concórdia 2051 Itapiranga 2056 São João do Oeste 2077 Seara 2079 Seara 2081 Seara 2083 Arabutã 2088 Concórdia 2166 Itapiranga 2170 Mondaí 2172 Mondaí 2179 Palmitos 2194 Seara 2195 Seara 2281 Tunápolis 2287 Mondaí 2294 São Carlos 2310 Xavantina 2406 Caibi 2414 Nova Itaberaba 2425 Xavantina 2510 Tunápolis 2512 Tunápolis 44 35 49 95 53 34 51 33 24 8 20 47 48 20 39 8 25 27 16 14 13 38 32 48 54 15 57 20 45 28 78 41 32 33 47 50 33 10 57 183 19 12 21 21 13 12 16 18 13 4 9 11 22 8 10 6 14 13 9 6 10 18 14 14 18 9 19 9 13 10 19 19 16 18 20 12 11 4 20 Índice H’ J 2,69 2,18 2,77 2,46 1,97 2,03 2,05 2,58 2,31 1,39 1,90 1,90 2,66 1,33 1,87 1,73 2,48 2,27 2,01 1,54 2,25 2,71 2,22 2,35 2,46 2,08 2,54 1,77 2,25 1,99 2,17 2,67 2,59 2,69 2,72 1,94 2,06 1,22 2,71 0,91 0,88 0,91 0,81 0,77 0,82 0,74 0,89 0,90 1,00 0,86 0,79 0,86 0,64 0,81 0,97 0,94 0,89 0,91 0,86 0,98 0,94 0,84 0,89 0,85 0,95 0,86 0,80 0,88 0,87 0,74 0,91 0,94 0,93 0,91 0,78 0,86 0,88 0,90 QM 1: 2,32 1: 2,92 1: 2,33 1: 4,52 1: 4,08 1: 2,83 1: 3,19 1: 1,83 1: 1,85 1: 2,00 1: 2,22 1: 4,27 1: 2,18 1: 2,50 1: 3,90 1: 1,33 1: 1,79 1: 2,08 1: 1,78 1: 2,33 1: 1,30 1: 2,11 1: 2,29 1: 3,43 1: 3,00 1: 1,67 1: 3,00 1: 2,22 1: 3,46 1: 2,80 1: 4,11 1: 2,16 1: 2,00 1: 1,83 1: 2,35 1: 4,17 1: 3,00 1: 2,50 1: 2,85 7 | Regeneração natural da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral Município Número Índice Ind. Spp. H’ J QM 2531 Chapecó 50 13 1,92 0,75 1: 3,85 2623 Santa Helena 12 5 1,23 0,76 1: 2,40 3082 Barra Bonita 81 26 2,72 0,83 1: 3,12 3097 Quilombo 44 16 2,42 0,87 1: 2,75 3197 São Miguel da Boa Vista 33 11 1,81 0,75 1: 3,00 3309 Romelândia 61 23 2,87 0,91 1: 2,65 3414 Barra Bonita 33 17 2,58 0,91 1: 1,94 3416 Romelândia 43 23 2,78 0,89 1: 1,87 3427 São Lourenço do Oeste 35 13 1,99 0,78 1: 2,69 3520 Anchieta 31 18 2,71 0,94 1: 1,72 6005 Palma Sola 44 18 2,68 0,93 1: 2,44 7.3.3 Análise fitossociológica da regeneração natural das bacias hidrográficas do Oeste Foram incluídas nestas bacias 13 Unidades Amostrais pertencentes à bacia do rio das Antas, 13 Unidades Amostrais à do rio Chapecó, nove Unidades Amostrais à do rio Irani, 14 Unidades Amostrais à do rio Jacutinga e sete Unidades Amostrais à do Peperi-Guaçu (Figura 7.1), num total de 56 Unidades Amostrais e 4.860 m2 de área amostral. Foram amostrados 2.117 indivíduos e 126 espécies, além de duas exóticas, Citrus x limon e Hovenia dulcis. A densidade absoluta foi de 4.355 ind.ha-1, valor menor que o registrado nas bacias hidrográficas do Leste (6.260 ind.ha-1). Dentre os trabalhos listados (Tabela 7.5), apenas o estudo de Scipioni et al. (2009) registrou densidade abaixo (2.485 ind.ha-1) que a do presente estudo. As espécies que apresentaram maior densidade e frequência absoluta foram: Actinostemon concolor (456,6 ind.ha-1 e 62,5%), Trichilia elegans (228,4 ind.ha-1 e 50,0%), Pilocarpus pennatifolius (218,1 ind.ha-1 e 35,7%), Sorocea bonplandii (152,3 ind.ha-1 e 44,6%), Cupania vernalis (129,6 ind.ha-1 e 53,6%), Urera baccifera (123,5 ind.ha-1 e 44,6%) e Nectrandra megapotamica (111,1 ind.ha-1 e 48,2%). Ainda, dentre as espécies com alta densidade está Myrsine umbellata (127,6 ind.ha-1) e, com maior frequência, Trichilia clausseni (37,5%) (Tabela 7.4). Destas, apenas C. vernalis e N. megapotamica são espécies arbóreas e, as demais, arbustos ou arvoretas que constituem o sub-bosque da floresta. Dentre as oito espécies que apresentaram os maiores valores de densidade e frequência absoluta nos dois grupos de bacias hidrográficas (do Leste e do Oeste), quatro destas foram comuns, sendo elas A. concolor, C. vernalis, N. megapotamica e T. elegans. No entanto, estas espécies diferiram quanto aos valores de densidade absoluta, com exceção de T. elegans, que teve valores muito próximos (bacias do Leste com 210,0 ind.ha-1 e do Oeste com 218,4 ind.ha-1). Ocorrem na Floresta Estacional Decidual e na Floresta Ombrófila Densa, segundo Klein (1972) e Reitz et al. (1979), Pilocarpus pennatifolius, distribuindo-se no interior da floresta onde pode formar agrupamentos, M. umbellata, que é bastante rara na Floresta Estacional Decidual, T. clausseni, encontrada no interior da floresta, e S. bonplandii, que é uma das arvoretas de maior importância no subbosque da Floresta Estacional Decidual. Ruschel et al. (2006) estudaram a demografia de S. bonplandii em fragmentos de Floresta Estacional Decidual e verificaram que sua densidade corresponde a 10% 184 das espécies lenhosas com DAP ≥ 5 cm. Urera baccifera é encontrada desde a América Central até a Argentina, principalmente em florestas secundárias (Romaniuc Neto et al. 2009). Nas Unidades Amostrais das bacias do Oeste os índices de diversidade de Shannon e equabilidade ficaram ente 1,22 e 2,87 nats.ind.-1 e 0,64 e 1,00, respectivamente. O menor valor para o índice de diversidade de Shannon (1,22 nats.ind.-1) foi registrado na Unidade Amostral 2510, no município de Tunápolis, na qual foram amostradas somente quatro espécies e 10 indivíduos, sendo que o maior valor (2,87 nats.ind.-1), na Unidade Amostral 3309, em Romelândia, com 23 espécies. Para o índice de equabilidade, a Unidade Amostral 1959, em Chapecó apresentou menor valor (0,64) e a Unidade Amostral 1859, em Paial teve índice de 1,00, resultante da amostragem de somente quatro espécies com dois indivíduos cada. Para o coeficiente de mistura de Jentsch, os valores para cada Unidade Amostral ficaram entre 1,30 e 4,52. (Tabela 7.6). Comparando os resultados dos índices de diversidade de Shannon e de equabilidade e do coeficiente de mistura entre os dois grupos, verificou-se que as Unidades Amostrais das bacias do Leste apresentaram maior amplitude nos valores quando comparados com as do Oeste (Tabela 7.5 e 7.6). Esta maior amplitude, deve-se ao fato da maior diversidade encontrada na área, provida, provavelmente, pelas zonas de ecótono com a Floresta Ombrófila Mista. Concluindo, pode-se afirmar que a composição florística da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual do estado abriga significativa riqueza, sendo que metade das espécies é comum ao componente arbóreo/arbustivo e, um terço das espécies arbóreo/arbustivas não foi amostrado na regeneração natural. Se a regeneração natural não tivesse sido amostrada, 13,2% das espécies deixariam de ser registradas, portanto este estudo contribuiu para o entendimento e conhecimento da biodiversidade desta região fitoecológica. Referências Alves, L.F.; Metzger, J.P. 2006. A regeneração florestal em áreas de floresta secundária na Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP. Biota Neotropica 6(2): 1-26. Brasil. 1993. Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993. 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Neste capítulo, as distribuições de 78 Unidades Amostrais, considerando número de indivíduos e área basal, foram analisadas, bem como as distribuições das 30 espécies com maior valor de importância. Como esperado, as distribuições gerais com todas as espécies mostram curvas com forma exponencial inversa (em forma de J invertido). 47 Unidades Amostrais foram estatisticamente iguais à curva geral, 31 foram diferentes, de acordo com teste de Kolmogorov-Smirnov (α=0,05). Espécies como Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida mostraram distribuição decrescente e regular, características de espécies secundárias tardias ou climácicas. Outras espécies, como as secundárias iniciais e as superexploradas mostraram distribuições irregulares e frequências deficitárias em muitas classes de diâmetro. A comparação das distribuições por espécie mostrou que poucas são diferentes entre si e a maioria não mostra diferenças significativas (KolmogorovSmirnov). Espécies historicamente exploradas para fins madeireiros apresentaram alarmantes níveis de frequência, tanto nos diâmetros inferiores como nos maiores, pondo em risco sua futura presença na Floresta Estacional Decidual. Abstract Diameter distributions are an important tool for analyzing population or community structure, stand history, dynamics, regeneration and conservation status and also for management planning. In this chapter diameter distributions, considering tree density and basal area of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest were analyzed, as well as distributions of the 30 tree species with greater importance value. In general terms, considering all species in all Sample Plots, distribution showed an inverted J shape, as expected. Kolmogorov-Smirnov test (α=0,05) showed that 47 Sample Plots had similar distributions to the general one, while 31 plots were significantly different, with frequency gaps specially in the higher diameter classes. Species as Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis and Parapiptadenia rigida had regular decreasing distributions, typical for late secondary tree species. Other species, like early secondary species and overexploited climax species showed irregular distributions. Comparing all species distribution which each other, we found that only four of them had significant differences, while the great majority of the 210 tree species had similar distributions (Kolmogorov-Smirnov). Species of merchantable timber value showed alarmingly low frequencies both in lower and in higher diameter classes, which puts at risk their survival as constituents of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Vibrans, A.C.; Lingner, D.V.; Moser, P.; Gessner, C.M. Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 191 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 8.1 Introdução 8.3 Resultados e discussão A análise da distribuição diamétrica de uma população ou comunidade florestal a partir do número de indivíduos, área basal ou volume por classe de diâmetro, constitui uma importante ferramenta que permite inferir sobre estrutura de classes de tamanho e de idade de uma floresta, seu histórico de uso e exploração, sua dinâmica (atual e histórica), sua regeneração e, de forma geral, sobre seu estado de conservação (Odum 1988; Whitmore 1998). Niklas et al. (2003) apontam para a importância das correlações entre distribuição diamétrica, densidade, os diâmetro máximo, mínimo e médio das árvores e o papel destas variáveis como indicadores para mudanças e perturbações sofridas por comunidades florestais. 8.3.1 Distribuições diamétricas gerais Além disso, as distribuições diamétricas são base para a modelagem de incremento e o planejamento de intervenções de manejo (Meyer 1952; Davis & Johnson 1987), especificamente em florestas tropicais (Lamprecht 1988; Vanclay 1994; Cunha et al. 2002; Souza & Souza 2005). Neste capítulo, serão abordados alguns dos dados referentes à distribuição diamétrica das 78 Unidades Amostrais, considerando as comunidades como um todo, bem como os resultados por Unidade Amostral e para algumas das espécies no conjunto das Unidades Amostrais nas quais foram encontrados. Os dados aqui apresentados fornecem informações generalizadas, uma vez que os levantamentos foram realizados em 78 remanescentes diferentes, distantes entre si e formando uma metacomunidade no sentido de Hubbel (2001). Análises pormenorizadas precisam ser realizadas das diversas espécies separadamente por remanescente florestal para caracterizar suas populações; estas análises, no entanto, ultrapassam os propósitos deste capítulo e devem ser objetos de futuros estudos, baseados nos dados coletados pelo IFFSC. 8.2 Metodologia Os dados avaliados neste capítulo são provenientes da medição de 78 Unidades Amostrais, com 4.000 m² cada uma, implantadas na Floresta Estacional Decidual. No total foram amostrados 12.899 indivíduos com DAP ≥10 cm, em 28,0 hectares de efetiva área amostral. As classes diamétricas têm amplitude de 10 cm, abrangendo densidade absoluta (número de indivíduos por hectare) e dominância absoluta (área basal por hectare) apenas dos indivíduos vivos do componente arbóreo/arbustivo (com DAP ≥ 10 cm). As distribuições totais das densidades absolutas das 78 Unidades Amostrais foram avaliadas em relação à similaridade com a distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, mediante aplicação do teste de Kolmogorov-Smirnov. Da mesma forma, as distribuições totais das 30 espécies com maior valor de importância na Floresta Estacional Decidual foram comparadas entre si para investigar se há similaridade entre eles. A Figura 8.1 mostra a distribuição diamétrica do conjunto de árvores amostradas nas 78 Unidades Amostrais, considerando tanto o número de indivíduos por classe diamétrica, quanto o total de área basal por classe diamétrica, caracterizada pelo centro da classe em centímetros (cm). Como é baseada em valores médios para todos os remanescentes, a distribuição do número de indivíduos por classe de DAP assemelha-se, como era esperado, à curva de uma função exponencial negativa. Na distribuição da área basal, no entanto, a classe com menor diâmetro, naturalmente, tem área basal desproporcional ao número de indivíduos e diâmetros muito elevados proporcionam maior participação na área basal. Figura 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina (a) densidade (ind.ha-1); (b) dominância (m2.ha-1). Figure 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina (a) tree density (ind. ha-1); (b) basal area (m2.ha-1). Quando analisadas separadamente por estádio sucessional nos dois grupos florísticos (bacias hidrográficas Leste e Oeste, de acordo com resultados do Capítulo 5), é possível observar que as distribuições diamétricas gerais dos dois estádios sucessionais (médio e avançado de regeneração (Capítulo 9), não diferem significativamente (α=0,05) entre si, pelo teste Kolmogorov-Smirnov (Figura 8.2). Isto mostra que os grupos sucessionais são caracterizados, de forma nítida, pela sua composição de espécies, enquanto a sua estrutura de tamanhos (ainda) é semelhante, o que pode mudar, contudo, ao longo do processo de sucessão. Este teste de Kolmogorov-Smirnov foi desenvolvido como um método analítico para testar a aderência de uma distribuição qualquer (empírica) à distribuição normal (teórica). Apesar disto, este teste pode ser utilizado para comparar duas distribuições de frequências empíricas, com o intuito de averiguar semelhanças/diferenças entre as mesmas (Siegel & Castellan 2006). A fundamentação teórica do teste consta no Volume I. Figura 8.2. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, por grupo florístico e estádio sucessional. Figure 8.2. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, separated by floristic group and successional stage. 192 193 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 8.3.2 Distribuição diamétrica por Unidade Amostral Nas Figuras 8.3 a 8.6 são apresentadas as estruturas diamétricas totais das 31 Unidades Amostrais que mostram distribuições diferentes da distribuição geral da Floresta Estacional Decidual, de acordo com o teste de Kolmogorov-Smirnov. As demais 47 Unidades Amostrais têm distribuições semelhantes à distribuição geral. Tendo em vista que a distribuição geral (Figura 8.1) representa uma distribuição regular, incluídas todas as espécies, percebe-se que as Unidades Amostrais com distribuição diferente mostram frequências deficitárias em uma ou mais classes diamétricas, principalmente nas classes de diâmetros maiores. A Tabela 8.1 expõe os valores de densidade (ind.ha-1) como para a dominância absoluta (m².ha-1) das 78 Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual. Figura 8.4. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figure 8.4. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figura 8.3. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figure 8.3. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). 194 195 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Figura 8.6. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figure 8.6. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figura 8.5. Unidades Amostrais (UA) da Floresta Estacional Decidual, com distribuições diamétricas diferentes da distribuição geral (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). Figure 8.5. Sample Plots (UA) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina with diameter distribution different from general distribution (Kolmogorov-Smirnov; α=0,05). 196 197 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Tabela 8.1. Distribuição diamétrica dos 78 remanescentes amostrados na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. N = número de indivíduos (ind.ha-1); AB = área basal (m2.ha-1). Table 8.1. Diameter distribution of 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N = number of individuals (ind.ha-1); AB = basal area (m2.ha-1). Centro da classe de DAP (cm) Unidade Amostral 1542 Centro da classe de DAP (cm) Unidade Amostral 398 435 438 487 494 537 597 712 918 941 1000 1123 1187 1188 1249 1318 1388 1461 1536 Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 N 487 131 46 28 5 5 3 AB 8,13 5,78 4,56 4,42 1,21 1,48 N 321 128 48 10 3 AB 4,93 6,08 4,53 1,35 N 320 115 33 AB 4,97 5,51 N 260 AB Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total N 378 173 40 8 - - - - 598 AB 5,93 8,16 3,54 1,11 - - - - 18,74 Total 1616 N 320 125 38 20 13 - - - 515 0 705 1618 N 243 120 33 5 - - - - 400 1,05 - 26,63 AB 3,87 5,79 2,94 0,84 - - - - 13,44 - - - 510 N 222 99 39 14 7 - 4 - 384 0,86 - - - 17,75 AB 3,58 4,77 3,50 2,34 1,50 - 1,76 - 17,46 15 0 - - - 483 N 400 72 25 3 0 3 - - 503 3,08 2,26 - - - - 15,82 AB 6,02 3,06 2,21 0,36 - 0,97 - - 12,61 120 55 16 6 - - 10 N 217 80 21 24 3 0 - 3 348 4,13 5,51 5,37 2,59 1,42 - - 8,32 AB 3,35 3,89 2,11 3,55 0,53 - - 1,87 N 335 140 60 23 8 5 - 3 N 323 56 10 - - - - - 389 AB 5,77 6,62 5,66 3,52 1,65 1,66 - 1,74 AB 4,87 2,39 0,93 - - - - - 8,19 N 210 53 38 38 15 5 5 8 N 303 78 40 13 - 3 - - 435 AB 3,28 2,47 3,71 5,85 3,70 1,63 2,06 4,92 AB 4,77 3,68 3,66 1,82 - 0,72 - - 14,66 N 268 85 53 33 18 8 10 3 N 250 58 8 4 - - - - 319 AB 4,08 4,00 4,97 5,13 3,89 2,76 4,29 1,49 AB 3,49 2,71 0,82 0,66 - - - - 7,68 N 311 129 63 18 8 - 3 - 532 N 222 105 43 30 8 8 3 - 419 AB 4,96 6,38 5,96 2,78 1,75 - 1,05 - 22,86 AB 3,92 4,73 3,98 4,50 1,75 2,62 1,26 - 22,75 N 400 100 13 5 5 - - - 523 N 223 88 45 13 10 10 - 3 390 AB 6,00 4,51 1,06 0,69 1,06 - - - 13,31 AB 3,58 4,17 4,26 1,93 2,56 3,26 - 3,53 N 380 110 35 10 - - - - 535 N 154 69 34 29 6 3 9 3 AB 5,70 5,21 2,77 1,29 - - - - 14,97 AB 2,44 3,02 3,23 4,39 1,40 1,05 4,00 1,44 N 552 147 43 78 9 - - - 828 N 225 80 33 18 8 5 - - 368 AB 9,53 6,72 3,59 11,54 1,71 - - - 33,09 AB 3,80 3,71 2,88 2,63 1,86 1,54 - - 16,42 N 444 144 50 12 - - - - 650 N 290 108 58 15 3 8 - 3 483 AB 7,10 6,63 4,75 1,67 - - - - 20,15 AB 4,79 4,88 5,39 2,24 0,66 2,65 - 1,97 N 428 180 53 10 18 5 - - 693 N 215 115 65 25 15 15 3 - 453 AB 7,40 7,81 4,67 1,45 3,85 1,71 - - 26,89 AB 3,37 5,41 6,53 4,15 3,54 4,75 1,24 - 28,99 N 270 93 35 10 3 - 3 - 413 N 413 128 50 13 - 3 - - 605 AB 4,16 4,68 3,18 1,40 0,50 - 1,03 - 14,95 AB 6,63 6,09 4,50 1,97 - 0,88 - - 20,08 N 543 120 28 5 5 - - - 700 N 395 85 13 21 18 8 3 3 544 AB 8,04 5,22 2,31 0,80 1,19 - - - 17,55 AB 5,61 4,15 1,38 3,08 4,02 2,37 1,22 1,75 N 470 163 63 13 8 3 - - 718 N 325 93 21 29 7 7 7 4 AB 7,10 7,96 5,87 1,96 1,76 0,79 - - 25,44 AB 4,36 4,38 1,89 4,32 1,55 2,12 3,21 2,44 N 337 147 67 17 13 - - - 580 N 268 185 43 8 3 - - - 505 AB 5,63 7,22 6,37 2,30 3,10 - - - 24,61 AB 4,30 8,73 3,65 1,27 0,68 - - - 18,63 N 456 99 48 19 3 3 - - 627 N 105 43 33 5 3 - 3 3 193 AB 7,12 4,58 4,27 2,91 0,54 0,79 - - 20,22 AB 1,99 2,37 3,18 0,81 0,56 - 1,03 2,68 N 363 132 34 13 - 3 - - 545 N 412 76 36 4 - - - - 198 468 1619 1693 1694 27,34 573 1703 26,63 370 1770 27,62 475 1774 30,60 1775 1787 1859 1861 1864 1869 1959 1961 1965 1970 2051 2056 199 15,30 23,28 306 20,98 22,60 23,57 493 24,26 12,62 528 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Centro da classe de DAP (cm) Unidade Amostral 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 N 372 82 7 4 18 4 4 - 489 AB 5,98 3,82 0,77 0,59 3,97 1,05 1,44 - 17,61 N 303 105 29 8 5 - 3 3 455 AB 5,19 5,07 2,58 1,18 1,12 - 1,11 1,53 17,77 AB 3,66 5,09 4,80 3,40 2,39 2,28 - 3,40 25,02 N 338 100 83 38 5 3 - - 565 AB 4,98 4,63 7,76 5,70 1,15 0,71 - - 24,93 N 326 101 58 28 - - 3 - 515 AB 5,03 4,99 5,35 4,08 - - 1,06 - 20,52 N 383 128 43 13 5 - - - 570 AB 5,54 5,86 4,02 1,87 1,09 - - - 18,39 N 348 138 18 3 - - - - 505 AB 5,14 6,46 1,53 0,38 - - - - 13,51 N 223 73 28 18 5 5 - - 350 AB 3,44 3,13 2,46 2,60 1,09 1,57 - - 14,29 N 182 39 14 14 11 - - 4 264 AB 2,91 1,81 1,29 1,92 2,66 - - 2,15 N 395 70 33 10 8 3 3 - 520 AB 6,29 3,14 2,97 1,34 1,63 0,85 1,05 - 17,27 N 103 65 28 28 5 5 8 3 243 AB 1,68 3,03 2,52 4,28 1,12 1,78 3,07 1,32 N 244 78 28 11 - 8 - - 369 AB 3,85 3,95 2,73 1,69 - 2,74 - - 14,95 N 263 103 45 21 3 5 - - 439 AB 4,09 5,10 4,57 3,34 0,72 1,62 - - 19,45 N 393 103 63 15 10 3 - - 585 AB 6,29 5,30 5,61 2,19 2,26 0,74 - - 22,39 N 320 69 6 3 - - - - 397 AB 4,56 2,79 0,48 0,40 - - - - 8,21 N 503 100 28 6 3 3 - - 642 AB 7,85 4,57 2,27 0,93 0,76 0,81 - - 17,18 N 400 138 13 13 5 3 5 - 575 AB 6,99 5,98 1,16 2,07 1,18 0,83 2,17 - 20,38 N 165 68 55 35 10 10 5 13 AB 2,63 3,08 5,50 5,57 2,38 3,20 2,30 8,77 N 123 68 33 18 13 5 3 - 260 AB 2,22 2,93 2,98 3,03 2,94 1,68 1,17 - 16,93 2414 N 279 66 42 21 21 8 5 5 447 2425 N 227 83 53 20 3 7 - 10 403 AB 3,57 4,02 5,23 3,28 0,94 2,18 - 6,55 2079 2081 2088 2099 2100 2101 2166 2170 2172 2179 2194 2195 2216 2281 2287 2294 2310 2406 Variável Centro da classe de DAP (cm) 200 Total Unidade Amostral 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 N 154 54 19 19 - 8 - - 254 AB 2,94 2,33 1,89 3,12 - 2,44 - - 12,71 N 188 65 25 3 3 0 - - 283 AB 2,86 3,03 2,18 0,43 0,54 - - - 9,03 N 150 57 30 20 - 13 - - 270 AB 2,70 2,75 2,85 2,81 - 4,34 - - 15,45 2530 N 278 95 15 5 - - - - 393 2531 N 205 93 43 25 28 15 5 5 418 AB 3,25 4,25 4,12 4,12 6,48 4,92 2,19 3,36 N 150 86 41 9 5 - - - 291 AB 2,87 4,23 3,94 1,39 1,00 - - - 13,43 N 393 110 31 13 6 3 - - 557 AB 6,15 5,11 2,82 1,94 1,29 1,03 - - 18,33 N 250 110 55 28 15 - 10 10 AB 4,28 4,81 5,27 4,27 3,40 - 4,49 7,54 N 153 68 23 5 - - - 3 250 AB 2,60 3,02 2,00 0,74 - - - 1,43 9,78 N 228 93 25 33 10 13 5 10 415 AB 3,64 4,09 2,22 5,19 2,28 4,00 2,18 7,68 66 27 15 4 12 8 4 - 135 AB 0,94 1,26 1,24 0,64 2,63 2,55 1,54 - 10,80 N 220 94 43 30 8 3 3 5 405 AB 3,77 4,36 4,09 4,73 1,60 0,91 1,09 6,15 N 120 90 43 32 16 11 - 3 AB 2,11 4,26 4,05 4,79 3,74 3,35 - 2,52 N 256 104 39 16 8 - - - 422 AB 4,15 4,76 3,42 2,49 1,92 - - - 16,73 N 281 83 40 24 21 5 5 5 465 AB 4,48 3,86 3,45 3,83 4,56 1,69 2,54 6,93 N 240 70 40 27 7 3 - 7 AB 3,97 3,51 3,89 4,12 1,54 1,20 - 5,30 N 292 99 38 17 7 4 2 2 AB 4,63 4,62 3,49 2,58 1,53 1,15 0,71 1,32 2510 2512 2515 2623 2645 2987 3082 12,74 3097 3197 18,81 3309 3414 3416 3427 3520 Total Variável N 361 33,43 25,78 201 Total 32,69 478 34,06 31,29 26,70 314 24,83 31,33 393 23,54 459 20,01 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 8.3.3 Distribuição diamétrica por espécie Tabela 8.2. Distribuição diamétrica das 30 espécies com maior VI da Floresta Estacional Decidual, em ordem decrescente de VI. DA = densidade absoluta (ind.ha-1); DoA = dominância absoluta (m².ha-1). Na Tabela 8.2 constam os valores da distribuição diamétrica das 30 espécies mais importantes, considerando seu valor de importância (VI), tanto para a densidade (ind.ha-1) como para a dominância absoluta (m².ha-1) em ordem decrescente de VI. No Apêndice IV são apresentados os dados para todas as espécies do componente arbóreo/arbustivo em ordem alfabética. Na (hipotética) situação de poder considerar as distribuições diamétricas das espécies como pertencentes às mesmas populações, as distribuições de Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis e Parapiptadenia rigida podem ser descritas como decrescentes e regulares, típicas de espécies secundárias tardias ou climácicas (Figura 8.7). As distribuições de outras espécies, no entanto, são restritas às classes de diâmetros menores, o que pode indicar a existência de restrição natural do seu crescimento em diâmetro, da espécie pertencer ao grupo ecológico das espécies secundárias iniciais, como em Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Syagrus romazoffiana e Casearia sylvestris (Figura 8.8), ou existir sobre-exploração da espécie e descaracterização de sua população original, como em Myrocarpus frondosus, Chrysophyllum marginatum, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana, Lonchocarpus campestres, Trichilia clausseni, Cordia americana, Prunus myrtifolia, Allophylus edulis, Machaerium paraguariense, Chrysophyllum gonocarpum, Balfourodendron riedelianum e Apuleia leiocarpa (Figuras 8.9 e 8.10). O conjunto destas 30 espécies citadas totaliza 62,8% do VI da Floresta Estacional Decidual amostrada pelas 78 Unidades Amostrais. Table 8.2. Diameter distribution of 30 species with major importance value (VI) in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. DA = tree density (ind.ha-1); DoA = basal area (m2.ha-1). O teste de similaridade das distribuições (Kolmogorov-Smirnov) mostrou, que apenas as populações de Ocotea puberula e Cupania vernalis, bem como de Luehea divaricata e Chrysophyllum marginata têm distribuições significativamente diferentes, embora todas pertençam ao grupo das espécies secundárias. As diferenças entre si podem ser causadas tanto por eventos aleatórios como pelo histórico de exploração dos fragmentos onde ocorrem. Os testes das combinações Cordia americana x Phytolacca dioica, Cordia americana x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x Diatenopteryx sorbifolia, Phytolacca dioica x Apuleia leiocarpa, Phytolacca dioica x Aspidosperma australe, Diatenopteryx sorbifolia x Apuleia leiocarpa e Apuleia leiocarpa x Aspidosperma australe não puderam ser realizados pelo número insuficiente de indivíduos. As demais combinações entre as 30 espécies com maior VI não mostraram diferenças estatisticamente significativas de suas distribuições diamétricas. Entre as espécies com as maiores frequências nos diâmetros menores e, com isso, indicadores para a composição futura das comunidades, encontram-se as onipresentes Ocotea puberula e Nectandra megapotamica, além de Luehea divaricata, Cupania vernalis, Macchaerium stipitatum, Casearia sylvestris e da exótica Hovenia dulcis. Esta última, introduzida na segunda metade do século XX, já está estabelecida em praticamente todos os fragmentos da Floresta Estacional Decidual e ocupa entre todas as espécies, a 11a posição em termos de valor de importância. Espécies com valor comercial mais elevado como Myrocarpus frondosos, Cabralea canjerana, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Cordia americana mostram frequências baixíssimas, mesmo nas classes de menor diâmetro, e estão ausentes nas classes maiores. Apuleia leiocarpa apresenta a situação mais preocupante, uma vez que se tornou tão rara que sua frequência média na Floresta Estacional Decidual é de um indivíduo entre 10 e 20 cm, meio indivíduo na classe de 20 a 30 cm e 0,2 e 0,3 indivíduos nas classes maiores, o que significa que tem um indivíduo maduro (com DAP > 50 cm) a cada 3 ou 4 hectares. Em termos gerais, a densidade das 30 espécies com maior VI, nas classes de diâmetro maiores, varia de 0,04 a 1 indivíduo por hectare (Figuras 8.7 a 8.10) o que significa que de muitas das espécies ocorre um indivíduo com diâmetro > 40 cm a cada 1 a 25 (!) hectares. Centro da classe de DAP (cm) Nome Científico DA DoA DA Nectandra megapotamica DoA DA Luehea divaricata DoA DA Nectandra lanceolata DoA DA Cupania vernalis DoA DA Machaerium stipitatum DoA Ocotea puberula Syagrus romanzoffiana Cedrela fissilis Parapiptadenia rigida Casearia sylvestris Hovenia dulcis Myrocarpus frondosus Chrysophyllum marginatum Matayba elaeagnoides Cabralea canjerana Lonchocarpus campestris Trichilia clausseni Cordia americana 202 Variável 15,0 25,0 15,0 11,8 0,27 0,57 14,4 9,3 0,24 0,45 15,6 7,1 0,25 0,34 7,9 5,8 0,14 0,28 16,3 2,9 0,24 0,12 12,1 2,6 0,20 0,12 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total 5,3 0,48 5,0 0,48 2,9 0,26 3,1 0,30 0,6 0,06 0,8 0,07 1,7 0,26 2,6 0,39 1,2 0,19 1,4 0,22 0,1 0,02 0,3 0,05 0,6 0,13 0,9 0,21 0,2 0,05 0,6 0,13 0,0 0,01 0,4 0,12 0,3 0,11 0,3 0,08 0,4 0,13 0,0 0,01 0,1 0,06 0,1 0,04 0,2 0,10 0,1 0,06 - 0,0 0,02 0,1 0,04 0,4 0,29 0,1 0,10 - 35 1,92 33 1,96 28 1,56 19 1,36 20 0,45 16 0,45 DA 7,1 5,5 0,3 0,0 0,0 - - - 13,0 DoA 0,15 0,23 0,02 0,01 0,01 - - - 0,42 DA 7,0 2,2 0,9 0,5 0,2 0,0 0,0 - 10,8 DoA 0,12 0,10 0,08 0,07 0,04 0,01 0,02 - 0,44 DA 3,3 0,9 0,6 0,6 0,2 0,3 0,1 0,2 6,3 DoA 0,05 0,05 0,06 0,10 0,05 0,09 0,06 0,13 0,59 DA 9,4 2,1 0,3 0,0 0,0 - - - 11,8 DoA 0,14 0,10 0,02 0,01 0,01 - - - 0,28 DA 8,8 2,5 0,5 0,1 0,1 - 0,0 - 12,0 DoA 0,15 0,11 0,05 0,02 0,02 - 0,02 - 0,36 DA 4,5 1,0 0,6 0,4 0,1 - 0,0 0,0 6,8 DoA 0,07 0,05 0,06 0,06 0,03 - 0,02 0,02 0,31 DA 3,4 1,5 0,6 0,4 0,3 0,0 - 0,0 6,3 DoA 0,06 0,07 0,06 0,07 0,06 0,01 - 0,05 0,38 DA 7,0 1,4 0,3 0,2 0,1 0,0 - - 9,0 DoA 0,11 0,07 0,02 0,03 0,02 0,01 - - 0,26 DA 4,1 1,1 0,4 0,4 0,1 0,1 - 0,1 6,4 DoA 0,07 0,05 0,04 0,07 0,02 0,04 - 0,04 0,33 DA 4,1 1,3 0,8 0,3 0,1 - - - 6,5 DoA 0,06 0,07 0,07 0,05 0,02 - - - 0,26 DA 7,3 0,8 0,4 0,1 0,0 - - - 8,5 DoA 0,11 0,04 0,03 0,01 0,00 - - - 0,19 DA 1,8 0,8 0,3 0,3 0,1 0,2 0,1 0,2 3,8 DoA 0,03 0,04 0,03 0,05 0,02 0,06 0,05 0,13 0,40 203 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Centro da classe de DAP (cm) Nome Científico Prunus myrtifolia Allophylus edulis Machaerium paraguariense Chrysophyllum gonocarpum Balfourodendron riedelianum Phytolacca dioica Diatenopteryx sorbifolia Apuleia leiocarpa Annona sylvatica Helietta apiculata Pilocarpus pennatifolius Aspidosperma australe Outras espécies Total Variável 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total DA 3,0 1,3 0,7 0,3 0,1 0,1 - 0,0 5,5 DoA 0,05 0,06 0,07 0,05 0,02 0,03 - 0,02 0,30 DA 5,5 1,0 0,3 0,1 - - - - 6,8 DoA 0,09 0,05 0,02 0,02 - - - - 0,18 DA 4,7 1,1 0,4 0,2 0,1 0,0 - 0,0 6,5 DoA 0,07 0,05 0,03 0,03 0,02 - - - 0,21 DA 3,1 1,7 0,6 0,2 - - - - 5,6 DoA 0,05 0,07 0,06 0,03 - - - - 0,22 DA 3,9 1,3 0,4 0,1 0,0 - - - 5,7 DoA 0,06 0,06 0,04 0,02 0,01 - - - 0,19 DA 1,0 0,5 0,5 0,5 0,3 0,0 0,1 0,1 2,8 DoA 0,02 0,03 0,04 0,07 0,06 0,01 -3 0,08 0,34 DA 1,9 1,0 0,4 0,3 0,1 0,3 - 0,1 3,9 DoA 0,03 0,04 0,03 0,04 0,03 0,09 - 0,04 0,31 DA 1,0 0,7 0,3 0,3 0,4 0,1 - 0,1 2,9 DoA 0,02 0,03 0,03 0,04 0,09 0,03 - 0,08 0,33 DA 4,8 1,0 0,1 0,1 - - - - 5,9 DoA 0,07 0,05 0,01 0,01 - - - - 0,13 DA 3,9 1,9 0,4 0,0 - - - - 6,3 DoA 0,07 0,09 0,04 0,01 0,01 0,00 - 0,00 0,21 DA 6,7 0,2 0,0 0,0 - - - - 6,9 DoA 0,08 0,01 0,00 0,00 - - - - 0,10 DA 2,6 1,0 0,2 0,1 - - - - 3,9 DoA 0,04 0,05 0,02 0,01 - - - - 0,12 DA 100,9 25,6 9,7 3,9 2,0 0,9 0,6 0,3 143,8 DoA 1,50 1,17 0,90 0,59 0,48 0,30 0,26 0,28 5,47 DA 292,1 98,7 37,5 16,7 6,6 3,5 1,6 1,7 458,6 DoA 4,63 4,62 3,49 2,58 1,53 1,15 0,71 1,32 20,01 Figura 8.7. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das oito espécies com maior valor de importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual. Figure 8.7. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of eight species with major importance value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 204 205 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Figura 8.8. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 9° a 16° maior valor de importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual. Figure 8.8. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 9th to 16th major importance value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 206 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Figura 8.9. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 17° a 24° maior valor de importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual. Figure 8.9. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 17th to 24th major importance value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. 207 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 8 | Estrutura diamétrica dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina apontam para populações intactas ou pouco impactadas. Somente estudos da distribuição diamétrica por espécie e por Unidade Amostral podem expressar o estado atual de conservação das espécies e do fragmento florestal amostrado e, em analogia (como a amostragem é sistemática), permitirão afirmações sobre o estado de conservação das referidas espécies e dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual, de forma geral. São evidentes a concentração de grande número de indivíduos com diâmetros nas três primeiras classes (até 39 cm) e a ausência de árvores com diâmetros maiores: a densidade nas classes de diâmetro maiores das 25 espécies com maior VI variou de 0,04 a 1 ind. ha-1 (Figuras 8.7 a 8.10). As distribuições diamétricas gerais e por Unidade Amostral (fragmento) mostram valores semelhantes às encontradas pela maioria dos trabalhos realizados em florestas exploradas e degradadas no âmbito da Mata Atlântica, especialmente às descritas por Longhi et al. (1999), Araujo et al. (2005) e Kilca & Longhi (2011), na Floresta Estacional Decidual no Rio Grande do Sul, e por Scolforo et al. (2008), na mesma região fitoecológica em Minas Gerais. Nos levantamentos no estado vizinho do Rio Grande do Sul, o rol de espécies e os dados estruturais considerando as espécies com maiores valores de importância (VI) são muito semelhantes aos encontrados pelo presente trabalho, o que mostra a homogeneidade desta região fitoecológica, apesar de alguns sítios comparados estarem a mais de 300 km de distância das florestas catarinenses. Referências Araujo, M.M.; Longhi, S.J.; Brena, D.A.; Barros, P.C.; Franco, S. 2004. Análise de agrupamento da vegetação de um fragmento de Floresta Estacional Decidual Aluvial, Cachoeira do Sul, RS, Brasil. Ciência Florestal 14 (1): 133-147. Brena, D.A. et al. 2001. Relatório Final do Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul. Santa Maria. UFSM/ Secretaria Estadual do Meio Ambiente. http://w3.ufsm.br/ifcrs. (acesso: 18/03/2012). Cunha, U.S.; Machado, S.A.; Figueiredo, A.F.; Sanquetta, C.R. 2002. Predição da estrutura diamétrica de espécies comerciais de terra firme da Amazônia por meio de matriz de transição. Ciência Florestal 12(1): 109-122. Davis, K.P.; Johnson, K.N. 1987. Forest Management. New York. McGraw-Hill. Figura 8.10. Distribuição diamétrica da densidade média (ind.ha-1) das espécies com 25° a 30° maior valor de importância (VI) nas 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual. Figure 8.10. Diameter distribution of mean tree density (ind.ha-1) of species with 25th to 30th major importance value (VI) in 78 Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Entre as 228 espécies do componente arbóreo/arbustivo na Floresta Estacional Decidual, 43 espécies ocorreram com apenas um indivíduo, 17 espécies com dois e 14 espécies com três indivíduos em todas as 78 Unidades Amostrais. Estas espécies podem ser naturalmente “raras” ou de ocorrência ocasional, ou podem ter suas populações reduzidas pela exploração madeireira, pelo próprio desmate para mudanças do uso do solo com a consequente redução da cobertura florestal que hoje não passa dos 16% na Floresta Estacional Decidual (Capítulo 1). A amostragem realizada leva a crer que muitas destas espécies têm apenas indivíduos de ocorrência esporádica e isolada o que dificulta ou impossibilita sua reprodução e sobrevivência, caracterizando sua situação como crítica. É importante salientar que também nesta abordagem geral, quando consideradas as 78 Unidades Amostrais nos fragmentos amostrados como um todo, distribuições regulares não necessariamente 208 Hubbel, S.P. 2001. The unified neutral theory of bBiodiversity and biogeography. Princeton. Princeton University Press. Kilca, R.V.; Longhi, S.J. 2011. A composição florística e a estrutura das florestas secundárias no rebordo do Planalto Meridional. In: Schumacher, M.V.; Longhi, S.J.; Brun, E.J.; Kilca, R.V. (eds.). A Floresta Estacional Subtropical. Caracterização e Ecologia no Rebordo do Planalto Meridional. Santa Maria. Lamprecht, H. 1988. Silviculture in the tropics. Eschborn. GTZ. Longhi, S.J.; Nascimento, A.T.; Fleig, F.D.; Della-Flora, J.B., Freitas, R.A.; Charão, L.W. 1999. Composição florística e estrutura da comunidade arbórea de um fragmento florestal no município de Santa Maria, Brasil. Ciência Florestal 9(1): 115-133. Meyer, H.A. 1952. Structure, growth, and drain in balanced uneven-aged forests. Journal of Forestry 50(2): 85-92. 209 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Niklas, K.J.; Midgley, J.J.; Rand, R.H. 2003. Tree size frequency distributions, plant density, age and community disturbance. Ecology Letters 6: 405-411. Odum, E.P. 1988. Ecologia. Rio de Janeiro. Editora Guanabara. Souza, D.R.; Souza, A.L. 2005. Emprego do método BDq de seleção após exploração florestal em Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme, Amazônia Oriental. Revista Árvore 29(4): 617-625. Vanclay, J.K. 1994. Modelling forest growth and yield. Applications to Mixed Tropical Forests. Wallingford, UK: CAB International. Whitmore, T.C. 1998. An introduction to tropical rain forests. Oxford. University Press. 210 Capítulo 9 Floresta Estacional Decidual Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Sucessional stages of Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina Lucia Sevegnani, Alexander Christian Vibrans, Alexandre Uhlmann, André Luís de Gasper, Leila Meyer, Débora Vanessa Lingner, Anita Stival dos Santos, Marcio Verdi, Susana Dreveck Resumo A legislação estabelece para os estádios sucessionais quatro categorias: floresta primária, vegetação em estádio inicial de regeneração, em estádio médio e avançado de regeneração. Contudo, observaram-se muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para a identificação dos estádios em campo. Por isso, foram utilizados os dados provenientes das descrições elaboradas em campo e das variáveis fitossociológicas mensuradas tanto no componente arbóreo/arbustivo como no da regeneração natural para propor um novo método. Selecionaram-se três variáveis por meio de uma PCA, que, juntas com a classificação elaborada em campo, foram submetidas à análise discriminatória de Fischer. A aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à Floresta Estacional Decidual apontou para um coeficiente de correlação canônico elevado (r = 0,45) e significativo estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001). Com estes resultados, pode-se afirmar que a equação com os coeficientes obtidos mediante a análise discriminatória para as três variáveis consideradas nesta análise (número de espécies arbóreas, número de indivíduos com DAP ≥ 10 cm e área basal) é robusta e condizente com as classificações feitas em campo. Assim, a equação pode ser utilizada na classificação dos estádios sucessionais da vegetação. As comunidades segregadas por este método foram descritas e suas espécies mais importantes listadas, separadamente, por grupo florístico (bacias do Leste e do Oeste) e estádio sucessional (médio e avançado de regeneração). Abstract Environmental legislation establishes four successional stages: primary forest, initial, medium and advanced secondary successional stages. However the application of criteria to classify natural vegetation according to legislation is not straightforward. Therefore floristic and structural data from tree/shrub component (DAP ≥ 10 cm) and regeneration/understory component of 78 Sample Plots, as well as the in loco classification made by field crews were used to perform Fisher’s linear discriminant analysis. We obtained a relatively high and significant (Monte Carlo p = 0.001) canonic correlation coefficient (r = 0.45). The equation with its three coefficients for tree density, species richness and basal area showed to be robust and consistent with in loco classification of vegetation by field crews. As a result, this model may be useful to classifiy successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Classsified communities were described and their species with greatest importance values were listed, separately by floristic group (western and eastern watersheds) and by sucessional stage (medium and advanced secondary stage). Sevegnani, L.; Vibrans, A.C.; Uhlmann, A.; Gasper, A.L. de; Meyer, L.; Lingner, D.V.; Santos, A.S. dos; Verdi, M.; Dreveck, S. Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 213 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9.1 Introdução O processo de modificações que ocorrem ao longo do tempo na composição de espécies e na estrutura de ecossistemas é chamado sucessão ecológica (Odum 1988). As fases transitórias da sequência destes processos são os estádios da sucessão. Existem diversas abordagens para a descrição destes estádios nas regiões (neo-) tropicais (Corlett 1995; Finegan 1996; Chokkalingam & de Jong 2001; Guariguata & Ostertag 2001) e na Mata Atlântica brasileira (Klein 1980; Tabarelli et al. 1993; Liebsch et al. 2008; Groeneveld et al. 2009; Siminski et al. 2011). A definição dos estádios sucessionais na Mata Atlântica ganhou importância para o licenciamento ambiental quando as modalidades de uso e normas para a supressão da vegetação foram regulamentadas pela legislação para cada estádio de forma separada (Decreto 750/1993; Brasil 1993); Lei 11.428/2006 (Brasil 2006) e Resoluções CONAMA 10/1993 e 04/1994, convalidadas pela Resolução CONAMA 388/2007 (CONAMA 1993;1994; 2007). Adotando a denominação para os estádios sucessionais estabelecida pela Resolução CONAMA 04/1994, pode-se segregar a vegetação secundária em: 1. Estádio Inicial de regeneração – também chamado de estádio pioneiro, secundário inicial e capoeirinha. A vegetação é dominada por arbustos e ervas e se alguma árvore existir, esta é préexistente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas apresenta pequeno diâmetro e altura média, sendo que o diâmetro médio apresenta baixo coeficiente de variação (Clark 1996). Em geral, pequeno número de espécies lenhosas, baixa complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares ausentes ou raros, trepadeiras herbáceas, serapilheira formando fina camada. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura média (até 4 m), área basal até 8 m2.ha-1, diâmetro médio até 8 cm, com pequena amplitude. 2. Estádio Médio de Regeneração – também chamado de capoeira (Klein 1980), secundário inicial (Clark 1996). Na vegetação predominam arvoretas e arbustos, sobre as herbáceas e se alguma árvore com maior porte existir esta é pré-existente ao abandono da área. A comunidade de plantas lenhosas apresenta pequeno diâmetro e altura média, mas os valores são superiores ao do estádio inicial, sendo que o diâmetro médio apresenta ainda baixo coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies lenhosas, apesar do aumento, ainda é restrita a complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com poucas sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares presentes em maior número que no estádio inicial, trepadeiras lenhosas com pequeno diâmetro, serapilheira presente variando de espessura. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura média (até 12 m), área basal até 15 m2.ha-1, diâmetro médio entre 8 e 15 cm, com amplitude moderada. Perante esta situação buscou-se no presente capítulo uma nova abordagem para a definição de critérios que possam ser usados para segregar os estádios sucessionais “médio” e “avançado” de regeneração no âmbito da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. São estes os estádios de maior ocorrência e que apresentam a maior dificuldade para reconhecimento e definição em campo, tanto em trabalhos científicos como no licenciamento ambiental. 9.2 Metodologia Foram usadas as seguintes variáveis dendrométricas e parâmetros fitossociológicos oriundos de 78 Unidades Amostrais na Floresta Estacional Decidual: a) do componente arbóreo/arbustivo – densidade absoluta (DA ind.ha-1), número de espécies (Nsp.arb.), DAP, altura total (Ht), altura do fuste (Hf), altura dominante (Hdom), área basal (AB), índices de diversidade de Shannon & Wiener (H´), Simpson (S) e de equabilidade de Pielou (J) (Magurran 2004); b) do componente da regeneração - número de espécies (N°sp.Reg) e número de indivíduos da regeneração (NI.Reg); além destes, as classificações do estádio sucessional feitas em campo foram usadas na análise (Apêndice 5). Uma matriz constituída por 78 colunas (Unidades Amostrais) e 12 linhas (contendo as variáveis acima citadas) foi primeiramente submetida à Análise de Componentes Principais (PCA) para eliminar as variáveis colineares (Figura 9.1). A seleção das variáveis que seriam usadas nas análises seguintes foi feita com base na matriz de carregamentos derivada da rotação dos três primeiros eixos da PCA. Com esta matriz foram segregados três grupos de variáveis; muitas destas puderam ser descartadas em virtude de apresentarem forte associação umas com as outras, trazendo redundância às análises. Por consequência, somente uma variável de cada um dos grupos formados foi selecionada, adotando-se como critério aquela que pudesse ser mais fácil e corretamente obtida em campo, ou seja, o número de indivíduos do componente arbóreo/arbustivo por hectare (DA), a área basal (AB) e o número de espécies (Nsp.arb). 3. Estádio Avançado de Regeneração – também chamado de capoeirão e mata secundária (Klein 1980) e secundário avançado (Clark 1996). Na vegetação predominam árvores sobre as arvoretas e arbustos; as herbáceas são em menor quantidade e estas especializadas na condição de sombra. A comunidade de plantas lenhosas apresenta diâmetro e altura elevados, mas o diâmetro médio apresenta intermediário coeficiente de variação (Clark 1996). Domínio de espécies lenhosas, com grande complexidade da estrutura da vegetação, ou seja, com várias sinúsias (IBGE 1992), epífitos vasculares presentes em abundância, trepadeiras lenhosas bem desenvolvidas, serapilheira presente e espessa. A resolução CONAMA 04/1994 apresenta alguns parâmetros quantitativos como: altura total média (maior que 12 até 20 m), área basal de 15 a 20 m2.ha-1, diâmetro médio entre 15 a 25 cm, com maior amplitude. Observaram-se, no entanto, muitas dificuldades na aplicação dos critérios previstos na legislação para a identificação dos estádios em campo (Siminski et al. 2011). A maioria delas é causada pela heterogeneidade estutural das formações florestais secundárias, resultado da influência, muitas vezes cumulativa, de uma série de interferências antrópicas nas comunidades vegetais. 214 Figura 9.1. Ordenação por PCA das Unidades Amostrais gerada com base nos parâmetros fitossociológicos usados para seleção. Figure 9.1. PCA ordination of Sample Plots generated based on phytosociological parameters used for selection. 215 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Em seguida, foi montada uma matriz contendo os dados das três variáveis selecionadas (nas colunas) e nas 78 Unidades Amostrais (nas linhas), com uma quarta coluna contendo a classificação das Unidades Amostrais em estádios sucessionais (médio e avançado), definida em campo pelas equipes do levantamento (conforme as descrições do Apêndice 5). A esta matriz foi aplicada à análise discriminatória de Fischer, também conhecida como análise discriminatória linear. Esta análise tem dois objetivos: testar a eficiência da classificação feita em campo com base nas três variáveis selecionadas e gerar uma equação cuja aplicação permita classificar novas Unidades Amostrais que não estejam inseridas no levantamento original. A fim de testar a significância estatística dos resultados, as associações entre os três parâmetros selecionados e as duas categorias sucessionais (expressas pelo coeficiente de correlação de Pearson) foram testadas por meio da geração de um modelo nulo através de 999 aleatorizações Monte Carlo. A segregação das Unidades Amostrais foi ainda testada através do cálculo do lambda de Wilks. As análises foram realizadas utilizando os algoritmos dos softwares CANOCO for Windows 4.5 (Ter Braak & Smilauer 2002) e JMP (2004). 9.3 Resultados 9.3.1 Análise discriminatória A aplicação da análise discriminatória sobre o total de 78 Unidades Amostrais circunscritas à Floresta Estacional Decidual resultou na extração de somente um eixo canônico que expressou 21% da variância original dos dados. Contudo, o coeficiente de correlação canônico mostrou-se elevado (r = 0,45) e significativo estatisticamente, conforme atestado pelas permutações Monte Carlo (p = 0,001). Isto significa que, embora o total da variância dos dados não possa ser atribuído somente ao único eixo extraído pela análise, ainda assim, a geração do modelo nulo pelo teste acima citado demonstra haver associações significativas entre a os parâmetros analisados (DA, AB e Nsp.arb) e a classificação em estádios sucessionais. Além disso, o valor calculado para o lambda de Wilks demonstra haver segregação significativa entre os dois grupos avaliados (p = 0,0006). Com estes resultados, pode-se afirmar que as classificações feitas em campo são, de fato, robustas quando baseadas nos três parâmetros considerados nesta análise (Nsp.arb, DA, AB) e que a equação (1) pode ser utilizada na definição dos estádios sucessionais dos remanescentes da Floresta Estacional Decidual, classificando os remanescentes com estádio médio quando Y < 3,86 e como estádio avançado quando Y > 3,86: Y = (0,0287462 . Nsp.arb) + (-0,000946 . DA) + (0,1450475 . AB) (1) Após a aplicação da equação (1), 16 Unidades Amostrais tiveram seus estádios sucessionais alterados, pois a reanálise das descrições evidenciou que para 14 delas a alteração era pertinente, sendo seis reclassificadas como de médio para avançado (Unidade Amostral 494 em Herval do Oeste, Unidade Amostral 1775 em Concórdia, Unidade Amostral 1864 em Seara, Unidade Amostral 1961 em Paial, Unidade Amostral 1965 em Seara, Unidade Amostral 2425 em Xavantina). Outras oito foram reclassificadas de avançado para médio (Unidade Amostral 1859 em Paial, Unidade Amostral 2051 em Itapiranga, Unidade Amostral 2100 em Herval do Oeste, Unidade Amostral 2216 em Ibicaré, Unidade Amostral 2294 em São Carlos, Unidade Amostral 2406 em Caibi, Unidade Amostral 2530 em Nova Itaberaba, Unidade Amostral 2515 em Iporã do Oeste). Comparando as classificações do estádio preditas com as realizadas em campo, constatou-se que em somente duas unidades - Unidade Amostral 438 em Herval do Oeste e Unidade Amostral 2101 em Ibicaré a descrição do estádio em campo não corresponde à predita, representando um erro em 2,5% dos casos analisados. Para todas as demais Unidades Amostrais, a categorização resultante da equação (1) foi adotada. No Apêndice 5, no entanto, foram mantidos os estádios sucessionais originais da descrição realizada em campo. 216 9.3.2 Caracterização dos estádios sucessionais O número de espécies (Nsp.arb) variou de 14 até 60 por Unidade Amostral, sendo que cinco das 30 Unidades Amostrais consideradas em estádio avançado tiveram menos de 38 espécies na amostra e 35 das 48 Unidades Amostrais categorizadas como estádio médio tiveram entre 14 e 38 espécies. Em 38 Unidades Amostrais, foi encontrada riqueza de 39 a 60 espécies; destas, 25 Unidades Amostrais foram categorizadas como estádio avançado e 13 Unidades Amostrais como médio. Em geral, as Unidades Amostrais com maior número de espécies encontram-se em estádio avançado. Em relação à densidade absoluta, as 78 Unidades Amostrais continham de 135 a 828 indivíduos por hectare. Destas, 39 Unidades Amostrais apresentaram densidade absoluta menor que a média de 460 ind.ha-1, sendo destas 26 Unidades Amostrais consideradas como estando em estádio médio e 13 Unidades Amostrais em estádio avançado; 39 Unidades Amostrais tiveram valores superiores a 460, destas, 22 Unidades Amostrais categorizadas em estádio médio e 17 em estádio avançado. Estes números evidenciam que a densidade absoluta pode variar muito dentro dos estádios sucessionais médio e avançado, decorrente dos fatores de perturbação da floresta, antropogênicos ou não. Em relação à área basal, os valores variaram entre 7,82 e 34,06 m2.ha-1, com 42 Unidades Amostrais apresentando valores inferiores ao valor médio de 19,83 m2.ha-1, todas classificadas como estando no estádio médio de regeneração. Há 36 Unidades Amostrais que apresentaram valores superiores a 19,83 m2.ha-1, sendo 30 Unidades Amostrais em estádio avançado e apenas seis em estádio médio. Portanto, a área basal por hectare mostrou-se como um forte descritor, para os estádios avançado e médio, conforme evidenciado pelo coeficiente 3 da equação (1), coadjuvado pela densidade absoluta e pelo número de espécies. Cabe ressaltar que nenhuma Unidade Amostral foi categorizada como floresta primária, apesar de apresentar valores elevados de área basal por hectare. Por exemplo, sete Unidades Amostrais, a saber: 597 (Chapecó), 3097 (Quilombo), 3427 (São Lourenço do Oeste), 2531 (Chapecó), 1000 (Anita Garibaldi), 2310 (Xavantina) e 2987 (Ipuaçu) apresentaram valores entre 30,6 a 34,1 m2.ha-1. No entanto, quando se recorre aos registros efetuados in loco, constatou-se a forte influência de fatores de degradação, como a exploração seletiva histórica ou atual, presença de estradas cortando a Unidade Amostral, corte raso em parte desta, roçada de sub-bosque e/ou pastejo. Quanto às espécies indicadoras dos estádios médio e avançado, considerou-se pertinente segregar as 23 Unidades Amostrais pertencentes às bacias do Leste (rios Pelotas, Canoas, do Peixe) das 55 Unidades Amostrais das bacias do Oeste (dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas, PeperiGuaçu), conforme descrito no Capítulo 5. Em decorrência da segregação mencionada, para o Leste, no estádio avançado, as espécies características (Tabelas 9.1 e 9.3), com destaque para as 10 espécies com maior valor de importância, são: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cupania vernalis, Nectandra lanceolata, Matayba elaeagnoides, Prunus myrtifolia, Parapiptadenia rigida, Machaerium stipitatum e Allophylus edulis. No estádio médio, destacam-se: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Ateleia glazioveana, Cedrela fissilis, Syagrus romanzoffiana, Lonchocarpus campestris. Se comparado com o estádio médio verifica-se que, das 10 primeiras espécies do estádio avançado, somente quatro espécies diferem. Relativo ao Oeste, as espécies mais características do estádio avançado (Tabelas 9.1 e 9.3), com maiores valores de importância são: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Chrysophyllum marginatum, Machaerium stipitatum, Cedrela fissilis, Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana e Cupania vernalis. Para o estádio médio, embora as 10 primeiras espécies não estejam na mesma ordem de valor, somente duas (Casearia sylvestris e Aloysia virgata) não estão entre as 10 primeiras do avançado. Destacadas em negrito, estão as espécies comuns entre as 10 primeiras do avançado Leste e Oeste, sendo estes, portanto, 60% semelhantes floristicamente. 217 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apesar dos fragmentos classificados como estádio sucessional avançado serem muito semelhantes entre si, quanto às espécies com maior valor de importância, existe um conjunto de 13 espécies exclusivas do grupo das bacias do Leste e de 24 espécies do grupo das bacias do Oeste (Figura 9.1 e Tabela 9.3). Esta diferença é evidenciada quando se leva em conta o total das espécies, inclusive aquelas com baixo número de indivíduos e de pequenos tamanhos. Como os dados representam as florestas distribuídas numa extensão de 300 km de longitude, o conjunto principal de espécies se assemelha, mas diferenças existem no grupo das espécies com menores valores de importância. Tabela 9.1. Ranking das espécies de acordo com seu valor de importância no conjunto das Unidades Amostrais instaladas nas bacias do Leste e Oeste, na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. M = estádio médio; A = estádio avançado. Table 9.1. Ranking of species according to their importance value in Sample Plots of eastern (Leste) and western (Oeste) watersheds. M = medium stage, A = advanced successional stage. Espécie Leste Oeste A M A M Nectandra megapotamica 1 3 1 2 Ocotea puberula 2 1 4 1 Luehea divaricata 3 2 2 4 Cupania vernalis 4 5 6 10 Nectandra lanceolata 5 4 3 3 Matayba elaeagnoides 6 19 21 32 Parapiptadenia rigida 7 15 15 14 Prunus myrtifolia 8 22 28 27 Machaerium stipitatum 9 9 7 7 Allophylus edulis 10 12 25 31 Helietta apiculata 11 28 60 24 Ruprechtia laxiflora 12 - 48 61 Lithrea brasiliensis 13 30 - - Sebastiania commersoniana 14 42 35 58 Chrysophyllum marginatum 15 104 5 26 Aspidosperma australe 16 26 41 41 Machaerium paraguariense 17 23 27 19 Annona sylvatica 18 17 39 29 Syagrus romanzoffiana 20 10 10 5 Albizia edwallii 21 18 63 40 Phytolacca dioica 22 21 30 23 Cedrela fissilis 23 7 11 9 Myrocarpus frondosus 24 29 9 18 Cinnamodendron dinisii 25 - 135 - Cordia americana 26 35 20 16 Campomanesia xanthocarpa 27 67 31 37 Styrax leprosus 28 108 51 48 Ocotea pulchella 29 14 - 95 218 Leste Espécie A Oeste M A M Lonchocarpus campestris 30 11 18 21 Casearia decandra 31 60 54 79 Diatenopteryx sorbifolia 32 57 13 33 Pilocarpus pennatifolius 33 61 12 52 Casearia sylvestris 34 25 14 8 Eugenia uniflora 35 - 40 72 Inga vera 36 24 58 69 Banara tomentosa 37 75 55 54 Trichilia clausseni 38 36 8 20 Zanthoxylum rhoifolium 39 13 88 39 Dentre as 20 espécies com maior valor de importância no Leste (estádios avançado e médio) não se registram espécies de Myrtaceae, que estão presentes com poucos indivíduos e pequenos tamanhos. Campomanesia xanthocarpa e C. guazumifolia aparecem entre as espécies generalistas para a Floresta Estacional Decidual. Como exclusivas do estádio avançado, foram encontradas Myrcia oblongata, Myrcia pubipetala, Myrcianthes gigantea, características de florestas e Myrcia splendens, muito comum em áreas abertas, porém na Floresta Ombrófila Densa (Klein 1980). No estádio médio, foram constatadas cinco espécies de Myrtaceae (Eugenia involucrata, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa, Calyptranthes tricona, Myrciaria floribunda), sendo apenas uma (Calyptranthes grandifolia) exclusiva, mas novamente não entre as 20 com maior valor de importância. Algumas espécies desta família são exigentes quanto à qualidade do ambiente, tais como M. floribunda, Calyptranthes tricona, C. grandifolia, E. involucrata. A ocorrência de espécies mais exigentes em estádio médio pode estar relacionada aos mosaicos de tamanhos e de qualidade que constituem os fragmentos florestais. Estes podem conter pequenas manchas com floresta em melhor qualidade, entremeada em uma matriz mais degradada ou mesmo agropecuária. Além disso, em muitas áreas, o processo sucessional ocorre com frequentes interferências antropogênicas. No estádio avançado das bacias do Leste, entre as 20 espécies com maior valor de importância, que abrangem 64,7% dos indivíduos amostrados, 14 espécies não são decíduas (nas bacias do Oeste são dez espécies), o que evidencia o caráter nem sempre decíduo da vegetação. Árvores atingindo até 40 m de altura, conforme registrado por Klein (1972), são raríssimas, como pode ser observado nos dados quantitativos de diâmetros, alturas e área basal (Capítulos 6 e 8; Tabela 9.3) . Algumas das espécies com potencial de compor o estrato emergente são Apuleia leiocarpa, Parapiptadenia rigida, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia e Peltophorum dubium (Klein 1972). A manutenção da suspensão de sua explotação irá permitir o desenvolvimento da floresta e, com o passar do tempo, haverá novamente árvores emergentes de grande tamanho na floresta estacional. 219 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Tabela 9.2. Espécies dos estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado; OM = Oeste Médio; LA = Leste Avançado; LM = Leste Médio. Table 9.2. Species of successional stages in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage; OM = western medium stage; LA = eastern advanced stage; LM = eastern medium stage. Estádios Generalistas – AO/OM/LA/LM Figura 9.2. Percentual de espécies presentes (total 212) em cada estádio sucessional e grupo de bacias da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. OA = Oeste Avançado; OM = Oeste Médio; LA = Leste Avançado; LM = Leste Médio; Três = espécies presentes em três grupos; Dois = espécies presentes em dois grupos. Figure 9.2. Percentage of species (total 212) within successional stages and watershed groups in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. OA = western advanced stage; OM = western medium stage; LA = eastern advanced stage, LM, eastern medium stage; Três = species present in three groups; Dois = species present in two groups. Levando-se em consideração as espécies exclusivas de cada um dos estádios constata-se que há espécies que são abundantes em outras regiões fitoecológicas: Dicksonia sellowiana, Quillaja brasiliensis (Floresta Ombrófila Mista), Myrcia pubipetala, Myrceugenia myrcioides, Esenbeckia grandiflora, Vernonanthura discolor, Myrcia splendens (Floresta Ombrófila Mista e Densa), Nectandra membranacea (Floresta Ombrófila Densa), mas também um conjunto característico desta região fitoecológica, como Eugenia uruguayensis, Eugenia gracillima, Machaerium hirtum, Schaefferia argentinensi. 220 Actinostemon concolor, Albizia edwallii, Allophylus edulis, Allophylus puberulus, Annona emarginata, Annona sylvatica, Apuleia leiocarpa, Aspidosperma australe, Ateleia glazioveana, Balfourodendron riedelianum, Banara tomentosa, Cabralea canjerana, Campomanesia guazumifolia, Campomanesia xanthocarpa, Casearia decandra, Casearia sylvestris, Cedrela fissilis, Chrysophyllum gonocarpum, Chrysophyllum marginatum, Citronella paniculata, Cordia americana, Cordia trichotoma, Cordyline spectabilis, Cryptocarya aschersoniana, Cupania vernalis, Dalbergia frutescens, Diatenopteryx sorbifolia, Enterolobium contortisiliquum, Erythrina falcata, Erythroxylum deciduum, Ficus adhatodifolia, Helietta apiculata, Inga vera subsp. affinis, Inga virescens, Lonchocarpus campestris, Lonchocarpus cultratus, Luehea divaricata, Machaerium paraguariense, Machaerium stipitatum, Matayba elaeagnoides, Myrocarpus frondosus, Myrsine umbellata, Nectandra lanceolata, Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ocotea puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica, Picrasma crenata, Pilocarpus pennatifolius, Prunus myrtifolia, Randia ferox, Roupala montana, Sapium glandulosum, Sebastiania commersoniana, Solanum bullatum, Solanum mauritianum, Solanum sanctaecatharinae, Strychnos brasiliensis, Styrax leprosus, Syagrus romanzoffiana, Trichilia clausseni, Vitex megapotamica, Zanthoxylum fagara, Zanthoxylum rhoifolium. Exclusivas OA Campomanesia guaviroba, Chrysophyllum inornatum, Coccoloba argentinensis, Cordiera concolor, Coussapoa microcarpa, Eugenia subterminalis, Eugenia uruguayensis, Gleditsia amorphoides, Hybanthus bigibbosus, Machaerium nyctitans, Miconia cinerascens, Myrceugenia myrcioides, Myrcia hebepetala, Myrsine loefgrenii, Piptadenia gonoacantha, Schaefferia argentinensis, Vernonanthura discolor Exclusivas OM Allophylus petiolulatus, Aloysia virgate, Aralia warmingiana, Baccharis dracunculifolia, Chionanthus trichotomus, Cryptocarya mandioccana, Diospyros inconstans, Endlicheria paniculata, Esenbeckia grandiflora, Eugenia brasiliensis, Eugenia burkartiana, Handroanthus heptaphyllus, Heliocarpus popayanensis, Jacaranda micranta, Jacaratia spinosa, Leptolobium elegans, Machaerium hirtum, Maclura tinctoria, Manihot grahamii, Plinia rivularis, Siphoneugena reitzii, Tetrorchidium rubrivenium, Varronia polycephala Exclusivas LA Allophylus guaraniticus , Bunchosia marítima, Cereus sp., Maytenus aquifolia, Myrcia oblongata, Myrcia splendens, Myrcianthes gigantea, Ocotea laxa, Quillaja brasiliensis, Seguieria langsdorffii, Senegalia recurva Exclusivas LM Aegiphila brachiata, Baccharis semiserrata, Calyptranthes grandifolia, Dasyphyllum spinescens, Dicksonia sellowiana, Ficus gomelleira, Myrcia pubipetala, Myrsine guianensis, Raulinoreitzia sp., Solanum compressum, Solanum pseudoquina, Symplocos uniflora 221 222 0,63 5,47 Erythrina falcata Eugenia rostrifolia 14,48 19,41 12,68 11,82 7,64 15,87 12,78 15,00 11,91 10,45 13,84 10,11 10,5 11,09 12,11 9,72 11,00 13,03 10,56 15,72 10,41 - 10,78 7,70 Ht 0,65 1,26 3,31 0,50 3,05 7,89 15,53 4,71 14,00 9,67 9,80 14,13 39,85 4,32 14,00 4,32 2,03 3,69 17,18 4,20 1,52 7,13 4,20 0,76 4,96 1,52 12,47 16,29 4,83 0,38 Holocalyx balansae Ilex paraguariensis Inga marginata Lonchocarpus campestris Luehea divaricata Machaerium paraguariense Machaerium stipitatum Matayba elaeagnoides Myrocarpus frondosus Nectandra lanceolata Nectandra megapotamica Ocotea diospyrifolia Ocotea puberula Parapiptadenia rigida 223 Phytolacca dioica Picrasma crenata Pilocarpus pennatifolius Prunus myrtifolia Ruprechtia laxiflora Sebastiania brasiliensis Sebastiania commersoniana Solanum mauritianum Sorocea bonplandii Styrax leprosus Syagrus romanzoffiana Trichilia clausseni Urera baccifera Zanthoxylum fagara 0,02 0,08 0,37 0,41 0,10 0,13 0,01 0,19 0,13 0,16 0,29 0,24 0,10 0,49 0,95 3,04 1,91 0,70 0,37 0,59 0,27 1,99 0,42 0,04 0,00 0,40 0,35 1,14 Ficus luschnathiana 0,24 3,18 DoA 12,67 5,34 8,89 11,10 11,75 9,17 10,33 10,63 9,48 12,71 10,45 9,16 10,26 11,35 15,65 16,00 14,12 13,50 15,52 13,57 11,7 11,11 12,96 12,82 12,37 8,44 7,53 11,83 12,56 11,74 Ht Oeste Aavançado 0,52 0,15 0,69 0,44 0,01 0,10 0,69 0,00 0,91 0,39 0,59 0,37 0,04 0,20 0,58 0,01 0,05 0,30 0,10 0,62 0,15 - 0,24 0,08 DoA Eugenia uniflora DA 7,51 Diatenopteryx sorbifolia 1,91 Cordia trichotoma 0,76 3,56 Cordia americana 15,66 0,12 Cinnamodendron dinisii Cordyline spectabilis 12,47 Chrysophyllum marginatum Cupania vernalis 9,80 Chrysophyllum gonocarpum 6,62 Cabralea canjerana 9,04 1,01 Bauhinia forficata Cedrela fissilis 1,40 Banara tomentosa 13,36 7,38 Balfourodendron riedelianum Casearia sylvestris 2,92 Ateleia glazioveana 1,65 4,45 Apuleia leiocarpa Casearia decandra 3,82 Annona sylvatica 4,45 - Aloysia virgata Campomanesia xanthocarpa 6,23 6,87 Actinostemon concolor Allophylus edulis DA Oeste Aavançado 27,38 14,22 15,97 19,90 27,14 15,72 17,24 21,07 15,02 31,88 24,91 13,04 17,84 45,27 45,72 30,91 40,76 27,82 36,9 26,43 20,27 20,81 24,02 31,27 23,75 13,78 13,53 35,22 45,58 28,1 DAP 31,29 53,24 28,96 17,59 12,84 23,92 41,49 12,41 25,6 21,22 25,95 17,26 17,68 22,71 28,03 14,68 21,04 20,64 20,31 37,09 20,68 - 19,29 12,36 DAP 0,58 3,17 6,43 17,21 2,42 2,00 3,25 1,42 2,17 1,42 3,92 2,59 0,66 3,09 5,09 26,15 1,17 19,46 18,29 6,43 3,50 17,21 6,43 18,54 4,76 3,59 1,08 2,17 2,42 1,17 DA 0,75 1,75 2,50 11,69 0,66 4,51 4,26 - 4,17 5,76 11,53 15,95 0,58 2,59 8,85 1,17 1,75 5,09 0,50 3,25 4,09 11,44 3,76 0,83 DA 0,01 0,07 0,14 0,51 0,06 0,03 0,09 0,04 0,05 0,04 0,22 0,03 0,01 0,28 0,36 1,45 0,10 1,17 1,04 0,15 0,12 0,42 0,18 0,82 0,20 0,07 0,04 0,17 0,09 0,02 DoA 8,57 4,76 8,24 9,3 8,14 8,07 8,76 7,65 7,18 8,94 10,09 7,82 9,26 9,82 11,11 11,39 11,93 11,22 10,89 8,74 8,66 9,07 9,68 8,83 10,88 7,83 6,3 11,58 8,18 8,36 Ht Oeste Médio 11,44 11,8 0,19 0,04 10,13 9,59 6,72 10,66 10,30 - 9,84 8,68 9,59 8,25 9,29 9,00 8,94 8,71 7,71 11,11 9,50 12,64 7,74 5,6 8,38 6,60 Ht 0,17 0,25 0,01 0,11 0,37 - 0,19 0,22 0,40 0,35 0,01 0,07 0,33 0,01 0,04 0,15 0,03 0,33 0,08 0,17 0,11 0,01 DoA Oeste Médio 16,64 16,1 16,02 19,03 17,28 13,31 18,19 17,95 15,97 17,36 24,25 13,2 15,84 30,53 24,25 24,01 29,73 24,74 23,97 16,06 18,4 16,47 17,45 21,28 20,96 15,76 19,49 27,45 20,13 15,09 DAP 26,21 31,11 23,97 15,7 14,12 17,08 26,62 - 21,57 20,18 18,71 15,88 17,51 17 19,27 12,62 18,05 17,99 23,98 30,02 15,3 13,39 17,95 12,70 DAP 3,74 - 5,62 6,24 5,30 0,15 - 0,07 0,24 0,18 0,00 0,00 0,62 0,10 0,81 0,87 0,10 0,08 0,29 1,08 2,53 0,20 2,80 1,14 0,20 0,61 0,55 0,29 2,49 0,12 - - - - 0,19 DoA 0,36 0,31 - 8,50 8,85 9,68 6,00 12,00 10,79 10,96 10,35 7,19 11,58 7,29 10,57 12,65 9,33 - 8,63 10,86 15,97 10 8,30 - 9,39 5,80 Ht 12,00 - 6,28 11,19 9,36 4 8,5 8,34 6,82 12,66 11,05 6,41 10,00 12,18 11,58 13,29 11,5 11,61 12,92 10,00 8,34 10,2 9,21 10,89 9,28 - - - - 8,89 Ht Leste Avançado - 0,02 0,28 1,13 0,01 0,04 0,28 0,28 0,34 0,06 0,21 0,09 0,07 0,25 0,04 - 0,07 0,08 0,14 0,01 0,19 - 0,32 0,01 DoA 10,93 5,30 4,99 15,30 7,80 2,49 3,43 13,42 50,28 3,12 55,27 17,17 4,68 30,60 21,86 13,42 43,09 4,99 - - - - 2,81 DA - 0,62 5,30 44,9 1,56 1,24 5,30 8,74 8,43 2,49 4,68 4,68 4,37 5,30 0,93 - 2,49 2,18 1,24 0,31 9,99 - 14,67 1,56 DA Leste Avançado 21,62 - 12,76 21,85 19,69 9,87 11,14 18,35 14,82 35,93 24,64 12,58 19,91 30,22 28,26 22,93 27,14 22,96 26,94 20,01 15,22 17,14 16,35 23,77 16,15 - - - - 26,90 DAP - 21,01 22,92 16,73 11,27 18,78 23,69 19,21 20,51 17,49 21,96 15,07 14,36 22,58 22,94 - 18,9 20,92 37,05 21,96 14,88 - 16,02 11,65 DAP 2,61 0,40 3,01 7,83 0,20 - 1,80 2,00 - - 5,02 1,00 0,40 3,01 7,83 80,57 1,20 39,10 31,94 4,21 7,83 12,25 5,22 60,07 9,64 1,00 3,61 - 0,80 - DA 2,21 0,40 1,00 31,14 2,81 0,20 2,00 - 0,20 0,80 16,47 4,62 1,00 1,00 3,41 1,40 0,40 6,83 24,11 1,40 11,05 - 9,04 0,40 DA DoA 0,06 0,00 0,09 0,30 0,00 - 0,06 0,02 - - 0,11 0,01 0,00 0,23 0,26 3,70 0,01 1,61 1,40 0,13 0,17 0,22 0,09 2,06 0,22 0,01 0,07 - 0,12 - 10,64 12,00 5,80 6,97 4,25 6,50 8,24 - 10,00 7,50 11,17 8,68 9,30 10,20 11,06 8,86 12,27 10,58 10,33 7,1 7,83 - 8,67 12,50 Ht 5,79 7,00 9,73 8,91 8 - 7,53 5,44 - - 9,00 8,50 5,00 10,69 8,87 12,34 10,00 11,66 11,75 10 8,64 8,79 7,91 9,24 10,31 11,2 9,33 - 9,30 - Ht Leste Médio 0,07 0,02 0,01 0,46 0,03 0,00 0,04 - 0,00 0,01 0,42 0,07 0,01 0,02 0,06 0,01 0,01 0,15 0,68 0,02 0,17 - 0,13 0,005 DoA Leste Médio 16,03 11,30 18,53 21,44 13,37 - 19,79 11,52 - - 15,68 11,71 15,44 27,71 18,61 22,37 11,94 21,03 21,97 17,22 15,83 14,74 14,66 19,15 15,69 14,47 15,52 - 35,34 - DAP 19,24 25,79 14,39 13,44 12,62 10,82 16,43 - 16,55 14,17 17,13 13,46 12,22 17,70 15,26 11,28 20,4 15,96 16,89 15,38 13,87 - 13,36 12,26 DAP Tabela 9.3. Descritores fitossociológicos para bacias do Leste e Oeste, com vegetação em estádio médio e avançado. DoA = dominância absoluta (m2.ha-1); DA = densidade absoluta (ind.ha-1); Ht = altura total (m); DAP = Diâmetro na altura do peito (cm). Table 9.3. Structural descriptors for western and eastern watersheds with vegetation at medium and advanced successional stages. DoA = absolut dominance (m2.ha-1); DA = absolute density (ind.ha-1); Ht = total height (m); DAP = DBH (cm). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina 9 | Estádios sucessionais da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Corlett, R.T. 1994. What is secondary forest? Journal of Tropical Ecology 6:1-31. Quando avaliados em conjunto, os grupos de bacias do Leste e do Oeste não mostram diferenças significativas no número de indivíduos, número de espécies, área basal e altura dominante (Tabela 2.8, Capítulo 2). Considerando, no entanto, os estádios sucessionais, percebe-se que há diferenças significativas dos valores da área basal e do número de espécies entre os estádios, como esperado, mas não entre os grupos de bacias (Tabela 9.4). As demais variáveis não mostram comportamento uniforme em relação aos testes de igualdade. Finegan, B. 1996. Pattern and process in neotropical secondary rain forests: the first 100 years of sucession. Tree 11(3): 119-124. Tabela 9.4. Síntese dos estádios sucessionais das bacias de Leste e do Oeste na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Nsp = número de espécies; N = número de indivíduos totais amostrados; UA = Unidade Amostral; DA = densidade absoluta; AB = área basal; Ht = altura total; DAP = diâmetro na altura do peito. Os grupos com letras diferentes diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey-Kramer (α = 0,01). Table 9.4. Synthesis of successional stages in western (Oeste) and eastern (Leste) watersheds in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Nsp = species number; N = number of sampled trees; UA = Sample Plot; DA = tree density; AB = basal area; Ht = total tree height; DAP = DBH. The areas with different characters differ at α = 0,01, by Tukey-Kramer test. Guariguata, M.R.; Ostertag, R. 2001. Neotropical secondary forest succession: changes in structural and functional characteristics. Forest Ecology and Management 148: 185-206. Bacias/Estádio Leste avançado Oeste avançado Leste médio Oeste médio N° UA 9 21 14 34 Nsp N 118 155 123 168 1.921 3.494 2.669 4.815 Nsp por UA 44,1 a 43,4 a 31,6 b 36,5 a DA (ind.ha-1) 617,6 a 444,4 b, c 530,0 a, c 398,6 b AB(m². ha-1) 25,37 a 27,25 a 16,72 b 15,06 b Ht (m) 9,9 a, b 11,4 a 9, 8 a, b 9,3 b DAP (cm) 19,2 22,9 16,7 18,8 Groeneveld, J.; Alvesc, L.F.; Bernacci, L.C.; Catharino, E.L.M.; Knogge, C.; Metzger, J.P.; Pütza, S.; Hutha, A. 2009. The impact of fragmentation and density regulation on forest succession in the Atlantic rain forest. Ecological Modelling 220: 2450-2459. IBGE. 1992. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro. IBGE. Klein, R.M. 1963. Observações e considerações sobre a vegetação do Planalto Nordeste catarinense. Sellowia 15: 39-56. b a b b Pode-se afirmar que todos os remanescentes florestais estudados apresentaram alterações na composição florística e na sua estrutura de tamanhos ocasionada pelas ações antrópicas diretas ou indiretas; estas afetam o componente estrutural (as árvores) e o intersticial (as espécies da flora, fauna e microrganismos vivendo entre aquelas). Cabe destacar que Apuleia leiocarpa não se encontra entre as dez espécies mais importantes destas florestas, como ainda observou Klein (1972) na metade do século passado. Isso deve-se ao intenso processo de exploração de que foi alvo, seguida de redução drástica do tamanho e da conectividade dos remanescentes. Sua regeneração natural está presente em pouquíssimos fragmentos, com apenas quatro indivíduos encontrados em duas Unidades Amostrais. Referências Brasil. 1993. Decreto nº 750, de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1993. Brasil. 2006. Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Diário Oficial da União de 9 de janeiro de 2007. Klein, R.M. 1972. Árvores nativas da floresta subtropical do Alto Uruguai. Sellowia 24: 9-62. Klein, R.M. 1980. Ecologia da flora e vegetação do vale do Itajaí (continuação). Sellowia 32: 165-373. Liebsch, D.; Marques, M.C.M.; Goldenberg, R. 2008. How long does the Atlantic Rain Forest take to recover after a disturbance? Changes in species composition and ecological features during secondary succession. Biological Conservation 141: 1717-1725. Magurran, A.E. 2004. Measuring biological diversity. Oxford. Blackwell Publishing. Odum, E.P. 1988. Ecologia. Rio de Janeiro. Editora Guanabara. SAS. 2004. JMP Statistics and Graphics Guide, Version 5, Release 5.1.2. Statistical Analysis System, Cary. North Carolina. Siminski A.; Fantini, A.C.; Guries, R.P.; Ruschel, A.R.; Reis, M.S. 2011. Secondary Forest Succession in the Mata Atlantica, Brazil: Floristic and Phytosociological Trends. ISRN Ecology 2011: 1-19. Tabarelli, M.; Villani, J.P.; Mantovani, W. 1993. Aspectos da sucessão secundária em floresta atlântica no Parque Estadual da Serra do Mar, SP. Revista do Instituto Florestal 5(1): 99-112. Ter Braak, C.J.F.; Smilauer, P. 2002. CANOCO reference manual and CanoDraw for Windows user’s guide: software for canonical community ordination (version 4.5). Microcomputer Power, Ithaca. New York. Chokkalingam, U.; Jong, W. 2001. Secondary forest: a working definition and typology International Forestry Review 3(1): 19-26. Clark, D.B. 1996. Abolishing virginity. Journal of Tropical Ecoloy 12: 435-43 CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94, de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114. CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94, de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114. CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 2007. Resolução CONAMA 388/2007, de 23 de fevereiro de 2007. Diário Oficial da União de 26 de fevereiro de 2007, nº 38. 224 225 Capítulo 10 Floresta Estacional Decidual Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina1 Final considerations about Seasonal Deciduous Florests in Santa Catarina Alexander Christian Vibrans, Lucia Sevegnani, André Luís de Gasper Os dados apresentados neste volume mostram que os remanescentes da Floresta Estacional Decidual cobrem aproximadamente 1.231 km2, equivalentes a apenas 16,1% de sua extensão original de acordo com o mapa fitogeográfico de Klein (1978). Mostram também que os remanescentes são menores e mais fragmentados do que nas demais regiões fitoecológicas de Santa Catarina, uma vez que 89,8% de todos os fragmentos florestais possuem área de até 50 hectares e a soma das áreas destes pequenos fragmentos representa 52% de toda a cobertura florestal na Floresta Estacional Decidual. A amostragem destes remanescentes realizada pelo IFFSC foi adequada para retratar o estado atual da Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina, seja do ponto de vista de sua diversidade como de seus aspectos quantitativos e de sua estrutura. Também é possível afirmar que se dispõe de dados representativos para a situação de cada um dos 78 fragmentos amostrados. Ao todo, foram registradas 477 espécies vasculares. Esse conjunto representa 104 famílias e 303 gêneros. No componente arbóreo/arbustivo e regeneração natural foram amostradas 236 espécies, sendo 207 com diâmetro na altura do peito DAP ≥ 10 cm – componente arbóreo/arbustivo e, 162 com diâmetro na altura do peito DAP ≤ 10 cm e altura ≥ 1,50m – regeneração natural. Dessas, 56% são comuns a ambas as sinúsias, sendo exclusivas da arbórea 74 espécies e da regeneração 29. A coleta de material fértil no entorno e na Unidade Amostral – florístico extra - registrou 331 angiospermas, 58 pteridófitas, além de uma gimnosperma (Araucaria angustifolia). Das 389 espécies, 194 são árvores ou arbustos, 137 ervas terrícolas, 34 epífitos e 43 lianescentes. Entre as ameaçadas de extinção foram registradas Dicksonia sellowiana, Ocotea odorifera e Araucaria angustifolia. Este elevado número de espécies (predominantemente florestais) corresponde a 61,8% das listadas por Stehmann et al. (2009) para toda a Floresta Estacional Decidual do bioma Mata Atlântica no Brasil, destacando Santa Catarina como um estado bem amostrado em relação à sua biodiversidade nesta região fitoecológica. Apesar do grande esforço amostral empreendido pelo IFFSC, quando comparado com outros trabalhos até então realizados, não foi possível registrar 36 espécies arbóreas citadas para a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Desconsiderando que algumas podem não ter sido encontradas por conta do critério de inclusão, este número mostra a fragilidade destas espécies, por ocorrerem com uma forma de raridade ou restrição populacional que não permitiram o seu registro. Apesar da grande riqueza geral registrada, o baixo número de espécies por fragmento é alarmante: foram encontradas, em média, apenas 38 espécies no componente arbóreo/arbustivo (variando de 14 a 60) e 15 espécies no estrato da regeneração natural e do sub-bosque (variando de 4 a 32 espécies). As florestas remanescentes são compostas em média por 460 árvores com DAP > 10 cm por hectare, com diâmetro (DAP) de 19,6 cm, altura de 10,0 metros e fustes de 5,0 m de comprimento. Por hectare, a área basal destes fragmentos soma 19,8 m².ha-1, enquanto o volume dos fustes com casca soma 84,0 m³.ha-1 e o peso seco total das árvores (incluídos as árvores mortas em pé) 140,2 Mg.ha-1, com um estoque total de carbono de 70,1 Mg.ha-1. Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de. Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. In: Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V. (eds.). 2012. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, Vol. II, Floresta Estacional Decidual. Blumenau. Edifurb. 1 229 10 | Considerações finais sobre a Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina A busca por agrupamentos florísticos e estruturais dos remanescentes resultou na segregação de dois grupos: 1) um grupo das bacias hidrográficas dos rios Jacutinga, Irani, Chapecó, das Antas e PeperiGuaçu, localizadas no lado Oeste e configurando uma área núcleo da Floresta Estacional Decidual. Esta área é caracterizada pela presença de Apuleia leiocarpa, Rauvolfia sellowii, Bastardiopsis densiflora, Chrysophyllum gonocarpum, Cordia trichotoma, Holocalyx balansae, Myrocarpus frondosus e Pisonia ambigua, espécies frequentes em florestas estacionais do interior meridional do Brasil; 2) o grupo das bacias do rio Canoas, Pelotas e do Peixe, localizadas mais ao Leste e em altitudes de aproximadamente 600 m s.n.m., possui forte presença de espécies comumente associadas à Floresta Ombrófila Mista, como Ocotea pulchella, Zanthoxylum fagara, Lithrea brasiliensis, Matayba elaeagnoides, Cinnamodendron dinisii, constituindo uma zona de ecótono com a mesma. As dez espécies com maior valor de importância foram Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Syagrus romanzoffiana, Cedrela fissilis, Parapiptadenia rigida e Casearia sylvestris. Estas espécies são generalistas em termos de exigências de sítio, todas com caráter pioneiro ou secundário inicial, beneficiadas pela abertura de clareiras e comuns nas bordas de florestas. Portanto, fragmentos com pequena área, explorados e com estradas em seu interior apresentam condições ideais para o desenvolvimento destas espécies. São apenas estas espécies generalistas que mostram uma distribuição diamétrica regular e decrescente, enquanto as demais, principalmente as mais exigentes em termos de qualidade do ambiente, mostram baixíssimas frequências e estruturas deficitárias nas classes inferiores (das árvores jovens) ou das classes das árvores adultas, com diâmetros maiores. Esta constatação corrobora o cenário crítico em que se encontram estas florestas. Para classificar o estado de desenvolvimento dos remanescentes amostrados foi desenvolvido um processo analítico como alternativa ao uso dos critérios quantitativos da Resolução 04/1994 do CONAMA. Nenhuma floresta madura (“primária”) foi amostrada, todos os 78 fragmentos analisados encontram-se em sucessão secundária, 48 em estádio médio e 30 em estádio avançado de regeneração; muitas vezes, remanescentes encontram-se isoladas por extensas áreas agrícolas ou pastoris; além disso, fatores degradadores como pastoreio, exploração seletiva ou corte raso dentro da floresta foram constatados frequentemente, impactando certamente muito mais profundamente do que é possível avaliar no momento. Os fatores principais de degradação ambiental constatados no interior dos remanescentes no Oeste de Santa Catarina, foram: o corte seletivo atual ou histórico de espécies arbóreas, em 60% dos fragmentos, o pastejo pelo gado em 36%, a presença de estradas (41%), a roçada do sub-bosque (12%) e a presença de espécies exóticas, principalmente de Hovenia dulcis, em 43%. Na maior parte dos fragmentos ocorre a combinação de dois ou mais fatores de alteração. A sinergia dos fatores degradadores afeta a estrutura de tamanhos dos indivíduos que compõem o fragmento, causa redução no número de espécies e provoca abertura e até mesmo a eliminação do dossel; causa exclusão e redução das espécies exclusivas de sub-bosque (sinúsias dos micro e nanofanerófitos - arbustos), dos caméfitos (ervas), favorecendo lianas (cipós e trepadeiras) e espécies invasoras ou as anteriormente citadas especialistas em áreas degradadas. A roçada do sub-bosque e o pastejo subtraem indivíduos jovens, diminuindo assim o número de sinúsias presentes no remanescente florestal. Em muitos casos constata-se ‘sucessão secundária regressiva’, descrita por Richards (1996), isto é, um permanente processo de degradação e empobrecimento da vegetação, resultante da ação constante de fatores de degradação, que impedem que a vegetação avance e passe para estádios de sucessão mais complexos; ao invés disto, ela permanece no seu estado degradado ou até regride para estádios cada vez mais simplificados e degradados. A ação do gado sobre a floresta, presente em 36,3% dos fragmentos estudados, é extremamente danosa, sendo relatada como um fator de alto impacto por Sampaio e Guarino (2007) na bacia do rio Pelotas, em Santa Catarina. No Oeste, assim como no Planalto Catarinense, é hábito dos pecuaristas ampliarem as áreas de pastagens através da roçada do sub-bosque das florestas, as quais, no inverno, servem como abrigo para o gado, denominado popularmente de ‘invernada’. A busca de abrigo sob 230 a floresta evidencia também a falta de conjuntos de árvores permeando as pastagens e que possam amenizar o calor e a radiação durante o dia e o frio e os ventos durante a noite. Somam-se a estas perturbações os fatores externos aos remanescentes que têm modificado as condições e os recursos na borda e no interior dos fragmentos, que são: a agricultura (no entorno de 66% dos remanescentes), a pecuária (47%), as plantações florestais, principalmente dos gêneros Pinus e Eucalyptus (32%), além de outros usos como mineração e obras de infraestrutura (rodovias e ferrovias) e ações impactantes (queimada, caça, desmate e conversão de uso em andamento). Enquanto isso, em apenas 25% dos casos, existe na proximidade outro remanescente florestal, embora de tamanho e estado de conservação variável. O uso intensivo de agrotóxicos e de fertilizantes na agricultura circundante dos pequenos fragmentos florestais deve modificar ou destruir as teias de interações, comprometendo os fluxos de matéria e energia nos ecossistemas naturais. Estes fatores de degradação são similares aos que ocorrem na Floresta Ombrófila Mista no planalto de Santa Catarina (Vibrans et al. 2011), no entanto, certamente impactam a Floresta Estacional Decidual potencializados pelo reduzido tamanho e pela maior fragmentação dos remanescentes. Entre as espécies exóticas, destaca-se Hovenia dulcis (uva-do-japão) que foi encontrada com 337 indivíduos com DAP >10 cm em 34 das 79 Unidades Amostrais (43%), mas apenas em 4 Unidades Amostrais na regeneração, num total de 10 indivíduos regenerantes. A espécie compõe a fisionomia da vegetação e provoca aumento da área basal dos remanescentes. Ela, no entanto, é espécie invasora, contaminante biológica e tem forte interação com a fauna autóctone fornecendo néctar e pólen aos insetos polinizadores e pseudofrutos apreciados pelos animais, o que favorece a sua dispersão. Além desta, foram encontradas apenas as espécies exóticas Persea americana (presente em duas Unidades Amostrais) e Morus nigra (em uma Unidade Amostral), Tipuana tipu (em uma Unidade Amostral), além das espécies herbáceas Cirsium vulgare, Elephantopus mollis, Leonurus japonicus, Lilium regale, Pennisetum latifolium, Torilis arvensis, entre outras. A restrição do tamanho populacional de Apuleia leiocarpa, Cordia trichotoma, Parapiptadenia rigida, Balfourodendron riedelianum e Diatenopteryx sorbifolia, entre outras, demonstra de modo contundente o estado degradado da vegetação e a ameaça às espécies. O corte seletivo efetuado pelos proprietários rurais exige, além de maior rigor na fiscalização, também e de forma urgente, políticas públicas de incentivo aos proprietários que ainda possuem em suas propriedades remanescentes florestais biodiversos. Áreas contendo espécies ameaçadas ou características desta região fitoecológica devem ser mantidas para continuar fornecendo os serviços ecossistêmicos, bem como, servir de reserva de germoplasma para a realização de medidas de recuperação e restauração dos remanescentes degradados. Referências CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). 1994. Resolução CONAMA 04/94, de 4 de maio de 1994. Diário Oficial da União de 17 de junho de 1994, nº 114. Klein, R.M. 1978. Mapa fitogeográfico de Santa Catarina. In: Reitz, R. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí. Herbário Barbosa Rodrigues. Press. Richards, P.W. 1996. The tropical rain forest: an ecological study. Cambridge University Sampaio, M.B.; Guarino, E.S.G. 2007. Efeitos do pastoreio de bovinos na estrutura populacional de planta em fragmento de Floresta Ombrófila Mista. Revista Árvore 31(6): 1035-1046. 231 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Stehmann, J.R.; Forzza, R.C.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D.P.; Kamino, L.H.Y. 2009. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Vibrans, A.C.; Sevegnani, L.; Uhlmann, A.; Schorn, L.A.; Sobral, M.; Gasper, A.L. de; Lingner, D.V.; Brogni, E.; Klemz, G.; Godoy, M.B.; Verdi, M. 2011. Structure of mixed ombrophyllous forests with Araucaria angustifolia (Araucariaceae) under external stress in Southern Brazil. Revista de Biologia Tropical 59(3): 1371-1387. 232 Apêndice Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual I Floresta Estacional Decidual Nome científico/ Família Apêndice I. Lista das espécies coletadas no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, na Floresta Estacional Decidual. A = coletada no componente arbóreo/arbustivo; B = coletada na regeneração natural; H = coletada no componente florístico. Bacias hidrográficas: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio Jacutinga; 7 = rio Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu. Apendix I. List of species collected on Floristic and Forest Inventory of Santa Catarina State on Seasonal Deciduous Forest. A = collected on tree/shrub component; R = collected on natural regeneration; H = collected on floristic component. Watershed s: 1 = rio Canoas; 2 = rio Chapecó; 3 = rio das Antas; 4 = rio do Peixe; 5 = rio Irani; 6 = rio Jacutinga; 7 = rio Pelotas; 8 = rio Peperi-Guaçu. A R H Bacia Anemiaceae Anemia phyllitidis (L.) Sw. x 1/4 Anemia raddiana Link x 5/8 Anemia tomentosa (Savigny) Sw. x 4/5 Asplenium brasiliense Sw. x 3 Asplenium claussenii Hieron. x 3 Asplenium gastonis Fée x 3/5/6/8 Asplenium inaequilaterale Willd. x 3/4/6 Blechnum australe (Cav.) de la Sota subsp. auriculatum x 3/4/5 Blechnum austrobrasilianum de la Sota x 3/4/5/6 Blechnum binervatum (Poir.) C.V.Morton & Lellinger subsp. acutum x 2 Blechnum brasiliense Desv. x 2 Blechnum occidentale L. x 2 x 5 Aspleniaceae Blechnaceae Cyatheaceae Alsophila setosa Kaulf. x Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin x 2/3/4 Dennstaedtiaceae Dennstaedtia dissecta (Sw.) T.Moore x 2/3/4 Dennstaedtia globulifera (Poir.) Hieron. x 2/3/4/6 x 2/3/4/6/8 Dicksoniaceae Dicksonia sellowiana Hook. x 236 R H Bacia Ctenitis falciculata (Raddi) Ching x 2/3 Ctenitis pedicellata (H.Christ.) Copel. x 2/3 Ctenitis submarginalis (Langsd. & Fisch.) Ching x 2/3/5/6/8 Didymochlaena truncatula (Sw.) J.Sm. x 2/3/4/5/6/8 Lastreopsis effusa (Sw.) Tindale x 1/2//4/6 Megalastrum connexum (Kaulf.) A.R.Sm. & R.C.Moran x 1/2/3/4/6 Megalastrum oreocharis (Sehnem) Salino & Ponce x 1/2/3/4/6 x 6 x 1/2/3/4/5/6/8 x 2 Campyloneurum acrocarpon Fée x 2 Campyloneurum minus Fée x 2 Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl x 2 Campyloneurum rigidum Sm. x 2//4/6 Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota x 1/2/3/4/6/7/8 Niphidium crassifolium (L.) Lellinger x 1/2/3/4/5/6/7/8 Pecluma robusta (Fée) M.Kessler & A.R.Sm. x 1/4/6 Pecluma sicca (Lindm.) M.G.Price x 1/4/5/6 Pecluma singeri (de la Sota) M.G.Price x 1/5/6 Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota x 4/6 Pleopeltis minima (Bory) J.Prado & R.Y.Hirai x 4/6 Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston x 5/6 Adiantopsis chlorophylla (Sw.) Fée x 4 Adiantopsis perfasciculata Sehnem x 4 Adiantum pseudotinctum Hieron. x 4 Dryopteridaceae Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Nome científico/ Família A Hymenophyllaceae Vandenboschia radicans (Sw.) Copel. Lomariopsidaceae Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott Ophioglossaceae Botrychium virginianum (L.) Sw. Polypodiaceae Pteridaceae 237 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice I : Lista Nome científico/ Família Florística geral da Floresta Estacional A R H Decidual Bacia Adiantum raddianum C.Presl Apêndice II: Estimativas Anogramma chaerophylla (Desv.) Link Doryopteris collina (Raddi) J.Sm. x 4 das variáveis dendrométricas por espécie e 3 x por hectare x 2/3/8 Doryopteris concolor (Langsd. & Fisch.) Kuhn x 2/5/6 Apêndice III: Variáveis fitossociológicas das espécies da Floresta Estax 2/6 cional Decidual Doryopteris majestosa Yesilyurt Doryopteris pentagona Pic.Serm. x 2/6/8 Hemionitis tomentosa (Lam.) Raddi. x 8 Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta EstacioPteris deflexa Link x 6 nal Decidual Nome científico/ Família H Bacia Chamissoa acuminata Mart. x 1/ Chamissoa altissima (Jacq.) Kunth x 2/3/6/8 Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd. x 2/3/6/8 x 3 Hippeastrum reticulatum Herb. Anacardiaceae Lithrea brasiliensis Marchand 6 Schinus terebinthifolius Raddi Pteris lechleri Mett. x 6 Annonaceae x 1/4/7 x 4 x x x 1/2/3/4/5/6/7 Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Annona sylvatica A.St.-Hil. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 x 4 x 2/3/4/5/6 x 1/2/3/4/5/6/7/8 Fischeria stellata (Vell.) E.Fourn. x 3 Oxypetalum pannosum Decne. x 1/6 x 2/3/5/6 x 8 x x 2/4/5/8 Ilex brevicuspis Reissek x x 1/2/3/6 Ilex microdonta Reissek x x Ilex paraguariensis A.St.-Hil. x x Ilex theezans Mart. ex Reissek x Thelypteris hispidula (Decne.) C.F.Reed x 6 Apiaceae Thelypteris scabra (C.Presl) Lellinger x 6 Daucus pusillus Michx. Woodsiaceae x Schinus lentiscifolius Marchand x Thelypteridaceae R Amaryllidaceae Pteris denticulata Sw. var. denticulata Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Pteris splendens Kaulf. x 6 Estacional Decidual A Apocynaceae Diplazium cristatum (Desr.) Alston x 2/3/4/58 Diplazium herbaceum Fée x 2/3/6 Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze x x x 2/4/6/7 Asclepias curassavica L. Aspidosperma australe Müll.Arg. x Rauvolfia sellowii Müll.Arg. Acanthaceae Justicia brasiliana Roth x Justicia carnea Lindl. Ruellia angustiflora (Nees) Lindau ex Rambo x 1/2/3/4/5/6/8 x 2/4 x 3 Achatocarpaceae Achatocarpus praecox Griseb. x x x 3/8 Adoxaceae Sambucus australis Cham. & Schltdl. x x 2/3/5/6/8 Alstroemeriaceae x x x Schubertia sp. Tabernaemontana catharinensis A.DC. Aquifoliaceae 2/3/5/6 x 2/3/4/6 x 1/2 Philodendron bipinnatifidum Schott x 3 Spathicarpa hastifolia Hook. x 6 Araceae Bomarea edulis (Tussac.) Herb. x 3/4/6 Amaranthaceae Alternanthera micrantha R.E.Fr. x 238 3/8 Araliaceae 239 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A Aralia warmingiana (Marchal) J.Wen x R Hydrocotyle quinqueloba Ruiz & Pav. Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. x x H Bacia x 3 x 3 x 2/3/4/5/8 Arecaceae Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman x Trithrinax brasiliensis Mart. x 1/2/3/4/5/6/8 x 4 Nome científico/ Família A H Bacia Pterocaulon alopecuroides (Lam.) DC. x 2/6 Pterocaulon polystachyum DC. x 6 Raulinoreitzia crenulata (Spreng.) R.M.King & H.Rob. x 1 Senecio brasiliensis (Spreng.) Less. x 4 Smallanthus connatus (Spreng.) H.Rob. x 1 Solidago chilensis Meyen x 1/2/3 Trixis praestans (Vell.) Cabrera Aristolochiaceae Aristolochia triangularis Cham. & Schltdl. x 4/8 Asparagaceae Cordyline spectabilis Kunth & Bouché x x x 1/2/3/4/5/6 x Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Austroeupatorium inulifolium (Kunth) R.M.King & H.Rob. x 6 x 1/2/4 x 1 x x 1/4/6 x x 4/5 x Baccharis anomala DC. Baccharis dracunculifolia DC. x Baccharis punctulata DC. Baccharis semiserrata DC. x 4 Urolepis hecatantha (DC.) R.M.King & H.Rob. x 5 Verbesina sordescens DC. x 1 Vernonanthura chamaedrys (Less.) H.Rob. x 1 Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob. Asteraceae R x 5 Vernonanthura montevidensis (Spreng.) H.Rob. x 1 Vernonanthura tweedieana (Baker) H.Rob. x 2/3 x 2/3/8 x 4 Basellaceae Anredera cordifolia (Ten.) Steenis Begoniaceae 1 Begonia descoleana L.B.Sm. & B.G.Schub. Bignoniaceae Campuloclinium macrocephalum (Less.) DC. x 1 Chromolaena laevigata (Lam.) R.M.King & H.Rob. x 1/4 Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. x 2/3/8 Chromolaena odorata (L.) R.M.King & H.Rob. x 2/4 Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann x 1/3 Chromolaena pedunculosa (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob. x 3/4/5 Fridericia sp. x 2/3/5/8 Chrysolaena platensis (Spreng.) H.Rob. x 3 x 1/4/7 Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera x Dasyphyllum tomentosum (Spreng.) Cabrera x x 3/4 Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos x x 3 Jacaranda micrantha Cham. x x 3/8 Jacaranda puberula Cham. x x 1/2/3/4/5/6 x 2/4 Erechtites hieraciifolia (L.) Raf. ex DC. x 4 Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera x 1 Boraginaceae Jungia floribunda Less. x 5/6/8 Kaunia rufescens (P.W.Lund ex DC.) R.M.King & H.Rob. x 2/5 Mikania micrantha Kunth x x Neocabreria malachophylla (Klatt) R.M.King & H.Rob. Piptocarpha angustifolia Dusén x x 240 x Cordia americana (L.) Gottschling & J.S.Mill. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Cordia ecalyculata Vell. x x x 2/3/5/6/8 2 Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex Steud. x x x 1/2/3/4/5/6/8 4 Heliotropium transalpinum Vell. x 3/4/6/8 Tournefortia paniculata Cham. x 2/4/6 1/4/5 241 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A Varronia polycephala Lam. x R H Bacia x 2/5 Bromeliaceae Nome científico/ Família A R H Bacia Clethra scabra Pers. x x x 1/4 x 1/2/3 Combretaceae Aechmea calyculata (E.Morren) Baker x 1 Combretum fruticosum (Loefl.) Stuntz Aechmea recurvata (Klotzsch) L.B.Sm. x 3 Commelinaceae Tillandsia tenuifolia L. x 6 Commelina villosa C.B.Clarke ex Chodat & Hassl. x 6 Dichorisandra hexandra (Aubl.) Kuntze ex Hand.-Mazz x 2/3/4/5/6/8 1 Tradescantia fluminensis Vell. x 3 Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos x 2 Ipomoea indivisa (Vell.) Hallier f. x 3 Ipomoea quamoclit L. x 3 x 2 Cactaceae Cereus sp. x Lepismium warmingianum (K.Schum.) Barthlott x 4 Pereskia aculeata Mill. x 2/3/6/8 Rhipsalis baccifera (J.S.Muell.) Stearn x 4 Campanulaceae Lobelia exaltata Pohl x 5 Lobelia hassleri Zahlbr. x 4/6 Siphocampylus verticillatus G.Don x 5 Convolvulaceae Cucurbitaceae Melothria pendula L. Cunoniaceae Lamanonia ternata Vell. Cannabaceae x 1/4 Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Cyperaceae Trema micrantha (L.) Blume x x x 1/2/3/4/5/6/8 Carex sellowiana Schltdl. x 4 Cyperus andreanus Maury x 4 Cyperus burkartii Guagl. x 6 Cyperus hermaphroditus (Jacq.) Standl. x 2/6 Cyperus incomtus Kunth x 1/4/6/7/8 Cannaceae Canna indica L. x 3/6 Cannelaceae Cinnamodendron dinisii Schwacke x x 1/6/7 Cardiopteridaceae Dioscoreaceae Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Dioscorea multiflora Mart. ex Griseb. 3 Dioscorea piperifolia Humb. & Bonpl. ex Willd. Caricaceae Jacaratia spinosa (Aubl.) A.DC. x x 3/8 Vasconcellea quercifolia A.St.-Hil. x x 1/2/3/4/5/6/8 Celastraceae x 4 Ebenaceae Diospyros inconstans Jacq. x 3 x 1/2 Elaeocarpaceae Maytenus aquifolia Mart. x Pristimera celastroides (Kunth) A.C.Sm. Schaefferia argentinensis Speg. x x 1/4/5/6 Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. x 4 Erythroxylaceae x 2 Erythroxylum deciduum A.St.-Hil. x Erythroxylum myrsinites Mart. Clethraceae 242 243 x x 1/2/3/4/6/8 x 4 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A R H Bacia Euphorbiaceae Acalypha gracilis Spreng. x x 2/3/4/5/6/8 x x 1/2/3/4/5/6/8 Nome científico/ Família A R H Bacia Inga subnuda Salzm. ex Benth. x x Inga vera Wild. x x Inga virescens Benth. x 1/2/4/6/7 Leptolobium elegans Vogel x 2 1/2/6/8 x 1/2/3/4/5/6/8 Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. x Alchornea sidifolia Müll.Arg. x 2/3 Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll.Arg. x 2/4/8 Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. x x x 1/2/3/4/5/6/8 x 3/5/6 Lonchocarpus cultratus (Vell.) A.M.G.Azevedo & H.C.Lima x x x 4/6/7/8 Croton sp. x 2 Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. x x x 2/3/4 Euphorbia heterophylla L. x 3/5/6 Lonchocarpus nitidus (Vogel) Benth. x x Bernardia pulchella (Baill.) Müll.Arg. x 3/4/6 Manihot grahamii Hook. x x x 1/2/4/5/6/8 Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld x 8 Sapium glandulosum (L.) Morong x x x 1/2/3/4/5/6/8 Machaerium nyctitans (Vell.) Benth. x 6 Sebastiania brasiliensis Spreng. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Machaerium paraguariense Hassl. x x Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs x x x 1/2/3/4/6/7/8 Machaerium stipitatum (DC.) Vogel x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Tetrorchidium rubrivenium Poepp. x Mimosa scabrella Benth. x x x 1/4/6 Myrocarpus frondosus Allemão x x x 1/2/3/4/5/6/8 Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. x x 2/3/8 Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. x 2/6 Tragia volubilis L. x 6 Fabaceae Albizia edwallii (Hoehne) Barneby & J.W.Grimes x x Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart x x 1/2/3/4/8 Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.Macbr. x x 1/2/3/4/5/6/8 Ateleia glazioveana Baill. x Bauhinia forficata Link x x Calliandra brevipes Benth. Calliandra foliolosa Benth. x Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme Dalbergia frutescens (Vell.) Britton x Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong x Erythrina crista-galli L. x Erythrina falcata Benth. x Gleditsia amorphoides (Griseb.) Taub. x Holocalyx balansae Micheli x Inga edulis Mart. x Inga marginata Willd. x 244 x 1/2/3/4/5/6/7/8 x 1/2/4/5/8 x 1/2/3/4/5/6/7/8 x 6 x 2 Senegalia nitidifolia (Speg.) Seigler & Ebinger Senegalia recurva (Benth.) Seigler & Ebinger x x Senegalia tenuifolia (L.) Britton & Rose Senegalia tucumanensis (Griseb.) Seigler & Ebinger 1/2/3/4/5/6/8 x x 4/8 x 1/3/4/6 x 5 x 2/5/8 2/3/4/5/6/8 Senegalia velutina (DC.) Seigler & Ebinger x 6 Senna occidentalis (L.) Link x 3 x x 1/3/4/5/6/8 x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Vicia sp. x 4 x 2/3/4/5/8 Vigna sp. x 1/8 x 6 x 1/4/5 Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto ex Benth. x 1/4/5/8 Rhabdocaulon strictum (Benth.) Epling x 1 4/6 x x 1/3/4/5/6/8 2/3 x 2/3/8 1/2/3/4/5/6/8 x x 2/3/4/5/6/8 Hypericaceae Hypericum connatum Lam Lamiaceae Aegiphila brachiata Vell. x 245 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A R Salvia sp. Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke x x H Bacia x 8 x 1/2/3/4/5/6/8 Lauraceae Cinnamomum amoenum (Nees & Mart.) Kosterm. x x Cryptocarya aschersoniana Mez x x Cryptocarya mandioccana Meisn. x Endlicheria paniculata (Spreng.) J.F.Macbr. x Nectandra grandiflora Nees x Nectandra lanceolata Nees x x x 1/2/3/4/5/6/8 Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. x x Ocotea diospyrifolia (Meisn.) Mez x x Ocotea laxa (Nees) Mez x x 4 Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer x x 2/4/5/6 Ocotea puberula (Rich.) Nees x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez x x x 2/3/4/6/7 1/8 x 4/5/6 6 x x x x R H Bacia Pavonia communis A.St.-Hil. x 7 Pavonia sepium A.St.-Hil. x 1/2/5/8 Sida rhombifolia L. x 2/4/5/6/8 x 6 Maranthaceae Ctenanthe muelleri Petersen Melastomataceae Leandra australis (Cham.) Cogn. x 6 6 Leandra regnellii (Triana) Cogn. x 4/6 Leandra xanthocoma (Naudin) Cogn. x 4 x 2/6 x 3 1/2/3/4/5/6/8 Loganiaceae Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. A 2/5 4 x Nome científico/ Família 1/2/3/4/5/6/7/8 Malpighiaceae Miconia cinerascens Miq. x x Miconia pusilliflora (DC.) Naudin Meliaceae Cabralea canjerana (Vell.) Mart. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Cedrela fissilis Vell. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Guarea macrophylla Vahl x x x 2/3/5/6/8 Trichilia catigua A.Juss. x x x 2/3/8 Trichilia claussenii C.DC. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Trichilia elegans A.Juss. x x x 1/2/3/4/5/6/8 x x x 2/3/4/5/6 Monimiaceae Bunchosia maritima (Vell.) J.F.Macbr. x 1 Hennecartia omphalandra J.Poiss. Dicella nucifera Chodat x 3 Moraceae Heteropterys intermedia (A.Juss.) Griseb. x 2/3 x Malvaceae Abutilon umbelliflorum A.St.-Hil. Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl. x Byttneria australis A.St.-Hil. Ficus adhatodifolia Schott x 4/6 Ficus gomelleira Kunth x 4 x 4 Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. x x 3 Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud. x x 3/6 Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al. x x x x 2/3/8 Heliocarpus popayanensis Kunth x x 8 Acca sellowiana (O.Berg) Burret x 3 Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Calyptranthes grandifolia O.Berg x x x 5 Calyptranthes tricona D.Legrand x x Luehea divaricata Mart. & Zucc. x Malvastrum coromandelianum Garcke 246 x 2/3/4/5/6 x 2/3/5/8 x Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna Hibiscus sp. x 2/3/4/5/6/8 Myrtaceae x 247 4 4/5 4 x 2/3/4/5/6/8 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. x Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg x x x 1/2/3/4/5/6/8 Eugenia burkartiana (D.Legrand) D.Legrand x x x 3/8 Onagraceae Eugenia gracillima Kiaersk. x x 2/6 Oenothera sp. Eugenia hiemalis Cambess. R H Bacia Nome científico/ Família A 6 Pisonia ambigua Heimerl x R H Bacia x 4/3/5/6/8 Oleaceae Chionanthus trichotomus (Vell.) P.S.Green x 8 2/3/4/6/8 Agonandra excelsa Griseb. Orchidaceae x 3 x 4 x 1/3 Opiliaceae Eugenia involucrata DC. x x Eugenia pyriformis Cambess. x x x 1/2/3/5/6 Eugenia ramboi D.Legrand x x x 2/3/4/5 Alatiglossum longipes (Lindl.) Baptista x 6 Eugenia rostrifolia D.Legrand x x 2/3/4/5 Baptistonia riograndensis (Cogn.) Chiron & V.P.Castro x 5 Eugenia subterminalis DC. x Corymborkis flava (Sw.) Kuntze x 2/6 Eugenia uniflora L. x Galeandra beyrichii Rchb.f. x 1 Eugenia uruguayensis Cambess. x Gomesa recurva R.Br. x 2/3 Eugenia verticillata (Vell.) Angely x x Govenia urticulata (Sw.) Lindl. x 1/3/4 Myrceugenia myrcioides (Cambess.) O.Berg x x Grandiphyllum divaricatum (Lindl.) Docha Neto x 1/6 Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay x 1/3 x 4 Passiflora amethystina J.C.Mikan x 1 6 x 1/2/3/4/5/6/8 5 Myrcia guianensis (Aubl.) DC. x 4/6 x Myrcia hebepetala DC. x Myrcia oblongata DC. x Myrcia palustris DC. Myrcia pubipetala Miq. x Myrcia selloi (Spreng.) N.Silveira 4/5/6 1 2/5/6 x x 1/7 x x 1 Oxalidaceae Oxalis cytisoides Mart. ex Zucc. Passifloraceae x 2/4 x 1 Passiflora caerulea L. x 3 x 4 x 2/5/6 x 1/2/3/4/5/6/7/8 x 1/2/3/4/5/6/8 x 5 Myrcia splendens (Sw.) DC. x 4 Passiflora capsularis L. Myrcianthes gigantea (D.Legrand) D.Legrand x 1 Phytolaccaceae Myrcianthes pungens (O.Berg) D.Legrand x x Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg x x Myrrhinium atropurpureum Schott 1/2/3/5/6 x x Plinia rivularis (Cambess.) Rotman x x Plinia trunciflora (O.Berg) Kausel x x Psidium australe Cambess. x x Nyctaginaceae Phytolacca americana L. Phytolacca dioica L. x 7 Seguieria aculeata Jacq. x 3 Seguieria americana L. 4/6 1/3 x Siphoneugena reitzii D.Legrand x Seguieria langsdorffii Moq. 1 Picramniaceae 6 Picramnia parvifolia Engl. x x Piperaceae 248 x 249 4 x 1/4/6 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A R H Bacia Peperomia blanda (Jacq.) Kunth x 2/3/8 Peperomia corcovadensis Gardner. x 1/4/5/6 Peperomia delicatula Henschen x 6 Coccoloba argentinensis Speg. Peperomia pereskiifolia (Jacq.) Kunth x 1 Polygonum punctatum Elliott Peperomia tetraphylla (G.Forst.) Hook. & Arn. x 2 Ruprechtia laxiflora Meisn. Peperomia trineura Miq. x 5 Primulaceae Peperomia trineuroides Dahlst. x 6 Myrsine balansae (Mez) Arechav. Peperomia urocarpa Fisch. & C.A.Mey. x 1/2/6/8 Piper aduncum L. x x 2/3/4/5/6/8 Piper amalago L. x x 2/3/8 Piper caldense C.DC. x Piper gaudichaudianum Kunth 3 x Piper hispidum Sw. x Nome científico/ Família x 4/6 6 x 2 x 4 x x 1/2/3/4/5/6/8 x x 3/4 x x x x 1/3/4/5/6/7/8 Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze x x x 4 Myrsine loefgrenii (Mez) Imkhan. x x 2/4 x 1 Myrsine parvula (Mez) Otegui Roupala montana Aubl. x x x x Plantago sp. x 6 Rosaceae Stemodia verticillata (Mill.) Hassl. x 8 Prunus myrtifolia (L.) Urb. Andropogon bicornis L. x 6 Eustachys distichophylla (Lag.) Nees x 4/8 Lasiacis divaricata (L.) Hitch. x 3/4/8 Melica macra Ness x Merostachys skvortzovii Send. 1/2/3/4/5/6 1/2/3/6 x x 1 x Rubus brasiliensis Mart. Poaceae x Quillajaceae Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. & Tul.) Mart. Plantaginaceae x x Proteaceae Piper mikanianum (Kunth) Steud. Bacia Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult. 2/3/6 4 H Polygonaceae Myrsine umbellata Mart. x R Sporobolus pseudairoides Parodi 3/4/8 Piper macedoi Yunck. A x 1/2/3/4/5/6/7/8 x 4/5/6/7 Rubiaceae Cordiera concolor (Cham.) Kuntze x Coussarea contracta (Walp.) Müll.Arg. x x x 2/3/4/5/6 4 Coutarea hexandra (Jacq.) K.Schum. x x x 1/3/4/5/6 x 4 Galium sp. x 4 Olyra humilis Nees x 4 Manettia luteo-rubra (Vell.) Benth. x 2 Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. x 3 Manettia paraguariensis Chodat x 3 Pharus latifolius L. x 3 Mitracarpus sp. x 6 Pseudechinolaena polystachya (Kunth) Stapf x 1/6 Palicourea australis C.M.Taylor x 1/4 Schizachyrium microstachyum (Desv. ex Ham.) Roseng. x 4 Psychotria carthagenensis Jacq. x x 2/3/4/8 Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen x 4 Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. x x 2/4/6 Setaria vulpiseta (Lam.) Roem. & Schult. x 3/4/5/8 x 2/3/8 250 Psychotria myriantha Müll.Arg. 251 6 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A R Psychotria suterella Müll.Arg. Randia ferox (Cham. & Schltdl.) DC. x x Rudgea parquioides (Cham.) Müll.Arg. H Bacia x 2/5/6 x 1/2/3/4/5/6 x 1/2/6 Rutaceae Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Esenbeckia grandiflora Mart. x x x 2/4 Helietta apiculata Benth. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Pilocarpus pennatifolius Lem. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul. x x x 1/2/3/4/5/6 Zanthoxylum rhoifolium Lam. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Nome científico/ Família A R H Bacia Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.) Engl. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Chrysophyllum inornatum Mart. x x Chrysophyllum marginatum (Hook. & Arn.) Radlk. x x x 1/2/3/4/5/6/8 x x x 1/2/3/4/5/6/7 x x 2/4 x 1/4 Sapotaceae Simaroubaceae Picrasma crenata (Vell.) Engl. Solanaceae Aureliana sp. Capsicum flexuosum Sendtn. Cestrum intermedium Sendtn. x Cestrum strigilatum Ruiz & Pav. x x Nicotiana alata Link & Otto Salicaceae Banara tomentosa Clos x x x 1/2/3/4/5/6/8 Sessea regnellii Taub. Casearia decandra Jacq. x x x 1/2/3/4/5/6/8 Solanum americanum Mill. Casearia obliqua Spreng. x Casearia sylvestris Sw. x Xylosma pseudosalzmannii Sleumer x 1/2/4/7 x x 1/2/3/4/5/6/8 2/3/4/6/8 Sapindaceae Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Allophylus guaraniticus (A.St.-Hil.) Radlk. x x x 1/2/3/4/6/7/8 Allophylus petiolulatus Radlk. x Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk x 6 x Cardiospermum halicacabum L. Cupania vernalis Cambess. x x Diatenopteryx sorbifolia Radlk. x x Matayba elaeagnoides Radlk. x x Matayba intermedia Radlk. x x 1/2/4/5/6 x 3 x 1/2/3/4/5/6/7/8 1/2/3/4/5/6/8 x 1/2/3/4/5/6/7/8 6 x 1/3/4/5/6/8 x 2/3/6/8 x 4 x 2/4/5/6 x Solanum bullatum Vell. x Solanum compressum L.B.Sm. & Downs x x 4 4/5/6 4 Solanum corymbiflorum (Sendtn.) Bohs x 1/4 Solanum diploconos (Mart.) Bohs x 8 Solanum fusiforme L.B.Sm. & Downs x 2 Solanum guaraniticum A.St.-Hil. x 4 Solanum hirtellum (Spreng.) Hassl. x 8 x 1/2/3/4/5/6/7/8 Solanum mauritianum Scop. x Solanum pabstii L.B.Sm. & Downs x x Solanum pseudocapsicum L. 4 x Solanum pseudoquina A.St.-Hil. x Solanum sanctaecatharinae Dunal x 4 1/4 x x 1/3/4/5/6/8 4/5 Solanum sisymbriifolium Lam. x 6 Paullinia meliifolia Juss. x 3 Solanum trachytrichium Bitter x 6 Serjania sp. x 7 Solanum vaillantii Dunal x 4 xxxxx Solanum variabile Mart. x 1/4/7 x 5/6 Thinouia sp. Urvillea sp. x 252 4 x Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. 253 Apêndice I : Lista Florística geral da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome científico/ Família A R H Bacia x x x 1/2/3/4/5/6/7/8 Styracaceae Styrax leprosus Hook. & Arn. Symplocaceae Symplocos tetrandra Mart. x 5 Symplocos uniflora (Pohl) Benth. x 7 Talinaceae Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. x 2/4/5/6 Thymelaeaceae Daphnopsis racemosa Griseb. x 1 Urticaceae Boehmeria caudata Sw. x Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini x x 2/3/5/6/8 6 Pilea pubescens Liebm. x 3 x 2/3/4/5/6/8 x 6 x 2/3/5/8 x 7 x 4/7 Lippia brasiliensis (Link) T.R.S.Silva x 5 Lippia lippioides (Cham.) Rusby x 1/6 Verbena bonariensis L. x 3/4 Verbena litoralis Kunth x 3 x 2/3/4/5/6/8 Cissus sulcicaulis (Baker) Planch. x 5 Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.Jarvis x 3/6 x 1 Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd. x x Valerianaceae Valeriana scandens L. Verbenaceae Aloysia virgata (Ruiz & Pav.) Juss. x x Citharexylum solanaceum Cham. Lantana camara L. x Violaceae Hybanthus bigibbosus (A.St.-Hil.) Hassl. x x Vitaceae Vivianiaceae Caesarea albiflora Cambess. 254 255 Apêndice II Floresta Estacional Decidual Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare 257 258 1,06 ± 0,61 0,16 ± 0,16 5,75 ± 2,41 2,98 ± 1,23 PI 0,29 ± 0,41 4,03 ± 1,63 Annona emarginata Annona sp. Annona sylvatica Apuleia leiocarpa Aralia warmingiana Araucaria angustifolia Aspidosperma australe 259 1,33 ± 0,57 0,54 ± 0,49 11,28 ± 6,42 10,86 ± 3,05 0,41 ± 0,4 1,33 ± 0,67 Casearia decandra Casearia obliqua Casearia sylvestris Cedrela fissilis Ceiba speciosa Celtis iguanaea Chrysophyllum gonocarpum Chionanthus trichotomus Cestrum intermedium 5,65 ± 1,58 PI 0,24 ± 0,2 PI 2,96 ± 1,27 Campomanesia xanthocarpa Cereus sp. 0,94 ± 0,53 PI 0,66 ± 0,6 PI 0,8 ± 0,65 Campomanesia guazumifolia Campomanesia guaviroba Calyptranthes tricona Calyptranthes grandifolia Calliandra foliolosa 6,12 ± 2,29 0,06 ± 0,09 Blepharocalyx salicifolius Cabralea canjerana 1,07 ± 0,45 Bauhinia forficata PI 1,32 ± 2,22 Bastardiopsis densiflora Bunchosia maritima 1,41 ± 0,78 Banara tomentosa PI Baccharis sp. 5,6 ± 1,73 PI Baccharis semiserrata Balfourodendron riedelianum PI 5,2 ± 7,82 PI ind.ha-1 Baccharis dracunculifolia Ateleia glazioveana Asteraceae Espécie PI 0,06 ± 0,09 Alsophila setosa Aspidosperma sp. 5,23 ± 3,94 Aloysia virgata 6,84 ± 2,16 Allophylus edulis 1,74 ± 1,5 0,23 ± 0,28 Alchornea triplinervia Allophylus puberulus 0,17 ± 0,22 Alchornea sidifolia PI 0,62 ± 0,43 Albizia niopoides Allophylus petiolulatus 3,52 ± 1,4 Albizia edwallii PI 0,45 ± 0,71 Agonandra excelsa Allophylus guaraniticus PI 2,23 ± 1,17 Actinostemon concolor Aegiphila brachiata 0,31 ± 0,28 ind.ha -1 Achatocarpus praecox Espécie 124,0 PI 366,5 PI 222,0 441,2 124,5 252,6 397,3 189,3 190,9 248,9 PI 398,5 PI 361,0 166,4 PI 620,5 185,8 745,2 246,4 136,8 PI PI PI 667,8 PI CV (%) PI 179,8 618,3 PI 183,7 185,5 442,1 255,4 620,4 334,1 381,5 PI PI 140,2 544,5 589,2 312,1 177,2 705,6 PI 232,9 411,0 CV (%) 19,04 ± 1,55 PI 11,83 ± 0,98 PI 13,28 ± 0,88 29,92 ± 19,38 21,8 ± 2,28 15,57 ± 1,05 15,21 ± 4,58 15,66 ± 1,7 18,35 ± 2,61 16,36 ± 2,98 PI 18,22 ± 7,35 PI 18,92 ± 11,06 20,93 ± 2,34 PI 29,92 ± 169,87 12,58 ± 1,2 23,31 ± 27,36 19,56 ± 2,88 18,14 ± 1,55 PI PI PI 19,24 ± 6,02 PI DAP (cm) PI 17,81 ± 2,2 58,46 ± 47,56 PI 29,87 ± 7,41 16,45 ± 1,6 17,97 ± 11,41 12,83 ± 1,03 13,05 ± 12,13 14,75 ± 1,81 13,97 ± 1,65 PI PI 15,95 ± 1,42 19,99 ± 15,13 20,81 ± 17,18 17,69 ± 6,31 16,88 ± 1,86 14,25 ± 2,09 PI 12,13 ± 0,91 17,37 ± 6,29 DAP (cm) 27,4 PI 7,9 PI 14,1 61,7 40,5 24,3 32,6 25,1 40,8 34,2 PI 43,6 PI 76,1 36,4 PI 63,2 22,1 13,1 35,7 29,0 PI PI PI 33,8 PI CV (%) PI 36,0 32,7 PI 70,0 30,4 39,9 14,5 10,3 23,0 18,6 PI PI 30,2 30,5 33,2 42,7 31,6 5,9 PI 16,1 29,2 CV (%) 4,21 ± 0,56 PI 3,83 ± 1,9 PI 3,52 ± 1,44 6,05 ± 2,22 5,19 ± 0,55 3,45 ± 0,38 5,75 ± 2,79 4,35 ± 0,64 4,72 ± 0,73 4,56 ± 1,36 PI 2,48 ± 0,89 PI 4,3 ± 2,22 4,87 ± 0,56 PI PI 4,3 ± 1,82 5,56 ± 5,57 4,25 ± 0,82 5,32 ± 0,57 PI PI PI 5,32 ± 0,76 PI Hf (m) PI 5,6 ± 1,26 14,33 ± 7,99 PI 5,96 ± 1,09 4,05 ± 0,56 PI 4,3 ± 1,84 3,1 ± 11,44 2,76 ± 0,65 4,51 ± 2,26 PI PI 3,99 ± 0,47 3 ± 2,48 2,57 ± 1,23 5,36 ± 2,26 4,57 ± 0,58 3,14 ± 1,98 PI 2,41 ± 0,82 3,42 ± 3,19 Hf (m) 40,7 PI 19,9 PI 49,1 29,6 39,8 32,6 39,1 28,6 40,5 44,3 PI 22,4 PI 41,6 34,6 PI PI 59,1 11,1 37,5 35,1 PI PI PI 11,5 PI CV (%) PI 58,1 22,4 PI 49,9 39,7 PI 51,1 41,1 35,3 40,3 PI PI 34,2 33,3 19,2 45,7 33,2 25,3 PI 40,7 37,5 CV (%) PI 41,3 20,4 PI 52,7 27,9 17,3 40,3 17,7 26,2 37,0 PI PI 30,0 27,0 30,2 27,1 21,2 16,5 PI 26,9 29,8 CV (%) PI 0,12 ± 0,05 0,06 ± 0,07 PI 0,31 ± 0,17 0,13 ± 0,05 < 0,01 0,01 ± 0,01 < 0,01 0,08 ± 0,05 0,03 ± 0,03 PI PI 0,18 ± 0,07 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,02 0,02 ± 0,02 0,09 ± 0,04 < 0,01 PI 0,03 ± 0,02 0,02 ± 0,02 AB (m².ha-1) 9,01 ± 0,74 PI 9,83 ± 2,77 PI 7,11 ± 1,17 11,86 ± 4,23 11,55 ± 0,93 8,45 ± 0,6 9,31 ± 3,37 9,59 ± 1,02 10,14 ± 1,01 9,23 ± 1,14 PI 7,31 ± 2,24 PI 9,64 ± 3,5 10,26 ± 0,89 PI 13,5 ± 19,06 9,09 ± 1,43 9,78 ± 1,69 9,63 ± 1,17 11,09 ± 0,89 PI PI PI 10,16 ± 3,14 PI Ht (m) 27,6 PI 26,8 PI 35,1 34,0 31,2 25,3 39,1 24,6 28,5 23,2 PI 33,1 PI 47,3 28,3 PI 15,7 36,4 1,9 29,4 27,3 PI PI PI 33,4 PI CV (%) 0,21 ± 0,07 PI < 0,01 PI 0,03 ± 0,01 0,04 ± 0,05 0,45 ± 0,13 0,26 ± 0,15 0,01 ± 0,01 0,03 ± 0,01 0,12 ± 0,06 0,02 ± 0,01 PI 0,02 ± 0,02 PI 0,03 ± 0,02 0,3 ± 0,16 PI < 0,01 0,01 ± 0,01 0,08 ± 0,13 0,05 ± 0,02 0,18 ± 0,06 PI PI PI 0,17 ± 0,21 PI AB (m².ha-1) Variáveis dendrométricas PI 11,1 ± 1,58 16,61 ± 8,41 PI 12,85 ± 2,4 8,47 ± 0,76 8,5 ± 2,34 7,93 ± 1,77 4 ± 6,35 6,18 ± 0,86 7,77 ± 1,83 PI PI 8,77 ± 0,77 8,42 ± 5,64 10,92 ± 8,2 10,4 ± 2,35 9,77 ± 0,72 7,62 ± 3,12 PI 7,48 ± 0,94 7,59 ± 2,81 Ht (m) Variáveis dendrométricas 147,8 PI 380,2 PI 246,7 565,8 133,2 252,1 465,1 212,9 241,8 261,1 PI 415,8 PI 400,4 232,7 PI 775,1 211,7 732,3 226,7 145,3 PI PI PI 542,8 PI CV (%) PI 178,5 524,7 PI 239,4 178,6 573,7 258,3 627,1 304,6 403,4 PI PI 179,2 615,2 654,6 449,9 178,0 653,8 PI 254,1 467,7 CV (%) 0,6 ± 0,26 PI < 0,01 PI 0,03 ± 0,02 0,2 ± 0,25 2,24 ± 0,76 0,84 ± 0,66 0,04 ± 0,04 0,12 ± 0,06 0,5 ± 0,33 0,1 ± 0,07 PI 0,03 ± 0,04 PI 0,08 ± 0,1 1,16 ± 0,55 PI 0,03 ± 0,05 0,02 ± 0,02 0,42 ± 0,68 0,15 ± 0,09 0,91 ± 0,34 PI PI PI 0,82 ± 1,18 PI Vf c/c (m³.ha-1) PI 0,62 ± 0,31 0,58 ± 0,7 PI 1,65 ± 0,93 0,42 ± 0,23 0,01 ± 0,02 0,03 ± 0,02 < 0,01 0,11 ± 0,1 0,05 ± 0,06 PI PI 0,54 ± 0,24 0,05 ± 0,07 0,05 ± 0,07 0,11 ± 0,14 0,36 ± 0,14 0,02 ± 0,03 PI 0,03 ± 0,03 0,03 ± 0,04 Vf c/c (m³.ha-1) 189,5 PI 504,7 PI 356,1 573,7 151,6 350,3 465,8 242,5 290,7 323,8 PI 548,7 PI 531,6 209,6 PI 883,2 295,2 726,6 264,6 167,3 PI PI PI 640,9 PI CV (%) PI 222,0 541,8 PI 248,5 243,3 883,2 343,0 623,0 399,9 519,0 PI PI 194,2 608,1 672,7 547,7 177,0 585,6 PI 398,8 532,7 CV (%) 1,34 ± 0,48 PI 0,01 ± 0,01 PI 0,13 ± 0,08 0,36 ± 0,49 2,98 ± 1,03 1,46 ± 0,83 0,06 ± 0,07 0,15 ± 0,08 0,73 ± 0,42 0,13 ± 0,08 PI 0,13 ± 0,13 PI 0,17 ± 0,17 2,25 ± 1,39 PI 0,04 ± 0,07 0,07 ± 0,04 0,52 ± 0,84 0,27 ± 0,14 1,13 ± 0,4 PI PI PI 1,03 ± 1,24 PI PS (Mg.ha-1) PI 0,73 ± 0,31 0,52 ± 0,62 PI 2,66 ± 1,59 0,71 ± 0,31 0,03 ± 0,05 0,07 ± 0,04 < 0,01 0,37 ± 0,25 0,16 ± 0,15 PI PI 1,04 ± 0,46 0,08 ± 0,11 0,08 ± 0,13 0,12 ± 0,14 0,5 ± 0,21 0,05 ± 0,07 PI 0,14 ± 0,08 0,12 ± 0,13 PS (Mg.ha-1) 157,9 PI 384,5 PI 259,5 615,1 153,0 251,3 474,7 222,2 254,5 274,9 PI 426,9 PI 442,8 274,9 PI 805,1 221,7 718,1 230,6 157,5 PI PI PI 534,0 PI CV (%) PI 190,3 532,2 PI 264,8 192,3 606,9 258,5 630,1 298,2 409,7 PI PI 197,5 628,1 688,7 511,8 188,7 654,2 PI 268,3 475,7 CV (%) 0,67 ± 0,24 PI < 0,01 PI 0,07 ± 0,04 0,18 ± 0,25 1,49 ± 0,51 0,73 ± 0,41 0,03 ± 0,03 0,08 ± 0,04 0,37 ± 0,21 0,06 ± 0,04 PI 0,07 ± 0,06 PI 0,09 ± 0,09 1,13 ± 0,7 PI 0,02 ± 0,04 0,04 ± 0,02 0,26 ± 0,42 0,14 ± 0,07 0,56 ± 0,2 PI PI PI 0,52 ± 0,62 PI C (Mg.ha-1) PI 0,37 ± 0,16 0,26 ± 0,31 PI 1,33 ± 0,79 0,36 ± 0,15 0,02 ± 0,02 0,04 ± 0,02 < 0,01 0,19 ± 0,13 0,08 ± 0,07 PI PI 0,52 ± 0,23 0,04 ± 0,05 0,04 ± 0,06 0,06 ± 0,07 0,25 ± 0,11 0,02 ± 0,03 PI 0,07 ± 0,04 0,06 ± 0,07 C (Mg.ha-1) 157,9 PI 384,5 PI 259,5 615,1 153,0 251,3 474,7 222,2 254,5 274,9 PI 426,9 PI 442,8 274,9 PI 805,1 221,7 718,1 230,6 157,5 PI PI PI 534,0 PI CV (%) PI 190,3 532,2 PI 264,8 192,3 606,9 258,5 630,1 298,2 409,7 PI PI 197,5 628,1 688,7 511,8 188,7 654,2 PI 268,3 475,7 CV (%) Apêndice II. Estimativas das variáveis dendrométricas para as 230 espécies na Floresta Estacional Decidual em Santa Catarina. Valores médios com intervalo de confiança (95%). ind.ha-1 = número de indivíduos por hectare; CV = coeficiente de variação; DAP = diâmetro à altura do peito; Hf = altura do fuste; Ht = altura total; AB = área basal total; Vf c/c = volume total do fuste com casca; PS = peso seco total; C = estoque de carbono total; PI = população insuficiente. Apendix II. Estimates of dendrometric variables of 230 tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. Mean values with 95% confidence interval. ind.ha-1 = number of trees per hectare; CV = coefficient of variation; DAP = DBH; Hf = stem height; Ht = total tree height; AB = total basal area; Vf c/c = stem volume with bark; PS = total dry weight; C = total carbon stock e; PI = insufficient population size. Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare 3,95 ± 1,43 0,92 ± 0,56 2,7 ± 1,07 Cordia americana Cordia ecalyculata Cordia trichotoma 260 0,32 ± 0,52 4 ± 1,67 Dasyphyllum tomentosum Diatenopteryx sorbifolia 261 0,61 ± 0,45 PI PI PI 0,19 ± 0,27 0,16 ± 0,14 0,21 ± 0,16 0,19 ± 0,18 2,03 ± 2,28 Erythroxylum deciduum Esenbeckia grandiflora Eugenia brasiliensis Eugenia burkartiana Eugenia gracillima Eugenia involucrata Eugenia pyriformis Eugenia ramboi Eugenia rostrifolia 0,16 ± 0,26 0,29 ± 0,34 Fabaceae Ficus adhatodifolia 0,07 ± 0,09 0,27 ± 0,41 Guarea macrophylla PI 1,52 ± 0,93 Gleditsia amorphoides Ficus sp. Ficus luschnathiana PI 0,4 ± 0,67 Eugenia verticillata Ficus gomelleira PI 1,67 ± 1,04 Eugenia uruguayensis Eugenia uniflora PI 1,09 ± 0,78 Erythrina falcata Eugenia subterminalis 0,1 ± 0,15 Erythrina crista-galli PI Endlicheria paniculata 0,35 ± 0,28 PI Diospyros inconstans Enterolobium contortisiliquum 0,13 ± 0,15 Dicksonia sellowiana ind.ha-1 0,16 ± 0,26 Dasyphyllum spinescens Espécie 1,33 ± 0,84 PI Dalbergia frutescens Cyathea sp. 2,03 ± 3,32 PI Cryptocarya mandioccana Cyathea corcovadensis 1,23 ± 1,12 Cryptocarya aschersoniana 20,03 ± 6,29 0,26 ± 0,21 Coutarea hexandra Cupania vernalis 0,67 ± 0,71 PI Coussapoa microcarpa Coussarea contracta 1,1 ± 0,68 Cordyline spectabilis PI 0,07 ± 0,09 Coccoloba argentinensis Cordiera concolor 0,45 ± 0,71 Clethra scabra 0,93 ± 0,53 Citronella paniculata 0,11 ± 0,13 0,06 ± 0,09 Cinnamomum amoenum Citrus x lemon 1,07 ± 1,45 Cinnamodendron dinisii PI 6,21 ± 1,98 Chrysophyllum marginatum Citrus reticulata PI ind.ha-1 Chrysophyllum inornatum Espécie 682,7 620,7 PI 271,0 PI 517,4 725,8 746,1 PI 275,6 PI 496,6 407,0 350,9 384,7 620,4 PI PI PI 324,4 316,8 662,0 356,4 PI PI 534,9 CV (%) 185,3 726,1 726,1 277,6 PI 723,1 139,2 PI 403,8 360,1 474,3 PI 275,2 PI 175,8 269,4 159,9 620,6 699,8 510,7 PI 253,6 620,4 602,9 141,5 PI CV (%) 13,48 ± 5,39 33,74 ± 16,18 PI 27,83 ± 13,29 PI 20,38 ± 9,47 60,04 ± 212,84 11,75 ± 13,75 PI 24,15 ± 4,56 PI 26,82 ± 7,9 19,15 ± 9,13 18,25 ± 11,72 25,18 ± 20,62 19,2 ± 20,32 PI PI PI 20,39 ± 9,33 29,91 ± 8,67 68,04 ± 332,66 28,1 ± 12,4 PI PI 21,01 ± 7,79 DAP (cm) 31,13 ± 7,04 22,35 ± 55,81 14,56 ± 13,14 13,86 ± 1,62 PI 11,2 ± 1,06 15,65 ± 1,02 PI 30,71 ± 11,46 24,68 ± 12,65 12,98 ± 0,7 PI 12,45 ± 0,73 PI 18,46 ± 2,41 17,29 ± 2,53 28,5 ± 5,55 13,61 ± 5,06 20,54 ± 7,64 11,67 ± 4 PI 16,35 ± 3,89 16,79 ± 63,7 16,92 ± 9,78 23,95 ± 3,03 PI DAP (cm) 4,5 5,3 PI 110,4 PI 37,4 39,5 13,0 PI 35,4 PI 38,3 38,4 61,2 66,0 42,6 PI PI PI 59,5 52,4 54,4 47,7 PI PI 14,9 CV (%) 63,8 27,8 10,0 21,9 PI 5,9 26,1 PI 58,7 48,8 6,5 PI 10,6 PI 38,0 25,4 60,1 4,1 23,4 13,8 PI 47,9 42,2 23,3 40,0 PI CV (%) PI 5,5 ± 19,06 PI 4,44 ± 1,07 PI 4,33 ± 2,48 10,25 ± 47,65 < 0,01 PI 5,09 ± 1,4 PI 5,5 ± 1,08 5,9 ± 0,68 5,08 ± 3,22 5,75 ± 3,53 PI PI PI PI 4,56 ± 1,32 6,04 ± 1,91 12,25 ± 3,18 6,33 ± 2,7 PI PI 2 ± 6,35 Hf (m) 5,11 ± 0,83 3,7 ± 2,54 2,4 ± 7,62 3,54 ± 0,67 PI 4,2 ± 2,63 4,13 ± 0,4 PI 5,21 ± 1,39 4,63 ± 3,64 3,7 ± 1,36 PI 2,63 ± 0,96 PI 6,82 ± 0,92 3,36 ± 0,71 4,77 ± 0,87 3,5 ± 6,35 5,63 ± 4,38 < 0,01 PI 4,13 ± 1,08 PI 4,47 ± 5,36 5,16 ± 0,65 PI Hf (m) PI 38,6 PI 45,4 PI 36,0 51,7 0,0 PI 40,9 PI 23,4 9,3 60,4 38,6 0,0 PI PI PI 27,6 52,3 2,9 46,1 PI PI 35,4 CV (%) 41,8 7,6 35,4 33,0 PI 25,2 35,8 PI 37,2 49,4 29,6 PI 35,0 PI 36,3 31,6 48,6 20,2 48,9 0,0 PI 41,4 0,0 48,3 37,0 PI CV (%) 41,4 22,2 44,6 29,9 PI 34,0 26,9 PI 26,3 40,2 21,7 PI 35,8 PI 31,1 32,0 34,3 30,0 16,4 43,3 PI 32,2 32,6 19,1 28,7 PI CV (%) 0,31 ± 0,14 0,02 ± 0,03 < 0,01 0,02 ± 0,02 PI 0,02 ± 0,03 0,45 ± 0,13 PI 0,11 ± 0,08 0,01 ± 0,01 < 0,01 PI 0,02 ± 0,01 PI 0,09 ± 0,04 0,03 ± 0,02 0,39 ± 0,16 < 0,01 0,01 ± 0,02 < 0,01 PI 0,03 ± 0,02 < 0,01 0,03 ± 0,05 0,38 ± 0,15 PI AB (m².ha-1) 6,25 ± 13,77 12,5 ± 57,18 PI 10,1 ± 1,7 PI 9,7 ± 4,29 25,75 ± 54 8,55 ± 18,42 PI 10,77 ± 1,68 PI 11,82 ± 1,64 11,4 ± 3,89 11,5 ± 4,44 12 ± 3,93 8,04 ± 4,48 PI PI PI 10,81 ± 3,94 12,94 ± 3,47 22,5 ± 19,06 11,07 ± 3,27 PI PI 2,75 ± 1,86 Ht (m) 24,5 50,9 PI 39,0 PI 35,6 23,3 24,0 PI 29,2 PI 18,0 27,5 36,8 26,4 22,4 PI PI PI 47,5 48,4 9,4 32,0 PI PI 27,3 CV (%) < 0,01 < 0,01 PI 0,16 ± 0,15 PI 0,01 ± 0,01 0,07 ± 0,12 < 0,01 PI 0,1 ± 0,07 PI 0,16 ± 0,22 < 0,01 < 0,01 0,01 ± 0,01 0,01 ± 0,02 PI PI PI 0,02 ± 0,02 0,14 ± 0,11 0,03 ± 0,05 0,04 ± 0,05 PI PI < 0,01 AB (m².ha-1) Variáveis dendrométricas 12,47 ± 1,83 11,23 ± 22,45 7,3 ± 29,22 8,9 ± 1,42 PI 5,6 ± 3,03 9,57 ± 0,64 PI 14,62 ± 2,45 8,42 ± 3,55 9,19 ± 1,67 PI 5,68 ± 1,12 PI 12,02 ± 1,29 8,05 ± 1,49 10,77 ± 1,2 8,25 ± 22,24 12,66 ± 3,3 4 ± 4,3 PI 8,24 ± 1,32 9,75 ± 28,59 12,3 ± 5,82 11,1 ± 1,01 PI Ht (m) Variáveis dendrométricas 656,3 621,2 PI 407,8 PI 457,7 821,0 782,5 PI 314,7 PI 590,2 448,3 538,6 537,9 813,0 PI PI PI 365,6 331,2 667,5 574,4 PI PI 505,8 CV (%) 202,5 719,3 696,2 305,7 PI 719,4 126,1 PI 299,7 462,5 490,9 PI 307,7 PI 198,6 301,2 182,8 650,1 598,6 586,2 PI 302,0 779,8 613,2 172,2 PI CV (%) < 0,01 0,03 ± 0,04 PI 0,64 ± 0,86 PI 0,04 ± 0,04 0,38 ± 0,67 < 0,01 PI 0,27 ± 0,21 PI 0,82 ± 1,08 0,03 ± 0,03 0,05 ± 0,06 0,06 ± 0,08 0,06 ± 0,11 PI PI PI 0,09 ± 0,09 0,87 ± 0,81 0,27 ± 0,39 0,26 ± 0,36 PI PI < 0,01 Vf c/c (m³.ha-1) 1,47 ± 0,78 0,07 ± 0,12 < 0,01 0,05 ± 0,03 PI 0,12 ± 0,19 1,75 ± 0,64 PI 0,48 ± 0,35 0,06 ± 0,08 0,03 ± 0,03 PI 0,03 ± 0,04 PI 0,53 ± 0,25 0,1 ± 0,08 1,72 ± 0,96 < 0,01 0,05 ± 0,05 < 0,01 PI 0,07 ± 0,05 < 0,01 0,19 ± 0,26 1,48 ± 0,64 PI Vf c/c (m³.ha-1) 883,2 625,0 PI 593,5 PI 499,8 785,5 0,0 PI 347,0 PI 584,4 422,6 594,4 566,0 851,1 PI PI PI 429,7 410,4 656,3 629,5 PI PI 622,0 CV (%) 235,7 718,6 668,3 241,8 PI 742,3 161,3 PI 321,6 580,9 497,0 PI 572,3 PI 212,8 341,4 247,0 635,0 467,4 0,0 PI 311,5 723,6 616,6 190,8 PI CV (%) 0,02 ± 0,03 0,04 ± 0,06 PI 1,57 ± 1,93 PI 0,06 ± 0,06 0,65 ± 1,21 0,02 ± 0,04 PI 0,73 ± 0,54 PI 1,23 ± 1,69 0,03 ± 0,04 0,05 ± 0,06 0,08 ± 0,11 0,1 ± 0,2 PI PI PI 0,14 ± 0,13 1,12 ± 0,91 0,32 ± 0,5 0,29 ± 0,4 PI PI 0,02 ± 0,03 PS (Mg.ha-1) 2,47 ± 1,28 0,11 ± 0,17 0,01 ± 0,02 0,11 ± 0,08 PI 0,09 ± 0,14 2,49 ± 0,71 PI 0,89 ± 0,63 0,1 ± 0,11 0,05 ± 0,05 PI 0,07 ± 0,05 PI 0,54 ± 0,27 0,17 ± 0,12 3,29 ± 1,49 < 0,01 0,08 ± 0,1 0,01 ± 0,01 PI 0,15 ± 0,1 0,02 ± 0,03 0,21 ± 0,28 2,86 ± 1,35 PI PS (Mg.ha-1) 659,3 621,7 PI 545,4 PI 453,7 833,5 790,2 PI 328,3 PI 610,4 475,5 595,1 569,2 838,6 PI PI PI 405,4 360,5 700,3 622,5 PI PI 504,7 CV (%) 229,9 710,0 690,2 306,6 PI 718,5 126,9 PI 314,5 492,1 496,6 PI 315,1 PI 226,4 310,4 200,3 648,8 567,9 598,1 PI 314,3 800,5 614,8 208,5 PI CV (%) 0,01 ± 0,02 0,02 ± 0,03 PI 0,78 ± 0,96 PI 0,03 ± 0,03 0,32 ± 0,61 0,01 ± 0,02 PI 0,37 ± 0,27 PI 0,62 ± 0,85 0,02 ± 0,02 0,02 ± 0,03 0,04 ± 0,05 0,05 ± 0,1 PI PI PI 0,07 ± 0,07 0,56 ± 0,46 0,16 ± 0,25 0,14 ± 0,2 PI PI 0,01 ± 0,01 C (Mg.ha-1) 1,24 ± 0,64 0,05 ± 0,09 < 0,01 0,06 ± 0,04 PI 0,04 ± 0,07 1,24 ± 0,36 PI 0,44 ± 0,31 0,05 ± 0,05 0,02 ± 0,03 PI 0,04 ± 0,03 PI 0,27 ± 0,14 0,09 ± 0,06 1,65 ± 0,74 < 0,01 0,04 ± 0,05 < 0,01 PI 0,07 ± 0,05 < 0,01 0,1 ± 0,14 1,43 ± 0,67 PI C (Mg.ha-1) 659,3 621,7 PI 545,4 PI 453,7 833,5 790,2 PI 328,3 PI 610,4 475,5 595,1 569,2 838,6 PI PI PI 405,4 360,5 700,3 622,5 PI PI 504,7 CV (%) 229,9 710,0 690,2 306,6 PI 718,5 126,9 PI 314,5 492,1 496,6 PI 315,1 PI 226,4 310,4 200,3 648,8 567,9 598,1 PI 314,3 800,5 614,8 208,5 PI CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare 1,87 ± 0,98 12,27 ± 8,96 Holocalyx balansae Hovenia dulcis 262 0,26 ± 0,37 PI 2,25 ± 2,09 6,36 ± 2,08 0,64 ± 0,6 Lamanonia ternata Leptolobium elegans Lithrea brasiliensis Lonchocarpus campestris Lonchocarpus cultratus 263 0,17 ± 0,18 PI Maytenus aquifolia Miconia cinerascens 0,08 ± 0,11 0,25 ± 0,2 PI PI PI PI 0,89 ± 0,55 0,1 ± 0,11 6,68 ± 2,7 1,5 ± 1,15 PI Myrcia hebepetala Myrcia oblongata Myrcia pubipetala Myrcia splendens Myrcianthes gigantea Myrcianthes pungens Myrciaria floribunda Myrocarpus frondosus Myrsine coriacea Myrsine guianensis PI Myrceugenia myrcioides Morus nigra 0,13 ± 0,18 0,74 ± 1,4 Matayba intermedia Mimosa scabrella 9,68 ± 5,2 PI Manihot grahamii Matayba elaeagnoides 0,34 ± 0,36 Maclura tinctoria PI Machaerium nyctitans 15,91 ± 4,23 PI Machaerium hirtum Machaerium stipitatum 27,63 ± 6,91 Luehea divaricata 6,36 ± 2,9 0,29 ± 0,45 Lonchocarpus nitidus Machaerium paraguariense 0,19 ± 0,28 Lonchocarpus muehlbergianus ind.ha-1 0,13 ± 0,15 Jacaratia spinosa Espécie 0,51 ± 0,45 0,61 ± 0,35 Inga virescens Jacaranda puberula 0,63 ± 0,58 Inga vera PI 2,3 ± 1,21 Inga vera subsp. affinis Jacaranda micrantha 0,3 ± 0,28 Inga subnuda 0,29 ± 0,46 Inga edulis 0,17 ± 0,17 0,16 ± 0,23 Ilex theezans Inga sp. 1,14 ± 1,08 Ilex paraguariensis 2,44 ± 1,36 0,26 ± 0,3 Ilex microdonta Inga marginata 0,59 ± 0,55 Ilex brevicuspis PI 0,25 ± 0,24 Hennecartia omphalandra Hybanthus bigibbosus PI 6,92 ± 5,85 PI ind.ha-1 Heliocarpus popayanensis Helietta apiculata Handroanthus heptaphyllus Espécie PI 340,5 179,5 503,4 276,3 PI PI PI PI 362,8 629,0 PI 620,4 PI 452,8 844,2 238,3 PI 471,2 118,0 202,0 PI PI 110,9 691,0 654,9 CV (%) 420,0 144,8 410,2 PI 640,0 512,4 386,8 PI 255,0 406,4 232,7 412,1 454,5 247,3 699,4 633,0 420,3 511,3 412,0 PI 323,8 231,2 430,4 PI 374,8 PI CV (%) PI 17,17 ± 3,43 20,72 ± 2,73 23,98 ± 24,68 24,18 ± 5,58 PI PI PI PI 16,1 ± 5,5 12,73 ± 28,31 PI 32,23 ± 57,63 PI 11,36 ± 2,01 22,31 ± 129,02 18,3 ± 2,72 PI 19,2 ± 10,41 17,42 ± 1,37 21,08 ± 3,42 PI PI 23,96 ± 4,29 12,16 ± 5,79 14,32 ± 15,17 DAP (cm) 15,61 ± 7,04 18,93 ± 2,46 18,07 ± 2,87 PI 21,42 ± 42,51 43,71 ± 35,77 21,83 ± 7,75 PI 14,99 ± 3,25 16,53 ± 5,82 15,43 ± 2,54 16,02 ± 2,23 18,86 ± 11,79 13,53 ± 1,59 13,71 ± 5,8 13,4 ± 10,45 15,04 ± 3,84 18,36 ± 11,86 19,77 ± 7,86 PI 18,52 ± 1,72 30,9 ± 6,73 12,05 ± 0,95 PI 19,71 ± 2,57 PI DAP (cm) PI 31,4 45,4 41,4 38,2 PI PI PI PI 32,5 24,7 PI 19,9 PI 11,1 64,4 45,3 PI 43,7 30,1 52,8 PI PI 74,0 19,2 11,8 CV (%) 43,0 46,3 22,2 PI 22,1 32,9 42,4 PI 34,2 33,6 39,0 11,2 39,3 25,8 17,0 8,7 30,6 40,6 47,5 PI 26,6 39,3 6,3 PI 26,2 PI CV (%) PI 4,88 ± 1,54 5,06 ± 0,63 5 ± 12,71 5,93 ± 1,17 PI PI PI PI 5,5 ± 31,77 < 0,01 PI 5,75 ± 9,53 PI PI 3,41 ± 10,08 4,09 ± 0,51 PI 6 ± 2,15 4,5 ± 0,45 4,95 ± 0,74 PI PI 4,01 ± 0,39 PI 4,18 ± 0,95 Hf (m) 3,63 ± 1,97 4,84 ± 0,69 3,33 ± 1,06 PI 4,5 ± 13,98 7,33 ± 7,59 5,72 ± 2,8 PI 6,28 ± 2,5 4,38 ± 2,12 4,23 ± 0,74 4,58 ± 3,19 4,25 ± 15,88 3,74 ± 0,76 6,42 ± 20,12 4,25 ± 9,53 4,56 ± 1,6 5,04 ± 3,79 5,57 ± 1,69 PI 7,13 ± 1,08 5,95 ± 1,44 PI PI 5,5 ± 0,84 PI Hf (m) PI 46,9 42,7 28,3 27,6 PI PI PI PI 64,3 0,0 PI 18,4 PI PI 32,9 35,6 PI 14,4 36,2 45,4 PI PI 38,6 PI 2,5 CV (%) 34,1 44,8 41,4 PI 34,6 41,7 46,7 PI 51,8 46,2 36,5 43,8 41,6 35,0 34,9 25,0 33,5 47,2 36,3 PI 43,4 39,9 0,0 PI 27,4 PI CV (%) 42,2 35,2 41,3 PI 1,3 41,7 20,2 PI 39,6 34,7 30,7 34,5 27,9 30,5 13,1 18,1 42,4 35,1 24,8 PI 29,8 24,9 43,4 PI 19,4 PI CV (%) 0,01 ± 0,02 0,25 ± 0,09 0,09 ± 0,08 PI 0,02 ± 0,02 0,02 ± 0,03 0,03 ± 0,02 PI 0,01 ± 0,01 0,01 ± 0,01 0,06 ± 0,03 < 0,01 < 0,01 0,05 ± 0,03 < 0,01 < 0,01 0,03 ± 0,03 0,01 ± 0,01 0,02 ± 0,02 PI 0,37 ± 0,26 0,19 ± 0,12 < 0,01 PI 0,23 ± 0,17 PI AB (m².ha-1) PI 9 ± 2,29 11,25 ± 1,18 13,67 ± 8,72 11,55 ± 1,93 PI PI PI PI 10,17 ± 2,34 8,75 ± 9,53 PI 9,25 ± 28,59 PI 6,38 ± 5,09 12,48 ± 62,5 9,54 ± 0,78 PI 9,06 ± 4,27 9,99 ± 0,74 11,17 ± 1,33 PI PI 10,27 ± 0,92 10,24 ± 11,47 10,41 ± 20,17 Ht (m) PI 40,1 36,1 25,7 27,6 PI PI PI PI 21,9 12,1 PI 34,4 PI 50,2 55,7 24,7 PI 38,0 28,4 38,6 PI PI 37,1 45,1 21,6 CV (%) PI 0,03 ± 0,02 0,3 ± 0,15 < 0,01 0,05 ± 0,05 PI PI PI PI < 0,01 < 0,01 PI 0,01 ± 0,02 PI < 0,01 0,01 ± 0,02 0,27 ± 0,12 PI 0,02 ± 0,02 0,44 ± 0,13 0,21 ± 0,08 PI PI 1,55 ± 0,37 < 0,01 < 0,01 AB (m².ha-1) Variáveis dendrométricas 8,96 ± 3,96 10,88 ± 1,08 7,48 ± 2,21 PI 12,11 ± 1,41 11,33 ± 11,74 10,73 ± 1,81 PI 9,46 ± 2,38 9,33 ± 3,4 9,86 ± 1,28 8,8 ± 3,77 9,5 ± 4,21 7,61 ± 1,06 11,48 ± 3,73 9,75 ± 15,88 9,04 ± 3,2 11,81 ± 6,6 11,69 ± 2,43 PI 12,57 ± 1,31 11,99 ± 1,65 7,13 ± 3,84 PI 11,54 ± 1,11 PI Ht (m) Variáveis dendrométricas PI 310,4 225,9 579,4 405,5 PI PI PI PI 416,2 631,3 PI 643,5 PI 480,8 727,3 190,8 PI 571,6 128,0 169,1 PI PI 107,2 770,0 633,0 CV (%) 528,0 157,0 404,1 PI 620,4 584,4 405,7 PI 321,0 420,6 242,4 429,2 524,5 301,9 789,5 652,0 475,8 535,3 382,4 PI 314,8 277,3 457,3 PI 332,4 PI CV (%) PI 0,17 ± 0,12 1,61 ± 0,97 0,02 ± 0,03 0,26 ± 0,27 PI PI PI PI 0,01 ± 0,02 < 0,01 PI 0,06 ± 0,08 PI < 0,01 0,04 ± 0,07 0,99 ± 0,46 PI 0,09 ± 0,14 1,65 ± 0,65 0,82 ± 0,35 PI PI 5,85 ± 1,93 < 0,01 0,02 ± 0,03 Vf c/c (m³.ha-1) 0,04 ± 0,05 1,06 ± 0,47 0,29 ± 0,33 PI 0,06 ± 0,09 0,13 ± 0,19 0,14 ± 0,14 PI 0,08 ± 0,08 0,07 ± 0,08 0,22 ± 0,14 0,03 ± 0,04 < 0,01 0,12 ± 0,09 0,04 ± 0,07 0,01 ± 0,02 0,05 ± 0,05 0,05 ± 0,05 0,1 ± 0,09 PI 2,33 ± 1,79 1,05 ± 0,71 < 0,01 PI 1,03 ± 0,81 PI Vf c/c (m³.ha-1) PI 317,5 266,6 621,2 455,5 PI PI PI PI 649,9 0,0 PI 654,1 PI 883,2 680,6 204,8 PI 673,8 174,7 188,5 PI PI 146,2 883,2 627,9 CV (%) 574,3 195,3 509,8 PI 694,3 626,0 442,1 PI 428,5 496,2 282,3 535,9 658,8 337,7 810,0 665,6 519,1 491,3 379,3 PI 340,7 300,0 697,2 PI 347,2 PI CV (%) PI 0,19 ± 0,13 2,13 ± 1,16 0,03 ± 0,04 0,37 ± 0,38 PI PI PI PI 0,03 ± 0,03 < 0,01 PI 0,08 ± 0,11 PI < 0,01 0,07 ± 0,11 1,63 ± 0,69 PI 0,12 ± 0,17 2,66 ± 0,84 1,29 ± 0,49 PI PI 11,05 ± 3,16 0,02 ± 0,04 0,02 ± 0,03 PS (Mg.ha-1) 0,09 ± 0,11 1,64 ± 0,61 0,54 ± 0,51 PI 0,11 ± 0,15 0,17 ± 0,23 0,17 ± 0,16 PI 0,08 ± 0,07 0,08 ± 0,08 0,3 ± 0,17 0,04 ± 0,03 0,03 ± 0,04 0,24 ± 0,16 0,04 ± 0,07 0,01 ± 0,02 0,17 ± 0,19 0,07 ± 0,09 0,12 ± 0,1 PI 2,19 ± 1,61 1,54 ± 1 0,01 ± 0,01 PI 1,3 ± 0,93 PI PS (Mg.ha-1) PI 310,5 241,2 596,8 455,8 PI PI PI PI 430,7 640,7 PI 653,1 PI 488,1 686,2 187,8 PI 602,9 139,7 169,0 PI PI 126,6 785,1 641,1 CV (%) 584,8 165,4 412,0 PI 621,3 611,9 437,5 PI 354,7 445,7 242,3 434,6 561,4 303,3 800,8 657,0 489,0 593,8 396,4 PI 325,9 289,7 464,0 PI 316,6 PI CV (%) PI 0,1 ± 0,07 1,06 ± 0,58 0,02 ± 0,02 0,19 ± 0,19 PI PI PI PI 0,02 ± 0,02 < 0,01 PI 0,04 ± 0,06 PI < 0,01 0,04 ± 0,05 0,82 ± 0,35 PI 0,06 ± 0,08 1,33 ± 0,42 0,65 ± 0,25 PI PI 5,53 ± 1,58 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,02 C (Mg.ha-1) 0,04 ± 0,06 0,82 ± 0,31 0,27 ± 0,25 PI 0,05 ± 0,07 0,08 ± 0,12 0,08 ± 0,08 PI 0,04 ± 0,03 0,04 ± 0,04 0,15 ± 0,08 0,02 ± 0,02 0,01 ± 0,02 0,12 ± 0,08 0,02 ± 0,03 < 0,01 0,08 ± 0,09 0,03 ± 0,05 0,06 ± 0,05 PI 1,09 ± 0,8 0,77 ± 0,5 < 0,01 PI 0,65 ± 0,46 PI C (Mg.ha-1) PI 310,5 241,2 596,8 455,8 PI PI PI PI 430,7 640,7 PI 653,1 PI 488,1 686,2 187,8 PI 602,9 139,7 169,0 PI PI 126,6 785,1 641,1 CV (%) 584,8 165,4 412,0 PI 621,3 611,9 437,5 PI 354,7 445,7 242,3 434,6 561,4 303,3 800,8 657,0 489,0 593,8 396,4 PI 325,9 289,7 464,0 PI 316,6 PI CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare 0,17 ± 0,15 0,07 ± 0,09 18,92 ± 5,54 32,72 ± 5,71 0,19 ± 0,32 2,28 ± 1,08 Myrtaceae Nectandra grandiflora Nectandra lanceolata Nectandra megapotamica Nectandra membranacea Ocotea diospyrifolia 264 1,76 ± 0,7 6,82 ± 3,49 PI 0,06 ± 0,09 1,12 ± 0,48 PI 0,12 ± 0,13 5,47 ± 2,04 Picrasma crenata Pilocarpus pennatifolius Piptadenia gonoacantha Piptocarpha angustifolia Pisonia ambigua Plinia rivularis Plinia trunciflora Prunus myrtifolia 0,18 ± 0,16 1,56 ± 0,8 0,25 ± 0,21 2,89 ± 1,45 Roupala montana Ruprechtia laxiflora Sambucus australis Sapium glandulosum 265 0,49 ± 0,55 Seguieria aculeata PI 2,13 ± 1,22 0,07 ± 0,1 1,48 ± 0,65 0,1 ± 0,11 2,18 ± 1,15 Solanum mauritianum Solanum pseudoquina Solanum sanctae-catharinae Solanum sp. Sorocea bonplandii 0,77 ± 0,58 Solanum bullatum Solanum compressum 0,07 ± 0,11 PI 0,52 ± 0,47 Sloanea hirsuta Siphoneugena reitzii Sessea regnellii PI 3,89 ± 2,04 Sebastiania commersoniana Senegalia recurva 3,58 ± 1,78 Sebastiania brasiliensis PI 0,99 ± 0,78 Schinus terebinthifolius Seguieria langsdorffii 0,23 ± 0,19 Schefflera morototoni PI 1,27 ± 0,97 Rauvolfia sellowii Schaefferia argentinensis PI 0,79 ± 0,48 PI Raulinoreitzia sp. Randia ferox Quillaja brasiliensis ind.ha-1 0,91 ± 1,01 Picramnia parvifolia Espécie 3,07 ± 1,03 Phytolacca dioica PI 0,71 ± 1,01 Persea americana Persea sp. 0,46 ± 0,29 Peltophorum dubium 2,42 ± 2,02 Ocotea pulchella 6,95 ± 2,87 35,72 ± 11,04 Ocotea puberula Parapiptadenia rigida 0,56 ± 0,56 Ocotea odorifera PI 3,86 ± 1,9 Myrsine umbellata Ocotea laxa 0,07 ± 0,09 ind.ha-1 Myrsine loefgrenii Espécie 233,8 503,2 196,1 622,5 253,2 PI 336,0 626,9 PI 405,2 PI PI 497,4 233,0 220,0 349,5 366,5 PI 222,9 362,9 226,9 388,7 339,3 PI 268,5 PI CV (%) 165,1 507,5 PI 188,3 620,4 PI 227,2 176,7 492,5 149,1 PI 626,1 277,0 183,2 369,1 137,1 443,4 PI 210,2 746,2 77,4 129,7 620,6 387,4 217,8 620,8 CV (%) 12,65 ± 1,37 31,88 ± 48,76 16,3 ± 1,78 25,39 ± 114,26 15,82 ± 1,6 PI 22,07 ± 12,13 38,99 ± 240,65 PI 19,87 ± 6,49 PI PI 14,91 ± 3,82 18,52 ± 3,15 14,37 ± 1,42 12,14 ± 1,27 26,53 ± 10,23 PI 20,95 ± 3,27 16,31 ± 3,49 30,83 ± 10,74 18,08 ± 8,4 21,98 ± 5,16 PI 12,97 ± 1,6 PI DAP (cm) 22,54 ± 4,54 20,58 ± 8,89 PI 17,55 ± 2,62 25,15 ± 190,09 PI 12,56 ± 0,48 17,27 ± 2,29 21,6 ± 8,28 30,62 ± 5,44 PI 23,04 ± 51,6 39,54 ± 20,25 32 ± 6,36 20,94 ± 4,55 23,73 ± 2,38 20,16 ± 4,06 PI 27,47 ± 5,23 17,91 ± 90,02 23,63 ± 1,73 27,83 ± 3,39 23,48 ± 43,48 23,36 ± 13,83 14,77 ± 1,46 11,78 ± 8,09 DAP (cm) 24,5 61,6 25,3 50,1 23,9 PI 71,5 68,7 PI 39,1 PI PI 20,6 47,2 22,8 13,6 36,7 PI 44,7 20,4 74,4 37,4 35,0 PI 22,2 PI CV (%) 63,0 17,4 PI 32,8 84,1 PI 9,7 34,1 36,5 55,6 PI 24,9 76,2 63,0 34,2 40,4 16,2 PI 48,1 55,9 31,2 46,4 20,6 47,7 24,5 7,6 CV (%) 3,48 ± 0,83 8,5 ± 19,06 3,64 ± 1,19 4 ± 12,71 3,29 ± 1,07 PI 5,81 ± 1,79 5,5 ± 19,06 PI 4,73 ± 2,96 PI PI 3,7 ± 18,38 3,96 ± 0,63 3,13 ± 0,61 2,37 ± 0,52 8,92 ± 2,78 PI 6,17 ± 0,7 < 0,01 5,87 ± 0,97 5,67 ± 3,79 5,46 ± 1,77 PI 4,72 ± 1,41 PI Hf (m) 4,83 ± 0,53 2,67 ± 2,87 PI 2,86 ± 0,79 PI PI 3,85 ± 0,43 4,62 ± 1,19 6,19 ± 3,09 4,6 ± 0,7 PI 4,25 ± 15,88 6,39 ± 1,73 5,68 ± 1,1 6,11 ± 2,04 5,83 ± 0,47 4,14 ± 0,67 PI 5,45 ± 0,86 3,88 ± 11,2 5,21 ± 0,36 5,71 ± 0,52 < 0,01 PI 4,27 ± 0,64 < 0,01 Hf (m) 33,6 25,0 48,6 35,4 58,9 PI 29,3 38,6 PI 50,4 PI PI 55,3 39,2 36,6 20,8 29,8 PI 28,5 0,0 32,2 27,0 48,1 PI 35,7 PI CV (%) 31,6 43,3 PI 43,5 PI PI 23,9 51,8 47,6 41,5 PI 41,6 40,4 59,8 49,8 32,4 10,1 PI 38,3 32,1 29,1 33,1 0,0 PI 32,1 0,0 CV (%) 32,0 17,6 PI 36,1 32,6 PI 17,1 32,9 31,2 40,2 PI 42,4 31,4 43,2 31,5 28,5 30,2 PI 29,5 25,0 23,5 23,4 0,0 28,2 29,3 20,2 CV (%) 0,29 ± 0,13 < 0,01 PI 0,03 ± 0,02 < 0,01 PI 0,1 ± 0,05 0,05 ± 0,03 0,04 ± 0,05 0,36 ± 0,17 PI 0,04 ± 0,07 0,08 ± 0,08 0,61 ± 0,26 0,14 ± 0,12 1,91 ± 0,51 0,02 ± 0,03 PI 0,25 ± 0,15 0,01 ± 0,03 1,93 ± 0,38 1,33 ± 0,38 < 0,01 < 0,01 0,06 ± 0,03 < 0,01 AB (m².ha-1) 7,68 ± 0,98 12,5 ± 16,8 8,14 ± 1,26 12 ± 50,82 7,87 ± 1,44 PI 12,37 ± 2,27 10,5 ± 19,06 PI 11,73 ± 2,28 PI PI 6,63 ± 4,09 8,7 ± 1,06 8,43 ± 0,98 5,23 ± 1,55 17,33 ± 7,17 PI 11,76 ± 1,04 8,13 ± 4,09 11,87 ± 1,89 11,6 ± 6,43 10,17 ± 1,54 PI 8,52 ± 1,36 PI Ht (m) 28,9 54,1 35,7 47,1 43,4 PI 23,9 20,2 PI 23,3 PI PI 49,7 33,6 27,0 38,6 39,4 PI 25,3 48,0 34,0 44,6 22,6 PI 28,8 PI CV (%) 0,05 ± 0,05 0,01 ± 0,02 0,04 ± 0,02 < 0,01 0,06 ± 0,05 PI 0,04 ± 0,04 0,01 ± 0,02 PI 0,02 ± 0,02 PI PI < 0,01 0,14 ± 0,07 0,07 ± 0,04 0,01 ± 0,01 0,01 ± 0,01 PI 0,12 ± 0,06 < 0,01 0,15 ± 0,12 < 0,01 0,06 ± 0,05 PI 0,01 ± 0,01 PI AB (m².ha-1) Variáveis dendrométricas 10,67 ± 1,09 8,67 ± 3,79 PI 7,64 ± 1,26 13 ± 38,12 PI 8,27 ± 0,56 9,63 ± 1,23 13,81 ± 4,52 10,37 ± 1,33 PI 12,86 ± 49,01 12,15 ± 2,57 12,87 ± 1,75 10,53 ± 2,1 12,29 ± 0,87 9,42 ± 3,53 PI 11,98 ± 1,4 8,51 ± 19,14 11,75 ± 0,65 12,79 ± 0,79 PI 9,9 ± 3,47 8,76 ± 1,04 7 ± 12,71 Ht (m) Variáveis dendrométricas 439,0 647,8 236,4 752,0 340,8 PI 445,1 812,7 PI 433,6 PI PI 512,6 222,9 219,7 364,9 410,9 PI 215,5 380,9 354,8 500,4 363,0 PI 321,1 PI CV (%) 195,8 535,3 PI 222,1 830,8 PI 239,2 237,3 538,1 212,9 PI 683,6 452,9 192,2 375,2 118,5 461,5 PI 259,7 863,6 87,9 128,0 725,2 499,7 198,3 622,2 CV (%) 0,08 ± 0,09 0,06 ± 0,11 0,07 ± 0,06 0,02 ± 0,03 0,15 ± 0,12 PI 0,17 ± 0,21 0,05 ± 0,09 PI 0,05 ± 0,05 PI PI 0,03 ± 0,05 0,4 ± 0,23 0,18 ± 0,14 0,02 ± 0,02 0,1 ± 0,09 PI 0,66 ± 0,36 < 0,01 0,79 ± 0,66 0,03 ± 0,03 0,18 ± 0,12 PI 0,04 ± 0,05 PI Vf c/c (m³.ha-1) 1,32 ± 0,68 0,01 ± 0,02 PI 0,07 ± 0,05 < 0,01 PI 0,27 ± 0,19 0,19 ± 0,17 0,23 ± 0,28 1,39 ± 0,7 PI 0,08 ± 0,13 0,5 ± 0,57 3,14 ± 1,44 0,76 ± 0,64 10,04 ± 2,91 0,08 ± 0,09 PI 1,23 ± 0,73 0,07 ± 0,13 8,64 ± 1,9 6,49 ± 2,34 < 0,01 < 0,01 0,17 ± 0,08 < 0,01 Vf c/c (m³.ha-1) 520,7 773,8 378,7 711,4 347,6 PI 566,2 779,6 PI 502,8 PI PI 732,7 251,1 342,1 490,0 401,4 PI 240,7 0,0 373,0 591,9 304,9 PI 470,7 PI CV (%) 227,0 574,1 PI 315,0 883,2 PI 304,7 404,4 524,7 222,7 PI 701,2 503,0 203,0 376,3 128,3 488,0 PI 262,7 866,5 97,6 160,2 0,0 883,2 207,0 0,0 CV (%) 0,3 ± 0,34 0,08 ± 0,13 0,22 ± 0,12 0,03 ± 0,05 0,33 ± 0,27 PI 0,29 ± 0,32 0,1 ± 0,2 PI 0,11 ± 0,11 PI PI 0,05 ± 0,06 0,89 ± 0,47 0,38 ± 0,19 0,06 ± 0,05 0,09 ± 0,09 PI 0,82 ± 0,4 0,03 ± 0,03 1,39 ± 1,36 0,03 ± 0,04 0,4 ± 0,34 PI 0,07 ± 0,05 PI PS (Mg.ha-1) 2,01 ± 0,96 0,02 ± 0,03 PI 0,2 ± 0,11 0,03 ± 0,06 PI 0,48 ± 0,27 0,33 ± 0,2 0,28 ± 0,33 3,18 ± 1,87 PI 0,32 ± 0,5 0,73 ± 0,89 4,99 ± 2,32 0,93 ± 0,81 12,64 ± 3,34 0,16 ± 0,18 PI 1,99 ± 1,21 0,09 ± 0,17 13,52 ± 2,93 9,5 ± 2,87 0,03 ± 0,05 0,06 ± 0,07 0,3 ± 0,13 < 0,01 PS (Mg.ha-1) 502,7 701,1 249,6 779,3 360,6 PI 487,2 835,4 PI 440,9 PI PI 514,2 233,4 221,4 368,4 436,0 PI 219,6 387,2 434,2 533,1 373,2 PI 328,4 PI CV (%) 213,2 546,6 PI 238,8 852,1 PI 246,9 270,2 537,5 260,9 PI 697,2 543,9 205,8 386,3 117,3 491,7 PI 269,5 869,7 96,2 134,3 740,8 541,6 196,2 623,4 CV (%) 0,15 ± 0,17 0,04 ± 0,06 0,11 ± 0,06 0,01 ± 0,02 0,17 ± 0,14 PI 0,15 ± 0,16 0,05 ± 0,1 PI 0,05 ± 0,05 PI PI 0,03 ± 0,03 0,45 ± 0,23 0,19 ± 0,09 0,03 ± 0,02 0,04 ± 0,04 PI 0,41 ± 0,2 0,01 ± 0,01 0,7 ± 0,68 0,02 ± 0,02 0,2 ± 0,17 PI 0,04 ± 0,03 PI C (Mg.ha-1) 1 ± 0,48 0,01 ± 0,01 PI 0,1 ± 0,05 0,02 ± 0,03 PI 0,24 ± 0,13 0,16 ± 0,1 0,14 ± 0,17 1,59 ± 0,94 PI 0,16 ± 0,25 0,36 ± 0,45 2,5 ± 1,16 0,47 ± 0,41 6,32 ± 1,67 0,08 ± 0,09 PI 0,99 ± 0,6 0,04 ± 0,09 6,76 ± 1,47 4,75 ± 1,44 0,02 ± 0,03 0,03 ± 0,04 0,15 ± 0,07 < 0,01 C (Mg.ha-1) 502,7 701,1 249,6 779,3 360,6 PI 487,2 835,4 PI 440,9 PI PI 514,2 233,4 221,4 368,4 436,0 PI 219,6 387,2 434,2 533,1 373,2 PI 328,4 PI CV (%) 213,2 546,6 PI 238,8 852,1 PI 246,9 270,2 537,5 260,9 PI 697,2 543,9 205,8 386,3 117,3 491,7 PI 269,5 869,7 96,2 134,3 740,8 541,6 196,2 623,4 CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice II: Estimativas das variáveis dendrométricas por espécie e por hectare 8,21 ± 3,63 0,26 ± 0,33 Trichilia clausseni Trichilia elegans 266 0,17 ± 0,22 0,34 ± 0,26 0,26 ± 0,39 1,47 ± 1,4 0,55 ± 0,36 3,34 ± 1,48 6,79 ± 1,51 Xylosma pseudosalzmannii Xylosma sp. Zanthoxylum fagara Zanthoxylum petiolare Zanthoxylum rhoifolium Não identificada PI Vernonanthura discolor Xylosma ciliatifolia 1,83 ± 1,44 Vasconcellea quercifolia 1,42 ± 0,71 0,11 ± 0,16 Varronia polycephala Vitex megapotamica 2,74 ± 1,26 Urera baccifera PI 0,82 ± 0,55 Trichilia catigua Trichilia sp. 1,15 ± 0,64 Trema micrantha PI Symplocos uniflora 0,1 ± 0,14 0,13 ± 0,2 Symplocos tetrandra Tetrorchidium rubrivenium 13,3 ± 4,15 Syagrus romanzoffiana 0,39 ± 0,59 2,12 ± 1,22 Styrax leprosus Tabernaemontana catharinensis 1,69 ± 0,84 ind.ha-1 Strychnos brasiliensis Espécie 98,7 196,7 287,4 420,0 676,6 343,5 559,6 222,6 PI 349,4 667,4 203,9 PI 561,1 196,3 297,0 246,0 654,9 674,1 PI 695,2 138,6 254,8 221,4 CV (%) 19,86 ± 1,76 15,06 ± 1,36 22,04 ± 12,08 17,24 ± 4,83 18,04 ± 30,42 13,48 ± 2,78 11,64 ± 4,42 25,91 ± 10,69 PI 16,54 ± 3,67 15,52 ± 23,26 14,37 ± 1,07 PI 10,96 ± 1 14,87 ± 1 14,5 ± 2,17 12,44 ± 0,78 26,9 ± 42,47 14,62 ± 5,54 PI 18,89 ± 26,96 20,18 ± 0,82 21,73 ± 3,74 12,99 ± 1,23 DAP (cm) 35,2 24,6 81,6 48,5 67,9 22,3 15,3 88,2 PI 36,7 16,7 18,0 PI 3,7 21,6 22,2 13,4 17,6 15,2 PI 15,9 16,2 39,8 21,9 CV (%) 4,95 ± 0,64 4,37 ± 1,1 4,58 ± 2,48 3,73 ± 1,07 5,5 ± 6,35 PI 4,83 ± 14,82 4,17 ± 1,05 PI 3,68 ± 0,62 4,25 ± 3,18 2,7 ± 1,73 PI 3,67 ± 4,24 3,8 ± 0,48 4,33 ± 1,52 3,37 ± 1,25 4,5 ± 6,35 2,76 ± 3,07 PI PI 8,26 ± 0,68 5,24 ± 1,05 3,31 ± 1,44 Hf (m) 44,2 56,6 75,6 40,3 12,9 PI 34,1 49,0 PI 23,7 8,3 51,7 PI 12,9 33,0 37,9 44,2 15,7 12,4 PI PI 32,3 41,6 56,8 CV (%) 9,86 ± 0,82 8,99 ± 1,08 12 ± 3,87 9,12 ± 2,05 8,56 ± 12,89 8,55 ± 2,61 10,39 ± 4,94 10,55 ± 2,27 PI 7,69 ± 0,85 9 ± 12,71 5,27 ± 0,54 PI 7,94 ± 1,45 8,26 ± 0,64 8,72 ± 1,77 6,91 ± 1,06 12,25 ± 22,24 6,51 ± 3,73 PI 7,17 ± 10,59 10,77 ± 0,69 10,36 ± 0,99 6,28 ± 0,74 Ht (m) 33,2 32,6 48,0 38,9 60,7 33,1 19,1 46,0 PI 18,2 15,7 24,7 PI 7,4 24,9 30,2 32,9 20,2 23,0 PI 16,4 25,5 22,1 27,2 CV (%) 0,26 ± 0,07 0,06 ± 0,03 0,03 ± 0,03 0,05 ± 0,04 < 0,01 < 0,01 < 0,01 0,09 ± 0,06 PI 0,05 ± 0,04 < 0,01 0,05 ± 0,03 PI < 0,01 0,19 ± 0,09 0,02 ± 0,01 0,01 ± 0,01 < 0,01 < 0,01 PI < 0,01 0,43 ± 0,12 0,08 ± 0,04 0,03 ± 0,02 AB (m².ha-1) Variáveis dendrométricas 112,7 202,6 480,0 382,2 591,9 404,6 544,5 317,2 PI 390,6 733,5 243,9 PI 566,2 212,7 362,1 242,7 623,7 692,7 PI 652,7 119,7 234,1 263,6 CV (%) 1,04 ± 0,36 0,24 ± 0,13 0,17 ± 0,23 0,15 ± 0,18 0,02 ± 0,03 < 0,01 < 0,01 0,33 ± 0,25 PI 0,12 ± 0,11 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,01 PI < 0,01 0,27 ± 0,14 0,05 ± 0,05 0,03 ± 0,02 0,02 ± 0,03 0,02 ± 0,04 PI < 0,01 2,69 ± 0,71 0,39 ± 0,22 0,05 ± 0,05 Vf c/c (m³.ha-1) 155,8 236,1 624,7 511,2 786,6 883,2 652,1 327,3 PI 407,8 722,0 439,7 PI 689,9 225,3 493,2 389,6 622,2 777,9 PI 883,2 117,7 253,6 450,4 CV (%) 1,74 ± 0,5 0,34 ± 0,16 0,2 ± 0,27 0,28 ± 0,24 0,03 ± 0,04 0,03 ± 0,03 < 0,01 0,71 ± 0,61 PI 0,27 ± 0,24 0,01 ± 0,02 0,28 ± 0,15 PI 0,01 ± 0,01 1,06 ± 0,53 0,09 ± 0,09 0,07 ± 0,04 0,03 ± 0,05 0,04 ± 0,06 PI 0,02 ± 0,03 2,55 ± 0,68 0,54 ± 0,28 0,19 ± 0,12 PS (Mg.ha-1) 127,1 209,3 581,0 385,4 623,7 424,6 544,6 382,0 PI 394,5 752,7 246,6 PI 567,2 221,2 409,4 243,0 621,4 692,8 PI 646,3 118,5 233,6 286,6 CV (%) 0,87 ± 0,25 0,17 ± 0,08 0,1 ± 0,13 0,14 ± 0,12 0,01 ± 0,02 0,01 ± 0,01 < 0,01 0,36 ± 0,31 PI 0,13 ± 0,12 < 0,01 0,14 ± 0,08 PI < 0,01 0,53 ± 0,26 0,05 ± 0,04 0,03 ± 0,02 0,02 ± 0,02 0,02 ± 0,03 PI < 0,01 1,27 ± 0,34 0,27 ± 0,14 0,09 ± 0,06 C (Mg.ha-1) 127,1 209,3 581,0 385,4 623,7 424,6 544,6 382,0 PI 394,5 752,7 246,6 PI 567,2 221,2 409,4 243,0 621,4 692,8 PI 646,3 118,5 233,6 286,6 CV (%) Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III Floresta Estacional Decidual Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual 269 270 vacum-mirim baga-de-morcego chal-chal cambará xaxim-setoso araticum Allophylus guaraniticus Allophylus petiolulatus Allophylus puberulus Aloysia virgata Alsophila setosa Annona emarginata 109 vassoura trupichava Baccharis punctulata Baccharis semiserrata cabroré-mirim louro-branco pata-de-vaca canela-de-virá cambuí assa-peixe riteira canjerana cabelo-de-anjo guamirim-chorão guamirim-ferro guabirobão sete capotes guabirobeira cambroé Banara tomentosa Bastardiopsis densiflora Bauhinia forficata Bernardia pulchella Blepharocalyx salicifolius Boehmeria caudata Bunchosia maritima Cabralea canjerana Calliandra foliolosa Calyptranthes grandifolia Calyptranthes tricona Campomanesia guaviroba Campomanesia guazumifolia Campomanesia xanthocarpa Casearia decandra Balfourodendron riedelianum guatambu vassourinha Baccharis dracunculifolia Baccharis sp. - cambará Austroeupatorium inulaefolium 271 39 88 27 1 19 1 22 178 1 - 2 - 29 40 42 160 1 2 - 1 - Aureliana sp. 153 timbó peroba-branca Aspidosperma australe N Ateleia glazioveana Nome popular Nome científico 6 1 pinheiro-brasileiro Araucaria angustifolia 1 Asteraceae carobão Aralia warmingiana 82 1 grápia Apuleia leiocarpa 166 4 30 2 137 48 1 2 191 7 5 19 98 14 1 66 Aspidosperma sp. ariticum Annona sylvatica Annona sp. vacum angico-branco Albizia niopoides Allophylus edulis pau-gambá Albizia edwallii tanheiro umbu-do-mato Agonandra excelsa Alchornea triplinervia botim Aegiphila brachiata tanheiro laranjeira-do-mato Actinostemon concolor Alchornea sidifolia cabo-de-lança Achatocarpus praecox 9 - tapa-buraco Acalypha gracilis N - Nome popular Abutilon sp. Nome científico 1,39 3,14 0,96 0,04 0,68 0,04 0,79 6,36 0,04 - 0,07 - 1,04 1,43 1,50 5,71 0,04 0,07 - 0,04 - - 5,46 0,04 0,04 3,89 DA 0,21 0,04 2,93 5,93 0,14 1,07 0,07 4,89 1,71 0,04 0,07 6,82 0,25 0,18 0,68 3,50 0,50 0,04 2,36 0,32 - - DA 0,10 0,03 1,13 1,37 0,14 0,51 0,07 0,55 0,41 0,03 0,03 1,61 0,10 0,10 0,27 1,17 0,10 0,03 0,69 0,17 - - FR 0,05 0,00 0,33 0,13 0,01 0,02 0,00 0,07 0,03 0,00 0,00 0,18 0,01 0,01 0,02 0,09 0,01 0,00 0,03 0,02 - - DoA 0,27 0,00 1,64 0,66 0,03 0,08 0,00 0,36 0,16 0,00 0,00 0,88 0,07 0,07 0,11 0,43 0,05 0,00 0,15 0,11 - - DoR 0,30 0,68 0,21 0,01 0,15 0,01 0,17 1,38 0,01 - 0,02 - 0,22 0,31 0,33 1,24 0,01 0,02 - 0,01 - - 1,19 0,01 0,01 0,85 DR 0,79 1,17 0,55 0,03 0,24 0,03 0,31 1,47 0,03 - 0,07 - 0,79 0,07 0,86 1,61 0,03 0,03 - 0,03 - - 0,24 0,03 0,03 1,20 FR 0,03 0,12 0,02 0,00 0,02 0,00 0,03 0,33 0,00 - 0,01 - 0,01 0,08 0,05 0,19 0,00 0,00 - 0,00 - - 0,18 0,00 0,00 0,12 DoA 0,14 0,61 0,11 0,01 0,11 0,00 0,13 1,62 0,00 - 0,03 - 0,07 0,42 0,24 0,93 0,00 0,00 - 0,00 - - 0,92 0,02 0,01 0,60 DoR Componente arbóreo/arbustivo 0,05 0,01 0,64 1,29 0,03 0,23 0,02 1,06 0,37 0,01 0,02 1,48 0,05 0,04 0,15 0,76 0,11 0,01 0,51 0,07 - - DR Componente arbóreo/arbustivo 1,24 2,46 0,87 0,05 0,50 0,05 0,61 4,48 0,04 - 0,11 - 1,09 0,80 1,42 3,78 0,04 0,05 - 0,04 - - 2,34 0,06 0,06 2,65 VI 0,42 0,04 3,40 3,32 0,20 0,82 0,09 1,97 0,95 0,04 0,05 3,97 0,22 0,21 0,53 2,36 0,26 0,04 1,35 0,35 - - VI 10,15 10,60 9,76 9,00 7,71 18,00 10,20 10,08 5,00 - 13,50 - 9,03 9,97 8,96 11,68 4,00 5,00 - 4,00 - - 10,48 9,24 8,00 10,83 Ht 16,50 5,00 13,45 8,36 8,55 7,39 4,00 5,60 8,90 7,00 11,00 9,37 9,21 10,36 10,02 9,70 6,71 5,00 7,54 6,97 - - Ht 17 15 12 - 4 1 38 14 - 14 - 3 31 - 30 24 - - 4 2 6 1 - 11 - 16 N 2 - 4 34 2 12 - 10 20 - 7 62 - - 3 7 - - 272 2 7 1 N 25,15 22,19 17,75 - 5,92 1,48 56,21 20,71 - 20,71 - 4,44 45,86 - 44,38 35,50 - - 5,92 2,96 8,88 1,48 - 16,27 - 23,67 DA 0,06 - 0,12 1,02 0,06 0,36 - 0,30 0,60 - 0,21 1,86 - - 0,09 0,21 - - 8,18 0,06 0,21 0,03 DR 0,17 - 0,17 1,37 0,09 0,51 - 0,69 0,43 - 0,26 1,80 - - 0,09 0,60 - - 3,68 0,09 0,34 0,09 FR 0,51 0,45 0,36 - 0,12 0,03 1,14 0,42 - 0,42 - 0,09 0,93 - 0,90 0,72 - - 0,12 0,06 0,18 0,03 - 0,33 - 0,48 DR 0,86 1,03 0,60 - 0,34 0,09 0,94 0,86 - 0,60 - 0,26 1,63 - 0,51 1,29 - - 0,09 0,17 0,09 0,09 - 0,09 - 0,94 FR VI 1,37 1,48 0,96 - 0,46 0,12 2,09 1,28 - 1,02 - 0,35 2,56 - 1,42 2,01 - - 0,21 0,23 0,27 0,12 - 0,42 - 1,42 VI 0,23 - 0,29 2,39 0,15 0,88 - 0,99 1,03 - 0,47 3,66 - - 0,18 0,81 - - 11,87 0,15 0,55 0,12 Regeneração natural 2,96 - 5,92 50,30 2,96 17,75 - 14,79 29,59 - 10,36 91,72 - - 4,44 10,36 - - 402,37 2,96 10,36 1,48 DA Regeneração natural 3,45 3,36 3,64 - 3,00 3,00 3,89 3,24 - 2,28 - 2,50 3,61 - 3,87 3,42 - - 2,03 2,65 1,77 1,70 - 1,75 - 3,57 Ht 7,00 - 2,38 3,54 5,35 2,81 - 3,60 3,72 - 2,03 2,77 - - 3,33 2,93 - - 2,77 3,50 1,60 2,00 Ht Apêndice III. Parâmetros fitossociológicos do componente arbóreo/arbustivo e da regeneração natural da Floresta Estacional Decidual de Santa Catarina. N: número de indivíduos; DA: densidade absoluta (ind.ha-1); DR: densidade relativa (%); FR: frequência relativa (%); DoA: dominância absoluta (m².ha-1); DoR: dominância relativa; VI: valor de importância (%); Ht: altura total média (m). Appendix III. Phytosociological parameters of the tree/shrub component and natural regeneration at the Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina. N: number of individuals; DA: absolute density (ind.ha-1); DR: relative density (%); FR: relative frequency (%); DoA: absolute dominance (m².ha-1); DoR: relative dominance (%); VI: importance value; Ht: mean total height (m). Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual cambroé Casearia obliqua 272 azeitona-do-mato aguaí-da-serra murta aguaí-vermelho pimenteira-pau-para tudo canela congonha-verdadeira laranja limão caujuva pau-de-junta guaraiúva claraíba louro-pardo marmelinho capim-de-anta mata-pau Nome popular pimenteira quina canela-fogo Chionanthus trichotomus Chrysophyllum gonocarpum Chrysophyllum inornatum Chrysophyllum marginatum Cinnamodendron dinisii Cinnamomum amoenum Citronella paniculata Citrus reticulata Citrus x limon Clethra scabra Coccoloba argentinensis Cordia americana Cordia ecalyculata Cordia trichotoma Cordiera concolor Cordyline spectabilis Coussapoa microcarpa Nome científico Coussarea contracta Coutarea hexandra Cryptocarya aschersoniana 273 cocão cutia-guxupita grumixama farinha-seca Erythroxylum deciduum Esenbeckia grandiflora Eugenia brasiliensis Eugenia burkartiana 1 1 1 15 30 5 cereja corticeira-da-serra Erythrina falcata 3 Eugenia involucrata mulungu Erythrina crista-galli 11 - timbaúva Enterolobium contortisiliquum 1 guamirim-de-folha miúda canela-frade Endlicheria paniculata 1 Eugenia hiemalis fruta-de-jacu-macho Diospyros inconstans 4 6 xaxim-bugio Dicksonia sellowiana 111 10 3 - Eugenia gracillima quepé Diatenopteryx sorbifolia sucará Dasyphyllum spinescens açurará embira-branca Daphnopsis racemosa Dasyphyllum tomentosum rabo-de-bugio Dalbergia frutescens 35 - falsa-eritrina Dahlstedtia pinnata 62 27 xaxim Cyathea corcovadensis 562 1 36 7 20 N 4 33 1 74 25 106 2 14 3 1 22 2 29 176 1 158 1 Cyathea sp. cubantã Cupania vernalis Cryptocarya mandioccana coerana Cestrum strigilatum - 7 35 coerana esporão-de-galo Celtis iguanaea 10 Cestrum intermedium paineira Ceiba speciosa 306 3 cedro Cedrela fissilis 334 - 14 N Cereus sp. chá-de-bugre Casearia sylvestris Casearia sp. Nome popular Nome científico 0,18 - 0,21 0,04 0,04 0,04 0,54 1,07 0,11 0,39 0,04 0,04 0,14 3,96 0,36 0,11 - 1,25 - 0,96 2,21 20,07 0,04 1,29 0,25 0,71 DA 0,14 1,18 0,04 2,64 0,89 3,79 0,07 0,50 0,11 0,04 0,79 0,07 1,04 6,29 0,04 5,64 0,04 - 0,25 0,11 1,25 0,36 10,93 11,93 - 0,50 DA 0,03 0,51 0,03 1,20 0,48 1,34 0,07 0,14 0,10 0,03 0,62 0,07 0,10 1,41 0,03 1,58 0,03 - 0,21 0,03 0,69 0,21 2,06 1,78 - 0,24 FR 0,02 0,02 0,00 0,09 0,03 0,40 0,00 0,02 0,00 0,00 0,02 0,00 0,03 0,38 0,00 0,22 0,00 - 0,00 0,01 0,03 0,04 0,44 0,28 - 0,01 DoA 0,12 0,08 0,00 0,42 0,14 1,97 0,01 0,08 0,01 0,00 0,11 0,02 0,16 1,88 0,01 1,08 0,00 - 0,01 0,04 0,12 0,20 2,21 1,39 - 0,06 DoR 0,04 - 0,05 0,01 0,01 0,01 0,12 0,23 0,02 0,09 0,01 0,01 0,03 0,86 0,08 0,02 - 0,27 - 0,21 0,48 4,36 0,01 0,28 0,05 0,16 DR 0,17 - 0,10 0,03 0,03 0,03 0,31 0,51 0,07 0,24 0,03 0,03 0,10 1,13 0,07 0,07 - 0,55 - 0,03 0,14 2,19 0,03 0,41 0,21 0,27 FR 0,01 - 0,02 0,00 0,00 0,00 0,02 0,13 0,04 0,04 0,00 0,00 0,01 0,31 0,02 0,00 - 0,02 - 0,01 0,02 0,45 0,00 0,12 0,01 0,01 DoA 0,06 - 0,07 0,00 0,01 0,01 0,10 0,66 0,17 0,20 0,01 0,00 0,02 1,53 0,10 0,01 - 0,11 - 0,05 0,11 2,23 0,00 0,58 0,06 0,05 DoR Componente arbóreo/arbustivo 0,03 0,26 0,01 0,57 0,19 0,82 0,02 0,11 0,02 0,01 0,17 0,02 0,22 1,36 0,01 1,22 0,01 - 0,05 0,02 0,27 0,08 2,37 2,59 - 0,11 DR Componente arbóreo/arbustivo 0,27 - 0,22 0,04 0,05 0,06 0,53 1,40 0,27 0,53 0,05 0,04 0,16 3,52 0,24 0,10 - 0,93 - 0,29 0,72 8,78 0,04 1,27 0,32 0,48 VI 0,18 0,85 0,04 2,20 0,82 4,13 0,09 0,33 0,14 0,05 0,89 0,10 0,49 4,65 0,05 3,88 0,04 - 0,27 0,09 1,08 0,48 6,64 5,77 - 0,41 VI 12,00 - 9,08 4,00 9,00 10,70 10,11 12,86 22,00 12,36 12,69 8,00 2,75 11,09 9,60 6,53 - 9,32 - 6,19 5,71 9,38 10,00 13,48 8,14 8,32 Ht 15,75 5,73 6,00 11,74 7,98 10,84 8,20 11,02 4,00 3,00 8,14 10,16 11,10 11,07 12,00 9,44 8,00 - 9,57 5,94 7,01 12,70 11,10 8,82 - 10,06 Ht 5 5 - 3 - 24 7 1 - - - - - 23 - 3 1 22 15 - - 158 - 1 1 7 N - 6 - 6 2 24 - 7 2 - 4 1 4 14 1 21 - 3 20 - 18 - 23 81 8 - N 1,48 1,48 7,40 7,40 - 4,44 - 35,50 10,36 1,48 - - - - - 34,02 - 4,44 1,48 32,54 22,19 - - 233,73 - - 0,18 - 0,18 0,06 0,72 - 0,21 0,06 - 0,12 0,03 0,12 0,42 0,03 0,63 - 0,09 0,60 - 0,54 - 0,69 2,44 0,24 - DR - 0,34 - 0,43 0,17 1,11 - 0,17 0,17 - 0,34 0,09 0,26 0,69 0,09 1,03 - 0,26 1,03 - 0,51 - 1,29 2,06 0,09 - FR 0,15 0,15 - 0,09 - 0,72 0,21 0,03 - - - - - 0,69 - 0,09 0,03 0,66 0,45 - - 4,75 - 0,03 0,03 0,21 DR 0,43 0,09 - 0,17 - 0,17 0,43 0,09 - - - - - 0,86 - 0,09 0,09 1,37 0,51 - - 3,86 - 0,09 0,09 0,17 FR - VI 0,58 0,24 - 0,26 - 0,89 0,64 0,12 - - - - - 1,55 - 0,18 0,12 2,03 0,97 - - 8,61 - 0,12 0,12 0,38 VI - 0,52 - 0,61 0,23 1,84 - 0,38 0,23 - 0,46 0,12 0,38 1,11 0,12 1,66 - 0,35 1,63 - 1,06 - 1,98 4,49 0,33 Regeneração natural 10,36 DA - 8,88 - 8,88 2,96 35,50 - 10,36 2,96 - 5,92 1,48 5,92 20,71 1,48 31,07 - 4,44 29,59 - 26,63 - 34,02 119,82 11,83 - DA Regeneração natural 2,06 6,00 - 1,90 - 2,97 2,83 2,00 - - - - - 3,87 - 3,33 2,20 2,59 2,23 - - 3,54 - 1,70 2,00 2,97 Ht - 3,33 - 4,83 3,15 3,05 - 2,79 2,25 - 2,75 1,50 2,30 3,40 8,10 3,58 - 2,20 2,96 - 2,64 - 3,57 3,09 1,60 - Ht Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual 274 2 coronilha catriguá-morcego ipé-roxo cun-cun pau-jangada canemeira alecrim uva-do-japão canela-de-veado caúna-da-serra congonha erva-mate congonha ingá-cipo Nome popular ingá-feijão Gleditsia amorphoides Guarea macrophylla Handroanthus heptaphyllus Helietta apiculata Heliocarpus popayanensis Hennecartia omphalandra Holocalyx balansae Hovenia dulcis Hybanthus bigibbosus Ilex brevicuspis Ilex microdonta Ilex paraguariensis Ilex theezans Inga edulis Nome científico Inga marginata 275 bico-de-pato bico-de-pato farinha-seca farinha-seca tajuva mandioca-braba Machaerium hirtum Machaerium nyctitans Machaerium paraguariense Machaerium stipitatum Maclura tinctoria Manihot grahamii 1 10 447 183 1 1 781 açoita-cavalo 9 Luehea divaricata rabo-de-bugio Lonchocarpus nitidus 6 - rabo-de-bugio Lonchocarpus muehlbergianus 13 183 54 1 - 8 - 3 16 3 16 69 Lonchocarpus sp. rabo-de-bugio Lonchocarpus cultratus guaperê Lamanonia ternata rabo-de-macaco justicia-vermelha Justicia brasiliana Lonchocarpus campestris jacaratiá Jacaratia spinosa aroeira-braba carobinha Jacaranda puberula Lithrea brasiliensis caroba Jacaranda micrantha perobinha do campo inga Inga virescens Leptolobium elegans ingá-banana Inga vera subsp. affinis camará ingá-de-quatro-quinas Inga vera Lantana camara 8 ingá-de-quatro-quinas Inga subnuda subsp. luschnathiana 15 4 Inga sp. 72 N 9 5 35 8 18 1 337 52 7 7 177 1 8 1 Ficus sp. 42 1 figueira 12 Ficus luschnathiana guamirim Eugenia verticillata 1 figueira batinga-vermelha Eugenia uruguayensis 48 Ficus gomelleira pitanga Eugenia uniflora 1 9 guamirim-de-riedel Eugenia subterminalis 63 figueira guapi Eugenia rostrifolia 6 Ficus adhatodifolia batingua-branca Eugenia ramboi 6 5 uvaieira Eugenia pyriformis N Fabaceae Nome popular Nome científico 0,04 0,36 15,96 6,54 0,04 0,04 27,89 - 0,32 0,21 0,46 6,54 1,93 0,04 - 0,29 - 0,11 0,57 0,11 0,57 2,46 0,54 0,29 0,14 2,57 DA 0,32 0,18 1,25 0,29 0,64 0,04 12,04 1,86 0,25 0,25 6,32 0,04 0,29 0,07 0,04 1,50 0,04 0,32 0,18 0,43 0,04 1,71 0,04 2,25 0,21 0,21 DA 0,10 0,07 0,27 0,14 0,27 0,03 1,17 0,51 0,17 0,03 0,62 0,03 0,07 0,07 0,03 0,79 0,03 0,17 0,07 0,07 0,03 0,55 0,03 0,31 0,17 0,21 FR 0,01 0,00 0,03 0,01 0,02 0,00 0,36 0,19 0,00 0,03 0,21 0,00 0,01 0,01 0,02 0,16 0,00 0,01 0,07 0,01 0,00 0,10 0,00 0,18 0,01 0,01 DoA 0,04 0,01 0,17 0,06 0,11 0,00 1,81 0,93 0,02 0,13 1,03 0,00 0,02 0,03 0,08 0,81 0,01 0,06 0,36 0,03 0,00 0,52 0,01 0,90 0,03 0,04 DoR 0,01 0,08 3,47 1,42 0,01 0,01 6,05 - 0,07 0,05 0,10 1,42 0,42 0,01 - 0,06 - 0,02 0,12 0,02 0,12 0,53 0,12 0,06 0,03 0,56 DR 0,03 0,17 2,02 1,47 0,03 0,03 2,33 - 0,10 0,07 0,21 1,75 0,34 0,03 - 0,07 - 0,10 0,27 0,07 0,41 0,82 0,21 0,17 0,14 0,72 FR 0,00 0,02 0,45 0,21 0,01 0,00 1,56 - 0,01 0,01 0,01 0,26 0,07 0,00 - 0,02 - 0,02 0,03 0,00 0,01 0,06 0,01 0,01 0,00 0,05 DoA 0,00 0,10 2,26 1,04 0,03 0,00 7,81 - 0,03 0,02 0,07 1,31 0,37 0,00 - 0,09 - 0,09 0,14 0,01 0,07 0,29 0,06 0,03 0,02 0,25 DoR Componente arbóreo/arbustivo 0,07 0,04 0,27 0,06 0,14 0,01 2,61 0,40 0,05 0,05 1,37 0,01 0,06 0,02 0,01 0,33 0,01 0,07 0,04 0,09 0,01 0,37 0,01 0,49 0,05 0,05 DR Componente arbóreo/arbustivo 0,05 0,35 7,75 3,93 0,07 0,04 16,19 - 0,20 0,14 0,38 4,47 1,13 0,04 - 0,23 - 0,21 0,54 0,10 0,60 1,65 0,38 0,27 0,19 1,53 VI 0,21 0,12 0,71 0,26 0,52 0,05 5,59 1,85 0,24 0,22 3,02 0,04 0,15 0,12 0,12 1,92 0,05 0,30 0,47 0,19 0,05 1,44 0,05 1,69 0,25 0,29 VI 6,00 10,40 9,71 9,98 13,90 6,00 9,97 - 12,56 10,55 10,31 11,10 9,44 8,00 - 11,23 - 11,33 10,89 7,00 9,67 9,54 8,63 10,00 9,50 8,27 Ht 11,22 10,00 8,00 13,76 10,21 13,00 12,99 11,71 7,29 10,14 10,43 6,00 5,63 12,50 20,00 9,22 8,00 8,39 23,20 7,58 8,00 10,22 13,00 13,37 11,67 11,50 Ht 13 - 93 33 - - 52 4 1 13 1 161 1 - 2 - 42 - - - - 2 - 3 - 24 N - - 7 1 - 37 10 8 8 - 67 - 5 - - 1 - - - 5 - 22 - 6 6 3 N 19,23 - 137,57 48,82 - - 76,92 5,92 1,48 19,23 1,48 238,17 1,48 - 2,96 - 62,13 - - - - 2,96 - 4,44 - - - 0,21 0,03 - 1,11 0,30 0,24 0,24 - 2,02 - 0,15 - - 0,03 - - - 0,15 - 0,66 - 0,18 0,18 0,09 DR - - 0,26 0,09 - 1,20 0,34 0,51 0,34 - 0,94 - 0,34 - - 0,09 - - - 0,17 - 0,94 - 0,34 0,34 0,26 FR 0,39 - 2,80 0,99 - - 1,56 0,12 0,03 0,39 0,03 4,84 0,03 - 0,06 - 1,26 - - - - 0,06 - 0,09 - 0,72 DR 0,26 - 1,97 1,03 - - 1,80 0,17 0,09 0,09 0,09 2,57 0,09 - 0,09 - 1,63 - - - - 0,17 - 0,09 - 1,03 FR VI 0,65 - 4,77 2,02 - - 3,36 0,29 0,12 0,48 0,12 7,41 0,12 - 0,15 - 2,89 - - - - 0,23 - 0,18 - 1,75 VI - - 0,47 0,12 - 2,31 0,64 0,76 0,58 - 2,96 - 0,49 - - 0,12 - - - 0,32 - 1,60 - 0,52 0,52 0,35 Regeneração natural 35,50 DA - - 10,36 1,48 - 54,73 14,79 11,83 11,83 - 99,11 - 7,40 - - 1,48 - - - 7,40 - 32,54 - 8,88 8,88 4,44 DA Regeneração natural 2,42 - 3,53 3,50 - - 3,49 2,63 4,00 1,98 2,00 2,83 1,70 - 1,85 - 1,97 - - - - 2,25 - 2,17 - 3,03 Ht - - 3,30 5,50 - 2,13 4,01 2,06 2,94 - 3,52 - 2,74 - - 1,60 - - - 2,86 - 3,53 - 2,35 2,53 4,17 Ht Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual 276 108 277 cedrinho pau-amargo cutia-branca paripaioba jaborandi-manso paraguarandy murta Picramnia parvifolia Picrasma crenata Pilocarpus pennatifolius Piper aduncum Piper amalago var. medium Piper caldense Piper hispidum 1 pau-jacaré vassourão- branco maria-mole Piptadenia gonoacantha Piptocarpha angustifolia Pisonia ambigua 33 2 - Piper sp. - - - - 196 47 28 79 umbu Phytolacca dioica 19 1 abacateiro Persea americana 13 177 - Persea sp. canafístula angico-do-banhado Peltophorum dubium Parapiptadenia rigida Ocotea sp. 52 985 17 4 64 - 6 918 544 N canela-lageana capororoca Myrsine umbellata - Ocotea pulchella capororoca Myrsine parvula 2 canela-guaicá capororoca Myrsine loefgrenii 3 Ocotea puberula capororoca Myrsine guianensis 40 canela-sassafrás capororoca Myrsine coriacea - Ocotea odorifera capororoca Myrsine balansae - canela murtilho Myrrhinium atropurpureum 190 Ocotea laxa cabreúva Myrocarpus frondosus 3 canela cambuí Myrciaria floribunda 24 Ocotea diospyrifolia guabiju Myrcianthes pungens 1 eupatório araçá-do-mato Myrcianthes gigantea 2 Neocabreria malachophylla guamirim-de folha-fina Myrcia splendens - canela camboí Myrcia selloi 1 Nectandra membranacea guamirim-araça Myrcia pubipetala - canela-imbuia guamirim Myrcia palustris 3 Nectandra megapotamica guamirm-do-campo Myrcia oblongata 7 canela-amarela rapa-güela Myrcia hebepetala 2 Nectandra lanceolata guamirim Myrceugenia myrcioides 2 Nome popular amora preta Morus nigra 3 Nome científico bracatinga Mimosa scabrella 1 2 pixirica Miconia cinerascens var. cinerascens 5 canela-fedida cancorosa Maytenus aquifolia 23 Nectandra grandiflora camboatá Matayba intermedia 255 5 camboatá Matayba elaeagnoides N Myrtaceae Nome popular Nome científico 1,18 0,07 0,04 - - - - - 7,00 1,68 1,00 2,82 0,04 0,68 0,46 6,32 - 1,86 35,18 0,61 0,14 2,29 - 0,21 32,78 19,43 DA 0,07 0,18 3,86 - 0,07 0,11 1,43 - - 6,79 0,11 0,86 0,04 0,07 - 0,04 - 0,11 0,25 0,07 0,07 0,11 0,04 0,18 0,82 9,11 DA 0,07 0,17 0,89 - 0,07 0,03 0,41 - - 1,65 0,10 0,45 0,03 0,03 - 0,03 - 0,03 0,21 0,07 0,03 0,07 0,03 0,14 0,07 1,30 FR 0,01 0,01 0,06 - 0,00 0,00 0,03 - - 0,31 0,01 0,05 0,01 0,00 - 0,00 - 0,00 0,01 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,02 0,26 DoA 0,03 0,05 0,30 - 0,00 0,01 0,15 - - 1,55 0,03 0,26 0,04 0,01 - 0,00 - 0,01 0,03 0,00 0,00 0,05 0,00 0,01 0,08 1,30 DoR 0,26 0,02 0,01 - - - - - 1,52 0,36 0,22 0,61 0,01 0,15 0,10 1,37 - 0,40 7,64 0,13 0,03 0,50 - 0,05 7,12 4,22 DR 0,72 0,07 0,03 - - - - - 0,93 0,96 0,21 1,37 0,03 0,07 0,38 1,41 - 0,41 2,23 0,17 0,03 0,93 - 0,07 2,47 1,99 FR 0,04 0,01 0,00 - - - - - 0,10 0,05 0,05 0,34 0,00 0,04 0,08 0,59 - 0,11 1,93 0,03 0,00 0,25 - 0,02 1,97 1,36 DoA 0,18 0,02 0,00 - - - - - 0,49 0,23 0,23 1,68 0,00 0,22 0,41 2,96 - 0,55 9,61 0,13 0,01 1,27 - 0,08 9,81 6,80 DoR Componente arbóreo/arbustivo 0,02 0,04 0,84 - 0,02 0,02 0,31 - - 1,47 0,02 0,19 0,01 0,02 - 0,01 - 0,02 0,05 0,02 0,02 0,02 0,01 0,04 0,18 1,98 DR Componente arbóreo/arbustivo 1,16 0,11 0,05 - - - - - 2,94 1,56 0,66 3,66 0,04 0,44 0,89 5,74 - 1,36 19,48 0,43 0,08 2,69 - 0,19 19,39 13,01 VI 0,11 0,26 2,03 - 0,09 0,06 0,87 - - 4,67 0,15 0,89 0,09 0,06 - 0,04 - 0,06 0,29 0,09 0,06 0,14 0,04 0,19 0,32 4,58 VI 7,86 13,00 11,00 - - - - - 8,58 9,82 16,59 10,62 11,00 14,05 11,92 11,60 - 9,99 12,60 10,75 9,00 12,84 - 9,67 12,16 12,29 Ht 8,00 9,90 8,23 - 7,00 5,67 7,83 - - 10,94 13,67 11,48 19,00 14,00 - 6,00 - 6,67 10,14 8,75 3,50 10,00 8,00 6,00 7,85 9,44 Ht - 1 - 7 16 9 46 43 126 3 - - - 1 - 59 1 3 19 7 1 8 2 2 90 20 N - - 78 1 2 7 3 8 3 36 2 4 - - 1 3 2 110 - 2 - 1 2 3 - 30 N 87,28 1,48 4,44 28,11 10,36 1,48 11,83 2,96 2,96 133,14 - 1,48 - 10,36 23,67 13,31 68,05 63,61 186,39 4,44 - - - 1,48 - - - 2,35 0,03 0,06 0,21 0,09 0,24 0,09 1,08 0,06 0,12 - - 0,03 0,09 0,06 3,31 - 0,06 - 0,03 0,06 0,09 - 0,90 DR - - 1,80 0,09 0,17 0,09 0,17 0,17 0,09 1,37 0,17 0,26 - - 0,09 0,17 0,09 0,17 - 0,09 - 0,09 0,09 0,26 - 1,20 FR - 0,03 - 0,21 0,48 0,27 1,38 1,29 3,79 0,09 - - - 0,03 - 1,77 0,03 0,09 0,57 0,21 0,03 0,24 0,06 0,06 2,71 0,60 DR - 0,09 - 0,26 0,43 0,09 0,94 0,51 2,14 0,26 - - - 0,09 - 0,86 0,09 0,17 0,86 0,17 0,09 0,26 0,09 0,09 3,26 1,03 FR VI - 0,12 - 0,47 0,91 0,36 2,33 1,81 5,93 0,35 - - - 0,12 - 2,63 0,12 0,26 1,43 0,38 0,12 0,50 0,15 0,15 5,96 1,63 VI - - 4,15 0,12 0,23 0,30 0,26 0,41 0,18 2,45 0,23 0,38 - - 0,12 0,26 0,15 3,48 - 0,15 - 0,12 0,15 0,35 - 2,10 Regeneração natural 29,59 DA - - 115,39 1,48 2,96 10,36 4,44 11,83 4,44 53,25 2,96 5,92 - - 1,48 4,44 2,96 162,72 - 2,96 - 1,48 2,96 4,44 - 44,38 DA Regeneração natural - 2,00 - 1,74 2,23 2,13 2,37 1,98 3,25 4,57 - - - 3,00 - 2,86 3,00 4,57 3,17 2,26 3,00 3,59 2,27 5,50 2,91 2,51 Ht - - 2,62 1,70 3,30 1,93 2,60 2,14 1,90 3,41 1,60 2,80 - - 2,00 2,73 3,25 2,16 - 1,60 - 5,00 2,10 2,77 - 2,89 Ht Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual marmeleiro-do-mato sabugueiro leiteiro-de-folha-graúda falsa-coronilha caixeta aroeira-vermelha leiteiro-de-folha-fina branquilho cipó-limoero-do-mato limoeiro-do-mato unha-de-gato unha-de-gato peroba-dágua cambuí-de-reitz sapopema Nome popular joá-açu canema-mirim cuvitinga canema canema joá-manso Ruprechtia laxiflora Sambucus australis Sapium glandulosum 278 Schaefferia argentinensis Schefflera morototoni Schinus terebinthifolius Sebastiania brasiliensis Sebastiania commersoniana Seguieria aculeata Seguieria langsdorffii Senegalia recurva Senegalia tucumanensis Sessea regnellii Siphoneugena reitzii Sloanea hirsuta Nome científico Solanum bullatum Solanum compressum Solanum mauritianum Solanum pabstii Solanum pseudoquina Solanum sanctaecatharinae 279 balieira mamoeiro-do-mato Varronia polycephala Vasconcellea quercifolia 50 3 78 urtigão 8 Urera baccifera pau-de-ervilha Trichilia elegans 238 assa-peixe-manso catiguá-vermelho Trichilia clausseni 23 Trixis praestans cariguá Trichilia catigua 33 - grandiúva Trema micrantha 3 carandaí canemaçu Tetrorchidium rubrivenium 12 Trithrinax brasiliensis jasmim Tabernaemontana catharinensis 8 1 sete-sangrias Symplocos uniflora 4 363 59 48 Trichilia sp. sete-sangria carne-de-vaca Styrax leprosus Symplocos tetrandra esporão-de-galo Strychnos brasiliensis gerivá cincho Sorocea bonplandii Syagrus romanzoffiana - jurubeba-velame Solanum variabile 64 3 Solanum sp. 39 2 - 56 1 23 N 2 1 15 - 1 1 13 95 99 27 7 1 86 7 45 - 5 flor-de-fogo 23 Ruellia angustiflora limoeiro-do-mato Randia ferox 1 carvalho-brasileiro pau-sabão Quillaja brasiliensis - Roupala montana grandiúva-d’anta Psychotria leiocarpa - 36 juruvarana Psychotria carthagenensis 154 jasmin-grado pessegueiro-do-mato Prunus myrtifolia 3 Rauvolfia sellowii jaboticabeira Plinia trunciflora 2 2 guamirim Plinia rivularis N Raulinoreitzia sp. Nome popular Nome científico 1,79 0,11 2,79 - - 0,04 0,29 8,50 0,82 1,18 0,11 0,43 0,29 0,14 12,96 2,11 1,71 2,29 - 0,11 1,39 0,07 - 2,00 0,04 0,82 DA 0,07 0,04 0,54 - 0,04 0,04 0,46 3,39 3,54 0,96 0,25 0,04 3,07 0,25 1,61 - 0,18 1,29 0,07 0,82 0,04 - - 5,50 0,11 0,07 DA 0,07 0,03 0,27 - 0,03 0,03 0,17 1,10 0,79 0,31 0,21 0,03 1,17 0,21 0,69 - 0,17 0,38 0,03 0,51 0,03 - - 1,37 0,10 0,03 FR 0,01 0,00 0,02 - 0,00 0,00 0,01 0,12 0,07 0,01 0,02 0,00 0,13 0,01 0,16 - 0,01 0,06 0,00 0,02 0,00 - - 0,30 0,00 0,00 DoA 0,05 0,01 0,09 - 0,02 0,01 0,05 0,60 0,36 0,06 0,07 0,00 0,67 0,03 0,78 - 0,03 0,31 0,00 0,07 0,00 - - 1,50 0,02 0,00 DoR 0,39 0,02 0,60 - - 0,01 0,06 1,85 0,18 0,26 0,02 0,09 0,06 0,03 2,81 0,46 0,37 0,50 - 0,02 0,30 0,02 - 0,43 0,01 0,18 DR 0,45 0,07 0,86 - - 0,03 0,10 1,44 0,38 0,69 0,07 0,10 0,03 0,07 2,19 0,79 0,79 0,75 - 0,10 0,79 0,07 - 0,82 0,03 0,31 FR 0,05 0,00 0,05 - - 0,00 0,00 0,19 0,02 0,01 0,01 0,01 0,02 0,00 0,42 0,08 0,04 0,05 - 0,01 0,04 0,00 - 0,06 0,00 0,04 DoA 0,23 0,01 0,27 - - 0,01 0,01 0,97 0,08 0,07 0,03 0,04 0,07 0,02 2,10 0,40 0,17 0,27 - 0,06 0,18 0,02 - 0,28 0,00 0,20 DoR Componente arbóreo/arbustivo 0,02 0,01 0,12 - 0,01 0,01 0,10 0,74 0,77 0,21 0,05 0,01 0,67 0,05 0,35 - 0,04 0,28 0,02 0,18 0,01 - - 1,19 0,02 0,02 DR Componente arbóreo/arbustivo 1,07 0,10 1,73 - - 0,05 0,18 4,26 0,64 1,01 0,12 0,24 0,17 0,12 7,11 1,65 1,34 1,52 - 0,19 1,27 0,10 - 1,54 0,05 0,68 VI 0,14 0,05 0,48 - 0,06 0,05 0,32 2,43 1,92 0,58 0,33 0,04 2,50 0,29 1,82 - 0,24 0,97 0,05 0,77 0,05 - - 4,07 0,14 0,05 VI 7,74 9,33 5,10 - - 13,00 8,00 8,53 8,09 6,38 11,67 6,56 4,06 6,75 9,85 9,22 6,74 8,67 - 12,79 8,65 12,00 - 8,72 8,50 12,11 Ht 10,50 6,00 12,53 - 14,00 9,00 8,86 8,71 8,42 5,00 17,29 6,00 11,03 8,36 11,27 - 11,60 10,18 5,50 8,47 11,00 - - 10,30 8,67 7,50 Ht - - 61 1 1 - 149 54 7 36 - - - - 2 16 39 73 1 2 6 - 1 2 - 1 N - - 1 19 2 - 12 29 46 37 2 - 10 - 8 2 1 1 5 4 - 2 1 21 2 - N - - 90,24 1,48 1,48 - 220,41 79,88 10,36 53,25 - - - - 2,96 23,67 57,69 107,99 1,48 2,96 8,88 - 1,48 2,96 - - - 0,03 0,57 0,06 - 0,36 0,87 1,38 1,11 0,06 - 0,30 - 0,24 0,06 0,03 0,03 0,15 0,12 - 0,06 0,03 0,63 0,06 - DR - - 0,09 0,17 0,17 - 0,60 0,77 1,89 0,60 0,17 - 0,51 - 0,51 0,09 0,09 0,09 0,09 0,26 - 0,09 0,09 1,29 0,17 - FR - - 1,83 0,03 0,03 - 4,48 1,62 0,21 1,08 - - - - 0,06 0,48 1,17 2,20 0,03 0,06 0,18 - 0,03 0,06 - 0,03 DR - - 2,23 0,09 0,09 - 3,43 2,23 0,43 0,94 - - - - 0,17 0,51 1,37 2,14 0,09 0,17 0,43 - 0,09 0,09 - 0,09 FR - VI - - 4,06 0,12 0,12 - 7,91 3,85 0,64 2,03 - - - - 0,23 1,00 2,54 4,34 0,12 0,23 0,61 - 0,12 0,15 - 0,12 VI - - 0,12 0,74 0,23 - 0,96 1,64 3,27 1,71 0,23 - 0,82 - 0,76 0,15 0,12 0,12 0,24 0,38 - 0,15 0,12 1,92 0,23 Regeneração natural 1,48 DA - - 1,48 28,11 2,96 - 17,75 42,90 68,05 54,73 2,96 - 14,79 - 11,83 2,96 1,48 1,48 7,40 5,92 - 2,96 1,48 31,07 2,96 - DA Regeneração natural - - 2,40 1,70 1,60 - 2,78 3,64 2,56 2,65 - - - - 4,00 3,51 3,51 2,83 3,50 3,00 4,08 - 2,20 3,00 - 5,00 Ht - - 7,00 3,21 1,65 - 2,57 3,90 3,43 2,97 5,50 - 4,01 - 4,53 1,80 2,20 3,00 2,30 4,08 - 2,25 2,20 3,51 2,10 - Ht Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice III: Parâmetros fitossociológicos das espécies da Floresta Estacional Decidual juva maminha-de-cadela Zanthoxylum petiolare Zanthoxylum rhoifolium Não identificada 6,96 3,36 0,57 1,25 0,18 0,50 1,43 0,04 DA 1,51 0,73 0,12 0,27 0,04 0,11 0,31 0,01 DR 2,16 1,06 0,38 0,48 0,10 0,34 0,69 0,03 FR 0,27 0,06 0,03 0,04 0,00 0,01 0,09 0,00 DoA 1,34 0,32 0,14 0,22 0,02 0,04 0,44 0,01 DoR Componente arbóreo/arbustivo * Valores iguais a 0,00 são menores que 0,04. O – (traço) significa que não há dados para esta espécie. 195 94 16 35 14 coentrilho espinho-de-judeu Xylosma pseudosalzmannii 40 Zanthoxylum fagara tarumã Vitex megapotamica 1 5 vassourão-preto Vernonanthura discolor N Xylosma sp. Nome popular Nome científico 5,02 2,11 0,64 0,97 0,16 0,49 1,44 0,05 VI 10,25 8,18 12,00 9,07 6,60 9,25 9,61 8,00 Ht 31 17 4 5 - - 9 - N 45,86 25,15 5,92 7,40 - - 13,31 - DA 0,93 0,51 0,12 0,15 - - 0,27 - DR 1,03 0,86 0,17 0,26 - - 0,34 - FR - VI 1,96 1,37 0,29 0,41 - - 0,61 Regeneração natural 2,31 3,63 5,63 2,06 - - 3,76 - Ht Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina 280 Apêndice IV Floresta Estacional Decidual Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual Apêndice IV. Distribuição diamétrica das espécies do componente arbóreo/arbustivo da Floresta Estacional Decidual em valores de indivíduos por hectare. Appendix IV. Diameter distribution of tree species in Seasonal Deciduous Forest in Santa Catarina, considering tree density per hectare. Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Achatocarpus praecox 0,07 0,14 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 Actinostemon concolor 2,29 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,36 Aegiphila brachiata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Agonandra excelsa 0,39 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Albizia edwallii 2,61 0,68 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,46 Albizia niopoides 0,54 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 Alchornea sidifolia 0,00 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 Alchornea triplinervia 0,04 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Allophylus edulis 5,50 0,96 0,25 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 6,82 Allophylus guaraniticus 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Allophylus petiolulatus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Allophylus puberulus 1,36 0,25 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,64 Aloysia virgata 4,68 0,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,89 Alsophila setosa 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Annona emarginata 1,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07 Annona sp. 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Annona sylvatica 4,79 1,00 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 5,93 Apuleia leiocarpa 1,00 0,71 0,32 0,25 0,39 0,11 0,00 0,11 2,89 Aralia warmingiana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Araucaria angustifolia 0,00 0,00 0,07 0,04 0,00 0,04 0,07 0,00 0,21 Aspidosperma australe 2,64 0,96 0,21 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 3,89 Aspidosperma sp. 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Asteraceae 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Ateleia glazioveana 4,18 0,64 0,36 0,18 0,00 0,07 0,00 0,00 5,43 Baccharis dracunculifolia 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Baccharis semiserrata 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Baccharis sp. 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Balfourodendron riedelianum 3,89 1,25 0,39 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 5,71 Banara tomentosa 0,86 0,61 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,50 Bastardiopsis densiflora 0,50 0,57 0,21 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 1,43 283 Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Bauhinia forficata 0,96 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 Blepharocalyx salicifolius 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 Bunchosia maritima 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Cabralea canjerana 4,11 1,14 0,43 0,43 0,07 0,11 Calliandra foliolosa 0,54 0,21 0,00 0,00 0,04 Calyptranthes grandifolia 0,04 0,00 0,00 0,00 Calyptranthes tricona 0,43 0,18 0,07 Campomanesia guaviroba 0,00 0,04 Campomanesia guazumifolia 0,79 Campomanesia xanthocarpa Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Cyathea corcovadensis 2,21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,21 0,07 Cyathea sp. 0,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96 0,00 0,04 Dalbergia frutescens 1,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 0,00 0,07 6,36 Dasyphyllum spinescens 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 0,79 Dasyphyllum tomentosum 0,21 0,04 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Diatenopteryx sorbifolia 1,89 1,00 0,36 0,25 0,11 0,25 0,00 0,07 3,93 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 Dicksonia sellowiana 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Diospyros inconstans 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96 Endlicheria paniculata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 1,71 0,96 0,32 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 3,14 Enterolobium contortisiliquum 0,07 0,11 0,14 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,39 Casearia decandra 1,11 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39 Erythrina crista-galli 0,00 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 0,11 Casearia obliqua 0,36 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Erythrina falcata 0,36 0,21 0,18 0,14 0,04 0,07 0,04 0,04 1,07 Casearia sylvestris 9,39 2,07 0,25 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 11,79 Erythroxylum deciduum 0,32 0,14 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54 Cedrela fissilis 7,04 2,18 0,86 0,46 0,18 0,04 0,04 0,00 10,79 Esenbeckia grandiflora 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Ceiba speciosa 0,14 0,07 0,07 0,00 0,04 0,00 0,04 0,00 0,36 Eugenia brasiliensis 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Celtis iguanaea 1,04 0,18 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 Eugenia burkartiana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Cereus sp. 0,07 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Eugenia gracillima 0,14 0,00 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,21 Cestrum intermedium 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Eugenia involucrata 0,11 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 Chionanthus trichotomus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Eugenia pyriformis 0,14 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 Chrysophyllum gonocarpum 3,11 1,71 0,64 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 5,64 Eugenia ramboi 0,14 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 Chrysophyllum inornatum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Eugenia rostrifolia 0,82 0,57 0,32 0,32 0,14 0,07 0,00 0,00 2,25 Chrysophyllum marginatum 3,39 1,46 0,64 0,43 0,29 0,04 0,00 0,04 6,29 Eugenia subterminalis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Cinnamodendron dinisii 0,61 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,04 Eugenia uniflora 0,89 0,29 0,29 0,14 0,07 0,04 0,00 0,00 1,71 Cinnamomum amoenum 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Eugenia uruguayensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Citronella paniculata 0,61 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,79 Eugenia verticillata 0,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43 Citrus reticulata 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Fabaceae 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,04 0,07 0,04 0,18 Citrus x limon 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Ficus adhatodifolia 0,14 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 Clethra scabra 0,25 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Ficus gomelleira 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Coccoloba argentinensis 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Ficus luschnathiana 0,75 0,36 0,21 0,04 0,07 0,00 0,04 0,04 1,50 Cordia americana 1,82 0,79 0,32 0,32 0,07 0,18 0,11 0,18 3,79 Ficus sp. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,04 Cordia ecalyculata 0,54 0,29 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,89 Gleditsia amorphoides 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Cordia trichotoma 1,86 0,43 0,32 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 2,64 Guarea macrophylla 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Cordiera concolor 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Handroanthus heptaphyllus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Cordyline spectabilis 1,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18 Helietta apiculata 3,89 1,93 0,43 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 6,32 Coussapoa microcarpa 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,14 Heliocarpus popayanensis 0,11 0,04 0,07 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,25 Coussarea contracta 0,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,68 Hennecartia omphalandra 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Coutarea hexandra 0,11 0,07 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Holocalyx balansae 0,64 0,36 0,36 0,21 0,11 0,11 0,07 0,00 1,86 Cryptocarya aschersoniana 0,39 0,57 0,07 0,04 0,07 0,07 0,07 0,00 1,29 Hovenia dulcis 8,79 2,46 0,50 0,14 0,11 0,00 0,04 0,00 12,04 Cryptocarya mandioccana 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Hybanthus bigibbosus 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Cupania vernalis 16,32 2,86 0,64 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 19,96 Ilex brevicuspis 0,50 0,04 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 284 285 Apêndice IV: Distribuição diamétrica por espécie da Floresta Estacional Decidual Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Ilex microdonta 0,21 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Ilex paraguariensis 0,93 0,21 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 Ilex theezans 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Inga edulis 0,21 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 Inga marginata 2,25 0,25 0,04 0,00 0,00 Inga sp. 0,11 0,04 0,00 0,00 Inga subnuda subsp. luschnathiana 0,25 0,04 0,00 Inga vera 0,43 0,11 Inga vera subsp. affinis 1,89 Inga virescens Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Myrciaria floribunda 0,04 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 1,25 Myrocarpus frondosus 4,50 1,04 0,64 0,36 0,14 0,00 0,04 0,04 6,75 0,00 0,18 Myrsine coriacea 1,11 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39 0,00 0,00 0,32 Myrsine guianensis 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 0,00 0,00 0,00 2,54 Myrsine loefgrenii 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Myrsine umbellata 3,29 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Myrtaceae 0,07 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54 Nectandra grandiflora 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 0,46 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,43 Nectandra lanceolata 7,86 5,75 3,11 1,39 0,57 0,43 0,14 0,14 19,39 0,50 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,57 Nectandra megapotamica 14,39 9,29 5,04 2,57 0,89 0,32 0,11 0,07 32,68 Jacaranda micrantha 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Nectandra membranacea 0,07 0,04 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 Jacaranda puberula 0,25 0,21 0,07 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,57 Ocotea diospyrifolia 0,61 0,32 0,46 0,39 0,25 0,18 0,04 0,00 2,25 Jacaratia spinosa 0,00 0,00 0,04 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,11 Ocotea laxa 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Lamanonia ternata 0,14 0,07 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,29 Ocotea odorifera 0,36 0,18 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,61 Leptolobium elegans 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Ocotea puberula 15,04 11,82 5,25 1,71 0,61 0,39 0,14 0,04 35,00 Lithrea brasiliensis 1,18 0,46 0,21 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 1,93 Ocotea pulchella 0,86 0,61 0,07 0,18 0,14 0,00 0,00 0,00 1,86 Lonchocarpus campestris 4,11 1,29 0,75 0,32 0,07 0,00 0,00 0,00 6,54 Parapiptadenia rigida 3,29 0,93 0,61 0,64 0,21 0,29 0,14 0,21 6,32 Lonchocarpus cultratus 0,32 0,07 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 Peltophorum dubium 0,07 0,14 0,11 0,00 0,11 0,00 0,00 0,04 0,46 Lonchocarpus muehlbergianus 0,18 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,21 Persea americana 0,21 0,29 0,11 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,68 Lonchocarpus nitidus 0,29 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 Persea sp. 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Luehea divaricata 15,57 7,11 2,89 1,21 0,21 0,25 0,21 0,36 27,82 Phytolacca dioica 1,00 0,46 0,46 0,46 0,25 0,04 0,07 0,07 2,82 Machaerium hirtum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Picramnia parvifolia 0,68 0,00 0,18 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,96 Machaerium nyctitans 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Picrasma crenata 1,18 0,39 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,64 Machaerium paraguariense 4,71 1,14 0,36 0,18 0,11 0,00 0,00 0,00 6,50 Pilocarpus pennatifolius 6,68 0,21 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,93 Machaerium stipitatum 12,11 2,61 0,79 0,32 0,04 0,04 0,00 0,00 15,89 Piptadenia gonoacantha 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Maclura tinctoria 0,11 0,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,36 Piptocarpha angustifolia 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Manihot grahamii 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Pisonia ambigua 0,79 0,32 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18 Matayba elaeagnoides 7,04 1,43 0,25 0,21 0,07 0,04 0,00 0,00 9,04 Plinia rivularis 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Matayba intermedia 0,71 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82 Plinia trunciflora 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Maytenus aquifolia 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Prunus myrtifolia 2,96 1,32 0,68 0,29 0,07 0,11 0,00 0,04 5,46 Miconia cinerascens var. cinerascens 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Quillaja brasiliensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Mimosa scabrella 0,00 0,04 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Randia ferox 0,71 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82 Morus nigra 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Raulinoreitzia sp. 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Myrceugenia myrcioides 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Rauvolfia sellowii 0,68 0,32 0,18 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 1,29 Myrcia hebepetala 0,14 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Roupala montana 0,11 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 Myrcia oblongata 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Ruprechtia laxiflora 0,64 0,50 0,21 0,07 0,11 0,00 0,04 0,04 1,61 Myrcia pubipetala 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Sambucus australis 0,21 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 Myrcia splendens 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Sapium glandulosum 1,82 0,57 0,50 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 3,07 Myrcianthes gigantea 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 Schaefferia argentinensis 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Myrcianthes pungens 0,39 0,21 0,18 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,86 Schefflera morototoni 0,07 0,11 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 286 287 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Nome Científico Centro da classe de DAP (cm) 15,0 25,0 35,0 45,0 55,0 65,0 75,0 ≥ 80,0 Total Schinus terebinthifolius 0,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,96 Sebastiania brasiliensis 3,00 0,39 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,54 Sebastiania commersoniana 2,39 0,50 0,29 0,07 0,11 0,00 0,00 0,00 3,36 Seguieria aculeata 0,39 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 Seguieria langsdorffii 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Senegalia recurva 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Sessea regnellii 0,36 0,07 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54 Siphoneugena reitzii 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Sloanea hirsuta 0,00 0,04 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,07 Solanum bullatum 0,54 0,11 0,11 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,82 Solanum compressum 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Solanum mauritianum 1,29 0,61 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,00 Solanum pseudoquina 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,07 Solanum sanctaecatharinae 1,00 0,36 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,39 Solanum sp. 0t,00 0,07 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,11 Sorocea bonplandii 2,00 0,11 0,07 0,00 0,04 0,04 0,00 0,00 2,25 Strychnos brasiliensis 1,39 0,25 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,68 Styrax leprosus 1,18 0,61 0,25 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 2,11 Syagrus romanzoffiana 7,14 5,50 0,25 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 12,96 Symplocos tetrandra 0,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 Symplocos uniflora 0,11 0,11 0,04 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Tabernaemontana catharinensis 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43 Tetrorchidium rubrivenium 0,00 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Trema micrantha 1,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,18 Trichilia catigua 0,75 0,04 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,82 Trichilia clausseni 7,29 0,79 0,36 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 8,50 Trichilia elegans 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 Trichilia sp. 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Urera baccifera 2,39 0,32 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,79 Varronia polycephala 0,07 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,11 Vasconcellea quercifolia 1,14 0,57 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,79 Vernonanthura discolor 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 Vitex megapotamica 0,96 0,18 0,07 0,07 0,04 0,04 0,00 0,04 1,39 Xylosma pseudosalzmannii 0,46 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 Xylosma sp. 0,14 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,18 Zanthoxylum fagara 0,89 0,18 0,14 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 Zanthoxylum petiolare 0,39 0,11 0,04 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,57 Zanthoxylum rhoifolium 2,86 0,43 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,32 Não identificada 4,29 1,68 0,54 0,25 0,07 0,07 0,00 0,00 6,89 292,09 98,74 37,53 16,71 6,64 3,54 1,61 1,71 458,58 TOTAL 288 Apêndice V Floresta Estacional Decidual Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Appendix V. Description of the Sample Plots in Seasonal Deciduous Forest. As Unidades Amostrais aqui descritas estão localizadas no Planalto e Oeste de Santa Catarina, na região fitoecológica da Floresta Estacional Decidual. As informações contidas nas descrições que seguem, contêm quatro componentes importantes: a) Dados de caracterização do local, tais como: número da Unidade Amostral, localidade, município de Santa Catarina, altitude, data do levantamento, se houve ou não deslocamento do ponto de localização originalmente previsto na grade de 5 x 5 km, bem como: • a síntese dos parâmetros fitossociológicos de cada Unidade Amostral, sem as árvores mortas; nestes parâmetros trata-se de meras extrapolações por hectare, não de estimativas populacionais (Capítulo 2). • as possíveis categorizações de estádio sucessional, baseando-se em parâmetros da Resolução CONAMA 04/1994, de 4 de maio de 1994; • a categorização baseada nas informações advindas do campo e da análise fitossociológica; • as espécies com maior valor de importância; b) Representação fitofisionômica e estado de conservação dos remanescentes estudados, efetuada pelos biólogos de campo: Marcio Verdi, Anita Stival dos Santos e Susana Dreveck, durante os trabalhos in loco. c) Fotografias do aspecto da vegetação na data do levantamento, de autoria dos membros das equipes; d) Imagem Google Earth. 291 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 398 – localidade de Alto São Roque, Capinzal: 717 m de altitude, deslocamento 130 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 733,33 ind. ha-1, 45 espécies, área basal 26,91 m2.ha-1, diâmetro médio 17,98 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 4,92 m, altura dominante 16,34 m, índice de Shannon 3,13 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, bosqueamento, pastejo e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Machaerium paraguariense, Nectandra megapotamica, M. stipitatum e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%. Sub-bosque presente, porém ralo. Destacam-se ainda as espécies: Lonchocarpus campestris, Parapiptadenia rigida, Annona sylvatica, Chrysophyllum marginatum e Cupania vernalis, no sub-bosque Allophylus edulis, Casearia sylvestris e mirtáceas e, na regeneração N. megapotamica, Prunus myrtifolia, C. vernalis, Aspidosperma australe, Strychnos brasiliensis, Casearia sylvestris e L. divaricata. As árvores apresentam muitas lianas, epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens e briófitas. A sinúsia herbácea é formada principalmente por espécies de pteridófitas e poáceas. Unidade Amostral 438 – localidade de Linha Caçador, Ouro: 779 m de altitude, deslocamento 156 m a sul do ponto central original, inventariada em 22 e 23 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 497,50 ind.ha-1, 49 espécies, área basal 15,99 m2.ha-1, diâmetro médio 16,93 cm, altura total média 8,17 m, altura do fuste 4,81 m, altura dominante 14,23 m, índice de Shannon 3,33 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floreta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação em estádio avançado, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica e atual de espécies. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Ocotea puberula, Eugenia rostrifolia e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 75-80%. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum, Apuleia leiocarpa, Hovenia dulcis, no sub-bosque Allophylus edulis, A. puberulus, Actinostemon concolor e Pilocarpus pennatifolius entremeado por uma espécie de carazinho e taquara seca (Merostachys sp.), além de muitas lianas e, na regeneração Myrsine umbellata, A. edulis, A. concolor, P. pennatifolius, Trichilia clausseni e N. lanceolata. As árvores apresentam muitas lianas e epífitos em sua maioria ausentes, exceto líquens. A sinúsia herbácea é formada principalmente por espécies de pteridófitas e poáceas. Unidade Amostral 435 – localidade Linha Vermelha, Caçador: 702 m de altitude, deslocamento 215 m a sul do ponto central original, inventariada em 21 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 510,35 ind.ha-1, 34 espécies, área basal 17,75 m2.ha-1, diâmetro médio 16,05 cm, altura total média 9,97 m, altura do fuste 4,41 m, altura dominante 14,61 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, com presença de estradas com 5 m de largura, lixo e espécies exóticas. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Syagrus romanzoffiana, Nectandra lanceolata e Ocotea puberula. Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se em 50% e o sub-bosque é ralo. O fragmento encontra-se em uma encosta com declividade de 12°. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, T. clausseni, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Cedrela fissilis, Diatenopteryx sorbifolia, Machaerium stipitatum e Persea americana. Unidade Amostral 487 – localidade Lajeado dos Pintos, Concórdia: 768 m de altitude, deslocamento 8 m a leste do ponto central original, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 467,84 ind. ha-1, 40 espécies, área basal 24,34 m2.ha-1, diâmetro médio 21,59 cm, altura total média 11,51 m, altura do fuste 3,68 m, altura dominante 18,28 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado muito alterada, com presença de estradas no interior da Unidade Amostral, além de exploração seletiva de espécies arbóreas. Espécies com maior valor de importância: Pilocarpus pennatifolius, Phytolacca dioica, Chrysophyllum marginatum, Nectandra megapotamica e Eugenia uniflora. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se descontínuo variando entre 30 e 60%. O fragmento encontra-se em uma encosta com declividade de 30°. Além de muitos cipós a Unidade Amostral também contém muitas taquaras e árvores mortas. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Aspidosperma australe, Pisonia ambigua e Annona sylvatica e, no sub-bosque Campomanesia xanthocarpa, Trichilia elegans, Trichilia clausseni, Banara tomentosa, Actinostemon concolor e Justicia brasiliana. 292 293 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 494 – localidade Linha Barreira, Herval do Oeste: 808 m de altitude, deslocamento 291 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 22 e 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 572,50 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 26,65 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 12,89 m, altura do fuste 6,69 m, altura dominante 18,97 m, índice de Shannon 2,35 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, evidência de pastejo e indícios de caça, este último denotado pela existência de cabanas de caçadores. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações adicionais: Vegetação com baixa riqueza de espécies arbóreas, as árvores dossel com uma cobertura de copas de 10-50% e, o sub-bosque variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: O. puberula e no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea composta essencialmente por espécies de pteridófitas, acantáceas e piperáceas. Lianas e epífitos pouco abundantes. É importante salientar que entre as pteridófitas foi encontrado um indivíduo fértil de Botrychium virginianum, espécie bastante rara. Unidade Amostral 537 – Linha Feliz, Guatambu: 480 m de altitude, inventariada em 20 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 370,00 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 27,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,51 cm, altura total média 11,66 m, altura do fuste 5,66 m, altura dominante 18,14 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estado avançado, muito alterada, com indícios de pastejo e exploração seletiva histórica. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, N. lanceolata, Pilocarpus pennatifolius e Eugenia uniflora. Observações adicionais: Sinúsia arbórea com cobertura de copas entre 50 e 70% e sub-bosque variando de médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Campomanesia xanthocarpa, Ruprechtia laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia, Chrysophyllum marginatum, Parapiptadenia rigida e Holocalyx balansae, no subbosque em geral com muita Chusquea, lianas, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Trichilia elegans e Sorocea bonplandii e, sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas, como Anemia raddiana, Asplenium brasiliensis, além de poáceas e bromeliáceas, esta última também com indivíduos rupícolas. Lianas e epífitos pouco abundantes. 294 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 597 – Bairro Trevo, Chapecó: 724 m de altitude, deslocamento 430 m ao norte do ponto central original, inventariada em 25 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 475,00 ind.ha-1, 33 espécies, área basal 30,61 m2.ha-1, diâmetro médio 23,64 cm, altura total média 12,37 m, altura do fuste 6,26 m, altura dominante 18,13 m, índice de Shannon 2,69 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, em grande parte demarcada por cercas, com a presença de gado, espécies exóticas, área construída para fins de lazer, lixo e vestígios de pequenas fogueiras. Espécies com maior valor de importância: Myrocarpus frondosus, Casearia sylvestris, Parapiptadenia rigida, Nectandra megapotamica e Luehea divaricata. Observações adicionais: sinúsia arbórea caracterizada por cobertura de copas de 50 a 70% e sub-bosque em sua maior parte denso. Destacam-se ainda as espécies: Annona sylvatica, Machaerium paraguariense, Chrysophyllum marginatum, N. lanceolata e Araucaria angustifolia, o sub-bosque composto principalmente por mirtáceas e lauráceas, a sinúsia herbácea pouco expressiva, salvo por algumas espécies de piperáceas e pteridófitas. Lianas e epífitos pouco abundantes. Unidade Amostral 712 – Pesqueiro do Meio, Xanxerê: 700 m de altitude, deslocamento 40 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 24 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 531,65 ind.ha-1, 39 espécies, área basal 22,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,45 cm, altura total média 10,30 m, altura do fuste 5,74 m, altura dominante 17,99 m, índice de Shannon 3,08 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Ateleia glazioveana, Matayba elaeagnoides e O. diospyrifolia. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se descontínuo entre 30 e 50% e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cordia americana, Styrax leprosus, Picrasma crenata, Casearia decandra, Ilex paraguariensis, Campomanesia xanthocarpa, Sebastiania commersoniana e N. megapotamica, e no sub-bosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Piper sp., Cordyline spectabilis, Helietta apiculata, Cupania vernalis e M. elaeagnoides. 295 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 918 – localidade de Café Filho, Anchieta: 830 m, deslocamento 197 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 23 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 522,50 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 13,31 m2.ha-1, diâmetro médio 14,47 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,57 m, altura dominante 11,26 m, índice de Shannon 2,80 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, com presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior valor de importância: Helietta apiculata, Nectandra lanceolata, Dasyphyllum tomentosum, Ocotea puberula e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%, formada por grande quantidade de árvores, porém de baixa estatura e diâmetro, com pouca riqueza específica e, o subbosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana e Eugenia uniflora, no sub-bosque Actinostemon concolor e grande quantidade de regenerantes de espécies arbóreas, alternado por locais com predomínio de Chusquea sp., Merostachys multiramea e lianas, em geral arbustivas e espinescentes. Sinúsia herbácea pouco diversificada, composta em geral por espécies de pteridófitas, poáceas e orquidáceas. Epífitos pouco frequentes, sendo observadas pteridófitas. Unidade Amostral 941 – Fazenda Lago Azul, Anita Garibaldi: 784 m de altitude, deslocamento 209 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: 535,00 ind.ha-1, 21 espécies, área basal 15,01 m2.ha-1, diâmetro médio 15,30 cm, altura total média 6,15 m, altura do fuste 3,86 m, altura dominante 12,83 m, índice de Shannon 2,59 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte raso histórico, além de pastejo, bosqueamento e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Helietta apiculata, Symplocos uniflora, Zanthoxylum fagara, Luehea divaricata e Ocotea pulchella. Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Lithraea brasiliensis, Annona sylvatica e Ocotea puberula, no sub-bosque destacam-se mirtáceas, Campomanesia guazumifolia, Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis e A. angustifolia e, na regeneração P. rigida, H. apiculata, Strychnos brasiliensis, Z. fagara e Z. rhoifolium. Baixa densidade de epífitos e quando presente são pteridófitas e líquens. Alta densidade de lianas, e sinúsia herbácea praticamente formada por pteridófitas e poáceas. 296 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1000 – localidade Lajeado do Crespus, Anita Garibaldi: 630 m de altitude, deslocamento 139 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 23 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 827,59 ind.ha-1, 23 espécies, área basal 33,09 m2.ha-1, diâmetro médio 18,89 cm, altura total média 7,39 m, altura do fuste 4,81 m, altura dominante 13,17 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e corte raso, além de pastejo e bosqueamento. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Parapiptadenia rigida, Nectandra megapotamica e O. pulchella. Observações adicionais: fragmento situado no vale às margens do lago do reservatório da UHE de Barra Grande no início de encosta com topografia fortemente ondulada e declividade de 38°. O dossel descontínuo é praticamente uniforme com cobertura lenhosa aproximada de 80%, e sub-bosque é ralo. Destacamse ainda as espécies: Luehea divaricata e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Allophylus puberulus, Campomanesia guazumifolia, N. megapotamica, P. rigida e Prunus myrtifolia, na regeneração Schinus terebinthifolius, Cinnamodendron dinisii, Zanthoxylum rhoifolium e Bauhinia forficata. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea praticamente é formada por pteridófitas e poáceas. Unidade Amostral 1123 – localidade de Linha Silva, Celso Ramos: 627 m de altitude, deslocamento 256 m a leste do ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 650,00 ind.ha-1, 29 espécies, área basal 20,15 m2.ha-1, diâmetro médio 15,56 cm, altura total média 8,66 m, altura do fuste 5,51 m, altura dominante 13,28 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estrada, exploração seletiva histórica de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, N. megapotamica, O. pulchella e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e praticamente uniforme com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum rhoifolium, Parapiptadenia rigida, Albizia edwallii, Machaerium paraguariense, Lonchocarpus campestris, Annona rugulosa e Myrsine coriacea, no sub-bosque Allophylus edulis, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, Cordyline spectabilis, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa, Eugenia uniflora, Dahlstedtia pinnata, Casearia decandra, Dicksonia sellowiana e algumas mirtáceas, na regeneração T. elegans, Cupania vernalis, C. decandra, L. campestris, Sebastiania commersoniana, Cedrela fissilis, Cinnamodendron dinisii, E. uniflora e P. rigida. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, piperáceas, ciperáceas, orquidáceas e poáceas. 297 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1187 – localidade Linha Fabris, Celso Ramos: 755 m de altitude, deslocamento 211 m a oeste do ponto central original, inventariada em 15 e 16 de dezembro 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 692,50 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 26,90 m2h-1, diâmetro médio 19,24 cm, altura total média 11,63 m, altura do fuste 5,52 m, altura dominante 16,72 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, em bom estado de conservação. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Lithraea brasiliensis, Helietta apiculata, Cupania vernalis e Prunus myrtifolia. Observações adicionais: Sinúsia arbórea bastante rica e densa, formada por árvores pujantes, que proporcionam ao dossel uma cobertura de copas de 70% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: Zanthoxylum fagara, Annona sylvatica, Casearia decandra, Erythroxylum deciduum e Cinnamodendron dinisii, no sub-bosque Trichilia elegans, Urera baccifera e Merostachys multiramea. Sinúsia herbácea bastante densa, constituída por espécies terrícolas e rupícolas de piperáceas, pteridófitas, cactáceas e bromeliáceas. Pela umidade do local, abundam briófitas sobre as árvores e rochas, além de grande quantidade de epífitos vasculares, tais como: Aechmea calyculata e Oncidium sphegiferum. Unidade Amostral 1188 – localidade São Francisco, Campos Novos: 707 m de altitude, deslocamento 500 m a leste do ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 412,50 ind. ha-1, 30 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 16,91 cm, altura total média 8,16 m, altura do fuste 4,37 m, altura dominante 13,67 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso das espécies. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Cupania vernalis e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Luehea divaricata e Trema micrantha, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Justicia brasiliana e Dicksonia sellowiana, a regeneração Lonchocarpus campestris, Matayba elaeagnoides, C. vernalis, N. megapotamica, T. micranta, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa, C. fissilis e Casearia sylvestris. Baixa diversidade de epífito e grande densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por comelináceas, poáceas e mais abundantes pteridófitas. 298 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1249 – localidade Nossa Senhora da Salete, Celso Ramos: 742 m, deslocamento 307 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 30 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 700,00 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 17,55 m2ha-1, diâmetro médio 15,26 cm, altura total média 7,36 m, altura do fuste 4,02 m, altura dominante 13,00 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica e recente de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Luehea divaricata, Ocotea pulchella, O. puberula e Annona sylvatica. Observações adicionais: O dossel semi-contínuo e praticamente uniforme com cobertura lenhosa aproximada de 80-90%, o sub-bosque denso com muitas arvoretas finas e lianas. Destacam-se ainda as espécies: C. vernalis, O. puberula, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Cordia americana, L. divaricata, Lonchocarpus campestris, Inga sp., Annona sp., Agonandra excelsa e Zanthoxylum rhoifolium, no sub-bosque L. campestris, Campomanesia guazumifolia e Annona sp., na regeneração Cordia americana, A. australe, Casearia sylvestris, L. campestris, Sebastiania brasiliensis, Bauhinia forficata e Chrysophyllum marginatum. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por poáceas, orquidáceas, bromeliáceas, Elephantopus mollis, Sida sp. e Ocimum selloi. Unidade Amostral 1318 – localidade Fazenda Tupininga, Zortéa: 657 m de altitude, deslocamento 30 m a norte do ponto central original, inventariada em 17 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 717,50 ind. ha-1, 43 espécies, área basal 25,44 m2.ha-1, diâmetro médio 17,41 cm, altura total média 9,89 m, altura do fuste 5,18 m, altura dominante 16,39 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, N. lanceolata e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo com cobertura lenhosa aproximada de 90% e subbosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ateleia glazioveana, Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Cedrela fissilis, Syagrus romanzoffiana, Cordia americana e Hovenia dulcis, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e cará verde (Chusquea sp.), além de Actinostemon concolor, Cordyline spectabilis, Dahlstedtia pinnata, Trichilia elegans, Allophylus guaraniticus e Justicia brasiliana, na regeneração Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Helietta apiculata, Myrcia bombycina, Campomanesia xanthocarpa, N. megapotamica, P. myrtifolia, Styrax leprosus, Chrysophyllum gonocarpum, C. vernalis e M. elaeagnoides. Baixa densidade de epífito e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por orquidáceas (Galeandra beyrichii e Govenia urticulata), piperáceas, comelináceas e pteridófitas. 299 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1388 – localidade Passo Raso, Zortéa: 661 m de altitude, deslocamento 166 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 18 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 580,00 ind.ha-1, 57 espécies, área basal 24,61 m2.ha-1, diâmetro médio 20,43 cm, altura total média 8,65 m, altura do fuste 4,53 m, altura dominante 15,05 m, índice de Shannon 3,64 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primária, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso, bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Cinnamodendron dinisii, Ocotea diospyrifolia, Helietta apiculata e Lithraea brasiliensis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Cordia americana, C. trichotoma, Cupania vernalis, Lonchocarpus campestris, Annona sp., Myrcianthes pungens e Styrax leprosus, no sub-bosque poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e muitas lianas, além de Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp. e Justicia brasiliana, na regeneração Myrcia bombycina, C. americana, C. vernalis, Pilocarpus pennatifolius, H. apiculata, Celtis iguanaea, Casearia sylvestris, M. pungens, Campomanesia guazumifolia, C. xanthocarpa e L. campestris. Os forófitos apresentam baixa densidade de epífitos, sendo observadas Sinningia douglasii, bromeliáceas, cactáceas, briófitas e líquens. As árvores e o sub-bosque apresentam grande densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis, Ocimum selloi, comelináceas e poáceas. Unidade Amostral 1461 – localidade Linha Planalto, Piratuba: 615 m de altitude, deslocamento 30 m ao norte do ponto central original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 632,00 ind.ha-1, 30 espécies, área basal 20,26 m2.ha-1, diâmetro médio 17,33 cm, altura total média 9,65 m, altura do fuste 5,13 m, altura dominante 16,70 m, índice de Shannon 2,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, pela exploração seletiva e rasa histórica de espécies. Espécies com maior valor de importância: Ateleia glazioveana, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 50-60%, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Lonchocarpus campestris, Casearia decandra, Cabralea canjerana e Sapium glandulosum, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.) e Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia elegans, Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na regeneração Cupania vernalis, N. lanceolata, N. megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Ilex paraguariensis, Styrax leprosus, C. fissilis, C. canjerana, Tabernaemontana catharinensis, L. campestris, Chrysophyllum gonocarpum, Zanthoxylum rhoifolium, A. glazioveana e muitas O. odorifera. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba, Elephantopus mollis, pteridófitas, marantáceas e poáceas. 300 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1536 – localidade de Linha Floresta, Alta Bela Vista: 450 m de altitude, deslocamento 80 m a sul do ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 544,74 ind. ha-1, 40 espécies, área basal 17,86 m2ha-1, diâmetro médio 18,14 cm, altura total média 14,64 m, altura do fuste 5,55 m, altura dominante 23,17 m, índice de Shannon 3,10 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Persea americana, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com 60% e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Cabralea canjerana e Myrsine umbellata, no sub-bosque Trichilia clausseni, M. umbellata e Allophylus edulis. Unidade Amostral 1542 – localidade de Linha Lindemberg, Capinzal: 584 m de altitude, deslocamento 100 m ao leste do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 597,50 ind. ha-1, 33 espécies, área basal 18,74 m2ha-1, diâmetro médio 16,49 cm, altura total média 8,63 m, altura do fuste 4,68 m, altura dominante 14,60 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva, corte raso histórico e recente de espécies. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Ateleia glazioveana e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Prunus myrtifolia, Araucaria angustifolia, Lonchocarpus campestris e Syagrus romanzoffiana, o sub-bosque com poucas taquaras secas (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Allophylus guaraniticus, Piper sp., Trichilia elegans, Justicia brasiliana e Cordyline spectabilis, na regeneração P. myrtifolia, N. lanceolata, N. megapotamica, O. diospyrifolia, A. angustifolia, Diatenopteryx sorbifolia, Cordia americana, Cupania vernalis, Chrysophyllum marginatum, C. gonocarpum, Ilex paraguariensis, I. brevicuspis, Balfourodendron riedelianum, A. edulis, Myrsine sp., Casearia decandra, Strychnos brasiliensis e L. campestris. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Elephantopus mollis, Ocimum selloi, orquidáceas, pteridófitas, poáceas e piperáceas. 301 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1616 – Centro, Peritiba: 611 m de altitude, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: 525,00 ind.ha-1, 49 espécies, área basal 20,86 m2.ha-1, diâmetro médio 18,99 cm, altura total média 9,33 m, altura do fuste 6,33 m, altura dominante 15,41 m, índice de Shannon 3,22 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Parapiptadenia rigida, Ocotea puberula, Cupania vernalis e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80%, o sub-bosque médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Machaerium stipitatum, Myrocarpus frondosus, Ocotea diospyrifolia, Lonchocarpus campestris, Helietta apiculata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.) e cará verde (Chusquea sp.) predominam mirtáceas, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, Pilocarpus pennatifolius e Allophylus edulis, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius, P. rigida, Campomanesia guazumifolia, Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, C. vernalis, L. campestris, M. stipitatum e Luehea divaricata. Baixa densidade de epífitos e muitas lianas. A sinúsia herbácea é representada por poucas espécies de poáceas e pteridófitas. Unidade Amostral 1618 – localidade Linha dos Pintos, Ipira: 653 m de altitude, deslocamento 100 m a Oeste do ponto central original, inventariada em 01 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 400,00 ind. ha-1, 19 espécies, área basal 13,44 m2.ha-1, diâmetro médio 16,15 cm, altura total média 13,79 m, altura do fuste 4,19 m, altura dominante 18,02 m, índice de Shannon 1,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Cedrela fissilis e Myrsine umbellata. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se com mais de 50% e sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Hovenia dulcis, Inga marginata, Citronela paniculata e Vitex megapotamica, no sub-bosque Cupania vernalis, C. fissilis, Prunus myrtifolia, Casearia sylvestris, Lonchocarpus campestris e Myrsine umbellata. 302 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1619 – localidade de Linha Ferraz, Ipira: 575 m de altitude, deslocamento 80 m ao sul do ponto central original, inventariada em 29 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 383,80 ind.ha-1, 29 espécies, área basal 17,46 m2.ha-1, diâmetro médio 18,52 cm, altura total média 12,91 m, altura do fuste 4,48 m, altura dominante 18,29 m, índice de Shannon 2,63 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis e Ficus luschnathiana. Observações adicionais: dossel apresentava-se acima de 50% e sub-bosque ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Phytolacca dioica e, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius e Trichilia clausseni. Unidade Amostral 1693 – localidade Linha Sertão, Concórdia: 584 m de altitude, deslocamento 111 m ao sul do ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 547,22 ind.ha-1, 32 espécies, área basal 13,03 m2ha-1, diâmetro médio 14,96 cm, altura total média 7,11 m, altura do fuste 4,60 m, altura dominante 14,06 m, índice de Shannon 2,89 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica e corte raso de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Cedrela fissilis, Myrsine umbellata e Myrsine coriacea. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, I. microdonta, M. coriacea, Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana, Hovenia dulcis e um indivíduo de Araucaria angustifolia, no sub-bosque Miconia sp., Piper sp. e Allophylus puberulus, na regeneração M. umbellata, A. puberulus, A. edulis, O. puberula, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e C. fissilis. As árvores apresentam poucas lianas e epífitos e a sinúsia herbácea é formada por poucas espécies de poáceas, piperáceas, melastomatáceas e pteridófitas. 303 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1694 – localidade Linha Kaiser, Concórdia: 511 m de altitude, deslocamento 5 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,96 ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 18,36 cm, altura total média 10,16 m, altura do fuste 7,09 m, altura dominante 16,93 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e perturbações presentes dentro da Unidade Amostral. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Luehea divaricata, Ocotea puberula e Erythrina falcata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 60-70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cryptocarya aschersoniana, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Hovenia dulcis, no sub-bosque Myrsine umbellata e grande densidade de lianas, na regeneração Allophylus puberulus, M. stipitatum e também se observou indivíduos jovens de Araucaria angustifolia e O. odorifera. Grande densidade de lianas e baixa densidade e diversidade de epífitos. A sinúsia herbácea é composta principalmente por espécies de piperáceas e pteridófitas. Unidade Amostral 1703 – localidade Florão da Serra, Campos Novos: 585 m de altitude, deslocamento 310 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 19 e 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 404,04 ind.ha-1, 21 espécies, área basal 8,34 m2.ha-1, diâmetro médio 14,02 cm, altura total média 6,03 m, altura do fuste 3,04 m, altura dominante 9,46 m, índice de Shannon 2,09 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva e corte raso histórico de espécies, pastejo e presença de estradas. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Nectandra megapotamica e Phytolacca dioica. Observações adicionais: o ponto central situado em uma estrada com cobertura lenhosa aproximada de 50-60% e o sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia e Luehea divaricata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Hennecartia omphalandra, Urera baccifera, Dahlstedtia pinnata e Cereus sp., na regeneração Allophylus puberulus, Cupania vernalis, N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Schinus terebinthifolius e Manihot grahamii. Baixa densidade e diversidade de epífitos e densidade média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por poáceas, piperáceas, ciperáceas e pteridófitas. 304 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1770 – localidade Linha Campina Goio-Ên, Chapecó: 605 m de altitude, deslocamento 25 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 437,50 ind.ha-1, 59 espécies, área basal 14,68 m2.ha-1, diâmetro médio 17,60 cm, altura total média 9,00 m, altura do fuste 3,97 m, altura dominante 13,29 m, índice de Shannon 3,66 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado até inicial, profundamente alterada, coberta em grande parte por Chusquea e Pteridium arachnoideum e com a presença de espécies exóticas. Espécies com maior valor de importância: Prunus myrtifolia, Casearia sylvestris, Luehea divaricata, Tabernaemontana catharinensis e Nectandra lanceolata. Observações adicionais: Sinúsia arbórea proporcionando uma cobertura de copas de até 50%, e sub-bosque variando de ralo a denso. Destacam-se ainda as espécies: Calyptranthes tricona, Cordia ecalyculata, Chrysophyllum marginatum, Ocotea odorifera, Syagrus romanzoffiana e Schinus terebinthifolius. Epífitos pouco frequentes e sinúsia herbácea pouco diversificada, formada principalmente por espécies de poáceas e pteridófitas. Unidade Amostral 1774 – localidade de Poço Rico, Concórdia: 608 m de altitude, deslocamento 177 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 27 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 334,62 ind. ha-1, 34 espécies, área basal 7,82 m2.ha-1, diâmetro médio 15,03 cm, altura total média 6,43 m, altura do fuste 4,77 m, altura dominante 12,64 m, índice de Shannon 3,07 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Inicial, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva de madeira e corte raso de espécies. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Hovenia dulcis, Ocotea puberula, N. lanceolata e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Chrysophyllum gonocarpum e C. marginatum, o sub-bosque com cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor e grande densidade de lianas, na regeneração N. megapotamica, C. vernalis, Myrsine umbellata, Aspidosperma australe e Sorocea bonplandii. Baixa densidade de epífitos e a sinúsia herbácea é composta por poáceas e poucas pteridófitas. 305 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1775 – localidade de Pinheiro Preto, Concórdia: 503 m de altitude, inventariada em 28 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 418,92 ind.ha-1, 38 espécies, área basal 22,77 m2.ha-1, diâmetro médio 21,55 cm, altura total média 10,22 m, altura do fuste 6,39 m, altura dominante 18,76 m, índice de Shannon 3,19 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada em uma das subunidades, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso, agricultura, bosqueamento, pastejo e presença de estrada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 7080% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, Matayba elaeagnoides, Cabralea canjerana, Parapiptadenia rigida, Prunus myrtifolia e Hovenia dulcis, o Sub-bosque com cará verde (Chusquea sp.), taquara seca (Merostachys sp.), mirtáceas, Sorocea bonplandii, Guarea macrophylla, Cyathea sp., Esenbeckia grandiflora e Piper sp., na regeneração Trema micrantha, Boehmeria caudata, Campomanesia xanthocarpa, Casearia decandra, Inga marginata, Cupania vernalis, Casearia sylvestris, Allophylus edulis, Cedrela fissilis e Aspidosperma australe. Baixa densidade de epífitos e lianas. Na sinúsia herbácea encontram-se poucas espécies de poáceas e pteridófitas. Unidade Amostral 1787 – localidade Santa Bárbara, Ouro: 647 m de altitude, deslocamento 120 m a sul do ponto central original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 395,00 ind.ha-1, 40 espécies, área basal 3,32 m2.ha-1, diâmetro médio 22,39 cm, altura total média 9,07 m, altura do fuste 5,53 m, altura dominante 16,07, índice de Shannon 3,21 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela exploração seletiva histórica, corte raso de espécies e em alguns trechos por pastejo e bosqueamento. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ruprechtia laxiflora, Diatenopteryx sorbifolia, Pilocarpus pennatifolius e Ocotea puberula. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Diatenopteryx sorbifolia, Prunus myrtifolia, Cupania vernalis, Aspidosperma australe, Machaerium stipitatum, Parapiptadenia rigida e Myrocarpus frondosus, no sub-bosque Actinostemon concolor e Pilocarpus pennatifolius, na regeneração A. concolor, P. pennatifolius, Eugenia uniflora, C. vernalis e N. megapotamica. Densidade média de epífitos e grande de lianas. A sinúsia herbácea é formada por poáceas e pteridófitas. 306 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1859 – localidade Linha Aparecida, Paial: 470 m de altitude, inventariada em 30 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 308,57 ind.ha-1, 34 espécies, área basal 21,00 m2.ha-1, diâmetro médio 23,73 cm, altura total média 10,93 m, altura do fuste 4,31 m, altura dominante 16,97 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada, muito alterada por corte seletivo, supressão da floresta para plantio de exóticas. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Solanum mauritianum, Luehea divaricata, N. lanceolata e Chrysophyllum gonocarpum. Observações adicionais: dossel apresentava-se descontínuo variando entre 30 e 50%, e o sub-bosque é ralo com poucas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum gonocarpum, Cabralea canjerana, Cordia americana, Casearia sylvestris, Cupania vernalis, Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque Trichilia clausseni, C. vernalis, L. divaricata, Urera baccifera e Boehmeria caudata. Unidade Amostral 1861 – localidade de Ponte Preta, Itá: 540 m de altitude, deslocamento 400 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 23 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 367,50 ind.ha-1, 44 espécies, área basal 16,42 m2.ha-1, diâmetro médio 20,42 cm, altura total média 10,50 m, altura do fuste 4,63 m, altura dominante 17,00 m, índice de Shannon 3,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni, Cabralea canjerana, Apuleia leiocarpa e Sebastiania brasiliensis. Observações adicionais: A cobertura florestal apresentavase com 50% e o sub-bosque com muitas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Inga sp., Myrsine umbellata, Balfourodendron riedelianum, Solanum mauritianum e Campomanesia xanthocarpa, no sub-bosque Actinostemon concolor, T. elegans, T. clausseni, Cupania vernalis, Sorocea bonplandii, Urera baccifera e Chusquea sp. 307 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1864 – localidade Linha Vitória, Seara: 531 m de altitude, deslocamento 200 m a oeste do ponto central original, inventariada em 16 e 17 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 482,50 ind. ha-1, 39 espécies, área basal 22,60 m2.ha-1, diâmetro médio 20,58 cm, altura total média 12,13 m, altura do fuste 4,76 m, altura dominante 19,26 m, índice de Shannon 3,05 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Trichilia clausseni, Luehea divaricata, Syagrus romanzoffiana e Pilocarpus pennatifolius. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava em 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Cupania vernalis, Machaerium stipitatum e Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, P. pennatifolius, Allophylus edulis, C. vernalis e T. clausseni. Unidade Amostral 1869 – localidade Linha Marchezan, Concórdia: 741 m de altitude, deslocamento 97 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 452,50 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 28,99 m2.ha-1, diâmetro médio 21,27 cm, altura total média 13,72 m, altura do fuste 7,68 m, altura dominante 19,67 m, índice de Shannon 2,87 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada muito alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis e N. megapotamica. Observações adicionais: sinúsia arbórea constituída, em geral praticamente sem epífitos, empreendendo uma cobertura de copas de 11-50% e, sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon concolor, Hybanthus bigibbosus e grande quantidade de lianas espinescentes. Sinúsia herbácea composta por espécies de pteridófitas e acantáceas, além de várias plântulas de Balfourodendron riedelianum. 308 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 1959 – localidade de Água Amarela, Chapecó: 666 m de altitude, inventariada em 22 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 605,00 ind.ha-1, 45 espécies, área basal 20,08 m2.ha-1, diâmetro médio 17,44 cm, altura total média 8,96 m, altura do fuste 4,05 m, altura dominante 13,33 m, índice de Shannon 2,70 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pelo pastejo, roçada de subbosque e presença da espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Casearia sylvestris, Sapium glandulosum, Ocotea puberula, Nectandra lanceolata e Lonchocarpus campestris. Observações adicionais: sinúsia arbórea com baixa riqueza específica, proporcionam ao dossel uma cobertura de copas entre 50 e 70%, sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Pisonia ambigua e o sub-bosque com muitas lianas e predomínio de Urera baccifera e piperáceas, sendo poucos os regenerantes de espécies arbóreas ou características da sinúsia das arvoretas. Sinúsia herbácea constituída por espécies de piperáceas, poáceas, rubiáceas e pteridófitas. Epífitos pouco frequentes. Unidade Amostral 1961 – localidade Linha Monte Claro, Paial: 539 m de altitude, deslocamento 200 m a norte do ponto central original, inventariada em 25 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 543,59 ind.ha-1, 50 espécies, área basal 23,57 m2.ha-1, diâmetro médio 19,21 cm, altura total média 9,13 m, altura do fuste 4,79 m, altura dominante 18,07 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Cyathea corcovadensis, Nectandra lanceolata, Trichilia clausseni, Chrysophyllum marginatum e Prunus myrtifolia. Observações adicionais: a cobertura florestal encontra-se praticamente contínua em torno de 50%, e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C. gonocarpum, N. megapotamica, Cedrela fissilis, Inga marginata, Ocotea odorifera, Apuleia leiocarpa, Banara tomentosa, Myrocarpus frondosus, O. diospyrifolia e Hovenia dulcis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Trichilia clausseni, Myrsine umbellata, T. elegans, Urera baccifera, Boehmeria caudata, Sorocea bonplandii e Cyathea corcovadensis. 309 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 1965 – localidade de Linha Dois Irmãos, Seara: 620 m de altitude, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 492,86 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 24,26 m2.ha-1, diâmetro médio 19,91 cm, altura total média 10,64 m, altura do fuste 4,82 m, altura dominante 17,72 m, índice de Shannon 3,17 nats. ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Cyathea sp., Nectandra megapotamica, Allophylus edulis, Luehea divaricata e Cupania vernalis. Observações adicionais: a cobertura do dossel apresentava-se em 50%. Destacam-se ainda as espécies: Lonchocarpus campestris, Annona emarginata, Ocotea diospyrifolia, Coussarea contracta e Coutarea hexandra, no sub-bosque Trichilia clausseni, Actinostemon concolor, Dalbergia frutescens, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis. Unidade Amostral 1970 – localidade Linha dos Grando, Concórdia: 530 m de altitude, deslocamento 175 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 25 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00 ind.ha-1, 30 espécies, área basal 18,63 m2.ha-1, diâmetro médio 17,16 cm, altura total média 11,59 m, altura do fuste 6,19 m, altura dominante 16,80 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada pelo efeito de borda, mata ciliar, com presença de espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis e Cryptocarya aschersoniana. Observações adicionais: Sinúsia arbórea composta por árvores não muito altas, formando um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: lauráceas, no sub-bosque Actinostemon concolor, Eugenia uniflora, Trichilia elegans e muitas lianas espinescentes. Epífitos vasculares quase que inexistentes, com exceção de Tillandsia tenuifolia. Sinúsia herbácea bastante diferenciada entre as subunidades, mas em geral constituída por um grande número de pteridófitas, tais como Asplenium clausseni e Anemia phyllitidis, além de acantáceas e piperáceas. Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2051 - localidade de Laranjeira, Itapiranga: 259 m de altitude, deslocamento 115 m ao leste do ponto central original, inventariada em 14 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 192,50 ind.ha-1, 28 espécies, área basal 12,62 m2.ha-1, diâmetro médio 24,29 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste 6,02 m, altura dominante 21,00 m, índice de Shannon 2,95 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e histórica exploração seletiva de espécies. Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Nectandra megapotamica, Heliocarpus popayanensis, Apuleia leiocarpa e Maclura tinctoria. Observações adicionais: O dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 50-60%. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Aloysia virgata, Solanum mauritianum, Syagrus romanzoffiana, Trichilia clausseni e Jacaratia spinosa, o sub-bosque com cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp. e mirtáceas, na regeneração N. megapotamica, C. canjerana, Inga marginata, Lonchocarpus sp., Parapiptadenia rigida, Balfourodendron riedelianum, Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Guarea macrophylla, T. clausseni, T. elegans e Piper sp. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, comelináceas e marantáceas. Unidade Amostral 2056 – localidade Linha Itacuruçú, São João do Oeste: 309 m de altitude, deslocamento 318 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 11 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 528,00 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,26 m2.ha-1, diâmetro médio 15,46 cm, altura total média 6,76 m, altura do fuste 3,85 m, altura dominante 11,56 m, índice de Shannon 2,67 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Machaerium stipitatum, Luehea divaricata e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 30-40% e o Sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Casearia sylvestris, Diatenopteryx sorbifolia, Cordia americana, Luehea divaricata e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.) e lianas, destacam-se ainda Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Urera baccifera e Piper sp., na regeneração Balfourodendron riedelianum, C. americana, Holocalyx balansae, Guarea macrophylla, Cupania vernalis, Urera baccifera, Bauhinia forficata e Trichilia elegans. As árvores apresentam alta densidade de lianas; epífitos não foram observados. A sinúsia herbácea é formada por poucas poáceas e pteridófitas. ' 310 311 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2077 – localidade de Lajeado Cruzeiro, Seara: 546 m de altitude, deslocamento 495 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 31 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 471,43 ind. ha-1, 46 espécies, área basal 15,35 m2.ha-1, diâmetro médio 16,42 cm, altura total média 9,73 m, altura do fuste 4,12 m, altura dominante 14,19 m, índice de Shannon 3,49 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Rauvolfia sellowii, Myrocarpus frondosus e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: A cobertura florestal apresenta-se com 50% e o sub-bosque é raro. Destacam-se ainda as espécies: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, M. stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, C. marginatum, Phytolacca dioica e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Aspidosperma australe, Casearia sylvestris e Actinostemon concolor. Unidade Amostral 2081 – localidade Linha Salete, Seara: 720 m de altitude, deslocamento 395 m a oeste do ponto central original, inventariada em 27 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 455,26 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 17,77 m2.ha-1, diâmetro médio 17,18 cm, altura total média 9,53 m, altura do fuste 3,77 m, altura dominante 14,80 m, índice de Shannon 2,84 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra lanceolata, Machaerium stipitatum e Parapiptadenia rigida. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentavase descontínua entre 30 e 60% e o sub-bosque é pouco denso. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica, Chrysophyllum gonocarpum e Cabralea canjerana, no sub-bosque Trichilia clausseni, Actinostemon concolor, Hennecartia omphalandra, Sorocea bonplandii e Cupania vernalis. Unidade Amostral 2079 – localidade Sagrado Coração, Seara: 471 m de altitude, deslocamento 150 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 11 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 489,36 ind.ha-1, 27 espécies, área basal 17,61 m2.ha-1, diâmetro médio 17,86 cm, altura total média 12,68 m, altura do fuste 5,10 m, altura dominante 18,26 m, índice de Shannon 2,36 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio muito alterada, com característica de plantio de Hovenia dulcis, sub-bosque com espécies nativas. Espécies com maior valor de importância: Hovenia dulcis, Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Allophylus edulis e N. megapotamica. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentava-se com mais de 60% e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Cedrela fissilis e Lonchocarpus campestris, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Bauhinia forficata, Cupania vernalis, Campomanesia xanthocarpa, Urera baccifera e Strychnos brasiliensis. Unidade Amostral 2083 – localidade de Nova Estrela, Arabutã: 497 m de altitude, deslocamento 100 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 24 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 431,53 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 25,02 m2.ha-1, diâmetro médio 22,87 cm, altura total média 13,80 m, altura do fuste 4,72 m, altura dominante 24,17 m, índice de Shannon 3,14 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterado, com vestígios de corte seletivo. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii e Luehea divaricata. Observações adicionais: A cobertura do dossel apresentava-se com acima de 70% e o sub-bosque é esparso com muitas lianas e algumas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Parapiptadenia rigida e Hovenia dulcis, no sub-bosque Trichilia clausseni, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Bauhinia forficata e Cupania vernalis. 312 313 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2088 – localidade Lajeado Cascudo, Concórdia: 652 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do ponto central original, inventariada em 26 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 565,00 ind.ha-1, 29 espécies, área basal 24,93 m2.ha-1, diâmetro médio 18,78 cm, altura total média 16,24 m, altura do fuste 4,88 m, altura dominante 24,89 m, índice de Shannon 2,76 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides e Cupania vernalis. Observações adicionais: dossel com cobertura acima de 60% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Diatenopteryx sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Ateleia glazioveana e Hovenia dulcis, no sub-bosque C. vernalis, Allophylus puberulus, Dalbergia frutescens, Prunus myrtifolia e Citrus sp. Unidade Amostral 2099 – localidade Linha Nogueira, Luzerna: 704 m de altitude, deslocamento 106 m a oeste do ponto central original, inventariada em 18 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 515,15 ind.ha-1, 52 espécies, área basal 20,52 m2.ha-1, diâmetro médio 19,68 cm, altura total média 12,85 m, altura do fuste 5,29 m, altura dominante 21,86 m, índice de Shannon 3,55 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração madeireira, pastejo e vários indivíduos de Hovenia dulcis. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Campomanesia xanthocarpa, Ocotea puberula, Cupania vernalis e Phytolacca dioica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com de copas de 70-80%. Destacam-se ainda as espécies: no sub-bosque Actinostemon concolor e a sinúsia herbácea composta principalmente por espécies de pteridófitas e acantáceas, como Justicia carnea. Epífitos pouco abundantes no fragmento. 314 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2100 – localidade Linha Terezinha, Herval do Oeste: 742 m de altitude, deslocamento 5 m a leste do ponto central original, inventariada em 18 e 19 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 572,50 ind.ha-1, 28 espécies, área basal 18,41 m2.ha-1, diâmetro médio 16,03 cm, altura total média 10,54 m, altura do fuste 3,75 m, altura dominante 18,21 m, índice de Shannon 2,82 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Annona sylvatica, Parapiptadenia rigida, Matayba intermedia e Balfourodendron riedelianum. Observações adicionais: a cobertura florestal é contínua em torno de 50 a 70%, o sub-bosque é denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Matayba elaeagnoides, Cupania vernalis e Ocotea puberula. Unidade Amostral 2101 – localidade Lajeado Cruzeiro, Ibicaré: 762 m de altitude, deslocamento 100 m a sul do ponto central original, inventariada em 20 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 505,00 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,51 m2.ha-1, diâmetro médio 15,64 cm, altura total média 11,31 m, altura do fuste 4,20 m, altura dominante 18,98 m, índice de Shannon 2,61 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançada, muito alterada, pelas estradas em bom estado de conservação dentro do fragmento. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Cedrela fissilis, Nectandra megapotamica e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: a cobertura florestal apresenta-se acima de 70% e sub-bosque denso com muitas arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Hovenia dulcis, Albizia edwallii, Bauhinia forficata e N. lanceolata, no subbosque Campomanesia guazumifolia, Trichilia elegans, Allophylus edulis e Myrocarpus frondosus. 315 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2166 – localidade Popí, Itapiranga: 340 m de altitude, deslocamento 389 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 12 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 350,00 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 14,29 m2.ha-1, diâmetro médio 18,82 cm, altura total média 8,91 m, altura do fuste 5,34 m, altura dominante 17,25 m, índice de Shannon 3,41 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, bosqueamento e pastagem. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea puberula, Parapiptadenia rigida, Phytolacca dioica e Annona sylvatica. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70%, porém com indivíduos de O. puberula chegando a medir até 31 m de altura e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Aspidosperma australe, Prunus myrtifolia, Casearia sylvestris, Campomanesia xanthocarpa e Aloysia virgata, o sub-bosque com taquara seca (Merostachys sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Allophylus guaraniticus, Trichilia elegans e Piper sp. e muitas lianas, na regeneração Cordia americana, A. australe, Helietta apiculata, N. megapotamica, P. myrtifolia, Sebastiania commersoniana, Urera baccifera e Piper sp. Baixa densidade epífitos e densidade média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas pteridófitas, além de piperáceas, rubiáceas e marantáceas. Unidade Amostral 2170 – localidade Linha Quilombo, Mondaí: 338 m de altitude, deslocamento 431 m a leste do ponto central original, inventariada em 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 264,29 ind.ha-1, 34 espécies, área basal 12,74 m2.ha-1, diâmetro médio 20,27 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 5,81 m, altura dominante 17,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies, em alguns pontos é um mosaico, contendo inclusive estádio avançado. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Diatenopteryx sorbifolia, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana e Aloysia virgata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, Cedrela fissilis, Cupania vernalis, Cordia americana, C. trichotoma, C. ecalyculata, Jacaratia spinosa, Calyptranthes tricona e Phytolacca dioica, além da presença de Hovenia dulcis, no sub-bosque muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Seguieria aculeata, Trichilia elegans, Piper sp., Heliconia sp., Carica sp. e Urera baccifera, na regeneração J. spinosa, Parapiptadenia rigida, H. balansae, C. vernalis, C. americana, Balfourodendron riedelianum, T. clausseni, Cabralea canjerana, C. tricona, Trema micrantha, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Styrax leprosus, Sebastiania brasiliensis e D. sorbifolia. Baixa densidade de epífitos e alta de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muitas Hydrocotyle quinqueloba, pteridófitas e marantáceas. 316 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2172 – localidade Linha Capivara, Mondai: 341 m de altitude, deslocamento 100 m ao sul do ponto central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 520,00 ind.ha-1, 40 espécies, área basal 17,27 m2.ha-1, diâmetro médio 17,07 cm, altura total média 9,74 m, altura do fuste 6,30 m, altura dominante 15,58 m, índice de Shannon 2,30 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Média de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela exploração seletiva histórica de espécies, corte raso e manejo histórico de Ilex paraguariensis. Presença dominante de Hovenia dulcis. Espécies com maior valor de importância: H. dulcis, Trichilia clausseni, I. paraguariensis, Nectandra megapotamica e N. lanceolata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 50% e sub-bosque médio com muitas lianas. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Syagrus romanzoffiana, Aloysia virgata, Strychnos brasiliensis, Calyptranthes sp., Cupania vernalis e Balfourodendron riedelianum, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, T. elegans, Guarea macrophylla , Piper sp., Psychotria sp., Miconia sp., Dahlstedtia pinnata e Justicia brasiliana, na regeneração B. riedelianum, Inga marginata, T. clausseni, N. megapotamica, Cordia americana, I. paraguariensis, S. brasiliensis, Casearia sylvestris, Matayba elaeagnoides, Diatenopteryx sorbifolia, A. virgata, S. romanzoffiana e I. microdonta. Baixa densidade de epífitos e média de lianas. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba, marantáceas, comelináceas, melastomatáceas, poáceas e pteridófitas. Unidade Amostral 2179 – localidade Linha Santa Catarina, Palmitos: 320 m de altitude, deslocamento 174 m ao sul do ponto central original, inventariada em 28 de janeiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 242,50 ind.ha1 , 33 espécies, área basal 18,81 m2.ha-1, diâmetro médio 26,52 cm, altura total média 10,40 m, altura do fuste 5,28 m, altura dominante 15,48 m, índice de Shannon 3,20 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio alterado, com indícios de exploração seletiva histórica de madeira. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Cabralea canjerana, Ocotea puberula, Lonchocarpus campestris e N. lanceolata. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50% e, sub-bosque variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Inga marginata, Cordia trichotoma e Alchornea triplinervia, no sub-bosque Actinostemon concolor, Piper amalago, Boehmeria caudata, Urera baccifera e grande quantidade de lianas. Sinúsia herbácea constituída por pteridófitas, bromeliáceas e uma espécie de orquidáceas (Corymborchis flava). Epífitos pouco abundantes. 317 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2194 – localidade São Pedro, Seara: 651 m de altitude, deslocamento 70 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 13 e 15 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 369,44 ind.ha-1, 42 espécies, área basal 14,95 m2.ha-1, diâmetro médio 19,06 cm, altura total média 11,25 m, altura do fuste 4,20 m, altura dominante 16,56 m, índice de Shannon 3,37 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Machaerium paraguariense, Cupania vernalis e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura do dossel em torno de 70% e subbosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Luehea divaricata, Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia e Chrysophyllum marginatum, o sub-bosque com muitos cipós, Chusquea sp., Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, Actinostemon concolor, C. vernalis e Pilocarpus pennatifolius. Unidade Amostral 2195 – localidade Santa Luiza, Seara: 866 m de altitude, deslocamento 380 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 12 de dezembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 439,47 ind.ha-1, 33 espécies, área basal 19,47 m2.ha-1, diâmetro médio 17,48 cm, altura total média 12,38 m, altura do fuste 3,61 m, altura dominante 16,86 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal –Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Ocotea puberula, Erythrina falcata, Cedrela fissilis e Luehea divaricata. Observações adicionais: a cobertura do dossel estava em torno de 50%, porém descontínuo, e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Albizia edwallii, N. megapotamica, N. grandiflora, Sapium glandulosum e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Helietta apiculata, Luehea divaricata, Cupania vernalis, Myrsine umbellata e Lonchocarpus campestris. 318 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2216 – Ibicaré: 713 m de altitude, deslocamento 250 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 21 de novembro de 2008. Síntese da análise fitossociológica: densidade 585,00 ind.ha-1, 32 espécies, área basal 22,39 m2.ha-1, diâmetro médio 17,87 cm, altura total média 13,14 m, altura do fuste 4,77 m, altura dominante 23,58 m, índice de Shannon 2,83 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado alterado. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Lonchocarpus campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: dossel apresentava-se em média com 50% e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Ilex paraguariensis, Clethra scabra, Dicksonia sellowiana, Lamanonia ternata, Hovenia dulcis e N. lanceolata. Unidade Amostral 2281 – localidade de São Sebastião, Tunapólis: 250 m de altitude, deslocamento 132 m ao sul do ponto central original, inventariada em 13 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 397,14 ind. ha-1, 27 espécies, área basal 8,22 m2.ha-1, diâmetro médio 14,20 cm, altura total média 6,81 m, altura do fuste 3,90 m, altura dominante 11,09 m, índice de Shannon 2,85 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Médio e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso. Espécies com maior valor de importância: Syagrus romanzoffiana, Luehea divaricata, Allophylus edulis, Aloysia virgata e Machaerium stipitatum. Observações adicionais: dossel semi-contínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 80-90% e subbosque denso com muitas lianas e arvoretas. Destacam-se ainda as espécies: Parapiptadenia rigida, Cordia americana, C. trichotoma, Campomanesia xanthocarpa e Cupania vernalis, no sub-bosque Actinostemon concolor, Dahlstedtia pinnata, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans e Piper sp., na regeneração P. rigida, Sebastiania commersoniana, C. americana, Diatenopteryx sorbifolia, M. stipitatum, Balfourodendron riedelianum, C. vernalis, A. concolor, Strychnos brasiliensis, Lonchocarpus sp., Helietta apiculata e S. bonplandii. Alta densidade de lianas; epífitos não foram observados. A sinúsia herbácea é formada por bromeliáceas e muitas pteridófitas e poáceas. 319 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2287 – localidade Linha Cascalho, Mondaí: 292 m de altitude, deslocamento 293 m ao norte do ponto central original, inventariada em 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 641,67 ind. ha-1, 37 espécies, área basal 17,18 m2.ha-1, diâmetro médio 15,94 cm, altura total média 7,03 m, altura do fuste 4,03 m, altura dominante 14,16 m, índice de Shannon 2,79 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, indícios de caça e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Nectandra lanceolata, Aloysia virgata, Cabralea canjerana e Luehea divaricata. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: N. megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Cordia americana, Cupania vernalis, Erythrina falcata, Cedrela fissilis e Peltophorum dubium, além da presença de Hovenia dulcis, o sub-bosque com taquaras secas (Merostachys sp.) e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Seguieria aculeata, Trichilia elegans, Piper sp., Guarea macrophylla, Citrus x limon, Urera baccifera e Justicia brasiliana, na regeneração N. megapotamica, Chrysophyllum gonocarpum, C. vernalis, Matayba elaeagnoides, O. puberula, C. fissilis, Strychnos brasiliensis, Balfourodendron riedelianum, C. canjerana, Casearia sylvestris, Vitex megapotamica, Allophylus edulis, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e S. commersoniana. Unidade Amostral 2294 – localidade Alto São Pedro, São Carlos: 396 m de altitude, deslocamento 130 m ao norte do ponto central original, inventariada em 26 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 577,50 ind.ha-1, 41 espécies, área basal 20,42 m2.ha-1, diâmetro médio 18,31 cm, altura total média 9,47 m, altura do fuste 4,58 m, altura dominante 14,11 m, índice de Shannon 2,94 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio e presença de espécie exótica. Espécies com maior valor de importância: Cupania vernalis, Nectandra megapotamica, Machaerium stipitatum, Syagrus romanzoffiana e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia arbórea formada por árvores em geral baixas, que proporcionam um dossel descontínuo, com cobertura de copas de até 50% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: C. trichotoma, M. paraguariense, Annona sylvatica, Luehea divaricata, Hovenia dulcis e Apuleia leiocarpa, no sub-bosque Aloysia virgata, Actinostemon concolor e Hennecartia omphalandra, entremeadas por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa e epífitos raramente presentes. 320 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2310 – localidade Linha Guararapes, Xavantina: 898 m de altitude, deslocamento 40 m a leste do ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 360,90 ind. ha-1, 51 espécies, área basal 33,43 m2ha-1, diâmetro médio 27,34 cm, altura total média 12,77 m, altura do fuste 5,33 m, altura dominante 22,48 m, índice de Shannon 3,57 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado alterado. Espécies com maior valor de importância: Cabralea canjerana, Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia e Diatenopteryx sorbifolia. Observações adicionais: a cobertura florestal encontrava-se praticamente contínuo em torno de 50 a 70%, e o sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Cedrela fissilis, Sapium glandulosum, Myrocarpus frondosus, N. lanceolata, Picrasma crenata, Lonchocarpus campestris, Chrysophyllum gonocarpum e Parapiptadenia rigida, o sub-bosque com presença marcante de Chusquea sp., piperáceas, Urera baccifera, Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Casearia sylvestris, Trichilia clausseni e pteridófitas como Cyathea corcovadensis. Unidade Amostral 2406 – localidade de Linha Aparecida, Caibi: 430 m de altitude, deslocamento 298 m ao leste do ponto central original, inventariada em 07 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 260,00 ind. ha-1, 38 espécies, área basal 16,93 m2.ha-1, diâmetro médio 24,09 cm, altura total média 9,11 m, altura do fuste 4,98 m, altura dominante 16,10 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies e corte raso. Espécies com maior valor de importância: Phytolacca dioica, Prunus myrtifolia, Cedrela fissilis, Cabralea canjerana e Machaerium stipitatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 30-40%, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae, Aloysia virgata, Nectandra lanceolata, N. megapotamica, Inga marginata, Cordia trichotoma, C. ecalyculata, Cupania vernalis, Balfourodendron riedelianum e Hovenia dulcis, o sub-bosque com muitas lianas, taquaras secas (Merostachys sp.), cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia brasiliana, na regeneração Trema micrantha, Prunus myrtifolia, B. riedelianum, C. vernalis, H. balansae, I. marginata, T. clausseni, N. megapotamica, P. dioica, C. canjerana, C. americana, C. ecalyculata e C. fissilis. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas, incluindo Pereskia aculeata. A sinúsia herbácea é formada por Hydrocotyle quinqueloba, piperáceas, acantáceas, marantáceas, comelináceas e muitas poáceas e pteridófitas. 321 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2414 – localidade de Planalto Alto, Nova Itaberaba: 414 m de altitude, deslocamento 189 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 27 e 28 de janeiro 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 447,37 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 28,05 m2.ha-1, diâmetro médio 23,08 cm, altura total média 9,95 m, altura do fuste 5,05 m, altura dominante 15,43 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de estradas e indícios de exploração seletiva recente e histórica. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Pilocarpus pennatifolius, Diatenopteryx sorbifolia, Holocalyx balansae e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70 % e sub-bosque ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Annona sylvatica, Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa e Lonchocarpus campestris, no sub-bosque Actinostemon concolor, P. pennatifolius, Trichilia elegans e Piper amalago, entremeados por grande quantidade de lianas e, em alguns locais, também por Chusquea. Sinúsia herbácea pouco diversificada, em geral composta por espécies de pteridófitas e rubiáceas. Epífitos pouco abundantes. Unidade Amostral 2425 – localidade Linha Rondom, Xavantina: 649 m de altitude, inventariada em 25 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 403,33 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 25,78 m2.ha-1, diâmetro médio 22,92 cm, altura total média 9,87 m, altura do fuste 4,69 m, altura dominante 16,55 m, índice de Shannon 3,38 nats.ind1 . Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela ocorrência de corte seletivo histórico e estrada em uso dentro do fragmento. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, N. lanceolata, Phytolacca dioica, Chrysophyllum marginatum e Machaerium stipitatum. Observações adicionais: cobertura do dossel apresentava-se descontínuo em torno de 30% e com muitas clareiras, o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: Ocotea puberula, C. gonocarpum, Helietta apiculata, Inga sp., Parapiptadenia rigida e Vasconcellea quercifolia, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Pilocarpus pennatifolius, Urera baccifera, Piper sp., Trichilia clausseni, Justicia brasiliana e Actinostemon concolor. 322 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2510 – localidade Raigão, Tunápolis: 380 m de altitude, deslocamento 182 m ao norte do ponto central original, inventariada em 18 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 253,85 ind. ha-1, 31 espécies, área basal 12,71 m2.ha-1, diâmetro médio 21,67 cm, altura total média 10,76 m, altura do fuste 6,89 m, altura dominante 16,60 m, índice de Shannon 3,16 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas, exploração seletiva histórica de espécies, corte raso, bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Cedrela fissilis, Syagrus romanzoffiana, Ocotea diospyrifolia, Erythrina falcata e Hovenia dulcis. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 30-40% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aloysia virgata, Nectandra megapotamica, Solanum mauritianum, Chrysophyllum gonocarpum, Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia, Cordia americana e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera, Boehmeria caudata e Actinostemon concolor, na regeneração U. baccifera, Inga marginata, B. riedelianum, T. clausseni, C. gonocarpum, H. balansae, Cupania vernalis, Bauhinia forficata e Trema micrantha. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas, poáceas e piperáceas. Unidade Amostral 2512 – localidade Canaleta, Tunápolis: 393 m de altitude, deslocamento 40 m ao leste do ponto central original, inventariada em 17 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 282,50 ind. ha-1, 25 espécies, área basal 9,03 m2.ha-1, diâmetro médio 16,69 cm, altura total média 7,63 m, altura do fuste 4,21 m, altura dominante 13,41 m, índice de Shannon 2,77 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, pela presença de estradas e exploração rasa e seletiva histórica de espécies, bosqueamento e pastejo. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Styrax leprosus, Luehea divaricata, Machaerium stipitatum e Sapium glandulosum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 20-30% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Helietta apiculata, Parapiptadenia rigida, Lonchocarpus sp., Myrocarpus frondosus, Erythrina falcata, Casearia sylvestris, Sapium glandulosum, Myrsine coriacea e Hovenia dulcis, o sub-bosque com Citrus x limon, na regeneração O. puberula, Nectandra megapotamica, Celtis iguanaea, C. sylvestris, S. leprosus, M. frondosus, Sebastiania brasiliensis, S. commersoniana, H. apiculata, Campomanesia xanthocarpa, C. guazumifolia, Erythroxylum deciduum, B. forficata, Annona sp., Lonchocarpus sp., Balfourodendron riedelianum e Pilocarpus pennatifolius. Baixa densidade de epífitos e lianas. A sinúsia herbácea é formada por Pteridium arachnoideum, Asclepias curassavica, Elephantopus mollis, Sida sp., poáceas, pteridófitas e asteráceas. 323 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2515 – localidade Linha Iratim, Iporã do Oeste: 372 m de altitude, deslocamento 82 m ao norte do ponto central original, inventariada em 03 e 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 270,00 ind.ha-1, 33 espécies, área basal 15,45 m2.ha-1, diâmetro médio 22,96 cm, altura total média 10,10 m, altura do fuste 6,20 m, altura dominante 21,78 m, índice de Shannon 3,17 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies com maior valor de importância: Cordia americana, Nectandra megapotamica, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae e Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 70-80% e sub-bosque é denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Machaerium stipitatum, Chrysophyllum gonocarpum, Diatenopteryx sorbifolia, Helietta apiculata, Matayba elaeagnoides, Aloysia virgata, Parapiptadenia rigida e Phytolacca dioica, o sub-bosque denso com muitas lianas e cará verde (Chusquea sp.), Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera e Justicia brasiliana, na regeneração N. megapotamica, P. rigida, C. gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, Cupania vernalis, S. romanzoffiana, C. americana, Balfourodendron riedelianum, Myrcianthes pungens, Inga marginata, Pilocarpus pennatifolius, A. virgata, Sebastiania brasiliensis e D. sorbifolia. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por muita Hydrocotyle quinqueloba, pteridófitas e acantáceas. Unidade Amostral 2530 – localidade Dalchiovão, Nova Itaberaba: 590 m de altitude, deslocamento 180 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 02 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 392,50 ind. ha-1, 35 espécies, área basal 10,79 m2.ha-1, diâmetro médio 17,45 cm, altura total média 8,33 m, altura do fuste 5,07 m, altura dominante 14,57 m, índice de Shannon 3,15 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio alterado pelo efeito de borda. Espécies com maior valor de importância: Vasconcellea quercifolia, Chrysophyllum marginatum, Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Eugenia rostrifolia. Observações adicionais: cobertura florestal encontra-se descontínuo em torno de 30 a 50%, no ponto central as árvores alcançam e o sub-bosque é ralo. Destacam-se ainda as espécies: C. gonocarpum, Helietta apiculata, Syagrus romanzoffiana, Ficus sp., Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Sapium glandulosum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius, Actinostemon concolor, Justicia brasiliana e Strychnos brasiliensis. 324 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 2531 – localidade Linha Figueira, Chapecó: 604 m de altitude, inventariada em 27 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 417,50 ind.ha-1, 43 espécies, área basal 33,69 m2.ha-1, diâmetro médio 25,93 cm, altura total média 12,62 m, altura do fuste 6,11 m, altura dominante 24,03 m, índice de Shannon 3,24 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com vestígios de corte seletivo histórico. Espécies com maior valor de importância: Eugenia rostrifolia, Apuleia leiocarpa, Chrysophyllum marginatum e E. uniflora. Observações adicionais: cobertura florestal apresenta-se descontínua variando entre 30 e 50% e sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Cabralea canjerana, Aspidosperma australe, C. gonocarpum, Machaerium stipitatum, Holocalyx balansae, Balfourodendron riedelianum, Sapium glandulosum, Campomanesia xanthocarpa, Allophylus edulis e Helietta apiculata, no sub-bosque Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii, Trichilia clausseni, Pilocarpus pennatifolius, T. elegans, Justicia brasiliana e muitas taquaras (Chusquea sp.). Unidade Amostral 2623 – localidade Sanga Joaçaba, Santa Helena: 373 m de altitude, deslocamento 150 m ao leste do ponto central original, inventariada em 19 de fevereiro de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 290,91 ind.ha-1, 31 espécies, área basal 13,43 m2.ha-1, diâmetro médio 21,73 cm, altura total média 9,56 m, altura do fuste 5,87 m, altura dominante 15,29 m, índice de Shannon 3,28 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, pela presença de estradas e exploração seletiva histórica de espécies. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Holocalyx balansae, Ceiba speciosa, Helietta apiculata e Chrysophyllum marginatum. Observações adicionais: dossel descontínuo e variado com cobertura lenhosa aproximada de 40-50% e sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: N. lanceolata, Solanum mauritianum, Syagrus romanzoffiana, C. gonocarpum, Machaerium stipitatum, Vitex megapotamica, Cordia americana, Apuleia leiocarpa, Ceiba speciosa e Balfourodendron riedelianum, o sub-bosque com muito cará verde (Chusquea sp.), Sorocea bonplandii, Trichilia elegans, Piper sp., Urera baccifera, Actinostemon concolor e rubiáceas, na regeneração N. megapotamica, Parapiptadenia rigida, Chrysophyllum gonocarpum, H. balansae, Hennecartia omphalandra, S. bonplandii, Cupania vernalis, Matayba elaeagnoides, Sebastiania brasiliensis, Zanthoxylum petiolare, A. concolor, Diatenopteryx sorbifolia e Trema micrantha. Baixa densidade de epífitos e alta densidade de lianas. A sinúsia herbácea é formada por pteridófitas e rubiáceas. 325 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 2645 – Coronel Freitas: 479 m de altitude, deslocamento 170 m a oeste do ponto central original, inventariada em 04 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 556,60 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 18,33 m2.ha-1, diâmetro médio 16,97 cm, altura total média 9,79 m, altura do fuste 5,55 m, altura dominante 14,83 m, índice de Shannon 3,27 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, muito alterada, formando mosaico. Espécies com maior valor de importância: Nectandra lanceolata, Machaerium stipitatum, Parapiptadenia rigida e Helietta apiculata. Observações adicionais: dossel apresentava cobertura descontínua variando entre 30 e 50% e sub-bosque ralo. Destacam-se ainda as espécies: Annona sp., Vasconcellea quercifolia, N. megapotamica, Holocalyx balansae, Cordia trichotoma, Cedrela fissilis, Myrocarpus frondosus, Prunus myrtifolia, Ocotea puberula, Picrasma crenata, Luehea divaricata e Diatenopteryx sorbifolia, no sub-bosque Cupania vernalis, M. frondosus, Strychnos brasiliensis, Sebastiania commersoniana, Casearia sylvestris, Lonchocarpus campestris e muitos cipós. Unidade Amostral 2987 – localidade Banhado Grande – Reserva Indígena Xapecó, Ipuaçu: 542 m de altitude, deslocamento 192 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 05 de maio de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 477,50 ind.ha-1, 51 espécies, área basal 34,06 m2.ha-1, diâmetro médio 24,22 cm, altura total média 12,49 m, altura do fuste 6,36 m, altura dominante 17,52 m, índice de Shannon 3,44 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal - Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual e Floresta Ombrófila Mista, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada, com presença de trilhas supostamente abertas para a extração de madeira. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Cedrela fissilis, N. lanceolata e Matayba elaeagnoides. Observações adicionais: sinúsia arbórea com dossel descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque denso. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Diatenopteryx sorbifolia, Parapiptadenia rigida, Cordia americana e Lonchocarpus campestris, o sub-bosque com grande quantidade de Chusquea sp., Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Trichilia elegans, Campomanesia guazumifolia, Sebastiania brasiliensis, piperáceas e vários regenerantes de espécies arbóreas. Sinúsia herbácea constituída principalmente por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em geral pequenas pteridófitas. 326 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 3082 – localidade Lajeado Rabo de Galo, Barra Bonita: 467 m de altitude, deslocamento 482 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 19 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 250,00 ind.ha-1, 36 espécies, área basal 9,78 m2.ha-1, diâmetro médio 18,65 cm, altura total média 9,12 m, altura do fuste 5,20 m, altura dominante 13,46 m, índice de Shannon 3,12 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Machaerium stipitatum, Urera baccifera, Cordia americana, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica. Observações adicionais: sinúsia arbórea com uma cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque variando de ralo a médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum, M. paraguariense, Ruprechtia laxiflora, Balfourodendron riedelianum e Phytolacca dioica, no sub-bosque Urera baccifera, Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius e piperáceas, entremeados por densos taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de lianas. Sinúsia herbácea representada por espécies de pteridófitas, tais como Campyloneurum nitidum e Didymochlaena truncatula, além de poáceas e menos frequentemente bromeliáceas e orquidáceas. Epífitos pouco abundantes. Unidade Amostral 3097 – Margem da SC/468, Quilombo: 592 m de altitude, deslocamento 10 m a norte do ponto central original, inventariada em 31 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 415,00 ind.ha-1, 44 espécies, área basal 31,29 m2.ha-1, diâmetro médio 24,69 cm, altura total média 11,44 m, altura do fuste 5,44 m, altura dominante 17,06 m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Luehea divaricata, Lonchocarpus campestris, Machaerium stipitatum e Apuleia leiocarpa. Observações adicionais: dossel apresenta cobertura descontínua variando entre 30 e 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Vitex megapotamica, Myrocarpus frondosus, Phytolacca dioica, Luehea divaricata e Chrysophyllum gonocarpum, no sub-bosque Cupania vernalis, Strychnos brasiliensis, Actinostemon concolor, Pilocarpus pennatifolius, Sorocea bonplandii, Justicia brasiliana e Urera baccifera. 327 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 3197 – localidade Linha Sargento, São Miguel da Boa Vista: 352 m de altitude, deslocamento 96 m a noroeste do ponto central original, inventariada em 09 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 135,14 ind.ha-1, 13 espécies, área basal 10,80 m2.ha-1, diâmetro médio 23,26 cm, altura total média 10,26 m, altura do fuste 4,65 m, altura dominante 14,20 m, índice de Shannon 2,42 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Médio, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada. Espécies com maior valor de importância: Ocotea puberula, Cedrela fissilis, Cordia americana, Luehea divaricata e Machaerium paraguariense. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com cobertura de copas de menos de 50% e, sub-bosque variando de médio a muito ralo. Destacam-se ainda as espécies: Myrocarpus frondosus, no sub-bosque Pilocarpus pennatifolius, Actinostemon concolor, Urera baccifera e regenerantes de Lonchocarpus muehlbergianus. Sinúsia herbácea constituída por espécies de asteráceas, poáceas e pteridófitas, principalmente Anemia tomentosa. Presença de poucas lianas, epífitos vasculares não observados. Unidade Amostral 3309 – localidade Linha Pinhal, Romelândia: 559 m de altitude, deslocamento 82 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 02 e 03 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,60 ind.ha-1, 46 espécies, área basal 26,72 m2.ha-1, diâmetro médio 23,15 cm, altura total média 9,10 m, altura do fuste 4,95 m, altura dominante 13,09 m, índice de Shannon 3,43 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com indícios de exploração seletiva histórica, presença de gado e estradas. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Chrysophyllum marginatum, Chrysophyllum gonocarpum, Peltophorum dubium e Syagrus romanzoffiana. Observações adicionais: sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70% e, sub-bosque médio. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum, C. gonocarpum, Holocalyx balansae, Syagrus romanzoffiana, Prunus myrtifolia, Cabralea canjerana, Diatenopteryx sorbifolia, Nectandra megapotamica e Sebastiania brasiliensis. Sub-bosque com densidade média, dominado por arbustos como Justicia brasiliana e Piper sp. e arvoretas como Trichilia elegans, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e Guarea macrophylla, entremeados por grande quantidade de Chusquea sp. Sinúsia herbácea constituída principalmente por Tradescantia fluminense e espécies de pteridófitas e poáceas. Lianas muito abundantes e epífitas pouco frequentes, em geral espécies de pteridófitas, piperáceas e uma espécie de orquidáceas. 328 Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 3414 – localidade Linha Arvoredo, Barra Bonita: 464 m de altitude, deslocamento 465 m a sudeste do ponto central original, inventariada em 04 e 05 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 313,83 ind.ha-1, 45 espécies, área basal 24,83 m2.ha-1, diâmetro médio 26,80 cm, altura total média 9,69 m, altura do fuste 5,24 m, altura dominante 13,79 m, índice de Shannon 3,32 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Primário e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, entremeado por estradas construídas para exploração madeireira. Espécies com maior valor de importância: Nectandra megapotamica, Ocotea diospyrifolia, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae e Cordia americana. Observações adicionais: sinúsia arbórea apresentando dossel descontínuo, com cobertura de copas de 50 a 70% e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Chrysophyllum marginatum, Balfourodendron riedelianum e Holocalyx balansae, no sub-bosque Trichilia elegans e Actinostemon concolor, Urera baccifera, Trema micrantha e Piper amalago, entremeados por densos taquarais (Chusquea sp.) e grande quantidade de lianas. Sinúsia herbácea constituída por espécies de pteridófitas e poáceas. Epífitos pouco abundantes, em geral espécies de piperáceas e bromeliáceas. Unidade Amostral 3416 – localidade Linha Sede Ouro, Romelândia: 610 m de altitude, deslocamento 210 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 05 e 06 de março de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 422,28 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 16,75 m2.ha-1, diâmetro médio 17,99 cm, altura total média 9,22 m, altura do fuste 4,72 m, altura dominante 12,92 m, índice de Shannon 3,31 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Avançado, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio médio, alterada, com indícios de exploração madeireira histórica. Espécies com maior valor de importância: Bastardiopsis densiflora, Inga marginata, Apuleia leiocarpa, Syagrus romanzoffiana e Nectandra megapotamica. Observações adicionais: Sinúsia arbórea empreendendo uma cobertura de copas de 50 a 70%, e sub-bosque variando de médio a denso. Destacam-se ainda as espécies: Machaerium stipitatum, Holocalyx balansae e Cordia trichotoma, no subbosque Actinostemon concolor, Piper aduncum, P. amalago e Urera baccifera. Sinúsia herbácea representada por grande quantidade de pteridófitas. Epífitos e lianas pouco abundantes. 329 Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina Unidade Amostral 3427 – localidade Linha Prata, São Lourenço do Oeste: 738 m de altitude, deslocamento de 420 m a nordeste do ponto central original, inventariada em 01 de abril de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 465,24 ind.ha-1, 48 espécies, área basal 31,33 m2.ha-1, diâmetro médio 23,28 cm, altura total média 11,02 m, altura do fuste 5,10 m, altura dominante 17,17 m, índice de Shannon 3,25 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, alterada. Espécies com maior valor de importância: Trichilia clausseni, Ficus luschnathiana, Nectandra megapotamica, Apuleia leiocarpa e Myrocarpus frondosus. Observações adicionais: cobertura florestal apresenta-se com 50% e sub-bosque é médio. Destacam-se ainda as espécies: Prunus myrtifolia, Chrysophyllum marginatum, C. gonocarpum, Diatenopteryx sorbifolia, Lonchocarpus campestris, Luehea divaricata, Balfourodendron riedelianum e Machaerium stipitatum, no sub-bosque Sorocea bonplandii, Actinostemon concolor, Trichilia elegans, T. clausseni e Pilocarpus pennatifolius. Apêndice V: Descrições resumidas das Unidades Amostrais da Floresta Estacional Decidual Unidade Amostral 6005 – localidade Linha Escondida, Palma Sola: 709 m de altitude, inventariada em 13 de maio de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 407,50 ind.ha-1, 60 espécies, área basal 25,52 m2.ha-1, diâmetro médio 24,42 cm, altura total média 12,70 m, altura do fuste 6,83 m, altura dominante 17,83 m, índice de Shannon 3,80 nats.ind1 . Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Avançado de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com vestígios de gado e grandes clareiras. Espécies com maior valor de importância: Cordia americana, Syagrus romanzoffiana, Holocalyx balansae, Prunus myrtifolia e Helietta apiculata. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando dossel descontínuo, com 10 a 50% de cobertura de copas, e sub-bosque variando de médio a ralo. Destacam-se ainda as espécies: Balfourodendron riedelianum, Machaerium stipitatum e Diatenopteryx sorbifolia, o sub-bosque composto por piperáceas, Urera baccifera, Justicia brasiliana, Actinostemon concolor, Sorocea bonplandii e Trichilia elegans. Epífitas e herbáceas pouco representativas. Unidade Amostral 3520 – localidade Linha Prateleira, Anchieta: 524 m de altitude, deslocamento 290 m a sudoeste do ponto central original, inventariada em 27 de maio de 2009. Síntese da análise fitossociológica: densidade 393,33 ind.ha-1, 44 espécies, área basal 23,54 m2.ha-1, diâmetro médio 22,66 cm, altura total média 11,93 m, altura do fuste 5,76 m, altura dominante 15,67 m, índice de Shannon 3,45 nats.ind-1. Classificação da vegetação em estádios sucessionais segundo resolução 04/1994 do CONAMA: pelo critério área basal – Primário, pelo diâmetro médio – Avançado e pela altura total média – Médio de sucessão. Região fitoecológica: Floresta Estacional Decidual, com fisionomia de vegetação secundária em estádio avançado, muito alterada, com a presença de espécie exótica e indícios de exploração madeireira recente, pastagem e agricultura. Espécies com maior valor de importância: Luehea divaricata, Nectandra megapotamica, Sebastiania brasiliensis, Lonchocarpus campestris e Cedrela fissilis. Observações adicionais: sinúsia arbórea formando um dossel descontínuo, com cobertura de copas de 10 a 50%, e sub-bosque com densidade média. Destacam-se ainda as espécies: Styrax leprosus, S. commersoniana, Balfourodendron riedelianum e Parapiptadenia rigida, no sub-bosque Actinostemon concolor, S. brasiliense, Trichilia elegans, Piper amalago, Justicia brasiliana e Urera baccifera, entremeados por grande quantidade de lianas e Chusquea sp. Sinúsia herbácea pouco representativa, composta por espécies de poáceas e pteridófitas. Dentre os epífitos, destacam-se espécies de bromeliáceas, aráceas e pteridófitas. 330 331 Legendas das fotografias (todas de autoria da equipe do IFFSC) Página Município Unidade Amostral Capa Parque Estadual Fritz Plaumann Página Myrocarpus frondosus e Cedrela fissilis 211 Parapiptadenia rigida 6 acima: Arabutã 212 6 abaixo: Seara 226 12 Concórdia Parque Estadual Fritz Plaumann Apuleia leiocarpa 227 15 Piratuba 1461 Nectandra lanceolata 228 16 Equipe do IFFSC 24 Piratuba 1461 Remanescente da Floresta Estacional Decidual 32 Concórdia 1775 78 Herval do Oeste Cubagem de espécie arbórea 79 Joaçaba Localização da Unidade amostral 80 São Joaquim Instalação da Unidade Amostral 112 Zortéa 1318 Interior de um fragmento florestal de Floresta Estacional Decidual 113 acima: Zortéa 1318 Campuloclinium macrocephalum 113 abaixo: Caibi 2406 Pereskia aculeata Zortéa 1388 128 Zortéa 1318 141 Ipira 1618 Concórdia abaixo: Itá acima: Arabutã Acima e abaixo: Arabutã 1123 1775 Mosaico vegetacional Mosaico vegetacional Locomóvel UHE Campos Novos Parapiptadenia rigida Lago UHE Itá 235 Equipes IFFSC 255 Cubagem de árvore em pé acima: Celso Ramos abaixo: Ibicaré 1249 2101 Acima: Gomesa recurva Abaixo: Doryopteris concolor 267 Zortéa 1318 Arsenura sp. 268 acima: Concórdia 1869 Phyllomedusa tetraploidea Pombal e Haddad, 1992 268 abaixo: Concórdia 1775 Erinnyis ello Coleta de material botânico 281 Chapecó 1959 Lagartas Cordia americana (flor) Vitex megapotamica (fruto) Fragmento florestal da Floresta Estacional Decidual Fragmento florestal da Floresta Estacional Decidual Fragmento florestal da Floresta Estacional Decidual Sub-bosque da Floresta Estacional Decidual 282 Chapecó 1959 Cereus Celso Ramos 1187 164 Zortéa 1318 165 acima Balfourodendron riedelianum 165 abaixo Urera baccifera 166 Ipira 188 acima Solanum variabile 188 abaixo Ocotea puberula 189 Anchieta 3520 234 acima: Arabutã abaixo: Celso Ramos acima: Anita Garibaldi abaixo: Campos Novos acima: Joaçaba abaixo: Seara 256 142 1618 233 Descrição Myrocarpus frondosus e Cedrela fissilis Da direita para a esquerda: Luehea divaricata, Cordia trichotoma, Combretum fruticosum, Pereskia aculeata, Dichorisandra hexandra, Annona sylvatica, Vitex megapotamica e Helietta apiculata. Descrição Concórdia 127 Unidade Amostral 190 4 114 Município Cubagem de árvore em pé Aralia warmingiana 289 290 332 333 acima: Concórdia abaixo: Itá acima: Jaborá abaixo: Arabutã acima: Concórdia abaixo: Piratuba acima: Concórdia abaixo: Seara Perfil de Solo Lago UHE Itá 1774 1461 2088 1965 Guarea macrophylla – frutos Fungo – estrela da terra Fungos
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