António Chaves no lançamento da sua obra em
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António Chaves no lançamento da sua obra em
Director: Carvalho de Moura Ano XXX, Nº 447 Montalegre, 30.04.2014 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de António Chaves no lançamento da sua obra em Luanda António Chaves, nascido em Negrões e radicado em Lisboa apresentou no Centro Cultural Português, em Luanda, no passado dia 29 de Abril, a 2ª edição do seu Livro a Última Estação do Império que desta vez (ver a capa na imagem) surge com o título de Em Armas pelo Sonho do Império. Integrada nas comemorações do 25 de Abril, a deslocação a Angola de António Chaves projecta a sua obra para além das nossas fronteiras e a sua divulgação junto duma população a rondar os quinze milhões de habitantes. A obra cuja primeira edição foi apresentada em Montalegre conta com algumas páginas de Barroso da Fonte, por causa da troca de correspondência entre ambos combatentes no ultramar, em Angola. António Chaves, um economista de méritos consagrados, foi convidado para este evento pelo Editor Literário e DirectorGeral da Mayamba Editora, que está ligada à Reitoria da Universidade Agostinho Neto, de Luanda. Congratulamo-nos com tão honroso e significativo convite ao Dr António Chaves e aproveitamos para felicitar este nosso bom amigo e colaborador do Notícias de Barroso, para além de grande barrosão e amigo destas nossas terras de Barroso. Ver na P3 um texto alusivo de Barroso da Fonte Barrosões Ilustres - 3 Mundial de Rallycross 2014 – 2, 3 e 4 de Maio Trazemos hoje ao conhecimento dos nossos leitores uma personalidade que tem as suas origens na Portela - Montalegre, da família MOURÃO. Roseli de Deus Lopes não nasceu em Montalegre mas é filha de Luís e Luisa Lopes «Mourão», casal que emigrou e se radicou em S. Paulo, Brasil. Roseli é doutorada em Engenharia Eléctrica pela Universidade de S. Paulo e conta com um currículo invejável. Além de professora, é a dinamizadora da FEBRACE e conta com numerosas distinções honoríficas. É pessoa prestigiada em S. Paulo e em todo o Brasil. Repartição de Finanças de Montalegre Segundo instruções emanadas do gabinete da ministra das Finanças, a Repartição de Montalegre deve fechar as portas até ao fim de Maio P2 O Toque das Trindades Mais uma crónica das Chegas de Bois que, no século passado, com muita frequência se realizavam de noite nas aldeias do alto Barroso. P7 Historias da emigração para a Alemanha P13 Fernando Teixeira “Frade” Emigrante de Fírvidas em Bridgeport é embaixador do Benfica nos EUA P13 Pedro Minhava Reis Este jovem montalegrense conseguiu alcançar o 2.º prémio no concurso “Czech Clarinet Art 2014”, Durante este fim de semana, os motores vão acelerar na pista da Lomba, de Montalegre. A organização do evento espera trazer a Montalegre muitos milhares de aficionados deste Ver na P8 um texto de Lita Moniz sobre o pensamento de Roseli. desporto. VER IMAGENS P16 realizado na Checoslováquia, um galardão que nos honra a todos e é um exemplo para as crianças e jovens barrosões. P5 2 Barroso Noticias de MONTALEGRE Repartição de Finanças poderá fechar no fim de Maio Face à notícia recentemente divulgada de que metade das repartições de finanças em todo o país, até final de Maio, vão fechar, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, voltou a manifestar-se com veemência contra tal medida. Orlando Alves voltou a referir, tal como fez em Dezembro último, que «fechar serviços representa um bater de porta, um abandonar de uma parte significativa de Portugal e dos portugueses à sua sorte». Por outras palavras é «cortar o cordão umbilical do Estado com a Nação, com o País». Com efeito, a confirmar-se esta decisão, isto é, fechar 11 das 14 repartições de finanças do distrito, a medida equivale a 78,58%. As que se devem manter são as de Vila Real, Chaves e Peso da Régua. De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras, que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o executivo escreve que pretende «estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte», para «unificar a maioria dos serviços» e «melhorar a relação (dos contribuintes) com a administração» fiscal. Nesse sentido, Orlando Alves frisou que o Governo continua «cego e surdo» às necessidades da população do mundo rural, abandonando uma parte significativa dos portugueses à sua sorte. «O Governo corta a sangue frio os poucos serviços públicos que temos», declara. O autarca lembrou que no concelho de Montalegre, com 10.000 habitantes e uma extensão superior a 800 quilómetros quadrados, não existem transportes públicos, obrigando a população a ter custos acrescidos com táxis ou viaturas próprias», concluiu. PARAFITA Pena de 9 anos e meio por queimar a namorada Nelson Barbosa, o homem que em Junho de 2013 regou com gasolina a ex-namorada, Andreia Filipa de Sousa, e lhe pegou fogo, em Celeirós, Braga, foi condenado a nove (9) anos e meio de prisão. O colectivo de juizes do Tribunal de Braga deu como provado que o arguido, de 35 anos, agiu movido por ciúmes e condenou-o por homicídio qualificado. O crime em causa ocorreu num parque de estacionamento do supermercado “Bom Dia” onde a vítima, então de 28 anos, trabalhava e ficou registado nas câmaras de vídeovigilância da superfície comercial. Segundo o Tribunal, a mulher teria terminado o relacionamento devido a comportamentos agressivos de que era vítima e já estaria noutra relação. O arguido já tinha outros antecedentes criminais por violência sobre a conjuge, mas a defesa parece que vai recorrer da decisão do Tribunal. A jovem esteve mais de um mês de coma e já foi submetida a três cirurgias plásticas, continuando em tratamento. MEIXIDE A Estrada num estado lastimável Uma das estradas de maior movimento senão a de maior movimento rodoviário do concelho de Montalegre encontra-se num estado lastimável. De nada vale ouvir-se o presidente da Câmara a falar nas televisões numa ponte construida no monte sem que previamente fosse assegurado o financiamento da estrada. Já toda a gente percebeu o embuste que ali aconteceu e que nem sequer devia ser relatado ou divulgado. Aquilo é a prova de que a Câmara de Montalegre, há anos atrás, executou obras sem planeamento. E agora é esta vergonha... O dinheiro gasto na que se pode apelidar de «Ponte da Vergonha» serviria para dar outra vida à referida estrada de Meixide. De resto, ninguém poderá pensar que esta estrada, após a execução da obra reclamada entre Meixide e Soutelinho, venha a ser abandonada ou desprezada porque as populações de Meixide e da freguesia de Sarraquinhos continuarão a ter esta via como de acesso prioritário. Mas, o que aqui está em causa é o actual estado da estrada e para o qual a Câmara de Montalegre deve encontrar soluções como é seu dever. E tão rápido quanto possível. É isto que reclamam os taxistas, os funcionários de Chaves e Montalegre a trabalhar nestas localidades, a Auto-viação do Tâmega, os naturais das freguesias do leste do concelho, desde Montalegre a Vilar de Perdizes a Sarraquinhos e os turistas que têm a infelicidade de por ali circular de e para Montalegre. MONTALEGRE Irene Esteves presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) Em representação do município de Montalegre, Irene Esteves foi eleita, por unanimidade, presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montalegre. Este organismo tem como missão promover os direitos das crianças e dos jovens, bem como protegê-los em situações de perigo. Para este mandato de dois anos, o rosto desta entidade pretende «honrar todos os compromissos que sustentam a criação da CPCJ». A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) é um organismo oficial, não judicial, que tem como função promover os direitos das crianças e jovens do concelho, a par de os proteger de situações de perigo: abandono, maus tratos, abusos sexuais, negligência, entre outros. O que é a CPCJ? A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Montalegre é regida pela Lei de Proteção de Crianças e jovens em Risco, Lei n.º 147/99 de 1 de Setembro. Esta Comissão é uma instituição oficial não judiciária com autonomia funcional, que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. A sua área de intervenção estende-se a todo o concelho de Montalegre. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Montalegre foi criada pela portaria de instalação n.º 430/2005 de 18 de Abril. E atua nas mais variadas situações onde o bem-estar físico está em risco, nomeadamente: negligência; abandono; maus-tratos físicos e psicológicos; abuso sexual; abandono/ absentismo escolar; prática de facto qualificado; mendicidade; corrupção; trabalho infantil; exercício abusivo da autoridade; uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas. 30 de Abril de 2014 A CPCJ está sedeada na J unta de Freguesia de Montalegre, Av. D. Nuno Álvares Pereira Montalegre e tem o seguinte horário de atendimento: Quinta-feira (09h00 – 12h30 e 14h00 – 17h30). Outros contactos: E-mail: [email protected] Em situação de emergência: Número de emergência social – 144, Posto da GNR Montalegre – 276 510 300 e CPCJ Montalegre (permanente) – 962 188 874 In: cmm Notícias sobre Barrosões Um Prémio internacional para Pedro Minhava Reis O Comércio de Guimarães de 9 do corrente, publicou uma notícia com o seguinte título: «Concurso Czech Clarinet Art: Aluno da Academia ganha prémio na República Checa». No corpo dessa noticia ilustrada com foto, lêse que «o aluno Pedro Minhava Reis, da Academia de Música Valentim Moreira de Sá, da classe de clarinete do Professor Vítor Matos, arrecadou um brilhante 2º Prémio na 1ª Categoria, até aos 15 anos, do concurso «Czech Clarinet Art». Pedro Reis, natural de Montalegre, frequenta o 6º grau de instrumento na Academia de Música Valentim Moreira de Sá, da Sociedade Musical de Guimarães». A notícia diz ainda que «O concurso «Czech Clarinet Art» é a primeira e única competição de nível internacional na República Checa, dedicada exclusivamente ao clarinete. E adianta: «Apesar de ter sido criada apenas há um ano, em Abril de 2013, conquistou, de imediato, um lugar de grande destaque entre as competições musicais europeias, graças não só aos prémios, mas sobretudo ao elevado nível dos participantes e ao prestígio e credibilidade do júri internacional. Por isso, quer o aluno Pedro Reis, quer o Professor Vítor Matos estão de Parabéns». A esta nota publicada no mais antigo Jornal Minhoto: O Comércio de Guimarães que já se publica há 130 anos, poderia ter acrescentado os Parabéns à Academia Valentim Moreira de Sá e a Montalegre, berço do jovem e talentoso Pedro Reis. Recorde-se que este mais antigo Semanário que se publica no Minho, foi ressuscitado em 1986, pelo também barrosão ali residente, Barroso da Fonte que o dirigiu entre 27 de Março de 1986 (edição: 7.468 e 3 de Setembro de 1994,(edição 7.796) ou seja durante 328 edições. Câmara de Tondela distingue Associação Fundada e dirigida por Barroso da Fonte A Câmara Municipal de Tondela distinguiu com a medalha de Mérito Municipal a Associação Nacional dos Combatentes do Ultramar que ali tem sede desde 2002. Esta Associação foi fundada em 1982, em Guimarães e aí teve a sede até 2002, liderada por este Barrosão. Nesses 20 anos e por sua proposta foi lançada a ideia da construção do Monumento Nacional aos Combatentes, junto ao Forte do Bom Sucesso inaugurado em Janeiro de 1992 pelo Presidente da República Dr. Mário Soares. Após vinte anos de Presidente e da associação instalada em todo o país, com núcleos em Cascais, em Tondela, em Santa Maria (Açores) e em Toronto (Canadá), propôs ele próprio a mudança da sede para onde já funcionava o aquele núcleo (Tondela). António Ferraz que fora capitão miliciano e que é ilustre Jurista, assumiu a Direcção, tendo cumprido mais um objectivo estatutário: criar a Federação das Associações de Ex-Combatentes. Paralelamente conseguiu que a Câmara local cedesse as instalações da antiga Escola Conde de Ferreira para aí acolher a sede nacional e também o primeiro Gabinete Nacional do Stress Pós-Traumático. A mesma Câmara Municipal teve a sensibilidade que faltou à de Guimarães que nunca teve um gesto de respeito para com essa instituição que já tem estatuto de utilidade, que inspirou o Movimento Nacional 10 de Junho que promove anualmente as Comemorações nacionais em homenagem aos 9 mil mortos que tombaram ao serviço da Pátria e que passou a gerir a existência e funcionamento para com os militares dos três Ramos das Forças Armadas que sofram daquele doença. Na altura em que o país comemora os 40 anos do 25 de Abril de 1974 a cidade de Tondela soube reconhecer a importância dessa Associação Nacional que depois da Liga dos Combatentes é aquela que mais impacto teve em relação à realidade que poucos querem enfrentar: o menosprezo sistemático contra os Combatentes. João Pedro Miranda (CP 6950) CORTEJO CELESTIAL ANA AFONSO GONÇALVES, de 83 anos, viúva de António Gonçalves da Silva, natural e residente em Padornelos, faleceu no dia 16 de Abril, no Lar de S. José onde ultimamente residia. MARIA DE BARROS, de 88 anos, viúva de José António Antunes, natural de Vila da Ponte eresidente em Mourilhe e ultimamente em casa de familares em França, faleceu no dia 14 de Abril em Vitry sur Seine, sendo enterrada no cemitério de Mourilhe. MARIA DA ASSUNÇÃO COUTINHO DA COSTA SALVADOR, de 65 anos, natural de Morgade, faleceu no passado dia 6 de Abril, sendo o corpo trnsportado para os Estados Unidos onde a família decidiu que fosse enterrado. SEBASTIÃO ESTEVES BRANCO, de 79 anos, solteiro, natural e residente em Padroso, faleceu no dia 16 de Abril. LUCINDA AFONSO, de 89 anos, natural e residente em Peneda do Meio, freguesia de Covelo do Gerês, faleceu no dia 18 de Abril. JOSÉ ANTÓNIO BOTELHO GOMES, de 68 anos, natural e residente em Vilar de Perdizes, faleceu no passado dia 19 de Abril. ISAURA LOPESDOS SANTOS, de 82 anos, viúva de António Moura Alves, natural e residente em Gralhas, faleceu no passado dia 22 de Abril. MARIA MENDES ROSA CORREIA, de 91 anos de idade, viúva de Manuel Correia, natural de Cortiço, freguesia de Cervos, Montalegre, faleceu em Bridgeport, Connecticut, USA, a 10 de Abril de 2014, sendo enterrada em Barcelos em jazigo de família donde seu marido era natural. ANTÓNIO ALVES GOMES “Flambó”, de 88 anos, viúvo de Almerinda Pereira Martins, natural e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Braga no passado dia 24 de Abril. ROSA GONÇALVES, de 98 anos, viúva, natural e residente em Santo André, faleceu no Centro de Saúde de Montalegre, no passado dia 6 de Abril. MARIA DE FREITAS, de 91 anos, viúva, residente em Minas da Borralha, freguesia de Salto, faleceu no dia 13 de Abril. JOÃO MIRANDA DE CARVALHO, de 88 anos de idade, casado, natural e residente em Ferral, faleceu no Centro de Saúde de Montalegre, no dia 1 de Abril. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 3 António Chaves regressou a Angola para apresentar «em Armas pelo Sonho do Império» Barroso da Fonte Em 25 de Abril último, o economista Barrosão, António Carneiro Chaves, deslocouse a Luanda com a missão de apresentar, no Centro Cultural Português, o seu reeditado livro A última Estação do Império, mas, desta vez, com o título Em Armas pelo sonho do Império. A obra foi produzida pela Âncora Editora. E esta mais recente edição foi exclusivamente destinada ao mercado Angolano. A apresentação ocorreu na terçafeira, dia 29 de Abril e o convite partiu do director-Geral da Mayamba Editora, Arlindo João Carlos Isabel que está ligado à Reitoria da Universidade Agostinho Neto, com sede na capital de Angola. Trata-se de um convite de carácter excepcional, não só pela raridade deste tipo de intercâmbio cultural, como pela qualidade do organismo que lhe formalizou a distinção: a Reitoria da mais importante universidade Angolana. Além disso tal deslocação destinouse a assinalar os 40 anos do 25 de Abril naquele País Lusófono. Lá fundaram uma Associação Cívica com idênticas funções àquela que existe em Lisboa, dirigida pelo capitão de Abril Vasco Lourenço. À congénere de Luanda preside o Professor Grandão Ramos. O convite ao António Chaves foi duplo. O autor nasceu em Negrões em 1943, licenciouse no Instituto Superior de Economia de Lisboa e fez o mestrado, na mesma Área, em Bruxelas (1980). Nessa altura foi correspondente da RTP e também do semanário O Jornal. Foi bolseiro do Instituto para a Alta Cultura e bolseiro do governo Belga e da Gulbenkian para a especialização em Economia Europeia. Foi quadro superior do Instituto do Comércio Externo de Portugal e, simultaneamente, foi Professor do ensino superior na área de Gestão e Marketing Internacional, durante mais de vinte anos. Foi ainda consultor em diversas empresas da capital e ele próprio criou e geriu uma empresa de produtos importados com implantação em quase todo o país. Esteve sempre ligado à imprensa e à escrita, com a abordagem temática, preferencialmente, ligada à Trásos-Montes e, especialmente, às Terras de Barroso. Faz parte, desde há muitos anos da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Lisboa, é também sócio da homóloga do Porto e fez para da Comissão Organizadora do III Congresso de Trás-os-Montes (2003). Foi convocado para o Curso de Oficiais Milicianos, em Mafra, em Janeiro de 1964. Nessa viagem conheceu outro barrosão (o signatário). Até hoje foram uma espécie de «irmãos gémeos», graças ao carácter bairrista e solidário que prevaleceu sobre eventuais discordâncias ideológicas, culturais, ou religiosas. Após o curso de oficiais milicianos, António Chaves foi colocado nos Açores e, meses depois, mobilizado para Angola, em rendição individual. O signatário foi colocado em Abrantes (RI 2), seleccionado para os Rangeres em Lamego e, depois de preparar o grupo de combate que comandou até ao regresso, seguiu integrado no Batalhão de Caçadores 770, rumo ao Norte de Angola. Aí se reencontraram à chegada e em deslocações esporádicas a Luanda. Dessas andanças, encontros e desencontros, nasceram escritos que publicaram na imprensa do «puto» e Angolana. Em 2011 António Chaves apresentou no Salão Nobre da Câmara Municipal de Montalegre, o seu primeiro livro a que chamou «A Última Estação do Império». De entre as quase 400 paginas destas memórias de guerra, algumas dezenas são do signatário que nasceu, onde nasce o Rio Rabagão. Rio que é afluente do Cávado e que engrossa, com pequenos riachos e fios de água e se juntavam em Negrões, originando esse caudal. Em meados do século XX, as albufeiras de Pisões e da Venda Nova, vieram, em nome do progresso, alterar o destino de Barroso. Nalguns casos para o bem, noutros para o mal. Muitos factores comuns aos dois combatentes que caminharam, lado a lado, neste meio século que em 24 de Janeiro se completou. Se todos os Barrosões puxassem para o mesmo lado, nas boas causas, como eles o fizeram, não haveria tantos atropelos e desavenças. Em nome do ideal telúrico que sempre prevaleceu, estes dois filhos de Barroso, folgaram com os sucessos pessoais e colectivos. Sempre a Região, as Pessoas e os interesses comuns estiveram acima de tudo e de todos. Sabem eles que há mais filhos agradecidos desta Terra que souberam honrá-la. E é este orgulho de ser barrosão que faz exarar nesta crónica um abraço de parabéns a este Escritor que foi a Luanda celebrar o 25 de Abril, repercutindo lá, aquela frase que meu pai me disse, quando fui mobilizado: - Vai, filho vai e vê se encontras por lá o meu antigo patrão... Referia-se ao Engenheiro agrário Amílcar Cabral, nascido na Guiné, casado com uma colega de curso das Casas Novas (Chaves). Ele começou por trabalhar na Zona Agrária de Mirandela que, por inerência, superintendia o Posto Experimental de Montalegre. Aí ganhava o meu Pai o sustento da família. Depois voltou Amílcar Cabral aos países lusófonos e criou o PAIGC que liderou todos os movimentos autonómicos que estiveram na génese do 25 de Abril de 1974. “LUIS, Y EL DESAMOR” Dr José Manuel =PRIMERA PARTE= -II (...CONTINUACIÓN) Ya no importaba que los guardias oyeran nuestras risotadas. A ellos lo que les interesaba era el bacalao y el dinero que obtendrían al día siguiente con la reventa de los animales. Zé Antonio, adoptando un aire solemne, reclama ahora toda la atención de la concurrencia del Café Brasileiro: - Podéis creerme o no, pero os aseguro que, a mitad del camino, ya en el Maderno, este que aquí veis, o sea, yo, me detuve en seco, y en un arranque de coraje le espeté a Toño, el chico español que había tenido que acompañarnos: tú hoy duermes en tu casa! Arrastrado por mi repentino ímpetu, giró sobre sus talones y me siguió en dirección a la Xironda. - Os acompaño!- sentencia Daniel, al tiempo que corre para darnos alcance. - Eh, esperad, que vamos todos! – se oye. - No es necesario. Con que Daniel y yo acompañemos a Toño es suficiente. Los demás dirigíos a casa del patrón, que ya no es poco. Hale, que Dios reparta suerte! Había empezado a llover de nuevo, torrencialmente. El viento retorcía las copas de álamos y chopos cuando avistamos la vega de Ramuiños. Daba la impresión de que el río había experimentado una súbita crecida. Tuvimos que remontar la orilla sur (la Xironda se ubica poco más o menos al norte, en relación a Vilar) hasta alcanzar las poldras, aquellos centenarios, enormes y rectangulares bloques graníticos que, clavados sobre el lecho del río, a intervalos de medio metro, hacían las veces de pasarela. Imposible descubrir un río sin sus poldras. Es que antes, como dicen los mayores, había agua! Pocos montes, cada uno con nombre propio, estaban desprovistos de una naciente de agua. Estas fuentes adoptaban normalmente el nombre del monte en que se hallaban: fuente de Carbas, fuente de Lamelas, fuente de Perteira, etc. Y llovía como debía ser! En Otoño y en Invierno abundantemente, y en Primavera y Verano sólo para regar los campos. No como ahora, que el tiempo está loco. Antes los ríos no se secaban nunca! Saltamos sobre las poldras, raídas de pies y años, y dejamos atrás el cauce, sin que las delatoras botas levantasen alboroto, diluido su chapoteo en el fragor del viento y el grueso aguacero. Aguzamos los oídos, intentando interpretar sonidos de cualquier proveniencia, y nuestros globos oculares escrutaban la capa de penumbra que todavía nos separaba de las primeras públicas del pueblo, que en aquel tiempo - tecnológicamente prehistórico – alumbraban poco y mal. Después de recorrer varios cientos de metros nos detuvimos en seco. Percibimos un vivo vocerío, de tonos masculinos en su mayoría, aunque también se apreciaba alguna que otra imprecación proveniente de templada gola de mujer, a la par que un tumulto de rebuznos y cascos trepando el asfalto. Nos fuimos aproximando con cautela. Junto a la panadería y las primeras casas del pueblo, la escena se proyectó entonces con total nitidez: El patrón español, al que llamaban el Torero, corría por entre los burros, desatando sus ronzales y propinándoles inmediatamente fuertes palmadas en las ancas para que huyeran. Un guardia civil le sujetaba por una manga de la gabardina, ya rasgada, mientras presionaba nerviosamente el pabellón de su oreja con el cañón de la reglamentaria. - Para, por favor! Estate quieto, o te pego un tiro aquí mismo! - Que me sueltes, coño, que los burros no os los lleváis!respondía el Torero, a la vez que cruzaba por debajo de la panza de un jumento, ya liberto, para ir a desamarrar otro. - Me vas a obligar a disparar!rugía el guardia, mientras rodeaba al animal y hacía un vano esfuerzo por volver a inmovilizar al contrabandista. En pocos segundos, ya otros dos pollinos ponían pies en polvorosa, en dirección a la aldea vecina, de San Millán. Algunos guardias esprintaban tras ellos. Mientras, otros dos agentes sufrían el mismo calvario con la mujer del Torero, una señora bajita y regordeta, que se zafaba de ellos cual rabo de vaca sacudiéndose las moscas. Puro nervio! - Llevaos algunas cajas de bacalao, si queréis, pero tenéis que dejarnos al menos la mitad. Y los burros! - Pero tú estás loca? Cómo vamos a llegar al Cuartel de manos vacías! Cómo lo explicaríamos! - Como os dé la gana, pero los burros se quedan aquí – afirmaba, mientras continuaba desenganchando bridas. Un poco más allá, se podía contemplar a dos contrabandistas que corrían hacia el cruce de la carretera de San Millán. Y es que algunos pollinos, estos en verdad burros, que habían salido huyendo de los guardias que los perseguían, en un momento dado, sabe Dios por qué, tal vez sintiéndose desorientados y desamparados en medio de aquellos oscuros montes, o quizás con añoranza repentina de sus dueños, o con ganas de retornar a la jarana, que siempre es buena para la adrenalina, el caso es que varias torpes orejonas y relucientes cajas de bacalao asomaban ya al cruce y tornaban a meterse de lleno en la boca del lobo. 4 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 Fundação Champallimaud Cura Cancro em Portugal A Fundação Champallimaud já consegue curar o cancro com 1 só sessão. Pode eliminar o cancro numa única sessão, mesmo com o tumor já espalhado. É indolor e tem menos custos que a radioterapia convencional. O equipamento chegou à Fundação Champalimaud em Dezembro de 2011, equipado com ferramentas que o tornam único no mundo. A taxa de sucesso nos tratamentos tem melhorado de ano para ano. Disponível para tratamento no final do primeiro trimestre de 2012, permite tratar muitos dos casos de cancro com metástases, sobretudo os menos disseminados. O sistema é absolutamente único em Portugal e, na Europa, há poucos. Trata-se de uma radioterapia por imagem guiada, em que se faz TAC e tratamento em simultâneo. Exige elevado nível de precisão com dose única aplicada no local adequado. EXTRATO Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 19 de agosto de 1999, no Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da então Notária, Constança Augusta Barreto de Oliveira, exarada a folhas 21 e seguintes do livro 816-A, JOSÉ ALVES GONÇALVES e mulher ISABEL GONÇALVES MACHADO, casados em comunhão geral, ele natural da freguesia de Meixedo, deste concelho, onde residem e ela natural de Gralhas, do mesmo concelho, com os NIF 155 586 696 e 155 586 750, declararam: Que são donos, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel situado na então freguesia de Meixedo, concelho de Montalegre: - Prédio rústico situado na PORTELA, composto de cultura arvense de sequeiro, com a área de mil e vinte metros quadrados, a confrontar do norte e poente com o caminho, sul com Marcelino Alves Crespo e do nascente com José Carneiro Baía, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 275. Que o prédio está omisso na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e cinquenta e oito, ano em que, por partilha meramente verbal o adquiriram por óbito de seu pai e sogro Domingos Gonçalves Afonso, residente que foi na referida freguesia de Meixedo. Que desde essa data, sempre têm usado e fruído o indicado prédio, cultivando-o e colhendo os seus frutos, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Está conforme. Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 23 de abril de 2014. O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Conta: Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 € São: vinte e três euros Registado sob o n.º 199 Notícias de Barroso, n.º 447, de 30 de abril de 2014 O equipamento e a técnica foram testados na Universidade de Pisa, em Itália. Funciona em qualquer tipo de cancro, mesmo num dos mais resistentes à quimio ou radioterapia, como o do rim, com uma taxa de sucesso de 80%, mesmo nos casos de cancro dos rins. É indolor, elimina a toxicidade e consegue-se fazer o tratamento em menos de um quarto do tempo do que as sessões convencionais de radioterapia, i.e., trata quatro vezes mais doentes que a radioterapia tradicional. Em 10 minutos consegue-se o mesmo do que com a cirurgia, permitindo ao doente ir para casa de seguida e sem risco de morte. Oferecem-se aos doentes metastáticos, mais do que esperança, uma realidade - sem dor e sem invasão. E outra novidade é que o tratamento é mais barato do que na radioterapia convencional Vamos abrir as portas a todos, recebendo doentes de hospitais portugueses e também de qualquer país da Europa ou do mundo. Por agora, a Fundação só recebe doentes particulares, tendo já acordos com dez instituições com seguros de saúde (Adse, Iasfa, Multicare, Médis, Advancecare, Saúde Prime, Allianz, CGD, SAMS (quadros), PSP- SAD). O custo para o sistema de saúde é muito mais baixo. Tome nota dos contactos: Avenida Brasília 1400-038 Lisboa Telefone 210480048TLM 965922748, E-MAIL: centro.atendimento@ fundacaochampalimaud.pt Cartas dos leitores A Morgue da Igreja da Misericórdia estará ao serviço dos montalegrenses? Com todo o respeito pela Santa Casa da Misericórdia de Montalegre e pelos seus actuais dirigentes, venho manifestar a minha indignação pelas regras impostas ao funcionamento da Morgue da Igreja da Misericórdia. Há dias atrás, o corpo do meu pai, falecido em Braga, chegou a Montalegre pelas 21,00 horas. Contactado um dos responsáveis da Santa Casa no sentido de abrir a porta da Morgue para nela o corpo ser depositado, fui confrontado com a atitude estranha de não ser atendido alegando-me que a casa da Morgue tinha de obedecer às regras estabelecidas, isto é, só abrir das 9 da manhã às 17 da tarde para se depositarem os corpos das pessoas falecidas. Perante tal situação, repito estranha, que eu desconhecia, tive de recorrer aos bons ofícios do Sr. P.e Victor que prontamente autorizou que o corpo do meu falecido pai fosse depositado na Igreja do Castelo onde permaneceu até às 9 horas do dia seguinte. Nesta referida hora, o corpo foi transladado para a Morgue da Igreja da Misericórdia onde os familiares e amigos lhes prestaram as suas últimas homenagens. Entendo que esta situação devia ser revista porque as pessoas não têm horas marcadas para morrer e os familiares, nestas horas amargas de sofrimento, deviam ser atendidos doutra forma. João Manuel Martins Gomes AGRADECIMENTO MARIA DE BARROS Mourilhe (16.03.1926 – 14.04.2014) MARIA DE BARROS que era natural e residente em Mourilhe faleceu em França no passado dia 14 do corrente mês de Abril sendo sepultada no cemitério da sua terra natal. A sua FAMÍLIA vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram estar presentes às exéquias do funeral e à Missa de 7.º Dia bem como a aquelas que, na impossibilidade de se poderem deslocar pessoalmente a Mourilhe, se lhes dirigiram com sentimentos de pesar e solidariedade e amizade. A todos Muito OBRIGADO, A Família Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 5 Pedro Minhava Reis ganha prémio em concurso internacional na Checoslováquia Pedro Minhava Reis, aluno na Academia Valentim Moreira de Sá, da classe do professor Vítor Matos, arrecadou o 2° prémio na 1ª categoria, até aos 15 anos, no concurso “Czech Clarinet Art 2014”, realizado em Horice, na República Checa. Pedro Minhava Reis, natural de Montalegre, é filho do Dr passado, em 2013, recebeu idêntico galardão no mesmo concurso internacional promovido pela Checoslováquia com a diferença de ter melhorado a “performance”, pois que , este ano, arrebatou o 2.º prémio quando em 2013 tinha obtido o 3.º. Segundo informações reco- pela frente beneficiando do facto de ser muito organizado. É um exemplo a seguir por todas as crianças e jovens e a prova de que nada se consegue sem trabalho e dedicação. Este jornal congratula-se com o sucesso obtido pelo Pe- dro Reis e formula votos que continue a brindar-nos, nos anos vindouros, com mais notícias desta índole. Muitos parabéns, portanto ao Pedro, aos pais e familiares e à Banda de Música de Parafita onde começou a sentir o gosto pela divina arte. E todos os barrosões estarão orgulhosos de compartilhar com os êxitos alcançados por este nosso jovem montalegrense. Viva Barroso! CM ASSOCIAÇÃO DOS ANTIGOS ALUNOS DO SEMINÁRIO DE VILA REAL CONVOCATÓRIA Nos termos do nº 1 do Artº 12º dos Estatutos da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Vila Real, são convocados os sócios desta associação, para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária no dia 17 de Maio (3º Sábado) de 2014, pelas 14H30, no Seminário de Vila Real, com os seguintes pontos de Ordem de trabalhos: 1º. Apreciar, discutir e deliberar sobre o Relatório e Contas do ano de 2014. 2º. Eleição dos corpos gerentes da Associação para o triénio de 2014/2017. 3º. Tratar, discutir ou deliberar sobre qualquer assunto de interesse da Associação. Vila Real, 24 de Abril de 2014 O Presidente da Mesa, ass. António Francisco Dias Vieira Carlos Saúde Reis e da Dra Elsa Minhava, frequenta o 6.º grau de instrumento em regime articulado na Academia Valentim Moreira de Sá, de Guimarães, ao mesmo tempo que é aluno do 10.º ano da Escola Francisco de Holanda, desta mesma cidade. Iniciou os seus estudos musicais, em 2007, com o maestro António Coelho, na Banda Musical de Parafita de cujo elenco faz parte no naipe de clarinetes. Refira-se que, já no ano lhidas junto dos seus pais, o jovem Pedro, além de ser um excelente aluno em todas as áreas do ensino, dedica-se com muito entusiasmo ao instrumento e à música , o que faz com muito prazer. Anotámos ainda que o talento do jovem Pedro não é obra do acaso mas antes resulta de muito empenho e trabalho e uma dedicação excepcional. Todos os dias dedica duas horas de estudo, no mínimo, ao instrumento. Isto sem descurar os restantes deveres que tem CONVOCATÓRIA Nos termos do nº2 do Artº 12º dos Estatutos da Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Vila Real, são convocados os sócios desta Associação, para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária no dia 17 de Maio (3º Sábado) de 2014, pelas 15H30, no Seminário de Vila Real, com os seguintes pontos de Ordem de Trabalhos: Ponto único. Apreciar e discutir algumas alterações aos Estatutos, nomeadamente o nº 2 do Artº 9º e o nº 1 do Artº 12º. Vila Real, 24 de Abril de 2014 O Presidente da Mesa, ass. António Francisco Dias Vieira Dia da Música em Salto No passado sábado, dia 26 de abril, a Vila de Salto assistiu a duas relevantes iniciativas culturais, que reuniram cerca de 500 pessoas. A Casa do Capitão acolheu o concerto do Grupo de Cantares de Salto. Este foi o primeiro concerto desde o seu reaparecimento, há poucos meses. Mantendo o conceito original e alguns dos membros que pertenceram à sua criação, o grupo reafirmou a sua identidade, tendo demonstrado vontade e de- terminação na prossecução do projeto. Uma delas passará pela inclusão de novos elementos, para a qual o grupo apelou e se mostrou recetivo. Na segunda parte do programa deste ‘Dia da Música’ teve lugar o concerto de apresentação da Banda Filarmónica de Salto. O projeto, com apoio da Câmara Municipal, teve início efetivo em Fevereiro e conta com a colaboração estreita e contínua da Casa do Capitão, que tem prestado apoio a vários níveis, nomeadamente através da cedência do espaço para a realização das aulas e dos ensaios. Esta iniciativa envolve já cerca de 70 participantes, entre eles crianças, jovens e adultos. Tal revela a significativa adesão da população da freguesia e proporciona um contacto permanente e continuado entre diferentes gerações em torno de um objetivo comum, facto relativamente raro na sociedade atual. Os envolvidos têm oportunida- de de usufruir de formação musical e do contacto com diversos instrumentos musicais, semanalmente e de forma gratuita. De ressalvar a dedicação de professores e alunos, que em pouco tempo conseguiram organizar um concerto que a população acolheu e aplaudiu com notória satisfação. O momento final foi de apoteose, juntando o Grupo de Cantares e a Banda Filarmónica numa memorável interpretação da ‘Marcha de Salto’. O concerto teve lugar no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Salto, que gentilmente cedeu o espaço e colaborou no desenrolar das atividades. Entre elas um lanche-convívio, proporcionado pela Junta de Freguesia de Salto, que permitiu prolongar este dia num ambiente de alegria e confraternização entre os presentes. Rita Marques Estagiária Casa do Capitão Salto (Ecomuseu de Barroso) 6 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 O Chá Verde Diz-se que o chá verde é uma arma miraculosa de saúde. Agora, pesquisadores UM PARÁGRAFO da Universidade da Basileia conseguiram identificar o mecanismo que faz com que o chá verde melhore a função cognitiva. Os achados, publicados na revista científica “Psychopharmacology”, sugerem implicações clínicas promissoras para o tratamento do prejuízo cognitivo, como na demência. Os pesquisadores descobriram que o extrato de chá verde melhora a conectividade efetiva do cérebro. Esse efeito também levou à melhora do desempenho cognitivo real: os resultados dos testes foram significativamente melhores nas tarefas de memória funcional após o consumo do extrato de chá verde. Para o estudo, voluntários do sexo masculino receberam um refrigerante com várias gramas de extrato de chá verde antes de resolver as tarefas de memória funcional. Os cientistas, então, analisaram como isso afetou a atividade cerebral nos homens usando exames de imagem por ressonância magnética (IRM). A IRM revelou aumento da conectividade entre o córtex parietal e frontal do cérebro. Esses achados neuronais foram positivamente correlacionados com a melhora no desempenho da tarefa pelos participantes. “Nossos achados sugerem que o chá verde melhora a plasticidade sináptica do cérebro a curto prazo”, disse o pesquisador Um Parágrafo # 27 – Espera É mais do que arreliador o desespero de uma espera. É desesperante esperar. Apesar disso, boa parte dos nossos percursos são feitos de espera. Esperamos para nascer, que nos mimem e alimentem. Esperamos pela entrada na escola e, mal entramos, esperamos ansiosamente por de lá sair. Esperamos crescer, com a impaciência que inunda e adorna a adolescência, para mais tarde esperarmos que o ritmo do tempo abrande e para que a vida não fuja. Esperamos pela chegada da nossa metade que nos foi arrancada no início dos tempos. Esperamos que as coisas boas da vida nos aconteçam e que as más se percam na espuma dos dias. Esperamos por uma descendência que valorize todo o percurso e nos proporcione uma ideia de eternidade. Esperamos que as novas vidas cresçam e contornem facilmente obstáculos já conhecidos. Esperamos que essas vidas se tornem na riqueza intangível que faz mover o nosso espírito. Esperamos que a velhice nos envolva num manto suave de conforto e sabedoria. Esperamos que a morte nos traga, enfim, o desejado descanso que, ao fim e ao cabo, foi motivo de espera a vida toda. Esperamos por Caronte à beira do rio, aspirando a uma derradeira viagem em ritmo deleitoso. Desesperamos sempre por esperar, esperando sempre que não haja desespero. principal, Stefan Borgwardt. João Nuno Gusmão Rui Relvas, médico Para a História de Barroso e do Município de Montalegre Continua do Nº anterior ... ... ... 1865, 27 de Dezembro – É nomeado o conselho municipal que há-de servir no biénio 1866-1867. 1866, 2 de Janeiro – Presta juramento a nova câmara. 1866, 18 de Fevereiro – É eleito procurador à Junta Geral como representante do concelho, João António Rebelo Guimarães. 1866, 21 de Abril – Delibera a câmara levar ao conhecimento dos testamenteiros do conde de Ferreira a necessidade de se edificar nesta vila uma casa para escola. 1866, 17 de Maio – Em sessão da câmara procede-se à eleição do tribunal de polícia correccional. 1866, 1 de Setembro – Tendo-se publicado editais convidando o povo do concelho a examinar na secretaria da câmara o plano das estradas a fim de fazer quaisquer reclamações ou observações e não tendo comparecido ninguém, nem o concelho municipal, delibera a câmara informar o governador civil de que em tudo se conformava com o plano apresentado. H) – 1866, 25 de Outubro – Delibera a câmara em sessão extraordinária mandar construir uma casa para escola ocorrendo a todas as despesas excedentes a 1.200.000 tanto para a construção da casa como para a mobília e utensílios necessários à mesma escola por reconhecer a urgentíssima necessidade da edificação e pelas razões que já haviam sido expendidas numa representação que levou às mãos dos testamenteiros do conde de Ferreira. 1866, 26 de Outubro – Delibera a câmara em sessão extraordinária, e em referência às instruções para a execução da lei de 27 de Julho: 1º - Que pretende para o concelho uma das cadeiras de que fala o artigo 9º da carta de lei de 27 de Julho; 2º - Que concorre com subsídio de 60.000 reis anuais para o respectivo professor; 3º - Que para o concelho é mais conveniente o ramo da matéria económica rural. 1867, 5 de Janeiro – A câmara delibera, fixando o ordenado e as condições, pôr a concurso o partido médico vago pelo falecimento do médico cirurgião José Daniel Rodrigues Pereira. 1867, 26 de Janeiro – A câmara tendo aceitado o legado de 1.200.000 reis deixado pelo conde de Ferreira para a construção de uma escola de instituição primária toma conhecimento das condições apresentadas pelos testamenteiros daquele falecido titular. 1867, 17 de Fevereiro – Delibera a câmara, fixando as condições respectivas, que o seu pregoeiro continuasse com os pregões para arrematação da rectificação do quarteirão da casa inferior às salas dos paços do concelho do lado sul destinada a servir-lhe de secretaria. 1867, 29 de Maio – Fixa a câmara em sessão extraordinária as condições do conserto das pontes de Negrões e Peneda. À ponte grande de Negrões se refere também a acta da sessão de 14 de Junho, e à da Peneda a da sessão de 15 do mesmo mês. 1867, 18 de Junho – A câmara nomeia o advogado José Philipe Jacome Vilhena Souza para seu procurador por um ano, e médico do partido o único concorrente António Joaquim Rodrigues de Oliveira. 1867, 27 de Junho – Fixa a câmara as condições dos cortes das carnes verdes. Uma delas era que não se permitiria matar rez alguma sem primeiro ser inspeccionada por alguns dos seus membros ou empregados. 1867, 18 de Julho – Em sessão extraordinária da câmara o inspector das escolas primárias do 5º circulo do distrito de Vila Real passou a informála acerca do estado da instituição popular do concelho, mostrando a necessidade da criação duma escola do sexo feminino na vila, que contendo 170 fogos e 629 habitantes, sendo 351 do sexo feminino, apenas concorrem à escola do sexo masculino 11 meninas. Feitas várias considerações e tomadas algumas deliberações para melhoria do ensino no concelho, delibera a câmara por unanimidade e em harmonia com um requerimento apresentado pelo MAPC administrador do concelho João António Rebelo Guimarães, que ao governo se pedisse a pedra que resta ainda das muralhas e circunvalação dos castelos desta vila para ser aplicada pela mesma câmara em obras municipais incluindo nestas a casa para o ensino primário, o que tornaria a despesa da edificação mais barata, um terço pelo menos, e que na concessão se compreendesse também a pedra do poço do mesmo castelo, que se achava obstruído quase até à superfície. 1867, 10 de Agosto – É ventilado em sessão da câmara a vantagem de fazer agregar ao concelho de Montalegre as freguesias do de Boticas que outrora lhe pertenceram, à execepção de Ardãos que se devia reunir ao de Chaves, agregandose-lhe deste a de Soutelinho da Raia. - O Sr. Arcipreste interrompeu a transcrição das actas camarárias sem qualquer explicação. É possível que tenha sido por causa da Questão de Salto pois é a este assunto que passa a dedicar o seu trabalho jornalístico. E fá-lo com paixão e entusiasmo. Muito ganharia a história da Questão de Salto se fossem reunidos num Caderno Cultural da Câmara Municipal todos os artigos e noticias sobre a pendência que opôs Montalegre a Cabeceiras de Basto. (Continua) José Enes Gonçalves Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 7 O Toque das Trindades 3 - As Chegas de Bois de noite ¹ (Continua do último número) Noutra noite, do ano de 1966, de céu estrelado e luar do mês de Agosto, a mocidade de Meixedo resolveu ir “roubar” o boi de Solveira. Isto porque o Viratrigo deu em aparecer na taberna do Perfeito e, “meu dito meu feito”, mal se falou nas Chegas, as reações não se fizeram esperar: - Vamos liar o nosso boi com o de Solveira - É p’ra já! Tem de se ir assim.... relatou o Viratrigo, que era de Solveira e conhecia, como é normal, os cantinhos todos da aldeia. - Está bem, mas tu vais conosco, dissseram - Não, ó rapazes, eu acho que é melhor não ir a Solveira porque, sabeis como é. Se as coisas dão prara o torto, é o diabo. E eu convivo com aquela gente a toda a hora. - Pronto, vamos nós, rematam Rita Maria e Tino. Entre as duas aldeias são por aí uns seis Kms bem medidos, mas a rapaziada fazia isso num lustro. A pé, Rita Maria e Tino põem-se a caminho, um de sacho de cristas ao ombro e o outro de pau de carvalho na mão. À rectaguarda, estavam em Meixedo o Perfeito e mais uns quantos com quem aqueles tinham sabido pormenores da corte do boi de Solveira e combinado a melhor forma de o “roubar” sem que o pessoal da aldeia desse conta. Dali por uma hora meia, mais ou menos, o boi grande de Solveira estava a caminho de Meixedo. Contudo, a operação não terá corrido da melhor forma porque alguém de Solveira sentiu barulho lá p’ros lados da corte do boi, saiu de e outros barulhos estranhos. Resolução tomada: meter o boi no páteo do Negrões e o pessoal, em parelhas de dois, colocar-se de sentinela em sítios estratégicos. Toninho fez parelha com Viratrigo, de Solveira, um rapaz desalmado, vindo de Espanha onde tivera problemas de bastante gravidade. Dizia-se até que andava fugido à justiça e casa, chamou mais um vizinho e, abrindo a porta, um e outro surpresos, confirmaram que o boi não estava na corte. - Filhos da mãe..., filhos da p..., diziam, só podia ser ou os de Meixedo ou os de Padornelos. Vamo-nos pôr a caminho que eles não podem levar a melhor. - Isto vai dar raia! Dizia outro E quatro homens armados de paus e outras armas bem aparelhadas puseram-se a caminho. Entretanto, a notícia do alvoroço da mocidade de Solveira chega a Meixedo porque os tocadores do boi se aperceberam de falatório outras coisas mais... mas, afora isso, era um velho conhecido. Taberna fechada, uns em guarda na eira do Mouco, outros no Forno do povo, outros na Coelha e ainda alguns mais, escondidos à volta do Eirão a ver no que aquilo dava. Da eira do Mouco, atrás das medas, Toninho e Viratrigo aguardam em conversa de surdina. O momento reclamava silêncio. Então, dava para se ouvir com clareza o murmurar da água do regato da Lavandeira. A noite estava de vento norte que soprava do Larouco. Um burburinho se notou nos seculares carvalhos da Abrigada. Seriam as bruxas? É que diziam os antigos que elas, vindas do Cavalo de Pau, lá da serra do Larouco, poisavam por ali em algazarra medonha a bater palmas até que, em casquinadas diabólicas, seguiam rumo às touças onde sumiam. Entretanto, em grande falatório, nota-se a vinda de pessoas a chegar à Abrigada, a passagem da ribeira a menos de 500 metros de Meixedo. Toninho e Viratrigo, em espera na eira do Mouco, correm à taberna e denunciam os viandantes. - Eh, pá, devem ser por aí uns três ou quatro, a esta hora estão já no Leijal. - Hei! rapaziada, vamos embora, diz o Perfeito. E todos saem em procura doutros refúgios... Dali a poucos minutos, os de Solveira estavam a bater à porta do Perfeito, que entretanto tinha fechado a taberna. O Perfeito aparece à janela da casa, camisa desfraldada e desabotoada como que a dar sinais de já estar a dormir. - Ó Perfeito, dizem, desculpa lá, não viste p’ra aqui o nosso boi? Roubaram-no-lo há coisa de duas horas. - Oh, repazes, se quereis que vos diga, aqui não vi boi nenhum nem ouvi nada. - Filhos da mãe, nós sabemos que o boi veio para estes lados... - Olhai, non sei nada, se calhar foram os de Padornelos, sei lá! Quereis bober, que abro a porta? - Não, temos que andar... Obrigado - Atão, ide lá! Boa noite! - Boa noite! A caminho, os de Solveira, chegados à capela de S. Sebastião, ou por causa do cansaço ou por verem que a missão não dava resultado, desistiram, voltaram p’ra trás e foram de volta para Solveira. Dali a pouco, como que por encanto, a mocidade está junta de novo. Falam baixo, comentam a passagem dos de Solveira e dão tempo que eles se fastem para lá da Veiga de Gralhas. Dali a pouco já estavam à volta dos bois que se resolveu tocá-los até às terras de Cor Carvalho. Aí, os animais dão de frente um com o outro e, envoltos numa nuvem de poeira que não dava para enxergar coisa alguma, lutam bravamente como se podia calcular pelo martelar dos cornos e das fortes cabeçadas. O pessoal num corropio procurava posição para ver melhor. Todavia, não durou muito a Chega. O de Solveira acabou por levar de vencida o de Meixedo. Os desta aldeia ainda tentaram juntar de novo os bois e, por habilidades nada recomendadas, tentar que o desfecho fosse outro. Aí surge Viratrigo, de pau em riste, a meter-se à frente e a reclamar que a Chega tinha acabado e que ninguém tocasse nos bois. Posição que foi aceite. Dali a mocidade abanca na taberna e as conversas se sucedem até às tantas! O boi de Meixedo seguiu para a corte do Largo do Eirão, o de Solveira foi tocado até meio do caminho. De manhã, apareceu nos Campelos de Gralhas. Os de Solveira, revoltadíssimos, recolheram o boi e reforçaram a vigilância. Carvalho de Moura (1) Decidiu-se alterar o título desta série de crónicas por nos parecer mais expressiva esta nova versão É uma vergonha! Desde que teve lugar a prescrição do caso que envolveu Jorge Jardim Gonçalves, e mais recentemente um outro concidadão, e ao redor do mesmo caso, que se começou a poder concluir, naturalmente por indução experimental, que ninguém virá a ser condenado neste tipo de casos. Pelo menos em termos de probabilidade, esta é próxima da unidade. Em face de uma tal realidade, e tão continuada e desde há tanto tempo, surgiu a lógica e natural sugestão de Mouraz Lopes, que lidera a Associação Sindical dos Juízes Portugueses, no sentido de se aumentarem os prazos de prescrição. É a lógica das coisas, até porque hoje mesmo surgiu nova notícia ao redor de procuradores diversos que terão deixado prescrever processos muito variados. E creio que o respetivo número noticiado – o de procuradores – andará pelas muitas dezenas. De resto, sabe-se que estas coisas só existem porque a legislação vigente o permite, não sendo natural nem lógico esperar que os que criaram esta legislação a venham agora a mudar. Pois, ontem mesmo, foi muito interessante a audição do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, na Assembleia da República, onde, naturalmente, defendeu o que se impõe operar: o aumento dos prazos de prescrição para os processos de contra-ordenação. A sua proposta, porém insuficiente, seria a de passar esse prazo de oito para dez anos. Mas é claro que tal acréscimo manteria tudo na mesma. Tal como há dias expliquei, esse prazo deverá ser passado para quinze anos, que é uma situação muito mais difícil de ultrapassar. Um dado é certo: esperar por legislação capaz é completamente inútil, para o que basta olhar a recusa de Fernando Negrão e do PSD ao redor da exigência do Bloco de Esquerda de que passe também a ter lugar a exclusividade com a função de deputado. É uma vergonha! Mas, enfim, temos a democracia. Hélio Bernardo Lopes 8 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 Barrosões Ilustres – 3 Roseli de Deus Lopes Filha de montalegrenses personalidade ilustre do Brasil Roseli de Deus Lopes é filha de Luís Mourão, da conhecida família Mourão da PortelaMontalegre. Luís emigrou para o Brasil onde contraiu matrimónio com Luisa e há muitos anos ali se radicaram. A filha, Roseli, é hoje uma das pessoas com mais projecção naquela grande cidade do sul América. Como se sabe, S. Paulo tem o dobro da população de Portugal e é uma das metrópoles maiores do mundo. A Universidade de S. Paulo (USP) está também considerada entre as melhores do mundo e, nesta escola é professora Roseli de Deus, doutora em engenharia eléctrica. Roseli tem ganho muita notoriedade por causa de com frequência aparecer nos canais da Televisão do Brasil, um dos quais no programa “Jô Soares”. da TV Globo. Roseli de Deus Lopes é uma pesquisadora de tecnologias aplicadas à educação. É professora livre-docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Trabalha como pesquisadora no Laboratório de Sistemas Integráveis da USP1 desde 1988 por meio do qual tem contribuído para o desenvolvimento de pesquisas no que diz respeito ao uso de Tecnologias para a Educação. Em 2003, Roseli criou, e segue coordenando, a feira brasileira de ciências e engenharias voltada para estudantes pré-universitários, FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), referência em movimentos de ciência jovem no Brasil e faz parte do grupo de trabalho de assessoria pedagógica do projeto Um Computador por Aluno (One Laptop per Child), promovido pela Secretaria de Educação à Distância SEED/MEC. Entre 2008 e 2010, Roseli foi diretora da Estação Ciência, um museu interativo de ciência e tecnologia mantido pela USP. Além disso, é pesquisadora e coordenadora do Núcleo USP e participa ativamente em organizações técnicas e profissionais nacionais e internacionais como a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), The Institute of Electrical and Electronics Engineering (IEEE) e Association for Computing Machinery (ACM). Coordena pesquisas na área de aprendizagem colaborativa apoiada por meios feira desse tipo no Brasil surgiu. Em 2003, nascia então a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é uma feira pré-universitária voltada para estudantes do ensino fundamental (oitavo e nono ano), ensino médio e técnico de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. O evento é promovido Prémios e Títulos: Roseli a ser entrevistada no programa «JÔ SOARES» A Dra Roseli de Deus Lopes • 2009 - Em 2009, Roseli foi a única mulher contemplada com o prêmio “Personalidade da Tecnologia” promovido pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) por sua atuação e contribuição na área de educação. Desde 2005 nenhuma mulher recebia o prêmio. • 2009 - Menção Honrosa na Categoria de Poster ORITEL 2009, 9º Congresso Internacional de Reabilitação Infantil da ORITEL. • 2008 — Outstanding Paper Award, IADIS International Conference - Mobile Learning 2008. • 2008 — Best Paper Award - Menção Honrosa, 5th International Conference on Information Systems and technology Management - CONTECSI 2008. • 2007 — Melhor Artigo Completo Publicado - SBIE 2007, Simpósio Brasileiro de Informática na Educação. • 2007 — The Best Paper Award, IX Symposium on Virtual and Augmented Reality SVR2007. • 2005 — Diploma de Amigo da Marinha, Marinha do Brasil. • 2003 — Voto de louvor pela Organização da FEBRACE 2003, Comissão de Cultura e Extensão Universitária da Escola Politécnica da USP. • 1993 — Menção de Distinção e Louvor na Defesa de Mestrado em Engenharia Elétrica, Escola Politécnica da USP. Fonte: Wikipedia eletrônicos. Coordena projetos de desenvolvimento de jogos colaborativos. Roseli de Deus na Universidade de S. Paulo de e Aprendizagem Entretenimento Trabalho (NATE) do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da POLI/ Em 2001, Roseli de Deus Lopes foi convidada pela INTEL a participar como avaliadora da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair) - maior feira itinerante pré-universitária do mundo - que acontece anualmente nos Estados Unidos. E foi a partir desta experiência que a ideia de se criar uma pela Escola Politécnica da USP por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) e acontece anualmente também na POLI/USP. Hoje a FEBRACE recebe mais de mil inscrições de projetos por ano, o que mostra o quanto os jovens brasileiros têm desenvolvido o interesse pela área científica e por meio deste projeto, Roseli é referência no incentivo à pesquisa científica jovem. Luís Lopes e Família Roseli de Deus Lopes, filha de Luis Lopes ( Luis Mourão), um filho de Montalegre, emigrou para o Brasil, aqui casou com Luisa Lopes, uma emigrante como ele. Dois filhos de Portugal que não mediram esforços para progredirem em todos os aspectos. Entre nós, Montalegrenses, o Luis Mourão e família são, sem dúvida, uma referência. Como comerciante, ele soube aproveitar as chances que a vida lhe deu para alçar patamares cada vez mais altos, típicos de um comerciante bem sucedido. Os filhos puderam frequentar escolas de primeira qualidade. Graças ao exemplo que vinha de casa tam- bém eles eram alunos estudiosos, dedicados. Roseli de Deus Lopes conseguiu entrar na principal Universidade de S. Paulo (USP), e de lá nunca mais saiu. É, actualmente, Doutora em engenharia elétrica e livre-docente da Escola Politécnica da Universidade de S. Paulo, uma das principais coordenadoras do Centro de Instrumentação em tecnologias Interativas. Ela é uma referência no núcleo de apoio à pesquisa, passando por muitos cargos neste departamento da USP. É comum assistirmos a entrevistas com Roseli de Deus Lopes em diversos canais televisivos. Os temas são variados, mas qua- se sempre convergem para um mundo melhor: sustentabilidade e consciência planetária. Aponta para a necessidade de se reestruturar a educação no Brasil e no mundo, criar hábitos de preservação do ambiente, fala de uma educação voltada para um aluno progressista que aprenda a descobrir problemas e soluções, um ser pensante, não um mero consumidor sem saber porque está consumindo, comprando e agindo por impulso, se deixando influenciar por propagandas pouco educativas. Num crescente, este indivíduo irá pela vida inteira dele fazendo coisas sem consciência do que está fazendo. Fala da necessidade do Brasil fazer da educação uma bandeira através da qual se conseguirão progressos internos e contribuir para melhorias no planeta. Enfatiza a necessidade de se levarem para a escola recursos tecnológicos disponíveis: “o acesso à informação qualificada é um direito das pessoas em qualquer lugar do planeta”. Criar estratégias para que as pessoas se apropriem dessas tecnologias e as transformem em conhecimento. Como coordenadora de centros de pesquisa, nessa direção diz haver muitas soluções já disponíveis para diminuir a pobreza e melhorar a qualidade de vida no planeta. Roseli de Deus Lopes diz: “se quisermos paz neste Planeta, se quisermos sustentabilidade, precisamos de nos apropriar desta compreensão: o mundo não será bom para ninguém se houver alguém que não está bem dentro dele”. Este trabalho é uma breve síntese do pensamento de Roseli de Deus Lopes, descendente de um filho de Montalegre, Luis Lopes, ( Luis Mourão) que bem cedo precisou de emigrar para terras do Brasil em busca de uma vida melhor. Bem hajam Luís e Luisa! Parabéns por tudo o que conseguiram na vida, parabéns pelos filhos que tão bem souberam criar e educar. Lita Moniz (S. Paulo) Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 O Super de Montalegre com promoções todas 9 ENCHIDOS, FUMADOS E PRESUNTOS TRADICIONAIS TEL: 0034 988 46 65 28 as semanas VENDA DE PORCOS DE CRIAÇÂO E QUALIDADE TEL: 0034 609 82 69 66 Rua da Portela, nº 3 5470-229 Montalegre BALTAR , Sede: Lugar do Barreiro rua 1 4730-450 Vila do Prado Portugal Quality Inn AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES E.F.G INTERNACIONAL Construção Civil e Obras Públicas Carpintaria Construção Civil Lavandaria e Obras Públicas Funerária Carpintaria Lavandaria Funerária Rua Central, 32 5470-430 SALTO - Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos - Quartos com promoções durante todo o ano AGÊNCIA FUNERÁRIA INTERNACIONAL LDa POMPES FUNEBRES E.F.G Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes Av. João-XXI, n°477, 4715-035 BRAGA 18 Rue Belgrand 75020 Paris da Carta também tudo incluído por 6 Telefone 253 061 149 - Fax 253serve 060 916 refeições económicas com Tél : 00331 46 36 39 31 – Fax : 00331 46 36 97 46 Telemóvel 927 054 000 Banho turco; Hidromassagens e Massagens - Piscina; Sauna; Portable : 00336 07 78 72 78 [email protected] [email protected] O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos TRASLADAÇÕES RECONSTITUIÇÃO CORPORAL TANATOPRAXIA EMBALSAMENTO DO CORPO Rua do Avelar, TANATOESTÉTICA 2 5470 Montalegre- Tel: (351) 276 510 220 - Tlm: 91 707 91 CREMAÇÃO pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores culturais das terras de Barroso. Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica Tel. 253 659897 Fax: 253 659927 e Telem: 96 657 2973 Paula Cunha, Lda.Paula Cunha, Lda A Empresa doLda concelho de Montalegre que Paula Cunha, procura servir os seus clientes com eficiência e A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade qualidade. 10 Barroso Noticias de Tito Cruz Gonçalves de Freitas NOTARIADO PORTUGUÊS NOTÁRIA MARIA CRISTINA DOS REIS SANTOS 24.05.1948 - 25.02.2008 EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO doença que o obrigou a deixar “Bom filho, bom marido, Certifico para efeitos de publicação que por escritura outorgada vinte e dois 54de Abril anosde dois de excelente pai, bom amigo e colega” o empregoem com mil e catorze, no Cartório Notarial sito na Praça do Brasil, Edifício Praça do Brasil, Loja 17, cidade de Chaves, a cargo da Notaria Cristina dos Reisidade, Santos, exarada a folhas 53, do na respectivo Livro passou a viver sua casa Vítima de Mariadoença 237-A, MANUEL PEDREIRA BERNARDES N.I.F. 161 301 274, solteiro, maior, natural da freguesia de Covelães, desde concelho deoMontalegre, de Cima n.º 2, sob (5470-091. Vila dadas Pereiras, Ponte os prolongada dia 5 onde de residedena Rua DECLAROU: Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, dos seguintes bens cuidados dae Covelães”, extremosa esposa, Junho faleceu nodas freguesias imóveis,de todos 2002 sitos na freguesia de “União de Sezelhe concelho de Montalegre, não descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre, inscritos na respectiva matriz passado dia 25de José deGonçalves Fevereiro o Mariana, funcionária da Zona predial, em nome Bernardes: NÚMERO UM: Prédio rústico, situado em Corneda, composto de lameiro, com a área de quatro Barroso que, sua Tito. anos de idade. mil eTina seiscentos59 metros quadrados, a confrontar doAgrária norte com ode baldio, do sul com Josépor Gonçalves Bernardes, do nascente com Domingos Gonçalves Ramos e do poente com João Afonso Dias, inscrito Funcionário das Finanças de na respectiva matriz predial sob o artigo 260, anteriormente inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo rústico 265, da freguesia de Covelães (freguesia Extinta), concelho de Montalegre; Montalegre, por isso conhecido NÚMERO DOIS: Prédio rústico, situado em Sernadas, composto de lameiro, com a área de três e seiscentos metros quadrados, a confrontar emmiltodo o concelho, o Tito era do norte com Júlio Rodrigues Gonçalves Pedreira, do sul com José Maria Silva Marinho, do nascente e poente com baldio de Covelães, inscrito na respectiva matriz de predialSabuzedo. sob o artigo 600, anteriormente natural Casou inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 610, da freguesia de Covelães (freguesia Extinta), concelho de Montalegre; com Mariana Francisca NÚMERO TRÊS: Prédio rústico,Anjo situado em Carqueijal, composto de pastagem natural, com a área de dois mil quinhentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte, nascente e poente com o Afonso Freitas, da do Vila baldio da freguesia de Covelães, sul comda Júlio Gonçalves Pedreira, inscrito na respectiva matriz predial, sob o artigo 637, anteriormente inscrito na respectiva matriz predial sob o artigo 647, da freguesia Ponte, de quem teve duas filhas, de Covelães (freguesia Extinta), concelho de Montalegre; Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos a Alexandra e a Ana Margarida identificados prédios, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e noventa e três, ano em que os por doação feita por seu avô, Alfredo Augusto Bernardes, viúvo, já falecido queadquiriu ajudou a meramente criar e verbal educou e residente que foi no dito lugar e freguesia de Covelães. Que, desde dedicação, aquela data, por si ou por intermédio com muita não se de alguém, sempre tem usado e fruido os prédios, ocupando-os com pertences seus, efectuando a sua limpeza, fazendo melhoramentos e benfeitorias, fazendo essa a exploração com a consciência poupando sacrifícios para quede ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, nada lhescontínua faltasse. Conseguiu pacífica, e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os identificados prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso dos mesmos no registo darpredial. a cada uma delas um Está conforme certidão do respectivo original. estatuto social para enfrentarem Chaves, 22 de Abril de 2014 a vida com mais facilidade, uma A Colaboradora (reg. Nº 95/03 de 31/12/2012 vez, se viu obrigada a pedir a enfermeira e a outra analista. Emília Ribeiro Devido às fragilidades com reforma antecipada para se n.º 447, de 30 de Abrilda de 2014dedicar a tempo inteiro, de alma queNotícias viviade Barroso, em consequência 30 de Abril de 2014 EXTRATO Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 17 de abril de 2014, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Notária, Maria Carla de Morais Barros Fernandes, Adjunta da Conservadora, em substituição legal e em exercício de funções notariais, exarada a folhas 55 e seguintes do livro 978-A, PAULO JORGE BRAZ GON ÇALVES BRANCO, solteiro, maior, natural da freguesia de Covelães, deste concelho, onde reside na Rua da Cruz, n.º 14, declarou: Que é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel: situado na União das Freguesias de Sezelhe e Covelães, concelho de Montalegre: - Prédio rústico situado na CAVADA DE SOUTELO, composto de mata mista, com a área de mil e setenta nove metros qua três e drados, a confrontar do norte com Manuel Pires Gonçalves Branco, sul e nascente com caminho público e do poente com José Gon çalves Bernardes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 502, (que corresponde ao artigo 512 da freguesia de Covelães (Extinta). Que este prédio está inscrito na atual matriz em nome de quem o justificante o adquiriu e apesar de pesquisas efectuadas, não foi possível obter o artigo matricial antes de mil novecentos e noventa e sete e encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Que não tem qualquer título de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade do prédio, mas iniciou a sua posse em mil novecentos e noventa, ano em que o adquiriu por doação meramente verbal de seus pais Manuel Gonçalves Branco e Albertina Gon çalves Braz, residentes na citada freguesia de Covelães. Que desde essa data, sempre tem usado e fruído o indicado prédio, roçando o mato, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de ser o seu único dono, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição, há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, contínua e de boa fé, razão pela qual pacífica, adquiriu o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Está conforme. Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, 17 de abril 2014. e coração, ao seu marido Tito. Asua esposa Mariana e as filhas Alexandra e Ana Maria e restante família vêm por este meio agradecera todos quantos se dignaram assistir ao funeral e missa de sétimo dia ou que de outra forma lhe manifestaram o Oseu pesar e solidariedad. 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Agradecem de modo especial Conta: aos seus dois médicos de Emol: Art.º 20.4.5) ------------ 23,00 € São: vinte e três euros família, Sousa e RegistadoDrs sob o António n.º 190 Carlos Reis, pessoas muito Notícias de Barroso, n.º 447, de 30 de abril de 2014 humanas, dedicadas e sempre disponíveis, bem como aos senhores enfermeiros e pessoal AGRADECIMENTO auxiliar do Centro de Saúde que ALVES GOMES “Flambó” com carinho o trataram duranteANTÓNIO Montalegre (1925 – 2014) os últimos 5 dias da sua vida. A família de ANTÓNIO “FLAMBÓ”, de Montalegre, vem por este único meio O Tito foi bom filho, bomALVES GOMES agradecer a todas as pessoas que se dignaram estar presentes do funeral e à Missa de às exéquias marido, excelente pai, bom 7.º Dia e bem assim a aquelas que, na impossibilidade de estar presentes, se lhes dirigiram com amigo e colega.de pesar e amizade. sentimentos A todos Muito OBRIGADO, A Família Barroso Noticias de GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE Vendem-se Apartamentos T3 e Lojas Comerciais 1–Assinaturas Pede–se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados. Os valores das assinaturas são os seguintes: Nacionais = 20,00 €uros Estrangeiras: Espanha = 30,00 €uros Resto da Europa = 35,00 €uros Resto do Mundo = 35,00 €uros 2–Pagamentos EM MONTALEGRE a) Na sede do jornal, Rua Miguel Torga, 492 (B.º da Corujeira) b) No Quiosque de Augusto Flambó (Traseiras da Câmara de Montalegre) c) No Quiosque da Madalena, Av. D. Nuno Álvares Pereira d) Na Agência de Seguros IMPÉRIO de Lúcia, à esquina do Mercado Municipal e) Na LOJA 4, Papelaria CHICO, Rua Dr Vítor Branco f) Na Agência FIDELIDADE, Rua Polo Norte, de José Pereira Alves g) Na Agência de Seguros GLOBAL, de Joaquim Fontes EM SALTO Papelaria Milénio, R. Central, 77 5470–430 SALTO As assinaturas podem ainda ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes: Nacionais - NIB: 0079 0000 5555 1489101 27 Estrangeiras: - IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo, contacte–nos (+351 91 452 1740). 3 – Comunicação Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros. Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail [email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes. Ajude–nos a fazer um jornal ainda melhor. Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre Contactos: 0034 – 988 460 425 0034 – 66 416 6214 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 11 Jacques Le Goff Pe Vítor Pereira No dia 1 de Abril, morreu um dos maiores historiadores franceses, ou até mundiais, do século vinte: Jacques Le Goff. Juntamente com outros insignes historiadores, como Fernand Braudel, Jacques Revel, Pierre Nora, George Duby, Jacques Heers, entre outros, fundou e Nem de propósito, ando a acabar de ler «A Idade Média, Uma Impostura», de Jacques Heers e ocorreu-me sublinhar o grande trabalho histórico destes grandes historiadores franceses. Infelizmente, a história anda muito inquinada e a forma como se faz história ou escreva a história devia merecer uma grande reflexão e, sobretudo, uma grande reformulação. Há muita falta de verdadeira investigação, de imparcialidade, há muita imprudência e imprecisão em muita história que se escreve. Há muito que me tornei um leitor de história desconfiado e prudente, que não acredita em tudo que lê sem mais nem menos, porque a história, muitas vezes, tornou-se um pedaço de plasticina que se usa para o que muito bem nos convém e onde se vai buscar o que Não se escreve história, mas sim «histórias», conforme os pontos de vista, os fins e as disposições do historiador, em grande prejuízo, muitas vezes, para a verdade histórica. impulsionou a famosa «Nova História», uma leitura nova da história, mais reta, abrangente e aprofundada, com grande incidência sobre a Idade Média. só nos interessa. Não se escreve história, mas sim «histórias», conforme os pontos de vista, os fins e as disposições do historiador, em grande prejuízo, muitas vezes, ... Um caso evidente é a Idade Média. Todos nós crescemos a ouvir falar sempre muito mal da Idade Média, sendo encarada como a época mais atrasada, tenebrosa e obscura, e até ridícula, da história da humanidade. Hoje está provado que isto não tem o mínimo sentido e assenta em muitas mentiras e considerações precipitadas de historiadores ou de escolas de história. dizer, condenações ou desprezo pelas civilizações, religiões ou costumes diferentes dos nossos, mas por uma espantosa propensão para ajuizar mal o passado». Um caso evidente é a Idade Média. Todos nós crescemos a ouvir falar sempre muito mal da Idade Média, sendo encarada como a época mais atrasada, tenebrosa e obscura, e até ridícula, da história da humanidade. Hoje está provado que isto não tem o mínimo sentido e assenta em muitas mentiras e considerações precipitadas de historiadores ou de escolas de história. Tudo se deveu a trabalhos históricos revestidos de amadorismo, feitos de encomenda, que, com escamas nos olhos, se devotaram pura e simplesmente a encontrar e a descrever os defeitos e as deformidades da Idade Média, esquecendo os seus progressos e as suas virtudes, que são muitas, para se salientar a inteligência, o progresso e a suposta grandeza das épocas seguintes (Renascimento, Luzes, etc.). Muito do que se ensinava sobre a Idade Média não foi devidamente investigado e estudado com independência, mas resultou dos preconceitos e das considerações levianas de escolas de história e de historiadores. Certamente que a Idade Média tem muitas coisas pouco recomendáveis e tem muitas sombras, com também a nossa tem. Mas também tem muitas virtudes, de forma que já não é aceitável dizer-se que o progresso humano e social parou na Idade Média, sendo retomado a partir do Renascimento ou da época moderna. Hoje é inquestionável que existiu uma sociedade medieval, uma sociedade tão próspera e rica como as outras. Na Idade Média nasceram as universidades, grandes ordens religiosas, mosteiros com grande dinamismo humano, religioso e social, movimentos intelectuais com um trabalho notável, as artes tiveram momentos de grande expressividade, começaram a germinar valores humanos e sociais que a modernidade chamou a si, mas que já existiam na Idade Média, e tantas outras coisas que se poderiam enumerar. Como afirma Jacques Heers, a Idade Média foi vítima de um pecado que muito historiador comete: «O homem de hoje, sobretudo o homem de espírito, que sabe manter uma reta honestidade quando lhe ocorre considerar civilizações bastante distantes no espaço, não mostra rigor nem tolerância ao descrever as da sua terra, separadas de si por alguns séculos. Aquilo que compreende e respeita alhures, critica-o, com veemência e desdém, em sua casa, simplesmente porque o tempo passou: um desdém tão profundamente arreigado que acaba por suscitar reações de autómato. Vêm então ao de cima, em obras e discursos a fio, juízos definitivos apenas assentes nesse credo, construídos sobre belas certezas injustificadas.». Não deveríamos continuar a usar por aí a avulso a palavra medieval com sentido negativo e pejorativo, porque isso só põe a manifesto a o historiador consegue perscrutar. Julgar o passado com os critérios do nosso mundo contemporâneo e dividir a história entre os bons e os maus ou entre os grandes e os pequenos é um labor incongruente, é uma injustiça. Como lembra Jacques Heers, «uma das nossas grandes satisfações consiste em podermos avaliar o passado. O historiador talvez não se distinga nisso mais do que os outros, mas dá frequentemente o exemplo; distribui sem hesitação reprovações e coroas. Descrever, analisar, explicar, sabe a pouco, e não é decididamente muito atraente; o que é preciso é tomar partido, crucificar os malvados, acusá-los de infâmia para a posteridade e, por outro lado, exaltar as maravilhosas virtudes dos bem comportados. Este jogo pueril ocupa-se em primeiro lugar das grandes figuras, daquelas «que fizeram a História»: heróis gloriosos ou heróis catástrofe; opõe claramente os bons aos indignos, nossa ignorância. Reparemos como está escrita a nossa história de Portugal e ainda bem que já temos historiadores que nos apresentam perspetivas bem diferentes, muito mais independentes, amplas e inclusivas. É a história «dos grandes homens ou dos vencedores». Este que fez aquilo, o rei que conquistou não sei o quê, grande feito que se fez não sei onde. A história, boa ou má, é a história. É feita com todos, com os seus condicionalismos e circunstâncias, que nem sempre os bravos um pouco estúpidos aos tortuosos que urdem as suas teias; e, sobretudo, aqueles que estão presos a antigas maneiras de ser e de pensar, «que já não são do seu tempo», aos «modernos», que vão no bom sentido». O bem ou o mal nunca estão só dum lado e os grandes feitos não se devem apenas a uma mão ou a uma cabeça. O historiador não é um juiz, nem deve ser um distribuidor e relatador de condecorações ou de grandes feitos. Contar a história feita com todos deve ser tão só a sua principal preocupação. Miradouro de Seirrãos, que presenteia qualquer um com uma vista espetacular, e o CEDIEC – Centro Europeu de Documentação e Interpretação da Escultura Castreja. De forma a recarregarem energias e conhecerem um pouco melhor a gastronomia da região, a comitiva francesa foi convidada a degustar alguns pratos típicos do nosso concelho e a saborearem o famoso Vinho dos Mortos, uma excelente maneira de terminar este encontro. De referir que a conta de gerência teve um saldo positivo superior a dois milhões de euros, um resultado notável, tendo em conta a situação economicamente delicada que a grande maioria das autarquias atravessa. Outro dos pontos orçamentais positivos saídos deste Relatório de Contas é justamente a redução da dívida a curto prazo em 535 mil euros, e a redução da dívida a médio e longo prazo, em cerca 600 mil euros. Vale também a pena mencionar que as despesas correntes tiveram uma redução em mais de 220 mil euros e que os passivos financeiros foram de 0%, como resultado de não terem sido contraídos quaisquer empréstimos durante o ano de 2013. Em termos globais, a taxa de execução do orçamento foi ligeiramente superior a 76%, um valor que demonstra a boa gestão financeira e orçamental que tem sido feita no Município Num dos últimos grandes prémios de reconhecimento que recebeu, salientou-se que, com a sua investigação, estudo e obras, contribuiu para «uma nova e correta perceção da Idade Média». para a verdade histórica. Como afirma Jacques Heers e com o qual concordo: «Não raras vezes, as nossas sociedades intelectuais revelam-se abertamente racistas. Não no sentido em que o entendemos habitualmente, quer BOTICAS Reunião da Comissão da Defesa da Floresta Contra Incêndios atuação mais eficazes, quer na prevenção, quer no terreno de ação, e preparar atempadamente os meios, recursos e esquemas de comunicação que permitam uma intervenção mais rápida e segura. por elementos representantes do Município de GondPontouvre, foi cordialmente recebida pelo Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, e pelos restantes membros integrantes da comitiva botiquense. Delegação do Município francês de Gond-Pontouvre Esta visita teve como principal objetivo a análise da candidatura feita ao Programa Juventude em Ação, uma candidatura que irá certamente reforçar os laços entre os dois municípios e consolidar a partilha de ideias e projetos a desenvolver, sobretudo a nível cultural. Para além da reunião, a comitiva francesa foi igualmente convidada a visitar alguns pontos turísticos do concelho, nomeadamente o Centro de Artes Nadir Afonso, o Centro Interpretativo do Parque Arqueológico do Vale do Terva, o Parque do Boticas Natureza Biodiversidade, o Como tem vindo a acontecer anualmente, a Comissão da Defesa da Floresta Contra Incêndios voltou a reunir-se na Câmara Municipal de Boticas na última segunda-feira, dia 14 de abril, com o objetivo de apresentar o Plano Operacional Municipal (POM) para o ano de 2014. Este Plano consiste num conjunto de estratégias de coordenação dos meios humanos, técnicos e materiais necessários à prevenção e ao combate dos incêndios florestais, que todos os anos têm atingido o concelho, traduzindose em muitos hectares de floresta queimados e graves prejuízos às populações. O Plano Operacional Municipal pretende sobretudo delinear e estruturar formas de No passado dia 26 de abril, sábado, o Município de Boticas recebeu uma delegação do município francês de GondPontouvre, membros integrantes do Comité de Jumelage, um comité de cooperação, que reúne membros dos dois municípios e cujas vertentes de ação se encontram estabelecidas no Protocolo de Geminação, assinado em maio de 2009. Esta delegação, encabeçada pela Presidente do Comité, Valerie Simon, que se fez também acompanhar Relatório de Contas e Gestão de 2013 aprovado pela Assembleia Municipal Na última Assembleia Municipal, que decorreu no Salão Nobre, no passado dia 29 de abril, terça-feira, ficou aprovado, por larga maioria, o Relatório de Contas e Gestão referente ao ano de 2013. 12 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 Metamorfoses de Ovídio - 4 A ternura desta história remete-nos ao mesmo tempo para a visita dos enviados de Deus a Abraão e para a destruição de Sodoma e a salvação de Lote. Se nela há o castigo dos maus, há sobretudo a recompensa dos simples, piedosos e honestos. É comovente. Filémon e Baucis Depois destas palavras, o rio calou-se. Este facto espantoso a todos tocara. O filho de Ixíon escarnece da credulidade de todos e, na sua soberba, visto que desprezava os deuses, adianta: “São histórias, Aqueloo, aquilo que contas, e julgas que os deuses são muito poderosos se dão e retiram as formas dos corpos.” Todos ficaram estupefactos e não aprovaram aquelas palavras. E antes de todos, Lélex, prudente pelo espírito e pela idade, diz o seguinte: “É imenso e não tem limite o poder do Céu! O que os deuses desejam, isso acontece. E, para teres menos dúvidas, nas colinas da Frígia, contíguo a uma tília, há um carvalho rodeado por um muro baixo. Eu mesmo vi o lugar, pois Pitéu mandou-me aos campos de Pélops, governados antes por seu pai. Não longe dali há um lago, terra habitável outrora, hoje, terra conhecida de mergulhões e gaivotas lacustres. Debaixo de aparência humana, chegou ali Júpiter. O neto de Atlas, o deus do caduceu, havendo deposto as asas, chega na companhia do pai. Buscando um lugar de repouso, bateram a mil portas. Mil trancas mil portas fecharam. Apenas uma os recebe. Pequena, é verdade, e coberta de palha e do junco das ribeiras. Mas nela, piedosa anciã, Baucis, e Filémon, de idade igual, vivem unidos desde a juventude. Nela envelheceram e, proclamando sua pobreza e de bom grado a aceitando, tornaram-na leve. E de nada serve procurar ali senhor ou escravo. Toda a casa são eles dois. Cumprem as ordens que dão. Quando, pois, os habitantes do céu chegaram àquele modesto lugar e, inclinandose, transpuseram a humilde porta, o ancião oferece-lhes um banco que, pressurosa, Baucis cobre com manta grosseira e convida-os a descansar. Depois, Baucis tira a cinza ainda morna, espevita o fogo da véspera, que alimenta com folhas e cascas secas e, com seu sopro de velha, ateia a chama. Da moreia de lenha, tira cavacos rachados e ramagem seca, que parte e põe em volta do pote de bronze. Corta as folhas de uma couve que o marido tinha trazido da horta. Com um garfo de dois dentes, Filémon tira do negro tirante de onde pendia a peça fumada de um porco e dela, há tanto tempo guardada, corta pequena porção, que coze em água a ferver. Entretanto, conversando, enganam as horas de espera, na esperança de que a demora se não fizesse sentir. Havia lá uma celha, pendurada por tosca asa de um prego. É cheia de água morna e mergulham nela os pés para os aliviarem. No meio da casa, sobre um leito com estrutura e pés de salgueiro, está um colchão de ulva fofa. Sacodem o colchão da fofa ulva do rio posto sobre o leito com estrutura e pés de salgueiro. Lançam nele uma coberta que só em dias de festa se costumava estender. Mas também esta era velha e simples e não envergonhava o salgueiro do leito. Sobre o leito recostam-se os deuses. Cingida e a tremer, a anciã traz a mesa. Mas a mesa tinha mais curto um dos pés. Nivelou-os com um caco. Suprimida com o calço a inclinação, nivelada assim a mesa, foi limpa com ramo verde de hortelã. Nela põe as bagas pretas e verdes da casta Minerva, pilritos de Outono conservados em calda líquida, endivas, rábanos, requeijão e ovos revolvidos com presteza em morna cinza. Tudo em pratos de barro. Põe depois uma cratera, cinzelada em igual prata, e copos feitos de faia, revestidos interiormente com cera dourada. Depois de curta demora, da lareira vêm as iguarias. É trazido de seguida vinho de não longa idade que, depois de retirado, cede o espaço à sobremesa. Aparece a noz, aparece o figo de mistura com a enrugada tâmara e, em cestos largos, aparece a ameixa, a perfumada maçã e uvas colhidas na purpúrea vide. No meio está um branco favo de mel. Acima de tudo, há rostos afáveis e um acolhimento não pobre nem indiferente. Vêem, entretanto, que a cratera, sempre que vazia, se enche sozinha, e que o vinho sobe espontaneamente. De mãos levantadas, Filémon e Baucis, aterrorizados, rezam e pedem perdão pela mesa simples. Tinham apenas um ganso, guardião da sua humilde morada. Preparam-se para o sacrificar aos divinos hóspedes. Ele, veloz graças às asas, estafaos a eles, que são lentos em razão da idade, e troca-lhes as voltas. Por fim, vêem que se refugia junto dos próprios deuses. Impedindo a sua morte, os deuses disseram: - “Somos deuses. A vossa vizinhança será castigada merecidamente por sua infidelidade. A vós, ser-vos-á concedido fugir a este castigo. Saí já de casa, segui nossos passos e juntos subamos ao cimo do monte.” Ambos obedecem e, presos aos cajados, esforçam-se por avançar na longa subida. Estavam do cimo tão longe como o espaço que uma seta pode percorrer ao ser disparada. Olharam para trás e viram que tudo estava submerso num pântano, só sua casa se mantinha. Enquanto olham admirados, enquanto choram a sorte dos seus vizinhos, sua velha casa, pequena até para seus dois donos, muda-se num templo. Os esteios viram colunas, o colmo vai-se tornando amarelo, o tecto parece de ouro, cinzeladas as portas e o chão coberto a mármore. Em tom amigável, diz então o filho de Saturno: “Velho justo, e tu, mulher, esposa digna de um justo, dizeime o que desejais?” Depois de com Baucis dialogar, Filémon transmite aos deuses a decisão que tomaram: “Ser sacerdotes e guardiães do vosso templo, é o que pedimos. E, uma vez que vivemos a vida harmoniosamente, que a mesma hora a ambos nos leve e que eu nunca veja a tumba da minha mulher, nem ela me enterre a mim.” Aos votos seguem-se os factos. Foram os guardiães do templo enquanto a vida lhes foi concedida. Gastos pelos anos e por longa vida, encontravam-se um dia em frente aos degraus do templo e relatavam a história do lugar, quando Baucis vê Filemon cobrir-se de folhas, e o velho Filemon vê as folhas a cobrirem Baucis. Já sobre a face de ambos se alargava a copa, enquanto podiam iam conversando. Disseram um o outro simultaneamente: “Adeus, meu amor!” E logo a casca os cobre e lhes esconde a face. Ainda hoje o habitante da Bitínia mostra ali dois troncos vizinhos, cada um de seu corpo nascido. Domingos Lucas Dias, Doutor em Línguas Clássicas AGRADECIMENTO SEBASTIÃO ESTEVES BRANCO PADROSO – 79 anos A família de SEBASTIÃO ESTEVES BRANCO, que era natural e residente em Padroso, vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram estar presentes às exéquias do funeral e à Missa de 7.º Dia bem como a aquelas que, na impossibilidade de se poderem deslocar a Padroso, se lhes dirigiram com sentimentos de pesar e muita amizade. A todos a FAMÍLIA reconhecida agradece. Muito OBRIGADO, A Família Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 13 Histórias da Emigração na Alemanha - 2 Toda a gente conhece a história funesta dos nossos compatriotas que emigraram para a França, os célebres passaportes de Coelho, em que tinham de percorrer caminhos difíceis a atravessar rios com água gelada e habitar nos “luxuosos” Bidonville que deu origem aos célebres bairros de lata. E a história dos que emigraram para a Alemanha, além dos próprios que emigraram, quem a conhece? (Continua da edição anterior...) Trabalho Os emigrantes na Alemanha chegavam todos com contrato de trabalho. Segundo o contrato, eram obrigados a estar um ano na firma que os foi buscar a Portugal, sem se poderem mudar para outra empresa e ganhavam o que estava no contrato, nada mais. Nas empresas, os emigrantes fazíam os trabalhos que os alemães não queriam. Trabalhavam, todos os dias, 10 horas, Sábados e Domingos. Depois do primeiro ano, como havia trabalho com fartura, mudavam-se para quem pagasse mais. Por exemplo, eu, depois de estar vários anos numa firma de moldes para a indústria automóvel, já sabia fazer o que os outros faziam; seria trabalho igual ordenado igual, e era isso que eu pedia, mas a resposta foi que eu não tinha o diploma de formação profissional, por isso não podia ganhar o mesmo. Então fui para a escola e consegui frequentar o curso de torneiro ( Dreher und Werzeugmacher) e o de mecânico de cunhos e cortantes. Logo que consegui os respectivos diplomas, de pronto os mostrei ao patrão, mas ele logo respondeu que não precisava de mim assim, ali só como ajudante de trabalhador qualificado. Tive então que procurar outra firma que desse mais dinheiro e assim exercer a minha nova profissão para ter um ordenado compatível até à minha reforma, tendo chegado à categoria de capataz. A saudade Ao passar a fronteira, ficava para traz o nosso Portugal. Aqui o coração apertava mais contra o peito, porque ficava o que mais amávamos, o nosso país, os colegas de infância, a nossa mocidade, as festas e romarias. Depois de termos a vida organizada, e de termos a nossa família junta era a saudade que sentíamos do nosso País, dos nossos familiares que ficaram em Portugal. A forma mais fácil era ir de férias a Portugal de carro porque o avião ficava muito caro e em Portugal não havia nada para nos deslocarmos. As nossas primeiras economias eram para comprar um bom automóvel que desse uma viagem segura, para que os nossos filhos pudessem conhecer os avós que estavam, noite e dia, à nossa espera. Mas o grande problema era a distância, esses muitos quilómetros que nos separavam do destino, o calor insuportável, os perigos que tinhamos que enfrentar, os assaltos que nos faziam e os piores males vinham da polícia espanhola que nos multavam sem dó nem piedade. Muitos compatriotas tiveram acidentes mais ou menos graves. O pior caso que aconteceu, por nós conhecido, foi uma família inteira residente nesta cidade que teve um acidente na viagem e no qual perderam todos a vida, muito perto de chegar à sua casa, em Portugal. Mais casos houve em que colegas nossos tiveram acidentes mortais, mas não tão graves como este. Eu tenho que dar graças a Deus pelas minhas 15 viagens que fiz a Portugal sem ter qualquer acidente rodoviário. Tempos livres Quando cheguei a esta cidade, já cá havia um pequeno Centro só de Portugueses, mas com pouca actividade. Servia só para jogar cartas, beber umas cervejas, nada mais. Como as instalações eram pequenas, alugamos um ginásio em ruínas. Na altura ainda havia união e fizemos obras e ficou uma casa muito linda. Na sua inauguração, esteve presente o nosso Embaixador em Bonn, Hernâni Lopes. Esta casa serviu de ponto de arranque para se organizar uma equipa de futebol, e, como em outras cidades, também havia uma ou mais equipas. Eu e mais um grupo de bravos rapazes organizamos a Federação Portuguesa de Futebol na Alemanha, apadrinhada pela Federação Portuguesa. Para manter essa Federação era preciso dinheiro, e foi por isso que organizamos por vários anos as festas de Concurso de Beleza, que foi umas das coisas mais bem organizadas que se fizeram na Alemanha. À sombra do Lar Português de Iserlohn chegou a haver várias equipas de futebol e um Rancho folclórico, “As Duas Rosas”. No Centro Católico, um grupo de Cavaquinhos “O Por do Sol”, assim baptizado porque era para esse lado que ficava Portugal. Depois das divisões causadas pelo 25 de Abril, formaram-se vários centros, e por fim só restava o Lar do Centro Católico. Agora é pena que a nova geração não dê continuidade a esse trabalho e não mantenha a actividade nos Centros porque era o sítio certo para se manter viva a nossa identidade e cultura, mas a revolução dos cravos (25 de Abril 1974) veio separar o que antes estava unido. Juntamente com alguns compatriotas pouco honestos uns tantos destruíram o que levou tanto trabalho a erguer. Foi pena! Continua... Manuel Miranda Dos ESTADOS UNIDOS Fernando Teixeira (FRADE) Embaixador do Benfica nos EUA Juntamente com a carta, recebeu um cachecol do Benfica, com o nome gravado do novo embaixador do Benfica nos Estados Unidos. Fernando Teixeira, mais co- de Gralhós, da mesma freguesia, com a qual teve a filha Maria Isabel e os filhos Carlos e Fernando. Estes, por sua vez, deram-lhe três netas e três netos. O Fernando reside em Brid- nhecido por Frade, é natural de Fírvidas, freguesia de Chã, casou com Elisa Coelho Teixeira, geport, Connecticut, há 46 anos. Trabalhou no ramo da construção e atualmente está reforma- Domingos Dias Em Outubro de 2013, Fernando Álvares Teixeira, recebeu uma carta de Luis Filipe Vieira, presidente do Sport Lisboa e Benfica, a nomeá-lo embaixador, com a responsabilidade de representar e promover o benfisquismo junto de toda a comunidade. Defender a mística do Clube e evidenciar o orgulho de pertencer ao maior Clube do Mundo. do. É sócio do Benfica desde 1986, com o número 43.548. O Benfica foi fundado em 1904 e tem um total de 70 titulos, incluindo 33 campeonatos da Liga Portuguesa, 3 campeonatos de Portugal, 24 taças de Portugal, 4 taças da Liga, 4 super taças Cândido de Oliveira e 2 taças da Liga dos Campeões Europeus. É o quarto Clube com o maior número de titulos na Europa. Com cerca de 235.000 sócios(?), diz-se que é o clube de futebol com o maior número de sócios no mundo, e detentor da “Guiness World Record”. Sendo o Benfica o campeão desta época no campeonato da Primeira Liga, aproveitamos para dar os parabéns a todos os benfiquistas. Falecimento Maria Mendes Rosa Correia, de 91 anos de idade, natural de Cortiço, Montalegre, faleceu em Bridgeport, Connecticut, USA, a 10 de Abril de 2014. Deixou de luto a filha Ana Maria Mendes Rosa Correia, o genro António Martins, o filho António Mendes Rosa Correia, a nora Iva Mendes Correia, os netos Ricardo Martins e esposa Chelsea, Marco Martins e esposa Annalisa, Luis Martins e Patricia Correia. Foi sepultada em Barcelos, Minho, no jazigo do falecido marido Manuel Correia. A toda a família apresentamos os nossos sentido pêsames. (22 de Abril de 2104) 14 Barroso Noticias de 30 de Abril de 2014 Informações úteis SOS – Número nacional 112 Protecção à Floresta117 Protecção Civil118 Câmara Municipal de Boticas 276 410200 Câmara Municipal de Montalegre 276 510200 Junta de Freguesia de Boticas Junta de Freguesia de Montalegre 276 512831 Junta de Freguesia de Salto 253 750082 Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415291 Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512301 Bombeiros Voluntários de Salto 253 659444 GNR de Boticas 276 510540 GNR de Montalegre 276 510300 GNR de Venda Nova 253 659490 Centro de Saúde de Boticas 276 410140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510160 Extensão de Saúde de Cabril 253 652152 Extensão de Saúde de Covelães 276 536164 Extensão de saúde de Ferral 253 659419 Extensão de Saúde de Salto 253 659283 Extensão de Saúde de Solveira 276 536183 Extensão de Saúde de Tourém 276 579163 Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659243 Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556130 Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536169 Hospital Distrital de Chaves Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas Agrupamento de Escolas de Montalegre Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso Escola Profissional de Chaves Centro de Formação Profissional de Chaves Tribunal Judicial de Boticas Tribunal Judicial de Montalegre Instituto de Emprego de Chaves Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso ADRAT (Chaves) ACISAT (Chaves) Direcção Regional de Agricultura (Chaves) EDP – Electricidade de Portugal Cruz Vermelha Portuguesa Boticas Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre APAV – Apoio à Vítima SOS – Criança SOS – Grávidas SOS – Deixe de Fumar SOS – Voz Amiga Linha SIDA Intoxicações NOTÍCIAS DE BARROSO NOTÍCIAS DE BARROSO 276 300900 276 415245 276 510240 253 659000 276 340420 276 340290 276 510520 276 090000 276 340330 276 340660 276 340 920 276 332579 276 334359 276 333225 276 410200 276 518050 707 200077 800 202651 800 201139 808 208888 800 202669 800 266666 808 250143 91 4521740 276 512285 30 de Abril de 2014 DESPORTO FUTEBOL Campeonato Distrital de Vila Real 28.ª Jornada, Campo da Lage, Dia 13.04.2014 Vilar de Perdizes - Montalegre 1–1 Vilar de Perdizes: Diogo; Tunes (Jô 67), Zé Luís, Daniel e Portal; Victor Rodrigues, Nacho e Jorge; Mika, Cato (Carvalho 53) e Jonas. Treinador: Victor Penedones Montalegre: Vieira; Guerra, Rendeiro, Leonel Costa e Abreu e Leonel Fernandes; Ptt (Veras 45), Chico (Fidalgo 68), Bruno Madeira e Tito (Marco 81). Treinador: Zé Manuel Viage Empate justo no derby do concelho de Montalegre que Barroso Noticias de foi muito disputado. Com este empate o Montalegre sagrou – se vice – campeão distrital. O Vilar de Perdizes ainda luta pelo 3.º lugar. Taça da Associação Distrital de Futebol de Vila Real Jogo com duas partes bem diferentes. A primeira foi dominada pelo Vilar, já na etapa complementar o Montalegre equilibra e, a espaços, até se superioriza ao seu adversário. O Vilar, a jogar em casa e diante dos seus adeptos, começa muito bem e cria muito perigo nos primeiros vinte minutos. O guardião do Montalegre mostrou-se atento e impediu o golo. Mas aos 34 minutos o Vilar marcava mesmo por intermédio de Tunes que remata forte e colocado. Na segunda parte, houve mais Montalegre com a entrada de Veras e Leonel Costa empatou o jogo. Foi um empate justo com excelente arbitragem! Vila Real – Vilar de Perdizes 4 – 0 Estádio Monte da Forca, Vila Real, dia 18.04.2014 Vilar de Perdizes: Diogo; Victor Rodrigues (Cato 40), Tunes, Mika, Jorge, Jonas (Tó Pê 87), Portal, Zé Luís, Nacho, Daniel (Carvalho 52) e Jô. Treinador: Victor Penedones Depois de uma boa temporada, o Vilar de Perdizes foi afastado da Taça com uma goleada diante do campeão distrital, Vila Real. O Vilar de Perdizes fez uma má exibição na deslocação à capital de distrito. Cometeu erros a mais em termos defensivos diante de um Vila Real que não facilitou e logo aos 11 minutos César atirou à barra Vilarense depois de erro de Diogo. O Vilar teve, em resposta, 15 um bom período e driou algum perigo junto da baliza contrária. Mas, aos 26 minutos, César abre o marcador. Pouco tempo depois, o Vila Real aumenta por Tiago, também de cabeça, aproveitando nova falha de marcação da defensiva barrosã. Na etapa complementar e logo no primeiro minuto, Jô está perto do golo num remate forte ao qual corresponde o guarda – redes local com a defesa da tarde. Depois disso veio ao de cima a superioridade do Vila Real que marcou mais dois golos. Diga-se que o Vilar procurou sempre o golo de honra e esteve várias vezes perto de o conseguir. O Vila Real segue para a Final com o Montalegre que, neste mesmo dia e hora, afastou o Valpaços por 1 – 0. e muito a sua produtividade na etapa complementar com as entradas de Bruno Madeira e Fortunato. Aquele teve um remate que levou a bola ao poste, mas a falta de eficácia do Montalegre resultou no 2.º golo do Abambres. Já em período de compensação a turma treinada por Zé Manuel Viage faz o golo de honra por Bruno Madeira. O Montalegre ofereceu dois golos ao Abambres que, no entanto, tem mérito na vitória. Foi a segunda derrota caseira da época. Boa arbitragem. Campeonato Distrital de Vila Real Os Torneios de Desenvolvimento da UEFA Sub-16 que se realizam em Santa Marta de Penaguião foram apresentados pelo vicepresidente da FPF, Carlos Coutada, o diretor para as Seleções A e Sub-21, João Pinto, o presidente da Associação de Futebol de Vila Real, Costa Pereira, e representantes dos cinco municípios que vão acolher os torneios: Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Alijó, Peso da Régua e Vila Pouca de Aguiar. A competição vai decorrer de 7 a 15 de maio e terá entrada livre. Os Sub-16 lusos vão defrontar as seleções de França, Itália e Turquia. Já a Seleção Nacional Sub-16 feminina terá como adversárias a Turquia, a República Checa e a França [ver cartaz na página seguinte]. 29.ª Jornada, no Estádio Dr Diogo Vaz Pereira, Dia 27.04.2014 Montalegre – Abambres 1 – 2 Equipa do Montalegre: Vieira; Vasques (Fortunato 57), Guerra (Tito 66), Leonel Fernandes e Abreu; Leonael Costa, Chico e Marco (Bruno Madeira 57); Veras. Igor e Fidalgo. Treinador: Zé Manuel Viage Foi uma má exibição na primeira parte do Montalegre, com apenas um disparo com algum perigo durante os primeiros 45 minutos. O Abambres fez dois remates e um golo por intermédio de Tiago Pinto. O Montalegre melhorou NC/redacção Torneios de Desenvolvimento da UEFA Sub-16 As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou c Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação. Nome do Centro de Emprego Centro de Emprego e Formação Profissional de Alto Trás-os-Montes Serviço de Emprego de Chaves Rua Bispo Idácio nº 50/54 5400 303 Chaves Telefone: 276340330E-mail: [email protected] Nome da Profissão Nº Oferta Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares Cabeleireiro 588048705 Contrato a termo por 12 meses (a tempo completo) Cozinheiro 588096209 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido Valpaços / Valpaços Sta. Maria Maior / Chaves Mecânico de Motociclos e Velocípedes 588089977 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Cozinheiro 588102806 Contrato sem termo Madalena / Chaves Pedreiro 588093243 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves Cozinheiro 588089901 Contrato a termo por 12 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves Cozinheiro 588089881 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves Empregado de Mesa 588103414 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) S. Pedro Agostém / Chaves Bornes de Aguiar / Vila P. Aguiar Cozinheiro 588103431 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Madalena / Chaves Esteticista 588103766 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves Carpinteiro de Limpos 588103483 Contrato a termo por 3 meses (a tempo completo) Sta. Maria Maior / Chaves Cabeleireiro 588106799 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Valpaços / Valpaços Pedreiro 588103596 Contrato a termo por 6 meses (a tempo completo) Sta. Cruz /Trindade / Chaves Barroso Noticias de Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470–211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470–211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected] Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470–211 Montalegre, email: [email protected] Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura 1 Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470–211 Montalegre Registo no ICS: 108495 Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710–306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 € Tiragem: 2.000 exemplares por edição (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção) Mundial de Rallycross 2014 – 2, 3 e 4 de Maio MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso Apicultor nº 110796 J. A. Carvalho de Moura Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211MONTALEGRE Tels: +351 91 452 1740 e 276 412 285 Fax: +351 276 512 281 Mail: carvalhodemoura@ sapo.pt