caderno de resoluções
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CADERNO DE RESOLUÇÕES CADERNO DE RESOLUÇÕES Direção Executiva da CNTE (Gestão 2011/2014) Presidente Roberto Franklin de Leão (SP) Vice-Presidente Milton Canuto de Almeida (AL) Secretário de Finanças Antonio de Lisboa Amancio Vale (DF) Secretária Geral Marta Vanelli (SC) Secretária de Relações Internacionais Fátima Aparecida da Silva (MS) Secretário de Assuntos Educacionais Heleno Araújo Filho (PE) Secretário de Imprensa e Divulgação Alvísio Jacó Ely (SC) Secretário de Política Sindical Rui Oliveira (BA) Secretário de Formação Gilmar Soares Ferreira (MT) Secretária de Organização Marilda de Abreu Araújo (MG) Secretário de Políticas Sociais Marco Antonio Soares (SP) Secretária de Relações de Gênero Isis Tavares Neves (AM) Secretário de Aposentados e Assuntos Previdenciários Joaquim Juscelino Linhares Cunha (CE) Secretária de Assuntos Jurídicos e Legislativos Francisco de Assis Silva (RN) Secretária de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em Educação Maria Antonieta da Trindade (PE) Secretária de Assuntos Municipais Selene Barboza Michielin Rodrigues (RS) Secretário de Direitos Humanos José Carlos Bueno do Prado - Zezinho (SP) Secretaria Executiva Claudir Mata Magalhães de Sales (RO) Secretaria Executiva Odair José Neves Santos (MA) Secretaria Executiva José Valdivino de Moraes (PR) Secretaria Executiva Joel de Almeida Santos (SE) Suplentes Carlos Lima Furtado (TO) Janeayre Almeida de Souto (RN) Rosimar do Prado Carvalho (MG) João Alexandrino de Oliveira (PE) Paulina Pereira Silva de Almeida (PI) Denise Rodrigues Goulart (RS) Alex Santos Saratt (RS) Iêda Leal de Souza (GO) Conselho Fiscal - Titulares Mario Sergio F. de Souza (PR) Ivaneia de Souza Alves (AP) Rosana Sousa do Nascimento (AC) Berenice Jacinto D’arc (DF) Jakes Paulo Félix dos Santos (MG) Conselho Fiscal - Suplentes Ida Irma Dettmer (RS) Francisco Martins Silva (PI) Francisca Pereira da Rocha Seixas (SP) Coord. do Depto. de Funcionários da Educação (DEFE) Edmilson Ramos - Lamparina (DF) Coord. do Depto. de Especialistas em Educação (DESPE) Maria Madalena A. Alcântara (ES) CNTE - SDS - Edifício Venâncio III, Salas 101/107, Brasília/DF - CEP 70393-900, Tel.: (61) 3225-1003 - Fax: 3225-2685 [email protected] - www.cnte.org.br Caderno de Resoluções » ÍNDICE RESOLUÇÃO 1: Corrente Proletária na Educação 9 RESOLUÇÃO 2: Dilma, teme medidas que forcem os prefeitos e governadores a aplicarem integralmente a lei do piso! 22 RESOLUÇÃO 3: SINDICATO APEOC\CUT\CNTE – CEARÁ27 RESOLUÇÃO 4: CAMPANHA PELA ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA31 RESOLUÇÃO 5: ARTICULAÇÃO SINDICAL33 RESOLUÇÃO 6: Articulação de Esquerda Sindical 54 RESOLUÇÃO 7: BLOCO DE OPOSIÇÃO À DIREÇÃO DA CNTE 66 RESOLUÇÃO 8: Por uma CNTE de luta, democrática e independente de partidos e governos 84 RESOLUÇÃO 9: CONSTRUINDO A CNTE DEMOCRÁTICA, INDEPENDENTE E DE LUTA95 RESOLUÇÃO 10: CNTE democrática, classista e de luta em defesa da escola pública 111 ESTATUTO DA CNTE123 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 5 Caderno de Resoluções » APRESENTAÇÃO Sob o tema Educação, Desenvolvimento e Inclusão Social, o 32º Congresso Nacional da CNTE terá o desafio de indicar as políticas a serem pautadas pelos/as trabalhadores/as das escolas públicas na luta por um projeto de país que contemple a educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade socialmente referenciada, como alternativa estratégica para o processo de desenvolvimento inclusivo e sustentável. Por outro lado, o século 21 tem sido marcado por crise sistêmica do capitalismo, o que exige da classe trabalhadora maior organização e consenso na luta pela construção de “Outro Mundo Possível”, onde o Estado seja o indutor do bem estar coletivo e garanta a evolução tecnológica, a democracia e a sustentabilidade do meio ambiente, na perspectiva de uma sociedade socialista. No campo educacional, a luta pelo piso salarial nacional do magistério e para todos os profissionais da educação (art. 206, VIII, CF-1988), as diretrizes nacionais para os planos de carreira de estados e municípios, a universalização com qualidade das matrículas de 4 a 17 anos – com atendimento da demanda manifesta por creches e educação de jovens e adultos –, a implantação da escola integral com jornada única para seus profissionais, a gestão democrática dos sistemas de ensino e das escolas, o financiamento com 10% do PIB para a educação pública, a aprovação do PNE e dos respectivos planos locais, além do combate à terceirização e o incentivo às demais políticas de valorização dos profissionais da educação (formação inicial e continuada, jornada extraclasse, saúde e condições de trabalho) se mantêm na pauta da CNTE e de seus sindicatos filiados e serão temas prioritários do 32º Congresso. Ao longo da última década, os/as trabalhadores/as em educação alcançaram importantes conquistas institucionais, mas, na prática, as políticas custam a sair do papel. Prova disto tem sido a sistemática violação dos preceitos da lei do piso do magistério, em especial do critério de atualização do valor e da aplicação da jornada mínima de 1/3 para atividades-extraclasse, questões que deverão manter a CNTE em ampla e consistente mobilização durante o próximo período. Em consonância com a tradição de luta da CNTE, o 32º Congresso deliberará ações no sentido de fortalecer o engajamento dos/as trabalhadores/as em educação nas lutas da sociedade brasileira por mais e melhores serviços públicos e pela garantia de direitos individuais e coletivos, sobretudo nas esferas étnico-racial, social, de gênero e de orientação sexual. Por fim, esta edição do Congresso da CNTE reforçará a luta pela liberdade e autonomia sindical, contra a repressão aos sindicatos e à perseguição de lideranças sindicais, fatos que, infelizmente, têm se espalhado pelo país como consequência da luta de classes que tem o movimento sindical como vanguarda. Brasília, dezembro de 2013 Diretoria Executiva da CNTE Gestão 2011-2014 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 7 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » Corrente Proletária na Educação 1. a 2. a 3. a 4. a Conjuntura Internacional A previdência pública de países imperialistas e com 1. Não vivemos a época da “inclusão social” as maiores economias do planeta, como Alemanha, 6. a como apregoam os reformistas e oportunistas de Espanha, Itália e França foi estrangulada, aumentando 7. a plantão. A exclusão, a miséria e a violência marcam a o tempo de trabalho e de contribuição. Os salários 8. a atual etapa do capitalismo mundial – a fase imperialista, foram congelados; parte do funcionalismo teve redução 9. a do grande capital financeiro e dos monopólios. Sob essa salarial em países como Grécia, Irlanda e Portugal. 10. a condição, de desintegração do sistema social, crises A chamada política de “austeridade” nada mais foi econômicas, como a que se iniciou em 2007/2008 e o mecanismo pelo qual os governos repassaram 12. a que se mantém até hoje, e intervenções bélicas, como parte do rombo de bancos, financeiras, seguradoras e 13. a a que estamos assistindo recentemente nos países da multinacionais para os cofres públicos, aumentando 14. f África e do Oriente Médio, são o retrato da barbárie e enormemente as dívidas dos Estados e jogando a 15. f da impossibilidade de reformas progressistas no seio da população de países ricos no desemprego, na fome e na 16. f economia capitalista. falta de perspectiva de melhoria por toda década. 5. a 11. 17. f 2. A burguesia imperialista e seus lacaios tentam 4. A resistência das massas não tardou, ainda que 18. f camuflar os números da barbárie que se acentuou com sem um programa revolucionário. Na França, milhões 19. f a crise iniciada nos EUA. É certo que desde 2007 o saíram às ruas contra as reformas da previdência e 20. f número de desempregados aumentou em pelo menos da educação. Na Itália, em Portugal e na Espanha, a 21. f 67 milhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo nos juventude protagonizou os enfrentamentos mais duros 22. f países mais ricos, golpeando duramente a juventude. contra a força repressiva do Estado. Na Grécia, não 23. f Estima-se que até 2017 as taxas de desemprego não houve um mês sequer em que não se organizaram 24. f devem recuar e atingirão particularmente os países manifestações, passeatas, bloqueios de portos, greves 25. f da América Latina, Sudeste Asiático e Sul da Ásia, parciais e gerais. No Norte da África, as mobilizações 26. segundo a OIT. A Organização divulgou relatório ganharam o contorno de levantes insurrecionais 27. f referente a 2012 em que constavam atualmente 197 contra os governos. Um após outro, governos foram 28. f milhões de pessoas desempregadas – cerca de 5,9% da sendo substituídos, embora sob a supervisão do 29. f população economicamente ativa. O mesmo organismo imperialismo norte-americano e europeu. As lutas 30. f prevê que, nos próximos cinco anos, essa taxa pode desde 2008 demonstraram tragicamente a crise da 31. f ficar próxima a 7% ou ultrapassá-la. direção revolucionária, ausente em todos os países 32. f 3. A retirada de direitos alastrou-se como pavio 33. f de pólvora. Em toda a Europa, os orçamentos para 34. os serviços públicos, incluindo saúde, educação e 5. A luta das massas, de um lado, e a necessidade 35. f assistência social, minguaram drasticamente. Não de os governos sustentarem direta ou indiretamente 36. f houve um país sequer que tenha passado sem alteração setores capitalistas em quebra, de outro, apenas 37. f nas leis trabalhistas. Os governos, a serviço do capital evidenciam a impossibilidade da classe burguesa, pela 38. f financeiro, ajustam seus ordenamentos jurídicos e legais natureza anárquica das relações de produção, conterem 39. f para descarregar o peso da crise sobre os trabalhadores. o desenvolvimento e socialização das forças produtivas. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em convulsionados e comprovaram que se abriu uma nova etapa da luta de classes em nível internacional. Educação 9 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a Demonstra a necessidade histórica da propriedade da GM de São José dos Campos. A terceirização é um 2. a privada transformar-se em coletiva e comprova que fenômeno tão comum e tão avassalador sobre o custo 3. a a fase de crise estrutural do capitalismo, que é a fase da força de trabalho que mesmo as burocracias mais 4. a imperialista, corresponde à transição para o socialismo, traidoras, como as da CUT e Força Sindical, precisam 5. a que só pode vir pela revolução proletária. levantar a cabeça e esboçar “indignação” diante dos 6. a números de desempregados e de subempregados. 7. a Conjuntura Nacional 8. a 3. Sem saídas, o governo do PT torna-se 1. Não há caminho para “desenvolvimento mais refém das oligarquias nacionais e do capital 9. a sustentável” seja no Brasil ou em qualquer parte do especulativo internacional. A crise econômica 10. a planeta. A interdependência entre todos os países potencializa a crise política. A finalização do processo 11. coloca o quanto são instáveis e passageiros os do mensalão para alguns envolvidos, como José Dirceu 12. a momentos de crescimento e melhoria dia vida para é parte da disputa interburguesa. Como também o são 13. a uma parte da população. Os oito anos do governo as recentes denúncias de corrupção no governo de 14. f de Lula sustentaram-se sob a base dessa ilusão: de Geraldo Alckmin em São Paulo. As quadrilhas, vestidas 15. f que uma administração voltada “para todos” poderia de partidos políticos burgueses, digladiam-se diante da 16. f resolver os graves problemas que afetam o país, como sucessão presidencial. O PT impotente por sua política 17. f o desemprego, a fome, o desenvolvimento desigual traidora não pode se apoiar nas massas, nunca o quis. 18. f das regiões, a questão da terra, os sistemas falidos da A ideia de um governo em disputa foi a forma dos 19. f saúde e da educação, etc. A tese do descolamento do burocratas e da esquerda reformista sustentar seu apoio 20. f Brasil em relação à crise logo foi abandonada. O efeito a um partido que se aliançou ao PMDB e depende de 21. f “marolinha” também não ganhou corpo. Serviram todo tipo de falcatrua para se manter no poder. A mídia 22. f unicamente para potencializaram o terceiro mandato burguesa tenta alavancar “novos nomes”, como o de 23. f do PT à frente do Estado. Todas as medidas para Marina Silva, para cavar uma saída institucional. O 24. f frear a crise econômica mostram-se agora esgotadas. fato é que, diante da crise, os governos burgueses de 25. f O governo Dilma não pode mais ocultar os efeitos da países atrasados mostram-se mais instáveis e dependem 26. crise mundial. do apoio do capital financeiro internacional para se sustentarem. 27. f 2. Mesmo com toda sustentação da burguesia 28. f parasitária, nacional e internacional, por meio da A privatização de portos e de aeroportos e 29. f isenção de impostos (como se pode ver com o setor de o recente leilão do campo de Libra fazem ver o 30. f automóveis e de eletrodomésticos) e injeção direta de quanto o governo do PT é entreguista como qualquer 31. f recursos sobre outros setores, como o da construção civil, outro governo burguês. Como o governo de FHC, o 32. f os resultados da indústria nos últimos dois anos foram entreguismo e a desnacionalização de nossas riquezas 33. f negativos; perderam espaço para o setor de importação. objetiva tapar buracos da dívida pública. OS 15 bilhões 34. A inflação e aumento do custo de vida batem à porta que resultaram do leilão do campo de Libra serviram 35. f dos trabalhadores. O endividamento das famílias nos em 2013 unicamente para compor parte do superávit 36. f últimos anos só cresceu, o consumo no varejo tende primário; mecanismo pelo qual o governo entrega 37. f a cair nos próximos meses e anos. A perspectiva de bilhões no pagamento dos juros da dívida. Em 2012, 38. f demissões em massa aparece no horizonte, por meio o percentual chegou a 49% do orçamento, enquanto 39. f do fechamento e deslocamento de fábricas, a exemplo educação e saúde juntas não chegam a 10%. A farsa de 10 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a que o governo destinaria 10% do PIB para a Educação 6. Sem reivindicações gerais, ligadas ao salário e 2. a só não foi maior porque o próprio governo sustentou ao emprego, as mobilizações de junho perderam força. 3. a a tese de que esse percentual só seria possível com Uma falta essencial marcou o seu curso: a inexistência 4. a 100% dos royalties do Pré-Sal. Portanto, postergou o de um poderoso partido operário que imprimisse 5. a discurso demagógico sobre a aplicação dos recursos um programa de reivindicações vitais à população 6. a sem comprometer a base aliada dos burocratas e avançasse na organização das mobilizações, com a 7. a sindicais ligados ao setor da Educação. As medidas de defesa das assembleias gerais. Na ausência da direção 8. a caráter antinacional e antipopular do governo Dilma revolucionária, a mídia burguesa, alicerçada na parcela 9. a só aprofundam a sua característica de governo pró- da classe média “indignada” com a política, buscou 10. a imperialista, voltado ao grande capital. imprimir um caráter pacífico e ordeiro ao movimento. 11. 5. As massas ganharam as ruas em junho de Todo tipo de ação mais radicalizada foi rechaçada, mas 12. a 2013. Por detrás da reivindicação de revogação do parte da juventude, sem direção, mas, alimentada pelo 13. a aumento das passagens estava o aumento da carestia de ódio de classe, manteve-se em pequenos atos e em 14. f vida, a inflação, o descontentamento com a situação dos ações isoladas das massas. 15. f serviços públicos e uma perspectiva de emprego difícil 7. A luta pelas reivindicações ligadas ao salário 16. f para os próximos anos, sobretudo para a juventude. A e ao emprego devem se projetar com mais força 17. f repressão ao movimento inicial ganhou dimensões que conforme a crise avançar e os governos e os capitalistas 18. f extrapolaram o poder das burocracias sindicais e dos forem obrigados a aprofundar suas medidas de ataque 19. f partidos burgueses. Todos os governos tiveram que à vida das massas. A centralidade das reivindicações 20. f recuar diante dos milhões que saíram às ruas e que se gerais, como o Salário Mínimo Vital e a Escala Móvel 21. f utilizaram dos métodos da ação direta, bloqueios de de Trabalho e de Reajuste deve ser impulsionada, caso 22. f avenidas e rodovias e enfrentamento à força repressiva contrário os movimentos não terão força para fazer 23. f do Estado. A firmeza nos métodos de ação e na defesa frente à ação unitária da burguesia, a exemplo dos 24. f da reivindicação original de revogação das passagens ataques sofridos pelos trabalhadores na Europa. Torna- 25. f garantiu que nas capitais e em centenas de cidades, os se fundamental na situação a construção da direção 26. trabalhadores, particularmente a juventude, impusesse revolucionária, que levante as reivindicações gerais 27. f uma derrota momentânea aos governos. A maior e defenda os métodos da ação direta em oposição à 28. f conquista de junho não foi econômica, uma vez que a pressão parlamentar. 29. f inflação e as medidas dos governos, como a pretendida 8. Quanto mais se intensifica a luta de classes 30. f por Haddad de aumento do IPTU em São Paulo, no país, mais os mecanismos de repressão do Estado 31. f solapam o caráter da reivindicação, mas a elevação se incrementarão. A perseguição a estudantes das 32. f da consciência das massas postas em movimento por universidades públicas, o assassinato de lideranças 33. f meio da ação direta não se perde facilmente, como se camponesas, a demissão de operários das obras do 34. viu facilmente nos meses de agosto e setembro, com PAC, a violência contra as nacionalidades indígenas, 35. f várias greves do funcionalismo e de setores operários. são elementos que comprovam a escalada da repressão 36. f As grandes manifestações voltam a reaparecer, depois aos movimentos sociais. Instrumentos da ditadura, 37. f de anos de estrangulamento por parte das Centrais, como os processos por “formação de quadrilha”, que 38. f expressando a nova etapa da luta de classe em nível atingem estudantes e trabalhadores, e a constituição 39. f nacional. de aparatos de investigação aos movimentos, como a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 11 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a criação da Comissão Especial de Atos de Vandalismo direta, expressos nas assembleias gerais, nas greves, 2. a em Manifestações Públicas (CEIV), instituída pelo nas passeatas, nas manifestações, nos bloqueios, etc., 3. a governo do Rio de Janeiro, voltam a ser utilizados os quais são substituídos pelos métodos de pressão 4. a para conter a luta de classes. O Estado brasileiro, em parlamentar, de ações jurídicas e de aberta colaboração 5. a todas as esferas, mantém e aprimora sua característica com patrões e governos. A fragmentação das lutas, a 6. a fundamental que é ser um agente dos negócios da divisão entre categorias, ramos e setores produtivos 7. a burguesia nacional e internacional. A violência dos vai isolando os poucos movimentos que ainda resistem 8. a governos só pode ser respondida pela autodefesa dos contra esse sindicalismo “propositivo”, que a CUT, 9. a movimentos sociais. maior Central do país, levou à frente. Com a chegada 10. a do PT ao governo federal, a estratégia eleitoral se 11. Politica Sindical 12. a concretizou e as Centrais se tornaram braços do Estado. 1. Quanto mais corpo ganha a crise econômica, 13. a mais aguda torna-se a crise social. A exploração A estatização e a colaboração de classe atingem seu mais alto grau. 14. f do trabalho se intensifica, direitos são retirados, o 3. Uma política de destruição dos sindicatos 15. f desemprego avoluma-se e há uma revolta instintiva como instrumento de luta só pode se dar pela violência 16. f dos trabalhadores contra essa situação de piora nas reacionária das direções. Assim, com os anos, a 17. f condições de vida. De 2008 para cá, vimos aumentar o perseguição às oposições tornou-se cada vez mais 18. f número de greves em todo país. As greves-levantes dos frequente. A democracia operária foi sendo mutilada 19. f operários das obras do PAC, as lutas do funcionalismo, com o fim das assembleias, com o fim dos congressos 20. f com destaque para a forte greve dos IFES (2012) de base e com o fechamento dos sindicatos e Centrais 21. f e dos professores da Educação Básica (2013), as às correntes minoritárias. A maioria das burocracias 22. f mobilizações da juventude universitária (ocupações se mantém pela fraude e pela destruição das tradições 23. f em várias universidades), os conflitos no campo e nos do 24. f territórios indígenas. Esse conjunto de lutas tem se democracia combinou-se, nesse período, com a política 25. f destacado por sua dimensão, que assume um caráter colaboracionista e estatizada das direções, que formam 26. nacional e por se opor direta ou indiretamente às uma casta afastada da base dos trabalhadores. 27. f burocracias, encasteladas nas Centrais e sindicatos. 4. O fenômeno da divisão das Centrais é, ao 28. f A crise social e econômica, parte da crise mundial do mesmo tempo, parte do processo de burocratização e 29. f capitalismo, tem distanciado as direções pelegas das de estatização bem como uma resposta a ele. De um 30. f bases de trabalhadores. O sindicalismo colaboracionista lado, a divisão das lutas, a fragmentação dos setores, 31. f e propositivo da década de 90 permitiu que se avançasse a mutilação da democracia sindical convergiram para 32. f a burocratização e a estatização dos organismos dos que cada aparato sindical se tornasse um feudo a parte. 33. f trabalhadores. As lutas atuais comprovam a traição Cada sindicato atuava isoladamente e a maior Central, 34. desse sindicalismo (dirigido pelo PT, PCdoB, PDT e CUT, abria espaço para que a direita tradicional, 35. f outros partidos da ordem), mas também evidenciam o manifesta desde a criação da Força Sindical, ganhasse 36. f seu papel de obstáculos para as lutas futuras. terreno nessa situação política. A divisão entre vários movimento operário. O aniquilamento da 37. f 2. Com a subordinação dos sindicatos e Centrais sindicatos, às vezes no interior de um mesmo setor, 38. f a uma política eleitoreira e reformista, há, desde a como o da educação ou da metalurgia, é expressão 39. f década de 90, um abandono dos métodos da ação dessa política levada a cabo nos últimos trinta anos. 12 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a Quando é anunciada a reforma sindical, esboçada pelo trabalha pela derrota dos movimentos por sua 2. a governo Lula, a política do PSTU, seguida pelo PSOL, passividade e por sua ação junto ao MEC. Rejeitar a 3. a PCdoB e correntes de direita, serviu para cristalizar política colaboracionista e propositiva, combater sua 4. a a fragmentação. Na criação da CSP-Conlutas e da inércia, denunciando sua ação junto ao governo é tarefa 5. a Intersindical (que não aparece como Central, embora dos que defendem a educação pública, gratuita, laica, 6. a reúna vários sindicatos), a divisão surge como resposta em todos os níveis e vinculada à produção social. 7. a à estatização e à burocratização, mas também é 8. a parte desse processo, uma vez que as esquerdas não política educacional 9. a o combateram com uma política revolucionária. 1. É preciso dizer com todas as letras: depois de 10. a Ao contrário, adaptaram-se, criando seus próprios dez anos do governo do PT, a crise da educação só se 11. aparatos. A divisão como um fato da situação política aprofundou. A era FHC, considerada privatizante e de 12. a atual dificulta as lutas das massas e torna ainda mais sucateamento ao ensino público, não só se manteve como 13. a distante a tarefa da unidade de todos os trabalhadores recebeu alterações que tornam hoje o nosso sistema de 14. f educação mais privado, mais desnacionalizado e mais para enfrentar os capitalistas e seus governos. 15. f 5. Não é possível separar a organização sindical sucateado do que há vinte anos. A espinha dorsal da 16. f da política sindical, do programa defendido. A direção privatização e do sucateamento encontra-se na Lei de 17. f da CNTE, bem como de dezenas de sindicatos, como Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, preservada em seus 18. f a APEOESP, diz defender a educação pública, mas faz pontos fundamentais pelo governo de Lula e agora 19. f o contrário ao se aliar à política federal dos governos de Dilma Rousseff. Com a privatização, que ganhou 20. f Lula/Dilma e por não tocar no problema da existência proporções jamais vistas no Ensino Superior, e com 21. f do ensino privado, colocado desde o governo FHC com o sucateamento, efetuado por meio de mecanismos e 22. f a LDB de 1996. Por isso, pelo conteúdo de sua política, programas como o Fundeb, Plano de Desenvolvimento 23. f é obrigada cada vez mais a fechar o sindicato para os da Educação (PDE) e Universidade Aberta do Brasil 24. f problemas e para as reivindicações que se chocam com (UAB), ganhou corpo a desnacionalização do ensino. 25. f os governos. É obrigada a excluir a maior parte dos Colocadas no mercado de ações, os conglomerados 26. associados e ignorar o conjunto da categoria de suas educacionais 27. f instâncias. Paulatinamente, em cada congresso, vai estrangeiro, de modo que hoje o maior conglomerado 28. f alterando o Estatuto de modo a preservar seu poder. educacional do mundo está no Brasil, o grupo Kroton/ privados foram recebendo capital Anhanguera é controlado pelo fundo Advent. 29. f 6. Em função do próprio caráter da CNTE, não 30. f há nenhuma política de aproximação das bases. É uma 2. O FUNDEF tão criticado pelos petistas como 31. f Confederação que vive do dinheiro dos associados das meio de desvio de verbas, de estrangulamento das 32. f bases municipais e estaduais e mantém formalmente redes estaduais maiores e de valores insignificantes 33. f em razão desse dinheiro e de seu papel legitimar das para abarcar todo o universo do Ensino Fundamental 34. políticas do Estado. A existência de congressos a cada foi substituído pelo FUNDEB. As críticas cessaram. 35. f 3 anos, sem debate nas bases e com um critério de A municipalização manteve-se e de detratores os 36. f participação vinculado à proporção já deformada das petistas passaram a defensores do Fundo e de um 37. f correntes nos sindicatos de que se compõe comprova “Sistema Nacional”. Não combateram e não combatem 38. f que não é do interesse da direção da CNTE organizar o ensino privado por meio da bandeira da estatização. 39. f a luta do magistério em nível nacional. Ao contrário, O “Sistema Nacional” dos petistas é que garante 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 13 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a maior centralização dos governos sobre o trabalho passa o setor. O último Plano Nacional da Educação, 2. a de professores e funcionários das escolas. A fórmula que tem validade até 2020, estabelece metas cujo 3. a do custo-aluno serviu apenas paras as prefeituras cumprimento certamente não ocorrerá, embora sejam 4. a espalhadas pelo Brasil manobrarem com os números mesquinhas, como a que se volta à educação infantil. 5. a para arrecadar mais dinheiro da União. Nesse processo, A meta dos governos é de atender até 2016 todas 6. a as grandes redes, particularmente as estudais, viram as crianças de 4 e 5 anos e 50% de 0 a 3. Além de 7. a seus recursos minguarem e estão mais sucateadas do não garantir escola a todas as crianças, pelo ritmo do 8. a que nunca. Resultado dessa política: mais matrículas, crescimento de vagas nessa etapa facilmente podemos 9. a menos ensino e menores salários para os servidores da dizer que essa como outras metas do PNE não serão 10. a educação. cumpridas. Em relação ao Ensino Médio, a proposta é 11. 3. A educação infantil que continua descoberta aumentar a taxa líquida de matrículas até o percentual 12. a pelos recursos repassados pelo FUNDEB vive sob que atinja 85% dos jovens de 15 a 17 anos. Em 2011, 13. a contínuo abismo. As crianças não têm onde ficar esse valor não ultrapassava os 51,6%. Assim como 14. f enquanto seus pais trabalham. Só na cidade de São as crianças necessitam da escola para que seus pais 15. f Paulo, estima-se que seriam necessárias criar 127 mil trabalhem; no ensino médio, são os próprios jovens que 16. f vagas para crianças de 0 a 6 anos. Em todo o Estado abandonam a escola em virtude do trabalho ou da falta 17. f do Rio Grande do Sul, estimava-se em 2010 um déficit dele. O PNE de FHC (2001-2010) foi uma formalidade, 18. f de 196 mil vagas. Sabe-se que, hoje, o déficit em todo tendo atingido apenas 30% das metas elencadas, 19. f o Brasil é de quase 10 milhões de vagas. Impera a conforme mesmo admitiu o MEC. O PNE elaborado 20. f vontade das prefeituras que não se preocupam em criar pelo governo do PT também o será. Nenhum governo 21. f vagas para uma etapa em que os recursos vindos de pode mudar essa realidade, porque o acesso universal 22. f fora não permitem grande desvio de verbas. à educação é uma tarefa democrática que nenhum 23. f 4. Do ensino infantil ao superior, são as país atrasado conquistou, apenas a transformação 24. f demandas do mercado e os interesses dos governos da própria sociedade, de seu modo produção, de 25. f e dos grupos capitalistas que determinam o grau de capitalista para socialista poderia por termo a questão 26. instrução dos filhos dos trabalhadores. Em uma fase da universalização e prioridade da educação. 27. f de decomposição social, esse grau tende a diminuir 6. Ao mesmo tempo em que se avançou a 28. f e a educação vira moeda de troca em promessas privatização, a desnacionalização e o sucateamento 29. f eleitorais. Não há possibilidade de mudar esse quadro do ensino, aumentou-se a repressão sobre o trabalho 30. f no interior do sistema vigente. A educação não pode ser docente. 31. f via de desenvolvimento social se ela está travada pelo transformados 32. f desenvolvimento econômico de um país atrasado como vigilância sobre o que se ensina e o como se ensina 33. f o nosso, exportador de matéria-prima e importador de nas escolas. A instituição das provas por mérito em São 34. capital e produtos industrializados. A base econômica Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, evidenciam 35. f determina o fracasso do ensino. maior controle estatal sobre a educação. Controle que O PDE pelos criou instrumentos, governos, de depois aumentar a 36. f 5. Ao utilizar quase 50% de seu orçamento anual não visa à “qualidade de ensino”, como apregoam os 37. f para pagamento da divida pública, o governo petista “especialistas” bem remunerados das Secretarias de 38. f condiciona o rumo de sua política educacional. Planos Educação. A medição, o controle, a repressão sobre 39. f e mais planos são feitos para mascarar a crise por que o trabalho de professores e funcionários objetiva 14 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a responsabilizar parte da comunidade escolar pelo boca dos dirigentes como medida progressista, quando 2. a fracasso do ensino. Criam-se mecanismos para na verdade oculta o essencial do problema, que é o 3. a aumentar o salário de poucos, de preservar escolas fato da coexistência do ensino público com o ensino 4. a mais elitizadas – ainda que ultra minoritárias -, com privado. Enquanto continuarem se expandindo com 5. a vistas a justificar as medidas punitivas ao conjunto recursos públicos, como é o caso do conglomerado 6. a do magistério. As políticas de bônus, gratificações, Kroton/Anhanguera, não haverá verbas para o ensino 7. a avaliações externas formam um conjunto orquestrado público. Apenas a defesa intransigente do fim do ensino 8. a para cercar individualmente os trabalhadores da privado, em todos os níveis, poderá garantir verbas 9. a educação, para que de mãos atadas pelos resultados para o ensino público. Não nos opomos, por princípio, 10. a ruins, não possam se levantar para reivindicar salário, a nenhum aumento de verbas para o ensino público, 11. apoiado nas mobilizações e greves dos trabalhadores, emprego e condições melhores de trabalho. 7. É impossível falar de política educacional sem mas estaremos omitindo a raiz do problema se não 13. a mencionar que ela, nos últimos dez anos, com a subida defendermos a estatização de toda rede privada sem 14. f do PT ao governo federal foi gestada e articulada indenização, um único sistema publico de ensino, em 15. f junto às direções burocráticas dos sindicatos dos todos os níveis, e controle desse sistema por aqueles 16. f trabalhadores da educação. A burocracia vê a conversa que estudam e trabalham. 17. f com o governo como conquista democrática. Os 9. Como resultado dessa crise educacional 18. f trabalhadores, por sua vez, ignoram que legitimando e da crise econômica que atinge todos os serviços, 19. f cada proposta, cada medida, há um burocrata que saiu temos visto greves e mais greves de trabalhadores da 20. f dos corredores das escolas para legislar junto ao patrão. educação. Resultam, de um lado, da defesa instintiva da 21. f Não é à toa que o presidente da CNTE e a presidente do classe em relação ao seu emprego e ao seu salário e, de 22. f maior sindicato de professores do Brasil, a APEOESP, outro, manifestam como as profundas contradições do 23. f estejam sempre em Brasília com o alto escalão do sistema escolar não estão mais sendo suportadas pelos 24. f Ministério da Educação. A presidente da APEOESP, trabalhadores. Desde 2008, greves em torno da Lei do 25. f inclusive, participa do Conselho Nacional de Educação Piso Nacional estouram por todo país. Os governos 26. e ratifica propostas absurdas como o parcelamento simplesmente não reconhecem a lei, não pagam o piso 27. f da jornada da Lei do Piso Nacional, proposta pelo e não aplicam a jornada menor. Alguns, como Tarso 28. f Ministro Mercadante. Não avançou, portanto, a crise Genro, do PT do Rio Grande do Sul, sequer ouve 29. f educacional apenas por vontade dos governos, mas por os professores; age com a truculência dos governos 30. f colaboração aberta de toda uma casta de burocratas burgueses e reage com a justiça para não cumprir a 31. f encastelados nos sindicatos dos trabalhadores. lei. Assim ocorre também em São Paulo, no Rio de 12. a 32. f 8. A campanha pelos 10% do PIB, encabeçada Janeiro, no Rio Grande do Norte e tantos outros estados 33. f por todas correntes que atuam no seio do magistério, que fossemos enumerar. Um salário de miséria que 34. desde as burocracias governistas até a esquerda centrista não atinge nem três salários mínimos e uma jornada 35. f mostra toda sua impotência quando o próprio governo estafante de 40 horas é o que tem reservado a maior 36. f assume que a bandeira é legítima, mas impraticável na parte dos mais de 2 milhões de docentes pelo país. A 37. f atual conjuntura, com o orçamento atual (estrangulado resistência coletiva que representa a greve é, em geral, 38. f pelo pagamento dos juros da dívida). Aceito no discurso quebrada pelos sindicatos locais. Nem sequer é possível 39. f pelo governo, o aumento de verbas pode aparecer na falar da CNTE que não dá nenhum apoio material ou 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 15 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a militante para potencializar as greves e tirá-las do Membros de sindicatos filiados à CNTE compõem 2. a isolamento. A CNTE não trabalhou e não trabalha pela o Conselho Nacional de Educação, organismo que 3. a unidade de todos os grevistas. Na maioria das vezes, elabora as diretrizes da educação de acordo com a 4. a ignora o movimento, esperando que seja esfacelado, estratégia do governo e dos organismos financeiros 5. a como na recente greve dos professores municipais internacionais. O sindicalismo orgânico e estatizado 6. a do Rio de Janeiro. Sem direções revolucionárias, os está em contradição com as necessidades do ensino 7. a poderosos movimentos grevistas são vencidos pelos e dos trabalhadores da educação. Assim, o congresso 8. a governos. deve votar a independência política e organizativa da 9. a CNTE em relação ao Estado e ao governo do PT. 10. A Corrente Proletária intervém no seio 10. a do professorado defendendo o programa da classe A CNTE não foi capaz de ser um organismo operária para a transformação da sociedade capitalista centralizador das lutas nacionais dos trabalhadores da 12. a em socialista. Parte das reivindicações transitórias, educação. Trata as greves nos estados e municípios 13. a combinando as exigências imediatas com a estratégia como casos isolados e de responsabilidade unicamente 14. f da revolução social. Apoia-se nos interesses gerais da dos sindicatos locais. Inviabiliza, assim, a força coletiva 15. f classe, nos métodos de ação direta e na unidade do dos educadores para enfrentar de conjunto a política 16. f professorado com o proletariado e setores explorados. governamental, que é a mesma por todo o País. 11. 17. f 11. O objetivo da educação não é somente Uma Confederação que não arma a resistência 18. f ensinar a ler e escrever, mas sim conhecer a realidade. dos explorados só pode servir de aparelho para 19. f Na escola há uma intensa propaganda dos órgãos os burocratas e correia de transmissão da reforma 20. f governamentais de que é preciso torná-la mais ativa, privatista da educação. Não por acaso, apoia o PNE, o 21. f para que possa atrair as crianças e jovens. Por isso, não ensino a distância e toda legislação antitrabalhadora do 22. f faltam projetos sobre a situação dos bairros e cidades, governo PT/PMDB. Sequer faz campanha contra a lei 23. f as festas populares e outros tantos ligados à população anti-greve e as multas contra os sindicatos. 24. f local. Mesmo assim, os problemas de evasão, de O congresso deve rechaçar a política da burocracia 25. f descaso com o ensino e de indisciplina são cada vez da CNTE e aprovar uma CNTE para enfrentar de 26. mais frequentes. O que mostra que a raiz dos problemas conjunto as medidas destruidoras da educação gratuita, 27. f que aparecem nas escolas se encontra fora dela. Está entre elas as que impõem as avaliações institucionais. 28. f na sociedade, em sua base material. Transformar a 29. f educação significa, portanto, transformar a sociedade 30. f capitalista. O conhecimento da realidade implica atuar 1. A opressão e a discriminação são marcas de 31. f sobre ela para modificá-la. O que só pode se realizar por toda sociedade de classes. No capitalismo moribundo 32. f meio da combinação entre a escola e a produção social de nosso século, velhas chagas da opressão voltam a se 33. f (unidade entre o fazer e o pensar; teoria e prática). Está abrir. As políticas ditas “inclusivas”, que se gestaram 34. aí por que a educação é um problema político e não a partir da década de 70 e ganharam forma em leis 35. f pedagógico e administrativo. nas décadas de 80, 90 e 2000 comprovam que são impotentes para responder à raiz do problema, que é a 36. f 37. f Políticas Permanentes Balanço Politico opressão de classe, que é a divisão social do trabalho, 38. f Um dos grandes obstáculos da CNTE é ter uma 39. f direção vinculada organicamente ao governo do PT. 16 que é a exploração da força de trabalho da maioria por uma minoria parasitária. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 2. Há setores historicamente afastados da escola Por um lado, nelas é visível como se manifesta a 2. a de classe. As pessoas que nascem com necessidades exploração da força de trabalho e a divisão social do 3. a educacionais especiais foram sendo alijadas do direito trabalho. Jogadas no mercado capitalista, recebem 4. a à educação em todos os níveis. Mas não somente elas, baixos salários e são vítimas de todo tipo de assédio; 5. a os negros e a juventude mais pobre também o foram. prisioneiras da família são responsáveis pela casa e 6. a Os governos pressionados por demandas desses setores “educação” dos filhos. O capitalismo criou a condição 7. a criaram políticas ditas “inclusivas” para amenizar para a libertação da mulher, permitindo que se 8. a o problema. Chamam a escola de hoje de escola integrasse ao trabalho coletivo da sociedade, no entanto 9. a “inclusiva”, pois aceita a matrícula de todos. Na prática, a sua emancipação passa pela destruição da sociedade 10. a esses setores excluídos continuam a ser excluídos, de classes, que elimina também a forma familiar, que 11. entretanto agora o são no interior da própria escola. A preserva a divisão sexual do trabalho. Toda luta pelo 12. a não discriminação no acesso não garante a permanência, fim à violência e opressão contra a mulher deve ser 13. a pois a nossa escola continua sendo a velha escola de defendida, mas não são leis que garantirão o fim dessa 14. f classe que seleciona os “melhores” para o mercado de situação. Como trabalhadoras, as mulheres devem se 15. f trabalho e este não é nada “inclusivo”. É um mercado unir ao conjunto da classe operária e lutar pelo fim da 16. f altamente competitivo, onde prevalece o desemprego sociedade de classe, pelo fim da exploração da minoria 17. f e a desvalorização da força de trabalho. Reconhecer em relação à maioria. As mobilizações das trabalhadoras 18. f o direito aos alunos com necessidades educacionais se chocam com os pilares da sociedade burguesa, 19. f especiais passa também por defender a contratação de no entanto se se circunscritas às lutas “feministas” 20. f mais profissionais para as escolas, defender uma única padeceram diante do poder do capital e da ideologia 21. f jornada de trabalho para os docentes com um salário dominante, que “liberta” algumas mulheres e mantém a 22. f mínimo vital (em torno de R$ 4000,00), defender uma maioria absoluta sobre a condição de submissão diante 23. f jornada de trabalho menor, com a divisão das aulas do trabalho e da família. 24. f entre todos aptos ao trabalho, defender salas de aulas 4. A opressão aos negros também está 25. f com menos alunos e a construção de mais escolas, etc. ligada à sociedade de classes, particularmente, à 26. Desvincular essas questões do problema da “inclusão” sociedade capitalista em sua etapa comercial. A base 27. f dos alunos com necessidades educacionais especiais é da acumulação primitiva de capital em nosso país 28. f preservar a exclusão com o agravante de passar a ideia historicamente está vinculada à exploração da mão de 29. f de que é realmente possível uma escola inclusiva no obra escrava africana. A opressão aos negros decorre 30. f interior do capitalismo. diretamente da exploração econômica. Foram e são os 1. a 31. f 3. A separação entre os tipos de opressões trabalhadores com menor renda e piores condições de 32. f que sofrem as pessoas é apenas formal e não real. A existência. A cadeia da exploração nunca foi rompida. 33. f base de toda opressão está na exploração da força de Politicas de “inclusão”, como cotas, não respondem 34. trabalho pelo mercado capitalista e na divisão social do ao problema geral, mas a particularidades. Romper 35. f trabalho cuja base é a propriedade privada dos meios com a opressão à maioria negra corresponde romper 36. f de produção. Dessa infraestrutura, nascem todos os com a exploração à maioria oprimida, de que fazem 37. f tipos de opressões e mutilações que os indivíduos, parte os negros. Portanto, também corresponde à luta 38. f pertencentes a classes sociais definidas, podem sofrer. contra a opressão a defesa do fim do modo de produção 39. f A discriminação às mulheres reflete essa base material. capitalista. Este é o caminho estratégico que colocará 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 17 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a um fim à opressão aos negros. Afirmar a estratégia de os países atrasados. 2. a combate ao capitalismo e sua história de exploração, 3. Defesa do emprego e salário por meio da 3. a não nos faz negar a luta pela igualdade de direitos, ação direta das massas. Fim da sangria das economias 4. a considerando o histórico de desigualdade. Porém, é nacionais, a partir do rompimento dos acordos e pacotes 5. a necessário se basear na ação direta. com os organismos imperialistas. 5. Reconhecidamente a opressão em relação 4. Organizar as lutas sob a bandeira do governo 7. a aos homossexuais deriva da condição histórica da operário e camponês. Pela Revolução Proletária 8. a propriedade privada. A união entre pessoas do mesmo Mundial! 6. a 9. a sexo foi condenada historicamente pela questão da 10. a herança e da perpetuação do núcleo familiar, célula Frente à conjuntura nacional, devemos aprovar: da sociedade de classe. Preserva-se a opressão aos 1. Fim da flexibilização do trabalho, das leis 12. a homossexuais pela existência da propriedade privada antigreve e das investidas contra a previdência dos 13. a e pela necessidade ideológica de separar os indivíduos trabalhadores. 11. 14. f das classes a que pertencem. O movimento LGBT 2. Contra a inflação, defesa da Escala Móvel 15. f ignora a base material da opressão e, em sua maioria, de Reajuste; contra o desemprego, defesa da Escala 16. f rejeita as bandeiras gerais. Esse isolamento é imposto Móvel das Horas de Trabalho (divisão das horas de 17. f pela ideologia dominante e o movimento o reproduz. trabalho entre todos aptos); contra o salário de miséria 18. f A violência contra homossexuais é cotidiana e a luta dos governos e capitalistas, defesa do Salário Mínimo 19. f contra ela também o deve ser. Mas não será o Estado Vital (defendido e aprovado em assembleia dos 20. f burguês obscurantista, em cujo seio sobrevive todos os trabalhadores, que está em torno de R$ 4000,00). 21. f tipos de seitas religiosas, que protegerá a livre expressão 3. Contra a destruição de serviços públicos, defesa 22. f da sexualidade. É um erro apostar no parlamento. A da Estatização dos Sistema de Saúde, de Educação e de 23. f Comissão dos Direitos Humanos é uma prova disso. O Transporte, sob controle dos trabalhadores. 24. f pastor que a dirige hoje não deixa margem de dúvida 25. f que desse antro corrompido não sairão conquistas para 26. os homossexuais. Apenas a luta coletiva e também 5. Combate à lei antigreve e defesa do direito 27. f unificada com os demais trabalhadores poderá arrancar irrestrito de manifestações e greves. Nada de pagar 28. f leis de preservação imediata da vida. Apenas a luta multas aos governos e Justiça burguesas 29. f contra a sociedade de classe, a luta pelo comunismo 30. f acabará definitivamente com a opressão a todas Educacional 31. f minorias. Responder à crise da educação, lutando: 4. Fim de todos processos políticos. Fim da repressão aos movimentos. a) Por um único sistema de ensino, gratuito, 32. f 33. f Plano de Lutas estatal, laico e vinculado à produção social. Essa 34. Diante da conjuntura internacional, devemos bandeira implica a luta contra a privatização e a 35. f aprovar: existência da rede particular (seja ela estritamente 36. f 1. Derrubada de todas as reformas destruidoras privada ou religiosa). Implica a expropriação, sem 37. f de direitos e empregos, impostas pelo imperialismo. indenização, de todo ensino privado. Implica colocar 38. f 2. Autodeterminação de todos os povos. Fim da a educação sob o controle de quem trabalha e estuda. 39. f intervenção da ONU e dos países imperialistas sobre Implica eliminar das escolas a educação obscurantista, 18 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a proveniente da religião. E implica estabelecer o elo da é excluída porque não pode permanecer o dia todo na 2. a escola científica, resultante da combinação da educação escola). É falaciosa porque cria uma expectativa de 3. a com a produção social. Trata-se de uma reivindicação que se trata de uma escola de “qualidade” porque tem 4. a democrática porque garante o acesso a todos, incluindo laboratórios, oficinas e projetos. Na realidade, é um 5. a no ensino superior, altamente elitizado. mecanismo do governo para expandir a privatização, a 6. a terceirização e o ensino concorrencial. b) Pelo salário mínimo vital e pela escala móvel 7. a de reajuste. Essa bandeira é a da defesa da vida dos c) Pelo fim da municipalização e as parcerias 8. a trabalhadores da educação. Isso porque permite público-privadas. Os resultados da municipalização 9. a manter a família sem precisar recorrer a mais de um foram nefastos. Trouxe fechamento de escolas, turnos, 10. a emprego. Permite a unidade com todos os oprimidos, salários diferenciados, aumento das parcerias e outras 11. que sobrevivem com o salário de fome do governo. tantas consequências. Sequer serviu para elevar os 12. a E a cada vez que sobe o custo de vida, o salário é índices de aprendizagem. É necessário implementar a 13. a automaticamente corrigido. bandeira democrática do sistema único – uma só rede 14. f c) Pela redução da jornada por meio da escala de ensino gratuita. 15. f móvel das horas de trabalho. A Lei do Piso criou uma d) Fim da farsa dos concursos públicos, que só 16. f jornada um pouco menor aos professores, mas não trazem demissão. Estabilidade a todos os contratados, 17. f é capaz de garantir o emprego a todos. Milhares de independente do tempo de serviço. 18. f professores estão sem trabalho ou subempregados. A 19. f bandeira da escala móvel das horas é a que divide as 20. f horas de trabalho entre todos que estão aptos a ensinar. 21. f Essa é uma resposta ao desemprego, ao subemprego 22. f e aos concursos, que são discriminatórios (porque 23. f emprega uma parcela e joga na amargura a maioria). Política Sindical a) Independência da CNTE/CUT em relação ao Estado e aos governos; b) A unidade dos trabalhadores através da luta pelas reivindicações de emprego e salário. Contra o divisionismo sindical. Por uma única Central, classista 24. f d) Pela defesa da escola vinculada à produção 25. f social. Nossa defesa para as crianças e a juventude deve 26. considerar que nenhuma deva ficar fora da escola e que c) Democracia sindical (respeito à decisão das 27. f todas possam ter um emprego que seja compatível com assembleias e por congressos de base, etc.). Rejeição 28. f o estudo. A bandeira a ser defendida é a de “4 horas na da política de conciliação de classes da diretoria da 29. f produção e o restante no estudo e lazer”. CNTE; d) Os métodos da ação direta (passeatas, 30. f 31. f e democrática; Responder às medidas antieducação, lutando: manifestações, greves, piquetes, etc.) contra a 32. f a) Pelo fim de todas as leis que dividem o 33. f professorado, entre elas a prova de mérito, o estágio 34. probatório, as diferentes formas de contratos, os 35. f salários diferenciados, etc. Levantar a reivindicação da 36. f estabilidade a todos e do trabalho igual, salario igual. colaboração da CUT/CNTE com o governo federal. Políticas permanentes a) Garantir escola a todos, independente das condições físicas ou mentais dos educandos, exigindo 37. f b) Pelo fim da escola de tempo integral. Por ser menos alunos por salas, mais profissionais da educação 38. f discriminatória e falaciosa. O ensino médio integral é nas escolas e melhores condições de trabalho e ensino; 39. f o exemplo da discriminação (uma parte da juventude b) Fim de toda exploração, opressão e violência 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 19 Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a às mulheres; fim de toda legislação discriminatória; base tem até 40 mil sócios, poderá indicar apenas 3 2. a trabalho igual, salário igual; representantes de base e se tiver mais de 60 mil filiados, 3. a caso, por exemplo, da APEOESP, o maior sindicato do c) Fim de toda exploração e violência sobre os 4. a negros; país, apenas mais 5 representantes. Em suma, o CNE 5. a d) Combater a opressão e a violência contra os que poderia ser um instrumento de participação maior, 6. a homossexuais, a partir dos métodos da ação direta; torna-se um apêndice da Diretoria Executiva e da casta 7. a impor por meio da luta os mesmos direitos a todos, burocrática dos sindicatos de base. Também por essa 8. a independente da orientação sexual. razão, a CNTE inexiste para os mais de 2 milhões de 9. a trabalhadores da educação do país. e) Fim da sociedade de classes por meio da 10. a Revolução Proletária; luta pelo comunismo para acabar 11. com todo tipo de exploração, violência e opressão. 3. A eleição da Diretoria Executiva ocorre no próprio Congresso e segue as orientações da CUT, 12. a que prevê corte para que as chapas de oposição não 13. a Estatuto possam integrar a diretoria. Em geral, é exigido mais de 14. f 1. Como não poderia deixar de ser, o Estatuto 20% das chapas opositoras para comporem a direção 15. f da CNTE reflete as concepções e os métodos da da entidade. Como se vê, preserva-se o poder por meio 16. f burocracia que o dirige. Todo seu palavreado em torno da mutilação da democracia sindical. A não existência 17. f da “educação de boa qualidade”, de “direito do povo”, da oposição no interior da CNTE deixa os burocratas 18. f de “soberania nacional” expressa uma visão de que a cutistas de mãos livres para agir. 19. f educação pode, por si só, transformar a nação, cabe 4. Qualquer alteração da organização sindical, 20. f apenas aos “agentes públicos” se conscientizarem materializada no Estatuto, deve se assentar na 21. f dessa tarefa. À Confederação cabe apenas “articular” e democracia operária, que é expressão da tradição mais 22. f “fomentar” os debates e as lutas em torno de melhorias. avançada da democracia dos trabalhadores. Por isso, 23. f Fundado sob essa concepção, o Estatuto alimenta a para a Corrente Proletária na Educação, o Estatuto 24. f ilusão de uma educação “libertadora”. Inverte os polos deve expressar a concepção e os métodos proletários 25. f da relação e supõe que a educação liberta, mas como a no interior da entidade. 26. educação não é universal, nem voltada aos interesses 5. A concepção do Estatuto deve se pautar pela 27. f dos oprimidos, faz crer que todo o problema está em compreensão de que as lutas em defesa da educação 28. f pressionar os governos a darem prioridade à educação são mais um ponto de apoio para a transformação 29. f pública, quando a prioridade já foi estabelecida por da sociedade capitalista, e que somente a revolução 30. f todos os governos burgueses, que apoiam, incentivam socialista terá condições de garantir acesso universal 31. f e fazem crescer o ensino privado e destroem o pouco de ao ensino, em todos os níveis e libertar a educação das 32. f cultura e de instrução que as escolas poderiam oferecer. correntes do mercado e do Estado burguês. 33. f 2. Além do Congresso da entidade, que só 6. Quatro pilares devem estruturar formalmente 34. ocorre a cada três anos, a outra instância deliberativa o Estatuto, por representarem a democracia direta dos 35. f é o Conselho Nacional da Entidade (CNE), cuja trabalhadores e garantirem o máximo de participação e 36. f participação é ainda mais minoritária. Apenas a mobilização das bases dos trabalhadores da educação: 37. f diretoria executiva da entidade, mais os presidentes a) proporcionalidade direta em todas as instâncias, 38. f dos sindicatos é que podem intervir nessa instância. nada de cortes absurdos (como os 20% para as 39. f A representação por base é ínfima; se o sindicato de chapas comporem a diretoria), direito irrestrito de 20 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 1 Resoluções » 1. a manifestação de todas as correntes que atuam nas 2. a bases sindicais; b) realização regular das assembleias 3. a gerais, com representação das bases de todos os estados 4. a e municípios; c) revogabilidade dos mandatos quando 5. a as bases assim o exigem, sem o crivo da Diretoria 6. a Executiva; d) ampliação do Conselho Nacional de 7. a Entidades, com direito de participação de todas as 8. a oposições, sem restrição à fala. 9. a 10. a Assinam a resolução: 11. Denise Assis da Silva, Elisangela Lisboa 12. a Micheletti, Gustavo de Andrade Galbe, Mônica da 13. a Silva Rodrigues, Dilma Correa de Oliveira, Ana Eloisa 14. f Carvalho, Marcio da Silva Luiz, Danilo Gomes Guedes, 15. f Sérgio Augusto Brunetto, Douglas Ferreira de Paula, 16. f Carlos Bruno Pereira Andrade, Everton Santana Zuin, 17. f Isabella Pereira Raffaini, Perla Camila de Melo Martins, 18. f Patricia Artuza, Silvia Vilalva, Ana Raquel Cerchiari 19. f de Oliveira, 20. f Lombardo, Rafael Rocha dos Santos, Helena Teixeira 21. f Marchiori, Paulo Roberto de Souza Silva, Aparecido 22. f Siqueira Santos Rocha, Maria da Piedade Silva, Ana 23. f Maria Esteves, Ana Paula Batista, Antônio Sérgio 24. f Figueiredo, Carlos Napolitana, Cintia Lúcia Oliveira 25. f Freire, Cláudia Regina Moura, Elvira Rodrigues 26. Oliveira, Enio Tadeu de Freitas, Guilherme Redondo, 27. f Ivani Aparecida de Azevedo, Maria Aparecida Delfino 28. f da Silva, Maria Aparecida Macedo, Roberto Rosas 29. f de Moraes, Rosalinda Marlene do Nascimento, Silvia 30. f Carvalho dos Santos, Silvia Faveiro Ribeiro, Laercio 31. f Fedrigo. Ana Paula Carvalho, Hélio Henrique 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 21 Caderno 1. a 2. a 3. a 4. a 5. a de RESOLUÇÃO 2 Resoluções » Dilma, teme medidas que forcem os prefeitos e governadores a aplicarem integralmente a lei do piso! 6. a Conjuntura Internacional a política de guerra e pilhagem pelo mundo. A crise do sistema baseado na propriedade 7. a 8. a privada dos meios de produção avança com abalos sobre Conjuntura Nacional 9. a três continentes, colocando em cheque a soberania das O aumento de R$ 0,20 no transporte público, 10. a nações. A OIT anuncia 208 milhões de desempregados o gasto exorbitante da “Copa” e a repressão das PMs em 2014. A sobrevivência do sistema passa pela foram as faíscas que levaram a juventude e o povo 12. a extensão das guerras e da destruição das conquistas às ruas de todo país. Vários governadores e prefeitos 13. a dos direitos arrancadas em quase 200 anos de luta foram obrigados a reduzir a tarifa. Os R$ 0,20 abriram 14. f de classes. Mas o proletariado Americano e Europeu uma brecha para expor a necessidades do povo 15. f resiste e põem em crise a dominação do imperialismo. expressa em milhares de cartazes de cartolinas e faixas. 16. f A crise atual ressalta o esgotamento do Um claro recado foi dado às instituições do Estado – 17. f capitalismo, está na ordem do dia o avanço organizado legislativo, judiciário e governos: o povo quer muito 18. f da classe trabalhadora contra o poder dos capitalistas, mais e vê o abismo que existe entre a representação e os 19. f abrindo caminho ao socialismo expropriador. representados. No entanto, o movimento sem direção 11. 20. f Aos sindicatos, às confederações (como a CNTE) 21. f e às centrais sindicais (como a CUT) cabe defender o 22. f que foi conquistado e recusa a política de ajuste imposta A CUT, sindicatos e outras organizações 23. f pelo imperialismo e seus agentes (Governos, FMI, populares, demoraram para perceber a situação, 24. f Banco Mundial), mantendo a independência diante afogados que estão nos Fóruns, 25. f dessas instituições e suas armadilhas, ficando fora da Conselhos da dita “sociedade civil”, onde as demandas 26. governança e dos “consensos”, que como qualquer da juventude e dos trabalhadores são rebaixados pela 27. f ação de colaboração de classes, bloqueiam a luta. governabilidade e o lucro dos patrões. também deu espaço para provocadores da direita e seu discurso anti-partidos e sindicatos. Conferências e 28. f Em nosso continente, no Haiti, as massas Em junho, grandes mobilizações de massa 29. f oprimidas renovam a resistência contra o governo não tiveram as suas organizações no comando das 30. f títere de Martelly, sustentado nas tropas de ocupação manifestações. E foi por essa ausência que sobrou até 31. f da ONU. O 32º Congresso da CNTE deve exigir que espaço para a direita e aos saudosos da ditadura militar 32. f o governo Dilma atenda ao Senado haitiano, como se queimarem as bandeiras das organizações políticas e 33. f comprometeu o Presidente Mujica do Uruguai, e retire sindicais. 34. as tropas brasileiras da Minustah. Do mesmo modo, em Dilma deu um passo à frente ao propor um 35. f defesa da soberania e autodeterminação dos povos, é Plebiscito para uma Constituinte fazer uma Reforma 36. f preciso condenar a intervenção na Síria, com ou sem Política no país, o que abriria uma saída, pois esse 37. f a ONU, decidida pelo mesmo Obama que sustenta a Congresso não fará as mudanças inscritas nos milhares 38. f espionagem (NSA/CIA) sobre a presidente, mirando as de cartazes de cartolinas Brasil afora. A proposta foi 39. f reservas do pré-sal, uma diferença apenas de grau com bombardeada pelo PMDB, pelo STF, pela mídia e 22 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 2 Resoluções » 1. a pela oposição de direita (PSDB, DEM etc.), além da deve participar do Plebiscito Popular por uma 2. a Força Sindical, e da CSP-Conlutas do PSTU. Assim, Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, 3. a o Congresso controlado pelo PMDB gerou uma organizado pela CUT e o MST, para ajudar a dar voz 4. a contra-reforma eleitoral para 2016. As instituições ao povo. 5. a permanecem, mas 73% da população querem uma Política sindical Defendemos que a CNTE continue filiada e 6. a Constituinte (Data Folha 29/06/13). Em resposta às ruas, além do Plebiscito, Dilma fortaleça a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A 8. a propôs: as verbas para a mobilidade urbana, o “Mais CUT, fundada em 1983 a partir de uma onda de greves 9. a Médicos”, os royalties do petróleo para a Educação e que se chocou contra a ditadura militar e a estrutura 10. a a “estabilidade fiscal”, a qual se choca com as demais sindical oficial pelega no Brasil, segue sendo a principal 11. organização geral dos trabalhadores brasileiros, dos 7. a medidas, pois reafirma a ditadura do superávit primário setores público e privado, do campo e da cidade. 12. a para pagar a dívida. 13. a A CUT reforçou a luta em 2013 levantando uma Entretanto, no último período (dez anos de 14. f pauta de reivindicações junto com outras centrais e indo Governos do PT em coalizão), para além das entidades 15. f para a rua em 11 de julho. As mobilizações forçaram o que defendem a estrutura oficial pelega (imposto sindical 16. f recuo do PL 4330 da terceirização, mas não impediram e unicidade), que continuaram a existir (Força Sindical, 17. f o Leilão de Libra. Nova Central, UGT, CGTB), setores que estavam na 18. f Em defesa da nação, cabe à CNTE e à CUT CUT romperam em favor de outras organizações. Assim 19. f exigirem novos passos do governo Dilma: o fim da se formou a Conlutas, a Intersincal, que confundem o 20. f política de superávit primário (reservar para pagar papel do sindicato com o de partido político e racharam 21. f banqueiros e especuladores); a revogação da Lei de com a CUT acusando-a de “chapa branca”. No entanto, 22. f Responsabilidade Fiscal (garante pagamento da dívida as maiores greves e mobilizações ocorridas no mesmo 23. f e destrói os serviços públicos); a realização da Reforma período foram, lideradas pela CUT e suas entidades 24. f Agrária (paralisada pelos ruralistas da oposição e da filiadas, como a Marcha da Classe Trabalhadora, que 25. f base do governo Dilma); o uso do Pré-sal para recuperar em março de 2013, com sua pauta independente, levou 26. os serviços públicos, com a Petrobras 100% estatal; 50 mil trabalhadores à Brasília, apesar da sabotagem 27. f que a valorização do Salário Mínimo avance mais dos setores ligados à Conlutas, que a opuseram ao 28. f rápido. A CNTE deve combater qualquer “reforma” da calendário da educação. 29. f Previdência que ataque os direitos dos trabalhadores, Já a Corrente Sindical Classista (CSC), que havia 30. f deve exigir o Fim do Fator Previdenciário. Deve ingressado na CUT em 1991, diante da legalização 31. f lutar pela redução da jornada de trabalho para 40h das centrais sindicais (lamentavelmente acompanhada 32. f semanais sem reduzir salários; pelo direito de greve, da distribuição proporcional de recursos do Imposto 33. f pela Convenção 151 da OIT, que garante negociações Sindical para as centrais reconhecidas), decidiu romper 34. entre sindicatos de servidores e governos. A adoção de com a CUT e formar a CTB em 2007. 35. f uma data base nacional, não às mesas de negociações 36. f intermináveis. Esses rachas dividiram as organizações construídas pelos trabalhadores, a própria CUT 37. f Defender uma Constituinte significa compreender em primeiro lugar, em nome de organizações “de 38. f o papel da CNTE na luta de classes, agrupando os combativos” ou “revolucionários”, ou, no caso da CTB, 39. f trabalhadores em defesa das reivindicações. A CNTE correia de transmissão de um único ponto de vista (no 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 23 Caderno de RESOLUÇÃO 2 Resoluções » 1. a caso o da CSC, ligada ao PCdoB). 2. a Nenhuma das correntes que rompeu com a CUT 3. a foi expulsa da central ou obrigada a sair. Ao contrário, Política educacional A luta pelo Piso Nacional 4. a as portas da CUT continuam abertas para todos que A Lei do Piso Salarial Profissional Nacional 5. a nela queiram entrar, pois seus estatutos se definem por (PSPN) segue desrespeitada na maior parte do país 6. a regras democráticas e proporcionais de representação. em cada um de seus componentes (1/3 da jornada 7. a para trabalho extraclasse; reajuste anual; aplicação no A divisão prejudica os trabalhadores brasileiros. as início da carreira para professores com nível médio). 9. a Federações e as entidades de base. Na campanha salarial Aprovada em 2008, só em 2013 o STF define que os 10. a dos trabalhadores dos Correios de 2013, por exemplo, a governos devem pagar o piso desde 2011 e o Conselho 11. FINDECT (controlada pela CTB) convocou o início da Nacional de Educação reconhece o 1/3 das jornadas 12. a greve para o dia 12/09, enquanto a FENTECT (filiada para trabalho extra-classe. Em nossa opinião, a Lei 13. a à CUT) a convocou para o dia 18/09. A Conlutas 11738/08 (PSPN) deve ser aplicada integralmente. 8. a As disputas atravessam as Confederações, 14. f também convocou o dia 12 e não o dia 18 e atua para A situação se agrava com os novos ataques à Lei 15. f ter a sua própria federação. A federação dirigida pela do PSPN. O orçamento da educação se confronta com a 16. f CTB aceitou um acordo rebaixado, fez um dia de greve, queda de arrecadação, com a política de superávit, com 17. f o que possibilitou a ECT entrar com dissídio antes do a Lei de Responsabilidade Fiscal e com as desonerações 18. f dia 18! Contra as adversidades, a base da FENTECT para os patrões concedidas pelo Governo Dilma. Hoje 19. f fez 22 dias de greve, com 40% de adesão nacional, se chega a situações como a da cidade de Goiania (PE), 20. f combateu a precarização do plano de saúde e obteve onde houve Greve para a regularização do pagamento 21. f 8% de reajuste. dos salários (dividido em quatro parcelas!). Não se trata de uma exceção, as isenções fiscais têm esvaziado 22. f O divisionismo está na CNTE e sabota a luta 23. f pela aplicação do Piso Nacional. Os setores ligados 24. f à Conlutas chamam os defensores da Lei do Piso de Desde 2011 os Prefeitos e Governadores agem 25. f “pelegos” e “governistas”. Sempre combateram contra para limitar os aumentos anuais do piso à variação do 26. a luta pela aplicação do PSPN, mas hoje acusam a INPC, pressionam para que o PL 3.776/08 modifique 27. f CNTE de abrir mão do reajuste! Dessa forma justificam os reajustes previstos em Lei. Diante dessa realidade a 28. f a convocação de um Encontro Nacional da Educação CNTE propôs uma mudança de critério que garantisse 29. f em 2014 com aqueles que defendem a desfiliação da aumentos acima da inflação (INPC+50% do Custo 30. f CUT. A divisão da CNTE está em pauta. Aluno do FUNDEB dos 2 anos anteriores). O Governo 31. f A CNTE deve unificar a luta pelo piso 32. f nacionalmente, para evitar a disparidade nos combates, 33. f que dão espaço para o parcelamento da aplicação da lei 34. e a retirada da questão nas pautas. o Fundo de Participação dos Municípios. Dilma, infelizmente, omite-se sobre a aplicação da Lei do PSPN. As contradições se aprofundam: em 2013 o MEC reajustou o piso em 7,97%, rebaixando a estimativa de 35. f Para manter a CNTE na CUT é preciso uma crescimento do FUNDEB; já para 2014 se prevê um 36. f chapa para a diretoria que defenda a manutenção da aumento do FUNDEB que, segundo o próprio MEC, 37. f filiação da CNTE à CUT, a independência de classe resultará num reajuste de 19% do piso. Com isso o 38. f e as reivindicações dos trabalhadores em educação piso seria R$ 1.864,73 para os professores com Nível 39. f definidas em nosso congresso. Médio (e R$ 2797 considerando que a CNTE defende 24 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 2 Resoluções » 1. a 50% mais para professores com Nível Superior), com democracia, pois os “delegados”, diversamente do 2. a para jornadas de até 40h. À revelia das necessidades que supomos na democracia sindical, prestam contas a 3. a da educação pública, os governadores e prefeitos seus chefes e não a seus eleitores. Assim a “sociedade” (onde cabem todos, 4. a manobram por um reajuste de 7,7% para 2014. Diante das oscilações da arrecadação, é explorados e exploradores, trabalhadores e patrões, 6. a necessário lutar pela ampliação das fontes de ONGs e associações de moradores) é convidada a 7. a financiamento. É preciso obter um financiamento opinar sobre um projeto emanado do Ministério da 8. a que parta do Custo Aluno Qualidade inicial (CAQi), Educação, e as propostas que tiverem “consenso” ou 9. a garantindo a aplicação da Lei do PSPN e a valorização maioria devem ser consideradas. Mas afinal, qual é o 10. a salarial prevista na Meta 17 do PNE (equiparação consenso é possível, por exemplo, com os donos de 11. escolas privadas sobre a defesa da Educação Pública 5. a salarial com profissionais de outras categorias com 12. a nível superior). e gratuita para todos? Assim, ficamos prisioneiros 13. a de fóruns institucionais que “opinam” e adotam 14. f CONAEs: cogestão de armadilhas no PNE e muro “diretrizes” que o governo pode pegar ou largar, o que 15. f de contenção das lutas! equivale a neutralizar nossa ação sindical mais incisiva 16. f O PNE tramita desde 2010, seu conteúdo e metas em defesa do que os trabalhadores julgam necessário. 17. f têm origens na 1ª Conferência Nacional de Educação Ora, a chamada “sociedade civil”, como sabemos, é 18. f (CONAE). O que é avanço para a educação pública - uma abstração, a sociedade real é dividida em classes 19. f como a ampliação de investimentos para 10% do PIB, sociais com interesses antagônicos, inclusive, é claro, 20. f ou a aplicação da Lei do PSPN -, está emperrado; quando se discute o tema Educação. 21. f enquanto o que é retrocesso, como o PRONATEC, Bancos como o Itaú criam ONGs para intervirem 22. f modelo expandido do ProUni para o Ensino Técnico, na CONAE, para defenderem os seus interesses na 23. f está em pleno vapor repassando verbas públicas para Educação, interferindo em assuntos pedagógicos 24. f setores privados. Corretamente, a CNTE em nota inclusive. Tomemos o exemplo das Organizações 25. f de 2011, afirmou: “não podemos concordar com Sociais, instituições religiosas e Parcerias Público- 26. uma possível extensão do ProUni ao ensino médio Privadas do Município de São Paulo que, - à revelia 27. f profissionalizante, uma vez que compete ao Estado do que foi definido na Conferência Municipal de 28. f garantir a oferta pública para a universalização das 2010, posição vitoriosa dos trabalhadores contra a 29. f matrículas da pré-escola ao ensino médio”. privatização – se ampliam também no Governo Haddad 30. f Façamos um balanço crítico das CONAEs. do PT. Contra as deliberações da CONAE pelo fim dos 31. f Desde a 1ª CONAE a CNTE e as entidades filiadas convênios privados, hoje, mais de 50% da educação 32. f se embrenham num sem número de fóruns no meio infantil (creches) está nas mãos de privados. 33. f de ONGs, instituições privadas de ensino (também Diante das deformações da CONAE, seria muito 34. representantes de multinacionais da educação) e mais eficiente e positivo que, uma vez definidas nos 35. f autoridades governamentais. Com a 2ª CONAE, congressos e instâncias sindicais as prioridades que a 36. f nas rodadas regionais e municipais, as distorções CNTE considera necessário traduzir em reivindicações, 37. f se intensificaram na impulsão da participação de que estas fossem dirigidas diretamente aos governos 38. f “delegados” ligados aos governos, um verdadeiro “vai (estadual, municipal e federal) a partir de uma 39. f quem quer”, reforçando que esses fóruns nada têm a ver mobilização de nossas bases em sua defesa. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 25 Caderno de RESOLUÇÃO 2 Resoluções » A aplicação da Lei do PSPN , os 10% do PIB Rômulo Jerri Carlos de Andrade, Maria José (Zezé) 2. a para o financiamento da educação pública, a renda Morais; Mato Grosso: SINTEP: Robinson Cireia, 3. a do petróleo recuperar os serviços públicos e não Marivone Souza; Brasília: SINPRO-DF: Magnete 4. a para os interesses privados (o que se agrava com os Barbosa Guimarães; São Paulo: SINPEEM: Nelson 5. a novos leilões de poços), as isenções fiscais, a LRF e Luiz Gimenes Galvão, Rogério Tadeu Gonçalves 6. a o superávit fiscal, não serão resolvidos em CONAES. Marinelli, Alani 7. a Então, é necessário reafirmar: a CONAE não serve Donizete da Silva, Juliano Godoi, Luciana Zucchi, 8. a aos trabalhadores, portanto não devemos tomar parte Carin Moraes Sanches, Solange Souza Santos, Teresa 9. a nesses fóruns. Mendes, Bruno Lippi, Raquel Foresti, Davi do Carmo 10. a Ferreira, Valná Widniczek; APEOESP: José Reinaldo 1. a Stefania Widniczek, Francisco Presidente Dilma, tome medidas para que de Matos Lima, Adir de Almeida Mota; Santa Catarina: 12. a Governadores e Prefeitos apliquem a Lei do Piso! SINTE: Jane Acácia Hertal Becker, Pablo Ferreira, 13. a O 32º Congresso da CNTE deve tomar posição Eder Luiz da Silva Duarte, Osvaldo de França, Jardel 14. f pelo boicote às Avaliações Institucionais (Prova Brasil Cardoso da Rosa; Paraná: APP: Déborah Fait, Maiby 15. f e similares). As avaliações externas buscam jogar nas Balbinot, Marina de Godoy, Ney Jansem; SISMMAR: 16. f costas do trabalhador em Educação a responsabilidade Alfeo Luiz Cappellari - (Cafu), Ana Paula Vansuita; Rio 17. f pelas mazelas do sistema público de ensino. Não é Grande do Sul: CPERS: Luiz Henrique Becker, Cassio 18. f por falta de dados que os governos não resolvem os Ritter, Jorge Lothar von Mühlen, Anderson Goulart. 19. f problemas da educação. As provas servem apenas 20. f para a retirada de direitos e ampliação da privatização. 21. f Nosso congresso deve também assumir o combate 22. f contra os convênios privados nas creches, além da 23. f defesa do direito a férias e recesso coletivos para todos 24. f os trabalhadores da educação infantil. 11. 25. f A CUT e a CNTE devem se dirigir ao Governo 26. Dilma para exigir medidas que force os prefeitos e 27. f governadores a aplicarem integralmente a Lei do 28. f PSPN, como o condicionamento de qualquer repasse 29. f do FUNDEB à apresentação da prestação de contas. 30. f Dilma deve responsabilizar legalmente prefeitos e 31. f governadores que desrespeitam a Lei do Piso Salarial 32. f Profissional Nacional do Magistério! 33. f 34. Assinam a resolução: 35. f Alagoas: SINTEAL: Emmanuel Wellington 36. f Miranda, Samuel Ferreira; Pernambuco: SIMPERE: 37. f Jacqueline Dornelas, Bianca Lima, Eliane Gonçalves, 38. f Socorro Jaeger; Ceará: SINDIUTE: Cleide Martins, 39. f Socorro Monteiro, Maria do Livramento Rios Osterno, 26 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 3 Resoluções » SINDICATO APEOC\CUT\CNTE – CEARÁ 1. a 2. a Nacionalização da carreira dos profissionais da educação: pela retomada da lei do piso em sua base original. 3. a 4. a 5. a INTRODUÇÃO “assegurar, no prazo de dois anos, a existência de A qualidade da educação está diretamente planos de carreira para os profissionais da educação 7. a relacionada à Valorização dos Profissionais da básica e superior pública de todos os sistemas de 8. a Educação. É preciso garantir que o tema da valorização ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da 9. a profissional seja afirmado sob a lógica da unidade educação básica pública, tomar como referência o piso 10. a nacional no âmbito do federalismo cooperativo salarial nacional profissional, definido em lei federal, brasileiro preconizado no artigo 23 da Constituição nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição 6. a 11. 12. a Federal (CF). Federal.” (Senado Federal, PLC 103/2013). 13. a O Sistema Nacional de Educação, vislumbrado Nas metas mencionadas, o tema da valorização 14. f no artigo 214 da CF, projetado objetivamente na profissional está diretamente vinculado à qualificação 15. f forma do planejamento decenal de Estado definido da remuneração e da carreira profissional, articulados 16. f no Plano Nacional de Educação (PNE) é a forma na com a formação inicial e continuada. Apesar 17. f qual a engenharia institucional da educação nacional da relevância do conteúdo expresso nas metas, 18. f deve efetivar os mecanismos para a valorização dos constatamos a existência de lacunas nas estratégias que 19. f Profissionais da educação. visam consolidá-las, pois não está definido um arranjo 20. f A concepção sistêmica da valorização institucional com articulação federativa objetiva para a 21. f profissional deve definir uma conquista decisiva para os 22. f trabalhadores em educação com a aprovação da Lei do Consideramos que é preciso reforçar a mobilização 23. f Piso Salarial Profissional Nacional (Lei 11.738/2008) social, o diálogo institucional e a luta político-sindical no 24. f que explicita um processo de nacionalização da país para avançar no necessário processo de nacionalização 25. f qualificação da remuneração mínima dos profissionais da valorização dos profissionais da educação. A articulação 26. da educação. expressa no novo PNE entre a qualificação da remuneração efetivação das propostas. 27. f O novo Plano Nacional de Educação (PLC profissional, tomando como referência o Piso Salarial 28. f 103/2013), em tramitação no Senado Federal, trata Profissional Nacional e as Diretrizes Nacionais de Carreira 29. f especificamente do tema da valorização profissional precisam ser objetivamente delineadas, em lei federal, que 30. f nas metas 17 e 18. Tais metas expressam duas questões expresse um mecanismo institucional de Nacionalização 31. f cruciais para garantir avanços no atual marco legal da Carreira dos Profissionais da Educação. 32. f e nas políticas públicas que versam sobre a política 33. f educacional no âmbito da valorização profissional. Compreendemos que um dos caminhos para o aprofundamento do debate sobre a Nacionalização da A meta 17 define que se deve “valorizar os Carreira pode ser definido no âmbito das definições do 35. f profissionais do magistério das redes públicas de Custo Aluno-Qualidade, expresso na meta 20 do novo 36. f educação básica de forma a equiparar seu rendimento PNE, a partir da consideração de elementos inerentes 37. f médio ao dos demais profissionais com escolaridade à valorização profissional dentre os insumos mínimos 38. f equivalente, até o final do sexto ano de vigência para a garantia do Direito à Educação com qualidade 39. f deste PNE”; e a meta 18 garante a necessidade de socialmente referenciada. 34. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 27 Caderno de RESOLUÇÃO 3 Resoluções » 1. a NACIONALIZAÇÃO DA CARREIRA DOS ser fruto da regulamentação, em lei complementar, do 2. a PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO artigo 206 da Constituição Federal, parágrafo único A Nacionalização da Carreira dos Profissionais No próximo decênio, o novo PNE deve ser 4. a da Educação significa a retomada da Lei do Piso em sua o eixo articulador do Sistema Nacional de Educação 5. a base original, ou seja, a garantia da unidade nacional com garantia de financiamento vinculado ao percentual 6. a sobre o tema da valorização profissional articulando do Produto Interno Bruto (PIB), conforme determina 7. a a qualificação da remuneração inicial, os referenciais o artigo 214 da CF. O debate sobre a engenharia 8. a mínimos de carreira expressos nas diretrizes nacionais institucional que deve viabilizar a efetivação da 9. a de carreira, a política nacional de formação inicial Nacionalização da Carreira dos Profissionais da 10. a e continuada e o arranjo institucional específico de Educação deve ser empreendido no âmbito do novo financiamento para a valorização profissional definidos PNE, garantindo objetivamente a concretização das 3. a 11. 12. a nacionalmente. É preciso garantir que a Valorização estratégicas expressas nas metas 17 e 18 do plano. 13. a dos Profissionais da Educação assuma um viés unitário Consideramos que a proposta da Nacionalização 14. f expresso na nacionalização, com caráter imperativo da Carreira dos Profissionais da Educação deve ser 15. f definido na legislação federal. pautada no 32º Congresso da CNTE para garantir 16. f A defesa da Nacionalização da Carreira uma verdadeira mobilização nacional sobre o tema 17. f profissional significa apontar para uma pauta de da Valorização dos Profissionais da Educação com 18. f mobilização nacional que exija a definição clara uma política articulada nacionalmente sob a égide 19. f do federalismo cooperativo brasileiro em matéria do sistema nacional de educação, integrando o Piso 20. f educacional, exatamente para garantir unidade nacional Salarial Profissional Nacional, as Diretrizes Nacionais 21. f sobre temas relevantes para a educação no horizonte da de Carreira, uma política nacional de formação inicial e 22. f própria estruturação do Sistema Nacional de Educação. continuada e uma política de financiamento específica 23. f A bandeira da Nacionalização da Carreira 24. f converge para o debate do Custo Aluno Qualidade 25. f (CAQ), pois a valorização dos profissionais da educação ROYALTIES PARA A QUALIDADE DA 26. deve ser um dos eixos que garantem a qualidade da EDUCAÇÃO: 27. f educação. para garantir a equalização da carreira em todo o país. A presente proposta assume o desafio de 28. f A proposta de Nacionalização da Carreira exige fomentar o debate sobre os caminhos necessários para 29. f uma definição clara no âmbito da legislação federal garantir que os recursos oriundos da Lei 12.858/2013, 30. f de dois pontos básicos: As Diretrizes Nacionais de provenientes da “parcela da participação no resultado 31. f Carreira, com princípios e referenciais mínimos e ou da compensação financeira pela exploração de 32. f obrigatórios para todo o país; e o Fundo Nacional de petróleo e gás natural, de que trata o § 1º do art. 20 33. f Equalização para financiar a qualificação da carreira da Constituição Federal” (Art. 1º - Lei 12858/2013), 34. dos Profissionais da Educação. destinados à educação, sejam potencializados na sua 35. f É preciso garantir que a Nacionalização da 36. f Carreira Profissional deva compreender a garantia de 37. f unidade nacional mínima e articulada do concurso O objetivo da proposta é vislumbrar um caminho 38. f público, piso profissional nacional, diretrizes nacionais imediato, em caráter transitório, para garantir que 39. f de carreira e formação inicial e continuada, devendo nos próximos anos exista uma definição institucional 28 eficiência, eficácia e efetividade para garantir o direito à educação pública de qualidade. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 3 Resoluções » 1. a no âmbito do atual marco legal brasileiro, mais documento e converge para o esforço nacional, em 2. a precisamente que versa sobre o financiamento da regime de colaboração, para garantir um financiamento 3. a educação, para garantir a Valorização dos Profissionais sob a égide dos padrões mínimos de qualidade com 4. a da Educação sob a égide de alguns referenciais básicos. vias a reduzir as desigualdades regionais. 5. a A proposta ora apresentada vislumbra um 6. a desdobramento na construção do caminho necessário, ROYALTIES DO PETRÓLEO + FUNDEB = 7. a definido no decorrer do próximo decênio, para efetivar Valorização dos Profissionais da 8. a as metas e estratégias previstas no novo Plano Nacional Educação. 9. a de Educação (PNE – PLC 103/2012) em tramitação no Considerando os avanços do FUNDEB na 10. a Senado Federal. A meta 20, que trata do financiamento definição da incorporação dos pressupostos elencados 11. educacional, visa ao cumprimento da determinação no presente documento e compreendendo a garantia 12. a constitucional do padrão mínimo de qualidade de novos recursos oriundos da exploração do petróleo 13. a educacional, com o mecanismo do Custo Aluno- para o financiamento da educação, definidos na Lei 14. f 12858/2013, apresentamos a seguinte proposta para o Qualidade inicial (CAQi). Plano de Lutas que deve compor o 32º Congresso da 15. f A presente proposta é definida no âmbito do 16. f atual marco legal brasileiro que versa sobre a educação 17. f nacional e sob a égide de quatro pressupostos básicos: 18. f I - garantir avanços na redução das desigualdades da Lei 12858/2013, concernentes à União, sejam 19. f regionais existentes no país, com garantias mínimas imediatamente destinados a ampliação dos recursos do 20. f de igualdade no acesso e permanência na escola, FUNDEB; 21. f garantindo a educação com um direito de todos e todas. 22. f (CF. Art. 205); II - definir o fundamental Controle Social legislação que define o FUNDEB, a saber, no tema da 23. f das políticas públicas educacionais, principalmente do Complementação da União (Seção II), para garantir 24. f financiamento da educação, à luz do princípio da Gestão que além do patamar mínimo estabelecido para sua 25. f Democrática (CF. Art. 206); III - identificar o papel inserção financeira no fundo, seja inserido um novo 26. estratégico da União no financiamento da educação ponto da complementação com os recursos advindos 27. f nacional, em regime de colaboração para equalizar da Lei 12858/2013. 28. f as oportunidades educacionais (CF. Art. 211); e IV - 29. f afirmar a necessária Valorização dos Profissionais da aportados no FUNDEB sejam integralmente destinados 30. f Educação, princípio constitucional permeado pela à Valorização dos Profissionais da Educação, com vias 31. f qualificação da remuneração, tomando como marco a efetivar a qualificação da remuneração e a carreira 32. f fundamental a “Lei do Piso” (Lei 11738/2008) e a profissional em todas as redes de ensino do país. 33. f carreira profissional, referenciada pela unidade das 34. diretrizes nacionais de carreira (CNE – Parecer No proposto, possui caráter transitório e deve ser um 35. f 9/2010). processo que consolide a construção do caminho CNTE: 1. 2. 3. 4. Garantir que os recursos advindos Estabelecer algumas modificações na Definir que os “novos recursos” Compreender que o caminho imediato 36. f Consideramos que no atual marco legal necessário para a materialização do CAQi como 37. f nacional, a forma como está estruturado o FUNDEB, mecanismo de financiamento primordial para efetivar 38. f conforme regulamentação na Lei 11.494/2007, dialoga as metas do PNE. 39. f com os quatro pressupostos elencados no presente 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Segundo as previsões de arrecadação de Royalties Educação 29 Caderno de RESOLUÇÃO 3 Resoluções » 1. a advindos da Lei 12.858/13, seriam esperados R$ 20,6 No quadro abaixo, nota-se claramente 2. a bilhões para o ano de 2020 (auge de arrecadação). (observando as células destacadas em cinza) a 3. a Julgou-se interessante fazer o exercício de destinação equalização de arrecadação entre 20 estados brasileiros 4. a de 75% (15,45 bilhões) deste valor para a Educação e também a diminuição das disparidades regionais, 5. a (conforme estabelecido pela Lei 12.858/13) e simular uma vez que o maior dos valores estaria a apenas 6. a os resultados no valor/aluno nacional do FUNDEB 29,5% do menor deles. Hoje, essa diferença encontra- 7. a nos moldes do proposto neste documento, ou seja, se em 64,4% havendo apenas 9 (nove) estados com 8. a que todos os recursos tivessem o mesmo objetivo da o mesmo valor/aluno anual. Em termos absolutos, 9. a Complementação da União: diminuir as disparidades saltaríamos de R$ 10,7 bilhões em Complementação 10. a regionais de arrecadação. da União para R$ 26,1 bilhões, suplementando e 11. melhorando substancialmente os eixos defendidos Assumindo este exercício, ter-se-ia o seguinte 12. a quadro de valor/aluno anual: 13. a 14. f 15. f 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. ESTADO RORAIMA ESPÍRITO SANTO SÃO PAULO AMAPÁ R.GRANDE DO SUL TOCANTINS DISTRITO FEDERAL SANTA CATARINA ACRE GOIÁS MATO GROSSO SUL SERGIPE RONDONIA RIO DE JANEIRO nesta argumentação. R$/ALUNO/ANO 3.652,72 3.204,99 3.151,52 3.123,31 2.907,29 2.879,73 2.863,62 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 ESTADO MINAS GERAIS RIO GRANDE DO NORTE PARANÁ MATO GROSSO ALAGOAS AMAZONAS BAHIA CEARÁ MARANHÃO PARÁ PARAÍBA PERNAMBUCO PIAUÍ Assinam a resolução: R$/ALUNO/ANO 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 2.821,17 Lúcia de Sousa, Nilson Caetano Alves, Josilma 27. f Anízio Santos de Melo, Elsa Pena Sales, Rodrigues Frota, Maria Dialeda Costa do Nascimento, 28. f Antonio Francisco de Sousa, Alessandro Sousa Regina Lúcia Silva Bezerra, Fernando Henrique 29. f Carvalho, Francisco Helano Paiva de Moura, Maria Rodrigues de Lima, Conceição de Maria Sousa Rocha 30. f Vilani de Alencar Queiroz, Francisca Izelda de Sousa Souto, Raimunda Cardoso de Sousa, José Ocleciano 31. f Lima, Josefa Lilá Costa Barroso, Maria da Conceição Marçal de Oliveira, Nagibe Nunes de Melo, José Leorne 32. f Albuquerque, Helder Nogueira Andrade, Magnólia Nogueira, Meirelane Alves de Lima, Maria Oliveira 33. f Leite de Araújo, Ana Cristina Batista de Araújo Sousa, Braga, Kelma Cristina Gomes, Laura Cavalcante Leite, 34. Maria Lizimar Teixeira Felipe, Maria de Fátima do Paulo José Freitas de Oliveira, Gardênia Gouveia 35. f Nascimento Teixeira, Neudson Carvalho das Chagas, Sousa Farias, Rita Jane Pinheiro Pacheco, Roberto 36. f José Viana da Silva, Jovelina Galdino da Conceição, Sérgio Leonílio de Moraes, Ítalo Hide Freire Guerreiro, 37. f Vicente Silvério do Nascimento, Valdenir Carneiro Maurício Manoel Santos da Silva, Getúlio Marcos da 38. f Barros, Ana Lúcia Medeiros de Abreu, Marcos Fábio Silva, Alfredo Carlos Vasconcelos. 39. f Matos da Costa, Terezinha de Jesus dos Santos, Ana 30 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a 4. a de RESOLUÇÃO 4 Resoluções » CAMPANHA PELA ANULAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA A Reforma da Previdência, aprovada em 2003, A CNTE e seus sindicatos filiados farão parte 5. a significou um profundo ataque a classe trabalhadora da campanha política pela Anulação da Reforma 6. a do nosso país, direitos adquiridos e consagrados foram da Previdência aprovada em 2003, que conforme a 7. a profundamente atacados, entre eles: ampliação do sentença do STF foi aprovada com a compra de votos 8. a tempo de serviço para servidores públicos; redução de deputados; - Confecção de Cartaz, Cartilhas, Atos 9. a de aposentadorias; em vários casos o fim da paridade unificados com demais setores dos trabalhadores nos 10. a e contribuição previdenciária para os inativos que estados e também no STF. 11. recebem proventos superiores ao teto do INSS entre Acionar juridicamente o STF exigindo a anulação 12. a outros... da reforma da previdência. Conforme comprovado 13. a O Governo Lula, agiu com total descompromisso houve crime de compra de votos e isso significou a 14. f social e ao mesmo tempo avançou para abrir o mercado aprovação da reforma essa tem que ser anulada, o STF 15. f para iniciativa privada, através de incentivos “ legais” tem que ser consequente com a sua decisão e garantir 16. f possibilitando a ampliação e a criação dos planos de aos trabalhadores que foram os principais prejudicados, 17. f fundos de pensão complementares privados. a reparação dos danos previdenciários causados pelo 18. f A aprovação da EC 41, encaminhada pelo 19. f governo Lula através da PEC 40/2003 pelos deputados 20. f no congresso, não somente significou uma traição ao Corrente Conspiração Socialista 21. f histórico de luta da classe com também uma violação Democracia e Luta no Sinpeem 22. f dos direitos dos trabalhadores. Passado dez anos, ficou 23. f evidenciado que a mesma foi fruto da compra criminosa 24. f de votos para a sua aprovação, conforme a sentença 25. f proferida pelo STF na AP 470 (vulgo mensalão). 26. esquema do mensalão. Assinam essa Resolução os militantes da e do Coletivo Assinam a resolução: APEOESP: Gilberto de Lima Silva, Silvio de Souza, Mara Cristina de Almeida, Luiz Carlos Freitas, A CNTE, não pode ficar omissa frente a essa Ednéia Dias, Ana Lucia Ferreira, Marcos Luiz da Silva, 27. f situação. Nossa Confederação que têm reiterado Vanessa Couto da Silva, Décio Alves da Silva, Manuel 28. f nos seus fóruns e instâncias a luta em defesa dos Belisário, Maura Bernardo da Silva Costa, Vânia 29. f aposentados e da previdência pública tem que se Pereira, Solange Assunção de Castro, Ulisses Gomes 30. f posicionar e entrar na Campanha pela Anulação da Oliveira Francisco, Wallace Viana, Ana Lucia Viana, 31. f Reforma da Previdência de 2003, e desde já manter Telma das Graças de Araujo, Raimundo Alceu Santos 32. f os trabalhadores da educação organizados para Filhos, Ronygley Carvalho Fonseca, José Carlos Gea, 33. f qualquer outro ataque ao nosso já precarizados direitos José Abílio, Nandressa Dayna Riso da Silva, Regina 34. previdenciários. Miyeko Oshiro, Iracema Garcia Gualda, Sonia Maria 35. f Nesse Sentido os congressistas reunidos no 32º Martins Brito, Rodrigo Fernando Assis, Luciano Lopes 36. f Congresso Nacional da CNTE- Brasília/2013, decidem: Oliveira, Carlos Alberto Borges dos Santos, Walter da 37. f Defesa intransigente da Previdência Pública/ Silva Souza, Roque Maximiniano da Silva, Marcos 38. f Seguridade Social (Previdência, Saúde, Assistência Vinicius Pereira de Souza, Monica Antonio da Silva, 39. f Social). Flademir Batista de Oliveira, Marcio de Oliveira Santos, 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 31 Caderno de RESOLUÇÃO 4 Resoluções » 1. a Barbara Soares de Barros, Reginaldo Moreira Sena, 2. a Luiz Carlos Silva, Terezinha Maria Silva. SINPEEM: 3. a Renato Rodrigues dos Santos, Edson Silvino Barbosa 4. a da Silva, Sandro Ribeiro Chagas, Rogério Marcos de 5. a Melo, Almir Bento de Freitas, Romildo Rodrigues da 6. a Conceição. 7. a 8. a 9. a 10. a 11. 12. a 13. a 14. f 15. f 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 32 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » ARTICULAÇÃO SINDICAL 1. a 2. a 3. a 4. a Conjuntura Internacional acesso à saúde, além de outras que visam regulamentar 5. a Acrise mundial, decorrente da desregulamentação a imigração ou a impor restrições à atuação de Wall 6. a gananciosa e irresponsável dos mercados de capitais, Street. Porém, as denúncias de espionagem a cidadãos 7. a tende a manter seus efeitos perversos para a classe americanos e a nações do mundo inteiro – velha 8. a trabalhadora, sobretudo pelo fato de os países do prática imperialista – têm desgastado Obama e já lhe 9. a hemisfério norte estarem retomando a agenda do rendeu, entre outras coisas, o cancelamento da visita da 10. a Consenso de Washington, o que constitui séria ameaça presidenta Dilma Rouseff a Washington, em outubro de 11. para a América Latina, que já sofre nova onda de 2013, e um aclamado discurso da presidenta brasileira 12. a oposição neoliberal aos governos democráticos e na abertura da Conferência das Nações Unidas, 13. a populares da Região. no mesmo ano, em que classificou a espionagem 14. f Na Europa, mesmo com taxas de desemprego americana e de seus aliados como “grave violação dos 15. f acima de 20%, alguns países como Portugal e Espanha 16. f começam a registrar índices modestos de crescimento O acordo firmado entre Irã, EUA e Europa, em 17. f da economia, à custa de severos ajustes impostos pelas novembro de 2013, no qual o país persa se comprometeu 18. f potências centrais lideradas pela premiê alemã, Angela a produzir energia nuclear exclusivamente para 19. f Merkel. Demissões no serviço público, privatizações consumo de seus cidadãos, em troca do fim de embargos 20. f das empresas estatais, cortes de proventos e aumento impostos desde a revolução islâmica (1979), se, por um 21. f nas idades para a aposentadoria são algumas das lado, abre canal de diálogo entre as potências ocidentais 22. f medidas que, no caso de Grécia e Itália, têm servido com os países islâmicos, especialmente num momento 23. f mais para honrar os compromissos da dívida do que de desorganização da Liga Árabe diante dos conflitos 24. f propriamente para gerar níveis de desenvolvimento envolvendo ditaduras no Oriente Médio e no Norte da 25. f capaz de estimular a economia, o emprego e a renda da África, por outro, desperta mais tensão com Israel e 26. população. Na Alemanha e no Reino Unido, os cortes seus aliados, como a Arábia Saudita, que classificaram 27. f orçamentários em áreas sociais e a contração absurda o acordo como “erro histórico” e tensionam uma corrida 28. f dos salários sustentam a economia, em benefício dos armamentista nuclear, com o apoio do Paquistão, com 29. f interesses capitalistas e em troca da depreciação do possíveis prejuízos às tratativas de consolidação do 30. f estado de bem estar social – tal como ocorre em toda Estado Palestino apoiado pelos Estados Unidos, a 31. f Europa. Já os governos de base socialista, como na contragosto de Israel. 32. f França de François Hollande, não têm apresentado Em meio à nova geopolítica no Oriente Médio, 33. f alternativas às medidas neoliberais, e o resultado tem decorrente da Primavera Árabe iniciada em 2010, e que 34. sido o avanço da ultradireita no Continente. há mais de dois anos devasta a Síria numa sangrenta direitos humanos e das liberdades civis”. 35. f Nos EUA, o resgate de empresas e bancos guerra civil, as contradições nos países em conflito 36. f pelo governo Obama, durante a crise, deu lugar a são marcadas pela instabilidade democrática – mesmo 37. f nova hegemonia do capital, apoiada pelo Partido onde as ditaduras militares e/ou teocráticas foram 38. f Republicano e pela mídia conservadora que tentam combatidas –, pela falta de liberdade às mulheres e 39. f impedir a implementação de políticas sociais, como a de por perseguições a grupos étnicos minoritários. Já a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 33 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a interferência americana na Região tem sido relativizada pessoas da extrema pobreza e fez ascender outras 40 2. a por Rússia e China, que impediram, em decisão do milhões socialmente. 3. a Conselho de Segurança da ONU, o ataque dos EUA Nos últimos 10 anos, mesmo considerando os 4. a a Síria em resposta às suspeitas de utilização de armas graves efeitos da crise mundial, o Brasil conseguiu 5. a químicas por Bashar al-Assad. acumular saldo superior a 20 milhões de empregos 6. a O protagonismo do Brasil no cenário mundial se formais, com ganhos salariais acima da inflação, e o 7. a mantém na consolidação de uma hegemonia multilateral desemprego não tem ultrapassado o patamar histórico 8. a através do G-20; da presidência na Organização Mundial de 5,5% da população economicamente ativa. No 9. a do Comércio, onde se tenta avançar em questões de entanto, o gargalo do crescimento, com emprego 10. a segurança alimentar e de contenção aos subsídios à e distribuição de renda, continua concentrado na 11. agricultura nos países desenvolvidos, que impedem a histórica insuficiência de infraestrutura, assim como na 12. a ampliação do comércio com as nações periféricas; das ausência de sistema educacional capaz de superar as 13. a relações sul-sul promovidas em âmbito do BRICS; desigualdades regionais e de promover a capacitação 14. f do intercâmbio democrático com países africanos; no profissional dos trabalhadores, aliada à formação 15. f avanço do Mercosul em direção a novas estruturas humanística voltada à cidadania. 16. f da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e na O crescimento do PIB nacional, para muitos, 17. f política proativa desenvolvida no continente latino- passou a ser a única referência para o debate 18. f americano, marcada pelo apoio ao fim dos embargos socioeconômico. Porém, a qualidade do processo 19. f americanos a Cuba, pela ajuda na reconstrução do Haiti de desenvolvimento não tem sido aprofundada de 20. f e pela atenção dispensada à estabilidade democrática forma pertinente. Mesmo detendo uma das maiores 21. f na Região, recentemente ameaçada pelo golpe que concentrações de renda do planeta, é preciso destacar 22. f derrubou o presidente paraguaio, Fernando Lugo, e que a evolução dessa política no Brasil, antes representada 23. f resultou na suspensão temporária do país no Mercosul. pela pirâmide triangular e agora substituída pela 24. f A morte de Hugo Chávez, em março de 2013, losangonal, com aumento expressivo da classe média. 25. f abriu flancos a forças conservadoras na Venezuela, que Entre os desafios para se consolidar um projeto de 26. tendem a contaminar outros países, exigindo ações desenvolvimento mais inclusivo e sustentável, os 27. f coordenadas dos governos democráticos no sentido de trabalhadores em educação indicam a necessidade 28. f aprofundar o projeto de inclusão social com emprego, de profunda reforma agrária, com plenas condições 29. f renda e distribuição da riqueza na América Latina, que de acesso e permanência das famílias no campo; de 30. f também acompanha com cautela o processo de abertura reforma tributária com a inversão da lógica regressiva 31. f socioeconômica e política em Cuba. dos tributos e com melhor distribuição de renda às regiões do país; de reforma política pautada no resgate 32. f 33. f Conjuntura Nacional da ideologia partidária, no financiamento público de Desenvolvimento e inclusão - A eleição da campanhas, na presença de mais mulheres e negros em 35. f presidenta Dilma Rouseff, após dois mandatos do ex- todas as representações políticas, além da expansão dos 36. f presidente Lula (2003-2010), deixou clara a opção da canais de representação popular. 37. f maioria do povo brasileiro pela continuidade do projeto Em relação à infraestrutura, as concessões de 38. f de inclusão social, alicerçado na expansão do emprego rodovias, portos e aeroportos, realizadas mediante 39. f e da renda dos trabalhadores, que retirou 36 milhões de contrato de tarifa estabelecido pelo Governo, por tempo 34. 34 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a determinado, apesar de contrapor as privatizações da pela mídia quando ela própria passou a ser alvo dos 2. a gestão tucana, não devem avançar para áreas essenciais, protestos comandados majoritariamente pela juventude. 3. a tampouco sem a devida participação majoritária do Estes, por sua vez, embora sem comando unitário e 4. a Estado brasileiro nas tomadas de decisões. A CNTE definido por especialistas políticos como espécie de 5. a defende o regime de partilha das riquezas do pré-sal catarse social, tem expressado o descontentamento 6. a frente ao regime de concessões, uma vez que parte de parcela importante da sociedade com os políticos 7. a significativa desses recursos será destinada a políticas em geral, particularmente com o Congresso Nacional 8. a públicas. Todavia é contra os leilões do petróleo, que detém a pior avaliação pública de sua história. 9. a que permitem a apropriação das riquezas nacionais As bandeiras das manifestações de junho/2013, em 10. a por empresas estrangeiras, mesmo considerando a grande medida, são as mesmas dos movimentos sociais 11. participação majoritária da Petrobras e do Governo nos organizados, inclusive da CUT, da CNTE e de outras 12. a negócios. Considera, ainda, que os contratos do pré- entidades sindicais, que lutam por mais qualidade 13. a sal devam priorizar maior retorno sobre os excedentes para a educação, saúde, segurança, transporte público, 14. f de óleo para a União e garantir mais receitas para moradia... As diferenças, no entanto, residem nas ações 15. f a educação pública, por meio da vinculação de capitaneadas por grupos que negam as instituições e 16. f parcela de bônus de assinatura e de outras etapas da rejeitam o apoio dos movimentos organizados, assim 17. f comercialização que não foram contempladas na Lei como a mediação política das pautas sociais, pregando, 18. f 12.858. inclusive, o fim dos partidos políticos. 19. f Política, mídia e manifestações sociais – a Quanto ao cenário eleitoral para 2014, verificam- 20. f ausência de projetos que dialoguem com as necessidades se indefinições mais pelo lado da oposição, uma vez 21. f da sociedade brasileira, por parte da oposição no que a possibilidade de a presidenta Dilma Rousseff 22. f Congresso, continua transferindo aos principais concorrer à reeleição cresce na medida em que sua 23. f veículos de comunicação – porta-vozes das elites vantagem nas pesquisas eleitorais aumenta em relação 24. f econômica e política do país – o papel de opositores aos adversários, podendo vencer o pleito em primeiro 25. f sistemáticos ao governo federal e a seus aliados nas turno. Conta a favor da presidenta a aprovação da Lei do 26. esferas municipal e estadual. A estratégia da oposição Executivo que prevê recursos dos royalties do petróleo 27. f midiática continua sendo a de deflagrar escândalos ou e do fundo social do pré-sal para a educação e saúde, o 28. f de antever crises que possam desestabilizar o governo, programa Mais Médicos, o acesso à casa própria para 29. f retirando-lhe o apoio social. Neste sentido, e a partir todas as classes sociais, os avanços na infraestrutura 30. f da segunda metade do governo Dilma, não foram com quase 70% das obras do PAC concluídas em 2013, 31. f poucas as pseudocrises criadas pela mídia, como no a queda das tarifas de luz, o baixo desemprego e os 32. f caso do “apagão elétrico”, da “queda da economia”, programas de renda executados desde o governo Lula. 33. f da “disparada do dólar” ou do “surto inflacionário”, Já as imprecisões no cenário político se destacam 34. ainda em evidência. Em junho de 2013, por um pela aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, 35. f momento, a mídia acreditou ter alcançado seu objetivo que afastou o PSB do Governo Federal e que tende a 36. f de fragilizar o governo através da estratégia de criação conduzir o partido a coligações no campo da direita. 37. f de “factoides”. As manifestações populares, iniciadas Por parte do PSDB, embora uma ala (FHC/Alckmin) 38. f em São Paulo com o Movimento Passe Livre e que se defenda a candidatura do senador mineiro Aécio Neves 39. f espalharam pelo país, só deixaram de ser capitalizadas – com o desejo de ter o ministro do STF Joaquim 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 35 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a Barbosa na vice-presidência –, o candidato do partido de estados, como forma de oxigenar os tribunais e 2. a nas eleições de 2010, José Serra, é o único que conta de tornar a jurisprudência judicial um mecanismo 3. a preliminarmente com o apoio incondicional da elite mais democrático de intervenção na vida de pessoas, 4. a nacional numa eventual disputa ao Planalto. governos e grupos sociais. No caso da ação penal Economia e judiciário – a soberania do Brasil 470, não obstante as impertinências do julgamento 6. a diante dos organismos multilaterais (FMI, BID e no STF, que deverão suscitar recursos a cortes 7. a BIRD) não se verifica apenas por sua posição de internacionais, o Brasil espera que esse julgamento 8. a credor perante essas instituições, mas principalmente não seja maculado por oportunismos políticos, e que as 9. a pela rejeição de seus receituários. Mesmo mantendo condutas comprovadamente ilícitas de outros partidos 10. a a nefasta política de superávit primário, a União tem e políticos, a exemplo do “mensalão mineiro e do 11. flexibilizado metas e contabilizado receitas das estatais DF”, da compra de votos para a reeleição de FHC, do 12. a – fato que só desagrada aos acionistas privados – como “propinaduto” na CPTM de São Paulo, entre tantas 13. a forma de priorizar os investimentos e os custeios da outras, sejam devidamente apuradas e julgadas como 14. f máquina pública. A redução histórica na taxa básica medida de inteira justiça rumo à construção de um país 15. f de juros, verificada até o primeiro semestre de 2013, justo e ético. 16. f sofreu refluxo em função da pressão do mercado sobre 17. f o Banco Central, que passou a atuar para recompor 18. f os índices de inflação estrutural e sazonal. E os À luz dos princípios da autonomia e da liberdade 19. f trabalhadores esperam que o processo de redução dos sindical, a CNTE tem agido firmemente em defesa e 20. f juros seja retomado, a fim de não comprometer o nível ampliação dos direitos dos trabalhadores em educação 21. f de emprego no país. e da classe trabalhadora em geral, ao lado da Central 5. a Política Sindical 22. f Embora as reservas cambiais de quase 400 Única dos Trabalhadores e de outras entidades parceiras 23. f bilhões de dólares, em 2013, tenham ajudado o país a no Brasil e no mundo, como a Internacional da 24. f atravessar a crise mundial sem grandes dificuldades, Educação, a Confederação dos Educadores Americanos 25. f uma nova onda de ataque especulativo aos países e a Confederação Sindical Internacional. 26. emergentes, decorrente da expectativa de aumento das Presente em todas as marchas unificadas das 27. f taxas de juros nos EUA, exige do governo brasileiro centrais sindicais, a CNTE tem pautado a luta contra 28. f maior rigor com os capitais que ingressam no país sem o PL 4.330/04, que terceiriza o trabalho nas diversas 29. f lastro de investimento. De outro lado, as desonerações, cadeias produtivas da economia nacional, precariza 30. f como medidas de estímulo à economia e ao emprego, o emprego dos trabalhadores da iniciativa privada e 31. f necessitam resguardar as políticas públicas essenciais. certamente se constituirá em referência para futuras 32. f Na perspectiva de aperfeiçoar os condutos de regulamentações similares no setor público. A CNTE 33. f nossa democracia, o Poder Judiciário deve prestar contas e seus sindicatos filiados também incorporaram as 34. de seu orçamento, em todas as esferas administrativas, principais pautas das centrais sindicais em suas lutas. 35. f para evitar abusos como os que se têm verificado em 36. f diversos tribunais, onde desembargadores chegam unificadas das centrais sindicais, preocupa a todos que 37. f a auferir entre R$ 300 mil e R$ 500 mil mensais. identificam a luta sindical como instrumento efetivo de 38. f Também se mostra prudente estabelecer mandatos para transformação social, a fragmentação do movimento, 39. f ministros dos tribunais superiores e desembargadores especialmente depois que se regulamentou a estrutura 36 Não obstante 32o Congresso Nacional dos a importância Trabalhadores em das ações Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a de financiamento para as Centrais. Também por essa das receitas totais do Fundo. A proposta também se 2. a razão, a CNTE defende o fim do Imposto Sindical e mantinha em sintonia com a meta 17 do Plano Nacional 3. a sua substituição pela “Contribuição Negocial”, cujo de Educação, alterava a data de atualização do piso para 4. a percentual de contribuição deverá ser estabelecido maio – a fim de considerar os balanços consolidados do 5. a em assembleia da categoria. No que concerne à Fundeb, evitando manobras na redução do percentual 6. a organização da CUT, Central à qual a CNTE é filiada, do custo aluno/ano definido para a correção do piso –, 7. a os trabalhadores do ramo da educação consideram além do que determinava ao governo federal o anúncio 8. a fundamental a preservação da autonomia representativa oficial dos percentuais para atualização anual do piso. 9. a por categorias, devendo ser rejeitada qualquer forma de Apesar de a proposta ter sido aprovada na Comissão 10. a organização que vise centralizar decisões ou restringir Especial e entregue ao presidente da Câmara, com o 11. aval do Conselho Nacional de Entidades da CNTE, a independência dos ramos. Quanto ao piso do magistério, a resposta dos ela não seguiu para tramitação, em função da pressão 13. a governadores à derrota no julgamento da ADI 4.167, no que governadores e prefeitos passaram a exercer 14. f Supremo Tribunal Federal, veio na forma de aprovação sobre os deputados e o próprio governo federal. 15. f definitiva do projeto de lei (PL 3.776/08) no Congresso Em contraposição, os 27 governadores de estados 16. f Nacional, que vincula o reajuste anual do piso ao INPC. apresentaram, extraoficialmente, outra sugestão de 17. f Como contrarreação a esse golpe que visa congelar reajuste para o piso do magistério, com ganho real 18. f o valor real do piso – ainda aquém das necessidades abaixo do proposto pela Comissão Especial da Câmara, 19. f de valorização da categoria –, a CNTE articulou a razão pela qual a CNTE passou a mobilizar a categoria 20. f interposição de recurso parlamentar, que suspendeu contra essa última alternativa e mais a do INPC, ambas 21. f a decisão da Comissão de Finanças e Tributação da defendidas pelos gestores estaduais e municipais. 22. f Câmara dos Deputados até que o plenário da Casa Diante da intensa judicialização das greves dos 23. f decida a questão. Essa ação vitoriosa da CNTE garantiu trabalhadores em educação nos estados e municípios, 24. f a atualização do piso no percentual de 22,22%, em da 25. f 2012, porém condicionou a Confederação a participar paredistas, além da tentativa de desqualificação das 26. de Comissão Especial criada pela Presidência da lideranças sindicais e da efetiva perseguição a esses 27. f Câmara, com a finalidade de propor alternativas representantes da categoria, a CNTE tem reforçado a 28. f ao PL 3.776 e ao atual critério de correção do piso. luta pela regulamentação da Convenção 151 da OIT, 29. f Participaram dos debates na referida Comissão, além que estabelece os princípios da negociação coletiva 30. f da CNTE, o Consed, a Undime, o Confaz, a CNM, para os trabalhadores do setor público no Brasil. 31. f a Frente Nacional de Prefeitos, o MEC, a Campanha Outra frente de luta no sentido de mediar os conflitos 32. f Nacional pelo Direito à Educação, entre outras sindicais, diz respeito à regulamentação do direito de 33. f representações sociais e de governo. Mesmo sob forte greve no serviço público, porém a CNTE é contrária 34. pressão dos gestores, a CNTE conseguiu mediar, em às propostas dos senadores Romero Jucá e Aloysio 35. f parceria com a Campanha pelo Direito à Educação e a Nunes Ferreira, apresentadas na forma de projetos de 36. f Undime, uma proposta que mantinha a vinculação do lei que penalizam os servidores públicos sobre vários 37. f critério de atualização do piso a sua principal fonte de aspectos, sendo favorável à proposta defendida pelas 38. f recursos, o Fundeb, com previsão de ganho real (acima Centrais Sindicais. 39. f da inflação) na ordem de 50% do crescimento nominal 12. a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em criminalização dos legítimos movimentos Com relação à judicialização de questões Educação 37 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a envolvendo a Lei do Piso, a CNTE tem orientado como forma de priorizar a agenda desses setores 2. a seus sindicatos a manterem coerência com as pautas da sociedade. Tal aproximação também se mostra 3. a nacionais relativas à correção dos valores anuais, necessária para aglutinar forças progressistas para as 4. a devendo ser contemplados, nos cálculos da atualização, votações no Congresso que desafiam os interesses das 5. a o ano de 2009 e os percentuais que efetivamente classes dominantes, a exemplo do Código Florestal e do 6. a corrigiram o valor per capita do Fundeb, ano a orçamento impositivo, em que o governo e a sociedade 7. a ano, além do cuidado para o fato de que o piso não saíram derrotados. Uma das pautas urgentes da CNTE, 8. a se vincula, necessariamente, a jornada de 40 horas, a serem tratadas com o Planalto e consequentemente 9. a podendo ser aplicado, mediante negociações locais, a com o Congresso Nacional, refere-se a mudanças 10. a jornadas inferiores conforme preceitua o § 1º do art. 1º na Lei de Responsabilidade Fiscal, a fim de que a 11. norma não inviabilize a consecução de metas do PNE, da Lei 11.738. 12. a A terceirização escolar tem sido combatida 13. a pela CNTE através da luta pela expansão da sobretudo de expansão das matrículas e de valorização dos profissionais da educação. 14. f profissionalização e dos planos de carreira para os Mantendo a tradição de intervir no debate político 15. f funcionários da educação, e terá sequência com o do país, a CNTE deverá apresentar suas propostas 16. f piso nacional extensivo a esses profissionais (art. 206, aos candidatos para os diferentes cargos nas eleições 17. f VIII, CF-88). Além disso, o PNE fixou percentual de 2014, a fim de comprometê-los com as principais 18. f mínimo para a contratação permanente de funcionários pautas dos trabalhadores em educação. 19. f profissionalizados junto às redes de ensino, o que 20. f fortalece a luta sindical contra a terceirização e os 21. f contratos temporários, tal como se prevê também para 22. f o magistério. Política Educacional A CNTE defende a educação pública, gratuita, laica, democrática e de qualidade socialmente 23. f A incorporação de sindicatos municipais à CNTE referenciada, em todos os níveis, como direito 24. f tem elevado o nível de representação da Confederação subjetivo e social dos cidadãos e cidadãs. Nossa 25. f nessa esfera administrativa, majoritariamente carente concepção de educação não se limita à qualificação 26. de ações sindicais para enfrentar desmandos de profissional – embora essa seja importante –, mas 27. f prefeitos que contam com a quase invisibilidade de mantém consonância com o art. 205 da Constituição 28. f suas ações perante a opinião pública, e que insistem Federal (CF-1988), que diz: “A educação, direito de 29. f em manter o clientelismo em detrimento da qualidade todos e dever do Estado e da família, será promovida e 30. f da educação e do fortalecimento da luta sindical. Neste incentivada com a colaboração da sociedade, visando 31. f sentido, a CNTE continuará fortalecendo as ações ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para 32. f de sua Secretaria de Assuntos Municipais, que conta o exercício da cidadania e sua qualificação para o 33. f ainda com o apoio da política de formação sindical da trabalho”. Dessa forma, a educação escolar, sobretudo 34. Confederação. de nível básico, deve priorizar a formação de sujeitos 35. f Seguindo a avaliação da maior parte do históricos, estimulando a crítica, o discernimento e 36. f movimento sindical, a CNTE considera imprescindível a capacidade transformadora de crianças, jovens e 37. f que o governo federal, não obstante seu caráter de adultos. Na qualidade de direito subjetivo, precisa 38. f coalizão, invista em mais e constantes canais de atender as 75 milhões de pessoas (IBGE-2010), 39. f interlocução com os movimentos social e sindical, incluindo os analfabetos literais e funcionais, que ainda 38 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a não concluíram o ensino médio no Brasil. equidade, de forma isolada. Além das vinculações 2. a O projeto de educação dos trabalhadores em constitucionais e da subvinculação do Fundo de 3. a educação mantém relação com a institucionalização de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e 4. a um Estado promotor do desenvolvimento sustentável, de Valorização dos Profissionais da Educação - Fundeb, 5. a democrático e comprometido com os direitos básicos o qual deu origem à lei do piso salarial profissional 6. a da população. Um Estado em que o social seja o fio nacional do magistério, são necessárias outras leis de 7. a indutor do crescimento, com vistas à distribuição de cooperação e de abrangência nacionais com vistas 8. a renda e à justiça; que seja permeável às demandas do a superar as deficiências da maioria dos sistemas 9. a movimento sindical, do povo em geral e que estabeleça públicos de educação, em especial na esfera municipal, 10. a espaços institucionais de negociação com a sociedade que atende somente 20% das crianças de 0 a 3 anos 11. de idade e onde se concentram as piores remunerações civil, apostando no seu fortalecimento e na busca 12. a pactuada de uma nova hegemonia e de um novo modelo dos/as educadores/as. Neste sentido, a luta da CNTE para o próximo 13. a de organização social. 14. f A luta por outro mundo possível exige romper 15. f com a degradação ambiental, com o desemprego e a 16. f exclusão de mais de dois terços da população mundial 1. Sistema Nacional de Educação: a ser 17. f aos bens de consumo e à infraestrutura para uma vida constituído por políticas estruturantes de abrangência 18. f digna. E os trabalhadores e trabalhadoras em educação, nacional, com vistas a monitorar a consecução das 19. f comprometidos diariamente com a formação de quase metas do Plano Nacional de Educação e de outros 20. f 50 milhões de estudantes nas escolas públicas do Brasil, dispositivos constitucionais e infraconstitucionais. O 21. f desejam participar da construção do projeto de educação objetivo central do Sistema consiste em universalizar 22. f e de nação não apenas com sua força de trabalho, mas equitativamente a oferta pública de educação básica 23. f com propostas que visam superar desigualdades e e superior, nos termos da Constituição, das leis e 24. f injustiças impostas pelo sistema capitalista. normativas que regem a educação, sobretudo à luz período consiste em avançar na regulamentação das seguintes políticas, entre outras: “Se a educação sozinha não pode transformar dos princípios do art. 206 da CF-1988. O SNE apoia- 26. a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. E se na cooperação federativa, insculpida no artigo art. 27. f esse ensinamento de Paulo Freire nos remete ao desafio 23, parágrafo único da CF, e de outros dispositivos 28. f da igualdade educacional em nosso país, que requer, legais, os quais, para a CNTE, diferem do regime 29. f com urgência, a implementação de Sistema Nacional de colaboração, pautado na adesão voluntária dos 30. f de Educação (SNE). As políticas educacionais entes federados a programas de diferentes esferas 31. f também devem interligar-e a outras áreas sociais, administrativas. A CNTE defende a institucionalização 32. f para integrar a educação no projeto de nação e para do sistema articulado de educação, nas bases definidas 33. f evitar fragmentações que prejudicam a qualidade de pela Conae, em contraposição à federalização que 34. determinados níveis e etapas do ensino, causando pressupõe significativas mudanças constitucionais e a 35. f injustiças no atendimento escolar. perda de autonomia dos entes federados. A gestão do 25. f 36. f A estrutura descentralizada da educação básica, SNE deve pautar-se em princípios democráticos, que 37. f no Brasil, que atualmente compreende 26 sistemas contemplem decisões conjuntas da sociedade e dos 38. f estaduais, 1 distrital e 5.570 municipais, além do entes públicos, preferencialmente em conselhos de 39. f federal, não permite alcançar padrão de qualidade com educação e em instâncias de acompanhamento social 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 39 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a das políticas públicas, com níveis de autonomia e pública. A dívida educacional brasileira é da ordem de 2. a independência garantidos em lei. R$ 235 bilhões anuais (considerando o PIB de R$ 5 2. Aprovação e consecução das metas dos trilhões, em 2013, e o atual investimento de 5,3% na 4. a planos decenais de educação (nacional, estaduais, educação pública). Esse é o valor necessário para se 5. a distrital e municipais): o projeto educacional do país atingir a meta 20 do PNE. Com esse montante torna- 6. a necessita ser debatido e construído coletivamente pela se possível alfabetizar cerca de 16 milhões de pessoas 7. a sociedade, para posterior aprovação no Congresso acima de 15 anos de idade; garantir creches a mais 8. a Nacional. A CNTE e seus sindicatos filiados, presentes de 10 milhões de crianças entre 0 e 3 anos; expandir 9. a às conferências de educação, continuarão contribuindo a escola integral para todos os estudantes do nível 10. a com o processo de elaboração, implementação e básico; garantir a presença de todos os jovens entre 15 11. fiscalização do plano nacional e dos respectivos planos e 17 anos no ensino médio; erradicar o trabalho infantil 12. a locais, os quais devem orientar as políticas dos sistemas que tem retirado cerca de 3,7 milhões de crianças da 13. a de ensino. Porém, para que o atual e os futuros PNEs escola; valorizar os trabalhadores da educação com 14. f cumpram seus objetivos e metas, faz-se necessário criar piso, carreira e condições de trabalho decentes, entre 15. f instrumentos efetivos de controle e acompanhamento tantas outras demandas reprimidas. Embora o Fundeb 16. f das políticas públicas, o que é viável pela integração (art. 60, ADCT-CF) constitua uma importante medida 17. f de ações de órgãos fiscalizadores (Ministério Público, de distribuição de recursos em âmbito de cada unidade 18. f Tribunais de Contas e Casas Legislativas) e pela federativa, sua atual composição financeira tem 19. f instituição da Lei de Responsabilidade Educacional, sido insuficiente para garantir o padrão de qualidade 20. f capaz de punir eficazmente eventuais improbidades requerido para a implementação do Custo Aluno 21. f dos gestores públicos com os recursos da educação. Qualidade (CAQ). De forma que, sem precisar alterar 22. f Outra questão tormentosa refere-se às contingências a estrutura distributiva do Fundo, faz-se necessário 23. f impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal às aportar mais recursos no Fundeb, em proporção que 24. f metas de expansão das matrículas e de valorização atenda ao CAQ Inicial (CAQi) e, posteriormente, 25. f dos profissionais da educação. Na atual proporção ao CAQ. E o critério de incremento do Fundeb deve 26. dos limites prudenciais da LRF, ainda que sejam levar em conta o esforço fiscal dos entes federados e 27. f contabilizados novos recursos para a educação, a maior participação supletiva da União, à luz do que 28. f dificilmente será possível atingir boa parte das metas propõe a estratégia 20.1 do PNE. Por outro lado, o 29. f e estratégias do PNE. De modo que a sociedade e o Plano Nacional de Educação prevê excetuar dos 30. f Congresso Nacional precisam se debruçar sobre essa investimentos públicos, as políticas e programas 31. f questão, a fim de encontrarem alternativas que não acordados em âmbito do Congresso Nacional. Isso, 32. f deixem o novo PNE se transformar em mais uma “carta por sua vez, não pode se constituir numa medida 33. f de intenções”. “ad eterna”, visto que o compromisso público com 3. a 3. Financiamento equivalente a 10% do a oferta educacional deve ser preservado no Estado 35. f PIB, no mínimo, para a educação pública: um brasileiro, que mais de uma vez recusou-se a assinar 36. f dos pilares da política educacional, o financiamento, tratados internacionais que propunham transformar 37. f requer compromisso do Estado para com a escola a educação em mercadoria. Os instrumentos para 38. f pública, razão pela qual a CNTE defende a aplicação se alcançar a meta 20 do PNE têm sido sugeridos 39. f das verbas públicas prioritariamente na educação desde a 1ª CONAE, sendo imperioso considerar: o 34. 40 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a aumento dos percentuais de vinculação para cada ente conclamando a todos para que contribuam com o 2. a federado, a criação de imposto sobre grandes fortunas, debate sobre a elaboração, a execução e a avaliação 3. a o aumento da alíquota para as heranças, a inclusão de das políticas educacionais. Outra forma importante de 4. a novas Contribuições Sociais no cômputo dos recursos estímulo à gestão democrática consiste em oportunizar 5. a destinados a manutenção e desenvolvimento do ensino, o controle social de todas as políticas educacionais 6. a a não incidência de isenções fiscais sobre os recursos (Fundeb, merenda, MDE e outras), promovendo ainda 7. a da educação (e da saúde), além do aporte de novas ações articuladas com áreas distintas, como conselhos 8. a fontes de riquezas minerais e hídricas ao financiamento tutelares, de saúde e assistência social. 9. a educacional, além dos combates à sonegação fiscal, 5. Valorização dos profissionais da educação: 10. a que em 2012 somou mais de R$ 400 bilhões (8% do seguindo a lógica sistêmica das políticas educacionais, 11. PIB), e aos desvios de verbas da educação, registrados a valorização dos profissionais das redes públicas 12. a em 71,7% dos municípios auditados aleatoriamente escolares, definidos no art. 61, I, II e III da LDB, 13. a pela Controladoria Geral da União em 2012. precisa considerar a indissociabilidade das seguintes 14. f 4. Gestão democrática e controle social: políticas: ingresso na carreira por concurso público de 15. f prevista no art. 206, VI da CF-1988, a gestão provas e títulos; implementação de carreira própria, 16. f democrática encontra-se parcialmente regulada no art. atrativa e preferencialmente estendida a todos os 17. f 14 da LDB, que reconhece os conselhos escolares, o profissionais da educação (professores, especialistas 18. f projeto político pedagógico, além de outras formas e funcionários), à luz de diretrizes nacionais para os 19. f de autonomia que necessitam de regulamentações planos de carreira de estados e municípios, devendo 20. f próprias em cada sistema de ensino do país. Na visão esses contemplar parâmetros de dispersão e evolução, 21. f da CNTE, a democratização da gestão educacional tem além de referência mínima de aplicação de 80% dos 22. f por finalidade aproximar a escola da sociedade, em recursos vinculados à educação para a composição das 23. f especial de sua comunidade, a fim de que a construção carreiras, com a devida complementação da União aos 24. f e a implementação dos processos pedagógicos, bem entes federados que dela necessitarem; utilização da 25. f como a gestão dos sistemas e das próprias escolas, referência mínima do piso salarial profissional nacional 26. atendam a prerrogativa da qualidade socialmente para os vencimentos iniciais das carreiras em todo país; 27. f referenciada. Trata-se de concepção pedagógica que aplicação de no mínimo 1/3 (um terço) da jornada de 28. f exige espaços de representações permanentes para o trabalho prevista na Lei 11.738 para as carreiras do 29. f debate das políticas educacionais, e que deve assegurar magistério, e a extensão dessa jornada aos demais 30. f a participação de todos os profissionais (professores, profissionais para fins de formação e participação no 31. f especialistas e funcionários) em suas diferentes etapas, debate pedagógico da escola; lotação dos profissionais 32. f incluindo a direção escolar. A gestão deve ser fomentada da educação na Secretaria responsável pela gestão 33. f de inúmeras formas: pela presença dos atores escolares educacional de todas as etapas e modalidades do nível 34. nos Conselhos de Educação, com o fortalecimento básico, especialmente os funcionários; unificação da 35. f dos conselhos escolares, com a implementação nomenclatura dos profissionais da educação nos planos 36. f de eleições diretas para direções escolares, com a de carreira, de acordo com as últimas normativas federais 37. f elaboração de constituintes escolares, congressos, (Leis, Decretos, Portarias Ministeriais, Pareceres e 38. f fóruns e conferências de educação, estimulando a Resoluções do Conselho Nacional de Educação); 39. f presença de grêmios estudantis nas escolas, enfim, profissionalização dos funcionários da educação 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 41 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a em nível médio e tecnológico; formação inicial e estandardizadas, que ditam regras aos currículos. 2. a continuada sob a responsabilidade do Poder Público, Esse paradoxo é similar ao que propõe a convivência 3. a preferencialmente em caráter presencial e garantida pacífica entre as políticas compensatórias de acesso 4. a a todos/as os/as profissionais (art. 62-A da LDB) na e permanência na escola, com a meritocracia que 5. a forma de política pública institucionalizada, com fomenta o ranking do ENEM e do IDEB e estimula 6. a efetiva vinculação à carreira, a fim de superar os atuais a fixação de placas com notas do Índice em frente às 7. a programas fragmentados e sustentados por bolsas, que escolas. A CNTE defende a liberdade pedagógica e 8. a não dialogam com o projeto de valorização profissional a equidade de acesso dos estudantes com direito à 9. a dos/as trabalhadores/as; remuneração condigna e, no aprendizagem de qualidade, bem como a promoção 10. a mínimo, equivalente a outras profissões com mesmo de novas práticas de avaliação, sob a responsabilidade 11. nível de formação profissional; condições de trabalho das escolas e que levem em conta as realidades dos 12. a que possibilitem êxito nas atividades profissionais e que estudantes, das escolas, dos profissionais e dos 13. a resguardem a saúde dos/as educadores/as; prevenção e sistemas de ensino, numa lógica diagnóstica voltada 14. f tratamento das doenças profissionais; respeito às regras para a formulação de políticas públicas, e jamais para 15. f previdenciárias a que estão submetidos os profissionais a concorrência ou a punição dos atores escolares. 16. f aposentados da educação, sobretudo em relação à No caso da avaliação dos profissionais, é importante 17. f paridade e à integralidade dos proventos; adequação que os objetivos visem o autoaperfeiçoamento dos 18. f dos planos de carreira à Lei 11.301, que estende a educadores, com estímulo nas carreiras, ao invés 19. f aposentadoria especial do magistério para as funções de se aterem ao caráter meramente punitivo, como 20. f de direção, coordenação e assessoramento pedagógico. propõem muitos gestores. 21. f 6. Currículo e avaliação: a qualidade da 22. f educação reside na pluralidade de ideais e de 23. f concepções pedagógicas, princípio básico para a A Lei 11.738 constitui o parâmetro mínimo para 24. f estruturação de currículos comprometidos com as a valorização dos profissionais do magistério nas redes 25. f demandas sociais da escola. Além de estimular o estaduais e municipais, e é aplicável aos profissionais 26. debate dos profissionais no chão da escola, por meio com formação Normal de nível médio. Os que 27. f de projetos político-pedagógicos comprometidos possuem graduação e pós-graduação devem perceber 28. f com a efetiva construção do currículo na escola, a vencimentos superiores ao piso, numa estrutura de 29. f formação inicial e continuada dos profissionais, carreira compatível com a de outros profissionais com 30. f nas instituições de ensino médio e superior, precisa mesmo nível de escolaridade. Nada impede a adoção 31. f abordar temas da diversidade que garantam o de vencimentos iniciais, nos estados e municípios, 32. f acolhimento de todos os indivíduos com suas ideias acima do piso nacional, assim como a vinculação deste 33. f na escola. E uma medida urgente, nessa direção, diz a jornadas inferiores às 40 horas, conforme prevê o § 34. respeito ao aprofundamento das leis 10.639 e 11.645, 1º do art. 1º da Lei do Piso. Quanto ao valor atualizado 35. f como estratégia de superação da discriminação e do do piso, a CNTE orienta a utilização dos percentuais 36. f preconceito étnico-racial. Ademais, é preciso superar efetivos de correção do custo aluno do Fundeb, a partir 37. f a contradição envolvendo, de um lado, a qualidade de janeiro de 2009, quando a lei do piso passou a 38. f socialmente referenciada e, de outro, as competências vigorar. 39. f educacionais pautadas na meritocracia e nas provas 42 Piso e carreira 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a Balanço para os planos de carreira, e o PLS 560/09, que garante A vitória dos trabalhadores em educação, no a todos os profissionais das redes públicas de ensino 3. a STF, acerca da Lei do Piso, fortaleceu a atuação sindical período reservado a estudos, planejamento, avaliação e 4. a da CNTE em defesa da valorização profissional, participação na comunidade, nunca inferior a um terço 5. a especialmente do ponto de vista sistêmico, que concilia de sua jornada de trabalho remunerado. No segundo 6. a essa política a outras essenciais à qualidade da educação semestre de 2013, a CNTE foi decisiva para que o 7. a pública reivindicadas pela sociedade. O piso e a carreira MEC homologasse o Parecer CNE/CEB nº 18/2012, 8. a profissional tornaram-se pautas nacionais e unificaram que orienta a aplicação da jornada extraclasse do Piso 9. a a luta dos trabalhadores nos estados e municípios. E em todas as redes públicas de educação do país. 2. a 10. a a CNTE, protagonista desde a tramitação do projeto Junto com a CUT, a CNTE promoveu seminário de lei do piso, promoveu greves nacionais anuais, para elaborar emendas ao documento referência da 2ª 12. a marcha a Brasília com mais de 20 mil educadores/ Conferência Nacional de Educação, a realizar-se em 13. a as em 2012, ocupações no Congresso Nacional, além fevereiro de 2014. A Conae novamente foi precedida de 14. f de ter acompanhado inúmeras greves (30 apenas nas conferências municipais, intermunicipais e estaduais, 15. f redes estaduais, nos últimos dois anos e meio), dando ocorridas em 2013, nas quais os sindicatos da educação 16. f sentido unitário à grande luta que se espalhou pelo tiveram protagonismo e conseguiram aprovar suas 17. f país. A correção do piso em 22,22%, em 2012, levou proposições e eleger número significativo de delegados/ 18. f a CNTE a enfrentar as reações dos gestores públicos, as para a etapa nacional. 19. f primeiro com a tentativa de reposição inflacionária Agenda central do debate da CNTE, desde 2010, 20. f pura e simplesmente pelo INPC, e, posteriormente, a tramitação do Plano Nacional de Educação aproxima- 21. f com aumento real insuficiente, contrapondo proposta se do fim com intensas disputas no Congresso 22. f construída pela CNTE, Campanha Nacional pelo Direito Nacional. A CNTE e as entidades educacionais tem 23. f à Educação e Undime, em âmbito de comissão especial apoiado a maior parte do substitutivo aprovado na 24. f criada exclusivamente para o assunto na Câmara dos Câmara dos Deputados, em 2012, embora o Senado 25. f Deputados, a qual se pautou no cumprimento da meta tenha feito alterações importantes que contam com 26. 17 do PNE. Em não tendo tramitado a mencionada o apoio dos trabalhadores em educação. A instalação 27. f proposta, a CNTE manteve a defesa do critério original do acampamento da CNTE em frente ao Congresso, 28. f de atualização da Lei do Piso. no segundo semestre de 2013, com visitas semanais 11. 29. f Ainda sobre a valorização dos trabalhadores em de representantes das entidades filiadas, constituiu- 30. f educação, a CNTE investiu na profissionalização dos se numa ação decisiva para que o PNE tivesse sua 31. f funcionários, a ponto de o programa Profuncionário ter tramitação acelerada. 32. f sido assimilado por todos os IFES e já ter ultrapassado a A aprovação do projeto de lei que destinou 33. f marca de 100 mil matrículas em 2013. Outra vitória dos royalties do petróleo e recursos do Fundo Social do 34. funcionários referiu-se à aprovação da Lei 12.796, que pré-sal para a educação teve a intervenção decisiva da 35. f estendeu os benefícios da formação inicial e continuada CNTE, em parceria com outras entidades da sociedade, 36. f dos professores a esse segmento da categoria. Além da no sentido de alcançar patamares mais vantajosos de 37. f regulamentação do piso salarial previsto no art. 206, repasses de verbas para a educação pública e a saúde. 38. f VIII da CF-1988, a CNTE também tem apoiado a Estima-se que a Lei 12.858 destine cerca de R$ 112 39. f aprovação do PL 2.826/11, que fixa diretrizes nacionais bilhões para a educação, nos próximos dez anos, o 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 43 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a que mesmo sendo insuficiente para atingir a meta no processo de reconstrução do Haiti, com verbas 2. a 20 do PNE – e por isso se faz necessária a luta por próprias e arrecadadas por meio de suas entidades 3. a novos recursos para a área –, essa fonte constitui ajuda filiadas. 4. a importante para políticas como a de valorização dos Acompanhando as demandas sociais, a CNTE 5. a profissionais da educação. criou, em 2010, os Coletivos LGBT, vinculado à 6. a A CNTE intensificou a luta pela homologação Secretaria de Direitos Humanos, e da Juventude. Já 7. a da Convenção 151 da OIT, em resposta a onda de as políticas de gênero e antirracismo mantiveram 8. a criminalização de greves e perseguição a dirigentes protagonismos através dos debates realizados pelos 9. a sindicais no país. As greves nos estados e municípios, respectivos coletivos e pelas publicações específicas 10. a na maioria dos casos, pautaram o cumprimento da que a CNTE lança anualmente em comemoração ao 11. Lei 11.738, seja para vinculação do piso nacional aos Dia Internacional da Mulher (revista Mátria) e da 12. a planos de carreira (sem que esses fossem achatados), Consciência Negra (jornal mural). Os coletivos da 13. a seja para garantir a aplicação da jornada mínima de 1/3 CNTE mantiveram-se como espaços privilegiados de 14. f (um terço) do trabalho extraclasse. A CNTE também debates, que embasam as propostas da entidade para as 15. f passou a monitorar e a apoiar a regularização de seus políticas públicas de diferentes áreas. 16. f sindicatos filiados junto ao Ministério do Trabalho, A interação da CNTE com os movimentos 17. f como forma de impedir questionamentos judiciais sociais e com as instituições e fóruns governamentais 18. f relativos à legitimidade cartorial dos sindicatos; e ela mostrou-se intensa, tendo a Confederação mantido 19. f própria, CNTE, passou a contar, desde o final de 2013, assento no Conselho Nacional dos Direitos da 20. f com três federações em sua estrutura, o que lhe confere Mulher (CNDM), na Comissão Técnica Nacional de 21. f a prerrogativa de ingressar com ações constitucionais Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação 22. f perante o Supremo Tribunal Federal. dos Afro-brasileiros (CADARA), no Fórum Nacional 23. f As relações internacionais da CNTE foram de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, lançamento do no Comitê Técnico-Científico para a Formação dos Latino-Americano em Profissionais da Educação (CAPES) e no Conselho 26. parceria com a Internacional da Educação, entidade de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb em 27. f na qual a CNTE ocupa uma das presidências mundiais nível nacional. A continuidade do projeto DST-AIDS 28. f e a vice-presidência latino-americana. O encontro tornou-se referência na luta de combate ao preconceito 29. f de encerramento da primeira fase do Movimento e de prevenção a AIDS/DST nas escolas. Nos últimos 30. f Pedagógico ocorreu em Pernambuco-PE, durante as três anos, a CNTE se fez presente, com representações 31. f comemorações póstumas aos 92 anos de Paulo Freire, de sua diretoria e sindicatos filiados, nas conferências 32. f e a CNTE realizou sua 8ª Conferência de Educação em nacionais de educação, cultura, juventude, mulheres, 33. f ano anterior, também em Pernambuco, precedendo à LGBT e da igualdade racial. A entidade também 34. atividade da IEAL. A CNTE buscou estreitar relações participou do comitê organizador da 3ª Conferência 35. f com os sindicatos de língua portuguesa, especialmente Nacional Contra o Trabalho Infantil e do 1º Fórum 36. f da África, contribuindo com experiências na área da Mundial de Direitos Humanos. 37. f formação sindical. A Confederação ainda integrou O Departamento Nacional de Especialistas 38. f as lutas dos trabalhadores em educação do Chile, da Educação promoveu seminário sobre formação 39. f Argentina, Bolívia, Paraguai, Honduras e tem ajudado profissional, currículo e projeto político pedagógico, 24. f marcadas 25. f Movimento 44 especialmente Pedagógico pelo 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a dentro de sua nova concepção de promoção de debates escola pública promova ampla e contínua luta contra o 2. a pedagógicos; e a secretaria de Formação, com auxílio preconceito e a intolerância. 3. a da Esforce, deu sequência aos cursos de formação Combate ao racismo – embora o Brasil tenha 4. a sindical e às publicações da revista Retratos da Escola registrado avanços nas últimas décadas em relação aos 5. a e da coleção Cadernos de Educação. indicadores sociais de sua população negra, que perfaz 6. a A política de comunicação da CNTE manteve cerca de 52% do total, os desafios continuam enormes. 7. a forte relação com as afiliadas, através de dois encontros Segundo dados do IBGE, em 2008, o número de jovens 8. a nacionais, e com a categoria e a sociedade dialogou por negros de 18 a 25 anos vítimas de homicídio foi 134% 9. a meio de boletins eletrônicos semanais, da publicação maior do que o de jovens brancos. Entre 1992 e 2009, 10. a de jornais murais impressos e da atualização do sítio os rendimentos médios da população negra cresceram 11. 56%, ante um aumento de 39% entre os trabalhadores eletrônico da Entidade. Entre as atividades temáticas promovidas pela brancos. No entanto, a diferença entre uns e outros 13. a CNTE, destaque para os encontros regionais e nacional continua significativa: na década de 1990, o rendimento 14. f dos/as trabalhadores/as em educação aposentados/ dos negros equivalia a 50% do dos brancos, em 2009, 15. f as e para a pesquisa desenvolvida pela Secretaria esta proporção passou a 57%. Em 1997, 57,7% dos 16. f de Aposentados e Assuntos Previdenciários junto negros brasileiros eram pobres. Dez anos depois, eram 17. f a trabalhadores aposentandos; para os encontros 41,7%. Entre os brancos, o percentual caiu de 28,7% 18. f regionais e nacional do DEFE; o encontro jurídico que para 19,7% no mesmo período. A taxa de analfabetismo 19. f discutiu a aplicação da Lei do Piso após o julgamento em 1992 era de 10,6% para brancos e 25,7% para 20. f de mérito da ADI 4.167; as oficinas sobre financiamento negros; em 2009, 5,94% para brancos e 13,42% para 21. f da educação e piso salarial voltadas aos sindicatos negros. No ano de 1992, apenas 1,5% dos jovens negros 22. f municipais e estaduais com base municipal; e os entre 18 e 24 anos estavam na universidade. Em 2009, 23. f seminários que antecederam as reuniões do Conselho eram 8,3%. Entre os jovens brancos, essas matrículas 24. f Nacional de Entidades, onde foram abordados temas triplicaram no mesmo período – de 7,2% para 21,3%. 25. f relevantes para a atuação dos sindicatos filiados. 12. a Os indicadores sociais não deixam dúvida de quão acertada é a política de reserva de vagas 26. 27. f Políticas permanentes nas universidades públicas para negros e indígenas, 28. f Em meio à profunda crise mundial, que afeta introduzida pela Lei 12.711, a qual acabou sendo 29. f todas as nações de forma mais ou menos intensa, ratificada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento 30. f as políticas com foco na retomada do crescimento da ADIn movida pelo Partido Democratas contra a Lei 31. f econômico não podem prescindir de ações do Estado de Cotas. Também segue na direção correta a iniciativa 32. f com vistas a superar as desigualdades e a promover do Executivo Federal, que encaminhou projeto de lei 33. f o respeito à diversidade, sobretudo em países como o (PL 6.738/13) ao Congresso destinando 20% das vagas 34. Brasil, de origem pluricultural e multiétnica. em concursos públicos federais para negros. Contam 35. f Como forma de garantir direitos às populações com o apoio dos trabalhadores em educação, as 36. f vulneráveis e/ou expostas às diversas formas de políticas governamentais requeridas pela Conferência 37. f discriminação e intolerância, a CNTE manterá sua Nacional de Promoção da Igualdade Racial, entre as 38. f pauta de luta pela igualdade étnico-racial e de gênero e quais se destacam: a criação do Sistema Nacional 39. f pelo respeito às diversidades, contribuindo para que a de Promoção da Igualdade Racial, a priorização de 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 45 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a territórios indígenas e quilombolas para a consecução participação das mulheres na Câmara dos Deputados 2. a dos programas Mais Médicos, Luz para Todos e outros; é de 9% e no Senado de 10%. Nas últimas eleições 3. a o programa Juventude Viva, que desenvolve ações para legislativas, a média de candidatas à Câmara Federal 4. a a inclusão de jovens negros vulneráveis à violência; além foi de 19% e para as assembleias legislativas, 21%. 5. a do apoio do Executivo ao PL 4.471/12, que acaba com Apesar da Lei Maria da Penha, instituída em 2006, a 6. a os “autos de resistência”, ferramenta criada pela ditadura taxa de mortalidade de mulheres, em 2011, superou a 7. a para encobrir execuções de perseguidos políticos e que do período anterior à Lei, alcançando o patamar de 5,43 8. a ainda hoje contribui com o genocídio da juventude negra. por 100 mil habitantes contra 5,41 em 2001 (IPEA- 9. a Em âmbito escolar, o Coletivo Antirracismo 2012). Em média ocorrem 5.664 mortes de mulheres por 10. a Dalvani Lellis da CNTE tem contribuído para a causas violentas a cada ano, 472 a cada mês, 15,52 a cada 11. implementação das leis 10.639 e 11.645 nas escolas dia, ou uma a cada hora e meia. A maior parte das vítimas 12. a brasileiras, dado que a maioria dos sistemas de era negra (61%), residia nas regiões Nordeste (87%), Norte 13. a ensino ignora solenemente essa temática curricular (83%) e Centro-Oeste (68%) e detinha baixa escolaridade 14. f que é imprescindível para passar a limpo a história (48% das com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos 15. f da formação do povo brasileiro, assim como para de estudo). 16. f conscientizar as novas gerações sobre as origens do Diante dos desafios apresentados, a CNTE manterá 17. f racismo e seu caráter opressivo e de marginalização sua atuação, através da Secretaria de Relações de Gênero 18. f dos povos afrodescendentes e indígenas, quase sempre e do Coletivo de Mulheres, no sentido de promover o 19. f encoberto pela falaciosa democracia racial em nosso empoderamento da mulher em todas as relações sociais, 20. f país. bem como de exigir do Poder Público o cuidado com a 21. f Igualdade de gênero e ações contra a violência saúde e a integridade física e mental de mulheres vítimas 22. f à mulher – no Brasil, a mulher tem assumido cada de doenças características do sexo (câncer de mama e colo 23. f vez mais protagonismo na sociedade, a ponto de ter do útero e outras) e de violência doméstica. Da mesma 24. f alcançado o posto de Presidente da República. Mas é forma, pautará a luta por políticas públicas de combate 25. f preciso superar o machismo predominante em diversas ao assédio moral e sexual; pela descriminalização e 26. áreas, sobretudo no mundo do trabalho, na política e nas legalização do aborto e contra o projeto de estatuto 27. f relações conjugais marcadas pela violência doméstica. do nascituro, que proíbe inclusive o aborto em casos 28. f Após dez anos em queda, a PNAD-IBGE de estupro; e o impedimento à burla na contratação de 29. f registrou aumento na diferença salarial entre homens e mulheres com menor remuneração para o exercício de 30. f mulheres, passando de 73,7% em 2011 para 72,9% em funções semelhantes às desempenhadas por homens. 31. f 2012. Já a proporção de mulheres que ganham até 1 (um) Na esfera sindical, a CNTE perseguirá a orientação da 32. f salário mínimo é de 33,3% contra 23,7% dos homens. CUT para garantir a paridade de gênero em sua Diretoria 33. f 57,3% das pessoas desempregadas em 2012 eram do Executiva e de seus sindicatos filiados. No tocante à 34. sexo feminino. A educação, área com predominância reforma política, a posição da CNTE caminhará no 35. f feminina, detinha em 2009 uma diferença salarial de sentido de equiparar a representação de gênero, seja 36. f cerca de 40% em relação a outras profissões de mesmo através de listas alternadas (homem/mulher), seja 37. f nível de escolaridade (graduação). Embora represente pelo efetivo cumprimento da representação mínima 38. f 51,7% do eleitorado brasileiro, e mesmo com a estabelecida em Lei. 39. f Lei Eleitoral prevendo 30% de vagas nos pleitos, a 46 Direitos Humanos e LGBT – a luta da CNTE por 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a reforma agrária, pela demarcação das terras indígenas sem direito à infância e à escola de qualidade, enquanto 2. a e quilombolas, por igualdade de gênero, contra a outras 3,7 milhões de crianças e adolescentes estão 3. a homofobia, pela instituição do Sistema Nacional de efetivamente fora da escola. Neste sentido, a CNTE 4. a Educação – com equidade na oferta educacional em manterá presença nos fóruns nacionais dos Direitos 5. a todo país –, entre outras bandeiras, tem por objetivo da Criança e do Adolescente (DCA) e de Prevenção e 6. a promover a superação das desigualdades que assolam Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), bem como 7. a pobres, negros, índios, mulheres, LGBT, trabalhadores na comissão organizadora da Marcha Mundial Contra o 8. a rurais e sem terras e demais segmentos vulneráreis da Trabalho Infantil, como forma de contribuir na luta pela 9. a sociedade, com respeito às diversidades étnico-raciais, erradicação do trabalho infantil no Brasil e no mundo. 10. a culturais, de gênero e de orientação sexual. O Plano Aposentados: respeito, proteção e dignidade – Nacional de Educação em Direitos Humanos é um a CNTE foi uma das pioneiras na luta contra as reformas 12. a instrumento da luta dos trabalhadores em educação, da Previdência Social no Serviço Público, em especial 13. a que buscam contribuir para que todos e todas tenham as que puseram fim à paridade e à integralidade nos 14. f acesso à educação pública de qualidade e emancipadora. vencimentos fixados abaixo do teto do funcionalismo, 15. f A presença da CNTE no Conselho Nacional de Direitos uma vez que o serviço público não dispõe de 16. f Humanos e o pleito da Confederação para integrar o poupança compulsória do FGTS, tampouco admite 17. f Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial aos servidores terem outras fontes de renda permitidas 18. f caminham na direção do protagonismo na luta pelos aos trabalhadores da iniciativa privada. Além de 19. f direitos humanos no país. No tocante à pauta LGBT, a garantir os direitos dos/as educadores/as aposentados/ 20. f CNTE condena as ações de parlamentares e os projetos as, a CNTE e seus sindicatos devem manter atuação 21. f de lei em trâmite no Congresso, sobretudo aqueles junto aos governos das três esferas administrativas, 22. f protocolados na gestão do pastor Marco Feliciano no sentido de implementar ações previstas no Estatuto 23. f na presidência da Comissão de Direitos Humanos da e na Política Nacional do Idoso (leis 10.741/03 e 24. f Câmara dos Deputados, pois, além de contraporem os 8.842/94, respectivamente). Dentre essas ações, estão 25. f princípios dos direitos humanos, fomentam a violência, a adequação de currículos, metodologias e material 26. o preconceito e a intolerância na sociedade. A CNTE didático aos programas educacionais destinados ao 27. f manterá sua luta contra a homofobia pautada na idoso, e a inserção nos currículos escolares de conteúdos 28. f laicidade do Estado e da educação pública, em políticas voltados para o processo de envelhecimento, visando 29. f de promoção do respeito às diferenças, apoiando a a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos 30. f aprovação do projeto de lei (PL 122/06) que criminaliza sobre o assunto. O fim do fator previdenciário e a 31. f a homofobia, participando das conferências nacionais desaposentação, que consiste no direito de o aposentado 32. f LGBT e fomentando a criação de coletivos LGBT nos que retornou ao trabalho poder solicitar novo benefício 33. f sindicatos filiados vinculados ao Coletivo Nacional da de maior valor, devem constituir pautas permanentes 34. CNTE. de todos os trabalhadores. Na educação, a lei do piso 11. 35. f Trabalho infantil: lugar de criança é na escola do magistério não garante a paridade entre os sistemas 36. f – embora a Pnad-IBGE/2012 tenha registrado queda estatutário e celetista, e a questão permanece sendo um 37. f de 21% no trabalho infantil entre 2011 e 2012, e de desafio a ser enfrentado pela CNTE. 38. f 67% desde 2000, o Brasil ainda possui meio milhão Saúde do/a trabalhador/a em educação – as 39. f de crianças trabalhadoras entre 5 e 13 anos de idade, más condições de trabalho nas escolas públicas, a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 47 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a falta de segurança, a tensão no relacionamento entre melhor distribuição de renda, com emprego e bem 2. a os atores escolares e a baixa valorização salarial da estar social. Neste sentido, a próxima gestão da CNTE 3. a categoria – responsável pelas múltiplas jornadas e concentrar-se-á nas seguintes estratégias e ações: 4. a até mesmo pelo desdobramento dos profissionais em Lutas gerais – Defender o socialismo como 5. a outras atividades por necessidade para compor a renda caminho para a retomada dos avanços civilizatórios 6. a familiar –, ainda são os motivos centrais dos problemas da humanidade; Participar dos movimentos pela 7. a de saúde que afastam muitos professores e funcionários autodeterminação, soberania das nações e liberdade 8. a de suas atividades habituais nas escolas públicas. A luta dos povos; Cobrar dos organismos multilaterais e dos 9. a da CNTE pelo piso, carreira e jornada busca melhorar chefes de estado e de governo das nações maior controle 10. a as condições de vida e trabalho dos profissionais da do capital e a democratização das representações 11. escola pública, e deve ser complementada com políticas nas instâncias da ONU; Integrar ações de combate 12. a de prevenção e tratamento às doenças características às políticas beligerantes das potências mundiais e 13. a da profissão e por programas de readaptação e/ou de atuar em campanhas nacionais e internacionais pela 14. f reenquadramento funcional dos/as educadores/as em paz, pelo respeito ao meio ambiente e à dignidade 15. f tratamento de saúde. humana; Apoiar a integração das Américas, sobretudo 16. f Juventude em pauta – as manifestações através da Unasul; Cultivar a solidariedade entre os 17. f de junho de 2013 fez ressurgir o protagonismo da trabalhadores e suas organizações, em âmbito local, 18. f juventude no país, que exige políticas públicas de nacional e internacional; Envolver os trabalhadores 19. f melhor qualidade para todos. Através do Coletivo da brasileiros nas ações internacionais desenvolvidas 20. f Juventude, a CNTE intensificará a cobrança de pautas pela IE e CEA; Atuar no processo de reformas do 21. f que mantêm a Confederação sintonizada com os jovens Estado, com vistas a amoldar a estrutura de poder e 22. f brasileiros, em especial quanto à implementação da as políticas públicas às necessidades da população e 23. f escola integral, do acesso à educação profissional e a promover os direitos da classe trabalhadora; Cobrar 24. f ao emprego, e de proteção à violência e às drogas. No transparência, ética e participação social dos gestores 25. f campo sindical, o foco deve ser a formação de novos em relação às políticas e ao erário público; Contra a 26. dirigentes e o consequente ingresso da juventude nas corrupção e a impunidade; Cobrar o aprofundamento 27. f direções dos sindicatos, e o fortalecimento das políticas das políticas sociais, responsáveis pela elevação da 28. f de valorização profissional da categoria para garantir condição de vida do povo brasileiro; Mobilizar a base 29. f o ingresso de novos professores e funcionários nos da CNTE para aprofundar as ações pautadas pelas 30. f sistemas públicos de educação básica. centrais, em especial pela CUT, que visam ampliar os direitos da classe trabalhadora; Lutar contra o PL 31. f 32. f Plano de lutas 4.330/04; Integrar a luta pela reforma tributaria que A luta dos/as trabalhadores/as em educação taxe o grande capital e reverta o caráter regressivo dos 34. por escola pública gratuita, democrática, laica e de impostos no Brasil; Por reforma política que assegure 35. f qualidade socialmente referenciada para todos/as e o pluralismo partidário, fortaleça os partidos, institua o 36. f em todos os níveis, etapas e modalidades, aproxima a financiamento público e amplie a participação popular 37. f CNTE das pautas universais da sociedade brasileira e nas instâncias de poder; Promover a liberdade e a 38. f mundial, que requer mais democracia, inclusão social, autônima sindical – contra a repressão aos sindicatos e 39. f políticas públicas de qualidade e com acesso universal, às lideranças sindicais; Lutar pela redução da jornada 33. f 48 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a de trabalho sem redução de salário, pela valorização na meta 18 do PNE; Lutar para que a União assuma 2. a do salário mínimo e das aposentadorias, pelo direito o compromisso de suplementar o pagamento do piso 3. a de greve no serviço público, pela regulamentação da salarial vinculado aos planos de carreira dos educadores/ 4. a Convenção 151 da OIT; Lutar contra o aumento da taxa as, nos estados e municípios, e também do Custo 5. a de juros e o superávit primário e pelo aprofundamento Aluno Qualidade; Mobilizar a categoria em torno da 6. a das políticas sociais responsáveis pela elevação da institucionalização da política nacional de formação e 7. a condição de vida do povo brasileiro; Lutar contra profissionalização dos/as trabalhadores/as em educação 8. a qualquer reforma do Estado que vise retirar direitos; (professores, especialistas e funcionários da educação), 9. a Lutar por reforma agrária, urbana e contra os leilões com oferta gratuita, presencial no caso de graduação, 10. a de petróleo; Lutar pela Previdência Pública, pela e preferencialmente ofertada em instituições públicas 11. paridade e integralidade no serviço público e contra de ensino superior; Lutar pela aprovação do projeto de 12. a qualquer reforma do Estado que vise retirar direitos; lei nº 2.826/11, que visa fixar as diretrizes nacionais 13. a Lutar em defesa do meio ambiente, da Amazônia, para a carreira dos profissionais da educação; Subsidiar 14. f dos povos indígenas e pela erradicação da miséria; a atuação dos sindicatos filiados nos processos de 15. f Cobrar do Poder público a aprovação de novo marco elaboração dos planos estaduais, distrital e municipais 16. f regulatório para a atuação da mídia no Brasil, à luz da de educação, à luz do PNE; Lutar pela implementação 17. f democratização dos meios de comunicação. do Sistema Nacional de Educação como medida 18. f Pautas educacionais – Mobilizar a sociedade equalizadora do atendimento educacional no país, à luz 19. f com vistas à ampliação do direito à educação pública, de da regulamentação do Custo Aluno Qualidade; Lutar 20. f qualidade social, inclusiva, democrática, laica, de tempo contra a terceirização e a precarização das condições 21. f integral, através de mais financiamento público (10% de trabalho, em especial dos funcionários da educação, 22. f do PIB para a educação pública), da gestão democrática e exigir a ampliação do projeto Profuncionário e de 23. f e da valorização dos educadores; Cobrar a instituição cursos tecnológicos também voltados aos funcionários 24. f de novas fontes de recursos para a educação pública, – à luz da Lei 12.796 e da meta 15 do PNE; Participar 25. f em especial provindas de aumento dos percentuais de dos fóruns de governo, em especial dos da educação, 26. vinculação constitucional, do imposto sobre grandes com vistas a propor e disputar projetos de interesse 27. f fortunas, de aumento da alíquota do imposto sobre da categoria e da classe trabalhadora; Promover a 28. f heranças e de maior incidência das contribuições capacitação das entidades e dos/as conselheiros/ 29. f sociais nas políticas de educação; Promover a Semana as sindicais que integram colegiados públicos, em 30. f Nacional em Defesa da Escola Pública, com dias especial de fiscalização do Fundeb e de outras políticas 31. f de paralisação nos estados e municípios, e realizar educacionais; Articular com entidades de base e 32. f Marcha Nacional em torno das principais bandeiras da movimentos sociais a ampliação de espaços formativos 33. f educação e de seus trabalhadores/as; Pela aprovação à qualificação política e sindical, especialmente por 34. da Lei de Responsabilidade da Educação e revisão da meio do programa de formação da CNTE; Fortalecer os 35. f LRF, para que esta não prejudique as metas do PNE; coletivos temáticos da CNTE e as políticas permanentes, 36. f Manter a luta pela implantação imediata e integral da inclusive de LGBT, com apoio ao PL 122/06 e às ações 37. f Lei 11.738 e mobilizar a categoria pela regulamentação públicas de combate a homofobia; Lutar em defesa 38. f do Piso Salarial Nacional para todos os profissionais da segurança e promoção da saúde dos trabalhadores, 39. f da educação, previsto no art. 206, VIII da CF/1988 e com a constituição de comissões internas nos locais de 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 49 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a trabalho e no serviço público; Incentivar os projetos Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos, 2. a de prevenção às DST/AIDS; Integrar as campanhas Secretaria de Saúde dos(as) Trabalhadores(as) em 3. a nacionais pelo direito a saúde pública das mulheres Educação, Secretaria de Assuntos Municipais, Secretaria 4. a e pela descriminalização do aborto; Divulgar a Lei de Direitos Humanos, Secretaria de Funcionários da 5. a Maria da Penha nos Sindicatos filiados e nas escolas; Educação, Secretaria-Adjunta de Funcionários da 6. a Intervir no processo de escolha dos livros didáticos, Educação e .... (...) Secretarias Executivas. 7. a evitando estereótipos contra mulheres, aposentados/ Justificativa 8. a idosos, negros e qualquer posição discriminatória Ao longo de seus 19 anos de existência, o DEFE 9. a e inferiorizada de grupos sociais; Promover o consolidou sua organização, pautado no debate da 10. a engajamento dos trabalhadores em educação em unificação, da identidade e da profissionalização dos 11. todos os espaços de formulação de políticas públicas; trabalhadores em educação. Na última década, os 12. a Apoiar a luta pela inclusão de alunos portadores de funcionários foram reconhecidos como profissionais da 13. a necessidades especiais; Apoiar as políticas de cotas educação na LDB e passaram a ter acesso aos mesmos 14. f nas universidades e no serviço público; Denunciar a níveis de formação dos professores. Agora, esse 15. f violência contra a população negra, em especial que segmento de nossa categoria aguarda a regulamentação 16. f levam ao extermínio da juventude negra; Apoiar e do piso salarial e das diretrizes nacionais de carreira 17. f monitorar a implementação das Leis 10.639 e 11.645; para concluir sua trajetória de lutas e conquistas 18. f Em defesa da regulamentação do Estatuto da Igualdade pela valorização profissional de mais de 1 milhão 19. f Racial, do Estatuto e da Política Nacional do Idoso; de trabalhadores. Diante da pujança do DEFE, do 20. f Desenvolver campanhas que apontem para questões amadurecimento do processo de unificação da CNTE 21. f sociais como: direito dos aposentados, das mulheres, e do consenso de seus membros quanto à necessidade 22. f da criança e do adolescente, contra o trabalho infantil de transformação do Departamento em Secretaria, 23. f e a homofobia, em apoio à luta indígena, quilombola e tal como ocorre na maioria dos sindicatos filiados, 24. f de outras etnias ou grupos minoritários. propõe-se a criação da Secretaria dos Funcionários da Educação e da Secretaria-Adjunta dos Funcionários da 25. f 26. Estatuto Educação na CNTE. 27. f 1. Emenda aditiva 2. Emenda aditiva 28. f Inclusão da Secretaria de Funcionários da 29. f Educação, com uma respectiva Secretaria-Adjunta. 30. f Adéqua-se o art. 74 do Estatuto. Atribuições da Secretaria de Funcionários da Educação. Art. 45 (renumerando-se os demais) – À Secretaria de Funcionários da Educação compete: 31. f Art. 23 – A Diretoria Executiva Nacional é órgão 32. f da CNTE, composto dos seguintes cargos: Presidência, 33. f Vice-Presidência, Secretaria de Finanças, Secretaria pertinentes 34. Geral, Secretaria de Relações Internacionais, Secretaria Funcionários, no âmbito da CNTE; 35. f de Assuntos Educacionais, Secretaria de Imprensa e 36. f Divulgação, Secretaria de Política Sindical, Secretaria políticas 37. f de Formação, Secretaria de Organização, Secretaria de específicas dos Funcionários. 38. f Políticas Sociais, Secretaria de Relações de Gênero, Justificativa 39. f Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários, 50 a) coordenar e desenvolver as atividades ao segmento dos trabalhadores b) subsidiar a Diretoria e as afiliadas, formulando e coordenando campanhas nacionais A presente emenda complementa o processo de 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a criação da Secretaria dos Funcionários da Educação, ................................................ e .... (...) Secretarias 2. a tratado na emenda anterior, dispondo das principais Executivas. § 3º - Serão eleitos .... (....) suplentes, que poderão 3. a atribuições da nova Secretaria. 4. a 3. Emenda aditiva ascender à Diretoria Executiva em caso de vacância do 5. a titular do cargo, respeitando-se a proporcionalidade do Instituição da paridade de gênero na Diretoria 6. a Executiva da CNTE Congresso que elegeu a Diretoria. 7. a Justificativa Art. 23, § 1º (renumerando os demais) – A 8. a Diretoria Executiva Nacional será composta mediante Na última década, dezoito novos sindicatos 9. a a representação paritária entre homens e mulheres. de base municipal filiaram-se a CNTE, passando a 10. a Justificativa estrutura da Confederação de 29 entidades filiadas 11. As mulheres representam mais de 80% da para 47. O número de associados passou de 701 mil 12. a categoria dos trabalhadores em educação no nível básico, para 1,1 milhão de sócios, em decorrência também das 13. a e a luta histórica da CNTE e da CUT é pela paridade campanhas de filiação desenvolvidas pelos sindicatos 14. f de gênero tanto na política com nas representações anteriormente associados. O aumento expressivo das 15. f social e sindical, a fim de promover o empoderamento demandas da CNTE não se deu apenas no número de 16. f das mulheres. Seguindo as deliberações da 13ª Plenária entidades e sócios. Nos últimos anos, a Entidade criou 17. f Nacional da CUT e do 11º CONCUT, a CNTE antecipa- três novas secretarias (Assuntos Municipais, Direitos 18. f se à orientação da Central no sentido de estabelecer a Humanos e Saúde do Trabalhador em Educação) e 19. f paridade de gênero em sua Diretoria Executiva. dois coletivos (Juventude e LGBT), de modo que as 20. f 4. Emenda aditiva demandas aumentaram em proporção superior ao 21. f 22. f Instituição de convidado permanente na Diretoria quadro de dirigentes. 6. Emenda aditiva Executiva da CNTE. Definição do critério da proporcionalidade para 23. f Art. 23, § 5º - Os/As representantes da CNTE em 24. f entidades internacionais, desde que não sejam membros 25. f da Diretoria Executiva, poderão participar das reuniões 26. da instância, apenas com direito à voz. para composição da Diretoria Executiva, atenderá as 27. f Justificativa regras definidas no regimento eleitoral aprovado no a composição da Diretoria Executiva. Art. 23, § ... – O critério da proporcionalidade, Congresso Nacional da CNTE. 28. f A emenda objetiva garantir a plena socialização 29. f dos temas relacionados à política internacional da 30. f CNTE, mantendo o/a representante da CNTE em A emenda tem por objetivo suprir lacuna das 31. f entidades internacionais – desde que não seja membro versões anteriores do estatuto da CNTE, que não faz 32. f da Direção Executiva – atualizado ao debate da menção ao critério da proporcionalidade utilizado para 33. f Confederação, e vice-versa. a composição da Diretoria Executiva da Entidade. 34. 5. Emenda modificativa 35. f Aumento de membros da Diretoria Executiva da 36. f CNTE e dos respectivos suplentes, em número a ser 37. f definido no Congresso. Assinam a resolução: Diretoria Executiva: Roberto Franklin de Leão (SP), Antonio Lisboa (DF) Marta Vanelli 38. f Art. 23 – A Diretoria Executiva Nacional é órgão 39. f da CNTE, composto dos seguintes cargos: ................ 32o Congresso Nacional Justificativa dos Trabalhadores em (SC), Fátima Aparecida da Silva (MS), Heleno Araújo Educação Filho (PE), Gilmar Soares Ferreira 51 Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a (MT), Selene Michelin Rodrigues (RS), Marilda de FETEMS/MS: Roberto Magno Botareli Cesar, 2. a Abreu Araújo (MG), Marco Antonio Soares (SP), Jaime Teixeira, Maria Ildonei de Lima Pedra, Sueli 3. a Zezinho Prado (SP), Joaquim Juscelino Linhares Cunha Veiga Melo, Deumeres Batista de Moraes. SINTEP/ 4. a (CE), Claudir Mata Magalhães (RO), Coordenador MT: Henrique Lopes do Nascimento, Miriam Ferreira 5. a do DEFE Edmílson Lamparina (DF) e Coordenadora Botelho, 6. a do DESPE Maria Madalena A. Alcântara (ES). Jocilene Barboza dos Santos, 7. a Dirigentes da CUT: João Felicio (SP), Antonio Castro. SINTEPP/PA: Hamilton Correa, Almira 8. a Lisboa (DF) e Celestino Lourenço (MG). SINTEAC/ Luz, João dos Santos Andrade, Waldira do Perpétuo 9. a AC: Rosana Sousa do Nascimento, Zuila dos Santos Socorro Calado Dias. SINTEP/PB: Edvaldo Faustino 10. a Assef, Ronilton Honorato da Silva, Lúcia Ribeiro de da Costa, Francisco de Assis Pereira Maia, Valdirismar 11. Oliveira, Maria Almira da Silva Lima. SINSEPEAP/ Guelda Cristina de Oliveira Andrade, Ferreira Alves, Doralice Vieira de Paulo Xavier Batista, Marquisia 12. a AP: Ivaneia de Souza Alves, Luiz Afonso de Souza Pereira Vieira. SINTEM – João Pessoa/PB: Maria da 13. a Rodrigues, Mirlene Socorro de Souza Rodrigues, Penha Araújo, Raquel Sabino, Valdegil Daniel de Assis, 14. f Marco Antonio de Lima Nunes, Orlando Temistocles Gilberto Cruz e José Mário Caldas. SINTEPE/PE: 15. f Cruz Arnaud. SINDIUTE/CE - Ana Cristina Fonseca Fernando Melo, Paulo Rocha, Marinalva Lourenco, 16. f Guilherme da Silva, Gardênia Pereira Baima, Cândida Severina Porpino, Cleidimar Barbosa. SINTE/PI: 17. f Maria Carvalho Lobato, Cecília Gonçalves Vieira, Odeni de Jesus da Silva, Manoel Rodrigues Lima, 18. f Maria Suzana Cavalcante Moreira. APEOC/CE: Paulina Pereira da Silva Almeida, Franciso das Chagas 19. f Helder Nogueira Andrade, Sérgio Bezerra e Silva Neto Oliveira Silva e Antonia Ribeiro Cardoso. APP/PR: 20. f e Terezinha de Jesus dos Santos. SAE/DF: Denivaldo Veroni Salete Del’Ré, Elizamara Goulart Araujo, 21. f Alves do Nascimento, Damião Ornilo de Medeiros, Celso José dos Santos, Mario Sergio Ferreira de 22. f Ricardo Andrade Vasconcelos, João Batista Ferreira Souza, Rose Mari Gomes, Luiz Santos. OPOSIÇÃO 23. f da Silva, Rosenilda Santos Almeida. SINPRO/DF: SEPE: Sandra Maria de Melo Bertagnoni, Elson 24. f Rosilene Correa Lima, Maria Irene Lino de Carvalho, Simões de Paiva, Norma Dias da Costa, Marco Tulio 25. f Aline Bueno, Isabel Portuguez de S. Felipe, Julio Cezar Paolino, Maria das Graças Gomes Franco. SINTE/ 26. Barros de Farias Luciana Custodio de Castro, Monica RN: José Teixeira, Maria de Fátima Oliveira Cardoso, 27. f Caldeira Schimidt. SINDIUPES/ES: José Cristhovam Francisco de Assis Ferreira da Silva, Ionaldo Tomaz 28. f Mendonça Filho, Paulo Loureiro de Araújo, João da silva, Sergio Ricardo Carvalho de Oliveira, Miguel 29. f Paulo de Cardoso Farias, Noemia Simonassi, Alex Salustiano. SINTERO/RO: Manuel Rodrigues da 30. f Menezes Pereira. SINTEGO/GO: Iêda Leal de Souza, silva, Haroldo Felix de Santana, Lodeilson Fernandes 31. f Alba Valeria Lemes Lauria, Reginaldo de Oliveira da Silva, Francisca Dinis de Melo Martins, Maria 32. f Guimarães, Maria Euzébia de Lima (Bia), Suely Lucina Mota. SINTER/RR: Ornildo Roberto de 33. f Correia Sales Coutinho, Inguilêza Pires de Miranda, Souza, Josinaldo Barboza Bezerra, Flávio Bezerra 34. Pedro Soares, Omar Roni Silva, Erly Alves de Moraes, da Silva, Jefferson de Souza Dantas, 35. f Roseane Ramos S. dos Santos. SINTERPUM - Timon/ Edizio Marculino. CPERS/RS: Simone Goldschmidt, 36. f MA: Francisca Mendes Paiva, Norma Viana. Sind- Ida Irma Dettmer, Sonia Solange Santos, Glaci Weber 37. f UTE/MG: Lecioni Pereira Pinto, Feliciana Alves e Antonio Andreazza. SINTERG –Rio Grande/ 38. f do Vale Saldanha, Nivalda Maria Perobelli, Manoel RS: Suzane Barros Acosta, Doris Regina Nogueira. 39. f Rosalvo Pereira, Beatriz da Silva Cerqueira APMI - Ijuí/RS: Adriana Noronha. SINPROCAN – 52 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Francisco Educação Caderno de RESOLUÇÃO 5 Resoluções » 1. a Canoas/RS: Jari Rosa de Oliveira. SINPROSM – 2. a Santa Maria/RS: Martha Izabel Pauler Najar. SINTE/ 3. a SC: Anna Julia Rodrigues, Sandro Cifuentes, Carlos 4. a Alberto Lopes Figueiredo, Ilone Moriggi e Cassiano 5. a Marafon. SINDIPEMA – Aracaju/SE: Adelmo 6. a Meneses Santos, Marcia Cristina da Cruz Aragão, 7. a Maria de Lourdes da Conceição Almeida, Maria Magna 8. a Araujo Santos. AFUSE/SP: Joao Marcos de Lima, 9. a Dirceu de Castro Silveira, Sidnei Cravinhos Xavier, 10. a Lizete Maria da Costa Marques, Valfrido de Oliveira, 11. Antonio Marcos d’Assumpção, Rosana Aparecida da 12. a Silva. APEOESP/SP: Maria Izabel Noronha Bebel, 13. a Fabio Santos de Moraes, Natalina Lourenço, Sueli, 14. f Ariovaldo de Camargo, Roberto Felício e Flaudio 15. f Azevedo. SINPEEM – São Paulo/SP: Cleiton Gomes 16. f da Silva, João Batista Nazareth Junior, Ricardo Pinto, 17. f Silvio Lisboa, José Augusto. SINTET/TO: José Roque 18. f Rodrigues Santiago, Carlos de Lima Furtado, Rosimar 19. f Mendes Silva, Sílvínia Pereira de Sousa Pires, Jules 20. f Rimet Trajano Silva, Gercina dos Santos Andrade. 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 53 Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » Articulação de Esquerda Sindical 1. a 2. a 3. a “Aos que desistiram antes da hora. Aos que enrolaram suas bandeiras. 4. a 5. a Aos que trocaram de camisa. Aos que se deixaram tomar pelo desespero. E aos 6. a que continuaram acreditando no socialismo e na revolução, quase com a mesma 7. a intensidade com que acreditam em bruxas e duendes”. A todos esses, nós sempre dissemos: calma, a burguesia não nos faltará. Mais 8. a 9. a cedo ou mais tarde, ela devorará seu disfarce de pele de cordeiro. Mais cedo ou mais 10. a tarde, alguém gritará: o rei está nu. Mais cedo ou mais tarde, nós voltaremos. E assim foi. Pouco importa quem tenha sido o primeiro: os zapatistas? Os sem- 11. 12. a terra? Os grevistas da França? Da Bélgica? Os da Coréia do Sul? Os guerrilheiros 13. a que desmascararam Fujimori? Não importa quem tenha sido o primeiro, até porque 14. f nunca houve um último. A luta nunca cessou. Apenas muitos andaram um pouco 15. f surdos. Agora mais gente escuta. E mais gente faz barulho. Preparemos, pois, com grande estilo, pompa e circunstância, a entrada do Brasil 16. f 17. f no século XXI. Quem quiser vir conosco, prepare o corpo, a alma e principalmente o 18. f humor. Porque os bons tempos voltaram (...)”. 19. f 20. f (Trecho da resolução da AE “Uma Estratégia Socialista Para o Brasil, coletânea 21. f Socialismo ou Barbárie”). 22. f 23. f CONJUNTURA INTERNACIONAL diversas formas alternativas de capitalismo. E sempre 24. f Passamos por um momento onde o mundo se existe o risco de que as forças capitalistas, na luta por 25. f encontra sob tripla influência: uma profunda crise do manter o sistema de opressão e exploração, ameacem a 26. capitalismo, a deterioração da hegemonia dos Estados sobrevivência da humanidade. 27. f Unidos e a emergência de novos centros de poder. Portanto, vivemos e atuamos em um momento 28. f Uma situação de instabilidade, marcada por profundos histórico de muitos perigos, muitas possibilidades, 29. f conflitos sociais, crises políticas agudas e conflitos mas também de muitas esperanças, sentimento que 30. f militares cada vez mais perigosos. Não é possível predomina na América Latina, onde a esquerda e 31. f vislumbrar uma saída de curto prazo. E tampouco está as forças progressistas governam numerosos países 32. f claro qual será o desenrolar da crise no médio e longo há mais de uma década, ampliando a democracia, o 33. f prazo, uma vez que este está sendo construído aqui e bem estar social, a soberania nacional e a integração 34. agora pelos conflitos entre as forças políticas e sociais do continente. É evidente o contraste entre a política 35. f de cada Estado, e da disputa entre Estados e blocos implementada pelos países da América Latina e 36. f em escala planetária. Pode ser que, como em outros pelos Estados Unidos e Europa, onde prevalecem os 37. f momentos, o capitalismo sobreviva a sua própria interesses da plutocracia financeira e imperialista. Os 38. f crise, ainda que a imenso custo social. Mas também é Estados Unidos segue com seu esforço para recuperar 39. f possível que surjam sociedades socialistas, assim como a hegemonia global, sem a qual a sua economia não 54 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a se sustenta. Enquanto os EUA buscam recuperar a diferenciada da era neoliberalizante de FHC, pois os 2. a liderança, na Europa ocorre a desarticulação do que principais processos de privatização foram estancados, 3. a se imaginou ser um possível bloco concorrente. Na houve mudanças significativas na política externa, 4. a Europa, diante da crise, sua classe dominante promove diminuindo consideravelmente a dependência dos 5. a o desmantelamento do “pacto social” constituído após EUA e da Europa, com importantes alternativas não 6. a a Segunda Guerra Mundial.. Por isso aumentam os só na América Latina como a criação de organismos 7. a conflitos, inclusive com ameaças nucleares, também como o BRIC. Contudo, ainda não temos um horizonte 8. a por isso os programas de austeridade fiscal europeus estratégico que aponte a concretização de uma efetiva 9. a não afetam a indústria bélica. transição de modelo de desenvolvimento, e continuamos 10. a A África e o Oriente Médio constituem um dos tendo uma oposição de direita que vê o Brasil numa cenários de conflito entre os blocos geopolíticos. Este posição de subordinação às economias centrais, e que 12. a é um dos motivos pelos quais EUA e Europa reagiram vê na diminuição do Estado o caminho para expandir 13. a tão rapidamente aos episódios conhecidos como seus negócios e mercantilizar os direitos sociais. 11. 14. f “Primavera Árabe”, intervindo na Líbia, Mali e na Na contingência de levar a eleição de 2014 ao 15. f Síria, além de preparar um ataque contra o Irã. A China, segundo turno como única alternativa de impor uma 16. f por sua vez, dá sinais de que enfrentará esta disputa derrota ao PT, a burguesia trata de articular alternativas 17. f geopolítica através do fortalecimento dos BRICS. Na competitivas. Expressões políticas da direita manobram 18. f América Latina a esquerda segue, cada um a cada forma de forma a melhor se posicionar para a disputa eleitoral 19. f e ao seu tempo, as vias do crescimento com igualdade, de 2014, como é o caso do ex-PPS, recém transformado 20. f justiça social, democracia, soberania, integração e em MD, flertando tanto com o PSDB como com as 21. f em muitos casos buscando construir uma sociedade possíveis “alternativas” surgidas de dissidências da atual 22. f socialista. É importante sintetizar os êxitos das forças “base governista”.Também a Rede-Sustentabilidade 23. f pró-mudança na região: retomada da soberania e de Marina, ancorada em financiamentos do grande 24. f independência nacional; ênfase em opções focadas empresariado, não conseguiu o seu registro junto 25. f no desenvolvimento, crescimento e redistribuição; ao TSE e agora ingressou no PSB, que se retirou do 26. democratização da economia; diminuição da pobreza governo Dilma, e muito provavelmente tentará articular 27. f e da desigualdade; aprofundamento da democracia uma terceira via, sem muita nitidez programática. 28. f e criação de novos espaços de participação popular. Os setores fundamentais da burguesia, que 29. f Por fim, é necessário expressar nossa solidariedade puderam conviver, ainda que sempre protestando 30. f aos milhões de imigrantes residentes nos Estados e sabotando, com diminuição do desemprego (e 31. f Unidos, muitos deles provenientes da América Latina redução do exército industrial de reserva) e aumentos 32. f e Caribe, em sua justa luta por direitos humanos, salariais (destacadamente o do salário mínimo) durante 33. f sociais e econômicos, a quem devemos apoiar sob o determinado tempo, não estão dispostos a permitir que 34. lema: “TODOS OS DIREITOS A TODOS E TODAS se consolide de maneira permanente um novo patamar 35. f MIGRANTES E SUAS FAMÍLIAS”. nas relações econômicas e sociais do país, pois isto implicaria num horizonte de redução de suas taxas de 36. f 37. f Brasil: mudar para seguir mudando lucro. Os traços principais desta “ofensiva burguesa” 38. f É inegável que os últimos 10 anos (dos governos são: uma mudança da conduta do grande capital frente 39. f Lula e Dilma) representam uma perspectiva política ao governo Dilma, as concessões do governo frente a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 55 Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a estas pressões, a postura crescentemente anti-petista mais mais ameaçados e acossados pelo agronegócio 2. a dos partidos da “base aliada”, a escalada de ataques e pela sua influência sobre o governo federal. Em 3. a diretos ao PT por parte da mídia e de setores do aparelho relação aos meios de comunicação persegue existindo 4. a de Estado, destacadamente do Judiciário. Parece claro um monopólio dos grandes meios de comunicação, que 5. a que a burguesia aposta no “fantasma da inflação” para se constituem na prática um “quarto poder” e seguem 6. a solapar um daqueles que devem ser os pilares centrais lesando o Estado Brasileiro, a exemplo das renuncias 7. a do governo Dilma nos anos 2013-2014, qual seja, fiscais ou da sonegação de impostos, como é o caso da 8. a uma retomada robusta das taxas de crescimento, com Rede Globo de Televisão. 9. a elevação dos salários e manutenção das baixas taxas de Nesse sentido, as grandes mobilizações 10. a desemprego. Em parte por causa dos efeitos da crise, ocorridas no Brasil, desde junho de 2013, constituem 11. em parte porque a burguesia não tolera a combinação motivos de comemoração e otimismo. As vozes 12. a de salários altos e desemprego baixo, está ocorrendo das ruas demonstram que existe a necessidade de 13. a uma mudança na postura do grande capital frente ao avançarmos na construção de um novo modelo de 14. f governo federal encabeçado pelo PT. Estão deixando de desenvolvimento para o Brasil, capaz de conjugar 15. f existir aquelas condições excepcionais que permitiram crescimento econômico, com redistribuição de renda 16. f a um governo de centro-esquerda, liderado por Lula, e democratização da base produtiva. Demonstram, 17. f melhorar a vida dos pobres e ao mesmo tempo garantir também, os limites da estratégia de centro esquerda, a 18. f grandes lucros aos ricos. qual pode ter colaborado para derrotar os representantes 19. f Do ponto de vista da luta de classes, o caminho das políticas privatistas e neoliberalizantes dos 20. f trilhado pelo governo Dilma até agora oscilou entre governos da era neoliberal da década de 1990, mas 21. f a disposição de enfrentar o capital financeiro, que que está esgotada, no sentido de não ser capaz de 22. f aplaudimos apesar de considerarmos insuficiente o que sustentar as transformações profundas que precisamos 23. f foi feito, e as sucessivas concessões ao grande capital construir no Brasil.. Assim, um próximo governo do 24. f em geral, via concessões, desonerações, subsídios e campo da esquerda fará sentido histórico se avançar 25. f flexibilizações na legislação trabalhista e social. A em relação aos anteriores, se transitar para a efetivação 26. construção de uma outra perspectiva de desenvolvimento das reformas estruturais que o Brasil precisa. Caso 27. f sustentável e com equidade e democracia política, contrário, poderá representar historicamente apenas um 28. f econômica e social, só poderá ser plenamente realizada hiato entre uma era neoliberal e outra. Pata tanto, se faz 29. f a partir de um conjunto de reformas estruturais, necessário reatar laços orgânicos com nossa base social, 30. f tais como: Reforma Agrária, Reforma Tributária, recobrando a capacidade de dirigir grandes jornadas de 31. f Democratização das comunicações, Reforma Política luta, ao lado de partidos de esquerda e das entidades 32. f e Reforma Urbana. Sem as quais torna-se impossível históricas da classe trabalhadora e da juventude, como 33. f consolidar o Brasil como um país com efetiva a CUT, UNE, MST, MNLM, CMP e outras. Faz-se 34. democracia, econômica e social.O Brasil continua necessário recompor o chamado bloco democrático- 35. f sendo um país com uma imensa concentração fundiária, popular, entre partidos, movimentos e intelectualidade. 36. f e a reforma agrária está paralisada no que diz respeito Um dos grandes erros cometidos desde 2003 foi 37. f à reversão dessa estrutura fundiária elitista e desigual; confundir e priorizar as alianças táticas com partidos de 38. f os direitos dos povos indígenas e das comunidades centro-direita, frente à aliança estratégica com setores 39. f quilombolas e demais povos tradicionais são cada vez político-sociais de esquerda. 56 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » Consideramos um erro o Leilão do campo de 2. a Libra., mesmo ficando com a PETROBRÁS parte trabalhadora brasileira e conquistar avanços efetivos nas reivindicações da Pauta da Classe Trabalhadora. reservas do Pré-sal, A Campanha e o Plebiscito Popular por uma 4. a que armazena milhões de barris de petróleo. São Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político 5. a comprovadamente de 12 a 14 bilhões de barris de organizada pela CUT, MST, UNE e cerca de 100 6. a petróleo, equivalente, por exemplo, a todas as reservas entidades dos movimentos sociais e populares de todo 7. a conhecidas de que o México dispõe. A área licitada tem o Brasil deve ser prioridade em 2014. Reafirmamos a 8. a cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados e as empresas centralidade da reforma política como o único meio de 9. a que ganharam a licitação deverão explorar o campo tirar a política brasileira das garras do poder econômico 10. a durante quatro anos, período que poderá ser estendido, e proporcionar a participação popular direta nos 11. processos e esferas de decisão dos rumos do País. 3. a da exploração, que privatizou conforme prevê o contrato de partilha de produção. O 12. a prosseguimento da crise internacional e a necessidade Porém, o desafio central da CUT em 2014 é 13. a do crescimento da economia não justificam a não avançar no atendimento da Pauta da Classe Trabalhadora 14. f preservação do patrimônio estratégico e de soberania que tem como pontos centrais: a redução da jornada 15. f nacional que representam as reservas do Pré-sal. de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; fim do fator previdenciário; reforma agrária; 16. f 17. f POLÍTICA SINDICAL igualdade de oportunidades entre homens e mulheres; 18. f CUT nas ruas em defesa da Pauta da Classe política de valorização dos aposentados; 10% do PIB 19. f Trabalhadora e por reformas estruturais para a educação; 10% do Orçamento da União para 20. f A CUT deve investir nas mobilizações de massa, a saúde; ratificação da Convenção 158 da OIT que 21. f na solidariedade entre os trabalhadores, na aliança com impede a demissão imotivada; regulamentação da 22. f os movimentos sociais, na exigência de que o grande Convenção 151 que estabelece a negociação coletiva 23. f capital financeiro e monopolista pague a conta da no serviço público. 24. f crise, na defesa de políticas de ampliação do emprego Sem rodeios: entramos em 2014 sem que nenhum 25. f e renda. E combinar isto com uma denúncia da ordem ponto da Pauta da Classe Trabalhadora tenha avançado 26. capitalista. no Governo Dilma. A Pauta segue travada e até agora o Governo não dá sinais concretos de que pretende 27. f Para avançar, para dar continuidade e aprofundar 28. f as conquistas dos últimos anos, é necessário mais força 29. f política e são necessários mais recursos à disposição Até mesmo a Convenção 151 da OIT que o 30. f do Estado: reforma política, democratização da Governo se comprometeu em regulamentar permanece 31. f comunicação e reforma tributária. Portanto, é preciso travada. E o pior, segue a passos largos no Congresso 32. f mais enfrentamento político e ideológico, com o grande Nacional, anteprojeto do senador Romero Jucá 33. f capital privado, com a grande mídia e com os partidos (PMDB-RR) que efetivamente cria mecanismos que 34. de direita. inviabilizam e proíbem a greve no setor público. Por atendê-la em qualquer um dos pontos reivindicados. 35. f O próximo ano promete muita luta política, pressão da CUT, a votação na Comissão Mista de 36. f social e sindical. Em 2014 a CUT tem dois grandes Consolidação de Leis e Dispositivos Constitucionais 37. f desafios: atuar para avançarmos na disputa por foi adiada, mas o projeto não foi retirado da Pauta. 38. f reformas estruturais essenciais para um novo patamar A luta de classes segue cada vez mais acirrada 39. f na vida econômica, social e cultural da classe e se expressa também nas investidas agressivas do 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 57 Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a capital no Congresso Nacional para retirar direitos dos estudos com o término do Ensino Médio. Os diversos 2. a trabalhadores, a exemplo do PL 4330 que permite a mecanismos para o alcance desse objetivo passaram por 3. a terceirização de todos os processos de trabalho. Depois programas como PROUNI, ENEM E AS POLÍTICAS 4. a de intensa mobilização da CUT, que conquistou a adesão DE AÇÕES AFIRMATIVAS. 5. a de setores importantes da sociedade, os representantes O PROUNI apesar de consolidado, não 6. a do capital no Congresso fizeram um recuo tático, mas a encerra críticas do movimento popular, mais de perto 7. a aprovação tanto o PL4330 como outros assemelhados aqueles que militam no setor educacional, a exemplo 8. a permanecem vivos, aguardando oportunidade para dos recursos públicos serem canalizados para Institutos 9. a serem retomados. superiores privados, principalmente pela possibilidade 10. a Em 2014, portanto, devemos concentrar nossas de estancar a expansão das Universidades Públicas, forças para disputar nas ruas o atendimento das algo vital para o processo de democratização do Ensino 12. a reivindicações dos trabalhadores e das trabalhadoras e Superior. Outra crítica aparece no quesito qualidade 13. a a defesa intransigente de um programa para o próximo das inúmeras instituições que participam do PROUNI 14. f período com reformas estruturais e estruturantes e, por conta disso, devem ser mais rigorosamente 15. f no campo político, social e econômico, com a acompanhadas na busca da garantia de um ensino 16. f democratização dos meios de comunicação, com a de qualidade. No Ensino Superior aparece também 17. f universalização de políticas públicas em todas as áreas. a efetiva expansão do Programa REUNI, que tem 18. f São bandeiras históricas da CUT e que sejam as pautas relação com a expansão das vagas e a reestruturação 19. f centrais de grandes mobilizações no próximo período, curricular em ação no meio universitário. 20. f pois será nas ruas que teremos a possibilidade de lutar O ENEM está consolidado como um instrumento 21. f por mudanças e reformas estruturais que podem criar de acesso ao Ensino Superior. Apesar dos senões. Esse 22. f as condições para nos colocar no caminho para uma instrumento tem servido às classes populares como 23. f sociedade socialista. essencial para ter acesso a cursos antes dificilmente 11. frequentados por esse estrato da população. Nunca é 24. f 25. f CONJUNTURA EDUCACIONAL NO BRASIL tarde para dizer que um filão da classe média já trabalha política com o ENEM como fator decisivo para o acesso ao 27. f educacional dos 08 anos do Governo Lula e 03 anos Ensino Superior. Entretanto, a maior crítica que vem 28. f do Governo Dilma exige dos educadores brasileiros sendo realizado em relação a esse exame nacional é 29. f reflexões e análises de muitos fatores. O momento é a concepção pedagógica a qual baseia a elaboração 30. f muito complexo, assim nortearemos a discussão das questões. Segundo documentos do MEC, a prova 31. f a partir do que entendemos como consolidado na está centrada na Pedagogia das Competências, versão 32. f política educacional e aquilo que apresenta resistência renovada da pedagogia burguesa a partir das orientações 33. f na implementação pelo movimento social e sindical das empresas multinacionais para educação das nações 34. por compreender que não atende as suas formulações emergentes. 35. f históricas, no campo da educação. Inicialmente, é O ENEM continua a invocar o mérito como 36. f inegável a caminhada iniciada em direção a uma maior parâmetro de acesso ao ensino superior que escancara 37. f democratização do acesso ao Ensino Superior através uma ideologia da classe dominante. Nesse sentido, o 38. f da ampliação de Universidades e Instituto Superiores- ENEM vem adequando o currículo do Ensino Médio 39. f IFS que permite à juventude a continuidade nos a partir da Pedagogia das Competências, ou seja, aos 26. Quanto 58 à avaliação da 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a interesses pedagógicos da burguesia. Para respaldar profissionalização ao final do Ensino Médio, por meio da 2. a essa concepção, o MEC criou o programa Ensino noção de “integração”, consideramos que tal indicação 3. a Médio Inovador que visa enraizar essa concepção é ainda insuficiente. Objetiva-se simplesmente oferecer 4. a pedagógica nas escolas públicas brasileiras. É recente a uma resposta paliativa ao problema sem enfrentar os 5. a ampliação da obrigatoriedade do Ensino Médio no país. elementos centrais geradores que envolvem o Ensino 6. a Antes da entrada em vigor da Emenda Constitucional nº Médio. Nessa perspectiva, enquanto uns terão a 7. a 59, de 2009, a Constituição de 1988 previa somente a escolarização básica assegurada em preceitos gerais de 8. a obrigatoriedade do Ensino Fundamental, sinalizando a base científica, que não qualifica imediatamente para 9. a progressiva expansão do Ensino Médio. Isso revela que o trabalho, outros estarão submetidos aos processos de 10. a o estágio de correlação de forças na sociedade brasileira formação (e treinamento), muitas vezes aligeirados e 11. superficiais, objetivando a entrada imediata no mercado foi desfavorável à universalização da Educação Básica e 12. a ampliação da formação do/a trabalhador/a brasileiro/a, 13. a certamente porque as elites, instruídas pelos organismos de trabalho. A segunda saída para a “solução” dos problemas 14. f internacionais, reconheciam que não seria possível do Ensino Médio é mais recente. Foi gerada nem 15. f formar o “cidadão produtivo” com poucos anos de tanto pelo problema da evasão do Ensino Médio, mas 16. f escolarização. sim pelos indicadores de baixo rendimento escolar 17. f O número de adolescentes que abandonam o aferido nas avaliações em larga escala (Índice de 18. f Ensino Médio é tão alarmante quanto o número de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB) e pela 19. f jovens e adultos que, fora da idade/série, também percepção dos empresários de que a escolaridade 20. f evadem sem concluir a formação nesse nível de obtida em nível médio é crítica. A partir da intervenção 21. f escolarização. Em geral, essa demanda é movida pela empresarial, o MEC passou a defender a necessidade 22. f necessidade de sobrevivência, o que a leva a abandonar de reformulação do currículo do Ensino Médio para 23. f a escola em função do emprego e, consequentemente, estabelecer um padrão de qualidade necessário. 24. f da difícil possibilidade de conciliar tempo de trabalho 25. f e tempo de estudo. Diante das questões apresentadas sobre Ensino Médio, propomos que o Estado brasileiro Duas saídas vêm sendo defendidas como deva assegurar programas estruturantes que permitam o 27. f “solução” do problema da elevada evasão no Ensino acesso e a permanência de adolescentes, jovens e 28. f Médio: a primeira é oferecer ao adolescente do Ensino adultos nessa modalidade de ensino. Nesse sentido, 29. f Médio da Escola Pública o acesso à profissionalização o currículo do Ensino Médio deve assegurar uma 30. f por meio da educação técnica/tecnológica. A ideia é sólida formação ultrapassando o caráter minimalista 31. f que ao final de 3º ano de estudo, esse estudante adquira e instrumental restritos ao treinamento de habilidades 32. f uma qualificação profissional que lhe permita obter um e implementando um currículo que deva assegurar a 33. f emprego e prover o seu sustento e de sua família. O educação unitária e universal. 34. aspecto problemático dessa formulação é que ao final Podemos considerar que o Programa de Ações 35. f do Ensino Fundamental, o estudante deverá fazer a Afirmativas perpetrado pelo Governo Federal é uma 36. f opção de sua profissionalização, podendo, inclusive, grande vitória da sociedade civil organizada, pois 37. f sentenciar o seu destino em função da escolha realizada. esse programa garante aos setores mais populares 38. f Ainda que existam esforços de valorosos/as o acesso não só as Universidades, como também, 39. f educadores/as em estabelecer bases inovadoras para a aos cursos, quase que exclusivamente frequentados 26. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 59 Caderno 1. a pela de elite RESOLUÇÃO 6 Resoluções » nacional, trazendo consideráveis deve ser enfrentada com rigor. 2. a redimensionamentos, inclusive para a rede particular O enfrentamento à política neoliberal na 3. a de ensino, principalmente aquelas escolas que se educação é primordial para garantir uma formação 4. a especializam em preparar para determinados cursos. que leve a emancipação do ser humano, tendo em 5. a As ações afirmativas devem ser vistas, não só como vista que o neoliberalismo na educação busca apenas 6. a resgate de direitos, negados no processo de formação garantir sob os moldes dos critérios gerencialistas e 7. a da nossa brasilidade, mas também, como a abertura produtivistas a formação do indivíduo para atender 8. a de oportunidade numa sociedade excludente que não a demanda da classe dominante de mão de obra. Na 9. a apresenta as mesmas oportunidades para todos os seus visão neoliberal formar “seres humanos” e “produzir 10. a filhos e filhas. Notadamente, o Programa de Ações objetos” não há distinção tendo em vista que o objetivo 11. Afirmativas é um mecanismo criado em defesa da da educação sob seus princípios é formar trabalhadores 12. a etnia negra, dos portadores de deficiência física e das disciplinados em termos sociais e políticos e produtivos 13. a classes mais pobres. Apesar das críticas das entidades sob a ótica econômica, revestido da ideia de cidadania 14. f sociais e sindicais ao PDE (Plano de Desenvolvimento sob a forma da lei. 15. f da Educação), esse Plano vem se consolidando como Diante desse quadro se faz urgente a CNTE 16. f mecanismo para definição da política educacional nos - Confederação Nacional dos Trabalhadores em 17. f entes federados, tendo em vista a assinatura do Termo de Educação, juntamente com suas entidades filiadas, 18. f Adesão que obriga uma série de ações conjugadas para iniciar um enfrentamento a política neoliberal do 19. f a “melhoria educacional”. O Plano está estruturado em MEC e defender um projeto de educação inspirado 20. f cinco eixos: Educação Básica, Educação profissional nos ideais de emancipação humana que atenda as reais 21. f e tecnológica, Educação Superior, alfabetização e necessidades da classe trabalhadora. Defendendo, assim 22. f diversidade. um projeto de uma educação pública democrática e 23. f Questão fundamental que merece avaliação é popular centrada nos seguintes princípios: 1 - Formação 24. f a garantia do piso salarial nacional do magistério da para a emancipação do ser humano; 2 - Construção 25. f educação básica regulamentado através da lei nº11.738 da emancipação humana para uma sociedade livre, 26. que foi sancionada em julho de 2008 pelo Presidente igualitária e fraterna; 3 - Gestão democrática do ensino 27. f Lula. Foi uma lei importante na busca pela valorização para construção de um projeto de educação popular 28. f do magistério público, mas que gerou uma série de que não esteja a serviço das classes dominantes; 4 - 29. f interpretações por parte dos gestores estaduais e Uma escola pública apropriada as demandas reais da 30. f municipais, em todo país, para negar o direito do piso, classe trabalhadora para que seja o centro de formação 31. f mesmo o STF ter confirmado que a lei precisava ser (científica, filosófica, artística e política) de crianças, 32. f implementada na sua totalidade. Ocorre que muitos jovens, adultos e idosos à luz da emancipação humana; 33. f estados não pagam o piso salarial nem cumprem a lei 5 - O trabalho educativo em suas múltiplas dimensões 34. do piso na totalidade, e todo o final de ano há muita precisa ser valorizado em sua finalidade e especificidade 35. f pressão dos governadores e prefeitos cujo objetivo é para assegurar a sólida formação humana; e 6 - 36. f alterar a lei do piso na referência de reajuste, o custo A educação escolar deve superar a dicotomia e 37. f aluno, propondo reposição inflacionária pelo INPC ou hierarquização entre trabalho manual e intelectual. 38. f pouco a mais do que isso. Tal política nega o discurso Quanto a Educação de Jovens e Adultos - EJA o 39. f da Presidente Dilma de valorização dos educadores e MEC vem adotando medidas para padronização 60 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a dessa modalidade através da Integração da Educação Entretanto, uma das grandes conquistas da 2. a de Jovens e Adultos (EJA) dos anos finais do sociedade brasileira advindas da CONAE foi a luta 3. a Ensino Fundamental e do Ensino Médio à Educação pelo investimento do Estado brasileiro de 10% do PIB 4. a Profissional pelo Programa Nacional de Integração da em educação. A grande disputa que se encontra nesse 5. a Educação Profissional na Modalidade de Educação de momento, é se os 10% do PIB será investido 6. a Jovens e Adultos (Proeja) e pelo Programa Nacional exclusivamente na educação pública, ou não. Os 7. a de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e empresários e setores do governo querem retirar o termo 8. a Ação Comunitária (Projovem). Esses programas “pública” para que continue a política de transferência 9. a são políticas consolidadas que tem recebido crítica de dinheiro público para iniciativa privada. Entretanto, 10. a pelo caráter negativo, não pela transferência de renda, a luta dos trabalhadores em educação é garantir que 11. mas pelo êxodo que provoca no ensino regular. Esse o dinheiro público seja investido exclusivamente na 12. a programa foi ampliado para o campo, trazendo o educação pública. A CONAE 2014 poderá ser um 13. a aberrante aligeiramento da formação da faixa etária espaço que consolide posições que já começaram a 14. f jovem. Na prática, observa-se a nociva forma de ser implementadas nesse período, mas também deve 15. f recrutamento, considerando as relações de trabalho, ser um espaço que possibilite a luta por ampliação 16. f tendo em vista o fato de que não há uma necessária da nossa pauta por educação pública de qualidade. 17. f relação entre o professor com a rede que adota o Transforma-se num grande instrumento de disputa, 18. f programa, podendo congregar nos seus quadros, via que deve nortear também toda a regulamentação do 19. f contrato temporário, profissionais sem o pagamento do uso dos royalties do petróleo, bem como todo o recurso 20. f piso salarial. do Pré- Sal para a educação aprovado recentemente no Congresso Nacional. 21. f Outra política que vem sendo amplamente 22. f debatida em todo país é o Programa Mais Educação 23. f que objetiva manter os estudantes em tempo integral 24. f com aulas, atividades de reforço, esportivas e culturais. 51. No último triênio as ações da CNTE 25. f Todavia, na prática, o programa não vem surtindo estiveram basicamente ancoradas na luta pela 26. os objetivos a que se propõe. Isso ocorre devido as consolidação do PSPN nos estados e municípios e pela 27. f condições precárias da unidades de ensino, a formação aprovação do PNE. E nesse cenário importa registrar 28. f dos monitores contratados e a precarização do trabalho a interlocução que foi feita pelos seus dirigentes no 29. f dos monitores com remuneração vergonhosa., além da sentido de reverter as tentativas, que não foram poucas, 30. f má utilização da verba pelo gestor, que vem direto para de inviabilização da lei nacional de piso, quer seja 31. f a escola. pela via judicial, quer seja pela via política . As ações BALANÇO POLÍTICO DA CNTE tema junto as STF até o julgamento da Adin, em abril de 33. f central realizou uma série de orientações que deveriam 2011, que os governadores interpuseram contra a lei, 34. balizar a elaboração do novo Plano Nacional de e as tentativas de alteração da referência de reajuste do 35. f Educação - PNE. O que a sociedade brasileira pode PSPN se transformaram nas mais importantes batalhas 36. f perceber quando o Governo Dilma enviou a proposta desse período. 37. f de PNE para o congresso nacional, foram metas que 38. f não contemplavam, na totalidade, as deliberações do transformou 39. f documento final da CONAE 2010. trabalhadores em educação de todo o país. Foi uma 32. f A CONAE 2010 32o Congresso Nacional seguindo dos seu Trabalhadores em 52. O Julgamento da Adin do PSPN se Educação num momento histórico para os 61 Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a vitória importante, pois havia uma enorme pressão alteração proposta pelo Presidente Lula, em 2008, no 2. a de governadores e prefeitos no sentido de inviabilizar momento da sanção da lei do PSPN, que é a substituição 3. a a lei, mas os ministros do supremo em sua maioria do custo-aluno como referência do reajuste do piso para 4. a a ratificaram i em quase sua totalidade, alterando o INPC (correção inflacionária). Durante esse período a 5. a apenas o período de vigência. As mobilizações feitas CNTE buscou todas as ações políticas, de mobilização 6. a nos estados, as caravanas à Brasília, a interlocução e de interlocução com o parlamento no sentido de 7. a com parlamentares defensores da educação pública barrar a tramitação da emenda que propunha o INPC. 8. a foram fundamentais para o sucesso do julgamento. No No entanto, no final de 2011, a partir da pressão dos 9. a entanto, os governadores não se deram por satisfeitos e governadores, motivados pela previsão de um reajuste 10. a voltaram novamente ao Supremo Tribunal Federal para de 22,22% para 2012, e em consequência da derrota no 11. agora arguirem a inconstitucionalidade de artigos da STF, fizeram um grande Lobby e quase conseguiram 12. a lei, dessa vez estava entre os governadores, o gaúcho aprovar a alteração da lei, o que significava uma perda 13. a Tarso Genro, que era Ministro da Educação à época do histórica num processo que se propunha de valorização 14. f envio da lei de piso ao Congresso Nacional, e como do magistério. A CNTE nesse momento juntamente 15. f Governador do Rio Grande do Sul queria barrar a com parlamentares conseguiram barrar a votação e 16. f lei. No entanto, mais uma vez o STF fez julgamento daí iniciou um processo ainda não consolidado de 17. f favorável à lei do piso na sua totalidade. rediscussão do tema. A CNTE já deixou claro que 18. f Passada a batalha jurídica, em vários estados não aceita o INPC nem a proposta apresentada pelos 19. f e municípios a lei do PSPN ainda não está sendo governadores, de garantir um pouco a mais que o 20. f cumprida, quer seja em relação á carga horária, quer INPC, está sendo batalha mais dura e que poderá ser a 21. f seja em relação ao próprio conceito de piso. Muitos sinalização para que continuamos ou não um processo 22. f entes federativos só sinalizam o pagamento do reajuste de ganho real para os trabalhadores em educação. 23. f previsto na lei nacional para os profissionais do Uma outra discussão que tem se arrastado até 24. f magistério de nível médio, e aplicando ao nível superior, o momento, sem ainda solução definitiva é o PNE. 25. f reajuste bem diferenciado, sempre muito menor, Com um atraso significativo para sua implantação, 26. que tem provocado um achatamento salarial grande, quase roda a polêmica tem se desenhado em torno da 27. f uma diferença mínima entre profissionais de nível e aplicação de recursos públicos para entidades privadas 28. f superior, levando ao desestímulo na formação , e uma e ou confessionais. No entanto, cabe aqui registrar a 29. f desestruturação da carreira do magistério em muitos importante e histórica vitória que foi conseguida pela 30. f estados e municípios, fato que requer da CNTE uma CNTE, Campanha Nacional e outas entidades ligadas à 31. f ação forte no sentido de aprovarmos uma lei nacional educação, e impulsionadas pelas mobilizações sociais 32. f de carreira, que estabeleça parâmetros de carreira que de junho de 2013, de conter no texto da lei, o que nos 33. f dignifiquem o magistério, ponha fim aos desajustes parece irreversível os 10% do PIB para a educação. 34. que ocorreram nessa última década, e dificultem a ação Nesse momento o grande debate ocorre no sentido de 35. f de governadores e prefeitos no sentido de garantir o que todo o recurso fique para a educação pública, ou 36. f mínimo aos trabalhadores em educação. se abre a possibilidade para que entidades privadas 37. f O outro grande ponto de conflito que a CNTE ou confessionais possam receber esses recursos, 38. f tem atuado no sentido de manter um processo de ganho sobretudo por que há interesse do MEC em permanecer 39. f real para os trabalhadores em educação, é na questão da o repasse para entidades privadas, via PROUNI ou 62 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a outros programas. Defendemos que todo o recurso e de pouca penetração em áreas alheias à educação. 2. a seja destinado à educação pública. É fundamental Este foi um período de intensas mobilizações, de 3. a que iniciemos 2014 com um novo PNE, e que seja o muitas greves e manifestações, basicamente provocadas 4. a propiciador de ricos debates na CONAE 2104. pelo não cumprimento da lei nacional do piso ou 5. a Registre-se também a grande conquista na área por perdas de direitos na efetivação da lei. A CNTE 6. a de formação da CNTE que foi a Esforce (Escola de protagonizou muitas lutas e Marchas, no entanto, ainda 7. a Formação da CNTE), que se consolida ano a ano, quer distante das grandes marchas de outrora. Falta-nos 8. a seja pela qualidade da maioria dos cadernos de formação ainda concatenar ações nacionais de luta, que possa dar 9. a sindical que foram enviados às entidades filiadas, quer visibilidade nacional á nossa luta. Somos sem dúvida 10. a seja pela efetivação da Revista Semanal RETRATOS a categoria de servidores públicos mais aguerrida, 11. DA ESCOLA. A revista é um grande referencial de mais mobilizada. No entanto o nosso grito, a nossa 12. a leitura, estudos e debates sobre a educação pública luta, a nossa forma de organização junto às entidades, 13. a brasileira. Aliados a eles, embora com apenas uma precisam ser alterados no sentido de mobilizarmos mais 14. f publicação anual, a REVISTA MÁTRIA tem sido um e melhor. A CNTE tem um enorme desafio no próximo 15. f importante instrumento de valorização da mulher, bem período, e não pode se furtar de fazê-lo. 16. f como de resistência à violência e de conscientização 17. f sobre o papel da mulher na sociedade. PLANO DE LUTAS ser Lutar pela realização de uma auditoria séria 19. f ressaltado foi a promoção de um grande encontro e contra o pagamento da dívida externa, contra 20. f sobre comunicação sindical realizado pela CNTE, e o superávit primário, perda de direitos adquiridos e o 21. f organizado pela Secretaria de Comunicação da entidade. arrocho salarial; 22. f O encontros vem ocorrendo anualmente desde 2009 com Lutar pela demarcação e homologação das terras 23. f a participação de jornalistas progressistas renomados indígenas e quilombolas, garantindo, inclusive as 24. f a exemplo de Beto Almeida, e de Vito Giannoti, que condições de subsistência, resgatando e preservando a 25. f debateram sobre a importância da comunicação para sua cultura através de uma educação inclusiva; 26. a disputa da hegemonia na sociedade, bem como tem Defender o ser humano como centro de 27. f ocorrido apresentação de experiências vitoriosas na área todo e qualquer projeto de sociedade, afirmando a 28. f da comunicação, produzidas pelas diversas entidades, solidariedade, a justiça, a igualdade e a democracia 29. f no campo dos jornais escritos, televisão, e rádio. Vale como princípios fundamentais, 30. f destacar a experiência dos educadores sergipanos Denunciar e combater a violência praticada 31. f na produção de uma rede de programas de rádio aos contra crianças, adolescentes, idosos, moradores de 32. f sábados, denominado “A HORA DA VERDADE”. O rua, LGBTT, negros, índios, deficientes, mulheres, 33. f trabalho da Secretaria de Comunicação faz com que imigrantes, profissionais do sexo; 34. a CNTE esteja cada vez mais conectada com as redes Lutar para o efetivo cumprimento da lei Maria 35. f sociais, e é visível o avanço conseguido nesse período, da Penha e ampliação das delegacias especializadas e 36. f em termos de site, cartazes e cobertura de eventos. No casas de abrigamento para as mulheres violentadas; 37. f entanto, é necessário ainda avançar nessa área, a CNTE Fiscalizar, denunciar e combater os desvios de 38. f mesmo com o seu tamanho e a sua abrangência, é ainda verbas públicas, especialmente aquelas destinadas à 39. f uma entidade de pouca visibilidade na mídia nacional, educação e lutar para que os maus gestores públicos, 18. f 53. Outro ponto 32o Congresso Nacional importantíssimo dos a Trabalhadores em Educação 63 Caderno 1. a atuais de ou RESOLUÇÃO 6 Resoluções » anteriores, sejam responsabilizados 2. a administrativamente, civilmente e criminalmente. 3. a Combater a exploração do trabalho, a prostituição (rádios, TV’s comunitárias, jornais, revistas, etc.); Lutar contra o modelo de educação minimalista e seletiva, pobre em conhecimentos, defendido pela 4. a e o abuso sexual infanto-juvenil. classe dominante, imposto à classe trabalhadora. e 5. a defender uma educação para emancipação humana que Lutar pela regulamentação do Sistema Nacional 6. a de Juventude promova o acesso de todos aos bens produzidos pela 7. a humanidade; Combater e denunciar as políticas educacionais 8. a mercantilistas impostas pelos organismos internacionais Lutar para que a escola democrática e popular 9. a que visam operar contra os interesses sociais do povo possa assegurar a valorização das produções culturais 10. a brasileiro; regionais (artísticas, folclóricas, linguísticas etc.) de 11. viés popular presentes na realidade local e regional dos Lutar pela reconquista de direitos suprimidos 12. a pela Reforma da Previdência, defendendo um modelo 13. a de Previdência Pública que esteja sob o controle dos 14. f 16. f Lutar por formação continuada, auto- gestada pelos trabalhadores em educação. trabalhadores; 15. f estudantes e das comunidades; Intensificar a formação política dos trabalhadores Combater a cultura do autoritarismo dentro das unidades escolares que se tornaram espaços de em educação e dirigentes sindicais, 17. f Lutar pelo respeito e pela igualdade de direitos 18. f para os aposentados e pensionistas, e pelo fim do fator 19. f previdenciário. reprodução da repressão, principalmente no controle disciplinar dos estudantes. Combater as atuais políticas para o Ensino 20. f Buscar a articulação das nossas lutas com as lutas Médio,de caráter neoliberal, que visam apenas o 21. f dos movimentos sociais e populares (estudantes, sem- acesso ao conhecimento fragmentado através da 22. f teto, sem-terra, mulheres, índios quilombolas etc...); profissionalização dos estudantes trabalhadores 23. f Lutar pela redução da jornada de trabalho, sem Lutar para que os estudantes da escola 24. f redução de salários e sem perda dos demais direitos pública tenham acesso às políticas estruturantes que 25. f trabalhistas historicamente conquistados; os apoiem financeiramente, evitando, assim, a evasão 26. Lutar pela regulamentação das Convenções escolar; Lutar pela regulamentação da Gestão 27. f da OIT nº151 (Acordo Coletivo no Serviço Público), 28. f Convenção nº 158 (Fim das demissões imotivadas Democrática e combater as práticas clientelistas e 29. f na iniciativa privada), Convenção nº 105 (proibe o patrimonialistas presentes nas indicações políticas das 30. f trabalho forçado), Convenção nº 87 (garante a liberdade direções escolares. 31. f sindical e proteção do direito sindical), Convenção nº Lutar para que a avaliação dos sistemas de 32. f 100 (garante a igualdade de remuneração de todos educação tenha como parâmetros: o cumprimento do 33. f os trabalhadores da mesma base), Convenção nº 111 piso nacional dos professores; as condições da carreira 34. (proibe a discriminação de emprego e profissão) dos trabalhadores da educação; cumprimento da 35. f e Convenção nº 182 (proibe o trabalho infantil e legislação educacional ligada à gestão democrática e 36. f promove ação imediata para eliminação); direitos sociais das crianças e adolescentes; quantidade 37. f Lutar pelo fim do imposto Sindical; 38. f Lutar para combater o monopólio dos meios Lutar para que cada avaliação interna de cada 39. f de comunicação e valorizar a mídia alternativa unidade escolar tenha como parâmetros: adequação das 64 de recursos aplicados na educação; 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 6 Resoluções » 1. a condições infraestruturas da escola; disponibilidade de Andrade, Uilson de Meneses Hora, Ana Luzia Costa 2. a recursos materiais existentes; formas, cumprimento dos Santos, Ivônia Aparecida Ferreira, Maria Augusta 3. a objetivos do projeto político pedagógico da escola e do Alves de Oliveira, Silvio Freire de Oliveira, Neusa, 4. a Plano de Trabalho Docente; e inserção social da escola Aldamare Maria da Silva Santos, Alexandre Balbino, 5. a em sua comunidade, visando a construção da escola Jair Cavalcanti D’Emery Filho, Robson Gonçalves de 6. a democrática e popular; Almeida, Maria Enivalda Leite, Antônio Dantas dos 7. a Lutar para que a escola de tempo integral tenha Santos, Ana Lúcia dos Santos, Ana Geni de Andrade, 8. a projeto que garanta condições físicas, materiais, Tânia Ivone Lima Moura dos Santos, Sônia Maria 9. a administrativas e de pessoal, obedecendo as diretrizes Santos, Ederaldo José de Arruda, Maria Bernadete 10. a da gestão democrática, sendo implementada e mantida Rodrigues Pinheiro, Francisco José dos Santos, Maria 11. José Nascimento Filha, Maria Luci Lima Santos, Izaias 12. a com 100% do fundo público. Lutar por pleno atendimento da Educação Souza dos Santos, Maria do Carmo de Souza Leite, 13. a Infantil (Creches e Pré-escolas) nos municípios, Emanuela Santos Alves Pereira, Rita de Cássia Santos 14. f de Oliveira, Francisco Filho de Oliveira, Cloverton 15. f Lutar pela universalização e qualidade do Santos, Palmira Britto dos Santos, Hugo Hudsney atendimento para as pessoas com deficiências;. 16. f Lutar para que o percentual de recursos públicos Santana de Souza, Alecsandra Alves dos Santos, 17. f vinculados à Educação seja no mínimo de 30% para os Alexsandra dos Santos Gomes, Benalva dos Santos, 18. f Estados e Municípios e, no mínimo, 25% para União; Silvaneide Ferreira Lima, Edileide Maria Barrozo dos 19. f Lutar para que a União assuma, junto com Santos, Manoel Messias Martins de Andrade, Cleide 20. f Estados e Municípios, a responsabilidade para o Pessoa de Albuquerque, Jailde dos Passos Professor, 21. f pagamento do reajuste anual do Piso Salarial Nacional Milton Francisco Pinto, Edinalva da Silva Mendes, 22. f dos profissionais da Educação através de repasses de Nazon Barbosa de Souza, José Edson de Souza, 23. f recursos, numa política unificada de valorização desses Estefane Lindeberg Santos, José de Jesus Santos, Ana 24. f profissionais; Geni de Andrade, Tânia Ivone Lima Moura dos Santos. 25. f Lutar pelo cumprimento na totalidade da lei 26. nacional de piso, incluindo aí o limite dos 2/3 de 27. f jornada em sala de aula. 28. f 29. f Assinam a resolução: 30. f Joel Almeida, Rubens Marques de Souza, 31. f Angela Maria Melo, Luis Veronezzi, Jairo Bezerra 32. f Sales, Raul Pietricovsky Cardoso, Clarice Freitas 33. f Silva, Ivonete Alves Cruz Almeida, Roberto Silva dos 34. Santos, Claudiomiro Ambrósio, Joanita Cavalcanti, 35. f Leandro Peixoto da Paz, Janieire Tavares Miranda, 36. f Adenilde de Souza Dantas, Ubaldina Fonseca Santana 37. f Moreira, Maria Barroso Vieira, Ana Cristina Oliveira 38. f Lima, Nadja Milena Santana, Marina da Silva, Joel 39. f da Silva Oliveira, Leila Angélica Oliveira Morais de 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 65 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » BLOCO DE OPOSIÇÃO À DIREÇÃO DA CNTE 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL criminalização dos movimentos de contestação. O marco fundamental da situação política Em várias partes do globo, mobilizações 6. a deve ser explicado pelo giro histórico que significou eclodem ou seguem os processos iniciados em anos 7. a a crise econômica e suas consequências. Esta crise anteriores, motivados pela ingerência capitalista que 8. a determinou um significativo aumento nos níveis de ataca os direitos dos trabalhadores. 5. a 9. a exploração do trabalho e grandes ataques aos direitos 10. a dos trabalhadores em todo o mundo. Europa, ocorrem processos revolucionários no mundo Em nossa opinião se abriu um novo período 11. Simultaneamente às greves e mobilizações na árabe, na Tunísia, no Egito, no Iêmen, na Líbia, na 12. a histórico cujos desdobramentos carregam perigos Palestina e na Síria, numa guerra civil, que já dura 13. a gigantescos, catástrofes sociais e ecológicas e m dois anos, com milhares de vítimas. A luta por 14. f oportunidades de confrontos de classes e lutas sociais liberdades democráticas e melhores condições de vida 15. f que resultem em políticas decisivas. no norte da África e nos países árabes, derrubaram 16. f Em 2008, após o estouro da “bolha” financeira 17. f dos empréstimos imobiliários no centro do imperialismo 18. f (EUA), que levou as instituições a emitirem “papéis 19. f podres” (subprimes), a liquidez do sistema financeiro 20. f mundial foi comprometida. governos e seguem buscando caminhos para construir sociedades mais justas. Rompeu-se a estabilidade política e econômica nos países do centro do capitalismo. Infelizmente a falta de uma alternativa 21. f A crise já atravessou o Atlântico e atingiu política socialista de massas (fenômeno diretamente 22. f os grandes bancos europeus, provocando um efeito relacionado aos equívocos políticos, bem como com as 23. f global. A crise gerada na economia especulativa atingiu traições das distintas direções e/ou projetos de direções 24. f a economia real. A população, alheia aos joguetes do de esquerda e ao atraso da consciência) aponta, porém, 25. f capitalismo financeiro, passou a ser assolada pelo os limites para a superação desta crise. 26. desemprego e viu os impostos pagos serem revertidos 27. f em socorro aos bancos. Apesar disso tudo, indica um novo horizonte na situação mundial, mostrando que, também no terreno 28. f O desdobramento da crise em solo europeu 29. f atingiu fortemente os Estados mais fragilizados 30. f economicamente: Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e 31. f Grécia. As políticas de austeridade aplicadas a esses emancipação dos trabalhadores deve ser obra dos 32. f pela Troika, visam à recuperação econômica à custa próprios trabalhadores e que a juventude deve aprender 33. f dos empregos e dos direitos sociais dos cidadãos. com seus próprios erros e não ser tutelada pelos Existem cerca de 73 milhões de jovens, entre 34. mudança histórica. Devemos continuar apostando que a aparatos burocráticos. 35. f 15 e 24 anos, desempregados pelo mundo. s Aos trabalhadores brasileiros, cabe acompanhar 36. f planos de austeridade, pacotes de medidas econômicas a situação mundial e tirar lições e conclusões e apostar 37. f que visam sanar os déficits orçamentários dos países na mobilização independente dos trabalhadores como 38. f debilitados, atacam os direitos sociais, as conquistas instrumento de transformação das suas condições de 39. f das populações, conjuntamente com a repressão e vida. 66 O da ação direta das massas, estamos diante de uma 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » Ao mesmo tempo é necessário fortalecer e 2. a apoiar as tentativas das esquerdas de se agrupar no 3. a sentido de constituir uma direção política de esquerda também foram afetados, pois existem para manter os agentes do Capital no poder. As “Jornadas de Junho” foram fruto de um 4. a aos movimentos dos trabalhadores. acúmulo dos dois últimos anos, onde as lutas sociais 5. a Neste sentido, as delegadas e os delegados se aguçaram em todo país. Um dado importante foi 6. a deste Congresso devem exigir que a CNTE se una ao que 2012 foi o ano de maior número de greves, desde 7. a sindicalismo combativo, democrático e independente 1996, mostrando claramente o descontentamento dos 8. a de governos e patrões para: trabalhadores que vinha se acumulando em relação à 9. a política salarial implementada no país. 1- defender os direitos dos trabalhadores do Nada será como antes. Mudanças estão 10. a mundo inteiro; 11. 2- lutar contra os ataques do capital e de seus acontecendo por conta dos protestos. Em dias se 12. a governos; acumulam anos de aprendizado e experiência política, 13. a permitindo um avanço no nível de consciência e 14. f 3- organizar campanhas de solidariedade à luta politização dos manifestantes. Milhões questionam a internacional dos trabalhadores. ordem estabelecida e chegam à conclusão de que a luta 15. f 16. f CONJUNTURA NACIONAL coletiva pode obter vitórias, como no caso da redução das tarifas dos transportes. 17. f O mundo ficou surpreso com os milhões de 18. f jovens e trabalhadores brasileiros que saíram às ruas Tudo começou nos atos contra o aumento das 19. f mostrando sua indignação, quando muitos acreditavam passagens de ônibus e avançou para questionamentos 20. f na falsa imagem de que o Brasil é só alegria, futebol e mais globais como a corrupção e a farra com o dinheiro 21. f carnaval. público nas obras da copa. A comparação dos gastos da 22. f O Brasil entrou com força no circuito de copa com os investimentos pífios que os governantes 23. f mobilizações de massas que se espalharam pelo mundo. fazem em saúde e educação também deram a tônica 24. f Desde as imensas mobilizações que derrubaram aos protestos. 25. f ditaduras no norte da África, até as dezenas de greves A crise econômica internacional que se 26. gerais que abalaram e abalam o continente europeu, o desdobra no país é o pano de fundo da radicalização 27. f mundo não foi mais o mesmo. e do aumento das lutas. A inflação atinge, sobretudo 28. f Podemos dizer categoricamente que após os insumos básicos, o que podemos constatar cada vez 29. f junho de 2013 o Brasil também não é mais o mesmo. que vamos ao supermercado. O real se desvalorizou, 30. f O movimento de massas entrou em cena e vivemos os juros estão em 9,5%. Nas regiões metropolitanas, 31. f as maiores manifestações de rua, desde as diretas já, embora o desemprego tenha ficado abaixo de 7%, 32. f de 1984. Manifestações em mais de 300 cidades que uma grande parte dos jovens estão desempregados. O 33. f obrigaram governos a revogar o aumento da passagem comércio retrocede e as economias familiares rondam a 34. em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de inadimplência. As repetidas isenções fiscais outorgadas 35. f Janeiro e Porto Alegre. pelo governo Dilma aos empresários reduzem os fundos 36. f Dilma, governadores e prefeitos ficaram de Estados e Municípios, prejudicando a educação, o 37. f assustados, pois são os responsáveis pelos problemas saneamento básico, o sistema de saúde e o transporte 38. f que produziram a indignação atual. O parlamento, público de qualidade. 39. f a falsa democracia dos ricos e os partidos da ordem 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Dilma compromete-se com o ajuste fiscal Educação 67 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a privatizando rodovias, portos, ferrovias, aeroportos, às ruas com suas reivindicações de forma organizada 2. a o petróleo do pré-sal, seguindo a cartilha do FMI de era tanta, que os burocratas sindicais vinculados à 3. a juros mais altos, salários cada vez mais arrochados direção majoritária da CUT e da Força Sindical, foram 4. a para garantir um superávit primário maior. A previsão obrigados a marcar um dia de greve geral em todo 5. a orçamentária de 2014 destina apenas 3,44% do país. Em que pese não terem mobilizado praticamente 6. a orçamento para a educação e 3,91 para a saúde, enquanto nada suas bases, os próprios trabalhadores e os setores 7. a isso destina 42,42% para pagar juros e amortizações combativos do movimento sindical promoveram um 8. a dos juros da dívida interna e externa. dia histórico de greve, onde importantes cidades como 9. a Belo Horizonte e Porto Alegre ficaram completamente Nunca antes na história desse país ocorreu 10. a uma privatização como a que Dilma realizou com o paralisadas. leilão do Campo de Libra. Um campo que abriga uma Por fim, queremos colocar que acreditamos que 12. a reserva de petróleo avaliada em 3 trilhões de dólares, a conjuntura, com as Jornadas de Junho, segue aberta. 13. a entregue para multinacionais como a Shell por apenas Todos os dias greves acontecem. Mobilizações de 14. f 15 bilhões de dólares. Esse dinheiro servirá somente bairro por melhorias na infra-estrutura, ocupações de 15. f para garantir o superávit primário. Esse entreguismo casas legislativas, paralisações de estradas e rodovias, 16. f só foi possível porque, para garantir o leilão, governo jovens protestando pelo passe-livre estudantil, entre 17. f utilizou o exército, a Força de Segurança Nacional e até outras tantas lutas, marcam a conjuntura pós-junho. 18. f a Marinha. 11. No setor da educação, onde praticamente 19. f Os setores governistas do movimento sindical todos os estados tiveram greves, podemos citar a do 20. f sustentavam que havia duas diferenças “essenciais” RS, contra o Governo Tarso e, no último período, 21. f entre o governo Dilma e os governos tucanos. Primeiro, o exemplo mais avançado foi a recente greve dos 22. f que Dilma, ao contrário do PSDB, não privatizava. educadores do RJ, que durou mais de dois meses. Em 23. f Segundo, não criminalizava os movimentos sociais. meio à greve, 100 mil pessoas, marcharam em apoio à 24. f Essas teses, que foram usadas para justificar o seu luta dos educadores e em defesa da educação pública. 25. f atrelamento aos governos petistas, foram demolidas Exigindo também o Fora Cabral e Paes. Esse tipo de 26. pela própria realidade. Dilma promoveu a maior apoio popular é fundamental para o avanço das lutas da 27. f privatização da história do país. Dilma mandou o classe trabalhadora. 28. f exército reprimir inúmeras lutas sociais. Além dos Por fim, salientar que no ano que vem teremos 29. f petroleiros que enfrentavam o leilão de libra, greves a copa. Também várias categorias de trabalhadores 30. f dos operários de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte começam a preparar suas reivindicações. Enquanto 31. f também tiveram que enfrentar a dura repressão do isso, Dilma e os governos estaduais buscam garantir 32. f exército a mando do governo federal. pela lei que não haja mobilizações durante a Copa para 33. f Não há dúvidas de que a direção do movimento não “incomodar” a grande burguesia que mais lucra com o evento. 34. sindical não esteve à altura das mobilizações de 35. f junho. Muitos estavam mais preocupados em difundir 36. f a mentira governista de que os protestos massivos 37. f exigindo transporte mais barato, saúde e educação de 1 – Se coloque à altura dos desafios impostos 38. f qualidade eram movidas pela direita. Após junho, a pela conjuntura aberta em junho e convoque os 39. f pressão das bases para que os trabalhadores saíssem trabalhadores em educação para lutar contra mais 68 Neste sentido este Congresso deve exigir que a CNTE: 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a essa medida antidemocrática dos governantes, pois para os trabalhadores. Ao invés de organizar a luta 2. a precisamos lutar e garantir nossos direitos à livre independente de nossa classe, essa direção vende 3. a manifestação. ilusões de que governos gerentes do capitalismo 4. a atenderão as demandas dos trabalhadores. 2 – Deixe de ser governista e passe a exercer 5. a o princípio da independência e autonomia frente aos A conivência com as políticas dos governos 6. a governos, coisa que infelizmente não faz hoje. levou a que inúmeras lutas de diversas categorias, 7. a nos últimos anos, tenham ficado isoladas. Entre elas, 3 – Articule as lutas da educação para 2014 e 8. a enfrente os governos de plantão. várias greves dos trabalhadores em educação por todo 9. a o país. A prioridade das direções da CUT e da CNTE 10. a POLÍTICA SINDICAL foi apoiar os projetos governamentais, entre eles o 11. Uma nova direção para a CNTE: romper com a Plano Nacional de Educação (PNE), que significam 12. a submissão ao Governo Federal e organizar a luta novas reformas favoráveis ao grande capital e novas 13. a independente dos trabalhadores! formas de privatização dos serviços públicos. Em 14. f essência, a política sindical de colaboração imposta 15. f Nos últimos anos, todas as lutas travadas pela pela direção majoritária do movimento sindical 16. f classe trabalhadora brasileira encontraram um forte facilitou a aplicação de medidas de caráter neoliberal, 17. f obstáculo: a política de total atrelamento da direção que representaram retrocessos para o povo brasileiro. 18. f majoritária da CUT aos governos de Lula e Dilma. A O exemplo mais recente foi a ausência de uma ampla 19. f perda da independência política diante desses governos campanha contra a privatização do pré-sal do campo de 20. f e de seus projetos acarretou para o movimento sindical Libra, a maior da história de nosso país. A proposta do 21. f um enorme retrocesso nas mobilizações e nos direitos projeto que estabeleceria o Acordo Coletivo Especial 22. f dos trabalhadores. (ACE), apresentado ao governo pelo sindicato dos 23. f De forma consciente, os governos e os patrões metalúrgicos do ABC, um dos principais sindicatos 24. f cooptaram o apoio de grande parte das direções da CUT e do país, e que previa que o acordado entre 25. f sindicais para melhor conduzirem seus planos e patrões e sindicatos prevaleceria sobre o legislado é 26. reduzirem a resistência dos sindicatos. Desde a um exemplo catastrófico dessa submissão à defesa do 27. f implementação da Reforma da Previdência, em 2003, governo, pois a lei hoje permite acordos entre patrões 28. f ficou evidenciada essa política de colaboração por parte e trabalhadores que garantam mais direitos que a lei, 29. f dos setores majoritários da CUT e da CNTE. E, desde e impede qualquer acordo que seja inferior à lei. Isso 30. f então, esse é o principal dilema a ser resolvido pela quer dizer que, caso o ACE fosse aprovado, a patronal 31. f classe trabalhadora. Sem um rompimento categórico estaria livre para reduzir direitos dos trabalhadores, 32. f com essa política de apoio e submissão aos governos, a utilizando assédio, ameaças de demissão e toda sorte 33. f classe trabalhadora estará permanentemente ameaçada de barbaridades típicas da patronal. 34. de sucessivos ataques e retirada de direitos. Por outro lado, a luta de setores combativos e 35. f O abandono do princípio de independência e a campanha nacional contra o ACE fizeram com que 36. f do classismo levou a direção da CUT a defender um esse projeto não fosse encaminhado ao congresso e 37. f modelo econômico que sustenta lucros gigantescos também fez com que diversas organizações, entidades 38. f para os banqueiros e os grandes capitalistas, enquanto e direções sindicais assumissem a tarefa de lutar 39. f mantém condições absurdas de exploração e opressão de forma independente e defender os direitos dos 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 69 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a trabalhadores, com autonomia diante dos governos IBGE, o país ainda tem 3 milhões de crianças e jovens 2. a e patrões. Ao longo dos últimos anos, a necessidade entre 4 e 17 anos fora da escola e mais de 13 milhões 3. a de enfrentar os ataques levou a classe trabalhadora a de analfabetos e o alarmante número de 27,8 milhões 4. a forjar alternativas que buscassem a unificação de suas de analfabetos funcionais. Quando o tema é ensino 5. a lutas e rompessem com as políticas de colaboração. superior, apenas 12% da população brasileira tem nível 6. a Os trabalhadores começaram a compreender que, para superior. O Brasil, que hoje é a 7º economia mundial, 7. a obter vitórias em suas lutas, é necessário romper com está em antepenúltimo lugar no ranking da OCDE 8. a as políticas de atrelamento aos governos. E que, para (Organização Continental para o Desenvolvimento 9. a isso, é necessário construir direções comprometidas da Educação) em matéria educacional, o que lança o 10. a com a independência da classe trabalhadora. país a 84º lugar no IDH (Índice de Desenvolvimento 11. Este é o caminho que o Congresso da CNTE Humano). Essa situação condena milhões de estudantes 12. a deverá apontar: romper com a atual política de brasileiros a não aprenderam a ler, escrever, contar, 13. a submissão aos governos e patrões e ajudar a organizar nega o acesso à arte, à cultura e impede que melhorem 14. f de vida. a luta independente dos trabalhadores. 15. f Os trabalhadores em educação de todo o país Esse é o resultado mais cruel da continuidade da 16. f repudiam a vergonhosa política de colaboração de aplicação de uma política educacional sustentada no 17. f classes e de apoio aberto aos governos das direções tripé da meritocracia, privatização e precarização, 18. f majoritárias da CUT e da CNTE. que trata a educação como uma mercadoria e não como um direito social. 19. f Mudar o rumo da CNTE significa que nossa 20. f entidade, a partir do Congresso, deverá repudiar O governo Lula e agora Dilma, desenvolve 21. f as políticas de atrelamento ao governo e rejeitar as sua política educacional apoiada no Plano de 22. f participações em fóruns de colaboração com o governo. Desenvolvimento da Educação, lançado em 2007. 23. f A CNTE deverá estar a serviço do fortalecimento das Segundo o próprio governo, o principal foco do PDE 24. f lutas e das reivindicações da classe trabalhadora, de é a Educação Básica, dando ênfase à formação e 25. f forma independente e autônoma diante dos governos valorização docente, ao financiamento e à garantia 26. e patrões. de acesso e tendo como base legal a lei nº 6094/07. 27. f A política sindical a ser desenvolvida pela Nessa lei se estabelece entre as metas que a valorização 28. f direção da CNTE deverá privilegiar os fóruns e espaços do trabalhador em educação se dará por mérito, 29. f que busquem a unificação das lutas dos trabalhadores “representado pelo desempenho eficiente no trabalho, 30. f e uma dedicação, assiduidade, pontualidade, responsabilidade, 31. f reorganização independente do movimento sindical. realização de projetos e trabalhos especializados, cursos 32. f Só assim será possível recolocar essa Confederação no de atualização e desenvolvimento profissional”, além 33. f caminho das lutas e recuperar a independência da classe de “dar consequência ao período probatório, tornando o 34. trabalhadora frente aos governos, patrões e também ao professor efetivo estável após avaliação, de preferência 35. f aparelho do estado. externa ao sistema educacional local”. Essa lógica movimentos populares, que indiquem meritocrática visa a culpabilização dos profissionais 36. f 37. f POLÍTICA EDUCACIONAL em educação pela crise que vive a escola pública. Todos 38. f Segundo dados da Pesquisa Nacional por sabem que não existe solução para milhões de brasileiros 39. f Amostra de Domicílios (Pnad), recém divulgada pelo que vivem em condições de pobreza pela via do mérito, 70 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a assim como não há saída para a escola pública por essa aderir à cooperativas de fachadas. Dos 2 milhões de 2. a via. Como escreve Renato dos Santos Souza só se professores/as do ensino básico, cerca de 40% (mais 3. a pode defender a meritocracia “a menos que se pense, é de 800 mil) tem contrato de trabalho precários, com 4. a claro, que uma sociedade seja apenas um agregado de menos direitos e por tempo determinado. 5. a pessoas. Então, uma coisa é a valorização do mérito A lei do Piso Salarial Nacional é um caso 6. a como princípio educativo e formativo individual, e a parte. Em 2008 foi aprovada a lei 11.738, que 7. a como juízo de conduta pessoal, outra bem diferente é estabeleceu o Piso Salarial Nacional aos professores e 8. a tê-lo como plano de governo, como fundamento ético também estabeleceu que a jornada de trabalho docente 9. a de uma organização social. Neste plano é que se situa reservasse no mínimo 1/3 para atividade extraclasse. 10. a a meritocracia, como um fundamento de organização Passados 5 anos, a regra é que os estados e municípios coletiva e aí é que ela se torna reacionária e perversa”. não cumprem a lei de forma integral ou parcial. Apesar 12. a A meritocracia serve para “apreciações individuais e de o Piso Nacional aprovado ser muito inferior às reais 13. a não sociais”. No Estado de São Paulo, o governo do necessidades do magistério, a maioria dos estados e 14. f PSDB, chegou ao cúmulo de impor uma evolução municípios segue não cumprindo a Lei e o governo 15. f salarial às professoras e aos professores vinculada à federal/MEC não move uma palha para que ela seja 16. f nota de uma prova e em Minas Gerais existe um abono cumprida. Segundo a própria CNTE, apenas 12 estados 17. f de produtividade baseado no IDEB. e o DF pagam o Piso. O ponto alto dessa política é 11. 18. f Caminhando junto a meritocracia, há um o caso do RS, pois o Ministro da Educação Tarso 19. f profundo processo de privatização do ensino em nosso Genro foi defensor da aprovação dessa lei e agora o 20. f país. Há alguns anos, privatizar significava a escola ter governador Tarso Genro (PT), além de não aplicar, 21. f um dono e cobrar mensalidade, agora se construíram reprimiu violentamente a greve dos professores/as do 22. f métodos eficazes de transferência de verbas públicas RS e recorre ao STF. O mesmo ocorre no Pará, que 23. f às redes privadas. A maior expressão disso é o Prouni, mesmo depois de 60 dias de greve, alei do Piso não é 24. f que despeja milhões de reais das verbas públicas para cumprida Nesse momento, há um debate sendo feito 25. f as faculdades/universidades privadas, e são justamente para mudar a regra do reajuste do valor do Piso, pois 26. as verbas que faltam para uma expansão com qualidade os governos (de todos os estados) se uniram para exigir 27. f das universidades públicas. É possível que cada vaga que o reajuste seja feito pelo INPC e não pela variação 28. f comprada na rede privada seja aberta na rede pública. do FUNDEB. Para 2014 o previsto é um reajuste de 29. f O Pronatec segue a mesma lógica de transferência de 19% e os governadores está propondo alterar a regra, o 30. f verbas às escolas privadas, além dos projetos como que reduziria o reajuste para 7,7%. É uma vergonha o 31. f o ensino médio integral ou inovador, que se apoia desrespeito destes governantes à educação. 32. f em oficinas feitas por bancos e ONG´s, que recebem Quanto à aplicação da jornada de trabalho e 33. f muito dinheiro, seja em transferência direta de verbas garantia de, no mínimo, 1/3 ser de atividades extraclasse, 34. públicas, seja através de isenção fiscal. a situação é ainda pior. Para não aplicar a lei, vários 35. f Coroando esta política educacional neoliberal estados e municípios têm alterado a jornada de trabalho 36. f temos uma ampliação da precarização do trabalho para legalizar a ilegalidade de não cumprir a lei. Em 37. f educacional. O quadro de apoio já é hoje majoritariamente São Paulo, por exemplo, o estado (governado por 38. f terceirizado, com profissionais recebendo menores Alckmin-PSDB) publicou uma resolução sustentando 39. f salários e muitas vezes sem direitos, por terem que que a hora/aula é de 60 minutos e por isso 32 aulas 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 71 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a de 50minutos equivalem a 27 aulas de 60 minutos, a esperança de que o Brasil viveria mudanças sociais 2. a portanto já aplica a lei. Essa barbaridade de aumentar e de que, na educação, as demandas sociais seriam 3. a a jornada de trabalho para não aplicar a lei também se atendidas. Foram 8 anos de governo Lula e mais 2 4. a vê na maioria dos estados e municípios desse país. Por anos de governo Dilma com a manutenção do veto aos 5. a sua vez o Conselho Nacional de Educação (CNE) em 7% do PIB para a educação e de um investimento de 6. a portarias homologadas pelo MEC, acaba por permitir 5% do PIB, em média, sendo que o governo federal 7. a que os estados e municípios sigam fazendo o que bem contribui, com cerca de 1% do PIB para educação. 8. a entendem. O CNE publicou parecer em que uma aula O PNE proposto pelo governo se concentrou em 20 9. a pode ter 45,50 ou 60 minutos e que uma hora equivale metas, que, além de limitadas, preservam as políticas 10. a a 60 minutos. Depois, em novo parecer, diz que se privatizantes, que foram a marca dos últimos 10 11. aplica em cada sistema 1/3 de hora atividade a partir da anos. Entre as metas, se estipula a universalização do 12. a quantidade de minutos que tem a aula. Isso dá margem atendimento escolar a crianças de 4 e 5 anos até 2016 13. a para estados e municípios colocarem em seus planos e 50% do atendimento das crianças de 0 a 3 anos até o 14. f de carreira que a hora/aula é de 60 minutos e fazerem fim do período de vigência do PNE, ou seja em 2021. 15. f como fez o estado de São Paulo. É um absurdo que Após 10 anos de governo do PT, a proposta é que 16. f o governo federal não crie mecanismos para obrigar esperemos mais 08 anos para que metade das crianças 17. f estados e municípios a cumprirem a lei. E isso ocorre tenham acesso às creches e mais 3 anos para a pré- 18. f porque todos os governos se uniram para não aplicar escola. A universalização do ensino fundamental de 9 19. f esta lei. anos entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e que 20. f Outro grande problema é não estabelecer o toda criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos 21. f Piso Nacional aos Funcionários de Escola, que não de idade, porém, na última avaliação publicada, no 22. f são tratados como trabalhadores em educação. Isso, início de 2013, apenas 56,1% dos estudantes avaliados 23. f combinado às terceirizações, faz com que este seja o setor aprenderam o que era esperado em leitura e 42,8% 24. f mais atacado e desrespeitado na educação. em matemática; a universalização do atendimento dos Em 2001, ainda sob o governo de FHC, jovens de 15 a 17 anos até 2016 e aumento para 85% 26. foi aprovado o Plano Nacional de Educação, que da taxa líquida de matrícula no Ensino Médio ao fim 27. f estabeleceu as metas daquele decênio. Além das metas da vigência do Plano, ou seja, em 2021. Em relação 28. f educacionais como a erradicação do analfabetismo, ao financiamento, temos até o momento a aplicação 29. f fim da evasão escolar, ampliação do tempo médio de de 4,3% do PIB em 2010, 5% em 2011 e um debate 30. f escolaridade, se estabeleceu um grande debate nacional interminável sobre os valores que contaram no PNE. 31. f sobre o financiamento da educação. Os movimentos Foi aprovado pelo congresso nacional o valor de 10% 32. f sociais, em especial os vinculados à educação, lutaram do PIB para a educação. Nota-se que essa aprovação 33. f pela de vinculação de 10% do PIB para a educação não garante que o dinheiro investido vá para a 34. pública. Naquele momento, foi aprovada no congresso educação pública, pois as metas do PNE reafirmam a 35. f nacional a vinculação de 7% do PIB. O presidente FHC necessidade dos programas educacionais privatistas, 36. f vetou. Naquele contexto, o veto não causou estranheza, como o Prouni e o Pronatec, além da política de escola 37. f afinal FHC era o presidente das privatizações e da integral ser apoiada em oficinas privadas. Mesmo assim 38. f entrega do patrimônio nacional ao capital internacional. o governo resiste à aprovação da vinculação dos 10% 39. f No ano seguinte, Lula assume a presidência, carregando do PIB, para poder manter seus compromissos com o 25. f 72 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a capital internacional. Para elevar o valor destinado à 2. a educação, após as manifestações de junho, o congresso Imediata aplicação do Piso Salarial Profissional Nacional, rumo ao Piso do DIEESE! 3. a aprovou que 75% dos royalties do petróleo e 50% Por garantia de concurso público! 4. a do fundo social do pré-sal vão para educação. Muita Imediata aplicação de 1/3 de hora-atividade! 5. a propaganda e pouca efetividade, pois em 2013 os Por um Piso Salarial Profissional Nacional para 6. a royalties representam 0,2% do PIB e em 2021, auge 7. a da exploração do pré-sal, esse valor pode atingir 0,6% 8. a do PIB, segundo a auditoria cidadã da dívida. Ao os funcionários de escola! Em defesa dos planos de carreira de professores e funcionários de escola! 9. a mesmo tempo, o orçamento da união para 2014 prevê Contra a proposta de ensino médio inovador que 10. a mais de 1 trilhão de reais para pagamentos de juros e se apoia em oficinas feitas por bancos e ONG´s, que 11. recebem muito dinheiro público. amortizações da dívidas (44% do orçamento) e apenas 12. a 3,14% para a educação. Combinado a isso, o leilão de Abaixo, a reforma do ensino médio de Tarso, 13. a libra privatizou a maior parte dos recursos naturais, no RS que na mesma lógica do ensino médio inovador 14. f entregando uma bacia de petróleo que vale ao menos está desestruturando ainda mais a educação. 15. f R$ 1 trilhão de dólares por apenas 15 bilhões de reais. 16. f É a entrega da soberania nacional. Em defesa da Escola Pública, Gratuita e de Qualidade, para todos/as e em todos os níveis! 17. f 18. f Diante do aprofundamento das políticas 19. f neoliberais na educação brasileira, o 32º Congresso da 20. f CNTE resolve: 21. f BALANÇO POLÍTICO A CNTE não esteve à altura das necessidades dos trabalhadores em educação. Quase que como num Desenvolver uma campanha nacional em defesa filme que se repete, os trabalhadores em educação 22. f da Escola Pública Gratuita e de Qualidade exigindo; promovem grandes movimentos grevistas de norte a 23. f 10% do PIB para educação pública já! sul deste país, seja das redes estaduais, seja das redes 24. f Contra a Proposta de PNE do governo, que é municipais. Estas lutas, que se generalizaram nos 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f últimos anos, em comum levantaram a bandeira de uma privatista! Contra o Plano de Desenvolvimento da Educação escola pública, gratuita e de qualidade, por valorização salarial e por condições dignas de trabalho. (abaixo a Lei 6094/07); Pelo Fim da Meritocracia! Trabalho Igual, A luta pela aplicação do Piso Salarial Nacional e por 1/3 da jornada para horas-atividade, por Planos de Direitos Iguais; Contras as terceirizações e a precarização do Carreira que valorizem os trabalhadores em educação, tem unido trabalhadores em educação do país em fortes trabalho nas escolas; greves. 32. f Contra a Privatização da Educação! Abaixo o 33. f Prouni e Pronatec! Por vagas públicas para todos/as nas Existe uma mobilização nacional da pauta da 34. universidades Públicas e Escolas Técnicas Públicas. educação, porém a CNTE, que poderia unificar estes 35. f Fim do Vestibular! movimentos e construir uma grande greve nacional 36. f 37. f 38. f 39. f Redução do número de alunos por sala! Máximo ao contrário, sequer esteve presente nestas lutas, de 25 alunos! Creche para todos/a que precisem! Creches nos abandonando cada estado ou município à própria sorte. Em 2011, ocorreram greves gigantescas em 19 locais de trabalho! 32o Congresso Nacional da educação, apoiada nas manifestações estaduais, dos Trabalhadores em Educação 73 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a estados brasileiros, cuja principal reivindicação foi A lei do piso prevê o reajuste no Artigo 5º – “O 2. a a aplicação do piso, carreira e 1/3 de hora-atividade. piso salarial profissional nacional do magistério público 3. a Essas poderosas greves não foram unificadas pela da educação básica será atualizado, anualmente, no 4. a CNTE, ficaram isoladas em seus estados e, assim, mês de janeiro, a partir do ano de 2009”. 5. a cada governador, de alguma maneira, usou dos mais Parágrafo Único – “A atualização de que trata o 6. a diversos artifícios para dizer que estaria cumprindo caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo 7. a a lei. Incorporaram regência, subsídios, abonos e percentual do crescimento do valor anual mínimo 8. a aplicaram o valor do piso apenas para o vencimento por aluno referente aos anos iniciais do ensino 9. a inicial da carreira. Ao não aplicar o piso nas carreiras fundamental urbano, definido nacionalmente, no 10. a existentes, desmontaram as mesmas. Desta forma, termos da lei número 11.494 de 20 de junho de 11. 2007” (lei que regulamenta o FUNDEB). apenas 12 estados e DF aplicam o valor da lei. A greve de São Paulo, em 2013, foi mais um A variação do valor custo-aluno/ano corresponde 13. a exemplo dessa política. Quando estavam em greve os ao percentual de reajuste do piso para o ano em 14. f professores municipais e os professores estaduais, a vigor. Cabe ao Governo Federal esse valor que se 15. f CNTE, apoiada na direção majoritária da APEOESP, baseia no número de alunos matriculados no ensino 16. f fez de tudo para não unificar estes movimentos e acabar fundamental. O cálculo é feito tomando o valor dos 17. f com a greve do estado, pois, para a CNTE, defender o recursos necessários e dividido pelo número de alunos 18. f governo do prefeito Haddad estava acima da luta da matriculados. A referência no custo-aluno é uma 19. f educação. Esta postura governista da CNTE só trouxe garantia de que a cada ano haverá reajuste. 20. f derrotas e retrocesso em nossa luta nacional. 12. a Essa lei é autoaplicável, segundo a própria 21. f Quase que como em outro filme, mas, desta vez, CNTE. O MEC, ao utilizar-se de portarias, rebaixando 22. f um drama, a CNTE convoca todos os anos três dias de o valor do custo-aluno ano, comete uma ilegalidade. A 23. f greve nacional da Educação, de maneira absolutamente ponto de ficarem escancaradas suas manobras, como 24. f formal, sem construir efetivamente nos estados, para aconteceu com a portaria 344 de 24 de abril de 2013, 25. f cumprir tabela, ou seja, para se resguardar e depois que, sob o argumento do ajuste de contas ou do valor 26. deixar cada luta isolada e ficar em reuniões intermináveis custo-aluno, “do nada apareceram” R$ 4 bilhões. O 27. f no Congresso Nacional, com deputados, senadores e Governo Federal e o MEC tinham conhecimento 28. f ministros, e depois divulgando estes eventos. Basta desse montante, no entanto, para ajudar os governos 29. f olhar o site da CNTE para concluir que, aquela que foi nos estados, estabeleceu o reajuste para 2013 de 30. f a entidade nacional dos educadores, se transformou em 7.97% e em abril publicou nova portaria que 31. f um departamento do MEC, defendendo suas políticas implicou num percentual de 16.85%. 32. f diante dos trabalhadores ao invés de representar os 33. f trabalhadores diante do governo. 34. 35. f Os governos, estaduais e municipais estão de toda forma tentando não cumprir estes reajustes e ainda Essa situação distancia cada vez mais a CNTE mudar a regra, propondo o índice do INPC. Para 2014, a diferença entre a lei e o INPC é de mais de 12%. da realidade dos trabalhadores em educação. 36. f Além de não organizar a luta nacional dos De maneira desavergonhada, a CNTE, apresentou a 37. f trabalhadores em educação, a CNTE tem tido uma proposta de que o reajuste seja da inflação pelo INPC, 38. f postura lastimável em relação à aplicação da Lei do mais 50% do crescimento consolidado da receita total 39. f Piso Nacional. Vejamos: do Fundeb realizado, em nível nacional, referente ao 74 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a ano anterior. um chamado nacional e construir uma grande greve 2. a Essa proposta foi apoiada pela Frente Nacional nacional, levantando as bandeiras da educação, como 3. a de Prefeitos e aprovada pelo Conselho Nacional fizeram os professores e funcionários de escolas, 4. a de Entidades da CNTE. Que papelão! A entidade principalmente no Rio de Janeiro, mas também no 5. a que deveria nos representar está propondo mudar o Rio Grande do Sul, Teresina, Goiânia e outras dezenas 6. a índice de reajuste para menos. O que explica que uma de cidades. Porém a CNTE preferiu se esconder e, ao 7. a entidade sindical defenda mudar uma lei para diminuir invés de estimular as lutas pela educação se apoiando 8. a o reajuste salarial do Piso? O seu total atrelamento ao na nova situação política aberta no país, deixou, mais 9. a governo federal. uma vez, cada luta isolada. 10. a 11. Basta da CNTE governista, e chapa branca! A CNTE não faz uma crítica ao fato do governo federal apresentar, para o orçamento de 2014, o gasto 12. a de 44,4% com pagamento de juros e amortizações da POLÍTICAS PERMANENTES 13. a dívida em detrimento de gastar 3,18% com educação A luta contra o machismo na educação 14. f e ainda quer ajudar os governos fora da lei, propondo 15. f reduzir o reajuste do Piso Nacional. Abaixo a Violência contra a mulher 16. f Como se fosse pouco, a CNTE ainda indicou De acordo com o relatório Mapa da Violência 17. f para o Conselho Nacional de Educação Maria Isabel 2012, 91 mil mulheres foram assassinadas no país 18. f Noronha (presidenta da APEOESP), que fez e aprovou entre 1980 e 2010, quase metade (43,5 mil) ocorreu 19. f parecer propondo a aplicação paulatina da jornada de no na última década. As mulheres negras são as que mais 20. f mínimo 1/3 de hora-atividade. Outro descalabro, pois morrem comparativamente com as brancas. 21. f os governos não cumprem a lei desde 2008, ou seja, há A Lei Maria da Penha, criada em 2006, fruto 22. f cinco anos. A proposta da CNTE, através do CNE é dar de uma conquista do movimento social, não foi 23. f mais tempo aos governantes. Isso é uma vergonha, pois suficiente para reverter o cenário de violência à mulher, 24. f a CNTE está propondo redução do índice de reajuste aliás, sequer foi aplicada devido à falta de recursos e 25. f do Piso e também aplicação paulatina da jornada, mas equipamentos de atendimento. Menos de 10% dos 5.500 26. nenhum governo aceita sequer isso. Qual sentido em dos municípios brasileiros contam com delegacias da 27. f propor aplicação de políticas aos estados e municípios, mulher e menos de 1% possui casas abrigo. 28. f inferiores ao que a lei nos garante? Essa política para Dentro dos muros da escola trabalhadoras(es) 29. f defender o MEC coloca a CNTE ao lado de Tarso Genro convivem cotidianamente com a violência, assédio e 30. f e contra os trabalhadores em educação do RS, mas com as demais formas de opressão, combinadas com 31. f também coloca a CNTE ao lado de Alckmin, contra a exploração. Isso explica a morte de Simone Lima, 32. f os trabalhadores em educação de São Paulo, ou seja, professora com contrato precário assassinada pelo seu 33. f coloca a CNTE ao lado de 27 governadores e contra a próprio aluno no interior de São Paulo, em março de 34. necessidade de milhões de alunos e trabalhadores em 2013. 35. f educação. É preciso promover uma ampla Campanha 36. f Em junho de 2013, quando aconteceu o maior 37. f levante popular da história recente de nosso país, 38. f quando milhões de pessoas foram às ruas reivindicar 39. f melhorias na saúde e educação, a CNTE deveria fazer 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Contra a Violência à Mulher envolvendo trabalhadoras e usuárias da Educação. Creches Públicas em Período Integral, Gratuitas e Educação 75 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a de Qualidade Para Todos os Trabalhadores! Fim das leis que restringem as faltas e licenças Para garantir as creches, é preciso que o Estado 2. a médicas! 3. a assegure este direito da mulher e da criança. Contudo, Pelo direito a faltas para realização de pré-natal, 4. a os govenos municipais, estaduais e o governo federal sem nenhuma perda trabalhista, com dias contados para 5. a de Dilma Roussef/PT se tornam omissos. todos os fins de aposentadoria e benefícios! As profissionais de creche devem se unir com as Expressar nas campanhas salariais o tema 7. a mulheres trabalhadoras que precisam urgentemente dos de mulheres, através de construção de consignas 8. a serviços públicos de creches, visto que as lutas devem feministas classistas, que mobilizem as mulheres e 9. a ser articuladas contra o machismo e o poder público estejam expressas nos jornais, panfletos, blogs e sites! 6. a 10. a que promove total ausência da Educação Infantil. Educação sexual para não engravidar; 11. Preservativos gratuitos para prevenir; Aborto legal e 12. a Contra a Bolsa Estupro!Veta Dilma! seguro para não morrer! 13. a Um dos artigos mais polêmicos do Estatuto do 14. f Nascituro é o que diz respeito à instituição de uma bolsa 15. f para as mulheres que ficarem grávidas em decorrência O agravamento da crise econômica mundial 16. f de violência sexual. Se aprovada esta lei, as mulheres tem levado a uma situação de polarização social e ao 17. f não mais poderiam recorrer ao aborto fruto de estupro, consequente aumento da xenofobia e do racismo em 18. f pois os direitos concebidos ao feto por este Estatuto todo o globo. Esse é o pano de fundo da recente onda 19. f não o permitiriam. de violência no Estado de São Paulo, que a partir de Questão racial 20. f A presidenta Dilma tem o poder de vetar todas as instituições do governo Alckmin tem vitimado 21. f este grande retrocesso, que pode demarcar mais a população negra das periferias e, em particular nos 22. f negativamente o governo da 1ª mulher a presidir o país últimos meses, a juventude negra, que, além do racismo 23. f em relação aos direitos das mulheres. que há mais de 500 assola a população negra com 24. f Defendemos: uma brutal exploração, com a falta de uma educação 25. f Campanha Contra a Violência à Mulher na pública, gratuita e de qualidade e alternativas de acesso 26. Educação; Fim da polícia dentro da escola.! Abaixo o Assédio Moral! Punição para quem o 27. f 28. f à cultura em suas mais diversas manifestações, agora pratica! Abaixo o Bolsa Estupro! toma a forma de um verdadeiro genocídio que tende a se ampliar com a proximidade da Copa e Olimpíadas 29. f Que as creches funcionem em tempo integral, combinada à política de higienização social já em curso 30. f que sejam públicas, gratuitas e de qualidade, com em todo o país, que se traduz nas remoções forçadas das 31. f financiamento estatal, atendendo 100% das crianças, comunidades e no crescente processo de criminalização 32. f através da aplicação de 10% do PIB para educação! da pobreza. Que 33. f 34. as trabalhadoras de creche sejam reconhecidas como professoras de Educação Infantil ! O Congresso Estadual da CNTE deve se posicionar contra o genocídio da juventude negra da 35. f Licença Maternidade de seis meses já para todas, periferia, assim como defender a desmilitarização da 36. f rumo a 1 ano para todas as profissionais da educação, PM, que tem cumprido o papel nefasto de assassinar 37. f sem isenção fiscal! nossa juventude. Assim como também deve exigir Licença paternidade imediata de 40 dias, rumo a 38. f 39. f seis meses para todos, sem isenção fiscal! 76 dos governos Alckmin e Dilma a aplicação das cotas raciais para as universidades estaduais e federais como 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a reivindica o movimento negro e que para garantir teremos possibilidade de avançar em conquistas, 2. a à juventude o acesso a uma educação pública e de preservar os nossos direitos, mas também defender a 3. a qualidade deve investir imediatamente 10% do PIB escola pública.Também não podemos fechar os olhos 4. a para a educação pública. diante do fato de que os governos, ao longo dos anos, 5. a têm primado por aplicar uma política de exclusão a 6. a Combater a Homofobia também é parte de Nossa este setor da categoria. Os Planos de Carreiras, onde 7. a Luta Sindical foram conquistados, assim como dos professores, 8. a Segundo dados coletados pelo GGB (Grupo Gay estão ameaçados. A legislação federal, criada durante o 9. a da Bahia), o Brasil é o campeão mundial de assassinatos governo Lula e respaldada pela CNTE, exige requisitos 10. a de LGBTs, alcançando a média de um assassinato a que inviabilizam a ampla maioria destes trabalhadores 11. vencer estas barreiras. cada dois dias. Apesar dos altos índices de assassinatos, 12. a inexistem, no Brasil, políticas públicas voltadas para o Queremos com esta avaliação reafirmar nossa 13. a efetivo combate à homofobia. Tanto o Governo Federal posição contrária à forma de como a CNTE situa a 14. f quanto os Estaduais seguem ignorando este fato. Desde qualificação dos Funcionários de Escola no programa 15. f 2006 tramita no senado a PLC 122, projeto de lei que PROFUNCIONÁRIO. 16. f visa criminalizar a homofobia no Brasil. O PROFUNCIONÁRIO se constitui em um 17. f São os trabalhadores e trabalhadoras LGBTs as paliativo para suprir estas exigências. Além de ser 18. f maiores vítimas da opressão, portanto, defendemos a um curso a distância, só contempla aqueles que já 19. f organização de “Coletivos de Combate às Opressões”. possuem o Ensino Médio ou que estão cursando. Não 20. f É preciso também denunciar Marco Feliciano oportuniza sequer garantir para uma maioria que ainda 21. f que representa o que há de pior no Congresso não concluiu o Ensino Fundamental, jogando muitos 22. f Nacional. O deputado é conhecido por suas asquerosas funcionários aos EJAS privados. 23. f declarações homofóbicas, machistas e racistas. Nas Disputamos a verdade sobre o que representa 24. f redes sociais postou que “africanos descendem de um a adesão a esse programa. Se reivindicarmos 25. f ancestral amaldiçoado por Noé”, em uma referência ao profissionalização, e o fruto da nossa luta for formação 26. personagem bíblico Caim, filho de Noé cuja mitológica que represente melhorias para a escola pública e para os 27. f maldição foi usada por séculos pela Igreja Católica educadores estes programas com certeza serão aceitos. 28. f para justificar a escravidão dos negros. No entanto não é o que está ocorrendo com os 29. f Em defesa do Kit anti-homofobia. atuais programas educacionais. Pelo contrário o que 30. f Defesa do PLC 122/06 (criminalização da está no centro destes é a política de nivelar por baixo, 31. f 32. f rebaixando carreiras que já existem. Homofobia) Fora Feliciano Já! Além disso, a política do governo federal excluiu os funcionários da Lei do Piso, e sequer houve reação 33. f 34. Funcionários de Escola da CNTE para impedir que isso acontecesse. 35. f Professores e funcionários de escola devem Como se não bastasse existe uma propaganda 36. f lutar juntos! A luta para organizar os funcionários enganosa por parte da CNTE/MEC, que fazendo o 37. f conjuntamente com os professores continua sendo uma PROFUNCIONARIO, os funcionários serão incluídos 38. f das principais tarefas dos Sindicatos que representam os na lei do Piso Salarial Nacional. 39. f trabalhadores em educação. Somente de forma unitária 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em A CNTE abriu mão de chamar a unidade dos Educação 77 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a educadores para derrotar essas políticas excludentes anseios do segmento. É preciso estabelecer uma pauta 2. a e sequer denuncia a política de espetáculo do governo de reivindicações para ser encaminhada nacionalmente 3. a Dilma. pela CNTE e as suas afiliadas. As mobilizações propostas pela CNTE, apesar Dentre as lutas dos trabalhadores em educação 5. a de ter aparente compromisso com as pautas dos aposentados(as) do Ensino Público Básico, que 6. a trabalhadores, além de sempre estarem voltadas para o precisariam ser assumidas pela CNTE estão: 4. a 7. a parlamento, servem apenas para alimentar a ilusão de Aposentadoria integral; 8. a que os governantes e políticos comprometidos com o Paridade salarial entre ativos e inativos; 9. a capital financeiro atenderão as nossas reivindicações. Assistência pública à saúde. 10. a 11. Reafirmamos que os projetos que estão sendo aprovadas pelo governo federal e seus aliados PLANO DE LUTAS 12. a no congresso nacional são excludentes e visam a 1) Deflagração de uma greve nacional do Ensino 13. a precarização dos profissionais da educação. Não Básico público, por tempo indeterminado, na primeira 14. f podemos fortalecer nenhuma política que venha quinzena de abril de 2014, chamada pela CNTE. 15. f no sentido de iludir com falsas conquistas, e levar > Eixos de luta: 16. f os funcionários de escola ao mesmo curso que os Implantação do Piso Salarial Profissional 17. f professores brasileiros estão há 5 anos, em uma disputa Nacional para professores e funcionários de escola 18. f jurídica e política para fazer cumprir a Lei do Piso como vencimento básico nos Planos de Carreira, 19. f Salarial. incluindo os aposentados. 20. f Diante, desta realidade o Congresso deve exigir 21. f que a CNTE chame a luta unitária dos trabalhadores 22. f em educação e que deixe de fortalecer os fóruns 23. f governamentais, vendedores de ilusões. reajuste anual do Piso Salarial. Implantação do 1/3 da carga horária dos professores para horas-atividade. Repasse de verbas do Governo Federal para 24. f 25. f Manutenção do custo-aluno como critério para o Aposentados(as) 26. os governos dos estados e municípios, com vistas a Os aposentados(as) representam hoje uma complementar o necessário para a implantação do Piso Salarial. 27. f parte significativa dos associados aos sindicatos de 28. f trabalhadores em educação filiados à CNTE. Não raro 10% do PIB para educação pública, já! 29. f representam de 30% a 40% dos associados. Defesa dos planos de carreira. 2) Abaixo-assinado da CNTE em nível nacional, 30. f Cabe à CNTE incentivar e encaminhar as lutas 31. f dos(as) aposentados(as) em nível nacional, unificando em defesa do Piso Salarial Profissional 32. f os esforços das entidades estaduais neste sentido. e pela manutenção do custo-aluno como critério para o 33. f Mas a preocupação da CNTE com os(as) 34. aposentados(as) fica aquém do necessário para 35. f encaminhar as lutas do segmento. Nacional reajuste anual do Piso: Encaminhado pelas entidades estaduais e municipais, nas suas bases, no transcorrer dos meses de fevereiro e março de 2014. 36. f Os encontros nacionais de aposentados(as) 37. f organizados pela CNTE são importantes, e deveriam Entregue ao Governo Federal e aos Governos 38. f ser realizados mais regularmente e de forma mais Estaduais e Municipais na segunda quinzena de 39. f representativa, mas são insuficientes para responder aos março de 2014, através de atos públicos unitários de 78 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » Assinam a resolução: 1. a trabalhadores em educação. JOÃO ZAFALÃO – APEOESP - REJANE 2. a > Calendário de mobilização: Assembleias gerais das entidades estaduais e SILVA DE OLIVEIRA – CPERS/SINDICATO - 4. a municipais de trabalhadores em educação no final de NEIDA PORFÍRIO DE OLIVEIRA – CPERS/ 5. a março de 2014. SINDICATO - NEIVA LAZZAROTTO – CPERS/ 6. a SINDICATO - CLOVIS 3. a Ato público nacional em Brasília na 1ª quinzena OLIVEIRA – CPERS/ 7. a de abril de 2014, em defesa do Piso Salarial. SINDICATO - SÍLVIA LETÍCIA DA LUZ – SINTEPP/ 8. a > Divulgação: PA 9. a Cartaz nacional sob a responsabilidade da CNTE. APEOESP - ANTONIO ANTUNES DA CUNHA 10. a Panfletos das entidades estaduais e municipais. NETO 11. Mensagem da CNTE divulgada em emissora NISHIMURA – CPERS/SINDICATO - LOURDES - PEDRO PAULO VIEIRA CARVALHO – – CPERS/SINDICATO - SHIN PINTO 12. a nacional de televisão. QUADROS – OPOSIÇÃO ALTERNATIVA SINPEEM 13. a - JOSÉ MATEUS DA ROCHA FERREIRA – 14. f ESTATUTO SINTEPP-PA - CONCEIÇÃO HOLANDA – SINTEPP- 15. f O que ocorreu no último Congresso da CNTE PA - WILLIANS ANTONIO DA SILVA – SINTEPP- 16. f foi muito grave. Quando a direção majoritária mudou PA - CLÓVIS DOS SANTOS CONSTA JUNIOR – 17. f o critério da proporcionalidade impondo um percentual SINPEEM-SP- FABIO FIGUEIREDO RESENDE – 18. f mínimo de 20% para participação na direção da SINPEEM-SP - RANDEL SALES – SINTEPP-PA - 19. f Confederação praticou, assim, um verdadeiro golpe à ALBERTO ANDRADE JUNIOR – SINTEPP-PA - 20. f democracia da entidade. MÔNICA BRITO – SINTEPP-PA - AMIRALDO DA 21. f Sabemos que o que está por trás disso é a política SILVA RODRIGUES – SINTEPP-PA - CIRLENE 22. f de submissão ao governo federal, no entanto, não temos CABRAL – SINTEPP-PA - FRANCILENE ROCHA 23. f dúvida de que afastar os setores da oposição da direção – SINTEPP-PA - ROSANE GOMES – CPERS/ 24. f significou um aprofundamento do governismo e um SINDICATO 25. f esvaziamento ainda maior da CNTE. FILHO – APEOESP- MARIA DE FÁTIMA COSTA - FERNANDO BORGES CORREIA Uma entidade nacional dos trabalhadores deve DOS SANTOS – APEOESP - NICOLAS MARINOS 27. f ser o mais representativa e ampla possível, garantindo - ALENQUER/PA- MÁRCIO PINTO – SINTEPP/PA 28. f em todas as suas instâncias as forças políticas - IZABEL SALES – SINTEPP/PA - IZABEL 29. f representadas no movimento. MARINHO 26. SANTARÉM – SINTEPP/PA - 30. f Além disso, cada vez mais os trabalhadores ADENILSON COSTA – ALENQUER/PA- DÉBORA 31. f em educação e a própria educação pública vivem sob MIRANDA – ALENQUER/PA- NICOLAS MARINOS 32. f permanente ataque dos governos federal, estaduais e – 33. f municipais e isto exige uma necessária unificação e CORREIA FILHO – APEOESP- MARIA DE FÁTIMA 34. organização de nossas lutas no país inteiro. Assim, COSTA DOS SANTOS – APEOESP- ROSANE 35. f será muito importante que este Congresso, além de GOMES - PASSO FUNDO – CPERS/SINDICATO- 36. f reafirmar a independência e autonomia da entidade LAURA VIEIRA MARQUES – CPERS/SINDICATO- 37. f frente aos governos e patrões, delibere que: TEREZINHA BULLÉ 38. f 39. f A composição da direção da CNTE obedeça ao dos Trabalhadores - FERNANDO DA SILVA – BORGES CPERS/ SINDICATO - NORMA DOS SANTOS MACHADO – CPERS/SINDICATO - ANGÉLICA BRUCH critério da proporcionalidade direta e qualificada. 32o Congresso Nacional ALENQUER/PA em Educação – 79 Caderno RESOLUÇÃO 7 Resoluções » de 1. a CPERS/SINDICATO - OSÉIAS SOUZA DE FREITAS CPERS/SINDICATO 2. a – CPERS/SINDICATO - MARA SUSANA FEIL – PERETTI RIVAS – CPERS/SINDICATO- ENILSON 3. a CPERS/SINDICATO - MARI ANDREIA OLIVEIRA POOL DA SILVA – CPERS/SINDICATO- FLÁVIO 4. a DE ANDRADE – CPERS/SINDICATO - ROSENEI ROTH – CPERS/SINDICATO -JOANA ALMERI 5. a NIKITITZ LOPES – CPERS/SINDICATO - ANA VIEIRA DA COSTA – CPERS/SINDICATO - JANETE 6. a BEATRIZ DE VASCONCELOS PEREIRA – CPERS/ FÁTIMA 7. a SINDICATO WEBBER SINDICATO - ANTÔNIO JOSÉ STAUDT – CPERS/ 8. a GONÇALVES – CPERS/SINDICATO - RAQUEL SINDICATO - MARIA CRISTINA SCHENKEL 9. a CORDEIRO GUEDES – CPERS/SINDICATO - MOREIRA – CPERS/SINDICATO - MARI ODILA 10. a MARIA MOEMA NUNES MANINI – CPERS/ FILGUEIRA MESSA – CPERS/SINDICATO - 11. SINDICATO - NÚBIA REGINA FONSECA DE JOSEIDA LUIZA VIDOR – CPERS/SINDICATO - 12. a MELLO – CPERS/SINDICATO - TERESINHA JOÃO ALGECI VOGEL – CPERS/SINDICATO - 13. a JAMIDES DA COSTA BATTISTI – CPERS/ MARIA CELESTE PEREIRA RAMOS PAIVA – 14. f SINDICATO - VERA CRISTINA DA SILVA CPERS/SINDICATO - FATIMA REGINA PRESOTTO 15. f MARTINEZ – CPERS/SINDICATO - ANA LÚCIA – CPERS/SINDICATO - ALÁDIO KOTOWSKI – 16. f XAVIER CABRAL – CPERS/SINDICATO - CLAIRE CPERS/SINDICATO - JOSÉ ANTÔNIO SEVERO – 17. f MARIA MORAES AMARAL – CPERS/SINDICATO CPERS/SINDICATO - PAULO RENATO DAPPER – 18. f - LENIR GARCIA MEDEIROS – CPERS/SINDICATO CPERS/SINDICATO 19. f - MARIVETE MORAIS DE MELO – CPERS/ OLIVEIRA 20. f SINDICATO - MAIRA IARA DE FARIAS ÁVILA – AUGUSTO DO NASCIMENTO MOURA – CPERS/ 21. f CPERS/SINDICATO - ALBINA MARIA SILVEIRA SINDICATO - RAFAEL DE BRITO VIANNA 22. f TRINDADE CPERS/SINDICATO - MÁRCIA VIVIANE BORGES 23. f TERESINHA 24. f SINDICATO - MARIA AMÁLIA DE OLIVEIRA VALDEMAR BAIOTO 25. f DREYER – CPERS/SINDICATO - ELISABETH ROSA MARIA AGUSTINI DOTTA – CPERS/ 26. MOR MALOSSI – CPERS/SINDICATO - MARIA SINDICATO 27. f APARECIDA CPERS/ DUTRA – CPERS/SINDICATO - CESAR AUGUSTO 28. f SINDICATO - ANA MARIA TEIXEIRA RODRIGUES AQUINO RECOBA – CPERS/SINDICATO - PABLO 29. f – BAIRROS HENRIQUE SILVA DOS SANTOS – CPERS/ 30. f ZAMBRANA – CPERS/SINDICATO - MARIA SINDICATO - ORIDES MESSIAS MAIA DE SOUZA 31. f NORMA DUMER – CPERS/SINDICATO - MARIA – CPERS/SINDICATO - CLEUSA MARGARETE 32. f HELENA GALLINA – - WERNER – CPERS/SINDICATO - TERESINHA DE 33. f JUSSARA JAYME – CPERS/SINDICATO - IONE DEOS VIEIRA – CPERS/SINDICATO - ANTONIO 34. MANDELLI GIANE CARLOS SILVA DA ROSA – CPERS/SINDICATO - 35. f CARVALHO – CPERS/SINDICATO- CARMEN MARIA EURLA CORRÊA PERES – CPERS/ 36. f MAGDA TRINDADE KAUS – CPERS/SINDICATO SINDICATO - CLEIDE COELHO ZABALVEYTRA 37. f - – CPERS/SINDICATO - MICHELE SILVEIRA 38. f SINDICATO - CECÍLIA MARIA FIORENTIN – AZEVEDO 39. f CPERS/SINDICATO- NEI ALVES DE SENA – ROBERTO BOURSCHEID – CPERS/SINDICATO - - – ANGELA CPERS/SINDICATO CAMPOS CPERS/SINDICATO TANIA 80 FARIAS PORTELA – MARIA PRADO - – ZILA CPERS/ – JANICE CPERS/SINDICATO CPERS/SINDICATO MARIA - GONÇALVES - – CPERS/ CASSA - MOROSTICA – - DANIELA FABIANA FINATTO– NOÉ CPERS/ MACHADO CPERS/SINDICATO - DE CÉSAR – – CPERS/SINDICATO - ANTONIO 32o Congresso Nacional – CPERS/SINDICATO - - PAULO ARIOSTO RODRIGUES – CPERS/SINDICATO dos Trabalhadores em - JOÃO Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a JOSÉ LISANDRO DOS SANTOS – CPERS/ APEOESP - DOUGLAS PAULINO BARREIROS – 2. a SINDICATO- MARILEI MORGENSTERN WINTER APEOESP - JANAÍNA RODRIGUES – APEOESP - 3. a – CPERS/SINDICATO - SUZANA FÁTIMA PERETTI MARIA TEREZA MORO – APEOESP - MAURO DA 4. a – CPERS/SINDICATO - SILVIO LUIS VIETMEIER SILVA INÁCIO – APEOESP - MAICON EDIVALDO 5. a – CPERS/SINDICATO- JOÃO CARLOS RITTER – NICOLINO – APEOESP - BIANA HELENA BARROS 6. a CPERS/SINDICATO- VILMARA PEREIRA DO RODRIGUES 7. a CARMO DISTRITO FEDERAL- FÁTIMA DE NASCIMENTO MOTA – APEOESP - CLODOALDO 8. a ALMEIDA FEDERAL- ANDRADE DOS REIS– APEOESP - FERNANDO 9. a ELVINA DE FREITAS LIMA DISTRITO FEDERAL- DE SOUZA – APEOESP - DIEGO VILLANOVA 10. a ELICEUDA SILVA FRANÇA DISTRITO FEDERAL RODRIGUES – APEOESP - KELLY CRISTINA DA 11. SILVA – APEOESP - MORAES DISTRITO - NOÊMIA MARIA DA SILVA - DISTRITO FEDERAL – APEOESP - CARLOS RONALDO HENRIQUE 12. a -MARLÚCIA DE OLIVEIRA CARDOSO - DISTRITO CAETANO – APEOESP - WILIAM DONIZETI 13. a FEDERAL- CARLOS DOS SANTOS - DISTRITO FELIPPE – APEOESP - CRISTIANO COUTINHO 14. f FEDERAL - PEDRO JACKSON GUTHIER DA DA CRUZ – APEOESP - GLÁUCIA FÁTIMA 15. f CRUZ FILHO - DISTRITO FEDERAL - CLEBER RODRIGUES ARRUDA – APEOESP - GILMARA 16. f RIBEIRO SOARES - DISTRITO FEDERAL - APARECIDA DE FARIA – APEOESP - ROSELI 17. f FERNANDO FERREIRA DOS REIS - DISTRITO GOMES – APEOESP - LOURDES QUADROS 18. f FEDERAL - MARLI KUMPEL DA SILVA – CPERS/ ALVES – SINPEEM-SP - DAYANA ARAUJO BIRAL 19. f SINDICATO – 20. f SINDICATO - VERA SERPA– CPERS/SINDICATO - SIMABUKULO – SINPEEM-SP - BRUNO RAPHAEL 21. f KLYMEIA NOBRE – CPERS/SINDICATO - ROSILENE SANTOS – SINPEEM-SP - ARIANA MATOS 22. f DOS SANTOS COITINHO – CPERS/SINDICATO - GONÇALVES – SINPEEM-SP - VICTÓRIA DE 23. f FILICIA NUNES DA SILVA – CPERS/SINDICATO - FATIMA DE MELLO – SINDUTE-MG - ELEANDRO 24. f NELCI SANTANA – CPERS/SINDICATO- CLAUDIA FONSECA 25. f FREITAS DA SILVA – CPERS/SINDICATO - MARCOS GIVANILDO GUIMARÃES DOS REIS – SINDUTE- 26. BELO DE SOUSA – SINSEPEAP - JORGE GARCIA MG - SONIA REGINA HENRIQUES – SINDUTE- 27. f DE LIMA JUNIO – SINSEPEAP - MARIA LUIZA MG - CELIA MARIA DA SILVA – SINDUTE-MG - 28. f SANTOS DA ROCHA – SINSEPEAP - RENATO KAROL GRUCHENKA LUPATINI – SINDUTE-MG 29. f PAVAM – APEOESP ANTONIO FERNANDO - RODRIGO FARIA MATTOS – SINDUTE-MG - 30. f CAPELLARI JOSÉ GUSTAVO OLIMPIO – SINDUTE-MG - STENIA 31. f STANGHERLIN FERRARESI – APEOESP - ANA JOURINK – SINDUTE-MG - MAX MOL – SINDUTE- 32. f PAULA PASCARELLI SANTOS – APEOESP - ROSA MG - MARIA BETÂNIA FIRMINO LOBATO – 33. f MARIA DE ARAUJO FIORENTIN – APEOESP - SINDUTE-MG - HUENDER DIAS FRANCO – 34. VILSON ANTONIO FIORENTIN – APEOESP - SINDUTE-MG - EVALDO JOSÉ DE SOUZA – 35. f RICHARD ARAÚJO – APEOESP - ELIANA PENHA SINDUTE-MG - GILBERTO JOSÉ DE MELO – 36. f RINALDI – APEOESP - IRENE DUTRA DA SILVA SINDUTE-MG - REGIS BATISTA ETHUR – CPERS/ 37. f – APEOESP - ELIANA NUNES DOS SANTOS – SINDICATO - ALTEMIR PAULO COZER – CPERS/ 38. f APEOESP - CLAUDIA CRISTINA DE SOUZA – SINDICATO - MARIA LUIZA DE CASTRO 39. f APEOESP - VALDEMIR LIMA CERQUEIRA – SMIELEWICZ – CPERS/SINDICATO - ORLANDO -GLECI – HOFFMANN– APEOESP 32o Congresso Nacional dos - MARIA CPERS/ Trabalhadores em SINPEEM-SP-LUCAS Educação FERREIRAS ANTONIO – NIZUMA SINDUTE-MG - 81 Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » CPERS/ SINTE-SC - JOÃO JENÁRIO DA SILVA – SINTE-SC 2. a SINDICATO - LIZANDRO ANTONIO CANTON – - JOANINHA DE OLIVEIRA – SINTE-SC - 3. a CPERS/SINDICATO - JAIR DOSSENA ESPÍNDOLA ALESSANDRO ESPINDOLA – SINTE-SC - ROQUE 4. a – CPERS/SINDICATO - ADÉLIA DOS SANTOS PEGORARO – SINTE-SC - MARCELO SERAFIM – 5. a PIMENTE – CPERS/SINDICATO - IDA DOLORES SINTE-SC - ROSANGELA BARREIRO – SINTE-SC 6. a WALENDORFF – CPERS/SINDICATO - SONIA M - JOSELINA FERREIRA – SINTE-SC - IARA 7. a DOS SANTOS PETRY – CPERS/SINDICATO - MIRANDA – SINTE-SC - GERSON LUIZ CALDEIRA 8. a CARMEN CASTOLDI – CPERS/SINDICATO - – SINTE-SC - ABEL RIBEIRO – SINTEP-PA - 9. a MARCOS AZAMBUJA – CPERS/SINDICATO - JOSYANNE QUEMEL – SINTEP-PA - BENEDITA 10. a LETÍCIA NEUMANN – CPERS/SINDICATO - DO AMARAL – SINTEP-PA - LUANA PARANHOS 11. – SINTEP-PA - ELAINE MACIEL – SINTEP-PA - 1. a MARCELINO DA SILVA FILHO – HELENA MARIA POLICENA DOS SANTOS 12. a GROSSMANN – CPERS/SINDICATO - ROSANE JULIO FORMIGOSA – 13. a DE SOUZA PIT – CPERS/SINDICATO - ELEONES RIBEIRO – SINPERE-PE - SIMONE FONTANA – 14. f SOUZA DE OLIVEIRA – CPERS/SINDICATO - SINPERE-PE – CARLO - ELIAS ANDRADE – 15. f MARIA CPERS/ SINPERE-PE - DAYSE PAIVA – SINPERE-PE - 16. f SINDICATO - SANDRA FONTOURA – CPERS/ SANDRA FERNANDES – SINPERE-PE - EUNICE 17. f SINDICATO - ALMIR BENTO DE FREITAS NASCIMENTO – SINPERE-PE - MARCO ANTONIO 18. f SINPEEM – SP - ROMILDO RODRIGUES DA OLIVA 19. f CONCEIÇÃO – SINPEEM – SP - AILTON FERREIRA MARCOS FERNANDES LIMA – SINTE-PI - ANDRÉ 20. f – SINSEPEAP – AP- JOSÉ ALMIR DOS SANTOS – LUIS TAVARES – SINTEPP/PA - JOYCE REBELO 21. f SINSEPEAP – AP- OTÁVIO J. DOS SANTOS – – SINTEPP/PA - WENDEL LIMA BEZERRA – 22. f SINSEPEAP – AP - LAUDICÉIA PENAFORT – SINTEPP/PA - MIRIAM DE JESUS SOCHE – 23. f SINSEPEAP – AP- ADRIANA TEIXEIRA GOMES – SINTEPP/PA - FREDERICO AUGUSTO FRAZÃO – 24. f SINPEEM – SP - ROSANGELA LUZIA TORRES – SINTEGO/GO - THIAGO LIMA DOS SANTOS – 25. f SINPEEM – SP - MARCIA FARHERR – APP-PR - APEOESP - DIVANI DE FÁTIMA – APEOESP - 26. DANIEL MARQUES – APP-PR - RODRIGO REGIANI DA SILVA – APEOESP - FLAVIO 27. f TOMAZINI – APP-PR - PAULA DE ALVARENGA – STOCKLER – APEOESP - SÉRGIO BRITO – 28. f APP-PR - MAICON MANOEL CORREA – SINTE- APEOESP - JULIETA LUI – APEOESP - SUZETE 29. f SC - CINTIA DOS SANTOS – SINTE-SC - ROSANE SHAFFIM – APEOESP - OSMAR TONINI – CPERS/ 30. f SOUZA – SINTE-SC - JONAS ORBEN – SINTE-SC SINDICATO - GUIDO MIGUEL LUCERO – CPERS/ 31. f - RICARDO WALTER LAUTERT – SINTE-SC - SINDICATO - CELSO DELEON GUEDES DE MELO 32. f GERSON HENRIQUE DOS SANTOS – SINTE-SC – – SINSEPEAP AP - JOSÉ DE ARAÚJO FERREIRA 33. f VALDECIR ULISSES ROSA – SINTE-SC - MARIA – SINSEPEAP AP - JORGE FERNANDES BRAGA 34. GORETTE AS SILVA PAHL – SINTE-SC - GENÉSIO – 35. f ADOLFO DA SILVA – SINTE-SC - KARINA VILHENA – SINSEPEAP AP - JOICE REGINA DE 36. f SANTOS COSTA SODRÉ – SINTE-SC - MARCUS SOUZA SERRA – SINSEPEAP AP - ANTÔNIO 37. f ALESSANDRO SODRÉ – SINTE-SC - MARCIO FERNANDO GUEDES – SINSEPEAP AP - JOSÉ 38. f ANÍSIO DA SILVEIRA – SINTE-SC - ELOÍZA TEIXEIRA DE SOUZA – SINSEPEAP AP - JOSINI 39. f GOULARTE – SINTE-SC - JOSÉ LUIZ VASQUES – FARIAS DA COSTA – SINSEPEAP AP - GIOVANA 82 JULIA DIAS MERTEN – – MONJE – SINTEP-PA - CLAUDIA SIMTED/CORUMBÁ/MS - SINSEPEAP AP - FÁBIO NILSON GOMES 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 7 Resoluções » 1. a PAOLA PILETTI – SISMMAR - ANDRÉ LUIZ 2. a BRONDANI – SISMMAR - LUCIANO EGIDIO 3. a PALAGANO – APP- SINDICATO - ANDRESSA 4. a FOCHESATTO – SISMMAC - GABRIEL CONTE – 5. a SISMMAC- GABRIELA DALLAGO – SISMMAC6. a JOÃO ANTONIO RUFATO – SISMMAC - PATRICIA 7. a GIOVANA DE MORAIS REZENDE – SISMMAC8. a RAFAEL ALENCAR FURTADO – SISMMAC 9. a SUZANA PIVATO – SISMMAC - SIOMARA 10. a KULICHESKI – SISMMAC 11. 12. a 13. a 14. f 15. f 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 83 Caderno 1. a 2. a 3. a de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » Por uma CNTE de luta, democrática e independente de partidos e governos 4. a Conjuntura Internacional (as), a exemplo do que ocorre na Espanha, Portugal, Realizamos o 32º Congresso da CNTE em Grécia, há uma carência de organizações sociais 6. a meio a uma crise que aos poucos vai reconfigurando a fortes, capazes de coordenar e canalizar essas 7. a correlação de forças entre potências econômicas a nível forças, no sentido de propor uma nova sociedade, 8. a mundial. O EUA, a maior economia do mundo, corre Na Europa, berço do sindicalismo moderno, vemos 9. a o risco de ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas, um movimento sindical em parte cooptado, perdido 10. a se os(as) congressistas americanos(as) não aprovarem na burocracia, e outro, de ultra esquerda, que não o aumento do teto da sua dívida. Mesmo assim, sua consegue representar a classe trabalhadora. Na China 12. a postura de império transcontinental continua. Um os sindicatos são um apêndice do estado. Nos EUA, 13. a xexemplo é a criação da chamada 4ª frota marítima o movimento sindical nunca deslanchou. No mundo 14. f para policiar o Oceano Atlântico, costas brasileiras e Islâmico o movimento político se mistura com as 15. f africanas. Seu prestígio e determinismo está cada vez crenças religiosas, dificultando a organização. Desta 16. f menor diante da comunidade internacional. A política forma os movimentos mais importantes surgidos a nível 17. f intervencionista no Oriente médio vive um momento mundial nos últimos anos se tornaram manifestações 18. f bastante tenso e uma possível intervenção americana na espontâneas, que não se configuraram em lutas 19. f Síria, terá consequências sérias. Na África subsaariana, permanentes e com pouca possibilidade de vitória para 20. f vários conflitos estão ocorrendo, mas a grande mídia a classe trabalhadora moderna. 21. f internacional não dá nenhuma importância ao fato. 5. a 11. Precisamos nos questionar sobre qual o modelo 22. f A velha Europa tenta sobreviver de sua de organização política da luta dos (as) trabalhadores 23. f tradição, com governos cada vez mais conservadores, (as) a nível internacional que tenha capacidade de fazer 24. f a exemplo da Alemanha, que reelegeu Merkel. frente ao capitalismo. Na América Latina, desde as 25. f Mesmo os governos ditos de esquerda, buscam décadas de 60 e 70 não se vislumbrava um avanço real 26. enfrentar a crise aplicando medidas neoliberais com do socialismo como temos presenciado nos últimos 27. f receitas que levam os países à bancarrota e deixam anos. Essa é a resposta ao neoliberalismo implantado 28. f a população cada vez mais vulnerável. Os chamados no mundo nas décadas finais do século passado pelas 29. f BRIC´s (Brasil, Rússia, Índia e China), vislumbram medidas econômicas adotadas pelo FMI para esses 30. f uma oportunidade para se posicionarem melhor países aprofundando a miséria, o desemprego e a 31. f internacionalmente e aos poucos vemos surgir um novo desigualdade social. As lutas no continente, movimentos 32. f império desta vez, asiático, com características bem contra a globalização, os fóruns governamentais como 33. f peculiares: a China. Socialista na estrutura de governo a ALBA, não governamentais, como o Fórum Social 34. aplica os fundamentos da economia capitalista, Mundial, a resistência dos (as) indígenas, e do povo 35. f com superexploração dos (as) trabalhadores (as). cubano, e a eleição de governos de esquerda, levaram 36. f Nesta nova configuração do ponto de vista do trabalho, o quadro político da região a uma mudança qualitativa 37. f também temos problemas. Apesar da recorrente importante. Tanto na América Central como na América 38. f disposição de manifestação e contestações por parte do Sul, a movimentação geopolítica dos Estados Unidos 39. f da população, em especial os (as) trabalhadores na disputa por áreas de influência econômica e militar 84 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a na região continua, com países alinhados a Washington, Surgiram no entanto novos sujeitos políticos que 2. a tais como, México, Colômbia, Paraguai e grande se organizam em redes sociais e tiveram na experiência 3. a parte da América Central. Governos de característica das ruas, uma importante aprendizagem, descobriram 4. a social-liberal, com discurso progressista e popular, se a força das redes on line combinada com as passeatas. 5. a contradizem, pois privilegiam o capital financeiro pela Surge um diferente modelo de ativismo que enfrenta 6. a adoção de medidas capitalistas de mercado. Outros os grandes conglomerados de comunicação em massa, 7. a combatem estas práticas econômicas com medidas quando enfrenta a agenda pública das elites com 8. a que atendem aos interesses nacionais, dentre eles a imagens em tempo real da repressão policial, das 9. a Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Peru, Nicarágua. prisões ilegais, abuso de autoridade, espancamentos de 10. a Por outro lado, temos países latinos americanos que jovens e de trabalhadores da imprensa. se colocam contrários ao imperialismo dos Estados Também foi a primeira vez em nove anos de 12. a Unidos, como Cuba, Venezuela, Bolívia e Equador. governo petista, que milhares e milhões de brasileiros 13. a Em síntese, o neoliberalismo não está vencido, e a tomaram as ruas. As primeiras respostas de governantes 14. f superação deste sistema passará por várias etapas petistas foram no sentido conservador, criminalizando 15. f difíceis de luta e reorganização de forças no cenário as ruas, desqualificaram a pauta. Mas a base social e 16. f nacional. intelectual dos governos petistas, mais a esquerda que o 11. próprio governo, cobraram uma postura distinta. 17. f 18. f Conjuntura nacional 19. f O cenário político Os grandes meios de comunicação buscaram carimbar o reflexo das ruas nas eleições de 2014 e 20. f O ano de 2013 com certeza ficará marcado na divulgaram pesquisas de intenção de voto dia 29 de 21. f história do Brasil. Particularmente pelas mobilizações junho indicando queda de 27 pontos na avaliação 22. f que tomaram as ruas de norte a sul do Brasil, iniciadas ótimo/bom do governo federal (de 57% para 30%), bem 23. f pela reivindicação do pelo passe livre no transporte como uma indicação de voto em queda correspondente 24. f público, mas permeadas pelo descontentamento com (de 52% para 30%) para Dilma. A pesquisa revelava 25. f o modelo político atual desgastado pelas alianças, naquele cenário um provável segundo turno. A 26. conchavos e pela forma como é utilizado o dinheiro agenda publica da mídia buscava capitalizar para seus 27. f publico em interesses privados em governos municipais, sucessores escolhidos os efeitos das ruas: demonstrava 28. f estaduais e no governo federal. com ênfase a ascensão de 3 pontos na indicação de 29. f Muitas foram as pautas das ruas, contra a voto para Aécio (de 14% para 17%) e à ascensão de 30. f corrupção, contra os partidos, mais saúde, reforma 7 pontos para Marina (de 16% para 23%). A soma de 31. f política, educação de qualidade, transporte publico ambos ultrapassaria a votação de Dilma Roussef. Além 32. f e gratuito. Alguma novidade? Na pauta nenhuma. disso, Marina, teria sido naquele momento a grande 33. f Quem participou das passeatas nas grandes capitais e favorecida pelas manifestações. 34. nas regiões metropolitanas encontrou novos e velhos O governo até o momento parece ter passado 35. f lutadores do povo, com seus cartazes nas mãos no teste das ruas. Sua resposta do foi no sentido de 36. f gritando o que os meios de comunicação nunca falam aproveitar o vento e acelerar alguns de seus projetos 37. f ou deturpam. Inclusive cartazes contras as principais de gaveta. Na encontro com os novos prefeitos eleitos 38. f redes de televisão que foram hostilizadas em quase em fevereiro de 2013, já estava em pauta o problema 39. f todas as passeatas. do municípios com a contratação de médicos para o 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 85 Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a atendimento básico de saúde. Sendo esta uma das muitos estes estão institucionalizados disputando 2. a agendas das ruas, governo lançou o programa Mais politicas de Estado para sua pauta especifica. Nunca 3. a Médicos, com amplo debate nacional contrario é demais lembrar que o presidente da Central Única 4. a promovido pelos meios de comunicação, e que foi dos Trabalhadores foi ministro do trabalho. Mas isto 5. a vencido pelo governo. ocorre em outros setores do movimento sociais. Esta 6. a Sobre o descontentamento com a politica e com institucionalização parte da tese de que não há espaço 7. a os partidos demonstrado nas ruas, o governo lança para disputar a sociedade com uma agenda de esquerda 8. a o debate sobre a reforma política; e neste item teve em grandes mobilizações de massa, pois vivemos num 9. a avanços e recuos. Avanços por ter lançado o debate momento de refluxo das grandes mobilizações sociais. 10. a e assumido uma postura de maior participação social A premissa foi pega de surpresa pelas ruas, nas decisões de governos, recuos por demonstrar e ainda hoje não se tem uma leitura suficiente para 12. a fragilidade em sua base de apoio no congresso uma explicar a inquietude de centenas de milhares de 13. a vez que este é um tema de competência do legislativo. brasileiros e brasileiras que tomaram as ruas no mês 14. f No entanto, no dia 15 de novembro foi lançado pelos de junho e meados de julho. Já é possível explicar a 15. f movimentos sociais no 9˚ Encontro Nacional de Fé e violência que tem ambiguidades em cada região a partir 16. f Politica realizado em Brasília o Plebiscito Popular por da repressão do Estado em quase todas as passeatas, da 17. f uma Constituinte Exclusiva pela Reforma Política. infiltração do crime organizado em alguns estados e da 11. 18. f Um aspecto fundamental da resposta do governo ação deliberada contra símbolos do capitalismo como 19. f aos movimentos de rua foi o enviou ao Congresso bancos, shoppings e redes de lojas multinacionais 20. f Nacional o de Projeto de Lei para a ampliação dos promovida por setores mais radicalizados que atuam 21. f recursos para a educação. A partir desta iniciativa, o de forma independente dentro das manifestações. 22. f Congresso Nacional aprovou Lei de destinação de 75% O positivo é questionar a premissa para 23. f dos royalties do Petróleo e 50% do fundo social do pré- a acomodação dos movimentos, principalmente 24. f sal para a educação. Medida que pode materializar a o sindical que tem condições de organização e 25. f luta histórica dos trabalhadores em educação, para a meios materiais de promover com as categorias de 26. aplicação de 10% do PIB nacional para a área. trabalhadores e trabalhadoras, já nem tão pressionadas pelo desemprego como na década de 90. 27. f A partir das reivindicações das ruas o governo 28. f poderia ter avançado mais. Algumas pautas centrais da 29. f agenda política da esquerda brasileira continuam sem O grande desafio para os trabalhadores e 30. f resposta do governo. Dentro as quais o destaque para trabalhadoras esta no setor econômico. É ai que se 31. f duas: a da necessidade da democratização dos meios de evidencia de forma cabal a afirmação de que ser 32. f comunicação e da aprovação de uma reforma política governo não é ter Poder. A agenda do governo Dilma 33. f que dê um salto de qualidade na democratização da tem sido acelerar o padrão de desenvolvimento iniciado 34. sociedade brasileira. pelo presidente Lula, combinado com o controle da 35. f Os movimentos sociais inflação para a manutenção do poder de compra das A economia classes trabalhadoras. No entanto, entra ano e sai ano e 36. f Os movimentos organizados nas décadas de 70, 37. f 80 e 90, que ainda hoje mantem mobilizados base social 38. f no campo e na cidade foram surpreendidos por assim Um reconhecido avanço dos últimos dez anos 39. f dizer pelas mobilizações das ruas. Em parte, porque no Brasil foi o aumento da renda (não a distribuição 86 o capital produtivo e financeiro agradece. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a da riqueza) das classes trabalhadoras, aumentando seu 100 instituições; passados onze anos, temos cerca de 2. a poder de compra e consequente endividamento, poucos 220; a criação do programa Minha Casa Minha Vida, 3. a tem de fato poupança. O último relatório do sobre o o ENEM, o Mais Médicos, etc. Entretanto, no que diz 4. a IDH do Brasil mostra o impacto na sobrevida das respeito à Educação Básica, a nação tem uma imensa 5. a classes trabalhadoras, em especial no norte e nordeste, dívida não resgatada com seu povo. 6. a que agora possuem condições que antes não tinham Em todas as análises, o desempenho dos alunos 7. a para sobreviver. das escolas públicas brasileiras vem demonstrando um 8. a Esta condição no entanto lhes permite vender baixíssimo domínio do conteúdo básico esperado para 9. a sua força de trabalho sem o necessário empoderamento determinada idade ou série. Os alunos brasileiros ao 10. a politico que lhes permita questionar a origem de sua final do ensino fundamental não sabem as operações 11. básicas de Matemática e mal redigem um simples condição e situação de classe. Este empoderamento ter bilhete. Como consequência ,chegam ao ensino médio 13. a mobilizações por reformas de base aguardadas desde tão mal preparados que os índices de evasão batem a casa 14. f a queda do presidente Jango, quando foi brutalmente dos cinquenta por cento. Isso é um genocídio cultural. 15. f deposto pelo golpe de Estado comandado por militares E há anos essas taxas vem se repetindo sem que sejam 16. f com chancela civil. tomadas providências efetivas, nem do ponto de vista 12. a politico é condição fundamental para se 17. f Oferecer as classes populares as distinções para dos gestores, e nem tem feito parte das preocupações 18. f que reflitam de forma autônoma sobre sua condição dos trabalhadores. Emoldurando este triste quadro, há 19. f e situação de classe é tarefa urgente da CUT, CNTE, um rosário de questões correlatas e concorrentes. Uma 20. f sindicatos, partidos e movimentos sociais com das questões mais graves que vem contribuindo para 21. f vínculos a esquerda que nega o sistema capitalista o agravamento da crise da escola pública é a cada vez 22. f como o fim da historia e compreende a sociedade como maior falta de professores habilitados nas mais variadas 23. f construção humana. É necessário construir, uma rota disciplinas . Não há alunos do Ensino Médio desejando 24. f de desenvolvimento humano distinta da atual que esta cursar Licenciaturas. Dos poucos que chegam , menos 25. f ancorada no poder para adquirir mercadorias e serviços. ainda concluem. As Instituições formadores abrem 26. É necessário construir de junto a milhares e milhões centenas de vagas mas pouquíssimos candidatos se 27. f outros valores, que correspondam a sustentabilidade e matriculam. Equilibramo-nos sobre um enorme abismo. 28. f a satisfação com os sentimentos e com as pessoas, mais Para os professores que se aposentam não há outros que 29. f do que com as “coisas”. assumam seus lugares. A profissão perdeu seu valor social , a carreira desvalorizou-se. Sem professores, 30. f 31. f Política Educacional quem educará as gerações de hoje e de amanhã? Sem 32. f O Brasil, de 2002 até hoje, deu um salto de realizar a transmissão, produção de conhecimento, 33. f qualidade inquestionável em muitos aspectos da o que será de nossas escolas? Abrigos ? Centros de 34. economia brasileira. Destacam-se o pagamento da Assistência Social? Centros de Lazer e Recreação? Sem 35. f dívida externa, a auto-suficiência em petróleo com resolvermos este problema, todas as outras proposições 36. f a descoberta do pré-sal, a inclusão de milhares de aprovadas em simpósios, congressos, etc, serão inúteis. 37. f brasileiros que saíram da linha da miséria, a criação do Lembremo-nos do Gramsci – 38. f dobro de instituições federais de educação profissional “ Uma nação que deixa de ensinar, com carinho 39. f . Em toda a República, até 2002 o Brasil contava com e disciplina , às suas crianças os hábitos elementares 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 87 Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a do estudo, sofrerá um enorme prejuízo histórico, pois elites implodiram a boa tradição jesuíta e implantaram 2. a está desperdiçando boa parte de sua competência a escola de dois, três e até quatro turnos, economizando 3. a potencial “ dinheiro, otimizando os espaços e aplicando ao pé da 4. a No rol de questões cruciais, encontra-se a falta letra a recomendação de Adam Smith: para os filhos 5. a da escola de tempo integral. O capitalismo primeiro das classes populares , o conhecimento distribuído 6. a retirou o homem de casa; depois tirou os filhos em em doses homeopáticas, a conta gotas. Esta é a razão 7. a idade de trabalho e por fim tirou a mulher. Está é uma da escola de tempo parcial. Esta é a razão maior da 8. a situação clássica de qualquer família brasileira de classe resistência das elites em oferecer ao povo uma escola 9. a média baixa ou das classes populares de uma forma de tempo integral. 10. a geral. Ora, a criança ou adolescente tem um turno de É tão grave esta situação que estamos nos aulas; no outro , está completamente a mercê da rua e amarrando ao bloco de países dependentes de ciência 12. a toda sorte de risco que isto implica. E por anos e anos e tecnologia e sobrevivendo apenas de exportação 13. a a fio vimos construindo castelos de areia na beira da de comodyties. Além de sub- remunerados, é preciso 14. f água. O esforço de momentos atrás é impiedosamente que tenhamos claro que recursos naturais ( petróleo, 15. f destruído por uma onda fortuita ou por um movimento carvão, minérios, grãos, etc,) não duram para sempre, 16. f de maré. Eis uma das razões da crise que assola tantos são fontes não renováveis. 17. f professores país a fora; essa tentativa de construir O que fazer? 18. f castelos de cartas ao vento, vai minando a resistência Temos um papel fundamental a desempenhar 19. f dos educadores que, desanimados, derrotados, sem ver . Chegamos num ponto que não basta a denúncia. 20. f o resultado de seu árduo trabalho, entram em depressão, Temos que atuar também ao nível da proposição, pois 21. f perdem a vontade de ensinar, são enredados nas malhas ao propormos ações estamos atuando diretamente na 22. f da síndrome de “ Burn-out” que tantas baixas tem luta pelo convencimento, batalha central no campo da 23. f causado entre nós. luta de classes .Lembremo-nos das palavras de Antônio 11. 24. f Como bem dissertou Albert Camus, não há pior Gramsci – os trabalhadores, antes de ser governo, tem 25. f castigo que o trabalho não recompensado. Só o tempo que ser poder. Assim, atuar aqui e agora na mudança 26. tempo pode derrotar esse monstro de dupla face:por um da escola, é atuar na mudança do perfil e do caráter 27. f lado, uma escola que se recusa a produzir o conhecimento o Estado, é desde já empoderando os sem poder, na 28. f nos alunos das classes populares por outro, professores medida em que ele vai compreendendo a perversidade 29. f que não vêem nos alunos a recompensa pelo seu e a natureza da sociedade em que vive , conquistando 30. f esforço. Nos testes de conhecimento em Língua alterações substanciais nos serviços que o Estado 31. f Materna , Matemática e Ciências, para alunos na faixa capitalista lhe presta e qualificando-se, controlando 32. f de quinze anos, a Organização para Cooperação e quem dirige e aprendendo a dirigir. De dentro da 33. f Desenvolvimento Econômico – OCDE, entre 65 países organização sindical precisamos lutar por uma escola 34. examinados, os alunos brasileiros encontram –se nos capaz de distribuir o conhecimento historicamente 35. f últimos lugares. E cumpre observar que nosso país produzido e sistematizado para ser distribuído para 36. f melhorou muito pois a situação era ainda pior mas toda todos como um direito universal de todo cidadão. 37. f a melhoria não consegue nos catapultar para índices Atuar com força para que isto de fato aconteça para 38. f menos vergonhosos. Todos os países com boa colocação todos, é tarefa mais que central para a vida sindical. 39. f desenvolvem a escola de tempo integral. No Brasil as Precisamos entender que o capitalismo já não recusa 88 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a o direito à escola; o que ele recusa é mudar a função educação. 2. a social da escola. Impedir que a escola onde estão os 3. Participar e envolver suas entidades 3. a filhos dos trabalhadores e assalariados seja uma escola filiadas no debate de construção curricular 4. a que não ensina, é uma luta essencial que precisamos a fim de garantir a participação efetiva dos 5. a desenvolver. Deve, portanto a CNTE, e suas entidades trabalhadores em educação do país com 6. a filiadas atuar de forma decisiva na efetivação de “ objetivo de ampliar a qualidade da educação 7. a uma escola de conteúdos rigorosos “, como definiu ofertada aos filhos dos trabalhadores e 8. a Karl Marx. Para tanto precisamos de professores que trabalhadoras; 9. a dominem os conteúdos e portanto, de uma seleção que 4. Intensificar ações para a aprovação de Lei 10. a de fato forneça aos trabalhadores os professores de que garanta nas redes pública de todo país 11. melhor formação. Precisamos também lutar por uma a realização de eleição de diretores de 12. a real valorização da função docente de tal forma que os escolas, como um passo para a efetivação da 13. a melhores alunos do Ensino Médio aspirem tornar-se gestão democrática, afim de contribuir para 14. f professores. . E precisamos, também, atuar na melhor a construção de uma cultura democrática na 15. f definição e organização da gestão escolar. Precisamos rede escolar. 16. f de um dirigente de escola que de fato organize e dirija, 5. Lutar pela instituição de políticas nacionais 17. f coletivamente, o processo de difusão do conhecimento, de atenção à saúde dos trabalhadores e 18. f na perspectiva já apontada neste texto. trabalhadoras em educação, e, em especial, políticas que garantam a melhoria das 19. f Desta forma precisamos entender que a luta 20. f sindical não pode ser apenas por melhores salários. Isto 21. f é fundamental, mas precisamos alargar em muito nossa 6. Fortalecer em sua pauta de reivindicação a 22. f intervenção em todo o universo da Educação Pública. adoção de políticas afirmativas na área da 23. f Nosso povo e nossa condição histórica estão a exigir de política educacional brasileira; 24. f nós uma firme inflexão nesta direção. 25. f Assim, cabe a próxima gestão da CNTE: condições de trabalho e de saúde; 7. Lutar para que a Lei de Responsabilidade Fiscal não continue sendo um entrave 1. Coordenar um amplo esforço nacional para para a melhoria da condição salarial dos 27. f o resgate do valor social da profissão de trabalhadores e trabalhadoras em educação 28. f trabalhador e trabalhadora em educação, do país; 29. f a partir da implantação do Piso Nacional 8. Cobrar do MEC a ampliação de políticas na 30. f para professores e funcionários, a luta pela área da formação inicial e continuada dos 31. f efetivação dos 33% de hora-atividade, a trabalhadores em educação, garantindo uma 32. f redução gradativa da jornada de trabalho formação sólida e emancipadora. 33. f do professor, a partir do tempo de trabalho, 9. Criar mecanismos de acompanhamento da 34. a redução da jornada dos funcionários e efetivação das metas previstas no Plano 35. f funcionárias da educação, e efetivação de Nacional de Educação. 36. f demais políticas de valorização profissional. 37. f 2. Posicionar-se com veemência contra as 38. f políticas de meritocracia, rankiamento, A construção de novas relações sociais para a 39. f e de esvaziamento do caráter público da superação do modo de produção capitalista, sistema 26. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Políticas permanentes Educação 89 Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a que transforma tudo e todos em mercadoria, é um dos os piores índices de qualidade de vida no Brasil. Esta 2. a principais objetivos estratégicos da luta sindical. Neste dívida pode ser resgatada com a implementação de 3. a processo de construção torna-se necessário a inclusão, politicas públicas e políticas afirmativas que visem a 4. a na pauta do movimento sindical, de questões centrais redução do quadro de desigualdade racial presente. 5. a que atravessam a estrutura de dominação de classe. A luta do movimento social negro fez com que, 6. a Cada vez fica mais evidente que, não há como ter um aos poucos, estas políticas começassem a chegar no 7. a entendimento da estrutura de desigualdade social na estado brasileiro. Em 2003, o presidente Lula assinou 8. a realidade brasileira sem uma boa análise do quadro a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de 9. a das desigualdades étnico-raciais, de gênero, Lgbt ainda história e cultura afro-brasileira nas escolas, e a criou 10. a gritantes na realidade brasileira. Do mesmo modo, a Secretaria Especial de Promoção de Políticas para a 11. seria um erro desconsiderar estes dados concretos de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, que ganhou 12. a desigualdades na luta pela superação do quadro de em seguida status de ministério. Em 2005 e 2008, 13. a desigualdade social. Assim, é preciso que a CNTE e respectivamente, ocorreram a 1ª e 2º Conferência 14. f suas entidades intensifiquem ainda mais o debate sobre Nacional de Promoção de Igualdade Racial. Em 2010 15. f estas desigualdades na perspectiva da construção de tivemos a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, 16. f novas relações sociais em nosso país, que se pautem pela que trouxe como avanço, o fato do Estado brasileiro 17. f justiça, solidariedade, igualdade e pelo enfrentamento reconhecer em sua legislação a presença do quadro de 18. f ao preconceito. desigualdade racial no país. Em 2012, já no governo 19. f Nossa luta deve ser pela implementação e Dilma, é assinada a Lei das Cotas para Ingresso nas 20. f execução de projetos que contribuam para a ampliação instituições de Ensino Federais, e em 2013, é realizada 21. f e efetivação dos direitos humanos e o fortalecimento a 3º Conferência que aprovou uma série de proposições 22. f da cidadania especialmente pela implementação de de políticas para o Estado brasileiro.. Sem sombra 23. f políticas públicas de Gênero, Raça e Etnia de combate de dúvida, estas medidas demostram avanços na luta 24. f ao preconceito e a homofobia e que promovam a pela igualdade racial em nosso país. No entanto, os 25. f igualdade social. O papel da CNTE é fundamental resultados ainda são lentos. Muito ainda precisa ser 26. na conscientização e luta pela defesa dos direitos do feito nas áreas da educação, da saúde da população 27. f Movimento de mulheres, negros (as) e LGBT, para fazer negra, do respeito às religiões de matriz africana, do 28. f valer seus direitos, excluindo toda e qualquer forma mercado de trabalho para que este quadro se altere de 29. f de preconceito contra estes grupos, que na história de forma substancial. 30. f nosso país, vêm sendo tradicionalmente excluídos. Neste sentido, é fundamental o empenho da CNTE 31. f Combate ao racismo - A nação brasileira tem e suas filiadas nesta agenda política pela promoção 32. f uma dívida histórica com a população negra. Os negros da igualdade racial. A próxima gestão da CNTE tem 33. f africanos aqui escravizados amargaram mais de três que estar presente nas lutas pela implementação da 34. séculos de sofrimento, violência e exploração. Estas, Lei 10.639/03, nas lutas pela certificação das terras 35. f com o patrocínio do estado, da igreja e da elite dominante. quilombolas, na defesa do feriado de 20 de novembro, 36. f Os negros que aqui vieram foram fundamentais para e na defesa da implementação das políticas afirmativas 37. f a formação de toda a riqueza nacional, nas áreas da nas mais diversas áreas. 38. f economia, da cultura, da intelectualidade, entre outras. 10 anos da Lei 10.639/03 – A CNTE e suas 39. f Mesmo assim, ainda hoje a população negra enfrenta entidades filiadas têm um papel decisivo no processo 90 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a de implementação da Lei 10.639/03, que em 2013 que resgatem e garantam o direito e a dignidade da 2. a completou 10 anos de existência. Embora a sua mulher; propor e participar com outras entidades em 3. a importância para o combate ao racismo presente na encontros, seminários, palestras e colóquios; propor 4. a sociedade brasileira, ela ainda não se configurou como ações contra a discriminação e a desvalorização da 5. a uma realidade na maioria das escolas do país. Assim, a mulher; apoiar programas que visem combater toda 6. a reivindicação pela sua implantação deve fazer parte da forma de violência contra a mulher; combater de todas 7. a pauta de negociação de todas as entidades vinculadas as formas discriminatórias como as praticadas contra 8. a a CNTE. os homossexuais, afro-brasileiros e povos nativos. 9. a O racismo estrutural presente no país ainda é É importante que a CNTE fortaleça e participe de 10. a resultado de justificações e do processo de naturalização campanhas em nível nacional em defesa dos direitos 11. da escravização de negros. Este processo deu origem de participação políticas das mulheres, de campanhas 12. a a uma verdadeira ideologia de dominação racial. contra o quadro assustador de violência cometida contra 13. a Infelizmente idéias que nortearam esta construção as mulheres ainda crescentes na sociedade brasileira, e 14. f ainda hoje permeiam o currículo escolar, especialmente atue para que este tema esteja presente nos programas 15. f pela ausência da presença de conteúdos relacionados de formação de todas as entidades filiadas. 16. f às contribuições dos povos negros ao conjunto da Saúde – Um dos grandes dramas que enfrentam 17. f humanidade e ao nosso país. A efetivação da Lei professores, professoras, funcionários e funcionárias no 18. f poderá contribuir com a mudança deste quadro, e fazer país, é sem sombra de dúvida, o quadro de adoecimento. 19. f da escola um espaço privilegiado para o combate ao Cada vez mais, amplia-se o quadro de trabalhadores 20. f racismo. em educação afastados do local de trabalho em virtude 21. f Para potencializar a organização da luta do desgaste profissional. Este adoecimento precisa ser 22. f antirracismo propomos a criação neste congresso, entendido e combatido, pois este tem também sido 23. f assim como já acontece na CUT, a criação da uma das razões para a diminuição do interesse dos 24. f Secretária de Combate ao Racismo. jovens às carreiras da educação. Em todos os estados a 25. f Mulheres - O predomínio das mulheres entre os constatação é a mesma: os trabalhadores e trabalhadoras em educação estão ficando doentes. 26. (as) trabalhadores (as) em educação é incontestável e 27. f o quadro de violência também se faz sentir dentro do Para enfrentar este quadro é preciso que a próxima 28. f ambiente escolar. Resolver as questões relacionadas a gestão da CNTE faça uma ampla pesquisa de caráter 29. f gênero é premissa fundamental para que as mulheres científico sobre as principais doenças que acometem a 30. f e meninas tenham direito a uma vida livre de categoria, e sua relação com as condições do trabalho 31. f discriminação, violência e pobreza, pois é um requisito dos profissionais de educação. Ao mesmo tempo, 32. f central para o seu desenvolvimento. É necessário que propomos que a CNTE coordene um amplo leque de 33. f a CNTE faça uma discussão aprofundada com suas entidades junto ao governo federal para enfrentar este 34. afiliadas acerca do tema, no sentido de garantir a quadro de adoecimento, a partir da defesa de novas 35. f inserção desse tema em todos os espaços institucionais condições de trabalho ( com a redução de número de 36. f do sindicato tais como: debates, seminários, jornais, alunos por turma, ampliação da hora-atividade, redução 37. f etc.; divulgar através de materiais a discussão em da carga horária e melhoria da infraestrutura escolar). 38. f todas as UES; elaborar e divulgar juntamente com Aposentados – A organização dos trabalhadores 39. f outras entidades propostas de políticas públicas em educação aposentados e aposentadas é uma tarefa 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 91 Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a importante para a CNTE. Estes são o exemplo mais referência da luta dos conjunto dos trabalhadores 2. a nobre da garra e das lutas da educação nos últimos e trabalhadoras em educação nos próximos anos. 3. a períodos. Todas as entidades filiadas devem muito à Destacando: 4. a luta dos aposentados e aposentadas. É fundamental 1. Organizar um grande movimento nacional na 5. a que esta história e estas memórias sejam resgatadas de sociedade em defesa da implantação do Piso 6. a forma organizada. Assim,cabe a CNTE incentivar suas Profissional Nacional dos Professores como 7. a entidades a criar ações de resgate da memória de luta da vencimento inicial das carreiras, incluindo a 8. a educação , a partir da ótica dos trabalhadores. Por outro garantia da aplicação de no mínimo 33% da 9. a lado, é fundamental a manutenção do posicionamento jornada para a hora-atividade, em todos os 10. a firme da CNTE em defesa da paridade e isonomia estados e municípios brasileiros; entre aposentados e ativa nas políticas de valorização 2. Organizar junto com as entidades filiadas a 12. a dos trabalhadores em educação, bem como incentivar realização de uma greve nacional no mês de 13. a políticas públicas para a garantia de qualidade de vida abril de 2014 pela implantação imediata do 14. f Piso Nacional dos Professores em todos os 11. para o conjunto da população idosa brasileira. estados e municípios brasileiros; 15. f 16. f Plano de Lutas 3. Lutar de todas as formas contra todas 17. f A educação brasileira vive um momento as tentativas de alteração da forma de 18. f decisivo. Tramita no Congresso Nacional o novo Plano reajuste do Piso Profissional Nacional dos 19. f Nacional de educação, que entre outras metas, prevê Professores; 20. f a aplicação em um prazo de 10 anos, de 10% do PIB 4. Organizar uma grande agenda nacional 21. f para a educação pública. Motivados pelas mobilizações com objetivo de materializar a equiparação 22. f de ruas, por iniciativa do governo brasileiro, foi do vencimento inicial dos professores e 23. f aprovado em 2013, a destinação de 75% dos recursos professoras de todo país com a o vencimento 24. f dos royalties e 50% do fundo do pré-sal para a área inicial das demais carreiras de ensino 25. f da educação. Assim, temos a possibilidade concreta de superior; 26. diminuir a distância entre o discurso da importância 5. Realizar e organizar junto com as entidades 27. f da educação e a realidade ainda crítica da educação filiadas, no primeiro semestre de 2014, 28. f brasileira. Assim, o grande desafio que temos é o de um processo intenso de ocupação política 29. f garantir que estes novos recursos se materializem do congresso nacional com o objetivo de 30. f em políticas de ampliação da qualidade da educação pressionar a aprovação do Plano Nacional 31. f pública e de valorização do conjunto dos trabalhadores de Educação; 32. f e trabalhadoras da educação pública em nosso país. 6. Priorizar no ano de 2014, a aprovação 33. f Por outro lado, é fundamental que intensifiquemos e implementação de Lei no Congresso 34. nossa participação nas lutas gerais do conjunto dos Nacional, que garanta a instituição do Piso 35. f trabalhadores e trabalhadoras na perspectiva da Nacional profissional para os funcionários e 36. f construção de um mundo justo, igual, solidário e funcionárias da educação; 37. f menos preconceituoso. Neste sentido, a próxima gestão 7. Reivindicar do governo federal a instituição 38. f da CNTE desenvolva e articule em nível nacional um de políticas sólidas, de profissionalização 39. f forte plano de lutas que se consolide como a grande dos funcionários e funcionárias da educação, 92 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » pelos movimentos sociais do país; 1. a através do fortalecimento do curso Pró- 2. a funcionário e , da criação em todo o país, 16. Integrar e promover em conjunto com 3. a de cursos de nível superior específico para o a CUT e as entidades filiadas a CNTE, 4. a trabalho escolar. lutas e campanhas pela democratização da de mídia e dos meios de comunicação, além 6. a terceirização e privatização do trabalho dos de intensificar em todo país a coleta de 7. a funcionários e funcionárias da educação; assinaturas ao Projeto de Lei de Iniciativa 8. a 9. Lutar pela garantia da isonomia e paridade 9. a entre trabalhadores (as) em educação da 10. a ativa e aposentados(as); 5. a 8. Lutar contra qualquer processo Popular da Mídia Democrática; 17. Lutar e desenvolver campanhas pela implantação de políticas afirmativas para de negros e negras , em destaque, as de acesso 12. a denúncia sobre as condições de trabalho e ao ensino superior, e ao mercado de trabalho. 13. a de saúde dos trabalhadores e trabalhadoras Bem como lutar e desenvolver campanhas 14. f em educação do país, a fim de construir pela implantação nas redes de ensino o 15. f novas proposições para o trabalho decente ensino de história e cultura afro-brasileira e 16. f nas escolas. africana e indígena conforme determinação 11. 10. Realizar uma campanha nacional da LDB. 17. f 11. Lutar pela garantia de redução da jornada de 18. f trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras 18. Intensificar e promover campanhas de 19. f em educação do país, proporcionalmente aos combate á violência contra as mulheres, a 20. f anos de trabalho na profissão. juventude negra e LGBTS. 21. f 12. Denunciar e cobrar políticas para a melhoria 19. Intensificar e promover debates e ações que 22. f da infraestrutura dos prédios escolares pelo visem constituir relações entre o ambiente 23. f país. escolar e a luta pela preservação do meio 24. f ambiente. 13. Formular proposições, a partir do debate 25. f e reflexões com os trabalhadores e 26. trabalhadoras em educação do país, para a 27. f efetivação da educação em tempo integral, 28. f da gestão democrática e da formação inicial 29. f e continuada do conjunto dos profissionais Emenda Aditiva: Secretaria de Funcionários 30. f da educação. Emenda Aditiva: Secretaria de Combate ao ESTATUTO Artigo 23 – Adiretoria executiva da CNTE é composta dos seguintes cargos: Racismo 31. f 14. Intensificar pressão junto ao governo 32. f federal e ao congresso para que políticas de Após o Artigo 44 – 33. f valorização dos trabalhadores em educação Emenda aditiva: 34. em estados e municípios não encontrem À Secretária de Funicionários e funcionárias da 35. f barreiras na Lei de responsabilidade Fiscal; educação compete: 36. f 15. Integrar e fortalecer junto aos trabalhadores a) Coordenar e promover ações em nível nacional 37. f e trabalhadoras em educação, e a sociedade, de valorização dos funcionários e funcionárias da 38. f uma ampla campanha por uma constituinte educação organizados pelas entidades filiadas à CNTE 39. f exclusiva para a reforma política defendida b) Organizar estudos e subsidiar as entidades a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 93 Caderno de RESOLUÇÃO 8 Resoluções » 1. a filiadas no processo de construção de carreiras e no APP – Sindicato – PR, Andrea Cristiane Marius Coelho 2. a profissionalização dos funcionários e funcionárias da APP – Sindicato – PR, Nilton Aparecido Stein, APP – 3. a educação . Sindicato – PR, Maria Ignez Teixeira APP – Sindicato – 4. a c) Desenvolver campanhas de reconhecimento e PR, Marisa Márcia Romagnoli, APP – Sindicato – PR, 5. a de valorização do trabalho do funcionário e funcionária Edna Sodré APP – Sindicato – PR, Otacília Dorneles, 6. a da educação da educação para a qualidade da educação APP – Sindicato – PR, Helena Aparecida Batista APP 7. a pública do país. – Sindicato – PR, Roberto Augusto de Almeida, APP 8. a Emenda Ativa: – Sindicato – PR, Sandra Regina Landgraf APP – 9. a À Secretaria de Combate ao Racismo compete: Sindicato – PR, Sidneiva Gonçalves de Lima Toledo, 10. a a) Coordenar e desenvolvar as atividades APP – Sindicato – PR, José Ricardo Donatti Correa, relacionadas às políticas de combate ao racismo e APP – Sindicato – PR, Claiton Luís Rocha, APP – 12. a promoção da igualdade racial no âmbito da educação Sindicato – PR, Dirceu Ferreira APP – Sindicato – PR, 13. a pública Iara Aparecida Miranda, APP – Sindicato – PR, Jaime 14. f b) Fortalecer o Coletivo Nacional de Combate Tadeu da Silva APP – Sindicato – PR, Luiz Carlos 15. f ao Racismo da CNTE, bem como incentivar a criação Vieira,SINTE – SC, Aldoir Kraemer, SINTE – SC, 16. f e funcionamento de coletivos estaduais e municpais de Evandro Acadrolli, SINTE – SC, Alvete Pasin Bedin, 17. f Combate ao Racismo nas entidades filiadas à CNTE. SINTE – SC, Claudete Domingas Mittimann, SINTE 11. 18. f c) Formular políticas e coordenar campanhas em – SC, Susete Melo, SINTE – SC, Michel Flor, SINTE 19. f ambito nacional para potencializar a implementação – SC, Ines Leodete Fortes, SINTE – SC, Moacir da 20. f dos conteúdos de história e cultura afrobrasileira e Costa, SINTE – SC, Janilson Lotério, SINTE – SC, 21. f da educação das relações étnico-raciais nas escolas Alvisio Jacó Ely, SINTE – SC, Elivane Secchi, SINTE 22. f públicas. – SC, Sandro Morando, SINTE - SC 23. f 24. f Assinam a resolução: 25. f Luiz Carlos Paixão da Rocha -APP – Sindicato 26. – PR, Clotilde Santos Vasconcelos APP – Sindicato – 27. f PR, Edilson Aparecido de Paula-APP – Sindicato – PR, 28. f Silvana Prestes APP – Sindicato – PR, Idemar Vanderlei 29. f Beki -APP – Sindicato – PR, Luiz Felipe Alves APP – 30. f Sindicato – PR, Andrea Cristiane Marius Coelho, APP – 31. f Sindicato – PR, Antonio Marcos Rodrigues Gonçalves, 32. f APP – Sindicato – PR, Rosemery Dias Costa, APP – 33. f Sindicato – PR, Valdecir Pereira, APP – Sindicato – 34. PR, Nelson Antonio da Silva, APP – Sindicato – PR, 35. f Sidney de Paduá da Silva, APP – Sindicato – PR, Paola 36. f Franscesca Gollmer, APP – Sindicato – PR, Maria 37. f Evilma Alves Moreira, APP – Sindicato – PR, Rosalina 38. f dos Santos, APP – Sindicato – PR, Virginia Santiago 39. f Diorio APP – Sindicato – PR, Osvaldo Alves de Araújo, 94 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » CONSTRUINDO A CNTE DEMOCRÁTICA, INDEPENDENTE E DE LUTA 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL Na América do Sul os processos em curso têm sua O capitalismo global em sua fase financeira legitimidade sustentada graças à construção de 6. a impôs a partir da década de 70 o modelo neoliberal, alternativas antineoliberais, fundadas no crescimento 7. a que se caracteriza por um conjunto de políticas que econômico com distribuição de renda, na recuperação 8. a amplia o poder das corporações financeiras privadas parcial de soberania nacional e em um processo de 9. a e os grandes conglomerados multinacionais com a construção da soberania popular. Na América Latina, 10. a redução do papel dos Estados nacionais. E mesmo Perry Anderson vê um paralelo entre os movimentos de vivendo uma grave crise desde 2008, o neoliberalismo, independência e de libertação colonial e o recente ciclo 12. a como expressão política de um período de globalização de governos progressistas na região que caminham 13. a segue aprofundando seu poder no mundo e impondo na contramão da ortodoxia neoliberal que domina 14. f perdas aos trabalhadores. As crises das décadas de a economia mundial. Um dos mapeamentos mais 15. f 1890 e 1970 foram provocadas por quedas da taxa de completos sobre o assunto divulgados recentemente, 16. f lucro, sendo, portanto, crises de rentabilidade. A crise 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial. 17. f de 1929 e a atual poderiam ser designadas como crises Em valor acumulado, a riqueza mundial atingiu em 18. f de hegemonia financeira. A crise que eclodiu em 2008 2013 o recorde de todos os tempos: US$ 241 trilhões. 19. f como crise financeira nos EUA e se expandiu para os Se este número fosse dividido proporcionalmente pela 20. f demais países centrais foi respondida com uma maciça população mundial, a média da riqueza seria de US$ 21. f intervenção dos Bancos Centrais desses países para 51.600 por pessoa. Os 10% mais ricos detêm 86% da 22. f o salvamento de bancos privados – gerando um forte riqueza mundial. Entre os países do G20, o lucro das 23. f impacto nas dívidas públicas. Em 2011, a crise do empresas aumentou 3,4% entre 2007 e 2012, enquanto 24. f neoliberalismo entrou em uma segunda fase, passando os salários subiram apenas 2,2%. Na contramão das 25. f a atingir as dívidas de governos nacionais, chamadas grandes potências, a situação econômica e social da 26. “soberanas”, das quais a mais explosiva é a da Grécia. América Latina melhorou. Entre 2010 e 2011, 57,1% 27. f Encontra-se em processo a passagem da crise financeira da população dos países da região estava empregada. 28. f específica para uma crise da economia real, com Com o aumento do trabalho assalariado, cresceu 29. f redução e contração da atividade produtiva, da renda também a classe média. Na comparação entre 1999 30. f e do emprego. A Europa conta hoje com 26,6% da sua e 2010, a população dentro do grupo social cresceu 31. f população sem trabalho. A taxa de desemprego na Zona 15,6% no Brasil e 14,6% no Equador. No entanto, a 32. f do Euro alcançou 11,8%, sendo que para sua juventude OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios 33. f a taxa está em 24,4%. Não é possível desconsiderar a ampliar o combate a desigualdade social, e o emprego 34. China em qualquer debate sobre a conjuntura mundial. informal, pois a média de informalidade da região é de 35. f Diferentemente do modelo neoliberal, a política 50%, sendo que em países mais pobres, como Bolívia, 36. f econômica chinesa é desenvolvida com robusto papel Peru e Honduras, supera os 70%. Em todo o mundo 37. f do Estado. A China beneficiou-se da globalização há mais de 200 milhões de desempregados. O Brasil 38. f neoliberal, no entanto, as características de sua está construindo políticas contra-hegemônicas, contra 39. f economia são fundamentalmente não neoliberais. o neoliberalismo. Surgem questões novas que antes não 5. a 11. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 95 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a faziam parte de nossas reflexões, e já não podemos mais ascendente, tendo em vista as estruturas do Estado 2. a analisar o quadro internacional como meros expectadores, existentes e a difícil correlação de forças políticas da 3. a pois devemos tomar consciência de que somos atores e conjuntura capitalista. No programa anti-neoliberal 4. a protagonizamos alternativas no cenário internacional. para o Brasil precisamos priorizar: a redução do poder 5. a E, com este olhar precisamos também analisar nossa do capital financeiro e a afirmação quantitativa e 6. a conjuntura nacional. qualitativa de um sistema financeiro público em 7. a conjunto com um Banco Central republicano, que não 8. a CONJUNTURA NACIONAL subordinado aos bancos privados, e voltado para a 9. a A CSD e inúmeras análises políticas do campo defesa da moeda, contra a especulação cambial e a 10. a popular e socialista identificam que estamos em um agiotagem (juros), e destacar a função social dos bancos 11. novo período da luta de classes a partir de vitórias públicos como estimuladores do desenvolvimento 12. a estratégicas estabelecidas contra o neoliberalismo no nacional, e para a defesa do emprego e de nova 13. a país e da crise internacional, que não apresenta regulação 14. f perspectivas de solução no curto prazo. A partir de fortalecimento do Estado deve vir junto com sua maior 15. f 2003, o Brasil desenvolveu políticas com outra lógica, democratização e maior afirmação do seu caráter 16. f e a centralidade passa a ser a ampliação das políticas público – tanto do ponto de vista da transparência e 17. f sociais com foco na redução das desigualdades e controle social dos recursos, mas, sobretudo, na 18. f fortalecimento de um mercado interno popular; a definição democrática das diretrizes das políticas 19. f retomada do papel do Estado como indutor do públicas. Na esfera econômica, isso significa afirmar e 20. f desenvolvimento; as relações multilaterais Sul-Sul construir a supremacia da eficiência pública, planejada 21. f (Ásia, África) e a integração regional latino-americana. e democratizada, sobre a eficiência privada, muitas 22. f Completamos ao vezes baseada na apropriação de fundos públicos. Além 23. f neoliberalismo, com a construção de novos elementos disso, o Estado deve ser capaz de ampliar a oferta de 24. f para um novo modelo de desenvolvimento: -Ampliação serviços públicos diretamente. Combater as diversas 25. f do gasto social de 19% para 22% do PIB; - Elevação formas de terceirização e precarização das relações de 26. dos investimentos em infra-estrutura – PAC; - Retomada trabalho no setor público, assim como a entrega dos 27. f do emprego nacional e crescimento do trabalho serviços públicos à gestão privada. Trata-se agora de 28. f assalariado; Reforço dos bancos e empresas estatais; - construir outro modo de gestão, que seja pública, 29. f Redução da miséria e inclusão social e ampliação da desburocratizada, 30. f renda do trabalhador; 28 milhões saíram da extrema satisfação das necessidades do desenvolvimento. 31. f pobreza, sendo 5 milhões no meio rural. - Ampliação Contudo, este processo precisa ser aprofundado, sob 32. f da renda do trabalhador em 11% e em 33% no meio pena de estagnarmos, e o baixo crescimento econômico 33. f rural. - Política Nacional de Valorização do Salário indica que estamos num momento de decisões. É 34. Mínimo com regras de longo prazo: correção da fundamental a construção de uma nova matriz produtiva 35. f inflação e aumento pela variação do crescimento do nacional e uma nova estrutura agrária democratizados, 36. f PIB. Porém, no Brasil, apesar desses avanços não se eficientes e sob comando do planejamento público, 37. f reverteu ainda o quadro em que 75% de todo estoque com sustentabilidade ambiental. A Reforma Agrária 38. f de riqueza contabilizada ficam nas mãos de 10% da segue sendo uma necessidade econômica e política. É 39. f população, em uma curva histórica que permanece preciso quebrar o poderio do latifúndio para liberarmos 96 uma década de combate internacional 32o Congresso Nacional dos sobre os “desclientizada” Trabalhadores capitais. e em eficaz O na Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a mais terras aos camponeses e trabalhadores rurais, para dos que se percebem excluídos dos processos de 2. a ampliar a produção de alimentos para o Brasil e o decisão, e não reconhecem nos eleitos a legitimidade 3. a mundo. O modelo do agronegócio baseia-se no para representá-los. Também fruto dessa pressão 4. a latifúndio secular, um atraso social e econômico. A popular o Congresso Nacional aprovou a destinação de 5. a Reforma Tributária é outro tema necessário e que não percentuais dos royalittes do petróleo e do fundo do 6. a avança por pré-sal para educação, um projeto que os movimentos 7. a desregulamentação pretende ampliar ainda mais a organizados da educação pleiteavam há muito tempo; e 8. a distorção existente em que só os trabalhadores pagam que beneficiou a saúde também. Cabe aos movimentos 9. a impostos. E em todos os demais campos de políticas sociais e sindical levantar o debate sobre os temas 10. a públicas há um frontal choque entre a definição de uma centrais de uma reforma Política democrática: corrigir 11. legislação democrática que amplie direitos à população, a proporcionalidade para que cada eleitor brasileiro 12. a e a prática secular dos que detém o controle da máquina valha um voto na composição proporcional da 13. a do Estado (nos três poderes) e asseguram toda sorte de representação do parlamento, pois poucos sabem que 14. f privilégios. Se quisermos aprofundar conquistas, temos nem sempre os partidos mais votados elegem a maioria 15. f de nos preparar para enfrentamentos e debates em todos parlamentar; definir o financiamento público de 16. f os campos de políticas públicas. A construção de um campanha; combater a compra de votos etc. Precisamos 17. f Estado de solidariedade social, que combate às construir a revolução democrática - o processo de 18. f discriminações de gênero e étnico-raciais, que promove acúmulo de vitórias rumo à ampliação dos direitos 19. f a igualdade de acesso aos bens culturais e sociais, com sociais, redução das desigualdades sociais, regionais, 20. f solidariedade de gerações, com reformas progressivas transformações 21. f face à desigual distribuição da renda e da propriedade, sociedade, abrindo a transição para o socialismo. Esse 22. f deve resultar em elevação da qualidade e extensão das processo só avança se tiver a classe trabalhadora como 23. f políticas sociais e de promoção da igualdade. Esta eixo dirigente de um bloco histórico composto por 24. f construção todos e todas oprimidos (as) – negros (as), mulheres, 25. f democráticas, com a desconstrução de instituições LGBT, 26. retrógradas, elitistas e a instauração de transparência, agricultores 27. f controle social e participação da sociedade. No pescadores, ribeirinhos, povos da floresta, trabalhadores 28. f momento, um dos maiores entraves é a falta de urbanos, juventude, etc. Portanto, é a partir da 29. f representatividade dos que foram eleitos, e seu unificação dos que vivem do trabalho que será possível 30. f distanciamento dos interesses populares, em particular, reverter a injustiça social. Para esta nova fase de 31. f da juventude. Esta é uma das motivações das grandes enfrentamento, temos de estar mais conscientes e 32. f manifestações de junho/julho de 2013, quando várias organizados. O modelo econômico está no centro do 33. f bandeiras foram levantadas, especialmente nos grandes debate e condiciona a possibilidade de políticas 34. centros urbanos. As críticas foram desde o caos do progressistas dentro do governo darem certo. A 35. f transporte público e da falta de mobilidade, que tornam mobilização 36. f a jornada de trabalho muito maior e estafante, até a imprescindível de consolidar uma maioria na sociedade 37. f impunidade, gerada pela incapacidade do atual sistema para defender ativamente uma política econômica de 38. f em aplicar justiça para a sociedade. A crítica contra desenvolvimento, emprego distribuição de renda para 39. f tudo e todos, embora difusa, expressou a insatisfação reconstruir a capacidade do Estado frente ao mercado. porque a depende pressão de 32o Congresso Nacional do conquistas dos capital políticas Trabalhadores e em Educação radicalmente trabalhadores familiares, pública (as) democráticas rurais, indígenas, agora na sem-terras, quilombolas, cumpre o papel 97 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a Intervir ativamente nesta disputa é a nossa principal sindicatos e se constituem em obstáculos para a 2. a tarefa e somente será vitoriosa se conseguirmos conquista da plena autonomia e liberdade sindical. 3. a construir um amplo movimento de massas de pressão O movimento sindical, em especial as centrais 4. a pelas mudanças necessárias no modelo econômico. sindicais, passam por um grande teste no governo 5. a Esta luta deve vir combinada com uma agenda de da presidente Dilma Rousseff, tanto na forma de 6. a reivindicações por melhorias nas condições de vida do relacionamento, que é mais formal e institucional em 7. a povo. Nesse ponto nossa bandeira fundamental é a relação ao governo Lula, quanto no tratamento dado 8. a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, aos trabalhadores, sejam do setor privado ou da área 9. a junto com a qual devemos coordenar outras ações de pública, com maiores problemas em relação a estes. 10. a combate a precarização do mercado de trabalho, pelo 11. aumento geral da massa salarial e pela redução da A forma de relacionamento atual diferencia-se em vários aspectos da praticada durante o governo 12. a distância entre o maior e o menor salário. Lula ainda que as instâncias de participação e canais 13. a de diálogos permaneçam abertas e a Secretaria Geral 14. f POLÍTICA SINDICAL da Presidência da República continue como principal 15. f O movimento sindical sofreu violentos ataques interlocutora dos movimentos sociais, inclusive o 16. f durante o período neoliberal. Novas formas flexíveis de sindical, o acesso à presidência da República tem sido 17. f trabalho, qualidade total, trabalhadores multifuncionais, bem menos frequente e mais formal do que foi no 18. f terceirização e demissões marcaram o mundo do governo Lula. 19. f trabalho. O que unificou a luta foi à resistência pela Outra diferença que caracteriza esta gestão é 20. f manutenção de direitos e um forte enfrentamento social que os pleitos tem que ser muito bem fundamentados, 21. f para derrotar o neoliberalismo. Tanto o movimento tanto no que diz respeito aos aspectos sociais, quanto 22. f sindical quanto as lutas populares e o MST, muito econômicos e orçamentários. Os debates e negociações 23. f contribuíram para o novo momento político. com vistas à formulação de políticas públicas no 24. f Assim, é possível afirmar que a conjuntura setor público e privado estão sendo mediados pelo 25. f que estamos vivendo é resultado de uma acumulação Parlamento ou pela Secretaria Geral da Presidência da 26. política do campo democrático e popular na qual a República, o órgão encarregado da interlocução com os 27. f CUT tem um papel destacado. movi mentos sociais, como já ocorria no governo Lula. 28. f É importante fazer uma reflexão sobre o que No setor privado, embora o cenário apresente 29. f significou para a população brasileira e para a classe uma aparente tranquilidade, e haja previsão de 30. f trabalhadora em especial, os oito anos de governo Lula e crescimento econômico, não podemos ter a certeza que 31. f qual foi o papel que o movimento sindical desempenhou no horizonte não exista qualquer risco de retrocesso nas 32. f neste lapso de tempo e vem desempenhando ao longo relações de trabalho, como supressão ou flexibilização 33. f do governo Dilma. de direitos. Até mesmo a questão da previdência, caso O governo Lula negociou com as Centrais haja reforma, poderá prejudicar os servidores públicos 35. f Sindicais seu reconhecimento legal, superando uma que ingressarem no mercado de trabalho após a 36. f herança de décadas de proibição e não reconhecimento. alteração constitucional. 37. f Mas as regras acordadas (de representatividade A luta que a CUT e as entidades filiadas travaram 38. f e financiamento via imposto sindical) continuam contra o projeto de lei 4330/2003, que regulamentava 39. f favorecendo a fragmentação e burocratização dos a terceirização no país, num retrocesso do que a classe 34. 98 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a trabalhadora tem conquistado neste ultimo período, é sindical repõe e potencializa velhos problemas. 2. a um exemplo da força e da luta dos/as trabalhadores/ Setores do movimento sindical não conseguiram se 3. a as organizados. A CUT, maior central do país, teve colocar como alternativa de organização e direção da 4. a papel fundamental nesta luta, seja nas grandes marchas classe trabalhadora e tem aprofundado sua vocação 5. a e mobilizações, nas ocupações do congresso em 2013. divisionista. Primeiro, ocorreu à criação da Conlutas, 6. a O governo Dilma, atende ou apoia ainda pelo PSTU. Em seguida, os setores ligados ao PSOL 7. a que parcialmente, dos não conseguiram superar a cláusula de barreira do 9º 8. a trabalhadores do setor privado, como a amenização Concut e formaram outra organização sindical, chamada 9. a do fator previdenciário, a constitucionalização da de Intersindical e por último tivemos a decisão da CSC 10. a licença maternidade de seis meses, a punição exemplar de saída da CUT se constituindo em uma nova central. algumas reivindicações de empregadores que praticam trabalho escravo ou As mobilizações recentes demonstraram o 12. a análogo, a ampliação da estabilidade do dirigente protagonismo de nossa Central como construção do 13. a sindical, entre outros. pólo social por mudanças estruturais e em defesa dos 14. f Há que se destacar o enfrentamento do movimento direitos dos trabalhadores e do povo, apresentando 15. f sindical brasileiro frente às mobilizações do mês de suas reivindicações de melhores condições de vida e 16. f junho deste ano. Milhões de brasileiros/as foram às trabalho, mobilizando e pressionando o poder público 17. f ruas reivindicar pautas históricas dos/as trabalhadores/ e as organizações patronais, tendo como perspectiva a 18. f as e avanços democráticos essenciais para o país. superação do modo de produção capitalista. 19. f Ao mesmo tempo os mesmos que ocuparam as ruas É fundamental a unificação das campanhas 20. f também refutaram nossas bandeiras e nosso método salariais em torno às bandeiras do aumento real 21. f de mobilização, às vezes, de maneira violenta. Vemos dos salários e pela redução da jornada de trabalho. 22. f aí a necessidade de rever nossas formas de atuação e Devemos pressionar para que a lógica da economia 23. f mobilização, conclamando os/as trabalhadores/as cada seja da distribuição da renda e que seja esse o pilar da 24. f vez mais a reivindicarem seus direitos e participarem retomada sustentável do crescimento econômico. 25. f dos processos democráticos. 11. A estratégia sindical deve responder a essa Outra luta histórica foi levada às ruas neste situação reforçando duas linhas de atuação: a) 27. f ano: a democratização dos meios de comunicação fortalecer os vínculos com outros movimentos sociais 28. f tão preterida pelos movimentos sociais organizados e que organizam, em função de agendas não sindicais, 29. f pelo movimento sindical há anos, ganhou a multidão. segmentos importantes de trabalhadores/as que hoje 30. f O grito de “abaixo a rede globo” sintetizou nossa luta se encontram fora dos sindicatos. Essa é a tarefa 31. f histórica. Temos a tarefa de cobrar efetivamente do principal que temos na Coordenação dos Movimentos 32. f governo uma “lei de médios” a exemplo do que já se Sociais; b) apoiar e organizar alternativas econômicas 33. f avançou na Argentina, por exemplo. Além desta, a pauta autogestionárias de trabalhadores, pressionando para 34. da reforma política também ganhou corpo. A resposta que o poder público apoie essas experiências, sua 35. f da presidenta Dilma foi incisiva, porém não obteve a implementação e disseminação. 36. f força necessária para ser aprovada. A proposta deverá Bandeiras a serem priorizadas pela CUT, CNTE 37. f ser encampada pelos movimentos social e sindical e e todo o movimento sindical no próximo período, já 38. f levada novamente às ruas para que se efetive. iniciado: 26. 39. f A correlação de forças atual no movimento 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em a) a redução da jornada de trabalho sem redução de Educação 99 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a salários (para 40 horas semanais e com regulamentação direito humano e social tem sido nosso grande 2. a das horas extras); b) a formalização do trabalho - retirar objetivo ao mesmo tempo que se tornou nosso grande 3. a milhões de trabalhadores da informalidade, sem alterar desafio, isso porque as disputas pela consolidação 4. a o padrão de direitos já conquistados; c) alterações destes direitos ocorrem no âmbito de uma sociedade 5. a constitucionais para garantir a liberdade de organização altamente excludente e cindida pela força do capital. 6. a sindical; d) instituição de mecanismos de Democracia O resultado tem sido a violência, a opressão, a 7. a Participativa; e) democratização dos meios de discriminação e o preconceito, enfim, estamos longe 8. a comunicação; f) uma nova relação dos governos com de atingirmos uma sociedade plena de direitos. Daí 9. a os servidores públicos. g) incorporação de políticas porque necessitamos consolidar a noção de direitos, 10. a públicas universais que garanta a permanência da e afirmar cada vez mais o nosso papel em DEFESA 11. juventude no sistema educacional; h) organização DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUITA E COM 12. a sindical de todos os servidores públicos em todas as QUALIDADE SOCIAL – DIREITO DE TODOS E 13. a esferas governamental; i) defesa do Plano Nacional de TODAS E DEVER DO ESTADO em suas três esferas: 14. f Defesa da Cidadania e direitos humanos; j) defesa de municipal, estadual e federal. 15. f um modelo que assegure o desenvolvimento sustentável No cotidiano da luta sindical, a disputa para 16. f e garanta a existência do planeta, dos seres humanos instituir o controle social dos recursos da educação e a 17. f e de suas gerações futuras; k) defesa da integralidade/ ampliação de seu financiamento é o elemento de maior 18. f universalidade do SUS para que todos os trabalhadores/ tensão entre a categoria e o poder público. É neste 19. f as tenham direito ao acesso gratuito aos serviços de campo que as políticas públicas se materializam, e é na 20. f saúde; l) luta pela lei de responsabilidade educacional, disputa pelo fundo público que toma corpo a luta pelos 21. f desvinculando recursos da educação da LRF (Lei de direitos educacionais, a defesa de uma escola pública 22. f Responsabilidade Fiscal); m) manter autonomia frente de qualidade, que promova uma educação libertadora, 23. f ao Governo Dilma, mediante a constante mobilização humanizadora, conscientizadora, emancipadora, e é aí 24. f para pressionar o governo a romper com o atual onde podemos perceber o engajamento concreto dos 25. f modelo econômico de desenvolvimento; n) defender educadores, que devemos estimular cada vez mais. 26. no processo de construção das políticas públicas ou Neste sentido o FUNDEB consolidado pela 27. f reformas, a participação dos segmentos representativos EC n.º 53 e a Lei 11.494/2007, fruto de intensas 28. f dos/as trabalhadores/as, em espaços institucionais luta dos Trabalhadores em Educação e negociações 29. f deliberativos e consultivos; o) lutar pela implementação envolvendo entes federados, constitui uma política de 30. f da negociação coletiva e pelo direito de greve para os sub-vinculação dentro do financiamento da Educação 31. f servidores públicos, e pela não utilização dos interditos que aponta avanços importantes em relação ao 32. f proibitórios; p) lutar pela aprovação e efetivação do investimento na Educação Básica, buscando equacionar 33. f Plano Nacional de Educação aprovado na Conferência as desigualdades regionais, e permitiu a integralização 34. Nacional da Educação (CONAE-2010). das matrículas, apontou mecanismos para avançar na valorização profissional em especial no caminho de 35. f 36. f POLÍTICA EDUCACIONAL consolidação no tocante à implementação do PSPN – Piso Salarial Profissional Nacional e Carreira. 37. f Para a organização sindical do ramo educação, 38. f que reúne e fortalece todos os seus trabalhadores e Entretanto, os efeitos da crise internacional 39. f trabalhadoras, a defesa da educação pública como sobre a economia nacional ocorridos após 2009 100 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a e de forma mais contundente em 2012 se fizeram aluno mínimos que comprovarem incapacidade de 2. a sentir. Em particular as diversas políticas de isenção pagamento do mesmo, norma essa prevista na Lei que 3. a fiscal praticada pelo governo federal acarretaram a regulamenta o FUNDEB, no entanto, ninguém até então 4. a diminuição nos recursos oriundos de impostos, e, conseguiu captar esse recurso. É necessário assegurar a 5. a conseguintemente, interferiram de forma negativa na complementação da União aos Fundos estaduais e, ao 6. a composição dos recursos do FUNDEB, e afetaram a mesmo tempo efetivar uma fiscalização mais rigorosa 7. a grande massa dos municípios brasileiros, em especial no da sua aplicação. 8. a Nordeste, que tem uma alta concentração de matrículas A implantação do Piso Salarial Nacional do 9. a e como sua maior fonte orçamentária o FPM, que é Magistério, que regulamenta a conquista obtida no 10. a composto por IPI e Imposto de Renda. É preciso rever art. 206, inciso VIII da Constituição, e a construção 11. os métodos de estimativas das receitas do FUNDEB, do Piso Nacional para os Profissionais da Educação 12. a pois as atuais regras aplicadas tem comprometido Escola, implica tanto na ampliação do financiamento 13. a sobremaneira a execução das políticas educacionais da educação, como no ajuste das redes de ensino do 14. f no país, além de fragilizar o mecanismo de atualização país por meio do saneamento das contas públicas e da 15. f do Piso do Magistério, e a conquista futura do Piso obediência às legislações educacionais. Foi uma grande 16. f para os Funcionários da Educação. Deve-se lutar para luta assegurar no Poder Judiciário a constitucionalidade 17. f a aplicação das regras existentes e novos mecanismos da lei do PSNP do magistério, que foi duramente 18. f que assegurem maior independência e autonomia dos questionada por governadores e prefeitos. 19. f Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do Estados e Municípios precisam fazer o “dever de 20. f FUNDEB, como autonomia financeira, proibição da casa” para pagar o piso na carreira, o que requer (i) 21. f participação de servidores em cargos comissionados observar o investimento total das receitas vinculadas 22. f como membros do conselho e maior percentual de constitucionalmente à educação (25% no mínimo), (ii) 23. f representantes de trabalhadores e da sociedade civil adequar a relação professor-aluno na rede de ensino, 24. f para que representem a maioria do pleno dos conselhos. (iii) cumprir com as prerrogativas de instituição e 25. f Outra questão que precisa ser debatida e cobrança de impostos, (iv) obedecer as regras de 26. aperfeiçoada diz respeito à Complementação da União gastos com manutenção e desenvolvimento do ensino, 27. f tendo em vista que acaba acarretando distorções entre os (v) universalizar as matrículas em todas as etapas da 28. f Estados recebedores da mesma e os demais Estados, em educação básica e (vi) lutar pela implantação do Custo 29. f especial aqueles que se aproximam mais do custo aluno Aluno Qualidade e por 10% do PIB para a educação e 30. f mínimo. No caso dos nove Estados que recebem hoje o novo PNE – Plano Nacional de Educação, pois isso 31. f a Complementação da União os recursos são divididos representa mais dinheiro para a escola pública. 32. f em 13 meses e não em 12, portanto, dos 100% (cem Nossa luta tem sido pelo reconhecimento da 33. f por cento) a serem transferidos, 85% (oitenta e cinco importância da carreira dos profissionais da educação 34. por cento) é repassado de janeiro a dezembro e os 15% escolar, através de políticas públicas que conjuguem, 35. f (quinze por cento) restantes no primeiro mês do ano indissociavelmente, a formação inicial e continuada, 36. f seguinte, como décima terceira parcela, por outro lado, sob a responsabilidade da União, dos Estados e dos 37. f ainda desta complementação é reservado 10% (dez por Municípios em regime de colaboração; a jornada e 38. f cento) para aplicação em programas e complementação as condições de trabalho, à luz das regulamentações 39. f do Piso só para aqueles Estados abaixo do custo trabalhistas; e o vencimento/salário, visando a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 101 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a equiparação às outras carreiras profissionais de sejam regulamentados percentuais para a manutenção e 2. a formação semelhante, em âmbito de cada ente federado. desenvolvimento de ensino, e que os recursos oriundos 3. a do petróleo e a recuperação de desonerações federais da nova Lei sejam destinados como complementação 4. a para a realização do CAQi – Custo Aluno Qualidade da União ao FUNDEB (Fundo de Manutenção e 5. a Inicial. Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização 6. a A nossa organização nacional é para que a dos Profissionais da Educação), e para assegurar a 7. a Meta 18 do PNE que estipula o prazo de 2 anos aplicação e progressiva ampliação do Piso Salarial 8. a para a existência de planos de carreira para todos os Profissional para todos os profissionais da educação, 9. a profissionais da educação básica seja aplicada por bem como os insumos para expandir a escolaridade da 10. a meio da lei nacional que define Diretrizes Básicas de população brasileira – instituindo uma verdadeira escola 11. Carreira. Lutamos também para conquistar que 80% do de qualidade para todos e todas. Esta regulamentação 12. a FUNDEB seja destinado à valorização salarial de todos deve ser muito debatida e acompanhada por toda 13. a os profissionais da educação (magistério e funcionários sociedade, envolvendo entidades e movimentos sociais 14. f de escola), proposta que não foi acatada na definição da para que esses recursos propiciem que as políticas 15. f EC 53/2007, mas que deve permanecer como bandeira sociais de educação e saúde sejam definitivamente 16. f de luta dos trabalhadores da educação, e que se fortalece democratizas em nosso país. Outro aspecto essencial na 17. f a medida que conquistamos cada vez mais a formação regulamentação dos recursos dos royalties do petróleo 18. f inicial e continuada, carreira e salários dignos. para educação e saúde será a definição de rigorosos 19. f Ainda em relação ao financiamento público, foi mecanismos de controle social, principalmente o 20. f uma importante vitória a vinculação do dinheiro do monitoramento dos recursos que serão destinados 21. f petróleo do reservatórios do pré-sal para a educação, aos municípios, assegurando transparência tanto do 22. f conquista que se deu logo após as manifestações ponto de vista documental, mas essencialmente para a 23. f das ruas ocorridas em julho de 2013. Estima-se um população de todo o município. 24. f aporte de aproximadamente de R$ 196,08 bilhões nos 25. f próximos 10 anos. Demandado pelo artigo 214 da Constituição Federal de 1988, o PNE tramita no âmbito do Uma etapa central que deveremos enfrentar Congresso Nacional. O novo PNE é uma importante 27. f nacionalmente será a formulação da lei regulamentadora ferramenta capaz de planificar a educação brasileira 28. f que destine as novas receitas educacionais do petróleo de modo que o país comece a recuperar, nesta década, 29. f para Estados e Municípios. É preciso observar parte do tempo perdido. Viabilizar o patamar de 30. f que a União ainda contribui muito pouco com os investimento equivalente a 10% do PIB em educação 31. f investimentos educacionais, conforme apontam os pública é um importante e urgente primeiro passo. 32. f dados oficiais do Instituto de Pesquisas Educacionais Neste tocante é importante estar atentos, sobretudo no 33. f Anísio Teixeira (Inep), a cada R$ 1,00 investido em que diz respeito à indicação das verbas que comporão 34. educação, o Governo Federal contribui apenas com o percentual do PIB para a educação e o foco desse 35. f R$ 0,20, contra R$ 0,41 dos 26 Estados e do Distrito debate deve ser as receitas do pré-sal, além de outras 36. f Federal e R$ 0,39 dos municípios. Ou seja, o ente que fontes apontadas pela CONAE. Mesmo com a nova 37. f mais arrecada é aquele que menos contribui com a receita dos royalties e do fundo especial, da região do 38. f educação. Portanto, esta é mais uma bandeira de luta Pré-sal, os recursos do petróleo não serão suficientes 39. f que deveremos enfrentar a partir de agora, para que para elevar o patamar de investimento público a 10% 26. 102 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a do PIB na educação pública. Daí a necessidade de a humano fundamental e defender a educação pública e 2. a sociedade manter o debate sobre esse tema durante o sua transformação, tendo em conta o contexto social, 3. a processo de regulamentação do Fundo Social do Pré- político, econômico, histórico, para garantir que seja de 4. a sal e do Regime de Cooperação Financeira, previsto na qualidade, integral, gratuita, obrigatória, democrática, 5. a estratégia 20.9 do PNE, bem como do Sistema Nacional crítica, solidária, inclusiva, pluri e intercultural, 6. a de Educação, preceito do art. 13 do Projeto de Lei do participativa, laica, justa, libertadora, científica, 7. a Plano Nacional de Educação. emancipatória, integradora e inovadora, posta a serviço 8. a Além disso é importante assegurar no texto do do ser humano, como ferramenta fundamental para o 9. a PNE o compromisso de implementação do Sistema seu próprio desenvolvimento integral e o da sociedade 10. a Nacional de Educação, do Regime de Cooperação como um todo. Financeira (através da regulamentação do art. 23 da A educação que queremos deve: considerar o 12. a Constituição Federal) e do Custo Aluno Qualidade. tipo de educação de que cada país necessita, assim 13. a Outro tema que precisa ser tratado é impedir que os como as necessidades das educandas e dos educandos; 14. f acréscimos de receitas à educação sofram contenções permitir o desenvolvimento crítico e autônomo das 15. f da Lei de Responsabilidade Fiscal, sob pena de estudantes e dos estudantes, formando-os para a vida 16. f tornar inócuos os esforços centrados na valorização e para o trabalho; para a transformação individual 17. f profissional e na contratação de novos/as educadores/as e social; para gerar equidade no campo e na cidade; 18. f para suprir, por exemplo, as metas de universalização para se estar livre de discriminações; para gerar 19. f das matrículas e de implantação da escola integral (em desenvolvimento científico; para promover o respeito 20. f período integral) à luz dos preceitos de remuneração e ao meio ambiente; para fundamentar-se no respeito 21. f jornada de trabalho da Lei do Piso do Magistério. No à diferença e à diversidade, porém, promovendo a 22. f tocante à valorização dos profissionais da educação, igualdade, a inclusão, a justiça e a consciência social; 23. f a nossa luta deve ser para que o piso nacional do para orientar-se diante de questões, de maneira fiel 24. f magistério, aplicado aos vencimentos iniciais das ao respeito ao ser e ao saber de todos e de todas as 25. f carreiras nos estados e municípios, seja a política de estudantes; para ser um veículo voltado à transformação 26. referência para a equiparação dos rendimentos médios e à emancipação; para legitimar outros saberes e 27. f da categoria à de outros profissionais com mesmo nível conhecimentos, atualmente tornados invisíveis e, 28. f de escolaridade (meta 17 do PNE). como dissemos anteriormente, para ser uma educação 11. 29. f No que se refere as propostas pedagógicas para de qualidade, integral, gratuita, obrigatória, reflexiva, 30. f uma escola pública de qualidade social, referendamos crítica, solidária, inclusiva, pluricultural, intercultural, 31. f o que defende o Movimento Latino-americano, participativa, laica, justa, libertadora, científica, 32. f uma uma instância de reflexão, diálogo, análise e emancipatória, integradora e inovadora, posta a serviço 33. f construção pedagógica destinada a criar consciência do ser humano, como ferramenta fundamental para 34. nos profissionais da educação da América Latina, no o seu próprio desenvolvimento integral e de toda a 35. f sentido de que a luta, hoje, está centrada, basicamente, sociedade. 36. f na defesa do direito social à educação pública com 37. f qualidade. Portanto a CNTE como integrante da Internacional da Educação, entidade que reúne os 38. f O elemento central da proposta do Movimento sindicatos de profissionais da educação em todos os 39. f Pedagógico é entender a educação como um direito continentes, deve cada vez mais fortalecer a secção 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 103 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a Latino-americana, para garantir o fortalecimento do Financiamento da Educação e à construção do PNE. CNTE 2. a Movimento Pedagógico Latino-americano. em defesa da organização dos 3. a funcionários da Educação, nos últimos anos, o 4. a BALANÇO DA CNTE processo de organização das/os funcionárias/os se 5. a Em todos os grandes debates nacionais sobre os manteve em trajetória de evolução, o que contribuiu 6. a direitos de cidadania, a CNTE se fez presente, sempre e contribui sobremaneira para as vitórias alcançadas 7. a mobilizando a sua base através das suas entidades pela categoria. Mas o principal desafio da CNTE, a 8. a filiadas. A marca da combatividade e a concepção partir de agora, será o de consolidar uma atuação pró- 9. a classista esteve sempre presentes no cotidiano desta ativa das/os funcionárias/os em educação através da 10. a Confederação, fazendo o enfrentamento com os setores consolidação da Secretaria de Funcionários, de Planos 11. mais conservadores da sociedade brasileira. A CNTE de Carreira unificado nas Redes Estaduais e Municipais, 12. a atuou de forma consciente no bloco histórico contra- a expansão do PROFUNCIONÁRIO, a Formação em 13. a hegemônico que soma e organiza as forças sociais mais Nível Superior nas Redes de Ensino, tal consolidação 14. f progressistas para combater o modelo social que nos deve vir agregada com a efetivação do Piso Salarial 15. f oprime desde o período colonial. Profissional Nacional (PSPN) para as/os profissionais da Educação Escolar, com a regulamentação do Artigo 16. f Nesse período de gestão contribuímos de forma 17. f organizada para que a CNTE dentro desta conjuntura 18. f fosse cada vez mais vigilante no acompanhamento Nós da CSD, nestes três anos de atuação na atual 19. f permanente das nossas filiadas bem como dos gestão da CNTE nos fizemos presentes contribuindo de 20. f enfrentamentos dentro do Congresso Nacional e nos forma propositiva e participativa, possível e permitida, 21. f diversos Órgãos governamentais, a exemplo das lutas na construção de mais um período de fortalecimento 22. f para garantir a implantação plena da Lei do Piso da CNTE como é nossa tradição, sendo assim 23. f Salarial Profissional Nacional – PSPN e por um Plano consideramos o balanço desta gestão positivo. 24. f Nacional de Educação que venha a refletir os anseios da Para fazer a CNTE cada vez mais forte e 25. f sociedade brasileira. É importante ressaltar que durante democrática na defesa da educação e na representação 26. os 03 (três) anos desta gestão buscamos em todos os dos trabalhadores em educação é preciso, sem 27. f momentos contribuí com análise e subsídios, para uma desconsiderar a legitimidade da maioria, criar 28. f melhor intervenção das nossas entidades de base, sem instrumentos que permitam cada vez mais dividir o 29. f também perder de vista e estando a frente de todas as grau de responsabilidade entre as forças eleitas para 30. f ações e manifestações ocorridas neste país que fossem dirigir a CNTE. 31. f em defesa da educação, dos direitos da cidadania, das O papel e a responsabilidade que a CNTE 32. f políticas sociais, da soberania nacional e em fim das exerce hoje no conjunto da classe trabalhadora e 33. f lutas dos Trabalhadores, tendo também participação dos movimentos sociais, nós impõe a cada instante 34. efetiva nas mobilizações nacionais coordenadas pela estarmos atentos e rigorosamente vigilantes para lutar 35. f CUT. contra qualquer medida ou reformas que venham retirar 206, inciso VIII da CF. 36. f CNTE, em defesa de uma Política Educacional direitos dos(as) trabalhadores(as), além de ampliar sua 37. f e Gestão Democrática, em interação com o ramo de intervenção juntos as nossas afiliadas no sentido de 38. f Educação da CUT e acompanhamento de todas as lutas ampliar e consolidar novos direitos. 39. f especialmente as mais recentes que dizem respeito ao 104 Portanto torna-se fundamental a ampliação a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a cada dia de sua intervenção política sempre garantindo interior da escola pública com um papel fundamental, 2. a a participação plural consolidando assim, cada vez mais porém invisibilizado, o que trouxe o não reconhecimento 3. a sua organização e democracia interna, e muito menos enquanto educadoras/es, sendo colocadas/os em 4. a se limitando a pautas específicas, mas sim, refletir condições subalternas às/aos professoras/es, mesmo 5. a e encaminhar de forma coletiva os desafios que tem desenvolvendo atividades importantes para a educação. 6. a marcado o cotidiano dor trabalhadores em educação e A luta pela superação da contratação precária, a 7. a a educação publica brasileira. profissionalização, o reconhecimento legal e a construção 8. a de Planos de Carreira, fazem parte do processo de 9. a POLÍTICAS PERMANENTES reconhecimento social destas/es trabalhadoras/es, de 10. a Trabalhadores/as em educação aposentados/as sua constituição enquanto categoria e da definição legal 11. Na construção da Educação é importante ressaltar como profissionais da educação, da regularização de 12. a o papel dos/as aposentados/as na conquista dos direitos suas funções e atribuições e o reconhecimento de que 13. a dos/as trabalhadores/as em educação e na defesa da atuam no processo educativo da escola. 14. f O ingresso por concurso, melhores salários, educação pública de qualidade para toda população. continuam profissionalização e carreira, alteram as relações no 16. f nos movimentos sociais, no debate da reforma interior das escolas e forjam uma/um profissional com 17. f previdenciária, lutando por políticas públicas, nas autonomia e maiores condições de democratizar a 18. f ações de seus sindicatos que garantam direitos e sua gestão e superar o autoritarismo. 19. f ampliação e o cumprimento dos direitos contidos na Para fortalecer esta luta é fundamental que a 20. f Política Nacional do Idoso (Lei Federal Nº. 10.741/03 CNTE crie e estruture uma Secretaria de Funcionárias/ 21. f Estatuto do Idoso). Este segmento da categoria as da Educação e incentive para que isto seja uma 22. f precisa de políticas públicas específicas com diretrizes prática em todas as suas afiliadas. Assim, teremos 23. f orçamentárias. condições de melhorar a intervenção dos sindicatos 24. f A 15. f Conscientes de seu papel mobilizar, para o reconhecimento do papel da/o funcionária/o no 25. f permanentemente, os/ as aposentados/as, priorizando o processo ensino-aprendizagem, a garantia os direitos 26. incentivo da existência de Coletivos de Aposentados/ como pagamento de auxílio transporte e período 27. f as em todas as afiliadas, estimulando a articulação noturno, a substituição quando tiver alguém afastada/o 28. f entre eles para fortalecer e unificar a luta, mantendo do trabalho, o incentivo à formação inicial, ao Programa 29. f atividades nacionais frequentes. Profuncionário e/ou Curso Superior em Tecnologia em CNTE deve organizar e Processos Escolares. 30. f A CNTE tem pautado a interlocução dos/as 31. f trabalhadores/as aposentados/as com o Estatuto do 32. f Idoso e com a Política Nacional do Idoso, visando 33. f integrar as legislações ao cotidiano educacional. É As mulheres são as principais vítimas da 34. preciso lutar pela mudança do termo “inativo” por pobreza, do salário precário, do desemprego e da 35. f aposentado/a nos documentos oficiais, leis e normas insuficiência de políticas públicas, tais como: saúde, 36. f públicas e pelo fim do fator previdenciário. educação e habitação. Geralmente, encontram-se em profissões menos valorizadas socialmente, como o 37. f 38. f 39. f Contra a opressão de gênero e a exploração de classe Sou funcionária/o: eu educo serviço doméstico, a educação e a saúde. As/os funcionárias/os da educação surgiram no 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em O sistema educacional continua sendo um Educação 105 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a nicho para as mulheres no mercado de trabalho, com de ensino impactam de forma desigual as escolhas de 2. a salários cada vez mais arrochados. Em relação às meninos e meninas no campo profissional, cultural e 3. a funcionárias das escolas o que afirmamos fica ainda simbólico, reforçando as desigualdades. 4. a mais explícito: o percentual de mulheres é muito maior A educação deve desvelar as ideologias de 5. a do que a relação professor/professora. Geralmente não dominação e reconhecer o problema étnico-racial como 6. a são reconhecidas como educadoras pelo governo e uma das formas de dominação de classe no Brasil; 7. a sociedade por desenvolverem um trabalho análogo ao respeitar as origens históricas e as manifestações culturais 8. a trabalho doméstico. e religiosas das etnias das/os estudantes; fazer o resgate 9. a A luta contra a opressão patriarcal e o sexismo, da história de resistência dos povos discriminados; refletir 10. a a exigência por espaço social e político são formas de sobre o racismo no cotidiano escolar e buscar constituir 11. relações dignas no ambiente escolar. combater o capitalismo que sobrevive e reproduz a fome 12. a e a pobreza de mais da metade da população mundial. É A CNTE trabalhará para que suas afiliadas 13. a preciso pensar/praticar a educação associada à questão organizem Coletivos Antirracistas que, em conjunto 14. f de gênero e condições para que as mulheres tenham com o Coletivo Dalvani Lelis, promoverão programas 15. f acesso e permanência no mundo do trabalho. de formação, lutarão pela implementação das Leis Nº 10.639/03 e 11.645/08 e farão o enfrentamento 16. f A violência doméstica e sexual atinge as 17. f mulheres em todas as fases da vida e o Brasil é o 7º às 18. f país em feminicídio. Apesar dos avanços na legislação sofrem. Também lutará pela efetivação de equipes 19. f os índices permanecem elevados. Lutar pelo fim da multidisciplinares nas escolas com demanda específica, 20. f violência, da criminalização das mulheres e pelo fim do bem como lutará para que o dia 20 de novembro, 21. f controle de seus corpos é papel da Educação e a CNTE aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, seja 22. f organizará esse debate, além de incentivar para que feriado nacional. 23. f todas as afiliadas criem Coletivos Feministas, aprovem 24. f a paridade (ou cota de 50% de mulheres) de gênero nas 25. f direções e em todas as representações, promovendo o 26. enfrentamento ao preconceito e às discriminações. brasileira e está presente nas escolas, sendo esta 27. f A educação e as relações etnico-raciais um poderoso lugar de reprodução das lógicas discriminações que negros/as e indígenas A educação para o combate a homofobia O ódio às pessoas LGBT permeia a sociedade 28. f O Brasil tem a segunda maior população negra homofóbicas. A homofobia é consentida quando não 29. f fora do continente africano e está longe de ser uma ensinada, comprometendo a inclusão e a qualidade do 30. f democracia racial. As negras e os negros enfrentam ensino. Incide na relação docente-estudante, produz 31. f os piores índices de desigualdades sociais, têm menos desinteresse pela escola, dificulta a aprendizagem 32. f acesso a políticas públicas e menos oportunidades de e leva ao abandono escolar. Afeta a definição da 33. f desenvolvimento social que a população branca. O carreira profissional e dificulta a inserção no trabalho. 34. racismo e as discriminações de classe e gênero são Desumaniza, promove insegurança, isolamento e 35. f eixos estruturantes das desigualdades neste país. vulnerabilidade. Gera preconceito, discriminação e violência. 36. f Na educação se reproduz os estereótipos raciais 37. f e de gênero, nos papéis sociais atribuídos a mulheres e Para mudar essa realidade a CNTE intensificará 38. f homens, a negros/as, indígenas e brancos pelos livros a luta pela organização LGBT em todas as afiliadas, 39. f didáticos e pela própria cultura escolar. Estas práticas instrumentalizando-as para que cobrem das secretarias 106 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a de educação dos estados e municípios programas de desrespeito ao piso salarial nacional, inexistência de, 2. a formação inicial e continuada que promovam a cultura muitas vezes, planos de cargos e salários, perdas de 3. a do reconhecimento de gênero, identidade de gênero e garantias trabalhistas e previdenciárias, entre outros. 4. a orientação sexual e, também lutar pela utilização do Buscando a adequação às novas exigências 5. a nome social. da época, as/os professoras/es tornam-se suscetíveis 6. a às doenças mentais, levando-as/os ao afastamento 7. a Juventude trabalhadora da educação do trabalho. Indicadores evidenciam a deterioração da da qualidade de vida, o aumento de acidentes, novas 9. a educação e aproximá-la aos sindicatos é tarefa urgente doenças, a utilização de drogas lícitas e ilícitas e o 10. a para continuar e expandir a luta e, obviamente, para a consumismo exagerado. Em decorrência disto surgem 11. a alienação e a perda do significado do trabalho. 8. a Conquistar a juventude trabalhadora necessária renovação. Para tanto, propomos a consolidação do Coletivo É preciso lutar por uma política de atenção à 13. a Nacional de Juventude Sindical da CNTE e a criação saúde das/os educadoras/es que garanta a promoção 14. f de Coletivos em todas as filiadas, como medida para e prevenção; cobrar do Estado a notificação (nexo 15. f alcançar estes/as jovens professores/as e funcionários/ causal) das doenças decorrentes do trabalho, para 16. f as de escola, a participação no Coletivo de Juventude da caso de aposentadoria por invalidez ocupacional ou 17. f CUT, construir espaços no meio sindical onde possam do trabalho, garantindo assim a integralidade dos 18. f atuar, mediar e intervir de maneira qualificada, realizar vencimentos; exames periódicos da vida funcional, 19. f um mapeamento da categoria para saber onde estão, lutar pela humanização e desburocratização das perícias 20. f o que pensam do sindicalismo e da sua atuação junto médicas, pela redução do número de alunos por turma, 21. f a categoria, desenvolver campanha de sindicalização ampliação da hora atividade, ampliação da porte de 22. f específica e assegurar formação. escolas, aquisição de equipamentos de proteção à saúde 12. a para as/os funcionárias/os. 23. f 24. f 25. f Trabalho, educação e saúde O capitalismo transformou a educação em PLANO DE LUTAS 26. mercadoria e o processo educativo foi, aos poucos, A realidade mundial, o cenário constituído na 27. f absorvido pelo setor privado e se promoveu o América Latina, estabelece um novo ciclo político 28. f desmantelamento Às/aos democrático que deve ser consolidado no sentido 29. f educadoras/es “aplicou-se” regras da produtividade, da construção de um modelo de desenvolvimento 30. f da flexibilização, do aumento do ritmo de trabalho, alternativo ao projeto neoliberal. Sendo assim, a 31. f do tipo de tarefa a ser executada, do tempo para a sua agenda dos trabalhadores (as) pelo desenvolvimento 32. f execução, da jornada e carga de trabalho necessária, concentra ações em quatro âmbitos problemáticos: a 33. f da terceirização e da precarização dos vínculos de desigualdade e a concentração de renda; o desemprego 34. trabalho. e o mercado de trabalho; a capacidade do estado em da educação pública. promover o desenvolvimento; e a democracia e a 35. f Foram forçadas/os a dominar novas práticas 36. f e saberes no exercício de suas funções, levando-as/ 37. f os a insegurança e desamparo, em face das condições 38. f inadequadas e à precarização das relações de trabalho: que visam à construção de uma outra sociedade e 39. f aumento dos contratos temporários, arrocho salarial, emancipação humana dos sujeitos. Neste sentido 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em participação social. Portanto Educação reafirmamos princípios e ações 107 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » que coíbe práticas antissindicais pelo poder público; 1. a nossas ações e estratégias devem-se pautar em: ►Defender o socialismo: a construção de ►Buscar as unificações das lutas, participando de 3. a uma sociedade em que a emancipação humana seja forma concreta e efetiva das campanhas e mobilizações 4. a o principio fundante como alternativa e combate ao definidas e encaminhadas pela CUT Nacional e pela 5. a capitalismo; Coordenação dos Movimentos Sociais; 2. a e ► Lutar pela ratificação no Brasil da Convenção 7. a internacional, estreitando relações de solidariedade, no 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), 8. a campo da luta de classe. A saída para os trabalhadores que coíbe práticas antissindicais pelo poder público; 6. a ►Buscar a solidariedade nacional ► Lutar pela redução da jornada de trabalho sem 9. a é internacional; 10. a 11. ► Defender o princípio da autodeterminação ► Luta pela ampliação do orçamento público dos povos e afirmação de sua soberania; 12. a redução de salário e distribuição de renda e riqueza; ►Reafirmar a defesa da soberania do povo 13. a irmão do Haiti, país ocupado militarmente por tropas para educação, saúde, habitação popular, e geração de emprego trabalho e renda; 14. f da ONU e sob o comando militar do Brasil, com seus ►Lutar pela manutenção do direito irrestrito de 15. f trabalhadores submetidos à superexploração em “zonas greve e respeito total a organização dos trabalhadores; 16. f francas” controladas por multinacionais; ► Defesa de recursos públicos exclusivamente para a escola pública; 17. f ►Defender o direito de autodeterminação do 18. f povo cubano e condenar o bloqueio norte-americano a ► Ampla discussão na categoria e na sociedade 19. f Cuba, que já dura cinco décadas. Exigir que o Governo sobre reformulação curricular a fim de construir uma 20. f Obama feche imediatamente a prisão de Guantánamo e escola includente e sintonizada com as demandas do 21. f cesse a ocupação militar de parte do país. nosso tempo; 22. f ►Defender ampliação da reforma agrária e ► Construção de um projeto pedagógico que 23. f urbana e pela retomada da política de redistribuição de oportunize uma educação crítica, questionadora 24. f riquezas nos países da América Latina e outras regiões da realidade, voltada para a transformação social e 25. f equivalentes do globo; liberdade do indivíduo; 26. ► defender as riquezas naturais nacionais ► Lutar pela aplicação de 10% do PIB, exclusiva mente para educação pública; 27. f como patrimônio nacional estratégico e lutar contra 28. f toda tentativa de fragmentação ou privatização deste ► Lutar pelo cumprimento do artigo 69 da LDB; 29. f patrimônio; ► Luta pela instituição, fortalecimento e 30. f ►Contribuir e Participar dos eventos da 31. f Internacional da Educação para a América Latina, em 32. f especial dos encontros do Movimento Pedagógico 33. f Latino-americano; afirmação dos Conselhos Escolares autônomos e democráticos; ► Luta contra as renúncias fiscais indiscriminadas e combate à sonegação; ►Buscar as unificações das lutas, participando de ►Defender irrestritamente a aplicabilidade 35. f forma concreta e efetiva das campanhas e mobilizações da Lei n° 11.340/06 (Lei Maria da Penha) como 36. f definidas e encaminhadas pela CUT Nacional e pela instrumento vital para a contenção da violência contra 37. f Coordenação dos Movimentos Sociais; mulheres e a impunidade; 34. 38. f ► Lutar pela ratificação no Brasil da Convenção ► Incentivar a criação de fóruns municipais, 39. f 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), estaduais e nacional a fim de construir uma política que 108 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a garanta qualidade de vida ao idoso; as em Educação, Secretaria de Assuntos Municipais, 2. a ► Realizar cursos e debates para trabalhadores/as Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de 3. a em educação aposentados/as sobre saúde, sexualidade, Funcionários/as da Educação e quatro Secretarias 4. a envelhecimento, aposentadoria, previdência pública; Executivas. 5. a Art. ... (novo) – À Secretaria de Funcionários/ ► Construir políticas sociais de inclusão das 6. a mulheres, contra a discriminação racial, em defesa do as da Educação compete: Coordenar as atividades da secretaria, propor e 7. a meio ambientes e na defesa da livre orientação sexual; ► Lutar contra a desqualificação do trabalho do/a orientar a execução de planos de ação definidos através 9. a funcionário/a de escola, feita através da terceirização e do planejamento com as demais secretarias e com o 10. a improvisação de outros profissionais nos setores das escolas; Coletivo Nacional de Funcionários da Educação da 11. CNTE; 8. a ► estabelecer critérios objetivos para a Promover a integração das lutas e campanhas 12. a movimentação dos/as profissionais entre unidades 13. a escolares, observados: a manifestação expressa dos/as dos/as funcionários/as da educação; Desenvolver campanhas profissionalização dos/as 14. f profissionais, o respeito aos direitos dos/as profissionais, 15. f os interesses da aprendizagem dos alunos; e garantir e 16. f a realização periódica de concurso de movimentação educação; 17. f interna dos/as profissionais da educação. ►Defender a construção e consolidação de um 19. f Sistema Nacional de Educação Pública na perspectiva 20. f dos Trabalhadores; 22. f valorização funcionários/as da Fortalecer a unificação de professores/as e 18. f 21. f de funcionários/as; Assinam a resolução: EXECUTIVA DA CNTE: Milton Canuto de ► Defender um novo PNE, que atenda os Almeida, José Valdivino de Morais, Francisco de Assis anseios da classe trabalhadora; Silva. 23. f ► Defesa intransigente do PSPN e Plano de 24. f Carreira para todos os Trabalhadores em Educação SINTEAL: Maria Consuelo Correia, Célia Maria 25. f e do custo-aluno qualidade compatível com a as Henrique Capistrano, Darcir Acioli Silveira, Girlene 26. necessidades educacionais. Lázaro da Silva, Marluce Remígio dos Santos, Ana 27. f ESTATUTO Maria Rozendo Bertoldo, Sandra Maria da Silva, Apoio 28. f Seção IV – Da Diretoria Executiva Nacional Administrativo, Edna Maria Lopes do Nascimento, Marta 29. f Art. 23 – A Diretoria Executiva Nacional é Maria Queiroz de Moura, Verdja Leite da Silva, Neide 30. f órgão da CNTE composto dos seguintes cargos: Aparecida Alves de Brito, Maria Zelia Pereira, Ivanilza 31. f Presidência, Vice-presidência, Secretária de Finanças, Fabrício Coelho, Margarida da Rocha Alves, Edileusa 32. f Secretaria Geral, Secretaria de Relações Internacionais, Vespasiano dos Santos, Marcos Antonio Pereo Simões, 33. f Secretaria de Assuntos Educacionais. Secretaria de Sonia Lima da Silva, Maria Elenilda dos Santos, Maria 34. Imprensa e Divulgação, Secretaria de Política Sindical, José da Silva Santos, Marinalva Rodrigues dos Santos, 35. f Secretaria de Formação, Secretaria de Organização, Norma Sueli Santos de Barros, Ederinalva Gomes 36. f Secretaria de Políticas Sociais, Secretaria de Relações Barbosa, Eryc Teodoro de Oliveira, Maurício Lemos 37. f de Gênero, Secretaria de Aposentados e Assuntos Albuquerque, Betânia Maria Gouveia da Rocha Santos, 38. f Previdenciários, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Maria Rosa Bernardo da Silva, Adelmo Apolinário 39. f Legislativos, Secretaria de Saúde dos/as Trabalhadores/ Silva Junior, Clayton Rosas e Silva, Maria Aparecida 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 109 Caderno de RESOLUÇÃO 9 Resoluções » 1. a Souza Lima – Professora, Maria de Fátima da Silva – Jacinto, Junior C. Silva Oliveira, Laerci Jansen R. Filho, 2. a Merendeira, Betizan Brasil Lima, Ana Maria dos Santos Lauro Anselmo Ferrarini, Leane Coelho, Leila Elias 3. a Alves – Merendeira, Cicero Alves da Silva, Helenice de Barros, Lirani Maria Franco, Loreci Soares Chaise, 4. a Balbino Silva, Edilton Dantas Costa, Maria Concilia Costa Luciane L. Padova Girardi, Lucimara Valente Silva, Luzia 5. a Oliveira Souza, Enaldo Zacarias de Jesus, Cleonice Maria Marilda de Assis, Manoel dos Santos Vidal, Marcelo 6. a Bastos Pereira, Lucia Vieira de Lima, Sitrânia Pereira Birello Marchi, Maria Adelaide Mazza Correia, Maria 7. a Cardoso, Erivaldo Valentim dos Santos, Edno Lisboa Aparecida Genovês, Maria Idalina Moraes, Maria Lucia 8. a Melo, Marina Cristiana da Silva, Cândida de Oliveira, Kleinhans Pereira, Maria Luisa de Mello Costa, Maria 9. a Juracy Pinheiro dos Santos, Etelvina Janiete Barros Madalena Ames, Maria Rosely de Col, Mariah Seni 10. a Carnaúba Veras, Andre Luis da Silva, Cristina Simone Vasconcelos Silva, Marizete P. Silva, Marlei Fernandes 11. de Sena Teixeira, Vanea Alves da Silva, Maria Betânia de Carvalho, Marli Roth, Maros A. L. Fernandes, 12. a Firmo Oliveira Silva, Edson Francisco Fontes Pereira, Miguel Angel Baez, Nair da Silva, Nilton José Costa 13. a Maria Monica Herculano da Silva, José Silva de Amorim, Silva, Osmar A. Schroh, Osmarina Sinhori, Ouviler de 14. f Vania Maria Calheiros de Oliveira, Givaneide Lourenço Azevedo, Paulino Pereira da Luz, Paulo Afonso Ribeiro 15. f de Lima, Micheline Maria Vieira de Lima, Jaidê Quintela Junior, Poliana Aparecida dos Santos, Ramon Barbosa 16. f da Silva, Pollyana Maria Damaso Barros, Aleandra dos da Costa, Ranildo de Lima Ferreira, Ricardo Wilson 17. f Santos Aguiar, Sivaldo Araújo dos Santos, Salatiel Braga Stefenet, Rita Sabrina K. Dios, Roberto Piano, Rosangela 18. f Trajano Junior, Marcia Maria Oliveira da Silva, Murila F. Rodrigues, Rosani Moreira, Rutierre F. Coutinho, 19. f Maria Monteiro da Silva, Emanuela Barbosa da Silva, Sandra Mara Sobral, Sebastiana Ruiz Garcia, Silvio 20. f Áurea Sônia Gonzaga de Oliveira, Adriano Alves Pereira, José Aires de Souza, Siumara Ferreira, Soeli Antonia 21. f Cicero Moises de Andrade, Valmir Nunes da Silva. APP- Gonçalves, Sueli Terezinha Polli Ostapiu, Tereza Lemos, 22. f Sindicato: Adenizon Amorin, Aérton José Gouveia Junior, Terezinha dos Santos Daiprai, Tomiko Kiyoku Falleiros, 23. f Alexandra Barion Andrade, Amâncio Luiz Saldanha dos Valci Maria Mattos, Valdirene Julia Ferreira, Vera Rosi 24. f Anjos, Ana Lúcia Zambão Gutier, Ana Tereza Alves Lopes de Morais, Vera Rosi Lopes de Siqueira, Vilma 25. f Pereira, Andrea R. Souza, Antonio Carlos Frutuoso, Garcia da Silva, Walkíria Olegario Mazeto. SISMMAC/ 26. Arildo Ferreira de Castro, Arnaldo Vicente, Aurenice T. PR: Maira Beloto de Camargo, Ana Denise Ribas de 27. f Pinheiro, Carlos Alberto N. Diniz, Carlos Alberto Seibert, Oliveira. SINPRO/DF: Gabriel Magno, Iolanda Rocha, 28. f Carlos Roberto Paim Martines, Celio Rinaldim Spósito, Hamilton Caiana, Silvana Fernandes, Henrique Torres, 29. f Celso Correa Junior, Clotilde Correia Gomes, Cybele de Tina Lopes, Jerre Vieira, Ruth Tavares, Claudia Valeria, 30. f Rossi, Denila Coelho, Edmilson R. da Silva, Edna Maria Socorro Madeira, Wania Ribeiro, Auriene Vieira, Maria 31. f dos Reis, Ednaldo Aparecido da Silva, Edson Luiz da Alves Misael Barreto, Gardenia. SID-UTE/MG: Elaine 32. f Cruz, Eduardo Gonçalves, Edvaine Garcia, Eliane Figura, Cristina Ribeiro, Ronaldo Amélio. APEOC/CE: André 33. f Eurigenes F. Bittencourt, Evandro Ritt, Fabio de Oliveira Luis Araujo Sabino. SINTEP/PB: Paulo Tavares, Maria 34. Cardoso, Flora Cardoso Dias, Gilberto Mille, Gilmar de Leonia Gomes, Maria da Guia, Maria Leoneide, Maria 35. f Gouveia, Hermes Silva Leão, Isabel Cristina de Oliveira de Fátima, Maria Lucia da Silva, Elivirson Oliveira, José 36. f Azevedo, Isabel Cristina Zollner, Jane Marcia Madureira Bernardo, Magna Rodrigues, Francisco de Assis Maia, 37. f Arruda, Janeslei Ap. Albuquerque, Jianete Ribeiro Neves Paulo Xavier Batista, Gilberto Cruz, Carlos Antonio. 38. f de Souza, João Batista de Souza, João Batista R. Lopes, CPERS/RS: Mário José Willers. 39. f José Ediane P. Silva, Josemar Lucas, Josenei Aguinaldo 110 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » CNTE democrática, classista e de luta em defesa da escola pública 4. a Conjuntura Internacional o Oriente. A China já é a maior potência industrial e A crise do capitalismo iniciada em 2007 nos EUA, comercial do mundo, fato que repercute na geopolítica e 6. a que depois migrou para a Europa com repercussões em na balança do poder mundial, pois reflete o processo de 7. a todo o mundo, é a maior da história e já consumiu mais esgotamento da ordem econômica imperialista oriunda 8. a de 15 trilhões de dólares, dinheiro injetado a pretexto dos acordos celebrados em Bretton Woods (EUA, 9. a de debelar as turbulências, mas que na verdade teve 1944), que sacramentaram a hegemonia estadunidense. 10. a o objetivo de salvar os bancos e o sistema financeiro, Desta realidade emana a necessidade objetiva 5. a 11. de uma nova ordem geopolítica. Em certa medida, o principais responsáveis pela crise. A crise expõe as contradições do sistema mundo já vive um processo de transição nesta direção, 13. a capitalista. Antes, tivemos a pregação neoliberal que embora o futuro não seja desenhado de antemão. A 14. f advogava a liberalização do “deus mercado” e o Estado criação e consolidação do Brics (Brasil, Rússia, Índia, 15. f mínimo, agora lançam mão dos recursos públicos e de China e África do Sul) como bloco econômico e 16. f uma intervenção governamental inédita para salvar político, por exemplo, já responde por mais de 50% do 17. f bancos e grandes empresas falidas. crescimento mundial. 12. a 18. f Os efeitos colaterais mais notáveis das políticas 19. f adotadas por esses governos foram o tsunami monetário 20. f denunciado pela presidenta Dilma, que acirra a guerra Após as derrotas impostas ao neoliberalismo com 21. f cambial e comercial, e a explosão da dívida pública a eleição de vários líderes progressistas, começando por 22. f e dos desequilíbrios fiscais e comerciais na Europa e Chávez na Venezuela em 1998, a América Latina vive 23. f EUA, fatos que elevaram a crise a um novo patamar. um novo cenário político sintonizado com a transição América Latina 24. f A Europa vive uma encruzilhada histórica. Países para uma nova ordem mundial. Também por aqui é 25. f como Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha perderam a notório e sensível o declínio econômico e político 26. soberania sobre as políticas monetária, cambial e fiscal dos EUA, bem como o avanço da China e também da 27. f e aplicam os pacotes da troika (FMI, Banco Central diplomacia brasileira. As iniciativas de integração em 28. f Europeu e UE). O objetivo é desmantelar o Estado de curso nos países da região, associadas às políticas de 29. f Bem-Estar Social e reduzir o custo do trabalho para redistribuição da renda e redução das desigualdades 30. f recompor e ampliar os lucros capitalistas, recuperar sociais, estão desenhando um novo arranjo geopolítico, 31. f competitividade e enfrentar a concorrência asiática. na contramão do projeto espião e imperialista dos EUA. 32. f O movimento sindical é o principal protagonista da A nova ordem regional vai se definindo em 33. f resistência à receita recessiva da troika. O decadente oposição ao projeto neoliberal e imperialista dos EUA, 34. capitalismo europeu já não é compatível com o bem- através da negação do projeto da Alca; do combate 35. f estar social e a soberania das nações. aos acordos bilaterais de livre-comércio e a outras 36. f Ao fortalecer o poderio econômico da China, iniciativas estimuladas e comandadas pelo império; 37. f em ascensão há décadas, e aprofundar o declínio dos do esvaziamento da OEA com a criação da Celac, hoje 38. f EUA e Europa, a crise acelerou o deslocamento do presidida por Cuba; da ampliação do Mercosul; do 39. f poder econômico global do chamado Ocidente para fortalecimento da Unasul; da rica experiência da Alba e 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 111 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a de outros acontecimentos do gênero. partida para as transformações sociais mais profundas 2. a demandadas pela nação. Os governos Lula e Dilma, 3. a Conjuntura Nacional integrados por partidos de esquerda, centro e centroestá esquerda, abriram espaço para maior participação e 5. a entrelaçada com a internacional, não podendo ser bem protagonismo político da classe trabalhadora e seus 6. a compreendida isoladamente. Os efeitos da crise mundial representantes. As centrais foram legalizadas, a reforma 7. a na economia brasileira transparecem no comportamento trabalhista tucana foi arquivada, e reivindicações 8. a do PIB, que caiu 0,6% em 2009, registrou forte mais relevantes do sindicalismo, como a política de 9. a recuperação em 2008 (7,5%) e desaceleração em 2011 valorização do salário mínimo e a extensão dos direitos 10. a (2,7%) e 2012 (0,9%), num cenário agravado pela ao trabalho doméstico, foram contempladas. A ideia de 11. um projeto nacional de desenvolvimento, desprezada 4. a Obviamente, a conjuntura nacional recessão da indústria e a preservação de uma política 12. a fiscal e cambial conservadora. pelos neoliberais, foi retomada e o PIB cresceu 40,7% 13. a Os problemas são amenizados pelas políticas de entre 2003 e 2011. Lula encontrou uma herança 14. f valorização do trabalho, combate à miséria e melhor maldita, o neoliberal FHC deixou o país quebrado nas 15. f distribuição da renda, patrocinadas pelo governo mãos do FMI, recuado para a 10ª posição no ranking 16. f iniciado em 2003, com Lula, e que perdura até hoje, mundial das maiores economias e com uma taxa de 17. f com Dilma, assim como pelas medidas de proteção à desemprego superior a 20%. Hoje, o Brasil é a sexta 18. f indústria, redução da taxa de juros, investimentos em maior economia do mundo. 19. f infraestrutura e no PAC, entre outras. Graças a essas O governo eleito em 2002 mudou a política 20. f iniciativas, apesar da desaceleração da economia e do externa, rejeitou o servilismo diante dos EUA e 21. f recuo da indústria, a renda do trabalho continuou em Europa, que caracterizou a diplomacia tucana, e adotou 22. f alta, alimentando o consumo doméstico e fomentando uma postura altiva e soberana, que confrontou a Alca, 23. f um crescimento de 8,4% das vendas no varejo em priorizou a integração latino-americana, a ampliação 24. f 2012. A taxa média de desemprego nas seis regiões e fortalecimento do Mercosul, a intensificação do 25. f metropolitanas pesquisadas pelo IBGE desceu a 5,5% comércio Sul-Sul e a parceria estratégica com a China e 26. no ano passado, a menor da série histórica iniciada outros membros do Brics. O Brasil, hoje, já não está de 27. f em 2003, quando bateu em 12,3%. Todavia, o baixo joelhos frente ao imperialismo. É uma nação muito mais 28. f crescimento econômico reduziu em 41,94% o número respeitada e influente na comunidade internacional. 29. f de novos postos de trabalho com carteira assinada, 30. f criados em 2012, em relação a 2011. A distribuição da renda nacional melhorou sensivelmente, inclusive nos anos de crise, e a 31. f Nos últimos dez anos, o Brasil vivenciou desigualdade social, embora ainda elevada, recuou ao 32. f mudanças políticas e sociais significativas. O projeto menor patamar desde os anos 1960, basicamente em 33. f neoliberal capitaneado pela coligação PSDB/DEM foi função da expansão da renda do trabalho. A população 34. derrotado e interrompido. O povo brasileiro conquistou com renda domiciliar per capita abaixo da linha de 35. f vitórias históricas nas eleições de 2002, 2006 e 2010, pobreza despencou de 24,4%, em 2003, para 10,2%, 36. f tendo o movimento sindical participado ativamente e, em 2011. 37. f em geral, de forma unitária nessas batalhas. Um ciclo de Apesar dos avanços e conquistas ocorridas 38. f mudanças promissor está em curso, sintonizado com o ao longo dos últimos dez anos, ainda são muitos os 39. f novo cenário político da América Latina e é o ponto de obstáculos no caminho de um novo projeto nacional 112 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a de desenvolvimento com soberania e valorização Política Sindical: Lutar pela agenda 2. a do trabalho defendido pelas centrais sindicais e pela da Conclat 3. a CNTE. O fraco desempenho do PIB tem muito a ver Na atual conjuntura, a CNTE, em aliança com a 4. a com a política macroeconômica e enfraquece a posição CTB e demais centrais, deve lutar pela concretização 5. a do Brasil no mundo e na América Latina, além de da agenda por um novo projeto de desenvolvimento 6. a comprometer os avanços. com valorização do trabalho, soberania e democracia, 7. a Também têm de ser enfrentadas as ameaças aprovada na 2ª Conferência Nacional da Classe 8. a ao pacto federativo decorrentes das desigualdades Trabalhadora (Conclat), realizada em junho de 2010 no 9. a regionais e assimetria na distribuição dos recursos estádio do Pacaembu, em São Paulo. 10. a públicos. Não houve avanço na direção das reformas Para avançar nas mudanças com valorização estruturais demandadas pelas forças progressistas do trabalho é preciso mobilizar forças, participar 12. a e os movimentos sociais: reforma agrária, reforma ativamente nas eleições de 2014 visando barrar o risco 13. a política, reforma urbana, reforma tributária, reforma de retrocesso neoliberal, eleger em todos os níveis 14. f educacional e reforma dos meios de comunicação. candidatos identificados com os interesses e ideais da 15. f A paralisação da reforma agrária, bandeira histórica classe trabalhadora e defender uma repactuação política. 16. f dos movimentos sociais e forças progressistas, é Esta deve envolver os partidos progressistas, sindicatos 17. f particularmente frustrante. e movimentos sociais, setores do empresariado e da 11. 18. f O Ministério do Trabalho vem sendo submetido chamada sociedade civil, em torno de um novo projeto 19. f a um contínuo processo de esvaziamento, apesar dos de desenvolvimento nacional e levantando as seguintes 20. f protestos e alertas das centrais sindicais. bandeiras: a- Redução constitucional da jornada para 40 21. f É preciso notar que o relacionamento entre o 22. f movimento sindical e o governo Dilma não foi dos 23. f melhores em 2012. Felizmente, a audiência concedida b- Aprofundamento da mudança na política 24. f aos presidentes das centrais após a 7º Marcha da macroeconômica visando: maior redução das taxas de 25. f Classe Trabalhadora em Brasília e o discurso proferido juros e spread; fim do superávit primário e da DRU; 26. pela presidenta no congresso da Contag, em que ampliação dos investimentos públicos; controle do 27. f prometeu acelerar a reforma agrária, sinalizou uma câmbio, do fluxo de capitais e taxação das remessas de 28. f mudança positiva de conduta. Na audiência com os lucros; 29. f presidentes das centrais, dia 6 de março, a presidenta c- Universalização das políticas públicas, 30. f se comprometeu a trabalhar pela regulamentação da garantindo saúde e educação de qualidade para todos; 31. f Convenção 151 da OIT e expressou apoio à luta pelas 10% do PIB para educação pública e 10% do orçamento 32. f 40 horas semanais. da União para o SUS; 33. f Para dar continuidade ao ciclo inaugurado pelo horas semanais sem redução de salários; d- Ratificação da Convenção 158 e regulamentação da Convenção 151 da OIT; 34. governo Lula e avançar nas mudanças, com valorização 35. f do trabalho, é imperioso ampliar a capacidade de e- Rigorosa regulamentação da terceirização; 36. f mobilização e o protagonismo político da classe proibição da terceirização no setor público, onde o 37. f trabalhadora e dos movimentos sociais, que devem preenchimento de novos postos de trabalho deve ser 38. f marchar unidos na luta por um novo projeto nacional precedido por concursos; 39. f de desenvolvimento. 32o Congresso Nacional f- Fim do fator previdenciário e revalorização dos Trabalhadores em Educação 113 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a das aposentadorias e pensões; desindustrialização é outra grande ameaça ao futuro 2. a do país. Não restam dúvidas de que o crescimento da g- Fim da discriminação contra mulheres, negros, 3. a índios e jovens no mercado de trabalho; China beneficiou o Brasil, assim como outros países 4. a da América Latina e do Brics, por seus impactos h- Reforma agrária e fortalecimento da 5. a agricultura familiar; positivos nos preços relatos das commodities e os 6. a termos do intercâmbio mundial de mercadorias. Mas o i- Reforma tributária progressiva, com taxação 7. a das grandes fortunas e heranças; relacionamento comercial com a nova potência asiática, 8. a j- Aprofundamento da democracia: reforma que em 2009 passou a ser nossa principal parceira 9. a do Judiciário; reforma e democratização da mídia; comercial, também encerra riscos para a indústria aqui 10. a financiamento público e exclusivo das campanhas instalada e estimula a reprimarização da economia, 11. pois é baseada na exportação de produtos primários e políticas para coibir a ação do poder econômico; O importação de industrializados, reproduzindo a divisão 13. a desenvolvimento preconizado pela Conclat não internacional do trabalho de caráter neocolonial que 14. f pode ser resultado da destruição da Natureza. Ao tanto criticamos. Faz-se necessário adotar uma nova 15. f mesmo tempo em que defende a proteção ao meio política industrial e aprofundar as medidas de proteção 16. f ambiente, a CNTE se diferencia de parte expressiva e incentivo às empresas nacionais, privilegiando 17. f de grupos ambientalistas, financiados por agentes os ramos que desenvolvem tecnologia de ponta. A 18. f externo e movidos por interesses obscuros, que fazem desindustrialização é um problema que antecede a crise 19. f do ambientalismo uma bandeira de oposição ao e decorre das distorções inerentes ao atual modelo de 20. f desenvolvimento nacional, como se vê especialmente desenvolvimento. 21. f no ramo hidrelétrico. 12. a k) Desenvolvimento sustentável. A relevância da bandeira da democratização dos deve meios de comunicação cresce na medida em que a mídia 23. f desenvolver a luta contra a desnacionalização da hegemônica (ou burguesa) escancara sua parcialidade 24. f economia brasileira, reivindicando regras mais rígidas e reacionarismo político, hostiliza os movimentos 25. f para o ingresso de capital estrangeiro no país e as sociais, buscando criminalizar as lutas, e toma partido 26. aquisições ostensivamente a favor da direita neoliberal e do 22. f Ao mesmo tempo, o sindicalismo imperialismo. 27. f estrangeiras, que pouco ou nada contribuem 28. f para o aumento da taxa de investimento e a expansão A luta pela igualdade entre homens e mulheres, 29. f das forças produtivas nacionais. É inadmissível que o negros e brancos, adultos ou jovens é essencial. A 30. f Brasil seja um dos únicos países do mundo a não cobrar discriminação no mercado de trabalho, com salários 31. f imposto sobre as remessas dos lucros e dividendos das inferiores para mulheres, negros, índios e jovens, é um 32. f multinacionais ao exterior. É preciso restringir e taxar meio que o capitalismo usa para aumentar os lucros 33. f essas remessas, destinando os impostos arrecadados à intensificando a exploração da força de trabalho. 34. ampliação dos investimentos públicos em educação e O mercado de trabalho brasileiro, não obstante 35. f infraestrutura, o que vai contribuir para a elevação da os avanços recentes, é ainda marcado pelo elevado grau 36. f taxa de investimentos. de flexibilização e precarização. Cerca de 50% dos trabalhadores e trabalhadoras são informais. 37. f Pressionar pela aprovação da PEC que reintroduz 38. f na Constituição a distinção entre empresas brasileiras O trabalho de crianças e menores adolescentes 39. f e estrangeiras. Interligado à desnacionalização, a ainda é uma realidade para milhões. O trabalho escravo 114 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a também não foi erradicado. Além disto, o país convive 2. a com índices escandalosos de rotatividade da mão educação. d) a expansão da educação profissional 3. a de obra. Para contornar esses problemas, é essencial e tecnológica, bem como o aumento de vagas na 4. a ratificar a Convenção 158 da OIT, aprovar a PEC contra educação superior, com a construção de novos campi e 5. a o trabalho escravo, punir a exploração do trabalho a concessão de crédito estudantil. 6. a infantil, regulamentar o princípio constitucional que e) a adoção pelo governo de políticas 7. a impede as demissões imotivadas, bem como o que que fortalecem a concepção sistêmica da educação 8. a prevê a proteção do trabalhador face aos efeitos da e a diminuição e quase abandono das políticas 9. a automação, que sob o capitalismo, em vez de reduzir fragmentárias; 10. a jornada, é fonte de desemprego e desqualificação 11. f) o apoio do governo ao conceito de Piso Salarial Profissional Nacional(PSPN) defendida pelos profissional. 12. a trabalhadores durante a tramitação no Congresso 13. a Política Educacional Nacional do Projeto de Lei que o fixava. g) a instituição da educação da pré- 14. f Depois de oito anos de governo Lula e mais de 15. f dois anos de governo Dilma Rousseff, são visíveis as escola (4 anos) até o ensino médio (17 anos), como 16. f diferenças, com mudanças para melhor, experimentadas obrigatória e gratuita, assegurado o direito aos que não 17. f por nosso País. O Brasil finalmente vem trilhando tiveram acesso na idade adequada; 18. f o caminho do desenvolvimento econômico com 19. f progresso social. h) a extensão aos estudantes de toda a Educação Básica dos programas suplementares de material didático, transporte, alimentação e assistência 20. f O Estado passou a dirigir os rumos da economia. 21. f Foi fortalecido o mercado interno, ampliando com 22. f isso a oferta de emprego. Cresceram e melhoraram os i) inclusão no currículo de aulas de música, 23. f salários. Os sindicatos ganharam poder de negociação, estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, 24. f com isso a democracia se fortaleceu e os movimentos as disciplinas filosofia e sociologia em todas as séries 25. f sociais passaram a ter mais poder de influência na do ensino médio e a educação em direitos humanos. 26. definição das políticas públicas. à saúde; j)a inclusão da educação profissional técnica 27. f O cenário de desenvolvimento, com distribuição de nível médio na LDB e a criação de cinco áreas de 28. f de renda, fortalecimento da produção nacional e formação profissional voltadas para a formação dos 29. f fortalecimento do Estado, deu início a uma política funcionários da educação; 30. f educacional, que tem como linha orientadora o acesso 31. f ao conhecimento da mais ampla maioria do nosso 32. f povo, conhecimento antes restrito a poucos. 33. f Nessa linha, observamos nesse período: 34. a) 35. f aumento do nível médio k) Instituição do Piso Salarial Profissional Nacional para o magistério da educação básica. O Piso Salarial Profissional Nacional é uma importante conquista para os profissionais do de magistério e também um poderoso instrumento de distribuição de renda, especialmente em municípios em escolaridade da população. aumento da inclusão de pessoas no que as remunerações do magistério sequer chegavam 37. f sistema educacional, avançando na universalização da ao valor do salário mínimo. No entanto, tem sido 38. f oferta da educação. duramente combatido, inclusive com o questionamento 36. f 39. f b) c) a ampliação de recursos para a 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em da sua constitucionalidade no STF, e com desrespeito Educação 115 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a direto ao comando da lei ou com a adoção de medidas todas as necessidades fundamentais para construção de 2. a objetivando a manipulação dos Planos de Carreiras e um espaço pedagógico adequado; 3. a o consequente descumprimento da lei. O que mostra 8. garantia de um processo mobilizador 4. a como é difícil a luta pela valorização do magistério da sociedade na aprovação do Plano Nacional de 5. a num cenário de eleição de governadores, prefeitos Educação (PNE), de modo a possibilitar a definição 6. a e parlamentares sem nenhum compromisso com de diretrizes e metas compatíveis com as necessidades 7. a a educação do nosso povo. Felizmente o Piso foi reais da educação pública brasileira na atualidade e 8. a declarado constitucional pela Corte Suprema do País e criar as condições para que ocorra o acompanhamento 9. a não são raras as decisões judiciais anulando as medidas pela sociedade de sua efetivação . Processo semelhante 10. a manipuladoras dos Planos de Carreiras. deve ser desenvolvido para a discussão, aprovação e 11. implementação dos Planos Estaduais e Municipais; Para cumprir esse papel, é necessário que se 12. a promova uma reforma estrutural da educação, ainda 9. avançar na implementação do Regime 13. a mais profunda, e se desenvolvam ações imediatas que de Colaboração, a fim de fazer avançar a consolidação 14. f do Sistema Nacional de Educação; busquem assegurar: 15. f 1. o combate ao modelo mercadológico 10. implantação de um sistema de avaliação 16. f para a educação, desmascarando mais essa farsa que seja processual, qualitativo e de caráter sistêmico 17. f apresentada como alternativa para os problemas e democrático, compreendido como instrumento de 18. f educacionais brasileiros. aperfeiçoamento do processo educacional; 19. f 20. f 2. mobilização nacional para a 11. imediata diminuição e, a médio prazo, o impedimento da transferência de recursos públicos erradicação do analfabetismo; expansão das escolas de tempo para instituições privadas através de programas como o 22. f integral com base na concepção da escola unitária, ProUni na Educação Superior e Pronatec na Educação 23. f possibilitando à juventude o acesso irrestrito de todo o Básica; 24. f conhecimento social e cultural produzido; 21. f 3. 25. f 26. 4. 12. execução das propostas oriundas da 27. f 5. qualidade social, inclusiva, laica e democrática; 13. CONAE; valorização dos profissionais da garantia à educação pública, de consolidação do Fórum Nacional de Educação e de instâncias similares nos Estados e Municípios; 28. f educação com reajuste do valor do piso dos profissionais 29. f do magistério e instituição do piso dos demais 30. f profissionais da educação, de modo a garantir salários estabelece o repasse dos recursos para a conta das 31. f compatíveis com a importância estratégica do exercício Secretarias de Educação. 32. f do cargo para o desenvolvimento da nação e definição 33. f das diretrizes nacionais de carreira, tendo como base os Nacional de Educação, advogando o fortalecimento 34. parâmetros do Projeto de Lei nº 1592/2003; do ensino público gratuito, por um Plano Nacional de 14. 15. cumprimento do art. 69 da LDB, que atenção especial à Conferência de Educação e um sistema articulado nos três níveis da 36. f enfrentamento às desigualdades regionais no campo Federação, pela gestão democrática e pela formação 37. f educacional; dos profissionais da educação. 35. f 6. 38. f 39. f 7. definição de um projeto inclusão de recursos no PAC destinados a reformas e construção de novas escolas que atendam 116 16. a aprovação no Senado Federal do Plano Nacional da Educação aprovado na Câmara Federal. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a e 2009. O trabalhador com maior acesso à educação e 2. a Educação faz a diferença no desenvolvimento qualificação agrega mais valor nas cadeias produtivas, 3. a contribuindo assim para maior expansão do PIB e da Cada vez mais, na medida em que cresce a renda per capita. Também é mais bem remunerado, o 5. a importância da ciência no processo produtivo, a que justifica a crescente preocupação dos assalariados 6. a educação e qualificação da classe trabalhadora faz a brasileiros com o tema. 4. a A melhoria da qualidade da educação é um 7. a diferença no desenvolvimento das nações. O nível de escolaridade pesa na determinação dos principais desafios. Neste caso, a valorização 9. a do grau relativo de produtividade e competitividade da do trabalho revela-se uma das condições para o 10. a economia, valor do PIB e da renda per capita, bem como desenvolvimento nacional. A valorização profissional 11. na forma de inserção das nações na divisão internacional passa não só pela melhoria das condições de trabalho, 12. a do trabalho, que se manifesta principalmente por meio com escolas bem equipadas, materiais suficientes para 13. a do intercâmbio de mercadorias no comércio exterior. garantir o processo de ensino e aprendizagem, mas 14. f A educação do povo brasileiro tem avançado, também pelo cumprimento da Lei 11.738/2 de 2008. 15. f mas as carências são gritantes e o atraso relativo do A hora-atividade, que destaca um terço da jornada 16. f país ainda é vergonhosamente grande. O nível médio remunerada para a formação, deve ser efetivada, bem 17. f de escolaridade da população economicamente ativa como os planos de carreira e outras demandas do 18. f cresceu ao longo dos últimos anos, passando de 6,2 magistério, que estão em sintonia com o projeto de 19. f anos, em 2000, para 7,5 anos em 2012, mas ainda se desenvolvimento nacional. Com isto daremos passos 20. f situa bem abaixo do padrão médio dos países mais importantes rumo a uma educação de qualidade no país. 21. f desenvolvidos, que fica em torno de 10 a 12 anos. 8. a O Ministro da Educação disse: “Sem valorização 22. f De acordo com o Ipea, nos anos 1990 cerca do professor não há qualidade na educação”. Aloizio 23. f de 16% das crianças entre 7 e 14 anos estavam fora Mercadante, dessa vez, está coberto de razão. O valor 24. f da escola, enquanto na primeira década deste século do piso nacional assegurado pela Lei 11.738/2 de 2008, 25. f o índice caiu para 4% e atualmente está na faixa dos esse ano é de R$ 1.567,00. É modesto, não corresponde 26. 2%. Todavia, a evasão escolar ainda é preocupante sequer ao salário mínimo necessário calculado pelo 27. f principalmente na faixa entre 15 a 17 anos. O PNAD Dieese, mas é um avanço que despertou a ira retrógrada 28. f indica a existência de 14 milhões de analfabetos. da oposição neoliberal. avançou Embora sancionada pelo ex-presidente Lula em 30. f significativamente no país, mas a qualidade da educação 2008, a nova legislação só passou a vigorar plenamente 31. f não evoluiu na mesma direção. A educação também em 2011, após sentença do STF. Ainda hoje não 32. f tem muito a ver com a desigualdade na distribuição da é respeitada em grande parte do território nacional. É 33. f renda nacional. Estudos indicam que em 1992 os 10% preciso lutar para mudar esta realidade, criar condições 34. mais ricos do país tinham escolaridade 4,5 vezes maior financeiras e políticas para que todos os entes da 35. f que a dos 10% mais pobres. Em 2009, esta diferença federação paguem o piso e instituam planos de carreira 36. f era menor, mas ainda expressiva: 3,2 vezes. para a categoria. O reconhecimento dos funcionários 29. f A universalização do ensino 37. f Especialistas estimam que a elevação da das escolas é outra questão relevante pelo importante 38. f escolaridade explica 26% da queda na desigualdade de papel que exercem no processo de construção de uma 39. f renda no Brasil (medida pelo índice Gini) entre 2001 educação de qualidade. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 117 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » Em relação ao ensino privado, cujo objetivo Nesse triênio, realizou ações de mobilização 2. a maior (senão exclusivo) é o lucro, é imprescindível da categoria com a marcha da educação bem como de 3. a uma forte regulamentação do Estado, que não deve caráter mais gerais com as centrais sindicais. Elaborou e 4. a ser apenas um agente fiscalizador, mas controlador e orientou nas suas instâncias emendas ao PNE e a outros 5. a elaborador de marcos legais que impeçam a expansão projetos. Combateu, denunciou e mobilizou contra a 6. a desqualificada do ensino que se verifica hoje. tentativa de mudança do cálculo salarial, denunciou os 7. a A abertura do capital de instituições de ensino gestores públicos que não cumprem a Lei do Piso bem 8. a superior na Bolsa de Valores amplificou o processo de como realizou ações afirmativas na política de inclusão. 9. a mercantilização da educação. Para reverter este quadro, No geral a Diretoria realizou ações nas políticas 1. a 10. a urge aprovar o Sistema Nacional de Educação. É de gênero, dentre outros fortaleceu os departamentos, 11. em especial o DEFE, ampliou a política de formação, igualmente necessário coibir a desnacionalização 12. a do setor, além de regulamentar o ensino privado. elaborou resolução sobre a política educacional, 13. a incorporou e ampliou debates sobre a saúde do 14. f Investir no mínimo 10% do PIB na educação trabalhador, e a política sindical, fortalecendo a 15. f Superar os obstáculos na educação passa pelo relação com as entidades afiliadas. Acompanhou os 16. f aumento substancial dos investimentos públicos. movimentos grevistas realizados no Brasil, como o da 17. f Daí a luta para elevar o valor dos investimentos com Bahia que fez 115 dias de greve na rede estadual em 18. f educação a 10% do PIB. 2012. 19. f A Conferência Nacional da Educação (Conae), Enfim, o balanço é positivo, por isso precisamos 20. f convocada para 2014, merece atenção especial dos reafirmar nossas bandeiras para fazer um grande 21. f sindicalistas classistas, que têm participado de todas enfrentamento em 2014 no combate à política neoliberal 22. f as instâncias do processo da conferência, advogando para fazer o maior protagonismo da CNTE. 23. f o fortalecimento do ensino público gratuito, o Plano 24. f Nacional de Educação e um sistema articulado nos três fortalecermos a luta pela implementação completa 25. f níveis da Federação. Temas como gestão democrática, do Piso Salarial Profissional Nacional – PSPN – e de 26. formação dos profissionais da educação, financiamento continuarmos batalhando pelo reconhecimento da Lei 27. f e construção do Sistema Nacional de Educação estão nº. 11.738/2008 – Piso Salarial Profissional Nacional – 28. f sendo debatidos. PSPN em todos os estados e municípios. Entendemos que há a necessidade de 29. f É imperioso que o Plano Nacional de Educação Devemos continuar a luta pela implantação da 30. f (PNE), em tramitação no Senado Federal, seja aprovado reserva da jornada (AC) em 1/3, com limite máximo de 31. f ainda este ano, mantendo o texto aprovado na Câmara 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho 32. f Federal. das atividades de interação com os educandos conforme a Lei 11738/2008. 33. f 34. Balanço positivo da CNTE Insistiremos em lutar contra qualquer proposta /projeto de correção do valor do piso que resulte em 35. f A CNTE fez protagonismo político e, conforme 36. f resoluções congressuais, defendeu, criticou, mobilizou 37. f construiu ações no ensejo da defesa da Educação e Em relação ao Plano Nacional de Educação, o 38. f da comunidade educacional e na luta pela garantia e objetivo é continuar a luta pela aprovação do PNE com 39. f manutenção dos direitos dos trabalhadores. a formatação da Câmara Federal; e acompanhamento 118 perdas salariais para os profissionais da educação. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a dos Planos Estaduais e Municipais de Educação. defesa da TV pública e das rádios comunitárias; contra 2. a Sobre os Planos de Carreira, nossos objetivos a opressão e a exploração capitalista na perspectiva 3. a são de lutarmos por planos unificados dos profissionais da elaboração e desenvolvimento de um programa 4. a da educação, observando: de transição ao socialismo; defender um Sistema 5. a Público de Emprego integrado e eficiente, financiado •O estabelecimento do Piso Salarial como 6. a vencimento básico; com os recursos do FAT e outras fontes; ratificação 7. a da Convenção 158 da OIT, que proíbe a demissão •A incorporação dos demais trabalhadores em 8. a educação; imotivada; lutar pela implementação de uma política 9. a de elevação significativa do grau de escolaridade •Reserva da jornada de trabalho, como prevê a 10. a Lei nº. 11.738/08; da classe trabalhadora destacando parte da jornada 11. remunerada de trabalho para a sua formação; lutar pela •Nenhuma retirada de diretos dos Profissionais 12. a da Educação. regulamentação do mercado de trabalho, combater com 13. a rigor a terceirização e todas as formas de flexibilização 14. f Plano de Lutas e/ou precarização das relações entre capital e trabalho; 15. f Em termos de política internacional, são estes os lutar pela erradicação do trabalho escravo e do 16. f itens que norteiam o plano: lutar contra o imperialismo trabalho de crianças e menores adolescentes; rejeitar 17. f e pelo fim das guerras e defender a paz mundial; apoiar todo e qualquer tipo de retrocesso nas regras da 18. f todos os povos e nações que são vítimas da opressão Previdência Social, defender a Previdência Pública, 19. f imperialista; pela soberania e autonomia dos povos, a universalização dos benefícios e o fim do fator 20. f garantindo o direito à autodeterminação; defender a previdenciário; garantir o direito irrestrito de greve, 21. f integração política e econômica solidária da América coibir as práticas anti-sindicais; defender a valorização 22. f Latina; fortalecer o Mercosul e as parcerias estratégicas dos aposentados e pensionistas (públicos e privados); 23. f com países como a China, Índia, Rússia e África do Sul; defender a saúde do trabalhador e da trabalhadora e 24. f pela saída das tropas brasileiras do Haiti; por uma nova a efetiva segurança no trabalho; combater com vigor 25. f ordem econômica e política; solidariedade a Cuba, à todo tipo de discriminação, seja de gênero, raça, 26. revolução bolivariana da Venezuela, ao governo de Evo etnia, idade ou orientação sexual, especialmente no 27. f Morales, na Bolívia, aos povos do Iraque, da Palestina ambiente de trabalho, exigindo igualdade de salários 28. f e da Síria. (para funções equivalentes) e melhores condições 29. f Em termos de política nacional, vamos apoiar de trabalho; garantir os direitos dos portadores de 30. f a luta por uma reforma política democrática, sem necessidades especiais; impulsionar, junto com as 31. f cláusulas de barreira, com financiamento público centrais sindicais, a campanha nacional pela redução 32. f das campanhas, fidelidade partidária e liberdade de constitucional da jornada de trabalho sem redução 33. f coligações; lutar pela efetivação da reforma agrária, de salários; fortalecer e qualificar o Sistema Único 34. redefinindo os critérios de produtividade, limitando o de Saúde (SUS); acabar com as restrições impostas 35. f tamanho das propriedades e expropriando o latifúndio; pela Lei de Responsabilidade Fiscal aos gastos e 36. f adotar medidas efetivas de combate ao desemprego investimentos públicos; estabelecer o controle do 37. f e defesa dos direitos trabalhadores; combater a Estado sobre o câmbio e o fluxo de capitais; restringir 38. f monopolização da mídia capitalista e participar da e taxar fortemente as remessas de lucros, dividendos 39. f luta pela democratização dos meios de comunicação, e juros; renegociar a dívida interna; suspender o 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 119 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a pagamento da dívida externa e utilizar os recursos estaduais e a federal; lutar pela profissionalização dos 2. a poupados em investimentos na educação pública; trabalhadores em educação não docentes, na oferta do 3. a combater a autonomia formal ou informal do Banco Profuncionário; lutar pela ratificação da Convenção 4. a Central; defender uma reforma tributária progressiva, 151 (que garante aos servidores o direito à negociação 5. a na qual as famílias mais ricas devem contribuir mais, coletiva); lutar pela instituição de mesas de negociação 6. a o trabalho e os empreendimentos produtivos devem permanente em todos os Estados e municípios; combater 7. a ser desonerados, enquanto as grandes fortunas e a a terceirização no setor público; lutar pela inclusão 8. a especulação devem ser fortemente taxadas; acabar digital nas escolas; reforçar a luta pela destinação de 9. a com a política de arrocho fiscal, utilizando os recursos 10% do PIB à Educação, com política de financiamento 10. a esterilizados no superávit primário para ampliação dos que considere o custo-aluno/qualidade, e pela 11. aplicação da lei dos 75% dos royalties do petróleo para investimentos públicos na infraestrutura produtiva e 12. a social, bem como em ciência, pesquisa e tecnologia. educação; defender a proposição de agenda federativa 13. a Política sindical para a educação básica, com vistas a garantir, em todo 14. f Lutar pela unidade dos trabalhadores com o o território nacional: políticas para a erradicação do 15. f objetivo de enfrentar o impacto da crise financeira analfabetismo (e não simplesmente redução, como 16. f mundial que vem afetando drasticamente o emprego e prevê o projeto do PNE); lutar pela democratização 17. f o crescimento da economia brasileira; estabelecimento dos Conselhos de Educação (Municipais, Estaduais e 18. f de regras democráticas para os pleitos e as gestões Nacional). 19. f sindicais, bem como de critérios de representatividade; 20. f estimular campanhas de sindicalização, inclusive 21. f específicas voltadas para jovens e mulheres; garantir a 22. f unicidade sindical. Pernambuco – Secr. Saúde do Trabalhador, Isis Tavares 23. f Política educacional /Amazonas– Secr. de Gênero, Odair Neves/ Maranhão Assinam a resolução: Direção da CNTE: Antonieta Trindade/ 24. f Defender a educação pública, gratuita, laica, de – Secr. Adjunta Educacional, Rui Oliveira/ Bahia – 25. f qualidade social, e incorporar a perspectiva de gênero, Secr. Políticas Sociais, Alex Saratt/ Rio Grande do Sul 26. raça, etnia e orientação sexual no processo educacional – Supl. Direção Executica, Conselho Fiscal da CNTE, 27. f formal e informal; exigir medidas para a real valorização Berenice D´Arc/ Brasília - DF – Conselho Fiscal, 28. f dos profissionais da educação: programas de formação Francisca Pereira Da Rocha Seixas/ São Paulo – Supl. 29. f inicial e continuada, plano de carreira, jornada e piso Cons. Fiscal. Acre - José Chaves da Silva,Valdenísio 30. f salarial nacional; lutar contra a mercantilização e a Martins Leitão, Raimunda Menezes de Souza, Andrea 31. f financeirização da educação e pela regulamentação e Alab de Oliveira, José Francisco Uchoa, Jussara 32. f fiscalização do ensino privado; estudar e debater a forte Bomfim do Nascimento, José Eurico de Lima Paz, 33. f penetração do capital transnacional nas universidades Raimundo Nonato Accioly. Amazonas - Raimunda De 34. e no ensino privado de modo geral; questionar o papel Souza Gomes - Conselheira de Base na CNTE, Marcus 35. f do capital privado na universidade pública; lutar por Libório De Lima, Marcilia Pizano Miranda, Sidney 36. f creches públicas e escolas de tempo integral; lutar Barata De Aguiar, Leila Dorotéia De Castro, Mauricélio 37. f pela construção do Sistema Nacional de Educação, José Correia Campos, Marlene Maria De Carvalho 38. f com o fortalecimento do papel do Estado e o regime Braga, Sebastião Chagas Padilha Da Silva, Eliana 39. f de corresponsabilidade entre as instâncias municipais, Maria Teixeira De Assis, Alfredo Farias Da Rocha, 120 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a Vanessa Antunes, Tenner Inauhiny De Abreu, Maria Maria Dos Santos Mendes, Paulo Bomfim Filgueiras 2. a Eunice Gil De Carvalho, Maria Da Conceição De Assis Da Silva, Regina De Oliveira Carvalho, Rose Assis 3. a Cerdeira, Francisco Viana Do Nascimento, Edno Lopes Amorim Aleluia, Ruth De Almeida Menezes, Silvana 4. a Da Costa Filho, Raimundo Torres De Albuquerque, Souza Coelho, Ubiraci Pimenta De Araujo, Valdir 5. a Wilcineide França Nery, Victor Hugo Magalhães, Alves De Assis, Zelia Da Silva Barbosa. Brasília - 6. a Vitor Mota, Ivanise Tourinho, Ivete Tourinho, Gilson Jairo Mendonça, Wiviane Farkas Vinagreiro, Maria 7. a Bentes, Hélis Alfrânio, Ana Amélia Libório De Lima, José Barreto, Manoel Filho, Abgail Aparecida Da 8. a Manoel Paixão Freitas Da Costa, José Roberto De Silva Souza, Robson Câmara, Ana Diolina Amorim, 9. a Souza Maciel, Jezanias Rosa De Souza, Ana Rita Júlio Cézar Silva, Maira Amorim, Monique Amorim, 10. a Souza Dos Santos, Maria Do Socorro Da Silva Muñoz, Iracema Bandeira, Francisco Alves (Chico Do Gama), 11. Alberto Cristiano Soares, Carlos Alberto De Sousa Xiko Mendes, Rosangela Oliveira, Valesca Leão, 12. a Morais, Graziela Maria Pinheiro Sarmento, Assis Olga Lúcia Duarte, Soraya Liberino, Ângela Cristina 13. a Bentes Figueiredo, Ernani Egídio Machado Souza, Muniz, Andrea Muniz. Espírito Santo - Josandra De 14. f Maria Gorete Barbosa Da Silva, Ana Cristina Pereira Oliveira Rosa Rupf, Carlos Alberto Braga Gondim, 15. f Rodrigues, Elizangela Almeida, Cléber Ferreira, Neiva Duarte, Mardilho Ferreira Dos Santos, Maria Lucia 16. f Souza, Fernancy Pereira, Admilson Duarte. Bahia Duarte Lopes, Erika Piteres Satolin, João Luiz Da 17. f - Marilene Dos Santos Betros – Conselheira de Base Cunha Teixeira, Maria Aschauer Petter, Osvanio Celio 18. f na CNTE, Adenice Maria De Jesus Chaves, Adriana Toffolli, Ricardo, Santana Tristão, Patrícia Correa De 19. f Oliveira De Souza, Ahilton Ribeiro Rodrigues, Alina Assis. Goiás - Jocilene Dos Santos Das Neves, Marcia 20. f Rita Leite Bacelar Pereira, Ana Angelica Bastos E Mendonça, Ailma Maria De Oliveira. Maranhão - 21. f Silva, Antonio Carlos Dos Santos, Barbara Virginia Julio Pinheiro, Julio Guterres, Janice Nery, Antonia 22. f Dos Santos Virgens, Cassiano Benevides De Matos, Benedita, José Brussio, Hildinete Rocha, Raimundo 23. f Claudemir Nonato De Santana, Claudenice Barbosa Oliveira, Carlos Hermes, Marcio Teixeira, Mary 24. f Santana, Dilma Perpetua Alves Pereira, Dilma Santana Braga, Maria Zulia, Edna Teixeira, Aceilton Gonzaga, 25. f Miranda, Edimilson De Almeida Santos, Elza Souza Williandckson Azevedo, Marilene Gaioso, Alexandre 26. Melo, Eneas Chaves Soares, Enilda Mendonça De Magno, Maria Eunice, Arlete Sales, Carlos Mafra, 27. f Oliveira, Gercyjalda Rosa Da Silva E Silva, Germano Maria Militana, Edina Lima, Nenzinha Rosyjane 28. f Barreto De Góis, Hercia Azevedo Da Silva, Ivana Maria Farias, Jory Mary, Rose Costa, Henrique Gomes, Jean 29. f Cabral Leony, Ivone Alves De Azevedo, Jacilene Santos Pierry, Jao Vieira. Pará - Cleber Rezende, Thiago 30. f Da Silva, Joao Neto Fraga Santana, Jorge Carneiro De Barbosa, Nairo Bentes, Andréa Silva, Márcia Pinheiro, 31. f Souza, Jose Francisco Pereira, Jose Lourenco Souza Denison Cássio, Angélica Teixeira, Maíra Nogueira, 32. f Dias, Jose Lucas Da Silva Sobrinho, Jurandir Gregorio Aroldo Carneiro, Marcela Nogueira, Prof Pires, Luzia 33. f Do Nascimento Junior, Luciano De Souza Cerqueira, Canuto, Irã Araújo Paulo Júnior, Lucidalva Xavier, 34. Luzia Gomes De Freitas, Marcelo Jorge De Almeida Francisco Chagas, Luiz Neto. Pernambuco - Zélito 35. f Araújo, Marcia Fernandes Carvalho, Maria Conceicao Passavante, Wilson Macedo, Valéria Silva, Elisângela 36. f Muniz Barbosa, Maria Raimunda Oliveira Santana Barbosa, Dilson Marques, William Menezes, Noel 37. f Dantas, Marlede Silva Oliveira, Monica Maria Santana Albertim, Vânia Albuquerque, Francisco Almeida, Joy 38. f Muniz, Nivaldino Felix De Menezes, Noildo Gomes Benício, Luiz Carlos Da Silva, Ivan Rui, Ricarda Maria 39. f Do Nascimento, Oduvaldo Terencio Bento, Olivia Da Silva, Rosa Soriano, José Erlando, Augusto Souto, 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 121 Caderno de RESOLUÇÃO 10 Resoluções » 1. a Socorro França, Jônatas Rodrigues, Patrícia Cordeiro, 2. a Daniela Rabelo, Ivone Chalu, Cremilda Souza, Adelmo 3. a Buarque De Sousa, Elineide Maria Da Silva, Claudia 4. a Bethania Bezerra Correia, Rosilda Sobral, Maristela 5. a Ângelo, Fernanda Ângelo, Joaquim Pontes, Edite 6. a Jovina, Iranadja Lima, Ana Marques, Vera Lúcia Dos 7. a Santos. Piauí- Sinte - João Correia Da Silva, Fábio 8. a Henrique De Oliveira Matos, Jeferson Luis Carvalho 9. a De Miranda. Rio De Janeiro - J C Madureira Sepe. Rio 10. a Grande Do Norte - Rosália Fernandes, João Oliveira, 11. Aldeirton. Rio Grande Do Sul - Solange Carvalho, 12. a Ana Paula Santos. São Paulo Apeoesp - Carmem 13. a Luiza Urquiza De Sousa, Terezinha De Jesus Martins, 14. f Jovina Maria Da Silva, Maria Castell. 15. f 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 122 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » ESTATUTO DA CNTE CAPÍTULO I Da Denominação, Sede e Fins e Duração Art. 1° ‑ A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação ‑ CNTE, com sede e foro na cidade de Brasília, é uma entidade civil de caráter sindical, sem fins lucrativos, independente de qualquer atividade político‑partidária, sem qualquer discriminação ou preconceito de raça, cor, sexo, credo religioso, com duração por prazo indeterminado, integrada pelos trabalhadores em educação – professores, funcionários da educação e pedagogos/especialistas – ativos e aposentados, efetivos e contratados, a qualquer título, desde que vinculados às redes públicas estaduais e/ou municipais de educação básica de todo o Brasil, que se regem pelo presente Estatuto. Art. 2° ‑ A CNTE tem como finalidades: a) congregar trabalhadores em educação (professores, pedagogos/especialistas e funcionários da educação) em nível nacional, por meio de entidades a ela filiadas, com objetivo de defesa dos interesses da categoria, da educação e do País; b) buscar soluções para os problemas dos trabalhadores em educação, tendo em vista sua dignidade e valorização profissional, no interesse da educação; c) incentivar o aprimoramento cultural, intelectual, profissional e sindical dos trabalhadores em educação; d) manter o intercâmbio com suas filiadas e com entidades congêneres nacionais e internacionais, estabelecendo acordos e convênios, visando ao desenvolvimento da CNTE e de suas filiadas, na defesa de interesses comuns à categoria; e) propugnar pelo direito as condições condignas de trabalho e melhores condições sócio-econômicas; f) prestar assistência e apoio às filiadas e a seus sócios, sobretudo quando forem cerceados em suas atividades profissionais ou ameaçados em sua liberdade de expressão e organização em atividades intelectuais; g) examinar e propor soluções sobre os problemas da educação no País e sobre a formação e a qualidade de desempenho dos trabalhadores em educação; h) promover Seminários, Encontros e outras atividades de âmbito nacional que envolvam as entidades filiadas; i) apoiar a organização de outras categorias profissionais que atuem na educação e suas reivindicações; j) promover e defender o direito do povo a uma educação democrática e libertadora, acessível à ampla maioria e que se realize como interesse nacional e popular; l) promover a livre participação de todos para realizar e legitimar as formas institucionais necessárias à construção efetiva da soberania nacional e solidariedade internacional; 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 123 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » m) incentivar o surgimento de lideranças e promover a instrumentalização adequada do pessoal que atua em nível de entidade; no cumprimento de suas finalidades e metas; n) incorporar‑se nas lutas das demais categorias profissionais que defendam a transformação democrática da sociedade; o) defender a escola pública, gratuita, laica e de boa qualidade em todos os níveis e o direito ao seu acesso, permanência e êxito. CAPÍTULO II Das Entidades Filiadas: Admissão, Direitos e Deveres Art. 3° ‑ Podem filiar‑se à CNTE as entidades sindicais de Trabalhadores em Educação de abrangência estadual, municipal ou regional, e no Distrito Federal, desde que tenham como objetivos precípuos a defesa dos interesses da categoria e o aprimoramento da educação. § 1º - Fica vedada a filiação de entidades sindicais que, muito embora tenham tal caráter, concorram diretamente com as entidades anteriormente filiadas. § 2º - Caberá ao Conselho Nacional de Entidades definir quais os casos que se enquadram no parágrafo anterior ao analisar os processos de filiação. Art. 4° ‑ A entidade sindical que desejar filiar-se à CNTE deve formalizar o pedido através do requerimento de seu Presidente ou Coordenador, instruindo-o com: a) exemplar do Estatuto Social da Entidade; b) declaração da Diretoria de que a Entidade se submete ao preceituado neste estatuto; c) Prova de que seu quadro social congrega pelo menos 10% (dez por cento) da base da categoria, sendo que em qualquer caso o número de filiados deve ser igual ou superior a 500 (quinhentos) associados; d) ata de posse da Diretoria em exercício; e) ata da assembléia geral em que foi decidida a filiação; f) prova de que os membros da Executiva não exercem cargos de confiança em qualquer esfera de governo; g) comprovação de que compõe-se apenas de trabalhadores em educação; h) Declaração da entidade comprometendo-se a encaminhar as deliberações da CNTE, assim como as das entidades as quais a CNTE é filiada. § 1º - A CNTE só poderá admitir a filiação de apenas uma entidade sindical municipal ou regional da mesma base territorial de representação. 124 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » § 2º - A filiação de uma entidade sindical deverá ser precedida de amplo processo de debate com os trabalhadores, devendo contar com a presença de, no mínimo, um(a) diretor(a) da CNTE na assembléia de filiação. Art. 5° ‑ O pedido de desfiliação à CNTE deverá ser acompanhado de ata da assembléia geral em que foi decidida a desfiliação. Art. 6° ‑ A CNTE poderá reconhecer oposições sindicais, com base em critérios definidos por seu Conselho Nacional de Entidades, nos casos em que o sindicato tenha se desfiliado dela. § 1º. O CNE também regulamentará a representação das oposições nos Congressos e Plenárias da CNTE. § 2º. Deferido o processo de reconhecimento, as oposições terão direito a um representante no Conselho Nacional de Entidades da CNTE. Art. 7° ‑ São direitos das filiadas: a) participar do Congresso Nacional, do Conselho Nacional de Entidades (CNE) e da Plenária Intercongressual desde que estejam quites com a Tesouraria; b) sugerir à Diretoria Executiva da CNTE a realização de estudos de interesse da categoria, da educação e do ensino; c) postular, junto à CNTE, a defesa de seus direitos ou dos seus associados perante qualquer esfera pública ou privada; d) requerer ao Presidente da CNTE a convocação do CNE, obedecendo o estabelecido neste estatuto; e) usufruir de todas as vantagens e serviços oferecidos pela CNTE; f) contar com o apoio da CNTE, após sua prévia autorização, na promoção de Seminários, Encontros, ou atividades de natureza coletiva e de âmbito nacional, ou que envolvam as entidades de trabalhadores em educação do País ou estrangeiras. Art. 8° ‑ São deveres das filiadas: a) cumprir e fazer cumprir este estatuto e seus atos complementares; b) incentivar a solidariedade da categoria; c) estar quites com as obrigações financeiras junto à CNTE; d) adequar e executar, no âmbito das entidades, as políticas e o plano de lutas em nível nacional, encaminhados pela Diretoria Executiva da CNTE; e) prestar relatório das atividades desenvolvidas no período, em atendimento aos planejamentos e orientações emanadas da Diretoria Executiva, em cumprimento das políticas e das campanhas nacionais; f) convocar assembléia geral ou congresso, para escolha dos congressistas que representarão a entidade no congresso nacional. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 125 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » g) exigir que os membros de sua diretoria executiva não exerçam cargo de confiança em qualquer esfera de governo. CAPÍTULO III Das Instâncias da CNTE Art. 9° - São instâncias da CNTE: a) Congresso Nacional - CN; b) Plenária Intercongressual; c) Conselho Nacional de Entidades – CNE; d) Diretoria Executiva; e) Conselho Fiscal. Seção I Do Congresso Nacional ‑ CN Art. 10° ‑ O Congresso Nacional é instância soberana da CNTE, integrado por delegados e suplentes e reúne-se ordinária e extraordinariamente. Art. 11 ‑ O Congresso Nacional ordinário reunir‑se‑á trienalmente, em data e local determinados no Congresso anterior, sob a presidência da CNTE. § 1º ‑ O Congresso Nacional ordinário terá seu temário, programação e ordem do dia definidos pelo Conselho Nacional de Entidades. § 2º - Caso o Congresso Nacional não determine o local do próximo Congresso, caberá ao CNE determiná-lo. Art. 12 ‑ O Congresso Nacional reunir‑se‑á extraordinariamente: a) por convocação do próprio Congresso; b) por convocação do Conselho Nacional de Entidades. § 1° ‑ O Congresso Nacional Extraordinário somente poderá deliberar sobre assuntos para os quais tenha sido especialmente convocado. § 2° ‑ A convocação para o Congresso Nacional Extraordinário será efetuada pelo Presidente da CNTE ou seu substituto legal, ou pela Executiva, devendo esta ser expedida em até uma semana após a competente solicitação e dirigida às entidades filiadas, com edital publicado em jornais de circulação nacional. Art. 13 ‑ São delegados ao Congresso Nacional da CNTE: 126 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » a) com exceção dos suplentes, os membros da Diretoria Executiva da CNTE, como delegados natos; b) uma quantidade determinada de delegados, de acordo com o número de sócios da entidade, a ser estabelecida por coeficiente calculado conforme o número total de delegados ao Congresso Nacional, garantindo no mínimo um delegado por entidade. § 1º - O número de delegados de cada Congresso será definido pelo Congresso anterior ou pelo Conselho Nacional de Entidades. § 2º - Os suplentes eleitos simultaneamente com os delegados, terão direito apenas a voz e serão inscritos no limite de 20% dos delegados eleitos. § 3º - As delegações das entidades filiadas serão constituídas obedecendo‑se ao critério da proporcionalidade entre as diferentes propostas, assegurando‑lhe a possibilidade de indicações regionais para posterior referendo de Assembléias Gerais ou Congressos, desde que estas também obedeçam ao critério definido pelo CNE. § 4º - Para efeito de determinação da quantidade de delegados da entidade será utilizado o número de sócios desta quites com suas obrigações há 06(seis) meses do Congresso. Art. 14 ‑ O pedido da inscrição de cada delegado deverá estar na Secretaria do Congresso, no prazo definido pelo CNE e constará de: a) Ata de registro da Assembléia Geral ou Congresso Estadual que elegeu ou referendou a eleição dos delegados e suplentes contendo a nominata dos mesmos; b) Cópia do comprovante de depósito no valor da inscrição solicitada; Art. 15 ‑ Ao Congresso Nacional compete: a) definir a política educacional, cultural, social, econômica e associativa da CNTE; b) fixar o plano de lutas em nível nacional; c) aprovar relatório de atividades, tomada de contas e avaliação da implantação das políticas e Plano de Lutas fixados no Congresso anterior; d) eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal; e) apreciar e aprovar alterações estatutárias. Art. 16 ‑ O Congresso Nacional Ordinário e Extraordinário é instalado em primeira convocação desde que exista o quorum de metade mais um dos congressistas credenciados, e em segunda, com qualquer número, meia hora após vencido o prazo de realização da primeira. Art. 17 ‑ O Congresso Nacional poderá, na reunião ordinária, por aprovação de 50% mais um dos presentes, deliberar sobre assuntos não constantes da Ordem do Dia. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 127 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Seção II Da Plenária Intercongressual Art. 18 - A Plenária Intercongressual será realizada em data e local determinados pelo Conselho Nacional de Entidades. Parágrafo Único – A Plenária Intercongressual terá seu temário definido pelo Conselho Nacional de Entidades. Art. 19 - São delegados à Plenária Nacional da CNTE: a) Os membros do Conselho Nacional de Entidades; b) Os delegados representantes de entidades filiadas eleitos em Assembléia Geral, Conselho de Representantes ou Congresso, segundo critérios definidos pelo CNE. Art. 20 – Em caso de necessidade poderá ser convocada a Plenária Intercongressual Extraordinária, nas mesmas formas com que o Estatuto trata a convocação do Congresso Nacional Extraordinário. Parágrafo Único – A convocação da Plenária Intercongressual deverá respeitar os mesmos critérios de participação da Plenária Ordinária. Seção III Do Conselho Nacional de Entidades ‑ CNE Art. 21 ‑ O Conselho Nacional de Entidades - CNE compor-se-á pela Diretoria Executiva da CNTE, pelos Suplentes da Direção Executiva, apenas com direito a voz, pelos Presidentes ou Coordenadores das entidades filiadas, ou seus representantes legais e por representantes de base eleitos em assembléia na seguinte proporção: I. Até 10.000 associados: o presidente ou coordenador mais 1 (um); II. de 10.001 a 20.000 associados: o presidente ou coordenador mais 2 (dois); III. de 20.001 a 40.000 associados: o presidente ou coordenador mais 3 (três); IV. de 40.001 a 60.000 associados: presidente ou coordenador mais 4 (quatro); V. acima de 60.000 associados: o presidente ou coordenador mais 5 (cinco). §1º ‑ O representante de base do Conselho Nacional de Entidades e seu respectivo suplente serão eleitos em Assembléia Geral, Congresso ou eleição direta das entidades tendo mandato coincidente com o da respectiva diretoria. § 2° ‑ Após da posse de nova diretoria, as entidades terão prazo de 90 dias para procederem as eleições e indicações dos representantes ao CNE. § 3º ‑ O Conselho Nacional de Entidades reunir-se‑á: a) ordinariamente duas vezes por ano, em data e local determinado na reunião anterior, ou por convocação da Diretoria Executiva; 128 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » b) extraordinariamente, sempre que necessário. c) por convocação do Presidente ou da Diretoria; d) por convocação do próprio Conselho; e) por solicitação da maioria simples das entidades. § 4º - O suplente do representante de base no CNE participa das reuniões em substituição ao titular previamente comunicada pela entidade sindical filiada. Art. 22 ‑ Ao Conselho Nacional de Entidades compete: a) apreciar, aprovar e avaliar os planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas aprovados pelo Congresso Nacional e elaborados pela Diretoria Executiva Nacional; b) apreciar, aprovar e avaliar outros planos de campanhas reivindicatórias; c) apreciar, aprovar e avaliar as demais decisões políticas e administrativas da Diretoria Executiva Nacional; d) resolver os casos omissos no Estatuto até a realização do Congresso Nacional; e) preparar com a Diretoria Executiva Nacional os Congressos Nacionais; f) aprovar a filiação, desfiliação e exclusão de entidades por deliberação de no mínimo 2/3 de seus membros; g) programar a realização de Seminários, Simpósios, Encontros Regionais e Estaduais, no interesse específico da educação, do educador e da categoria profissional; h) elaborar e fazer cumprir o regimento interno e demais normas necessárias à funcionalidade da CNTE; i)apreciar e aprovar o orçamento da CNTE; j) eleger delegados para representações no exterior; l) referendar a criação de órgão; m) autorizar a oneração de bens imóveis para os fins previstos na letra “i” do art. 26; n) eleger substituto(a) para a vacância na Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da CNTE quando não houver mais suplentes eleitos, respeitada a proporcionalidade do Congresso que os elegeu. Seção IV Da Diretoria Executiva Nacional Art. 23 ‑ A Diretoria Executiva Nacional é órgão da CNTE composto dos seguintes cargos: Presidência, Vice-presidência, Secretaria de Finanças, Secretaria Geral, Secretaria de Relações Internacionais, Secretaria 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 129 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » de Assuntos Educacionais, Secretaria de Imprensa e Divulgação, Secretaria de Política Sindical, Secretaria de Formação, Secretaria de Organização, Secretaria de Políticas Sociais, Secretaria de Relações de Gênero, Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos, Secretaria de Saúde dos/as Trabalhadores/as em Educação, Secretaria de Assuntos Municipais, Secretaria de Direitos Humanos e quatro Secretarias Executivas. § 1° ‑ As Secretarias Executivas serão associadas às demais secretarias segundo as necessidades determinadas pelo plano de ação da CNTE. § 2° - Compete à Diretoria Executiva Nacional definir as atribuições das Secretarias Executivas. § 3º - Serão eleitos/as 9 (nove) suplentes que poderão ascender a Diretoria Executiva em caso de vacância do titular do cargo, respeitando-se a proporcionalidade do Congresso que elegeu a Diretoria. Art. 24 ‑ O mandato dos membros da Diretoria Executiva é de 3 (três) anos, podendo seus membros serem reeleitos. Art. 25 ‑ No impedimento do Presidente, assumirá o Vice-Presidente, sendo este substituído por um outro diretor. Art. 26 ‑ No caso de vacância simultânea dos cargos do Presidente e do Vice‑Presidente, um membro da Diretoria, escolhido por seus pares, assumirá a Presidência da CNTE, “ad referendum” do CNE. § 1° ‑ O Presidente e o Vice‑Presidente eleitos nos termos deste artigo deverão completar o mandato previsto para aquela Diretoria. § 2° ‑ No caso de vacância de qualquer outro cargo da Diretoria, um diretor escolhido entre seus pares assumirá o cargo em questão, sendo convocado, pela ordem, um suplente para ocupar cargo na Diretoria Executiva. § 3º - Caso não haja mais suplentes para substituir vacância na Diretoria Executiva de modo a se respeitar a proporcionalidade do Congresso que a elegeu, o Conselho Nacional de Entidades elegerá substituto, respeitando a referida regra. Art. 27 ‑ À Diretoria Executiva Nacional compete: a) elaborar planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas aprovados pelo Congresso Nacional, submetendo-os à aprovação do CNE; b) coordenar a execução, em nível nacional, através das entidades filiadas, dos planos de operacionalização das políticas e do plano de lutas; c) votar os balanços anuais e balancetes, apresentados pelo Secretário de Finanças, a serem julgados pelo Conselho Fiscal e Congresso Nacional; d) aprovar os regimentos das diversas áreas ou setores administrativos; e) criar comissões para promover estudos no que se concerne à educação, ao ensino e ao interesse dos trabalhadores em educação; 130 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » f) estudar as propostas de filiação, de desfiliação e de exclusão de entidades filiadas, encaminhando‑as ao Conselho Nacional de Entidades; g) elaborar planos anuais e operacionais da CNTE, de acordo com as deliberações do Congresso Nacional; h) propor orçamento, planos e despesas para aprovação pelo CNE; i) solicitar ao CNE “referendum” para despesas extraordinárias superiores a 1/5 (um quinto) da previsão da arrecadação mensal, sob justificativa; j) manter publicação informativa da CNTE; l) realizar estudos e pesquisas sobre a situação profissional e cultural da categoria em diferentes níveis, divulgando o resultado; m) promover o Congresso Nacional; n) realizar a Plenária Intercongressual; o) programar a realização de Conferências, Seminários, Simpósios, Encontros Nacionais ou Regionais e Estaduais, no interesse específico da educação e/ou dos trabalhadores em educação; p) manter intercâmbio com órgãos de classe congêneres no País ou exterior; q) prestar relatório de suas atividades ao Congresso Nacional; r) submeter ao Conselho Fiscal para estudo, exame e parecer, a prestação de contas para a aprovação pelo CNE e pelo CN; s) criar órgãos e contratar pessoal necessário à execução dos trabalhos. Art. 28 ‑ À Presidência compete: a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; b) exercitar e acionar as competências e as ações previstas no art. 26 deste Estatuto, comprometendo‑se com sua execução; c) representar a CNTE, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo delegar poderes; d) convocar ordinária e extraordinariamente o Congresso Nacional, o CNE e as reuniões da Diretoria Executiva, e presidi-los; e) assinar contratos, convênios ou quaisquer outros atos jurídicos, inclusive os que importem em transmissão e recebimento de domínio, posse, direitos, pretensões e ações sobre bens móveis e imóveis, após deliberação das instâncias; f) onerar, após autorização do Conselho Nacional de Entidades, bens imóveis de propriedade da CNTE, tendo em vista a obtenção de meios necessários ao cumprimento dos objetivos sociais; 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 131 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » g) encaminhar à Diretoria proposta de filiação, ou sugerir exclusão de filiadas, mediante processo devidamente instruído; h) assinar, juntamente com o Secretário de Finanças, os documentos da Tesouraria, tais como: cheques, notas promissórias, balanços e balancetes; i) autorizar pagamentos e recebimentos; j) designar comissões “ad referendum” do CNE para representar a CNTE, perante as entidades de classe, órgãos públicos e de caráter privado, bem como para outros fins não previstos no presente estatuto; l) outorgar “ad negocia” ou “ad judicia”, especificando‑lhes poderes; m) solicitar ao Conselho Fiscal, sempre que necessário, a emissão de pareceres sobre a matéria contábil, financeira ou econômica da CNTE. Art. 29 ‑ À Vice‑Presidência compete: a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; b) substituir o Presidente nas suas ausências e impedimentos; c) auxiliar o Presidente no desempenho de suas atividades; d) executar outras atribuições que lhe forem confiadas pelo Presidente e/ ou Diretoria; Art. 30 ‑ À Secretaria de Finanças compete: a) Apresentar à diretoria orçamento, plano de despesas, balanços e balancetes e relatórios para efeitos de estudo e posterior aprovação nos termos deste estatuto; b) administrar os fundos previstos neste estatuto; c) fazer despesas autorizadas pela Diretoria; d) organizar e responsabilizar‑se pela contabilidade; e) apresentar balancete semestral e relatório anual da Tesouraria; f) assinar com o Presidente cheques e outros títulos de créditos; g) exercer outras atividades peculiares ao cargo. Art. 31 ‑ À Secretaria Geral compete: a) Encarregar‑se dos assuntos da Secretaria Geral, segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando e propondo medidas para o melhor desempenho da CNTE, mediante plano de ação. 132 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Art. 32 ‑ À Secretaria de Relações Internacionais compete: a) Encarregar‑se dos assuntos internacionais, segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da CNTE, no interesse da categoria e da Educação, mediante plano de ação. Art. 33 ‑ À Secretaria de Assuntos Educacionais compete: a) Encarregar‑se dos assuntos educacionais segundo deliberações das instâncias da entidade, analisando e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da CNTE, mediante plano de ação; b) subsidiar a Diretoria e as afiliadas, formulando políticas e coordenando campanhas nacionais; Art. 34 ‑ À Secretaria de Imprensa e Divulgação compete: a) encarregar‑se dos setores de imprensa, comunicação, publicação e da produção de material, segundo deliberações das instâncias da CNTE, analisando e propondo medidas para o melhor desempenho da entidade, segundo o plano de ação; b) estabelecer e manter contato com órgãos de comunicação e imprensa nacionais e locais, para divulgação de informações de interesse da classe trabalhadora e da educação; c) fortalecer a imprensa sindical, propondo políticas de ação à CNTE e às afiliadas. Art. 35 ‑ À Secretaria de Política Sindical compete: a) Encarregar‑se dos assuntos sindicais segundo deliberações das instâncias da CNTE, analisando e propondo medidas no interesse da categoria, mediante plano de ação; b) promover a articulação da CNTE com todas as associações profissionais, sindicatos brasileiros e central sindical; Art. 36 ‑ À Secretaria de Formação compete: a) Coordenar os assuntos relativos à formação, subsidiando as necessidades de instrumentalização político-sindical das lideranças; b) articular convênios com entidades e centros de formação para a execução de atividades; c) propor medidas visando a formação de lideranças, mediante plano de ação. Art. 37 – À Secretaria de Organização compete: a) subsidiar a Diretoria no acompanhamento e fortalecimento das entidades filiadas, formulando políticas e coordenando campanhas nacionais; b) assegurar que as políticas voltadas aos diversos segmentos da categoria consolidem o processo de unificação orgânica. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 133 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Art. 38 ‑ À Secretaria de Políticas Sociais compete: a) estabelecer e coordenar a relação da CNTE com as organizações e entidades do movimento popular da sociedade civil em seu âmbito de acordo com a linha geral determinada por este Estatuto e instâncias da CNTE; b) promover e contribuir na discussão e elaboração de políticas sociais que abrangem os trabalhadores em educação; c) coordenar a execução de atividades e elaboração de políticas sociais, no âmbito da CNTE. Art. 39 ‑ À Secretaria de Relações de Gênero compete: a) Coordenar e desenvolver as atividades pertinentes às relações de gênero dos trabalhadores em educação no âmbito da CNTE; b) subsidiar as instâncias e as afiliadas formulando políticas e coordenar campanhas nacionais, que visem o incentivo a organização e participação das trabalhadoras em educação. Art. 40 ‑ À Secretaria de Aposentados e Assuntos Previdenciários compete: a) incentivar a organização e a representação sindical dos trabalhadores em educação aposentados; b) coordenar e desenvolver as atividades pertinentes aos interesses previdenciários dos trabalhadores em educação, analisando e propondo medidas necessárias ao melhor desempenho da ação política e organizativa da CNTE. Art. 41 ‑ À Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos compete: a) Coordenar e acompanhar ações no âmbito do Poder Legislativo, discutindo e propondo formulações que atendam os interesses dos trabalhadores em educação com base nas resoluções e instâncias da CNTE; b) Acompanhar as questões jurídicas de interesse dos trabalhadores em educação, subsidiando as entidades sindicais filiadas, instâncias e organismos da CNTE. Art. 42 – À Secretaria de Saúde dos/as Trabalhadores/as em Educação compete: a) formular propostas de políticas públicas que visem atender as questões específicas da saúde dos/as trabalhadores/as em educação; b) promover estudos que diagnostiquem as causas dos problemas que afetam a saúde dos/as trabalhadores/as em educação. Art. 43 – À Secretaria de Assuntos Municipais compete: a) articular, formular e acompanhar questões relativas à organização dos servidores públicos municipais da educação, com vistas a capacitar suas intervenções em âmbito da Confederação e dos municípios. 134 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Art. 44 – À Secretaria de Direitos Humanos compete: a) Atuar na denúncia de violações, na apuração de responsabilidades e na formação e participação em redes de solidariedade que venham a ser determinadas pelas instâncias da CNTE. Seção V Do Conselho Fiscal Art. 45 ‑ O Conselho Fiscal é integrado por 5 (cinco) membros titulares eleitos pelo Congresso Nacional. § 1º - O presidente é eleito pelos seus pares. § 2º ‑ O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente uma vez por semestre e extraordinariamente sempre que necessário. § 3º - Serão eleitos 3 (três) suplentes que poderão ascender ao Conselho Fiscal em caso de vacância de titular. Art. 46 ‑ Ao Conselho Fiscal compete: a) Examinar, anualmente, os livros, os registros e todos os documentos de escrituração da CNTE; b) analisar e aprovar, juntamente com o CNE, os balanços e balancetes prestados pela Diretoria, “ad referendum” do Congresso Nacional; c) fiscalizar a aplicação, pela Diretoria, das verbas da CNTE; d) emitir parecer e sugerir medidas sobre qualquer atividade econômico-financeira quando solicitado pela diretoria. CAPÍTULO IV Das Eleições Art. 47 ‑ A Diretoria da CNTE será eleita no Congresso Nacional dos trabalhadores em Educação, com mandato de 3 (três) anos. Art. 48 ‑ A Diretoria da CNTE será eleita em chapa completa por votação direta pelos delegados presentes à plenária do Congresso. Parágrafo Único ‑ A regulamentação do critério da proporcionalidade será elaborada pelo CNE e submetida ao Congresso Nacional e constará do Regimento Eleitoral previsto no artigo 50. Art. 49 ‑Qualquer trabalhador em educação poderá candidatar-se à Diretoria da CNTE, desde que comprove ser associado de uma entidade filiada à CNTE e não exerça cargo de confiança de qualquer esfera de governo. Art. 50 ‑ O Regimento Eleitoral será aprovado pelo próprio Congresso em que se realizarão as eleições. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 135 Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Parágrafo Único ‑ O Regimento Eleitoral será elaborado pelo CNE. Art. 51 ‑ Qualquer candidatura somente será homologada mediante a aprovação das exigências deste Estatuto perante a mesa do Congresso. CAPITULO V Do Patrimônio e do Regime Financeiro Art. 52 ‑ Constitui‑se patrimônio da CNTE: a) Os bens móveis e imóveis; b) as doações de qualquer natureza; c) as dotações e legado. Art. 53 ‑ Constitui‑se receita da CNTE: a) As contribuições mensais pagas pelas filiadas; b) As rendas de qualquer natureza. Art. 54 ‑ A afiliada pagará mensalmente, a contar do seu ingresso na CNTE, a contribuição fixada no Artigo 57. Art. 55 ‑ As entidades filiadas obrigam‑se a dar ingresso na Secretaria de Finanças da CUT de soma equivalente as contribuições referidas no artigo anterior, impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis após o recebimento de suas consignações, que serão repassadas à Secretaria de Finanças da CNTE. § 1º ‑ As entidades não filiadas à CUT obrigam-se a dar ingresso na Secretaria de Finanças da CNTE de soma equivalente às contribuições referidas no artigo anterior, impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis após o recebimento de suas consignações. § 2º - O não cumprimento do estabelecido neste artigo acarretará em sanções contidas neste Estatuto e/ou estabelecidas pela CNTE. Art. 56 ‑ A cada ano, as entidades filiadas a CNTE atualizarão seus cadastros junto a CUT e/ou a Secretaria de Finanças da CNTE, a fim de assegurarem o direito à revisão de sócios para a participação nas instâncias deliberativas da Confederação. § 1º. Em se tratando de entidades filiadas a CUT, o processo de atualização obedecerá as regras da Central Sindical. § 2º. As entidades não filiadas a CUT encaminharão os cadastros financeiro e de associados para a CNTE, tendo como base todo mês de junho. § 3º. As entidades que não procederem a referida atualização, em anos pré-eleitorais da CNTE, estarão automaticamente impedidas de efetuarem aumento de sócios para o Congresso Nacional da Confederação. 136 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » Art. 57‑ A contribuição mensal das entidades filiadas será de 3,8%1. Parágrafo Único ‑ A parte correspondente a 0,5% (meio por cento) desta contribuição será destinada a constituição do “fundo de solidariedade”, cuja utilização será definida pela Diretoria “ad referendum” do CNE. CAPÍTULO VI Das Penalidades, Suspensão, Perdas, Extinção de Mandatos e Licença Art. 58 – São penalidades: a) advertências; b) suspensão; c) exclusão de entidade filiada; d) extinção de mandato de diretor e conselheiro fiscal. Art. 59 ‑ As penalidades tipificadas no artigo anterior serão aplicadas pelo Presidente, em cumprimento de deliberações do Conselho Nacional de Entidades, facultada ampla defesa à/ao destinatária/o da pena. § 1° ‑ A penalidade de advertência será decidida pela Diretoria e aplicada pelo Presidente. § 2° ‑ Da decisão caberá recurso ao Congresso Nacional, a partir da comunicação desta à afiliada. 1. Art. 60 ‑ Constituem‑se faltas determinantes de exclusão: a) atrasar, por mais de 12 meses, o pagamento das mensalidades; b) infringir disposições deste Estatuto; c) não cumprir as campanhas desenvolvidas pela CNTE; d) deixar juridicamente de existir. Art. 61 - A diretoria dosará a pena, segundo a extensão da gravidade da infração, de acordo com o regulamento. Art. 62 ‑ O reingresso da filiada excluída poderá ocorrer mediante solicitação da própria afiliada à Diretoria 1 Esta alteração foi introduzida para adequar a CNTE à deliberação da Plenária Nacional da CUT. É preciso constar que a Direção da CNTE fica autorizada a proceder nova modificação caso a CUT modifique a decisão da Plenária Nacional. 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 137 Caderno de Resoluções » ESTATUTO DA CNTE / 2011 Executiva, sendo necessária aprovação do pedido, por maioria simples, no CNE. Parágrafo Único – Fica, ainda, como condição de reingresso o pagamento das mensalidades atrasadas. Art. 63‑ Extingue‑se o mandato dos membros da Diretoria e do Conselho Fiscal: a) Por morte; b) por renúncia; c) por interdição; d) por término do mandato; e) por exercício de cargo de confiança em qualquer esfera de governo. Art. 64 ‑ Os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal terão seus mandatos suspensos quando deixarem de comparecer, sem justificativa, a 3 (três) reuniões consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas. Parágrafo Único ‑ Cabe à Diretoria determinar a duração da suspensão. Art. 65 ‑ O membro da Diretoria e do Conselho Fiscal perderá seu mandato por decisão de 2/3 da Diretoria quando: a) Infringir normas deste Estatuto; b) dilapidar o patrimônio da CNTE; c) abandonar o cargo. Art. 66 ‑ A perda do mandato será declarada pela própria Diretoria por ato específico, dando‑se desta ciência ao interessado, cabendo recurso sem efeito suspensivo ao Conselho Nacional de Entidades. Art. 67 ‑ Os membros da diretoria têm direito a pedir licença das atividades da direção por um período de até um terço do mandato. Parágrafo Único – Uma vez a licença ou a somatória das mesmas ultrapassarem um terço do mandato, o diretor será substituído em definitivo por um suplente da mesma chapa para ocupar cargo na Diretoria Executiva. CAPÍTULO VII Das Disposições Gerais e Transitórias Art. 68 ‑ Este Estatuto poderá ser alterado parcial ou totalmente, por proposição da Diretoria Executiva, CNE e Entidades filiadas. Parágrafo Único ‑ A reforma estatutária será aprovada pelo Congresso Nacional. Art. 69 ‑ A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação ‑ CNTE somente poderá ser dissolvida 138 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de ESTATUTO DA CNTE / 2011 Resoluções » por deliberação unânime das filiadas, em pleno exercício dos seus direitos estatutários após ampla discussão. Art. 70 ‑ Os membros do Conselho Nacional de Entidades, Diretoria Executiva e Afiliadas não respondem individual ou solidariamente pelas obrigações assumidas pela CNTE. Art. 71 ‑ No caso de dissolução, o patrimônio terá destino decidido pela instância que o dissolveu, observadas as condições do Art. 70. Art. 72 ‑ O presente Estatuto passará a vigorar na data de sua aprovação pelo Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Art. 73 ‑ Nos Estados, as entidades, desenvolvendo ou por desenvolver processos de unificação, poderão continuar filiadas à CNTE, desde que satisfaçam as condições exigidas por este Estatuto. § 1° ‑ Nos Estados onde já houve processos de unificação, se alguma entidade recusou‑se a participar ou acatar a decisão, esta será excluída da CNTE. § 2° ‑ Caberá ao Conselho Nacional de Entidades, analisando os processos de unificação dos Estados, definir quais são os casos que se enquadram no parágrafo anterior. Art. 74 ‑ Os Funcionários da Educação e os Especialistas em Educação serão organizados em departamentos específicos, que farão parte da estrutura diretiva da CNTE e estarão vinculados a Diretoria Executiva da CNTE. § 1º. A estrutura e funcionamento dos Departamentos de Funcionários da Educação – Defe e de Especialistas – Despe, coordenados por um representante do respectivo setor, serão regulamentados pelo Conselho Nacional de Entidades – CNE. § 2°‑ Os coordenadores de ambos os Departamentos participarão, apenas com direito à voz, das reuniões da Diretoria Executiva da CNTE. Roberto Franklin de Leão Presidente Rodrigo Peres Torelly Alino & Roberto e Advogados OAB/DF nº 12.557 32o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 139