aluga-se - Rádio Planície

Transcrição

aluga-se - Rádio Planície
Informações - Curiosidades
A PLANÍCIE
1 de Janeiro 2009
Crónica
Cinema em Moura
Registo no ICS n.º 107622
QUINZENÁRIO
DA REGIÃO DE MOURA
2 dedos de conversa
DIRECTOR
MANUEL CORREIA
C. Prof. N.º 3730
ADMINISTRAÇÃO
Por: Manuel Correia
Cine-Teatro Caridade
DAVID MIGUEL M. ALBINO
O nosso aniversário
JOSÉ MANUEL ALBARDEIRO
REDACÇÃO
JOSÉ ALBARDEIRO - C. Prof. N.º 4489
DAVID ALBINO - C. Prof. N.º 5999
ANTÓNIO PICA - C. Prof. N.º 7879
SARA INFANTE, VERA PEREIRA
À
RUI CONCEIÇÃO
FOTOGRAFIA
ANTÓNIO DIMAS
DEPARTAMENTO
ADMINISTRATIVO E COMERCIAL
MARIANA RICO
COLABORADORES
AMILCAR MOURÃO, ÁLVARO AZEDO,
SANTIAGO MACIAS, JORGE VALENTE,
VALDEMIRO CORREIA, JOSÉ CHAPARRO,
JOÃO SOCORRO, JOÃO RAMOS, FLAVIO
AMÁLIA
O CORPO DA
MENTIRA
MACHADO, ANTÓNIO GALVÃO, MARIA JOSÉ
GROU, NUNO GARCIA E JOSÉ OLIVEIRA
REDACÇÃO e ADMINISTRAÇÃO
R. Santana e Costa, 18 r/c esq.
Telefs.:285 251 730 /285 252 734
Fax: 285 252 440 - 7860 MOURA
De 02 a 04 Janeiro 2009
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
De 09 a 11 Janeiro 2009
Sexta-Feira às 21:15h
Sábado às 21:15h
Domingo às 16h e 21:15h
E-MAIL: [email protected]
[email protected]
informaçã[email protected]
COMPOSIÇÃO e PAGINAÇÃO
A PLANÍCIE
Farmácias de Serviço
Impressão: CORAZE - Oliveira de Azemeis
PREÇO DA ASSINATURA
Anual — 15,00 euros Nacional
Anual — 18,00 euros Estrangeiro
TIRAGEM: 3.000 Exemplares
PROPRIEDADE E EDIÇÃO
S. E. B. - SOCIEDADE EDITORIAL BÉTICA,
LDA. - Nº Contribuinte: 501 436 863
DETENTORES DO CAPITAL
DA EMPRESA
José Manuel Albardeiro (25%)
Nataniel Pedro
DIAS
02 - 06 - 10 - 14
Rodrigues
«
03 - 07 - 11 - 15
Faria
«
04 - 08 - 12
Ferreira da Costa
«
01 - 05 - 09 - 13
David Albino (25%)
Herdeiros de Miguel Nuno (50%)
MEMBRO DA
NOTA: Obedecendo criteriosamente ao calendário elaborado pela Associação Nacional de Farmácias
Moura há 54 anos
Galeria de Recordações
De fartura
Para os proprietários de olivais, nesta região, sorriu o ano em fartura. Na razão
directa deste facto está o maior número de rurais, deste concelho, com trabalho
e consequentemente alegria, o desusado movimento do nosso comércio, a
satisfação de todos.
Para a gente trabalhadora, para o alentejano, trabalho é sinónimo de alegria,
de sã alegria. Portanto se os proprietários estão satisfeitos porque lhes
aumentaram os bens, o rural está encantado porque tem onde ganhar o seu
pão, o comerciante porque tem quem lhe compre, os mestres de ofícios porque
aparecem obras para fazer.
Logo trabalho certo, de todos os dias, para a grande massa dos nossos
rurais seria uma das bases da evolução desta terra.
s vezes, apenas em certas circunstâncias, nos apercebemos
do verdadeiro alcance das palavras. Embrenhados numa vida
cada vez mais exigente, que nos imprime um ritmo frenético,
sem tempo para nada, deixamo-las escapar quando deveriam em
toda a sua plenitude invadir os nossos corações.
Hoje, quando “A Planície” celebra mais um aniversário, é um desses
momentos em que as palavras do poeta “O sonho comanda a vida”
ganham outra dimensão e soam de forma diferente, mais carinhosa e
até estimulante. Explicam canseiras, noites sem dormir. Calam
injustiças e incompreensões. Respondem a muitas perguntas
formuladas em momentos de desânimo. Ecoam como um cântico de
esperança. Fazem-nos acreditar, que não obstante as contrariedades,
tudo valeu a pena. E de novo acodem-nos as palavras do poeta “Tudo
vale a pena se a alma não é pequena”.
Sabemos que quem nunca acalentou um sonho, lhe deu asas e o
deixou voar bem alto, muito dificilmente entenderá o que nos vai na
alma, quando traçamos estas linhas.
Sem qualquer jactância, com a mesma humildade de sempre, bem
cientes das nossas limitações, orgulhamo-nos de ter colocado ao
serviço de Moura e seu concelho um Jornal e uma Rádio, que
souberam impor-se e hoje são duas referências no panorama da
comunicação social regionalista.
O poeta escreveu “O sonho comanda a vida”. É verdade. Mas nesta
longa caminhada também aprendemos que “A vida comanda o sonho”.
Efectivamente sem trabalho, sem perseverança e sem amor os sonhos
morrem.
Hoje quando comemoramos o 28º aniversário, olhando para trás,
lembramo-nos dos passos tímidos encetados, das muitas
dificuldades e escolhos de toda a ordem que tivemos de transpor.
Sobre o mérito do nosso trabalho mal nos ficaria pronunciarmonos. Julgamos que tal tarefa competirá aos leitores. No entanto,
independentemente do seu juízo, que respeitaremos seja ele qual for,
um facto fazemos questão de sublinhar, já que para nós constitui um
justo motivo de orgulho; a independência que soubemos conquistar e
que procuraremos manter.
Termino com três palavras: saudade, esperança e agradecimento.
A saudade dos tempos idos, dos companheiros que deram forma
ao projecto inicial e dos que ao longo da viagem por aqui foram
passando e, como não poderia deixar de ser, do meu querido Miguel
Nuno, que eu tanto gostaria de ver a meu lado neste momento.
A esperança, essa vai para o David Albino e para o José Manuel
Albardeiro, os dois jovens a quem foi passado o testemunho como
fieis e dignos continuadores da obra encetada.
O agradecimento é todo ele dirigido para os que em nós acreditam
e connosco colaboram das mais diversas formas. Para os homens
de boa vontade que agem, dirigem seus passos e pensamentos por
iniciativa própria. Que não se comportam como meninos mimados e
birrentos. Que se negam a ser instrumentalizados e manipulados.
Para todos os votos de um Feliz Ano Novo!
“A Planície” – 01-01-1955
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ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA
NÃO-DIÁRIA
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Notícias
1 de Janeiro 2009
C u r t a s
Notícias
Acidentes rodoviários - 30 mortos nas
estradas do Baixo Alentejo
Segundo dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, este
ano, entre 1 de Janeiro e 15 de Dezembro, 30 pessoas perderam a vida nas
estradas do Baixo Alentejo. Mais 12 vítimas mortais do que em igual período
do ano passado. Em relação ao número de feridos graves,foram registados
70, menos 49 do que em período homólogo. A nível nacional, 730 pessoas
perderam a vida em acidentes de viação, menos 89 do que em 2007. Lisboa
e Porto são os distritos com mais mortos nas estradas. Vila Real, Portalegre,
Guarda, Bragança e Castelo Branco são os cinco distritos do país com
menor número de vítimas mortais.
Alentejo continua a registar maior taxa de
suicídio
As tentativas de suicídio entre os jovens têm vindo a aumentar nos últimos
anos, o que requer que o Estado reforce as medidas de apoio à infância
para os prevenir. Nos primeiros anos do século XXI houve uma subida no
suicídio consumado, atingindo os 12 por cada 100.000 habitantes, e só a
partir dos próximos dados é que se poderá concluir se há uma tendência de
descida desta causa de morte. Em Portugal há ainda um fenómeno singular,
que marca os dados das taxas de suicídio - a sul do Tejo é dez vezes
superior à registada no Norte. No Alentejo pode atingir os 30 por 100.000
habitantes e no Minho os 3 por 100.000 habitantes. As razões destas
assimetrias prendem-se com razões como perspectivas antropológicas,
sociológicas, culturais e religiosas, que têm a ver com a baixa densidade
populacional, a desertificação, a falta de esperança, uma melancolia
característica e a baixa religiosidade no Alentejo.
A PLANÍCIE
Comércio de Moura
Quebras na ordem
dos 50%
F
rancisco Cerejo, presidente da
direcção da AMPEAI Associação de micro, pequenos
e médios empresários do Alentejo
interior, faz um balanço da actividade
comercial no concelho de Moura,
durante o ano anterior. À semelhança
do que se verifica no resto do País e
do Mundo, refere que na região os
momentos que se vivem não são
fáceis “…a actividade comercial e
empresarial do concelho de Moura,
não é excepção a nível do País, (…)
as empresas vivem momentos que não
são fáceis…”. O presidente da
AMPEAI revela que houve uma quebra
muito grande na construção civil, onde
algumas empresas pararam a sua
actividade e outras registaram quebras
de 60% e também no comércio, na
ordem dos 50%. Francisco Cerejo
considera que para atravessar esta
crise é necessário que a banca “…dê
uma mãozinha, uma injecção de capital
nas empresas, para viabilizar novos
projectos e outros que já existem e
estão com dificuldade em continuar…”.
Quanto às perspectivas para o
próximo ano, considera que o primeiro
semestre será igual ou pior à
conjuntura actual, mas acredita que
as coisas possam melhorar a partir do
segundo semestre “…o ano de 2009,
no primeiro semestre vai ser igual ou
pior ao momento que estamos a viver
hoje (…), acredito que as coisas
possam melhorar a partir do segundo
semestre…”. No entanto avisa que se
adivinha um ano com muitas
dificuldades, porque as pessoas não
têm poder de compra, o que torna
qualquer actividade complicada. Fica
feita a previsão da actividade
comercial para 2009, por Francisco
Cerejo, presidente da direcção da
AMPEAI.
“Cantinho da Música”
A pensar nos que gostam de música...
Divulgar o concelho de Moura
O município de Moura é uma das cidades que compõe a Rede
Transfronteiriça 7X7, além de Beja, Elvas, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo
e Portalegre, e Almendralejo, Badajoz, Cáceres, Coria, Mérida, Plasência e
Zafra, da Extremadura de Espanha. De acordo com Santiago Macias, vereador
da Câmara Municipal de Moura, esta rede “…baseia-se sobretudo na troca de
informações, de impressões e na possibilidade de serem desenvolvidas
actividades conjuntas…”.
Recentemente, foi assinado, na cidade espanhola de Mérida, uma Carta de
Princípios, que irá nortear os trabalhos conjuntos dos municípios. O mesmo
vereador refere ainda que “…é apenas um compromisso de boa vontade e
nós pensamos que essa boa vontade é suficiente para desenvolvermos
actividades futuras. É por esse caminho que nós vamos, no sentido de
divulgarmos o nome do concelho de Moura, divulgarmos as iniciativas que têm
lugar neste concelho, sejam elas de iniciativa municipal ou privada.”.
E
stão quase concluídas as obras
de requalificação do edifício
onde está instalado o
Conservatório Regional do Baixo
Alentejo, secção de Moura, da
responsabilidade da autarquia
mourense. Além de requalificado, o
Conservatório verá também as suas
instalações alargadas, com a
cedência, por parte da Câmara, da
antiga Galeria Municipal de Arte, que
passará a chamar-se “O Cantinho da
Música”, em homenagem ao “Café
Cantinho”, estabelecimento que
funcionava naquele espaço e que faz
parte da memória colectiva dos
mourenses. Maria José Fialho,
vereadora da Câmara Municipal de
Mourense, fala sobre os objectivos da
sua
criação,
referindo
que
“…pretendemos não só mostrar o
trabalho de Conservatório, que é
bastante importante, como motivar
outras pessoas que possam
realmente, se gostarem de música,
começar a desfrutar ainda mais desse
interesse e, porque não, arranjar ainda
mais alunos para o Conservatório.”.
A PLANÍCIE
Reportagem
1 de Janeiro 2009
Em Assembleia Geral, realizada em 6 de Dezembro do ano passado, a Associação S.O.S. dos Animais elegeu os novos Corpos Sociais. Vítor Mira da Silva, seu presidente e
Maria Augusta Sequeira, que ocupa o cargo de tesoureira, falam-nos dos projectos, ambições e também das dificuldades sentidas para levarem a cabo a sua tarefa.
S.O.S dos Animais
Solidariedade precisa-se!
Planície – Após a eleição dos novos Corpos Sociais,
gostaríamos que nos falasse um pouco da Associação.
Vítor Silva – Em primeiro lugar, queria agradecer a oportunidade
de me pronunciar na Rádio / Jornal A Planície. Na verdade, no dia
6 de Dezembro, foram eleitos os novos Corpos Sociais da
Associação, o que já há algum tempo se andava a tentar e só foi
possível com a colaboração solidária de pessoas de fora de Moura.
Então, a nossa esperança é conseguir mudar a situação. Temos
problemas económicos, temos problemas de instalações, e a nossa
esperança é modificar isso e, no futuro, tentar sensibilizar as
pessoas de Moura para que tomem conta dos seus animais, do
seu canil, já que tudo isso, é deles.
CARTA ABERTA
AOS MOURENSES
P – É então um alerta da Associação…
V. S. – Sim, há um alerta, porque estas pessoas que integraram
os corpos directivos são pessoas que têm os seus afazeres, a
sua vida profissional noutras localidades e deslocam-se aqui num
espírito de solidariedade para com os animais e que têm os seus
limites, como é óbvio. Eu, por exemplo, já tenho uma certa idade e
para mim é cansativo vir a Moura. Tenho família e tenho os meus
afazeres em Évora. Mas eu tenho aquele espírito de solidariedade
e de afecto pelos animais e estou aqui para dar uma ajuda, na
esperança de que as coisas melhorem, se organizem, se
estruturem, se façam algumas melhorias urgentíssimas no canil,
para proporcionar o bem-estar dos animais e, dessa forma, sairmos
daqui dignificados.
P – Considera que hoje as pessoas estão melhor
preparadas para cuidar bem dos seus animais?
V. S. – Não. Essa é uma actuação que nós teremos que ter no
futuro, no sentido de sensibilizar e mentalizar as pessoas para as
suas obrigações em relação aos animais, ao seu bem-estar, para
que haja menos abandonos, como é o caso, porque cada vez há
mais abandonos. E isso tem aumentado os custos e a população
animal do canil. É uma tarefa a realizar e sensibilizar é mais uma
das facetas do nosso trabalho: vamos tentar para melhorar e
tentar controlar a população animal, que é fundamental.
P – De um modo geral, pode falar-nos das dificuldades
que assolam a Associação SOS Animais de Moura?
V. S. – As dificuldades não são graves, na medida em que tem
havido uma gestão, no sentido de impedir que a parte económica
se torne gravíssima e de grande défice. Mas isso originou uma
falta de assistência ou de cuidados na manutenção do canil, e
colocou os animais numa situação de grande mal-estar, de grande
incomodidade. Temos os canis a ruir e com grandes problemas.
No Verão constatamos que, por vezes, os animais estão a
temperaturas de 45º e no Inverno, porque os canis não foram
construídos devidamente, estão virados para Norte, o que os leva
a enfrentar um vento gélido, pois situa-se numa encosta. Então, é
especialmente em relação a estes animais que nós vamos tentar
melhorar, provisoriamente, a sua situação.
P – Há falta de voluntários na Associação?
V. S. – Se há! O voluntariado é indispensável, porque é uma
forma humana, simpática, afecta de lidar com os problemas, tanto
com os seres humanos, como com os animais. A solidariedade
está, na verdade, a passar por um período de crise. Isto é uma
realidade, é constatável em todos os sectores sociais e nós
aproveitamos aqui para fazer um apelo, porque os nossos animais
estão presos, estão retidos em canis, e precisam que alguém vá
lá para passeá-los pela trela, para que eles possam usufruir um
pouco da liberdade que já há muito tempo não têm. E as pessoas,
se quiserem, podem dar-lhes essa enorme alegria, que é
passearem livremente pelo campo.
P – Como está a situação financeira da Associação?
Maria Augusta – Está um pouco complicada. Nós tentamos
equilibrar, porque fazemos as despesas essenciais. Pagamos a
ração dos animais, pagamos ao funcionário, à Segurança Social,
à farmácia e aos veterinários. É o que pagamos essencialmente,
porque não temos investido na melhoria das condições de vida
dos cães que estão no canil. Actualmente temos um projecto de
melhoria desses canis, o desejo de fazer mais uns novos para
albergar também os animais, que estão fora do espaço que nos
foi atribuído pela Câmara Municipal de Moura e agora é que vamos
ter que enfrentar os grandes problemas, porque precisamos de
verbas avultadíssimas. As despesas normais já são avultadas,
verificámos agora que em 2007 / 2008, tivemos despesas de mais
de 24 000 Euros. Portanto, as verbas gastas são fortes, mas
agora temos que ter coragem e partir para a melhoria das
condições de vida daqueles animais, melhorando os canis onde
eles estão abrigados e, à partida, temos aí logo muitos milhares de
Euros para investir em obras.
P – Quais os procedimentos que os interessados
devem fazer para se tornarem sócios? Qual o valor das
quotas?
M. A. – A quota mínima é agora de 12 Euros por ano, o que não
é nada, equivale a 1 Euro por mês, o que está ao alcance de
qualquer pessoa. Esta é a quota mínima. Se as pessoas quiserem
pagar mais, pois pagarão mais. Para se associar, basta preencher
a proposta de sócio e entregá-la… onde? Nós temos sede, mas
não está activa, portanto, poderá entregá-la na Rua de Santa
Justa, n.º 19, poderá também ser entregue às voluntárias que
trabalham connosco, Fernanda Barata e Idália Caeiro.
P – E quem quiser fazer um donativo, o procedimento é
o mesmo?
M. A. – Nesse caso, a melhor solução é depositar directamente
na nossa conta da Caixa Agrícola, cujo NIB é 0045 625 04 0055
983 288/90, que está também nos folhetos que andamos a distribuir
pela cidade.
P – Alguém que queira apadrinhar um animal, o que
deve fazer?
M. A. – Há um impresso próprio a preencher. Ao apadrinhar o
animal, este fica identificado com o seu nome e ligado a essa
pessoa. A pessoa deverá ter condições económicas e,
obviamente, tem que gostar do animal, embora eu não esteja a ver
alguém apadrinhar um animal e não gostar dele, a não ser que
tenha um alto espírito de solidariedade. Eu sou um homem que
tenho vivido sonhos toda a vida e um dos meus sonhos, agora
que estou próximo da recta final, era transformar o canil da
Associação SOS Animais de Moura num santuário dos animais
abandonados. Isto já existe, o primeiro foi criado em Castelo Branco.
Neste caso, o nome santuário significa tudo, seria o paraíso para
eles, no seu bem-estar, na sua comodidade, na sua alimentação,
nos cuidados veterinários, em tudo aquilo que diz respeito ao
bem-estar. E, para isso, eu só tenho que fazer um apelo. Um apelo
à população, um apelo às entidades responsáveis, especialmente
à autarquia, para que nos ajudem, porque nós, sozinhos, temos
um poder limitado e se tivermos a ajuda de todos torna-se muito
mais fácil.
P – Que mensagem gostaria de dirigir à população?
V. S. – Que nos ajudem, porque nós sozinhos vamos ter
dificuldades. Vamos lutar, e ninguém nos impedirá de lutar, mas
ajudando-nos será muito mais fácil. É um apelo que eu deixo aqui.
Não só na ajuda económica, mas também na ajuda moral, porque
se nos visitarem, se conviverem connosco e com os animais, aí o
meu sonho de santuário, começa a ser mais uma realidade.
Nasci em Évora no ano de 1933.
Na minha actividade profissional, desloquei-me a Moura
centenas de vezes.
Tenho as melhores recordações e simpatia pelos seus
Habitantes. Por força das circunstâncias e devido ao grande
afecto que tenho pelos animais de companhia, em especial
pelos cães, regresso novamente a Moura, integrado nos
Corpos Sociais da Associação S.O.S. dos Animais, numa
emergência devido à falta de candidatos.
A questão foi-me posta de forma radical: ou se elegem
Corpos Sociais ou corre-se o risco de desintegração, com
as consequências que se podiam prever para os animais.
É uma causa à qual decidi dedicar o resto da minha vida.
Solidarizei-me para sempre com os animais porque eles
precisam de quem os defenda e proteja. Para mim, é uma
questão de consciência; “não viro a cara”. Cidadão que se
preze, presta a sua solidariedade a quem dela precisa,
especialmente na nossa Terra. Estou certo que assim virá a
acontecer em Moura.
Com algum tempo conseguiremos “pôr de pé” aquele canil
e melhoraremos o bem estar dos animais. Mas sempre,
sempre pensando que algum dia os Mourenses tomarão conta
dos seus animais; “a César o que é de César”.
Entretanto ajudem-nos conforme puderem: associandose; prestando voluntariado; apadrinhando um animal;
oferecendo o que puderem.. Mostrem-nos a Vossa vontade
de ajudar e dêem um exemplo digno de Alentejanos.
Façamos do canil da Associação S.O.S. dos Animais de
Moura, o 2º Santuário dos animais abandonados. Lembremse que eles são criaturas de Deus e que desde há muito
partilhamos a nossa vivência, sem esquecermos que para
além da companhia que nos fazem, a sua enorme e variada
utilidade. Quantas vidas já terão salvo?
Esperamos por Si, pela sua ajuda, pelo seu gesto e
sobretudo pela sua solidariedade para com os animais.
Mira da Silva
10/12/2008
Associação S.O.S. dos Animais
(Moura)
Eleitos Corpos Socias
A Associação S.O.S, dos Animais (Moura) acaba
de eleger os novos Corpos Sociais para o triénio de
2009 a 2011. Os cargos ficaram assim distribuídos:
Assembleia Geral
Presidente: Teresa Maria Machado Plantier Torres.
Secretários: Maria Isabel Sousa Ferreira Mira da Silva,
Francisco José Peneque Piteira e Dores Maria Infante
Domingues.
Vice-Presidente: Maria Isabel da Conceição Tirapicos
Fernandes.
Direcção
Presidente: Vitor Manuel Mira da Silva.
Secretários: Fernanda Cristina Duarte Barata e Carlos
Alberto Lopes Alves.
Tesoureiro: Maria Augusta Ramalho Sequeira.
Vice-Presidente: Ana Luísa Gamito Couvreur.
Conselho Fiscal
Presidente: Ana Cristina Rosa Sousa.
Secretários: Maria Rita Branco Acabado Chaveiro e Eduarda
Queirós Oliveira.
1 de Janeiro 2009
Notícias
A PLANÍCIE
Agricultura com duas perspectivas diferentes
Balanço Positivo no Distrito, Negativo no Concelho
Terminado o ano de 2008, a Rádio Planície quis
saber qual o balanço da actividade agrícola no
distrito de Beja e também no concelho de Moura.
De acordo com Francisco Palma, presidente da
Associação de Agricultores do Baixo Alentejo
(AABA) “…em termos meteorológicos, este ano
Moura
Autarquia aposta nas novas tecnologias
N
o dia 5 de Dezembro do ano passado, a
autarquia apresentou o futuro site do
Turismo do Concelho de Moura. O
património cultural, ambiental e edificado, a
história, o agro-turismo e os produtos
tradicionais, feiras, mercados, festas e romarias,
bares, restaurantes e hotelaria, são algumas das
informações que estarão disponíveis online,
privilegiando os conteúdos interactivos. De
acordo com informação da Câmara de Moura, o
site surge devido à necessidade de criar meios
de divulgação das potencialidades do concelho,
adequados às novas formas de comunicação,
sobretudo pela importância que a Internet tem
vindo a adquirir no contexto da divulgação
cultural e turística, assim como pelas solicitações
de informação sobre equipamentos, monumentos
e percursos de visita que chegam à autarquia. O
site deverá estar na web muito brevemente. A
Câmara Municipal criou igualmente os sites das
feiras do concelho, nomeadamente, de Moura e
de Amareleja. Ali poderá ser encontrada toda a
informação relativa aos certames, além de fotos
das localidades, bem como um historial das
feiras.
Ninho de Empresas Em fase de conclusão
D
everá terminar neste mês, a construção
do centro de acolhimento para microempresas do concelho de Moura - o Ninho
de Empresas, uma estrutura criada pela Câmara
Municipal de Moura e pela Associação Rota do
Guadiana, promotora do projecto. Situado junto
ao futuro Parque tecnológico de Moura, o Ninho
de Empresas possui seis espaços para oficinas,
quatro gabinetes para serviços, uma sala de
formação e bar de apoio. Estimular a economia
local, prestar apoio às empresas recém-criadas
e àquelas que queiram estabelecer-se,
designadamente, ao nível das próprias
instalações, apoio jurídico, administrativo,
promoção de formação e de divulgação são os
principais objectivos. O investimento total ronda
os 530 mil euros, financiado em 70% pelo Interreg
e os restantes 30% comparticipados pela Câmara
de Moura.
foi muito bom. Em termos financeiros e de retorno
das produções que os agricultores tiveram, não
foi aquele [ano] que as perspectivas todas
indicavam que seria…”. O presidente da AABA,
no entanto, afirmou que “…de um modo geral foi
um ano positivo.”.
Por outro lado, António Rosado, presidente da
AJAM, Associação dos Jovens Agricultores de
Moura, considera que em 2008 “…o balanço para
a Agricultura é muito negativo…” e lança fortes
críticas ao Ministério da Agricultura, acusando-o
de não responder às necessidades dos
agricultores. António Rosado acusa o Ministério
da Agricultura de “…estar de costas viradas para
o sector, não tem a mínima noção do que se
passa na realidade, não há nenhuma medida
efectiva que funcione…”. Sendo 2009 um ano
de eleições, o presidente da AJAM tem esperança
que surjam medidas que possam fazer face às
necessidades dos agricultores, mas mostra-se
preocupado, pois diz “…não sei se na altura em
que as medidas vierem, se ainda vêm de encontro
às necessidades dos pequenos agricultores, que
são aqueles que populam o mundo rural.”.
António Rosado referiu ainda, que o Ministério
da Agricultura deveria tomar algumas medidas
de sustentação da realidade agrícola, como uma
análise de minimização das oscilações dos
factores de produção “…porque é um grande
estrangulamento, e outra coisa era agilizar as
formas de comercializar os produtos…”.
Artigo
Está assim feito o balanço da actividade agrícola
no distrito de Beja e no concelho de Moura, com
opiniões contraditórias. Se por um lado Francisco
Palma, presidente da Associação de Agricultores
do Baixo Alentejo, considera 2008 um ano
positivo, por outro, António Rosado, presidente
da AJAM, pensa de forma diferente, ao
considerar que este foi um ano negativo para
actividade agrícola.
Preço do pão:
Agricultores contestam
subida
A Associação de Agricultores do Baixo
Alentejo considera inaceitável e injustificável a
subida do preço do pão, prevista para o próximo
ano. Francisco Palma, seu presidente, critica tal
decisão “não só estranhamos esta medida, como
achamos que é um roubo aos bolsos dos
portugueses…” e reforça o seu ponto de vista,
uma vez que os preços dos cereais têm vindo a
registar descidas “…as matérias-primas, os
cereais estão baixos [os preços] e não há
justificação nenhuma, na nossa maneira de ver,
que os preços do pão subam, pelo contrário,
deviam era descer…”.
Por: António Rosado
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p
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n
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o
O Estado da Agricultura
E
ste artigo, que devia ser sobre agricultura, imerge na politica, porque nos dias que correm, é
impossível descrever a situação que se vive, se que uma referência à politica se faça. Assim,
para que se saiba, em pleno termo do ano 2008, os agricultores, vendem os seus produtos a
preços de 1995!!, não recebem as ajudas que recebiam e ainda teimam, em manter a “porta aberta”.
São centenas de explorações que encerram por ano. Os Agricultores debatem-se com um
problema, nunca visto, nem vivido em Democracia! Um ministro que não se relaciona com os
agricultores, Um ministério da Agricultura fantasma, e os agricultores completamente isolados. A
demagogia e a mentira nunca venceram por tanto tempo, e nada se consegue fazer. Trata-se de um
pesadelo vivido no dia a dia e que parece nunca mais ter fim, a desinformação reina, e não se
consegue fazer assim agricultura. Esta, estagnou há mais de 5 anos. Do novo quadro comunitário
ainda não saiu um único projecto, ninguém sabe nada, ninguém em responsável por nada….é um
Caos total… Que fazer então? perguntarão os leitores.. para já sanear o ministério da agricultura e
vender à semelhança dos Hospitais e outras Empresas publicas, as suas competências e gestão,
de uma causa que me recuso a considerar perdida, temos muitos produtos de qualidade, temos
condições estruturais para produzir Bem, precisamos é, de politicas realmente sustentáveis,
propostas por quem perceba de agricultura e que por incrível que pareça, considerem os
Agricultores, pois quer se queira quer não, Portugal ainda é um país, em que o Meio Rural ocupa
parte significativa, e neste cenário o Agricultor é um agente económico da maior importância. Viva a
Agricultura, Vivam os Agricultores!
Ateneu Mourense participa
em programa de televisão
O Grupo Coral do Ateneu Mourense foi
convidado a participar no programa Você
na TV, da TVI. O Grupo Coral actuará
neste programa, que vai para o ar a partir
das 10:45h e que é apresentado por
Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira
já no próximo dia 6 de Janeiro de 2009.
Reportagem
A PLANÍCIE
1 de Janeiro 2009
Entrevista com José Maria Pós-de-Mina, presidente da autarquia
Cumprimento das promessas feitas
A prioridade das prioridades
Durante a longa
conversação mantida
com José Maria Pós-deMina, presidente da Câmara
Municipal de Moura, tivemos
oportunidade de lhe expor as
questões da maior actualidade e
interesse para o nosso
concelho. Não poupámos o
autarca, aos temas mais
polémicos ocorridos o ano
transacto. Quanto a 2009, que
agora dá os primeiros passos, é
categórico; no último ano de
mandato seria absurdo
inovações. Da parte do executivo
existe, isso sim, a firme
disposição do cumprimento das
promessas feitas ao eleitorado.
Jornal “A Planície” - Considera
que a remodelação da rede de
águas foi uma das maiores obras
do executivo no ano de 2008?
Pós-de-Mina - Quando falamos da
remodelação da rede de águas,
falamos numa perspectiva mais ampla
de garantir o abastecimento em
quantidade e em qualidade e que tem
uma vertente na remodelação da rede
de águas e de saneamento, que foi o
que aconteceu em concreto na cidade
de Moura em que se concluiu a 1º fase.
É preciso ter em conta que ainda há
muito trabalho a fazer nesta área.
Naturalmente será um trabalho que terá
seguimento nos próximos meses e os
próximos anos, embora nós
consideremos que esta intervenção
feita, do ponto de vista das carências,
é prioritária. Os indicadores que temos
é que hoje estamos no caminho certo,
pois estamos a poupar água, a
abastecer em melhor quantidade e sem
os problemas que tínhamos no
passado.
A outra vertente, que consideramos
importante, tem a ver com o garantir
que a água que chega às nossas
freguesias, aí, inclusivamente, não
foram atingidos os nossos objectivos.
Nós estamos inseridos numa
Associação de Municípios, que é a
AMALGA, que lançou o primeiro
concurso para a construção de uma
conduta adutora entre Moura e o
cruzamento de Safara, que permitirá
ligar os sistemas actualmente
existentes, e, digamos assim, ter água
em qualidade e quantidade suficientes
para todo o concelho. Infelizmente
houve um problema no concurso que
teve de ser repetido, e neste momento
já foi seleccionada uma nova empresa.
Aguarda-se agora o decorrer do
processo para que as obras se
possam desenvolver, esperamos nós
no ano que vem [2009] Depois a
Câmara também lançou outro
concurso para a remodelação de
redes, que é o caso da remodelação
da rede de águas e de esgotos do
Sobral da Adiça, onde a Câmara lutou
com grandes problemas e grandes
dificuldades, algumas bastante
antigas. Foi também aberto concurso,
que está agora numa primeira fase.
Não coloco a questão se é maior ou
menor. Era uma das obras encaradas
por nós como prioridade. Era uma obra
importante, no caso concreto da
cidade de Moura e também
pretendemos fazer um pouco isso no
Sobral da Adiça, embora não com a
mesma dimensão. Aproveitámos,
também, para fazer iniciativas de
requalificação e de melhorias de
espaço, numa lógica de dar mais
espaços às pessoas, pois é importante
que os moradores sintam a cidade
como sua. Pensamos que de alguma
forma o conseguimos, embora
reconheçamos que todas as obras
José Maria Prazeres Pós-de-Mina - Presidente da Câmara Municipal de Moura
causam incómodos. Houve opiniões
diferenciadas sobre o tipo de
intervenção que foi feito nos espaços
públicos, mas pensamos que o
resultado foi positivo. Agora há que
fazer o balanço e a avaliação e é isso
que iremos fazer nos próximos meses
e preparar o processo para o
lançamento do concurso de uma
segunda fase, que naturalmente
também estará associado a um outro
problema que nós temos, que
condiciona quer estas quer outras
intervenções;
a
componente
financeira. É necessário assegurar
financiamento, e lamentamos que o
actual período de programação de
fundos comunitários, passados dois
anos, praticamente ainda não se tenha
feito sentir.
J.P. - Não seria mais fácil
contornar
as
dificuldades
financeiras,
associando
o
município às Águas de Portugal?
P.M. - Esse pormenor terá de ser
colocado às Águas de Portugal. Existe
um equívoco sobre esta matéria, mas
isso não tem a ver tanto com a
remodelação das redes, tem mais a
ver com o abastecimento. É uma
linguagem técnica, e não gosto muito
de linguagem técnica, mas hoje a água
é distribuída em duas vertentes.
A distribuição em baixa, desde o
depósito até à casa dos consumidores
e há outra vertente, que é a chamada
em alta, que é desde o depósito até à
captação, o sítio onde se vai buscar a
água. Ora é nessa parte que se coloca
a questão das Águas de Portugal. Mas
nós nunca fomos contra, e é preciso
que isso fique claro, o estabelecimento
de protocolos e parcerias com as
Águas de Portugal. O que nós não
aceitamos é que a competência de
distribuição da água, originária dos
municípios, deixe de ser dos
municípios. Aquilo que nós dissemos
sempre às Águas de Portugal é que
nós temos um projecto intermunicipal,
estamos na Associação de Municípios.
As Águas de Portugal se quiserem
intervir neste sector, que nos
acompanhem, que entrem na empresa
que nós queremos instalar, que é uma
empresa em que os municípios teriam
a maioria do capital. A posição das
Águas de Portugal é precisamente a
contrária. Só aceitaria a participação,
caso tivessem a maioria.
Neste momento está a decorrer um
processo de negociação; não digo que
tenhamos encontrado uma terceira via,
mas é algo parecido com isso.
Estamos a trabalhar para isso, e eu
próprio participo de uma forma directa
e activa, conjuntamente com outros
colegas em representação de mais de
trinta municípios envolvidos neste
processo. Neste momento temos um
protocolo, em que nós não nos
importamos que as Águas de Portugal
fiquem em maioria, desde que, e nós
colocamos duas questões que para
nós são essenciais: a competência
tem de estar na esfera do município, e
segundo, a gestão da água tem de ser
pública. O perigo que nós corremos, e
falava-se muito nisso, no tempo do
governo do PSD chegaram a ser
aprovadas medidas nesse sentido, e
hoje também de certa forma se está a
preparar o terreno, nós não queremos
que a gestão da água seja entregue a
um privado. Ao entrar numa parceria
em que as Águas de Portugal
estivessem em maioria, nós corríamos
esse risco, de haver uma privatização
e da água deixar de ser da esfera
pública. Está claro que este projecto
que estamos a negociar com as
Águas de Portugal é público e é para
continuar público. Se as Águas de
Portugal tiverem de sair, ou serão
substituídas por uma entidade pública,
ou a titularidade desse capital passará
para os municípios. E pergunta agora,
mas por que é que não fizeram isso
no passado? Primeiro, porque a
competência não sai da nossa esfera,
e segundo, porque conseguimos
negociar condições diferentes do
ponto de vista da passagem da
empresa para os municípios. O acordo
que hoje nós conseguimos ter com as
Águas de Portugal, proporciona mais
vantagens do que as do passado.
Anteriormente inviabilizava que, em
termos práticos, os municípios viessem
a assumir uma posição dominante.
J.P. - Uma das obras que marcou
2008, foi a remodelação da Rede
de Escolas, concretamente, o
Fojo, Santo Amador e Porta Nova,
esta última, uma obra que gerou
alguma polémica, visto que a
Câmara “não foi receptiva a
algumas alterações ao projecto”...
P.M- - Não. As questões que foram
levantadas concretamente à Escola da
Porta Nova, não foram questões que
tinham a ver com a educação, mas sim
com problemas de trânsito. A maioria
das questões suscitadas e que
vieram para a opinião pública, não
colocavam a questão central. Eu
reconheço e admito que haja opiniões
diferentes sobre a matéria, que as
pessoas entendam que não devia ter
sido cortada a via em frente à Escola,
Acho perfeitamente legítima essa
opinião, que devia era ter sido logo
assumida desde o início de uma forma
clara. O problema é este. Não é se a
escola é assim ou assado, é um
problema de trânsito.
Agora nós entendemos e penso
que a solução é fácil de visualizar no
terreno, com espaços amplos, com
lugares de passagem, com lugares de
estacionamento. Permite verificar hoje,
que essa questão também é uma falsa
questão e é possível circular sem
grandes problemas, não havendo,
portanto, esse prejuízo como se diz
relativamente ao trânsito. Agora, a
Câmara teve em conta opiniões, e foi
tendo em conta opiniões de outras
entidades e de outros sectores, tendose feito alguns ajustes relativamente
ao projecto. É evidente, partindo do
princípio que é a Câmara que tem de
decidir uma intervenção, quando há
um ponto claro de divergência, a
Câmara tomará uma opção assumindo
a sua responsabilidade. Ao gerir a
Câmara, tomamos as decisões que
nos parecem melhores.
J.P. - Relativamente à remodelação Escolar a Câmara fez tudo o
que se tinha proposto a fazer em
2008?
P.M. - Eu gostava que tivesse
andado mais depressa. Tendo em
conta a capacidade de meios logísticos
e financeiros, estamos a fazer o
trabalho que definimos. Fizemos
intervenções em Santo Amador, no
Fojo, estamos praticamente a concluir
a intervenção da Porta Nova e
estamos, neste momento, a preparar
o processo para o lançamento do
concurso da Escola de Santo Aleixo.
Fizemos o processo de aquisição de
mobiliário, de equipamento para as
Escolas, de criação de condições de
disponibilização de apoios para essa
área e estamos a cumprir o programa
que lançámos, o + Educação, e
estamos de facto a encarar a
educação como uma prioridade. A
única coisa a que de facto nós
dissemos sempre de forma clara não,
porque não estamos de acordo com o
modo como o processo foi
desenvolvido, foi não queremos ficar
com a gestão de competências em
matéria de pessoal. Achamos que essa
questão deve ser resolvida e ter um
outro enquadramento pelo Ministério
da Educação.
J.P. - Quanto às alterações ao
Plano de Circulação e de
Ordenamento do estacionamento, foi feito o melhor possível ou
pensa-se fazer alterações?
P.M. - Este plano foi elaborado já
há alguns anos, no anterior mandato.
Foi desenvolvido, houve debates
públicos, houve apresentações, e pela
primeira vez, olhou-se para a cidade
de uma forma global, porque até aqui
o que se fazia – e não estou aqui a
desprezar o que quer que seja – eram
remodelações avulsas. O que se
procurou fazer foi olhar de uma forma
mais global, com o apresentar de
propostas do ponto de vista do
ordenamento, da circulação e do
estacionamento. É evidente que uma
alteração dessa natureza, e que as
propostas
que
nos
foram
apresentadas e estão hoje no terreno,
alteraram significativamente a
circulação do trânsito na cidade. Como
é evidente, uma intervenção deste tipo,
não se pode fazer de um dia para o
outro, não se pode fazer de uma
assentada. Tem de ser feita por fases,
de acordo com prioridades que foram
definidas com o Grupo de Trabalho do
Trânsito, e com o critério de atenção e
de alerta sob a forma como as
questões estão a evoluir. No caso de
se considerar, como já aconteceu, que
aquele sentido de trânsito não é o mais
adequado, ou a proibição do
estacionamento dessa forma não é a
mais ajustada, nós devemos fazer
essa alteração; mas estando o
essencial e o princípio base concluído
devemo-lo fazer e temo-lo feito
ouvindo opiniões e sugestões, e
estamos disponíveis para continuar a
ir avaliando quais as necessidades e
sempre que necessário ir fazendo
ajustamentos. A intervenção efectuada
visou tornar o trânsito mais expedito,
o que implica um critério, que
obviamente é discutível, que é o dos
sentidos únicos, que é impedir que haja
engarrafamentos e problemas na
circulação. E tudo isto porque havia
estacionamento abusivo, porque o
trânsito circulava nos dois sentidos,
verificando-se problemas dessa
natureza. Sabemos que os sentidos
únicos têm o inconveniente de termos
de dar mais voltas, para chegar a um
determinado sítio. Por outro lado, uma
intervenção importante que foi feita,
teve a preocupação de nós não termos
de estar sempre prisioneiros do carro,
da viatura. Nós temos um pouco esse
hábito. Vamos beber café e queremos
que o carro fique mesmo à porta. Há
que criar espaço para as pessoas, e
esse era outro princípio que estava
na base deste plano, de forma a criar
zonas onde os peões pudessem ter
um papel mais importante do que os
carros. Nesse sentido foi feito nas
Ruas das Molejas, 1º de Dezembro, e
também Serpa Pinto e República
obedecendo um pouco a esse
princípio, embora hoje nós saibamos
que é preciso acompanhar bem a
evolução dessa situação. O diálogo
que nós pretendíamos que se fizesse
de uma forma pacífica entre o peão e
o automobilista,... há ali alguns
problemas. Não há passeios… mas um
passeio é o que é, nós temos de
respeitar os passeios. E aqui eu faço
um apelo a todos: aos automobilistas,
às autoridades, para quem na Câmara
tem responsabilidades nesta matéria,
para ter esta questão em devida
atenção, e cumprirmos as regras que
estão definidas. Também se for
preciso fazer este ou aquele
ajustamento, estaremos cá para o
fazer.
Reportagem e Notícias
1 de Janeiro 2009
A PLANÍCIE
Entrevista com José Maria Pós-de-Mina, presidente da autarquia
J.P. - Qual o contributo da
Câmara para atrair investimento
para o concelho de Moura?
P.M. - Essa é uma das nossas
preocupações. Por isso lançámos
processos importantes, quer na área
da energia, quer na área do turismo e
também temos acompanhado e
incentivado processos na área da
agricultura; demos corpo à bolsa de
empreendedores. Tendo hoje uma ideia
mais clara daquilo que são as
intenções de diversos investidores,
apoiamos e estamos inseridos no
fundo de apoio às micro-empresas,
com o Programa de Apoio às
Actividades Tradicionais (Programa
PRATA), sempre com a preocupação
de que é necessário investir e criar
emprego nas nossas prioridades.
Consideramos que devemos atender
àquilo que são os projectos de grandes
investimentos, que criam muitos postos
de
trabalho,
como
também
consideramos
aqueles
mais
pequenos, como o caso da pessoa
que desenvolve a sua actividade.
Considero muito importante a
assinatura recente dos primeiros
contratos do Programa PRATA, que
são intervenções mais pequenas, mas
também fundamentais para garantir
que este concelho tenha uma visão
dinâmica. Sobretudo que não dependa
apenas deste ou daquele sector, daí a
questão da nossa diversificação.
Os projectos PIN (Projecto de
Interesse Nacional) para nós são
importantes. Tratam-se de projectos
para os quais há um reconhecimento
nacional, e nós queremos que no caso
daqueles que estão aprovados – no
caso do concelho de Moura dois -, um
deles está praticamente concretizado,
o outro foi agora aprovado pela Câmara
- o Plano de Pormenor. Pensamos que
possuem todas as condições, para ter
visibilidade durante o próximo ano
[2009] em termos práticos. Há um
outro projecto, uma outra candidatura,
que está neste momento em
apreciação pelas entidades, e aqui é
curioso verificar que nós identificámos
três áreas importantes para o
desenvolvimento do concelho de
Moura: agricultura, energia e turismo.
Pois é precisamente aí que surgem
intenções e projectos candidatados a
PIN e em todas estas áreas nós
também temos projectos de média e
pequena dimensão que são
importantes. Significa isto, que fizemos
a leitura adequada dos sectores e das
dinâmicas que o concelho podia ter
como áreas principais, sem querer isto
dizer, que não haja outras áreas
importantes, como é o comércio.
um dos proprietários está a
desenvolver e a preparar o projecto.
(…)
Na Sociedade Monte das Brenhas,
onde existe um investimento de cinco
milhões de euros, que está aprovado,
falta apenas o promotor levantar a
licença para começar as obras. O
Hotel de Moura tem um projecto que
prevê mais do que duplicar a
capacidade em termos de quartos,
está a aguardar pelo Plano de
Pormenor de Salvaguarda e
Reabilitação do Centro Histórico de
Moura. Estamos a falar de projectos
que se estão a desenvolver. O que
nesse aspecto o município de Moura
não perde com ninguém.
J.P. - Como se tem feito o
desenvolvimento da agricultura
com os constrangimentos da
Rede Natura?
P.M. - A Rede Natura é um
J.P. - Há projectos ancorados
constrangimento, e a Câmara de Moura
no Grande Lago em Reguengos e
tem procurado intervir juntamente com
Portel. Como é que Moura, uma
as Associações de Agricultores e
cidade tão perto ainda não tem?
outras entidades, para que essa
Há falta de receptividade da
questão fosse olhada de outra forma.
Câmara para estes projectos?
Aqui há claramente responsabilidades,
P.M. - Não tenho intenção de fazer
quer a nível do Governo português,
comparações.
Não
tenho
quer da União Europeia, visto que
conhecimento de
algumas
das
nenhum projecto
normas
são
do ponto de vista
comunitárias,
turístico, e falo de
mas pensamos
projectos na zona
que o caminho
de Alqueva, que
que tem sido
esteja
neste
seguido é erraAs opções do Plano para 2009 têm a particularidade de serem
momento
em
do. A agricultura
opções de fim de mandato. A principal preocupação é o
construção. Tudo
é uma importante
cumprimento dos projectos e das intervenções que estão neste
o que conheço
base da nossa
momento a decorrer, das prioridades que assumimos para com
são intenções de
economia na qual
oelitorado. Não consideramos que fosse pertinente ou apropriado,
projecto, nenhum
devemos contique no último ano entrássemos com questões novas e com
neste momento
nuar a apostar.
inovações. Portanto, mantêm-se as três áreas prioritárias para
está no terreno.
Consideramos
cumprir aquilo a que nos propusemos: abastecimento de água,
Os que existem
importante algueducação e desenvolvimento, as intervenções nos parques de feiras
são de iniciativa
mas iniciativas,
e desportivos e, do ponto de vista da acção social, que também são
privada e estão
concretamente
aspectos importantes.
fundamentalmente
no regadio, e do
ligados às áreas
ponto de vista da
que foram defiiniciativa mais
nidas nos Planos
privada, de plande Alqueva, como áreas de interessa e temos de fazer é criar tação de olivais e da instalação de
Implementação de Empreendimentos condições para que eles se novos lagares. Há um caminho
Turísticos, que no caso do concelho
desenvolvam no terreno. O concelho
importante a percorrer, no qual a
de Moura estão identificados três.
de Moura, não tem menos capacidade
Cooperativa Agrícola de Moura e
Zona T13 Moura/Ardila, para a qual o
de atracção e não existe da Câmara Barrancos tem um papel de relevo para
projecto foi apresentado e o Plano Municipal
de
Moura
menos
a notoriedade do concelho nesta área.
aprovado na última reunião e que vai consideração para com estes
(…)
agora para a conferência de Serviços, projectos. (…)
Nós damos atenção a todas as
importantíssimo em termos de
Quando falamos de atracção de áreas e o concelho de Moura precisa
investimento e de ambição de criação investimentos, estamos a esquecer dos pequenos, médios e grandes
de postos de trabalho. Outra zona que no concelho de Moura foi feito um investimentos. Todos são importantes.
identificada em Moura é a da UT10, na investimento de 250 milhões de euros,
zona da Barragem, onde os
e que de uma só assentada foram
J.P. - Como vê a prestação de
proprietários têm um papel muito
criados cerca de uma centena de
cuidados de saúde no concelho
importante a desempenhar, alguns são postos de trabalho, além de outros
de Moura?
os mesmos proprietários da zona T13. projectos,
intervenções
e
P.M. - Penso que é uma situação
Nós não podemos ter a ambição de
perspectivas de desenvolvimento. de insuficiência. Necessitaria de mais
fazer tudo ao mesmo tempo, e para a Falo também do Ninho de Empresas, é
técnicos de saúde, nomeadamente
mais com as mesmas pessoas.
evidente que há iniciativas e projectos
médicos. As freguesias rurais estão
Concluímos agora a T13 e vamos e a Câmara dá o seu apoio, como é desprotegidas, têm médico uma ou
avançar. (…) A outra área de
natural. A Câmara não se pode duas vezes por semana. Realmente era
intervenção é a área da UT6, Aldeia substituir aos privados. Tem de criar
necessária uma política mais ofensiva
da Estrela, para a qual neste momento condições para atrair investimento, e
na questão da colocação de médicos
Grandes Opções do Plano
que poderia eventualmente ser
resolvida com o Serviço de Urgência
Básica (SUB), porque este serviço,
para além de equipamento, implica
também uma equipa própria, que faz
funcionar o serviço o que implica
deixar os outros médicos livres para
a sua função de atendimento. Temos
hoje algo que já não se verificava
desde há muitos anos: a existência
de pessoas no concelho de Moura sem
médico de família, uma situação que
implicaria por parte das autoridades
de Saúde uma outra atenção, e neste
caso concreto do SUB, que as coisas
andassem mais depressa. Tínhamos
informação que as obras ficariam
concluídas no final deste ano [2008]
afinal ainda nem se iniciaram, e a
Câmara tomou uma medida que
ultrapassa a esfera das suas
responsabilidades. Dissemos que
estávamos disponíveis para pagar
uma parte do SUB, que era do ponto
de vista da obra pagar tanto quanto
paga o Ministério da Saúde. Parece
que as obras são financiadas a 70%
pelos Fundos Comunitários e nós
dissemos que pagaríamos 15%, logo
que houvesse alguém que pagasse
os outros 15%. Também julgamos que
é importante a existência de um sector
de internamento no concelho de Moura.
Sempre defendemos que no concelho
de Moura devia existir um Hospital ou
um Centro de Saúde com
internamento, depois mas tarde
desenvolvemos esforços para que
houvesse uma unidade de apoio
integrada e nesse sentido tentámos
estabelecer parcerias com várias
unidades e não encontrámos o
interlocutor adequado, e agora a
Câmara tomou uma decisão
importante. Houve uma IPSS que fez a
proposta e a candidatura para a
criação de uma entidade de cuidados
continuados, quer ficará próxima das
instalações do Atlético Moura Clube, e
temos informação de que as coisas
estão a evoluir no bom sentido. Com a
criação desta unidade, o concelho de
Moura subiria uns degraus do ponto
de vista da saúde. (…) seria também
importante adequarmos os recursos
que temos, na questão do transporte
de doentes(…)
Herdade da Contenda - Assembleia Municipal de Moura toma posição
N
a sua reunião ordinária de 12
de Dezembro do ano findo, a
Assembleia Municipal de Moura
tomou posição sobre a passagem à
mobilidade especial de 11 dos 13
funcionários da Herdade da Contenda,
considerando a situação inadmissível.
A Assembleia não só pediu a
revogação desta decisão, como ainda
considerou a deliberação do Ministério
da Agricultura uma sentença de morte
àquele espaço, acusando a tutela
dirigida por Jaime Silva de má fé, pois
não respeitou o acordo que assinou
com a Câmara Municipal. A Herdade
da Contenda foi um dos assuntos
debatidos no último “Pontos de Vista”,
o popular programa da Rádio Planície
que reúne as três maiores forças
políticas do concelho. António
Ventinhas, do PS, revelou que a
concelhia socialista já iniciou
contactos com o Governo Civil de
Beja, com os deputados socialistas
eleitos por Beja e com o Gabinete do
Secretário de Estado da Agricultura, e
garantiu aos trabalhadores da
Contenda, que o PS de Moura fará tudo
ao seu alcance para inverter a
situação. Rafael Rodrigues, do PCP,
aceita que o PS de Moura esteja
preocupado, mas acusa o Governo
socialista de usar esta política de
mobilidade, o que tem provocado o
abandono do serviço público. Por sua
vez, Simão Janeiro, do PSD, refere que,
devido a esta política de mobilidade
adoptada pelo Governo de José
Sócrates, vai surgir um problema
social, no caso da Herdade da
Contenda, pois esta situa-se numa
zona social e economicamente
deprimida. A possível passagem a
Regime de Mobilidade de 11 dos 13
funcionários da Herdade da Contenda
continua a dar que falar.
Notícias
A PLANÍCIE
C u r t a s
Notícias
1 de Janeiro 2009
A maior central fotovoltaica do mundo, situada na Amareleja, entrou segunda-feira, 29 de
Dezembro, em funcionamento, com um investimento total de 261 milhões de euros..
Central Fotovoltaica
já fornece rede nacional
“Turismo do Alentejo” - Energias
Renováveis
A Turismo do Alentejo iniciou o ciclo dos “Encontros Empresariais Alentejo
Turismo 2015” com um encontro, subordinado ao tema “A Eficiência Energética”,
procurando sensibilizar os empresários do sector, para a utilização das
energias renováveis nas suas unidades. Ceia da Silva, presidente da Entidade
Regional de Turismo, defende uma região “verde”, pois considera que só as
regiões recomendadas, do ponto de vista ambiental, poderão ter capacidade
de atrair turistas.
Terras do Grande Lago Alqueva
Francisco Chalaça é o presidente
Foi escolhida a direcção para a entidade regional de turismo do pólo de
desenvolvimento turístico do Alqueva, que adoptou o nome de “Turismo Terras
do Grande Lago Alqueva” e que vai ficar sedeada em Reguengos de
Monsaraz. Francisco Chalaça encabeçava a única lista, tornando-se assim o
presidente da direcção deste pólo turístico. Além de Francisco Chalaça a lista
é composta por Dimas Ferro, técnico da EDIA, Sofia Vieira, directora do
Refúgio da Vila, em Portel, João Nabais, presidente da Câmara Municipal de
Alandroal e José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de
Moura. Recorde-se que esta entidade compreende os municípios de Alandroal,
Barrancos, Moura, Mourão, Portel e Reguengos de Monsaraz.
A tomada de posse dos Orgãos Sociais da Turismo Terras do Grande
Lago Alqueva - Alentejo, decorrerá no próximo dia 5 de Janeiro de 2009, às
15 horas, no Salão Nobre do Município de Reguengos de Monsaraz.
•
Localizada na Amareleja, concelho de Moura, tem 46 MWp de potência e produzirá anualmente
93 milhões de kWh, o equivalente ao consumo eléctrico de mais de 30 mil lares portugueses.
•
Ocupa uma área de 250 hectares e é composta por 2.520 seguidores solares, com 262.080
módulos fotovoltaicos.
•
A Central, detida a 100% pela ACCIONA, reforça a liderança mundial da empresa no campo das
tecnologias energéticas solares.
A ACCIONA Energía colocou em funcionamento o parque solar fotovoltaico da Amareleja (Moura), o maior em todo o
mundo com este tipo de tecnologia, após um tempo recorde de construção de 13 meses. Com 46 MWp de potência,
representa um investimento de 261 milhões de euros. A instalação produzirá 93 milhões de kWh, energia suficiente para
suprir o consumo de mais de 30 mil lares portugueses, e evitará a emissão de 89.383 toneladas anuais de CO2. Com este
projecto, a ACCIONA – Companhia de referência mundial em energias renováveis – reforça a sua liderança internacional
em energia solar. Em Espanha, a empresa tem já instalados 68 MW fotovoltaicos e 100 MW termosolares em construção,
e é ainda proprietária, nos EUA, da maior estação solar termoeléctrica (64 MW) instalada nos últimos 17 anos.
250 hectares de área
Entidade Regional de Turismo do
Alentejo - PCP justifica adesão das
autarquias comunistas
Depois de terem afirmado que não iriam aderir à Entidade Regional de
Turismo do Alentejo, as autarquias comunistas recuaram na sua decisão.
Miguel Madeira, presidente da DORBE do PCP, justificou esta decisão,
afirmando que foi o PS que mudou. O responsável acredita que a presença
do PCP na Turismo do Alentejo e nos Pólos de Alqueva e do Litoral Alentejano
será para continuar a defender o que para eles é importante, ou seja, refere,
os interesses das populações e os seus direitos. Miguel Madeira considera
que a nova legislação para o sector compreende muitos riscos e poucos
benefícios. Por essa razão o presidente da DORBE esclarece que os
comunistas estão vigilantes, para que não se confunda turismo com interesses
mobiliários. Miguel Madeira acrescentou ainda que o PCP entende que o
Alqueva não deve ter fins exclusivamente turísticos, mas deve estar também
ao serviço da agricultura da região.
A central solar fotovoltaica de Amareleja pertence na totalidade à ACCIONA, que adquiriu em Janeiro de 2007 as
acções da sociedade proprietária dos direitos de instalação (Amper Solar) aos seus accionistas de então: Câmara
Municipal de Moura (88%), Comoiprel (2%) e à consultora Renatura Networks.Com (10%). A central ocupa uma área de
250 hectares na freguesia de Amareleja, concelho de Moura, e é constituída por 2.520 seguidores solares “Buskil”, de
tecnologia ACCIONA, cada um com 140 m2 de superfície (13 metros de comprimento por 10,8 metros de altura). Cada
seguidor solar alberga 104 módulos de silício policristalino, de 170 e 180 Wp de potência, o que significa um total de
262.080 módulos fotovoltaicos no conjunto da central solar. Os seguidores desenvolverão um movimento azimutal de
240º de volta seguindo a parábola do sol, com uma inclinação fixa de 45º. Os seguidores solares azimutais são
dispositivos mecânicos que orientam os painéis solares perpendiculares ao sol, desde a alvorada, a leste, até ao poente,
a oeste.Os primeiros 3 MW foram instalados em finais de 2007, com ligação provisória em Março de 2008. Durante o ano
de 2008 foi feita a instalação do restante campo solar e, paralelamente, a construção da linha de evacuação de
electricidade, concluída a semana passada com a ligação da central à rede.
Construída pela ACCIONA Solar
A ACCIONA Solar – filial da ACCIONA Energía - foi a empresa responsável pela construção da central, onde trabalharam
em média 150 pessoas, chegando-se a um máximo de cerca de 500 trabalhadores em determinados períodos temporais.
Turismo no Alentejo
Orçamento de 5 milhões para 2009
A Turismo do Alentejo aprovou por unanimidade o Orçamento para 2009,
que vai contar com uma verba de 5 milhões de Euros. De acordo com Ceia
da Silva, presidente da direcção da Entidade Regional de Turismo do Alentejo,
tal montante é suficiente para que o projecto ambicioso possa atingir os
seus objectivos. O mesmo responsável considerou ainda, que o Orçamento
e o Plano de Actividades para o próximo ano acarretam mais
responsabilidades, já que a aprovação por unanimidade demonstra um voto
de confiança atribuído pela assembleia-geral, autarcas e operadores
privados.
Cumprimento de objectivos em Portugal
A central solar fotovoltaica de Amareleja (Moura) contribuirá para o cumprimento dos objectivos definidos pelo
Programa E4 de Eficiência Energética e Energias Renováveis aprovado pelo Governo português, bem como para cumprir
com os compromissos assumidos por Portugal quanto à redução da emissão de gases com efeito estufa. No que se
refere à questão fotovoltaica, o objectivo português é de 150 MW, contribuindo a Central de Moura com 30% deste valor.
A instalação alentejana criará ainda riqueza e postos de trabalho a nível local e será uma referência no desenvolvimento
da energia solar.
ACCIONA, líder em energias renováveis, infra-estruturas e serviços.
ACCIONA Energia é líder mundial no sector das energias renováveis. No respeitante a energia eólica, implementou até
30 de Setembro de 2008 um total de 5.577 MW em 200 parques localizados em 14 países, sendo 4.105 MW em parques
propriedade da empresa. Para além da actividade em energia solar, o Grupo conta também com três centrais de biomassa
– uma delas de 25 MW por combustão de palha – e 59 MW em mini-centrais hidroeléctricas. Produz geradores com
tecnologia própria e elabora biodiesel de qualidade homologada.
Reportagem
1 Janeiro 2009
A PLANÍCIE
No programa da Rádio Planície “Pontos de Vista” em que como habitualmente juntamos as três forças políticas mais representativas do concelho, quisemos fazer um
balanço ao trabalho do executivo camarário durante o ano que findou. Naturalmente que não constituiu surpresa para nós, nem para ninguém supomos, as divergências
constatadas. Os nossos leitores, também aí em casa, formularão os próprios juízos. No estúdio estiveram António Ventinhas e Álvaro Azedo, pelo partido Socialista, Rafael
Rodrigues, pelo Partido Comunista Português e Simão Seita Janeiro, pelo Partido Social Democrata.
Autarquia – 2008
Três juízos
diferentes
Remodelação da rede de
águas e do parque escolar
PS:
O ano de 2008 foi pautado pela polémica, desde
as obras da Escola da Porta Nova, passando pela questão da
remodelação da rede de águas, até à questão do turismo. A Câmara
meteu água. Falta capacidade à Câmara para ouvir as pessoas. O
que está em causa, não é a bondade das obras, mas a forma
como se processam, a forma atabalhoada como têm decorrido. O
POPA (Programa Operacional Regional do Alentejo) permitiu
desenvolver as obras de remodelação de água, que foram mal
planeadas, já se deitaram fora 185.000 contos…a obra já não é
elegível no QREN. Só as dívidas a fornecedores aproximam-se
dos 3, 7 milhões de euros. A Câmara está numa situação financeira
difícil, é bom que não tenhamos ilusões em relação a isso, tem
contratualizado empréstimos atrás de empréstimos, para avançar
com estas obras.
A questão da água já podia ter sido resolvida com as Águas de
Portugal, mas só agora a Câmara revelou a sua incapacidade
para levar para a frente um projecto dentro da filosofia
intermunicipal; vamos ver que tipo de contrato agora vai o município
assinar.
Prestação de cuidados de
saúde
PS:
O serviço aqui não é de urgência, se bem que
se chame assim. O privado tem o seu lugar, e há pessoas que não
querem estar sujeitas à espera. Quando preciso de ir ao médico
vou ao público, apesar de ter um seguro de saúde e poder recorrer
ao privado. O privado parece uma máquina de registar que está
sempre a tentar atingir o plafond.
As obras do SUB (Serviço de Urgência Básica) no Centro de
Saúde de Moura já estão a decorrer, passei lá e já lá estão os
tapumes e os materiais.
A adesão da CMM à Entidade
de Turismo do Alentejo
PS:
Havia 60 entidades ligadas ao turismo, que não
eram mais do que sorvedoras de recursos. O partido comunista
como viu que a sua influência ia ser substancialmente reduzida,
começou a andar para trás, apresentando até uma providência
cautelar no Tribunal de Beja.
Obviamente que julgo que é importante a participação de Moura
na nova Entidade de Turismo. É uma questão importante, à qual
não se deve sobrepor as questões económicas. Penso que
ficámos muito melhor; ficamos no coração do Pólo de Alqueva,
inclusive com o Presidente da Câmara Municipal nos órgãos
executivos.
PCP:
A saúde é da completa responsabilidade do
Governo. Pessoalmente nunca tive quaisquer problemas ou
queixas dos cuidados de saúde, directa ou indirectamente.
No caso do SUB, a Câmara ofereceu-se para pagar até 30 mil
euros do custo das obras logo que houvesse quem financiasse
os outros 15%.
Havia queixas evidentes no Posto de Saúde de Santo Amador,
sendo que a Câmara financiou as obras ao espaço. Todos os
anos a Câmara apoia o estágio de jovens médicos, na expectativa
de que algum se apaixone por Moura e fique por cá. Veja-se a
benevolência da oposição em relação ao atraso das obras do
SUB e o ataque às obras de remodelação da rede de águas…
PCP:
No Alentejo tínhamos três regiões de turismo,
passamos a ficar com três entidades de turismo. Sem qualquer
aviso à navegação, o Governo resolveu ceder à pressão dos
privados e dos empresários. A promoção do turismo no Alentejo
não é uma ideia nova, que agora foi descoberta; já havia uma
marca Alentejo e já se fazia a sua promoção. Foi uma malfeitoria
do Governo, indecente, uma coisa que não se faz e demonstra a
manipulação partidária que o PS teve nesta questão. É uma leitura
mais do que política, é uma leitura e um exercício partidário para
ter o poder, é chantagem governativa, e é mais despesa pública
criada pelo Governo.
PSD:
PCP:
As prioridades da autarquia estavam definidas
desde o início: remodelação da rede de águas, remodelação do
parque escolar e desenvolvimento do programa + Educação e
incentivos à economia. A questão das infra-estruturas da rede de
água deixou-nos satisfeitos. Não metemos água, metemos foi
condutas.. Não andámos a contrair empréstimos atrás de
empréstimos; Contraímos um empréstimo de 3, 5 milhões no início
do mandato para as obras de abastecimento de água em alta e
para as obras do Sobral de Adiça, e foi o único contraído neste
mandato. Não há dinheiro deitado fora, há investimento e estamos
a resolver em definitivo a questão da água, e investimento nunca
é prejuízo. Não tenho dúvidas de que a questão da água enquanto
bem público é uma questão ideológica, e actualmente estamos a
preparar um protocolo com as Águas de Portugal, que vai permitir
que a gestão da água continue a ser gerida na esfera pública.
Não concordo que o executivo camarário sofra de autismo ou
de incapacidade para o diálogo. No projecto da Salúquia fizemos
quatro reuniões com a população. Fomos lá com o projecto na
mão e ninguém disse que não. O projecto da Porta Nova foi
aprovado na Câmara por unanimidade pelos eleitos do PS e da
CDU; os três vereadores do PS terão de repartir críticas e louros.
Quanto ao Plano de Ordenamento do Trânsito foram anexados os
contributos, incluindo as propostas apresentadas pelo PSD, foi
estudado com a Polícia, os Bombeiros e a PSP.
Acho que a questão da saúde está como
sempre esteve, não vou dizer que piorou, mas não vou dizer que
melhorou; não estou a pôr em causa a qualidade dos técnicos que
lá estão, mas dos que lá faltam. O problema prende-se com os
serviços de proximidade, mas a saúde, tal como a educação, são
áreas ainda muito centralizadas.
Incentivos à economia e ao Agricultura, Herdade da
Contenda e a Rede Natura
turismo
PS:
É pena não terem criado mais programas,
privados ou públicos, todos eles são bem-vindos… Aqui o Governo
com o PROAP veio criar uma janela de oportunidades para o
concelho. Temos uma perspectiva, se houver unhas para tocar
esta viola, em 10/15 anos Moura até pode ver a sua população
duplicada.
PCP:
PSD:
Algumas obras encetadas são positivas, mas
temos de reconhecer que a forma como decorreram não foi a
melhor, porque geraram polémicas. São propostas de louvar, o
que estamos aqui a dizer é que não concordamos como foram, de
onde resultaram prejuízos para a população. Penso que a CDU vai
deixar este concelho marcado, não digo definitivamente porque
algumas no futuro serão alteradas.
O balanço que faço da actividade do executivo em 2008 é que
não só foi mau como prejudicial
Não se deve falar na água que se poupa, mas sim na que se
perdeu nos últimos 10 anos.
Há algum autismo por parte de quem dirige a Câmara, não é
ouvir só por ouvir, pela perspectiva democrática. Há coisas que
não vemos realizadas, e não sei se não será por teimosia. Já
tiveram a capacidade de mudar a questão de ordenamento do
trânsito?
Gostava que os projectos fossem mais participados e mais
contextualizados, com os partidos e com a população. Há algum
trabalho a envolver o Meio Local, mas sem substrato.
PSD:
Acho esta disputa pela gestão do turismo
inglória… Fazem umas representações numas feiras, e que mais?
Via com melhores olhos que fossem as autarquias a tratar do
turismo. Como é que o Governo deixou cair Alqueva e as aldeias
ribeirinhas em prol dos PIN? Estes PIN são manobras para
contornar questões legais.
Penso que é evidente o contributo da Câmara
na criação de emprego e na criação de condições para o
desenvolvimento económico. Julgo que Moura tem sido um bom
exemplo para o País, da dinâmica económica. Veja-se o caso das
energias renováveis. O Plano do Empreendimento da Defesa de
S. Brás está feito e temos dado toda a prioridade, numa parceria
muito saudável; é um projecto privado, embora a Câmara esteja a
acompanhá-lo de perto.
Mas não gostamos só de grandes projectos, reconhecemos a
importância das pequenas e médias empresas, por isso criámos
o FAME e o PRATA. Dentro do possível e do que a legislação
permite, a Câmara tenta fazer as aquisições no mercado local, o
que é importante para a dinamização da economia local.
PSD:
Estes programas de apoio são positivos, mas
às vezes é preciso acautelar a quem se facilitam… esta é uma
região muito pobre e deprimida. Num só dia foram candidatar-se
25 pessoas ao subsídio de desemprego.
PS:
Temos 50% do concelho em Rede Natura. A
questão do regadio também ainda não chegou cá. A agricultura já
só representa 2% do PIB. Há sempre vários interesses, existem
na agricultura alguns vícios, as explorações não podem estar a
contar com os subsídios.
Relativamente à Contenda não podemos estar num ano a assinar
protocolos e no outros a tentar revertê-los. Não tenho dúvidas
que a Câmara Municipal de Moura, não tem vocação para a
direcção da Contenda. O estado a que chegou!..., tem lá 28
barragens.
PCP:
O despacho de passagem dos funcionários
da Contenda para o regime de mobilidade está já publicado em
Diário da República. A Contenda está completamente abandonada
pelos serviços florestais, eles não fazem nem deixam fazer. As
palavras são bonitas, mas os actos é que são importantes. O
serviço público defende-se com acções e com pessoas.
PSD:
Hoje cada um abre a boca e diz o que quer; o
que me causa perplexidade é que venha uma providência cautelar
deitar abaixo o que era reserva ecológica. Os barros de St. Amador,
terras de 1ª qualidade, são só para os grous…
A agricultura está no estado em que o Governo a colocou.
Pode ser que o Governo crie para aí algum PIN para a agricultura
que salve isto.
Opinião
A PLANÍCIE
Artigo
Por: Amilcar Mourão
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Artigo
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Por: Santiago Macias
Avenida da Salúquia, n.º 34
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“ …A Deus Pedi que removesse os duros,
Casos que Adamastor contou futuros.”
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O Pilriteiro da Ponte do Coronheiro
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ua Excelência o Senhor Primeiro-ministro avisou os portugueses, talvez ainda influenciado
pela terminologia do “Magalhães” que o ano de 2009 vai ser o “O Cabo das Tormentas”.
Em bom rigor isto pouco no diz e pode mesmo haver várias interpretações das palavras de
José Sócrates, conforme aquilo que se queira entender como “Cabo das Tormentas”. Se fizermos
uma interpretação mais literal, a saber: “Eu sou aquele oculto e grande cabo, a quem chamais vós
outros Tormentório,…” Verificamos que tal afirmação não é exacta, dado que não há nada de oculto
na crise social e financeira que o país atravessa, bem pelo contrário. Logo podemos avançar para
outras interpretações. Na óptica da oposição politico-partidária e dos largos milhares de descontentes
com este governo, esta afirmação poderia significar o fim do consulado de José Sócrates, dobrar o
cabo das tormentas poderia ser entendido como livrar-se do Adamastor que aterroriza os corajosos
navegantes lusos que assim poderão livremente prosseguir a sua viagem para oriente, para as
terras da canela e da pimenta e quem sabe até para a Ilha do Amores. Não creio, no entanto, que
Sócrates estivesse a predizer a sua própria derrota, a anunciar aos portugueses que iam ver-se
livres dele em 2009. Portanto e por exclusão de partes, creio que o que José Sócrates queria
significar era que 2009 seria o ano mais difícil por ser aquele em que, supostamente, se terá de
enfrentar os efeitos mais alargados e profundos e encontrar medidas para ultrapassar a malfadada
crise que nos vêm estrangulando. Só que isto também não é exacto e esse é o principal problema.
Na realidade os efeitos da crise fizeram-se sentir de modo mais profundo no segundo semestre de
2008 do que se farão sentir em 2009. Não porque o governo tenha feito algo por isso, as medidas
anunciadas são absurdas e inconsequentes, mas porque os juros e os preços do petróleo estão a
baixar a olhos vistos e isso irá dar algum desafogo às empresas e famílias, pelos menos no princípio
do ano, apesar do governo se preparar para diminuir esse desafogo com os aumentos dos preços
da electricidade. Já agora vale a pena parar um pouco aqui e analisar porque razão o Senhor
Ministro das Finanças veio a público ameaçar a banca por não colocar liquidez no mercado. Os
bancos, grosso modo, vivem de emprestar dinheiro, então porque razão dificultam a obtenção de
empréstimos? Simplesmente porque as análises de riscos dizem-lhes que determinados empréstimos
não serão mais do que balões de oxigénio para as empresas e que estas não terão capacidade de
os reembolsar. O problema não se ultrapassa com empréstimos a empresas porque o problema não
é falta de liquidez conjuntural, o problema é falta de mercado, o problema está do outro lado, do lado
da procura, o problema é falta de liquidez dos consumidores. E, retomando o raciocínio, aqui está o
grave da afirmação porque demonstra que mais uma vez este governo ainda não percebeu qual é o
verdadeiro problema da nossa economia, porque demonstra que José Sócrates continua a viver
num país de “faz-de-conta”, numa ilusão muito própria onde acha que criou 150 mil postos de
trabalho, onde não asfixiou a classe média com impostos e reduziu abruptamente o poder de compra
e o mercado interno e onde não destruiu as pequenas e médias empresas com exigências
incomportáveis e sem lhes dar nenhum apoio para o seu desenvolvimento. O grave é que José
Sócrates ainda não percebeu que as pequenas e médias empresas são as responsáveis por mais
de 80% dos empregos e que vendem para o mercado nacional e que sem mercado interno e com uma
crise internacional e sem apoios efectivos nunca passarão a vender para o mercado externo de um
dia para outro em alternativa ao nacional porque lá também há empresas e têm apoios maiores, dos
respectivos governos, do que as portuguesas têm deste governo. O grave é que José Sócrates
ainda não percebeu…nada…
Boas Festas e que 2009 seja mesmo a dobragem do Cabo das Tormentas e dos nossos Tormentos.
C
orrinheiro ou currinheiro? Para o caso tanto faz. Nós dizíamos assim mas nenhuma destas
palavras existe; talvez a palavra certa seja coronheiro (aquele que faz coronhas). O sentido
bélico dado à árvore faz todo o sentido, mas já lá vamos. O pilriteiro ficava ao lado direito da
curva, antes da ponte, à saída para a Póvoa. Ficava na umbria, o que nos dias mais escuros lhe dava
um ar de mistério e de medo que a gente não conseguia explicar.
O pilriteiro foi abaixo no outro dia. Há árvores assim, que morrem de pé. E que têm de ser abatidas.
O pilriteiro da ponte do corrinheiro era a nossa playstation, os pilritos os nossos DVD. Como nos
jogos modernos havia níveis. O elementar, nos ramos mais baixos. O intermédio mais acima, o nível
dos profissionais lá no pingurito. O pilriteiro era ponto de peregrinação obrigatória, qualquer que
fosse o nosso poiso habitual. É claro que a geografia sentimental da nossa vila tinha outros sítios (a
bica do Leão, o pego dos marmeleiros, o dique, as amoreiras da estrada do Sobral), mas nenhum
deles tinha o grau de desafio e a exigência do pilriteiro da ponte do corrinheiro. Digo eu, mas outros
dirão, decerto, coisa diferente.
Os pilritos chupavam-se depressa, pouca carne até se chegar ao osso. Convertiam-se então em
arma letal. Quando comecei a escola primária os caroços eram arremessados com força através de
canas. Sopradela aqui, sopradela ali, à cata dos inimigos mais odiosos. Com frequência, a actividade
bélica acabava mal, um par de chapadas, armas confiscadas, amargura e castigos. Quando terminei
a escola primária, as canas tinham dado lugar, sinal dos tempos, a tubos de plástico, sobras de
trabalhos de electricidade, diligentemente pedidos na loja do sr. Chico Araújo. Nós gostávamos dele
porque nos aturava com os pedidos de armas mas também porque tinha um Ford Cortina com uma
buzina que fazia “muuu”, assim como uma vaca, para gáudio da malta. É claro que todos nós
sonhávamos vir a ter um dia um Ford Cortina branco e de capota preta, com mudanças no volante e
um banco corrido à frente, que fizesse “muuu”, como uma vaca, e da janela do qual pudéssemos
alvejar mortiferamente os nossos inimigos mais odiosos com os caroços dos pilritos.
Nos últimos anos o pilriteiro envelhecera e ameaçava cair um dia em cima de quem lhe passava
por perto. A popularidade de outros dias esfumara-se. Já não era um desafio. Já não fazia parte dos
percursos dos mourenses mais novos. Era apenas uma árvore: raízes, tronco, ramos e folhas. Nada
mais. A sentença estava ditada. Foi cortado e desapareceu para todo o sempre. Não havia outro
remédio, mas, naquela manhã, ao chegar da Amareleja, não pude deixar de, rapidamente, rever os
dias e as horas passadas à volta daquela e de outras árvores que fizeram, e fazem, parte da vida
e do tempo de tantos de nós.
http://avenidadasaluquia34.blogspot.com
Artigo
Por: Armando Gomes
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Artigo
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Não há Pai Natal nem Menino Jesus que aguente!!!!!
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A Crise
E
1 de Janeiro 2009
stamos numa encruzilhada. Vivemos uma fase conturbada. Estamos em crise.
Não. Não me refiro à crise financeira. A crise de que falo é a crise de valores.
O Individuo está hoje confundido entre os valores tradicionais unanimemente aceites e por
isso universais, que antigamente se transmitiam entre gerações e se presumiam intemporais; e os
valores de hoje: efémeros, subjectivos e circunstanciais.
A globalização possibilitou-nos uma abertura fantástica no conhecimento de outras realidades;
de outras culturas, proporcionando-nos o conhecimento e a assunção das diferenças. Mas também
tornou a sociedade mais insegura, mais vulnerável, mais violenta, mais repressiva.
As referências como a cultura e a família: caminhos privilegiados para o transporte dos valores
humanistas estão cada vez mais esbatidos. Esses caminhos foram substituídos por auto-estradas
de valores pragmáticos e materiais centrados na oferta e na procura.
A sociedade encontra-se dividida em três grupos em cujo centro se encontra o homo-rentável :
aquele que interessa ao mercado; o que produz. À volta deste grupo gravitam os jovens que
procuram referências estáveis e só encontram instabilidade; buscam um caminho claro e seguro
para a vida mas é-lhes mostrada becos escuros e sem saída; a sociedade considera-os “prérentáveis” porque não entraram ainda no mercado.
Ao outro grupo, os idosos, a sociedade toma-os como “pós-rentáveis”. Já não produzem. Na
sociedade de hoje são esquecidos pois não contribuem para ela. Por vezes acarinhados; mas ao
contrário daquilo a que eles aspirariam, já nem são os guardiões e transmissores dos valores morais
interpessoais; porque estes já não têm a importância que tinham: o respeito, a palavra dada, a ética,
a solidariedade deram lugar aos valores unipessoais materiais: o emprego, a casa, o carro, a conta
bancária. Os valores individuais sobrepõem-se aos valores universais. Temos uma identidade dual:
somos apenas desenfreados produtores e ao mesmo tempo desenfreados consumidores. É hoje
mais importante ter do que ser. O ritmo alucinante a que vivemos não nos deixa tempo para pensar
antes de agir.
A recessão obriga-nos a reflectir sobre a nossa economia. Mas poderá constituir também um
desafio á reflexão sobre os nossos valores actuais.
Estaremos a perder valores? Será apenas uma actualização de valores? Estaremos confrontados
com novos valores?
Talvez todas as questões sejam pertinentes. Mas mais importante do que a resposta será a
discussão. E essa discussão deverá contar com a participação incontornável das três gerações
como activos sociais de pleno direito. Só em conjunto poderemos reflectir sobre os valores de
ontem; confrontá-los com os valores de hoje e antecipar os valores que nos nortearão amanhã.
João Gomes
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odos nós sabemos, que a politica adoptada no ano 2008, pouco trouxe de novo a esta cidade
e a este concelho. A nossa terra quase não evoluiu, mas abramos os olhos e os horizontes
porque falta dar um “pequeno” passo para que esta terra se transforme. Imaginemos que por
motivos vários imigravam para esta terra cerca de duzentas famílias, o que daria sensivelmente mais
mil pessoas a viver em Moura e tudo se transformava, desenvolver-se-iam todos os sectores, é
claro que é pura imaginação uma vez que são negados por parte da Autarquia os aliciantes aos
investidores. Todas as manhãs, antes de ir para o meu trabalho dou um passeio pelas artérias da
nossa cidade e aos poucos vou constatando algumas atrocidades que por aí vão sendo feitas. Aos
habitantes de Moura pedia-lhes que fizessem comigo um exercício de pensamento acerca das obras
executadas na freguesia de Santo Agostinho. Ora vejamos: O Parque de Feiras, é obra feita mas
tem um mas, pois ao olharmos da zona das tasquinhas para o parque de exposição de gado, parece
ou é uma obra inacabada, ao longe chamar-lhe-ia um “ asa delta suspenso”. Escola da Porta Nova,
a minha opinião é pública, só gostava de fazer uma pergunta: Onde está a estética meus senhores?
Mais me parece um estabelecimento prisional, onde a entrada para o recinto da mesma não está no
alinhamento da porta da entrada principal do edifício. Haja quem me explique porque eu não entendo.
Vamos falar de trânsito, ai o trânsito meus senhores, é de levar as mãos á cabeça, é um caos. Esta
mudança não favoreceu, de forma alguma, a maioria dos habitantes de Moura. Até me arriscava a
apostar que os mourenses gastam muito mais euros em combustível desde que a nossa Câmara
teve esta ideia iluminada. Gostaria agora de questionar uma pequena “grande obra”, construída no
largo da Salúquia. Bonito serviço, sim senhor!! Um T zero no centro de um largo, porque no meio,
meus senhores, é que está a virtude…esta construção, é quase anedótica. É certo que o povo da
Salúquia não foi ouvido, pois o povo, sem conhecimentos de arquitectura e de estética inerente á
mesma , nunca colocaria a “casinha” do multibanco no centro do Largo mas sim junto da cabine
telefónica. Esta, meus senhores é a opinião da maioria dos habitantes do Bairro da Salúquia:
Multibanco sim, no centro do Largo não. Isto demonstra que a opinião do povo já não é ouvida,
parece-me uma atitude perigosa porque é o povo quem mais ordena. Mas estou em crer que no ano
de 2009 a Câmara de Moura irá proceder de uma forma mais partilhada e mais democrática, adivinhem
lá porquê? Até me atrevia a fazer um pedido:
-Por favor ouçam o povo!!! Se assim não for não haverá Pai Natal, nem Menino Jesus que
aguente. Para aguentar isto, estamos cá nós, os mourenses, os que amamos verdadeiramente a
terra onde nascemos e vivemos. Peço então ao Pai Natal e ao Menino Jesus, que ilumine as ideias de
quem nos governa, como iluminou aquando da construção da Central Fotovóltaica, iniciativas
dessas não as podemos ignorar e até as aplaudimos, como aplaudimos também a iniciativa do
executivo da Junta de Freguesia de Santo Agostinho, as flores nas floreiras as quais embelezam a
cidade honrando assim a saudosa Moura Florida. Em relação ao que atrás foi descrito, façam como
eu, perdoem-lhes o que já fizeram, mas estejam atentos para que, todos juntos possamos evitar
algumas “derrocadas” por falta de luz divina. Para terminar quero desejar a todos os mourenses e
aos militantes e simpatizantes do Partido Social Democrata um bom ano de 2009, acalentando—lhes
a esperança de que o PSD vai envidar esforços para que se dê uma mudança nesta terra. Iremos dar
um grande passo nas próximas eleições autárquicas. Bem hajam.
1 de Janeiro 2009
InfoAutarquia
A PLANÍCIE
Página da responsabilidade da Câmara Municipal de Moura
Rota do Futuro IV - O desenvolvimento do concelho em perspectiva
A Câmara Municipal de Moura promoveu no dia 5 de Dezembro a quarta edição da Rota do Futuro, uma iniciativa destinada a divulgar e a dinamizar projectos de
desenvolvimento em curso ou a desenvolver no concelho de Moura.
Embora com uma incidência mais marcada nas áreas do desenvolvimento económico, houve também espaço para projectos na área cultural, que têm uma ligação ao
incremento do turismo no concelho. O papel de destaque do município de Moura na área das energias renováveis foi também devidamente sublinhado no decorrer desta
jornada de trabalho, que incluiu um conjunto de visitas a obras e a locais onde em breve serão feitas intervenções de vulto. A iniciativa terminou com uma sessão em que
estiveram em foco matérias de grande importância para o desenvolvimento sócio-económico do concelho.
Assinatura do memorando de entendimento para a
energia Termo-solar
Assinatura dos primeiros contratos relactivos à
microgeração
Assinatura dos primeiros contratos do programa
PRATA
Na sessão foi feita a assinatura de um memorando de
entendimento entre a Câmara Municipal de Moura, a SKY Energy,
a TOM, Lda. e a Lógica, EM, em que os signatários se comprometem
a trabalhar em conjunto para assegurar a construção de uma central
termo-solar com capacidade até 10 MW. O investimento rondará os
40 milhões de euros e assegurará a criação de 25 novos postos de
trabalho.
Nesta sessão foram também assinados os primeiros contratos
relativos à micro-geração, assim como a entrega dos cheques
relativos ao primeiro pagamento. Até ao momento deram entrada
na Lógica, EM 21 processos e, destes, três estão concluídos, outros
três aguardam vistoria da Certiel, quatro vão agora pedir a vistoria,
quatro estão em fase de contrato com o instalador e sete têm já o
registo definitivo.
A micro geração de energia eléctrica consiste num novo regime
de produção de electricidade em que, qualquer pessoa ou entidade,
desde que seja consumidor de energia eléctrica passa a ter o direito
a ser, igualmente, produtor.
Teve também lugar a assinatura dos primeiros três primeiros
contratos no âmbito do Programa de Apoio às Actividades
Tradicionais, com promotores de iniciativas empresariais, na área
da apicultura. Como tem vindo a ser divulgado, cada projecto será
apoiado até ao limite máximo de 15 mil euros, sendo 50 por cento
atribuído pela Câmara Municipal de Moura, a fundo perdido, e os
restantes 50 por cento pela Caixa de Crédito Agrícola, a título de
empréstimo, com uma taxa de juro preferencial.
Foi também apresentado o contrato a ser assinado com a
Cooperativa Lar para Todos, de Beja, relativo à UP3 de Moura, que
consiste numa área com cerca de 19 ha, que vai desde a rotunda
junto à zona industrial, até às traseiras da Salúquia e bairro 25 de
Abril, sendo depois ligada à futura rotunda do Parque Tecnológico/
nova Zona Industrial de Moura. O plano de urbanização será
elaborado pela Câmara de Moura e nele deverão constar, além do
eixo viário já referido, a criação de uma bolsa de habitação a custos
controlados, a construir pela Cooperativa “Lar para Todos”, e
equipamentos para novos segmentos de procura.
Foram também apresentados o Prémio Municipal Jovens
Empresários do Concelho de Moura, cujo objectivo será distinguir o
jovem, ou jovens empresários, que ao longo dos últimos dois anos
tenham contribuído para o emprego, o investimento, a inovação, a
projecção e a preservação do meio ambiente no concelho.
O programa definido para o Convento do Carmo foi apresentado
também nesta sessão. A Câmara Municipal de Moura lançou um
concurso internacional para encontrar uma entidade parceira, no
sentido de adaptar o edifício a unidade hoteleira.
Na vanguarda das tecnologias da comunicação e informação, a
Câmara Municipal de Moura fez a apresentação do futuro site do
turismo do Concelho. O património cultural, ambiental e edificado,
a história, o agro-turismo e os produtos tradicionais, feiras, mercados,
festas e romarias, bares, restaurantes e hotelaria, são algumas das
informações que estarão disponíveis online, privilegiando os
conteúdos inter-activos.
Foram igualmente apresentados os sites das feiras de Moura e
de Amareleja, que contém toda a informação relativa aos certames
que anualmente se realizam em ambas as localidades.
Foi efectuada uma visita às obras de construção do centro de acolhimento
para micro-empresas do concelho de Moura, o Ninho de Empresas, que
deverão estar concluídas durante o mês Janeiro. Trata-se de uma estrutura
criada pela Câmara Municipal de Moura e pela Associação Rota do Guadiana,
promotora do projecto.
Possui seis espaços para oficinas, quatro gabinetes para serviços, uma
sala de formação e bar de apoio. O objectivo desta nova valência é
estimular a economia local, prestar apoio às empresas recém-criadas e
aquelas que queiram estabelecer-se. O investimento total ronda os 530 mil
euros, financiado em 70 por cento pelo Interreg e os restantes 30 por cento
são comparticipados pela Câmara de Moura.
Visita ao futuro Posto de Turismo de Moura, que será instalado em
breve no Pátio dos Rolins, um dos espaços emblemáticos da cidade de
Moura, onde outrora houve uma oficina de ferrador. Na adaptação, a autarquia
procurou manter a traça do edifício, tanto no exterior como no interior,
tornando-o funcional e atractivo para acolher quem visita o concelho.
A Câmara Municipal de Moura está a proceder a obras de requalificação
do edifício onde está instalado o Conservatório Regional do Baixo Alentejo,
secção de Moura. O Conservatório verá também as suas instalações
alargadas, com a cedência, por parte da autarquia, da antiga Galeria Municipal
de Arte, que passará a chamar-se “O Cantinho da Música”, em homenagem
ao “Café Cantinho”, estabelecimento que funcionava naquele espaço e que
faz parte da memória colectiva dos mourenses. Durante a Rota do Futuro
foi efectuada uma visita a este espaço.
Em fase adiantada de adaptação está o futuro Museu de Joalharia
Contemporânea Alberto Gordillo, artista natural de Moura. O museu terá um
núcleo inicial de 207 peças e, além de mostrar as obras de Alberto Gordillho,
pretende-se também criar um local para a realização de exposições e
oficinas de joalharia.
Considerado um dos maiores joalheiros portugueses, Alberto Gordillo
revolucionou a arte da joalharia portuguesa criando peças vanguardistas
como o Colar-Teia, com 300gr de platina e 150 brilhantes, que esteve
exposto na Bolsa de Diamantes de Londres.
Visita ao Hotel de Moura, que será alvo de uma requalificação e ampliação
do Hotel de Moura. O objectivo é transformar o hotel numa unidade de cinco
estrelas, com a criação de um SPA, criação de uma suite real, a construção
de um novo edifício com 34 quartos, um restaurante aberto também a não
clientes, duas piscinas e um espaço museológico dedicado à história do
próprio edifício.
Visita ao Monte das Brenhas, onde foi apresentado o projecto de turismo
em espaço rural. As obras terão início em Janeiro, estando prevista a
criação de cinco postos de trabalho permanentes, recrutados localmente, o
mesmo acontecendo em relação à mão de obra para a construção.
Informação
A PLANÍCIE
1 de Janeiro 2009
Informação do Concelho de Moura
OS CAMINHOS DO TURISMO
SUSTENTÁVEL
O Alentejo acolheu, nos dias 15, 16 e 17 últimos, as
Jornadas Técnicas OS CAMINHOS DO TURISMO
SUSTENTÁVEL, do projecto i9tur (EQUAL), nos concelhos
de Barrancos, Mértola, Moura e Serpa, promovidas por
uma parceria liderada pela ADTR – Associação de
Desenvolvimento Terras do Regadio, que a ADCMoura
integra com a ADRIMAG (Associação de Desenvolvimento
Rural Integrado das Serras de Monturo, Arada e Gralheira),
a ADRUSE (Associação de Desenvolvimento Rural da
Apresentação da Estação Biológica do Garducho, do
CEAI, em Safara
Serra da Estrela) e a empresa Logframe, Consultoria e
Formação, Lda.
Estas Jornadas foram constituídas por um conjunto de
workshops temáticos, moderados por especialistas
convidados, e proporcionaram aos participantes a
experimentação in loco da algumas das práticas bem
sucedidas testadas e validadas no âmbito do projecto i9tur
e descritas na publicação, cujo lançamento oficial se
incluiu igualmente no programa, Roadbook: Os Caminhos
do Turismo Sustentável, um Guia que apresenta as
metodologias e os instrumentos necessários à
disseminação e incorporação de Boas Práticas de
Turismo.
O Programa começou em Mértola, onde se deu início à
iniciativa FOREIGN EYES PHOTO QUEST (FEPQ),
actividade fotográfica que se apresenta como interessante
ferramenta de apoio ao planeamento turístico e que
decorreria ao longo dos três dias das Jornadas.
Como se descreve no Roadbook, a respectiva
metodologia do FEPQ, de reduzida complexidade, adequase facilmente aos mais diversos agentes avaliadores
(visitantes ou outros agentes), facilitando o processo de
recolha de informação e promovendo de forma muito
directa a utilização dos resultados da avaliação.
Apresenta como principais objectivos (citando, do
Roadbook):
“• Promover processos de avaliação motivantes, práticos
e informais;
• Promover a avaliação complementar do território aos
olhos de visitantes (pessoas que desconhecem o
território);
• Identificar pontos do território a valorizar;
• Identificar pontos negativos do território;
• Para além de um processo de avaliação, constituir-se
simultaneamente enquanto actividade de animação
turística;
• Apoiar a criação de novos produtos turísticos (rotas,
actividades, pontos a visitar e dinamizar, etc.);
Apresentação do Roadbook na estalagem da Mina de
São Domingos
• Promover e divulgar o território e os seus recursos
turísticos dando-o a conhecer por via do desenvolvimento
da actividade.”
O programa prosseguiu, com a sessão de lançamento
oficial da referida publicação, que teve lugar no auditório
da Estalagem São Domingos, na Mina de S. Domingos,
Mértola, e, nos dias seguintes, com a realização de 3
blocos
de
workshop
temáticos,
dedicados,
respectivamente, às dimensões da sustentabilidade
“Comunidade”, “Economia” e “Ambiente”.
Estes momentos de reflexão colectiva sobre Os
Caminhos do Turismo Sustentável foram aproveitados
para aprofundar os conceitos e ideias-chave contidos no
roadbook e debater projectos que se constituem como
boas práticas no sector. Decorreram em Serpa (Cine-teatro
Municipal), Barrancos (Parque de Natureza de Noudar),
Santo Aleixo da Restauração (durante a realização de um
trecho dum percurso de Roda Pé) e Safara (Casa da
Moagem – futuro Centro de Artesanato e Cultura), tendo
permitido aos mais de 50 participantes ao longo dos três
dias conhecer melhor a região e apreender o enorme
potencial de desenvolvimento turístico que esta apresenta,
assim como os previsíveis impactes ao nível da criação
de emprego e da geração de rendimento para as
comunidades locais.
Tendo por cenário o
desenvolvimento das diferentes acções do projecto
i9tur, em que se procurou
abordar a temática do
desenvolvimento turístico
de modo integrado e em
resposta às orientações e
recomendações propostas pela União Europeia e
pelo Estado Por-tuguês
para a estrutura-ção e
desenvolvimento do sector
turístico, o Roadbook: Caminhos do Turismo Sustentável reúne e siste-matiza informações de elevada
prática e apresenta ainda um conjunto de instrumentos
que visam orientar e suportar a construção de
estratégias para o turismo sustentável.
Tratando-se de um guia de boas práticas
conducentes ao desenvolvimento turístico sustentável,
todas as informações fornecidas e, concretamente,
todas as práticas narradas estão envolvidas dos vários
conceitos e princípios em que se funda o conceito de
desenvolvimento sustentável. Embora em medidas e
abordagens diferenciadas, cada uma das práticas visa,
na óptica dos seus objectivos e metodologia, o
empowerment dos respectivos utilizados e públicosalvo, procurando em toda a escala de implementação
que estes criem mecanismos inovadores e se
assumam crescentemente como agentes de mudança.
O Roadbook: Caminhos do Turismo Sustentável
contribui para alimentar aqueles objectivos estratégicos
que conduzam ao envolvimento, percepção e
consciencialização dos diferentes actores locais para a
importância de investir em Turismo enquanto
mecanismo de melhoria das condições de vida das
populações. Propondo-se este contributo através do
destaque dado ao carácter inovador das práticas
narradas, o utilizador pode, entre muitos e como
exemplo, encontrar apoio sistémico e facilitado para
alguns desses objectivos estratégicos:
Envolver as comunidades no planeamento e
dinamização do turismo, o que se afirma sustentável
social, cultural, económica e ambientalmente;
Tomar a iniciativa na administração e gestão do
destino turístico (território) pela criação de parcerias com
outros actores chave;
Facilitar e coadjuvar a promoção do turismo regional
e manter um papel activo no desenvolvimento de novos
produtos;
Recuperar, preservar e promover o património cultural,
histórico e natural dos territórios;
Aproximar as estratégias institucionais locais às
tendências de um mercado mais global e aos
desenvolvimentos tecnológicos relevantes.
Por outro lado, o presente Manual oferece ao
utilizador acesso facilitado a um conjunto de ferramentas
úteis no desenvolvimento de acções turísticas
estratégicas, onde se incluem as melhores práticas,
metodologias e instrumentos. São objectivos
específicos do Manual:
Disponibilizar informação-chave que contribua para
a sensibilização dos agentes institucionais acerca da
importância do turismo e, sobretudo, do seu
desenvolvimento sustentável;
Contribuir para o melhor conhecimento dos conceitos
em que se envolve o sector turístico, providenciando
ligações a documentos e recursos para obter
informação, preparar e implementar planos e acções
turísticas, e monitorizar a sua eficácia;
Assistir as autoridades locais na integração do
turismo enquanto pilar do seu planeamento estratégico,
procurando a adequação dos investimentos e das
infraestruturas públicas e estimulando a participação
de todos;
Apresentar e transferir boas práticas de
desenvolvimento turístico, facilitando a contribuição
efectiva das parcerias locais (i9tur) e dos resultados do
seu trabalho, para as estratégias regionais e nacionais
de turismo;
Providenciar um recurso que permita e lance a
discussão e a reflexão sobre questões fundamentais
do desenvolvimento sustentável.
RECURSOS PARA O
EMPREENDEDORISMO NOS
AÇORES
A ADCMoura, integrando a rede R4E – Recursos para o
Empreendedorismo, participou no segundo evento
“Recursos para o Empreendedorismo – Soluções de
Inovação Social”, realizado no dia 22 de Dezembro, no
Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, com o apoio da
Secretaria Regional da Economia do Governo Regional
dos Açores (SRE-CRAA). Recorde-se que o primeiro evento
teve lugar no dia 17 de Novembro, em Lisboa, conforme
noticiámos nesta página.
A R4E, que reúne a maioria dos projectos EQUAL que,
na 2ª fase do Programa, produziram recursos de estímulo
ao empreendedorismo, apoio à criação e consolidação
de iniciativas empresariais e estratégias territoriais,
propôs uma vez mais, desta vez nos Açores, uma partilha
e debate sobre as soluções produzidas neste domínio e
também a oportunidade de participar em laboratórios de
experimentação, onde foi possível tomar um contacto mais
aprofundado com o funcionamento de alguns dos recursos
apresentados.
Notícias - Publícidade
1 de Janeiro 2009
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
A PLANÍCIE
Santo Agostinho volta a florir ruas
CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA
EDITAL
CONCURSO PÚBLICO PARA ATRIBUIÇÃO DE 4 LOTES DE TERRENO PARA CONSTRUÇÃO DE
1ª HABITAÇÃO, NO LOTEAMENTO MUNICIPAL À RUA DA IGUALDADE, FREGUESIA DE
SANTO AGOSTINHO, EM MOURA
-
-
-
-
JOSÉ MARIA PRAZERES PÓS-DE-MINA, Presidente da Câmara Municipal de Moura:
Torna público em cumprimento do deliberado pela câmara municipal, em sua reunião ordinária
realizada no dia três do corrente mês, que irá ser aberto concurso para atribuição de 4
lotes de terreno, no loteamento em epígrafe e destinados a cidadãos com mobilidade reduzida.
As condições de atribuição encontram-se definidas em documento autónomo, que estará
patente na Secção Administrativa do Departamento Técnico, onde poderá ser consultado,
durante o horário normal de expediente, das 9 h às 16 horas.
Os interessados na aquisição dos lotes, deverão dirigir requerimento ao Presidente da
Câmara, em impresso próprio a fornecer pelos serviços e a ser entregue na SADT, recebendo
no acto da entrega o número de inscrição.
Os requerimentos de candidatura, terão que dar entrada na Secção Administrativa do
Departamento Técnico, entre o dia 2 de Janeiro e o dia 2 de Fevereiro de 2009, durante
o horário normal de funcionamento dos serviços.
Para constar, se lavrou o presente que irá ser publicado no jornal “A Planície” e outros de igual
teor que irão ser afixados nos locais públicos do estilo.
Paços do Município de Moura, 10 de Dezembro de 2008
O Presidente da Câmara
José Maria Prazeres Pós-de-Mina
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MOURA
EDITAL
JOSÉ GONÇALO GARRADAS VALENTE, Presidente da Assembleia Municipal de Moura,
no cumprimento do artigo 46º do Regimento da Assembleia Municipal, torna público que na
sessão ordinária da Assembleia Municipal, realizada em doze de Dezembro de dois mil e
oito, foram aprovadas em minuta as seguintes deliberações:
Deliberações respeitantes à Ordem de Trabalhos:
DELIBERADO, POR MAIORIA, COM DEZOITO VOTOS A FAVOR E DOZE ABSTENÇÕES,
APROVAR AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O ANO DE 2009.
DELIBERADO, POR MAIORIA, COM DEZASSEIS VOTOS A FAVOR DOS ELEITOS DA CDU, DO
REPRESENTANTE DA ELEITA INDEPENDENTE E DE UM ELEITO DO PSD, DOIS VOTOS CONTRA
DOS ELEITOS DO PSD E ONZE ABSTENÇÕES DOS ELEITOS DO PS, APROVAR O ORÇAMENTO
PARA O ANO 2009.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR A CONTRATAÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO A
CURTO PRAZO, NO VALOR DE UM MILHÃO DE EUROS.
DELIBERADO, POR MAIORIA, COM DEZASSETE VOTOS A FAVOR E ONZE ABSTENÇÕES,
APROVAR O MAPA DE PESSOAL PARA O ANO 2009.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR A CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO MUNICIPAL DE
TURISMO NOS TERMOS INDICADOS NA PROPOSTA APRESENTADA PELA CÂMARA
MUNICIPAL DE MOURA.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR A ADESÃO À ENTIDADE REGIONAL DE
TURISMO DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DE ALQUEVA, DESIGNADA POR TGLA
(TURISMO TERRAS DO GRANDE LAGO DE ALQUEVA – ALENTEJO), CUJOS ESTATUTOS SE
ENCONTRAM ANEXOS À PORTARIA Nº 1151/2008, DE 13 DE OUTUBRO.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR A ADESÃO À ENTIDADE REGIONAL DE
TURISMO DO ALENTEJO, DESIGNADA POR TURISMO DO ALENTEJO, CUJOS ESTATUTOS SE
ENCONTRAM ANEXOS À PORTARIA Nº 1038/2008, DE 15 DE SETEMBRO.
DELIERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR OS ESTATUTOS DA COMUNIDADE
INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE, APROVAR A ADEQUAÇÃO DOS ESTATUTOS DA AMALGA
(ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS ALENTEJANOS PARA A GESTÃO DO AMBIENTE) À LEI Nº 45/
2008 DE 27 DE AGOSTO.
Outras Deliberações Antes da Ordem do Dia
DELIBERADO, POR MAIORIA, COM VINTE E TRÊS VOTOS A FAVOR E QUATRO ABSTENÇÕES,
APROVAR A ACTA Nº 7, RESPEITANTE À SESSÃO ORDINÁRIA DE 26 DE SETEMBRO DE 2008.
DELIBERADO, POR UNANIMIDADE DOS PRESENTES APROVAR A PROPOSTA DE TOMADA DE
POSIÇÃO RELATIVA À HERDADE DA CONTENDA.
(O representante do PSD, Rui Sousa, não participou da discussão e votação deste assunto
por se encontrar legalmente impedido).
Para constar e para os devidos efeitos se lavrou o presente edital e outros de igual teor, que
vão ser afixados nos lugares de estilo.
A
Freguesia de Santo Agostinho substituiu as floreiras, que existiam nas principais artérias
pertencentes à sua área. Há algum tempo que se apresentavam um pouco degradadas, não
havendo flores em algumas delas, daí que tenha partido a necessidade substitui-las por
outras, mas desta vez artificiais por suportarem melhor as mudanças de estação, como explicou
Álvaro Azedo, presidente da Freguesia “…entendemos que devíamos partir para outro tipo de
solução, neste caso, flores artificiais…”. O autarca referiu ainda que “…este tipo de manutenção
[destas floreiras] pode ser garantido pela Freguesia de Santo Agostinho…”.
Recorde-se que esta iniciativa teve início em 2004.
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
CASA DO POVO DE AMARELEJA
ASSEMBLEIA GERAL
CONVOCATÓRIA
Usando da competência que me confere o número 1 do artigo 32º dos estatutos desta Casa do
Povo, convoco todos os sócios para uma ASSEMBLEIA GERAL, no dia 23 de Janeiro de 2009,
pelas 20 horas, na sede da Casa do Povo de Amareleja, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1. Apreciação para eventual aprovação do ORÇAMENTO e do PLANO DE ACTIVIDADES,
para o ano de2009.
Ponto 2. Apreciação para eventual aprovação da CONTA DE GERÊNCIA e do RELATÓRIO, bem
como do PARECER DO CONSELHO FISCAL, referente ao ano de 2008.
Ponto 3. Outros assuntos de interesse para a Casa do Povo.
NOTA: Caso à hora marcada não estejam presentes a maioria dos Sócios com direito a voto, a
ASSEMBLEIA reabrirá e funcionará com qualquer número de associados, uma hora depois (21
horas).
Amareleja 18 de Dezembro de 2008
O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Agostinho Martins Honrado
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA
AVISO
Versão Final da Proposta do Plano de Pormenor da Unidade de Planeamento
(UP2) da cidade de Moura
JOSÉ MARIA PRAZERES PÓS DE MINA, Presidente da Câmara Municipal de Moura:
Torna público que, a Assembleia Municipal de Moura, deliberou em 26 de Setembro de 2008,
aprovar a proposta do Plano de Pormenor para a Unidade de Planeamento 2 (UP 2) da cidade de
Moura.
A elaboração do Plano de Pormenor decorreu nos termos do Decreto – Lei nº 380/99 de 22 de
Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto – Lei nº 316/2007, de 19 de Setembro.
O Plano de Pormenor para a UP 2 desenvolve e concretiza uma proposta de organização do
espaço para uma área de expansão urbana da cidade de Moura, prevendo um conjunto de usos
e de parâmetros urbanísticos que permitam operacionalizar as unidades de execução, não se
reflectindo na necessidade de realizar relatório ambiental.
Assim, nos termos e para efeitos do disposto na alínea d) do nº 4 do artigo 148º do Regime
Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, remete-se para publicação na II série do Diário
da República o Plano de Pormenor da UP2 de Moura, constituído pelo regulamento, planta de
implantação e planta de condicionantes.
Para constar e devidos efeitos se publica o presente Aviso e outros de igual teor que vão ser
afixados nos lugares públicos do costume, nos jornais, site da Câmara e Boletim Municipal.
Assembleia Municipal de Moura, 17 de Dezembro de 2008
O Presidente da Assembleia Municipal
José Gonçalo Garradas Valente
Paços do Município de Moura, 14 de Novembro de 2008
O Presidente da Câmara Municipal
José Maria Prazeres Pós de MIna
Publícidade & Anúncios
A PLANÍCIE
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
Jornal A Planície
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE MOURA
TOMADA DE POSIÇÃO
Este espaço
pode ser seu
Tendo em conta a passagem à mobilidade especial de onze dos treze funcionários da Herdade da Contenda,
a Assembleia Municipal de Moura considera que essa decisão é a todos os títulos inadmissível.
Contacte:
Se treze trabalhadores já eram manifestamente insuficientes para zelar pela segurança e manutenção do valiosíssimo
património que constitui o Perímetro Florestal da Contenda, esta razia no número de funcionários é uma verdadeira
sentença de morte para aquele espaço.
Dois locais importantes no
centro da cidade.
Contacto Confidencial
1 de Janeiro 2009
Santo Amador 12/12/08
Esta medida é ainda indiciadora da falta de boa fé da então Direcção Geral das Florestas, actual Autoridade Geral
das Florestas, aquando da assinatura do Plano de Gestão com o Município, na medida em que acrescendo a muitos
outros incumprimentos, revela que vontade foi algo que nunca existiu para concretizar o mínimo que fosse das
medidas acordadas para recolocar a Herdade da Contenda como um Instrumento de desenvolvimento do Concelho de
Moura.
285251730
Telefone: 964 790 855
Pub.
A Assembleia Municipal de Moura considera ainda que o caminho a seguir, para acabar de uma vez por todas com
a incúria, passa por manter o Perímetro Florestal na esfera do domínio Público, deixando ao seu legítimo proprietário,
a Câmara Municipal de Moura, a responsabilidade de gestão do espaço.
A Assembleia Municipal de Moura solicita também que a medida de passar os onze funcionários para a mobilidade
especial seja o mais brevemente possível revogada.
A Assembleia Municipal de Moura
José Gonçalo Garradas Valente
(Presidente da Assembleia)
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centro da cidade.
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Contacto: 968 387 662 ou 914
069 251
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Faleceu em 14-12-2008
ARMAZÉM GARAGÉM
Suas filhas e restante família
agradecem, muito reconhecidamente,
a presença de todos que
acompanharam na última despedida
o seu ente querido.
Filho, netos e restantes
familiares vêm por este meio
agradecer
a
todos
que
acompanharam à última morada o
seu ente querido ou que, por
qualquer outra forma, se
associaram à sua dor.
Funerária Mourense Lda.
Funerária Salúquia
Faleceu em 07-12-2008
.
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Agora ao seu dispôr
na Travessa dos Fiéis,
N.º 4 R/chão.
De Sábado a Quarta-feira,
das 9h00 às 20h00.
7860-193 Moura
Notícias - Anúncios
1 de Janeiro 2009
A PLANÍCIE
Desporto
Iª Divisão Distrital
11ª Jornada
Cabeça Gorda, 2 – Ferreirense, 0
Piense, 0 – Odemirense, 0
Serpa, 0 – Moura, 0
D. Beja, 1 – Despertar, 1
Barrancos, 2 – São Marcos, 1
Milfontes, 5 – Aldenovense, 1
Almodôvar, 4 – Vasco da Gama, 3
Iª Divisão Distrital
Classificação
Distrital de Juniores
9ª Jornada
Alomodôvar, 1 – Piense, 2
Odemirense, 2 – Moura, 0
Castrense, 0 – Aljustrelense, 2
D. Beja, 2 – Serpa, 1
Santo Aleixo, 1 – Despertar, 3
Bº Conceição, 1 – Aldenovense, 3
Santo Aleixo é 8º com 12 pontos
Moura é 11º com 5 pontos
Campeonato Inatel
Série A
Distrital de Juvenis
7ª Jornada
Sobral da Adiça, 1 – Louredense, 0
Faro do Alentejo, 2 – Santa Vitória, 1
A do Pinto, 0 – Trigaches, 1
São Matias, 1 – Mombeja, 2
Sobral da Adiça é 6º com 7 pontos
Taça Distrital - 2ª Eliminatória
Moura elimina Salvadense
Resultados
Nacional de Iniciados
Serie F
12ª Jornada
Lagoa, 2 – Juv. Évora, 2
Louletano, 10 – Aljustrelense, 0
Imortal, 1 – V. Setúbal, 2
Lus. Évora, 3 – Int. Almancil, 0
U. Montemor, 0 – Despertar, 1
Moura, 1 – Olhanense, 2
Taça Distrital
2ª Eliminatória
Cabeça Gorda, 4 – Rosairense, 5 (a.p.)
D. Beja, 3 – Milfontes, 1
São Domingos, 1 – Serpa, 6
Guadiana, 5 – Despertar, 2 (Pen)
São Marcos, 2 – Aldenovense, 1
Moura, 6 – Salvadense, 0
Messejanense, 0 – Piense, 1
Santa Clara a Nova, 1 – Barrancos, 2
Moura é 6º com 17 pontos
Distrital de Infantis
Serie A
7ª Jornada
Moura, 2 – Serpa, 2
Entradense, 4 – Milfontes, 1
Aljustrelense, 2 – Despertar, 0
Alvito, 0 – Cuba, 2
10ª Jornada
São Domingos, 7 – Piense, 6
Pedrógão, 0 – Moura, 2
Cuba, 5 – Serpa, 1
Vasco da Gama, 1 – Aldenovense, 3
Moura é 4º com 13 pontos
Moura é 2º com 21 pontos
Guadiana e Rosairense, os sobreviventes
Barrancos
Campo de Futebol “presente de Natal”
P
elo menos é assim que o
considera António Tereno, o
presidente da Câmara Municipal
de Barrancos, ao afirmar que a
aprovação do financiamento para o
projecto acaba por ser um “presente”
de Natal para todos os barranquenhos.
Com efeito a remodelação e
requalificação do Campo de Futebol
de Barrancos terá a comparticipação
comunitária de 600 mil euros, o que
corresponde a 70% do custo elegível
do projecto candidatado, através do
Programa Operacional de Valorização
do Território. Natural, pois, a satisfação
do autarca, que aproveita para
agradecer a colaboração do Moura
Atlético Clube, pela cedência do seu
Estádio onde o clube da vila raiana tem
vindo a efectuar os seus jogos para o
Distrital, enquanto decorrem as obras.
Jornal “A Planície” Nº 669 de 1/1/2009
Cartório Notarial de Serpa
Joana Prior / Notária
EXTRACTO
P
assada mais uma eliminatória da
Taça Distrital, na ocasião a
segunda, apenas Guadiana de
Mértola e Rosairense sobrevivem por
entre as equipas da 1ª Divisão Distrital.
De resto, foram estas duas formações
que protagonizaram as maiores
surpresas da jornada, ao deixarem
pelo caminho Despertar de Beja e
Cabeça Gorda, após grandes
penalidades e prolongamento,
respectivamente.
Nas restantes partidas não se
verificaram grandes surpresas, com
a supremacia clara do Moura e Serpa
e vitórias mais curtas de Desportivo
de Beja, São Marcos, Piense e
Barrancos.
Volta ao Alentejo em Bicicleta
A
27ª edição da Volta ao Alentejo
em bicicleta vai ter lugar entre 1
e 5 de Abril deste ano e incluirá
um contra-relógio individual ligando
Beja a Beja, no dia 3. Pela primeira vez,
a partida da prova vai ter lugar em
Odemira, numa etapa com partida e
chegada à localidade. A segunda
etapa realiza-se entre Ferreira do
Alentejo e Montemor-o-Novo. A terceira
etapa será o contra-relógio de Beja.
Já na quarta etapa os participantes
arrancam de Alter do Chão, com
chagada a Nisa. A última e quinta etapa
tem partida de Vendas Novas,
terminando a prova na cidade de Évora.
A Volta ao Alentejo é uma corrida
internacional, com classificação 2.1 e
faz parte do calendário UCI.
Certifico para efeitos de publicação que, no dia 4 de Dezembro de 2008, iniciada a folhas 2 do livro de notas
número 5 – A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual MANUEL SERRO MOITA, NIF
114.658.161, solteiro, maior, natural da freguesia de Santo Amador, concelho de Moura, residente na Rua São João,
nº 14, freguesia e concelho de Mourão, por si e como procurador em representação de ISABEL QUITÉRIA SERRO,
que também usa Isabel Quitéria do Serro, NIF 139.585.173, viúva, natural da freguesia de Pias, concelho de Serpa,
residente na indicada casa da Rua de São João; e de RUI MANUEL SERRO MOITA, NIF 103.298.606, solteiro, maior,
natural da dita freguesia de Santo Amador, residente na Rua Mouzinho de Albuquerque, nº 16, em Mourão, alega que,
ele e os seus representados, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, em comum e sem
determinação de parte ou direito, de METADE INDIVISA do prédio rústico de cultura arvense, com a área de nove mil
duzentos e cinquenta centiares, denominado “Bispos”, sito na freguesia de Santo Amador, concelho de Moura,
descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob o número treze mil novecentos e quarenta, do livro
B – trinta e seis, fracção indivisa esta aí registada a favor do titular inscrito Manuel Rocha Gato, no estado de
casado, residente na citada aldeia de Santo Amador, pela inscrição oito mil seiscentos e quarenta e cinco do livro G
– onze, com a última residência habitual conhecida na mencionada freguesia de Santo Amador, desconhecendo-se
o seu paradeiro, bem como dos respectivos herdeiros, sendo os mesmos notificados editalmente através de notificação
notarial avulsa, nos termos do artigo noventa e nove do Código do Notariado, inscrito na matriz, em nome do
antepossuidor Manuel Rocha Gato, sob o artigo 38, secção B, com o valor patrimonial de 84,47 euros e o valor
patrimonial tributário para efeitos de IMT de 2.468,24 euros, correspondendo à fracção de metade o valor de 1.234,12
euros, a que atribui igual valor.
Que apesar da dita fracção indivisa se encontrar registada na citada Conservatória, em nome do referido titular
inscrito, certo é que o mesmo é pertença exclusiva do primeiro outorgante e seus representados.
Que em dia que se ignora de Fevereiro do ano de mil novecentos e oitenta, Manuel Nunes Moita adquiriu a
metade indiviso do identificado imóvel no estado de casado sob o regime da comunhão geral com Isabel Quitéria do
Serro, por partilha extrajudicial celebrada por óbito do referido titular inscrito, Manuel Rocha Gato e de sua mulher
Maria José Nunes.
Que, apesar das buscas efectuadas pelo primeiro outorgante e seus representados, não lhes foi possível
encontrar a escritura de partilha extrajudicial, ignorando também qual o Cartório que a lavrou, não tendo, assim,
possibilidade de obter o respectivo título para fins de registo predial.
Que, como consta da escritura de habilitação datada de nove de Novembro de dois mil e quatro, iniciada a folhas
dezasseis do livro de notas número cento e dois – D, do Cartório Notarial de Moura, que exibiu, o mesmo Manuel
Nunes Moita, faleceu em doze de Agosto de mil novecentos e oitenta e nove, sem testamento ou qualquer disposição
de última vontade, tendo-lhe sucedido como únicos herdeiros seu cônjuge sobrevivo, Isabel Quitéria do Serro e dois
filhos, Manuel Serro Moita e Rui Manuel Serro Moita, todos supra identificados.
Que, porém desde aquele ano de mil novecentos e oitenta, e sem interrupção, o aludido Manuel Nunes Moita,
entrou na posse do identificado direito predial, posse esta que exerceu até à data do seu falecimento, cultivando-o
e usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido
a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda agente, agindo sempre por
forma correspondente ao exercício do direito de propriedade.
Tal posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, continuada pelos seus herdeiros Isabel Quitéria Serro, Manuel
Serro Moita e Rui Manuel Serro Moita, que dura há mais de vinte anos, conduziu à aquisição a favor destes, em comum
e sem determinação de parte ou direito, de metade indivisa do identificado imóvel por usucapião, não tendo, todavia,
dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.
Que, desta forma, em seu nome e em nome dos seus representados justifica a aquisição do direito a metade
indivisa do citado imóvel por usucapião.
Está conforme o original.
Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, quatro de Dezembro de dois mil e oito.
Conta registada sob o número 2/686/08
A Notária
Joana Raquel Prior Neto
Notícias - Curiosidades
A PLANÍCIE
Nota Quinzenal
Duas sugestões
É verdade. Esta quinzena apresentamos duas sugestões. Não são de nenhum
afamado mestre de culinária e nem nada têm a ver com a gastronomia. Elas, são
sugestões apresentadas por duas leitoras, que tiveram a gentileza de nos abordar.
Primeira: Estrada de Sobral da Adiça
É lamentável. Simplesmente vergonhoso, que se tenha deixado chegar a Estrada Moura/Sobral
da Adiça ao estado em que se encontra, Cheia de buracos, autênticas armadilhas para os mais
incautos. É deplorável, que os responsáveis pela conservação das estradas deste País demonstrem
tamanho e absoluto desprezo por estas regiões do interior.
Uma estrada que não só liga Sobral da Adiça à sede do concelho, mas também dá acesso à
estrada internacional com Espanha!
Que pensarão nuestros hermanos das nossas estradas? Quem se atreve a ir comprar caramelos
ao Rosal?
Segunda: Um pedido aos Transportes Urbanos
Uma outra leitora faz questão de louvar a autarquia pela criação dos transportes urbanos, que se
têm revelado da maior utilidade, deixa aqui um pedido, que supõe não ser muito difícil de solucionar
e nós também.
O autocarro que inicia e termina seus giros junto ao Quartel dos Bombeiros, deveria circundar,
tanto para cá, como para lá, a rotunda do Intermarché.
É que, segundo ela, as pessoas mais idosas poderiam aproveitar para fazer as compras, uma
vez que a distância, ainda assim, e depois com o peso dos sacos torna-se difícil e penosa tanto
agora por causa do frio, como no Verão, por causa do calor.
Aqui deixamos a sugestão.
Histórias em 100 Palavras
O PASTOR E A DIALÉCTICA
O caçador de lobos aproximou-se da
choupana do pastor e muito solícito explicoulhe que se ele lhe oferecesse uma ovelha por
cada pele de fera que lhe desse fazia um bom
negócio, garantindo que este ano havia uma
enorme alcateia à solta.
Mas o pastor, furibundo com o vizinho
pedreiro, que já lhe havia levado a maior parte
do rebanho em troca de obras na sua casa e
que nunca mais terminavam respondeu ao
caçador:
- Olhe, que Deus me perdoe ou quem estiver
de serviço, mas se me trouxer a pele do pedreiro
temos negócio fechado!...
Ilustração e texto de António Galvão
1 de Janeiro 2009