6.1.1_CP4-2009 - Arq - cond tec especiais
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6.1.1_CP4-2009 - Arq - cond tec especiais
Condições Técnicas Especiais ÍNDICE 1. DISPOSIÇÕES GERAIS .......................................................................................................................................................1 1.1. Generalidades...............................................................................................................................................................1 1.1.1. Preparação...........................................................................................................................................................2 1.1.2. Limpeza................................................................................................................................................................3 1.1.3. Livro de Instruções ...............................................................................................................................................4 1.1.4. Telas Finais..........................................................................................................................................................4 1.2. Materiais .......................................................................................................................................................................4 1.2.1. Especificações sobre Materiais............................................................................................................................4 1.2.2. Materiais Especificados........................................................................................................................................8 1.2.3. Materiais não Especificados...............................................................................................................................26 1.3. Trabalhos Preparatórios .............................................................................................................................................26 1.3.1. Movimentos de Terras........................................................................................................................................26 1.3.2. Escavações........................................................................................................................................................26 1.3.3. Entivações e Escoramentos...............................................................................................................................30 1.3.4. Aterros................................................................................................................................................................30 1.3.5. Trabalhos não Especificados .............................................................................................................................31 1.3.6. Demolições Gerais .............................................................................................................................................31 1.3.7. Remoções de Vegetação ...................................................................................................................................32 1.3.8. Implantação e Piquetagem.................................................................................................................................32 1.3.9. Sinalização da Obra...........................................................................................................................................32 2. BETÕES..............................................................................................................................................................................33 2.1. Generalidades.............................................................................................................................................................33 2.2. Execução ....................................................................................................................................................................33 2.2.1. Enrocamentos ....................................................................................................................................................33 2.2.2. Betonilhas...........................................................................................................................................................33 2.2.3. Reforços em alvenarias......................................................................................................................................35 2.2.4. Argamassas de assentamento...........................................................................................................................36 2.2.5. Betão leve ..........................................................................................................................................................36 2.2.6. Betão Armado ....................................................................................................................................................36 2.2.7. Betão à vista.......................................................................................................................................................36 3. PARAMENTOS ...................................................................................................................................................................38 3.1. Generalidades.............................................................................................................................................................38 3.1.1. Critério de Medição ............................................................................................................................................38 3.2. Alvenaria de Blocos Cimento......................................................................................................................................38 Pág.i Condições Técnicas Especiais 3.2.1. Objectivo ............................................................................................................................................................38 3.2.2. Generalidades....................................................................................................................................................38 3.2.3. Características Técnicas e Tolerâncias..............................................................................................................38 3.2.4. Realização do Trabalho .....................................................................................................................................39 3.2.5. Juntas.................................................................................................................................................................40 3.2.6. Descrição de Artigo............................................................................................................................................40 3.3. Alvenarias de Tijolo.....................................................................................................................................................41 3.3.1. Objectivo ............................................................................................................................................................41 3.3.2. Características ...................................................................................................................................................41 3.3.3. Características Técnicas e Tolerâncias..............................................................................................................41 3.3.4. Realização do Trabalho .....................................................................................................................................42 3.3.5. Descrição de Artigo............................................................................................................................................43 3.4. Paredes de Gesso Laminado .....................................................................................................................................44 3.4.1. Paredes Auto-portantes em Gesso Laminado ...................................................................................................44 3.4.2. Forras de Paredes Gesso Laminado..................................................................................................................44 3.4.3. Utilização............................................................................................................................................................45 3.4.4. Armazenamento.................................................................................................................................................46 4. REVESTIMENTO DE PAREDES ........................................................................................................................................47 4.1. Condições Técnicas Gerais ........................................................................................................................................47 4.1.1. Generalidades....................................................................................................................................................47 4.1.2. Qualidade dos trabalhos ....................................................................................................................................47 4.1.3. Tolerâncias dimensionais...................................................................................................................................48 4.1.4. Critérios de medição ..........................................................................................................................................48 5. TECTOS..............................................................................................................................................................................49 5.1. Condições Técnicas Gerais ........................................................................................................................................49 5.1.1. Generalidades....................................................................................................................................................49 5.1.2. Qualidade dos trabalhos ....................................................................................................................................49 5.1.3. Tolerâncias dimensionais...................................................................................................................................49 5.1.4. Critérios de medição ..........................................................................................................................................50 5.2. Tectos não rebaixados................................................................................................................................................50 5.2.1. Revestimento de Tectos.....................................................................................................................................50 5.3. Tectos Falsos..............................................................................................................................................................51 5.3.1. Generalidades....................................................................................................................................................51 5.3.2. Tectos em Painéis de Cimento e Madeira..........................................................................................................52 6. REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS, DEGRAUS E RODAPÉS ........................................................................................53 Pág.ii Condições Técnicas Especiais 6.1. Condições técnicas gerais ..........................................................................................................................................53 6.1.1. Generalidades....................................................................................................................................................53 6.1.2. Qualidade dos trabalhos ....................................................................................................................................53 6.1.3. Tolerâncias dimensionais...................................................................................................................................53 6.1.4. Critérios de medição ..........................................................................................................................................54 6.2. Endurecedor de Superfície para Camadas de Desgaste............................................................................................54 6.2.1. Objectivo ............................................................................................................................................................54 6.2.2. Características ...................................................................................................................................................54 6.2.3. Assentamento ....................................................................................................................................................54 6.3. Pavimento Auto-alisante cimentício............................................................................................................................55 6.3.1. Objectivo ............................................................................................................................................................55 6.3.2. Preparação da Base...........................................................................................................................................55 6.3.3. Condições de execução.....................................................................................................................................55 6.3.4. Generalidades....................................................................................................................................................56 6.4. Macadame a Granel tipo Tout Venant ........................................................................................................................57 6.4.1. Objectivo ............................................................................................................................................................57 6.4.2. Características ...................................................................................................................................................57 6.4.3. Material de Preenchimento ................................................................................................................................58 6.4.4. Execução............................................................................................................................................................58 6.5. Pavimento térreo em betão de cimento ......................................................................................................................61 6.5.1. Objectivo ............................................................................................................................................................61 6.5.2. Cimento..............................................................................................................................................................61 6.5.3. Agregados..........................................................................................................................................................62 6.5.4. Como impurezas serão admitidas:.....................................................................................................................62 6.5.5. Água...................................................................................................................................................................62 6.5.6. Granulometria da Mistura...................................................................................................................................63 6.5.7. Fabrico ...............................................................................................................................................................63 6.5.8. Aplicação............................................................................................................................................................63 6.5.9. Critério de Medição ............................................................................................................................................64 6.5.10. Descrição do Artigo..........................................................................................................................................64 6.6. Betonilhas ...................................................................................................................................................................64 6.6.1. Objectivo ............................................................................................................................................................64 6.6.2. Generalidades....................................................................................................................................................64 6.6.3. Base de Assentamento ......................................................................................................................................65 6.6.4. Execução............................................................................................................................................................65 6.6.5. Betonilha para regularização de pavimentos .....................................................................................................66 6.6.6. Betonilha esquartelada à vista ...........................................................................................................................66 Pág.iii Condições Técnicas Especiais 6.6.7. Betonilhas com aditivo antiderrapante ...............................................................................................................67 6.6.8. Rodapés.............................................................................................................................................................67 6.6.9. Critério de Medição ............................................................................................................................................67 6.6.10. Descrição do Artigo..........................................................................................................................................67 6.7. Pavimentos à base de Resinas de Poliuretano Flexível .............................................................................................67 6.7.1. Objectivo ............................................................................................................................................................67 6.7.2. Generalidades....................................................................................................................................................67 6.7.3. Aplicação............................................................................................................................................................68 6.8. Pavimentos à base de Resinas Epoxy Aquosas.........................................................................................................70 6.8.1. Objectivo ............................................................................................................................................................70 6.8.2. Generalidades....................................................................................................................................................70 6.9. Micro Betão.................................................................................................................................................................71 6.9.1. Considerações acerca do projecto de dimensionamento...................................................................................71 6.9.2. Aplicação............................................................................................................................................................72 6.9.3. Juntas.................................................................................................................................................................72 6.9.4. Processo de cura ...............................................................................................................................................72 7. CANTARIAS ........................................................................................................................................................................73 7.1. Objectivo.....................................................................................................................................................................73 7.2. Generalidades.............................................................................................................................................................73 7.3. Características............................................................................................................................................................73 7.4. Assentamentos ...........................................................................................................................................................74 7.5. Características Particulares ........................................................................................................................................74 7.5.1. Aspectos Gerais.................................................................................................................................................74 7.5.2. Qualidade das Peças e dos Trabalhos...............................................................................................................75 7.5.3. Tolerâncias Dimensionais ..................................................................................................................................75 7.5.4. Soleiras, Peitoris e Capeamentos ......................................................................................................................76 7.5.5. Assentamento ....................................................................................................................................................76 7.6. Trabalhos e suas condições específicas ....................................................................................................................76 7.6.1. Peitos e Soleiras ................................................................................................................................................76 7.6.2. Tolerâncias :.......................................................................................................................................................77 8. CARPINTARIAS ..................................................................................................................................................................78 8.1. Madeira - Característica de Qualidades......................................................................................................................78 8.1.1. Objectivo ............................................................................................................................................................78 8.1.2. Características ...................................................................................................................................................78 8.1.3. Particularidades..................................................................................................................................................79 Pág.iv Condições Técnicas Especiais 8.1.4. Pormenorização .................................................................................................................................................79 8.1.5. Protótipos ...........................................................................................................................................................79 8.1.6. Qualidade dos trabalhos ....................................................................................................................................80 8.1.7. Tratamentos Imunizadores.................................................................................................................................80 8.1.8. Aglomerados ......................................................................................................................................................80 8.1.9. Pavimentos.........................................................................................................................................................80 8.1.10. Rodapés...........................................................................................................................................................81 8.1.11. Folheados.........................................................................................................................................................81 8.1.12. Assentamentos e Fixações ..............................................................................................................................81 8.1.13. Tolerâncias Dimensionais ................................................................................................................................82 8.2. Carpintarias.................................................................................................................................................................82 8.2.1. Objectivo ............................................................................................................................................................82 8.2.2. Características ...................................................................................................................................................82 8.3. Portas de Madeira.......................................................................................................................................................83 8.3.1. Objectivo ............................................................................................................................................................83 8.3.2. Características ...................................................................................................................................................83 8.3.3. Assentamento ....................................................................................................................................................84 8.3.4. Acabamentos .....................................................................................................................................................85 8.3.5. Critério de Medição ............................................................................................................................................85 8.3.6. Descrição do Artigo............................................................................................................................................85 8.4. Caixilharia de Madeira da Maciça...............................................................................................................................86 8.4.1. Objectivo ............................................................................................................................................................86 8.4.2. Características ...................................................................................................................................................86 8.4.3. Especificações ...................................................................................................................................................86 9. SERRALHARIAS.................................................................................................................................................................88 9.1. Perfis e Chapas de Ferro............................................................................................................................................88 9.1.1. Objectivo ............................................................................................................................................................88 9.1.2. Características ...................................................................................................................................................88 9.1.3. Execução............................................................................................................................................................88 9.1.4. Particularidades..................................................................................................................................................91 9.2. Perfis e Chapas de Alumínio lacado...........................................................................................................................91 9.2.1. Objectivo ............................................................................................................................................................91 9.2.2. Generalidades....................................................................................................................................................91 9.2.3. Características dos Perfis ..................................................................................................................................92 9.2.4. Contactos com outros Materiais.........................................................................................................................92 9.2.5. Lacagem.............................................................................................................................................................92 Pág.v Condições Técnicas Especiais 9.2.6. Particularidades..................................................................................................................................................94 9.3. Caixilharias e Portas Metálicas...................................................................................................................................94 9.3.1. Objectivo ............................................................................................................................................................94 9.3.2. Características ...................................................................................................................................................94 9.3.3. Execução............................................................................................................................................................94 9.3.4. Assentamento ....................................................................................................................................................95 9.3.5. Acabamentos .....................................................................................................................................................96 9.3.6. Critério de Medição ............................................................................................................................................96 9.3.7. Descrição do Artigo............................................................................................................................................96 9.4. Caixilharias e Portas de Alumínio ...............................................................................................................................96 9.4.1. Objectivo ............................................................................................................................................................96 9.4.2. Generalidades....................................................................................................................................................96 9.4.3. Características ...................................................................................................................................................98 9.4.4. Assentamento ..................................................................................................................................................100 9.4.5. Particularidades................................................................................................................................................100 9.4.6. Critério de Medição ..........................................................................................................................................100 9.4.7. Descrição do Artigo..........................................................................................................................................100 9.5. Chapa de Vidro.........................................................................................................................................................101 9.5.1. Objectivo ..........................................................................................................................................................101 9.5.2. Generalidades..................................................................................................................................................101 9.5.3. Dimensões .......................................................................................................................................................101 9.5.4. Armazenamento...............................................................................................................................................103 9.5.5. Assentamento ..................................................................................................................................................103 9.5.6. Elementos de Vidro Temperado e Laminado...................................................................................................103 9.6. CAIXILHARIA............................................................................................................................................................109 9.6.1. Caixilharia.........................................................................................................................................................109 9.6.2. Calços ..............................................................................................................................................................111 9.6.3. Selagem ...........................................................................................................................................................112 9.6.4. Grau de Permeabilidade do Conjunto ..............................................................................................................113 9.7. Armazenagem e Transporte .....................................................................................................................................113 10. PINTURAS ......................................................................................................................................................................115 10.1. Generalidades.........................................................................................................................................................115 10.2. Condições de Execução .........................................................................................................................................117 10.2.1. Metalização ....................................................................................................................................................117 10.2.2. Pintura de estruturas metálicas galvanizadas ................................................................................................118 10.2.3. Pintura de estruturas metálicas ferrosas........................................................................................................119 Pág.vi Condições Técnicas Especiais 10.2.4. Lacagem de ligas de alumínio........................................................................................................................121 10.2.5. Pintura de madeiras .......................................................................................................................................121 10.2.6. Envernizamento de Madeiras -Sistema Alquídico Uretanizado......................................................................123 10.2.7. Pintura de estuques, rebocos, betão e gesso laminado.................................................................................124 11. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES ..................................................................................................................136 11.1. Objectivo.................................................................................................................................................................136 11.2. Generalidades.........................................................................................................................................................136 11.3. Execução ................................................................................................................................................................136 11.3.1. Precauções ....................................................................................................................................................136 11.3.2. Suporte...........................................................................................................................................................136 11.3.3. Camada de forma...........................................................................................................................................136 11.3.4. Isolamento térmico.........................................................................................................................................137 11.3.5. Zonas ou pontos singulares ...........................................................................................................................138 11.3.6. Ensaios...........................................................................................................................................................138 11.3.7. Garantias........................................................................................................................................................139 11.4. Classificação...........................................................................................................................................................139 11.4.1. Tipo de suporte ..............................................................................................................................................139 11.4.2. Tipo de Impermeabilização ............................................................................................................................139 12. EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS.....................................................................................................................................154 12.1. Louças Sanitárias ...................................................................................................................................................154 12.1.1. Objectivo ........................................................................................................................................................154 12.1.2. Generalidades................................................................................................................................................154 12.1.3. Condições de Recepção ................................................................................................................................154 12.1.4. Assentamento ................................................................................................................................................155 12.1.5. De Funcionamento e Ligações.......................................................................................................................155 12.1.6. Particularidades..............................................................................................................................................155 12.2. Acessórios ..............................................................................................................................................................156 12.2.1. Espelhos.........................................................................................................................................................156 12.3. Critério de Medição.................................................................................................................................................156 13. EXIGÊNCIAS ACÚSTICAS DA CONSTRUÇÃO.............................................................................................................157 13.1. Caixilharias dos vãos exteriores .............................................................................................................................157 13.2. Vidros dos vãos exteriores......................................................................................................................................157 13.3. Paredes Divisórias ..................................................................................................................................................157 13.4. Atenuação de ruídos estruturais ou de percussão..................................................................................................157 13.4.1. Isolamento vibrático de louças sanitárias.......................................................................................................157 Pág.vii Condições Técnicas Especiais 13.5. Tratamento das áreas técnicas – Absorção Sonora ...............................................................................................158 13.6. Ensaios/desenhos de preparação...........................................................................................................................158 13.7. Custos inerentes às exigências acústicas do edifício .............................................................................................158 14. DIVERSOS......................................................................................................................................................................159 14.1. Tapete Tipo Apolo da Fernando Calado & Couto em alumínio e PVC ...................................................................159 14.1.1. Critério de medição ........................................................................................................................................159 14.2. Gabiões...................................................................................................................................................................159 14.2.1. Terramesh System – Modo de execução.......................................................................................................159 14.2.2. Terramesh System - Material de enchimento................................................................................................160 14.2.3. Gabiões Electrosoldados para Arquitectura...................................................................................................162 15. APOIO DE CONSTRUÇÃO.............................................................................................................................................163 15.1. Apoios Diversos de Construção Civil......................................................................................................................163 15.1.1. Águas e Esgotos ............................................................................................................................................163 15.1.2. Electricidade, Comunicações .........................................................................................................................163 15.1.3. Segurança......................................................................................................................................................164 15.1.4. Ar Condicionado e Ventilação ........................................................................................................................165 Pág.viii Condições Técnicas Especiais 1. DISPOSIÇÕES GERAIS 1.1. Generalidades As presentes generalidades, como parte integrante que são do Projecto Geral (Arquitectura), dizem respeito a todos os Projectos das restantes especialidades. A presente empreitada corresponde à construção de um Centro de Golfe composto por um Edifício para a prática de Golfe (Driving Range), e um Edifício de Serviços / Comércio (Club House), no Estádio Universitário de Lisboa, e nela deve considerar-se incluído o fornecimento de todos os materiais e a execução de todos os trabalhos pedidos, de acordo com as especificações dos fabricantes e fornecedores de cada tipo de material e nas presentes condições técnicas especiais. A Empreitada é definida pelo conjunto das peças escritas e desenhadas que constituem o presente volume de projecto e pelo que eventualmente seja estipulado no contrato de adjudicação. O Empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto do Dono da Obra ou representante deste, do volume e natureza dos trabalhos a executar, porquanto não são atendidas quaisquer reclamações baseadas no desconhecimento ou falta de previsão dos mesmos. O Empreiteiro responsabilizar-se-á pelo conhecimento da totalidade do projecto, com base no que o assumirá como completo, correcto e de acordo com as normas e os fins previstos, assumindo igualmente a responsabilidade dos dimensionamentos, potências, cálculos e idoneidade dos sistemas. O Empreiteiro obriga-se a cumprir todas as instruções que lhe sejam dadas pelo Dono-de-Obra, ou seus representantes, durante a vigência do contrato. Dever-se-à ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos considerados preparatórios, acessórios e complementares que, embora explicitamente descritos nas peças escritas e neste C.E., sejam necessários ao bom acabamento da obra. O adjudicatário obriga-se a executar os trabalhos nas melhores condições técnicas de acordo com as boas normas da construção, em estrita observância dos Regulamentos e Normas em vigor e de harmonia com o presente Caderno de Encargos e do Projecto e cumprindo todas as instruções que para esse fim lhe sejam dadas pela Fiscalização e obriga- se ainda a executar todos os trabalhos necessários que se considerem implicitamente incluídos na empreitada. O adjudicatário deverá ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos considerados preparatórios, acessórios e complementares, que, embora não explicitamente descritos nas peças Escritas e Desenhadas dos Projectos, sejam necessários ao bom acabamento da obra. Pág.1 Condições Técnicas Especiais Os concorrentes deverão visitar o local da obra a fim de se inteirarem do âmbito da mesma, bem como das respectivas condicionantes, não sendo admitidos trabalhos a mais e erros e omissões em fase de obra, baseados no desconhecimento dessas condicionantes, salvo em situações de força maior devidamente justificadas pelo Adjudicatário e reconhecidas pela Fiscalização da obra. Os desenhos apresentados não devem ser interpretados como limitativos, nomeadamente, no que respeita aos traçados indicados, os quais deverão ser sempre confirmados face às condições reais de execução da obra e características do imóvel. Todos os materiais deverão ser sujeitos à apreciação dos Projectistas e/ou Fiscalização, bem como tudo o que diz respeito à definição de referência e cor. Sempre que necessário, poderá ser exigido o protótipo de um elemento construtivo, bem como uma amostra significativa do material proposto, por forma a ser possível uma melhor apreciação por parte dos Projectistas e/ou Fiscalização. O Empreiteiro não procederá à execução dos trabalhos sem possuir peças desenhadas aprovadas pela Fiscalização como boas para execução, sejam as do projecto, sejam as produzidas por si. Essa aprovação não reduzirá, contudo, a responsabilidade do Empreiteiro pelos seus desenhos e pela sua confirmação dos desenhos do projecto. Todos os fornecimentos a efectuar referenciados por medições encontram-se cingidos a uma posterior adaptação em obra, sem que por isso advenham custos adicionais para o Dono da Obra. Os trabalhos que constituem a empreitada serão executados rigorosamente de acordo com o Projecto e este Caderno de Encargos, tendo os Mapas de Medições anexos, carácter apenas informativo pelo que o adjudicatário não terá direito a qualquer indemnização por diferenças ou omissões que porventura se verifiquem, excepto se alterações ao projecto o justificarem. O adjudicatário deverá organizar a obra e planear os trabalhos de modo a assegurar o seu correcto faseamento e bem assim uma coordenação perfeita das diferentes tarefas e especialidades. 1.1.1. Preparação A preparação e planeamento da execução da obra compreendem, além da montagem do estaleiro e da realização dos trabalhos preliminares que se mostrem indispensáveis: -A apresentação pelo empreiteiro ao dono da obra de quaisquer dúvidas relativas aos materiais, aos métodos e às técnicas a utilizar na execução da empreitada; -O esclarecimento dessas dúvidas pelo dono da obra; -O estudo e definição pelo empreiteiro dos processos de construção a adoptar na realização dos trabalhos; Pág.2 Condições Técnicas Especiais -A apresentação pelo empreiteiro dos desenhos de construção e dos pormenores de execução que nos termos deste Caderno, lhe competir elaborar; -A elaboração e apresentação pelo empreiteiro do plano definitivo de trabalhos; Ficará a cargo do Empreiteiro a elaboração das peças desenhadas de detalhe e preparação da obra, bem como a verificação da sua compatibilidade com a Construção Civil, Estruturas e restantes instalações. O Empreiteiro não procederá à execução dos trabalhos sem possuir peças desenhadas aprovadas pela Fiscalização como boas para execução, sejam as do projecto, sejam as produzidas por si. Essa aprovação não reduzirá, contudo, a responsabilidade do Empreiteiro pelos seus desenhos e pela sua confirmação dos desenhos do projecto. Serão também da responsabilidade e encargo do Empreiteiro, no final da obra, a elaboração das telas finais dos Projectos de Arquitectura e das Especialidades. O Adjudicatário deverá colaborar com a Fiscalização de modo a que a Obra não sofra atrasos motivados por descoordenação entre empreitadas, devendo, por isso, alertar atempadamente para qualquer situação que ponha em causa, directa ou indirectamente, a boa execução dos trabalhos. Todas as cotas do projecto serão verificadas e corrigidas em obra pelo Empreiteiro, sendo da sua responsabilidade o fornecimento e colocação de material de dimensões incorrectas ou não compreendidas nas tolerâncias admissíveis. 1.1.2. Limpeza Serão suportados pelo Empreiteiro os custos relativos a: A primeira limpeza e acabamento final de todas as superfícies interiores, exteriores e de logradouro, devido a manchas, sujidades e outras imperfeições criadas por trabalhos posteriores à execução, remoção de todos os materiais e detritos, sem utilização para o futuro da Obra. A limpeza de cada espaço ou superfície bem como os retoques e afinação necessários, serão efectuadas de modo à natureza do material a tratar. Após a limpeza de cada espaço e depois de vistoriada pela Fiscalização, será o compartimento encerrado e as chaves entregues à Fiscalização Estão incluídos neste artigo os acabamentos e arranjos necessários da obra efectuada, de modo a todo o conjunto poder entrar imediatamente em funcionamento. Pág.3 Condições Técnicas Especiais 1.1.3. Livro de Instruções O Empreiteiro fornecerá, antes da recepção provisória, dois exemplares do livro de instruções necessárias ao funcionamento e manutenção de todos os equipamentos e instalações. 1.1.4. Telas Finais Por último, o Adjudicatário compromete-se a suportar os custos e trabalhos relativos à execução e à entrega das telas finais da Obra a que se propôs. Considera-se no entanto que o Dono da Obra se propõe entregar, quando solicitado pelo Empreiteiro, uma colecção completa dos originais do Projecto em causa. Pelo referido no primeiro parágrafo considera-se que o objecto da referida entrega se refere apenas à natureza da Obra agora considerada. Será da responsabilidade do Empreiteiro, a elaboração das Telas Finais, nas suas componentes escrita e desenhada, que, após aprovação e antes da recepção provisória, serão entregues à Fiscalização nos seguintes suportes: 1 base em suporte digital (CAD) e 2 cópias em suporte papel transparente 1.2. Materiais 1.2.1. Especificações sobre Materiais 1.2.1.1. Características Todos os materiais a empregar na obra serão da melhor qualidade disponível, terão as dimensões, formas e demais Características definidas no Projecto e deverão satisfazer às condições exigidas pelos fins a que se destinam. Obedecerão aos regulamentos em vigor, às normas Portuguesas, Documentos de Homologação, Especificações do LNEC ou especificações destas Condições Técnicas Especiais. Os materiais a empregar na obra terão que ser fornecidos em embalagens de origem devidamente etiquetadas, de forma a certificar a autenticidade da sua origem. O Empreiteiro deve fornecer ao Representante do Dono de Obra cópias de todos os documentos dos fornecedores, documentos técnicos, desenhos, encomendas, etc., para certificação das especificações do Projectos ou outras aprovadas. O Representante do Dono de Obra poderá aprovar materiais e processos de construção diferentes dos especificados no Projecto, desde que não apresentem níveis de desempenho, qualidade e robustez inferiores aos definidos e não tenham, alteração para mais no preço, devendo do facto, dar prévio conhecimento ao Projectista, assumindo perante o Dono da Obra toda a responsabilidade sempre que o não faça. Pág.4 Condições Técnicas Especiais O facto de o representante do Dono de Obra aprovar o emprego de materiais e processos de construção diferentes dos previstos em Projecto não isenta o Empreiteiro de responsabilidades quando se verifique deficiente comportamento. 1.2.1.2. Aprovação dos materiais O Empreiteiro submeterá à aprovação do Representante do Dono de Obra, dos Projectistas e/ou da Fiscalização amostras de todos os materiais, produtos, etc., bem como tudo o que diz respeito à definição de referência e cor, a empregar na Obra, acompanhadas de toda a documentação técnica pertinente. O Empreiteiro apresentará todas as amostras e/ou documentos técnicos devidamente etiquetados, com numeração sequencial e data de apresentação, mantendo permanentemente actualizado ficheiro em cuja cópia o Representante do Dono de Obra rubricará a sua decisão de aprovação ou rejeição. Quando da recepção de cada lote, deverá ser elaborado pelo Empreiteiro um Boletim de Recepção, onde deverão constar: − Identificação da obra; − Designação do material ou do elemento; − Número do lote; − Data de entrada na obra; − Decisão de recepção e visto da Fiscalização. Ao Boletim de Recepção deverão ser anexados os seguintes documentos: − Certificado de Origem; − Guia de remessa; − Boletins de ensaio. O Boletim de Recepção e documentos anexos deverão ser integrados no livro de registo da obra. As amostras e/ou documentos rejeitados serão retirados da obra e os aprovados, após colocação de etiqueta de aprovação deverão ser guardados em sala que o Empreiteiro deve preparar e equipar com estantes adequadas às amostras que forem sendo aprovadas. As amostras aprovadas constituirão padrão definidos dos critérios de aceitação. Os materiais e produtos não poderão ser aplicados, nem os elementos e componentes poderão ser assentes em obra, sem a prévia aceitação do Representante do Dono de Obra e Projectistas, que aplicará as penalidades que achar convenientes, sempre que se verifique o incumprimento deste ponto. Pág.5 Condições Técnicas Especiais A apresentação das amostras deverá ser feita, preferencialmente, no período de preparação da obra, não devendo, de qualquer modo, ser apresentadas com menos de trinta dias em relação ao início previsto para a sua aplicação na Obra. A aprovação ou rejeição dos Materiais deve ter lugar nos dez dias subsequentes à data. O Empreiteiro poderá propor a substituição de qualquer especificação de materiais, desde que não sejam prejudicados a solidez, estabilidade, aspecto duração e conservação da obra. As propostas de alteração deverá ser feita por escrito, devidamente fundamentada, indicando pormenorizadamente as Características de qualidade a que o material irá satisfazer. Compete à Fiscalização e ao Autor do Projecto aprovar ou rejeitar a proposta de substituição, a qual deverá ser condicionada à alteração das condições administrativas, nomeadamente prazos e custos. A aprovação de uma alteração de especificação para um determinado material não isentará nenhum lote de ser submetido à recepção prevista, nem isentará o Empreiteiro da responsabilidade sobre o seu comportamento. Os materiais deverão ser armazenados por forma a garantir a sua utilização em boas condições, sendo da responsabilidade do Empreiteiro todas as acções necessárias para este fim. Os ensaios a realizar são os julgados necessários pela Fiscalização e pelo Autor do Projecto. Serão sempre realizados todos os ensaios que a Fiscalização e o Autor do Projecto entenderem necessários, caso os materiais não sejam os especificados nas Condições Técnicas Especiais, sendo por conta do Empreiteiro os encargos respectivos. A colheita de amostras, sua preparação e embalagem, serão efectuadas na presença da Fiscalização, do Autor do Projecto e do Empreiteiro. Os ensaios serão realizados num laboratório oficial, ou noutro laboratório de reconhecida competência, desde que autorizado pela Fiscalização e pelo Autor do Projecto. Se os resultados dos ensaios não satisfizerem, será rejeitado o respectivo lote. 1.2.1.3. Recepção dos materiais e ensaios diversos A recepção dos materiais e elementos de construção será feita com base na verificação de que satisfazem as Características especificadas no projecto, nas Condições Técnicas Especiais ou no contrato. Pág.6 Condições Técnicas Especiais Todos os ensaios a realizar ou estipulados nas normas, regulamentos ou legislação em vigor, são considerados obrigatórios e constituem encargo do Empreiteiro, salvo nas excepções especificamente estipuladas. Quando a Fiscalização tiver dúvidas sobre a qualidade dos trabalhos, pode tornar obrigatória a realização de ensaios além dos previstos. Se os resultados dos ensaios referidos forem satisfatórios e as deficiências encontradas não forem da responsabilidade do Empreiteiro, as despesas com os ensaios e com a reparação daquelas deficiências serão de conta do Dono da Obra. 1.2.1.4. Armazenamento e preservação das qualidades dos materiais O Empreiteiro é o único responsável pela preservação de todos os materiais, durante o transporte e o armazenamento, até à sua colocação em obra. A Fiscalização deverá rejeitar todos os materiais deteriorados que não estejam em conformidade com o clausulado nas Condições Técnicas Especiais, obrigando o Empreiteiro a retirá-los, à sua conta do estaleiro da obra. Se, contudo, o Empreiteiro crê poder, mediante tratamento adequado, tornar aqueles materiais aceitáveis, a Fiscalização poderá autorizar a tentativa de recuperação mas, em caso de fracasso, o Empreiteiro será o único responsável pelos prejuízos e atrasos decorrentes. Os materiais de diferentes qualidades, tipo ou origem, deverão ser armazenados separadamente por forma a permitir a qualquer momento uma inspecção completa e rápida por parte da Fiscalização. 1.2.1.5. Amostras dos materiais a empregar na empreitada O Empreiteiro obriga-se a mostrar previamente, à Fiscalização e ao Autor do Projecto, amostras dos materiais a empregar, acompanhadas de certificados de origem e de análises ou ensaios feitos em laboratório oficial, quando tal lhe for exigido, os quais, depois de aprovados, servirão de padrão. À Fiscalização e ao Autor do Projecto reserva-se o direito de, durante a execução dos trabalhos e sempre que o entender, tomar novas amostras e mandar proceder de sua conta a análises, ensaios e provas em laboratórios oficiais, e, bem assim, promover as diligências necessárias para verificar se mantêm as Características. O Empreiteiro obriga-se a ceder gratuitamente as amostras de materiais para efeitos de ensaios e a facilitar a colheita das mesmas. As amostras serão sempre tomadas em duplicado e levarão as indicações necessárias à sua identificação. Pág.7 Condições Técnicas Especiais O disposto neste artigo não diminui a responsabilidade que cabe ao Empreiteiro na execução da obra e cumprimento dos prazos aprovados. 1.2.1.6. Prescrições comuns a todos os materiais Devem ser acompanhados de certificados de origem e obedecer ainda: − sendo nacionais, às normas portuguesas, documentos de homologação de laboratórios oficiais, regulamentos em vigor e especificações destas Condições Técnicas Especiais; − sendo estrangeiros, caso não haja normas portuguesas aplicáveis, às normas e regulamentos aplicáveis no país de origem, ou ás normas europeias. Nenhum material pode ser aplicado em obra sem prévia consulta da Fiscalização. O Empreiteiro, quando autorizado pelo Autor do Projecto e pela Fiscalização, pode aplicar materiais diferentes dos previstos, se a estabilidade, aspecto, duração e conservação da obra não forem prejudicados e se não houver alteração para mais nos preços; esta autorização não isenta o Empreiteiro da responsabilidade sobre o comportamento dos materiais. 1.2.2. Materiais Especificados 1.2.2.1. Aditivos hidrófugos Devem produzir argamassas impermeáveis à água e permeáveis ao ar, não diminuindo a sua resistência, devendo as argamassas daí resultantes ser aplicadas (ver impermeabilizações), nas superfícies onde interessa impedir o atravessamento de humidades. Deverão ser do tipo “Higromedon” 1.2.2.2. Água A água a empregar na confecção das argamassas deverá ser doce, limpa e isenta de substâncias orgânicas, ácidos, sais deliquescentes, óleos ou quaisquer outras impurezas. Se utilizar água não proveniente de redes de água potável, serão colhidas amostras de acordo com a NP 409 e realizados os ensaios necessários. Pág.8 Condições Técnicas Especiais Os ensaios para determinação das Características da água respeitarão as NP 413, NP 421 e NP 423 e serão realizados antes do início da fabricação das argamassas e betões, durante a sua fabricação e com a frequência que a Fiscalização entender. 1.2.2.3. Areia A areia a impregnar na confecção das argamassas para alvenaria deverá satisfazer as seguintes condições: − Ser bem limpa ou lavada e isenta de terras, substâncias orgânicas ou quaisquer outras impurezas; − Ser angulosa e áspera ao tacto; − Ser rija, de preferência silicosa ou quartzosa; − Ter a composição granulométrica mais conveniente para cada tipo de argamassa. A areia deverá ser peneirada e lavada quando julgado necessário. No fabrico de argamassas a empregar no assentamento de alvenarias de tijolo e em rebocos e guarnecimentos, deverá utilizar-se areia de grão fino. Considera-se areia de grão fino a que passe no crivo com orifícios de 1,5mm. 1.2.2.4. Cal 1.2.2.4.1. Cal hidráulica A cal hidráulica deverá satisfazer as seguintes condições: − Ser de qualidade superior e isenta de fragmentos duros e de corpos estranhos e ser bem cozida e extinta. − O índice de hidraulicidade não será inferior a 0,03 nem superior a 0,50; − A baridade de cal não calcada nunca deverá ser inferior a 700Kg por metro cúbico. Os cubos de argamassa normal (um de cal para três de areia feita com água doce e imersas na mesma), deverão apresentar as resistências mínimas à compressão de 140Kg/cm2, aos 28 dias. As amostras de cal a empregar deverão ser entregues com antecedência suficiente para se fazerem os ensaios sem prejuízo dos trabalhos. 1.2.2.4.2. Cal ordinária A cal será de boa qualidade; será extinta por imersão em tanque ou por aspersão e deve satisfazer as seguintes condições: Pág.9 Condições Técnicas Especiais − Ser bem cozida, sem cinzas, matérias terrosas, fragmentos de calcário cru ou recozido e isenta de quaisquer outras impurezas; − Ser bem cozida a mato; − Após a extinção, ser isenta de fragmentos resultantes de deficiências ou excessos de cozedura do calcário. A cal extinta por aspersão será guardada em armazém fechado, para não ficar sujeita à acção dos agentes atmosféricos; na falta de armazém, poderá ser permitida a sua conservação ao ar livre, desde que seja coberta depois de extinta com uma camada delgada de argamassa de cal e areia bem alisada. No caso de se empregar cal extinta por imersão será esta trabalhada sem nova adição de água. A cal poderá ser empregue 24h depois de extinta. 1.2.2.5. Cimento Os cimentos deverão obedecer à regulamentação em vigor, recorrendo-se para o efeito ao Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos. O cimento será conservado de modo a ser protegido do tempo e da humidade, livre de contacto com o chão. Será arrumado convenientemente de modo a permitir fácil acesso para ser inspeccionado e identificado na ocasião da recepção. 1.2.2.6. Cimento cola O cimento cola a empregar será de 1ª qualidade, do tipo Ferma A sua composição será de cimento branco, areias siliciosas e calcárias e aditivos orgânicos e inorgânicos. Deverá possuir as seguintes Características: Características de utilização: − Tempo de repouso depois de amassada: 2 minutos; − Vida do amassado: 3 horas; − Tempo de ajustabilidade: 15 minutos; − Tempo de espera para fazer juntas: 24 horas; − Tempo para se poder circular: 24 a 48 horas; − Espessura máxima de aplicação 8mm. Características de prestações: − Densidade da massa: 1.60; − Deslizamento com peças de 20Kg/m2: 0mm Pág.10 Condições Técnicas Especiais − Aderência a 28 dias: maior que 5 Kg/cm2 As embalagens chegarão à obra fechadas de origem, rotuladas e acompanhadas com as referências técnicas e modo específico de aplicação. 1.2.2.7. Colas Deverão ser de fábrica de reconhecida idoneidade e satisfazer os fins e utilizações que se têm em vista. Devem ainda estar de acordo com a natureza dos materiais a colar. As suas qualidades superficiais, bem como as condições de utilização a que irão ser sujeitos, devem resistir aos agentes agressivos à exposição de intempéries. Antes de aplicar qualquer cola na execução de trabalhos, fazendo parte da empreitada, ainda que sejam realizados fora do estaleiro ou por subcontratos, o Empreiteiro deve solicitar a aprovação da Fiscalização, devendo fornecer as seguintes indicações nessa ocasião: − Trabalho a que se destina a cola, mencionado a natureza das superfícies a colar e o seu estado; − Tipo de cola (por ex. à base de metilcelulose, de borracha sintética, à base de resinas, com ou sem solventes, de reacção, cor pigmentada ou não); − Consistência e viscosidade Epprec; − Diluição (sendo caso disso); − Tempo aberto; − Tempos de endurecimento, em horas, para as temperaturas de trabalho previstas; − Resistência ao corte, em Kgf/mm2, para diversos tempos de endurecimento (1,3,7 e 14 dias, por exemplo); − “Pot-life” a cerca de 22ºC; − Tempo de armazenagem; − Resistência ao calor; − Inflamabilidade; − Medidas de precaução a tomar. O Empreiteiro deverá por sua conta fazer ensaios de colagem para os diversos tipos de materiais se assim lhe for exigido. As Características da cola devem ser certificadas pelo fabricante. As embalagens chegarão à obra em embalagens fechadas de origem, rotuladas com as referências técnicas e modo específico de utilização As colas serão armazenadas em locais ventilados e protegidos de faíscas, chamas, acção directa dos raios solares e do calor excessivo.. Pág.11 Condições Técnicas Especiais 1.2.2.8. Ferragens As ferragens serão de boa qualidade e sem defeitos, bem trabalhadas e acabadas, sem defeitos de oxidação. O atrito entre as peças móveis deverá ser o mais macio possível. Se, por inexistência de Norma Técnica específica, para a boa compreensão do tipo e qualidade da ferragem, for necessário recorrer à designação de modelo ou MARCA COMERCIAL, tal corresponderá à melhor definição do padrão pretendido e não à aplicação em concreto daquele modelo ou marca, sendo a referência acompanhada da designação "ou equivalente de qualidade não inferior" ou na forma abreviada "ou equivalente de q.n.i."; As ferragens terão o ACABAMENTO indicado nas peças do projecto, serão isentas de rebarbas ou outros defeitos e o acabamento será isento de picaduras, fendilhações ou bolhas; As ferragens devem chegar à obra convenientemente acondicionadas para que sejam PROTEGIDAS até à aplicação e serviço; Nos vãos com Características de resistência ao fogo todas as ferragens e acessórios serão de resistência e igual ao aro e folha e homologadas. As fechaduras a utilizar deverão ser corresponder às Características gerais requeridas pelos ensaios de Qualificação de Componentes de Edifícios do LNEC, designadamente fechaduras, fichas, dobradiças, parafusos, etc. Em fechaduras, a distância da BROCA À TESTA será de molde a que aquela fique centrada na couceira quando a houver, deixando a necessária folga para o perfeito funcionamento das muletas; Sempre que os modelos de ferragens não estejam definidos nos elementos do projecto, as fechaduras serão "Yalle" ou equivalente e serão sempre fornecidas com um mínimo de 3 chaves por elemento, dispondo de chaves mestras do conjunto em conformidade com a respectiva utilização. Na parte que se lhe refere a serem amestradas por sectores fornecendo três exemplares de cada chave, exceptuando casos incluídos em sistema de chave mestra; As DOBRADIÇAS das portas serão providas de anilhas de apoio em material conveniente, com coeficiente de atrito baixo; O MOSTRUÁRIO de toda a ferragem a aplicar deverá ser presente ao dono da obra, com o intervalo de tempo suficiente antes da aplicação para que este se pronuncie sobre a sua aceitação. A Norma FBD.12CP.61. deverá ser cumprida obrigatoriamente Pág.12 Condições Técnicas Especiais 1.2.2.9. Gesso O gesso a empregar será da melhor proveniência, fabricado por meios mecânicos, de cor branca, uniforme, bem cozido, recente, moído e untuoso ao tacto. Os ensaios que poderão ser exigidos são: − Determinação da granulometria por peneiração; − Determinação da resistência à ruptura, à tracção por flexão; − Determinação do teor de sulfato. Além desses, sendo feita a sua amassadura com água de 1200l desta para 1m3 de gesso, deverá apresentar, no fim de 30 dias de exposição ao ar livre, à temperatura de 25ºC, a resistência de 12Kg/cm2. O Dono da Obra, antes da sua aprovação, poderá colher amostras para ensaio para verificação da sua resistência. Não serão aceites gessos fornecidos em embalagens não protegidas contra a humidade ou que dela tenham já sido alvo. As referidas embalagens devem satisfazer o especificado na norma P 420 – gesso. Acondicionamento e expedição. 1.2.2.10. Gesso Laminado 1.2.2.10.1. Especificações técnicas As placas serão constituídas por uma alma de gesso reforçada por uma armadura de cartão especial. Terão os bordos longitudinais adelgaçados de modo a facilitar o tratamento da junta. As placas com Características especialmente voltadas para resistir a condições de forte higrometria terão o corpo e as faces hidrofugadas e serão aplicadas em tectos interiores, nas situações indicadas no projecto. A resistência à difusão do vapor de água, expressa em m².h.mm.Hg/g, é de 1 para todas as placas. As placas com Características acústicas especiais terão de ser constituídos por placas de gesso laminado perfuradas com as Características indicadas no projecto. 1.2.2.10.2. Comportamento ao fogo O potencial calorífico é de 10 mega joules por m³ de placa ou de 5 maga joules por m² e por face. Pág.13 Condições Técnicas Especiais 1.2.2.10.3. Dureza superficial A calote feita por uma bola de aço de 500g submetida a uma energia de 2,5 joules é de 10 mm nas placas BA 18 e BA 23 o que corresponde a placas de alta dureza. Nas restantes é de 13mm o que corresponde a uma camada de revestimento de estuque corrente. 1.2.2.10.4. Variação dimensional O coeficiente de dilatação é de 15 x 10 - 6 por ºC. 1.2.2.11. Madeiras e derivados 1.2.2.11.1. Madeira maciça A madeira a utilizar será de fibras direitas e unidas, sem nós podres, fendidos ou lascados, sem cavidades, fendas ou podridões, resultantes ou não, de ataques de fungos. Não deverão apresentar sinais de infestamento por animais xilófagos, manchas ou outros defeitos que comprometam a sua duração, resistência ou efeito estético. A madeira de falso borne será rejeitada. A madeira apresentar-se-á seca, ao ar, isto é, com uma humidade média aproximadamente 12%, perfeitamente desempenada, sem descaimentos ou falhas de laboração, observando nas suas Características mecânicas, os valores para o efeito fixados pelas Normas Portuguesas em vigor. As madeiras a utilizar em peças resistentes terão um peso específico mínimo de 550 kg/m3. As madeiras a empregar deverão apresentar as fibras direitas e paralelas aos bordos longitudinais das peças, admitindo-se uma inclinação máxima de 1/10, em relação a esse bordo, nas peças resistentes, e de 1/5 nos restantes casos. As peças de madeira não poderão apresentar-se encurvadas de tal modo que as flechas respectivas sejam superiores a 1mm para um comprimento de 2 metros. As peças de madeira destinadas a trabalharem à compressão não poderão apresentar uma flecha superior a 1/400 do seu comprimento. As peças de madeira, seja qual for o fim a que se destinam, não deverão apresentar quaisquer nós viciosos ou soltos. As peças de madeira a utilizar em revestimentos à vista deverão apresentar-se isentas de qualquer nó. Os nós sãos, serão aceitáveis nos casos seguintes: Pág.14 Condições Técnicas Especiais O diâmetro de cada nó não deve ser superior a 1/6 da largura da peça sem exceder 4 cm e de modo a ser aprovado pela Fiscalização no seu aspecto estético. Para a generalidade das madeiras serão observadas as Normas Portuguesas em vigor, especialmente NP-180 - Anomalias e defeitos de madeira (1962), NP-480 a NP-482 (1968), NP-486 (1968), NP-614 a NP-623 (1973), NP-890 a NP-892 (197e NP-987- Madeiras serradas - medição de defeitos (1973). Em superfícies e peças em contacto ou permanecendo em meios desfavoráveis ao aparecimento de fungos ou animais xilófagos, deverão ser protegidos com um produto à base de naftalto de cobre. As madeiras serão armazenadas por natureza, categorias, dimensões e por lotes de cada fornecimento. As madeiras deverão ser protegidas e armazenadas por forma a evitar o ataque de humidades, fungos, carunchos e outros factores que a deteriorem. O armazenamento será realizado em telheiros ou armazéns fechados que abriguem as madeiras das chuvas e assegurem a ventilação suficiente para facilitar a sua secagem natural. Para isso, entre cada duas peças, devem ser sempre interpostas ripas com a espessura mínima de 1 cm espaçadas no máximo de 60 cm. Deverá ser tido especial cuidado na armazenagem, tendo em conta o grau de humidade da madeira, do local de armazenagem e do local de aplicação (uso). Devendo nesta fase ser corrigido o grau da humidade das peças, de modo a ficarem higrometricamente estáveis. 1.2.2.11.2. Painéis de MDF O MDF, aglomerado de fibras de densidade média, é uma prancha de fibras de madeira aglutinadas a seco mediante a incorporação de resinas sintéticas, conformada com um processo sem capas e prensada a alta frequência dieléctrica. Assim se consegue um produto de alta qualidade que se deverá apresentar uniforme, forte, compacto, estável, liso nas duas faces e homogéneo em toda a sua espessura. Devido à sua composição permite todo o tipo de acabamentos directos: corar, envernizar, lacar, pintar, assim como revestimentos com folha, papel ou P.V.C. As tolerâncias a admitir serão: − Espessura: aprox. 0.2 mm − Comprimento: aprox. 5 mm − Largura: aprox. 3 mm − Quadratura: aprox. 2 mm em um metro linear Pág.15 Condições Técnicas Especiais Os painéis de MDF a utilizar deverão ser do tipo SONAEPAN ST, com uma baixa emissão de formeldeido, e respeitar as Normas E1, E2. Os painéis de MDF hidrófugo a utilizar deverão ser do tipo SONAEPAN MR, com Características melhoradas de resistência à humidade, e respeitar as Normas E1, E2, T-313 e T-100. Este tipo deverá ser o utilizado em cozinhas, instalações sanitárias e todas as demais situações indicadas no Projecto. 1.2.2.11.3. Painéis de aglomerado folheados a melamina branca. Painéis de aglomerado de partículas resistente à humidade folheados a melamina branca, também denominado de Aglomerite, tipo TAFILAM MR da TAFIBRA. Os painéis TAFILAM com superfície melamínica decorativa oferecem ao mercado mais de 200 padrões de madeiras, fantasias e unicolores e variadas opções de acabamento, constituindo, assim, uma óptima solução para a produção de mobiliário de cozinha e casa de banho, mobiliário doméstico ou de escritório, bem como para revestimento de paredes e decoração de interiores em geral. TAFILAM é produzido com substracto de aglomerado de partículas ou MDF, está disponível numa grande diversidade de medidas e é complementado por termolaminados, painéis lacados e orlas com os mesmos desenhos e tonalidades. Tratase de um material muito atractivo, não só pelas suas características técnicas e estéticas, mas também por ser um produto garantidamente eco-eficiente, especialmente quando comparado com outros materiais alternativos. Conforme o tipo de substracto, o TAFILAM poderá ser utilizado em ambientes secos ou húmidos, podendo ainda, quando tal for requerido, apresentar um comportamento melhorado de reacção ao fogo. 1.2.2.12. Manta geotêxtil A manta geotêxtil terá a resistência à tracção maior que 4KN/m, com um alongamento à ruptura maior que 15%, com resistência ao rasgamento maior que 0,3KN, com permitividade maior que 5x10^-2s^-1 e porometria menor que 400µ e densidade de 180Kg/m2. 1.2.2.13. Mastiques Deverão ser de fábrica de reconhecida idoneidade e ter as Características necessárias de forma a satisfazerem o fim para que são utilizados. Pág.16 Condições Técnicas Especiais De um modo geral deverão ser impermeáveis e estáveis em presença dos agentes atmosféricos, proporcionar uma boa aderência às argamassas e betões e terem elasticidade suficiente para suportarem sem deterioração os movimentos a que irão ser submetidos. O Adjudicatário obriga-se a fornecer documentação técnica sobre os produtos a aplicar na qual se dará referência aos seguintes pontos: − Temperatura de aplicação − Preparação do material antes da aplicação − Equipamento necessário − Agente desmoldante para tratamento prévio dos aparelhos de aplicação − Preparação prévia da superfície − Primários − Medidas admissíveis das juntas − Pré-enchimento de juntas − Modo de aplicação do mastique − Limpeza dos utensílios − Medidas sanitárias preventivas − Poderão ser exigidos ensaios em provetes para verificação de qualidades, obrigando-se o Adjudicatário a retirar o material da obra todas as vezes que este for rejeitado. Os ensaios incidirão, entre outros aspectos, sobre o módulo de elasticidade, resistência a temperaturas, tempo de secagem, ligação a materiais, estanquicidade, densidade, ensaios de tracção e compressão, rendimento ou “pot-life” Os mastiques chegarão à obra em embalagens seladas de origem, rotulados com a marca, referências e modo de aplicação e serão armazenados de acordo com as instruções do fabricante ou, na sua omissão, protegidos dos agentes atmosféricos, descargas eléctricas, calor e frio excessivos. 1.2.2.14. Metais 1.2.2.14.1. Aço Os aços em fins estruturais deverão satisfazer às Características mínimas fixadas no "Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado" (Dec. Lei n.º 349 - C/83 de 30.07.83). Quando se pretenda aplicar aços de alta resistência ou varões canelados deverão verificar-se os documentos de homologação elaborados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Pág.17 Condições Técnicas Especiais Os perfilados para estruturas metálicas obedecerão ao estabelecido no Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios (Dec. Lei n.º 211/86 de 31.07.86). Os aços especiais a utilizar deverão arrumar-se absolutamente separados do aço normal, sendo obrigatória a marcação de uma forma bem visível para que se possam conhecer à simples vista. Os elementos em ferro deverão estar convenientemente limpos de ferrugem solta ou de qualquer material que possa afectar a respectiva aderência ou durabilidade. 1.2.2.14.2. Aço inoxidável Para situações normais será utilizado aço inox da qualidade AISI 304, em zonas de Características húmidas ou contacto com água será AISI 316. Nos trabalhos de serralharia com aço inoxidável terá que existir um cuidado especial no nível de acabamentos, de modo a não danificar o aspecto do aço inoxidável. Toda a serralharia de aço inox terá acabamento escovado, bem como as soldaduras a executar. Todas as peças riscadas durante a obra serão substituídas. 1.2.2.14.3. Aço em chapa As Características e proveniência do aço em chapa a utilizar, seja lisa, xadrez ou qualquer outra, deverão ser submetidas pelo Adjudicatário à aprovação da Fiscalização antes da sua aplicação. Serão respeitadas as normas portuguesas em vigor, designadamente NP-105 (1965), NP-173 (1968), NP-2114 (198e NP2131 (1983). O ferro laminado, a utilizar em chapas de ferro liso ou xadrez, deverá ser da qualidade A37T da NP a 36-203 de Novembro de 1945. 1.2.2.14.4. Perfis de Ferro Os perfis serão de ferro soldável, próprio para serralharias, com as dimensões constantes do projecto e Características de acordo com a função, sem apresentarem corrosão com picagem. 1.2.2.14.5. Chumbo O chumbo destinado à fixação de serralharias será de qualidade, macio e puro. Pág.18 Condições Técnicas Especiais Os tubos de chumbo serão submetidos a ensaio, devendo manter as Características de resistência, sem deformação, à pressão de 10Kg/cm2 (1 MPa). 1.2.2.14.6. Tubos de aço galvanizado Os tubos a aplicar devem ser de fabrico recente sem imperfeições de continuidade na homogeneidade do metal ou na execução da costura, assim como todos os acessórios necessários. Os tubos serão submetidos a ensaio de dobragem a frio, durante o qual e até à formação de um acurva de raio igual a 50 vezes o seu diâmetro, não devem ser observadas ruptura ou descolagem da protecção. Os elementos de ligação dos tubos aos aparelhos devem satisfazer as Normas Portuguesas em vigor, designadamente NP-483 (1970), NP-484 (1970) e NP-485 (1970). Os tubos em tudo o que se refere às suas Características, roscas, etc., obedecerão às Normas Portuguesas NP-45, <NP513 (1968), NP-514 (196e NP-479 (1982). 1.2.2.15. Placas de isolamento térmico Placas de poliestireno extrudido tipo “Roofmate SL”, com as seguintes Características: − Densidade mínima: 33-35Kg/m3 – DIN 53420 − Condutibilidade térmica no estado seco (Tmed=20ºC): 0.028 W/mºC – ISO 2581 e ASTM C518 − Valor de cálculo de condutibilidade térmica: 0.031 W/mºC – NEB CT –79 − Resistência à compressão: 300kPa – UNE 53310 − Factor de resistência à difusão do vapor de água, valor u: 100-200 – DIN 52615 − Absorção de água: <0.2% vol. – DIN 53434 − Capilaridade: Nula − Estabilidade de forma: 0.2Kg/cm2 80ºC: WD – DIN 18164 0.4Kg/cm2 70ºC: WS – DIN 18164 − Coeficiente de dilatação linear: 0.07 mm/mºC − Reacção ao fogo: M1 – UNE 23727 – DIN 4102 − Dimensão das placas: 1250x600mm Pág.19 Condições Técnicas Especiais 1.2.2.16. Telas de impermeabilização As impermeabilizações deverão ter as espessuras definidas e obedecer a todas as Características e normas de fabrico, exigidos para se obter uma perfeita impermeabilização. Serão fornecidas com todos os acessórios para a sua fixação e remates junto de outros elementos construtivos e deverá ser executado teste de estanquidade da solução aplicada. 1.2.2.17. Tintas e vernizes Na designação tintas e vernizes inclui-se ainda produtos tais como isolantes, fixadores, betumes, sub-capas, primários, diluentes, solventes, decapantes e secantes. Os produtos escolhidos terão em conta o fim a que se destinam atendendo à natureza do material de suporte e suas qualidades superficiais, às condições de utilização, aos agentes agressivos e exposição às intempéries. Em cada um dos produtos escolhidos será exigida uniformidade de cor, textura, brilho, granulometria, isolamento, além de outros padrões de qualidade exigíveis segundo o tipo do produto, as indicações de catálogo do fabricante ou normas específicas. Os esmaltes a aplicar devem ser mates e devem ter os seguintes conteúdos alquídicos no veículo fixo. Esmaltes mates: mais de 26% de anídrido ftálico, mais de 45% de óleo O teor de anídrico ftálico do veículo fixo deve ser determinado em conformidade com a NP 186. O Empreiteiro apresentará resultados de ensaios segundo esta norma, comprovativos que os esmaltes propostos satisfazem as condições indicadas. Todas as composições de base alquídica devem ter uns teores anídrido ftálico e em óleo veículo fixo, satisfazendo as seguintes condições, estabelecidas na alínea anterior: Betumes primários, aparelhos e sub-capas, como os esmaltes brilhantes. O verniz para acabamento de madeira deve ser de grande dureza, muito resistente ao amarelecimento e proporcionar um acabamento mate. Deve ser um verniz à base de isocianatos despolido a palha de aço muito fina para perder o brilho depois de aplicado, sem prejuízo das suas propriedades. Só serão admissíveis tolerâncias relativamente a componentes de produtos, se garantidamente não afectarem a cor, brilho, textura e outros aspectos superficiais, duração, resistência química e mecânica. Poderão ser exigidos ensaios de todos os materiais, bem como as afinações de cor necessárias, sem encargos para o Dono da Obra. Pág.20 Condições Técnicas Especiais O Adjudicatário apresentará amostras de todos os produtos acompanhados de informação técnica do fabricante sobre as propriedades, campo de aplicação, rendimento, preparação prévia de aplicação. Será rejeitado todo o fornecimento se houver duas embalagens do mesmo produto com quaisquer Características diferentes. Os produtos darão entrada na obra em embalagens de origem e será dos tipos preconizados no projecto ou indicados pela Fiscalização, não apresentando sinais de violação. Todas as tintas e diluentes serão armazenadas em locais bem ventilados e protegidos de faíscas, chamas, acção directa dos raios solares e do calor excessivo. Sempre que possível serão armazenados em edifícios ou barracões próprios. As tintas susceptíveis de deterioração a temperaturas baixas devem ser armazenadas, quando necessário, em compartimentos aquecidos. Todas as embalagens deverão ser conservadas por abrir até à sua utilização. As embalagens que porventura tenham já sido abertas para ensaios deverão ser utilizadas em primeiro lugar. As diferentes qualidades de produtos serão arrumadas em lotes separados e perfeitamente identificáveis. Todas terão rótulo do fabricante, de modo a se poder ler durante todo o tempo da utilização os elementos técnicos, como sejam identificação, número de série, referências diversas e instruções de aplicação e armazenamento. O Empreiteiro terá que ter sempre em depósito as quantidades de materiais necessárias para garantir o andamento normal dos trabalhos. As normas a respeitar, para além das normas portuguesas em vigor, serão as a seguir indicadas: − NP 186 − BS – 3826 (1967) − DEF – 114 (195do Ministry of Defence − DEF – A (1961) − DEF 1114 − DEF 11.115 − CIT n.º 18 do LNEC 1.2.2.18. Vermiculite – Isolamento térmico Isolante térmico e anti-fogo em silicato de alumínio e magnésio de estrutura amorfa, do tipo Tec Granuterm, constituído por grãos em forma de fole, contendo diminutas bolsas de ar, conferindo-lhe um elevado teor isolante e baixo peso. Pág.21 Condições Técnicas Especiais Especificação EM - 171.1.0: − Aspecto Sólido − Cor Amarelado − Odor Inodoro − Densidade aparente @20 ºC ( Kg/L) 0.095 – 0.110 − Ponto de fusão (ºC) 1300 − Calor específico (kcal/g/ºC) 0.2 − Condutividade térmica - λ( kcal. m/m2.h.ºC) 0.053 – 0.056 Deve ser armazenado nas embalagens originais fechadas, ao abrigo da humidade. 1.2.2.19. Vidros 1.2.2.19.1. Generalidades A chapa deverá apresentar uma cor uniforme e quando vista de cutelo apresentar a mesma tonalidade e cor em todo o seu comprimento. A chapa não poderá ter "piques". A chapa não deve conter bolhas, ampolas, serpenteios, fiadas, cordas, pedras, arranhaduras, queimaduras, desvitificações ou bolhas rebentadas, nem bolhetes espalhados, alvoraçados ou murças. Para definição dos termos usados designativos dos defeitos de vidraça deva ser consultada a NP-69. Dimensões e formas das chapas serão as indicadas no projecto, admitindo-se tolerâncias destas medidas os valores constantes na NP-70. 1.2.2.19.2. Armazenamento / transporte Deve haver particular cuidado, na descarga, acomodação e armazenagem das chapa de vidro, evitando que se possam quebrar nas arestas ou riscar por contacto com as outras. Os vidros quando embalados em caixas de madeira, estas deverão estar na vertical, não embalado deverá armazenar-se na vertical sobre cavaletes ligeiramente inclinados (6º) e guarnecidos de feltros. Entre vidros deverão ser colocados separadores. Cada pilha não poderá ter mais de 50 cm. Deverão ser armazenados em recinto coberto e vedado, separados por lotes e devidamente identificados, só devendo daí sair para transporte imediato para o local de colocação. Pág.22 Condições Técnicas Especiais O transporte deverá ser sempre na vertical, de aresta e sem contacto com o solo. Os envidraçados de grande porte devem ser movimentados recorrendo ao uso de correias ou ventosas. 1.2.2.19.3. Composição química dos vidros comerciais Composição − Os vidros usados na construção têm uma composição silico-sódico-cálcica. − Um vitrificante, sob forma de areia (70 a 72%); − Um fundente, o óxido de sódio, sob a forma de carbonato e sulfato (14%); − Estabilizantes, à base de óxido de cálcio e magnésio sob a forma de calcáno e dolomite (6 a 8%); − Diversos óxidos como a alumina e a magnésia que melhoram as propriedades físicas do vidro, principalmente o aumento de resistência à acção dos agentes atmosféricos; − Para certos tipos de vidro, a incorporação de diversos óxidos metálicos permite conferir-lhes coloração na massa; − Os vidros deverão apresentar uma dureza de 6.5 na escala de MOHS, entre a ORTOSE (e o QUARTZO (7). 1.2.2.19.4. Espessura dos elementos A espessura dos elementos a aplicar em obra, será fixada pelos dados de projecto. 1.2.2.19.5. Tipos de vidro Os vidros a utilizar serão de marca tipo Covina, Saint-Gobain, e dos seguintes tipos: 1.2.2.19.5.1. Vidro liso incolor Vidro float recozido, transparente, obtido segundo o processo Float, flutuação do vidro fundido num banho de estanho em fusão, e sujeito a um arrefecimento lento (recozimento) que liberta o vidro de tensões internas e permite as operações de corte e manufactura. A tolerância máxima admitida nos vidros obtidos por este processo será de 0.3 mm na espessura. 1.2.2.19.5.2. Vidro temperado O vidro temperado deverá ser tipo Covina, Saint-Gobain, modelo Securit, com espessura conforme projecto. É um vidro sujeito a um tratamento térmico de reforço que incrementa consideravelmente a sua resistência mecânica ou a sua resistência ao choque térmico sem alterar as propriedades luminosas ou energéticas do produto de base. Esse tratamento consiste fundamentalmente na elevação da temperatura do vidro a cerca de 650ºC seguida de arrefecimento brusco. A sua fragmentação fina permite considera-lo como um produto de segurança na maioria das suas utilizações. Pág.23 Condições Técnicas Especiais Todos os trabalhos de corte ou furação, etc., deverão ser efectuados antes da têmpera. 1.2.2.19.5.3. Vidro laminado Designam-se por vidros laminados “SGG STADIP” e “SGG STADIP PROTECT” os envidraçados de protecção conforme a norma EN 125 43. São compostos de dois ou mais vidros, recozidos ou temperados, juntos entre eles com a ajuda de uma ou mais membranas de BUTIRAL de Polivinil (PVB - Filme plástico que assegura a junção mecânica dos componentes em vidro). Depois da colocação da membrana a aderência perfeita é conseguida termicamente sobre pressão. Em caso de quebra do vidro a, ou as, membranas seguram os fragmentos de vidro. 1.2.2.19.5.4. Vidro isolante com "caixa-de-ar" Neste tipo de vidro deverão ser utilizados os da marca tipo Covina , Saint-Gobain, Climaplus. O presente vidro, é em envidraçado isolante termo-acústico pré-fabricado, constituído por: − Duas ou mais chapas de vidro; − Câmara-de-ar ou gás; − Dupla selagem; Os vidros em causa deverão ter uma garantia (certificada) de 10 anos, válida para todos os defeitos que possam diminuir a visibilidade e causados por formação de condensações ou depósito de pó sobre as faces internas dos vidros. As câmaras-de-ar a utilizar serão as definidas no projecto, articulado de medições, assim bem como as chapas de vidro que a envolvem. A separação dos vidros é feita através de um perfil intercalar metálico, de cor a definir em obra, em cujo interior se coloca um desidratante e a estanquicidade é assegurada por dupla selagem, sendo a interior feita com Polisulfuro ou equivalente e a exterior com produto à base de Polisulfureto, elástico, impermeável, e resistente aos agentes atmosféricos. Sempre que não forem definidas as Características ou tipo dos vidros utilizados, deverão ser considerados vidros incolores de chapa lisa no interior e os exteriores temperados Securit conforme norma EN12150. Quando não definido em projecto, a caixa-de-ar será de 14 mm. Os vidros com caixa-de-ar nunca devem apresentar alterações das propriedades ópticas de cada um. Pág.24 Condições Técnicas Especiais 1.2.2.19.6. Aplicação em obra A aplicação em Obra deve ser feita de acordo com as especificações publicadas pelo LNEC ou outras Instituições equivalentes. Deverá ser dada especial atenção às dimensões das caixas de encastramento, aos calços (os de apoio serão Neoprene 60/70 SHORE, e os laterais e periféricos em Neoprene 40/60 SHORE) e folgas. Quando se utilizarem juntas de Neoprene ou outras de material equivalente os calços laterais serão suprimidos, dependendo do sistema de caixilharia. 1.2.2.19.7. Ensaios O Empreiteiro é obrigado a apresentar duas amostras de chapas de vidro polido com as dimensões dos vidros repetidos, para aprovação pela Fiscalização. Sendo aprovadas, esses vidros constituirão o padrão para todo o fornecimento, reservando-se a Fiscalização o direito de verificar a identidade das Características mediante ensaios. Poderão ser exigidos ensaios de choque, fractura e flexão de vidros temperados. Utilizando uma esfera com o peso de 500g e dois cutelos de madeira de secção triangular, distanciados 50cm. No ensaio de choque, a altura da esfera, dada pela fórmula h=250 e, onde é a espessura da chapa em mm, não deve provocar a ruptura de nenhuma das amostras. No ensaio de fractura, aquela é aumentada de 15cm por pancada até ser dada a fractura, sendo o resultado dado pela altura da queda da esfera que provocou a fractura da chapa. No ensaio de flexão, determina-se a força de ruptura da chapa, , aplicada a meio vão, para uma distância entre apoios de 200mm, num provete com cerca de 50.0mm de largura e ainda a força que, aplicada por dois cutelos à distância de 100mm e 50mm de cada um dos apoios, provoca a ruptura de um provete com aquelas mesmas dimensões. Os ensaios devem ser efectuados a uma temperatura ambiente de 20 +/- 2ºC. Nas chapas de vidro temperado, a fractura deve dar-se pela fragmentação do provete em partículas com um volume na ordem dos 3mm. 1.2.2.19.8. Normas portuguesas aplicáveis Em tudo o que for aplicável às chapas do projecto dever-se-á considerar: − NP-69 - Chapa lisa de vidro - terminologia dos defeitos − Fixa e define os termos a usar na designação dos principais defeitos de chapa lisa de vidro. Pág.25 Condições Técnicas Especiais − NP-70 - Chapa lisa de vidro - espessura e massa − Fixa os valores recomendados, da espessura e da massa por unidade de chapa lisa de vidro de superfície rectangular, na sua forma inicial. − NP-177 - Chapa lisa de vidro - classificação e recepção Estabelece a classificação da chapa lisa de vidro, fixando as Características diferenciadoras das classes e tolerâncias. Indica as regras para a colheita de amostras e para a recepção. Deverão ser respeitados todos os itens constantes do Manual do Vidro da SGG ou equivalente e restantes documentos técnicos da marca ou equivalente. 1.2.3. Materiais não Especificados 1.2.3.1. Generalidades Todos os materiais não especificados que tenham emprego na Obra, deverão satisfazer as Condições Técnicas de resistência e segurança impostas pelos Regulamentos que lhes digam respeito, ou ter Características que satisfaçam as boas normas construtivas. Em particular, deverão satisfazer os regulamentos que lhes dizem respeito – Normas Portuguesas, Documentos de Homologação e Classificação – bem como as normas de boa construção. Em qualquer dos casos, serão submetidos sempre à aprovação da Fiscalização, que poderá determinar a realização de ensaios especiais para comprovação das suas Características. À sua chegada à obra deverão observar-se todos os preceitos de segurança no respeitante à sua armazenagem. Por segurança entende-se não só a do pessoal mas também a dos próprios materiais por forma a que se encontrem em perfeitas condições quando da sua aplicação. 1.3. Trabalhos Preparatórios 1.3.1. Movimentos de Terras 1.3.2. Escavações Pág.26 Condições Técnicas Especiais 1.3.2.1.1. Disposições Gerais Constitui encargo do Empreiteiro a realização dos trabalhos de escavação e das respectivas obras acessórias, em conformidade com o previsto no Projecto. O erros ou omissões do Projecto ou do Caderno de Encargos relativos ao tipo de escavação, à natureza do terreno e às quantidades e condições de trabalho não poderão servir de fundamento à suspensão ou interrupção dos trabalhos, constituindo obrigação do Empreiteiro dispor oportunamente do equipamento necessário. 1.3.2.1.2. Remoções dos produtos de escavações Os produtos da escavação utilizáveis na Obra serão aplicados nos locais definitivos ou colocados em depósitos em depósito em locais acordados com a Fiscalização. Os produtos da escavação que não sejam aplicáveis na obra e em relação aos quais não exista qualquer reserva legal ou do Caderno de Encargos, deverão ser removidos do estaleiro. 1.3.2.1.3. Dimensões das Escavações As escavações deverão ser executadas por forma que, após a compactação, quando necessária, sejam atingidas as dimensões indicadas no Projecto. Quando, em virtude das características do terreno encontrado, for reconhecido que as dimensões das escavações devem ser diferentes das resultantes do Projecto, o Empreiteiro deverá executá-las de acordo com as indicações da Fiscalização. Se as escavações ultrapassarem as dimensões indicadas no Projecto ou nas alterações nele introduzidas, com as tolerâncias admitidas em função da natureza dos terrenos, o Empreiteiro será responsável pêlos prejuízos daí resultantes para a obra e para as propriedades confinantes e deverá corrigir à sua custa as zonas escavadas em excesso, usando materiais aprovados pela Fiscalização. 1.3.2.1.4. Intersecção de canalizações e de obras de qualquer natureza Se durante a execução das escavações for necessário intersectar sistemas de drenagem superficiais ou subterrâneos, sistemas de esgotos ou canalizações enterradas (água, gás, electricidade, etc.) maciços de fundação ou obras de qualquer natureza, competirá ao Empreiteiro a adopção de todas as disposições necessárias para manter em funcionamento e proteger os referidos sistemas ou obras, ou ainda removê-los, restabelecendo ou não o seu traçado, conforme o disposto no Caderno de Encargos ou no Projecto ou decidido pela Fiscalização. Pág.27 Condições Técnicas Especiais Sempre que encontrem obstáculos não previstos no Projecto nem previsíveis antes do início dos trabalhos, o Empreiteiro avisará a Fiscalização e interromperá os trabalhos afectados até decisão daquela. 1.3.2.1.5. Drenagem das escavações — Condições Gerais O Empreiteiro deverá proceder à evacuação das águas das escavações durante a execução dos trabalhos. O Empreiteiro deverá dispor de material de drenagem, incluindo bombas, capaz de assegurar um trabalho de drenagem contínuo. Os dispositivos de protecção contra as águas e de drenagem das escavações só devem ser removidos à medida que o estado de adiantamento dos trabalhos o permitir. 1.3.2.1.6. Aguas provenientes do exterior da escavação Quando necessário, a superfície da escavação deverá ser envolvida por drenos ou por valas que recolham as águas provenientes do exterior da escavação e as conduzam a local de onde não possam retomar. 1.3.2.1.7. Águas provenientes das superfícies laterais e do fundo As nascentes de água localizadas nas superfícies laterais ou no fundo das escavações deverão ser captadas ou desviadas a partir da sua saída por processos que não provoquem erosão nem enfraquecimento do terreno. Quando se verificar a entrada generalizada de água das superfícies laterais e do fundo da escavação, o Empreiteiro adoptará os processos de protecção adequados podendo, nos casos extremos, ter de proceder à execução de ensecadeiras ou de abaixamento do nível freático. 1.3.2.1.8. Recolha e evacuação de águas Para facilitar a recolha das águas, os fundos das escavações poderão ser dispostos com uma inclinação de 2% a 5% e cobertos por uma camada de betão. Se a topografia do local o permitir, poderá ser executada vala colectora envolvendo a zona prevista para as escavações. Se a topografia não permitir a evacuação por gravidade das águas das escavações, estas serão reunidas em poços de recolha e bombadas para o dreno exterior. Salvo disposição em contrário, o abaixamento do nível da água dos poços será limitado ao necessário para assegurar a execução dos trabalhos. Quando se utilize bombagem intensa, deverão ser tomadas medidas adequadas a evitar que a percolação da água possa provocar a remoção dos finos do terreno e prejudicar a estabilidade das obras já existentes ou a construir. Pág.28 Condições Técnicas Especiais 1.3.2.1.9. Escavações em terrenos não rochosos A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no Projecto, não sendo admissíveis diferenças por defeito. Sempre que se empreguem meios mecânicos de escavação, a extracção das terras será interrompida antes de atingir a posição prevista para o fundo e para as superfícies laterais, de forma a evitar o remeximento do terreno pelas garras das máquinas. O acabamento da escavação será efectuado manualmente ou por qualquer processo que não apresente aquele inconveniente. 1.3.2.1.10. Escavações em terreno rochoso A escavação deve libertar inteiramente o espaço previsto no Projecto, não sendo admissíveis diferenças por defeito. Nas escavações que não se destinam a receber alvenarias ou betões, as irregularidades do fundo serão preenchidas posteriormente por pedras e areias fortemente compactadas, de modo a obter-se um fundo plano à cota fixada no Projecto. Nas superfícies laterais das escavações, o Empreiteiro deverá proceder à remoção dos blocos que corram perigo de desmoronamento. 1.3.2.1.11. Escavações para fundações A fim de facilitar a drenagem, o fundo das valas e trincheiras para fundações poderá, com a aprovação da Fiscalização, ter uma inclinação longitudinal de 2% a 5%. O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza dos terrenos e, quando necessário, proceder à sua entivação. Quando o terreno for insensível à acção das intempéries (chuva, congelação, variações de humidade, inundações, etc.) o tempo que medeia entre a abertura dos caboucos, incluindo o acabamento de fundo e das superfícies laterais e a execução das fundações, deverá ser reduzido ao mínimo. Em terrenos particularmente sensíveis, haverá necessidade de disposições especiais, tais como a execução de uma camada de betão aplicada sobre a superfície de fundo. Nas escavações para ensoleiramento geral, os materiais encontrados no fundo e susceptíveis de constituírem pontos de maior rigidez, tais como afloramentos de rochas e de fundações, deverão ser revestidos. As bolsadas de natureza mais compreensível que o conjunto do fundo da escavação possa conter, deverão ser substituídas por material de compressibilidade análoga à do restante terreno, de modo a obter-se um fundo de compresibilidade uniforme, à cota fixada no Projecto. Pág.29 Condições Técnicas Especiais 1.3.2.1.12. Escavações para assentamento de cabos e canalizações As dimensões, tolerâncias e acabamentos destas escavações serão as correspondentes aos trabalhos a que a escavação se destina (água, esgotos, gás, electricidade, etc.). O Empreiteiro deverá dar às superfícies laterais das escavações a inclinação adequada à natureza do terreno e, quando necessário, proceder à sua entivação. O programa dos trabalhos deve ser organizado de modo a fazer-se a abertura das trincheiras e valas em ritmo compatível com o do assentamento e ensaio, se for caso disso, de modo a não se deixarem escavações abertas durante demasiado tempo. Escavações abaixo do nível freático. Salvo indicação em contrário do Caderno de Encargos ou do Projecto, os trabalhos de escavação abaixo do nível freático serão executados a seco, para o que o Empreiteiro deverá recorrer a processos apropriados e aprovados pela Fiscalização, tais como drenagem, ensecadeiras, entivações, abaixamento do nível freático por meio de poços, congelação, cimentação, etc. 1.3.3. Entivações e Escoramentos 1.3.3.1. Condições Gerais A entivação e o escoramento das escavações e das construções existentes serão estabelecidas de modo a impedir movimentos do terreno e danos nas construções e, por outro lado, a evitar acidentes às pessoas que circulem na escavação ou na sua vizinhança. 1.3.4. Aterros 1.3.4.1. Disposições Gerais 1.3.4.2. Materiais de Aterro Os materiais a empregar nos aterros não devem conter detritos orgânicos, terras vegetais, entulhos heterogéneos. Iodos, turfas ou terras de elevada compressibilidade. A dimensão máxima dos materiais utilizados não deverá exceder metade da espessura da respectiva camada. 1.3.4.3. Preparação do terreno para Aterro Em caso algum se devem efectuar aterros sobre o terreno enlameado, gelado ou coberto de geada. Na preparação da base em que assentam os aterros, deverá ter-se em atenção que quando existam declives superiores a 1:5, deverá escarificar-se a superfície ou dispô-la em degraus de forma a assegurar a ligação ao material dos aterros. A Pág.30 Condições Técnicas Especiais compactação relativa de solos referida ao ensaio AASHO modificado deve ser de 90% nas camadas inferiores e de 95% nas camadas superiores, numa espessura de 50cm. 1.3.4.4. Execução dos aterros Salvo disposição em contrário, a colocação do material de aterro será iniciada nos pontos mais baixos por camadas horizontais. Os aterros deverá ser executados por camadas horizontais de espessura adequada, regadas e bem compactadas. As camadas de aterro deverão ser regadas, quando necessário, de modo a ficarem com o teor de humidade adequado à obtenção da compactação relativa e especificada. A compactação relativa dos aterros será efectuada energicamente, por meios mecânicos ou manuais, de forma a que posteriormente não venham a produzir-se assentamentos que possam provocar danos em pavimentos, canalizações ou outros trabalhos. Deverão ser tomadas especiais precauções nos pontos sensíveis ao equipamento de compactação. Devem ser atingidas regularmente barridades secas iguais ou superiores a 98% do máximo de ensaio de Proctor normal. 1.3.5. Trabalhos não Especificados Os trabalhos que, eventualmente, não estejam especificados nestas cláusulas, deverão ser executados, tendo na devida conta o prescrito nas normas portuguesas em vigor, as indicações do fabricante, com esmero e segundo as boas regras de construção. 1.3.6. Demolições Gerais Os trabalhos de demolição compreendem, além da sua realização na extensão e profundidade necessárias à boa execução dos trabalhos da empreitada, a remoção completa, para fora do local da obra, de todos os materiais e entulhos, incluindo as fundações e canalização não utilizadas e exceptuando apenas o que o Dono de Obra autoriza deixar no local. O empreiteiro tomará as precauções necessárias para assegurar em boas condições o desmonte e a conservação dos materiais e elementos de construção especificados neste caderno de encargos ou indicados pelo representante do Dono de Obra, sendo responsável por todos os danos que eventualmente venham a sofrer. Os materiais e elementos de construção a que se refere o ponto anterior são propriedade do Dono de Obra e serão removidos para os locais que o Representante do Dono de Obra indicar, onde serão bem arrumados. Pág.31 Condições Técnicas Especiais 1.3.7. Remoções de Vegetação Consideram-se incluídos, no contrato, os trabalhos necessários ao desenraízamento, às desmantelações e ao arranque de árvores existentes na área de implantação da obra ou em outras áreas definidas no projecto ou neste caderno de encargos, devendo os desenraízamentos ser suficientemente profundos para garantirem a completa extinção das plantas. Compete ainda ao Empreiteiro a remoção completa, para fora do local da obra ou para locais definidos neste caderno de encargos, dos produtos resultantes dos trabalhos referidos no ponto anterior, bem como a regularização final do terreno. Os produtos da remoção de vegetação a que se refere o ponto anterior são propriedade do Dono de Obra, devendo o Empreiteiro tomar as precauções necessárias do seu reaproveitamento. 1.3.8. Implantação e Piquetagem O trabalho de implantação e piquetagem será efectuado pelo Empreiteiro, a partir das cotas, dos alinhamentos e das referências fornecidas pelo Dono de Obra. O Empreiteiro deverá examinar no terreno as marcações fornecidas pelo Dono de Obra, apresentando, se for caso disso, as reclamações relativas às deficiências que eventualmente encontre e que serão objecto de verificação local pelo Representante do Dono de Obra, na presença do adjudicatário. Uma vez concluídos os trabalhos de implantação o Empreiteiro informará desse facto, por escrito, ao Representante do Dono de Obra, que procederá à verificação das marcas e, se for necessário, à sua rectificação, na presença do adjudicatário. 1.3.9. Sinalização da Obra O Empreiteiro obriga-se a empregar, sem encargos para o Dono de Obra, a sinalização indispensável para a mais completa segurança de veículos e peões na zona abrangida pelas obras, utilizando materiais e processos de iluminação perfeitamente visíveis, em boas condições de funcionamento e de acordo com as disposições legais em vigor que forem aplicáveis. O Empreiteiro fica igualmente responsável pela localização na obra do material de sinalização e por qualquer desastre motivado pela falta de sinalização, má execução ou colocação desta. O material de sinalização que eventualmente lhe for fornecido pelo Dono de Obra, deverá ser em tempo oportuno restituído no estado de conservação em que lhe foi entregue. Pág.32 Condições Técnicas Especiais 2. BETÕES 2.1. Generalidades Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a enrocamentos, massames e betões não contemplados no Projecto de Fundações e Estrutura, bem como a execução de elementos de reforço das alvenarias em betão C20/25, quando necessários, de camadas de forma em coberturas e terraços, e os enchimentos em betonilha ou betão leve celular, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e Condições Técnicas Especiais. Quando não se refiram outras especificações nas peças desenhadas e em "Trabalhos e suas condições específicas”, os trabalhos relativos a este capítulo serão realizados em conformidade com os pontos seguintes. 2.2. Execução 2.2.1. Enrocamentos Os enrocamentos serão realizados com pedra limpa e rija, com dimensões entre 50 e 100mm, assente sobre terreno compactado, e serão compactados mecanicamente por camadas não superiores a 0.25m. No piso de contacto com o solo será colocada tela de polietileno, sobre uma camada de betonilha não armada, com cerca de 0.05m de espessura, com desempeno e alisamento adequados, de modo que a tela não venha a ficar danificada. 2.2.2. Betonilhas 2.2.2.1. Generalidades O presente item tem por objectivo fixar as normas de execução das betonilhas. Em construção civil, define-se correntemente a betonilha como um "Reboco Horizontal", destinado a constituir uma superfície de desgaste ou a estabelecer transição entre um elemento resistente e um acabamento final de outro tipo. As betonilhas de regularização serão constituídas por argamassa de Cimento Portland Normal e areia, ao traço 1:4, e deverão ser bem desempenadas, regulares e homogéneas, e isentas de fendilhações ou outros defeitos. A Fiscalização procederá a ensaios periódicos para verificação da resistência e plasticidade das argamassas; As presentes C.T.E. têm responsabilidade cruzada completando-se com os demais elementos do projecto e são válidas para trabalhos semelhantes considerados noutros capítulos. Pág.33 Condições Técnicas Especiais 2.2.2.2. Base de assentamento Quando se trata de pisos térreos, deverá a betonilha ser fundada sobre massame de betão com as Características definidas nos elementos constituintes do projecto, aplicando-se a betonilha de preferência antes de terminada a presa do massame de apoio. Quando a betonilha for aplicada sobre massame de fundação já existentes, estes deverão ser previamente picados, limpos e bem molhados. Qualquer aditivo ou produto destinado a melhorar a ligação da nova argamassa ao betão existente, e carecerá da aprovação da Fiscalização. As betonilhas a executar sobre lajes, destinadas a dar inclinações para efeitos de escoante, deverão ser fundadas sobre uma camada de betão leve, devidamente compactado. 2.2.2.3. Execução Os pavimentos só serão iniciados após executadas todas as canalizações e restantes instalações técnicas embebidas na sua espessura. Quando eventualmente forem fixadas espessuras superiores a 0,04 m, a betonilha deverá ser executada por camadas sucessivas, que deverão ser fortemente apertadas e comprimidas. A espessura mínima será de 0.02 mm. Serão intercaladas armaduras de elasticidade, sempre que se revelar necessário, ou estiver indicado no projecto, fazendose uso de redes de capoeira metálicas electrozincadas, a aprovar pela Fiscalização. Poderão também ser utilizadas fibras adicionadas às betonilhas. As camadas sucessivas serão aplicadas antes das precedentes terem terminado presa. Quando a base de assentamento já tenha feito presa, garanta uma perfeita ligação, deve ser esta previamente picada, limpa e bem molhada. Aditivo ou produto destinado a melhorar a ligação, carecerá de aprovação da Fiscalização. A composição da betonilha deverá garantir o máximo de compacidade que poderá ser aumentada à custa da incorporação de elementos destinados a esse fim e aprovados pela Fiscalização. Assim, à argamassa de cimento e areia que constitui fundamentalmente a betonilha, serão agregados aditivos endurecedores, hidrófugos e incorporada gravilha se ela vai ser destinada a superfície de desgaste. Haverá o cuidado de manter as betonilhas húmidas nos primeiros 10 dias subsequentes à sua execução. Pág.34 Condições Técnicas Especiais O acabamento das superfícies deverá resultar desempenado e de aspecto uniforme com uma tolerância de 3 mm de flecha (salvo indicações especiais), observada com uma régua de 2 metros de comprimento colocada em qualquer direcção. O esmero de execução deverá ser elevado de modo aquando da aplicação do revestimento não ser necessário reparações ou retoques. Salvo indicações especiais, deverão ser consideradas juntas de 3 em 3 metros, com largura não inferior a 5 mm e preenchidas com produto do tipo MAPEFLEX PU 21 - MAPEI, quando a betonilha for a camada final e sem revestimento. Os painéis entre juntas serão betonados em quinconcio. Junto às paredes existirá sempre junta com 10 mm preenchida com esferovite e selada com produto do tipo MAPEFLEX PU 21 - MAPEI (junta poliuretânica). Quando não for especialmente indicada a dosagem da argamassa para as betonilhas será no mínimo de 350 Kg de cimento por metro cúbico, devendo ser fabricadas por processos mecânicos de modo a obter-se uma perfeita ligação entre os constituintes. Observar que o acabamento da superfície será rugoso quando se destinar ao assentamento de mosaico cerâmico e liso quando se destinar à aplicação de alcatifas, mosaicos vinílicos, parquett ou lamparquett, epoxy, verniz antifocina, etc.. Nas betonilhas de revestimento final, o acabamento será o afagamento (inclui-se as pinturas). As areias serão apertadas à colher ou talochadas mecanicamente de modo a que o acabamento seja perfeito, homogéneo e sem irregularidades. Cuidados especiais são requeridos na execução das betonilhas de regularização em faixas de remate, designadamente réguas de desempeno, etc., para obtenção das medidas do projecto. A argamassa deverá ser aplicada tão depressa quanto possível, após o seu fabrico, devendo ser aplicada antes de iniciar a presa. Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol, chuva ou vento. Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, não sendo permitida a adição de água para lhe tornar a conferir trabalhabilidade. A argamassa endurecida será retirada do local de trabalho. Considera-se que a argamassa está endurecida, quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver sido amassada à mais de uma hora no Verão e duas horas nas restantes épocas. Sempre que necessário deverão considerar-se filmes de polietileno antecedendo ou procedendo a betonilha e as restantes camadas do pavimento. 2.2.3. Reforços em alvenarias As armaduras longitudinais dos lintéis ligar-se-ão aos elementos estruturais por meio de chumbadouros, com cerca de 0.10m de profundidade, a preencher com resina epoxi, e previamente realizados por broca Ø 7. Pág.35 Condições Técnicas Especiais Quando não definidas no Projecto de Estruturas, as vergas de vãos superiores a 2.50m terão altura igual a 1/10 do vão e levarão armaduras longitudinais 4 Ø 12 e cintas Ø 6 afastadas 0.15m, de aço A400NR, podendo ser suspensos a meio vão com tirante idêntico quando se justifique a limitação da flecha a meio vão. 2.2.4. Argamassas de assentamento As argamassas de assentamento serão realizadas com Cimento Portland Normal (CNP) e areia, ao traço 1:5 no assentamento de alvernarias de tijolo e betão, e ao traço 1:4 no assentamento de cantarias. A espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 0.01m. No assentamento de blocos “Ytong” serão utilizadas argamassas especiais homologadas, que serão aplicadas de acordo com as recomendações do fabricante. 2.2.5. Betão leve Nos casos em que se utiliza betão celular este será produzido em obra, com massa volúmica da ordem de 600/m³, com baixa retracção. A Fiscalização poderá aceitar em alternativa betões leves equivalentes, de agregados de argila expandida, cujas granulometrias e dosagens deverão respeitar as recomendações do fabricante, conforme as aplicações. 2.2.6. Betão Armado Antes do início dos trabalhos deve o Empreiteiro submeter à apreciação dos projectistas e Fiscalização as plantas dos pisos que incluam todas as furações, negativos e tubagens a realizar nas lajes, quer estes estejam já definidos no projecto de Estabilidade, quer se encontrem definidos nos processos de Electricidade, Equipamentos Mecânicos, Águas e Esgotos e Arquitectura. Não serão pois admitidas posteriormente demolições ou furações nas lajes que estejam indicadas à partida nas respectivas especialidades. Todo o betão armado que fique enterrado será executado com aditivo hidrófugo utilizado segundo especificação do fabricante. Ver Caderno de Encargos de Fundações e Estrutura. 2.2.7. Betão à vista Nos elementos de betão com superfícies aparentes deverão ser executadas as cofragens e respectivas betonagens com os cuidados necessários à obtenção de boas superfícies de acabamento. Em caso algum serão permitidos retoques ou quaisquer outras operações com vista à camuflagem de imperfeições verificadas após descofragem nas superfícies aparentes salvo expresso consentimento dos Projectistas e/ou Fiscalização (caso a caso). Em tais situações e desde que as deficiências encontradas e os processos a seguir para a sua emenda não comprometam o bom funcionamento das estruturas, no caso geral, haverá lugar à eliminação das mesmas. Sempre que não sejam dadas reais garantias de se Pág.36 Condições Técnicas Especiais verificar o atrás referido, poderão as peças em causa ser reprovadas pela fiscalização demolidas e reconstruídas por conta do Empreiteiro. Nas reparações das superfícies de betão dever-se-ão eliminar as seguintes incorrecções : − Restos de madeira (tais como lascas e aparas) que tenham ficado agarradas às superfícies de betão; − Rebarbas de massa resultantes da existência de juntas de cofragem; − Chochos, segregações e zonas porosas ou mal vibradas; − Sujidade sobre as superfícies de betão, tais como escorrência de caldas, óleos, ferrugens, produtos betuminosos e outros. Os processos e produtos a utilizar para limpeza das referidas superfícies devem ser submetidos à aprovação da Fiscalização, mas são da absoluta responsabilidade do Empreiteiro, que deverá justificar a boa eficiência de métodos de trabalho e a garantia de uma superfície de betão análoga às contíguas por meio de ensaios em peças fabricadas especialmente para o efeito, ou em zonas da obra autorizadas pela Fiscalização. Pág.37 Condições Técnicas Especiais 3. PARAMENTOS 3.1. Generalidades 3.1.1. Critério de Medição Superfície medida em m², segundo documentação gráfica de Projecto, sem duplicar esquinas nem encontros, deduzindo todas as aberturas de superfície. O preço unitário corresponde à unidade de medição e engloba todos os trabalhos relacionados com o fornecimento, execução e assentamento dos trabalhos descritos, assim como o tratamento de zonas e casos particulares. 3.2. Alvenaria de Blocos Cimento 3.2.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas gerais, sobre as Características, realização do trabalho e particularidades referentes a execução de paredes de alvenaria de blocos de cimento. 3.2.2. Generalidades As espessuras das paredes a construir corresponderão às indicadas no projecto. O material a utilizar será o bloco de cimento para alvenaria, com as dimensões e Características indicadas nos desenhos. 3.2.3. Características Técnicas e Tolerâncias A resistência à compressão deverá ser superior a 90Kg/m2 de superfície bruta. A resistência ao fogo deverá estar compreendida entre 1,5 e 4,5 horas dependendo da espessura e tamanho da peça. Deverá ser absolutamente inerte à temperatura até - 10°. O isolamento acústico deverá estar entre os 42 e 50dB. A absorção de água deverá ser menor que 0.028g/m². A tolerância em altura não deverá ser superior a l mm. 3.2.3.1. Recepção 3.2.3.1.1. Inspecção de Carácter Geral Esta inspecção deve ser realizada pelo comprador ou Fiscalização, compreendendo verificações de dimensões e de deformações, além da satisfação às exigências de identificação, aparência e toque. Pág.38 Condições Técnicas Especiais 3.2.3.1.2. Colheita de Amostras Para o efeito, os fornecimentos de tijolos da mesma marca, tipo, dimensões e forma, deverão considerar-se repartidos por lotes. De cada lote será escolhida uma amostra contando 20 blocos inteiros, tomados quando possível, casualmente. 3.2.3.1.3. Ensaios − De dimensão e deformação 10 Blocos − De compressão 6 Blocos − De eflorescência 5 meios Blocos − De absorção de água 4 meios Blocos 3.2.4. Realização do Trabalho 3.2.4.1. Assentamento A primeira fiada de Blocos assentar-se-á sobre uma base de argamassa de betão. Não se utilizarão peças inferiores a meio bloco. Os encontros de cantos com outras paredes far-se-ão mediante encaixes em toda a sua espessura e com todas as suas fiadas, e com entregas não inferiores a 1/3 entre blocos. Os Blocos Arquitectónicos colocam-se secos, humedecendo unicamente a superfície em contacto com a argamassa. Recolher-se-ão as rebarbas da argamassa uma vez assente o bloco, apertando-se mesmo contra ajunta. 3.2.4.2. Argamassa de assentamento: Pode-se utilizar uma argamassa de cal (1:1:7), ou argamassa normal (1:6), cuja resistência Característica será de 40 kg/cm2. Em exteriores, para evitar humidades, convém que à fabricação da argamassa seja adicionado um aditivo hidrófugo, como também um pigmento igual ao utilizado pelo fabricante dos blocos, de forma a que as juntas possam ter a mesma coloração dos blocos arquitectónicos. Neste último caso, convém consultar o fabricante dos Blocos Arquitectónicos. O betão para preenchimento dos lintéis deverá ter uma resistência de 175Kg/cm2. O betão aplicado nos ocos dos blocos em que se colocou previamente a armadura, não deverá ser aplicado em alturas não superiores a 1,00m, compactando-se convenientemente com um vibrador de agulhas. Após a execução de alvenarias com Blocos Arquitectónicos, que constituem o acabamento final, deverá ser dada uma pintura a verniz de silicone mate 290-L, de modo a evitar a agregação de elementos poluidores, fungos ou grafittis nas mesmas. Pág.39 Condições Técnicas Especiais 3.2.4.3. Altura das Paredes Paredes de tamponamento ordinárias. Aquelas que têm uma altura até 3,5m, serão situadas entre elementos estruturais verticais e horizontais ligados nos seus quatro lados, assegurando a sua estabilidade e a transmissão de esforços horizontais. Paredes de tamponamento com uma altura entre 3,5m e 9m, serão enquadradas entre elementos horizontais e verticais ligados em pelo menos 3 dos seus lados. No coroamento, serão rematados com uma viga. de betão armado. Na longitude das paredes dispor-se-ão juntas verticais de separação entre panos numa distância não superior a 2 vezes a altura da parede. Em ambos os lados da junta, haverá um elemento de travamento. As maiores longitudes dos panos não serão superiores a 5m, nem a superfície dos mesmos maior que 20m2, sendo a sua diagonal inferior a 100 vezes a espessura da parede. 3.2.4.4. Bases para Cálculo de Paredes A fim de garantir a sua estabilidade, recomenda-se armar devidamente as mesmas mediante vergas horizontais e verticais. A disposição das vergas horizontais será entre cada 5 fiadas de blocos arquitectónicos, uma armadura de 2 diâmetros de 8, com estribos de 6. A armadura vertical para blocos de espessura de 15cm, até 4m de altura será de 2 0 12. Para blocos de espessura de 19cm até 6m de altura, será de 2 0 14. 3.2.5. Juntas As juntas deverão ser escolhidas pelo projectista podendo propor-se os seguintes tipos: − Cheia − Meia cana − Rebaixada − Angular − Em U 3.2.6. Descrição de Artigo Encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: − O fornecimento dos Blocos e o respectivo assentamento. − Os tacos para fixação dos guarnecimentos das portas interiores. − Os tacos ou outros dispositivos adequados para fixação do equipamento indicado no projecto (quadros, prateleiras, armários, toalheiros, espelhos, suportes de papel higiénico, cabides, letreiros, extintores, etc.). − A abertura e o tapamento de roços para passagem de canalização de águas, esgotos, gás, etc. Pág.40 Condições Técnicas Especiais 3.3. Alvenarias de Tijolo 3.3.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas gerais, sobre as Características, realização do trabalho e particularidades referentes a execução de paredes de alvenaria de tijolo. 3.3.2. Características 3.3.2.1. Generalidades As espessuras das paredes a construir corresponderão as indicadas no projecto. O material a utilizar será de tijolo de barro vermelho para alvenaria, de acordo com Especificação E 160 LNEC que classifica os formatos e a NP 80 que classifica a qualidade, entendendo-se por: − Tijolo maciço: Tijolo cujo volume de argila cozida não é inferior a 85% do seu volume total aparente. − Tijolo furado: Tijolo com furos ou canais paralelos às suas maiores arestas e tais que a sua área não é inferior a 30% da face correspondente nem superior a 75% da mesma área. − Tijolo perfurado: Tijolo com furos perpendiculares ao seu leito e tais que a sua área não é inferior a 15% da área da face correspondente nem superior a 50% da mesma área. 3.3.3. Características Técnicas e Tolerâncias As tolerâncias de dimensões para cada um dos formatos é indicada na E 160 do LNEC. As tolerâncias das deformações das faces dos tijolos em relação às arestas que a definem não devem ser superiores a 5 mm.. 3.3.3.1. Recepção 3.3.3.1.1. Inspecção de Carácter Geral Esta inspecção deve ser realizada pelo comprador ou pela Fiscalização, compreendendo verificações de dimensões e de deformações, além da satisfação as exigências de identificação, aparência e toque. 3.3.3.1.2. Colheita de Amostras Para o efeito, os fornecimentos de tijolos da mesma marca, tipo, dimensões e forma, deverão considerar-se repartidos por lotes. De cada lote será escolhida uma amostra contando 30 tijolos inteiros, tomados quanto possível, casualmente. 3.3.3.1.3. Ensaios − De dimensão e deformação: - l0 tijolos − De compressão: - 6 tijolos Pág.41 Condições Técnicas Especiais − De eflorescência: - 5 meios tijolos − De dissolução de sais: - 5 meios tijolos − De absorção de água: - 4 meios tijolos 3.3.4. Realização do Trabalho 3.3.4.1. Assentamento Na execução das alvenarias, ter-se-à cuidado de não utilizar tijolo sem estar completamente molhado, não se devendo assentar nenhuma fiada sem se ter assegurado a ligação da precedente. Estender-se-à argamassa em camadas mais espessas do que o necessário, a fim de que, comprimidos os tijolos contra as juntas e leitos, a argamassa ressuma por todos os lados. A espessura das juntas horizontais não deve exceder 0.01 me as verticais 0,005 m. Os panos de tijolo em ligação com elementos de betão armado deverão ficar bem ligados e travados devendo, para isso deixar-se, quando necessário, pontas de ferro embebidos na estrutura que, por sua vez, serão embebidas nos panos de tijolos, quando da sua execução. As vergas dos vãos das portas que existam nestas paredes, serão executadas em betão armado, arco de tijolo ou tijolo armado. 3.3.4.2. Argamassa de Assentamento A argamassa a aplicar, os materiais e os processos a utilizar serão regidos pelas especificações correspondentes. A espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 0,005m. Os tijolos serão dispostos segundo o seu comprimento, ou uns, segundo o seu comprimento e outros segundo a sua largura, consoante a espessura das paredes, mas sempre com as juntas desencontradas, de modo a conseguir-se um bom travamento. Na execução dos travamentos não será permitido que os furos dos tijolos apareçam na face exterior das paredes. Os paramentos vistos destas alvenarias, serão perfeitamente planos, ou terão as formas curvas indicadas no projecto. Os tacos para a fixação de aduelas, rodapés, de madeira ou equipamentos, serão tratados com um produto à base de penta clorofenol ou cloronaftalenos ininflamável e não miscível com água. 3.3.4.3. Altura das Paredes Paredes de tamponamento ordinárias. Aquelas que têm uma altura até 3,5m, serão situadas entre elementos estruturais verticais e horizontais ligados nos seus quatro lados, assegurando a sua estabilidade e a transmissão de esforços horizontais. Paredes de tamponamento com uma altura entre 3,5m e 9m, serão enquadradas entre elementos horizontais e verticais ligados em pelo menos 3 dos seus lados. No coroamento, serão rematados com uma viga. de betão armado. Pág.42 Condições Técnicas Especiais Na longitude das paredes dispor-se-ão juntas verticais de separação entre panos numa distância não superior a 2 vezes a altura da parede. Em ambos os lados da junta, haverá um elemento de travamento. As maiores longitudes dos panos não serão superiores a 5m, nem a superfície dos mesmos maior que 20m2, sendo a sua diagonal inferior a 100 vezes a espessura da parede. 3.3.4.4. Bases para Cálculo de Paredes A fim de garantir a sua estabilidade, recomenda-se armar devidamente as mesmas mediante vergas horizontais e verticais. A disposição das vergas horizontais será entre cada 5 fiadas de alvenaria, uma armadura de 2 diâmetros de 8, com estribos de 6. A armadura vertical para alvenarias de espessura de 15cm, até 4m de altura será de 2 0 12. Para alvenarias de espessura de 19cm até 6m de altura, será de 2 0 14. 3.3.4.5. Alvenaria de Tijolo em Paredes Duplas Estas paredes são constituídas por panos de tijolo com as dimensões no tosco indicadas nas peças desenhadas deixando entre si uma caixa de ar de forma a que a espessura total das paredes seja a indicada nos desenhos do projecto. A argamassa de assentamento a empregar deverá ter 320 quilos de cimento Portland normal por metro cúbico de argamassa (traço em volume de l :4). Os dois panos serão contraventados por "borboletas" de varão de ferro de O 6 mm, recobertas de calda de cimento e areia; as "borboletas" devem ser executadas, na totalidade antes do inicio da execução dos panos de tijolo. O contravento será feito com l "borboleta" por m2 dispostas em quincôncio. Na construção dos panos não serão deixados furos de tijolos à vista. A ligação dos panos à viga inferior e aos pilares laterais deverá ser feita de acordo com os pormenores desenhados correspondentes depois de bem aferroados estes elementos. Para esgoto de águas de condensação na caixa de ar deverão ser deixados, no pano exterior, furos junto à base, de 002 X 002 m, pelo meio de cada pano. A caleira da caixa de ar deverá ser impermeabilizada com 2 demãos de produto betuminoso à escolha da Fiscalização. Na primeira fiada do pano interior, deixar-se-à por assentar l tijolo em cada 3, para permitir a limpeza final das argamassas caídas na caixa, só se procedendo a colocação destes últimos tijolos após esta limpeza. 3.3.5. Descrição de Artigo Encontram-se compreendidas no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: − O fornecimento dos Tijolos e o respectivo assentamento. − Os tacos para fixação dos guarnecimentos das portas interiores. − Os tacos ou outros dispositivos adequados para fixação do equipamento indicado no projecto (quadros, prateleiras, armários, toalheiros, espelhos, suportes de papel higiénico, cabides, letreiros, extintores, etc.). − A abertura e o tapamento de roços para passagem de canalização de águas, esgotos, gás, etc. Pág.43 Condições Técnicas Especiais 3.4. Paredes de Gesso Laminado 3.4.1. Paredes Auto-portantes em Gesso Laminado 3.4.1.1. Generalidades Serão executadas paredes em placas de gesso laminado constituídas por: − Estrutura metálica constituída por calhas e montantes em aço galvanizado apropriados. − Placas de gesso laminado standard de 12,5mm e 15mm de espessura − Placas de gesso laminado hidrófuga de 12,5mm e 15mm de espessura − Sistema de fixação da estrutura metálica dos painéis à estrutura metálica e aos paramentos adjacentes. − Placas de gesso Corta-Fogo de 15mm de espessura Devendo ser considerados os seguintes trabalhos: − Tratamento dos ângulos salientes com fita metálica ou com cantoneiras de reforço − As juntas serão tratadas com fita e massa do mesmo fabricantes das placas − Barramentos das superfícies − Aplicação de primários específicos − Aplicação de lã mineral em placas semi-rígidas (70Kg/m3) conforme o projecto − Aplicação de painel compacto de cimento e fibras orgânicas tipo viroc, 15mm de espessura para apoio de revestimentos em pedra 3.4.1.2. Condições Gerais de Execução Os perfis serão ligados entre si e à estrutura resistente por acessórios adequados em aço galvanizado. Os perfis terão um afastamento máximo entre si de 0.60m. O afastamento máximo entre dois pontos consecutivos de apoio não poderá exceder em caso algum 1.20m. As placas serão fixadas aos perfis atrás referidos por parafusos apropriados, do tipo autoroscante em aço galvanizado. Entre as placas de gesso e para servir de cordão mata-junta serão colocadas fitas de união em papel microperfurado. Sempre que haja ligação de tectos com paredes ou entre si formando ângulos serão aplicados os perfis adequados e outros elementos deste tipo e número que o fabricante especifique para situações deste tipo. A fixação de quaisquer elementos às placas de gesso será feita por parafusos adequados às cargas e a indicar pelo fabricante das placas. 3.4.2. Forras de Paredes Gesso Laminado 3.4.2.1. Generalidades Serão executadas forras em paredes de betão com placas de gesso laminado constituídas por: Pág.44 Condições Técnicas Especiais − Estrutura metálica constituída por perfis Maestra Omega em aço galvanizado; − Pasta de aderência mesmo fabricantes das placas; − Placas de gesso laminado standard de 12,5mm de espessura; − Placas de gesso laminado tipo POLYPLAC 10+ 40 da KNAUF, constituída por uma placa standard de 10mm que tem colada uma lâmina de poliestireno expandido de 15 kg/m3 de densidade, com 40mm de espessura; − Placas de gesso laminado tipo WOOLPLAC 12.5+30 da KNAUF, constituída por uma placa standard de 12.5mm que tem colada uma lâmina de lã de rocha de 90 kg/m3 de densidade, com 30mm de espessura. Devendo ser considerados os seguintes trabalhos: − Tratamento dos ângulos salientes com fita metálica ou com cantoneiras de reforço − As juntas serão tratadas com fita e massa do mesmo fabricantes das placas − Barramentos das superfícies − Aplicação de primários específicos 3.4.2.2. Condições Gerais de Execução Este sistema é especialmente indicado para elevar o nível de isolamentos Acústico ou Térmico de uma parede existente. O muro ou parede base deve ter capacidade de aderência, estar limpo e sem humidades. No caso de muros de betão ou cobertos de cimento, recomenda-se dar antes uma demão de primário. Os revestimentos directos com placas Standard, tipo POLYPLAC ou tipo WOOLPLAC, são fixados ao muro suporte através de uma estrutura metálica de Maestra Omega que é fixada ao muro base, à qual se aparafusam as placas de gesso laminado. A montagem pode fazer-se com uma ou mais placas. No espaço entre as placas e o muro pode-se colocar fibra de vidro ou lã de rocha para conseguir um maior isolamento térmico e acústico, e além disso podem-se fazer as instalações necessárias (eléctricas, sanitárias etc.). As placas serão fixadas aos perfis atrás referidos por parafusos apropriados, do tipo autoroscante em aço galvanizado. Entre as placas de gesso e para servir de cordão mata-junta serão colocadas fitas de união em papel microperfurado. Sempre que haja ligação de tectos com paredes ou entre si formando ângulos serão aplicados os perfis adequados e outros elementos deste tipo e número que o fabricante especifique para situações deste tipo. A fixação de quaisquer elementos às placas de gesso será feita por parafusos adequados às cargas e a indicar pelo fabricante das placas. 3.4.3. Utilização 3.4.3.1. Precauções − Evitar humidades. − Deverão evitar-se golpes com elementos pontiagudos ou pesados que possam descascar ou perfurar alguma peça. − Evitar-se-á o despejo sobre a construção de produtos cáusticos e de água procedente de jardinagens. Pág.45 Condições Técnicas Especiais − Evitar cravar algum elemento na parede sem ter tido em conta as tubagens ocultas existentes, eléctricas, de abastecimento de água ou de aquecimento. − Evitar a transmissão de impulsos sobre as paredes divisórias. 3.4.3.2. Prescrições − Se se observar risco de desprendimento de alguma placa, deverá reparar-se imediatamente. 3.4.3.3. Proibições − Não serão encastradas ou apoiadas no muro vigas, vigotas ou outros elementos estruturais. − Não se modificarão as condições de carga das paredes nem se ultrapassarão as previstas no projecto. − Não serão suspensos elementos ou produzidos esforços que possam danificar a parede. − Não serão fixados nem suspensos objectos sem seguir as instruções do fabricante segundo o peso. − Não se realizará nenhum tipo de roços. 3.4.4. Armazenamento Os painéis deverão ser armazenados em estaleiro sobre superfície plana, em local coberto e seco. O transporte, manuseamento e armazenamento das placas de gesso devem ser feitos cuidadosamente. Serão rejeitadas as placas que apresentarem cantos, rebordos e superfícies danificados. Pág.46 Condições Técnicas Especiais 4. REVESTIMENTO DE PAREDES 4.1. Condições Técnicas Gerais 4.1.1. Generalidades Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a revestimentos de paredes, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e Condições Técnicas Especiais. 4.1.2. Qualidade dos trabalhos Ao Empreiteiro compete a execução ou fornecimento, assentamento, e preenchimento de juntas, que serão executadas de acordo com as indicações do projecto, e em conformidade com o dimensionamento referido nos pormenores. O Empreiteiro deve proceder ao levantamento na obra de todas as medidas que são necessárias para o fornecimento e aplicação dos respectivos materiais de revestimento. Quando as exigências de fabrico não permitirem aguardar o levantamento em obra daquelas medidas, o Empreiteiro deve assegurar que a concepção e o fabrico das peças a aplicar permitem adaptar-se perfeitamente às tolerâncias admitidas para a execução das diferentes partes da obra em que assentam. Todos os materiais de revestimento têm indicação expressa neste capítulo. Sempre que tal informação seja insuficiente ou omissa a escolha de materiais será feita pelos projectistas e Fiscalização mediante três amostras a apresentar pelo Empreiteiro. Cabe ao Empreiteiro proteger os materiais de revestimento após a sua aplicação pois serão da responsabilidade deste quaisquer danos aí verificados. Os elementos deverão resultar bem alinhados, nivelados e de acordo com os desenhos de assentamento e estar rigorosamente de acordo com as dimensões e equidistâncias do projecto aprovado para a sua execução. Todos os revestimentos serão executados com a máxima perfeição, sendo rejeitados todos os que se não apresentem devidamente desempenados ou que apresentem saliências, rebaixos, ou outros defeitos. Todas as superfícies serão cuidadosamente limpas de gordura, óleos, partículas em suspensão, antes da execução dos revestimentos. Pág.47 Condições Técnicas Especiais 4.1.3. Tolerâncias dimensionais Os paramentos em geral, depois de acabados, terão de observar as tolerâncias máximas seguintes: − Implantação e cotas principais: 5mm − Desvios de esquadria: 10mm − Verticalidade: 4mm na altura de um andar − Desempenamento: 1mm em relação a régua de 0.20m e 2mm em relação a régua de 2.00m. 4.1.4. Critérios de medição Na contabilização das áreas de revestimentos são deduzidas as dimensões dos vãos e respectivas guarnições. Os rebocos ou outros revestimentos foram contabilizados sempre do pavimento até à altura da laje, excepto quando existem tectos falsos em que o revestimento vai 10 cm acima do topo do tecto falso ou sanca. Pág.48 Condições Técnicas Especiais 5. TECTOS 5.1. Condições Técnicas Gerais 5.1.1. Generalidades Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos aos revestimentos de tectos e tectos falsos, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e Condições Técnicas Especiais. 5.1.2. Qualidade dos trabalhos Ao Empreiteiro compete a execução e preenchimento de juntas, que serão executadas de acordo com as indicações do projecto, e em conformidade com o dimensionamento referido nos pormenores. O Empreiteiro deve proceder ao levantamento na obra de todas as medidas que são necessárias para o fornecimento e montagem dos respectivos materiais de revestimento de tectos. Quando as exigências de fabrico não permitirem aguardar o levantamento em obra daquelas medidas, o Empreiteiro deve assegurar que a concepção e o fabrico das peças a aplicar permitem adaptar-se perfeitamente às tolerâncias admitidas para a execução das diferentes partes da obra em que assentam. Todos os materiais têm indicação expressa neste capítulo. Sempre que tal informação seja insuficiente ou omissa a escolha de materiais será feita pelos projectistas e Fiscalização mediante três amostras a apresentar pelo Empreiteiro. Cabe ao Empreiteiro proteger os materiais de revestimento após a sua aplicação pois serão da responsabilidade deste quaisquer danos aí verificados. Os elementos deverão resultar bem alinhados, nivelados e de acordo com os desenhos de assentamento e estar rigorosamente de acordo com as dimensões e equidistâncias do projecto aprovado para a sua execução. 5.1.3. Tolerâncias dimensionais As superfícies de tectos e tectos falsos depois de acabados terão de observar as tolerâncias máximas seguintes: − Em tectos revestidos a estuque projectado: − Nivelamento: 5mm com a régua de 2.0m; 3mm com a régua de 20cm; − Em tectos revestidos a chapa microperfurada ou gesso laminado: − Nivelamento: 4mm com a régua de 2.0m; 2mm com a régua de 20cm; Pág.49 Condições Técnicas Especiais 5.1.4. Critérios de medição As medições das áreas estão na sua verdadeira grandeza, não se deduzindo elementos interceptores inferiores a 0.25m². Todos os elementos verticais e sancas realizados nos tectos estão incluídos nos diversos artigos. 5.2. Tectos não rebaixados 5.2.1. Revestimento de Tectos 5.2.1.1. Emboço e estuque em tectos 5.2.1.1.1. Especificação Técnica Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado neste artigo mencionam-se como merecendo referência especial as seguintes: a) Será executado um reboco prévio. b) Os estuques serão executados por duas camadas: a do emboço, em que se aplicará massa de areia branca e fina, gesso em pó e cal em pasta na proporção de 4:1:1 será aplicada à talocha e desempenada com a régua e deverá ter uma espessura de cerca de 0,010 m. c) Depois de bem seca esta camada, será executada a de dobrar ou estender, aplicada à talocha e alisada, à colher e, salvo determinação expressa em contrário, a sua massa será fabricada com gesso em pó e cal em pasta em três partes iguais. Esta camada deverá ter cerca de 0,005 m. 5.2.1.1.2. Particularidades As alheias, simples ou de decoração, as arestas e os remates serão executadas de acordo com os desenhos ou conforme instruções do Arquitecto Autor do Projecto. 5.2.1.1.3. Critério de Medição Medição de metro quadrado. 5.2.1.1.4. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: a) O fornecimento, montagem e desmontagem dos andaimes necessários para a execução do trabalho. Pág.50 Condições Técnicas Especiais b) O fornecimento e a aplicação do reboco de regularização. c) O fornecimento e a aplicação da massa de estuque. d) As alheias, simples ou de decoração, e as sancas simples de remate. e) As arestas e remates do estuque. 5.3. Tectos Falsos 5.3.1. Generalidades Os tectos falsos a aplicar são os apresentados no projecto e de acordo com os desenhos. Sempre que não existirem desenhos da estereotomia dos tectos falsos ou a alteração de medidas em obra inviabilize o projectado, deverão ser comunicados em tempo útil à Fiscalização, que definirá novos esquemas. A marcação dos tectos seguirá escrupulosamente as indicações presentes no projecto e as instruções do fabricante, a marcação dos tectos deverá ser apresentada à Fiscalização para aprovação. A marcação de todos os focos, grelhas de ventilação, etc., a embutir, encaixar ou suspender do tecto falso, deverá ser aprovada pela Fiscalização. A Fiscalização procederá a testes de remoção e colocação de módulos de tecto falso e de aparelhos, a embutir, suspender ou encaixar nele, de modo a constatar a conservação dos alinhamentos das juntas e nivelamento do conjunto após essa operação repetida várias vezes. A operação atrás descrita deverá ser efectuada no início antes da montagem dos tectos falsos, sobre amostras. Após de constatar a solidez da solução tipo, dever-se-á proceder à montagem e no final, serão executados novos tectos sobre o tecto falso instalado. Os tectos falsos, após o término dos trabalhos, deverão apresentar-se limpos, devidamente acabados, com juntas perfeitamente disfarçadas e horizontais, sem qualquer tipo de empeno. O Empreiteiro deverá dar especial atenção à coordenação entre as diversas especialidades, de modo a evitar-se os normais problemas surgidos em obra posteriormente à colocação dos tectos falsos. Outro capítulo a que deverá ser dada especial atenção, será a todos os remates com outras superfícies e as juntas entre placas ou módulos. Sempre que existirem roda-tectos em zona de tectos falsos, serão fixos apenas à parede, soltos em relação ao tecto. Pág.51 Condições Técnicas Especiais 5.3.2. Tectos em Painéis de Cimento e Madeira 5.3.2.1. Generalidades O Viroc aplicado como tecto falso permite obter diversas vantagens tais como: Durabilidade, Resistência ao Fogo, Resistência à humidade e Isolamento acústico (interiores). Existem variadas formas de aplicar o Viroc em tectos falsos. A escolha da aplicação depende de: estereotomia desejada, da estrutura de suporte, etc. 5.3.2.2. Aplicação Para tectos falsos exteriores ou interiores em meio húmido deve ser aplicado o revestimento do primário nas 6 faces e espessuras de 10 ou 12 mm (dado que em espessuras mais elevadas o peso dos painéis dificulta a sua colocação). Para tectos falsos interiores em meio seco poderá também ser usada a espessura de 8 mm e o uso do primário já não é necessário. Aquando da aplicação deverão ser deixadas juntas entre placas no mínimo de 5 mm. Nesta aplicação, ao contrário dos pavimentos, as juntas transversais não necessitam de estar desencontradas. 5.3.2.3. Fixação Tipo de parafuso: parafusos para painéis de partículas, em aço inoxidáveis, com cabeça fresadora, preferencialmente autoroscantes e de ponta central, adaptados em função do suporte. A pré-furação não é necessária quando é usada a aparafusadora pneumática ou eléctrica e parafusos de ponta central, de preferência com cabeça perfurante. Em aplicações no exterior ou em zonas húmidas as cabeças dos parafusos devem ser protegidas contra a corrosão Em relação ao transporte, armazenagem, manuseamento e tudo mais a que estas especificações forem omissas devem ser seguidas as indicações do fornecedor. Pág.52 Condições Técnicas Especiais 6. REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS, DEGRAUS E RODAPÉS 6.1. Condições técnicas gerais 6.1.1. Generalidades Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a revestimentos de pavimentos e degraus, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos trabalhos inerentes, conforme desenhos e Condições Técnicas Especiais. 6.1.2. Qualidade dos trabalhos Ao Empreiteiro compete a execução ou fornecimento, assentamento, e preenchimento de juntas, que serão executadas de acordo com as indicações do projecto, e em conformidade com o dimensionamento referido nos pormenores. O Empreiteiro deve proceder ao levantamento na obra de todas as medidas que são necessárias para o fornecimento e montagem dos respectivos materiais de revestimento. Quando as exigências de fabrico não permitirem aguardar o levantamento em obra daquelas medidas, o Empreiteiro deve assegurar que a concepção e o fabrico das peças a aplicar permitem adaptar-se perfeitamente às tolerâncias admitidas para a execução das diferentes partes da obra em que assentam. Todos os materiais de revestimento têm indicação expressa neste capítulo. Sempre que tal informação seja insuficiente ou omissa a escolha de materiais será feita pelos projectistas e Fiscalização mediante três amostras a apresentar pelo Empreiteiro. O armazenamento dos materiais de revestimento deverá ser feito de forma a garantir a sua integridade, principalmente quando se trate de materiais passíveis de alteração em função do tempo. Os elementos deverão resultar bem alinhados, nivelados e de acordo com os desenhos de assentamento e estar rigorosamente de acordo com as dimensões e equidistâncias do projecto aprovado para a sua execução. 6.1.3. Tolerâncias dimensionais Os pavimentos depois de acabados terão de observar as tolerâncias máximas seguintes: − Em pavimentos a revestir a massas espessas: Nivelamento: 5mm com a régua de 2.0m; afastamentos frequentes 2mm; entre peças: 2mm; − Em pavimentos a revestir a pedra: Nivelamento: 5mm com a régua de 2.0m; afastamentos frequentes 1mm; Juntas encostadas. Pág.53 Condições Técnicas Especiais − Outros pavimentos: Nivelamento: 5mm com a régua de 2.0m; 3mm com régua de 20cm; afastamentos frequentes 3mm; 6.1.4. Critérios de medição Nas medições dos pavimentos as áreas são medidas em m² na sua verdadeira grandeza, não se deduzindo elementos interceptores inferiores a 0.25m². Nas medições dos degraus as áreas são medidas em m² na sua verdadeira grandeza, espelho e cobertor, não se deduzindo elementos interceptores inferiores a 0.25m². 6.2. Endurecedor de Superfície para Camadas de Desgaste 6.2.1. Objectivo Esta especificação tem por objectivo, fornecer indicações técnicas gerais, e o modo de aplicação de endurecedores de superfície. 6.2.2. Características É uma mistura pronta a aplicar de cimento e de inertes minerais de granulometria seleccionada, de alta resistência física e mecânica, tipo SIKAFLOOR-3 QUARTZTOP da SIKA. É aplicado sobre lajes de betão fresco ou betonilhas para aumentar a resistência ao desgaste e diminuir a formação de poeira. É indicado para pavimentos com altas solicitações mecânicas. 6.2.3. Assentamento O betão deve ter pelo menos 15 cm de espessura e a dosagem de cimento deve ser adequada às cargas previstas. Recomenda-se a adição de um superplastificante para aumentar as resistências do betão. Vazar o betão e compactá-lo com régua vibratória e, assim que a plasticidade o permita, alisá-lo com talocha mecânica. O betão está pronto a receber o endurecedor quando ao carregar com o dedo polegar se deixar uma impressão de 3 a 5 mm de profundidade. É então espalhado à mão, ou com um aparelho apropriado, respeitando-se um consumo de 4,5 a 6 Kg/m2, que conduz a uma camada de desgaste reforçada de 2 a 3 mm de espessura. Após o endurecedor se ter humedecido pela água do betão, alisar perfeitamente a superfície com uma talocha mecânica de baixa velocidade. Pág.54 Condições Técnicas Especiais Se acontecer que parte da superfície se perca por arrastamento, ou se a leitança do betão subir, será porque o betão está ainda demasiado fresco e é necessário esperar mais tempo antes de compactar. Logo que a plasticidade ou o início de presa o permita, o pré-alisamento é feito com a mesma talocha mecânica de baixa velocidade equipada com pás metálicas de ângulo mínimo. O alisamento final será feito mais tarde com uma talocha mecânica de alta velocidade. A superfície deve ser protegida da dessecação prematura para evitar a fissuração e para total desenvolvimento das resistências. Juntas de contracção e de expansão devem ser serradas com serra de betão 24 horas após aplicação. Após endurecimento da laje, as juntas serão limpas e seladas com mastique auto-nivelante, à base de poliuretano. Serão respeitadas todas as normas e exigências do fabricante. 6.3. Pavimento Auto-alisante cimentício 6.3.1. Objectivo A presente especificação estabelece as condições técnicas a que devem obedecer os trabalhos de aplicação de revestimentos de pavimentos com ligantes pigmentados à base de resinas epoxi. 6.3.2. Preparação da Base A base deve ser resistente (minimo C25), estar seca e isenta de poeira, gorduras e óleo devendo ser bem aspirada antes da aplicação, inclusive entre demãos quando necessário. Deve estar nivelada e com acabamento ligeiramente rugoso (areado fino), seca (máx. 4% teor de humidade – verificar com o aparelho “Sika-Tramex” e isenta de partículas em desagregação. A resistência à tracção superficial deve ser no mínimo 1,5 N/mm2. 6.3.3. Condições de execução Lixagem mecânica com lixas de tungsténio, dupla face e/ou discos de diamantados aspiração em circuito fechado. Aplicação de primário epoxi incolor isenta de solventes, Ref.: Sikafloor 156, com polvilhamento por saturação com cargas 128. Aplicação de argamassa auto-alisante á base cimentos e polímeros com 5cm de espessura, Ref.: Sikafloor Level 25, Pág.55 Condições Técnicas Especiais Lixagem com lixa fina para remoção da camada de leitança, Selagem com 2 a 3 demão de resina incolor mate à base de poliuretano, Ref.: Sikafloor 356, Observações: No caso da base ser de betão com endurecedor de superfície, o tratamento de superfície alternativo á lixagem simples, terá de ser pelo método de Granalhagem, para abertura de poros na base. 6.3.4. Generalidades Ligante à base de epoxi, de baixa viscosidade e isento de solventes, em dois componentes, tipo SIKAFLOOR 156 da SIKA, como primário regularização e enchimentos sob todos os Sikafloor à base de epoxi e de epoxi-poliuretano. Argamassa de nivelamento auto-alisante para pavimentos à base de cimentos e polímeros do tipo monocomponente para execução de nivelamento do pavimento. Corresponde à norma EN 13813: 2002. Selagem à base de poliuretano, em dois componentes sendo uma película dura, mate e transparente, que é resistente à radiação UV e à intempérie. As resinas epoxi a utilizar deverão ter as seguintes características: − Boa resistência à exposição prematura a água. − Impermeável a líquidos. − Resistente à abrasão. − Químico-resistente. − Ponte de fissuras. − Resistente ao trânsito de empilhadeiras. − Fácil de aplicar (não é necessário ajoelhar-se para aplicar). Não deverá ser aplicado em temperaturas inferiores a 10ºC e superiores a 30ºC, nem com uma humidade relativa superior a 85%. Serão respeitadas todas as normas e exigências do fabricante. Pág.56 Condições Técnicas Especiais 6.4. Macadame a Granel tipo Tout Venant 6.4.1. Objectivo A presente especificação tem por fim fixar as características, ensaios de controle de recepção dos materiais e da sua aplicação assim como modo de execução, para os macadames a granel tipo "Tout-Venant" e ainda estabelecer as características do material de preenchimento das misturas dos agregados visando a sua utilização em sub-bases e bases de pavimento. Nota: Esta especificação é constituída por 2 partes, constando a primeira das características gerais comuns aos pavimentos deste tipo e destinando-se a segunda parte, se necessária, a completar ou alterar os termos daquela, de modo a atender as características específicas de cada caso concreto de pavimento. PARTE I 6.4.2. Características Os materiais a utilizar na formação das camadas do pavimento em macadame a granel tipo "Tout-Venant" devem ser: Obtidos mecanicamente, por britagem e colhidos a boca da britadeira sem passagem pelo seleccionador ou, se necessário, seleccionados até a sua integração dentro das bandas granulimétricas estabelecidas; Obtidos a partir de pedra sã e não alterada nem alterável sob a acção dos agentes exteriores: Rijos, limpos e sem excesso de fragmentos lamelares, alongados ou alterados. Os materiais podem ser: Brita, murraca, calhau ou seixos britados e areia natural ou britada. Os calhaus ou seixos britados deverão ter mais de 75%, em peso, de elementos com duas ou mais faces fracturadas. A percentagem de perda por desgaste na máquina de Los Angeles deverá satisfazer ao previsto na Parte II desta especificação. A perda do material no ensaio de qualidade pelo sulfato de sódio ou de magnésio (cinco ciclos) não deve ser superior a 20% e 30% respectivamente. A dimensão nominal em milímetros deverá satisfazer ao "previsto na Parte II desta especificação. Pág.57 Condições Técnicas Especiais A granulometria recomendada deverá ainda satisfazer a uma banda granulométrica se a Parte II desta especificação o prever e indicar. Se, pela Fiscalização, for previsto que a camada de macadame a granel, numa primeira fase, seja mantida sem revestimento protector impermeável, deverá ser especificada uma percentagem mínima no peneiro n. 200 (ASTm), de cerca de 5 a 8%. O limite de liquidez máximo, no caso 1.7 deverá ser fixado em 35% e o índice de plasticidade entre 4 e 9% (ASTM). O valor do equivalente de areia deverá apresentar um valor superior a 30%. 6.4.3. Material de Preenchimento Deverá ser constituído por resíduos de britagem, por areia natural ou saibro, mas sempre com propriedades aglutinantes adaptadas ao material a ser preenchido, devendo ainda ser bem e isento de matérias estranhas. Se forem utilizados saibros como material de preenchimento este deverá obedecer às seguintes características: - Limite de liquidez máximo - 25% - Índice de plasticidade máximo - 6% Para granulometria do material de preenchimento de dimensão nominal em milímetros igual a (0-recomenda-se: Peneiros ASTM % 38/8" Nº80 15 percentagem passada ... 100 100 Nº4 85 100 6.4.4. Execução 6.4.4.1. Preparação da Fundação A camada sobre que irá ser executado o macadame a granel tipo "tout-venant" deverá ser compactada, numa espessura mínima de 0,20 m, a uma baridade seca correspondente a 95% da baridade seca máxima obtida no ensaio de Protector Modificado, ser lisa, desempenada e ajustar-se estritamente aos perfis longitudinal e transversal estabelecidos no projecto. Não será permitida a construção da camada a granel sobre superfícies, apresentando depressões superiores a 0,01 m, verificadas com uma régua de 3 m. Pág.58 Condições Técnicas Especiais Se o espalhamento do "tout-venant" não se seguir à preparação da camada de fundação, feita segundo o prescrito em 3.1.1., ficando, portanto, esta camada, durante algum tempo, exposta a acção dos elementos exteriores, haverá que verificar se ela se encontra ou não em condições, na altura em que se pretenda executar o referido espalhamento. 6.4.4.2. Espalhamento O macadame a granel deverá ser descarregado sobre a caixa do pavimento em pequenos montes cerca de O, 5 a l m3 e tanto quanto possível espalhados em superfícies. Os pequenos montes deverão ser espaçados convenientemente, de modo a permitir o seu espalhamento sem que a camada fique com falhas. O espalhamento do macadame a granel poderá ser feito a pá ou mecanicamente, mas sempre de modo a obter-se uma mistura em toda a espessura da camada. Os montes não poderão ser arrasados para que o material segregado não se mantenha aglutinado em qualquer ponto da camada. 6.4.4.3. Regularização e Compactação Uma vez a camada com uma espessura que garanta, após a compactação, a prevista no projecto e corrigidas quaisquer zonas em que se verifique segregação, proceder-se-à a um primeiro cilindramento a seco, sem emprego de saibro ou qualquer material de preenchimento. Logo que, por este primeiro cilindramento a camada esteja mais ou menos estabilizada, proceder-se-à a uma primeira rega sob pressão e a novas operações de cilindramento. Logo que a superfície se apresente seca proceder-se-à a um espalhamento de finos saibros para correcção das zonas segregadas. Esta operação de adicionamento de finos feita a pá, manualmente, deverá ser auxiliada com escovas ou vassouras que os vão fazendo penetrar nos vazios entre as pedras. Seguir-se-ão novas regas, cilindramentos e, se necessário, novos adicionamentos de finos ou saibros até uma completa estabilização da camada, ficando as pedras perfeitamente travadas e macissadas e completamente preenchidos os vazios entre elas. Deve ter-se em atenção que o adicionamento de finos ou saibros deve ser feito doseadamente, visando somente o preenchimento dos "vazios e de modo a não criar uma colmatação superficial de finos que impedirá aquele preenchimento. Pág.59 Condições Técnicas Especiais Proceder-se-à posteriormente a remoção por varredura manual ou mecânica do excesso de finos que se tenham eventualmente, acumulado a superfície, antes de, sobre o macadame, ser executado o recobrimento betuminoso ou nova camada de macadame a granel. Não se procederá logo a referida remoção do excesso de finos, se estiver previsto que durante algum tempo a pavimentação ficará nessa fase, e, entretanto, tenham de circular, sobre ela, veículos. Os tipos dos cilindros empregados na construção do macadame a granel tipo "tout-venant" devem estar de acordo com a espessura da camada e sua constituição mas sempre de modo a obter-se a sua perfeita compactação. As camadas de 0,20 m de espessura deverão ser compactadas com cilindros vibradores ou de rasto liso de peso não inferior a 16 t. Não serão admitidas quaisquer recargas com macadame para correctivo da regularização final. Sempre que a superfície final apresente depressões que necessitem ser corrigidas, proceder-se-à a escarificação das zonas afectadas e a reconstrução do pavimento nessas áreas, nas condições atrás especificadas. Tratando-se duma camada sobre a qual será executada uma camada betuminosa, as correcções de qualquer imperfeição poderão ser executadas depois de terminada a limpeza, por meio de regularização feita com massas betuminosas de composição aprovada pela fiscalização ou por meio de recargas de rega betuminosa com espalhamento de gravilha ou areão' sendo, em seguida, os remendos bem batidos a maço de ferro, de modo a que não fiquem salientes. Estes correctivos serão sempre executados a expensas do Empreiteiro. 6.4.4.4. Tolerâncias As tolerâncias a considerar em cada camada deverão satisfazer a: (+) ou (-) O.OIm em relação às cotas do projecto. Não serão de admitir ondulações superiores a 0.01 m medidas com uma régua de 3.00 m. 6.4.4.5. Controle O controle de colocação de cada camada, será feito através de ensaios de compactação e de controle granulométrico, conforme a indicação estabelecida pela Fiscalização. 6.4.4.6. Critério de Medição Medição por metro quadrado. 6.4.4.7. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo, todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação nos termos da presente especificação. Pág.60 Condições Técnicas Especiais PARTE II A percentagem de perda na máquina de Los Angeles deverá ser inferior a 35%. A dimensão nominal, em milímetros, será (0-50). A granulometria deverá satisfazer a seguinte banda: Peneiros 2" 11/2" l" 3/8" Nº4 Nº10 Nº40 Nº200 % 100 70 30 Percentagens - ASTM 100 70 23 60 15 45 8 3 22 8 passadas PARTE III 6.5. Pavimento térreo em betão de cimento 6.5.1. Objectivo A presente especificação estabelece as condições técnicas a que devem satisfazer os materiais e os trabalhos de execução da camada de betão de cimento. A colocação do betão de cimento será executada de uma só vez em toda a espessura da camada. 6.5.2. Cimento O cimento a utilizar deverá satisfazer ao "Caderno de Encargos para o fornecimento e recepção do cimento Portland Normal" (Decreto n° 40 870 de 22/Nov/1956 - Dec. n° 41 127 e portaria 18 189). Quando se faça armazenamento na obra, deverá ser arrumado em lotes identificados, com indicação da data de entrada. Deverão ser tomadas as melhores precauções contra a sua deterioração pela humidade, porquanto, desde que qualquer lote tenha sofrido alterações por acção de quaisquer agentes exteriores, só poderá ser aplicado depois de ensaios comprovativos do seu estado de conservação. Pág.61 Condições Técnicas Especiais O betão deverá ter aos 14 dias uma resistência à flexão superior ou igual a 40 kg/cm2. A dosagem em cimento não deve ser inferior a 350kg/m3. 6.5.3. Agregados Deverão ser obtidos por britagem de rocha da região e ser rijos, compactos, não alterados, limpos e isentos de poeiras, substâncias argilosas ou terrosas ou quaisquer outras que possam prejudicar a qualidade do betão. Não deverão conter uma percentagem de elementos achatados ou alongados, superior a 15% em peso, isto é, de elementos cuja maior dimensão exceda duas vezes a menor. A areia natural que for utilizada, deverá ser silicosa, isenta de matéria orgânica ou quaisquer outras que prejudiquem a qualidade da mistura hidráulica. A pesquisa da matéria orgânica deverá obedecer à norma portuguesa NP n° 85. 6.5.4. Como impurezas serão admitidas: A argila que, encontrando-se finamente disseminada, até à percentagem máxima de 2%, não recubra os grãos de areia; Os detritos de conchas de moluscos de dimensões inferiores a 5 m até uma percentagem máxima, em peso, de 3%. Os agregados que contenham módulos de argila ou resíduos de concha de moluscos de dimensões superiores a 5 m poderão ser aplicados depois de eficientemente seleccionados, mediante a autorização da Fiscalização. A selecção e o armazenamento deverão ser feitos por lotes abrangendo cada um dimensões compreendidas dentro de determinados limites. Os processos de britagem e selecção deverão garantir a constância da composição granulométrica dos diferentes lotes. A dimensão do agregado não poderá exceder 0,05 m (malha quadrada de 50 mm). 6.5.5. Água A quantidade de água de amassadura deverá ser o mínimo necessário para permitir um bom espalhamento e uma boa compactação. A relação A/C deve ser inferior a 0,53 e a quantidade de água de amassadura deve ser tal que o "slump" fique compreendido entre 5 e 7,5 cm (com betão não vibrado) ou 2,5 e 3,75 cm (com betão vibrado). A percentagem de ar deve ser compreendida entre 3 e 6%. Pág.62 Condições Técnicas Especiais A água a empregar no fabrico do betão será doce, limpa e não conterá quaisquer substâncias em suspensão ou em dissolução que, quantitativa e qualitativamente, possam prejudicar o endurecimento e a presa do cimento ou as resistências mecânicas e a durabilidade das argamassas e betões, nomeadamente cloretos, sulfates, óleos e ácidos. 6.5.6. Granulometria da Mistura A granulometria da mistura deverá satisfazer a curva granulométrica contínua, estudada de acordo com os tipos de materiais propostos pelo Empreiteiro, der modo a que se obtenha a máxima resistência e a máxima compacidade. 6.5.7. Fabrico As proporções de agregados deverão ser propostas para aprovação à Fiscalização e a sua mistura deverá ser feita mecanicamente de modo a assegurar-se a constante verificação das dosagens e outras condições de fabrico. O tipo de betoneira empregado deverá assegurar a perfeita homogeneidade da mistura. Ao fim de cada dia de trabalho, as betoneiras, dispositivos de medidas, tremonas de descarga e material de transporte serão limpos e lavados, a fim de evitar as incrustações de argamassa, betão ou outros materiais, de modo a ser mantido o bom estado do equipamento durante a execução do trabalho. 6.5.8. Aplicação Nenhuma betonagem será iniciada sem que a Fiscalização a tenha previamente autorizado e, se não for observado este preceito, poderá ser motivo de rejeição de qualquer parte da obra. Os meios de transporte do betão de cimento devem assegurar perfeitamente a homogeneidade das amassaduras. garantindo que não se dê qualquer segregação dos seus elementos. A colocação em obra deverá ser feita por vibração, obtida com o emprego de placas ou talochas vibradoras. A colocação do betão de cimento, devidamente compactado, deverá ser levado às cotas finais do pavimento. O acabamento do betão de cimento deverá ser do tipo de acabamento à talocha de modo a obter-se uma superfície antiderrapante mas devidamente desempenada. Qualquer saneamento ou enchimento que se verifique ser necessário deverá ser executado durante as operações de acabamento. Durante o endurecimento os betões deverão conservar-se húmidos. Pág.63 Condições Técnicas Especiais 6.5.9. Critério de Medição Medição por metro quadrado. 6.5.10. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação nos termos da presente especificação. 6.6. Betonilhas 6.6.1. Objectivo Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais e modo de execução de betonilhas. 6.6.2. Generalidades As betonilhas destinam-se a constituir superfícies de desgaste ou a estabelecer transição entre um pavimento resistente e um revestimento de acabamento final. A composição da argamassa para a betonilha, deverá garantir o máximo de compacidade, que poderá ser aumentada, particularmente se destinar a superfícies de desgaste, à custa da incorporação de elementos destinados a esse fim. Quando não for indicada a dosagem da argamassa para as betonilhas, ela será no mínimo, de 350 kg de cimento por metro cúbico a que corresponde uma relação aproximada em volume de cimento e areia de l para 3,5. O endurecimento superficial das betonilhas é obtido por meio da aplicação de produtos que através de uma reacção química com as partículas moles do betão - cal, carbonato de cálcio - as endurecem e ligam mais apertadamente, conferindo ao pavimento características mais resistentes ao desgaste. O endurecedor, poderá ser aplicado misturando-o com a argamassa da betonilha, podendo nestes casos, cumulativamente, ser também um acelerador de presa. O tipo de endurecedor a aplicar quando não indicado nas peças desenhadas do projecto será aprovado pela Fiscalização. Se a superfície a endurecer tiver já feito presa, ou começado a cura, deve apresentar-se perfeitamente limpa de óleos, gorduras, poeiras ou matérias soltas, após o que será aplicado o endurecedor o mais uniforme possível. Pág.64 Condições Técnicas Especiais Dada a variedade de produtos existentes, o seu diferente modo de aplicação e características, devem seguir-se rigorosamente para cada produto as indicações fornecidas pelo Fabricante. As betonilhas destinadas a construir uma camada de enchimento e regularização, sendo elemento de transição para um revestimento final, terão o acabamento que melhor assegure um bom assentamento do material definido como revestimento. 6.6.3. Base de Assentamento Quando a base de assentamento for um elemento de betão a betonilha deve ser assente sempre que possível, antes que esse elemento de betão tenha feito presa. Quando a base de assentamento já tenha feito presa ou não garanta uma perfeita ligação, deve ser previamente picada, limpa e bem molhada. Qualquer aditivo ou produto destinado a melhorar a ligação, carecerá da aprovação da Fiscalização. As betonilhas destinadas a dar inclinações para efeito de escoante ou quando haja necessidade de vencer desníveis acentuados, serão executadas sobre enchimentos próprios, objecto de especificação adequada. 6.6.4. Execução 6.6.4.1. Generalidades Previamente à execução das betonilhas serão realizadas mestras em número suficiente que garantam um bom nivelamento e desempeno da superfície. A argamassa deverá ser aplicada tão depressa quanto possível, após o seu fabrico, devendo ser aplicada antes de iniciar a presa. Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol, chuva ou vento. Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida, não sendo permitida a adição de água para lhe tomar a conferir trabalhabilidade. A argamassa endurecida será retirada do local de trabalho. Considera-se que a argamassa está endurecida, quando apresentar quebra de trabalhabilidade ou tiver sido amassada há mais de uma hora no verão e duas horas nas restantes estações. Pág.65 Condições Técnicas Especiais A alteração deste período de tempo está sujeita à aprovação da Fiscalização. As betonilhas destinadas a constituir camada de desgaste serão esquarteladas, sendo o módulo do esquartelamento igual ao da sua base de assentamento. 6.6.4.2. Execução do Trabalho Não será permitido executar betonilhas com mais de 4 cm de espessura em cada camada, seja qual for a espessura de enchimento a executar para cumprimento das cotas de Projecto. Cada camada será aplicada antes da precedente ter terminado a presa e deverá ser fortemente apertada e comprimida. Haverá o cuidado de manter as betonilhas húmidas nos primeiros dez dias subsequentes à sua execução. O acabamento das superfícies deverá resultar de acordo com o fim que se pretende. O acabamento das superfícies deverá resultar de acordo com o fim que se pretende. Em qualquer caso, porém, ficará devidamente desempenada e de aspecto uniforme, com uma tolerância de 3 mm de flecha, observada sobre um mesmo ponto com uma régua de 2 m de comprimento colocada em diversas direcções. Serão intercaladas armaduras sempre que indicado em Projecto. 6.6.5. Betonilha para regularização de pavimentos a) A argamassa será constituída por cimento e areia ao traço 1:4. b) A areia a utilizar deverá ter uma granulometria fina. c) A betonilha deverá ter no mínimo 2 cm de espessura. d) A sua superfície final deve ser lisa e desempenada. 6.6.6. Betonilha esquartelada à vista a) Deverá empregar-se argamassa de cimento e areia ao traço 1 ;3. b) A areia a utilizar deverá ter uma granolumetria fina. c) Se nada em contrário for especificado, os painéis da betonilha esquartelada devem ser aproximadamente quadrados de 0,80 x 0,80 m, cortados à colher nas zonas onde se situam as réguas de madeira .que tenham sido deixadas embebidas no massame. Pág.66 Condições Técnicas Especiais d) Deve usar-se cimento em pó na acabamento final, para que as superfícies resultem bem alisadas e uniformes. 6.6.7. Betonilhas com aditivo antiderrapante a) A argamassa será constituída por cimento e areia ao traço 1:4. b) A areia a utilizar deverá ter uma granulometria fina.. c) Deverá ser adicionada à argamassa um aditivo antiderrapante. Este aditivo e sua proporção deverá ser aprovado pelo representante do Dono de Obra. d) A betonilha deverá ter no mínimo 2 cm de espessura. e) A sua superfície final deve ser perfeitamente homogénea e lisa com as inclinações previstas no projecto da especialidade. 6.6.8. Rodapés Os rodapés serão executados com argamassa igual e com a mesma coloração dos pavimentos a que dão remate. Terão a altura, forma e acabamento indicados nos elementos do Projecto. 6.6.9. Critério de Medição Medição por metro quadrado. 6.6.10. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação nos termos da presente especificação. 6.7. Pavimentos à base de Resinas de Poliuretano Flexível 6.7.1. Objectivo Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais, sobre os pavimentos à base de resinas de poliuretano e sua execução. 6.7.2. Generalidades Os pavimentos à base de resinas epoxi à base de solventes tipo Sikafloor constituem um revestimento de pavimentos autonivelante de aplicação sobre base ou suporte previamente tratada, constituído por aplicação de várias camadas com Pág.67 Condições Técnicas Especiais as especificações que aqui se descrevem. E não dispensando a consulta das fichas técnicas do fabricante para condições especificas de armazenamento, transporte e aplicação. 6.7.3. Aplicação 6.7.3.1. Sistema de revestimento auto alisante (3 mm) com secagem incolor. a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos) consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de ligante pigmentado à base de epoxi, de baixa viscosidade e isento de solvente em 2 componentes tipo Sikafloor 261 (3 a 4 mm) com cor a definir. d) Aplicação de camada de selagem à bse de poliuretano em dois componentes incolor, mate e resistente aos UV tipo Sikafloor 356-N 6.7.3.2. Sistema de revestimento auto alisante (3 a 4 mm) com secagem colorida. a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos) consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de ligante pigmentado à base de epoxi, de baixa viscosidade e isento de solvente em 2 componentes tipo Sikafloor 261 (3 a 4 mm) com cor a definir. d) Aplicação de camada de selagem de pavimento colorida, cor a definir, mate e resistente aos UV tipo Sikafloor 357-N. 6.7.3.3. Sistema de revestimento anti-derrapante (Esp 4mm) a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de camada base em ligante pigmentado à base de epoxi de baixa viscosidade e isento de solvente em 2 componentes tipo sikafloor 261 com cor a definir. d) Povilhamento em fresco de cargas inertes de silica C123 com granulometria 0,8 a 1,2 mm e) Aplicação de selagem com produtos em dois componentes à base de poliuretano contendo solventes tipo sikafloor 357-N, cor a definir, acabamento mate. Pág.68 Condições Técnicas Especiais 6.7.3.4. Sistema de revestimento anti-derrapante (Esp 4mm) a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de camada base em ligante pigmentado à base de epoxi de baixa viscosidade e isento de solvente em 2 componentes tipo sikafloor 261 com cor a definir. d) Povilhamento em fresco de cargas inertes de silica C2. e) Aplicação de selagem com produtos em dois componentes à base de poliuretano contendo solventes tipo sikafloor 357-N, cor a definir, acabamento mate. 6.7.3.5. Sistema de revestimento auto-alisante, elástico com selagem incolor a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de camada base em ligante pigmentado sem solventes, baixa emissividade VOC, elástico, auto nivelante, em dois componentes à base de resina PUR. Tipo sikafloor – 300N. d) Aplicação de selagem com produtos em dois componentes à base de poliuretano contendo solventes tipo sikafloor 357-W, cor a definir, acabamento mate. 6.7.3.6. Revestimento flexível de alta resistência química a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 30N/mm2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes, com inertes, tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos) consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de revestimento flexível de alta resistência química 3 a 4 mm, com ligante pigmentado à base de epoxi, de baixa viscosidade e isento de solventes em dois componentes, tipo sikafloor 390 cor a definir, aplicado em 2 operações. 6.7.3.7. Sistema de revestimento auto-alisante, elástico com secagem incolor a) Limpeza e preparação da base por forma a garantir uma superfície com resistência à compressão mínima 25N/m2, estar seca, limpa, isenta de gorduras e óleos. Pág.69 Condições Técnicas Especiais b) Aplicação de primário em 2 componentes de epoxi de baixa viscosidade sem solventes tipo Sikafloor 156 (1 a 2 demãos consoante o graú de absorção base). c) Aplicação de camada base em ligante pigmentado sem solventes, baixa emissividade VOC, elástico, auto nivelante, em dois componentes à base de resina PUR. Tipo sikafloor – 300N. d) Aplicação de selagem com produtos em dois componentes à base de poliuretano contendo solventes tipo sikafloor 302-W, acabamento incolor mate. 6.8. Pavimentos à base de Resinas Epoxy Aquosas 6.8.1. Objectivo Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais, sobre os pavimentos à base de resinas epoxy aquosas e sua execução. 6.8.2. Generalidades a) Para uma correcta aplicação dos revestimentos autonivelantes é necessário que o suporte se apresente isento de contaminações de qualquer natureza, com uma estrutura íntegra, superfície de acabamento uniforme e de textura fina (resistência mecânica superficial> 1,5N/mm2, boa planimetria e com resistência compatível com a intensidade de carga de utilização. O suporte deverá apresentar porosidade superficial, de modo a se conseguir uma perfeita ancoragem mecânica com o revestimento a aplicar. Ainda que em suportes novos, sempre que necessário para obter este tipo de superfície poderão ter que se recorrer a processos mecânicos como fresagem ou granalhagem. b) A superfície deverá estar seca (teor de humidade inferior a 4 %), isenta de partículas desagregáveis e sem leitada de cimento superficial. c) Caso o suporte seja cimentoso (betão ou betonilha) deverão ser previstas juntas de esquartelamento, para que haja possibilidade de trabalhamento do mesmo, durante o período de cura. Podendo estas juntas, sempre que o projecto de estabilidade considerar a situação possível (no sentido da não abertura das mesmas, posteriormente), ser tratadas e recobertas de modo a que o pavimento autonivelante seja uma superfície contínua. Deverão ser sempre respeitadas as juntas de dilatação estruturais. 6.8.2.1. Sistema de pavimento Mastertop 1730 A presente especificação tem por objectivo estabelecer as condições técnicas gerais que deverão reger a execução de um pavimento autonivelante epóxy aquoso Mastertop 1730. a) Colocação de um perfil prefabricado em resina epoxy tipo Mastertop perfil 5, aderido com um mástique elástico monocomponente à base de poliuretano (caso seja necessário). Pág.70 Condições Técnicas Especiais b) Aplicação de primário epoxy de base aquosa bicomponente, colorido Mastertop A7+B7+F1we + água (2,3+3,6+2,0+2,5kg), isento de solventes, e de cargas. c) Areia de sílica seca Tipo Mastertop F5 polvilhada, com humidade máxima de 2% e uma granolometria entre 0,4 a 1,0mm. d) Aplicação da Camada de Autonivelante Mastertop A7+B7+X1+F1we + água (2,3+3,6+0,6+21,0+3,0 kg), à base de resina epoxy aquosa, bicomponente colorida com elevadas propriedades mecânicas. Passagem de rolos de picos em várias direcções para retirar o a ocluido. e) Aplicação da Camada de Acabamento Mastertop TC 428, revestimento em epoxy colorido, com inclusão de cargas no sentido de tornar o pavimento antiderrapante, bicomponente com acabamento mate, permeável ao vapor de água. f) Espessura do sistema: 2 a 3mm 6.8.2.1.1. Critério de Medição Medição por metro quadrado. 6.8.2.1.2. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução. 6.9. Micro Betão 6.9.1. Considerações acerca do projecto de dimensionamento A obtenção do dimensionamento destes pavimentos tem por base as características específicas para a utilização pretendida, Na base da laje será aplicado um filme de polietileno com uma espessura de 120µ, diminuindo o atrito e promovendo o isolamento entre os diferentes elementos. A utilização de fita em polipropileno expandido, permite a dessolidarização do pavimento em betão dos elementos estruturais e a retracção e expansão da laje. O pavimento deve ter uma espessura mínima de 120 mm em betão C20/25 S3 D15 ( micro betão ), reforçado estruturalmente com uma malha electrosoldada CQ 30. Todos os pavimentos incluirão fibras de polipropileno na dosagem de 600 g/m3 com o objectivo de minimizar a micro fissuração devida à retracção plástica. Os dimensionamentos efectuados partem do pressuposto de que o solo de fundação do pavimento do edifício terá um módulo de reacção de valor igual ou superior a 0.06N/mm3. Na altura da execução dos pavimentos recomenda-se que o módulo de reacção do solo seja avaliado por intermédio de ensaios de placa, ou equivalentes. Caso os valores obtidos experimentalmente para o módulo de reacção sejam inferiores aos valores admitidos no projecto de dimensionamento, será Pág.71 Condições Técnicas Especiais necessário proceder à revisão deste, dada a implicação que o módulo de reacção do solo tem na capacidade deformacional e de carga do pavimento. NOTA: A espessura mínima recomendada para micro-betão é de 120 mm. Caso pretendam espessuras inferiores, o risco terá de ser assumido pelo cliente. 6.9.2. Aplicação 6.9.2.1. Adição das fibras As fibras devem ser introduzidas na autobetoneira em obra, devendo o tambor permanecer na sua rotação máxima no momento da introdução das fibras, durante a sua mistura, que deverá ser de pelo menos cinco minutos. As fibras também poderão ser introduzidas na central de betão na altura da amassadura. 6.9.2.2. Betão O betão deverá ser espalhado e nivelado por equipas especializadas dispondo de equipamentos adequados para esse efeito. Sempre que possível, a compactação do betão deverá ser efectuada por vibração superficial através de régua vibratória. Se necessário, poderá ser reforçada com vibradores de imersão. O acabamento superficial do pavimento deverá ser efectuado por intermédio de talochas mecânicas, devendo ser realizado logo que o betão tenha resistência suficiente à actuação de um equipamento deste tipo. 6.9.3. Juntas Deverão ser executadas juntas de retracção de modo a que os painéis não ultrapassem os 25 m2. Esta junta deverá ser aberta com uma serra mecânica, com um disco de 3mm de espessura e a uma profundidade de 40mm. Os materiais para enchimento e selagem das juntas, será a mástique à base de poliuretano, com primário, Ref.: Sika Primer 3 e mástique Ref.: Sikaflex 11 FC na cor cinza. 6.9.4. Processo de cura Após a conclusão do pavimento este deverá ser selado com um agente de cura, Ref.: Sikafloor Proseal 22 por pulverização. 6.9.4.1.1. Critério de Medição Medição por metro quadrado. 6.9.4.1.2. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução Pág.72 Condições Técnicas Especiais 7. CANTARIAS 7.1. Objectivo A presente especificação tem por finalidade dar indicações técnicas sobre cantarias. 7.2. Generalidades O Empreiteiro deve respeitar a estereotomia definida no Projecto, sendo responsável pelas correcções a efectuar e todas as consequências por erros de cotas e deficiente implantação. O Empreiteiro deve apresentar ao Representante do Dono de Obra antes do trabalho de preparação das peças pelo canteiro, um desenho das unidades a executar com as cotas definidas já em relação ao levantamento da obra. Esses desenhos darão às peças as dimensões necessárias para que as estereotomias sejam as indicadas no Projecto, tendo em conta as espessuras exigidas para as juntas, e mantendo sempre as espessuras definidas no Projecto. Quando forem definidos remates, juntas, bordaduras, soluções de canto, etc., tais soluções deverão, salvo expressa indicação em contrário, ser generalizadas para o revestimento em questão, com o mesmo aspecto, e dimensões rigorosamente repetidas. 7.3. Características A qualidade da cantaria, bem como o tipo de aparelho a aplicar, serão, para cada caso, os indicados nos desenhos e nos demais elementos que integram o Projecto. As cantarias a fornecer e a aplicar, não devem apresentar defeitos naturais, tais como lesins, abelheiras e outros, que prejudiquem não só a aparência como o futuro comportamento em obra. O material a utilizar deverá ter textura homogénea compacta e praticamente inalterável pelo ar e pela água. Não será permitido o emprego de cantaria de cor ou textura diferentes. As peças que se destinem ao mesmo local devem ser obtidas de blocos que permitam manter uniformidade de aspecto e cor. As cantarias serão aparelhadas com perfeição, bem esquadriadas, sem defeitos nas arestas e não será permitido o uso de betume ou qualquer outra substância na dissimulação de defeitos. Não serão aceites peças com riscados de serra ou de discos. Pág.73 Condições Técnicas Especiais Quando é especificado um determinado acabamento para uma peça tal significa que, salvo expressa indicação em contrário, esse acabamento se aplica a todas as faces visíveis da peça. 7.4. Assentamentos No assentamento das cantarias, serão utilizadas argamassas de cimento e areia ao traço 1.3. Devem ser molhadas e limpas convenientemente as superfícies de assentamento. Sempre que necessário, utilizar-se-ão gatos e pemes para ligação dos elementos das cantarias entre si ou fixação das mesmas, em latão ou ferro galvanizado, colocados em número que garantam uma perfeita estabilidade dos conjuntos e localizados de forma a não se notar a sua existência. Para "calçar" as peças ou definir espaçamentos, não são permitidas palmeias de madeira, preferindo-se a utilização de pequenas tiras de chumbo com as espessuras adequadas. As juntas entre elementos de qualquer conjunto, deverão ser executadas com o máximo esmero e de tal forma que não sejam perceptíveis ressaltos, depressões ou outras irregularidades. Quando estejam previstas juntas detalhadas com boquilhas ou golpes de arestas, estas devem ser executadas de forma a apresentarem a mesma característica ao longo de todo o seu desenvolvimento. Todas as arestas serão protegidas durante a execução da obra e boleadas. 7.5. Características Particulares A qualidade da cantaria, bem como o tipo de aparelho a aplicar, serão, para cada caso, os indicados nos desenhos e nos demais elementos que integram o Projecto. As soleiras cuja o comprimento seja inferior a 2,00 m serão realizadas numa peça única. Não serão autorizadas juntas a meio vão. Os cobertores e os espelhos de escadas serão realizados em peças únicas. As soleiras disporão de caleiras para recolha de águas; estas caleiras terminarão a 0,002m dos encalços e serão canalizadas, por rasgos oblíquos, para o exterior. 7.5.1. Aspectos Gerais Ao Empreiteiro compete a execução de todos os trabalhos deste projecto relativos a cantarias, seus reforços, incluindo o fornecimento e aplicação de todos os materiais com todos os trabalhos inerentes, conforme desenhos e caderno de encargos. Pág.74 Condições Técnicas Especiais 7.5.2. Qualidade das Peças e dos Trabalhos a) As peças que se destinem ao mesmo local devem ser obtidas de blocos que permitam manter uniformidade de aspecto e cor. b) Não serão aceites peças com riscados de serra ou de discos. c) Quando é especificado um determinado acabamento para uma peça tal significa que, salvo expressa indicação em contrário, esse acabamento se aplica a todas as faces visíveis da peça. d) Quando forem definidos remates, juntas, bordaduras, soluções de canto, etc., tais soluções deverão, salvo expressa indicação em contrário, ser generalizadas para o revestimento em questão, com o mesmo aspecto, e dimensões rigorosamente repetidas. e) O Empreiteiro deve respeitar a estereotomia definida no Projecto, sendo responsável pelas correcções a efectuar e todas as consequências por erros de cotas e deficiente implantação. f) O Empreiteiro deve apresentar ao Representante do Dono de Obra antes do trabalho de preparação das peças pelo canteiro, um desenho das unidades a executar com as cotas definidas já em relação ao levantamento da obra. Esses desenhos darão às peças as dimensões necessárias para que as estereotomias sejam as indicadas no Projecto, tendo em conta as espessuras exigidas para as juntas, e mantendo sempre as espessuras definidas no Projecto. 7.5.3. Tolerâncias Dimensionais A qualidade geométrica obedecerá às seguintes exigências : Dimensão e fuga da esquadria :+/- 2% As tolerâncias de espessura não devem ceder +/- 2mm. Disposição de fixação diferente da aprovada : máx. l por 10m2. Desaprumo das placas : máx 1/1000 no interior e nulo no exterior. Planearidade : 2mm de afastamento máximo da superfície a uma régua de 2.00m, em qualquer direcção. As tolerâncias não devem somar no mesmo sentido mais do que duas vezes seguidas. Espessuras das juntas : 2.5mm +/- 0.5mm. Pág.75 Condições Técnicas Especiais 7.5.4. Soleiras, Peitoris e Capeamentos a) As soleiras, salvo indicação em contrário e peitoris terão batente, canal, drenos, e lacrimal na sua face interior. O topo do batente será inclinado para o exterior com inclinação superior a 10%, e a inclinação do canal será de 0.5%. b) As soleiras e peitoris deverão ainda incluir reentrância para cordão impermeabilizante. Serão aplicadas ao traço 1:3 de argamassa de cimento CPN. c) As soleiras e peitoris com mais de l.OOm de comprimento terão duas furacões ou canais para o exterior, em princípio não paralelas entre si e não perpendiculares à maior dimensão das peças. d) Quando não definido nas peças desenhadas, devem considerar-se os coroamentos com uma pendente mínima de 2%, para o interior das coberturas, e sempre incluindo lacrimal na sua face inferior. e) As peças uma vez assentes devem ficar niveladas com as arestas bem marcadas e formando os ângulos necessários a que os desenhos do projecto se realizem, mesmo que o levantamento da obra apresente uma geometria ligeiramente diferente por motivo de variação de cotas. Sempre que essa variação for superior a 60mm deve ser dado conhecimento ao projectista. 7.5.5. Assentamento a) Os locais de aplicação estarão limpos e livres de outros materiais que não sejam necessários à execução dos revestimentos. b) Quando o assentamento for húmido a base de assentamento será rugosa e deverá, no momento de assentamento da cantaria, ter pelo menos 30 dias de feita e estar limpa de leitanças, poeiras, ou outras impurezas. As peças devem ficar assentes sem chochos. O Empreiteiro substituirá todas as peças em que se verifique, por simples toque, a existência de chochos, e as que se partirem no período de garantia da obra. c) O assentamento de cantarias em pavimentos será realizado com argamassa ao traço 1:4. O acabamento de pavimentos e degraus poderá ser realizado em obra. 7.6. Trabalhos e suas condições específicas 7.6.1. Peitos e Soleiras a) A superfície de assentamento será limpa de leitanças, películas, poeiras ou outras impurezas. A superfície de assentamento será plana; a verificação com uma régua de 2,0m de comprimento não deve acusar, em nenhum ponto, uma flecha superior a 5mm. A superfície de assentamento estará húmida e será bastante rugosa para garantir boa aderência da argamassa de assentamento. Se necessário, será aferroada ou picada, manual ou mecanicamente. Pág.76 Condições Técnicas Especiais b) As pedras serão assentes antes da argamassa de assentamento ter feito presa. As peças serão abatidas com cuidado nas suas posições definitivas, de modo a expulsar todo o ar que se tenha introduzido entre elas e a superfície de assentamento. c) Os materiais aplicados serão lavados com produtos apropriados, de modo a ser eliminada a argamassa e as manchas superficiais. A sua coloração será uniforme, sem fissuras ou outros defeitos. d) As pedras serão assentes antes da argamassa de assentamento ter feito presa. As peças serão batidas com cuidado nas suas posições definitivas, de modo a expulsar todo o ar que se tenha introduzido entre elas e a superfície de assentamento. As juntas entre peças devem apresentar-se segundo direcções paralelas ou perpendiculares entre si, conforme estereotomia definida no projecto, constituindo especial atenção o seu alinhamento. e) As pedras serão assentes com junta estreita, com espessura de cerca de l .Omm. O contacto directo e continuo de peças, sem juntas intermédias não é permitido. f) Os materiais aplicados serão lavados com produtos apropriados, de modo a ser eliminada a argamassa e as manchas superficiais. A sua coloração será uniforme, sem fissuras ou outros defeitos. g) Entre a parede e a última fiada de pedra deve existir uma junta de 5mm a 8mm que, depois de limpa, será cheia com um material imputrescível que suporte compressões e grandes deformações sem provocar por reacção a compreensão dos revestimentos. Esta junta será tapada pelo rodapé, ou pela primeira peça do revestimento da parede. 7.6.2. Tolerâncias : a) A tolerância admissível na largura das juntas é de +/- 0.2mm. b) Depois do assentamento, a superfície do pavimento será plana. Uma régua de 2,0m colocada em qualquer direcção não deve causar uma flecha superior a 2mm. c) A verificação do alinhamento das juntas, realizada com uma régua de 2,0m não deve causar diferenças de alinhamento para além da tolerância admitida na espessura das juntas, superior a 0,4mm. d) No assentamento de pedras polidas, o empreiteiro tomará as maiores precauções, para evitar o escorrimento das aguadas de cimento pelas superfícies polidas e no caso de tal suceder, deve proceder à sua imediata limpeza. e) Qualquer negligência neste sentido, implicará o polimento completo e perfeito das superfícies. Pág.77 Condições Técnicas Especiais 8. CARPINTARIAS 8.1. Madeira - Característica de Qualidades 8.1.1. Objectivo Esta especificação tem por objectivo dar indicações técnicas gerais sobre a madeira a utilizar cuja natureza é definida nos vários elementos do Projecto. 8.1.2. Características A madeira a utilizar será de fibras direitas e unidas, sem nós podres, fendidos ou lascados, sem cavidades, fendas ou podridões, resultantes ou não, de ataques de fungos. Não deverão apresentar sinais de infestamento por animais xilófagos, manchas ou outros defeitos que comprometam a sua duração, resistência ou efeito estético. A madeira de falso bome será também rejeitada. Dever-se-á seguir, para determinação da qualidade das madeiras e de acordo com o fim a que se destinam, as Normas Portuguesas: NP 180 - ANOMALIAS E DEFEITOS DA MADEIRA NP 987 - MADEIRAS SERRADAS - MEDIÇÃO DE DEFEITOS Deste modo, a madeira apresentar-se-á seca ao ar, isto é, com uma humidade média aproximadamente 15%, perfeitamente desempenada, sem descaímentos ou falhas de laboração, observando nas suas características mecânicas, os valores para o efeito fixados pelas Normas Portuguesas em vigor. As peças de madeira serão cuidadosamente executadas, segundo as indicações técnicas e os desenhos de pormenor, maciças, sem emendas, apresentando as dimensões indicadas no Projecto. A ligação das peças far-se-á sempre por intermédio de sambladuras, bem embebidas e travadas em todos os sentidos, para que o conjunto se mantenha indeformável. As peças de madeira a utilizar em revestimentos à vista deverão apresentar-se isentas de qualquer nó. Os nós sãos, serão aceitáveis nos casos seguintes: O diâmetro de cada nó não deve ser superior a 1/6 da largura da peça sem exceder 4 cm e de modo a ser aprovado pela Fiscalização no seu aspecto estético. Pág.78 Condições Técnicas Especiais Para a generalidade das madeiras serão observadas as Normas Portuguesas em vigor, especialmente NP-180 (1962), NP480 a NP-482 (1968), NP-486 (1968), NP-614 a NP-623 (1973), NP-890 a NP-892 (1972) e NP-987 (1973). 8.1.3. Particularidades Serão protegidos com produtos à base de naftalato de cobre, todas as superfícies e peças em contactos ou permanecendo em meios favoráveis ao aparecimento de fungos ou animais xilófagos. Quando no Projecto estiverem previstos tratamentos de pré-imunização em autoclave ou por outros processos especificamente ali indicados, dispensar-se-á o tratamento acima indicado. O acabamento final sobre as superfícies à vista é objecto de especificação própria. 8.1.4. Pormenorização Quando não existam pormenores suficientes ou quando o Empreiteiro entenda propor alterações, deverá submeter à aprovação do Representante do Dono de Obra e projectistas pelo menos um mês antes do início dos trabalhos, um estudo de todas as carpintarias constituído pelas peças seguintes: a) Desenhos de montagem e de assentamento de aros, eventualmente pré-aros, aduelas e guarnições de cada vão ou conjunto de vãos iguais ou similares. b) Desenhos de sistemas de fixação de cada elemento de preenchimento de vão ou conjunto de elementos iguais, às alvenarias, às cantarias e elementos de betão, com indicação dos materiais a utilizar quer para assegurar a fixação, quer para garantir a sua vedação. c) Desenhos de construção da bordadura dos vãos, dos peitoris, das ombreiras, das vergas e das soleiras em que assentam cada elemento de preenchimento de vão ou conjunto de elementos iguais, com indicação das suas dimensões sempre que sejam diferentes das do projecto ou este as não defina. d) Desenhos de construção e montagem de tampos armários, frentes, etc., com indicação das suas dimensões sempre que sejam diferentes das do projecto ou este não as defina. 8.1.5. Protótipos Sempre que o Representante do Dono de Obra o determinar, o Empreiteiro deverá fabricar um protótipo de cada carpintaria para apreciação das suas características e verificação do seu comportamento. Quando aprovado pelo Representante do Dono de Obra este protótipo servirá de padrão para a recepção das outras carpintarias e poder ser aplicado em obra. Pág.79 Condições Técnicas Especiais 8.1.6. Qualidade dos trabalhos a) As dimensões devem ser corrigidas no local por forma a atingir-se o bom funcionamento pretendido. b) Todas as carpintarias serão dotadas das ferragens e dispositivos de manobra necessários para o seu perfeito funcionamento, incluindo fechaduras e três chaves, puxadores, molas de embeber, etc., e serão escolhidas entre as marcas de melhor qualidade disponíveis no mercado. Quando não especificado no projecto geral serão escolhidas pêlos projectistas e Representante do Dono de Obra entre três amostras a fornecer pelo Empreiteiro. c) As respigas, dentes, e machos, devem encher perfeitamente as montagens e fêmeas. Em geral, nas ensamblagens, as respigas, os machos, e os dentes, terão uma espessura igual à terça parte da largura da face a que pertençam, e um comprimento duplo da espessura. d) Todas as superfícies em contacto com betão ou alvenarias e, de um modo geral, as superfícies não visíveis serão tratadas com "CUPRINOL" ou um outro produto preservador de madeira, e deverão ser isoladas com folha de polietileno de modo a impedir-se a absorção de água e o consequente aumento do teor de humidade. 8.1.7. Tratamentos Imunizadores a) Todas as madeiras que não apresentem uma elevada durabilidade natural deverão ser tratadas em autoclave, com produto e método de aplicação adequado ao material e respectiva aplicação, a submeter à aprovação do Representante do Dono de Obra. Todas as madeiras deverão receber tratamento contra a formiga branca à base de "XILODECOR", tipo "BONDEX" incolor. b) As superfícies correspondentes a cortes realizados na Obra, deverão ser tratadas com duas demãos de produto imunizador do tipo "CUPRINOL- VERDE" o equivalente. 8.1.8. Aglomerados a) Os aglomerados de madeira para ficar à vista, mesmo que folheados, serão sempre encabeçados. b) Em zonas sujeitas a uso intenso o folheado termina no encabeço e este é de madeira igual à do folheado. 8.1.9. Pavimentos a) A superfície de assentamento será limpa de leitanças, películas, poeiras ou outras impurezas. Esta superfície será plana: a verificação com uma régua de 2,0 m de comprimento não deve acusar, em nenhum ponto, uma flecha superior a 3 mm. A superfície deverá apresentar-se seca. b) Sobre o suporte será aplicada uma membrana anti-humidade, que consiste num filme de polietileno. Sobre este filme será colocado o isolamento térmico que poderá ser constituído por placas de cortiça ou por espuma tipo isofoam. Pág.80 Condições Técnicas Especiais c) Deverá ser deixada uma junta de expansão de cerca de 10 mm em todo o perímetro do compartimento. O rodapé deverá incluir um bite, de modo a que esta junta não seja visível. d) Quando a área a revestir for superior a 100 m2 ou o comprimento for superior a 10 m, deverão ser incluídas juntas de dilatação de 10 em 10 m. Para que estas juntas não sejam visíveis deverá ser estudado pelo empreiteiro e apresentado ao representante do Dono de Obra o estudo da colocação das réguas de pavimento perfis a colocar sobre as juntas de dilatação intermédias. 8.1.10. Rodapés a) A superfície de assentamento será limpa de leitanças, películas, poeiras ou outras impurezas. Esta superfície será plana; a verificação com uma régua de 2,0 m de comprimento não deve acusar, em ponto nenhum, uma flecha superior a 2 mm. b) O assentamento será realizado com pregos metalizados embebidos em tardoz no rodapé que são fixos à parede com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3, espaçados 0,5 m. Não se aceita a fixação do rodapé ao pavimento. c) A madeira do rodapé não deverá ter nós com mais de 0,5 cm de diâmetro, em número superior a um por peça. Os nós nunca poderão ficar nas arestas ou nos topos. d) Os rodapés serão afagados, envernizados, encerados ou pintados, de acordo coma as especificações do projecto. Estes tratamentos serão realizados quando a madeira estiver estabilizada e seca (humidade máxima: 10%). e) e) Tolerâncias: O alinhamento do rodapé será verificada com uma régua de 2,0 m de comprimento. Os desvios de alinhamento não serão superiores a 1 mm. A largura das juntas não será superior a 1 mm. 8.1.11. Folheados Não serão aceites folhas que contenham manchas, nós ou veios destoantes, ou que apresentem fendas resultantes de retracção depois da secagem. 8.1.12. Assentamentos e Fixações a) As carpintarias só devem ser assentes com o teor de humidade compatível com os locais de aplicação, e com o tipo de pintura a aplicar, nunca podendo ultrapassar 15%. Para qualquer caso o teor de humidade deve respeitar o determinado na E69-1961 do LNEC. Para carpintarias de interiores a humidade deve oscilar entre 12 a 13%. Pág.81 Condições Técnicas Especiais b) A fixação de aros e aduelas de madeira será realizada com tacos de madeira de elevada durabilidade natural ou ligadores metalizados. c) Os tacos de madeira terão em regra as seguintes dimensões: d) Portas: comprimento igual à espessura da parede, profundidade de 7 cm, altura de 4cm. e) Os tacos serão fixados a lOcm dos limites inferiores e superiores de cada vão, e os outros apoios serão afastados no máximo de 60cm. f) O assentamento dos tacos será realizado com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3. g) De um modo geral não se aceitará a colocação de pré-aros, no entanto quando o Empreiteiro o julgar conveniente, deverá submeter à aprovação do Representante do Dono de Obra o material e processo de aplicação. A aceitação de pré-aros nunca poderá representar quaisquer acréscimos de custos. h) Depois do assentamento as carpintarias deverão ser convenientemente protegidas contra choques ou outros danos que prejudiquem a sua qualidade ou acabamento. i) No assentamento das carpintarias deve sempre considerar-se a selagem de todas as juntas perimétricas com silicone homologado. 8.1.13. Tolerâncias Dimensionais a) Para verificação dos elementos aplicados são admitidas as seguintes tolerâncias máximas: Verticalidade de ombreiras : 0.1% Horizontalidade das vergas : 0.1% b) As portas ou outros elementos como armários e balcões não devem apresentar empenos em qualquer direcção que dêem afastamentos aos batentes superiores a 2mm, nem devem ter depois de montadas afastamentos aos aros também superior a 2mm. 8.2. Carpintarias 8.2.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo dar indicações técnicas relativas à execução e assentamento de carpintarias em portas, janelas, outras estruturas ou peças isoladas. 8.2.2. Características As características das madeiras a utilizar, deverão satisfazer à especificação "MADEIRA - CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE" e a natureza dos diversos elementos corresponder ao indicado nos vários elementos do Projecto. A madeira de pinho será tratada em autoclave com produto incolor à base de pentaclorofenol ou cloronanftalenos, ininflamável e não miscível com a água. Pág.82 Condições Técnicas Especiais Nos casos em que haja lugar à utilização de contraplacados, estes terão a face visível em folheado na madeira indicada, conforme os casos, com veio uniforme e vertical, colas de boa qualidade e à prova de água. 8.3. Portas de Madeira 8.3.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas sobre portas interiores de madeira, do tipo fabricação de série. 8.3.2. Características 8.3.2.1. Generalidades As portas a utilizar deverão corresponder às características gerais requeridas pelos Ensaios de Qualificação de Componentes de Edifícios do L.N.E.C., devendo a ferragem obedecer às normas específicas do mesmo Laboratório. Quanto ao modo de abrir, serão portas com movimento de rotação em tomo do eixo vertical constituído pêlos fiéis das dobradiças. 8.3.2.2. Constituição As portas serão do tipo das fabricações de série. Serão constituídas por estruturas engradadas ou alveolares envolvidas por um caixilho de madeira rija, aos quais, se fixam tacos da mesma madeira, quer para a colocação das dobradiças, quer para a colocação da fechadura. Este conjunto será exteriormente revestido por aglomerados de madeira, contraplacados, aglomerados folheados a madeira ou revestidos a termolaminado, de acordo com os desenhos e pormenores do projecto. Os aros, aduelas e guarnições das portas, serão constituídas por peças maciças, sem emendas, da madeira da mesma qualidade do folheado ou do contraplacado aplicado, ou, da madeira diferente, se tal for indicado nos desenhos e pormenores de Projecto. Os aros e aduelas fixar-se-ão aos elementos rígidos da construção, por intermédio de tacos de madeira previamente colocados e parafusos de material não oxidável. Quando tal não for aconselhado, usar-se-ão grampos de ferro galvanizado em número e com o comprimento indicado a uma boa fixação. Pág.83 Condições Técnicas Especiais As portas devem apresentar uma resistência conveniente aos esforços que resultam das manobras normais dos utentes e da utilização a que se destinam. 8.3.3. Assentamento Os assentamentos deverão ser efectuados de forma a que as partes móveis trabalhem suavemente, sem prisões, apresentando uma folga sempre igual e nunca superior a l,5mm, em relação às partes fixas onde se inserem. Os aros são chumbados às alvenarias por meio de parafusos com porcas, metalizados a zinco. O espaçamento entre fixações não será superior a 0,60m; em cada fixação colocar-se-ão 3 parafusos de O 5/16" para as ombreiras e l para as vergas. Os buracos de colocação dos parafusos serão tapados por buchas de madeira idêntica à dos aros. As portas e aros deverão ser assentes de forma a fecharem hermeticamente e o seu funcionamento ser perfeito. Cada um dos elementos dos aros será realizado em peça única. As folhas das portas serão realizadas em estrutura de favo de abelha (conforme situação de projecto), recoberta a laminite de ambos os lados e encabeçada com orla à face. De cor a indicar pelo Arquitecto Autor do Projecto. A estrutura inferior da porta, os aros e restantes peças de madeira deverão ser convenientemente tratados de modo a resistirem à acção dos insectos e dos fungos em autoclave sob pressão, conforme NP - 2080 (1985). Preservação de Madeiras. Tratamento de madeiras para construção. As folhas serão fixadas ao aro por 3 dobradiças fixas de 1\2 balanço de aço inox escovado de 3 1\2" com anilhas, aparafusadas por parafusos de aço inox com o mesmo acabamento. A fechadura será tubular, com puxadores de aço inox escovado. Será colocado, fixo ao pavimento, um batente para limitação de abertura da porta a aprovar pela Fiscalização e Projectista. A fechadura será identificada, com número a indicar pela Fiscalização, gravado numa chapa de latão fixada na porta (face interior). Cada uma das três chaves levará uma chapa de latão com o mesmo número. Considera-se como fazendo parte integrante das ferragens das portas exteriores e interiores a marcação das portas e de 3 chaves por fechadura. As fechaduras deverão ser com uma chave mestra, chave esta a ser devidamente identificada. Todas as portas, caixilhos, bandeiras, persianas, etc., serão dotadas das ferragens necessárias que garantam o seu perfeito funcionamento. Pág.84 Condições Técnicas Especiais As ferragens a utilizar deverão corresponder às características gerais requeridas; Ensaios de Qualificação de Componentes de Edifícios do LNEC, designadas fechaduras, fichas, dobradiças, parafusos, etc. e serem submetidos à apreciação da Fiscalização. O tipo, dimensões, acabamento e material de ferragens a empregar em cada vão, são os fixados no projecto. Uma vez aprovados, o Empreiteiro não poderá empregar ferragens de tipo ou qualidade diferente das amostras fornecidas, sem expressa autorização da Fiscalização. Quando nada estipulado em contrário, usar-se-á sempre: − - 3 fichas de 5" em latão oxidado ou cromadas mas enceradas ou envernizadas; em ferro polido pintado mas para pintar. − - Fechadura de armilhar ou Yale, conforme seja interior ou exterior com puxador em inox escovado. − - 2 fechos de 2 palmos e palmo e meio, iguais às fichas nos batentes fixos. As peças não especificadas serão escolhidas pela Empresa dentro das de qualidade e preço semelhante às melhores directamente indicadas. Toda a ferragem a utilizar será de 1a qualidade, devendo merecer a aprovação da Fiscalização, para o que o Empreiteiro deverá apresentar amostras em tempo oportuno. 8.3.4. Acabamentos Serão de acordo com o indicado nos elementos do Projecto e com a especificação respectiva. 8.3.5. Critério de Medição Medição por unidade, assente e a funcionar conforme o Projecto. 8.3.6. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: a) O fornecimento e assentamento dos aros, batentes e bifes. b) O fornecimento e assentamento da folha. c) O fornecimento e colocação das ferragens. d) O fornecimento da fechadura, puxadores e sua aplicação. e) O fornecimento e colocação de um batente de espera da porta. Pág.85 Condições Técnicas Especiais f) O fornecimento e aplicação de três chapas de identificação da fechadura, e das respectivas chaves, quando indicado. 8.4. Caixilharia de Madeira da Maciça 8.4.1. Objectivo A presente especificação tem por finalidade dar indicações técnicas gerais sobre caixilhos e respectivos aros executados com perfis de madeira maciça (conforme situações do projecto). 8.4.2. Características Refere a todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os abaixo indicados: a) O fornecimento e assentamento de pré-aros, aros, guarnições, batentes e todos os componentes fixos descritos no projecto incluindo todos os acessórios de fixação especificados. b) O fornecimento e assentamento de folhas e caixilhos dos vãos; c) O fornecimento e aplicação de ferragens, incluindo dobradiças fichas, molas, puxadores, fechaduras e todos os acessórios descritos no projecto; d) O fornecimento e assentamento de vidros, com dimensões, tipo, propriedades e processos de aplicação descritos no projecto; e) O fornecimento e aplicação de borracha de espera (batente de protecção), em todas as peças móveis; f) A afinação de folgas, do movimento das folhas e bom funcionamento das ferragens; g) O acabamento final dos vãos, incluindo raspagem, passagem à lixa, pintura ou envernizamento e todos os trabalhos acessórios descritos no projecto; A verificação final do bom funcionamento do conjunto. 8.4.3. Especificações A caixilharia de madeira da “Maciça”, deve ser executada em perfís de madeira maciça de Afzélia, seca a +/-11%, construída por encaixe de respigas. O perfíl especificado é o IV 68 Plus e deve estar preparado para receber o vidro especificado no Projecto. As ferragens a aplicar devem ser da “Winkhaus Autopilot Concept” e incluem manilha, sistema de fecho e prolongadores. Devem ser previstos vários pontos de fecho de acordo com a dimensão das folhas. A pingadeira deve ser da alumínio Gutmann, revestida exteriormente a madeira. Devem ser utilizados vedantes “Denver SV 125” ou “Dipro TwinTeck L5150”, Silicone “Wurth” e junta de Neoprene “Egoprene-S 3 12” Pág.86 Condições Técnicas Especiais Os acabamentos são com verniz Impregnante aquoso “Becker Acroma (1demão), fundo aquoso “Becker Acroma”(1 demão) e verniz aquoso “Becker Acroma” (1 demão) Em relação ao transporte, armazenagem, manuseamento e tudo mais a que estas especificações forem omissas devem ser seguidas as indicações do fornecedor. Pág.87 Condições Técnicas Especiais 9. SERRALHARIAS 9.1. Perfis e Chapas de Ferro 9.1.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo fornecer indicações técnicas gerais, para a execução de serralharias, destinadas a caixilharia de estruturas metálicas, vãos, grelhas guardas, varandins, passadiços, corrimãos. 9.1.2. Características As serralharias serão executados com perfis de ferro normalizado e chapa quinada. Os perfis a utilizar deverão ser de "Aço Macio Garantido", St. 37, de acordo com o Regulamento de Estruturas de Aço em Edifícios, Decreto N. 46 160 de 19 de Janeiro de 1965. 9.1.3. Execução Todas as serralharias deverão ser executadas e montadas de forma a garantirem a necessária rigidez dos conjuntos, o seu desempeno final, e o perfeito funcionamento das partes móveis. Incluirão todos os elementos metálicos que as compõem e todos os órgãos de ligação como: rebites, parafusos, porcas, anilhas, braçadeiras, cordões de soldadura, etc. Os elementos que formam as serralharias, terão as secções e dimensões indicadas nos desenhos e pormenores do projecto. Todas as superfícies serão limpas a jacto abrasivo ou escova de arame, conforme o seu grau de sujidade ou oxidação. Para a execução das soldaduras, deverá seguir-se a Norma DIN 4100. Os eléctrodos deverão ter as características adequadas às soldaduras a efectuar. Os cortes serão convenientemente limpos e afagados. Os cordões de soldadura terão a espessura regulamentar e serão contínuos, sem falhas, fendas ou chochos. A sua superfície aparente deverá ser plana, nunca côncava, podendo contudo ser convexa desde que a flecha apresente o limite máximo de 2mm; para a sua execução deverão seguir-se as prescrições da norma DIN 4 100. Pág.88 Condições Técnicas Especiais Os processos de soldadura a utilizar deverão ser de eficiência comprovada (oxi-acetilénico ou por arco eléctrico). O trabalho deverá ser executado por soldadores que deverão possuir qualificação comprovada através de organismo de reconhecida competência e debaixo de orientação de casa especializada. Na execução das ligações soldadas deverão respeitar-se as condições indicadas no art° 82 do Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios. As superfícies a soldar deverão estar bem limpas e sem escorias, procedendo-se a repicagem destas quando os cordões forem obtidos por mais de uma passagem. Todas as soldaduras serão executadas na melhor técnica, de modo permitir a conexão dos ângulos, quer salientes, quer reentrantes. Só se farão as caldas que seja impossível evitar, mas de modo que não fiquem aparentes, e que a resistência das peças na ligação das soldaduras não fique inferior às dos outros pontos. Nas embalagens dós ferros, os machos ou espigas, quer sejam redondos, quer de secção quadrada, terão uma espessura, igual no mínimo a um terço da peça. As peças de ferro que devem assentar quer transversalmente, quer longitudinalmente, quer em ambas as direcções; simultaneamente, serão dobradas a frio com prensa, sem que ferro sofra qualquer alteração. Os ferros em T ou de qualquer outro perfil, serão cortados com o maior cuidado e segundo as formas determinadas recorrendo-se à lima onde seja necessário, para se obter ajustamento perfeito das diferentes peças. Os furos serão feitos a frio, com o roquete ou com a máquina; de furar, sendo rebarbados por ambos os lados. Os furos para cavilhas de articulação, serão abertos por forma; que fiquem em relação ao diâmetro das cavilhas com uma folga; que não deverá exceder em todo o caso 0,0005 m. Os furos para ligação dos varões das grades, serão abertos bei o eixo das travessas, e com diâmetro igual ao dos machos 01 espigas daqueles varões, espigas que terão pelo menos 0,003 de altura. Os furos para os rebites, terão aproximadamente 0,0005 m de diâmetro a mais do que os rebites. Os furos das peças a ligar, devem corresponder-se exactamente. Os rebites serão bem rebatidos sobre as peças a ligar, e de (modo que as cabeças assentem em cheio. Pág.89 Condições Técnicas Especiais Quando a cabeça de um rebite, assentar sobre uma superfície não perpendicular ao seu eixo, deverá então o rebite ser todo aquecido e rebatido por ambos os lados. As cavilhas serão calibradas ou torneadas, inteiriças e sem caldas tendo de comprimento o indicado entre a cabeça e a porca acrescida de 0,001 m a 0,003 m conforme o seu diâmetro. As suas cabeças que terão a espessura igual ao diâmetro das cavilhas, e uma dupla largura desse diâmetro serão feitas à forja e não soldadas. As cavilhas serão bem atarraxadas, com as roscas; perfeitamente regulares e com passo fixado. As porcas terão dimensões iguais às cabeças. Os tirantes, pendurais, pernas das asnas e peças análogas, serão experimentadas antes de assentar, se a Fiscalização o determinar. As peças fundidas, terão as formas e dimensões fixadas no projecto, e nas referidas Condições Especiais, e serão bem moldadas, limpas de rebarbas e com as faces e as arestas bem nítidas. Nos cordões de topo e sempre que isso seja construtivamente possível, proceder-se-à esmerilagem da raiz. Todos os furos abertos por brocagem ou punçoamento, serão rebarbados. Não serão permitidas furacões de emenda em cima de outras furacões, sem que as anteriores tenham sido cheias e rectificada a espessura. As ligações por aparafusamento, rebitagem ou braçadeira, serão firmes. Os parafusos das ligações com dilatação serão munidos de contra-porca. O aperto da porca deverá permitir a livre dilatação. Todos os elementos metálicos que não forem galvanizados, devem ser metalizados a zinco, com a espessura mínima de 0,08 mm. Todas as peças só serão metalizadas depois de efectuados todos os trabalhos de soldadura, furacão, rebitagem e outros. Antes do seu assentamento todas as partes serão tratadas com anti-corrosivo. Pág.90 Condições Técnicas Especiais Nos pontos onde a metalização tiver sido afectada pela colocação e montagem em obra (cortes, furacões, soldaduras, roscagens, etc.), fica o Empreiteiro obrigado a efectuar, sem qualquer encargo para o dono da Obra, os retoques convenientes, com pintura à base de primário anti-corrosivo, após conveniente limpeza das superfícies afectadas. Deve ser dada a maior atenção às ligações a alvenarias ou betões de forma a garantir uma fixação perfeita. Para o efeito, serão executados grampos unhas ou prolongar-se-ão os perfis no comprimento óptimo para garantir essa fixação. Em todos os casos, as peças embebidas em alvenarias, terminarão em "rabo de andorinha". As peças ou conjuntos montados, deverão estar desempenados, dimensionamento correctos, bem fixados, com ligações e soldaduras perfeitas. 9.1.4. Particularidades Os acabamentos serão os constantes do Mapa de Quantidades de Trabalho ou de especificação própria. 9.2. Perfis e Chapas de Alumínio lacado 9.2.1. Objectivo A presente especificação tem por finalidade dar indicações técnicas gerais sobre perfis de alumínio laçado. 9.2.2. Generalidades Os elementos de alumínio normalmente usados em trabalhos de construção civil, são perfis tubulares ou não, obtidos por extrusão e de secção constante. Os perfis devem ser constituídos por uma liga de aproximadamente 98% de Al, sendo o resto completado: Si, Mg, Fe e outros elementos. A uniformidade da secção dos perfis e as suas principais características mecânicas, são-lhe dadas pelas operações de extrusão, tempera, esticamento- correcção, estabilização, etc. Combinados por encaixes, soldados, colados ou travados por meios apropriados, podem formar conjuntos, tais como: Guardas, balaustradas, aros, caixilhos, portas, divisórias, elementos estruturais, etc. O acabamento final é-lhe conferido por uma operação de termo-lacagem. Pág.91 Condições Técnicas Especiais 9.2.3. Características dos Perfis Os perfis a utilizar, obedecerão as seguintes características: − Serão obtidos por extrusão com dureza de superfície mínima de 12 Websters; − Densidade = 2,7; − Terão uma resistência à tracção mínima de 1500kg/cm2; − Terão o limite elástico mínimo de 1100 kg/cm2; − Nos diferentes troços, as secções terão espessura constante. Admite-se uma tolerância de mais ou menos O, 15 mm; − Não apresentarem distorções ou empenamentos; − Não apresentarem amolgadelas, raspões, ou outros danos que comprometam a lacagem ou efeito estético; − Terão cor uniforme. 9.2.4. Contactos com outros Materiais Dadas as características dos alumínios, por vezes, há que reforçá-los interiormente com materiais que lhes confiram a resistência mecânica aos esforços que este material não tem. Outras vezes é o alumínio que ao revestir os materiais lhes vem dar o aspecto estético que estes não podem produzir. Os materiais que normalmente o alumínio recobre são perfis de ferro ou madeira. Os perfis ferrosos não protegidos como se sabe, oxidam-se com facilidade e a ferrugem mancha o alumínio. E conveniente, por isso, tratar previamente as peças de ferro com protecção anti-corrosiva, objecto de especificação própria. Do mesmo modo serão também protegidas com tratamento adequado, as madeiras que produzam, com ou sem humidade, reacções ácidas. Quando a ligação a estabelecer entre os diversos elementos não for aparente e se faça por intermédio de parafusos, estes serão galvanizados ou cadmíados e de preferência, de alumínio ou aço inoxidável. Quando a ligação for aparente, devem estes, na parte visível, ser laçados com a mesma cor do perfil. 9.2.5. Lacagem Consiste em depositar sobre a face exposta do alumínio, numa câmara de pintura, e após tratamento adequado dos perfis, resina de poliester com a cor final pretendida, numa camada que se fixa na superfície a pintar por forças de atracção electrostáticas, pois tanto o alumínio, como o pó da resina, estão electricamente carregados com cargas de sinais contrários. Em seguida, as peças são enviadas para um forno, onde, durante aproximadamente 10 minutos, são submetidas a uma temperatura média de 220 C, processando-se a polimerização da resina. Pág.92 Condições Técnicas Especiais Porque a secagem perde o brilho quando se risca, o corte dos perfis e a sua montagem deve efectuar-se com os cuidados necessários à preservação da lacagem e por pessoal especializado que tenha este facto em atenção. Características da Lacagem 9.2.5.1. Utilizando um provete de chapa de alumínio pintada de acordo com o processo de fabrico completo; e, com espessuras da calada variando entre 40 e 80 microns, quando submetida aos ensaios abaixo descritos deverá certificar-se: De aderência segundo norma DIN 53151 (Cruz de st. André) De corte, mecanização e frezagem Na zona periférica do observar qualquer corte não se deve desprendimento da pintura. nenhuma greta na De impacto de bola, com a força de Não deve observar-se 20 libras/polegada segundo ASTM D-2794 superfície pintada. Resistência a luz solar segundo o DIN 500 Valor mínimo admissível, 7. Resistência às águas de condensação Após 1000 horas, não segundo DIN 5007 infiltrações. devem produzir-se (o provete deve conter na superfície de ensaio, o raiado recticular-Cruz de Sto André) Resistência às condições de clima alterno Após 24 ciclos de infiltração na Cruz de Sto. com água de condensação, segundo André deve ser inferior a 1 mm. DIN 50018 Resistência à corrosão segundo DIN 50021 Após 1000 horas a infiltração na Cruz de Sto (em atmosfera de vapor salino) André deve ser inferior a 1 mm. Pág.93 Condições Técnicas Especiais 9.2.6. Particularidades A espessura da camada de pintura para superfícies visíveis, expostas a intempérie não deve ser inferior a 60 microns nem superior a 120 micros. Quando houver que selar peças laçadas, estas devem ser previamente protegidas para além da zona a selar de modo a preservar-se a lacagem. A limpeza dos laçados deve ser feita com água e detergentes líquidos neutros. A limpeza com gasolina, acetonas e dissolventes é desaconselhada pois produz a imediata perda de brilho da superfície laçada. Nota: O fabricante deverá oferecer garantia das propriedades da lacagem durante o período mínimo de 5 anos. 9.3. Caixilharias e Portas Metálicas 9.3.1. Objectivo Esta especificação refere-se à execução de caixilhos metálicos fixos e móveis, incluindo assentamentos. 9.3.2. Características Os perfis a empregar deverão ser de "Aço Macio Garantido", St 27, de acordo com o regulamento de estruturas de aço para edifícios, e terão as secções indicadas nos desenhos e pormenores do projecto. 9.3.3. Execução Todos os caixilhos deverão ser executados de forma a garantir a necessária rigidez do conjunto, o perfeito funcionamento dos painéis móveis e ser absolutamente estanques. A estrutura das folhas das portas serão constituída por perfis de Aço Macio Garantido, devidamente soldados e contraventados, de modo a garantir a rigidez do conjunto. Para execução das soldaduras deverá seguir-se a norma do DIN 4100. As ligações que não se efectuem através de soldaduras serão executadas por rebitagem ou parafusos, anilhas e porcas metálicas. Pág.94 Condições Técnicas Especiais As estruturas assim obtidas, serão preenchidas por vidro, chapa metálica e/ou rede, de acordo com o tipo de caixilho os desenhos e pormenores de Projecto. Aros, rebites ou bítes e massas, fixarão as redes e vidros, assegurando a sua rigidez. Os aros serão também perfis de aço macio garantido e serão fixados às alvenarias e betões por grampos de aço macio metalizados a zinco ou por parafusos e buchas metálicas expansíveis não oxidáveis. Para garantir a vedação entre os aros e as alvenarias ou betões, os caixilhos móveis e os seus batentes, aplicar-se-à tiras de neoprene e vedantes de acordo com os desenhos e pormenores de Projecto, ou na ausência destes, com as indicações da Fiscalização. As ferragens, em geral, deverão ser robustas e de funcionamento eficiente e compatível com o esquema que o Projecto prevê. Deverão prever-se 2 fichas por basculante. Na caixilharia de funcionamento basculante, usar-se-ão fechos do tipo "bala" com argola para ser manobrado por vara, e esquadros de regulação da báscula. Notas: a) Os perfilados metálicos tipo RHS, que se prevê sejam usuais do mercado, deverão ser de proveniência de casa da especialidade na confecção deste género de trabalhos e de idoneidade comprovada. b) A caixilharia bem como a correspondente ferragem carecem, de aprovação prévia pelo "Dono da Obra" (Fiscalização). Na fase de preparação e planeamento da execução da Obra deverá o Adjudicatário submeter à Fiscalização os esquemas ou desenhos, secções, protótipos de ligações e dos perfis constituintes dos diferentes vãos. c) A caixilharia metálica poderá vir a ser submetida aos ensaios que o L.N.E.C. recomenda para tais elementos de construção. Esta disposição será normalmente aplicada a alguns dos tipos de caixilharia mais repetidos no Projecto da Obra. Serão dispensados os ensaios dos protótipos que sejam acompanhados de um boletim de ensaios do L.N.E.C., comprovativo de resultado satisfatório. 9.3.4. Assentamento Os assentamentos deverão ser efectuados de forma que as partes móveis trabalhem suavemente, sem prisões, apresentando uma folga sempre igual e nunca superior a 2 mm em relação aos elementos fixos aonde se inserem. A fixação do caixilho à estrutura deve oferecer segurança suficiente em função das dimensões do vão e dos mecanismos ou ferragens a aplicar. Pág.95 Condições Técnicas Especiais Toda a ferragem a utilizar será de l qualidade devendo merecer a aprovação da Fiscalização, para o que o Empreiteiro deverá apresentar amostras em tempo oportuno. 9.3.5. Acabamentos Serão de acordo com o indicado nos elementos de Projecto e com a especificação respectiva. 9.3.6. Critério de Medição Medição por unidade, assente e a funcionar conforme o Projecto. 9.3.7. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: a) O fornecimento e assentamento dos aros e caixilhos, quer no que respeita às partes móveis, quer no que respeita às partes fixas. b) O fornecimento e aplicação das ferragens adequadas ao sistema previsto no Projecto para o funcionamento e fecho da caixilharia. c) O fornecimento e aplicação dos acessórios necessários à fixação e vedação da caixilharia, de acordo com o material da envolvente dos vãos (parafusos e buchas metálicas, material vedante, etc.). d) O fornecimento e a aplicação de vidro de acordo com o Projecto. 9.4. Caixilharias e Portas de Alumínio 9.4.1. Objectivo A presente especificação tem por finalidade dar indicações técnicas gerais sobre portas, caixilhos e respectivos aros executados com perfis de alumínio (laçados ou anodizados conforme situações do projecto). 9.4.2. Generalidades As portas, caixilhos e aros a que este especificação se refere, serão executados com perfis de alumínio, objecto da especificação própria de acordo com o Projecto e respectivos mapas de vãos. Os perfilados de alumínio serão do tipo e marca indicados nas peças desenhadas, ou que lhe sejam aproximadamente equivalentes no que respeita a espessura, secção e momento de inércia da secção e permitam idêntico aspecto exterior. Pág.96 Condições Técnicas Especiais Os perfilados de alumínio laçado, a utilizar em toda a caixilharia, deverão apresentar um valor médio na espessura da lacagem, correspondente a uma agressividade do ambiente de "Moderada", isto é, igual ou superior a 20 micron. Os perfilados de alumínio laçado, respeitarão a Especificação do L.N.E.C. - E 303 - 1974. A caixilharia, bem como a correspondente ferragem carecem de aprovação prévia pelo "Dono da Obra" (Fiscalização), no caso de não corresponderem ao tipo e marca indicados. Na fase de preparação de planeamento da execução da obra deverá o adjudicatário submeter à Fiscalização os esquemas ou desenhos, secções, protótipos de ligações e dos perfis constituintes dos diferentes vãos. A caixilharia de alumínio poderá vir a ser submetida aos ensaios que o L.N.E.C. recomenda para tais elementos de construção. Esta disposição será normalmente aplicada a alguns dos tipos de caixilharia mais repetidos no projecto da obra. Serão dispensados os ensaios dos protótipos que sejam acompanhados de um boletim de ensaios do L.N.E.C., comprovativo de resultado satisfatório. As ferragens, em geral, deverão ser robustas e de funcionamento eficiente e compatível com o esquema que o projecto prevê. Os parafusos a empregar serão obrigatoriamente em aço inoxidável. Deverão prever-se duas fixas por basculantes. Na caixilharia de funcionamento basculante, usar-se-ão fechos do tipo "bala" com argola para manobrado por vara, e, quadros de regulação de báscula. Os vidros serão sempre assentes conforme esquematizado nos pormenores constantes do projecto. A caixilharia deverá ser ligada às alvenarias ou betões, por intermédio de parafusos inoxidáveis para buchas metálicas de auto-fíxação. Toda a caixilharia será assente sobre um cordão - vedante apropriado e de secagem lenta. A rigidez e indeformabilidade dos conjuntos é obtida por encaixe dos próprios perfis, por colagem, soldadura, aparafusamento dos elementos uns aos outros ou pela colocação de outros materiais de forma adaptada ao seu interior, conferindo ao alumínio as características mecânicas que este não tem. Não é permitido em caso algum, a utilização de materiais que originem processos electrolítícos com o alumínio. Os elementos metálicos ferrosos, com excepção do aço inoxidável, que seja necessário introduzir para dar às portas, caixilhos e aros, a indeformabilidade e rigidez pretendida, como por exemplo, esquadros, serão previamente protegidos da corrosão, por galvanização, cadmiagem ou outro meio adequado. A cola, quando usada, terá grande poder de colagem, será ininflamável, terá grande resistência ao calor, à humidade e aos produtos químicos. Pág.97 Condições Técnicas Especiais Será insensível ao envelhecimento e terá um período máximo de polimerização de 12 horas, à temperatura ambiente. Em trabalhos desta natureza raramente se procede a soldaduras; todavia, quando tiverem de ser executadas, seguir-se-ão as indicações do Fabricante dos perfis. De qualquer modo, não serão permitidas deformações, saliências ou empenamentos devidos a esta ou outra operação. O acabamento nas zonas soldadas não se diferenciará e será igual ao das outras zonas dos perfis. 9.4.3. Características 9.4.3.1. Generalidades Quanto à qualidade da execução, as portas, caixilhos e aros deverão ter: A rigidez necessária a um bom funcionamento; A forma e a dimensão a que se destina a sua aplicação; Os perfis que se justaponham, definirão uma linha uniforme ao longo da sua junção. A junta por eles formada será mínima, e igual em todos os elementos; Os remates de topo far-se-ão a 90° ou a meia esquadria. A junta formada pelas peças de encontro será mínima, uniforme e igual em todos os elementos; Os elementos móveis trabalharão suavemente, sem prisões, silenciosamente e o seu encaixe com os elementos fixos farse-á harmoniosamente. A junta definida pelo seu encaixe com os elementos fixos, ao longo de toda a sua extensão, será mínima, uniforme e igual em todos os conjuntos; Facilidade de limpeza. As portas, caixilhos e aros não deverão apresentar: Empenamentos, amolgadelas, raspões ou outros danos, que comprometam o seu funcionamento, os seus acabamentos ou aspecto estético; Não ter formas que facilitem a acumulação de pó ou água. Pág.98 Condições Técnicas Especiais 9.4.3.2. Estanqueidade Recorrer-se-à a perfis e escovas de material vinílico, fixados e dispostos de tal modo no interior dos perfis de alumínio que tomam as portas e caixilhos estanques ao pó, à água e ao ar. Particularmente nos elementos exteriores fixos ou móveis, observar-se-à: Infiltração máxima de ar: − 1,5 mVs.m2, quando submetido a uma pressão estática de 0,76 Kgf/cm2. Infiltração máxima de água: − Submetida a uma pressão de 14 Kgf/m2 e 53 litros/m2 hora, durante 15 minutos, não se deve observar a passagem de água. 9.4.3.3. Ferragem em Elementos Móveis Evitar-se-à sempre que possível, que metal trabalhe contra metal. Para tanto, interpor-se-ão entre os perfis metálicos, anilhas de vinílico grafítado, roletes e escovas de vinílico. A ferragem terá o mesmo acabamento e cor dos perfis. Permitirá o movimento e o comando para que a parte móvel foi destinada. Será acessível e de manejo fácil. 9.4.3.4. Preenchimento do Vão Além do vidro, outros materiais, como aglomerados de madeira forrados a folheados de madeira ou a termolaminados, painéis de fibrocimento tipo "Sandwich", chapas metálicas, etc. Podem ser usados no preenchimento das portas e caixilhos. A fixação destes materiais processar-se-à por intermédio de guarnições de vinílico, adaptadas e fixadas ao interior dos perfis de alumínio laçado. As guarnições de vinílico terão grande resistência ao envelhecimento, ao ataque dos elementos atmosféricos e químicos, e serão perfeitamente estanques. Devem por si próprios, pela pressão que exercem sobre o vidro ou outro material colocado no preenchimento dos caixilhos, ser capazes de o fixar de um modo sólido, não permitindo o seu deslocamento ou que sejam retirados com facilidade. Recorrer-se-à a bites, a bites e massas, sempre que as guarnições de vinílico, por si só, não assegurem a boa fixação dos materiais, a sua estanqueidade ou se pretenda outro aspecto estético. Pág.99 Condições Técnicas Especiais Em caso algum serão permitidas massas que provoquem manchas nos perfis de alumínio laçado, que tenham uma secagem e endurecimento rápido em toda a sua espessura, físsurando ou perdendo a maleabilidade que as deve caracterizar. 9.4.4. Assentamento Quer os aros das portas e caixilhos exteriores quer os interiores, serão assentes contra elementos estruturais rígidos que permitam a sua fixação. Essa fixação será executada por intermédio de molas, parafusos e buchas de metal inoxidável, com dimensões compatíveis com os perfis. Ao longo de todo o contorno dos aros, contra os elementos rígidos onde se vão fixar, serão colocados cordões de mastique ou espuma de poliuretano impregnada de produto betuminoso, que confira às portas e caixilhos a estanqueidade atrás apontada. As ligações dos aros das portas e caixilhos com os elementos de construção onde se fixam, sem prejuízo da estanqueidade pretendida, não deverão ser totalmente rígidas, permitindo compensar dilatação diferenciais. 9.4.5. Particularidades Modelos dos elementos a assentar e suas ferragens serão em tempo oportuno apresentados à Fiscalização, para aprovação. 9.4.6. Critério de Medição Medição por unidade, assente e a funcionar conforme o Projecto. 9.4.7. Descrição do Artigo Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: a) O fornecimento e assentamento dos aros e caixilhos, quer no que respeita às partes móveis, quer no que respeita às partes fixas. b) O fornecimento e aplicação das ferragens adequadas ao sistema previsto no Projecto para o funcionamento e fecho da caixilharia. c) O fornecimento e aplicação dos acessórios necessários à fixação e vedação da caixilharia, de acordo com o material da envolvente dos vãos (parafusos e buchas metálicas, material vedante, etc.). Pág.100 Condições Técnicas Especiais d) O fornecimento e a aplicação de vidro de acordo com o Projecto. 9.5. Chapa de Vidro 9.5.1. Objectivo A presente especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre vidros normais correntes. 9.5.2. Generalidades A chapa de vidro a fornecer e a montar será transparente em toda a sua área e, quando vista de cutelo, deverá apresentar a mesma tonalidade em toda a extensão. A chapa não deverá apresentar-se: - bolhas, ampolas, serpenteies, fiadas, cordas, pedras, arranhaduras, queimaduras, desvitrificações, bolhas rebentadas, bolhetes espalhados, alvoraçados, murças, empenos, arestas e cantos quebrados ou outros danos. O ondulado se o tiver deve ser tal, que a deformação de objectos, quando observados, segundo um ângulo de 20°, seja apenas ligeiramente perceptível. 9.5.3. Dimensões As dimensões e forma das chapas serão as indicadas no projecto, tendo em conta que, a sobrecarga mínima admitida para os vidros exteriores será de 100 Kg/m2. Para esta sobrecarga, as espessuras mínimas das chapas a aplicar em relação às suas dimensões, serão as expressas no quadro anexo. Pág.101 Condições Técnicas Especiais DIMENSÕES 300 400 600 800 1000 1200 1400 1700 2000 2500 3000 300 3 3 3 3 3 3 3 3 3 - - 400 3 3 3 3 3 3 3 3 3 - - 600 3 3 3 4 4 4 4 5 5 5 5 800 3 3 4 4 4 5 5 6 6 6 6 1000 3 3 4 4 4 5 6 6 8 8 8 1200 3 3 4 5 5 5 6 8 8 8 8 1400 3 3 4 5 6 6 6 8 8 10 10 1700 3 3 5 6 6 8 8 8 8 10 15 2000 3 3 5 6 8 8 8 8 8 10 15 2500 - - 5 6 8 8 10 10 10 10 15 3000 - - 5 6 8 8 10 15 15 15 15 mm Embora as espessuras indicadas sejam as correntes para a sobrecarga de 100 Kg/cm², não se aplicarão todavia vidros com espessura inferior à indicada nos desenhos e pormenores do projecto. Os valores indicados para as espessuras são nominais. As tolerâncias admitidas são: Espess. nominal (mm) Espess. mínima (mm) Espess. máxima (mm) 3 2,8 3,3 4 3,8 4,3 5 4,6 5,5 6 5,6 6,5 8 7,6 8,6 10 9,5 10,5 Embora as espessuras indicadas sejam as correntes para a sobrecarga de 100 Kg/cm2, não se aplicarão todavia vidros com espessura inferior à indicada nos desenhos e pormenores do projecto. Pág.102 Condições Técnicas Especiais 9.5.4. Armazenamento Deve haver cuidado na descarga, acomodação e armazenamento das chapas, evitando que se partam, que quebrem os cantos e arestas; ou, mesmo que se risquem. Quando se armazenarem em sobreposição, haverá que colocar entre elas camadas de papel grosso, cartão canelado, ou palha miúda. Deverão ser armazenadas em recinto coberto e vedado, separadas por lotes perfeitamente identificados, só daí devendo ser retiradas para o local de colocação, a qual, deve ser imediata. 9.5.5. Assentamento Os vidros serão assentes por intermédio de guarnições de vinílico, por massas, bites ou bites e massas. Estes elementos serão aplicados de acordo com as indicações fornecidas pelos desenhos e pormenores do Projecto. Qualquer que seja o elemento de fixação indicado, este, deve por si próprio, pela pressão que exerce sobre o vidro, ser capaz de o fixar de modo sólido não permitindo o seu deslocamento, vibração ou que seja retirado com facilidade. Deve, de igual modo, assegurar a estanqueidade pretendida. As guarnições de vinílico aplicadas, terão grande resistência ao envelhecimento, ao ataque dos elementos atmosféricos e químicos. Em caso algum serão permitidas massas que provoquem manchas nos aros, que tenham uma secagem rápida em toda a sua espessura, fissurando ou perdendo a maleabilidade que as deve caracterizar. Todos os vidros terão menos de 2 mm (mínimo) ou menos de 4 mm (máximo), que as dimensões dos aros onde se inserem, de modo a permitirem movimentos diferenciais. O assentamento do vidro deverá ser executado por casa da especialidade de reconhecida idoneidade. 9.5.6. Elementos de Vidro Temperado e Laminado 9.5.6.1. Objectivo Esta especificação tem por finalidade fornecer indicações técnicas gerais sobre elementos de vidro temperado e laminado do tipo “STADIP”. Pág.103 Condições Técnicas Especiais 9.5.6.2. Generalidades 9.5.6.2.1. Vidro Temperado Designa-se por vidro temperado o vidro submetido a têmpera, ou seja, todo o que, após um tratamento térmico especialmente controlado, sofre transformação das suas tensões internas, tais que, o vidro assim tratado, fica com propriedades fisico-mecânicas que o vidro normal não possui. São essas propriedades fisico-mecânicas, aliadas a uma espessura conveniente, que dão ao vidro temperado a possibilidade de, em conjunto com ferragens e apoios apropriados, desempenhar funções completas de vãos ou vencer dimensões superiores ao vidro normal de igual espessura. Atendendo a que a resistência mecânica do vidro temperado, está na razão directa do perfeito equilíbrio das tensões criadas na sua massa pela operação de têmpera, facilmente se infere que, qualquer manufactura ou trabalho efectuado posteriormente no âmago do vidro, rompe esse equilíbrio. Uma vez anulado esse equilíbrio, a zona interna em tracção, liberta-se da compressão superficial instalada, provocando a sua rotura. Por esta razão importa que as suas medidas definitivas, os cantos, o tipo de arestas, os encoches, os entalhes, furações, gravações ou qualquer outra operação definidora das tensões, aspecto e contorno da chapa, sejam tomadas e definidas com extremo cuidado e precisão, a fim de se poderem executar antes do vidro ser submetido à operação de têmpera. 9.5.6.2.2. Vidro Laminado Designam-se por vidros laminados “SGG STADIP” e “SGG STADIP PROTECT” os envidraçados de protecção conforme a norma EN 125 43. São compostos de dois ou mais vidros juntos entre eles com a ajuda de uma ou mais membranas de BUTIRAL (PVB). Depois da colocação da membrana a aderência perfeita é conseguida termicamente sobre pressão. Em caso de quebra do vidro a, ou as, membranas seguram os fragmentos de vidro. 9.5.6.2.3. Características A chapa a aplicar, não deverá apresentar: − - Bolhas, bolhas rebentadas, bolhetes espalhados, ampolas, serpenteios, fiadas, cordas, pedras, alvoraçados, murças, queimaduras, desvitrificações, empenos ou outros defeitos. Terá ainda as seguintes características: Pág.104 Condições Técnicas Especiais Tolerâncias máximas: Dimensionais - +0 e -2 ou +0 e -3 Planimétricas - 2% ou 3% Dureza - > 6 e < 7 da escala do MOHS Coeficiente de transmissão térmica 4,9 Kcal/m2.h.ºC Resistência aos choques térmicos: Vidros sem entalhes ou furações - diferencial de temperatura igual a 300 ºC Vidros com entalhes ou furações - diferencial de temperatura igual a 240 ºC Pág.105 Condições Técnicas Especiais Índices de atenuação acústica − Os valores indicados, foram obtidos em ensaios sobre chapas de 2,00 x 1,00 m, e com um ângulo médio de incidência de 45º: FREQUÊNCIAS (HZ) Graves Médios Agudos Media em mm 100/320 400/1250 1600/3200 100/3200 4 22 29 31 27 5 23 29 32 28 6 23 30 33 29 8 27 31 34 30 10 30 32 36 31 Pág.106 Condições Técnicas Especiais Fotométricas − - Os valores considerados, reportam-se a percentagem do fluxo global (100), e a um ângulo de incidência de 30ºC. COEFICIENTE (%) Vidros Energia Luminosa Energia Solar Factor mm Transmissão Reflexão Transmissão Reflexão Solar 6 89,0 8,3 80,5 7,6 87,6 88,2 8,2 77,3 7,4 85,3 10 87,4 8,2 74,4 7,2 83,2 6 72,8 7,1 43,0 5,6 60,9 8 67,6 6,7 36,0 5,4 55,9 É 10 62,8 6,4 30,9 5,2 52,2 R 6 42,2 5,3 47,4 5,5 63,5 M 8 32,7 5,0 38,4 5,2 56,9 I 10 25,3 4,8 31,1 4,9 51,6 C 6 47,9 5,6 45,2 5,4 61,9 8 38,7 5,2 36,0 5,1 55,2 10 31,2 4,9 28,7 4,9 49,9 6 44,0 34,0 51,0 28,0 56,0 10 43,0 34,0 47,0 28,0 53,0 Incolor Esp. 8 A T O Verde Bronze Reflectante * o vidro temperado reflectante distingue-se do vidro temperado comum por possuir num dos lados uma camada de óxidos metálicos perfeitamente estáveis e inalteráveis face aos agentes atmosféricos, os quais lhe modificam algumas das suas características, em particular as fotométricas, apresentando o vidro uma face perfeitamente espelhada e opaca do lado de maior incidência luminosa, permanecendo todavia, perfeitamente transparente do outro lado. Pág.107 Condições Técnicas Especiais Resistência ao choque mecânico - A rotura verifica-se com a queda de uma esfera de aço deixada cair de uma distância de 2,00 m, sobre uma placa de 8 mm de espessura, apoiada sobre dois cutelos afastados de 1,00 m. O vidro temperado estilhaça-se em pequenos fragmentos sem perigo de provocar ferimentos profundos. Resistência à compressão - 10000 Kgf/cm². Resistência à flexão - 1800 a 2100 Kgf/cm². Resistência à torção - Uma placa com 1,00 x 0,33 m, e 6 mm de espessura resiste a um binário torsor da ordem dos 180 Kgf, equivalente a um ângulo de 27º. Resistência à encurvadura - Uma placa com 1,00 x 0,33 m e 6 mm de espessura, colocada verticalmente sobre o lado menor, suporta um esforço contínuo de cerca de 1000 Kgf aplicado na aresta oposta. 9.5.6.2.4. Montagem Os vidros temperados podem ser colocados isoladamente como elementos fixos ou móveis, dispensando a utilização de quaisquer aros ou caixilhos. A fixação ou articulação dos diferentes vidros é feita por pequenas peças metálicas normalizadas, de concepção e fabrico especiais, que são fornecidas conjuntamente com os vidros. Para se conseguir a realização perfeita da instalação, é necessário que se tenham presentes as seguintes regras: Toda a instalação deve ser projectada e montada de forma a que, admitindo a possível rotura de um dos elementos, se mantenham íntegros todos os restantes; Pág.108 Condições Técnicas Especiais Antes de se proceder à montagem, deve fazer-se a sua prévia identificação com a obra, observando-se todas as medidas, inclusive folgas; A montagem deve iniciar-se sempre decima para baixo, colocando-se primeiro os elementos superiores - armaduras, contraventamentos, etc.; Os vidros das zonas superiores devem ficar sempre suspensos de elementos rígidos ou de outros vidros e nunca apoiados sobre os inferiores, sejam eles temperados ou não; Cada ponto de união de vidros deve ser estudado e montado de maneira a que possa resistir, sem sofrer deformações, aos esforços a que possa ser solicitado - pressão do vento, peso próprio, assentamentos diferenciais, manobra dos elementos móveis, etc.; Da boa sujeição das bandeiras e contraventamentos depende, em grande parte, a obtenção da segurança necessária ao conjunto da instalação, pelo que esses vidros devem ser sempre fixos por peças metálicas ao lintel ou tecto, independentemente destes terem ou não rasgos para encastramento; Para evitar o contacto vidro-metal, intercalar-se-ão juntas de aglomerado denso de cortiça - Elastómero - ou cartão hidráulico, devendo este ter as faces impregnadas de cola celulósica para garantir uma boa aderência. 9.5.6.2.5. Assentamento de vidro sobre carpintarias a) As bases de assentamento devem encontrar-se secas, devendo ter recebido pelo menos a aplicação do primário. b) A fixação dos vidros deve ser conforme o mapa de vãos e desenhos de pormenor de arquitectura. c) Na parte inferior, os vidros apoiam directamente sobre o fundo da madeira. d) As folgas laterais e da parte superior entre o vidro e a madeira devem ser de 2 mm. As faces do vidro devem estar, pelo menos a 4 mm das arestas da madeira. e) A fixação deve ser sempre realizada com prego de vidraceiro, espaçados no máximo de 0.40m. 9.6. CAIXILHARIA 9.6.1. Caixilharia Todos os elementos do caixilho serão de materiais inalteráveis ou bem protegidos contra a corrosão. Os caixilhos deverão ser suficientemente rígidos para que não se deformem sob o peso do envidraçado, nem sob a acção de outras pressões. Pág.109 Condições Técnicas Especiais A flecha máxima admissível será: 1/500 do vão. A tolerância máxima sobre o comprimento, largura, esquadria e planimetria será de: * ou – 2mm. Porque o envidraçado deve ser manufacturado e colocado sem que nunca se verifiquem contactos entre vidros e vidros, vidros e metais, ou, vidros e outros materiais não elásticos, e ainda, porque lhe deve ser permitido contracções e dilatações devidas a variações de temperatura, bem como outros movimentos diferenciais, o envidraçado assentará sobre calços e ficará afastado das paredes laterais da caixa de encastramento do caixilho, também por calços. Assim, a caixa do caixilho para receber o envidraçado, terá: Pág.110 Condições Técnicas Especiais Profundidade mínima (função do semi-perímetro –sp) 5< Largura mínima sp<= 5 m 18 mm sp<= 7 m 20 mm sp<= 7 m 25 mm Espessura entre faces exteriores do envidraçado mais 6 mm 9.6.2. Calços Os calços deverão ser de material imputrescível, elástico e não susceptível de provocar a rotura do vidro. De preferência, usar-se-ão calços de NEOPRENE. Colocar-se-ão tantos calços quanto os necessários de acordo com as indicações do Fabricante. 9.6.2.1. Calços de Apoio Dureza - 70/80 shores Comprimento - 3 vezes a superfície do envidraçado (o resultado em cm) Espessura (função do D<= 1,5 mm comprimento 3 mm do envidraçado – D) - 1,5 > D<= 3 mm 3 < D<= 4 mm Largura - espessura entre faces exteriores 5 mm 7 mm do envidraçado mais 3 mm Pág.111 Condições Técnicas Especiais 9.6.2.2. Calços Periféricos Dureza 40760 shores Comprimento igual aos calços de apoio Largura mínima igual aos calços de apoio Espessura 3 mm 9.6.2.3. Calços Laterais Para além de facilitarem o acerto do envidraçado na caixa de encastramento, os calços laterais são particularmente recomendados nos casos em que o envidraçado é colocado com betumes plásticos, pois evita que estes sejam expelidos quando, sobre o envidraçado são exercidas pressões, principalmente as devidas a ventos. Estes calços, cuja quantidade depende das dimensões do envidraçado, serão dispostos aos pares, face a face de cada lado do vidro, sem o comprimir e por forma a que possam ser recobertos por um cordão de selagem com o mínimo de 5mm. Dureza 40/60 shores Comprimento 50 mm Largura mínima 10 mm Espessura 2,5 mm 9.6.3. Selagem Todos os produtos utilizados na colocação do envidraçado, deverão ser compatíveis entre si. Pág.112 Condições Técnicas Especiais Em caso algum serão permitidas a aplicação de massas de selagem que provoquem manchas nos caixilhos ou nos vidros, que tenham uma secagem rápida em toda a sua espessura, fissurando ou perdendo a maleabilidade que as deve caracterizar. As massas de selagem caracterizar-se-ão por grande resistência ao envelhecimento, ao ataque dos elementos químicos, atmosféricos e poluentes. Deverão ter grande capacidade de adesão aos diferentes materiais, assegurando a estanquecidade pretendida. 9.6.4. Grau de Permeabilidade do Conjunto O caudal de ar máximo permitido é de 20 m3/h.m2, entendido como caudal de ar que durante uma hora se infiltra através das frinchas da caixilharia por cada metro quadrado de superfície desta, quando a diferença de pressão estática entre as suas faces é de 10 mm de coluna de água. 9.7. Armazenagem e Transporte Os envidraçados deverão ser embalados em caixas de madeira. Estas deverão ser armazenadas verticalmente em zona abrigada, seca e arejada. Em caso algum deverão ser colocadas horizontalmente. Os envidraçados não embalados deverão ser armazenados sobre cavaletes ligeiramente inclinados (6º) e guarnecidos de feltro. Entre cada dois envidraçados dever-se-á colocar separadores de modo a que, permitindo o seu arejamento, evitem esforços pontuais. A espessura de cada pilha nunca deverá ser superior a 50 cm. Os envidraçados devem ser manuseados como qualquer outro tipo de vidro em chapa, não se devendo por isso apoiá-los sobre um vértice, nem fazê-los deslizar sobre cavaletes ou outros apoios. A sua elevação e transporte será sempre na vertical, de aresta e sem contacto com o solo. Para envidraçados de grande porte, aconselha-se a utilização de correias ou mesmo de aparelhos dotados de ventosas. Pág.113 Condições Técnicas Especiais Pág.114 Condições Técnicas Especiais 10. PINTURAS 10.1. Generalidades Esta especificação tem por objectivo dar indicações sobre os trabalhos a efectuar, materiais a utilizar e cuja natureza é definida, nos vários elementos do projecto, assim bem, como definir o critério de medição e os trabalhos incluídos no artigo das medições. As presentes C.T.E. têm responsabilidade cruzada completando-se com os demais elementos do projecto e são válidas para trabalhos semelhantes considerados noutros capítulos. Quando se proceder a diluição de tintas ou vernizes, elas deverão ser feitas nas percentagens indicadas pelo fabricante. Para cada tipo de tintas ou vernizes, só podem ser indicados os diluentes indicados pelo fabricante. São interditas misturas de tintas ou vernizes de marcas diferentes bem como de materiais de características diferentes, embora da mesma marca. Todas as tintas e vernizes deverão satisfazer às prescrições gerais estabelecidas nas Normas Portuguesas aplicáveis (NP 41, NP 42, NP 43, NP 111, NP 137, NP 185, NP 186, NP 187, NP 234, NP 235 e NP 25e circulares de inf. técnica do LNEC; O Empreiteiro deverá ter sempre em depósito as quantidades de materiais necessários para garantir o andamento normal dos trabalhos. As diferentes qualidades de materiais serão arrumadas em lotes separados e perfeitamente identificáveis. Se devido a armazenagem prolongada, as tintas apresentarem uma "pele" contínua e espessa à superfície, deve-se cortá-la junto à parede do recipiente e retirá-la. Se a "pele" for pouco espessa ou descontínua, bastará passar a tinta por uma rede fina. Depois de retirada a "pele" devese mexer a tinta para desfazer completamente o "depósito" de pigmentos que possam existir; Todas as latas que contenham tintas, serão, após utilização parcial, tapadas, voltadas e retornadas à sua posição normal, para se conseguir uma vedação ao ar o mais perfeita possível. No caso de uma lata com tinta quase vazia, deve mudar-se o seu conteúdo para outro recipiente mais pequeno, pois um volume de ar relativamente grande da lata, ocasionará a perda da qualidade da tinta, e portanto interdição do seu emprego; Pág.115 Condições Técnicas Especiais Não será permitido fazer lume nem criar fontes de calor junto dos recipientes com tintas ou nos locais onde possa haver forte concentração de vapores diluentes, por estes serem voltáveis e inflamáveis; Na execução dos trabalhos são integralmente cumpridas todas as instruções do fabricante dos materiais aplicados, com especial atenção no que se refere a diluições, tempos de secagem e n.º de demãos. Para cada tipo de tinta, vernizes e suporte, deverão ser executados esquemas de aplicação pelos fabricantes, adaptados às condições, locais e cores a utilizar. Após a aprovação, pela Fiscalização, dos esquemas, serão executadas amostras sobre as superfícies a aplicar de modo a que se traduza da forma mais fidedigna possível a totalidade de situações pretendidas; Sejam quais forem os materiais a utilizar ou o seu modo de emprego, não deverão aplicar-se camadas excessivamente espessas, pois originam escorrimentos nas superfícies inclinadas e formam rugosidades nas superfícies horizontais, causando, em qualquer dos casos, um aspecto deficiente que será motivo de rejeição das pinturas que se apresentem com esses defeitos; A aplicação dos materiais deve, em todos os casos, ser feita de maneira uniforme, de modo a evitar estriações e desigualdades de aspecto, procurando-se obter um acabamento homogéneo. Deverá haver especial cuidado em evitar que as tintas engrossem nas depressões, curvas ou reentrâncias, ou que tenham tendência a fugir das arestas, deixando películas excessivamente finas; A espessura final a obter para o conjunto de todas as camadas de tintas aplicadas sobre cada superfície, será definida conforme sistema de pintura a utilizar; A superfície a pintar deverá estar bem limpa e sem humidade. Além disso tratando-se de uma segunda demão, só deverá ser executada depois da primeira estar convenientemente seca. Se a película de tinta se apresentar muito dura e lisa, terá que ser lixada para se obter melhor aderência; A superfície deverá ser tratada de acordo com as presentes especificações e com as instruções dos fabricantes dos primários e tintas a utilizar. Na pintura ou envernizamento de madeiras com nós, estes deverão ser isolados com produtos adequados e não secos com chama; No caso particular dos trabalhos a executar com tintas ou vernizes de reacção (dois ou mais componentes), deverão respeitar-se as instruções dos fabricantes, em especial no que se refere às proporções da mistura, dos diversos componentes e ao "Pot-Life" (tempo de aplicabilidade do produto depois de efectuada a mistura da base com o catalisador); Pág.116 Condições Técnicas Especiais A última camada de primário deverá ter uma cor contraste com as do acabamento; Todas as tintas a aplicar em zona húmidas e mal arejadas deverão ser aditivadas com produto Algicida e Fungicida, caso de cozinhas, instalações sanitárias, casas de lixo, garagens e zonas de arrecadações. Este aditivo será dispensado sempre que estiver previsto o uso de tinta de acabamento Cinolite - CIN, ou outras que já contenham os referidos aditivos incorporados. O aditivo a utilizar será da marca da tinta de acabamento e o adequado à circunstância. 10.2. Condições de Execução 10.2.1. Metalização 10.2.1.1. Preparação da Superfície Todas as superfícies a metalizar serão previamente decapadas por intermédio de jacto abrasivo. Podem ser utilizadas na decapagem os seguintes tipos de abrasivo: − grenalha de grosa angular − grenalha de aço angular − coridon angular − areia siliciosa angular − quartzo A dimensão do grão deve ser de 0,5 mm a 1,5 mm. O abrasivo a empregar, qualquer que seja o seu tipo, deve estar isento de contaminações, sobretudo de sais solúveis. A superfície deverá estar perfeitamente limpa e seca pelo que todo o abrasivo e partículas da superfície, produzidas pela operação de decapagem, terão que ser cuidadosamente removidas; A superfície depois de decapada e até à aplicação da metalização, deverá corresponder ao grau Sa 3 das Normas SIS 0559000-67; 10.2.1.2. Execução A sua composição do Zinco terá que ser igual à do tipo 99,99; A metalização só será aplicada depois dos perfis estarem cortados e soldados. Pág.117 Condições Técnicas Especiais A metalização deverá ser efectuada imediatamente após a preparação da superfície, pelo método de projecção a quente. 10.2.1.3. Características Especiais 10.2.1.3.1. Espessura − A espessura do revestimento não deverá ser inferior a 120 microns. − As medições de espessura devem ser efectuadas por métodos magnéticos e obedecerá ao descrito na Norma P-525; 10.2.1.3.2. Aspecto A superfície depois de metalizada, deverá apresentar um aspecto uniforme, sem zonas não revestidas, nem nenhum metal não aderente. Terá que satisfazer o indicado na Norma P-527; 10.2.1.3.3. Aderência A camada de zinco aplicada deverá apresentar uma aderência perfeita ao ferro, pelo que deverá satisfazer o ensaio da aderência indicado na Norma P-526; 10.2.2. Pintura de estruturas metálicas galvanizadas 10.2.2.1. Utilização − Interior e exterior em ambientes quimicamente não agressivos; − Chapa zincada; 10.2.2.2. características Sistema alquídico uretanizado - CIN - durtane 10.2.2.3. Execução 10.2.2.3.1. Preparação de superfície Galvanizado novo: − Escovar e limpar com solventes de acordo com SSPC-SP-7 Galvanizado velho: − Limpar as superfícies com uma solução diluída a 50% de Remocin; Pág.118 Condições Técnicas Especiais 10.2.2.3.2. Sistema de pintura Primeira demão - 58-940 Shop Primer B.P.: − Espessura seca - 15-20 microns − Repintura - 2 horas − Aplicação pistola convencional Demão intermédia - 40-815 Vinacrom Primário Universal – CIN: − Espessura seca - 40 microns − Repintura - 16 horas − Aplicação à trincha ou pistola (preferencialmente) Acabamento: − Acabamento Brilhante - 48-100 Durtane - CIN − Espessura seca recomendada - 60 microns em 2 demãos − intervalo mínimo entre demãos - 14 horas − Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) A superfície final deverá apresentar um aspecto, liso, uniforme, bastante brilho e macia com 30 microns de espessura de película seca por demão; Nos casos em que se pretende um acabamento acetinado em esmalte Satinado CIN em 10.2.2.4.2., deverá usar-se subcapa sintética Universal CIN após 24 h de secagem do primário e posteriormente 2 demãos com esmalte Satinado CIN. 10.2.3. Pintura de estruturas metálicas ferrosas 10.2.3.1. Utilização Interior e exterior, em ambientes quimicamente não agressivos; Estruturas em ferro e aço; 10.2.3.2. Características Sistema alquídico uretanizado - CIN - durtane e satinado Pág.119 Condições Técnicas Especiais 10.2.3.3. Execução 10.2.3.3.1. Preparação de superfície O suporte deve estar seco, limpo e isento de ferrugem, sujidade e gorduras. As superfícies anteriormente pintadas devem ser ligeiramente lixadas para melhor aderência. Remover completamente todas as matérias estranhas (oxidações, cascão de laminagem, sujidades, etc.), por meio de decapagem com jacto de abrasivo. A superfície depois de decapada e até à aplicação da primeira demão, deverá corresponder ao seu grau SP6-63 das Normas SSPC ou SA2 das Normas SIS 055900-67 (Comercial Bast Cleaning); Antes de começar a pintura, terá que se proceder cuidadosamente a uma limpeza, de modo a remover partículas da superfície e abrasivo, produzidos na operação de decapagem; 10.2.3.3.2. Sistema de pintura 10.2.3.3.2.1. Superfícies novas Primeira demão: − 40-815 Vinacrom Primário Universal - CIN − Espessura seca recomendada - 40 microns − Repintura - 16 horas − Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) Demão intermédia: − 40-400 sub-capa Universal - CIN − Espessura seca recomendada - 30 microns − Repintura - 16 horas − Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) Acabamento: Espessura seca recomendada - 70 microns - 2 demãos Intervalo mínimo entre demãos - 14 horas Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) Pág.120 Condições Técnicas Especiais superfície deverá estar completamente seca quando da aplicação da tinta, pelo que se houver humidade, terá que se proceder a uma secagem forçada (maçarico, jacto de ar quente, etc.). As segundas demãos de Primário e de Esmalte, deverão ser de cor contrastante com a demão inicial. Sempre que uma pintura, antes de completamente seca, venha a ficar exposta à acção da chuva ou humidade, deverá ser definida imediatamente qual a zona que ficou afectada pela ocorrência. Após secagem completa das superfícies, as pinturas danificadas terão que ser totalmente refeitas, procedendo-se para isso a remoção da tinta já aplicada nessa zonas e repetindo-se todo o esquema de pintura até à fase em que se tenha verificado a ocorrência assinalada. Igualmente todas as pinturas que tenham ficado danificadas por operações de transporte ou montagem, terão que ser refeitas, utilizando-se o processo atrás descrito; 10.2.4. Lacagem de ligas de alumínio 10.2.4.1. Características Protecção por termolacagem com pó de poliester na cor definida, com espessura mínima de 60 microns, devendo este tratamento obedecer as seguintes normas de controlo de qualidade: − Aderência segundo Norma DIN 53151 e 53156 − Resistência ao impacto, segundo Norma ASTM D-2794 − Resistência à perca de cor pela luz solar segundo Norma DIN 54004 − Resistência às águas de condensação e clima alterno segundo Normas DIN 50017 e 50018 − Resistência à corrosão em atmosfera salina segundo Norma DIN 50021 − Aspecto e defeitos superficiais não podem ser visíveis a 3 metros de distância. − A fiscalização pode pedir que sejam submetidas a ensaios de controlo no L.N.E.C.. 10.2.5. Pintura de madeiras 10.2.5.1. Utilização − madeira, excluindo tipos resinosos tais como cambala, etc.; − exterior, em ambientes quimicamente não agressivos; Pág.121 Condições Técnicas Especiais 10.2.5.2. Características Sistema alquídico uretanizado - CIN - satinado/durtane 10.2.5.3. Execução 10.2.5.3.1. Preparação de superfície Se a tinta velha estiver em más condições, remover todas as zonas danificadas por lixagem ou raspagem. Se a tinta velha estiver em boas condições, lixar toda a superfície com lixa grossa e remover poeiras; 10.2.5.3.2. Sistema de pintura Primeira demão - 40-920 Primário Sintético Madeira - CIN − Rendimento - 11-13 m2/L − Repintura - 16 horas − Aplicação à trincha ou pistola (preferencialmente) Demão intermédia - 40-400 Sub-capa Universal - CIN − Rendimento - 10-12 m2/L − Repintura - 16 horas − Aplicação à trincha ou pistola (preferencialmente) Acabamento − Brilhante - 48-100 Durtane (2 demãos) - CIN Rendimento - 10-12 m2/L (por demão) Intervalo mínimo entre demãos - 14 horas Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) A superfície final deverá apresentar-se uniforme, lisa, com bastante brilho e macia, com 30 microns de espessura seca por demão. − Acetinado - 48-220 Satinado (2 demãos) - CIN Rendimento - 10-12 m2/L (por demão) Intervalo mínimo entre demãos - 14 horas Aplicação à trincha, rolo ou pistola (preferencialmente) Aspecto final, brilho macio acetinado com espessura de seca de 35 microns por demão; Pág.122 Condições Técnicas Especiais 10.2.6. Envernizamento de Madeiras -Sistema Alquídico Uretanizado 10.2.6.1. Utilização Interior − Madeira, excluindo tipos resinosos tais como cambala, etc.; 10.2.6.2. Características Sistema alquídico uretanizado - CIN – movidur 10.2.6.3. Execução 10.2.6.3.1. Preparação de superfície Madeiras novas: − Lixar com lixa de grão médio no sentido das fibras da madeira. Aplicar de seguida uma demão de verniz diluído com 10% de 40-500 Diluente Sintético. Lixar de novo e aplicar uma ou mais demãos do verniz, tal e qual é fornecido. Madeiras já envernizadas: − Se o verniz se encontrar em bom estado, devem lavar-se as superfícies a envernizar com água e detergente, a fim de remover vestígios de gorduras e de produtos de manutenção anteriormente empregues. lavar de seguida com água limpa. Deixar secar e despolir com lixa de grão fino, a fim de promover aderência do novo verniz. Se o verniz velho se encontrar já esfoliado ou fissurado, é necessário removê-lo e proceder a uma raspagem cuidadosa de toda a superfície para se ter a certeza que foram eliminadas contaminações, eventualmente existentes, de ceras e outros produtos de embelezamento e limpeza, que podem ocasionar perda de aderência do novo verniz. Proceder de seguida como se indica para madeiras novas; 10.2.6.3.2. Sistema de pintura Primeira demão: − 48-010 Movidur Brilhante ou 48-020 Movidur Cera diluído com 10% de 40-500 (diluente sintético) - 1 demão − Rendimento aproximado - 12-16 m2/L − Intervalo entre demãos - 6 horas − Aplicação à trincha Pág.123 Condições Técnicas Especiais Acabamento: − Cera: 48-020 Verniz Movidur Cera (2 demãos) Rendimento - 6-8 m2/L Intervalo entre demãos - 6 horas Aplicação à trincha Aspecto final liso, uniforme e brilho cera Deverá ter 25 microns de película seca por demão Aplicar duas ou três demãos de verniz MOVIDUR CERA. Só deve ser diluído com o mínimo de diluente para que a aplicabilidade seja boa, excepção feita à 1ª demão sobre madeiras novas, em que é aconselhável uma diluição de 10% para facilitar a penetração do verniz. Depois de seca, cada demão deve ser lixada antes de se aplicar a demão seguinte. De acordo com o tipo da madeira a envernizar poderá ser necessário utilizar tapa-poros. Entre demãos será necessário lixar, limpar ou passar com palha-de-aço, devido a obter-se um acabamento final perfeito. 10.2.7. Pintura de estuques, rebocos, betão e gesso laminado 10.2.7.1. Pinturas com Sistemas Epóxicos 10.2.7.1.1. Características Ligante pigmentado à base de epoxi, de baixa viscosidade e isento de solventes, em dois componentes, tipo SIKAFLOOR 261 da SIKA, adequado para diferentes tipos de revestimento, incluindo pinturas espessas lisas. Corresponde à Norma EN 13813:2002, com a seguinte classificação: Ef1; AR1; B1,5; IR4. As resinas epoxi a utilizar deverão ter as seguintes características: − Boa resistência à exposição prematura a água. − Impermeável a líquidos. − Resistente à abrasão. − Químico-resistente. − Ponte de fissuras. Não deverá ser aplicado em temperaturas inferiores a 10ºC e superiores a 30ºC, nem com uma humidade relativa superior a 85%. Serão respeitadas todas as normas e exigências do fabricante. Pág.124 Condições Técnicas Especiais 10.2.7.1.2. Preparação da Base A base deve ser resistente, estar seca e isenta de poeira, gorduras e óleo. Não deve ter leitadas de cimento à superfície, e deve estar nivelada e com acabamento ligeiramente rugoso. O primário e a regularização eventual, com sistema tipo MONOTOP da SIKA, dependem das condições e estado da base. 10.2.7.1.3. Sistema de Pintura em Paredes − Raspagem e escovagem da base (reboco com areado fino, acabado com esponja) − Aplicação de primário epoxi incolor, Ref.: SIKAFLOOR 156 − Acabamento com pintura de base epoxi isenta de solventes, Ref. SIKAFLOOR 261. 10.2.7.2. Pintura com Sistema Acrílico (copolimeros acrílicos) 10.2.7.2.1. Utilização Exterior em ambientes quimicamente não agressivos; Suportes em Betão, cimento, fibrocimento e tijolo; 10.2.7.2.2. Execução 10.2.7.2.2.1. Preparação de superfície Superfícies novas − Devem estar secas e isentas de poeiras, sujidade e gorduras. As superfícies com gordura devem ser limpas com detergente e água limpa; Superfícies anteriormente pintadas − Remover tinta velha mal aderente e refazer as zonas danificadas. As superfícies devem estar isentas de gorduras e poeiras. Lavar com solução de detergente e depois água limpa; 10.2.7.2.2.2. Sistema de pintura 10.2.7.2.2.2.1. Primário Superfícies novas Pág.125 Condições Técnicas Especiais − Primeira demão - 54-850 Primário Cinolite - CIN em superfícies pulverulentas, friáveis ou alcalinas. A sua utilização melhora a aderência − Rendimento - 6-8 m2/L por demão − Repintura - 6 horas − Aplicar à trincha ou rolo Superfícies anteriormente pintadas − Primeira demão - 54-852 Primário Cinolite Incolor - CIN − Rendimento - 6-8 m2/L por demão − Repintura - 6 horas − Acabamento - 54-150 Cinolite GR (2-3 demãos) - CIN − Rendimento - 6-8 m2/L por demão − Intervalo entre demãos - 6 horas − Aplicar com rolo de pêlo curto, ou trincha 10.2.7.2.2.2.2. Acabamento As superfícies deverão apresentar um aspecto liso, uniforme e MATE Ext./Int. - 10-250 VINYLMATT (2 demãos) Rendimento - 10 a 14 m2/L pó demão Intervalo entre demãos - 4 horas Aplicação a rolo ou trincha Int./Ext. (sol.econ.) - 10-147 Cináqua (2 demãos) Rendimento - 9 a 14 m2/L por demão Intervalo entre demãos - 4 horas Aplicação a rolo ou trincha 10.2.7.3. Impermeabilização e protecção de betão em interiores com 17-530 DIP IMPER da CIN 10.2.7.3.1. Utilização Impermeabilização de materiais porosos e não fissurados. Forma um revestimento que não altera o aspecto dos materiais impedindo a entrada de água e protegendo os suportes contra as agressões climatéricas. 10.2.7.3.2. Características Hidrofugante aquoso, para materiais porosos e não fissurados em fachadas e pavimentos. Pág.126 Condições Técnicas Especiais − Liquido esbranquiçado que se torna invisível depois de seco. − À base de resinas de siloxano. − Hidrofugo penetrante. − Protege contra o gelo. − Microporoso. − Acabamento................................. Liso e transparente. − Cor............................................... Incolor. − Substracto.................................... Todo o tipo de suportes porosos e não fissurados. − Rendimento prático.................. .. 4 - 6 m2/L (variando consoante a porosidade do suporte). − Processo de aplicação.................. Rolo, trincha ou pulverizador. − Tempo secagem (a 20 °C e 60 % de humidade relativa) Ca. 2 horas, variável segundo a temperatura, o teor de humidade e a ventilação. − Forma de fornecimento................ Embalagens de 1,5 e 25 Lt. − Estabilidade em armazém............. 2 anos quando armazenado nas embalagens de origem, em interior, entre 5 e 40 ºC. 10.2.7.3.3. Condições de utilização − Aplicar dip imper fachadas e pavimentos numa só camada até saturação do suporte, sem deixar escorrer sobre superfícies já tratadas. − Sobre suportes pouco porosos, diluir com 20% de água. − Proteger os vidros antes do tratamento. − Não aplicar em tanques, lagos, depósitos de água, etc. − Evitar camadas espessas para que os materiais não fiquem esbranquiçados. − Em caso de dúvida, fazer um ensaio de compatibilidade com o suporte. 10.2.7.3.4. Características de Aplicação − Preparação do produto: agitar até homogeneização completa. − Processo de aplicação: trincha, rolo ou pulverizador. − Temperatura ambiente: superior a 5ºC e inferiores a 35ºC. − Temperatura do suporte: 2 a 3ºC acima do ponto de orvalho, não aplicar sobre suportes muito quentes. − Condições de aplicação: produto pronto a aplicar. 10.2.7.3.5. Preparação de Superfície − Lixar, escovar e eliminar poeiras existentes. − Os suportes devem ser porosos, devendo apresentar-se bem aderentes, sãos, secos e limpos. Pág.127 Condições Técnicas Especiais 10.2.7.3.6. Sistema de Pintura: − Aplicar uma camada até à saturação, do hidrofugante aquoso, à base de resinas de siloxano, Refª 17-530 DIP IMPER FACHADAS E PAVIMENTOS. 10.2.7.4. Pintura com tinta 54-410 Acrílica hb da CIN 10.2.7.4.1. Utilização Aplicação sobre aço, betão e argamassas de cimento em ambientes marítimos e industriais agressivos em estruturas tais como pontes, edifícios, tanques, estruturas metálicas na indústria, etc. 10.2.7.4.2. características Tinta acrílica meio brilho de alta espessura Aço, Argamassas de cimento, Betão. Baixa permeabilidade à água, cloreto de sódio e dióxido de carbono Boa permeabilidade ao vapor de água. Classificação de Reacção ao Fogo de M1 Cumprimento com a Norma Europeu prEN 1504-2 de Maio 2002 no que se refere à “protecção contra o ingresso de agentes agressivos no betão em condições de exposição atmosférica Classificada como um revestimento da classe F1 (emissão de Fumos e Toxicidade) segundo as normas NFX 10-702, NFX 70-100 e NF F 16-101 − Acabamento - Meio brilho − Cor - Colores RAL, para outras cores consultar Serviços Técnicos − Componente - 1 − Mecanismos Secagem -. Evaporação de solventes Sólidos volume 42 (ASTM D-2697 modif.) (Para a cor branca (0501). São aceitáveis variações de ±3 % devido à diferenças de cor e imprecisão do método) − Espessura seca - 80 - 120µm por demão − Compostos Orgânicos Voláteis (COV) - Alto (25,00 – 50,00%) − Rendimento teórico - 5,25 m²/l para 80 µm secas 3,5 m²/ l para 120 µm secas − Rendimento prático - Considerar os factores de perda apropriados: aplicação, irregularidades da superfície, etc. Pág.128 Condições Técnicas Especiais − Processo de aplicação - Pistola airless ou convencional, trincha ou rolo.( O produto na cor RAL-9006 é apenas adequado para aplicação à pistola) − Tempo secagem (a 20°C) Superficial - 1 hora Endurecimento - 8 horas Repintura (mínimo) - 16 horas − Massa Volúmica - 1,181 ± 0,02 kg/L (branco) − Estabilidade - 1 ano quando armazenado nas embalagens de origem, em interior, entre 5 e 40ºC − Aderência por quadrícula (NP EN ISO 240– 1 − Aderência por tracção (EN 2462– 5,2 N.mm-2 − Resistência à abrasão Taber (EN ISO 7784-– 202 mg − Permeabilidade ao vapor de água (NP EN ISO 7783-- µ=2,2x104; Sd= 3,9m (180µm) − Permeabilidade à água (NP EN 1062-– w=0,003 kg.m2.h-½ (245µm) − Permeabilidade ao CO2 (prEN 1062-- µ=4,2x106; Sd=764 m (180µm) − Resistência aos álcalis dos ligantes hidráulicos (LNEC E31– satisfaz (48 h) − Resistência à abrasão por queda de areia (ASTM D 96– satisfaz (50 L) − Permeabilidade à água (NF T 30-80– F=153g.dm-2.d-1 (betão) − F=0 dm-2.d-1 (betão pintado) (200µm) − Coeficiente carbonatação (LNEC E39– K=2,05 mm.d-½ (betão) − K=1,02 mm.d-½ (betão pintado) (100 – 150 µm) − Permeabilidade iões cloreto (LNEC) – Ps=7,1x10-11 m².s-1 (substrato) − Pc= 2,3x10-14 m².s-1 (substrato revestido) (184 µm) − Pr= 8,7x10-16 m².s-1 (revestimento) (184µm) − Permeabilidade iões cloreto (NT Build 35– D= 6,9x10-10 m².s-1, t0=7,5h (betão) − D=2,2x10-11 m².s-1; t0=24h (betão revest.) (150 - 200µm) − Resistência envelhecimento (ISO 11341) − diferença de cor às 2000 h - ∆E = 0,6 − permeabilidade ao CO2 - µ=4,8x106 ; Sd=862 m (180µm) − permeabilidade iões cloreto – D=0,4x10-11 a 1,6x10-11 m².s-1; t0=2 a 6 dias (150-250µm) Pág.129 Condições Técnicas Especiais 10.2.7.4.3. Execução 10.2.7.4.3.1. Preparação de Superfície 10.2.7.4.3.1.1. Aço A demão anterior deve estar isenta de quaisquer contaminantes; em caso de se aplicar directamente à superfície, esta deve ser limpa com jacto abrasivo ao grau Sa 2½. 10.2.7.4.3.1.2. Betão e argamassas de cimento Devem estar bem secas, limpas e isentas de poeiras e gorduras. É muito comum usarem-se desmoldantes ou aditivos diversos tais como endurecedores do betão. Sempre que tal aconteça é essencial remover esses compostos antes da pintura, para que a aderência da tinta não seja diminuída. Recomenda-se, nestes casos, a decapagem por jacto abrasivo, lavagem com jacto de água a alta pressão ou um ataque da superfície com uma solução ácida, seguida de uma lavagem abundante com água neutra e secagem, conforme a natureza dos compostos em questão. 10.2.7.4.3.2. Aplicação − Temperatura ambiente >5ºC − Humidade Relativa <90% − Temperatura do suporte 2 a 3ºC acima do ponto de orvalho − Airless – Usar bicos de 0,28 a 0,53 mm (0,011 a 0,021 polegadas). − Normalmente não é necessária qualquer diluição; se necessário diluir até 5% em volume. − Pistola convencional – Diluir cerca de 15% em volume. − Trincha/Rolo – Diluir se necessário até 5% em volume 10.2.7.4.3.2.1. Superfícies de Aço Aplicação sobre primários epoxi de zinco, fosfato de zinco e etilsilicato de zinco, tais como, Amercoat 68, Amercoat 182 ZP HB e Dimetcote 9. 10.2.7.4.3.2.2. Sobre superfícies de betão e argamassas de cimento Aplicação directamente ao suporte, como camada intermédia ou de acabamento. Se houver suspeita de elevada alcalinidade do suporte (caso, por exemplo, de um betão novo com um tempo de cura insuficiente) deve-se aplicar previamente uma demão de Betocin Sealer, única forma de se pode garantir uma perfeita estabilidade da cor da tinta de acabamento. Pág.130 Condições Técnicas Especiais 10.2.7.5. Primário CINOLITE 54-850 10.2.7.5.1. Utilização Em interior e exterior, como primeira camada das tintas Cinolite GR, sobre suportes em bom estado, mesmo alcalinos. É fundamental a sua aplicação sempre que os suportes sejam muito absorventes, para evitar o efeito de farinação devido à absorção selectiva do veículo. Como primeira camada, mesmo quando se fazem acabamentos com as usuais tintas plásticas, tintas alquídicas, etc. 10.2.7.5.2. Características Sela e aglutina os suportes. Excelente aderência. Microporoso: deixa respirar o suporte. Aplicável com temperaturas negativas e altos índices de humidade relativa. Elevada resistência aos álcalis. Película mate de cor branca. Forma de fornecimento - Produto ligeiramente tixotrópico, fornecido pronto a aplicar. − Massa volúmica - 1,35 ± 0,03 g/mL (NCIN 023) − Viscosidade - 70 - 80 UK (NP 234) − Rendimento - Variável conforme o tipo de suporte, as condições e tipo de aplicação. Como valor orientativo, poderemos referir 6-8 m2/L por demão. Estabilidade em armazém - Embalagens fechadas ao abrigo do frio e do calor, cerca de 2 anos 10.2.7.5.3. Execução 10.2.7.5.3.1. Preparação do suporte Os suportes devem estar isentos de gorduras, poeiras e outros contaminantes. Remover tinta velha mal aderente e refazer zonas danificadas. 10.2.7.5.3.2. Aplicação Aplicar uma demão de PRIMÁRIO CINOLITE à viscosidade de fornecimento, seguido de duas demãos do produto de acabamento. Processo de aplicação - Com rolo anti-gota, trincha ou pistola airless. Diluição - Em princípio não é necessária. Em casos especiais, usar no máximo 5% de Diluente Sintético (Ref. 40-500). Pág.131 Condições Técnicas Especiais Tempos de secagem (a 20°C e 60% humidade relativa): − Superficial - Ca. 2 horas (ASTM D 1640) − Para sobrepintura - Ca. 6 horas (ASTM D 1640) 10.2.7.6. Pintura com 10-730 CINOFLEX RT 10.2.7.6.1. Utilização Recomendada para aplicação em fachadas fissuradas no exterior, como camada isolante contra a penetração da humidade. Substrato - Argamassas de cimento, tijolo, pedra e rebocos anteriormente pintados 10.2.7.6.2. Características Acabamento Acrílico − Membrana com flexibilidade a baixas temperaturas − Aplicação de elevadas espessuras por demão. − Membrana foto-reticulável acrílica flexível, para a protecção de fachadas. Permite ser aplicada com espessuras húmidas de ca. de 300 µm, por demão, utilizando o rolo de fachadas. − Acabamento - Extra-Mate − Cor - Branco − Rendimento prático - 4 a 6 m2/L por demão (rolo fachadas), 2,5 a 3,5 m2/L por demão (rolo alvéolos), dependendo do suporte e das condições de aplicação. − Tempo secagem (a 20 °C e 60 % de humidade relativa) − Superficial - cerca de 3 horas − Para repintura – cerca de 24 horas. A ocorrência simultânea de baixa temperatura e elevada humidade relativa ocasiona tempos de secagem mais longos que os habituais. Obrigatoriedade da existência de radiação ultravioleta para a cura da película (foto-reticulável). − Compostos Orgânicos Voláteis (COV) − Mínimo (0,00% - 0,29%) 10.2.7.6.3. Execução 10.2.7.6.3.1. Preparação de Superfície e Esquemas de Pintura recomendados Rebocos de cimento novos Pág.132 Condições Técnicas Especiais − Aguardar pela cura completa do cimento, o que demora aproximadamente 1 mês. Os rebocos devem estar secos, limpos e isentos de poeiras, gorduras e outros contaminantes. Escovar, se necessário, para remover partículas soltas não aderentes. Aplicar uma demão de Primário Cinolite (Ref. 54-850) e deixar secar. Aplicar duas demãos Cinoflex RT. Rebocos anteriormente pintados − Efectuar uma limpeza cuidadosa com jacto de água sob pressão (ou escovar), para remover tinta velha não aderente. Reparar as fissuras (com dimensões compreendidas entre 0,3 e 1,0 mm) e as zonas danificadas com Alltek Exterior (Ref. 15-970). Nas zonas de reboco à vista proceder conforme indicado para rebocos de cimento novos. Se a tinta anterior apresentar farinação, aplicar uma demão de Primário Cinolite Incolor e deixar secar. Aplicar duas demãos Cinoflex RT. Suportes anteriormente caiados − Efectuar uma lavagem com jacto de água sob pressão. Se posteriormente o suporte se apresentar isento de cal, aplicar uma demão de Primário Cinolite (Ref. 54-850) e deixar secar; caso contrário, aplicar uma demão de Primário Cinolite Incolor (Ref. 54-85e deixar secar. Em qualquer dos casos aplicar duas demãos Cinoflex RT. Suportes contaminados com fungos e algas − Efectuar tratamento prévio com o líquido Antifungos Concentrado (Ref. 89-260). Proceder de seguida conforme indicado para rebocos novos. 10.2.7.6.3.2. Preparação do Produto Agitar até homogeneização completa. Se necessário diluir as duas demãos com uma quantidade máxima de 5% de água. 10.2.7.6.3.3. Aplicação − Temperatura ambiente : ≥ 5 ºC − Temperatura do suporte: 2 a 3 ºC acima do ponto de orvalho; não aplicar o revestimento sobre suportes muito quentes por exposição ao sol − Processo de aplicação - Rolos de fachadas ou de alvéolos Pág.133 Condições Técnicas Especiais − Devido ao facto do revestimento ser aplicado em camada elevada esta só adquire resistência à chuva ao fim de 24 horas. − Devem ser sempre aplicados panos inteiros, tendo o cuidado de, quando necessário interromper o trabalho, fazê-lo em esquinas, arestas ou zonas em que se evite a formação de emendas e sobreposição de camada. − Para que a durabilidade e protecção sejam as melhores, é recomendado que se utilize um primário em todas as situações. No entanto, quando a superfície não apresentar qualquer problema (porosidade, alcalinidade, ou outros), poderá aplicar-se uma primeira demão de Cinoflex RT diluída com 20 % de água, seguida de duas demãos diluídas com 5 % de água se necessário. 10.2.7.7. Pintura com esmalte acrílico em dispersão aquosa 10.2.7.7.1. Utilização Interiores e exteriores, resistente às intempéries salinidades e agentes poluidores. 10.2.7.7.2. características FINANCRIL 603 - MATESICA Retarda a acção ao fogo; Pode ser utilizado em praticamente todos os substractos comuns em construção civil. 10.2.7.7.3. Execução 10.2.7.7.3.1. Preparação da superfície As superfícies deverão estar regulares, limpas, isentas de gorduras e partículas soltas. Quando isto não acontecer deverão ser lavadas com detergente neutro e água sobre pressão, depois retirar todas as partículas soltas ou salientes. Em superfícies anteriormente pintadas deverá ser removida toda a película que não ofereça garantias de boa aderência. Lavar as restantes zonas e deixar secar; 10.2.7.7.3.2. Aplicação Deverá ser dado primário anti-alcalino (PREVICRIL 750 - MATESICA), posteriormente seguido de 2 demãos de acabamento, a primeira poderá ser diluída até 10% e a última até 5% do seu peso. Pág.134 Condições Técnicas Especiais O rendimento varia de acordo com o suporte mas deverá situar-se entre 8 e 12 m2/litro por demão. Pág.135 Condições Técnicas Especiais 11. ISOLAMENTOS E IMPERMEABILIZAÇÕES 11.1. Objectivo A presente especificação tem por objectivo estabelecer as normas de boa execução e articulado dos trabalhos de coberturas/impermeabilização, isolamento, nas lajes, coberturas e muros a executar na obra. 11.2. Generalidades As presentes C.T.E. têm responsabilidade cruzada completando-se com os demais elementos do projecto e são válidas para trabalhos semelhantes considerados noutros capítulos. 11.3. Execução 11.3.1. Precauções Os trabalhos abrangidos pela presente especificação serão executados de acordo com o projecto e Condições Técnicas Especiais, por firma especializada de comprovada competência. Todos os operários ligados ao trabalho de impermeabilização e sua protecção, deverão usar obrigatoriamente calçado com sola de borracha, devendo as zonas a impermeabilizar ser vedadas a pessoas ou materiais estranhos ao serviço, por forma a evitar possíveis danos na membrana impermeabilizante. No caso de perfuração, acidental da tela deverão obrigatoriamente ser assinalados os locais e efectuadas de imediato as reparações necessárias. 11.3.2. Suporte É o elemento constituído pelas lajes, muros de suporte e demais elementos da estrutura. Todas as superfícies a impermeabilizar deverão apresentar um suporte perfeitamente seco, estável e desempenado, sem restos de argamassa, de pressões ou lombas que possam prejudicar o bom escoamento das águas. A superfície ou suporte deverá apresentar-se bem limpa e rugosa, devendo ser convenientemente molhada para evitar a absorção da água do betão da camada de forma. 11.3.3. Camada de forma O presente item terá responsabilidade conjunta com C.T.E. REVESTIMENTO DE PAVIMENTOS. Pág.136 Condições Técnicas Especiais Camada de material que confere o declive destinado a dirigir a água para os locais de escoamento e sobre a qual assenta o complexo de Impermeabilização/Isolamento Térmico. Betão leve de argila expandida (LECA) a executar de acordo conjuntamente com instruções do fabricante LECA, sempre revestido com betonilha de regularização. As betonilhas e argamassa deverão seguir a C.T.E. REVESTIMENTOS DE PAVIMENTOS. A espessura mínima será determinada de forma a garantir uma inclinação não inferior a 0.5 e nunca será inferior a 3 cm. A superfície deve ser afagada (e limpa de borbotos de salpiscos de betão) e não apresentar depressões que permitam empoçamentos. As betonilhas serão executadas em painéis com as dimensões máximas de 3.00 x 3.00 m, feitas alternadamente de modo a evitar a sua fissuração por retracção (QUINCÔNCIO). As betonilhas sempre que assentarem sobre isolamento térmico ou a sua espessura o exija serão armadas. Os betões e argamassas serão fabricados por meios mecânicos com controle de pesos e volumes, de modo a obter-se uma perfeita ligação entre os constituintes. Serão feitos ensaios periódicos para verificação da resistência e plasticidade das argamassas. Quando os betões e betonilhas forem para pintar, as areias serão assentes à colher ou talochadas mecanicamente de modo a que o acabamento seja perfeito. Junto aos paramentos existirá junta de 10 mm preenchida e fechada com Mapei. As juntas de esquartelamento terão no mínimo 2 mm e serão preenchidas também. 11.3.4. Isolamento térmico O isolamento térmico a utilizar será o descrito no projecto e regra geral, abaixo referidos. No sistema de cobertura invertida será utilizado o poliestireno extrudido, ROOFMATE SL ou tipo FLOORMATE A aplicação deste isolamento térmico será colada e com fixação mecânica conforme previsto no projecto e normas do fornecedor. Quando especificado em projecto, será utilizado o Isolante térmico e anti-fogo de Vermiculite, em silicato de alumínio e magnésio de estrutura amorfa, do tipo TEC GRANUTERM da CHEMTEC, em terraços e pavimentos, na sua forma TEC GRANUTERM / BETÃO, que possibilita a sua aplicação também na formação de pendentes. A sua aplicação sobre lajes de betão armado ou outros suportes similares, obriga à aplicação sobre estes de um promotor de adesão de argamassas, tipo TEC SELLAC TEX da CHEMTEC, conforme especificações do fabricante. Pág.137 Condições Técnicas Especiais 11.3.5. Zonas ou pontos singulares Por estes entendem-se todas as zonas de cobertura que exigem trabalhos complementares de impermeabilização, nomeadamente, juntas de dilatação, remates em zonas salientes da cobertura, platibandas, algerozes, tubos de queda, soleiras, mudanças de planos, etc.. O Empreiteiro deverá elaborar todos os desenhos de pormenor e especificações necessárias para a resolução destas situações, e submetê-los em tempo útil à aprovação da fiscalização. Deverão se entregues também os certificados de homologação de todos os produtos e sistemas a utilizar. Não inviabilizando o referido no parágrafo anterior, deverão ser respeitadas as seguintes regras gerais e de projecto: − Os remates das telas com muretes ou paramentos verticais, deverão efectuar-se a uma altura sempre superior a 0.20 m da prestação final da impermeabilização, em relação ao ponto mais alto da pendente dominante nessa zona. − Os remates atrás referidos serão efectuados através de roço aberto nas alvenarias, ou remate de coolaminado e chapa de zinco quinada, de modo a proteger sempre o topo superior da tela (este remate nunca poderá ser realizado apenas com estrangulamento e remate com cordão vedante). − As mudanças de planos deverão ter sempre telas de reforço com um mínimo de 0.25 m de extensão para cada lado. As arestas da superfície onde assenta a tela de impermeabilização deverão ser sempre boleadas e executadas meias camas com um raio mínimo de 0.04 m. Os tubos de queda deverão ter uma secção suficiente para permitir o perfeito remate da impermeabilização sem provocar o seu estrangulamento, e subirem a cima da laje o suficiente para compensar a espessura da argamassa de regularização, este remate deverá ter uma tela de reforço. As soleiras das portas de acesso à cobertura e varandas deverão possuir um degrau em relação a estas. A impermeabilização deverá ser prolongada até ao interior e só depois é que será assente a pedra de soleira. 11.3.6. Ensaios Após a impermeabilização os tubos de queda deverão ser devidamente tapados e a cobertura inundada de forma a que fique completamente submersa. Assim se deverá manter durante 48 horas, a fim de se verificar alguma deficiência. Só após a fiscalização aceitar os ensaios, se poderá dar continuidade aos trabalhos. Pág.138 Condições Técnicas Especiais 11.3.7. Garantias O prazo de garantia dos trabalhos de Impermeabilização/Isolamento Térmico será de 10 anos e deverá tomar a forma de termo de responsabilidade, perante o dono da obra. OBS.: Sempre que se utilize a protecção pesada nas zonas transitáveis ou não transitáveis, as betonilhas nos remates dos painéis com os elementos verticais rígidos, salientes das coberturas ou lajes, será constituída uma junta de 1,0 cm de espessura em toda a altura da betonilha, preenchida com poliestireno expandido refechada superiormente com Mapei. 11.4. Classificação 11.4.1. Tipo de suporte − Coberturas de acessibilidade limitada - aquelas cujo acesso é restringido a trabalhos de reparação ou manutenção. − Coberturas ajardinadas. 11.4.2. Tipo de Impermeabilização 11.4.2.1. Impermeabilizações com membranas betuminosas 11.4.2.1.1. Generalidades Todos os produtos e sistemas a utilizar deverão ser homologados e de marca "IMPERALUM" ou por eles recomendada. Não serão admitidos feltros betuminosos à base de betume oxidado, mesmo que modificado com polímeros. 11.4.2.1.2. Sistema de Impermeabilização 11.4.2.1.2.1. Primário Emulsão betuminosa, não iónica, diluída em duas partes de produto para um aparte de água. Deverão ser dadas 2 demãos cruzadas. Nas zonas criticas não é diluído. Antes da aplicação do primário deverá garantir-se que a camada de forma está bem limpa. A emulsão será diluída, à excepção dos perímetros e zonas ou pontos singulares onde se deverá aplicar pura. Pág.139 Condições Técnicas Especiais 11.4.2.1.2.2. Membranas betuminosas Complexos constituídos por betumes de destilação directa, modificados com polímeros, armaduras inorgânicas e com ou sem auto-protecção. Serão utilizadas as membranas previstas em projecto e armaduras de fibra de vidro (2,5 Kg/me de poliester (3 Kg e 4 Kg) revestidas ou não a gravilha e com repelente de raízes. 11.4.2.1.2.2.1. Ligação ao suporte − Sistemas com protecção pesada - Independente − Sistemas com protecção ligeira (auto-protegida) - Aderido ou semi-independente − Sistemas em coberturas inclinadas - Aderido − Sistemas em zonas ajardinadas - Independente − Sistemas em floreiras - Aderido − Em varandas e casas de banho - Aderido − Perímetros e zonas ou pontos singulares - Aderido 11.4.2.1.2.2.2. Juntas de sobreposição As juntas devem ser perfeitamente soldadas, por fusão, com chama dum maçarico. Durante a soldadura deverá compactarse a zona da junta, de forma a garantir uma colagem eficiente entre as membranas. Após a soldadura deverá passar-se uma espátula aquecida nos bordos da mesma. As sobreposições terão um mínimo de 10 cm. 11.4.2.1.2.2.3. Sistemas bi-capa Nestes sistemas a membrana inferior será soldada nas juntas e aderida ao suporte, ou não, conforme a ligação ao mesmo definida em 11.2.2.4.2.1.). A membrana superior deverá ser completamente aderida, pela chama de maçarico, à membrana inferior. 11.4.2.1.3. Separadores (camada de dessolidarização) Entre o sistema de impermeabilização, ou o isolamento térmico, e a protecção pesada será interposto um separador em tecido de poliester calandrado, (gramagem mínima de 150 gr/mou um cartão betuminoso com (gramagem mínima de 400 gr/m2). Antes da colocação dos separadores deverá certificar-se que não existem vestígios de pedras ou qualquer elemento perfurante. Deverá garantir-se uma sobreposição mínima de 10 cm. Será dada preferência a manta geotêxtil de 150 gr/m2 e mangas de polietileno para protecção. Pág.140 Condições Técnicas Especiais 11.4.2.1.4. Protecção pesada Nas coberturas acessíveis à circulação e permanência de pessoas e nas lajes de pavimento será constituída por: − Betonilha de cimento com espessura de 4 cm, armada com rede de capoeira, em painéis de 3.00 x 3.00 m², esquartelada e com preenchimento das juntas por Mapei adequado (se não tiver revestimento), ou para revestir com paleta bujardadas Alcupel, conforme previsto em projecto. − Nas coberturas acessíveis à circulação e permanência de veículos, será constituída por: − Betonilha armada com espessura mínima de 4 cm, com o revestimento previsto em projecto. 11.4.2.1.5. Protecção mecânica em paramentos verticais A protecção mecânica do sistema de impermeabilização dos paramentos verticais, obedecerá à seguinte sequência de trabalhos: Fusão com a chama de maçarico, da superfície da membrana e consequente projecção de areia grossa. Salpisco projectado contra a superfície assim obtida de uma argamassa forte. Nota: Esta operação não deverá ser feita antes de decorridas 48 horas sobre a execução da anterior. Reboco com argamassa fraca com armadura de rede de polipropileno (a rede deverá prolongar-se 25 cm para além do remate da tela). 11.4.2.2. Impermeabilização com telas de p.v.c. 11.4.2.2.1. Sistema de impermeabilização Processo de impermeabilização de lajes em betão, com recurso a utilização de lâminas de PVC ALKORPLAN, SOLVAY. A utilização das lâminas ARKOPLAN, com armadura em flora de vidro ou polyester (ref. 35076, 35077 ou 35177), será confinada às seguintes situações de utilização: − Coberturas e terraços (impermeabilização fria) * − Cobertura e terraços (impermeabilização quente), em sistema de cobertura tradicional ou invertida.* * Impermeabilização aparente, com protecção ligeira ou com protecção pesada. Na construção do sistema, encontram-se interpolados ao preço diversos feltros separadores e de protecção, distribuídos de forma intercalar, assim como perfis de remate periférico a rufos metálicos devidamente fixados e selados. Todos os Pág.141 Condições Técnicas Especiais detalhes típicos de cobertura (chaminés, tubos queda, etc.), deverão obedecer ao especificado no certificado de conformidade das lâminas ARKOPLAN, emitido pelo C.S.T.B., entidade esta reconhecida pelo L.N.E.C.. 11.4.2.2.1.1. Instalação - complexo impermeável Suporte - Ver ponto 11.1.2. e 11.1.3. 11.4.2.2.1.2. Feltro geotêxtil de protecção O desenrolamento dos feltros far-se-á directamente sobre a superfície de suporte, atendendo a que a sobreposição longitudinal entre bandas não será nunca inferior a 10 cm e a sobreposição transversal não inferior a 20 cm. Manta geotêxtil com 150 gr/m2. 11.4.2.2.1.3. Lâmina de impermeabilização Na instalação das lâminas de PVC ARKOPLAN dever-se-á prever, uma faixa de sobreposição de 50 mm nos sentidos longitudinal e transversal. O acoplamento das lâminas deverá ser efectuado com recurso a máquina de soldadura, manual ou automática de ar quente ou ainda por soldadura química com solvente THP (nas situações em que não seja viável a soldadura pelos métodos anteriores). Na disposição sequencial das lâminas de PVC (sobreposição de topo entre rolos) serão apenas admitidas as sobreposições em T com descentramento dos rolos contíguos, a fim de se observar a não sobreposição pontual de mais de três lâminas. A lâmina intermédia receberá neste caso um corte em chanfre, a fim de evitar a formação de canais capilares, que resultarão em eventuais pontos de fuga. Lâmina em PVC cor cinzento escuro com 1.2 mm armada com Poliester. 11.4.2.2.1.4. Velo separador A fim de evitar o contacto directo entre a lâmina de PVC e o isolante térmico de Poliestireno, dever-se-á interpor um separador de incompatibilidade química em fibra de vidro de 120 gr/m2. A faixa de sobreposição entre bandas, deverá existir nos sentidos transversal e longitudinal. 11.4.2.2.1.5. Remate periférico O amarramento periférico da lâmina de PVC, deverá ser efectuado, com recurso a utilização de uma das soluções a seguir descritas. Pág.142 Condições Técnicas Especiais − Perfil metálico de estrangulamento fixado mecanicamente por cavilha tipo SPIKE-SFS com anilha estanque, e, rematado por masticagem elastómera. − Perfil colaminado de PVC ARKOPLAN 81170, fixado mecanicamente contra suporte, com recurso a cavilha tipo SPIKE-SFS e rematado por masticagem elastómera. Sobre tal perfil será soldada a lâmina ARKOPLAN 35077, com recobrimento dos pontos de fixação, e utilizando as técnicas de soldadura anteriormente descritas. Nota: No caso do perfilado metálico referido em 11.2.2.5.1.5.1., o fabricante do material, deverá garantir mesmo por um período mínimo de 10 anos, contra corrosão. Em qualquer uma das soluções apontadas, a deslocação sequencial dos perfis deverá ser feita por forma a permitir uma junta expansiva entre réguas de aproximadamente 3 mm. Tal junta será colmatada por braçadeira de envolvimento (situação 11.2.2.5.1.5.1.) ou por recobrimento soldado em lâmina PVC (situação 11.2.2.5.1.5.2.). Todos os remates a efectuar sobre detalhes de obra, deverão obedecer ao especificado no certificado de conformidade da lâmina ARKOPLAN 35077. Os detalhes não contemplados neste documento, serão alvo de estudo prévio do departamento técnico de SOLVAY. Todos os remates periféricos, para além de utilizarem um dos dois métodos aqui apontados, deverão ser cobertos com perfil de chapa de colaminado quinada que cubra a superfície vertical da tela e remate perpendicularmente para o topo vertical da parede de remate ou para o interior da alvenaria. Não serão permitidos remates que vedem apenas por estrangulamento com selagem com mastique elastómero. 11.4.2.2.1.6. Controlo de soldaduras Todas as soldaduras serão criteriosamente controladas, com recurso à utilização de ponteiro metálico que o operário fará deslocar ao longo da junção. Assim, serão anotados durante a passagem, eventuais defeitos de soldadura e pronunciar-se-á à sua reparação. 11.4.2.2.1.7. Acabamento de soldaduras Não sendo um elemento obrigatório para todas as junções, é no entanto aconselhado como elemento de obturação de eventuais canais capilares, e ainda como testemunho do controlo de soldadura. Tal será efectuado com recurso a PVC Pág.143 Condições Técnicas Especiais líquido ARKOPLAN 81038, que se depositará ao longo da soldadura através de recipiente apropriado, sob a forma de um ligeiro cordão (consumo aproximado: +/- 10 gr/ml). As soldaduras serão executadas em jacto de ar quente e colagem nas zonas de aderência com cola de contacto e fixação mecânica. 11.4.2.2.2. Materiais A cadeia de materiais apresentada, obedece à sequência de instalação dos mesmos em situações tipo. No entanto, deverão ser respeitados os materiais que constam do projecto e articulado, quando diferirem dos aqui especificados, visto resultarem da adaptação dos métodos aqui descritos, a situações particulares. 11.4.2.2.2.1. Feltro geotêxtil alkorplus 81005 Elemento de protecção anti-punçoamento estático e/ou dinâmico, constituído por velo geotêxtil em polyester com densidade de 300 gr/m2. 11.4.2.2.2.2. Lâmina de impermeabilização arkoplan PVC cinzento escuro 1.2 mm. Lâmina em PVC plastificado, resistente aos U.V., às raízes e imputrescível, possuindo óptimas Características de estabilidade dimensional devido à introdução intercalar de uma armadura de polyester. 11.4.2.2.2.3. Velo em fibra de vidro Velo em fibra de vidro ARKOPLUS 81001, com densidade de 120 gr/m2, colocado de forma intercalar como separador, dada a incompatibilidade química entre PVC's e Poliestirenos (cob. tradicional). 11.4.2.3. Impermeabilização com Argamassa Elástica Impermeabilizante 11.4.2.3.1. Generalidades Dispersão aquosa de copolímeros estireno acrílicos, com emulsionantes e colóides, tipo TEC RESIFLEX da CHEMTEC. Apresenta excelentes propriedades elásticas e impermeabilizantes. Boa adesividade em todo o tipo de materiais utilizados normalmente nas estruturas de construção, nomeadamente superfícies de betão, blocos, tijolos, pedras e ainda madeiras ou metais. Pág.144 Condições Técnicas Especiais Quando aplicado em superfícies horizontais apresenta um bom efeito autonivelante. 11.4.2.3.2. Aplicação Aplicado na Construção Civil como argamassa de isolamento de superfícies horizontais, caleiras, juntas e ainda na reparação de fissuras. Recomendado também para aumentar o poder ligante dos adesivos cerâmicos de altas prestações, como substituto da água, aplicados na colagem de grés, azulejo, mosaicos, pedras naturais e materiais de alvenaria. 11.4.2.3.3. Execução O tempo de aplicação é cerca de 1 hora, a partir do qual deixa de ser trabalhável. Nos suportes porosos ou friáveis, aplicar previamente uma demão diluído a 50%. A aplicação pode ser efectuada com espátula, pente, trincha ou rolo. Em locais de fissuração abrir com disco entre 5 a 10mm de profundidade e aplicar a mistura. Em grandes secções onde possam ocorrer contracções da mistura deve deixar-se secar cada camada antes de aplicar nova camada. O tempo de secagem varia de acordo com o ambiente, o poder de absorção do suporte e a secção da junta. 11.4.2.4. Impermeabilização com Sistema CONIROOF 2103 11.4.2.4.1. Generalidades Impermeabilização de base poliuretano. Sistema certificado com DITE-04/0035 (Documento de Idoneidade Técnica Europeu). Sistema de impermeabilização altamente elástico e resistente, com elevada capacidade de execução de pontes de fissuras dinâmicas. Sistema de elevada durabilidade. 11.4.2.4.2. Aplicação Destinado para a impermeabilização à vista ou protegido de coberturas. Pode ser aplicado em todo o tipo de suportes(cimentosos, metálicos, asfalto, isolamentos, etc.) Pág.145 Condições Técnicas Especiais Especialmente indicado para coberturas arquitectónicas ou reimpermeabilização de coberturas com instalações. 11.4.2.4.3. Execução Utilização de primário MASTERTOP P605, transparente, epoxy bicomponente, sem solventes sobre betão. No caso de superfícies irregulares, recomenda-se a aplicação do primário espatulado com areia. Espalhamento - Areia de sílica seca, humidade máxima de 0,2% e granulometria aprox. de 0,3-0,8 mm. Espalhamento ligeiro (homogéneo) Os selantes a utilizar deverão ser de base poliuretano para garantir a compatibilidade com o sistema e uma correcta aderência. Os mastiques a utilizar deverão ser Masterflex 474 da BASF. 11.4.2.5. Impermeabilização com argamassas aditivada e pinturas impermeabilizantes 11.4.2.5.1. Argamassa de cimento impermeável, com aditivo Pavicril 415 - Matesica 11.4.2.5.1.1. Generalidades Com a utilização do aditivo Pavicril ref. 415, obtêm-se diversos tipos de argamassas, fortemente aderentes sobre diversos tipos de suportes, conferindo às mesmas, para além de grande resistência química, às características de que carecem as argamassas tradicionais. A composição duma argamassa aditivada com Pavicril ref. 415 para rebocos impermeáveis é a seguinte: − Composição para 1 m³ Partes em peso − Areia siliciosa de 0,3 a 0,6 mm 800 Kg − Areia siliciosa de 0,2 a 0,4 mm 450 Kg − Farinha de sílica de 0,03 a 0,1 mm 150 Kg − Cimento de Portland 325 400 Kg − Água 160 a 180 Lts − Pavicril ref. 415 120 Lts O adicionamento do Pavicril ref. 415 a uma argamassa tradicional, até um máximo de 30% sobra a quantidade de cimento, incrementa, dum modo acentuado, as suas Características de aderência, flexibilidade, impermeabilidade, resistência química e à carbonatação. Pág.146 Condições Técnicas Especiais 11.4.2.5.1.2. Aplicação Do mesmo modo que as argamassas tradicionais, as argamassas aditivadas com Pavicril ref. 415, podem ser fabricadas, manualmente, com os utensílios correntes, ou mecanicamente, com betoneira ou homogeneizador de mistura forçada. Quando o fabrico é manual, dever-se-á começar por misturar, por um lado, todos os sólidos e noutro o Pavicril ref. 415 com a água da composição, misturando então estes dois componentes. Quando o fabrico é mecânico, dever-se-á deitar inicialmente na betoneira ou misturador o Pavicril ref. 415 e a água seguida da introdução de inertes grossos, cimento e restantes inertes, respectivamente. Consoante os modos de fabrico e consequente acção mecânica durante a mistura, assim varia a quantidade de água a utilizar, devendo sempre, ser a mínima possível, salvaguardando a sua trabalhabilidade. Consoante a composição da argamassa aditivada assim a sua aplicação poderá ser feita, manualmente, com os utensílios correntes, ou mecanicamente, por projecção com equipamento adequado. A fim de serem salvaguardadas todas as propriedades da argamassa aditivada quando aplicada sobre suportes muito absorventes e pouco consistentes, dever-se-á aplicar, previamente, uma ou duas demãos do primário de cimento à base do Regicril ref. 412. Sendo o Pavicril ref. 415, um aditivo à base de polímeros, dever-se-á ter em atenção a temperatura de aplicação. Assim, para se salvaguardar a perfeita reticulação do polímero, a temperatura ambiente no momento de aplicação assim como nas 24 horas consequente devem estar compreendida entre 5ºC e + + 40ºC. O tempo de cura da argamassa aditivada é de 2 a 3 semanas. O consumo de aditivo Pavicril ref. 415, está dependente do tipo de argamassa fabricada, assim como do tipo e irregularidade do suporte. Para o exemplo atrás apresentado podemos estabelecer como valor estimativo 1,2 Lts/m2/cm de espessura, o que corresponde a 20 Kg de argamassa por m2 e por cm de espessura. O Pavicril ref. 415 conserva-se por tempo quase ilimitado em embalagens hermeticamente fechadas e em ambientes protegidos do gelo e excessivo calor. Todas as areias a utilizar deverão ser apresentadas à Fiscalização. A Fiscalização procederá a testes de modo a verificar a plasticidade e resistência das argamassas. Pág.147 Condições Técnicas Especiais 11.4.2.5.2. Aditivo para pintura impermeabilizante à base de cimento 11.4.2.5.2.1. Generalidades O Regicril ref. 412, é uma pasta fluída de cor leitosa, à base de resinas sintéticas e reticuladores. Estes últimos, para além de permitirem perfeita compatibilidade das resinas com o cimento funcionam como verdadeiros "gérmens de cristalização". Uma vez misturado, nas devidas proporções, com água e cimento, permite a obtenção de um produto com presa rápida e a fluidez duma pintura normal. A película resultante após secagem, apresenta-se flexível, impermeável à água e fortemente aderente sobre os mais diversos suportes, quer estejam húmidos ou não. Pelas suas Características, a pintura de cimento à base de Regicril ref. 412, pode ser utilizada como primário ou como acabamento de diversas superfícies. 11.4.2.5.2.2. Aplicação 11.4.2.5.2.2.1. Preparação das superfícies Betão e Alvenaria - Antes da aplicação da pintura de cimento aditivado com Regicril ref. 412, a superfície deve ser adequadamente preparada, removendo-se, tanto quanto possível, gorduras, pó, pinturas antigas, rebocos e betões esfarelados. Superfícies com asfalto - Apesar de apresentar muito boa aderência sobre superfícies com asfalto a impedir até, que os óleos minerais migrem para as camadas superiores, o asfalto deve ser retirado na totalidade, principalmente quando se encontre solto ou facilmente deformável. Este princípio é extensivo às telas betuminosas com ou sem protecção de alumínio. A razão desta exigência deve-se à instabilidade dimensional e descolamentos posteriores no seio do próprio asfalto. 11.4.2.5.2.2.2. Preparação e aplicação Composição e preparação da pintura − Cimento Portland - 5 partes em peso (CPN - 32,5 ou CPC - 32,5) − Água - 1,8 a 2 partes em peso − Regicril ref. 412 - 3 partes em peso − Homogeneizar bem a água com o cimento e deitar esta mistura, pouco a pouco, no Regicril ref. 412, misturando-os até à obtenção duma pasta homogénea (sem grumos). A homogeneização deverá ser feita, de preferência, com auxílio de um misturador de pequena velocidade. Pág.148 Condições Técnicas Especiais Regicril ref. 412 tem uma acção acelerante da presa do cimento. Encontram-se, por vezes, no mercado, lotes de cimento mais reactivos, que uma vez misturados com Regicril ref. 412, se espessam rapidamente durante a mistura ou imediatamente após esta. Nestes casos, deve repetir-se novamente a operação incorporando, ainda mais lentamente, a mistura água/cimento dentro do aditivo. 11.4.2.5.2.2.3. Modo de aplicação A pintura de cimento à base de Regicril ref. 412, pode ser aplicada à escova, trincha ou rolo de pelo, procurando espalhá-la de modo a obter uma superfície uniforme. A pintura, consoante o fim a que se destina, promoção de aderência ou impermeabilização à vista, deverá ser aplicada em 2 ou 3 demãos, respectivamente. A aplicação da demão seguinte deverá ser feita só após o endurecimento (à prova de unha) da demão anterior. Quando se trate de aplicação para promover a aderência entre camadas de reboco, a aplicação deste, deverá ser feita ainda com a última demão da pintura, fresca. 11.4.2.6. Impermeabilização com imperlastic fachadas 11.4.2.6.1. Descrição Imperlastic Fachadas é uma dispersão aquosa, monocomponente. Revestimento elástico para protecção de elementos de betão contra a carbonatação. 11.4.2.6.2. Utilização − Aplicável em interiores e exteriores. − Aplicável somente em superfícies não transitáveis. − Aplicável sobre betão, argamassa de cimento, etc. − Para protecção de elementos estruturais de betão contra a carbonatação. − Para aplicação em fachadas, muros de contenção, parapeitos de pontes, revestimentos de túneis, estruturas de edifícios, etc. Pág.149 Condições Técnicas Especiais 11.4.2.6.3. Execução 11.4.2.6.4. Preparação da base: A base deve ser firme (resistência à tracção mínima de 1 N/mm2), limpa e capaz de suportar as solicitações próprias do uso a que se destina. Não deve ter leitada de cimento superficial, pó, restos de gorduras e óleos, pinturas antigas, etc. Pode estar húmida mas não molhada. Suportes muito irregulares dever-se-ão regularizar com argamassas cosméticas de retracção compensada. Impregnação Em geral utiliza-se uma primeira demão com o próprio Imperlastic Fachadas diluído com cerca de 10% de água. 11.4.2.6.5. Aplicação O Imperlastic Fachadas aplica-se com trincha, rolo ou pistola sem diluir sobre a camada de impregnação seca (aproximadamente 2 horas a 20ºC e HR 60%). A segunda camada (e seguintes se necessário) pode aplicar-se sem diluir, quando e anterior estiver seca. Comprovar após cada camada que o consumo médio aplicado coincide com o esperado. 11.4.2.6.6. Precauções de segurança Devem observar-se as medidas preventivas usuais para a utilização de produtos químicos, como não comer, beber ou fumar durante a aplicação e lavar as mãos antes de uma pausa e no final do trabalho. Pode consultar-se informação específica de segurança no manuseamento e transporte deste produto na sua Ficha de Segurança. A eliminação do produto e da sua embalagem deve realizar-se de acordo com a legislação e é da responsabilidade do aplicador final. 11.4.2.6.7. Deve ter-se em conta Não aplicar a temperaturas inferiores a 5ºC nem superiores a 30ºC. Não utilizar consumos inferiores ou superiores aos especificados sem prévia consulta à Imperalum, SA. Pág.150 Condições Técnicas Especiais Não utilizar Imperlastic Fachadas em suportes que irão ser submersos em água. 11.4.2.7. Impermeabilização com argamassas aditivada e pinturas impermeabilizantes 11.4.2.7.1. Argamassa de cimento impermeável, com aditivo Pavicril 415 - Matesica 11.4.2.7.1.1. Generalidades Com a utilização do aditivo Pavicril ref. 415, obtêm-se diversos tipos de argamassas, fortemente aderentes sobre diversos tipos de suportes, conferindo às mesmas, para além de grande resistência química, às características de que carecem as argamassas tradicionais. A composição duma argamassa aditivada com Pavicril ref. 415 para rebocos impermeáveis é a seguinte: − Composição para 1 m³ Partes em peso − Areia siliciosa de 0,3 a 0,6 mm 800 Kg − Areia siliciosa de 0,2 a 0,4 mm 450 Kg − Farinha de sílica de 0,03 a 0,1 mm 150 Kg − Cimento de Portland 325 400 Kg 11.4.2.7.2. Argamassa impermeabilizante cimentícia bicomponente elástica e flexivel, anti-carbonatação. O Comp. A é constituído por cimentos de alta resistência, cargas minerais silício/quartzo sas seleccionadas, fibras sintéticas e por aditivos específicos. O comp. B por copolímeros de natureza orgânica em dispersão aquosa e aditivos específicos. Para mais informações solicitar a ficha de segurança ao departamento técnico. SUPORTE TEMPO MÍNIMO DE ESPERA PARA O ASSENTAMENTO HUMIDADE RESIDUAL MAX % − Betonilhas de KRONOS 5 dias 6 − Betonilhas de TIMER-2 24 h 6 − Betonilhas de cimento 28 dias 6 − Rebocos de cimento 3 semanas 5 − Betão 3 meses 5 No caso de suportes novos é muito importante conhecer exactamente o tempo de secagem e a percentagem de humidade. Na tabela acima, estão indicados os casos mais frequentes com os respectivos tempos ideais de secagem. Onde estão indicados quer os dias quer a percentagem de humidade deve-se ter em consideração que devem ser satisfeitas ambas as condições. No caso de suportes com tempo de cura suficiente, mas sobre os quais choveu abundantemente é necessário, Pág.151 Condições Técnicas Especiais antes da aplicação, aguardar que o suporte tenha assumido uma percentagem de humidade conforme àquela indicada na tabela. 11.4.2.7.2.1. Preparação do Suporte A primeira operação que se deve realizar é aplicar a banda adesiva RL 80 S em todos os ângulos “parede/pavimento” e “parede/parede”. A banda também deve ser aplicada também em todos os pontos notáveis da impermeabilização, como: ralos de esgoto, projectores, atravessamentos, etc. As eventuais juntas de dilatação deverão ser tratadas com a banda RL 120. 11.4.2.7.2.2. Preparação da Mistura Misturar o pó (saco de 25 Kg) com o látex (bidon de 8,35 Kg) até obter uma mistura homogénea e isenta de grumos; é conselhável usar um misturador a baixa velocidade (cerca de 500 r.p.m.). A mistura obtida deste modo pode ser usada imediatamente. Não é aconselhável a mistura à mão a não ser para para pequenas quantidades de cada vez 4-5 kg. 11.4.2.7.2.3. Aplicação Aplicar o produto com espátula de aço lisa (americana), pressionando a argamassa contra o suporte de modo a garantir um perfeito contacto e aderência, deverá ter-se em atenção, que no caso de suportes absorventes, ou a temperaturas superiores a 15°C, estes deverão ser humedecidos com água para evitar que a argamassa desidrate rapidamente e não adira perfeitamente ao suporte. Aplicar o produto em duas demãos de 1,5-2 mm cada à distância de cerca de 3-5 horas, e em todo o caso apenas após a primeira demão ter endurecido. Na primeira demão introduzir a rede RASOLASTIK NET não esquecendo que as sobreposições deverão ser de pelo menos 1 cm. No caso de aplicação sobre revestimentos betuminosos, possível só no caso de pequenas superfícies, é necessário utilizar o primário PRIMERGUM. Este deverá ser misturando brevemente, até se obter um produto completamente homogéneo e aplicar uma demão com pincel, rolo ou projectado, 24 horas antes da aplicação de RASOLASTIK. O consumo do primário é de cerca 250-350 gr/m2. 11.4.2.7.2.4. Advertências e recomendações betonilhas de cimento com fendas ou com fissuras deverão ser tratadas previamente com REPAIR − proteger a impermeabilização da chuva durante pelo menos 24 horas após aplicação − lavar e enxaguar muito bem os tanques e as cisternas que deverão conter água potável − antes de os encher. O enchimento dos tanques só poderá ser feito 21 dias depois da aplicação da última demão − Não aplicar directamente sobre: − betume ou revestimentos betuminosos (aplicar previamente PRIMERGUM pelo menos 24 horas antes da aplicação) − Não usar: − no caso de suportes sujeitos a humidades ascendentes − em espessuras superiores a 4 mm Pág.152 Condições Técnicas Especiais − para conter água à pressão negativa ou contrapressão (ver TECHTONIKO) − não acrescentar nada ao produto que não esteja indicado nesta ficha 11.4.2.7.2.5. Dados Técnicos COMP B VALOR pH 7,0 Peso específico 1,04 Produto inflamável no * estes tempos referem-se a uma temperatura de 23°C. 50% H.R. São mais breves a temperaturas mais elevadas e mais compridos a temperaturas mais baixas. 11.4.2.7.2.6. Especificações Técnicas Os suportes sobre os quais deverá ser aplicado o revestimento cerâmico deverão ser impermeabilizados com uma argamassa de dois componentes à base de cimento, impermeabilizante tipo RASOLASTIK da TECHNOKOLLA. 11.4.2.7.2.7. Dados Técnicos Valor Requisito Norma − Proporção de mistura 3 pó: 1 látex − Tempo de repouso da mistura 0 min − Tempo útil de aplicação “pot life” *50 min − Espessura mínima por demão 1,5 mm − Espessura máxima por demão 2 mm − Tempo de espera entre a 1° e a 2° demão *3 - 5 h − Tempo de espera para assentamento de ladrilhos *3-4 gg − Temperaturas durante a aplicação min +5°C max +35°C − Aderência ao betão após 28 dias 0,9 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Aderência ao betão após imersão na água 0,7 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Aderência ao betão após acção do calor 2,0 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Aderência ao betão após ciclos gelo/degelo 0,8 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Aderência ao betão após acção do hidróxido de potássio 0,7 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Aderência ao betão após acção água de cal 0,7 N/mm2 ≥ 0,5 N/mm2 EN 1348 − Resistência pressão da água impermeável nenhuma passagem de − humidade a 1,5 bar por 7 dias DIN 1048 − Capacidade de cobertura das fissuras 1,0 mm 0,4 mm DIN 28052-6 − Contenção água potável idóneo cert. ARPA 14293/02 Pág.153 Condições Técnicas Especiais 12. EQUIPAMENTOS SANITÁRIOS 12.1. Louças Sanitárias 12.1.1. Objectivo A presente especificação destina-se a fornecer indicações técnicas gerais, características e aprovação de loiças de cerâmica vidrada, em aço esmaltado ou em estratificado utilizadas nas instalações sanitárias. 12.1.2. Generalidades O fornecimento e assentamento das peças sanitárias deverá seguir as presentes C.T.E. e Projecto. Os aparelhos para canalizações deverão possuir características de grande qualidade, designadamente quanto ao comportamento hidráulico, comportamento mecânico, qualidade do material, forma e dimensionamento A globalidade dos acessórios para as instalações sanitárias, deverá estar de acordo com os modelos especificados no Projecto. As presentes C.T.E. têm responsabilidade cruzada completando-se com os demais elementos do projecto e são válidas para trabalhos semelhantes considerados noutros capítulos. 12.1.3. Condições de Recepção 12.1.3.1. Louça sanitária Para a Recepção em Obra de louça sanitária, será seguido o procedimento especificado na "E346-1984", designadamente quanto à: − Inspecção de carácter geral: vidrado, aspecto, defeitos admissíveis e não admissíveis e marcação das peças. − Ensaios: divisão em lotes, colheita de amostras e regras de decisão. São excluídas as loiças sanitárias de grés ou qualquer outro barro de inferior qualidade. 12.1.3.2. Aparelhos para canalizações Para a recepção de aparelhos para canalizações o Empreiteiro deverá apresentar: − Certificados de origem ou fabrico, Pág.154 Condições Técnicas Especiais − Boletins de ensaio das características do material apresentado. 12.1.3.3. Acessórios Para a recepção dos acessórios para as instalações sanitárias o Empreiteiro deverá apresentar: − Certificados de origem ou fabrico, − Boletins de ensaio das características do material apresentado. 12.1.4. Assentamento Os aparelhos sanitários serão sempre instalados de nível servindo de referência as arestas das abas laterais das superfícies curvas. Os aparelhos sanitários serão fixados quer às paredes quer aos pavimentos onde se localizarem. Deverão ser fixadas às paredes por parafusos e buchas inoxidáveis, de acordo com as instruções do Fabricante. O assentador procederá a uma colocação de ensaio da peça a instalar, aproveitando essa operação para marcar as furações a executar na parede ou pavimento considerando desde logo as concordâncias da ligação à rede de águas e rede de esgotos. O aparelho sanitário deverá ficar perfeitamente à face da superfície onde encosta, com interposição de uma massa vedante ou junta. 12.1.5. De Funcionamento e Ligações Nenhum aparelho sanitário poderá permitir a intercomunicação entre as águas de alimentação e as águas usadas. Além disso, devem ser observadas todas as prescrições do Regulamento Geral de Abastecimento de Águas e do Regulamento Geral de Canalizações de Esgoto que se relacionam com as louças sanitárias, nomeadamente o que se encontra prescrito no capítulo V deste último Regulamento nos artigos 81, 82, 84 e 85. 12.1.6. Particularidades As qualidades e tipos dos aparelhos sanitários a utilizar deverão corresponder ao que se encontra referenciado nos Mapas de Quantidade de Trabalho ou Mapa de Acabamentos. O artigo engloba ainda o fornecimento e assentamento de aros e tampos nas louças sanitárias. Pág.155 Condições Técnicas Especiais O aro e tampo serão de madeira lacada de cor igual à sanita e bidé. Com o formato e dimensões adequadas ao tipo de louça aplicada, e serão ligados por parafusos de ferro zincado. As cores dos mesmos serão definidas pelo Arquitecto Autor do Projecto. 12.2. Acessórios Encontram-se compreendidos no preço deste artigo todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se de entre os trabalhos e fornecimentos a efectuar, os que abaixo se indicam: − O fornecimento do elemento em causa e acessórios de aplicação; − O assentamento; − Os remates e retoques eventualmente necessários. 12.2.1. Espelhos O espelho será constituído por uma chapa de vidro meio-cristal com 6mm de espessura, com as dimensões definidas no projecto. A espelhagem será do tipo reforçado, especial para zonas húmidas. O espelho será colocado á parede conforme os desenhos de pormenor. 12.3. Critério de Medição Todo o equipamento é medido em unidades, ou em conjuntos de elementos sempre que a descrição o indicar. Pág.156 Condições Técnicas Especiais 13. EXIGÊNCIAS ACÚSTICAS DA CONSTRUÇÃO 13.1. Caixilharias dos vãos exteriores O Empreiteiro deverá realizar todos os ensaios necessários de forma a que fique demonstrada a eficácia do conjunto caixilho-vidro ao nível da atenuação acústica exigida no Projecto de Acústica, isto é, 40dB. Os custos destes ensaios deverão ser suportados na totalidade pelo Empreiteiro. Os custos unitários cotados para os itens que constituem as caixilharias exteriores deverão incluir a realização destes ensaios. 13.2. Vidros dos vãos exteriores O Empreiteiro deverá garantir de utilização de vidros que apresentem um Índice de Redução Sonora igual ou superior ao definido em projecto (40dB). Caso a documentação apresentada suscite dúvidas, a Fiscalização poderá solicitar ensaios aos vidros até que fique demonstrado o seu Índice de Redução Sonora. Os custos destes ensaios deverão ser suportados na totalidade pelo Empreiteiro. Os custos unitários cotados para os itens que constituem os vidros exteriores deverão incluir a realização destes ensaios. 13.3. Paredes Divisórias O Empreiteiro deverá garantir a execução das soluções definidas em projecto ao nível das paredes divisórias. A instalação das paredes deverá ser feita seguindo as regras da boa construção e com aplicação de materiais resilientes dessolidarizantes de modo a que a sua performance acústica se verifique. 13.4. Atenuação de ruídos estruturais ou de percussão Com vista à atenuação de ruídos estruturais ou de percussão deverá ser considerada a instalação de materiais que garantam o corte elástico em diversos equipamentos ou elementos construtivos tais como: 13.4.1. Isolamento vibrático de louças sanitárias As instalações de água e esgotos por conduzirem fluidos, são susceptíveis de produzirem ruído, que podem propagar-se via estrutural às zonas contíguas. Como tal, as louças sanitárias de uma forma geral, devem ser assentes sobre juntas elásticas, com uma espessura mínima de 5mm, em paralelo com a aplicação de anilhas resilientes, também com 5 mm de espessura, nos elementos mecânicos de fixação. A solução do tipo CDM ISO CONTACT ou CDM ISO FIX deverá ser estudada em conjunto com o fornecedor das louças sanitárias. Pág.157 Condições Técnicas Especiais 13.5. Tratamento das áreas técnicas – Absorção Sonora As salas em que se irão instalar os equipamentos mais ruidosos, serão alvo de especial atenção do ponto de vista acústico, com vista a diminuir o ruído transmitido ao exterior. Deverá ser aplicada um dos seguintes materiais: − Celulose Projectada Sonaspray k13 ao nível das paredes e tectos (ver especificação apresentada no ponto anterior); − Aplicação ao nível de paredes e tectos de lã de rocha tipo Rocterm T 70 VF, protegida com uma chapa perfurada Os painéis Rocterm T 70 VF são placas semi-rígidas constituídas por fibras de lã de rocha aglutinados com um composto sintético. Estes painéis apresentam um véu em fibra de vidro que protege a lã e torna possível a sua utilização com paneis metálicos ou de madeira perfurados. 13.6. Ensaios/desenhos de preparação O Empreiteiro, deverá às suas custas, realizar os ensaios necessários que certifiquem as qualidades acústicas exigidas neste projecto, nomeadamente: − Qualidade acústica das caixilharias e do vidro; − Certificados das paredes de gesso laminado definidas em projecto. Caso não existam, deverão ser executados ensaios específicos; − Elaboração de ensaios “in situ”, numa fracção do edifício, para teste da eficácia dos isolamentos previstos em projecto a sons aéreos e de percussão. Os critérios de aceitação são os definidos no Projecto de Execução de Acústica. O acabamento das restantes fracções só deverá iniciar-se depois de aceites os resultados destes ensaios. 13.7. Custos inerentes às exigências acústicas do edifício Todos os custos inerentes às exigências acústicas do edifício e que não se encontrem expressamente definidas nos Mapas de Quantidades de qualquer uma das Especialidades deste Projecto, incluindo a Arquitectura, deverão ser diluídos nos custos unitários dos restantes itens, não havendo por isso custos acrescidos relacionados com quaisquer materiais ou ensaios necessários à implementação e certificação da qualidade acústica exigida a este edifício. Pág.158 Condições Técnicas Especiais 14. DIVERSOS 14.1. Tapete Tipo Apolo da Fernando Calado & Couto em alumínio e PVC Aspecto tipo alumínio e pvc, cor cinza, esp. 20mm ref Sanimate da Fernando Calado & Couto., completos, com todos os materiais e trabalhos inerentes,. Trata-se de tapetes a colocar na entrada do edifício à face do pavimento Incluí a realização da caixa rebaixada em betonilha e cantoneira perimétrica em alumínio e drenagem da caixa. 14.1.1. Critério de medição Medição por unidade pronta, assente, acabada e a funcionar. 14.2. Gabiões 14.2.1. Terramesh System – Modo de execução 14.2.1.1. Preparação do terreno O terreno natural onde apoiará o muro na sua totalidade (módulos Terramesh System - o Terramesh System difere do Terramesh Verde pelo facto de ter paramento em pedra ) será escavado até à cota prevista no projecto ou mais fundo, no caso em que à cota prevista ainda se encontre terra vegetal ou imprópria para a fundação. Assim sendo, deverá ser feito um enchimento com material de boa qualidade, devidamente compactado. Para muros de alturas elevadas é aconselhável uma fundação sobre rocha ou terreno que tenha as características mínimas de resistência exigidas nos cálculos de dimensionamento. Os módulos Terramesh podem ser colocados directamente em contacto com o terreno natural tendo em atenção que o nível da fundação permita o perfeito alinhamento da primeira fiada. Qualquer desalinhamento inicial prejudicará, no seguimento da obra, as outras fiadas de Terramesh. No entanto, pode ser executado um plano de apoio em betão de regularização com superfície rugosa e com 15 ou 20 cm de espessura, quando o terreno apresentar grandes irregularidades. Neste caso deverá ser prestada particular atenção para que o nível do betão de regularização seja perfeitamente coincidente com o nível do terreno de fundação compactado que lhe fica atrás, isto para evitar que, durante a compactação da primeira camada de aterro, a rede de ancoragem do módulo se danifique naquele ponto de contacto. 14.2.1.2. Montagem É necessário assegurar que qualquer infiltração de água a montante do muro seja adequadamente captada e drenada. No caso de infiltrações localizadas, uma drenagem pontual poderá levar as águas para a frente do muro. No caso em que as Pág.159 Condições Técnicas Especiais infiltrações atrás do muro sejam muitas e abundantes será necessário executar um dreno vertical ao longo do muro, tanto em altura como em comprimento, na traseira do aterro estrutural e outros drenos horizontais para levar as águas para a jusante do muro. No topo do muro também é aconselhável a execução de uma drenagem superficial longitudinal junto ao paramento em Gabiões. A execução de um muro em Terramesh System deverá ser feita com o máximo cuidado uma vez que vários elementos e factores (humanos e mecânicos) concorrem à sua boa realização. O paramento será cheio de pedras com as características enunciadas noutro parágrafo, tendo em atenção o bom acabamento externo. É conveniente para tal a utilização de cofragens que assegurem resistência ao Terramesh System durante o enchimento mecânico de forma a reduzir ao mínimo a deformação da rede. A utilização de cofragem é aconselhada também na parte traseira que receber o aterro com o intuito de limitar ao máximo as deformações acima referidas. Os módulos Terramesh System, com 2 ou 4 metros de comprimento, serão atados uns aos outros segundo as normas próprias das obras em gabiões (produtos fabricados com rede em malha hexagonal) como aqui descrito: No local de construção cada módulo Terramesh System é montado levantando-se os painéis laterais e o diafragma. São unidos, utilizando o fio de amarração fornecido e passando-o através de todas as malhas fazendo uma volta dupla por cada duas malhas. A união entre módulos Terramesh System deve ser feita entre todas as arestas e é aconselhável efectuar esta operação antes do seu enchimento. Toda e qualquer camada de módulos Terramesh System deverá ser ligada à camada subjacente na frente, no tardoz e lateralmente, segundo o especificado no parágrafo anterior. É essencial ligar os vários componentes conforme a descrição efectuada por forma a obter-se uma estrutura monolítica capaz de resistir a cargas e deformações severas. No caso em que o muro em Terramesh System preveja a utilização de geogrelhas de reforço, estas deverão ser colocadas sempre antes do módulo Terramesh. O travamento das geogrelhas é o resultado da sobreposição de um módulo com outro. Na primeira fiada a geogrelha apoia directamente sobre o terreno de fundação e o primeiro módulo sobrepõe em toda a largura (um metro). 14.2.2. Terramesh System - Material de enchimento O paramento é cheio com pedra britada ou rolada. É recomendável a utilização de material de enchimento duro e de peso específico elevado, ou seja, superior a 22 KN. Não é aceite que este material seja friável ou possa gelificar. A granulometria da pedra deve estar compreendida entre 10 e 20 cm. No entanto, material de maiores ou menores dimensões é tolerável desde que o seu volume não ultrapasse 10% do volume total do gabião a preencher e, no caso de menor dimensão, seja colocado no interior dos gabiões. 14.2.2.1. Modo de execução No enchimento do paramento devem ser respeitadas as seguintes ordens e regras de execução: - Pedras em blocos arrumados à mão nas fiadas dos paramentos visíveis; - Enchimento do gabião por via mecânica; Pág.160 Condições Técnicas Especiais - Colocação de tirantes na frente e no tardoz (4 tirantes por m² de parede). - Deve ser prestada particular atenção ao enchimento dos cantos para não permitir a deformação dos painéis laterais. - O gabião deve ser fechado e a tampa unida aos painéis laterais com as operações de união atrás descritas; - Para não haver folgas, e para compensar o inevitável assentamento devido ás cargas transmitidas pelas fiadas sucessivamente sobrepostas, o enchimento dos gabiões deve ultrapassar a sua capacidade em altura em, pelo menos, 5 cm. - Depois de cheia a primeira fiada de Módulos Terramesh System será colocado na sua traseira o geotêxtil previsto no projecto de modo a criar uma total separação entre o Terramesh System cheio de pedra e o aterro que será realizado. A colocação do material de aterro será feita com particular atenção para que os meios mecânicos não pisem a rede de ancoragem dos módulos e as geogrelhas de reforço e que o espalhamento permita manter esticadas as mesmas. Por isso, é aconselhável que o espalhamento seja feito progressivamente a partir do paramento e afastando-se dele. Por outro lado, a compactação, efectuada paralelamente ao paramento, deverá sempre começar a montante aproximando-se do paramento, deixando a zona de 1,00m contígua ao paramento, a última a ser compactada. É proibido efectuar a compactação com engenhos que actuem perpendicularmente ao paramento. Na zona de 1.00 m contígua ao paramento, a compactação será executada através da utilização de engenhos ligeiros (cilindros pequenos ou placas vibratórias manuais) com peso por centímetro quadrado inferior a 80 N. É proibida a utilização de cilindros pesados na zona junto ao paramento. Para a restante zona de aterro a compactação pode ser executada com meios mais pesados e vibrantes. Em ambas as zonas é bastante importante que os meios utilizados não entrem em contacto com os materiais de reforço e que o terreno (especialmente quando este for de granulometria elevada) não os danifique. A empresa responsável pela execução do aterro deverá certificar-se, através de ensaios periódicos, que a densidade de compactação é a mínima exigida, ou seja, 95% do Proctor Normal. 14.2.2.2. Ferramentas A fim optimizar e facilitar a execução das suas estruturas, a MACCAFERRI recomenda a utilização de agrafadoras pneumáticas . Dois tipos de agrafos estão disponíveis: - “Galfan”: para estruturas galvanizadas, em “Galfan” (liga zinc+aluminium) e revestidas a PVC. - Inox: para estruturas revestidas a PVC em ambiente agressivo. Distância entre agrafos: Para uma melhor continuidade estrutural aconselha-se um intervalo de aproximadamente 10 a 12 cm, no máximo de 13 cm, em função da malha e dos materiais de enchimento assim como o tipo de trabalho a ser realizado. Pág.161 Condições Técnicas Especiais 14.2.3. Gabiões Electrosoldados para Arquitectura 14.2.3.1. Definições Os Gabiões Electrosoldados para Arquitectura são formados por uma caixa prismática rectangular, elaborada com malha electrosoldada, confeccionada com arame galvanizado “Galfan”, especialmente concebida para revestimento de muros de betão 14.2.3.2. Composição Painéis de malha electrosoldada de 75x75mm com arame de Ø = 4,00mm. Todos os arames são em galvanização “Galfan”. A espessura mínima de revestimento é 275 g/m² para Ø = 4,00mm. Os 6 painéis que compõem um “Gabiarq” estão unidos mediante anéis (agrafes) fabricados com arame de alta resistência(1.700 MPa) de Ø = 3,00mm com revestimento “Galfan” de min, 255gr/m² segundo UNE-EN 10244-2. Montagem do “Gabiarq” As unidades do “Gabiarq” são colocadas na face do muro, mediante a aplicação de placas de chapa galvanizada(5 ou 6 por unidade) e parafusos (buchas metálicas ou de plástico). Os painéis que compõem os gabiões “Gabiarq” são unidos por agrafes. Recomenda-se a sua utilização também para fechar Gabiões, como alternativa ao arame de atar. Estes agrafes são feitos com arame de alta resistência (1.700 MPa) de 3,00mm de diâmetro e galvanizado “Galfan” com revestimento mínimo de 255 g/m² segundo a norma Europeia EN 10244-2 Recomenda-se a utilização de tirantes prefabricados, para manter uma total uniformidade da face à vista, sendo estes fornecidos separadamente, numa quantidade de 6 unidades por cada “Gabiarq”. Estes tirantes são fabricados em arame com galvanização “Galfan”, tendo um diâmetro de 4,00mm. A espessura mínima de revestimento é de 275g/m² para Ø = 4,00mm. Em relação ao transporte, armazenagem, manuseamento e tudo mais a que estas especificações forem omissas devem ser seguidas as indicações do fornecedor. Pág.162 Condições Técnicas Especiais 15. APOIO DE CONSTRUÇÃO 15.1. Apoios Diversos de Construção Civil O apoio de Construção Civil às empreitadas de Instalações Especiais, com todos os materiais e trabalhos inerentes, contemplará as seguintes empreitadas: − Águas e Esgotos; − Electricidade, Comunicações; − Segurança; − Ar Condicionado e Ventilação; − Elevadores. 15.1.1. Águas e Esgotos O Apoio de Construção Civil à empreitada supra referida consiste na execução de todos os trabalhos de base, correntemente aceites como fazendo parte especifica da área de construção: − Passagem de pontos de nível de metro antes da marcação dos roços, a fim de permitir um correcto posicionamento da aparelhagem; − Abertura e tapamento de roços, furos, rasgos, caixas e todo o tipo de aberturas em todas as situações, quer estes tenham que ser feitos em paredes de alvenaria, ou em paredes, pavimentos ou tectos em betão, competindo ao Empreiteiro deixar as superfícies prontas para receber acabamento; − Aberturas e remates em tectos falsos; − Fornecimento de facilidades em energia eléctrica, água, esgotos e espaço para montagem de estaleiro; − Aberturas e tapamento de valas; − Execução de couretes e vigas falsas; − Execução de caixas de visita em alvenaria, completas; − Execução de tubagem enterrada; − Implementação de todas as medidas de segurança, de acordo com a legislação em vigor. 15.1.2. Electricidade, Comunicações O Apoio de Construção Civil à empreitada supra referida consiste na execução de todos os trabalhos de base, correntemente aceites como fazendo parte especifica da área de construção, e que manifestamente não possam estar incluídos na empreitada da especialidade. Pág.163 Condições Técnicas Especiais Nestes casos se inserem as seguintes actividades: − Passagem de pontos de nível de metro antes da marcação dos roços, a fim de permitir um correcto posicionamento da aparelhagem; − Abertura e tapamento de roços, furos, rasgos, caixas e todo o tipo de aberturas em todas as situações, quer estes tenham que ser feitos em paredes de alvenaria, ou em paredes, pavimentos ou tectos em betão, competindo ao Empreiteiro deixar as superfícies prontas para receber acabamento; − Abertura e tapamento de valas, incluindo as devidas protecções à tubagem; − Execução de caixas de visita em alvenaria, completas; − Fixação de caixas de aparelhagem, quadros e todo o tipo de equipamentos que, pela sua natureza, não possam ser fixados pela especialidade; − Aberturas e remates em tectos falsos; − Fornecimento de facilidades em energia eléctrica, água, esgotos e espaço para montagem de estaleiro; − Implementação de todas as medidas de segurança, de acordo com a legislação em vigor. 15.1.3. Segurança O Apoio de Construção Civil à empreitada supra referida consiste na execução de todos os trabalhos de base, correntemente aceites como fazendo parte específica da área de construção, e já indicados nos artigos. anteriores. − Passagem de pontos de nível de metro antes da marcação dos roços, a fim de permitir um correcto posicionamento da aparelhagem; − Abertura e tapamento de roços, furos, rasgos, caixas e todo o tipo de aberturas em todas as situações, quer estes tenham que ser feitos em paredes de alvenaria, ou em paredes, pavimentos ou tectos em betão, competindo ao Empreiteiro deixar as superfícies prontas para receber acabamento; − Abertura e tapamento de valas, incluindo as devidas protecções à tubagem; − Execução de caixas de visita em alvenaria, completas; − Fixação de caixas de aparelhagem, quadros e todo o tipo de equipamentos que, pela sua natureza, não possam ser fixados pela especialidade; − Aberturas e remates em tectos falsos; − Fornecimento de facilidades em energia eléctrica, água, esgotos e espaço para montagem de estaleiro; − Implementação de todas as medidas de segurança, de acordo com a legislação em vigor. Pág.164 Condições Técnicas Especiais 15.1.4. Ar Condicionado e Ventilação O Apoio de Construção Civil à empreitada supra referida consiste na execução de todos os trabalhos de base, correntemente aceites como fazendo parte especifica da área de construção, e que manifestamente não possam estar incluídos na empreitada da especialidade. Nestes casos se inserem as seguintes actividades: − Passagem de pontos de nível de metro antes da marcação dos roços, a fim de permitir um correcto posicionamento da aparelhagem; − Abertura e tapamento de roços, furos, rasgos, caixas e todo o tipo de aberturas em todas as situações, quer estes tenham que ser feitos em paredes de alvenaria, ou em paredes, pavimentos ou tectos em betão, competindo ao Empreiteiro deixar as superfícies prontas para receber acabamento; − Fixação de caixas de aparelhagem, quadros e todo o tipo de equipamentos que, pela sua natureza, não possam ser fixados pela especialidade; − Aberturas e remates em tectos falsos; − Fornecimento de facilidades em energia eléctrica, água, esgotos e espaço para montagem de estaleiro; − Implementação de todas as medidas de segurança, de acordo com a legislação em vigor. Pág.165