País ganha mais de 100 novos hotéis este ano
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País ganha mais de 100 novos hotéis este ano
2 EXPANSÃO | 27 de Junho 2014 SECTOR HOTELEIRO A MAIORIA DAS INFRA-ESTRUTURAS SERÁ INAUGURADA EM 2014 País ganha mais de 100 novos hotéis este ano Actualmente, Angola conta com 176 hotéis, 9.353 quartos e 12.569 camas, representando um crescimento de 13,5%, em termos de número de unidades hoteleiras, em relação ao ano de 2012, altura em que o País possuía 155 hotéis. ESTÊVÃO MARTINS O sector da hotelaria e turismo nacional tem conhecido um desenvolvimento considerável nos últimos anos em todos os domínios, fruto dos diferentes investimentos que têm vindo a ser aplicados no sector. Actualmente, estão em construção 111 unidades hoteleiras de grande, média e pequena dimensão, pertencentes a diferentes consórcios nacionais, com um total de 8.652 quartos. A maioria das infra-estruturas será inaugurada ainda este ano. Em 2008, por exemplo, o sector contava, a nível nacional, com 61 hotéis e 2.822 quartos, e em 2012 o País já dispunha de 155 unidades hoteleiras e 7.956 quartos. Ou seja, em apenas quatro anos quase que foi triplicada a capacidade instalada em termos de unidades. De acordo com dados do Ministério de Hotelaria e Turismo (MINHOTUR), actualmente, o País conta com 176 hotéis, 9.353 quartos e 12.569 camas, representando um crescimento de 13,5%, em termos de número de hotéis, face a 2012. O sector dispõe ainda de 14 aparthotéis, com 725 quartos e 1.068 camas, 87 aldeamentos turísticos, com 2.842 quartos e 3254 camas, perfazendo um total de 13.033 quartos e 16.826 camas a nível nacional. De uma maneira geral, foram construídos, de 2002 a 2014 (12 anos), 126 hotéis em todo o território nacional, de acordo com o órgão ministerial. De referir que o sector hoteleiro e turístico nacional conta também com empreendimentos de pequenas dimensões, nomeadamente 496 pensões, 403 hospedarias e 4.132 restaurantes e similares. Assimetrias entre Luanda e as províncias No entanto, os dados acima ilustrados demonstram que existe assimetrias entre a cidade de Luanda, onde estão concentrados 55% do total de quartos de hotéis do País, e o resto do País. Os projectos em curso levarão importantes infra-estruturas às outras províncias do País, mas, entretanto, longe de satisfazer a demanda, sobretudo no tocante à excelência e à qualidade da oferta. Os altos preços praticados pelo sector hoteleiro em Angola é outra questão a ter em conta e que dever ser acautelada pelas autoridades reguladora de preços, segundo fontes contactadas pelo Expansão. O economista Fiel Constantino, por exemplo, não acredita que os preços dos quartos venham a baixar tão cedo no País, nem mesmo com a entrada em funcionamento de tais unidades hoteleiras. Por sua vez, o também economista e docente universitário Justino Pinto de Andrade considera que a consequência da entrada em funcionamento de mais unidades hoteleiras será, certamente, a concorrência no preço, que deverá baixar. Os indicadores projectam para até 2020 se atingir a cifra de 4,6 milhões de turistas e 4,7 mil milhões Kz “Até ao momento se constatam preços pouco competitivos, se comparados com o exterior do País, o que inibe, de certo modo, a procura. Este é um fenómeno natural, que o tempo e a concorrência ajuda- rão a ultrapassar”, vaticinou. Com os quartos dos hotéis em crescimento, caso se aplique a fórmula clássica do cálculo da força de trabalho, que tem como base um trabalhador por quarto, conclui-se que brevemente serão criados 8.652 novos postos de trabalho no País. Os dados ilustrados demostram que o sector hoteleiro e turístico está em franco desenvolvimento, ocupando paulatinamente o seu espaço no panorama económico nacional. Os indicadores do sector projectam para dentro de seis anos, ou seja em 2020, se atingir a cifra de 4,6 milhões de turistas, 4,7 mil milhões de receitas em Kz e a criação de um milhão de postos de trabalho directos e indirectos. Os dados estatísticos obtidos junto dos operadores turísticos, de acordo com o MINHOTUR, apontam que actualmente trabalham no sector 158 mil pessoas, o que cor- EXPANSÃO | 27 de Junho 2014 3 Midan Studios CRESCIMENTO DO SECTOR HOTELEIRO ERA ESPERADO As contas do sector hoteleiro 176 hotéis Número actual de unidades existentes no País. 126 hotéis Número de infra-estruturas erguidas entre 2002 e 2014 em todo o País. 111 hotéis Quantidade de unidades em construção no País. 1 milhão Número de empregos que o sector hoteleiro deverá criar até 2020 a nível nacional. responde a um aumento de 8.5%, em relação a 2011. Neste mesmo período foram criados 12,3 mil postos de trabalho. Em termos de distribuição dos postos de trabalho por tipo de empreendimento, verificou-se que os restaurantes e similares figuram na linha da frente com 41,6% da força de trabalho, seguido por hotéis com 26%, pensões e outros empreendimentos de alojamento 23,5%. Longe do ideal Entretanto, Fiel Constantino diz que Angola está ainda longe do ideal. Sobre o crescimento do sector hoteleiro e turístico nacional, com o previsto surgimento de mais de 100 hotéis, notou que do ponto de vista numérico, Angola está perante um crescimento considerável, pois trata-se aproximadamente do triplo da oferta de camas em relação aos números atuais. Acrescentou que embora se verifique um crescimento da cadeia hoteleira do País, Angola está todavia longe da capacidade desejada em termos de infra-estruturas, em função do crescimento do turismo de negócio. “Se quisermos desenvolver o turismo em todas as suas vertentes, com turistas locais e estrangeiros, teremos de incrementar ainda mais a rede hoteleira nacional”, disse. Outro aspecto que salta à vista, na opinião do economista, tem que ver com a concentração do crescimento em Luanda, onde, na verdade, o fundamental do turismo se resume ao negócio. Para Fiel Constantino, as unidades hoteleiras são negócios comerciais rentáveis e geram rendimentos passíveis de tributação, tanto em sede de imposto sobre resultados, quanto em impostos sobre rendimentos e de consumo. Logo, avançou, quanto maior for o parque hoteleiro, maior O economista Justino Pinto de Andrade considerou que o crescimento que se assiste no domínio hoteleiro é bastante vigoroso, quer ao nível do número de hotéis, quer no número de quartos a serem criados. Relativamente ao crescimento vertiginoso (quase o triplo) em cerca de seis anos, a fonte referiu que “o mesmo já era esperado”, uma vez que o alcance da paz, em 2002, estimulou diversos investimentos, sendo o sector hoteleiro, um dos mais apetecidos, na medida em que Justino Pinto de Andrade permite uma recuperação relativamente rápida dos recursos aplicados. “O País estava a necessitar de hotéis e similares, fruto de uma maior mobilidade interna e, também, de um maior fluxo de visitantes externos, que nos procuram por diversas razões. Portanto, o projecto é salutar, pois tende a criar desenvolvimento”, referiu. Adiantou que o sector hoteleiro pode gerar ganhos imediatos e com risco reduzido, pois a sua procura é, por norma, realizada por quem tem condições de pagar. Em quase todas as províncias observa-se o surgimento de novos hotéis, cada um procurando apresentar uma mais-valia em relação ao concorrente. Justino Pinto de Andrade disse notar que existe uma tendência para se investir em hotéis de média e grande categoria – que nem sempre correspondem à qualidade do serviço exibido. No tocante à criação de empregos, a fonte notou que, por natureza, este é um sector gerador de emprego, inclusive qualificado, até aos níveis mais baixo. Na visão do especialista, os trabalhadores desta área têm de possuir qualificação profissional, na medida em que os clientes têm o direito de ser exigentes no tratamento que recebem. Porém, disse acreditar que a maior geração de emprego virá quando se enveredar pela criação massiva de unidades mais pequenas e para um segmento de mercado mais modesto, que irá, com certeza, ajudar a reduzir o nível de desemprego que hoje se assiste no País. Relativamente à entrada no País de 4,6 milhões de turistas até 2020, o académico exprimiu as suas dúvidas sobre o modo como se está a contabilizar os supostos turistas. Caso, por exemplo, conforme assinalou, se esteja a contabilizar esses indivíduos, sobretudo a partir das entradas no País com “visto de turista”, esse critério pode ser enganador, uma vez que, como disse, “o conceito de turista prende-se muito com a recreação e o lazer”. Sendo a entrada no País bastante difícil devido aos requisitos solicitados aos preponentes, que geralmente são homens de negócios, fazem-no com “visto de turista”. Para finalizar, Justino Pinto de Andrade lembrou que nos últimos anos já se assiste a um certo turismo interno, de cidadãos nacionais que se deslocam para diversas partes do País, em actividades de recreação e lazer. Este turismo interno, na visão de Justino Pinto de Andrade, deve também ser contabilizado. será a sua contribuição para o financiamento do Orçamento Geral do Estado. No quadro da eliminação das assimetrias a nível nacional, o economista recordou que o investimento deve ser feito em locais com maior vocação para a prática do turismo, sem perder de vista o objectivo de incentivar o desenvolvimento das regiões do interior. “Os turistas que visitarem o mapa das maravilhas e outros roteiros turísticos do País precisarão das condições de alojamento e alimentação nos locais e não na capital, que concentra apenas o turismo de negócio e que também é praticado fora de Luanda”, afirmou. Em relação ainda aos preços dos hotéis, a fonte realçou que o mercado é ainda precário em termos de ofertas e que carece de alguma regulamentação para se desenhar os preços que se adeqúem à realidade do País. “Caso a oferta e as alternati- vas forem maiores ou se for alargando a rede hoteleira nacional, os preços dos hotéis tenderão a baixar ”, referiu, acrescentando que o crescimento do sector imobiliário e da construção estão também entre os factores determinantes para a redução dos preços praticados no País. Sobre o assunto, o presidente do conselho de administração (PCA) do Grupo Opaia, Agostinho Kapia, considerou que o desenvolvimento do sector hoteleiro trará enormes benefícios ao País, sobretudo no que se refere à entrada de turistas e à criação de empregos. Em relação a este último item, Kapaia referiu que a rede hoteleira Opaia Hotels criará cerca de 2.000 postos de trabalho directos e assegurará a formação de um elevado número de profissionais na área hoteleira. O projecto permitirá também a criação de cerca de 20.000 postos de trabalho indirectos. 4 EXPANSÃO | 27 de Junho 2014 SECTOR HOTELEIRO A caracterização do sector hoteleiro e turístico do País Números do sector hoteleiro e turístico O País possui actualmente ... O sector hoteleiro conta ainda com ... Possui também ... O total geral a nível nacional é de ... O sector hoteleiro e turístico conta também com empreendimentos de pequenas dimensões, nomeadamente ... ... 87 aldeamentos turísticos ... ... 14 aparthotéis ... ... 176 hotéis ... ... 725 quartos ... ... 2842 quartos ... ... 13.033 quartos ... ... e 1068 camas. ... 9353 quartos ... De 2002 à 2014 (12 anos) foram construídos no País ... ... e 3254 camas. ... 496 pensões ... ... 126 hotéis. ... e 403 hospedarias. ... e 16.826 camas. Legenda: ... e 12.569 camas. = 20 edificios = 500 Quartos = 500 Camas ... e a criação de ... Os indicadores do sector projectam para dentro de 6 anos, ou seja em 2020, atingir a meta de... ... 4,7 mil milhões de receitas turísticas ... ... 4,6 milhões de turistas, ... ... 1 milhão de postos de trabalho ... ... directos e indirectos. Fonte: GEPE/ MINHOTUR EL HOT são Pen l hote art Ap os ents eamico AldTuríst ia dar spe Ho EXPANSÃO | 27 de Junho 2014 O sector da hotelaria e do turismo nacional tem conhecido um desenvolvimento considerável nos últimos anos em todos domínios. A nível das infra-estruturas, por exemplo, houve um crescimento exponencial, sendo que nos últimos 12 anos foram erguidos 126 hotéis em todo o País, além de outras pequenas infra-estruturas similares. O futuro do sector revela-se promissor, pois nesta altura regista-se a construção de 111 unidades hoteleiras. Os dados indicam ainda que até 2012 serão criados um milhão de empregos directos e indirectos. Quadro de alguns projectos de construção de novos empreendimentos hoteleiros e turístico Nº Designação 01 Executive Hotels Resort And Spa 02 Promotor Nº quartos Prazo de conclusão Localização Estado das obras 80 - Porto Amboim/ Kwanza Sul Em construção Projecto Ilha da Cazanga Golf & Resort Imogestin-SA 96 - Samba / Luanda Em construção 03 Hotel Terminus Restinga Imogestin SA 100 2014 Lobito/ Benguela Em fase de acabamento 04 Hotel Kongo Astória Lda 57 - Soyo /Zaire Em curso 05 Hotel Ndalatando Sunset Lda 38 - Ndalatando/ Kwanza Norte Em construção 06 Hotel Rio Mar Xamg 79 2014 Catumbela Em construção 07 Mapunda Hotel Empresa Fé Ne – Construções Lda 24 - Namibe Em construção 08 Aldeamento Turístico. CV Carlitos Viegas 12 2014 Baia-Farta/Benguela Em construção 10 Grande Hotel Lobito Imosgestin SA 100 2014 Lobito/Benguela Em construção 11 Hotel Internacional Sonangol 370 2014 Luanda Em fase de acabamento 12 Hotel Doce Grupo Pão Doce 50 2014 Lobito/ Benguela Em construção 13 Hotel Umossi Firma Ritex 86 2014 Benguela Em construção 14 Aldeamento Turístico Mupas Beach Resort Organizações Mupas 14 - Benfica /Luanda Em construção 15 Projecto de Construção de um Hotel Organizações Najenipa 34 - Samba/ Luanda Em construção 16 Hotel Bela Vista Grupo Carlin S.A 49 2014 Lobito/Benguela Em construção 17 ALK-HOTEL Alberto KA-Comércio Geral, Lda.24 2014 Kilamba Kiaxi, Bº Sapú, rua Pedro Castro Van-Dúnen ”Loy” Em fase de acabamento 18 Hotel INFOTUR Luanda INFOTUR 126 - Luanda/Viana Paralisada 19 Hotel INFOTUR Cabinda INFOTUR 126 - Cabinda Paralisada 20 Hotel INFOTUR Benguela INFOTUR 126 - Benguela Paralisada - Huíla/Lubango Paralisada Adriano M. Rocha Carvalho 21 Hotel INFOTUR Huíla INFOTUR 126 22 Hotel AAA (3 e 5*) AAA - 2014 86 Hotéis de 3 e 5* em todo território nacional Em fase de acabamento 23 Hotel Avenida Hotel Atlântico Tour Lda 40 2014 Amboim- Gabela Em construção 24 Hotel Vip Grupo -VIP 370 2014 Luanda Em construção 25 Hotel Diamante Endiama 176 2014 Luanda Acabada TOTAL GERAL 25+86 - - - - 111 Fonte: GEPE/ MINHOTUR Mapa dos principais empreendimentos hoteleiro e a sua força de trabalho % Expat/Nac Nº Designação do Hotel Quartos Nº de trabalhadores Nº de expatriados Nº de nacionais NAC EXPAT 1 Trópico 280 281 5 276 98% 2% 2 Alvalade 202 200 4 196 98% 2% 3 HCTA 201 387 10 377 98% 2% 4 Skyna 237 222 7 215 97% 3% 4 Express Catering ---- 1756 47 1707 97% 3% 5 Plurijogos ---- 1271 46 1228 97% 3% 6 Presidente 192 273 11 262 96% 4% 8 Baía 157 175 7 168 96% 4% 9 Epic sana 307 523 57 466 89% 11% Fonte: DNHS 5 6 EXPANSÃO | 27 de Junho 2014 SECTOR HOTELEIRO Entrevista a Agostinho Kapaia “Crescimento do sector hoteleiro é uma fonte de riqueza e de diversificação da economia” O presidente do conselho de administração do Grupo Opaia, detentor da cadeia Opaia Hotels, que nesta altura conta com o Hotel Ekuikui II, na cidade do Huambo, é de opinião que o desenvolvimento do sector hoteleiro e turístico nacional é um forte contributo à diversificação da economia do País. ESTÊVÃO MARTINS Como homem de negócios, qual é o impacto deste crescimento a nível da economia nacional? O turismo é hoje considerado como uma das principais actividades económicas mundiais, e Angola não pode, de maneira nenhuma, descurar esse facto. O crescimento do sector hoteleiro é um indicador muito positivo e poderá vir a representar uma fonte de riqueza e uma possibilidade viável de diversificação da economia nacional, devido à sua natureza transversal e à incidência sobre vários sectores de actividade, com especial destaque para a criação de emprego e dinamização social e económica do País. Estão actualmente em construção 111 unidades hoteleiras a nível nacional de grandes, médias e pequenas dimensões, sendo que muitas delas serão inauguradas ainda este ano. Acredita que com esse número de hotéis os preços dos quartos venham a baixar no País? Embora esses indicadores me pareçam muito positivos, creio que é ainda prematuro falarmos numa eventual redução de preços. A única certeza que tenho é de que o turismo é uma César Magalhães Qual é a sua opinião em relação ao crescimento do sector hoteleiro nacional, sendo que o País contava com 61 hotéis em 2008 e actualmente dispõe de 176 unidades? O sector do turismo e hotelaria assume-se como um dos mais promissores da nossa economia, dadas as características peculiares e as oportunidades de investimento que regularmente surgem. Como tal, o crescimento do sector é também visível ao nível da oferta hoteleira fruto de um processo de recuperação, reabilitação e construção de empreendimentos turísticos e unidades hoteleiras. Por outro lado, a diversidade turística de que Angola dispõe, aliada ao crescimento económico do País, tem captado cada vez mais turistas e visitantes, obrigando o sector a criar condições a fim de se adaptar a uma nova realidade. Creio que a construção de uma estratégia nacional de turismo foi igualmente importante na definição do caminho a seguir e daquilo que se quer para o futuro do sector em Angola. actividade que requer um bom planeamento e uma gestão rigorosa, pois, caso contrário, poderá trazer efeitos indesejáveis e danos irreversíveis. Devemos concentrar as nossas atenções na contribuição que o sector pode dar ao País no sentido de aumentar a capacidade dos seus recursos humanos, de assegurar a manutenção de uma dinâmica económica forte e de reforçar a aposta nas suas características. Os dados estatísticos revelam igualmente que actualmente trabalham no sector mais de 150.000 pessoas e foram criados mais de 12.000 novos postos de trabalho nos últimos anos. O que nos tem a dizer do facto, uma vez que se quer reduzir o índice de desemprego no País? Não tenho dúvidas de que a criação de emprego na área da hotelaria é consequência do crescimento do sector. Sou da opinião de que o turismo deve ser encarado como uma estratégia complementar de reforço ao desenvolvimento do País, na procura da resolução do máximo de alguns dos problemas que afectam a sociedade. Sendo o desemprego um dos maiores desafios sociais com que Angola se depara, é com satisfação que vejo o sector do turismo a crescer e a criar, ao mesmo tempo, oportunidades de emprego nas mais diversas áreas. Qual é a contribuição que pretende dar ao sector hoteleiro nacional com a construção das unidades hoteleira da cadeia Opaia Hotels? A nossa maior contribuição será ao nível do desenvolvimento económico do País nas suas mais diversas vertentes. Contudo, é preciso perceber que os factores económicos não se sobrepõem, por si só, aos factores sociais ou ambientais. O nosso compromisso baseia-se, sobretudo, num modelo sustentável, capaz de compatibilizar o desenvolvimento do sector com o respeito e preservação dos recursos natu- “O compromisso da cadeia Opaia Hotels baseia-se num modelo sustentável, capaz de compatibilizar o desenvolvimento do sector e a preservação dos recursos naturais” rais, culturais e sociais, de forma a criar um equilíbrio entre todos os intervenientes. Acreditamos que só assim se assegurará a qualidade necessária para proporcionar uma experiência inesquecível a quem nos visita e, ao mesmo tempo, preservar aquilo que a comunidade local deseja. Qual é a mais-valia que o projecto tende a trazer ao País? O projecto Opaia Hotels terá uma elevada relevância no ordenamento e na dinâmica territorial, uma vez que permitirá o aproveitamento das infra-estruturas e dos recursos naturais existentes em todo o território nacional, contribuindo para o desenvolvimento da indústria e serviços das províncias em que as unidades hoteleiras forem erguidas se instalarem. Teremos uma larga oferta de novos espaços de lazer, que poderão ser usufruídos por toda a população, como restaurantes, bares, salas de conferência, eventos, piscinas, ginásios, spas.