África 21 Online
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África 21 Online 03/07/14 16:54 (artigo.php?a=1512&e=Cultura) (artigo.php?a=1639&e=Cultura) An invalid WOEID or location was provided. Edição Impressa (index.php) Sou assinante Página Inicial (index.php) > Cultura (editoria.php?e=Cultura) > Artigo () Cultura Ministra angolana da cultura interdita peça de autor guineense | Editoria Cultura | 17/05/2014 Três horas antes (http://www.africa21online.com/africa21flipbook.php) Destaques da edição de JULHO DE 2014 ÁFRICA (EDITORIA.PHP?P=253) O custo da diferença (artigo.php?a=2813&e=) ANGOLA (EDITORIA.PHP?P=8) (artigo.php?a=1512&e=Cultura) (artigo.php?a=1639&e=Cultura) da estreia em Luanda da peça do dramaturgo bissau-guineense Abdulai Sila “As orações de Mansata”, prevista para a noite de sexta-feira no Cine Nacional, em Luanda, a ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, proibiu a sua exibição, alegando não existirem “condições de segurança para o uso público daquele lugar, pois persistem os riscos, nomeadamente de derrocada do tecto”. Cooperação, infraestruturas e diversificação económica (artigo.php?a=2814&e=) A Chá de Caxinde, confrontada com rumores segundo os quais a peça seria interdita, informou o ministério da Cultura que tinha feito diligências para evitar qualquer acidente MOÇAMBIQUE (EDITORIA.PHP?P=165) Sinistralidade rodoviária causa cinco mortes por dia (artigo.php?a=2815&e=) SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (EDITORIA.PHP?P=211) Estratégias para o desenvolvimento (artigo.php? a=2816&e=) RÁDIO Com efeito, um relatório apresentado em março deste ano ao ministério da Cultura de Angola pela construtora portuguesa Teixeira Duarte recomendava o restauro integrado de toda a infraestrutura do Cine Nacional, o único teatro de estilo “italiano” existente na África subsariana, devido a problemas de estabilidade do edifício, bem como na cobertura do tecto e também no palco. Contudo, de março até agora, continuaram a ser realizadas actividades culturais no referido espaço, sem qualquer proibição por parte do ministério da Cultura. A última foi o ato alusivo aos 40 anos do 25 de abril (data da chamada Revolução dos Cravos em Portugal) em Angola. De igual modo, os funcionários da associação cultural Chá de Caxinde, que administra o Cine Nacional, continuam a trabalhar normalmente, não tendo recebido qualquer aviso sobre o alegado perigo que correm. Os dois restaurantes existentes no teatro também não deixaram de funcionar. Os próprios atores da peça têm ensaiado no local desde segunda-feira desta semana. Na quinta-feira, a Chá de Caxinde, confrontada com rumores segundo os quais a peça seria interdita, “por razões técnicas”, informou o ministério da Cultura que tinha feito as diligências necessárias para evitar qualquer acidente, nomeadamente junto do Corpo de Bombeiros e da Polícia Nacional. Não obstante, a ministra da Cultura confirmou na tarde de sexta-feira, em carta oficial, a proibição da exibição da peça de Abdulai Sila, por aquelas razões. De notar que desde que arrendou o Cine Nacional, há vinte anos, a Chá de Caxinde, presidida pelo escritor Jacques dos Santos, tem tentado conseguir o apoio de diferentes entidades, públicas e privadas, incluindo a presidência da República, para reformar completamente o teatro, mas sem qualquer sucesso. A maioria dos poucos melhoramentos realizados até agora tem sido feita com meios e recursos dos associados da organização. Quanto à peça “As orações de Mansata” – considerada uma adaptação de Macbeth, de Shakespeare – é um espectáculo produzido no âmbito do projecto cultural P-Stage, iniciado há um ano em Luanda, em parceria com o grupo teatral angolano Elinga. Conta com um elenco internacional, integrado por artistas de Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Portugal e S. Tomé e Príncipe. A direcção é do português António Barros, da Cena Lusófona/Escola da Noite. O projecto é apoiado pela União Europeia. Na passada quarta-feira, 14, escreveu o Jornal de Angola acerca do texto de Abdulai Sila:-“A peça apresenta um retrato dos mecanismos de corrupção, luta pelo poder e violência extrema, que caracterizam vários regimes políticos em todos o mundo”. Por outro lado, Maria Estela Guedes escreveu na revista Triplov em 2013, citando Hanna Arendt:-“Vivemos uma época pósrevolucionária, em que os licornes e as rainhas dos contos de fadas parecem possuir mais realidade que o tesouro perdido das revoluções”. Redação http://www.africa21online.com/artigo.php?a=1522&e=Cultura Page 1 of 3