AVALIAÇÃO DE LINHAS DE COLAGEM DE JUNTAS DE FINGER
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AVALIAÇÃO DE LINHAS DE COLAGEM DE JUNTAS DE FINGER
1 AVALIAÇÃO DE LINHAS DE COLAGEM DE JUNTAS DE FINGER JOINT UTILIZANDO MADEIRAS DE Pinus taeda E Tectona grandis Mauro Itamar Murara Junior* Ricardo Rosa Peres** * Professor do curso de Engenharia Florestal da Fundação Universidade do Contestado – FUnC – Campus Canoinhas; ** Acadêmico do curso de Engenharia Florestal da Fundação Universidade do Contestado – FUnC – Campus Canoinhas; Resumo - Este trabalho teve por objetivo avaliar o módulo de elasticidade e flexão e da resistência à flexão, de acordo com a instrução normativa EN 310 para trinta corpos de prova de fingers joints, sendo quinze da espécie Pinus taeda e quinze da espécie Tectona grandis, na máquina unilateral de teste de blocos EMIC DL 30000. Depois da realização dos testes observou-se que o melhor resultado obtido para fingers joints da espécie Pinus taeda foi para o corpo de prova nove, que apresentou para a variável tensão máxima (47,88 kgf/cm²) e para a variável deflexão (97,08%). Os maiores problemas encontrados para os fingers joints da espécie Pinus taeda ocorreram com o corpo de prova doze, apresentando para a variável tensão máxima o pior resultado entre todos (13,50 kgf/cm²), além de apresentar resultados muito abaixo da média para as variáveis módulo elástico e deflexão. Ainda, pode-se ressaltar que para os fingers joints da espécie Tectona grandis o melhor resultado obtido foi para o corpo de prova quinze, que obteve o melhor resultado para a variável tensão máxima (72,57 kgf/cm²) e para a variável deflexão obteve o segundo melhor resultado (62,35%). Os maiores problemas encontrados para os fingers joints da espécie Tectona grandis ocorreram com o corpo de prova quatro. Este apresentou para a variável tensão máxima o pior resultado entre todos (19,55 kgf/cm²), além de apresentar o pior resultado entre todos para a variável deflexão (18,22%) e, por fim, obteve um valor muito abaixo da média para a variável módulo elástico. Palavras-chave: Polivinil acetato – Resistência finger joint. Abstract - This study aimed evaluate the modulus of elasticity and bending and beding resistance according to standart EM 310 for instruction thirty specimens finger joints, being fifteen species of Pinus taeda and fifteen species of Tectona grandis in the machine unilateral of test blocks EMIC DL 30000. After on specie Pinus taeda was for the instruction nine, showed that for the variable maximum stress (47,88 kgf/cm²) and for the variable deflection (97,08%). The biggest problems found in the finger joints on specie Pinus taeda occurred the instruction twelve, it showed variable for the maximum stress the worst result among all (13,50 kgf/cm²) besides gave results well below the average for the variable elastic modulus and defection. It can still be noted that for the finger joints of the specie Tectona grandis the Best result was obtained for the specimen fifteen, that had the best result for the variable maximum stress (72,57 kgf/cm²) and for the variable deflection obtained the second Best result (62,35%). The biggest problems for the finger joints on specie Tectona grandis occurred with the four specimen, it showed for the variable maximum stress the worst result among (19,55 kgf/cm²), besides 2 occurring deflection reached average modulus. the worst result among for (18,22%) and finally a value well below the for the variable elastic Introdução 3 Com o crescimento do setor madeireiro pode-se dizer que Assim, pode-se entender que a tanto no Brasil quanto no mundo o uso economia brasileira como um todo da matéria-prima vem aumentando apresentou crescimento da ordem de constantemente, seja ela extraída de 5,3% em 2007 frente ao ano de 2006, modo irregular, seja de acordo com as visto que o Produto Interno Bruto – PIB legislações específicas de cada país. do país atingiu US$ 1,30 trilhões Desta (2007). Por sua vez, a indústria de exploração e utilização deste recurso Madeira processada mecanicamente natural, apresentou irracional, crescimento de forma, entende-se quando pode feita que a de forma apresentar sérios aproximadamente 2,3% em 2007, ano danos ao planeta com o passar dos em que o PIB deste segmento chegou anos, sendo que estudos comprovam a US$ 13,1 bilhões (ABIMCI, 2008, p. que o desmatamento descontrolado 02). está contribuindo de forma significativa Por outro lado, a Organização para o aquecimento global. das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação sua que o uso da matéria-prima florestal publicação "Estatísticas Florestais de por parte de muitas empresas ainda é Hoje feita de forma inadequada, uma vez para (FAO), Amanhã" em Neste contexto, pode-se afirmar ("Forestry Statistics Today for Tomorrow"), prevê que que o consumo de madeira roliça para desperdiçada. Esses resíduos são fins industriais vai crescer de 1,6 resultados bilhões desdobro, desengrosso, serramento, de metros cúbicos (m³) parte deste dos recurso processos é de registrados em 1991 para 2,6 bilhões fresamento1, de m³ por volta do ano de 2010; por acabamentos sua vez, o consumo de madeira madeira sofre. Pode-se ainda afirmar serrada vai passar de 456 para 745 que parte das empresas apenas vê a milhões de m³, e o de painéis à base geração de resíduos como um único de madeira crescerá de 121 para 313 problema. Em situações como estas é milhões de m³ no mesmo período 1 (MERCADO p.147). DE MADEIRA, ano. entre e seleções outros que a Fresamento – De acordo com Ferraresi (1977, p. 11) o fresamento é definido como o processo mecânico de usinagem destinado a obtenção de superfícies quaisquer com o auxílio de ferramentas geralmente multicortantes. 4 que se observa quando a empresa móveis, possui visão diretamente ao consumidor final. A empreendedora, aquela que faz a “desproporção” encontrada no Finger diferença Face a e chamada apresenta soluções e é uma também vendidos característica inovadoras, de forma que ao contrário apreciada de se desfazer dos resíduos, agrega a valorizam o estilo e o design na eles um valor de produção, pois ao madeira. reutilizá-lo atribui-lhe novos fins. reaproveitamento de pequenos pedaços de madeira alocados entre nós ou outros defeitos. Esses pedaços são juntados novamente, por meio de “dedos” formados nas extremidades da madeira, que, após a colagem, fica mais resistente do que a matéria-prima original. Esse processo é conhecido como Finger-jointing. O resultado final gerados pelo seu para a empresa, além de apresentar mais uma alternativa para o uso da matéria-prima para diversos outros produtos. Com isso, pode-se diminuir o preço dos produtos manufaturados e reduzir a exploração virgem. na madeira e não na junta realizada. Com isso, há um reaproveitamento da antes serviria para alimentar as caldeiras. Produtos com a junta aparente são destinados a mercados mais exigentes, como o Europeu e o Asiático. Esses painéis são utilizados por fabricantes de 2 Fingers Joints - extremidade com encaixe para facilitar junção das peças de clear. (MATTOS; GONÇALVES; CHAGAS, 2008) processamento passando a gerar lucros diferenciados ruptura no produto, com certeza será que que podem deixar de ser um desperdício, é tão resistente que, se houver uma madeira mercados, Portanto, os resíduos de madeira Os fingers joints2 são feitos com o nesses muito Massa Específica da madeira 5 Para Richter e Burger (1974) a massa específica, já referenciado assegura que, para que possam ser composição química e o volume de feitas comparações entre espécies, as matéria-lenhosa por peso, é talvez a massas e os volumes devem ser característica tecnológica mais determinados a um mesmo teor de importante madeira, pois dela umidade, uma vez que este exerce dependem reflete autor a da que O estreitamente outras influência na massa específica. Dentre propriedades, tais como a resistência as diversas propriedades da madeira, mecânica, o grau de instabilidade a densidade é a mais utilizada, pois se dimensional pela perda e absorção de correlaciona diretamente com o peso, água, etc. com as propriedades físico-mecânicas Nas pesquisas Trendelenburg e Mayer-Wegelin (1956), Murara (2005) encontrou que a massa específica é importante, pois permite tirar conclusões a respeito da madeira como adaptabilidade da material de construção. Este é o motivo de a madeira ser procurada para fins estruturais, devido à boa relação de resistência/peso que da madeira, com a composição celular, podendo ser facilmente determinada. Porosidade/Permeabilidade A porosidade tem uma relação inversa com a massa específica, ou seja, madeiras mais densas possuem menos poros ou poros de menor tamanho. Esse tipo de madeira costuma apresentar tilos ou alto teor de extrativos, diminuindo, assim, sua apresenta. permeabilidade. As diferenças de arranjo dos tecidos, dimensões do lúmen das células, e espessura das paredes celulares determinam valores próprios de massa específica para cada espécie de madeira. Salienta-se que a resistência da madeira está estreitamente relacionada com sua massa específica MURARA, 2005). (PARKER, apud Madeira específica com possui alta menos massa espaços vazios e, consequentemente, dificulta a penetração do adesivo no interior da madeira, diminuindo o ancoramento, gerando um pequeno percentual de adesão mecânica. (VICK, 1999, apud PRATA 2010). Costa Tienne (2006) apud Prata 6 (2010) relata que a porosidade e a porosidade da madeira, Iwakiri (2005) permeabilidade das madeiras afetam afirma que é preciso controlar a consideravelmente viscosidade a adesão das do adesivo, mesmas, tendo em vista que a adesão compensando, assim, a alta mecânica depende principalmente da permeabilidade com o aumento da disposição dos espaços vazios para viscosidade e vice-versa. que haja uma penetração do adesivo dentro da madeira espaços e que vazios desbloqueados, estes Teoria da Adesão estejam A adesão ocorre devido ao assim, “ancoramento” mecânico, forças de permitindo depois da cura, uma fixação do atração molecular física, e ao adesivo por ancoramento. desenvolvimento de ligações químicas entre a madeira e o adesivo. Mas, por outro lado, Iwakiri (2005) afirma que madeira com alta porosidade pode penetração ocasionar numa excessiva consequentemente, e, ocorrer a chamada linha de cola faminta, ou seja, uma fraca ligação entre os substratos. A teoria da adesão pode ser dividida em três partes, a teoria mecânica, a teoria da colagem de polímeros, e a teoria da adesão química. A teoria da adesão mecânica se dá através de enganchamento („interlocking‟) mecânico. A fluidez e penetração do adesivo em substratos Ao analisar os estudos de Vick porosos e Rowell (1990), Prata (2010) afirma ganchos que os adesivos PVAc geralmente substrato após solidificação deste. apresentam bom fluxo nos lúmens das Outra teoria é a colagem de polímeros células na onde a adesão se daria através da superfície a ser colada, mas, dado o difusão de segmentos de cadeias de seu polímeros. As forças de adesão podem que alto estão peso provavelmente expostas molecular, não muito penetram as levariam à fortemente formação de presos ao ser visualizadas como as mesmas produzidas na adesão mecânica, só paredes celulares. de que agora em nível molecular. No penetração do adesivo em função da entanto, as aplicações desta teoria variação também são limitadas. A mobilidade Para adequar da o grau permeabilidade e de longas cadeias de polímeros é 7 bastante restrita, severamente a limitando acetato de vinila, que, por sua vez, é o interpenetração resultado da reação entre o acetileno e molecular proposta nesta teoria. última teoria seria a da A adesão o ácido acético, podendo ser feita de duas maneiras: pode ser obtida química onde a adesão se daria através da fusão entre o calcário e o através de ligações primárias (iônicas, carvão, ou então através da refinação covalentes, coordenadas e metálicas) do petróleo bruto. e/ou através das forças secundárias intermoleculares. (REMADE, 2007, p. 3). Existem hoje no mundo várias normas que regulamentam a resistência dos adesivos para madeira, porém a norma adotada no Brasil, pelo Polivinil Acetato (Pva) menos a mais citada, é EN-204, que Os adesivos Products PVAc, Laboratory, U.S. apresentam características como sendo um líquido pronto para uso, de cor branco a castanho-claro ao amarelo, sendo que a interface de colagem apresenta-se incolor. Quanto à colagem em si, este líquido pode ser aplicado diretamente na madeira, prensado em temperatura ambiente ou frequência, sendo colado, produto o resistência através que mecânica de alta depois de apresenta alta quando em ambiente seco. Seu ponto crítico de utilização se dá em ambientes com altas temperaturas e alta umidade. (PRATA, 2010). classifica os adesivos em quatro grupos de durabilidade: D1; D2; D3 e D4. O grupo menos exigido é a classe D1, que são adesivos aplicados em componentes de uso interior que ficam expostos em ambientes que apresente condições de umidade de equilíbrio de 15%. O grupo mais exigido é a classe D4, que são adesivos aplicados em componentes de uso interior e exterior e que ficam expostos ao tempo com algum tipo de proteção, e que, além de atingir a resistência mínima exigida pela classe D1, tem que apresentar resistência mínima de 4 N/mm² para imersão em quatro dias à temperatura ambiente e para seis horas em fervura Pizzi (1983), ao ser estudado com duas horas imersão em água à por Prata (2010), ressaltou que a temperatura ambiente. (HAUBRICH et produção desta resina é feita através al, 2007 apud PRATA, 2010). da polimerização do monômero de Materiais e Métodos 8 Foram testadas 30 réguas de blocos. A máquina de teste de blocos finger joint, sendo 15 constituídas por impõe uma determinada força ao madeira da espécie Pinus taeda, e 15 corpo de prova, até que este não por Tectona grandis. As réguas de apresente resistência e se rompa. finger Todas joint possuem, dimensões de em 350 média, mm de as ações são registradas automaticamente em um computador comprimento por 19,26 mm de largura atrelado e 12,68 mm de espessura. gráficos demonstrando os processos Os colados corpos com de o prova adesivo foram Polivinil máquina, que geram ocorridos nos corpos de prova ao se constituir o teste. Resultados e Discussões Acetato (PVA), D3. Os testes laboratoriais foram desenvolvidos a de valores obtidos para a tensão máxima, Tecnologia da Madeira da Fundação deflexão e módulo elástico, em fingers Universidade do Contestado, Campus de Canoinhas, local este que apresenta submetidos equipamentos atividades no Laboratório A seguir são mostrados os próprios referentes ao Pinus taeda testes após de serem flexão na para as maquina unilateral de teste de blocos. uso das Os dados obtidos serão observados na propriedades físicas e mecânicas da tabela 01. madeira, para uma pesquisa que, metodologicamente, foi desenvolvida conforme os procedimentos de uma pesquisa experimental. Os corpos de prova foram armazenados na estrutura hermética do laboratório madeira onde de tecnologia se registra da uma temperatura constante de 20°C e umidade relativa de 60%. Posteriormente os mesmos foram submetidos a testes de flexão na máquina unilateral de teste de Tabela 01 – Valores obtidos para Fingers de Pinus taeda após serem submetidos testes de flexão na 9 máquina unilateral teste de blocos de com 13,50 kgf/cm², e para o corpo de prova quatorze, com 19,22 kgf/cm². Os corpos de prova um, sete, dez, onze e treze apresentaram valores acima da média para a tensão máxima, enquanto o restante ficou abaixo desse limite. A variável tensão máxima foi a que apresentou o menor desvio padrão entre as estudadas, com 8,748, fato este que mostra a uniformidade dos resultados obtidos. O coeficiente de variação, que é a razão entre a divisão do desvio padrão pela média, apresentou para a variável tensão máxima o segundo melhor resultado com 30,55%. Quando analisamos a variável deflexão podemos dizer que quanto maior o valor encontrado maior será as quantidades de cargas que o corpo de Ao observamos a tensão máxima (força que a peça resiste até o rompimento da primeira fibra) podemos ressaltar que o corpo de prova nove apresentou o melhor resultado para esta variável, com 47,88 kgf/cm², seguido pelo corpo de prova quinze, com 41,01 kgf/cm², e pelo corpo de prova onze, com 35,62 kgf/cm². Os piores resultados obtidos foram para o corpo de prova doze, prova resiste quando submetido à pressão. Neste caso, define-se deflexão do corpo de prova como sendo o deslocamento de qualquer ponto da peça em relação a sua posição original. O corpo de prova que obteve o melhor resultado para esta variável foi o número nove, com 97,08%, seguido pelo corpo de prova quinze, com 65,92%, e pelo corpo de prova onze, com 60,87%. Apenas o 10 corpo de prova quatorze apresentou Os corpos de prova dois, três, valor para a deflexão acima da média, cinco, oito e dez apresentaram valores enquanto acima o restante ficou abaixo da média para o módulo desta, com destaque para o corpo de elástico, enquanto o restante ficou prova quatro, com 28,34%, e para o abaixo desse limite. corpo de prova três, com 29,99%, sendo estes os piores resultados obtidos para esta variável. A variável - módulo elástico foi a que apresentou o segundo maior desvio padrão entre as estudadas, A variável deflexão foi a que com 12,99, fato este que demonstra a apresentou o maior desvio padrão existência de diferenças entre os entre as estudadas, com 17,91, fato valores máximos e mínimos obtidos este que mostra a grande diferença para esta variável. entre os valores máximos e mínimos obtidos para esta variável. O coeficiente de variação, que é a razão entre a divisão do desvio O coeficiente de variação, que é padrão pela média, apresentou para a a razão entre a divisão do desvio variável - módulo elástico o melhor padrão pela média, apresentou para a resultado, com 18,57%. variável deflexão o pior resultado com 39,65%. Assim após a análise dos dados da tabela 13 podemos concluir que o Estudando o módulo elástico melhor corpo de prova do teste foi o (força que a peça resiste até o número nove, pois este obteve os rompimento da segunda fibra em melhores resultados para as variáveis diante) podemos ressaltar que o corpo - de prova sete apresentou o melhor segundo melhor corpo de prova do resultado para esta variável, com teste foi o número quinze, pois este 91,00 kgf/cm², seguido pelo corpo de obteve o segundo melhor resultado prova quatro, com 86,00 kgf/cm², e para as variáveis tensão máxima e pelo corpo de prova um, com 85,00 deflexão. O terceiro melhor corpo de kgf/cm². Os piores resultados obtidos prova foi o número onze que obteve foram para o corpo de prova doze, valores para as variáveis - tensão com 44,00 kgf/cm², e para o corpo de máxima e deflexão acima da média, o prova quatorze, com 51,00 kgf/cm². tensão máxima e deflexão. O 11 que não ocorreu com mais nenhum outro corpo de prova que restou. O pior corpo de prova do teste foi o doze que obteve para a variável tensão máxima o pior resultado entre Tabela 02 – Valores obtidos para Fingers de Tectona grandis após serem submetidos testes de flexão na máquina unilateral de teste de blocos todos, e para as variáveis deflexão e módulo elástico obteve resultados abaixo da média. O segundo pior corpo de prova do teste foi o quatorze, que obteve o segundo pior resultado entre todos para a variável tensão máxima, e para a variável módulo elástico obteve um resultado muito abaixo da média. O terceiro pior corpo de prova foi o seis, que obteve para a variável tensão máxima o terceiro pior resultado entre todos, e para as variáveis deflexão e módulo elástico obteve resultados abaixo da média. Ainda, pode-se destacar de maneira crescente como piores corpos de prova o cinco, oito, três, quatro, dois, treze, sete, dez e um. A seguir são mostrados os valores obtidos para a tensão máxima, deflexão e módulo elástico, em fingers de Tectona submetidos grandis testes de após serem flexão na Ao observamos a tensão máxima (força que a peça resiste até o maquina unilateral de teste de blocos. rompimento da primeira fibra) Os dados obtidos serão observados na podemos ressaltar que o corpo de tabela 02. prova quinze apresentou o melhor resultado para esta variável, com 72,57 kgf/cm², seguido muito de perto 12 pelo corpo de prova quatorze, com posição original. O corpo de prova que 72,46 kgf/cm², e pelo corpo de prova obteve o melhor resultado para esta dez, com 72,30 kgf/cm². Os piores variável foi o número sete, com resultados obtidos foram para o corpo 63,93%, seguido pelo corpo de prova de prova quatro, com 19,55 kgf/cm², e quinze, com 62,35%, e pelo corpo de para o corpo de prova três, com 28,03 prova dez, com 60,96%. Os corpos de kgf/cm². prova cinco, oito nove e quatorze Os corpos de prova cinco, seis, sete, oito, nove e treze apresentaram valores acima da média para a tensão máxima, enquanto o restante ficou abaixo desse limite. apresentaram valor acima da média para a deflexão, enquanto o restante ficou abaixo desta, com destaque para o corpo de prova quatro, com 18,22%, e para o corpo de prova dois, com 31,86%, A variável tensão máxima foi a este que mostra a grande diferença entre os valores máximos e mínimos obtidos para esta variável. padrão pela média, apresentou para a máxima o pior resultado com 34,83%. apresentou o menor desvio padrão entre as estudadas, com 12,83, fato este que mostra a uniformidade dos O coeficiente de variação, que é a razão entre a divisão do desvio padrão pela média, apresentou para a variável deflexão o segundo melhor resultado com 27,41%. Quando analisamos a variável deflexão podemos dizer que quanto maior o valor encontrado maior será as quantidades de cargas que o corpo de prova resiste quando submetido à pressão. Neste caso, piores resultados obtidos. a razão entre a divisão do desvio tensão os A variável deflexão foi a que O coeficiente de variação, que é variável estes resultados obtidos para esta variável. que apresentou o maior desvio padrão entre as estudadas, com 18,08, fato sendo define-se deflexão do corpo de prova como sendo o deslocamento de qualquer ponto da peça em relação a sua Estudando o módulo elástico (força que a peça resiste até o rompimento da segunda fibra em diante) podemos ressaltar que o corpo de prova quatorze apresentou o melhor resultado para esta variável, com 132,00 kgf/cm², seguido pelo corpo de prova seis, com 131,00 13 kgf/cm², e pelo corpo de prova cinco, segundo melhor resultado para a com piores variável tensão máxima e o melhor resultados obtidos foram para o corpo resultado para o módulo elástico. O de prova onze, com 87,00 kgf/cm², e terceiro melhor corpo de prova foi o para o corpo de prova três, com 88,00 número dez, que obteve o terceiro kgf/cm². maior valor tanto para a variável 128,00 kgf/cm². Os Os corpos de prova nove, dez, treze e quinze apresentaram valores acima da média para o tensão máxima quanto para a variável deflexão. módulo O pior corpo de prova do teste foi elástico, enquanto o restante ficou o quatro, que obteve para as variáveis abaixo desse limite. tensão máxima e deflexão, o pior A variável módulo elástico foi a que apresentou o segundo maior desvio padrão entre as estudadas, com 15,73, fato este que demonstra a existência de diferenças entre os valores máximos e mínimos obtidos para esta variável. resultado entre todos, e, para a variável módulo resultados abaixo da obteve média. O segundo pior corpo de prova do teste foi o três, que obteve para a variável tensão máxima o segundo pior resultado entre todos, e para a variável deflexão O coeficiente de variação, que é elástico, resultado, obteve o alem de terceiro pior possuir um a razão entre a divisão do desvio resultado muito abaixo da média para padrão pela média, apresentou para a a variável módulo elástico. O terceiro variável módulo elástico o melhor pior corpo de prova foi o dois, que resultado com 14,02%. obteve para a variável tensão máxima Assim, após a análise dos dados da tabela 14, podemos concluir que o melhor corpo de prova do teste foi o número quinze, pois este obteve o melhor resultado para a variável tensão máxima e o segundo melhor resultado para a deflexão. O segundo melhor corpo de prova do teste foi o número quatorze, pois este obteve o o terceiro pior resultado entre todos, e para a variável deflexão obteve o segundo pior resultado, além de obter um resultado abaixo da média para o módulo elástico. Ainda, pode-se destacar de maneira crescente como piores corpos de prova o doze, onze, um, treze, seis, cinco, oito, sete e nove. 14 Conclusões e Recomendações - Estudar: Com base nas análises realizadas e - Peças com fingers utilizadas para nos resultados avaliados referentes uso estrutural ou suporte de carga. aos testes de flexão e aos ensaios para a determinação da resistência a abertura da linha de cola em fingers joints tanto da espécie Pinus taeda quanto da espécie Tectona grandis, conclui–se que as empresas responsáveis por este produto devem seguir algumas recomendações como: - Avaliar: - A influência do tempo de colagem em alta frequência na qualidade da linha de cola dos fingers joints; - Diferentes métodos de cura dos adesivos PVA classe D3. - Analisar: - Qual a melhor gramatura (g/cm²) do adesivo PVA classe D3 para as juntas de colagem; - As faces de corte da madeira (Radial e Tangencial), pois estas influenciam a resistência da peça; - A massa específica das espécies que serão utilizadas para a fabricação dos fingers, pois esta resistência da peça; influencia a 15 Referências Bibliográficas ALBUQUERQUE, Carlos Eduardo Camargo; LATORRACA, João Vicente Figueiredo. 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