tamanho e isolamento são fatores preditores da riqueza de

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tamanho e isolamento são fatores preditores da riqueza de
2010
TAMANHO E ISOLAMENTO SÃO FATORES PREDITORES DA
RIQUEZA DE ESPÉCIES DE FORMIGAS?
Gomes, D.S.¹*; Silva, A.P.B.¹; Coelho, R.H.O.¹; Vargas, A.B.¹; Tardin, R.¹ &
Queiroz, J.M.¹.
¹Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, Brasil.
Palavras-chave: Biogeografia
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MATERIAL E MÉTODOS
O Trabalho foi realizado no distrito de Ilha Grande, Angra dos Reis-RJ, no mês de
Novembro de 2009 entre 9 h e 10 h30 min. Para testar a hipótese de que o tamanho e
isolamento afetam a riqueza e constituição de espécies de formigas, utilizamos
“manchas” de vegetação formadas por plantas presentes na areia da praia, para simular
o que seriam fragmentos florestais. O tamanho das ilhas, neste trabalho, foi
representado pela área dessas manchas e medidas de acordo com a sua forma mais
aproximada (elípticas, quadradas, redondas, triangulares, retangulares ou em forma de
trapézio). A areia da praia simulou o entorno do fragmento, sem nenhuma vegetação, e
a vegetação situada próximo à praia representou a área onde esta fragmentação não
ocorreu. No caso do isolamento, tomaram-se como representação para isto suas
distâncias para a vegetação mais próxima da praia. Num percurso de aproximadamente
100 m, todas as 25 manchas de vegetação encontradas tiveram suas áreas anotadas,
assim como sua distância para vegetação, e as formigas encontradas em cada uma delas
foram coletadas e identificadas, posteriormente, em laboratório a nível de gênero e,
quando possível, a nível de espécie. Para saber se a área e o isolamento estavam
interferindo na riqueza e tamanho das ilhas, usou-se o teste de Regressão Múltipla
através do programa Statistica 8.0, e também Regressão Linear Simples para saber se
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INTRODUÇÃO
A teoria da Biogeografia de Ilhas tem sido muito explorada atualmente devido às
respostas de cunho ambiental que têm sido trazidas ao conhecimento de todos, como
por exemplo, as conseqüências que um ambiente florestal fragmentado traz sobre as
mais distintas espécies animais que ali vivem. Segundo esta teoria, o número de
espécies aumenta com o aumento do tamanho da ilhas, porém diminui com o aumento
da distância para o continente mais próximo ou outra fonte de espécies. A composição
das espécies também pode ser alterada, fruto de colonizações recorrentes e extinções,
mas sem alterar o número destas. Segundo MACARTHUR & WILSON (1963), o
número de espécies que habita uma ilha representa um equilíbrio entre taxa de
colonização e de extinção. Vários trabalhos vêm utilizando esta teoria como ferramenta
para ajudar a entender como funciona o processo de fragmentação de habitats
(SOBRINHO 2005). VASCONCELOS (1998), utilizando fragmentos florestais de
diferentes tamanhos, não encontrou relação significativa entre o tamanho do fragmento
florestal e o número de espécies de formigas por hectare. Porém, encontrou resultado
significativo na composição das espécies. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi de
testar a teoria da biogeografia em simulações de ilhas naturais e testar a hipótese de que
o tamanho e isolamento irão influenciar na riqueza de espécies de formigas.
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tamanho e grau de isolamento das ilhas estavam aumentando ou diminuindo a riqueza
de espécies de formigas.
RESULTADOS
Foram encontradas sete espécies de formigas, sendo que a Subfamília Myrmicinae,
com maior número de espécies (3), seguido de Formicinae (2) e Ponerinae e
Dolichoderinae (uma espécie cada). Dorymyrmex sp. foi a espécie mais abundante,
presente em todas as manchas de vegetação (25), seguida de Brachymyrmex sp. e
Camponotus sp. O teste de Regressão Múltipla evidenciou valor significativo entre
riqueza de espécies de formigas e o isolamento das ilhas (t = -3,35; p = 0,02), e não
significativo para as áreas (t = - 0,32; p = 0,76). O teste de Regressão Linear Simples
também demonstrou este padrão, sendo significativo apenas para o isolamento das ilhas
(R² = 0,115; p > 0,05). Os resultados encontrados corroboram com a predição de que o
isolamento seria um importante fator na riqueza de espécies de formigas, apesar de
responder apenas 11 % da regressão (R² = 0,115; p > 0,05), ao passo que o tamanho das
ilhas tenha respondido apenas 0,2% da regressão, sendo este um valor muito baixo e
muito pouco significativo. Este último resultado não era esperado, já que a riqueza de
espécies de formigas aumenta com o aumento da área. As “ilhas” (manchas de
vegetação) não representaram ilhas naturais, oferecendo recursos mínimos e
favorecendo espécies mais adaptadas como Dorymyrmex sp.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MACARTHUR, R.H.; WILSON, E.O. 1967. The theory of island biogeography.
Princeton: Princeton University Press, 1967. 203 p
SOBRINHO, G.S.2005. Resposta da comunidade de formigas à fragmentação de
habitats. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Viçosa. 70 p.
VASCONCELOS, H.L. 1998. Respostas das formigas à fragmentação florestal. Série
Técnica-IPEF. V. 12, p. 95-98.