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Shape Revista do Grupo Sapa • N.º 1 de 2007 SAPASAPA + ALCOA + ALCOA LEIA MAIS NO SUPLEMENTO OLHO PARA CARROS O DESIGNER SIMON LAMARRE ACERCA DO TRABALHO COM O VOLVO C30 OLE ENGER, › CONHEÇA NOVO DIRECTOR DO GRUPO PROFUNDAMENTE › DURMA NUMA CAMA DA HÄSTENS PROFILES LANÇOU AO › SAPA MAR FERRYBOAT RÁPIDO CONTEÚDO Um futuro florescente S ou ceo e presidente do grupo Sapa desde há seis meses, mas a minha experiência na empresa é mais longa do que isso. Faço parte da administração da Sapa desde 2001, e durante este tempo aprendi muito sobre esta empresa extraordinária e moderna, cheia de oportunidades. A situação do mercado da Sapa é boa. Durante esta primeira parte do ano, a procura continuou forte na maioria dos mercados europeus, enquanto que os mercados de imobiliário e transporte continuaram fracos nos EUA. Tanto a Building System como a Heat Transfer têm tido um desenvolvimento de mercado positivo. Temos sido beneficiados por uma economia em crescimento, e um dos maiores desafios é agora tirar partido destas sinergias dentro do grupo, e continuar a melhorar os nossos resultados durante os próximos anos. A fusão do negócio de perfis de alumínio da Sapa e Alcoa foi um trabalho importante durante este primeiro período na Sapa. A nova empresa é apresentada num suplemento especial desta edição da Shape, onde poderá formar uma ideia clara sobre a nova Sapa, da nossa futura posição no mercado e das soluções especializadas e individualizadas que vamos oferecer aos clientes do mundo inteiro. Gostaria de realçar alguns valores e directivas para a nova Sapa. Eu acredito num modelo empresarial descentralizado, onde a produção e os clientes poderão ter uma cooperação próxima. É também importante trabalharmos de acordo com o nosso sistema operacional, Génesis, como forma de construir uma cultura empresarial e criar uma base comum, permitindo-nos assim ter uma visão global da empresa – desde a encomenda até à entrega – como uma cadeia de eventos, onde poderemos criar mais-valias a todos os níveis, passando a ser um parceiro ainda melhor para os nossos clientes. A nova Sapa é líder mundial no sector de perfis de alumínio. Com base na multiplicidade e forças comuns da Sapa e da Alcoa podemos construir um futuro novo e florescente. 10 “One-stop shop” na Polónia Produtos completos, é o futuro da Sapa Aluminium em Trzcianka. 08 Automóveis mais leves e favoráveis para o meio ambiente, dois desafios para a indústria automóvel. 14 O desporto inspirou o designer Simon Lamarre. 24 20 Ole Enger, CEO e Director do Grupo Nós moldamos o futuro SHAPE • # 1 2007 FSW acelerou a produção de ferryboat rápido no Hawai. A Sapa é um grupo industrial internacional que desenvolve, fabrica e comercializa perfis de alumínio processados, componentes e sistemas à base de perfis e aletas permutadoras de calor em alumínio. A Sapa factura aproximadamente 2 biliões de Euros e emprega cerca de 9.000 colaboradores na Europa, EUA e China. Shape é a revista dos clientes do Grupo Sapa, editada em catorze línguas, duas vezes Travessa-guia engenhosa nos bastidores da Ópera de Estocolmo. por ano. Shape também está disponível em www.sapagroup.com Directora editorial: Eva Ekselius Redactora: Anna-Lena Ahlberg Jansen Layout: Karin Löwencrantz Repro: DONE Produção: OTW Publishing Tipografia: Davidsons Tryckeri, Växjö, Suécia Ilustração da capa: Stefan Ideberg Alteração de endereços: Os clientes informam os seus contactos na Sapa, os empregados informam os seus departamentos salariais e os demais dirigem-se ao departamento de informação: tel. +46 (0) 8 459 59 00. CURTAS & BOAS Projectores que aguentam o calor A Arena Wembley em Londres e o superstar Robbie Williams têm uma coisa em comum - usam iluminação da empresa dinamarquesa Martin Professional, líder do mercado em iluminação digital. Independentemente da dimensão da iluminação ou da sua área de utilização, as lâmpadas dos projectores geram muito calor e têm que ser refrigeradas – para tal utiliza-se perfis de arrefecimento feitos em alumínio. Se o projector vai ser utilizado no exterior, deve também ter uma superfície tratada para resistir à corrosão. “O alumínio é um material fantástico para dispersão de calor. Neste campo, a Sapa poderá contribuir com muita competência no que se refere a integrar funções no perfil de arrefecimento de alumínio”, afirma Hans Christensen, director de compras da Martin Professional. Até o momento, juntamente com a Sapa, a empresa criou um perfil de arrefecimento para dois modelos de projectores para iluminação na construção civil, mas tanto a Sapa como a Martin Professional gostariam que esta cooperação se desenvolvesse ainda mais. Novo segmento de negócios para a Sapa Heat Transfer Ar condicionado para grandes superfícies comerciais e industriais é um novo segmento de negócios para a Sapa Heat Transfer. O cliente é a empresa dinamarquesa Alu Heat Exchanger. A Sapa Heat Transfer trabalha principalmente para a indústria automóvel. Com este novo contrato, abre-se também o mercado de instalações estacionárias de refrigeração. O desenvolvimento de produto foi feito em conjunto por três empresas do grupo Sapa. Tubos e depósitos foram desenvolvidos pela Sapa Heat Transfer em Finspång na Suécia e pela Sapa Heat Transfer Tube em Remscheid na Alemanha, e a Sapa Technology contribuiu com a sua competência na área de técnicas de refrigeração. Inicialmente, o fabrico será feito na Europa e num futuro próximo também na China. “Criar um bom ambiente confortável em edifícios coloca-nos perante novas exigências. Vemos também a possibilidade de criar uma mais-valia oferecendo mais componentes prontos a utilizar em sistemas”, diz Kennet Persson, do desenvolvimento de produtos da Sapa Heat Transfer em Finspång. O cobre é o principal material utilizado em sistemas estacionários de ar condicionado há dezenas de anos. Materiais com base em alumínio trazem grandes reduções de custos ao processo de fabrico. As exigências de uma maior eficiência de energia na operação de sistemas de ar condicionado apontam para uma alteração nas técnicas de fabrico. Portas de correr com um design novo O grande interesse por decoração de interiores aumentou também a procura por portas de correr com design. Prisma é o nome de uma nova série de produtos da Elfa, em alumínio anodizado natural e alumínio revestido com madeira laminada. Os produtos estão disponíveis em lojas da especialidade e são compostos por portas de correr no chão com perfis laterais, assim como calhas no chão e tecto também em alumínio. A Sapa Profiler da Suécia participou do trabalho de desenvolvimento e fornece os perfis com alta qualidade de acabamentos. “Os perfis desempenham um papel importante no design das novas portas de correr. O alumínio confere ainda mais estabilidade e maior possibilidade de criar designs novos do que o aço ou a madeira”, afirma Marcus Grimerö, responsável pelas portas de correr na Elfa. A gama de perfis da Prisma é composta por alumínio escovado em prata, bronze, branco e chili. Perfis revestidos com madeira laminada estão disponíveis em vidoeiro ou carvalho. Para esta série de portas de correr, há também belas superfícies de madeira laminada em diversos padrões, folha de alumínio e vidro espelhado ou colorido. As portas de correr da Elfa estão equipadas com rodas inferiores com rolamentos que deslizam suave e silenciosamente. “Todo o peso das portas de correr repousa sobre as calhas do chão. Isso facilita aos nossos clientes a sua montagem em casa”, conclui Marcus Grimerö. # 1 2007 • SHAPE “ O mais importante é poder trabalhar num ambiente onde todos puxam para o mesmo lado. 4 SHAPE • # 1 2007 ” O seu primeiro emprego foi num ferro-velho, e ainda hoje Ole Enger trabalha com metais - mas agora só alumínio. Em Fevereiro foi nomeado CEO e Presidente do Grupo Sapa. Ole Enger é Presidente do Conselho de Administração da Sapa desde 2004, tendo ocupado posições de liderança em várias grandes empresas, entre outras a Norsk Hydro e Orkla. Na sua vida profissional acumulou 15 anos de experiência na empresa americana de alumínio Alcoa, cuja actividade de perfis vai ser agora integrada com a Sapa. A vasta experiência de Ole Enger foi a razão principal da sua nomeação para CEO e Presidente do Grupo Sapa em 15 de Fevereiro. Ele afirma que de momento 80% do seu tempo é tomado pela fusão. “É uma tarefa enorme, implementar a fusão de duas empresas tão grandes. Eu estou na posição única de conhecer a Orkla, Alcoa e a Sapa muito bem. Eu nunca teria aceite ser presidente do grupo Sapa se não fosse estarmos perante uma joint venture”, diz ele. Conheça Ole Enger numa quinta em Hokksund, nos arredores de Oslo. Já antes do seu primeiro emprego - um verão a trabalhar num ferro-velho - ele começou a fazer os primeiros negócios. “Eu tinha apenas dez anos quando comecei a interessar-me por negócios. Como morava numa quinta vendia de tudo, desde animais a morangos, a árvores de Natal”. Ole Enger afirma que foi por um acaso que entrou no ramo do alumínio. Após ter trabalhado como promotor na Norsk Hydro, transitou para a Elkem no princípio dos anos 90. “Foi completamente diferente. Nessa altura quase que não sabia o que era alumínio. Desde essa altura só trabalho com alumínio. Após a Orkla ter adquirido a Sapa, concentrei-me apenas no negócio dos perfis.” Apesar de Ole Enger já conhecer bem o sector, quer sempre aprender mais. Afirma que necessita de saber mais sobre os processos técnicos do fabrico de alumínio. OLE ENGER CRESCEU “Eu não sou de ficar fechado num escritório - todos os dias anseio por visitar as nossas unidades fabris. Quero compreender o que se passa quando ando pelas fábricas da Sapa, por isso vou aprender o processo de extrusão. Tem que se saber o que se está a passar para ser uma pessoa que motiva e estimula. É também um requisito para uma boa comunicação com os colaboradores da organização”, afirma. “Trata-se também de respeitar todas as peças da cadeia de produção. Todos são igualmente importantes. Antes de criar uma visão para a Sapa, tenho que saber o que vamos fazer para ser líderes mundiais. Muitos criam visões que não se coadunam com a realidade.” Enger seja presidente do grupo há pouco tempo, a direcção a seguir pela Sapa está já bem delineada. “A Sapa Profiler é actualmente líder mundial, a Heat Transfer ocupa uma forte posição e a Building System só precisa de crescer. O objectivo é criar uma empresa com capacidade de concorrência em toda a cadeia de produção. Para ter sucesso, estamos dependentes da implementação do sistema operacional Genesis. Só assim seremos os líderes nas três áreas de negócio.” Como estará a Sapa daqui a cinco anos? “A Sapa vai ser significativamente maior do que é hoje. Vamos ter uma produtividade melhorada e incrementar a aproximação ao cliente. Até as quotas de mercado e resultados terão aumentado, o que será a base para um posicionamento no oriente. A posição da Building System e Heat Transfer será melhorada. Se não tivermos atingido isto dentro de cinco anos é sinal que falhámos.” Ole Enger diz que está extremamente motivado no desenvolvimento da organização. Para ele é importante que o modelo de organização descentralizado continue em vigor na Sapa - mesmo depois da fusão com a Alcoa. “Neste negócio tornámos claro desde o início que iria ser uma organização descentralizada. O modelo da Sapa implica que os colaboradores que se encontram na cadeia de produção terão maior influência do que em organizações tradicionais. Este processo continuará até aos operadores.” Quando o Ole Enger resume o que é importante para ele no trabalho, afirma que é o contacto com as pessoas. “O mais importante é trabalhar um ambiente estimulante onde todos remam na mesma direcção. Eu gostaria de ter contacto com todas as pessoas da organização. É o que me faz feliz.” T E XTO CA R L H J E LM F OTO S U S A N N E K R O N H O LM Resumo sobre Ole Enger MESMO QUE OLE Idade: 59 anos Reside: Apartamento em Estocolmo. Família: Esposa e três filhos adultos. Último livro que leu: Leio tudo que seja sobre história. “Faz falta saber mais sobre a nossa história”. Último filme que viu: Gosto mais de ir ao teatro, ópera ou concertos do que ir ao cinema. O que gosta de ouvir: Música clássica, de preferência em concerto. Local favorito no mundo: China. “Os chineses são na generalidade abertos a novas ideias e novos conhecimentos”. Conduz: Volvo XC90 O que mais gosta de comer: Comida chinesa e japonesa. O que não sabemos sobre Ole Enger: “Na minha adolescência dei espectáculos como actor em casamentos e outros. Representava o Peer Gynt de Ibsen”. # 1 2007 • SHAPE 5 Sonhos de alumínio O fabricante de colchões Hästens desenvolveu o seu modelo topo de gama juntamente com a Sapa. Aço e madeira foram substituídos por perfis de alumínio. “O alumínio é leve e oferece uma aparência elegante e de linhas puras”, afirma Emma Sandsjö, directora de comunicação da Hästens. A empresa sueca Hästens, fabricante de camas, foi fundada em 1852. Actualmente, a empresa familiar, já na sua quinta geração, continua a produzir camas. Em 1952, a Hästens foi nomeada fornecedora da Corte Real– um status que a empresa todavia mantém. Em 2005, a empresa fabricante de camas decidiu desenvolver a Citation, o modelo topo de gama de camas reguláveis. O alumínio foi o material de que a empresa mais gostou. “Com este modelo, queríamos atingir um novo nível. Queríamos atingir uma maior funcionalidade, uma estrutura inferior leve e um design bonito”, diz Emma Sandsjö. O desenvolvimento de produtos na Hästens é principalmente feito internamente na empresa. Mas como o alumínio era um material novo para a empresa, a Sapa foi contactada em Agosto de 2005. “A Sapa ajudou-nos com o desenvolvimento do produto, e testámos várias soluções. Logo, encontrámos uma estrutura inferior que era adequada para a Citation. A cooperação com o departamento de desenvolvimento de produtos da Sapa tem sido muito boa. A combinação dos nossos conhecimentos deu resultados.” O DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO DA CITATION ficou pron- to no final de 2005. Até agora, a Sapa já fabricou perfis de alumínio para 1.800 camas. O fabrico inclui extrusão, processamento e acabamentos. Anteriormente, a estrutura inferior da Citation era feita em aço e madeira. Segundo Emma Sandsjö, a escolha de perfis de alumínio no design implica várias vantagens. “O aspecto do design é importante. O alumínio é um material muito actual. É bonito e sóbrio, proporcionando um look que os nossos clientes apreciam. Além disso, o alumínio tornou as camas mais leves e mais fáceis de utilizar”, afirma ela. Uma outra vantagem é que a estrutura inferior é composta por várias peças aparafusadas, em vez de serem soldadas. O modelo desenvolvido foi lançado na Primavera de 2006 e a nova Citation foi muito bem aceite pelos clientes da Hästens. “A Citation é definitivamente uma cama muito popular. Calculamos que as vendas venham a aumentar significativamente em 2007”, diz Emma Sandsjö. textO Carl Hjelm 6 SHAPE • # 1 2007 CURTAS & BOAS Sistema de transporte nos píncaros A empresa holandesa Apollo fabrica sistemas de transporte verticais – um requisito para transportes internos em fábricas, que vai desde saquetas de chá a pneus de camião. Graças ao modelo Spiral Conveyor, os clientes podem aproveitar espaços e melhorar o fluxo de transporte entre vários andares. O modelo foi ainda mais aperfeiçoado e é agora fabricado em perfis de alumínio. “Após uma boa cooperação de desenvolvimento com a Sapa na Holanda, podemos agora fabricar o Spiral Conveyor imediatamente após uma encomenda, reduzindo assim o tempo de produção em 25%. Além disso, o ruído provocado pelo modelo diminuiu, dado ser agora fabricado em alumínio”, conclui Arnold Duim da Apollo. Barras para tendas Tendas são sempre necessárias após catástrofes naturais e em operações militares, como a invasão do Iraque. A J&S Franklin é o maior fornecedor de tendas para as forças armadas britânicas, e necessita por isso de grandes quantidades de barras de armação para tendas. Apenas em 2005, a empresa adquiriu barras de armação para tendas no valor de aproximadamente 17 milhões de coroas suecas. “Obtivemos agora uma primeira encomenda experimental de 5.000 barras de armação para tendas, com 181 cm de comprimento cada. Esperamos que dentro de um futuro próximo, possamos assinar um contrato de cooperação de três anos”, diz John Ward da Sapa Profiles Limited na Inglaterra. Alta tecnologia em tudo A Ldiamon, da Estónia, fabrica aparelhos para monitorização de diálise, tudo com a mais alta tecnologia. Até um simples tubo do suporte em perfil de alumínio está pensado ao mínimo detalhe. Com apenas quatro centímetros de diâmetro, tem que acomodar vários cabos para o ecrã LCD do aparelho e tubos de borracha para diversos medicamentos. Além disso, a altura do tubo do suporte tem ser regulável. “O mercado para este tipo de aparelhos não é grande, de modo que não vai gerar grandes vendas. No entanto, não deixa de ser um exemplo interessante de como estes aparelhos são avançados em todos os aspectos”, afirma Taavi Saksen, técnico de vendas da Sapa Profiilid em Tallin. # 1 2007 • SHAPE 7 MEIO AMBIENTE O alumínio poupa energia facilmente O alumínio consome muita energia quando produzido pela primeira vez, mas é fácil de reciclar e económico. Actualmente, por exemplo, 95% do alumínio existente num automóvel é reciclado. “Numa sociedade de “use e deite fora”, o alumínio é um material bastante mau, mas perfeito numa sociedade consciente do meio ambiente”, diz Johan Lindström, Director Executivo da organização sectorial Aluminiumriket Sverige (Suécia, Reino do Alumínio). T odos os anos, são produzidos no mundo cerca de 50 milhões de automóveis e, nos últimos anos, o parque automóvel tornou-se cada vez mais pesado. É o resultado de equipamentos como ar condicionado, airbags e outros componentes de segurança, que actualmente fazem parte do equipamento standard em muitos automóveis. “Essas unidades pesam bastante. Além disso, os chassis em geral foram reforçados para estar conformes com as crescentes exigências do sector”, constata Johan Lindström. No que diz respeito ao desenvolvimento automotriz, o conforto e a segurança são importantes forças impulsoras. Outro factor importante é o meio ambiente. Há uma vontade política de diminuir a dependência do petróleo, e as exigências para diminuir as emanações de dióxido de carbono aumentam na maioria dos países. Naturalmente, isto vai influir no desenho ulterior dos motores, mas há várias maneiras de melhorar a economia de combustível do automóvel. Um automóvel pequeno e leve consome menos combustível do que um grande e pesado. Um grande desafio para a indústria automóvel hoje em dia é diminuir o peso e ao mesmo tempo aumentar a segurança e o conforto. utilizar novos materiais leves. O plástico, o alumínio e o magnésio são usados cada vez mais em diferentes componentes para diminuir o peso do automóvel e ao mesmo tempo aumentar o seu rendimento. A SOLUÇÃO É 8 SHAPE • # 1 2007 “Aqui existe ainda um grande potencial a explorar. No que diz respeito à escolha de materiais, ainda há muita técnica nova a aprender e muitas formas de pensar antiquadas. A escolha feita pelo desenhador é uma escolha pessoal”, diz Johan Lindström. Mas ao longo dos anos, uma parte dos componentes tradicionalmente em aço e ferro forjado foram sendo substituídos por alumínio, como por exemplo, o bloco do motor e os pára-choques, bem como o módulo atrás do pára-choques que absorve a energia do impacto numa colisão. Muitos detalhes do interior também são de alumínio, bem como as caleiras que se costuma usar para fixar uma bagageira no tejadilho. “O que vem agora são detalhes da carroçaria e chapa. Aí, há muitos que passam do aço ao alumínio. Algumas marcas já o tinham há bastante tempo em algumas séries de fabrico especial, mas agora começa a aparecer também em automóveis standard”, afirma Johan Lindström. Ele refere que o alumínio nos automóveis é um fenómeno novo. Poucos sabem que a Land Rover teve uma carroçaria de alumínio desde os anos 50. Em tempos mais recentes, a Audi foi pioneira na construção da estrutura do automóvel todo em alumínio. O modelo a8 apareceu já em 1994 e foi seguido em 1999 pelo a2, também construído praticamente em alumínio, tanto a carroçaría como as estruturas de sustentação. Um material que compete com o alumínio na construção dos automóveis é o plástico armado com fibras de carbono, o qual também possui uma alta resistência em relação ao seu peso. “O problema é que não é reciclável e não está baseado numa fonte renovável. Isto pode ser contrastado com a bauxite da qual o alumínio é extraído − é praticamente inesgotável.” partir da bauxite exige contudo muita energia. A transformação do óxido de alumínio em alumínio metálico através de electrólise consome muita electricidade. Mas a maior parte do alumínio utilizado nos automóveis é composto por material fundido e PRODUZIR ALUMÍNIO a reciclado, o chamado alumínio secundário. “Tem a mesma alta qualidade que o alumínio primário, o que é uma das grandes vantagens do material. Pode ser reciclado vez após vez sem perda de qualidade. Além disso, na reciclagem o consumo de energia é muito baixo, apenas 5% da energia necessária para produzir alumínio primário”, acentua Johan Lindström. O acesso à matéria-prima para reciclagem é enorme. O peso total dos produtos de alumínio existentes na nossa vida diária é de 460 milhões de toneladas. A produção anual de alumínio é de 27 milhões de toneladas aproximadamente, e o uso cresce constantemente, entre 5% e 10% por ano. muitas possibilidades de usar o alumínio no futuro como um modo de fazer algo positivo para uma sociedade adaptada ao meio ambiente. “Um bom começo seria aligeirar todos os produtos. Vejamos, por exemplo, os frigoríficos. Substituir o aço pelo alumínio talvez não tenha muita importância para a casa, mas para JOHAN LINDSTRÖM VÊ o transporte no mundo, antes do produto chegar ao consumidor final, tem um significado fundamental para diminuir as emanações de dióxido de carbono. Menos peso requer por sua vez outros materiais. E isso tanto nos electrodomésticos e artigos electrónicos para o lar como em outros bens de consumo.” Também o sector da construção tem muito a ganhar optando pelo alumínio como material de preferência. Não se trata tanto de poupar no peso, mas sim e especialmente de poupar na manutenção, o que também é um factor importante para o meio ambiente. “O alumínio pode substituir o aço e a madeira em estruturas e fachadas, por exemplo para evitar que tenham que ser repintadas. É bastante comum nos Estados Unidos, entre outros países. Os arranha-céus e outras construções grandes são frequentemente construídos em vidro e alumínio. O alumínio pode estar sem tratamento e manter-se centenas de anos. Nem sequer é preciso lavá-lo”, diz Johan Lindström. Como curiosidade histórica, ele menciona a igreja de San Giacchino em Roma, do final do século xix, cujo telhado foi construído em alumínio em vez de cobre, como símbolo de categoria. O alumínio era muito caro nessa época. “Ainda hoje, se mantém bem e não necessita de qualquer reparação”, acrescenta Johan Lindström. textO Susanna Lidström ILUSTRAÇÃO helena lunding # 1 2007 • SHAPE 9 Em Trzcianka são basicamente produzidos perfis, mas no futuro serão fabricados cada vez mais componentes, com produtos cada vez mais sofisticados. 10 SHAPE • # 1 2007 EM FOCO: POLÓNIA Forte crescimento na Polónia apa polaca ocupa uma posição forte no seu mercado doméstico, sendo dominante em muitos sectores, dos quais a indústria de construção é o maior. Mas a concorrência aumentou. Todos querem a sua quota no actual surto de construção na Polónia e nos novos investimentos na infra-estrutura, em aceleração permanente desde a entrada do país na ue. “Estamos em fase de alta conjuntura, o que significa que se constrói muito na Polónia. Estão surgindo novos aeroportos, centros de escritórios e hotéis. E nós estamos presentes – temos os conhecimentos e os recursos, e temos reputação de sermos bons parceiros, dignos de confiança”, afirma o Director Executivo Peter Arendt. Há cinco anos, ele previu que a empresa deveria duplicar em cinco anos e o facto é que ele atingiu esse objectivo. O volume de transacções aumentou de 325 milhões de coroas suecas em 2002 para mais de 750 milhões em 2006. No entender de Peter Arendt, metade da produção na Polónia deveria ser exportada. “Ainda não chegamos bem a esse volume, mas já exportamos perto de 25%, calculados em volume. O aumento de perfis maquinados, com maior valor acrescentado, faz com que a per- centagem em valor seja um pouco mais elevada.” Na Alemanha, o maior mercado de exportação, a procura por componentes prontos aumentou fortemente nos últimos anos. As exportações para a República Checa e para a Eslovénia também cresceram, e estamos também em fase de crescimento mais a leste. “Estabelecemos novos contactos A maioria das ferramentas especiais de prensagem são de fabrico local. na Ucrânia e na Bielorússia, países em que antevemos um desenvolvimento positide 700 funcionários, transformou-se no maior vo, embora a médio prazo”, continua. provedor de empregos de Trzcianka. O director de vendas da empresa, Marzena Wiśniewska, é TUDO COMEÇOU EM Trzcianka, uma cidade do um dos fundadores. nordeste na Polónia com 20.000 habitantes. “Quando a Sapa começou na Polónia, há Aí, a Sapa da Polónia instalou a sua primeira 14 anos, não havia aqui nada. Nem sequer prensa em 1993. Desde então a Sapa, com cerca tínhamos prensas quando os meus vendedores › # 1 2007 • SHAPE 11 fotografia: piotr Malecki/Spectrum Pictures. O Director Executivo da Sapa Aluminium na Polónia cumpre o que prometeu. A actividade duplicou em cinco anos. Com novos investimentos em soluções individualizadas, Peter Arendt prevê uma evolução semelhante nos próximos cinco anos. Peter Arendt “ O nosso objectivo é fornecer produtos o mais completos possível começaram a sondar os clientes. Tivemos que começar por explicar o que são e para que servem os perfis de alumínio. Hoje em dia é bem diferente. Os clientes sabem bem o que querem e o que devem exigir, o mercado desenvolveuse – tal como nós mesmos”, comenta Marzena Wiśniewska. A prensa instalada em 1993 continua em serviço, mas os investimentos têm sido constantes desde essa época. Desde que no ano passado investimos numa terceira prensa que nos permite fabricar perfis mais largos e em ligas mais duras, a nossa capacidade em Trzcianka duplicou. “Quase 90% do que produzimos é feito por medida ou segundo especificações do próprio cliente. Muitas das 6.500 ferramentas especialmente confeccionadas também foram feitas em Trzcianka”, afirma o Director fabril Piotr Wieliński, que nos guia na visita à fábrica. da produção são anodizados. Em Trzcianka, já temos duas instalações de anodização, uma mais moderna instalada em 2006 e outra mais velha, de 1994. Neste Outono, vamos substituir a instalação mais velha por uma nova, maior e com mais rendimento, que ficará no prolongamento da instalação de tratamento de resíduos recentemente inaugurada. Damos a maior atenção aos cuidados com o meio ambiente e a nova instalação vai cumprir com os mais severos requisitos ambientais. Os trabalhos complementares, como maquinagem, soldadura e montagem são efectuados em locais junto das prensas e, parcialmente, num edifício no lado oposto de Trzcianka. “Componentes para cadeiras de rodas da empresa alemã Etac”, informa Piotr Wieliński e aponta para quadros de alumínio acabados de soldar. Um pouco mais longe, estantes de tecto para a empresa sueca Thule, painéis de chuveiro para a empresa espanhola Rocca, e peças para painéis solares, um mercado emergente e promissor. Mas o mais interessante, segundo Piotr Wieliński, é um lote de caixas com mercadoria CERCA DE 40% Piotr Wieliński 10 SHAPE • # 1 2007 ” embalada. O conteúdo são kits completos de montagem para produtos da empresa de telecomunicações Ericsson. “Este é o futuro. O nosso objectivo é fornecer produtos o mais completos possível, e cada vez mais registamos encomendas deste tipo.” Piotr Wieliński chama-lhe o conceito “onestop shop” (uma só loja para tudo). A Sapa produz componentes de alumínio e completa com peças adquiridas, adaptadas às necessidades da produção do cliente. Em alguns casos, fornecemos mesmo produtos completos, embalados e prontos conforme especificação. de perfis e a anodização sejam a base da produção, os componentes são o maior factor de crescimento, confirma Peter Arendt. A fase seguinte consiste em implantar o fabrico de componentes em Łódź, onde a Sapa possui uma instalação de pintura por pulverização. Uma nova empresa, Sapa Komponenty, vai dedicar-se principalmente à produção de componentes para a indústria do sector automóvel. A localização em Łódź, e não em Trzcianka, deve-se ao facto de essa cidade estar bem no centro da Polónia, ter uma universidade e escolas superiores próprias e assim simplificar o recrutamento de pessoal. “Já somos os maiores fabricantes de componentes da Polónia. Agora queremos fornecer mercadoria com o maior valor acrescentado possível, embalada e pronta, para oferecer aos clientes soluções industriais e configurações próprias para a montagem final e para a distribuição. Na Polónia, estamos no início e temos muito caminho pela frente, mas para nós isso é um desafio”, diz Peter Arendt. MESMO QUE O FABRICO T E XTO : S u sa n n a Li n d g r e n F OTO G R A F I A : Ja n B ry kc z y n s k › EM FOCO: POLÓNIA A Sapa cria formas italianas Quando a empresa eslovena Gorenje decidiu passar da prancheta à produção da sua nova gama de cozinhas Pininfarina, muitos fabricantes não estavam à altura do desafio. As primeiras tentativas foram feitas com compatriotas do designer Paolo Pininfarina, mas a primeira a conseguir foi a Sapa, da Suécia. “Nenhum dos fabricantes com quem estivemos em contacto antes pôde satisfazer as nossas exigências de qualidade e resistência. Trata-se de um desenho muito especial, em que o painel da porta e o puxador são uma só peça”, informa Irena Pečnik, assistente do director de compras e logística da Gorenje, de Velenje, Eslovénia. A colaboração com a Sapa começou no escritório e continuou na fábri- ca. Os representantes da Gorenje, entre eles Irena Pečnik, assistiram às primeiras prensagens em Finspång, na Suécia. “O painel tem uma forma muito fora do comum. O maior desafio foi o puxador em forma de C”, afirma Irena Pečnik. A Sapa também propôs algumas modificações, que tornaram o painel mais fino e leve, diminuindo o esforço nas dobradiças das tampas e portas. “Algumas partes ainda são produzidas na Suécia mas, em breve, com a entrada em serviço da nova prensa de Trzcianka, podemos transferir a produção para lá”, opina Franc Abram, Director de exportação da Sapa polaca, que foi também o iniciador da colaboração com a Gorenje. # 1 2007 • SHAPE 11 O PERFIL SIMON LAMARRE Ele descreve-se a si mesmo como uma mistura de artista e engenheiro. E gosta de desempenhar ambos esses papéis. O canadiano Simon Lamarre foi o principal designer do novo Volvo C30. O modelo vai ser muito popular entre os jovens executivos solteiros e casais com intensa actividade de tempos livres. S imon Lamarre, designer chefe do estúdio da Volvo Cars em Gotemburgo, afirma logo à entrada para evitar mal-entendidos: desenhar e desenvolver um modelo novo de automóvel não é trabalho para uma só pessoa. “Sem dúvida, trata-se de um trabalho de equipa. Quem afirma o contrário, está simplesmente a mentir.” Durante os vários anos que durou o processo de desenvolvimento do c30, chegaram a trabalhar 40 pessoas na configuração do carro. Sem contar com os que se ocuparam da produção, da comercialização, etc. Mas, é claro que algumas pessoas chave tiveram papel de mais relevo. “Como designer, é claro que tenho de assumir uma certa liderança e tratar de realizar as ideias. Trata-se de um trabalho muito criativo principalmente na fase inicial, mas também até o modelo ser escolhido e o tema estar desenvolvido. Segue-se então uma fase de trabalho muito intenso, em que o designer e os engenheiros decidem sobre as soluções de princípio e as põem em prática”, conta Simon Lamarre. 14 SHAPE • # 1 2007 O caminho até um carro pronto passa por muitas fases em que se analisa com muito cuidado o funcionamento tanto do desenho como das soluções técnicas. À medida que o processo progride, a criatividade e a liberdade artística vão diminuindo. Começa-se com o desenho preliminar, com grandes liberdades; depois, passa-se de uma fase em que os componentes e pormenores ainda podem ser modificados ou deslocados cinco milímetros à fase seguinte, em que só podem ser deslocados meio milímetro. No fim, todas as peças estão definidas e, na gíria automobilística, o produto é “congelado”. “Todos os desvios são objecto de discussão e de troca entre o designer e os projectistas. E as coisas nunca se passam da mesma maneira de uns modelos para outros. Trata-se de um processo orgânico.” projecto, o trabalho de Simon Lamarre passa progressivamente do artesanal/artístico puro para uma abordagem cada vez mais de engenheiro, para resolver problemas. Mas sempre com um bom desenho em mente. “Como piada, costumo dizer que o meu trabalho é 10% a desenhar e 90% a insistir. O NO DECORRER DO › Simon Lamarre em resumo Idade: 38. Formação: Design de produtos na UQAM. Universidade de Québec em Montreal. Currículo: Mudou-se para a Suécia em 1990 e trabalhou na Saab como modelador de barro em 1992. Três anos mais tarde, mudou para a Volvo e organizou a passagem da modelação em barro para a modelação informatizada. Trabalhou no desenho dos interiores do Volvo XC90. Trabalha desde 2002 no desenho exterior do C30. Conduz um: Volvo V70 (tem três filhos), mas pensa comprar um C30. Carros predilectos: Austin Healey e Volvo C30. “Como piada, costumo dizer que o meu trabalho é 10% a desenhar e 90% a insistir”, afirma o designer chefe Simon Lamarre. O PERFIL › 1 meu trabalho consiste, em princípio, em vender as minhas ideias aos demais.” O prémio deste esgotante trabalho é quando o modelo fica completo e pronto. Então a equipa ganha energia e coragem para começar com o projecto seguinte. “Ver um produto novo funcionar pela primeira vez é uma vivência inesquecível … quase irreal”, afirma Simon Lamarre com uma franca risada. Mas, voltemos por uns momentos à prancheta e ao computador. De onde vem a inspiração e as ideias, quando estamos sentados e temos de ser criativos? “Muitos já me perguntaram isso mesmo, e eu ainda não sei o que responder. Trata-se de criar um sentimento, que pode vir de qualquer parte. Pode ser um objecto numa loja. Ou deixar o dia-a-dia e fazer alguma coisa diferente. Ou visitar exposições e feiras.” No projecto do c30, fomos buscar muitas ideias ao mundo do desporto e da moda. O que fazem as pessoas do grupo-alvo nos tempos livres? Como se vestem? O que esperam do seu automó- vel? Estas foram as três questões sobre as quais o grupo de trabalho se debruçou. Verificámos que muito se tratava de pranchas e desportos de prancha. Muitos praticam skateboard, snowboard e wakeboard, e vestem-se pela moda e pelo estilo de vida próprios destes desportos. O resultado foi um carro desportivo e, em termos de Volvo, pequeno. Feito em princípio para um ou dois ocupantes, com a respectiva bagagem e equipamento de tempos livres. tecnologia e do desenho aplicámos soluções novas e velhas. Para contentar o novo grupo-alvo, o carro tinha que ter um aspecto atrevido e fresco, mas com certos pormenores que mostrassem de forma insofismável que se tratava de um Volvo. Um exemplo de visual atrevido e desportivo é a consola central de alumínio escovado. A sua superfície pode ter diversos aspectos, entre outros o padrão “surf ”, que sugere que foi envolvida por uma onda. “Alumínio é um material que permite alta criatividade podendo ser escovado, gravado, pintado ou impresso”, diz Simon Lamarre, NOS CAMPOS DA Um pequeno mas importante pormenor: A Sapa fabrica um apoio do pilar B (o pilar atrás da porta) do Volvo C30. O perfil de alumínio é uma peça relacionada com a segurança e, em caso de colisão lateral, faz com que o pilar B se deforme da maneira prevista pelos projectistas. A capacidade do perfil foi tornada ainda mais útil agregando uma função à secção transversal, um gancho em que descansam parcialmente os bancos. Esta função seria impossível de realizar se a peça fosse feita num material diferente. 16 SHAPE • # 1 2007 2 6 e acrescenta que o alumínio poderá vir a ser muito mais utilizado que actualmente. Como designer, ele gostaria de usar alumínio onde fosse mais bonito, mas reconhece que também tem que levar em conta o meio ambiente. No c30, o material é usado, entre outros, nas jantes e no capot para reduzir o peso e assim diminuir o consumo de combustível. “As exigências ambientais põem os produtores de automóveis perante pressupostos totalmente novos e o alumínio satisfaz muitos desses critérios. Mas os projectistas podem ter mais influência que nós quando, por exemplo, escolhem o material para a estrutura de um banco.” Uma outra característica do alumínio, favorável para o meio ambiente, é a sua capacidade de ser reciclado. Obviamente, a maior desvantagem é o preço. “Há quem faça automóveis completamente de alumínio, mas saem muito caros. Temos sempre de saber quanto o cliente está preparado para pagar. É sempre um compromisso.” Quando Lamarre pensa nos aspecto dos carros do futuro trata-se sempre de, tal como no c30, coordenar velho e novo. 3 4 5 › 7 8 “Em determinados aspectos, não vai ser muito diferente do que é hoje em dia. Continuaremos a usar funções básicas, como quatro rodas e um volante, mas vamos aplicar tecnologias e materiais novos, que vão afectar a performance e a carga sobre o meio ambiente.” Além disso, os carros do futuro vão ser mais adaptáveis às necessidades dos seus proprietários, as quais podem mudar ao longo da vida útil do veículo. Os clientes também vão ter cada vez mais possibilidades de exprimir a sua personalidade e o seu visual por meio de equipamento extra e acessórios. Mas para a Volvo Cars ainda anda tudo em volta do c30. O objectivo é vender 65.000 unidades anuais. O modelo já foi lançado em toda a Europa. E agora chegou a vez do Japão e dos eua. Simon Lamarre conta-nos que no trabalho com o modelo aprendeu muito sobre marketing e vendas – tanto no plano interno como no externo. E ele está muito optimista. “Sinto-me capaz de vender um c30 praticamente a cada habitante deste planeta.” 1, 2 Com alumínio na consola central, pode criar-se uma superfície variável e personalizada, por exemplo escovando, pintando ou gravando o material. 3. O farolim traseiro é, na opinião de Simon Lamarre, a peça mais nobre do C30. Todas as formas expressivas encontram-se nas largas ombreiras, típicas dum Volvo moderno. O que parece ser cromado no interior dos farolins traseiros é, na realidade, uma superfície de plástico aluminizada. 4. Em volta da alavanca das velocidades e do travão de mão, há peças de alumínio que dão um acabamento desportivo ao carro. 5. Mesmo os puxadores internos das portas são de alumínio escovado, para aumentar o aspecto desportivo. 6. No volante, o alumínio foi usado principalmente para reduzir o peso. 7. A Volvo e outros fabricantes de automóveis usam desde há muito tempo jantes de alumínio para diminuir o peso total do automóvel. 8. O deflector spoiler do C30 é uma peça muito funcional, que melhora as características aerodinâmicas e aumenta a estabilidade a altas velocidades. T E XTO T H O M AS Ö ST B E R G F OTO G R A F I A ST E FA N I D E B E R G # 1 2007 • SHAPE 17 A CAMINHO Vem um carro carregado Por mais de três anos trocaram-se ideias entre a Volvo Cars e a Sapa. O resultado foi uma calha para o compartimento de carga em alumínio com funções únicas. O s trabalhos de desenvolvimento estão em curso desde Janeiro de 2004. A nova calha do compartimento de carga, ou “carril”, como é chamado pelo pessoal especializado, é um dos trabalhos da Volvo para tornar os veículos mais seguros. E é também uma consequência das novas exigências segundo as normas din, Deutsches Institut für Normung, estipulando que todos os fabricantes de automóveis têm que equipar os seus veículos com pontos de fixação que possam assegurar uma certa quantidade de carga. A solução elaborada pela Volvo, tendo a Sapa como parceiro activo no desenvolvimento, substitui os olhais de aço existentes nos modelos anteriores das séries v70 e xc70. O que caracteriza a solução como única é, em parte, os quatro ganchos nas calhas do piso, que podem ser movidos e utilizados sem escalonamento ao longo de toda a calha. Além disso, é possível dobrá-los para baixo, no nível do chão, quando não são utilizados, para não danificar a carga que é deslizada ao longo do chão. “Foi um trabalho avançado, obter uma construção em que os ganchos estivessem suficientemente 18 SHAPE • # 1 2007 soltos para serem deslocados e simultaneamente não se moverem por si sós ao mínimo movimento. E ainda por cima têm que estar bloqueados na posição voltada para cima”, esclarece Håkan Muhr, gestor financeiro da Sapa Automotive. A calha de alumínio substitui também consolas, devido ao chão inteiro no compartimento traseiro estar apoiado sobre um rebordo que se sobressai da calha. Além disso, os painéis laterais encaixam para baixo num outro rebordo da calha do compartimento de carga. Deste modo, aproveitam-se as possibilidades do perfil de alumínio para integrar diferentes funções no corte transverso do perfil. NO SISTEMA TAMBÉM estão incluídos ganchos de fixação nos painéis sob as janelas laterais. “Isso possibilita imobilizar a carga tridimensionalmente e nenhum outro fabricante pode oferecer igual”, diz Carin Stenmark, responsável pela tarefa junto à Volvo Cars. Os novos modelos das séries v70 e xc70 começam a ser vendidos no Outono e a Sapa fornecerá anualmente mais de 200.000 calhas para compartimento de carga, constituídas em perfis extrudidos e acessórios respectivos. “A Volvo classificou o sistema de segurança da carga como um argumento de vendas exclusivo. Isso significa que o sistema é um dos aspectos que poderão dar valor acrescentado ao cliente e, com isso, ajudar também a vender o veículo”, diz Carin Stenmark. ELA ACHA QUE a cooperação entre as empresas tem funcionado bem e que durante os trabalhos foram encontrados modos de trabalhar mais rápidos e eficientes. “A Volvo é responsável pela construção, mas nós solucionámos juntos tanto questões grandes como pequenas. A Sapa forneceu um bom apoio com sua competência e conhecimentos”, diz Carin Stenmark. Para o novo sistema de imobilização da carga, a Volvo também oferecerá acessórios como redes separadoras e piso de carga corrediço. TEXTO THOMAS ÖSTBERG CURTAS & BOAS Escola de perfis Lars-Göran Borg, Sapa Profiler, dá dicas sobre medidas e tolerâncias para um design mais estético. Quando os perfis se encontram em ângulo recto uns com os outros ou quando se vai instalar uma tampa removível, é necessário pensar na configuração, de modo que as transferências intramodais tenham uma boa apresentação. Um caso simples é quando dois tubos rectangulares se encontram em ângulo recto. Já que os perfis sempre têm um raio angular, forma-se um canal e eventuais diferenças de nível serão nitidamente visíveis. A solução é fazer uma diferença de nível consideravelmente grande (veja fig.1). Um Fig.1 Banco de jardim poético premiado Em Outubro de 2006, foi decidido pelo quarto ano o concurso de ideias AluminiumDesign, promovido pelas organizações de classe Svenskt Aluminium e Aluminiumriket. Entre as 52 contribuições encontrava-se uma que despertou excepcionalmente o interesse do júri – o banco de jardim Bladvila. O banco foi desenhado pela desenhadora industrial Joanna Eriksson num único bloco de alumínio. O primeiro protótipo está a ser elaborado neste momento, o que também fazia parte do primeiro prémio do concurso. Normalmente, Joanna Eriksson trabalha como desenhadora industrial autónoma e desenha móveis para ambientes públicos e também objectos de vidro. “Estava em busca de um banco de jardim de Suportes leves para écrans leves Os écrans planos estão a conquistar os lares. A Sapa Profiler da Suécia criou um braço regulável em alumínio anodizado para montar televisores e écrans de computador planos em paredes, mesas ou tectos. O produto faz parte do conceito Linjé que é vendido pela Götessons. Linjé encontra-se em inúmeras possibilidades de combinação, tanto para o escritório como para ambientes residenciais. O mercado da Götessons encontra-se nos países nórdicos e em algumas partes da Europa. natureza escultural que funcionasse como decoração em ambientes públicos. Fazendo o banco de jardim em alumínio, o peso diminuiu significativamente. Mas igualmente importante foi o facto de o alumínio anodizado não oxidar”, diz ela. Motivação do júri: “Poesia em alumínio – realmente, com tal lirismo se pode descrever o banco de jardim Bladvila quando este projecta a sua sombra de folhagem. Aqui, quem necessita de descanso também pode deixar os pensamentos viajarem uns instantes. Bladvila é um banco tradicional em nova versão que, de um modo formoso, se harmoniza com a natureza. A linguagem da forma é ousada e não convencional mas, assim mesmo, amável e convidativa.” percurso recto mais curto entre o ângulo e o perfil em conexão absorve as tolerâncias. Frequentemente, não são necessárias tolerâncias especiais, o que é economicamente vantajoso. Devido às tolerâncias da tampa removível e principalmente do perfil, é raro os contornos externos coincidirem exactamente. O problema também é solucionado aqui, fazendo-se uma tampa removível um pouco maior (veja fig. 2). Fig.2 É difícil colocar uma lateral em grandes perfis em forma de U, visto que a tolerância da medida de abertura é relativamente grande. A solução pode ser dividir o perfil em U em vários menores e com articulações incorporadas para deixar que os furos da peça lateral comandem e bloqueiem os perfis na medida exacta (veja fig. 3). Fig.3 # 1 2007 • SHAPE 19 VINJETT PROFILEN JARDIM A CAMINHO DO CÉU A Wibes fabrica escadas há mais de 75 anos e é hoje em dia um dos principais produtores europeus – 2.000 toneladas de escadas de alumínio saem todos os anos da fábrica de Nässjö na Suécia. Todas as escadas passam por rigorosos testes, para garantir a conformidade com os requisitos da norma europeia EN 131, e da norma sueca SS 2091, ainda mais exigente. Todas as escadas da Wibes são marcadas com uma etiqueta que indica, entre outros, a carga admissível, o comprimento e o peso da unidade. E os testes são bem necessários – numa acção da inspecção de trabalho, foram controlados cerca de 2.000 postos de trabalho, e uma escada em cada quatro apresentava falhas tão graves que implicaram a sua substituição. Fel bild Segurança no Verão Chuvoso e frio – infelizmente, assim é geralmente o Verão típico dos países nórdicos. Por isso, espaços exteriores cobertos como as varandas envidraçadas fabricadas pela Novoroom, anexas às vivendas, são cada vez mais populares. Para resistir aos esforços resultantes das condições climáticas e da utilização, toda a estrutura do espaço exterior coberto é de perfis de alumínio anodizado. UTENSÍLIOS DE ALUMÍNIO PARA O VERÃO Sombra acolhedora Com marquises na casa, pode você mesmo decidir quando é que o sol deve ser atenuado. Com vendas em mais de 100 países, a Turnils é o maior fabricante de componentes para protecções contra o sol. Para resistirem ao vento e aos elementos, onde quer que seja no globo terrestre, as peças como braços dobráveis, painéis de tecto e guias são feitas de alumínio. NOVIDADES PARA PISCINAS Cada vez mais proprietários reconhecem as vantagens de uma cobertura para a sua piscina; não entra tanta sujidade, os custos de aquecimento são mais baixos e a água não precisa de tantos produtos químicos. Mas a maior vantagem é a segurança, uma vez que, em muitos países, medidas de segurança são legalmente exigidas aos proprietários de piscinas. Uma solução possível é instalar uma cerca mas a empresa sueca Pool-Guard desenvolveu uma protecção mais simples e mais segura para as crianças – um toldo de enrolar com armação em perfis de alumínio. Os perfis anodizados usados pela Pool-Guard têm uma duração mínima de 20 anos. Assim, podem dar-se muitos e bons mergulhos! 20 SHAPE ••## 11 2007 2007 O Hawaii Superferry, fabricado pela Austal, é um catamarã de 107 metros de comprimento que transporta cerca de 860 passageiros e 280 automóveis. O ferryboat rápido navega pelas ilhas do Havaí. SuperFerry, questão problemática para o construtor naval Quando a empresa australiana Austal inaugurou um novo estaleiro de construção naval na cidade americana de Mobile, Alabama, já tinha uma longa experiência no fabrico de navios mercantes e de guerra em alumínio. O grande desafio era conseguir encontrar perfis de alumínio à altura das expectativas. A Austal foi fundada na Austrália em 1988, com a visão de construir navios mercantes de alta qualidade para o mercado global. Cinco anos depois, a empresa era líder no fabrico de catamarãs de 40 metros para o transporte de passageiros. Hoje, a Austal é o maior fabricante mundial de ferryboats rápidos e ampliou a sua base de produtos, inclusivamente dando um passo para dentro do mercado de embarcações militares. No ano 2000, a Austal abriu um novo estaleiro naval na cidade americana de Mobile, Alabama, e ganhou uma encomenda para produzir o maior ferryboat rápido em alumínio jamais construído nos Estados Unidos – o Hawaii Superferry. Além disso, a empresa, em cooperação com a General Dynamics, recebeu um contrato para construir os navios de guerra da marinha americana, Littoral Combat Ship (lcs). O peso tem um significado muito grande na construção de navios velozes. Por essa razão, é muito natural que sejam fabricados em alumínio. Mas, conseguir o tipo certo de alumínio para navios, nas dimensões pretendidas, nos Estados Unidos, revelou-se ser um desafio de maiores proporções do que a Austal pudesse imaginar. O chefe da divisão de arquitectura, Frank Ryan, esclarece: “Nenhuma outra empresa nos eua tinha construído este tipo de embarcação anteriormente e nenhuma outra empresa tinha utilizado alumínio extrudido nessa extensão. O único fornecedor que se apresentou para nos ajudar, fracassou. Recebemos alumínio deformado e totalmente inaceitável, o que nos causou grandes problemas.” Foi nessa ocasião que o chefe de vendas, Tolga Egrilmezer, da Sapa Mass Transportation da Inglaterra, entrou em contacto com a Austal. › # 1 2007 • SHAPE 21 ” Podemos obter soluções adaptadas às nossas necessidades específicas ” Chris Moyle, chefe de componentes de alumínio da Austal, esclarece: “A Sapa tinha ouvido que fabricávamos grandes navios de alumínio nos Estados Unidos e prontificou-se a fornecer-nos perfis de alumínio extrudido. Anteriormente, tínhamo-nos concentrado no material em bruto propriamente dito, que era tão difícil de obter nos eua, mas demos uma oportunidade à Sapa e eles cumpriram o prometido.” A PRIMEIRA ENTREGA de perfis de alumínio da Sapa foi para o ferryboat rápido Hawaii Superferry. O projecto seguinte – produção do primeiro navio lcs – tinha prazos de entrega mais longos, o que permitiu que a Austal examinasse a gama de produtos da Sapa mais detalhadamente. Optou-se pela introdução da técnica de Soldadura por Fricção Linear (Friction Stir Welding – fsw), uma solução que deu à Austal muitas vantagens. “Quando se trabalha com perfis de alumínio soldados pelo processo mig (soldadura por arco com gás de protecção e eléctrodo fusível) é requerido um grau de competência altíssimo. Em 2004, tínhamos 120 empregados na fábrica de Mobile e reinava uma grande falta de mão-de-obra competente. Vimos uma grande possibilidade de poupar na força de trabalho utilizando fsw”, diz Chris Moyle. “Graças ao facto da Sapa fornecer painéis fsw com 2,2 metros de largura, pudemos reduzir consideravelmente os recursos no processo de fabrico. E, como construtores navais, medimos a nossa eficácia através do total de horas trabalhadas por tonelada, necessários para construir um navio”, acrescenta. 22 SHAPE • # 1 2007 O navio de guerra Littoral Combat Ship é construído como um trimarã para poder suportar duras condições de tempo. Além da grande poupança em horas de trabalho, a Austal poupou também em materiais de consumo como gás e fio de soldadura. Utilizando fsw, conseguiu-se também encontrar uma solução para a falta de mão-de-obra competente. Actualmente, a Austal está a fabricar o segundo exemplar do Hawaii Superferry e o trabalho com o outro navio lcs está com início previsto para meados de 2007. Isto significa que a poupança de mão-de-obra será ainda mais importante para a empresa continuar a ter êxito. Apesar do fsw ter resultado em soluções práticas para os problemas da Austal na produção de navios, a Sapa Mass Transportation desempenhou um papel igualmente importante nos trabalhos. Tolga Egrilmezer esclarece: “A nossa filosofia é desenvolver um tipo de cooperação com o cliente por meio de compreensão das suas necessidades e encontrar soluções que proporcionem valor acrescentado. O objectivo é funcionarmos como um portal de compras para os recursos globais do Grupo Sapa.” A OFERTA À AUSTAL consistiu em fornecer perfis de alu- mínio e painéis fsw da Europa e perfis de alumínio da Sapa Profiles Inc. de Portland, eua. Hoje, a Sapa também coloca à disposição liderança de projectos, recursos em Pesquisa & Desenvolvimento e logística. Segundo Tolga Egrilmezer, a cooperação ganhou realmente velocidade quando um grupo da Austal dos eua e da Austrália visitou a Suécia para ver mais de perto o que a Sapa tinha para oferecer. Sobre isto, tanto Frank Ryan como Chris Moyle estão de acordo e chamam a cooperação de “muito mais do que um simples acordo comercial”. “Sempre recebemos uma resposta imediata dos colaboradores da Sapa. Graças à sua perícia técnica, podemos obter soluções adaptadas às nossas necessidades específicas. Eles não apenas nos ajudaram a poupar força de trabalho, mas também a poupar tempo e dinheiro no que diz respeito a desenvolvimento”, diz Chris Moyle. TEXTO LINDA TROTMAN FOTOGRAFIA AUSTAL USA Um pouco sobre a Mass Transportation •A Mass Transportation é a porta de entrada dos recursos globais do Grupo Sapa para clientes no âmbito das indústrias ferroviárias e de construção naval. A Sapa Mass Transportation trabalha em conformidade com o conceito “one-stop shop”, em que uma equipa especializada se encarrega de todo o processo – da construção até à produção de perfis de alumínio extrudidos e painéis FSW. •Oferece entregas de perfis a partir das instalações de prensagem que sejam mais vantajosas para o cliente. Para a Austal dos EUA, era uma questão de perfis de alumínio da Sapa Profiles Inc. em Portland, EUA, painéis FSW da Suécia e grandes perfis de alumínio da Sapa RC Profiles da Bélgica. W SKRÓCIE Nowe wkręty o łbie gniazdkowym Do łączenia profili aluminiowych najczęściej stosuje się wkręty o łbie gniazdkowym. Ich nowy szablon pozwala obecnie klientom Sapa samodzielnie dobrać metodę łączenia i rodzaj wkrętu, który najlepiej pasuje do ich produktu. – Szablon daje możliwość wybrania wkrętu na etapie tworzenia produktu. Korzystanie z niego nie ma nic wspólnego z analizowaniem rysunków i sprawdzaniem danych w tabelach – mówi Anders Helander z działu obsługi technicznej w firmie Sapa ze Szwecji. Nowy szablon pozwala na wzdłużne i poprzeczne testowanie wkrętów. Jego szerokie zastosowanie obejmuje łączenie zaślepek na prostokątnych profilach aż po przykręcanie lekkich urządzeń. Wspieranie energii słonecznej Energia słoneczna jest zarówno odnawialna, jak również przyjazna dla środowiska. Dlatego też w opinii wielu eksportów stanowi energię przyszłości. Sęk leży w tym, że wytworzenie użytecznej ilości energii wymaga olbrzymich paneli słonecznych. Firma Conergy, niemiecki producent paneli słonecznych, zadbała również o to! Po przygotowaniu projektu nowej struktury nośnej dla swoich paneli słonecznych niemiecka firma skontaktowała się z firmą Sapa. Zgodnie z nowym rozwiązaniem podpory paneli słonecznych obracają się na dwóch osiach, dzięki czemu przez cały dzień mogą wędrować za zmieniającym położenie słońcem. Nowe rozwiązanie zapewnia produkcję energii o 35 % większą niż nieruchome panele słoneczne. – Nasza współpraca rozpoczęła się w lipcu. Myślę, że na początku miałem błędnie wyobrażenie o wielkości tych paneli słonecznych – okazało się, że mają one 16 metrów długości i 6 metrów szerokości – wspomina João Proszę sobie wyobrazić kwadrat o wymiarach Almeida, Dyrektor ds. sprze500 x 500 km, pokryty panelami słonecznymi daży w Sapa w Portugalii. i zlokalizowany na Saharze, największej pustyni Firma Sapa była gotowa świata. Panele słoneczne o powierzchni rozpocząć dostawę gotowych 250 000km2 (mniej niż 3 % obszaru Sahary) byłyby w stanie wytworzyć energię podpór dla Conergy już miesiąc odpowiadającą całkowitemu globalnemu po rozpoczęciu współpracy. zużyciu energii pochodzącej z ropy naftowej, – Mamy nadzieję, że energii elektrycznej i atomowej. Jest to zawrotna współpraca z wiodącą firmą, ilość. Elektrownia słoneczna o tej wielkości prawdopodobnie nigdy nie postanie, ale jaką jest Conergy, jeszcze barprzytoczony przykład wiele mówi o mocy dziej podniesie nasz status na energii słonecznej. rynku – mówi João Almeida. Potężna moc słońca Obróbka powierzchni – jak to się robi? O cechach profili aluminiowych w dużej mierze decyduje ich powierzchnia. Typ pokrycia profilu oraz jego struktura i połysk pozwalają na wiele różnych efektów. Szeroka gama dostępnych metod obróbki powierzchniowej daje nam mnóstwo możliwości. Struktura powierzchni przedmiotu w dużym stopniu determinuje jego wygląd. Stwierdzenie to dotyczy również aluminium. Mechaniczna obróbka powierzchni, czyli szlifowanie, szczotkowanie lub polerowanie, tworzy strukturę, która zapewnia jej bardziej interesujący wygląd. Dostępne dziś metody obróbki powierzchniowej stanowią dla projektantów źródło wielu możliwości, nie wpływając na fizyczne właściwości materiału. Transparentna powierzchnia aluminium oznacza, że anodyzację można łączyć z różnymi rodzajami. • Szlifowanie taśmowe tworzy delikatne linie przebiegające w kierunku szlifowania. Ich ostrość zależy od ziarna materiału ściernego. Szlifowanie szczotkowe zapewnia jedwabistą i matową powierzchnię. • Polerowanie tworzy gładką i lśniącą powierzchnię. Polerowanie wysokopołyskowe nadaje wyjątkowo wysoki blask. • Obróbkę bębnową stosuje się w przypadku małych przedmiotów. Wysokopołyskowa obróbka bębnowa tworzy gładką i lśniącą powierzchnię, a gratowanie usuwa zadziory i wygładza ostre rogi. Obróbkę mechaniczną przeprowadza się przed anodyzacją, która może być kolorowa lub bezkolorowa. Paleta kolorów jest bardzo szeroka. Głębia i połysk dodają powierzchni profili atrakcyjności oraz podkreślają ich strukturę i kształt. Anodowana warstwa jest również wyjątkowo odporna. Anodyzację stosuje się głównie dla tych i produktów, w których powierzchnia odgrywa ważną rolę, na przykład w przypadku mebli. Obudowy głośników. ##1 1 2007 • SHAPE 23 A ÓPERA REAL PARA CONCLUIR... O tecto alto da Ópera Ouro, veludo vermelho-sangue e lustres de cristal. É o que o visitante vê ao entrar na Ópera Real de Estocolmo. Atrás da cena, o aspecto é outro – e 25 metros acima estão suspensas as barras de carga em alumínio que se encarregam de fazer com que os espectáculos funcionem. linguagem interna da ópera, travessa refere-se às barras de carga nas quais são fixados os cenários, reflectores e material semelhante. “O teatro da Ópera contém muito mais alta tecnologia do que se possa imaginar. Aqui existem as mais avançadas técnicas de cena e assim tem sido desde que a arte da ópera foi desenvolvida”, diz Jan Holmgren, maquinista da Ópera. Antes, era necessário suspender uma armação de guias em madeira e metal sob as travessas tubulares de aço para pendurar elementos de decoração, mas isso tomava tempo e reduzia consideravelmente a capacidade de carga. D junto com um colega, uma combinação de travessa e guias – uma travessa-guia configurada em perfil de alumínio. Eles encontraram falhas de funcionamento nos modelos que os teatros de ópera de todos os países nórdicos tinham escolhido e decidiram criar uma travessa-guia própria. A oficina ispositivos de elevação movidos por máquinas e tecnologia informatizada dominam por trás, abaixo e acima da cena da Ópera. Mais acima, sob o tecto, estão suspensos mais de setenta travessas que são elevadas e baixadas. Na 24 SHAPE • Nr 2 2006 POR ESSA RAZÃO, Jan Holmgren começou a estudar, de carpintaria da casa elaborou um primeiro modelo em madeira e a Sapa foi contactada para os trabalhos de desenvolvimento. Hoje, estão em uso cerca de vinte travessas-guias de alumínio com metros de comprimento cada uma. O objectivo é que das Travessa-guia travessas sejam de alumínio em corte dentro dos próximos anos. As transversal. travessas-guias da Ópera, de desenvolvimento próprio, despertaram o interesse no sector e futuramente poderão vir a ser instaladas em outras casas de ópera. “A maior vantagem das nossas travessas-guias é o facto de diversas funções estarem integradas no perfil, o que era impossível com uma travessa tubular de aço. Além disso, o peso é menor, o que permite à travessa-guia suportar uma carga significativamente maior”, diz Jan Holmgren. TEXT DAG ENANDER