07 de Abril de 2016 GCN na mídia
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07 de Abril de 2016 GCN na mídia
07 de Abril de 2016 GCN na mídia - Câmara Setorial do MAPA pretende aproximação com produtor florestal Agronegócio - Sustentabilidade torna agronegócio mais rentável, apontam estudos - Desmatamento do Cerrado para expansão do agronegócio afeta chuvas, dizem cientistas - Mato Grosso do Sul está com 17,5% das propriedades rurais cadastradas no CAR Em destaque - O Código Florestal, os prazos e os corvos - Área de manejo florestal vai chegar a seis milhões de hectares - Matão recorre à tecnologia para gerenciamento de lixo - Empresas brasileiras agora contam com uma "pegada de peso" Empresas - Tratamento de choque - ABB elevará eficiência na expansão da fábrica de celulose da SCA - BNDES, Instituto Votorantim, Fibria e BID iniciam Plano Sustentável - Com participação da Pöyry, nova fábrica da Klabin inicia operação - Programa de sustentabilidade da Syngenta chega a 4 milhões de hectares Executivo DOCS - 1700680v1 - Demandas ambientais relevantes estão na pauta do STJ nesta semana Internacional - EUA alertam sobre perigos das alterações climáticas para a saúde pública - Clima: mais de 120 países já declararam intenção de assinar acordo de Paris Judiciário - Sexta Turma tranca ação de crime ambiental por inépcia da denúncia - Posto e distribuidora de combustível respondem por dano ambiental DOCS - 1700680v1 GCN na mídia Câmara Setorial do MAPA pretende aproximação com produtor florestal Recém empossado, novo presidente da entidade é silvicultor em Goiás Walter Rezende tomou posse no último dia 31 de março em Brasília. Empresário e advogado em Goiás, Walter Rezende também planta eucalipto em seu estado. Não é à toa que no seu discurso de posse como presidente da Câmara Setorial de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na quinta-feira passada (31/03), ressaltou a necessidade de aproximação com o pequeno e médio produtor florestal. Como primeiro produtor rural a ocupar o cargo, Walter Rezende sabe dos desafios que tem pela frente. "Uma das principais ações frente à Câmara é buscar uma solução mais imediata para o setor, a fim de fomentar o mercado, criando um elo entre todos os segmentos da cadeia econômica, desde o produtor ate a indústria", afirmou Rezende. DOCS - 1700680v1 Prof. Dr. Wilcken abordou o status de infestação da praga gorgulho-do-eucalipto no Brasil. A posse de Rezende, que também ocupa a presidência da Comissão de Silvicultura e Agrossilvicultura da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), aconteceu durante a 30ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial. Uma das pautas do encontro foi a ocorrência da praga gorgulho do eucalipto em plantações dos estados de São Paulo e Paraná. O coordenador do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) e vice-diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (FCA/Unesp), prof. Dr. Carlos Frederico Wilcken, explicou que - desde 2013 - esses estados estão sofrendo infestações da praga. "A área atacada já alcança aproximadamente 15 mil hectares este ano. A ausência de geadas e o aumento da temperatura têm favorecido a proliferação do gorgulho nas regiões sul e sudeste", alertou. Carlos Wilken explicou que o primeiro registro do gorgulho no Brasil foi em 1955, no Rio Grande do Sul, o segundo em 1980 no Paraná e posteriormente em Santa Catarina, em 1982. Para ele, a praga foi trazida no transporte de madeira e algumas medidas devem ser tomadas para diminuir a incidência dela. "Hoje, o controle químico é possível, mas não há produtos registrados disponíveis no mercado e a certificação ambiental também é um entrave. A possível solução é fazer um controle biológico, utilizando um fungo que parasita o inseto e aos poucos o dissemina", esclareceu. Consultor da Câmara, Aldo de Cresci vai liderar grupo de trabalho para debater biomassa para energia. Biomassa para energia Um dos temas mais relevantes do momento foi apresentado pelo consultor especial da Câmara Setorial de Florestas Plantadas, Aldo de Cresci que sugere a necessidade de incentivo para produção de biomassa com finalidade de geração de energia. DOCS - 1700680v1 Para Aldo, a árvore plantada é bastante competitiva nessa área, mas ainda há alguns entraves para que travam esse mercado. "Mesmo assim, o potencial dos maciços florestais devem ser considerados como grandes lagos para reserva de energia", afirmou Aldo de Cresci. O presidente da Câmara, Walter Rezende, sugeriu a criação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate e tomar as medidas necessárias para aumentar a produção de biomassa para a geração de energia no Brasil. O grupo será liderado por Aldo de Cresci e será formado por representantes da CNA, Associação Mineira de Silvicultura (AMS), Sociedade de Investigações Florestais (SIF), Associação Baiana de Empresas de Base Florestal (ABAF), Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Associação dos Produtores de Mudas Florestais (ABPMF). Fonte: Painel Florestal | 07.04 Voltar Agronegócio Sustentabilidade torna agronegócio mais rentável, apontam estudos Produzir com sustentabilidade é um negócio economicamente viável para o produtor? Em geral, a máxima é que a sustentabilidade pode ser alcançada, desde que alguém pague a conta. Três estudos relacionados ao tema buscam colocar luz nessa discussão. O resultado surpreende: a adoção de práticas de sustentabilidade pode ser um bom negócio. Os investimentos direcionados à adoção de práticas voltadas às questões ambientais e sociais tornam os negócios mais rentáveis, competitivos e resilientes. Imaflora, Sebrae/MG, Rabobank e pesquisadores do Cepea, da Esalq/USP e da Universidade de Oxford avaliaram a questão. As principais conclusões são que, quanto melhor o desempenho socioambiental na propriedade, melhor será o resultado econômico. Um produtor com alto desempenho socioambiental tende a ser um cliente com maior saúde financeira e, consequentemente, com menor risco para bancos. Com isso, produz com custos menores, obtém produtividade maior e é mais eficiente, devido à adoção de uma boa gestão dos negócios. DOCS - 1700680v1 Os estudos apontam que sustentabilidade com rendimento é coisa não só de grandes produtores mas de pequenos e médios. CRÉDITO Um dos estudos avalia o crédito e indica que ele faz a diferença para a sustentabilidade. O trabalho utilizou a política de sustentabilidade do Rabobank e buscou correlações entre saúde financeira e desempenho socioambiental. Foram utilizadas 1.056 avaliações de 596 produtores clientes do banco em sete Estados de 2009 a 2013. Mas o aspecto socioambiental, mesmo com benefícios, é considerado marginalmente na maior parte do crédito dado à agropecuária. Um segundo estudo sobre a evolução socioambiental no país aborda as certificações e o papel delas no desempenho econômico. As fazendas com certificação levam a uma melhor gestão, com maior produtividade, mais receitas e eficiência produtiva. A produção brasileira em sistemas de sustentabilidade aumentou nos últimos cinco anos, mas dados recentes indicam estabilização. Essa perda de ritmo da adoção se deve aos argumentos de que os consumidores não valorizam o produto certificado, de que a implementação da certificação é cara e de que e empresas compradoras de commodities criam certificações próprias, às vezes com padrão menos rigoroso. CERTIFICAÇÕES Para avaliar essas ponderações, pesquisadores fizeram um outro estudo, com base em dados de 78 fazendas produtoras de café do cerrado mineiro participantes do Programa Educampo do Sebra-MG. Foram utilizados dados de 2008 a 2013 de 24 fazendas certificadas e de 54 similares, mas não certificadas. O resultado da pesquisa indicou que não houve diferença nos custos de produção entre as fazendas. As receitas, no entanto, foram R$ 2.412 maiores por hectare para as propriedades certificadas. O aumento se deve à elevação de 9,4 sacas por hectare na fazenda certificada. Um terceiro estudo foca a gestão e o desempenho ambiental e social. A pesquisa se baseia em dados de 435 auditorias de 2006 a 2014, realizadas em 80 fazendas individuais e 23 grupos de fazenda de café, todas certificadas. O objetivo foi avaliar a contribuição da gestão para o desempenho ambiental e social de propriedades agrícolas. E o resultado indicou que, quanto maior o cumprimento dos critérios de gestão, maior o cumprimento socioambiental na propriedade. DOCS - 1700680v1 Há, no entanto, dificuldades para atingir um sistema pleno de gestão que integre as dimensões operacionais, ambientais, sociais e produtivas. Os desafios vão de fornecimento de água potável para os trabalhadores a planos de saúde e de segurança. Para discutir esses estudos, haverá um seminário na Esalq/USP no próximo dia 12. Fonte: Folha de SP | 05.04 Voltar Desmatamento do Cerrado para expansão do agronegócio afeta chuvas, dizem cientistas Segundo estudo americano, áreas plantadas reciclam menos água que vegetação natural do bioma; avanço rápido da agricultura sobre o Cerrado pode reduzir precipitação também na Amazônia O rápido avanço da expansão agrícola sobre o Cerrado na última década pode estar alterando o ciclo de águas e reduzindo as chuvas não só no bioma, mas na Amazônia, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas americanos. A pesquisa, liderada por especialistas da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, mostra que a expansão da fronteira agrícola, que anteriormente se concentrava na Amazônia, passou a predominar no Cerrado na última década, quando as plantações rapidamente substituíram a vegetação nativa. DOCS - 1700680v1 As plantações reciclam 60% menos água que a vegetação natural; entre 2003 e 2013, a terra dedicada às plantações na região estudada aumentou de 1,3 milhões de hectares para 2,5 milhões, sendo três quartos desse total sobre áreas de Cerrado Os autores da pesquisa, publicada na revista Global Change Biology, usaram dados de satélites dos últimos dez anos para estudar as mudanças no uso do solo em uma região de Cerrado que se estende por 45 milhões de hectares, em Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – onde predominam plantações de soja, milho e algodão. Com base nesses dados, os pesquisadores usaram modelos matemáticos para estimar a quantidade de água que é reciclada do solo e das plantas para a atmosfera, em um processo conhecido como evapotranspiração. Eles concluíram que as grandes plantações reciclam menos água que as áreas cobertas por vegetação nativa, segundo a autora principal do estudo, Stephanie Spera, da Universidade Brown, nos Estados Unidos. “À medida que a agricultura se expande, a mudança de uso do solo pode afetar o regime de chuvas que mantém tanto a vegetação natural como a própria produção agrícola, não apenas no Cerrado, mas também na Amazônia”, disse Stephanie ao Estado. Segundo ela, os ventos que prevalecem nessas regiões de Cerrado levam as massas de ar para o oeste, na direção da Floresta Amazônica. Essa umidade proveniente do Cerrado contribui então para as chuvas na Amazônia. “Metade das chuvas da Amazônia é água reciclada por evapotranspiração. Por isso, uma redução da umidade dessas massas de ar pode causar uma queda das chuvas por lá também”, afirmou Stephanie. Desequilíbrio. De acordo com a pesquisadora, o avanço contínuo da fronteira agrícola no Cerrado, promovido por políticas do governo brasileiro, desequilibra o ciclo de águas, especialmente durante a estação seca. A consequência é a redução das precipitações ou o retardamento das estações chuvosas nos dois biomas. “Na estação das chuvas, as plantações reciclam a mesma quantidade de água que a vegetação nativa. No entanto, durante a estação seca, as áreas agrícolas reciclam 60% menos água do que as plantas originais do Cerrado”, afirmou. Na área estudada nos quatro Estados, a quantidade de terra dedicada a plantações praticamente dobrou, segundo Stephanie, passando de 1,3 milhões de hectares em 2003 para 2,5 milhões de hectares em 2013. “Cerca de três quartos dessa expansão ocorreram sobre a vegetação do Cerrado”, disse. Cultivo duplo. Embora a expansão agrícola no Cerrado possa ameaçar as chuvas na região, segundo o estudo, o problema pode ser amenizado, de acordo com os cientistas, com o uso DOCS - 1700680v1 da técnica de cultivo duplo – quando duas culturas diferentes são plantadas na mesma área na mesma estação. “Em termos de evapotranspiração, a água que é reciclada pelo solo e pelas plantas, voltando à atmosfera, as áreas com cultivo duplo se comportam de uma maneira mais parecida com a da vegetação nativa”, disse um dos autores do estudo, Gillian Galford, da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos. “O cultivo duplo amplia o período em que a evapotranspiração das plantações é equivalente à da vegetação nativa”, afirmou o pesquisador. Segundo ele, o uso de cultivo duplo na região estudada do Cerrado aumentou de 2% das áreas agrícolas em 2003 para mais de 26% em 2013. “Sem esse crescimento do cultivo duplo, a redução da reciclagem de água nas plantações teria sido 25% pior naquela década”, afirmou Galford. “Políticas que estimulem o cultivo duplo podem ser uma saída para mitigar o efeito nocivo da expansão agrícola sobre o ciclo de água do Cerrado”, disse. Fonte: Estadão | 04.04 Voltar Mato Grosso do Sul está com 17,5% das propriedades rurais cadastradas no CAR Faltando menos de 30 dias para término do prazo, Sistema Famasul intensifica ações informativas Área de ILPF no Mato Grosso do Sul A menos de 30 dias para o término do prazo para o preenchimento do CAR/MS - Cadastro Ambiental Rural, e até o momento apenas 17,5% das propriedades rurais já foram cadastradas. O número é alarmante e preocupa o setor produtivo. Para modificar este DOCS - 1700680v1 cenário, o Sistema Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS está realizando uma série de palestras no interior do Estado. O circuito informativo começa em Aquidauana, na próxima segunda-feira (11), a partir das 19h, na sede do sindicato rural do município. No dia 14 de abril é a vez de Brasilândia, às 8h e, no dia 29 de abril, a equipe formada por técnicos do Senar/MS - Serviço de Aprendizagem Rural e do Imasul - Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, abordará o tema em Água Clara, a partir das 13h. Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul e do Brasil têm apenas até o dia 05 de maio para se regularizar, como prevê o novo Código Florestal Brasileiro. Na avaliação da consultora técnica do Sistema Famasul, Daniele Coelho, o evento oportuniza que os produtores rurais tirem todas as dúvidas sobre o tema, considerando que falta pouco tempo para o término do prazo. "Quando o assunto é o CAR/MS, nossa orientação principal é cautela, em dois quesitos: primeiro, não deixar para última hora, próximo do prazo final. E, segundo, tomar cuidado com todas as informações cadastradas, consultando sempre um profissional habilitado", orienta. O preenchimento do CAR/MS é obrigatório e o responsável pelas informações na inscrição é o produtor rural. Sistema Famasul - Além do circuito de palestras no interior do Estado, o Sistema Famasul realiza outras ações referente ao CAR. A primeira é o cronômetro no portal da instituição (www.famasul.com.br), onde os internautas têm acesso a uma contagem regressiva do prazo para a inscrição. O Sistema Famasul divulgou também em seu portal de informações a cartilha Perguntas e Respostas - Novo Código Florestal e Cadastro Ambiental Rural (acesse:http://zip.net/bdszj8), com objetivo de esclarecer as dúvidas dos produtores rurais sobre o preenchimento do CAR/MS . A cartilha, o cronômetro e as palestras são ações do programa Radar Ambiental. Sobre o CAR - Para cadastrar suas informações, o produtor rural de Mato Grosso do Sul deve utilizar o CAR-MS, que é integrado ao SICAR, no qual deverá apresentar os dados ambientais de sua propriedade rural no Estado. O sistema já está disponível para inscrições no site do Imasul – Instituto de Meio Ambiente de MS (http://www.imasul.ms.gov.br/). O produtor rural que não se inscrever no CAR-MS até a data limite constará como irregular, podendo ficar impedido de obter licenciamento ambiental, financiamentos e até mesmo restrições na comercialização. Fonte: Painel Florestal | 06.04 Voltar DOCS - 1700680v1 Em destaque O Código Florestal, os prazos e os corvos Uma propriedade rural em Cruzeiro do Sul, no Acre, tem 59 hectares. O dono diz que lá há uma pequena faixa de Amazônia ainda intacta e o resto é "área rural consolidada". O termo, emprestado ao Código Florestal de 2012, sinaliza às autoridades ambientais que, vejam bem, aquilo tudo foi desmatado antes de 22 de julho de 2008. A floresta virou madeira, a terra foi ocupada com soja, pasto, curral, mandioca, casa, mas, como foi antes de 2008, o cidadão pode pleitear anistia às multas desde que se comporte bem, diz a lei. O caso consta do Cadastro Ambiental Rural, o CAR, que todos os proprietários rurais devem fazer até 5 de maio, mas tem duas malandragens: uma sobre quanto se desmatou e a outra sobre quanto. O mentiroso deu azar: caiu na malha fina verde, os analistas do sistema federal Sicar, e se tornou mais um dado para um debate efervescente que acontece no país enquanto a cena política em Brasília segue em turbulência, sem que ninguém saiba bem para onde. Quase 70% da área que deve ser cadastrada no território nacional já tem seu CAR, segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente que controla o processo. A área passível de ser cadastrada é de quase 400 milhões de hectares e praticamente 270 milhões de hectares já fizeram o cadastro, ou 70%. Erros e acertos valem milhões de hectares de florestas no Brasil O esforço de mapear propriedades é para organizar ativos e passivos ambientais do Brasil, mas o CAR está extrapolando funções. Nos assentamentos rurais, por exemplo, há os que correm atrás do papel pensando que talvez ajude, quem sabe, na titulação da terra. O CAR é obrigatório, mas a declaração é voluntária, e quem não fizer não terá acesso a crédito bancário. Tem grande potencial para fundamentar políticas públicas. Tudo lindo, só que não. Neste debate rural e florestal há interesses de todos os tipos. A ministra da Agricultura Katia Abreu defendeu em março a prorrogação do prazo para inscrição no CAR. O Código dava um ano aos produtores, com possibilidade de prorrogar para mais um. É aqui que estamos. Novo adiamento só por lei aprovada pelo Congresso ou por medida provisória do Executivo. Embora o argumento oficial para o pedido de mais prazo seja que os pequenos proprietários nem sabem que o troço existe, são os grandes produtores que estão esperando Godot. "A implementação do Código Florestal tem seus custos", diz Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, que se manifesta contrário à prorrogação. "O Brasil tem a oportunidade única de fazer uma produção agrícola diferenciada do mundo", acredita. DOCS - 1700680v1 A gestão ambiental rural é algo a ser construído. Vem sendo assim desde o Código Florestal de 1934, nunca cumprido. "Nunca tivemos capacidade política de fazer valer as regras no campo. É mais fácil fechar uma indústria do que multar um fazendeiro", diz o consultor ambiental Valmir Ortega, exsecretário de meio ambiente do Pará. "Trata-se de mudar uma cultura política, de um setor, que nos últimos 80 anos se opôs a cumprir este tipo de obrigações", continua. Para ele, prorrogar o prazo do CAR é "reforçar a cultura de que o Estado brasileiro coloca regras que é incapaz de cumprir." Quatro anos depois da aprovação do Código, sua implementação suscita uma rica discussão nas autarquias federais, nos Estados, nas universidades, nos institutos de pesquisa, nas ONGs, nas entidades do agronegócio, nos sindicatos. O momento é estratégico. Feito o cadastro, como recompor os passivos? Com quais instrumentos? Como responder ao desafio de reflorestar 12 milhões de hectares, que é a meta brasileira de redução de emissões de gases-estufa? Com árvores nativas? Com espécies exóticas? O passivo ambiental dos produtores poderia entrar nesta dança? O Código Florestal previu um instrumento econômico, a Cota de Reserva Ambiental, conhecida por CRA, que permite a quem tem passivo comprar áreas florestais excedentes de quem desmatou menos do que podia. Ainda não está regulamentado, mas exige acertos finos para ser eficiente. "Mercados são excelentes otimizadores, mas se não se coloca um critério ambiental, o mercado do CRA só irá otimizar o aspecto econômico", alerta o pesquisador Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), à frente de estudos sobre o potencial destes instrumentos econômicos. A equipe vem destrinchando o que se sabe: no Brasil, o desequilíbrio entre oferta e demanda florestal é muito grande. "A tragédia do país é essa. Já se desmatou tanto, mas tem tanto ainda para desmatar", equaciona Sergio Leitão, diretor do Instituto Escolhas. CAR e CRA, siglas que soam como engasgadas de corvos, são dois dos pilares cruciais da implementação do Código. Erros e acertos nestes mecanismos significam milhões de hectares a mais ou a menos de florestas no Brasil. Vários pontos do Código podem ser revistos brevemente. Há quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIns) apresentadas no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei. O ministro Luiz Fuchs convocou para 18 de abril uma audiência pública para ouvir esclarecimentos de cientistas sobre pendências complexas. "A audiência é uma vitória nossa, para que a sociedade possa voltar os olhos à questão florestal", diz Mauricio Guetta, assessor jurídico do Instituto Socioambiental, o ISA. Uma das ADIns mira os controversos dispositivos que anistiam quem desmatou antes de 2008. É o ponto que beneficiaria aquele proprietário do Acre, se tivesse dito a verdade ou não tivesse caído na malha fina do CAR. Imagens de satélite indicam que o imóvel tinha quase DOCS - 1700680v1 80% de sua área coberta por floresta em julho de 2008 e que em 2011 mais de 27 hectares de mata sumiram. Para piorar, o sujeito declarou menos floresta do que ainda tem, o que indica que pretende derrubar mais. "Porque não acabamos com o desmatamento na Amazônia? Porque a sociedade acha que faz parte do desenvolvimento. Esta é uma luta que temos que vencer", diz Ortega. Daniela Chiaretti é repórter especial. Hoje, excepcionalmente, deixamos de publicar a coluna de Angela Bittencourt. Fonte: Valor | 04.04 Voltar Área de manejo florestal vai chegar a seis milhões de hectares A perspectiva faz parte do plano de ação ao cumprimento das metas assumidas pelo governador Pedro Taques na Cop 21 Floresta nativa no Mato Grosso As áreas passíveis de 'manejo florestal sustentável' em Mato Grosso deverão saltar de 2,8 milhões de hectares, para 6 (seis) milhões nos próximos anos. A previsão foi apresentada na última quinta-feira, 31, na 3ª reunião ordinária do Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), que faz parte do plano de metas do Estado para a COP-21. Durante o encontro que foi conduzido pelo presidente do Cipem, José Eduardo Pinto e que contou com a presença dos presidentes sindicais associados á instituição, o secretárioadjunto de Agricultura da Sedec, Alexandre Possebon, comentou sobre a necessidade de realizar ações integradas com o Cipem, para promover o aumento da produtividade florestal com a base sustentável. DOCS - 1700680v1 "É preciso pensar de forma integrada, não só na floresta plantada, manejo do solo e recomposição vegetal, como em técnicas relevantes para aumentar a produtividade dos derivados florestais como um todo. Estamos propondo ao Cipem uma parceria, para que juntos possamos encontrar uma forma de alavancar e agregar valor aos produtos de floresta nativa, assim, ao invés de exportamos madeira bruta, como tem acontecido, iremos agregar valor e beneficiá-la aqui no Estado agregando maior valor à base industrial", comentou Possebon. Sobre o assunto, o presidente do Cipem, avisou que a instituição está à disposição, reforçando que a "proposta" de fomento para o segmento já aconteceu ao longo dos antigos governos, mas na prática, isso não aconteceu. "Estamos há muito tempo buscando condições para trabalhar. Todas essas propostas são anseios antigos do nosso setor, o problema é que quando troca o governo temos que voltar a estaca zero. O que podemos afirmar é que estamos à disposição para trabalhar em conjunto e cumprir as metas da Cop-21, mas precisamos de uma política que não mude quando ocorre a troca de mandatos. No governo Pedro Taques, estamos encontrando apoio, mas temos que garantir a continuidade de todos esses projetos também para os próximos governos", avalia José Eduardo. A reunião também debateu o andamento dos trabalhos de reestruturação da Pauta da Madeira de MT, que após a conclusão da proposta deverá ser apresentada ao Governo. Também foi discutida a reestruturação da Secretaria do Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema), na qual o Governo do Estado e setores produtivos mato-grossenses, incluindo o Cipem, vão trabalhar em conjunto para implantar o primeiro projeto do Programa Modernizando a Gestão Pública (PMGP). Parte do programa - o projeto "Licenciamento Eficiente" - foi lançado na última sexta-feira, 1, cujo objetivo é promover uma mudança e modernizar processos e rotinas do órgão ambiental, bem como reduzir em até 30% o tempo de análise e resposta ao cidadão quanto à emissão de licenças ambientais. Fonte: Painel Florestal | 05.04 Voltar Matão recorre à tecnologia para gerenciamento de lixo Parceria pioneira permitirá a criação de um programa piloto para criação de logística que reverta um modelo de produção-consumo predatório de recursos DOCS - 1700680v1 A administração de Matão, representada pelo prefeito Chico Dumont, acaba de firmar uma parceria com o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (Cemeai), financiado pela Fapesp, e a cooperativa Reenvolta para o gerenciamento de lixo. O Cemeai, com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, desenvolveu um sistema on-line que permite gerenciar resíduos sólidos de qualquer cidade. Com ajuda da Reenvolta, "o projeto-piloto do programa será desenvolvido em Matão. Por ora, o sistema tem a capacidade de processar quais são os tipos de resíduos, de onde eles estão vindo e para onde vão", conta Francisco Louzada Neto, coordenador de transferência de tecnologia do Cemeai e professor da USP em São Carlos. Para o coordenador administrativo da Reenvolta, Paulo José Penalva Mancini, a parceria é importante pelo pioneirismo. "A crescente geração de resíduos sólidos [lixo] impõe às pessoas, e especialmente às instituições dedicadas à pesquisa e desenvolvimento tecnológicos, o desafio de reverter essa rota que nos direciona à exaustão dos recursos essenciais à vida, reorientando-nos para modelos em que o consumo não promova a degradação irreparável da matéria-prima, muitas vezes com graves consequências ambientais e sociais. A gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos municípios, seja na área privada ou nos setores públicos, são práticas fundamentais para estabelecer logísticas, que revertam um modelo de produçãoconsumo predatório de recursos naturais, para práticas que não interrompam os ciclos naturais da matéria, sem degradá-la irreparavelmente, utilizando-a com parcimônia e possibilitando uso e reúso nos ciclos produtivos e vitais do Sistema-Terra", diz Mancini. "A nossa ideia é usar mais e melhor a tecnologia da informação para uma área que é relativamente nova no Brasil. A pesquisa sobre resíduos sólidos começou na década de 90 e ainda há muito que se fazer, porque isso envolve questões de hábito, cultura, economia, tributos e fiscais", finaliza Mancini. O prefeito Chico Dumont destacou a importância das parcerias, e em especial dessa. "As parcerias são sempre muito importantes. Matão investe muito em meio ambiente, para tornar a cidade cada vez melhor, elevando a qualidade de vida de nossa população. Por tudo isso é fundamental que instituições da sociedade civil tecnicamente capacitadas, e instituições ligadas às universidades públicas brasileiras desenvolvam, em parceria como esta que firmamos, produtos tecnológicos que contribuam para a melhoria do País, como um todo", finalizou. Fonte: DCI | 06.04 Voltar DOCS - 1700680v1 Empresas brasileiras agora contam com uma "pegada de peso" Pegada: certificado permite comparar as vantagens ambientais de produtos brasileiros aos de competidores internacionais. Seja para reduzir seus impactos no meio ambiente, aumentar a competitividade no cenário internacional, ou ainda por pressões do próprio mercado consumidor, cada vez mais empresas buscam certificações que atestem a sustentabilidade de suas operações e produtos. A partir desta quarta-feira (06), as indústrias brasileiras contam com um nova certificação para comunicar seus esforços, emitida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O certificado medirá a pegada de carbono e de água das indústrias, ou seja, quanto dióxido de carbono (CO2) e outros gases de efeito estufa (GEE) associados foram lançados na atmosfera para produzir um determinado produto ou matéria-prima, e o volume de água usado no processo. Ao mensurar esses pontos, será possível registrar a "pegada de carbono" e de água deixada ao longo da produção de itens como aço, alumínio, cimento e vidro e, a partir daí, identificar oportunidades para otimizar os processos e reduzir impactos. O sistema, que será operado pela ABNT Certificadora, foi criado por meio de um processo participativo que envolveu a indústria brasileira e guiado pelo Carbon Trust, consultoria global de estímulo à economia de baixo carbono A concepção e desenvolvimento do sistema contou com o apoio institucional do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e com financiamento do Prosperity Fund, da Embaixada Britânica em Brasília. Vantagens competitivas DOCS - 1700680v1 A certificação envolve 20 empresas, que aderiram ao projeto voluntariamente, dentre estas estão grandes multinacionais como Braskem, CSN, Saint-Gobain, Arcelor Mittal, Votorantim e Novelis, ao lado de pequenas empresas como BR Goods e EDB Polióis Vegetais do Brasil. Receber a certificação é como ganhar um “visto” de acesso a mercados mais exigentes, competindo lado a lado com outros países que já possuem sistemas análogos de medição e certificação, como China, Coréia do Sul, Hong Kong, México, Malásia, Reino Unido, Taiwan e Tailândia. “Na prática, esse sistema irá estimular as empresas a reduzirem suas emissões, pois elas poderão comparar seus números aos de companhias em outros países ao redor do mundo”, diz a EXAME.com João Lampreia, gerente Geral do Carbon Trust no Brasil, ressaltando que não se trata de uma competição entre selos. "Eles não competem entre si, simplesmente atestam a pegada de produtos feitos em diferentes países e, para isso, é importante que as metodologias de medição de pegada sejam iguais e comparáveis. Existe, sim, a competição nos mercados para cada tipo de produto, o alumínio brasileiro, por exemplo, compete com o alumínio chinês em diversos países. O que o selo oferece é um diferencial competitivo a mais para as empresas poderem ressaltar na hora que estiverem tentando fechar contratos de venda”, diz Ele sublinha que cabe a cada companhia avaliar se seus clientes em potencial vão ou não valorizar a pegada dos produtos na hora das decisões de compra. “Grandes empresas no mundo, compradores do alumínio brasileiro, como a Coca-cola, assim como governos, inclusive o brasileiro, têm políticas de compras 'verdes' e priorizam produtos com baixa pegada na hora de decidirem de que fornecedores vão comprar”, destaca. Guy Ladvocat, gerente de Certificação de Sistemas na ABNT, lembra que o fato da matriz energética do Brasil ser mais limpa do que na Europa, por exemplo, já representa uma vantagem para a participação das empresas brasileiras em mercados internacionais, mas garante que isso não será motivo de acomodação. “O que esperamos é que esta vantagem se materializando de fato será um grande incentivo para a redução das emissões, inclusive pelo fato de que os mercados de países mais conscientes em relação à questão ambiental vêm se tornando cada vez mais exigentes. A questão da proteção do meio ambiente só faz realmente sentido quando se busca um processo contínuo de redução dos impactos gerados pela extração de matérias primas, pelos processos produtivos, pelo uso e descarte dos produtos, ou seja, ao longo do ciclo de vida dos produtos”, explica a EXAME.com. Para corresponder a essa expectativa, o certificado estará sujeito a revisões para se tornar ainda mais exigente ao longo do tempo. “Este tipo de programa de certificação não é estático. Hoje temos um nível de exigência específico, viável, e ao longo do tempo este nível de exigência será aumentado. Esta forma de atuação proporciona um incentivo para as DOCS - 1700680v1 empresas melhorarem seus processos e, ao mesmo tempo, proporciona também uma contínua redução dos impactos causados no meio ambiente”, pontua Ladvocat. Mensurar para gerenciar Foi buscando aperfeiçoar processos para reduzir suas "pegadas", que a Novellis, empresa do grupo Novelis Inc., líder global em laminados e reciclagem de latas de alumínio, aderiu ao novo programa de certificação da ABNT. A empresa tem se empenhado em um esforço global para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa desde 2011, quando foram definidas metas específicas. “Nesse contexto, a certificação se apresenta como uma importante oportunidade de revisitar processos e, ao mesmo tempo, é um reconhecimento de que nossa estratégia está alinhada com práticas sustentáveis e que estamos trilhando o caminho certo”, afirma a EXAME.com Rogério Almeida, vice-presidente de Operações da Novelis América do Sul. Ele acrescenta que a certificação também possibilita à Novelis agregar mais uma vantagem competitiva para a empresa e reitera seu comprometimento em alcançar a meta global de 50% de redução de emissões absolutas de gases de efeito estufa até 2020. E que mais empresas brasileiras ambicionem voar alto assim — o caminho já está dado e o primeiro passo é calcular bem a pegada. Fonte: Exame | 07.04 Voltar Empresas Tratamento de choque A Nova Opersan, especializada em soluções ambientais, vai investir R$ 100 milhões neste ano para expandir sua atuação no país. A empresa fechou uma joint venture com o Grupo Tangará para tratar efluentes industriais em Indaiatuba (SP) e Camaçari (BA). Ainda há planos de novas aquisições e construções de centros de tratamento em Estados como Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, afirma o presidente, José Fernando Rodrigues. A receita da companhia, fundada em 2012, cresceu 20% no ano passado. DOCS - 1700680v1 "Nosso cliente é a indústria, então somos afetados pela economia, mas a área ambiental tem muito potencial de mercado e ainda é pouco explorada. Queremos mirar o longo prazo." A crise hídrica foi um dos fatores que impulsionou os negócios da empresa. "Despertou a consciência de que os recursos são limitados. Cresceram muito os pedidos por soluções de reúso de água, captação subterrânea e até tratamentos de dessalinização." R$ 100 milhões foi o faturamento em 2015 430 é o número de funcionários Fonte: Folha de SP | 01.04 Voltar ABB elevará eficiência na expansão da fábrica de celulose da SCA Projeto pioneiro de automação fará a gestão completa da produção na indústria de papel e celulose - desde o pátio de depósito de madeiras até a linha de enfardamento - a partir de uma única sala de controle Fábrica de celulose da SCA em Timra, na Suécia A ABB, grupo líder em tecnologias de energia e automação, vai fornecer soluções integradas com o sistema de controle distribuído (SDCD), Sistema 800xA, que se destaca no mercado por melhorar a produtividade através da automação de processos, proteção elétrica, segurança e telecomunicações em um único sistema, além da utilização de um software de engenharia customizado para processos de celulose. DOCS - 1700680v1 O projeto também considera um ambiente de sala de controle de alta performance para o operador. A solução tem uma engenharia pioneira para o sistema de controle e otimização de todos os processos na extensão da fábrica de celulose SCA Östrand, em Timra, na Suécia, que será inaugurada em junho de 2018. Geralmente em uma fábrica de celulose, diferentes operações tais como operação do pátio de depósito de madeiras, digestores, caldeiras de recuperação, entre outras, são controladas a partir de salas separadas de controle. Por meio da integração dos sistemas de gestão e controle do processo inteiro de produção da fábrica em uma única sala de controle, a eficiência e a produtividade de todos os processos serão aumentadas. O sistema de controle totalmente integrado vai fornecer conectividade de alta qualidade e uma visão geral completa da planta no que se refere a todos os processos e dispositivos. O centro de controle será projetado com tecnologia de ponta com recursos avançados de ergonomia, design e layout para garantir que o ambiente do operador seja atrativo, eficiente e conduza à cooperação entre todos os funcionários da fábrica, resultando em um dos melhores ambientes para operadores do mundo. Para este fim, todos os operadores monitorarão e controlarão a fábrica inteira a partir de oito EOWs - Extended Operator Workplaces -, soluções totalmente integradas para o operador, que fornecem controle do processo, acesso às informações corretas e total ergonomia pessoal inteligente, em uma única solução. Este tipo de ambiente visa a criação de centros proativos de controle que atrairão uma nova geração de operadores para a indústria de papel e celulose. O pedido também inclui um simulador para teste de controle de todos os processos na fábrica antes da entrega e para treinamento do operador e otimização do processo ao longo do tempo. Para garantir que o comissionamento de toda a planta seja o mais prático possível, cinco simuladores serão usados ao mesmo tempo antes e durante o startup. "Utilizando os nossos sistemas como uma plataforma integrada para a planta inteira, nós podemos contribuir para o objetivo da SCA Östrand em criar a fábrica de celulose mais moderna e eficiente do mundo", disse Roger Bailey, Diretor da área de Process Industries da ABB. Este SDCD evidencia a expertise da ABB na criação de um ambiente de automação de processos de colaboração, que permite o compartilhamento de dados sem limites para aumentar a produtividade, eficiência e permitir melhorias de segurança. Atualmente há mais de 10 mil Sistemas 800xA instalados em mais de 100 países. A SCA é a empresa líder de produtos florestais e produtos de higiene global. O Grupo desenvolve e produz produtos sustentáveis para cuidado pessoal, lenços de papel e produtos florestais. As vendas são feitas em aproximadamente 100 países com marcas extremamente consolidadas no mercado. Como o maior proprietário florestal privado da Europa, a SCA enfatiza fortemente a gestão florestal sustentável. A SCA investe 7,8 milhões de coroas suecas (MSEK) na ampliação da fábrica de celulose, Östrand em Timrå, Suécia, na maior DOCS - 1700680v1 linha de produção de celulose do mundo. A planta ampliada terá capacidade para produção de 900.000 toneladas de celulose por ano e entrará em operação em junho de 2018. Sobre a ABB A ABB (www.abb.com.br) é líder em tecnologias de energia e automação que possibilitam aos clientes da indústria, concessionárias de serviços, de infraestrutura e transporte a melhora de seu desempenho ao mesmo tempo em que reduzem o impacto ambiental. O Grupo ABB opera em cerca de 100 países, emprega em torno de 135.000 funcionários e mantém compromisso com os mais altos padrões de integridade em qualquer lugar em que faz negócios. Fonte: Painel Florestal | 05.04 Voltar BNDES, Instituto Votorantim, Fibria e BID iniciam Plano Sustentável Evento acontece nos dias 7 e 8 de abril no auditório da Faculdades Integradas de Três Lagoas (AEMS) Marcelo Castelli em discurso no lançamento do Plano Sustentável A Fibria, líder mundial na produção de celulose de eucalipto, em parceria com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Instituto Votorantim e com apoio da Prefeitura Municipal, realiza o Seminário de Diagnóstico que integra a Fase 0 da primeira etapa de trabalho do Plano de Ação Três Lagoas Sustentável, iniciado em março como ação do Programa de Apoio à Gestão Pública (PAGP). O Seminário de Diagnóstico, que envolve representantes da sociedade tanto local quanto regional, iniciará com a abertura do evento onde será apresentada a metodologia Iniciativa Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) e por salas temáticas onde serão apresentados e DOCS - 1700680v1 debatidos todos os temas da metodologia. A Synergia, com o apoio do BID e das demais instituições da parceria, fará um diagnóstico local e desenvolverá o Plano de Ação Três Lagoas Sustentável. No evento serão apresentados e discutidos problemas e oportunidades para o município, observados a partir das dimensões: ambiental e mudança climática, urbana, fiscal e governança. Na ocasião também acontece o lançamento do processo de revisão do Plano Diretor Participativo. A metodologia ICES é desenvolvida em duas etapas e seis fases. A primeira etapa consiste em uma avaliação rápida da realidade de Três Lagoas, priorização de temas relevantes para a sustentabilidade do município e preparação do Plano de Ação, incluindo quatro fases: preparação, análise/diagnóstico, priorização e plano de ação, que contém propostas concretas para intervir nas áreas identificadas como críticas. Já a segunda etapa inclui mais três fases, como o pré-investimento, monitoramento e investimento para a execução do plano. Três Lagoas é o primeiro município não capital a receber um plano voltado para aumentar a qualidade de vida dos seus habitantes e preparar a cidade para o desenvolvimento sustentável. O plano faz parte do Programa de Apoio à Gestão Pública, uma parceria do Instituto Votorantim com o BNDES para apoiar prefeituras de municípios brasileiros na elaboração de projetos de modernização de gestão pública e ordenamento territorial, articulando parcerias e recursos, de forma transparente. A Fibria se juntou às duas instituições para patrocinar o programa em Três Lagoas, onde atualmente constrói a sua segunda linha de produção de celulose, conhecido como Projeto Horizonte 2. Fonte: Painel Florestal | 06.04 Voltar Com participação da Pöyry, nova fábrica da Klabin inicia operação Empresa foi responsável pelo gerenciamento do BOP-1 do Projeto Puma, que amplia a capacidade anual da empresa em 1,5 milhão de toneladas de celulose DOCS - 1700680v1 Unidade da Klabin O Projeto Puma, nova fábrica de celulose da Klabin em Ortigueira (PR), iniciou os testes operacionais em 1º de março com a extração de cavacos alimentando o digestor e produziu o primeiro fardo de celulose no dia 4, dois anos após o início do projeto que contou com o gerenciamento do BOP-1 realizado pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia. Projetado para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose anualmente – 1,1 milhão de toneladas de fibra curta (eucalipto) e outras 400 mil toneladas de fibra longa (pinus) –, o empreendimento dobrará a capacidade de Klabin, que se torna a única fabricante no Brasil a produzir simultaneamente estes dois tipos de celulose, além de celulose fluff, obtida a partir da conversão de celulose de fibra longa. A Pöyry mobilizou, no pico das obras, mais de 60 profissionais que gerenciaram o escopo do BOP 1. O trabalho incluiu a interligação entre as diversas áreas do processo e utilidades, sistemas de captação de água bruta e descarte de efluentes, torre de resfriamento, sala de controle central, laboratório, estocagem e distribuição de óleo combustível, diesel, produtos químicos e outros sistemas complementares. Realizado estritamente dentro do cronograma, o projeto foi marcado por importantes eventos, como a entrega do Pipe Rack, estrutura de mais de 9.000 toneladas – incluindo tubulações para a interligação das diversas áreas de processos e também para a montagem do cabeamento de energia que liga a subestação de 230 kV à sala elétrica principal dos turbogeradores, distantes aproximadamente 2 km um do outro. Também merece destaque o projeto da adutora de água bruta, cuja captação é feita no Rio Tibagi, distante 4 km da planta. Diferenciais – A obra da captação foi um grande desafio, pois existe um desnível muito grande entre o rio e as estações de bombeamento – 140 metros – e para tanto a Pöyry desenvolveu uma solução inovadora com o uso de um sistema flutuante. Ao todo são 8 km de tubulações, compostas por 4 km da adutora e outros 4 km do emissário de efluentes. "A experiência e comprometimento dos nossos colaboradores em liderar projetos complexos foram fatores preponderantes para o sucesso deste empreendimento", destaca Marcia Mastrocola, diretora de Papel e Celulose da Pöyry.. Sobre a Pöyry A Pöyry é uma empresa multinacional de engenharia e consultoria, dedicada a um modelo de sustentabilidade equilibrada – balanced sustainability – e gestão responsável, que atende, globalmente, a clientes no setor industrial e de energia, e presta serviços localmente a diversos mercados estratégicos. Com atuação focada em qualidade e integridade, realiza consultoria técnica e estratégica e serviços de engenharia sustentados por uma vasta DOCS - 1700680v1 experiência e capacidade de implantação de projetos. Atua nos segmentos de energia (geração, transmissão e distribuição), florestal, papel e celulose, químicos e biorrefinaria, mineração e metalurgia, infraestrutura e água. No Brasil, a Pöyry iniciou atividades em 1974, tendo criado a sua subsidiária brasileira em 1999. Nesse período, aumentou o seu escopo de atuação, ingressando ainda mais nas áreas de consultoria e gerenciamento de projetos, além dos serviços de engenharia de fábrica. Atualmente, conta com mais de 600 colaboradores no País e atende mais de 50 clientes, de diversos setores. Globalmente, a empresa possui mais de 6.000 especialistas, além de uma extensa rede de escritórios locais. O faturamento do grupo em 2015 foi de 575 milhões de euros, e as ações da empresa estão cotadas na bolsa NASDAQ OMX Helsinki. Fonte: Painel Florestal | 06.04 Voltar Programa de sustentabilidade da Syngenta chega a 4 milhões de hectares A suíça Syngenta, maior fabricante mundial de defensivos agrícolas, fechou o ano de 2015 com quatro milhões de hectares de terras agrícolas recuperadas através da promoção da biodiversidade e iniciativas de preservação do solo. O saldo faz parte do levantamento do segundo ano de implementação do “The Good Growth Plan”, iniciativa global da companhia para o fomento à produção sustentável de alimentos. Lançada em 2013, a iniciativa prevê seis compromissos, com metas estipuladas até 2020. Segundo a Syngenta, 17,2 milhões de pequenos agricultores foram capacitados pelo programa até o ano passado — dois milhões a mais que em 2014 —, através do acesso a soluções que elevassem a produtividade e beneficiassem as comunidades rurais. A biodiversidade também foi melhorada em cerca de 900 mil hectares de paisagem agrícola em mais de 30 países, diz a companhia, e outros compromissos continuam avançando, como treinamentos para segurança no campo e a promoção do trabalho justo. “Como focamos o progresso para atingir os compromissos, estamos abordando parceiros e aprendendo com os nossos diversos públicos. Desta forma, podemos fazer a diferença e contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, disse CEO da Syngenta, John Ramsay, em nota. No Brasil, cerca de 260 mil agricultores, numa área de quase 2 milhões de hectares, foram beneficiados pelo programa, através de melhore tecnologias, suporte agronômico e gestão do DOCS - 1700680v1 solo, por exemplo, diz Fabrício Peres, líder de produtividade sustentável para a América Latina da Syngenta. “As experiências positivas no Brasil podem ser replicadas na Europa e na Ásia, onde ainda há espaço para mellhorar”, disse ele ao Valor. De acordo com o executivo, a produtividade cresceu em mais de 20 culturas acompanhadas no país. “Foram ganhos de 2% a 3% - um número expressivo em um único ano”, diz Peres . No caso específico da soja, o rendimento foi ainda maior. “Registramos uma performance em média 20% superior à do mercado, beneficiando 1.500 produtores e uma área de 140 mil hectares”. Os dados foram auditados por empresas independentes e estão disponíveis na internet. Fonte: Valor | 07.04 Voltar Executivo Demandas ambientais relevantes estão na pauta do STJ nesta semana As turmas do Superior Tribunal de Justiça analisarão nesta semana uma série de ações relacionadas ao meio ambiente. Entre os processos em pauta, destaca-se o caso de um grupo de agricultores do Paraná que afirma ter sofrido diversos prejuízos após a formação do lago artificial da Usina Binacional de Itaipu. Devido às mudanças microclimáticas causadas pelo lago, os agricultores alegam que os imóveis localizados na margem do reservatório tiveram diminuição da capacidade de produção agrícola. As lavouras de soja, trigo e milho teriam sido afetadas pelo aumento de temperatura, com impactos, inclusive, na produção de sementes (REsp 941.593). O recurso está previsto para ser julgado na sessão de quinta-feira (7/4) da 1ª Turma do STJ. O relator é o ministro Sérgio Kukina. Em primeira instância, o pedido dos autores foi considerado improcedente. A sentença registrou que houve prescrição do prazo de vinte anos para propor a ação de indenização. O lago de Itaipu foi formado em 1982, mas o processo foi apresentado apenas em 2004. A prescrição, entretanto, foi descartada no julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os juízes federais de 2ª grau entenderam que o prazo para propor a ação teve início quando foram percebidos os danos ao cultivo, e não quando ocorreu o enchimento do lago de Itaipu. DOCS - 1700680v1 Preservação permanente A 2ª Turma discutirá ação civil pública do Ministério Público de Mato Grosso e da prefeitura de Chapada dos Guimarães (MT) contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na ação, o MP-MT e a prefeitura alegam que a crescente especulação imobiliária e as demandas turísticas na Chapada dos Guimarães têm ameaçado o patrimônio natural da região. As partes alegam que o próprio Ibama construiu um centro de visitação dentro de área de preservação permanente, próximo a uma cachoeira, ameaçando as nascentes de rios no local. A sentença condenou o Ibama a desfazer as edificações próximas à cachoeira e a recompor a vegetação natural da área protegida. A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. No STJ, o recurso especial do Ibama (REsp 1.213.046) tem como relator o ministro Herman Benjamin e está na pauta de julgamento desta terça-feira (5/4). Mata Atlântica Também na 2ª Turma, o ministro Herman Benjamin é o relator de recurso especial em ação civil pública (REsp 1.563.135) na qual o Ministério Público Federal buscou impedir empresa de construção civil de edificar em área de preservação ambiental permanente. De acordo com o MPF, o empreendimento imobiliário da empresa invadiu área de preservação de Mata Atlântica em Marília (SP). O órgão ministerial alegou que, conforme a Lei 4.771/65 (código florestal, revogado posteriormente), a construção deveria ter respeitado o limite de 100 metros da área protegida, mas foi erguida a 30 metros da região de preservação. Ainda na primeira instância, o MPF e a construtora firmaram termo de ajustamento de conduta (TAC), que foi homologado judicialmente. Entretanto, a União recorreu ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para anular o acordo, por entender que ele fora realizado em descompasso com a legislação ambiental. O mesmo pedido foi firmado pelo Ibama na apelação. Todavia, o TRF-3 manteve o acordo homologado na primeira instância. O tribunal entendeu que os termos estabelecidos no TAC (recuperação de áreas degradadas e plantio de espécies nativas) eram aqueles que resolviam da melhor maneira a questão. Tanto a União quanto o Ibama recorreram ao STJ. O recurso especial está na puta de julgamentos desta terça-feira (5/4). Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ. Fonte: Conjur | 06.04 Voltar DOCS - 1700680v1 Internacional EUA alertam sobre perigos das alterações climáticas para a saúde pública O governo dos Estados Unidos publicou hoje (5) os resultados de um estudo que conclui que as alterações climáticas terão efeitos nocivos na saúde pública da população nas próximas décadas. Desenvolvido durante três anos por órgãos federais, o estudo mostra que no verão de 2030 serão registradas cerca de 11 mil mortes, em comparação com os números atuais, por causa do “calor extremo”, e que em 2100 o número de mortes devido às altas temperaturas chegará a 27 mil, caso não seja feito um esforço “acelerado” para conter as alterações climáticas. A Casa Branca citou o aumento das doenças transmitidas por insetos e a redução do valor nutricional dos alimentos como exemplos de perigos derivados das mudanças climáticas para os seres humanos. "A necessidade de passar à ação contra as alterações climáticas é muito explícita quando se olha para a saúde pública. Não se trata apenas dos glaciares e dos ursos polares. É sobre a saúde dos nossos filhos”, disse, na apresentação do estudo, a administradora da Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos, Gina McCarthy. O relatório mostra ainda a necessidade de ir além dos acordos alcançados em Paris, em dezembro do ano passado, por quase 200 países em relação à luta contra as alterações climáticos, ao considerar que eles são insuficientes para evitar grande parte das consequências. Fonte: Agência Brasil | 04.04 Voltar Clima: mais de 120 países já declararam intenção de assinar acordo de Paris Mais de 120 países já manifestaram a disposição de assinar o acordo da Organização das Nações Unidas de Combate às Alterações Climáticas, afirmou a ministra da Ecologia francesa, Segolene Royal, nessa quarta-feira (6). Para ela, a força do apoio significa que o acordo alcançado em Paris, em dezembro último, pode ser ratificado em Nova York em 22 de abril. DOCS - 1700680v1 Quase 200 governos chegaram a um acordo em dezembro, que estabelece a meta de limitar o aquecimento global “bem abaixo” dos 2 graus Celsius (2ºC) em relação aos níveis préindustriais. “Tinha estabelecido o objetivo de 100 assinaturas, mas já estamos acima das 120”, afirmou Royal, durante entrevista em Paris. O acordo porém só entra em vigor quando for ratificado por um mínimo de 55 países responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. A Casa Branca garantiu, na semana passada, que os Estados Unidos, como a China, estarão entre os países que vão assinar o acordo em Nova York. A União Europeia também já concordou, em março, em assinar, tal como a Índia, acrescentou Royal. Fonte: Agência Brasil | 07.04 Voltar Judiciário Sexta Turma tranca ação de crime ambiental por inépcia da denúncia A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu ordem de habeas corpus a um homem acusado de praticar crime ambiental. O colegiado acolheu os argumentos da defesa de inépcia da denúncia por ausência de norma complementadora que indicasse as espécies de animais proibidas. O caso aconteceu em Mato Grosso. Um homem foi denunciado pela prática do crime previsto no artigo 34, III, da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), por ter transportado espécimes de peixes em período no qual a pesca seria proibida. No pedido de habeas corpus, foi alegada a inépcia da denúncia por ausência de norma complementadora, tendo em vista que o dispositivo que incrimina a pesca em períodos proibidos é norma penal em branco. Para a defesa, a denúncia deveria ter apresentado a norma complementadora para conceituar e discriminar quais espécimes seriam provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas. Defesa adequada O relator, ministro Nefi Cordeiro, votou pela concessão da ordem. Segundo ele, é entendimento pacificado no STJ de que na imputação de crime previsto em norma penal em DOCS - 1700680v1 branco, ou seja, cuja descrição da conduta necessita de complementação por outra norma, exige-se que a denúncia indique qual legislação ou ato normativo constitui o respectivo complemento. “O referido crime, por se tratar de norma penal em branco, deve ser complementado pela legislação que oferece parâmetros para a pesca autorizada, sob pena de tornar inepta a denúncia por impossibilitar a defesa adequada ao acusado”, concluiu o relator. A turma, por unanimidade, determinou o trancamento da ação penal. HC 304952 Fonte: STJ | 01.04 Voltar Posto e distribuidora de combustível respondem por dano ambiental No caso em que há múltiplos agentes poluidores, a responsabilidade entre eles é solidária pela reparação integral do dano ambiental. Com esse entendimento, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve decisão que condenou um posto e a distribuidora de combustível pelo vazamento de produtos químicos armazenados em tanque de gasolina, o que contaminou o lençol freático no Distrito Federal. A decisão transitou em julgado no dia 1º de março. O caso aconteceu em 2001. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou as duas empresas solidariamente a pagar indenização de R$ 375 mil por danos morais a uma família, pela exposição aos produtos tóxicos e pela ingestão de alimentos contaminados. Também foi determinado o custeio do pagamento de plano de saúde por 20 anos, ressalvada a possibilidade de prorrogação na hipótese do aparecimento de doenças relacionadas à intoxicação. As empresas recorreram da decisão, mas o relator, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, entendeu pela manutenção do acórdão. Ele ressaltou a responsabilidade objetiva e solidária das duas organizações, “agentes que obtiveram proveito da atividade que resultou no dano ambiental”, por aplicação da teoria do risco integral ao poluidor/pagador prevista pela legislação ambiental (artigo 14, parágrafo 1º, da Lei 6.938/81), combinada com o Código Civil (artigo 942). Sanseverino também entendeu ser razoável o valor da indenização em relação aos prejuízos causados e fixou o termo inicial dos juros de mora, inclusive para a indenização por danos DOCS - 1700680v1 morais, na data do evento danoso (Súmula 54/STJ). Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ. REsp 1.363.107 Fonte: Conjur | 05.04 Voltar DOCS - 1700680v1
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