Encanto e Magia - bymyself.com.br
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Maio / Junho 2013 | ano VII - nº 37 Encanto e Magia mercado persa 2013 Conheça os vencedores e os padrinhos do festival de 2014 Entrevista exclusiva Saida revela detalhes de sua carreira e fala sobre o sucesso do MP 2013 delícias do Oriente Aprenda a fazer um autêntico e saboroso falafel Oriente Total O mais completo curso para bailarinas que desejam se aperfeiçoar em Dança Árabe MAIO / JUNHO 2013 1 editorial Missão cumprida! A edição da nossa revista após o Mercado Persa é sempre muito especial, pois é possível conferir, e relembrar, tudo o que de mais emocionante pôde ser vivido neste evento que, a cada ano, se torna maior e mais importante. Pela segunda vez consecutiva, a grande estrela Saida Helou, nos presenteou com sua presença. Além de ministrar dois workshops, que foram disputadíssimos, e se apresentar de forma majestosa no show Oásis, a bailarina conversou conosco sobre sua carreira, suas inspirações e seu estilo de dança inovador. Confira essa matéria exclusiva! Ainda na seção Especial, confira os resultados do Mercado Persa e uma matéria sobre o programa Oriente Total, que está completando cinco anos. Além de linda, esta edição está apetitosa! Na seção Gastronomia, conversamos com Halla Saad Ibrahim, que forneceu delícias da cozinha árabe no MP, sobre a origem do popular falafel (bolinho de grão de bico) e preparamos uma receita de dar água na boca. Além disso, confira uma matéria sobre as famosas especiarias da cozinha árabe e suas propriedades nutricionais. Nosso destino na seção Turismo é a Tunísia. Saiba por que este país exótico é considerado um oásis no deserto e conheça suas belas praias, cidades com casas escavadas nas pedras e pontos turísticos. E mais: cultura, música, economia e beleza. Tudo para você se divertir, se informar e ficar por dentro das novidades do mundo árabe! Um abraço! Shalimar Mattar Encanto e Magia expediente Oriente, Encanto e Magia é uma revista bimestral gratuita destinada a bailarinos, músicos, estilistas, professores, apreciadores da dança do ventre, enfim, a todos que acreditam na arte como meio de evolução. Editora: Shalimar Mattar Bailarina responsável: Teresa Carnicelli/Samira (Sated 2276) Diagramação: Flavio Pavan e Matheus Chacon Mazega Jornalista responsável: Mariana Maciel (Mtb. 23.986) Colaboradora: Jessyca Trovão Revisão: Laura Arrienti Foto da Capa: Sandra Reis Bailarina da Capa: Verônica Dias Fotos: Shutterstock Redação: Rua Estevão Baião, 786, Campo Belo - 04624-002, São Paulo. Fones: (11) 5041-6103 e 5542-3860 Site: www.orienteencantoemagia.com.br Impressão: Gráfica Grass Tiragem desta edição: 4.000 exemplares A revista não endossa, necessariamente, conceitos e opiniões de autores expressos nas matérias que publica, nem se responsabiliza diretamente pelo conteúdo textual e de imagens dos anúncios que veicula. beleza Prótese de mama e lipoaspiração O que precisamos saber! C om a chegada do inverno cresce o número de pessoas em busca de tratamentos estéticos. O clima ameno é um dos fatores que fazem desta época do ano a mais requisitada para cirurgias plásticas, principalmente a lipoaspiração e a prótese de mama. Mas é preciso ter a real noção do que intervenções cirúrgicas como esta podem acarretar ao organismo e saber o que se deve esperar em termos de resultado para que não se crie expectativas irreais. Para isto, esclarecer algumas dúvidas comuns sobre elas podem ajudar nestas questões. De acordo com o cirurgião plástico Gustavo Tilmann, o maior mito sobre a lipoaspiração é de que a cirurgia serve para emagrecer, fato que não é verdade. O procedimento serve apenas para remodelar o corpo da paciente, como explica o especialista, “a cirurgia consiste em eliminar a gordura localizada, os famosos pneuzinhos que incomodam muitas mulheres e em outras partes do corpo, melhorando o contorno corporal. Além disso, pacientes acima do peso que desejam fazer a cirurgia acreditando que vão emagrecer dez quilos, precisam antes se submeter à reeducação alimentar e à prática de exercícios físicos para alinhar a cirurgia com a vontade de emagrecer”, destaca. No caso da prótese de silicone, a maior dúvida está no tamanho do implante. “É comum pacientes chegarem aos consultórios pedindo a mesma prótese que uma modelo ou atriz usou. A expectativa de ter o corpo similar ao de alguém idealizado deve ser esclarecida pelo médico, visto que cada pessoa tem um biotipo próprio”, ressalta o especialista. Outro ponto muito questionado deve-se ao formato das próteses. Atualmente, existem diversos e no geral são 4 REVISTA ORIENTE Por Mariana Maciel caracterizadas como de perfil baixo, alto e anatômico. A chamada prótese baixa, por ter uma base mais larga, é menor e indicada para dar uma projeção maior ao colo mamário e pouca projeção na frente. O perfil alto é o mais procurado, tendo uma base menor e uma projeção mais alta. Já a prótese anatômica, conhecida como “gota”, é indicada para pacientes que possuem mamas com formas e contornos estéticos favoráveis e que desejam um aumento proporcional. “Um fator importante que causa muita confusão entre as mulheres é que uma prótese de 200 ml de um perfil baixo não dá o mesmo efeito do perfil mais alto”, revela o Dr. Tilmann. O médico também alerta para um ponto muito importante ao optar pela cirurgia plástica: “antes de realizar o procedimento, faça uma pesquisa criteriosa sobre o médico no site do Conselho Regional de Medicina e no da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Além disso, toda e qualquer cirurgia deve ser realizada em um ambiente hospitalar com um centro de terapia intensiva. Durante a pesquisa pela clínica médica, é comum ainda encontrar variações de preços. Duvide dos preços muito baixos, pois há gastos com intervenção, anestesia e a prótese”. Os resultados de qualquer cirurgia dependem muito dos cuidados pós-operatórios. No caso da lipoaspiração, além de se abster das atividades do dia a dia durante duas semanas, a drenagem linfática é determinante. “Após a cirurgia é preciso fazer sessões de drenagem linfática, para ajudar a reduzir os inchaços e usar as cintas pós-operatórias”, revela o especialista. No caso da prótese de mama a paciente precisa ter calma e esperar 15 dias para voltar a erguer os braços e dirigir. turismo Tunísia, um oásis no deserto Recantos exóticos e praias paradisíacas definem este pequeno país oriental P equeno em extensão (com uma área equivalente à metade do Estado de São Paulo), mas rico em história. Assim é a Tunísia, este pequeno país localizado no extremo norte da África, onde o calor é grande e os costumes e as tradições são respeitados ao máximo. Dentre os pontos turísticos, destacam-se os lugares históricos com traços da cultura romana, turca, bizantina, espanhola, árabe, etc. Estes pontos podem começar a ser visitados na capital Tunis, que abriga ruínas romanas com 60 km de extensão, local onde no século 2, abastecia a costa norte do país. Próximo ao Museu do Bardo já é possível ver algumas de suas estruturas, mas é nas proximidades de Thuburbo Majus que se vê o grande sítio arqueológico a oeste de Zaghouan. Menor, porém mais conservado que o de Roma, o anfiteatro permite conhecer de perto os bastidores de lutas e competições do antigo império romano. É possível conhecer as arquibancadas, catacumbas, prisões no subterrâneos e jaulas dos animais. Tunis, a capital ocidentalizada, ainda possui atrações como o mercado central e belas mesquitas. Em termos de belezas naturais, a Tunísia não deixa nada a desejar. Há atrações para vários gostos, passando pelos 1300 km de costa mediterrânea ao majestoso deserto do Saara, com suas dunas e oásis exuberantes. Viajando por esta paisagem árida chega-se em Tozeus, uma simpática cidade construída em tijolos aparentes, com um 6 REVISTA ORIENTE mercado com produtos variados e clima fresco proporcionado pelas palmeiras. De lá, vá até Nefta, um vilarejo na fronteira entre desertos de sal e areia, de onde se pode fazer passeios de balão ao nascer do sol. É nessa região que está uma das paisagens mais bonitas do país, o Chott El Djerid, um imenso lago, quase sempre seco, que divide a Tunísia ao meio. As planícies de sal criam miragens no horizonte durante o trajeto, recheado de vendedores de tâmara, a fruta típica do país. No deserto, o passeio de dromedários é imperdível. E para quem é mais aventureiro, passar uma noite em tendas montadas para este fim pode se tornar um momento memorável. Seguindo em direção à costa é possível passar por cidades muito curiosas. Matmata é uma delas, pois quase não há construções à vista. Isto porque as pessoas moram em habitações subterrâneas, escavadas para fugir do calor das pedras que cobrem a superfície. Há inclusive hotéis subterrâneos para quem quer vivenciar um pouco deste modo de vida tão peculiar. Quando finalmente se chega ao litoral, depara-se com praias de areia branca e águas cristalinas e mornas. Além da beleza, são privilegiadas por possuírem locais propícios ao mergulho. Nesta região a oferta de resorts é grande. As deliciosas comidas típicas, com cuscuz e muita carne de carneiro, também estão entre as atrações deste país exótico e apaixonante. MAIO / JUNHO 2013 7 economia Comércio entre Brasil e países árabes é recorde em 2012 A corrente comercial entre os dois países alcançou um aumento de 3,24% no último ano e as exportações brasileiras cresceram, principalmente, pelo agronegócio O balanço divulgado anualmente pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira apontou que a corrente comercial (exportações mais importações) do Brasil com os países árabes teve um acréscimo de US$ 814 milhões em 2012, o que representa um aumento de 3,24% em relação a 2011. O montante exportado pelo Brasil no último ano foi de quase US$ 15 bilhões e as nações que mais importaram das empresas brasileiras foram Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU), Argélia e Omã, nessa ordem. No caso do mercado saudita, responsável por mais de um quinto (aproximadamente US$ 3 bilhões) das exportações brasileiras para os países da Liga Árabe, houve um crescimento de 83% nas exportações de milho. Outro produto que teve vendas maiores neste último ano para a Arábia Saudita foram tratores (US$ 7,5 milhões em 2011 e quase US$ 18 milhões em 2012). O Egito também aumentou suas importações de cereais em 2012, somando US$ 2,71 bilhões, 3,35% a mais que em 2011. O milho foi protagonista na pauta egípcia, passando de US$ 134 milhões para US$ 491 milhões, demonstrando um salto de 264%. Michel Alaby, CEO e diretor-geral da Câmara Árabe, explica que “o Egito se manteve com exportações crescentes, apesar da crise. Isso porque o país tem que garantir alimentos à população”. Já as importações brasileiras apre8 REVISTA ORIENTE Curso de Espada com Shalimar Mattar Sucesso em todas as edições sentaram um aumento impulsionado pelas aquisições de petróleo e gás, produtos petroquímicos em geral e matéria-prima para fertilizantes. Há, ainda, espaços para o crescimento das importações tais como alimentos étnicos, azeite de oliva, azeitonas, vinhos, produtos químicos, petroquímicos, cosméticos e material hospitalar descartável, entre outros. Para o diretor-geral da Câmara Árabe, ainda é cedo para fazer previsões em relação às exportações brasileiras para o Oriente Médio e Norte da África este ano, mas ele analisa alguns fatores que podem elevar as vendas para a região. “O mercado de infraestrutura e construção, por exemplo, é uma grande aposta”, conclui. Novas turmas com inscrições abertas Início: Agosto de 2013 Vagas limitadas Informações: Shalimar Mattar Danças www.shalimarmattar.com MAIO / JUNHO 2013 9 Vencedores do Mercado Persa 2013 Especial Mercado Persa: Padrinhos do Mercado Persa 2014 – Categoria feminina: Níjme de São Paulo | Categoria masculina: Anthar Lacerda de Paranaguá/PR Categoria sucesso mais uma vez Solo Baby Solo Infantil Em sua 20ª edição, o MP surpreendeu o público trazendo ainda mais atrações e novidades especiais Linda Hathor – Grupo Hathor Curitiba/SP Giovanna Costa e Isabella Moura – Studio Giovanna Franchi Uberaba/MG Gal Novais e Stefany Garcia Casa da Arte Vitória da Conquista/BA Ariane Brisolla e Edenilson Custódio Escola Mabruc Avaré/SP Adrielle Gracielle A. M. Brito e Maico Muniz. Manaus Cia. de Dança Al Karak Patricia Leopoldina,Thalita Freitas e Adriana Gonçalves – Espaço Nut São Paulo/SP Sonia R. Augusto, Raquel Moraes e Edenilson Custódio – Cia. Gaminah Botucatu/SP Emilly Feitosa e Beatriz Ascenção Studio Cinthia Santos São Paulo/SP Camila S. Rodriges e Francine L. Melo Escola Ananda Sayed Barra do Piraí/RJ Ariane Santos e Alcione Abreu Casa de Isis Manaus/AM Ana Luisa Chielli e Natália Piasso Núcleo Ju Marconato Araraquara/SP Mahara Shams,Michelle Izorídes e Kayra Rodrigues Marcílio – Studio Mahara Shams / Contagem/MG Daiane Imbriane, Rosimeire Munhoz e Flavia Oliveira – Escola Flavia Oliveira Apucarana/PR Pedro Bernardes e Marcus Vinicius Espaço Nut São Paulo/SP Cinthia Cavichiolo e Vanessa Castro Studio Vanessa Castro Curitiba/PR Elaine Rollemberg e Diego C. Braga Espaço Hátor Rio de Janeiro/RJ Grupo Infanto-juvenil Grupo Anuar – Studio Cinthia Santos São Paulo/SP Nut Kids – Espaço Nut São Paulo/SP Grupo Clássico Belly Shine – Shalimar Danças São Paulo Studio de Danças Andrea Gaya Uberaba/MG Mahira Hassan Danças Árabes São Paulo/SP Grupo Moderno Cia. de Dança Studio K São Paulo/SP Núcleo de Dança Cinthia Santos São Paulo/SP Núcleo Ju Marconato Araraquara/SP Grupo Fusão Espaço de Danças Thalita Menezes Belo Horizonte Studio Mahari Garopaba/SC Grupo de Dança Andressa Carluche Mauá/ SP Grupo Folclórico Cia. Michele Pletsch Bento Gonçalves/RS Cia. Ayouni Rio de Janeiro/RJ Grupo Munira Magharib São Paulo/SP Grupo Livre Cia. de Dança Al Karak Manaus/AM Gnética Cia. de Arte e Dança São Paulo/SP Arte Cigana. Núcleo Dunyah Zaidam Belo Horizonte/MG Solo Star Masculino Dupla Infanto-juvenil Dupla Clássica Dupla Moderna/Fusão Dupla Folclórica Trio Clássico Foto: Sandra Reis Foto: Sandra Reis 10 REVISTA ORIENTE Rosa dos Ventres Vitória Carozelli Villegas – Escola Mabruc / Avaré/SP Crystal Kasbah São Paulo/SP Solo Star Feminino Trio Moderno/Fusão Workshop Ju Marconato Débora Tamara da Silva – Studio Giovanna Franchi Uberaba/MG Clarissa Krett Dorte – Escola Agita Brasil Osasco/SP Adrielle Gracielle A. M. Brito – Cia. de Dança Al Karak Manaus/AM Rita de Cassia A. Rezende – Studio Giovanna Franchi Uberaba/MG Ana Julia Rodrigues da Silva Grupo Alma Gitana Porto Feliz/SP Gabriel Diniz Castro São Paulo/SP Juliana Cortez – Espaço Nut São Paulo/SP Juliana Borges de Amorim Bragança – Cia. El Amira Paulista/SP Gabriela Silva Garcia – Escola Nery Company São Paulo/SP Solo Amador Masculino Solo Master Feminino Yamil, Shalimar e Saida durante os workshops de sábado Rafaela Fiuza Silva – Escola Mabruc Avaré/SP Gregório May Gonçalves Guarujá/SP Solo Tribal Bailarino argentino Yamil, um dos destaques do Espetáculo Oásis Victória Gabrielle – Studio Giovanna Franchi Uberaba/MG Arielly Cinthia M. Santos – Studio Cinthia Santos São Paulo/SP Aline Presto de Lucca – Escola de Danças Aluaha São Paulo/SP 1º Lugar Maria Laura R. F. Semoline Grêmio C.P Jundiaí Jundiaí/SP Jéssica Tamara Julia Nunes Espaço Thalita Menezes Belo Horizonte/MG Filipe Henrique do Nascimento São José dos Campos/SP Azucar Studio de Dança Mariana Nunes Biscaia Mahasin Cia. de Dança São Paulo/SP Solo Amadora Foto: Victor Photo & Design a produção. Já os acessórios tradicionais para dança, como véus, bengalas, bastões, candelabros, pandeiros, entre outros, podiam ser adquiridos pelo melhor preço do mercado. Therê Serzedello, famosa pelos incríveis véus de seda , que levam a marca “Silk By Therê”, comentou que, mesmo estando no Mercado Persa há 4 anos, se surpreendeu com o público novamente. “No ano passado eu trouxe 100 véus e voltei com apenas 6; esse ano acredito que vou ficar devendo, porque estamos aqui há menos de 5 horas e já vendemos mais de 30”, disse muito feliz, enfatizando que já esteve em eventos no exterior, mas como o Mercado Persa não existe. Rosa Nogueira, mais conhecida como Rosa dos Ventres, afirmou que a evolução do evento é nítida. “O Mercado Persa conquistou um espaço impressionante, tornou-se conhecido no Brasil e no mundo”, comentou enquanto atendia os clientes que não paravam de chegar. Os workshops também foram sucesso de público. A procura superou as expectativas, tanto da organização, quanto dos professores que ministraram as aulas. Acompanhe a seguir a lista dos vencedores e conheça os padrinhos do Mercado Persa 2014. 2º Lugar Josiane Figueiredo de Lima Equilíbrio Natála Silva Ballet Araçatuba/SP Karine Januária Borges Estúdio Monah Souad Aparecida de Gyn /GO Mariana Gravavello – Estúdio Ana Claudia Borges Carapicuiba/SP Josuel da Silva Santana São Paulo Espaço Darrel Nottari Carolina Stupka Berdacki – Studio Vanessa Castro Curitiba/PR Solo Folclore Feminino Foto: Jessyca Trovão C omo já era esperado, o Mercado Persa 2013 foi sucesso de público e atrações. Consolidado como um dos maiores festivais de dança árabe do mundo, o MP surpreende ao reunir diversas atrações simultaneamente e de muita qualidade. Contagiados pela magia do evento, os participantes transformavam as apresentações em momentos inesquecíveis. Bailarinos e bailarinas conceituados brilharam nos dois palcos, que exibiam simultaneamente shows espetaculares. As crianças também encantaram com talentosas coreografias, demonstrando que o futuro da dança está muito bem garantido. Entre tantas atrações de sucesso, o espetáculo Oásis foi o ponto alto do segundo dia do evento, contando com apresentações de Ju Marconato, Yamil, Saida, Cris Basimah, Ana Claudia Borges e Shalimar Mattar, que exibiram performances de deixar o público sem fôlego. Na Feira Oriental, a variedade de produtos era imensa. Do clássico ao moderno, os figurinos repletos de pedras e strass deixavam as bailarinas maravilhadas. Brincos, colares, pulseiras e enfeites para o cabelo, de todos os tipos e tamanhos, surgiam para completar Solo Juvenil 3º Lugar Janaina Stefani L. Biscotto – Studio Jannah Huryat Curitiba/PR Felipe Giusepe Pereira – Rosana Dance Studio Suzano/SP Vanessa Castro – Studio Vanessa Castro Curitiba/PR Téo Versiani e Faell Rabelo São Paulo/SP Fernanda Gomes, Camila Alcover e Emeline Valejos – Estúdio Munira Magharib / São Paulo/SP Ana Vitória Nogueira, Tamires Borges e Isabela Vieira – Estúdio Andrea Gaya Uberaba/MG Grupo Alma Gitana Grupo Alma Gitana Porto Feliz/SP MAIO / JUNHO 2013 11 Nos bastidores do MP MISS MERCADO PERSA Categoria Prata 3º lugar Isabelle Borges de Campinas/SP 2º lugar Ana Luisa Chielli de Araraquara/SP 1º lugarMaria Eduarda G Correa de Vassouras/RJ Categoria Brilhante 3º lugar Isadora dos Reis Casline de São Paulo 2º lugar Jussara Serrano do Rio de Janeiro 1º lugar Lucia Martins Cravo de Campinas/SP 12 REVISTA ORIENTE Fotos: Sandra Reis Categoria Ouro 3º lugar Gledis Jeane Machado de Apucarana/PR 2º lugar Safira Frota de Carvalho de Manaus 1º lugar Janaina Stéfani de Lima Biscotto de Curitiba Especial Uma estrela argentina no Mercado Persa 2013 Destaque no MP, a grande bailarina Saida Helou conversou com a equipe da Revista Oriente, entre suas apresentações e workshops M uito admirada pelo público brasileiro, Saida Helou esteve pela segunda vez no Mercado Persa, repetindo o sucesso que fez na edição do ano passado. Escalada para ministrar dois workshops, um no sábado e outro no domingo, a procura por suas aulas superou as expectativas. Os presentes tiveram ainda a oportunidade de vê-la se apresentando no show Oásis, mais uma vez surpreendendo o público com a magia e a criatividade de suas coreografias. Seu alto nível técnico reflete o empenho e respeito que Saida dedica à dança há anos. Ainda menina, iniciou aulas de ballet clássico, onde desenvolveu a técnica e a disciplina que a acompanham até hoje. “Estudei ballet por dez anos e acredito que isto me ajudou muito em alguns aspectos técnicos que aplico no bellydance”, conta Saida. Descendente de sírios, a bailarina, que nasceu na Argentina, sempre viveu sob as influências árabes, desde as comidas que sua mãe preparava até costumes e músicas que faziam parte do cotidiano de sua casa. “Lembro-me que em cada reunião de família era comum presenciarmos algum show de música e dança árabe, mas nessa época eu só queria saber do ballet”, relembra. Sua paixão pela dança árabe nasceu apenas na adolescência, ao assistir a uma apresentação dos também argentinos Sarat e Amir Thaleb. “Fiquei fascinada e descobri que era aquilo que eu queria para o meu futuro! Comecei a fazer aulas com o Amir, e ele me incorporou imediatamente em sua companhia. Fui sua primeira bailarina e nunca mais deixei de dançar. Encontrei ali minha verdadeira vocação”, afirma com a convicção de mulher realizada com o que faz. A carreira como bailarina de dança árabe ascendeu rapidamente, seu carisma e magnetismo despertaram no público o 14 REVISTA ORIENTE Por Jessyca Trovão desejo de aprender com ela suas técnicas e coreografias. Saida conta que passou a sentir muita vontade de ensinar e “isso me levou a abrir minha própria escola; eu já tinha experiência com as aulas porque era professora substituta de Amir quando ele viajava, me sentindo assim, pronta para dar esse passo”. O sucesso que fazia na Argentina levou Saida a trilhar novos caminhos, e a primeira oportunidade para ministrar um workshop internacional surgiu através da internet, com um convite de uma admiradora mexicana da dança do ventre. Novos convites surgiam naturalmente, levando Saida e sua arte por toda a América Latina. A entrada no grupo Bellydance Superstars trouxe ainda mais oportunidades de apresentar seu trabalho em muitos países. “Em 1998 fizemos uma turnê pelos Estados Unidos, visitando muitas cidades, tivemos uma visibilidade muito boa”, relembra Saida. Seu estilo, extremamente criativo e inovador, surpreende os expectadores a cada apresentação. Em sua postura é possível observar elementos herdados do ballet clássico, além dos movimentos que exploram seus longos cabelos, marcas regis- tradas em sua coreografias. “Acredito que meu estilo é puramente argentino, um estilo novo que o mundo tem aceitado e seguido, uma fusão entre o ballet, o latino e a dança oriental. Amir incorporou este estilo na Argentina e eu terminei de dar forma a ele”, explica Saida. Apesar de vasto conhecimento e experiência que tem em eventos por todo o mundo, Saida não esconde sua surpresa com o Mercado Persa. “Fiquei impactada por sua magnitude, haviam me falado sobre o evento, mas não acreditei até ver de perto. Como disse no início do workshop, não existe algo assim no mundo, que convoque tanta gente e onde aconteçam tantas coisas de uma só vez. Fico maravilhada com a organização, que promove espetáculo, concursos, desfiles, workshops e tantas outras coisas, todas ao mesmo tempo. Agradeço muito a Shalimar por ter me convidado novamente e por me oferecer a oportunidade de mostrar minha arte em um evento com tamanha grandeza”, afirma Saida. Nos workshops ministrados durante o MP 2013, as alunas tiveram a oportunidade de aprender o estilo de Saida, com uma aula que as desafiou ao máximo. Sempre atenciosa, a bailarina repetia os movimentos quantas vezes fossem necessários para que todas aprendessem. Ao final, a bailarina apresentou a coreografia para os olhares atentos das alunas e, sempre simpática e atenciosa, posou para fotos com cada uma delas da enorme fila que se formou. Quando questionada sobre o carinho e a admiração que as brasileiras têm por ela, Saida é categórica e afirma que só tem a agradecer por todo o carinho. “O Brasil foi um dos primeiro países que visitei para me apresentar e sempre me trataram muito bem, com muito carinho e respeito. Agradeço muito a todas as meninas brasileiras que me receberam tão bem este ano”. MAIO / JUNHO 2013 15 Oriente Total Empreendedorismo A revelação de grandes talentos Verônica Dias, bailarina formada na primeira turma do Oriente Total 16 REVISTA ORIENTE Foto: David Cezar Por Marcela Silva quase que dobramos nossa meta inicial”. Entretanto, o programa ainda encontra algumas dificuldades: “percebemos que ainda existe uma resistência de grande parte das estudantes a se dedicarem a algumas disciplinas como anatomia, biomecânica, história, música e geografia, além do desafio de cumprirem dois anos de um curso, cujo material é muito extenso”, comenta. Déborah Abdala é destaque na área de eventos com o Tilim de Dendera Só os fortes sobrevivem Determinação, persistência e dedicação são as palavras que acompanham aquelas que concluem o Oriente Total. Ao longo do curso, que tem carga superior a 100 horas, as alunas enfrentam provas práticas e teóricas, ao final passam por uma avaliação de dança e ainda têm o “temido” TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Segundo Shalimar, também professora responsável pelas aulas de dança árabe clássica, “as alunas se tornam mais confiantes, pois sentem que existe uma base sólida que as orienta. É maravilhoso observar como novos conhecimentos deixam as pessoas mais motivadas”. Um dos pontos fortes do curso é a preocupação em descobrir e harmonizar as habilidades e os sonhos de cada aluna, mostrando caminhos e fornecendo ferramentas para que elas coloquem em prática seus projetos. E é graças a esse princípio que novas estrelas estão se destacando, em diferentes áreas, no mercado da dança árabe. Verônica Dias – capa desta edição – é uma delas. Com postura elegante e presença cênica, é dona de um quadril fascinante e um estilo de dança que mescla o tradicional egípcio com toques modernos de influência argentina. Essa talentosa bailarina que, um dia – pasmem! –, já pensou em desistir da dança, tem conquistado, cada vez mais, o seu espaço. E adivinha? Ela era uma daquelas meninas que, em 2008, timidamente, formava a primeira turma do Oriente Total. “Eu estava começando a dar aulas de dança do ventre e senti necessidade de aprender mais, queria oferecer o melhor para as minhas alunas”, relembra, contando que “fazer o Oriente Total mudou completamente a minha vida. Com todo conhecimento que adquiri, me senti muito mais segura para fazer apresentações, improvisar, coreografar e ministrar aulas”. Verônica lembra-se de um momento marcante que viveu ao concluir o Oriente Total: “minha mestra Shalimar, que conheci no curso, convidou-me para dar aulas em sua nova escola, Shalimar Mattar Danças”, e a bailarina afirma que “isso foi muito importante, pois fui valorizada dentro do espaço em que me formei”. no primeiro ano de curso aventurou-se a transformar a festa de aniversário da sobrinha em uma autêntica festa árabe. No ano seguinte, não teve dúvidas: organizou um show em Ribeirão Preto que reuniu vários bailarinos. No entanto, foi em 2013 que ela viveu um dos momentos mais marcantes da sua história: “ser mestre de cerimônias do Mercado Persa foi um presente que recebi da Shalimar. Foi um desafio muito grande e muito bom, só tenho a agradecer!”. A relação de Ana Luiza com o Oriente Total foi amor à primeira vista. Tanto que, ainda no início, decidiu continuar o curso mesmo após ser transferida, de São Paulo para Brasília, pela empresa em que trabalha. De mala na mão, sorriso no rosto e muita tranquilidade, todos os meses, essa bailarina guerreira garantia a sua presença nas aulas. “Eu me sinto muito orgulhosa de ter a oportunidade de fazer um curso com o gabarito profissional do Oriente Total. Valeu cada minuto, cada centavo e tenho certeza que esse curso irá direcionar toda minha carreira profissional de agora em diante”, finaliza. Laylah Al Raksa foi mestre de cerimônias do Mercado Persa 2013 Aquela que lhes escreve Jay Fotografia Foto: Sandra Reis O ano era 2008 e em uma manhã de sábado, um grupo de jovens bailarinas, amantes da dança árabe, que compartilhavam o desejo de aprimorar e adquirir novos conhecimentos, reunia-se nas dependências do Espaço Oriente, dando início a um projeto que mudaria a história de cada uma delas. Era a primeira turma do curso Oriente Total, o mais completo programa de aperfeiçoamento profissional do Brasil. “Apesar do nosso segmento contar com excelentes professores e bailarinos espalhados pelo país, a falta de preparo de muitos deles é uma dura realidade que precisamos encarar”, explica Shalimar Mattar, uma das mais conceituadas bailarinas do Brasil. Shalimar acreditava que um dos motivos para esse despreparo era a falta de opções de cursos que abordassem a dança do ventre em todos os seus aspectos, possibilitando às praticantes do nível intermediário ao profissional, o conhecimento em diferentes áreas, como: artística, cultural, histórica e saúde. A bailarina idealizou então o Oriente Total, completo e capaz suprir as carências do mercado. “Uma das maiores preocupações do programa é acrescentar elementos fundamentais ao amadurecimento de profissionais, para que novos praticantes estejam mais seguros nas mãos de pessoas realmente qualificadas”, explica. É até cabalístico: cinco anos se passaram e cinco grupos já concluíram o curso, enquanto cinco estão em andamento. Ao analisar a trajetória do Oriente Total, Shalimar conta que suas expectativas têm sido alcançadas: “imaginava a abertura de apenas uma turma por ano e Déborah Abdala é uma daquelas “Mulheres-Maravilha” do mundo moderno. Esposa, mãe, professora e bailarina de dança do ventre, cigana e havaiana, além de proprietária da escola “Cia de Dança Zazu”. Acumula ainda a função de organizadora de eventos, dentre eles, aquele que causa a cada ano um burburinho cada vez maior na cidade de Guarulhos: o Tilim de Dendera. “A Déborah é outro exemplo de profissional que vem encontrando um caminho de sucesso. Como aluna formada pelo Oriente Total, ela participa do projeto de incentivo profissional em que dou todo meu apoio. Antes de cada festival, ela me consulta e eu estou sempre à disposição para orientá-la. A área de eventos é muito densa e as coisas mudam com grande velocidade, portanto, é fundamental manter-se atuante. Assim, ela tem feito parte da equipe do Mercado Persa, o que permite que ela se atualize e faça novos contatos”, afirma Shalimar. Segundo Déborah, “no curso tive a oportunidade de ampliar horizontes, evoluir tecnicamente, ter contato com grandes bailarinos, entre muitas outras coisas. Minhas expectativas foram superadas, pois além do conhecimento, encontrei uma nova família chamada Oriente Total”. Falando em bailarinas empreendedoras, quem conversa apenas alguns minutos com Ana Luiza Venâncio, ou melhor, Laylah Al Raksa, logo percebe a sua grande paixão. “Lembro-me que na primeira aula, a Shalimar perguntou qual era a área de interesse que nós tínhamos. Creio que fui a única que respondeu organização de eventos. Estou terminando o Oriente Total e posso dizer que me ajudou muito, pois ganhei confiança para correr atrás do meu objetivo”, explica Ana, que logo Parece que foi ontem que adentrei pelo corredor do Espaço Oriente para fazer a minha inscrição no Oriente Total. Praticante há cerca de cinco anos, fiquei atraída por este curso que reunia diferentes áreas do conhecimento com foco na dança; para mim, uma proposta inovadora. Recordo-me do quanto cada encontro foi especial, graças aos profissionais que nos acompanharam e à humildade e amizade das minhas companheiras de turma. Passaram-se dois anos de curso e mais um ano de pós (porque isso vicia e a gente sempre quer mais!). De repente, cá estava eu do outro lado, organizando, a cada quinze dias, a grade das turmas do Oriente Total. E, para a minha felicidade, é assim há dois anos. Responsável pelos cursos e eventos do estúdio “Shalimar Mattar danças”, ainda lembro quando perguntei para a Shaly se precisava de alguém para ajudá-la em sua nova empreitada e ela de imediato disse sim, relembrando o TCC que apresentei ao final do curso no qual tinha desenvolvido o marketing de uma escola fictícia. Quem diria... a vida é uma caixinha de surpresas! Inscrições abertas para nova turma do Oriente Total Início: 20 de julho de 2013 Informações: (11) 5041-6103 / [email protected] Jay Fotografia Especial dança A arte de dançar com os sete véus Q ueridas amigas, atendendo a tantos pedidos, estamos trazendo a dança com os sete véus como tema desta coluna, uma modalidade que não é fácil. Os sete véus requerem familiaridade com manuseios e a diversidade de movimentos, pois ao dançar a bailarina não deve olhar para os véus, e sim senti-los. Esta habilidade não é adquirida facilmente, requer muito treino! Alguns detalhes são importantes e merecem sua atenção. O primeiro ponto que requer seu cuidado é a escolha das cores, que podem ser ton sur ton ou relacionadas aos chacras, que são vermelho, laranja, amarelo, verde, lilás, azul, dourado ou prata. Preste atenção também na metragem dos véus, que deve ser precisa! Abaixo de 2 metros não são considerados Por Samira Samia véus, mas sim echarpes ou lenços. Você pode utilizar tecidos lisos, com opção para pastilhas na parte inferior, que conferem o peso certo e brilho ao trabalho ou seda sem bordados e com suaves nuances de cores. A música é um outro detalhe importante; sua duração pode variar entre 6 e 7 minutos, mas sem ultrapassar esta marca. Deve ser orquestrada, sem ser rápida ou cantada, fluindo com os movimentos da dançarina. Cada véu deve ter dois trabalhos diferenciados. E, o mais importante, entre um e o outro, utilize técnicas diversas de dança. A forma como tiram-se os véus guarda toda a magia desta dança. Não se deve tirá-los e jogá-los indiscriminadamente, as técnicas usadas também não devem ser repetidas. Outro item importante é a colocação dos véus no corpo da dançarina, pois eles não podem cair antes da hora certa de tirá-los. Esta riqueza de véus e composições faz com que esta seja uma das execuções mais difíceis na dança do ventre. Então, procurem uma mestra que possua os conhecimentos adequados, treinem muito e brilhem! A música é fundamental para a diversão das festas e faz parte da vida dos DJs U 18 REVISTA ORIENTE Amon-Rá Arte e Estilo Adornos para dança do ventre, indiana, cigana e tribal. Selo de Excelência Oriente. Tels.: (11) 5533-6693 (11) 98569-4019 [email protected] Cabala Jundiaí O maestro da festa ma festa sem música perde grande parte da diversão e, justamente por isso, a profissão dos DJs cresceu rápido no Brasil. A chamada discotecagem surgiu na década de 70, e nos anos seguintes, a profissão foi se tornando ampla. Segundo o DJ Renee Azeitona “aos poucos, as festas mais badaladas contavam com a presença do DJ e ORIENTE INDICA ROUPAS E ACESSóRIOS assim surgiu a profissão de discotecagem, que animava as pistas de dança. Nesta mesma época surgiram as discotecas, tornando a profissão ainda mais popular”, explica. Hoje, a profissão do DJ tem uma visibilidade muito maior, sua presença nas festas é fundamental para animar os convidados e garantir um clima divertido. Renee conta que sua relação com a música começou cedo, ainda adolescente. Ele organizava festas com os amigos. A diversão ficou séria e logo surgiram oportunidades para ele participar de concursos com novos talentos, onde o jovem DJ ficou entre os primeiros colocados. Assim começou a carreira que ele levaria para a vida toda. Apaixonado pelo que faz, Renne brinca dizendo que “meu DNA é feito de música”. A estabilidade da profissão é equivalente à qualidade do trabalho. Segundo Renee, para ser DJ é preciso ter paixão pelo que faz, pois apenas a dedicação e a divulgação de um trabalho de qualidade constroem uma boa reputação profissional. “É preciso ser perseverante, acreditar no seu trabalho, estar antenado com as tendências, para estar sempre trazendo coisas novas para o público”, comenta. Serviço Dj Renee Azeitona (11)98604-4200 | (11)97118-7587 Roupas e acessórios personalizados, linha completa de narguile e tabaco, xales artesanais. Enviamos para todo o Brasil. www.cabaladancadoventre.com.br [email protected] Tels.: (11) 4521-7084 (11) 3446-1610 Griffe Marilin Roupas para dança do ventre Tels.: (11) 98560-0741 ou (41) 9690-0450 www.marilin.com.br oriente INDICA CULTURAL nutrição O sabor árabe As famosas especiarias que dão o toque especial à culinária árabe A tradicional e rica culinária árabe sempre despertou o paladar de outras culturas. Seus sabores e aromas são tão inebriantes que chegaram a motivar as explorações marítimas do período das Grandes Navegações, por volta século XV, trazendo o palato do Oriente à Europa. Antes de os portugueses se lançarem ao mar para buscarem especiarias diretamente na fonte, eram os árabes quem dominavam esse mercado e escondiam o trajeto de suas rotas a sete chaves. Beneficiados pela ótima localização geográfica, suas embarcações saíam da península da Arábia e navegavam sem problemas pelo Mediterrâneo e pelos mares asiáticos, chegando à África Oriental e ao Extremo Oriente. Acompanhe abaixo as especiarias que ficaram conhecidas mundo afora e descubra seus sabores e propriedades nutricioniais. Açafrão - O nome vem do árabe zafaran, que significa amarelo. São pistilos secos que são colhidos manualmente dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus, uma planta da família das Iridáceas. O pistilo seco da planta açafrão é a especiaria mais cara do mundo. Sua cor amarela alaranjada é muito utilizada para colorir pratos espe20 REVISTA ORIENTE ciais, seu sabor é indispensável em preparações picantes, aves e peixes. Os egípcios cultivavam o açafrão como planta sagrada. Propriedades nutricionais: rico em potássio, o açafrão é ótimo para combater o mau colesterol (LDL), minimizando o risco de problemas cardíacos. A curcumina, pigmento presente em grande quantidade nesta especiaria e responsável por sua coloração amarelada, tem alto poder antioxidante e anti-inflamatório. Coentro - Popular nas cozinhas do mundo todo, é completamente aproveitado, desde as folhas, até suas sementes e raízes. Muito presente na culinária da Índia e do Sudeste, suas sementes têm sabor adocicado com um toque amargo, que lembra o da casca de laranja. Eram utilizadas pelos hebreus para aromatizar bolos e para conservar carnes entre os romanos. Egípcios e chineses achavam que elas conferiam imortalidade e, entre os árabes, tinham fama de afrodisíacas. Propriedades nutricionais: sua semente é fonte de ferro, um mineral que desempenha um papel importante na manutenção do sistema imunológico e dos principais sistemas enzimáticos do corpo. O coentro é altamente desintoxicante limpa o fígado, elimina toxinas e auxilia no emagrecimento, além de possuir propriedades anticancerígenas, que ajudam o organismo a se proteger contra tumores no fígado e estômago. Devido à capacidade de estimular a secreção de enzimas pancreáticas, que contribuem para maior assimilação de nutrientes, suas sementes são ótimas para a digestão. Tomilho - Usado como tempero em saladas e coalhada seca, é um ótimo acompanhamento do pão árabe quando misturado a azeite de oliva e sal. Acredita-se haver cerca de cem espécies de tomilho, mas apenas três possuem fins culinários. Largamente utilizado na Grécia, passou a ser consumido também nos países mediterrâneos. Propriedades nutricionais: possui reconhecidas propriedades anti-inflamatórias, além de exercer efeitos positivos no trato gastrointestinal. Pimenta - Uma das mais antigas especiarias conhecidas, a pimenta era tida como um ingrediente de luxo na culinária. Seu sabor picante é marcante e inesquecível. Seus grãos são utilizados secos e moídos na culinária de diversos países. Propriedades nutricionais: poderoso termogênico, auxilia na aceleração do metabolismo, proporcionando uma melhor digestão. Além disso, auxilia na diminuição do colesterol, é um analgésico natural e tem ação anticarcinogênica. Hortelã - É uma planta aromática de cheiro puro, refrescante e de sabor intenso. As suas variedades podem vir do sul e do centro da Europa, do Oriente Médio e do centro da Ásia. A hortelã seca é muito usada em pratos do Oriente Médio, no tabule, por exemplo, é ingrediente indispensável. Seu sabor também é marcante no kebab (cordeiro grelhado) e no quibe árabe. É utilizada ainda para temperar coalhadas e rechear pastéis e legumes como berinjela, pimentão e tomate. Propriedades nutricionais: apresenta as vitaminas A, B e C, além dos minerais cálcio, ferro e potássio em sua composição. Acredita-se ainda que a hortelã possua propriedades analgésicas, antissépticas, anti-inflamatórias, digestivas, refrescantes e descongestionantes. Serviço: Carlos Crede Nutricionista (11) 3542-2567 / 99240-2567 5ª Mostra de Danças Studio Andrea Gaya O mais belo espetáculo que reúne grandes estrelas 06 de julho de 2013 Teatro Vera Cruz – Uberaba MG http://www.facebook.com events/247962232011236/?fref=ts Espetáculo “Os 4 Elementos” Teatro do Corinthians - Rua São Jorge, 777 Tatuapé 09 de novembro de 2013, às 20h www.zaleekhandancadoventre.com.br Studio de Danças Aida Gamal e Pierre Salloum apresenta: “Dança da Alma. A essência do feminino.” Festival de Danças Árabes Outubro de 2013 www.aidagamal.com VII Festa Árabe e Ritmos Dançantes Grandes Convidados Buffet Mansão Ilha de Capri, Rod. Anchieta, km 28 Salão Veneza 1º de dezembro de 2013, das 16h às 22h Contato: (11) 97321-9108 - Patricia Saldanha 4* Yalla Festival Concursos e Mostras 26 de outubro 2013 Rua Santa Luzia, 74 - São Paulo/SP Contato: (11) 99340-9849 - Danna Gama www.yallafestival.blogspot.com Dança Egípcia Giselle Kenj e sua Serpente Thot com música ao vivo Às sextas, no Restaurante Tantra Granja Viana Av. São Camilo, 988 - Telefone: (11) 4702-6883 Aos sábados, no Restaurante Tantra - Vila Olímpia Rua Chilon, 364 - Telefone: (11) 3846-7112 www.gisellekenj.com 6º Festival de Danças Árabes de Sergipe O maior evento de dança árabe de Sergipe Realização: Cia. de Dança Carpe Diem Direção: Flávia Kahyna E-mail: [email protected] http://ciacarpediem.wix.com/ciacarpediem Festival Oriente - Studio Jimena 27 de outubro de 2013, às 17h Campinas/SP http://www.jimenalourenco.blogspot.com.br 3ª Grande Maratona de Oficinas de Danças Árabes Arte Oriente Em Cena e Isa Yasmin Estudio de Dança Campo Grande - MS 6 e 7 de julho de 2013 Informações: [email protected] gastronomia DANÇA Tão popular quanto o hot dog Apreciado no mundo todo, o falafel é saudável e fácil de fazer D egustado desde o Egito antigo, o falafel é um dos mais antigos pratos da cozinha árabe. Sua origem não é exatamente conhecida. Egípcios, israelenses e libaneses disputam sua criação, mas ninguém consegue comprová-la. Por terras tupiniquins, o falafel conquistou o paladar de brasileiros independentemente da idade, região ou poder aquisitivo. Não é à toa que sempre faz sucesso onde é servido. Um exemplo disto pôde ser conferido no Mercado Persa 2013. Halla Saad Ibrahim, comerciante que participou do evento, afirma que a procura aumenta a cada edição do MP. Originalmente o falafel é acompanhado de pão sírio, homus (pasta de grão de bico), tahine (pasta de gergelim) e salada. Mas a versão de Halla é um pouco diferente e traz hortelã, tomate, picles, salsinha e tahine. Como bom cozinheiro, ele não divulga sua receita, apenas afirma que os ingredientes básicos, além do grão de bico, são: fava e temperos. Ainda segundo ele, como o hot dog aqui no Brasil, o falafel é um prato muito popular nos países como o Líbano. É possível encontrá-lo em cada esquina, a qualquer hora ou data. Mas diferente do hot dog, o falafel é extremamente saudável. Que tal preparar esta delícia em casa? Confira a receita que elaboramos especialmente para você leitor. K A L E D C U R I 22 REVISTA ORIENTE r Luxonça a j o L a da D ja A lo o Ventre d Receita de Falafel Rendimento: 16 bolinhos Ingredientes 2 xícaras de chá de grão de bico 2 dentes de alhos amassados 1/4 de xícara de chá de farinha de trigo Sal a gosto Pimenta-do-reino a gosto Cominho a gosto Óleo para fritar Modo de preparo Lave o grão de bico e deixe-o de molho por uma noite. No dia seguinte, escorra-o e passe-o por um moedor ou processador até transformá-lo em pasta. Junte o alho e a farinha. Tempere com sal, pimenta-do-reino e cominho a gosto. Com a ajuda de uma colher de sopa faça bolinhos com a massa. Frite em óleo bem quente até ficarem corados. Retire e deixe escorrer sobre papel absorvente. Rua Varnhagem, 68, (Metrô S. Bento) dentro da loja Carnival - CEP 01022-012 - São Paulo única travessa da Ladeira Porto Geral - Estação São Bento do metrô Fone/fax: (11) 3241-3121 | site: www.luxornet.com.br