carla cristina braz de oliveira - Instituto de Computação
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carla cristina braz de oliveira - Instituto de Computação
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONSTRUCIONISTA PARA O USO DA INTERNET NA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO EDUCACIONAL DOM MÁXIMO BIENNÉS CÁCERES/MT CARLA CRISTINA BRAZ DE OLIVEIRA CUIABÁ – MT 2011 UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONSTRUCIONISTA PARA O USO DA INTERNET NA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO EDUCACIONAL DOM MÁXIMO BIENNÉS CÁCERES/MT CARLA CRISTINA BRAZ DE OLIVEIRA Orientador: Prof. Dr. Jésus Franco Bueno. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Informática na Educação da Universidade Aberta do Brasil da Universidade Federal de Mato Grosso – Modalidade à Distância, do Instituto de Computação, como requisito para obtenção do título de Especialista em Informática na Educação. CUIABÁ – MT 2011 UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO CERTIFICADO DE APROVAÇÃO UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONSTRUCIONISTA PARA O USO DA INTERNET NA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO EDUCACIONAL DOM MÁXIMO BIENNÉS - CÁCERES/MT AUTOR: CARLA CRISTINA BRAZ DE OLIVEIRA Aprovada em ___/___/___ ______________________________________ Prof. Dr. Jésus Franco Bueno (Orientador) IC/UFMT ______________________________________ Profa. Dra. Claudia Aparecida Martins IC/UFMT ______________________________________ Prof. Dr. Elmo Batista de Faria IC/UFMT DEDICATÓRIA Eu dedico este trabalho a todos que me incentivaram e contribuíram para chegar onde cheguei. A Deus primeiramente, porque sem ele não seria nada, pois me iluminou e me fez seguir em frente mesmo com os obstáculos da vida. A minha mãe, que sempre esteve ao meu lado, me ajudando e dando apoio ao meu crescimento intelectual e profissional. Aos meus amigos e companheiros de especialização: Edicarla Venturolli, Flávio Zancanaro e Kelliane Lacerda que se tornaram um apoio do outro neste tempo de estudo. Além dos meus amigos: Decele Passos, Daiany Lara, Edmar de Assis, Edivania Rodrigues, Ecilda Gomes, Michelly Cardozo que apesar da distância de alguns sempre estiveram me dando forças e incentivo. Aos meus tios e segundos pais Zenaide Braz de Araújo e Luiz Antônio de Araújo que estiveram presentes em todas as fases da minha vida e sempre acreditaram e ainda acreditam no meu crescimento pessoal. E ao meu padrinho Albanno Pinheiro pela grande colaboração na execução desta monografia. E finalmente ao meu orientador Jésus Franco Bueno, que desde o inicio acreditou que eu conseguiria realizar este trabalho juntamente com seu apoio. AGRADECIMENTOS Agradeço à Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo, aos seus professores, direção e coordenação por me ajudar a tornar possível este trabalho. RESUMO A presente monografia tem como objetivo propor um curso de formação para professores baseado no uso da Internet de forma pedagógica. Para isto haverá um levantamento sobre o histórico da Internet, conceito, ferramentas e seu papel na Educação, além de abordar sobre a teoria de aprendizagem construcionista como forma de didática a ser explorada. Para análise de dados será realizado uma investigação com a utilização de questionários (com perguntas abertas e fechadas) com os professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés da cidade de Cáceres – MT, para desta forma compreender suas concepções acerca da temática e quais suas necessidades a nível de informação teórica e prática. E por fim, como resultado uma proposta com apresentação, objetivo, conteúdo, implementação, metodologia e contribuição será apresentado. SUMÁRIO DEDICATÓRIA .......................................................................................................................................... 4 AGRADECIMENTOS................................................................................................................................ 5 RESUMO .................................................................................................................................................... 6 SUMÁRIO ................................................................................................................................................... 7 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................. 9 LISTA DE TABELAS .............................................................................................................................. 10 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ............................................................................................. 11 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 12 CAPÍTULO I ............................................................................................................................................. 13 INTERNET NA EDUCAÇÃO ................................................................................................................ 13 1. A HISTÓRIA DA INTERNET .................................................................................................................. 13 1.1 A INTERNET SOMADA A EDUCAÇÃO ................................................................................................. 15 1.1.1 COMO UTILIZAR A INTERNET NA EDUCAÇÃO ................................................................................. 16 1.1.2 Ferramentas da Internet no auxílio à aprendizagem ............................................................... 17 1.1.2.1 Listas de Discussão ............................................................................................................... 18 1.1.2.2 Blogs e Fotologs ................................................................................................................... 19 1.1.2.3 WIKIs .................................................................................................................................... 20 1.1.2.4 Redes de Relacionamento/Comunidades Virtuais................................................................. 20 1.1.2.5 Objetos de Aprendizagem ..................................................................................................... 21 1.1.2.6 Programas de Mensagens Instantâneas ................................................................................ 22 1.1.2.7 Sites Educacionais ................................................................................................................ 22 1.1.2.8 Jogos Online Educacionais ................................................................................................... 24 1.2 ORIENTAÇÕES PARA O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO ................................................................. 24 1.2.1 Vantagens do Uso da Internet no Ensino ................................................................................. 25 1.2.2 Desvantagens do Uso da Internet no Ensino ........................................................................... 25 CAPÍTULO I I ........................................................................................................................................... 27 FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO ................................... 27 2. CONCEPÇÕES E PRÁTICAS ................................................................................................................... 29 2.1 CONCEITUANDO O MÉTODO CONSTRUCIONISTA .............................................................................. 30 2.1.1. A formação com base no construcionismo .............................................................................. 31 CAPÍTULO III ........................................................................................................................................... 34 DEFINIÇÃO METODOLÓGICA .......................................................................................................... 34 3. ESCOLHA DO TEMA ............................................................................................................................. 35 3.1 PARTICIPANTES DA PESQUISA ........................................................................................................... 36 3.2 PROCEDIMENTOS DA COLETA DE DADOS .......................................................................................... 36 3.3 DA ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................................. 36 CAPÍTULO I V.......................................................................................................................................... 38 ANALISANDO OS DADOS DA PESQUISA ........................................................................................ 38 4. QUEM SÃO OS PROFESSORES ANALISADOS DA ESCOLA MUNICIPAL CENTRO EDUCACIONAL “DOM MÁXIMO BIENNÉS” (PERFIL) .................................................................................................................. 38 4.1 AFINIDADE COM O COMPUTADOR ..................................................................................................... 40 4.2 UTILIZAÇÃO DO COMPUTADOR NAS AULAS....................................................................................... 42 4.4 CONCEPÇÕES .................................................................................................................................... 45 4.5 ESTRUTURAÇÃO DE UM FUTURO CURSO DE FORMAÇÃO .................................................................... 46 4.6 PROPOSTA: CURSO DE FORMAÇÃO EM INTERNET NA EDUCAÇÃO ..................................................... 48 4.6.1 Apresentação do Curso de Formação ...................................................................................... 48 4.6.2 Objetivos do Curso .................................................................................................................. 49 4.6.3 Módulos do Curso e Conteúdos ............................................................................................... 49 4.6.4 Modalidade .............................................................................................................................. 50 CONCLUSÕES ........................................................................................................................................ 53 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................... 54 APÊNDICE A............................................................................................................................................ 58 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - O Ciclo Reflexivo do Professor ..................................................................... 33 Figura 2: Sexo dos professores analisados ..................................................................... 38 Figura 3: Professores que possuem computador ............................................................ 40 Figura 4: Ferramentas mais utilizadas ............................................................................ 42 Figura 5: Importância da Internet em Casa .................................................................... 46 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Formação dos Professores Analisados ........................................................... 39 Tabela 2: Ferramentas mais utilizadas............................................................................ 41 Tabela 3: Período do Curso ............................................................................................ 47 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS NCP Network Control Procol TCP/IP Transfer Control Procol/ Internet Procol NSF National Science Foundation CERN Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire WWW Word Wide Web OA Objeto de Aprendizagem VRML Virtual Reality Modeling Language IM Instant Messaging FTP File Transfer Protocol HTML HyperText Markup Language CEFAPRO Centro de Formação e Atualização de Professores TICS Tecnologias da Informação e Comunicação MSN Microsoft Network Messenge INTRODUÇÃO Atualmente a Internet tem atingido as diversas áreas, inclusive a Educação. Mas o que pensam os professores diante desta realidade? Com esta problemática surge a justificativa do nosso trabalho, no qual se mescla como processo de formação de professores sobre as possibilidades da Internet em suas práticas pedagógicas. Em particular, a pesquisa leva os professores a reconhecer suas próprias atitudes em relação à Internet, como procedimento de introdução ao estudo sobre os usos da Internet em seus contextos de atuação cotidiana. Desta forma, este trabalho tem por objetivo conhecer qual a concepção dos professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés a respeito do uso da Internet na Educação, o qual será identificado através de questionários que investiguem suas ideias e anseios, propondo um curso de formação Construcionista específico e baseado na análise de dados. Assim, nesta pesquisa, consideramos a necessidade de conhecer as atitudes dos professores em relação à Internet de forma a pensar sua formação para a utilização dessa tecnologia. Investigar as atitudes dos professores para pensar sua formação, assim se justifica, pois cumpre considerar não somente os saberes disciplinares que precisam desenvolver, ou os necessários saberes curriculares relativos aos métodos que devem empregar, mas, sobretudo focalizar aqueles saberes que mais diretamente se relacionam às relações que os professores estabelecem com a Internet, e que manifestam ao expressarem posições, reações e atitudes em relação a essa tecnologia. A cidade escolhida para tal pesquisa foi Cáceres, já que está sendo meu local de residência como profissional da área da Educação e observo no cotidiano a prática dos professores, seja com o uso de alguma tecnologia ou até mesmo sua aversão às mesmas. Além disso, também já participei como tutora de dois cursos de formação oferecido para os professores pelo CEFAPRO, diante disso ficou o anseio em investigar como estes profissionais usam a Internet na sala de aula (se é que usam) e até mesmo propor um curso menos generalizado e mais de acordo com as suas necessidades. CAPÍTULO I INTERNET NA EDUCAÇÃO Neste Capítulo será abordado sobre a História da Internet, como surgiu e para que propósito. Logo após será apresentado a Internet como ferramenta pedagógica, como surgiu esta ideia no Brasil e alguns Projetos que colaboraram em sua divulgação e desenvolvimento. Após esta abordagem histórica, será abordado qual o caminho mais adequado para a utilização da Internet na Educação, suas principais ferramentas e por fim quais as vantagens e desvantagens da utilização da mesma. 1. A História da Internet De acordo com Travaglia (2000) a Internet começou a ser projetada a partir dos anos 60 pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo era integrar os diversos Centros Militares aos Centros de Pesquisa. A ideia era criar uma grande rede de comunicação descentralizada, na qual as diversas conexões pudessem operar sem hierarquias. Em 1969 surge a ARPANET (Desenvolvida pela empresa ARPA), que contava com quatro nós, cujo objetivo era desenvolver projetos em conjunto, independente da localização física, sem correr o risco de perder dados e informações em caso de bombardeios. No entanto, segundo Bogo (2009) quando a ameaça da Guerra Fria passou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que pesquisadores domésticos a acessarem, até que mais de 5 milhões de pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se conectavam com a imensa teia da comunicação mundial. 14 Porém, no final dos anos 1970, a ARPANET tinha crescido tanto que o seu protocolo de comutação de pacotes original, chamado de Network Control Protocol (NCP), tornou-se inadequado. Em um sistema de comutação de pacotes, os dados a serem comunicados são divididos em pequenas partes. Essas partes são identificadas de forma a mostrar de onde vieram e para onde devem ir, assim como os cartões-postais no sistema postal. Assim também como os cartões-postais, os pacotes possuem um tamanho máximo, e não são necessariamente confiáveis. Os pacotes são enviados de um computador para outro até alcançarem o seu destino. Se algum deles for perdido, ele poderá ser reenviado pelo emissor original. Para eliminar retransmissões desnecessárias, o destinatário confirma o recebimento dos pacotes. Depois de algumas pesquisas, a ARPANET mudou do NCP para um novo protocolo chamado TCP/IP (Transfer Control Protocol/Internet Protocol) desenvolvido em UNIX. A maior vantagem do TCP/IP era que ele permitia (o que parecia ser na época) o crescimento praticamente ilimitado da rede, além de ser fácil de implementar em uma variedade de plataformas diferentes de hardware de computador. Segundo Bruno (2006) em 1983 os militares passam a usar a MILNET (rede dos militares), preocupado com as possíveis brechas de segurança. A Arpanet tornou-se a ARPA-INTERNET, e foi dedicada à pesquisa. Em 1984, a National Science Foundation (NSF) montou sua própria rede de comunicações entre computadores, a NSFNET, e em 1988 começou a usar a ARPA-INTERNET como infra-estrutura de rede. Em 1990, a Arpanet, com tecnologia já obsoleta, foi retirada de operação. Dali em diante, tendo liberado a Internet de seu ambiente militar, o governo dos EUA confiou sua administração a NSF. Mas o controle da NSF sobre a rede Internet durou pouco. Com a tecnologia de redes de computadores no domínio público, e as telecomunicações plenamente desreguladas, a NSF tratou logo de encaminhar a privatização da Internet (SLAVOV, p.4). Em 1991, um grupo de cientistas do CERN (Laboratório Europeu para a Física de Partículas) visando tornar o uso da Internet mais rápido, fácil e produtivo, criou o conceito de World Wide Web (WWW) que deu início a um projeto para a criação d e uma interface gráfica amigável para a comunicação via Internet (BRUNO, 2006, p.12). Assim, a tarefa de navegar pela Internet tornou-se extremamente simples, com endereços amigáveis e visualização clara e rápida. Para esse novo sistema, foi desenvolvido um programa de computador que ficou conhecido como navegador de 15 hipertexto de World Wide Web. Depois de outras criações, em 1995, a Microsoft introduziu seu próprio navegador, o Internet Explorer, junto ao Windows 95. Hoje, os dados sobre o uso da Internet são crescentes, de acordo com a Internet World Stats, 1,96 bilhão de pessoas tinham acesso à Internet em junho de 2010, o que representa 28,7% da população mundial. Segundo a pesquisa, a Europa detinha quase 420 milhões de usuários, mais da metade da população da Europa. Mais de 60% da população da Oceania tem o acesso à Internet, mas esse percentual é reduzido para 6,8% na África. Na America Latina e Caribe, um pouco mais de 200 milhões de pessoas têm acesso à Internet (de acordo com dados de junho de 2010), sendo que quase 76 milhões são brasileiros. 1.1 A Internet somada a Educação Para falar sobre este assunto, vamos primeiro entender e esclarecer porque as pessoas utilizam a Internet, o que elas procuram afinal? “Segundo uma pesquisa feita pelo Georgia Institute of Technology’s Graphics, Visualization and Usability Center, as cinco atividades mais comuns na Internet são: 1º)Recolher informação 2º)Procurar informação 3º)Navegar 4º)Educação 5º)Comunicação” (2010, Apud TRAVAGLIA, 2000, p.16). Assim, pelo que foi analisado a Educação não é prioridade das pessoas. Isso nos leva a compreender que não basta apenas que a Internet exista, deve existir um mediador no processo, pois esta ferramenta traz grandes possibilidades de uso, desde que explorada e conduzida corretamente. A Internet se tornou uma ferramenta atrativa para a Educação com o surgimento da WWW, uma vez que demonstrou a possibilidade mediadora do ensino e aprendizagem à distância. Ainda, segundo Travaglia (2000) mais que somente recursos informacionais, os novos recursos disponíveis via Internet, como os documentos hipertextos, são acima de tudo novas ferramentas cognitivas, de abrirem novas possibilidades cognitivas e intelectuais que extrapolam em muito, aquelas oferecidas por documentos em papel, de leitura linear. No entanto, traz à tona a discussão do verdadeiro significado das pesquisas no ambiente escolar, já que a Internet oferece tantos recursos para tal. Será que copiar e 16 colar trechos de sites (muitas vezes desconhecidos) ou imprimir uma página sobre o assunto procurado pode ser considerado um trabalho de pesquisa? A respeito disso Mercado (2001), nos esclarece no seguinte trecho: Assim, muitos alunos acham que só pelo fato de encontrar o material desejado e imprimi-lo, já cumpriram suas tarefas escolares. Antes eram as cópias reprográficas dos livros, agora são as impressões. O que precisa ser esclarecido a todos é que são os procedimentos de pesquisas que precisam ser respeitados (MERCADO, 2001, p.52). Para Demo (2003), o aluno deveria ir à escola não para assistir à aula, mas para pesquisar, compreendendo-se por isso que sua tarefa crucial é ser parceiro de trabalho, não simples ouvinte domesticado. “A pesquisa inclui sempre a percepção emancipatória do sujeito que busca fazer e fazer-se oportunidade, à medida que começa e se reconstitui pelo questionamento sistemático da realidade. Incluindo a prática como componente necessário da teoria, e vice-versa, englobando a ética dos fins e valores”. (id, p. 8) Com estas novas possibilidades os estudantes se veem maravilhados, porém não se deve e nem é do objetivo deste trabalho elevar esta ferramenta tecnológica e nem qualquer outra como solução dos problemas educacionais, mas apenas apontá-la como uma alternativa de aprendizado. Assim como Freire defendia a atuação docente em ambientes interativos, com a utilização de recursos audiovisuais como o vídeo, a televisão e a informática no processo de ensino e de aprendizagem. Mas não aceitava a sua utilização de forma acrítica. A citação a seguir apresenta a opinião de Freire sobre as tecnologias na prática pedagógica. “Nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela” (FREIRE, 1996, p. 97). 1.1.1 Como utilizar a Internet na Educação Segundo Morran (1997) para se ensinar na e com a Internet e atingir resultados significativos só é possível quando se está “integrada em um contexto estrutural de mudança do ensino-aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal efetivos” (MORAN, 1997, p.5). 17 Caso isso não aconteça a Internet não será uma ferramenta tecnologia revolucionária, mas uma entre as demais reforçando apenas as práticas educacionais tradicionais: Compreendo perfeitamente que a Internet é uma ferramenta fantástica para abrir caminhos novos, para abrir a escola para o mundo, para trazer inúmeras formas de contato com o mundo. Mas essas possibilidades só acontecem se, na prática, as pessoas estão atentas, preparadas, motivadas para querer saber, aprofundar, avançar na pesquisa, na compreensão do mundo. Quem está acomodado em uma atitude superficial diante das coisas, pesquisará de forma superficial (MORAN, 1997, p.8). A seguir será abordado algumas ferramentas que a Internet pode contribuir no processo ensino aprendizagem. 1.1.2 Ferramentas da Internet no auxílio à aprendizagem De acordo com Gebran e Santos (2003), no artigo “O Uso da Internet no Processo de Aprendizagem”, umas das ferramentas de destaque são os ambientes virtuais, que possuem um agregado de outras ferramentas: Chat: Sala de aula permanente, aberta a todos os participantes. Este recurso permite a comunicação direta entre alunos e professores. Fórum: permite a entrada em um espaço criado para discutir diversos temas que serão propostos pelo professor ao longo do curso. Correio eletrônico: permite enviar uma mensagem para qualquer usuário da rede. Em questão de minutos, o texto chega ao destino. A vantagem é que o destinatário não precisa estar conectado à Internet no momento em que a mensagem chega. O texto fica armazenado em uma espécie de caixa postal eletrônica até que o usuário entre novamente na rede. Depois de ler a mensagem, é possível responde-la imediatamente, imprimi-la ou enviar cópias para outras pessoas. Links/Biblioteca virtual: recurso que permite organizar e direcionar assuntos interessantes pertinentes ao curso propostos em outros sites. Mural: funciona como um mural de classificados ou de recados, com temas de interesse de alunos e professores. 18 Assim, foi observado que algumas destas ferramentas são encontradas independentes dos ambientes virtuais, mas que podem contribuir no ambiente escolar são eles os chats, e-mails e biblioteca virtual (para pesquisas principalmente). Além destes outros recursos de comunicação e interação são de grande valia na educação: Listas de Discussão; Blogs; Wiki; Redes de Relacionamento/Comunidades Virtuais; Objetos de Aprendizagem; Programas de Mensagens Instantâneas; Sites Educacionais; Jogos online Educacionais. 1.1.2.1 Listas de Discussão Segundo Levy (1990) “O correio eletrônico permite enviar, de uma só vez, uma mesma mensagem a uma lista (que pode ser longa) de correspondentes, bastando indicar essa lista. Assim, não é necessário fazer fotocópias do documento, nem digitar diversos números telefônicos, um após o outro”. A lista de discussão é um endereço de e-mail para o qual um usuário envia uma mensagem. Esta mensagem é automaticamente enviada para todos os membros cadastrados nesta lista. Estas mensagens são recebidas através do e-mail de cada participante. Baseia-se na associação de um endereço de correio eletrônico a várias caixas postais ou lista de usuários, onde uma mensagem enviada a um endereço é recebida por todos os integrantes inscritos na lista. As listas de discussão podem ser simples (sem controle de cadastramento de usuários), moderadas (com o controle da correspondência por um usuário) ou fechada (com controle sobre o cadastramento de usuários). Existem diversas situações em que a lista de discussão pode ser utilizada. Abaixo relacionamos algumas delas: • Para discutir sobre um assunto: os participantes trocam experiências, sugestões, dúvidas e contribuições, sendo possível elaborar um documento final com a análise destas participações. • Para discutir sobre um documento: envia-se, juntamente com a mensagem, um documento anexado para ser analisado individualmente pelos 19 participantes. A partir daí, cada um pode contribuir com a construção deste documento, fazendo anotações e justificativas. • Para construir um documento: utilizando-se do dinamismo de troca de mensagens na lista de discussão, pode-se elaborar artigos, trabalhos e projetos colaborativos sem a promoção de encontros presenciais. • Para agilizar a comunicação numa equipe de trabalho: por ser uma ferramenta assíncrona (os participantes não precisam estar conectados simultaneamente na Internet) todos os membros tem a oportunidade de participar, dentro de suas possibilidades de horários e deslocamentos (EPROINFO, 2009). Assim, ao utilizar esses serviços, de certa forma, está sendo ensinado e aprendido, sendo uma forma também de ensino a distância. 1.1.2.2 Blogs e Fotologs O Blog foi concebido como um diário na Web, cuja informação está organizada da mais recente para a mais antiga, disponibiliza um índice de entrada e pode conter apontadores para outros sites. Aberto a todos os cibernautas, permite que os visitantes deixem os seus comentários, tornando-se num fácil e popular meio de comunicação. Os blogs são essencialmente uma ferramenta facilitadora de interação, pois, segundo Barbosa e Granado (2004), podem ajudar alunos e professores a comunicar mais e melhor. Na construção e manutenção do seu blog, o aluno terá de procurar sites dentro do seu campo de interesse, analisar o seu conteúdo, averiguar da veracidade e credibilidade dos sites a inserir no seu blog. “Cria-se então uma comunidade de aprendizagem em torno de um tema que interessa a todos os membros, multiplicando as possibilidades de se encontrar mais soluções ao possibilitar a intervenção e o diálogo com mais pessoas” (CLOTHIER, 2005). De acordo com Costa (2005) os debates podem ser em torno de temas atuais, a divulgação de projetos escolares, organização de um trabalho de investigação, registro de trabalho de campo, entre outros. De acordo com Clothier (2005), os professores podem ainda usar estes sistemas digitais como complemento ao ensino presencial, já que os blogs poderão ser um veículo privilegiado de comunicação, para avisos, indicação de trabalhos a realizar, ligações para materiais de consulta, textos de apoio às aulas, entre outros, possibilita 20 ainda que os pais acompanhem o processo de ensino/aprendizagem, bem como trocar experiências com outros professores de qualquer parte do mundo. 1.1.2.3 WIKIs Pretto e Pinto (2006) esclarecem o significado e a importância do ambiente virtual wiki. Os sistemas de produção colaborativa merecem receber uma especial atenção, pois ocupam hoje um grande espaço no movimento do software livre mundial, denominados wikis, que possibilitam a publicação de páginas na web, estando sua edição aberta para todos os usuários. Os termos wiki e wikiwiki, que em havaiano significam rápido e rapidinho, foram adotados nesse tipo de software e ferramenta exatamente porque possibilitam que, onde quer que esteja o usuário possa editar o conteúdo da página que está lendo e, com isso, acrescentar a sua contribuição à mesma. Uma das maiores experiências no wiki é a Wikipédia, criada em 2001 na Flórida e que hoje já está traduzida para cerca de 80 idiomas (PRETTO,PINTO, 2006, p. 22). Trata-se de uma coleção de textos criados de forma coletiva no ambiente da Internet e que apresenta as possibilidades de interação, acesso e atualização das informações. Dessa forma, o wiki pode ser utilizado como uma ferramenta de escrita virtual, onde todos podem atuar, interagir e trocar informações sobre o assunto, gerando ambientes colaborativos. Assim, segundo Vygotsky (1987) a medida que se propicia um ambiente coletivo de sócio construção, o conhecimento é elaborado em dois momentos: primeiro em nível interpessoal, com a ajuda do outro, e em um segundo momento em nível intrapessoal, quando ocorre a apropriação do conhecimento pelo indivíduo. 1.1.2.4 Redes de Relacionamento/Comunidades Virtuais Uma comunidade virtual pode ser definida como uma comunidade de pessoas compartilhando interesses comuns, ideias e relacionamentos, através da Internet ou de outras redes colaborativas. O possível inventor do termo e um de seus primeiros proponentes foi Howard Rheingold. “Comunidade virtual é “um agregado social que surge na Internet, quando um conjunto de pessoas leva adiante discussões públicas 21 longas o suficiente, e com suficiente emoção, para estabelecerem redes de relacionamentos no ciberespaço”. (RHEINGOLD ,1996, p. 18) São exemplos de redes de relacionamento: Orkut, facebook, myspace, twitter, tymr. Para Ávila (1975), uma comunidade apresenta as seguintes características: a) Uma certa contigüidade espacial, que permita contatos diretos entre seus membros; b) A consciência de interesses comuns, que permite aos seus membros atingirem objetivos que não poderiam alcançar sozinhos; c) A participação em uma obra comum, que é a realização desses objetivos e a força de coesão interna da comunidade. 1.1.2.5 Objetos de Aprendizagem Os Objetos de Aprendizagem - OA podem ser compreendidos como “qualquer recurso digital que possa ser reutilizado para o suporte ao ensino” (WILEY, 2000, p. 3). Eis alguns fatores que favorecem o uso de Objetos de Aprendizagem na área educacional, segundo Prata e Nascimento (2007): flexibilidade: os Objetos de Aprendizagem são construídos de forma simples e, por isso, já nascem flexíveis, de forma que podem ser reutilizáveis sem nenhum custo com manutenção; facilidade para atualização: como os Objetos de Aprendizagem são utilizados em diversos momentos, a atualização dos mesmos em tempo real é relativamente simples, bastando apenas que todos os dados relativos a esse objeto estejam em um mesmo banco de informações; customização: como os objetos são independentes, a ideia de utilização dos mesmos em um curso ou em vários cursos ao mesmo tempo torna-se real, e cada instituição educacional pode utilizar-se dos objetos e arranjálos da maneira que mais convier; a interoperabilidade: os Objetos de Aprendizagem podem ser utilizados em qualquer plataforma de ensino em todo o mundo. Assim, os Objetos de Aprendizagem utilizam-se de imagens, animações e applets, documentos VRML (realidade virtual), arquivos de texto ou hipertexto, dentre 22 outros. Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem, porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito educacional definido, um elemento que estimule a reflexão do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único contexto (BETTIO; MARTINS, 2004). 1.1.2.6 Programas de Mensagens Instantâneas Um mensageiro instantâneo ou comunicador instantâneo, também conhecido por IM (do inglês Instant Messaging), é uma aplicação que permite o envio e o recebimento de mensagens de texto em tempo real. 1.1.2.7 Sites Educacionais Miyakazi (1997 apud FILENO, 2007) define site como sendo o conjunto de páginas Web agrupadas por um mesmo assunto, propósito ou objetivo, podendo ser de uma instituição, empresa ou indivíduo. Ao utilizar sites como recurso pedagógico há uma certa complicação , pois no caso de sites educacionais não há etapas prévias de avaliação, que recai totalmente sobre os professores e a escola. Portanto, não basta mais que estes dominem suas áreas de conhecimento. É preciso que tenham conhecimentos mínimos de como a Internet funciona e se o site escolhido é adequado ao enfoque pedagógico adotado. A seguir disponibilizamos uma lista de sites educacionais elaborado pela Revista Veja (2007): Aprendiz - Lição de casa: Seção do site Aprendiz que auxilia nas pesquisas escolares. Link para acesso: aprendiz.uol.com.br/. Biblioteca Virtual: Biblioteca do estudante brasileiro. Bom acervo de pesquisa, livros para download, links para pesquisas escolares. Projeto ligado ao site Escola do Futuro, da USP. Link para acesso: http://futuro.usp.br/portal/website.ef. 10 em tudo: Site com acesso pago com material didático para ensino médio, simulados, vestibular, faculdades. Possui uma seção de Obras Literárias com resumos e análises de livros requisitados por colégios e exames vestibulares. Link para acesso: www.10emtudo.com.br. 23 EducaRede: Portal de educação gratuito voltado para a realidade de alunos e professores do ensino fundamental e médio da escola pública. Mantido pelo grupo Telefônica. Link para acesso: www.educared.org. eAprender: Portal com áreas para educadores, alunos e escolas com mais de 20.000 páginas de conteúdo didático exclusivo. Link para acesso: www.eaprender.com.br. Educacional: Portal de educação com as seguintes áreas: pesquisa escolar, reportagens, notícias, áreas para educação infantil; da 1ª à 4ª série; da 5ª a 8ª; ensino médio, educadores, escolas e pais e canais de serviços e referências. Link para acesso: www.educacional.com.br. EdukBr: Portal de educação coordenado por educadores e professores com a proposta de ser uma escola aberta na internet. Acesso às seguintes seções: Arte Manhas; Celeiro de Projetos; Estúdio Web; Leituras & Escrita. Link para acesso: www.edukbr.com.br. KlickEducação: Portal de educação pago com áreas para alunos, pais e professores. Boa seleção de literatura na seção Klick Escritores. Link para acesso: www.klickeducacao.com.br. Escol@24horas: Site educacional com serviços para alunos, pais e professores 24 horas por dia, 7 dias por semana. Parte do acesso é público, parte restrito aos usuários de escolas associadas. Link para acesso: www.escola24h.com.br. Ensino.net: Portal educacional com conteúdo classificado por matéria, tema e ciclo. Link para acesso: www.ensinonet.com. Lição de Casa : Portal da UOL que tem o objetivo de auxiliar o estudante na realização das tarefas escolares. Link para acesso: educacao.uol.com.br. Mini Web: Lista de sites para pesquisa educacional de alunos e professores. As indicações, divididas por área de conhecimento, são avaliadas e detalhadas em pequenos textos que resumem seu conteúdo. Link para acesso: www.miniweb.com.br. Pedalando & Educando: Projeto onde o arquiteto Argus Caruso Saturnino relata sua aventura de bicicleta ao redor do mundo sob a perspectiva histórica e geográfica das regiões que visita. Link para acesso: www.arguscaruso.com.br. ThinkQuest: Rede mundial de estudantes, professores, pais e técnicos dedicada ao aprendizado na internet. São mais de 100 países participantes (em inglês e opção em português). Link para acesso: http://www.thinkquest.org/pt_br/. WebQuest:,WebQuest é uma método de pesquisa na internet criada pelo americano Bernie Dodge em que os próprios professores criam sites sobre temas específicos e desenvolvem tarefas para serem cumpridas pelos alunos, com a indicação de endereços confiáveis de consulta. Link para acesso: www.wequest.futuro.usp.br Bernie Dodge em que os próprios professores criam sites sobre temas específicos e desenvolvem tarefas para serem cumpridas pelos alunos, com a 24 indicação de endereços confiáveis edweb.sdsu.edu/people/bdodge. de consulta. Link para acesso: EducaFórum: Site que defende uma Escola Pública de qualidade. Link para acesso: www.webamigos.net/educaforum. Edutecnet: Grupo de discussão com profissionais e estudantes sobre a área educativa. Link para acesso: www.edutecnet.com.br. 1.1.2.8 Jogos Online Educacionais Jogos educacionais podem envolver as características de qualquer um dos jogos anteriores. Por exemplo, um jogo de aventura pode envolver enigmas relativos a um templo maia ou a um castelo medieval e, assim, se tornar um jogo educacional sobre história antiga. (BATTAIOLA, 2000, p.10) Quando motivadores do processo de aprendizagem, eles podem ser definidos como jogos educacionais. Contudo, há ainda muita discussão sobre o que são jogos educacionais (CAMPOS, 2008, p.27). Dempsey, Rasmussem e Luccassen (1996) citados por Botelho (2004) definem que os jogos educacionais “se constituem por qualquer atividade de formato instrucional ou de aprendizagem que envolva competição e que seja regulada por regras e restrições”. Todavia, é importante ressaltar a ideia de que o uso de recursos tecnológicos, dentre eles o jogo educacional, não pode ser feito sem um conhecimento prévio do mesmo e que esse conhecimento deve sempre estar atrelado a princípios teóricometodológicos claros e bem fundamentado. Daí a importância dos professores dominarem tecnologias e fazerem uma análise cuidadosa e criteriosa dos materiais a serem utilizados, tendo em vista os objetivos que se quer alcançar. 1.2 Orientações para o uso da Internet na Educação O uso da Internet apresenta seus prós e contras, por isso é de essencial importância esclarecer quais são estes itens, para desta forma enfatizar as vantagens no nosso cotidiano escolar e procurar amenizar as desvantagens, procurando soluções e formas de utilizar a Internet na Educação corretamente e prazerosa tanto para o professor quanto para o aprendiz. 25 1.2.1 Vantagens do Uso da Internet no Ensino Segundo Klering (2008), as vantagens do uso da Internet na Educação são: Com ela é possível criar ambientes virtuais de aprendizagem, onde o aluno encontra a matéria a ser estudada e as tarefas a serem feitas. A Internet pode ser utilizada como uma gigantesca biblioteca onde são encontrados uma infinita variedade de assuntos. A Internet também permite a troca de conhecimentos com outras pessoas, as quais podem estar até do outro lado do mundo. Nesse caso, a aprendizagem cooperativa é possível através da troca de mensagens eletrônicas (e-mail), das videoconferências e das salas de bate-papo (chats). Outro processo que pode se beneficiar muito com a Internet é a aprendizagem do inglês. Isso porque além de termos acesso a vários textos nessa língua via rede, ainda pode-se entrar em salas de bate-papo estrangeiras, onde a pessoa pode dialogar e aprender a se apresentar ou a defender um ponto de vista usando a língua inglesa, o que, segundo professores, permite um aprendizado mais rápido e mais avançado desse idioma. Além destas citadas por Klering, existem outras vantagens com as ferramentas citadas mais acima, cabe ao professor se adequar a estas novas possibilidades. Pois, de acordo com o professor Moran (2009) os alunos estão prontos para utilização da Internet e o professor pode perceber aos poucos, que a Internet está passando de uma palavra da moda a realidade em alguns colégios e nas suas famílias. 1.2.2 Desvantagens do Uso da Internet no Ensino Para mostrar as desvantagens do uso da Internet na Educação vamos nos basear nas palavras de Moran (2009) que identifica: Há certa confusão entre informação e conhecimento: no qual informações demais e conhecimento de menos no uso da Internet na educação, pois o conhecimento não se passa, o conhecimento se cria, se constrói. 26 Facilidade de dispersão: Muitos alunos se perdem no emaranhado de possibilidades de navegação. Não procuram o que está combinado deixando-se arrastar para áreas de interesse pessoal. É fácil perder tempo com informações pouco significativas, ficando na periferia dos assuntos, sem aprofundá-los, sem integrá-los num paradigma consistente. Perde-se muito tempo na rede: Há informações que distraem, que pouco acrescentam ao que já sabemos, mas que ocupam muito tempo de navegação. Nem sempre é fácil conciliar os diferentes tempos dos alunos: Uns respondem imediatamente, outros demoram mais, são mais lentos. A participação dos professores é desigual: Alguns se dedicam a dominar a Internet, a acompanhar e supervisionar os projetos. Outros, às vezes por estar sobrecarregados, acompanham à distância o que os alunos fazem, e vão ficando para trás no domínio das ferramentas da Internet. Assim, procuramos identificar algumas das desvantagens, que muitas vezes podem ser revertidas ou amenizadas ao adotar algumas técnicas pedagógicas para que fique bem claro que a Internet não é uma ferramenta milagrosa, mas uma alternativa tecnológica que requer preparação antecipada dos professores que desejam utilizá-la em suas práticas escolares. 27 CAPÍTULO I I FORMAÇÃO DOCENTE PARA O USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO De acordo com Valente (1997), o computador é uma ferramenta que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia e criatividade do aluno. Mas, para que isso aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para exercício deste papel. Assim, Cox (2003) salienta alguns pontos essenciais para a capacitação docente: Disposição para estudar: pois precisa ter conhecimento sobre, dentre outras coisas, o que a informática pode oferecer ao processo educacional escolar e até mesmo pelo fato da informática ser muito dinâmica estando em constante evolução. Domínio da Informática: “A capacidade de intervenção dos agentes educacionais, em especial dos professores, é indispensável para a execução e êxito do processo”, assim para que possa intervir precisa dispor de conhecimentos e habilidades. Competência para se educar continuamente: “Para atender a dinâmica contemporânea, o professor precisará apresentar competência para educar-se continuamente”. Desta forma, a educação continuada entra em discussão, indispensável à formação docente, podendo ser promovida e/ou favorecida. Capacidade de ousar: A necessidade de estudar informática exigirá que os professores avancem além dos limites da sua área de conhecimento, ter iniciativa, acreditar em seu potencial, se distanciar do que foi aprendido em sua formação são passos fundamentais. Cumplicidade com o Educando: Fazer com que professor e aluno caminhem juntos e unidos: “Assim sendo, é chegado o tempo em que o professor precisa abandonar sua cátedra pretensamente superior e autoritário para dispor-se junto ao alunado como parceiros em meio as aventuras e descobertas.” (COX, 2003, p. 114). 28 Criatividade: Após estudo e pesquisas caberá do professor emergir sua criatividade, criando estratégias próprias com diferentes caminhos e descobertas. Capacidade de Sociabilizar “Saberes” e “Fazeres”: Com o intuito de garantir o desenvolvimento da coletividade, conscientizando de suas competências e de que o meio resultado das ações humanas. Outro ponto relevante para que a parte docente seja capaz de incluir a Internet em suas práticas pedagógicas, é necessário dedicação a longo prazo, o que nos leva a identificar que cursos de capacitação que duram apenas um mês ou menos, dependendo do nível de conhecimento do profissional não são suficientes já que muitas vezes precisam superar certas concepções e aversões ao uso do computador, aprender certas teorias e práticas, como utilizar um e-mail, como navegar na internet, como criar blogs são alguns dos exemplos. Porém, estes conhecimentos adquiridos devem estar associados à utilização pedagógica e não ensinados de forma aleatória, pois de nada adiantaria saber como utilizar e não entender onde e para que utilizar, de forma a gerar conhecimento aos seus aprendizes. É o que pode ser identificado no seguinte trecho: Para que as atividades pedagógicas baseadas na Internet sejam possíveis, é pedido aos professores uma série de requisitos. Primeiro, é necessário empenho a longo prazo. Segundo, é preciso ultrapassar obstáculos técnicos e assimilar uma série de informações. Os professores não só precisam de conhecimento geral sobre computadores e redes, como também precisam aprender a usar o e-mail, o ftp e a World Wide Web. Se eles pretenderem publicar material na rede ainda precisam dos conhecimentos básicos de HTML ou de um editor de texto de HTML, como exemplo o FrontPage. Os professores ainda têm que ter uma noção da estrutura da Internet e de como os outros professores a usam. Terceiro, é necessário que o professor adquira cultura tecnológica, para superar o problema do controle da ferramenta e se tornar o assistente da construção do conhecimento através desta tecnologia. É necessário que os professores estejam à vontade com a utilização e potencialidade da Internet para poder guiar os alunos no novo mundo da informação, ajudando-os a construir e adquirir novos conhecimentos de forma a eles começarem a utilizar a Internet da maneira mais eficiente, não se limitando a navegar nela. (TRAVAGLIA, 2000, pg.17) Assim, Valente (1997) que afirma “a formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica”. 29 No entanto, para se pensar em um curso de formação destinado a professores é necessário entender o que eles pensam a respeito do assunto, já que isso influencia as suas práticas, por isso dedicamos uma parte deste nosso trabalho ao tema concepções. 2. Concepções e Práticas Como Ponte (1992), acredita-se que a impregnação de elementos sociais no processo de construção do conhecimento reforça a perspectiva de que existe uma relação interativa entre as concepções e as práticas. As concepções influenciam as práticas, no sentido em que apontam caminhos, fundamentam decisões, etc. Por seu lado, as práticas, que são condicionadas por uma multiplicidade de fatores, levam naturalmente à geração de concepções que com elas sejam compatíveis e que possam servir para enquadrá-las conceitualmente. As concepções dos professores não constituem um todo relativamente homogêneo. Diferenciam-se, claramente, pelos níveis de ensino, pela sua formação inicial, formação científica e pedagógica, pela sua inserção social e suas opções ideológicas e educativas. Enfim, para se traçar um curso de formação, primeiro é necessário entender suas concepções que refletem na sua prática pedagógica, para desta forma procurar maneiras de incluir a Internet em suas práticas já existentes. Assim, pode-se concluir que um professor que seja completamente contrario a utilização da Internet na Educação, com toda certeza isso se remeterá a suas práticas, ou seja, provavelmente ele terá pouco ou nenhum conhecimento sobre tal recurso e, portanto em sala de aula nunca propôs ou utilizou o laboratório de informática, por exemplo. O qual nos leva a identificar um determinado curso de formação, mais intenso e que primeiramente o leve a desmistificação da Internet, diferentemente do que seria para um educador que já utiliza ou procura incluir a Internet em suas aulas. Por isso, neste trabalho primeiramente irá abordar a concepção dos professores, procurar saber quem são (perfil) e o que desejam para desta forma traçar uma formação mais adequada e específica. 30 2.1 Conceituando o Método Construcionista Construcionismo é um termo criado pelo pesquisador Seymour Papert (1994), professor do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, para designar uma teoria educacional cuja filosofia é um ramo das filosofias educacionais que nega a "verdade óbvia" do valor da instrução. Papert é pioneiro no uso do computador na educação, fundamentando-se na teoria construtivista de Piaget, define o termo construcionismo para a construção do conhecimento pelo aluno por meio do computador (ALTOÉ; PENATI, 2005). Nesta teoria o computador consiste em uma ferramenta a ser programada pelo aprendiz e não o contrário conforme a perspectiva tecnicista. “O computador no paradigma construcionista deve ser usado como uma ferramenta que facilita a descrição, a reflexão e a depuração de ideias” (VALENTE, 1993, p. 42). Assim, em uma educação tecnicista os conteúdos e as ações humanas são relegados no processo de ensino e aprendizagem a um segundo plano já que a eficiência das técnicas e dos métodos de ensino é enfatizada. “O computador em si não está, necessariamente, vinculado à pedagogia tecnicista. No entanto, o modo de utilizá-lo e as escolhas que o professor precisa fazer expressam claramente, uma determinada concepção de educação” (PRADO, 1996, p. 20). Em uma proposta de educação construcionista o computador dever ser utilizado como ferramenta capaz de potencializar os conteúdos e as tarefas de diferentes áreas do conhecimento. Essa construção ocorre quando o aprendiz utiliza-se do computador com autonomia assumindo o controle sobre o seu processo formativo. “A maior contribuição do computador como meio educacional advém do fato do seu uso ter provocado o questionamento dos métodos e processos de ensino utilizados” (VALENTE, 1993, p.20). Os princípios desta abordagem, segundo, Papert (1990), Harel (1991) e Falbel (1993), enfatizam dois aspectos. Um deles é o desenvolvimento de materiais que permitem aos diferentes sujeitos o engajamento em atividades reflexivas. Atividades que favoreçam o sujeito tanto aprender-com como aprender-sobre-o-pensar - é a ideia do hands-on e head-in. O outro aspecto é a criação de ambientes de aprendizagem, que deve considerar certas características, como: a escolha, a diversidade de situações, a diversidade de 31 aprendizes e a qualidade da interação. A compreensão desses aspectos é que dão consistência na viabilização de uma prática pedagógica construcionista. Porém, segundo Prado (1996) alguns dos pressupostos dessa abordagem são interpretados literalmente e tratados na prática de maneira restrita. Consequentemente, esse fato acaba comprometendo e obscurecendo o processo de mudança de postura do professor. Por esta razão, torna-se pertinente discutir alguns desses aspectos a partir de tais afirmativas: O professor precisa deixar o aluno descobrir para aprender: É importante que o aluno descubra suas estratégias e experimente suas hipóteses, fazendo as comparações e as relações dos fatos, dos objetos e das ideias que perpassam seu ambiente. O professor deve conhecer o desenvolvimento cognitivo do sujeitoaluno: Evidentemente. Porém, o ato educativo não pode restringir-se ao processo de investigação do desenvolvimento cognitivo do aluno. Este aspecto é muito importante e deve estar integrado na prática do professor. O professor deve desafiar o aluno: Considerando os acertos e erros como auxiliadores no processo de aprendizagem. O professor não é o dono do saber; ele aprende com o aluno: é fundamental o professor aprender a aprender, libertando-o de certas amarras que o impedem de embarcar, prazerosamente, no processo de estar constantemente aprendendo. 2.1.1. A formação com base no construcionismo A respeito de um curso de formação que adote o Construcionismo como base, Valente (1998) dos esclarece com as seguintes palavras: Utilizar a abordagem construcionista na formação do professor significa propiciar as condições para o professor agir, refletir e depurar o seu conhecimento em todas as fases pelas quais ele deverá passar na implantação do computador na sua prática de sala de aula: conhecer os diferentes software e como eles podem propiciar aprendizagem, saber como interagir com um aluno, saber como interagir com a classe como um todo e desenvolver um projeto de como integrar o computador na sua disciplina . (VALENTE, 1998, p.6) 32 Com isto, percebe-se que um curso de Formação para professores em Internet na Educação deve levá-lo a agir, refletir e depurar seu conhecimento adquirir conhecimento sobre a informática e desenvolver, juntamente com os seus alunos, atividades relativas ao conteúdo da sua disciplina, e não apenas a ensinar a navegar na internet, usar um e-mail, mas também como utilizar tais ferramentas pedagogicamente. Ainda de acordo com Valente (1998), um curso de formação baseado na abordagem construcionista para ser efetivo deve ser desenvolvido na escola onde o professor trabalha, pois o conhecimento adquirido seria contextualizado, já que estaria no seu próprio local de trabalho, utilizando o espaço já destinado as práticas computacionais. Além disso, os horários podem ser encaixados conforme a necessidade do grupo, tendo o formador sempre próximo a suas dúvidas. Pode haver dificuldades no fato do professor do curso ter que ficar literalmente à disposição dos professores da escola para resolverem os problemas que impedem a realização das atividades de informática. Isso se tornou tremendamente custoso e impossível de ser continuado. Solução que pode ser implementada como uso da Internet (após as aulas práticas já compreendidas), essa solução dá origem ao projeto de formação baseado no construcionismo contextualizado combinando atividades presencias e atividades e trocas de informação via Internet. Nesse modo de conceber a formação do professor, Prado (1998) explica que o papel do formador também se amplia. A intervenção do formador no processo de reconstrução da prática do professor envolve outros aspectos que precisam ser tratados. O formador além de lidar com os aspectos computacionais precisa saber intervir no processo de reconstrução da prática do professor. A formação do professor baseada no enfoque de “estar junto”, considerando a dimensão do cotidiano do professor, pressupõe a recontextualização dos princípios construcionistas norteando a interação entre os formadores e os professores. A ideia de Papert sobre o aprendizado através do hands on e head in vista no contexto de formação de professor implica propiciar ao professor condições para que possa “aprender fazendo” - a usar o computador na sua prática pedagógica e a refletir sobre a sua ação. Isto é que possibilita a depuração, a compreensão e a reconstrução da sua ação pedagógica (Figura 1) 33 Reflexão Depuração Ação Pedagógica Professor Nova ação pedagógica O Ciclo da atividade de Programação Feedback Figura 1 - O Ciclo Reflexivo do Professor Fonte: VALENTE, 1995 O movimento contínuo entre o fazer e o compreender, que se estabelece na atividade, marca a possibilidade de aproximação, quase simultânea, entre a reflexão-na-ação e a reflexão-sobre-ação. Porém, é necessário configurar neste processo a intervenção do professor. Seu papel é fundamental para que efetivamente venha ocorrer a reflexão e a depuração no processo de aprendizagem do aluno. Assim, a interação (sujeito-aluno X computador) se amplia estabelecendo um outro nível de interação, que envolve a atuação do professor ( (sujeito-aluno X computador) X professor). (PRADO, 1998, p. 18). 34 CAPÍTULO III DEFINIÇÃO METODOLÓGICA Este estudo tem como objetivo geral propor um curso de formação construcionista para professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés, de acordo com os resultados obtidos em relação ao uso da Internet na Educação e como objetivos específicos: Aplicar questionários para levantar quem são (perfil) e o que os professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés pensam (concepção) a cerca do uso da Internet na Educação. Analisar os dados obtidos com os questionários aplicados. Identificar quais as necessidades e anseios dos professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés e respeito do uso da Internet em suas práticas pedagógicas. Esta pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, no qual, Michel (2005) acredita que: a pesquisa qualitativa “fundamenta-se na discussão da ligação e correlação de dados interpessoais, na co-participação das situações dos informantes, analisados a partir da significação que estes dão aos seus dados”. Trata-se também de uma pesquisa de caráter exploratório, cujo planejamento é bastante flexível, possibilitando a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. (Gil, 2002, pág. 40). No delineamento da pesquisa possui uma revisão bibliográfica, com levantamento de informações a respeito do uso da Internet na Educação, desde o seu histórico até conceitos e práticas. Além de formação de professores e dados sobre o Construtivismo, para desta forma traçar com o máximo de veracidade um curso de formação baseado em tal teoria. 35 3. Escolha do tema A motivação para escolha deste estudo surgiu primeiramente quando ainda no ano de 2009 (na cidade de São José dos Quatro Marcos) me tornei técnica de laboratório de Informática e desta forma passei a ter contato direto e diário com professores que nunca haviam utilizado um computador em suas práticas pedagógicas, pela inexistência do ambiente informatizado, destinado ao mesmo. Paralelamente, me tornei tutora de um curso de formação oferecido pelo CEFAPRO, cujo objetivo era ensiná-los a utilizar o Sistema Operacional Linux Educacional (com carga horária de 40 horas), incluindo também o uso da Internet. Com isto, passei a ter mais contato com os professores e entender o motivo pelo qual eles eram tão despreparados, a maioria dos profissionais que ali se encontravam já tinham tido no ano anterior o mesmo curso e novamente estavam ali dispostos a obter conhecimento. No entanto, pude perceber que o curso era basicamente técnico, ou seja, a intenção da formação era que os professores aprendessem a utilizar o pacote BrOficce (Editor de Texto, Planilhas Eletrônicas, Apresentação de slides) e aprender a utilizar o navegador Mozilla, criar e-mail e etc. Ou seja, o objetivo era que o tutor ensinasse como utilizar , mas não com que fim, nada que vinculasse os conhecimentos de informática as suas praticas pedagógicas. Em 2010 (já na cidade de Cáceres), novamente me tornei tutora de um curso de formação do CEFAPRO, intitulado com TICs: Ensinando e Aprendendo com as novas tecnologias (com carga horária de 100 horas), o conteúdo era mais dinâmico e priorizava também a construção do conhecimento por parte dos professores, mediado pelo tutor, adotando uma metodologia presencial e a distancia. Porém, pude perceber que mesmo ensinando o professor a trabalhar de forma Constucionista, mais uma vez não ensinava como as ferramentas computacionais poderiam ser aplicadas, com exemplos mais práticos e menos teóricos. Além disso, muitos dos professores não tinham conhecimento técnico para podermos adotar práticas a distancia (mesmo sendo pré-requisito para ingressar no curso). Desta forma, com estando tão próxima e atuante no processo, veio o desejo de projetar um curso de formação menos generalizado, com embasamentos teóricos, mas 36 também com conhecimentos práticos e específicos, que ajudem o professor ao levar seus alunos em um laboratório de informática a realizar atividades pedagógicas com o auxílio da Internet, seja através de pesquisas, downloads de softwares, jogos educacionais, confecção de blogs, fotologs, e-mails, Msn, Orkut para fins educacionais. 3.1 Participantes da pesquisa A pesquisa foi realizada na Cidade de Cáceres – MT, na escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés. Os sujeitos da pesquisa são os professores desta escola, que totalizam 18 dos professores das diversas áreas e do 1º (Alfabetização) do ensino Fundamental ao 9º ano (8ª Série), incluindo professores interinos e efetivos no qual buscamos manter o anonimato dos mesmos, sendo estes identificados através de letras do alfabeto (da letra A a R), seguindo assim a ordem alfabética dos seus verdadeiros nomes. 3.2 Procedimentos da Coleta de dados Para a coleta de dados, conforme comentado anteriormente, utilizamos a aplicação de questionários (anexo), contendo perguntas abertas e fechadas. 3.3 Da Análise dos Dados A análise é a discussão, argumentação e explicação nas quais o pesquisador se fundamenta para anunciar as proposições. É a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores, [...] nenhuma norma rígida pode ser estabelecida para obtenção de uma análise adequada. (GLESSER, 2003, pág. 186-187) A análise de conteúdo foi dividida em três fases, como alerta Bardin (2004): Préanálise, Exploração do Material e Tratamento dos resultados: • Pré-analise; com a leitura dos dados transcritos, no qual foi organizado e retirado sua essência de cada questão. • Exploração do material; sendo organizados conforme semelhança e diferencial. Em alguns casos os dados foram divididos em categorias. 37 • Tratamento e interpretação dos resultados obtidos: os dados foram interpretados de forma livre e se apoiando nas bases teóricas existentes sobre o assunto. Assim, a Análise teve por objetivo através do questionário e da entrevista conhecer os seguintes dados: Quem são os professores da Escola Municipal Centro Educacional “Dom Máximo Biennés”: Faixa Etária das Idades, Sua formações (Graduação, Especialização, Mestrado), a que série/Ano atuam, com quais disciplinas e a quanto tempo atuam na área da educação. Afinidade com o computador: Entender se tem alguma experiência com o computador, para desta forma traçar um curso de acordo com o nível de conhecimento do grupo. Utilização do computador nas aulas: Para conhecer se o professor já utilizou a informática em suas práticas pedagógicas e de que forma. E caso isso não tenha acontecido, gostaríamos de saber se existe algum professor com aversão a mesma. Conhecimento das ferramentas oferecidas pela Internet: Conhecer quais as ferramentas que a internet disponibiliza que já são mais conhecidas e as que ainda precisam ser apresentadas. Concepções: Algumas questões abertas contidas no questionário, são para conhecer qual a concepção do professor a respeito do uso da Internet na Educação, para desta forma compreender se são a favor ou contra e caso sejam a favor como pode contribuir a Internet na Educação. Estruturação de um futuro curso de formação: Algumas questões foram montadas a fim de compreender o que o professor espera de um curso de formação: conteúdo, horário (matutino, vespertino, noturno), carga horária diária e semanal, para desta forma evitar a evasão tão comum entre os cursos para professores. Desta forma, no Capítulo IV monstraremos os dados obtidos e analisados, para no fim elaborarmos um Projeto de um Curso de Formação destinado ao conhecimento do Uso da Internet voltada a Educação. 38 CAPÍTULO I V ANALISANDO OS DADOS DA PESQUISA Após um levantamento teórico e metodológico, no qual se seguiu até este momento, iniciaremos a partir deste capítulo a análise dos dados, contendo as informações que foram obtidas pela pesquisa realizada na Escola Municipal Centro Educacional “Dom Máximo Biennés”. 4. Quem são os Professores analisados da Escola Municipal Centro Educacional “Dom Máximo Biennés” (Perfil) Os Professores analisados, no qual totalizam 18 profissionais, são entre eles efetivos e interinos, com carga horária entre 20, 30 e 40 horas semanais, que se distribuem no período matutino e vespertino. Em relação ao sexo dos analisados e seguinte gráfico (Figura 2) nos ilustra: Sexo dos Professores analisados 17% Sexo Feminino Sexo Masculino 83% Figura 2: Sexo dos professores analisados Assim, podemos verificar que há uma predominância de mulheres entre os analisados, sendo que apenas 17% são do sexo masculino. 39 Já em relação as suas respectivas formações (Graduação. Especialização e Mestrado), elaboramos a seguinte tabela: Tabela 1: Formação dos Professores Analisados Professor Graduação A B C D E F G H I J K L M N O P Q R Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em Pedagogia Ciências Biológicas Licenciatura em História Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em História Ciências Biológicas Licenciatura em Letras Licenciatura em Matemática Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em Matemática Licenciatura em Pedagogia Licenciatura em Letras Licenciatura em Letras Licenciatura em Geografia Licenciatura em Letras e Pedagogia Especialização Mestrado possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui possui - Fonte: Dados do questionário Observamos que com exceção dos Professores J e L, todos já possuem Especialização, no entanto apenas um deles (o Professor Q) possui Mestrado, sendo que todos estão na área da educação entre 10 a 20 anos aproximadamente, ou seja, atuam como professores há um tempo razoavelmente grande. No entanto, muito deles com exceção dos Pedagogos, não atuam apenas na Disciplina de sua formação, assim como é o caso do Professor D, que mesmo sendo formado em História, ministra aulas de Matemática, Geografia, Ciências e Artes ou mesmo o Professor H que mesmo sendo formado em Ciências Biológicas, também ministra aula de Ensino Religioso e Artes. Enfim, com os dados obtidos dos questionários em relação ao perfil dos professores, podemos de inicio concluir que são profissionais em sua maioria de idade mais avançada (principalmente os pedagogos) que possuem técnicas pedagógicas ainda bem arcaicas. E que os professores da outras áreas na maioria das vezes não ministram apenas uma disciplina (a de sua formação), portanto necessitam de conhecimentos tecnológicos em outras áreas também, já que todo ano (na contagem de pontos) 40 dependendo das aulas excedentes podem acabar sendo responsáveis por ministrar disciplinas diferentes do ano anterior. 4.1 Afinidade com o Computador Procuramos entre os entrevistados saber qual o grau de afinidade com o computador, para desta forma compreender em qual nível iniciar o curso, para sabermos por exemplo se seria necessário ensinar a manusear o mouse ou já iniciaríamos no conteúdo central: Internet na Educação. Com isto, foi perguntado no questionário: Possui computador em casa? (Resposta Fechada: Sim, Não) Você considera seu conhecimento de Informática: (Nenhum, Básico, Intermediário ou Avançado) Quais as ferramentas que mais utiliza no computador? Para a primeira pergunta, as respostas obtiveram o seguinte gráfico (Figura 3): Possuem Computadores em Casa: 11% Sim Não 89% Figura 3: Professores que possuem computador Assim, podemos identificar que apenas 11% dos professores não possuem computador em casa, sendo que os 89% que possuem, tem acesso a Internet. Para a segunda pergunta, a maior parte respondeu Básico, com exceção do Professor I, que diz pertencer ao nível Intermediário, no qual podemos entender tal reposta ao analisar a seguinte tabela que ilustra o terceiro questionamento (Quais as ferramentas que mais utiliza no computador): 41 Tabela 2: Ferramentas mais utilizadas Professor A B C D E F G H I J K Ferramentas mais utilizadas no computador Internet (navegação em sites), Word. Internet (navegação em sites, e-mail, Msn), Word. Internet (navegação em sites, e-mail). Internet (navegação em sites, orkut). Internet (navegação em sites). Internet (navegação em sites). Internet (navegação em sites, orkut), Word. Internet (navegação em sites, E-mail, Msn, orkut). Internet (navegação em sites, E-mail, Msn, Blogs, Orkut, Jogos onlines), Word, Power Point, Excel Internet (navegação em sites), Internet (navegação em sites), Word. L Internet (navegação em sites), M Internet (navegação em sites, E-mail, Youtube). N Internet (navegação em sites). O Internet (navegação em sites), Word e Excel. P Internet (navegação em sites, Orkut, Msn, Youtube, Jogos, E-mail), Q Internet (navegação em sites), word, Excel, Power Point R Internet (navegação em sites, Msn, Orkut, Youtube, E-mail), Word. Fonte: Dados da Entrevista Observe que 100% dos Professores entrevistados têm conhecimento do uso da Internet, que se baseiam na maioria em: Navegação em Sites (para pesquisa), Msn, Orkut, E-mail, outros poucos utilizam alguns jogos online e mais uma vez a Professora I que cita o Blog (já que é responsável pela atualização do Blog da Escola e também do 42 Orkut). Os programas do Pacote Oficce também são bastante citados, no qual se destaca o uso do Editor de Texto – Word (Figura 4). Ferramentas mais utilizadas pelos Professores 18 18 16 14 12 10 8 6 6 8 7 Quantidade de Professores 5 4 2 2 2 3 0 Sites Orkut Msn E-mail Jogos Word Power Excel Online Point Figura 4: Ferramentas mais utilizadas 4.2 Utilização do computador nas aulas Para identificarmos se o professor já utilizou a informática em suas práticas pedagógicas elaboramos o seguinte questionamento: Já utilizou o computador em suas práticas pedagógicas? ( Se e a resposta for sim, de que forma? E caso a resposta seja Não, Gostaria de Passar a Usar? Por quê?) Desta forma, não só conheceríamos a realidade da escola em relação à utilização do computador como recurso pedagógico, como também poderíamos identificar se existe alguém que possui aversão a tecnologia, no qual a mesma responderia que não possui gostaria de utiliza-la. Com isto as respostas que foram obtidas foram que a maioria (14 professores) utiliza sim informática em suas aulas, porem a forma pelo qual utilizam é que nos deixa surpresos, ou seja, utilizam como forma de pesquisa (para aprimoramento do conhecimento deles mesmos), como fonte de atividades, reproduzindo as atividades existentes na rede e para elaborar suas provas, enfim, motivo pelo qual só envolve o professor e o aluno é apenas receptor da interação realizada por eles e pelo computador. Isso acontece pela falta de um monitor no laboratório, problemas de hardware e pela falta de formação dos professores em utilizar um ambiente informatizado destinado a professores e alunos, ou seja, o laboratório de informática. Os resultados indicam a 43 necessidade de monitoria nos laboratórios, de maneira a auxiliar o professor. A falta de prática e treinamento, ampliada pelo fato de os professores não contarem com equipamento próprio, deixa os professores inseguros nesse tipo de aula, fazendo-os evitá-las. Essa falta de atualização, conforme Dawes (1999) faz que o professor tenha problemas com alunos, que muitas vezes têm maior conhecimento sobre o equipamento do que ele próprio. Além de sanar os problemas levantados, dentro das prioridades encontradas, as aulas devem ter propósito certo. O estudo apresenta ainda outro fator importante: o professor resiste a dispor de tempo para o treinamento (apud CARBONI, p.4). Já os outros professores (4 deles) admitem não utilizar o computador de forma alguma em suas práticas, utilizando apenas para diversão, comunicação e entretenimento. No entanto, nenhum destes possui alguma aversão a sua utilização, compreendem sua importância e dizem que gostariam de passar a usar, é o que se entende nas seguintes palavras da Professora F: “Gostaria de passar a usar, para falarmos a mesma língua dos alunos, sendo que os mesmos nasceram na Era da Internet. É o que também identificamos nas palavras de Alves e Carli (2008) em seu artigo: Formação de Professores para o uso adequado das TIC’s: uma reflexão em construção: São muitos os desafios que atualmente rondam os bancos escolares com a chegada da internet e das diversas mídias educacionais. É de suma importância que os professores busquem formas de apropriar-se delas como subsídios para sua prática pedagógica. Impossível é negar estas mudanças e ficar alheio a tudo que vem acontecendo. Grande parte de nossos alunos nasceram nesta “era virtual” e trazem consigo informações, experiências e muita criatividade aliada à curiosidade. (ALVES; CARLI, 2008 p.1) Ou seja, mesmo aqueles que não utilizam o computador em suas práticas, percebem a importância deste processo nos dias atuais, já que a maior parte dos alunos se encontram em uma realidade tecnológica e nada mais correto do que procurar se enquadrar na mesma realidade deles. 44 4.3 Conhecimento das ferramentas oferecidas pela Internet Pois bem, já identificamos quais os as ferramentas que os professores mais utilizam no computador para fins diversos, porem, agora nosso objetivo é identificar que itens mais utilizam da Internet com fins educacionais. Para isto, foi elaborada a questão: “Quais dos recursos abaixo, você já utilizou para fins educacionais?” Como alternativas foi dado os itens já propostos neste trabalho monográfico: Ambientes Virtuais; Redes de Relacionamento; Chats; Objetos de aprendizagem; Fóruns; Programas de Mensagens Instantâneas; E-mail; Portais ou Sites Educacionais; Lista de Discussão; Jogos Onlines; Blogs; Outros: (Identifique:__________) Wiki’s; Seguindo a linha das outras respostas, como foi identificado acima no qual diziam que a Informática era utilizada para autoconhecimento, como fonte de pesquisa para eles mesmos e para elaborar provas e atividades. As respostas obtidas também tiveram este propósito, ou seja, os únicos itens marcados foram: E-mail (para receber material da disciplina em que atuam), Blogs (para ler informações e obter atividades e provas já prontas, com exceção do Professor I que utiliza o Blog para colocar informações sobre a escola), Wiks’s (para fonte de pesquisa), Portais ou Site Educacionais (como fonte de pesquisa). Os outros itens ou utilizam para entretenimento e comunicação ou desconhecem o significado e função dos mesmos. É o que pude observar quando os professores respondiam as questões, muitos me perguntaram o que eram Ambiente Virtuais, Lista de Discussão e Objetos de Aprendizagem. E declaram que Orkut, Mns e Chats não imaginam que poderiam e nem como poderiam utilizá-los na educação, achavam que só poderiam ser usados para comunicação. Porem, não estão tão longes da realidade, segundo Marques e Caetano (2002) que classificam em cinco tipos as possibilidades da utilização da Internet em sala de aula, sendo umas delas a seguinte: Instrumento de Comunicação: continuará sendo um dos pilares da Internet, pois as pessoas sentem necessidade de se comunicarem com 45 seus pares. Em sala de aula será uma ferramenta de grande interação entre todos. Ou seja, não estavam errados de que Orkut, Msn e Chats eram meios de comunicação, no entanto, ainda não compreendem que estes meios de comunicação também podem contribuir em sala de aula e em suas práticas pedagógicas. Já os outros dois itens: Fóruns e Jogos Onlines declaram saber o que são e que podem ser utilizados na educação, porem não possuem conhecimento técnico de utilização dos mesmos. Isto só evidencia a importância de um curso de capacitação para estes profissionais. No entanto, elas só se tornam evidentes quando o professor, após o término de um curso de capacitação, retorna à sua escola para recontextualizar na sua prática pedagógica aquilo que aprendeu. 4.4 Concepções Para analisar qual a concepção dos Professores a cerca do uso da Internet na Educação, foram elaboradas duas questões: Você acha interessante que seus alunos tenham acesso a Internet? ( Sim ou Não, Justificando sua resposta); Você acredita que a Internet pode contribuir em suas práticas pedagógicas? (Justifique) Para a primeira questão as respostas foram unânimes, todos acreditam que é importante os alunos terem Internet em casa, no qual se dividem entre três respostas (Figura 5): Importante para estarem atualizados; Para realizarem pesquisas, somando ao livro didático; Pode contribuir se os pais supervisionarem. 46 Importância da Internet em Casa 17% Atualização Pesquisa 55% 28% Supervisão dos Pais Figura 5: Importância da Internet em Casa Já para a segunda questão, mais uma vez as respostas foram unânimes, todos acham que a Internet pode contribuir em suas práticas pedagógicas, porém admitem que desconhecem os recursos que a Internet disponibiliza voltados para a educação, por isso e por outros motivos nunca utilizaram o Laboratório de Informática: Confesso nunca ter utilizado o Laboratório de Informática, porque apesar dos Cursos que já tivemos, nunca consegui me integrar e voltar o que aprendo as minhas práticas, no entanto, acho que poderia contribuir nas minhas aulas, porque com a Internet o aluno se sente mais “em casa”, onde pode pesquisar, assistir vídeos, entrar em um mundo que infelizmente não podemos ter acesso, seja por falta de recursos, seja por falta de estrutura. (Professor B) Acredito que pode contribuir, só não sei ainda como. Percebo que os alunos utilizam internet em casa, porque peço alguns trabalhos e eles utilizam o computador como fonte de pesquisa, mas gostaria de poder instruí-los como utilizar, que fontes fornecer a eles. (Professor D) Estes são alguns depoimentos dados pelos professores que deixa mais claro a necessidade de um curso mais específico que atendam suas necessidades. 4.5 Estruturação de um futuro curso de formação Para compreender a disponibilidade e preferência dos professores, no que diz respeito a período, carga horária, colocamos no questionário perguntas como: Gostaria de participar de um curso sobre o uso da Internet em sala de aula? 47 Qual o tempo que você teria disponível para esse estudo? (Numero de horas por dia, quantos dias da semana e em que período). Assim, ao responder a primeira questão, todos (sem nenhuma exceção) declaram que gostariam de participar de um curso de formação para poderem fazer uso da Internet em sala de aula. E no que diz respeito ao tempo disponível, a maioria dos professores responderam ente 1 (60%) e 2 dias (40%) da semana destinado ao curso, já que ao decorrer da semana também possuem a Sala do Professor, caso excedesse a este número de dias, ficaria muito tumultuado. Já em relação a carga horária diária o tempo estipulado por eles ficou entre 2 (45%) e 3 horas (55%), pois afirmam que a partir de 3 horas já começam a ficar cansados e o curso passa a não render como o esperado. E o período (matutino, vespertino ou noturno) teve como resultado: Período Tabela 3: Período do Curso Número de professores Porcentagem Matutino 1 5,56% Vespertino 7 38,89% Noturno 11 61,11% Fonte: Dados do questionário Ou seja, a maioria decidiu que o melhor período seria o noturno, já que a escola funciona apenas no período matutino e vespertino, desta forma, sendo no período noturno o período agradaria a todos. Outra pergunta adicionada ao questionário foi a seguinte: O que você espera de um curso de formação voltado ao uso da Internet na Educação? Como a pergunta é aberta, várias foram as respostas, no qual a maioria procurou salientar os cursos que tiveram, mas que não obtiveram sucesso: Gostaria de um curso que tivesse menos teorias e mais praticas, porque as vezes ficar só na teoria complica quando nos deparamos com uma sala de aula com 30 alunos e apenas 10 máquinas, por isso a importância de um curso que nos forneça uma metodologia e ferramentas para esta realidade. (Professor J) Neste aspecto, vemos a importância da capacitação desses profissionais da educação, pois, sendo a escola um lócus que contribui para a socialização de indivíduos, 48 é necessário que os professores trabalhem a inserção de seus alunos nessa nova “era” educacional se atualizando e estando por dentro das novas tecnologias educacionais. Não estamos aqui, defendendo aulas exclusivas com a utilização de recursos tecnológicos. Não desprezamos os valores de uma boa aula tradicional, utilizando “cuspe e giz”, mas é preciso estar atento às novas tendências para que “(...) os professores desenvolvam a habilidade de beneficiarem-se da presença dos computadores e de levarem este benefício para seus alunos” (PAPERT, 1985, p. 70). Outro ponto destacado pelos professores em sua grande maioria “é preciso que nos ajudem a familiarizar um pouco mais com o computador”, assim com destaca o Professor A, no qual concluímos que eles acham necessário que o curso se inicie com uma parte mais básica da utilização do computador, pois muitos ainda não sabem comando básicos e necessários como: copiar um arquivo, colar um arquivo, recortar um arquivo, criar uma pasta, selecionar textos. Depois desta iniciação, começar com o foco central do curso: Internet na Educação: “Espero que este curso nos ajude a dominar um pouco mais o computador, e evoluir nos conhecimentos apenas de Msn e orkut que temos, e compreender como posso fazer da Internet uma contribuição pedagógica em minhas práticas. (Professor B) 4.6 Proposta: Curso de Formação em Internet na Educação Baseado nas pesquisas bibliográficas, cuja coleta de dados foi realizada por questionário com os professores da Escola Municipal Centro Educacional Dom Máximo Biennés, elaboramos a seguinte proposta de acordo com as conclusões obtidas. 4.6.1 Apresentação do Curso de Formação Irá se tratar de um curso de qualificação de profissionais em exercício nos sistemas de ensino público e privado (de acordo com a necessidade de quem interessar), usando a Internet para viabilizar um ambiente de ensino e de aprendizagem mais rico e motivador. Propiciando aos profissionais um perfil interdisciplinar capacitando-os a buscar na Informática Educativa soluções para uma atitude de ensino e de aprendizagem que, embora usando tecnologia digital, com maior ou menor grau de sofisticação, não seja 49 pautada apenas pelos aspectos tecnológicos em si, mas que seja também desenvolvida em coerência com a epistemologia da Educação e da Psicologia. Sua divisão será em três Módulos (carga horária total de 80 horas), distribuídos semanalmente: o primeiro terá carga horária de 20 horas capacitando o professor a utilizar o computador em suas ações mais simples e necessárias (totalmente presencial), o segundo Módulo terá carga horária de 40 horas (sendo que 10 são a distancia) orientando os professores com a utilização da Internet e suas ferramentas e o ultimo Módulo terá duração de 20 horas, no entanto nesta fase haverá divisão por Áreas educacionais, já que será um modulo mais especifico e prático, facilitando o uso da Internet na Educação de acordo com a especificidade de cada disciplina. 4.6.2 Objetivos do Curso Capacitar primeiramente o professor a utilizar o computador, já que muitas vezes estes chegam aos cursos de formação sem ao menos saber ligar o computador. Fazer da Internet uma ferramenta de fácil domínio, assim como suas ferramentas: e-mail, blogs, Msn, Orkut, entre outros. Tornar estas ferramentas alternativas educacionais, com propostas de didáticas específicas a cada área. 4.6.3 Módulos do Curso e Conteúdos Modulo I: Introdução á Informática Inicializando e Fechando o Linux (Já que os laboratórios das escolas se encontram com Linux). Usando o Mouse A Área de Trabalho Organizando ícones Propriedades da Área de trabalho O Menu Iniciar 50 Programas, Documentos, Configurações Localizar (Localizando Arquivos ou Pastas) Executar, Ajuda Criando Pastas Renomeando Arquivos/Pastas Movendo, Copiando e Excluindo Arquivos/Pastas Apresentação dos Aplicativos Educacionais existentes no Software Linux Educacional. Módulo II: Internet Navegação O que é a Internet e como funciona Conceitos História Importância Browser e Downloads Utilização de Ambientes Virtuais, Chats, Fóruns, E-mail, Lista de Discussão, Blogs, Wiki’s, Redes de Relacionamento, Objetos de Aprendizagem, Programas de Mensagens Instantâneas, Jogos Onlines, Portais Educacionais. Módulo III: Práticas pedagógicas com o uso da Internet Como analisar sites e conteúdos disponíveis na Internet para posteriormente utilizá-los em sala de aula; Utilização de Ambientes Virtuais, Chats, Fóruns, E-mail, Lista de Discussão, Blogs, Wiki’s, Redes de Relacionamento, Objetos de Aprendizagem, Programas de Mensagens Instantâneas, Jogos Onlines, Portais Educacionais de forma pedagógica. Estudo de Teorias Construcionistas. 4.6.4 Modalidade Inicialmente o curso será totalmente presencial, já que presenciamos a maior parte dos professores com pouco domínio do computador. Assim, apenas no segundo modulo, 51 no qual já se encontram capacitados a nível pratico é que atividades a distancia serão implementadas, para desta forma iniciar o ultimo módulo. 4.6.5 Implementação A implementação deste Curso de Formação será inicialmente na Escola no qual foi realizada a pesquisa, cuja infra-estrutura é ainda é carente, pois possui apenas 10 máquina em ótima conservação (já que foram muito pouco utilizados), cujo Software instalado é o Linux Educacional, porem as condições do laboratório é bem inferior ao desejado, com cadeiras de madeira (cadeiras das salas de aulas), sem ar condicionado, além de ser um laboratório improvisado (antiga sala de aula). Por se tratar de uma escola municipal o apoio deve vir da Prefeitura da cidade de Cáceres, no qual aos pouco o retorno vem acontecendo. 4.6.6 Metodologia A Metodologia aplicada, assim como se baseia este trabalho será fundamentada na teoria Construcionista, levando o aprendiz a agir, refletir e depurar seu conhecimento a cerca da parte técnica da informática e da parte pedagógica. Os professores serão divididos em quantas turmas necessárias (procurando manter um aluno por máquina), aprendendo desde a parte básica da utilização do computador até como utilizá-lo em sala de aula de forma a gerar conhecimento por parte de seus alunos. Os horários serão distribuídos de forma a evitar evasão, no máximo duas vezes por semana, para desta forma não congestionar a semana do professor, no qual será disponibilizado um e-mail para troca de informações e duvidas. 4.6.7 Contribuição Na seguinte afirmação, encontra-se a contribuição de um curso de formação o qual objetiva este trabalho: A formação continuada pode possibilitar a reflexividade e a mudança nas práticas docentes, ajudando os professores a tomarem consciência das suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando formas de enfrentá-las. De fato, não basta saber sobre as dificuldades da profissão, é preciso refletir sobre elas e buscar soluções, de preferência, mediante ações coletivas. (LIBÂNEO, 2004, p. 227) 52 Como foi analisado, observou-se uma certa dificuldade da utilização do computador e consequentemente da Internet em suas praticas pedagógicas, portanto, não adianta apenas os professores identificarem isto, eles precisam de um curso que solucione e os leve a fazer uso destas novas tecnologias, para desta forma levar a sala de aula uma ferramenta que os torne mais próximo de seus alunos. Pois de nada adiantaria levar os alunos ao laboratório e não saber de que forma trabalhar com os mesmo, gerando conhecimento. 53 CONCLUSÕES Este trabalho inicialmente teve por finalidade esclarecer sobre conceitos, histórico e finalidade do uso da Internet, principalmente o uso na educação, suas ferramentas e possibilidades pedagógicas. Após estas teorias baseadas em alguns autores como Valente, Demo, Moran e outros, foi realizada uma pesquisa com os professores da Escola Dom Máximo Biennés, para que de acordo com suas respostas (obtidas por questionário) formulássemos um curso de formação em Internet na Educação. Desta forma, concluímos que em relação ao tempo disponível, declaram que o período noturno, de 1 a 2 dias de curso seria o bastante para não sobrecarrega-los. Em relação a conteúdo, todos os professores consideram muito importante o uso do computador no ensino e a Internet colabora no processo de atualização e informação seus e de seus alunos, portanto acham de suma necessidade um curso que objetive ajuda-los a utilizar a Internet em sala de aula, levando recursos que aparentemente são apenas de entretenimento, a serviço da Educação. Mas, inicialmente precisam de uma formação a cerca do uso do computador, já que se consideram pouco preparados para a utilização básica da máquina. Assim, o curso seria do básico com aulas de como utilizar o computador, e-mail e outras ferramentas, para depois avançar para como utilizar pedagogicamente o Msn, Orkut (redes sociais), E-mail, Sites, Jogos Educacionais e etc., já que muitas vezes sabem utilizá-los, porém não encontram formas de como isso poderia auxiliá-los no laboratório de informática e em suas disciplinas. Outra necessidade que podemos observar nas falas dos professores é o conhecimento de certos macetes que os ajudariam na elaboração de aulas ou planejamento de aulas como: Downloads de vídeos de servidores, exemplos de sites educacionais, softwares livres educacionais disponíveis para download, ou seja, utilizações mais práticas para o dia a dia que o tornasse mais independente e criativo. Enfim, com este trabalho podemos conhecer o que os professores pensam a cerca da temática e assim conhecer suas necessidades e anseios, já que muitas vezes são tentados a participar de cursos generalizados no qual entram e saem com a mesma bagagem inicial de conhecimento. 54 REFERÊNCIAS ALTOÉ, A; PENATTI. O construtivismo e o construcionismo fundamentando a ação docente em ambiente informatizado. In: ALTOÉ. A. et. al. Educação e Novas Tecnologias. Maringá: Eduem, 2005. ALVES, Antonia; CARLI, Andréia de. Formação de Professores para o uso adequado das TIC’s: uma reflexão em construção Relato de Experiência. Disponível em: http://www.portalwebquest.net/pdfs/pimentel.pdf, acesso em: 02/01/2011. ÁVILA, Pe. Fernando Bastos. Pequena enciclopédia de moral e civismo. 2. ed.. Brasília: Fename, 1975. BARBOSA, E; GRANADO, A. (2004). Weblogs, Diário de Bordo. Porto: Porto Editora. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Edições Setenta. Lisboa:, 2004. BATTAIOLA, André Luiz. 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Formação: ( ) 2º grau ( ) Licenc. curta ( )Licenc. plena ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado Área: __________________________________________________________ 5. Atuação: ( ) 1º ( ) 2º Ano ( ) 3º Ano ( ) 4ª ( ) 5º Ano ( ) 6º Ano ( ) 7º Ano 8ª Ano e ( ) 9º Ano Disciplina (s): ____________________________________________________ 6. Tempo de trabalho como professor: _________________________________ 7. Possui computador em casa? Sim( ) Não ( ) 8. Você considera seu conhecimento de Informática: Nenhum ( ), Básico ( ), Intermediário ( ) ou Avançado ( ) 10. Quais as ferramentas que mais utiliza no computador:_______________________________ ______________________________________________________________________________ 11. Usa Informática em suas aulas: a) ( ) Sim. De que forma? ___________________________ _____________________________________________________________________________ b) ( ) Não. Gostaria de passar a usar? ( ) sim ( ) não Por quê?___________________________ _____________________________________________________________________________ 12. Quais dos recursos abaixo você já utilizou para fins educacionais? a) Ambientes Virtuais h) Redes de Relacionamento (orkut, b) Chat facebook, twitter, por exemplo) c) Fóruns i) Objetos de Aprendizagem d) E-mail j) Programas de Mensagens e) Lista de Discussão Instantâneas (Msn, por exemplo) f) Blogs k) Portais ou sites educacionais g) Wiki l) Jogos Onlines 13. Acha interessante que seus alunos tenham acesso à Internet? ( ) Sim ( ) Não Por quê? _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 14. Você acredita que a Internet pode contribuir em suas práticas pedagógicas? (Justifique) _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 15. Gostaria de participar de um curso sobre o uso da Internet em sala de aula? ( ) sim ( )não 16. a)Qual o tempo que você teria disponível para esse estudo? b) Nº de horas (por dia): _______________ Quantos dias da Semana:______________________ c) Períodos: Matutino( ) Vespertino ( ) Noturno ( ) 17. O que você espera de um curso de formação voltado ao uso da Internet na Educação? _____________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________