Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 338 – Novembro 2014

Transcrição

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 338 – Novembro 2014
Página 3
Foto: Marques Valentim
Mensagem de agradecimento
LBP/CML
Bombeiros com nova casa
Página 5
Novembro de 2 0 1 4 E dição : 338 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva
“Bem vinda aos Bombeiros Sra. Ministra”
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Foto: Marques Valentim
Foto: Inácio Rosa/Lusa
Presidente da LBP
CALENDÁRIO POR UMA CAUSA
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NOVEMBRO 2014
“Alea jacta est”
P
erdoem-me a citação em latim,
porventura pretensiosa, mas que
serve para recuar às origens de
factos ocorridos e sinalizar uma história verdadeira, da realidade da vida,
da tradição e da história universal.
Do fundo do baú, no meio dos livros
de latim e grego que fui obrigado a
trilhar, surge um acontecimento histórico que, em síntese, nos demonstra,
acima de tudo, que a história, não só
não se repete, como nem se rebobina
nem volta atrás.
A expressão latina “Alea jacta est”
tem merecido várias traduções ou leituras. “Os dados estão lançados” é
uma delas. “A sorte está lançada” é
outra. No fundo, sempre assente na
lógica da irreversibilidade e da importância da decisão tomada e dos riscos
assumidos.
O facto aconteceu. A frase é atribuída a Júlio César ao tomar a decisão
de não voltar atrás para atravessar o
rio Rubicão com as suas legiões, em
terras que hoje delimitam a fronteira
norte da Itália, afrontando o poder de
Roma e o Senado.
A questão em apreço está, não só
na vontade nem apenas no desejo,
mas no próprio valor da decisão, no
atrevimento em fazê-lo, na coragem
em assumir que, como é comum dizer-se, nada será como dantes a partir dela.
Assim estão também os bombeiros,
depois da discussão e das decisões tomadas em congresso, quer, para
prosseguir o trabalho já iniciado, mas
agora em novos patamares e etapas,
LAGOS
O
s Bombeiros Voluntários de Lagos editaram mais um número da sua “newsletter” onde incluem um conjunto de informação através da qual “prestam contas” das suas valências e
serviços e também do trabalho realizado ao longo do terceiro
trimestre do corrente ano.
Na mensagem da direção da Associação explicam-se os constrangimentos do serviço pré-hospitalar com sucessivos pedidos
recebidos através do INEM, o número de bombeiros e de ambulâncias envolvidas nesse esforço perante o facto de, feitas as
contas, o INEM apenas pagar 66 por cento de cada serviço prestado através dos bombeiros.
Na mensagem do comando é feito um balanço da atividade
desenvolvida no período estival de combate a incêndios florestais em que, não obstante não se terem verificado intervenções
de monta, importa, mesmo assim, registar que se verificaram
muitas e diversificadas, inclusive em triangulação com os corpos
de bombeiros vizinhos.
JORNAL@LBP
Longe da vista, perto do coração
G
arantem os responsáveis
deste setor que, por enquanto, a emigração ainda não
é problema para a generalidade dos corpos de bombeiros,
que os números não são expressivos, contudo este é fenómeno está a deixar marcas,
lacunas difíceis de preencher,
nomeadamente no designado
“país profundo”, onde falta
tudo, sobretudo voluntários
para abraçar a causa.
Na verdade, “partem sempre os melhores”, conforme
referem os responsáveis operacionais, os homens e mulheres que, precisamente, pela
formação e pelas qualidades
humanas intrínsecas, têm alguma facilidade em encontrar,
noutras paragens, as condições de vida que Portugal deixou de poder garantir.
Assim sendo, em vários
quartéis, a escassez de recursos humanos é equivalente à
falta de referências, exemplos
motivadores para o grupo.
Contudo, em jeito de compensação, fica a certeza que a ligação à causa não se perde.
“Bombeiro uma vez, bombeiro sempre” uma expressão
muito usada no seio destas
verdadeiras famílias e que de
alguma forma reflete o “estado de alma” por muitos dos
que são forçados a despir a
Mauro Gentz na Alemanha não esquece a família da Cruz Branca
Foto: Marques Valentim
Bombeiros
prestam contas
quer para, a par disso, avançar para
novos desafios também traçados e
anunciados no congresso.
O grito de Júlio César, transposto
para o actual momento dos Bombei-
ros Portugueses, traduz a irreversibilidade, a convicção das decisões tomadas sobre o seu futuro e, pelo ímpeto e conteúdo, afasta totalmente a
possibilidade de recuar ou voltar
atrás.
Em abono da verdade, é isso que
os bombeiros portugueses já fazem
todos os dias na sua missão de prestar socorro. A heroicidade e capacidade técnica aplicadas pelos bombeiros
no socorro quantas vezes tornam o
andamento da sua acção, forçosamente rápido, exigente e também irreversível. Há manobras e decisões
que depois de tomadas, pese embora
os riscos assumidos para socorrista e
socorrido, não poderão ser anuladas.
É isso que torna os bombeiros,
nem melhores, nem piores, mas diferentes, claramente diferentes. Muitos
gostariam de ser como eles, mas não
são. O facto é esse. Não basta gostar.
É preciso querer e saber decidir.
Para os bombeiros, sempre que a
sua intervenção é precisa, o lema é
“Vida por Vida”. Por que não, também, “Alea jacta est”.
Artigo escrito de acordo com a
antiga ortografia
Luís Teixeira ofertou a coleção de uma vida aos Voluntários
da Póvoa do Varzim
farda, a suspender o contrato
com o voluntariado.
Muitos dos que deixam o
país fazem questão de continuar, no limite das suas possibilidades, a tentar cumprir durante as férias as horas de ser-
viço que os livrem da reserva.
Outros, quando impossibilitados de cumprir o lema “vida
por vida” encontram outras
formas de continuar a servir
as suas associações.
Exemplo dessa ligação,
Mauro Gentz, um jovem que
encontrou modo de vida na
Alemanha e partiu, mas que,
pouco tempo depois, estava a
enviar para o Voluntários da
Cruz Branca, algumas dezenas
de computadores portáteis,
para equipar as salas de formação dos operacionais. Também Júlio Nóbrega deixou a
sua terra natal, mas não esqueceu a família dos bombeiros tendo, recentemente, promovido no país de acolhimento uma iniciativa solidária que
permitiu angariar verbas para
esta instituição de Vila Real.
Exemplos não faltam como
o do subchefe Luís Teixeira,
que depois de mais de 25 anos
ao serviço dos Bombeiros da
Póvoa do Varzim, rumou ao
Luxemburgo, mas não esquece esta sua família. Ingressou
no quadro de honra, deixou o
coração no quartel, tal como
uma magnífica coleção de miniaturas de bombeiros que
embeleza uma das áreas mais
nobres da sede desta associação.
Gestos que tocam, reveladores da paixão e da entrega,
que norteiam os soldados paz
e que os tornam únicos e especiais, porque, na verdade,
“não é bombeiro quem quer,
mas sim quem pode”.
Sofia Ribeiro
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NOVEMBRO 2014
Sra. Presidente/ Sr. Presidente,
Sra. Comandante/ Sr. Comandante,
Bombeiras e Bombeiros de Portugal,
o rescaldo do 42.º Congresso
Nacional da Liga dos Bombeiros
Portugueses realizado em Coimbra, cumpre-me em nome pessoal e
em nome dos que me acompanharam,
agradecer a todos, sem exceção, por
terem reconhecido a nossa capacidade
de trabalho, o valor das propostas que
apresentámos e a nossa dedicação à
Causa dos Bombeiros Portugueses.
Neste Congresso confirmámos que
tudo se torna mais fácil quando as
pessoas acreditam nos projetos, na
coerência das ações, e acima de tudo
pelo respeito da concretização dos
compromissos assumidos.
N
Como tal, e disso não tenhamos
dúvidas, o sucesso que desejamos
para futuro não se atingirá só com os
que estiveram do nosso lado, ou com
os que nos apoiaram, nada mais errado. Só atingiremos os objetivos a
que nos propusemos se estivermos
todos juntos e unidos, nas práticas,
nos propósitos e nos objetivos comuns.
Após o ato eleitoral e depois dos
Bombeiros Portugueses terem dito,
clara e inequivocamente, quem queriam para dirigir os destinos da Liga
dos Bombeiros Portugueses, haverá
que fazer essas leituras para memória futura e não mais do que isso.
Por isso entendo e assumo o meu
compromisso de, como Presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses, ser
o Presidente de todos, para, e com
todos vós, prepararmos o futuro com
solidez e confiança.
Por essa razão ninguém está dispensado, estão todos convocados.
No atual mandato ainda a decorrer, todos ou quase todos, pautámos
as nossas práticas pela lisura dos
processos, pela defesa intransigente
dos interesses dos Bombeiros Portugueses, na melhoria das suas condições de trabalho, nas suas reivindicações, nos seus direitos e na justeza das suas propostas.
Hoje, como ontem, afirmamos a
nossa forte convicção de reforçar no
próximo mandato o cariz reivindicativo das nossas ações, com base no
bom senso, equilíbrio e responsabilidade, afirmando sempre quanta
honra sentimos por representar os
Bombeiros Portugueses.
Há pois que garantir, reforçar e
consolidar o que conseguimos conquistar no passado, corrigir o que
houver a corrigir, continuando a lutar pela concretização das nossas
propostas e avançar com as novas
ideias e com os novos projetos, sufragados no nosso Congresso.
Essa é a nossa meta, esse é o
compromisso que assumimos e vamos cumprir.
Não quero terminar esta mensagem sem que antes agradeça penhoradamente à Direcção da Federação dos Bombeiros do Distrito de
Coimbra e a todas as Associações e
Corpos de Bombeiros que dela fazem parte, pela sua dedicação, pelo
seu esforço, pela sua capacidade e
disciplina organizativa.
A todos os funcionários da Liga
dos Bombeiros Portugueses que estiveram na organização do Congresso, pela sua competência e profissionalismo.
A todos os Bombeiros com farda e
sem farda que por todo o País se envolveram na defesa da nossa Causa,
com empenhamento, entusiasmo,
generosidade, e espírito de equipa
na defesa dos mais altos valores e
dos interesses de Portugal e dos
Portugueses.
A todos, muito e muito obrigado.
Foto: Marques Valentim
Mensagem de agradecimento
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NOVEMBRO 2014
LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES
Lista dos órgãos sociais para o triénio 2015/17
Lista eleita no 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses cuja posse irá decorrer em janeiro do próximo ano:
MESA DOS CONGRESSOS
Presidente – Cmdt. António José Jesus Carvalho | AHBV Póvoa de Santa Iria | Lisboa
Vice-Presidente – Fernando Eirão Queiroga | AHBV Boticas | Vila Real
Secretário – Cmdt. QH António Castro Valente |CBP Salvador Caetano | Aveiro
Secretário Adjunto – António Lopes Marques | AHBV Caldas da Rainha | Leiria
Vogal – Cmdt. António Manuel Marinho Gomes | FBD Braga | Braga
Suplentes
Inácio José Ludovico Esperança | AHBV Vila Viçosa | Évora
Manuel de Sousa Eusébio | AHBV Castelo Branco | Castelo Branco
Cmdt. Ilda Maria Flores Cadilhe Coelho | AHBV Póvoa de Varzim | Porto
Marcelo Jorge Lago | AHBV Mirandela | Bragança
Cmdt. José Marino Veladeiro Serra Fernandes | AHBV Sousel | Portalegre
CONSELHO EXECUTIVO
Presidente – Cmdt. QH Jaime Carlos Marta Soares | AHBV Vila Nova de Poiares | Coimbra
Vice-Presidente – António João Rodeia Machado | AHBV Beja | Beja
Vice-Presidente – Cmdt. QH José Joaquim da Silva Miranda | AHBV Santa Marinha do Zêzere | Porto
Vice-Presidente – Luís António Vicente Gil Barreiros | AHBV Gouveia | Guarda
Vice-Presidente – Cmdt. Adelino Lourenço Gomes | AHBV Constância | Santarém
Vice-Presidente – Adriano da Graça Mourato Capote | FBD Portalegre | Portalegre
Vogal – Rui Sousa Dias Rama da Silva | AHBV Cascais | Lisboa
Vogal – Cmdt. José Luís de Carvalho Morais | AHBV Paredes | Porto
Vogal – Cmdt. José Sebastião Fernandes | AHBV Bragança | Bragança
Vogal – Cmdt. José Alberto Lopes Requeijo | AHBV Moimenta da Beira | Viseu
Vogal – Cmdt. Mário Jorge de Deus Gil Leal Cerol | AHBV Alcobaça | Leiria
Suplentes
Foto: Marques Valentim
Cmdt. Fernando da Silva Barão dos Santos | AHBV Torres Vedras | Lisboa
Cmdt. Miguel Ângelo e Silva David | AHBV Carregal do Sal | Viseu
Cmdt. Paulo Jorge Linares Simões | AHBV Vila Real de Santo António | Faro
Cmdt. QH José Gomes da Costa | AHBV Espinho | Aveiro
João António das Neves Inverno | AHBV Évora | Évora
Manuel Simões Rodrigues Marques | AHBV Pombal | Leiria
Cmdt. João Carlos Lopes Serras | AHBV Vila de Rei | Castelo Branco
João Ilídio Monteiro da Costa | AHBV Vizela | Braga
Cmdt. Noémia Ermelinda Rocha Fragoso Ramos | AHBV Vidigueira | Beja
Cmdt. Paulo Jorge Lima Vieira | AHBV Alcochete | Setúbal
Cmdt. QH José Francisco do Rio França de Sousa | AHBV Lisbonenses | Lisboa
CONSELHO FISCAL
Presidente – Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes | AHBV Figueira da Foz | Coimbra
Vice-Presidente – Vasco Manuel Verdasca da Silva Garcia | AHBV Ponta Delgada | RA Açores
Relator – Cmdt. QH Joaquim Mano Póvoas | AHBV Carvalhos | Porto
Secretário – Eduardo Osvaldo Louro da Silva Correia | AHBV Barreiro – Sul e Sueste | Setúbal
Vogal – Rogério Viera Silva | AHBV Pampilhosa do Botão | Aveiro
Suplentes
José Miguel Mafra Iglésias | CBM Funchal | RA Madeira
Cdmt. QH Arnaldo Filipe R. dos Santos | AHBV Torrejanos – Torres Novas | Santarém
José Gabriel Martins Borges | AHBV Ribeira de Pena | Vila Real
Cmdt. Pedro Manuel Lopes Ferreira de Lima | AHBV Sobral de Monte Agraço | Lisboa
João José Baptista de Sousa | AHBV Trancoso | Guarda
Conselho Jurisdicional
Presidente – Cmdt. QH Carlos Ricardo Gaudêncio Bucha | AHBV Montemor-o-Novo | Évora
Vice-Presidente – Cmdt. QH António Jaime Gualdino Ribeiro | AHBV Belas | Lisboa
Vogal – Ana Paula de Figueiredo Simões Gomes Santana | AHBV Viseu | Viseu
Vogal – Luciano José Quintas Moure | AHBV Viana do Castelo | Viana do Castelo
Vogal – Carlos Manuel Lopes de Almeida | AHBV Fajões | Aveiro
Suplentes
Abel Manuel Barbosa Maia | AHBV Vila do Conde | Porto
José Luís Mendes da Palma Pires | AHBV Serpa | Beja
Germano Manuel de Lima Amorim | AHBV Arcos de Valdevez | Viana do Castelo
Ricardo João Duarte Rodrigues Avelãs Nunes | AHBV Pinhelenses – Pinhel | Guarda
Cmdt. Acácio José Ferreira Raimundo | Arruda dos Vinhos | Lisboa
U
CONSELHO SUPERIOR CONSULTIVO
José António da Piedade Laranjeira | AHBV Albergaria-a-Velha | Aveiro
José Manuel Lourenço Baptista | AHBV Dafundo | Lisboa
José Manuel Barreira Abrantes | AHBV Malveira | Lisboa
Alberto Rui Freixo Guedes de Moura | AHBV Crestuma | Porto
Agostinho Pinto Teixeira | AHBV Esposende | Braga
Cmdt. José da Silva Campos | AHBV Lixa | Porto
Cmdt. Nélio José dos Santos Gomes | AHBV Pataias | Leiria
Cmdt. QH Eduardo do Rosário Agostinho | AHBV Rio Maior | Santarém
Cmdt. QH Miguel Maurício de Jesus Antunes | AHBV Linda-a-Pastora | Lisboa
Manuel Baeta de Castro | AHBV Calheta | RA Madeira
José Gonçalo Nobre Duarte da Silva | AHBV Monchique | Faro
Suplentes
Cmdt. José Luís de Sousa Ribeiro da Quinta | AHBV Barcelos | Braga
Cmdt. José António da Silva Ferreira | AHBV Alter do Chão | Portalegre
Cmdt. Carlos Alberto Nunes Pires | AHBV Aveiro – Velhos | Aveiro
António Manuel Batista | AHBV Macedo de Cavaleiros | Bragança
Cmdt. QH Carlos Manuel António Seara Pires | AHBV Vila Nova de Tázem | Guarda
Mário Augusto Ferreira Teixeira | AHBV Anadia | Aveiro
João Luiz Martinho Santa Bárbara | AHBV Sines | Setúbal
Augusto Jorge Chaves Rodrigues | AHBV Borba | Évora
António Fernando Ceia Biscainho | AHBV Portalegre | Portalegre
Joaquim Pinto Ascensão Martins | AHBV Figueiró dos Vinhos | Leiria
António Alberto Soares da Costa Barros | AHBV Vila Real – Cruz Verde | Vila Real
LBP
ACORDO LBP COM PT/ACS
Bombeiros brasileiros visitam confederação
Novo preçário
em vigor
m grupo de 15 oficiais
do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito
Federal de Brasília, Brasil, avistou-se recentemente com o presidente
da Liga dos Bombeiros
Portugueses, comandante Jaime Marta Soares,
durante a visita que fizeram à sede da confederação. Esta reunião integrou-se no programa da
visita a Portugal do grupo
de oficiais brasileiros,
que concluiu o curso de
promoção a coronel, o
posto mais alto da hierarquia dos bombeiros militares daquele país.
A
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) renegociou recentemente com a Portugal Telecom (PT)/ Associação de Cuidados de
Saúde (ACS) um novo preçário para a prestação de serviços em
ambulância.
O novo preçário revê os termos do protocolo de fevereiro de
2000 e constitui uma mais-valia nos serviços a prestar pelas associações/corpos de bombeiros aderentes aos beneficiários dos planos de saúde geridos pela PT/ACS ou pessoas a quem esta presta
cuidados de saúde.
No âmbito da renegociação, o preço de quilómetro percorrido
passa a ser de 54 cêntimos, no caso de serviço do tipo normal, a
taxa mínima de saída por serviço passa para 8,50 euros, só aplicável quando o percurso percorrido não exceda os 20 quilómetros.
Serão também cobrados 5 euros/ hora pela aplicação de oxigénio,
em situações devidamente prescritas por um médico.
Os valores referidos serão atualizados anualmente, com efeitos
a partir de 1 de fevereiro com base na variação que se verificar no
Índice de Preços no Consumidor no ano precedente.
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NOVEMBRO 2014
ANTÓNIO COSTA DIZ QUE É UMA HONRA COLABORAR COM A LIGA
Fotos: Marques Valentim
Palácio de São Cristóvão já é dos bombeiros
J
aime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não
escondeu a “emoção” e o “orgulho” no dia em que a Câmara
Municipal de Lisboa cedeu oficialmente o Palácio São Cristóvão à Confederação para a
construção da futura sede da
Liga.
“Esta é uma data histórica
para os bombeiros portugueses
que vão ter uma nova casa com
mais condições para que possam ser servidos com outra dignidade”, realçou Jaime Marta
Soares na cerimónia de assinatura da escritura, realizada no
passado dia 13 de novembro.
Realçando a “sensibilidade” e
“disponibilidade” de António
Costa, o presidente da Liga
agradeceu as palavras do autarca que referindo-se ao trabalho da LBP, destacou o serviço
“humanitário e meritório” que
os bombeiros voluntários prestam ao país. “É uma honra colaborar mais uma vez com a Liga
Bombeiros Portugueses para
que a casa comum, a casa de
todos os bombeiros, esteja sediada em Lisboa”, sublinhou o
presidente da Câmara de Lisboa.
A futura sede da LBP será
instalada no Palácio de São
Cristóvão, no Paço do Lumiar,
em Lisboa, por cedência do direito de superfície por parte do
município de Lisboa. Uma instituição que congrega homens
que “têm a generosidade de dar
a vida pela vida”, é uma instituição com a qual a câmara se
sente “honrada em poder colaborar”, sublinhou António Costa, que se congratulou com a
instalação da sede da LBP em
Lisboa, cidade que, salientou,
tem o único Regimento de Sapadores Bombeiros do país.
Dirigindo-se ao presidente da
LBP, António Costa referiu que
esta colaboração em muito se
deve ao “trabalho” desempenhado pelo comandante, e que
deixa a garantia que “a Liga vai
prosseguir o seu trabalho ao
mais alto nível”. Para o representante máximo dos Bombeiros, a “rápida” conclusão deste
processo deveu-se sobretudo à
“forma afável e “competente”
como António Costa abordou
esta questão. Aproveitando o
momento simbólico da assinatura da escritura e da entrega
das chaves do Palácio de São
Cristóvão, Jaime Marta Soares
sublinhou que gostaria de ver
“replicada na fase de licenciamento das obras”, todo o empenho demonstrado pela Câmara
até ao momento.
Aproveitando a presença de
vários elementos da câmara,
Marta Soares solicitou a colaboração dos vários serviços da
edilidade, no sentido de tornar
possível a conclusão das obras
dentro do prazo de dois anos.
A cedência do edifício é feita
“em regime de direito de superfície num período de 50 anos,
prorrogável por períodos de 25
anos”, pode ler-se na deliberação camarária. Durante os próximos dois ano, a Liga fica isentada de pagar taxas ou impostos sobre o novo terreno do Lumiar. Em contrapartida, é
“revogado o direito de superfície constituído a favor da LBP”
sobre um lote de terreno na
Rua de Campolide. Neste local
esteve projetada a construção
de uma nova sede, que nunca
se concretizou.
Segundo o presidente da
Liga, o atual edifício sede da
LBP será sempre dos bombeiros. “Esta será sempre a casa
de todos os bombeiros portugueses e poderá servir de casa
anfitriã para momentos importantes. Qualquer decisão terá
sempre a participação de todos”, conclui Marta Soares.
PC
6
NOVEMBRO 2014
ANTÓNIO DE MOURA E SILVA (1914-2006)
Evocando os 100 anos do seu nascimento
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
“S
er homem é ser responsável. É sentir
que colabora na
construção do mundo.”
Esta citação, do escritor Antoine Saint-Exupéry, ajusta-se
ao perfil do nosso homenageado: António de Moura e Silva
(1914-2006), presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entre 1955 e 1975.
No ano em que se completa o
centenário do seu nascimento,
impõe-se que recordemos a
vida e a obra daquele que, desde sempre, mais tempo permaneceu na presidência da Confederação, o que motivou, muito
justamente, quando cessou
funções, ser distinguido com o
título de “Presidente Honorário”.
Também director do “BP”, de
1983 até à sua morte, falamos
de um homem de princípios e
valores, bem como de uma verticalidade irrepreensível, que
dignificou e prestigiou, dentro e
fora do país, a LBP e os bombeiros portugueses.
António de Moura e Silva teve
uma vida de permamente entrega ao humanitarismo e à solidariedade, abraçando diferentes causas.
No domínio dos bombeiros,
iniciou a actividade em 1939,
ao ingressar nos órgãos sociais
dos Bombeiros Voluntários de
Almada (BVA), onde, entre outras funções, se destacou como
presidente da Direcção. Esteve
ligado à instituição durante
mais de 20 anos.
A entrada para os BVA decorreu de uma situação que o marcou profundamente, vindo a
revelar-se determinante para
que nunca mais tivesse deixado
de se sentir contagiado pelas
virtualidades dos bombeiros
portugueses e das suas organizações. Isso mesmo relatou ao
“BP”, em Agosto de 1992, quando entrevistado na qualidade de
presidente honorário do então
Conselho Administrativo e Técnico (CAT):
“Em 1932 recebi em minha
casa o comandante José Brás e
o tesoureiro Augusto Soares,
dos Bombeiros Voluntários de
Almada. Esta visita teve como
objectivo
apresentarem-me
condolências pela morte de
meu pai, que exercera as funções de tesoureiro na corporação. Estes homens nessa ocasião manifestaram-se devedores de uma importância que
meu pai tinha emprestado para
que fosse comprada a primeira
bomba ‘Magirus’ da corporação.
Esta nobre atitude constituiu a
verdadeira motivação que me
levou a aderir à causa dos bombeiros voluntários”.
Homem de fino trato, dono
de palavra fluente, muito cedo
os seus méritos tornaram-no
numa personalidade reconhecida pelas entidades do sector
dos bombeiros.
Em 1954, a convite do CAT
da Liga dos Bombeiros Portugueses, assumiu a direcção do
Boletim da Confederação, valorizando a respectiva linha editorial. No mesmo ano, por gerar
consenso a nível nacional, foi
eleito presidente da LBP, quando do XI Congresso Nacional
dos Bombeiros Portugueses,
reunido em Leiria de 3 a 5 de
Setembro.
“Perante a falta de um elenco
directivo e após alguns conflitos, no decorrer dos trabalhos,
eu fui insistentemente convidado a assumir a presidência da
Liga, juntamente com o comandante José Brás. Respondi, então, que ou ficava eu ou ele.
Apesar da grande amizade que
me ligava ao José Brás, entendia que se ambos aceitássemos, a Liga passava a ser dos
Bombeiros de Almada, de onde
ambos éramos responsáveis.
Tendo sido compreendida a minha posição aceitei o convite”,
recordou também, em Agosto
de 1992, na entrevista concedida ao “BP”.
Empossado em 8 de Janeiro
de 1955, marcou um novo estilo de liderança e, por consequência, devolveu a estabilidade à instituição, pois esta havia
atravessado um período de crise interna.
Durante 20 anos, foi – com
enorme convicção, equilíbrio e
sentido de justiça – portador
das aspirações dos bombeiros
portugueses junto dos responsáveis políticos. Nessa circunstância, soube afirmar a importância do papel desempenhado
pelos bombeiros no sistema social e obter o reconhecimento
dos governantes, consubstanciado em medidas de apoio
consideradas muito favoráveis
para a época, referindo, a propósito, ao ser entrevistado:
“Posso dizer com muito orgulho que, apesar das excelentes relações institucionais que
a Liga mantinha com o Estado,
nunca recebeu deste nenhum
subsídio para a sua actividade
normal. Foi sempre meu princípio que a Liga deveria manter
uma completa independência
relativamente ao Estado. As
nossas receitas eram provenientes das quotizações das
federadas. Houve situações em
que para pagarmos a nossa
quotização ao CTIF os directores da Liga tiveram de se quotizar entre si, pois não havia
dinheiro. Foram realmente
tempos de grandes dificuldades. Mas nem por isso deixamos de considerar como fundamental a nossa total independência.”
Promotor do espírito de unidade e defensor acérrimo das
virtudes morais e cívicas do
sector agiu de forma atenta e
descentralizada. Com regularidade, efectuou rondas de visi-
tas pelas associações e corpos
de bombeiros do Continente,
Açores, Madeira e antigo Ultramar, a fim de se inteirar da
realidade e poder encontrar
soluções para os problemas
identificados no terreno.
Participou activamente no
Comité Técnico Internacional
do Fogo (CTIF), para o qual foi
eleito vice-presidente em 1966
e 1970. Numa fase posterior
passou à condição de vice-presidente honorário.
Devido ao seu empenhamento, no âmbito das relações
mantidas com o CTIF, contribuiu para o aumento do prestígio internacional dos bombeiros portugueses, ao propor a
realização, em Lisboa, do II
Congresso Mundial do Fogo, o
que veio a acontecer entre 22
e 26 de Agosto de 1962. Nesta
importante jornada de afirmação, que se revestiu do maior
sucesso, estiveram presentes
162 congressistas, em representação de 28 países da Europa, América do Sul, África e
Ásia. O governo vigente distinguiu-o pouco tempo depois
com o grau de oficial da Ordem
de Benemerência.
Foram muitos e diversos os
momentos altos que viveu ao
serviço dos bombeiros, recordando com frequência a entrega do primeiro Crachá de Ouro
ao Papa Pio XII, durante o I
Congresso Mundial do Fogo,
realizado em Roma (1956), e o
facto de ter sido designado pelo
presidente do Comité Técnico
Internacional do Fogo para o
representar na presidência do
1.º Congresso Mundial dos
Bombeiros Latino-Americanos,
reunido no Rio de Janeiro
(1965).
Ficou igualmente célebre a
sua entrega aos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, terra
natal de seus pais, intervindo no
respectivo processo de instalação. Foi, de resto, sob a sua
condução que entrou na vila de
Alvaiázere a primeira ambulância daquele Corpo de Bombeiros, facto histórico que denota
bem a relação de proximidade
ali mantida e o seu consequente
envolvimento na vida associativa, contribuindo para o progresso local. Diante disso, a Câmara
Municipal de Alvaiázere entendeu prestar-lhe homenagem,
atribuindo o seu nome a uma
das artérias do concelho.
Em 1975, ano no qual cessou
funções, os bombeiros portu-
gueses decidiram, por ocasião
do Congresso Extraordinário do
Estoril, distinguir António de
Moura e Silva com o título de
“Presidente Honorário” da LBP,
prestando-lhe tributo pela dedicação e competência colocadas
ao serviço da causa.
Longe de se afastar, em absoluto, do meio dos bombeiros, a
sua prestigiada presença continuou a ser uma constante nas
mais variadas ocasiões, sendo-lhe solicitada, com regularidade, preciosa colaboração.
Faleceu a 14 de Agosto de
2006. Em 7 de Janeiro do mesmo ano, havia sido condecorado, na cerimónia de tomada de
posse dos órgãos sociais da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
realizada no quartel-sede dos
Bombeiros Voluntários de Torres
Vedras, com o primeiro Colar de
Mérito, a mais alta distinção honorífica da Confederação.
Artigo escrito de acordo com
a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
7
NOVEMBRO 2014
ANABELA RODRIGUES É A NOVA MAI
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) já disse que a nova
ministra da Administração Interna terá “toda a colaboração” dos
bombeiros para resolver os problemas da classe. É a reação à
nomeação de Anabela Rodrigues que sucede a Miguel Macedo. O
ex-ministro da Administração Interna demitiu-se no passado dia
16 de novembro. O país dos bombeiros foi apanhado de surpresa
com a saída de um ministro que todos dizem “fica para a história”.
O “melhor ministro a seguir ao 25 de abril”, na opinião de Jaime
Marta Soares.
Texto: Patrícia Cerdeira
“O
Vistos Gold. Anabela Rodrigues
já tomou posse e vai continuar a
contar com os dois secretários
de Estado do MAI. Os secretários de Estado de Miguel Macedo
foram reconduzidos, mantendo-se Fernando Alexandre como
secretário de Estado adjunto da
ministra e João Pinho de Almeida como secretário de Estado da
Administração Interna.
Logo após ter tido conhecimento do nome da nova responsável pela pasta dos bombeiros, Jaime Marta Soares referiu que Anabela Rodrigues, é
MAI garante continuidade
Ministro Miguel Macedo foi
essencial para que nos últimos anos se tenham resolvido muitas questões, relativas aos bombeiros, que esperavam solução há
muitos anos. Para além dos assuntos que foram resolvidos, há outros
que estão em curso. Estes continuarão com o mesmo rumo e o
mesmo ritmo. Essa é a melhor forma de honrar o trabalho que foi feito até aqui e de lhe dar sequência”.
Esta é a posição de João Almeida,
secretário de Estado da Administração Interna, em resposta ao Jornal Bombeiros de Portugal.
Na sequência da demissão de Miguel Macedo, e numa altura em que a Liga dos Bombeiros Portugueses negociava vários dossiês, o
nosso jornal questionou João Almeida, reconduzido no cargo, sobre os eventuais reflexos
da saída do ministro que liderou os trabalhos
nos últimos três anos. Confrontado com um
dos temas que mais preocupam o setor - a
Foto: Sérgio Santos
A
nabela Rodrigues, de 60
anos, doutorada em ciências Jurídico-Criminais, é
a primeira mulher a assumir a
pasta da Administração Interna,
substituindo no cargo Miguel
Macedo, que se demitiu do Governo na sequência do caso dos
futura Lei de Financiamento, João Almeida diz
ao ‘BP’ que o objetivo de enviar o diploma
para o Parlamento até ao “final do ano” mantém-se. “A realização desse objetivo está apenas dependente da conclusão da negociação
do II Pilar (LBP-ANMP), uma vez que as negociações entre a LBP e o MAI estão concluídas.
O MAI acredita e deseja que rapidamente essa
negociação esteja concluída, por forma a
cumprir os prazos estabelecidos”, esclarece o
responsável do Governo.
Quem é
a nova ministra
A
Foto: Inácio Rosa/Lusa
Foto: Inácio Rosa/Lusa
Foto: Luís Filipe Catarino/Presidência da República
Bombeiros têm garantia
de continuidade na ação
“uma ilustre académica que ao
longo dos anos tem afirmado o
seu valor e competência nos lugares onde tem estado”. Para
Jaime Soares, a sua “grande dimensão académica e intelectual” são “um garante ao exercício de um cargo difícil como é
o de ministra da Administração
Interna”. Ainda segundo Marta
Soares, a nova ministra pode
contar com a colaboração dos
bombeiros para encontrar, “com
rapidez, a resolução para os
problemas que atingem os
agentes de proteção civil”, que
têm ao seu cuidado a defesa
das populações. “Da nossa parte, a senhora ministra terá toda
a colaboração, toda a lealdade,
mas também todo o nosso sentido de reivindicação”, para que
seja possível “a resolução dos
muitos ‘dossiês’ que estão em
cima da mesa”, muitos dos
quais já em fase avançada, sustentou.
Jaime Marta Soares sublinhou que os bombeiros são
“pessoas de fé e de esperança”
e acreditam que, “com diálogo”,
os problemas que irão colocar à
nova ministra terão a consequência que desejam.
“Acreditamos com toda a sinceridade que possamos continuar a desenvolver um bom
nabela Rodrigues, ex-diretora da Faculdade de Direito da Universidade de
Coimbra, é a nova ministra da Administração Interna. Anabela Rodrigues, de 60
anos, é penalista, membro do Conselho
Superior de Magistratura, foi diretora do
Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e
presidiu à comissão de reforma do sistema de execução de penas. Foi também a
primeira mulher a doutorar-se, em 1995,
na Faculdade de Direito em Coimbra.
A nomeação para o CEJ em 2004 foi
feita pelo então ministro da Justiça, José
Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da
Defesa.
trabalho como fizemos neste últimos três anos com o titular da
pasta Miguel Macedo” e colaborar para que “a senhora ministra tenha êxito no exercício da
sua missão como ministra da
Administração Interna”, concluiu.
Esta não foi uma sucessão
natural. Miguel Macedo Miguel
Macedo anunciou a sua demissão do cargo de ministro da Administração Interna, três dias
depois de ter visto o seu nome
envolvido no processo dos Vistos Gold que levaram à detenção de 11 arguidos, dois dos
quais amigos de Miguel Macedo. Numa curta declaração produzida num domingo à noite, o
ex-ministro garantiu não qualquer intervenção no processo,
reconheceu que a investigação
em curso o deixou com “autoridade diminuída”, e um “ministro da Administra Interna não
pode estar diminuído na sua
autoridade”, referiu um dos
braços direito do Primeiro-Ministro que justificou desta forma a sua saída.
Miguel Macedo
não festejou
A demissão de Miguel Macedo
aconteceu horas antes da ceri-
mónia de apresentação do balanço do DEFIC 2014. Aliás, esta
foi a primeira vez que os responsáveis máximos do ministério da Administração Interna
não estevão presente nesta iniciativa anual, num ano em que
Miguel Macedo poderia congratular-se e chamar a si os louros
de uma das melhores campanhas de verão de sempre.
Com o MAI demissionário, a
cerimónia acabou por ficar marcada por todas estas convulsões. Questionado sobre a situação, Jaime Marta Soares
lembrou que Miguel Macedo “foi
o melhor ministro da Administração Interna” para os bombeiros desde o 25 de abril de 1974,
referiu à margem da cerimónia
de apresentação do balanço do
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de
2014.
O presidente da LBP adiantou
que Miguel Macedo vai ser difícil
de substituir, significando a sua
demissão “uma perda muito
grande” para os bombeiros portugueses. “Para nós é um recuo
muito grande, uma preocupação ainda maior, é uma perda
para tudo aquilo que nós desejávamos ver desenvolvido e
com resultados práticos”, sustentou.
8
NOVEMBRO 2014
VILA REAL
GOUVEIA
O
Portal promove debate
portal “Bombeiros.
pt” assinalou o seu
10.º aniversário com
uma conferência nacional
sobre “A importância da
comunicação nos bombeiros
portugueses”.
Tema candente que o
responsável pelo portal,
Sérgio Cipriano, e a sua
equipa, escolheu para,
também em nome da Associação Amigos dos
Bombeiros do Distrito da
Guarda, para reunir jornalistas e bombeiros em animado e
frutuoso debate.
A sessão de abertura contou com
a presença do vice-presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), Gil Barreiros, e do segundo
comandante distrital de socorro da
ANPC, José António Oliveira, e também com a participação de Rui
Rama da Silva, enquanto diretor do
jornal da LBP “Bombeiros de Portugal”.
O primeiro painel do encontro, moderado
por Daniel Rocha, foi subordinado ao tema “A
visão do jornalista local, regional e nacional” e
contou com os testemunhos dos jornalistas,
Paulo Prata (“Notícias de Gouveia”) e Jorge
Esteves (RTP-Guarda).
O segundo painel,”A comunicação interna e
externa dos corpos de bombeiros”, permitiu
pela primeira vez uma apresentação conjunta
de grupos de comunicação e imagem dos
Bombeiros de Esmoriz, Penela, Gouveia e Alcabideche, e um balanço, igualmente oportuno, dos “bombeiros portugueses - passado,
presente e futuro” de João Paulo Teixeira, jornalista e antigo editor do “Bombeiros de Portugal”.
Depois seguiram-se mais quatro painéis,
o primeiro, moderado por Paulo Reis, sobre
a “a presença dos bombeiros nas redes sociais”, com a apresentação do “Diário de um
bombeiro”, por António Santos, e “Bombeiros On-Line”, por Rui João.
Seguiu-se “A importância da comunicação institucional”, moderado pela jornalista
Mónica Costa, “comunicar sobre pressão em
teatro de operações”, moderado por Sérgio
Cipriano, e, por fim, um painel dedicado ao
próprio portal organizador, que incluiu a entrega dos prémios ao vencedores do concurso de fotografia promovido também no
âmbito do 10º aniversário do “Bombeiros.
pt”.
D
«Motivar para Salvar» tema de jornadas
ecorreram, no passado dia
15 de novembro, em Vila
Real, no salão nobre da sede/
quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde,
as I Jornadas de Cidadania e
Voluntariado sob o tema «Motivar para Salvar».
Esta iniciativa contou com a
presença de diversas entidades
convidadas, nomeadamente, do
presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante
Jaime Marta Soares. Este, no
uso da palavra na sessão de encerramento, enalteceu a oportunidade da iniciativa e dos próprios temas, a qualidade dos
intervenientes e a capacidade
que as associações têm demonstrado para organizar iniciativas do género, “ e que são
uma marca indelével de que os
Bombeiros Voluntários têm
qualidade, apostam na formação e na reflexão, querem saber sempre mais para salvar
ainda melhor”.
Do programa das Jornadas
constaram quatro comunicações cujos temas eram: «Princípios do Voluntariado» (Padre
Lúcio), «Ser Voluntário» (Prof.ª
Dr.ª Vera Mendonça), «Motivação para o Voluntariado» (Prof.ª
Dr.ª. Ana Paula Monteiro) e
«Desafios do Voluntariado» (Dr.
António Gentil Magalhães). A
moderação esteve a cargo do
presidente da assembleia-geral
da Associação, Manuel Prazeres, que apresentou os diversos
oradores fazendo depois uma
síntese final dos trabalhos.
Conforme a comissão organi-
zadora, “os temas foram escolhidos de forma a promover-se
um conhecimento diversificado
e abrangente do que é, o carateriza e motiva o voluntariado
na atualidade, permitindo ainda
que as comunicações se complementassem de acordo com a
opinião, a experiência, a formação e a prática dos diversos
oradores”.
A Câmara Municipal de Vila
Real fez-se representar na ceri-
mónia de encerramento pela vice-presidente, Profª Eugénia Almeida, que aproveitou a oportunidade para cumprimentar todos os presentes e dar os
parabéns pela iniciativa levada
efeito. Apresentou também a
sua opinião acerca do voluntariado e as iniciativas que estão a
decorrer e outras que serão implementadas brevemente pela
autarquia, ao nível do voluntariado.
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
Importância da promoção da segurança e saúde ocupacional num corpo de bombeiros
A
promoção de programas
de segurança e saúde ocupacional (SSO) nos bombeiros
tem sido desenvolvida em diversos países, com particular
destaque nos Estados Unidos
da América. É certo que a aplicação de medidas de segurança e saúde ocupacional na
missão dos bombeiros representa um grande desafio, ao
contrário de outras áreas profissionais. Ora, veja-se:
• Num cenário com elevados
riscos associados, para salvar
vidas e proteger bens patrimoniais e ambientais, os bombeiros, em vez de se afastarem do
perigo, enfrentam-no!
• A população tem sempre a
expectativa (quantas vezes, irrealista) que a missão dos
bombeiros é salvar a qualquer
custo, esperando que os profissionais de socorro se coloquem
em risco, mesmo quando esses
riscos superam claramente
eventuais benefícios daí obtidos;
• Frequentemente, os incidentes que os bombeiros enfrentam desenvolvem-se a
uma velocidade enorme, por
vezes de forma inesperada, e,
em certos casos, sem que a
equipa de socorro tenha experiência prévia na resolução daquela situação em concreto.
No entanto, os benefícios da
promoção da SSO nos Corpos
de Bombeiros (CBs) ultrapassam largamente o investimento associado.
VALOR DA VIDA HUMANA
Nos últimos dez anos, entre
2003 e 2013, faleceram, em
serviço operacional, 73 bombeiros. A natureza das causas
varia: acidente de viação (29),
incêndio florestal (22), emergência pré-hospitalar (11), incêndio urbano (5), instrução
(2) e diversas (4).
Compreende-se, assim, que
CADA VIDA HUMANA SALVA
PELA IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE SSO TEM UM VALOR
INCALCULÁVEL. E é, por isso
mesmo, que este é um investimento que vale a pena!
Legalidade do serviço
operacional
bem como para o próprio CB e
entidade detentora.
Impacto dos acidentes
em serviço
De acordo com a legislação
em vigor, todos os bombeiros
portugueses
encontram-se
abrangidos por um seguro,
seja de acidente de trabalho,
no caso dos profissionais, seja
de acidentes pessoais, no caso
dos voluntários. Em caso de
acidente, a cobertura por parte da apólice de seguros pressupõe que foram implementadas as medidas de SSO adequadas à natureza da atividade, para evitar repercussões
ainda mais graves para o bombeiro acidentado e sua família,
Aumento
da produtividade
e eficiciência do corpo
de bombeiros
O elevado número de acidentes em serviço nos bombeiros portugueses implica,
em primeiro lugar, inúmeras
lesões físicas e psicológicas
graves, algumas com repercussões para toda a vida nas
mulheres e homens que, em
regime profissional ou voluntário, se dedicam a esta missão. Um estudo internacional
revela que os bombeiros estão sete vezes mais sujeitos a
acidentes, que requerem um
período de baixa, do que a
população profissional em geral.
Associado a estes acidentes
estão também períodos de
baixa ao serviço operacional,
com as respetivas consequências e/ou, mesmo, o afastamento precoce dos CBs.
A promoção da SSO por parte da entidade detentora e Comando do CB revela a sua
preocupação para com os homens e mulheres que se dedicam ao socorro das populações. O seu impacto na satisfação e motivação para integrar uma atividade de risco é
muito positivo, particularmente nos voluntários. Bombeiros
motivados correspondem a um
quadro ativo sem falta de voluntários que assegure as escalas de piquete e as necessidades operacionais de um CB
e maior êxito nas operações de
socorro.
Iniciar um programa de SSO
nos bombeiros portugueses é
um enorme desafio, porém, é
com estas medidas que as Associações Humanitárias e os
CBs podem garantir que “A
Vida dos Bombeiros está protegida!”.
[email protected] – Núcleo
de Segurança e Saúde
da Direção Nacional
de Bombeiros (ANPC)
9
NOVEMBRO 2014
PRESIDENTE DA ANPC DETERMINA AUDITORIA À FEB
P
aralelamente a uma reorganização mais ampla que
visará algumas das unidades orgânicas da Autoridade
Nacional de Proteção Civil
(ANPC), Francisco Grave Pereira, o presidente da ANPC, ordenou uma auditória à Força Especial de Bombeiros (FEB). A
equipa de inspetores nomeada
tem andado a percorrer o país
nas últimas semanas para proceder ao levantamento de toda
a realidade desta estrutura
operacional. Ao que o ‘BP’ apurou, estão a ser inspecionadas
as vertentes operacional e administrativa com o objetivo de
perceber o que pode ser alterado para tornar esta estrutura
mais sólida, mais eficaz e também menos dispendiosa. Se-
gundo uma fonte liga a este
processo, o presidente da Autoridade não vê com bons olhos
a sustentação jurídica da FEB,
nomeadamente, no que diz
respeito aos vínculos laborais
que sustentam os 270 elementos desta estrutura, os quais
continuam a ser pagos via Escola Nacional de Bombeiros.
Grave Pereira já fez saber que
pretende que esta situação
seja resolvida o mais breve
possível para que além dos direitos, possam ser definidos os
deveres de forma mais clara.
Assumindo a FEB como um
“braço armado” da ANPC, o
presidente pretende, ao que
apurámos, avaliar o presente
para depois definir o “futuro”
dos canarinhos.
A par desta avaliação já feita
pela direção da ANPC, esta auditória versará ainda verificar a
veracidade de algumas denúncias que apontam para “despesismos não justificados”, nomeadamente, na utilização das
viaturas. “Há casos de chefes
de equipa, brigada e de grupo
que fazem mais de seis quilómetros por mês”, referiu a fonte
ao ‘BP’, assinalando que esta situação está já a causar algum
mau estar.
No terreno, os inspetores
questionaram o efetivo sobre
diferentes matérias, sendo que
há uma pergunta comum a todas as audições: “Como será
possível poupar”, um claro sinal
de que os custos também estão
em causa na realização desta
Foto: Marques Valentim
Grupo de trabalho avalia futuro
auditoria que deverá estar ponta até ao final do ano, por ordem de Grave Pereira.
A par disto, o presidente da
ANPC criou ainda um grupo de
trabalho para definir preto no
branco os deveres e direitos dos
canarinhos. Deste grupo fazem
parte a Direção Nacional de
Bombeiros, a Direção Nacional
de Recursos de Proteção Civil, o
segundo Comandante Operacional Nacional e o Comandante
da FEB.
Patrícia Cerdeira
JOSÉ AMARO NUNES LIDERA LISTA ÚNICA
Joaquim Marinho desiste das eleições
osé Amaro Nunes, presidente
dos Bombeiros Voluntários de
Tarouca, lidera a única lista
concorrente às eleições para a
Federação de Bombeiros do
Distrito de Viseu, que se realizam no próximo dia 29 de novembro. O antigo vereador da
proteção civil da autarquia de
Tarouca e advogado de carreira,
foi, e ao que apurámos, o homem escolhido por vários dirigentes e comandantes do distrito de Viseu que logo após a
realização do Congresso da Liga
dos Bombeiros Portugueses, fizeram saber que era preciso
apostar numa “mudança”. A
constituição da Lista A terá nascido através de um movimento
“espontâneo”, cujos apoiantes
se reuniram no início deste mês
para afirmar a vontade de constituição de uma lista alternativa
à de Joaquim Rebelo Marinho,
que se apresentou como recandidato ao cargo.
Na carta de compromissos
para o triénio 2015/2017, Joaquim rebelo Marinho apresentou várias propostas tendo
como lema de candidatura
“Uma federação mais próxima!
Uma federação sempre presente”. A carta de compromisso enviada aos corpos de bombeiros
do distrito está datada de 18 de
novembro.
Dois dias depois, a 20 do
mesmo mês, Joaquim Rebelo
Marinho volta a enviar nova
missiva às 33 associações e
corpos de bombeiros do distrito. Numa página e meia, o diri-
gente informou que em nome
da unidade dos bombeiros decidiu não ir a votos. “Pactuar
com um processo eleitoral que,
no seu desenvolvimento , coloca direções e comandos em listas opostas, com um processo
que, supostamente, permite a
aceitação de cargos sem se fazerem acompanhar dos competentes instrumentos de designação, é alimentar divisões
dentro das próprias AHBV, é
uma tropelia que eu nunca
permitiria fazer à minha consciência e uma rasteira que eu
jamais aceitaria fazer ao meu
passado, e ao meu presente,
de dirigente associativo, que
muito me honra”, justifica Rebelo Marinho referindo que
“esta é a linha vermelha” que
se recusa pisar . “Apercebendo-me que as divisões internas, repito, internas, surgem,
afasto-me e prefiro diminuí-las, a bem da proteção e do
socorro, e da segurança das
comunidades”, acrescenta o dirigente que lidera a federação
há 12 anos. Com esta tomada
A
Guarda Nacional Republicana (GNR) deu
início a um projeto inédito no Alto Minho
que inclui a utilização de meios aéreos não
tripulados, os denominados drones, na prevenção de incêndios. Segundo foi avançado
pela Guarda, em comunicado, a GNR tem já
no terreno um “projeto inédito” orientado
para a vigilância e prevenção de fogos florestais em zonas prioritárias do Alto Minho com
emprego de meios aéreos não tripulados
(RPAS). De acordo com o comunicado enviado às redações, a força policial destaca que a
“utilização dos drones surge no âmbito de
um protocolo de cooperação assinado com o
grupo tecnológico português TEKEVER”. Tanto a formação, como o treino e os primeiros
testes ocorreram esta semana no Centro de
Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, distrito
de Viana Castelo, durante o Exercício PENEDA14.
Para o primeiro ano de utilização, estão
previstas cerca de 8 mil horas de voo na região do Alto Minho, com o objetivo de reforçar as “capacidades de comando e controlo”
durante a fase de combate a incêndios, rescaldo e pós-rescaldo.
dirigida a esta candidatura
como promotora de fraturas,
pois ainda assim sempre pautámos a nossa defesa pela liberdade de ideias e pelos princípios democráticos do direito
de opção. E se bem o dissemos
assim o fizemos, o que se irá
comprovar com a publicitação
da lista A. (…) Não contem
connosco para invocar alegados valores e princípios para
encobrir os nossos fracassos,
para nos justificarmos, levianamente, dos nossos insucessos, para atirar as nossas culpas contra os outros”, lê-se na
nota que termina com a seguinte citação: “Um Problema
da nossa época é que as pessoas não querem ser úteis,
mas sim importantes”
MAIS DE UM ANO DEPOIS
GNR TESTA “DRONES” NOS INCÊNDIOS
Projeto arranca no próximo verão
de posição, resta uma única
lista concorrente, a Lisa A, na
qual estão representadas 22
das 33 associações e corpos de
bombeiros do Distrito de Viseu. “A nossa candidatura tem
a relevância de ser um contributo, uma manifestação de cidadania, um exercício do direito de participar, que todos temos na construção de uma Federação melhor, para todos e
em que todos têm importância,
com vista a alcançar o bem comum, realizando os nossos fins
estatutários”, lê-se na nota informativa assinada pelo candidato a presidente. Acrescenta
José Amaro Nunes, numa reação clara alusão às acusações
de divisionismo: ”Recusamos
veementemente a imputação
A
Porto vai receber EPI
s 44 associações e corpos
de bombeiros aa Área
Metropolitana do Porto
(AMP) vão receber até ao final
do ano equipamentos de proteção individual contra incêndios
em espaços naturais.
Segundo Lino Ferreira, presidente da comissão executiva da
AMP, os novos equipamentos
vão ser atribuídos a um total de
1750 bombeiros dos 17 municípios da região.
A entrega destes equipamentos é o culminar de um processo que teve início em 30 de
maio de 2013, com a publicação em Diário da República de
um concurso público para fardamento dos bombeiros. No âmbito deste concurso, que representa um investimento total de
800 mil euros, a AMP consegue equipar 50 por
cento de todos os homens das 44 corporações da
região, duas das quais de sapadores (Porto e
Gaia).
Foto: Fernando Veludo/Lusa
J
“Obtivemos financiamento comunitário do
QREN, através do Programa Operacional Valorização do território (POVT), no valor de 85 por cento”,
disse Lino Ferreira. O restante do montante foi assegurado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (7,5 por cento) e pela AMP (7,5 por cento).
10
NOVEMBRO 2014
LOUROSA
COIMBRA
O
Bombeiro brasileiro agradecido
oficial bombeiro brasileiro, Jectan Vital de Oliveira, solicitou-nos a divulgação do seu agradecimento aos Bombeiros Sapadores de Coimbra pelo excelente acolhimento que lhe foi
prestado naquele corpo de bombeiros, durante o qual assinalou a conclusão do seu mestrado de
segurança em incêndios urbanos.
Jectan Oliveira é oficial bombeiro militar, engenheiro civil, capitão QOBM Combatente, Comandante da 3.ª SB de Araci-Ce, Brasil.
Aquele bombeiro faz questão de salientar que, apesar de tudo, a própria conclusão do mestrado “pouco representa diante dos amigos que fiz, através dos quais ganhei um engrandecimento pessoal muito mais valoroso que o transmitido nas cadeiras da academia”.
Armando Sousa ganha nova etapa
“Caros Amigos, Caros Colegas,
A todos quantos estiveram ao meu lado agradeço o tempo que me haveis dedicado.
Finalmente e ao fim de quase 26 meses de
baixa médica, preenchida por inúmeros procedimentos médicos / cirúrgicos vou retomar a minha atividade profissional amanhã (17 de novembro) na Yazaki Saltano com alta parcial.
Apesar das limitações inerentes desta fatalidade, o sorriso volta timidamente aos meus lábios
e quero partilhá-lo com todos vós.
Obrigado.
Armando Sousa”
om esta mensagem enviada ao nosso jornal,
o oficial bombeiro dos Bombeiros Voluntários
de Lourosa, Armando Sousa, vai iniciar uma
nova etapa da sua vida profissional e, esperamos
também para breve, a retoma da sua atividade
como bombeiros voluntários.
Na edição de janeiro de 2013 o “Bombeiros de
Portugal” inseriu uma notícia subordinada ao título: “Lourosa – Depois de um grave acidente
bombeiros sonham regressar ao ativo”. Demos
então conta do balanço do grave acidente sucedido em 22 de setembro de 2012 com o oficial-bombeiro Armando de Sousa e o bombeiro de
1.ª Ricardo Sá. Ambos recuperavam então do
capotamento ocorrido com a viatura de comando
onde se dirigiam para um incêndio. Do acidente
resultaram ferimentos graves para ambos mas
Armando Sousa seria o mais atingido, com sequelas de que ainda hoje está a recuperar mas
que, para já, permitem-lhe parcialmente retomar a sua atividade profissional.
C
LEGIONELLA
O
Surto mata no quartel
surto de legionella que assolou a
zona de Vila Franca
de Xira nas últimas
semanas, até à hora
do fecho desta edição, causou mais de
330 casos diagnosticados e 10 vítimas
mortais, a primeira
das quais um bombeiro dos Voluntários
de Vialonga. Fernando Azeitona, de 59
anos, fazia parte do
quadro de reserva
dos Bombeiros de
Vialonga e preparava-se para assumir
responsabilidades na
área da manutenção da frota automóvel.
Fernando Azeitona era uma figura estimada no
corpo de bombeiros. Encontrava-se fragilizado
por antecedentes com problemas respiratórios e
consumo de tabaco, que poderão ter ditado a dificuldade do seu organismo em ajudar a debelar
a doença.
Os Bombeiros Voluntários de Vialonga, bem
como os restantes corpos de bombeiros voluntá-
M
Ao longo do tempo fomos mantendo contacto
regular direto com o Armando e através dele com
o Ricardo. De ambos só temos a testemunhar a
vontade permanente de voltar a sua atividade de
bombeiro voluntário. E disso fomos também dando conta nas páginas do jornal.
O Armando, cuja convalescença se vai prolongar por mais tempo, não deixou de abordar com
coragem os momentos difíceis por que foi passando, as frustrações pelos eventuais atrasos ou
contratempos nas sucessivas intervenções a que
foi sujeito, as demoras decorrentes das também
sucessivas fases de restabelecimento a seguir a
cada uma delas. Mas, foi sempre, também, um
testemunho vivo de coragem, tenacidade, vontade de vencer a adversidade que o atingia, etapa
a etapa, dificuldade a dificuldade.
Um jovem de fibra que honra a sua família, a
sua Associação e todos os Bombeiros Portugueses e a quem, no início desta nova etapa, não
queremos deixar de testemunhar a nossa amizade e admiração.
MOIMENTA DA BEIRA
O
rios locais intervieram de forma muita ativa no
apoio às populações com sintomas de legionella,
transportando para o hospital de Vila Franca e
transferindo para outras unidades a grande maioria das pessoas afetadas. Esse facto levou a que
nas redes sociais tivesse circulado, a propósito,
um agradecimento coletivo das populações de
Vialonga, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria aos
bombeiros.
Morte em serviço
bombeiro de 1.ª , Virgílio Manuel Duarte dos Santos, dos
Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira faleceu no passado dia 5 na sequência do acidente de trabalho ocorrido em teatro
de operações.
Virgílio Santos foi vítima de
queda em altura no dia 28 de outubro, tendo sofrido vários ferimentos graves. Foi evacuado
para o Hospital de Vila Real, sendo posteriormente transferido para o Hospital de
Stº. António no Porto. Infelizmente, o seu quadro
clínico não sofreu alteração até ao dia 5 de novembro, dia em que faleceu já no Hospital de Lamego para onde, entretanto, havia sido transferido.
Virgílio Manuel Duarte dos Santos foi admitido
nos Voluntários de Moimenta da
Beira, no primeiro dia de 1984 e
foi promovido a bombeiro de 1ª
em 1996.
Foi condecorado com as medalhas de assiduidade da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)
grau cobre (5 anos), grau prata
(10 anos), grau ouro (15 anos) e
grau ouro (20 anos).
No último aniversário da Associação, celebrado em dezembro
de 2013, foi condecorado com a medalha de dedicação (25 anos).
Passou uma vida dedicada aos Bombeiros. Deixa viúva, funcionária da Associação desde 1985 e
duas filhas, também ligadas ao Corpo de Bombeiros. A Raquel, bombeira de 3.ª e a Lucia, que integra a atual escola de estagiários.
TORRES NOVAS
ESMORIZ
Torrejanos perdem comandante
Associação mais pobre
orreu o antigo comandante
Carrondo Leitão. Faleceu no
passado dia 8 de novembro o antigo comandante dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, coronel António Manuel Carrondo Leitão. O extinto foi Comandante dos Voluntários Torrejanos de 13/06/2008 a
15/06/2013, de forma absolutamente voluntária, tendo-se retirado devido à idade e a problemas
de doença que já o começavam a afetar. Nesse
período de cinco anos dirigiu superiormente os
destinos operacionais do corpo de bombeiros. Foi
um cidadão, um Bombeiro e um Militar exemplar.
O comandante Leitão fez também parte dos órgãos sociais da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém no mandato que ainda está em
curso.
Durante a sua longa carreira de militar da Força Aérea Portuguesa atingiu o posto de Coronel.
Por feitos em combate, aos comandos do “seu”
ALIII, numa Campanha na Guiné, foi condecora-
do com a Cruz de Guerra, para
além de outras condecorações
e louvores que constam na sua
extensa folha de serviços.
Apesar de ter estado “só”
cinco anos nos Bombeiros, a
sua ação foi reconhecida e a
maior prova aconteceu no seu
funeral onde se incorporaram
inúmeros Bombeiros, não só
de Torres Novas como de muitos outros Corpos de Bombeiros da região, nomeadamente muitos Dirigentes Associativos e
Comandantes ainda em funções e outros já no
Q.H.
À entrada do Cemitério de Torres Novas, onde
os seus restos mortais ficaram a repousar, mereceu honras militares prestadas por uma Secção
da B.A. 5 de Monte Real, comandada por um Alferes.
À família enlutada e aos Bombeiros Voluntários
Torrejanos, as nossas condolências sentidas.
Carlos Pinheiro
O
s Bombeiros Voluntários de
Esmoriz perderam recentemente o adjunto de comando
do Quadro de Honra (QH), Álvaro de Sá Alves da Rocha
(“Judeu”) depois de um longo
período de doença.
Álvaro da Rocha foi admitido
no corpo activo dos Bombeiros
de Esmoriz em 1967 e desenvolveu a carreira de bombeiro
ao longo de mais de 42 anos.
Depois de deixar o serviço activo, em 2009, manteve-se na
companhia dos bombeiros, explorando o Café Incêndio até
adoecer.
O apelido “Judeu”, que assumiu sempre com orgulho, foi
herdado do seu pai, o conhecido chefe Rocha, também dos
Voluntários de Esmoriz.
Conforme mensagem que
nos foi enviada, a Direcção,
Comando, Corpo Activo, Quadro de Honra, Fanfarra, Nadadores Salvadores, Secção Desportiva, Órgãos Sociais e funcionários desta Associação endereçam “sentidos pêsames,
muito em especial à família
mas também aos companheiros e amigos que deixou”. O
corpo esteve em câmara ar-
dente na Capela da Penha, em
Esmoriz. Era seu desejo expresso levar o fardamento,
mas não sair do quartel mas
sim da Capela, próxima de
onde morou.
Após as cerimónias fúnebres
o féretro seguiu da Capela da
Penha para a Igreja Matriz de
Esmoriz onde se celebrou a
missa de corpo presente, após
a qual foi sepultado no cemitério de Esmoriz. Foram muitos
os que participaram nas cerimónias de homenagem e despedida ao “Judeu”, incluindo,
além dos bombeiros, comando
e dirigentes da sua Associação,
representantes de várias corporações do distrito, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, o
CADIS e o CODIS de Aveiro.
11
NOVEMBRO 2014
PORTUGAL TEM 30387 BOMBEIROS
ANPC recusa que socorro esteja em causa
A
nalisando o Recenseamento Nacional
de Bombeiros Portugueses, a Autoridade Nacional de Proteção Civil diz
que o número de bombeiros no ativo é hoje
superior quando comparado com os números
de 2011. “É muito claro
na amostragem da evolução do número de
bombeiros nos diferentes quadros nestes últimos quatro anos, verificando-se um aumento
de elementos na generalidade”, sublinha a ANPC
numa nota tornada pública. A posição da Autoridade surgiu no seguimento de uma notícia publicada no Jornal de Noticias, a 26 de outubro, sob
o título “5000 Bombeiros Emigraram em Três
Anos”. A notícia terá sido feita com base em dados fornecidos pela Associação dos Bombeiros
Voluntários e pela Associação dos Bombeiros Profissionais. Segundo pode ler-se na manchete do
Dados do Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses
Quadro
30-jun-2011
30-jun-2012
30-jun-2013
30-jun-2014
Ao dia de hoje
(27-out-2014)
Quadro
Ativo
27742
28223
28119
28689
29266
Quadro
Comando
1112
1111
1117
1135
1121
Total
elementos
28854
29334
29236
29824
30387
27742
28223
28119
28689
29266
1112
11111
1117
1135
1121
30-jun-2012
30-jun-2013
30-jun-2014
Ao dia
de hoje
27-out-2014
Quadro Ativo
Quadro Comando
35000
diário, o socorro pode “estar em causa” por causa
da falta de operacionais. Na nota enviada às redações, a ANPC diz que “não põe em dúvida” que
a eventual emigração de bombeiros, possa ter
impacto na “diminuição do número de bombeiros” em algumas regiões do país, contudo, rejeita
que “esteja em causa a garantia da proteção e
socorro das populações”.
PC
30000
25000
20000
15000
10000
ENB PROMOVE FORMAÇÃO EM SOBREVIVÊNCIA
A
Fire Service College esteve em Portugal
Escola Nacional de Bombeiros (ENB)
promoveu o primeiro Curso de Sobrevivência e Equipa de Intervenção
Rápida (Firefighter Survival and Rapid
Intervention Crew), orientado por formadores britânicos do Fire Service College. O curso destinou-se a prevenir ferimentos e perdas humanas em incêndios urbanos e industriais.
A primeira ação realizada em Portugal, decorreu no Polo da ENB em São
João da Madeira no último fim de semana de outubro, e os primeiros dias foram dirigidos a 14 formadores da ENB,
os quais preparam agora uma nova equipa de
formadores que sejam capazes de replicar os ensinamentos.
Entre os formadores está Bob Mckee, um experiente bombeiro norte-americano que, para além
das condecorações, esteve em alguns dos maiores teatros de operações do mundo: ataque ao
World Trade Center, o desastre do vaivém espacial Columbia e o furacão Katrina. Em declarações
aos jornalistas, Bob Mckee, referiu estar impressionado com o “entusiasmo” e “competência” dos
formadores portugueses. Lembrando que a atuação dos bombeiros em todo o mundo é similar,
referiu que o que muda de país para país é a língua. Há uma linha em comum – salvar”. Para isso
defende, há que melhorar as competências dos
bombeiros em matéria de proteção individual”.
A partir deste primeiro conjunto de cursos, serão os formadores da ENB a assegurar esta formação certificada internacionalmente, com base
na norma NFPA 1407, pelo Fire Service College. O
protocolo de cooperação estabelecido com o Fire
Service College incide sobretudo no intercâmbio
de formadores das duas escolas. Para além da
formação ministrada pela entidade inglesa em di-
versas áreas, está previsto, para muito breve, o
envio de formadores ingleses à ENB para que comecem a ter contacto com a formação que os
bombeiros portugueses recebem na área do combate a incêndios florestais.
Segundo a ENB, o curso de sobrevivência e
equipa de intervenção rápida “foi especialmente
desenvolvido com o objetivo de evitar ferimentos
ou perdas humanas, reduzindo os riscos que os
bombeiros enfrentam no combate a incêndios urbanos e industriais”.
Devido ao número limitado de vagas, as inscrições foram reservadas a formadores externos de
Combate a Incêndios Urbanos e Industriais e a
bombeiros profissionais. No entanto, o curso
SEIR estará brevemente disponível na oferta formativa da ENB já que os seus formadores internos receberam formação e a devida certificação.
Esta formação diferenciadora distingue-se pela
sua metodologia maioritariamente prática e visa
elevar os procedimentos operacionais de segurança no corpo de bombeiros através da qualificação de quem integra ou lidera operações de
socorro, especialmente na Equipa ou Brigada de
Intervenção Rápida.
ENB
A
Atendimento telefónico alargado
Escola Nacional de Bombeiros (ENB) decidiu alargar o atendimento telefónico para
o seu departamento de formação. Assim, os
contactos podem agora ser feitos às terças e
quintas-feiras, das 9h00 às 12h30, e às quartas-feiras (14h00 às 17h30).
A ENB explica que esse alargamento se fica
a dever ao facto de “terem vindo a ser ultra-
passados os motivos que levaram à limitação
dos contactos telefónicos” com o seu departamento de formação.
A ENB sugere aos comandantes que, apesar
do alargamento feito no horário para contacto
telefónico, “devem privilegiar sempre o contacto pelo correio eletrónico [email protected] “.
5000
0
30-jun-2011
12
NOVEMBRO 2014
LORDELO
Uma década marcada pelo investimento
Comando e direção unem-se na
concretização de um arrojado projeto que,
em 10 anos, permitiu inverter o curso da
história e elevar a Associação dos
Bombeiros Voluntários do Lordelo ao
“patamar da excelência”.
Esta é uma instituição que surge a todos os
níveis renovada, mas esta equipa não se
acomoda, preparando-se, agora, para
avançar com a ampliação da área
operacional.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários do Lordelo prepara-se para avançar com obras de
ampliação no quartel, prosseguindo assim um processo de
renovação encetado há uma
década e que não mais parou,
conforme relata Manuel Moreira
da Costa que há, precisamente,
10 anos, e depois de ter ocupado várias outras funções na organização, assumiu a cadeira
da presidência, podendo, hoje,
e em jeito de balanço orgulhar-se da obra feita.
“Estamos a falar de um investimento global na ordem dos
dois milhões de euros” que inclui, segundo o nosso interlocutor várias obras de beneficiação
das instalações, a remodelação
de camaratas, a construção de
uma camarata feminina, bem
como a aquisição de viaturas e
de equipamento de proteção individual e, ainda, a instalação
de uma nova e moderna central
de telecomunicações.
Mas a empreitada de requalificação deste complexo só ficará concluída com a construção
de um novo parque de viaturas,
uma obra orçada em cerca de
300 mil euros, e que deverá obter financiamento da Câmara
Municipal de Paredes, que também assegurou a execução do
projeto.
O presidente partilha as vitórias alcançadas nos últimos
anos com o comandante Pedro
Alves, que se afirmou desde
sempre disponível para apoiar a
direção a concretizar cada um
dos objetivos de um arrojado
plano de atividades, que visava
alcançar o patamar da excelência.
Assim, o processo de requalificação do quartel foi acompanhado por um outro de valorização do corpo ativo. O que
permitiu não só motivar, mas
também unir os bombeiros, faze-los sentir orgulho por integrarem os Voluntários do Lordelo.
Pedro Alves não esconde as
dificuldades iniciais associadas
a rigorosos critérios de exigência impostos, mas que, regista,
foram ultrapassadas de forma
serena, quase natural.
“Era preciso valorizar cada
um destes homens e mulheres,
apostando na sua progressão
na carreira, na sua formação,
porque na verdade estes são os
únicos incentivos que podemos
dar a quem serve o próximo de
forma tão abnegada”, assinala o
responsável operacional.
“Os bombeiros não são o que
eram há 20 anos. São, agora,
operacionais bem preparados,
com formação, não trabalham
com a força, mas com a cabeça” e é essa a imagem que importa fomentar dentro e fora do
quartel,
Atualmente, integram as fi-
leiras dos Voluntários do Lordelo 97 elementos, a que juntarão, em breve, mais 12 jovens,
que se encontram, neste momento, a cumprir estágio. Estes
números, reveladores da vitalidade do voluntariado, tranquilizam comando e direção que
desta forma vão conseguindo
não apenas renovar, mas também reforçar o efetivo.
Aliás, com apenas os 11 funcionários, esta instituição tem
nos voluntários um valor seguro, uma garantia de qualidade e
prontidão no socorro prestado
às cerca 22 mil pessoas das freguesias de Lordelo, Vilela e
Duas Igrejas.
O sucesso dá muito trabalho,
é sabido, mas o esforço desta
equipa é compensado pelos os
apoios que vão chegando ao
quartel, não apenas da autarquia, mas também de muitas
empresas locais e das populações, particularmente sensibilizadas para a causa, fruto de um
trabalho de campo que tem vindo a (re)-aproximar a comunidade dos seus bombeiros.
Em jeito de balanço, Manuel
Moreira da Costa não esconde a
satisfação de conseguir dar aos
operacionais condições para
que possam cumprir a missão
de salvar vidas, com toda a dignidade, devidamente equipados
e preparados para enfrentarem
todos os teatros de operações,
para desempenharem com sucesso a mais complexa das missões.
Fundada na década 70 do século passado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Lordelo afirma-se pelo
carisma, pela perseverança,
pelo dinamismo mas sobretudo
pela paixão à causa, afinal a
matéria-prima para a concretização de todos os projetos.
13
NOVEMBRO 2014
A
SETÚBAL
FORMAÇÃO E TREINO EM GESTÃO DE CRISE
DECIF em análise
ENB participa
em workshop europeu
reunião de avaliação do Dispositivo Especial de Combate
a Incêndio Florestais (DECIF
2014), de Setúbal contou com a
participação do Comandante do
Agrupamento Sul (CADIS Sul),
do comandante operacional. do
presidente da Federação dos
bombeiros, bem como dos comandantes e presidentes de direção dos bombeiros do distrito..
Este encontro visou a apresentação dos dados relativos ao
dispositivo distrital para o período compreendido entre 1 de janeiro e 30 de setembro, nomeadamente no que respeita aos
tempos de resposta, eficácia
dos meios terrestres e aéreos,
rede SIRESP, interface entre os
sistemas de registo de ocorrências dos Corpos de Bombeiros e
o SADO, mobilização e empenhamento de máquinas de rasto, meios de reforço. Este en-
A
contro permitiu ainda analisar
pontos fracos e oportunidades
de melhoria e recolher propos-
tas e contributos de comandos e
direções para futuras campanhas.
COIMBRA
Encontro distrital
O
Comando Distrital de Operações de Socorro
(CDOS) de Coimbra promoveu, em Miró, Penacova um encontro sobre o dispositivo especial
de combate a incêndios naquele território.
Foram mais de 400 operacionais dos corpos de
bombeiros do distrito e representantes do GIPS/
GNR, SEPNA/GNR, Sapadores Florestais, AFOCELCA e instituto da conservação da natureza e das
florestas (ICNF), que num jantar convívio ouviram os agradecimentos do comandante Carlos
Luís, que enalteceu o profissionalismo, abnega-
ção e capacidades de articulação nos vários cenários, revelando-se satisfeito por, em conjunto, ter
sido possível cumprir os objetivos, em segurança
com “baixas zero”.
A capacidade de intervenção, mobilização e interação de todos os agentes no terreno foi ainda
elogiada pelo comandante agrupamento centro-norte António Ribeiro e pelo presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Simões.
Sérgio Santos
ANTIGOS BVAC
R
“Continuar a Servir”
ealizou-se no dia 22 de novembro, sem qualquer vínculo institucional, sob o lema “Continuar a Servir”, o 6.º Encontro de Antigos Operacionais, Dirigentes e Apoiantes dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém (BVAC), cujo programa compreendeu uma visita guiada ao
quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Dafundo (BVD), seguida de sessão evocativa e almoço-convívio.
Com a presença de meia centena de participantes, a iniciativa só foi possível “graças à inexcedível colaboração da direção e do comando dos
Bombeiros Voluntários do Dafundo, através do
seu presidente, Armando Cardoso Soares, e do
seu comandante, Carlos Jaime Fonseca dos Santos”, salientou a organização.
Na ocasião, a Comissão Executiva dos Encontros
de Antigos BVAC, constituída por Luís Miguel Baptista, Francisco Rosado, João Simões e Ângelo
Sousa, ofertou a instituição com uma fotografia
emoldurada de Carlos Charbel, comandante fundador dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém e cofundador, em 1912, dos BVD, assinalando
desse modo um forte elo de ligação que justificou
a deslocação àquela Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários.
“O modelar quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, sinónimo de uma organização
que persegue o objetivo da excelência”, conforme
ali referido, foi muito apreciado por todos e mereceu os mais rasgados elogios.
Além do comandante Carlos Jaime Fonseca dos
Santos e de Luís Miguel Baptista, tomou assento
na mesa da honra da sessão evocativa, em representação da Comissão de Honra do 6.º Encontro, o
ex-dirigente e ex-presidente da Junta de Freguesia
de Agualva-Cacém, António Sebastião Antunes,
referência de autarca que, entre outros aspetos,
felicitou e elogiou a ação cívica e solidária da Comissão Executiva dos Encontros de Antigos BVAC.
Escola Nacional de Bombeiros (ENB) participou, recentemente, num workshop
promovido, em Berlim, por Driving Innovation in Crisis Management for European Resilience (DRIVE), subordinado ao
tema “Estudos Avançados na
Gestão de Crise”, no qual, especialistas europeus de diferentes áreas, debateram e avaliaram a formação e o treino
em gestão de crise reunindo.
DRIVER é um projeto da
União Europeia que tem por
objetivo reforçar a resiliência
da velho continente face a situações de crise através do
aperfeiçoamento da capacidade de resposta e da coordenação. Iniciado em maio do presente ano, este projeto visa
promover a investigação e inovação na gestão de crise, reunindo especialistas de 37 organizações, nomeadamente representantes do setor da segurança e defesa, entidades
científicas e académicas e diversas outras instituições europeias.
Para alcançar os objetivos
traçados esta equipa vai traba-
lhar nos domínios do desenvolvimento de um banco europeu
de testes realizados em infraestruturas de treino virtualmente
conectadas entre si e em laboratórios de crise. Outro dos planos é a criação de um portfólio
de ferramentas de gestão de
crise e, por fim, a conceção de
uma definição comum a toda a
Europa do que é a gestão de
crise junto dos profissionais do
setor, autoridades políticas,
empresas fornecedoras de tecnologia e sociedade civil.
Em Berlim, o tema central do
workshop foi a formação, avaliada com base na informação
agregada nos últimos meses
pelos especialistas que pertencem ao subprojeto “Estudos
Avançados”do DRIVE. Em foco
estiveram questões relacionadas com as competências e o
seu enquadramento, sistemas
de “lições aprendidas”, formações para os decisores de alto
nível e a colaboração entre profissionais do setor e o público
em geral.
14
NOVEMBRO 2014
COLARES
Política de proximidade garante reforços
Dificuldades várias marcam o dia-a-dia da
Associação Humanitária dos Bombeiros dos
Colares, nada que assuste direção,
comando e corpo ativo, habituados a
fazerem das fraquezas forças, a bem da
comunidade que servem
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Sérgio Santos
P
restes completar 125 anos
de existência os Bombeiros
de Colares, no concelho de
Sintra, mostram-se pouco predispostos para festejos. As dificuldades são muitas e torna-se
cada vez mais difícil gerir os
magros orçamentos, quando as
despesas são cada vez maiores
e as receita diminutas.
Depois do terramoto causado
pela nova legislação em matéria de transporte de doentes
não urgentes, a associação tenta gerir os danos, como uma
gestão de rigor, conforme revela ao jornal Bombeiros de Portugal, Rui Lopes, o presidente
da direção dos Voluntários de
Colares.
Os compromissos assumidos
com os 32 funcionários não podem ser quebrados, até porque
esta é “força mínima para assegurar o funcionamento a associação e garantir a operacionalidade do corpo de bombeiros”,
declara o dirigente.
Por outro lado, impõem-se
obras de beneficiação do quartel construído há mais de 40
anos, mas que, por agora, não
passam de um projeto adiado,
como afiança o comandante
dando conta que a Câmara Municipal de Sintra reduziu os
apoios aos bombeiros e deixou
de assegurar uma verba protocolada, destinada a investimentos.
Ainda assim, a adversidade é
contrariada com trabalho, com
a dinamização de iniciativas várias, que garantam proventos à
associação que, registe-se, dispõe de uma piscina e de um
centro clínico, duas fontes de
receita, mas sobretudo dois
serviços importantes prestadas
à comunidade.
Esta é uma associação voltada para o exterior, muito ligada
às populações, muito vocacionada para o apoio social, sobretudo aos mais idosos. Da mesma forma, também a população
escolar merece uma atenção
especial dos Bombeiros de Colares, num projeto de proximidade que começa a ar frutos,
tendo em conta que, atualmente, frequentam a escola de in-
fantes e cadetes mais de duas
dezenas de jovens com idades
compreendidas entre os 14 e os
17 anos, e que se tudo correr
pelo melhor podem vir a reforçar o efetivo.
Apesar dos problemas expostos não faltam ânimo e vontade
de servir aos cem operacionais
que cumprem a nobre missão
de salvar vidas, são aliás estes
homens e mulheres que conti-
nuam a inspirar o comandante
Luis Recto, que não desiste de
lutar pela causa que abraçou
aos 13 anos e pela casa onde ingressou há quase meio século.
Como em muitos outros
quartéis, também em Colares
não existem, talvez, todas as
viaturas desejadas, contudo a
frota continua a dar garantias,
a responder às necessidades da
área de intervenção do corpo de
bombeiros, muito embora o
responsável operacional fale da
necessidade de aquisição de um
veículo tanque bem como de
encetar o processo de renovação das ambulâncias.
A formação surge como ponto forte dos Bombeiros de Colares sempre dispostos a saber
mais para intervir melhor, numa
exigente área de intervenção
que abrange as freguesias de S.
Martinho, S. João das Lampas e
parte de Colares.
Dificuldades muitas, mas não
as suficientes para desmobilizar
este grupo de profissionais bem
preparados, sempre prontos a
salvar vidas, cumprindo o mesmo desígnio que em março de
1890 norteou os fundadores da
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Colares.
15
NOVEMBRO 2014
PATAIAS
Exigência e profissionalismo
Depois de muitos
anos instalados no
quartel improvisado,
os Bombeiros
Voluntários de
Pataias ocupam
desde 2006 um novo
e moderno complexo
operacional, uma
mudança que
alterou por completo
as rotinas de uma
instituição que hoje
se destaca no
concelho de
Alcobaça pelo
serviço de
excelência prestado
à comunidade.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
F
undada em 1978, a Associação Humanitária dos
Bombeiros de Pataias, acolheu formalmente o corpo de
bombeiros uma década mais
tarde e só em 2006 se instalou
num verdadeiro complexo operacional, projetado para dar
respostas à reais necessidades
de um contingente de meia
centena de operacionais.
Durante anos, os Voluntários
de Pataias ocuparam uma antiga escola primária, sem quaisquer condições operacionais,
por isso, a mudança para um
novo complexo operacional
trouxe um novo alento à instituição, que pode finalmente,
começar a projetar o futuro.
Situado numa zona privilegiada, fora do núcleo da vila, o
quartel dispõe de amplas áreas,
de espaço para a realização de
um sem número de iniciativas,
mas, sobretudo, para as ações
de formação dos bombeiros,
conforme salienta o comandante Nélio Gomes.
“A nossa aposta formativa
tem sido o mais abrangente
possível, cumprimos o plano
anual de instrução, mas estendemos essas ações durante o
verão, aproveitando o maior
número de efetivos no quartel”,
diz o comandante, sublinhando,
que “em Pataias formação é
contínua”.
Refira-se que este corpo de
bombeiros tem a seu cargo ¼
do concelho de Alcobaça, uma
área de 107 quilómetros quadrados, que contempla quatro
freguesias onde residem cerca
de 11 mil pessoas. Ainda que
60 por cento deste território
seja ocupado por floresta, a
verdade é os acidentes rodoviários e os incêndios urbanos são
as ocorrências mais frequentes.
Ainda que o parque de viaturas corresponde às exigências
da área de intervenção, Nélio
Gomes dá conta da necessidade
da substituição de uma ambulância de socorro, bem como da
aquisição de uma viatura de
combate a incêndios urbanos e
industriais, mas esta é uma la-
cuna que só poderá ser suprida
com uma candidatura a fundos
comunitários. Da mesma forma, Nélio Gomes considera fundamental o investimento em
equipamentos de proteção individual para combate a incêndios urbanos.
Esta é uma casa organizada,
arrumada, conforme afiança vice-presidente, José Manuel
Trindade. Só uma gestão rigorosa permite ir atendendo às
solicitações do corpo de bombeiros, atestam o tesoureiro
Adérito Neves e presidente do
conselho fiscal, Raul Catarino
Para esta estabilidade financeira contribui, em muito, o dinamismo de bombeiros e dirigente que se entregam à promoção de eventos vários, nomeadamente no belíssimo
auditório da associação. Por outro lado, importa sublinhar o
apoio da Câmara Municipal de
Alcobaça, sempre atenta às necessidades dos bombeiros. Da
mesma forma também algumas
empresas, nomeadamente a cimenteira Cibra cooperam com a
instituição, tal como a população sempre disponível para participara nas iniciativas promovidas pela instituição..
Este dinamismo não afasta
operacionais e dirigentes de outros objetivos, nomeadamente
o de garantir a renovação do
corpo de bombeiros. Nesta importante vertente, o futuro começou a ser escrito há cerca de
cinco anos, com a criação de
uma escola de infantes e cadetes que ano após anos reúne
mais de duas dezenas de crian-
ças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 16
anos, e embora haja uma certa
rotatividade, a verdade é que
esta escola já deu seis novos
elementos ao corpo de bombeiros.
Trabalhando em várias frentes, determinados, os Bombeiros de Pataias tudo investem na
qualidade do serviço prestado à
população, conferindo excelência a nobre missão de salvar vidas.
16
NOVEMBRO 2014
LIXA
Justiça impõe equid
União, determinação
e vontade de fazer
mais e melhor fazem
parte do “código
genético” dos
Voluntários da Lixa,
que a assinalar 125
anos de existência,
mantêm a matriz.
Os desafios do
presente não
amedrontam uma
grande e coesa
equipa, determinada
em servir o próximo,
em cumprir todos os
dias o lema “Vida
por Vida”.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
assinalar 125 anos de
existência, a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lixa, no concelho de Felgueiras, não acusa
qualquer desgaste, nem tão
pouco o peso da tradição que
tantas vezes condiciona ou
compromete o futuro. Esta é
uma instituição completamente
adaptada às exigências do presente.
As amplas, modernas, bem
apetrechadas e operacionais
instalações são como que complementadas ou rentabilizadas
com uma dinâmica direção, um
exigente comando e um bem
preparado corpo ativo, tudo a
bem da qualidade do socorro
prestado às populações.
Por aqui não se escondem as
dificuldades, ainda que dirigentes e operacionais prefiram destacar o trabalho de equipa que
tem permitido “levar o barco a
bom porto”. Uma dessas conquistas foi, sem dúvida, o quartel inaugurado em 1998, um
“verdadeiro palácio para quem
durante anos viveu numa casa
humilde”, conforme destaca o
comandante José Campos. Nas
velhas e obsoletas instalações,
entretanto remodeladas para
acolherem a Casa da Cultura da
Lixa, faltava tudo, até mesmo
as condições mínimas para os
bombeiros,
nomeadamente
para as mulheres que dispunham de uma acanhada camarata improvisada num pavilhão.
Os Bombeiros da Lixa dispõem, agora, de amplas instalações, onde as áreas associativas e operacionais não partilham espaços, o que permite
respeitar as exigências funcionais de um quartel sem comprometer a dinâmica da associação que importa fomentar,
até porque direção e comando
consideram ser “ténue ligação
com população”, que participa
nas festas e em iniciativas pontuais da associação, mas que se
“envolve pouco na vida desta
associação, não participando
sequer nos atos eleitorais”,
como destaca o tesoureiro Carlos Martins, recordando “outros
tempos”, quando a sede dos
bombeiros era “local de encon-
tro e de convívio da comunidade”.
Atualmente o corpo de bombeiros é a grande, a maior
preocupação dos dirigentes
porque o que realmente importa é “responder às necessidades de população não só da
Lixa, mas também nos concelhos limítrofes de Amarante e
Celorico de Basto, nomeadamente no âmbito da emergência e dos incêndios florestais e
urbanos”, salienta o comandante José Campos, até porque as
exigências, a todos os níveis,
são crescentes.
Registe-se que em 1980 o
corpo de bombeiros teria “uns
22 operacionais”, hoje são mais
de 130, uma força musculada
que contraria a propalada crise
do voluntariado, prevendo-se
que, brevemente, o efetivo seja
reforçado com 13 novos elementos.
A associação conta atualmente com 17 funcionários, “14
dos quais, bombeiros”, ainda
sim poucos para dar resposta
às inúmeras solicitações.
“Fomos forçados a reduzir
em um terço a nossa força de
trabalho, mas o número de
serviços não decresceu”, revela
o presidente da direção Armindo Gomes Coelho, sublinhando
que só com o esforço e entrega
dos voluntários tem sido possível manter a qualidade no serviço prestado.
Há muito que comando e direção defendem a importância
de garantir ao quartel da Lixa
uma Equipa de Intervenção
Permanente (EIP), mas a Câmara de Felgueiras nunca foi
sensível a esta solicitação, muito embora o presidente da direção revele que “o atual executivo tem feito um esforço enorme
para atender às solicitações
deste corpo de bombeiros”. Mas
nem sempre assim foi:
“Faltou equidade no tratamento dado às duas associações do concelho, situação que
sempre penalizou os Voluntários da Lixa”, denuncia dirigente.
Re-eleita em fevereiro, esta
equipa com vasta experiência
na associação deu início a um
processo de restruturação, um
projeto que envolveu direção e
comando e que visou, no es-
sencial, “adaptar a instituição
às exigências do presente”.
A situação financeira da instituição obriga a uma gestão rigorosa, até porque a receita é
cada vez menor.
Carlos Martins recorda, com
nostalgia, os “beneméritos de
outros tempos” que tanto apoiavam a instituição. “Hoje essas
comparticipações são mais difíceis de assegurar”, sublinha,
ainda que por ocasião do 125.º
aniversário a associação tenha
sido beneficiadas com “dois donativos muito significativos”.
Também este ano, os Voluntários da Lixa foram beneficiados
com a herança de um emigrante, mas, segundo os dirigentes,
estes são cada vez “casos mais
raros”, até mesmo as empresas,
que no passado muito colaboravam com os bombeiros, estão
agora menos sensibilizadas para
a causa.
Apesar dos lamentos, na verdade esta é uma casa organizada, com prioridades, perfeitamente definidas, pelo que os
operacionais dispõe de equipamentos e viaturas “para responder às solicitações”, até porque
muitos investimento tem vindo
a ser feitos. José Campos refere
que o objetivo é agora a renovação dos veículos transporte de
doentes.
Da mesma forma, comando e
direção têm apostado muito na
formação. Segundo o responsável operacional “nos últimos 15
meses foram cumpridas mais de
20 mil horas de formação em
todas as áreas, que beneficiaram todo o corpo ativo “ dos
bombeiros, dos de 3.ª aos chefes”.
Atualmente, corpo de bombeiros zela pela segurança e socorro de um toral de 22 mil pessoas, uma responsabilidade que
os operacionais encaram com o
profissionalismo exigido a um
bem preparado contingente.
Neste quartel da Lixa, rigor,
brio e entrega à causa são características dos homens e mulheres que trajam de soldados
da paz, tal como a união, a determinação e a vontade de fazer
mais e melhor que, certamente,
também inspirou o grupo de
pioneiros que em 1889 começou
a escrever a história desta venerável instituição.
17
NOVEMBRO 2014
dade
CACILHAS
N
Brasileiros vêm conhecer
realidade nacional
Fotos: Marques Valentim
o âmbito de um já antigo acordo
de cooperação com a Associação
de Bombeiros Voluntários no Estado de Santa Catarina, no Brasil, os
Bombeiros de de Cacilhas acolheram,
durante cerca de duas semanas, dois
operacionais do corpo de Guaramirim,
uma das 42 instituições que integram
esta confederação do país irmão.
Os jovens William Henrique Fritzke e
Maicon Rodrigo Ewald, tiveram, assim,
a oportunidade de tomar contacto com
a realidade nacional do setor que, em
declarações ao jornal Bombeiros de
Portugal consideraram “muito idêntica
ao do Estado de Santa Catarina”.
Durante este “estágio”, os operacionais acompanharam os camaradas de Cacilhas em distintos
teatros de operações e de participaram em ações
de formação, simulacros e exercícios, numa experiência que classificam de “muito positiva” que,
defendem, deveria ter sentido duplo, permitindo
que também operacionais portugueses se possam deslocar ao Brasil. Esta ideia é, aliás, corroborada por Clemente Mitra, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Cacilhas que diz estar a ponderar a viabilidade
dessa viagem, que, também, considera importante para seus bombeiros.
Por agora salienta a “satisfação de poder receber os amigos brasileiros” e sublinha a disponibilidade para intensificar estas ações. “Eles só pagam a viagem, tudo o resto é por nossa conta”,
adianta.
William Fritzke, repórter policial de profissão,
herdou o amor à causa do avô, que foi “o primeiro motorista dos bombeiros da sua cidade, onde
permaneceu por 35 anos”. Também Maicon Ewald
seguiu a tradição familiar e, embora, atualmente,
seja funcionário da corporação de Guaramirim e
responsável pela área de treino e formação, ingressou nestas fileiras como “mirim” com apenas
13 anos de idade.
Os jovens brasileiros falam das semelhanças
ao nível “protocolos de atuação”, mas registam
sobretudo no que toca à natureza das intervenções:
“Praticamente não temos incêndios florestais,
contudo os acidentes são muito mais graves, até
porque o povo brasileiro é meio mal-educado no
trânsito”, conforme revela William Fritzke. Os
bombeiros sublinham, ainda, que os apoios concedidos aos bombeiros portugueses, tanto pelo
Estado como pelas autarquias permitem a aquisição, “de mais e melhores viaturas”, situação que
não se verifica no Brasil, onde os voluntários não
contam com qualquer tipo incentivos.
No balanço falam sobre o “muito” que tiveram
oportunidade de aprender, e da experiência ímpar que a todos os níveis os enriqueceu.
O comandante Miguel Silva salienta a importância deste intercâmbio que permite fomentar a
partilha de boas práticas e de conhecimentos,
que a todos beneficia.
No quartel 14 do Estado de Santa Catarina, aos
60 operacionais é exigido que cumpram semanalmente 12 horas de voluntariado, em prol de uma
comunidade com cerca de 35 mil habitantes, que
recebem este serviço “totalmente de graça”,
como faz questão de salientar Maicon Ewald,
Já de regresso ao Brasil, estes dois bombeiros
levaram na bagagem muitas e boas recordações
de uma viagem que, certamente vão querer repetir, até porque por cá ficaram muitas amizades.
Registe-se que a Associação de Bombeiros Voluntários no Estado de Santa Catarina, fundada
em 1994, quando existiam apenas 11 corporações voluntárias no Estado, representa, atualmente, 43 instituições e um total de 3 741 operacionais, na sua maioria voluntários, com qualificação e treino para garantir a eficácia do socorro,
combatendo incêndios, em ações de busca e salvamento, desabamentos, inundações, catástrofes e calamidades públicas.
Este acordo de geminação luso-brasileiro tem
permitido a realização de iniciativas várias tanto
por cá, como por terras de Vera Cruz, sendo que
nos re-encontros se reforçam laços de cooperação, mas, também, de amizade que perduram no
tempo.
Sofia Ribeiro
18
NOVEMBRO 2014
BRAGANÇA
VILA DO BISPO
Apoio a ONG na Argélia
Resgate de turistas em falésia
s Bombeiros Voluntários de
Vila do Bispo protagonizaram com sucesso mais uma
operação de resgate, neste
caso, de dois turistas holandeses resgatados de uma falésia.
A equipa que procedeu ao resgate foi composta, pelo comandante Joel Ramos, o segundo
comandante José Pedro, pelos
bombeiros de 2.ª Telmo Martins, David Rodrigues, Roberto
Diogo e Filipe Silva, e pelos
bombeiros de 3.ª Pedro Graça,
Vando Gonçalves e Roberto
Martins.
A operação de resgate durou
perto de uma hora, ao início da
noite, numa zona de falésias
entre a Praia da Salema e a da
Boca do Rio, no concelho de Vila
do Bispo.
Os dois holandeses, de 43 e
45 anos, que não necessitaram
de assistência médica, foram
resgatados da falésia a cerca de
cinquenta metros de altura pela
equipa de salvamento em gran-
J
á regressaram a Portugal os três elementos
dos Bombeiros Voluntários de Bragança que
participaram na missão humanitária internacional “Projeto Sahara 2014/2015” em apoio à
ONG espanhola “Bomberos En Accion” sediada
em Cartagena e com delegação em Zamora.
A ação humanitária, em que se integraram o
segundo comandante Carlos Martins e os bombeiros de 2.ª João Múrias e Paulo Ferro, decorreu
na Argélia durante 12 dias.
Está assim concluída a primeira fase do projeto que visa a obtenção e distribuição de depósitos de água e melhoramentos complementares seguindo-se também a análise da qualidade
da água potável aos dispor nos locais a visitar,
nomeadamente, campos de refugiados saharauis.
A segunda fase do projeto decorre em fevereiro de 2015 e centra-se no envio de viatura de
combate e formação de brigada contra incên-
O
de ângulo dos bombeiros com o
apoio de três viaturas de socorro.
“Os turistas tinham ido passear à Praia da Salema quando
a certa altura, em estilo de
aventura, começaram a subir
por uma falésia numa zona arenosa e bastante perigosa, mas
que não conheciam, encontravam-se bastante nervosos e
encostados a um canto de uma
rocha quando chegámos junto
deles, mas não necessitaram de
receber assistência médica”,
explicou o comandante dos
Bombeiros de Vila do Bispo,
Joel Ramos.
FERREIRA DO ALENTEJO
Bombeiros salvam rebanho
dios, reforço da distribuição de depósitos de
água e melhoria no controlo da água potável.
O projeto da ONG, com a parceria dos Voluntários de Bragança, é coordenado no terreno
pelo bombeiro de Zamora, Javier Moran, com o
apoio dos três bombeiros portugueses e ainda,
Ramon Sanchez (Zamora), Juan Carlos Teruel
(Valência) e Cristobal Fundora (Proteção Civil Panamá).
ALBERGARIA-A-VELHA
O
Despiste com vítimas
s Bombeiros de Albergaria-a-Velha foram acionados pelo
CODU para um despiste ao quilometro 225 da A1, no sentido
Norte/Sul. Uma viatura despistou-se e foi colidir com um pinheiro junto a vedação da autoestrada, onde ficou imobilizada.
Depois de estabilizadas pelas
equipas de emergência, das vítimas foram transportadas para o
Hospital de Coimbra, os trabalhos foram concluídos as 11 horas.
As operações de socorro envol-
veram oito bombeiros apoiados
duas ambulâncias de socorro e
um veículo de desencarceramento, e ainda uma ambulância dos
Voluntários de Oliveira do Bairro,
elementos da Brigada de Trânsito
da Guarda Nacional Republicana
e do concessionária Brisa.
ALMOÇAGEME
Operação bem sucedida
T
reze elementos da equipa de salvamento em
grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de
Almoçageme resgataram com vida uma mulher
que havia caído numa ravina com 60 metros de
altura junto do Cabo da Roca.
Os bombeiros socorreram a vítima, que havia
caído de um trilho sem protecção, estabilizaram-
-na, com apoio de elementos dos INEM, e asseguraram-lhe todo o apoio necessário durante as
tentativas de retirada do local. A primeira tentativa foi prevista por via marítima, através da lancha do Instituto de Socorros a Náufragos mas falhou. Depois, optou-se com êxito, pela via aérea
através de um helicóptero Kamov da ANPC.
O
Bombeiros de Ferreira do Alentejo, com o
apoio dos Voluntários de Aljustrel, Alcácer do
Sal Grândola e Beja, resgataram cerca de uma
centena de ovelhas do rio zona de Santa Margarida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo.
Relatos locais dão conta que, manhã cedo, o
rebanho pastava nas margens do rio, quando
uma chuva forte provocou uma subida repentina
das águas, deixando os animais isolados.
Participaram nesta operação de resgate, que
permitiu salvar 92 das 100 ovelhas, 16 operacionais, sete viaturas e cinco embarcações. No local
estiveram ainda elementos da Guarda Nacional
Republicana de Ferreira do Alentejo.
ALBERGARIA A VELHA
O
Queda de Eucalipto provoca ferido grave
alerta chegou à central dos
Bombeiros de Albergaria-a-Velha via Centro de Orientação de
Doentes Urgentes (CODU), dando
conta da queda de um eucalipto sobre um trabalhador de uma exploração florestal, na encosta entre os
lugares de Vila Nova de Fusos e a
Foz do Rio Mau.
A vítima do sexo masculino, com
61 anos de idade, apresentava,
além de múltiplas escoriações, sinais de traumatismos crânio encefálico e vertebromedular.
Para os trabalhos de estabilização
e evacuação, devido à orografia adversa do terreno e ao estado da vítima, foi necessário recorrer ao Grupo Especial de Salvamento em
Grande Ângulo, e posteriormente a deslocação
de uma viatura 4x4 da corporação para o transporte do homem para a ambulância.
A vítima depois de uma complexa e morosa
operação a vítima foi conduzida ao Hospital Universitário de Coimbra acompanhada pela equipa
de emergência e equipa da VMER de Aveiro.
Estiveram no local, nove Bombeiros de Albergaria apeados por três viaturas e ainda a VMER
de Aveiro e GNR de Albergaria, que tomou conta da ocorrência.
19
NOVEMBRO 2014
SINES
Simulacro em unidade hoteleira
RIBA DE AVE
O
Intervenção salva vida
s Bombeiros Voluntários de Riba de Ave salvaram no passado dia 9 de outubro uma mulher de se afogar em pleno Rio Ave, em Ponte de
Caniços, freguesia de Bairro.
Esta foi uma intevenção complexa, que levou
os operacionais a percorrer as margens do rio
pelo meio de silvados e vegetação diversa para
puderem identificar em que zona se encontrava a
mulher levada pelo leito do rio. Foi em simultâneo
dada indicação para o fecho das comportas da
barragem para assim acalmar a corrente e facili-
tar o resgate da vítima como explicou ao “BP” o
2.º comandante André Morais.
Nesta operação estiveram envolvidos os bombeiros Luís Abreu, Rui Maia, Tiago Costa, Vítor
Almeida, Sofia Machado e Hugo Oliveira dos Voluntários de Riba de Ave que procederam à primeira intervenção, contando, ainda, com o apoio
da equipa de mergulhadores dos BV Vila das
Aves, VMER do INEM, GNR e Policia Municipal de
Santo Tirso.
Sérgio Santos
O
s Bombeiros Voluntários de Sines participaram no simulacro realizado no passado dia 23
de outubro, no Hotel Sinerama, em Sines. A iniciativa teve como objetivo testar a capacidade de
resposta da unidade hoteleira em situações de
incêndio.
O cenário caracterizou-se com dois supostos
focos de incêndio, um numa sala técnica do hotel
situada no 1.º andar, e o outro no 3.º piso. O
exercício inclui o resgate de um indivíduo que se
encontrava no interior do hotel.
No teatro de operações estiveram envolvidos 5
veículos do corpo de bombeiros, incluindo ambulâncias de socorro, um veículo urbano de combate a incêndios e um veículo de apoio, guarnecidos
por 15 operacionais. O simulacro contou também
com a articulação com a GNR de Sines e a Proteção Civil Municipal.
Para o comando do Bombeiros Voluntários de
Sines estes simulacros “são uma mais-valia, pois
possibilitam o aperfeiçoamento técnico dos operacionais, além de possibilitar que os bombeiros
conheçam ainda melhor a estrutura e funciona-
mento do hotel em eventuais situações que possam ocorrer no edifício”.
Este é já o segundo ano em que os Bombeiros
Voluntários de Sines são convidados por aquela
unidade hoteleira para simulacros realizados nas
suas instalações, o que prova, também, “a crescente aproximação do Corpo de Bombeiros às
empresas e entidades do concelho de Sines”.
SETÚBAL
LAGOS
O
Lar de idosos testa meios
s Bombeiros Voluntários de Lagos, em conjunto com a GNR e Proteção Civil Municipal,
participaram num simulacro de um incêndio urbano e evacuação dos utentes no Lar de Bensafrim, Lagos.
Estes simulacros têm como objetivos, testar
planos de segurança, bem como, sensibilizar e
formar os funcionários das instituições para
eventuais situações de emergência, permitindo
aos Bombeiros Lagos testar e por em prática conhecimentos e procedimentos.
Esta ação mobilizou um Veículo Urbano de
Combate a Incêndios e uma ambulância dos
Bombeiros Voluntários de Lagos e ainda uma patrulha da Guarda Nacional Republicana, que observou a operação e procedeu ao corte de algumas ruas ao trânsito agilizando movimentação
dos meios de socorro.
BARREIRO
Operacionais em treino
O
s Bombeiros Voluntários do
Sul e Sueste – Barreiro realizaram recentemente mais dois
simulacros, o primeiro na empresa Tanquipor, e o segundo no Fórum Barreiro.
No primeiro caso, tratou-se de
um exercício de rotura da tubagem de compressão de uma
bomba existente naquela instalação industrial.
A atuação dos bombeiros teve
o enfoque na mitigação do risco
de incêndio e explosão bem
como no socorro a uma vítima simulada.
Neste exercício estiveram envolvidos 12 bombeiros com quatro viaturas operacionais, uma
urbana de combate a incêndios
(VUCI), um tanque tático urbano
(VTTU), uma ambulância de socorro r um veículo de comando
tático.
No caso do exercício no Fórum
Barreiro tratou-se de um exercício simulado de incêndio numa
viatura no parque de estacionamento subterrâneo daquele centro comercial, no âmbito do plano de emergência daquela infraestrutura.
Neste caso, estiveram envolvidos 12 bombeiros e 4 viaturas,
um VUCI, uma ambulância de
socorro e 2 veículos de comando.
A
Exercício com balanço positivo
consolidação de procedimentos e o trabalho em
equipa foram reforçados numa
iniciativa que juntou bombeiros
sapadores de Setúbal e militares da GNR num treino de busca e resgate em estruturas colapsadas.
“O balanço do exercício é
muito positivo”, sublinha o comandante da Companhia de
Bombeiros Sapadores de Setúbal (CBSS), Paulo Lamego, ao
destacar que durante os cinco
dias da iniciativa, “além da forte
componente de treino técnico,
houve um importante fomento
nas relações institucionais”.
Paulo Lamego adianta que o
treino, com ações teóricas e
práticas no quartel dos Sapadores de Setúbal, na Serra da Arrábida e em unidades industriais abandonadas, permitiu
“testar as capacidades operacionais em exercícios dinamizados com equipas constituídas
por elementos das três forças
envolvidas no treino”.
Operações de escoramento
de edifícios, demolições, corte e
perfuração de estruturas, trabalhos de desencarceramento
em viaturas e exercícios de extração de vítimas em espaços
confinados foram algumas das
ações dinamizadas no âmbito
deste treino conjunto realizado
em Setúbal.
O workshop “Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas”,
uma organização conjunta da
Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e do Grupo
de Intervenção de Proteção e
Socorro da GNR, com a presen-
ça de meia centena de operacionais, permitiu ainda testar o
trabalho em equipa em prol da
segurança da população.
20
NOVEMBRO 2014
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Formação na ULF prossegue
CERVA
D
D
ecorreu no final de outubro
na Unidade Local de Formação (ULF) dos Bombeiros de
Vila Real de Santo António uma
nova formação da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) de
Operações Essenciais de Extinção de Incêndios Urbanos e Industriais NII, antes designada
como curso chefe de equipa.
A formação pretendeu preparar e formar bombeiros com
competências técnico- operacionais para chefiar uma primeira intervenção em cenários
de incidentes estruturais.
A ação foi frequentada por
elementos dos Bombeiros de
Portimão, Albufeira, Faro e Lagoa, tendo como formadores de
combate a incêndios urbanos e
industriais da ENB, Válter Raimundo, adjunto de comando
dos Bombeiros de Portimão e
João Horta, dos Bombeiros Municipais de Tavira.
Esta ULF, não obstante o projeto em curso para outra a edificar em Monchique, é ainda a
única na região algarvia, em
funcionamento desde 2012. Dispõe de espaços de manobra que
permitem a prática de exercícios
destinados a simular incêndios
em estruturas, permitindo aos
bombeiros formandos a proximidade com a realidade que encontram numa situação real,
tanto na execução da manobra
como tácitos e como comando.
ÁGUAS DE MOURA
I
Quartel recebe reforço TAS
niciou-se no passado dia 10
de outubro, nas instalações
dos Bombeiros de Águas de
Moura um curso em emergência
médica, que permitirá a 12 operacionais terão acesso à formação em Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS).
Esta ação ministrada pela associação AFPS – Associação Formar para Salvar, acreditada pelo
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), permitirá,
segundo o comando de Águas
de Moura, “fortificar o compromisso continuado e de longa
data enquanto assumido por
esta entidade responsável e de
ecorreu recentemente no pavilhão municipal de Cerva aquele
que, segundo a organização, “foi até hoje o maior
exercício “mass training”
de suporte básico de vida
realizado em Portugal”.
Neste evento, segundo
Tiago Silva, bombeiro em
Cerva e organizador do
evento,
“participaram
quase 800 formandos,
tendo sido administrados ensinamentos básicos de suporte básico de vida por quase 40
formadores”.
A sessão de abertura contou com a presença de várias entidades locais: Desde logo,
Carlos Carvalho, presidente da direção dos
Bombeiros de Cerva, que salientou a importância deste tipo de exercício para uma população que deve estar cada vez mais informada
dos procedimentos a usar em caso de paragem respiratória. O comandante distrital de
Vila Real da ANPC, Álvaro Ribeiro, fez questão
de salientar que “Cerva tem um corpo de
Bombeiros que deve servir de exemplo a muitos outros pelas iniciativas que vão tendo ao
longo do ano”. Rui Alves, presidente da Câmara Municipal de Ribeira de Pena, também fez
questão de estar presente neste evento, e na
sessão de abertura fez questão de dizer que a
câmara sempre apoiou e continuara a apoiar
todos os corpos de bombeiros do seu concelho.
A responsável do INEM, enfermeira Isabel
Costa, não conseguiu disfarçar a felicidade por
estar presente no evento organizado pelo corpo de bombeiros de Cerva como “um prazer
enorme estar presente naquele que é o maior
exercício de Mass Training SBV realizado até
hoje em Portugal”.
Tiago Silva, no final afirmou que, “após 2
qualidade no socorro prestado à
população que dela necessite”.
VILA NOVA DE GAIA
Sapadores testam respostas
O
s Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia
têm dado continuidade ao programa de simulacros em diferentes entidades com o objetivo comum de testar os respetivos planos de emergência internos. No dia 28 de outubro, apoiaram a
realização de mais um nas instalações da Toyota
Caetano Portugal, SA situadas na Avenida Vasco
da Gama, Oliveira do Douro.
Esse exercício traduziu-se na simulação de um
incêndio com início na área administrativa do armazém de peças, obrigando à evacuação de todo
o edifício e causando um ferido. Participaram
neste exercício 95 pessoas.
No passado dia 29 de outubro a escola básica e
jardim-de-infância da Afurada de Cima, do agru-
Mass training em grande escala
pamento de escolas D. Pedro I, realizou um exercício de evacuação, envolvendo uma comunidade
escolar de 172 pessoas. A Proteção Civil Municipal e os Bombeiros Sapadores, mais uma vez,
estiveram presentes como observadores.
meses e alguns dias de puro trabalho, eis que
os resultados estão a vista. Dedicação e empenho são as palavras de ordem e o combustível para continuarmos” e que “ já amanhã
uma nova surpresa começa a ser preparada
para o dia 24 de janeiro de 2015 contamos
com a visita de todos novamente a Cerva”.
Neste evento, além dos formadores do
INEM e dos Bombeiros de Cerva, estiveram
presentes também formadores dos Bombeiros
de Vimioso, de Miranda do Douro, de Ribeira
de Pena, dos Celoricenses, do Juncal, de Sever do Vouga, de Entre-os-Rios, dos Cabeceirenses e da Cruz Branca de Vila Real.
O evento contou com os apoios, do INEM,
do Município de Ribeira de Pena, da união de
freguesias de Cerva e Limões, da Juvebombeiro - Núcleo de Cerva e do “Bombeiros para
Sempre”.
PORTIMÃO
T
Operacionais com preparação física
eve início, no passado dia 27
de outubro, no pavilhão do
Corpo de Bombeiros de Portimão um programa diário de
condição física destinado aos
operacionais e , integrado no
plano diário de atividades da
Força Mínima de Intervenção.
Este projeto, coordenado tecnicamente pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal de
Portimão, resulta de uma pareceria entre os bombeiros e a
autarquia, que visa manter a
capacidade física dos operacionais.
O plano de ação para esta
importante vertente da preparação do corpo de bombeiros
pressupõe um processo de avaliação rigoroso que inclui atividades de cariz interno e externo.
Esta iniciativa é considerada
pelos responsáveis operacionais como “fundamental para a
intervenção desta unidade”.
21
NOVEMBRO 2014
BARREIRO
ESMORIZ
Exercício no banco
Técnicas avançadas de elevação
O
Centro de Formação dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz foi cenário para
o Seminário de Técnicas Avançadas de Elevação, ação que contou com a participação de cerca de uma
vintena de operacionais de todo o país
A iniciativa, coordenada por formadores da Heavy Rescue
permitiu centrou-se nas novas técnicas e materiais que facilitam e apoiam o trabalho de desencarceramento em grande
escala e em cenários complexos evolvendo, por exemplo, veículos de grande tonelagem. No âmbito desta formação, em
Esmoriz, foi recriado o despiste de um autocarro, com várias
vítimas, exercido que permitiu confirmar a importância dos
procedimentos, mas, também, do trabalho de equipa.
No balanço desta iniciativa, os bombeiros esmorizenses salientam a mais-valia destas novas experiências e do contacto
com inovações tanto a nível de equipamentos, como das técnicas usadas.
O
s Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro) realizaram no dia
21 de novembro um simulacro de incêndio no arquivo geral do Banco
BNP Paribas, no Parque Empresarial do Barreiro.
Após a receção do alarme simulado, foram deslocados oito operacionais
apoiados por veículos. Depis da ordem de entrada nas instalações, foram
os bombeiros procederam à busca e resgate do funcionário e ao ataque ao
foco de incêndio com proteção de exposições interiores.
CARVALHOS
Bombeiros têm novo quartel
O
secretário de Estado da
Administração Interna,
João de Almeida presidiu, no passado dia 2 de novembro, à cerimónia de inauguração do novo complexo
operacional dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, na
qual marcaram igualmente
presença, entre outras individualidades locais e nacionais, o
presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia,
Eduardo Vítor Rodrigues e o
presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante
Jaime Marta Soares.
Os Bombeiros Voluntários
dos Carvalhos, a assinalar 103
anos de atividade ao serviço da
proteção civil, dispõe de agora
de um quartel com capacidade
e condições de excelência para
albergar as valências de socorro e emergência, de combate a
incêndios e de transporte de
doentes não urgentes.
Neste novo e moderno equipamento, para operacionalidade, não foi esquecido o merecido conforto dos cerca de 130
operacionais que, abnegadamente, garantem o socorro e
proteção dos milhares habitantes na União de Freguesias de
Serzedo e Perosinho. Desta forma, direção e comando consideram estar reunidas ”as me-
lhores condições para o cumprimento da missão, bem como
a prestação de serviço mais
pronto e eficaz às populações”
O complexo localiza-se na
Avenida Moreira de Sousa, junto ao nó dos Carvalhos numa
área que aguarda ainda e
construção de uma rotunda
que garantirá o acesso a todas
as principais vias rodoviárias
do concelho de Gaia.
O novo quartel operacional,
construído em terrenos cedidos pela autarquia de Gaia, representa um investimento na
ordem de 1,5 milhões de euros, co-financiamento, em 85
por cento, por verbas comunitárias, sendo o montante em
falta garantido pela câmara
municipal, por mecenas e beneméritos e ainda pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos.
A obra, que cumpriu escru-
pulosamente o caderno de encargos, sem qualquer tipo de
derrapagem financeira, tem
autoria do arquiteto António
Martins, colaborador da Câmara Municipal de Vila Nova de
Gaia, de acordo com o programa estipulado pela Autoridade
Nacional de Protecção Civil
para os designados “Quartéis
de 3.ª Geração”.
Para além da harmonia entre
a área construída e as necessidades de utilização, este complexo energeticamente sustentável, afirma-se como uma
bela peça de arquitetura, marcada pelos 800 m2 de vidro,
onde pontifica a luz natural.
RIBEIRA GRANDE
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande luta com dificuldades para substituir o motor avariado da sua
embarcação de salvamento por outros dois adequados à missão, a 4 tempos de menor cavalagem individual mas com o mesmo desempenho.
“Para que possamos continuar a desempenhar a
nossa missão, que não é mais do que proteger a
vida e os bens das pessoas, que são no fundo a
razão da nossa existência”, confiou-nos o comandante José Nuno Moniz.
A embarcação está inoperacional depois do
único motor se ter avariado na última missão de
recuperação do cadáver de um pescador desaparecido na costa norte de S. Miguel, conforme foi
logo reportado às autoridades locais.
Em 1998, os Bombeiros Voluntários da Ribeira
Grande, por iniciativa própria, e em resultado das
muitas solicitações da população do concelho da
Missão: Recuperar embarcação
Ribeira Grande e da Ilha de S. Miguel formou uma
equipa de mergulhadores, inicialmente constituída por 10 elementos. Esta equipa tinha por objetivo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas.
Foi necessário dar formação a todos estes elementos. Na altura, e nos anos seguintes deslocou-se a S. Miguel um formador do Batalhão de Sapadores do Porto, Victor Hugo, a fim de ministra as
especialidades necessárias ao bom desempenho
da equipa. Foram dadas as especialidades de busca e recuperação, navegação subaquática, administração de oxigénio, mergulho noturno, salvamento subaquático e mergulhador socorrista.
Paralelamente, e de modo a que aqueles elementos pudessem operar com os meios de salvamento – mota de água e embarcação, obtivemos
as cartas de marinheiro e patrão local.
Para além da formação e dos equipamentos,
para dar apoio a esta equipa, a Associação adqui-
riu em 1999 uma embarcação semirrígida – “tornado”, na altura, a única equipa de mergulhadores de bombeiros em toda a Ilha de S. Miguel.
A equipa de mergulhadores dos bombeiros da
Ribeira Grande é atualmente constituída por 22
mergulhadores. Desde a sua constituição a equipa de mergulhadores, sempre em colaboração
com as autoridades responsáveis nesta área –
Capitania do Porto de Ponta Delgada e Instituto
de Socorro a Náufragos – respondeu presente a
todas as missões para que foi solicitada, onde se
incluem o socorro a náufragos, buscas subaquáticas, recuperação de vitimas e viaturas e até
mesmo desencarceramento subaquático.
22
NOVEMBRO 2014
AVINTES
Novo ciclo
A assinalar 83 anos de existência, a
Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Avintes relança-se e
renova-se, como que interrompendo um
ciclo marcado pela estagnação.
Parecem, agora, estar reunidas as
condições, os apoios e a equipa que
permitem a concretização da empreitada de
ampliação e requalificação do quartel, uma
aspiração antiga, que, por circunstâncias
várias, foi sendo adiada.
Textos: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
É
com entusiamo e visível
satisfação que os Voluntários de Avintes recebem o
jornal Bombeiros de Portugal
para darem a conhecer o projeto de ampliação e requalificação
do quartel-sede.
Há mais de uma década que
a obra se impõe, contudo, essa
aspiração foi sendo adiada,
mercê de um conjunto de reveses, que inviabilizaram, até,
uma candidatura a fundos comunitários.
Já este ano, a direção “aventurou-se” na compra de um
imóvel contiguo ao complexo
que alberga a associação, e
avançou de imediato com um
conjunto de melhoramentos.
Agora a ordem é para não parar, conforme anuncia o presidente da direção, Manuel dos
Santos Silva, dando conta do
apoio e do envolvimento da Câmara de Vila Nova de Gaia neste processo, nomeadamente
com a disponibilização de mão-de-obra, sendo que “os trabalhos que vão decorrendo a bom
ritmo”.
Uma comitiva composta pelo
comandante José Pereira, o adjunto António Santos e os dirigentes Manuel Santos Silva,
José Paiva Loureiro, José Cruz e
António Gouveia conduzem os
os jornalistas numa visita guiada ao quartel-sede inaugurado
em 1967, que há muito pede
intervenção.
No exterior, são já visíveis alguns melhoramentos, mas
muitas outras intervenções estão previstas, com o intuito de
assegurar condições de trabalho aos 76 operacionais que garantem proteção e socorro aos
cerca de 70 mil habitantes das
freguesias de Avintes, Oliveira
do Douro e Vilar de Andorinho,
como sublinha o comandante.
O responsável operacional
salienta, ainda, que em matéria operacional são muitos os
desafios, num território com 10
quilómetros do rio Douro, quatro praias fluviais, duas zonas
industriais, uma rede viária
com enorme volume de tráfego, que inclui a A20, A29, A32,
A23 e EN 222, aglomerados populacionais de grande dimensão, bairros socialmente problemáticos, núcleos habitacionais antigos e uma importante
mancha florestal protegida.
Esta realidade não se compadece com “amadorismos”, impõe ao corpo de bombeiros
prontidão, preparação, profissionalismo.
“Não basta comprar viaturas
é preciso não esquecer outras
necessidades nomeadamente
ao nível da formação e da segurança, para que estes homens e mulheres cumpram
exemplarmente a sua missão”.
Por outro lado, o dirigente
defende ainda que o efetivo
deve sentir-se bem no quartel,
onde importa garantir algum
conforto nesta que é para muitos uma segunda casa, e assim
sendo para além da renovação
das áreas operacionais, está
prevista a requalificação das
camaratas, dos balneários e
também das áreas de convívio.
23
NOVEMBRO 2014
garante renovação
Dentro em breve, possivelmente com o recurso a verbas
comunitárias, terá início a
construção de um módulo que,
para além do parque de viaturas, albergará gabinetes para o
comando e para as chefias para
além de salas de formação. A
empreitada prevê ainda a ligação do quartel-sede ao imóvel
recém-adquirido.
Este é, contudo, um investimento “muito ponderado”, até
porque “os compromissos assumidos com duas dezenas de
funcionários são sagrados”,
conforme salienta Manuel Santos Silva, que faz questão de
salientar que a “associação tem
as contas todas em ordem”.
Para além do apoio da autarquia de Gaia, os Voluntários de
Avintes podem contar ainda
com algumas empresas de
maior dimensão, solidárias com
os bombeiros. No entanto, comando e direção dão conta de
um certo alheamento da população.
Na verdade, diz o comandante, nos últimos anos os Bombeiros de Avintes “andaram escondidos”, por isso importa restabelecer a proximidade com a
comunidade, ideia aliás também defendida pelo presidente
que acredita que a nova dinâmica da instituição será suficiente para despertar as gentes
de Avintes para a causa.
O comandante tomou posse
há pouco tempo, contudo o suficiente para se inteirar de todas as questões que realmente
importam, considerando ser
prioritária essa aproximação. A
campanha de captação de jovens voluntários para o corpo
de bombeiros e os vários protocolos de cooperação estabeleci-
C
dos com várias empresas da
região, confirmam que a associação começa de facto a voltar-se para o exterior.
“Precisamos de nos expor
mais, mas com toda a dignidade, mas para isso há que investir na nossa imagem”, argumenta o responsável operacional.
Em várias frentes, José Pe-
reira tenta “arrumar a casa”, ao
mesmo tempo que regista as
necessidades e estabelece objetivos, sendo que a formação
dos operacionais surge como
questão prioritária.
Em matéria de equipamentos o comandante afiança que,
por agora, dispõe do necessário para garantir o socorro na
sua área de intervenção, dando
conta que a associação adquiriu, recentemente, duas ambulâncias, suprindo uma lacuna
há muito identificada.
Ainda que sejam muitas as
necessidades e parcos os recursos, o presidente dos Voluntários de Avintes, não descura
a segurança e proteção individual dos bombeiros, questão
que está, aliás, a ser analisada
e orçamentada, para que em
breve seja ultrapassada.
“Mais que um dever é nossa
obrigação garantir a segurança
destes homens e mulheres”,
afirma Manuel dos Santos Silva, crente que “passo a passo”
é possível traçar novas metas e
objetivos, para tal conta com o
apoio da nova estrutura de comando que em poucos meses,
imprimiu o seu novo cunho,
uniu o grupo e devolveu-lhe o
entusiasmo que, certamente,
também animou os sete jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 20 anos,
que no início da década de trinta do século passado fundaram
a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Avintes.
FELGUEIRAS
VAGOS
Conjugação de esforços para obras
Soluções d’ Aventura
dão botas aos bombeiros
om o intuito de melhorar as condições do seu quartel, os
Bombeiros Voluntários de Felgueiras lançaram a campanha “CONTA CONTIGO”.
Esta iniciativa conta com o apoio da agência de marketing “Essência Completa”, do gabinete de contabilidade
“Contárea”, do gabinete de arquitetura “Ad Quadratum Arquitetos” e do promotor externo Ismael Lourenço do Banco
Santander Totta.
A campanha, que decorrerá até ao próximo dia 31 de dezembro, visa a angariação de fundos para obras de requalificação do complexo operacional. Traduz-se no fomento da
abertura de contas ordenado ou contas reforma em qualquer agência da instituição bancária, fazendo referência expressa à campanha dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras. Em função de cada conta aberta, o promotor bancário
contribui com uma determinada verba para as obras a realizar no quartel dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras.
Na apresentação da campanha, marcaram presença, o
comandante e o presidente da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Felgueiras, Júlio Pereira e Arnaldo
Freitas, respetivamente, o presidente da Câmara Municipal
de Felgueiras, Inácio Ribeiro, o arquiteto José António Lopes, da “Adquadratum” e Ismael Lourenço, promotor externo do Banco Santander Totta.
Na breve cerimónia, o presidente da Associação salientou
que ‘não é possível continuar a dar aos nossos homens e
O
mulheres as condições que temos dado, atendendo a que
eles, pelo trabalho que fazem por toda a comunidade, merecem mais”.
Arnaldo Freitas aproveitou ainda a oportunidade para
agradecer a todos os presentes porque ‘o usual e normal é
quando o alarme toca serem os bombeiros a tudo largar
para socorrer a nossa comunidade. É a nossa missão. São
os nossos valores. Ajudar os outros. Por isso é muito gratificante hoje ver que quando nós apelamos à nossa comunidade ela também nos atende e aceita o nosso convite para
nos ouvir.’
nze pares de botas
para combate a incêndio florestal foram entregues por Nuno Pandeirada, secretário da direção
da Soluções D’Aventura
aos Bombeiros de Vagos,
fruto da organização de
um passeio todo-o-terreno que rendeu cerca de
dois mil euros.
“Optámos por comprar
equipamento que estivesse em falta na associação. Foram indicadas as botas e estamos aqui a proceder à sua entrega», disse Nuno Pandeirada, porta-voz da associação vaguense, revelando disponibilidade para
reforçar este tipo de apoios.
Neste momento, quase todos os elementos têm botas de combate a incêndios florestais, faltando apenas equipar
os mais de vinte bombeiros de 3ª.
O comandante Miguel Sá, salienta a
importância deste gesto e agradece o
apoio dado, “uma vez mais”, pela Soluções d’Aventura.
O esforço da direção, o empenho de
todos os bombeiros e o apoio da comunidade permitirão, certamente, que,
até ao final do primeiro trimestre de
2015, todos os bombeiros disponham
de botas apropriadas para o combate a
incêndios florestais, segundo revela o
comandante dos voluntários de Vagos.
24
NOVEMBRO 2014
PENELA
ESTREMOZ
Ambulância
chega ao quartel
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz apresentou, recentemente, à população, um
nova ambulância (ABSC).
Esta viatura, que vem substituir uma outra roubada e danificada a 10 de maio de 2013, está equipada com a mais
recente tecnologia, dispondo de desfibrilhador automático
externo (DAE), monitor de parâmetros vitais e ventilador.
Registe-se que a aquisição desde novo meio envolveu verbas comunitárias mas também os donativos de várias empresas e particulares, conforme faz questão de sublinhar, em
tom de agradecimento, José Capitão Pardal, presidente da
direcção dos Voluntários de Estremoz.
O
CB recebe equipamento holandês
s Bombeiros Voluntários de Penela receberam uma importante ajuda em
equipamento usado de qualidade, essencialmente, para o combate de incêndios urbanos e industriais e para uso em manobras de desencarceramento, desta vez vindo da Holanda. E, “tal como aconteceu com
o equipamento que recebemos em junho
passado advindo da Suíça, este também foi
a custo zero”, segundo nos informou o gabinete de comunicação daquela Associação.
Entre o equipamento, contavam-se botas
de combate, capacetes urbanos, fatos-de-macaco em Nomex e luvas, tudo material
perfeitamente adequado ao combate a incêndios urbanos. “Para nossa surpresa ainda, vinha incluído um conjunto de várias
agulhetas, de diferentes calibres e um canhão monitor portátil”, segundo informa o
mesmo gabinete.
Esta oferta, partiu de uma relação criada
entre a corporação e um cidadão holandês
de boa vontade a residir no concelho de Penela, Erwin Looyestein, que no seu país natal é bombeiro profissional. Segundo o próprio, todo o equipamento terá sido doado
de várias corporações de bombeiros profissionais do seu país, e ele próprio procedeu
à sua recolha e transporte para Penela.
Recorde-se que o comando dos Bombei-
ros de Penela, com a aquisição de um
VUCI (Veículo Urbano de Combate a Incêndios) em 2013, comprometeu-se a
equipar, de forma gradual até ao final do
corrente ano, todos os seus bombeiros
com o devido EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Esse objetivo está praticamente conseguido” mas “vamos continuar a procurar na Europa Central “amigos-dos-bombeiros” que nos ajudem a
completar o que falta”.
Algum deste equipamento ainda precisa-
rá de pequenos restauros (principalmente
com a pintura dos capacetes) mas, “contas
feitas, os Bombeiros de Penela estimam
que o valor do equipamento ascenda a mais
de 50 mil euros”.
O comando, direção, corpo ativo dos Voluntários de Penela expressam “um honroso agradecimento ao bombeiro profissional
holandês, e nosso recente co-penelense,
Erwin Johannes Adrianus Looyestein, assim
como também ao bombeiro Ricardo Santos
por servir de elo de ligação”.
BRASFEMES
Encontro no feminino
A
s bombeiras de Portugal
estiveram reunidas na
vila de Brasfemes, em
Coimbra no passado dia 9 de
novembro em encontro nacional.
Mais de 150 mulheres oriundas de norte a sul do País iniciaram estas terceiras jornadas
com um colóquio sobre a im-
portância do papel das mulheres nos corpos de bombeiros,
ouviram histórias das pioneiras
do corpo de bombeiros anfitrião
e assistiram à intervenção da
comandante Ana Matias dos
Bombeiros Voluntários de Anadia, versando a temática das
mulheres nas estruturas de comando.
Neste encontro, o comandante distrital Carlos Luís e o
comandante Acácio Monteiro
deixaram deram conta do importante desempenho dos elementos femininos no sector
dos bombeiros e da proteção
civil reconhecendo-lhes “elevadas competências, destreza e
profissionalismo” e responsabi-
lidades na mudança de mentalidades,
Do programa destaque também para a atuação da fanfarra
dos Bombeiros de Brasfemes,
um passeio turístico pela cidade de Coimbra e o almoço convívio que reuniu bombeiras dos
voluntários de Brasfemes,
Constância, Crato, Cruz Branca
(Vila Real), Figueiró dos Vinhos, Góis, Miranda do Corvo,
Montemor-o-Novo,
Paredes,
Pedrogão Grande, Póvoa de La-
nhoso, São Brás de Alportel,
Serpins, Soure e ainda dos Sapadores de Coimbra.
Sérgio Santos
Á

SE TENS ENTRE 15 E 44 ANOS

Ó
ÇÕ[email protected]
25
NOVEMBRO 2014
LUXEMBURGO
Primeiro comandante luso-descendente
Autor: António Freitas
A
os 25 anos concretizou o
seu sonho de criança, ser
bombeiro. Vítor Oliveira Gomes
nasceu no Luxemburgo e seus
pais – Manuel Gomes da Silva e
Clementina são naturais de A-Ver-O-Mar da Póvoa de Varzim. É o mais jovem bombeiro a
assumir o posto no Luxemburgo
e o primeiro comandante luso-descendente, que, optou só
pela nacionalidade luxemburguesa, já que refere “devido ao
péssimo serviço do consulado
de Portugal no Luxemburgo e
para não andar sempre com dificuldades em renovar os meus
documentos de identificação
portugueses optei só pela nacionalidade
luxemburguesa,
apesar de adorar Portugal, visitar a terra dos meus pais muitas vezes e falar bem o português”. Numa breve passagem
por Lisboa e arredores que não
conhecia bem e juntamente
com sua namorada, luxemburguesa de origem italiana, o
EMIGRANTE/MUNDO PORTUGUÊS falou com este jovem,
que comanda os bombeiros da
cidade luxemburguesa de Schifflange. Tinha estado em Lisboa
a última vez quando decorreu a
Expo 98, salienta. Porém a sua
estadia de férias em Portugal e,
como cicerone da companheira,
iniciou-se na terra Natal de
seus pais - Póvoa de Varzim,
desceu ao Algarve depois Lisboa e Sintra. Mas o “bichinho”
dos bombeiros sempre presente levou-o a visitar algumas
corporações dentro da cidade,
como nos contou.
O seu pai, assinante de longa data deste jornal, foi um dos
que se envolveu na nobre causa
da “contagem do tempo de tropa para efeitos de reforma” e o
Vítor lembra-se bem da luta do
seu pai, em nome de tantos
companheiros, para que o Estado português fizesse justiça,
para com os que defenderam
Portugal na Guerra Colonial.
Voluntário desde
os 14 anos de idade
Foi uma causa perdida e daí
certamente também uma das
razões por não ter optado pela
dupla nacionalidade. Sobre o
seu percurso e a sua escolha de
tão nobre missão profissional,
em regime de voluntariado,
sempre em prol de ajudar os
outros, conta-nos “ofereci-me
aos 14 anos como voluntário e
a razão é simples, quando era
muito pequeno, a cave do prédio onde moravam os meus
pais em Esch-sur-Alzete incendiou-se e os bombeiros foram
chamados ao local para nos
acudir. Houve um bombeiro que
me agarrou ao colo e me retirou
e desde aí que quis ser bombeiro. A minha irmã já estava nos
bombeiros, era tripulante nas
ambulâncias, onde se alistou, e
a minha vontade crescia todos
os dias, apesar de ter que esperar pelos meus 14 anos e lutar
contra a relutância dos meus
pais, que me diziam que primeiro estavam os estudos.
Como passei de ano, a minha
irmã lá os convenceu a deixar-me alistar na secção jovem
dos bombeiros”.
Ganhamos “sessenta
minutos por hora”
Durante alguns anos, Vítor
Gomes, saía das aulas de português e, passava uma hora por
dia nas instalações dos bombeiros. Tinha exercícios às terças e
sextas-feiras. Acabada a escola
de bombeiros, e depois de todos os cursos exigidos veio a
desempenhar o lugar de subcomandante e neste ano de 2014
assumiu mesmo os comandos
da corporação. “O antigo comandante, ao fazer sete anos
de funções de comando, deixou
a função, apesar de ainda os
ajudar como voluntário e foi-me
feito o desfio” recorda. Gostava
de ser profissional bombeiro, ou
seja só ter esta profissão já
que, bombeiro não é o seu “ganha-pão”. No Luxemburgo só os
bombeiros da capital são profis-
sionais, todos os outros são voluntários e a comuna de Schifflange não tem verbas para
contratar mais pessoal, refere.
Schifflange, é uma cidade com
cerca de 10 mil habitantes. “Se
um dia a câmara municipal optar por me contratar como profissional, deixo o meu emprego
PONTINHA
MELO
Quartel tem novo responsável operacional
Estrutura renovada
O
s Bombeiros Voluntários da Pontinha,
concelho de Odivelas,
contam com um novo
comandante, cuja posse
decorreu recentemente.
Trata-se de Paulo Rocha, formador da Escola
Nacional de Bombeiros
(ENB) e ex-adjunto de
comando dos Voluntários de Cascais.
Paulo Rocha substitui
no comando Pedro Santos, que vai permanecer
no corpo de bombeiros
como oficial bombeiro.
Marcaram presença na singela cerimónia diversas entidades, a Câmara Municipal de Odivelas,
representada pelo Vereador do Proteção Civil, Edgar Vales, a Liga dos Bombeiros Portugueses,
através de Barreira Abrantes, do conselho superior consultivo, o Comando Distrital de Lisboa da
Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC),
através do seu segundo comandante, André Fernandes, a presidente da Junta de Freguesia de
Famões e Pontinha, Corália Viçoso, e muitos colegas do empossado na ENB, elementos de comando e dirigentes de associações congéneres.
A presidir à cerimónia esteve o presidente da
assembleia-geral dos Voluntários da Pontinha,
António Carlos Neto da Silva, acompanhado da
presidente da direção, Maria José Guedes, e de
outros dirigentes da instituição.
Retificação
Na última edição, por lapso, na reportagem sobre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Pontinha indicámos o comandante
em funções como sendo António Rodrigues,
quando de facto se tratava de Pedro Santos. António Rodrigues, efetivamente, já exerceu as funções de comandante dos Voluntários da Pontinha
tendo então, como segundo comandante, Pedro
Santos. Este viria a assumir o comando até ao
presente. Fica aqui o nosso pedido de desculpas
aos visados.
e passo só a ser bombeiro” refere o jovem comandante.
Vítor Gomes trabalha numa
multinacional automóvel, é mecânico com certificação profissional, embora esteja no atendimento e apoio pós venda aos
clientes.
Por mês, as saídas dos bom-
beiros são muitas, desde incêndios a desastres nas estradas.
Sob o seu comando, 30 homens
e duas mulheres e, só recebem
do Estado 1 euro por hora, valor
simbólico do seu voluntariado,
mas cuja missão é tão profissional como a das corporações que
tem só bombeiros, como única
exclusiva profissão. Todos os
voluntários têm que cumprir um
mínimo 10 horas por mês de
permanência no posto de comando. “Ganhamos 60 minutos
por hora” refere o Vitor a sorrir,
daí o grande problema de aliciar
jovens para esta nobre missão “
já que se optarem pelo futebol
mesmo nos escalões baixos ganham alguma coisa”. Fazemos
tudo o que em Portugal está incumbido à Proteção civil, serviço de 112, ambulâncias, refere
Vitor Gomes “temos troços de
autoestrada que estão na nossa
jurisdição”. Os meios de que a
corporação dispõe são do Estado e da câmara. Vítor sai do emprego em Leudelange e vai direto para o quartel dos bombeiros
e, é no silêncio da noite, quando está de serviço, que muitas
vezes recorda os casos mais
dramáticos do dia a dia e que
tem que enfrentar e que lhe dão
alento para ser bombeiro, como
o senhor que teve um ataque
cardíaco e que ajudou a salvar,
e recordando aquele bombeiro
que o salvou do fogo em casa
dos pais, quando era criança!
O
corpo de bombeiros da
Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários de
Melo, concelho de Gouveia,
dispõe de um novo comandante, Rui Miguel Melo Abrantes, cuja posse decorreu recentemente.
A cerimónia de posse contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
(LBP), Gil Barreiros, do comandante distrital de socorro
da ANPC, António Fonseca,
do comandante José António,
em representação da Federação de Bombeiros da Guarda,
do presidente da assembleia
– geral e do presidente da direção dos Voluntários de
Melo, respetivamente, Cesar
Martinho e José Caramelo,
dos comandos dos Bombeiros
de Fornos, Gouveia, Vila
Nova, Seia, S. Romão, Loriga,
Cheires, Salto, Barcelinhos,
Lourosa, Cruz Verde – Vila
Real e Vale de Besteiros, e
dos comandantes do Quadro
de Honra (QH), Moço, José
Maranhos e Fernando Figueiredo.
O novo comandante dos
Bombeiros de Melo ingressou
na instituição em 1999, tendo
sido promovido a 3.ª (2000),
a 2.ª (2004) e a 1.ª (2014).
Frequentou, entretanto, o
curso de quadros de comando
da Escola Nacional de Bombeiros em maio e junho do
corrente ano.
O comandante Rui Abrantes é licenciado em enfermagem pela Escola Superior de
Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa e é enfermeiro militar, no posto de 1.ª
sargento, da Força Aérea
Portuguesa (FAP). É ainda
possuidor de um vasto currículo nas áreas da emergência e catástrofe, na fisiologia
de voo, da emergência neonatal e do trauma, entre outras.
26
NOVEMBRO 2014
MEALHADA
BARCELINHOS
Empossado novo adjunto
V
itor Vilaça é o novo adjunto dos
Bombeiros de Barcelinhos, um jovem, “disciplinado e conciliador”, segundo destaca o comandante José
Beleza, “a pessoa ideal com as características pretendidas para ocupar o
cargo, dotado das competências técnicas pretendidas para defender os
interesses das populações”, como sublinha José Costa, presidente da direcção Vitor Vilaça, tem 42 anos e
mais de 25 ao serviço dos Voluntários de Barcelinhos, onde
era, até agora subchefe.
Vitor Vilaça é o terceiro adjunto de comando, uma nomeação
que resulta de um processo de restruturação que visa “colmatar
uma lacuna na hierarquia” e “criar condições de trabalho a estes
operacionais, que a direcção da associação classifica de “melhores bombeiros do mundo”.
“Vitor Vilaça é um homem disciplinado, cumpridor e conciliador, um dos
Bombeiros”, sublinha José Beleza.
Na cerimónia de tomada de posse,
Carlos Brito, vereador da Protecção
Civil do município de Barcelos, congratulou-se com a escolha e deixando
largos elogios à instituição que considerou “um orgulho” para o concelho.
O ato de posse foi testemunhado por muitos convidados, dos
quais se destacam Vitor Azevedo, da Protecção Civil de Braga,
Marinho Gomes, presidente da federação distrital de bombeiros
e Fernando Vilaça, Provedor do Bombeiro.
J
Indigitado
segundo comandante
osé Duarte, bombeiro de 3.ª
dos Voluntários da Mealhada,
foi indigitado no passado mês
de outubro, para segundo comandante do corpo de bombeiros.
A posse será efectivada logo
que o operacional termine Curso de Comando, conforme
anunciou aos bombeiros o comandante Nuno Antunes João.
José Duarte tem 39 anos, reside na Vimieira, no concelho
da Mealhada, e é o responsável
pela oficina da Fiat/Kia no Grupo MCoutinho, em Coimbra.
PALMELA
Presidente da LBP elogia trabalho da direção com mecenas
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Palmela celebrou a passagem do seu 77.º aniversário no dia 16 de novembro com a
inauguração de duas novas viaturas.
Após a formatura do corpo ativo
que acolheu as entidades convidadas,
assistiu-se à bênção e inauguração de
uma nova ambulância de socorro
(ABSC) apadrinhada pelas empresas
“Casa Ermelinda Freitas”, “Hempel” e
“Parmalat” e de um veículo de apoio
(VALE) que foi apadrinhado pelo presidente do conselho de gerência da
“Volkswagen Autoeuropa”, António de
Melo Pires.
Na sessão solene que se seguiu, o
presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, elogiou o trabalho
desenvolvido pela instituição, nomeadamente pela sua direção, junto de
mecenas que caracterizou como demonstração “ da expressão mais alta
da cidadania na procura constante
permanente da relação com a sociedade civil para com ela, e através
dela, se possam criar condições para
que esta estrutura esteja à altura a
cada momento para as solicitações do
socorro”.
“Uma riqueza incalculável para este
país” foi assim que o presidente da direção Octávio Machado se referiu aos
homens e mulheres que são formados
nas fileiras dos corpos de bombeiros.
No uso da palavra o dirigente deixou
ainda preocupações com a gestão das
associações pela falta de apoios insti-
tucionais, alertando para a necessidade de reajustamento dos financiamentos municipais para este setor dos
bombeiros e proteção civil.
Um dos momentos altos da cerimónia foi a imposição dos galões de 2.º
comandante a Eduardo Martins que foi
seguida de promoções na carreira de
bombeiros nas categorias de bombeiro
de 1.º e Subchefe e o ingresso de cinco
elementos no corpo ativo a que se presenciou ao juramento de bandeira ao
lema “Vida por Vida”. Houve ainda a
imposição de medalhas da Liga dos
Bombeiros Portugueses a vários operacionais que foram entregues pelo
presidente da câmara municipal de
Palmela, Álvaro Amaro, pelo presidente da LBP, comandante Jaime Marta
Soares, pelo segundo comandante distrital Rui Costa (ANPC), e pelo presidente da Federação dos bombeiros do
distrito de Setúbal, Eduardo Correia.
Sérgio Santos
ZAMBUJAL
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários do
Zambujal, Loures, conta com
um novo comando do seu corpo
de bombeiros.
Joaquim Manuel Vicente,
bombeiro há 41 anos e comandante há 22, entendeu ter chegado o momento de “dar o lugar
aos novos” como ele próprio explicou. E soube fazê-lo em articulação com a direção de forma
serena e continuada. Assim, o
antigo segundo comandante,
Sérgio Paulo Pontes Mendes, foi
empossado como comandante e
Comando passa testemunho
o anterior adjunto, Paulo Jorge
Mateus Pereira, como segundo
comandante. Ambos, apesar de
jovens, já com muita experiência. Fruto, também, do bom
professor que tiveram no agora
comandante do Quadro de Honra Joaquim Vicente, conforme
também foi referido na cerimónia de posse.
A cerimónia, muito concorrida, foi presidida pelo presidente
da Câmara Municipal de Loures,
Bernardino Soares, e contou
com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses, Rama da Silva, do
vice-presidente da Federação de
Bombeiros do Distrito de Lisboa,
Rui Ferreira, do comandante
distrital da ANPC, comandante
Carlos Mata, do presidente da
junta de freguesia, anfitreados
pelo presidente da assembleia-geral, Eduardo Coelho, do pre-
sidente da direção, Norberto
Fernandes, e dos restantes elementos dos órgãos sociais.
27
NOVEMBRO 2014
ÁGUAS DE MOURA
Reforços chegam em dia de festa
SEVER DO VOUGA
Aniversário arranca com acampamento
O
O
s Bombeiros de Águas de
Moura Para assinalaram os
34 anos de existência, com uma
cerimónia marcada pelo ingresso
de oito novos elementos do corpo activo. Na sessão foi, ainda,
condecorado com a medalha de
serviços distintos, o bombeiro de
1.ª Gregório Palhoça pela dedicação ao corpo de bombeiros durante 37 anos, e que passa, agora, a integrar o quadro de honra.
Em dia de festa e reunião desta grande família, o comando
não esqueceu os merecidos
agradecimentos aos operacionais que, este ano, integraram o
Dispositivo Especial de Combate
a Incêndios Florestais (DECIF).
Associaram-se às comemorações, entre outras entidades, o
presidente da Câmara Municipal
de Palmela, o comandante Operacional Distrital, o representan-
te da Federação dos Bombeiros
do Distrito de Setúbal, o presidente da União de Freguesias,
de vários presidentes e comandantes de associações congéneres.
Registe-se que a homologação
do Corpo de Bombeiros de Águas
de Moura data de 17 de setembro de 1980, sob a presidência
de Arménio Pacheco e o comando de Álvaro Carreira.
MALVEIRA
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários da
Malveira aasnalou o 70.º aniversário com um conjunto de incitativas que permitiram evidenciar a missão dos homens e mulheres servem a instituição.
Ao desfile apeado seguiu-se a
sessão solene, tendo o comandante Miguel Oliveira proferido
palavras de reconhecimento ao
corpo ativo, enaltecendo “o trabalho e empenho de cada um
dos bombeiros”. Falou ainda dos
investimentos, nomeadamente
na formação do pessoal e na
aquisição de equipamentos de
proteção individual. O responsável operacional deu ainda
conta da necessidade de substi-
acampamento partilhado
de cadetes e infantes dos
Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga com elementos
mais velhos do corpo de bombeiros realizado no Alto do Roçário realizado entre 17 e 19
de outubro último foi, no fundo, o primeiro ato do programa comemorativo do 54.º aniversário da Associação.
O acampamento juntou
duas dezenas de elementos e
constituiu, sem dúvida, uma
experiência fora do comum de
troca de experiência e conhecimentos, em particular, para
a escola de cadetes e infantes.
Distinções para soldados da paz
tuição do veículo urbano de
combate a incêndios (VUCI),
bem como de obras de requalificação das instalações, projectos
que aliás deverão concretiza-se
em breve.
O comandante Miguel Oliveira
recebeu do presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder
Silva a medalha de 25 anos de
bons e efetivos serviços em prol
da comunidade e dos bombeiros. Na cerimónia foram, ainda
distinguidos os soldados da paz,
com medalhas de assiduidade
da Liga dos Bombeiros.
Foram, também, entregues diplomas de reconhecimento a empresas solidárias, nomedadamente a Fapil, a Vipfarma, a Lactimonte e Transportes Florêncio
Silva, agraciadas, igualmente,
com o título “sócio benemérito”.
Entre as entidades convidadas
destaca-se a presença do presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses, comandante Jaime
Marta Soares; do comandante
VALBOM
Bombeiros comemoram 87.º aniversário
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Valbom festejou recentemente o seu
87.º aniversário. As comemorações começaram em 3 de Outubro último, prosseguindo nos dias
18 e 19 do mesmo mês.
No dia 3 assinalou-se o arranque das comemorações com salva de morteiros e hastear das
bandeiras.
No dia 18 decorreu a sessão
As brincadeiras, os jogos e alguns momentos de formação
mais sérios tiveram em comum o enriquecimento e o
fortalecimento da unão entre
os futuros os bombeiros e os
atuais.
No dia 19, último dia do
acampamento, foi comemorado o aniversário da Associação, quer com nova jornada de
convívio mais alargada a mais
bombeiros e aos familiares dos
jovens cadetes e infantes, com
desfile, a promoção a bombeiro de 1.ª de Luís Almeida e,
ainda, a inauguração da nova
ambulância de transporte.
solene, presidida pelo presidente
da assembleia-geral, Leonel Viana, e nas presenças, do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, do presidente da Assembleia Municipal,
Aníbal Lira, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito
do Porto, comandante José Miranda, do pároco local, padre
Marcos Faria, e do presidente da
União de Freguesias de Gondo-
mar (S. Cosme) Valbom e Jovim,
José Macedo, anfitreados pelo
presidente da direcção, José Pereira Gonçalves de Oliveira, pelo
presidente do conselho fiscal,
Américo Viana, e do comandante
do corpo de bombeiros, José Alves.
Durante a sessão procedeu-se
à entrega de diversas distinções e
medalhas da Liga dos Bombeiros
Portugueses e da Câmara Munici-
pal e, ainda, à entrega de diplomas de desempenho no ano de
2013 a diversos bombeiros.
No dia 19, as comemorações
foram retomadas com a romagem ao cemitério paroquial de
Valbom, seguindo-se uma missa
de sufrágio pelos bombeiros e associados falecidos, o desfile em
direcção ao quartel e, por fim, a
deposição de ramos de flores no
Monumento ao Bombeiro.
distrital Carlos Mata (ANPC); de
Rui Ferreira da Federação dos
Bombeiros do Distrito de Lisboa;
representantes da Guarda Nacional Republicana e de associações
congéneres do concelho.
Sérgio Santos
28
NOVEMBRO 2014
PÓVOA DE VARZIM
A
ALCOCHETE
Efetivo reforçado
Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim recebeu mais 9 elementos estagiários, que terminaram o período
probatório e que foram promovidos dias depois a bombeiros
de 3ª. A cerimónia foi um dos
pontos altos das comemorações do 137º aniversário da
instituição.
Os novos elementos são:
Nelson Ferreira, Sayler Rodriguez, Nataliia Dzyga, Catarina
Alves, Pedro Moura, Carla Oliveira, Pedro Padilha, Jorge
Santos e Elisabete Padrão.
As comemorações iniciaram-se no sábado, 4 de outubro,
com a abertura do quartel à população, incentivando a visita
às instalações, o conhecimento
dos equipamentos ao serviço
dos bombeiros e uma coleção
de motivos alusivos aos bombeiros, incluindo muitas miniaturas, doada pelo subchefe Luís
Teixeira.
No domingo, dia 5, realizou-se a tradicional romagem ao
cemitério e uma missa, este
ano celebrada no salão nobre
do quartel.
Seguiu-se a bênção de uma nova ambulância de socorro medicalizável apadrinhada pela empresa têxtil “Vilar e Figueiredo”. Esta empresa contribuiu para
a Associação com a reparação de fardamentos e equipamentos de proteção individual bem como com a oferta de 50
fatos de resgate em grande ângulo e
100 coletes para socorro pré-hospitalar.
A sessão solene contou com a presença, do presidente da Câmara Municipal
de Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do
presidente da Assembleia Municipal,
Afonso Pinhão, e do representante da
Federação de Bombeiros do Distrito do
Porto e presidente doa Bombeiros Voluntários de Amarante, Adelmo Guimarães.
Na sessão foram atribuídos medalhas
de assiduidade da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP). A medalha de 25
Homenagem a benfeitores
A
anos foi entregue ao subchefe Manuel
Ferreira, aos bombeiros de 1ª, José Manuel Pontes e Nelson Ferreira, e ao bombeiro de 3ª, Armando Ramalho. A medalha de 20 anos foi entregue aos bombeiros de 2ª, José Manuel Fonseca, Carlos
Gonçalves e Rui Silva, e ao bombeiro de
3ª, Aparício Silva.
As medalhas de 15 e 5 anos foram entregues, no primeiro caso, aos bombeiros de 3ª, Ricardo Barros e, no segundo
caso, Miguel Correia e Andreia Fernandes.
A Federação de Bombeiros do Porto
também distinguiu os bombeiros com 25
anos de serviço prestado.
No âmbito dos dirigentes, a LBP e a
Federação distinguiram com as respetivas medalhas de 10 anos de assiduidade, o vice-presidente da assembleia-geral, António Nova Araújo, e a vice-presidente da direção, Tânia Ribeiro.
“Bridgestone Portugal” e a “Transgrua”, através do
seu sócio João Frade, foram distinguidas com a medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) por proposta da Associação
dos Bombeiros Voluntários de Alcochete.
A entrega das medalhas decorreu durante a sessão
solene comemorativa do 66.º aniversário da instituição.
A “Bridgestone” tem colaborado com a Associação
desde 2009 através de donativos de pneus para as viaturas de socorro e a “Transgrua” custeou integralmente
a construção de um novo parque para veículos de socorro pesados, no valor de 70 mil euros, e tem dado o
apoio oficinal direto à manutenção das referidas viaturas.
Durante a sessão solene, presidida pelo presidente
da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Franco,
foi também homenageado um antigo presidente da direção, Fernando Pessoa, pelos serviços relevantes
prestados à instituição entre 2002 e 2011.
Decorreu a promoção a bombeira de 3.ª da estagiária Cristina Catita, apadrinhada por seu irmão Carlos
Catita.
Foram entregues diversas medalhas de assiduidade
da LBP, sendo de destacar a de 25 anos, atribuída ao
bombeiro de 2.ª Nuno Antunes.
O segundo comandante, José Martins, foi louvado
pelo trabalho desenvolvido, nomeadamente, durante o
período de doença do comandante Paulo Vieira.
Foram ainda entregues louvores, aos bombeiros de
1.ª, Carlos Catita e José Carlos Mateus, aos bombeiros
de 2.ª, Carlos Santos, André Jesus e Rui Pintado, e ao
bombeiro de 3.ª, Paulo Carraço.
Destaque também para o agradecimento ao bombei-
ro de 1.ª, Diamantino Costa, pelo trabalho desenvolvido com a reaparecida fanfarra, e aos bombeiros Gonçalo Ventura (1.ª) e Armando Neves (2.ª) pelo trabalho
desenvolvido nos trabalhos de reparação e melhoramentos efetuados no quartel à frente de uma equipa
alargada de outros bombeiros.
Foi feito um agradecimento aos Bombeiros Voluntários de Sintra e ao trabalho desenvolvido de intercâmbio entre as equipas de cadetes, nomeadamente, no
âmbito dos concursos de manobras, onde a formação
de Alcochete foi estreante.
A sessão solene contou ainda com as presenças, do
vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros de Setúbal, Carlos
Lopes, do segundo comandante distrital da ANPC, Rui
Costa, do presidente da Assembleia Municipal, Miguel
Boieiro, do presidente da junta de freguesia de Alcochete, Estêvão Boieiro, anfitreadas pelo presidente da
assembleia-geral, Jorge Arroje, do presidente da direção, Norberto Barão, do comandante Paulo Vieira, e
outros dirigentes da instituição.
AGUALVA-CACÉM
Presidente da LBP lembra que ainda há muito para fazer
O
2.º comandante Vítor Eusébio e o bombeiro de 2.º Rui
Franco foram distinguidos com
o crachá de ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)
nas celebrações do 83º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de
Agualva Cacém, presidida pelo
secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida.
A efeméride celebrada no dia
16 de novembro teve início com
a formatura do corpo ativo que
após receber as entidades con-
vidadas iniciou um desfile pelas
artérias da cidade. De seguida
inaugurou-se uma ambulância
de transporte múltiplo (ABTM)
apadrinhada pelo presidente da
assembleia municipal de Sintra,
Domingos Quintas.
No uso da palavra durante a
sessão solene que se seguiu, o
presidente da LBP, comandante
Jaime Marta Soares, fazendo
um balanço entre o mandato a
acabar e o futuro lembrou que “
há muito que fazer, a vida dos
bombeiros portugueses continua a não estar fácil mas está
muito melhor que há 3 anos a
esta parte e estamos a trabalhar para que muito do que está
hoje em cima da mesa seja resolvido”.
O comandante Jaime Soares
lembrou que, apesar da crise,
esta instituições mantém a porta aberta e nunca negam apoio
seja em que circunstância for”,
precisando que “Nenhuma cidadão alguma vez ficou abandonado por que os bombeiros porventura por questões de situação crítica de sustentabilidade
os deixaram abandonado”.
O presidente da LBP, a propósito, frisou que “os bombeiros
não podem continuar no sufoco
da sustentabilidade financeira e
muitas vezes a terem que ser
eles próprios a pagar para socorrer” e sublinhou que “não deixaremos que esta situação continue”.
Durante a sessão solene, o
comandante Luís Pimentel sensibilizou os presentes fazendo
uma análise das ocorrências e
intervenções operacionais do
corpo de bombeiros, frisando
que é necessário um grande es-
forço para responder as missões
diárias. Ao concluir este responsável deixou agradecimentos
aos órgãos sociais, funcionários,
fanfarra e corpo ativo da associação, sendo estes agradecimentos partilhados na intervenção do presidente da direção
Luís Silva.
Houve ainda um momento
para a imposição de medalhas
aos operacionais por parte da
Câmara Municipal de Sintra, da
LBP e da Associação, por vários
anos de abnegados serviços em
prol do próximo e aos associa-
dos entregues emblemas por 50
anos de associativismo.
Estiveram presentes nesta cerimónia, além do secretário de
Estado da Administração Interna
e do presidente da LBP, o presidente da Autoridade Nacional de
Proteção Civil, Francisco Pereira,
o comandante distrital Carlos
Mata, o comandante Pedro Araújo, vice-presidente da Federação
dos Bombeiros do Distrito de
Lisboa e representantes das associações geminadas dos Cabeceirenses e Portimão.
Sérgio Santos
29
NOVEMBRO 2014
A
CAMPO DE OURIQUE
BEATO
Escola garante novos elementos
Mérito reconhecido
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Campo de Ourique assinalou o
seu 98.º aniversário com o juramento de quatro novos bombeiros de 3ª, após conclusão do
respetivo estágio.
Durante a sessão solene comemorativa foram também entregues medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e diversos diplomas de reconhecimento e
medalhas da Associação a bombeiros e dirigentes.
A sessão foi presidida pelo vereador da Câmara
Municipal de Lisboa, responsável pelo pelouro da
Proteção Civil, Carlos Castro e contou com as
presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Rui Rama da Silva, do
vice-presidente da Federação de Bombeiros do
Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, do
comandante distrital de socorro da ANPC, Carlos
Mata, do segundo comandante do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), major Tiago
Lopes, da vice-presidente da APBV, Paula Tocha,
e do presidente da Junta de Freguesia de Campo
de Ourique, Pedro Cegonho, anfitreados pelo presidente da direção, coronel Leopoldo Almeida
Amaral, do presidente da assembleia-geral, José
A
Moreno, do comandante Paulo Alfar e restantes
órgãos sociais da instituição.
À beira do centenário, uma das expectativas
dos Voluntários de Campo de Ourique é conseguir
até lá resolver o problema do quartel, em situação precária e provisória há 34 anos.
junta do Beato, na cidade
de Lisboa, homenageou os
homens e mulheres que voluntariamente servem na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Beato no
decorrer da IV gala da freguesia.
“O que de bom se faz deve
receber o devido mérito e merecem estes aplausos, porque
construir um Beato me¬lhor é
uma responsabilida¬de de todos, contribuindo com ideias,
sugestões e trabalho para melhorar a freguesia.”, disse a
LAGOS
O
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos integrou no programa comemorativo do feriado municipal, comemorado
em 26 de outubro último, a “2.ª Corrida/Caminhada Vida por Vida 2014”, patrocinada pela
loja local do “Intermarché”.
A iniciativa saldou-se mais uma vez por um
êxito, com cerca de 560 participantes, entre caminhantes e atletas. A prova concluí-se em festa convívio no quartel dos bombeiros, com al-
moço convívio e entrega de prémios e, ainda, no
âmbito da campanha nacional realizada pelos
“Mosqueteiros/Intermarché” em prol dos bombeiros, da entrega dos 5 equipamentos de proteção individual (EPI) atribuídos àquela Associação.
Na organização da prova, os Voluntários de
Lagos, contaram com a prestimosa colaboração,
da Câmara Municipal, da PSP, do Moto Clube e
de outras instituições locais.
CANTANHEDE
Chá, fado e solidariedade
N
o dia 8 de novembro, decorreu no salão dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, um Chá Solidário, em prol da Associação
Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia e do
projeto Arco-íris, com animação a cargo do Grupo de Fados de
Coimbra.
A funcionar há três anos em Cantanhede, na Fundação Pires Negrão, o projeto Arco-íris desenvolve atividades ocupacionais e pré-profissionais nas áreas de pastelaria, jardinagem, agricultura biológica e atividades de percurso educativo, dando apoio a uma dezena de jovens com epilepsia e/ou incapacidade e deficiência.
A Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários do
Beato fez-se representar na
cerimónia pelo presidente da
direção José Alves Nunes, o
comandante Mário Ribeiro e
um grupo de soldados da paz.
Sérgio Santos
MANGUALDE
A correr pelos bombeiros
A
apresentadora da cerimónia
aquando da entrega dos diplomas de agradecimento ao corpo de bombeiros e outras coletividades e associações que
com os seus serviços voluntários se distinguem nas ações
de apoio ao próximo.
Donativo vem dos EUA
s Bombeiros Voluntários de Mangualde acabam de receber mais um donativo de 11.
200 dólares, da comunidade local radicada na
diáspora, nos Estados Unidos da América
(EUA), em Cumberland..
O donativo resultou da generosidade dos
participantes no 37.º Convívio Mangualdense
realizado nos EUA.
Após a entrega formal do donativo à Associação, representada pelo seu presidente, João
Soares, o organizador do convívio deste ano,
José Costa, fez questão de dizer que “foi um
enorme prazer ter trazido para os Bombeiros de
Mangualde esta verba, que deu muito trabalho
a mim e a toda a minha família e à equipa que
me ajudou organizar, mas que também nos dá
um grande orgulho fazê-lo”.
João Soares, agradecendo o apoio realçou que
“é uma enorme ajuda à instituição e por isso um
grande bem-haja a todos os que contribuíram” e
lembrou grato todas as iniciativas promovidas
antes com o mesmo objetivo de apoiar os bombeiros.
Desta vez, a verba angariada foi menor do que
tem sido habitual dado que, em nome dos Bombeiros de Mangualde, parte da verba inicial foi
destinada a ajudar nos tratamentos de uma
criança luso-americana vítima de doença grave.
30
NOVEMBRO 2014
FAFE
Bombeiros
cumprem tradição
ÁGUAS DE MOURA
O
O
s Bombeiros Voluntários de Fafe cumpriram mais uma vez a
tradição ao realizarem a romagem aos cemitérios no Dia de
Todos os Santos, após a formatura geral do corpo de bombeiros. O
primeiro cemitério a ser visitado, foi o de Silvares S. Clemente,
onde está depositado o saudoso presidente, Prof. Humberto Gonçalves. De seguida, a formatura seguiu para Moreira de Rei, onde
está depositado o corpo do fundador e primeiro comandante dos
Bombeiros Voluntários de Fafe, João Crisóstomo. Por fim, a formatura foi até ao Cemitério Municipal, prestar as honras aos bombeiros, diretores, sócios e beneméritos já falecidos, em frente ao Jazigo da corporação.
Escuteiros no quartel
s Bombeiros de Águas de Moura receberam, no início de novembro, nas suas instalações mais de três dezenas de escuteiros do Agrupamento 64 de São José, Setúbal.
Foram dois dias repletos de atividades e muita animação, nos
quais os mais jovens tiveram a oportunidade de conhecer e experimentar a rotina e as tarefas dos bombeiros, além das atividades
próprias do escutismo.
SOLIDARIEDADE
Passeio TT junta 300
ÓBIDOS
O
Nova campanha
ao voluntariado
s Bombeiros de Óbidos iniciaram uma nova campanha de apelo ao voluntariado,
tendo como slogan “Vem fazer
parte da nossa equipa.”.
Garantir a continuidade do
trabalho do corpo de bombeiros, demonstrar que é possível
fomentar uma dinâmica participativa e responsável na sociedade, são objetivos desta iniciativa que visa “juntar um grupo de jovens aptos para integrar a próxima recruta,
mostrando que é possível a
qualquer um de ser voluntário”, conforme salientam os responsáveis dos Voluntários de Óbidos.
M
ais um vez, a adrenalina e as emoções marcaram presença no
Passeio Todo o Terreno promovido pela Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
A quarta edição desta iniciativa, superou todas as expectativas,
tendo reunido na linha de partida 103 motos e 64 jipes, num total
de quase 300 participantes, vindos de norte a sul do país e também
do estrangeiro, nomeadamente de França e da Suíça.
No final, o balanço não podia ser mais positivo. Não faltou quem
tecesse elogios ao passeio, tanto pela organização, “excelente”,
como pela qualidade dos percursos apresentados, conforme salienta a organização, dando enfoque ao cariz solidário do evento cuja
receita será investida na qualidade do serviço prestado à população.
ANIVERSÁRIOS
1 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Sines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Bombeiros Voluntários de Tarouca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres . . . . . . . . . . . 66
5 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta . . . . . . . 87
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva . . . . . . . . . . . 39
Bombeiros Voluntários de Sendim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Valadares . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
7 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Ourique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
8 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Rio Maior . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
Bombeiros Voluntários de Murça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
10 de dezembro
Bombeiros Voluntários da Batalha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
11 de dezembro
Bombeiros Municipais de Gavião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
12 de Dezembro
Bombeiros Voluntários Lisbonenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Bombeiros Voluntários de Ribeira Brava . . . . . . . . . . . . . . . 28
13 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Arronches . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
15 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha . . . . . . . 80
16 de dezembro
Bombeiros Municipais de Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
17 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Viatodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Bombeiros Privativos do Meridien – Porto . . . . . . . . . . . . . . 28
19 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . 132
Bombeiros Voluntários de Portalegre . . . . . . . . . . . . . . . . . 116
Bombeiros Voluntários de Ansião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Bombeiros Voluntários de Portel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
20 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Bombeiros Voluntários de Vila Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
22 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé . . . . . . . . . . . . . 81
25 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar . . . . . . . . . . 97
26 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Bombarral . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
29 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira . . . . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Montalegre . . . . . . . . . . . . . . . . 65
30 de dezembro
Bombeiros Voluntários de Pedrouços . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
31 de dezembro
Bombeiros Voluntários Tirsenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Fonte: Base de Dados LBP
31
NOVEMBRO 2014
BEJA
Juve em gala
OLEIROS
Bombeiros em peregrinação
O
núcleo da Juvebombeiro de Oleiros promoveu, pela primeira
vez, uma peregrinação a pé a Fátima.
A jornada reuniu 16 peregrinos, na maioria elementos do quadro
ativo dos Voluntários de Oleiros, que se puseram ao caminho no dia
17, bem-dispostos e unidos pelo companheirismo, ainda que esta
não fosse uma missão fácil.
Depois de três dias de partilha, o grupo chegou ao santuário tomado pela paz, reconfortado pela fé, determinado a repetir a experiência, já no próximo ano.
O
salão dos Voluntários de
Beja foi palco, no passado
dia 1 de novembro, da III Gala
Distrital da JuveBombeiro evento, uma vez mais marcado pela
camaradagem e pelo convívio.
Nesta gala foram distinguidos
o comandante António Gomes
dos Bombeiros de Ferreira do
Alentejo, o chefe José Cascalheira dos Voluntários de Cuba,
e a federação bombeiros de
Beja pela colaboração garantida, mos últimos anos, aos delegados da juvebombeiro.
Pela sua forte atividade, e
cooperação que têm desenvolvido ao longo do último ano, foram, ainda, o delegado da Vidigueira, Emanuel Pestana; o
subdelegado de Cuba, Pedro
Carapeto e o Núcleo de Moura.
Nesta ocasião, a JuveBombeiro de Vidigueira agraciou a
ex-comandante Noémia Ramos; o Núcleo de Moura, os
aderentes Válter Monteiro e Fábio Val-Freixo, e o Núcleo de
Beja, a delegada Ana Água-Doce e a subdelegada Susana
Henriques.
Nesta iniciativa, promovida
pela JuveBombeiro Distrital e
pelo Núcleo de Beja, participaram cerca de noventa convivas
de vários corpos de bombeiros
dos distritos de Beja, Évora e
Setúbal
O papel importante da JuveBombeiro nos quartéis foi sublinhado por Rodeia Machado,
presidente da direção dos Bombeiros de Beja, bem como pela
ex-comandante dos Voluntários
da Vidigueira, Noémia Ramos e
por Manuel Baganha, em representação do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja.
Da mesma forma, também o
coordenador distrital, João Lemos, frisou que os jovens são o
futuro dos Bombeiros em Portugal, pelo que “importa não baixar os braços”.
BOMBEIROS.PT
em novembro de 1994
Concurso assinala 10.º aniversário
O
portal “Bombeiros.pt” promoveu um concurso de fotografia para assinalar o seu
10.º aniversário. Estão de parabéns, o Sérgio Cipriano e a
equipa que coordena pela notável adesão a este primeiro concurso organizado pelo portal,
subordinado ao tema “Os Bombeiros Portugueses”, pelo registo de 70 participantes com 203
imagens. Destas, após a análise
e decisão do júri, chegaram 123
à fase final do concurso.
Apurar e decidir sobre as 5
imagens vencedoras foi a tarefa
ciclópica a que o júri, a seguir,
se dedicou. E aí estão os vencedores: André Granja (1.º e 4.º),
António Tedim (2.º), José Meira
(3.º) e Rui Gouveia (5.º).
OEIRAS E PONTINHA
O
Juntos na missão e na vida
dia 18 de outubro passado
foi o dia escolhido para
mais dois bombeiros darem o
nó. O local aprazado foi Sintra
mas o noivo, bombeiro de 3ª,
Carlos Rodolfo Araújo Marques de Rocha dos Voluntários
de Oeiras e a noiva, bombeira
de 2ª, Mariana Ferreira Marques de Rocha é o dos Voluntários da Pontinha, Odivelas.
Será que estamos prestes a
assistir a alguma transferência entre corpo de bombeiros?
O nó está dado. E, se calhar, a
transferência de um deles
também poderá vir a cami-
nho. Felicidades para os noivos!
32
NOVEMBRO 2014
PORTEL
Modelos por uma causa
Depois dos Sapadores de Setúbal, que o
ano passado surpreenderam o País ao
assumirem o papel de modelos num
calendário solidário que muito deu que
falar, chegou a vez das Bombeiras de Portel
ousarem numa produção fotográfica, que
está a causar furor.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
corpo feminino dos Voluntários de Portel promete conferir beleza a
todos os 12 meses do ano
2015, num calendário que é já
um êxito. A ousadia de 16 mulheres está a fazer correr muita
tinta ainda que do trabalho assinado pelo fotojornalista Hugo
Rainho, só sejam conhecidas algumas imagens, parece imperar sensualidade e bom gosto.
As verbas angariadas com a
venda deste calendário destinam-se apoiar a atividade dos
corpo de bombeiros, conforme
revelou ao BP Jesuíno Moedas,
presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portel.
Mulheres “normais”, envergando fardas de trabalho, manuseando ferramentas várias,
ou operando viaturas pesadas,
marcam esta produção, que,
ainda assim, não perde encanto. As bombeiras dão a conhecer-se exatamente como são,
mas Hugo Rainho consegue
captar-lhes nessa naturalidade
os traços femininos que a farda
oculta.
O desafio lançado pela direção e comando, numa primeira
fase, assustou o corpo feminino dos Voluntários de Portel,
contudo, a vontade de apoiar o
trabalho da instituição que servem, falou mais alto e empurrou o grupo para uma grande
aventura, que não será esquecida tão cedo. Recearam a reação da família e da comunidade, mas a ideia foi aceite por
todos sem reservas, nomeadamente pelos camaradas com
quem, diariamente, cumprem
a missão de salvar vidas, cer-
tamente, orgulhosos do arrojo
com que estas 16 mulheres se
entregaram a esta campanha
solidária, conforme faz questão de sublinhar o comandante
Arsénio Grilo.
Integram este grupo de
“modelos por uma causa” Ana
Naito, Hélia Amador, Elisabete
Chícharo, Helena Correia, Isabel Enfermeiro, Maria João
Chícharo, Maria Margareta,
Marisa Ramalho, Mariana Vaquinhas Marta Cachaço, Marta
Pires, Patrícia Caeiro, Sandra
Correia, Sara Grilo, Susana Pa-
A Crónica
do bombeiro Manel
S
trão, Susana Pires e Vanessa
Horta
O calendário está em fase final de produção e deverá ser
colocado à venda, “por uma
quantia quase simbólica”, já a
partir dia 27 de novembro, na
Feira do Montado, o evento
que mais visitantes atraem a
Portel. Depois, estará disponível para todos os interessados
que devem consultar a página
de Facebook dos Bombeiros
Voluntários de Portel e, assim,
apoiar o meritório trabalho
desta instituição.
LOUVOR/REPREENSÃO
Ao grupo de cidadãos da zona de Vila Franca de Xira que, através das redes sociais, dirigiram um agradecimento aos Bombeiros
Voluntários de Vialonga e da Póvoa de Santa
Iria pelo apoio inexcedível durante o surto de
legionella
Aos cidadãos que muitas vezes, por razões
estranhas mas sempre repreensíveis, ameaçam ou até agridem os bombeiros nos teatros de operações enquanto estes cuidam de
chegar às vítimas para as socorrer.
Tudo bom para quem nos quer bem
enhora Ministra da Administração Interna, acaba de chegar a
um mundo porventura diferente daquele onde, segundo se diz por aqui,
deu meças e demonstrou ser rija e
determinada. Nós aqui nos bombeiros também somos assim. Por isso,
acho que estamos predestinados a
entendermo-nos bem e a fazer coisas boas para os bombeiros, logo,
para bem das populações.
Aqui das serranias que este ano
por esta altura continuam verdes
por que até este ano não arderam
como aconteceu nos outros anos
lembrei-me de lhe mandar uma
mensagem. Um mensagem de bem,
de gente rude habituada a lutar contra a adversidade, a suportar a dor
própria e a alheia mas sempre pron-
ta a antes quebrar que torcer. Não é
que sejamos propriamente teimosos, acho eu. O que se passa é que
para muitos de nós a vida nem sempre foi suave. Por isso quando chegamos às associações e também deparamos com as dificuldades não só
nada nos é estranho como também
não é nada que nos faça recuar ou
arrepiar caminho. O que muitos de
nós aprendemos na vida transportamos para as nossas associações
para que a vida seja mais suave a
quem socorremos.
Se me perguntasse a razão por
que fazemos isto não teria que pensar muito para lhe dizer que nos
está na massa do sangue, corre-nos
nas veias. A explicação até pode
nem ser muito compreensível mas a
certeza que temos, a convicção com
que damos o tudo por tudo para
manter estas casas abertas e continuar a lutar pela segurança dos nossos concidadãos pode ajudar a perceber alguma coisa.
Antes, muitos de nós era gente
simples e rude com força e coragem
para tudo. Hoje a coragem e a força
continuam a não faltar mas já fazemos de outro modo. Já temos gente
com cursos, médicos, engenheiros,
psicólogos, enfermeiros e até advogados. Somos gente com mais preparação, mais treino, mais conhecimentos mas que não alterou a forma simples e pouco dada ao espetáculo de ver as coisas e de trabalhar.
Por que o objetivo da nossa atividade não é nós, são os outros.
Ora acho que é isto que também
vamos ter muito comum consigo, o
trabalho para os outros, o trabalho
cada vez melhor para os outros.
Porventura nunca vamos ter a
oportunidade de nos encontramos.
Eu sou um dos muitos milhares com
quem vai falar através da nossa
Liga. É com ela que vai acertar tudo
e se estiver com ela estará connosco.
Senhora Ministra, aproximasse
mais um Natal e um Fim do Ano.
Como sempre, também nesses dias
os bombeiros vão estar alerta nos
quartéis, longe das famílias mas
perto daqueles que socorrem a qualquer momento.
Senhora Ministra, nas suas novas
funções conhecer essa realidade e
poder contar com ela este ano por
certo vai ter outro sabor para si nesta época que se aproxima. E para
nós também. Somos boa gente,
acredite. Não seremos melhor que
muitos outros, mas de certeza somos diferentes. Tudo de bom para
si, certos de que também nos quer
bem.
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