Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 338 – Novembro 2014
Transcrição
Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 338 – Novembro 2014
Página 3 Foto: Marques Valentim Mensagem de agradecimento LBP/CML Bombeiros com nova casa Página 5 Novembro de 2 0 1 4 E dição : 338 A no : XXXII 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva “Bem vinda aos Bombeiros Sra. Ministra” Página 7 Foto: Marques Valentim Foto: Inácio Rosa/Lusa Presidente da LBP CALENDÁRIO POR UMA CAUSA Página 32 2 NOVEMBRO 2014 “Alea jacta est” P erdoem-me a citação em latim, porventura pretensiosa, mas que serve para recuar às origens de factos ocorridos e sinalizar uma história verdadeira, da realidade da vida, da tradição e da história universal. Do fundo do baú, no meio dos livros de latim e grego que fui obrigado a trilhar, surge um acontecimento histórico que, em síntese, nos demonstra, acima de tudo, que a história, não só não se repete, como nem se rebobina nem volta atrás. A expressão latina “Alea jacta est” tem merecido várias traduções ou leituras. “Os dados estão lançados” é uma delas. “A sorte está lançada” é outra. No fundo, sempre assente na lógica da irreversibilidade e da importância da decisão tomada e dos riscos assumidos. O facto aconteceu. A frase é atribuída a Júlio César ao tomar a decisão de não voltar atrás para atravessar o rio Rubicão com as suas legiões, em terras que hoje delimitam a fronteira norte da Itália, afrontando o poder de Roma e o Senado. A questão em apreço está, não só na vontade nem apenas no desejo, mas no próprio valor da decisão, no atrevimento em fazê-lo, na coragem em assumir que, como é comum dizer-se, nada será como dantes a partir dela. Assim estão também os bombeiros, depois da discussão e das decisões tomadas em congresso, quer, para prosseguir o trabalho já iniciado, mas agora em novos patamares e etapas, LAGOS O s Bombeiros Voluntários de Lagos editaram mais um número da sua “newsletter” onde incluem um conjunto de informação através da qual “prestam contas” das suas valências e serviços e também do trabalho realizado ao longo do terceiro trimestre do corrente ano. Na mensagem da direção da Associação explicam-se os constrangimentos do serviço pré-hospitalar com sucessivos pedidos recebidos através do INEM, o número de bombeiros e de ambulâncias envolvidas nesse esforço perante o facto de, feitas as contas, o INEM apenas pagar 66 por cento de cada serviço prestado através dos bombeiros. Na mensagem do comando é feito um balanço da atividade desenvolvida no período estival de combate a incêndios florestais em que, não obstante não se terem verificado intervenções de monta, importa, mesmo assim, registar que se verificaram muitas e diversificadas, inclusive em triangulação com os corpos de bombeiros vizinhos. JORNAL@LBP Longe da vista, perto do coração G arantem os responsáveis deste setor que, por enquanto, a emigração ainda não é problema para a generalidade dos corpos de bombeiros, que os números não são expressivos, contudo este é fenómeno está a deixar marcas, lacunas difíceis de preencher, nomeadamente no designado “país profundo”, onde falta tudo, sobretudo voluntários para abraçar a causa. Na verdade, “partem sempre os melhores”, conforme referem os responsáveis operacionais, os homens e mulheres que, precisamente, pela formação e pelas qualidades humanas intrínsecas, têm alguma facilidade em encontrar, noutras paragens, as condições de vida que Portugal deixou de poder garantir. Assim sendo, em vários quartéis, a escassez de recursos humanos é equivalente à falta de referências, exemplos motivadores para o grupo. Contudo, em jeito de compensação, fica a certeza que a ligação à causa não se perde. “Bombeiro uma vez, bombeiro sempre” uma expressão muito usada no seio destas verdadeiras famílias e que de alguma forma reflete o “estado de alma” por muitos dos que são forçados a despir a Mauro Gentz na Alemanha não esquece a família da Cruz Branca Foto: Marques Valentim Bombeiros prestam contas quer para, a par disso, avançar para novos desafios também traçados e anunciados no congresso. O grito de Júlio César, transposto para o actual momento dos Bombei- ros Portugueses, traduz a irreversibilidade, a convicção das decisões tomadas sobre o seu futuro e, pelo ímpeto e conteúdo, afasta totalmente a possibilidade de recuar ou voltar atrás. Em abono da verdade, é isso que os bombeiros portugueses já fazem todos os dias na sua missão de prestar socorro. A heroicidade e capacidade técnica aplicadas pelos bombeiros no socorro quantas vezes tornam o andamento da sua acção, forçosamente rápido, exigente e também irreversível. Há manobras e decisões que depois de tomadas, pese embora os riscos assumidos para socorrista e socorrido, não poderão ser anuladas. É isso que torna os bombeiros, nem melhores, nem piores, mas diferentes, claramente diferentes. Muitos gostariam de ser como eles, mas não são. O facto é esse. Não basta gostar. É preciso querer e saber decidir. Para os bombeiros, sempre que a sua intervenção é precisa, o lema é “Vida por Vida”. Por que não, também, “Alea jacta est”. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Luís Teixeira ofertou a coleção de uma vida aos Voluntários da Póvoa do Varzim farda, a suspender o contrato com o voluntariado. Muitos dos que deixam o país fazem questão de continuar, no limite das suas possibilidades, a tentar cumprir durante as férias as horas de ser- viço que os livrem da reserva. Outros, quando impossibilitados de cumprir o lema “vida por vida” encontram outras formas de continuar a servir as suas associações. Exemplo dessa ligação, Mauro Gentz, um jovem que encontrou modo de vida na Alemanha e partiu, mas que, pouco tempo depois, estava a enviar para o Voluntários da Cruz Branca, algumas dezenas de computadores portáteis, para equipar as salas de formação dos operacionais. Também Júlio Nóbrega deixou a sua terra natal, mas não esqueceu a família dos bombeiros tendo, recentemente, promovido no país de acolhimento uma iniciativa solidária que permitiu angariar verbas para esta instituição de Vila Real. Exemplos não faltam como o do subchefe Luís Teixeira, que depois de mais de 25 anos ao serviço dos Bombeiros da Póvoa do Varzim, rumou ao Luxemburgo, mas não esquece esta sua família. Ingressou no quadro de honra, deixou o coração no quartel, tal como uma magnífica coleção de miniaturas de bombeiros que embeleza uma das áreas mais nobres da sede desta associação. Gestos que tocam, reveladores da paixão e da entrega, que norteiam os soldados paz e que os tornam únicos e especiais, porque, na verdade, “não é bombeiro quem quer, mas sim quem pode”. Sofia Ribeiro 3 NOVEMBRO 2014 Sra. Presidente/ Sr. Presidente, Sra. Comandante/ Sr. Comandante, Bombeiras e Bombeiros de Portugal, o rescaldo do 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses realizado em Coimbra, cumpre-me em nome pessoal e em nome dos que me acompanharam, agradecer a todos, sem exceção, por terem reconhecido a nossa capacidade de trabalho, o valor das propostas que apresentámos e a nossa dedicação à Causa dos Bombeiros Portugueses. Neste Congresso confirmámos que tudo se torna mais fácil quando as pessoas acreditam nos projetos, na coerência das ações, e acima de tudo pelo respeito da concretização dos compromissos assumidos. N Como tal, e disso não tenhamos dúvidas, o sucesso que desejamos para futuro não se atingirá só com os que estiveram do nosso lado, ou com os que nos apoiaram, nada mais errado. Só atingiremos os objetivos a que nos propusemos se estivermos todos juntos e unidos, nas práticas, nos propósitos e nos objetivos comuns. Após o ato eleitoral e depois dos Bombeiros Portugueses terem dito, clara e inequivocamente, quem queriam para dirigir os destinos da Liga dos Bombeiros Portugueses, haverá que fazer essas leituras para memória futura e não mais do que isso. Por isso entendo e assumo o meu compromisso de, como Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, ser o Presidente de todos, para, e com todos vós, prepararmos o futuro com solidez e confiança. Por essa razão ninguém está dispensado, estão todos convocados. No atual mandato ainda a decorrer, todos ou quase todos, pautámos as nossas práticas pela lisura dos processos, pela defesa intransigente dos interesses dos Bombeiros Portugueses, na melhoria das suas condições de trabalho, nas suas reivindicações, nos seus direitos e na justeza das suas propostas. Hoje, como ontem, afirmamos a nossa forte convicção de reforçar no próximo mandato o cariz reivindicativo das nossas ações, com base no bom senso, equilíbrio e responsabilidade, afirmando sempre quanta honra sentimos por representar os Bombeiros Portugueses. Há pois que garantir, reforçar e consolidar o que conseguimos conquistar no passado, corrigir o que houver a corrigir, continuando a lutar pela concretização das nossas propostas e avançar com as novas ideias e com os novos projetos, sufragados no nosso Congresso. Essa é a nossa meta, esse é o compromisso que assumimos e vamos cumprir. Não quero terminar esta mensagem sem que antes agradeça penhoradamente à Direcção da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra e a todas as Associações e Corpos de Bombeiros que dela fazem parte, pela sua dedicação, pelo seu esforço, pela sua capacidade e disciplina organizativa. A todos os funcionários da Liga dos Bombeiros Portugueses que estiveram na organização do Congresso, pela sua competência e profissionalismo. A todos os Bombeiros com farda e sem farda que por todo o País se envolveram na defesa da nossa Causa, com empenhamento, entusiasmo, generosidade, e espírito de equipa na defesa dos mais altos valores e dos interesses de Portugal e dos Portugueses. A todos, muito e muito obrigado. Foto: Marques Valentim Mensagem de agradecimento 4 NOVEMBRO 2014 LIGA DOS BOMBEIROS PORTUGUESES Lista dos órgãos sociais para o triénio 2015/17 Lista eleita no 42.º Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses cuja posse irá decorrer em janeiro do próximo ano: MESA DOS CONGRESSOS Presidente – Cmdt. António José Jesus Carvalho | AHBV Póvoa de Santa Iria | Lisboa Vice-Presidente – Fernando Eirão Queiroga | AHBV Boticas | Vila Real Secretário – Cmdt. QH António Castro Valente |CBP Salvador Caetano | Aveiro Secretário Adjunto – António Lopes Marques | AHBV Caldas da Rainha | Leiria Vogal – Cmdt. António Manuel Marinho Gomes | FBD Braga | Braga Suplentes Inácio José Ludovico Esperança | AHBV Vila Viçosa | Évora Manuel de Sousa Eusébio | AHBV Castelo Branco | Castelo Branco Cmdt. Ilda Maria Flores Cadilhe Coelho | AHBV Póvoa de Varzim | Porto Marcelo Jorge Lago | AHBV Mirandela | Bragança Cmdt. José Marino Veladeiro Serra Fernandes | AHBV Sousel | Portalegre CONSELHO EXECUTIVO Presidente – Cmdt. QH Jaime Carlos Marta Soares | AHBV Vila Nova de Poiares | Coimbra Vice-Presidente – António João Rodeia Machado | AHBV Beja | Beja Vice-Presidente – Cmdt. QH José Joaquim da Silva Miranda | AHBV Santa Marinha do Zêzere | Porto Vice-Presidente – Luís António Vicente Gil Barreiros | AHBV Gouveia | Guarda Vice-Presidente – Cmdt. Adelino Lourenço Gomes | AHBV Constância | Santarém Vice-Presidente – Adriano da Graça Mourato Capote | FBD Portalegre | Portalegre Vogal – Rui Sousa Dias Rama da Silva | AHBV Cascais | Lisboa Vogal – Cmdt. José Luís de Carvalho Morais | AHBV Paredes | Porto Vogal – Cmdt. José Sebastião Fernandes | AHBV Bragança | Bragança Vogal – Cmdt. José Alberto Lopes Requeijo | AHBV Moimenta da Beira | Viseu Vogal – Cmdt. Mário Jorge de Deus Gil Leal Cerol | AHBV Alcobaça | Leiria Suplentes Foto: Marques Valentim Cmdt. Fernando da Silva Barão dos Santos | AHBV Torres Vedras | Lisboa Cmdt. Miguel Ângelo e Silva David | AHBV Carregal do Sal | Viseu Cmdt. Paulo Jorge Linares Simões | AHBV Vila Real de Santo António | Faro Cmdt. QH José Gomes da Costa | AHBV Espinho | Aveiro João António das Neves Inverno | AHBV Évora | Évora Manuel Simões Rodrigues Marques | AHBV Pombal | Leiria Cmdt. João Carlos Lopes Serras | AHBV Vila de Rei | Castelo Branco João Ilídio Monteiro da Costa | AHBV Vizela | Braga Cmdt. Noémia Ermelinda Rocha Fragoso Ramos | AHBV Vidigueira | Beja Cmdt. Paulo Jorge Lima Vieira | AHBV Alcochete | Setúbal Cmdt. QH José Francisco do Rio França de Sousa | AHBV Lisbonenses | Lisboa CONSELHO FISCAL Presidente – Lídio Manuel Coelho de Neto Lopes | AHBV Figueira da Foz | Coimbra Vice-Presidente – Vasco Manuel Verdasca da Silva Garcia | AHBV Ponta Delgada | RA Açores Relator – Cmdt. QH Joaquim Mano Póvoas | AHBV Carvalhos | Porto Secretário – Eduardo Osvaldo Louro da Silva Correia | AHBV Barreiro – Sul e Sueste | Setúbal Vogal – Rogério Viera Silva | AHBV Pampilhosa do Botão | Aveiro Suplentes José Miguel Mafra Iglésias | CBM Funchal | RA Madeira Cdmt. QH Arnaldo Filipe R. dos Santos | AHBV Torrejanos – Torres Novas | Santarém José Gabriel Martins Borges | AHBV Ribeira de Pena | Vila Real Cmdt. Pedro Manuel Lopes Ferreira de Lima | AHBV Sobral de Monte Agraço | Lisboa João José Baptista de Sousa | AHBV Trancoso | Guarda Conselho Jurisdicional Presidente – Cmdt. QH Carlos Ricardo Gaudêncio Bucha | AHBV Montemor-o-Novo | Évora Vice-Presidente – Cmdt. QH António Jaime Gualdino Ribeiro | AHBV Belas | Lisboa Vogal – Ana Paula de Figueiredo Simões Gomes Santana | AHBV Viseu | Viseu Vogal – Luciano José Quintas Moure | AHBV Viana do Castelo | Viana do Castelo Vogal – Carlos Manuel Lopes de Almeida | AHBV Fajões | Aveiro Suplentes Abel Manuel Barbosa Maia | AHBV Vila do Conde | Porto José Luís Mendes da Palma Pires | AHBV Serpa | Beja Germano Manuel de Lima Amorim | AHBV Arcos de Valdevez | Viana do Castelo Ricardo João Duarte Rodrigues Avelãs Nunes | AHBV Pinhelenses – Pinhel | Guarda Cmdt. Acácio José Ferreira Raimundo | Arruda dos Vinhos | Lisboa U CONSELHO SUPERIOR CONSULTIVO José António da Piedade Laranjeira | AHBV Albergaria-a-Velha | Aveiro José Manuel Lourenço Baptista | AHBV Dafundo | Lisboa José Manuel Barreira Abrantes | AHBV Malveira | Lisboa Alberto Rui Freixo Guedes de Moura | AHBV Crestuma | Porto Agostinho Pinto Teixeira | AHBV Esposende | Braga Cmdt. José da Silva Campos | AHBV Lixa | Porto Cmdt. Nélio José dos Santos Gomes | AHBV Pataias | Leiria Cmdt. QH Eduardo do Rosário Agostinho | AHBV Rio Maior | Santarém Cmdt. QH Miguel Maurício de Jesus Antunes | AHBV Linda-a-Pastora | Lisboa Manuel Baeta de Castro | AHBV Calheta | RA Madeira José Gonçalo Nobre Duarte da Silva | AHBV Monchique | Faro Suplentes Cmdt. José Luís de Sousa Ribeiro da Quinta | AHBV Barcelos | Braga Cmdt. José António da Silva Ferreira | AHBV Alter do Chão | Portalegre Cmdt. Carlos Alberto Nunes Pires | AHBV Aveiro – Velhos | Aveiro António Manuel Batista | AHBV Macedo de Cavaleiros | Bragança Cmdt. QH Carlos Manuel António Seara Pires | AHBV Vila Nova de Tázem | Guarda Mário Augusto Ferreira Teixeira | AHBV Anadia | Aveiro João Luiz Martinho Santa Bárbara | AHBV Sines | Setúbal Augusto Jorge Chaves Rodrigues | AHBV Borba | Évora António Fernando Ceia Biscainho | AHBV Portalegre | Portalegre Joaquim Pinto Ascensão Martins | AHBV Figueiró dos Vinhos | Leiria António Alberto Soares da Costa Barros | AHBV Vila Real – Cruz Verde | Vila Real LBP ACORDO LBP COM PT/ACS Bombeiros brasileiros visitam confederação Novo preçário em vigor m grupo de 15 oficiais do Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal de Brasília, Brasil, avistou-se recentemente com o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, durante a visita que fizeram à sede da confederação. Esta reunião integrou-se no programa da visita a Portugal do grupo de oficiais brasileiros, que concluiu o curso de promoção a coronel, o posto mais alto da hierarquia dos bombeiros militares daquele país. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) renegociou recentemente com a Portugal Telecom (PT)/ Associação de Cuidados de Saúde (ACS) um novo preçário para a prestação de serviços em ambulância. O novo preçário revê os termos do protocolo de fevereiro de 2000 e constitui uma mais-valia nos serviços a prestar pelas associações/corpos de bombeiros aderentes aos beneficiários dos planos de saúde geridos pela PT/ACS ou pessoas a quem esta presta cuidados de saúde. No âmbito da renegociação, o preço de quilómetro percorrido passa a ser de 54 cêntimos, no caso de serviço do tipo normal, a taxa mínima de saída por serviço passa para 8,50 euros, só aplicável quando o percurso percorrido não exceda os 20 quilómetros. Serão também cobrados 5 euros/ hora pela aplicação de oxigénio, em situações devidamente prescritas por um médico. Os valores referidos serão atualizados anualmente, com efeitos a partir de 1 de fevereiro com base na variação que se verificar no Índice de Preços no Consumidor no ano precedente. 5 NOVEMBRO 2014 ANTÓNIO COSTA DIZ QUE É UMA HONRA COLABORAR COM A LIGA Fotos: Marques Valentim Palácio de São Cristóvão já é dos bombeiros J aime Marta Soares, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) não escondeu a “emoção” e o “orgulho” no dia em que a Câmara Municipal de Lisboa cedeu oficialmente o Palácio São Cristóvão à Confederação para a construção da futura sede da Liga. “Esta é uma data histórica para os bombeiros portugueses que vão ter uma nova casa com mais condições para que possam ser servidos com outra dignidade”, realçou Jaime Marta Soares na cerimónia de assinatura da escritura, realizada no passado dia 13 de novembro. Realçando a “sensibilidade” e “disponibilidade” de António Costa, o presidente da Liga agradeceu as palavras do autarca que referindo-se ao trabalho da LBP, destacou o serviço “humanitário e meritório” que os bombeiros voluntários prestam ao país. “É uma honra colaborar mais uma vez com a Liga Bombeiros Portugueses para que a casa comum, a casa de todos os bombeiros, esteja sediada em Lisboa”, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa. A futura sede da LBP será instalada no Palácio de São Cristóvão, no Paço do Lumiar, em Lisboa, por cedência do direito de superfície por parte do município de Lisboa. Uma instituição que congrega homens que “têm a generosidade de dar a vida pela vida”, é uma instituição com a qual a câmara se sente “honrada em poder colaborar”, sublinhou António Costa, que se congratulou com a instalação da sede da LBP em Lisboa, cidade que, salientou, tem o único Regimento de Sapadores Bombeiros do país. Dirigindo-se ao presidente da LBP, António Costa referiu que esta colaboração em muito se deve ao “trabalho” desempenhado pelo comandante, e que deixa a garantia que “a Liga vai prosseguir o seu trabalho ao mais alto nível”. Para o representante máximo dos Bombeiros, a “rápida” conclusão deste processo deveu-se sobretudo à “forma afável e “competente” como António Costa abordou esta questão. Aproveitando o momento simbólico da assinatura da escritura e da entrega das chaves do Palácio de São Cristóvão, Jaime Marta Soares sublinhou que gostaria de ver “replicada na fase de licenciamento das obras”, todo o empenho demonstrado pela Câmara até ao momento. Aproveitando a presença de vários elementos da câmara, Marta Soares solicitou a colaboração dos vários serviços da edilidade, no sentido de tornar possível a conclusão das obras dentro do prazo de dois anos. A cedência do edifício é feita “em regime de direito de superfície num período de 50 anos, prorrogável por períodos de 25 anos”, pode ler-se na deliberação camarária. Durante os próximos dois ano, a Liga fica isentada de pagar taxas ou impostos sobre o novo terreno do Lumiar. Em contrapartida, é “revogado o direito de superfície constituído a favor da LBP” sobre um lote de terreno na Rua de Campolide. Neste local esteve projetada a construção de uma nova sede, que nunca se concretizou. Segundo o presidente da Liga, o atual edifício sede da LBP será sempre dos bombeiros. “Esta será sempre a casa de todos os bombeiros portugueses e poderá servir de casa anfitriã para momentos importantes. Qualquer decisão terá sempre a participação de todos”, conclui Marta Soares. PC 6 NOVEMBRO 2014 ANTÓNIO DE MOURA E SILVA (1914-2006) Evocando os 100 anos do seu nascimento Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista “S er homem é ser responsável. É sentir que colabora na construção do mundo.” Esta citação, do escritor Antoine Saint-Exupéry, ajusta-se ao perfil do nosso homenageado: António de Moura e Silva (1914-2006), presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entre 1955 e 1975. No ano em que se completa o centenário do seu nascimento, impõe-se que recordemos a vida e a obra daquele que, desde sempre, mais tempo permaneceu na presidência da Confederação, o que motivou, muito justamente, quando cessou funções, ser distinguido com o título de “Presidente Honorário”. Também director do “BP”, de 1983 até à sua morte, falamos de um homem de princípios e valores, bem como de uma verticalidade irrepreensível, que dignificou e prestigiou, dentro e fora do país, a LBP e os bombeiros portugueses. António de Moura e Silva teve uma vida de permamente entrega ao humanitarismo e à solidariedade, abraçando diferentes causas. No domínio dos bombeiros, iniciou a actividade em 1939, ao ingressar nos órgãos sociais dos Bombeiros Voluntários de Almada (BVA), onde, entre outras funções, se destacou como presidente da Direcção. Esteve ligado à instituição durante mais de 20 anos. A entrada para os BVA decorreu de uma situação que o marcou profundamente, vindo a revelar-se determinante para que nunca mais tivesse deixado de se sentir contagiado pelas virtualidades dos bombeiros portugueses e das suas organizações. Isso mesmo relatou ao “BP”, em Agosto de 1992, quando entrevistado na qualidade de presidente honorário do então Conselho Administrativo e Técnico (CAT): “Em 1932 recebi em minha casa o comandante José Brás e o tesoureiro Augusto Soares, dos Bombeiros Voluntários de Almada. Esta visita teve como objectivo apresentarem-me condolências pela morte de meu pai, que exercera as funções de tesoureiro na corporação. Estes homens nessa ocasião manifestaram-se devedores de uma importância que meu pai tinha emprestado para que fosse comprada a primeira bomba ‘Magirus’ da corporação. Esta nobre atitude constituiu a verdadeira motivação que me levou a aderir à causa dos bombeiros voluntários”. Homem de fino trato, dono de palavra fluente, muito cedo os seus méritos tornaram-no numa personalidade reconhecida pelas entidades do sector dos bombeiros. Em 1954, a convite do CAT da Liga dos Bombeiros Portugueses, assumiu a direcção do Boletim da Confederação, valorizando a respectiva linha editorial. No mesmo ano, por gerar consenso a nível nacional, foi eleito presidente da LBP, quando do XI Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, reunido em Leiria de 3 a 5 de Setembro. “Perante a falta de um elenco directivo e após alguns conflitos, no decorrer dos trabalhos, eu fui insistentemente convidado a assumir a presidência da Liga, juntamente com o comandante José Brás. Respondi, então, que ou ficava eu ou ele. Apesar da grande amizade que me ligava ao José Brás, entendia que se ambos aceitássemos, a Liga passava a ser dos Bombeiros de Almada, de onde ambos éramos responsáveis. Tendo sido compreendida a minha posição aceitei o convite”, recordou também, em Agosto de 1992, na entrevista concedida ao “BP”. Empossado em 8 de Janeiro de 1955, marcou um novo estilo de liderança e, por consequência, devolveu a estabilidade à instituição, pois esta havia atravessado um período de crise interna. Durante 20 anos, foi – com enorme convicção, equilíbrio e sentido de justiça – portador das aspirações dos bombeiros portugueses junto dos responsáveis políticos. Nessa circunstância, soube afirmar a importância do papel desempenhado pelos bombeiros no sistema social e obter o reconhecimento dos governantes, consubstanciado em medidas de apoio consideradas muito favoráveis para a época, referindo, a propósito, ao ser entrevistado: “Posso dizer com muito orgulho que, apesar das excelentes relações institucionais que a Liga mantinha com o Estado, nunca recebeu deste nenhum subsídio para a sua actividade normal. Foi sempre meu princípio que a Liga deveria manter uma completa independência relativamente ao Estado. As nossas receitas eram provenientes das quotizações das federadas. Houve situações em que para pagarmos a nossa quotização ao CTIF os directores da Liga tiveram de se quotizar entre si, pois não havia dinheiro. Foram realmente tempos de grandes dificuldades. Mas nem por isso deixamos de considerar como fundamental a nossa total independência.” Promotor do espírito de unidade e defensor acérrimo das virtudes morais e cívicas do sector agiu de forma atenta e descentralizada. Com regularidade, efectuou rondas de visi- tas pelas associações e corpos de bombeiros do Continente, Açores, Madeira e antigo Ultramar, a fim de se inteirar da realidade e poder encontrar soluções para os problemas identificados no terreno. Participou activamente no Comité Técnico Internacional do Fogo (CTIF), para o qual foi eleito vice-presidente em 1966 e 1970. Numa fase posterior passou à condição de vice-presidente honorário. Devido ao seu empenhamento, no âmbito das relações mantidas com o CTIF, contribuiu para o aumento do prestígio internacional dos bombeiros portugueses, ao propor a realização, em Lisboa, do II Congresso Mundial do Fogo, o que veio a acontecer entre 22 e 26 de Agosto de 1962. Nesta importante jornada de afirmação, que se revestiu do maior sucesso, estiveram presentes 162 congressistas, em representação de 28 países da Europa, América do Sul, África e Ásia. O governo vigente distinguiu-o pouco tempo depois com o grau de oficial da Ordem de Benemerência. Foram muitos e diversos os momentos altos que viveu ao serviço dos bombeiros, recordando com frequência a entrega do primeiro Crachá de Ouro ao Papa Pio XII, durante o I Congresso Mundial do Fogo, realizado em Roma (1956), e o facto de ter sido designado pelo presidente do Comité Técnico Internacional do Fogo para o representar na presidência do 1.º Congresso Mundial dos Bombeiros Latino-Americanos, reunido no Rio de Janeiro (1965). Ficou igualmente célebre a sua entrega aos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, terra natal de seus pais, intervindo no respectivo processo de instalação. Foi, de resto, sob a sua condução que entrou na vila de Alvaiázere a primeira ambulância daquele Corpo de Bombeiros, facto histórico que denota bem a relação de proximidade ali mantida e o seu consequente envolvimento na vida associativa, contribuindo para o progresso local. Diante disso, a Câmara Municipal de Alvaiázere entendeu prestar-lhe homenagem, atribuindo o seu nome a uma das artérias do concelho. Em 1975, ano no qual cessou funções, os bombeiros portu- gueses decidiram, por ocasião do Congresso Extraordinário do Estoril, distinguir António de Moura e Silva com o título de “Presidente Honorário” da LBP, prestando-lhe tributo pela dedicação e competência colocadas ao serviço da causa. Longe de se afastar, em absoluto, do meio dos bombeiros, a sua prestigiada presença continuou a ser uma constante nas mais variadas ocasiões, sendo-lhe solicitada, com regularidade, preciosa colaboração. Faleceu a 14 de Agosto de 2006. Em 7 de Janeiro do mesmo ano, havia sido condecorado, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Liga dos Bombeiros Portugueses, realizada no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, com o primeiro Colar de Mérito, a mais alta distinção honorífica da Confederação. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico 7 NOVEMBRO 2014 ANABELA RODRIGUES É A NOVA MAI A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) já disse que a nova ministra da Administração Interna terá “toda a colaboração” dos bombeiros para resolver os problemas da classe. É a reação à nomeação de Anabela Rodrigues que sucede a Miguel Macedo. O ex-ministro da Administração Interna demitiu-se no passado dia 16 de novembro. O país dos bombeiros foi apanhado de surpresa com a saída de um ministro que todos dizem “fica para a história”. O “melhor ministro a seguir ao 25 de abril”, na opinião de Jaime Marta Soares. Texto: Patrícia Cerdeira “O Vistos Gold. Anabela Rodrigues já tomou posse e vai continuar a contar com os dois secretários de Estado do MAI. Os secretários de Estado de Miguel Macedo foram reconduzidos, mantendo-se Fernando Alexandre como secretário de Estado adjunto da ministra e João Pinho de Almeida como secretário de Estado da Administração Interna. Logo após ter tido conhecimento do nome da nova responsável pela pasta dos bombeiros, Jaime Marta Soares referiu que Anabela Rodrigues, é MAI garante continuidade Ministro Miguel Macedo foi essencial para que nos últimos anos se tenham resolvido muitas questões, relativas aos bombeiros, que esperavam solução há muitos anos. Para além dos assuntos que foram resolvidos, há outros que estão em curso. Estes continuarão com o mesmo rumo e o mesmo ritmo. Essa é a melhor forma de honrar o trabalho que foi feito até aqui e de lhe dar sequência”. Esta é a posição de João Almeida, secretário de Estado da Administração Interna, em resposta ao Jornal Bombeiros de Portugal. Na sequência da demissão de Miguel Macedo, e numa altura em que a Liga dos Bombeiros Portugueses negociava vários dossiês, o nosso jornal questionou João Almeida, reconduzido no cargo, sobre os eventuais reflexos da saída do ministro que liderou os trabalhos nos últimos três anos. Confrontado com um dos temas que mais preocupam o setor - a Foto: Sérgio Santos A nabela Rodrigues, de 60 anos, doutorada em ciências Jurídico-Criminais, é a primeira mulher a assumir a pasta da Administração Interna, substituindo no cargo Miguel Macedo, que se demitiu do Governo na sequência do caso dos futura Lei de Financiamento, João Almeida diz ao ‘BP’ que o objetivo de enviar o diploma para o Parlamento até ao “final do ano” mantém-se. “A realização desse objetivo está apenas dependente da conclusão da negociação do II Pilar (LBP-ANMP), uma vez que as negociações entre a LBP e o MAI estão concluídas. O MAI acredita e deseja que rapidamente essa negociação esteja concluída, por forma a cumprir os prazos estabelecidos”, esclarece o responsável do Governo. Quem é a nova ministra A Foto: Inácio Rosa/Lusa Foto: Inácio Rosa/Lusa Foto: Luís Filipe Catarino/Presidência da República Bombeiros têm garantia de continuidade na ação “uma ilustre académica que ao longo dos anos tem afirmado o seu valor e competência nos lugares onde tem estado”. Para Jaime Soares, a sua “grande dimensão académica e intelectual” são “um garante ao exercício de um cargo difícil como é o de ministra da Administração Interna”. Ainda segundo Marta Soares, a nova ministra pode contar com a colaboração dos bombeiros para encontrar, “com rapidez, a resolução para os problemas que atingem os agentes de proteção civil”, que têm ao seu cuidado a defesa das populações. “Da nossa parte, a senhora ministra terá toda a colaboração, toda a lealdade, mas também todo o nosso sentido de reivindicação”, para que seja possível “a resolução dos muitos ‘dossiês’ que estão em cima da mesa”, muitos dos quais já em fase avançada, sustentou. Jaime Marta Soares sublinhou que os bombeiros são “pessoas de fé e de esperança” e acreditam que, “com diálogo”, os problemas que irão colocar à nova ministra terão a consequência que desejam. “Acreditamos com toda a sinceridade que possamos continuar a desenvolver um bom nabela Rodrigues, ex-diretora da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, é a nova ministra da Administração Interna. Anabela Rodrigues, de 60 anos, é penalista, membro do Conselho Superior de Magistratura, foi diretora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) e presidiu à comissão de reforma do sistema de execução de penas. Foi também a primeira mulher a doutorar-se, em 1995, na Faculdade de Direito em Coimbra. A nomeação para o CEJ em 2004 foi feita pelo então ministro da Justiça, José Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da Defesa. trabalho como fizemos neste últimos três anos com o titular da pasta Miguel Macedo” e colaborar para que “a senhora ministra tenha êxito no exercício da sua missão como ministra da Administração Interna”, concluiu. Esta não foi uma sucessão natural. Miguel Macedo Miguel Macedo anunciou a sua demissão do cargo de ministro da Administração Interna, três dias depois de ter visto o seu nome envolvido no processo dos Vistos Gold que levaram à detenção de 11 arguidos, dois dos quais amigos de Miguel Macedo. Numa curta declaração produzida num domingo à noite, o ex-ministro garantiu não qualquer intervenção no processo, reconheceu que a investigação em curso o deixou com “autoridade diminuída”, e um “ministro da Administra Interna não pode estar diminuído na sua autoridade”, referiu um dos braços direito do Primeiro-Ministro que justificou desta forma a sua saída. Miguel Macedo não festejou A demissão de Miguel Macedo aconteceu horas antes da ceri- mónia de apresentação do balanço do DEFIC 2014. Aliás, esta foi a primeira vez que os responsáveis máximos do ministério da Administração Interna não estevão presente nesta iniciativa anual, num ano em que Miguel Macedo poderia congratular-se e chamar a si os louros de uma das melhores campanhas de verão de sempre. Com o MAI demissionário, a cerimónia acabou por ficar marcada por todas estas convulsões. Questionado sobre a situação, Jaime Marta Soares lembrou que Miguel Macedo “foi o melhor ministro da Administração Interna” para os bombeiros desde o 25 de abril de 1974, referiu à margem da cerimónia de apresentação do balanço do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2014. O presidente da LBP adiantou que Miguel Macedo vai ser difícil de substituir, significando a sua demissão “uma perda muito grande” para os bombeiros portugueses. “Para nós é um recuo muito grande, uma preocupação ainda maior, é uma perda para tudo aquilo que nós desejávamos ver desenvolvido e com resultados práticos”, sustentou. 8 NOVEMBRO 2014 VILA REAL GOUVEIA O Portal promove debate portal “Bombeiros. pt” assinalou o seu 10.º aniversário com uma conferência nacional sobre “A importância da comunicação nos bombeiros portugueses”. Tema candente que o responsável pelo portal, Sérgio Cipriano, e a sua equipa, escolheu para, também em nome da Associação Amigos dos Bombeiros do Distrito da Guarda, para reunir jornalistas e bombeiros em animado e frutuoso debate. A sessão de abertura contou com a presença do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Gil Barreiros, e do segundo comandante distrital de socorro da ANPC, José António Oliveira, e também com a participação de Rui Rama da Silva, enquanto diretor do jornal da LBP “Bombeiros de Portugal”. O primeiro painel do encontro, moderado por Daniel Rocha, foi subordinado ao tema “A visão do jornalista local, regional e nacional” e contou com os testemunhos dos jornalistas, Paulo Prata (“Notícias de Gouveia”) e Jorge Esteves (RTP-Guarda). O segundo painel,”A comunicação interna e externa dos corpos de bombeiros”, permitiu pela primeira vez uma apresentação conjunta de grupos de comunicação e imagem dos Bombeiros de Esmoriz, Penela, Gouveia e Alcabideche, e um balanço, igualmente oportuno, dos “bombeiros portugueses - passado, presente e futuro” de João Paulo Teixeira, jornalista e antigo editor do “Bombeiros de Portugal”. Depois seguiram-se mais quatro painéis, o primeiro, moderado por Paulo Reis, sobre a “a presença dos bombeiros nas redes sociais”, com a apresentação do “Diário de um bombeiro”, por António Santos, e “Bombeiros On-Line”, por Rui João. Seguiu-se “A importância da comunicação institucional”, moderado pela jornalista Mónica Costa, “comunicar sobre pressão em teatro de operações”, moderado por Sérgio Cipriano, e, por fim, um painel dedicado ao próprio portal organizador, que incluiu a entrega dos prémios ao vencedores do concurso de fotografia promovido também no âmbito do 10º aniversário do “Bombeiros. pt”. D «Motivar para Salvar» tema de jornadas ecorreram, no passado dia 15 de novembro, em Vila Real, no salão nobre da sede/ quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Real – Cruz Verde, as I Jornadas de Cidadania e Voluntariado sob o tema «Motivar para Salvar». Esta iniciativa contou com a presença de diversas entidades convidadas, nomeadamente, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares. Este, no uso da palavra na sessão de encerramento, enalteceu a oportunidade da iniciativa e dos próprios temas, a qualidade dos intervenientes e a capacidade que as associações têm demonstrado para organizar iniciativas do género, “ e que são uma marca indelével de que os Bombeiros Voluntários têm qualidade, apostam na formação e na reflexão, querem saber sempre mais para salvar ainda melhor”. Do programa das Jornadas constaram quatro comunicações cujos temas eram: «Princípios do Voluntariado» (Padre Lúcio), «Ser Voluntário» (Prof.ª Dr.ª Vera Mendonça), «Motivação para o Voluntariado» (Prof.ª Dr.ª. Ana Paula Monteiro) e «Desafios do Voluntariado» (Dr. António Gentil Magalhães). A moderação esteve a cargo do presidente da assembleia-geral da Associação, Manuel Prazeres, que apresentou os diversos oradores fazendo depois uma síntese final dos trabalhos. Conforme a comissão organi- zadora, “os temas foram escolhidos de forma a promover-se um conhecimento diversificado e abrangente do que é, o carateriza e motiva o voluntariado na atualidade, permitindo ainda que as comunicações se complementassem de acordo com a opinião, a experiência, a formação e a prática dos diversos oradores”. A Câmara Municipal de Vila Real fez-se representar na ceri- mónia de encerramento pela vice-presidente, Profª Eugénia Almeida, que aproveitou a oportunidade para cumprimentar todos os presentes e dar os parabéns pela iniciativa levada efeito. Apresentou também a sua opinião acerca do voluntariado e as iniciativas que estão a decorrer e outras que serão implementadas brevemente pela autarquia, ao nível do voluntariado. ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL Importância da promoção da segurança e saúde ocupacional num corpo de bombeiros A promoção de programas de segurança e saúde ocupacional (SSO) nos bombeiros tem sido desenvolvida em diversos países, com particular destaque nos Estados Unidos da América. É certo que a aplicação de medidas de segurança e saúde ocupacional na missão dos bombeiros representa um grande desafio, ao contrário de outras áreas profissionais. Ora, veja-se: • Num cenário com elevados riscos associados, para salvar vidas e proteger bens patrimoniais e ambientais, os bombeiros, em vez de se afastarem do perigo, enfrentam-no! • A população tem sempre a expectativa (quantas vezes, irrealista) que a missão dos bombeiros é salvar a qualquer custo, esperando que os profissionais de socorro se coloquem em risco, mesmo quando esses riscos superam claramente eventuais benefícios daí obtidos; • Frequentemente, os incidentes que os bombeiros enfrentam desenvolvem-se a uma velocidade enorme, por vezes de forma inesperada, e, em certos casos, sem que a equipa de socorro tenha experiência prévia na resolução daquela situação em concreto. No entanto, os benefícios da promoção da SSO nos Corpos de Bombeiros (CBs) ultrapassam largamente o investimento associado. VALOR DA VIDA HUMANA Nos últimos dez anos, entre 2003 e 2013, faleceram, em serviço operacional, 73 bombeiros. A natureza das causas varia: acidente de viação (29), incêndio florestal (22), emergência pré-hospitalar (11), incêndio urbano (5), instrução (2) e diversas (4). Compreende-se, assim, que CADA VIDA HUMANA SALVA PELA IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE SSO TEM UM VALOR INCALCULÁVEL. E é, por isso mesmo, que este é um investimento que vale a pena! Legalidade do serviço operacional bem como para o próprio CB e entidade detentora. Impacto dos acidentes em serviço De acordo com a legislação em vigor, todos os bombeiros portugueses encontram-se abrangidos por um seguro, seja de acidente de trabalho, no caso dos profissionais, seja de acidentes pessoais, no caso dos voluntários. Em caso de acidente, a cobertura por parte da apólice de seguros pressupõe que foram implementadas as medidas de SSO adequadas à natureza da atividade, para evitar repercussões ainda mais graves para o bombeiro acidentado e sua família, Aumento da produtividade e eficiciência do corpo de bombeiros O elevado número de acidentes em serviço nos bombeiros portugueses implica, em primeiro lugar, inúmeras lesões físicas e psicológicas graves, algumas com repercussões para toda a vida nas mulheres e homens que, em regime profissional ou voluntário, se dedicam a esta missão. Um estudo internacional revela que os bombeiros estão sete vezes mais sujeitos a acidentes, que requerem um período de baixa, do que a população profissional em geral. Associado a estes acidentes estão também períodos de baixa ao serviço operacional, com as respetivas consequências e/ou, mesmo, o afastamento precoce dos CBs. A promoção da SSO por parte da entidade detentora e Comando do CB revela a sua preocupação para com os homens e mulheres que se dedicam ao socorro das populações. O seu impacto na satisfação e motivação para integrar uma atividade de risco é muito positivo, particularmente nos voluntários. Bombeiros motivados correspondem a um quadro ativo sem falta de voluntários que assegure as escalas de piquete e as necessidades operacionais de um CB e maior êxito nas operações de socorro. Iniciar um programa de SSO nos bombeiros portugueses é um enorme desafio, porém, é com estas medidas que as Associações Humanitárias e os CBs podem garantir que “A Vida dos Bombeiros está protegida!”. [email protected] – Núcleo de Segurança e Saúde da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC) 9 NOVEMBRO 2014 PRESIDENTE DA ANPC DETERMINA AUDITORIA À FEB P aralelamente a uma reorganização mais ampla que visará algumas das unidades orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Francisco Grave Pereira, o presidente da ANPC, ordenou uma auditória à Força Especial de Bombeiros (FEB). A equipa de inspetores nomeada tem andado a percorrer o país nas últimas semanas para proceder ao levantamento de toda a realidade desta estrutura operacional. Ao que o ‘BP’ apurou, estão a ser inspecionadas as vertentes operacional e administrativa com o objetivo de perceber o que pode ser alterado para tornar esta estrutura mais sólida, mais eficaz e também menos dispendiosa. Se- gundo uma fonte liga a este processo, o presidente da Autoridade não vê com bons olhos a sustentação jurídica da FEB, nomeadamente, no que diz respeito aos vínculos laborais que sustentam os 270 elementos desta estrutura, os quais continuam a ser pagos via Escola Nacional de Bombeiros. Grave Pereira já fez saber que pretende que esta situação seja resolvida o mais breve possível para que além dos direitos, possam ser definidos os deveres de forma mais clara. Assumindo a FEB como um “braço armado” da ANPC, o presidente pretende, ao que apurámos, avaliar o presente para depois definir o “futuro” dos canarinhos. A par desta avaliação já feita pela direção da ANPC, esta auditória versará ainda verificar a veracidade de algumas denúncias que apontam para “despesismos não justificados”, nomeadamente, na utilização das viaturas. “Há casos de chefes de equipa, brigada e de grupo que fazem mais de seis quilómetros por mês”, referiu a fonte ao ‘BP’, assinalando que esta situação está já a causar algum mau estar. No terreno, os inspetores questionaram o efetivo sobre diferentes matérias, sendo que há uma pergunta comum a todas as audições: “Como será possível poupar”, um claro sinal de que os custos também estão em causa na realização desta Foto: Marques Valentim Grupo de trabalho avalia futuro auditoria que deverá estar ponta até ao final do ano, por ordem de Grave Pereira. A par disto, o presidente da ANPC criou ainda um grupo de trabalho para definir preto no branco os deveres e direitos dos canarinhos. Deste grupo fazem parte a Direção Nacional de Bombeiros, a Direção Nacional de Recursos de Proteção Civil, o segundo Comandante Operacional Nacional e o Comandante da FEB. Patrícia Cerdeira JOSÉ AMARO NUNES LIDERA LISTA ÚNICA Joaquim Marinho desiste das eleições osé Amaro Nunes, presidente dos Bombeiros Voluntários de Tarouca, lidera a única lista concorrente às eleições para a Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, que se realizam no próximo dia 29 de novembro. O antigo vereador da proteção civil da autarquia de Tarouca e advogado de carreira, foi, e ao que apurámos, o homem escolhido por vários dirigentes e comandantes do distrito de Viseu que logo após a realização do Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, fizeram saber que era preciso apostar numa “mudança”. A constituição da Lista A terá nascido através de um movimento “espontâneo”, cujos apoiantes se reuniram no início deste mês para afirmar a vontade de constituição de uma lista alternativa à de Joaquim Rebelo Marinho, que se apresentou como recandidato ao cargo. Na carta de compromissos para o triénio 2015/2017, Joaquim rebelo Marinho apresentou várias propostas tendo como lema de candidatura “Uma federação mais próxima! Uma federação sempre presente”. A carta de compromisso enviada aos corpos de bombeiros do distrito está datada de 18 de novembro. Dois dias depois, a 20 do mesmo mês, Joaquim Rebelo Marinho volta a enviar nova missiva às 33 associações e corpos de bombeiros do distrito. Numa página e meia, o diri- gente informou que em nome da unidade dos bombeiros decidiu não ir a votos. “Pactuar com um processo eleitoral que, no seu desenvolvimento , coloca direções e comandos em listas opostas, com um processo que, supostamente, permite a aceitação de cargos sem se fazerem acompanhar dos competentes instrumentos de designação, é alimentar divisões dentro das próprias AHBV, é uma tropelia que eu nunca permitiria fazer à minha consciência e uma rasteira que eu jamais aceitaria fazer ao meu passado, e ao meu presente, de dirigente associativo, que muito me honra”, justifica Rebelo Marinho referindo que “esta é a linha vermelha” que se recusa pisar . “Apercebendo-me que as divisões internas, repito, internas, surgem, afasto-me e prefiro diminuí-las, a bem da proteção e do socorro, e da segurança das comunidades”, acrescenta o dirigente que lidera a federação há 12 anos. Com esta tomada A Guarda Nacional Republicana (GNR) deu início a um projeto inédito no Alto Minho que inclui a utilização de meios aéreos não tripulados, os denominados drones, na prevenção de incêndios. Segundo foi avançado pela Guarda, em comunicado, a GNR tem já no terreno um “projeto inédito” orientado para a vigilância e prevenção de fogos florestais em zonas prioritárias do Alto Minho com emprego de meios aéreos não tripulados (RPAS). De acordo com o comunicado enviado às redações, a força policial destaca que a “utilização dos drones surge no âmbito de um protocolo de cooperação assinado com o grupo tecnológico português TEKEVER”. Tanto a formação, como o treino e os primeiros testes ocorreram esta semana no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, distrito de Viana Castelo, durante o Exercício PENEDA14. Para o primeiro ano de utilização, estão previstas cerca de 8 mil horas de voo na região do Alto Minho, com o objetivo de reforçar as “capacidades de comando e controlo” durante a fase de combate a incêndios, rescaldo e pós-rescaldo. dirigida a esta candidatura como promotora de fraturas, pois ainda assim sempre pautámos a nossa defesa pela liberdade de ideias e pelos princípios democráticos do direito de opção. E se bem o dissemos assim o fizemos, o que se irá comprovar com a publicitação da lista A. (…) Não contem connosco para invocar alegados valores e princípios para encobrir os nossos fracassos, para nos justificarmos, levianamente, dos nossos insucessos, para atirar as nossas culpas contra os outros”, lê-se na nota que termina com a seguinte citação: “Um Problema da nossa época é que as pessoas não querem ser úteis, mas sim importantes” MAIS DE UM ANO DEPOIS GNR TESTA “DRONES” NOS INCÊNDIOS Projeto arranca no próximo verão de posição, resta uma única lista concorrente, a Lisa A, na qual estão representadas 22 das 33 associações e corpos de bombeiros do Distrito de Viseu. “A nossa candidatura tem a relevância de ser um contributo, uma manifestação de cidadania, um exercício do direito de participar, que todos temos na construção de uma Federação melhor, para todos e em que todos têm importância, com vista a alcançar o bem comum, realizando os nossos fins estatutários”, lê-se na nota informativa assinada pelo candidato a presidente. Acrescenta José Amaro Nunes, numa reação clara alusão às acusações de divisionismo: ”Recusamos veementemente a imputação A Porto vai receber EPI s 44 associações e corpos de bombeiros aa Área Metropolitana do Porto (AMP) vão receber até ao final do ano equipamentos de proteção individual contra incêndios em espaços naturais. Segundo Lino Ferreira, presidente da comissão executiva da AMP, os novos equipamentos vão ser atribuídos a um total de 1750 bombeiros dos 17 municípios da região. A entrega destes equipamentos é o culminar de um processo que teve início em 30 de maio de 2013, com a publicação em Diário da República de um concurso público para fardamento dos bombeiros. No âmbito deste concurso, que representa um investimento total de 800 mil euros, a AMP consegue equipar 50 por cento de todos os homens das 44 corporações da região, duas das quais de sapadores (Porto e Gaia). Foto: Fernando Veludo/Lusa J “Obtivemos financiamento comunitário do QREN, através do Programa Operacional Valorização do território (POVT), no valor de 85 por cento”, disse Lino Ferreira. O restante do montante foi assegurado pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (7,5 por cento) e pela AMP (7,5 por cento). 10 NOVEMBRO 2014 LOUROSA COIMBRA O Bombeiro brasileiro agradecido oficial bombeiro brasileiro, Jectan Vital de Oliveira, solicitou-nos a divulgação do seu agradecimento aos Bombeiros Sapadores de Coimbra pelo excelente acolhimento que lhe foi prestado naquele corpo de bombeiros, durante o qual assinalou a conclusão do seu mestrado de segurança em incêndios urbanos. Jectan Oliveira é oficial bombeiro militar, engenheiro civil, capitão QOBM Combatente, Comandante da 3.ª SB de Araci-Ce, Brasil. Aquele bombeiro faz questão de salientar que, apesar de tudo, a própria conclusão do mestrado “pouco representa diante dos amigos que fiz, através dos quais ganhei um engrandecimento pessoal muito mais valoroso que o transmitido nas cadeiras da academia”. Armando Sousa ganha nova etapa “Caros Amigos, Caros Colegas, A todos quantos estiveram ao meu lado agradeço o tempo que me haveis dedicado. Finalmente e ao fim de quase 26 meses de baixa médica, preenchida por inúmeros procedimentos médicos / cirúrgicos vou retomar a minha atividade profissional amanhã (17 de novembro) na Yazaki Saltano com alta parcial. Apesar das limitações inerentes desta fatalidade, o sorriso volta timidamente aos meus lábios e quero partilhá-lo com todos vós. Obrigado. Armando Sousa” om esta mensagem enviada ao nosso jornal, o oficial bombeiro dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, Armando Sousa, vai iniciar uma nova etapa da sua vida profissional e, esperamos também para breve, a retoma da sua atividade como bombeiros voluntários. Na edição de janeiro de 2013 o “Bombeiros de Portugal” inseriu uma notícia subordinada ao título: “Lourosa – Depois de um grave acidente bombeiros sonham regressar ao ativo”. Demos então conta do balanço do grave acidente sucedido em 22 de setembro de 2012 com o oficial-bombeiro Armando de Sousa e o bombeiro de 1.ª Ricardo Sá. Ambos recuperavam então do capotamento ocorrido com a viatura de comando onde se dirigiam para um incêndio. Do acidente resultaram ferimentos graves para ambos mas Armando Sousa seria o mais atingido, com sequelas de que ainda hoje está a recuperar mas que, para já, permitem-lhe parcialmente retomar a sua atividade profissional. C LEGIONELLA O Surto mata no quartel surto de legionella que assolou a zona de Vila Franca de Xira nas últimas semanas, até à hora do fecho desta edição, causou mais de 330 casos diagnosticados e 10 vítimas mortais, a primeira das quais um bombeiro dos Voluntários de Vialonga. Fernando Azeitona, de 59 anos, fazia parte do quadro de reserva dos Bombeiros de Vialonga e preparava-se para assumir responsabilidades na área da manutenção da frota automóvel. Fernando Azeitona era uma figura estimada no corpo de bombeiros. Encontrava-se fragilizado por antecedentes com problemas respiratórios e consumo de tabaco, que poderão ter ditado a dificuldade do seu organismo em ajudar a debelar a doença. Os Bombeiros Voluntários de Vialonga, bem como os restantes corpos de bombeiros voluntá- M Ao longo do tempo fomos mantendo contacto regular direto com o Armando e através dele com o Ricardo. De ambos só temos a testemunhar a vontade permanente de voltar a sua atividade de bombeiro voluntário. E disso fomos também dando conta nas páginas do jornal. O Armando, cuja convalescença se vai prolongar por mais tempo, não deixou de abordar com coragem os momentos difíceis por que foi passando, as frustrações pelos eventuais atrasos ou contratempos nas sucessivas intervenções a que foi sujeito, as demoras decorrentes das também sucessivas fases de restabelecimento a seguir a cada uma delas. Mas, foi sempre, também, um testemunho vivo de coragem, tenacidade, vontade de vencer a adversidade que o atingia, etapa a etapa, dificuldade a dificuldade. Um jovem de fibra que honra a sua família, a sua Associação e todos os Bombeiros Portugueses e a quem, no início desta nova etapa, não queremos deixar de testemunhar a nossa amizade e admiração. MOIMENTA DA BEIRA O rios locais intervieram de forma muita ativa no apoio às populações com sintomas de legionella, transportando para o hospital de Vila Franca e transferindo para outras unidades a grande maioria das pessoas afetadas. Esse facto levou a que nas redes sociais tivesse circulado, a propósito, um agradecimento coletivo das populações de Vialonga, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria aos bombeiros. Morte em serviço bombeiro de 1.ª , Virgílio Manuel Duarte dos Santos, dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira faleceu no passado dia 5 na sequência do acidente de trabalho ocorrido em teatro de operações. Virgílio Santos foi vítima de queda em altura no dia 28 de outubro, tendo sofrido vários ferimentos graves. Foi evacuado para o Hospital de Vila Real, sendo posteriormente transferido para o Hospital de Stº. António no Porto. Infelizmente, o seu quadro clínico não sofreu alteração até ao dia 5 de novembro, dia em que faleceu já no Hospital de Lamego para onde, entretanto, havia sido transferido. Virgílio Manuel Duarte dos Santos foi admitido nos Voluntários de Moimenta da Beira, no primeiro dia de 1984 e foi promovido a bombeiro de 1ª em 1996. Foi condecorado com as medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) grau cobre (5 anos), grau prata (10 anos), grau ouro (15 anos) e grau ouro (20 anos). No último aniversário da Associação, celebrado em dezembro de 2013, foi condecorado com a medalha de dedicação (25 anos). Passou uma vida dedicada aos Bombeiros. Deixa viúva, funcionária da Associação desde 1985 e duas filhas, também ligadas ao Corpo de Bombeiros. A Raquel, bombeira de 3.ª e a Lucia, que integra a atual escola de estagiários. TORRES NOVAS ESMORIZ Torrejanos perdem comandante Associação mais pobre orreu o antigo comandante Carrondo Leitão. Faleceu no passado dia 8 de novembro o antigo comandante dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, coronel António Manuel Carrondo Leitão. O extinto foi Comandante dos Voluntários Torrejanos de 13/06/2008 a 15/06/2013, de forma absolutamente voluntária, tendo-se retirado devido à idade e a problemas de doença que já o começavam a afetar. Nesse período de cinco anos dirigiu superiormente os destinos operacionais do corpo de bombeiros. Foi um cidadão, um Bombeiro e um Militar exemplar. O comandante Leitão fez também parte dos órgãos sociais da Federação dos Bombeiros do Distrito de Santarém no mandato que ainda está em curso. Durante a sua longa carreira de militar da Força Aérea Portuguesa atingiu o posto de Coronel. Por feitos em combate, aos comandos do “seu” ALIII, numa Campanha na Guiné, foi condecora- do com a Cruz de Guerra, para além de outras condecorações e louvores que constam na sua extensa folha de serviços. Apesar de ter estado “só” cinco anos nos Bombeiros, a sua ação foi reconhecida e a maior prova aconteceu no seu funeral onde se incorporaram inúmeros Bombeiros, não só de Torres Novas como de muitos outros Corpos de Bombeiros da região, nomeadamente muitos Dirigentes Associativos e Comandantes ainda em funções e outros já no Q.H. À entrada do Cemitério de Torres Novas, onde os seus restos mortais ficaram a repousar, mereceu honras militares prestadas por uma Secção da B.A. 5 de Monte Real, comandada por um Alferes. À família enlutada e aos Bombeiros Voluntários Torrejanos, as nossas condolências sentidas. Carlos Pinheiro O s Bombeiros Voluntários de Esmoriz perderam recentemente o adjunto de comando do Quadro de Honra (QH), Álvaro de Sá Alves da Rocha (“Judeu”) depois de um longo período de doença. Álvaro da Rocha foi admitido no corpo activo dos Bombeiros de Esmoriz em 1967 e desenvolveu a carreira de bombeiro ao longo de mais de 42 anos. Depois de deixar o serviço activo, em 2009, manteve-se na companhia dos bombeiros, explorando o Café Incêndio até adoecer. O apelido “Judeu”, que assumiu sempre com orgulho, foi herdado do seu pai, o conhecido chefe Rocha, também dos Voluntários de Esmoriz. Conforme mensagem que nos foi enviada, a Direcção, Comando, Corpo Activo, Quadro de Honra, Fanfarra, Nadadores Salvadores, Secção Desportiva, Órgãos Sociais e funcionários desta Associação endereçam “sentidos pêsames, muito em especial à família mas também aos companheiros e amigos que deixou”. O corpo esteve em câmara ar- dente na Capela da Penha, em Esmoriz. Era seu desejo expresso levar o fardamento, mas não sair do quartel mas sim da Capela, próxima de onde morou. Após as cerimónias fúnebres o féretro seguiu da Capela da Penha para a Igreja Matriz de Esmoriz onde se celebrou a missa de corpo presente, após a qual foi sepultado no cemitério de Esmoriz. Foram muitos os que participaram nas cerimónias de homenagem e despedida ao “Judeu”, incluindo, além dos bombeiros, comando e dirigentes da sua Associação, representantes de várias corporações do distrito, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, o CADIS e o CODIS de Aveiro. 11 NOVEMBRO 2014 PORTUGAL TEM 30387 BOMBEIROS ANPC recusa que socorro esteja em causa A nalisando o Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses, a Autoridade Nacional de Proteção Civil diz que o número de bombeiros no ativo é hoje superior quando comparado com os números de 2011. “É muito claro na amostragem da evolução do número de bombeiros nos diferentes quadros nestes últimos quatro anos, verificando-se um aumento de elementos na generalidade”, sublinha a ANPC numa nota tornada pública. A posição da Autoridade surgiu no seguimento de uma notícia publicada no Jornal de Noticias, a 26 de outubro, sob o título “5000 Bombeiros Emigraram em Três Anos”. A notícia terá sido feita com base em dados fornecidos pela Associação dos Bombeiros Voluntários e pela Associação dos Bombeiros Profissionais. Segundo pode ler-se na manchete do Dados do Recenseamento Nacional de Bombeiros Portugueses Quadro 30-jun-2011 30-jun-2012 30-jun-2013 30-jun-2014 Ao dia de hoje (27-out-2014) Quadro Ativo 27742 28223 28119 28689 29266 Quadro Comando 1112 1111 1117 1135 1121 Total elementos 28854 29334 29236 29824 30387 27742 28223 28119 28689 29266 1112 11111 1117 1135 1121 30-jun-2012 30-jun-2013 30-jun-2014 Ao dia de hoje 27-out-2014 Quadro Ativo Quadro Comando 35000 diário, o socorro pode “estar em causa” por causa da falta de operacionais. Na nota enviada às redações, a ANPC diz que “não põe em dúvida” que a eventual emigração de bombeiros, possa ter impacto na “diminuição do número de bombeiros” em algumas regiões do país, contudo, rejeita que “esteja em causa a garantia da proteção e socorro das populações”. PC 30000 25000 20000 15000 10000 ENB PROMOVE FORMAÇÃO EM SOBREVIVÊNCIA A Fire Service College esteve em Portugal Escola Nacional de Bombeiros (ENB) promoveu o primeiro Curso de Sobrevivência e Equipa de Intervenção Rápida (Firefighter Survival and Rapid Intervention Crew), orientado por formadores britânicos do Fire Service College. O curso destinou-se a prevenir ferimentos e perdas humanas em incêndios urbanos e industriais. A primeira ação realizada em Portugal, decorreu no Polo da ENB em São João da Madeira no último fim de semana de outubro, e os primeiros dias foram dirigidos a 14 formadores da ENB, os quais preparam agora uma nova equipa de formadores que sejam capazes de replicar os ensinamentos. Entre os formadores está Bob Mckee, um experiente bombeiro norte-americano que, para além das condecorações, esteve em alguns dos maiores teatros de operações do mundo: ataque ao World Trade Center, o desastre do vaivém espacial Columbia e o furacão Katrina. Em declarações aos jornalistas, Bob Mckee, referiu estar impressionado com o “entusiasmo” e “competência” dos formadores portugueses. Lembrando que a atuação dos bombeiros em todo o mundo é similar, referiu que o que muda de país para país é a língua. Há uma linha em comum – salvar”. Para isso defende, há que melhorar as competências dos bombeiros em matéria de proteção individual”. A partir deste primeiro conjunto de cursos, serão os formadores da ENB a assegurar esta formação certificada internacionalmente, com base na norma NFPA 1407, pelo Fire Service College. O protocolo de cooperação estabelecido com o Fire Service College incide sobretudo no intercâmbio de formadores das duas escolas. Para além da formação ministrada pela entidade inglesa em di- versas áreas, está previsto, para muito breve, o envio de formadores ingleses à ENB para que comecem a ter contacto com a formação que os bombeiros portugueses recebem na área do combate a incêndios florestais. Segundo a ENB, o curso de sobrevivência e equipa de intervenção rápida “foi especialmente desenvolvido com o objetivo de evitar ferimentos ou perdas humanas, reduzindo os riscos que os bombeiros enfrentam no combate a incêndios urbanos e industriais”. Devido ao número limitado de vagas, as inscrições foram reservadas a formadores externos de Combate a Incêndios Urbanos e Industriais e a bombeiros profissionais. No entanto, o curso SEIR estará brevemente disponível na oferta formativa da ENB já que os seus formadores internos receberam formação e a devida certificação. Esta formação diferenciadora distingue-se pela sua metodologia maioritariamente prática e visa elevar os procedimentos operacionais de segurança no corpo de bombeiros através da qualificação de quem integra ou lidera operações de socorro, especialmente na Equipa ou Brigada de Intervenção Rápida. ENB A Atendimento telefónico alargado Escola Nacional de Bombeiros (ENB) decidiu alargar o atendimento telefónico para o seu departamento de formação. Assim, os contactos podem agora ser feitos às terças e quintas-feiras, das 9h00 às 12h30, e às quartas-feiras (14h00 às 17h30). A ENB explica que esse alargamento se fica a dever ao facto de “terem vindo a ser ultra- passados os motivos que levaram à limitação dos contactos telefónicos” com o seu departamento de formação. A ENB sugere aos comandantes que, apesar do alargamento feito no horário para contacto telefónico, “devem privilegiar sempre o contacto pelo correio eletrónico [email protected] “. 5000 0 30-jun-2011 12 NOVEMBRO 2014 LORDELO Uma década marcada pelo investimento Comando e direção unem-se na concretização de um arrojado projeto que, em 10 anos, permitiu inverter o curso da história e elevar a Associação dos Bombeiros Voluntários do Lordelo ao “patamar da excelência”. Esta é uma instituição que surge a todos os níveis renovada, mas esta equipa não se acomoda, preparando-se, agora, para avançar com a ampliação da área operacional. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Lordelo prepara-se para avançar com obras de ampliação no quartel, prosseguindo assim um processo de renovação encetado há uma década e que não mais parou, conforme relata Manuel Moreira da Costa que há, precisamente, 10 anos, e depois de ter ocupado várias outras funções na organização, assumiu a cadeira da presidência, podendo, hoje, e em jeito de balanço orgulhar-se da obra feita. “Estamos a falar de um investimento global na ordem dos dois milhões de euros” que inclui, segundo o nosso interlocutor várias obras de beneficiação das instalações, a remodelação de camaratas, a construção de uma camarata feminina, bem como a aquisição de viaturas e de equipamento de proteção individual e, ainda, a instalação de uma nova e moderna central de telecomunicações. Mas a empreitada de requalificação deste complexo só ficará concluída com a construção de um novo parque de viaturas, uma obra orçada em cerca de 300 mil euros, e que deverá obter financiamento da Câmara Municipal de Paredes, que também assegurou a execução do projeto. O presidente partilha as vitórias alcançadas nos últimos anos com o comandante Pedro Alves, que se afirmou desde sempre disponível para apoiar a direção a concretizar cada um dos objetivos de um arrojado plano de atividades, que visava alcançar o patamar da excelência. Assim, o processo de requalificação do quartel foi acompanhado por um outro de valorização do corpo ativo. O que permitiu não só motivar, mas também unir os bombeiros, faze-los sentir orgulho por integrarem os Voluntários do Lordelo. Pedro Alves não esconde as dificuldades iniciais associadas a rigorosos critérios de exigência impostos, mas que, regista, foram ultrapassadas de forma serena, quase natural. “Era preciso valorizar cada um destes homens e mulheres, apostando na sua progressão na carreira, na sua formação, porque na verdade estes são os únicos incentivos que podemos dar a quem serve o próximo de forma tão abnegada”, assinala o responsável operacional. “Os bombeiros não são o que eram há 20 anos. São, agora, operacionais bem preparados, com formação, não trabalham com a força, mas com a cabeça” e é essa a imagem que importa fomentar dentro e fora do quartel, Atualmente, integram as fi- leiras dos Voluntários do Lordelo 97 elementos, a que juntarão, em breve, mais 12 jovens, que se encontram, neste momento, a cumprir estágio. Estes números, reveladores da vitalidade do voluntariado, tranquilizam comando e direção que desta forma vão conseguindo não apenas renovar, mas também reforçar o efetivo. Aliás, com apenas os 11 funcionários, esta instituição tem nos voluntários um valor seguro, uma garantia de qualidade e prontidão no socorro prestado às cerca 22 mil pessoas das freguesias de Lordelo, Vilela e Duas Igrejas. O sucesso dá muito trabalho, é sabido, mas o esforço desta equipa é compensado pelos os apoios que vão chegando ao quartel, não apenas da autarquia, mas também de muitas empresas locais e das populações, particularmente sensibilizadas para a causa, fruto de um trabalho de campo que tem vindo a (re)-aproximar a comunidade dos seus bombeiros. Em jeito de balanço, Manuel Moreira da Costa não esconde a satisfação de conseguir dar aos operacionais condições para que possam cumprir a missão de salvar vidas, com toda a dignidade, devidamente equipados e preparados para enfrentarem todos os teatros de operações, para desempenharem com sucesso a mais complexa das missões. Fundada na década 70 do século passado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Lordelo afirma-se pelo carisma, pela perseverança, pelo dinamismo mas sobretudo pela paixão à causa, afinal a matéria-prima para a concretização de todos os projetos. 13 NOVEMBRO 2014 A SETÚBAL FORMAÇÃO E TREINO EM GESTÃO DE CRISE DECIF em análise ENB participa em workshop europeu reunião de avaliação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndio Florestais (DECIF 2014), de Setúbal contou com a participação do Comandante do Agrupamento Sul (CADIS Sul), do comandante operacional. do presidente da Federação dos bombeiros, bem como dos comandantes e presidentes de direção dos bombeiros do distrito.. Este encontro visou a apresentação dos dados relativos ao dispositivo distrital para o período compreendido entre 1 de janeiro e 30 de setembro, nomeadamente no que respeita aos tempos de resposta, eficácia dos meios terrestres e aéreos, rede SIRESP, interface entre os sistemas de registo de ocorrências dos Corpos de Bombeiros e o SADO, mobilização e empenhamento de máquinas de rasto, meios de reforço. Este en- A contro permitiu ainda analisar pontos fracos e oportunidades de melhoria e recolher propos- tas e contributos de comandos e direções para futuras campanhas. COIMBRA Encontro distrital O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra promoveu, em Miró, Penacova um encontro sobre o dispositivo especial de combate a incêndios naquele território. Foram mais de 400 operacionais dos corpos de bombeiros do distrito e representantes do GIPS/ GNR, SEPNA/GNR, Sapadores Florestais, AFOCELCA e instituto da conservação da natureza e das florestas (ICNF), que num jantar convívio ouviram os agradecimentos do comandante Carlos Luís, que enalteceu o profissionalismo, abnega- ção e capacidades de articulação nos vários cenários, revelando-se satisfeito por, em conjunto, ter sido possível cumprir os objetivos, em segurança com “baixas zero”. A capacidade de intervenção, mobilização e interação de todos os agentes no terreno foi ainda elogiada pelo comandante agrupamento centro-norte António Ribeiro e pelo presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, comandante António Simões. Sérgio Santos ANTIGOS BVAC R “Continuar a Servir” ealizou-se no dia 22 de novembro, sem qualquer vínculo institucional, sob o lema “Continuar a Servir”, o 6.º Encontro de Antigos Operacionais, Dirigentes e Apoiantes dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém (BVAC), cujo programa compreendeu uma visita guiada ao quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Dafundo (BVD), seguida de sessão evocativa e almoço-convívio. Com a presença de meia centena de participantes, a iniciativa só foi possível “graças à inexcedível colaboração da direção e do comando dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, através do seu presidente, Armando Cardoso Soares, e do seu comandante, Carlos Jaime Fonseca dos Santos”, salientou a organização. Na ocasião, a Comissão Executiva dos Encontros de Antigos BVAC, constituída por Luís Miguel Baptista, Francisco Rosado, João Simões e Ângelo Sousa, ofertou a instituição com uma fotografia emoldurada de Carlos Charbel, comandante fundador dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém e cofundador, em 1912, dos BVD, assinalando desse modo um forte elo de ligação que justificou a deslocação àquela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários. “O modelar quartel-sede dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, sinónimo de uma organização que persegue o objetivo da excelência”, conforme ali referido, foi muito apreciado por todos e mereceu os mais rasgados elogios. Além do comandante Carlos Jaime Fonseca dos Santos e de Luís Miguel Baptista, tomou assento na mesa da honra da sessão evocativa, em representação da Comissão de Honra do 6.º Encontro, o ex-dirigente e ex-presidente da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém, António Sebastião Antunes, referência de autarca que, entre outros aspetos, felicitou e elogiou a ação cívica e solidária da Comissão Executiva dos Encontros de Antigos BVAC. Escola Nacional de Bombeiros (ENB) participou, recentemente, num workshop promovido, em Berlim, por Driving Innovation in Crisis Management for European Resilience (DRIVE), subordinado ao tema “Estudos Avançados na Gestão de Crise”, no qual, especialistas europeus de diferentes áreas, debateram e avaliaram a formação e o treino em gestão de crise reunindo. DRIVER é um projeto da União Europeia que tem por objetivo reforçar a resiliência da velho continente face a situações de crise através do aperfeiçoamento da capacidade de resposta e da coordenação. Iniciado em maio do presente ano, este projeto visa promover a investigação e inovação na gestão de crise, reunindo especialistas de 37 organizações, nomeadamente representantes do setor da segurança e defesa, entidades científicas e académicas e diversas outras instituições europeias. Para alcançar os objetivos traçados esta equipa vai traba- lhar nos domínios do desenvolvimento de um banco europeu de testes realizados em infraestruturas de treino virtualmente conectadas entre si e em laboratórios de crise. Outro dos planos é a criação de um portfólio de ferramentas de gestão de crise e, por fim, a conceção de uma definição comum a toda a Europa do que é a gestão de crise junto dos profissionais do setor, autoridades políticas, empresas fornecedoras de tecnologia e sociedade civil. Em Berlim, o tema central do workshop foi a formação, avaliada com base na informação agregada nos últimos meses pelos especialistas que pertencem ao subprojeto “Estudos Avançados”do DRIVE. Em foco estiveram questões relacionadas com as competências e o seu enquadramento, sistemas de “lições aprendidas”, formações para os decisores de alto nível e a colaboração entre profissionais do setor e o público em geral. 14 NOVEMBRO 2014 COLARES Política de proximidade garante reforços Dificuldades várias marcam o dia-a-dia da Associação Humanitária dos Bombeiros dos Colares, nada que assuste direção, comando e corpo ativo, habituados a fazerem das fraquezas forças, a bem da comunidade que servem Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Sérgio Santos P restes completar 125 anos de existência os Bombeiros de Colares, no concelho de Sintra, mostram-se pouco predispostos para festejos. As dificuldades são muitas e torna-se cada vez mais difícil gerir os magros orçamentos, quando as despesas são cada vez maiores e as receita diminutas. Depois do terramoto causado pela nova legislação em matéria de transporte de doentes não urgentes, a associação tenta gerir os danos, como uma gestão de rigor, conforme revela ao jornal Bombeiros de Portugal, Rui Lopes, o presidente da direção dos Voluntários de Colares. Os compromissos assumidos com os 32 funcionários não podem ser quebrados, até porque esta é “força mínima para assegurar o funcionamento a associação e garantir a operacionalidade do corpo de bombeiros”, declara o dirigente. Por outro lado, impõem-se obras de beneficiação do quartel construído há mais de 40 anos, mas que, por agora, não passam de um projeto adiado, como afiança o comandante dando conta que a Câmara Municipal de Sintra reduziu os apoios aos bombeiros e deixou de assegurar uma verba protocolada, destinada a investimentos. Ainda assim, a adversidade é contrariada com trabalho, com a dinamização de iniciativas várias, que garantam proventos à associação que, registe-se, dispõe de uma piscina e de um centro clínico, duas fontes de receita, mas sobretudo dois serviços importantes prestadas à comunidade. Esta é uma associação voltada para o exterior, muito ligada às populações, muito vocacionada para o apoio social, sobretudo aos mais idosos. Da mesma forma, também a população escolar merece uma atenção especial dos Bombeiros de Colares, num projeto de proximidade que começa a ar frutos, tendo em conta que, atualmente, frequentam a escola de in- fantes e cadetes mais de duas dezenas de jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos, e que se tudo correr pelo melhor podem vir a reforçar o efetivo. Apesar dos problemas expostos não faltam ânimo e vontade de servir aos cem operacionais que cumprem a nobre missão de salvar vidas, são aliás estes homens e mulheres que conti- nuam a inspirar o comandante Luis Recto, que não desiste de lutar pela causa que abraçou aos 13 anos e pela casa onde ingressou há quase meio século. Como em muitos outros quartéis, também em Colares não existem, talvez, todas as viaturas desejadas, contudo a frota continua a dar garantias, a responder às necessidades da área de intervenção do corpo de bombeiros, muito embora o responsável operacional fale da necessidade de aquisição de um veículo tanque bem como de encetar o processo de renovação das ambulâncias. A formação surge como ponto forte dos Bombeiros de Colares sempre dispostos a saber mais para intervir melhor, numa exigente área de intervenção que abrange as freguesias de S. Martinho, S. João das Lampas e parte de Colares. Dificuldades muitas, mas não as suficientes para desmobilizar este grupo de profissionais bem preparados, sempre prontos a salvar vidas, cumprindo o mesmo desígnio que em março de 1890 norteou os fundadores da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Colares. 15 NOVEMBRO 2014 PATAIAS Exigência e profissionalismo Depois de muitos anos instalados no quartel improvisado, os Bombeiros Voluntários de Pataias ocupam desde 2006 um novo e moderno complexo operacional, uma mudança que alterou por completo as rotinas de uma instituição que hoje se destaca no concelho de Alcobaça pelo serviço de excelência prestado à comunidade. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim F undada em 1978, a Associação Humanitária dos Bombeiros de Pataias, acolheu formalmente o corpo de bombeiros uma década mais tarde e só em 2006 se instalou num verdadeiro complexo operacional, projetado para dar respostas à reais necessidades de um contingente de meia centena de operacionais. Durante anos, os Voluntários de Pataias ocuparam uma antiga escola primária, sem quaisquer condições operacionais, por isso, a mudança para um novo complexo operacional trouxe um novo alento à instituição, que pode finalmente, começar a projetar o futuro. Situado numa zona privilegiada, fora do núcleo da vila, o quartel dispõe de amplas áreas, de espaço para a realização de um sem número de iniciativas, mas, sobretudo, para as ações de formação dos bombeiros, conforme salienta o comandante Nélio Gomes. “A nossa aposta formativa tem sido o mais abrangente possível, cumprimos o plano anual de instrução, mas estendemos essas ações durante o verão, aproveitando o maior número de efetivos no quartel”, diz o comandante, sublinhando, que “em Pataias formação é contínua”. Refira-se que este corpo de bombeiros tem a seu cargo ¼ do concelho de Alcobaça, uma área de 107 quilómetros quadrados, que contempla quatro freguesias onde residem cerca de 11 mil pessoas. Ainda que 60 por cento deste território seja ocupado por floresta, a verdade é os acidentes rodoviários e os incêndios urbanos são as ocorrências mais frequentes. Ainda que o parque de viaturas corresponde às exigências da área de intervenção, Nélio Gomes dá conta da necessidade da substituição de uma ambulância de socorro, bem como da aquisição de uma viatura de combate a incêndios urbanos e industriais, mas esta é uma la- cuna que só poderá ser suprida com uma candidatura a fundos comunitários. Da mesma forma, Nélio Gomes considera fundamental o investimento em equipamentos de proteção individual para combate a incêndios urbanos. Esta é uma casa organizada, arrumada, conforme afiança vice-presidente, José Manuel Trindade. Só uma gestão rigorosa permite ir atendendo às solicitações do corpo de bombeiros, atestam o tesoureiro Adérito Neves e presidente do conselho fiscal, Raul Catarino Para esta estabilidade financeira contribui, em muito, o dinamismo de bombeiros e dirigente que se entregam à promoção de eventos vários, nomeadamente no belíssimo auditório da associação. Por outro lado, importa sublinhar o apoio da Câmara Municipal de Alcobaça, sempre atenta às necessidades dos bombeiros. Da mesma forma também algumas empresas, nomeadamente a cimenteira Cibra cooperam com a instituição, tal como a população sempre disponível para participara nas iniciativas promovidas pela instituição.. Este dinamismo não afasta operacionais e dirigentes de outros objetivos, nomeadamente o de garantir a renovação do corpo de bombeiros. Nesta importante vertente, o futuro começou a ser escrito há cerca de cinco anos, com a criação de uma escola de infantes e cadetes que ano após anos reúne mais de duas dezenas de crian- ças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, e embora haja uma certa rotatividade, a verdade é que esta escola já deu seis novos elementos ao corpo de bombeiros. Trabalhando em várias frentes, determinados, os Bombeiros de Pataias tudo investem na qualidade do serviço prestado à população, conferindo excelência a nobre missão de salvar vidas. 16 NOVEMBRO 2014 LIXA Justiça impõe equid União, determinação e vontade de fazer mais e melhor fazem parte do “código genético” dos Voluntários da Lixa, que a assinalar 125 anos de existência, mantêm a matriz. Os desafios do presente não amedrontam uma grande e coesa equipa, determinada em servir o próximo, em cumprir todos os dias o lema “Vida por Vida”. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A assinalar 125 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Lixa, no concelho de Felgueiras, não acusa qualquer desgaste, nem tão pouco o peso da tradição que tantas vezes condiciona ou compromete o futuro. Esta é uma instituição completamente adaptada às exigências do presente. As amplas, modernas, bem apetrechadas e operacionais instalações são como que complementadas ou rentabilizadas com uma dinâmica direção, um exigente comando e um bem preparado corpo ativo, tudo a bem da qualidade do socorro prestado às populações. Por aqui não se escondem as dificuldades, ainda que dirigentes e operacionais prefiram destacar o trabalho de equipa que tem permitido “levar o barco a bom porto”. Uma dessas conquistas foi, sem dúvida, o quartel inaugurado em 1998, um “verdadeiro palácio para quem durante anos viveu numa casa humilde”, conforme destaca o comandante José Campos. Nas velhas e obsoletas instalações, entretanto remodeladas para acolherem a Casa da Cultura da Lixa, faltava tudo, até mesmo as condições mínimas para os bombeiros, nomeadamente para as mulheres que dispunham de uma acanhada camarata improvisada num pavilhão. Os Bombeiros da Lixa dispõem, agora, de amplas instalações, onde as áreas associativas e operacionais não partilham espaços, o que permite respeitar as exigências funcionais de um quartel sem comprometer a dinâmica da associação que importa fomentar, até porque direção e comando consideram ser “ténue ligação com população”, que participa nas festas e em iniciativas pontuais da associação, mas que se “envolve pouco na vida desta associação, não participando sequer nos atos eleitorais”, como destaca o tesoureiro Carlos Martins, recordando “outros tempos”, quando a sede dos bombeiros era “local de encon- tro e de convívio da comunidade”. Atualmente o corpo de bombeiros é a grande, a maior preocupação dos dirigentes porque o que realmente importa é “responder às necessidades de população não só da Lixa, mas também nos concelhos limítrofes de Amarante e Celorico de Basto, nomeadamente no âmbito da emergência e dos incêndios florestais e urbanos”, salienta o comandante José Campos, até porque as exigências, a todos os níveis, são crescentes. Registe-se que em 1980 o corpo de bombeiros teria “uns 22 operacionais”, hoje são mais de 130, uma força musculada que contraria a propalada crise do voluntariado, prevendo-se que, brevemente, o efetivo seja reforçado com 13 novos elementos. A associação conta atualmente com 17 funcionários, “14 dos quais, bombeiros”, ainda sim poucos para dar resposta às inúmeras solicitações. “Fomos forçados a reduzir em um terço a nossa força de trabalho, mas o número de serviços não decresceu”, revela o presidente da direção Armindo Gomes Coelho, sublinhando que só com o esforço e entrega dos voluntários tem sido possível manter a qualidade no serviço prestado. Há muito que comando e direção defendem a importância de garantir ao quartel da Lixa uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), mas a Câmara de Felgueiras nunca foi sensível a esta solicitação, muito embora o presidente da direção revele que “o atual executivo tem feito um esforço enorme para atender às solicitações deste corpo de bombeiros”. Mas nem sempre assim foi: “Faltou equidade no tratamento dado às duas associações do concelho, situação que sempre penalizou os Voluntários da Lixa”, denuncia dirigente. Re-eleita em fevereiro, esta equipa com vasta experiência na associação deu início a um processo de restruturação, um projeto que envolveu direção e comando e que visou, no es- sencial, “adaptar a instituição às exigências do presente”. A situação financeira da instituição obriga a uma gestão rigorosa, até porque a receita é cada vez menor. Carlos Martins recorda, com nostalgia, os “beneméritos de outros tempos” que tanto apoiavam a instituição. “Hoje essas comparticipações são mais difíceis de assegurar”, sublinha, ainda que por ocasião do 125.º aniversário a associação tenha sido beneficiadas com “dois donativos muito significativos”. Também este ano, os Voluntários da Lixa foram beneficiados com a herança de um emigrante, mas, segundo os dirigentes, estes são cada vez “casos mais raros”, até mesmo as empresas, que no passado muito colaboravam com os bombeiros, estão agora menos sensibilizadas para a causa. Apesar dos lamentos, na verdade esta é uma casa organizada, com prioridades, perfeitamente definidas, pelo que os operacionais dispõe de equipamentos e viaturas “para responder às solicitações”, até porque muitos investimento tem vindo a ser feitos. José Campos refere que o objetivo é agora a renovação dos veículos transporte de doentes. Da mesma forma, comando e direção têm apostado muito na formação. Segundo o responsável operacional “nos últimos 15 meses foram cumpridas mais de 20 mil horas de formação em todas as áreas, que beneficiaram todo o corpo ativo “ dos bombeiros, dos de 3.ª aos chefes”. Atualmente, corpo de bombeiros zela pela segurança e socorro de um toral de 22 mil pessoas, uma responsabilidade que os operacionais encaram com o profissionalismo exigido a um bem preparado contingente. Neste quartel da Lixa, rigor, brio e entrega à causa são características dos homens e mulheres que trajam de soldados da paz, tal como a união, a determinação e a vontade de fazer mais e melhor que, certamente, também inspirou o grupo de pioneiros que em 1889 começou a escrever a história desta venerável instituição. 17 NOVEMBRO 2014 dade CACILHAS N Brasileiros vêm conhecer realidade nacional Fotos: Marques Valentim o âmbito de um já antigo acordo de cooperação com a Associação de Bombeiros Voluntários no Estado de Santa Catarina, no Brasil, os Bombeiros de de Cacilhas acolheram, durante cerca de duas semanas, dois operacionais do corpo de Guaramirim, uma das 42 instituições que integram esta confederação do país irmão. Os jovens William Henrique Fritzke e Maicon Rodrigo Ewald, tiveram, assim, a oportunidade de tomar contacto com a realidade nacional do setor que, em declarações ao jornal Bombeiros de Portugal consideraram “muito idêntica ao do Estado de Santa Catarina”. Durante este “estágio”, os operacionais acompanharam os camaradas de Cacilhas em distintos teatros de operações e de participaram em ações de formação, simulacros e exercícios, numa experiência que classificam de “muito positiva” que, defendem, deveria ter sentido duplo, permitindo que também operacionais portugueses se possam deslocar ao Brasil. Esta ideia é, aliás, corroborada por Clemente Mitra, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas que diz estar a ponderar a viabilidade dessa viagem, que, também, considera importante para seus bombeiros. Por agora salienta a “satisfação de poder receber os amigos brasileiros” e sublinha a disponibilidade para intensificar estas ações. “Eles só pagam a viagem, tudo o resto é por nossa conta”, adianta. William Fritzke, repórter policial de profissão, herdou o amor à causa do avô, que foi “o primeiro motorista dos bombeiros da sua cidade, onde permaneceu por 35 anos”. Também Maicon Ewald seguiu a tradição familiar e, embora, atualmente, seja funcionário da corporação de Guaramirim e responsável pela área de treino e formação, ingressou nestas fileiras como “mirim” com apenas 13 anos de idade. Os jovens brasileiros falam das semelhanças ao nível “protocolos de atuação”, mas registam sobretudo no que toca à natureza das intervenções: “Praticamente não temos incêndios florestais, contudo os acidentes são muito mais graves, até porque o povo brasileiro é meio mal-educado no trânsito”, conforme revela William Fritzke. Os bombeiros sublinham, ainda, que os apoios concedidos aos bombeiros portugueses, tanto pelo Estado como pelas autarquias permitem a aquisição, “de mais e melhores viaturas”, situação que não se verifica no Brasil, onde os voluntários não contam com qualquer tipo incentivos. No balanço falam sobre o “muito” que tiveram oportunidade de aprender, e da experiência ímpar que a todos os níveis os enriqueceu. O comandante Miguel Silva salienta a importância deste intercâmbio que permite fomentar a partilha de boas práticas e de conhecimentos, que a todos beneficia. No quartel 14 do Estado de Santa Catarina, aos 60 operacionais é exigido que cumpram semanalmente 12 horas de voluntariado, em prol de uma comunidade com cerca de 35 mil habitantes, que recebem este serviço “totalmente de graça”, como faz questão de salientar Maicon Ewald, Já de regresso ao Brasil, estes dois bombeiros levaram na bagagem muitas e boas recordações de uma viagem que, certamente vão querer repetir, até porque por cá ficaram muitas amizades. Registe-se que a Associação de Bombeiros Voluntários no Estado de Santa Catarina, fundada em 1994, quando existiam apenas 11 corporações voluntárias no Estado, representa, atualmente, 43 instituições e um total de 3 741 operacionais, na sua maioria voluntários, com qualificação e treino para garantir a eficácia do socorro, combatendo incêndios, em ações de busca e salvamento, desabamentos, inundações, catástrofes e calamidades públicas. Este acordo de geminação luso-brasileiro tem permitido a realização de iniciativas várias tanto por cá, como por terras de Vera Cruz, sendo que nos re-encontros se reforçam laços de cooperação, mas, também, de amizade que perduram no tempo. Sofia Ribeiro 18 NOVEMBRO 2014 BRAGANÇA VILA DO BISPO Apoio a ONG na Argélia Resgate de turistas em falésia s Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo protagonizaram com sucesso mais uma operação de resgate, neste caso, de dois turistas holandeses resgatados de uma falésia. A equipa que procedeu ao resgate foi composta, pelo comandante Joel Ramos, o segundo comandante José Pedro, pelos bombeiros de 2.ª Telmo Martins, David Rodrigues, Roberto Diogo e Filipe Silva, e pelos bombeiros de 3.ª Pedro Graça, Vando Gonçalves e Roberto Martins. A operação de resgate durou perto de uma hora, ao início da noite, numa zona de falésias entre a Praia da Salema e a da Boca do Rio, no concelho de Vila do Bispo. Os dois holandeses, de 43 e 45 anos, que não necessitaram de assistência médica, foram resgatados da falésia a cerca de cinquenta metros de altura pela equipa de salvamento em gran- J á regressaram a Portugal os três elementos dos Bombeiros Voluntários de Bragança que participaram na missão humanitária internacional “Projeto Sahara 2014/2015” em apoio à ONG espanhola “Bomberos En Accion” sediada em Cartagena e com delegação em Zamora. A ação humanitária, em que se integraram o segundo comandante Carlos Martins e os bombeiros de 2.ª João Múrias e Paulo Ferro, decorreu na Argélia durante 12 dias. Está assim concluída a primeira fase do projeto que visa a obtenção e distribuição de depósitos de água e melhoramentos complementares seguindo-se também a análise da qualidade da água potável aos dispor nos locais a visitar, nomeadamente, campos de refugiados saharauis. A segunda fase do projeto decorre em fevereiro de 2015 e centra-se no envio de viatura de combate e formação de brigada contra incên- O de ângulo dos bombeiros com o apoio de três viaturas de socorro. “Os turistas tinham ido passear à Praia da Salema quando a certa altura, em estilo de aventura, começaram a subir por uma falésia numa zona arenosa e bastante perigosa, mas que não conheciam, encontravam-se bastante nervosos e encostados a um canto de uma rocha quando chegámos junto deles, mas não necessitaram de receber assistência médica”, explicou o comandante dos Bombeiros de Vila do Bispo, Joel Ramos. FERREIRA DO ALENTEJO Bombeiros salvam rebanho dios, reforço da distribuição de depósitos de água e melhoria no controlo da água potável. O projeto da ONG, com a parceria dos Voluntários de Bragança, é coordenado no terreno pelo bombeiro de Zamora, Javier Moran, com o apoio dos três bombeiros portugueses e ainda, Ramon Sanchez (Zamora), Juan Carlos Teruel (Valência) e Cristobal Fundora (Proteção Civil Panamá). ALBERGARIA-A-VELHA O Despiste com vítimas s Bombeiros de Albergaria-a-Velha foram acionados pelo CODU para um despiste ao quilometro 225 da A1, no sentido Norte/Sul. Uma viatura despistou-se e foi colidir com um pinheiro junto a vedação da autoestrada, onde ficou imobilizada. Depois de estabilizadas pelas equipas de emergência, das vítimas foram transportadas para o Hospital de Coimbra, os trabalhos foram concluídos as 11 horas. As operações de socorro envol- veram oito bombeiros apoiados duas ambulâncias de socorro e um veículo de desencarceramento, e ainda uma ambulância dos Voluntários de Oliveira do Bairro, elementos da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana e do concessionária Brisa. ALMOÇAGEME Operação bem sucedida T reze elementos da equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme resgataram com vida uma mulher que havia caído numa ravina com 60 metros de altura junto do Cabo da Roca. Os bombeiros socorreram a vítima, que havia caído de um trilho sem protecção, estabilizaram- -na, com apoio de elementos dos INEM, e asseguraram-lhe todo o apoio necessário durante as tentativas de retirada do local. A primeira tentativa foi prevista por via marítima, através da lancha do Instituto de Socorros a Náufragos mas falhou. Depois, optou-se com êxito, pela via aérea através de um helicóptero Kamov da ANPC. O Bombeiros de Ferreira do Alentejo, com o apoio dos Voluntários de Aljustrel, Alcácer do Sal Grândola e Beja, resgataram cerca de uma centena de ovelhas do rio zona de Santa Margarida do Sado, no concelho de Ferreira do Alentejo. Relatos locais dão conta que, manhã cedo, o rebanho pastava nas margens do rio, quando uma chuva forte provocou uma subida repentina das águas, deixando os animais isolados. Participaram nesta operação de resgate, que permitiu salvar 92 das 100 ovelhas, 16 operacionais, sete viaturas e cinco embarcações. No local estiveram ainda elementos da Guarda Nacional Republicana de Ferreira do Alentejo. ALBERGARIA A VELHA O Queda de Eucalipto provoca ferido grave alerta chegou à central dos Bombeiros de Albergaria-a-Velha via Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), dando conta da queda de um eucalipto sobre um trabalhador de uma exploração florestal, na encosta entre os lugares de Vila Nova de Fusos e a Foz do Rio Mau. A vítima do sexo masculino, com 61 anos de idade, apresentava, além de múltiplas escoriações, sinais de traumatismos crânio encefálico e vertebromedular. Para os trabalhos de estabilização e evacuação, devido à orografia adversa do terreno e ao estado da vítima, foi necessário recorrer ao Grupo Especial de Salvamento em Grande Ângulo, e posteriormente a deslocação de uma viatura 4x4 da corporação para o transporte do homem para a ambulância. A vítima depois de uma complexa e morosa operação a vítima foi conduzida ao Hospital Universitário de Coimbra acompanhada pela equipa de emergência e equipa da VMER de Aveiro. Estiveram no local, nove Bombeiros de Albergaria apeados por três viaturas e ainda a VMER de Aveiro e GNR de Albergaria, que tomou conta da ocorrência. 19 NOVEMBRO 2014 SINES Simulacro em unidade hoteleira RIBA DE AVE O Intervenção salva vida s Bombeiros Voluntários de Riba de Ave salvaram no passado dia 9 de outubro uma mulher de se afogar em pleno Rio Ave, em Ponte de Caniços, freguesia de Bairro. Esta foi uma intevenção complexa, que levou os operacionais a percorrer as margens do rio pelo meio de silvados e vegetação diversa para puderem identificar em que zona se encontrava a mulher levada pelo leito do rio. Foi em simultâneo dada indicação para o fecho das comportas da barragem para assim acalmar a corrente e facili- tar o resgate da vítima como explicou ao “BP” o 2.º comandante André Morais. Nesta operação estiveram envolvidos os bombeiros Luís Abreu, Rui Maia, Tiago Costa, Vítor Almeida, Sofia Machado e Hugo Oliveira dos Voluntários de Riba de Ave que procederam à primeira intervenção, contando, ainda, com o apoio da equipa de mergulhadores dos BV Vila das Aves, VMER do INEM, GNR e Policia Municipal de Santo Tirso. Sérgio Santos O s Bombeiros Voluntários de Sines participaram no simulacro realizado no passado dia 23 de outubro, no Hotel Sinerama, em Sines. A iniciativa teve como objetivo testar a capacidade de resposta da unidade hoteleira em situações de incêndio. O cenário caracterizou-se com dois supostos focos de incêndio, um numa sala técnica do hotel situada no 1.º andar, e o outro no 3.º piso. O exercício inclui o resgate de um indivíduo que se encontrava no interior do hotel. No teatro de operações estiveram envolvidos 5 veículos do corpo de bombeiros, incluindo ambulâncias de socorro, um veículo urbano de combate a incêndios e um veículo de apoio, guarnecidos por 15 operacionais. O simulacro contou também com a articulação com a GNR de Sines e a Proteção Civil Municipal. Para o comando do Bombeiros Voluntários de Sines estes simulacros “são uma mais-valia, pois possibilitam o aperfeiçoamento técnico dos operacionais, além de possibilitar que os bombeiros conheçam ainda melhor a estrutura e funciona- mento do hotel em eventuais situações que possam ocorrer no edifício”. Este é já o segundo ano em que os Bombeiros Voluntários de Sines são convidados por aquela unidade hoteleira para simulacros realizados nas suas instalações, o que prova, também, “a crescente aproximação do Corpo de Bombeiros às empresas e entidades do concelho de Sines”. SETÚBAL LAGOS O Lar de idosos testa meios s Bombeiros Voluntários de Lagos, em conjunto com a GNR e Proteção Civil Municipal, participaram num simulacro de um incêndio urbano e evacuação dos utentes no Lar de Bensafrim, Lagos. Estes simulacros têm como objetivos, testar planos de segurança, bem como, sensibilizar e formar os funcionários das instituições para eventuais situações de emergência, permitindo aos Bombeiros Lagos testar e por em prática conhecimentos e procedimentos. Esta ação mobilizou um Veículo Urbano de Combate a Incêndios e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários de Lagos e ainda uma patrulha da Guarda Nacional Republicana, que observou a operação e procedeu ao corte de algumas ruas ao trânsito agilizando movimentação dos meios de socorro. BARREIRO Operacionais em treino O s Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro realizaram recentemente mais dois simulacros, o primeiro na empresa Tanquipor, e o segundo no Fórum Barreiro. No primeiro caso, tratou-se de um exercício de rotura da tubagem de compressão de uma bomba existente naquela instalação industrial. A atuação dos bombeiros teve o enfoque na mitigação do risco de incêndio e explosão bem como no socorro a uma vítima simulada. Neste exercício estiveram envolvidos 12 bombeiros com quatro viaturas operacionais, uma urbana de combate a incêndios (VUCI), um tanque tático urbano (VTTU), uma ambulância de socorro r um veículo de comando tático. No caso do exercício no Fórum Barreiro tratou-se de um exercício simulado de incêndio numa viatura no parque de estacionamento subterrâneo daquele centro comercial, no âmbito do plano de emergência daquela infraestrutura. Neste caso, estiveram envolvidos 12 bombeiros e 4 viaturas, um VUCI, uma ambulância de socorro e 2 veículos de comando. A Exercício com balanço positivo consolidação de procedimentos e o trabalho em equipa foram reforçados numa iniciativa que juntou bombeiros sapadores de Setúbal e militares da GNR num treino de busca e resgate em estruturas colapsadas. “O balanço do exercício é muito positivo”, sublinha o comandante da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal (CBSS), Paulo Lamego, ao destacar que durante os cinco dias da iniciativa, “além da forte componente de treino técnico, houve um importante fomento nas relações institucionais”. Paulo Lamego adianta que o treino, com ações teóricas e práticas no quartel dos Sapadores de Setúbal, na Serra da Arrábida e em unidades industriais abandonadas, permitiu “testar as capacidades operacionais em exercícios dinamizados com equipas constituídas por elementos das três forças envolvidas no treino”. Operações de escoramento de edifícios, demolições, corte e perfuração de estruturas, trabalhos de desencarceramento em viaturas e exercícios de extração de vítimas em espaços confinados foram algumas das ações dinamizadas no âmbito deste treino conjunto realizado em Setúbal. O workshop “Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas”, uma organização conjunta da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR, com a presen- ça de meia centena de operacionais, permitiu ainda testar o trabalho em equipa em prol da segurança da população. 20 NOVEMBRO 2014 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO Formação na ULF prossegue CERVA D D ecorreu no final de outubro na Unidade Local de Formação (ULF) dos Bombeiros de Vila Real de Santo António uma nova formação da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) de Operações Essenciais de Extinção de Incêndios Urbanos e Industriais NII, antes designada como curso chefe de equipa. A formação pretendeu preparar e formar bombeiros com competências técnico- operacionais para chefiar uma primeira intervenção em cenários de incidentes estruturais. A ação foi frequentada por elementos dos Bombeiros de Portimão, Albufeira, Faro e Lagoa, tendo como formadores de combate a incêndios urbanos e industriais da ENB, Válter Raimundo, adjunto de comando dos Bombeiros de Portimão e João Horta, dos Bombeiros Municipais de Tavira. Esta ULF, não obstante o projeto em curso para outra a edificar em Monchique, é ainda a única na região algarvia, em funcionamento desde 2012. Dispõe de espaços de manobra que permitem a prática de exercícios destinados a simular incêndios em estruturas, permitindo aos bombeiros formandos a proximidade com a realidade que encontram numa situação real, tanto na execução da manobra como tácitos e como comando. ÁGUAS DE MOURA I Quartel recebe reforço TAS niciou-se no passado dia 10 de outubro, nas instalações dos Bombeiros de Águas de Moura um curso em emergência médica, que permitirá a 12 operacionais terão acesso à formação em Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS). Esta ação ministrada pela associação AFPS – Associação Formar para Salvar, acreditada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), permitirá, segundo o comando de Águas de Moura, “fortificar o compromisso continuado e de longa data enquanto assumido por esta entidade responsável e de ecorreu recentemente no pavilhão municipal de Cerva aquele que, segundo a organização, “foi até hoje o maior exercício “mass training” de suporte básico de vida realizado em Portugal”. Neste evento, segundo Tiago Silva, bombeiro em Cerva e organizador do evento, “participaram quase 800 formandos, tendo sido administrados ensinamentos básicos de suporte básico de vida por quase 40 formadores”. A sessão de abertura contou com a presença de várias entidades locais: Desde logo, Carlos Carvalho, presidente da direção dos Bombeiros de Cerva, que salientou a importância deste tipo de exercício para uma população que deve estar cada vez mais informada dos procedimentos a usar em caso de paragem respiratória. O comandante distrital de Vila Real da ANPC, Álvaro Ribeiro, fez questão de salientar que “Cerva tem um corpo de Bombeiros que deve servir de exemplo a muitos outros pelas iniciativas que vão tendo ao longo do ano”. Rui Alves, presidente da Câmara Municipal de Ribeira de Pena, também fez questão de estar presente neste evento, e na sessão de abertura fez questão de dizer que a câmara sempre apoiou e continuara a apoiar todos os corpos de bombeiros do seu concelho. A responsável do INEM, enfermeira Isabel Costa, não conseguiu disfarçar a felicidade por estar presente no evento organizado pelo corpo de bombeiros de Cerva como “um prazer enorme estar presente naquele que é o maior exercício de Mass Training SBV realizado até hoje em Portugal”. Tiago Silva, no final afirmou que, “após 2 qualidade no socorro prestado à população que dela necessite”. VILA NOVA DE GAIA Sapadores testam respostas O s Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia têm dado continuidade ao programa de simulacros em diferentes entidades com o objetivo comum de testar os respetivos planos de emergência internos. No dia 28 de outubro, apoiaram a realização de mais um nas instalações da Toyota Caetano Portugal, SA situadas na Avenida Vasco da Gama, Oliveira do Douro. Esse exercício traduziu-se na simulação de um incêndio com início na área administrativa do armazém de peças, obrigando à evacuação de todo o edifício e causando um ferido. Participaram neste exercício 95 pessoas. No passado dia 29 de outubro a escola básica e jardim-de-infância da Afurada de Cima, do agru- Mass training em grande escala pamento de escolas D. Pedro I, realizou um exercício de evacuação, envolvendo uma comunidade escolar de 172 pessoas. A Proteção Civil Municipal e os Bombeiros Sapadores, mais uma vez, estiveram presentes como observadores. meses e alguns dias de puro trabalho, eis que os resultados estão a vista. Dedicação e empenho são as palavras de ordem e o combustível para continuarmos” e que “ já amanhã uma nova surpresa começa a ser preparada para o dia 24 de janeiro de 2015 contamos com a visita de todos novamente a Cerva”. Neste evento, além dos formadores do INEM e dos Bombeiros de Cerva, estiveram presentes também formadores dos Bombeiros de Vimioso, de Miranda do Douro, de Ribeira de Pena, dos Celoricenses, do Juncal, de Sever do Vouga, de Entre-os-Rios, dos Cabeceirenses e da Cruz Branca de Vila Real. O evento contou com os apoios, do INEM, do Município de Ribeira de Pena, da união de freguesias de Cerva e Limões, da Juvebombeiro - Núcleo de Cerva e do “Bombeiros para Sempre”. PORTIMÃO T Operacionais com preparação física eve início, no passado dia 27 de outubro, no pavilhão do Corpo de Bombeiros de Portimão um programa diário de condição física destinado aos operacionais e , integrado no plano diário de atividades da Força Mínima de Intervenção. Este projeto, coordenado tecnicamente pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Portimão, resulta de uma pareceria entre os bombeiros e a autarquia, que visa manter a capacidade física dos operacionais. O plano de ação para esta importante vertente da preparação do corpo de bombeiros pressupõe um processo de avaliação rigoroso que inclui atividades de cariz interno e externo. Esta iniciativa é considerada pelos responsáveis operacionais como “fundamental para a intervenção desta unidade”. 21 NOVEMBRO 2014 BARREIRO ESMORIZ Exercício no banco Técnicas avançadas de elevação O Centro de Formação dos Bombeiros Voluntários de Esmoriz foi cenário para o Seminário de Técnicas Avançadas de Elevação, ação que contou com a participação de cerca de uma vintena de operacionais de todo o país A iniciativa, coordenada por formadores da Heavy Rescue permitiu centrou-se nas novas técnicas e materiais que facilitam e apoiam o trabalho de desencarceramento em grande escala e em cenários complexos evolvendo, por exemplo, veículos de grande tonelagem. No âmbito desta formação, em Esmoriz, foi recriado o despiste de um autocarro, com várias vítimas, exercido que permitiu confirmar a importância dos procedimentos, mas, também, do trabalho de equipa. No balanço desta iniciativa, os bombeiros esmorizenses salientam a mais-valia destas novas experiências e do contacto com inovações tanto a nível de equipamentos, como das técnicas usadas. O s Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste (Barreiro) realizaram no dia 21 de novembro um simulacro de incêndio no arquivo geral do Banco BNP Paribas, no Parque Empresarial do Barreiro. Após a receção do alarme simulado, foram deslocados oito operacionais apoiados por veículos. Depis da ordem de entrada nas instalações, foram os bombeiros procederam à busca e resgate do funcionário e ao ataque ao foco de incêndio com proteção de exposições interiores. CARVALHOS Bombeiros têm novo quartel O secretário de Estado da Administração Interna, João de Almeida presidiu, no passado dia 2 de novembro, à cerimónia de inauguração do novo complexo operacional dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, na qual marcaram igualmente presença, entre outras individualidades locais e nacionais, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues e o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares. Os Bombeiros Voluntários dos Carvalhos, a assinalar 103 anos de atividade ao serviço da proteção civil, dispõe de agora de um quartel com capacidade e condições de excelência para albergar as valências de socorro e emergência, de combate a incêndios e de transporte de doentes não urgentes. Neste novo e moderno equipamento, para operacionalidade, não foi esquecido o merecido conforto dos cerca de 130 operacionais que, abnegadamente, garantem o socorro e proteção dos milhares habitantes na União de Freguesias de Serzedo e Perosinho. Desta forma, direção e comando consideram estar reunidas ”as me- lhores condições para o cumprimento da missão, bem como a prestação de serviço mais pronto e eficaz às populações” O complexo localiza-se na Avenida Moreira de Sousa, junto ao nó dos Carvalhos numa área que aguarda ainda e construção de uma rotunda que garantirá o acesso a todas as principais vias rodoviárias do concelho de Gaia. O novo quartel operacional, construído em terrenos cedidos pela autarquia de Gaia, representa um investimento na ordem de 1,5 milhões de euros, co-financiamento, em 85 por cento, por verbas comunitárias, sendo o montante em falta garantido pela câmara municipal, por mecenas e beneméritos e ainda pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários dos Carvalhos. A obra, que cumpriu escru- pulosamente o caderno de encargos, sem qualquer tipo de derrapagem financeira, tem autoria do arquiteto António Martins, colaborador da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, de acordo com o programa estipulado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil para os designados “Quartéis de 3.ª Geração”. Para além da harmonia entre a área construída e as necessidades de utilização, este complexo energeticamente sustentável, afirma-se como uma bela peça de arquitetura, marcada pelos 800 m2 de vidro, onde pontifica a luz natural. RIBEIRA GRANDE A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande luta com dificuldades para substituir o motor avariado da sua embarcação de salvamento por outros dois adequados à missão, a 4 tempos de menor cavalagem individual mas com o mesmo desempenho. “Para que possamos continuar a desempenhar a nossa missão, que não é mais do que proteger a vida e os bens das pessoas, que são no fundo a razão da nossa existência”, confiou-nos o comandante José Nuno Moniz. A embarcação está inoperacional depois do único motor se ter avariado na última missão de recuperação do cadáver de um pescador desaparecido na costa norte de S. Miguel, conforme foi logo reportado às autoridades locais. Em 1998, os Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, por iniciativa própria, e em resultado das muitas solicitações da população do concelho da Missão: Recuperar embarcação Ribeira Grande e da Ilha de S. Miguel formou uma equipa de mergulhadores, inicialmente constituída por 10 elementos. Esta equipa tinha por objetivo o socorro a náufragos e buscas subaquáticas. Foi necessário dar formação a todos estes elementos. Na altura, e nos anos seguintes deslocou-se a S. Miguel um formador do Batalhão de Sapadores do Porto, Victor Hugo, a fim de ministra as especialidades necessárias ao bom desempenho da equipa. Foram dadas as especialidades de busca e recuperação, navegação subaquática, administração de oxigénio, mergulho noturno, salvamento subaquático e mergulhador socorrista. Paralelamente, e de modo a que aqueles elementos pudessem operar com os meios de salvamento – mota de água e embarcação, obtivemos as cartas de marinheiro e patrão local. Para além da formação e dos equipamentos, para dar apoio a esta equipa, a Associação adqui- riu em 1999 uma embarcação semirrígida – “tornado”, na altura, a única equipa de mergulhadores de bombeiros em toda a Ilha de S. Miguel. A equipa de mergulhadores dos bombeiros da Ribeira Grande é atualmente constituída por 22 mergulhadores. Desde a sua constituição a equipa de mergulhadores, sempre em colaboração com as autoridades responsáveis nesta área – Capitania do Porto de Ponta Delgada e Instituto de Socorro a Náufragos – respondeu presente a todas as missões para que foi solicitada, onde se incluem o socorro a náufragos, buscas subaquáticas, recuperação de vitimas e viaturas e até mesmo desencarceramento subaquático. 22 NOVEMBRO 2014 AVINTES Novo ciclo A assinalar 83 anos de existência, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avintes relança-se e renova-se, como que interrompendo um ciclo marcado pela estagnação. Parecem, agora, estar reunidas as condições, os apoios e a equipa que permitem a concretização da empreitada de ampliação e requalificação do quartel, uma aspiração antiga, que, por circunstâncias várias, foi sendo adiada. Textos: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim É com entusiamo e visível satisfação que os Voluntários de Avintes recebem o jornal Bombeiros de Portugal para darem a conhecer o projeto de ampliação e requalificação do quartel-sede. Há mais de uma década que a obra se impõe, contudo, essa aspiração foi sendo adiada, mercê de um conjunto de reveses, que inviabilizaram, até, uma candidatura a fundos comunitários. Já este ano, a direção “aventurou-se” na compra de um imóvel contiguo ao complexo que alberga a associação, e avançou de imediato com um conjunto de melhoramentos. Agora a ordem é para não parar, conforme anuncia o presidente da direção, Manuel dos Santos Silva, dando conta do apoio e do envolvimento da Câmara de Vila Nova de Gaia neste processo, nomeadamente com a disponibilização de mão-de-obra, sendo que “os trabalhos que vão decorrendo a bom ritmo”. Uma comitiva composta pelo comandante José Pereira, o adjunto António Santos e os dirigentes Manuel Santos Silva, José Paiva Loureiro, José Cruz e António Gouveia conduzem os os jornalistas numa visita guiada ao quartel-sede inaugurado em 1967, que há muito pede intervenção. No exterior, são já visíveis alguns melhoramentos, mas muitas outras intervenções estão previstas, com o intuito de assegurar condições de trabalho aos 76 operacionais que garantem proteção e socorro aos cerca de 70 mil habitantes das freguesias de Avintes, Oliveira do Douro e Vilar de Andorinho, como sublinha o comandante. O responsável operacional salienta, ainda, que em matéria operacional são muitos os desafios, num território com 10 quilómetros do rio Douro, quatro praias fluviais, duas zonas industriais, uma rede viária com enorme volume de tráfego, que inclui a A20, A29, A32, A23 e EN 222, aglomerados populacionais de grande dimensão, bairros socialmente problemáticos, núcleos habitacionais antigos e uma importante mancha florestal protegida. Esta realidade não se compadece com “amadorismos”, impõe ao corpo de bombeiros prontidão, preparação, profissionalismo. “Não basta comprar viaturas é preciso não esquecer outras necessidades nomeadamente ao nível da formação e da segurança, para que estes homens e mulheres cumpram exemplarmente a sua missão”. Por outro lado, o dirigente defende ainda que o efetivo deve sentir-se bem no quartel, onde importa garantir algum conforto nesta que é para muitos uma segunda casa, e assim sendo para além da renovação das áreas operacionais, está prevista a requalificação das camaratas, dos balneários e também das áreas de convívio. 23 NOVEMBRO 2014 garante renovação Dentro em breve, possivelmente com o recurso a verbas comunitárias, terá início a construção de um módulo que, para além do parque de viaturas, albergará gabinetes para o comando e para as chefias para além de salas de formação. A empreitada prevê ainda a ligação do quartel-sede ao imóvel recém-adquirido. Este é, contudo, um investimento “muito ponderado”, até porque “os compromissos assumidos com duas dezenas de funcionários são sagrados”, conforme salienta Manuel Santos Silva, que faz questão de salientar que a “associação tem as contas todas em ordem”. Para além do apoio da autarquia de Gaia, os Voluntários de Avintes podem contar ainda com algumas empresas de maior dimensão, solidárias com os bombeiros. No entanto, comando e direção dão conta de um certo alheamento da população. Na verdade, diz o comandante, nos últimos anos os Bombeiros de Avintes “andaram escondidos”, por isso importa restabelecer a proximidade com a comunidade, ideia aliás também defendida pelo presidente que acredita que a nova dinâmica da instituição será suficiente para despertar as gentes de Avintes para a causa. O comandante tomou posse há pouco tempo, contudo o suficiente para se inteirar de todas as questões que realmente importam, considerando ser prioritária essa aproximação. A campanha de captação de jovens voluntários para o corpo de bombeiros e os vários protocolos de cooperação estabeleci- C dos com várias empresas da região, confirmam que a associação começa de facto a voltar-se para o exterior. “Precisamos de nos expor mais, mas com toda a dignidade, mas para isso há que investir na nossa imagem”, argumenta o responsável operacional. Em várias frentes, José Pe- reira tenta “arrumar a casa”, ao mesmo tempo que regista as necessidades e estabelece objetivos, sendo que a formação dos operacionais surge como questão prioritária. Em matéria de equipamentos o comandante afiança que, por agora, dispõe do necessário para garantir o socorro na sua área de intervenção, dando conta que a associação adquiriu, recentemente, duas ambulâncias, suprindo uma lacuna há muito identificada. Ainda que sejam muitas as necessidades e parcos os recursos, o presidente dos Voluntários de Avintes, não descura a segurança e proteção individual dos bombeiros, questão que está, aliás, a ser analisada e orçamentada, para que em breve seja ultrapassada. “Mais que um dever é nossa obrigação garantir a segurança destes homens e mulheres”, afirma Manuel dos Santos Silva, crente que “passo a passo” é possível traçar novas metas e objetivos, para tal conta com o apoio da nova estrutura de comando que em poucos meses, imprimiu o seu novo cunho, uniu o grupo e devolveu-lhe o entusiasmo que, certamente, também animou os sete jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 20 anos, que no início da década de trinta do século passado fundaram a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Avintes. FELGUEIRAS VAGOS Conjugação de esforços para obras Soluções d’ Aventura dão botas aos bombeiros om o intuito de melhorar as condições do seu quartel, os Bombeiros Voluntários de Felgueiras lançaram a campanha “CONTA CONTIGO”. Esta iniciativa conta com o apoio da agência de marketing “Essência Completa”, do gabinete de contabilidade “Contárea”, do gabinete de arquitetura “Ad Quadratum Arquitetos” e do promotor externo Ismael Lourenço do Banco Santander Totta. A campanha, que decorrerá até ao próximo dia 31 de dezembro, visa a angariação de fundos para obras de requalificação do complexo operacional. Traduz-se no fomento da abertura de contas ordenado ou contas reforma em qualquer agência da instituição bancária, fazendo referência expressa à campanha dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras. Em função de cada conta aberta, o promotor bancário contribui com uma determinada verba para as obras a realizar no quartel dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras. Na apresentação da campanha, marcaram presença, o comandante e o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Felgueiras, Júlio Pereira e Arnaldo Freitas, respetivamente, o presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Inácio Ribeiro, o arquiteto José António Lopes, da “Adquadratum” e Ismael Lourenço, promotor externo do Banco Santander Totta. Na breve cerimónia, o presidente da Associação salientou que ‘não é possível continuar a dar aos nossos homens e O mulheres as condições que temos dado, atendendo a que eles, pelo trabalho que fazem por toda a comunidade, merecem mais”. Arnaldo Freitas aproveitou ainda a oportunidade para agradecer a todos os presentes porque ‘o usual e normal é quando o alarme toca serem os bombeiros a tudo largar para socorrer a nossa comunidade. É a nossa missão. São os nossos valores. Ajudar os outros. Por isso é muito gratificante hoje ver que quando nós apelamos à nossa comunidade ela também nos atende e aceita o nosso convite para nos ouvir.’ nze pares de botas para combate a incêndio florestal foram entregues por Nuno Pandeirada, secretário da direção da Soluções D’Aventura aos Bombeiros de Vagos, fruto da organização de um passeio todo-o-terreno que rendeu cerca de dois mil euros. “Optámos por comprar equipamento que estivesse em falta na associação. Foram indicadas as botas e estamos aqui a proceder à sua entrega», disse Nuno Pandeirada, porta-voz da associação vaguense, revelando disponibilidade para reforçar este tipo de apoios. Neste momento, quase todos os elementos têm botas de combate a incêndios florestais, faltando apenas equipar os mais de vinte bombeiros de 3ª. O comandante Miguel Sá, salienta a importância deste gesto e agradece o apoio dado, “uma vez mais”, pela Soluções d’Aventura. O esforço da direção, o empenho de todos os bombeiros e o apoio da comunidade permitirão, certamente, que, até ao final do primeiro trimestre de 2015, todos os bombeiros disponham de botas apropriadas para o combate a incêndios florestais, segundo revela o comandante dos voluntários de Vagos. 24 NOVEMBRO 2014 PENELA ESTREMOZ Ambulância chega ao quartel A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz apresentou, recentemente, à população, um nova ambulância (ABSC). Esta viatura, que vem substituir uma outra roubada e danificada a 10 de maio de 2013, está equipada com a mais recente tecnologia, dispondo de desfibrilhador automático externo (DAE), monitor de parâmetros vitais e ventilador. Registe-se que a aquisição desde novo meio envolveu verbas comunitárias mas também os donativos de várias empresas e particulares, conforme faz questão de sublinhar, em tom de agradecimento, José Capitão Pardal, presidente da direcção dos Voluntários de Estremoz. O CB recebe equipamento holandês s Bombeiros Voluntários de Penela receberam uma importante ajuda em equipamento usado de qualidade, essencialmente, para o combate de incêndios urbanos e industriais e para uso em manobras de desencarceramento, desta vez vindo da Holanda. E, “tal como aconteceu com o equipamento que recebemos em junho passado advindo da Suíça, este também foi a custo zero”, segundo nos informou o gabinete de comunicação daquela Associação. Entre o equipamento, contavam-se botas de combate, capacetes urbanos, fatos-de-macaco em Nomex e luvas, tudo material perfeitamente adequado ao combate a incêndios urbanos. “Para nossa surpresa ainda, vinha incluído um conjunto de várias agulhetas, de diferentes calibres e um canhão monitor portátil”, segundo informa o mesmo gabinete. Esta oferta, partiu de uma relação criada entre a corporação e um cidadão holandês de boa vontade a residir no concelho de Penela, Erwin Looyestein, que no seu país natal é bombeiro profissional. Segundo o próprio, todo o equipamento terá sido doado de várias corporações de bombeiros profissionais do seu país, e ele próprio procedeu à sua recolha e transporte para Penela. Recorde-se que o comando dos Bombei- ros de Penela, com a aquisição de um VUCI (Veículo Urbano de Combate a Incêndios) em 2013, comprometeu-se a equipar, de forma gradual até ao final do corrente ano, todos os seus bombeiros com o devido EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Esse objetivo está praticamente conseguido” mas “vamos continuar a procurar na Europa Central “amigos-dos-bombeiros” que nos ajudem a completar o que falta”. Algum deste equipamento ainda precisa- rá de pequenos restauros (principalmente com a pintura dos capacetes) mas, “contas feitas, os Bombeiros de Penela estimam que o valor do equipamento ascenda a mais de 50 mil euros”. O comando, direção, corpo ativo dos Voluntários de Penela expressam “um honroso agradecimento ao bombeiro profissional holandês, e nosso recente co-penelense, Erwin Johannes Adrianus Looyestein, assim como também ao bombeiro Ricardo Santos por servir de elo de ligação”. BRASFEMES Encontro no feminino A s bombeiras de Portugal estiveram reunidas na vila de Brasfemes, em Coimbra no passado dia 9 de novembro em encontro nacional. Mais de 150 mulheres oriundas de norte a sul do País iniciaram estas terceiras jornadas com um colóquio sobre a im- portância do papel das mulheres nos corpos de bombeiros, ouviram histórias das pioneiras do corpo de bombeiros anfitrião e assistiram à intervenção da comandante Ana Matias dos Bombeiros Voluntários de Anadia, versando a temática das mulheres nas estruturas de comando. Neste encontro, o comandante distrital Carlos Luís e o comandante Acácio Monteiro deixaram deram conta do importante desempenho dos elementos femininos no sector dos bombeiros e da proteção civil reconhecendo-lhes “elevadas competências, destreza e profissionalismo” e responsabi- lidades na mudança de mentalidades, Do programa destaque também para a atuação da fanfarra dos Bombeiros de Brasfemes, um passeio turístico pela cidade de Coimbra e o almoço convívio que reuniu bombeiras dos voluntários de Brasfemes, Constância, Crato, Cruz Branca (Vila Real), Figueiró dos Vinhos, Góis, Miranda do Corvo, Montemor-o-Novo, Paredes, Pedrogão Grande, Póvoa de La- nhoso, São Brás de Alportel, Serpins, Soure e ainda dos Sapadores de Coimbra. Sérgio Santos Á SE TENS ENTRE 15 E 44 ANOS Ó ÇÕ[email protected] 25 NOVEMBRO 2014 LUXEMBURGO Primeiro comandante luso-descendente Autor: António Freitas A os 25 anos concretizou o seu sonho de criança, ser bombeiro. Vítor Oliveira Gomes nasceu no Luxemburgo e seus pais – Manuel Gomes da Silva e Clementina são naturais de A-Ver-O-Mar da Póvoa de Varzim. É o mais jovem bombeiro a assumir o posto no Luxemburgo e o primeiro comandante luso-descendente, que, optou só pela nacionalidade luxemburguesa, já que refere “devido ao péssimo serviço do consulado de Portugal no Luxemburgo e para não andar sempre com dificuldades em renovar os meus documentos de identificação portugueses optei só pela nacionalidade luxemburguesa, apesar de adorar Portugal, visitar a terra dos meus pais muitas vezes e falar bem o português”. Numa breve passagem por Lisboa e arredores que não conhecia bem e juntamente com sua namorada, luxemburguesa de origem italiana, o EMIGRANTE/MUNDO PORTUGUÊS falou com este jovem, que comanda os bombeiros da cidade luxemburguesa de Schifflange. Tinha estado em Lisboa a última vez quando decorreu a Expo 98, salienta. Porém a sua estadia de férias em Portugal e, como cicerone da companheira, iniciou-se na terra Natal de seus pais - Póvoa de Varzim, desceu ao Algarve depois Lisboa e Sintra. Mas o “bichinho” dos bombeiros sempre presente levou-o a visitar algumas corporações dentro da cidade, como nos contou. O seu pai, assinante de longa data deste jornal, foi um dos que se envolveu na nobre causa da “contagem do tempo de tropa para efeitos de reforma” e o Vítor lembra-se bem da luta do seu pai, em nome de tantos companheiros, para que o Estado português fizesse justiça, para com os que defenderam Portugal na Guerra Colonial. Voluntário desde os 14 anos de idade Foi uma causa perdida e daí certamente também uma das razões por não ter optado pela dupla nacionalidade. Sobre o seu percurso e a sua escolha de tão nobre missão profissional, em regime de voluntariado, sempre em prol de ajudar os outros, conta-nos “ofereci-me aos 14 anos como voluntário e a razão é simples, quando era muito pequeno, a cave do prédio onde moravam os meus pais em Esch-sur-Alzete incendiou-se e os bombeiros foram chamados ao local para nos acudir. Houve um bombeiro que me agarrou ao colo e me retirou e desde aí que quis ser bombeiro. A minha irmã já estava nos bombeiros, era tripulante nas ambulâncias, onde se alistou, e a minha vontade crescia todos os dias, apesar de ter que esperar pelos meus 14 anos e lutar contra a relutância dos meus pais, que me diziam que primeiro estavam os estudos. Como passei de ano, a minha irmã lá os convenceu a deixar-me alistar na secção jovem dos bombeiros”. Ganhamos “sessenta minutos por hora” Durante alguns anos, Vítor Gomes, saía das aulas de português e, passava uma hora por dia nas instalações dos bombeiros. Tinha exercícios às terças e sextas-feiras. Acabada a escola de bombeiros, e depois de todos os cursos exigidos veio a desempenhar o lugar de subcomandante e neste ano de 2014 assumiu mesmo os comandos da corporação. “O antigo comandante, ao fazer sete anos de funções de comando, deixou a função, apesar de ainda os ajudar como voluntário e foi-me feito o desfio” recorda. Gostava de ser profissional bombeiro, ou seja só ter esta profissão já que, bombeiro não é o seu “ganha-pão”. No Luxemburgo só os bombeiros da capital são profis- sionais, todos os outros são voluntários e a comuna de Schifflange não tem verbas para contratar mais pessoal, refere. Schifflange, é uma cidade com cerca de 10 mil habitantes. “Se um dia a câmara municipal optar por me contratar como profissional, deixo o meu emprego PONTINHA MELO Quartel tem novo responsável operacional Estrutura renovada O s Bombeiros Voluntários da Pontinha, concelho de Odivelas, contam com um novo comandante, cuja posse decorreu recentemente. Trata-se de Paulo Rocha, formador da Escola Nacional de Bombeiros (ENB) e ex-adjunto de comando dos Voluntários de Cascais. Paulo Rocha substitui no comando Pedro Santos, que vai permanecer no corpo de bombeiros como oficial bombeiro. Marcaram presença na singela cerimónia diversas entidades, a Câmara Municipal de Odivelas, representada pelo Vereador do Proteção Civil, Edgar Vales, a Liga dos Bombeiros Portugueses, através de Barreira Abrantes, do conselho superior consultivo, o Comando Distrital de Lisboa da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), através do seu segundo comandante, André Fernandes, a presidente da Junta de Freguesia de Famões e Pontinha, Corália Viçoso, e muitos colegas do empossado na ENB, elementos de comando e dirigentes de associações congéneres. A presidir à cerimónia esteve o presidente da assembleia-geral dos Voluntários da Pontinha, António Carlos Neto da Silva, acompanhado da presidente da direção, Maria José Guedes, e de outros dirigentes da instituição. Retificação Na última edição, por lapso, na reportagem sobre a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Pontinha indicámos o comandante em funções como sendo António Rodrigues, quando de facto se tratava de Pedro Santos. António Rodrigues, efetivamente, já exerceu as funções de comandante dos Voluntários da Pontinha tendo então, como segundo comandante, Pedro Santos. Este viria a assumir o comando até ao presente. Fica aqui o nosso pedido de desculpas aos visados. e passo só a ser bombeiro” refere o jovem comandante. Vítor Gomes trabalha numa multinacional automóvel, é mecânico com certificação profissional, embora esteja no atendimento e apoio pós venda aos clientes. Por mês, as saídas dos bom- beiros são muitas, desde incêndios a desastres nas estradas. Sob o seu comando, 30 homens e duas mulheres e, só recebem do Estado 1 euro por hora, valor simbólico do seu voluntariado, mas cuja missão é tão profissional como a das corporações que tem só bombeiros, como única exclusiva profissão. Todos os voluntários têm que cumprir um mínimo 10 horas por mês de permanência no posto de comando. “Ganhamos 60 minutos por hora” refere o Vitor a sorrir, daí o grande problema de aliciar jovens para esta nobre missão “ já que se optarem pelo futebol mesmo nos escalões baixos ganham alguma coisa”. Fazemos tudo o que em Portugal está incumbido à Proteção civil, serviço de 112, ambulâncias, refere Vitor Gomes “temos troços de autoestrada que estão na nossa jurisdição”. Os meios de que a corporação dispõe são do Estado e da câmara. Vítor sai do emprego em Leudelange e vai direto para o quartel dos bombeiros e, é no silêncio da noite, quando está de serviço, que muitas vezes recorda os casos mais dramáticos do dia a dia e que tem que enfrentar e que lhe dão alento para ser bombeiro, como o senhor que teve um ataque cardíaco e que ajudou a salvar, e recordando aquele bombeiro que o salvou do fogo em casa dos pais, quando era criança! O corpo de bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Melo, concelho de Gouveia, dispõe de um novo comandante, Rui Miguel Melo Abrantes, cuja posse decorreu recentemente. A cerimónia de posse contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Gil Barreiros, do comandante distrital de socorro da ANPC, António Fonseca, do comandante José António, em representação da Federação de Bombeiros da Guarda, do presidente da assembleia – geral e do presidente da direção dos Voluntários de Melo, respetivamente, Cesar Martinho e José Caramelo, dos comandos dos Bombeiros de Fornos, Gouveia, Vila Nova, Seia, S. Romão, Loriga, Cheires, Salto, Barcelinhos, Lourosa, Cruz Verde – Vila Real e Vale de Besteiros, e dos comandantes do Quadro de Honra (QH), Moço, José Maranhos e Fernando Figueiredo. O novo comandante dos Bombeiros de Melo ingressou na instituição em 1999, tendo sido promovido a 3.ª (2000), a 2.ª (2004) e a 1.ª (2014). Frequentou, entretanto, o curso de quadros de comando da Escola Nacional de Bombeiros em maio e junho do corrente ano. O comandante Rui Abrantes é licenciado em enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa e é enfermeiro militar, no posto de 1.ª sargento, da Força Aérea Portuguesa (FAP). É ainda possuidor de um vasto currículo nas áreas da emergência e catástrofe, na fisiologia de voo, da emergência neonatal e do trauma, entre outras. 26 NOVEMBRO 2014 MEALHADA BARCELINHOS Empossado novo adjunto V itor Vilaça é o novo adjunto dos Bombeiros de Barcelinhos, um jovem, “disciplinado e conciliador”, segundo destaca o comandante José Beleza, “a pessoa ideal com as características pretendidas para ocupar o cargo, dotado das competências técnicas pretendidas para defender os interesses das populações”, como sublinha José Costa, presidente da direcção Vitor Vilaça, tem 42 anos e mais de 25 ao serviço dos Voluntários de Barcelinhos, onde era, até agora subchefe. Vitor Vilaça é o terceiro adjunto de comando, uma nomeação que resulta de um processo de restruturação que visa “colmatar uma lacuna na hierarquia” e “criar condições de trabalho a estes operacionais, que a direcção da associação classifica de “melhores bombeiros do mundo”. “Vitor Vilaça é um homem disciplinado, cumpridor e conciliador, um dos Bombeiros”, sublinha José Beleza. Na cerimónia de tomada de posse, Carlos Brito, vereador da Protecção Civil do município de Barcelos, congratulou-se com a escolha e deixando largos elogios à instituição que considerou “um orgulho” para o concelho. O ato de posse foi testemunhado por muitos convidados, dos quais se destacam Vitor Azevedo, da Protecção Civil de Braga, Marinho Gomes, presidente da federação distrital de bombeiros e Fernando Vilaça, Provedor do Bombeiro. J Indigitado segundo comandante osé Duarte, bombeiro de 3.ª dos Voluntários da Mealhada, foi indigitado no passado mês de outubro, para segundo comandante do corpo de bombeiros. A posse será efectivada logo que o operacional termine Curso de Comando, conforme anunciou aos bombeiros o comandante Nuno Antunes João. José Duarte tem 39 anos, reside na Vimieira, no concelho da Mealhada, e é o responsável pela oficina da Fiat/Kia no Grupo MCoutinho, em Coimbra. PALMELA Presidente da LBP elogia trabalho da direção com mecenas A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Palmela celebrou a passagem do seu 77.º aniversário no dia 16 de novembro com a inauguração de duas novas viaturas. Após a formatura do corpo ativo que acolheu as entidades convidadas, assistiu-se à bênção e inauguração de uma nova ambulância de socorro (ABSC) apadrinhada pelas empresas “Casa Ermelinda Freitas”, “Hempel” e “Parmalat” e de um veículo de apoio (VALE) que foi apadrinhado pelo presidente do conselho de gerência da “Volkswagen Autoeuropa”, António de Melo Pires. Na sessão solene que se seguiu, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, elogiou o trabalho desenvolvido pela instituição, nomeadamente pela sua direção, junto de mecenas que caracterizou como demonstração “ da expressão mais alta da cidadania na procura constante permanente da relação com a sociedade civil para com ela, e através dela, se possam criar condições para que esta estrutura esteja à altura a cada momento para as solicitações do socorro”. “Uma riqueza incalculável para este país” foi assim que o presidente da direção Octávio Machado se referiu aos homens e mulheres que são formados nas fileiras dos corpos de bombeiros. No uso da palavra o dirigente deixou ainda preocupações com a gestão das associações pela falta de apoios insti- tucionais, alertando para a necessidade de reajustamento dos financiamentos municipais para este setor dos bombeiros e proteção civil. Um dos momentos altos da cerimónia foi a imposição dos galões de 2.º comandante a Eduardo Martins que foi seguida de promoções na carreira de bombeiros nas categorias de bombeiro de 1.º e Subchefe e o ingresso de cinco elementos no corpo ativo a que se presenciou ao juramento de bandeira ao lema “Vida por Vida”. Houve ainda a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses a vários operacionais que foram entregues pelo presidente da câmara municipal de Palmela, Álvaro Amaro, pelo presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, pelo segundo comandante distrital Rui Costa (ANPC), e pelo presidente da Federação dos bombeiros do distrito de Setúbal, Eduardo Correia. Sérgio Santos ZAMBUJAL A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Zambujal, Loures, conta com um novo comando do seu corpo de bombeiros. Joaquim Manuel Vicente, bombeiro há 41 anos e comandante há 22, entendeu ter chegado o momento de “dar o lugar aos novos” como ele próprio explicou. E soube fazê-lo em articulação com a direção de forma serena e continuada. Assim, o antigo segundo comandante, Sérgio Paulo Pontes Mendes, foi empossado como comandante e Comando passa testemunho o anterior adjunto, Paulo Jorge Mateus Pereira, como segundo comandante. Ambos, apesar de jovens, já com muita experiência. Fruto, também, do bom professor que tiveram no agora comandante do Quadro de Honra Joaquim Vicente, conforme também foi referido na cerimónia de posse. A cerimónia, muito concorrida, foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, e contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, Rui Ferreira, do comandante distrital da ANPC, comandante Carlos Mata, do presidente da junta de freguesia, anfitreados pelo presidente da assembleia-geral, Eduardo Coelho, do pre- sidente da direção, Norberto Fernandes, e dos restantes elementos dos órgãos sociais. 27 NOVEMBRO 2014 ÁGUAS DE MOURA Reforços chegam em dia de festa SEVER DO VOUGA Aniversário arranca com acampamento O O s Bombeiros de Águas de Moura Para assinalaram os 34 anos de existência, com uma cerimónia marcada pelo ingresso de oito novos elementos do corpo activo. Na sessão foi, ainda, condecorado com a medalha de serviços distintos, o bombeiro de 1.ª Gregório Palhoça pela dedicação ao corpo de bombeiros durante 37 anos, e que passa, agora, a integrar o quadro de honra. Em dia de festa e reunião desta grande família, o comando não esqueceu os merecidos agradecimentos aos operacionais que, este ano, integraram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF). Associaram-se às comemorações, entre outras entidades, o presidente da Câmara Municipal de Palmela, o comandante Operacional Distrital, o representan- te da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, o presidente da União de Freguesias, de vários presidentes e comandantes de associações congéneres. Registe-se que a homologação do Corpo de Bombeiros de Águas de Moura data de 17 de setembro de 1980, sob a presidência de Arménio Pacheco e o comando de Álvaro Carreira. MALVEIRA A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Malveira aasnalou o 70.º aniversário com um conjunto de incitativas que permitiram evidenciar a missão dos homens e mulheres servem a instituição. Ao desfile apeado seguiu-se a sessão solene, tendo o comandante Miguel Oliveira proferido palavras de reconhecimento ao corpo ativo, enaltecendo “o trabalho e empenho de cada um dos bombeiros”. Falou ainda dos investimentos, nomeadamente na formação do pessoal e na aquisição de equipamentos de proteção individual. O responsável operacional deu ainda conta da necessidade de substi- acampamento partilhado de cadetes e infantes dos Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga com elementos mais velhos do corpo de bombeiros realizado no Alto do Roçário realizado entre 17 e 19 de outubro último foi, no fundo, o primeiro ato do programa comemorativo do 54.º aniversário da Associação. O acampamento juntou duas dezenas de elementos e constituiu, sem dúvida, uma experiência fora do comum de troca de experiência e conhecimentos, em particular, para a escola de cadetes e infantes. Distinções para soldados da paz tuição do veículo urbano de combate a incêndios (VUCI), bem como de obras de requalificação das instalações, projectos que aliás deverão concretiza-se em breve. O comandante Miguel Oliveira recebeu do presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Silva a medalha de 25 anos de bons e efetivos serviços em prol da comunidade e dos bombeiros. Na cerimónia foram, ainda distinguidos os soldados da paz, com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros. Foram, também, entregues diplomas de reconhecimento a empresas solidárias, nomedadamente a Fapil, a Vipfarma, a Lactimonte e Transportes Florêncio Silva, agraciadas, igualmente, com o título “sócio benemérito”. Entre as entidades convidadas destaca-se a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares; do comandante VALBOM Bombeiros comemoram 87.º aniversário A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Valbom festejou recentemente o seu 87.º aniversário. As comemorações começaram em 3 de Outubro último, prosseguindo nos dias 18 e 19 do mesmo mês. No dia 3 assinalou-se o arranque das comemorações com salva de morteiros e hastear das bandeiras. No dia 18 decorreu a sessão As brincadeiras, os jogos e alguns momentos de formação mais sérios tiveram em comum o enriquecimento e o fortalecimento da unão entre os futuros os bombeiros e os atuais. No dia 19, último dia do acampamento, foi comemorado o aniversário da Associação, quer com nova jornada de convívio mais alargada a mais bombeiros e aos familiares dos jovens cadetes e infantes, com desfile, a promoção a bombeiro de 1.ª de Luís Almeida e, ainda, a inauguração da nova ambulância de transporte. solene, presidida pelo presidente da assembleia-geral, Leonel Viana, e nas presenças, do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, do presidente da Assembleia Municipal, Aníbal Lira, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, comandante José Miranda, do pároco local, padre Marcos Faria, e do presidente da União de Freguesias de Gondo- mar (S. Cosme) Valbom e Jovim, José Macedo, anfitreados pelo presidente da direcção, José Pereira Gonçalves de Oliveira, pelo presidente do conselho fiscal, Américo Viana, e do comandante do corpo de bombeiros, José Alves. Durante a sessão procedeu-se à entrega de diversas distinções e medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Câmara Munici- pal e, ainda, à entrega de diplomas de desempenho no ano de 2013 a diversos bombeiros. No dia 19, as comemorações foram retomadas com a romagem ao cemitério paroquial de Valbom, seguindo-se uma missa de sufrágio pelos bombeiros e associados falecidos, o desfile em direcção ao quartel e, por fim, a deposição de ramos de flores no Monumento ao Bombeiro. distrital Carlos Mata (ANPC); de Rui Ferreira da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa; representantes da Guarda Nacional Republicana e de associações congéneres do concelho. Sérgio Santos 28 NOVEMBRO 2014 PÓVOA DE VARZIM A ALCOCHETE Efetivo reforçado Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim recebeu mais 9 elementos estagiários, que terminaram o período probatório e que foram promovidos dias depois a bombeiros de 3ª. A cerimónia foi um dos pontos altos das comemorações do 137º aniversário da instituição. Os novos elementos são: Nelson Ferreira, Sayler Rodriguez, Nataliia Dzyga, Catarina Alves, Pedro Moura, Carla Oliveira, Pedro Padilha, Jorge Santos e Elisabete Padrão. As comemorações iniciaram-se no sábado, 4 de outubro, com a abertura do quartel à população, incentivando a visita às instalações, o conhecimento dos equipamentos ao serviço dos bombeiros e uma coleção de motivos alusivos aos bombeiros, incluindo muitas miniaturas, doada pelo subchefe Luís Teixeira. No domingo, dia 5, realizou-se a tradicional romagem ao cemitério e uma missa, este ano celebrada no salão nobre do quartel. Seguiu-se a bênção de uma nova ambulância de socorro medicalizável apadrinhada pela empresa têxtil “Vilar e Figueiredo”. Esta empresa contribuiu para a Associação com a reparação de fardamentos e equipamentos de proteção individual bem como com a oferta de 50 fatos de resgate em grande ângulo e 100 coletes para socorro pré-hospitalar. A sessão solene contou com a presença, do presidente da Câmara Municipal de Póvoa de Varzim, Aires Pereira, do presidente da Assembleia Municipal, Afonso Pinhão, e do representante da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto e presidente doa Bombeiros Voluntários de Amarante, Adelmo Guimarães. Na sessão foram atribuídos medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). A medalha de 25 Homenagem a benfeitores A anos foi entregue ao subchefe Manuel Ferreira, aos bombeiros de 1ª, José Manuel Pontes e Nelson Ferreira, e ao bombeiro de 3ª, Armando Ramalho. A medalha de 20 anos foi entregue aos bombeiros de 2ª, José Manuel Fonseca, Carlos Gonçalves e Rui Silva, e ao bombeiro de 3ª, Aparício Silva. As medalhas de 15 e 5 anos foram entregues, no primeiro caso, aos bombeiros de 3ª, Ricardo Barros e, no segundo caso, Miguel Correia e Andreia Fernandes. A Federação de Bombeiros do Porto também distinguiu os bombeiros com 25 anos de serviço prestado. No âmbito dos dirigentes, a LBP e a Federação distinguiram com as respetivas medalhas de 10 anos de assiduidade, o vice-presidente da assembleia-geral, António Nova Araújo, e a vice-presidente da direção, Tânia Ribeiro. “Bridgestone Portugal” e a “Transgrua”, através do seu sócio João Frade, foram distinguidas com a medalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) por proposta da Associação dos Bombeiros Voluntários de Alcochete. A entrega das medalhas decorreu durante a sessão solene comemorativa do 66.º aniversário da instituição. A “Bridgestone” tem colaborado com a Associação desde 2009 através de donativos de pneus para as viaturas de socorro e a “Transgrua” custeou integralmente a construção de um novo parque para veículos de socorro pesados, no valor de 70 mil euros, e tem dado o apoio oficinal direto à manutenção das referidas viaturas. Durante a sessão solene, presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Luís Miguel Franco, foi também homenageado um antigo presidente da direção, Fernando Pessoa, pelos serviços relevantes prestados à instituição entre 2002 e 2011. Decorreu a promoção a bombeira de 3.ª da estagiária Cristina Catita, apadrinhada por seu irmão Carlos Catita. Foram entregues diversas medalhas de assiduidade da LBP, sendo de destacar a de 25 anos, atribuída ao bombeiro de 2.ª Nuno Antunes. O segundo comandante, José Martins, foi louvado pelo trabalho desenvolvido, nomeadamente, durante o período de doença do comandante Paulo Vieira. Foram ainda entregues louvores, aos bombeiros de 1.ª, Carlos Catita e José Carlos Mateus, aos bombeiros de 2.ª, Carlos Santos, André Jesus e Rui Pintado, e ao bombeiro de 3.ª, Paulo Carraço. Destaque também para o agradecimento ao bombei- ro de 1.ª, Diamantino Costa, pelo trabalho desenvolvido com a reaparecida fanfarra, e aos bombeiros Gonçalo Ventura (1.ª) e Armando Neves (2.ª) pelo trabalho desenvolvido nos trabalhos de reparação e melhoramentos efetuados no quartel à frente de uma equipa alargada de outros bombeiros. Foi feito um agradecimento aos Bombeiros Voluntários de Sintra e ao trabalho desenvolvido de intercâmbio entre as equipas de cadetes, nomeadamente, no âmbito dos concursos de manobras, onde a formação de Alcochete foi estreante. A sessão solene contou ainda com as presenças, do vice-presidente da LBP, Rui Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros de Setúbal, Carlos Lopes, do segundo comandante distrital da ANPC, Rui Costa, do presidente da Assembleia Municipal, Miguel Boieiro, do presidente da junta de freguesia de Alcochete, Estêvão Boieiro, anfitreadas pelo presidente da assembleia-geral, Jorge Arroje, do presidente da direção, Norberto Barão, do comandante Paulo Vieira, e outros dirigentes da instituição. AGUALVA-CACÉM Presidente da LBP lembra que ainda há muito para fazer O 2.º comandante Vítor Eusébio e o bombeiro de 2.º Rui Franco foram distinguidos com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) nas celebrações do 83º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Agualva Cacém, presidida pelo secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida. A efeméride celebrada no dia 16 de novembro teve início com a formatura do corpo ativo que após receber as entidades con- vidadas iniciou um desfile pelas artérias da cidade. De seguida inaugurou-se uma ambulância de transporte múltiplo (ABTM) apadrinhada pelo presidente da assembleia municipal de Sintra, Domingos Quintas. No uso da palavra durante a sessão solene que se seguiu, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, fazendo um balanço entre o mandato a acabar e o futuro lembrou que “ há muito que fazer, a vida dos bombeiros portugueses continua a não estar fácil mas está muito melhor que há 3 anos a esta parte e estamos a trabalhar para que muito do que está hoje em cima da mesa seja resolvido”. O comandante Jaime Soares lembrou que, apesar da crise, esta instituições mantém a porta aberta e nunca negam apoio seja em que circunstância for”, precisando que “Nenhuma cidadão alguma vez ficou abandonado por que os bombeiros porventura por questões de situação crítica de sustentabilidade os deixaram abandonado”. O presidente da LBP, a propósito, frisou que “os bombeiros não podem continuar no sufoco da sustentabilidade financeira e muitas vezes a terem que ser eles próprios a pagar para socorrer” e sublinhou que “não deixaremos que esta situação continue”. Durante a sessão solene, o comandante Luís Pimentel sensibilizou os presentes fazendo uma análise das ocorrências e intervenções operacionais do corpo de bombeiros, frisando que é necessário um grande es- forço para responder as missões diárias. Ao concluir este responsável deixou agradecimentos aos órgãos sociais, funcionários, fanfarra e corpo ativo da associação, sendo estes agradecimentos partilhados na intervenção do presidente da direção Luís Silva. Houve ainda um momento para a imposição de medalhas aos operacionais por parte da Câmara Municipal de Sintra, da LBP e da Associação, por vários anos de abnegados serviços em prol do próximo e aos associa- dos entregues emblemas por 50 anos de associativismo. Estiveram presentes nesta cerimónia, além do secretário de Estado da Administração Interna e do presidente da LBP, o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Francisco Pereira, o comandante distrital Carlos Mata, o comandante Pedro Araújo, vice-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e representantes das associações geminadas dos Cabeceirenses e Portimão. Sérgio Santos 29 NOVEMBRO 2014 A CAMPO DE OURIQUE BEATO Escola garante novos elementos Mérito reconhecido Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique assinalou o seu 98.º aniversário com o juramento de quatro novos bombeiros de 3ª, após conclusão do respetivo estágio. Durante a sessão solene comemorativa foram também entregues medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e diversos diplomas de reconhecimento e medalhas da Associação a bombeiros e dirigentes. A sessão foi presidida pelo vereador da Câmara Municipal de Lisboa, responsável pelo pelouro da Proteção Civil, Carlos Castro e contou com as presenças, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Rui Rama da Silva, do vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante Manuel Varela, do comandante distrital de socorro da ANPC, Carlos Mata, do segundo comandante do Regimento Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), major Tiago Lopes, da vice-presidente da APBV, Paula Tocha, e do presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, Pedro Cegonho, anfitreados pelo presidente da direção, coronel Leopoldo Almeida Amaral, do presidente da assembleia-geral, José A Moreno, do comandante Paulo Alfar e restantes órgãos sociais da instituição. À beira do centenário, uma das expectativas dos Voluntários de Campo de Ourique é conseguir até lá resolver o problema do quartel, em situação precária e provisória há 34 anos. junta do Beato, na cidade de Lisboa, homenageou os homens e mulheres que voluntariamente servem na Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Beato no decorrer da IV gala da freguesia. “O que de bom se faz deve receber o devido mérito e merecem estes aplausos, porque construir um Beato me¬lhor é uma responsabilida¬de de todos, contribuindo com ideias, sugestões e trabalho para melhorar a freguesia.”, disse a LAGOS O Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos integrou no programa comemorativo do feriado municipal, comemorado em 26 de outubro último, a “2.ª Corrida/Caminhada Vida por Vida 2014”, patrocinada pela loja local do “Intermarché”. A iniciativa saldou-se mais uma vez por um êxito, com cerca de 560 participantes, entre caminhantes e atletas. A prova concluí-se em festa convívio no quartel dos bombeiros, com al- moço convívio e entrega de prémios e, ainda, no âmbito da campanha nacional realizada pelos “Mosqueteiros/Intermarché” em prol dos bombeiros, da entrega dos 5 equipamentos de proteção individual (EPI) atribuídos àquela Associação. Na organização da prova, os Voluntários de Lagos, contaram com a prestimosa colaboração, da Câmara Municipal, da PSP, do Moto Clube e de outras instituições locais. CANTANHEDE Chá, fado e solidariedade N o dia 8 de novembro, decorreu no salão dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, um Chá Solidário, em prol da Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia e do projeto Arco-íris, com animação a cargo do Grupo de Fados de Coimbra. A funcionar há três anos em Cantanhede, na Fundação Pires Negrão, o projeto Arco-íris desenvolve atividades ocupacionais e pré-profissionais nas áreas de pastelaria, jardinagem, agricultura biológica e atividades de percurso educativo, dando apoio a uma dezena de jovens com epilepsia e/ou incapacidade e deficiência. A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Beato fez-se representar na cerimónia pelo presidente da direção José Alves Nunes, o comandante Mário Ribeiro e um grupo de soldados da paz. Sérgio Santos MANGUALDE A correr pelos bombeiros A apresentadora da cerimónia aquando da entrega dos diplomas de agradecimento ao corpo de bombeiros e outras coletividades e associações que com os seus serviços voluntários se distinguem nas ações de apoio ao próximo. Donativo vem dos EUA s Bombeiros Voluntários de Mangualde acabam de receber mais um donativo de 11. 200 dólares, da comunidade local radicada na diáspora, nos Estados Unidos da América (EUA), em Cumberland.. O donativo resultou da generosidade dos participantes no 37.º Convívio Mangualdense realizado nos EUA. Após a entrega formal do donativo à Associação, representada pelo seu presidente, João Soares, o organizador do convívio deste ano, José Costa, fez questão de dizer que “foi um enorme prazer ter trazido para os Bombeiros de Mangualde esta verba, que deu muito trabalho a mim e a toda a minha família e à equipa que me ajudou organizar, mas que também nos dá um grande orgulho fazê-lo”. João Soares, agradecendo o apoio realçou que “é uma enorme ajuda à instituição e por isso um grande bem-haja a todos os que contribuíram” e lembrou grato todas as iniciativas promovidas antes com o mesmo objetivo de apoiar os bombeiros. Desta vez, a verba angariada foi menor do que tem sido habitual dado que, em nome dos Bombeiros de Mangualde, parte da verba inicial foi destinada a ajudar nos tratamentos de uma criança luso-americana vítima de doença grave. 30 NOVEMBRO 2014 FAFE Bombeiros cumprem tradição ÁGUAS DE MOURA O O s Bombeiros Voluntários de Fafe cumpriram mais uma vez a tradição ao realizarem a romagem aos cemitérios no Dia de Todos os Santos, após a formatura geral do corpo de bombeiros. O primeiro cemitério a ser visitado, foi o de Silvares S. Clemente, onde está depositado o saudoso presidente, Prof. Humberto Gonçalves. De seguida, a formatura seguiu para Moreira de Rei, onde está depositado o corpo do fundador e primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários de Fafe, João Crisóstomo. Por fim, a formatura foi até ao Cemitério Municipal, prestar as honras aos bombeiros, diretores, sócios e beneméritos já falecidos, em frente ao Jazigo da corporação. Escuteiros no quartel s Bombeiros de Águas de Moura receberam, no início de novembro, nas suas instalações mais de três dezenas de escuteiros do Agrupamento 64 de São José, Setúbal. Foram dois dias repletos de atividades e muita animação, nos quais os mais jovens tiveram a oportunidade de conhecer e experimentar a rotina e as tarefas dos bombeiros, além das atividades próprias do escutismo. SOLIDARIEDADE Passeio TT junta 300 ÓBIDOS O Nova campanha ao voluntariado s Bombeiros de Óbidos iniciaram uma nova campanha de apelo ao voluntariado, tendo como slogan “Vem fazer parte da nossa equipa.”. Garantir a continuidade do trabalho do corpo de bombeiros, demonstrar que é possível fomentar uma dinâmica participativa e responsável na sociedade, são objetivos desta iniciativa que visa “juntar um grupo de jovens aptos para integrar a próxima recruta, mostrando que é possível a qualquer um de ser voluntário”, conforme salientam os responsáveis dos Voluntários de Óbidos. M ais um vez, a adrenalina e as emoções marcaram presença no Passeio Todo o Terreno promovido pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. A quarta edição desta iniciativa, superou todas as expectativas, tendo reunido na linha de partida 103 motos e 64 jipes, num total de quase 300 participantes, vindos de norte a sul do país e também do estrangeiro, nomeadamente de França e da Suíça. No final, o balanço não podia ser mais positivo. Não faltou quem tecesse elogios ao passeio, tanto pela organização, “excelente”, como pela qualidade dos percursos apresentados, conforme salienta a organização, dando enfoque ao cariz solidário do evento cuja receita será investida na qualidade do serviço prestado à população. ANIVERSÁRIOS 1 de dezembro Bombeiros Voluntários de Sines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 Bombeiros Voluntários de Tarouca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 3 de dezembro Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres . . . . . . . . . . . 66 5 de dezembro Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta . . . . . . . 87 Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva . . . . . . . . . . . 39 Bombeiros Voluntários de Sendim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 6 de dezembro Bombeiros Voluntários de Valadares . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 7 de dezembro Bombeiros Voluntários de Ourique . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 8 de dezembro Bombeiros Voluntários de Rio Maior . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Bombeiros Voluntários de Murça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 10 de dezembro Bombeiros Voluntários da Batalha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 11 de dezembro Bombeiros Municipais de Gavião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 12 de Dezembro Bombeiros Voluntários Lisbonenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Bombeiros Voluntários de Ribeira Brava . . . . . . . . . . . . . . . 28 13 de dezembro Bombeiros Voluntários de Arronches . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 15 de dezembro Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Oliveirinha . . . . . . . 80 16 de dezembro Bombeiros Municipais de Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 17 de dezembro Bombeiros Voluntários de Viatodos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 Bombeiros Privativos do Meridien – Porto . . . . . . . . . . . . . . 28 19 de dezembro Bombeiros Voluntários de Figueira da Foz . . . . . . . . . . . . . 132 Bombeiros Voluntários de Portalegre . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 Bombeiros Voluntários de Ansião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 Bombeiros Voluntários de Portel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 20 de dezembro Bombeiros Voluntários de Anadia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81 Bombeiros Voluntários de Vila Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 22 de dezembro Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé . . . . . . . . . . . . . 81 25 de dezembro Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar . . . . . . . . . . 97 26 de dezembro Bombeiros Voluntários de Bombarral . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 29 de dezembro Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira . . . . . . . . . . . 86 Bombeiros Voluntários de Montalegre . . . . . . . . . . . . . . . . 65 30 de dezembro Bombeiros Voluntários de Pedrouços . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 31 de dezembro Bombeiros Voluntários Tirsenses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85 Fonte: Base de Dados LBP 31 NOVEMBRO 2014 BEJA Juve em gala OLEIROS Bombeiros em peregrinação O núcleo da Juvebombeiro de Oleiros promoveu, pela primeira vez, uma peregrinação a pé a Fátima. A jornada reuniu 16 peregrinos, na maioria elementos do quadro ativo dos Voluntários de Oleiros, que se puseram ao caminho no dia 17, bem-dispostos e unidos pelo companheirismo, ainda que esta não fosse uma missão fácil. Depois de três dias de partilha, o grupo chegou ao santuário tomado pela paz, reconfortado pela fé, determinado a repetir a experiência, já no próximo ano. O salão dos Voluntários de Beja foi palco, no passado dia 1 de novembro, da III Gala Distrital da JuveBombeiro evento, uma vez mais marcado pela camaradagem e pelo convívio. Nesta gala foram distinguidos o comandante António Gomes dos Bombeiros de Ferreira do Alentejo, o chefe José Cascalheira dos Voluntários de Cuba, e a federação bombeiros de Beja pela colaboração garantida, mos últimos anos, aos delegados da juvebombeiro. Pela sua forte atividade, e cooperação que têm desenvolvido ao longo do último ano, foram, ainda, o delegado da Vidigueira, Emanuel Pestana; o subdelegado de Cuba, Pedro Carapeto e o Núcleo de Moura. Nesta ocasião, a JuveBombeiro de Vidigueira agraciou a ex-comandante Noémia Ramos; o Núcleo de Moura, os aderentes Válter Monteiro e Fábio Val-Freixo, e o Núcleo de Beja, a delegada Ana Água-Doce e a subdelegada Susana Henriques. Nesta iniciativa, promovida pela JuveBombeiro Distrital e pelo Núcleo de Beja, participaram cerca de noventa convivas de vários corpos de bombeiros dos distritos de Beja, Évora e Setúbal O papel importante da JuveBombeiro nos quartéis foi sublinhado por Rodeia Machado, presidente da direção dos Bombeiros de Beja, bem como pela ex-comandante dos Voluntários da Vidigueira, Noémia Ramos e por Manuel Baganha, em representação do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Beja. Da mesma forma, também o coordenador distrital, João Lemos, frisou que os jovens são o futuro dos Bombeiros em Portugal, pelo que “importa não baixar os braços”. BOMBEIROS.PT em novembro de 1994 Concurso assinala 10.º aniversário O portal “Bombeiros.pt” promoveu um concurso de fotografia para assinalar o seu 10.º aniversário. Estão de parabéns, o Sérgio Cipriano e a equipa que coordena pela notável adesão a este primeiro concurso organizado pelo portal, subordinado ao tema “Os Bombeiros Portugueses”, pelo registo de 70 participantes com 203 imagens. Destas, após a análise e decisão do júri, chegaram 123 à fase final do concurso. Apurar e decidir sobre as 5 imagens vencedoras foi a tarefa ciclópica a que o júri, a seguir, se dedicou. E aí estão os vencedores: André Granja (1.º e 4.º), António Tedim (2.º), José Meira (3.º) e Rui Gouveia (5.º). OEIRAS E PONTINHA O Juntos na missão e na vida dia 18 de outubro passado foi o dia escolhido para mais dois bombeiros darem o nó. O local aprazado foi Sintra mas o noivo, bombeiro de 3ª, Carlos Rodolfo Araújo Marques de Rocha dos Voluntários de Oeiras e a noiva, bombeira de 2ª, Mariana Ferreira Marques de Rocha é o dos Voluntários da Pontinha, Odivelas. Será que estamos prestes a assistir a alguma transferência entre corpo de bombeiros? O nó está dado. E, se calhar, a transferência de um deles também poderá vir a cami- nho. Felicidades para os noivos! 32 NOVEMBRO 2014 PORTEL Modelos por uma causa Depois dos Sapadores de Setúbal, que o ano passado surpreenderam o País ao assumirem o papel de modelos num calendário solidário que muito deu que falar, chegou a vez das Bombeiras de Portel ousarem numa produção fotográfica, que está a causar furor. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O corpo feminino dos Voluntários de Portel promete conferir beleza a todos os 12 meses do ano 2015, num calendário que é já um êxito. A ousadia de 16 mulheres está a fazer correr muita tinta ainda que do trabalho assinado pelo fotojornalista Hugo Rainho, só sejam conhecidas algumas imagens, parece imperar sensualidade e bom gosto. As verbas angariadas com a venda deste calendário destinam-se apoiar a atividade dos corpo de bombeiros, conforme revelou ao BP Jesuíno Moedas, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portel. Mulheres “normais”, envergando fardas de trabalho, manuseando ferramentas várias, ou operando viaturas pesadas, marcam esta produção, que, ainda assim, não perde encanto. As bombeiras dão a conhecer-se exatamente como são, mas Hugo Rainho consegue captar-lhes nessa naturalidade os traços femininos que a farda oculta. O desafio lançado pela direção e comando, numa primeira fase, assustou o corpo feminino dos Voluntários de Portel, contudo, a vontade de apoiar o trabalho da instituição que servem, falou mais alto e empurrou o grupo para uma grande aventura, que não será esquecida tão cedo. Recearam a reação da família e da comunidade, mas a ideia foi aceite por todos sem reservas, nomeadamente pelos camaradas com quem, diariamente, cumprem a missão de salvar vidas, cer- tamente, orgulhosos do arrojo com que estas 16 mulheres se entregaram a esta campanha solidária, conforme faz questão de sublinhar o comandante Arsénio Grilo. Integram este grupo de “modelos por uma causa” Ana Naito, Hélia Amador, Elisabete Chícharo, Helena Correia, Isabel Enfermeiro, Maria João Chícharo, Maria Margareta, Marisa Ramalho, Mariana Vaquinhas Marta Cachaço, Marta Pires, Patrícia Caeiro, Sandra Correia, Sara Grilo, Susana Pa- A Crónica do bombeiro Manel S trão, Susana Pires e Vanessa Horta O calendário está em fase final de produção e deverá ser colocado à venda, “por uma quantia quase simbólica”, já a partir dia 27 de novembro, na Feira do Montado, o evento que mais visitantes atraem a Portel. Depois, estará disponível para todos os interessados que devem consultar a página de Facebook dos Bombeiros Voluntários de Portel e, assim, apoiar o meritório trabalho desta instituição. LOUVOR/REPREENSÃO Ao grupo de cidadãos da zona de Vila Franca de Xira que, através das redes sociais, dirigiram um agradecimento aos Bombeiros Voluntários de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria pelo apoio inexcedível durante o surto de legionella Aos cidadãos que muitas vezes, por razões estranhas mas sempre repreensíveis, ameaçam ou até agridem os bombeiros nos teatros de operações enquanto estes cuidam de chegar às vítimas para as socorrer. Tudo bom para quem nos quer bem enhora Ministra da Administração Interna, acaba de chegar a um mundo porventura diferente daquele onde, segundo se diz por aqui, deu meças e demonstrou ser rija e determinada. Nós aqui nos bombeiros também somos assim. Por isso, acho que estamos predestinados a entendermo-nos bem e a fazer coisas boas para os bombeiros, logo, para bem das populações. Aqui das serranias que este ano por esta altura continuam verdes por que até este ano não arderam como aconteceu nos outros anos lembrei-me de lhe mandar uma mensagem. Um mensagem de bem, de gente rude habituada a lutar contra a adversidade, a suportar a dor própria e a alheia mas sempre pron- ta a antes quebrar que torcer. Não é que sejamos propriamente teimosos, acho eu. O que se passa é que para muitos de nós a vida nem sempre foi suave. Por isso quando chegamos às associações e também deparamos com as dificuldades não só nada nos é estranho como também não é nada que nos faça recuar ou arrepiar caminho. O que muitos de nós aprendemos na vida transportamos para as nossas associações para que a vida seja mais suave a quem socorremos. Se me perguntasse a razão por que fazemos isto não teria que pensar muito para lhe dizer que nos está na massa do sangue, corre-nos nas veias. A explicação até pode nem ser muito compreensível mas a certeza que temos, a convicção com que damos o tudo por tudo para manter estas casas abertas e continuar a lutar pela segurança dos nossos concidadãos pode ajudar a perceber alguma coisa. Antes, muitos de nós era gente simples e rude com força e coragem para tudo. Hoje a coragem e a força continuam a não faltar mas já fazemos de outro modo. Já temos gente com cursos, médicos, engenheiros, psicólogos, enfermeiros e até advogados. Somos gente com mais preparação, mais treino, mais conhecimentos mas que não alterou a forma simples e pouco dada ao espetáculo de ver as coisas e de trabalhar. Por que o objetivo da nossa atividade não é nós, são os outros. Ora acho que é isto que também vamos ter muito comum consigo, o trabalho para os outros, o trabalho cada vez melhor para os outros. Porventura nunca vamos ter a oportunidade de nos encontramos. Eu sou um dos muitos milhares com quem vai falar através da nossa Liga. É com ela que vai acertar tudo e se estiver com ela estará connosco. Senhora Ministra, aproximasse mais um Natal e um Fim do Ano. Como sempre, também nesses dias os bombeiros vão estar alerta nos quartéis, longe das famílias mas perto daqueles que socorrem a qualquer momento. Senhora Ministra, nas suas novas funções conhecer essa realidade e poder contar com ela este ano por certo vai ter outro sabor para si nesta época que se aproxima. E para nós também. Somos boa gente, acredite. Não seremos melhor que muitos outros, mas de certeza somos diferentes. Tudo de bom para si, certos de que também nos quer bem. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal