Metalworking World 2/2007
Transcrição
DIAMANTES – MITO, MÁGICA E REALIDADE: FOGO ETERNO EM UMA PEDRA UMA REVISTA DE NEGÓCIOS E TECNOLOGIA DA SANDVIK COROMANT N.º2 2007 SERMATI: ATENDENDO FORTES DEMANDAS INOVAÇÃO ACELERA LANÇAMENTOS CUMMINS: PARCERIA PRODUZ OS MELHORES RESULTADOS “Precisamos estar na vanguarda do desenvolvimento de ferramentas, máquinas e tecnologias”, afirma Martin Krogh Pedersen, diretor executivo e proprietário da KP Komponenter. KP KOMPONENTER NA DINAMARCA: SINAIS DO SUCESSO PRESENÇA É TUDO procuramos nos destacar, oferecendo mais qualidade e serviço e mostrando a nossos clientes como pequenas mudanças podem se transformar em grandes ganhos. Estar presente é o ponto de partida de qualquer parceria de produtividade, mas o sucesso definitivo depende da capacidade de construir relações a cada etapa, marcando presença, acompanhando, pensando à frente. Quando falamos de apoio, nossos clientes se lembram de nossos casacos amarelos, que significam justamente dar um passo adiante no comprometimento. A CADA DIA dos resultados extraordinários que obtivemos. Tem sido uma grande parceria.” Essas palavras são de Jean-Paul Labarthe, diretor de produção da Sermati, fornecedora francesa da indústria aeroespacial. A parceria Sandvik Coromant / Sermati é um excelente exemplo de como uma nova solução pode gerar enormes melhorias. Uma “TENHO ORGULHO solução desenvolvida pelo Centro de Aplicação da Sandvik Coromant em Sandviken, na Suécia, proporcionou um aumento de produtividade na Sermati de 40% sobre os métodos tradicionais. Resultados assim não são raros, mas requerem tempo e comprometimento. O aumento de produtividade não ocorre do dia para a noite, mas é um processo que, uma vez iniciado, não pára mais. Sempre há uma maneira de melhorar. Só é preciso encontrá-la. E um parceiro externo pode ser o par de olhos que faltava para encontrar uma nova direção. qualquer outra coisa, talvez o casaco amarelo simbolize nosso comprometimento de longo prazo com o cliente. Estamos com nossos clientes para o que der e vier, pensando não apenas na tarefa atual, mas com um olho no futuro. Quando você encontrar um casaco amarelo, pode ter certeza de que ali existe um parceiro trabalhando para que você crie valor. Como diz Martin Krogh Pedersen, diretor executivo e proprietário da KP Komponenter: “Sabemos que, ao escolhermos uma solução da Sandvik Coromant, poderemos vê-la aprovada e implementada imediatamente.” Acreditamos que é assim que deve ser. Todos os dias. O tempo todo. Que esta edição da Metalworking World ofereça idéias produtivas para a sua empresa. MAIS DO QUE FOTO: MATS JONHOLT Boa leitura, 2 METALWORKING WORLD KENNETH V SUNDH PRESIDENTE DA SANDVIK COROMANT ÍNDICE METALWORKING WORLD N.º 2 2007 TECNOLOGIA A Sermati fabrica peças altamente especializadas para a indústria aeroespacial. O uso de pastilhas de cerâmica Sialon na difícil usinagem de materiais HRSA (superligas resistentes ao calor) significa um aumento da velocidade de produção – fator importante na próspera indústria aeroespacial da atualidade. 24 ESCOLHA SINGULAR FOTO: ALEXANDER FARNSWORTH 18 ACELERANDO A PRODUÇÃO 6 34 – OS BENEFÍCIOS DA PADRONIZAÇÃO Uma estratégia de ferramentas Coromant Capto não apenas racionaliza a produção como oferece um retorno mais rápido do investimento em uma nova máquina. O uso das soluções de ferramental corretas pode eliminar duplicações, desperdício e a necessidade de suportes para ferramentas. 34 TORNEAR E FRESAR: EIS A QUESTÃO O torno-fresamento oferece a possibilidade de realizar certas operações de maneira mais eficiente. Com as atuais máquinas CNC multieixos e fresas modernas, o processo está ao alcance da maioria das fábricas que ofereçam uma capacidade de fabricação ampla e o escopo para peças mais sofisticadas. Juntando a isso o know-how de aplicação mais recente, obtém-se uma usinagem que soluciona diversos problemas, geralmente em um único set-up. 4 6 NOTÍCIAS DE USINAGEM 11 12 NOTÍCIAS DE USINAGEM 20 26 30 A SORTE ESTÁ LANÇADA O MUNDO DE ACORDO COM A SERMATI QUANDO A PARCERIA SE PAGA 30 12 MODELO DE SUCESSO OS DIAMANTES SÃO ETERNOS METALWORKING WORLD é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, Editora-chefe e responsável legal na Suécia: Pernilla Eriksson. Executiva de conta: Christina Hoffmann. Gerente editorial: Lisa Lundqvist. Diretor de arte: Erik Westin. Editor de imagens: Christer Jansson. Editor técnico: Christer Richt. Subeditora: Valerie Mindel. Coordenadora: Monica Åslund. Coordenador de idiomas: Sergio Tenconi. Editora de português: Miriam Moraes Bengtsson. Tradutor: Carlos Teixeira. Layout de idiomas: Ulrika Jonasson. Pré-impressão: Markus Dahlstedt. Foto da capa: Ola Torkelsson. Favor observar que não aceitamos originais não-solicitados. O conteúdo desta publicação só poderá ser reproduzido com permissão, que deve ser solicitada ao gerente editorial da Metalworking World. As matérias e opiniões expressas na Metalworking World não refletem necessariamente os pontos de vista da Sandvik Coromant ou da editora. Correspondências e pedidos de informação sobre a revista são bem-vindos. Contato: Metalworking World, Spoon Publishing AB, Kungstensgatan 21B, 113 57 Estocolmo, Suécia. Telefone: +46 (8) 442 96 20. E-mail: [email protected] Informações sobre distribuição: Monica Åslund, Sandvik Coromant. Telefone: +46 (26) 26 60 14. E-mail: mww. [email protected] Impressa na Suécia por Sandvikens Tryckeri, em papel MultiArt Matt 115 gramas e MultiArt Gloss 200 gramas da Papyrus AB, com certificação ISO 14001 e registro EMAS. Coromant Capto, CoroMill, CoroCut, CoroPlex, CoroTurn, CoroDrill, CoroBore, CoroGrip, AutoTAS e GC são marcas registradas da Sandvik Coromant. FOTO: OLA TORKELSSON 811 81 Sandviken, Suécia. Telefone: +46 (26) 26 60 00. A Metalworking World é publicada três vezes por ano em alemão, chinês, coreano, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, inglês americano, inglês britânico, italiano, japonês, polonês, português do Brasil, russo, sueco e tcheco. A distribuição é gratuita para clientes da Sandvik Coromant mundialmente. Publicada pela Spoon Publishing em Estocolmo, Suécia. ISSN 1652-5825. A Metalworking World é publicada com objetivo meramente informativo. As informações fornecidas são de natureza genérica e não devem ser tratadas como recomendação ou como base para tomadas de decisão em casos específicos. Qualquer uso dessas informações é de total responsabilidade do usuário. A Sandvik Coromant não se responsabiliza por qualquer dano direto, acidental, conseqüencial ou indireto, resultante do uso das informações disponíveis na Metalworking World. METALWORKING WORLD 3 NOTÍCIAS FOTO: GETTY IMAGES Participantes do campeonato CCCN. À esquerda: Sun Bin, diretor adjunto do comitê organizador do CCCN, e Ee Sian Lee, gerente geral da Sandvik Coromant, China. DO GARGALO AO SUCESSO A China está carente de operadores CNC qualificados. Essa carência tornou-se um obstáculo para as indústrias de engenharia mecânica do país, que se desenvolvem rapidamente. Em 2004, o governo chinês vislumbrou uma solução: criar o Campeonato Chinês de Controle Numérico (CCCN) a fim de melhorar os conhecimentos de CNC em todos os níveis. O campeonato ocorre a cada dois anos. A Sandvik Coromant é o fornecedor exclusivo de ferramentas desde o início. Os participantes são estudantes, professores e técnicos, que precisam demonstrar suas habilidades de três maneiras: um teste no papel sobre conhecimentos básicos de CNC, um teste no computador sobre programação e um teste na máquina sobre as habilidades de operação, em que os competidores usam máquinas-ferramenta para concluir uma peça em um tempo estipulado. Os principais competidores recebem prêmios do comitê do CCCN, de suas escolas e de suas empresas. Além disso, todos os vencedores ganham uma viagem para a sede da Sandvik Coromant, na Suécia. COMO DESBANCAR A CONCORRÊNCIA Vender 100 unidades da CoroDrill 880 de uma única vez não é para qualquer um, mas a Sandvik Coromant da Hungria conseguiu tal façanha recentemente. O cliente é a Divisão Fisher da Emerson Process Management Hungary Ltd – subsidiária húngara do maior fabricante de válvulas de controle e reguladores do mundo. “A Divisão Fisher da Emerson vai alterar seu processo totalmente, substituindo todas as brocas da empresa pelas novas brocas CoroDrill 880 da Sandvik Coromant”, conta Laszlo Joszay, gerente da Sandvik Coromant para a Hungria e a Romênia. Testes minuciosos comprovaram que as brocas CoroDrill 880 4 METALWORKING WORLD são a opção mais econômica, quando comparadas aos modelos da concorrência. “Com a possibilidade de aumentar os parâmetros de usinagem, as brocas CoroDrill 880 podem aumentar a produtividade”, explica Joszay. “Outra vantagem são as nossas classes de pastilhas recém-criadas, que proporcionarão redução de custos e um processo de fabricação mais confiável.” Os testes foram realizados em tornos MC e CNC, com ferramentas rotativas e estacionárias, em peças fundidas de aço e aço inoxidável, contra brocas com pastilhas intercambiáveis e brocas inteiriças com ponta de metal duro. Técnico inspeciona turbina a gás. As classes CC6060 e CC6065 foram desenvolvidas para os fabricantes de turbinas a gás e de peças aeroespaciais. CERÂMICA DE PONTA PARA UMA INDÚSTRIA EXIGENTE A Sandvik Coromant está introduzindo duas novas classes de cerâmica Sialon – a CC6060 e a CC6065, criadas para os fabricantes de turbinas a gás e de peças aeroespaciais. “As novas classes de cerâmica foram desenvolvidas especialmente para os fabricantes que precisam melhorar a produtividade da usinagem de materiais de corte difícil, conhecidos como superligas resistentes ao calor”, salienta Marcus Hillbom, engenheiro de desenvolvimento da Sandvik Coromant. A cerâmica Sialon é uma mistura de nitreto de silício com óxido de alumínio, com capacidade de girar a uma velocidade de cinco a dez vezes mais alta do que a dos metais duros e com maior estabilidade química para resistir ao desgaste tipo entalhe. A CC6065 é a primeira opção, uma alternativa segura e econômica às cerâmicas com whisker; já a CC6060 deve ser usada para otimizar operações exigentes quanto ao desgaste tipo entalhe. FOTO: CORBIS PREPARAR, APONTAR, JÁ NA TURQUIA Fresa CoroMill 390D com sistema antivibratório. Mesquita Azul, em Istambul, à noite. A Sandvik Coromant inaugurou seu Centro de Produtividade n.º 18 em Istambul, na Turquia. SOLUÇÃO PIONEIRA GARANTE PRODUÇÃO SEM MONITORAMENTO Aplicações de usinagem que exigem ferramentas longas e delgadas geralmente são afetadas por vibrações e ruídos, que podem provocar paradas e outros problemas. “Para enfrentar essas questões, a Sandvik Coromant está lançando a CoroMill 390D – uma fresa Silent Tool exclusiva (patente requerida), dotada de um módulo antivibratório integrado para reduzir vibrações e ruídos”, anuncia Hans Lindberg, engenheiro de produtos da Sandvik Coromant. FEIRAS DE NEGÓCIOS - OUT/07 • MachTech, Budapeste, Hungria, 8–11 maio • Sajam Tehnike, Belgrado, Sérbia, 8–11 maio • EASTEC ’07, Springfield, MA, EUA, 22–24 maio • FEIMAFE, São Paulo, Brasil, 21-26 maio • Mashex ’07, Moscou, Rússia, 29 maio–2 junho • MD&M East, Nova York, NY, EUA, 12–14 junho • MachTool, Poznan, Polônia, 11-14 junho • D&M China, Xangai, China, 11–14 junho • Paris Air Show, Paris, França, 18–24 junho Essa fresa com sistema antivibratório é capaz de estabilizar todo o processo de usinagem, alcançando maior produtividade e funcionando sem monitoramento. A nova ferramenta é indicada para aplicações com máquinas multitarefas e centros de usinagem de 3/5 eixos, em que a acessibilidade é de suma importância. As vantagens para os clientes serão a segurança da ação de corte e a maior velocidade do processo de produção. Um Centro de Produtividade totalmente novo – o 18.º a seguir padrões unificados – foi certificado e inaugurado em Istambul, na Turquia. Os Centros de Produtividade da Sandvik Coromant ao redor do mundo oferecem serviço e treinamento aos clientes e combinam os conhecimentos dos clientes com a experiência da Sandvik Coromant. “A idéia básica é ajudar os clientes a economizar”, esclarece Katarina Dahl, coordenadora global dos Centros de Produtividade. “Todos os Centros de Produtividade são certificados por nós, garantindo que todas as diretrizes, do design às máquinas, sejam cumpridas. Os centros oferecem aos clientes a oportunidade de discutir questões sobre ferramental, usinagem e materiais. Incrementar o conhecimento sobre produtividade é a forma mais eficiente de contribuir para a economia dos clientes. Nos Centros de Produtividade, a Sandvik Coromant pode mostrar como alcançar essa meta.” UMA SOLUÇÃO INUSITADA Uma empresa tcheca descobriu grandes vantagens em uma pequena mudança. A Bosch Diesel s.r.o., fabricante de bombas de injeção para motores diesel em Jihlava, na República Tcheca, produz dois modelos básicos de bombas CDI – o CP3 e o CP1H. O corpo do modelo mais novo, o CP1H, é feito de ferro nodular GGG50. Em 2005 e 2006, a Bosch quis investir em novas máquinas para impulsionar a produção desse modelo. Ao mesmo tempo, a empresa decidiu analisar novas soluções de ferramental, trabalho conduzido por Jiří Kožich, responsável pela produção da CP1H na Bosch. Aleš Polák, técnico de vendas da Sandvik Coromant, recomendou a utilização de uma ferramenta especial em conjunto com uma pastilha convencional para o fresamento de acabamento do modelo CP1H. Anteriormente, essa operação empregava uma ferramenta A Bosch Diesel fabrica bombas de injeção para motores diesel. especial e uma pastilha especial de um concorrente. Essa mudança aparentemente pequena proporcionou grandes benefícios. “Comparados à solução anterior, os suportes da Sandvik Coromant contêm um número menor de pastilhas e as pastilhas são fornecidas com o dobro de arestas, o que se traduz imediatamente em uma redução significativa dos custos de fabricação”, conclui Polák. Polák recomendou a mudança para a CoroMill Century, uma fresa da Sandvik Coromant que normalmente é usada para usinagem de alumínio e respectivas ligas, além de outros metais não-ferrosos. Embora o uso dessa ferramenta na usinagem de ferro fundido nodular GGG50, que apresenta variações de dureza, tenha sido muito original, inúmeros testes confirmaram a alta qualidade dos resultados: precisão da superfície, repetibilidade e consistência, sem movimentos indesejados; tudo o que é essencial para a produção de grandes séries. Essa solução ajudou a Bosch a obter uma economia anual de € 184.000 em custos de produção. “Assim que vimos os resultados, introduzimos mais três fresas na nossa produção, com o mesmo êxito”, alegra-se Kožich. METALWORKING WORLD 5 A questão é ser proativo em relação ao mercado, explica Xavier Mielvaque, recentemente indicado como presidente e CEO da Sermati. Negócios arriscados não são tão atrativos para a maioria das empresas. Mas uma fábrica de usinagem da França assumiu alguns riscos que a colocaram na linha de frente de seu ramo de atuação. O MUNDO DE ACORDO COM A SERMATI ser um nome conhecido, mas para quem está na indústria aeroespacial ou em algum outro setor especializado, essa empresa familiar do sudoeste da França é sinônimo de alta qualidade e alta precisão em usinagem e gabaritos de montagem. Situada no pitoresco vilarejo de St Céré, um pouco ao norte de Toulouse, sede da Airbus, a Sermati está bem no meio daquele que é conhecido como o “Vale da Mecânica”, que abrange diversos fornecedores terceirizados das indústrias aeroespaciais francesa SERMATI PODE NÃO 6 METALWORKING WORLD e européia da região. Em meio aos campos, fazendas, colinas e celeiros do vale, a fachada de alumínio escovado do prédio principal da Sermati destaca-se como um grande avião comercial em um aeroporto municipal. por Robert Destic, a Sermati é uma fornecedora especializada na usinagem de peças e no projeto e fabricação de gabaritos de montagem. O nome da empresa é a sigla de Société d’Etudes et de Réalisations de Machines Automatisées Techniques IndusFUNDADA EM 1949 trielles. Dentre os clientes da Sermati estão pesos-pesados da engenharia, como Airbus, Snecma, Bombardier, Dassault Aviation, Alstom, GE, Thales e Giat Industries (fornecedora das forças armadas francesas). A Sermati tem 200 funcionários e um faturamento anual de cerca de € 20 milhões. Sua missão é estar na linha de frente em tecnologias de usinagem e de ferramental. Para isso, a empresa investiu pesado nessa área nos últimos anos, como forma de atrair clientes. Algumas vezes, a Sermati chegou a ❯❯ FOTOS: ALEXANDER FARNSWORTH A Sermati é especializada na usinagem de peças grandes e/ou difíceis para a indústria aeroespacial e outros setores especializados. FOTO: ALEXANDER FARNSWORTH SUPERLIGAS RESISTENTES AO CALOR O interior de uma turbina a gás em funcionamento é um ambiente desafiador, em que as temperaturas e as pressões podem ficar muito acima dos limites suportados pelos metais convencionais. Conseqüentemente, são necessárias ligas especialmente desenvolvidas para peças que ficam expostas a temperaturas mais altas ou para elementos cuja integridade estrutural seja um fator crucial. As superligas resistentes ao calor são uma família de ligas usadas nas partes mais quentes de uma turbina a gás, pois são capazes de suportar temperaturas de operação de até 1.000 ºC sem uma redução prejudicial de sua resistência. Atualmente, representam o maior grupo de materiais na fabricação de motores aeronáuticos e a previsão é de que sua utilização cresça ainda mais. Em geral, esses materiais são de difícil usinagem, quando comparados ao aço. Além disso, seu comportamento na usinagem varia segundo a maneira como as ligas foram tratadas. Geralmente, as melhores ferramentas de corte para esses tipos de ligas são as cerâmicas. A usinagem de peças difíceis e cada vez maiores e mais complexas cria exigências adicionais sobre as ferramentas. Jean-Paul Labarthe, diretor de produção da Sermati, e Laurent Escoussat, responsável por ferramentas de corte, com um protótipo de resina na Sermati. investir em novas tecnologias antes mesmo de ter um contrato em mãos que exigisse isso. “É arriscado, concordo”, reconhece Xavier Mielvaque, novo presidente e CEO da Sermati. “Mas a questão é ser proativo em relação ao mercado. E por sermos um dos principais fornecedores para os maiores fabricantes do mundo, isso é praticamente o que se espera de nós. Em geral, gostamos de desafios.” faz parte da terceira geração da família Destic, genro e sucessor de Pierre Destic. “Três anos atrás, não usinávamos peças complexas”, conta ele. “Hoje, isso representa 30% do nosso faturamento e atingirá 50% nos próximos três anos. Graças à nossa competitividade e à qualidade do nosso trabalho, temos ganhado a confiança de mais clientes para esta atividade. Além disso, os fabricantes de motores para aviões estão recebendo mais pedidos, MIELVAQUE o que nos coloca numa boa posição no futuro.” A especialidade da Sermati é a usinagem de peças difíceis e cada vez maiores e mais complexas. Como muitas dessas peças destinam-se a motores a jato, é necessário empregar materiais tais como superligas de titânio e níquel para suportar as altíssimas temperaturas. Esses metais também têm coeficientes resistência/ peso muito altos, o que os torna ideais para rotores de fluxo, rodas de compressores e outros itens forjados. Mas isso também cria exigências adicionais sobre as ferramentas (veja abaixo). E claro que também há questões relacionadas à confiabilidade da usinagem. “Precisamos manter medidas draconianas para garantir a total rastreabilidade de cada peça, grande ou pequena”, ressalta Jean-Paul Labarthe, diretor de produção da Sermati. Desde 2002, quando decidiu entrar no ramo da usinagem de peças “Graças à nossa competitividade e à qualidade do nosso trabalho, temos ganhado a confiança de mais clientes para esta atividade.” XAVIER MIELVAQUE, PRESIDENTE E CEO DA SERMATI O FUTURO: EXCELÊNCIA AEROESPACIAL “A indústria aeroespacial é um setor que continuará passando por um forte desenvolvimento nos próximos anos”, acredita Bruno Gardes, especialista em indústria aeroespacial da Sandvik Coromant na França. “Muitos novos projetos civis e militares estão sendo desenvolvidos, como o A380, B787, A350, A400M, JSF e o Typhoon. Terceirizados e fornecedores como nós continuarão a receber um aumento de demanda e sofrer crescentes restrições de custo.” Em particular, a Sermati e outros fornecedores terceirizados precisarão aumentar seus níveis de produção rapidamente, o que exigirá novos investimentos em tecnologia e em recursos humanos. “Na Sandvik Coromant, logo percebemos que as necessidades da indústria aeroespacial eram diferentes da indústria automotiva”, conta Gardes. “E foi por isso que segmentamos nossas atividades, para poder ouvir melhor nossos clientes e fazer uma conexão mais rápida com nossos engenheiros de P&D. Podemos ser proativos.” Com essa finalidade, construímos um Centro de Aplicação em Sandviken, na Suécia, para desenvolver soluções de usinagem de componentes especificamente para essa indústria. “Queremos ser vistos por nossos clientes como pioneiros em soluções técnicas”, enfatiza Gardes, “e não apenas como um fornecedor de ferramentas.” Em sua opinião, o desenvolvimento de lâminas antivibratórias para a Sermati (veja a história anterior) é um bom exemplo de como a Sandvik Coromant desenvolve uma solução de usinagem específica. “Mas isso é apenas uma parte do trabalho”, explica. “Antes de entregar a primeira ferramenta, é necessário estabelecer uma verdadeira parceria com o cliente, para averiguar as competências de ambas as partes e decidir a melhor maneira de levar adiante a colaboração – aceitar os riscos e avançar. Em todos esses aspectos, o pessoal da Sermati é um exemplo a ser seguido.” METALWORKING WORLD 9 FOTO: ALEXANDER FARNSWORTH “E como trabalhamos com peças individuais de alto valor agregado, é indispensável termos a mais recente tecnologia para aumentar nossa produtividade quando recebemos trabalhos.” A Sandvik Coromant desenvolveu uma solução de metal duro antivibratória que atende as necessidades e exigências da Sermati. complexas, a empresa já investiu em 10 novas máquinas para usinagem. Uma delas, a Berthiez CN, uma máquina de torneamento vertical de alta pressão, foi comprada antes do recebimento de qualquer pedido. Usada exclusivamente para ligas de titânio, essa máquina usa óleo sintético sob alta pressão (300 bar) para refrigerar o corte. A maioria das máquinas usa uma pressão de 20 bar. Além disso, ela corta de 30% a 40% mais rápido do que os métodos tradicionais, proporcionando um salto de produtividade. A refrigeração extra é necessária porque o titânio tem uma condutibilidade térmica muito baixa. Existem pouquíssimas máquinas como essa na França, e a Sermati usa uma delas. “Os clientes precisam saber que temos essas capacidades e competências adicionais”, enfatiza Labarthe. “E como trabalhamos com peças individuais de alto valor agregado, é indispensável termos a mais recente tecnologia para aumentar nossa produtividade quando recebemos trabalhos. Para alguns, pode parecer um jogo de pôquer, mas para a Sermati, mecânica é isso. É assim que fazemos negócio.” ALEXANDER FARNSWORTH PARCERIA LUCRATIVA Uma parceria de produtividade envolve mais do que produtos. Engloba soluções e pessoas experientes, trabalhando juntas para criar soluções específicas para a tarefa a ser cumprida. O relacionamento entre a Sermati e a Sandvik Coromant foi construído lentamente durante uma série de visitas de David Biardou, vendedor da Sandvik Coromant no sudoeste da França, para discutir questões técnicas. Uma colaboração anterior entre as empresas, na produção de anéis, gerou uma economia de produtividade de 20% para a Sermati. Depois disso, as empresas fecharam um plano de melhoria da produtividade para o restante da fábrica. Para Laurent Escoussat, responsável por ferramentas de corte na Sermati, essas interações geraram uma confiança na Sandvik Coromant e criaram as bases para uma nova colaboração que se iniciou em 2006. Um cliente da Sermati pediu que a empresa usinasse as câmaras de combustão de um novo motor de avião que estava sendo desenvolvido. Ele queria que essas câmaras de combustão, três no total, fossem cortadas a partir de um único bloco de liga de níquel. Além disso, para reduzir custos e aumentar a longevidade do bloco de combustão, o cliente queria uma peça inteiriça, em vez de várias peças que precisassem ser soldadas posteriormente. A diminuição do número de peças em um motor de avião, que normalmente é composto por mais de 4.000 peças, pode gerar grande economia. 10 METALWORKING WORLD O principal problema da fabricação dessa câmara de combustão era o grande balanço da ferramenta: os sulcos profundos da peça exigiam lâminas de mais de 100 milímetros de comprimento. O desafio foi desenvolver lâminas que tivessem no máximo 8 mm de largura por 120 mm de comprimento, com pastilhas de cerâmica que não gerassem vibração durante o corte. David Biardou, Sandvik Coromant. Em seu Centro de Aplicação de Sandviken, na Suécia, a Sandvik Coromant desenvolveu uma solução de amortecedor de metal duro que atendia essas exigências. Essa tecnologia patenteada envolveu a colocação de sistemas antivibratórios sobre as lâminas de aço para absorver as vibrações indesejadas. Claro que o processo de usinagem também é um elemento fundamental na eficácia do desempenho dessa solução. Quando começou a produção em série das câmaras de combustão, a Sermati obteve um ganho de produtividade de 40% sobre os métodos tradicionais, uma melhora que pode ser atribuída, em grande parte, aos recursos e ao know-how envolvidos em todo o processo de desenvolvimento. “Poucas empresas aceitariam assumir tanto risco, confiando em um produto que tinha sido testado no laboratório e não em condições de produção”, exalta Biardou. “O grande envolvimento das duas empresas foi a chave do sucesso desse projeto. Por exemplo, a programação de software foi feita em estreita colaboração com Laurent Escoussat e seu programador, pois a otimização automática do percurso das ferramentas não era satisfatória.” “A parceria Sandvik Coromant-Sermati tem sido maravilhosa, permitindo que nos posicionemos em um mercado totalmente novo, a usinagem de câmaras de combustão,” alegra-se Jean-Paul Labarthe, diretor de produção da Sermati. NOTÍCIAS TURBINANDO A INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Até meados de 2007, a Sandvik Coromant pretende inaugurar seu novo Centro de Aplicação em Stuttgart, na Alemanha, dedicado à indústria automobilística global. Com a constante redução do ciclo de vida dos modelos, a pressão sobre os fabricantes de carros e seus fornecedores é muito acentuada, explica Stefan Scherbarth, gerente do novo centro. “Antigamente, o tempo de vida de um modelo de carro era de cerca de 10 anos”, conta. “Agora, um modelo fica velho depois de apenas três anos. Novas tecnologias e novos materiais que aprimorem o desempenho do carro estão se tornando cada vez mais importantes na corrida para se manter à frente da concorrência. O aumento dos preços do petróleo e o rigor das legislações ambientais criam ainda mais pressão para que os fabricantes adotem as tecnologias mais novas.” Com o Centro de Aplicação, a Sandvik Coromant terá recursos de P&D dedicados a trabalhar diretamente com os clientes dessa indústria, em seus projetos para o futuro. “Isso trará grandes melhorias”, acredita Scherbarth. “Ficando mais perto de nossos clientes, poderemos responder de forma mais ágil a suas demandas. Isso também nos permitirá atuar na vanguarda das tecnologias de fabricação, juntamente com departamentos de P&D, universidades, fornecedores de materiais e fabricantes de máquinas. “Queremos trabalhar de forma mais orientada a nossos parceiros e desenvolver soluções pioneiras junto com eles, para aumentar sua produtividade”, continua Scherbarth. “E nossos principais clientes dizem que isso é exatamente o que eles precisam para o futuro.” A Sandvik Coromant recebe prêmio canadense como “fornecedor de destaque” da Pratt & Whitney. Presentes, da esquerda para a direita: Pierre Thériault, Pratt & Whitney Canada, responsável pelo programa de controle da qualidade; Marcel Beaurivage, Sandvik Coromant, gerente de vendas regional, zona 1; Jacques Thériault, Sandvik Coromant, representante técnico de vendas; Louis Jacques Boucher, desenvolvimento de negócios do segmento aeroespacial para o Canadá; Robert Nault, Pratt & Whitney Canada, gerente do departamento de suprimento de peças. SANDVIK COROMANT É RECONHECIDA COMO FORNECEDOR DE DESTAQUE A Sandvik Coromant foi agraciada pela Pratt & Whitney Canada Corp (P&WC), uma divisão da United Technologies, com um prêmio de fornecedor de destaque. A Pratt & Whitney Canada, com sede no Quebec, é líder mundial em motores de aviação para aeronaves comerciais, regionais e helicópteros. A empresa também oferece motores avançados para aplicações industriais. Dentre os critérios de avaliação e qualificação do prêmio, estavam a qualidade do produto fornecido, a consistência da geometria, classe e repetibilidade, conformidade do produto com o pedido e a logística. A Pratt & Whitney tem como meta um nível de rejeição do produto fornecido de menos de 1%. Os números da Sandvik Coromant mostram que, em 2005, apenas 4 lotes foram rejeitados, de um total de 544 lotes inspecionados, com uma taxa de rejeição de menos de 1%, alcançada próximo do final do ano. No total, 22 fabricantes foram envolvidos no processo. Roger Poisson, líder do grupo de otimização de ferramentas da Pratt & Whitney Canada Corp, iniciou o sistema de medição do desempenho dos fabricantes/fornecedores de ferramentas de corte há cerca de 10 anos. O novo Centro de Aplicação para a indústria automobilística ficará situado em Stuttgart, na Alemanha. SABIA QU ...são nece E… ssá de 3.000 p rias mais as corte para tilhas de fabrica motor a jato r um ? SOBRE A PRATT & WHITNEY: A Pratt & Whitney Canada Corp (P&WC), com sede em Longueuil, Quebec, é líder mundial em motores de aviação para aeronaves comerciais, regionais e helicópteros. A empresa também oferece motores avançados para aplicações industriais. As operações e a rede de serviços da P&WC se estendem pelo mundo inteiro. Ela é subsidiária da United Technologies Corporation, uma empresa de alta tecnologia com sede em Hartford, Connecticut, nos Estados Unidos. METALWORKING WORLD 11 QUANDO A PARCERIA SE PAGA Ameaçada por prejuízos nos negócios, a dinamarquesa KP Komponenter deu um passo adiante e desenvolveu uma solução que aumentou sua produtividade, satisfez seus clientes e impulsionou seu crescimento. FOTOS: OLA TORKELSSON Operador de máquina da KP Komponenter com uma peça de turbina eólica. os números, fica claro que a fornecedora dinamarquesa KP Komponenter sabe o que está fazendo. A empresa sextuplicou seu faturamento desde 1998, com um crescimento anual médio de 30% de 2002 a 2006. Em 2007, projeta-se um crescimento de 35%. “Temos tido muito trabalho”, alegra-se Martin Krogh Pedersen, diretor executivo e proprietário da KP Komponenter. Engenheiro, Krogh Pedersen retornou à empresa da família há nove anos, após passar por diversas corporações de grande porte. “Eu não pretendia transformar a empresa em uma megaorganização, mas vislumbrei a possibilidade de trabalhar com as grandes corporações e seus principais produtos – projetos atraentes com produção em larga escala. SE OBSERVARMOS Martin Krogh Pedersen, diretor executivo e proprietário da KP Komponenter. “Ser grande não é uma finalidade em si mesma”, acrescenta, “mas os projetos e desafios que encontramos em uma organização maior me interessam muito.” A KP Komponenter realiza operações de usinagem para clientes das indústrias hidráulica, eólica e agroalimentar, tanto na Dinamarca como em outros países. Dentre seus clientes estão a Sauer-Danfoss, Siemens, Grundfos e MAN B&W Diesel. Atualmente, os clientes típicos da empresa são indústrias de médio a grande porte que tenham interesse, experiência e escala de produção compatíveis com a KP Komponenter. “A indústria hidráulica é um setor exigente no que se refere às tolerâncias de fabricação e à porosidade da matéria-prima”, detalha Krogh Pedersen. “Somos especializados na fabrica❯❯ METALWORKING WORLD 13 “Individualmente, cada ferramenta pode ter sido mais cara, mas se observarmos os custos totais juntamente com o aumento de produtividade, a melhora foi significativa.” ção de peças fundidas e provamos que somos capazes de atender essas demandas. Conseguimos fabricar com tolerâncias muito estreitas e entregar um produto de altíssima qualidade a um preço competitivo internacionalmente. “Investimos 40 milhões de coroas dinamarquesas (€ 5,3 milhões) nos mais avançados robôs e equipamentos de automação, além de uma nova fábrica de 2.500 m²”, continua Krogh Pedersen, “para que pudéssemos competir em custo, logística e flexibilidade em todos os níveis, o que é muito importante para nossos clientes.” FOTOS: OLA TORKELSSON trabalha em parceria com seus clientes e fornecedores, os quais incluem a Sandvik Coromant. “Quando a Sandvik Coromant propôs estabelecermos uma parceria de produtividade há sete ou oito anos, não hesitei”, relembra Krogh Pedersen. “Já trabalhávamos juntos há muitos anos e eu conhecia A KP KOMPONENTER seus produtos e serviços. Sentia que seria a escolha certa. “Você encontra os mesmos tipos de ferramentas em outros fornecedores, mas a Sandvik Coromant é única no conhecimento e na experiência especializada sobre diversas operações de usinagem, o que nos agrada muito”, prossegue Krogh Pedersen. “Para completar, eles têm todo o apoio da sede deles na Suécia e sabemos que, ao escolhermos uma solução da Sandvik Coromant, poderemos vêla aprovada e implementada imediatamente.” O fato de que a Sandvik Coromant é uma das principais inovadoras em sua área também é importante. “Precisamos estar na vanguarda do desenvolvimento de ferramentas, máquinas e tecnologias”, afirma. “Se não nos mantivermos na linha de frente e não reduzirmos nossos custos continuamente, seremos ultrapassados.” Robôs industriais no processo de trabalho da KP Komponenter. A KP Komponenter foi fundada em 1967 e emprega cerca de 150 pessoas. NEGÓCIOS EM FAMÍLIA Em 1998, Martin Krogh Pedersen, sua esposa, Helle Krogh Pedersen, e a empresa de investimentos Industri Udvikling, da Dinamarca, assumiram o controle da KP Komponenter do pai de Martin, Poul Krogh Pedersen, que fundou a empresa em 1967. A empresa permanece em sua localidade original em Spjald, na costa oeste da Dinamarca. Desde que Martin Krogh Pedersen se tornou diretor executivo, a empresa aumentou seu faturamento em seis vezes. A KP Komponenter começou como subfornecedora de peças para a indústria metalúrgica. Na década de 1970, passou por um forte crescimento e precisou comprar várias máquinas CNC e criar mais 14 METALWORKING WORLD espaço de chão de fábrica. Em 1980, a empresa iniciou uma cooperação com Karl Erik Jżrgensen e Henrik Stiesdahl, inventores da turbina eólica Vestas. Juntos, desenvolveram uma engrenagem especial para a turbina, invento que gerou diversos prêmios e foi aplicado em turbinas eólicas no mundo todo. Alguns anos depois, durante um período de crise no setor de turbinas, a KP Komponenter abandonou sua participação na engrenagem e voltou a operar exclusivamente como subfornecedora. Desde então, a empresa vem crescendo regularmente, tendo sido reconhecida em 1990 como uma das 50 empresas com crescimento mais rápido da Dinamarca. A Sandvik Coromant trabalha com a KP Komponenter desde que a empresa foi fundada. A relação foi formalizada há sete anos, quando as duas empresas formaram uma parceria de produtividade. Segundo os termos da parceria, a Sandvik Coromant participa de diversas operações de start-up e está envolvida nos processos de produção desde o estágio de planejamento, fornecendo experiência de alto nível para a KP Komponenter e seus clientes. Atualmente, a KP Komponenter é uma das principais subfornecedoras de operações de usinagem da Dinamarca para todos os tipos de aços de baixa liga e alta liga, metais e peças fundidas. A KP Komponenter é subfornecedora de vários clientes OEM de grande porte, como Sauer-Danfoss, Siemens, Grundfos e MAN B&W Diesel. FOTO: OLA TORKELSSON Søren Frølund, Sandvik Coromant (esquerda), e Viggo Christensen, engenheiro de produção, KP Komponenter. “O desafio é manter o status de uma empresa ativa com espírito familiar e, ao mesmo tempo, ser uma organização maior, bem estruturada.” O engenheiro de produção Viggo Christensen é responsável pelo departamento de torneamento da KP Komponenter. Em seus oito anos de empresa, testemunhou em primeira mão as vantagens da parceria com a Sandvik Coromant. “Eu costumava ver um fornecedor como alguém para quem eu deveria ligar sempre que precisasse comprar produtos ou serviços”, explica. “Mas Søren Frølund, representante de vendas da Sandvik Coromant, vem aqui por iniciativa própria e sugere, por exemplo, que devemos dar uma olhada em determinada máquina. Prepara cálculos e relatórios detalhados, mostrando o tipo de economia que podemos esperar. Isso facilita muito o meu trabalho, porque posso levar o relatório diretamente para o Martin [Krogh Pedersen] e apresentar novas iniciativas para aumentar a produtividade e, conseqüentemente, fornecer 16 METALWORKING WORLD capital para novas ferramentas e outros avanços tecnológicos.” O exemplo mais recente dessa parceria ocorreu na usinagem de coroas de engrenagem para um cliente da KP Komponenter. O cliente estava prestes a passar o trabalho para um concorrente que tinha oferecido um preço mais baixo. Christensen diz que já estava pensando havia algum tempo em uma maneira de usinar aqueles tipos de peças com mais eficiência. “As peças estavam sendo produzidas em nossos tornos CNC”, explica. “Entrei em contato com Frølund e, juntos, fizemos uma varredura nas máquinas. A sugestão de Frølund foi encontrar soluções relacionadas à capacidade de usinagem e nos fornecer as ferramentas pertinentes. Analisamos também a necessidade de máquinas mais avançadas, mais robustas e mais precisas.” Pensando nisso, a KP Komponenter escolheu o sistema de acoplamento Coromant Capto com fixação RC das pastilhas, que oferece uma usinagem estável, mais rápida e com forças de corte mais altas do que a solução anterior. Além disso, Christensen queria uma ferramenta única que removesse os cavacos de dentro da máquina. A Sandvik Coromant projetou um ferramental especial de acordo com as exigências de Christensen. um tempo de produção muito mais curto, custos mais baixos por peça usinada e menos interrupções no processo operacional. A máquina conseguiu funcionar continuamente, sem paradas para substituição de pastilhas gastas. “Individualmente, cada ferramental pode ter sido mais caro, mas se O RESULTADO FOI NEGÓCIOS EXIGEM CONFIANÇA Operador de máquina preparando a fabricação. observarmos os custos totais juntamente com o aumento de produtividade, a melhora foi significativa”, ressalta Christensen. A solução aumentou a produtividade em 25% em média, levando a KP Komponenter a aumentar a equipe de operação especificamente para essa produção. Enquanto isso, o cliente não só continuou com a KP Komponenter como aumentou seus negócios, estimulando a compra de mais duas máquinas para dar conta do recado. E as vantagens vão ainda mais longe. “Inventei um novo tipo de fixação para usinagem avançada de coroas de engrenagem”, prossegue Christensen. “Com isso, ganhamos uma valiosa experiência, que se ampliou para outras áreas, e fomos capazes de reduzir o tempo de set-up de quatro para menos de meia hora. Isso significou prazos de entrega mais curtos, um fator crucial para muitos de nossos clien- tes. Temos grande orgulho em sempre cumprir com nosso princípio do just-in-time.” Desde o ano 2000, a fábrica já foi ampliada em quase 3.500 m². A residência privada que ficava situada na área de produção agora abriga máquinas de medição 3K. Outra oficina de produção de 2.500 m² ficará pronta em maio de 2007 em uma localidade adjacente. Aí serão instaladas duas células FMS com oito centros de usinagem, juntamente com o grande centro de usinagem já existente na empresa. 24 horas por dia, em três turnos. Muitas das máquinas operam sem monitoramento. Robôs colocam e retiram peças das máquinas. A fábrica tem 30 centros de usinagem horizontais, 25 tornos e 4 máquinas de medição (duas Mitutoyo CNC 3D e duas Zoeller CNC). Outra máquina de medição está a caminho. A FÁBRICA FUNCIONA Conquistar a confiança de um cliente é essencial para o sucesso de um relacionamento de negócios. Basta perguntar a Søren Frølund, representante de vendas da Sandvik Coromant há 20 anos e que trabalha com a KP Komponenter durante todo esse tempo. Frølund visita a KP Komponenter uma ou duas vezes por semana. “Nossa parceria exige que eu saiba exatamente o que eles necessitam”, explica Frølund. “Eles sabem que estou lá para fazer algo que será benéfico para eles e já estão acostumados a me ver no local. O pessoal da produção é muito competente e atualizado em sua área. Quando nos encontramos, posso fazer perguntas e escutar essas pessoas, mantendo-me atualizado também sobre suas necessidades.” Frølund trabalha com Viggo Christensen, engenheiro de produção da KP Komponenter, para identificar e avaliar as máquinas que precisam ser atualizadas. Ele se envolve quando a empresa faz planos de investimento em novas máquinas e avisa quando a Sandvik Coromant tem alguma ferramenta nova no mercado que possa atender suas necessidades. “A KP Komponenter instalou o AutoTAS – nosso sistema de gerenciamento de ferramentas em rede para compras e estoques”, conta Frølund. “Se eu informar que introduzimos uma ferramenta melhor, eles confiam em mim. De fato, para aumentar a produtividade bastam alguns cliques no computador.” Todas as máquinas CNC são equipadas com a mais recente tecnologia robótica e equipamentos automatizados para acomodar a produção tanto de larga escala como de pequena escala e de itens individuais. Foram encomendadas oito novas máquinas, que serão instaladas em células com robôs para operá-las. Planejamento cuidadoso, coragem de pensar grande, instalações de última geração e motivação são o que impulsiona o sucesso da KP Komponenter. “O desafio é manter o status de uma empresa ativa com espírito familiar e, ao mesmo tempo, ser uma organização maior, bem estruturada”, observa Krogh Pedersen. “Dessa forma podemos nos concentrar em agilizar as operações e direcionar nossos esforços especificamente para atender as demandas de nossos clientes na Dinamarca e no exterior.” HELLE FRIISVANG METALWORKING WORLD 17 TECNOLOGIA POR ELAINE MCCLARENCE ACELERANDO A PRODUÇÃO DESAFIO: COMO OS FABRICANTES DE PEÇAS AEROESPACIAIS PODEM AUMENTAR A PRODUTIVIDADE NA USINAGEM DE MATERIAIS HRSA (SUPERLIGAS RESISTENTES AO CALOR)? SOLUÇÃO: USANDO PASTILHAS DE CERÂMICA SIALON, QUE PERMITEM O USO DE VELOCIDADES DE CORTE DE CINCO A DEZ VEZES MAIORES QUE AS SOLUÇÕES DE METAL DURO CONVENCIONAIS. O uso de pastilhas de cerâmica Sialon na usinagem de materiais difíceis significa um aumento da velocidade de produção – fator importante na atual indústria aeroespacial. aeroespacial comercial está passando por um período muito próspero, com a entrada em produção de novas aeronaves, tais como o Airbus 380 e o Boeing Dreamliner. E como as empresas aéreas estão renovando suas frotas, esse período movimentado tende a continuar. Assim, os fabricantes da indústria aeroespacial e seus fornecedores de peças enfrentam a necessidade de aumentar a produtividade de materiais difíceis de usinar como as superligas resistentes ao calor (HRSA). A inclusão de níquel e cromo lhes confere excelente resistência ao calor, e os torna adequados para as câmaras de combustão dos motores de aeronaves, onde temperaturas de 1000˚C são comuns. Mas esses materiais são de difícil usinagem, pois geram temperaturas de corte muito altas, o que tende a causar desgaste rápido nas pastilhas de metal duro convencionais. A solução é passar a usar pastilhas de cerâmica, que possuem excelente resistência ao calor e podem ser aplicadas sobretudo durante as fases de desbaste e semidesbaste da fabricação. Complementadas por excelente característica de desgaste, as A INDÚSTRIA Torneamento de material HRSA com a CC6065 – uma classe de cerâmica Sialon. 18 METALWORKING WORLD EXEMPLOS DE APLICAÇÃO TEMPO DE CORTE O desempenho da CC6065 quanto ao desgaste foi comparado com o de outra pastilha de cerâmica disponível no mercado. A operação foi a usinagem de um bolsão em uma peça forjada de Inconel 718, envelhecida e com 35 HRC (Hardness Rockwell). Os dados de corte foram: vc = 213 m/min fn = 0,20 ap = 2,5 mm. O tempo em corte foi de 5,3 minutos. O desgaste da pastilha CC6065 foi significativamente menor do que o da pastilha de cerâmica do concorrente. Além disso, as características de desgaste e os tempos de corte foram avaliados usando-se a classe de pastilhas CC6060 contra uma classe de cerâmica do concorrente em uma aplicação de torneamento contínuo em uma roda de turbina Rene 88. Ficou demonstrado que a CC6060 é mais resistente ao desgaste tipo entalhe: a pastilha precisou de 10,8 minutos para apresentar o mesmo nível de desgaste sofrido pela pastilha de cerâmica concorrente em apenas 3,28 minutos. Isso mostra a capacidade das classes de pastilhas de cerâmica da Sandvik Coromant de melhorar a produtividade por meio da diminuição do desgaste. Concorrente CC6065 pastilhas de cerâmica permitem operar a velocidades de corte de 5 a 10 vezes mais altas do que as das pastilhas de metal duro, aumentando radicalmente a produtividade. desenvolveu várias classes de cerâmica para diferentes tarefas nas fases iniciais e intermediárias da usinagem. A pastilha CC670 demonstrou ser muito eficiente para aplicações de desbaste pesado na primeira fase da usinagem. Para operações posteriores de semidesbaste, a Sandvik Coromant está introduzindo mais duas classes, a CC6065 e CC6060. A CC6065 é considerada a classe de primeira escolha para operações que exijam segurança extra da aresta. Ela garante A SANDVIK COROMANT um desempenho seguro e previsível em todas as aplicações e é uma alternativa econômica às cerâmicas com whiskers nas fases intermediárias de usinagem. A CC6065 também é indicada para fresamento. A CC6060 é uma nova classe que oferece excelente resistência ao desgaste tipo entalhe, além de maior produtividade, graças ao aumento da profundidade de corte, do avanço e do comprimento de corte. Ela é adequada sobretudo em condições estáveis e para técnicas exigentes de programação sob medida em que o ângulo de contato precise ser controlado. Fase intermediária da usinagem (ISM) em aço duro 46 HRC. Usinagem de um canto com a CC6060. Perfilamento e usinagem de um bolsão em um disco de HRSA com a CC6065. Usinagem de um bolsão interno – solução de lâmina projetada. ❯❯ PARA MAIS INFORMAÇÕES: Contate seu representante local da Sandvik Coromant RESUMO A indústria de aviação comercial está passando por uma fase de crescimento, com a entrada em produção de vários novos aviões de passageiros. Pressionados a produzir novas frotas, os fabricantes vêm buscando maneiras de aumentar a produtividade. Para suportar o ambiente adverso de um motor muito quente, essas peças geralmente são feitas de ligas de aço inoxidável com alta concentração de níquel, conhecidas como superligas resistentes ao calor, ou HRSAs. Essas ligas representam um desafio para as pastilhas de metal duro convencionais, pois geram altas temperaturas de corte. As pastilhas de cerâmica Sialon trabalham de maneira eficaz com os materiais HRSA e oferecem aos fabricantes de peças uma oportunidade de aumento geral da produtividade de 5 a 10 vezes. Mecanismo antivibratório patenteado de uma lâmina. METALWORKING WORLD 19 Christer Svensson, CEO e fundador da Camito. A Camito é uma pequena empresa com grandes idéias, que vislumbra um futuro cada vez mais brilhante, enquanto o mundo à sua volta tenta entender o que está acontecendo. A SORTE ESTÁ LANÇADA FOTOS: ADAM HAGLUND “O mais importante, claro, é conseguirmos reduzir o tempo de lançamento.” O nome “Camito” é uma abreviação de “cast mix tooling” (fabricação de ferramentas por fundição mista). por fundição mista (cast mix tooling) é um processo que envolve a fundição de aço-ferramenta e ferro fundido cinzento no mesmo cilindro de fundição, reduzindo consideravelmente os tempos de produção. A idéia partiu de uma pequena empresa sueca, a Camito. Quando apresentou sua idéia pela primeira vez em 2001, Christer Svensson, fundador e CEO da Camito, deparou-se com ceticismo de todos os lados, principalmente porque a tecnologia especial que ele estava procurando ainda não existia. “Logo no início entramos em contato com o KIMAB, instituto de pesquisa sobre corrosão e metais da Suécia, e disseram que não havia documentação que descrevesse como fundir metais tão diferentes, ambos em estado liqüefeito, no mesmo cilindro de fundição, nem se isso era possível”, relembra. “A princípio, disseram que não seria.” Um teste introdutório, porém, indicou o contrário. Agora, seis anos depois, a tecnologia está patenteada e Christer Svensson é CEO da nova empresa. Ele está esperançoso de que a continuidade do desenvolvimento e do investimento levará a uma mudança de paradigma na produção de matrizes de estampar A FABRICAÇÃO DE FERRAMENTAS (ferramentas de conformação) para peças da carroceria de novos modelos de automóveis, que é uma atividade que exige rapidez. “Já testamos a idéia em uma peça interna do porta-malas do Volvo C70 e em um modelo da Audi e outro da Saab”, adianta Svensson. “A próxima etapa será aumentar a capacidade para podermos usar o método no projeto de um carro completo.” A indústria automotiva enfrenta uma demanda crescente pela diminuição dos tempos de desenvolvimento de produtos, portanto a nova tecnologia está despertando muito interesse. Além disso, a vida útil dos novos modelos de carros está ficando cada vez mais curta. No futuro, calcula-se que um modelo tenha uma vida de cerca de três anos. Para alcançar maiores volumes de vendas, os fabricantes de carros precisam produzir vários modelos diferentes baseados em uma única plataforma. A diferença entre os vários modelos está principalmente na carroceria, o que a torna cada vez mais importante para as estratégias de vendas dos fabricantes. tes matrizes de estampar usadas para fabricar cada tipo de carroceria leva de 10 a 12 meses. “Cada carroceria tem cerca de 350 peças diferentes”, explica Svensson, “e são necessárias cerca de 750 diferentes matrizes de estampar para produzi-las. O custo de desenvolvimento e produção dessas ferramentas chega perto de € 110 milhões para cada modelo de carro.” Svensson trabalhou durante 30 anos na Volvo Automóveis em Olofström, Suécia – os últimos sete dos quais como gerente da divisão ❯❯ carroceria para cada modelo, porém, é um processo que consome tempo e dinheiro. Só a produção das diferenPRODUZIR UMA NOVA METALWORKING WORLD 21 O processo reduz o tempo de fabricação de matrizes, que agora podem ser fundidas em uma única peça sólida. “Além de reduzir horas de trabalho, economiza-se também materiais caros, já que usamos somente o aço-ferramenta necessário e não precisamos remover grandes quantidades de material na usinagem.” CHRISTER SVENSSON 22 METALWORKING WORLD de ferramentas e matrizes, onde suas responsabilidades incluíam a fábrica de ferramentas especiais, que produz equipamentos para a fabricação de carrocerias de automóveis. Foi durante esse trabalho, em 1998, que ele teve a idéia do novo método pela primeira vez. “Muito do meu trabalho como gerente da divisão envolvia buscar novas maneiras de encurtar os tempos de produção”, destaca. “No final, sentíamos que tínhamos chegado ao fim da linha. Foi então que percebi que eu precisava alterar a maneira como fabricávamos as matrizes de estampar. Atualmente, esse é um processo longo e caro que não mudou muito nos últimos 30 ou 40 anos. Muitas horas de trabalho são gastas para parafusar manualmente o aço-ferramenta usado para cada tipo de carroceria de uma determinada maneira. No método da Camito, o simples ferro fundido cinzento ou ferro fundido nodular – que serve apenas como moldura – é fundido junto com o importante aço-ferramenta. “De forma resumida, isso significa que pri- meiro se produz uma caixa para moldes complexa de acordo com os desenhos do cliente e depois se começa a preenchê-la com aço-ferramenta”, prossegue. “Depois de esfriar um pouco, ela é preenchida com ferro fundido cinzento, ambos em estado liqüefeito, para que os diferentes tipos de metais se fundam juntos na área de contato, mas não se misturem.” Após um pouco de usinagem, a matriz para estampar está pronta em uma única peça e o fabricante de automóveis não precisa parafusar manualmente cada peça do aço-ferramenta. “Além de reduzir horas de trabalho, economiza-se também materiais caros, já que usamos somente o aço-ferramenta necessário e não precisamos remover grandes quantidades de material na usinagem”, enfatiza Svensson. em cerca de 30% a economia de tempo na produção de matrizes de estampar. Com o novo método, o tempo deve ser reduzido para 7-8 meses, CHRISTER SVENSSON CALCULOU FOTOS: ADAM HAGLUND CAMITO E SANDVIK COROMANT Uma matriz de estampar produzida com o método patenteado pela Camito precisa ser usinada antes de ser usada na produção. Por isso, a Camito está trabalhando com a Sandvik Coromant para desenvolver os melhores métodos de usinagem possíveis. Meta: garantir que o cliente final minimize o tempo e o custo de seu investimento. ”Ofereceremos um módulo de usinagem aos fabricantes de ferramentas e matrizes como parte do conceito total da Camito”, adianta Per Forssell, gerente de desenvolvimento de negócios de Moldes e Matrizes da Sandvik Coromant. A Sandvik Coromant já organizou seu centro de tecnologia correspondente no sul da Suécia para trabalhar no Per Forssell, desenvolvimento do método Sandvik Coromant. da Camito. O conceito total que será oferecido pela Camito em conjunto com a Sandvik Coromant será composto de vários módulos. A Camito está criando um manual de design para que o cliente final possa projetar a ferramenta de acordo com seus padrões. A Camito também oferecerá opções de simulação e controle do processo real de fundição. A Sandvik Coromant contribuirá com um modelo para usinar as matrizes de estampar. A economia de tempo na produção de matrizes de estampar é de cerca de 30%, calcula Christer Svensson, Camito. em vez dos atuais 10-12 meses. “O mais importante, claro, é conseguirmos reduzir o tempo de lançamento de um novo produto”, diz Svensson. “Mas existem estimativas que mostram que uma redução de uma semana de trabalho no tempo de produção pode gerar uma economia de cerca de € 215 mil de capital empatado.” Após os testes introdutórios no KIMAB, os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento foram assumidos pela NovaCast Technologies, de Ronneby, Suécia, que também adquiriu a Camito conforme o trabalho avançou. Além de matrizes para peças de carrocerias de automóveis, a NovaCast Technologies também produz software para sistemas, simulação e controle de processos, para a indústria automobilística global e seus fornecedores. “Como o método é completamente novo, levamos muito tempo elaborando e testando a maneira correta de atingir as metas de qualidade”, conta Svensson. “Mas agora temos uma patente mundial e estamos trabalhando para treinar e credenciar diversas fundições nessa tecnologia. O problema é que ela envolve duas tecnologias de fundição totalmente diferentes e não existem muitas fundições capazes de fazer ambas. Mas já credenciamos uma fundição na Suécia, uma na Turquia e uma na Espanha, e outras virão.” segundo Svensson, a Camito vai assumir apenas projetos parciais – oportunidades de mudança – para modelos já introduzidos. A partir de 2008, porém, a capacidade estará suficientemente desenvolvida para possibilitar a entrega de todo o ferramental necessário para um novo modelo de carro. “Como o maior EM 2007, ganho é de tempo, a economia máxima será obtida quando o método da Camito for usado para produzir todas as matrizes de estampar”, ressalta. Para garantir a qualidade das ferramentas, a Camito criou diversas parcerias. Estabeleceu acordos com a Sandvik Coromant, com a Rydverken (empresa de usinagem de metais), Uddeholm (fornecedora de aço-ferramenta) e com a Gemco (empresa holandesa de consultoria, engenharia de fundição, gestão de projetos e serviços para a indústria de metais fundidos). Svensson espera que o método se desenvolva e seja usado em outras áreas de produtos. “Trata-se de usar o método para produzir blocos de motores, caixas de mancal e bases para máquinas”, explica. “Infelizmente, não temos tido recursos para atender tudo isso, mas é algo que planejamos fazer no futuro.” JOHAN ANDERSSON METALWORKING WORLD 23 TECNOLOGIA POR ELAINE MCCLARENCE ESCOLHA SINGULAR – OS BENEFÍCIOS DA PADRONIZAÇÃO Um único sistema de ferramental padronizado pode reduzir custos e tempos. DESAFIO: COMO MELHORAR O RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO DE UMA NOVA MÁQUINA? SOLUÇÃO: REVENDO SUA ESTRATÉGIA DE FERRAMENTAS A FIM DE OBTER UMA MAIOR PADRONIZAÇÃO. partem para o investimento em novas máquinasferramenta, elas devem avaliar como esse investimento influenciará seu processo de fabricação como um todo – quais serão as conse- qüências para a organização e como a atual estratégia de ferramentas será afetada. Muitas fábricas modernas chegam à conclusão de que foram adquirindo diversos sistemas de ferramentas ao longo do tempo que resultaram na necessidade de manter um grande estoque de ferramentas. Em geral, as empresas não se dão conta dos custos embutidos em tal uso das ferramentas. Elas precisam manter diversos sistemas de suportes diferentes, além de ferramentas especiais para uma única máquina e duplicatas da mesma ferramenta com diferentes acoplamentos. Isso pode ocupar um espaço valioso no estoque de ferramentas. E se a empresa tiver desenvolvido soluções especiais para diferentes máquinas e aplicações, particularmente se operar um sistema de estoque descentralizado, pode gastar muito tempo localizando e manuseando diferentes ferramentas. QUANDO AS EMPRESAS em uma nova máquina oferece a oportunidade de se pensar em uma mudança no sistema de ferramentas, a fim de reduzir estoques caros e os custos decorrentes, por meio da padronização. O INVESTIMENTO 24 METALWORKING WORLD Tal estratégia se baseia na utilização integral de cada ferramenta. Ao usarem ferramentas integradas Coromant Capto para fresamento, furação, mandrilamento e torneamento, as empresas podem evitar investimentos em ferramentas de fixação e garantir a flexibilidade do uso das mesmas ferramentas para todas as máquinas. de ferramental baseada em padronização não apenas racionaliza a produção no longo prazo como também oferece um retorno mais rápido sobre o investimento em uma nova máquina, pois o uso das soluções corretas de ferramentas otimiza a produtividade. Como exemplo, o retorno financeiro do investimento em uma máquina-ferramenta com retorno previsto para quatro anos foi reduzido em 11 meses. Isso representou um aumento de produtividade de 24%, com base na redução do tempo de chão a chão de 10,5 minutos para 8,5 minutos. A Sandvik Coromant estima que as suas soluções de ferramentas possam subtrair até um ano do tempo de retorno do investimento em máquinas, normalmente de três a cinco anos, permitindo que as empresas tirem proveito da redução da necessidade de capital, da diminuição do custo de dívidas e da melhora da taxa de retorno. UMA ESTRATÉGIA ❯❯ PARA MAIS INFORMAÇÕES: Contate seu representante local da Sandvik Coromant. O Coromant Capto é o único sistema de ferramental verdadeiramente universal com igual eficiência para torneamento, fresamento e furação. BENEFÍCIOS • Redução do ferramental necessário • Diminuição dos custos de estoque • Menos investimento de capital • Significativa economia financeira ASPECTOS TÉCNICOS Número de tamanhos: 6, com diâmetros de 32 mm a 100 mm Diferentes versões: uma versão universal para todas as aplicações Repetibilidade: tolerância de 2 mícrons Ferramentas standard: mais de 3.700 itens Modularidade: sim, além da possibilidade de criar ferramentas otimizadas sob medida Troca rápida: sim Desempenho: o melhor do mercado, tanto para aplicações estacionárias como rotativas. C3 C8X C4 Seis tamanhos de acoplamento. Assortment standard de mais de 3.700 itens para troca manual ou totalmente automática de ferramentas . C8 C5 C6 TEMPO DE RETORNO DO INVESTIMENTO RESUMO Resultado operacional 1.200.000 1.000.000 Resultado operacional adicional com o Coromant Capto 800.000 600.000 400.000 11 meses de economia 200.000 0 -200.000 -400.000 20 37 -600.000 Com a utilização do Coromant Capto, o período de retorno do investimento em uma máquina-ferramenta foi reduzido em 11 meses, dos quatro anos previstos inicialmente para apenas pouco mais de três anos. Isso representou um aumento de produtividade de 24%, com base na redução do tempo de chão a chão de 10,5 minutos para 8,5 minutos. 48 60 80 100 120 Meses Como o tempo de retorno do investimento em máquinas costuma ser de três a cinco anos, a Sandvik Coromant estima que as suas soluções de ferramentas possam reduzi-lo em até um ano, permitindo que as empresas tirem proveito da redução da necessidade de capital, da diminuição do custo de dívidas e da melhora da taxa de retorno. Geralmente, as fábricas vão acumulando várias soluções de ferramentas, já que adquirem máquinas para produzir diferentes tipos de peças ao longo do tempo. É vantajoso ter um conjunto padrão de soluções de ferramental para toda a produção, particularmente quando uma empresa precisa investir em um novo sistema de máquinas-ferramenta. Como o ferramental representa um custo permanente, introduzir uma solução de ferramental padronizado como a oferecida pelo Coromant Capto é uma ótima oportunidade de economizar recursos, maximizar o uso das ferramentas, reduzir os estoques e melhorar a produtividade. Além disso, um único sistema de ferramentas standard e estoques adaptados às necessidades do dia-a-dia representam menos tempo gasto em indexações e um período mínimo de cavaco a cavaco. METALWORKING WORLD A nova unidade de produção compreende duas linhas de cabeçotes. MODELO DE SUCESSO 26 METALWORKING WORLD Agilidade, alta tecnologia e uma forte cooperação com fornecedores e parceiros garantem ao fabricante de motores Cummins Brasil milhões em investimento de sua matriz, e transformam a empresa em benchmark dentro do Grupo Cummins. Os motores da Cummins servem as indústrias de tratores, caminhões e ônibus, entre outras. Nos últimos 80 anos, o nome se tornou sinônimo de motores diesel. atrair investimentos da matriz, um dos grandes desafios de empresas pertencentes a grandes corporações hoje é provar sua competência e competitividade em relação a outras filiais. Um bom exemplo disso é a competição interna que a filial brasileira da Cummins Inc. teve que enfrentar e vencer recentemente para poder receber um investimento hoje equivalente a cerca de US$ 70 milhões, o principal feito pela corporação entre 2004 e 2007. Estes recursos foram empregados na instalação de uma fábrica completa para a produção de cabeçotes eletrônicos de motor de quatro válvulas por cilindro, com capacidade produtiva inicial de 70 mil cabeçotes por ano. 80% da produção é destinada à exportação, sendo o principal importador a planta da Cummins em Columbus (Indiana), nos Estados Unidos, seguida pela joint venture CumminsKomatsu no Japão e sua filial na Inglaterra. Uma vitória. Foi assim que a direção da Cummins Brasil classificou o feito, já que há tempos não recebia investimento tão vultoso. QUANDO SE TRATA DE A norte-americana Cummins Inc. é líder global em geração de energia e incorpora unidades de negócios complementares que projetam, fabricam, distribuem e dão assistência técnica na área de motores e tecnologias afins. Atualmente, a Cummins é o maior fabricante independente de motores diesel do mundo para as indústrias de caminhões, barcos, máquinas para construção e mineração, equipamentos agrícolas, e geradores de energia, entre outros. Situada em Guarulhos, na Grande São Paulo, a filial brasileira emprega mil funcionários e atende 22 países. No ano fiscal de 2006, a Cummins Brasil teve um volume de vendas equivalente a US$ 739 milhões. Fernando A Nogueira, diretor de Operações da Cummins Latin America. para a conquista do investimento foi o tempo de instalação bastante reduzido que a Cummins Brasil estabeleceu em seu projeto: nove meses, enquanto a média de instalação de uma unidade dentro do grupo é de 18 meses. “O Projeto 4Vhead foi iniciado em janeiro de 2005, e em outubro a linha já estava em ❯❯ UM FATOR DETERMINANTE METALWORKING WORLD 27 FOTOS: MARCOS MAGALDI E CUMMINS BRASIL Antonio Zanini, técnico, Sandvik Coromant. A filial da Cummins no Brasil está equipada com tecnologia de usinagem avançada e tem obtido um dos melhores custos de produção de cabeçotes eletrônicos dentro da corporação. produção. Batemos um recorde!”, lembra José de Lima Roque, supervisor de Planejamento da Manufatura, que coordenou o projeto. “Mais do que a tecnologia, o que possibilitou alcançarmos esse resultado foram as pessoas e as empresas envolvidas, como a Sandvik Coromant e a Grob, entre outras, que participaram do projeto desde o início”, acrescenta. A nova unidade foi projetada para compre- ender duas linhas de cabeçotes: ISB e ISC, com capacidades iniciais de 45 mil e 25 mil cabeçotes/ano. A fábrica está equipada com 22 centros de usinagem Grob e, segundo Lima, conta com a mais avançada tecnologia de usinagem, com ferramentas de última geração, sistema eletrônico de presetting de ferramentas e comunicação de dados automática entre máquina, presetting, ferramenta e sistema de gerenciamento de ferramentas TDM. “Não existe manuseio ao longo de todo o processo, com exceção da última operação de montagem”, informa Lima. “Fomos ao limite da tecnologia para atender requisitos de qualidade, mantendo o equilíbrio entre o nível de automação e o custo”. A usinagem era crucial para o sucesso da empreitada, de acordo com o diretor de Opera- POTÊNCIA É COM ELES Maior fabricante independente de motores diesel do mundo, a então Cummins Engine Co. foi fundada por Clessie Cummins e W.G. Irwin em 1919, em Columbus (IN), EUA, para produzir motores diesel para ônibus e caminhões. Após um longo período de perdas, a empresa acelerou seu crescimento durante a Segunda Guerra Mundial, quando passou a fornecer motores para o Exército americano na Europa. A partir daí, seus motores ganharam terreno no mercado internacional e, atualmente, sua operação mundial engloba 80 fábricas e cinco mil postos de serviço em 197 países. 28 METALWORKING WORLD A Cummins chegou ao Brasil no início dos anos 1970, atraída pelo desenvolvimento industrial daquele período. Em 1974, foi inaugurada a fábrica de Guarulhos (SP), em um dos principais pólos industriais do país. Fabricante de uma ampla linha de motores, a empresa atende vários segmentos da indústria como caminhões, barcos, máquinas para construção e mineração, equipamentos agrícolas, e geradores de energia. Na América Latina, a Cummins conta com uma rede de 32 agentes e centenas de pontos de venda de peças de reposição e de assistência técnica distribuídos pelos 22 países atendidos pela fábrica brasileira. Nesses 33 anos, a empresa já produziu mais de 600 mil motores e seu volume de exportação ultrapassa US$ 2 bilhões. Com aproximadamente mil funcionários, a Cummins Brasil teve um volume de vendas de US$ 739 milhões no ano fiscal de 2006 e produziu 70 mil motores. O desenvolvimento sustentável é uma questão essencial para a Cummins. No Brasil, ela possui certificação ISO 14001 e mantém um extensivo sistema de gerenciamento ambiental que abrange não só seus processos como também seus produtos. A empresa também tem uma participação ativa na comunidade local, onde construiu uma clínica médica e uma escola em parceria com os governos locais. EM DIREÇÃO AOS MELHORES RESULTADOS José de Lima Roque, supervisor de Planejamento da Manufatura, Cummins Brasil. “Fomos ao limite da tecnologia para atender requisitos de qualidade, mantendo o equilíbrio entre o nível de automação e o custo.” ções da Cummins Latin America, Fernando A. Nogueira. Naquela ocasião, a Sandvik Coromant já era responsável pelo gerenciamento de ferramentas em Guarulhos, e portanto, foi uma escolha natural convidá-la a extender tal serviço à nova planta. “A Sandvik Coromant visitou fábricas da Cummins nos EUA, além de fábricas de nossos fornecedores no Brasil e no exterior, em busca das melhores soluções para a nova unidade”, destaca Nogueira. Antonio Zanini, técnico da Sandvik Coromant que acompanhou todo o processo de implantação, observa que, apesar das visitas terem sido muito inspiradoras, a solução adequada para a nova planta teve que ser inteiramente desenvolvida no Brasil. Ele relembra que, no que se refere ao ferramental, foram desenvolvidos mais de 600 itens ao longo do processo, desde as ferramentas cortantes até seus respectivos fixadores. “Nosso objetivo é atingir a mais alta pro- dutividade ao menor custo possível”, enfatiza Ivan Spolaor, Gerente Regional de Vendas da Sandvik Coromant. COMO RESULTADO, a Cummins Brasil tem obtido um dos melhores custos de produção de cabeçotes eletrônicos dentro da corporação. Isso chamou a atenção de todo o grupo e a unidade tem sido visitada por colegas das áreas de ferramentas e de processo de outras filiais, “Viramos benchmark no grupo”, orgulha-se Lima. Desde junho do ano passado, a planta está operando a plena carga, e no início de 2007 foi realizada uma expansão da linha ISB visando a atingir a meta de 100 mil cabeçotes por ano na produção total. Existe ainda a possibilidade de aumento da capacidade de produção da família ISC, entretanto será necessário um investimento maior. “Nesse caso, teremos que novamente disputar com outras filiais”, conclui Lima. MIRIAM MORAES Graças a uma colaboração de longa data, a Cummins Brasil e a Sandvik Coromant construíram um sólido relacionamento baseado em confiança e em melhorias comprovadas. Em 2004, este relacionamento foi fortalecido quando a Cummins transferiu à Sandvik Coromant a responsabilidade por todas as suas atividades relacionadas a ferramentas: setup, afiação, controle logístico e suporte técnico. “Desde que nos tornamos gestores de ferramentas da Cummins, temos trabalhado com uma filial da Sandvik Coromant em sua fábrica de Guarulhos, a fim de dar assistência a tudo o que envolve o gerenciamento”, diz Ivan Spolaor, supervisor de Vendas da Sandvik Coromant. A tarefa também consiste em apresentar relatórios semanais e atingir metas específicas baseadas nos indicadores de desempenho estabelecidos em conjunto, tais como custo por peça, nível de paradas de máquina por falta de ferramentas, porcentagem de quebra de ferramentas, etc. Um ano depois, em função da parceria, a Cummins convidou a Sandvik Coromant a participar do Projeto 4Vhead. “Era um grande desafio, e portanto, designamos um de nossos especialistas em processo, Antonio Zanini, para trabalhar exclusivamente na implantação da nova unidade de produção”, explica Ivan Spolaor. “Isso foi fundamental para o sucesso da implantação porque ficamos responsáveis por tudo o que se referia a ferramentas, independente da marca utilizada”, Zanini complementa. Atualmente, uma equipe da Sandvik Coromant trabalha full time na filial dentro da fábrica da Cummins, incluindo dois técnicos que fornecem assistência técnica para as duas unidades fabris. Um desses técnicos é Eduardo Debone, que assumiu a tarefa de Zanini quando a fase de implantação estava concluída. O novo desafio, então, era reduzir o custo por peça. “Junto com a equipe de processo da Cummins, obtivemos uma grande redução de custo no primeiro ano de operação”, ele comemora. “E nossa busca por melhorias continua...” Eduardo Debone, à esquerda, e Roberto Ricco, ambos da Sandvik Coromant, avaliando o desgaste de uma ferramenta, controle fundamental para a redução de custo por peça. METALWORKING WORLD 29 FOTO: GETTY IMAGES Os diamantes são a substância mais antiga e mais dura do mundo. Somente um diamante consegue cortar outro diamante. Se você estiver prestes a se casar, se estiver indo para a festa do Oscar, se for uma rainha ou simplesmente um aficionado por moda, provavelmente haverá diamantes no seu mundo. Eles são não apenas os melhores amigos de uma mulher, como também – quase literalmente – eternos. OS DIAMANTES SÃO ETERNOS têm fascinado os seres humanos desde que foram extraídos pela primeira vez, na Índia, há 2.500 anos. Os antigos indianos associavam esses pedaços superduros de carbono cristalizado aos raios atmosféricos e os atribuíam ao deus Indra. Mais tarde, os gregos consideraram os diamantes como sendo lágrimas dos deuses e os romanos pensaram que fossem estilhaços de estrelas cadentes. (No fim das contas, alguns diamantes muito pequenos realmente são criados quando meteoros atingem a terra.) Ao longo da história, o mais duro dos minerais foi associado a força, sorte, sucesso, coragem e potência sexual. Embora a idéia do diamante como amuleto possa provocar risos, sua prevalência na cultura atual enfatiza seu papel de símbolo de status e poder. Se houvesse uma pedra preciosa que pudesse inspirar a arte, seria o diamante. Mais do que qualquer outra jóia, um diamante bem lapidado decompõe a luz nas cores do arco-íris, criando o que os joalheiros chamam de “fogo”. O esplendor que emana de uma pedra bem lapidada parece refletir sua própria origem. Os diamantes se formam sob condições de alta pressão e temperatura em profundidades de 150 a 200 km abaixo da superfície terrestre e deslocamOS DIAMANTES se para cima junto com rochas derretidas ou magma através de “tubos” longos, estreitos e cilíndricos, emergindo em pequenos e violentos vulcões. Segundo o Gemological Institute of America, a idade média de um diamante é de 3,4 bilhões de anos. Existem apenas dois tipos de rochas derretidas que transportam os diamantes até a superfície, o lamproíto e o kimberlito. São necessárias 250 toneladas de terra para produzir um único diamante de um quilate pesando 0,2 gramas. Apenas um diamante polido dentre mil pesa mais de um quilate e menos de 20% dos diamantes extraídos no mundo todo anualmente têm qualidade de pedra preciosa. O restante é usado em ferramentas de corte ou, quando pulverizado, como abrasivo. Atualmente, os diamantes são extraídos principalmente na África, Austrália, América do Sul e Canadá. pensava-se que os diamantes eram particularmente indianos. Relatos que se seguiram à invasão do norte da Índia por Alexandre o Grande falavam de um “Vale dos Diamantes”, cheio de serpentes que, apenas ao serem avistadas, matariam um homem. Essa lenda foi recontada em árabe nas Mil e uma noites e repetida por NO MUNDO ANTIGO, ❯❯ METALWORKING WORLD 31 O nome Sandvik Coromant remonta à decisão da Sandvikens Jernverk AB, empresa que trabalhava com aço, de acrescentar produtos de metal duro à sua linha de produtos. Quando o departamento de metais duros iniciou suas operações em 1942, os novos produtos receberam o nome comercial de Coromant. A primeira parte do nome foi tirada de Corona, nome de uma classe de aço rápido para usinagem de metais. A segunda parte veio da palavra sueca para diamante (diamant). O primeiro metal duro, que consistia de carboneto de wolfrâmio (atualmente conhecido como carboneto de tungstênio) e cobalto, foi exibido na feira de Leipzig, na Alemanha, em 1926. O carboneto de wolfrâmio, uma combinação química entre wolfrâmio (W) e carbono (C), era o material metálico mais duro então conhecido, quase tão duro quanto o diamante. A primeira vez que o wolfrâmio apareceu na literatura foi em 1574, quando trabalhadores das minas de estanho de Cornwall, na Inglaterra, descobriram um metal que chamaram de “wolf” (lobo). O nome descrevia como o metal “comia” o estanho, qual um lobo comendo um carneiro (em inglês, “ram”). 200 anos depois, o mesmo material foi descoberto na Suécia e batizado de “tung sten” (pedra pesada), por sua alta densidade. Hoje a Sandvik Coromant também oferece materiais de corte como Sialon, CBN (nitreto cúbico de boro), que perde em dureza apenas para o diamante, pastilhas com cobertura de diamante e com ponta de diamante, permitindo usinar materiais nãoferrosos e não-metálicos com maior rapidez e economia. FOTO: CORBIS O “DIAMANTE” NA SANDVIK COROMANT “É melhor ter diamantes antigos de segunda-mão do que nenhum.” MARK TWAIN, ESCRITOR NORTE-AMERICANO Marco Polo em seu O livro das maravilhas. Os gregos antigos pensavam que os diamantes podiam neutralizar venenos e curar distúrbios mentais e, como os chineses, apreciavam-nos por sua dureza e utilidade para gravação. De fato, a palavra “diamante” vem do grego adamas, que significa “invencível”. Em 100 A.D., os romanos usavam diamantes em amuletos, mas depois do crescimento do cristianismo, cujos adeptos não usavam talismãs, e da expansão do poder dos árabes ao longo das rotas de comércio entre o Oriente e o Ocidente, os diamantes praticamente desapareceram da Europa até o final da Idade Média. de Veneza começaram a negociar diamantes no século XIII, o rei Luís IX da França decretou que somente o rei podia possuir essas pedras preciosas. Mas logo os comerciantes venezianos passaram a trazer diamantes em quantidade suficiente para abastecer outros aristocratas e até mercadores, que acreditavam que os diamantes tornavam seus possuidores corajosos e destemidos. Gradativamente, joalheiros da Índia e da QUANDO OS MERCADORES 32 METALWORKING WORLD Europa romperam um tabu indiano sobre a modificação dos cristais de diamante para uso em jóias e uma indústria de lapidação de diamantes passou a florescer em Veneza, Paris e Bruges, na Bélgica. registro de uso do diamante em um anel de noivado é de 1477, quando Maximiliano I da Áustria presenteou sua prometida, Maria da Borgonha. No século XVIII, o papel principal dos diamantes já não era o de talismã para homens em busca de aumentar sua coragem, mas de ornamento para mulheres que queriam acentuar sua beleza e exibir a riqueza de suas famílias. Novas jazidas de diamantes foram encontradas, primeiro na América do Sul e, posteriormente, no século XIX, na África do Sul, tornando-os acessíveis a uma quantidade cada vez maior de pessoas. Um dos motivos do aumento da popularidade dos diamantes, segundo o American Museum of Natural History, foi a introdução da iluminação a gás e elétrica, sob a qual os diamantes brilhavam muito mais do que as pedras coloridas. O PRIMEIRO DIAMANTES FAMOSOS DIAMANTE HOPE JUBILEU DE OURO Atualmente em exibição na Torre de Londres, o Koh-i-Noor (“Montanha de Luz”) foi extraído na Índia e mencionado pela primeira vez por escrito em 1526. Sucessivos governantes indianos e persas lutaram pela posse do diamante, inclusive o imperador Shah Jehan (criador do Taj Mahal), que mandou colocar a pedra em seu Trono do Pavão. Após a conquista da Índia pelos britânicos, a pedra foi presenteada como espólio de guerra para a Rainha Vitória em 1851. O povo da Grã-Bretanha demonstrou decepção com a falta de brilho da pedra, o que fez com que ela fosse lapidada novamente, reduzindo seu tamanho de 186,062 quilates (37,20 gramas) para 105,602 quilates (21,61 gramas). Em seguida, a pedra foi instalada em uma tiara com mais de 2.000 outros diamantes e, finalmente, acabou sendo usada como peça central da coroa do consorte da rainha. A lenda diz que a pedra dá azar para os homens e boa sorte para as mulheres que a possuem. Seu nome (“hope” em inglês também quer dizer “esperança”) esconde a suposta maldição que recai sobre ele. Pesando 45,52 quilates (9,104 gramas), esse diamante azul-escuro foi lapidado a partir de uma pedra maior extraída na Índia e comprada por um francês de nome Tavernier por volta de 1660. A lenda diz que a pedra foi furtada de uma estátua hindu, embora não haja evidências históricas sobre isso. Tavernier vendeu a pedra para o rei francês Luís XIV. Mais tarde, Luis XVI a deu a Maria Antonieta. O diamante foi roubado quando o casal real estava na prisão durante a Revolução Francesa e só reapareceu em 1812, relapidado, em Londres. O diamante recebeu o nome do homem que o comprou em 1840, Henry Philip Hope. A suposta maldição sobre o diamante teve origem nas histórias dos infortúnios vividos por seus proprietários subseqüentes, muitas delas nem sempre verdadeiras. Atualmente, o Diamante Hope está em exibição na Smithsonian Institution de Washington DC, EUA. De cor amarelo-acastanhado, o diamante Jubileu de Ouro é o maior diamante lapidado do mundo, pesando 545,67 quilates (109,13 gramas). Foi encontrado na mina Premier, na África do Sul, em 1985. Um consórcio tailandês comprou o diamante em 1995 e o presenteou à Sua Majestade o Rei Bhumibol Adulyadej da Tailândia, em comemoração ao 50.º aniversário de sua coroação. O rei instalou o diamante no seu cetro. A abertura de minas de diamantes na África do Sul na década de 1870 marca um momento crucial do desenvolvimento do papel dos diamantes tanto como produto de consumo de massa quanto como símbolo supremo de exclusividade e glamour. Em 1871, a produção mundial ultrapassou 1 milhão de quilates pela primeira vez. Coincidentemente, a queda de Napoleão III na França no mesmo ano levou, alguns anos depois, à venda das jóias da coroa francesa, compradas em sua maior parte pela Tiffany and Co de Nova York e revendidas a ricos norte-americanos. poderia deixar de observar o fato e escreveu em Puddin’ Head Wilson’s Calendar: “É melhor ter diamantes antigos de segunda-mão do que nenhum”. Entretanto, ao mesmo tempo em que as esposas dos novos barões norte-americanos exibiam diamantes em conjuntos de jóias, um enorme diamante da África do Sul fornecia duas jóias para o tesouro da coroa britânica. Um diamante bruto do tamanho de uma laranja grande (pesando 3.106,75 quilates), encontrado em 1905, foi cortado em duas pedras grandes, chamadas “Cullinan I” e “Cullinan II”, mais 103 diamantes lapidados menores. A primeira grande pedra, rebatizada de “Grande estrela da África”, foi fixada no cetro do rei e a segunda na fronte da coroa imperial britânica. O desenvolvimento paralelo de campanhas de marketing e a criação de jóias com diamantes absurdamente caros continua até hoje. A cultura popular também reflete a fascinação dos diamantes. Marilyn Monroe cantou “DiaMARK TWAIN NÃO FOTO: CORBIS KOH-I-NOOR monds are a Girl’s Best Friend” (Os diamantes são o melhor amigo de uma mulher) no filme Os homens preferem as “Os diamantes são o melhor amigo de loiras, de 1953, uma mulher” é o nome de uma música famosa cantada por Marilyn Monroe em enquanto Shirley 1953 no filme Os homens preferem as Bassey cantou loiras. “Diamonds are Forever” (Os diamantes são eternos), no filme de James Bond com mesmo nome, de 1971. A última música, por sua vez, foi usada pelo rapper Kanye West na composição de “Diamonds from Sierra Leone”. De acordo com um joalheiro de Nova York, os astros atuais do hip-hop são tão “obcecados” pelos diamantes que não conseguem subir ao palco sem eles. Seja pelo brilho incomparável, pela idade quase incomensurável ou pela contínua raridade dessas grandes e impecáveis pedras naturais, parece que o mundo moderno ainda olha os diamantes como se buscasse um pedaço da eternidade. “Não existe nada igual aos diamantes”, afirma Carson Glover, porta-voz do Diamond Information Center de Nova York. “Eles têm bilhões de anos e vêm de locais remotos. Com esse aspecto único – o glamour, a emoção – é uma jóia muito apreciada.” KATHERINE A SCHMIDT METALWORKING WORLD 33 TECNOLOGIA POR CHRISTER RICHT TORNEAR E FRESAR: EIS A QUESTÃO DESAFIO: COMO USINAR PEÇAS COMPLEXAS EM UM ÚNICO SET-UP? SOLUÇÃO: ADOTANDO O TORNO-FRESAMENTO E FRESAS MODERNAS EM MÁQUINAS MULTITAREFAS OU CENTROS DE USINAGEM DE 5 EIXOS. tem permitido a fabricação eficiente de muitas peças que, com outros métodos, seriam difíceis de fabricar e exigiriam diversas operações de usinagem, em diferentes set-ups e máquinas. O processo é especialmente indicado para peças com formas assimétricas ou cujas superfícies tenham menos de 360º de circunferência, devido a planos, cavidades e obstáculos. Embora essa seja sua principal aplicação, o torno-fresamento possui outras vantagens, como melhor controle de cavacos, redução das forças de corte, maior potencial para materiais exigentes e melhor capacidade de lidar com cortes interrompidos. O torno-fresamento oferece a mesma taxa de remoção de metal do fresamento e o mesmo acabamento superficial, se não melhor. Uma grande vantagem é que as O PROCESSO DE TORNO-FRESAMENTO Deve-se usar uma pastilha Wiper com aresta de corte reta para otimizar as operações de acabamento no torno-fresamento. A pastilha está cortando com a periferia da pastilha. peças não precisam girar em alta velocidade – importante para a usinagem de peças desbalanceadas. Mas para aproveitar plenamente o potencial do processo, é necessário aplicar corretamente as fresas apropriadas. Existem algumas ciladas, porém é fácil evitá-las. A SANDVIK COROMANT desenvolveu ferramentas e métodos que controlam corretamente os parâmetros do processo, ampliando assim o uso do torno-fresamento e gerando novos níveis de eficiência e qualidade. Ações de P&D forneceram uma compreensão clara de como os diversos parâmetros afetam o desempenho e os resultados, oferecendo soluções para esse interessante potencial de fabricação. O torno-fresamento não requer ferramentas específicas para operações de desbaste, mas exige pastilhas intercambiáveis Wiper convencionais para otimizar o acabamento. Para suavizar os leves desvios de forma da superfície, é necessária uma aresta de corte Wiper reta, diferente da aresta abaulada convencional para fresamento geral. Durante o movimento de torno-fresamento, o ponto de corte se move para trás e para frente ao longo da aresta de corte que gera a superfície, ou seja, uma aresta abaulada leva a uma maior variação na altura do diâmetro e, portanto, a cristas com maiores profundidades. DENTRE AS CILADAS do torno-fresamento, o posicionamento da fresa em relação à peça é crucial para a precisão da forma radial, a pressão sobre a peça, a segurança e a produtividade da operação. O deslocamento do eixo de rotação da 34 METALWORKING WORLD fresa em relação ao eixo de rotação da peça – o deslocamento do eixo y – determina a ação de corte e o risco de a fresa colidir contra a superfície. O efeito e a extensão desse deslocamento podem ser pesquisados e definidos para os vários tipos de fresas adequados ao torno-fresamento. Em geral, o deslocamento deve variar entre metade do diâmetro da fresa e zero. Muitas vezes, no caso de fresas com diâmetros maiores, são necessários vários deslocamentos específicos para produzir cantos com os raios exigidos. Via de regra, a fresa na posição de deslocamento não deixa um canto suficientemente vivo no canal ou no canto a 90° que ela está usinando. Por isso, o deslocamento zero é usado somente para o corte final de acabamento. do processo de usinagem (fresamento de uma superfície redonda), é inevitável que haja uma tendência de desvios da forma radial. A maioria será neutralizada pelas pastilhas Wiper, mas essa tendência de erro deve ser considerada também no posicionamento da fresa. Ocorre a formação de planos ou cristas na superfície, com altura e formato variáveis, dependendo de como a fresa está posicionada e da relação entre o diâmetro da fresa e o diâmetro da peça. Por exemplo, fresas do mesmo tamanho produzem cristas mais altas em peças com diâmetro pequeno do que em peças maiores. Novamente, extensos testes estabeleceram áreas recomendadas nesse sentido para a obtenção de bons resultados. DEVIDO À NATUREZA ❯❯ PARA MAIS INFORMAÇÕES: Contate seu representante local da Sandvik Coromant. FERRAMENTAS IDEAIS O QUE É TORNO-FRESAMENTO? O torno-fresamento já existe há décadas. Ele está relacionado com operações de torno-mandrilamento e rosqueamento. Em vez de uma ferramenta estacionária com uma única aresta, o torno-fresamento usa uma fresa rotativa para usinar uma peça rotativa. Existem dois métodos de torno-fresamento: frontal (ortogonal) e periférico (eixos paralelos). O torno-fresamento frontal é o método dominante e usa principalmente fresas de topo e fresas de facear para usinar as peças externamente. O torno-fresamento periférico usa fresas de disco e de facear ou fresas long-edge, principalmente para usinagem interna. A velocidade de corte é fornecida pela rotação da ferramenta, enquanto que o avanço ocorre pela rotação da peça em conjunto com o avanço linear da ferramenta. Assim, o torno-fresamento só é adequado se a peça puder girar. Dentre as peças mais comuns, grandes ou pequenas, podem ser citados os eixos e cárteres com design complexo, virabrequins, pás de turbinas, parafusos extrusores, peças para trens de pouso, etc. Quatro eixos são suficientes para um torno-fresamento básico, mas formatos cônicos avançados precisam de cinco eixos e qualquer formato poligonal precisa do movimento simultâneo de todos os cinco eixos. RESUMO QUANDO É PREFERÍVEL USAR TORNO-FRESAMENTO? Atualmente, as peças estão se tornando mais complexas e as exigências de eficiência na fabricação, mais fortes. Assim, por permitir a usinagem de formatos complexos, geralmente em um único set-up, o processo de torno-fresamento está recebendo muita atenção. O que o torna ainda mais viável é a evolução dos centros de usinagem de 4 e 5 eixos e, mais recentemente, as máquinas multitarefas. Use o torno-fresamento quando houver problema de quebra de cavacos nas operações de torneamento. As fresas com pastilhas intercambiáveis usadas para acabamento usam uma pastilha Wiper, enquanto que a CoroMill 590, com pastilhas ajustáveis axialmente, pode ser equipada com todas as Wipers e usada para torno-fresamento com altos avanços e acabamento superficial fino. As fresas convencionais de hoje são ideais para o torno-fresamento e podem ser equipadas com pastilhas Wiper específicas. Existem ferramentas adequadas para otimizar as diferentes configurações indicadas para torno-fresamento que continuam surgindo. Desde fresas de topo inteiriças de metal duro (CoroMill Plura) até grandes fresas com pastilhas redondas (CoroMill 300), sendo as mais comuns a fresa de topo intercambiável CoroMill 390 e a fresa de facear CoroMill 245. Além disso, as fresas para mergulho são adequadas para certas aplicações de usinagem de canais (CoroMill 210). O torno-fresamento é um processo que permite determinar se uma peça pode permanecer na máquina-ferramenta até a conclusão ou se deve ser transferida para outra máquina. A combinação de peça rotativa e ferramenta rotativa com avanço linear abre possibilidades para formatos complexos usando fresas standard. Peças indicadas para torno-fresamento: • excêntricas • com menos de 360 graus • cilíndricas ou cônicas • produtos desbalanceados • usinagem com cortes interrompidos METALWORKING WORLD 35 Print n:o C-5000:519 POR © AB Sandvik Coromant 2007:2 Um novo símbolo marca presença na família Sandvik Coromant Você sabia que a Torre Eiffel, símbolo da França, é pintada a cada cinco anos e que são usadas cinqüenta toneladas de tinta no trabalho? Sem dúvida, um belo investimento! E o que isso tem a ver com a Sandvik Coromant, você deve estar se perguntando. A Sandvik Coromant investe 6% de seu faturamento anual em Pesquisa e Desenvolvimento de novas ferramentas de corte com o principal objetivo de oferecer aos seus clientes o estado da arte em termos de produtos, tecnologia e serviços na área de usinagem. A GC1020, um dos membros da Nova Geração de Pastilhas, é uma nova pastilha para fresamento de ferros fundidos que combina grande tenacidade da aresta com uma impressionante resistência ao desgaste, em operações com ou sem refrigeração. Comprove o valor dos benefícios que você pode alcançar com essa nova classe que merece estar na sua lista de preferidas. Para ver mais de perto uma nova geração de pastilhas, visite www.coromant.sandvik.com/br. Sinônimo de Produtividade Máxima
Documentos relacionados
Metalworking World 2/2012
é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, a...
Leia maisMetalworking World 2/2013
é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, a...
Leia maisMetalworking World 3/2014
é uma revista de negócios e tecnologia da AB Sandvik Coromant, 811 81 Sandviken, Suécia. Tel: +46 (26) 26 60 00. Metalworking World é publicada três vezes por ano em inglês americano e britânico, a...
Leia maisMetalworking World 2/2011
parte superior da estrutura da capota. Um prérequisito para que essa tecnologia seja mais rentável em carros mais baratos produzidos em massa é a possibilidade de substituir algumas peças de alumín...
Leia mais