Relatório de Sustentabilidade
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Relatório de Sustentabilidade
grupo orsa • relatório de sustentabilidade 2007 sumário Mensagem de abertura 4 Sobre este relatório 6 1 O Grupo Orsa Perfil da empresa Programa de fomento Princípios, valores e missão 8 10 14 16 2 estrutura e funcionamento Governança corporativa Ética, respeito às instituições e ao meio ambiente 18 20 22 Indicadores de desempenho 3 Desempenho econômico Desempenho ambiental Desempenho social 24 26 27 42 Apêndices 4 Sumário de conteúdo GRI Informações corporativas Créditos 62 64 68 68 mensagem de abertura O desafio de criar uma sociedade sustentável d esde que foi criado, há 26 anos, o Grupo Orsa vive na prática o desafio da sustentabilidade. Tanto que se tornou referência, no Brasil e no mundo, com o trabalho da Fundação Orsa, que há 14 anos atua no campo socioambiental, e com os projetos desenvolvidos no Vale do Jari, entre outros. E também por uma estratégia que leva em conta os vários atores da sociedade e procura soluções que atendam ao máximo suas expectativas. Acreditamos, porém, que a noção de sustentabilidade não pode ficar restrita aos portões da empresa. Precisa ser discutida com toda a sociedade antes de ser aplicada. Para isso, necessitamos de expertise, de parcerias com o setor público e do melhor entendimento das questões sociais e econômicas locais. Uma empresa só alcança a viabilidade real ao se inserir nesse contexto. Além de ser lucrativa, justa e atenta às necessidades de seus colaboradores, deve também criar um diferencial. Temos como obrigação atuar em conjunto com a comunidade. O Grupo Orsa se esforça para desenvolver projetos que contribuirão para criar uma sociedade mais justa para todos. Nosso norte no caminho da sustentabilidade pode ser traduzido pelo conceito dos 3 Ps: people grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 (pessoas), profit (lucro) e planet (planeta). Somente integrando todos os fatores conseguiremos garantias de um futuro melhor. Esse é o conceito de sociedade sustentável e o caminho que trilhamos. Sabemos que este é um processo de aprendizagem permanente. Mas, ao avaliarmos o sucesso de estratégias como, por exemplo, a desenvolvida pelo Grupo no Vale do Jari, percebemos que já evoluímos muito. No jogo das soluções Nesse caminho, aprendemos a fazer parcerias com as diferentes partes da sociedade e a entender o que é prioritário. Com o EVS (Estudo de Viabilidade Sócio Econômico Ambiental), um instrumento usado pela Fundação Orsa para avaliar e identificar os atores sociais e os fatores econômicos e ambientais de uma região, o Grupo encontrou maneiras de estimular o desenvolvimento de cada região e viabilizar parcerias com prefeituras e governos, além de incentivar políticas públicas. Todo esse trabalho é fruto de uma visão diferenciada da inserção da empresa na sociedade. Acreditamos que o Grupo tem que participar do jogo das soluções. As empresas são dinâmicas, conseguem se transformar e se alinhar com a realidade rapidamente, estão sempre à frente e podem ajudar a encontrar saídas. Não é uma obrigação, mas é a postura que assumimos no Grupo Orsa. O Grupo Orsa no futuro Integrar para dar perspectivas Um bom exemplo é o projeto de fomento desenvolvido pelo Grupo – um sucesso absoluto, especialmente no Estado de São Paulo. Ele mostra como a sociedade pode ser beneficiada quando as empresas olham além do seu cotidiano de negócios, procurando oportunidades de integrar comunidades antes sem perspectiva. Hoje, incentivamos a plantação e compramos madeira de pequenos proprietários. É trabalhoso, pois o Grupo precisa lidar com um grande número de fornecedores. Mas a iniciativa criou um incentivo para os agricultores permanecerem na terra e uma maneira de torná-los protagonistas do próprio futuro. A questão, para nós, é ter uma atitude inovadora, fugir da velha lógica empresarial que visa o lucro a qualquer custo. As empresas podem, e devem, arcar com parte do trabalho de tornar a sociedade realmente sustentável – e terão que se unir a fim de, juntas, encontrar as melhores respostas. Esse foi um dos motivos que nos levou a optar pela certificação FSC (Forest Stewardship Council), que garante, por meio de regras rígidas, que o Grupo trabalhará para preservar a floresta. Além disso, o processo é uma excelente maneira de educar todos os envolvidos. Com o aumento da procura por produtos certificados, principalmente na Europa, o valor alcançado por eles chega a ser 50% superior ao dos produtos comuns. Já existe a percepção de que o retorno não é somente financeiro, mas ambiental e social. O futuro do planeta e o da nossa empresa estão baseados nessa visão de sociedade integrada e sustentável. O Grupo Orsa hoje concentra três empresas produtivas: a Orsa Celulose, Papel e Embalagens (OCPE), a Orsa Florestal e a Jari Celulose, além da Fundação. A Orsa Celulose, Papel e Embalagens segue seu desenvolvimento natural, acompanhando o mercado. Para a Jari, a intenção é aumentar a produção, agora que fizemos um investimento grande na planta, e equacionar questões de redução de custo. A Orsa Florestal tem um caminho claro, que é desenvolver projetos de manejo e descobrir mercados para novas espécies, encontrando assim um equilíbrio adequado na maneira de lidar com a floresta. Já a Fundação Orsa perseguirá cada vez com mais ímpeto o objetivo de apoiar o desenvolvimento humano, com projetos como, por exemplo, os de conscientização e educação dos cidadãos do futuro. Dessa forma, pretendemos ampliar o programa de fomento e dar cada vez mais apoio a projetos de geração de renda. Sabemos que o processo é lento, e o caminho da sustentabilidade é novo e desafiador, mas temos certeza de que será sempre o caminho certo. Sergio Amoroso Acionista e presidente do Grupo Orsa Jorge Francisco Henriques Acionista e presidente da Orsa Celulose, Papel e Embalagens grupo orsa Neste relatório, optou-se por trabalhar com uma base menor de informações, priorizando a qualidade e a consistência dos dados publicados sobre este relatório e sta publicação é o resultado da primeira etapa do processo de adequação do relatório anual do Grupo Orsa às diretrizes da GRI (Global Reporting Initiative). A GRI é uma organização global que estabelece diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade para empresas de diferentes setores. Dessa forma, o Grupo Orsa busca a construção de canais de diálogo mais eficientes, focados na qualidade das relações construídas com seus diferentes públicos. Tem por objetivo apresentar os dados de desempenho econômico, social e ambiental das empresas que compõem o Grupo: Fundação Orsa, Orsa Florestal, Jari Celulose e Orsa Celulose, Papel e Embalagens – unidades Nova Campina, Suzano, Paulínia, Rio Verde e Manaus. O processo de coleta de dados para este relatório envolveu diversos colaboradores das empresas do Grupo. Foram apurados dados relativos ao período de 2007 e, em alguns casos, também do ano anterior. A complexidade do desenvolvimento de um relatório dessa natureza exige que este trabalho seja um processo contínuo de adequação e melhoria da qualidade das informações. Neste primeiro ciclo, refletindo uma dificuldade natural do processo, alguns dados não puderam ser publicados por não estarem disponíveis em todas as unidades do Grupo ou não apresentarem a consistência desejada. Em outros casos, as diferentes formas de monitoramento utilizadas pelas diversas empresas impediram a análise consolidada dos resultados de todo o Grupo. De forma geral, optou-se por trabalhar com uma base menor de informações, sempre priorizando a qualidade e a consistência dos dados publicados. Os dados e as informações constantes neste relatório fazem referência, sempre que possível, ao Grupo Orsa como um todo. Em alguns casos, para aprofundar a análise, são apresentados dados específicos de cada empresa ou unidade operacional do Grupo. Ao longo do relatório são apresentadas algumas notas metodológicas que visam manter a transparência das informações publicadas. Assumido como um momento de aprendizado para o Grupo, o processo de elaboração deste relatório ainda não contou com o envolvimento dos diferentes públicos que se relacionam com a Organização. A expectativa é que a continuidade deste trabalho, ao longo dos próximos anos, promova gradualmente esse engajamento, viabilize a efetiva avaliação da materialidade das informações publicadas para os diferentes públicos e sirva, cada vez mais, de incentivo para um diálogo transparente com toda a sociedade. Os dados da unidade de Franco da Rocha da Orsa Celulose, Papel e Embalagens não estão disponíveis neste relatório, pois as suas operações começaram recentemente e, portanto, não apresentam ainda números suficientes para o reporte. 1 grupo orsa 1 o grupo orsa Com 26 anos de atuação, o Grupo é composto de quatro empresas independentes, que trabalham de modo integrado Perfil da empresa Com 26 anos de atuação, o Grupo Orsa é composto por quatro empresas: Orsa Celulose, Papel e Embalagens, Jari Celulose, Orsa Florestal e Fundação Orsa. Apesar de independentes, elas trabalham de maneira integrada para garantir o desenvolvimento e o crescimento sustentável do Grupo. Atuando de maneira vertical, a Orsa está envolvida em toda a cadeia produtiva, desde o cultivo das florestas até a finalização de produtos de madeira, celulose e embalagens de papelão ondulado. 1. Orsa Celulose, Papel e Embalagens (OCPE) A Orsa Celulose, Papel e Embalagens é umas das maiores indústrias integradas de celulose e papéis para embalagens, chapas e embalagens de papelão ondulado do país. Com 2.636 colaboradores diretos em sua área florestal e nas cinco unidades industriais, a Orsa está capacitada a produzir 310 mil toneladas/ano de papel para embalagens e 312 mil toneladas de chapas e embalagens de papelão ondulado. Utilizando tecnologia de ponta, com impressoras de até seis cores, corte e vinco e paletizadoras, produz papéis, chapas e embalagens de papelão ondulado. A empresa ainda desenvolve soluções em embalagens que atendam às necessidades específicas dos clientes no Brasil e no exterior. Dessa forma, seus produtos já conseguiram vários prêmios nacionais e internacionais, como o Prêmio da Associação Brasileira de Embalagens e o Worldstar – Award for Packaging Excelence, organizado pela World Packaging Organization (WPO). Em 2007, a Orsa produziu 299.802 toneladas de papel para embalagens e 217.992 toneladas de chapas e embalagens de papelão ondulado em suas cinco unidades industriais – Paulínia (SP), Suzano (SP), Nova Campina (SP), Manaus (AM) e Rio Verde (GO). Unidade florestal Localizada na região sudoeste de São Paulo, a área florestal ocupa 43 mil hectares de florestas plantadas, próprias ou de parceiros do fomento florestal. Essa área, coberta com 93% de pinus e 7% de eucalipto, é responsável pelo abastecimento da matéria-prima utilizada pela fábrica de celulose e papel da Unidade Nova Campina. A empresa opera o maior projeto de manejo de floresta nativa certificada em operação no mundo com 545 mil hectares na Amazônia 10 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Unidade Paulínia (SP) Unidade Nova Campina (SP) É uma das maiores fábricas de papéis reciclados para embalagens da América Latina e foi a primeira a receber certificação ISO 14001, norma reconhecida para sistemas de gestão ambiental. O parque industrial reaproveita aparas e refugos de papel coletados ou provenientes das sobras das demais unidades. A Unidade produz também embalagens e chapas de papelão ondulado. Tem capacidade instalada para produzir 170 mil toneladas/ano de papéis kraftliner, que abastecem as fábricas de embalagens da Orsa, além dos mercados nacional e internacional. Unidade Suzano (SP) Uma das mais modernas plantas para a produção de embalagens e chapas de papelão ondulado do Brasil. Por meio de equipamentos modernos, desenvolve e produz embalagens que atendem a rigorosos padrões internacionais de qualidade. Também é certificada com as normas ISO 2001 e ISO 14001. Unidade Rio Verde (GO) Uma das mais modernas fábricas do setor, está localizada em Goiás e oferece tecnologia de ponta na produção de embalagens e chapas. A unidade atende ao importante pólo industrial da Região Centro-Oeste do Brasil. Unidade Manaus (AM) Para preservar o meio ambiente da região amazônica, a planta de Manaus prioriza, na confecção de embalagens e chapas de papelão, a utilização de papel produzido pelas outras fábricas da Orsa, promovendo a integração e a sustentabilidade da cadeia produtiva. grupo orsa 11 Matéria-prima renovável Sempre atualizada tecnologicamente, a Jari Celulose mantém projetos de pesquisa e desenvolvimento em conjunto com as mais renomadas universidades e instituições do Brasil e do Exterior. 2. Jari Celulose A Jari Celulose – localizada na vila de Munguba, em Almerim, no Pará, instalada em uma área de 1,3 milhão de hectares na Floresta Amazônica – produz celulose de eucalipto. É uma das únicas empresas do mundo a ter certificação Pure Label do FSC (Forest Stewardship Council), ou seja, toda a madeira utilizada é certificada. A empresa também é uma das únicas do planeta com ISO 14001 para toda a sua área plantada. A certificação FSC abrange o manejo florestal (FSC-FM) e a cadeia de custódia (FSCCOC) para 100% da produção da Jari. Em 2007, os produtores mundiais venderam 12,8 milhões de toneladas de celulose de eucalipto branqueada. A Jari respondeu por 3% desse volume, com vendas totais de 364 mil toneladas toneladas, gerando um faturamento bruto de cerca de US$ 244,4 milhões. A Jari Celulose expandiu sua área de plantio de eucalipto urograndis – muito valorizado no mercado internacional – e exportou para 16 países. Com uma estrutura de comercialização que inclui escritórios em São Paulo e em Londres, a Jari Celulose destina cerca de 95% das suas vendas ao mercado externo. 12 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Seu viveiro tem capacidade de produção de 16 milhões de mudas anuais de eucalipto. A área operacional de eucalipto ocupa cerca de 125 mil hectares e é permeada de reservas nativas que permitem a livre circulação da fauna, além de oferecer proteção natural contra as pragas e garantir o equilíbrio ecológico. A Jari Celulose também trabalha para transformar a região do Vale do Jari em um pólo de desenvolvimento, tendo a indústria como base para novos negócios e programas sociais. 3. Orsa Florestal Fundada em 2003, a Orsa Florestal produziu 13.040 metros cúbicos de madeira serrada certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council), em 2007, e desenvolve o manejo florestal sustentável em 545 mil hectares na Amazônia paraense, uma das maiores áreas de floresta tropical nativa certificada do mundo. Dentro dessa área, a Orsa Florestal administra uma área de preservação de 92 mil hectares e se tornou referência global no trabalho com florestas tropicais. A empresa explora, com autorização do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a madeira de 26 espécies arbóreas. Sua serraria está localizada no complexo industrial de Munguba, a 800 metros de distância do porto privado do Grupo Orsa, de onde partem navios e balsas para os mercados atendidos pela Orsa Florestal. A empresa exporta seus produtos certificados para países da Ásia, da América do Norte e da Europa. 4. Fundação Orsa Criada em 1994, a Fundação Orsa trabalha em cinco linhas de atuação: educação, saúde, empregabilidade, empreendedorismo e promoção dos direitos humanos. Em 2007, focou suas ações na geração de renda para as comunidades, ou seja, colocar em ação programas – que podem inclusive se tornar políticas públicas – e desenvolver os territórios em que trabalha. Nesse ano, a Fundação foi agregada ao Grupo, tornando-se uma das quatro empresas. Agora, tem como desafio demonstrar a importância da sustentabilidade no dia-a-dia das empresas, além de servir ao Grupo como um forte canal de interação com a sociedade. A atuação da Fundação começa com a delimitação de um território. A partir daí, sempre valorizando a contribuição dos envolvidos, busca sensibilizar os atores sociais e produzir um Estudo de Viabilidade Sócio Econômico Ambiental (EVS). Com esse trabalho, é confeccionado o Plano de Desenvolvimento Local, que contém propostas de crescimento social, econômico e financeiro. A última etapa é a aplicação de programas e ações baseadas nesse levantamento. Destaque de 2007 Em 2007, um dos destaques da atuação da Fundação foi a consolidação da parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo e a União Européia para a implantação do EIS-CRAF (Escritório de Inclusão Social) no Glicério, um dos bairros do centro de São Paulo. A proposta foi potencializar as ações já desenvolvidas pela Fundação na região e viabilizar o acesso da grupo orsa 13 comunidade, muito vulnerável socialmente, aos diversos programas governamentais, à rede de garantia de direitos e a programas de geração de emprego e renda. O intuito para os próximos anos é dar continuidade à parceria e criar uma Agência de Desenvolvimento Local com a participação dos moradores, do comércio local, das entidades e das universidades, com base nas potencialidades econômicas e locais do território. Programa de Fomento As empresas do Grupo Orsa trabalham em sinergia. Um bom exemplo de responsabilidade social do Grupo é o programa de Fomento Florestal, realizado no Vale do Jari e no sudoeste do Estado de São Paulo. Criado em 2001, o programa surgiu para atender à necessidade da empresa de ampliar sua base florestal, de forma sustentável, sem precisar comprar terras de pequenos proprietários, o que invariavelmente os obriga ao êxodo. Para pequenos e médios produtores, a empresa realiza compra antecipada para cultivo O programa busca soluções sustentáveis para o homem do campo e evita o êxodo rural 14 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 da floresta, tendo como garantia a entrega do produto depois de alguns anos, sem alienar a propriedade e com pagamentos desde o início do contrato. O Grupo também fornece as mudas e dá assistência técnica para o plantio e o manejo. O programa de fomento proporciona garantia de compra ao fomentado e suprimento futuro de madeira para a empresa. Para desenvolver um projeto que gere renda em todas as suas fases, a empresa, com apoio da Fundação, analisa as vocações e as potencialidades de cada fomentado e sugere outras alternativas de renda, além de fazer uma análise completa dos produtos e dos mercados complementares. Assim, o programa identifica oportunidades de geração de renda para as famílias fomentadas durante o período de crescimento das árvores. Prêmios e reconhecimentos em 2007 Em São Paulo, várias possibilidades de consórcio estão sendo testadas, de acordo com a região e a vocação do fomentado, para garantir que ele tenha uma renda entre o plantio do pinus e a colheita, que demora no mínimo oito anos. Em 2007, o programa de fomento atingiu cerca de 15 mil hectares e cerca de 450 contratos, uma média de 30 hectares por proprietário. No Jari, onde as plantações de eucalipto demoram ao menos cinco anos para chegar à maturidade, a empresa fortaleceu sua atuação focando no Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis. Como resultado da identificação de cadeias produtivas com base nas potencialidades da região, o destaque foi o plantio do curauá, ou gravatá, uma espécie de abacaxi que produz uma fibra biodegradável e leve, este em parceria com a Fundação Orsa. No final de 2007, após um ano do início das atividades, o plantio do curauá começou a beneficiar 15 pequenos agricultores. Cada um deles é responsável por meio hectare – o que equivale a 12.500 mudas. Hoje, toda a demanda gerada é consumida pela empresa Pematec-Triangel, de Santarém, que processa a fibra para empresas automobilísticas. Worldstar – Award for Packaging Excelence, organizado pela World Packaging Organization (WPO) – 2007 – Categoria: Health and Beauty (Saúde e Beleza) – Embalagem: Joaninha Fraldas Pampers / Cliente: Procter and Gamble Prêmio Abre – Associação Brasileira de Embalagens – 2007 – Categoria: Design de Cosmético e Cuidados Pessoais – Embalagem: Joaninha Fraldas Pampers / Cliente: Procter and Gamble Prêmios promovidos pela ABFLEXO (Associação Brasileira Técnica de Flexografia) – Prêmio Qualidade Flexo – 2007 - 1o lugar – Categoria Papelão Ondulado Impressão Direta na Chapa – Traço – Embalagem: Brastemp – Prêt-à-Porter / Cliente: Brastemp - 2o lugar – Categoria Papelão Ondulado Impressão Direta na Chapa – Reticulado – Embalagem: Nestlé Friends / Cliente: Nestlé Prêmio Embanews – 2007 – Categoria/ subcategoria: Tecnologia para processo de produção de embalagem – Embalagem: Argamassa Colorin / Cliente: Colorin Para mais informações sobre projetos e formas de atuação da Fundação Orsa, acesse: www.fundacaoorsa.org.br grupo orsa 15 Principais mudanças organizacionais ocorridas durante o período de reporte Troféu Roberto Hiraishi – 2007 – Categoria/subcategoria: Tecnologia para processo de produção de embalagem – Embalagem: Display Koleston / Cliente: Procter and Gamble Prêmio Pack – 2007 – Destaque de Preferência – 3o lugar na categoria Embalagens de Papelão Ondulado Unilever – Certificado Fornecedor de Qualidade – Vértice 2007 – Escopo de Qualificação “Corrugated Cases and Trays” – Reconhecimento da Unilever, que classificou as plantas da Orsa Celulose, Papel e Embalagens por terem cumprido durante seis meses consecutivos os requisitos de Qualificação do programa Vértice – sistema de gestão e melhoria contínua dos indicadores de desempenho de entrega. Essa qualificação reconhece o ótimo desempenho da Orsa Celulose, Papel e Embalagens durante o ano de 2006 para as seguintes fábricas da Unilever: Goiânia (GO), Pouso Alegre (MG) e Vinhedo (SP). 16 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Em 2007, o Grupo Orsa passou por uma reestruturação interna em que várias áreas foram realocadas e cargos agrupados para melhorar o gerenciamento. Como privilegia os talentos internos, as substituições foram feitas pelos próprios funcionários do Grupo. Assim, foi possível manter a cultura de uma empresa de estrutura ágil, que consegue responder rapidamente às demandas do mercado e resolver problemas. A partir de 2007, a Marquesa, empresa que trabalha com reflorestamento e gestão florestal, deixou de ser parte integrante da Orsa Celulose, Papel e Embalagens para prestar seus serviços também à Jari e à Orsa Florestal. Dessa forma, foi possível contratar os funcionários terceirizados e lhes dar os benefícios devidos, melhorando sua qualidade de vida. Além de reduzir custos, a medida também diminuiu os riscos operacionais. Princípios, Valores e Missão O Grupo Orsa acredita que as empresas têm um papel fundamental na promoção de mudanças na sociedade. Como parte de sua filosofia, adota em suas atividades o conceito mundial dos três Ps, people (pessoas), profit (lucro) e planet (planeta). Ou seja, todas as organizações do Grupo incorporam modelos de atuação que são economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos. Busca-se transformar Sustentabilidade: compromisso estratégico com o longo prazo Nesta próxima etapa, o trabalho estará focado na conscientização para a sustentabilidade, dentro e fora das empresas, e na prevenção e redução dos possíveis problemas ambientais, por meio de um mapeamento dos processos e da proposta de melhorias que garantirão a perenidade dos resultados e a diminuição dos custos de eliminação dos resíduos. O tema sustentabilidade está presente em praticamente todos os setores da empresa. Nesse sentido, o ano de 2007 foi muito importante para o Grupo Orsa. Na área ambiental, a empresa conseguiu se adaptar às mais rígidas exigências das legislações. Como conseqüência, o Grupo mantém-se constantemente atento a indicadores ambientais, de emissões atmosféricas, de efluentes e de resíduos. O Grupo adota o conceito mundial dos três Ps, people (pessoas), profit (lucro) e planet (planeta) em suas atividades o investimento social em uma “semente maior” para a sociedade, ao compartilhar modelos de desenvolvimento que tenham genuíno potencial transformador. grupo orsa 17 2 estrutura e funcionamento A transparência na gestão tem sido um elemento de atração de capital e de reforço na relação com os diversos públicos reforço na relação com colaboradores, clientes, fornecedores, governo e sociedade como um todo. Ela adiciona valor à organização. Governança corporativa O Conselho de Administração do Grupo Orsa, que garante transparência na gestão e compromisso com as melhores práticas de governança corporativa, é formado por dois acionistas e dois conselheiros externos independentes. As tomadas de decisão e o planejamento das ações das empresas que constituem o Grupo são feitos pelo Conselho, que em todas as questões checa se sua implementação está de acordo com a missão e os valores expressos, além de cobrar resultados dos executivos. A transparência na gestão tem sido, cada vez mais, um elemento de atração de capital, de O esquema abaixo indica como a governança corporativa é praticada no Grupo Orsa. Esperase dos executivos a constante iniciação de ações voltadas para garantir o bom desempenho das empresas. As ações que envolvam movimentos estratégicos importantes devem ser aprovadas pelos acionistas. Os executivos cuidam de sua implementação, proporcionando sempre elementos para que os acionistas possam monitorar sua evolução. Esse monitoramento envolve não só os aspectos técnico-econômicos, mas também a compatibilidade com os princípios e os valores do Grupo. Executivos Acionistas iniciam decidem aprovam implementam operam controlam monitoram As tomadas de decisão e o planejamento das ações das empresas são feitos pelo Conselho de Administração, que checa se a implementação está de acordo com a missão e os valores do Grupo 20 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Responsabilidades do conselho de administração Zelar pela manutenção dos princípios e dos valores da empresa Envolver-se na definição e na aprovação das decisões e das ações estratégicas das empresas Proteger o patrimônio e maximizar o retorno dos investimentos Selecionar e avaliar os executivos principais das empresas (presidentes e diretores) Assegurar o comportamento ético e legal das empresas Monitorar o desempenho econômico-financeiro, visando adição de valor Monitorar a saúde da empresa no que se refere aos recursos tecnológicos e humanos Atuar como agentes de mudança Já a Fundação Orsa conta com um Conselho de Curadores, que é representado por múltiplos segmentos da sociedade e segue rigorosamente as regras da Curadoria de Fundações. O conselho lida com as normas do terceiro setor, com a aprovação de orçamento e de projetos e com questões estratégicas. Composição do Conselho de administração Presidente do Grupo Orsa: Sergio Antonio Garcia Amoroso É fundador, principal acionista, controlador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Orsa. Instituiu a Fundação Orsa em 1994 e tornou-se acionista majoritário e presidente da Jari Celulose em 2000. É ainda presidente do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer); diretor-vice-presidente do Instituto VIDI; conselheiro da AACD (Associação de Assistência à Criança Defeituosa); conselheiro do Instituto Sidarta; membro do Conselho Consultivo do Centro de Voluntariado de São Paulo; conselheiro da IPA – Associação Internacional pelo Direito da Criança Brincar; conselheiro do Instituto Fonte; membro fundador do WWF Brasil (World Wildlife Fund); membro do Conselho do ICRIM – Instituto de Apoio à Criança e ao Adolescente com Doenças Renais; membro do Conselho Consultivo da Rede Saci, órgão ligado à USP (Universidade de São Paulo); membro do Conselho Político Estratégico da EFESO (Escola de Formação de Empreendedores Sociais); e vice-presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO). Acionista: Jorge Henriques Engenheiro Civil e Industrial, atuou na empresa Rodhia S/A, na área de Assessoria Técnica de Investimentos do Grupo. Há 15 anos juntou-se ao Grupo Orsa, inicialmente nas unidades de Paulínia e Nova Campina, nas áreas de Planejamento de Estratégias para Novos Mercados e Planejamento e Controle do Setor Produtivo, e é atualmente o Presidente da empresa Orsa Celulose, Papel e Embalagens. É também conselheiro da Fundação Orsa e membro do Conselho de Administração do Grupo Orsa. grupo orsa 21 Conselheiro externo: Prof. Dr. Decio Zylbersztajn Professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo, criou o PENSA (Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial), centrado no estudo da Coordenação de Cadeias Agroindustriais. Pesquisa o setor da Nova Economia das Instituições e atua nas áreas de economia das organizações e estratégia, governança corporativa e relações contratuais de cooperação. Conselheiro externo: Nelson Carvalho Diretor da FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) e presidente do Conselho Consultivo de Normas e da Junta de Normas Internacionais do IASB (International Accounting Standards Board), órgão responsável pela emissão das normas do padrão internacional IFRS (International Financial Reporting Standards). Cabe à Coordenação de Comunicação Corporativa garantir a transparência das ações e dos fatos relevantes das empresas do Grupo, comunicando a todos os stakeholders seus princípios, valores e atividades agregadoras de valor nos campos econômico e social. Para tanto, o envolvimento integrado e proativo de toda a estrutura de comando das organizações do Grupo é de fundamental importância. Ética, respeito às instituições e ao meio ambiente O Código de Ética do Grupo Orsa é parte integrante do dia-a-dia das organizações. Cabe aos executivos do Grupo zelar pelas leis internacionais e vigentes no país e garantir respeito integral a elas. Eles devem agir sempre dentro de princípios estritos de respeito a raças, religiões e minorias. O Grupo Orsa não tem preconceitos de nenhum tipo e isso é amplamente disseminado nas organizações. Os executivos também têm obrigação de agir não somente dentro dos limites da lei, mas buscar sempre reduzir os impactos ambientais aos menores níveis possíveis. 22 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Auditorias externa e interna O Grupo Orsa contrata anualmente empresa especializada independente para condução do processo de análise de risco, elaboração de plano de auditoria interna e condução das auditorias. As empresas devem conhecer o plano de auditoria e procurar facilitar ao máximo a realização de suas atividades. Também anualmente é contratada uma empresa para realizar auditoria externa. Presidente Conselho Grupo Orsa Presidente Orsa Florestal Jorge Henriques Fundação Orsa Conselho Curador Presidente Sergio Amoroso Sergio Amoroso Dir. Controladoria Dir. Rec. Nat. e Neg. Florestais João Peres Ger. Geral Fundação Orsa João Prestes Olavo Gruber Dir. Rec. Nat. e Neg. Florestais João Prestes Ger. Plan. e Controle Daniel de Chiaro Presidente OCPE Presidente Jari Celulose Jorge Henriques Sergio Amoroso Dir. Controladoria Dir. Controladoria João Peres João Peres Dir. Industrial Embalagens Dir. Comercial Embalagens Dir. Industrial de Cel. e Papel Ricardo Galan Patrick Nogueira Dir. Rec. Nat. e Neg. Florestais Dino Ranzani João Prestes Ger. Tec. Informação Lari Papaleo Ger. Jurídica Marliete Martins Dir. Industrial Celulose Dir. Comercial Celulose Dino Ranzani Ana Vianna Ger. Financeira Ger. Rec. Humanos Ger. Suprimentos Ger. Contabilidade Sandra Lima Luiz Bezerra Luiz Cláudio Ribeiro Valdir Maioli 3 INDICADORES DE DESEMPENHO Em 2007, os esforços foram direcionados no sentido de melhorar a eficiência da produção e reduzir os custos de operação, o consumo e as perdas Distribuição do Valor Adicionado DESEMPENHO ECONÔMICO Em 26 anos de existência, o Grupo Orsa consolidouse como uma corporação sólida e inovadora em todas as áreas em que atua, tornando-se uma das mais relevantes organizações empresariais do Brasil. No exercício de 2007, seu faturamento foi de R$ 1,245 bilhão, valor alcançado em grande parte por meio da dedicação de um quadro de mais de 9 mil empregados diretos e indiretos. No ano de 2007, grande parte dos esforços das unidades do Grupo Orsa foi direcionada a melhorar a eficiência da produção, reduzindo os custos de operação, o consumo de insumos e as perdas, além de diminuir o impacto no meio ambiente. Isso foi possível na OCPE, por exemplo, pela unificação das plantas, um trabalho de padronização de gestão em geral, de fixação de parâmetros de qualidade, segurança e cuidados com o meio ambiente. As mesmas ações deverão ser estendidas às outras unidades do Grupo em 2008. Outro acontecimento importante dentro do conceito do Grupo de trabalhar com sustentabilidade foi o fato de a Orsa Florestal passar a ser uma empresa rentável em 2007. O valor adicionado por todas as empresas do Grupo Orsa ao longo de 2007 totalizou mais de R$ 617,4 milhões, distribuídos entre governo (19%), empregados (33%), financiadores (30%) e lucros retidos (18%). Distribuição de Valor Adicionado – Grupo Orsa Geração de Riqueza (R$ mil) 2006 2007 (A) Receita Bruta 1.257.068,00 1.294.789,00 (B) Bens e Serviços adquiridos de terceiros 762.933,00 736.631,00 (C) Valor adicionado bruto (A - B) 494.135,00 558.158,00 (D) Retenções (depreciação, 123.074,00 151.053,00 amortização, exaustão) (E) Valor adicionado líquido (C - D) 371.061,00 407.105,00 (F) Transferências, Resultado da equivalência patrimonial, Resultados de participações societárias e Receitas Financeiras 132.385,00 210.363,00 (G) Valor adicionado a distribuir (E + F) 503.446,00 617.468,00 Distribuição por Partes Interessadas (R$ mil) (H) Empregados Salários Participação nos Resultados Encargos Previdenciários Benefícios (I) Governo Impostos, expurgados os subsídios (isenções) (J) Financiadores Remuneração do capital de terceiros (L) Retido Lucros / Prejuízos do exercício (M) Valor adicionado distribuído (H+I+J+L) 2006 101.225,00 9.730,00 24.316,00 20.244,00 103.270,00 164.947,00 79.714,00 503.446,00 2007 136.790,00 8.941,00 30.231,00 32.857,00 114.404,00 183.624,00 110.621,00 617.468,00 Na consolidação do DVA foram consideradas as seguintes empresas: Orsa Celulose, Papel e Embalagens S.A., Jari Celulose S.A., Orsa Celulose, Papel e Embalagens da Amazônia S.A., Orsa Florestas S.A. e Marquesa S.A. Para o Grupo Orsa, o desenvolvimento dos negócios deve sempre ser um fator de transformação da sociedade 26 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 GRUPO ORSA DVA 2007 18% Retido 33% A identificação das necessidades e das prioridades das comunidades nas quais promove esses investimentos é feita por meio de pesquisas e visitas periódicas. Empregados 30% Financiadores 19% Governo Participação no Desenvolvimento Local Para o Grupo Orsa, o desenvolvimento dos negócios deve ser um fator de transformação da sociedade. Nesse sentido, o Grupo tem como princípio promover o desenvolvimento econômico mantendo o respeito às limitações ecológicas do planeta, para que as gerações futuras tenham a chance de existir de acordo com as suas necessidades, em um mundo equilibrado. Além de investir em suas próprias operações, o Grupo Orsa também realiza investimentos em infra-estrutura para benefício público. Quanto a essa questão, são feitos programas de arborização de ruas vizinhas às unidades operacionais e programas de apoio material na realização de gincanas e atividades extracurriculares, além da concessão de coletores de materiais recicláveis a escolas públicas das regiões onde atua. A unidade Orsa Celulose, Papel e Embalagens Rio Verde, localizada em Goiás, participa do Projeto Fomentar (Fundo de Participação e Fomento à Industrialização do Estado de Goiás), cujo objetivo é apoiar empreendimentos que contribuam efetivamente para o desenvolvimento socioeconômico do estado. Como incentivo do governo, a empresa recebeu abatimentos no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) equivalentes a R$ 4,237 milhões em 2006 e R$ 3,96 milhões em 2007. DESEMPENHO AMBIENTAL A atuação das empresas do Grupo Orsa é orientada por políticas ambientais definidas especificamente para cada uma de suas operações. Essas políticas consideram os negócios e as atividades desenvolvidas em cada empresa do Grupo, abrangendo todas as suas unidades operacionais. A Marquesa, agora atuando como uma empresa independente, segue a política ambiental da Jari Celulose em sua atuação nas grupo orsa 27 Os processos de gestão das empresas têm como referência a atenção aos principais aspectos de seu desempenho ambiental áreas florestais do Grupo localizadas na Região Norte do país, adequando esses procedimentos à sua operação nas outras regiões. As políticas ambientais que norteiam as atividades da Orsa Florestal e da Orsa Celulose, Papel e Embalagens fazem parte do Sistema Integrado de Gestão (SIGO) do Grupo. Esse Sistema direciona o rigoroso cumprimento de aspectos relacionados a qualidade, legislação ambiental, segurança e saúde ocupacional nas atividades das empresas. Os processos de gestão das empresas do Grupo Orsa têm como referência a atenção permanente aos principais aspectos de seu desempenho ambiental. De acordo com as oportunidades observadas, tanto do ponto de vista dos negócios, quanto da participação no esforço de desenvolvimento local e de preservação ambiental, as empresas do Grupo mantêm diferentes certificações para suas operações florestais e industriais. As atividades da Jari Celulose e da Orsa Florestal são certificadas, desde 2004, pelo FSC como Pure Label. Conhecido no Brasil como Conselho de Manejo Florestal, o FSC é uma organização não-governamental cuja missão é difundir e facilitar o bom manejo das florestas brasileiras conforme princípios e critérios que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica. A certificação é solicitada de forma voluntária pelas empresas e consiste na verificação, realizada por entidade credenciada pelo FSC, de suas operações à luz dos princípios e dos critérios de manejo florestal responsável definidos pelo FSC. São avaliados aspectos relativos aos seguintes temas: cumprimento da legislação; direitos e responsabilidade relacionadas ao uso e à posse da terra; direitos dos povos indígenas; garantia dos direitos e do bem-estar de trabalhadores e comunidades; eficiência no uso dos recursos florestais; gestão dos impactos ambientais; formalização do plano de manejo; monitoramento e avaliação; abordagem preventiva para conservação das florestas; reposição e recuperação das florestas. A Certificação FSC visa contribuir para o uso adequado dos recursos naturais. Para isso, são realizadas avaliações de desempenho ambiental, social e econômico de acordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC). Existem dois tipos de certificação: de Manejo Florestal e Cadeia de Custódia. Manejo Florestal Garante a qualidade do manejo da floresta Ambiental Social Econômico Cadeia de Custódia Garante origem da matéria-prima florestal Rastreabilidade A certificação da cadeia de custódia se aplica aos produtos desenvolvidos a partir de matéria-prima de floresta certificada. Tem como objetivo garantir a rastreabilidade, que integra a cadeia produtiva desde a floresta até o produto final. grupo orsa 29 A obtenção e a manutenção dessa certificação são um reflexo do empenho do Grupo em busca de uma atuação social e ambientalmente responsável. A certificação abrange 100% da matéria-prima utilizada na produção de celulose branqueada de eucalipto da Jari Celulose, em toda sua cadeia de custódia e nas operações e produtos florestais da Orsa Florestal. Ao todo, estão certificados mais 125 mil hectares de florestas plantadas da Jari Celulose e 545 mil hectares de florestas nativas. Ambas estão entre as maiores áreas certificadas no país. parâmetros para estruturação do sistema de gestão ambiental das empresas. Todas as unidades da Orsa Celulose, Papel e Embalagens e da Jari Celulose são certificadas pela ISO 9001/2000. As unidades de Paulínia, Manaus e Suzano da Orsa Celulose, Papel e Embalagens e a operação florestal da Jari Celulose são também certificadas pela norma ISO 14001, que define A presença constante dos profissionais envolvidos nos programas coordenados pela Fundação Orsa para os moradores das áreas onde esses projetos são realizados torna ainda mais próximo o relacionamento do Grupo com essas comunidades. O relacionamento próximo com as comunidades do entorno de suas áreas de operação é outro aspecto fundamental na atuação das empresas do Grupo, que mantêm canais permanentes de diálogo com essas comunidades. As demandas recebidas por meio desses canais são acolhidas e consideradas no desenvolvimento de iniciativas que visam a gestão dos impactos das operações do Grupo nesse público. total de água utilizada Materiais Em decorrência da certificação ISO 14001 e do sistema de gestão implantado, a análise do impacto socioambiental do consumo de materiais faz parte dos procedimentos das empresas do Grupo. Principais insumos utilizados (t) Madeira Papel 2006 2.825.740 286.178 36% Água nova 2007 2.896.440 285.878 64% Água reciclada/ recirculada Água A reutilização da água tratada foi outra iniciativa importante para mitigar os impactos ambientais relacionados à captação de água. Em 2007, o volume de água reutilizada representou mais de 35% do total de água utilizado pelas empresas do Grupo. Em 2007, o total de água nova utilizada pelas empresas do Grupo foi de aproximadamente 54,3 milhões de metros cúbicos. Esse volume representa uma redução de mais de 10% em relação ao utilizado no ano anterior. 54.345.155 uso total de água nova (m3) 60.393.419 A otimização dos processos produtivos para redução do consumo de água é um dos objetivos do Sistema de Qualidade do Grupo. Em cada uma das empresas foram realizadas iniciativas diferenciadas, visando a redução no consumo ou na captação de água. Essas iniciativas envolveram o treinamento e a conscientização dos funcionários, além da implementação de grupos de trabalho para buscar oportunidades de redução do consumo nas diferentes operações. 2006 2007 Energia Para aumentar a eficiência energética de suas operações, o Grupo investiu na manutenção e na reposição de equipamentos. No ano de 2007, houve a implantação de uma nova caldeira de recuperação e a manutenção das caldeiras de geração já em funcionamento nas diferentes unidades produtivas do Grupo. grupo orsa 31 OCPE – Nova Campina OCPE – Paulínia (Papel) Óleo Diesel (l/t) GLP (kg/t) Gás Natural (m3/t) 0,424 41,361 152,616 O Grupo investiu na manutenção e reposição dos equipamentos para aumentar a eficiência energética de suas operações 0,724 0,695 0,296 0,807 Eletricidade (KWh/t) 469,916 Eletricidade (KWh/t) Óleo BPF (kg/t) 475,808 1,432 1,617 Biomassa (t/t) Óleo Diesel (l/t) 0,159 2,731 10,737 Óleo BPF (kg/t) GLP (kg/t) 0,931 0,312 2,732 48,134 1,953 1,991 Biomassa (t/t) Óleo Diesel (l/t) 21,567 4,339 5,810 49,134 Óleo BPF (kg/t) 132,503 Jari Celulose 136,992 Consumo específico de energéticos por unidade produtiva Áreas utilizadas 2006 2007 0,027 0,037 30,104 Óleo BPF (kg/t) 29,141 Eletricidade (KWh/t) 107,637 22,240 92,963 Eletricidade (KWh/t) Óleo Diesel (l/t) 88,635 0,006 0,001 Óleo BPF (kg/t) 26,615 0,140 0,570 Eletricidade (KWh/t) Óleo Diesel (l/t) 94,586 6,367 17,737 0,499 Óleo BPF (kg/t) 78,626 88,661 91,537 Eletricidade (KWh/t) Óleo Diesel (l/t) 0,795 0,004 0,003 Óleo Diesel (l/t) GLP (kg/t) 78,539 1,287 1,237 GLP (kg/t) 2,561 GLP (kg/t) 0,740 GLP (kg/t) 1,661 Gás Natural (m3/t) 1,454 Gás Natural (m3/t) 18,034 OCPE – Manaus 0,000 OCPE – Rio Verde 25,805 OCPE – Suzano 26,609 OCPE – Paulínia (Embalagem) ainda projetos voltados para a preservação e a reconstituição do ecossistema. ÁREAS Utilizadas A atuação das empresas do Grupo Orsa envolve atualmente uma área de cerca de 1,35 milhão de hectares, entre as operações florestais e industriais nas regiões Norte e Sudeste do país. Aproximadamente 97% dessas áreas são de propriedade do Grupo, em sua maior parte na Região Norte, ligadas às operações da Jari Celulose e da Orsa Florestal. Áreas possuídas ou administradas pela empresa (hectares): Área própriaÁrea arrendadaOutras áreas Orsa Florestal 0,00 0,00 0,00 OCPE 27,12 35,08 0,00 Jari Celulose* 1.532.766,30 0,00 0,00 Marquesa 37.090,78 20.348,22 12.947,00 TOTAL 1.569.884,20 20.383,30 12.947,00 Obs.: A área operada pela Orsa Florestal está incluída na área da Jari Celulose. *A área será ajustada para cerca de 1,3 milhão de hectares após retificação com georreferenciamento Áreas de proteção/preservação ambiental (hectares) Área deÁrea Outras áreas Reserva destinada a de proteção APPs1LegalRPPN2 Orsa Florestal 0,00 0,00 0,00 0,00 OCPE 2,50 5,46 0,00 0,00 Jari Celulose 68.054,60 1.289.760,10 0,00 0,00 Marquesa 9.764,00 11.487,00 835,38 2.526,62 TOTAL 77.821,10 1.301.252,56 835,38 2.526,62 Obs.: A área operada pela Orsa Florestal está incluída na área da Jari Celulose. 1 APP (Área de Preservação Permanente) 2 RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) A Orsa Florestal atua na área de reserva legal da Jari Celulose, na Região Norte do país, com autorização para realizar manejo florestal de espécies nativas comerciais. As operações das empresas do Grupo nessa região têm certificado FSC de manejo florestal sustentável, mantendo 34 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Além do cumprimento das exigências legais e dos órgãos certificadores, o manejo florestal de espécies nativas envolve um projeto de regeneração nas clareiras formadas pela colheita. Esse projeto é realizado em áreas de manejo sustentável desde 2006, de forma voluntária, e possui convênio de pesquisa com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Amazônia Oriental. O objetivo é conhecer a performance de crescimento de espécies arbóreas amazônicas de interesse econômico através da regeneração natural e artificial nas clareiras formadas pela exploração florestal para subsidiar futuros programas de manejo florestal sustentável. Várias operações estão localizadas nas proximidades de áreas protegidas por lei ou reconhecidas como de alto índice de biodiversidade, o que torna ainda mais importante o compromisso do Grupo Orsa com a preservação do meio ambiente. A Jari Celulose possui áreas próprias próximas à Reserva Extrativista do Rio Cajari, no Amapá (criada pelo Decreto no 99.145 de 12/03/1990), onde comunidades locais realizam intervenções agroextrativistas e agropastoris; à Estação Ecológica do Jari, no Estado do Pará (unidade de proteção integral criada pelo Decreto no 87.092 de 12/04/1982); e à Floresta Estadual do Paru (criada pelo Decreto Estadual no 2.608 de 04/12/2006), também no Pará. Nessas áreas, a empresa não realiza operações de silvicultura ou de manejo florestal e a Fundação Orsa mantém um convênio com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a realização de projetos de educação ambiental e pesquisas. e a sustentabilidade das espécies. Essas atividades dentro da floresta são executadas com técnicas de impacto reduzido, definidos através de procedimentos operacionais padronizados, que são o principal componente do bom manejo florestal. Dessa maneira é garantida a produção sustentável de madeira, ao mesmo tempo em que se mantêm a diversidade de espécies nativas, os processos ecológicos e os serviços ambientais proporcionados pela floresta. A Orsa Florestal possui um projeto de pesquisa em bioecologia em parceria com a Universidade de East Anglia, com o objetivo de mapear e A Marquesa, além de realizar atividades operacionais na área florestal da Jari Celulose, atua nos municípios de Capão Bonito e Ribeirão Grande, no Estado de São Paulo. Algumas fazendas da empresa na Região Sudeste, onde são realizadas operações de silvicultura e colheita de espécies de pinus, estão próximas a áreas protegidas pela legislação estadual. É o caso das fazendas Taquaral e Santa Clara, que fazem divisa com o Parque Estadual Carlos Botelho; e da fazenda Guapiara, que está próxima do Parque Estadual Intervalles. Biodiversidade As empresas do Grupo têm procedimentos para a mitigação, o controle e a prevenção dos principais riscos à biodiversidade nas suas áreas de operação. O manejo sustentável de floresta nativa feito pelo Grupo é realizado por meio da retirada de madeira sem ameaçar a composição, a diversidade grupo orsa 35 Emissões monitorar periodicamente os principais impactos na biodiversidade associados às suas atividades. Esses estudos fazem parte dos mapeamentos exigidos pelos órgãos certificadores. A Jari Celulose realiza o monitoramento de microbacia hidrográfica, cujo objetivo é avaliar os impactos ambientais do manejo de suas plantações florestais em termos de consumo e qualidade da água, erosão e ciclagem de nutrientes. Na Política Ambiental da Jari Celulose existe o compromisso de adoção de medidas que inibam as ações predatórias em sua propriedade. Os procedimentos operacionais contemplam os cuidados ambientais relacionados à fauna, à flora e à gestão de resíduos, entre outros aspectos. A empresa conta também com planos de atendimento emergenciais a incêndios florestais e acidentes ambientais. Em 2002, a Jari Celulose realizou um levantamento da fauna silvestre em parceria com a FUNPEA (Fundação de Apoio à Pesquisa, Extensão e Ensino em Ciências Agrárias) do Pará em quatro áreas de floresta primária. Nessa pesquisa, verificou-se que as reservas florestais do Grupo na região contribuem substancialmente com a diversidade genética local e constituem um excelente abrigo para a fauna. 36 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Os principais processos responsáveis pelas emissões atmosféricas de gases causadores do efeito estufa nas atividades florestais do Grupo estão associados ao consumo de hidrocarbonetos por tratores, geradores e outros equipamentos utilizados no manejo das florestas. Nas atividades industriais, essas emissões são provenientes, principalmente, das caldeiras de força e de recuperação e dos processos que dependem da combustão de biomassa, óleo diesel, licor preto ou óleo BPF para obtenção de energia térmica. Visando a redução dessas emissões, o Grupo Orsa realiza diversas iniciativas que envolvem a manutenção preventiva e corretiva de equipamentos, o monitoramento de gases e análises das emissões atmosféricas, além de buscar continuamente a redução do consumo e a substituição de combustíveis utilizados nos processos produtivos por alternativas menos poluentes. As atividades do grupo não geram emissões significativas de substâncias depletoras de ozônio. Efluentes O Grupo Orsa realiza procedimentos visando o tratamento e o monitoramento dos efluentes líquidos gerados por suas unidades industriais. São desenvolvidas e implementadas iniciativas relacionadas à gestão e ao monitoramento da qualidade dos efluentes, por meio de diferentes processos e mecanismos, de acordo com as especificidades das operações de cada uma das unidades produtivas das empresas do Grupo: UnidadeGestão e Monitoramento da Qualidade dos Efluentes OCPE – Nova Campina • ETE – Estação de Tratamentos de Efluentes • Monitoramento de parâmetros analíticos nos efluentes lançados ao corpo receptor, de acordo com os padrões definidos por lei OCPE – Suzano • Tratamento Físico-Químico dos efluentes OCPE – Paulínia • ETE – Estação de Tratamentos de Efluentes por lodos ativados • Reaproveitamento de parte dos efluentes • Monitoramento de parâmetros analíticos nos efluentes lançados ao corpo receptor, de acordo com os padrões definidos por lei OCPE – Rio Verde • ETE – Estação de Tratamentos de Efluentes por processos físico-químicos • Reaproveitamento de parte dos efluentes OCPE – Manaus • Neutralização do efluente • Monitoramento de parâmetros analíticos nos efluentes retirados e lançados ao corpo receptor, de acordo com os padrões definidos por lei • No ano de 2008 será realizada reutilização do efluente Jari Celulose • ETE – Estação de Tratamentos de Efluentes • Reaproveitamento de parte dos efluentes no processo produtivo • Programa de manutenção e inspeção preventivos • O efluente, após o tratamento, é disposto no Rio Jari por meio de um emissário subaquático Todas as unidades industriais do Grupo realizam iniciativas com o objetivo de minimizar os impactos gerados pela captação ou descarte de água ao longo de seus processos produtivos. Essas iniciativas refletem o cuidado do Grupo Orsa com a preservação dos corpos hídricos adjacentes às suas operações. Seus efluentes não têm vazão significativa perante o volume médio do corpo hídrico receptor e não possuem alto potencial poluidor. Como parte desse cuidado, os efluentes não são descartados em áreas especialmente sensíveis ou de conservação. Em período de adequação ao padrão observado nas outras unidades do Grupo, a unidade de Manaus da Orsa Celulose, Papel e Embalagens implementará em 2008 mecanismos que permitirão a reutilização dos efluentes antes descartados na rede coletiva de esgoto. Além de outras iniciativas, o Grupo busca a redução do consumo e a substituição de combustíveis usados nos processos produtivos por alternativas menos poluentes grupo orsa 37 Resíduos No ano de 2007, os resíduos gerados pelas empresas do Grupo totalizaram 211.372 toneladas. Destes, 98% (207.127 ton) são classificados como não perigosos, e 2% (4.244 ton), como perigosos, de acordo com a norma NBR 10004. Geração total de resíduos sólidos (ton/ton de produção) Perigosos Não perigosos Unidades 2006 2007 2006 2007 OCPE – Nova Campina 0,0166 0,0222 0,4826 0,4959 OCPE – Suzano 0,0028 0,0037 0,0004 0,0010 OCPE – Paulínia 0,0001 0,0001 0,0539 0,0670 OCPE – Rio Verde 0,0004 0,0004 0,0012 0,0008 OCPE – Manaus 0,0001 0,0005 0,0167 0,0171 A gestão dos impactos causados pela produção de resíduos é uma preocupação permanente do Grupo e reflete-se no desenvolvimento de estratégias para minimização da geração dos rejeitos e cuidados específicos na disposição. Do total gerado em 2007, 34% foram recuperados e apenas 5% foram destinados diretamente a aterros, o que indica uma busca do destinação dos resíduos sólidos gerados – 2007 5% Aterro 7% 0% 34% Reutilizacão 2% Incineração 0% Armazenamento 0% Co-processamento 28% Compostagem 38 As unidades da Orsa Celulose, Papel e Embalagens realizam iniciativas específicas para a redução da geração de resíduos. Na unidade de Paulínia foram colocados em prática programas de reciclagem e drenagem da água dos resíduos enviados para aterro; em Nova Campina foi implementado um laboratório de classificação de aparas, proporcionando redução do rejeito gerado na central de aparas. A Jari Celulose possui certificação ISO 14001 para suas atividades florestais, e um dos objetivos de seu Sistema de Gestão Ambiental é reduzir a geração de resíduos em seu processo, bem como minimizar a quantidade de resíduo destinado aos aterros. Nesse sentido, estão sendo desenvolvidas melhorias no sistema de segregação e destinação de resíduos, além da implantação de melhores práticas no manuseio dos insumos industriais. Nenhuma das empresas do Grupo importa ou exporta resíduos de outros países. Reciclagem Recuperação 24% Tratamento e disposição final em aterro equilíbrio entre as diferentes opções de disposição e os impactos ambientais decorrentes. grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Ocorrências e acidentes ambientais No ano de 2007 foi identificado apenas um acidente ambiental relacionado às operações do Grupo Orsa. Em setembro foi registrado um derramamento de 20 kg de óleo BPF na Rede Pluvial, alcançando o emissário do córrego Abóbora, em Rio Verde (GO). A ação rápida da brigada de emergência conteve o vazamento e removeu o resíduo na margem do córrego, evitando prejuízos à fauna e à flora. As empresas Orsa Florestal, Jari Celulose e Marquesa não receberam nenhum tipo de multa, advertência ou sanção não monetária ou ainda autos de infração de órgãos fiscalizadores durante o ano de 2007. Entretanto, a Orsa Celulose, Papel e Embalagens recebeu três autos de infração, resultando no pagamento de uma multa no valor de R$ 28.460,00. Um deles, na unidade Rio Verde, foi aplicado pela SEAMA (Secretaria de Estado para Assuntos do Meio Ambiente) no dia 28/09/2007, em virtude do lançamento de água com resíduos de BPF no sistema pluvial do distrito. Outro, na unidade Suzano (em 14/11/2007), ocorreu devido ao lançamento de água contaminada com óleo no solo, através de trincas e falhas no piso da área de lavagem de empilhadeiras, o que poderia tornar o solo e as águas impróprios ou nocivos à saúde. O terceiro auto de infração foi aplicado pela CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em 18/04/2007 na unidade Nova Campina. No período, a Orsa Celulose, Papel e Embalagens firmou também com a CETESB um Termo de Ajuste de Conduta, dirigido à sua unidade em Suzano, que diz respeito à manutenção de áreas de preservação na empresa. As medidas propostas foram controle de formigas, controle de mato, corte de vegetação exótica, replantio, adubação, tutoreamento e contenção dos processos erosivos. Transporte Em função de suas operações, as empresas do Grupo Orsa mantêm diferentes canais de diálogo com as comunidades residentes nas regiões afetadas pelo transporte de insumos, produtos e colaboradores. grupo orsa 39 Em 2007, o Grupo Orsa destinou mais de R$ 6,7 milhões às iniciativas relacionadas à preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade ambiental de suas operações. Esse valor representa um acréscimo de mais de 74% em relação ao montante investido em 2006. 40 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 INVESTIMENTO EM MEIO AMBIENTE (R$ milhões) Relacionado às operações da empresa Em programas/ projetos externos 0,21 Investimentos Ambientais A preocupação do Grupo com as questões ambientais também é refletida no investimento em ações operacionais de manejo florestal, que buscam certificações e ganho de qualidade, visando a preservação. 0,57 Nas unidades de Suzano e Paulínia da Orsa Celulose, Papel e Embalagens e na Jari Celulose, estão em funcionamento também procedimentos norteados pela certificação ISO 14001. Por meio dela, todas as empresas contratadas como prestadoras de serviços de transporte atendem, obrigatoriamente, à legislação NTT420. Nesses serviços, os impactos identificados como significativos referem-se ao risco de contaminação do solo e de corpos hídricos e às emissões atmosféricas. Visando a minimização desses impactos, essas empresas mantêm práticas preventivas e realizam uma checagem periódica nas condições dos veículos utilizados. Desse total, o investimento realizado pela Orsa Florestal destinou-se ao projeto de estudos em bioecologia em parceria com a Universidade de Lancaster, a auditorias ambientais FSC e ao projeto de regeneração de clareiras. 6,50 Nas regiões de operação da Marquesa e da Orsa Florestal existem canais diretos de comunicação com as comunidades residentes nos locais por onde passam os caminhões que transportam madeira. O contato com a comunidade é realizado por meio de questionários e entrevistas. Esses trabalhos resultaram na manutenção das estradas e na redução de poeira oriunda da movimentação dos caminhões. Em 2007, o valor investido em iniciativas relacionadas às operações das empresas do grupo – como monitoramento da qualidade de efluentes, despoluição, auditorias ambientais, programas de sensibilização voltados aos colaboradores, entre outras – representou 97% do total no ano. 3,28 A criação desses canais de diálogo tem como objetivo compreender a realidade dessas comunidades e os impactos gerados pelas atividades do Grupo, embasando o desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a minimização desses impactos. 2006 2007 Em 2007, o Grupo Orsa destinou mais de R$ 6,7 milhões às iniciativas de preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade ambiental Nas unidades Orsa Celulose, Papel e Embalagens, o investimento ambiental foi direcionado à implementação de melhorias de processo, como modernizações em estações de tratamento e nas áreas de contenção do lodo gerado nas estações de tratamento de esgoto; análises das emissões atmosféricas e de efluentes; programas de gerenciamento de resíduos; reforma na área destinada à lavagem de empilhadeiras e substituição das empilhadeiras por modelos abastecidos a gás natural. Na Jari Celulose, foram realizados investimentos visando a melhoria ambiental na área industrial associados a manutenção de equipamentos, gerenciamento de resíduos, construção de desvios de linhas de efluentes e instalação de torre de resfriamento de água. A empresa fez ainda investimentos em suas operações florestais relacionados ao Projeto de microbacias e às auditorias ambientais FSC (SCS) e ISO 14001 (ABS). O valor destinado pela Marquesa a melhorias ambientais está contemplado nos programas ambientais da Jari Celulose. Esses investimentos abrangem a aquisição de equipamentos, iniciativas e procedimentos para minimizar o impacto causado pela colheita de eucalipto, custeio da criação de RPPN, plantio de mudas nativas e recuperação de áreas degradadas. A maior parte dos programas externos da empresa é realizada sob a coordenação da Fundação Orsa. Parte dos recursos repassados pelas empresas é aplicada pela Fundação em projetos que têm grande relação com a preservação do meio ambiente. Entre eles, estão os programas de educação ambiental, como as oficinas nas escolas públicas com crianças e adolescentes do “Projeto Formação”; a primeira marcha de coleta seletiva em Monte Dourado; o plano de trabalho para formação de agentes multiplicadores ambientais em parceria com o IBAMA; e convênios com a prefeitura de Laranjal do Jari (AP) para estimular o fortalecimento de políticas públicas ambientais. grupo orsa 41 DESEMPENHO SOCIAL Público Interno Ao final de 2007, o Grupo Orsa contava com um total de 9.506 colaboradores, entre empregados e terceiros, expansão de 22% em relação ao número de colaboradores do ano anterior, o que indica o aumento da quantidade de vagas de emprego oferecidas pela empresa no período. Do total de colaboradores no final de 2007, aproximadamente 49% eram empregados contratados diretamente pelo Grupo, e o restante, terceiros e prestadores de serviço. A maior parte dos terceiros atua nas operações da Jari Celulose. total de colaboradores por unidade/região Manaus Corporativo Jari Fundação Orsa 798 150 179 272 257 461 469 708 708 936 912 742 644 229 234 Marquesa 166 Rio Verde 226 Paulínia 2.011 Suzano 3.831 Nova Campina 3.340 Orsa Florestal 2006 2007 42 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Pessoas com deficiência As políticas de RH são norteadas por princípios que têm como essência garantir a eqüidade e impedir a discriminação nas operações da empresa. Gênero Ao final de 2007, as mulheres representavam 10% dos empregados das empresas do Grupo Orsa. A participação delas no total de empregados do Grupo diminuiu cerca de 2 pontos percentuais em relação ao final de 2006. O decréscimo ocorreu em todos os cargos e funções do Grupo, excetuando-se o cargo de analistas, que apresentou aumento de 1 ponto percentual no número de mulheres em relação a 2006. A maior diferença ocorreu no quadro de diretores, com queda de 6 pontos percentuais no número de mulheres em relação ao período anterior. O quadro administrativo é o que apresenta maior participação de mulheres (35%). Empregados por gênero e cargo (%): 2006 Mulheres Homens Administrativo 34,92% 65,08% Analistas 29,37% 70,63% Coordenadores 20,97% 79,03% Diretores 18,18% 81,82% Gerentes 12,90% 87,10% Operacional 7,36% 92,64% TOTAL 12,30% 87,70% 2007 Mulheres Homens 34,66% 65,34% 30,32% 69,68% 18,13% 81,87% 12,50% 87,50% 11,32% 88,68% 5,75% 94,25% 10,11% 89,89% No período, 112 pessoas com deficiência trabalhavam no Grupo Orsa. Esse número representa um aumento de 81% do número de empregados com deficiência em relação ao ano anterior. Empregados com deficiência Auditiva Física Mental Visual Múltipla Total 2006 32 22 7 1 0 62 2007 57 46 8 1 0 112 Faixa Etária Os empregados das empresas do Grupo Orsa formam uma equipe essencialmente jovem. Na maioria (43%), as pessoas que trabalham nas empresas do Grupo têm até 30 anos de idade e outros 32% têm entre 31 e 40 anos de idade. total de empregados por faixa etária em 2007 7% Acima de 50 anos 1% Até 18 anos* 6% De 19 a 21 anos 18% 41 a 50 anos 37% 22 a 30 anos 31% 31 a 40 anos *Jovens contratados na condição de aprendizes, conforme Lei do Aprendiz (no 10.097/2000) e Decreto no 5.598, de 1o de dezembro de 2005. grupo orsa 43 Com o projeto Alfabetizar, empregados do grupo, engajados voluntariamente, são capacitados a lecionar em cursos e programas voltados à alfabetização e ao desenvolvimento de colegas de trabalho com baixa escolaridade Escolaridade Ao final de 2007, mais de 83% dos profissionais do Grupo já tinha concluído ao menos o ensino médio. Destes, aproximadamente 12% concluíram também o ensino superior e cerca de 1% tem algum curso de pós-graduação, como especialização, mestrado ou doutorado. Tempo de empresa No outro extremo, nas unidades remotas, há ainda um grupo de colaboradores com baixo nível de escolaridade. São 466 empregados que completaram apenas o ensino fundamental e outros 58 analfabetos. A maior parte (63%) dos empregados trabalha nas empresas do Grupo Orsa a menos de cinco anos, reflexo do grande número de contratações ocorridas nos últimos anos. Outra parcela significativa (32%) do grupo de empregados tem entre seis e vinte anos de trabalho nas empresas do Grupo. Como forma de atuar sobre esse quadro, buscando alternativas para a alfabetização e a capacitação desses colaboradores, o Grupo Orsa organiza o projeto Alfabetizar. Por meio dele, outros empregados do Grupo – engajados voluntariamente total de empregados por tempo de empresa em 2007 empregados por escolaridade em 2007 6% 4% 1% Pós-graduação completa 21 a 30 anos Acima de 30 anos 17% 20% 11 a 20 anos 36% 15% Analfabeto Ensino superior completo Até 1 ano 10% Ensino Fundamental Completo 15% 6 a 10 anos 27% 2 a 5 anos 44 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 49% Ensino médio completo nessa iniciativa – são capacitados a lecionar em cursos e programas voltados à alfabetização e ao desenvolvimento de jovens e adultos com baixa escolaridade. O projeto visa criar condições de eqüidade no acesso às oportunidades oferecidas pela empresa para esse grupo de colaboradores e atende também à população das comunidades do entorno das unidades. Remuneração e Benefícios As empresas do Grupo Orsa adotam padrões de remuneração e benefícios alinhados ao mercado. Em 2007, foram destinados aproximadamente R$ 136,8 milhões para o pagamento dos salários de seus empregados. No mesmo período, foram distribuídos outros R$ 8,9 milhões nos programas de participação nos lucros e resultados. Cada uma das empresas oferece um conjunto específico de benefícios comuns a todos os seus empregados. Todos têm direito a plano de saúde, além dos benefícios definidos pela legislação. As empresas oferecem ainda, de acordo com regras e procedimentos específicos: cesta básica; convênio-farmácia; auxílio para contas de água e energia elétrica; seguro de vida; e auxílio-mudança. Relações com sindicatos e Práticas de Comunicação Interna Todas as empresas do Grupo têm políticas e procedimentos formais para garantir o respeito aos direitos de liberdade de associação e o cumprimento de acordos firmados em negociações coletivas. Para tanto, há uma relação constante com os sindicatos e com o Ministério do Trabalho. O funcionário é livre para se associar à entidade que lhe for mais conveniente, com a garantia de que não haja restrições ou retaliações de nenhuma natureza. Essas práticas são periodicamente fiscalizadas pelos sindicatos e pelo Ministério do Trabalho. O Grupo reconhece a importância de notificar seus colaboradores acerca da implementação de todas as mudanças operacionais que possam afetá-los, em tempo hábil para seu posicionamento e manifestação. Não há, porém, um prazo mínimo formalmente estabelecido no qual essas informações devam ser comunicadas aos empregados. grupo orsa 45 Saúde e Segurança Em todas as empresas e unidades do Grupo Orsa possuem SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho), composto por engenheiros e médicos do trabalho, técnicos de segurança e técnicos em enfermagem do trabalho e auxiliar de enfermagem, que, orientados pela política integrada, são responsáveis pela saúde e pela qualidade do ambiente de trabalho da empresa. As unidades contam também com a CIPA (Comissão Interna de Prevenções de Acidentes). Sua composição se dá por meio de eleição direta dos representantes dos empregados e de indicação dos representantes do empregador. Nas unidades, o percentual de empregados representados pela CIPA é de 25%, conforme Norma Reguladora estabelecida pela Legislação. O registro e a notificação dos acidentes e das doenças ocupacionais são realizados no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por meio da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho). Além disso, as unidades possuem um documento interno para essa finalidade, denominado Relatório de Investigação de Incidentes e/ou Acidentes (RIIA). O Grupo desenvolve várias iniciativas para a melhoria das condições de saúde e segurança, especialmente para situações de risco Em todas as empresas do Grupo os acordos firmados com sindicatos incluem uma cláusula relativa à segurança e saúde dos empregados, que observam o cumprimento da legislação vigente e o fornecimento e uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). ocupacionais. São exemplos as atividades desenvolvidas dentro da serraria, onde o ruído e a utilização dos equipamentos representam riscos potenciais para os colaboradores. Algumas atividades desenvolvidas nas empresas do Grupo envolvem risco de acidentes e doenças Ciente dessa situação, o Grupo através do SESMT desenvolve diversas iniciativas voltadas à melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho, com atenção especial às situações de risco. grupo orsa 47 112 128 2006 2007 investimento em segurança e medicina do trabalho em 2007 (R$ milhões) 5,61 Durante o ano, as empresas do Grupo registraram, ao todo, 299 acidentes envolvendo seus empregados. Esse índice representa uma redução de 3% nesse tipo de acidente. Quando analisados apenas os acidentes que levaram ao afastamento do empregado envolvido, a redução em relação a 2006 é de 12,5%. Com afastamento 5,4 As iniciativas relacionadas à segurança e medicina no trabalho de todas as empresas do Grupo demandaram, ao longo de 2007, o investimento de aproximadamente R$ 5,6 milhões. Sem afastamento 187 No último ano foram realizadas a Semana Interna de Prevenção de Acidentes – SIPAT, promovida pela CIPA em conjunto com a área de Segurança e Saúde Ocupacional; o Programa de Prevenção de Acidentes do Trabalho; o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional; o Programa de Conservação Auditiva; e o Programa de Prevenção Respiratória. acidentes de trabalho – empregados (consolidado orsa) 180 As iniciativas também visam educar, treinar, aconselhar e controlar riscos relacionados a doenças graves entre os profissionais do Grupo. 2006 2007 Do total de acidentes ocorridos em 2007 envolvendo empregados e terceiros, seis foram considerados graves: três ocorridos nas operações da Orsa Florestal no processo de serraria; um na Orsa Celulose, Papel e Embalagens nos serviços de jardinagem; e dois na Jari Celulose nas áreas florestais. 48 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Em todos os casos, foram realizados treinamentos e sensibilização sobre práticas de segurança e, quando indicadas, adequações nos procedimentos e nos dispositivos de segurança, bem como em equipamentos. Desenvolvimento e Treinamento O Grupo Orsa desenvolve diversos programas voltados ao treinamento e desenvolvimento de seus colaboradores. A partir de 2007, as atividades planejadas e programadas, desenvolvidas com o objetivo de aprimorar a capacidade e a habilidade do empregado no desempenho de suas funções, são consideradas Treinamento; e os cursos que visam desenvolver ou fortalecer competências ampliando a possibilidade de atuação do empregado são categorizados como Programas de Desenvolvimento. Treinamento e desenvolvimento em 2007 Programas de TreinamentoProgramas de Desenvolvimento Total deTotal deValor totalTotal deTotal deValor total Unidades participantes horas investido (R$) participantes horas investido (R$) Orsa Florestal 1.060 1.402 1.184,00 78 500 10.000,00 OCPE 17.156 93.008 221.283,00 108 1.500 60.000,00 Jari Celulose 2.229 16.459 94.444,00 56 900 30.000,00 Marquesa 1.681 7.189 0,00 25 400 20.000,00 TOTAL 22.126 118.058 316.911,00 267 3.300 120.000,00 As iniciativas relacionadas à segurança e à medicina do trabalho das empresas do Grupo Orsa demandaram o investimento de R$ 5,6 milhões em 2007 grupo orsa 49 As empresas realizaram vários programas de treinamento e desenvolvimento de acordo com as demandas de seu negócio Em 2007 o Grupo Orsa investiu R$ 316.911,00 em treinamento e R$ 120.000,00 em desenvolvimento, proporcionando um total de 118.058 horas de treinamento e 3.300 horas de desenvolvimento para seus colaboradores. As empresas do Grupo realizaram, ao longo do ano, diferentes programas de treinamento e desenvolvimento, de acordo com as características de seus negócios e outras demandas específicas. Veja alguns exemplos: Programas de TreinamentoProcedimentos de trabalho em cada postoProgramas de Desenvolvimento Orsa Florestal • Integração de novos empregados • Mapeamento de Competências dos gestores • Procedimentos de trabalho em cada posto • Feedback • Uso de EPIs – Equipamentos de • Curso de capacitação técnica em manutenção Proteção Individual mecânica industrial • Relato de Incidente • Pesquisa de clima • Segurança do Trabalho em Altura OCPE • Green Program e GMP • Mapeamento de Competências dos gestores • Contratação de serviços e gerenciamento • Feedback de contratos • Relações Trabalhistas • Combate a incêndio • Curso de Especialização em Celulose e Papel • Integração in loco • Curso de Especialização em Papelão Ondulado • Six Sigma Black Belt • Pesquisa de Clima • Programação CLP Siemens 07 • Fixação de Faca no cilindro da DRO/Tecasa e laudo de lâmina de vinco • Apontamento de Refugo de Tubetes/Barricas • Treinamento Especifico para Não- Conformidade – Cliente Flextronicas • Treinamento em Operação – Embaladora de Caixas • Reciclagem de Auditores Internos da ISO 9001 e da ISO 14001 Jari Celulose • Curso de auditor FSC • Mapeamento de Competências • Componentes hidráulicos • Feedback • Circuitos hidráulicos específicos • Curso de Capacitação Técnica em Manutenção da planta de celulose Mecânica Industrial • Integração de segurança • Pesquisa de Clima • Trabalho correto • Relações Trabalhistas Marquesa • NR 12 – Manejo com motosserras • Mapeamento de Competências • Área de preservação permanente • Relações Trabalhistas • Integração de segurança • Feedback • Procedimentos operacionais de • Pesquisa de Clima colheita e transporte florestal 50 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Entre os destaques dos cursos de desenvolvimento estão os cursos de Especialização em Celulose e Papel e Papelão Ondulado, desenvolvidos pela Orsa Celulose, Papel e Embalagens, e de Capacitação Técnica em Manutenção Mecânica Industrial, realizado pela Jari Celulose. A Especialização em Celulose e Papel, realizada na unidade de Nova Campina da Orsa Celulose, Papel e Embalagens, teve duração de um ano e meio, totalizando 1.200 horas de aula. Esse curso envolve todo o processo industrial, desde a semente de pinus até o papel pronto nas bobinas. A Especialização em Papelão Ondulado teve a mesma duração e carga horária e foi realizado nas unidades de Suzano e Paulínia da Orsa Celulose, Papel e Embalagens. O curso envolve também todo o processo de elaboração do produto, desde a entrada da matéria-prima até a entrega ao cliente. O programa inclui ainda capacitação em interpretação de desenho técnico, tintas e aditivos, flexografia, manutenção, logística, custos, fabricação de chapas e segurança do trabalho. Como já acontece na unidade de Suzano, os funcionários de Paulínia começaram, em 2007, a usufruir dos benefícios, uma iniciativa da Orsa que visa capacitar o pessoal em várias áreas. Nas duas unidades, são os próprios funcionários que ministram aulas a seus colegas, ensinando desde matérias básicas, como matemática e português, até especificações técnicas e processos operacionais das fábricas. Em Paulínia, as aulas hoje estão mais voltadas para os processos de produção de embalagens. O mesmo sistema de cursos e treinamentos deve ser implantado na fábrica do Vale do Jari ainda em 2008. A Capacitação Técnica em Manutenção Mecânica Industrial é um curso com duração de 1.660 horas, direcionado ao aprimoramento técnico de quem já trabalha nas operações da Jari Celulose e da Orsa Florestal. Parte das vagas é destinada a pessoas da comunidade que tenham interesse nessa especialidade. grupo orsa 51 Esse programa de desenvolvimento de lideranças é uma forma de preparar o Grupo para contar com líderes mais conscientes e capacitados, ampliando as suas condições de competição no mercado, atraindo e retendo bons profissionais. Apesar de o Grupo não realizar treinamentos específicos relativos a direitos humanos, esse tema é abordado em diferentes momentos nos programas implementados. Para o Grupo Orsa, o respeito aos Direitos Humanos é essencial no desenvolvimento de suas atividades e representa a base para a construção de relações com os diferentes públicos com os quais se relaciona. Periodicamente são realizadas palestras, que têm como objetivo sensibilizar e informar os gestores a respeito de temas como discriminação e assédio. A empresa ainda não tem um canal formalmente implementado para registro de denúncias sobre casos relativos ao desvio de conduta. No ano de 2007, o Grupo iniciou ainda o Programa de Desenvolvimento de Lideranças, que contempla o Assessment e o Plano de Sucessão. O Assessment vem ganhando a atenção de um grande número de empresas. Seu papel é fazer um levantamento das demandas e competências envolvidas em cada umas das funções desempenhadas na empresa. Em 2007, 200 profissionais do Grupo passaram pelo programa. Os gestores avaliados receberam feedback de suas chefias, que também foram treinadas no programa, e seguirão um plano de desenvolvimento individual. 52 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 O treinamento das equipes de segurança patrimonial de todas as unidades do grupo inclui aspectos relativos a Direitos Humanos. As equipes contratadas têm sua atuação autorizada pelo Departamento de Polícia Federal, conforme Alvará no 2.467 (DOU de 21/01/08, Seção 1, pág. 23). Por determinação legal, todos os funcionários recebem treinamento por ocasião do Curso de Formação de Vigilantes. Além disso, são realizados a cada dois anos programas que visam manter os empregados em contato com os aprendizados decorrentes do curso de formação, chamados “cursos de reciclagem”. Os treinamentos são ministrados por empresas especializadas e credenciadas pela Polícia Federal. O número total de seguranças treinados é de 64 pessoas – 100% do quadro de pessoal. A empresa também investe na capacitação e no desenvolvimento de jovens por meio do Programa Jovem Aprendiz, em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Os jovens têm aulas teóricas e práticas que visam a ampliação das oportunidades no mercado de trabalho. Pesquisa de Clima Em 2007, o Grupo Orsa realizou uma pesquisa com 42% dos funcionários a fim de identificar suas opiniões a respeito dos fatores que afetam o clima e as relações de trabalho. O sorteio, a tabulação e a análise dos resultados foram efetuados por uma consultoria, que atua há 20 anos no mercado com estudos desse tipo. Na pesquisa, foram levantados dados sobre 11 áreas: comunicação, desenvolvimento profissional, liderança, mudanças, objetivos, responsabilidade social, trabalho em equipe, relacionamento, sistema de recompensa, qualidade de vida no trabalho e vínculo. Por meio dessa ferramenta, o Grupo pôde identificar os pontos positivos, como o vínculo com a empresa, e os pontos frágeis, que precisam ser trabalhados. O segundo passo, a ser tomado em 2008, é analisar o material com os gestores a fim de elaborar um plano de ação para cada equipe, visando sempre melhorar o resultado da pesquisa, que será reaplicada depois de dois anos. Clientes e Consumidores A manutenção de uma relação próxima e transparente com seus clientes é um aspecto que recebe atenção constante do Grupo Orsa. Todas as empresas do Grupo mantêm canais permanentes para recebimento de sugestões e reclamações de clientes e consumidores. São canais específicos divulgados aos clientes e dirigidos às áreas comerciais de cada uma das empresas, por meio de endereços de e-mail, telefones ou diretamente na internet. A satisfação dos clientes é avaliada periodicamente por todas as empresas seguindo estratégias próprias, de acordo com as especificidades do negócio que desenvolvem. As pesquisas e as visitas realizadas aos clientes são as principais referências utilizadas nessas avaliações. Em alguns casos, outros dados são agregados à análise, como o tempo de relacionamento, a assiduidade do contato e a evolução das vendas para cada um dos clientes. O contato e a interação com os clientes na rotina das operações, durante visitas comerciais ou técnicas, complementam essa estratégia e integram o esforço por um relacionamento cada vez mais próximo com esse público. O diálogo com clientes tem se fortalecido ainda por meio da participação conjunta em eventos promovidos tanto pela empresa como por outros órgãos do setor. Esses encontros possibilitam grupo orsa 53 54 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 reclamações recebidas na empresa Orsa Florestal Jari Celulose 3 Em 2007, as empresas do Grupo trabalharam com uma base de 1.325 clientes. Nesse período, a Orsa Floresta e Jari Celulose registraram 23 reclamações de clientes, sendo todas prontamente solucionadas. A avaliação realizada na Orsa Celulose, Papel e Embalagens, por meio de Apesar de não ser regulamentada por um órgão externo, a rotulagem dos produtos é normatizada por procedimentos da própria Organização. A preocupação do Grupo está em atender às demandas de rotulagem colocadas por seus clientes ou decorrentes das exigências dos processos de certificação. 3 Esse relacionamento com os clientes tem trazido resultados relevantes para o Grupo, por meio de projetos que geram diferentes benefícios às empresas envolvidas, ampliando ainda a sua possibilidade de contribuição com o desenvolvimento, das comunidades que vivem no entorno das áreas de operação da empresa. Exemplo desses projetos, decorrentes também da interação com os clientes, são a certificação da floresta e de toda a cadeia de custódia segundo os princípios do FSC e a revisão da especificação de alguns produtos realizada pela Jari Celulose. Os produtos comercializados não sofreram nenhum tipo de restrição ou questionamento, seja por órgãos fiscalizadores ou por outras organizações da sociedade. 20 As informações advindas do contato com os clientes são avaliadas seguindo uma rotina definida na estrutura de funcionamento de cada empresa. Elas são, em geral, analisadas inicialmente pela área comercial ou de marketing, que, se necessário, solicita o envolvimento de outros departamentos da empresa. As avaliações desdobram-se, então, em ações imediatas ou planos estratégicos. 15 a atuação conjunta das empresas trazendo resultados relevantes para ambos os negócios. um processo de pesquisa de satisfação indicou médias gerais de 8,9 e 9 em uma escala de 0 a 10, respectivamente, para o primeiro e segundo semestre de 2007. No mesmo período, nenhuma reclamação ou processo contra a empresa foi aberto em órgãos de defesa do consumidor ou na Justiça. 2006 2007 Os rótulos dos produtos da Orsa Celulose, Papel e Embalagens contêm informações referentes à preservação da qualidade, como estocagem, empilhamento máximo, umidade, o turno em que foi produzido e, no caso dos produtos florestais certificados, o selo para rastreamento ao longo do processo produtivo. Fornecedores A influência que uma organização pode exercer sobre uma economia local vai além dos benefícios gerados diretamente por meio da criação de empregos e pagamentos de salários. O apoio ao desenvolvimento de diferentes empreendimentos na comunidade, potencializando o fluxo de recursos na economia local, pode influenciar de forma significativa o desenvolvimento dessas regiões. O engajamento de parceiros e fornecedores locais em sua cadeia produtiva é uma prática observada pelas empresas do Grupo Orsa, apesar de não existirem políticas específicas que tratem do tema. A Orsa Celulose, Papel e Embalagens, por exemplo, vem desenvolvendo, em parceria com a prefeitura municipal e a Cooperativa de Reciclagem de Paulínia, um programa de reciclagem com fornecedores locais. No ano de 2007, foram coletados aproximadamente 700 mil quilos entre papelão, plástico, vidro e metal. Todo o dinheiro arrecadado com esse programa é revertido para a comunidade local, sendo 50% investido nas escolas e 50% destinados à Cooperativa. Para o Grupo, o respeito aos Direitos Humanos é uma questão fundamental na construção e manutenção de relações com seus fornecedores. Em virtude do cuidado que esse tema demanda, os contratos firmados com os pequenos fornecedores incluem cláusulas referentes a trabalho infantil e/ou escravo. No caso dos grandes fornecedores, estes possuem normatizações em suas políticas internas que dispensam as cláusulas contratuais específicas. grupo orsa 55 O Grupo Orsa reconhece que as questões relativas à conduta a frente dos negócios é um aspecto fundamental para a atuação das empresas. Sociedade e Comunidade Para o Grupo Orsa, a participação ativa da empresa no esforço de desenvolvimento da sociedade como um todo não pode ser encarada como um fator secundário ou paralelo em relação aos negócios. A idéia de que as empresas têm um papel fundamental na promoção de mudanças na sociedade permeia todas as decisões relacionadas às atividades do Grupo e orienta sua filosofia de atuação. Nesse sentido, empreende esforços que possibilitem uma gestão adequada dos riscos relacionados à atuação de seus colaboradores nas empresas do Grupo. Esses riscos envolvem aspectos como corrupção, prática de concorrência desleal e outros desvios de conduta altamente prejudiciais à reputação da empresa e, principalmente, ao processo de desenvolvimento da sociedade. Essa maneira de agir impulsiona o Grupo para a criação de modelos de negócios que considerem os diferentes aspectos de sustentabilidade relacionados às suas atividades, consolidando sua atuação como efetivo agente para construção de uma sociedade sustentável. E ser um agente de transformação exige atenção permanente a diferentes aspectos do trabalho das empresas. Apesar de não realizar formalmente uma avaliação de riscos em suas unidades de negócios, o Grupo atenta ao efetivo controle dos processos por meio de acompanhamento permanente realizado por seus gerentes, diretores e acionistas. Caso haja alguma suspeita, os responsáveis ou envolvidos são chamados a prestar esclarecimentos. Além disso, é padrão de conduta divulgado na empresa a não-aceitação de brindes de alto valor de qualquer um dos públicos de relacionamento. A participação na construção de um padrão sustentável de desenvolvimento exige, ao mesmo tempo, uma conduta ética, transparente e coerente e a disposição sincera de atuar em uma realidade naturalmente complexa, buscando criar situações inclusivas, nas quais os benefícios sociais possam ser usufruídos por todos. No último ano, não houve denúncias ou ações judiciais relacionadas à corrupção envolvendo a empresa ou algum de seus colaboradores. O Grupo não foi parte, também, de nenhuma ação judicial movida nos termos das leis nacionais ou internacionais relativas a práticas de concorrência desleal, truste ou monopólio. 56 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 A idéia de que as empresas têm um papel fundamental na promoção de mudanças na sociedade permeia todas as ações do Grupo O Grupo Orsa participa ativamente de diversas entidades envolvidas com a formulação ou a proposição de políticas públicas • Gife – Grupo Institutos e Fundações Empresariais • Fórum Paulista de Erradicação do Trabalho Infantil • Rede Social São Paulo • Parceria Ministério da Saúde/BNDES – método Mãe Canguru • OIT (Organização Internacional do Trabalho) – Programa Cata-Vento de Erradicação do Trabalho Infantil • UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) – apoio em campanhas internacionais • Frente Parlamentar de Apoio ao Empreendedorismo Social • FAS – Fórum Amazônia Sustentável • Movimento Nossa São Paulo A criação de oportunidades e estímulos ao desenvolvimento é outra importante frente de atuação da Organização. Trabalhando com diferentes parceiros, o Grupo Orsa tem desempenho relevante no que tange a influenciar a consolidação de novas realidades sociais, seja por meio do investimento social privado e pela atuação da Fundação Orsa, ou pela participação em diferentes grupos e instituições envolvidos com a elaboração de políticas públicas. Exemplos do envolvimento do Grupo na elaboração de políticas públicas foram a participação nos grupos de discussão e sensibilização para a aprovação no Congresso Nacional de um projeto de lei do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais de 58 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Educação), apresentado no Fórum da Amazônia Sustentável; e a atuação no desenvolvimento e na disseminação do Método Mãe Canguru como política pública federal pelo Ministério da Saúde. Relação com comunidades O Grupo Orsa vem realizando uma série de iniciativas que envolvem o relacionamento com as comunidades, tendo como base os estudos e as avaliações dos impactos gerados por suas operações. É mais um reflexo do empenho do Grupo em busca da construção de relações capazes de criar oportunidades relevantes de desenvolvimento dessas regiões. Algumas empresas do Grupo promovem iniciativas específicas para avaliação dos impactos gerados pelas operações nas comunidades do entorno. Na Orsa Florestal, é realizado o “Mapeamento do desenvolvimento da comunidade”, que tem como objetivo avaliar a geração e/ou aumento da renda, a melhoria da qualidade do meio ambiente, além das condições de saúde das pessoas que residem próximas à área de operação. A Jari Celulose também realiza avaliações com a comunidade do entorno que possibilitam o desenvolvimento de treinamentos específicos com base nos possíveis impactos identificados. Essas avaliações são elaboradas a partir das demandas de formadores de opiniões e lideranças da comunidade. Essas demandas são registradas, avaliadas, respondidas e consideradas em ações futuras da empresa. Além das iniciativas realizadas por essas empresas, a Fundação Orsa tem um papel importante na construção das relações do Grupo com as comunidades. Sua atuação se dá tanto nas comunidades próximas às unidades operacionais do Grupo quanto naquelas em que não há relacionamento com a atividade da empresa. Para realizar esses trabalhos, a Fundação faz um diagnóstico chamado de EVS (Estudo de Viabilidade Sócio Econômico Ambiental), que identifica as expectativas, as necessidades e os potenciais das comunidades, sempre de acordo com suas linhas de atuação. A partir daí, produz um planejamento de longo prazo envolvendo organizações sociais, empresas e os governos locais e estaduais e, se possível, influenciando políticas nacionais. Investimento Social Privado Os investimentos em ação social que são realizados pelas empresas do Grupo Orsa grupo orsa 59 ocorrem por meio da destinação de recursos à Fundação Orsa, além da aplicação direta em projetos próprios realizada nos programas de voluntariado corporativo promovidos nas unidades do Grupo. O valor destinado à Fundação Orsa é sempre 1% do faturamento bruto do Grupo, e para os investimentos diretos é utilizada a verba do SESI (Serviço Social da Indústria) destinada à manutenção dos projetos de voluntariado. No ano de 2007, a Fundação investiu um total de R$ 10.836.559,00 em programas e projetos, por meio das doações recebidas. Desse total, 88,64% provêm das empresas do grupo, 8,12%, de outros doadores e 3,24%, de subvenções da prefeitura. A subvenção é uma modalidade de transferência de recursos financeiros públicos para instituições privadas e públicas, de caráter assistencial e sem fins lucrativos, que desenvolvem projetos em parceira com órgãos governamentais. fundação orsa – Despesas 1% Impostos e taxas Fundação Orsa – Receita (R$) 2007 Setor Privado Orsa Celulose Papel e Embalagens S.A. 5.472.997 Jari Celulose S.A. 4.132.358 Demais colaboradores 880.371 10.485.726 Subvenções – Prefeitura Suzano – SP 217.600 Campinas – SP 120.785 Carapicuíba – SP 5.250 Itapeva – SP 6.333 Capão Bonito – SP 865 350.833 Total 10.836.559 Próprios 2006 6.204.025 4.270.118 1.098.614 11.572.757 245.390 70.632 9.000 325.022 11.897.779 A dotação orçamentária fixa garante a continuidade das políticas da Fundação, que concentra suas atenções no desenvolvimento de tecnologias sociais inovadoras nas áreas de educação, saúde, empregabilidade, empreendedorismo e promoção dos direitos humanos. 60 11% grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 88% Com projetos O valor total de despesas, R$ 10.193.115,00, não considera a isenção da cota patronal (R$ 1.053.441,00) Os investimentos em todos os projetos realizados pela Fundação Orsa são aprovados previamente, com base em orçamentos, pelo Conselho Curador, em reunião ordinária Os investimentos em todos os projetos realizados pela Fundação são aprovados previamente, com base em orçamentos, pelo Conselho Curador em reunião ordinária conforme determinação do Estatuto Social, e referem-se, basicamente, aos gastos com cooperação técnico-administrativa, patrocínio e apoio prestado a entidades sociais, projetos de assistência social próprios e doações para terceiros. Dentre os principais projetos realizados em conexão com o objetivo social da entidade, destacam-se as seguintes categorias: Fundação Orsa – Despesas com Projetos (R$) Convivência familiar e comunitária Enfrentamento da violência doméstica e sexual Erradicação do trabalho infantil Educação infantil Nutrição Humanização Saúde coletiva Educação social Desenvolvimento local Medidas socioeducativas Educação ambiental Apoio financeiro Administração da sede (alocação por rateio) Administração da Jari Total Entre as diversas iniciativas promovidas pela Fundação nas categorias listadas acima, encontram-se o Projeto Alô Vida (SP), pelo enfrentamento da violência doméstica e sexual; o Cata-Vento – OIT, pela erradicação do trabalho infantil; os Projetos Rurais (Jari), para o fortalecimento do desenvolvimento local; e os programas de Ecopedagogia, voltados à educação ambiental; além das mais de 70 iniciativas, programas e projetos sociais que vêm sendo realizados na busca da construção de uma sociedade mais sustentável. 2007 2007 Investimento Doação social 71.538 172.871 2.570 251.897 77.592 241.756 525.174 4.737 50.538 18.670 4.764.189 59.042 1.137.593 169.991 7.086 352.512 1.342.109 109.500 567.492 134.937 9.275.103 709.099 2006 2006 InvestimentoDoação social 216.651 310.108 697.573 33.781 214.939 4.594.700 908.814 23.012 194.258 3.290 1.780.055 963.546 10.018.319 4.050 425.055 429.105 grupo orsa 61 apêndices Este relatório marca o início dos esforços do Grupo para se adequar às diretrizes do GRI – Global Reporting Initiative 4 Sumário de conteúdo GRI Pág. NA Visão e Estratégia 1.1 Declaração do presidente 1.2 Declaração dos principais impactos, riscos e oportunidades 4 Perfil Organizacional Pág. NA 2.1 Nome da organização 10 2.2 Produtos e serviços, incluindo marcas 10-14 2.3 Estrutura operacional 10-14 2.4 Localização da sede da organização 68 2.5 Países e região onde a 10-14 organização atua 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 2.7 Mercados atendidos 2.8 Porte da organização 10-14 2.9 Mudanças durante o período coberto 16 pelo relatório 2.10 Prêmios recebidos no período 15-16 coberto pelo relatório Perfil do Relatório Pág. NA Escopo do Relatório Pág. NA 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 64 Período coberto pelo relatório Data do relatório anterior Ciclo de emissão dos relatórios Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório e seu conteúdo 7 68 Processo para definição do conteúdo Limites do relatório Eventuais limitações quanto ao escopo ou limite grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 7 7 7 Nível de aplicação (NA) Não informado Informado parcialmente Informado completamente 3.8 Base para consideração de joint ventures e subsidiárias 3.9 Técnicas de medição de dados 3.10 Reformulações de informações publicadas 3.11 Mudanças no escopo, limites ou método de medição 3.12 Sumário de conteúdo GRI 3.13 Verificação externa de dados 7 7 7 7 64-67 Governança, Compromissos Pág. NA e Engajamento 4.1 Estrutura de governança da organização 20-23 4.2 Presidência do grupo de governança 21 4.3 Porcentagem dos conselheiros que 20 são independentes, não-executivos 4.4 Mecanismos para acionistas fazerem 20 recomendações ao Conselho de Administração 4.5 Relação entre remuneração e o desempenho da organização 4.6 Processos para evitar conflitos de 20-23 interesse em vigor no mais alto órgão de governança 4.7 Qualificações dos membros do mais 21-22 alto órgão de governança 4.8 Declarações de missão e valores, códigos 16-17 de conduta e princípios internos 4.9 Responsabilidades pela implementação das 21 políticas econômicas, ambientais e sociais 4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho (econômico, ambiental e social) Compromissos com Iniciativas Externas Pág. NA 4.11 Explicação de se e como a organização 29 aplica o princípio da precaução 4.12 Princípios e/ou outras iniciativas 28-29 desenvolvidas externamente 4.13 Participação em associações Engajamento com Stakeholders Pág. NA 4.14 Relação dos grupos de stakeholders engajados pela organização 4.15 Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar 4.16 Abordagens para o engajamento dos stakeholders 4.17 Preocupações levantadas por meio do engajamento dos stakeholders Indicadores de Desempenho Desempenho Econômico EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 Pág. NA Valor econômico direto gerado 26 e distribuído Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades devido a mudanças climáticas Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício Ajuda financeira significativa recebida 27 do governo Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local EC6 EC7 EC8 EC9 Políticas, práticas e proporção de 55 gastos com fornecedores locais Contratação local Impacto de investimentos em 27 infra-estrutura oferecidos 60-61 para benefício público Descrição de impactos, econômicos indiretos significativos Desempenho Ambiental Pág. NA EN1 Materiais usados por peso ou volume 31 EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem EN3 Consumo de energia direta discriminado 32-33 por fonte de energia primária EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária EN5 Energia economizada devido a 31-33 melhorias em conservação e eficiência EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas EN8 Total de água retirada por fonte 31 EN9 Fontes hídricas significativamente 37 afetadas por retirada de água EN10Percentual e volume total de 31 água reciclada e reutilizada EN11 Localização e tamanho da área possuída 34-35 EN12Impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos, e serviços EN13Habitats protegidos ou restaurados 34-35 grupo orsa 65 EN14Estratégias para gestão de impactos 35-36 na biodiversidade EN15 Numero de espécies na Lista Vermelha da IUCN e outros listas de conservação EN16Total de emissões diretas e indiretas de gases do efeito estufa EN17Outras emissões indiretas relevantes de gases do efeito estufa EN18Iniciativas para reduzir as emissões 36 de gases do efeito estufa e as reduções obtidas EN19Emissões de substâncias destruidoras 36 da camada de ozônio EN20NOx, SOx, e outras emissões atmosféricas significativas EN21Descarte total de água, por qualidade e destinação EN22Peso total de resíduos, por tipo 38 e métodos de disposição EN23Número e volume total de 38-39 derramamentos significativos EN24Peso de resíduos transportados, 38 considerados perigosos EN25Descrição de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats EN26Iniciativas para mitigar os 27-41 impactos ambientais EN27Percentual de produtos e embalagens recuperados, por categoria de produto EN28Valor das multas e numero total 38-39 de sanções resultantes da não- conformidade com leis EN29Impactos ambientais referentes 39-40 a transporte de produtos e de trabalhadores EN30Total de investimentos e gastos 40-41 em proteção ambiental 66 grupo orsa relatório de sustentabilidade 2007 Desempenho Social Práticas Trabalhistas Pág. NA LA1 Total de trabalhadores, por tipo de 42-43 emprego, contrato de trabalho e região LA2 Numero total e taxa de rotatividade de empregos, por faixa etária, gênero e região LA3 Comparação entre benefícios a 45 empregados de tempo integral e temporários LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordo de negociação coletiva LA5 Descrição de notificações (prazos 45 e procedimentos) LA6 Percentual dos empregados 47 representados em comitês formais de segurança e saúde LA7 Taxa de lesões, doenças ocupacionais, 47-48 dias perdidos LA8 Programas de educação, prevenção e 47-48 controle de risco LA9 Temas relativos a segurança e 47 saúde cobertos por acordos formais com sindicatos LA10Média de horas por treinamento 49-50 por ano LA11 Programas para gestão de 49-53 competências e aprendizagem contínua LA12Percentual de empregados que 52 recebem análises de desempenho LA13Composição da alta direção e dos conselhos, e proporção por grupos e gêneros LA14Proporção de salário-base entre homens e mulheres, por categoria funcional Direitos Humanos Pág. NA HR1 Descrição de políticas, diretrizes 52-55 para manejar todos os aspectos de direitos humanos HR2 Empresas contratadas submetidas 55 a avaliações referentes a direitos humanos HR3 Políticas para a avaliação e o tratamento do desempenho nos direitos humanos HR4 Numero total de casos de discriminação e as medidas tomadas HR5 Política de liberdade de associação 45 e o grau da sua aplicação HR6 Medidas tomadas para contribuir 55 para a abolição do trabalho infantil HR7 Medidas tomadas para contribuir para 55 a erradicação do trabalho forçado HR8 Políticas de treinamentos relativos 52 a aspectos de direitos humanos para seguranças HR9 Numero total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas Sociedade SO1 SO2 SO3 SO4 SO5 SO6 Pág. NA Programas e práticas para avaliar e 59 gerir os impactos das operações nas comunidades Unidades submetidas a avaliações de 56 riscos relacionados à corrupção Percentual de empregados treinados 56 nas políticas e procedimentos anticorrupção Medidas tomadas em resposta 56 a casos de corrupção Posições quanto a políticas públicas 56-58 Políticas de contribuições financeiras para partidos políticos, políticos ou instituições SO7 SO8 Numero de ações judiciais por 56 concorrência desleal Descrição de multas significativas e número total de sanções não monetárias Responsabilidade sobre o produto Pág. NA PR1 Política para preservar a saúde e segurança do consumidor durante o uso do produto PR2 Não-conformidades relacionadas aos impactos causados por produtos e serviços PR3 Tipo de informação sobre produtos 54-55 e serviços exigida por procedimentos de rotulagem PR4 Não-conformidades relacionadas 54-55 à rotulagem de produtos e serviços PR5 Práticas relacionadas à satisfação 53-54 do cliente, incluindo resultados de pesquisas PR6 Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários PR7 Casos de não-conformidade relacionados à comunicação de produtos e serviços PR8 Reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade de clientes PR9 Multas por não-conformidade relacionadas ao fornecimento e uso de produtos e serviço grupo orsa 67 INFORMAções corporativas Grupo Orsa – Escritório Corporativo Alameda Mamoré, 989 | 25o andar | Alphaville Barueri, SP – CEP 06454-040 Telefone: (11) 4689-8700 créditos Coordenação Tradução Arabera Traduções Projeto gráfico e produção gráfica Fotos Luiz Prado – Agência Luz