Tese de Mestrado - Marcos Teixeira
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Tese de Mestrado - Marcos Teixeira
Marcos André Machado Lima Teixeira Lançamento de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários de Portugal e do mar profundo da Peninsula Ibérica Tese de Mestrado Mestrado em Ecologia Trabalho realizado sob a supervisão do Professor Doutor Filipe Costa Trabalho realizado sob a orientação da Doutora Ascensão Ravara Outubro de 2013 DECLARAÇÃO Nome: Marcos André Machado Lima Teixeira Endereço eléctrónico: [email protected] Telefone: 917974620 Número do Bilhete de Identidade: 13243951 Título da Tese: Lançamento de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários de Portugal e do mar profundo da Peninsula Ibérica Orientador(es): Doutor Filipe Costa e Doutora Ascensão Ravara Ano de Conclusão: 2013 Designação do Mestrado: Mestrado em Ecologia De acordo com a legislação em vigor, não é permitida a reprodução de qualquer parte desta tese Universidade do Minho, ___/___/______ Assinatura: ________________________________________________ Agradecimentos Um agradecimento especial ao meu orientador, Doutor Filipe Oliveira Costa, não só pela oportunidade de realização de uma tese de mestrado dentro da temática do DNA barcoding, uma área que desde que me foi apresentada me despertou um enorme interesse, entusiasmo e motivação para aplicar todo o meu poder de trabalho, mas também pela paciência, companheirismo, disponibilização, apoio e conhecimento transmitidos ultimando na realização desta tese. Aos meus co-orientadores Sara Ferreira e Jorge Lobo por me ensinarem como trabalhar corretamente num laboratório, pela amizade e apoio demonstrado. Nunca esquecerei a ajuda prestada no meu primeiro passo para a vida profissional e espero que no futuro, possamos voltar a trabalhar juntos. À Doutora Ascensão Ravara por toda a disponibilidade e dedicação na passagem de conhecimento sobre a taxonomia de poliquetas. Gostava também de agradecer, aos meus pais e irmã por fazerem de mim o que sou hoje, que com muito sacrifício, foi possivel oferecerem-me a oportunidade de me licenciar e de obter o grau de mestre em Ecologia, possibilitando toda esta minha aventura que foi a vida académica na Universidade do Minho. A todos os meus colegas de laboratório (Mónica, Artur, Adriana, Soraia, Hugo, Nuno, Ana Sofia e Rita) por todos os momentos de sal e risada, apoio incansável, conselhos e discussões de trabalho, aumentando exponencialmente o meu rendimento, realçando a importância da convivência e do trabalho de grupo nos objectivos a atingir. Um forte e sincero agradecimento à minha turma de mestrado, por partilharem comigo esta viagem curta mas cheia de sucessos e de bons momentos para mais tarde recordar. Este trabalho foi financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional de Factores de Competitividade - COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT "Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)” no âmbito dos projetos FCOMP-01-0124-FEDER-015429 e PEstC/BIA/UI4050/2011. A sequenciação no BIO (Biodiversity Institute of Ontario) foi financiado pelo iBOL (International Barcode of Life Project) através do Canadian Centre for DNA Barcoding, a partir do Ontario Genomics Institute (2008-OGI-ICI-03), Genome Canada, Ontario Ministry of Research and Innovation e pelo Natural Sciences and Engineering Research Council of Canada. iii Lançamento de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários de Portugal e do mar profundo da Peninsula Ibérica Resumo Os invertebrados bentónicos, como os poliquetas, são importantes indicadores de qualidade ambiental sendo também um elo relevante nas cadeias tróficas. A taxonomia, com base nos caracteres morfológicos desta classe é difícil, demorada, e muitas vezes requer um conhecimento especializado que nem sempre está disponível. Este trabalho pretende contribuir para a implementação de uma biblioteca de referência de DNA barcodes (citocromo oxidase I (COI)) de poliquetas de modo a melhorar e facilitar futuras identificações taxonómicas, podendo mais tarde, em conjunto com bibliotecas de outros organismos bentónicos, ser usada em estudos de monitorização, utilizando a sequenciação de segunda geração. Com recurso a DNA barcodes não publicados e gerados por equipas de projectos de investigação LusoMarBoL e BestBarcode, foram compiladas bibliotecas de poliquetas de duas comunidades distintas, nomeadamente de estuários e zonas costeiras de Portugal e do mar profundo da Península Ibérica. Em conjunto com os 26 DNA barcodes de poliquetas de estuários obtidos no âmbito deste estudo, a primeira biblioteca totalizou 31 espécies e 71 sequências, enquanto a segunda englobou 37 espécies e 66 DNA barcodes. Aos alinhamentos das sequências destas duas bibliotecas foram adicionadas sequências homólogas da mesma família ou género disponíveis em bases de dados públicas, por forma a permitir a sua análise conjunta. Os valores médios das divergências intra-específicas e congenéricas do conjunto dos DNA barcodes dos poliquetas de estuários foi de 0,52% (0 a 2,82%) e 20,53% (12,03 a 27,58%) respetivamente, enquanto para os poliquetas do mar profundo foram de 0,61% (0 a 2,63%) e 20,10% (7,36 a 31,77%) respetivamente. Estes valores estão dentro da gama de variação reportada em outros estudos de DNA barcodes de poliquetas. Nas árvores construídas pelo método Neighbour-joining, 79% e 73% das espécies agruparam-se em clados monofiléticos de baixa divergência, no caso dos poliquetas de estuário e do mar profundo, respetivamente. Paralelamente foram detetadas várias incongruências taxonómicas relevantes, bem como divergências intra-específicas relativamente elevadas, evidenciando a necessidade de uma revisão taxonómica em vários taxa. Palavras-chave: DNA barcodes, Poliquetas, COI-5P, Portugal, estuário, mar profundo, Península Ibérica v Launching a DNA barcodes reference library for estuarine polychaetes in Portugal and deep sea polychaetes in the Iberian Peninsula Abstract Marine benthic invertebrates, such as the polychaetes, are important environmental indicators and an important link in the marine trophic chains. The taxonomy based on morphological characteristics for this class is difficult, time consuming and often requires specialized knowledge that is not always available. This work aims to contribute to the implementation of a reference library of DNA barcodes (cytochrome c oxidase (COI)) of polychaetes in order to improve and facilitate future taxonomic identifications, and latter to be used in monitoring studies using the next generation sequencing., together with other benthic organisms libraries. Using the unpublished DNA barcodes, generated by the research teams from the projects LusoMarBoL and BestBarcode, libraries for two distinct polychaete communities were compiled, including estuaries and coastal areas of Portugal and the deep sea of the Iberian Peninsula. Together with the 26 DNA barcodes from estuarine polychaetes obtained in this study, the first library had 31 species and 71 sequences, while the second comprised 37 species and 66 DNA barcodes. Homologous sequences of the same family or genus searched in public databases were added to the sequence alignments of these two libraries, in order to enable their joint analysis. The average values of intraspecific and congeneric divergences for the estuarine polychaetes were 0,52% (0 to 2,82%) and 20,53% (12,03 to 27,58%) respectively, whereas for deep sea polychaetes were 0,61% (0 to 2,63%) and 20,10% (7,36 to 31,77%) respectively. These values are within the range of variation reported in other studies examining DNA barcodes of polychaetes. In the Neighbor-joining trees, 79% and 73% of the species grouped in monophyletic taxonomic congruent clades with low divergence, in the case of estuarine and deep sea polychaetes respectively. Concurrently, were also detected several relevant taxonomic ambiguities, as well as considerable genetic divergence, indicating the need for a taxonomic revision in several of the studied taxa. Keywords: DNA barcodes, polychaetes, COI-5P, Portugal, estuary, Iberian Peninsula, deep sea vii Índice Geral Agradecimentos .............................................................................................................................. iii Resumo ........................................................................................................................................... v Abstract ..........................................................................................................................................vii Índice de figuras ...............................................................................................................................xi Índice de tabelas ............................................................................................................................. xii Capítulo 1 Introdução geral 1.1. Motivação para novas abordagens na identificação de espécies ................................................. 3 1.2. DNA barcoding ...................................................................................................................... 7 1.3. Iniciativa Barcode of Life (BOLI) ............................................................................................ 12 1.4. Classe Polychaeta................................................................................................................ 15 1.5. Objectivos gerais e estrutura da tese ..................................................................................... 19 Referências ................................................................................................................................ 21 Capítulo 2 Contribuição para a construção de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas estuarinas portuguesas 2.1. Introdução .......................................................................................................................... 33 2.2. Metodologia ........................................................................................................................ 35 2.2.1. Procedimento geral ....................................................................................................... 35 2.2.2. Recolha e processamento das amostras ......................................................................... 37 2.2.3. Identificação taxonómica ............................................................................................... 38 2.2.4. Extração de DNA, amplificação e sequenciação ............................................................... 39 2.2.4.1. Protocolo CBMA/IMAR ........................................................................................... 39 - Amostragem de tecido: ...................................................................................................... 39 - Extração de DNA: .............................................................................................................. 39 - Amplificação dos DNA barcodes por meio de PCR: ............................................................... 40 - Purificação dos produtos de PCR e sequenciação................................................................. 41 2.2.4.2. Protocolo BIO......................................................................................................... 41 2.2.5. Análise dos dados ........................................................................................................ 42 2.2.5.1. Edição e alinhamento de sequências ....................................................................... 42 2.2.5.2. Distâncias genéticas e construção de árvores filogenéticas ........................................ 42 2.2.5.3. Comparação das identificações originais com a alocação das espécies através do sistema BIN (Barcode Index Number) .................................................................................... 44 2.2.5.4. Sistema de classificação dos DNA barcodes das bibliotecas de referência .................. 44 2.3. Resultados .......................................................................................................................... 46 2.3.1. Biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas de estuário ................................. 46 2.3.2. Divergências nucleotídicas intra e interespecíficas congenéricas ....................................... 49 ix 2.3.3. Árvore filogenética nucleotídica de DNA barcodes ............................................................ 52 2.3.4. Árvore filogenética aminoacídica de DNA barcodes .......................................................... 58 2.3.5. Sistema BIN (Barcode Index Number) ............................................................................ 59 2.3.6. Sistema de classificação................................................................................................ 64 2.4. Discussão ........................................................................................................................... 66 2.4.1. Amplificação e sequenciação do marcador molecular COI-5P ........................................... 66 2.4.2. Performance dos DNA barcodes na diferenciação de espécies de poliquetas ..................... 67 2.4.3. Evidência de unidades taxonómicas ocultas e espécies putativas ...................................... 72 2.4.4. Classificação das sequências COI .................................................................................. 74 Referências ................................................................................................................................ 76 Capítulo 3 Análise de sequências COI para construção de uma biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 3.1. Introdução .......................................................................................................................... 87 3.2. Metodologia ......................................................................................................................... 90 3.2.1. Extração de DNA, amplificação e sequenciação ............................................................... 91 3.2.2. Análise dos dados ......................................................................................................... 91 3.3. Resultados .......................................................................................................................... 92 3.3.1. Biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas do mar profundo ......................... 92 3.3.2. Divergências nucleotídicas intra e interespecíficas ........................................................... 92 3.3.3. Árvore filogenética nucleotídica de DNA barcodes ............................................................ 96 3.3.4. Árvore filogenética aminoacídica de DNA Barcodes ........................................................ 101 3.3.5. Sistema BIN (Barcode Index Number)........................................................................... 102 3.3.6. Sistema de classificação .............................................................................................. 107 3.4. Discussão .......................................................................................................................... 109 3.4.1. Performance dos DNA barcodes na diferenciação de espécies de poliquetas ................... 109 3.4.2.Classificação das sequências COI ................................................................................. 112 Referências .............................................................................................................................. 114 Capítulo 4 Conclusão geral .................................................................................................................................................. 121 Anexos ...................................................................................................................................................125 Índice de figuras Figura 1.1 - Esquematização do DNA mitocondrial com referência ao COI.............................................8 Figura 1.2 - Estruturas morfológicas básicas dos poliquetas................................................................16 Figura 1.3 - Partes anteriores (cabeça) dos poliquetas, com foco nos orgãos nucais............................17 Figura 2.1 - Metodologia geral utilizada para a prática do DNA barcoding............................................37 Figura 2.2 - Locais de amostragem de espécimes de poliquetas de estuário........................................38 Figura 2.3 - Ciclo de PCR correspondentes aos primers COI-2.............................................................41 Figura 2.4 - Metodologia usada para obtenção dos resultados desta tese............................................43 Figura 2.5 - Número de sequências COI (BOLD + GenBank) usadas para construção de árvores NJ e respetivo cálculo das distâncias nucleótidicas........................................................47-48 Figura 2.6 - Histograma com o “barcoding gap” no género Nepthys....................................................51 Figura 2.7 - Histograma com o “barcoding gap” no género Hediste.....................................................51 Figura 2.8 - Árvore NJ de nucleótidos.............................................................................................53-54 Figura 2.9 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando a família Maldanidae.............................................56 Figura 2.10 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando a espécie Hediste diversicolor..............................57 Figura 2.11 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando as espécies Perinereis cultrifera e Nereis zonata.....................................................................................................................................57 Figura 2.12 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando a família Glyceridae.............................................58 Figura 2.13 - Árvore NJ de aminoácidos.............................................................................................59 Figura 2.14 - Gráfico com as classificações de fiabilidade taxonómica.................................................64 Figura 2.15 - Gráfico com sequências similares de Hediste diversicolor usando a ferramenta do BOLD-IDS.......................................................................................................................74 Figura 3.1 - Locais de amostragem de espécimes de poliquetas do mar profundo (Norte da Peninsula Ibérica)..................................................................................................................90 Figura 3.2 - Locais de amostragem de espécimes de poliquetas do mar profundo (Sul da Peninsula Ibérica)......................................................................................................................90 Figura 3.3 - Histograma com o “barcoding gap” das distâncias intra e interespecíficas globais............95 Figura 3.4 - Histograma com o “barcoding gap” das distâncias intra e interespecíficas globais sem as ambiguidades taxonómicas.......................................................................................................95 Figura 3.5 - Árvore NJ de nucleótidos.............................................................................................97-98 Figura 3.6 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando a família Phyllodocidae........................................100 Figura 3.7 - Sub-árvore NJ de nucleótidos focando as famílias Spionidae e Poecilochetidae...................................................................................................................................101 Figura 3.8 - Árvore NJ de aminoácidos.............................................................................................102 Figura 3.9 - Gráfico com as classificações de fiabilidade taxonómica.................................................107 xi Índice de tabelas Tabela 2.1 - Primers usados para amplificação dos segmentos de COI-5P..........................................40 Tabela 2.2 - Número de DNA barcodes analisados, distribuídos pelos projectos na BOLD....................46 Tabela 2.3 - Divergências médias, mínimas e máximas globais dos géneros de poliquetas abordados........................................................................................................................................... 49 Tabela 2.4 - Divergências médias, mínimas e máximas intra e interespecíficas dos géneros mais representativos da biblioteca COI em estudo.................................................................................50 Tabela 2.5 - Lista de espécies e respetivos espécimes e que a) agruparam em clados monofiléticos com menos de 3% de divergência nucleótidica, b) que evidenciaram incongruências taxonómicas ou c) representadas apenas por uma sequência..................................55-56 Tabela 2.6 - Resumo do número de registos e de BINs totais..............................................................60 Tabela 2.7 - BINs taxonomicamente concordantes.........................................................................60-62 Tabela 2.8 - BINs Singletons..........................................................................................................62-63 Tabela 2.9 - BINs taxonomicamente discordantes...............................................................................63 Tabela 2.10 - Lista de espécies com as classificações de fiabilidade taxonómica.................................65 Tabela 3.1 - Primers usados para amplificação dos produtos de PCR.................................................91 Tabela 3.2 - Divergências médias, mínimas e máximas globais dos géneros de poliquetas presentes apenas no projecto BOLD analisado......................................................................................93 Tabela 3.3 - Divergências médias, minimas e máximas globais dos géneros totais de poliquetas abordados............................................................................................................................94 Tabela 3.4 - Lista de espécies e respetivos espécimes e que a) agruparam em clados monofiléticos com menos de 3% de divergência nucleótidica, b) que evidenciaram incongruências taxonómicas ou c) representadas apenas por uma sequência).....................................................................................................................................99-100 Tabela 3.5 - Resumo do número de registos e de BINs totais............................................................103 Tabela 3.6 - BINs taxonomicamente concordantes.....................................................................103-105 Tabela 3.6 - BINs taxonomicamente discordantes.............................................................................105 Tabela 3.7 - BINs Singletons......................................................................................................106-107 Tabela 3.9 - Lista de espécies com as classificações de fiabilidade taxonómica.................................108 Capítulo 1 Introdução geral Capítulo 1 Os efeitos da maioria dos stressores antropogénicos nos ecossistemas globais, incluindo o elevado aumento da concentração de CO2, poluição, perda de habitat e fragmentação levam a que hajam sérias preocupações sobre o nosso meio ambiente. No entanto, o papel da biodiversidade em manter a função, resiliência e recuperação dos ecossistemas só pode ser abordada se a mesma biodiversidade for primeiramente identificada (Sutherland et al., 2006). Os estudos ecológicos fornecem informações de base para muitas outras disciplinas biológicas, desempenhando um papel fundamental na divulgação da abundância de uma série de erros conceituais e metodológicos. Embora negligenciado e subestimado, este processo em cascata, origina problemas taxonómicos triviais que afetam hipóteses e ideias, mas logo muda para um problema mais prático afetando o nosso conhecimento sobre a natureza, bem como a estrutura e funcionamento dos ecossistemas e da eficiência de programas de saúde humana (Bortolus, 2008). No final do século XX, tornou-se evidente que a biodiversidade existente era muito maior do que a infraestrutura operacional e recursos humanos disponíveis para o seu estudo (Costa & Antunes, 2012), havendo portanto, uma necessidade crítica de se delinear as espécies mas, mais importante, porque a maioria das questões da Biologia Evolutiva, Ecologia, Biologia de Conservação ou Biogeografia, dependem em parte, desses inventários de espécies e dos conhecimentos das mesmas (Dayrat, 2005; Savage, 1995). 1.1. Motivação para novas abordagens na identificação de espécies Taxonomia é a disciplina biológica que identifica, descreve, classifica e nomeia espécies existentes e extintas, assim como outros níveis taxonómicos (Padial et al., 2010). É portanto, responsável pela organização das fundações do conhecimento sobre a diversidade biológica, no qual outras disciplinas dentro das ciências biológicas dependem (Costa & Antunes, 2012). Os taxonomistas foram capazes de construir um código de regras consistente de modo a organizar a taxonomia, como por exemplo o International Code of Zoological Nomenclature ou o International Code of Botanical Nomenclature. No entanto, apenas recentemente, é que iniciativas para criar um registo online centralizado de espécies animais foi proposto e implementado (p.e. ZooBank [http://zoobank.org/]; Polaszek, 2005). Fazendo recurso a estas ferramentas e recorrendo a estruturas importantes de armazenamento de coleções de espécimes biológicos como os herbários e museus de história natural (Costa & Antunes, 2012), 3 Introdução geral os taxonomistas têm conseguido descrever e a nomear milhares de espécies por ano (cerca de 15000 a 20000, contando apenas os animais) (Padial et al., 2010). Apesar do sucesso da ciência taxonómica, os recursos e abordagens disponíveis estão ainda longe de poderem fazer frente a uma tarefa de tremenda complexidade e de escala massiva como é o caso da catalogação de toda a diversidade biológica. Recentemente, esse problema, foi finalmente reconhecido e assimilado pela comunidade científica como “impedimento taxonómico” (Rodman & Cody 2003). O impedimento taxonómico manifesta-se graças a dois grandes desafios presentes na taxonomia. Esses desafios estão intimamente ligados a dois resultados que a comunidade científica e a sociedade esperam dessa ciência. Por um lado, fornecer rigor empírico para as hipóteses de espécies e estabilidade nos respectivos nomes, o que requer um trabalho cuidadoso e muitas vezes demorado e penoso na identificação das espécies. Por outro lado, uma aceleração no ritmo da descrição de espécies, com o perigo de ocorrerem hipóteses errôneas para as mesmas dando, como consequência, origem a nomes instáveis (Padial et al., 2010). Reconhece-se então, um desafio quantitativo, devido ao grande número de organismos no planeta que ainda não foram descobertos, nem descritos (Costa & Carvalho, 2007). De acordo com Chapman (2009), o número total estimado de espécies (quer procariotas, quer eucariotas) existentes no mundo é aproximadamente de 11 milhões. No entanto, apenas 1,9 milhões de espécies são formalmente conhecidas, sendo que esse número é também uma estimativa, pois muitos dos nomes propostos para as mesmas são sinónimos devido à redundância das descrições (Patterson et al., 2010) e também pelo facto de não existir qualquer repositório central que contabilize todas as novas espécies descritas (Costa & Antunes, 2012). Estes números são motivo para reflexão pois não só demonstram que somos essencialmente ignorantes sobre uma grande porção da diversidade biológica, mas também que nem mesmo sabemos exatamente e com precisão o pouco que fomos capazes de descrever, o que põe em causa a veracidade daquilo que realmente se sabe. O outro desafio tem um carácter qualitativo, que é chegar a um consenso científico sobre a categoria base – a espécie - em torno da qual é construída a taxonomia e, assim, melhorar a sua definição (Padial et al., 2010). Como se pode imaginar, esse problema tem sido um duelo conceptual que tem vindo a estimular a fragmentação da comunidade taxonómica levando, portanto, a dificuldades operacionais (Padial et al., 2010; Costa & Antunes, 2012). Tal 4 Capítulo 1 fragmentação tem sido também provocada pela inabilidade de encontrar um critério universal para o reconhecimento de espécies. Desde Lineu, que as caraterísticas morfológicas e anatómicas têm sido usadas como traços primários para o estabelecimento da fronteira entre espécies, especialmente para animais e plantas. O problema é que as nuances morfológicas que permitem a discriminação entre espécies são muitas vezes tão obscuras que apenas um pequeno número de especialistas possui a capacidade e o conhecimento para as conseguir distinguir com algum sucesso (Matzen da Silva et al., 2011; Costa & Antunes, 2012). Devido à enorme diversidade morfológica entre os organismos, os taxonomistas foram forçados a aumentar a especialização num taxa especifico. O isolamento dos taxonomistas dentro da comunidade ciêntifica no seu taxa alvo, e a automização de toda a disciplina era inevitável. O número de especializações cresceu significativamente mas a capacidade de troca de informação diminuiu. Os problemas com a fragmentação estendem-se também à literatura taxonómica científica (Moritz 2002; Knapp et al., 2007), criando problemas operacionais graves. Isto levou a uma situação em que ser um taxonomista significava dominar a história, fontes e detalhes da literatura sobre um grupo taxonómico particular (Costa & Antunes, 2012). O problema do impedimento taxonómico ocorre em paralelo com o que muitos afirmam ser um declínio gradual do impacto da taxonomia na área científica global e no suporte da sociedade (Godfray & Knapp 2004; Wheeler et al., 2004; Boero 2010). Muito já foi discutido sobre as soluções e fontes para o impedimento taxonómico (Rodman & Cody, 2003; Godfray & Knapp, 2004; Lyal & Weitzman, 2004; Raven, 2004; Wheeler et al., 2004; Agnarsson & Kuntner 2007; de Carvalho et al., 2007; Evenhuis 2007; Knapp et al, 2007), sendo que de momento a maioria dos biólogos evolutivos concordam que as espécies são linhagens de populações ou meta-populações que evoluem separadamente, com desentendimentos a permanecerem apenas sobre onde, é que ao longo do continuum de divergência, se separam as linhagens de modo a serem reconhecidas como espécies distintas (Hey, 2006; Mallet, 2008). Esse consenso emergente, levou a uma rediscussão sobre delimitação de espécies, que é fundamental para catalisar a integração de novos conhecimentos e métodos na biologia de populações, na filogenia e noutras disciplinas evolutivas em taxonomia (Sites & Marshall, 2004; Tan et al., 2009). Os taxonomistas percebem agora, que o que importa para o estudo de assuntos de especiação, importa também para a taxonomia, e que as espécies serão melhor delimitadas se soubermos o que causou a sua origem e o que determinou o seu trajecto evolutivo. Como exemplos ilustrativos, a descoberta e descrição de três espécies de 5 Introdução geral aranhas de alçapão da Califórnia (Bond & Stockman, 2008) necessitou de inferências sobre a origem assim como da estrutura genética e de um grau de permutabilidade ecológica de linhagens divergentes, e uma recente revisão taxonómica de pássaros cardeais (Davalos & Porzecanski, 2009) envolveu a reconstrução da história filogenética, populacional e biogeográfica das linhagens. Uma consequência dessa tendência é que, após mais de 250 anos de predominância da morfologia comparativa na descoberta de espécies, novos métodos e dados moleculares, estão a conquistar um grande espaço dentro da taxonomia (Padial et al, 2010). Apesar de muitos taxonomistas terem recebido com grande entusiasmo as perspetivas desta nova taxonomia (Knapp, 2008; Vogler & Monaghan, 2007; Wilson, 2003; Wilson, 2004, Dayrat, 2005) outros são mais céticos (Valdecasas et al., 2005; Wheeler, 2008). Apesar de tudo, a opinião geral é que agora é o momento para construir uma “taxonomia integrativa”, que possa acomodar novos conceitos e métodos (Dayrat, 2005; Will et al., 2005; Schlick-Steiner et al., 2010). Um número considerável de estudos já adoptou este novo termo (p.e. Glaw et al., 2010; Lumley & Sperling, 2010; Fonseca et al., 2008; Cardoso et al., 2009; Gibbs, 2009). No entanto, não existe consenso sobre o que uma taxonomia integrativa deveria ser, sendo que as grandes discordâncias dizem respeito ao grau de congruência que diferentes caracteres devem demostrar para considerar uma população ou um grupo de populações como uma espécie separada.(Padial et al., 2010). Por exemplo, alguns taxonomistas vêm a congruência entre caracteres moleculares e morfológicos, como um requesito necessário (Dayrat, 2005; Meier, 2008; Cardoso et al., 2009), enquanto que para outros (de Queiroz, 2007; Schlick-Steiner et al., 2010; Padial et al., 2009) a força de integração reside em evitar qualquer seleção à priori de combinações de caracteres, destacando-se portanto, dois conceitos diferentes da Taxonomia Integrativa: "integração por congruência" e a "integração por acumulação", respetivamente (Padial et al., 2010). A taxonomia precisa de ser uma ciência pluralística para que possa melhorar o ritmo da descoberta e descrição das espécies e de desenvolver novos protocolos de modo a produzir o tão requesitado inventário da vida num futuro não muito distante. 6 Capítulo 1 1.2. DNA barcoding As limitações inerentes dos sistemas de identificação com base na morfologia e do número limitado de taxonomistas, tendo em conta a biodiversidade abismal do nosso planeta, sinalizam a necessidade de uma nova abordagem para o reconhecimento de taxa. Sistemas de identificação com base no microgenoma dos organismos, o qual permite a discriminação da vida através da análise de um pequeno segmento do genoma, representam uma abordagem extremamente promissora para o diagnóstico da diversidade biológica (Tautz et al., 2003). De facto, existe um número considerável de estudos no qual sistemas de identificação com base no DNA, tem sido aplicados a organismos superiores (p.e. Brown et al., 1999; Bucklin et al., 1999; Trewick, 2000; Vincent et al., 2000). O DNA barcoding proposto por Hebert et al. (2003a) é a mais recente aposta da comunidade ciêntifica para revitalizar a taxonomia e tem sido particularmente útil em sistemas marinhos (Radulovici et al., 2010). O termo “DNA barcoding” é de uso recente na literatura, cuja definição senso stricto, corresponde à identificação rápida, barata e precisa de organismos ao nível das espécies, a partir de uma região curta e padronizada de DNA (como uma etiqueta), de uma região acordada no genoma. “DNA barcoding” sensu lato é menos restritivo, abordando a identificação de qualquer nível taxonómico utilizando qualquer fragmento de DNA (Costa & Antunes, 2012). O sistema ideal de DNA barcoding deve ter em conta alguns critérios para que reúna as condições necessárias de modo a que se torne uma prática viável e responda portanto às limitações da taxonomia convencional (Valentini et al., 2008). Para isso, a região do gene sequenciado deve ser quase idêntica entre indivíduos da mesma espécie, mas diferente entre as espécies (Carr et al., 2011). Ao aplicar o conceito de MOTU (Molecular Operational Taxonomic Units), os taxa podem ser identificados através da identidade das sequências. A identidade da sequência não precisa corresponder à identidade do OTU (Operational Taxonomic Units) que é medida por outros modelos (biológicos ou morfológicos). Esta abordagem permite a atribuição de espécies putativas para grupos que surgem a partir de dados que indiquem divergência molecular permitindo assim testar grupos de espécies sob vários cenários (Costa et al., 2009). O DNA barcoding difere, em vários aspectos, das abordagens e ferramentas de identificação taxonómicas convencionais, sobre os quais oferece várias vantagens tais como permitir a comparação directa de espécimes com uma biblioteca de referência global assim 7 Introdução geral como a identificação de espécies a partir de fragmentos, e de qualquer fase de vida, criando assim uma chave mestra universal num formato que reduz a ambiguidade (Costa & Carvalho, 2007). Para os animais, a região do gene proposto para o código de barras é composto por 658 pares de bases e codifica o citocromo c oxidase 1 (COI-5P) do DNA mitocondrial (figura 1.1) (Hebert et al., 2003). Figura 1.1. Esquema genérico do genoma mitocondrial animal com indicação da localização do COI e restantes genes. As bandas a negro referem-se a genes de RNAt. O genoma mitocondrial animal é melhor alvo para análise quando comparado com o genoma nuclear, uma vez que este não tem intrões, contém uma exposição limitada à recombinação e possui uma herança haplóide (Saccone et al., 1999). Os trabalhos filogenéticos realizados no passado têm usado como recurso os genes mitocondriais que codificam o DNA ribossomal (12S, 16S), mas o seu uso em análises taxonómicas mais amplas é limitado pela prevalência de inserções e deleções o que complica os alinhamentos das sequências (Doyle & Gaut 2000). Os 13 genes codificantes de proteínas na mitocôndria animal são alvos mais interessantes uma vez que os indels (que na sua maioria levam a uma mudança na grelha de leitura) são raros. Existem, portanto, vários marcadores moleculares possíveis, mas o gene da citocromo oxidase 1 (COI), tem duas vantagens que merecem destaque. A primeira, é que os primers universais para este gene são bastante robustos, permitindo a “recolha” do gene, de representantes da maioria ou de até mesmo todos os filos animais (Folmer et al., 1994). A segunda razão, é que o COI parece possuir um sinal filogenético de maior gama quando comparado com qualquer outro gene mitocondrial. Tal como 8 Capítulo 1 outros genes codificadores de proteínas, a terceira posição dos nucleótidos num codão mostram uma alta incidência de substituições de bases, levando a uma taxa de evolução molecular 3 vezes maior do que os genes ribossomais 12S ou 16S (Knowlton & Weigt 1998). A evolução do COI é rápida o suficiente para permitir não só a distinção entre espécies, mas também de grupos filogenéticos dentro da mesma espécie (Cox & Hebert 2001; Wares & Cunningham 2001). Para as plantas, o COI não é o mais indicado, e muitas estratégias têm sido propostas, com base em uma região única no cloroplasto (Kress et al., 2005) ou de uma combinação de diferentes regiões (Kress & Erickson 2007). Como consequência, o DNA barcoding torna o sistema taxonómico de Lineu mais acessível, com benefícios não só para os ecologistas ou biólogos, pois permitirá também um acesso fácil aos nomes e atributos biológicos de quaisquer espécies existentes no planeta a qualquer indivíduo desde crianças em idade escolar a qualquer amante da natureza (Hebert & Gregory, 2005). Além de atribuir espécimes para espécies conhecidas, o DNA barcoding vai acelerar o ritmo da descoberta de espécies, ao permitir que os taxonomistas tenham acesso a um elevado número de amostras independentemente da sua condição, aos quais podem detetar os taxa divergentes que poderão representar novas espécies (Tautz et al., 2003). Várias vertentes ligadas à biologia ganham agora a habilidade de identificar espécies usando dados públicos de barcodes, que agem como mais uma ferramenta que tenta compensar os poucos peritos, que ainda existem em taxonomia. Em ecologia, por exemplo, Smith et al. (2007) usou o DNA barcoding para distinguir generalistas de especialistas ecológicos e Hajibabaei et al. (2006) descobriu novos padrões na fidelidade de plantas hospedeiras entre as Lepidoptera tropicais usando a mesma ferramenta. Robins et al. (2007) usou o DNA barcoding para estudar as histórias biogeográficas de algumas espécies de rato, com o objetivo de compreender a sua relação com a história da migração humana. O DNA barcoding está também a tornar-se numa técnica comum para detetar e gerir espécies de interesse para a sociedade (Miller, 2008). Assefa et al. (2007) utilizaram dados com DNA barcodes para identificar correctamente espécies de insectos/lagartas que constituem uma notória praga agrícola, utilizando amostras de larvas encontradas em canas de açúcar. Timm et al. (2007) publicou dados de DNA barcoding junto com dados morfológicos de espécies de pragas de mariposas africanas que colocam em risco as culturas de frutas. Greenstone et al. (2005) utilizou esta ferramenta em ovos e larvas de modo a explorar as relações predador-presa entre aranhas e 9 Introdução geral carabídeos, podendo esses dados serem usados no controle biológico de pragas. Dawnay, et al. (2006) validou os protocolos laboratoriais utilizados nos DNA barcodes, abrindo a porta para o uso de dados de DNA barcoding para análise forense. Uma série de agências do governo dos EUA estão também agora a testar esta técnica como um instrumento regulatório para a proteção ambiental, segurança alimentar e conservação (Miller, 2008). O DNA barcoding permite também a comparação rápida de múltiplos taxa de amplas regiões geográficas e possuem um enorme potencial para a avaliação de coesão genética e para a deteção de padrões biogeográficos de larga escala (Carr et al., 2011), indo portanto além da taxonomia, tornando-se assim uma ferramenta bastante pertinente. Com esta melhoria nas condições de trabalho, esta ferramenta oferece aos taxonomistas a oportunidade de expandir e eventualmente completar, um possível inventário global da diversidade da vida (Hebert et al., 2003a). Os taxonomistas não são os únicos a beneficiar desta ferramenta, já que a técnica pode ser útil para cientistas de outros campos como a ciência forense, biotecnologia e dieta animal (Chase et al., 2005). Devido aos avanços em tecnologias de sequenciação e computacional, as sequências de DNA têm se tornado a fonte principal de informação no avanço do nosso conhecimento e compreensão das relações genéticas e evolutivas (Valentini et al., 2008). A filogenética molecular e a genética de populações são outras duas disciplinas que beneficiaram do avanço da tecnologia e do desenvolvimento do DNA barcoding. Esses dois ramos da biologia focam-se em diferentes níveis de organização. Estudos na filogenética molecular lidam com as relações evolutivas entre um grupo de organismos que descendem de um ancestral comum, enquanto que a genética populacional lida com variações dentro e à volta de populações de uma mesma espécie. Por comparação o DNA barcoding ocupa um termo médio já que procura uma cobertura compreensiva das espécies, mas focando na sua identificação em vez das suas relações (Hajibabaei et al., 2007). O DNA barcoding é portanto um sistema mais atualizado, rápido, automatizável, simples e preciso em comparação com a taxonomia tradicional. Esta metodologia apresenta, no entanto, algumas desvantagens. A principal limitação é o facto de ser baseado num sistema de identificação com recurso a um só locus. Mesmo se várias regiões a partir do DNA destes organelos forem sequenciadas, esta ainda é uma abordagem com um só locus porque os diferentes genes do DNA mitocondrial ou cloroplastidial se encontram ligados e é sabido que sequências idênticas de DNA mitocondrial ou cloroplastidial podem estar presentes em diferentes espécies que se encontrem relacionados devido a 10 Capítulo 1 introgressão, ou talvez devido a linhagens incompletas desde a época em que ocorreu especiação (Ballard & Whitlock, 2004). Outras desvantagens tais como cópias nucleares de fragmentos de DNA mitocondrial e cloroplastidial que poderão ser amplificadas em algumas circunstâncias (Zhang & Hewitt, 1996), o uso de diferentes pontos de divergência para distinguir a variação de sequências intra de interespecifica (Hebert et al., 2003b) assim como a heteroplasmia (Kmiec et al., 2006) poderá também confundir o sistema de identificação causando vários problemas estatísticos (Vences et al., 2005). Além destas limitações, foram igualmente apresentadas algumas críticas globais em relação à metodologia do DNA barcoding, considerando a técnica como uma “caricatura” da taxonomia real (Lipscomb et al., 2003). Porém, a proposta do DNA barcoding é contribuir com dados moleculares que, em conjunto com os morfológicos, poderão aprimorar o processo de identificação de espécies, não substituíndo portanto as abordagens taxonómicas convencionais (Costa et al., 2007). O DNA barcoding irá sim amplificar a escala e sucesso da ciência da biodiversidade ao melhorar o acesso a identificações ao nível de espécie. Um sistema automatizado baseado em DNA irá libertar os taxonomistas das suas rotinas de identificações, permitindo-lhes direcionar os seus esforços na obtenção de novas coleções, descrições e avaliações das relações taxonómicas. Alguns opositores ao DNA barcoding têm argumentado que as identificações de rotina são apenas uma pequena parte do trabalho de um taxonomista (Lipscomb et al., 2003; Wheeler, 2004; Will & Rubinoff, 2004), enquanto outros elogiaram o potencial da utilidade de sistemas de identificação automatizados, mas apenas se baseados na morfologia (Gaston & O'Neill, 2004; Wheeler, 2004). Hebert & Gregory (2005), no entanto, defendem que a identificação das espécies são um passo limitante na velocidade para muitos investigações ecológicas e de biodiversidade, bem como para a pesquisa taxonómica, sendo que o DNA barcoding permitirá aliviar não só a carga de trabalho nos taxonomistas mas também preencher uma necessidade atual, com importantes benefícios para a taxonomia e para a ciência da biodiversidade. A implementação global dos DNA barcodes como método de identificação de espécies não retirará aos taxonomistas o seu papel na liderança da associação, integração e interpretação de conhecimentos sobre a variação de estado dos caracteres que delimitam as espécies e respetivas implicações para a taxonomia superior. Como observado anteriormente, o seu trabalho em novas comunidades de organismos, pode ser muitas vezes acelerado pelos resultados obtidos com DNA barcodes, permitindo uma abordagem à posteriori no 11 Introdução geral reconhecimento de espécies. Os taxonomistas irão também continuar a retirar vantagens de outras abordagens moleculares e morfológicas para explorar relações taxonómicas mais profundas (Hebert & Gregory, 2005). Miller (2007) atribuíu à metodologia do DNA barcoding um papel importante no “renascimento da taxonomia”. Na sua visão, o rápido crescimento das base de dados moleculares proporciona aos taxonomistas uma lingua franca, na qual podem descrever, discutir e delinear espécies e as fronteiras entre as mesmas. Desta forma, o DNA barcoding está figurativamente a colocar toda a diversidade de organismos vivos sobre a mesa, de modo a que os investigadores a possam examinar e fazer as respetivas comparações (Miller, 2008). Não é esperado que a tecnologia seja a única solução para os problemas de taxonomia, mas pode melhorar muitas das suas ineficiências operacionais e revitalizar toda a disciplina transportando-a para um novo nível de impacto quer na comunidade científica, quer na maneira como se traduz em serviços para a sociedade (Costa & Antunes, 2012). 1.3. Iniciativa Barcode of Life (BOLI) A seleção natural, um mecanismo de mudança evolutiva proposta por Darwin, quando este observou os padrões geográficos e temporais na diversificação morfológica e comportamental entre espécies, possui agora, revelado pelos últimos desenvolvimentos científicos, um nível mais fundamental da complexidade biológica através da variabilidade das sequências de DNA (Costa & Carvalho, 2007). Embora os projecto genómicos que têm vindo a ser feitos, tenham produzido resultados impressionantes na biologia molecular, estes apenas têm como alvo algumas espécies. Por outro lado, a BOLI (Barcode of Life Initiative), propõe uma abordagem horizontal para a genómica ao examinar pequenos segmentos padronizados do genoma para toda a vida eucariótica. Um projecto ambicioso que conta com a ferramenta do DNA barcoding para identificar não só as espécies conhecidas mas também as que aindas estão por descobrir (Costa & Antunes, 2012). Desde a sua criação na Universidade de Guelph em 2003, a BOLI tem reunido um impulso considerável com uma participação internacional bastante ativa, capturando a atenção da comunidade científica, agências governamentais e o público geral. Graças ao investimento em infraestruturas de pesquisa e em recursos humanos, em 2008 já foram obtidas informações 12 Capítulo 1 em DNA barcodes para mais de 333000 espécimes, representando mais de 35 mil espécies. Tais informações refletem um avanço rápido nos dados moleculares, que prometem contribuir na nossa habilidade de identificar e descobrir espécies e gerir os seus impactos económicos e sociais (Miller, 2008), sendo que atualmente mais de 180000 espécies foram formalmente identificadas com dados moleculares (animais, plantas e fungos) correspondendo a mais de dois milhões de DNA barcodes, o que demonstra o enorme progresso nesta area (BOLD, 2013). Uma vez que esteja completamente implementado, este sistema irá revolucionar o acesso à informação biológica, através da disponibilização gratuita de um enorme banco de dados de sequências online, com impactos na investigação, política, controlo de pestes e doenças, segurança alimentar, gestão de recursos, conservação, e muitas outras áreas nas quais a sociedade interage com a biodiversidade selvagem. Como o bem estar de um ecossistema tem impatos críticos nas economias nacionais e com a crescente globalização do comércio e alterações climáticas, as nações estão a enfrentar uma exposição sem precedentes a novas espécies que podem ameaçar a agricultura, sivicultura e pescas. Um sistema DNA barcodes vai habilitar um diagnóstico rápido de espécies invasoras, permitindo assim que os esforços de quarentena e erradicação comecem anos antes, com reduções maciças no custo e um aumento das chances de sucesso (Costa & Antunes, 2012). A mesma estratégia extende-se a uma seleção óptima de planos de controlo para pragas com impacto nos diversos sectores de recursos naturais e terá um papel fundamental na regulação do comércio de espécies em perigo de extinção ou protegidas (Rubinoff, 2005). A BOLI vai não só alargar a nossa compreensão da evolução e especiação de formas variadas, mas também facilitar a quantificação da diversidade biológica, revelando espécies crípticas e permitindo uma pesquisa rápida da diversidade taxon em grupos que até agora tem recebido pouca análise morfológica. A facilitação de uma atribuição de estádios da história de vida de espécies conhecidas e o fornecimento de uma estimativa das idades das espécies é também mais uma das vantagens que a BOLI permitirá (Costa & Carvalho, 2007). A conjugação do método de DNA Barcoding com os métodos de sequenciação de segunda geração, vai permitir captar a estrutura e dinâmica de comunidades complexas, com grau de detalhe sem precedentes, podendo aumentar, exponencialmente, a taxa de descoberta de espécies e contribuir para melhorar a forma como se preserva a biodiversidade (Costa & Antunes, 2012). Uma iniciativa internacional de apoio ao desenvolvimento de código de barras de DNA, o Consórcio para o Código de Barras da Vida (CBOL, http://barcoding.si.edu), tem vindo a 13 Introdução geral promover padrões globais e também a coordenar a investigação em DNA Barcoding. O secretariado do CBOL está localizado no Museu Nacional de História Natural em Washington DC (EUA). Desde a sua criação em 2004, mais de 125 instituições (museus, herbários, zoos, institutos de investigação em biodiversidade, universidades, organizações de conservação, agências governamentais e companhias privadas) provenientes de mais de 40 países englobando os 6 continentes, passaram a ser membros da iniciativa ao assinar um memorando de cooperação acordando depositar toda a informação envolvendo DNA barcodes num repositório público (Marshal, 2005; Ward et al., 2009). O BOLD (Barcode of Life Data Systems, http://www.barcodinglife.org) foi projectado para registrar não apenas sequências de DNA de vários indivíduos por espécie, mas também informação taxonómica completa, local e data de coleta, e imagens de amostras (Ratnasingham & Hebert 2007). Repositórios públicos de genomas (nomeadamente o GenBank of the National Center for Biotechnology Information (NCBI), o European Molecular Biology Laboratory (EMBL) e o DNA Data Bank of Japan (DDBJ)) fornecem também acesso livre aos dados de DNA barcoding. Para evitar a dispersão de informação taxonómica, as soluções informáticas permitem a interação entre bases de dados e a criação de bases de dados integradas, tais como a Catalogue of Life (http://www.catalogueoflife.org/, resultante da fusão entre a Integrated Taxonomic Information System (ITIS) e a Species 2000) ou a World Register of Marine Species (WoRMS, http://www.marinespecies.org/), as quais fornecem acesso centralizado a dados taxonómicos. Relativamente ao acesso à informação sobre biodiversidade, a criação da Encyclopedia of Life (EoL) em 2008 foi um desenvolvimento importante e um dos mais influentes para o futuro (Wilson, 2003), que visa oferecer um conjunto global de informação detalhada e compreensível de todas as espécies conhecidas do planeta. No âmbito do CBOL, foram também criados vários projetos de referência de modo a focalizar o esforço de investigação em grupos taxonómicos específicos, como é o caso do “ All Birds Barcoding Initiative” (ABBI, http://www.barcodingbirds.org/) que em 2007 já tinha 11433 espécimes com DNA barcodes, representando mais de 2000 espècies de aves e do “All Fish Barcoding Initiative” (FISH-BOL, http://www.fishbol.org/) que em 2008 já tinha obtido DNA barcodes para 23000 espécimes representando 4300 espécies de peixes (Miller, 2008). Todos estes desenvolvimentos irão provavelmente aumentar o uso do DNA barcoding por ecologistas (Valentini et al., 2008). 14 Capítulo 1 Os métodos atuais para biomonitorização de ecossistemas seguem uma abordagem tradicional limitada, com uma amostragem de escala local, seguida por um longo período de processamento e enumeração de unidades taxonómicas, o que pode levar meses ou até mesmo anos, e muitas vezes são gerados dados com baixa precisão taxonómica (Baird & Hajibabaei, 2012). Num contexto mais tardio, com a ascenção de técnicas paralelas de sequenciação massivas, as bibliotecas de referência de DNA barcodes irão permitir um monitoramento ambiental mais sofisticado que explorará os organismos vivos como integradores de mudança ambiental ou como avisos preventivos de dano (Costa & Antunes, 2012). 1.4. Classe Polychaeta Os primeiros poliquetas foram formalmente nomeados por Lineu (1758) e a partir dessa altura, milhares destes organismos têm vindo a ser descritos. Segundo Rouse & Pleijel (2001), o número de espécies aceites chega a 9000, no entanto, mais alguns milhares foram nomeados, sendo atualmente considerados inválidos. É certo que ainda há muitos mais poliquetas para serem descritos e que estes representam, sem sombra de dúvida, um componente importante na diversidade de animais marinhos. Tal facto é exemplificado em estudos sobre a variedade de poliquetas em pequenas áreas. Por exemplo, Grassle (1974), encontrou 1441 poliquetas num unico pedaço de coral que pesava apenas alguns quilos. Esses poliquetas foram separadas em 103 grupos nominais de espécies as quais representavam dois terços de toda a macrofauna coletada. Estudos mais recentes sobre a diversidade de poliquetas do mar profundo mostraram um padrão similar, nomeadamente na dominância em termos de indivíduos e taxa (p.e. Grassle & Macioleck, 1992; Patterson et al., 1998). O mais impressionante nesses estudos foram o número de poliquetas ainda não descritos que foram encontrados (p.e. 64% por Grassle & Maciolek, 1992). Claramente, ainda existe muito trabalho a ser feito em apenas documentar a diversidade de poliquetas e descrever formalmente os taxa (Rouse & Pleijel, 2001). Os poliquetas, tal como os restantes membros do filo Annelida, possuem duas regiões pré-segmentais, o prostomium e o peristomium, com apêndices sensoriais e/ou usados para a alimentação, um tronco segmentado (metastomium), o qual se pode diferenciar nas regiões torácica e abdominal e um pigídio pós-segmental (figura 1.2). Típicamente, cada segmento 15 Introdução geral possui um par de parápodes associados a sedas. No entanto, existe uma considerável variação morfológica nesta classe, refletindo a diversidade de estilos de vida encontrados nestes animais. Figura 1.2. Visão geral das estruturas morfológicas básicas dos poliquetas. A: Típico poliqueta com váriás modificações nos cirros dorsais. B: Parte anterior (cabeça) mostrando probóscide evertido. C: Parápode básico. D: Zona tóracica e abdmonial de um poliqueta da família Sabellida. Adaptado de Hayward & Ryland, 1995. Os orgãos nucais, um par de estruturas quimiosensitivas na margem póstero-lateral do prostomium, são aparentemente a única caraterística (sinapomorfia) que distingue os poliquetas dos restantes anelídeos (Rouse & Fauchald, 1995). A morfologia dos orgãos nucais varía desde “loops” bem desenvolvidos projetados posteriormente, a poços ou sulcos quase impercetíveis (figura 1.3). Os maiores orgãos nucais podem ser encontrados nas famílias Amphinomidae e Euphrosinidae, onde as dobras ciliadas na carúncula representam as ditas estruturas (figura 1.3A). Muitas das caraterísticas distintivas entre os poliquetas encontram-se ausentes ou 16 Capítulo 1 reduzidas em animais mais pequenos e intersticiais o que torna obscuras as suas afinidades com a respetiva família (Glasby et al., 2000). Figura 1.3. Partes anteriores (cabeça) dos poliquetas, mostrando os orgãos nucais. A: Orgãos nucais bem desencolvidos compreendendo uma banda ciliar continua adjacente à caruncula, vista dorso-lateral de Eurythoe complanata (Amphinomidae); apenas um loop do orgão nucal é mostrado. B: Orgãos nucais com forma de cone evertido, vista dorsal de Glycera convoluta (Gliceridae). C: Orgão nucais dorso-laterais pequenos, quase imperceptiveis, vista dorsal de Brania subterranea (Syllidae). D: Orgãos nucais postero-laterais em forma decrescente, vista dorsal de Gyptis propinqua (Hesionidae). E: Orgãos nucais na margem de extensões nucais, vista dorsal de Notophylum foliosum (Phylodocidae). F: Poços nucais, vista dorso-lateral da Stygocapitella subterranea (Parergodrilidae); apenas um poço nucal é mostrado. As setas indicam os orgãos nucais. Car – carúncula. Reproduzido de Glasby et al., 2000. Os poliquetas exibem uma grande variedade de estratégias reprodutivas as quais podem ser sexuadas ou assexuadas. São típicamente dióicos, mas muitas espécies são hemafroditas. Os gâmetas são proliferados a partir do epitélio germinal que se encontra anexado aos septos dos segmentos anteriores. Na maioria dos casos, os gâmetas são libertados no celoma onde se desenvolvem, mas ocasionalmente, todo o desenvolvimento dos gâmetas ocorre apenas no epitélio germinal. Na altura da desova, os gâmetas são normalmente libertados para o exterior via gonodutos, no entanto em algumas espécies, sua libertação é feita por rotura da parede do corpo, levando à morte do animal. Os poliquetas exibem ainda uma grande variedade na periodicidade da desova, podendo esta ocorrer em intervalos de apenas algumas semanas ou de um ano, uma única vez no seu ciclo de vida (monotélicos) ou ao longo de vários anos (politélicos). Depois da fertilização, segue-se um estádio larvar com incubação e desenvolvimento 17 Introdução geral direto num estádio juvenil ou com larvas trocóforas de vida livre. A reprodução assexuada é também variável. Em algumas espécies, o animal divide-se em segmentos individuais ou em vários fragmentos em que cada um dos quais se diferencia num novo indivíduo (Glasby et al., 2000). A maioria dos poliquetas vive em ambientes marinhos e estão bem representados em todo o tipo de habitats bênticos, desde sedimentos estuarinos lodosos ou arenosos, a recifes de corais e substractos rochosos, bem como nos sedimentos finos de mar. Também ocorrem em ambientes pelágicos como meroplankton e holoplankton. Algumas famílias estão também representadas em ambientes de água doce. Algumas espécies, incluindo alguns Nereides e os Stygocapitella vivem em vegetação que se encontra na costa marítima e nas margens dos rios. Nestes casos, os ambientes são normalmente húmidos, muitas vezes completamente alagados, portanto a natureza terrestre desses taxa é mais aparente do que real. Poliquetas parasitas são também conhecidos e podem ser encontradas em várias famílias como a Oenonidae e Sabellidae (Glasby et al., 2000). Os poliquetas possuem um papel importante nas cadeias tróficas dos respectivos ecossistemas assim como na nitrificação, desnitrificação e redução total de nitrato através dos buracos criados pela sua locomoção no sedimento (Kristensen et al., 1985), muitas espécies podem também ser utilizadas como biomarcadores da qualidade ambiental e possuem um peso económico considerável na industria da pesca ao servirem de isca de peixe sendo já proposta a criação de aquacultura da espécie Hediste diversicolor (uma das mais usadas como isca) de modo a aliviar a pressão ambiental causada pelo excesso de demanda para que se possa ter um rendimento sustentável ótimo de iscas de peixe (Scaps, 2002). Hipóteses sobre a filogenia de poliquetas, foram praticamente nulas durante grande parte do século XX. Tal situação pode ser explicada pelo facto de os investigadores que trabalharam com esses organismos terem ficado ocupados apenas na sua descrição desconsiderando a evolução do grupo. Segundo Rouse & Pleijel (2001), o estudo de Weitheide (1977), sobre a evolução do Microphthalmus, providenciou o primeiro estudo de poliquetas usando a sistemática filogenética (cladística). Nos anos 80 e 90, começaram a aparecer os primeiros artigos sobre os relacionamentos dentro de grupos particulares de poliquetas como foram os casos de ten Hove (1984) nos Serpulidae, Paxton (1986) nos Onuphidae, Fitzhugh (1987, 1989) em estudos sobre os Nereididae e Sabelidae respectivamente, e Pleijel (1991) na familia Phyllodocidae. Uma 18 Capítulo 1 perspetiva filogenética como força motriz na revisão da sistemática de poliquetas tem sido fundamental e irá sem dúvida alguma continuar a ser praticada. 1.5. Objectivos gerais e estrutura da tese A presente tese teve por objectivo: 1. Contribuir para a construção de uma biblioteca de DNA barcodes (COI-5P) para identificação de poliquetas de dois ecossistemas distintos, nomeadamente os estuários de zonas costeiras portuguesas, e do mar profundo da Península Ibérica. No caso do primeiro grupo pretende-se com esta compilação melhorar e facilitar futuras identificações taxonómicas e utilizar este recurso como biblioteca de referência em estudos de monitorização, com recurso à sequenciação de segunda geração, em conjunto com bibliotecas de outros organismos bentónicos. No caso da biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas do mar profundo pretende-se dar um contributo significativo para o conhecimento de comunidades de organismos ainda debilmente estudadas e de difícil acesso, acelerando o processo de catalogação destes organismos e facilitando o futuro reconhecimento de espécimes. 2. Confrontar as identificações com base na morfologia com as unidades moleculares operacionais (MOTUs) derivadas da análise dos DNA barcodes, no intuito de rever e clarificar as ambiguidades taxonómicas emergentes, bem como detetar potenciais espécies não-descritas de poliquetas. Pretendeu-se sobretudo diagnosticar ambiguidades na delimitação de espécies que deverão ser sujeitas a exame detalhado em estudos futuros, complementando estas observações com dados morfológicos e moleculares adicionais, dados ecológicos e biogeográficos, conduzindo a hipóteses de espécies que serão sujeitas a validação. 3. Pesquisar sequências homólogas de COI-5P em bases de dados públicas (BOLD e GenBank) e em função do resultado atribuir uma cotação de fiabilidade taxonómica a cada associação espécie/DNA barcode da biblioteca de referência de modo a permitir o 19 Introdução geral refinamento contínuo em linha com o aumento da disponibilidade de dados públicos e com a natureza iterativa das questões taxonómicas. Esta tese de mestrado encontra-se estruturada em 4 capítulos. No primeiro capítulo foi feito o enquadramento e fundamentação do estudo, bem como uma introdução geral ao tema do DNA barcoding envolvendo a revisão do estado atual dos conhecimentos sobre esta metodologia. Neste primeiro capítulo são ainda apresentados os objetivos e estrutura global da tese. No segundo capítulo é apresentado o estudo referente à compilação da biblioteca de DNA barcodes de poliquetas de estuários de Portugal. Nele são apresentados os resultados da compilação das sequências de COI obtidas no âmbito deste estudo em conjunto com as sequências COI não publicadas e geradas pelo conjunto de equipas de investigadores da Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA), Universidade do Minho, do Instituto do Mar (IMAR) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR). O terceiro capítulo consiste num primeiro contributo para a compilação de uma biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas do mar profundo da Península Ibérica. Foram utilizadas sequências de COI não publicadas geradas pelo CESAM (Centro de Estudos do Ambiente e do Mar) da Universidade de Aveiro, com o capítulo 4 a fazer uma conclusão geral dos resultados obtidos sintetizando os contributos desta tese com uma apreciação das limitações existentes e sugestão de necessidades de investigação mais prementes. 20 Capítulo 1 Referências Agnarsson I & Kuntner M (2007) Taxonomy in a changing world: Seeking solutions for a science in crisis. Systematic Biology 56: 531-539. Assefa Y, Mitchell A, Conlong DE, Moyal P (2007) DNA identification of Busseola (Lepidoptera: Noctuidae) larvae in Ethiopian sugarcane. African Entomology 15: 375–379. Baird D & Hajibabaei M (2012) Biomonitoring 2.0: a new paradigm in ecosystem assessment made possible by next-generation DNA sequencing. Molecular Ecology 21: 2039–2044. Ballard JWO & Whitlock MC (2004) The incomplete natural history of mitochondria. Molecular Ecology 13:729–744. 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Mas tal como as lagoas costeiras, estão sujeitos a múltiplas pressões associadas maioritariamente ao despejo de resíduos, exploração de recursos naturais e atividades recreativas (McLusky & Elliott, 2004). Os poliquetas, são importantes indicadores de qualidade ambiental nesse tipo de ecossistemas (Sutherland et al., 2006), sendo também um elo importante na cadeia alimentar e de importância económica para a pesca em vários países europeus ao servirem como iscas de peixe (Gilleta & Torresanib, 2003). No entanto, são pouco estudados quando comparados com outros taxa de importância ecológica semelhante (Quijón & Snelgrove. 2005). A correta gestão dos ecossistemas marinhos é uma questão que parece ganhar mais ímpeto com a aplicação da Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 Outubro de 2000, a qual estabelece um quadro de ação comunitária no domínio da política da água, que exige a elaboração de planos de gestão das bacias hidrográficas para cada região hidrográfica, a fim de se atingir um bom estado ecológico e químico, e que contribuirá para a atenuação dos efeitos das inundações. Estudos sobre estes anelídeos podem contribuir para esse objetivo, no entanto, a identificação das espécies deste grupo funcional com base em caracteres morfológicos reveste-se de grande dificuldade (Coull, 1999). A dependência de um grupo de especialistas específicos para identificação da classe, a existência de espécies crípticas ou ocultas (Knowlton 1993; Jarman & Elliott 2000), o recurso a chaves dicotómicas incompletas, a ocorrência de diferentes estágios de vida com diferentes caraterísticas, a recolha de espécimes degradados ou com lesões no corpo causados pelas técnicas de amostragem (Knowlton, 1993) e ainda a plasticidade fenotípica bem como a variabilidade genética dos caracteres empregados para o reconhecimento de espécies, são alguns dos exemplos que faz com que a correta identificação taxonómica destes e de outros organismos seja uma tarefa extremamente difícil e por vezes impossível (Rouse & Pleijel 2001; Hebert et al., 2003). 33 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses A abordagem taxonómica tradicional é portanto um método ultrapassado e pouco eficaz, especialmente quando se lida com poliquetas (Westheide & Schmidt, 2003; Nygren & Pleijel, 2010; Nygren et al., 2011). De modo a responder a essa limitação, vários estudos examinaram a variação em sequências de DNA mitocondrial confirmando a ferramenta do DNA barcoding como uma análise viável na discriminação de espécies de poliquetas (por exemplo: Barroso et al., 2010; Bleidorn et al., 2006; Nygren & Pleijel, 2011; Glover et al., 2005; Rice et al., 2008; Olson et al., 2009; Pleijel et al., 2009; Carr et al., 2011), em alguns casos, com as diferenças morfológicas, ecológicas e comportamentais a serem detetadas depois de um exame mais aprofundado dos taxa divergentes (Hebert et al. 2004; Smith et al. 2006). Alguns desses estudos revelaram ambiguidades bastante interessantes como a descoberta de espécies de poliquetas que se presumiam ser cosmopolitas, mas que na realidade eram espécies crípticas como foram os casos da Eurythoe complanata (Barroso et al., 2010) e Syllis gracilis (Maltagliati et al., 2000). Os ecossistemas estuarinos portugueses parecem possuir uma biodiversidade considerável em poliquetas. Facto esse que se reflete no enorme número de famílias de poliquetas que podem ser encontradas nesses habitats. Espécies como os da tabela T1 (em anexo) são apenas alguns exemplos que se podem vislumbrar neste canto da Peninsula Ibérica sendo a Hediste diversicolor (Nereididae) uma das espécies mais comuns em Portugal e na Europa (Smith, 1977; Ozoh & Jones, 1990; Alla et al., 2006). Esta diversidade torna os estuários portugueses um ponto ideal para contribuir no enriquecimento de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para esta classe de organismos que poderá ser usada em estudos de biomonitorização em grande escala com recurso a técnicas de sequênciação massivas como a sequenciação de segunda geração. Para tal, será primeiro necessário validar e construir a respetiva biblioteca fazendo uma confrontação das identificações com base na morfologia com as unidades moleculares operacionais (MOTUs) obtidas, no intuito de rever e clarificar as ambiguidades taxonómicas emergentes. 34 Capítulo 2 2.2. Metodologia Os resultados originais apresentados neste capítulo resultam da compilação de sequências não publicadas e respetivos metadados, geradas pelo trabalho conjunto de equipas de investigadores da Centro de Biologia Molecular e Ambiental (CBMA), Universidade do Minho, do Instituto do Mar (IMAR) e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), no âmbito dos projetos LusoMarBoL (PTDC/MAR/69892/2006) e BEstBarcode (PTDC/MAR/113435/2009) financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A compilação apresentada inclui um conjunto de sequências por nós geradas no âmbito desta tese. A extração de DNA, amplificação, sequenciação e alinhamento de sequências de parte dos espécimes foi realizada no Biodiversity Institute of Ontario (doravante designado por BIO), University of Guelph, Canadá, no âmbito de um projecto iBOL (International Barcode of Life). 2.2.1. Procedimento geral A metodologia global para a construção de uma biblioteca de referência de DNA barcodes encontra-se esquematizada na figura 2.1. Este procedimento integra-se no processo taxonómico global de inventariação da biodiversidade, que se constitui como um processo recursivo em que frequentemente é necessário regressar às etapas iniciais ou complementar o procedimento com passos ulteriores além dos descritos. O processo inicia na colheita de espécimes dos grupos taxonómicos e ecossistemas alvo. Em alternativa à colheita de espécimes em meio natural, poder-se-ía recorrer a espécimes arquivados em coleções de história natural. Contudo, a maioria dos espécimes já existentes em coleções não foram preservados de forma ótima para a obtenção de um extrato de DNA de qualidade. Por outro lado, muitas espécies ainda não estão presentes nas coleções e só podem ser obtidas diretamente a partir do meio natural. Após a recolha, os espécimes deverão ser cuidadosamente identificados em laboratório com base nos caracteres morfológicos e com recurso a chaves taxonómicas e monografias especializadas. Todos os espécimes são registados em tabelas contendo um conjunto de campos padronizados (taxonomia, detalhes do espécime, dados de coleta e informação dos “vouchers”), juntamente com as respetivas fotografias e 35 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses anotações, que serão submetidas à base de dados BOLD DataSystems (Ratnasingham & Hebert, 2007). De cada espécime é retirado um pequeno pedaço de tecido para extração do respetivo DNA e o espécime arquivado temporariamente até posterior depósito numa coleção biológica. No caso de espécimes de pequenas dimensões poderá ser necessário utilizar a totalidade do organismo para obtenção do extrato de DNA. Nestas situações deverá ser guardado um indivíduo da mesma espécie, recolhido na mesma data e local para posterior depósito na coleção biológica. Posteriormente à extração de DNA é realizada a amplificação do respetivo DNA barcode de cada indivíduo - que corresponde a 658 pares de bases da região da extremidade 5’ da subunidade 1 do gene mitocondrial do citocromo c oxidase (COI-5’) - por meio da reação em cadeia da polimerase (“polymerase chain reaction”), doravante designada por “PCR”. O sucesso da amplificação é verificado através de gel de agarose, e os produtos de PCR obtidos serão sujeitos a purificação e sequenciação bi-direccional. Após a edição e alinhamento das sequências, as mesmas e os respetivos cromatogramas são submetidos à base de dados BOLD. Será também feita uma confrontação com as identificações efetuadas com base na morfologia de acordo com abordagens descritas em maior detalhe na secção 2.2.5. 36 Capítulo 2 Ecossistemas estuarinos Espécime Identificação taxonómica Amostra tecido Fotografia Informação disponível online/ DNA Barcodes Extração DNA PCR Electroforese Purificação e Sequenciação Figura 2.1. Esquema simplificado referente à metodologia global utilizada no DNA barcoding 2.2.2. Recolha e processamento das amostras No âmbito dos projetos LusoMarBoL e BEstBarcode foram organizadas múltiplas campanhas de colheita de organismos em ecossistemas costeiros portugueses, através das quais se recolheram os exemplares de diferentes espécies de poliquetas para integrar na biblioteca de referência. Foram incluídos neste estudo espécimes recolhidos nomeadamente nos estuários dos rios Minho, Lima, Tejo, Sado e Mira e na Ria de Aveiro (figura 4). 37 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses As amostragens foram efetuadas com o auxílio de corers na zona entre-marés ou por meio de dragas de amostragem de sedimento a partir de um barco. No laboratório, foi feita a triagem dos organismos presentes nos sedimentos utilizando crivos de 500 µm. Os poliquetas isolados dos sedimentos foram individualizados em tubos de plástico e preservados numa solução de etanol a 98% . Figura 2.2. Localização geográfica da amostragem dos espécimes de poliquetas de estuário. Estuários dos rios Minho, Lima, Tejo, Sado, Mira (Estuários do Alentejo) e na Ria de Aveiro. 2.2.3. Identificação taxonómica Os espécimes foram fotografados e examinados individualmente e identificados morfológicamente até a nível taxonómico mais baixo possível, com recurso a uma lupa, microscópio e chaves dicotómicas disponíveis na literatura taxonómica especializada (Fauvel, 1927; Hayward & Ryland, 1995). Além da classificação taxonómica, os metadados associados a cada espécime, tais como coordenadas GPS do local de amostragem, data de recolha, profundidade e outras anotações do local de colheita, foram inseridos numa tabela de campos padronizados e posteriormente submetidos à base de dados BOLD. A cada espécime foi atribuído um número de registo único, ao qual se encontra associada a informação recolhida, assim como as fotografias, sequências COI-5’ e respetivos cromatogramas. 38 Capítulo 2 2.2.4. Extração de DNA, amplificação e sequenciação A extração de DNA, amplificação da região COI-5’ e sequenciação foi realizada de acordo com dois protocolos distintos que serão a seguir detalhados, consoante se efetuaram no CBMA ou IMAR, ou no BIO. 2.2.4.1. Protocolo CBMA/IMAR - Amostragem de tecido: A amostragem de tecidos que serviram como base para a extração foi feita, tendo sempre em conta o uso de material esterilizado de modo a evitar contaminações, principalmente ao nível de tecidos de outros espécimes, que mais tarde poderão originar erros graves. Também é de grande importância a correta etiquetagem de modo a evitar trocas nas identificações. Para cada espécime, foram usados dois microtubos de 1,5 ml respetivamente identificados, um com um pequeno pedaço de tecido para extração e outro com o restante corpo da poliqueta para arquivar na coleção de museu. Para os organismos cujas dimensões eram demasiado pequenas foi usado o espécime inteiro para a extração. Houve também casos em que não foi possivel preservar os espécimes para a coleção de museu, pois os mesmos foram utilizados num estudo externo a esta tese envolvendo pirosequenciação. De seguida, esterilizouse a pinça e bisturi através da imersão em álcool e conseguinte flamejamento no Bico de Bunsen usando uma caixa de petri para colocar a amostra. Sempre que possível, cortou-se um pedaço de tecido para extração sendo posteriormente cortado em pedacinhos ainda mais pequenos de modo a facilitar a digestão dos tecidos durante o processo de extração. - Extração de DNA: Para a extração de DNA, foram testados vários protocolos diferentes entre eles o kit E.Z.N.A Moluscos (Omega Bio-tek), Chelex (Dry Release) e NucleoSpin Tissue (Macherey-Nagel). O protocolo que apresentou melhores resultados foi o E.Z.N.A. com digestão dos tecidos pelo método overnight, sendo portanto, esse o escolhido para a maioria das extrações efectuadas. 39 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses - Amplificação dos DNA barcodes por meio de PCR: As amplificações foram feitas em reações com um volume total de 25 μl, contendo cada reação 2,5 μl de 10x Buffer, 2,5 μl de MgCl2 (25mM), 0,5 μl de dNTPs (10mM), 1,5 μl de cada primer (10mM), 0,2 μl de Taq polymerase (Thermo Scientific) e 2 a 8 μl de extrato de DNA, perfazendo com água ultra pura. Os primers LoboF1 (5’-KBTCHACAAAYCAYAARGAYATHGG-3’) e LoboR1 (5’-TAAACYTCWGGRTGWCCRAARAAYCA-3’) foram os principais primers utilizados neste estudo para amplificar o segmento de 658 bp do gene COI. Alternativamente, foram também utilizados outros conjuntos de primers (tabela 2.1). O ciclo térmico do PCR para os primers Lobo consistiu em 1 ciclo de 1 minuto a 94 ºC; 5 ciclos de 30 segundos a 94 ºC, 1,5 minutos a 45 ºC e 1 minuto a 72 ºC; 45 ciclos de 30 segundos a 94 ºC, 1,5 min a 51 ºC e 1 min a 72 ºC e um ciclo final de 5 minutos a 72 ºC. O ciclo térmico para os primers COI-2 encontra-se na figura 2.3. O sucesso da amplificação foi verificado por electroforese dos produtos de PCR a 90 V por 30 minutos em gel de agarose a 1%, corado com GelRed (Biotium). Tabela 2.1.Primers usados para amplificação dos segmentos de COI-5P a partir de extractos de DNA de poliquetas. Primers Sequências LOBOF1 5’-KBTCHACAAAYCAYAARGAYATHGG-3’ LOBOR1 5’- TAAACYTCWGGRTGWCCRAARAAYCA-3’ COI-2 F1 (C_VF1LFt1) COI-2 R1 (C_VR1LRt1) 40 LepF1_t1 5’-TGTAAAACGACGGCCAGTATTCAACCAATCATAAAGATATTGG-3’ VF1_t1 5’-TGTAAAACGACGGCCAGTTCTCAACCAACCACAAAGACATTGG-3’ VF1d_t1 5’-TGTAAAACGACGGCCAGTTCTCAACCAACCACAARGAYATYGG-3’ VF1i_t1 5’-TGTAAAACGACGGCCAGTTCTCAACCAACCAIAAIGAIATIGG-3’ LepRI_t1 5’-CAGGAAACAGCTATGACTAAACTTCTGGATGTCCAAAAAATCA-3’ VR1d_t1 5’-CAGGAAACAGCTATGACTAGACTTCTGGGTGGCCRAARAAYCA-3’ VR1_t1 5’-CAGGAAACAGCTATGACTAGACTTCTGGGTGGCCAAAGAATCA-3’ VR1i_t1 5’-CAGGAAACAGCTATGACTAGACTTCTGGGTGICCIAAIAAICA-3’ Referência Lobo et al., 2013 Ivanova et al., 2007 Capítulo 2 Ciclo PCR COI-2 Figura 2.3. Ciclo de PCR correspondente aos respetivos primers utilizados (COI-2). - Purificação dos produtos de PCR e sequenciação Os produtos de PCR que apresentaram bandas claras e definidas foram submetidos a purificação pelo método de precipitação tripla com isopropanol e enviados para sequenciação bidireccional num fornecedor externo de serviços de sequenciação (STABVida ou Macrogen). 2.2.4.2. Protocolo BIO O DNA foi extraído de cada espécime utilizando o protocolo de extração automatizada com recurso a fibra de vidro (Ivanova et al., 2006). A região DNA barcode correspondente a um segmento de 658 bp do gene COI foi subsequentemente amplificada sob as seguintes condições térmicas: 1 ciclo de 1 minuto a 94 ºC; 5 ciclos de 40 segundos a 94 ºC, 40 segundos a 45 ºC e 1 minuto a 72 ºC, seguido de 35 ciclos de 40 segundos a 94 ºC, 40 segundos a 51 ºC, e 1 minuto a 72 ºC com uma extensão final de 5 minutos a 72 ºC. As amplificações foram feitas em reações de 12,5 μl contendo 6,25 μl 10% trehalose, 2 μl água ultrapura, 1,25 μl Buffer 10x, 0,0625 μl MgCL2 (50 mM), 0,125 μl de cada primer (10 mM, usando os primers poliLCO e poliHCO de Carr et al. (2011)), 0,0625 μl dNTPs (10 mM), 0,06 μl de Platinum Taq polymerase, e 2 μl de extrato de DNA (10–50 ng). Os produtos de PCR foram visualizados num gel de agarose a 1,2% E-Gel® (Invitrogen) e sujeitos a uma sequenciação bidirecional usando os primers poliLCO e poliHCO e o kit de 41 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses sequenciação BigDye® Terminator v.3.1 Cycle (Applied Biosystems, Inc.) num sequenciador capilar ABI 3730 seguindo as instruções do fabricante. Os dados das sequências (amostras e dados da colheita, sequências, imagens dos espécimes, e cromatogramas) foram submetidas à base dados Barcode of Life Data Systems (BOLD, http://www.barcodinglife.org; Ratnasingham & Hebert, 2007). 2.2.5. Análise dos dados 2.2.5.1. Edição e alinhamento de sequências Os cromatogramas, foram editados individualmente com recurso ao software MEGA5 (Tamura et al., 2007), e as respetivas sequências alinhadas usando o método ClustalW (Thompson et al., 1994) implementado no mesmo software. As sequências nucleotídicas foram traduzidas e o alinhamento cuidadosamente examinado para detetar a ocorrência de eventuais inserções, deleções ou codões stop. Uma pesquisa de sequências homólogas na base de dados GenBank foi também realizada, para tentar encontrar sequências da mesma família ou género que possam ser adicionadas ao alinhamento como meio de comparação e obtenção de resultados mais fiáveis (tabela T3 em anexo). 2.2.5.2. Distâncias genéticas e construção de árvores filogenéticas Os padrões de variabilidade intra e inter-específica congenérica dos DNA barcodes do conjunto das sequências compiladas, foram determinados pelo cálculo das distâncias genéticas entre pares de sequências usando o modelo de substituição nucleotídica K2P (Kimura two- parameter). Escolhemos este modelo por ser o mais vulgarmente utilizado em estudos de DNA barcodes e consequentemente permitir comparação direta entre estudos. Esta análise foi complementada com o cálculo do quociente entre as divergências inter e intraespecífica, sendo denominado por taxonomic resolution ratio (TRR). No intuito de rever e clarificar possíveis ambiguidades taxonómicas (etapas do esquema da figura 2.4), bem como de detetar potenciais espécies não-descritas de poliquetas, foi feita 42 Capítulo 2 uma confrontação das identificações com base na morfologia com as unidades taxonómicas moleculares operacionais (MOTUs) obtidas. Para este efeito, foram construídas árvores filogenéticas pelo método Neighbour-joining (NJ; Saitou & Nei, 1987) usando o modelo de substituição nucleotídica K2P (Kimura two-parameter). Foram igualmente produzidas árvores NJ a partir de sequências traduzidas (aminoácidos), usando o modelo de substituição amino-acídica de Jones-Taylor-Thornton (JTT). O grau de suporte dos nós das árvores foi determinado pelo método bootstrap, tendo-se efectuado 1000 réplicas de bootstrap para ambas as árvores. Com base no conjunto extenso de DNA barcodes de poliquetas analisados por Carr et al. (2011), classificámos como uma unidade taxonómica molecular operacional (MOTUs) todos os grupos monofiléticos da árvore NJ compreendendo sequências com distâncias nucleotídicas não superiores a 3%. Um método operacional necessário de modo a evitar a subestimação da habilidade de descriminação de espécies por parte do COI tendo em conta não só fenómenos de hibridização introgressiva, mas também a possibilidade de ocorrência de espécies crípticas e de especiação recente de espécies. Para além disso, esta medida permite assinalar casos específicos para discussão e futuros estudos mais aprofundados Hipótese de partida: Espécies conhecidas DNA Barcode Clarificação de ambiguidades Revisão da correspondência ou da identidade das espécies Atribuições taxonómicas e Sistema de classificação dos DNA barcodes Árvores NJ e cálculo das distâncias intraespecíficas e congenéricas Sistema BIN Figura 2.4. Esquema da metodologia global de verificação taxonómica implementada no âmbito da criação de bibliotecas de referência de DNA barcodes (segundo Costa & Carvalho, 2007). A etapa evidenciada a cor laranja não foi efetuada neste estudo 43 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses 2.2.5.3. Comparação das identificações originais com a alocação das espécies através do sistema BIN (Barcode Index Number) Foi recentemente implementado um algoritmo na base de dados BOLD que agrupa todas as sequências aí depositadas em “cestos” (BINs; Ratnasingham & Hebert, 2013), com base nas distâncias nucleótidicas. Estes BINs correspondem na prática a unidades taxonómicas operacionais, numa abordagem semelhante a outras já existentes como por exemplo as que estabelecem MOTUs (Molecular operational taxonomic units, Blaxter et al., 2005). Petende-se que os BINs agrupem as sequências de tal forma que espécimes cujas sequências pertençam ao mesmo BIN, possuem uma grande probabilidade de serem da mesma espécie (Ratnasingham e Hebert, 2013). O sistema BIN proporciona assim a possibilidade de confrontar a divisão das unidades taxonómicas putativas derivadas das análises moleculares com as identificaçãoes taxonómicas originais baseadas na morfologia. Deste modo utilizámos a ferramenta de análise dos BINs disponibilizada na base de dados BOLD para identificar congruências e ingongruências entre os BINs existentes nos nossos dados. Na análise da composição dos BINs tomámos em consideração a possivel existência de sinónimos através da consulta da base de dados da WoRMS (http://www.marinespecies.org/). 2.2.5.4. Sistema de classificação dos DNA barcodes das bibliotecas de referência Usando a pesquisa de sequências homólogas de COI-5P em bases de dados públicas (GenBank) previamente efetuada e tendo em conta também os resultados obtidos pelo sistema BIN, foi atribuída uma cotação com 5 graus de fiabilidade taxonómica a cada associação espécie /DNA barcode da biblioteca de referência, conforme proposto em Costa et al (2012). Este sistema de classificação funciona como uma ferramenta de verificação final da congruência taxonómica das bibliotecas de referência, nomeadamente assegurando a validade da associação entre o nome da espécie e o conjunto de DNA barcodes que a diagnosticam. Ao implementarmos este método aos nossos dados apenas alterámos a divergência patrística máxima (divergência entre 2 sequências medida directamente numa árvore filogenética) para 3%, de acordo com os padrões de variabilidade intraespecífica de COI-5P 44 Capítulo 2 conhecidos em poliquetas (Carr et al., 2011). Os 5 graus de fiabilidade taxonómica correspondem a: Nível A - Concordância externa: sequência agrupa com DNA barcodes da mesma espécie disponíveis em bases de dados públicas (obtidos por outros investigadores em projectos autónomos), formando um clado monofilético com divergência patrística máxima de 3%; Nível B - Concordância interna: sequência com correspondência interna apenas na nossa biblioteca (pelo menos 3 sequências), formando um clado monofilético com divergência patrística máxima de 3%; Nível C - Concordância sub-óptima: apesar de formarem um grupo monofilético, apresentam divergência intraespecífica >3% (dentro da nossa biblioteca ou comparativamente a sequências públicas); Nível D - Dados insuficientes: baixo número de espécimes analisados (1 ou 2); Nível E - DNA barcodes discordantes: DNA barcodes da espécie sob escrutínio agrupam no mesmo clado com sequências de outras espécies disponíveis em bases de dados públicas (e.g. erro de morfo-identificação ou parafília). 45 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses 2.3. Resultados 2.3.1. Biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas de estuário No âmbito deste estudo e dos projetos LusoMarBol e BEstBarcode foram recolhidos e analisados 482 espécimes de poliquetas provenientes de pelo menos 6 estuários diferentes em Portugal sendo identificadas mais de 70 espécies (Anexo/tabela T2). Desta coleção, foram obtidos 71 DNA barcodes distribuídos por vários projectos na BOLD (tabela 2.2). A esta compilação foram adicionadas 229 sequências COI-5P de poliquetas obtidas a partir do GenBank. Das 26 sequências geradas no âmbito exclusivo desta tese, 23 possuem 658 pb sendo que as restantes 3 variam entre os 547 e 634 pb. Não foram encontrados quaisquer codões STOP, nem inserções ou deleções após o alinhamento. Estas sequências correspondem a 6 ordens, 8 famílias e 16 espécies das quais 1 identificada apenas até à familia. Em termos globais (sequências não publicadas + GenBank), e como demonstrado na figura 2.5, este estudo fez recurso a DNA barcodes pertencentes a 7 ordens, 18 famílias e 87 espécies. O conjunto das 71 sequências da BOLD aqui analisadas, constituem um contributo inicial de 31 espécies (sendo que 4 identificadas apenas até ao género e 5 até á familia), para a construção de uma biblioteca de referências de DNA barcodes de poliquetas estuarinas reportadas na fauna marinha portuguesa. Tabela 2.2. Sequências de DNA barcodes de poliquetas analisadas neste estudo. Espécie, local de colheita, número de sequências e projecto BOLD ou referência associada. Projecto BOLD Polychaeta of Alentejo [PCALE] Polychaeta of University of Minho [SFPOM] Enhanced primers for amplification of DNA barcodes from a broad range of marine metazoans [LOBO] Polychaeta of Portugal [MPCPT] 46 Nº. De sequências 9 2 3 14 17 2 Local Estuário do Sado Estuário do Mira Estuário do Tejo Ria de Aveiro Estuário do Lima Estuário do Lima 10 Estuário do Sado 4 3 7 Estuário do Sado Estuário do Minho Estuário do Lima Referência Dados não publicados LusoMarBoL / BEstBarcode Lobo et al., 2013; Este estudo Este estudo Capítulo 2 Glyceridae (Phillodocida) Nephtyidae (Phillodocida) Polynoidae (Phillodocida) Sigalionidae (Phillodocida) Phyllodocidae (Phillodocida) Syllidae (Phillodocida) Nereididae (Phillodocida) Glycera nana Glycera capitata Glycera trydactila Glycera sp. Glycera alba Nephtys cirrosa Nephtys longosetosa Nephtys sp. Nephtys hystricis Nephtys hombergii Micronephthys minuta Bipalponephtys neotena Harmathoe impar Harmathoe imbricata Harmathoe glabra Lepidonotus clava Lepidonotus squamatus Polynoidae Sthenelais boa Phyllodoce maculata Phyllodocidae Eumida elektra Eumida alkyone Trypanosyllis zebra Syllis sp. Syllis elongata Perinereis vallata Perinereis cultrifera Perinereis longidonta Perinereis sp. Perinereis brevicirris Nereis Zonata Nereididae Perinereis falklandica Pseudonereis variegata Platynereis sp. Platynereis nadiae Perinereis gualpensis Hediste atoka Hediste diversicolor 0 5 10 BOLD 15 20 25 30 GenBank Figura 2.5. Número de sequências COI (BOLD + GenBank) distribuídas pelas diferentes espécies (com referência á família e ordem taxonómicas) abordadas neste trabalho. 47 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Spionidae (Spionida) Arenicolidae (Capitellida) Maldanidae (Capitellida) Orbinidae (Orbiniida) Oweniidae (Sabellida) Sabellaridae (Sabellida) Terebellida (Terebellidae) Cirratulidae (Terebbellida) Ampheratidae (Terebellida) Onuphidae (Eunicida) Eunicidae (Eunicida) Spio sp. Scolelepis squamata Scolelepis sp. Spionidae Scolelepis foliosa Arenicola marina Axiothella rubrocinta Euclymene santandarensis Euclymene robusta Axiothella constricta Maldanidae Praxillella affinis pacifica Euclymene zonalis Praxillella praetermissa Orbinidae Naineris quadricuspida Scoloplos acutus Scoloplos armiger Owenia fusiformis Galathowenia oculata Phragmatopoma californica Phragmatopoma caudata Sabellaria alveolata Terebellidae Polycirrus medusa Pista maculata Polycirrus sp. Cirratulus cirratus Cirriformia tentaculata Ampharete labrops Asabellides sp. Ampharete sp. Ampharetidae Alkmaria romijni Onuphys elegans Diopatra marocensis Diopatra neapolitana Diopatra cuprea Marphysa californica Marphysa brevitentaculata Marphysa viridis Marphysa sp. Marphysa sanguinea Lysidice collaris Palola viridis 0 2 BOLD 4 6 8 10 GenBank Figura 2.5. Número de sequências COI (BOLD + GenBank) distribuídas pelas diferentes espécies (com referência á família e ordem taxonómicas) abordadas neste trabalho (continuação). 48 Capítulo 2 2.3.2. Divergências nucleotídicas intra e interespecíficas congenéricas As distâncias médias globais intra e interespecíficas (K2P), considerando todas as espécies e géneros de poliquetas em estudo, encontram-se na tabela 2.3. O valor médio da divergência intraespecífica (dentro da espécie) foi de 3,15% (variação entre 0 – 33,27%), enquanto que a divergência média interespecífica congenérica atingiu o valor de 21% (variação entre 8,21–30,26%). Após a remoção das espécies que apresentavam ambiguidades taxonómicas de acordo com os nossos critérios de análise (ver 2.2.5 dos Métodos), as divergências médias intra e interespecífica diminuem para 0,60% (variação entre 0 – 2,82%) e 20,53% (variação entre 12,03 – 27,58%) respetivamente. Neste último cenário é possível observar a “barcoding gap” (Bucklin et al, 2010) que se concretiza pelo padrão geral de valores comparativamente baixos da divergência intraespecífica, e pelo facto da distância mínima congenérica ser superior à divergência intraespecifica máxima. Como também é demonstrado na tabela 2.3, foi excluído um número significativo de sequências desta análise pois tratavam-se de espécies representadas apenas por um espécime, ou apenas identificadas ao nível da família ou género, não tendo sido nestes casos encontradas sequências homólogas no GenBank para servirem de termo de comparação. Tabela 2.3. Divergências médias, mínimas e máximas globais dos géneros de poliquetas abordados neste estudo, calculadas pelo modelo K2P. A métrica TRR consiste no quociente entre as divergências médias inter e intraespecíficas. Distância intraespecífica* Distância interespecífica congenérica* Sequências (BOLD + GenBank) Taxa Distância mínima (%) Distância média (%) Distância máxima (%) 254 (49+ 205) 57 0 2,85 33,27 178 (35 + 143) 47 0 0,60 2,82 210 (48 + 162) 19 8,21 20,8 30,26 99 (22 + 77) 11 12,03 20,53 27,58 TRR 7,29 34,21 *Encontra-se também, realçado a negrito, o mesmo calculo das distâncias nucleotídicas mas sem as ambiguidades taxonómicas encontradas na árvore filogenética. Na tabela 2.4, estão detalhadas as distâncias intra e interespecíficas em alguns dos géneros mais bem representados nos nossos dados. Os géneros Nepthys, Diopatra, Perinereis e 49 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Scolelepis não aparentam ter quaisquer incongruências taxonómicas. Pelo contrário, os géneros Hediste, Praxilella, Glycera e Euclymene demonstram taxas de divergência intra e interespecíficas mal delimitadas e sobrepostas. Tal facto, torna-se ainda mais evidente na figura 2.7 pela ausência da “barcoding gap” no género Hediste, quando comparada ao género Nephtys na figura 2.6 onde é visível essa caraterística. Tabela 2.4. Divergências médias, mínimas e máximas intra e interespecíficas de géneros representativos da biblioteca COI em estudo, calculadas segundo o modelo K2P. Género Nephtys Género Diopatra Género Perinereis1 Género Scolelepis Género Hediste Género Praxillella Genero Glycera Género Euclymene Taxa Distância mínima (%) Distância média (%) Distância máxima (%) 9 2 0,17 0,72 1,95 Interespecífica 13 5 18,65 21,6 24,69 Intraespecífica 13 3 0 0,17 0,38 Interespecífica 13 3 20,48 21,6 22,49 Intraespecífica 27 6 0 0,20 1,22 Interespecífica 27 6 18,56 23,1 27,86 Intraespecífica 6 2 0 0,54 2,52 Interespecífica 7 3 22,47 24,7 27,58 Intraespecífica 54 2 0 6,6 15,27 Interespecífica 54 2 11,62 14,71 17,80 Intraespecífica 7 2 0,31 7,96 28,28 Interespecífica 7 2 22,74 23,7 28,28 Intraespecífica 11 3 0 10,1 26,71 Interespecífica 15 5 8,21 22,3 30,26 Intraespecífica 8 3 0 6,64 17,73 Interespecífica 8 3 19,39 23,4 26,56 Tipo de divergência Sequências usadas Intraespecífica 1 – Exclusão da espécie Perinereis falklandica no cálculo das divergências nucleotídicas 50 Freq. Relativa Capítulo 2 Nephtys 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Divergência nucleotídica (%) Freq. Relativa Figura 2.6. Divergências nucleotídicas intra (a amarelo) e interespecíficas (a vermelho) no género Nepthys. Resultados demonstraram uma baixa divergência dentro das espécies e uma alta divergência dentro do género resultando na formação da “barcoding gap”, bastante comum na maior parte dos grupos, quando há sucesso na descriminação de espécies através do marcador molecular COI (Bucklin et al, 2010). Hediste 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Divergência nucleotídica (%) Figura 2.7. Divergências nucleotídicas intra (a amarelo) e interespecíficas (a vermelho) no género Hediste. Resultados demonstraram taxas de divergência intra e interespecíficas mal delimitadas e sobrepostas resultando na ausência da “barcoding gap”. 51 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses 2.3.3. Árvore filogenética nucleotídica de DNA barcodes Através da análise da árvore NJ nucleotídica (figura F1 em anexo, com os respetivos MOTUs) e respetiva versão compactada na figura 2.8 é possível observar que no total das 87 espécies abordadas, 20 estão representadas por uma única sequência de COI, impossibilitando a análise da divergência intraespecífica e congruência taxonómica nesses casos. Entre as 67 espécies restantes, 79% agruparam em clados monofiléticos com baixa divergência (MOTUs com <3% de divergência intraespecífica) correspondentes às respetivas morfo-espécies e famílias, sendo as relações evolutivas entre os mesmos congruentes. As excepções a este padrão, foram o caso dos clados correspondentes a Perinereis falklandica e Pseudonereis variegata, Harmathoe imbricata, Praxilella praetermissa e Euclymene robusta (figura 2.9), Syllis elongata, Alkmaria romijni, Glycera alba e Glycera trydactila (figura 2.12), Marphysa sanguinea, Cirratulus cirratus, Hediste diversicolor (figura 2.10), Hediste atoka e a única espécie a representar a família Sigalionidae (MOTU 32: Sthenelais boa) que agrupou no mesmo clado que a família Polynoidae. Pela análise da árvore NJ de nucleótidos, e considerando apenas os contributos originais desta tese, composto por 71 DNA barcodes/31 espécies, observaram-se 8 espécies representadas por uma única sequência (ver tabela 2.5). Entre as restantes 23 espécies, 70% agruparam em clados monofiléticos de baixa divergência, e 30% apresentaram ambiguidades taxonómicas. As figuras 2.9 a 2.13 correspondem a seções da árvore NJ, que merecem particular destaque na discussão dos resultados, onde se realçam algumas das incongruências e pormenores mais relevantes. 52 Capítulo 2 100 Hediste diversicolor 99 Hediste atoka 24 99 100 Platynereis sp. BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE 39 17 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705185.1| CHILE 100 MOTU 16 BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705197.1| CHILE 63 Nereididae 57 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE 16 Perinereis gualpensis 100 100 100 15 18 Platynereis nadiae Perinereis longidonta 83 Perinereis sp. 100 100 Perinereis vallata 65 100 Perinereis brevicirris 38 60 Perinereis sp. 23 100 Nereis sp. 100 99 Glycera sp. BLAST Glycera alba - GenBank: JN852946.1| SWEDEN 98 Glyceridae 100 Glycera nana 97 100 Glycera capitata 100 Harmathoe imbricata 100 55 37 8 BLAST Harmothoe glabra - GenBank: JN852929.1| SWEDEN SFP4 - 001|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 87 100 LMBSAP29-001|Polynoidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 30 BLAST Harmothoe impar - GenBank: JN852930.1| SWEDEN 53 32 Polynoidae SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 31 BLAST Lepidonotus clava - GenBank: JN852934.1| SWEDEN 100 100 70 Lepidonotus squamatus 100 100 18 Sthenelais boa (Sigalionidae) Phragmatopoma caudata 85 80 Phragmatopoma californica Sabellaridae 100 Sabellaria alveolata 100 LPCSED3|Scolelepis foliosa| PORTUGAL (Estuario do Lima) 43 100 Spionidae 47 6 76 80 BLAST Spionidae - GenBank: HM375492.1| CANADA Scolelepis sp. 100 100 97 Spionidae Scolelepis squamata BLAST Spionidae - GenBank: HM375486.1| CANADA 60 100 Spio sp. 100 100 Polycirrus sp. 70 BLAST Terebellidae - GenBank: HM417788.1| RUSSIA 80 Terebellidae 55 Polycirrus medusa 100 Pista maculata 100 38 SFP1 - 001|Alkmaria romijni| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 44 (Ampharetidae) 100 SFP22 - 003|Ampharetidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 100 100 8 63 52 Eumida alkyone Eumida elektra 100 Phyllodocidae Phyllodoce maculata 100 Phyllodocidae 100 100 Ampharetidae 48 96 Ampharetede sp.COI - GenBank: HQ023432.1| Figura 2.8. Árvore NJ compactada66criada a partir deBLAST sequências de poliquetas deCANADA estuários de Portugal 97 83 AmphareteFoi sp. utilizado o modelo de evolução K2P e Ampharetidae em conjunto com sequências publicadas no GenBank. o teste de 100 100 Ampharete labrops a localização das diferentes famílias. Bootstrap com 1000 replicações. As chavetas laterais mostram 100 Asabellides sp. 100 93 100 94 10 Galotwenia oculata Owenia fusiformis 100 100 Owenidae 53 100 Micronephtys minuta Bipalponephtys neotena 100 63 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN Nephtyidae Terebellidae 80 55 Polycirrus medusa 100 Pista maculata 100 38 SFP1 - 001|Alkmaria romijni| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 100 poliquetas SFP22 - 003|Ampharetidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) Biblioteca de referência de DNA barcodes para de estuários portugueses 100 100 8 63 52 MOTU 44 (Ampharetidae) Eumida alkyone Eumida elektra 100 Phyllodocidae Phyllodoce maculata 100 Phyllodocidae 100 100 Ampharetidae 48 96 66 97 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023432.1| CANADA 83 Ampharete sp. Ampharetidae 100 100 Ampharete labrops 100 Asabellides sp. 100 93 100 94 Galotwenia oculata Owenidae Owenia fusiformis 10 100 100 Micronephtys minuta 100 Bipalponephtys neotena 100 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL 63 BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN 57 43 Nephtyidae BLAST Nephtys sp. - GenBank: HQ024111.1| CANADA 100 24 25 Nephtys longosetosa Nephtys hombergii 100 100 Arenicola marina (Arenicolidae) 100 Euclymene santanderensis 28 RR91|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 24 34 40 RR127|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 34 7 RR74|Leiochone leiopygos| PORTUGAL (Estuario do Sado) Axyothela rubrocincta 100 RR70|Praxillella praetermissa| PORTUGAL (Estuario do Sado) 78 100 80 52 8 Praxillella affinis pacifica Maldanidae BLAST Maldanidae - GenBank: HM473461.1| CANADA BLAST Maldanidae - GenBank: EU835661.1| AUSTRALIA BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 16 RR89|Axyothela constricta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 9 100 Praxillella praetermissa 26 100 100 60 Euclymene zonalis 100 Diopatra cuprea BLAST Onuphis elegans - GenBank: GQ497525.1| USA 100 26 75 Onuphidae Diopatra marocensis Diopatra neopolitana 100 100 Marphysa sp. 86 Marphysa sanguinea 28 100 BLAST Marphysa viridis - GenBank: GQ497553.1| USA 100 44 BLAST Marphysa brevitentaculata - GenBank: GQ497548.1| USA 47 Eunicidae BLAST Marphysa californica - GenBank: GQ497552.1| USA 100 39 Lysidice collaris Pallola viridis 100 100 58 99 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM473343.1| CANADA 100 9 Cirratulus cirratus BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM417794.1| RUSSIA 100 Cirratulidae Cirratulus cirratus 100 Cirriformia tentaculata 100 100 99 Scoloplos armiger 100 16 Scoloplos acutus Orbinidae 100 46 Naineris quadriscupida 100 RR97|Orbinidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903793.1| SPAIN 99 26 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903790.1| SPAIN 100 95 99 Syllis sp. Syllis sp. Syllidae 100 SS18|Trypanosyllis zebra| PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 75 Syllis elongata 100 OUTGROUP (Oligochaeta) 100 0.05 Figura 2.8. Árvore NJ compactada criada a partir de sequências de COI de poliquetas de estuários de Portugal em conjunto com sequências publicadas no GenBank. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As chavetas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). 54 Capítulo 2 Tabela 2.5 Espécies de poliquetas cujas sequências COI foram geradas no âmbito dos projetos de investigação associados a esta tese (LusoMarBoL e BestBarcode), e que a) agruparam em clados monofiléticos com menos de 3% de divergência nucleótidica, b) que evidenciaram incongruências taxonómicas ou c) representadas apenas por uma sequência. Espécime LMBSAP29-001 SFP4-001 SFP4-002 SFP6-002 SFP18-001 SFP18-002 SFP18-003 SFP18-004 SFP16-001 LMBP18-2 SFP20-002 SFP20-003 SFP20-1 SFP20-2 SFP24-001 SFP24-005 SFP24-002 SFP24-003 SFP26-001 SFP26-002 SFP26-003 RR074 LPCSED3 RR097 SFP27-001 LMBLP16-001 LMBSAP16-002 LMBSAP16-003 LMBSAP16-004 SFP13-001 LMBLP4-001 LMBLP4-002 SFP21-2 LMBSAP24-001 LMBSAP24-002 SS1 SS2 SFP5–001 SFP5–002 SFP5-003 RR101 RR111 LMBLP7-001 LMBSST13-001 RR089 RR078 RR090 RR116 Espécie correspondente Polynoidae (espécie 1) Polynoidae (espécie 2) Polynoidae (espécie 3) Diopatra neapolitana Perinereis sp. MOTUs (<3%) x Incongruências taxonómicas Sequência única x x x x Perinereis cultrifera Platynereis nadiae x Syllis sp. (espécie 1) x Syllis sp. (espécie 2) x Owenia fusiformis x Leiochone leiopygos Scolelepis foliosa x x x Orbiniidae Nephtys hombergii x Nepthys sp. Sabellaria alveolata x Nereididae x Nereis zonata Glycera sp. (espécie 1) x Glycera sp. (espécie 2) x Glycera alba Glycera tridactyla Phyllodocidae x x Axiothella constricta Euclymene santandarensis x x 55 100 58 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023458.1| CANADA 93 99 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672574.1| RUSSIA 100 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672611.1| RUSSIA MOTU 53 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672578.1| RUSSIA Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses SFP26 - 001|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 94 SFP26 - 003|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) SFP26 fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Tabela 2.5 Espécies de poliquetas cujas sequências COI- 002|Owenia foram geradas no âmbito dos projectos de investigação 39 Owenidae BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319473.1| FRANCE associados a esta tese (LusoMarBoL e BestBarcode), e que a) agruparam em clados monofiléticos com menos de 53 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319471.1| FRANCE MOTU 54 3% de divergência nucleótidica, b) que evidenciaram 71 incongruências taxonómicas ou c) representadas apenas por BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319469.1| FRANCE uma sequência (continuação). 30 100 Espécie correspondente Espécime LMBP23-1 11 LMBP23-2 LPTSED16, MSSED 5 MSSED7 64 MESED4 L1SED3957 42 SFP6-001 SFP7-001 22 SFP7-003 SFP1-001 25 SFP22-003 RR091 RR127 RR070 SFP28-001 LMBSAP23-001 LMBSAP27-001 SS18 21 19 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319459.1| FRANCE MOTUs (<3%) Incongruências taxonómicas Sequência única BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319457.1| FRANCE 35 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319458.1| FRANCE 42 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672399.1| RUSSIA Cirriformia tentaculata x 100 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672310.1| CANADA MOTU 55 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: HQ024378.1| CANADA 100 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672455.1| RUSSIA BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672457.1| RUSSIA 100 MOTU 56 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672458.1| RUSSIA 40 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL Hediste diversicolor x BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN BLAST Nephtys sp. - GenBank: HQ024111.1| CANADA 47 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023586.1| CANADA Nephtyidae 100 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: GU672313.1| CANADA MOTU 57 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023590.1| CANADA - 001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Alkmaria 90 SFP27romijni x 56 BLAST Nephtys hombergii - GenBank: GU179410.1| PORTUGAL Ampharetidae SFP13 - 001|Nephtys sp.| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Euclymene robusta hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) x LMBSAP16-004|Nephtys 100 MOTU 58 LMBSAP16-001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) PraxillellaLMBSAP16-002|Nephtys praetermissa hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) x 52 Sthenelais boa x 49 LMBSAP16-003|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) Marphysa sanguinea x BLAST Arenicola marina GenBank: JQ950326.1| FRANCE 63 54Marphysa BLAST Arenicola sp.marina - GenBank: JQ950327.1| FRANCE 67 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487320.1| NETHERLANDS Trypanosyllis zebra 60 97 x x BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487319.1| NETHERLANDS MOTU 59 (Arenicolidae) BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487321.1| NETHERLANDS 100 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023443.1| CANADA 100 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023449.1| CANADA 81 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023442.1| CANADA 43 RR78|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 5 100 RR116b|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 60 RR90|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 28 39 RR91|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 22 35 RR127|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 32 RR74|Leiochone leiopygos| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473325.1| CANADA MOTU 61 100 BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473326.1| CANADA RR70|Praxillella praetermissa| PORTUGAL (Estuario do Sado) 78 90 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 100 5 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA MOTU 62 Maldanidae 79 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473649.1| CANADA 52 BLAST Maldanidae - GenBank: HM473461.1| CANADA BLAST Maldanidae - GenBank: EU835661.1| AUSTRALIA BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 16 RR89|Axyothela constricta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 10 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672285.1| CANADA 99 100 25 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672610.1| CANADA MOTU 63 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672356.1| CANADA BLAST Euclymene zonalis - GenBank: GU672589.1| RUSSIA 100 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024016.1| CANADA 100 85 MOTU 64 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024015.1| CANADA 82 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428893.1| WESTERN EUROPE Diopatra cuprea - COI GenBank: WESTERN EUROPE de Figura 2.9. Parte da árvore100NJBLAST de sequências de FJ428892.1| poliquetas provenientes diversos locais geográficos com MOTU 65 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: detalhe na família63Maldanidae. Foi utilizado o modelo deFJ428894.1| evoluçãoWESTERN K2P e EUROPE o teste de Bootstrap com 1000 replicações. BLAST Onuphis - GenBank:famílias GQ497525.1| As linhas laterais mostram a localização daselegans diferentes e USA os MOTUs representam grupos monofiléticos com Diopatra marocensis - GenBank: FJ646632.1| PORTUGAL 62 BLAST <3% de divergência intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, 27 100 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: GQ456165.1| PORTUGAL MOTU 66 presentes na BOLD. BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ428915.1| WESTERN EUROPE Onuphidae SFP6 - 002|Diopatra neopolitana| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 73 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428951.1| WESTERN EUROPE 100 56 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428834.1| WESTERM EUROPE 31 4 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428848.1| WESTERN EUROPE BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: GQ456164.1| PORTUGAL 6 40 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: JQ950321.1| PORTUGAL 25 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: EU878539.1| PORTUGAL LMBSAP27-001|Marphysa sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 67 81 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603847.1| JAPAN MOTU 12 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603852.1| JAPAN 54 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603849.1| JAPAN 80 96 Nereididae BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603869.1| JAPAN Capítulo 2 MOTU 13 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603844.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603855.1| JAPAN 38 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN 50 MSSED7|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN MOTU 14 100 83 L1SED39|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 1 18 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603864.1| SFP6 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (RiaJAPAN de Aveiro) 99 20 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030976.1| 44 BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603859.1| JAPANFINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030979.1| FINLAND 97 3 64 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473626.1| CANADA 55 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030977.1| FINLAND MOTU 2 100 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473629.1| CANADA MOTU 15 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030981.1| FINLAND MOTU 2 BLAST Platynereis GenBank: HM473621.1| BLAST Hediste diversicolorsp. A -- GenBank: FJ030984.1|CANADA FINLAND 9 8 41 BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE MESED4|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Minho) 7 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: BLAST Perinereis falklandica - GenBank:FJ030975.1| HQ705185.1|FINLAND CHILE 100 MOTU 16 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030963.1| FINLAND BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705197.1| CHILE 63 MSSED5|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) MOTU 3 56 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030974.1| FINLAND 1515 14 15 39 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030972.1| FINLAND 33 Nereididae MOTU 4 BLAST Hediste diversicolor AB - GenBank: FJ030994.1| FINLAND MOTU 17 100 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705188.1| CHILE BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030968.1| FINLAND 99 54 99 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE LPTSED16|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) 33 SFP20-1|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 5 98 SFP7 - 003|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 46 SFP20 - 002|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 96 SFP7 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 18 100 SFP20-2|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030990.1| FINLAND 100 Hediste- 003|Platynereis diversicolor B -nadiae| GenBank: FJ030986.1| FINLAND PORTUGAL (Estuario do Lima) 78 BLAST SFP20 99 98 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030987.1| FINLAND MOTU 6 100 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705191.1| CHILE BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030985.1| FINLAND MOTU 19 19 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705190.1| CHILE 100 16 83 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030988.1| FINLAND MOTU 7 LMBSCt12-003|Perinereis PORTUGAL (Estuario doFINLAND Sado) 98 BLAST Hediste diversicolor Bsp.| - GenBank: FJ030989.1| 60 BLAST SFP17 Hediste- diversicolor - GenBank: FJ030993.1| FINLAND 003|PerinereisB sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 BLAST Hediste diversicolor B GenBank: FJ030991.1| FINLAND 100 SFP17 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 51 Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030992.1| FINLAND 80 BLAST MOTU 20 MOTU 8 SFP17 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 86 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603887.1| JAPAN 99 73 Perinereis vallata - GenBank: HQ705192.1| CHILE 91 BLAST BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603878.1| JAPAN Figura 2.10. Parte da árvore NJ99 de sequências COI- GenBank: de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos com 71 BLAST BLAST Perinereis HQ705193.1| CHILE Hediste atoka - vallata GenBank: AB603876.1| JAPAN detalhe na espécie Hediste diversicolor (Nereididae). Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap 41 BLASTBLAST Hediste atoka - GenBank: AB603877.1| JAPANCHILE Perinereis vallata - GenBank: HQ705196.1| 100 laterais mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs representam com 1000 replicações. As 89linhas MOTU 21 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603874.1| JAPAN BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676180.1| INDIAMOTU 9 grupos monofiléticos com56 <3% deHediste divergência intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências BLAST atoka - GenBank: AB603884.1| JAPAN BLAST Perinereis vallata -que GenBank: JX676159.1| INDIA 58 desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências BLAST Hediste atoka GenBank: AB603875.1| JAPAN 100 94 BLAST Perinereis vallata GenBank: JX676143.1| INDIA desenvolvidas no âmbito dos projetos LusoMarBoL e BestBarcode, presentes na BOLD BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603883.1| JAPAN 67 37 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank:JAPAN JX503025.1| SOUTH KOREA BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603880.1| 100 BLAST 100 Hediste atoka - GenBank: AB603885.1| BLAST Perinereis brevicirris - GenBank:JAPAN JX503024.1| SOUTH KOREA MOTU 10 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503026.1| SOUTH KOREA 87 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603862.1| JAPAN 60 99 26 MOTU 22 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603886.1| JAPAN 100 SFP18 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 99 54 BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603860.1| JAPAN MOTU 11 SFP18 - 001|Perinereis PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Hediste atoka - GenBank: sp.| AB603861.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka- 001|Perinereis - Genbank: AB603868.1| JAPAN SFP16 sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 46 atoka - GenBank: sp.| AB603853.1| 56 BLAST Hediste SFP18 - 004|Perinereis PORTUGALJAPAN (Estuario do Lima) 56 81 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603847.1| JAPAN LMBP18-2|Perinereis cultrifera PORTUGAL (EstuarioMOTU do Lima) 12 31 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603852.1| JAPAN MOTU 23 Nereididae 21 SFP18 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603849.1| JAPAN 23 MOTU 13 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603844.1| JAPAN SS2|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) atoka - GenBank: AB603855.1| JAPAN 100 BLAST Hediste 100 LMBSAP24-002|Nereididae | PORTUGAL (Estuario 38 MOTU 24 do Sado) BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN 94 LMBSAP24-001|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN MOTU 14 83 18 Nereididae PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Hediste atoka -zonata| GenBank: AB603869.1| JAPAN 43 SS1|Nereis 80 96 PORTUGALJAPAN (Estuario do Lima) 46 SFP5 BLAST Hediste atoka- 003|Glycera - GenBank:sp.| AB603864.1| 99 Lima) Figura 2.11. Parte da árvore NJ de sequências COI de poliquetasdoprovenientes de diversos locais geográficos MOTU 25 100 BLAST Platynereis sp. GenBank: HM473626.1| CANADA 64 RR101|Glycera alba| PORTUGAL (Estuario do Sado) o modelo de evolução K2P e o teste de com detalhe nas espécies Perinereis cultrífera e Nereis zonata. Foi utilizado 100 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473629.1| CANADA MOTU 15 Bootstrap com 1000 98replicações. As linhas lateraistridactyla| mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs RR111|Glycera PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473621.1| CANADA representam grupos monofiléticos com SFP5 <3%- 001|Glycera de divergência intraespecífica. sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) Realçado a verde encontram-se as BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE 41 sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as que estão sublinhadas a azul, são as restantes BLASTfalklandica Glycera alba- GenBank: - GenBank: JN852946.1| SWEDEN BLAST Perinereis HQ705185.1| CHILE 100 97 MOTU 16 sequências desenvolvidas no BLAST âmbito dos projetos LusoMarBoL e BestBarcode, presentes na BOLD. Pseudonereis variegata CHILE BLAST Glycera nana- -GenBank: GenBank: HQ705197.1| HQ932551.1| CANADA 57 SFP5 44 BLAST Hediste PORTUGAL (Estuario atoka- 002|Glycera - Genbank: sp.| AB603859.1| JAPAN 63 15 100 56 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932562.1| CANADA 96 MOTU 26 Glyceridae BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932532.1| CANADA 100 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705188.1| CHILE MOTU 17 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024310.1| CANADA 93 99 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE 100 BLAST Glyceranadiae| capitataPORTUGAL - GenBank: HQ024311.1| (Estuario do CANADA Lima) 33 SFP20-1|Platynereis 46 SFP20 - 002|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Glycera capitata - GenBank: HM473749.1| CANADA 100 100 SFP20-2|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672482.1| RUSSIA 79 MOTU 18 MOTU 27 57 SFP18 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 SFP16 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 46 MOTU 23 SFP18 - 004|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 56 Biblioteca de referência de DNA barcodes para 31poliquetas de estuários portugueses LMBP18-2|Perinereis cultrifera PORTUGAL (Estuario do Lima) 21 SFP18 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 23 43 SS1|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) SS2|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 24 100 LMBSAP24-002|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 94 LMBSAP24-001|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 46 SFP5 - 003|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 57 SFP5 - 002|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 25 100 RR101|Glycera alba| PORTUGAL (Estuario do Sado) 98 RR111|Glycera tridactyla| PORTUGAL (Estuario do Sado) SFP5 - 001|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Glycera alba - GenBank: JN852946.1| SWEDEN 97 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932551.1| CANADA 100 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932562.1| CANADA 96 MOTU 26 Glyceridae BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932532.1| CANADA 93 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024310.1| CANADA 100 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024311.1| CANADA 100 BLAST Glycera capitata - GenBank: HM473749.1| CANADA MOTU 27 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672482.1| RUSSIA 79 76 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672465.1| RUSSIA 9 68 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672489.1| RUSSIA 41 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473415.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473408.1| CANADA MOTU 28 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473424.1| CANADA Figura 2.12. Parte da árvore100NJ de sequências COI de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024044.1| CANADA com detalhe na família Glyceridae. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 54 MOTU 29 100 BLASTaHarmothoe imbricatadas - GenBank: HQ024056.1| CANADAe os MOTUs representam grupos replicações. As linhas laterais mostram localização diferentes famílias 38 BLAST Harmothoe glabra - GenBank: JN852929.1| Polynoidae monofiléticos com <3% de divergência intraespecífica. RealçadoSWEDEN a verde encontram-se as sequências - 001|Polynoidae | PORTUGAL (Ria desublinhadas Aveiro) desenvolvidas por 88este trabalho, SFP4 enquanto que as que estão a azul, são as restantes sequências | PORTUGAL (Estuario do Sado) na BOLD desenvolvidas no âmbito dos projetos LusoMarBoL e BestBarcode, presentes 100 LMBSAP29-001|Polynoidae MOTU 30 BLAST Harmothoe impar - GenBank: JN852930.1| SWEDEN 51 SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 32 MOTU 31 100 BLAST Lepidonotus clava - GenBank: JN852934.1| SWEDEN 100 SFP28 - 001|Sthenelais boa| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 32 (Sigalionidae) BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY839587.1| SWEDEN BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473448.1| CANADA 2.3.4. Árvore filogenética aminoacídica de DNA barcodes BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473445.1| CANADA MOTU 33 (Polynoidae) 71 100 100 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473444.1| CANADA 97 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172736.1| USA A figura 2.13 apresenta a árvore NJ em radiação baseada aminoacídicas 100 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172741.1| USA nas MOTUsequências 34 16 com as diferentes84 ordens representadas por diferentes cores (árvore completa em estrutura de BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172688.1| USA BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172755.1| USA Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172704.1| USA 100 79 cladograma disponibilizada emBLAST anexo na figura F2). MOTU 35 Sabellaridae 60 BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172683.1| USA SFP21-2 das Sabellaria alveolata| PORTUGAL do Lima) De notar que a maioria (57%) ordens, e das (Estuario famílias dentro de cada ordem, formaram LMBLP4-001|Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Tejo) MOTU 36 grupos monofiléticos. As exceções mais evidentes a este (Estuario padrão, são os casos dos membros da 36 LMBLP4-002|Sabellaria alveolata| PORTUGAL do Tejo) 100 40 ordem Eunicida e Sabellida que BLAST se Spionidae separaram em dois grupos distintos, com cada grupo a - GenBank: GU672502.1| RUSSIA LPCSED3|Scolelepis foliosa| PORTUGAL (Estuario do Lima) 63 BLAST Spionidae - GenBank: HQ024464.1| CANADA MOTU 37 corresponder a uma45família em ambos os casos. Nos membros da ordem Phyllodocida também 100 5 BLAST Spionidae - GenBank: GU672476.1| RUSSIA BLAST Spionidae - GenBank: CANADA se observa uma77 discrepância, nomeadamente nosHM375492.1| membros da família Syllidae que se encontra 75 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024461.1| CANADA entre as ordens Eunicida e Orbiniida, e bastante afastada da restantes famílias da mesma BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024462.1| CANADA MOTU 38 100 ordem. 58 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024460.1| CANADA Spionidae 99 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA 97 100 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA MOTU 39 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA BLAST Spionidae - GenBank: HM375486.1| CANADA 60 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023791.1| CANADA 100 100 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023788.1| CANADA MOTU 40 53 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023790.1| CANADA 58 100 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024452.1| CANADA 100 68 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024453.1| CANADA BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024451.1| CANADA BLAST Terebellidae - GenBank: HM417788.1| RUSSIA MOTU 41 Capítulo 2 Ordem Phyllodocida Ordem Sabellida Ordem Spionida Ordem Capittelida Ordem Eunicida Ordem Orbiniida Ordem Terebellida OUTGROUP (Oligochaeta) 0.05 Figura 2.13. Árvore NJ em radiação de sequências COI traduzidas (aminoácidos) de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução Jones-Taylor-Thornton (JTT) e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. 2.3.5. Sistema BIN (Barcode Index Number) Na tabela 2.6 encontram-se resumidos os números de BINs, e dos registos taxonomicamente concordantes, discordantes e de BINs com apenas um membro (singletons) para os 71 DNA barcodes em estudo. Duas sequências COI não tiveram um BIN atríbuído, devido a uma troca de identidade dos espécimes no projecto da BOLD. A atribuição taxonómica de Nereididae aos espécimes LMBSAP24-001 e LMBSAP24-002 foi feita após construção da árvore filogenética. Nas tabelas 2.7, 2.8 e 2.9 estão detalhadas as espécies que pertencem a BINs concordantes, representadas por uma única sequência, e os BINs que apresentam discordâncias, respetivamente. 59 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Tabela 2.6. Resumo do número de BINs e registos taxonómicamente concordantes, discordantes e BINs com apenas um membro (Singletons). Em 71 registos da biblioteca de 71 DNA barcodes analisada, 69 tiveram a atribuição de um BIN, representando um total de 35 BINs. N.º BINs N.º Registos Taxonómicamente concordantes: 19 48 Taxonómicamente discordantes: 1 6 Singletons: 15 15 Tabela 2.7. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonómicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo. Espécimes Identificação morfológica RR078 Euclymene santandarensis RR116 Euclymene santandarensis RR090 Euclymene santandarensis RR101 Glycera alba SFP5-002 Glycera sp. SFP5-003 Glycera sp. LPTSED16 Hediste diversicolor SFP7-001 Hediste diversicolor SFP7-003 Hediste diversicolor MSSED7 Hediste diversicolor L1SED39 Hediste diversicolor SFP6-001 Hediste diversicolor LMBP23-1 Cirriformia tentaculta LMBP23-2 60 Cirriformia tentaculata BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN BOLD:ACG0681 (0.31%) 3 BOLD:AAY5542 (0.15%) 3 BOLD:AAY5198 (1.22%) 3 group sp. A AA-2008 2.53% BOLD:ABZ5903 (0.48%) 3 group sp. A AA-2008 2.17% BOLD:ACI2312 (0.95%) 2 Distância ao membro do BIN mais próximo Euclymene sp. 16.53% Glycera tridactyla 2.44% Hediste diversicolor Hediste diversicolor Cirriformia filigera 20.38% Capítulo 2 Tabela 2.7. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonómicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo (continuação). Espécimes Identificação morfológica SS01 Nereis zonata SS02 Nereis zonata LMBP18-2 Perinereis cultrifera SFP18-001 Perinereis sp. SFP18-002 Perinereis sp. SFP18-003 Perinereis sp. SFP18-004 Perinereis sp. SFP16-001 Perinereis sp. SFP6-002 Diopatra neapolitana SFP20-1 Platynereis nadiae SFP20-2 Platynereis nadiae SFP20-002 Platynereis nadiae SFP20-003 Platynereis nadiae LMBLP7001 LMBSST13001 SFP21-2 LMBLP4001 LMBLP4002 SFP1-001 Phyllodocidae Phyllodocidae BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN BOLD:ACH5486 (0.96%) 2 BOLD:AAY5413 (0.96%) 6 BOLD:AAX9469 (1.8%) 85 BOLD:ABY1368 (0.48%) 4 BOLD:AAY5110 (0.16%) 2 Eumida longicornuta 15.22% BOLD:AAY7553 (0%) 3 Sabellariidae 19.46% ( BOLD:AAY8419 (0%) 2 BOLD:AAY5218 (0%) 2 Distância ao membro do BIN mais próximo Hediste diversicolor 20.22% Nereididae 15.97% Diopatra dentata 3.93% Platynereis dumerilii 17.01% Sabellaria alveolata Sabellaria alveolata Sabellaria alveolata Alkmaria romijni SFP22-003 Ampharetidae LMBSAP23001 Marphysa sanguinea Enchytraeidaegen sp. 19.61% Marphysa sanguinea 2.35% 61 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Tabela 2.7. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonómicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo (continuação). BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Distância ao membro do BIN mais próximo BOLD:AAY5414 (0%) 4 Perinereis longidonta Espécimes Identificação morfológica SFP17-001 Perinereis sp. SFP17-002 Perinereis sp. SFP17-003 Perinereis sp. LMBSCt12003 Perinereis sp. SFP4-002 Polynoidae BOLD:AAY7885 (0.85%) 2 LMBSAP29001 Polynoidae BOLD:AAY5847 (0.96%) 4 SFP26-001 Owenia fusiformis SFP26-002 Owenia fusiformis BOLD:AAY9554 (0.8%) 31 SFP26-003 Owenia fusiformis SFP24-001 Syllis sp. BOLD:AAY5331 (0.33%) 2 BOLD:AAY5332 (0.33%) 2 SFP24-005 Syllis sp. SFP24-002 Syllis sp. Syllis sp. SFP24-003 15.03% Lepidasthenia sp. 6.63% Harmothoe cf. impar 12.68% Owenia cf. mirrawa 14.66% Typosyllis adamanteus kurilensis 15.03% Syllis sp. 17.66% Tabela 2.8. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs com apenas um membro (Singletons). Pode-se observar também a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo. 62 Espécimes Identificação morfológica BIN RR089 Axiothella constricta BOLD:ACG0776 RR091 Euclymene robusta BOLD:ACG1021 RR127 Euclymene robusta BOLD:ACG1020 RR074 Leiochone leiopygos BOLD:ACG0717 Distância ao membro do BIN mais próximo Praxillella affinis 12.16% Euclymene sp. 15.57% Euclymene sp. 12.68% Euclymene sp. 15.89%1 Capítulo 2 Tabela 2.8. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs com apenas um membro (Singletons). Pode-se observar também a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo (continuação) Espécimes Identificação morfológica BIN RR097 Orbiniidae BOLD:ACG0076 Distância ao membro do BIN mais próximo Haploscoloplos elongatus 21.94% RR070 Praxillella praetermissa Scolelepis foliosa LPCSED3 Glycera tridactyla RR111 BOLD:ACF9830 BOLD:ACG1122 BOLD:ACG1165 Heteroclymene robusta 14.29% Scolelepis daphoinos 15.57% Glycera sp. 2.44% Hediste diversicolor MESED4 Hediste diversicolor BOLD:ACG1109 group sp. A AA-2008 2.17% MSSED5 Hediste diversicolor BOLD:ACG1110 group sp. A AA-2008 1,99% SS18 Trypanosyllis zebra BOLD:ACH7277 SFP4-001 Polynoidae Hediste diversicolor BOLD:AAY7884 SFP5-001 Glycera sp. BOLD:AAY5541 SFP28-001 Sthenelais boa BOLD:AAZ0896 LMBSAP27001 Marphysa sp. BOLD:AAY5846 Syllis gracilis 14.95% Harmathoe sp. 14.61% Glycera alba 19.74% Polynoidae 20.06% Marphysa sanguinea 4.64% Tabela 2.9. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonómicamente discordantes com indicação do nivel taxonómico em que a incongruência ocorre. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo. Espécimes LMBLP16-001 LMBSAP16-002 LMBSAP16-003 LMBSAP16-004 SFP27-001 SFP13-001 Identificação morfológica Nepthys hombergii Nepthys hombergii Nepthys hombergii Nepthys hombergii Nephtys hombergii BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Nível do confito taxonómico BOLD:AAH7451 (4.42%) 70 Género: Nephys [69], Aglaophamus [1] Distância ao membro do BIN mais próximo Nephtys hombergii 14.52% Nephtys sp. 63 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses 2.3.6. Sistema de classificação De acordo com os resultados da figura 2.14 e mais detalhado na tabela 2.10 com a classificação individual das sequências COI para cada espécie da biblioteca de 71 DNA barcodes aqui analisada, conclui-se que 39% das sequências COI correspondentes a 21 espécies de poliquetas (apenas os espécimes identificados até ao nível taxonómico de espécie foram contabilizados) possuem uma elevada fiabilidade nas identificações morfológicas (níveis A+B). As restantes 61% (níveis C+D+E), possuem divergências intra-específicas elevadas (14,3%), dados insuficientes (33,3%) ou DNA barcodes incongruentes (14,3%). E 14% A 15% B 24% D 33% C 14% Figura 2.14. Representação gráfica da classificação atribuída a DNA barcodes correspondentes a 21 espécies analisadas neste trabalho, pelos diferentes níveis de qualidade do sistema de fiabilidade taxonómica proposto por Costa et al. (2012). Níveis: A- Concordância externa; B- Concordância interna; C- Concordância sub-óptima; DDados insuficientes; E- DNA barcodes discordantes. 64 Capítulo 2 Tabela 2.10. Atribuição das classificações de fiabilidade taxonómica (A a E) aos DNA barcodes correspondentes a 21 espécies de poliquetas estuarinas de Portugal, de acordo com o sistema de classificação proposto por Costa et al. (2012). Identificação taxonómica Classificação Axiothella constricta D Euclymene robusta D Euclymene santandarensis B Leiochone leiopygos D Praxillella praetermissa E Glycera alba C Glycera tridactyla C Scolelepis foliosa D Cirriformia tentaculata D Hediste diversicolor C Nereis zonata B Perinereis cultrífera B Platynereis nadiae B Sabellaria alveolata B Trypanosyllis zebra E Alkmaria romijni D Diopatra neapolitana A Marphysa sanguinea E Nephtys hombergii A Owenia fusiformis A Sthenelais boa D 65 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses 2.4. Discussão O desenvolvimento de uma biblioteca de DNA barcodes robusta para qualquer grupo taxonómico de um determinado local ou habitat, exige o levantamento de um elevado número de DNA barcodes de forma a assegurar a representatividade tanto da diversidade sistemática da região como da variabilidade intraespecífica. Este estudo gerou 26 novas sequências COI, avaliando também 45 outras sequências de poliquetas de estuário portuguesas, correspondendo a 31 espécies, sendo que 9 foram identificadas apenas até ao género ou familia. Trata-se de um número relativamente pequeno comparativamente com a amostragem feita neste estudo (tabela T2, em anexo) e com a aparente biodiversidade dessa classe de anelídeos em Portugal (tabela T1, em anexo). Algumas das razões de carácter técnico que motivam esta discrepância serão discutidas mais abaixo. De qualquer modo, com o estudo presente pretendeu-se apenas desenvolver a etapa inicial de criação de um sistema de identificação de espécies de poliquetas mais rigoroso e auditável. Teóricamente, tendo em conta vários estudos realizados, seriam suficientes entre uma a três sequências de uma determinada espécie para que seja feita uma identificação viável e rigorosa, independentemente do local de recolha do espécime (Moritz & Cicero 2004; Dasmahapatra & Mallet 2006; Ward et al. 2008). Este nível de amostragem poderá ser suficiente a um nível regional, contudo, ao nível continental, o número necessário de espécimes e populações a analisar deverá ser muito superior (Bergsten et al., 2012). Contudo, os mesmos DNA barcodes têm contribuído para revelar a existência provável de muito mais espécies dos que as que foram até agora diagnosticadas em quase todos os grandes grupos de organismos, entre as quais numerosas espécies crípticas, que têm vindo a ser detetadas com uma frequência crescente à medida que se vulgariza a utilização de métodos moleculares (Costa & Carvalho 2010). 2.4.1. Amplificação e sequenciação do marcador molecular COI-5P A dificuldade de amplificação de DNA barcodes especialmente em invertebrados marinhos, incluindo os poliquetas, com os primers mais comumente utilizados (p.e. Folmer, 1994), levou à procura de primers alternativos. Este trabalho contribuíu para testar uma 66 Capítulo 2 abordagem alternativa com recurso a um par de primers degenerados situados exatamente sobre a mesma zona de hibridização que os primers Folmer (Lobo et al., 2013). Estes primers revelaram taxas de sucesso de amplificação muito superiores em vários grupos de organismos marinhos, incluindo os poliquetas. No entanto, nos testes efetuados inicialmente, as condições de realização do PCR, tanto a nível de concentrações de reagentes e qualidade do reagentes (p.e. Taq polimerase), como a nível ciclo de PCR e temperatura de hibridização, não estavam ainda optimizadas. Entre as sequências geradas no âmbito desta tese, foram apenas testados dois conjuntos de primers (LoboF1/LoboR1 e o cocktail COI-2 descrito em Ivanova et al. 2007). De um modo geral observou-se que o sucesso da amplificação alternava entre estes primers dependendo do género/espécie do poliqueta do qual provinha o extrato de DNA. Por outro lado, nas amostras processadas no BIO, as taxas de sucesso de amplificação foram relativamente modestas utilizando os primers específicos para poliquetas poliLCO/HCO (Carr et al. 2011). Estas dificuldades na obtenção de elevadas taxas de sucesso na amplificação de poliquetas poderão derivar da grande variabilidade na região de hibridização do primer nesta classe, que apresenta distâncias relativamente elevadas nas sequências de COI entre os seus membros (como demonstrado pelas distâncias médias congenéricas). Desde modo, atendendo às soluções atualmente disponíveis, sugerimos a utilização de vários pares de primers alternativos de forma sequencial para amplificação de DNA barcodes de comunidades poliquetas de elevada diversidade. A disponibilidade de um maior leque de primers alternativos, poderia aumentar consideravelmente o número de amplificações e futuras sequências disponíveis. 2.4.2. Performance dos DNA barcodes na diferenciação de espécies de poliquetas No geral, considerando não só as análises de divergência nucleotídicas, mas também as reconstruções filogenéticas (figura 2.8 e figura F1, em anexo), todos os indicadores apresentados confirmam a capacidade do COI em demarcar e diferenciar diferentes níveis taxonómicos. Podem-se encontrar facilmente padrões de organização dos espécimes sendo evidente o agrupamento destes em clados coincidentes com níveis taxonómicos bem definidos como espécie e género ou a partilha de um ancestral comum em clados de niveis taxonómicos mais profundos como a família ou mesmo a ordem como se observa na árvore NJ de 67 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses aminoácidos (figura 2.14 com maior detalhe na figura F2, em anexo). Nesta árvore de aminoácidos é evidenciada a redundância no código genético (diferentes nucleótidos a produzirem os mesmos amino-ácidos) ao nível do género e espécie. Entre as famílias estudadas este facto é particularmente evidente no caso da família Nereididae, onde espécies claramente distintas quando analisadas a nível nucleotídico possuem exatamente a mesma sequência amino-acídica. Apesar desses pormenores, a árvore baseada nas sequências de aminoácidos apresentou maior resolução para as filogenias mais profundas, recuperando os traços de ancestralidade mais profundos e agrupando monofiléticamente a maioria das ordens. Devido a possuir taxas de substituição nucleótidicas comparativamente rápidas, o gene COI, tem tendência a perder os traços evolutivos mais antigos, sendo mais adequado a reconstrução filogenéticas mais recentes, descriminando de forma mais efetiva níveis taxonómicos mais baixos como o género e espécie. No entanto, tem-se verificado que, pelo menos em alguns organismos como os crustáceos (Costa et al., 2007; Costa et al., 2009), é possivel recuperar a ancestralidade a um nível mais profundo (família, ordem) utilizando as sequências de aminoácidos dos DNA barcodes. Verificámos alguma capacidade idêntica em várias espécies de poliquetas analisadas no presente estudo, embora com as exceções já anotadas nos resultados. No caso dos estudos efetuados em crustáceos (Costa et al., 2007) alguns dos grupos incongruentes incluíam famílias de formas parasitas que apresentam padrões e ritmos de evolução peculiares. A análise mais detalhada das caraterísticas ecológicas e demográficas dos grupos de poliquetas mais divergentes poderá fornecer algumas pistas para as bases biológicas dessa divergência. Importa realçar ainda que, segundo o WoRMS (http://www.marinespecies .org/), as ordens Capitellida e Orbiniida são consideradas “nomen dubium” não sendo usadas atualmente, tendo como consequência que as famílias Maldanidae, Arenicolidae e Orbiniidae não estarem incluídas em nenhuma ordem. No entanto, para poder agrupar todos os espécimes ao mesmo nível taxonómico optou-se pela utilização desse taxa. O nível de resolução taxonómica observado ao nível da espécie (TRR cerca de 30x, tabela 2.3), está dentro da gama de valores observados em outros grupos animais (ex: Costa et al., 2009; Hebert et al., 2003b). As divergências intraespecíficas e interespecíficas congenéricas observadas neste capítulo estão também dentro da gama de variação reportada em outros estudos de DNA barcodes de poliquetas [0,35% e 16,8%, respetivamente no estudo de Carr et al. (2011) com as diferenças dentro do género a serem ligeiramernte superiores no capítulo desta tese (20,1%)]. Quando comparadas as divergências interespecíficas congenéricas observados em 68 Capítulo 2 poliquetas com outros grupos taxonómicos, verifica-se que os poliquetas se intregram no grupo que apresenta no geral valores maiores. Por exemplo, as divergências interespecíficas congenéricas médias em vertebrados como os peixes são de 8,4% (Ward, 2009), e nas aves é de 5,54% (Ward, 2009), enquanto em invertebrados marinhos, como os anfípodes é de cerca de 26% (Costa et al., 2009), o que se aproxima mais dos 20,8% encontrados nos poliquetas neste estudo. A aparente incapacidade dos DNA barcodes para discriminarem sem ambiguidade 21% das 67 espécies passíveis de análise, requer um exame mais detalhado. Em estudos de DNA barcoding podem existir razões biológicas ou operacionais para a ocorrência de discrepâncias entre as identificações morfológicas originais e os resultados evidenciados pelas sequências. As razões biológicas resultam típicamente da existência de múltiplas unidades biológicas independentes dentro do que é considerado uma morfo-espécie, ou da efetiva incapacidade das sequências de discriminarem espécies que divergiram recentemente ou que ainda hibridizam. Por outro lado, as justificações operacionais resultam típicamente de erros nas identificações com base na morfologia, erros de etiquetagem ou da contaminação cruzada entre amostras (Hebert et al., 2003a; Hebert et al., 2003b). Parte das discrepâncias observadas virá provavelmente confirmar a enorme dificuldade que há na identificação taxonómica desta classe de anelídeos, muitas delas possivelmente evidenciadas pela confrontação com dados moleculares, e sem os quais não seriam notadas. Algumas discrepâncias com origem provável em erros de identificação estão patentes em sequências depositadas no GenBank (usadas como base de comparação em relação aos espécimes deste estudo), como são exemplo os espécimes identificados como Perinereis falklandica e Pseudomereis variegata, que se agrupam no mesmo MOTU (#16), ou o caso das duas sequências de Trypanosyllis zebra que, em conjunto com o espécime da mesma espécie identificado neste trabalho (SS18), não agruparam no mesmo MOTU, ocorrendo cada um numa posição diferente na árvore NJ sugerindo 3 espécies distintas. Outros exemplos onde dados do GenBank demonstram incongruências, podendo até haver a ocorrência de espécies ocultas, podem ser encontrados nas espécies Harmothoe imbricata (MOTUs 28 e 29), Syllis elongata (MOTUs 79 e 80), Cirratulus cirratus (MOTU 71 e 72), Hediste atoka (MOTUs 9-14) e Hediste diversicolor (MOTUs 1-8), onde se dividem pelo menos em dois MOTUs, o que contribui significativamente na disparidade de resultados encontrados nas tabela de divergências 69 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses nucleótidícas e nos MOTUs diferenciados na árvore NJ de nucleótidos, revelando a necessidade de uma revisão taxonómica nos DNA barcodes públicos disponíveis para os poliquetas. Em relação às 31 espécies, correspondentes aos 71 DNA barcodes originais integrados nesta tese, foram encontradas incongruências em 7 espécies (tabela 2.5). Entre estas, merece um realce especial o caso do poliqueta Hediste diversicolor (Nereididae) que se encontra distribuído por 8 MOTUs distintos, todos incluíndo membros desta espécie, o que sugere a possibilidade da ocorrência de espécies ocultas (discutido em maior profundidade no ponto 2.4.3). O espécime inicialmente identificado como membro da família Ampharetidae (SFP28001), agrupou no MOTU 44 com o espécime SFP1-001 identificado como a espécie Alkmaria romijni, mas estes por seu lado, não se agruparam com as sequências da mesma família obtidas a partir do GenBank. Pelo contrário, agruparam num clado distante, sugerindo diferentes ancestrais, mais próximos da familia Terebellidae. Foram pesquisados pelo menos 2 géneros diferentes da familia Ampharetidade (MOTU 49-52), o que aumenta a probabilidade de um equívoco nas identificações taxonómicas originais ou então uma possível contaminação das amostras. Por outro lado, não foram detetadas ambiguidades taxonómicas em 16 espécies podendo-se até, em alguns casos, usar esta ferramenta molecular para descobrir a identidade de espécimes identificados apenas até à família ou género como são exemplo os espécimes SFP18- 001, SFP18-002, SFP18-003 e SFP18-004 identificados como Perinereis sp., delimitados no MOTU 23 (figura 2.11) que poderão pertencer à espécie Perinereis cultrifera (Nereididae), caso a identificação do espécime LMBP18-2 esteja correta. Infelizmente, não foi possivel encontrar sequências homólogas no GenBank ou até mesmo na BOLD para que se possam retirar conclusões definitivas. Estes 71 DNA barcodes foram também sujeitos a uma análise pelo sistema BIN. De recordar que o BOLD é um ambiente de trabalho em constante atualização, cujos registos taxonómicos incluem dados publicados e não publicados. Os utilizadores desta plataforma poderão encontrar trabalhos taxonómicos discordantes, especialmente entre os registros não publicados, mas a “regra da maioria” é uma forma útil de avaliar a validade de uma identificação em particular (Ratnasingham & Hebert, 2013). Tendo presentes estes factos, e considerando o número de singletons (tabela 2.8), e o facto de entre os BINs concordantes (tabela 2.7) apenas 21,05% destes possuírem sequências provenientes de outros estudos, podese concluir que grande parte das sequências obtidas para esta tese são únicas dentro da base 70 Capítulo 2 de dados da BOLD, realçando o estado ainda incipiente de completitude das bibliotecas de DNA barcodes nesta classe de invertebrados. Nos casos onde foi encontrado um número elevado de membros por BIN, foi possivel aumentar a confiança nas identificações taxonómicas feitas para esses espécimes. São exemplo as sequências COI pertencentes às espécies Diopatra neopolitana e Owenia fusiformis com 31 e 85 membros respetivamente. Apesar da espécie Nepthys hombergii pertencer a um BIN discordante (tabela 2.9), a discrepância tem origem em apenas 2 identificações discordantes (1 dentro do BIN e 1 outra no BIN mais próximo) entre 68 sequências concordantes, pelo que aplicando a regra da maioria, é provável que os dois membros discordantes resultem de erro de identificação, de etiquetagem ou de contaminação. De realçar também os 4,42% na divergência intraespecífica do BIN: “BOLD:AAH745” correspondente à espécie Nepthys hombergii, assim como o baixo valor (1.99%) na distância nucleotídica do BIN: “BOLD:ACG1110” (Hediste diversicolor) em relação ao seu respetivo BIN mais próximo. De acordo com Ratnasingham & Hebert (2013), tais situações, embora raras, podem ocorrer devido ao algoritmo utilizado para grupamento dos DNA barcodes em BINs. O algoritmo RESL (Refined Single Linkage) utiliza o método de “Markov Clustering” (MCL), que permite que agrupamentos cujos membros apresentem uma elevada variação nas suas sequências mas que não possuam descontinuidade, permaneçam como uma única OTU. Por outro lado, no caso de agrupamentos cuja variação nas sequências apresente claras divisões internas, estes são distribuídos por dois ou mais BINs, mesmo se a divergência for inferior a 2,2% (limite definido para diferenciar OTUs no algoritmo RESL). O MCL permite assim separação dos conjuntos de sequências que possam ser negligenciados por um valor fixo (Ratnasingham & Hebert, 2013). Apesar de agruparem no mesmo MOTU (#25) e apresentarem uma distância média de apenas 2,44%, as espécies Glycera tridactyla e Glycera alba, amostradas nos estuários do Lima e do Sado (figura 2.12), foram alocadas a BINs independentes. Contudo, é evidente na árvore NJ a presença de um espécime classificado igualmente como G. alba e proveniente da Suécia, que não agrupa com os seus putativos consespecíficos de Portugal. O número limitado de espécimes disponíveis não nos permite contudo fazer qualquer inferência adicional sobre o motivo desta discrepância. Na família Maldanidade (figura 2.9), a espécie Euclymene robusta (espécimes RR091 e RR127) está representada por apenas dois espécimes, ambos recolhidos no estuário do Sado, mas divergindo entre si 17,7%. Este valor comparativamente muito elevado de 71 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses divergência intraespecífica sugere que os dois espécimes em apreço pertençam a unidades taxonómicas simpátricas independentes, conforme sugerido também pelo seu agrupamento em BINs distintos. 2.4.3. Evidência de unidades taxonómicas ocultas e espécies putativas A introdução de ferramentas moleculares na sistemática tem permitido um nível mais fino na resolução taxonómica e demonstrou que muitos taxa externamente homogéneos, incluíndo aqueles presumivelmente bem conhecidos, ecológicamente relevantes e abundantes, representam complexos de espécies crípticas (Carr et al, 2011). Observando a árvore filogenética (figura 2.8), em conjunto com a análise do “barcoding gap” (figura 2.7) e os valores de divergência intra e interespecíficas (tabela 2.4), é evidente um padrão de variação anormal entre os membros do género Hediste. A espécie Hediste diversicolor, uma das mais representadas nos estuários amostrados neste estudo (tabela T2, em anexo), apresentou uma divergência intraespecífica comparativamente elevada [5,45% (variação entre 0,4 – 11,2%)], ultrapassando em muito o limite empírico de 3% atríbuído a cada MOTU. Os espécimes sequenciados, foram identificados até á espécie usando várias chaves dicotómicas (p.e. Hayward & Ryland, 1995; Fauvel, 1927), e em todos os casos, devido á sua homogeneidade externa, os aspectos morfológicos convergiram apenas para uma única solução possivel. A espécie Hediste diversicolor é um taxon amplamente utilizado como organismo modelo em estudos ecológicos e em testes de monitorização ambiental e testes toxicológicos (Ozoh, 1992). No entanto, se estes testes forem realizados num “pool” de duas ou mais espécies diferentes, os resultados obtidos poderão ser questionáveis (Audzijonyte et al., 2008). Apesar deste taxon ser geralmente considerado como uma única espécie, já foram reportadas indícios de profundas subdivisões moleculares em diferentes escalas geográficas. Rohner et al. (1997), descreveu diferenças diagnosticantes em três loci de aloenzimas entre dois tipos genéticos de Hediste encontrados ambos no Mar Báltico e no Mar do Norte. Esses dados foram de encontro a diferenças similares encontradas previamente entre duas amostras de Hediste diversicolor provenientes de dois estuários do Mar do Norte. Além disso, foi igualmente relatada uma divergência de 6,6% na sequência do gene mitocondrial citocromo B (CytB) entre amostras do Atlântico Noroeste e do Atlântico Nordeste – Mediterrânico (Breton et al. 2003). Esta distância é 72 Capítulo 2 bem mais elevada do que a típica divergência intraespecifica (COI) encontrada em animais (Hebert et al., 2003b) e em particular nos poliquetas (Carr et al., 2011). Para avaliar de forma decisiva o significado biológico e sistemático da diversidade nesta espécie, Audzijonyte et al. (2008) realizaram uma pesquisa molecular de ambos os caracteres nucleares co-dominantes (aloenzimas) e da diversidade de sequências de DNA mitocondrial (COI), em populações em todo o litoral norte, leste e sul do Mar Báltico, definindo os resultados tendo em conta a informação já existente. O estudo providenciou evidência conclusiva da (co)existência de duas espécies crípticas reprodutivamente isoladas dentro do Mar Báltico, com base numa distribuição estritamente correlacionada de quatro caracteres de diagnóstico, cada um codificado por um locus nuclear presumivelmente independente. Segundo os autores, em organismos diplóides, o diagnóstico de aloenzimas co-dominantes fornecem uma identificação inequívoca, uma vez que os híbridos recentes seriam vistos como heterozigotos ou despistados por deteção de desiquílibrio cito-nuclear entre loci, o que não foi observado. O isolamento reprodutivo estável foi corroborado pela ocorrência comum das duas espécies em simpatria (em mais de metade das amostras estudadas), bem como em alopatria. As sequências de COI relativas a este estudo encontram-se em destaque na árvore filogenética da figura 2.10. Como se pode observar, estas dividem-se em dois grupos distintos: Hediste diversicolor A e B. As sequências de Hediste diversicolor obtidas neste trabalho evidenciaram uma enorme variabilidade intraespecífica, mas não o suficiente para se agruparem com a linhagem B do estudo de Audzijonyte et al. (2008). A divergência intraespecifica para a espécies A (excluindo a linhagem introgressiva AB e íncluíndo as sequências deste trabalho) atinge um valor médio de 3,16% (variação entre 0,21 – 5,49), enquanto que para a espécie B atinge um valor de 4,61% (variação entre 0,18 – 7,78). Um facto interessante, é que durante a pesquisa de sequências similares de Hediste diversicolor no BOLD-IDS (ferramenta da BOLD, que permite a identificação de espécies através da leitura de uma sequência de DNA inserida pelo utilizador, retornando uma identificação taxonómica até ao nível da espécie, caso seja possivel, mediante uma lista decrescente de percentagens de similaridade molecular) foram encontrados mais de 50 resultados que variavam entre 0 a 9% em termos de divergência intraespecífica para essa espécie (figura 2.15), sugerindo a necessidade de um maior número de estudos sobre a eficácia do COI nesta espécie/complexo de espécies crípticas em relação a outros marcadores moleculares. 73 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Resultados como os encontrados nesta tese e noutros estudos (ex: Audzijonyte et al. (2008) acima mencionado) ou em trabalhos com a mesma temática (ex.: Virgilio et al. (2009)) sugerem que a aplicação do COI para a discriminação do complexo de espécies de Hediste diversicolor terá algumas limitações. Além de possível ocorrência de hibridização introgressiva neste grupo de espécies, os padrões de divergência intra e interespecífica poderão não ser suficientes na delimitação de espécies. Por exemplo, e como já foi referido, a linhagem B de Hediste diversicolor compreende espécimes com uma distância intra-linhagem especifica quase tão profunda como a divergência por linhagens ou espécies vizinhas putativas. Usando o limite empírico de 3% para delimitação de MOTUs aqui adotado para os poliquetas, implica só na linhagem B a ocorrência de 4 MOTUs - e portanto do mesmo número de espécies potenciais, o que contraria a análise através de aloenzimas (Audzijonyte et al, 2008), ou 5 MOTUs/espécies potenciais na linhagem A. Um padrão semelhante pode ser encontrado nas sequências da espécie Hediste atoka obtidas a partir do GenBank (Tosuji & Sato, 2010; fig. 2.8, com mais detalhe na figura F1 em anexo), o que poderá sugerir que este género de poliquetas apresenta por algum motivo ainda não compreendido - um padrão de evolução e diversificação molecular muito peculiar comparativamente a outros taxon de poliquetas. Figura 2.15. Número de resultados similares após comparações entre as sequências de Hediste diversicolor deste estudo com a base de dados da BOLD, usando a ferramenta BOLD-IDS. 2.4.4. Classificação das sequências COI Os sistemas de identificação biológicos não são estáticos, estando continuamente a serem revistos e atualizados (incluindo as bases de dados taxonómicas) de acordo com as mudanças 74 Capítulo 2 na taxonomia alfa e como tal, as bibliotecas de DNA barcodes devem também seguir esta tendência e acomodar protocolos de curadoria de dados e respetiva revisão de modo a garantir a sua validade (Costa et al., 2012). Usando o sistema de classificação proposto por Costa et al. (2012) e tendo em conta os resultados e discussão apresentados, a classificação dos DNA barcodes para as espécies de poliquetas desenvolvidos por esta tese podem ser encontradas na tabela 2.10 ou de forma mais resumida na figura 2.15. De notar que este sistema de classificação não deverá ser confundido com o “barcode keyword” usado para destacar DNA barcodes que seguem uma norma comunitária de qualidade dos dados associados às sequências de DNA barcodes submetidas a qualquer uma das bases de dados que integram o International Nucleotide Sequence Database Collaboration (INSDC). Apesar de o “barcode keyword” ser um ativo operacional valioso para o controlo de qualidade de dados associados aos DNA barcodes, este não incorpora qualquer estimativa, mesmo empírica, da sua congruência taxonómica, nomeadamente da validade da associação entre o nome de uma espécie e o conjunto de sequências similares de COI que a identificam. Para implementação deste sistema de classificação, foram utilizados apenas os espécimes identificados até à espécie na comparação dos respetivos DNA barcodes com aqueles disponíveis em bases de dados públicas (BOLD e GenBank). Concluiu-se que das 21 espécies de poliquetas, apenas 14,3% apresentaram DNA barcodes externamente congruentes de nível A. As espécies cuja classificação foi de nível B (23,8%) poderão ser promovidas a nivel A caso sejam disponibilizadas sequências correspondentes obtidas por outros investigadores podendo aumentar assim a classificação global das sequências aqui analisadas. Alternativamente poderão ser alocadas ao nível E caso se venha a provar ambiguidades taxonómicas em comparação com outros estudos. Os espécimes de nível C (14,3%), necessitarão de ser explorados com marcadores moleculares alternativos. A espécie poderá ser confirmada como descrita inicialmente, ou poderá exigir uma revisão taxonómica de acordo com o padrão de divergência revelado por outros marcadores. Em 14,3% (nível E) das espécies será necessária uma profunda revisão taxonómica nas identificações originais. De realçar que também não houveram dados comparativos em 28,6% (nível D) das espécies, demonstrando bem a fase bastante incipiente que se encontra a biblioteca de referência global de DNA barcodes para poliquetas. 75 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas de estuários portugueses Referências Abrantes A, Pinto F, Moreira MH (1999) Ecology of the polychaete Nereis diversicolor in the Canal de Mira (Ria de Aveiro, Portugal): Population dynamics, production and oogenic cycle. Acta Oecologica 20: 267–283. Aguado MT, San Martin G, Siddall ME (2012) Systematics and evolution of syllids (Annelida, Syllidae). Cladistics 28: 234-250. Alla AA, Gillet P, Deutsch B, Moukrima A, Bergayou H (2006) Response of Nereis diversicolor (Polychaeta, Nereidae) populations to reduced wastewater discharge in the polluted estuary of Oued Souss, Bay of Agadir, Morocco. Estuarine, Coastal and Shelf Science 70: 633-642. 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É díficil impedir que os animais morram durante a colheita e processamento, e daí o baixo número de espécies observadas e fotografadas vivas. Depois de amostrados, os espécimes são díficeis de identificar pois são muito poucos os biólogos treinados na taxonomia em espécies de mar profundo (Ray & Grassle, 1991). Um dos taxa dominantes do fundo oceânico são os poliquetas (Cosson et al., 1997). Estes podem ser encontradas num vasto leque de habitats das profundezas do mar como os canhões submarinos, corais de profundidade, vulcões de lama e fontes hidrotermais (Rouse & Pleijel, 2001). Os espécimes utilizados para obtenção das sequências COI foram recolhidos nos três primeiros tipos de habitats, cada um dos quais com a sua respetiva importância ecológica. As comunidades de corais de profundidade fornecem habitat para muitas espécies de vertebrados e invertebrados, incluindo alguns peixes comercialmente importantes e populações de crustáceos. Alguns têm níveis de diversidade biológica comparável aos recifes de águas rasas. São altamente suscetíveis à perturbação por muitas das atividades antropogénicas no fundo do mar. As atividades de dragagem em particular, já causaram uma destruição considerável nessas comunidades por todo o mundo. Devido à sua extrema longevidade e crescimento lento, a recuperação é provável que esteja na ordem de décadas ou mesmo séculos (Roberts & Hirshfield, 2004). Os corais de águas profundas estão presentes desde os 60-6000 metros de profundidade (Cairns & Stanley, 1981), mas a maioria dos exemplares são encontrados entre os 500-2000 metros. Este intervalo de profundidade faz destes corais de águas frias ideais para estudos de massas de água intermédias e pouco profundas. O grande potencial destes corais deriva do facto de a densidade de esqueletos de coral não estarem sujeitos à bioturbação (conjunto de processos realizados por organismos que movimentam, por 87 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) exemplo, os componentes do solo) e o facto de os esqueletos poderem ser datados por técnicas de “Uranium-series” (Cheng et al., 1995; Goldstein et al., 1996; Smith et al., 1997). Assim, os corais de profundidade podem fornecer registos de idade com resoluções temporais geralmente não atingíveis em sedimentos do fundo do mar, sendo por isso um novo arquivo de taxas de circulação profunda ao acoplar as idades “Uranium-Series” com datação por Carbono14 (Adkins & Boyle, 1997; Mangini et al., 1998). Os canhões submarinos estão entre as formas de relevo mais espetaculares encontrados ao longo de plataformas continentais e encostas, desempenhando um papel importante no transporte de sedimentos e matéria orgânica desde a costa até às bacias profundas. Assim que chegam aos canhões, os materiais são transportados através de ressuspensão pelas correntes tidais e por eventos episódicos violentos incluindo depressões e fluxos de turbidez (Vetter & Dayton, 1999). Distúrbios a partir de correntes periódicas intensas, transporte de detritos, quedas de sedimentos e fluxos de turbidez, são mais suscetíveis de afetar os animais nos canhões submarinos do que nas típicas plataformas continentais e encostas. Por outro lado, os detritos transportados e acumulados nos canhões submarinos também podem ser utilizados como alimento e habitat pela fauna bentónica, com a maior parte do carbono orgânico disponível para os bentos a poder chegar como fluxo ao longo do fundo do mar ao invés da “chuva de detritos” a partir das águas superficiais (Vetter & Dayton, 1998). Nas últimas décadas foram descobertas comunidades de animais bentónicos associadas com fontes frias em vários pontos das margens continentais ativas e passivas dos oceanos Pacífico e Atlântico (Sibuet & Olu, 1998; Sibuet & Olu-Le Roy, 2002). Os vulcões de lama, estruturas geológicas onde lama e fluido escorrem pelo fundo do mar, são um dos ambientes mais comuns que favorecem o seu desenvolvimento. Este tipo de vulcanismo é um fenômeno tipicamente conduzido por sedimentos pressurizados em zonas de subdução e por tectonismo de sal em margens passivas (Milkov, 2000; Bohrmann et al., 2002). Grandes quantidades de metano são frequentemente libertados na superfície dos vulcões de lama (MacDonald et al., 2000; Charlou et al., 2003). O metano é produzido através da degradação biológica da matéria orgânica nos sedimentos superiores ou através da migração de gás termogênico de depósitos de hidrocarbonetos mais profundos. Nas fontes frias, consórcios de archae e bactérias utilizam este metano para produzir sulfuretos no sedimento por processos quimioautotróficos (Masuzawa et al., 1992; Pancost et al., 2000), enquanto que as bactérias simbióticas transformam o metano ou sulfureto promovendo a síntese de substâncias orgânicas que sustentam elevadas produções 88 Capítulo 3 em biomassa de invertebrados de grande tamanho (Fiala-Médioni & Felbeck, 1990; Fisher, 1990). A vastidão remota do fundo oceânico pode criar a ilusão de que esteja a salvo de perturbações antropogénicas que ameaçam atualmente diversos ambientes terrestres e de águas pouco profundas. Aliás, esse mesmo facto poderá incentivar a utilização desses ambientes como áreas de deposição de resíduos. Um caso sério que levanta preocupações é o efeito potencial da acumulação de compostos tóxicos que foram encontrados nos sedimentos do mar profundo. Muito pouco se sabe sobre a tolerância dos organismos do mar profundo ao aumento gradual de químicos antropogénicos que poderá provocar a difusão de mudanças drásticas nesse ambiente caso estas ocorram. Medições dos poluentes, descrição das comunidades do mar profundo de várias partes do oceano e estudos in situ dos níveis de toxicidade são urgentemente necessários. O estabelecimento de estações de monitorização de longo prazo para melhor entender as interações dos organismos do mar profundo com o seu ambiente natural e vigiar os potenciais efeitos da poluição, são fundamentais para providenciar informação para uma gestão sustentável dos recursos oceânicos (Ray & Grassle, 1991). O DNA barcoding poderá ter um papel importante ao facilitar a identificação e diagnóstico de espécies pouco conhecidas, como os poliquetas e outros organismos do mar profundo (ex: Knox et al., 2012). Deste modo, o estudo reportado neste capítulo teve por objetivo iniciar a compilação de DNA barcodes de poliquetas de dois locais do mar profundo da Penínusla ibérica, com vista à criação de uma biblioteca de referência que facilite a identificação e reconhecimento de espécies deste grupo e contribua para o aprofundamento do conhecimento destas comunidades do mar profundo ainda pobremente descritas. 89 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 3.2. Metodologia As sequências COI dos poliquetas de mar profundo foram obtidas no âmbito do projeto LusoMarBoL e de vários projetos de investigação internacionais (HERMES, HERMIONE, CHEMECO, SWIMGLO, e o programa TTR), estando depositadas na plataforma informática do BOLD no projecto “Deep Sea Polychaetes (DEEP)” de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara (UA/CESAM). A localização geográfica dos locais de amostragem dos espécimes está patente nos mapas das figuras 3.1 e 3.2, correspondendo a amostras recolhidas a profundidades que variaram entre os 215 e 3861 metros. Figura 3.1. Localização geográfica da amostragem dos espécimes de poliquetas do mar profundo. Golfo de Cádiz (Oceano Atlântico) e Mar de Alborão (parte mais ocidental do Mar Mediterrânio). Figura 3.2. Localização geográfica da amostragem dos espécimes de poliquetas do mar profundo. Golfo da Biscaia no nordeste atlântico. 90 Capítulo 3 3.2.1. Extracção de DNA, amplificação e sequenciação A extração de DNA, amplificação, sequenciação e alinhamento de sequências de parte dos espécimes foi realizada no BIO, de acordo com o protocolo detalhado no capítulo 2 (secção 2.2.4). Para os restantes espécimes foi utilizado o seguinte protocolo: - A extração do DNA foi efectuada com o kit DNeasy Blood & Tissue (Qiagen) seguindo o protocolo do fornecedor. Foi amplificado um segmento COI de 600 bp usando os primers da tabela 3.1. A reação de amplficiação (PCR) continha 1 μL de cada primer (10 μM), 2 μL de extrato de DNA e puReTaq Ready-To-Go PCR Beads (Amersham Biosciences), perfazendo com água ultrapura numa mistura total de 25 μL. O ciclo térmico consistiu nos seguintes passos: 96 ºC por 120s seguido de 45 ciclos (94ºC⁄ 30s, 48 ºC⁄ 30s, 72ºC⁄ 60s) e terminando com uma extensão final a 72ºC por 480s. Os produtos PCR foram purificados com o kit QIAquick PCR Purification (Qiagen). Os produtos de PCR purificados foram enviados para um fornecedor de serviços (Macrogen Inc.) para sequenciação bidirecional, num sequenciador ABI 3730XL DNA Analyser (Applied Biosystems). Tabela 3.1. Primers usados para amplificação dos fragmentos de COI-5P a partir de extractos de DNA de poliquetas Primer Sequência Referência LCO1490 (F1) GGTCAACAAATCATAAAGATATTGG Folmer et al. (1994) COI-E (R1) TATACTTCTGGGTGTCCGAAGAATCA Bely & Wray (2004) 3.2.2. Análise dos dados A análise dos dados e construção das árvores filogenéticas dos DNA Barcodes consistiu num procedimento idêntico ao seguido do capítulo 2 desta tese (secção 2.2.5), envolvendo todas as análises de distâncias nucleóticas e de árvores NJ ali referidas, bem como a avaliação dos resultados com recurso ao sistema BIN e ao sistema de classificação dos DNA barcodes das bibliotecas de referência proposto por Costa et al. (2012). As acessões das sequências obtidas a partir do GenBank podem ser encontradas na tabela T4, em anexo. 91 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 3.3. Resultados 3.3.1. Biblioteca de referência de DNA barcodes de poliquetas do mar profundo Neste capítulo foram examinadas 200 sequências COI de poliquetas, entre as quais 66 correspondem a sequências originais não publicadas, que se encontram depositadas na BOLD no projecto “Deep Sea Polychaetes”, da responsabilidade de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara (UA/CESAM). Estas sequências pertencem a poliquetas do mar profundo recolhidas em zonas próximas à Península Ibérica, nomeadamente no Mar de Alborão (Mar Mediterrânico), no Golfo de Cadiz e no Golfo da Biscaia (Oceano Atlântico). As restantes 134 sequências correspondem a espécimes da mesma espécie, género ou família recolhidas e adicionadas ao alinhamento após pesquisa no GenBank, e com origem de diversas zonas do planeta. Dentro das 66 sequências “Deep Sea”, que poderão vir a ser utilizadas para uma futura biblioteca de referência, 46 possuem 658 pb sendo que as restantes 20 variam entre os 572 e 644 pb. Não foram encontrados quaisquer codões STOP, nem inserções ou deleções após o alinhamento. Estas sequências correspondem a 6 ordens, 17 famílias e 37 espécies das quais 10 identificadas apenas até ao género ou família. No global (sequências Deep Sea + GenBank), este estudo envolveu sequências de COI pertencentes a 6 ordens, 19 familias e 85 espécies de poliquetas. 3.3.2. Divergências nucleotídicas intra e interespecíficas As divergências intraespecíficas e congenéricas globais, obtidas através do modelo K2P usando a ferramenta do BOLD (“Distance Summary”), dos géneros de poliquetas pertencentes apenas às 66 sequências “Deep Sea”, encontram-se na tabela 3.2. O valor médio da divergência intraespecífica (dentro da espécie) foi de 6,709% (variação entre 0 – 30,662%), enquanto que a divergência congenérica (dentro do género) atingiu o valor de 21,24% (variação entre 0 – 31,769%). Dentro da família os valores mínimo e máximo variaram entre 0,317 e 32,653 respetivamente, com a distância média a ficar-se pelos 24,58%. Estes resultados sugerem alguma discordância entre as identificações taxonómicas originais e os dados moleculares. 92 Capítulo 3 Tabela 3.2. Divergências médias, minimas e máximas globais de poliquetas do projecto “Deep Sea Polychaetes” da BOLD, calculadas pelo modelo K2P. A métrica TRR consiste no quociente entre as divergências médias inter e intraespecíficas. Foi usada a opção “Distance Summary” do BOLD para a criação desta tabela. Dentro da espécie N.º espécimes N.º taxa N.º Comparações Distância mínima (%) Distância média (%)±Erro padrão Distância máxima (%) 35 10 63 0 6.709 ±0.174 30.662 31.769 32.653 Dentro do género 20 5 26 0 21.24 ±0.409 Dentro da família 26 4 51 0.317 24.58 ±0.084 TRR 3,166 Na tabela 3.3, encontram-se as divergências intraespecíficas e congenéricas globais (K2P) dos géneros de poliquetas correspondentes a todas as sequências analisadas (Deep Sea + GenBank). O valor médio da divergência intraespecífica foi de 3,87% (variação entre 0 – 37,88%), enquanto que a divergência congenérica atingiu o valor de 20,25% (variação entre 7,36 – 31,77%). De realçar que, após a remoção das ambiguidades taxonómicas observadas na árvore filogenética nucleotídica (figura 3.5), a taxa média de divergência intra e interespecífica passou a ser de 0,61% (variação entre 0 – 2,63%) e 20,10% (variação entre 7,36 – 31,77%) respetivamente, verificando-se assim um padrão geral de valores baixos na divergência dentro da espécie com a distância mínima dentro do género a ser superior à divergência intraespecífica máxima. Muitas sequências não poderam ser incluídas na análise pois não foram encontradas no GenBank sequências homólogas para servirem como suporte da análise intra e interespecífica, e também devido ao facto de haver espécimes identificados apenas ao nível da família ou género (tabela 3.3). 93 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Tabela 3.3. Divergências médias, minimas e máximas globais a partir da análise do conjunto de 200 sequências de 85 poliquetas examinadas neste estudo, englobando sequências originais de espécies de poliquetas do mar profundo (projecto Deep Sea da BOLD) e sequências publicadas disponíveis no GenBank, calculadas pelo modelo K2P. A métrica TRR consiste no quociente entre as divergências médias inter e intraespecificas. Divergência intraespecífica * Divergência congenérica * Sequências (Deep Sea + Genbank) Taxa Distância mínima (%) Distância média (%) Distância máxima (%) 172 (46 + 126) 58 0 3,87 37,88 130 (21 + 109) 45 0 0,61 2,63 148 (44 + 104) 24 7,36 20,25 31,77 100 (24 + 76) 17 7,36 20,10 31,77 TRR 5,23 32,95 *Encontra-se também, realçado a negrito, o mesmo calculo das distâncias nucleotídicas mas sem as ambiguidades taxonómicas encontradas na árvore filogenética. Foram criados histogramas da distribuição das frequências das distâncias K2P entre pares de sequências para o conjunto global de espécies em análise (Deep Sea + GenBank) e compararam-se os resultados sem (figura 3.3) e com (figura 3.4) remoção das incongruências taxonómicas. Os resultados demonstram a ausência de barcoding gap (figura 3.3) com taxas de divergência intra e interespecíficas mal delimitadas e sobrepostas. No caso da análise efetuada excluindo as ambiguidades taxonómicas (figura 3.4) observou-se a ocorrência de um intervalo (barcoding gap), substanciado numa divergência baixa e de distribuição estreita dentro da espécie não sobreposta à distribuição entre espécies do mesmo género com distâncias claramente superiores. 94 Freq. (%) Capítulo 3 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839 Divergência nucleotídica (%) Freq. (%) Figura 3.3. Histograma da distribuição das distâncias nucleotídicas intra (a amarelo) e interespecificas congenéricas (a vermelho) para o conjunto de poliquetas aqui analisado. Resultados demonstraram taxas de divergência intra (a amarelo) e inter (a vermelho) específicas mal delimitadas e sobrepostas resultando na ausência da “barcoding gap”. 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Divergência nucleotídica (%) Figura 3.4. Histograma da distribuição das distâncias nucleotídicas intra (a amarelo) e interespecificas congenéricas (a vermelho) para o conjunto de poliquetas aqui analisado, após remoção de ambiguidades taxonómicas detetadas na árvore filogenética. Os resultados mostram uma distribuição estreita e não superior a 2% das divergências dentro das espécies, não sobreposta com a distribuição das distâncias entre espécies congenéricas, de valor muito superior, resultando na formação da “barcoding gap”. 95 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 3.3.3. Árvore filogenética nucleotídica de DNA barcodes Através da análise da árvore NJ nucleotídica (figura F3, em anexo com os respetivos MOTUs, versão colapsada na figura 3.5) é possível observar que das 85 espécies abordadas, 22 estão representadas por uma única sequência, impossibilitando análises adicionais. Entre as 63 espécies restantes, 73% agruparam-se em clados monofiléticos com baixa divergência (MOTUs com <3% de divergência intraespecífica) correspondentes às respetivas morfo-espécies e famílias, sendo as relações evolutivas entre os mesmos congruentes. As excepções a este padrão, foram o caso dos clados correspondentes a Pterolysippe vanelli, Nicolea venustula, Pareurythoe borealis, Sthenelais boa, Fimbriosthenelais zetlandica, Marphysa sanguinea, Neoamphitrite robusta, Nereis pelágica, Eunoe oerstedi, Harmothoe rarispina, Leocrates atlanticus, Harmothoe evei, Eunereis longissima, Poecilochaetus japonicus (figura 3.6) e Phyllodoce cf. madeirensis (figura 3.7). Entre os 66 DNA barcodes originais não publicados correspondentes a 37 espécies, 16 espécies possuem apenas uma sequência impossibilitando análises e conclusões adicionais (tabela 3.4), Nas restantes 21 espécies, 43% agruparam em clados monofiléticos de baixa divergência, e 57% apresentaram ambiguidades taxonómicas. Nas figuras 3.6 e 3.7 pode-se observar seções em destaque da árvore NJ, que realçam em detalhe algumas das incongruências. 96 Capítulo 3 100 Nereis vexillosa 65 Allita virens 79 100 Nereididae PGC00029 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 65 Nereis pelágica 83 100 19 CHEP0011 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Glycera southeastatlantica 100 81 54 1 Glycera dibranchiata Glyceridae Glycera tesselata 100 BLAST Arabella semimaculata - GenBank: AY838866.1| USA 65 82 BLAST Arabella iricolor - GenBank: GU362693.1| CHINA Oenonidae PGC00078 Tainokia sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Nereymira woodsholea 98 8 Nereymira punctata 100 1 Hesionidae BLAST Leocrates chinensis - GenBank: DQ442565.1| FRANCE 51 75 Leocrates atlanticus 100 100 PGC00036 Fimbriosthenelais zetlandica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 55 Sigalionidae PGC00035 Sthenelais boa| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00016 Panthalis oerstedi| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY894321.1| USA 100 35 66 28 Acoetidae Sigalionidae Lepidasthenia sp. Polynoidae Lepidonotus squamatus 100 BLAST Lepidasthenia elegans - GenBank: JN852933.1| SWEDEN 49 100 Arctonoe vitatta 100 85 Arctonoe pulchra Polynoidae 100 54 33 CHEP0005 Subadyte pellucida| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Lepidasthenia berkeleyae - GenBank: HM473443.1| CANADA PGC00072 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 67 30 1 Polynoidae PGC00027 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 63 84 Hesionidae Harmathoe evei PGC00034 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Harmathoe imbricata 39 BLAST Harmothoe fragilis - GenBank: HM473407.1| CANADA 44 100 Polynoidae Eunoe oerstedi 46 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HM473428.1| CANADA 100 33 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024058.1| CANADA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024356.1| CANADA 64 100 Eunoe depressa 100 100 77 Prionospio steenstrupi Prionospio sp. 0 32 100 100 Spionidae Scolelepis sp. 93 Scolelepis squamata 100 4 PAS00002 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 55 100 49 Poecilochaetidae Poecilochaetus japonicus (Poecilochaetidae) Malacocerus fuliginosus (Spionidae) 100 13 PGC00039 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 100 77 Spionidae 100 Hyalionecia tubicola longibrachiata Spionidae 91 tubicola| ATLANTIC OCEAN of Cadiz)locais Onuphidae Figura 3.5. Árvore NJ de sequênciasPGC00049 COI deHyalinoecia poliquetas provenientes de (Gulf diversos geográficos. Foi utilizado o Nothria conchylega modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das 100 diferentes famílias. BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 2 83 48 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 100 65 PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 40 83 97 Eunice norvegica Eunice vittata BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA Eunicidae 93 Scolelepis squamata 100 PAS00002 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 4 55 100 Poecilochaetidae Poecilochaetus japonicus (Poecilochaetidae) Biblioteca de referência 49 de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Malacocerus fuliginosus (Spionidae) 100 13 PGC00039 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Spionidae Spionidae 100 Hyalionecia tubicola longibrachiata 100 77 91 PGC00049 Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Onuphidae Nothria conchylega 100 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 2 83 48 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Eunice norvegica 100 65 PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 40 Eunicidae Eunice vittata BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA 83 BLAST Eunice antarctica - GenBank: GQ497532.1| USA 66 100 7 Eunice pennata 99 Hermodice carunculata 100 72 67 Amphinomidae BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA PGC00001 Pareurythoe borealis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Lumbrineris fragilis 61 10 52 PGC00011 Lumbrineris gracilis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PBB00004 Lumbrineridae| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 91 42 Lumbrineridae Lumbrineris tetraura 49 Ninoe nigripes 100 PGC00012 Lumbrineridae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 Lumbrineridae Praxillella affinis pacifica 32 30 PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) Maldanidae Maldane sarci 100 100 Pista cristata 37 32 Pista maculata 15 Terebellidae 100 Nicolea zoostericola 100 CHEP0003 Nicolea venustula| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 69 42 PGC00044 Pterolysippe vanelli| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PBB00003 Polycirrus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 Ampharetidae Terebellidae Amphitrite cirrata 83 31 Terebellidae PGC00045 Amphitrite cf. cirrata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 PGC00047 Neoamphitrite| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) CHEP0010 Neoamphitrite affinis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 52 100 15 Polycirrus medusa Terebellidae 100 Polycirrus eximius 62 21 CHEP0013 Polycirrus norvegicus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 20 Amphitrite figulus BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA 100 53 Neoamphitrite robusta 100 100 83 Natsushima bifurcata Nautiliniellidae 100 Natsushima sp. 100 Vigthorniella ardabilia (Chrysopetalidae) 100 Ampharete labrops 100 89 100 50 Ampharete sp. Ampharetidae 100 BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 100 89 97 Eumida notata Eumida kelaino 100 100 95 42 100 OUTGROUP (Oligochaeta) 100 Phyllodoce medipapillata Phyllodocidae PAS00011 Phyllodoce madeirensis| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) Phyllodoce cf. madeirensis 100 0.05 Figura 3.5. Árvore NJ de sequências COI de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). 98 Capítulo 3 Tabela 3.4. Espécies, cujas sequências COI foram desenvolvidas pelo grupo UA/CESAM, que agruparam em clados monofiléticos com menos de 3% de divergência nucleótidica, espécies que evidenciaram incongruência taxonómicas ou com uma só sequência (Singleton). Espécime Espécie correspondente PGC0029 CHEP0011 Eunereis longíssima PGC00022 PGC00023 PGC00021 CHEP0009 PGC00078 PBB00005 PGC00075 PGC00026 PGC00074 PGC00025 PBB00006 PGC00027 PGC00036 PGC00035 PGC00016 PAS00007 PAS00008 PBB00002 CHEP0005 PGC00072 PAS00009 PGC00073 PGC00034 PGC00038 PGC00040 PGC00041 PGC00042 PGC00043 PGC00039 PAS00002 PAS00001 PAS00003 PBB00001 PGC00049 PGC00077 PGC00076 PBB00008 PGC00002 PGC00003 PBB00007 PBB00009 PBB00010 PGC00001 PGC00011 Glycera tesselata MOTUs (<3%) Incongruências taxonómicas x x Tainokia sp. x Leocrates atlanticus x Fimbriosthenelais zetlandica Sthenelais boa Panthalis oerstedi Lepidasthenia sp. Lepidasthenia cf. brunnea Subadyte pellucida x x x x Harmathoe evei Spionidae (espécie 1) x x x Spionidae (espécie 2) Poecilochaetus japonicus x Poecilochaetus sp. Hyalinoecia tubicola Marphysa bellii Eunice norvegica Eunice sp. x Eunice vittata x Eunice pennata x Pareurythoe borealis Lumbrineris gracilis Sequência única x x x x x x 99 100 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA 29 MOTU 38 Terebellidae 49 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA BLAST Nicolea zostericola - GenBank: HQ024409.1| CANADA BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU670826.1| RUSSIA MOTU 39 100 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 100 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU672559.1| RUSSIA 66 100 CHEP0003 Nicolea venustula| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 39 Terebellidae MOTU 40 PGC00044 Pterolysippe vanelli| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Ampharetidae Tabela 3.4. Espécies, cujas sequências COIPolycirrus foram grupo UA/CESAM, que agruparam PBB00003 sp.| NEdesenvolvidas ATLANTIC (Bay of Biscay)pelo Terebellidae agruparam em clados monofiléticos com menos de 3% de divergência nucleótidica, espécies que evidenciaram BLAST Amphitrite cirrata GenBank: HQ024485.1| CANADA 77 100 só incongruência taxonómicas ou com uma sequência (Singleton) (continuação). BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ023920.1| CANADA MOTU 41 29 cirrata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) EspéciePGC00045 Amphitrite cf.MOTUs Incongruências MOTU 42 100 PGC00047 Neoamphitrite| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) correspondente (<3%) taxonómicas Espécime PGC00012 PBB00004 PAS00012 PAS00004 PAS00005 PAS00006 CHEP0003 PGC00044 PBB00003 PGC00045 PGC00047 CHEP0010 CHEP0013 PGC00071 PAS00011 PGC00030 PGC00031 PGC00032 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ932561.1| CANADA 82 Sequência única x x x CHEP0010 Neoamphitrite affinis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Lumbrineridae (espécie 1) BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA Lumbrineridae100(espécie 2) MOTU 43 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672524.1| RUSSIA Maldanidae 15 50 84 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024197.1| CANADA Pista cristata Terebellidae x 100 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024199.1| CANADA 21 62 MOTU 44 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024200.1| CANADA Nicolea venustula x 83 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023984.1| CANADA Pterolysippe vanelli 19 100 Polycirrus sp.BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023970.1| CANADA MOTU 45 x BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023978.1| CANADA Amphitrite cf. cirrata x 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA Neoamphitrite sp. BLAST Neoamphitrite robusta GenBank: HM473490.1| CANADA 53 Neoamphitrite affinis x MOTU 46 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473491.1| CANADA Polycirrus norvegicus x Natsushima bifurcata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 PGC00071 Natsushima bifurcata x BLAST Natsushima bifurcata - GenBank: JF304492.1|ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 84 Phyllodoce madeirensis x CHEP0013 Polycirrus norvegicus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 47 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304496.1| COSTA RICA 100 Phyllodoce cf. madeirensis MOTU 48 x 100 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304497.1| COSTA RICA BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555061.1| NE ATLANTIC 100 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555064.1| NE ATLANTIC MOTU 49 (Chrysopetalidae) 54 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555059.1| NE ATLANTIC 64 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 100 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA 48 MOTU 50 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA 88 Ampharetidae BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA 100 MOTU 51 100 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 75 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358713.1| PORTUGAL (Madeira) 100 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358712.1| PORTUGAL (Madeira) 98 MOTU 52 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358708.1| SWEDEN 89 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358686.1| SWEDEN 100 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358690.1| SWEDEN MOTU 53 79 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358688.1| SWEDEN 91 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473581.1| CANADA 100 100 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473577.1| CANADA Phyllodocidae MOTU 54 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473582.1| CANADA PAS00011 Phyllodoce madeirensis| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 95 PGC00032 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 42 100 PGC00030 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 55 100 PGC00031 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) OUTGROUP (Oligochaeta) 100 Figura 3.6. Parte da árvore NJ de sequências COI de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos com detalhe na família 0.05 Phyllodocidae. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência intraespecífica. Realçado a azul, são as sequências COI do projecto de Marina R. Cunha e Ascenção Ravara. 100 Nautiliniellidae 100 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473740.1| USA 100 MOTU 17 Polynoidae BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473743.1| USA 46 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HQ024019.1| CANADA 34 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HM473428.1| CANADA 100 Capítulo 3 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024058.1| CANADA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024356.1| CANADA 65 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473732.1| USA 99 100 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473733.1| USA MOTU 18 68 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473731.1| USA 31 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672273.1| CANADA 100 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672268.1| CANADA MOTU 19 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672264.1| CANADA 77 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212789.1| EASTERN MEDITERRANEAN 100 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212792.1| EASTERN MEDITERRANEAN MOTU 20 57 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212788.1| EASTERN MEDITERRANEAN 32 Spionidae 63 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672370.1| CANADA 100 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672153.1| CANADA 1 MOTU 21 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672198.1| CANADA BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA 95 100 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA MOTU 22 99 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA 41 PGC00041 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 4 31 PGC00038 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 PGC00040 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 23 Spionidae PGC00043 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 34 PGC00042 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00039 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PAS00002 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 12 Poecilochaetidae 98 PAS00001 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 100 54 PBB00001 Poecilochaetus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) MOTU 24 (Poecilochaetidae) PAS00003 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432012.1| GERMANY 48 100 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432015.1| GERMANY MOTU 25 (Spionidae) 48 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432014.1| GERMANY 81 100 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219838.1| NEW ZEALAND BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219804.1| NEW ZEALAND MOTU 26 76 árvore NJ de Figura 3.7. Parte da sequências COI de poliquetas provenientes BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219817.1| NEW ZEALANDde diversos locais geográficos com detalhe nas famílias SpionidaePGC00049 e Poecilochetidae. Foi OCEAN utilizado o modelo de evoluçãoOnuphidae K2P e o teste de Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC (Gulf of Cadiz) 92 Bootstrap com3 1000 replicações. As linhas laterais a localização das diferentes famílias e os MOTUs BLAST Nothria conchylegamostram - GenBank: HM473514.1| CANADA BLAST Nothria - GenBank: HM473519.1| CANADA MOTU 27 representam grupos monofiléticos com <3% deconchylega divergência intraespecífica. Realçado a azul, são as sequências 100 Nothria conchylega - GenBank: HM473517.1| CANADA COI do projecto de Marina R. Cunha 54e BLAST Ascenção Ravara. BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 49 83 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00076 Eunice norvegica|ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 MOTU 28 100 64 BLAST Eunice norvegica - GenBank: GQ497541.1| USA PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 3.3.4. Árvore filogenética100aminoacídica de OCEAN DNA(GulfBarcodes PGC00003 Eunice vittata| ATLANTIC of Cadiz) Eunicidae 40 MOTU 29 PGC00002 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA 82 BLAST Eunice - GenBank: GQ497532.1| USA A figura 3.8 apresenta a árvore NJ antarctica em radiação baseada nas sequências aminoacídicas 68 PBB00007 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 PBB00009 Eunice pennata|juntamente NE ATLANTIC (Bay of Biscay) coloridas de acordo com a ordem98 taxonómica, com a numeração indicativa das MOTU 30 68 PBB00010 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) Hermodice carunculata - GenBank: KC017577.1| ATLANTIC respetivas famílias. Observaram-se descrepâncias com OCEAN muitas famílias a não formarem 91 BLASTalgumas 8 100 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017550.1| ATLANTIC OCEAN MOTU 31 73 grupos coesos, dispersando-se dentro da mesma ordemSAOtaxonómica das ordens BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017598.1| TOME AND PRINCIPE com exceção Amphinomidae 68 BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA Capitellida e Amphinomida. A maioria incongruências deveu-se a exceções correspondentes PGC00001das Pareurythoe borealis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 98 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672570.1| RUSSIA a ordens representadas por uma única são exemplo as ordens Spionida, 100 BLAST Lumbrineris família, fragilis - GenBank: como HQ023882.1| CANADA MOTU 32 60 12 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672337.1| CANADA Terebellida e Eunicida. A figura F4 (em anexo) apresenta a mesma árvore em formato de 53 PGC00011 Lumbrineris gracilis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) cladrograma. PBB00004 Lumbrineridae| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) Lumbrineridae 100 BLASY Lumbrineris tetraura - GenBank: GU362689.1| CHINA 92 MOTU 33 BLAST Lumbrineris tetraura - GenBank: EU352318.1| CHINA 50 40 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024127.1| CANADA 100 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024159.1| CANADA MOTU 34 60 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024144.1| CANADA PGC00012 Lumbrineridae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Lumbrineridae 101 60 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 100 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473651.1| CANADA 32 29 MOTU 35 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672597.1| RUSSIA Maldanidae Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) 1 - Acoetidae 11 - Glyceridae 2 - Polynoidae 12 - Phyllodocidae 3 - Sigalionidae 13 - Ampharetidae 4 - Nereididae 14 - Chrysopetalidae 5 - Hesionidae 15 - Nautiliniellidae 6 - Oenonidae 16 - Maldanidae 7 - Lumbrineridae 17 - Terebellidae 8 - Spionidae 18 - Onuphidae 9 - Poecilochaetidae 19 - Eunicidae 14 15 10 - Amphinomidae 13 8 10 11 12 7 8 9 16 7 Ordem Phyllodocida 6 5 Ordem Amphinomida 4 17 2 1 18 Ordem Capittelida 2 3 Ordem Spionida Ordem Eunicida 19 Ordem Terebellida OUTGROUP (Oligochaeta) 0.05 Figura 3.8. Árvore NJ em radiação de sequências COI traduzidas (aminoácidos) obtidas a partir de 200 espécimes de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. As cores correspondem às ordens e a numeração às famílias. Foi utilizado o modelo de evolução Jones-Taylor-Thornton (JTT) e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. 3.3.5. Sistema BIN (Barcode Index Number) Na tabela 3.5 pode-se encontrar um resumo com o número de BINs e dos registos taxonómicamente concordantes, discordantes e de BINs com apenas um membro (Singletons, BINs com apenas um membro). Nas tabelas 3.6, 3.7 e 3.8 estão listados os espécimes que 102 Capítulo 3 pertencem a BINs concordantes, discordantes e singletons, respetivamente. Entre os 11 BINs concordantes, apenas 3 incluem sequências externas a esta tese, enquanto nos 4 BINs discordantes, 3 integram apenas sequências deste estudo. Tabela 3.5. Resumo do número de BINs e registos taxonomicamente concordantes, discordantes e BINs com apenas um membro (Singletons). Em 66 registos, 66 tiveram a atribuição de um BIN, representando um total de 38 BINs. N.º BINs N.º Registos Taxonomicamente concordantes: 11 34 Taxonomicamente discordantes: 4 9 Singletons: 23 23 Tabela 3.6. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonomicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo. Espécimes Identificação morfológica PBB00002 Lepidasthenia cf. brunnea PAS00008 Lepidasthenia sp PAS00007 Lepidasthenia sp PAS00004 Pista cristata PAS00005 Pista cristata PAS00006 Pista cristata PGC00073 Harmothoe evei PAS00009 Harmothoe evei BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Distância ao membro do BIN mais próximo BOLD:AAZ1167 (0%) 3 Polynoidae 18.65% BOLD:AAY9740 (1.99%) 4 BOLD:AAY9841 (0.31%) 2 Loimia bermudensis 18.33% Harmothoe evei 13.16% 103 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Tabela 3.6. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonomicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo (continuação). Espécimes Identificação morfológica PAS00003 Poecilochaetus japonicus PAS00001 Poecilochaetus japonicus PBB00001 Poecilochaetus sp. PGC00003 Eunice vittata PGC00002 Eunice vittata PGC00022 Glycera tesselata PGC00021 Glycera tesselata PGC00023 Glycera tesselata CHEP0009 Glycera tesselata PGC00074 Leocrates atlanticus PGC00075 Leocrates atlanticus PGC00026 Leocrates atlanticus PGC00025 Leocrates atlanticus PBB00006 Leocrates atlanticus CHEP0001 Leocrates atlanticus PBB00005 Leocrates atlanticus PBB00011 Leocrates atlanticus PGC00031 Phyllodoce cf. madeirensis PGC00030 Phyllodoce cf. madeirensis PGC00049 Hyalinoecia tubicola 104 BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Distância ao membro do BIN mais próximo BOLD:AAZ0009 (1.13%) 3 Spionidae 17.82% BOLD:AAZ1158 (0.17%) 2 BOLD:AAY0666 (0.63%) 4 Glyceridae 11.72% BOLD:AAX5533 (0.64%) 8 Hesionidae 18.71% BOLD:AAZ0051 (0%( 2 Phyllodoce cf. madeirensis 4.84% BOLD:AAZ1192 (0.15%) 4 Eunice americana 20.11% Hyalinoecia sp. 15.13% Capítulo 3 Tabela 3.6. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonomicamente concordantes. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima (p-dist) dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica (p-dist) até ao membro do BIN mais próximo (continuação). Espécimes Identificação morfológica PGC00040 Spionidae PGC00042 Spionidae PGC00038 Spionidae PGC00041 Spionidae PGC00043 Spionidae PGC00071 Natsushima bifurcata BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Distância ao membro do BIN mais próximo BOLD:AAZ0828 (0.31%) 5 Spionidae 15.25% BOLD:AAZ1431 (0.32%) 2 Natsushima sp. MTA-2011 11.23% Tabela 3.7. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs taxonomicamente discordantes com indicação do nivel taxonómico em que a incongruência ocorre. Pode-se observar também o número de membros e a distância máxima dos mesmos dentro de cada BIN, assim como a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo. Espécimes Identificação morfológica CHEP0003 Nicolea venustula PGC00044 Pterolysippe vanelli PGC00045 Amphitrite cf. cirrata PGC00047 Neoamphitrite sp. PGC00036 Fimbriosthenelais zetlandica PGC00035 Sthenelais boa PBB00010 Eunice pennata PBB00009 Eunice pennata PBB00007 Eunice pennata BIN (Distância máxima) Membros totais por BIN Nível do conflito taxonómico Distância ao membro do BIN mais próximo BOLD:AAX647 1 (0%) 2 Família: Ampharetidae [1], Terebellidae [1] Terebellidae 16.78% BOLD:AAZ063 1 (0%) 2 BOLD:AAZ089 7 (0.32%) BOLD:AAY350 0 (2.32%) Gènero: Neoamphitrite [1], Amphitrite [1] Género: 2 Sthenelais [1], Fimbriosthenelais Onuphis pseudoiridescens 15.24% Polynoe sp. 19.52% [1] Espécie: 4 Eunice pennata [3], Eunice antarctica [1] Eunice americana 16.67% 105 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Tabela 3.8. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs com apenas um membro (Singletons). Pode-se observar também a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo. Espécimes Identificação morfológica BIN Distância ao membro do BIN mais próximo PGC00012 Lumbrineridae BOLD:AAZ1566 PBB00004 Lumbrineridae BOLD:ACI3757 Lumbrineridae 18.46% PAS00012 Maldanidae BOLD:AAZ0723 Maldanidae 9.77% PGC00039 Spionidae BOLD:AAZ0829 Spionidae 15.41% PGC00076 Eunice norvegica BOLD:AAZ1157 PGC00029 Eunereis longissima BOLD:AAZ1159 CHEP0011 Eunereis longissima BOLD:AAY3565 Metaphire sp. 20.32% Eunice norvegica 2.25% Nereis elitoralis 10.1% Simplisetia cf. erythraensis DH1 16.92% Polynoidae 13.32% PGC00072 Harmothoe evei BOLD:AAY9840 PGC00034 Harmothoe evei BOLD:AAY9839 PGC00027 Leocrates atlanticus BOLD:AAY9695 PGC00011 Lumbrineris gracilis BOLD:AAZ1565 PGC00016 Panthalis oerstedi BOLD:ACG5400 PGC00001 Pareurythoe borealis BOLD:AAZ1399 PGC00032 Phyllodoce cf. madeirensis BOLD:AAZ0052 Phyllodoce cf. madeirensis BOLD:AAZ1549 Phyllodoce cf. madeirensis PAS00011 Phyllodoce madeirensis Malmgreniella sp. 12.89% Harmothoe evei 13.96% Lumbrineridae 16.58% Ophelina sp. 20.22% Chloeia pinnata 16.92% 4.84% 12.46% 106 PAS00002 Poecilochaetus japonicus BOLD:AAZ0010 PBB00008 Eunice sp. BOLD:ACI3672 CHEP0010 Neoamphitrite affinis BOLD:AAX6153 PGC00077 Marphysa bellii BOLD:ACI3688 CHEP0013 Polycirrus norvegicus BOLD:AAY2865 Poecilochaetus serpens 18.3% Eunice norvegica 10.27% Polycirrus sp. 16.85% Marphysa regalis 17.74% Polycirrus eximius 17.66% Capítulo 3 Tabela 3.8. Tabela cujos espécimes agruparam em BINs com apenas um membro (Singletons). Pode-se observar também a distância nucleótídica até ao membro do BIN mais próximo (continuação) Espécimes Identificação morfológica BIN PBB00003 Polycirrus sp. BOLD:ACI3835 CHEP0005 Subadyte pellucida BOLD:AAW1704 PGC00078 Tainokia sp. BOLD:ACI3694 Distância ao membro do BIN mais próximo Amaeana occidentalis 16.85% Polynoe sp. 15% Arabella semimaculata 16.05% 3.3.6. Sistema de classificação Após análise das comparações com sequências similares de COI-5P presentes em bases de dados públicas (BOLD e GenBank), atribuíram-se 5 níveis de fiabilidade taxonómica aos DNA barcodes (Costa et al., 2012) correspondentes a 23 espécies de poliquetas do projecto “Deep Sea Polychaetes” aqui analisadas, de acordo com os critérios sumarizados na secção 2.2.5.4 do Freq. (%) capítulo 2 desta tese. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 A B C D E Nível taxonómico Figura 3.9. Representação gráfica da classificação atribuída aos DNA Barcodes pertencentes a 23 espécies presentes no projecto da BOLD de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara, pelos diferentes níveis de qualidade do sistema de fiabilidade taxonómica proposto por Costa et al., 2012. Níveis: A-Concordância externa; B-Concordância interna; C-Concordância sub-óptima; D-Dados insuficientes; E-DNA barcodes discordantes. 107 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Verificou-se que em 13% dos DNA barcodes das espécies analisadas neste trabalho possuem um grau de fiabilidade elevado da identificação taxonómica (níveis A+B), enquanto as restantes 87%, possuem dados insuficientes ou DNA barcodes incongruentes (D+E) (figura 3.9 e tabela 3.9). Neste conjunto de dados não foram encontradas espécies com divergências intraespecíficas comparativamente elevadas (nível C). Tabela 3.9. Atribuição das classificações de fiabilidade taxonómica (A a E) aos DNA Barcodes correspondentes a 23 espécies de poliquetas do mar profundo de acordo com o sistema de classificação proposto por Costa et al (2012). 108 Espécie Classificação Fimbriosthenelais zetlandica D Hyalinoecia tubicola A Neoamphitrite affinis D Nicolea venustula D Pterolysippe vanelli D Panthalis oerstedi D Phyllodoce madeirensis D Subadyte pellucida D Eunice pennata E Marphysa bellii D Sthenelais boa D Eunereis longissima D Glycera tesselata B Leocrates atlanticus E Harmothoe evei E Poecilochaetus japonicus E Eunice norvegica D Eunice vittata D Pareurythoe borealis D Lumbrineris gracilis D Pista Cristata A Polycirrus norvegicus D Natsushima bifurcata D Capítulo 3 3.4. Discussão 3.4.1. Performance dos DNA barcodes na diferenciação de espécies de poliquetas De acordo com a árvore NJ nucleotídica obtida neste estudo (Figura F3, em anexo), e à semelhança do observado no capítulo 2, é possivel identificar fácilmente padrões de organização dos espécimes em clados coincidentes com níveis taxonómicos inferiores, como a espécie e género. Também se observou em diversos casos o agrupamento de espécimes a partilha de um ancestral comum situado a niveis taxonómicos mais profundos como a família ou mesmo a ordem, como se observa na árvore NJ de aminoácidos em radiação (figura 3.8). No entanto, ao contrário do observado nos poliquetas de estuário, observou-se algumas discrepâncias num grande número de famílias que não formaram grupos monofiléticos com excepção das ordens Capitellida e Amphinomida. Estas duas ordens são as que possuem um menor número de membros representados, pertencentes apenas a uma família, o que poderá justificar também essa situação. Os membros da ordem Phyllodocida dividiram-se em três clados a partir de ancestrais distintos, com as famílias Chrysopetalidae e Nautiliniellidae a distanciarem-se bastante, agrupando-se num quarto clado com mais de 41% de divergência aminoacídica em relação aos restantes membros da mesma ordem. Facto curioso, é que os três primeiros clados observados correspondem grosso modo à subdivisão em subordens dos Phyllodocida: Aphroditiformia (Acoetidae, Polynoidae, Sigalionidae), Nereidiformia (Nereididae, Hesionidae) e Phyllodociformia (Phyllodocidae) aparecendo juntamente com os Glyceriformia (Glyceridae). Excepção à regra foi mesmo a família Chrysopetalidae que também pertence à subordem Nereidiformia. Estes casos são um exemplo de alguma capacidade das sequências de aminoácidos de reconstrução de filogenias mais profundas, ao nível da ordem e outros grau da hierarquia taxonómica adjacentes. A ordem Spionida, representada apenas pela famíla Spionidae, dividiu-se em dois clados distintos assemelhando-se aos dados observados na árvore NJ nucleotídica. A ordem Eunicida repartiu-se em três clados com a família Oenonidae e Lumbrineridae a possuirem uma enorme distância em termos de aminoacidos em relação ás restantes famílias da mesma ordem. De notar que um membro de uma espécie da família Lumbrineridae [espécime Lumbrineridae (PGC00012)] agrupou junto da família Oenonidae possuindo mais de 13% de distância aminoacídica em relação aos restantes elementos da mesma família e apenas 6,35% em relação aos membros da família Oenonidae. Tendo em conta 109 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) a grande semelhança morfológica entre estas duas famílias, uma determinação mais atenta do referido espécime (o qual foi identificado apenas ao nível de família) poderá eventualmente reposicioná-lo na família Oenonidae. Por último, a ordem Terebellida encontra-se separada em dois clados derivados de ancestrais distintos, e representados pelas famílias Ampharetidae e Terebellidae com 20,98% de distância aminoacídica entre ambas. A árvore filógenética de sequências COI traduzidas (aminoácidos) em cladograma da figura F4 em anexo, permite confirmar que grande parte das susbstituições nucleóticas ocorrem são sinónimas, uma vez que um grande número de espécies próximas, facilmente distinguíveis pelas sequências nucleotídicas são idênticas nas sequências amino-acídicas. Considerando não só as análises de divergência nucleotídicas, mas também a árvore NJ nucleótidica, todos os indicadores apresentados confirmam a capacidade do COI em demarcar e diferenciar os níveis taxonómicos de espécie e género. A confirmação dessa afirmação pode ser feita através da ocorrência de grupos monofiléticos com <3% divergência (MOTUs), englobando todos os espécimes de de cada morfo-espécie, não havendo sobreposição em 73% dos casos. O nível de resolução de espécies observado (TRR cerca de 30x, tabela 3.3), está dentro da gama observada em outros grupos animais (Costa et al., 2009; Hebert et al., 2003). As divergências intra e interespecíficas congenéricas observadas neste capítulo estão também dentro da gama de variação reportada em outros estudos de DNA barcodes de poliquetas [0,35% e 16,8%, respetivamente no estudo de Carr et al. (2011) com as diferenças dentro do género a serem ligeiramernte superiores neste estudo (20,1%)]. Através desta ferramenta foi possível a deteção de ambiguidades taxonómicas, que tendo em conta a enorme dificuldade na identificação taxonómica com base na morfologia nesta classe, muito provavelmente não seriam detetadas sem estes dados moleculares (Bortolus, 2008; Hebert et al., 2003), à semelhança do que aconteceu no capítulo 2 com os poliquetas de estuário. O gráfico da figura 3.3 da seção dos resultados, referente às divergências nucleotídicas intra e interespecíficas médias nos géneros abordados (que incluía as sequências que demonstravam ambiguidades taxonómicas), demonstrou isso mesmo com taxas de divergência intra e interespecíficas mal delimitadas e sobrepostas resultando na ausência da “barcoding gap” que auxiliado pela árvore NJ nucleótidica, sinaliza a necessidade de uma revisão taxonómica em muitas das morfo-espécies e DNA barcodes aqui examinados. Em relação às 37 espécies, correspondentes aos 66 DNA barcodes originais (Deep Sea) integrados neste estudo, 16 possuíam uma só sequência, facto que, tal como no capítulo 2, 110 Capítulo 3 demonstra a fase incipiente desta biblioteca de sequências COI para estes organismos. Neste conjunto de espécies foram encontradas incongruências entre as identificações morfológicas e os DNA barcodes obtidos em 12 das mesmas (tabela 3.4). Entre estas é exemplo o poliqueta Phyllodoce madeirensis (espécime: PAS00011) que apesar de formar um grupo monofilético [Phyllodoce cf. madeirensis (PGC00031, PGC00030, PGC00032)], apresenta divergências superiores a 3% entre os seus espécimes. Devido ao atual estado de incerteza no estatuto destas espécies e conhecidas dificuldades no seu diagnóstico, a potencial ocorrência de ambiguidades na comparação com a informação molecular já seria de certo modo antecipada. Os espécimes PGC00031 e PGC00030 agruparam no MOTU 55 (figura 3.6), em contraste com o espécime PAS00011 (Phyllodoce madeirensis) cujo DNA barcode se diferencia em mais de 13%, sugerindo tratar-se de espécie distinta, tal como o espécime PGC00032 da mesma espécie que apresentou uma distância nucleotídica de 5,13% ao MOTU 55 (Hebert et al., 2003a; Hebert et al., 2003b). Devido ao baixo número de sequências disponíveis, não é possivel concluir mais sobre a potencial diversidade oculta dentro desta morfo-espécie. Olhando para as distâncias em termos de aminoácidos, estes espécimes possuem todos menos de 2% de divergência, confirmando a sua proximidade filogenética. No caso das espécies Nicolea venustula (espécime: CHEP0003) e Pterolysippe vanelli (espécime: PGC00044) encontrados no MOTU 40, apresentaram um conflito taxonómico ao nível da família (Terebellidae e Ampharetidae respetivamente). Após pesquisa no WoRMS (http://www.marinespecies.org/), descobriu-se que a sequência do GenBank pertencente à espécie Eclysippe vanelli (Ampharetidae), que foi utilizada na construção da árvore NJ, era um sinónimo não aceite da espécie Pterolysippe vanelli, agrupando esta última num clado correspondente à família Ampharetidae junto com outras espécies da mesma família (MOTU 50 e 51) sugerindo que o erro na identificação taxonómica possa estar no espécime PGC00044 (Pterolysippe vanelli), que agrupou em clados relacionados com a família Terebellidae. Estes 66 DNA barcodes foram também sujeitos a uma análise pelo sistema BIN, observando-se um número elevado de Singletons (60,53%) e um reduzido número de sequências pertencentes a outros estudos dentro dos BINs concordantes (tabela 3.6) e discordantes (tabela 3.7) assim como um baixo número de sequências dentro dos respetivos BINs realçando uma vez mais a fase incipiente em que este projeto para a construção de uma biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo se encontra. Apenas 10,53% dos BINs, correspondentes às espécies Eunice pennata, Pista cristata, Hyalinoecia tubicola e Natsushima 111 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) bifurcata, possuíam sequências externas em relação aos DNA barcodes em estudo neste capítulo, sendo que o BIN pertencente à espécie Eunice pennata é discordante, havendo conflito com a espécie Eunice antartica. Dentro dos BINs discordantes encontram-se incongruências ao nível da espécie, género e até mesmo ao nível da família. Pode-se observar também que muitos espécimes identificados para a mesma espécie foram atríbuídos diferentes BINs, como é o caso das espécies Harmathoe evei, Leocrates atlanticus, Eunereis longíssima, Phyllodoce cf. madeirensis e Poecilochaetus japonicus. No caso dos nove espécimes identificados como Leocrates atlanticus, oito (PGC00074, PGC00075, PGC00026, PGC00025, PBB00006, CHEP0001, PBB00005, PBB00011) agruparam no MOTU 9, com apenas um (PGC00027) a sair deste padrão, aparecendo no meio do clado da família Polynoidae e com um BIN próprio. Este resultado, dificilmente explicável por razões evolutivas, sugere a ocorrência de uma falha operacional por contaminação cruzada de amostras ou erro de etiquetagem. 3.4.2.Classificação das sequências COI Após análise das classificações dos DNA barcodes de acordo com o seu grau de consistência taxonómica, verificou-se que apenas 8,7% dos DNA barcodes foram congruentes externamente (nível A). Contudo, este valor aparentemente baixo resulta em grande parte número reduzido de espécimes observado por espécie, e não da ocorrência de um elevado grau de incerteza taxonómica. De facto, os DNA barcodes de cerca de 70% das espécies foram inerentemente classificadas com grau nível D, devido ao pequeno número de sequências disponíveis (< 3). Neste contexto de número insuficiente de sequências, a proporção relativa de DNA barcodes dos vários graus A a E presentes na biblioteca é apenas provisória, e sofrerá grande alteração à medida que novas sequências forem obtidas e os DNA barcodes de grau D forem reclassificados num dos restantes graus. Em acréscimo, os DNA barcodes cuja classificação foi de nível B (4,3%) poderão ser re-classificados para nivel A caso sejam disponibilizadas sequências correspondentes obtidas por outros investigadores, ou então despromovidos ao nível E caso se venha a provar uma identificação taxonómica incorreta em comparação com outros estudos. Nenhum dos DNA barcodes demonstrou uma elevada divergência intraespecífica que justificasse a atribuição do nível C, com excepção dos espécimes 112 Capítulo 3 identificados como Phillodoce cf. madeirensis. No entanto, como neste caso a identificação original é reportadamente dúbia (cf.), optou-se por excluir essas sequências nos resultados da tabela 3.9. Finalmente, os resultados presentes, apesar de baseados num reduzido de sequências, permitiram desde já detetar incongruências em 17,4% das espécies (nível E), motivando assim a verificação das identificações e, se esta for insuficiente, a análise pormenorizada de cada incongruência com recurso a diversas fontes de evidência. 113 Biblioteca de referência de DNA barcodes para poliquetas do mar profundo (Península Ibérica) Referências Adkins JF & Boyle EA (1997) Changing atmospheric D 14C and the record of paleo-ventilation ages. Paleoceanography 12: 337–344. Aguado MT & Rouse GW (2011) Nautiliniellidae (Annelida) from Costa Rican cold seeps and a western Pacific hydrothermal vent, with description of four new species. Systematics and Biodiversity 9: 109-131. 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Este estudo contribui para confirmar a utilidade desta abordagem molecular na deteção de potenciais espécies ocultas, como é o caso do possivel complexo de espécies crípticas de Hediste diversicolor e outros aqui tratados, criando ao mesmo tempo um suporte taxonómico detalhado que contribuirá positivamente em futuras investigações taxonómicas. Particulamente importante é a deteção de incorreções taxonómicas nas identificações morfológicas originais que, na ausência de de qualquer sistema de verificação alternativo, molecular ou outro, são suscetiveis de serem ignoradas e se perpetuarem nos estudos futuros. Na nossa opinião uma biblioteca de referência de DNA barcodes universal irá, sem dúvida, revitalizar a ciência da taxonomia e transportá-lo a um novo nível de influência, quer na arena científica global, quer na maneira que se traduz em serviços para a sociedade, proporcionando aos taxonomistas uma lingua franca, na qual podem descrever, discutir e delinear espécies e as fronteiras entre as mesmas. Os dados desta tese sinalizaram o estado ainda muito incipiente das bibliotecas de referência de DNA barcodes, quer para os poliquetas de estuário, quer para os de mar profundo. A análise à fiabilidade taxonómica das 44 espécies de poliquetas (mar profundo e de estuário) cujas sequências COI possuíam uma identificação taxonómica até nível de espécie, revelou a necessidade de uma revisão taxonómica a 16% destas, não havendo quaisquer dados de comparação para 52% das mesmas. Nas 32% espécies restantes apenas 5 tinham suporte de comparação com estudos externos a este trabalho, sendo portanto necessário a aquisição de mais dados moleculares sobre certas espécies de modo a que se possa fazer uma análise mais profunda à qualidade dos DNA Barcodes aqui analisados. Ficou também aqui evidenciada a necessidade de recorrer a um leque variado de primers para amplificar DNA barcodes e comunidades diversas de poliquetas, já que o sucesso da amplificação alterna entre diferentes tipos de primers, dependendo do género/espécie do poliqueta sob análise. Finalmente, ressalta ainda a utilidade da implementação de um sistema de classificação dos DNA barcodes em bibliotecas de referência, como por exemplo o sistema proposto por Costa et al. (2012), pois permite o refinamento contínuo em linha com o aumento da disponibilidade de dados públicos e da natureza iterativa das evidências taxonómicas. No entanto, a utilidade de um sistema de classificação tal como o proposto, poderá tornar-se eficaz apenas se for globalmente implementado. Em relação à estrutura final de um sistema de classificação comparativo e 121 Conclusão geral padronizado, é necessário que a respetiva utilidade e acessibilidade a dados de DNA barcodes de referência seja feita através de uma comunidade diversificada de utilizadores. Num futuro não muito distante, graças a estudos como o desta tese, será possivel utilizar os poliquetas de estuário em conjunto com bibliotecas de outros organismos bentónicos, em estudos de biomonitorização de grande escala com recurso a técnicas de sequenciação de alto débito, como a sequenciação de segunda geração, ou então facilitar a identificação e descrição de comunidades de organismos pouco conhecidas, como os poliquetas de mar profundo. Para tal, é necessário um maior investimento e esforço na aquisição de um maior número de sequências COI para esta classe de anelídeos para que se possa fazer as respetivas comparações morfológicas e moleculares de modo a validar uma biblioteca de referência de DNA barcodes que ainda se encontra numa fase de desenvolvimento algo incipiente. 122 Anexos Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público. Famílias Espécies Locais Referências Amage adspersa (Grube, Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Mondego Estuário do Tejo Ria de Aveiro Estuário do Guadiana Estuário do Douro Estuário de Alvor Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Guadiana Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Chainho et al., 2006 Rodrigues et al., 2006 Nunes et al., 2008 Condea et al., 2013 Mucha et al., 2005 Carpenter, 2004 Nunes et al., 2008 Amaral & Costa., 1999 Condea et al., 2013 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Tejo Estuário do Guadiana Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Salgado et al., 2007 Condea et al., 2013 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Guadiana Estuário do Tejo Ria de Aveiro Estuário do Mondego Estuário do Tejo Ria Formosa Estuário do Tejo Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Condea et al., 2013 Rodrigues et al., 2006 Nunes et al., 2008 Chainho et al., 2006 Rodrigues et al., 2006 Gamito, 2006 Rodrigues et al., 2006 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Salas et al., 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Tejo Estuário do Guadiana Silva et al., 2006 Condea et al., 2013 Estuário do Tejo Silva et al., 2006 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 1863) Amage gallasii Marion, 1875 Alkmaria romijni Horst, 1919 Ampharetidae Melinna palmata Grube, 1870 Paraonidae Paradoneis lyra (Southern, 1914) Capitella capitata (Fabricius, 1780) Capitella minima Langerhans, 1881 Heteromastus filiformis Capitellidae (Claparède, 1864) Mediomastus fragilis Rasmussen, 1973 Notomastus latericeus Sars, 1851 Mediomastus fragilis Rasmussen, 1973 Notomastus latericeus Sars, 1851 Chaetozone setosa Malmgren, 1867 Cirriformia tentaculata (Montagu, 1808) Chaetozone caputesocis Cirratulidae (Saint-Joseph, 1894) Cirratulus cirratus (O. F. Müller, 1776) Aphelochaeta marioni (SaintJoseph, 1894) Caulleriella alata (Southern, 1914) Caulleriella bioculata (Keferstein, 1862) 125 Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público (continuação). Famílias Espécies Websterinereis glauca (Claparède, 1870) Alitta virens (M. Sars, 1835) Nereididae Hediste diversicolor (O.F. Müller, 1776) Glycera tridactyla Schmarda, 1861 Glycera fallax Quatrefages, 1850 Goniada emerita Audouin & Glyceridae Milne-Edwards, 1833 Goniada norvegica Örsted, 1845 Glycera alba (O.F. Müller, 1776) Glycera unicornis Savigny in Lamarck, 1818 Nephtys caeca (Fabricius, 1780) Nephtys cirrosa (Ehlers, 1868) Nephtys hystricis McIntosh, 1900 Nephtyidae Nephtys hombergii Savigny in Lamarck, 1818 Nephtys longosetosa Örsted, 1842 Aglaophamus pulcher (Rainer, 1991) Micronephthys minuta (Théel, 1879) Chaetopteridae 126 Spiochaetopterus costarum (Claparède, 1869) Locais Referências Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Guadiana Estuário do Tejo Ria de Aveiro Estuário do Tejo Estuário do Mira Estuário do Mondego Estuário do Guadiana Estuário do Tejo Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Condea et al., 2013 Salgado et al., 2007 Abrantes et al., 1999 Rodrigues et al., 2006 Moreira et al., 2005 Chainho et al., 2006 Condea et al., 2013 Rodrigues et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Sado Estuário do Tejo Ria de Aveiro Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Carvalho et al., 2001 Silva et al., 2006 Nunes et al., 2008 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Sado Estuário do Guadiana Estuário do Tejo Estuário do Tejo Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Carvalho et al., 2001 Condea et al., 2013 Rodrigues et al., 2006 Salgado et al., 2007 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público (continuação). Famílias Espécies Diopatra neapolitana Delle Onuphidae Chiaje, 1841 Nothria geophiliformis (Moore, 1903) Scoloplos armiger (Müller, Orbiniidae 1776) Phylo foetida (Claparède, 1869) Pholoe minuta (Fabricius, Pholoidae 1780) Pholoe inornata Johnston, 1839 Mysta picta (Quatrefages, 1866) Eumida sanguinea (Örsted, Phyllodocidae 1843) Oxydromus flexuosus (Delle Chiaje, 1827) Phyllodoce mucosa Örsted, 1843 Hypereteone foliosa (Quatrefages, 1865) Pilargiidae Pisionidae Saccocirridae Sigambra tentaculata (Treadwell, 1941) Pisione remota (Southern, 1914) Saccocirrus papillocercus Bobretzky, 1872 Boccardiella ligerica (Ferronnière, 1898) Microspio mecznikowianus (Claparède, 1869) Aonides oxycephala (Sars, Spionidae 1862) Streblospio benedicti Webster, 1879 Polydora ciliata (Johnston, 1838) Polydora cornuta Bosc, 1802 Locais Referências Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Guadiana Ria de Aveiro Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Condea et al., 2013 Cunha et al., 2005 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Sado Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Carvalho et al., 2001 Estuário do Guadiana Condea et al., 2013 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Ria de Aveiro Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Nunes et al., 2008 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Guadiana Estuário de Alvor Condea et al., 2013 Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Sado Amaral & Costa., 1999 Estuário do Sado Estuário de Alvor Estuário do Douro Estuário de Alvor Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Tejo Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Carpenter, 2004 Mucha et al., 2005 Carpenter, 2004 Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Rodrigues et al., 2006 Amaral & Costa., 1999 Estuário do Tagus Rodrigues et al., 2006 127 Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público (continuação). Famílias Espécies Spiophanes bombyx (Claparède, 1870) Prionospio fallax Söderström, 1920 Prionospio cirrifera Wirén, 1883 Pygospio elegans Claparède, 1863 Spio martinensis Mesnil, 1896 Spionidae Streblospio shrubsolii (Buchanan, 1890) Boccardia polybranchia (Haswell, 1885) Spio decoratus Bobretzky, 1870 Dipolydora coeca (Örsted, 1843) Malacoceros fuliginosus (Claparède, 1870) Scolelepis squamata (O.F. Muller, 1806) Prionospio malmgreni Claparède, 1869 Pseudopolydora antennata (Claparède, 1869) Terebellidae Dorvilleidae Eunicidae Lanice conchilega (Pallas, 1766) Pista cristata (Müller, 1776) Protodorvillea kefersteini (McIntosh, 1869) Ophryotrocha puerilis Claparède & Metschnikow, 1869 Lysidice ninetta Audouin & Milne-Edwards, 1833 Lysidice unicornis (Grube, 1840) Marphysa sanguinea (Montagu, 1815) Sabellaridae 128 Sabellaria spinulosa (Leuckart, 1849) Locais Referências Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Estuário do Tejo Estuário do Tejo Chainho et al., 2006 Carpenter, 2004 Rodrigues et al., 2006 Salgado et al., 2007 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Mondego Estuário do Guadiana Estuário do Tejo Estuário do Tejo Chainho et al., 2006 Condea et al., 2013 Rodrigues et al., 2006 Salgado et al., 2007 Estuário do Tagus Rodrigues et al., 2006 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Guadiana Condea et al., 2013 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Tejo Estuário de Alvor Estuário de Alvor Rodrigues et al., 2006 Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Tejo Silva et al., 2006 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Tejo Rodrigues et al., 2006 Estuário do Tejo Estuário de Alvor Estuário do Sado Silva et al., 2006 Carpenter, 2004 Garçês & Costa, 2009 Estuário do Tejo Silva et al., 2006 Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público (continuação). Famílias Espécies Jasmineira elegans Saint- Sabellidae Joseph, 1894 Sabella pavonina Savigny, 1822 Pectinariidae Lagis koreni Malmgren, 1866 Amphictene auricoma (O.F. Müller, 1776) Scoletoma impatiens Lumbrineridae (Claparède, 1868) Hilbigneris gracilis (Ehlers, 1868) Ophelia laubieri Bellan & Costa, 1987 Ophelia bicornis Savigny in Opheliidae Lamarck, 1818 Ophelia neglecta Schneider, 1892 Ophelia radiata (Delle Chiaje, 1828) Pilargidae Hesionidae Sigambra parva (Day, 1963) Syllidia armata Quatrefages, 1866 Podarkeopsis capensis (Day, 1963) Parapionosyllis gestans Syllidae Dorvilleidae Arenicolidae (Pierantoni, 1903) Syllis armillaris (O.F. Müller, 1776) Prosphaerosyllis xarifae (Hartmann-Schröder, 1960) Protodorvillea kefersteini (McIntosh, 1869) Arenicola marina (Linnaeus, 1758) Leiochone leiopygos (Grube, Maldanidade 1860) Euclymene collaris (Claparède, 1869) Goniadidae Magelonidae Serpullidae Procerodidae Goniadella galaica (Rioja, 1923) Magelona alleni Wilson, 1958 Spirobranchus triqueter (Linnaeus, 1758) Procerodes littoralis (Ström, 1768) Locais Referências Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Estuário de Alvor Ria de Aveiro Leitão et al., 2006 Carpenter, 2004 Nunes et al., 2008 Estuário do Guadiana Condea et al., 2013 Estuário do Mondego Patricio & Marques, 2006 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Estuário do Sado Bellan & Costa, 1987 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Mondego Chainho et al., 2006 Estuário do Guadiana Condea et al., 2013 Estuário do Guadiana Condea et al., 2013 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário do Sado Carvalho et al., 2001 Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Estuário de Alvor Estuário de Alvor Estuário de Alvor Estuário de Alvor Estuário de Alvor Estuário de Alvor Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 Carpenter, 2004 129 Anexo/Tabela T1. Pequena checklist de poliquetas estuarinas portugueses, feita através da consulta de bibliografia disponível ao público (continuação). Famílias Oweniidae Espécies Owenia fusiformis Delle Chiaje, 1844 Locais Referências Estuário do Mondego Estuário do Guadiana Estuário de Alvor Chainho et al., 2006 Condea et al., 2013 Carpenter, 2004 Anexo/Tabela T2. Número total de poliquetas recolhidas nos diferentes estuários, distribuídos pela família e espécie. Famílias Espécies Locais Nereididae Estuario do Sado Estuário do Minho Ria de Aveiro Estuário do Lima Estuário do Sado Estuário do Tejo Estuário do Lima Estuário do Lima Estuário do Lima Estuários do Alentejo (Mira) Estuário do Lima Estuários do Alentejo (Mira) Estuário do Sado Estuário do Lima Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Lima Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Lima Ria de Aveiro Estuário do Lima Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Ria de Aveiro Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Lima Hediste diversicolor Nereididae Nereis zonata Nereis fucata Ceratonereis costae Perinereis cultrifera Perinereis sp. Platynereis nadiae Platynereis dumerili Cirratulidae Cirratulidae Arenicolidae Cirriformia tentaculata Cirriformia sp. Aphelochaeta marioni Arenicola marina Spionidae Spionidae Scolelepis foliosa Streblospio benedicti Nephtyidae Nephtyidae Nephtys hombergii Nepthys caeca Nepthys sp. Glyceridae Glyceridae 130 Glycera alba Glycera trydactila Glycera convoluta Glycera sp. Número de espécimes 2 18 4 81 2 1 3 3 10 3 4 3 1 12 3 3 3 2 1 1 2 5 1 4 1 9 1 9 6 1 7 2 1 3 Anexo/Tabela T2. Número total de poliquetas recolhidas nos diferentes estuários, distribuídos pela família e espécie (continuação). Famílias Sabellidae Espécies Locais Sabellidae Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Lima Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Estuário do Sado Ria de Aveiro Estuário do Sado Estuários do Alentejo (Sines) Estuário do Sado Estuários do Alentejo (Sines) Estuário do Sado Estuários do Alentejo (Sines) Estuário do Sado Estuário do Lima Estuário do Sado Estuário do Sado Ria de Aveiro Ria de Aveiro Ria de Aveiro Estuário do Minho Sabella pavonina Onuphidae Diopatra neopolitana Eunicidae Marphysa sanguinea Lysidice ninetta Marphysa sp. Lysidice sp. Lysidice hebes Maldanidae Maldanidae Euclymene palermitana Euclymene santanderensis Euclymene gracillis Euclymene robusta Praxillella praetermissa Leiochone leyopygos Axyothela constricta Capitellidae Capitellidae Orbiniidae Terebellidae Notomastus profondus Heteromastus filiformis Orbinia latreillii Oribiniidae Terebellidae Pista cristata Trichobranchus glacialis Lanice conchilega Lagis koreni Amphitritides gracilis Euthelepus setubalensis Lumbrineridae Lumbrineris latreilli Lumbrineris tetraura Oenonidae Arabella iricolor Syllidae Trypanosyllis zebra Syllis sp. Aphroditidae Aphroditidae Ampharetidae Ampharetidae Alkmaria romijni Polynoidae Polynoidae Harmathoe imbricata Número de espécimes 2 1 2 1 6 5 2 1 1 12 4 5 2 49 2 5 5 2 3 53 3 8 2 13 4 11 8 3 1 3 1 1 4 1 1 5 6 2 1 3 2 3 131 Anexo/Tabela T2. Número total de poliquetas recolhidas nos diferentes estuários, distribuídos pela família e espécie (continuação). Famílias Phyllodocidae Espécies Número de espécimes Locais Phyllodocidae Eulalia viridis Owenidae Serpullidae Owenia fusiformis Pomatoceros lamarcki Sabellaridae Sabellaria alveolata Sigalionidae Sthenelais boa Ria de Aveiro Estuários do Alentejo (Sines) Estuário do Lima Estuário do Tejo Ria de Aveiro Estuário do Lima Estuário do Lima Estuário do Tejo Ria de Aveiro 3 1 3 1 3 3 1 7 2 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese. Família Espécie Hediste diversicolor Nereididae Hediste atoka 132 Acesso GenBank FJ030981.1 FJ030979.1 FJ030977.1 FJ030976.1 FJ030975.1 FJ030974.1 FJ030972.1 FJ030968.1 FJ030963.1 FJ030994.1 FJ030993.1 FJ030992.1 FJ030991.1 FJ030990.1 FJ030989.1 FJ030988.1 FJ030987.1 FJ030986.1 FJ030985.1 AB603869.1 AB603852.1 AB603862.1 AB603853.1 AB603849.1 AB603861.1 AB603847.1 AB603885.1 AB603864.1 Local Referência Finlândia Audzijonyte et al.,2008 Japão Tosuji & Sato, 2010 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese (continuação). Família Espécie Hediste atoka Nereididae Perinereis vallata Perinereis gualpensis Perinereis longidonta Perinereis falklandica Perinereis brevicirris Platynereis sp. Glyceridae Glycera alba Acesso GenBank AB603869.1 AB603852.1 AB603862.1 AB603853.1 AB603849.1 AB603861.1 AB603847.1 AB603885.1 AB603864.1 AB603880.1 AB603875.1 AB603883.1 AB603876.1 AB603877.1 AB603886.1 AB603884.1 AB603844.1 AB603874.1 AB603887.1 AB603878.1 AB603855.1 AB603856.1 AB603867.1 AB603859.1 AB603860.1 AB603868.1 HQ938395.1 HQ705196.1 HQ705192.1 HQ705193.1 HQ705188.1 HQ705187.1 HQ705186.1 HQ705191.1 HQ705190.1 HQ705185.1 HQ705184.1 JX503026.1 JX503025.1 JX503024.1 HM473626.1 HM473621.1 HM473629.1 JN852946.1 Local Referência Japão Tosuji & Sato, 2010 Chile Sampertegui et al., 2013 Chile Sampertegui et al., 2013 Chile Sampertegui et al., 2013 Chile Sampertegui et al., 2013 Coreia do Sul Kim et al., não publicado Canada Carr et al., 2011 Suécia Norlinder et al., 2012 133 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese (continuação). Família Espécie Glycera nana Glyceridae Glycera capitata Arenicolidae Arenicola marina Trypanosyllis zebra Syllidae Syllis elongata Maldanidae Acesso GenBank HQ932551.1 HQ932532.1 HQ932562.1 HQ024310.1 HQ024311.1 HM473749.1 GU672482.1 GU672465.1 GU672489.1 JQ950326.1 JQ950327.1 HQ023449.1 HQ023442.1 HQ023443.1 GQ487321.1 GQ487320.1 GQ487319.1 JF903793.1 JF903790.1 HM473695.1 HM473696.1 HM473701.1 HM473699.1 HM473700.1 HM473697.1 HQ023889.1 HM473461.1 EU835661.1 Axiothella rubrocincta Maldanidae Praxillella affinis pacifica Praxillella praetermissa Euclymene zonalis Onuphidae 134 Diopatra marocensis HM473325.1 HM473326.1 HM473649.1 HM473648.1 HM473650.1 GU672356.1 GU672285.1 GU672610.1 HQ024016.1 GU672589.1 HQ024015.1 FJ646632.1 GQ456165.1 FJ428915.1 Local Referência Canadá International Barcode of Life (iBOL) data release, não publicado Canadá Carr et al., 2011 Rússia Hardy et al., 2011 França Pires et al., submissão directa (2012) Canada Carr et al., 2011 Holanda Luttikhuizen & Dekker, 2010 Espanha Aguado et al., 2012 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Austrália Neave et al., não publicado Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Russia Canadá Carr et al., 2011 Hardy et al., 2011 Carr et al., 2011 Portugal Rodrigues et al., 2009 Europa Ocidental Berke et al., 2010 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese (continuação). Família Espécie Diopatra cuprea Onuphidae Polynoidae Diopatra neapolitana GQ497525.1 Harmothoe impar Harmothoe glabra JN852930.1 JN852929.1 HQ024044.1 HM473424.1 HM473415.1 HQ024056.1 HM473408.1 JN852934.1 HM473448.1 HM473445.1 HM473444.1 AY839587.1 DQ172736.1 DQ172741.1 DQ172755.1 DQ172688.1 DQ172704.1 DQ172683.1 GU670794.1 GU670792.1 GU670791.1 GU670786.1 GU670784.1 GU672621.1 GU670811.1 GU670802.1 GU672619.1 HQ023478.1 HQ024288.1 HM473343.1 HM417794.1 HQ023477.1 GU672216.1 GU672480.1 Harmothoe imbricata Lepidonotus squamatus Sigalionidae Sthenelais boa Sabellaridae Phragmatopoma caudata Sabellaridae Phragmatopoma californica Scoloplos acutus Naineris quadricuspida Scoloplos armiger Cirratulidae FJ428894.1 FJ428893.1 FJ428892.1 FJ428951.1 FJ428848.1 FJ428834.1 GQ456164.1 EU878539.1 Onuphis elegans Lepidonotus clava Orbiniidae Acesso GenBank Cirratulus cirratus Local Referência Europa Ocidental Berke et al., 2010 Europa Ocidental Berke et al., 2010 Portugal Rodrigues et al., 2009 Estados Unidos Zanol et al., 2010 Suécia Norlinder et al., 2012 Canadá Carr et al., 2011 Suécia Norlinder et al., 2012 Canadá Carr et al., 2011 Suécia Wiklund et al., 2005 Estados Unidos Drake et al., 2007 Estados Unidos Drake et al., 2007 Russia Hardy et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 135 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese (continuação). Família Espécie Acesso GenBank Local Referência Palola viridis JN558582.1 JN558584.1 JN558581.1 Samoa Americana Schulze & Timm, 2012 Lysidice collaris GQ497557.1 KC208488.1 Eunicidae Marphysa sanguinea Marphysa californica GQ497552.1 GQ497553.1 Marphysa brevitentaculata GQ497548.1 Eumida elektra Phyllodoce maculata Nephtys hombergii Nephtys hystricis Nephtys longosetosa Nephtyidae GQ497547.1 Marphysa viridis Eumida alkyone Phyllodocidae AY040708.1 Nephtys sp. Nephtys cirrosa Micronephthys minuta Bipalponephtys neotena HM358691.1 HM358692.1 HM358694.1 HM358678.1 HM358677.1 HM358680.1 GU670815.1 GU670816.1 GU670822.1 GU179410.1 GU179411.1 HQ023590.1 HQ023586.1 GU672313.1 HQ024111.1 GU179408.1 GU672399.1 GU672310.1 HQ024378.1 GU672457.1 GU672458.1 GU672455.1 GU672502.1 GU672476.1 Spionidae Spionidae Scolelepis sp. 136 Estados Unidos India Estados Unidos HQ024464.1 HM375486.1 HM375492.1 HQ024462.1 HQ024461.1 HQ024460.1 Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Zanol et al., 2010 Sekar et al., não publicado Siddall et al., 2001 Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Suécia Nygren & Pleijel, 2011 Suécia Nygren & Pleijel, 2011 Russia Hardy et al., 2011 Portugal Suécia Ravara et al., 2010 Ravara et al., 2010 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Portugal Carr et al., 2011 Ravara et al., 2010 Canadá Carr et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 Russia International Barcode of Life (iBOL) data release, não publicado Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Anexo/Tabela T3. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 2 desta tese (continuação). Família Espécie Spio sp. Spionidae Scolelepis squamata Owenia fusiformis Oweniidae Galathowenia oculata Terebellidae Polycirrus sp. Ampharetidae Ampharetidae Terebellidae Acesso GenBank HQ023791.1 HQ023788.1 HQ023790.1 HM473680.1 HM473679.1 KC208487.1 DQ319457.1 DQ319458.1 DQ319471.1 DQ319459.1 DQ319473.1 DQ319469.1 GU672574.1 GU672611.1 GU672578.1 GU672458.1 GU672455.1 HQ024451.1 HQ024452.1 HQ024453.1 GU672575.1 GU672573.1 HQ023432.1 Ampharete sp. HQ023431.1 HQ024261.1 HM473291.1 Ampharete HM473292.1 labrops HM473290.1 HQ023454.1 Asabellides sp. HQ023460.1 HQ023458.1 HQ024451.1 Polycirrus sp. HQ024452.1 HQ024453.1 GU672524.1 Polycirrus medusa GU672483.1 Local Referência Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 India Sekar et al., não publicado França Jolly et al., 2006 Russia Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Russia International Barcode of Life (iBOL) data release, não publicado Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Russia Hardy et al., 2011 Terebellidae HM417788.1 Russia International Barcode of Life (iBOL) data release, não publicado Pista maculata HQ023774.1 HQ938395.1 HQ938396.1 Canadá Carr, 2010 (não publicado) 137 Anexo/Tabela T4. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 3 desta tese. Família Espécie Eunoe depressa Harmothoe imbricata Harmothoe fragilis Harmothoe rarispina Eunoe oerstedi Polynoidae Arctonoe vittata Arctonoe pulchra Lepidasthenia berkeleyae Lepidasthenia elegans Lepidonotus squamatus Amphitrite cirrata Ampharetidae Amphitrite figulus Neoamphitrite robusta Nicolea zostericola Terebellidae Polycirrus medusa Polycirrus eximius 138 Acesso GenBank Local Referência Estados Unidos Carr et al., 2011 Noruega Nygren et al., 2011 Rússia Canadá Hardy et al., 2011 Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Estados Unidos Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 HM473443.1 Canadá Carr et al., 2011 JN852933.1 Suécia Norlinder et al., 2012 JX503015.1 JX503013.1 JX503014.1 Coreia do Sul Kim et al., não publicado HM473733.1 HM473731.1 HM473732.1 GQ478953.1 GQ478949.1 GU672445.1 HM473407.1 HQ024356.1 HM473428.1 HQ024058.1 HM473740.1 HM473743.1 HQ024019.1 HM473321.1 HM473320.1 HM473323.1 HM473317.1 HM473310.1 HM473301.1 HQ932561.1 Canadá HQ024485.1 HQ023920.1 HQ023984.1 HQ023978.1 HQ023970.1 HM473492.1 HM473490.1 HM473491.1 GU670826.1 GU672559.1 HQ024409.1 GU672483.1 GU672524.1 HQ024197.1 HQ024200.1 HQ024199.1 International Barcode of Life (iBOL) data release, não publicado Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Rússia Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Rússia Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Anexo/Tabela T4. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 3 desta tese (continuação) Família Espécie Terebellidae Pista maculata Nereis pelagica Nereididae Nereis vexillosa Alitta virens Eunicidae Eunice norvegica Eunice harassii Eunice antarctica Marphysa sanguinea Nereimyra woodsholea Hesionidae Nereimyra punctata Leocrates chinensis Lumbrineris fragilis Lumbrineridae Lumbrineris tetraura Ninoe nigripes Onuphidae Hyalinoecia tubicola longibranchiata Nothria conchylega Chrysopetalidae Vigtorniella ardabilia Acesso GenBank HQ938395.1 HQ938396.1 HQ023774.1 HQ023603.1 GU672328.1 HQ024125.1 HM473511.1 HM473504.1 HM473510.1 HQ023963.1 HQ023951.1 HQ023939.1 GQ497541.1 GQ497535.1 GQ497532.1 GQ497547.1 AY040708.1 AY644805.1 AY644802.1 AY644804.1 AY644790.1 AY644795.1 GU672539.1 Local Referência Canadá Carr, 2010 (não publicado) Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Estados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Zanol et al., 2010 Siddall et al., 2001 Estados Unidos Atlântico Ocidental Nygren et al., 2005 Noruega Suécia Noruega Russia Nygren et al., 2005 DQ442565.1 França Ruta et al., 2007 GU672570.1 HQ023882.1 GU672337.1 GU362689.1 Russia Hardy et al., 2011 Carr et al., 2011 Carr, não publicado Zhou et al., 2010 Peng & Cheng, não publicado EU352318.1 HQ024159.1 HQ024144.1 HQ024127.1 JX219817.1 JX219838.1 JX219804.1 HM473519.1 HM473517.1 HM473514.1 EU555061.1 EU555064.1 EU555059.1 Canadá China Hardy et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Nova Zelândia Bors et al., 2012 Canadá Carr et al., 2011 Nordeste Atlântico Wiklund et al., 2009 139 Anexo/Tabela T4. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 3 desta tese (continuação) Família Amphinomidae Espécie Acesso GenBank Pareurythoe borealis JN086550.1 Hermodice carunculata Phyllodoce medipapillata Phyllodocidae Eumida notata Eumida kelaino Eclysippe vanelli Ampharetidae Ampharete labrops Ampharete sp. Sigalionidae Sthenelais boa Glycera southeastatlantica Glyceridae Glycera dibranchiata Nautiliniellidae Natsushima bifurcata Natsushima sp. Praxillella affinis pacifica Maldanidae Maldane sarsi Oenonidae 140 Arabella semimaculata Arabella iricolor KC017598.1 KC017577.1 KC017550.1 HM473582.1 HM473581.1 HM473577.1 HM358713.1 HM358712.1 HM358708.1 HM358690.1 HM358688.1 HM358686.1 JX423766.1 HM473292.1 HM473291.1 HM473290.1 HQ024261.1 HQ023431.1 AY894321.1 GQ426630.1 GQ426632.1 GQ426631.1 HQ024033.1 HQ024038.1 HQ024029.1 JF304492.1 JF304496.1 JF304497.1 HM473650.1 HM473648.1 HM473651.1 GU672597.1 GU672576.1 HQ024362.1 Local Mar Mediterrâneo São Tomé e Principe Oceano Atlântico Referência Borda et al., 2012 Ahrens et al., 2013 Canadá Carr et al., 2011 Portugal (Madeira) Suécia Nygren & Pleijel (2011) Suécia Nygren & Pleijel (2011) Noruega Stiller et al., 2013 Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Estados Unidos Struck et al., 2005 Sudoeste Atlântico Boeggemann, 2009 Canadá Carr et al., 2011 Golfo do Cádiz Aguado & Rouse, 2011 Costa Rica Canadá Rússia Rússia Canadá Carr et al., 2011 Hardy et al., 2011 Carr et al., 2011 AY838866.1 Estados Unidos Struck et al., 2006 GU362693.1 China Zhou et al., 2010 Anexo/Tabela T4. Acessões do Genbank das sequências COI de poliquetas para comparação obtidas a partir de outros estudos, usadas para construção da árvore filogenética do capítulo 3 desta tese (continuação) Família Espécie Scolelepis sp. Scolelepis squamata Spionidae Malacoceros fuliginosus Prionospio steenstrupi Prionospio sp. Acesso GenBank GU672370.1 GU672198.1 GU672153.1 HM473680.1 HM473679.1 KC208487.1 EF432015.1 EF432014.1 EF432012.1 GU672264.1 GU672273.1 GU672268.1 FM212789.1 FM212792.1 FM212788.1 Local Referência Canadá Carr et al., 2011 Canadá Carr et al., 2011 Índia Sekar et al., não publicado Alemanha Blank & Bastrop., 2009 Canadá Carr et al., 2011 Mediterrânio Oriental Gaudron et al., 2010 141 50 MSSED7|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) 100 L1SED39|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 1 SFP6 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 20 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030976.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030979.1| FINLAND 97 3 55 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030977.1| FINLAND MOTU 2 MOTU 2 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030981.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030984.1| FINLAND 9 8 MESED4|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Minho) 7 1515 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030975.1| FINLAND 14 MSSED5|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030963.1| FINLAND MOTU 3 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030974.1| FINLAND 39 33 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030972.1| FINLAND MOTU 4 BLAST Hediste diversicolor AB - GenBank: FJ030994.1| FINLAND 54 99 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030968.1| FINLAND LPTSED16|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP7 - 003|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 98 100 MOTU 5 SFP7 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 96 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030990.1| FINLAND 78 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030986.1| FINLAND 99 98 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030987.1| FINLAND MOTU 6 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030985.1| FINLAND 100 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030988.1| FINLAND MOTU 7 60 98 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030989.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030993.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030991.1| FINLAND 100 MOTU 8 Nereididae 80 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030992.1| FINLAND 86 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603887.1| JAPAN 99 73 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603878.1| JAPAN 71 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603876.1| JAPAN 41 89 56 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603877.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603874.1| JAPAN MOTU 9 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603884.1| JAPAN 58 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603875.1| JAPAN 94 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603883.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603880.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603885.1| JAPAN MOTU 10 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603862.1| JAPAN 87 99 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603886.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603860.1| JAPAN MOTU 11 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603861.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603868.1| JAPAN 26 99 56 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603853.1| JAPAN 81 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603847.1| JAPAN 54 100 MOTU 12 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603852.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603849.1| JAPAN Nereididae BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603869.1| JAPAN 80 96 MOTU 13 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603844.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603855.1| JAPAN 38 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN 83 18 99 MOTU 14 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603864.1| JAPAN 44 BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603859.1| JAPAN 64 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473626.1| CANADA 100 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473629.1| CANADA MOTU 15 Platynereis sp. HM473621.1| CANADA de diversos locais geográficos. Foi Anexo/Figura F1. Árvore NJ deBLAST nucleótidos de- GenBank: poliquetas provenientes BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE 41 utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705185.1| CHILE 100 localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos MOTU 16 com <3% de divergência BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705197.1| CHILE 63 intraespecífica. 15Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as 56 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE que estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BestBarcode, presentes na BOLD, abordadas capítulo 2. HQ705188.1| CHILE MOTU 17 BLAST Perinereis no gualpensis - GenBank: 100 99 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE 33 SFP20-1|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 46 SFP20 - 002|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 142 MOTU 18 SFP20-2|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP20 - 003|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705191.1| CHILE 19 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705190.1| CHILE 16 83 LMBSCt12-003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) SFP17 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 19 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603852.1| JAPAN 54 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603849.1| JAPAN Nereididae BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603869.1| JAPAN 80 96 MOTU 13 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603844.1| JAPAN 100 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603855.1| JAPAN 38 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN 83 MOTU 14 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603864.1| JAPAN 99 44 BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603859.1| JAPAN 18 64 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473626.1| CANADA 100 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473629.1| CANADA MOTU 15 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473621.1| CANADA BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE 41 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705185.1| CHILE 100 MOTU 16 BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705197.1| CHILE 63 15 56 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705188.1| CHILE 100 MOTU 17 99 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE 33 SFP20-1|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 46 SFP20 - 002|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 18 100 SFP20-2|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP20 - 003|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705191.1| CHILE 19 MOTU 19 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705190.1| CHILE 16 LMBSCt12-003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) 83 SFP17 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 MOTU 20 SFP17 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) Nereididae 51 SFP17 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 91 BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705192.1| CHILE 99 BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705193.1| CHILE BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705196.1| CHILE 100 MOTU 21 BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676180.1| INDIA BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676159.1| INDIA 100 BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676143.1| INDIA 67 37 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503025.1| SOUTH KOREA 100 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503024.1| SOUTH KOREA MOTU 22 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503026.1| SOUTH KOREA SFP18 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 60 SFP18 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 SFP16 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 46 MOTU 23 SFP18 - 004|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 56 LMBP18-2|Perinereis cultrifera PORTUGAL (Estuario do Lima) 31 21 SFP18 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 23 43 SS1|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) SS2|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 24 LMBSAP24-002|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 94 LMBSAP24-001|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 46 SFP5 - 003|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 57 SFP5 - 002|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 98 MOTU 25 RR101|Glycera alba| PORTUGAL (Estuario do Sado) RR111|Glycera tridactyla| PORTUGAL (Estuario do Sado) SFP5 - 001|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Glycera alba - GenBank: JN852946.1| SWEDEN 97 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932551.1| CANADA 100 96 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932562.1| CANADA MOTU 26 Glyceridae BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932532.1| CANADA 93 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024310.1| CANADA 100 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024311.1| CANADA 100 79 76 9 BLAST Glycera capitata - GenBank: HM473749.1| CANADA MOTU 27 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672482.1| RUSSIA BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672465.1| RUSSIA 68 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672489.1| RUSSIA 41 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473415.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473408.1| CANADA MOTU 28 Harmothoe imbricata - GenBank: HM473424.1| CANADA 100 Anexo/Figura F1. Árvore NJ BLAST de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024044.1| CANADA 54 de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. utilizado o modelo MOTU As 29 linhas laterais mostram a 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024056.1| CANADA localização das38 diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Harmothoe glabra - GenBank: JN852929.1| SWEDEN Polynoidae intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as SFP4 - 001|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 88 que estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e 100 LMBSAP29-001|Polynoidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 30 BLAST Harmothoe impar - GenBank: 2 JN852930.1| SWEDEN BestBarcode, presentes na BOLD, abordadas no capítulo (continuação). 51 SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 32 MOTU 31 100 BLAST Lepidonotus clava - GenBank: JN852934.1| SWEDEN 100 SFP28 - 001|Sthenelais boa| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 32 (Sigalionidae) BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY839587.1| SWEDEN 143 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473448.1| CANADA 71 100 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473445.1| CANADA MOTU 33 (Polynoidae) 100 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473444.1| CANADA 97 100 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172736.1| USA BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172741.1| USA MOTU 34 100 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932562.1| CANADA 96 MOTU 26 Glyceridae BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932532.1| CANADA 93 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024310.1| CANADA 100 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024311.1| CANADA BLAST Glycera capitata - GenBank: HM473749.1| CANADA 100 MOTU 27 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672482.1| RUSSIA 79 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672465.1| RUSSIA 76 9 68 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672489.1| RUSSIA 41 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473415.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473408.1| CANADA MOTU 28 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473424.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024044.1| CANADA 54 MOTU 29 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024056.1| CANADA 100 38 BLAST Harmothoe glabra - GenBank: JN852929.1| SWEDEN Polynoidae SFP4 - 001|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 88 LMBSAP29-001|Polynoidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 MOTU 30 BLAST Harmothoe impar - GenBank: JN852930.1| SWEDEN SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 32 51 MOTU 31 BLAST Lepidonotus clava - GenBank: JN852934.1| SWEDEN 100 100 SFP28 - 001|Sthenelais boa| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 32 (Sigalionidae) BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY839587.1| SWEDEN BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473448.1| CANADA 71 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473445.1| CANADA 100 MOTU 33 (Polynoidae) 100 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473444.1| CANADA BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172736.1| USA 97 100 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172741.1| USA 16 MOTU 34 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172755.1| USA 84 BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172688.1| USA BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172704.1| USA 100 79 MOTU 35 Sabellaridae 60 BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172683.1| USA SFP21-2 Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Lima) LMBLP4-001|Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Tejo) 100 MOTU 36 36 LMBLP4-002|Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Tejo) LPCSED3|Scolelepis foliosa| PORTUGAL (Estuario do Lima) 40 BLAST Spionidae - GenBank: GU672502.1| RUSSIA 63 100 5 BLAST Spionidae - GenBank: HQ024464.1| CANADA 45 BLAST Spionidae - GenBank: HM375492.1| CANADA 75 77 MOTU 37 BLAST Spionidae - GenBank: GU672476.1| RUSSIA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024461.1| CANADA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024462.1| CANADA 100 MOTU 38 58 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024460.1| CANADA Spionidae 99 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA 97 100 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA MOTU 39 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA BLAST Spionidae - GenBank: HM375486.1| CANADA 60 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023791.1| CANADA 100 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023788.1| CANADA 100 MOTU 40 53 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023790.1| CANADA 100 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024452.1| CANADA 100 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024453.1| CANADA MOTU 41 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024451.1| CANADA 68 BLAST Terebellidae - GenBank: HM417788.1| RUSSIA BLAST Polycirrus medusa GenBank: GU672524.1| RUSSIA 80 57 Terebellidae MOTU 42 100 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA BLAST Pista maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA 39 100 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA MOTU 43 49 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA SFP1 - 001|Alkmaria romijni| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 44 (Ampharetidae) 100 SFP22 - 003|Ampharetidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) Anexo/Figura F1. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi 66 BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358691.1| SWEDEN utilizado o modelo de evolução K2P e 100 o teste deEumida Bootstrap 1000HM358692.1| replicações. As linhas mostram a BLAST alkyone com - GenBank: SWEDEN MOTUlaterais 45 localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Eumida alkyone GenBank: HM358694.1| SWEDEN 99 BLAST Eumida - GenBank: HM358677.1| SWEDEN intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as elektra sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as BLAST Eumida elektra GenBank: HM358678.1| SWEDEN MOTU 46 que estão sublinhadas a64 azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e 100 92 BLAST Eumida elektra -2GenBank: HM358680.1| SWEDEN BestBarcode,51presentes na BOLD, abordadas no capítulo (continuação). BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670815.1| RUSSIA 96 9 100 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670816.1| RUSSIA MOTU 47 60 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670822.1| RUSSIA 144 LMBLP7-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuario do Tejo) MOTU 48 100 LMBSST13-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) 100 47 66 BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672575.1| RUSSIA MOTU 49 BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672573.1| RUSSIA BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023432.1| CANADA Phyllodocidae 100 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024452.1| CANADA 100 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024453.1| CANADA MOTU 41 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024451.1| CANADA 68 BLAST Terebellidae - GenBank: HM417788.1| RUSSIA BLAST Polycirrus medusa GenBank: GU672524.1| RUSSIA 80 57 Terebellidae MOTU 42 100 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA BLAST Pista maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA 39 100 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA MOTU 43 49 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA SFP1 - 001|Alkmaria romijni| PORTUGAL (Ria de Aveiro) MOTU 44 (Ampharetidae) 100 SFP22 - 003|Ampharetidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 66 BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358691.1| SWEDEN 100 BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358692.1| SWEDEN MOTU 45 BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358694.1| SWEDEN 99 BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358677.1| SWEDEN 100 64 BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358678.1| SWEDEN MOTU 46 92 BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358680.1| SWEDEN 51 Phyllodocidae BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670815.1| RUSSIA 96 100 9 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670816.1| RUSSIA MOTU 47 60 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670822.1| RUSSIA LMBLP7-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuario do Tejo) MOTU 48 100 LMBSST13-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) 100 BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672575.1| RUSSIA 47 MOTU 49 BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672573.1| RUSSIA BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023432.1| CANADA 66 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA 97 MOTU 50 83 100 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA 100 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 100 Ampharetidae MOTU 51 72 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023454.1| CANADA 100 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023460.1| CANADA MOTU 52 58 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023458.1| CANADA 93 99 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672574.1| RUSSIA 100 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672611.1| RUSSIA MOTU 53 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672578.1| RUSSIA SFP26 - 001|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 94 SFP26 - 003|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 100 SFP26 - 002|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 39 Owenidae BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319473.1| FRANCE 53 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319471.1| FRANCE MOTU 54 71 30 21 19 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319469.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319459.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319457.1| FRANCE 35 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319458.1| FRANCE 42 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672399.1| RUSSIA BLASTNJ Micronephthys minuta - GenBank: GU672310.1| CANADA Anexo/Figura F1.100Árvore de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi MOTU 55 11 utilizado o modelo100de evolução K2P e o minuta teste - de Bootstrap comCANADA 1000 replicações. As linhas laterais mostram a BLAST Micronephthys GenBank: HQ024378.1| localização das diferentes famílias e osneotena MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Bipalponephtys - GenBank: GU672455.1| RUSSIA intraespecífica. RealçadoBLAST a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672457.1| RUSSIA MOTU 56 100 que estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e 40 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672458.1| RUSSIA BestBarcode, presentes na BOLD, abordadas no capítulo 2 (continuação). 64 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN 57 BLAST Nephtys sp. - GenBank: HQ024111.1| CANADA 42 47 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023586.1| CANADA 100 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: GU672313.1| CANADA 22 Nephtyidae MOTU 57 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023590.1| CANADA 90 SFP27 - 001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 25 56 145 BLAST Nephtys hombergii - GenBank: GU179410.1| PORTUGAL SFP13 - 001|Nephtys sp.| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 100 60 LMBSAP16-004|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) LMBSAP16-001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) MOTU 58 SFP26 - 001|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 94 SFP26 - 003|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 100 SFP26 - 002|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 39 Owenidae BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319473.1| FRANCE 53 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319471.1| FRANCE MOTU 54 71 30 21 19 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319469.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319459.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319457.1| FRANCE 35 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319458.1| FRANCE 42 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672399.1| RUSSIA 100 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672310.1| CANADA 11 MOTU 55 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: HQ024378.1| CANADA 100 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672455.1| RUSSIA BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672457.1| RUSSIA 100 MOTU 56 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672458.1| RUSSIA 40 64 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN 57 BLAST Nephtys sp. - GenBank: HQ024111.1| CANADA 42 47 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023586.1| CANADA Nephtyidae 100 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: GU672313.1| CANADA 22 MOTU 57 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023590.1| CANADA SFP27 - 001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 90 25 56 BLAST Nephtys hombergii - GenBank: GU179410.1| PORTUGAL SFP13 - 001|Nephtys sp.| PORTUGAL (Ria de Aveiro) LMBSAP16-004|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 MOTU 58 LMBSAP16-001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) 60 LMBSAP16-002|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) 52 49 LMBSAP16-003|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) 63 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950326.1| FRANCE 54 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950327.1| FRANCE 67 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487320.1| NETHERLANDS 97 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487319.1| NETHERLANDS MOTU 59 (Arenicolidae) BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487321.1| NETHERLANDS 100 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023443.1| CANADA BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023449.1| CANADA 100 81 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023442.1| CANADA 43 RR78|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 5 100 RR116b|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 60 RR90|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 28 39 RR91|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 22 35 RR127|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 32 RR74|Leiochone leiopygos| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473325.1| CANADA MOTU 61 100 BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473326.1| CANADA RR70|Praxillella praetermissa| PORTUGAL (Estuario do Sado) 78 90 100 MOTU 62 Maldanidae 79 5 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473649.1| CANADA 52 BLAST Maldanidae - GenBank: HM473461.1| CANADA BLAST Maldanidae - GenBank: EU835661.1| AUSTRALIA BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 16 RR89|Axyothela constricta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 10 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672285.1| CANADA 99 100 25 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672610.1| CANADA MOTU 63 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672356.1| CANADA BLAST Euclymene zonalis - GenBank: GU672589.1| RUSSIA 100 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024016.1| CANADA 100 85 MOTU 64 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024015.1| CANADA 82 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428893.1| WESTERN EUROPE 100 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428892.1| WESTERN EUROPE MOTU 65 Anexo/Figura F1. BLAST ÁrvoreDiopatra NJ cuprea de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi 63 - GenBank: FJ428894.1| WESTERN EUROPE utilizado o modelo deBLAST evolução K2P e o teste de Bootstrap Onuphis elegans - GenBank: GQ497525.1| USA com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Diopatra marocensis GenBank: FJ646632.1| PORTUGAL 62 27 intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as 100 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: GQ456165.1| PORTUGAL MOTU 66 que estão sublinhadas a BLAST azul,Diopatra são asmarocensis restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e - GenBank: FJ428915.1| WESTERN EUROPE Onuphidae - 002|Diopatra neopolitana| de Aveiro) BestBarcode, presentes SFP6 na BOLD, abordadas noPORTUGAL capítulo(Ria 2 (continuação). 73 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428951.1| WESTERN EUROPE 100 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428834.1| WESTERM EUROPE 31 4 6 146 40 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428848.1| WESTERN EUROPE MOTU 67 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: GQ456164.1| PORTUGAL BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: JQ950321.1| PORTUGAL 25 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: EU878539.1| PORTUGAL 100 85 LMBSAP27-001|Marphysa sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA LMBSAP23-001|Marphysa sanguinea| PORTUGAL (Estuario do Sado) 29 MOTU 68 BLAST Maldanidae - GenBank: EU835661.1| AUSTRALIA BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 16 RR89|Axyothela constricta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 10 99 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672285.1| CANADA 100 25 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672610.1| CANADA MOTU 63 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672356.1| CANADA BLAST Euclymene zonalis - GenBank: GU672589.1| RUSSIA 100 100 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024016.1| CANADA MOTU 64 85 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024015.1| CANADA 82 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428893.1| WESTERN EUROPE 100 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428892.1| WESTERN EUROPE 63 MOTU 65 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428894.1| WESTERN EUROPE BLAST Onuphis elegans - GenBank: GQ497525.1| USA 62 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ646632.1| PORTUGAL 27 100 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: GQ456165.1| PORTUGAL MOTU 66 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ428915.1| WESTERN EUROPE Onuphidae SFP6 - 002|Diopatra neopolitana| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 73 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428951.1| WESTERN EUROPE 100 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428834.1| WESTERM EUROPE 31 4 6 40 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428848.1| WESTERN EUROPE MOTU 67 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: GQ456164.1| PORTUGAL BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: JQ950321.1| PORTUGAL 25 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: EU878539.1| PORTUGAL LMBSAP27-001|Marphysa sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 85 LMBSAP23-001|Marphysa sanguinea| PORTUGAL (Estuario do Sado) MOTU 68 29 100 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA BLAST Marphysa viridis - GenBank: GQ497553.1| USA 100 BLAST Marphysa brevitentaculata - GenBank: GQ497548.1| USA 43 Eunicidae BLAST Marphysa californica - GenBank: GQ497552.1| USA 44 BLAST Lysidice collaris - GenBank: GQ497557.1| USA 100 MOTU 69 BLAST Lysidice collaris - GenBank: KC208488.1| INDIA BLAST Palola viridis - GenBank: JN558581.1| AMERICAN SAMOA 38 100 BLAST Palola viridis - GenBank: JN558582.1| AMERICAN SAMOA MOTU 70 63 BLAST Palola viridis - GenBank: JN558584.1| AMERICAN SAMOA 100 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023477.1| CANADA 57 MOTU 71 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672216.1| CANADA 99 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM473343.1| CANADA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM417794.1| RUSSIA 100 9 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672480.1| RUSSIA 100 100 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023478.1| CANADA Cirratulidae MOTU 72 99 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ024288.1| CANADA LMBP23-1|Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 73 100 LMBP23-2 Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 80 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670811.1| RUSSIA 100 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670802.1| RUSSIA MOTU 74 Anexo/Figura F1. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locaisRUSSIA geográficos. Foi BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU672619.1| 99 utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de BootstrapBLAST com Scoloplos 1000 replicações. As linhas laterais mostram a acutus - GenBank: GU670791.1| RUSSIA 14 localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670794.1| RUSSIA MOTU 75 100 100 intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as 76 BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670792.1| RUSSIA que estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU672621.1| RUSSIA BestBarcode, presentes na BOLD, abordadas no capítulo 2 (continuação). 47 100 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670786.1| RUSSIA 59 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670784.1| RUSSIA RR97|Orbinidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903793.1| SPAIN 99 28 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903790.1| SPAIN 100 95 99 SFP24 - 002|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 147 MOTU 77 SFP24 - 003|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP24 - 005|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 78 100 SFP24 - 001|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 99 SS18|Trypanosyllis zebra| PORTUGAL (Estuario do Sado) Syllidae Orbinidae MOTU 76 99 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM473343.1| CANADA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM417794.1| RUSSIA 100 9 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672480.1| RUSSIA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023478.1| CANADA 100 99 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ024288.1| CANADA 100 Cirratulidae MOTU 72 LMBP23-1|Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 73 100 LMBP23-2 Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 80 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670811.1| RUSSIA 100 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670802.1| RUSSIA 99 MOTU 74 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU672619.1| RUSSIA BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670791.1| RUSSIA 14 100 100 BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670794.1| RUSSIA MOTU 75 Orbinidae 76 BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670792.1| RUSSIA BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU672621.1| RUSSIA 47 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670786.1| RUSSIA 100 59 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670784.1| RUSSIA MOTU 76 RR97|Orbinidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903793.1| SPAIN 99 28 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903790.1| SPAIN 100 SFP24 - 002|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 99 MOTU 77 SFP24 - 003|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 95 SFP24 - 005|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) MOTU 78 100 SFP24 - 001|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SS18|Trypanosyllis zebra| PORTUGAL (Estuario do Sado) 99 Syllidae 65 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473695.1| CANADA 75 100 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473697.1| CANADA MOTU 79 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473696.1| CANADA BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473699.1| CANADA 100 100 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473701.1| CANADA MOTU 80 74 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473700.1| CANADA OUTGROUP (Oligochaeta) 100 0.05 Anexo/Figura F1. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência intraespecífica. Realçado a verde encontram-se as sequências desenvolvidas por este trabalho, enquanto que as que estão sublinhadas a azul, são as restantes sequências desenvolvidas no âmbito dos projectos LusoMarBoL e BestBarcode, presentes na BOLD, abordadas no capítulo 2 (continuação). 148 41 LMBP18-2|Perinereis cultrifera PORTUGAL (Estuario do Lima) 22 SFP18 - 004|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 33 SFP18 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 1 SFP16 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503024.1| SOUTH KOREA 2 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705191.1| CHILE 3 BLAST Perinereis longidonta - GenBank: HQ705190.1| CHILE 45 7 BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503025.1| SOUTH KOREA BLAST Perinereis brevicirris - GenBank: JX503026.1| SOUTH KOREA BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676180.1| INDIA BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676159.1| INDIA BLAST Perinereis vallata - GenBank: JX676143.1| INDIA 17 SFP18 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP18 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705193.1| CHILE BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705192.1| CHILE BLAST Perinereis vallata - GenBank: HQ705196.1| CHILE 25 SFP17 - 003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP17 - 001|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 81 LMBSCt12-003|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) 28 26 SFP17 - 002|Perinereis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SS2|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) SS1|Nereis zonata| PORTUGAL (Estuario do Sado) 2 73 LMBSAP24-002|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 75 LMBSAP24-001|Nereididae | PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473621.1| CANADA 93 BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473629.1| CANADA BLAST Platynereis sp. - GenBank: HM473626.1| CANADA SFP20-1|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 61 SFP20-2|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 97 SFP20 - 002|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) 1 SFP20 - 003|Platynereis nadiae| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705185.1| CHILE 83 55 BLAST Perinereis falklandica - GenBank: HQ705184.1| CHILE BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705197.1| CHILE BLAST Pseudonereis variegata - GenBank: HQ705198.1| CHILE 33 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030979.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030977.1| FINLAND 42 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030976.1| FINLAND 27 SFP6 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 7 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030963.1| FINLAND 56 MSSED7|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) L1SED39|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) MSSED5|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) 8 MESED4|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Minho) LPTSED16|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP7 - 003|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Nereididae 2 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030984.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030981.1| FINLAND diversicolor - GenBank:abordados FJ030975.1|no FINLAND Anexo/Figura F2. ÁrvoreBLAST NJ deHediste aminoácidos deApoliquetas capítulo 2 provenientes de diversos BLASToHediste diversicolor A - GenBank: locais geográficos. Foi47utilizado modelo de evolução K2P e FJ030974.1| o teste de FINLAND Bootstrap com 1000 replicações. As BLAST Hediste - GenBank: FJ030972.1| FINLAND linhas laterais mostram 17 a localização dasdiversicolor diferentesAfamílias. 3 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030968.1| FINLAND SFP7 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Hediste diversicolor AB - GenBank: FJ030994.1| FINLAND BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603868.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603860.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603859.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN 149 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030979.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030977.1| FINLAND 42 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030976.1| FINLAND 27 SFP6 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 7 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030963.1| FINLAND 56 MSSED7|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) L1SED39|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) MSSED5|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Sapal do Minho) 8 MESED4|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Minho) LPTSED16|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP7 - 003|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Nereididae 2 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030984.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030981.1| FINLAND 3 47 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030975.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030974.1| FINLAND 17 BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030972.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor A - GenBank: FJ030968.1| FINLAND SFP7 - 001|Hediste diversicolor| PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Hediste diversicolor AB - GenBank: FJ030994.1| FINLAND BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603868.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603860.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - Genbank: AB603859.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603867.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603856.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603855.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603878.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603887.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603874.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603844.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603884.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603886.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603877.1| JAPAN 39 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603876.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603883.1| JAPAN 11 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603875.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603880.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603885.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603847.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603861.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603849.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603853.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603862.1| JAPAN 27 BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603852.1| JAPAN BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603869.1| JAPAN BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030990.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030989.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030985.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030986.1| FINLAND 59 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030988.1| FINLAND 63 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030987.1| FINLAND BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603864.1| JAPAN BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030993.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030992.1| FINLAND 79 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030991.1| FINLAND BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705188.1| CHILE BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE 92 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358694.1| SWEDEN BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358678.1| SWEDEN 21 Eumida elektra - GenBank: abordados HM358677.1| SWEDEN Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas no capítulo 2 provenientes de diversos 71 BLAST BLAST Eumida elektra GenBank: HM358680.1| SWEDEN locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358691.1| SWEDEN 71 diferentes laterais mostram a localização das famílias (continuação). BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358692.1| SWEDEN LMBLP7-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuario do Tejo) 96 89 LMBSST13-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670816.1| RUSSIA 150 96 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670815.1| RUSSIA 96 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670822.1| RUSSIA 17 67 RR111|Glycera tridactyla| PORTUGAL (Estuario do Sado) 20 SFP5 - 002|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) Phyllodocidae 59 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030988.1| FINLAND 63 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030987.1| FINLAND BLAST Hediste atoka - GenBank: AB603864.1| JAPAN BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030993.1| FINLAND BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030992.1| FINLAND 79 BLAST Hediste diversicolor B - GenBank: FJ030991.1| FINLAND BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705188.1| CHILE BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705187.1| CHILE 92 BLAST Perinereis gualpensis - GenBank: HQ705186.1| CHILE BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358694.1| SWEDEN BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358678.1| SWEDEN 21 71 BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358677.1| SWEDEN BLAST Eumida elektra - GenBank: HM358680.1| SWEDEN BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358691.1| SWEDEN 71 BLAST Eumida alkyone - GenBank: HM358692.1| SWEDEN Phyllodocidae LMBLP7-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuario do Tejo) 96 LMBSST13-001|Phyllodocidae | PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) 89 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670816.1| RUSSIA BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670815.1| RUSSIA 96 96 BLAST Phyllodoce maculata - GenBank: GU670822.1| RUSSIA 17 67 RR111|Glycera tridactyla| PORTUGAL (Estuario do Sado) 20 SFP5 - 002|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 56 SFP5 - 003|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 100 RR101|Glycera alba| PORTUGAL (Estuario do Sado) SFP5 - 001|Glycera sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) BLAST Glycera alba - GenBank: JN852946.1| SWEDEN 29 99 BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932532.1| CANADA BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932562.1| CANADA Glyceridae 99 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024311.1| CANADA 93 BLAST Glycera capitata - GenBank: HM473749.1| CANADA BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672482.1| RUSSIA BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672465.1| RUSSIA 3 10 BLAST Glycera capitata - GenBank: GU672489.1| RUSSIA BLAST Glycera nana - GenBank: HQ932551.1| CANADA 63 BLAST Glycera capitata - GenBank: HQ024310.1| CANADA BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473415.1| CANADA 70 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473408.1| CANADA 87 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024044.1| CANADA Polynoidae BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HM473424.1| CANADA 42 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: HQ024056.1| CANADA BLAST Harmothoe glabra - GenBank: JN852929.1| SWEDEN 24 BLAST Lepidonotus clava - GenBank: JN852934.1| SWEDEN 98 Polynoidae 13 LMBSAP29-001|Polynoidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 5 51 SFP4 - 001|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) Polynoidae SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) 6 BLAST Harmothoe impar - GenBank: JN852930.1| SWEDEN Polynoidae 83 SFP28 - 001|Sthenelais boa| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 8 48 Sigalionidae BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY839587.1| SWEDEN BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473445.1| CANADA BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473448.1| CANADA 41 33 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473444.1| CANADA Polynoidae 58 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672399.1| RUSSIA 16 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: HQ024378.1| CANADA BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672455.1|abordados RUSSIA Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas no capítulo 2 provenientes de diversos 82 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672458.1| RUSSIA locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas Bipalponephtys neotena - GenBank: RUSSIA laterais mostram aBLAST localização das diferentes famílias GU672457.1| (continuação). BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672310.1| CANADA BLAST Nephtys hombergii - GenBank: GU179410.1| PORTUGAL 94 SFP13 - 001|Nephtys sp.| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 36 91 78 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023590.1| CANADA 78 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023586.1| CANADA 64 51 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: GU672313.1| CANADA BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN 35 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL 151 Nephtyidae SFP4 - 002|Polynoidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Harmothoe impar - GenBank: JN852930.1| SWEDEN 6 Polynoidae 83 SFP28 - 001|Sthenelais boa| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 8 Sigalionidae BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY839587.1| SWEDEN BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473445.1| CANADA 48 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473448.1| CANADA 41 33 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: HM473444.1| CANADA Polynoidae 58 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672399.1| RUSSIA 16 BLAST Micronephthys minuta - GenBank: HQ024378.1| CANADA BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672455.1| RUSSIA 82 BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672458.1| RUSSIA BLAST Bipalponephtys neotena - GenBank: GU672457.1| RUSSIA BLAST Micronephthys minuta - GenBank: GU672310.1| CANADA BLAST Nephtys hombergii - GenBank: GU179410.1| PORTUGAL 94 SFP13 - 001|Nephtys sp.| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 78 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023590.1| CANADA 91 36 78 BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: HQ023586.1| CANADA Nephtyidae BLAST Nephtys longosetosa - GenBank: GU672313.1| CANADA 64 51 BLAST Nephtys hystricis - GenBank: GU179411.1| SWEDEN 35 BLAST Nephtys cirrosa - GenBank: GU179408.1| PORTUGAL 70 LMBSAP16-002|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) LMBSAP16-003|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) SFP27 - 001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 36 LMBSAP16-001|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuarios do Alentejo - Praia de S. Torpes) LMBSAP16-004|Nephtys hombergii| PORTUGAL (Estuario do Sado) 19 26 BLAST Nephtys sp. - GenBank: HQ024111.1| CANADA 59 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172736.1| USA 65 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172741.1| USA 28 BLAST Phragmatopoma caudata - GenBank: DQ172755.1| USA 63 BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172688.1| USA 89 BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172683.1| USA Sabellaridae BLAST Phragmatopoma californica - GenBank: DQ172704.1| USA 99 LMBLP4-001|Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Tejo) SFP21-2 Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 95 41 LMBLP4-002|Sabellaria alveolata| PORTUGAL (Estuario do Tejo) LPCSED3|Scolelepis foliosa| PORTUGAL (Estuario do Lima) 65 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023788.1| CANADA 65 40 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023790.1| CANADA 76 BLAST Spio sp. - GenBank: HQ023791.1| CANADA 63 BLAST Spionidae - GenBank: HM375486.1| CANADA 89 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA 9984 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA Spionidae BLAST Spionidae - GenBank: GU672502.1| RUSSIA 56 BLAST Spionidae - GenBank: HQ024464.1| CANADA 69 BLAST Spionidae - GenBank: GU672476.1| RUSSIA 11 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024462.1| CANADA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024461.1| CANADA 15 BLAST Spionidae - GenBank: HM375492.1| CANADA 56 73 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024460.1| CANADA 62 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950326.1| FRANCE 42 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950327.1| FRANCE 26 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023449.1| CANADA Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 2 provenientes de diversos 85 locais geográficos. FoiBLAST utilizado o modelo evolução K2P e oCANADA teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas Arenicola marina -de GenBank: HQ023443.1| Arenicolidae laterais mostram a66localização das diferentes famílias (continuação). BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023442.1| CANADA 40 99 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487320.1| NETHERLANDS BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487319.1| NETHERLANDS BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487321.1| NETHERLANDS 152 81 RR70|Praxillella praetermissa| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 90 43 RR78|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 97 RR116b|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Spionidae - GenBank: GU672502.1| RUSSIA 56 BLAST Spionidae - GenBank: HQ024464.1| CANADA 69 BLAST Spionidae - GenBank: GU672476.1| RUSSIA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024462.1| CANADA 11 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024461.1| CANADA 15 BLAST Spionidae - GenBank: HM375492.1| CANADA 56 73 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: HQ024460.1| CANADA 62 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950326.1| FRANCE 42 BLAST Arenicola marina - GenBank: JQ950327.1| FRANCE 26 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023449.1| CANADA 85 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023443.1| CANADA Arenicolidae 66 BLAST Arenicola marina - GenBank: HQ023442.1| CANADA 40 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487320.1| NETHERLANDS 99 BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487319.1| NETHERLANDS BLAST Arenicola marina - GenBank: GQ487321.1| NETHERLANDS RR70|Praxillella praetermissa| PORTUGAL (Estuario do Sado) 81 BLAST Maldanidae - GenBank: HQ023889.1| CANADA 43 RR78|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) 90 97 23 RR116b|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) RR90|Euclymene santanderensis| PORTUGAL (Estuario do Sado) RR91|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 53 97 59 RR127|Euclymene robusta| PORTUGAL (Estuario do Sado) RR74|Leiochone leiopygos| PORTUGAL (Estuario do Sado) 49 BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473325.1| CANADA 49 BLAST Axiothella rubrocincta - GenBank: HM473326.1| CANADA RR89|Axyothela constricta| PORTUGAL (Estuario do Sado) 25 Maldanidae 61 11 BLAST Maldanidae - GenBank: HM473461.1| CANADA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 21 76 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA 26 11 BLAST Maldanidae - GenBank: EU835661.1| AUSTRALIA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473649.1| CANADA 58 BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672356.1| CANADA BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672610.1| CANADA 99 22 13 17 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024016.1| CANADA BLAST Euclymene zonalis - GenBank: GU672589.1| RUSSIA BLAST Praxillella praetermissa - GenBank: GU672285.1| CANADA 71 BLAST Euclymene zonalis - GenBank: HQ024015.1| CANADA 44 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: GQ456164.1| PORTUGAL 47 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: EU878539.1| PORTUGAL 18 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: JQ950321.1| PORTUGAL 8 39 62 BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428834.1| WESTERM EUROPE BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428848.1| WESTERN EUROPE BLAST Diopatra neapolitana - GenBank: FJ428951.1| WESTERN EUROPE SFP6 - 002|Diopatra neopolitana| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 99 Onuphidae BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ428915.1| WESTERN EUROPE 94 44 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ646632.1| PORTUGAL 59 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: GQ456165.1| PORTUGAL BLAST Onuphis elegans - GenBank: GQ497525.1| USA BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428892.1| WESTERN EUROPE 52 95 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428894.1| WESTERN EUROPE 68 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428893.1| WESTERN EUROPE 94 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473695.1| CANADA 90 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473700.1| CANADA 61 BLAST Syllis Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 2 provenientes de diversos elongata - GenBank: HM473696.1| CANADA 35 de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas locais geográficos. Foi utilizado o modelo BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473699.1| CANADA laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). 99 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473697.1| CANADA 99 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473701.1| CANADA SS18|Trypanosyllis zebra| PORTUGAL (Estuario do Sado) 98 92 SFP24 - 002|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP24 - 003|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 98 100 SFP24 - 005|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 79 SFP24 - 001|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 4 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903793.1| SPAIN 21 Syllidae 153 99 SFP6 - 002|Diopatra neopolitana| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Onuphidae BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ428915.1| WESTERN EUROPE 94 44 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: FJ646632.1| PORTUGAL 59 BLAST Diopatra marocensis - GenBank: GQ456165.1| PORTUGAL BLAST Onuphis elegans - GenBank: GQ497525.1| USA BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428892.1| WESTERN EUROPE 52 95 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428894.1| WESTERN EUROPE 68 BLAST Diopatra cuprea - GenBank: FJ428893.1| WESTERN EUROPE 94 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473695.1| CANADA 90 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473700.1| CANADA 61 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473696.1| CANADA 35 99 99 BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473699.1| CANADA BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473697.1| CANADA BLAST Syllis elongata - GenBank: HM473701.1| CANADA SS18|Trypanosyllis zebra| PORTUGAL (Estuario do Sado) 98 Syllidae 92 SFP24 - 002|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) SFP24 - 003|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 98 100 SFP24 - 005|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 79 SFP24 - 001|Syllis sp.| PORTUGAL (Estuario do Lima) 4 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903793.1| SPAIN 21 99 BLAST Trypanosyllis zebra - GenBank: JF903790.1| SPAIN RR97|Orbinidae | PORTUGAL (Estuario do Sado) 77 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670786.1| RUSSIA 100 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU670784.1| RUSSIA 62 BLAST Naineris quadricuspida - GenBank: GU672621.1| RUSSIA BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670811.1| RUSSIA Orbinidae 100 BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU670802.1| RUSSIA BLAST Scoloplos armiger - GenBank: GU672619.1| RUSSIA 99 BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670794.1| RUSSIA BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670792.1| RUSSIA 64 BLAST Scoloplos acutus - GenBank: GU670791.1| RUSSIA 69 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA 61 BLAST Marphysa viridis - GenBank: GQ497553.1| USA BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 51 46 BLAST Marphysa californica - GenBank: GQ497552.1| USA 29 6 LMBSAP27-001|Marphysa sp.| PORTUGAL (Estuario do Sado) 100 BLAST Marphysa brevitentaculata - GenBank: GQ497548.1| USA Eunicidae 36 LMBSAP23-001|Marphysa sanguinea| PORTUGAL (Estuario do Sado) BLAST Lysidice collaris - GenBank: GQ497557.1| USA 56 100 BLAST Lysidice collaris - GenBank: KC208488.1| INDIA BLAST Palola viridis - GenBank: JN558581.1| AMERICAN SAMOA 99 BLAST Palola viridis - GenBank: JN558582.1| AMERICAN SAMOA 46 BLAST Palola viridis - GenBank: JN558584.1| AMERICAN SAMOA BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319473.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319469.1| FRANCE 68 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319459.1| FRANCE BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319457.1| FRANCE 34 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319458.1| FRANCE 71 5 BLAST Owenia fusiformis - GenBank: DQ319471.1| FRANCE Owenidae SFP26 - 002|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 83 SFP26 - 003|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 71 SFP26 - 001|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672574.1| RUSSIA BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672611.1| RUSSIA 100 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672578.1| RUSSIA 82 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023478.1| CANADA 58 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023477.1| CANADA 27 BLAST Cirratulus Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados capítulo 2 provenientes de diversos cirratus - GenBank: HQ024288.1|no CANADA 63 de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas locais geográficos. Foi utilizado o modelo BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672480.1| RUSSIA 22 62 laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672216.1| CANADA Cirratulidae 100 100 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM473343.1| CANADA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM417794.1| RUSSIA LMBP23-1|Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 154 88 LMBP23-2 Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 32 72 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023454.1| CANADA 88 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023460.1| CANADA BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023458.1| CANADA 83 SFP26 - 003|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) 71 SFP26 - 001|Owenia fusiformis| PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672574.1| RUSSIA BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672611.1| RUSSIA 100 BLAST Galathowenia oculata - GenBank: GU672578.1| RUSSIA 82 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023478.1| CANADA 58 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ023477.1| CANADA 27 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HQ024288.1| CANADA 63 22 62 100 100 BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672480.1| RUSSIA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: GU672216.1| CANADA Cirratulidae BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM473343.1| CANADA BLAST Cirratulus cirratus - GenBank: HM417794.1| RUSSIA LMBP23-1|Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 88 LMBP23-2 Cirriformia tentaculata| PORTUGAL (Estuario do Lima) 72 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023454.1| CANADA 32 88 BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023460.1| CANADA BLAST Asabellides sp. - GenBank: HQ023458.1| CANADA BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023432.1| CANADA 100 88 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA 64 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA Ampharetidae 28 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA 32 40 43 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672575.1| RUSSIA BLAST Ampharetidae - GenBank: GU672573.1| RUSSIA 19 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 100 SFP1 - 001|Alkmaria romijni| PORTUGAL (Ria de Aveiro) Ampharetidae SFP22 - 003|Ampharetidae | PORTUGAL (Ria de Aveiro) BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA 100 16 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA BLAST Pista maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA 99 BLAST Polycirrus medusa GenBank: GU672524.1| RUSSIA 94 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA Terebellidae BLAST Terebellidae - GenBank: HM417788.1| RUSSIA 91 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024451.1| CANADA 74 99 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024452.1| CANADA 86 BLAST Polycirrus sp. - GenBank: HQ024453.1| CANADA OUTGROUP (Oligochaeta) 100 0.05 Anexo/Figura F2. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 2 provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). 155 97 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473511.1| CANADA 100 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473504.1| CANADA MOTU 1 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473510.1| CANADA 65 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023951.1| CANADA 100 79 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023963.1| CANADA MOTU 2 85 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023939.1| CANADA Nereididae PGC00029 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 63 BLAST Nereis pelagica - GenBank: HQ024125.1| CANADA 83 BLAST Nereis pelagica - GenBank: HQ023603.1| CANADA 100 MOTU 3 100 BLAST Nereis pelagica - GenBank: GU672328.1| CANADA CHEP0011 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 19 78 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426630.1| SE ATLANTIC 100 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426632.1| SE ATLANTIC MOTU 4 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426631.1| SE ATLANTIC 66 BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024038.1| CANADA 80 100 BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024029.1| CANADA MOTU 5 Glyceridae BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024033.1| CANADA PGC00022 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 53 1 100 68 PGC00023 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 6 CHEP0009 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 86 PGC00021 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Arabella semimaculata - GenBank: AY838866.1| USA 66 83 BLAST Arabella iricolor - GenBank: GU362693.1| CHINA Oenonidae PGC00078 Tainokia sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 92 100 7 BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644805.1| WESTERN ATLANTIC BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644802.1| NORWAY MOTU 7 BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644804.1| NORWAY 99 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: AY644790.1| SWEDEN 100 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: AY644795.1| NORWAY MOTU 8 70 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: GU672539.1| RUSSIA 50 BLAST Leocrates chinensis - GenBank: DQ442565.1| FRANCE 1 CHEP0001 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Hesionidae 74 PBB00011 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 PBB00005 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 31 PGC00075 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 23 53 PGC00026 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 22 MOTU 9 PGC00074|Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 24 PGC00025 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 57 PBB00006 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 PGC00036 Fimbriosthenelais zetlandica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 54 MOTU 10 (Sigalionidae) PGC00035 Sthenelais boa| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Anexo/Figura F3. Árvore NJ de nucleótidos de Panthalis poliquetas provenientes de (Gulf diversos geográficos. Foi PGC00016 oerstedi| ATLANTIC OCEAN of Cadiz)locais Acoetidae utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY894321.1| USA Sigalionidae localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência PAS00007 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) intraespecífica. Realçado a azul, são100as sequências COI do projecto de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara PBB00002 presentes33 na BOLD, abordadas no capítulo 3. Lepidasthenia cf. brunnea| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) MOTU 11 PAS00008 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 64 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503014.1| SOUTH KOREA 156 28 51 100 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503015.1| SOUTH KOREA 76 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503013.1| SOUTH KOREA BLAST Lepidasthenia elegans - GenBank: JN852933.1| SWEDEN 54 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473321.1| CANADA Polynoidae MOTU 12 100 PBB00005 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 31 PGC00075 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 9 23 53 PGC00026 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 22 PGC00074|Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 24 PGC00025 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 57 PBB00006 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 PGC00036 Fimbriosthenelais zetlandica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 54 MOTU 10 (Sigalionidae) PGC00035 Sthenelais boa| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00016 Panthalis oerstedi| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY894321.1| USA Acoetidae Sigalionidae PAS00007 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 100 33 PBB00002 Lepidasthenia cf. brunnea| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) MOTU 11 PAS00008 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 64 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503014.1| SOUTH KOREA 28 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503015.1| SOUTH KOREA 100 76 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503013.1| SOUTH KOREA 51 Polynoidae MOTU 12 BLAST Lepidasthenia elegans - GenBank: JN852933.1| SWEDEN 54 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473321.1| CANADA 100 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473323.1| CANADA MOTU 13 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473320.1| CANADA 100 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473310.1| CANADA 52 Polynoidae 84 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473317.1| CANADA 100 MOTU 14 81 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473301.1| CANADA 33 CHEP0005 Subadyte pellucida| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Lepidasthenia berkeleyae - GenBank: HM473443.1| CANADA PGC00072 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 65 1 29 Polynoidae PGC00027 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 PAS00009 Harmothoe evei| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 61 Hesionidae MOTU 15 PGC00073 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 86 PGC00034 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GQ478953.1| NORWAY 100 37 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GQ478949.1| NORWAY MOTU 16 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GU672445.1| RUSSIA BLAST Harmothoe fragilis - GenBank: HM473407.1| CANADA 43 100 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473740.1| USA 100 MOTU 17 Polynoidae BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473743.1| USA 46 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HQ024019.1| CANADA 34 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HM473428.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024058.1| CANADA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024356.1| CANADA 65 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473732.1| USA 99 100 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473733.1| USA MOTU 18 68 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473731.1| USA 31 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672273.1| CANADA 100 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672268.1| CANADA MOTU 19 Anexo/Figura F3. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas de diversos BLAST Prionospio steenstrupiprovenientes - GenBank: GU672264.1| CANADA locais geográficos. Foi 77 utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a Prionospio sp. - GenBank: FM212789.1| EASTERN MEDITERRANEAN localização das diferentes famílias eBLAST os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência Prionospio sp. COI - GenBank: FM212792.1|deEASTERN MOTU 20 Ravara intraespecífica. Realçado a azul, 100 são BLAST as sequências do projecto MarinaMEDITERRANEAN R. Cunha e Ascensão presentes na BOLD, abordadas no capítulo 3 (continuação). 57 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212788.1| EASTERN MEDITERRANEAN 32 Spionidae 63 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672370.1| CANADA 100 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672153.1| CANADA 1 157 MOTU 21 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672198.1| CANADA BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA 95 100 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA MOTU 22 BLAST Harmothoe fragilis - GenBank: HM473407.1| CANADA 43 100 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473740.1| USA 100 MOTU 17 Polynoidae BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473743.1| USA 46 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HQ024019.1| CANADA 34 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HM473428.1| CANADA 100 BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024058.1| CANADA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024356.1| CANADA 65 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473732.1| USA 99 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473733.1| USA 100 MOTU 18 68 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473731.1| USA 31 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672273.1| CANADA 100 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672268.1| CANADA MOTU 19 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672264.1| CANADA 77 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212789.1| EASTERN MEDITERRANEAN BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212792.1| EASTERN MEDITERRANEAN 100 MOTU 20 57 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212788.1| EASTERN MEDITERRANEAN 32 Spionidae 63 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672370.1| CANADA 100 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672153.1| CANADA 1 MOTU 21 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672198.1| CANADA BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA 95 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA 100 MOTU 22 99 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA 41 PGC00041 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 4 31 PGC00038 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 PGC00040 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 23 Spionidae PGC00043 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 34 PGC00042 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00039 Spionidae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PAS00002 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 12 Poecilochaetidae 98 PAS00001 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 100 54 PBB00001 Poecilochaetus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) MOTU 24 (Poecilochaetidae) PAS00003 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432012.1| GERMANY 48 100 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432015.1| GERMANY MOTU 25 (Spionidae) 48 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432014.1| GERMANY 81 100 76 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219838.1| NEW ZEALAND BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219804.1| NEW ZEALAND MOTU 26 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219817.1| NEW ZEALAND PGC00049 Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 92 Onuphidae BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473514.1| CANADA 3 100 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473519.1| CANADA MOTU 27 54 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473517.1| CANADA BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 49 83 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA PGC00077de Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Anexo/Figura F3. Árvore NJ de nucleótidos poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi Eunice norvegica|ATLANTIC of Cadiz) utilizado o modelo de evolução K2P teste de Bootstrap com OCEAN 1000(Gulf replicações. As linhas laterais mostram a 100 e oPGC00076 MOTU 28 localização das diferentes100famílias e os MOTUs representam gruposUSA monofiléticos com <3% de divergência BLAST Eunice norvegica - GenBank: GQ497541.1| 64 intraespecífica. Realçado a azul, são PBB00008 as sequências do (Bay projecto Eunice sp.| NECOI ATLANTIC of Biscay) de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara presentes na BOLD, abordadas no capítulo 3 (continuação). 100 PGC00003 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 40 Eunicidae MOTU 29 PGC00002 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA 82 BLAST Eunice antarctica - GenBank: GQ497532.1| USA 68 PBB00007 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 MOTU 30 98 68 8 PBB00009 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PBB00010 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 91 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017577.1| ATLANTIC OCEAN 158 100 73 68 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017550.1| ATLANTIC OCEAN MOTU 31 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017598.1| SAO TOME AND PRINCIPE BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA Amphinomidae 48 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432014.1| GERMANY BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219838.1| NEW ZEALAND 81 100 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219804.1| NEW ZEALAND 76 MOTU 26 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219817.1| NEW ZEALAND PGC00049 Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 92 Onuphidae BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473514.1| CANADA 3 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473519.1| CANADA 100 MOTU 27 54 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473517.1| CANADA BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 49 83 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00076 Eunice norvegica|ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 MOTU 28 100 64 BLAST Eunice norvegica - GenBank: GQ497541.1| USA PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 PGC00003 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 40 Eunicidae MOTU 29 PGC00002 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA 82 BLAST Eunice antarctica - GenBank: GQ497532.1| USA 68 PBB00007 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 100 MOTU 30 98 68 8 PBB00009 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PBB00010 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 91 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017577.1| ATLANTIC OCEAN 100 73 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017550.1| ATLANTIC OCEAN MOTU 31 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017598.1| SAO TOME AND PRINCIPE 68 Amphinomidae BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA PGC00001 Pareurythoe borealis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 98 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672570.1| RUSSIA 100 60 12 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: HQ023882.1| CANADA MOTU 32 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672337.1| CANADA 53 PGC00011 Lumbrineris gracilis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PBB00004 Lumbrineridae| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) Lumbrineridae 100 BLASY Lumbrineris tetraura - GenBank: GU362689.1| CHINA 92 MOTU 33 BLAST Lumbrineris tetraura - GenBank: EU352318.1| CHINA BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024127.1| CANADA 50 40 100 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024159.1| CANADA MOTU 34 60 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024144.1| CANADA PGC00012 Lumbrineridae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Lumbrineridae 60 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 100 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473651.1| CANADA 32 MOTU 35 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 29 Maldanidae BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672597.1| RUSSIA 100 BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672576.1| RUSSIA MOTU 36 54 BLAST Maldane sarsi - GenBank: HQ024362.1| CANADA 58 PAS00004 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 100 PAS00005 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) MOTU 37 SEA (Alboran Sea) MEDITERRANEAN PAS00006 Pista cristata| Anexo/Figura de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi 38 F3. Árvore NJ de nucleótidos utilizado o modelo de evolução K2PBLAST e oPista teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA 16 localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA MOTU 38 Terebellidae 100 29 Realçado a azul, intraespecífica. são as sequências COI do projecto de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara 49 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA presentes na BOLD, abordadas no capítulo 3 (continuação). BLAST Nicolea zostericola - GenBank: HQ024409.1| CANADA 100 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU670826.1| RUSSIA MOTU 39 100 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU672559.1| RUSSIA 66 100 CHEP0003 Nicolea venustula| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 39 PGC00044 Pterolysippe vanelli| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PBB00003 Polycirrus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 77 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ024485.1| CANADA Terebellidae MOTU 40 Ampharetidae Terebellidae 159 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024127.1| CANADA 50 40 100 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024159.1| CANADA MOTU 34 60 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024144.1| CANADA PGC00012 Lumbrineridae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Lumbrineridae 60 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 100 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473651.1| CANADA 32 MOTU 35 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 29 Maldanidae BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672597.1| RUSSIA BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672576.1| RUSSIA 100 MOTU 36 54 BLAST Maldane sarsi - GenBank: HQ024362.1| CANADA 58 PAS00004 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 100 PAS00005 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) MOTU 37 PAS00006 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 38 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA 16 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA 100 29 MOTU 38 Terebellidae 49 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA BLAST Nicolea zostericola - GenBank: HQ024409.1| CANADA 100 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU670826.1| RUSSIA MOTU 39 100 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU672559.1| RUSSIA 66 100 CHEP0003 Nicolea venustula| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 39 Terebellidae MOTU 40 PGC00044 Pterolysippe vanelli| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PBB00003 Polycirrus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) Ampharetidae Terebellidae 77 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ024485.1| CANADA 100 29 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ023920.1| CANADA MOTU 41 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ932561.1| CANADA 82 PGC00045 Amphitrite cf. cirrata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 42 100 PGC00047 Neoamphitrite| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) CHEP0010 Neoamphitrite affinis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 50 100 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA MOTU 43 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672524.1| RUSSIA 15 84 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024197.1| CANADA 100 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024199.1| CANADA 21 62 Terebellidae MOTU 44 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024200.1| CANADA CHEP0013 Polycirrus norvegicus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 83 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023984.1| CANADA 19 100 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023970.1| CANADA MOTU 45 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023978.1| CANADA BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473490.1| CANADA 53 MOTU 46 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473491.1| CANADA 100 PGC00071 Natsushima bifurcata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 84 MOTU 47 BLAST Natsushima bifurcata - GenBank: JF304492.1|ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Nautiliniellidae Anexo/Figura F3. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304496.1| COSTA RICA utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a MOTU 48 100 100 BLASTgrupos Natsushimamonofiléticos sp. - GenBank: JF304497.1| RICA divergência localização das diferentes famílias e os MOTUs representam com COSTA <3% de intraespecífica. Realçado a azul, são as sequências COI do BLAST projecto de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555061.1| NE ATLANTIC presentes na BOLD, abordadas no capítulo 3 (continuação). BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555064.1| NE ATLANTIC MOTU 49 (Chrysopetalidae) 100 54 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555059.1| NE ATLANTIC 64 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 100 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA 88 48 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA Ampharetidae 100 160 MOTU 50 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA MOTU 51 100 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 75 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358713.1| PORTUGAL (Madeira) 100 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358712.1| PORTUGAL (Madeira) MOTU 52 100 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024199.1| CANADA 21 62 MOTU 44 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024200.1| CANADA CHEP0013 Polycirrus norvegicus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 83 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023984.1| CANADA 19 100 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023970.1| CANADA MOTU 45 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023978.1| CANADA BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473490.1| CANADA 53 MOTU 46 100 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473491.1| CANADA 100 PGC00071 Natsushima bifurcata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 84 MOTU 47 BLAST Natsushima bifurcata - GenBank: JF304492.1|ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Nautiliniellidae BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304496.1| COSTA RICA 100 MOTU 48 100 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304497.1| COSTA RICA BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555061.1| NE ATLANTIC 100 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555064.1| NE ATLANTIC MOTU 49 (Chrysopetalidae) 54 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555059.1| NE ATLANTIC 64 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 100 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA 48 MOTU 50 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA 88 Ampharetidae BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA 100 MOTU 51 100 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 75 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358713.1| PORTUGAL (Madeira) 100 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358712.1| PORTUGAL (Madeira) 98 MOTU 52 BLAST Eumida notata - GenBank: HM358708.1| SWEDEN 89 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358686.1| SWEDEN 100 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358690.1| SWEDEN MOTU 53 79 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358688.1| SWEDEN 91 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473581.1| CANADA 100 100 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473577.1| CANADA Phyllodocidae MOTU 54 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473582.1| CANADA PAS00011 Phyllodoce madeirensis| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 95 PGC00032 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 42 100 PGC00030 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) MOTU 55 100 PGC00031 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) OUTGROUP (Oligochaeta) 100 0.05 Anexo/Figura F3. Árvore NJ de nucleótidos de poliquetas provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias e os MOTUs representam grupos monofiléticos com <3% de divergência intraespecífica. Realçado a azul, são as sequências COI do projecto de Marina R. Cunha e Ascensão Ravara presentes na BOLD, abordadas no capítulo 3 (continuação). 161 BLAST Harmothoe fragilis - GenBank: HM473407.1| CANADA BLAST Lepidasthenia berkeleyae - GenBank: HM473443.1| CANADA PAS00009 Harmothoe evei| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) PGC00034 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00073 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 12 PAS00008 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) PAS00007 Lepidasthenia sp.| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) Polynoidae BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503015.1| SOUTH KOREA 15 BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503013.1| SOUTH KOREA BLAST Lepidonotus squamatus - GenBank: JX503014.1| SOUTH KOREA PBB00002 Lepidasthenia cf. brunnea| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PGC00072 Harmothoe evei| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Lepidasthenia elegans - GenBank: JN852933.1| SWEDEN 39 11 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HQ024019.1| CANADA 40 37 BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473743.1| USA Polynoidae BLAST Eunoe oerstedi - GenBank: HM473740.1| USA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024356.1| CANADA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HM473428.1| CANADA Polynoidae 4 99 PGC00036 Fimbriosthenelais zetlandica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 8 54 1 PGC00035 Sthenelais boa| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Sigalionidae BLAST Sthenelais boa - GenBank: AY894321.1| USA 8 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473733.1| USA BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473731.1| USA Polynoidae 61 BLAST Eunoe depressa - GenBank: HM473732.1| USA BLAST Harmothoe rarispina - GenBank: HQ024058.1| CANADA CHEP0005 Subadyte pellucida| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 41 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473317.1| CANADA 50 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473310.1| CANADA 72 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473321.1| CANADA Polynoidae BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473323.1| CANADA 54 BLAST Arctonoe vittata - GenBank: HM473320.1| CANADA 98 BLAST Arctonoe pulchra - GenBank: HM473301.1| CANADA PGC00027 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Hesionidae BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GU672445.1| RUSSIA 48 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GQ478953.1| NORWAY Polynoidae 83 BLAST Harmothoe imbricata - GenBank: GQ478949.1| NORWAY PGC00016 Panthalis oerstedi| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Acoetidae 41 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473504.1| CANADA 78 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473510.1| CANADA 51 9 54 75 BLAST Nereis vexillosa - GenBank: HM473511.1| CANADA BLAST Nereis pelagica - GenBank: HQ024125.1| CANADA BLAST Nereis pelagica - GenBank: HQ023603.1| CANADA 63 BLAST Nereis pelagica - GenBank: GU672328.1| CANADA Nereididae PGC00029 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 71 CHEP0011 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023939.1| CANADA 96 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023963.1| CANADA 92 75 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023951.1| CANADA 47 BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644802.1| NORWAY 13 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: GU672539.1| RUSSIA 13 18 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: AY644795.1| NORWAY Anexo/Figura F4. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 3 provenientes de diversos 51 BLASToNereimyra - GenBank: locais geográficos. Foi utilizado modelo punctata de evolução K2PAY644790.1| e o testeSWEDEN de Bootstrap com 1000 replicações. As 18 99 BLAST Nereimyra woodsholeafamílias. - GenBank: AY644804.1| NORWAY linhas laterais mostram a localização das diferentes BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644805.1| WESTERN ATLANTIC 63 76 CHEP0001 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Leocrates chinensis - GenBank: DQ442565.1| FRANCE PGC00026 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 162 81 PGC00025 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00075 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00074|Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 77 PBB00011 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) Hesionidae 75 BLAST Nereis pelagica - GenBank: HQ023603.1| CANADA 63 BLAST Nereis pelagica - GenBank: GU672328.1| CANADA Nereididae PGC00029 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 71 CHEP0011 Eunereis longissima| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023939.1| CANADA 96 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023963.1| CANADA 92 75 BLAST Alitta virens - GenBank: HQ023951.1| CANADA 47 BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644802.1| NORWAY 13 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: GU672539.1| RUSSIA 13 18 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: AY644795.1| NORWAY 51 18 BLAST Nereimyra punctata - GenBank: AY644790.1| SWEDEN 99 BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644804.1| NORWAY BLAST Nereimyra woodsholea - GenBank: AY644805.1| WESTERN ATLANTIC CHEP0001 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 63 76 BLAST Leocrates chinensis - GenBank: DQ442565.1| FRANCE Hesionidae PGC00026 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00025 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 81 PGC00075 Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00074|Leocrates atlanticus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 77 PBB00011 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PBB00005 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PBB00006 Leocrates atlanticus| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 16 PGC00012 Lumbrineridae| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Lumbrineridae PGC00078 Tainokia sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 31 BLAST Arabella semimaculata - GenBank: AY838866.1| USA 88 Oenonidae 91 BLAST Arabella iricolor - GenBank: GU362693.1| CHINA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672198.1| CANADA 98 BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672153.1| CANADA BLAST Scolelepis sp. - GenBank: GU672370.1| CANADA 99 Spionidae BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473680.1| CANADA BLAST Scolelepis squamata - GenBank: HM473679.1| CANADA 99 99 BLAST Scolelepis squamata - GenBank: KC208487.1| INDIA 79 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672264.1| CANADA 100 50 BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672273.1| CANADA BLAST Prionospio steenstrupi - GenBank: GU672268.1| CANADA 98 Spionidae BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212789.1| EASTERN MEDITERRANEAN BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212792.1| EASTERN MEDITERRANEAN 100 BLAST Prionospio sp. - GenBank: FM212788.1| EASTERN MEDITERRANEAN 8 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432014.1| GERMANY 36 98 BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432012.1| GERMANY Spionidae BLAST Malacoceros fuliginosus - GenBank: EF432015.1| GERMANY 61 PAS00002 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) PBB00001 Poecilochaetus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 63 Poecilochaetidae 99 PAS00003 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 80 PAS00001 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 77 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017577.1| ATLANTIC OCEAN 48 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017550.1| ATLANTIC OCEAN 64 83 BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA Amphinomidae BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017598.1| SAO TOME AND PRINCIPE PGC00001 Pareurythoe borealis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00022 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 70 98 PGC00023 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) CHEP0009 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Anexo/Figura F4. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 3 provenientes de diversos PGC00021 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 88 locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426631.1| SE ATLANTIC linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). Glyceridae 50 98 96 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426630.1| SE ATLANTIC 62 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426632.1| SE ATLANTIC BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024029.1| CANADA 100 BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024033.1| CANADA 78 BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024038.1| CANADA BLAST Eumida notata - GenBank: HM358708.1| SWEDEN 9 67 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358690.1| SWEDEN 99 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358688.1| SWEDEN 163 PBB00001 Poecilochaetus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 63 Poecilochaetidae PAS00003 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 99 80 PAS00001 Poecilochaetus japonicus| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 77 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017577.1| ATLANTIC OCEAN 48 BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017550.1| ATLANTIC OCEAN 64 BLAST Pareurythoe borealis - GenBank: JN086550.1| MEDITERRANEAN SEA 83 Amphinomidae BLAST Hermodice carunculata - GenBank: KC017598.1| SAO TOME AND PRINCIPE PGC00001 Pareurythoe borealis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00022 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 70 98 PGC00023 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) CHEP0009 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00021 Glycera tesselata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 88 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426631.1| SE ATLANTIC Glyceridae 50 98 96 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426630.1| SE ATLANTIC 62 BLAST Glycera southeastatlantica - GenBank: GQ426632.1| SE ATLANTIC BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024029.1| CANADA BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024033.1| CANADA 100 78 BLAST Glycera dibranchiata - GenBank: HQ024038.1| CANADA BLAST Eumida notata - GenBank: HM358708.1| SWEDEN 67 9 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358690.1| SWEDEN 99 BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358688.1| SWEDEN BLAST Eumida kelaino - GenBank: HM358686.1| SWEDEN BLAST Eumida notata - GenBank: HM358713.1| PORTUGAL (Madeira) BLAST Eumida notata - GenBank: HM358712.1| PORTUGAL (Madeira) 99 PAS00011 Phyllodoce madeirensis| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) Phyllodocidae 75 PGC00030 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 65 94 PGC00031 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00032 Phyllodoce cf. madeirensis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 49 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473582.1| CANADA 46 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473581.1| CANADA 41 BLAST Phyllodoce medipapillata - GenBank: HM473577.1| CANADA 74 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672570.1| RUSSIA 100 40 BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: HQ023882.1| CANADA BLAST Lumbrineris fragilis - GenBank: GU672337.1| CANADA PGC00011 Lumbrineris gracilis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 23 BLASY Lumbrineris tetraura - GenBank: GU362689.1| CHINA 45 Lumbrineridae 96 BLAST Lumbrineris tetraura - GenBank: EU352318.1| CHINA 95 PBB00004 Lumbrineridae sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024127.1| CANADA 99 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024159.1| CANADA 77 BLAST Ninoe nigripes - GenBank: HQ024144.1| CANADA 5 51 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473292.1| CANADA 50 97 BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473291.1| CANADA BLAST Ampharete labrops - GenBank: HM473290.1| CANADA Ampharetidae 9 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ024261.1| CANADA 100 90 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 18 PGC00038 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 18 PGC00040 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 46 PGC00042 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 20 52 100 Spionidae PGC00041 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00043 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00039 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555064.1| NE ATLANTIC 98 50 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555059.1| NE ATLANTIC Anexo/Figura F4. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 3 provenientes de diversos BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555061.1| NE ATLANTIC locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As PGC00071 Natsushima bifurcata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 12 100 70 linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). BLAST Natsushima bifurcata - GenBank: JF304492.1| COSTA RICA 93 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304496.1| COSTA RICA 76 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304497.1| COSTA RICA 86 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 164 100 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473651.1| CANADA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 76 94 BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672597.1| RUSSIA BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672576.1| RUSSIA Maldanidae 90 BLAST Ampharete sp. - GenBank: HQ023431.1| CANADA BLAST Eclysippe vanelli - GenBank: JX423766.1| NORWAY 18 PGC00038 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 18 PGC00040 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 46 PGC00042 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 20 52 100 Spionidae PGC00041 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00043 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00039 Spionidae sp.| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555064.1| NE ATLANTIC 98 50 BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555059.1| NE ATLANTIC Chrysopetalidae BLAST Vigtorniella ardabilia - GenBank: EU555061.1| NE ATLANTIC 12 70 PGC00071 Natsushima bifurcata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 BLAST Natsushima bifurcata - GenBank: JF304492.1| COSTA RICA Nautiliniellidae 93 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304496.1| COSTA RICA 76 BLAST Natsushima sp. - GenBank: JF304497.1| COSTA RICA 86 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473648.1| CANADA 100 BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473651.1| CANADA BLAST Praxillella affinis pacifica - GenBank: HM473650.1| CANADA PAS00012 Maldanidae| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 76 Maldanidae BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672597.1| RUSSIA 94 99 BLAST Maldane sarsi - GenBank: GU672576.1| RUSSIA 50 BLAST Maldane sarsi - GenBank: HQ024362.1| CANADA BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938396.1| CANADA 100 BLAST Pista maculata - GenBank: HQ023774.1| CANADA Terebellidae BLAST Pista maculata - GenBank: HQ938395.1| CANADA 95 PAS00006 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 98 PAS00005 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) PAS00004 Pista cristata| MEDITERRANEAN SEA (Alboran Sea) 9321 Terebellidae BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU670826.1| RUSSIA BLAST Nicolea zostericola - GenBank: GU672559.1| RUSSIA 99 BLAST Nicolea zostericola - GenBank: HQ024409.1| CANADA 96 CHEP0003 Nicolea venustula| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 40 Terebellidae PGC00044 Pterolysippe vanelli| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) Ampharetidae CHEP0010 Neoamphitrite affinis| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 33 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024200.1| CANADA 51 97 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024199.1| CANADA 52 BLAST Polycirrus eximius - GenBank: HQ024197.1| CANADA 3224 CHEP0013 Polycirrus norvegicus| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672483.1| RUSSIA 100 BLAST Polycirrus medusa - GenBank: GU672524.1| RUSSIA PBB00003 Polycirrus sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 11 91 PGC00045 Amphitrite cf. cirrata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) PGC00047 Neoamphitrite| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 7 Terebellidae BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ024485.1| CANADA 85 58 BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ023920.1| CANADA BLAST Amphitrite cirrata - GenBank: HQ932561.1| CANADA 50 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023984.1| CANADA 5054 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023978.1| CANADA BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023970.1| CANADA 53 46 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473490.1| CANADA 80 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473491.1| CANADA BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219838.1| NEW ZEALAND 77 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219804.1| NEW ZEALAND BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219817.1| ZEALAND abordados no capítulo 3 provenientes de diversos Anexo/Figura F4. Árvore NJ de aminoácidos de NEW poliquetas locais 77geográficos. Foi utilizado o modelo deof Cadiz) evolução K2P e Onuphidae o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As PGC00049 Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC OCEAN (Gulf linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473514.1| CANADA 63 92 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473519.1| CANADA 51 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473517.1| CANADA PGC00076 Eunice norvegica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 99 92 20 36 BLAST Eunice norvegica - GenBank: GQ497541.1| USA PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 96 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 99 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA 165 50 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023984.1| CANADA 5054 BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023978.1| CANADA BLAST Amphitrite figulus - GenBank: HQ023970.1| CANADA 53 46 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473492.1| CANADA BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473490.1| CANADA 80 BLAST Neoamphitrite robusta - GenBank: HM473491.1| CANADA BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219838.1| NEW ZEALAND 77 63 BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219804.1| NEW ZEALAND BLAST Hyalinoecia tubicola longibranchiata - GenBank: JX219817.1| NEW ZEALAND PGC00049 Hyalinoecia tubicola| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 77 Onuphidae BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473514.1| CANADA 92 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473519.1| CANADA 51 BLAST Nothria conchylega - GenBank: HM473517.1| CANADA PGC00076 Eunice norvegica| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 99 92 20 BLAST Eunice norvegica - GenBank: GQ497541.1| USA PBB00008 Eunice sp.| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 36 PGC00077 Marphysa bellii| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: GQ497547.1| USA 96 99 9 BLAST Marphysa sanguinea - GenBank: AY040708.1| USA BLAST Eunice harassii - GenBank: GQ497535.1| USA Eunicidae PGC00003 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) 100 99 PGC00002 Eunice vittata| ATLANTIC OCEAN (Gulf of Cadiz) BLAST Eunice antarctica - GenBank: GQ497532.1| USA 61 PBB00007 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) 98 94 98 PBB00009 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) PBB00010 Eunice pennata| NE ATLANTIC (Bay of Biscay) BLAST Microscolex phosphoreus - GenBank: AB750665.1| JAPAN BLAST Microscolex phosphoreus - GenBank: AB750645.1| JAPAN 100 76 BLAST Microscolex phosphoreus - GenBank: AB750641.1| JAPAN OUTGROUP (Oligochaeta) 0.05 Anexo/Figura F4. Árvore NJ de aminoácidos de poliquetas abordados no capítulo 3 provenientes de diversos locais geográficos. Foi utilizado o modelo de evolução K2P e o teste de Bootstrap com 1000 replicações. As linhas laterais mostram a localização das diferentes famílias (continuação). 166
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