que garantem o escoamento da safra agrícola
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que garantem o escoamento da safra agrícola
(SJQT&EJUPSBt"OPt/t4FUFNCSP0VUVCSPt3XXXBHSJNPUPSDPNCS Caminhões que garantem o escoamento da safra agrícola BIOCOMBUSTÍVEL: A energia do futuro MAKING MODERN LIVING POSSIBLE A Sauer-Danfoss agora é Danfoss Os especialistas que você já conhece, o serviço em que você pode confiar Somente o nome mudou A Sauer-Danfoss agora fornece soluções hidráulicas avançadas para suas máquinas fora-de-estrada sob um novo nome: Danfoss. Nós continuaremos em sua localização, fornecendo habilidades técnicas e serviços em que você pode confiar. Na Danfoss Power Solutions – um segmento de negócios totalmente integrado da Danfoss – você terá agora um parceiro mais forte com sólidas fundações e ainda maior foco em inovação. marca global forte Levando nossos especialistas em hidráulica a uma companhia compromissada com a excelência em engenharia desde 1933 powersolutions.danfoss.com ÍNDICE Foto: Divulgação ABAG &EJÎÍPo"OP Foto: www.volvo.com.br Caio Carvalho, presidente da Abag 4 6 18 22 Editorial O contraste continua 34 Energia t/PWPQSPKFUPEB7PMWP t&OFSHJBEBCJPNBTTB t#JPDPNCVTUÓWFJT t/PWBMJOIBEFUSBOTNJTTÍP t'JOBODJBNFOUPTEP#*% t-JEFSBOÎBCSBTJMFJSB Entrevista $BJP$BSWBMIP 1SFTJEFOUFEB"CBH Caminhões e Utilitários 38 40 42 Agricultura de Precisão t%SPOFTBQPJBNQFTRVJTBT t,JUDÉNFSBÏOPWJEBEF t4PMVÎÜFTFNUFDOPMPHJB BWBOÎBEB Irrigação t*SSJHBÎÍPNFMIPSB RVBMJEBEFEFWJEB t(PUFKBNFOUPDPOUSJCVJ QBSBFDPOPNJBEFÈHVB Clipping Estratégia 0TVDFTTPEPTFUPS TVDSPBMDPPMFJSPWPMUBBSPOEBS 46 48 54 63 64 66 Visão (SBOEFTMÓEFSFTEFWPMWFNTVBT SJRVF[BTBPNVOEP Setor Sucroalcooleiro .BOVUFOÎÍPEBTGSPUBT Eventos Estatísticas Business World Anunciantes Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 3 EDITORIAL Coordenação Geral Henrique Isliker Pátria Diretora Executiva Maria da Glória Bernardo Isliker TI Vicente Bernardo O CONTRASTE CONTINUA Editor e Jornalista Responsável Henrique Isliker Pátria (MTb-SP 37.567) [email protected] Reportagens e Entrevistas Marcus Frediani (MTb 13.953) Mário Rolim Cândido (MTb-SP 23.571) [email protected] Edição de Arte Ana Carolina Ermel de Araujo C omo dizem os analistas, continuamos a ter dois Brasis. Um deles é aquele que produz, aproveita os excelentes índices de produtividade do campo e cresce. O outro é aquele emperrado, das promessas e marketing político, da preocupação com a eleição ou a reeleição, da corrupção e dos desvios. Vejam o paradoxo. Nesta edição convidamos nossos leitores para a entrevista exclusiva concedida à re- Publicidade Augusto Isliker - [email protected] Jorge Camargo - [email protected] vista Agrimotor, por Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio Administrativo tes do mundo. Cita como exemplo que em 1992 a produção média brasileira era de 1.500 Anderson Rodrigues Maria Rosangela de Carvalho quilos por hectare e em 2012 passou para 3.250 quilos, ou seja, mais do que o dobro. Só Colaboradores ¬OHFMP%PNJOHPT#BODIJt+PTÏ-VJ[5FKPOt+PTÏ0TWBMEP #P[[Pt+PTÏ3PCFSUP-PQFTt7BMUFS"Q'FSSFJSB Impressão e Acabamento Ipsis Gráfica e Editora REVISTA AGRIMOTOR É uma publicação de propriedade da (SJQT.BSLFUJOHF/FHØDJPT-UEB com registro no INPI sob no 826584527 – Abag, na qual destaca a qualidade do produtor brasileiro que é um dos mais eficien- que este mesmo produtor perde grande parte desta produtividade quando tem de usar a infraestrutura necessária para o armazenamento ou escoamento desta produção pois todo processo logístico é ineficiente, deteriorado ou até mesmo inexistente. Quando estávamos concluindo a elaboração deste editorial, pudemos ver a notícia apresentada no portal UOL, dia 15 de outubro, dando conta da assinatura pela presidente do Brasil de liberação de nova verba para o metrô de Salvador, uma obra que começou há treze anos, já consumiu mais de 1 bilhão de reais e nunca entrou em operação. Tirem suas conclusões. Nesta edição, outro destaque é para a Fenatran, a maior feira de transportes da América Latina, que vai se realizar em São Paulo. Todas as grandes montadoras de caminhões e veículos pesados estão apostando neste evento como uma vitrine para assegurar seu market share, ou melhor ainda, na medida do possível ampliá-lo. Rua Cardeal Arcoverde, 1745 - cj. 111 Pinheiros - São Paulo/SP - CEP: 05407-002 Tel/Fax: (11) 3811-8822 [email protected] www.agrimotor.com.br Também nesta edição falamos do setor de energia, principalmente a derivada da biomassa. Vai acontecer em São Paulo nos próximos dias, um evento denominado Biotech Fair, em que se coloca em cheque a real eficácia dos biocombustíveis e as alternativas para se obter este combustível que está sendo apresentado como a grande mudança e a grande alavanca brasileira no quesito energia. As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas desde que citada a fonte. Complementamos a edição com a mais ampla e eficiente cobertura dos grandes eventos que ocorreram no agronegócio recentemente e as novidades no campo da irrigação, setor sucroalcooleiro, agricultura de precisão, estatística e outros acontecimentos importantes. Não deixe de ler as crônicas de nossos articulistas que retratam o cotidiano do agronegócio brasileiro. Edição 86 - Ano 9 Setembro - Outubro 2013 Boa leitura! Capa: Fotos Sxc.hu, Vecteezy e Divulgação Criação: Ana Carolina Ermel de Araujo Circulação: Mensal Henrique Isliker Pátria Editor Responsável Gerenciamento de Irrigação via Web: Controle e monitoramento convenientes na palma de sua mão. Lindsay: uma parceira de irrigação dedicada a maximizar a sua produção. integrada e personalizada, apresentando um sistema completo em irrigação. Seja para sistema de gerenciamento, de mão de obra e água para as necessidades individuais de cada produtor. www.lindsay.com.br ENERGIA VOLVO INICIA PROJETO DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR E EÓLICA EM CURITIBA As duas fontes de energia são complementares e vão permitir um resultado de geração de energia mais estável, de acordo com a conveniência do clima. O Foto: www.sxc.hu projeto inicial conta uma turbina eólica e trinta painéis de captação de energia solar. A potência instalada é de 9,3 kW e o sistema está ligado diretamente à rede elétrica que abastece os escritórios da linha de montagem de caminhões e ônibus. “Iniciamos em uma área piloto para, no futuro, ampliar o projeto para as linhas de montagem”, explica Marcos Lima, gerente de engenharia de fábrica. Desde o início de suas operações, há mais de 85 anos, a Volvo adotou como valores essenciais a segurança, a qualidade e o respeito ao meio ambiente. Desde então, a empresa investe em 6 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 tecnologias, produtos e projetos que contribuam com o desenvolvimento de soluções sustentáveis de transporte e também aplicadas aos seus processos produtivos. “Uma empresa torna-se sustentável mantendo um caminho constante de inovação em suas práticas. Para ser sustentável, uma inciativa precisa ser economicamente viável, correta do ponto de vista social e ecolo- gicamente adequada. Hoje, a sustentabilidade está popularizada, mas a adoção de práticas alinhadas a este conceito faz parte da história da Volvo”, destaca Cyro Martins, diretor de operações de manufatura do Grupo Volvo no Brasil. ENERGIA ENERGIA DA BIOMASSA É DESTAQUE EM CONGRESSO INTERNACIONAL Tecnologias para aproveitamento dos recursos da biomassa e as tendências deste mercado serão apresentadas no 8º Congresso Internacional de Bioenergia. O Foto: Agência Petrobras Brasil se destaca mundialmente pela geração de energia renovável. A presença da energia de biomassa vem crescendo rapidamente nos últimos anos e a adoção deste tipo de energia ajuda a reduzir a pressão sobre as fontes tradicionais e oferece um destino sustentável para resíduos agropecuários e urbanos. Com a presença de renomados palestrantes nacionais e internacionais o Congresso de Bioenergia está distribuído em painéis sobre Etanol 8 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 e Cana-de-Açúcar, Biodiesel e Bioquerosene, Biomassa e Resíduos Sólidos Urbanos e Rurais. Confira a apresentação sobre adoção de políticas de incentivo às energias renováveis, onde o diretor da Associação Europeia das Indústrias de Biomassa, Jean-Marc Jossart, trará exemplos dos benefícios à economia e ao meio ambiente na adoção de políticas de incentivo às energias limpas. E também a apresentação de Olivier Dubois, coordenador do grupo de bioenergia, meio ambiente e mudança de clima da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Simultaneamente ao Congresso, acontece a 6ª edição da BioTech Fair - Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis, que reúne empresas ligadas à produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas às energias renováveis, com destaque à biomassa e biocombustíveis. O Congresso Internacional de Bioenergia acontece de 5 a 7 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. ENERGIA NOVAS CULTURAS PARA BIOCOMBUSTÍVEIS No Brasil, o foco das ações será a região Nordeste, buscando identificar culturas energéticas que contribuam para inclusão social de pequenos produtores. R Agroforestry Centre, com o apoio do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD) e do Governo da Índia. O Brasil tem assento no comitê diretor do programa, represen- Fotos: Embrapa e SXC.hu eduzir a pobreza e aumentar a segurança alimentar e energética de países em desenvolvimento, além de reduzir as emissões de gás carbônico. Esse é o objetivo de um programa que busca culturas alternativas para biocombustíveis, iniciado neste ano pelo World 10 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 tado pelo chefe-geral da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), Manoel Teixeira Souza Júnior. O programa terá duração de quatro anos, com pesquisas focadas nas cadeias produtivas de culturas não-alimentares ou com múltiplos usos, especialmente as que podem ocupar áreas com menor disponibilidade de água ou impróprias para o plantio de alimentos. No Brasil, o foco das ações será a região Nordeste. “A questão principal do programa é identificar culturas energéticas que contribuam para inclusão social de pequenos produtores em áreas pobres; por isso, queremos trabalhar com o Nordeste”, explica Souza. Outro motivo que levou a Embrapa a escolher essa região é a necessidade de novas oleaginosas que possam ser produzidas no local para abastecer as usinas de biodiesel. A ideia é implantar campos de demonstração e experimentação com integração lavoura / floresta, em que sejam cultivadas, por exemplo, macaúba e pinhão-manso. ENERGIA NOVA LINHA DE TRANSMISSÃO Sistema inclui 348 quilômetros de linhas de transmissão para levar a energia gerada na usina de Itaipu até Assunção, no Paraguai. Foto: Divulgação Itaipu A linha de transmissão de 500 kV entre a usina de Itaipu, em Hernandárias, e a subestação de Villa Hayes, na Grande Assunção está passando por um ensaio de confiabilidade, processo que envolve uma série de ensaios elétricos e testes, e, se tudo ocorrer bem, o linhão entra em operação normal até o dia 30 de outubro. Possivelmente, o início da energização deve coincidir com a data em que a Itaipu estará atingindo a casa dos 75 milhões de megawatts-hora (MWh), produção garantida em contrato. Esse sistema de transmissão em 500 kV inclui 348 quilômetros de linhas de transmissão e 759 torres para levar a energia gerada na usina até Assunção, capital do Paraguai. Na prática, o sistema vai ampliar a capacidade do país vizinho de aproveitamento da energia produ- zida por Itaipu – empreendimento binacional, que pertence ao Brasil e ao Paraguai. Só na primeira fase, com a entrada em operação da linha, a capacidade de recepção pelo Paraguai da energia produzida em Itaipu será ampliada em 1.200 megawatts (MW). Com este aumento da capacidade do sistema de transmissão de energia e com a modernização e reforços necessários nos sistemas de distribuição, o Paraguai terá todas as condições de resolver os gargalos atuais, como os apagões, que acontecem, sobretudo, no período do verão. ENERGIA BID DESTINA US$ 25 MILHÕES PARA PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Batizado de EEGM, este instrumento de avaliação de crédito oferece uma garantia exclusiva para edificações. O utilizado para beneficiar os agentes financeiros, melhorando inclusive as taxas de juros cobradas, ou para garantir o desempenho de eficiência energética. “A garantia pode também ser usada para cobrir inadimplências”, explica Álvaro Silveira, sócio-diretor da Atlas Consultoria, empresa contratada pelo BID para administrar este programa. Os recursos disponíveis para isso são de US$ 25 milhões. Até agora já foram realizados três projetos com o apoio do BID, através do instrumento EEGM, um edifício co- Foto: www.sxc.hu s projetos de eficiência energética para edificações no Brasil ganharam um importante apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A iniciativa pioneira foi apresentada na 18ª Febrava – Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar a empresários e profissionais do setor. Batizado de EEGM, este instrumento de avaliação de crédito oferece uma garantia exclusiva para projetos de edificações, podendo ser 12 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 mercial no Ceará, uma planta industrial no interior de Minas Gerais e um shopping center em São Paulo. “A expectativa é realizar mais seis projetos, ao longo dos próximos meses, que devem somar R$ 60 milhões”, estima Silveira. O projeto é fruto de uma iniciativa apresentada pelo BID em parceria com o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e o Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A garantia só pode ser dada a projetos de eficiência energética voltados para edificações. Mais informações em www.eegm.org. CAIXA E ROD TOR URAL. A NOVA PARCERIA DO CAMPO. Agora o agronegócio também vai poder contar com o apoio da CAIXA. Chegou a opção de crédito que você, produtor rural, tanto precisava: o Crédito Rural CAIXA. Porque é investindo no seu sucesso que a CAIXA incentiva o crescimento de um dos setores mais importantes da nossa economia. É a CAIXA impulsionando a economia rural e apoiando os produtores e suas cooperativas. Faça parte desta nova parceria. Acesse creditoruralcaixa.com.br e saiba mais. CAIXA. A vida no campo pede mais que um banco. Paula Fernandes e Almir Sater caixa.gov.br SAC CAIXA: 0800 726 0101 (informações, reclamações, sugestões e elogios) Para pessoas com deficiência auditiva ou de fala: 0800 726 2492 Ouvidoria: 0800 725 7474 Crédito sujeito a análise e condições sujeitas a alteração sem aviso prévio. ENERGIA BRASIL É LÍDER EM ENERGIA DE BIOMASSA Estudo feito nos Estados Unidos destaca a posição do Brasil no mercado de utilização de biomassa para a produção de energia, com16% do uso mundial. O Em nosso país, há três anos, 21% da energia utilizada pela indústria provinham do bagaço da cana-de-açúcar e 7% de outras fontes renováveis. Outra fonte importante para a indústria é a do carvão vegetal, especialmente para a produção de ferro e aço. O etanol é o principal biocombustível do Brasil, feito de cana, e também dos Estados Unidos, do milho. A pesquisa constata que a produção de energia a partir de fontes de biomassa é crescente. O estudo foi Foto: Agência Petrobras Brasil é o líder quando se trata de utilização de biomassa na produção de energia, com16% do uso mundial, seguido pelos Estados Unidos, com 9% e Alemanha, 7%. Os dados foram compilados em pesquisa realizada pela IEA Bioenergy Task 40, uma divisão especializada em bioenergia da Agência Internacional de Energia e apontam que os quinze países do topo dessa lista representam 65% do uso global de biomassa em sua matriz energética. Biomassa responde por um décimo da produção de energia no planeta. 14 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 produzido com o objetivo de obter um panorama da utilização de obtenção de energia a partir de fontes de biomassa e estabelecer uma lista dos maiores usuários. Os dados, no caso do Brasil, foram coletados em informações do ministério de Minas e Energia, União da Indústria de Cana-de-Açúcar, União dos Produtores de Bioenergia e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Mais Leve e Mais Resistente Podemos atender suas necessidades Domex - Aço Avançado de Alta Resistência da SSAB - permite a produção de máquinas agrícolas mais leves, com maior alcance e maior capacidade de carga. Domex também pode reduzir significativamente a quantidade de aço usado, o custo de produção, além de proporcionar vantagem competitiva ao seu negócio por meio de: Processos de produção simplificados Redução de estoques Estruturas mais resistentes Maior vida útil Benefícios ambientais SSAB T: 11 3303 0800 E: [email protected] www.domex.net Trabalhamos junto com você. Nossa vasta experiência no mercado agrícola nos permite oferecer além de aços de alta qualidade, apoio durante todo o processo, desde a concepção até o produto acabado, ajudando a garantir o sucesso do seu produto e o futuro de sua empresa. Saiba mais sobre Domex e como você pode se beneficiar em www.ssab.com. RESISTÊN C IA NOVOS G686 MSS PLUS E G677 MSD PLUS. TRANSPORTAM ATÉ 15 MIL TONELADAS A MAIS.* / tecnologia high elongation wire: maior preservação da carcaça contra danos e cortes / tecnologia duralife: carcaça mais resistente, com 4 cintas de aço, aumentando a quantidade de recapagens / melhor assistência técnica do segmento * Aumento de produtividade comparado ao seu antecessor Goodyear G686 MSS, considerando quilometragem total. Referência caminhão bi-trem carga líquida de 49.8 ton. Ciclo de 50km (viagem de ida e volta). SUPERIO R QUILÔMETROS DE HISTÓRIAS ENTREVISTA BLINDANDO O CALCANHAR Com o aumento da produção interna e da responsabilidade do Brasil em abastecer o mundo de alimentos, é preciso encontrar saídas urgentes para gerar ainda mais eficiência para o agronegócio no Brasil. Marcus Frediani* S egundo Caio Carvalho, presidente da Abag, em entrevista exclusiva, da porteira para dentro da fazenda, o produtor agrícola brasileiro é um dos mais eficientes do mundo. Prova disso é que a produção média brasileira por hectare, que era de 1.500 quilos de grãos, em 1992, saltou para 3.250 quilos na safra 2011/12, performando um aumento de nada menos do que 116%. Só que o agricultor brasileiro começa a perder toda essa vantagem acumulada na hora de escoar sua produção, pois se depara com uma estrutura de transporte arcaica, insuficiente, deteriorada ou, em muitos casos, inexistente. Com isso, o custo, por exemplo, de um contêiner de grãos colocado no porto brasileiro chega a alcançar a exorbitante marca de US$ 1.790, contra US$ 690 de outros países concorrentes do Brasil. Seguindo o mesmo mau exemplo, a atual estrutura de armazenamento do agronegócio brasileiro também é bastante deficitária. Um levantamento do ministério da Agricultura apontou que a capacidade estática de estocagem nas fazendas brasileiras é hoje de apenas 15%. Na Argentina, esse índice está entre 35% e 45%; na Austrália, em 35%, nos Estados Unidos entre 55% 18 e 60% e, no oeste do Canadá, em impressionantes 85%. Segundo cálculos do governo, estima-se ser necessário um investimento da ordem de R$ 16 bilhões apenas para reduzir o déficit de armazéns. E todos esses problemas “A falta de infraestrutura adequada é o calcanhar de aquiles do agronegócio brasileiro” tendem a se agravar com o aumento da produção agrícola brasileira. A previsão da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de que o mundo necessitará de um aumento da ordem de 20% na produção de alimentos até 2020 para atender à demanda da população. E a maior parte dessa elevação na produção – 40% – deverá ser conseguida, segundo a entidade, pela agricultura brasileira. Sem dúvida, uma gigantesca responsabilidade. Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 “A falta de infraestrutura adequada é o calcanhar de aquiles do agronegócio brasileiro”, registrou Luiz Carlos Corrêa Carvalho, mais conhecido no meio como Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) durante a realização, em São Paulo, no começo do mês de agosto, do 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, que teve como tema Logística e Infraestrutura - O Caminho da Competitividade do Agronegócio. O mesmo registro ele faz nesta entrevista concedida à revista Agrimotor, na qual fala com exclusividade sobre esses gargalos e sobre outros desafios que insistem em se interpor ao pleno desenvolvimento do agronegócio no País, tais como a demora de aprovação de novas moléculas de produtos que defendem as culturas de pragas e doenças, o que, em sua leitura, “é quase caso de polícia” no Brasil. Mas, entre prós e contras, Caio deixa na entrevista que você lê nesta e nas próximas páginas uma clara mensagem: se problemas não faltam, soluções inteligentes para eles também não haverão de faltar. AgriMotor: Como vem evoluindo a produção média por hectare no Brasil ao longo da última década? ENTREVISTA Caio Carvalho: Desde meados do século passado, assistimos uma evolução geral impressionante na produtividade agrícola brasileira. Não obstante, o espaço para crescimento desse índice ainda é bastante significativo. Os concursos de produtividade feitos pelas empresas, que normalmente são realizados em pequenas áreas e com emprego de alta tecnologia, somente para efeito de demonstração, revelam exatamente isso. Quando se toma a área e a produção brasileira de grãos, a produtividade era de 1,87 toneladas por hectare na safra 1990/91, enquanto, hoje, é de 3,5 toneladas por hectares. O salto foi de praticamente 100%. E poupamos quase 50,0 milhões de hectares nesse período para a preservação da fauna e flora. últimos anos, temos crescido em torno de 15 a 20 milhões de toneladas por ano. Como podemos chegar perto de 200 milhões de toneladas na safra 2013/14, a situação pode ficar ainda mais crítica. AG - Some-se a isso o caos logístico atualmente reinante no país – gerado pelas deficiências na infraestrutura de transporte e armazenamento – e teremos a fórmula da “tempestade perfeita”. Como evitá-la? AG - O que possibilitou esse avanço? Carvalho - Ele é fruto dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. A agricultura nacional incorporou práticas tropicais e inéditas de produção. E é preciso, ainda, levar em consideração a incorporação brilhante do bioma cerrado, com excelentes produtividades. Fotos:www.sxc.hu e Divulgação Abag AG - Quais são os principais desafios que se interpõem a um salto de competitividade ainda maior do agronegócio no país atualmente? Carvalho - Antes da porteira, a demora e a dificuldade de aprovação de novas moléculas de produtos que defendem as culturas de pragas e doenças é quase caso de polícia. Dentro das porteiras das nossas fazendas, a agricultura mostra uma grande força competitiva em termos de custo de produção. O problema aparece cada vez mais forte a partir daí, principalmente com o fato de as fronteiras agrícolas terem migrado para as regiões mais distantes do Brasil central. Nos Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 19 ENTREVISTA Carvalho - A falta de infraestrutura adequada é o calcanhar de aquiles do agronegócio brasileiro. Precisamos encontrar políticas que nos possibilitem virar esse jogo, a fim de termos melhores condições de competir com produtores dos Estados Unidos, Argentina e de outros países com os quais disputamos o comércio internacional de commodities agrícolas. Temos urgência numa solução de curto prazo para uma situação que é insustentável, sobretudo por afetar o agronegócio, segmento considerado o principal responsável pela geração de excedente de exportação no comércio exterior, sendo, portanto, o responsável pelo crescimento econômico do país. AG - Mesmo assim, o governo não se mexe? Carvalho - O governo lançou programas para estimular investimentos 20 para aumentar a capacidade de armazenagem das propriedades rurais. As condições dos empréstimos são bem favoráveis, mas os resultados não surgem de imediato. Temos, agora, uma rodada importante de licitações para obras de infraestrutura e logística em rodovias e ferrovias. Precisamos urgente dessas obras: é uma verdadeira prova de fogo para os nossos governantes. AG - No começo do mês de agosto, durante a realização do 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, organizado pela Abag com o tema Logística e Infraestrutura – O Caminho da Competitividade do Agronegócio, o senhor teve oportunidade de frisar que muitos desses problemas tendem a se agravar com as perspectivas de aumento da produção e da maior necessidade de alimentos e de energia projetada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em cujo processo, a agricultura brasileira terá grande responsabilidade, algo em torno de 40%. É uma grande responsabilidade, não é mesmo? Carvalho - Sem dúvida. Os estudos da OCDE e a da Organização para Agricultura e Alimentação das Nações Unidas (FAO) convocam o Brasil para a necessidade de assumir uma grande responsabilidade no mundo. Os anseios de muitos países estão depositados sobre a agricultura brasileira para garantir sua segurança alimentar. Não podemos negar que isso significa uma importante janela de oportunidade. Na área de energia renovável, com o etanol Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 e o biodiesel, a situação também é muito similar. Reclamamos da falta de estratégia no Brasil para levar a cabo essa gigantesca empreitada. Essa é, sem dúvida, uma grande alternativa estratégica ao país, pois ajudará na retomada com mais força do crescimento do PIB doméstico. AG - Quais seriam as soluções no curto e médio prazos para enfrentarmos esses problemas? Carvalho - O Bernardo Figueiredo, presidente de Empresa Brasileira de Logística (EBL), deixou algumas pistas interessantes em seu pronunciamento no Congresso Brasileiro do Agronegócio. Na carteira de projetos em andamento do ministério dos Transportes, está prevista a conclusão da pavimentação da BR 163 até o porto de Miritituba (PA). Até o momento, mais de dois terços do trecho de terra, de 883 quilômetros, foram asfaltados. Com isso, a soja produzida no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul ganha a opção de escoamento pelo Norte do país, com trajeto de 700 quilômetros mais curto do que o percorrido até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). Neste momento, sentimos o brutal impacto negativo da elevação do custo de transportes e do congestionamento dos portos nas operações da compra antecipada da safra pelos processadores. Isso poderá afetar o financiamento do setor. AG - Nesse sentido, nem a aprovação da Nova Lei dos Portos gerou benefícios tangíveis para o agronegócio brasileiro? Carvalho - Entre 2002 e 2011, o comércio exterior brasileiro cresceu de US$ 100 bilhões para US$ 480 bilhões, enquanto a movimentação de contêineres passou de 2 milhões para 5,3 milhões. Cerca de 95% dessas operações ENTREVISTA se dão através dos portos. A avaliação dos impactos da nova Lei dos Portos está sendo analisada. Temos de levar em conta a situação particular de cada um dos portos. No médio prazo, partimos da visão de que haja efetivamente um aumento da competitividade dos produtos brasileiro no mundo globalizado. A busca da economia de escala é imprescindível às tarifas baixas, ao mesmo tempo em que o emprego de novas tecnologias e equipamentos, assim como o treinamento da mão de obra, deverão promover a crescente melhoria da produtividade dos terminais. AG - Como o senhor avalia o estágio atual dos financiamentos colocados à disposição do médio agricultor? Carvalho - O pacote do Plano Safra 2013/14 prevê a aplicação de R$ 136 bilhões, sendo R$ 97,6 bilhões para financiamentos de custeio e comercialização e R$ 38,4 bilhões para os programas de investimento. Desse total, R$ 115,6 bilhões serão com taxas de juros controladas, de 5,5% ao ano, sendo que serão menores em modalidades específicas: de 3,5% para programas voltados à aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem; de 4,5% ao médio produtor rural; e de 5% para práticas sustentáveis. Existem, ainda, os recursos dos títulos no agronegócio captados junto ao mercado de capitais. Foram disponibilizados R$ 13,2 bilhões pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) para custeio, comercialização e investimento. Na verdade, a situação do crédito rural melhorou muito nos últimos anos. Em termos comparativos, as políticas públicas para o setor deveriam também priorizar o estabelecimento de medidas mais concretas para a disseminação do seguro rural, que ainda engatinha no País. AG - De que forma a alta do dólar tem favorecido o agronegócio no Brasil? Carvalho - O impacto da desvalorização do real frente ao dólar não é homogêneo no agronegócio, pois cada cadeia produtiva possui a sua característica própria, como os setores de sementes, defensivos, fertilizantes, máquinas e equipamentos, entre outros. Nas culturas em que a participação brasileira é bem expressiva na produção e comércio internacional – como café, açúcar e laranja –, a tendência é de provocar queda nas cotações internacionais. É um efeito de compensar a intensidade da desvalorização. Nos outros produtos, os agricultores poderão se beneficiar com a desvalorização e melhorar as suas margens, de acordo com a subida dos custos. AG - Dadas às perspectivas de crescimento da produção agrícola no Brasil, praticamente todas as montadoras de caminhões lançaram versões de Super Pesados – como foi o caso da VW, Ford, Iveco, Man e Mercedes-Benz –, bem como a da indústria de máquinas agrícolas para suprir o setor. Como o senhor analisa essa dinâmica? Carvalho - De forma muito positiva. O processo de mecanização agrícola acelerado e fundamental nos ganhos de eficiência, seja por meio da chegada de novos tratores e implementos, seja por meio de novos conjuntos de caminhões e carretas. Aliás, essa movimentação também funciona como um indicador da melhoria nos resultados econômicos das cadeias produtivas, na medida em que vem incorporando tecnologia constantemente. AG - O único problema nisso talvez seja que grande parte das máquinas e equipamentos utilizados pelo agronegócio brasileiro vêm de fora, e são vendidos por preços bem mais baixos do que os similares comercializados pelos fornecedores nacionais, muitos deles em situação delicada, em função da ausência de vendas. Há uma luz no fim do túnel para eles? Carvalho - Essa é uma discussão sensível, pois mostra a fragilidade do chamado Custo Brasil, no caso, face aos impostos, principalmente. Na agenda setorial, esse é um tema crucial. Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 21 CAMINHÕES E UTILITÁRIOS SCANIA STREAMLINE: QUEM BEBE NÃO DIRIGE Gama caracterizada por economizar diesel traz um bafômetro integrado ao painel: o caminhão só parte após o motorista comprovar que não está alcoolizado. A PRODUTO A marca aproveita o lançamento do Streamline para apresentar a quarta geração da caixa de câmbio Scania Opticruise, que possui novo sistema de lubrificação e nova função de condução: modo econômico. Trata-se de mais uma evolução da caixa que, trabalhando em conjunto com o Ecocruise, o piloto automático inteligente da fabricante, resulta em significativa economia de combustível. O desempenho do Streamline está garantido pelos potentes propulsores de 13 e 16 (V8) litros. Para ajudar ainda mais no controle da velocidade e aumentar a segurança, está disponível no pacote de opcionais o Scania Retarder. O Streamline também chega para ampliar o conforto e a busca pela re- Foto: Divulgação Scania apresenta ao mercado um novo conceito de solução de transporte, o Streamline, em que produtos e serviços são oferecidos juntos, como um só pacote ao cliente. O Scania Streamline está disponível para as cabines rodoviárias já existentes G, R e R Highline e proporciona tudo o que a marca pode entregar em termos de economia de combustível, disponibilidade e rentabilidade. Os caminhões podem chegar a até 15% de redução de consumo, pois trazem uma combinação formada pelos novos ganhos aerodinâmicos com defletores de ar, o eficaz trem de força, a nova caixa de câmbio Scania Opticruise e os eficientes motores Euro 5, os propulsores a diesel menos poluentes da história da Scania no Brasil, lançados em 2012. 22 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 dução de consumo, uma das principais missões do condutor. No lado externo da cabine as mudanças que caracterizam o Streamline são os ganhos aerodinâmicos e imponentes das laterais da grade, defletor de ar de série, grafia especial, novo design do quebra-sol e para-choque rebaixado, que agora “abraça” os degraus. Os modelos também são equipados com lanternas em LED e faróis H7 de halógeno de série e, como opcional, novos faróis de xenônio. O renovado controle da suspensão a ar ganhou quatro opções de memória e alta de 25% no intervalo de manutenção. O interior da cabine também traz novidades. O cliente vai encontrar um novo computador de bordo, novo rádio com GPS, bluetooth e USB, novas cores de revestimento nos painéis da parede, novos assentos de couro (com ventilação e ajuste de pescoço) e climatizador de série. Pela primeira vez no Brasil, a Scania disponibiliza um bafômetro integrado ao painel. O caminhão só dará partida após o motorista fazer o teste e comprovar que não está alcoolizado. CAMINHÕES E UTILITÁRIOS FORD ENTRA NA LINHA DE EXTRAPESADOS Com design moderno, é robusto e foi projetado para operar em condições exigentes. E no interior paulista, e nos campos de teste em Gebze, na Turquia, em Boxberg e Behr, na Alemanha, Lommel, na Bélgica, em Idiada, na Espanha e Mira, na Inglaterra. Os testes de frenagem foram realizados em um lago congelado na Suécia e as provas de alta temperatura, no deserto da Arábia Saudita. Os novos veículos foram projetados para operar em condições de rigorosas exigências e por isso possuem grande robustez e vêm equipados com um pacote competitivo de tecnologia, segurança, baixo custo de operação e manutenção e um trem de força potente e econômico, além de uma cabine com design moderno e leito confortável que favorece a produtividade. Fotos: SXC.hu e Divulgação m agosto a Ford lançou os seus primeiros caminhões globais, que são os extrapesados Cargo 2042 4 X 2 e Cargo 2842 6 X 2 respectivamente para 49 e 56 toneladas. Este é um projeto conjunto desenvolvido pelas engenharias do Brasil e da Turquia, acrescentados de recursos tecnológicos de outras regiões. Os extrapesados da Ford foram apresentados para a imprensa brasileira no deserto do Atacama, no Chile, um local onde as condições são totalmente adversas principalmente pelo seu clima extremamente seco e frio. Antes de serem lançados os novos veículos, que consumiram investimentos estimados ao equivalente a R$ 7,1 bilhões rodaram mais de um milhão de quilômetros em testes no Campo de Provas da Ford em Tatuí, 24 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 A nova linha Ford está equipada com motor FPT de 10,3 litros, que atende à norma Proconve P-7 (Euro 5), com potência de 420 cv e torque de 1.900 Nm e equipada de série com câmbio automatizado ZF ASTronic de 12 velocidades. Totalmente basculante, a cabine do novo caminhão com ângulo de abertura acentuado, chegando a 68º o que facilita o acesso aos componentes do motor e outros agregados. Já o novo painel traz ferramentas para auxiliar no monitoramento do veículo, indicando ao motorista a melhor rotação de trabalho do motor para o menor consumo de combustí- CAMINHÕES E UTILITÁRIOS vel. Com isso, ele pode acompanhar em tempo real o consumo de combustível e, ao final da viagem, conferir a sua autonomia e produtividade, entre outras informações relacionadas à operação do caminhão. A Ford resolveu iniciar sua participação neste segmento dos extrapesados porque, segundo dados apurados, estes veículos movimentaram R$ 10,8 bilhões em 2012 e este ano as projeções são de um crescimento de mais 30%, com faturamento de R$ 14 bilhões na venda desses caminhões. Outro ponto avaliado é de que a marca tem grande penetração no mercado brasileiro, – participação de 21,1% no Brasil, considerando os segmentos de até 46 toneladas nos quais a marca até então estava presente – além de uma tradição de mais de cinquenta anos, oferecendo produtos com ótimo custo-benefício para o transportador. Também a sua rede de concessionárias de mais de 140 pontos em todo território nacional dará suporte a um bem bolado plano de manutenção preventiva a cada 40 mil quilômetros aliada a uma garantia sem limite de quilometragem pelos doze meses iniciais. A Ford acredita que para ambos os veículos oferece uma das melhores relações custo-benefício da categoria. O Cargo 2042 4x2, com capacidade máxima de tração de 49 toneladas, tem preço sugerido de R$ 260.900 e o Cargo 2842 6x2, com capacidade de 56 toneladas, de R$ 294.900. “É um caminhão que entrega robustez e desempenho com economia e rentabilidade, variáveis essenciais na equação de custos de todo transportador do segmento de cargas”, afirma Guy Rodriguez, diretor de operações da Ford Caminhões para a América do Sul. FORD PROMOVE TEST-DRIVE DO NOVO CARGO EXTRAPESADO Os dois novos modelos extrapesados da linha Cargo (Cargo 2042 e Cargo 2842) trazem uma série de avanços na tecnologia, segurança, economia e robustez. O s visitantes da Fenasucro, em Sertãozinho, interior de São Paulo, foram os primeiros a dirigir os dois novos modelos de caminhões extrapesados Cargo 2042 e Cargo 2842, da Ford. Foi a primeira vez que a marca ofereceu test-drive dentro da feira, para mostrar a força e tecnologia dos produtos. Maior lançamento do mercado de caminhões, os dois novos modelos extrapesados da linha Cargo trazem uma série de avanços na tecnologia, segurança, economia e robustez para o segmento de transporte rodoviário de longa distância. O Cargo 2042 tem tração 4 x 2 e peso bruto total combinado de 49 toneladas. O Cargo 2842, com tração 6 x 2, tem peso bruto total combinado de 56 toneladas. Ambos vêm com motor FPT de 10.3 litros com potência de 420 cv e torque de 1.900 Nm, forte e econômico. A transmissão automatizada de doze marchas, de funcionamento simples e suave, conta com recursos como controle automático de velocidade e modo de manobra. Outro diferencial é o conforto oferecido para o motorista. Sua cabine leito com suspensão conta com uma das maiores camas do mercado, banco extraconforto, coluna de direção ajustável, ar-condicionado, vidros e travas elétricos. Vêm também com controle automático de tração, freios ABS com EBD e dois tanques de combustível com capacidade total de 650 litros. O controle eletrônico de estabilidade é disponível como opcional no Cargo 2842. Os dois modelos contam com a assistência pós-venda da rede Ford Caminhões, formada por 140 distribuidores exclusivos no Brasil, e com o melhor custo-benefício da categoria. O Cargo 2042 custa R$ 260.900,00 e o Cargo 2842, R$ 294.900,00. Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 25 CAMINHÕES E UTILITÁRIOS ROBUSTEZ E ALTA PRODUTIVIDADE Consagrados pelo baixo consumo, disponibilidade e produtividade, os caminhões da linha FH da Volvo chegaram ao mercado em 2012, com nova motorização. O Fotos: SXC.hu e Divulgação s caminhões da linha FH são robustos e oferecem alta disponibilidade. O eixo traseiro, sem redução nos cubos, dotado de uma carcaça fundida e com mais avanços tecnológicos, permite que seja ainda mais durável e tenha menores níveis de ruídos. Outro diferencial dos caminhões da linha FH é a caixa de câmbio I-Shift, que já equipa mais de 85% dos caminhões FH da Volvo. O sucesso deve-se, em boa parte, à redução de até 5% no consumo de combustível em relação aos veículos com equipamentos manuais, à maior durabilidade da embreagem e ao menor desgaste dos pneus da tração. “Esta tecnologia torna os caminhões Volvo os mais econômicos do mercado. O consumo de combustível 26 pode representar até 50% do custo operacional do transporte, e o transportador sabe fazer as contas”, afirma Alvaro Menoncin, gerente da engenharia de vendas da Volvo. CABINES A linha FH de caminhões Volvo oferece uma ampla gama de cabines Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 projetadas para atender as necessidades dos transportadores em suas diferentes aplicações e garantem muito mais conforto ao motorista, por conta dos atributos internos. Cabines maiores permitem ao motorista encontrar uma posição de assento ideal, graças ao espaço extra. O banco do condutor dos caminhões da linha F se adapta perfeitamente aos usuários, inde- CAMINHÕES E UTILITÁRIOS pendentemente de qual seja o porte do motorista, pois tem uma grande variedade de regulagens. Os bancos têm ajustes de altura e para a coluna lombar, entre outros. Têm tecidos apropriados para este fim e muito fáceis de limpar, além de ter uma espuma com densidade mais macia em alguns pontos e mais rígida em outros. O banco tem apoio de cabeça integrado ao encosto. O cinto é também integrado ao encosto, evitando que o efeito da suspensão tencione o cinto e cause desconforto. As cabines dos caminhões Volvo proporcionam ao condutor o conforto ideal para dormir bem, e também o espaço adequado para descanso do motorista ou do acompanhante durante a viagem. FREIOS Os freios da linha F são do tipo “Z” came, o que possibilita frenagem ainda mais segura e menor custo de manutenção. Os caminhões atuais contam com sistemas de frenagem complementares. A Volvo equipa os seus caminhões com o mais potente sistema de freio-motor, que oferece potência de frenagem de 410cv e 500cv. O freio-motor garante velocidades médias maiores em descidas de serra com maior segurança, e o mo- torista utiliza menos os freios de serviço, provocando menor desgaste no sistema. Com tudo isto o frotista reduz seu custo de manutenção e aumenta ainda mais a segurança operacional. Além disso, os veículos também podem contar com sistemas antitravamento de rodas (ABS), é standard quando o veículo é equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift. Os veículos da linha F também são disponíveis com sistemas de freio a disco. Além de grande eficiência, principalmente em altas temperaturas, podem ser equipados com sistemas de freios inteligente, como o EBS. CAMINHÕES E UTILITÁRIOS MERCEDES AMPLIA LINHA DE EXTRAPESADOS Montadora busca aumentar o portfólio para atender maior número de aplicações, combinando economia, robustez e conforto. N Para a linha Axor fora de estrada, as principais novidades são o aumento de PBT para 31,5 ton e o câmbio semiautomatizado Mercedes ComfortShift para o Axor 3131. A suspensão traseira pneumática do chassi passa a ser oferecida para to- Fotos: SXC.hu e Divulgação a Fenatran 2013, a Mercedes-Benz apresenta o novo modelo Axor 3131 6x4 fora de estrada; o Axor 1933, equipado com câmbio automatizado Mercedes PowerShift (também disponível para o Axor 2533), além da suspensão pneumática de chassis disponível para versões rodoviárias e da nova geração de eixos traseiros, além de uma série de inovações em conforto e economia, como suspensão a ar nas cabinas leito, interior totalmente renovado, nova cama king size, entre outras. 28 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 dos os caminhões extrapesados Axor rodoviários 4x2, 6x2 e 6x4, a partir de janeiro de 2014. A partir do primeiro trimestre de 2014, o câmbio totalmente automatizado Mercedes PowerShift G241 de dezesseis marchas, sem pedal de embreagem e última marcha direta, passa a estar disponível para os modelos Axor 1933 e 2533 inédito neste segmento. O câmbio Mercedes PowerShift traz como novidade o EcoRoll, função que coloca a transmissão do veículo em “neutro” de forma segura e controlada, procedimento executado sem a intervenção do motorista. Graças ao EcoRoll é possível obter redução no consumo de combustível. Segundo Joachim Maier, vicepresidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil, os lançamentos e novidades de produtos e serviços expostos na feira comprovam a força da montadora, que há 57 anos contribui para a evolução dos meios de transporte do Brasil. NOVO AXOR 3131 6X4 O extrapesado Axor 3131 com tração 6x4, disponível para venda a partir da Fenatran, foi especialmente desenvolvido para severas operações forade-estrada da agroindústria canavieira e madeireira, mineração, construção civil e obras de infraestrutura. O Axor 3131 vem equipado com o já conhecido e consagrado câmbio semiautomatizado Mercedes-Benz ComfortShift G-211 de dezesseis marchas. O motor Mercedes-Benz OM 926 LA com a exclusiva tecnologia BlueTec5 (potência de 306 cv a 2.200 rpm e torque de 1.200 Nm entre 1.200 e 1.600 rpm) atende com folga às demandas dos setores canavieiro, madeireiro, da mineração e construção civil, que necessitam principalmente de velocidades operacionais mais elevadas e maior capacidade de subida. VERSÃO ESTRADEIRA DO EXTRAPESADO ACTROS 2546 6X2 Já está disponível no mercado o cavalo-mecânico Actros 2546 6x2 “estradeiro”, indicado para longas distâncias rodoviárias, com novidades no seu trem-de-força: o câmbio automatizado Mercedes PowerShift 2 G281 de doze marchas. “O Actros 2546 ‘estradeiro’ foi especialmente desenvolvido para o transporte rodoviário de longas distâncias em estradas regulares, em bom estado de conservação, nas operações que priorizam o consumo de combustível”, explica Tânia Silvestri, diretora de vendas e marketing Caminhões da montadora. De acordo com a executiva, a simplicidade e o melhor rendimento mecânico do novo trem de força desse extrapesado proporcionam um menor consumo de combustível. O Actros ‘estradeiro’ proporciona uma economia média de 6% em comparação com a versão ‘multiuso’. “Além disso, devido ao menor número de componentes no eixo traseiro, sem redução nos cubos, os custos de manutenção são menores e o serviço é mais fácil e rápido, o que resulta em maior disponibilidade do caminhão para o trabalho”, afirma. EXTRAPESADO COM MOTOR V8 O cavalo-mecânico Actros 2655 6x4 traz o primeiro motor V8 do portfólio de veículos comerciais da marca no Brasil, com 551 cv de potência. A configuração do trem de força do Actros 2655 6x4 foi otimizada para a topografia e as condições das estradas brasileiras. O motor Mercedes-Benz OM 502 LA de 8 cilindros em V gera 551 cv de potência a 1.800 rpm e 2.600 Nm de torque a 1.080 rpm, proporcionando elevadas velocidades médias e força para vencer qualquer subida. O Actros 2655 6x4 vem equipado com o câmbio Mercedes PowerShift2 G-330 de doze marchas, totalmente automatizado e sem pedal de embreagem. CAMINHÕES E UTILITÁRIOS NOVOS LANÇAMENTOS DA MAN CAMINHÕES A anunciados investimentos de R$ 11 milhões na ampliação da capacidade da segunda linha de montagem em Resende (RJ). A área comporta agora a produção do dobro de veículos, passando de oito para dezesseis unidades por turno. Esse volume adicional será destinado ao aumento de capacidade dos modelos MAN TGX, micro-ônibus e novos projetos, já contribuindo para maior flexibilidade na linha principal. A montadora comemora ainda a marca de 50 mil motores MAN D08 produzidos no Brasil, apenas vinte meses após o início da produção no Brasil. O LANÇAMENTO Após intensas pesquisas junto a seus consumidores a MAN identificou a forte demanda dos clientes por veículos mais potentes, que apresentassem uma velocidade média superior e a melhor relação custo benefício do mercado. Com isso lançou os novos cavalos mecânicos 19.420, 25.420 e 26.420, Foto: Divulgação MAN Latin America, líder no segmento de caminhões no Brasil, espera consolidar esta liderança com o lançamento em fábrica de Resende- RJ da sua nova linha de cavalos mecânicos, VW Constellation 19.420, 25.420 e 26.420 Tractor, equipados com motor de 420 cavalos de potência e transmissão automatizada de série. Os produtos são os principais lançamentos da montadora em 2013 e chegam para completar uma linha que tem muito sucesso no mercado composta pelos caminhões Volkswagem e MAN em todas as tonelagens. Outra novidade é que também os cavalos mecânicos Volkswagen com 330 e 390 cavalos de potência, a partir de agora poderão ser equipados com a nova transmissão automatizada V-Tronic, sendo mais uma opção para seus usuários. Outra inovação é a cabine leito com teto baixo que completa as novidades da linha Constellation. Na ocasião deste lançamento foram 30 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 principais lançamentos da montadora em 2013 e que integram a família de caminhões VW Constellation Tractor. Os veículos equipados com a nova transmissão automatizada V-Tronic modelo ZF 16 AS 2230 TD, de 16 velocidades, semelhante às utilizadas nos caminhões MAN TGX, proporcionarão o atendimento à demanda de seus clientes. A introdução da transmissão combinará o baixo custo de manutenção de uma caixa de câmbio manual, com a facilidade da mudança automática de marchas, proporcionando maior produtividade ao motorista e economia na operação. Com grande capacidade de torque, a nova caixa possui carcaça fabricada em alumínio e dispensa o uso de anéis sincronizadores, reduzindo o peso do veículo. Atrelado à caixa de câmbio, o novo sistema EasyStart, é uma novidade nos caminhões Volkswagen e auxilia a partida do caminhão em rampa, mantendo o freio de serviço acionado por até três CAMINHÕES E UTILITÁRIOS segundos, após cessar o acionamento do pedal de freio. Os veículos são equipados com o novo motor Cummins ISL de 420 cavalos de potência, torque máximo de 1.850 Nm, dotados de tecnologia SCR (Redução Catalítica Seletiva) e em conformidade com o Proconve P-7 no Brasil, equivalente ao Euro 5. Os novos modelos Constellation Tractor foram desenvolvidos para atender à demanda do transporte de cargas em aplicações rodoviárias de até 63 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC). Segundo Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas e marketing, apesar do primeiro semestre ter se mostrado com muitas dificuldades em função da inflação e do câmbio, ele crê que no segundo semestre há boas perspectivas de retomada consistente de crescimento. Ele acredita que neste ano poderá alcançar o terceiro melhor resultado da empresa no Brasil. Este lançamento dos caminhões extrapesados, complementando a linha vem de encontro a um objetivo de também tornar-se líder em um mercado que eles acreditam que irá crescer mais de 10% neste ano de 2013. Alouche disse que o cliente técnico voltou às compras. No ano passado com a implantação e definição dos caminhões dotados da tecnologia Euro 5 houve uma retração natural, mas que agora já está compensada. Há um grande esforço da Man para tornar os seus caminhões aptos a maior financiamento possível do Finame. A previsão é de que seus caminhões atinjam o percentual de 100% em meados de 2.015. A fábrica de Resende que foi concebida para 150 veículos por dia, hoje já produz mais de 280 e em 2011, o melhor ano da empresa no Brasil, já chegou a quase 400 veículos por dia. MAN: PIONEIRISMO EM TESTES COM DIESEL DE CANA Montadora é a primeira a testar diesel de cana-de-açúcar em motores Euro 5 no Brasil. A redução de material particulado é da ordem de 77%. D e forma inovadora, a MAN Latin America desenvolve estudos com 100% de diesel de cana em motores Euro 5 em bancada dinamométrica, cujos componentes do trem de força são medidos a partir de uma análise estática simulando, assim, diferentes condições de operação. Os primeiros resultados apontam dados extremamente satisfatórios: 15% de redução de emissões de NOx, 77% de reduções de emissões de material particulado e diminuição em 42% de opacidade (fumaça preta). Com mais de 500 horas de testes, itens como potência, torque, consumo e durabilidade mostram as vantagens deste biocombustível. O diesel é fornecido pela Amyris, referência mundial no desenvolvimento de diesel de cana. A empresa trabalha agora para expandir o escopo da pesquisa com testes de campo. A primeira fase foi realizada em caminhões Constellation da Coca-Cola Andina Brasil. Foram testados quatro caminhões 17.190 e dois 24.280, todos movidos com 100% de diesel de cana, durante o mês de junho, no Rio de Janeiro. Os testes com motores Euro 5 resultaram em considerável queda na emissão dos principais poluentes veiculares causadores do efeito estufa, como gás carbônico, e aqueles que contribuem para degradação da qualidade do ar, como o material particulado. Os testes renderam ainda destaque internacional à montadora. Também em parceria com a Amyris para avaliações em motores TDI (Turbocharged Direct Injection) nos Estados Unidos, a Volkswagen Alemanha reconhece a contribuição da MAN Latin America como decisiva para manter o grupo Volkswagen na vanguarda mundial em prol de uma mobilidade mais sustentável. A MAN Latin America deu início aos estudos com diesel de cana ainda com veículos Euro 3. O pontapé inicial foi dado com a Santa Brígida, empresa de transporte urbano de São Paulo, quando testou cinco Volksbus 17.260 V-Tronic, com mistura de 10% de diesel de cana e 90% de diesel metropolitano, entre dezembro de 2011 e fevereiro de 2013. Os veículos percorreram mais de 500 mil quilômetros. O abastecimento foi realizado pela BR Distribuidora dentro da sede da empresa, também com diesel desenvolvido pela Amyris. Para avaliação dos componentes, a MAN Latin America utilizou veículos originais de fábrica, o que salienta a adequação deste combustível aos motores da linha de produtos da montadora. O objetivo da empresa é realizar testes com diesel que não necessite readequação dos motores originais dos caminhões ou ônibus, e que possam maximizar o resultado operacional dos frotistas. Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 31 CAMINHÕES E UTILITÁRIOS IVECO TRAZ NOVO CAMINHÃO Escolhido International Truck of The Year 2013, o novo Hi-Way chega ao país, em lançamento quase simultâneo ao da Europa. M qualidade do produto que apresentamos agora, já severamente testado e plenamente adaptado às especificidades do mercado local”, afirma Marco Mazzu, presidente da Fiat Industrial Latin America. Originalmente produzido na Espanha, o lançamento mundial do Iveco Hi-Way é resultado de investimentos que beiram R$ 1 bilhão. Para produzir o veículo no Brasil, a Iveco somou outros R$ 100 milhões a essa quantia, contando com o trabalho de mais de Fotos: Sxc.hu e Divulgação arcando sua estreia no segmento dos extrapesados premium, a Iveco acaba de lançar no mercado brasileiro o novo Hi-Way, caminhão consagrado com o maior prêmio dedicado aos veículos comerciais na Europa – o International Truck of the Year 2013, concedido pela imprensa especializada durante a feira de transportes de Hanôver, na Alemanha, no último ano. “A chegada do Iveco HiWay ao mercado brasileiro reforça o nosso compromisso de investir no país e produzir em Sete Lagoas tudo o que temos de melhor e mais avançado no mundo. A aceitação do veículo na Europa, tanto pela imprensa especializada quanto pelos nossos clientes, é a maior garantia da 32 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 100 engenheiros do Centro de Desenvolvimento do Produto, em Sete Lagoas. O resultado desse trabalho garante a manutenção do nível internacional de excelência do Iveco HiWay, que passa agora a representar a Iveco no segmento mais profissionalizado dos veículos comerciais, o dos extrapesados premium, elevando as perspectivas de crescimento da participação da empresa no transporte de cargas em longas distâncias. Nesse segmento, o conforto a bordo ganha grande importância, uma vez que o caminhão será utilizado para percorrer, em média, 10 mil km por mês. Estima-se que esse mercado seja responsável pela comercialização de cerca de 40 mil unidades neste ano. Em 2014, esse número poderá chegar a 50 mil veículos. A demanda de produtos do gênero tende também a ser impulsionada pelo agronegócio e pelas obras de infraestrutura nas maiores cidades brasileiras. O Iveco Hi-Way chega ao país em três faixas de potência: 440, 480 e o novo 560 cv, em três versões de tração (4 x 2, 6 x 2 e 6 x4) e três entre-eixos: 3.500, 3.200 e 3.000. Um dos seus grandes diferenciais é a garantia estendida exclusiva de quatro anos – um para o veículo completo e mais três para o trem de força – a maior do mercado. CAMINHÕES E UTILITÁRIOS Obras no Brasil serão iniciadas ainda este ano e primeiro caminhão da marca tem previsão de ser produzido no país no final de 2015. D urante o Simpósio de Cooperação Rio de Janeiro-Beijing, realizado em junho, no Rio de Janeiro, o presidente mundial da Beiqi Foton Motor, Wang Jinyu, e o presidente da Foton Aumark do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros, assinaram acordo de cooperação internacional para a construção da fábrica da Foton no Brasil. As obras da unidade industrial terão início ainda este ano e a previsão é que o primeiro caminhão brasileiro da marca Foton saia da linha de montagem em território brasileiro no final de 2015. O evento contou também com a participação de Luiz Pasquotto, presidente da Cummins, (fornecedora de motores para toda linha de caminhões da Foton no Brasil), além de autoridades e membros de elevado escalão do governo chinês. A Foton Aumark do Brasil é responsável pela importação e distribuição dos caminhões da marca Foton no país. Além disso, responde também pelo fornecimento das autopeças e Foto: Divulgação FOTON TERÁ FÁBRICA DE CAMINHÕES NO BRASIL por todos os serviços de pós-venda, incluindo as revisões e manutenções. Na China, a Foton Motor Group, fundada em 1996, no distrito de Changping, Pequim, conta com mais de 100 mil funcionários e possui joint ventures firmadas com companhias importantes, como a Cummins e a Daimler, sendo apontada como a maior e uma das mais valiosas companhias chinesas. AGRICULTURA DE PRECISÃO DRONES SOBREVOAM A ESALQ Fotos: Divulgação Veículo aéreo não tripulado será empregado em estudos de agricultura de precisão. Foto: www.sxc.hu N 34 a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/Esalq), pesquisadores do departamento de engenharia de biossistemas (LEB) mostram que os drones também podem ser aliados da ciência. Rubens Duarte Coelho, docente do LEB, coordena um projeto de pesquisa que contempla a introdução desta nova tecnologia. “Com os drones abrem-se novos horizontes para a Agricultura de Precisão nas áreas de produção agrícola no Brasil”. No dia 2 de agosto deste ano, acompanhado de alunos da escola, o professor Rubens comandou na Fazenda Areão (estação experimental da Esalq) o primeiro vôo do novo drone vinculado ao LEB. O vôo inaugural do helicóptero aconteceu no campo experimental de irrigação por pivô central, espaço onde pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Engenharia de Irrigação (INCT-EI) realizam seus estudos. “A utilização de veículos aéreos não tripulados tem despertado atenções em diversos segmentos da sociedade. No caso do setor agrícola especificamente, a grande vantagem é a precisão com que se pode detectar e monitorar grandes áreas quase que em tempo real. É uma realidade de sensoriamento remoto nunca antes imaginada, com alta definição e alta frequência de captura das imagens aéreas”, explica Duarte Coelho. Para se ter uma ideia do que isto significa, Coelho faz um paralelo com o novo satélite Landsat 8, lançado pelo governo norte-americano em fevereiro de 2013. Segundo o docente, a frequência de aquisição de imagens em uma mesma área deste satélite é de 16 dias quando as condições cli- Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 máticas permitem, sendo que o horário de captura das imagens é fixo às 10h. Cada pixel da imagem do Landsat 8 nas bandas espectrais vermelho, azul e verde representa uma área de aproximadamente 900 m2, sendo que na imagem termal (infravermelho) cada pixel representa cerca de 10 mil m2. Com a utilização do drone voando a uma altitude 300 m, limite máximo de altura autorizado para vôo não tripulado, com câmeras especiais multiespectral / térmica acopladas, tem-se para uma foto de 6 ha de área nas bandas espectrais da radiação visível, cada pixel representando uma área equivalente à tela de um smartphone (49 cm2). “Nas imagens térmicas, cada pixel representa a área equivalente à tela de um tablet, cerca de 197 cm2, sendo que as imagens podem ser captadas a qualquer hora do dia e inúmeras vezes em um mesmo dia. Diminuindo-se a altitude, aumenta-se ainda mais essa resolução”. De acordo com o docente do LEB, a princípio estas aplicações serão priorizadas em áreas de pesquisa e cultivos tecnificados como cana-deaçúcar, café, citros, uva e hortaliças. “Esperamos desenvolver nos próximos anos aplicações desta nova tecnologia visando à detecção da variabilidade espacial do estresse hídrico no campo, de deficiências nutricionais, falta de uniformidade de aplicação de água em sistemas de irrigação, danos foliares causados por pragas e doenças”, comenta. AGRICULTURA DE PRECISÃO JACTO LANÇA NOVIDADES TECNOLÓGICAS Equipamentos de simples manejo prometem democratizar a utilização de alta tecnologia nas lavouras de todo o mundo. E O segundo é o kit multicâmeras composto por um display que não é à prova de água (para colocação em equipamentos cabinados), chicotes e quatro câmeras à prova de água e produtos químicos, que tem como diferencial a visualização simultaneamente as quatro câmeras ou uma de cada vez, se desejado. Nos dois casos, as câmeras podem ser instaladas em qualquer ulgação Fotos: Div ntre as novidades de 2013 da Linha Otmis – marca de produtos e soluções tecnológicas da Jacto para Agricultura de Precisão – estão os kits de câmeras agrícolas WR e kit multicâmeras Otmis Voyager. O kit câmeras WR (Water Resistent) é composto por um display à prova de água, chicotes e três câmeras à prova de água e de produtos químicos. Este display permite visualizar uma câmera por vez, alternando entre as câmeras manualmente. ponto das máquinas agrícolas em que o produtor tenha interesse de visualizar com maior facilidade (por exemplo, dentro da caixa de sementes da plantadeira ou do tanque do pulverizador). Elimina os pontos cegos da operação, permite melhorar a visão noturna de trabalho e elimina o cansaço no pescoço e nas costas do operador, reduzindo significativamente a necessidade de se virar para verificar o equipamento. Os kits são de fácil instalação e uso, permitindo ao produtor mudar facilmente de uma máquina para outra. A LINHA COMPLETA DE AGRICULTURA DE PRECISÃO !" # $ %& ' &*+ &' , SEJA NOSSO DISTRIBUIDOR (41) 9814-2949 e (41) 9203-2272 www.agleader.com AGRICULTURA DE PRECISÃO MASSEY FERGUSON INOVA COM PRECISÃO CENTIMÉTRICA A das no mercado. O piloto automático oferece até três níveis de precisão: submétrico, até 30 cm de precisão entre as passadas; decimétrico, 10 cm de precisão na passada; e por fim o centimétrico que, por meio de sinal RTK, consegue uma precisão de até 2,5 cm na passagem dos equipamentos. Os comandos são executados em uma tela touchscreen de 12,1 polegadas. “O Auto Guide 3000 eleva os ganhos do produtor de duas maneiras: melhora a qualidade das operações realizadas na lavoura e rendimento das máquinas”, explica Niumar Dutra Aurélio, coordenador de marketing de soluções em tecnologia avançada Massey Ferguson. “O sinal dos satélites contém erros que são normais, e para o utilizarmos Fotos: Divulg ação Massey Ferguson apresentou na Expointer 2013 uma linha completa de soluções com equipamentos que revolucionam o conceito de precisão no cultivo das principais commodities brasileiras. Segundo o diretor comercial da MF, Carlito Eckert, os equipamentos de agricultura de precisão são a grande aposta da empresa: “Percebemos uma procura maior por tecnologias durante o primeiro semestre de 2013. No ano passado, 25% dos tratores de linha pesada saíam com o piloto automático. Hoje os pedidos atingem 60%”. O Auto Guide 3000 chega como um avanço das ferramentas já conheci- 36 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 em máquinas agrícolas precisamos usar métodos para a correção destes erros com o objetivo de melhorar a precisão dos equipamentos embarcados nas máquinas”, acrescentou. “A correção de sinal RTK é o mais preciso dos métodos existentes no mercado”, informa ele. Os tratores, colheitadeiras e pulverizadores Massey Ferguson podem ser configurados na precisão centimétrica e saem de fábrica prontos para operar com o Sistema de Tráfego Controlado: implantação de programas de padronização de larguras de trabalho e bitola das máquinas, além do planejamento das operações no campo para concentrar a passagem de máquinas e implementos em uma área específica, utilizando o mesmo rastro e integrando todas as operações na lavoura, eliminando assim a compactação nas demais áreas. Por meio da unificação de ferramentas como piloto automático, o trabalho das máquinas torna-se mais preciso e planejado, aumentando o controle das operações no campo. De acordo com pesquisas, em sistemas de cultivo que utilizam o tráfego aleatório de máquinas, a compactação do solo pode chegar a 86%. Já com a implantação do conceito de Trafego Controlado este percentual pode cair para até 14%. Foto: www.sxc.hu Máquinas da marca saem de fábrica preparadas para operar com os sistemas oferecidos pela divisão de Soluções em Tecnologia Avançada. IRRIGAÇÃO IRRIGAÇÃO GARANTE MELHORA DE VIDA Miguel Ivan, secretário Nacional de Irrigação: “Em muitos locais de convivência com a seca, se não existisse a irrigação, a região estaria totalmente desabitada”. D produção desses perímetros tem na vida da população, gerando oportunidades e riquezas para os brasileiros”, avaliou o secretário. De acordo com ele, o programa Mais Irrigação do governo federal canaliza um novo modelo de política, que retoma a estruturação desse tipo de produção, gerando oportunidades e riquezas para brasileiros dessas regiões. O programa Mais Irrigação foi lançado pelo ministério da Integração Nacional, em novembro de 2012. Considerado estratégico para a irrigação pública, o projeto prevê investimentos de R$ 10 bilhões para aumentar a eficiência das áreas irrigáveis, além de incentivar a criação de polos de desenvolvimento. Do valor total, R$ 3 bilhões são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e outros R$ 7 bilhões de parcerias com a iniciativa privada. IRRIGAÇÃO E O USO DA ÁGUA No perímetro irrigado de Mandacaru, em Juazeiro (BA), por exemplo, o uso eficiente da água se deu a partir Foto: www.rgbstock.com urante visita aos perímetros irrigados em Casa Nova (BA), Juazeiro (BA) e Senador Nilo Coelho (PE) no final de agosto, o secretário Nacional de Irrigação do ministério da Integração Nacional (MI), Miguel Ivan, afirmou que a técnica é a solução para as regiões do semiárido no Nordeste brasileiro. “A agricultura irrigada trouxe forte impacto na melhoria da qualidade de vida das pessoas desta região, levando água para população beber e trazendo a geração de produção e emprego”, disse o secretário. Além de visitar os perímetros – sob a responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf ), empresa pública vinculada ao MI – Ivan também foi até as áreas de assentamentos da reforma agrária, para avaliar possíveis implantações de projeto de irrigação nos locais. “O impacto da irrigação já é sentido na vida de quase 500 mil pessoas. Isso mostra a força que o modelo de 38 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 da mudança do sistema de irrigação por sulcos para o sistema localizado por microaspersão ou por gotejamento, a depender da cultura de cada agricultor familiar. O impacto causado foi de 52% em termos de economia de água, 36% em economia de energia e 36% na redução dos custos de produção. A mudança do sistema de irrigação do local foi feita em 54 lotes agrícolas familiares, que representam quase 50% do perímetro, que conta com área total de 800 hectares. O bom aproveitamento da irrigação também tem proporcionado melhorias na qualidade de vida das pessoas no perímetro de Maniçoba (BA). O perímetro, que no início de seu funcionamento, em 1980, contava com uma área irrigada de 4.307 hectares e atendia 289 usuários, ampliou a área irrigável para 8.269 hectares e conta com 516 usuários, entre pequenos, médios e grandes produtores. Hoje, são gerados 5,2 mil empregos diretos em Maniçoba. www.integracao.gov.br IRRIGAÇÃO IRRIGAÇÃO POR GOTEJAMENTO Empresa mostra a eficácia do gotejamento, sistema que economiza água e energia e que pode gerar aumento da produtividade. A conteceu de dias 9 a 12 de setembro, em Fortaleza, a 20ª Semana Internacional da Fruticultura, Floricultura e Agroindústria, a Frutal 2013. Paralelamente realizou-se a 20ª reunião da Associação para a Cooperação em Pesquisa e Desenvolvimento Integral das Musáceas (Bananas e Plátanos), a Acorbat 2013. Entre as discussões, palestras sobre Irrigação e Fertirrigação. A Netafim, empresa israelense pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, mostrou aos produtores e visitantes soluções de redução de custo e aumento de produtividade com o uso de um sistema ideal de irrigação. “A Frutal é o maior evento do setor no Nordeste e um dos mais importantes do mundo. São milhares de pessoas, entre expositores, visitantes e profissionais do setor interagindo durante os quatro dias, por isso, apoiamos o evento e acreditamos na sua importância”, afirma o agrônomo e diretor da Eletrovale, revendedora Netafim no Nordeste, Luis Roberto. Roberto exalta ainda a importância do uso do gotejamento na fruticultura e afirma que em muitos casos esse sistema de irrigação é inegavelmente o mais indicado. “Em determinadas culturas nós conseguimos com o goteja- mento maior eficiência na aplicação de água e de adubos. Tecnicamente o ganho é visível”, finalizou. A empresa também apresentou uma palestra técnica, na tarde do dia 11, com o tema: “Novos Conceitos de Controle e Monitoramento da Fertirrigação em Fruticultura”, conduzida pelo engenheiro-agrônomo e gerente de automação, Bruno Toniello. Paralelamente à 20ª Frutal foram realizadas a XV Agroflores e a Expofood 2013, todos no Centro de Eventos do Ceará, considerado o segundo maior espaço de eventos da América Latina. É a única feira com frutas, flores e agroindústria realizada em uma capital do Nordeste do país, com cursos técnicos, palestras e exposições para os mais de 35 mil visitantes. CLIPPING HOLANDESES REINVENTAM O CÂMBIO Quatro holandeses inventaram uma caixa de marchas sem nenhuma roda dentada. Comparado com as transmissões tradicionais, o revolucionário Sistema de Rotação Controlada possui um projeto simples, não requer manutenção nem lubrificantes e poupa combustível. Os inventores esperam que a nova transmissão mude a indústria automotiva em escala mundial. O primeiro protótipo para a indústria automotiva mede 30 x 22 x 18 centímetros. LEM TERÁ ARMAZÉM DA CONAB Júlio Cézar Busato, presidente da Aiba – Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia, considera que, com a construção de armazém da Conab em Luís Eduardo Magalhães, “será mais fácil driblar os problemas provocados pela seca que, este ano, dizimou mais da metade do rebanho baiano.” Ele frisou que: “nós temos boas perspectivas para a próxima safra, e a construção do armazém nos dará um importante suporte”. SÃO PAULO EXPORTA MAIS O volume das exportações das cooperativas paulistas cresceu 71,2% no primeiro semestre de 2013, comparado com o mesmo período de 2012. As exportações dessas corporações registraram ainda um aumento de 37% no valor exportado, no período analisado, saltando de US$ 840 milhões no ano passado para US$ 1,147 bilhão em 2013. O crescimento foi puxado principalmente pelo etanol e açúcar. 40 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 VOLKSWAGEN: DOIS NOVOS ELÉTRICOS A Volkswagen apresentou no Salão Internacional de Frankfurt dois novos carros elétricos: o e-Up! e o e-Golf. Ambos utilizam carroceria quatro-portas e oferecem lista de equipamentos de série bastante atraente. Entre os recursos há controle automático de climatização com aquecedor e ventilação em estacionamentos, aquecedor do para-brisa e luzes de condução diurnas em LEDs . TRIGO DEMANDA INVESTIMENTO “As dificuldades da triticultura no Brasil resultam das questões de mercado e não de tecnologias e de produção”, afirmou Eugenio Stefanelo, técnico de operações da Conab, no 8º Fórum Nacional do Trigo, em agosto, em Londrina (PR). Ele acredita que a solução para a cadeia exige muitos investimentos, o que vem sendo buscado com a política de estímulo, como o Programa de Construção de Armazéns (PCA) do governo federal. CAMINHÃO DA EFICIÊNCIA VAI AO PARANÁ O Caminhão da Eficiência Energética da Siemens, uma completa estrutura de soluções e tecnologias da companhia voltadas à redução do consumo da energia elétrica em grandes indústrias, seguirá viagem até fevereiro de 2014 em nova série de roadshows. Depois de rodar mais de 20 mil quilômetros, em 2012, percorrerá novas localidades como parte da programação oficial da temporada da “Alemanha + Brasil 2013 – 2014” e faz suas próximas paradas no Sul do país. CRESCE ÁREA DE MILHO Com os municípios da região Oeste encerrando a colheita do milho, Mato Grosso fecha a segunda safra com uma produtividade de 102 sacas por hectare, uma área plantada de 3,6 milhões de hectares, correspondendo a 45,6% da área de soja, e uma produção que ultrapassa 21,9 milhões de toneladas, a maior da história do milho no estado. Os dados foram divulgados em agosto, pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). GRÃOS: 192,58 MI DE T EM 2013/14 A produção brasileira de cereais e oleaginosas deverá totalizar 192,58 milhões de toneladas na temporada 2013/14, com aumento de 2% sobre o total colhido em 2012/13, de 189,232 milhões de toneladas. A projeção faz parte do mais recente levantamento de Safras & Mercado. Safras projeta uma retração de 3% na produção de cereais, somando 101,286 milhões de toneladas, contra 104,484 milhões da temporada anterior. ADVOGADOS E MP DIVERGEM SOBRE CÓDIGO Advogados, especializados em legislações ambientais que regulam a atividade agropecuária, divergiram da visão da procuradoria do Estado sobre as regras de recomposição de reserva legal em São Paulo, durante seminário realizado em agosto na Sociedade Rural Brasileira (SRB). Segundo eles, a não aceitação por parte da procuradoria de direito adquirido sobre o uso da terra antes de 1989 é a principal divergência. SEGURANÇA ALIMENTAR O Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de pesquisa do grupo The Economist, e a DuPont apresentam a nova edição do Índice Global de Segurança Alimentar. Na América Latina, o Brasil é o segundo melhor país, tomando o lugar do México, que agora é terceiro, ficando atrás apenas do Chile. Segundo os executivos do EIU, infraestrutura agrícola e PIB per capita interferem negativamente no desempenho brasileiro. No entanto, o país foi bem avaliado principalmente por seu compromisso com padrões nutricionais e pela volatilidade da produção agrícola. Países de alta renda ainda dominam a parcela superior de 25% do índice, mas a renda nacional em queda em vários deles prejudicou a segurança alimentar em muitos casos, Os EUA se mantiveram no topo do ranking, a Noruega ficou em segundo e a França é o terceiro país. O ranking está disponível em http://foodsecurityindex.eiu.com. FIOL VOLTA A SEGUIR TRAÇADO A Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) retoma os trilhos e volta a seguir seu traçado. A mobilização nacional que culminou com a realização do Seminário “Fiol – a Bahia quer, o Brasil precisa”, fez com que diversos órgãos federais se envolvessem no processo e colaborassem com o destravamento das obras da ferrovia que interligará o município de Figueirópolis (Tocantins) à Ilhéus (Bahia). Lotes estão a todo o vapor. MWM FORNECE MOTORES PARA BUDNY A MWM International, fabricante independente de motores diesel líder no Mercosul, iniciou o fornecimento de motores Maxxforce 4.0A, destinados à montadora brasileira de equipamentos agrícolas Budny. Os propulsores serão entregues nas potências de 83 e 103 cavalos e equiparão os tratores BDY8540 e BDY10540, respectivamente. O próximo passo será a produção do motor MaxxForce 3.0A, de 62 cavalos, em fase final de validação. ESTRATÉGIA O SUCESSO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO VOLTA A RONDAR. AGORA É AGIR. José Osvaldo Bozzo* O momento pede a necessidade urgente de adoção de incentivos: a promoção de políticas públicas específicas para este segmento se torna indispensável. H norteiam o setor. A ideia é mostrar o desempenho de tempos passados e tentar descobrir — ou “redescobrir”— os planos para um futuro próximo. Neste ambiente tão promissor, que é o da agroindústria, nosso foco se concentra na questão macro e não em situações peculiares de cada empresa — cabe aqui ressaltar que é a experiência que contará a favor do colaborador que se dispor a agregar valor à empresa. Tratase de “chamar a responsabilidade para si”. Não somente para uma avaliação do setor, mas também, principalmente, para a sua função em relação à estrutu- Foto: www.volvo.com.br á algum tempo, uma jornalista me enviou algumas questões para que eu pudesse opinar sobre o setor sucroalcooleiro. Tais perguntas suscitaram discussões bastante pertinentes e interessantes, que me fizeram parar e pensar em por que não disponibilizar este material aos nossos leitores. Tenho certeza de que, com mais esta proposta, possamos contribuir de alguma forma, trazendo uma mensagem de otimismo aos interessados. Nosso ponto de partida vai ao encontro da missão e dos valores que 42 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 ra mercadológica. Tudo isso somado, teremos, então, quais os planos a serem postos em prática hoje e agora e os próximos passos a serem seguidos. ATITUDES DE LIDERANÇA Retomando a entrevista, a primeira indagação proposta foi para saber quais seriam as atitudes que os líderes envolvidos no sistema sucroenergético deveriam tomar para fazer com que o setor se estabelecesse de uma vez por todas como uma peça definitiva e madura inserida na matriz energética brasileira. ESTRATÉGIA A mim me parece que inúmeras atitudes podem ser tomadas cada uma ao seu tempo. Historicamente, pela sua pujança e realidade nacional, o setor sucroenergético sempre se estabeleceu. A necessidade atual seria, então, tentar fortalecer ambos os polos, buscar uma união mais sólida e objetiva para que haja uma maior força-tarefa tanto do setor público, no caso a Petrobras, quanto do privado. É nesse contexto que acredito que, havendo uma sinergia de planejamentos estratégicos de negócios de ambos os lados, teremos novamente a força e a manutenção do sucesso que ambos os setores sempre apresentaram. EM NÚMEROS Vejamos um exemplo de envolvimento positivo entre a matriz energéti- ca e o setor sucroalcooleiro: a produção mundial do etanol é da ordem de 40 bilhões de litros, sendo só o nosso país o responsável por, aproximadamente, 15 bilhões de litros, por meio do cultivo da cana-de-açúcar, que para cada tonelada são produzidos de 65 a 67 litros de álcool e de 700 a 800, aproximadamente, litros de restilo ou vinhaça. O etanol teve e tem como premissa maior maximizar o seu uso em contrapartida ao petróleo, pois se trata de uma alternativa eficiente, limpa e, de certa forma, mais atrativa sob vários aspectos. Infelizmente, nos últimos anos, presenciamos uma situação contrária. Houve um cerceamento para que mais se investisse no setor. Talvez tenham faltado planejamento e mecanismos estruturais mais adequados. Mas não ADR BRASIL EIXOS MOVIMENTANDO O BRASIL www.adreixos.com.br A ADR Brasil é uma empresa do grupo ADR System, uma multinacional Italiana especializada na fabricação de eixos e suspensão para Implementos Rodoviários e Agrícolas. Com sedes em vários países, espalhados por todos os continentes do mundo o grupo ADR tem como objetivo buscar sempre a melhoria continua de seus produtos para que possam sempre atender seus clientes com toda satisfação, pontualidade, qualidade e tecnologia. Com laboratórios modernos e equipados e uma equipe treinada, a ADR oferece um suporte técnico eficiente para estar sempre junto do cliente ajudando a solucionar problemas e garantindo melhorias no desenvolvimento de novos implementos. Sempre pensando a frente a ADR Brasil possui duas fabricas localizadas no estado de São Paulo, a primeira e já consolidada se localiza em Ribeirão Preto e a outra recentemente inaugurada na cidade de Itupeva, ambos trabalhando a todo vapor para poder atender o mercado Brasileiro e toda a América Latina. Unidade Ribeirão Preto R: Antonio Fernandes Figueiroa, 1807 Cep. 14095-280 – Ribeirão Preto – SP Fone: 55 (16) 3965-3946/3617-3079 [email protected] Unidade Itupeva Rod. Vice Prefeito Hermenegildo Tonolli, 2777 Cep. 1295-000 – Itupeva - SP Fone: 55 (11) 4496-3990/4496-4170 [email protected] vamos aqui adentrar nesta seara de quem seria o responsável, pois este não é o nosso propósito. COMPETIÇÃO Atualmente, o etanol já começa a ser mais competitivo, embora o governo tenha destinado mais subsídio às petrolíferas em comparação ao que não fez com o álcool. Já dissemos em outras ocasiões que o custo tributário nesse segmento está em torno de 31%. Meados do ano passado, o governo chegou a sinalizar sobre uma possível desoneração dos produtos para o setor sucroalcooleiro para reduzir a carga tributária, especialmente com relação às contribuições do PIS e da Cofins. De maneira geral, foi uma sinalização positiva para trazer ao setor ESTRATÉGIA ESTRATÉGIAS Toda esta discussão sobre incentivos governamentais para o setor tende a durar ainda algum tempo. Há de 44 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 se expandindo no decorrer dos anos. Uma realidade funcional que sempre deparou suas expectativas e trouxe sustentabilidade e credibilidade à nação. Trata-se de um negócio com cada vez mais capacidade de expansão de outras ramificações. A integração entre os setores de energia e/ou de outras atividades tendem a chegar a um denominador positivo: atrair outros potenciais investimentos para o país. DIRETRIZES O mundo empreendedor deriva dos nossos valores. Eles são componentes de nossos exemplos positivos e com o passar dos anos foi o que de fato aconteceu com o setor. Há de se ter disciplina e perseverança. Se o açúcar e o etanol sempre foram componentes de sucesso, de exemplo e de modernização, não há por que perder a boa qualidade fabril, deixando-a desatualizada e ineficiente. Tendo eficiência, a produtividade voltará aos patamares que o mercado almeja. E o momento exige uma ação em toda a matriz energética brasileira. Agora é agir. Divulg ação UNIÃO Uma segunda questão bastante relevante diz o seguinte: o setor sucroenergético e o governo federal podem trabalhar em um mecanismo anuente, estratégico, parceiro e cúmplice com este fim? Sem dúvida. É a melhor estratégia que poderia acontecer para o nosso país. O setor sucroalcooleiro tem buscado incansavelmente fazer a sua lição de casa e isso tem sido feito periodicamente de forma transparente e coesa. Por outro lado, faltam subsídios por meio de linhas de financiamento disponíveis, principalmente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que possui uma taxa mais atraente, com juros mais baixos, carências e prazos mais longos para que ocorra um maior investimento na aquisição ou na construção de novas fábricas. Para se ter uma ideia, no ano passado R$ 4 bilhões foram destinados à ampliação e à renovação de canaviais, porém o BNDES aprovou apenas aproximadamente R$ 1,5 bilhão em financiamentos. O BNDES tende a ser a principal fonte de empréstimos de longo prazo. O setor tem de fazer a sua parte, e está fazendo. Porém, é importante destacar a necessidade urgente de que sejam adotados incentivos focados no desenvolvimento e estímulo ao setor sucroalcooleiro. A promoção de políticas públicas específicas para este segmento se torna indispensável. se ter um maior esclarecimento sobre o que o setor deseja de fato, e quais são suas prioridades iminentes. Esta abordagem, além de ser de interesse dos próprios produtores, também é da sociedade e, evidentemente, do governo. E as ações precisam ser desencadeadas junto aos órgãos governamentais e desenvolvidas em parceria com a iniciativa privada, com o setor sucroalcooleiro. Portanto, caberá ao setor propor ações preventivas diante de situações de risco, como, por exemplo, a questão da sazonalidade da cultura canavieira ou mesmo a variação cambial do dólar. Já no caso de alterações climáticas, é dever do Estado indicar alternativas que diminuam as consequências para o agricultor canavieiro, haja vista o alto volume de investimento feito no campo. São pontos estratégicos de gestão prioritária para a indústria, pois se trata de uma adversidade natural. Daí a necessidade de haver um subsídio econômico para evitar possíveis pressões de mercado. Por fim, um ponto realista e crucial. Diria mais que isso, de interesse nacional. Vejamos: é verdade que o que de fato interessa é o futuro de nossa nação, da nossa empresa e do nosso povo? Certamente. Recentemente escrevi o seguinte: é preciso dar mais credibilidade ao setor sucroenergético, haja vista sua notoriedade que até então expôs o país. Assim, há de se desenvolver uma visão mais ampla e contundente deste negócio em vez de pensarmos em algo que ainda é ficção. São necessárias mudanças, como uma política austera que possa trazer uma melhor evolução ao setor, seja de ordem fiscal, seja por linhas de crédito mais atraentes. O desenvolvimento da cadeia deve estar alinhado a uma nova visão do setor. O agronegócio não é uma ficção, é uma realidade, e que, sutilmente, foi Foto: uma melhor competitividade para a cadeia produtiva. Não obstante, essa minimização da carga ainda não reflete nos parques industriais. *José Osvaldo Bozzo, consultor tributarista e sócio da MJC Consultores, é formado em Direito. Foi também Sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tributário na USP – MBA de Ribeirão Preto. VISÃO GRANDES LÍDERES DEVOLVEM SUAS RIQUEZAS AO MUNDO Quando alguém faz o bem, raramente se torna notícia. É necessário divulgar mais. José Luiz Tejon* S nos, mas todos conseguem relatar ângulos de sua origem, decisões, carisma, feitos na economia alemã préguerra, e suas loucuras no auge e no “ocaso” da segunda guerra mundial. Depois mostro a foto de outro homem: Norman Borlaug. Raramente, muito raramente, alguém o conhece. Só para ficar em um exemplo, enquanto Hitler liderou parte de um Foto:www.rgbstock.com abemos muito mais sobre os líderes sanguinários do que dos líderes que doam bens materiais e muito mais, o melhor de suas vidas, retribuindo ao mundo pelo que puderem ter, aprender e vir a ser. Nas minhas palestras costumo perguntar: “o que você conhece deste homem? E mostro a foto de Hitler. Todos sabem mais ou me- 46 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 dos maiores morticínios da história, o outro, Borlaug, liderou uma das mais revolucionárias ações pró-vida da humanidade: a revolução verde, que permitiu um gigantesco salto na produção de alimentos do planeta. Recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1970, considerado o homem que mais salvou vidas em todos os tempos. As ações virtuosas do bem, durante muito tempo, têm sido mantidas em segredo, ou pouco difundidas sob uma certa cultura de que ao fazer o bem, não deveríamos alardear, nem seria de bom tom apontar doadores, beneméritos, ou mesmo promover essas pessoas sob uma culpa de estarmos fazendo o “culto à personalidade”. Entretanto, realizamos na sociedade cotidianos e intermitentes “cultos às personalidades nefastas”. Entendo que doravante precisamos revelar e desvendar seres humanos VISÃO ação já existem e eles já estão lá, fazendo agora o futuro ser antecipado. Está na hora de serem mais percebidos e valorizados. Se você tem patrimônio, reuniu uma justa riqueza, mas sente alguma insatisfação, angústia, ou insuficiente felicidade, desarmonia, briga de herdeiros, tenha certeza, é a vida na sua sabedoria cobrando a sua capacidade de saber dar, retornar, devolver. Isso significa a sustentabilidade da alma. Divulg certeza, terminam por enriquecer de tal maneira superior, que dinheiro algum no mundo permitiria pagar. José Carvalho, com a sua fundação em Pojuca, Bahia, Alexandre Costa com o Instituto Cacau Show em Barueri, São Paulo; Shunji Nishimura, da Jacto, com o legado da sua fundação em Pompeia. São milhões de anônimos que doam e retribuem ao mundo. Infelizmente não sabemos deles. Ficam escondidos e ocultos. Não deverá ser mais assim. A única forma de construir “valores” para novas gerações é apontar e identificar modelos a serem admirados e seguidos. O CVC – Capitalismo de Valor Compartilhado irá cobrar cada vez mais a ética nas relações, o “fair trade” nas transações comerciais, e os legados na forma de educação, ciência, pesquisa, esporte, cultura, saúde, empreendedorismo farão cada vez mais parte, e de forma explícita, da sociedade do futuro. O tempo de vida média do ser humano é ampliado a cada ano que passa. Quando a humanidade atingir 9 bilhões de pessoas, a vida na terra chegará na média dos 100 anos. E, na ficção científica, alguns revelam que viver 400 anos no futuro será normal. No dia em que a vida não for mais curta demais, só haverá uma saída: criar riquezas e distribuir riquezas. Uma nova sociedade de riquezas e de homens ricos nas virtudes. Em cada cidade brasileira, das capitais ao interior do agronegócio, com certeza Foto: que conquistaram, realizaram e que sabem dar. Sabem restituir à humanidade partes consideráveis de seus bens, sem contar suas contribuições no campo do conhecimento. Outro dia, almoçando com o Prof. Roque Dechen, vice-reitor da USP, agrônomo da Esalq (Escola Superior Luis de Queiroz), de Piracicaba, ele me contou de duas ações sensacionais de homens de elevada dignidade. O que não sabia, e o que da mesma forma, poucos sabem, pois não é do nosso costume revelar na mesma intensidade esses feitos dignos, como revelamos e enfatizamos acidamente corruptos e líderes das falcatruas, sem contar agentes dos crimes populares nos noticiários de horário nobre dedicados a isso. Professor Roque me contava de uma extraordinária fazenda, no Paraná, de 3.400 hectares, a Fazenda Figueira, doada em vida por um ex-aluno da Esalq, o Alexandre von Brietwiz. E, ainda, no mundo do agronegócio, me falava da Fundação Agrisus, de Fernando Penteado Cardoso, fundador da Manah, hoje com 99 anos lúcido e atuante nos trabalhos em prol da agricultura sustentável. Da mesma forma, este outro empreendedor, deixa um legado, recursos e retribui para a humanidade parte considerável de suas conquistas patrimoniais e intelectuais. Seres humanos que atingem graus elevados de riqueza, de patrimônio e que oferecem parcelas consideráveis desses bens para permitir o progresso de milhares de outros seres humanos, com *José Luiz Tejon Megido é jornalista e publicitário, comentarista da Rádio Estadão, mestre em Educação, Arte e Cultura, doutorando em Ciências da Educação (Universidad deLa Empresa). Professor de pós-graduação da FGV Incompany, dirigente do Núcleo de Agronegócio da ESPM, diretor vice-presidente de Comunicação do CCAS (Conselho Científico para a Agricultura Sustentável). Conselheiro do Grupo Sérios, autor e coautor de 30 livros, palestrante Top Five Prêmio Estadão RH 2012/2013, Top 100 do Agronegócio 2013 - Revista IstoÉ - Dinheiro Rural SETOR SUCROALCOOLEIRO IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO SERVIÇO DE MANUTENÇÃO DAS FROTAS Da antiga ordem de serviços ao monitoramento on-line, o controle, com diagnóstico das falhas, é fundamental para a redução de custos. Ângelo Domingos Banchi, José Roberto Lopes, Valter C. Ferreira * N o atual estágio econômico e tecnológico, as empresas agrícolas se utilizam de grandes frotas com altos investimentos para a exploração sucroenergética. Em geral, o serviço de manutenção da frota é em boa parte realizado internamente - com gestão e estrutura próprias. Esse fato torna necessária uma análise detalhada desse processo onde se identifiquem os custos significativos, também pela existência de uma equipe numerosa para a realização dessa tarefa. Assim como a intervenção de uma gerência que objetive eficiência e qualidade na realização das tarefas. A administração de uma oficina mecânica, nestes casos, requer uma estrutura organizacional mínima Unidades/Número de equipamentos A 101 100 112 102 28 25 B 156 130 48 59 20 41 C 124 92 15 76 21 34 para se realizar sua gestão adequada; uma estrutura de cargos e funções, bem como um fluxo de informações que descrevam as atividades que estão sendo realizadas dentro do processo, com adequação e uso efetivo, para seu máximo rendimento. Toda essa organização deve ser adequada ao tamanho do parque de máquinas, ao regime de trabalho desses equipamentos e principalmente ao atendimento do encargo agrícola planejado. O setor de manutenção automotivo tem como principal e quase único cliente a área agrícola, sendo que essa área, dada a alternância de suas atividades no ano agrícola passa por períodos em que as atividades são muito intensas e em que a falta de determinadas máquinas pode acar- Classe mecânica Caminhões Tratores Máquinas diversas Veículos Colhedoras Máquinas pesadas Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 HISTÓRICO DO PROCESSO Até a década de 1980, a área de manutenção limitava-se apenas ao Vida média acumulada (h_km) A 392.435 13.378 5.387 100.801 10.018 21.185 Tabela 1 - Inventário da frota estudada e idade média por classe mecânica e empresa. 48 retar grandes perdas. Desse modo a manutenção – tanto preventiva e a corretiva programada – torna-se fundamental. No setor sucroalcooleiro, as despesas com manutenção representam 15% de todos os gastos envolvidos em seu produto final (álcool, açúcar e energia) sendo que, ao se decompor essa parcela, tem-se que 55% são peças (materiais), 35% são gastos com mão de obra mecânica, 10% com serviços de terceirização e 5% com a estrutura. Com essa representabilidade torna-se necessário seu gerenciamento com ênfase na adequada mão de obra. B 372.643 11.092 5.982 178.172 6.245 10.772 C 156.671 10.072 14.942 50.152 12.506 11.674 Idade média (anos) A 11,6 7,2 12,2 3,3 4,8 7,2 B 11,4 7,7 11,8 4,8 4,0 8,9 C 7,8 10,8 14,1 2,4 5,1 8,4 SETOR SUCROALCOOLEIRO vés de sensores a 3.500.000 toneladas anuais, num eletrônicos é pos- período histórico de 5 anos com os sível obter uma in- dados captados pelo sistema Sisma, dicação de falhas conforme mostrados nas Tabelas 1 e 2, e no Gráfico 1. e de suas causas. Atualmente, os documentos bási- TEMPO DE PERMANÊNCIA cos utilizados como DOS EQUIPAMENTOS EM matrizes: Ordem de MANUTENÇÃO Serviço, ApontaCom base no estudo do tempo de mento dos Mecâ- permanência do equipamento em Gráfico 1 – Evolução dos indicadores em função dos anos (frota geral). nicos e Requisição manutenção, pode-se determinar: de Materiais são os uso de controles manuais, quando informes correntemente utilizados em EFICIÊNCIA DE DISPONIBILIDADE existiam. A partir daí iniciou-se um plataformas informatizadas. Representa a relação entre o temlento desenvolvimento para utilizapo em que um equipamento permarem-se na área de manutenção, como PRINCIPAIS INDICADORES DE nece em manutenção e o tempo total eram antigamente denominados, os DESEMPENHO. disponível do equipamento, de acorsistemas computacionais. Nesse peComo a área de manutenção de do com a seguinte fórmula: ríodo toda a coleta era realizada por uma unidade sucroalcooleira possui formulários e, quando esses apresen- funcionários que variam de um míonde, tavam razoáveis dificuldades, utiliza- nimo de 60 podendo atingir 500 covam-se funcionários apontadores. Por laboradores envolvidos na manutenvolta de 1985 os primeiros controles ção automotiva faz-se necessária não ED: Eficiência de disponibilidade no de oficina mecânica surgiram. Em só a coleta de dados on-line como período em análise (%); 1990 dissociou-se o apontamento do também sua análise e, neste quesito, TP: Tempo de permanência dos equimecânico da Solicitação de Serviço, torna-se importante utilizar-se de in- pamentos na manutenção durante o esse documento era denominado de dicadores gerenciais que determinem período em análise (h); Ordem de Serviço, sendo esse apon- sua eficiência em diversos aspectos ND: Número de dias no período em tado pelo mecânico líder ou gerente operacionais, como também, diag- análise; e as atividades mecânicas eram ano- nósticos econômicos do processo. NE: Número de equipamentos. tadas por apontadores. Os apontaOs índices apresentados foram mentos passaram de sistemas batch estudados em 3 unidades sucroUm dos maiores objetivos da ma(por lotes) para sistemas on-line, em energéticas da região Sudeste, nutenção é o de expandir a disponibitempo real. Já no ano 2000, muitos com porte médio entre 2.500.000 lidade da frota, aumentando e presersistemas tinham seus dados captados em tempo real e, por estar em rede Eficiência de Eficiência de Densidade de Classe mecânica disponibilidade atendimento manutenção informatizada, sua análise já podia Caminhões 88,2 54,9 8,5 ser instantânea. A Ordem se Serviço e Veículos leves 91,4 46,2 5,1 o Apontamento do Mecânico eram coTratores 86,8 50,1 9,0 dificados, e os próprios mecânicos já Colhedoras 71,2 59,3 35,1 apontavam seus informes on-line. Máquinas pesadas 82,6 42,9 7,4 É possível, pela análise dos históMotores diversos 91,8 46,2 3,4 ricos recentes de intervenções, do Implementos rodoviários 90,8 55,4 5,1 Implementos agrícolas 92,9 55,4 4,1 consumo de combustível e de lubriMédia Geral 89,7 51,6 8,4 ficantes o preenchimento prévio das Tabela 2 Indicadores gerenciais de manutenção. O. S. Também, por diagnósticos atraSetembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 49 SETOR SUCROALCOOLEIRO Gráfico 3 – Eficiência de atendimento da manutenção. Gráfico 2 – Eficiência de disponibilidade em função da vida – Colhedora de Cana. vando sua vida. Portanto, conhecer tal parâmetro é de fundamental importância, inclusive para estipular planos de metas para avaliar resultados e para subsidiar possíveis premiações aos funcionários. Este índice pode ser determinado (mensal ou anualmente) e principalmente em função da vida (uso em horas e anos) como apresentamos o equacionamento abaixo para Colhedora de Cana (Gráfico 2): EFICIÊNCIA DO ATENDIMENTO MECÂNICO Apresenta a relação entre os tempos efetivamente com trabalho mecânico e o tempo total na manutenção. EAM = 100 * HTM onde, TP EAM: Eficiência de atendimento mecânico (%); HTM: Período efetivo de trabalho mecânico (h); TP: Tempo de permanência em manutenção (h). Fundamentando-se neste indicador, situações de baixa eficiência de atendimento podem sugerir decisões como implantação de oficina rápida, oficina volante ou aceleração da rotina de compras de peças. TEMPO DE MANUTENÇÃO DO EQUIPAMENTO SEM ATENDIMENTO Neste caso, estudam-se os períodos de manutenção sem atendimento dos equipamentos por motivo causador, seu percentual em relação ao total de tempo de permanência Gráfico 4a – Motivos de paradas dos mecânicos. 50 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 em manutenção e seu percentual em relação ao total de tempo de manutenção sem atendimento. Também neste caso e de posse destas informações, a manutenção pode conhecer os pontos mais críticos de atraso no atendimento de equipamentos, para prover soluções como implantação de manutenção preventiva, troca de terceiros ineficazes, reavaliação de estoques e da rotina de compra de peças. TEMPO DE TRABALHO DOS MECÂNICOS (MÃO-DE-OBRA DIRETA) Em função do tempo de trabalho dos mecânicos, temos: EFICIÊNCIA DE TRABALHO DOS MECÂNICOS Denota a relação entre o tempo em que houve trabalho efetivo dos me- Gráfico 4b – Motivos dos equipamentos sem atendimento na manutenção. SETOR SUCROALCOOLEIRO SECÃO Caminhões Máquinas pesadas Tratores de pneu Elétrica Borracharia Lavagem/lubrificação Solda/implementos agrícolas Veículos leves/motos Funilaria/pintura Implementos rodoviários Colhedoras Oficina volante Oficina central Média Geral USINAS PESQUISADAS A B C 90,7 82,8 74,2 87,2 85,8 82,9 91,0 79,7 76,4 73,5 84,6 80,9 70,7 89,9 66,6 83,2 90,5 87,6 92,5 86,5 87,9 94,0 85,1 89,7 94,3 93,9 79,2 91,8 87,7 86,7 75,6 87,9 71,5 58,0 70,9 63,3 85,1 86,3 81,0 83,7 85,5 79,1 nutenção sem receber atendimento. Veja no Gráfico 4a e 4b resumidamente alguns dos principais motivos: RESULTADO Média 82,6 85,3 82,4 79,7 75,7 87,1 89,0 89,6 89,1 88,7 78,3 64,1 84,1 82,7 Desv. padr. 5,6 1,6 5,8 4,1 9,5 2,6 2,4 3,0 6,6 2,0 6,4 4,6 2,1 2,5 QUANTIDADE DE ORDENS DE SERVIÇO DE MANUTENÇÃO A quantidade de Ordens de Serviço (atendimentos) dentro de determinado período pode representar a qualidade do equipamento ou dos atendimentos prestados a ele, traduzindo-se na maior ou menor probabilidade de ocorrência de manutenções. Explorando este conceito, chegase aos parâmetros: Tabela 3 – Eficiência da mão-de-obra das seções. cânicos e o tempo que lhes foi pago pela empresa. ETM = 100 * HTM onde, TTPM ETM: Eficiência de trabalho dos mecânicos (%); HTM: Período de trabalho efetivo (h); TTMP: Período total pago - ativo e inativo (h). Para se melhorar este índice, alguns pontos podem ser atacados como o aumento do número de manutenções programadas e a implantação da premiação das equipes de manutenção, CLASSE MECÂNICA Caminhões Colhedoras Implementos agrícolas Implementos rodoviários Máquinas diversas Máquina/trator Trator/máquinas Veículos leves Média Geral baseando-se também nos resultados da eficiência de disponibilidade da frota. TEMPO PARADO DE MECÂNICO Estudam-se os tempos parados de mecânicos por motivo causador, seu percentual em relação ao tempo total pago pela empresa e seu percentual em relação ao total de tempo parado. Este dado, em conjunto com o anterior, aquilata a carga de serviço da mão-de-obra, indicando contratações, realocações ou demissões. Além dos motivos de horas não trabalhadas dos colaboradores também podemos interpretar as razões pelas quais os equipamentos ficam em ma- Densidade de manutenção 8,5 35,1 4,1 5,1 3,4 7,4 9,0 5,1 8,4 DENSIDADE DE MANUTENÇÃO Mostra o número de atendimentos no equipamento num determinado período. onde, DM: Densidade de manutenção; NOS: Número de atendimentos no período em análise; NE: Número de equipamentos; ND: Número de dias do período em análise. Trata-se de um indicador fundamental para se selecionar os modelos TMM (tempo trab. OS) 3,3 5,8 3,0 2,8 2,1 3,2 3,1 2,4 3,3 Tabela 4 – Densidade de manutenção e tempo médio de trabalho por Ordem de Serviço. Gráfico 5 – Motivos de entrada na manutenção (tipo de manutenção). Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 51 SETOR SUCROALCOOLEIRO Gráfico 6 – Agente causador da manutenção. de equipamentos da frota que mais exigem a manutenção e que devem ter as causas levantadas. MOTIVOS DE ATENDIMENTO Ilustra os motivos de atendimento do equipamento num determinado período. Trata-se de parâmetro ímpar para estudar a frequência com que ocorrem os vários tipos de atendimento, em função das razões do equipamento entrar em manutenção. É eficaz para traçar ou avaliar estratégias e políticas de manutenção. TEMPO DE REALIZAÇÃO DE CADA INTERVENÇÃO Caracteriza-se pelo tempo médio de duração do serviço ou intervenção mecânica em determinado equipamento. Classe operacional Caminhões Veículos leves Colhedoras Gráfico 7 – Dimensionamento da mão-de-obra da manutenção. Ideal para acompanhar o desempenho da mão de obra, e um importante indicador no processo de premiação dos mecânicos. Período entre falhas (reincidência de intervenção) Período médio (em km ou horas) de reincidência de determinada intervenção (falha) em determinado equipamento. onde, PEF: Período entre falhas (h ou km); V(i): Vida do equipamento no instante i (falha atual); V(i-1): Vida do equipamento no instante i-1 (falha anterior); NEQ Total OS Unidade Uso médio MTBF TMM 351 372 66 138.605 56.020 65.603 km km h 30.858,76 23.337,61 1.833,03 390,73 774,87 9,22 3,33 2,41 5,75 Máquinas pesadas 93 24.938 h 1.491,49 27,81 3,09 Tratores 296 129.621 h 1.550,76 17,71 3,15 Tabela 5 – Tempo médio entre falhas e tempo médio da duração das ordens serviços. 52 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 i: Número da intervenção; n: Número de intervenções. Útil para confrontar desempenho de peças do mercado paralelo versus peças originais, analisar durabilidade de ajustes improvisados e de serviços realizados. Outro item a ser analisado e de suma importância é o MTBF (tempo médio entre falhas) que deve ser medido separadamente para as manutenções CORRETIVAS e PREVENTIVAS, e, o TMM que é o tempo de duração de correção da falha. Através do módulo OM (Oficina mecânica) e suas ordens de serviços, também podem ser determinados os índices: Razão de Permanencia e Razão de Manutenção como: 1. Razão de Permanência: tempo médio anual de horas que os equipamentos ficam com ordem de serviços abertas 2. Razão de Manutenção: tempo médio anual de horas que os mecânicos trabalham nos equipamentos no período que estão internados na oficina No Gráfico 7 - ao analisarmos a relação Número de Equipamentos pelo SETOR SUCROALCOOLEIRO Razão da manutenção NEQ Total OS Unidade Período trabalhado Permanência Trab. mecânico Caminhões Classe operacional 351 138.605 Km 54.157.132 783,0 263,2 Veículos leves 372 56.020 Km 43.407.957 378,0 72,6 Colhedoras 66 65.603 H 604.899 1.630,8 1.142,7 Máquinas pesadas 93 24.938 H 693.543 892,3 165,6 Tratores 296 129.621 H 2.295.121 923,3 276,0 Tabela 6 – Razão de permanência e razão de manutenção Número de Mecânicos temos um demonstrativo de quanto representa o quadro de funcionários perante a frota em uso. Isso permite verificar a existência de excesso de colaboradores ou sua deficiência, balizando-se pelas eficiências de atendimento do equipamento e pela eficiência do mecânico. Podemos exemplificar: t/&/.EFUFDUBNPTVNBBMUB eficiência de atendimento e baixa eficiência do mecânico; t /&/. EFUFDUBNPT VNB baixa eficiência de atendimento e alta eficiência dos mecânicos No destaque amarelo do gráfico, identificamos uma zona satisfatória: NE/NM de 1,8 a 2,3, que detecta uma boa eficiência de atendimento, sob condições satisfatórias da eficiência dos mecânicos. Deve-se destacar que para a empresa é mais conveniente manter um pequeno excesso de mecânicos do que se sujeitar a riscos de parada prolongada por falta de mão de obra mecânica, lembrando que a parada de um equipamento implica na parada de seus diversos operadores (tratoristas ou motoristas) e a interrupção de uma cadeia de operações agrícolas. CONSIDERAÇÕES Dada a importância da Oficina Mecânica em uma empresa no ramo sucroenergético devemos destacar a necessidade de sua boa gestão. Com um contingente significativo de funcionários mecânicos e administrativos, alto nível de investimentos e despesas, diversidade de trabalho, complexidade trazida pela terceirização de parte das atividades, faz-se necessária a gestão informatiza avançada para envolver esse processo. A coleta instantânea e contínua das informações referentes à elaboração das Ordens de Serviço e dos Apontamentos dos Mecânicos é ferramenta fundamental para a qualidade das decisões a serem tomadas. Face à crucial essencialidade dessa tarefa, recomenda a boa administração que apenas mínimas partes sejam terceirizadas, mantendo-se internamente o histórico e o aprendizado determinado por tais ocorrências. É constituir a cultura técnica da empresa. *Ângelo Domingos Banchi, engenheiro agrícola, é diretor da Assiste. José Roberto Lopes, administrador de empresas, é diretor da Assiste. Valter Aparecido Ferreira é consultor técnico da Assiste. EVENTOS PRODUTIVIDADE DO SETOR ENERGÉTICO Objetivo é criar um fórum independente de discussões dos temas que impactam direta e indiretamente a cadeia produtiva canavieira. A das mais importantes entidades representativas do setor sucroenergético e de biocombustíveis, o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br) promoveu a Datagro Ceise Br Conference – Fenasucro, evento técnico oficial de abertura da Fenasucro – 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética. Em sua segunda edição, mais de 400 membros da cadeia de valor do açúcar e etanol marcaram presença. Dividido em cinco painéis, além da abertura e cerimônia de encerramento, o evento abordou os seguintes temas: Perspectivas do Mercado Mun- Fotos: www.sxc.hu produtividade agrícola do setor sucroenergético brasileiro tem aumentado gradualmente desde a implantação do Proálcool, mas ainda é necessário alcançar novos patamares, com inovações que revigorem os ganhos e reduzam custos de produção, possibilitando assim mais competitividade ao segmento. Diante deste cenário e com o objetivo de criar um fórum independente de discussões dos temas que impactam direta e indiretamente a cadeia produtiva canavieira, a Datagro, maior consultoria de cana, açúcar e etanol do mundo, em parceria com uma 54 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 dial e Avaliação da Safra 2013/14 no Brasil; Desenvolvimento Econômico com a Diversificação do Setor Sucroenergético; Visão e Atuação do Setor Produtor; Política Industrial para o Setor Sucroenergético e Financiamentos para o Setor Sucroenergético. Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, a Fenasucro é muito importante e vai sinalizar o início de retomada do setor. “Aquele déficit de matéria-prima, que existia há dois anos foi eliminado este ano e as demandas continuam crescendo com excelentes oportunidades a serem exploradas dentro e fora do Brasil”. Segundo o especialista, é necessário que a retomada, tão esperada, ocorra de forma organizada sem sobressaltos e sem a euforia como ocorreu na década passada, sendo sucedida por um período de estagnação. “Espero que esta retomada se dê de forma uniforme. Existe muita tecnologia nova no mercado para ajudar a aumentar a eficiência na área agrícola e industrial, eficiência que vai ajudar a competitividade do etanol e que vai trazer mais sustentabilidade econômica e ambiental para o setor”, completa. A revista Agrimotor foi mídia oficial do evento e os participantes receberam um exemplar da revista. EVENTOS FUTURO DO SETOR SUCROALCOOLEIRO Demanda crescente de biocombustíveis e desafios em logística são algumas das principais questões de evento internacional. C om inicio no dia 21 de outubro de 2013, a Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol é um dos mais importantes eventos do calendário mundial de açúcar, álcool e energia. Dentre os destaques, foi confirmada a presença do embaixador C.Boyden Gray como palestrante. Gray foi advogado chefe da presidência dos EUA (Governo Bush) e liderança ativa da formulação da legislação americana de biocombustíveis. Estão também confirmadas as presenças de Peter Baron, diretor executivo da ISO (International Sugar Organization); Plinio Nastari, presidente da Datagro, e Ivan Melo filho, responsável pela comercialização de açúcar no mercado internacional, com o foco no mercado industrial, da Raízen. O tema da conferência este ano mostra evolução no quadro econômico da indústria sucroalcooleira, visto que na edição 2012, o setor discutia crise de produtividade – resultado de três anos de clima adverso – e superação através de uso de tecnologia. O debate nesta 13ª edição será acerca de Diversificação, Biotecnologia e Logística – na rota do futuro. Dirigido aos empresários e executivos do setor, no âmbito da iniciativa privada, e às autoridades públicas do país, o seminário contará com a par- ticipação de importantes especialistas nacionais e internacionais. A 13ª Conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Álcool será realizada nos dias 21 e 22 de outubro, no Grand Hyatt São Paulo (av. Nações Unidas, 13.301). EVENTOS FENATRAN PRONTA PARA BRILHAR Setor de Transporte Rodoviário de Carga prevê crescimento aproximado de 4,85%, segundo pesquisa com cerca de 280 empresas transportadoras. R ealizada a cada dois anos, a Fenatran – Salão Internacional do Transporte – é o maior e mais importante evento do segmento do transporte rodoviário de cargas da América do Sul. São quarenta anos de história, nos quais o evento segue como uma importan- te ferramenta na consolidação da indústria de caminhões e implementos para o transporte de cargas no Brasil. Mesmo sendo focado na realização de negócios e na exposição dinâmica de lançamentos globais para milhares de profissionais do setor interessados em conhecer as tendências do segmento, o evento também se firma como um importante termômetro do mercado. Atualmente, o setor de Transporte Rodoviário de Carga vive um momento muito particular e, atenta a estas mudanças, a NTC&Logística elaborou uma pesquisa com cerca FENATRAN OFERECERÁ TEST DRIVE Foto: www.sxc.hu C 56 om iniciativa inédita na América Latina, acontece simultaneamente à 19ª edição da Fenatran (Salão Internacional do Transporte), a mostra dinâmica Fenatran Experience, excelente oportunidade para a aproximação das montadoras com seus clientes. De forma prática e inovadora, os principais fabricantes de caminhões colocam seus produtos à disposição e prova nas mãos dos que mais entendem o setor: os próprios caminhoneiros. Na edição deste ano os usuários poderão testar as novas tecnologias não só em caminhões, mas também em implementos rodoviários e pneus. “A Fenatran Experience tende a ser o maior evento em usabilidade e praticidade, colocando o caminhoneiro – que é o maior usuário e quem movimenta o mercado – para testar, opinar e decidir suas futuras aquisições”, explica Rodrigo Rumi, diretor do portfólio automotivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento. De acordo com o executivo, a ideia é que o público tenha uma exposição estática das montadoras unida ao dinamismo do teste dos produtos, colaborando para o aperfeiçoamento dos equipamentos e valorização do profissional que os utiliza. A segurança é um dos itens de destaque da Fenatran Experience 2013, e por isso a abertura de espaço para marcas de implementos e pneus também participarem, além das montadoras. As atuais condições das estradas brasileiras contribuíram para a modificação dos implementos, ocasionando o reforço das peças e acessórios: mais aço nas peças como eixo, motor e pneus mais resistentes. Isso faz com que os caminhões fiquem mais pesados e o usuário final Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 precisa saber lidar com essas mudanças. O evento serve não só para informar, mas também para valorizar e capacitar o profissional através do teste dos produtos. O contato direto entre quem vende e quem compra é o ponto-chave dessa iniciativa pioneira. COMO PARTICIPAR DO FENATRAN EXPERIENCE Todos os visitantes da Fenatran terão acesso à área de test drive, porém só poderão participar e realizar o test drive aqueles que fizerem agendamento prévio no site da feira e estiverem de acordo com todas as normas estipuladas no regulamento – como teste de bafômetro no local; CNH categorias C, D ou E entre outros. O credenciamento também será realizado através do site www. fenatran.com.br. EVENTOS Faça revisões em seu veículo regulamente. de 280 empresas transportadoras sobre as perspectivas para 2013 no segmento. As empresas consultadas indicaram que esperam um crescimento aproximado de 4,85%. Porém, sinalizaram alguns fatores que podem prejudicar este crescimento, como a falta de mão de obra, apontada por 37% dos entrevistados, e a desconfiança no mercado, com 20%. Quando questionadas se acreditam estar capitalizadas o suficiente para novos investimentos, 54% responderam de forma positiva. As que pretendem investir em 2013 (44%) apontaram que novos caminhões e implementos serão os principais investimentos. Segundo a pesquisa, o principal fator responsável pela queda no de- sempenho foi o menor volume de carga e aumento dos custos. Já as empresas que registraram melhora no desempenho, creditaram que isso se deve ao maior volume de carga transportada no ano. Para finalizar, muitos empresários acreditam em um cenário positivo para o setor nos próximos anos. O material mostra que 35,7% das empresas acham que o valor real do frete irá melhorar em 2013, enquanto 42,4% acreditam em estabilidade deste custo e apenas 21,9% veem um cenário de queda para os próximos anos. Com o tema central, Transporte na rota da sustentabilidade, a 19ª edição da Fenatran acontece entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro no pavilhão de exposi- ções do Anhembi, em São Paulo, e tem entrada franca para os profissionais pré credenciados pelo site www.fenatran.com.br. A Fenatran é uma iniciativa da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) em parceria com a Anfavea(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O evento conta com o apoio institucional da ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus), Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários), Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários). A Spaal | Dynamic sempre em busca dos melhores resultados. Fórmula Truck e Stock Car mais populares do automobilismo nacional. Tel.:(11) 4138.8022 www.spaal.com.br [email protected] Curta: facebook.com/spaaljuntas Siga: @spaaljuntas AnuncioInstitucional 205x137,5mm.indd 1 eventos2.indd 57 8/28/13 1:23 PM 21/10/2013 04:22:50 EVENTOS NEGÓCIOS DE R$ 2,2 BILHÕES NA FENASUCRO 2013 Maior feira do mundo para o setor foi plataforma de iniciativas em favor do crescimento sustentado da cultura da cana-de-açúcar. O sucesso da 21ª Fenasucro dá novo ânimo a toda cadeia produtiva do setor sucroenergético nacional. Mais de 33 mil visitantes de vinte estados brasileiros e trinta países estiveram em Sertãozinho (SP), para conferir as ofertas de máquinas, equipamentos e produtos com as mais avançadas tecnologias, que melhoram a eficiência energética nas usinas. A expectativa é que o volume de negócios iniciados na feira superem os R$ 2,2 bilhões nos próximos meses. O bom desempenho é um reflexo da credibilidade depositada pelas 550 expositoras nacionais e internacionais na feira, que serviu mais uma vez, para uma reflexão da importância do setor sucroenergético para o país. A edição deste ano contou com oito eventos paralelos, contabilizando mais de 60 palestrantes que abordaram temas variados, contemplando assim toda a agroindústria da cana-de-açúcar. Além de reunir autoridades, líderes de classe, técnicos e os produtores de cana-de-açúcar, a feira também atraiu um ato público em favor do setor sucroenergético. Outro destaque da Fenasucro 2013 foram as Rodadas de Negócios Internacional, organizadas Fotos: Divulgação e SXC.hu 58 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 pela Apla/Apex, que promoveram encontros comerciais entre 53 empresas brasileiras e 21 compradores estrangeiros, vindos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru entre outros países. As rodadas totalizaram 463 reuniões, que resultaram em US$ 260 milhões de negócios prospectados até o momento. A expectativa é que os negócios sejam ampliados nos próximos doze meses. A maior oferta de crédito com taxas de juro competitivas também deve contribuir para que os produtores ampliem a capacidade instalada das usinas com a renovação de EVENTOS máquinas e equipamentos. Durante a feira, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal apresentaram aos expositores e visitantes suas linhas de financiamento. “Lançamos uma linha especial para flexibilizar o crédito para capital de giro, com prazos de até 60 meses e pagamentos de parcelas bimestral, trimestral, semestral e anual, a partir de 1,25% de juro ao mês”, diz Fábio Cristiano Danin Eusébio, superintendente estadual do Banco do Brasil. Outra boa notícia anunciada pelo presidente do Ceise-Br – Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, Antonio Eduardo Tonielo Filho, foi o projeto pioneiro de uma usina mo- delo para os alunos da unidade do Senai de Sertãozinho. “Foram investidos mais de R$ 40 milhões para capacitar os futuros profissionais da indústria que queiram atuar no mercado sucroalcooleiro”, afirma o executivo. 1ª Edição da Conferência Centro de Convenções - São Paulo m u i n e l i M 28 e 29 de Novembro de 2013 – R. Dr. Bacelar, 1043 - Vila Clementino São Paulo Informações e inscrições: 11 3017-6888 | [email protected] | www.informagroup.com.br/logisticaagro Realização: Apoio: Setembro - Outubro/2013 • Revista AgriMotor 59 BIOTECH FAIR VAI DIVULGAR A BIOMASSA Potencial pode ser maior: das 440 usinas de cana-de-açúcar em atividade no Brasil, apenas 100 produzem eletricidade para o sistema elétrico nacional. A biomassa é hoje uma das grandes alternativas para produção de energia limpa e renovável. Somente o bagaço de canade-açúcar tem um potencial de geração de eletricidade superior a 1,5 milhão de quilowatts/ano. Os números mostram maior potencial se levarmos em conta que, das 440 usinas de cana-de-açúcar em atividade no Brasil, apenas 100 usinas produzem eletricidade para o sistema elétrico nacional. Segundo o Instituto Acende Brasil, os canaviais existentes no Brasil poderiam gerar cerca de 14 milhões de quilowatts/ano. Além da cana-de- açúcar, os resíduos sólidos também têm grande potencial, por meio de energia retirada do biogás. A previsão é que as tecnologias de gaseificação de biomassa tornem-se competitivas nos próximos anos segundo o Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pelo Conselho Nacional de Política Energética. O Plano prevê a entrada em operação de sistemas de gaseificação de biomassa no setor sucroalcooleiro que gerarão 5% da energia do país. Já a previsão para 2030 é que essa participação cresça 13%. No caso da biomassa de madeira, estudos revelam que atualmente esta fonte responde por 8,7% da matriz energética mundial e 13,9% da brasileira. A oferta de biomassa florestal se dá por resíduos (florestais, industriais ou urbanos) ou plantações de florestas energéticas. Os resíduos florestais e industriais são a maior oportunidade no curto prazo, enquanto a oferta oriunda de plantações de finalidade exclusivamente energética ainda é pequena, mas tem grande potencial de desenvolvimento no longo prazo, em especial no Brasil. Estes são alguns dos temas que serão abordados no 8º Congresso Internacional de Bioenergia e na 6ª BioTech Fair – Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis, que acontecem de 5 a 7 de novembro de 2013, no centro de exposições Imigrantes, em São Paulo. A 6ª BioTech Fair, que acontece simultaneamente ao congresso, terá a participação de 50 empresas ligadas à produção de máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas às energias renováveis, com destaque à biomassa e biocombustíveis. Ainda, será realizado o 2º Congresso Brasileiro de Eucalipto. Com organização do Grupo Cipa Fiera Milano e realização da Porthus, os eventos terão a participação de seis mil visitantes profissionais. A entrada é gratuita para profissionais do setor e os organizadores oferecem transporte gratuito, saindo da estação do metrô Jabaquara. EVENTOS EQUIPAMENTOS DE IRRIGAÇÃO SÃO DESTAQUE EM ESTEIO Dos R$ 3,3 bilhões comercializados na Expointer, apenas 1% não veio de máquinas e implementos agrícolas. Equipamentos de irrigação tiveram crescimento de 460%. C om um valor comercializado de R$ 3,3 bilhões (com amplo destaque para máquinas e implementos agrícolas) e a visita de 384.527 pessoas, a 36ª Expointer, marcada pelo castigo da chuva no parque Assis Brasil, em Esteio (RS) foi encerrada dia 1º de setembro, depois de nove dias de feira. Os números gerais apresentaram um acréscimo de 62% nas vendas, mas o volume de negócios registrado com equipamentos de irrigação foi ainda melhor, contabilizando um crescimento de 460% em relação ao ano anterior. Segundo levantamento efetuado pelo programa Mais Água, Mais Ren- da, da secretaria da Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, foram encaminhados 468 contratos, representando uma movimentação financeira de R$ 314 milhões contra os R$ 56milhões verificados no ano passado. AUTORIDADES O governador Tarso Genro visitou a feira dia 28, acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, os secretários do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, e da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, e o presidente da Emater/RS-Ascar, Lino De David. O governador destacou que a Expointer é um ambiente de inovação e qualidade e que o estado vive a batalha para qualificar a produção. Fotos: Divulgação e SXC.hu 62 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 Destacou que a feira tem reflexo no exterior e que, por isso, é importante apresentar os avanços no evento: “A feira atesta que o Rio Grande do Sul cria condições favoráveis para a agricultura e que ela é uma síntese da base produtiva do estado, pois reúne vários segmentos”, concluiu. Genro garantiu que a produção não é só volume (quantidade) e o estado está investindo para melhorar a característica (a qualidade), especialmente nesse momento de crescimento, favorável aos bons negócios. Logo depois do discurso, o governador andou diversos estandes, iniciando pelo pavilhão internacional, os pavilhões de artesanatos e agricultura familiar. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, esteve no parque dia 26, recebido pelo governador Tarso Genro, na Casa Branca. O prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, por sua vez, assegurou que este foi o último ano em que a feira teve acesso apenas pela BR-116. Com o acabamento da rodovia do Parque, a partir da próxima edição a exposição terá entrada pelo lado oposto. Para Rinaldi “isto vai transformar o parque de exposições Assis Brasil, que terá a possibilidade de funcionar durante todo o ano”, ressaltou. ESTATÍSTICAS DADOS DO AGRONEGÓCIO *Estimativa PIB (Produto Interno Bruto): US$ 2,26 trilhões* Crescimento do PIB em 2013: 2,4% (*Banco Mundial) Valor Bruto da Produção: R$ 276 bilhões (safra anterior: R$ 246,2 bilhões). Produção de grãos s afra 2012/2013: entre 191,91 e 195,5 milhões de toneladas (safra anterior: 187,09 milhões de toneladas) Área cultivada: 54,18 milhões de hectares Cana-de-açúcar (*Conab) Produção: 652,02 milhões de toneladas (10,7% sobre 588,92 milhões de toneladas da safra 12/13) Etanol: 27,17 bilhões de litros (14,94% sobre 23,64 bilhões de litros da safra 12/13) Açúcar: 40,97 milhões de toneladas (6,88% sobre 38,34 milhões de toneladas da safra 12/13) Soja Safra 2013/2014: 87,603 milhões de toneladas, produtividade média de 3.056 kg/hectare. Milho Safra 2013/2014: 78,434 milhões de toneladas, produtividade média de 5.111 kg/hectare. Café Safra 2013/14: 52,9 milhões de sacas (*Safras & Mercado) Veículos e Máquinas Agrícolas (Anfavea) Produção de autoveículos: 3,93 a 3,97 milhões de unidades* Licenciamentos de autoveículos novos de janeiro a junho: 2,78 milhões de unidades Produção de máquinas agrícolas: 72,2 a 72,9 mil unidades* Vendas internas de máquinas agrícolas de janeiro a setembro: 63,9 máquinas (+25,1% sobre 2012) Implementos Rodoviários (Anfir) 2012: 160.414 unidades (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis) 2013 (janeiro a agosto): 108.853 unidades entregues (reboques e semirreboques e carrocerias sobre chassis) (6,89 % ante mesmo período de 2012) Foto: Divulgação BUSINESS WORLD SPAAL PATROCINA F-TRUCK E STOCK CAR ANFIR: PSI/FINAME SUSTENTA RECUPERAÇÃO A Spaal, tradicional fabricante de juntas automotivas, está lançando a linha de Retentores Dynamic. A apresentação da nova marca também conta com patrocínios às equipes RM Competições, com Felipe Giaffone (F-Truck, caminhão MAN), DF Motorsports, com Djalma Fogaça (F-Truck, caminhão Ford) e da equipe Vogel Brennen, com Fábio Fogaça (Stock Car V-8). A intenção é tornar a marca Spaal-Dynamic conhecida dos aplicadores no mercado de reposição nacional. O ritmo de recuperação da indústria de implementos rodoviários superou as expectativas iniciais da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). De janeiro a setembro de 2013, o volume produzido e vendido pelas empresas do setor ficou 10,05% acima do total apurado no mesmo período do ano passado. A razão para o bom desempenho está no ambiente de oferta de crédito. “A decisão de fixar duas taxas no PSI/Finame, uma para cada semestre, permitiu que o mercado se programasse e como resultado estamos com desempenho positivo recuperando as perdas de 2012”, afirma Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). Foto: Divulgação DIA NACIONAL DA AVIAÇÃO AGRÍCOLA VALMONT ANUNCIA EXPANSÃO A Valmont inaugurou, dia 2 de agosto, a expansão do prédio de almoxarifado e expedição, aumentando sua capacidade para melhor atendimento. A empresa, líder no mercado de irrigação e fabricante dos produtos Valley, atende à crescente demanda por fornecimento de sistemas de irrigação mecanizada, com o objetivo de dar maior agilidade aos procedimentos de entrega dos produtos fabricados, O descerramento da placa de inauguração foi realizado por Leonard M. Adams, group president global irrigation, juntamente com João Rebequi – diretor presidente da Valmont Brasil. Desde 1954, a Valmont está presente no campo, irrigando culturas e lavouras pelo mundo, no Brasil, comemora, neste ano, 35 anos da instalação do primeiro pivô central no país. 64 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está ligado à história da aviação agrícola brasileira desde seu início em 1947, quando um ataque de gafanhotos devastou a região Sul do Brasil, na região de Pelotas/RS. O engenheiro-agrônomo do ministério da Agricultura, Leôncio Fontelles, chefe do posto de defesa agrícola em Pelotas e o comandante Clóvis Candiota, utilizando um avião de instrução do aeroclube local, realizaram a primeira aplicação aérea, em 19 de agosto de 1947, com repercussão nacional, marcando esta data como o Dia Nacional da Aviação Agrícola”. A aviação agrícola é utilizada em todos os continentes, totalizando mais de 40 mil aeronaves em todo o mundo, com os Estados Unidos ocupando o primeiro lugar em número de aviões agrícolas, com cerca de 10 mil aeronaves, seguido pelo Brasil. Atualmente, mais de 1.800 aeronaves agrícolas operam no Brasil e estima-se que exista potencial para incremento de, no mínimo, 1.200 aviões, nos próximos dez anos. A área agrícola trabalhada com aviação agrícola no Brasil é de aproximadamente 20 milhões de hectares por ano e existem 231 empresas aeroagrícolas registradas junto à Anac, atuando como prestadores de serviços de aviação agrícola. BUSINESS WORLD Foto: Divulgação METALSINTER PRÉ-INAUGURA PRIMEIRA EMPRESA TOTALMENTE SUSTENTÁVEL DO BRASIL O Grupo Metalsinter: Filtros MS e Ambiental MS, líder há 36 anos no ramo de filtragem de combustíveis, água e efluentes, pré-inaugurou, em fins de agosto, em Alphaville, São Paulo, a primeira empresa totalmente sustentável do Brasil. O Grupo MS adotou uma postura diferenciada: desenvolveu uma planta conceito. O prédio, com 3,5 mil m2, está em frente a uma área de proteção permanente e tem construções sustentáveis, como arquitetura e tecnologia de ponta, para proporcionar o máximo de aproveitamento de fontes alternativas de energia e recursos naturais renováveis, inserindo um novo conceito de preservação do meio ambiente. Nesse conjunto, incluem-se produtos e aplicações ecológicas disponíveis no mercado, que vão desde a estrutura pré-moldada, que proporciona uma obra limpa e praticidade na montagem, dispensando o uso de madeira, o que gera cerca de 15% de economia; sistemas de aquecimento solar, equipamentos de tratamento e reuso de efluentes e potabilização da água de chuva desenvolvidos e comercializados pela Ambiental MS; telhado verde, iluminação em LED, ar condicionado e elevadores ecológicos, horta sustentável, entre outros. Como resultado: 70% de economia no consumo de energia e de 90% na reutilização de água. BUSINESS WORLD Dados revelados pela FAO/ONU (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) apontam que, em vinte anos, o número de pessoas que passam fome no Brasil foi reduzido em quase 10 milhões. Entre 1992 e 2013, o número de cidadãos brasileiros famintos caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões de pessoas. Apesar dos avanços, a FAO faz o alerta de que o volume de pessoas famintas ainda é inaceitável. Se grandes países emergentes conseguiram fazer avanços importantes, regiões inteiras da África ainda registram um aumento do problema. Do total de famintos, apenas 15,7 milhões de pessoas estão nos países ricos. Mas, enquanto o número cai de forma geral no planeta, o volume de cidadãos que passam fome nos países ricos aumentou nos últimos quatro anos, com um incremento de 500 mil. O fenômeno foi registrado no mesmo período em que a pior crise econômica em setenta anos afetou a Europa e os Estados Unidos. Foto: www.sxc.hu MAIS ALIMENTOS PARA O MUNDO ANUNCIANTES ADR Brasil Eixos Ltda. ......................................................................................................................................................................... 43 AG Leader Technology Brasil Sist. de Nav. Ltda. ............................................................................................................................... 35 Agco do Brasil Com. e Ind. Ltda. ........................................................................................................................................................ 09 Assiste Assessoria em Sistemas Administrativos ............................................................................................................................. 53 Bauer do Brasil Ltda. ........................................................................................................................................................................... 39 BioTech Fair 2013 ................................................................................................................................................................................ 37 Caixa Econômica Federal ................................................................................................................................................................... 13 Conferência Datagro 2013 ................................................................................................................................................................. 60 Danfoss Power Solutions ............................................................................................................................................................ 2a capa Desafios de Logística e Armazenagem no Agronegócio ................................................................................................................. 59 Draft Brasil ........................................................................................................................................................................................... 27 Encopel Comércio de Peças de Máquinas Ltda. ................................................................................................................................ 55 Fenatran 2013 ..................................................................................................................................................................................... 45 Goodyear Paulista ...................................................................................................................................................................... 16 e 17 Grips Editora ............................................................................................................................................................................... 3a capa Heberflex Indústria e Comércio de Conexões Ltda. ......................................................................................................................... 41 Jumil - Justino Moraes e Irmãos S.A. ................................................................................................................................................. 07 K Parts Indústria e Comércio de Peças Ltda. ..................................................................................................................................... 65 Kashima Com., Imp. e Exp. de Auto Peças Ltda. ............................................................................................................................... 47 Konnexion Comércio Internacional Ltda. ......................................................................................................................................... 55 Lindsay América do Sul ...................................................................................................................................................................... 05 Mercedes-Benz do Brasil S.A. ..................................................................................................................................................... 4a capa Metalmag Produtos Magnéticos Ltda. .............................................................................................................................................. 41 Metalsinter Ind. Com. de Filtros e Sint. Ltda. .................................................................................................................................... 63 Microgear Indústria de Peças Ltda. ................................................................................................................................................... 11 Nekarth Ind. e Com. de Peças e Máquinas Ltda. ............................................................................................................................... 61 Spaal Indústria e Comércio Ltda. ....................................................................................................................................................... 57 SSAB Swedish Steel Comércio de Aço Ltda. ...................................................................................................................................... 15 TVH Dinamica Peças Ltda. .................................................................................................................................................................. 33 Valmont Indústria e Comércio Ltda. .................................................................................................................................................. 23 Zurlo Implementos Rodoviários Ltda. .............................................................................................................................................. 29 66 Revista AgriMotor • Setembro - Outubro/2013 Quer falar com toda a cadeia do agronegócio brasileiro? 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