BOLETIM_INFORMATIVO_LABRE
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BOLETIM INFORMATIVO LABRELABRE-SP BOLETIM OFICIAL DA LABRELABRE-SP ANO I – Nº 5 ABRIL/2010 ABRIL/2010 Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, Ferreira, 345A –Tatuapé – São Paulo – SP Cep 030071030071-080 www.labre-sp.org.br – [email protected] Editor Chefe Responsável: Faustino Prado Moreira – PY2VOA – E-mail: [email protected] Expediente: BOLETIM INFORMATIVO OFICIAL DA LABRE-SP é uma publicação mensal, de integração e comunicação social da Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão – LABRE-SP ______________________________________________________________________________________________________ Prezados Amigos: Dando continuidade aos nossos trabalhos de divulgação das atividades da LABRE-SP através deste importante meio de comunicação que é o nosso Boletim Informativo, carinhosamente preparado pelo Faustino - PY2 VOA, trazemos até vocês as últimas notícias relativas ao mês de Maio. No dia 08 de Maio, foi realizada a Demonstração Pública de Radioamadorismo em Riacho Grande, envolvendo o Movimento Escoteiro,em comemoração dos 100 anos do Escotismo no Brasil, atividade esta organizada pelos Radioamadores João Ribeiro-PY2 PM e Hélio Polilo-PY2 LL, com o apoio da LABRE-SP e Subprefeitura do Riacho Grande. A LABRE-SP montou sua barraca no local do evento e a Subprefeitura cedeu um telão com projetor, onde foram exibidos filmes sobre as atividades do Radioamadorismo. Na barraca da LABRE-SP foram instaladas duas estações de rádio, uma de HF e outra de VHF, operadas em sistema de rodízio pelos Radioamadores Walter-PY2 IAY, Ribeiro-PY2 PM e Hélio Polilo-PY2 LL, onde foi permitida a participação dos Lobinhos e das Bandeirantes, que puderam fazer contato com os participantes dos vários Estados presentes, causando verdadeiro furor entre a garotada. A intenção era, de fato, "injetar RF" na veia das crianças, estimulando seu interesse pelo Radioamadorismo. Programamos, também, com a Coordenação do Diretor de Radioamadorismo Alex-PY2 WAS, nossa participação no WLOTA Contest, que será realizado no período de 02 a 04.07.2010, envolvendo 12 Radioamadores, que estarão operando a partir da Ilha da Moela, litoral de São Paulo, utilizando-se das instalações da Marinha do Brasil.Foram encaminhadas, também, à Anatel, 12 denúncias anônimas de estações clandestinas, uma delas de Echolink que estava sendo operada irregularmente por Radioamador Classe C, tendo o Órgão Regulador instaurado processo para apuração de responsabilidades, impedindo, desta forma, que pessoas não autorizadas operassem estações de rádio sem ter a devida autorização Federal. Reafirmamos, aqui, nosso compromisso de "higienizar" as frequências, encaminhando à Anatel as denúncias anônimas que recebermos, para que os Bons Radioamadores possam praticar seu hobby com mais tranquilidade. Por enquanto ficamos por aqui, porém, estamos guardando outras informações que serão divulgadas no próximo Boletim. Agradecemos novamente ao Faustino pelo belíssimo trabalho que vem fazendo em prol da LABRE-SP e dos Radioamadores. Saudações LABREanas Aramir Lourenço – PY2BY LABRE-SP Presidente Estadual 1 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 O BOLETIM INFORMATIVO DA LABRE-SP É DISTRIBUÍDO MENSALMENTE AOS ASSOCIADOS. É CONSTITUÍDO DE INFORMAÇÕES E ASSUNTOS RELACIONADOS AO MUNDO RADIOAMADORÍSTICO. QUALQUER ASSUNTO SOBRE O NOSSO HOBBY SERÁ MUITO BEM VINDO PARA A EDIÇÃO DESTE BOLETIM, E VOCÊ, CARO LEITOR, É O RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO E EXISTÊNCIA DESTE INFORMATIVO LABREANO. PARA CONTRIBUIR COM NOTÍCIAS, INFORMAÇÕES, REUNIÕES, CONCURSOS, ETC, BASTA ENVIAR UM E-MAIL PARA: [email protected] E NO ITEM “ASSUNTO” ESCREVA: NOTÍCIAS PARA O BOLETIM INFORMATIVO LABRE-SP. E, COM ISTO, VOCÊ RADIOAMADOR (A) ESTARÁ CONTRIBUINDO PARA FORTALECER AINDA MAIS O RADIOAMADORISMO. RADIOAMADOR SEJA TAMBÉM UM LABREANO A LABRE-SP é a única entidade representativa dos Radioamadores no Estado de São Paulo. Reconhecida como Entidade de Utilidade Pública, ao longo de mais de 70 anos nossa Associação vem representando nossas atividades diante de entidades públicas, civis e militares. A filiação a uma Associação não é obrigatória, porém, torna nossa atividade mais forte perante a Sociedade Paulista e Brasileira. Hoje a LABRE-SP, alem, de sua representatividade, realiza diversas atividades voltadas aos nossos Associados, como expedições, concursos, bureau, programa de diplomas, parcerias comerciais, etc. Conta com Sede própria, onde deixa a disposição de seus Associados uma estação (PY2AA) para HF e V/UHF, biblioteca e Museu. Também promove cursos e palestras voltadas aos interesses de nossos Associados. O pagamento da anuidade visa custear única e exclusivamente as atividades sociais de nossa Associação conforme disposto em Estatuto Social , não distribui lucros (conforme previsão no Código Civil Brasileiro vigente, entidade sem fins lucrativos). Para maiores informações acesse o site: www.labre-sp.org.br - [email protected] FEIRINHA DE BARUERI GANHA ENDEREÇO DA INTERNET O Amigo Gomes PY2DU, um dos idealistas da feirinha de Barueri registrou o endereço na internet que é: www.feirinhadebarueri.com.br Em breve a página ganhará, mais interatividade e poderá ser mais uma grande ferramenta a serviço do radioamadorismo de São Paulo e região. 73´s Carlos Colaboração: PY2 BY Aramir Lourenço ______________________________________________________________________________________________________ Concurso QRS-10 LABRE-SP 8ª Edição CONCURSO QRS-10 LABRE-SP 8ª Edição Objetivo: Concurso de âmbito nacional tem por objetivo promover a prática da comunicação em telegrafia em baixa velocidade de até (10 PPM) e incentivar a participação dos RADIOAMADORES que não tem a pratica na modalidade de CW principalmente os de classe C. Data e Duração: Será realizado anualmente todo 3º (terceiro) final de semana completo do mês de julho com inicio às 21:00h UTC (18:00h PT2) de sábado às 21:00h UTC (18:00h PT2) de domingo. (Neste ano de 2010 será nos dias 17 e 18 de julho) Faixa: Exclusivamente na faixa dos 40 metros. (de 7.010 kHz a 7.035 kHz). Regulamento e maiores informações, visite o site da LABRE-SP: www.labre-sp.org.br ______________________________________________________________________________________________________ 2 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 CRÔNICA 1.06.2008 Autor: PT7VOI - Sidnei DIA DO TELEGRAFISTA Maio é um mês repleto de comemorações para o Radioamadorismo. No dia 05 de maio teremos o Dia Nacional das Comunicações. O dia 17 de maio será o Dia Internacional das Comunicações. Finalmente, o dia 24 de Maio será o Dia do Telegrafista. Vasculhando a história nos deparamos com a existência dos telegrafistas desde o ano de 1884, uma vez que a primeira linha telegráfica foi construída em 24 de maio de 1884, ligando as cidades de Washington e Baltimore, nos Estados Unidos. Quem transmitiu a primeira mensagem, usando essa linguagem nova foi Samuel Finley Breese Morse, ao escrever em inglês “ What had God wright “ ( O Que Deus escreveu! ), frase que foi repetida por outro telegrafista, em Baltimore. Em Washington, onde terminavam os postes com fios elétricos que conduziam a telegrafia, tinham como fim de linha, a sala do Supremo Tribunal, no Capitólio. Como não poderia deixar de ser, o próprio governo foi o primeiro usuário desse tipo de serviço, com a finalidade também de enviar e receber mensagens entre seus pares. Para quem visita ainda hoje essa sala do Supremo Tribunal, se depara logo na porta, com uma placa alusiva a Morse, com aquela data. O telégrafo se tornou, desde então, uma invenção muito importante para as comunicações, encurtando as distancias, através de um único e simples manipulador de telegrafia que, através de pontos e linhas, deu um grande impulso ao desenvolvimento dos países, no mundo inteiro. Aqui no Brasil, a invenção de Morse foi muito elogiada por Getúlio Vargas que, na época, evocou Morse como um grande herói, dizendo em seus discursos que ele ( Morse ) foi um grande herói, não só na descoberta da telegrafia, mas também como grande pintor, estudante de artes na Inglaterra, onde fez suas exposições na Academia Real de Londres, ao mostrar retratos pintados por ele, de muitos cidadãos importantes daquela época. Morse foi também professor de pintura e escultura da Universidade de New York. Um pouco da história de Morse: quando morava em Paris, Morse iniciou os seus estudos de eletricidade, tornando-se físico, logo depois desenvolvendo experiências voltadas para o envio de mensagens a longas distancias, feitas num pequeno e improvisado laboratório. Foi através dessas experiências que Morse chegou à invenção do telégrafo por fios, que é um sistema de circuito eletromagnético. Foi depois dessa invenção que Morse criou o alfabeto em telegrafia, o qual levou o seu nome. No Brasil o sistema Morse foi utilizado largamente nos Correios e Telégrafos, bem como nas Estradas de Ferro de todo o país. Depois foi utilizada por rádio, a Radiotelegrafia, em várias instituições de todos os países, inclusive o Brasil, por delegacias de polícia, Reitorias, firmas comerciais, pelos próprios Correios e Vias Férreas, etc.. Atualmente a telegrafia só é usada por muitas instituições, como via opcional em casos de emergências, cabos submarinos interligando países, Faroleiros de navios de guerra, aeronáutica e exército, bem como pelos Radioamadores, como “Hobby”, ou em casos de emergências, quando não existir propagação, ou na falta de meios de comunicações usados nos dias de hoje, como a telefonia e as transmissões digitais. O exército, marinha e aeronáutica da Inglaterra ainda adotam a Radiotelegrafia em suas comunicações e o que fez a Inglaterra ganhar a guerra contra as Malvinas foram transmissões em radiotelegrafia usando a estática como “carrier”. Enquanto os argentinos esperavam escutar nos seus rádios comunicações em SSB, AM ou mesmo Radiotelegrafia pura, dos navios e aviões de guerra da Inglaterra que se dirigiam para lá, foram surpreendidos pelo grande truque ESTÁTICO RADIOTELEGRÁFICO! Nos EUA, mais precisamente na Pensilvania, a faculdade de Medicina dali está aconselhando as pessoas a aprenderam radiotelegrafia, pois está provado que a prática do Morse evita a doença conhecida como Alzheimer. Além disso, aqui mesmo no Brasil, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, médicos estão orientando os doentes acometidos de Acidente Vascular Cerebral e Trombose Vascular Cerebral a praticarem telegrafia com os seus familiares, pois esses acometidos dessas doenças ficam impossibilitados de falar. A coisa funciona assim: simplesmente um familiar do paciente segura uma tabela com o código Morse e o paciente vai batendo com o dedo num manipulador e formando as palavras e frases que ele quer falar para a família! PT7 VOI S I D N E I Extraído do Blog: http://blogdafolha.blogspot.com/2010/04/dia-do-telegrafista.html Matéria cedida gentilmente por ; PY2HL Rick Campos – [email protected] 3 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 O BOLETIM INFORMATIVO DA LABRE-SP É DISTRIBUÍDO MENSALMENTE AOS ASSOCIADOS. É CONSTITUÍDO DE INFORMAÇÕES E ASSUNTOS RELACIONADOS AO MUNDO RADIOAMADORÍSTICO. QUALQUER ASSUNTO SOBRE O NOSSO HOBBY SERÁ MUITO BEM VINDO PARA A EDIÇÃO DESTE BOLETIM, E VOCÊ CARO LEITOR, É O RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO E EXISTÊNCIA DESTE INFORMATIVO LABREANO. PARA CONTRIBUIR COM NOTÍCIAS, INFORMAÇÕES, REUNIÕES, CONCURSOS, ETC, BASTA ENVIAR UM E-MAIL PARA: [email protected] E NO ITEM “ASSUNTO” ESCREVA: NOTÍCIAS PARA O BOLETIM INFORMATIVO LABRE-SP E, COM ISTO, VOCÊ RADIOAMADOR (A) ESTARÁ CONTRIBUÍNDO PARA FORTALECER AINDA MAIS O RADIOAMADORISMO. EM2010 INDAIATUBA VOLTA A SER A CAPITAL NACIONAL DO RADIOAMADORISMO "Comunicamos que foi decidido que a FENARCOM – Feira Nacional de Radioamadorismo e Comunicações, o maior evento de radioamadorismo do Brasil será realizado nesse ano de 2010 na cidade de Indaiatuba, SP. Ao contrário das outras três edições em que o evento foi realizado no mês de Julho, a FENARCOM 2010 será realizada no mês de Setembro em data a ser definida. Maiores informações poderão ser obtidas em breve no site do evento www.fenarcom.com.br . Indaiatuba, 20 de Abril de 2010 Erwin Hübsch Neto, PY2QI, Organizador – FENARCOM 2010" Fonte: http://www.ptt-radio.qsl.br/ NASA DIVULGA IMAGENS INÉDITAS DO SOL Por Redação Yahoo! Brasil A agência americana Nasa divulgou, nesta quinta-feira, imagens inéditas do Sol. As fotografias foram capturadas pelo Observatório Dinâmico Solar, o SDO, veículo lançado em fevereiro pela agência, e mostram detalhes da superfície solar em uma resolução nunca antes alcançada. Segundo a Nasa, essas imagens dão condições sem precedentes para os cientistas entenderem os processos dinâmicos do Sol. E isso é importante, pois as atividades solares afetam o que acontece na Terra. Especial Exploração Espacial As chamadas ejeções de massa (ou gás ionizado), são um exemplo disso. "Elas podem alterar o campo magnético da Terra e danificar satélites, perturbar transmissões de sinais de rádio ou até interferir em linhas de transmissão de energia", diz Paulo Simões, doutor em geofísica espacial e pós-doutorando no Centro de Rádio-Astronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), em São Paulo. Em 1989, houve uma reação tão forte a uma ejeção de massa que isso causou um apagão no Canadá, deixando 6 milhões de pessoas sem energia elétrica durante nove horas. Segundo Simões, um dos objetivos finais desse tipo de pesquisa é desenvolver um métodos para prever a ocorrência dessas atividades solares. 4 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 Mas os ventos solares também são capazes de produzir belos fenômenos: as auroras, emissões de luzes observadas em certas épocas no ano nas regiões polares. Impacto Algumas dessas fotos divulgadas pela Nasa mostram detalhes nunca antes vistos dessas ejeções de massa. A nave também é equipada com um medidor de campo magnético. "Essas imagens mostram uma dinâmica que, em 40 anos de pesquisa solar, eu nunca havia visto", afirmou Richard Fisher, diretor da divisão heliofísica na Nasa. "O SDO vai mudar nosso entendimento sobre o Sol e seus processos, o que afeta nossa vida e sociedade", diz. Essa missão terá um impacto enorme na ciência, similar ao impacto que o telescópio Hubble teve na astrofísica moderna", diz. Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL 4º CURSO DE TELEGRAFIA, AULA PRESENCIAL A Labre RJ em parceria com o CCME - Centro Cultural do Movimento Escoteiro, realizará gratuitamente, o 4° Curso de Telegrafia, com aula presencial, com duração de três meses. A data prevista para início é 19 de Maio e o término será dia 04 de Agosto de 2010. No dia 11 de Agosto, na semana seguinte ao término do curso, será realizada a prova para a Classe B. As aulas serão ministradas pelo Márcio PY1RJ, somente as quartas-feiras com duração de 2 horas das 18:30 às 20:30. A carga horária total será de 24 horas. Ao final do curso será conferido um Diploma de Participação. O CCME fica localizado na Rua Primeiro de Março, 112 térreo, Centro, Rio de Janeiro/RJ. As inscrições já estão abertas a todos os radioamadores e podem ser feitas pelo e-mail [email protected] , telefone para contato 21 9652-0484. Dados necessários para inscrição: nome completo, indicativo , endereço e telefone para contato. Inscreva-se já, pois são apenas 20 vagas. Fonte: Labre RJ Matéria cedida gentilmente por: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL DX-PEDITION - VP5/PY2WAS - TURKS & CAICOS IS. - MAIO/2010 Caribe como VP5/PY2WAS entre 20.05.2010 e 23.05.2010, nas bandas de 10 a 80m, em SSB e CW. Estarei operando diretamente do Hamlet (estação pré-montada), que fica situado na Ilha de Providenciales. QSL via bureau ou direta para PY2WAS. Se a opção for por via direta, peço a gentileza de ser enviado um envelope auto-endereçado e selado. Para as correspondências estrangeiras, envelope auto-endereçado + US$ 2.00 ou 1 RC válido. Informou: PY2WAS – Alex 5 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 O grupo IOTA SA-041 é o segundo mais procurado na América do Sul, e o primeiro no Brasil. Ele abrange 23 ilhas, entre elas a Ilha dos Lençóis, onde 4 grandes operadores estarão no ar 24h entre 9 e 15 de junho como PW8J.A Ilha dos Lençóis será ativada pela primeira vez. Além da primeira vez que o Grid Square GI78nq será ativa, a ilha também receberá uma nova referência DIB. No retorno de SA-041, o time também vai operar na Ilha de São Luis, SA-016, entre 16-18 de junho, com o indicativo PW8L. Portugal: DXpedition Castelo de Belver: 22-23/Maio Clube Radioamadores do Entroncamento vem a informar que irá activar com o indicativo especial CS2BV,o Castelo de Belver ( Gavião - 1209 ), no dia 22/23 de Maio em HF nos modos SSB, CW e Digitais. Mais informações: http://sites. google.com/ site/radioamador esentroncamento 73' de CS1CRE Clube de Radioamadores do Entroncamento cs1cre@yahoo. com.br http://sites. google.com/ site/radioamador esentroncamento Fonte: “QTC DX” – [email protected] SANTA ISABEL ISLAND DXPEDITION O Teresina DX Group e Labre - PI estão preparando uma DXpedition à Ilha de Santa Isabel (IOTA SA 025 DIB PI-01) e farol Pedra do Sal (ARLHS BRA-070, DFB PI-03) na costa do estado do Piauí, no nordeste do Brasil. Indicativo de chamada: ZW8B 02 º 45 "S * 41 º 45" W Grid Locator: GI97de A DXpedition será em paralelo com IX Encontro de Ecoturismo para Radioamadores , que é promovido pela Liga Brasileira de Rádio Emissão - Seccional Piauí - LABRE - PI A reunião terá lugar na cidade de Luiz Correia no litoral do estado do Piauí, Brasil. (Datas: - 03, 04, 05 e 6 de Junho de 2010) Tema do encontro: O problema da escassez da água potável no Brasil e no Mundo. A Expedição terá início à 16:00 UTC do dia 02-06 de junho 2010. As operações incluem faixas de 160 a 10 metros (SSB, PSK31, CW e RTTY), incluindo os 6 metros, 144 MHz (SSB / FM / CW) e os satélites (SSB / FM / CW): AO-7 (A e B), FO-29, AO-51, VO-52, SO-50, HO-68, SO-67 e ISS em modo repetidor se ativa. Estaremos em todas as órbitas. Por favor, acompanhem os seus satélites favoritos. Nós estaremos lá. QSL via direct to PS8HF 6 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 MILTON LIMA RIBEIRO RUA CRUZ MAZERINE, 2673 64076-040 Teresina - Pi, Brasil A Equipe PS8BBC, PS8DX, PS8ET, PS8HF, PS8NF, PS8PY, PS8RF, PS8TV. Outro amigo, PT2OP Orlando, vai estar ativo com o ZV8S, indicativo especial na Ilha de Santa Isabel e Pedra do Sal e ele vai estar QRV também com o indicativo PS8/PY2TJ no Farol de Luiz Correia (ARLHS BRA-061, PI-02 DFB ). Good Dx' 73 Pirajá, PS8RF Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA – PY2021SWL Encontro Amigos do AM - Encontro Amigos do Campos - 2010 Mais uma edição do já tradicional encontro de radioamadores amigos do AM, ferro de solda, QRO, QRP e simpatizantes!!! Domingo 16 de Maio de 2010 Restaurante Boi Gordo Km91 da Castelo Branco em Iperó (próximo a Sorocaba) A partir das 8:00hs da manhã Para maiores informações: Acima de 7.200khz em AM com Clodoaldo - PY2BGN ou com Roberto PY2RV FESTIVIDADES DA RODADA TREM DAS ONZE 29º ANIVERSÁRIO Dias 28, 29 e 30 de Maio de 2010 - LONDRINA (PR) Anfitriões: PY5-MJ Marisio Camargo e Sra. Iracema CONVITE Local do encontro: Hotel do Lago Harbor Self Maiores informações: www.rto.qsl.br/festas.htm 7 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 9° LORENA DX CAMP Dias 2, 3, 4, 5 e 6 de JUNHO de 2010 O 9o Lorena DXCamp será realizado nos dias 2, 3, 4, 5 e 6 de Junho aproveitando o feriadão prolongado do dia 3 de Junho ( quinta-feira Corpus Christi ) possibilitando um encontro estendido. O local, como sempre será o confortável Valle Hotel localizado em Lorena-SP mais precisamente na zona rural na estrada velha que liga Lorena a Guaratinguetá. O Hotel que oferece acomodações a preços módicos a todos os participantes. Este ano o 9o Lorena DXCamp contará também com um passeio a ser realizado na sexta-feira ao sítio localizado na zona rural de Guaratinguetá (uns 20 km do hotel) que conta com uma excelente infra estrutura para a realização de excelentes escutas DX. O valor desse passeio será cobrado a parte e a combinar no ato com os interessados em participar Fotos do Sitio em Guaratinguetá ENCONTRO DE RADIOAMADORES EM ARACAJU/SE Já está confirmado um encontro nacional de radioamadores em Aracaju/SE, promovido pela LABRE/SE, nos dias 09, 10 e 11 de julho do corrente ano, em comemoração a 57 anos de existência da LABRE no estado de Sergipe. A programação do evento está sendo elaborada e logo em breve será divulgado neste QTC e em todas as faixas e modalidades de comunicações dos radioamadores. Anotem na sua agenda esta data e venha contribuir com a sua presença neste encontro aqui em Aracaju. Fonte: QTC Nº 09/2010 Aracaju/Se 03 e 04 de Abril de 2010 Colaboração; Faustino Prado –PY2VOA / PY2021SWL ______________________________________________________________________________________________________ ENCONTRO DE RADIOAMADORES EM ARACAJU/SE Já está confirmado um encontro nacional de radioamadores em Aracaju/SE, promovido pela LABRE/SE, nosdias 09, 10 e 11 de julho do corrente ano, em comemoração a 57 anos de existência da LABRE no estado deSergipe. A programação do evento está sendo elaborada e logo em breve será divulgado neste QTC e emtodas as faixas e modalidades de comunicações dos radioamadores. Anotem na sua agenda esta data evenha contribuir com a sua presença neste encontro aqui em Aracaju. Fonte: QTC Nº 09/2010 Aracaju/Se 03 e 04 de Abril de 2010 8 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 XIII FETECRA ENCONTRO REGIONAL DE RADIOAMADORES 12/06/2010 Tudo programado para a realização da XIII Fetecra - Encontro Regional de Radioamadores na Escola de Radioamadores em Campina Grande no dia 12 de junho de 2010. Toda a diretoria ja definiu a programação deste tradicional evento, que em média reune aproximadamente 800 pessoas na sede da ECRA. Programação: 12 de junho de 2010 07:00 - Inscrições; - Hasteamento das Bandeiras; - Café da manhã; - Abertura da Exposição da ECRA; - Exposição de QSL DX Internacional (mais de 300 países) - Exposição de trabalhos do rádio escoteiros; - Palestra: Os Radioamadores de Hoje!!! - Exposição de Equipamentos de rádio; - Música - Forró pé de serra. 11:30 - Protocolo ECRA e Homenagens 12:30 - Tradicional Almoço da ECRA; 13:30 - Sorteio de Brindes e Bingo de Rádio Base VHF (Novo na Caixa) CONFIRME A SUA PRESENÇA!!!!! Acesse o Site do Encontro: www.guiadoradioamador.com/fetecra2010 Informações: www.ecra.org.br APOIO: Guiadoradioamador.com O Site do Radioamador Brasileiro e Faixa do Cidadão www.guiadoradioamador.com Colaboração: PY2VOA / PY2021SWL – Faustino Prado 9 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 REGRAS DO CAMPEONATO ARGENTINO DE HF – ANO 2010 ORGANIZADO POR: LU1SF Radio Club La Rioja (www.radioclublarioja.com.ar ) LU7EO Radio Club Avellaneda (www.lu7eo.com.ar- www.lu7eo.org.ar ) L73D Grupo DX Norte (www.gdxn.com.ar ) 1) CRONOGRAMA DE FECHAS –año 20101º fecha - sábado 8 de MAYO 2º fecha - sábado 19 de JUNIO 3º fecha - sábado 17 de JULIO 4º fecha - sábado 21 de AGOSTO 5º fecha - sábado 18 de SEPTIEMBRE 6º fecha - sábado 23 de OCTUBRE Esquema e horários por modalidade: Banda de 40 mts. MODO CW HORARIO: 20:00 a 20:30 hs. UTC (17:00 a 17:30 hs. Argentina) MODO PSK31 HORARIO: 20:30 a 21:00 hs. UTC (17:30 a 18:00 hs. Argentina) . Banda de 80 mts. MODO SSB HORARIO: 22:00 a 23:00 hs. UTC (19:00 a 20:00 hs. Argentina) 2) Objetivo: Comunicar con la mayor cantidad de estaciones, multiplicadores, modos posibles y obtener la mayor suma de puntos entre las seis fechas del campeonato. 3) Participantes: Radioaficionados argentinos y extranjeros transmitiendo desde estaciones fijas únicamente. Se deberá respetar la reglamentación de cada país. 4) Serie a pasar: PSK31 y CW: 599 + número de serie a partir del 001. SSB : 59 +número de serie a partir del 001 Mayor Informacion: [email protected] Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA – Guaratinguetá-SP ______________________________________________________________________________________________________ Maratona DX 2010 O Grupo Araucaria de DX lança o Matatona DX 2010 estimulando a boa prática do DX e Contest. Pelo segundo ano, o ADXG organiza o Troféu Maratona DX, utilizando regras parecidas com o CQ DX MARATHON patrocinado pela revista CQ MAGAZINE. Entre Janeiro e Dezembro de 2010, os participantes são desafiados a trabalharem o maior número de DXCC e Zonas CQ, portanto comecem a correr atrás das figurinhas. As regras podem ser acessadas: http://www.cq-amateur-radio.com/DX Marathon Rules Dec08.pdf Premiação: 10 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 • • 2 primeiros um belo TROFÉU 5 primeiros Brasileiros receberão certificados Vamos ver ser conseguimos colocar alguns Brasileiros no top 10 do próprio CQ DX MARATHONE. Quem participar do TROFEU MARATONA DE DX do GADX , estará tambem participando paralelamente do CQ DX MARATHON da CQ MAGAZINE. Poderemos também para motivar a todos manter os scores em um link especial. TROFEU GADX MARATONA DE DX: http://www.araucariadx.com/site/noticias/Trofeu_GADX_DX.pdf ______________________________________________________________________________________________________ CQ World-Wide WPX Contest 2010 CW: 29-30 de maio de 2010 Início: 00:00 GMT de sábado Término: 23:59 GMT de domingo I. Objetivo: Para radioamadores ao redor do mundo contatarem o máximo de radioamadores e prefixos possíveis durante o período da competição. II. Período de Operação: 48 horas. Estações Operador Único podem operar até 36 das 48 horas – Os intervalos devem ser de no mínimo 60 minutos durante os quais nenhum QSO pode ser registrado. Estações Multi Operadores podem operar todas as 48 horas. III. Bandas: Somente as bandas de 1.8, 3.5, 7, 14, 21, e 28 MHz podem ser utilizadas. O cumprimento dos planos de banda estabelecidos é fortemente apoiada. Fonte: http://guaradxgroup.blogspot.com Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA – Guaratinguetá –SP ______________________________________________________________________________________________________ Revista "MUNDO e MISSÃO" Testemunhos da Vida Missionária por Emanuela Citterio Ninguém pode sorrir, sabendo que em 2002, na era da internet e dos celulares, existem na Itália pessoas que ainda insistem em usar um aparelho radiotransmissor e receptor", diz o professor Andrea D'Agostino. "Porém, na Ásia, América e África, vivem milhões de pessoas que só podem se comunicar por meio de rádio e que se acham muito felizes quando podem ter um rádio transmissor, embora muito antigo, que às vezes deve ser alimentado com a modesta energia tirada de uma célula solar". JOVEM DE 80 ANOS O professor Andrea D'Agostino é um médico aposentado e um radioamador meio especial. Todos os dia, às 17h30, sintonizase na freqüência 14317,5 para coligar-se, via rádio, com o pequeno hospital da missão de Sakalalina, uma aldeia perdida no meio da savana no centro-sul de Madagascar. Faz isso com o mesmo cuidado com que, por muitos anos, visitou seus pacientes durante sua longa carreira no hospital de Nápoles. Ele conta como sua vida mudou: "Sou um médico de oitenta anos que descobriu que uma grande paixão minha podia ser útil a alguém". O professor D'Agostino é a alma do Grupo de Radioamadores Médicos, uma associação nascida em Roma cerca de vinte anos atrás, que usa o rádio como "ponte" para 11 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 ajudar quem se encontra em dificuldade, sobretudo na África, por falta de médicos e de estruturas sanitárias. "Por cinqüenta anos me dediquei ao tratamento dos diabéticos - explica ele -. Meu trabalho foi um grande amor que nunca traí. A medicina e o relacionamento com os pacientes preencheram toda minha vida. Quando começou a se aproximar a idade da aposentadoria, senti que sem meu trabalho corria o perigo de acabar meus dias na tristeza. E assim decidi organizar minha velhice". A paixão pelo rádio e a decisão de obter o diploma de radioamador deram uma virada decisiva em sua nova existência. Em 1998, foi ao hospital missionário em Sakalalina, onde modificou a maneira de enfrentar o tratamento dos diabéticos que antes morriam por falta de terapias adequadas. Quem lhe possibilitou este contato foram Maurício e Inês, dois missionários de Fides, uma associação de leigos consagrados presente em Zâmbia e Madagascar. Inês é obstetra em Sakalalina há trinta anos e Maurício trabalha há dez anos como técnico no mesmo hospital, construído com muito esforço pela Fides em uma das regiões mais isoladas do país. SAKALALINA Eles contam o incrível encontro com o professor D'Agostino e sua associação: "Quando chegamos a Sakalalina, não havia nada. Faltava luz, gás, até água. Em Madagascar, existe uma única estrada, asfaltada em parte, que atravessa o país de Norte a Sul. As outras estradas são de terra. Durante a estação seca, dá para passar mais ou menos, mas, na estação das chuvas, até com caminhonete você atola na lama e não sai mais". Sakalalina é uma aldeia isolada na savana à qual, até pouco tempo atrás, se podia chegar só a pé, depois de atravessar um rio. As duas mil pessoas que vivem na aldeia encontram-se numa situação de extrema pobreza, sem nenhum serviço. Professor D' Agostinho com pessoal médico e pacientes do hospital de Sakalina Até 1985, o pequeno hospital de Sakalalina não tinha nenhuma possibilidade de se comunicar, nem dentro do país. "A rádio era proibida pelo governo -explica Inês -. Nossa primeira rádio interna começou a funcionar graças a uma autorização especial do ministro da saúde. Com o decorrer do tempo, todos os missionários puderam se comunicar via rádio. Hoje, utilizamos três estações: em Sakalalina, Ihosy e na capital, Antananarivo". Vinte anos depois de Inês, chegou a Sakalalina ,Maurício que tinha freqüentado uma escola para radioamadores. Foi aperfeiçoada a estação de rádio com uma antena particular para transmitir a longa distância. E desde 1994, a missão começou a transmitir e receber do mundo todo. "Tornei-me radioamador por necessidade - conta Maurício -. No hospital me ocupo da manutenção e o rádio é indispensável para meu trabalho. Uso-o para pedir conselhos, quando devo resolver algum problema técnico, para solicitar material necessário ao hospital, para as emergências. A rádio foi o meio do encontro providencial com o professor D'Agostino". O primeiro encontro do médico italiano com o hospital de Sakalalina aconteceu em resposta a um S.O.S. lançado por Maurício. "Sou um médico", respondeu D'Agostino."Precisamos de médicos", disse Maurício. "E os diabéticos, como são tratados?". "Estão condenados a morrer", foi a trágica resposta. "Maurício me passou a comunicação" - lembra Inês - "e expliquei ao professor que conseguíamos prestar assistência aos diabéticos só quando chegavam ao hospital, mas quando voltavam para as aldeias encontravam dificuldades intransponíveis e não conseguiam mais tratarse".D'Agostino não perdeu tempo. Foi a Genebra falar com o responsável da Organização Mundial da Saúde pela diabetologia, encontrou médicos africanos e alguns meses depois partiu com a esposa para Madagascar. Em Sakalalina, organizou encontros com os médicos locais, os missionários e os doentes, explicando a diabetologia através de cartazes e folders. Os doentes e seus familiares começaram, assim, a aprender os tratamentos e encontraram até a maneira de manter em baixa temperatura as doses de insulina num vaso de barro. DOENTES AJUDAM DOENTES "O professor D'Agostino e os outros médicos continuam nos acompanhando da Itália" - continua Inês - "Eles organizaram uma parceria entre os diabéticos tratados num hospital de Nápoles e os do nosso hospital. Os diabéticos italianos criaram uma associação, nos enviam insulina e até adotaram alguns diabéticos malgaxes". Desde dezembro de 2001, os radioamadores de Rapallo, a cidade onde mora o professor D'Agostino, conseguiram inaugurar uma estação de rádio num hospital de Gênova, em colaboração com a clínica de doenças infecciosas e tropicais da universidade, que se tornou um ponto de referência para quem na África deve enfrentar os muitos e graves problemas causados por essas doenças. 12 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 Inês com alguns pacientes O hospital de Gênova tem um departamento especializado no tratamento da lepra e todos os médicos especialistas estão disponíveis para dar consultas via rádio. Maurício tem um ampla lista de casos em que a rádio resolveu problemas médicos e questões técnicas. Como aquela vez em que os ratos tinham roído os fios da fotocopiadora e a assistência técnica foi fornecida da Itália por outro radioamador, ou quando Inês tinha problemas para renovar o passaporte e recebeu um conselho de um funcionário da embaixada que, por acaso, estava escutando. O professor D'Agostino dedica-se em tempo integral às necessidades de Sakalalina e das outras missões que conheceu através de seu aparelho radiotransmissor. Ele tem uma receita simples para manter a juventude: "É o amor que faz viver e que torna tudo muito mais leve". Fonte: http://www.pimenet.org.br/mundoemissao/testemunhosradio.htm - Salvar vidas pelo rádio - um médico aposentado ... Colaboração: Faustino Prado –PY2VOA / PY2021SWL RODADA DA USRA EM 80 metros A rodada inicia às 19hs e a freqüência é em 3.768 kHz. Estamos convidando a todos os colegas que tenham estação equipada para operar em 80m, que participem e tragam informações para o grupo que ali se reúne. Aproveite mais esta opção diária, para se encontrar com diversas estações na banda de 80m. Teremos grande prazer em recebê-lo! http://www.usra.com.br/ Caros amigos e colegas: Hoje vamos lembrar a nossa Pioneira Radioamadora Brasileira. Ah! Também vamos lembrar um bonito gesto de dois radioamadores gaúchos. Por ocasião da aquisição da sede da CRAG - Casa do Radioamador Gaúcho, muitos jantares e chás 13 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 foram realizados com o fim de se levantar um numerário para ajudar na concretização do sonho dos radioamadores gaúchos. Em um destes eventos, no Chá do Club do Comércio, ocorrido no dia 03 de dezembro de 1959, aconteceu o bonito gesto. ODETTE CECY CHAVES - BZ7AA - Sb-7AA - PY8AB YL PIONEIRA NO BRASIL Foi a primeira mulher que operou uma estação de radioamador no Brasil. Radioamadora muito operante em Belém-PA, magnífica telegrafista, dominando três idiomas e atuou com os indicativos de chamada BZ7AA, Sb-7AA e, finalmente PY8AB. Era uma moça esguia e de porte altivo, filha de Américo Chaves e de ascendência espanhola pelo lado materno. Constava na lista de radioamadores do Brasil elaborada em junho de 1927 por Vasco de Abreu – Sb-1AW, que remetia, com dedicatória, a todos os radioamadores com que se comunicava: State of Pará Sb-7AA – Odette Cecy Chaves – E. Nazareth, 105 - Belem De janeiro a novembro de 1935 foi a primeira delegada da LABRE-PA, na época com jurisdição nos Estados do Pará, Amazonas, Piauí e Territórios do Amapá, Rondônia e Roraima. CHÁ PRÓ CONSTRUÇÃO DA SEDE PRÓPRIA Será realizado no Salão de Cristal do Club do Comércio, no dia 3 de dezembro vindouro, um grande Chá em benefício da construção da sede própria da CRAG. Está à frente deste empreendimento, uma comissão de Senhoras, esposas de associados, que contarão com a colaboração de um grupo de “patronesses” especialmente convidado, também composto de esposas de radioamadores. Entre as pessoas que adquirirem ingressos para o chá, serão sorteados os seguintes prêmios: duas passagens de ida e volta ao Rio de Janeiro, pelo Super Constelation Intercontinental da VARIG e um fino relógio bracelete, para senhora, gentilmente oferecido pela Joalheria Ajax. Os ingressos poderão ser adquiridos com as “patronesses” ou pelo telefone 9-14-36, ao preço de Cr$ 300,00. Esse acontecimento social será irradiado pela ZYU-71, Rádio Princesa de Porto Alegre, na freqüência de 780 Kcs. BONITO GESTO No dia 3 de dezembro de 1959, na magnífica festa levada a efeito no Clube do Comércio, nesta Capital, em benefício da Sede da CRAG, realizou-se o sorteio de duas passagens aéreas, ida e volta, à Capital Federal, pelo Super Constellation, da VARIG, ofertadas pela grande Empresa Gaúcha. Foram contemplados os colegas João Antônio Martinez e Ricardo Azevedo Bastian, respectivamente PY3BCM e PY3BCJ os quais, num gesto altamente expressivo abriram mão dos prêmios. Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR e-mail: [email protected] Site: http://www.geocities.ws/py3idr Colaboração: Faustino Prado – PY2VOA / PY2021SWL Hoje vamos lembrar uma crônica lida no dia 05 de outubro de 1959, ao microfone da Rádio Santamariense - ZYU-37, da cidade de Santa Maria-RS, no programa : ENCONTRO COM A TARDE Pelo Capitão José Gomes Barreto Sempre os radioamadores; sim, os desportistas das telecomunicações sempre vem à saber, em primeiro lugar e com todas as minúcias, dos casos de calamidade pública. A falta de cerimônia com que apelamos para o seu concurso aumenta nessas circunstâncias. Tão logo se abateu sobre o Estado a última chuvarada (que alguns denominaram “quarta enchente de São Miguel”), procuramos ouvir o depoimento de um amigo radioamador. Calculávamos a preciosidade de suas informações; todavia não poderíamos imaginar fossem tão completas de minúcias: os próprios números publicados nos jornais foram corrigidos, com citação de testemunhas, mostrando documentário de toda a tragédia da enchente. Como em outras ocasiões, desdobraram-se os operadores particulares da radiofonia, transmitindo avisos, pedindo alimentos, roupas e remédios. Quem já se acostumou a ficar sem telefone após um aguaceiro forte sabe perfeitamente o quanto é inútil o invento de Graham Bell em tais ocasiões, da mesma forma que pode valorizar uma estação de rádio. Enquanto o prestimoso auxílio desses técnicos particulares não for reconhecido oficialmente, devemos, pelo menos, torná-lo conhecido das populações, dando valor e reconhecimento a quem os merece. Na recente calamidade que assolou Sobradinho, Candelária, Rio Pardo e Cachoeira, houve radioamadores que trabalharam até o limite de resistência, movidos, pura e simplesmente, por um sentimento humanitário, sem a menor recompensa financeira ou social. Sem ostentar os vistosos títulos de pioneiros, socorristas ou legionários, são os primeiros a entrar na batalha contra o frio, a fome e a doença e os últimos a abandonar o posto de salvamento. Para os indiferentes, incapazes de tomar conhecimento da dor alheia, eles nada fizeram; para os filósofos, sobra-lhes o conforto espiritual de ajudar o próximo; para os próprios radioamadores há a transformação de um passa-tempo em trabalho forçado, 14 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 com desgaste da estação e desvio de suas atividades particulares. Tudo estaria bem se as autoridades, em reconhecimento ao valor deste serviço relevante, criassem um câmbio menos proibitivo à aquisição de peças para as estações registradas. Tal não acontece, porém, e a montagem de equipamentos torna-se cada vez mais difícil. No entanto, eles auxiliam o próximo e merecem nosso melhor elogio, neste Encontro com a tarde. Por hoje ficamos por aqui. Abraços. Ivan Dorneles Rodrigues – PY3IDR e-mail: [email protected] Site: http://www.geocities.ws/py3idr ______________________________________________________________________________________________________ Caros amigos e colegas: Hoje vamos lembrar nosso saudoso amigo e colega radioamador Dr. Paschoal Pery Gorrese - PY3DV, fundador da Rádio Caçapava - ZYK-218, da cidade de Caçapava do Sul-RS. O RÁDIO EM CAÇAPAVA DO SUL-RS Arnaldo Luiz Cassol RÁDIO CAÇAPAVA - ZYK-218 A Segunda Guerra Mundial havia serenado as suas desastrosas façanhas e a horrenda marca da destruição começava a ser substituída pela reconstrução pacífica entre os escombros generalizados pelo mundo inteiro. Era o ano de 1947, quando chegava à cidade de Caçapava do Sul-RS um moço recém-formado, com especialização em otorrinolaringologia, Dr. Paschoal Pery Gorrese que, ao deixar a sua terra natal, Porto Alegre-RS, optou pela vida interiorana. O Dr. Gorrese, como era conhecido, tinha uma verdadeira predileção pela rádio comunicação, tornando-se radioamador a 11 de junho de 1937, recebendo o Indicativo de Chamada PY3DV. A rádio comunicação dava os primeiros passos após as grandes dificuldades marcadas pela guerra. O técnico Gomercindo Prates Chaves, também radioamador, detentor do Indicativo de Chamada PY3ZG, responsável pelo serviço de eletricidade da área municipal, possuía uma “estação de radioamador” que operava em caráter permanente dadas as dificuldades de outros meios a não ser a radiotelegrafia dos correios. O radioamadorismo prestou relevantes serviços à comunidade, mesmo por se tratar de uma operação praticamente gratuita e a inexistência de telefones. Em 1951, o moço médico, de parceria com Gomercindo Prates Chaves - PY3ZG, seu colega radioamador e Ernani Miranda, davam investidas para a criação de uma rádio transmissora e isto aconteceu no dia 20 de maio de 1951, quando a Rádio Caçapava começava a entrar nos lares da comunidade, com seus primeiros programas radiofônicos. Nos diz a história nos seus registros: - “Diante da curiosidade natural dos habitantes de nossa terra, cortou os céus da “Sentinela dos Cerros”, pela vez primeira, uma voz que anunciava, para conhecimento geral, que estava indo para o ar, naquele momento, a Rádio Caçapava e, a partir daquele instante, estava iniciada a jornada e definida uma obra”. O Dr. Paschoal Pery Gorrese é o fundador e patrono desse importante empreendimento cultural e de prestação de serviços desenvolvidos pela extraordinária tecnologia que estreita cada vez mais, o espaço das comunicações. A Rádio Caçapava começou com a potência de 100 watts, 250, 1000 e está hoje com 2000 watts, na freqüência de 1070 KHz, que sofreu uma fundamental remodelação e ampliação de seus recursos programáticos na modernização de seus estúdios e aquisição potencial que a coloca entre as melhores emissoras interioranas. Foram pioneiros, além dos já citados integrantes do quadro, Edgar Perez, João Chaves, Breno Osório Pereira (todos de saudosa memória). Elza, Lia e Cecília Chaves, Felisberto Freitas, Rivadávia Severo, Moisés Velasquez, Eloi Schwelm, até chegarmos a atual diretoria, composta pelo Dr. João Baltezam Ferreira, diretor, Favorino Dias Chaves, diretor supervisor e bacharel Adail da Rosa Paz, gerente. A Rádio Caçapava, prefixo ZYK-218, por sua tradicional participação no desenvolvimento do município, goza de um conceito muito significativo, pois, se destaca entre as similares e sua atuação abrange uma área intermunicipal com uma potencialidade de alcance bem expressivo em razão da aquisição de novas técnicas e instrumentos concernentes. O Poder Legislativo Municipal delegou o título de “BENEMÉRITA DE CAÇAPAVA”, pelos serviços e utilidades prestadas ao longo de seus 51 anos. Colaboração de Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR e-mail: [email protected] Site: http://www.geocities.ws/py3idr ______________________________________________________________________________________________________ 15 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 Caros amigos e colegas: Hoje quero prestar minha homenagem a um grande amigo, ilustre radioamador, que atualmente reside no Rio de Janeiro. LUIZ CARLOS NUNES D’ANGELO – PY5CDI Luiz Carlos Nunes D’Angelo nasceu a 07 de fevereiro de1937, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, filho de Guido D’Angelo e Maria Nunes D’Angelo. Aos oito meses, foi levado para Cruz Alta, Rio Grande do Sul, terra natal de seus pais; aos seis anos, para Pelotas-RS, aos sete, para o Rio de Janeiro, permanecendo até 1962. Estas mudanças resultaram das obrigações militares de seu pai, oficial do Exército. Concluiu o Curso Primário em 1949, ingressou no Curso Secundário em 1950. Durante o Curso Secundário, estudou teoria musical e solfejo, violino (efemeramente), piano (dois anos), radiotelegrafia, noções de eletricidade e eletrônica. Fez parte ativa do “Clube Agrícola Mauá”, criado em seu educandário àquela época. Com breve discurso, em 17 de setembro de 1949, saudou o então Gen. Eurico Gaspar Dutra, Presidente da República, em visita ao educandário. Em 1952, associou-se à Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão – LABRE, sob a matrícula nº 7.865. Em 14 de abril de 1953, habilitou-se à classe juvenil do radioamadorismo, recebendo o Indicativo de Chamada PY1BFP. Titulouse em “professor e inspetor de cegos” em curso de 600 horas, promovido pelo Ministério da Educação e Cultura, no Instituto Benjamin Constant; Estudou Esperanto, na Liga Brasileira de Esperanto ; Redigiu e apresentou o programa “Esperanto, Língua Internacional”, de 1955 a 1957, pela Rádio Ministério da Educação e Cultura; Em 19 de dezembro de 1959, bacharelou-se em Jornalismo, pela Faculdade Nacional de Filosofia da UB; Em 04 de agosto de 1960, participou da 5ª Concentração de Radioamadores da 5ª Região, em Brusque-SC, apresentando trabalho escrito sobre problemas do Radioamadorismo. Em 19 de dezembro de 1961, bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da atual UERJ; Foi funcionário do SESI de Santa Catarina, de 1962 a 1967, exercendo: a) atividades de reabilitação e colocação de pessoas com deficiência; b) Redação e apresentação, com Vilson Mendes, de 1963 a 1964, do programa “Pela Paz Social”, na Rádio Guarujá de Florianópolis; c) Redação de discursos para a diretoria; Exerceu a advocacia, de 1963 a 1967, com escritório em Florianópolis; Em 09 de dezembro de 1964, foi lhe conferido o certificado de Monitor em Apicultura, pela Secretaria de Agricultura de Santa Catarina. Em 12 de junho de 1965, casou-se no Estado do Rio de Janeiro, com Henriqueta Garcia Ximene, que passou a chamar-se Henriqueta Garcia D’Angelo. Henriqueta ingressou ao Serviço de Radioamador, obtendo o Indicativo de Chamada PY5CGM. Montou e dirigiu, com Celina Ferreira Fernandes e Henriqueta Garcia D’Angelo, de 1965 a 1976, em Florianópolis, Joinville e Curitiba, escolas de datilografia, tendo ministrado aulas e desenvolvido método próprio para o aprendizado de digitação. Em 17 de julho de 1966, nasceu Guido Garcia D’Angelo, seu filho. Redigiu e imprimiu apostilas, com H. G. D’Angelo, de 1966 a 1975, para o Colégio 19 de Dezembro, de Curitiba; Em 01 de março de 1968, foi aceito, juntamente com sua esposa, na Ordem Rosacruz, conforme nº 35638P. Exerceu a direção administrativa da Associação Catarinense para a Integração do Cego (ACIC), de Florianópolis. Em maio de 1968, de 17 a 24, realizou conferências sobre Radioamadorismo e sobre ensino especializado, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a convite do Rotary Club local. Em 31 de maio de 1968, passou a residir na cidade de Curitiba, Paraná. Detentor do Indicativo de Chamada PY5CDI. De 06 a 10 de outubro de 1970, realizou conferências sobre Radioamadorismo e sobre ensino especializado, em diversos educandários da cidade de Canoinhas-SC, a convite da Prefeitura loca. Em 20 de junho de 1972, concluiu um curso sobre Parapsicologia, ministrado pelo Padre Oscar Gonzáles Quevedo. Em abril de 1973, concluiu um curso de Musicoterapia pelo método Orff-Kodaly. Em fevereiro de 1981, participou da Reunião dos Dirigentes da LABRE da Região Centro-Sul, tendo sido incumbido de redigir e editar a minuta de Ante-projeto para a reforma estatutária da Entidade. Publicou pela “Papa Livro” Editora de Florianópolis “Ortografia Fonétika Luzitana” – 1993. Autor do livro “Coitadinho ou Cidadão?”, Editado pela Livre Expressão, em 2004. Autor do livro “Manifesto por uma simplificação ortográfica”, editado pela Livre Expressão, em 2006. Luiz Carlos Nunes D’Angelo atualmente reside na cidade do Rio de Janeiro. Colaboração: Ivan Dorneles Rodrigues - PY3IDR e-mail: [email protected] Site: http://www.geocities.ws/py3idr ______________________________________________________________________________________________________ 16 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 UM BRASILEIRO NA HISTÓRIA DA MÁQUINA DE ESCREVER Francisco João de Azevedo, eclesiástico e inventor brasileiro, nasceu na Paraíba em 1800 e morreu no mesmo Estado, a 26 de junho de 1880. Começou a vida como tipógrafo, ingressando depois no Seminário do Recife, onde tornou-se padre. Foi durante vários anos professor no Arsenal da Marinha de Pernambuco. Construiu uma máquina taquigráfica e, em 1851, apresentou na Exposição Industrial e Agrícola da Província de Pernambuco, no Rio de Janeiro, sua “máquina de escrever”, conquistando a Menção Honrosa. Ainda que tenha sido este invento o maior sucesso na exposição, não conseguiu ele o auxílio do governo imperial, que solicitara a fim de aperfeiçoar-se no estrangeiro. Mais tarde, convidado por um agente de negócios para ir aos Estados Unidos, recusou-se devido a idade e sua pouca saúde, confiando aquele o seu invento. Anos depois, sua máquina surgia com as modificações e reformas que aconselhara ao agente de negócios, ao mesmo tempo em que recebia de volta o seu “mecanógrafo”, sem as peças essenciais. Ernani Macedo de Carvalho escreveu mais tarde que “uma investigação rigorosamente científica nos anais e relatórios da “Primeira Exposição Nacional” de 1861 traria luz sobre esta invenção e reivindicaria para o Brasil a glória desta descoberta, promovendo também a reparação da injustiça feita com o Pe. Francisco João de Azevedo. Colaboração de Ivan Dorneles Rodrigues – PY3IDR e-mail: [email protected] Site: http://www.geocities.ws/py3idr ______________________________________________________________________________________________________ A HISTÓRIA DO RÁDIO O RADIO É UMA INVENÇÃO PRODUTO DO TRABALHO DE UM HOMEM SÓ? Por questão de economia de espaço, mostramos a parte inicial da matéria escaneada da Revista Antenna e a sequência transcrita de seu conteúdo. Aqui o engenheiro Nicolas Dachin nos conduz a refletir sobre o fato de que o rádio não foi fruto do trabalho de um homem só, mas de muitos dedicados homens de ciência. Justiça se faça a todos que a merecem...e não a um só homem... Todos povos escrevem sobre suas figuras históricas de grande expressão com muito orgulho, não deixam cair no esquecimento as datas comemorativas de seus feitos, aqui fazemos o mesmo com o nosso sacerdote-cientista ROBERTO LANDELL DE MOURA, e apenas reivindicamos o lugar que lhe cabe na história das telecomunicações e aqui é mostrado o que alguns dos cientistas preocupados com o desenvolvimento das comunicações fizeram. Se estivéssemos preocupados com quem fez o que e em que datas os registros são claros: Em 06 de junho de 1900 Landell de Moura fez uma transmissão da palavra humana articulada com a presença da imprensa registrando o fato e a presença de autoridades na época incluindo o consul britânico em São Paulo, P.C.Lupton, isto para dizer o mínimo já que são feitas referências às datas de 1893, época em que isto já foi conseguido, já com fonia, mas que alguns questionam. Recordemos que é consignado à Marconi em 1895 somente a telegrafia utilizando o Código Morse e não fonia. A seguir o registro da segunda transmissão da palavra humana deu-se em 25 de Dezembro de 1900, feito consignado ao Canadense-norte-americano Reginald Aubrey Fessenden. Tem-se inclusive a gravação de suas palavras. A Suprema Corte dos Estados Unidos não deu ganho de causa ao processo "MARCONI WIRELESS TELEGRAPH COMPANY OF AMERICA v. UNITED STATES" - OCTOBER 1942. Isto mostra que apesar de em geral na história do rádio um nome só ser lembrado, aqui os norte-americanos quando a questão envolvia consequências econômicas não fizeram coro nessa concordância. Eis aqui a somente primeira página do processo que a "MARCONI WIRELESS TELEGRAPH COMPANY OF AMERICA" moveu contra os Estados Unidos pleiteando o reconhecimento da invenção e que não teve ganho de causa. Por economia de espaço mostramos somente a primeira página, pois o documento é muito longo. Bom, depois deste breve intróito vejamos a matéria que foi publicada na REVISTA ANTENNA N.39 DE JAN/FEV - 1969, escrito do Eng.Eletrônico-eletricista NICOLAS DACHIN. O texto foi mantido na íntegra e algumas fotos foram acrescentadas. 17 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 18 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 O JORNAL NEW YORK HERALD DE 12 OUTUBRO 1902 NOTICIA OS INVENTOS DE LANDELL Falando a milhas de distância por meio de um raio de luz Para obtermos um retrato do genial pesquisador e inventor brasileiro precisamos procurar as páginas de um jornal norteamericano, o "New York Herald" de 12 de Outubro de 1902. Parece uma triste Piada! Na oportunidade em que se encontra em execução o mais completo e atualizado Plano de Telecomunicações de âmbito nacional, destinado a ser um dos principais pilares, a condição básica a infra-estrutura do desenvolvimento e progresso do país, seria lógico e oportuno voltar nossas vistas ao passado, às origens das telecomunicações em geral e principalmente ao que foi feito no Brasil neste importante setor. Falta esclarecer importantíssimos fatos históricos relacionados com as origens das telecomunicações, com a telegrafia e telefonia sem fios em particular, bem como com a ciência eletrônica em geral. Como se sabe, a história só poder ser escrita pelo menos cinqüenta anos após os acontecimentos. Assim, já estamos no tempo justo para colocar as coisas em seu devido lugar. Quem foi o inventor das radiocomunicações? Eis uma pergunta um tanto simplista, além de ingênua. Da mesma maneira pode-se perguntar: quem foi o inventor das telecomunicações? Ou ainda: quem foi o inventor da eletricidade? Alguém arriscaria mencionar um nome como sendo "o inventor", "o pai" da eletricidade? Com certeza ninguém se atreveria a tanto, pois para todos está mais do que claro o fato de que tanto na eletricidade como nas telecomunicações, seja a curta ou a longa distância, com ou sem fio, poder-se-ia citar dezenas ou mesmo centenas de nomes de respeitáveis cientistas, físicos, pesquisadores e descobridores que de uma ou de outra maneira contribuíram, cada um em seu setor, para a evolução dos nossos conhecimentos. Os trabalhos de cada um deles estão intimamente ligados aos trabalhos de seus antecessores e não podem ser considerados isoladamente. No que diz respeito ao descobrimento das radiocomunicações, ainda persiste uma lamentável confusão generalizada, devido ao fato que muitas publicações relacionadas com o assunto e até a maioria dos dicionários existentes, de cuja idoneidade ninguém ousaria duvidar, dão uma resposta categórica, porém sem justificativas válidas nem bem fundamentadas. No caso das telecomunicações, existe um evidente exagero ao se mencionar o nome de Guglielmo Marconi como o inventor, "o pai" do rádio. Tal afirmação levanta uma onda de protestos e reclamações sobre a prioridade em muitos países inclusive no Brasil. Poucos brasileiros têm conhecimento dos trabalhos do Padre Roberto Landell de Moura,oprimeiro radioamador do mundo, (Eletrônica Popular, nov/dez 1967) e um dos indiscutíveis pioneiros das telecomunicações, não só no Brasil, mas no mundo 19 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 inteiro, como prova o escritor Ernani Fornari no seu livro "O incrível Padre Landell de Moura", da Editôra Globo, 1960, e que cita a seguinte publicação do "Jornal do Comércio" de São Paulo, datada de 10 de junho de 1900: "No domingo próximo passado, no Alto de Sant'ana, cidade de São Paulo, o padre Roberto Landell de Moura fez uma experiência particular com vários aparelhos de sua invenção, no intuito de demonstrar algumas leis por ele descobertas no estudo da propagação do som, da luz e da eletricidade através do espaço, da terra e do elemento aquoso, as quais foram coroadas de brilhante êxito. Estes aparelhos eminentemente práticos são como tantos corolários, deduzidos das leis supracitadas. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas, o Sr. P.C.P.Lupton, representante do Governo Britânico, e sua família". Sobre um de seus aparelhos, o "Anematófono", a nosso ver o mais engenhoso e o mais interessante, o próprio padre escreveu o seguinte: "O anematófono é um aparelho com o qual, sem fio, obtêm-se os efeitos da telefonia comum, porém com muito mais nitidez e segurança, visto funcionar ainda mesmo com vento e mau tempo. É admirável este aparelho pelas leis inteiramente novas que revela, como, outrossim, o que se segue: O teletiton, sorte de telegrafia fonética com o qual, sem fio, duas pessoas podem se comunicar, sem que sejam ouvidas por outra. Creio que com este meu sistema poder-se-á transmitir, a grandes distâncias e com muita economia, a energia elétrica, sem que seja preciso usar-se de fio ou cabo condutor." Patente Brasileira n.3279 ano 1900, para um aparelho apropriado a transmissão da palavra à distância, com ou sem fios, através do espaço, de terra e da água. De autoria Roberto Landell de Moura. O padre Landell de Moura construía e demonstrava seus engenhosos aparelhos de comunicações, tanto telegráficos como telefônicos, justamente na época em que o telefone com fio era a grande novidade em aplicação nos grandes centros europeus e americanos. O telégrafo já era bastante usado e conhecido, porém o "telégrafo sem fio", era uma novidade total mesmo nos meios científicos europeus ou americanos. O "telefone sem fio" usando como onda portadora um raio de luz ou outra vibração eletromagnética, era uma idéia totalmente original e cuja prioridade pertence indiscutivelmente ao brasileiro Landell de Moura. Detetor fotônico das ondas de luz transportando áudio Hoje examinando os esquemas, circuitos e descrições dos aparelhos do incrível padre Landell, surpreende a sua engenhosidade ou mesmo a sua genialidade, absoluta segurança de julgamentos sobre as próximas e futuras possibilidades das comunicações por ondas eletromagnéticas. Em seus aparelhos, o padre Landell fez uma mistura e combinação de todos os princípios de comunicações já conhecidos e ainda desconhecidos, não só pelos especialistas, mas mesmo pelos próprios cientistas da época. Detetor e transmissor de Telegrafia O detetor usava o sistema coesor-descoesor para deteção dos sinais Landell introduziu um notável dispositivo reforçador acústico de sinais cujo funcionamento está descrito na parte - Artigos Técnicos Nestes aparelhos aparecem: a:. as principais peças de telefonia por condutores como microfone a carvão, fone (receptor magnético), bobina de indução, campainha de chamada, registrador telegráfico a fita, manipulador telegráfico, oscilador acústico para telegrafia sonora ou para chamada, etc. b: as principais peças do telégrafo sem fios por ondas eletromagnéticas amortecidas como: um circuito oscilador formado por bobinas de Ruhmkorff com capacitor e centelhador, ligados de um lado à terra e d'outro a um irradiador. c: um oscilador de ondas eletromagnéticas amortecidas para alimentar um tubo de Crookes como fonte de raios catódicos e ultravioletas localizada no foco de um refletor parabólico. d: um arco voltaico com filtro de quartzo para a produção de raios ultravioletas e sua canalização ou orientação para um determinado ponto por intermédio de um refletor parabólico. O sistema de modulação destes raios era feito por um dispositivo acústico. e: na recepção das oscilações eletromagnéticas foi usado um "coesor" de Branly e na recepção das oscilações 20 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 acústicas uma célula de selênio em vácuo, em série com um fone ou receptor magnético e uma bateria. f: um telescópio, uma bússola e um nível para a devida orientação e focalização do aparelho. É toda uma "pirâmide", um acúmulo de dispositivos de destinos mais variados, harmoniosamente combinados entre si com a finalidade de permitir comunicações telegráficas-telefônicas sem fios. Os trabalhos do padre merecem ser estudados com toda a atenção e seriedade. Os aparelhos deveriam ser reconstruídos, experimentados, comentados e posteriormente expostos num museu de telecomunicações. Suas originais idéias ainda não foram examinadas e estudadas a fundo e deveriam ser objeto de pesquisas num laboratório de física, visando aplicações práticas no campo das telecomunicações. Transmissor de Ondas O mesmo Transmissor de Ondas em outra representação Para melhor perceber e compreender o significado e o valor dos trabalhos do padre Landell de Moura, que inventava e construía seus aparelhos entre os anos de 1890-1905, citaremos algumas datas conhecidas e encontradas nas fontes de maior confiança, de fatos que deviam ser e certamente eram do conhecimento do padre. Ano 1873 - JAMES CLERK MAXWELL, professor de física na Universidade de Cambridge, baseado em raciocínio matemático anuncia uma teoria provando que a LUZ e o CALOR são formas de vibrações eletromagnéticas, diferençando-se tão somente pela longitude de onda e prevendo e a existência de vibrações análogas, porém de maior longitude de onda e ainda não descobertas. Maxwell deu as principais características das vibrações eletromagnéticas e também a sua expressão matemática, válida até hoje e conhecida como "equações de Maxwell". James Clerk Maxwell - 1831-1879 Ano de 1885 - HEINRICH RUDOLPH HERTZ, físico alemão, mostrou praticamente a existência de energia prevista por Maxwell em forma de ondas eletromagnéticas. Estas ondas passaram a ser chamadas "ondas hertzianas". Hertz usou como gerador das oscilações eletromagnéticas uma bobina de Ruhmkorff e como receptor um anel com duas bobinas separadas em 1/5 mm entre si, confirmando experimentalmente, as previsões de Maxwell sobre onidiretividade da propagação das ondas, suas propriedades de reflexão, refração e polarização. Por meio de dispositivos engenhosos, Hertz determinou a velocidade de propagação e a longitude das ondas eletromagnéticas geradas por seu aparelho. 21 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 HEINRICH RUDOLPH HERTZ - 1857-1894 A velocidade de propagação encontrada por Hertz foi de 300.000 km/s e a longitude de onda de 0,5 a 3 metros. Seus aparelhos representam em forma embrionária um transmissor e um receptor de oscilações eletromagnéticas. Ano 1890 - EDUARDO BRANLY , físico e acadêmico francês, idealizou o "COESOR", o primeiro detector de oscilações eletromagnéticas , de sensibilidade suficiente para possibilitar a construção dos primeiros receptores de rádio de aplicação prática. EDOUARD EUGÈNE DESIRÉ BRANLY COESOR-DESCOESOR DE BRANLY 22 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 COESOR-DESCOESOR DE BRANLY Ano 1892 - Sir WILLIAN CROOKES ,físico inglês, construiu o tubo de raios catódicos de dois eletrodos e previu, na revista "Fortnightly Review", a possibilidade de emprego das ondas eletromagnéticas para transmissão de sinais. Sir Willian Crookes Tubo de Crookes Ano 1893 - NICOLAS TESLA, físico iugoslavo, pronunciou uma conferência em Londres sobre a possibilidade de construir geradores rotativos de corrente de alta frequência de grande potência, para transmissores de radiotelegrafia. Nicloas Tesla Ano 1894 - Sir OLIVER LODGE,físico inglês analisou na revista "The Eletrician", os vibradores de ondas hertzianas e suas características de amortecimento; descreveu suas próprias experiências e dispositivos usados para transmitir e receber sinais a várias dezenas de metros de distância. Sir Oliver Lodge - 1851- 1940 23 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 Ano 1895 - ALEXANDRE POPOFF, físico russo, realizou as primeiras demonstrações públicas com seu transmissor e receptor, aplicando o "coesor" de Branly. No ano seguinte,numa conferência pública, recebeu o primeiro radiograma transmitido por seu assistente que se encontrava num outro prédio da Universidade de St. Petersburgo. O telegrama constava de duas palavras: "Heinrich Hertz". POPOFF No mesmo ano, na Itália, o jovem Guglielmo Marconi, de 21 anos de idade, discípulo do professor de física AUGUSTO RIGHI, que se destacou e ficou conhecido no mundo científico por suas experiências com as ondas hertzianas, aperfeiçoando ainda os aparelhos usados por Hertz - pesquisava. Marconi e Righi também chegaram a aplicar em suas experiências o "coesor" de Branly e os aparelhos semelhantes usados pelo professor POPOFF. Guglielmo Marconi Ano 1896 - GUGLIELMO MARCONI, chegou a Londres onde requereu uma patente do transmissor e receptor de radiocomunicações, recebendo-a. No ano seguinte seguiu, seguiu para Nova York onde repetiu com êxito a mesma manobra. Ainda em Londres foi fundada com sua ativa participação a Companhia Marconi, com o fim de explorar comercialmente, as patentes do "inventor". A referida companhia, sendo uma organização exclusivamente comercial, fundada com fins lucrativos, possibilitou um rápido aproveitamento do novo sistema de comunicações, popularizando e divulgando o interesse pelas radiocomunicações em geral. Neste sentido não podem, sem dúvida alguma, ser negados grandes méritos a Guglielmo Marconi pelo seu pioneirismo e sua inteligência no aproveitamento das possibilidades. É uma verdade bem conhecida que os cientistas, os professores universitários são refratários no que diz respeito ao patenteamento de seus descobrimentos, por não se considerarem com direitos de exclusividade, de um lado, e dooutro por desejarem justamente o contrário: a maior divulgação e promoção de seus trabalhos e descobrimentos. Neste nível se colocaram os cientistas como HERTZ, BRANLY, RIGHI, LODGE E POPOFF. Todos eles consideravam seus trabalhos e descobrimentos como um patrimônio da ciência e da humanidade e não como uma propriedade particular. Infelizmente o nome do padre brasileiro ROBERTO LANDELL DE MOURA, não figura entre os nomes conhecidos que contribuíram de uma ou de outra maneira para o desenvolvimento das telecomunicações. Porém, nunca é tarde corrigir o que foi esquecido: é preciso dar ao padre Landell de Moura o lugar que lhe é devido no campo da pesquisa científica.* *Obs. Com o advento da internet este panorama está mudando. Veja aqui uma página européia de Andres Salillas, jornalista espanhol, que tem livro escrito sobre os pioneiros do rádio e que os homenageia em sua página e lá já está incluído o nome de Landell de Moura: "EL NACIMIENTO DE LA RADIO - Algunos de los que han contribuido para hacerlo realidad":http://www.weblandia.com/cerdanyola/pioneros.htm Aqui está o texto sobre Landell de Moura em sua página. LANDELL DE MOURA, ROBERTO (Porto Alegre 1861 - 1928), El sacerdote cientista ROBERTO LANDELL DE MOURA, de Brasil, nació el 21 de enero de 1861 en la ciudad de Porto Alegre y murió el 30 de junio de 1928 en la misma ciudad. Fué ordenado sacerdote en 1886. Hizo parte de sus estudios (la física y quimica en conjunto) con lãs disciplinas teológicas. En este ambiente desarrolló sus primeras ideas sobre "Unidades de fuerzas físicas y armonía del Universo". Se interesó por ciencias físicas, quimicas, biologicas, filosofia, psicologia, parapsicologia y medicina. Era dotado de un profundo Sentimiento Teológico y para el no habia incompatibilidad entre Ciencia y Religión. Construyó e hizo funcionar en 1893 con exito, un aparato multifunciones que integraba transmisión y recepción de señales vocales y luminosos incluyendo un sistema para llamar la atención del operador utilizando ondas electromagneticas. Hizo la primera transmisión que se tiene noticia en la historia del radio en 1893, de la 24 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 palabra, cargada por una onda portadora de LUZ, donde utilizó el elemento Selenio para detección de la señal de sonido. Obtuvo patentes del gobierno de los EE.UU, en Nueva York - Manhattan -, tras el Patent Office de los seguientes aparatos: Wave Transmitter - Patent Number 771.917 - Oct/11/1904 Wireless Telephone - Patent Number 775.337-Nov/11/1904 Wireless Telegraph - Patent Number 775.846 - Nov/22/1904 Ouça a gravação da mensagem transmitida por Fessenden a seu assistente, feita no dia 25/12/1900,6 meses após Landell ter feito sua transmissão em público em São Paulo: (160kbytes em .mp3) - Diz a mensagem:"Hello! test, one, two, three, four. If it's snowing where you are, Mr. Thiessen, If it is telegraph back and let me know". "Alo!, um, dois, tres, quatro. Se estiver nevando onde o Sr. está, Sr. Thiessen, se estiver, telegrafeme e deixe-me sabê-lo." PARECER DO VICE-ALMIRANTE MÁRIO DE OLIVEIRA PENNA, ENGENHEIRO NAVAL E MECÂNICO ELETRICISTA: O reverendo Padre Roberto Landell de Moura, nascido na cidade de Pôrto Alegre aos 21 de janeiro de 1861, requereu e obteve três patentes de invenção nos Estados Unidos da América, a saber: a. transmissor de ondas b. telefonia sem fio c. telegrafia sem fio O histórico de suas atividades constantes do processo, perfeitamente documentado e justificado, assim como a análise técnica de suas invenções comparativamente ao que era conhecido na época, e ao que foi gradativamente, integrando-se na ciência, em sua evolução até a industrialização da Telegrafia e Telefonia sem fio, provam, de modo a não deixar dúvidas, ter conseguido aquele eminente brasileiro conceber, realizar e provar, os princípios fundamentais da exequibilidade da transmissão, princípios esses que, em essência, constituem a base de todas as conquistas e aperfeiçoamentos técnico-elétricos modernos nas comunicações sem fio. Não se pode deixar de reconhecer que o imortal Branly fêz experiências de centelhas em circuito fechado em 1885 na Universidade Católica de Paris. Marconi, aproveitando-se dessas experiências e dos princípios fundamentais que Branly sabiamente anunciou, correu a patentear um sistema por ele organizado de transmissão e recepção sem fio. Nem por isso deixa-se de proclamar a genialidade das concepções de Branly, sem as quais Marconi não teria obtido a patente 12.039, de 12 de setembro de 1896, na Inglaterra. O rev. padre Landell de Moura, embora sem a prioridade científicooficial, por isso que só mais tarde conseguiu suas patentes nos Estados Unidos da América, já em 1893 realizava as primeiras experiências de transmissão e recepção sem fio em São Paulo. Na narrativa dos episódios que prejudicaram suas primeiras tentativas, o prosseguimento de seus estudos e o registro, em tempo, de seus aparelhos experimentais, mostra evidentemente, que somente devido à razões imperiosas e superiores deixou ele de se incluir, na época, entre os pioneiros de tão relevante conquista. Estudando agora, do ponto-de-vista estritamente técnico, é forçoso reconhecer - porque se demonstra de modo inequívoco - que suas três Patentes contêm, de fato, todas as peças essenciais de um sistema que se foi aperfeiçoando até constituir o núcleo científico básico que permitiu a industrialização das transmissões e das recepções sem fio".... e finalizando:."Há, pois, nas três Patentes do patrício ilustre, idéias, concepções, princípios e engenhosidade na formação de circuitos elétricos, que caracterizam, de forma incontestável, os mesmos métodos e processos que foram aplicados mais tarde, com a natural evolução no meio industrial, com os aperfeiçoamentos da técnica elétrica e dos meios materiais de execução. Assim, estou convencido de que de justiça e de direito, cabe ao Padre Landell de Moura a glória imortal de ter idealizado o mais perfeito sistema de telefonia e telegrafia sem fio na época em que fez suas primeiras demonstrações, e que não foram outros os princípios aplicados, senão os constantes de suas patentes, na fase inicial da industrialização dos transmissores e receptores de telegrafia sem fio.(T.S.F.)". A história e trajetória do Rádio no Brasil Alexandre Figueiredo As atuais gerações não conhecem a história do rádio AM, um rádio de muita emoção mas com muita razão de sobra. E que possui momentos áureos que certamente não fazem parte das "10 mais" de FM alguma, seja "top" ou "lanterninha". Como esta página está em construção, a história do rádio AM aparecerá em tópicos rápidos. É muito pouco para uma história de mais de 70 anos que não podem ser esquecidos nem apagados da memória. Qualquer contribuição, correção, crítica ou sugestão pode ser feita mandando uma mensagem para nós. Acolheremos a mensagem e faremos todo o possível para melhorar e atualizar este site em homenagem a este espaço radiofônico que fez história na cultura e na comunicação do mundo. UMA BREVE HISTÓRIA DO RÁDIO AM NO BRASIL 1893 – A origem do rádio O padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele, a Marinha brasileira realizou, em 01 de março de 1905, diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban. Todavia, o Primeiro Mundo reconhece o cientista Guglielmo Marconi como o "descobridor do rádio". Marconi, natural de Bolonha, Itália, realizou em 1895 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância de 400 metros e depois pela distância de dois quilômetros. Ele também descobriu o princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da invenção do rádio, enquanto Landell só conseguiria obter para si a patente no ano de 1900. Guglielmo Marconi, em 1899, concebeu a radiotelegrafia através de uma mensagem de socorro transmitida pelo Atlântico. Nesse evento se populariza a sigla S. O. S. - save our souls, "salvem nossas almas" em português - , em todo o mundo, mesmo em países que não falam a língua inglesa que concebeu a sigla. Essa polêmica da invenção do rádio se compara à da invenção do avião, no início do século XX, em que o Primeiro Mundo credita ao irmãos Wright, dos EUA, a invenção do veículo aéreo, embora tenha sido o mineiro Alberto Santos Dumont seu pioneiro (os Wright não registraram imagens de suas experiências de vôo, enquanto Dumont realizou testes com seu 14-Bis diante de multidões em Paris, França, em 1906). 25 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 1919-1923 A POLÊMICA ORIGEM DO RÁDIO BRASILEIRO Uma polêmica, similar a de Santos Dumont versus irmãos Wright na aviação e Landell de Moura versus Guglielmo Marconi na invenção do rádio, envolve o surgimento da primeira emissora de rádio no Brasil. Oficialmente se credita à Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, o pioneirismo, em 1923, data da fundação da Rádio Sociedade carioca, ou 1922, data da primeira transmissão feita em rádio no Rio de Janeiro. Mas a Rádio Clube de Pernambuco (até hoje no ar e que chegou a ser propriedade de Assis Chateaubriand, a exemplo da Super Rádio Tupi), de Recife, quatro anos antes da fundação da Rádio Sociedade do RJ, já realizou suas primeiras transmissões radiofônicas. Preferimos considerar a origem do rádio em 1919, pela Rádio Clube de Pernambuco, por razões éticas. Seu registro está devidamente documentado em sua história e, por ter ocorrido num Estado do Nordeste, é compreensível a pouca repercussão que teve a primeira transmissão da Rádio Clube. Naquela época, o Brasil ainda era predominantemente rural, sua industrialização era incipiente, a República só tinha três décadas de existência, e a região Sudeste exercia, como ainda exerce atualmente, uma forte influência nos padrões e costumes do país. Por isso mesmo é que muitos ainda não levam a sério o fato de uma rádio pernambucana ser a pioneira no Brasil. Em 1922, em caráter experimental, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que não havia sido inaugurada ainda, transmitiu, em razão dos 100 anos da Independência do Brasil em 07 de setembro, o discurso do então Presidente da República, Epitácio Pessoa. O discurso foi realizado frente a uma exposição comemorativa à data, na Praia Vermelha (Zona Sul do RJ), tendo sido o transmissor instalado pela companhia norte-americana Westinghouse, no alto do Corcovado, que naquela época não tinha o célebre monumento do Cristo Redentor. A estação onde se localizava o transmissor tinha uma potência de 500 watts, e sua captação era testada pelos oitenta aparelhos de rádio importados que eram distribuídos pela cidade. Após o discurso de Epitácio Pessoa, foram transmitidos concertos, conferências e discos de música lírica, durante o período das festividades. Um dos números apresentados foi a ópera O Guarany, do maestro Carlos Gomes, transmitida ao vivo do Teatro Municipal, também no RJ, imediatamente após o discurso de Epitácio Pessoa. Após a efeméride dos 100 anos da Independência, as transmissões foram suspensas, para serem retornadas no ano seguinte, mais precisamente em 23 de abril, quando a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi inaugurada definitivamente. Em 1934, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro é repassada para o Ministério da Educação e Saúde do governo Vargas. Depois, Roquette Pinto é convidado pelo educador baiano Anísio Teixeira, um dos maiores nomes da Educação na história do Brasil, para instalar uma nova emissora. A rádio ganhou o nome de Rádio Escola Municipal do Rio de Janeiro, para depois se chamar Rádio Roquette Pinto AM, que, depois regressa ao ar em 2002. Com o tempo, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro se transformou na Rádio MEC, até hoje no ar. O idealizador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi Edgard Roquete Pinto, considerado o "pai do rádio brasileiro". Pinto fundou a rádio juntamente com Henry Morize. Mesmo não sendo exatamente o pioneiro, considerando a Rádio Clube de Pernambuco como a primeira rádio do país, Roquete Pinto teve sua prestigiada importância histórica em prol da comunicação e educação no rádio. Em homenagem a ele, foi criada uma fundação com o seu nome, que existiu até 1998 e depois foi substituída pela ACERP (Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto). Naquele ano de 1923, além da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, surgiram também a Rádio Clube, também no Rio de Janeiro e a Rádio Clube Paranaense, em Curitiba. Em 1924, surgiram a Rádio Sociedade da Bahia, em Salvador, e a Rádio Sociedade Gaúcha, de Porto Alegre. O RÁDIO NOS ANOS 20: ANTES DE VIR O "RECLAME" Quando surgiu, o rádio funcionava sem fins comerciais. Não havia ainda a chamada publicidade no rádio (conhecida como "reclame"), que só viria em 1927 e ganharia fôlego nos anos 30, influenciando no crescimento do rádio e no aumento de emissoras por todo o país. Antes dessa fase relativamente comercial aparecer no rádio brasileiro, haviam as chamadas "rádios clubes" ou "rádios sociedades", ou seja, rádios com programação elitista e raio de irradiação limitado, organizadas por pessoas da alta burguesia, que além de sustentarem as emissoras, forneciam suas coleções de discos, geralmente de música clássica. Destacam-se das inúmeras rádios com essa denominação a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (hoje Rádio MEC), a Rádio Clube de Pernambuco, a Rádio Sociedade da Bahia (Salvador), a Rádio Clube do Rio de Janeiro e a Rádio Sociedade Educativa de São Paulo. As "rádios clubes" ou "rádios sociedades" eram uma espécie de embrião da segmentação radiofônica, porque eram rádios feitas para um público específico e, descontando o aspecto elitista e erudito, o fato delas terem baixa potência de transmissão e, por isso, baixo alcance de irradiação, apresenta uma semelhança com as atuais rádios comunitárias. Este detalhe das "rádios-clubes" foi resgatado de alguma forma pela Rádio Fluminense FM de Niterói, entre 1982 e 1985, pois sua programação rock era proveniente de discos pertencentes a seus próprios produtores, colecionadores assumidos de discos. Só para se ter uma idéia, uma rádio comercial, hoje em dia, funciona com acervos impessoais fornecidos pelas gravadoras e, muitas vezes, doado para sebos ou instituições filantrópicas. A programação era elitista e amadora porque o rádio era uma novidade. Sua profissionalização ainda não era uma realidade. Os aparelhos de rádio eram muito caros e não eram fabricados no Brasil. Eram transmitidas grandes óperas e discursos com linguagem rebuscada, típicos da já então superada intelectualidade parnasiana, "derrubada" pelos artistas modernistas da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. As pessoas que participaram das rádios clubes ou sociedades tinham situação financeira favorável, que os possibilitava pagar mensalidades para sustentar as respectivas emissoras de onde eram associadas. A partir de 1927, o rádio começou a se preocupar com sua sobrevida financeira. A longo prazo, não iria dar certo o sustento de um seleto grupo de ouvintes, e um dia a emissora de rádio em questão teria que crescer e ampliar sua audiência. Com isso, o rádio começou a se estruturar profissionalmente, de forma que possa conquistar a confiança de uma empresa anunciante, seja uma padaria modesta de um bairro ou uma companhia multinacional, motivando-a a investir seu dinheiro para anunciar na emissora. Com a publicidade, 26 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 ganham a empresa, que pode divulgar seu produto e atrair freguesia através do rádio, e a emissora de rádio, que, ao alugar um espaço para os anúncios, hoje denominado intervalo, pode arrecadar dinheiro para a manutenção técnica, financeira e profissional. Com o tempo, o rádio passaria a deixar o elitismo, iniciando uma trajetória rumo à popularidade, em especial no meio dos anos 30, onde surgiriam os programas de auditório onde os ouvintes poderiam ver e participar ao vivo, nos teatros onde eram gravados tais programas. 1936 O INÍCIO DA ERA DE OURO DO RÁDIO Platéia lotando o auditório da Rádio Nacional, durante o Programa César de Alencar, sucesso nos anos 40 e 50 Surge a Rádio Nacional, PRE-8, no Rio de Janeiro. A rádio era adquirida, por apenas 50 contos de réis, da antiga Rádio Philips. A vinheta inaugural era uma bela melodia, tocada por vibrafone, seguida por uma voz tranquila de um locutor, que anunciava o prefixo e o nome da emissora. A Nacional se tornaria, durante muito tempo, um marco na história do rádio, com seus programas de auditório, suas comédias, seus musicais e suas radionovelas. Entre o final dos anos 30 e a primeira metade dos anos 50 a Nacional seria uma das líderes de audiência do rádio brasileiro, em todo o país, sendo um desempenho até hoje insuperado por qualquer emissora de rádio, mesmo operando em rede. A Rádio Nacional exportava sua programação do então Distrito Federal (Rio de Janeiro), que era gravada e dias depois transmitida, em outras cidades brasileiras. Havia também programas regionais nas emissoras que recebiam programas da Nacional, e a emissora carioca acabava se tornando escola para muitas rádios brasileiras. Nessa época as pessoas poderiam ir para os estúdios das rádios, verdadeiros teatros, para assistir ao vivo à programação realizada. Era época de grandes emoções, em que as pessoas podiam ver pessoalmente os comunicadores em ação. A Nacional funcionou também como uma mídia criadora de grandes ídolos, estabelecendo correspondência entre eles e os fãs e promovendo concursos, como o célebre "A Rainha do Rádio", que consagrou diversas cantoras, como Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria. Criou o primeiro hype destinado ao público feminino: o cantor Cauby Peixoto, que, apesar dos recursos artificiais de projeção na mídia, se tornou reconhecido, de fato, como um cantor de talentosa voz e de um notável carisma. A emissora também foi a pioneira das rádionovelas, tendo iniciado o estilo com a novela "Em busca da felicidade", em 12 de julho de 1941. A novela durou três anos e foi sucedida pela célebre "O direito de nascer", que mais tarde seria levada para a televisão. As rádionovelas lançaram mão de um tipo de profissional interessante, o sonoplasta. Este profissional, que hoje é também registrado pela lei como radialista, é o que faz todos os efeitos sonoros que ajudam na dramatização das histórias, simulando desde sons de sapatos de quem sobe uma escada até mesmo trovoadas, vendaval e chuvas, passando por passos de cavalos, etc.. Veja aqui o texto do jornalista Sérgio Cabral sobre a Rádio Nacional, publicada na revista Realidade de junho de 1972. Ele destaca o auge da emissora, a partir do sucesso do Programa César de Alencar, um dos que tiveram maior audiência nos anos 40 e 50. Uma observação: o texto aparece como foi publicado na revista, daí que Cauby aparece como Caubi, respeitando a grafia utilizada pelo autor. 1938 O RÁDIO E O ESTADO NOVO Surge a Rádio Globo do Rio de Janeiro, que décadas depois seria a rádio AM mais popular do país, renovando o fôlego do rádio que havia sido abalado com o surgimento da televisão. É dessa época a vinheta de "O Globo no ar", até hoje utilizada tanto pela Globo AM do Rio de Janeiro como a sua similar de São Paulo. Nesta mesma época, o Estado Novo, instaurado no ano anterior, começava a esboçar uma estratégia de cativação populista da população, e a música brasileira dominante no período, como as marchinhas de carnaval, foram estimuladas no ufanismo do governo de Getúlio Vargas entre o final dos anos 30 e começo dos anos 40. Ainda em 1938, é realizada a primeira transmissão esportiva em rede nacional de rádio. Ela foi realizada durante a Copa de 1938, na Rádio Clube do Brasil (do então Distrito Federal), narrada por Leonardo Gagliano Neto. DÉCADA DE 40 - OS ANOS DOURADOS A Rádio Nacional, nessa época, atingiu o auge de popularidade que envolveu todo o país. Encampada por Getúlio Vargas, a emissora serviu para difundir o sentimento nacionalista esboçado pelo Estado Novo, aproveitando, no entanto, o carisma dos artistas e profissionais que se destacaram na emissora, principalmente nas marchinhas de carnaval cantadas por vários de seus intérpretes, e por fenômenos de idolatria como os de Marlene e Emilinha Borba, cujos fãs-clubes eram rivais, tal como ocorria com as torcidas de grandes times regionais, como Corinthians e São Paulo, na capital paulista. A música brasileira não se limitava às marchinhas, que tiveram seus ídolos indiscutíveis, vide a famosa "rivalidade" das cantoras Emilinha Borba e Marlene. Mesmo a música regional foi bastante difundida pelo rádio, e aqui se destacam programas como os de Ary Barroso e 27 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 Almirante, já grandes sucessos do rádio na década anterior, e o de Luiz Gonzaga, célebre cantor e compositor de baião, autor de clássicos como "Asa Branca", que fazia programas de música regional. Em 1941, surge o Repórter Esso, na Rádio Nacional, patrocinado pela famosa companhia norte-americana de combustíveis, que lhe emprestava o nome. Em São Paulo, o programa foi lançado pela Rádio Record. O criador do programa foi Emil Fahrat, que havia sido presidente da agência publicitária McCann- Erickson, filial brasileira. A agência, de origem norte-americana, existe até hoje e foi responsável por uma grande transformação na mentalidade publicitária brasileira, a partir de 1935, quando a filial no país foi inaugurada. Os lemas do Repórter Esso eram "o primeiro a dar as últimas" e "testemunha ocular da história", este último o mais célebre. As notícias eram redigidas pela United Press International, e traduzidas para o português pela equipe do informativo. Era o principal veículo de informação sobre os fatos internacionais, sobretudo a Segunda Guerra Mundial e a Guerra do Vietnam. Seus pontos de vista seguiram a linha dos EUA, mas mesmo assim era um noticiário bem-feito que estimulava a atenção e o interesse dos ouvintes.A primeira transmissão do programa foi realizada no dia 28 de agosto de 1941, às 12h45min, quando o locutor Romeu Fernandez noticiou o ataque à Normandia por aviões alemães, durante a Segunda Grande Guerra. O programa chegou a ter sua versão televisiva, que teve entre os apresentadores o mesmo locutor da versão radiofônica, o gaúcho Heron Domingues. Heron foi considerado um dos melhores locutores noticiaristas da história, tendo sido um dos poucos locutores com preparação especial para apresentar o Repórter Esso, tendo sido treinado pela United Press Internacional (UPI) para estar compatível com o nível dos melhores locutores norte-americanos. Heron faleceu aos 50 anos, em 1974, depois de anunciar uma notícia na televisão, quando sofreu um enfarte.Um dos últimos apresentadores do Repórter Esso, que locucionou as últimas transmissões radiofônicas do programa em 1968, o comunicador Roberto Figueiredo se tornou, duas décadas depois, um dos comunicadores de sucesso no rádio carioca, com passagens pela Super Rádio Tupi e Rádio Globo do Rio de Janeiro. Em 1942, a Rádio Tupi de São Paulo se tornou a pioneira do rádiojornalismo, através do programa "Grande Jornal Falado Tupi". Tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, um boletim chamado "Sentinelas da Tupi" seria lançado, até hoje no ar. A vinheta do "Sentinelas da Tupi" - primeiro programa a noticiar, no Brasil, o final da Segunda Guerra Mundial - foi aproveitada também pelo boletim "Rádio Repórter A-4", da Rádio Sociedade da Bahia, em virtude do vínculo aos Diários Associados. O boletim baiano também continua no ar até hoje, com a mesma vinheta. Em 25 de setembro de 1942, surge, na capital paulista, a Rádio Panamericana AM, que se tornou famosa a partir de 1966 com o codinome de Jovem Pan, e em 1976, Jovem Pan 1, uma vez que a Jovem Pan FM ganhou o nome de Jovem Pan 2. Em 1946 os estúdios radiofônicos passam a adotar os gravadores de fita magnética, que dariam maior agilidade às emissoras e facilitaria o registro sonoro dos programas. No final dos anos 40, a Rádio Record de São Paulo faz uma brincadeira com os ouvintes. Era primeiro de abril e o narrador esportivo Geraldo José de Almeida narra uma partida entre o time de São Paulo com um time europeu, realizada naquele continente. O clube paulista perde por sete a zero. No dia seguinte, a emissora desfaz a farsa: o jogo nem sequer aconteceu. Mas foi um grande susto para os torcedores sãopaulinos, isso foi. DÉCADA DE 50: SURGE A TV, MAS O RÁDIO AM SE RENOVA E FORTALECE Surge a televisão e o rádio é obrigado a se transformar. Já se falava na ameaça de extinção do veículo rádio, o que não ocorreu. Aos poucos o formato dos programas de auditório e das radionovelas migra do rádio para a TV. Apesar disso, o rádio continuava crescendo, mantendo sua popularidade ascendente. Uma pesquisa feita no ano de 1955 dava uma estimativa de 477 emissoras de rádio existentes em todo o Brasil, com uma audiência total medida em cerca de meio milhão de aparelhos receptores. A pioneira emissora de TV foi a Tupi de São Paulo. Criada por Assis Chateaubriand, o homem dos Diários Associados, a Tupi causou polêmica na sua origem, pois dizem as más línguas que "Chatô" contrabandeou os equipamentos que iriam constituir a primeira emissora de televisão. No entanto, o ideal de "Chatô" foi fundamental para o povo brasileiro, afinal naquela época ele foi considerado louco pelas autoridades que acharam perda de tempo instituir a televisão no país. Meio século após seu surgimento, a televisão, em que pese seus problemas na qualidade da programação, se tornou um meio de comunicação de imensa popularidade em todas as cidades do país e com grande alcance nas classes pobres. Isso ocorria até certo ponto que nos anos 70 as pessoas de classe média se queixavam que o povo pobre deixava de comprar comida para ter uma TV a cores. Surgem as primeiras transmissões de radiojornalismo e as transmissões esportivas no rádio, que apareceram nos anos 30, se multiplicam e ganham mais popularidade. A Rádio Continental de São Paulo é uma das pioneiras na reportagem de rua. Um dos pioneiros repórteres de rua do Brasil era conhecido como Tico- Tico, que nos anos 50 garantia credibilidade e entretenimento com sua inteligência e humor. Era habilidoso na busca de informações, encarando até viagem em navio. Tico-Tico se destacava mais que seus entrevistados, não por atrapalhar a resposta deles (como infelizmente fazem alguns apresentadores de tevê atualmente), mas pelo seu talento peculiar. Se fortalecem neste período, em São Paulo, as rádios Bandeirantes AM e Panamericana AM, rádios que no entanto só seriam mais populares e, depois, mais poderosas no circuito da grande mídia, a partir de meados dos anos 80. Em 1958, surgem duas pioneiras rádios musicais, com um perfil de programação que mais tarde seria consagrado pelas emissoras FM: a Rádio Tamoio, do Rio de Janeiro, e a Difusora, de São Paulo. Em ambas o carro-chefe eram os sucessos internacionais. As duas eram controladas, na época, pelo empresário Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, que poucos anos depois, gravemente enfermo até falecer em 1968, transferiu sua empresa para alguns de seus funcionários. A atuação destes nos Diários Associados daria origem, depois, à Fundação Assis Chateaubriand, que existe até hoje, embora com um patrimônio bem menor do que nos áureos tempos dos Associados. DÉCADA DE 60: O RÁDIO AM ASSUME SUAS CARATERÍSTICAS ATUAIS O rádio AM assume as características atuais. No lugar dos programas de auditório, que praticamente migraram para a televisão (que experimentaria a popularidade já a partir dos anos 60) aparecem programas de variedades comandados por locutores de 28 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 boa voz e excelente estilo comunicativo. Haroldo de Andrade, locutor de grandioso prestígio e popularidade que se consagrou na Rádio Globo AM (RJ), se torna o destaque. Eram programas de variedades que eram marcados também pelo humanismo de seus apresentadores. Não era um frio jornalístico nem um indignado programa de “defesa do povo”, mas programas que mesclavam utilidade pública, cultura, informação, variedades e a própria simpatia espontânea do comunicador que, além de boa dicção, tinha humildade, espírito otimista (que fortalecia a auto-estima do ouvinte) e inteligência. Na década de 60, também se popularizam os programas esportivos e os policiais (dotados de recursos de radiodramaturgia, incluindo elementos cômicos) - destaque para "Cidade contra o crime", da Super Rádio Tupi, apresentado por Samuel Correia, falecido em 1996 - e, num outro segmento, surgem as AMs de hit-parade, antecipando o formato "adulto contemporâneo" das FMs. A Rádio Tamoio AM, do Rio de Janeiro, era uma delas. Em 1966, a Igreja Nova Vida compra a Rádio Relógio Federal. A emissora, fundada cerca de uma década antes, tinha sua programação baseada nas dicas culturais, informação e curiosidades gerais a cada minuto, pontuados pela hora certa dada a cada início de minuto. Durante 25 anos, a programação permaneceu a mesma, até se converter, depois, para o rádio-evangelismo ancorado pela Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada e comandada pelo pastor R. R. Soares. Outra emissora AM, também do Rio de Janeiro, se tornava um marco do gênero, a Rádio Mundial AM, do Sistema Globo de Rádio, que em seus quadros tinha o lendário DJ Big Boy, depois repórter do jornal "Hoje" (Rede Globo) e coordenador da Eldo Pop FM, rádio de rock dos anos 70. Big Boy faleceu de ataque cardíaco com apenas 32 anos, em 1977, mas depois de dar sua forte contribuição em prol da divulgação da música norte-americana no Brasil. Durante a época do golpe militar de 1964, que derruba o presidente João Goulart, diversas rádios do país tentam conclamar o povo brasileiro a se manifestar contra o regime. Entre 1964 e 1968 há diversas tentativas de contestação do regime, que no entanto se fortaleceria com o Ato Institucional Nº 5, anos depois. A Jovem Guarda encontrava no rádio AM um espaço complementar ao da TV (vide o famoso programa que batizou o movimento e era transmitido pela TV Record, apresentado pelo cantor Roberto Carlos), e o programa do compositor, empresário e jornalista Carlos Imperial, "Hoje é dia de rock" (apesar do título, sabe-se que a Jovem Guarda era mais pop do que rock, e este estava na mesma época mais audacioso do que imaginavam os jovens brasileiros em sua maioria), se tornava um grande sucesso de audiência. Era o rádio AM em seus momentos de "rádio jovem", algo que causa estranheza aos adolescentes da década de 90. O fenômeno da Jovem Guarda existia desde 1959, quando foram lançados os sucessos "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", na voz de Cely Campello. Só não tinha este nome. No ano seguinte, nomes como Renato & Seus Blue Caps, Demétrius e Sérgio Murilo apareciam fazendo o mesmo tipo de som, uma leitura brasileira do rock dos anos 50, com forte influência da música jovem italiana, sucesso entre os anos 50 e 60. A dupla Roberto Carlos & Erasmo Carlos também iniciou carreira no período préJovem Guarda, para depois se tornarem os líderes deste movimento de música jovem que teve nas AMs e na televisão seu espaço de afirmação e divulgação. Foi preciso a suspensão das transmissões esportivas da TV Record, em 1964, para ser criado um programa que batizaria e consagraria o gênero: "Jovem Guarda", apresentado pelo ídolo Roberto Carlos. Era um estilo ingênuo e conservador, comparado com o rock que era feito nos EUA e Reino Unido, às vésperas do psicodelismo, mas até para ser contestado pelos fãs mais exigentes de rock a Jovem Guarda teve sua razão de ser. Pelo menos foi a primeira manifestação brasileira de música jovem contemporânea e através dela os jovens brasileiros começaram a conhecer a guitarra elétrica. A própria Tropicália de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Mutantes e outros utilizaria, depois, elementos da Jovem Guarda na sua mistura com música regional brasileira e outras influências. 1969 - RÁDIO AM SOFRE SUA PRIMEIRA PERSEGUIÇÃO 1969 - O Ministério das Comunicações havia surgido em 25 de fevereiro de 1967. Com a ditadura militar planejando um grande esquema de censura e manipulação ideológica, o rádio AM é incluído entre as instituições e pessoas físicas consideradas "subversivas". Depois de uma reunião do presidente Arthur da Costa e Silva com generais e ministros, em 13 de dezembro de 1968, foi instituído o Ato Institucional Nº 5, que determinava censura total à imprensa e revogava as punições ao abuso de poder das autoridades policiais e militares. O livro "1968: o ano que ainda não acabou", de Zuenir Ventura, contém um relato detalhado sobre as reuniões que resultaram neste ato institucional que durou dez anos e custou até a vida de muita gente, além de ter desmoralizado as Forças Armadas frente à opinião pública do Brasil. O livro "Um jornal assassinado", de Jefferson de Andrade, que conta a trajetória do jornal carioca Correio da Manhã, também é aconselhável para entender os conflitos entre a ditadura e a imprensa que impulsionaram o AI-5. Na mesma época do AI-5, o governo Costa e Silva investiu no crescimento do rádio FM, que em regiões mais desenvolvidas (capitais do Sul e Sudeste) seguia o formato musical sisudo e tocando musak (a chamada música ambiente, orquestrada mas sem compromissos eruditos), música romântica e música clássica, algo como uma linhagem ortodoxa daquilo que o mercado denomina de "adulto contemporâneo" (a trinca Ray Conniff, Bee Gees e Filarmônica de Londres, só para citar três exemplos dessas tendências). Na verdade, o rádio FM, que já via algumas emissoras operarem em faseexperimental bem antes de 1969, poderia ter tido um crescimento mais harmônico, equilibrado e espontâneo, não fossem os interesses políticos da ditadura e do capitalismo norte-americano. Em vias mais democráticas, o crescimento do rádio FM teria ocorrido sem representar rivalidade, concorrência predatória nem qualquer tipo de ameaça ao rádio AM, que além disso teria tido também uma evolução tecnológica bem mais rápida, que o equiparasse ao rádio AM do Primeiro Mundo, que a aquelas alturas, já tinha entrado na era do som Estéreo. Nas outras regiões, as FMs passavam clones de programação de rádio AM nos horários de pico (sobretudo durante as refeições), e nas horas vagas tocavam música popular e artistas oriundos da Jovem Guarda, que já eram tidos como "caretas" pelos jovens da época. Muitos cantores e grupos de Jovem Guarda partiram para a música romântica, a exemplo de Roberto Carlos, que, fortalecido pela interpretação de "Canzione per te" no festival de San Remo de 1968, assumiu o estilo que o consagra até hoje. A "AeMização" 29 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 das FMs encontra sua origem nessa época, quando políticos do interior do país, ao ganharem suas primeiras emissoras FM, não tinham o know how de sua linguagem e fizeram de suas rádios meras imitadoras patéticas das AMs populares, incluindo até transmissão esportiva, com som por sinal horrível, contrastando com as vinhetas em som estéreo. Era o efeito "fita velha" das transmissões esportivas em FM, porque, da mesma maneira das fitas cassete antigas, o som ficava abafado, "para dentro", enquanto o chiado era agudo, algo como uma pessoa dizer "shhhhhhh" sorrindo e prendendo os dentes. Quem escutava tais transmissões dificilmente deixaria de imaginar uma suposta transmissão pirata de emissora AM. As FMs com roupagem de AM ganharam seu primeiro impulso através do governo de Emílio Médici e toda a euforia em torno da Copa do Mundo de 1970, que resultou no tri-campeonato da Seleção Brasileira de Futebol. Apesar desse impulso, a audiência dessas emissoras, nessa época, ainda é raquítica. ANOS 70 RÁDIO AM VIRA "BREGA" E RÁDIO FM GANHA NOVAS EMISSORAS O rádio AM, que era tido como "subversivo" em 1969, nos anos posteriores a 1974, quando a ditadura se afrouxou, através do governo Ernesto Geisel, passou a ser considerado como o rádio de "brega". Apesar disso, sua popularidade e credibilidade continuavam intactas e a juventude ainda ouvia as emissoras AM. Em 1970, o locutor Edmo Zarife (falecido em 1999, quando pertencia ao quadro de locutores da Globo AM / RJ) gravou a célebre vinheta "Brasil", que até hoje é usada quando o Brasil vence em qualquer modalidade esportiva, seja futebol, tênis, Fórmula Um, vôlei, etc.. A princípio a vinheta era usada apenas para a Copa do Mundo do México, mas imediatamente ela se popularizou. Locutores como Paulo Giovani, Paulo Barbosa e Paulo Lopes se tornariam os "paulos" de grande prestígio do rádio AM. Desses três, só o primeiro não atua mais no rádio, trabalhando hoje como publicitário e empresário, mas mesmo assim sendo uma grande referência do rádio AM até hoje. Nessa época se destacava também a então repórter do programa "Fantástico" (Rede Globo de Televisão), Cidinha Campos. Ela se consagrou, nos anos 70 e 80, como apresentadora do "Cidinha Livre", que incluía debates, variedades e até um quadro em que ela fazia críticas à Rede Globo, comentando seus programas. O rádio FM ganhava força na segunda metade dos anos 70, naquele mesmo esquema citado acima, só que competindo com outros perfis. Havia o perfil "rádio rock", de caráter experimental, feito pelas rádios Eldorado FM (vulgo Eldo Pop, RJ), e Excelsior FM (SP), e o perfil "pop eclético", predominantemente festivo, lançado pela Rádio Cidade (RJ), em 1977 (infelizmente a Rádio Cidade hoje renega este perfil, através de um arremedo de milésima categoria de rádio de rock). Entre os anos 60 e 70, uma emissora AM já abraçava o perfil rock, a Federal AM, do grupo de Adolpho Bloch (Manchete) que, ao acabar em 1974, mudando sua sede de Niterói para o Rio de Janeiro, virou Manchete AM. O perfil popularesco, influenciado pelos programas de auditório (Chacrinha, Edson "Bolinha" Curi, Raul Gil, Silvio Santos), passava a ser formatado em FM, e uma das primeiras emissoras foi a 98 FM (RJ), que passou a ocupar o mesmo espaço da agonizante Eldo Pop. Por sua vez a então rádio de rock Excelsior FM, conhecida como "A Máquina do Som", que teve entre seus profissionais o hoje repórter Maurício Kubrusly, passou por diversas mudanças entre o pop convencional e o adulto contemporâneo, tendo se chamado Globo FM e Rádio X FM, até resultar hoje na CBN 90.5 de São Paulo. DÉCADA DE 80: RÁDIO FM COMEÇA SEGMENTAÇÃO A década de 80 foi marcada pelo crescimento rápido do rádio FM, cuja ascensão se iniciou na década anterior. O rádio AM manteve sua popularidade, mas houve quem quisesse ridicularizar a Amplitude Modulada, como aconteceria a partir de 1986. A princípio o rádio AM continua com popularidade similar a dos anos 70. Os programas comandados por locutores carismáticos e talentosos, como Haroldo de Andrade, Paulo Lopes, Cidinha Campos, Sônia Abraão e Paulo Giovani, continua sendo o destaque do período. Todavia, o rádio FM avança em popularidade crescente, sobretudo entre os jovens. Redes de FMs começam a ser montadas, como Rádio Cidade, Manchete, Transamérica e Antena Um. Sobre estas duas, é curioso notar que, na primeira metade dos anos 80, as rádios tinham posturas inversas àquelas que as consagraram. Enquanto a Transamérica de então era uma emissora de adulto contemporâneo, a Antena Um seguia o estilo pop juvenil na mesma linha da Rádio Cidade. A segmentação das FMs em estilos musicais diferentes começa a ser uma realidade, com rádios de adulto-contemporâneo de diversos níveis, como o pop (que inclui também música romântica e disco music) e o sofisticado (somente jazz, blues, soft rock e MPB), além da popularização das rádios de rock a partir da Fluminense FM (Niterói) e 97 FM (ABC paulista), entre outras. Entre os anos de 1984 e 1989, o rádio do Rio de Janeiro passava por uma ótima fase que, se não era 100%, era acima da média. A segmentação era seguida com a mínima decência possível, nenhuma FM parasitava o perfil do rádio AM, havia rádios de rock com linguagem realmente rock e repertório abrangente, rádios light com repertório light, e rádios pop que não conseguiam convencer com suas posturas pseudo-alternativas, o que lhes impedia de avançar na postura pseudo-roqueira. Ah, e o rádio AM tinha sua audiência consolidada, sua programação diversificada que praticamente não incluía pregações evangélicas de baixo escalão. Em outros lugares, no entanto, a segmentação das FMs não era perfeita. Em São Paulo, a dupla transmissão AM/FM era representada pela Rádio Record, então sob propriedade do político Orestes Quércia. Ainda na capital paulista, uma competente rádio de dance music, a Pool FM, teria vida curta entre 1984 e 1985, quando o modismo roqueiro puxado pelo Rock In Rio inspiraria a criação da rádio 89 FM, emissora que com o passar do tempo deturpou o perfil rock original, contratando locutores que nada tinham a ver com este gênero musical e se transformando numa fórmula pasteurizada que trata o público de rock de uma forma estereotipada e paródica. Apesar disso, São Paulo ainda tinha opções, como um grande contingente de emissoras AM para quem se interessava por esportes e notícias, enquanto as FMs segmentadas de várias tendências, do rock à música clássica, supriram as necessidades de atualização cultural dos ouvintes. A 89 FM surgiria no final de 1985 com um formato morno, tocando mais as bandas alternativas mais badaladas ou que, inéditas no Brasil, apareciam na 30 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 MTV dos EUA. Porém, a rádio que representava de fato o segmento rock na capital paulista era a 97 FM que, do final de 1983 até meados de 1986 era marcada pela presença de profundos conhecedores de rock, como Leopoldo Rey, Valdir Montanari e Vitão Bonesso. Aliás esse era o segredo das rádios de rock originais. Quando muitos hoje pensam que "rádio de rock" se trata de uma rádio jovem qualquer que concentra seu repertório musical em sonoridades roqueiras ou próximas disso (que ganham o duvidoso termo "pop rock"), as rádios de rock originais, e por isso definidas como autênticas, eram feitas por jornalistas e estudiosos em música, pessoas que apreciavam espontaneamente o rock mas tinham também amplos conhecimentos musicais, podendo não só transmitir informações através do microfone como também em textos escritos em revistas e jornais alternativos. Eram rádios feitas por roqueiros, muito diferentes da lamentável conduta das rádios que hoje se apropriam do rótulo "rock", que, no máximo, só tem três produtores como especializados em rock, trabalhando para uma equipe que é exatamente a mesma de qualquer rádio de dance music farofa. 1985-1989: POLITICAGEM PROVOCA QUEDA DE QUALIDADE NO RÁDIO BRASILEIRO A segmentação no rádio brasileiro, praticamente, se limitou, nas características originais e autênticas, às capitais do Sul e do Sudeste, consideradas culturalmente mais avançadas em relação às outras regiões. Nesses lugares, rádios pseudo-alternativas como a 89 FM e FMs com programação tipo rádio AM - ainda na forma caricata e de forte apelo populista vigente desde os anos 70 - seriam uma constante em outras capitais do país ainda culturalmente provincianas e em quase todas as regiões municipais do interior do país. O contraste entre o Sul/Sudeste com rádios segmentadas de qualidade e o Norte/Nordeste/Centro-Oeste de rádios mal-segmentadas causa a indignação e o questionamento de ouvintes. Nestas regiões apenas ocorre uma segmentação de fachada, em que algumas FMs ditas de "sucesso" optam pela imitação parcial do perfil AM (jornalismo e esportes), ou pela adoção parcial de perfis segmentados como rock e adulto-contemporâneo que no entanto continuaram mantendo características comerciais, desagradando ouvintes mais exigentes. O rádio em geral, sobretudo o de sintonia AM, em 1985, sofre um duro golpe, tanto pelo esnobismo de adolescentes de classe média, que tinham preconceito a coisas antigas, quanto pela politicagem, através das concessões de rádio e TV promovidas pelo governo de José Sarney a todos aqueles que, políticos ou não, apoiavam o esquema de politicagem da direita brasileira. Assim, muitos donos de rádio FM, que não tinham (nem têm) competência para controlar rádio, acabaram por fazer expandir os arremedos de rádio AM nas FMs, acostumando mal a audiência a ouvir "rádio AM" diluído e em som de FM. Começaram as primeiras queixas sobre o som do rádio AM, de que seu som é ruim pra baixo. Muitas vezes, tais queixas eram forçadas pela campanha caluniosa que segmentos da juventude, impelidos a adotar uma rebeldia consumista e pseudo-niilista, faziam a tudo que eles julgavam ser antigo, num preconceito cultural que só começou a ser revertido na segunda metade dos anos 90, com o vazio do grunge. A juventude dos anos 80 que fazia campanha contra rádio AM, História do Brasil, MPB, patrimônios culturais e outros valores antigos era fissurada em cyberpunks, rock, de uma forma alienada que reduziu a filosofia pessimista de Nietszche no estereótipo postiço da "cultura dark", paródia fashion do gothic punk inglês de grupos como Bauhaus e Siouxsie And The Banshees. Graças a esse negativismo juvenil, os anos 90 passariam a ser marcados por um vazio cultural e por uma superficialidade existencial de parte influente dos adolescentes e jovens adultos. Essa campanha, em relação ao rádio AM, tentava generalizar, classificando até as emissoras mais potentes, com melhor som e programação informativa de qualidade, como "ruins", "cafonas" e de "péssimo som". Estigmas lançados nos anos 70 como a imagem "brega" das AMs de "idosos, caminhoneiros e empregadas domésticas" também eram reforçados pelos rebeldes sem causa dos anos 80. Na verdade, rádio AM só tem som ruim em duas condições: primeira, quando os equipamentos de som ou radio-transmissores não conseguem uma sintonia decente do rádio AM devido a constantes chiados, "pipocamento" e péssima recepção (os aparelhos de som atuais são terríveis nesse sentido); segunda, quando as emissoras AM possuem baixa potência, muitas por próprio desleixo de seus donos, completos sovinas, ignorantes e leigos em rádio. Um exemplo de boa qualidade da Amplitude Modulada foi a Rádio Jornal do Brasil AM, ou apenas JB AM, do Rio de Janeiro, com sua programação dedicada à música adulta sofisticada e ao jornalismo, chegando a ter um programa de jazz apresentado pelo humorista (e conhecedor de música) Jô Soares, chegou a ter qualidade de estéreo, com sonoridade dolby e grande potência. Curiosamente, uma FM pirata de Salvador (BA), em 1990 repassava o som da JB AM, com programação mais musical e qualitativa que a Band FM local (ainda conhecida na Bahia com o pomposo nome de Rádio Bandeirantes), que parecia bem mais uma rádio pirata com programação tipo rádio AM. A "JB AM" era vizinha justamente dessa Band FM. A politicagem de ACM e Sarney iria causar estragos no rádio da década seguinte, já a partir do governo de Fernando Collor. Vale aqui destacar que a política de concessões, que fez o rádio FM se multiplicar e o rádio AM se estagnar, provocou uma violenta queda de qualidade das emissoras de rádio e não beneficiou apenas deputados federais mas também empresários ditos "independentes" que usavam o pretexto da "redemocratização" para usar suas FMs como parasitas do estilo de programação de rádio AM, iludindo a opinião pública e até parte dos intelectuais ideologicamente "moderados" (que misturam idéias socialdemocratas com valores neo-liberais). A hegemonia das FMs sobre as AMs era uma forma de uma minoria de empresários supostamente apolítica usarem a desculpa da "cidadania" e "democracia" para obterem poderio político (embora não necessariamente partidário) e econômico. Coisa que se tornaria visível a partir da década seguinte. 990 - 2000: O RÁDIO BRASILEIRO CAI EM QUALIDADE Época da promiscuidade do rádio. O rádio AM sofre um preconceito cada vez maior e a segmentação das FMs se dilui e, muitas vezes, se descaracteriza em prol da mesmice do comercialismo. Os efeitos nocivos da politicagem do governo Sarney surgem, não apenas no rádio do interior do país, mas em muitas FMs "idôneas" que seguem um perfil neoliberal moderado. Em 1990, entra no ar a Rede CBN de rádio, então restrita ao rádio AM. Duas afiliadas iniciam a rede, uma no Rio de Janeiro, outra em São Paulo. Em 1994 a CBN seria uma das pioneiras da "papagaiagem" eletrônica, com dupla transmissão em AM e FM em Brasília. Em 2000, a CBN AM sai do ar - apesar dela ter tido muito mais audiência que sua "clone" em FM - , entrando no seu lugar a Jovem Pan 1 AM, que também tem "clone" em FM na capital do país. As emissoras de rádio AM começam a ser 31 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 compradas por seitas religiosas das mais diversas, desde a Igreja Católica e a Igreja Universal do Reino de Deus até a mais obscura seita protestante. Aqui surge uma polêmica: oficialmente, diz-se que as seitas voluntariamente se dirigiram aos donos das Mas para comprar tais emissoras, mas há indícios, em muitos casos, de que os próprios donos quiseram se livrar das AMs e trabalhar só com FM, que tem baixo custo e alta incidência de "jabá" (esquema de propinas que favorece o superfaturamento das FMs), mesmo para a programação jornalística, que certos ouvintes de rádio julgam ser totalmente incorruptível. Aqui a ingenuidade impera. Como essas pessoas dão confiabilidade cega ao jornalismo dessas FMs, mais do que ao jornalismo televisivo, que lida com imagens? Em rádio, até um long play de efeitos sonoros pode forjar um tiroteio entre guerrilhas do Oriente Médio, ou um imitador bastante habilidoso pode se passar por um político de grande projeção. Claro que isso não ocorre, mas é possível de ocorrer. Mas edições mais sutis são feitas pelo rádio, como a construção de um discurso jornalístico que coloque como "vilões" os manifestantes que, diante da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, protestam contra a privatização de uma companhia estatal. Em TV também existe edição, "maquiagem" jornalística, mas um jornalismo que se vê é bem mais verossímil do que um jornalismo que só se ouve. A atitude romântica de determinados setores da intelectualidade reclamava o fim do "vitrolão" das FMs. Eles achavam que, com noticiário e esportes, acabaria a música ruim das FMs. Mas, na prática, ocorreu exatamente o contrário: como os jabazeiros da música não queriam perder dinheiro, eles arrumaram um jeito para transferir seus produtos para rádios mais segmentadas. Assim, as FMs classe A passaram a tocar até o mais brega da música norte-americana, as FMs de rock, além de tocarem também coisas mais melosas, exportavam locutores que não encontravam vaga nas FMs de popularesco e pop internacional, e por aí vai. Pior que isso é a "invasão AM" nas FMs de todo o país, a ponto de, ironicamente, favorecer até mesmo o programa governista "A Voz do Brasil", que, antes boicotado, passava a ser ouvido por viciados em FM. Isso é irônico. Em 1993, surgiu um movimento de algumas emissoras de rádio do Brasil reivindicando o fim da obrigatoriedade da retransmissão de "A Voz do Brasil", programa governista produzido pela Radiobrás, dividido em meia hora de noticiário do Poder Executivo (Governo Federal) e outra meia do Poder Judiciário (Congresso Nacional). Estranhamente, FMs com roupagem de AM como Band FM, estavam entre os assinantes. Depois se descobriu que o movimento não era exatamente contra o programa governista, mas sim a favor da flexibilidade de horário do programa, para atender interesses comerciais das emissoras de rádio. Certas rádios transmitem o programa fora do horário oficial (19 - 20 h), transmitindo entre 21 e 22 horas ou entre 23 horas e meia-noite. Uma coisa é certa: se "A Voz do Brasil" fosse de manhã, nem esse movimento haveria, pois os donos de muitas rádios já inserem noticiário político no horário entre seis e oito da manhã. As FMs com roupagem de AM passaram a adotar uma postura politicamente correta, contratando profissionais autênticos de AM ou mesmo retransmitindo alguns programas ou toda a programação de AM. Aqui entram os "papagaios eletrônicos". Em 2000, o rádio AM sofre o auge da discriminação. Mesmo aqueles que regularmente ouviam AM migraram para as FMs. Até a revista esportiva Placar, do conservador grupo Abril, anunciou a "morte do rádio AM para as transmissões esportivas". Vale destacar que futebol em FM rende muito mais jabá do que até mesmo a música mais comercial, que em termos de propina custa muito pouco para a sede de lucro dos donos, quase uma gorjetinha. Há indícios de que o mesmo esquema dos dirigentes esportivos investigado recentemente pela CPI do futebol tenha investido uma fortuna para a transferência de locutores esportivos influentes, em todo o país, para as emissoras FM, que coincidiu com mecanismos tendenciosos do futebol como a elevação imediata, sem jogos, para o grupo de elite do Brasileirão (rebatizado Taça João Havelange), de times de segunda e terceira divisões, e o esticamento do calendário do campeonato brasileiro, cuja partida final ocorreu no penúltimo dia de 2000 (em outros anos o Brasileirão terminava no final de novembro ou início de dezembro). Um marketing ostensivo e similar no rádio paulista se observa nos casos dos programas "K Sports Já" (Nova FM), do "Transamérica Esporte Clube" da Transamérica, do "Estádio 97" (Energia 97 FM) e "Na geral" (Brasil 2000). Dizem que os jabazeiros pretendiam investir pesado na "Rede Nova FM", que o locutor esportivo Jorge Kajuru só não lançou por problemas causados com o governo de Goiás (domicílio radiofônico de Kajuru, que tinha um programa na Rádio K AM - que possui em Goiânia um "clone" em FM - que atacava o governo estadual) e o Ministério das Comunicações, que por ação movida pelo governo goiano teve que dar suspensão de um mês às transmissões da Rádio K. Com o imprevisto acerca de Kajuru, os jabazeiros do esporte passaram a investir no futuro programa que dissidentes da Band TV e FM montaram para a Transamérica (rádio do ABN Amro Bank). No Norte, Nordeste, Centro-Oeste e cidades interioranas, o sucateamento do AM chega a ser grosseiro e cruel. 2001: RÁDIO AM RUMO À ERA DIGITAL Uma nova tecnologia pode surgir no rádio. Do contrário que pensam os poderosos, não é a tecnologia contra o rádio AM, mas a favor dele. Trata-se da tecnologia digital, que dará um som bem mais potente à Amplitude Modulada. Aqueles chiados e "pipocamento", que alimentaram toda sorte de calúnias dos mais exaltados, serão eliminados. Enquanto isso, o som do rádio AM será tão bom quanto o FM, somando a isso a já existente virtude do enorme alcance de transmissão da Amplitude Modulada. É prevista uma revolução radiofônica que pode reverter a migração da programação AM para as FMs, causando o processo inverso, e pode até atrair interesse de quem se recusava radicalmente a investir no rádio AM, como no caso da empresa Transamérica. Isso porque a Amplitude Modulada possibilitará uma interatividade maior dos ouvintes, uma interatividade que vai muito além do clichê do "ligue e dê sua opinião" das FMs mais pretensiosas, recurso que não é muito diferente do "ligue e peça sua música" das antigas FMs comerciais. Até os "papagaios eletrônicos" perderão sua razão de ser. Não haverá motivo para empresários investirem na dupla transmissão AM/FM para enriquecerem. O rádio AM se mostrará auto-suficiente, com uma qualidade sonora mais potente, e os empresários que se recusarem a admitir tal realidade entrarão em falência, mesmo aqueles mais poderosos. A era digital do rádio AM será um capítulo feliz para um espaço radiofônico popular e histórico que, em plenos anos 2000, chegou perto do fim por causa da discriminação extrema até de seus profissionais. Com o AM digital, um novo fôlego para o AM será enfim dado. Matéria enviada por: Antonio Carlos Colnaghi – PY2ADZ 32 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 SWL- Notícias 1 Autor: Célio Romais http://blog.romais.jor.br - As transmissões em espanhol da Voz da América vão ao ar no seguinte esquema: de segundas a sextas-feiras, entre 1130 e 1230, no Tempo Universal, em 9885 e 15590 kHz, com o programa intitulado Enfoque Andino; diariamente, das 1200 às 1300, no Tempo Universal, em 9885, 13715 e 15590 kHz, com o segmento Buenos Dias América; diariamente, das 2300 às 0000, no TU, em 5890, 9885 e 11970 kHz, com o segmento Ventana a Caribe; já nas quartas-feiras emite a edição especial Hablemos con Washington, entre 2300 e 0000, no TU, em 5890, 9885 e 11970 kHz; por último, emite de segundas a sextas-feiras, das 0000 às 0100, no Tempo Universal, o programa A Fondo, em 5890, 9885 e 11970 kHz. As informações são do Leônidas dos Santos Nascimento, de São João Evangelista (MG). - As transmissões em espanhol da KBS World Radio, desde Seul, na Coréia do Sul, vão ao ar no seguinte esquema: entre 1100 e 1200, no Tempo Universal, em 11795 kHz; das 0100 às 0200, no Tempo Universal, em 11810 kHz; das 0200 às 0300, em 9560 kHz; das 0600 às 0700, no TU, em 6045 kHz. Na programação da emissora, destaque para os espaços recém inaugurados que falam de turismo e a culinária sul-coreana. Matéria enviada por Ulysses Galletti – PY2UAJ Coordenador do SWL / LABRE-SP ______________________________________________________________________________________________________ SWL - Notícias 2 Autor: Célio Romais http://blog.romais.jor.br BRASIL – Nos últimos dias, o sinal do Observatório Nacional, do Rio de Janeiro (RJ), não tem sido captado em 10000 kHz. Em seu lugar, por volta de 0100, no Tempo Universal, tem aparecido o sinal da WWV, uma estação de sinal horário de Fort Collins, Colorado, nos Estados Unidos. BRASIL – A Rádio Roraima, de Boa Vista (RR), foi sintonizada, em Quillacollo, na Bolívia, pelo Rogildo Aragão, em 26 de abril, na freqüência de 4875 kHz, transmitindo programação religiosa. Ao que tudo indica, a freqüência foi reativada recentemente. BRASIL – O sinal da Rádio Canção Nova, de Cachoeira Paulista (SP), voltou a ser ouvido, em alguns momentos, na freqüência de 9675 kHz, em 26 de abril, em Novo Hamburgo (RS), pelo Édison Bocorny Júnior. Em 6105 kHz, a emissora divide o canal com a Rádio Cultura Filadélfia, de Foz do Iguaçu (PR). Já em 4825 kHz permanece inativa. BRASIL – A Rádio Brasil Central, de Goiânia (GO), está completando 60 anos de atividades. Para marcar a data, tem levado ao ar segmentos que recordam antigos programas e apresentadores da emissora, que pode ser ouvida em 4985 e 11815 kHz, em ondas curtas. BULGÁRIA – Uma das emissões em espanhol da Rádio Bulgária vai ao ar entre 0100 e 0200, no Tempo Universal. No Sul do Brasil, possui regular sintonia na freqüência de 7400 kHz. Em 24 de abril, foi captada, em Porto Alegre (RS), quando levava ao ar o programa Caleidoscópio. CUBA – A transmissão em português para o Brasil da Rádio Havana Cuba vai ao ar entre 2300 e 2400, no Tempo Universal, na freqüência de 15380 kHz, em 19 metros. A emissão tem meia hora de duração. Em seguida, é repetida pelo mesmo canal. Atua na locução Igor Godoy. Sempre ao final de cada emissão a emissora dedica uma música cubana a um ouvinte brasileiro que entrou em contato recentemente com a redação em Havana. ESTADOS UNIDOS – A emissora religiosa norte-americana Family Radio, cujos estúdios estão localizados em Oakland, na Califórnia, possui diversos horários em que transmite uma programação em português para o Brasil em ondas curtas. Geralmente, lêem a bíblia e fazem uma interpretação, não tendo outros segmentos de cultura, como outras estações religiosas. Uma das emissões vai ao ar, entre 0100 e 0200, no Tempo Universal, em 7520, 11530 e 11550 kHz. Nas duas últimas freqüências o sinal chega com ótima qualidade de sintonia no Sul do Brasil. IRÃ – Uma das emissões em espanhol da Voz do Irã vai ao ar entre 0030 e 0330, no Tempo Universal. Possui boa sintonia, no Brasil, na freqüência de 7200 kHz. É uma boa oportunidade para acompanhar o “outro lado da notícia” envolvendo a questão atômica daquele país dos aiatolás! TAIWAN – Quem enviar um informe de recepção para a programação em espanhol da Rádio Taiwan Internacional nos meses de abril, maio e junho, concorrerá a camisetas da emissora. Ao enviar um informe, o ouvinte receberá, em troca, o cartão de confirmação QSL acompanhado de um mapa de Taiwan que, em seguida, deverá ser devolvido para a redação da estação preenchido. Os mapas irão para a urna para, posteriormente, serem sorteados. Boa sorte! TURQUIA – A emissão em espanhol da Voz da Turquia foi captada, aqui em Porto Alegre (RS), em 24 de abril, às 0120, no Tempo Universal, em 9870 kHz. O sinal era apenas regular e sofria interferências da All India Radio emitindo em hindu para a Ásia. Matéria selecionada por Ulysses Galletty – PY2UAJ Coordenador do SWL / LABRE-SP 33 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010 PADRE LANDELL DEMOURA NO HISTORY CHANNEL Série começa em 04/Maio "Detetives da História" é a primeira produção brasileira do History Channel. Dividido em seis episódios, programa estréia nesta terça-feira (4). Tralhas antigas que temos em casa, que ficam escondidas no armário, enfiadas no fundo de gavetas ou viraram peso de papel são o tema da primeira série brasileira original do History Channel, que tem como objetivo relatar um passado desconhecido do Brasil a partir de objetos esquecidos e construções pouco conhecidas.Dentre os programas que vão ao ar, a produção visitou a antiga casa do padre gaúcho Roberto Landell de Moura (1861-1928), um dos pioneiros do rádio. Por ser inventor, ele chegou a ser considerado bruxo durante sua vida. “Só sobrou uma gaveta com a sua história. Sua própria família teve de esquecê-lo. Durante a pesquisa achamos um protótipo de televisão que ele fez em 1894”. Colaboração: Rony Reis – PS7AB http://www.ps7ab. com.br Fonte: PY2HS – Cláudio “QTCDX” – [email protected] Já está no ar a nova programação da Rádio Legal. Para ouví-la, acessem o site: http://www.radioleg al.org QRP No radioamadorismo, QRP é a modalidade que tem por objetivo estabelecer comunicação bilateral utilizando potência abaixo de 10 Watts. Saiba mais : http://www.usra.com.br/imagens/QRP.pdf 34 BOLETIM ELETRÔNICO LABRE-SP – ANO I – Nº 5 – ABRIL/ 2010
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