Anais – Jornada de Inverno - SBGG-RS
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Anais – Jornada de Inverno - SBGG-RS
IDOSOS E GRUPOS TERAPÊUTICOS: RESSIGNIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA Isabel Vargas Witczak, Marinês Leite - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Introdução: apresentam-se conclusões parciais da pesquisa “Violência familiar contra idosos e a possibilidade de ressignificação a partir de grupos terapêuticos”,. Objetivo: compreender o papel dos grupos terapêuticos para pessoas idosas que sofrem violência praticada por familiar usuário de álcool e outras drogas. Metodologia: o construcionismo social fundamenta a análise e a discussão deste estudo. Centra-se nas práticas discursivas: meios pelos quais as pessoas produzem sentidos e se posicionam nas relações que estabelecem no cotidiano. Foram sujeitos de pesquisa 07 pessoas, com 60 anos ou mais, que sofreram violência praticada por familiar usuário de álcool e outras drogas e que frequentaram o grupo terapêutico semanalmente por um período de seis meses em um CAPS AD. Realizou-se duas entrevistas semi-estruturadas individuais com os frequentadores do grupo de familiares, estas foram gravadas. Os dados foram degravados na íntegra e analisados.Também utilizou-se um diário de campo para a evolução do grupo. Resultados: questionados sobre os motivos que os levaram a procurar o CAPS AD, os sujeitos fazem diferentes associações: procura de ajuda para os familiares (sem reconhecer a necessidade de cuidados a si próprios) e busca por informação sobre as questões relativas à dependência química. As principais vantagens identificadas estão vinculadas ao fortalecimento, a possibilidade de diálogo, ao consolo ou relativização do problema, a orientação e a possibilidade de “sair feliz”. Nenhuma das pessoas refere que veio ao CAPS AD por indicação de profissionais da saúde: ou vieram sozinhos por ideia própria ou por indicação de amigos e colegas e solicitação de familiares. Questionados se a droga é fonte de violência, todos os entrevistados respondem afirmativamente. Conclusão: Os relatos demonstram que, as diferentes tentativas de resolução individual falham, pois muitas vezes é o desespero que conduz tais ações. O processo de mediação vivenciado nos grupos terapêuticos para familiares e a troca de experiências, facilitam o acesso a essas informações e a sua ressignificação perante as realidades/dificuldades pessoais. É dentro desta possibilidade que os sujeitos podem narrar as suas vivências e compartilhar sentimentos com o grupo, o que lhes possibilita: ver que outros passam por situações semelhantes; revivenciar sentimentos e poder confrontá-los; e, iniciar um processo reflexivo. O TIME UP AND GO (TUG) COMO FERRAMENTA DE SCREENING PARA SARCOPENIA Michele Bittencourt Silveira, Lidiane Isabel Filippin Unilassale - Canoas Introdução: Considerada multifatorial, a sarcopenia determina alterações significativas em diversos domínios da saúde do indivíduo podendo acarretar perda da performance funcional e aumento das comorbidades, bem como acarretar em elevados custos financeiros com o tratamento. O screening precoce possibilita intervenções como forma de prevenção ou desaceleração do processo de sarcopenia. Objetivo: Estimar a validade preditiva do teste TUG como preditor da sarcopenia em indivíduos vivendo em comunidade. Métodos: estudo transversal, de base domiciliar com 734 indivíduos (40 - 79 anos) residentes em um município do Vale do Rio dos Sinos - RS. A variável preditiva foi o teste Timed up and go (TUG) e o desfecho de interesse foi a presença de sarcopenia (avaliada pelos critérios de Solomon – redução da massa muscular em associação com a redução da força muscular). A curva Receiver-Operating Characteristic (ROC) foi construída para avaliar a capacidade diagnóstica de diferentes pontos de corte do teste TUG. Resultados: O teste TUG apresentou moderada acurácia (0,73; IC = 0,67 – 0,78; p-valor = 0,001) para predizer a sarcopenia. Após a análise da curva ROC foi observado os valores de sensibilidade (82,1%), especificidade (50,9%), VPP (25,0%) e VPN (93,5%), além da razão de verossimilhança positiva (1,67) e negativa (0,351) para predição da sarcopenia (tabela 2). O ponto de corte sugerido como preditor de sarcopenia, para essa população, foi TUG ≥7.5 segundos. Conclusões: o teste TUG foi capaz de determinar a presença de sarcopenia na população estudada e obteve adequados valores preditivos. Esse teste passa ser importante para o rastreamento, pois é de fácil aplicabilidade e baixo custo, podendo identificar precocemente os indivíduos com provável sarcopenia. Palavras chaves: Sarcopenia. Atenção Primária a Saúde. Curva ROC. Estudos Transversais. Estudo EPES. PERFIL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS EM UNIDADE DE GERIATRIA ATRAVÉS DE AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA Renato Gorga Bandeira de Mello, Roman Orzechowski, Ana Clara Guerreiro Martins, Emilio Moriguchi, Roberta Rigo Dalacorte, Ana Claudia Tonelli de Oliveira Hospital de Clinicas de Porto Alegre - HCPA, Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS Introdução: Dados da avaliação geriátrica ampla são importantes preditores prognósticos, principalmente naqueles com múltiplas comorbidades, polifarmácia, dependência e fragilidade. Entretanto a capacidade preditiva desse método em nosso meio é pouco estudada, razão que motivou o PREDINTER, estudo de coorte que avaliará a capacidade preditiva de marcadores funcionais e de fragilidade para rehospitalização em idosos. Objetivos: Apresentar os dados preliminares da linha de base do estudo PREDINTER e descrever o perfil de pacientes idosos hospitalizados em unidade de internação geriátrica. Método: Estudo transversal com pacientes maiores de 65 anos internados na Unidade Álvaro Alvin do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no ano de 2016. Foram aplicados testes de funcionalidade básica e instrumental, escala de depressão Geriátrica (GDS) e Mini Exame Estado Mental (MEEM), timed get up and go test (TGUG), velocidade de marcha e força de preensão Palmar. Resultados: Foram avaliados 51 pacientes no período de um mês, com idade média de 76,8 anos, dos quais 58% são do sexo feminino; 49% viúvos; 27% são casados e 86% se declararam de cor branca. A média de escolaridade foi de 4,8 anos e 62,7% moram com apenas 1 pessoa. Os motivos mais frequentes de internação hospitalar foram: pneumonia (25%) e infecção do trato urinário (10%), sendo o número médio de comorbidades de 3 e 52% dos pacientes apresentam polifarmácia. A média de pontos nas escalas de funcionalidade foi: escala Barthel, 75 pontos e escala de Lawton, 14 pontos. A pontuação média no GDS foi de 3 pontos. Em avaliação de força de preensão palmar, o valor médio para o sexo feminino foi de 14,7Kgf e para o sexo masculino 28,0 Kgf. Comparando-se os subgrupos de 65 a 74 e de 75 anos ou mais, foi observada diferença estatisticamente significativa na pontuação dos seguintes testes: MEEM (23vs17; p=0,02); TGUG (8,7vs23s; p=0,02), assim como tendência a menor velocidade de marcha nos mais velhos (0,7vs0,5m/s p=0,07) Conclusão: trata-se de população predominantemente feminina de baixa escolaridade, exposta à polifarmácia, hospitalizada para tratar complicações infecciosas e com testes de funcionalidade global alterados, sobretudo nos mais velhos. Futuramente será avaliada a capacidade preditiva de diversos escores e variáveis de funcionalidade para declínio funcional e rehospitalizações. PERFIL DOS CUIDADORES DE IDOSOS SOB O OLHAR DE QUEM CUIDA DO CUIDADOR. Neisa Fernandes ACES - Assessoria e Consultoria em Educação e Saude Ltda RESUMO O envelhecimento é alvo de grande preocupação, para as mais diversas esferas governamentais e núcleos da sociedade, na saúde pública são grandes os impactos em sua demanda frente à fragilidade da população envelhecida. As cuidadoras de idosos não possuem definição concreta para suas atribuições assistindo os idosos amadoristicamente. Este trabalho buscou conhecer o perfil de cuidadoras sob o olhar profissional de quem cuida destas prestadoras de serviço social com atenção a saúde na cidade de Canoas, RS. A metodologia proposta foi um estudo pontual, de caráter observacional, onde se buscou identificar e registrar, de maneira organizada e sistemática, fatos e situações existentes na vida laboral e particular dos cuidadores de idosos. A amostra foi por conveniência, constituída por 20 participantes submetidas a questionário sócio-demográfico, anamnese, avaliação da sobrecarga, além de outros instrumentos validados para medir a existência de comprometimento cognitivo, depressão e marcha e equilíbrio. A análise dos dados se constituiu de uma descrição em média ± desvio-padrão, enquanto que variáveis categóricas, em frequência absoluta e percentual. Encontramos, dentre outros resultados, que 60% estão entre 51 a 60 anos de idade, 40% destas, a maioria possui Ensino Médio, e nenhuma delas com Curso para Cuidadores, 33% já estão neste mercado há mais de 10 anos. Em relação à dimensão física 35% são obesas, 60% possuem diagnósticos patológicos diversos, onde constatamos 80% com índice para depressão leve. Quanto ao aparelho cardiovascular às queixas encontradas eram relativas aos esforços nos atendimentos, e no aparelho locomotor as dores articulares foram relatadas por 100% das entrevistadas. Em seus estados cognitivos 20% foram encaminhadas para exames complementares. Concluímos que a sociedade ainda está à mercê de cuidadores de idosos despreparados atuando em domicílios, clínicas, hospitais e ILPI’s, pois nenhuma delas havia realizado curso ou treinamento para atuar na área. Além do despreparo formal, constatamos que a saúde encontra-se comprometida em grande parte delas, o que aumenta a probabilidade de risco na execução de suas tarefas reforçando a necessidade de uma ordenação nos saberes e fazeres na área do envelhecimento e seus cuidados, incluindo o cuidado a estas prestadoras de serviço. Consideramos este trabalho uma referencia a situação geral dos cuidadores domiciliares. PREVALÊNCIA DE PERDA AUDITIVA EM IDOSOS BRASILEIROS: PESQUISA NACIONA DE SAÚDE (PNS) Magda Aline Bauer, Ângelo José Gonçalves Bos Grande do Sul - PUCRS Pontifícia Universidade Católica do Rio Introdução: A audição é essencial para o processamento de eventos acústicos, emissão e compreensão dos sinais de fala. A perda auditiva pode ser consequência de vários fatores, como a exposição ao ruído, medicações ototóxicas, por fatores genéticos ou metabólicos. Seu acometimento pode ser adquirido durante a vida ou congênito. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo analisar a prevalência de queixa de perda auditiva, examinar se a perda auditiva foi adquirida durante a vida ou foi congênita e verificar o porcentual de usuários de próteses em idosos do Brasil. Metodologia: Estudo transversal, observacional e analítico de um banco de dados secundário a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). A PNS foi conduzida através de um questionário de base populacional no Brasil e teve como objetivo geral fazer um levantamento da situação de saúde, dos estilos de vida e sobre a atenção à saúde dos brasileiros. O uso das informações necessárias para este estudo foi realizado a partir da autorização de seus respectivos responsáveis. Para atender ao objetivo desse estudo, selecionaram-se os idosos da amostra do PNS e as suas respostas quanto às questões referentes à variável dependente perda auditiva e as independes: incidência do acometimento e uso de próteses auditivas. Resultados: dos 11177 idosos da amostra, apenas 837 (7,5%) referiram ter algum grau de perda auditiva e destes 28 (3,39%) nasceram com perda auditiva e os demais 809 (96,61%) adquiriam a perda. Dentre os idosos com perda adquirida apenas 120(14,83%) utilizavam próteses auditivas. Conclusão: Embora a perda auditiva cause limitações, ela não parece ser a sintomalogia de maior queixa entre os idosos. Na amostra 7,5% da população idosa refere queixa auditiva e destes a maioria 96,6% adquiriam a perda auditiva, ou seja, não nasceram com o comprometimento auditivo. Quanto à prótese auditiva, apenas 120(14,83%) dos idosos que adquiriam a perda utilizam deste dispositivo. VALIDADE PREDITIVA DO TESTE TUG NA DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE FRAGILIDADE Nathalia Cardoso de Oliveira Lidiane Isabel Filippin, Michele Bittencourt Silveira, Dalvana Dutra Berwanger, Thamyres Ferreira, Janaína Silveira Introdução: O envelhecimento populacional tem aumentando nas últimas décadas. Com o incremento da expectativa de vida somado ao aparecimento de doenças crônico-degenerativas associadas ao envelhecimento natural, faz surgir uma nova terminologia, o envelhecimento fragilizado do indivíduo. Fragilidade é o termo utilizado para descrever pessoas idosas que apresentem alto risco para desfechos adversos à saúde, tais como: quedas, hospitalizações, incapacidade, institucionalização e morte. Embora, não exista consenso sobre sua definição e métodos diagnósticos alguns autores tentam defini-la fundamentada em modelo baseado em uma tríade de acometimento funcional, psicossocial e déficits cumulativos. Objetivo: Estimar o ponto de corte para o teste TUG como preditor da síndrome da fragilidade em idosos vivendo em comunidade. Métodos: estudo de caráter transversal, de base domiciliar, com 322 idosos vivendo em comunidade, no município de Nova Santa Rita - RS. Foram incluídos no estudo indivíduos com idades entre 60 a 79 anos, de ambos os sexos. A escala de Fragilidade de Edmonton foi utilizada como modelo para avaliar a fragilidade e, o teste de desempenho físico timed up and go (TUG) foi avaliado como teste preditivo de fragilidade. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para análise estatística foi utilizada a regressão linear de Poisson para avaliar as variáveis associadas ao desfecho e a curva Receiver-Operating Characteristic (ROC) foi construída para avaliar a capacidade diagnóstica de diferentes pontos de corte do teste TUG. Resultados: a análise da curva ROC indicou valor de oito segundos na execução do teste TUG como melhor ponto de corte para diagnóstico da síndrome da fragilidade em idosos. A área sob a curva foi 0,716, com sensibilidade de 72,1%, especificidade de 58,4%, valor preditivo positivo de 54,4% e valor preditivo negativo de 75,3% para esse ponto de corte. Conclusões: o ponto de corte de oito segundos no tempo de execução do teste TUG obteve excelente sensibilidade e valor preditivo negativo para o rastreamento de idosos com provável síndrome da fragilidade. Palavras chaves: idoso fragilizado; programa de rastreamento; curva ROC. VERIFICAR AS DIFERENÇAS ENTRE INDIVÍDUOS DIABÉTICOS DE MEIA IDADE, IDOSOS JOVENS E LONGEVOS NO MONITORAMENTO DA SUA DOENÇA Flávia Picoli Gheno, Cláudia Aline Oliveira Safian, Andressa Dutra Dode, Katiana Spinelli da Veiga, Josemara de Paula Rocha, Ângelo José Gonçalves Bós Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA Introdução: O acompanhamento para a prevenção das complicações da Diabete (DM) é fundamental para estes pacientes. Objetivo: Verificar as diferenças entre indivíduos diabéticos de meia idade (40 – 59 anos), idosos jovens (60 – 79 anos) e longevos (80 ou mais) no monitoramento do nível de glicemia e procura de serviço de saúde para o acompanhamento da doença. Métodos. Trata-se de uma análise secundária de um banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foi realizada análise estatística descritiva e analítica utilizando o programa Epinfo 7; sendo questionado, quando foi a última vez em que o indivíduo havia avaliado o nível de glicemia, se ele frequentava regularmente um serviço de saúde para monitorar a DM e os motivos de não procurar por esses serviços. Foi utilizado o teste qui-quadrado para testar a relação entre essas variáveis, aceitando p significativo quando menor que 0,05 e indicativo de significância quando entre 0,10 e 0,05. Resultados: Entre os entrevistados pela PNS, 3321 referiram terem recebido o diagnóstico de DM, destes, 77,1% relatou ter verificado a glicemia há menos de 6 meses, sendo essa frequência maior em indivíduos de meia idade e menor em longevos, embora a relação não tenha sido significativa. Em relação à periodicidade de consulta médica para acompanhar a DM, 70,0% tinha este cuidado. Porém, 21,3% afirmou que só buscava esses serviços na presença de algum problema e 8,8% nunca procuravam. Os idosos jovens (22,2%) tenderam a procurar os serviços com mais frequência que as demais faixas etárias, ao passo que os longevos (23,4%), a buscar somente na presença de algum problema deste âmbito (p=0,0714). Dentre os motivos para a não procura, a maior parte não achava necessário consultar periodicamente, principalmente os longevos (74,4%, p<0,001). Outros motivos foram o tempo de espera prolongado no serviço (11,1%), e outros motivos (10,5%). Conclusão: Os dados apontam para a necessidade de um cuidado com a atenção primária voltada ao autoconhecimento sobre a DM, pois os indivíduos que não faziam o acompanhamento relataram não acharem o mesmo necessário, demostrando claro desconhecimento sobre as consequências desta doença. (RE) INTERNAÇÃO DE IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELITTUSEM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Renata Castro dos Anjos Zilli, Graciele Ferreira de Ferreira Mendes, Marcelle Moreira Peres, Ariel Eduardo Billig Universidade Católica de Pelotas/ Hospital Universitário São Francisco de Paula INTRODUÇÃO: O diabetes mellitus está associado às doenças crônicas e endócrinas que representam um grave problema de saúde pública, com alta prevalência em idosos, aumenta sua prevalência, de modo considerável, com a idade, o que, implica altos índices de morbidade e mortalidade, sendo considerada a quarta causa de morte no Brasil. Quando não controlada pode gerar complicações secundárias acarretando repetidas internações hospitalares, acometidas com seus agravos. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de DM em idosos internados em um hospital universitário e relacionar ao histórico de internações prévias durante os últimos dozes meses. MÉTODO: Realizou-se um estudo transversal incluindo idosos internados na unidade de Clínica Médica de um hospital universitário, no período de janeiro a abril de 2015. Os dados foram coletados através de um questionário e o diagnóstico de DM foi obtido através da consulta ao prontuário, todos os pacientes assinaram o TCLE. RESULTADOS: Participaram do estudo 224 idosos com média de idade de 71,7 anos (dp 8,7), a faixa etária mais prevalente entre 60-69 anos (48,7%), na maioria homens (50,9%) e brancos (79,9%). Do total, 31,7% tinham diagnóstico de diabetes, sendo que a maioria era do sexo feminino e na faixa etária de 60 a 69 anos. Em relação aos idosos com DM 49,3 afirmaram ter episódios de (re) internação nos últimos doze meses, estando associado a DM a hospitalizações prévias (p=0,01). CONCLUSÂO: O número de internações de indivíduos diagnosticados com DM é crescente, bem como a hospitalização devido a complicações inerentes à doença, com implicações diretas para a qualidade de vida, produtividade e tempo de sobrevida do indivíduo. A análise das hospitalizações decorrentes de diabetes mellitus é de suma importância no que tange o campo da atenção básica, sendo capaz de monitorar a efetividade das ações nesse nível e contribuindo para a adesão ao tratamento, adoção e cultivo de hábitos de vida saudáveis, de maneira a reduzir a necessidade de hospitalização. A (RE) CONSTRUÇÃO DO COTIDIANO DE IDOSAS RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA Vivianne Costa Koltermann Universidade Federal de Santa Maria - UFSM O aumento da população idosa no Brasil, juntamente com a falta de cuidadores, sejam eles formais ou informais, resultou em uma crescente demanda em instituições nas quais assumissem o papel de cuidar do idoso e de suas necessidades. Neste sentido, as Instituições de Longa Permanência assumem este papel, dando o suporte necessário para esta população, com a finalidade de ter uma boa qualidade de vida. Segundo Heller (2008), o cotidiano desenvolve-se através da personalidade, sentimentos e ideologias de cada indivíduo. Neste contexto, a presente pesquisa tem como objetivo conhecer como a pessoa idosa organiza o seu espaço dentro da Instituição de Longa Permanência para viver o seu cotidiano. Como método utilizado foi uma pesquisa qualitativa, na qual se baseou em estudo de caso realizado em uma Instituição de Longa Permanência para idosos localizada em uma cidade da região central do estado do Rio Grande do Sul. A pesquisa teve como sujeitos participantes sete idosas residentes desta instituição, nas quais eram residentes, no mínimo, há dois anos. A coleta de dados foi realizada no período de fevereiro e março de 2016 através de uma observação não participante e entrevista baseada na história de vida do individuo. Após a análise dos resultados, obtiveram-se como resultados dois principais blocos para análise que foram encontrados: a organização institucional das Instituições de Longa Permanência e os espaços em comum existentes entre suas casas e a Instituição. Nesse sentido, a organização da instituição interferiu, de certo modo, nos primeiros meses em que estavam na instituição, pois a rotina diária era de modo diferente dos quais elas eram acostumadas em suas casas, principalmente os horários de refeições e de higiene pessoal. Mas, ao longo do tempo, acostumou-se com esta rotina e hoje em dia convivem tranquilamente com seus novos horários. Em relação aos espaços em comum, a maioria dos relatos mostrou que há muitos espaços em comum, como o banheiro, lugares para lazer e pegar sol após o almoço, o que auxiliou na organização do seu próprio espaço dentro da instituição, trazendo consigo um pouco da realidade que tinham em suas casas. Conclui-se então que as idosas participantes da pesquisa reconstruíram seus cotidianos no contexto asilar a partir de como era o seu cotidiano em seus lares, porém foi um processo que necessitou meses de adaptação ao novo cotidiano na qual elas estavam, mas que hoje se sentem “em casa”, como muitas relataram. A CORRELAÇÃO ENTRE OS TERMOS VIOLÊNCIA E IDOSO EM BASES DE DADOS VIRTUAIS Isabel Vargas Witczak Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Introdução: trata-se de uma pesquisa sobre “Violência familiar contra idosos e a possibilidade de ressignificação a partir de grupos terapêuticos”, realizada no. Objetivo: entender qual a importância dos grupos terapêuticos para pessoas idosas que sofrem violência praticada por familiar usuário de drogas. Metodologia: para a revisão narrativa referente à temática, recorreu-se aos bancos de dados: “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), coletados em janeiro de 2015. Utilizou-se as palavras-chave violência and idoso para pesquisa ampliada. Selecionou-se materiais publicados a partir de 2009, os resumos foram lidos - quando em dúvida, houve leitura de todo artigo. Resultados: a BVS apontou 3185 possibilidades de correlação. Refinado pelo próprio programa de busca, utilizando-se como indicadores bases de dados nacionais e ano de publicação, localizou-se 27 referências: 02 teses de doutorado, 11 recursos educacionais e 14 artigos. Os artigos foram escritos em português, um em espanhol, assim como os recursos audiovisuais e teses de doutorado. As áreas: Psicologia (13), Saúde Pública (12) e Políticas Públicas (02). Três artigos fazem associação direta da temática pesquisada, descrevendo o atendimento individual às vítimas como forma de cuidado. O SciELO, apontou 66 possibilidades de correlação. Refinada ao ano de 2009, chegou-se a 48 artigos. Os artigos predominantemente escritos em português (04 em inglês). Nas áreas de Saúde Coletiva (21), Enfermagem (10), Saúde Pública (8), Geriatria e Gerontologia (05), Psicologia (04), Medicina (01). Dez artigos fazem associação direta à temática da pesquisa, narrando o atendimento individual às vítimas como forma de cuidado. Conclusão: estudos diferenciados sobre o estilo de vida e suicídio incluem o uso e abuso de drogas ilícitas e álcool como fatores determinantes para a violência contra o idoso, ou por estes praticadas. Encontrou-se, ainda, em ambos os sites, cinco estudos que fizeram tal correlação em diferentes períodos. A EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA IDOSOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS NO MUNICÍPIO DE GRAMADO 1* Milena Santos SMS Gramado/RS RESUMO: Dentro desta política de saúde, o Município de Gramado/RS vem realizando atividades educativas para portadores de diabetes mellitus em grupos que acontecem de forma centralizada, o grupo, reúne todos os diabéticos do Grupo Hiperdia e conta com 1.349 pacientes cadastrados. Destes, 153 participam do Grupo e, dos participantes, 70 são idosos. Nos encontros mensais promovidos pela equipe multidisciplinar, são repassadas informações sobre alimentação saudável, atividade física, uso de medicação, nos quais intervém junto aos pacientes e familiares e, a fim de promover uma assistência multidisciplinar adequada no qual, é proporcionado atendimento diferenciado aos pacientes idosos diabéticos. Diante disso, este estudo tem o objetivo de verificar o entendimento para o autocuidado dos idosos diabéticos através a educação permanente em saúde, avaliação contínua e melhoria da gestão do cuidado em diabetes. Para tanto, profissionais de saúde são capacitados para atender aos portadores de diabetes e ensiná-los a controlar a doença, visando garantir a melhoria da qualidade de vida dos portadores. Perguntados se têm conseguido manter sua glicemia controlada 76% dos idosos conseguem manter sua Glicemia pós-prandial inferior a 140 mg/dl, 17% referem que mantêm sua glicemia até 200mg/dl e 07% referem muito alterada, acima de 200mg/dl. Com relação à monitorização da glicemia, perguntou-se: você acredita ser importante para seu autocuidado? 91% dos idosos responderam Sim e 09% responderam não. Já nas questões levantadas pela enfermeira, sobre como aplicar a insulina e descartar os resíduos, se ainda geram dúvidas: Dos 58 idosos, 9% responderam sim e 91% responderam que não tem dúvidas. Com relação à metodologia utilizada para os idosos, de que outras maneiras, ou linguagens, eles acreditam que deveria ser melhorada a educação para o autocuidado: 17% dos Idosos apostam na utilização das figuras, 43% atividades práticas, 7% gostariam de apresentação de vídeos, 26% relatam estar bom da forma que está. Ainda completam o comprometimento da equipe. Ao finalizar este estudo é importante reforçar que o projeto foi elaborado para fortalecer e expandir as ações do SUS para educação em saúde para o autocuidado, avaliação contínua e melhoria da gestão do cuidado em diabetes. PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde. Diabetes Mellitus. Idosos. A RELAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR COM A SARCOPENIA EM IDOSOS: COMPARAÇÃO ENTRE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E IDOSOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS Estela Lopes Scariot, Fernanda Michielin Busnello, Adriana da Silva, Lockmann, Luis Fernando Ferreira, Luis Henrique Telles Da Rosa Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre ; Banco de Alimentos de Porto Alegre. Resumo: INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um fenômeno que acontece no mundo todo e vem aumentado de forma gradual e contínua no decorrer das últimas décadas, inclusive no Brasil. Nesta população são comuns os diagnósticos de doenças crônicas e síndromes, dentre estas se encontra a sarcopenia, que é caracterizada por uma perda gradativa de massa muscular esquelética, somada à redução de força e, por consequência, uma diminuição da capacidade funcional. OBJETIVO: Comparar o estado nutricional dos idosos institucionalizados e não institucionalizados, e analisar sua relação com a sarcopenia e com o consumo alimentar. MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal com 49 idosos institucionalizados e 49 não institucionalizados. Foram avaliadas questões sócioeconômicas, demográficas, de saúde, hábitos de vida e alimentares. Realizou-se avaliação do estado nutricional através da MAN®, aferição de massa corporal, estatura, cálculo do IMC, circunferência da cintura, circunferência do braço, cálculo da CMB, circunferência da panturrilha, prega cutânea tricipital e avaliação da capacidade funcional através da força de preensão da mão e do teste Timed Up and Go (TUG). Com a classificação da CMB, classificação da força de preensão da mão e o teste TUG foram classificados idosos com sarcopenia, de acordo com o Consenso Europeu para a Definição e Diagnóstico de Sarcopenia de 2010. Aqueles que apresentaram simultaneamente obesidade foram classificados com obesidade sarcopênica. RESULTADOS: Amostra de 98 idosos, sendo 49 idosos institucionalizados e 49 não institucionalizados. O sexo feminino foi predominante com 93,9% no grupo de institucionalizados e 89,8% dos não institucionalizados. Os idosos institucionalizados apresentam-se mais velhos com idade de 80,2 ± 8,5 anos, estado civil solteiro 32,7%, aposentados, apresentam maior risco para quedas 87,8% e maior presença de sarcopenia 40,8%. Idosos não institucionalizados praticam mais atividade física (média 60min). Nas associações realizadas no grupo de idosos com sarcopenia, pode-se observar quanto a classificação da cintura (p=0,005) e a medida de circunferência da panturrilha (p=0,008) que há associação significativa. Não houve associação significativa do consumo alimentar com a sarcopenia e obesidade sarcopênica. CONCLUSÃO: Idosos institucionalizados apresentam maior risco funcional para quedas e maior presença de sarcopenia. Os achados estão de acordo com a literatura, no entanto são necessários mais estudos. ACESSO DE HIPERTENSOS À ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL: POSSÍVEIS DIFERENÇAS ENTRE AS FAIXAS ETÁRIAS. Andressa Dutra Dode, Josemara De Paula Rocha, Carina Zuppa, Katiana Spinelli da Veiga, Flávia Picoli Gheno, Cláudia Aline Oliveira Safian, Ângelo José Gonçalves Bós" Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS Introdução: Entre idosos, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença altamente prevalente e um fator determinante de morbidade, mortalidade e dependência. Quando adequadamente controlada, reduz e previne significativamente as limitações funcionais e incapacidades. Objetivo: Verificar a frequência com que hipertensos procuram serviços de saúde, monitoram a pressão arterial e os motivos de não procura por atendimento entre indivíduos de meia-idade (40 - 59 anos), idosos jovens (60 - 79 anos) e longevos (80 anos ou mais) no Brasil. Métodos: Trata-se de uma análise secundária da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. a relação entre as diferentes faixas etárias, frequência da verificação da pressão arterial (PA), da procura por serviço de saúde em virtude da PA e o motivo da não procura foi testada pelo qui-quadrado, sendo um p <0,05, considerado significativo estatisticamente. Resultados: 10768 entrevistados da PNS referiram ter recebido o diagnóstico de HAS. A maior parte dos participantes havia verificado a menos de 6 meses (89,9%), longevos e meia-idade apresentaram frequências menores de verificação da PA (p<0,001). A frequência de acompanhamento médico foi menor que o da verificação de PA (61,7%). Destes, os idosos jovens (65,6%) e os longevos (62,6%) apresentaram valores maiores que o esperado para essa procura, sendo estatisticamente significativo (p<0,001). Os demais responderam nunca ou só procurar o serviço médico diante de um problema. Destes, 65,4% justificou não achar necessário procurar esses serviços por causa da HAS, sendo essa frequência maior entre os idosos (69,1%) e os longevos (68,8%). Dentre as outras justificativas de não procura, o tempo de espera no serviço de saúde muito prolongado, principalmente entre os indivíduos de meia-idade, e a distância demasiada do serviço de saúde, principalmente entre os longevos. Conclusão: Foi possível observar que, mesmo na presença de um diagnóstico de HAS, os indivíduos não achavam importante procurar o serviço de atenção básica periodicamente. Outras questões como a questão da distância do serviço de saúde, para os longevos, e o tempo de espera para atendimento, para os indivíduos de meia idade, foram relatadas. Esses achados sugerem a importância de aprimorar a educação em saúde para hipertensos e melhorar o acesso da atenção primária. ANÁLISE DA GRADE CURRICULAR DOS CURSOS DE MEDICINA DO RIO GRANDE DO SUL E SUA RELAÇÃO NO ENSINO E NO INCENTIVO DO ESTUDO EM GERIATRIA. David de Souza Mendes,Sarah Precht e Souza, Claire São João Krieger Gomes, Luis Fernando Ferreira, Luis Henrique Telles da Rosa, Eduardo Garcia Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Introdução: Com o processo de transição demográfica, o Brasil está se transformando em um país de idosos. Com o avanço da urbanização e da medicina, a expectativa de vida da população tem aumentado significativamente. Com esta mudança na estrutura populacional do país, o atendimento à saúde deverá sofrer uma importante adaptação, uma vez que, com o envelhecimento da população, necessita-se de profissionais especialistas no cuidado geriátrico. Nesse cenário de envelhecimento populacional, a Geriatria será de grande valia por abranger o cuidado da população idosa e o processo de envelhecimento como um todo. Nesse sentido, se faz necessário avaliar a atenção que as faculdades de Medicina estão dando para a especialidade geriátrica na matriz curricular da graduação médica. Objetivos: Identificar a presença de disciplinas cujo tema principal seja a Geriatria e o paciente idoso. Metodologia: Estudo transversal, no qual foram analisados os currículos de todos os cursos de medicina do estado do Rio Grande do Sul. Foram assim verificados quais cursos possuíam em sua grade disciplinas ligadas à geriatria, gerontologia ou cuidado ao idoso. Resultados: Foram identificados 8 currículos com disciplinas com referência a geriatria, gerontologia e seus campos de atuação. Das 15 faculdades de medicina do estado, 53,3% apresentam inserido o assunto da saúde do idoso em seu currículo. Conclusão: Os dados apresentados demonstram que o ensino em Geriatria aos estudantes está em andamento na maior parte das instituições do estado, indo de encontro com as normativas que indicam a necessidade de ensino em Geriatria, e principalmente com as necessidades populacionais do país em um futuro muito próximo.Contudo, ainda é válida a investigação das instituições onde ainda não constam na grade curricular as referidas disciplinas, bem como das disciplinas que abordem o tema, mas de maneira superficial. Além disso, também é importante levar em conta que é muito pequena a dedicação às disciplinas com tema geriátrico, quando estas estão presentes no currículo. De certa forma, isso pode mostrar o desenvolvimento de uma importante problemática, pois, no futuro, isso refletirá em despreparo por parte dos médicos em cuidar de pacientes idosos e possivelmente colocará em xeque a qualidade do atendimento à saúde no Brasil. É imprescindível que as faculdades de Medicina preparem os estudantes para o cuidado com o paciente idoso. ANÁLISE DE EXECUÇÃO DA TÉCNICA INALATÓRIA EM PACIENTES IDOSOS Caroline Zanoni Cardoso, Mariel Allebrandt, Maria Angélica Pires Ferreira Farmácia (UFRGS), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Introdução: As doenças respiratórias são uma causa importante de morte em nosso meio, sendo a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) a mais comum em idosos. A taxa de mortalidade chega a 38 mil pessoas ao ano e é a 5ª causa de internação pelo SUS. O tratamento é realizado através do uso de broncodilatadores e antiinflamatórios pela via inalatória. A execução adequada da técnica inalatória é essencial para o sucesso terapêutico. Idosos apresentam taxa de erro de aproximadamente 85% na execução e, mesmo após treinamento, continuam com o uso incorreto. Frente a tais resultados, o Grupo de Orientação e Treinamento em Terapia Inalatória (GOTTI), analisou execução da técnica inalatória em pacientes idosos. Objetivos: Analisar erros e acertos cometidos no uso de spray dosimetrado e cápsula inalatória em pacientes idosos. Metodologia: Os pacientes em tratamento são visitados pelo grupo, convidados a demonstrar a técnica usada e avaliados por meio de uma ficha de avaliação da técnica inalatória, na qual é marcada se as etapas estão corretas ou incorretas. Após, é repassada a técnica correta e entregue material educativo. As etapas para dispositivo spray dosimetrado são: retirar a tampa, acoplar o espaçador, agitar o frasco, expirar, disparar um jato de cada vez, inspirar lenta e profundamente, prender a respiração por 10 segundos, enxaguar a boca ao final da aplicação e cuspir a água de enxague. As etapas das cápsulas inalatórias são: colocar a cápsula no inalador em local adequado, perfurar a cápsula, expirar, inspirar rápida e profundamente, verificar se há Faculdade de resíduos na cápsula, enxaguar a boca ao final da aplicação e cuspir a água de enxague. Resultados: Foram reunidos 54 pacientes, 52% homens e 59,3% com DPOC. No uso do spray: 11% não retira a tampa do dispositivo, 65% não acopla o espaçador, 46% não agita o frasco, 70% não expira, 53% não dispara um jato de cada vez, 59% não inspira corretamente, 53% não prende a respiração por 10 segundos, 55% não enxagua a boca ao final da aplicação e 59% não cospe a água de enxague. Nas cápsulas: 2% não coloca a cápsula no inalador em local adequado, 2% não perfura a cápsula, 20% não expira, 11% não inspira corretamente, 5% não verifica se há resíduos na cápsula, 12% não enxagua a boca ao final da aplicação e 13% não cospe a água de enxague. Conclusão: Devido ao grande número de erros, é necessária a intervenção pontual e personalizada para pacientes idosos, bem como acompanhamento constante da execução da técnica. APOSENTADORIA GRADUAL: DEFINIÇÃO E ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA. Leandro Minozzo Gerontoeducação – Ensinar para o Envelhecimento Ativo O aumento da longevidade e seu impacto na aposentadoria têm sido constantemente discutidos nos últimos meses. Percebe-se, no entanto, que há um foco quase exclusivo na questão etária, enquanto formas alternativas e necessárias de construção acabam não sendo aprofundadas. A presente apresentação oral tem por objetivos definir o conceito de apresentação gradual, referenciando-a como forma pela qual a maior parte dos brasileiros desejam ter como transição, e trazer os resultados de levantamento da sua viabilidade em cálculos de projeção. Hoje, 76% dos brasileiros, segundo pesquisa feita pelo banco HSBC, não desejam mais parar de trabalhar de uma hora para outra. Proposta para implantação: criação de para os celetistas da categoria “Microempreendedor individual especial” (MEI) – com INSS reduzido para o empregador (15%), isenção de recolhimento de FGTS, com oferecimento de seguro de acidente de trabalho. Para que o aposentado possa ser contratado, deve ser flexibilizada a legislação para possibilitar a TERCERIZAÇÃO de atividade fim PARA esses MEI’S especiais por até 5-10 anos. O empregador e o aposentado-gradual, dentro de alguns balizadores, poderão negociar diretamente carga-horária (entre 20 e 30 horas/semanais) e outros benefícios (como a permanência no plano de saúde). Sendo um MEI, outro aspecto interessante é que o aposentado teria liberdade de negociar com um novo empregador, de um ramo diferente. Exemplo: um trabalhador de 60 anos que se aposentadoria recebendo o teto do INSS (5.189,82 reais), caso desejasse continuar trabalhando, porém, com jornada de trabalho menor, e havendo vontade do seu empregador em mantê-lo, poderia optar pela aposentadoria gradual. O INSS pagaria 80% do valor do benefício e o empregador pagaria INSS reduzido (15%), além disso arcaria com seguro acidente de trabalho, porém não mais com o FGTS. Resultado: Considerando o teto do INSS de hoje, caso fossem pagos 20% a menos do valor do benefício, haveria uma economia de 13.493,5 reais/trabalhador/ano; em 5 anos, 67.467,6 reais. Caso 10,000 trabalhadores que contribuem sobre o teto adotassem a aposentadoria gradual, a Previdência Social economizaria 674.676 milhões, fora o ganho direto com arrecadação do INSS pelo empregador (101.201 milhões). Além disso, há ganhos indiretos com a comprovada redução em gastos com saúde – porque sabemos que idosos que podem trabalhar e o fazem, adoecem menos. AS DIFICULDADES DO RESIDENTE DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DO IDOSO NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE Suelen A. Savoldi, Camila C. Marin, Caroline L. Queiroz, Gilmar S. Araújo, Keila C. Ferrari, Rodolfo S. Ventura. Faculdade de Medicina do ABC - Santo André - SP É de conhecimento dos profissionais da saúde que para o controle das doenças não basta combatê- las quando já eminentes, mas sim prevenir o seu aparecimento, e sobre este raciocínio se organiza a atenção básica em saúde. Neste estudo procurou-se explanar as dificuldades do profissional residente em saúde do idoso atuante na A.B. em nível de aderência do usuário, relacionamento com a equipe básica e entre a própria equipe multiprofissional. É um relato de experiência das atuações numa unidade mista de saúde. Verificou-se que a aderência dos usuários às ações de atenção primária é dificultada pela cultura médico-centrada, e para o profissional residente este é um desafio, visto que se torna frustrante não conseguir efetividade nas ações propostas, mas que através do trabalho interdisciplinar o construir compartilhado se torna ferramenta potente para a criação e desempenho das estratégias de ações. Compreendeu-se também que é necessário investir em ações que contemplem a saúde do trabalhador das unidades de saúde, sendo que este precisa entender o seu trabalho e ter o pertencimento do local em que está inserido para poder, em consonância com a equipe especializada, oferecer melhor atendimento ao usuário e favorecer a educação em saúde, sendo promotor do conhecimento e também receptor deste quanto cidadão que também é usuário do SUS. AS EMOÇÕES NO ENVELHECIMENTO SEGUNDO A MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC) Margareth Baptista Resende, RenatoVeras Universidade Estadual do Do de Janeiro Introdução A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de Medicina Tradicional em uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos da sua história (3.000 anos). Fundamenta-se numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano, e sua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta abordagem tanto ao tratamento das doenças quanto á manutenção da saúde através de diversos métodos. Acupuntura ramo da MTC que abordaremos, consiste em introduzir agulhas metálicas em pontos precisos do corpo de um paciente, para tratar de diferentes doenças ou provocar efeito anestésico. A acupuntura conhece reformas importantes na dinastia Song (960 a.C – 1279 a.C) impulsionadas principalmente pelo médico Wang Weiyi que publicou “Acupuntura e os pontos do Corpo Humano”. No século XX, Mao Tze Tung, oficializou o ensino da Medicina Chinesa à nível universitário e a sua divulgação por toda a China, criando-se muitas universidades e hospitais para a prática da mesma, considerada na altura um recurso valioso e acessível para a saúde publica. Isto permite afirmar que a Medicina Chinesa, como a Medicina Ocidental, possui uma experiência de um estatuto oficial, e ao mesmo tempo, uma abordagem mais humanista e mais global do ser humano, da saúde e da enfermidade. Ainda sobre a relação entre o mental e o físico, Cordeiro (1994) afirma que: “A MTC ensina que o mental e o físico têm origem na mesma essência (Jing), que, em sua manifestação maior, se apresenta como corpo físico - yin -, e, em sua manifestação menor, como mental - yang. Tratase, pois, da mesma energia em níveis diferentes, podendo-se concluir que há uma interação total entre esses aspectos do homem e, portanto, as atividades mentais dependem da energia dos órgãos, do mesmo modo que, reciprocamente, influenciam a energia do físico”.Para este trabalho, interessa verificar que o estado de saúde pelo, equilíbrio do Yin-Yang , torna viável a compreensão do homem em si mesmo e em seu relacionamento com o meio ambiente e, por extensão, com o universo, o que torna o ato terapêutico praticado na sessão de acupuntura um dos possíveis caminhos para o almejado estado de equilíbrio entre homem e o envelhecimento natural. Método A acupuntura foi a técnica eleita como base de estudo, visto que, além de ser possível contar com um vasto material filosófico como embasamento para reflexões acerca do tema, propicia uma noção de homem e de mundo que permeia a ancestral cultura chinesa, podendo ser de grande valia na resolução dos conflitos e dos dilemas que a vida oferece para quem a vive. Pondera-se que, ao menos em parte, à excessiva ênfase que habitualmente é dada à doença, em detrimento do doente, que acaba sendo tratado, por vezes, com descaso, resultando em um desgaste do paciente e de seus familiares. Enquanto se procura conhecer aquela em seus mais íntimos mecanismos, por vezes, passa despercebido o fato de que, por trás do órgão doente, existe um ser de altíssima complexidade, cerebral e sentimental, cuja mente se encontra em contato com todo o universo, por ser parte do mesmo. Como se pode ver, a partir do que já foi brevemente exposto, a MTC, em particular, a acupuntura, percebe o ser humano como uma unidade menor (microcosmos) dentro de uma unidade maior (macrocosmos), sendo um influenciado pelo outro, visto que o primeiro faz parte incondicional do segundo, e vice- versa, de forma a haver uma contribuição para a evolução do todo. A partir do problema exposto e das hipóteses formuladas, ambos acima descritos, a pesquisa realizada baseou-se em textos como os de Cordeiro, Faubert, Campiglia, dentre outros, que podem ser conferidos nas referências bibliográficas. A atividade de leitura veio a enriquecer o trabalho prático, realizado tanto no campo profissional, quanto no acadêmico, de forma que um serviu como base de dados para a ampliação do outro. Objetivo Levadas essas informações em consideração e, também, através da experiência prévia adquirida tanto no meio acadêmico quanto no profissional, acredita-se que este estudo justifica-se por buscar demonstrar de que maneira, a partir da teoria dos Cinco Movimento, a acupuntura, enquanto terapia holística, “Teoria segundo a qual o homem é um todo indivisível, e que não pode ser explicado pelos seus distintos componentes (físico, psicológico ou psíquico), considerados separadamente.”, possui uma grande influência sobre o equilíbrio do ser. Logo, ao eleger essa terapia como objeto de estudo, procura-se valorizar sua eficácia e revelar os benefícios que a visão total do indivíduo oferece, em detrimento da percepção ocidental mais tradicional, que tende na maioria das vezes, a encarar as doenças e as mutações da idade como fatores independentes do organismo como um todo. Este trabalho, objetiva-se, de maneira mais ampla, relacionar alterações da psique com o meio interno e o externo do Homem idoso em sua complexidade, mostrando que essas influências podem gerar desequilíbrios nos sistemas dos Cinco Movimentos e dos Zang Fu (órgãos e vísceras). Mostrar o Homem idoso como um ser complexo e integral, pela ótica da MTC; - definir as emoções e os seus aspectos mentais e espirituais, junto à teoria dos Cinco Movimentos; - tratar sobre a psicopatologia sob o viés da MTC; - explorar as entidades viscerais, suas personalidades e síndromes na psique. Sentimentos e Emoções: É importante notar que os fatores emocionais, assim como constituem resultado das atividades funcionais e dos movimentos do Qi (energia), também têm ações específicas neste movimento. Ou seja, cada fator emocional se relaciona de maneira positiva ou negativa. A relação entre as emoções e os órgãos tem dupla direção: as patologias orgânicas podem provocar perturbações emocionais, assim como as emoções descontroladas podem alterar o movimento harmônico do Qi. Isso explica o motivo pelo qual indivíduo submetido a um estresse psíquico prolongado, tenha maior tendência a desenvolver doenças. (WANG, BING, 2001 ) Existem três fatores causadores de doença que precisam ser levados em conta, de acordo com a tradição oriental: os fatores externos, os internos e os mistos. Os fatores internos são os mais interessantes a este estudo, visto que são os responsáveis por desencadear as patologias nos casos de desequilíbrio entre corpo e espírito. São os sete sentimentos ou as cinco emoções: Alegria; Raiva; Preocupações; Pensamento; Tristeza; Medo e Pavor. É importante mencionar que tais sentimentos representam as modificações do espírito em reação à percepção de mensagens emocionais transmitidas pelo ambiente. Eles não são patogênicos em si ou quando o quadro energético não oferece condições ao desequilíbrio. (MACIOCIA, 2007) Entretanto, se o indivíduo, que possui esses sentimentos, for exposto a altos níveis de estresse, esse excesso de sentimentos, causado pela situação estressante, pode desencadear uma desordem funcional. “No homem de mente desorganizada, o mal penetra facilmente no corpo, provocando doenças”. Por outro lado, a manifestação de uma emoção revela um distúrbio que afeta o órgão. Assim, há dois aspectos inerentes às emoções que devem ser levados em conta. Seguindo a lei de geração e restrição dos Cinco Movimentos, as emoções também podem se engendrar e se combater mutuamente: de acordo com o ciclo de geração, cada emoção pode aumentar a próxima.( AUTEROCHE, 1992) A Personalidade Os comportamentos e constituições, se pararmos para pensar na infinidade de emoções e sentimentos existentes no ser humano parece bem difícil de classificá-las dentro de Cinco Movimentos. Mas o que vemos na verdade são diferentes combinações, com uma gama de intensidades e nuances diferentes de emoções básicas. As características básicas das personalidades segundo os Cinco Movimentos são: a) Personalidade Metal: caracteriza-se pela firmeza de caráter, frieza, força moral, forte poder de decisão (pouca dúvida), inflexibilidade, determinação e paciência. b) Personalidade Água: são seres sociáveis, respeitando as opiniões e diferenças alheias. Procuram sutilmente se incluir e colocar suas idéias de forma indireta. Evitam conflitos frontais com o inimigo, trabalhando de forma sutil e se infiltrando a partir de “baixo” para alcançar seus objetivos. c) Personalidade Madeira: dinâmicos, criativos e imaginativos. Respeitados por sua nobreza moral e sua capacidade ética. São profissionais por excelência. Sociáveis, gostam de estar em relação e trabalhar pelos outros, mas não gostam de trabalhar sozinhos. d) Personalidade Fogo: as palavras chave desse tipo são transformação, mudança e atualização. Busca a evolução e a transgressão de normas. São naturalmente líderes, abnegados e lutadores. Mostram autoconfiança, vitalidade e grande capacidade de organização e habilidade mental. São resolutos, inimigos da passividade e da indiferença. Trabalham sempre por um ideal, combatendo valores obsoletos e tradicionais, são ousados. e) Personalidade Terra: metódicos e sistemáticos, bons administradores. Não fazem nada sem pensar e não “pisa em falso”. É lógico, realista, e faz boas previsões do futuro devido à capacidade de pensamento sistemático. São lentos no agir, mas quando o fazem são ágeis. Tem grande capacidade com as finanças, para poupar e para dar destino a coisas aparentemente inúteis. É claro que não existem os tipos “puros”, ou se existem são muito passageiros, já que a “normalidade” está na adaptabilidade comportamental de acordo com as diferentes situações de vida que possam surgir. E também, como tudo que existe, os cinco tipos podem ser classificados em Yin ou Yang, de acordo com a natureza da sua manifestação. O Envelhecimento No Nei Jing, (770 –221 a.C) um dos mais importantes e antigo tratado de MTC, que consiste num erudito diálogo entre o Imperador Amarelo e seu Ministro Chi Po, mestre divinamente inspirado, descreve-se o envelhecimento: “Quando a mulher atinge a idade de quarenta e dois anos, o pulso das três regiões do Yang deteriora se na parte superior do corpo, o rosto engelha se todo e o cabelo começa a embranquecer. Quando atinge a idade de quarenta e nove anos já não pode engravidar e a circulação do pulso da grande artéria diminui. A menstruação acaba (...) Na idade de quarenta anos, as emanações dos testículos diminuem, o cabelo começa a cair e os dentes a apodrecer. Aos quarenta e oito anos, o vigor masculino está reduzido ou esgotado, aparecem rugas no rosto e o cabelo das têmporas embranquece. Aos cinquenta e seis anos, (...) a vitalidade diminui, (...)” Para um envelhecimento saudável, ChiPo recomenda uma alimentação equilibrada, a prática regular de exercício físico, hábitos saudáveis de atividade e repouso, paz interior e mente tranquila. Seguindo estas regras o ser humano chegaria à idade dos 100 anos em saúde. As mudanças emocionais experimentadas ao envelhecer, podem desencadear reações fisiológicas e comportamentais, que aceleram o processo de adoecimento desta população. De acordo com a Dra. Chan (WHO, 2012), o envelhecimento é uma tendência global com consequências globais para a saúde, principalmente em relação à ascensão universal Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) como doenças os transtornos mentais que, uma vez desenvolvidas, geralmente não têm cura e tornam-se crônicos. Há uma necessidade urgente de prevenir incapacidades relacionadas com tais doenças e planejar cuidados de longa duração. Segundo Margareth Chan, “para essas doenças e muitas outras condições, a MTC tem muito a oferecer em termos de prevenção, conforto e cuidados”. Conclusão Os cinco elementos materiais – fogo, terra, metal, água e madeira – não prescindem do sexto elemento imaterial, a psique. O material é presente, em efeito e causa, enquanto que o imaterial vive oculto entre o espaço, o tempo atual e a sua criação milenar. “Apagar” o fogo das emoções com muita água esfria o corpo momentaneamente; todavia, se a madeira que alimenta o fogo vem da floresta seca, que se formou por acontecimentos passados ou remotos na vida do espírito, a fogueira voltará a queimar, a partir da primeira emoção relacionada. Do ponto de vista terapêutico, conhecer-se para reconhecer é uma boa medida para todo aquele que pretende, com a acupuntura, aliviar as dores materiais dos seus semelhantes. A criatura emocional se expressa na mente e no corpo, em culpas e tumores, medos e dores. Ao tratar a dor, somente, não se elimina o medo. Ambos devem ser tratados simultaneamente, mesmo que o imaterial seja imperceptível ao paciente. Cabe, portanto, ao terapeuta, de maneira integral, tratar do corpo e da alma de seu paciente, a fim de que, conhecendo-se, ele esteja apto a, finalmente, reconhecer as causas e os efeitos de seus desequilíbrios, curando-os. Ao dominar o conhecimento MTC, é possível neutralizar uma ferida de causa material-material e aliviar um ferimento ancestral imaterial-material. As relações dos indivíduos em uma mesma família ou em sociedade podem criar a psique de maneira saudável ou adoecê-la. Esses efeitos nem sempre são tão imediatos. Ao contrário, dependem de indutores mais sofisticados, como as emoções, que disparam o trauma oculto que transborda no corpo em diferentes graus de intensidade. Unido ao sexto elemento, o equilíbrio psíquico pode ser restabelecido e o expurgo, derivado da compreensão e do autoconhecimento possibilitará a eficiência da ação sobre os cinco elementos. Certamente, com o tratamento em curso, haverá melhor qualidade de vida e o caminho para as realizações emocionais de cada um. Saudável do ponto de vista material e imaterial, o ser vislumbra possibilidades infinitas para si e para todos os seus relacionados. O alívio do indivíduo ajuda a melhorar e desenvolver uma série de questões ligadas às relações familiares e sociais. O modelo da MTC para as atividades mentais obedece a sua racionalidade. É um modelo explicativo bastante significante, pois correlaciona mente e corpo em um sistema integrado. Aos olhos do paradigma ocidental de tratamento às doenças, o pensamento da MTC pode parecer ilógico ou irracional; porém, quando se aprofunda sobre, por exemplo, um sistema de Zang (órgãos), torna-se possível analisar as diferentes estruturas e funções que o compõem tanto a natureza quanto o corpo. Desta forma, pode-se começar a pensar que as atividades mentais que formam Shen (mente) podem, perfeitamente, estar relacionadas com as estruturas cerebrais e suas funções. Vale lembrar que este modelo teórico da fisiologia humana tem demonstrado excelentes resultados no tratamento dos pacientes e que, na teoria, é encarado pelo pensamento tido como racional como “loucura”, na prática, tem surpreendido tanto os profissionais quanto os pacientes que dele fazem uso. Ao ensinar, há mais de 5000 anos, que o homem é um ser indivisível, e que corpo e mente fazem parte "da mesma folha de papel", a acupuntura traz conceitos que muito se aproximam das atuais construções teóricas, como, por exemplo, as defendidas pela psicossomática. A acupuntura propõe intervir, através de estímulos em determinados pontos, na causa primeira dos sofrimentos que, segundo a MTC, estão na desarmonia do homem consigo mesmo, ou deste em relação ao meio exterior ou do meio em relação ao homem. A busca das interfaces existentes entre o melhor do pensamento ocidental e o melhor do pensamento oriental, cabe ao terapeuta fazê-lo. As informações apresentadas não se esclarecem separadamente, toda a compreensão somente se dá na conjugação de todos os estudos e aprendizados de diferentes culturas e eras planetárias. O que de igual maneira se dá com relação ao idoso a fusão do adulto, do jovem e da criança em um mesmo ser. AVALIAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO EM BEIRA DE LEITO EM HOSPITAL DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL Analice Calegari Lusa, Angélica Savoldi, Lia Mara Wibelinger Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: A deglutição é um processo automático, porém, muito complexo, pois envolve diversas estruturas capazes de funcionar de forma coordenada. No entanto, alguns pacientes quando debilitados e/ou portadores de algumas patologias, apresentam entre tantos sintomas, a disfagia. OBJETIVO: Analisar banco de dados de avaliação fonoaudiológica em beira de leito. MÉTODO: Os dados foram abstraídos retrospectivamente do banco de dados do setor de fonoaudiologia de um hospital do interior do Rio Grande do Sul, do ano de 2015 com pacientes acima de 18 anos de idade. RESULTADOS: Foram realizadas 451 avaliações fonoaudiológicas em beira de leito, somando 1240 atendimentos no total. Dentre estes, 297 faziam uso de via alternativa para alimentação e após avaliação e acompanhamento fonoaudiológico 166 paciente receberam alta hospitalar com dieta exclusiva por via oral. 34 mantiveram a via alternativa mais o estímulo por via oral e 97 necessitaram da permanência de via alternativa para alimentação. CONCLUSÃO: A avaliação fonoaudiológica em beira de leito é capaz de identificar os pacientes potencialmente de risco para disfagia e pode prevenir possíveis complicações hospitalares. Além disso, busca através da oferta segura uma melhor qualidade de vida aos pacientes e sem dúvida um ganho importante na redução de custos da instituição. AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA INGESTÃO POR VIA ORAL APÓS A INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM IDOSOS APÓS ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO. Bruna Saurin, Simone Augusta Finard Introdução: O envelhecimento populacional traz como consequência o aumento da prevalência de doenças crônicas como hipertensão arterial sistêmica ou diabetes, que são as principais causas do Acidente Vascular Encefálico (AVE). Em alguns casos, o AVE causa sequelas significativas na motricidade, na linguagem, na deglutição, na fala, entre outras funções. O distúrbio da deglutição, denominado disfagia, pode causar desnutrição, desidratação e/ou broncopneumonia aspirativa. Objetivo: descrever a evolução do distúrbio da deglutição de pacientes idosos, com diagnóstico de AVE, pré e pós-intervenção fonoaudiológicas com a avaliação do Nível de Disfagia e a Escala Funcional da Ingestão por Via Oral (FOIS). Método: Foram selecionados 20 prontuários entre os pacientes com acompanhamento fonoaudiológico ambulatorial, em um hospital de referência de Porto Alegre, no período entre novembro de 2014 a março de 2016. Apresentavam idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, com distúrbio de deglutição decorrente de AVE. Os pacientes haviam sido encaminhados em pós-alta imediata ou eram oriundos de outros ambulatórios da instituição. Os prontuários dos pacientes deveriam conter, no mínimo, quatro atendimentos que contemplassem a avaliação clínica da deglutição para identificar o nível da disfagia e a FOIS pré e pós-intervenção fonoaudiológica. Resultados: com relação à FOIS, 45% (n=9) apresentaram melhora funcional da deglutição e 55% (n=11) mantiveram o mesmo padrão de ingestão. A classificação do nível de disfagia demonstrou que 30% (n=6) apresentaram evolução e 70% (n=14) permaneceram estáveis. Cabe ressaltar que 75% (n=15) dos pacientes apresentaram deglutição funcional ou disfagia leve (ou seja, ausência de risco de aspiração laringotraqueal) após o atendimento fonoaudiológico. Conclusão: O nível da disfagia dos pacientes encaminhados para o ambulatório, em geral, é leve; já os casos de disfagia grave, quando é necessária alimentação por via alternativa, ocorreram com menor prevalência. Como a disfagia pode comprometer a qualidade de vida, verifica-se a necessidade de encaminhamento para que a deglutição possa ser reabilitada, ou realizadas adaptações caso a caso, com a terapia fonoaudiológica. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA DIETA EM DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA, DADOS DO PNS 2013 Flávia Picoli Gheno, Cláudia Aline Oliveira Safian, Ângelo José Gonçalves Bós Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Resumo Introdução: A qualidade da dieta e os hábitos alimentares cada vez mais estão sendo influenciados por fatores socioeconômicos. Esses fatores contribuem diretamente nos hábitos alimentares e cuidados relacionados ao viver saudável. Além disso, o estado nutricional também é resultante das alterações fisiológicas que ocorrem com o envelhecimento, especialmente às modificações sensoriais, visuais e olfativas fazendo com que na medida em que os anos passam haja a diminuição do consumo de alimentos saudáveis. Objetivo: Analisar a influência de fatores sociodemográficos na qualidade da dieta da população Brasileira. Métodos. Foi realizada uma análise secundária de resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE realizada em 2013. Os participantes foram agrupados quanto à faixa etária em adultos-jovens (18-39 anos), meia-idade (40-59 anos), idosos (60-79 anos) e longevos (80 anos e mais). O índice de qualidade da dieta (IQD-PNS) foi calculado usando como parâmetro de pontuação o preconizado pelo Ministério da Saúde no Guia Alimentar para uma Alimentação Saudável (2005). Observamos uma distribuição homogênea do índice tendo como valor mínimo de cinco e máximo de 40 pontos. A média do IQD-PNS foi de 24,5 ± 4,86 em mediana de 25, quartil 25% com 21 e de 75% com 28 pontos. A partir dos quartis foram criados os níveis: pior qualidade, os que atingiram nível menor que 21, e melhor, pontuação maior que 28 pontos. Nível regular de IQD foram os participantes que pontuaram entre 21 e 28 pontos. Resultados: A maioria dos entrevistados (52%, n=30.755) apresentou nível regular de qualidade da dieta, 20% apresentou melhor nível de IQD-PNS. Idosos e longevos apresentaram maior frequência (P<0,001) de melhor pontuação da qualidade da dieta. Essa frequência foi de 34,5% nos longevos e 34% entre os idosos. Os viúvos (32%, n= 1.439) tiveram uma melhor qualidade da dieta (p <0,001). Quando comparado os gêneros, verificamos um nível pior de qualidade da dieta em homens (32%), Pardos (21%) e Negros (20%) apresentaram menor frequência de nível melhor da qualidade da dieta (p<0,001). Concluímos que idosos e longevos apresentaram melhores níveis de IQD-PNS, o mesmo não acontecendo com homens, pardos ou pretos. A prevalência de doenças crônico-degenerativas e dificuldades de acesso à educação em saúde podem ser as causas dos achados da presente análise. AVALIAÇÃO DE SAÚDE AUTO REFERIDA EM IDOSOS DE ÁREA RURAL DE UM MUNICÍPIO DO NOROESTE DO PARANÁ Vanessa Daniele Zambon Valério Pelizzari, Carlos Alexandre Molena-Fernandes Universidade Estadual de Maringá - UEM INTRODUÇÃO: A população brasileira acima de 65 anos deve passar de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. No período, a expectativa média de vida do brasileiro deve aumentar dos atuais 75 anos para 81 anos. O idoso possui suas particularidades que precisam ser atendidas pelos serviços de saúde. A realização de estudos de perfil de saúde em área rural é essencial para a assistência a população de idosos, pois irá proporcionar aos profissionais de saúde, gestores a formulação de ações e políticas públicas que tornem o cuidado resolutivo e de qualidade. A autoavaliação de saúde é cada vez mais investigada e retrata o estado de saúde da população, seja positivo, seja negativo, considerando a ótica pessoal do indivíduo. Entende-se que o conceito subjetivo de saúde automaticamente incluso nesse processo possibilita investigar quais são os fatores associados à percepção de vida saudável da população em estudo. OBJETIVOS: Analisar o padrão da saúde auto-referida na população de idosos de área rural. METODOLOGIA: estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, com 187 idosos, por meio de inquérito domiciliar, explorando as condições de saúde de população de 60 anos ou mais residentes na área rural de um município do noroeste do Paraná. Como instrumento para a coleta de dados foi utilizado um questionário a partir de um roteiro resumido da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, aplicado aos idosos. RESULTADO: Em relação à percepção da saúde, 41,18% avaliaram como boa, 41,71 se auto avaliaram com regular e 17,11% se percebem com uma saúde ruim. Os homens tenderam a ter pior avaliação da própria saúde ao classificá-la como regular (49,35%). Mas a maioria das mulheres considerou sua saúde boa (45,45). Nos octagenários a maior porcentagem dos idosos se considera com uma saúde regular (44,4). Sendo que a maioria dos homens octagenários se auto avaliaram com uma saúde regular (58,3) já 70,0% das mulheres se consideraram ter boa saúde. CONCLUSÃO: Em relação à percepção de saúde, a maioria dos idosos entrevistados a considerou regular. Porém verificase a necessidade de os profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros, estar capacitados e preparados para atuar na promoção da saúde e prevenção de doenças dos idosos, conhecer suas características, a fim de traçar estratégias embasadas em necessidades reais dessa população e, assim, realizar o cuidado humanizado e integral. REFERÊNCIAS BEZERRA, P. C. L.; OPITZ, S. P.; KOIFMAN, R. J.;MUNIZ, P. T. Percepção de saúde e fatores associadosem adultos: inquérito populacional emRio Branco, Acre, Brasil, 2007-2008. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(12):2441-2451, dez, 2011 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Síntese de indicadores 2012. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2013. Disponível em <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv65857.pdf> Acesso em: 15/12/2015. AVALIAÇÃO DO TEMPO DE INTERNAMENTO DO SERVIÇO DE GERIATRIA DE UM HOSPITAL EM CURITIBA Cerlei F. Franzoi, Erica Hilgemberg, João Ricardo Martineli, Ananda Beatriz Munhoz Cretella, Vitor Last Pintarelli e Maurilio José Pinto FAVI - Fundação de apoio e valorização do idoso Introdução O tempo de internamento de pacientes idosos é sabidamente relacionado à institucionalização pós-alta, necessidade de cuidadores e até a morte. Além disso, quando prolongado é correlacionado a maior risco de comprometimento funcional, físico e mental, levando à perda de autonomia. Fatores preditores para internamento prolongado são capacidade funcional física e cognitiva prévias. Um estudo Frances multicêntrico prospectivo com 908 pacientes, dos quais 64% eram mulheres e cuja idade média foi de 84 anos, mostrou um tempo médio de internamento 17,68 dias, dos quais 15 % duraram mais de 30 dias e 50 % menos de 15 dias. Objetivo Conhecer dados que foram relacionados com o tempo de internação e seus desfechos no serviço estimula o pensamento crítico sobre práticas para otimizar internação, bem como preditores de piores desfechos pós hospitalização. Método Para este estudo analítico, observacional e retrospectivo foram coletados dados referentes à internação hospitalar do serviço de geriatria em um Hospital de Curitiba no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2016 com base em revisão de prontuários. Resultados Durante o período de inclusão ocorreram 129 internamentos de 99 pacientes diferentes com média de idade de 85,58 anos. O tempo médio de internação foi de 11,73 dias, sendo o tempo médio para mulheres de 11,43 dias e para homens de 12,28 dias. Dos idosos, 79,8% ficaram menos de 15 dias internados, 13,2% ficaram entre 15 e 29 dias internados e 7% permaneceram mais do que 30 dias no hospital. No período 22% dos idosos foram a óbito e o tempo médio de internação destes pacientes foi de 16,18 dias. Observou-se que pacientes com home care tiveram um tempo de internação maior, cuja média foi de 24,68 dias. Ao analisar número de comorbidades constatou-se que nos idosos com menos de 5 comorbidades o tempo médio de hospitalização foi de 9,63 dias e para aqueles com mais de 6 comorbidades o tempo foi de 13,41 dias. Conclusão A média de tempo de hospitalização no serviço avaliado mostrou-se inferior a de outros estudos pesquisados, bem como a porcentagem de hospitalização por mais de 30 dias o que pode sugerir melhores desfechos para os pacientes que passaram pelo serviço. AVÓS DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA: RELACIONAMENTOS INTERGERACIONAIS E PRÁTICAS DE APOIO EXERCIDAS NO CONTEXTO FAMILIAR Juliana Archiza Yamashiro, Thelma Simões Matsukura Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto A identificação e aprofundamento sobre a intergeracionalidade e seus processos em diversos contextos, contribuem para o avanço da compreensão das dimensões multifatoriais presentes nestes relacionamentos, revelando potencialidades, desafios e possibilidades de melhor qualidade de vida e recursos para intervenções. O presente estudo teve por objetivo compreender a experiência de avós de crianças com deficiência intelectual, as práticas de apoio exercidas pelas mesmas no contexto familiar e acerca dos relacionamentos intergeracionais. Tratou-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do qual participaram seis avós de crianças com deficiência. A coleta de dados foi realizada entre os meses janeiro e maio do ano de 2012, sendo utilizado um roteiro de entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os principais resultados apontaram que com o nascimento da criança com deficiência, as avós vivenciaram extensas dificuldades e fizeram uso de recursos próprios, tais como a fé e a religiosidade, para enfrentar e manejar a situação. Observou-se ainda que outras fontes de suporte não foram citadas, o que repercutiu em uma evidente demanda por maiores informações e instruções sobre a deficiência do neto e o manejo de situações cotidianas relacionadas a ela. Sobre as práticas de apoio exercidas no contexto familiar, observou-se que as avós despendem importante parte de seu tempo e de seus recursos para apoiar a família do neto, conferindo variados tipos de suporte. Entretanto, também foi possível evidenciar as dificuldades enfrentadas por elas, como questões relacionadas à saúde, financeiras ou de suporte social, as quais implicam diretamente na oferta de apoio das avós às famílias ou mesmo em sua qualidade de vida. Ademais, os resultados apontaram para o impacto causado, com nascimento da criança com deficiência, no relacionamento estabelecido entre avós e netos mais velhos (com desenvolvimento típico), evidenciando assim a necessidade de novos estudos sobre o tema para que seja possível aprofundar a compreensão sobre os aspectos implicados nessa realidade, capazes de influenciar ou interferir na qualidade dos relacionamentos intergeracionais. Concluiu-se que há uma importante necessidade de oferecer e/ou fortalecer as redes de suporte social das avós, direcionar atenção especializada e oportunizar apoio diante das complexidades presentes na realidade de ser avó de uma criança com deficiência. Palavras-Chave: Idosos. Avós. Intergeracionalidade. Crianças com Deficiência. CAPACIDADE FUNCIONAL PARA ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA DE IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE DE PORTO ALEGRE, E SUAS RELAÇÕES COM ASPECTOS BIOLÓGICOS, PSICOLÓGICOS E SOCIAIS. Caroline Santos Figueiredo, Luciana Martins dos Reis, Luis Henrique Telles da Rosa, Luis Fernando Ferreira, Bruna Ledur, Laís Andrieli Ferreira Gattino, Luis Henrique Telles da Rosa Universidade Federal de Ciências da Saude - UFCSPA Introdução: O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, que determina a perda da adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e incidência de patologias, que terminam por levá-lo à morte. O conceito de saúde para o idoso é determinado pela autonomia e independência em suas ABVD e AIVD, e não pela ausência de doenças. Dessa maneira, conhecer a capacidade funcional e os fatores que contribuem para a sua manutenção torna-se muito importante. Objetivo: Analisar a relação da capacidade funcional para AVD com variáveis demográficas, de saúde, físicas, psicológicas e de apoio social de idosos. Metodologia: Estudo transversal de base populacional, com idosos, residentes em Porto Alegre (RS). Dados obtidos através de visitas domiciliares. Foi utilizada a Escala de Katz, anamneses demográficas, de saúde e de apoio social. Após as avaliações foram separados os 547 idosos em três grupos, quanto à capacidade para AVD: Independentes (II), Moderadamente dependentes (IM) e muito dependentes (ID). Resultados: No ID 90% são mulheres, contra 60% de II e IM. Ainda no ID, 5,2% dos pacientes vivem sozinhos, contra 20% entre IM e ID. 34% dos idosos II e IM tiveram quedas nos últimos 2 anos, e mais de 40% de ID. Quanto à atividade física, 68% do II é muito ativo, enquanto 23% dos grupos IM e ID apresenta-se assim. Quanto à saúde, incidências de AVE e depressão aumentaram juntamente com níveis de dependência. Para AVE foi observado incidência de 6%, 21% e 36% para II, IM e ID, respectivamente. Já para depressão foi observado 27%, 64% e 68% para II, IM e ID, respectivamente. 26% do ID teve 2 ou mais internações hospitalares nos últimos 6 meses, contra 21% de IM e 3% de II. Conclusão: Há correlação entre o sexo e a incapacidade para AVD, sendo mulheres mais acometidas pelos danos do envelhecimento. Já os aspectos físicos e de saúde, não há como fazer uma relação de causa-consequência, uma vez que índices de depressão, casos de AVE, atividade física, internações hospitalares e quedas podem entrar em um círculo. Por exemplo, o idoso não pratica atividades físicas por ter um comprometimento físico incapacitante, e tem essa condição justamente por não praticá-las. Essa correlação pode ser feita com todos os dados apresentados, o que reforça a necessidade de não tratar o sintoma da fragilidade, mas sim o idoso como um todo, oferecendo-lhe oportunidades de aprimoramento de suas capacidades físicas, biológicas e psicossociais. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS, SOCIAIS E EPIDEMIOLÓGICAS DOS IDOSOS RESIDENTES NA ZONA RURAL ATENDIDOS PELA ESF DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ Caroline Nugem Teixeira, Iride Cristofoli Caberlon ULBRA Campus Gravataí Universidade Luterana do Brasil- RESUMO Introdução: No Brasil, o índice de envelhecimento em idosos com mais de 60 anos de idade teve um aumento de 500% em 40 anos, tornando-se um desafio para saúde pública. Embora o envelhecimento seja um processo individual, variando conforme idade, gênero, etnia, região, história de vida e saúde é comum neste o idoso apresentar alterações morfológicas, fisiológicas, patológicas e transtornos neuropsiquiátricos. As equipes multiprofissionais da Estratégia da Saúde da Família (ESF) têm uma grande responsabilidade no desenvolvimento de um conjunto de ações de promoção da saúde, no âmbito individual e coletivo na Atenção Básica. Objetivos: identificar as características demográficas, sociais e epidemiológicas dos idosos residentes na zona rural atendidos pelas Unidades da Saúde da Família (USF) do município de Gravataí. Método: Estudo descritivo, de base domiciliar, de corte transversal, com dados primários. A amostra aleatória, 105 idosos, pertencentes a 3 faixas etárias (60-74; 75-84; 85 e +), sendo entrevistados 15 idosos de cada USF. Foi utilizado um questionário semiestruturado. Resultados: verificou-se que 52,4% dos idosos são do sexo feminino, 69,5% pertenciam a faixa etária de 60-74 anos, 66,6% casados, 85,7% praticam uma religião, 69,5% possuem ensino fundamental incompleto, 92,4% residem em casa própria e 5,7% moram sozinhos. Nos últimos 6 meses a procura de atendimento na USF pelos idosos foi de 80%, onde 61% utiliza a USF com frequência e 39% pouco, 70,5% tiveram sua última consulta agendada. 84% são portadores de alguma doença e fazem uso de medicamento. Nos últimos 6 meses 13,3% dos idosos sofreram quedas e 6,7% tiveram internações. Do total 16,2% necessitam de auxílio em pelo menos uma das AVDs. 64,8% tem HAS, 31,4% DM, e 18,1% depressão. Na prática de hábitos saudáveis observou-se que 17,1% colocam mais sal na comida, 38,1% fazem 4ou+ refeições/dia, 45,7% tomam 6ou+ copos de água/dia, e 47,5% costuma fazer atividade física. No cálculo do IMC dos idosos, 46,7% com sobrepeso e 7,6% baixo peso. O relato sobre a percepção de sua saúde: 43,8% regular, 39,3% boa e 14,3% ótima. Em relação às atividades sociais, 86,7% saem de casa toda a semana e 11,4% frequenta algum grupo de idosos. Conclusão: Espera-se que estes resultados representem uma relevante contribuição aos profissionais da ESF para aferição do acesso, acolhimento e intervenção ao usuário e estabelecer ações efetivas na promoção, assistência e reabilitação da saúde destes idosos. CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS Cintia Lazzaroto Copatti Universidade de Passo Fundo - UPF Resumo: Introdução: A população idosa no Brasil e no mundo vem crescendo de forma muito rápida, fato ocasionado pela redução da fecundidade e pelo aumento da expectativa de vida. No Brasil, o Estatuto do Idoso considera idosas pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e destina-se a regular seus direitos. Nos últimos anos, vem crescendo a demanda por intituições voltadas a este público – as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Objetivo: Levantar características necessárias ao ambiente de uma ILPI para trazer qualidade de vida ao idoso. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa exploratória, que utiliza literatura especializada e estudos de caso realizados nos residenciais Menino Deus Residencial Sênior e Vida Residencial Geriátrico, em Porto Alegre, RS. Resultados: As ILPIs devem apresentar um ambiente acolhedor e familiar, que propicie a interação social, o companheirismo e a ajuda mútua entre os idosos, aumentando a autoconfiança, o otimismo e a segurança. Devem ser espaços mais humanizados e menos institucionais. O conforto ambiental (térmico, lumínico e acústico), nos espaços de ILPIs, aumenta o bem-estar físico e psíquico e melhora a resposta comportamental do idoso, tornando-o mais disposto à interação social. As áreas externas de lazer, além de tornarem o local agradável, incentivam o idoso a participar de atividades recreativas e a interagir com os demais. Ao projetar espaços para idosos, deve-se considerar as alterações sofridas pela idade, respeitando a legislação específica, através de critérios técnicos para projeto, construção e adaptação de edificações às condições de acessibilidade. De forma geral, a ILPI deve estar livre de perigos e oferecer proteção e facilidades que contribuam para a segurança e independência, estando o mobiliário disposto de forma que diminua o risco de acidentes e permita a fácil circulação no ambiente. Conclusão: Os estágios mais avançados da vida são momentos propícios para realizar novos projetos, nos quais o convívio social é fundamental. O ideal é que o idoso permaneça no convívio da família, porém, quando não for possível, a ILPI deve ser um local onde são oferecidos moradia e atendimento especializado através de uma equipe multidisciplinar nas áreas de saúde e lazer, que através de ambientes humanizados, infraestrutura apropriada e interação social, proporcione uma melhor qualidade de vida aos idosos. CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DO RISCO DE QUEDAS EM UMA POPULAÇÃO IDOSA Caroline Zanin, Bruna Knob, Matheus Santos Gomes Jorge, Rafela Simon Myra,Mariângela DeMarco, Vinícius Dal Molin, Lia Mara Wibelinger Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO As alterações decorrentes do processo de envelhecimento são evidenciadas pela diminuição da força muscular, da amplitude de movimento, da velocidade de contração muscular, da acuidade visual e auditiva, e pelas alterações posturais que influenciam a mobilidade funcional e o equilíbrio em idosos. Estas alterações podem acarretar alguns prejuízos para o idoso, como o aumento do risco de quedas e redução do nível de independência funcional (PINHO et al., 2011). Atualmente as quedas de idosos são uma preocupação mundial, pela frequência e pelas implicações em relação à qualidade de vida (DAS; JOSEPH, 2005), podendo gerar graves consequências físicas e psicológicas, como lesões, hospitalizações, perda da mobilidade, restrição de atividades diárias, diminuição da capacidade funcional e o medo de novas quedas. (STUDENSKN; WOLTER, 2002). OBJETIVO Caracterizar e analisar o risco de quedas e as condições de saúde dos idosos residentes do município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. METODOLOGIA O estudo caracteriza-se como epidemiológico, de natureza descritiva e analítica. A amostra estudada foi composta por 76 idosos residentes no município de Passo Fundo que foram entrevistados e responderam a um questionário elaborado pelos autores contendo dados sócio-demográficos e clínicos. RESULTADOS Observou-se que a maioria da amostra estudada é do gênero feminino (76,31%), faixa etária de 60 a 69 anos (47,36%), casada (40,78%), com baixa escolaridade (52,63%) e renda mensal de até um salário mínimo (48,68%). Pode-se verificar que a maior parte possui alguma patologia, correspondendo a 84,21% da amostra, sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) a mais relatada, seguida da Osteoartrose e Osteoporose. Já sobre o uso de medicamentos, 73,68% da amostra faz uso de um ou mais medicamentos, sendo os hipotensores os mais utilizados, seguidos dos diuréticos e antidepressivos. Quanto ao uso de óculos para correção de problemas visuais, 76,31% dos indivíduos entrevistados relatam fazer uso deste. CONCLUSÃO Através do presente estudo, observou-se que a maioria dos idosos que sofreram quedas nos últimos seis meses apresentava um ou mais fatores de risco para quedas, aumentando, assim, a probabilidade de que o uso de medicamentos, a presença de fatores de risco cardiovascular e alterações visuais podem elevar efetivamente o risco de quedas nessa população. CICLO DE CAPACITAÇÃO EM DOENÇA DE ALZHEIMER NA ATENÇÃO BÁSICA EM CAMPO BOMRS Leandro Minozzo Gerontoeducação – Ensinar para o Envelhecimento Ativo A proposta da apresentação oral é fazer o relato de experiência bem-sucedida de capacitação em geriatria e gerontologia na atenção básica. Destaco a grande necessidade desse tipo de iniciativa, abrigada por amplo arcabouço legal e uma demanda reprimida enorme de idosos sem o diagnóstico e/ou tratamento adequado. Em 2014, foi realizada uma palestra de cunho exploratório sobre doença de Alzheimer com médicos e enfermeiros da atenção básica do município de Campo Bom-RS. Na ocasião, quando participaram 6 médicos e 20 enfermeiros, foi aplicado um questionário de preenchimento voluntário e feito debate acerca das carências e dificuldades na realização do diagnóstico e do tratamento da doença. 100% dos médicos classificaram a importância do tema como 10, numa escala de 0-10; entre as maiores dificuldades relatadas encontramos: pouco tempo para consulta, dificuldade para diagnóstico, relação com a família, falta de sistema de apoio e escolha do tratamento. 86% dos médicos responderam não ao questionamento “Sente-se Capacitado para Atender Pacientes com Doença de Alzheimer?”. Em 2015, foi construído, em conjunto com a secretaria de saúde do município, um ciclo de capacitação e educação em saúde sobre a doença de Alzheimer. As atividades foram voltadas para médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde; além de palestra para a comunidade e distribuição de jornal informativo para os idosos atendidos nas unidades de saúde. Conforme o levantamento feito na atividade inicial, focou-se no diagnóstico e no tratamento na capacitação dos médicos e na gestão do cuidado e na avaliação cognitiva breve para os enfermeiros. A capacitação dos agentes comunitários de saúde foi sugerida por médicos e enfermeiros e teve como objetivo desmitificar a doença e orientar os profissionais para sinais precoces de demência. No evento aberto à comunidade, focou-se na prevenção e na importância do tratamento precocemente. As avaliações dos participantes foram positivas e as questões abertas apontaram para a necessidade e vontade dos profissionais na continuação de capacitações. Ao término do ciclo, foi entregue carta de sugestões com 25 propostas para melhorar o cuidado com a doença de Alzheimer no município de Campo Bom-RS. Acredito na importância do relato da construção do ciclo e de seus resultados por se tratar de uma alternativa necessária à carência de profissionais especializados no SUS. CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS PARA IDOSOS: ESTUDO EM ALUNOS DOS ÚLTIMOS SEMESTRES DO CURSO DE MEDICINA Ademar da Silva Mesquita Junior, Ana Paula Rex, Geniffer Curtinaz Cardoso, Isadora Brandão da Silva, Paulo Cardoso Consoni Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Introdução: As reações adversas a medicamentos são mais frequentes e mais graves em idosos. A polifarmácia e a prescrição de medicamentos inapropriados são fatores que expõem esses pacientes a riscos, aumentando a morbimortalidade nessa população. A falta de conhecimento e o treinamento inadequado dos profissionais da saúde em relação a prescrição para o paciente idoso contribuem para a ocorrência de iatrogenia medicamentosa. Objetivo: Este estudo tem como objetivo descrever o conhecimento de alunos de medicina da Universidade Luterana do Brasil – Canoas sobre medicamentos inapropriados para idosos. Métodos: Estudo transversal com aplicação de questionários a 102 alunos de um total de 137 alunos matriculados do 9º ao 10º semestre do curso de Medicina da ULBRA – Canoas. Levantou-se dados sobre o conhecimento dos alunos referente à medicamentos inapropriados para idosos, usando como referência a classificação da ferramenta Critérios de Beers. Através de um questionário auto aplicado estruturado com perguntas sobre as características demográficas da amostra e sobre a segurança de uma lista de 21 medicamentos que são de uso comum em pacientes idosos e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para, fins de minimizar possíveis respostas falsas, em cada questão foi mantida uma alternativa de resposta de desconhecimento sobre o medicamento. O aluno foi orientado a marcar apenas uma alternativa em cada questão. Devido à heterogeneidade na velhice, estabelecemos como critério para decisão na resposta dos alunos o idoso longevo e o idoso frágil. A análise estatística foi feita com o programa SPSS 21.0, utilizando os testes QuiQuadrado para a comparação entre as variáveis. Resultados: Dos alunos pesquisados, 84,3% afirmaram ter conhecimento sobre medicamentos inapropriados para idosos, porém o percentual total de acertos nos questionários foi de 20,2%. O maior número de acertos foi relacionado quanto à segurança do Diazepam (49%). O medicamento em que os alunos apresentaram menor percentual de acertos foi a Fluoxetina, com apenas 4,9% das respostas corretas. Os fármacos que apresentaram maior percentual de respostas “Não Sei” foram Oxibutinina (48%) e Ciclobenzaprina (37,3%). O estudo observou que os entrevistados que afirmaram não conhecer o tema foram os que obtiveram maior percentual relativo de acertos. Conclusão: Apesar da maioria dos alunos pesquisados afirmarem possuir conhecimento sobre o tema, a frequência de acertos quanto a segurança dos fármacos questionados foi baixa. O aprimoramento do ensino, visando maior qualidade na prescrição e o uso racional de medicamentos, é necessário para minimizar a iatrogenia em pacientes idosos. Não encontramos na literatura trabalhos semelhantes a este, impossibilitando comparação similar. Portanto mais estudos sobre educação médica em geriatria são necessários, além de discussões a respeito do conhecimento sobre prescrição adequada a idosos em todo o meio médico e acadêmico. CONSUMO DIETÉTICO DE PACIENTES IDOSOS EM TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO QUIMIOTERÁPICO Jéssica Cristina de Cezaro, Pâmela Capelari, Giovana Cristina Ceni, Marilene Rodrigues Portella, Adriano Pasqualotti, Vanessa Dick, Ana Carolina Bertoletti de Marchi Bolsista CAPES, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Campus Palmeira das Missões – RS, Universidade de Passo Fundo (UPF) INTRODUÇÃO A boa nutrição exerce importante papel no tratamento do paciente oncológico. Os riscos do indivíduo desenvolver desnutrição e caquexia são elevados em função dos efeitos colaterais que os medicamentos propiciam, bem como pela própria agressividade da doença. OBJETIVO Avaliar o consumo energético e de macronutrientes de pacientes idosos em tratamento quimioterápico em um Centro de Alta Complexidade em Oncologia. MÉTODO Trata-se de dados preliminares de um estudo transversal quantitativo que avaliou 22 pacientes oncológicos idosos do sexo masculino, que realizaram tratamento quimioterápico durante o mês de agosto de 2015 no Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), localizado no município de Ijuí, Rio Grande do Sul. A população foi caracterizada pelo prontuário do paciente e aplicamos um questionário com informações sobre idade, estado civil, escolaridade, diagnóstico primário e metástase sistêmica. Os dados dietéticos foram avaliados por Recordatório alimentar de 24 horas, e os valores nutricionais foram calculados pela planilha de cálculos CalcNut®, com as variáveis: energia, proteína, lipídeos, carboidratos e fibras. A pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria por parecer de número 1.188.801. RESULTADOS A média de idade encontrada foi de 70,55±7,24 anos, e 86,36% (n=19) dos pacientes eram casados. Metade deles apresentava ensino fundamental incompleto e 14% eram analfabetos. Os diagnósticos principais foram câncer de próstata (32%), pulmão (14%), intestino (14%) e pele (9%). Casos de metástase sistêmica foram relatados por 22,73% dos pacientes. Verificamos que a ingestão calórica média diária foi de 1.281,04±273,37 calorias. Já o consumo médio proteico foi de 65,45±20,33 gramas, representando em média 20,43±6,30% das calorias totais diárias. Para os lipídeos, encontramos valor médio de 43,36±11,89 gramas por dia, correspondente a 30,50±8,30% do consumo energético total. Já os carboidratos representaram média de consumo diário de 157,24±50,08 gramas (49,07±15,63% das calorias diárias) e a ingestão de fibras foi de 13,39±6,35 gramas por dia. CONCLUSÃO De maneira geral, podemos afirmar que o consumo médio energético e de macronutrientes está dentro do recomendado, no entanto, a demanda de tais componentes pode estar aumentados ou diminuídos em relação ao tipo e localização do tumor, denotando a importância da avaliação nutricional individualizada. REFERÊNCIA DA SILVA, Manuela Pacheco Nunes. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Revista Brasileira de cancerologia, v. 52, n. 1, p. 59-77, 2006. DESEMPENHO DE IDOSOS COM SÍNDROME DA FRAGILIDADE NO TESTE TIMED UP AND GO Paulo Giusti Rossi, Juliana Hotta Ansai, Ana Claudia Silva Farche, Larissa Pires de Andrade de Souza, Anielle Cristhine de Medeiros Takahashi Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso, Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP. Introdução: A síndrome da fragilidade tem sido descrita como uma importante síndrome geriátrica, por estar associada a um risco aumentado no declínio funcional, quedas, institucionalização, hospitalização e morte. Assim, torna-se essencial avaliar o impacto que a síndrome provoca sobre a mobilidade dos idosos. Um instrumento amplamente utilizado na avaliação de tarefas funcionais e equilíbrio, através de avaliação clínica da mobilidade, é o teste Timed Up and Go (TUG). A potencialidade clínica do TUG vem da análise de diversas habilidades funcionais básicas, como sentar, levantar, virar-se e caminhar, e sua principal variável é o tempo que o indivíduo dispende na realização. Objetivo: Comparar o desempenho de idosos frágeis, préfrágeis e não frágeis no TUG. Métodos: Sessenta e três idosos foram divididos igualmente em três grupos (21 por grupo) de acordo com o fenótipo de fragilidade. Foi realizado anamnese e TUG. Registrou-se o tempo dispendido no TUG, número de passos e número de paradas. Utilizou-se o teste qui-quadrado para verificar a normalidade dos dados relacionados a sexo. Para análise dos dados referentes à idade, tempo, número de passos e cadência, foi utilizado o teste ANOVA one way, com post Hoc de Tukey e nível de significância de 5%. Resultados: A maioria dos idosos era do sexo feminino (73,0%) e a média de idade foi de 78,6 anos (± 28,6). Não houve diferença estatística na idade ou sexo. Com relação ao tempo de realização do TUG, o tempo médio de grupo não-frágil foi de 12,1s (± 3,1); pré-frágil de 14,4s (± 4,5) e frágil de 19,5s (± 8,1). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nãofrágil e frágil (p = 0,000); e grupos pré-frágil e frágil (p = 0,014). Quanto ao número de passos, o grupo não-frágil utilizou uma média de 16,3 passos (± 3,9), pré-frágil 18,7 passos (± 5,2) e frágil 22,4 passos (± 7,1). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos não-frágil e frágil (p = 0,002). Com relação à cadência durante o TUG, o grupo frágil utilizou uma média de 82,2 passos/min (± 13,3), préfrágil 79,0 passos/min (± 11,7) e frágil 71,3 passos/min (± 10,0). Houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos não-frágil e frágil (p = 0,011). Conclusão: Idosos frágeis apresentam desempenho inferior no TUG quando comparados a préfrágeis e não frágeis. Isso confirma a redução da mobilidade causada pela síndrome da fragilidade das capacidades funcionais básicas de idosos com síndrome da fragilidade. Agências Financiadoras: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). DESENVOLVIMENTO DE UM INSTRUMENTO PARA AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS Patricia Morsch, Mauro Myskiw e Jociane de Carvalho Myskiw Gerontologia - PUCRS, ESEF - UFRGS Instituto de Geriatria e INTRODUÇÃO: No Brasil, 28% a 35% das pessoas com mais de 65 anos de idade cai a cada ano, sendo que esta proporção aumenta para 32% a 42% para os indivíduos com 70 anos ou mais. A queda se caracteriza por um importante evento para os idosos, podendo levar a problemas físicos e psicológicos, institucionalização e aumento do risco de morte. A literatura sugere que 30% a 40% das quedas são passíveis de prevenção, através do manejo adequado dos fatores de risco. Porém, a adesão nesses programas preventivos depende da percepção dos idosos em relação às quedas. OBJETIVO: desenvolver uma nova ferramenta para avaliar a percepção dos idosos em relação aos fatores de risco para as quedas. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e quantitativa. O método qualitativo foi desenvolvido através da análise de conteúdo e o quantitativo pela técnica de validação de conteúdo e cálculo de coeficiente realizado após desenvolvimento de uma planilha no Excel. RESULTADOS: Participaram da análise qualitativa 22 idosos, com 60 anos ou mais de idade, participantes de grupos de idosos de Porto Alegre, e professores de duas universidades locais. A idade média dos participantes foi 70,2±7,1 anos. A codificação e interpretação dos dados resultaram em duas categorias temáticas: a problematização das quedas e a percepção dos fatores de risco, que serviram como base para a elaboração do instrumento quantitativo de avaliação da percepção dos fatores de risco para as quedas. Este, com 26 questões, foi enviado para validação de conteúdo através da análise de “juízes”. Três especialistas na área do envelhecimento com mestrado e doutorado na área, avaliaram o instrumento quanto à clareza da linguagem, importância e relevância teórica, em uma escala variando de 1 a 10. Com esses resultados em mãos, foi possível calcular o Coeficiente de Validação de Conteúdo (CVC) e o Índice de Fidedignidade através da concordância interavaliadores (IRA). CONCLUSÃO: através da avaliação dos juízes e cálculos de validação de conteúdo foi possível adequar o instrumento para continuar as etapas necessárias para a validação do mesmo. De acordo com os resultados preliminares, o instrumento proposto parece bastante relevante para identificar como o idoso transforma as quedas em um problema a ser prevenido e a sua percepção em relação aos fatores de risco para as mesmas. Este conhecimento possibilitará uma metodologia mais eficaz para o desenvolvimento de atividades preventivas. DETERMINANTES SOCIAIS E A VIOLENCIA CONTRA O IDOSO Cleusa Militz, Andressa, Melissa Pagno, Agostini Lampert Maria Universidade Federal de Santa INTRODUÇAO: O acelerado processo de envelhecimento populacional demográfico presente na atualidade é um fenômeno mundialmente acontecendo a partir da segunda metade do século passado. E a longevidade mesmo sendo uma conquista da humanidade contribui para grandes desafios dos governos, da sociedade e da família em assegurar os direitos e proteção. Neste contexto que ressaltamos a importância do papel dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS) que vai dar subsídios para avaliação do papel das políticas sociais, incluindo as condições socioeconômicas, culturais e ambientais de uma sociedade, e relacionam-se com as condições de vida e trabalho de seus membros, como habitação, saneamento, ambiente de trabalho, serviços de saúde e educação, incluindo também a trama de redes sociais e comunitárias e, consequentemente na saúde dos brasileiros. OBJETIVOS: Refletir sobre a importância dos DSS diante do contexto violência contra o idoso. METODO: Estudo de caráter bibliográfico constituído principalmente de livros e artigos científicos de cunho qualitativo. RESULTADOS: Para a Comissão Nacional, os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população. O Brasil foi o primeiro país a criar Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) em março de 2006. Com o objetivo de gerar informações e conhecimentos sobre os determinantes sociais da saúde, particularmente as iniquidades de saúde; Promover e avaliar políticas, programas e intervenções governamentais e não governamentais realizadas em nível local, regional e nacional relacionadas aos DSS; Atuar junto a diversos setores da sociedade civil para promover uma tomada de consciência sobre a importância das relações entre saúde e condições de vida e sobre as possibilidades de atuação para diminuição das iniquidades de saúde. CONCLUSAO: Com os DSS temos uma oportunidade de melhorar esta geração de idosos, agindo sobre as causas das desigualdades de saúde e doença. Pois, reconhecer a interdependência entre condições sociais e condições de saúde apresenta uma oportunidade de intervenção nas raízes do problema social para que consigam melhorar e combater a imensa distância entre a ação e as leis voltadas para proteção, cuidado e qualidade de vida dessa geração de idosos, grupo social que desponta como ator fundamental na trama das organizações sociais do século XXI. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO PROSTÁTICA EM OCTAGENÁRIO: UM RELATO DE CASO Raquel Prado Thomaz, Andréa da Conceição Spillere Resumo: Introdução: A.Z., 84 anos, institucionalizado, AVDS 6/6 e AIVDs 0/9, trazido ao hospital por retenção urinária. Na chegada, paciente estável com bexigoma e constipação. Ao toque retal foi identificada massa dolorosa a palpação e de limites imprecisos. No seguimento foi feita ecografia de vias urinárias que mostrou lesão expansiva de 13cm em topografia prostática com conteúdo heterogêneo que deslocava cranialmente as estruturas contíguas. Realizada RNM de pelve com evidência de volumosa lesão heterogênea com provável hematoma no seu interior, expansiva, medindo 11,8x10,9x10,3cm, gerando compressão extrínseca da bexiga. Na periferia desta lesão, observam-se imagens nodulares, que podem corresponder a tecido prostático. Solicitado PSA com resultado de 95ng/ml. Demais exames laboratoriais sem alterações dignas de nota. Objetivo: Investigação de queixa de retenção urinária e constipação – diagnóstico diferencial entre neoplasia ou abscesso prostático. Métodos: Relato de caso realizado em uma unidade de internação geriátrica em um Hospital terciário em abril de 2016. Resultados: Realizada cintilografia óssea sem evidência de metastáses e feita biópsia prostática com laudo de: tecido fibroso e muscular com leve inflamação crônica e ausência de neoplasia. A cultura da secreção sanguinolenta prostática drenada foi Streptococcus viridans sensível à vancomicina, penicilina e ceftriaxone. Após biópsia paciente apresentou episódios de hematúria macroscópica e enterorragia – provável drenagem espontânea do abscesso. Recebeu antibioticoterapia EV com ampicilina + sulbactam por 10 dias e após amoxicilina + clavulanato VO por mais 18 dias. Evoluindo com melhora do estado geral e dos sintomas de retenção e constipação. Realizado US para controle em que não foi mais identificada coleção em pelve. Conclusão: O abscesso prostático é infrequente, com incidência de 0.5% a 2.5% em homens de 50 a 60 anos. A sintomatologia é inespecífica como febre, retenção urinária, entre outros. O toque retal é geralmente doloroso com uma próstata aumentada. Pode ser necessária complementação com US, TC ou RNM. O germe mais comumente identificado é a E. coli e o tratamento é feito por drenagem guiada por US e antibioticoterapia. O caso foi atípico devido à faixa etária, drenagem espontânea pósbiópsia e germe isolado. Ressalta-se a importância do diagnóstico diferencial de abscesso nas lesões prostáticas, pois o atraso neste pode levar a aumento na morbimortalidade. DIFERENÇAS NA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ENTRE IDOSOS JOVENS E LONGEVOS NO BRASIL Fabiane Brauner, Josemara de Paula Rocha, Gabriela Guimarães Oliveira, Jéssika Cefrin Dantas Neris Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Resumo Introdução: Praticar exercício físico é essencial para saúde e qualidade de vida. É benéfica à massa muscular, densidade óssea, metabolismo cardiovascular, respiratório, psicológico, imunológico e mental. Idosos jovens (de 60 a 79 anos) e longevos (80 anos ou mais) apresentam particularidades na funcionalidade que podem estar relacionadas à prática de atividade física. Objetivos: Identificar possíveis diferenças na prática de atividade física entre idosos jovens e longevos. Método: Análise secundária de resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do IBGE de 2013. Realizaram-se análise descritiva das variáveis sociodemográficas e analítica da prática de atividade física entre os dois grupos longevos e idosos jovens. Utilizou-se o estatístico Epi Info™ 7. Realizou-se o teste estatístico qui-quadrado para associar a prática de atividade física entre idosos jovens e longevos, o conhecimento de programas públicos de incentivo à prática de atividade física e motivos de não participação. Resultados: Participaram da PNS 11.177 idosos com média de 69,9 anos (± 7,89). Destes, 9679 eram idosos jovens (86,6%) e 1498 longevos (13,4%), com respectivamente 58,4% e 64,5% de mulheres. Quanto à prática de algum tipo de exercício físico ou esporte, nos últimos 3 meses, 77,3% dos idosos jovens e 89,3% dos longevos, negaram. Do conhecimento de programas públicos em seus municípios de incentivo à prática de atividade física, 81,7% não conheciam, sendo 80,8% idosos jovens e 87,5% longevos. Dos que conheciam apenas 17,4% participava destes. Da não participação, 39,1% não tinha interesse, 19,3% não tinha tempo, 16,9% relatou problemas de saúde, 13,7% alegou não ser perto do domicílio, 8,2% ser outro problema não relacionado com as demais categorias. Entre os idosos jovens, 38,3% não tinham interesse, 23,3% não tinham tempo e 15,8% por problemas de saúde. Dos longevos, 46,7% não tinham interesse, 27% por problemas de saúde e 10,2% não tinham tempo. Houve significância entre as diferenças dos motivos de não participação entre idosos jovens e longevos (p < 0,001). Conclusão: A maioria dos idosos não participava de atividades físicas, não conhecia programas públicos de incentivo e os que conheciam, não participavam por desinteresse. Esses percentuais foram maiores para os longevos, justamente os que se beneficiariam mais da prática. EDUCAÇÃO EM SAÚDE: HUMANIZANDO O CUIDADO AO PACIENTE IDOSO Márcia Aparecida Penna, Fernanda dos Santos Pascotini, Leatrice da Luz Garcia, Rosane Seeger da Silva, Roselene da Silva Souza HUSM, UFSM Introdução: O procedimento cirúrgico provoca reações emocionais que aumentam a medida que o procedimento se aproxima. Para o paciente idoso, esse momento é acompanhado de temor, evidente ou não, podendo determinar o cancelamento da cirurgia. As práticas educativas em saúde têm se tornado uma realidade efetiva, sendo essencial para construção de um relacionamento entre a equipe de enfermagem e paciente. Desta forma, faz-se necessária a educação em saúde para esclarecimento das dúvidas levantadas pelo paciente idoso e familiares, identificando os significados que o mesmo atribui à doença, à hospitalização e ao tratamento cirúrgico. Objetivos: Relatar as práticas educativas em saúde realizada com pacientes idosos e familiares, com intuito de diminuir medos e angústias, fortalecendo o autocuidado e a participação no processo de recuperação. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado pela equipe de enfermagem da Unidade de Clínica Cirúrgica do HUSM. No período préoperatório o paciente idoso, juntamente com o familiar presente, é convidado para ir à sala de Educação em Saúde da Unidade onde profissionais de enfermagem realizam orientações sobre sua patologia, tratamento, reabilitação e experiência cirúrgica, por meio do lúdico como: figuras coloridas dos sistemas do corpo humano, bonecos portadores de tubos, sondas e drenos e um manual elaborado pela equipe, onde o paciente irá manusear os materiais, apreendendo a mobilizar os mesmos. Resultados: De outubro a dezembro de 2015, foram realizadas 129 orientações perioperatórias, através das quais percebe-se que o paciente idoso bem orientado, cria vínculo de confiança com a equipe, tornando-se necessário salientar o quanto é gratificante o processo educacional que envolve equipe, idoso e cuidador, que emite expectativas, confiança, respeito e humanização no processo de cuidar. Considerações finais: Constata-se a necessidade que o paciente idoso tem de atenção e diálogo, expressos e confirmados por suas verbalizações, indagações. Percebe-se que a necessidade de informação e a educação em saúde são apenas partes do processo de construção de autonomia das pessoas. Sendo o grande desafio da enfermagem melhorar a qualidade da assistência através da implementação de ações e intervenções que proporcione ao paciente idoso um cuidado humanizado, possibilitando ao mesmo desenvolver habilidades para o autocuidado dentro de suas limitações. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília, 2004. 2. JOUVET, R. M. O sono. In: VOLICH R.M. Clínica Psicanalítica, Psicossomática: de Hipócrates á psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. 3. HORTA, VA. Processo de Enfermagem. São Paulo: Editora EPU, 2010. 4. MENDES, I. A. C; TREVISAN, M.A; HAYASHIDA, M.; NOGUEIRA, M.S. Enfermagem, vínculos humanos e direitos do paciente. In: MENDES IAC, CAMPOS E. Comunicação como meio de promover a saúde, 7º Simpósio de Comunicação em Enfermagem. Anais. FIERP, Ribeirão Preto, p. 215-218, 2000. 5. SANTOS, A.L.G.S.; BACKES, V.M.S.; VASCONCELOS, M.A. A assistência humanizada ao cliente no centro cirúrgico: uma experiência apoiada na teoria humanística de Paterson & Zderad. São Paulo. Rev. Nursing, nº 48, p. 25-30, 2002. 6. SHEEHAN, E. Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico. São Paulo: Agora, 2000. 7.SANTOS FILHO, S.B. Perspectivas da avaliação na Política Nacional de Humanização em Saúde (PNHS): aspectos conceituais e metodológicos. Ciênc. Saúde coletiva v.12 n.4 Rio de Janeiro Jul/Ago. 2007 EFEITO DE EXERCÍCIOS EM GRUPO NO EQUILÍBRIO DE IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO LEVE Chandra da Silveira Langoni, Douglas Nunes Stahnke, Juliana Nunes da Rosa, Mateus Soares Knob, Irenio Gomes Filho, Thais de Lima Resende Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: A perda de equilíbrio e de reflexos rápidos que acompanham o envelhecimento é um dos fatores responsáveis pelo aumento do índice de quedas na população idosa. Como nessa faixa etária as chances de sofrer uma queda são maiores em indivíduos com declínio cognitivo, é importante determinar medidas terapêuticas que possam ser adotadas em idosos que o apresentem. Objetivo: Determinar o efeito de exercícios em grupo no equilíbrio de idosos com declínio cognitivo leve (DCL) da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS (ESF-POA). Método: Este ensaio clínico unicego, randomizado e controlado por pareamento foi desenvolvido com 28 idosos (>60 anos) com DCL de ambos os sexos, usuários de duas unidades da ESFPOA. Os participantes foram divididos em grupo intervenção (GI; n= 14; 10 mulheres) e grupo controle (GC; n= 14; 9 mulheres). O GI fez exercícios de força e aeróbios em grupo no entorno das suas unidades de saúde, durante 24 semanas (duas sessões semanais de 60 minutos cada). Foi pedido aos idosos do GC que não iniciassem nenhum tipo de atividade física durante todo o período da intervenção, bem como que mantivessem a sua rotina usual. Antes e depois da intervenção, os participantes foram avaliados com a Escala de Equilíbrio de Berg (EEB). Resultados: Ao início do estudo, os idosos dos grupos controle e intervenção não diferiram estatisticamente em termos de suas características sociodemográficas, clínicas e antropométricas. Após seis meses de treinamento/controle, foi detectada diferença estatística significativa no escore da EEB do GI (p<0,05), o qual apresentou incremento de 3,6%, enquanto no mesmo período o GC apresentou redução de 3,6%. Conclusão: Os exercícios em grupo adotados mostraram-se seguros e eficazes na melhora do equilíbrio de idosos com DCL. EFEITO DE EXERCÍCIOS EM GRUPO NOS SINTOMAS SUGESTIVOS DE DEPRESSÃO EM IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO LEVE DE ESTRATÉGIAS SAÚDE DA FAMÍLIA DE PORTO ALEGRE/RS Chandra da Silveira Langoni, Cristina Trevizan Telles, Andressa Bombardi, Betina Cecchele, Irenio Gomes Filho, Thais de Lima Resende Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: A presença de sintomas sugestivos de depressão (SSD) tem impacto negativo na saúde e na qualidade de vida dos idosos que os apresentam, o qual é potencializado se concomitante ao declínio cognitivo leve (DCL), precursor da demência. Objetivo: Avaliar o efeito de seis meses de exercícios em grupo nos SSD em idosos com DCL, provenientes de duas unidades da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS. Métodos: Estudo clínico unicego, randomizado e controlado por pareamento, do qual participaram 28 indivíduos de ambos os sexos com DCL (> 60 anos), alocados em dois grupos - intervenção (GI; n= 14) e controle (GC; n= 14). O GI fez exercícios de força e aeróbios em grupo durante 24 semanas (duas sessões semanais; 60 minutos). Foi pedido aos idosos do GC que não iniciassem nenhum tipo de atividade física ou treinamento cognitivo durante todo o período da intervenção, bem como que mantivessem a sua rotina usual. Antes e depois do estudo, a presença de SSD foi avaliada pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). Resultado: Os idosos de ambos os grupos apresentaram idade, distribuição por sexo, estado civil, profissão, procedência, raça autodeclarada, escolaridade e religião semelhantes. A maioria dos participantes tem mais de 73 anos, são mulheres brancas, católicas, que convivem maritalmente, trabalharam fora, procedentes de Porto Alegre e com baixa escolaridade. Em relação aos SSD, os resultados apontaram efeito de tempo (F calc (2, 46) = 4,123; p=0,020), com redução de 33% na mediana do GI. Conclusão: O programa de exercícios em grupo adotado foi bem-sucedido no que tange a sua implementação em idosos com DCL e pode ter tido impacto positivo sobre a sintomatologia sugestiva de depressão em seus participantes. EFEITO DE TREINAMENTO FÍSICO EM GRUPO NA FORÇA DE MEMBROS INFERIORES DE IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO LEVE Chandra da Silveira Langoni, Jaquelinne Oliveira Krischke, Tamiris de Souza Diogo, Tatiane do Nascimento Silva, Irenio Gomes Filho,Thais de Lima Resende Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: Os idosos tendem a perder força muscular, principalmente em membros inferiores e com isto diminuir sua mobilidade e independência. O exercício físico é uma boa ferramenta para que essa perda seja minimizada. Objetivo: Determinar o efeito de seis meses de treinamento físico em grupo na força muscular de membros inferiores (FMMI) de idosos com declínio cognitivo leve (DCL) da Estratégia de Saúde da Família de Porto Alegre/RS (ESF-POA). Método: O presente estudo é um ensaio clínico unicego, randomizado e controlado por pareamento. Participaram 28 idosos (>60 anos) de ambos os sexos, com diagnóstico prévio de DCL, usuários de duas unidades da ESFPOA. Os participantes foram divididos em grupo intervenção (GI; n= 14; 10 mulheres) e grupo controle (GC; n= 14; 9 mulheres). O GI fez treinamento de força (halteres, caneleiras e faixas elásticas) e aeróbio (caminhada) no entorno das suas unidades de saúde, durante 24 semanas (duas sessões semanais de 60 minutos cada). Foi pedido aos idosos do GC que não iniciassem nenhum tipo de atividade física durante todo o período da intervenção, bem como que mantivessem a sua rotina usual. Antes e depois da intervenção o Teste do Senta e Levanta em 30 segundos foi utilizado para mensurar a FMMI. Resultados: Os grupos não diferiram estatisticamente em termos das características sociodemográficas, antropométricas e clínicas. No Teste Senta e Levanta, o GC apresentou redução no número de repetições, enquanto o GI apresentou aumento significativo (40,4%; p= 0,001), tendo realizado 7 rama de treinamento resultou no aumento da FMMI dos idosos com DCL, bem como mostrou-se eficaz, seguro e em condições de ser adotado em outras unidades da ESF-POA para essa população. EFEITO DE UM PROGRAMA FISIOTERAPÊUTICO NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL Luciana Marcon Barbosa Stoffel, Yolanda Petterson Seben, Renata Dall Agnol, Janesca Mansur Guedes, Eliane Colussi, Alexandre Marek Bolsistas CAPES, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Erechim ∕ RS, Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo ∕ RS INTRODUÇÃO A Artroplastia Total do Quadril (ATQ) é um método considerado adequado para tratamento no alívio da dor e melhora da funcionalidade dos indivíduos com doença degenerativa da articulação coxofemoral. Sabe-se que a osteoartrose (OA) é a doença musculoesquelética mais comum no mundo; é uma enfermidade crônico-degenerativa que promove alterações na cartilagem articular. A fisioterapia imediata faz uso de métodos e técnicas, que visam ampliar os benefícios desse tipo de cirurgia. OBJETIVOS Avaliar a dor e a amplitude de movimento na reabilitação fisioterapêutica na ATQ na fase hospitalar. METODOLOGIA Estudo longitudinal e descritivo, com adultos acima de 50 anos que realizaram cirurgia de ATQ por diagnóstico de osteoartrose primária. Os atendimentos seguiram um protocolo com duração de cerca de 20 minutos, com frequência de duas vezes por dia, durante o tempo de permanência hospitalar. Os pacientes foram submetidos a três avaliações no decorrer de sua reabilitação. A primeira avaliação foi realizada no primeiro dia pós-operatório, a segunda no 2º dia, a terceira no 3º dia pós-operatório, coincidindo com o término do tratamento. Foram avaliadas a dor e amplitude de movimento de flexão e abdução de quadril. A dor foi avaliada pela Escala Análoga Visual e a ADM de flexão e abdução de quadril foi avaliada por meio da goniometria ativa do quadril com o paciente e decúbito dorsal. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística descritiva com cálculo de média, desvio padrão e proporção e os resultados apresentados em forma de tabelas e gráficos. Foi utilizado o teste t de Student e ANOVA considerado significativo um p<0,05. RESULTADOS Entre os 12 pacientes que se adequaram nos critérios da pesquisa, observou-se que oito deles (75%) eram do gênero masculino, a média de idade foi de 63,9 ± 9,8 anos, com idade mínima de 50 anos e máxima de 79 anos. A percepção da dor na articulação do quadril diminui no PO em todos os dias que o paciente foi avaliado em comparação ao pré-operatório. Em relação à avaliação da ADM de flexão de quadril, observou-se que foi maior no terceiro dia PO quando comparado ao primeiro dia PO. CONCLUSÃO Conhecer o perfil clínico e funcional dos pacientes submetidos à ATQ desde o pós-operatório imediato nos permite definir condutas terapêuticas adequadas a partir das necessidades observadas e possivelmente contribuir para uma melhor resposta ao tratamento. O protocolo proposto levou a redução da dor e melhora da amplitude de movimento no PO imediato da ATQ nos pacientes que participaram da pesquisa. REFERÊNCIAS BARKER K.L. et al. Recovery of function following hip resurfacing arthroplasty: a randomized controlled trial comparing an accelerated versus standard physiotherapy rehabilitation programme. Clinical Rehabilitation, v.27, n. 9, p. 771-84, 2013. LARSEN, K. et al. Cost-effectiveness of accelerated perioperative care and rehabilitation after total hip and knee arthroplasty. Journal of Bone and Joint Surgery, v. 91, n. 4, p. 61-72, 2009. ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS INDEPENDENTES DA CIDADE DE SANTA MARIA/RS Fernanda dos Santos Pascotini, Rosane Seeger da Silva, Roselene da Silva Souza, Leatrice da Luz Garcia, Márcia Aparecida Penna, Elenir Fedosse, Maria Elaine Trevisan Universidade Federal de Santa Maria Introdução: O aumento da população idosa no Brasil justifica a necessidade de estudos sobre essa população. Além disso, o estado nutricional dos idosos é fator determinante na qualidade de vida e morbimortalidade dessas pessoas, devendo ser pesquisado. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de idosos da cidade de Santa Maria/RS Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal analítica, realizada em março de 2013, aprovada pelo Comitê de ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria. Os idosos foram convidados através da mídia local, sendo incluídos aqueles com idade acima de 60 anos, independentes, residentes em seu domicílio particular com a família, de ambos os sexos e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As medidas antropométricas foram coletadas por uma fisioterapeuta e realizadas de maneira padronizada. O peso corporal foi obtido utilizando-se balança digital da marca Britânia, de uso pessoal, com capacidade máxima de 120kg e precisão de 100g. A estatura, utilizando estadiômetro portátil da marca Sanny, com precisão de milímetro. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado por meio da divisão do peso em quilograma pela estatura em metros quadrados. O estado nutricional foi avaliado conforme classificação da literatura: ≤22Kg/m 2 (desnutrição), entre 22 e 27Kg/m 2 (eutrofia) e ≥27Kg/m 2 (obesidade). Resultados: A amostra foi composta por 50 idosos, entre 60 e 84 anos, média de 69,4 (±7,0) anos, sendo 35 do sexo feminino e 15 do sexo masculino. Com relação ao estado nutricional, 10 idosos (20%) classificam-se como desnutridos, 25 deles (50%) são eutróficos e 15 idosos (30%) apresentam obesidade. A prevalência de alterações do estado nutricional foi maior nos homens do que nas mulheres. Conclusão: Concluiu-se que é significativo o número de idosos com alterações do estado nutricional, especialmente o sobrepeso/obesidade. Ressalta-se a importância de identificar as causas socioeconômicas, fisiológicas e patológicas, próprias do processo de envelhecimento, a fim de se propor medidas para eliminá-las e controlá-las. ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES CLIMATÉRICAS ADULTAS Vitor Buss , Franciéli Aline Conte , Daiana Meggiolaro Gewehr , Ligia Beatriz Bento Franz Grupo de Pesquisa de Envelhecimento Humano – GERON, Programa de PósGraduação Stricto Senso em Atenção Integral à Saúde, UNIJUÍ INTRODUÇÃO O climatério é uma fase natural demarcada pelo declínio dos hormônios reprodutivos, os quais promovem modificações metabólicas que contribuem para a elevação do peso corporal e do perímetro da cintura (PC), além de distúrbios no metabolismo de carboidratos que corroboram para a intolerância à glicose, alterações das lipoproteínas, inflamações crônicas, alteração de fatores de coagulação e aterosclerose, contribuindo para o surgimento de síndrome metabólica e elevando os riscos para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). OBJETIVOS Avaliar o estado nutricional de mulheres no climatério. METODOLOGIA Trata-se de um estudo transversal descritivo, com população constituída por mulheres no período do climatério com idade entre 35 e 59 anos, adstritas às Estratégias Saúde da Família do município de Ijuí/RS, participantes da pesquisa institucional “Estudo do Envelhecimento Feminino” da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 864.988/2014. Para coleta de dados foram realizadas visitas domiciliares para aplicação de questionário estruturado sobre dados sociodemográficos, condições de saúde, hábitos alimentares e avaliação do estado nutricional com verificação do índice de massa corporal (IMC), PC com fita métrica inelástica na menor curvatura e percentual de gordura corporal (%GC) por meio de bioimpedância portátil OMRON modelo HBF-306. RESULTADOS No total compuseram a amostra 80 mulheres com média de idade de 49 anos (+6,6), sendo que destas 26% foram classificadas em eutrofia, 31% em sobrepeso e 41% com algum grau de obesidade segundo o IMC. Com relação ao PC 25% apresentaram risco elevado e 55% risco muito elevado para doenças cardiovasculares. Por sua vez, quanto ao %GC foram observados valores elevados em 31% das mulheres e valores muito elevados em 40% das mulheres conforme classificação para faixa etária. CONCLUSÃO Observa-se na amostra estudada múltiplos fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT indicando a necessidade de intervenções específicas visando à promoção da saúde, tratamento e prevenção de doenças, contribuindo, assim, para um envelhecimento saudável e ativo. Entre as estratégias necessárias para modificação deste padrão destaca-se a alteração no estilo de vida com redução do sedentarismo, bem como estímulo de hábitos alimentares saudáveis, com melhor fracionamento das refeições, redução de gordura saturada e carboidratos simples em excesso. ESTRESSE NO CUIDADOR FAMILIAR DO PACIENTE COM DOENÇA DE ALZHEIMER Isamara Helena Menin Picolli, Paulo Roberto Consoni, Michele Clos Introdução: A população idosa vem aumentando muito nos últimos anos, segundo o as projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde, o Brasil deverá ser o sexto país do mundo em contingente de idosos até o ano de 2025. Concomitantemente com esse aumento, ocorre um aumento de doenças chamadas doenças crônicodegenerativas, como por exemplo, a Doença de Alzheimer. Com a progressão da doença, surge uma demanda por cuidados especiais, cuidados esses, que na maioria das vezes é exercido por familiares. Objetivos: O presente estudo de campo tem por objetivo investigar o estresse do cuidador familiar do doente de Alzheimer. Método: Serão entrevistados familiares cuidadores de pacientes com Demência de Alzheimer no ambulatório de Geriatria do Hospital Universitário Mãe de Deus-ULBRA, Canoas. O número da amostra será por interesse. A pesquisa norteou-se através de um questionário estruturado com o total de 22 perguntas, chamado de questionário da Sobrecarga do Cuidador de Zarite. Resultados: Dos 30 cuidadores entrevistados, 60% prevaleceu o número 4, 20% prevaleceu a número 3, 10% prevaleceu o 2, 10 % na alternativa 1. Conclusão: O nível de estresse no cuiador familiar do paciente com doença de Alzheimer é alta. FATORES ASSOCIADOS ÀS QUEDAS DE IDOSOS - REVISÃO NARRATIVA Thuane Lopes Macedo, Andressa Rodrigues Pagno, Nathália Lopes Macedo, Larissa Giardi Sangoi Universidade Federal de Santa Maria Introdução: O aumento da população de idosos é uma realidade no cenário da saúde mundial, e o Brasil destaca-se como um dos países com maiores taxas de envelhecimento da América Latina. Uma das consequências alarmantes desse acelerado processo de senescência são as quedas, que afetam, em média, 30% das pessoas com 60 anos ou mais. A queda pode ser definida como um evento não intencional, desencadeado por fatores intrínsecos ou extrínsecos, que levam à mudança da posição inicial do idoso, e podem ser causadoras de morbidade, mortalidade ou até incapacitação. Objetivo: identificar na literatura quais fatores influenciam a queda em idosos. Material e Métodos: Esta pesquisa caracteriza-se como uma revisão narrativa. Como fonte de consulta foi utilizado somente a plataforma ScIELO.ORG. Utilizou-se as seguintes palavras chaves de forma cruzada: queda/idosos; quedas/idosos; quedas/envelhecimento; quedas/pessoa idosa. Na busca avançada, selecionaram-se apenas artigos publicados entre 2014-2015. Tomou-se como critério de inclusão artigos que discutiam o tema quedas em idosos. Foram excluídos os artigos que não disponibilizaram o texto completo, artigos que apareceram em duplicata e os aqueles que citaram as palavras quedas e idosos, porém não discutiam sobre suas causas. Resultados: Dentre os fatores intrínsecos, é de se pontuar o declínio fisiológico decorrente do processo de envelhecimento, como a diminuição da densidade óssea e da massa muscular, a instabilidade postural, o maior consumo de medicamentos. Já em relação aos fatores ambientais, os obstáculos existentes na casa, a falta de corrimãos nas escadas, a presença de degraus muito elevados ou estreitos e a iluminação inadequada podem ser considerados os principais fatores que levam o idoso à queda. Foram encontrados 77 artigos, destes selecionou-se dez com maior relevância do tema. Este estudo, portanto, sugere que os fatores mais relevantes para quedas em idosos são: ser do sexo feminino, disfunções musculoesqueléticas, sedentarismo, queixas como tontura, problemas de equilíbrio corporal e marcha, problemas visuais e uso de medicações psicoativas. Conclusão: Tais fatores fazem com que o idoso tenha maior propensão a cair, neste contexto, a incidência de queda gera insegurança o que e possivelmente, restringe suas atividades e o leva a um isolamento social. Em vista disso, entende-se que são necessários subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas adequadas, que atendam às demandas específicas para essa faixa etária visando reduzir os gastos e inconvenientes gerados em decorrência das quedas. Palavras-chave: Idoso, quedas, fatores de risco. FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM IDOSOS COM DECLÍNIO COGNITIVO LEVE: EFEITO DE EXERCÍCIOS EM GRUPO Chandra da Silveira Langoni, Renata Breda Martins, Bruno Kruger, Vivian Ulrich, Irenio Gomes Filho, Thais de Lima Resende Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: A perda de força muscular que acompanha o envelhecimento pode levar à dependência funcional e/ou incapacidade. Portanto, estabelecer métodos seguros para a sua manutenção e/ou ganho em idosos pode reduzir a perda funcional a ele associada. A força de preensão palmar (FPP) fornece uma aproximação da força muscular global e que está fortemente associada à funcionalidade. Objetivo: Determinar o efeito de um programa de exercícios em grupo na FPP em idosos com declínio cognitivo leve (DCL) da Estratégia Saúde da Família de Porto Alegre/RS (ESF-POA). Método: Trata-se de um ensaio clínico unicego, randomizado e controlado por pareamento, no qual foram incluídos 28 idosos (>60 anos) de ambos os sexos, pertencentes a duas unidades da ESF-POA. Os idosos foram divididos em dois grupos, intervenção (GI; n= 14; 10 mulheres) e controle (GC; n= 14; 9 mulheres). Durante as 24 semanas do estudo, o GI praticou exercícios de força e aeróbios no entorno das suas unidades de saúde (2 sessões/semana; 60 minutos cada), enquanto o GC não se envolveu em nenhum tipo de atividade física. A FPP foi avaliada por dinamômetro mecânico. Resultados: Os dois grupos não diferiram estatisticamente em termos das suas características sociodemográficas, clínicas e antropométricas. Quanto à FPP, o GI apresentou aumento significativo (11%; p=0,009), enquanto não foi observada mudança significativa no GC. Conclusão: Nessa amostra de idosos com DCL da ESF-POA, os exercícios físicos propostos levaram ao aumento da FPP, tendo se mostrado seguros, de fácil aplicação e adequados para indivíduos com perda cognitiva. GRUPO DE IDOSOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA- RELATO DE CASO Carla Pessota da Silva, Eduardo Costa, Maritieli Santinon, João Paulo Aguiar, Rosangela Oliveira, Percival Bairros Clínica Geriátrica Renascer Resumo: A população idosa vem aumentando, sendo necessário que o processo de envelhecimento ocorra com a melhor qualidade possível. Para isso devem-se observar vários fatores como o bem estar físico e psicológico, nível de independência, relações sociais, religiosidade, entre outros. O convívio social, o lazer associado a atividades físicas, mentais e intelectuais são fatores determinantes para um envelhecer com qualidade. O objetivo deste trabalho foi descrever os resultados obtidos através do Grupo de Idosos, realizado em uma instituição de longa permanência localizada no Município de Santa Maria, RS. O grupo foi conduzido pelo serviço de Fisioterapia da instituição e contou com idosos institucionalizados acima de sessenta anos. Os encontros ocorreram na própria instituição, cinco vezes na semana, com duração média de duas horas por encontro. A cada encontro foram realizadas atividades cinesioterapeuticas, lúdicas, cognitivas e jogos. Alguns encontros contaram também com palestras educativas relacionadas ao bem estar na terceira idade e prevenção de doenças. Esta atividade já ocorre há um ano e observou-se com o passar dos encontros uma melhora na qualidade de vida dos idosos, bem como uma melhora nas interrelações pessoais entre os idosos institucionalizados. A equipe multiprofissional da instituição relatou melhoras físicas e psíquicas, até mesmo uma redução na necessidade de administração de ansiolíticos nos pacientes participantes do grupo. Os próprios idosos relatam os benefícios em suas vidas e rotinas obtidas após a participação no grupo. Conclui-se que a realização do grupo de idosos em uma instituição de longa permanência é de grande valia e tem benefícios importantes na qualidade de vida dos participantes. É necessário reavaliar as atividades desenvolvidas e repensar as mesmas, sempre buscando o bem estar dos idosos. IMPLANTAÇÃO DE UMA HORTA COMO TERAPIA PARA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANECIA PARA IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Mayara Baratella Tavares de Sales, Regina Aparecida Gonçalves Vicente de Paulo Asilo Mendicidade São Introdução O envelhecimento, antes considerado um fen meno, hoje, faz parte da realidade da maioria das sociedades. O mundo está envelhecendo. Tanto isso é verdade que se es ma para o ano de 2050 que existam cerca de dois bilhões de pessoas com sessenta anos e mais no mundo, a maioria delas vivendo em países em desenvolvimento.No Brasil, estima-se que existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos. (BRASIL, 2006) Alguns pesquisadores da área do envelhecimento como Romero (2002) e Rabelo e NERI (2005) citam estudos sobre a importância do suporte social na qualidade de vida, no bem estar e saúde da pessoa idosa. Estes estudos afirmam que uma rede social ampla e variada, com amigos, vizinhos, a comunidade de uma maneira geral, possibilita a pessoa idosa um melhor enfrentamento de situações de crises, como doenças ou perda de parentes. O suporte social fortalece a autoestima e autoconfiança da pessoa idosa, aumenta a sensação de domínio e competência diante de dificuldades, constituindo em um recurso que amplia as possibilidades de um envelhecimento bem-sucedido. (BRASIL, 2012). Objetivo Manter a interação entre os idosos e fazer com que eles entendam que ainda são capazes de cuidar e produzir valorizando dessa maneira as habilidades, mantendo suas funções de vida diária e promovendo o espirito em equipe. Método Trata-se de um relato de experiência, a partir de instituição de longa permanecia. Foi realizada uma reunião com o gerente que nos deu oportunidade de elaborar o projeto “HORTA NOSSA”. Que é realizado toda quinta-feira as 14:00 na entidade, onde os idosos tomam café da tarde no espaço. Foram convidadas escolas municipais, estaduais e particulares para o projeto e ter a convivência de crianças, adolescentes com os idosos. Resultados: Percebemos que os idosos se sentem mais proativos e a relação com as crianças aumentaram sua autoestima. Conclusão Com a implantação do projeto HORTA NOSSA, conclui-se que os idosos que participam, demonstram satisfação e apresentam boa interação com as crianças e adolescentes. INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM IDOSAS: PROMOÇÃO DE SAÚDE E MELHOR PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA Juliane Rodrigues, Adriana Harumi Nishizaki da Silva Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes” –IPGG “JEM” Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes” –IPGG Introdução: A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina, e pode provocar consequências severas ao bem estar subjetivo, estilo de vida ativo e influenciar na qualidade de vida (QV) dos idosos. Objetivo: Verificar a efetividade de exercícios que fortaleçam a musculatura do assoalho pélvico como uma estratégia para melhorar o controle urinário e percepção da qualidade de vida de idosas. Metodologia: Estudo do tipo experimental, descritivo e de abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) com parecer de número 1.268.807. Participaram do estudo 10 idosas de um instituto destinado à idosos na Zona Leste da cidade de São Paulo/SP, que oferece assistência à saúde e atividades de convivência, que apresentavam queixas de perda urinária involuntária. As idosas foram submetidas à avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) e o instrumento King’s Health Questionnaire (KHQ), que avalia a QV por meio de escores de zero a 100, ou seja, quanto mais próximo do 100, pior a percepção de QV. Foi realizado a avaliação dessas idosas e após a intervenção com os exercícios de Kegel a reavaliação. Os exercícios de Kegel eram realizados em grupo sob orientação de duas enfermeiras. Resultados: A média de idade dessas idosas era de 68,3 anos e referente a AFA, 50% das idosas obtiveram contração fraca a palpação ou seja débil e 50% reconhecida somente à palpação, ausente na avaliação, e com a reavaliação pode-se perceber a melhora da força muscular, com 60% presente, 20% presente-boa e apenas 20% débil. A percepção da QV, avaliada por meio do instrumento KHQ, indicou melhora significativa em todos os domínios após a intervenção com os exercícios de Kegel, principalmente no domínio “Impacto da Incontinência”, que obteve escore de 100 na avaliação e escore de 33,33 na reavaliação, o que indica que todas as idosas se sentiam incomodadas com a incontinência urinária antes da intervenção. Conclusão: O estudo alcançou o objetivo de verificar a efetividade dos exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico (exercícios de Kegel) para melhora da IU e melhor percepção de QV das idosas, comprovados por meio do instrumento KHQ e da AFA. Vale ressaltar que foi orientado a continuação dos exercícios em seus respectivos domicílios. INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL E SUA ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES NO PERFIL LIPÍDICO DE IDOSAS Carolina Böettge Rosa, Solange Billig Garces, Dinara Hansen, Ângela Vieira Brunelli, Janaina Coser, Patrícia Dall´Agnol Bianchi, Carla Helena Augustin Schwanke "Instituto de Geriatria e Gerontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (IGG / PUCRS), Universidade de Cruz Alta – RS (UNICRUZ)” A deficiência de estrogênio durante a menopausa geralmente promove alterações no perfil de distribuição de gordura corporal, contribuindo para o acúmulo de gordura visceral. Essa redistribuição de gordura pode vir acompanhada de alterações lipídicas. Este trabalho teve como objetivo avaliar a associação entre medidas antropométricas de distribuição de gordura corporal e alterações no perfil lipídico de mulheres idosas cadastradas no HiperDia. As medidas antropométricas avaliadas foram Circunferência da cintura (CC; ponto de corte: <88cm), Relação cintura-estatura (RCE; <0,53) e Índice de conicidade (Índice C; <1,18). A RCE foi obtida pelo quociente entre a circunferência da cintura (cm) e a estatura (cm). Já o Índice C resultou da divisão da circunferência da cintura (m) pela constante de 0,109, multiplicada pelo resultado da raiz quadrada da divisão do peso (kg) pela estatura (m). O perfil lipídico foi avaliado através dos parâmetros bioquímicos de colesterol total (ponto de corte: ≤200mg/dl), HDL-c (≥50mg/dl), LDC-c (≤160mg/dl) e triglicerídeos (≤150mg/dl). Na análise estatística, utilizou-se o teste Qui-quadrado, com análise de resíduos ajustados. Foram avaliadas 167 idosas cujos cadastros no sistema HiperDia continham todas as informações necessárias para o estudo. A média de idade foi de 68,9±7,1 anos (60-90 anos). Observou-se médias elevadas de CC (97,3±11,8cm), RCE (0,63±0,77) e Índice C (1,33±0,09). As médias de colesterol total (204,9±44,5mg/dl), HDL-c (49,2±13,9mg/dl) e triglicerídeos (164,9±104,7mg/dl) também se mostraram alteradas. Entretanto, ao analisar a associação entre as variáveis antropométricas e bioquímicas, apenas os triglicerídeos elevados apresentaram associação com as três medidas antropométricas (p<0,05). O envelhecimento modifica a composição corporal, alterando também parâmetros bioquímicos e clínicos. Essas alterações parecem ser mais pronunciadas nas mulheres, em função da regulação hormonal do peso e da adiposidade. O fato de não se observar associação entre os indicadores antropométricos e a maior parte dos parâmetros bioquímicos avaliados chama a atenção para uma análise no ponto de corte dessas variáveis. Estima-se que, por não possuir um ponto de corte específico para a idade, esses indicadores antropométricos superestimem o acúmulo de gordura visceral, comum no envelhecimento. Sendo necessário se pensar em pontos de corte específicos para essa população e estratificados por sexo. INTERVENÇÃO NUTRICIONAL NA SARCOPENIA Patrícia De Carli, Débora D’Agostini Jorge Lisboa, Eliane Lucia Colussi, Gabriela Decol Mendonça Universidade de Passo Fundo Intervenções nutricionais específicas combinadas a exercícios físicos, podem melhorar a força e massa muscular em idosos. Tais estratégias fazem uso de nutrientes que têm a capacidade de promover o anabolismo proteico e muscular e/ou prevenir a perda muscular. Sendo uma dieta nutricionalmente balanceada acompanhada de exercícios físicos o ponto inicial para reduzir a incidência e a progressão da sarcopenia, objetivou-se com este estudo realizar uma revisão de literatura acerca do cuidado nutricional na prevenção e evolução da sarcopenia. Método: Esta revisão baseou-se na literatura especializada, por meio de consultas a artigos científicos apresentados na íntegra, selecionados na Biblioteca Virtual em Saúde, através da consulta das seguintes palavras-chave: sarcopenia, nutrition e elderly. Além da oferta calórica adequada para a idade e o estado nutricional, a literatura recomenda o adequado consumo proteico, sugerindo a ingestão de 1,2-1,5 g/kg/dia como medida preventiva para a sarcopenia, tal ingestão ajudaria idosos a manterem a funcionalidade. Entretanto, estudos demonstram que a suplementação proteica depende da prática de atividade física para que possa ser observado algum ganho de massa muscular, mas em casos que há impossibilidade da prática é válido adicionar proteína, pois mesmo sem o efeito do aumento da massa muscular poderá ocorrer melhora da função muscular. As proteínas dietéticas deverão ser de alta qualidade e preferencialmente fornecer pouca quantidade de gordura saturada. A leucina recebe grande destaque em função dos estudos sugerirem que seu uso em grande concentração auxiliaria na aquisição da massa muscular. Porém não existe consenso com relação a quantidade a ser usada, no entanto é essencial que seu fornecimento esteja associado aos aminoácidos essenciais. Autores enfatizam que a adição de leucina em casos de exercício de resistência, sarcopenia, privação de caloria e caquexia precisa ser mais estudada. Alguns estudos clínicos constataram que a suplementação com 800 UI de vitamina D, administrada em indivíduos com 65 anos ou mais, aumentou consideravelmente a força muscular após 2 a 12 meses de tratamento. Pesquisadores holandeses conduziram um estudo duplo-cego e randomizado que avaliou o efeito do uso de suplemento hiperproteico contendo leucina e vitamina D na preservação da massa muscular em 80 idosos obesos durante um programa de perda de peso intencional. O programa teve duração de 13 semanas e durante tal período todos os idosos seguiram uma dieta hipocalórica associada a um treinamento de resistência 3 vezes por semana. Os indivíduos foram aleatoriamente divididos para receberem suplemento hiperproteico com leucina e vitamina D ou o suplemento placebo isocalórico. Os autores afirmam que o uso de um suplemento contendo alta quantidade de proteína de soro do leite, leucina e vitamina D preserva a massa muscular e que estes resultados suportam a conduta de aumentar a ingestão de proteína de alta qualidade e em quantidade suficiente durante um programa de redução de peso de idosos obesos para ajudar na prevenção da sarcopenia induzida pela perda de peso. Embora não esteja ainda estabelecida a quantidade de proteína necessária, parece estar comprovado que as necessidades estão aumentadas na pessoa idosa e a qualidade proteica deverá privilegiar os aminoácidos essenciais, sem se esquecer do adequado aporte calórico, além da suplementação de vitamina D. LONGEVOS APRESENTAM GRAVIDADE DA QUEDA E NÚMERO DE FRATURAS MAIOR QUE IDOSOS JOVENS Gabriela Guimarães Oliveira , Luisa Braga Jorge, Bruna Borba Neves, Bruna Rios Rauber, Iride Cristofoli Caberlon, Ângelo José Gonçalves BósPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Resumo Introdução: A queda no idoso é considerada um problema de saúde pública. Ela está associada a índices elevados de morbimortalidade, redução da capacidade funcional e diminuição da qualidade de vida. Objetivo: Comparar a gravidade da queda e o número de fraturas entre idosos jovens e longevos. Método: Pesquisa realizada através da revisão de boletins de atendimento pessoas idosas (60 anos ou mais) que procuraram os hospitais Cristo Redentor e Pronto Socorro da cidade de Porto Alegre pelo motivo de queda. Resultados: Foram atendidos 5749 idosos. Destes 4567 (79,4%) apresentavam idade entre 60 e 79 anos (idosos jovens) e 1182 (20,6%) eram longevos (80 anos ou mais). A maioria dos atendidos era do sexo feminino (71,4%), entre as quais 22% eram longevas. A percentagem de longevas foi significativamente maior do que os longevos (p<0.001) Foi criado um índice de gravidade da queda baseado nas consequências relatadas nos boletins de atendimento. Presença de edema, dor, equimose, escoriação e fratura foram contabilizadas no cálculo do índice. Longevos apresentaram um índice de 6,3±5,26 enquanto os idosos mais jovens apresentaram um índice menor, de 5,4±6,78, sendo esta diferença significativa (p<0,001). Quase todos os atendidos fizeram radiografia (92%), o percentual de longevos radiografados foi significativamente menor (p=0,046) do que o esperado (91%). O percentual de atendidos que realizaram radiografia e tiveram fratura confirmada foi de 39%, sendo esse percentual significativamente maior (p<0,001) entre os longevos (42%). Conclusão: Os longevos apresentaram um número de fraturas maiores do que os idosos mais jovens e uma gravidade da queda maior do que o esperado. A diminuição da massa óssea e as alterações próprias do envelhecimento relacionadas com a idade mais avançada podem ser consideradas como um dos principais fatores de risco para fraturas, explicando a elevada gravidade observada na população longeva. NOVAS TECNOLOGIAS E APRENDIZAGEM DE ADULTOS MAIORES E IDOSOS Vania Beatriz Merlotti Heredia, Verônica Bohm, Delcio Antônio Agliardi de Caxias do Sul Universidade O objetivo do presente estudo é identificar o perfil e as estratégias de aprendizagem dos adultos maiores e idosos utilizando as novas tecnologias digitais a luz da Pedagogia Social. Para tal foi realizada uma pesquisa quantitativa exploratória no segundo semestre de 2015 junto a 425 alunos do Programa UCS Sênior - Educação e Longevidade, da Universidade de Caxias do Sul. Através de um questionário estruturado na plataforma digital Google Docs, os alunos responderam a questões abertas e fechadas, onde constatou-se que 85,3% dos alunos são mulheres, na faixa etária dos 60 aos 75 anos (63,5%) e frequenta atividades de atualização em informática e formação para o uso de tablet e smartphone (34%). Os equipamentos digitais que mais utilizam são notebook e smartphone. Para 82,2% dos entrevistados, a facilidade de aprender com as novas tecnologias está em ouvir a explicação do professor e a expectativa de aprender a usar os equipamentos e aplicativos sozinho é apontada como o principal motivo para a continuidade dos estudos na área (90,3%). Como dificultadores da aprendizagem, identificou-se o uso da língua inglesa em alguns aplicativos (52,65%) e a falta de tempo para exercitar o que foi explicado em aula (49,5%). Outro aspecto interessante é que 60% dos alunos responderam que o desejo em aprender a trabalhar com as novas tecnologias veio da necessidade de pesquisar sobre doenças/tratamentos, sugerindo uma relação direta da aprendizagem digital com saúde do idoso. Os dados sugerem que o aumento da longevidade, como conquista social e da saúde, tem uma intersecção entre Educação e Gerontologia. Palavras-chave: aprendizagem digital, idosos, inclusão de idosos, comunicação. O CONSUMO ALIMENTAR E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE DE PORTO ALEGRE. Estela Lopes Scariot, Fernando Ferreira, Urzsula Dausacker, Maria Terezinha Antunes, Samantha Peixoto Silva, Luis Henrique, Luis Telles da Rosa Universidade Federal de Ciências da Saude - UFCSPA Introdução: O envelhecimento é considerado um processo natural que submete o organismo a diversas alterações anatômicas e funcionais, podendo haver repercussões nas condições de saúde e nutrição, que comprometem a qualidade de vida do idoso. O estado nutricional influencia a capacidade funcional. Assim, considera-se importante a prática de bons hábitos alimentares, aliado à prática de exercícios físicos adequados, o que pode beneficiar a saúde da população dessa faixa etária. Objetivo: Relacionar o consumo alimentar com AVDs e AIVDs em idosos residentes na comunidade de Porto Alegre (RS). Metodologia: Estudo de corte transversal, de base populacional. Dados coletados através de visita domiciliar, em idosos. Aplicouse um questionário sóciodemográfico para conhecimento das características da amostra. A capacidade funcional foi avaliada através da escala de Katz para AVDs e do escore de Lawton para as AIVDs. O consumo alimentar foi aferido através do Recordatório 24h. As medidas antropométricas utilizadas foram massa corporal e estatura para cálculo do IMC. Os dados foram avaliados através do teste de Mann-Whitney para as variáveis não paramétricas e regressão logística para comparação entre as variáveis e a presença de dependência funcional. O nível considerado significativo foi de 5%. Foi utilizado o software SPSS 22.0 para a realização dos testes estatísticos. Resultados: Foram entrevistados 112 idosos com média de idade de 72,6 anos, sendo 65,2% mulheres. Foi encontrado somente 1 idoso classificado como muito dependente, no desempenho das AVDs e nenhum classificado com dependência funcional. No desempenho das AIVDs, a dependência para a capacidade funcional foi observada em 34,8%. Não foi observada diferença entre a pontuação nas AVDs e o consumo de todos os nutrientes avaliados. Em relação às AIVDs, as pessoas independentes apresentaram um consumo maior de cálcio, fósforo e proteína em relação aos indivíduos com dependência (p<0,05). Encontrou-se uma relação entre a idade (aumento de 11,8% de chance de dependência funcional a cada ano de vida), o consumo de cálcio (aumento de 0,2% de chance para cada mg ingerido) e o estado civil (principalmente viúvos) com a dependência para as AIVDs. Conclusão: O consumo de alguns nutrientes pode ter uma influência sobre o desempenho nas AIVDs em idosos, sendo assim, a alimentação nessa faixa etária deve ser monitorada, bem como alterações na capacidade funcional, visando maior qualidade de vida no envelhecimento. IMPACTO EMOCIONAL RESULTANTE DA RELAÇÃO DE CUIDADO NA VIDA DE FAMILIARES CUIDADORES DE IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER Manoela Nascimento Matos, Carmen Marilei Gomes RESUMO A partir da maior longevidade das pessoas, é possível notar um acréscimo significativo na prevalência de doenças relacionadas à idade. Dentre os causadores da perda de autonomia, podemos citar a doença de Alzheimer, e a progressão dessa doença conduz a múltiplas demandas para o cuidador. Diante disso, o objetivo deste estudo foi caracterizar o impacto emocional resultante da relação de cuidado na vida de familiares cuidadores de idosos com doença de Alzheimer residentes da Serra Gaúcha e do Vale do Paranhana (RS). O estudo, de natureza qualitativa, contou com a participação de nove pessoas, que assumiram o papel de cuidadores dos familiares diagnosticados com Alzheimer. A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário de caracterização sociodemográfica e de uma entrevista semiestruturada. A análise de dados evidenciou três categorias que abordaram as mudanças que ocorreram na vida dos participantes, percepções e sentimentos recorrentes da relação de cuidado e os aspectos que favorecem o enfrentamento dessas demandas. Os resultados apontam que houve uma mudança brusca na vida pessoal, profissional e social dos participantes. Foram destacados diversos sentimentos e percepções recorrentes da relação de cuidado, como: responsabilidade, paciência, cansaço, estresse, preocupação, abnegação e amor. Aspectos como bomhumor, rede familiar, busca por informação sobre a doença de Alzheimer e a espiritualidade revelam-se como importantes aliados no enfrentamento das demandas de cuidado, de modo que os participantes demonstram amparo e encorajamento em relação ao futuro. Por fim, percebeu-se que os participantes se encontram totalmente envolvidos e dedicados a essa relação. Palavra-chave: Cuidadores. Idosos. Doença de Alzheimer. O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ATENDIMENTO EM CUIDADOS PALIATIVOS Édila Penna Pinheiro, Alice Kalsing, Sônia Beatriz Gomes Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul Introdução: Cuidados Paliativos (CP) é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Neste contexto a subjetividade exerce um papel fundamental em virtude da dinâmica interacional, provenientes das sucessivas relações interpessoais exigidas pela rede de cuidados ao qual o indivíduo está inserido. Portanto, cuidado é interação, é relação, é criar vínculo, clima de confiança, podendo acolher o paciente. A intervenção ideal deve ser por equipe interdisciplinar, com diferentes áreas complementando com suas diferentes visões. O cuidado deve ser iniciado o mais precoce possível, porém, na prática isso não vem acontecendo. É um erro crer que os CP se resumem somente aos cuidados no paciente na fase final da vida, sendo esta apenas uma etapa dos CP. Objetivo: este estudo tem como objetivo contextualizar o papel da educação física na equipe de CP. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica a partir da pesquisa de artigos publicados nas bases de dados lilacs, scielo e pubmed com a combinação dos seguintes descritores Palliative Care and Physical Education and Exercise, com as delimitações para estudo do tipo ensaio clínico, últimos dez anos, texto na íntegra e sujeitos com idade de 65 anos ou mais, não sendo encontrado nenhum estudo publicado. Após a mudança dos descritores para Palliative Care and Exercise and Reabilitation foi encontrada uma publicação que se enquadrou aos critérios de seleção do estudo. Resultados: O estudo encontrado discorria sobre reabilitação fisioterapeutica em pacientes com câncer avançado. O mesmo mostrou relevância significativa e estatisticamente positiva após o término das 8 semanas de intervenção através de exercício físico, provando que mesmo pacientes em fases mais avançadas da doença podem ser encorajados a participar de atividade física orientada e podem se tornar mais ativos no seu dia-a- dia. Isso mostra que o profissional de educação física com seu domínio específico de conhecimentos na atividade física tem grande potencial para enriquecer a equipe interdiscilinar, mantendo o foco de qualidade de vida do paciente. Conclusão: Considera-se que a educação física pode ser inserida junto à equipe de CP a fim de somar conhecimentos. Sugere-se que estes profissionais busquem uma maior inserção neste âmbito de cuidado, apresentando também estudos científicos que evidenciem sua importância na equipe. OFICINA DE MEMÓRIA COM TRABALHOS MANUAIS Helena dos Santos Padilha, Lucimara Rodrigues Sodré, Carolina Vanelli Manfio, Juliane Ferreira da Silveira, Priscila Angélica Rodrigues dos Santos, Viviane Medeiros Pasqualeto Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Introdução: Atividades manuais de artesanato, como crochê e tricô promovem motivação e podem auxiliar funções cognitivas em idosos institucionalizados. Nessa perspectiva, acadêmicas de fonoaudiologia, participantes de um projeto de extensão realizado em uma instituição de longa permanência para idosos, criaram uma oficina para idosos e idosas praticarem atividades manuais de sua preferência. Objetivos: aumentar a percepção, a atenção, a interação social, melhorando a motricidade fina, a memória e a linguagem. Método: dois encontros semanais com o grupo de idosos interessados e as acadêmicas de fonoaudiologia, nos quais as idosas optavam pela atividade de preferência e praticavam seguindo orientações e exemplos manuais das próprias acadêmicas. Resultados: foi possível perceber a motivação e entusiasmo com as atividades manuais, a interação social do grupo, além da promoção de autonomia tendo em vista que as idosas participantes passaram a criar e elaborar sem ajuda produções artesanais que surpreenderam às acadêmicas orientadoras do projeto. Conclusão: possibilitar atividades prazerosas, recreativas e motivadoras propiciam autonomia, criatividade, interação social e bem-estar. OS EFEITOS DE PROGRAMAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS SOBRE A SARCOPENIA EM IDOSOS: REVISÃO SISTEMÁTICA Luis Fernando Ferreira, Marcio Roberto Machado Danni, Alexandre Severo do Pinho, Bruna Galvão Arbusti, Eloisa Schunck,Laura Burg, Patrícia Viana da Rosa, Marcelo Faria Silva, Luis Henrique Telles da Rosa Universidade Federal de Ciências da Saude - UFCSPA Introdução: A literatura relata que sessões de exercícios produzem efeitos benéficos no tratamento de indivíduos com sarcopenia, porém a maior parte dos estudos realizados com indivíduos sarcopênicos apresentam metodologia inadequada, como amostras pequenas, ou resultados conflitantes. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática sobre estudos que avaliam o efeito da intervenção de programas de exercícios sobre a massa muscular de indivíduos idosos com sarcopenia. Metodologia: A estratégia de busca se desenvolveu nos bancos de dados PubMed, Medline, Lilacs, PEDro, Embase, Science Direct, e a Biblioteca Cochrane. A busca abrangeu artigos publicados até novembro de 2013. Os termos primários de pesquisa utilizados foram: “Exercise”; “Sarcopenia” e “Randomized Clinical Trial”. As buscas na literatura resultaram na coleta de 1.580 referências, antes da análise de estudos duplicados, e 1.561 referências originais depois desta análise. Foram incluídos ensaios clínicos comparando um grupo submetido a um programa de exercícios contra um grupo controle no tratamento de indivíduos idosos com sarcopenia. Dois revisores extraíram os dados independentemente. Os autores dos estudos foram contatados quando informações adicionais foram necessárias. Após a análise dos títulos e resumos, 91 estudos foram considerados elegíveis e selecionados para a análise do texto integral. Destes, 23 estudos foram incluídos e 68 foram excluídos. Resultados: Os resultados indicaram um aumento de massa muscular em 22 grupos de intervenção com programas de exercícios físicos. Foi observado um aumento relativo da massa muscular nos idosos que participaram das intervenções (Diferença das Médias = +1,22%; IC 95% = 0,83 a 1,61; p= 0,0001). Conclusão: Os resultados das análises são consistentes com os obtidos em outros estudos que sugerem uma associação positiva entre programas de exercícios e o efeito sobre a massa muscular. Portanto, o treinamento através de programas de exercícios é efetivo em aumentar a massa muscular em indivíduos idosos com sarcopenia. Palavras-chave: Sarcopenia; Ensaios clínicos randomizados; Exercícios; PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE IDOSOS CADASTRADOS EM ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Carolina Rebellato, Juliana Archiza Yamashiro, Thelma Simões Matsukura Programa de Pós-Graduação em Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos. RESUMO Introdução: A participação social é considerada fundamental para o envelhecimento ativo, além de ser um dos principais objetivos da reabilitação gerontológica. Entretanto, poucos estudos têm investigado a participação social de idosos brasileiros. Objetivo: Identificar o nível de participação social de idosos cadastrados em Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Método: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de São Carlos, sob o parecer 518.999. Participaram do estudo 175 idosos independentes (109 mulheres e 66 homens; média de idade: 70 anos) cadastrados em 10 ESFs de um município de médio porte do interior de São Paulo. Os critérios de exclusão consistiram em apresentar limitações que impossibilitassem a comunicação e comprometimento cognitivo, pelo Mini Exame do Estado Mental. Os dados foram coletados através de uma ficha de identificação e da Avaliação de Hábitos de Vida (LIFE-H 3.1-Brasil), que é dividida em 12 domínios: Nutrição, Condicionamento Físico, Cuidados Pessoais, Comunicação, Moradia e Mobilidade pertencentes ao subgrupo Atividades Diárias e os domínios Responsabilidades, Relacionamento Interpessoal, Vida em Comunidade, Educação, Emprego e Recreação do subgrupo Papéis Sociais. A análise descritiva dos dados foi realizada pelo pacote estatístico SPSS versão 23. Os domínios Educação e Emprego do LIFEH 3.1-Brasil não foram considerados nas análises, devido ao baixo número de respostas. Resultados: Os idosos apresentaram elevados níveis de participação, com média acima de 8 pontos do total de 10, com exceção do domínio Recreação (média de 6,4). Os domínios com maior variação entre os participantes foram o Recreação, Mobilidade, Comunicação e Vida em Comunidade. Os domínios com menor variação foram Nutrição, Cuidados Pessoais e Moradia. Conclusão: A variabilidade nas pontuações de cada domínio evidencia a complexidade e multidimensionalidade da participação social, sobretudo relacionado ao subgrupo Papéis Sociais, que envolve atividades de interação social mais complexas. O baixo nível de participação de idosos, mesmo que independentes, em atividades recreativas é evidenciado na literatura científica, e reforça a importância de se criar estratégias que valorize e motive a participação nesse campo ao longo da vida, além de oferecer oportunidades que facilite o seu acesso. Outros estudos são sugeridos para verificar a influência de determinantes contextuais no nível de participação social de idosos de diferentes graus de funcionalidade. PERFIL DE PERDA URINÁRIA EM IDOSOS E SUAS RELAÇÕES COM AS QUEDAS, CAPACIDADE FUNCIONAL E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE – RS Brenda machado da rosa, Luis Fernando Ferreira, Samanta Peixoto Silva, Patrícia Viana da Rosa, Luis Henrique Telles da Rosa Universidade Federal de Ciências da Saude - UFCSPA Introdução: Dentre os desfechos de saúde que acompanham o processo de envelhecimento destacam-se as condições crônicas preditoras de fragilidade no idoso, como a Incontinência Urinária (IU). A IU, atualmente considerada uma síndrome geriátrica, está associada ao declínio funcional, queda e incapacidade, representando um problema de saúde pública. Sabe-se, entretanto, que o risco de desenvolvimento de uma doença crônica diminui progressivamente na medida em que hábitos de vida saudáveis são incorporados, o que justifica ações preventivas e de promoção à saúde. Objetivos: Descrever a prevalência de incontinência urinária de idosos residentes na comunidade, e suas relações com as quedas, o nível de capacidade funcional e o perfil antropométrico. Metodologia: Estudo de corte transversal, realizado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Amostra constituída por 547 idosos residentes na comunidade, de ambos os sexos. As avaliações realizadas se deram através do ICIQ-SF, para avaliar a presença de incontinência urinária, avaliação de quedas, Índice de Katz e Escala de Lawton, para a capacidade funcional, e avaliação de peso, altura e IMC. Os dados paramétricos estão apresentados em média ± DP e as frequências em percentuais. Após as avaliações, os idosos foram divididos em Grupo com incontinência urinária (GI) e grupo continente (GC). Resultados: A idade média da amostra foi de 75,49 anos, sendo a maioria do sexo feminino (71,6%). Dentro os idosos do GI, grupo que representou 32% da população total, 47% teve ocasiões de quedas nos últimos dois anos, contra 28% GC. Em relação a funcionalidade, o GI apresentou média de pontuação no índex de Katz de 4,8, contra média de 5,8 de 6 possíveis do GC. No Índice de Lawton GI e GC obtiveram média de, respectivamente, 20,8 e 22, de 24 pontos possíveis. Quanto ao IMC, 19,1% do IC apresentou algum grau de obesidade, enquanto 24,4% do GI teve a presença dos mesmos níveis. O sexo também teve uma diferença significativa entre os grupos, sendo 65% mulheres no GC e 85% no GI. Conclusões: Segundo os dados apresentados, podemos perceber que há forte influência do sexo na incontinência urinária, uma vez que houve 20% mais mulheres com IU. As quedas também apresentam estreita relação com a IU, assim como a obesidade, tendo tido resultados expressivamente maiores no GI. Já a capacidade funcional, embora tenha apresentado diferenças entre os grupos, não parece significativa, dadas as pequenas alterações. PERFIL DE UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO VERANÓPOLIS: PREVENÇÃO PROMOÇÃO DE SAÚDE Diana Saiara Bruscato, Neide Maria Bruscato, Lilian Vivian, Emílio Hydeyuki Moriguchi, Berenice Maria Werle, Diego Gnatta, Leandro Tasso, Luciana Mello de Oliveira Universidade de Caxias do Sul- RS, Projeto Veranópolis: Prevenção Promoção de Saúde INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que leva ao aumento no número de doenças crônicas e, consequentemente, ao uso de considerável quantidade de medicamentos por essa população. OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil de utilização de medicamentos por idosos residentes na cidade de Veranópolis/RS. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional analítico e utilizou como fonte de análise o banco de dados do Projeto Veranópolis: Prevenção Promoção da Saúde. Foram utilizados dados referentes a variáveis gênero, idade, estado civil, escolaridade, renda, doenças e medicamentos utilizados. Foram incluídos no estudo indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os gêneros e residentes da cidade de Veranópolis/RS. Os medicamentos foram codificados de acordo com o sistema de classificação Anatomical Therapeutical Chemical. O uso de medicamentos potencialmente inapropriados foi avaliado segundo os Critérios de Beers. A polifarmácia foi definida como o uso de 5 ou mais medicamentos. A essencialidade dos medicamentos foi avaliada através da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais e da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais. A análise estatística foi realizada com o auxílio do software SPSS Statistics®. RESULTADOS: Dos 238 idosos avaliados, 71,0% eram do gênero feminino, com idade média de 68,9 ± 6,3 anos; 68,1% eram casados e 69,3% viviam com o cônjuge. Quanto à escolaridade, 71,8% estudaram menos de oito anos e recebiam menos que três salários mínimos. A prevalência do uso de medicamentos foi de 92,4%, com uma média de 4,89 ± 2,89 medicamentos por idoso. A hipertensão foi a doença mais citada, sendo os medicamentos para o sistema cardiovascular a classe mais empregada e a hidroclorotiazida como princípio ativo mais utilizado. Dos princípios ativos citados, 47,1% não se encontram na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, 63,2% não se encontram na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais e 29,7% são considerados medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. A prevalência de polifarmácia foi de 34,5%, que foi positivamente relacionada com o gênero feminino e menor renda. CONCLUSÃO: O estudo de perfil de medicamentos nos idosos torna-se significativo, podendo tornar-se instrumento de estratégias de intervenção, nos quais o município poderá melhorar a qualidade de vida dos idosos, com foco na distribuição e uso racional de medicamentos. PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS ADMITIDOS EM UMA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Renata Breda Martins, Tamires Sayuri Saito Lang, Clarice da Fontoura Prates, Raquel Milani El Kik Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: A desnutrição no ambiente hospitalar tem crescido significativamente em todo o mundo. No idoso, a manutenção de um estado nutricional adequado é muito importante, pois o baixo peso aumenta o risco de infecções e mortalidade. A triagem nutricional no âmbito hospitalar permite detectar os pacientes em risco nutricional, e dessa forma, realizar intervenção nutricional precoce, a fim de evitar que a situação se agrave. Objetivo: Identificar o perfil nutricional de idosos admitidos em uma unidade de emergência do Sistema Único de Saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal. Foram incluídos os idosos (≥60anos) em que foi aplicada a Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida ® , admitidos em uma unidade de emergência do Sistema Único de Saúde, no período de junho de 2013 a janeiro de 2016. Foram utilizados os dados sociodemográficos (sexo e idade), coletados através do prontuário dos pacientes. Foi verificada a presença de risco nutricional através da Mini Avaliação Nutricional Versão Reduzida ® e do Índice de Massa Corporal. Os dados foram armazenados em banco de dados Excel e analisados através do pacote estatístico SPSS 17.0. Para a análise descritiva das variáveis foram utilizadas frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Este estudo é secundário a um projeto previamente aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram avaliados 1873 idosos, com média de idade de 70,7 ± 7,8 anos, sendo 54,4% (1018) do sexo masculino. Em relação à classificação da Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida®, 18% (337) estavam desnutridos; 43,3% (811) apresentavam risco de desnutrição e 38,7% (725) tinham estado nutricional normal. Segundo o Índice de Massa Corporal, 20,3% (381) apresentaram magreza, 34,7% (649) eutrofia e 35,6% (667) excesso de peso. Dos idosos, 9,4% (196) não puderam ser classificados quanto ao IMC por não saberem seu peso atual e não haver a possibilidade de aferição. Conclusão: Os idosos apresentaram-se em sua maioria eutróficos pelo Índice de Massa Corporal, porém em risco nutricional Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida®, possivelmente por tratar-se de um instrumento mais abrangente e sensível para o rastreamento nutricional. É importante que a primeira avaliação seja realizada na admissão hospitalar, visando reduzir possíveis complicações relacionadas à desnutrição. PERFIL NUTRICIONAL DE IDOSOS LONGEVOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE INTERNAÇÃO GERIÁTRICA HOSPITALAR Renata Breda Martins, Tamires Sayuri Saito Lang, Clarice da Fontoura Prates, Raquel Milani El Kik Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: A expectativa de vida para os idosos longevos (≥80 anos) vem aumentando a cada década, o que tem trazido implicações importantes, principalmente na área da saúde, devido à maior frequência de comorbidades, e alterações nutricionais. Portanto, é importante realizar o diagnóstico nutricional na admissão hospitalar do paciente, além de iniciar a intervenção nutricional o mais breve possível, evitando a instalação e/ou progressão da desnutrição. Objetivo: Identificar o perfil nutricional de idosos longevos atendidos em uma unidade de internação geriátrica hospitalar. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com todos os idosos longevos (≥80anos) admitidos em uma unidade de internação geriátrica hospitalar no período de maio de 2014 a abril de 2016. Foram utilizados os dados sociodemográficos (sexo e idade), presença de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, coletados através do prontuário dos pacientes. Foi verificado o risco nutricional através da Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida ® e índice de massa corporal. Para a análise descritiva das variáveis utilizou-se frequência absoluta e relativa, média e desvio padrão. Este estudo é secundário a um projeto previamente aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Foram avaliados 674 idosos, com média de idade de 87,1±4,9 anos, sendo 66,9% (451) do sexo feminino. A hipertensão arterial sistêmica foi identificada em 65% (438) dos idosos e o diabetes em 25% (169). Em relação à classificação da Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida ® , 31,4% (132) estavam desnutridos; 54,4% (229) apresentavam risco de desnutrição e 14,3% (8,9) tinham estado nutricional normal. Dos idosos, 37,5% (253) não tiveram condições de responder a Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida ® , além de não terem acompanhante que pudesse auxiliar nas respostas. Segundo o índice de massa corporal, 44,1% (297) apresentaram magreza, 34% (229) eutrofia e 21,2% (143) excesso de peso. Conclusão: A Mini Avaliação Nutricional - Versão Reduzida ® é um instrumento de rastreio de risco nutricional validado para idosos, contudo pode apresentar limitações em sua aplicação em algumas situações. A partir da sua aplicação foi verificada alta prevalência de risco de desnutrição e desnutrição. O índice de massa corporal também identificou idosos em desequilíbrio nutricional, evidenciando a importância da intervenção nutricional neste grupo. PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E QUALIDADE DE VIDA DE CUIDADORES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ENVELHECENTES Rosane Seeger da Silva, Elenir Fedosse, Fernanda dos Santos Pascotini, Márcia Aparecida Penna, Leatrice da Luz Garcia, Roselene da Silva Souza Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Introdução: O processo de envelhecimento de pessoas com deficiência intelectual é uma discussão nova, até pouco tempo essas pessoas não alcançavam esta fase da vida: tinham uma pequena expectativa de vida. O aumento da longevidade traz novos desafios às suas famílias, a sociedade em geral e ao Estado. Objetivo: Nesse contexto, o objetivo deste estudo é apresentar dados parciais, de uma pesquisa de mestrado, caracterização sociodemográfico e nível de qualidade de vida de familiares e/ou cuidadores de pessoas com deficiência intelectual de uma cidade de pequeno porte do interior do RS. Metodologia: Trata-se de um levantamento censitário, baseado nos pressupostos da pesquisa quantitativa, em que foram aplicados dois questionários individuais, o primeiro, especialmente elaborado para este estudo, abordando aspectos sociodemográfico e o segundo, a versão brasileira do instrumento - WHOQOL Bref. Constituíram-se como critérios de inclusão: ser familiar ou responsável com idade igual ou superior a 18 anos. Critérios de exclusão: famílias nas quais não foi possível identificar o cuidador principal e os indivíduos que não quiseram participar da pesquisa. Para análise dos dados foi utilizado o software SPSS 20.0 para criação das variáveis, inserção dos dados obtidos pelos questionários e tabulação. A coleta de dados foi realizada entre os meses de abril a setembro de 2015. Todos os cuidados éticos foram observados, seguindo as disposições éticas estabelecidas pela Resolução 466/2012 do CNS. O presente estudo foi submetido e aprovado pelo CEP/UFSM em 10/03/2015, com o nº do CAAE 41459315.8.0000.5346. Resultados: Os resultados apontam que a maioria dos cuidadores são mulheres (82,66%), mães (61,33%), com uma média de 51,56 anos de idade e com baixo índice de escolaridade (máximo de cinco anos de escolarização). Em relação a qualidade de vida dos familiares e/ou cuidadores, verificou-se que as pontuações médias mais elevadas dizem respeito ao Domínio Social (M= 79,1; DP= 10,6), seguido do Domínio Físico (M= 74,6; DP= 14,6), do Domínio Psicológico (M= 68,8; DP= 12,5) e finalmente o Domínio do Meio Ambiente (M= 60,9; DP= 11,3), que apresentou o pior nível de satisfação. Conclusão: Portanto, os cuidadores de pessoas com deficiência intelectual envelhecentes, necessitam de maior atenção do governo e também dos profissionais que atuam com esta população, disponibilizando qualidade nos cuidados com a saúde, oportunidades de recreação e lazer, e apoio social. PERSPECTIVA CINEMATOGRÁFICA DO DESENVOLVIMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER Leatrice da Luz Garcia, Rosane Seeger da Silva, Marco Aurelio Acosta, Márcia Aparecida Penna, Roselaine da Silva Souza Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Introdução: O envelhecimento pode ser conceituado como um processo dinâmico e progressivo onde há modificações tanto morfológicas quanto funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente. Dentro deste contexto, ocorre um aumento significativo da incidência de doenças neurodegenerativas, dentre elas as demências, que recebem este nome, porque comprometem de forma significativa a memória e também outras funções cognitivas. Objetivo: Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo é pesquisar na indústria cinematográfica filmes com a temática Doença de Alzheimer (DA) a fim de analisar se estes conseguem através de seu roteiro proporcionar informações relevantes sobre as etapas da evolução desta doença para o espectador de forma que estes possam utilizar deste meio de comunicação como um instrumento educativo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental de caráter qualitativo, na qual foram estudados e analisados filmes tendo a DA como temática principal. Foram encontrados 14 filmes abordando a temática lançados no cinema no período de 1970 a 2014. Para uma análise mais efetiva dos resultados encontrados optou-se por estruturar em tabelas as fases do desenvolvimento da DA e os filmes analisados proporcionando desta forma uma visualização mais didática. Resultados: Observamos que na maioria dos filmes houve predominância dos sintomas de alterações de memória, espaço temporais, dependência de familiares e alterações de comportamento, mas estes se demoraram mais nas cenas onde aparecem as alterações de memória. Conclusão: Por fim, tomando-se os filmes que tratam a DA e que tem o idoso como protagonista, podemos, de um certo modo, recolher informações sobre as representações sociais da velhice e ainda, informações muito relevantes sobre a doença, auxiliando os espectadores a identificar os sintomas em si, bem como no outro. PREVALÊNCIA DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS EM IDOSOS RESIDENTES NA 4A CRS-RS E SEUS CUSTOS CORRESPONDENTES NO ÂMBITO DO SUS Iarema Barros Universidade Federal de Santa Maria - UFSM INTRODUÇÃO A população idosa brasileira vem apresentando crescimento significativo. Da mesma forma, a população idosa do RS cresceu 47% nos últimos dez anos, enquanto que a população total, apenas 15%.e o contingente de idosos está vivendo em média 75 anos, totalizando 1,4 milhão de pessoas. Segundo IBGE, o número de habitantes dos municípios da 4a CRS-RS é de 563.653, sendo 11,62% (62.456) idosos. OBJETIVO: Analisar as internações hospitalares referentes a doenças respiratórias crônicas em idosos residentes na 4a CRS-RS e seus custos correspondentes no âmbito do SUS no período de 2008 a 2014. MÉTODOS: Estudo descritivo retrospectivo de dados secundários publicados pelo Ministério da Saúde de forma online pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, referente às internações hospitalares decorrentes às internações de idosos com doenças respiratórias crônicas, residentes nos municípios da 4a Coordenadoria Regional de Saúde, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2014. A análise dos dados foi realizada por meio da estatística descritiva (frequências absolutas e percentuais). RESULTADOS: O número total de internações por doenças respiratórios residentes na 4a CRS-RS no período de 2008 a 2014 foi de 7.111 internações. Dessas, 56,97% (4.051) internações ocorreram em pessoas do sexo masculino e 43,03% (3.060) em pessoas do sexo feminino. Com relação ao valor total de AIH pagas (R$ 3.838.557,86), pode-se observar que 57,25% (R$ 2.197.555,56) foram destinados para o sexo masculino e 43,03% (R$ 1.641.002,30) para o sexo feminino. Além disso, houve uma redução de 29,65% dos valores totais de AIH pagas. Dentre a lista de morbidades CID-10, a DPOC contribuiu com a maior proporção de internações hospitalares por doenças respiratórios, correspondendo a aproximadamente 94,22% do total de internações e ocorreram mais internações na faixa etária de 70 a 79 anos em todo o período analisado. Os municípios de Santiago, Agudo São Francisco de Assis, São Sepé, Restinga Seca, Santa Maria, Nova Palma, Júlio de Castilhos, Jaguari e Cacequi apresentaram maior prevalência de internações hospitalares por doenças respiratórias em idosos. CONCLUSÃO: Faz-se necessárias maiores investigações em relação às internações hospitalares por doenças respiratórias crônicas para a faixa etária mais envelhecida. Para que seja possível uma melhora do processo de envelhecimento e, consequentemente, a manutenção da capacidade funcional desta população. Palavras-chave: Doença crônica; Hospitalização; Morbidade; Idoso. PREVALÊNCIA DE DEPENDÊNCIA PARA AIVDs E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS Jéssica Cristina de Cezaro, Ezequiel Vitório Lin, Rodrigo Britto, Marilene Rodrigues Portella, Alisson Padilha de Lima, Marlene Doring Bolsista CAPES, Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional vivenciado nos últimos tempos tem proporcionado mudanças sociais e demográficas. Observa-se que o envelhecimento tem interferido muito na funcionalidade da pessoa idosa. Isso tem relação com as dificuldades encontradas para a realização das atividades instrumentais da vida diária (AIVDs), dependendo do estilo de vida que o idoso leva. A impotência frente às tarefas do cotidiano deixa-o dependente, interferindo na sua qualidade de vida e repercutindo no sistema de saúde de forma ampla. OBJETIVO Identificar a prevalência e os fatores que interferem na dependência para as AIVDs dos idosos do município de Passo Fundo - RS. MÉTODO Realizou-se estudo transversal de base populacional. Participaram do estudo 196 pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Os dados foram coletados por meio de inquérito domiciliar através de um questionário estruturado. Considerou-se como variável dependente o desempenho nas AIVDs, e como variáveis independentes as relacionadas às condições de saúde e características sociodemográficas. Realizou-se análise descritiva e bivariada dos dados. Para verificar a associação entre as variáveis categóricas, foi aplicado o teste qui-quadrado de Pearson a um nível de significância de 5%. RESULTADOS A média de idade dos idosos foi de 71,3 (± 8,4), cuja maioria era do sexo feminino (60,2%). A prevalência de dependência para AIVDs foi de 30,6%. Na situação conjugal, 63,3% dos dependentes para AIVDs não tinham companheiro (p=0,010). Quanto à prática de atividades físicas, 61,7% dos dependentes para AIVDs não praticavam nenhum tipo (p=0,001) e 33,3% apresentam alguma dificuldade para marcha (p<0,001). Apresentaram sintoma sugestivo de demência 33,3% dos dependentes para AIVDs. Já nos independentes somente 2,7% (p<0,001) apresentaram sintoma sugestivo. Em relação aos idosos que necessitavam de cuidados, 51,7% eram dependentes para AIVDs (p<0,001). CONCLUSÃO Os resultados mostram que os fatores que interferem na dependência para AIVDs são ausência de cônjuge, atividade física, déficit de marcha, necessidade de cuidados e sintoma sugestivo de demência, aspectos fundamentais para o direcionamento de estratégias de saúde preventivas e interventivas. PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS HOSPITALIZADOS Graciele Ferreira de Ferreira Mendes, Ariel Eduardo Billig, Marcelle Moreira Peres, Renata dos Anjos Castro Zilli Universidade Católica de Pelotas/ Hospital Universitário São Francisco de Paula INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento está relacionado ao aumento da prevalência, incidência e de mortalidade por DCNT, a presença de uma ou mais doenças desse grupo e o não tratamento auxiliam para um manejo não adequado, podendo trazer como consequência um declínio na capacidade funcional, caracterizada pela perda das habilidades físicas e mentais necessárias para a realização das AVDs. OBJETIVO: Analisar a associação entre o número de DCNT e a capacidade funcional de idosos internados em um hospital universitário. MÉTODOS: Realizou-se um estudo transversal, incluindo idosos internados em um hospital universitário, no período de janeiro a abril de 2015. A capacidade funcional foi mensurada através da aplicação da Medida de Independência Funcional e uma consulta ao prontuário do paciente foi realizada a fim de obter dados específicos sobre as doenças crônicas. Na análise descritiva, foram feitas as distribuições de frequências absoluta e relativa para variáveis categóricas, e média e desvio padrão para as variáveis contínuas. Na analítica, utilizou-se o teste de qui-quadrado. RESULTADOS: Participaram do estudo 224 idosos. A média de idade foi de 71,7anos (dp 8,7anos), a faixa etária de maior prevalência entre 60-69 anos de idade (48,7%), um pouco mais da metade eram do sexo masculino (50,9%) e predomínio da raça branca (79,9%). A média de comorbidades foi de 2,9 (dp 1,6) doenças por idoso sendo que, 5,4% relataram não ter nenhuma patologia e 26,3% afirmaram sofrer de 3 comorbidades. Entre as ocorrências de maior frequência predominou a HAS (60,3%), seguida das Cardiopatias (37,5%) e da Depressão (32,1%). Na avaliação do nível de capacidade funcional pode-se constatar que 51,8% dos idosos apresentavam independência na realização das atividades básicas de vida diária. Não houve associação significativa entre o número de doenças associadas e a capacidade funcional (p = 0,3). Ao verificar a associação entre Hipertensão, Diabetes, Depressão e Alzheimer com a capacidade funcional, Alzheimer foi a patologia que apresentou significância estatística (p = 0,02). CONCLUSÃO: Com o aumento do número de idosos torna-se necessário conhecer e quantificar as doenças que acometem essa população a fim de criar parâmetros que permitam melhorar a qualidade de vida e bemestar desses pacientes, bem como traçar estratégias que visam otimizar o processo de intervenção terapêutica. A doença de Alzheimer apresentou associação com a capacidade funcional em pessoas idosas. PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM LONGEVOS Luisa Braga Jorge, Bruna Rios Rauber, Gabriela Guimarães Oliveira, Maria Marina Serrão Cabral, Claudine Lamanna Schirmer, Ângelo José Gonçalves Bós Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Resumo Introdução: Censo brasileiro de 2010 observou um crescimento expressivo de longevos (80 anos ou mais), quase 80% entre os dois últimos censos. Conforme a Organização Mundial de Saúde a incontinência urinária é definida por qualquer perda involuntária de urina e acomete principalmente as mulheres, repercutindo na qualidade de vida e convívio psicossocial. Pouco se sabe sobre a prevalência de incontinência urinária em longevos. De acordo com os sintomas pode ser classificada em incontinência urinária de esforço (IUE), que ocorre a perda de urina quando há esforço ou exercício, como por exemplo, espirrar, tossir, pular, rir intensamente. A incontinência urinária de urgência (IUU) quando ocorre uma frequência aumentada do desejo miccional, ocasionando a perda e a incontinência urinária mista (IUM) a que é uma associação da incontinência urinária de esforço à bexiga hiperativa. Objetivo: Analisar a prevalência da incontinência urinária em longevos. Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo e analítico. Foram incluídos residentes na cidade de Porto Alegre, RS com 90 anos ou mais. Os participantes foram selecionados pelo método de conglomerados, representando as 17 regiões do orçamento participativo. Estão sendo realizadas visitas domiciliares multiprofissionais desde março de 2016. Dentre a avaliação geral, os longevos responderam a pergunta: “Você às vezes perde urina mesmo que pouca?”. Resultados: Foram identificados 68 e avaliados 47 longevos. A idade variou de 91 a 103 anos. A amostra constou de 31 mulheres e 16 homens. Destes 47 avaliados, 71% das mulheres relataram incontinência urinária e 69% dos homens. Segundo a caracterização da IU em mulheres, 35,48% IUM, 21,3% é de IUU e 6,45% IUE. Já nos homens, 43,75 é de IUM e 6,25 de IUE e 18,75% de IUU. Conclusão: A perda de urina é prevalente nas faixas etárias mais longevas e, devido à anatomia feminina, é queixa mais comum entre as mulheres, mas na amostra estudada a diferença percentual foi menos expressiva que o relatado em faixas etárias mais jovens. A relação entre gênero e prevalência de IU não foi significativa (p=0,858). Longevos apresentaram maior frequência de IUM e IUU que as longevas. Concluímos que os longevos homens apresentaram uma prevalência de incontinência maior que o esperado. A IU afeta negativamente a qualidade de vida, sugerindo uma maior atenção por profissionais da saúde em informar sobre sua prevenção e tratamento. PREVALÊNCIA DE OSTEOPOROSE E CONSUMO DE LATICÍNIOS EM MULHERES NO CLIMATÉRIO Vitor Buss, Daiana Meggiolaro Gewehr, Vanessa Huber Idalêncio, Franciéli Aline Conte, Ligia Beatriz Bento Franz GERON, UNIJUÍ, Programa de Pós-Graduação Stricto Senso em Atenção Integral à Saúde. INTRODUÇÃO Entre as doenças associadas com o envelhecimento feminino encontra-se a osteoporose, a qual caracteriza-se pela desmineralização óssea, ocasionando maior fragilidade e risco para fratura. Esta condição clínica é influenciada por alterações hormonais verificadas no período do climatério, bem como pelo baixo consumo de cálcio, sedentarismo, déficit de vitamina D, tabagismo e etilismo. OBJETIVOS Identificar qual a prevalência de osteoporose e a frequência de consumo de laticínios, considerados principais fontes de cálcio na dieta, por mulheres no climatério. METODOLOGIA Trata-se de um estudo transversal descritivo, com população constituída por mulheres no período do climatério com idade entre 35 e 65 anos, adstritas às Estratégias Saúde da Família do município de Ijuí/RS, participantes da pesquisa institucional “Estudo do Envelhecimento Feminino” da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº 864.988/2014. Para coleta de dados foram realizadas visitas domiciliares para aplicação de questionário estruturado sobre dados sociodemográficos, condições de saúde, hábitos alimentares e consumo de medicamentos. RESULTADOS No total compuseram a amostra 232 mulheres, com média de idade de 50,41±8,37 anos. Em relação à osteoporose 20 participantes (8,5%) referiram o diagnóstico, sendo que 5 (38,5%) utilizavam suplementação de cálcio e vitamina D. Analisando o consumo de laticínios 15 participantes (6,5%) referiram consumo equivalente a 3 ou mais copos de leite ao dia, 50 participantes (21,5%) referiram consumo equivalente a 2 copos de leite ao dia, 137 participantes (59%) referiram consumo equivalente a 1 copo de leite ao dia e 30 participantes (13%) não possuíam o hábito de consumo de laticínios. Além disso, 169 participantes (72,8%) referiram fazer uso de laticínios integrais. Para determinar a insuficiência no consumo de laticínios adotou-se como critério a negação juntamente com o consumo equivalente a 1 copo de leite ao dia, classificando 167 participantes (72%) na respectiva condição. CONCLUSÃO Fica evidente a necessidade de ampla divulgação sobre a importância e encorajamento do consumo de laticínios como principal fonte de cálcio na dieta – juntamente com os demais cuidados no estilo de vida – para a prevenção de ocorrência da osteoporose, principalmente no público feminino. Destaca-se, ainda, que os laticínios são alimentos de fácil acesso e inclusão em preparações culinárias. PREVALÊNCIA DO USO DE MEDICAÇÕES EM PESSOAS IDOSAS COM ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA ELEVADO Melina Rech Spanhol, Mônica Luísa Kieling, Adriano Pasqualotti Fundo Universidade de Passo INTRODUÇÃO: A obesidade abdominal e a concentração de lipídeos séricos é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares. Esse fato se deve, principalmente, ao estilo de vida sedentário e ao uso de dietas hipercalóricas que implicam na sobrecarga metabólica, aumentando a incidência de doenças, como a obesidade e as dislipidemias. OBJETIVO: Verificar a prevalência do uso de medicamentos para hipertensão, diabetes mellitus e colesterol e triglicerídeos relacionado ao índice de massa corpórea. MÉTODO: Estudo observacional de cunho transversal. Participaram da pesquisa pessoas idosas de um grupo de convivência. O estudo compreendeu 850 participantes sendo que 739 (86,9%) mulheres. Para análise de associação utilizou-se o teste de qui-quadrado, para um nível de significância de p ≤ 0,05. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UPF (parecer 1.023.088). RESULTADO: De 817 idosos participantes da pesquisa, 505 relatam tomar medicação para hipertensão arterial. Verificou-se que dentro desse quadro, 276 (54,7%) são obesos, 210 fazem o uso da medicação para diabetes melittus e 117 (55,7%) estão acima do peso, assim como os que relataram o uso de medicação para colesterol/triglicerídeo alterados, onde 322 fazem uso de medicamentos, sendo que 182 (56,5%) são obesos. CONCLUSÃO: A obesidade caracteriza um processo que aumenta o risco do idoso ser polimedicado. A porcentagem de idosos obesos que fazem o uso para medicação para colesterol/triglicerídeo alterado, diabetes melittus e hipertensão é significativamente maior entre as pessoas idosas obesas, na comparação com os desnutridos ou os eutróficos. Manter uma vida saudável com alimentação equilibrada e a prática de exercício físico regular é uma forma de combater a obesidade e dessa forma, diminuir o risco da polimedicação em idosos. Palavras-chaves: grupos de convivência, medicação contínua, idoso, obesidade PREVALÊNCIA E FATORES EPIDEMIOLÓGICOS ASSOCIADOS À QUEIXA AUDITIVA EM IDOSOS DO RIO GRANDE DO SUL. Magda Aline Bauer, Ângelo José Gonçalves Bos Grande do Sul - PUCRS Pontifícia Universidade Católica do Rio Introdução: A audição é essencial para o processamento de eventos acústicos e emissão e compreensão dos sinais de fala. A perda auditiva pode estar associada ao declínio cognitivo, depressão e redução da funcionalidade. Objetivo: O presente tem por objetivo analisar a prevalência de queixa auditiva em idosos do Rio Grande do Sul e descrever o perfil dos participantes com e sem queixa auditiva. Metodologia: Participaram do estudo 7315 idosos entrevistados em suas residências, em 59 cidades gaúchas. Os critérios de inclusão adotados foram ter 60 anos ou mais de idade e terem respondido a questão sobre autopercepção auditiva. Foi aplicado um questionário inspirado no Guia Global Cidade Amiga do Idoso da Organização Mundial da Saúde. Para fins estatísticos foi realizado o teste de qui quadrado e regressão logística para avaliar as correlações entre as variáveis. Resultados: Foram excluídos 139 idosos sem resposta à autopercepção auditiva e 9 por autorreferirem surdez, totalizando 7167 idosos participantes. A frequência de queixa de perda auditiva foi de 28% (2011) dos idosos, apresentando diferença entre gêneros, etnia, renda, participação social. A média de idade dos idosos sem queixa auditiva foi de 69,44(±6,91) e com queixa 72,8(±7,75) anos. Os idosos sem queixa auditiva apresentaram 5,10(±3,78) anos de estudo comparado a 4,48(±3,49) anos dos com queixa. Conclusões: Na população idosa do Rio Grande do Sul a prevalência atingiu 28%. A queixa está mais presente em idosos homens, com cor preta, sem renda, não receberam atendimento de saúde, realizam atividade social e comunitária, têm menor escolaridade e maior idade. PREVALÊNCIA ENTRE OS GÊNEROS DO USO DE MEDICAÇÃO CONTINUA PARA ANSIEDADE EM PESSOAS IDOSAS Mônica Luísa Kieling, Flávia Fernanda Cunha, Melina Rech Spanhol, Adriano Pasqualotti Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: Mulheres estão em maior risco de desenvolver transtornos como a ansiedade. Suas queixas são mais frequentes sobre a saúde física e mental e podem precisar de mais atenção multiprofissional. Medidas abrangentes que envolvem comportamentos psicossociais e pessoais devem ser implementados para aliviar a ansiedade em pessoas mais velhas. OBJETIVO: Verificar a relação entre o uso de medicamento contínuo para ansiedade. MÉTODO: Estudo observacional de cunho transversal. Participaram do estudo pessoas idosas participantes de grupos de convivência. O estudo compreendeu 850 participantes, sendo 735 (86,9%) mulheres. No que se refere à medicação, 207 (26,1%) fazem uso para ansiedade. Analisou-se as pessoas idosas que realizavam atividades físicas de uma a quatro vezes por semana. Para análise de associação utilizou-se o teste de qui-quadrado, para um nível de significância de p ≤ 0,05. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UPF (parecer 1.023.088). RESULTADOS: De 807 casos, 207 (26,1%) usam medicamento para ansiedade, sendo que 192 (91,0%) eram mulheres e 19 (9,0%) homens, frente às 507 (85,1%) mulheres e aos 89 (14,9%) homens que não utilizam a medicação. O teste indicou relação de dependência entre as variáveis (p = 0,030). A estimativa de risco foi 1,774 vezes maior a predisposição das mulheres idosas utilizarem medicamento contínuo para ansiedade quando comparado com os homens idosos estudados. CONCLUSÃO: As mulheres utilizam mais os medicamentos para ansiedade do que os homens. A porcentagem de homens que tomam regularmente medicamentos para ansiedade é baixa em relação às mulheres. Na velhice as mulheres encontram-se mais ansiosas do que os homens e desta forma sugere-se que as elas busquem mais o recurso medicamentoso para aliviar os sintomas da ansiedade. Palavras Chaves: Ansiedade, Gênero, Grupos de convivência, Medicação contínua. PROJETO CICLO DA VIDA – LAGGE ULBRA: O FUTURO PELO OLHAR DAS CRIANÇAS Ademar Mesquita Jr , Isadora Silva, Geniffer Cardoso, Paulo Consoni Universidade Luterana do Brasil INTRODUÇÃO Este Projeto pretende ampliar o termo de Educação Gerontológica para as crianças que estão iniciando na pedagogia escolar sobre o ciclo da vida, a inclusão do saber sobre a velhice e o envelhecimento, não somente nos aspectos biológicos, mas nas questões políticas, sociais, econômicas e culturais. Inicialmente, buscamos informação dos estudantes do ensino fundamental de uma escola pública do município de Canoas como base para a estruturação do projeto. METODOLOGIA Estudo transversal através de coleta de informações dos alunos de uma turma do quinto ano do ensino fundamental, por meio de questionário de respostas abertas. Dados foram coletados no mês de março de 2015 em Canoas-RS. RESULTADOS s, 10 são meninas e 15 meninos. com 11 anos, 5 com 12 anos e 1 de 13 anos. e dos avós: entre 46 e 90 anos. s todos os dias (ou paternos ou maternos), 6 moram no mesmo terreno e os demais vêem de 3 a 5 vezes por semana. ostarem e amarem muito os avós. e atenção ; o que menos gostam: dos xingões. nsideradas idosas: 1 aluno acha que aos 40 anos; 6 aos 50 anos; 6 aos 60 anos; 9 aos 70 anos; 1 aos 80 anos e 2 aos 90 anos. educação, amor, alegria, ajuda, sem discussão porque eles são frágeis, espertos e sabem de tudo. respostas); ficar com rugas (9 respostas); ficar mais doente/fraco (7 respostas); se aposentar (2 respostas); ter que se cuidar mais (1 resposta); ficar mais sentado/parado (1 resposta). re o assunto: 16 alunos desenharam o personagem com bengala; 2 em cadeira de rodas; 7 sem características específicas. CONCLUSÃO Este estudo de base para o projeto, evidencia que as crianças possuem uma visão do idoso frágil, porém astuto, que vivem a senilidade de uma forma difícil e limitada nas atividades de vida diária. No currículo escolar quase não há uma abordagem sobre a velhice, o que contribui na promoção de preconceitos, os quais, respondem aos anseios da juventude eterna, com uma visão estreita e vinculada a beleza corporal e força muscular, esta, voltada somente para o aspecto biológico da vida. Discutir as suas vivências, tanto, recebida dos meios de comunicação como na capacidade de observação das crianças dentro do seu espectro de conhecimento e envolvimento entre gerações dentro e fora do núcleo familiar, é essencial para quebra de paradigmas e o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM IDOSOS INTERNADOS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO SUL: AVALIAÇÃO DOS MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INAPROPRIADOS PARA IDOSOS Bruno Simas da Rocha, Fernanda Rossatto Machado, Caroline Tortato, Ricardo Moresco Zucco, Kamila Pazza, Jacqueline Kohut Martinbiancho, Renato Gorga Bandeira de Mello Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA Introdução A Farmacovigilância compreende a prevenção de efeitos adversos e problemas relacionados a medicamentos, incluindo Reações Adversas a Medicamentos (RAM). Os idosos são pacientes que possuem maior risco de desenvolver RAMs, devido às alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os medicamentos potencialmente inapropriados para idosos (MPI) são fármacos com risco de provocar efeitos adversos superiores aos benefícios em idosos. Objetivos Analisar as RAMs em idosos notificadas ao programa de Farmacovigilância de Hospital Universitário do sul do Brasil. Método Estudo descritivo transversal, em que foram avaliadas as RAMs em idosos em um Hospital Terciário Universitário, no período de junho/2014 a maio/2016. Os medicamentos foram classificados em MPI conforme os Critérios de Beers (2015). As RAMs foram classificadas de acordo com a causalidade, previsibilidade e gravidade. Resultados Foram notificadas 994 RAMs, sendo que 267 (26,9%) foram em idosos e 58 (21,7%) eram MIPs. A média de idade dos idosos foi de 72,8 anos. Dos MPI, 65,5% eram potencialmente inapropriados em qualquer indicação e 32,8% estão na lista de uso com cautela. As classes mais frequentes de MPI foram analgésicos (17,2%), medicamentos com ação no trato alimentar (13,8%), antiinflamatórios não esteroides (13,8%) e antipsicóticos (12,1%). Os MPIs mais prevalentes foram: morfina (12,1%), metoclopramida (6,9%), digoxina (6,9%), omeprazol (5,2%), carbamazepina (5,2%) e haloperidol (5,2%). Quanto à causalidade, 53,1% eram provável e 46,9% possível. Quanto à previsibilidade, 73,5% eram tipo A e 26,5% tipo B. Entre as RAMs notificadas em idosos, 42,9% eram graves, 40,8% de gravidade moderada e 14,3% leves. Conclusão Os MPIs mais frequentes foram medicamentos altamente prescritos na instituição, podendo ter relação com a elevada prevalência dos mesmos. Acreditamos em um baixo número de MIPs envolvidos nas RAMs devido ao alto número de antimicrobianos e por estes não estarem contemplados no critério utilizado. A maioria das RAMs eram previsíveis, o que identifica uma oportunidade de atuação da equipe de saúde na prevenção destas. REDE DE SUPORTE SOCIAL DA PESSOA IDOSA INSTITUCIONALIZADA: DA FRAGILIDADE À PROTEÇÃO Michelle Bertoglio Clos, Paulo Consoni, Alexandre Cunha dos Santos, Estefânia A. S., Vasconcellos, Érica dos Santos Alves, Ana Maria Tancredo Alves, Gicele K. B. Pinto, Joelsa Azevedo de Farias, Keli Lisiane Rodrigues Kuhn, Marcos Gelain, Rosângela Pereira, Tânia Regina, Venâncio de Oliveira, Thais Dorneles Silveira O presente trabalho refere-se ao mapeamento da rede de suporte social de pessoas idosas institucionalizadas em uma Instituição de Longa Permanência no município de Canoas e tem como fundamento o entendimento de que o conhecimento sobre a rede subsidia intervenções que podem melhorar a qualidade de vida dos sujeitos, uma vez que a rede de suporte social é percebida como um fator de proteção. Portanto, entende-se que as relações sociais e o apoio social são fundamentais para a manutenção de uma vida digna em ILPI. Objetivo: Mapear rede de apoio de idosos institucionalizados bem como os tipos de função que os membros da rede exercem. Método: Aplicação do Diagrama da Escolta, tendo como pergunta disparadora: quem é a pessoa mais importante da sua vida hoje? A partir disto a dinâmica se desenvolve para o desvelamento das pessoas de referência do sujeito, bem como a função exercida no suporte social. Resultados: Foram entrevistados 6 sujeitos, 5 mulheres, 1 homem, com média de idade de 72 anos. A partir do Diagrama da Escolta foi identificada uma média de 9,6 membros por diagrama, destes 7,1 são mulheres e 2,5 são homens. Dos sujeitos participantes, 2 com diagnóstico de demência tipo Alzheimer apresentam as menores redes de suporte, média de 4 membros e nenhum na condição de vínculo de cuidado pós-institucionalização. Conclusão: A partir das redes mapeadas é possível inferir uma diminuição de contatos na medida em que processos demenciais se estabelecem. Também é possível constatar um número maior de mulheres no suporte às pessoas idosas institucionalizadas. Quanto à função, há uma média de 4,3 membros para o suporte afetivo, enquanto que para o suporte financeiro o número cai para média de 0,5. Os vínculos relatados pós-institucionalização são inferiores (média de 1,8) aos vínculos pré-institucionalização (média de 7,8). Para garantia da proteção da pessoa idosa institucionalizada é necessário preservar os vínculos pré-institucionalização e desenvolver estratégias para que os sujeitos se sintam pertencentes ao espaço e consigam estabelecer novos vínculos no sentido de ampliação da rede de suporte social. RELAÇÃO DE QUEDAS COM FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS DE DUAS COMUNIDADES DE PORTO ALEGRE Arielle Rosa de Oliveira, Laysla Rödel Ribeiro, Luciana Tesainer da Fonseca, Luis Fernando Ferreira, Luis Henrique Telles da Rosa Universidade Federal de Ciências da saúde - UFCSPA Introdução: Com o aumento constante de idosos é necessário um maior conhecimento sobre essa população e as síndromes e debilidades que a acomete. Sendo a queda uma das causas que mais ocasiona debilidades nessa população, devido aos traumas principalmente físicos, mas também psicológicos, que eventos de queda provocam. Objetivo: Relacionar a prevalência de quedas com influência de fatores como gênero, idade, nível de escolaridade, ocupação, osteoporose, entre outros; ocorrência de fraturas e risco de novas quedas em idosos de dois bairros da comunidade de Porto Alegre. Métodos: Estudo observacional, transversal, de base populacional. Os dados foram obtidos através de visitas domiciliares. A amostra de idosos foi selecionada aleatoriamente de uma das equipes de Saúde da Família da Vila do IAPI, bairro Passo D`Areia e do bairro Rubem Berta, município de Porto Alegre. Foram utilizados questionários para obtenção dos dados demográficos e epidemiológicos. Os dados foram analisados e quantificados através de porcentagem. Resultados: Foram entrevistados 547 idosos, sendo que 34,2% apresentaram uma ou mais quedas nos últimos dois anos, não havendo diferença entre os sexos, com 30% dos homens participantes da amostra apresentando quedas, e 35% das mulheres. A média de idade dos idosos que tiveram queda foi de 76,1 anos, sendo que 45% destes apresentaram idade entre 75 a 84 anos. Um percentual de 58% sofreu quedas fora do ambiente de casa. A prevalência de quedas associou-se com não ter uma ocupação (86,1%), residir acompanhado (80,7%), baixa escolaridade (67,9%) e necessitar de ajuda nas tarefas diárias (60%). Em apenas 19,6% das quedas houve fratura associada, sendo que desses idosos 66,7% declararam ter osteoporose. Na avaliação pela escala de BERG 54,54% (107 de 187) dos idosos que tiveram quedas apresentaram pontuação ≤ 3, que indica um risco aumentado de cerca de 100% de novas quedas. Conclusões: O estudo mostrou que a presença de quedas esteve relacionada a não ter uma ocupação, residir acompanhado, ter baixa escolaridade e necessitar de ajuda nas tarefas diárias. E em metade dos idosos que sofreram quedas o risco de novas quedas é de quase 100%. RELAÇÃO ENTRE DIABETES E SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSOS INTERNADOS EM UM SETOR DE CLINICA MÉDICA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Ariel Eduardo Billig, Graciele Ferreira de Ferreira Mendes, Marcelle Moreira Peres, Renata dos Anjos Castro Zilli Universidade Católica de Pelotas/ Hospital Universitário São Francisco de Paula Introdução: A presença de sintomas depressivos em idosos com diagnóstico de diabetes mellitus é extremamente chamativo. É inegável que a presença de uma doença metabólica com efeitos fisiológicos de grande impacto na vida do sujeito remeta a sintomas depressivos. Diversos estudos reforçam a hipótese de que a depressão tende a estar relacionada a deficiências orgânicas como a diabetes mellitus. Tais estudos trazem como referência o uso de testes psicológicos e neuropsicológicos para reforçar a ideia de que a depressão e a diabetes mellitus estão correlacionadas. Além disso, alguns estudos trazem a suposição de que pacientes com diabetes mellitus têm chances muito maiores de desenvolverem depressão a curto, médio ou longo prazo, decorrentes das perdas que esta doença acarreta, como dificuldades na visão e locomoção. Objetivo: Analisar a presença de sintomas depressivos em idosos com diagnóstico de diabetes mellitus. Método: Participaram do estudo, idosos com idade maior ou igual que 60 anos, internados no setor de clinica médica de um hospital universitário no período de janeiro a abril de 2015. Os dados foram obtidos a partir da consulta ao prontuário dos pacientes com a devida permissão dos mesmos, assinada em Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 224 idosos com média de idade de 71,7 anos (dp 8,7). Do total 31,7% tinham diagnóstico de diabetes e 32,1% (n=72) apresentaram diagnóstico de depressão sendo 27,2% (n=31) homens e 37,3% (mulheres). A faixa etária de maior prevalência de sintomas depressivos foi entre 60-69anos (43%). Em relação aos pacientes com diabetes 42,3% (n=30) dos idosos com diabetes mellitus apresentam sintomas depressivos, apresentado relação significativa (p=0,03) de sintomas depressivos e diabetes mellitus em idosos. Conclusão: Os resultados colaboram para a melhor compreensão dos sintomas depressivos em idosos com diagnóstico de diabetes mellitus. Ademais, é importante salientar que a prevalência de sintomas depressivos é maior entre idosos com diabetes mellitus do que na amostra geral, levantando a hipótese de que ambas as doenças estejam relacionadas. Isso reforça a necessidade do desenvolvimento de pesquisas mais específicas envolvendo a depressão e a diabetes mellitus. RELATO DE CASO DE PACIENTE IDOSO COM DIAGNÓSTICO DE MIELOMA MÚLTIPLO EM CUIDADOS PALIATIVOS. Erica Hilgemberg, João Ricardo Martinelli, Cerlei F. Franzoi, Ananda Beatriz Munhoz Cretella, Vitor Last Pintarelli, Maurilio José Pinto FAVI - Curitiba- PR Introdução: Paciente P.O.G, 63 anos, sexo masculino, com diagnóstico de mieloma múltiplo (IgA secretor + cadeia leve lambida) desde maio de 2012. Fez tratamento inicial com seis ciclos de quimioterapia até fevereiro de 2013. Transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas (TACTH) em junho de 2013. Recidiva da doença em setembro de 2014 com progressão de doença em 2015 ( lesões ósseas extensas em pelve e canal sacral). Devido lesão medular, apresentou perda de mobilidade e sensibilidade de membros inferiores, incontinência urinária e fecal além de dor óssea e instabilidade de tronco. Hoje encontra-se em cuidados paliativos, internado em enfermaria oncológica para controle de sintomas(ECOG 4). Objetivo: Relatar a experiência clínica de acompanhar pacientes em cuidados paliativos e discutir controle de sintomas em pacientes geriátricos oncológicos. Método: Relato de experiência. Informações obtidas por meio de prontuário e revisão bibliográfica. Resultado: Não se aplica. Discussão de cuidados paliativos e controle de sintomas em pacientes geriátricos oncólogicos. Conclusão: Nos últimos anos está cada vez mais frequente na pratica clínica a prevalência de pacientes oncológicos em fase terminal. Faz-se necessário, o conhecimento dessa prática e de manejo de sintomas em pacientes oncológicos em fim de vida. RELATO DE CASO: DISCINESIA TARDIA POR IATROGENIA MEDICAMENTOSA Andréa da Conceição Spillere, Raquel Prado Thomaz Resumo: Introdução: C.B, sexo feminino, 94 anos, AVDs 4/6, AIVDs 0/9, trazida a emergência por familiares por início a 10 dias de movimentos hipercinéticos de membros superiores, inferiores e orolinguais. Sem sinais infecciosos associados e sem outras queixas. Nega doenças crônicas prévias, porém fazia uso de sertralina 50mg/dia, sinvastatina 20 mg/dia e clonazepam 0,25mg/dia. Apresentava, na chegada hospitalar, sinais vitais estáveis, Glasgow 15, força grau V difusa, reflexos vivos, com movimentos discinéticos orolinguais e discinesia coreiforme em membros superiores e inferiores. Os exames laboratoriais apresentaram-se sem alterações significativas e a TC de crânio não evidenciou áreas isquêmicas novas ou lesões expansivas ou coleções. Questionada sobre medicações em uso além das prescritas pelo médico assistente, a mesma referiu uso de Lisador® (dipirona 500mg + prometazina 5mg + adifenina 10mg) 1 comprimido ao dia há alguns meses devido dores no ombro. Objetivos: Atentar para iatrogenias medicamentosas e efeitos adversos de medicações. Métodos: Relato de caso realizado em uma unidade de internação geriátrica em um Hospital Terciário em junho de 2015. Resultados: Suspeitado de impregnação por prometazina, então foram suspensos o Lisador® e o clonazepam e foi iniciada clozapina 25mg meio comprimido ao dia, com melhora gradual do quadro com remissão importante da discinesia. Portanto, tratou-se de um quadro clínico sugestivo de intoxicação por prometazina. Conclusão: A iatrogenia medicamentosa figura entre as intercorrências mais frequentes em pacientes idosos internados em serviços de geriatria devido às múltiplas comorbidades que estes possuem e que levam, consequentemente, a um consumo de diversos medicamentos gerando a polifarmácia. Isto, associado às mudanças na fisiologia do organismo do indivíduo idoso - que contribuem para que a farmacodinâmica e a farmacocinética das drogas seja alterada - leva a uma maior incidência de eventos adversos associados às medicações. Sendo assim, se reforça a importância da AGA e da revisão constante das medicações que o paciente utiliza, bem como suas interações entre si e seus possíveis efeitos colaterais, para que se possa oferecer um cuidado integral na atenção a saúde do idoso. Ainda, ressalta-se que é fundamental retomar as bases da terapêutica geriátrica com vistas a se evitar as iatrogenias, sendo assim deve-se lembrar de sempre se empregar a menor dosagem necessária do medicamento e o menor número de drogas possível. REPERCUSSÕES DA MASSOTERAPIA EM PACIENTES IDOSOS COM LOMBOCIALTALGIA: UM ESTUDO DE CASO Matheus Bronzoni, Thamara Graziela Flores Universidade Luterana do Brasil - ULBRA (Santa Maria), Associação amparo e providencia Lar das Vovozinhas Resumo: Este estudo irá tratar sobre a dor lombar sendo que esta é definida como qualquer dor que apresenta ou não rigidez articular e óssea, como limitação físico motora na região que compreenda o dorso entre o ultimo arco costal até a ultima prega glútea, a massoterapia pode ser associada a demais tratamentos para reduzir a dor dos pacientes (TSUKIMOTO,2006). Este estudo teve como objetivos avaliar os benefícios da massoterapia na diminuição do quadro álgico de um paciente com lombociatalgia, bem como analisar através da Escala Analógica de Dor(EVA) o quadro álgico antes e após as sessões de massoterapia, bem como após 6 sessões. O estudo de caso foi realizado com a paciente T. M., 62 anos. Com queixa principal de “dor nas costas”. Foram realizados 6 atendimentos sendo avaliados pela EVA, antes de cada sessão e após finalizado o atendimento. Durantes os atendimentos foram realizados as seguintes manobras terapêuticas, deslizamento superficial e profundo, mas principalmente o profundo, pela densidade muscular apresentada, digito pressão na maioria do atendimento, fricções e rolamentos para tirar a aderência da fáscia muscular. A musculatura que foi feita as manobras terapêuticas foram as seguintes: Trapézio, Grande dorsal, romboides, levantador da escápula, serrátil póstero superior e inferior e eretores da espinha. A pressão exercida era sempre de moderada a forte. E os atendimentos tinham duração de 45 minutos. Foi observado no primeiro atendimento a escala de EVAI foi classificada em 8 e a EVAF classificada em 4.No segundo atendimento foram mantidas as mesmas condutas, porem foi possível notar através da palpação que a musculatura já não estava tão tensa quanto no primeiro atendimento. Escala de EVAI classificada em 10 e a EVAF classificada em 4. No terceiro atendimento foram mantidas as condutas, mas o paciente relatou que naquele dia não havia tomado a sua medicação para dor. Escala de EVAI classificada em 4 e a EVAF classificada em 4.No quarto atendimento foram mantidas as condutas. Escala de EVAI classificada em 8 e a EVAF classificada em 4. No quinto atendimento foram mantidas as condutas. Paciente relatou uma diminuição significante no uso das suas medicações para dor. Escala de EVAI classificada em 5 e a EVAF classificada em 3.No sexto e último atendimento foram mantidas as condutas, tendo como resultados escala EVAI classificada em 2 e a EVAF classificada em 0. Pode-se concluir que a massagem é uma ferramenta que promove analgesia nas dores lombares como já citado em estudo e também podendo ser comprovado na pratica, assim o massoterapeuta deve sempre estar atento as novidades e também buscar sempre ampliar seu conhecimento afim de proporcionar o melhor atendimento para seus pacientes, podendo ser um ele um sujeito modificador de vidas, através da melhora do seus pacientes, no caso da lombalgia pode-se observar que a massagem é fundamental para que ele retorne a suas atividades de vida diária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DANGELO, J. S.; FATINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3ª ed., São Paulo: Atheneu, 2007. 763p. NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 5ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 575p. MOORE, L. M.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1104p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANATOMIA. Terminologia Anatômica: terminologia anatômica internacional. São Paulo: Manole, 2001. 248p. DRAKE, R.L; VOGL, A.W.; MITCHELL, A.W.M. Anatomia para Estudantes. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1103p. FREITAS, V. Anatomia: conceitos e fundamentos. Porto Alegre: Artmed, 2004. 272p. ROCHA, Laurelize Pereira et al . Associação entre a carga de trabalho agrícola e as dores relacionadas. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 27, n. 4, p. 333-339, Aug. 2016:3(2):659-72 PUTZ, R. PABST, R. Sobotta: Atlas de anatomia humana. 22ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Siqueira PH. Análise das alterações fisiológicas provenientes da massagem clássica em função do tempo de aplicação.Rev PIBIC. 2006 TSUKIMOTO, Gracinda Rodrigues. Avaliação longitudinal da Escola de Postura para dor lombar crônica: através da aplicação dos questionários Roland Morris e Short Form Health Survey (SF-36). 2006. Dissertação (Mestrado em Reumatologia) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. WATANABE, I. Erhart: Elementos de Anatomia Humana. 10.ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 280p. SIGNIFICADO DA VELHICE PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E IMPLICAÇÕES PARA A INTERAÇÃO DIALÓGICA Josemara de Paula Rocha, Cláudia Aline Oliveira Safian, Aline Zuardi Maia, Ângelo José Gonçalves Bós, Adriano Pasqualotti Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul -PUCRS, Universidade de Passo Fundo Introdução: O idoso institucionalizado tem demandas de cuidados específicos voltados não apenas ao estado de saúde, mas também ao seu desenvolvimento humano, tais como a interação social e subjetividade. Para que ocorra a interação dialógica e o intercâmbio dessas subjetividades, respeitando a individualidade e, como consequência, contribuindo para a qualidade de vida, há a necessidade de criar espaços dialógicos nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Objetivos: Descrever os significados atribuídos à velhice por idosos institucionalizados e suas implicações para a interação dialógica. Método: Estudo de cunho qualitativo com análise de conteúdo temática. O conteúdo analisado resultou de entrevistas a idosos participantes de oficinas de educação gerontológica, mediadas por rádio-poste, em quatro ILPI da cidade de Passo Fundo/RS. A rádio-poste era constituída de uma estrutura de rádio móvel e caixas de som distribuídas no interior da ILPI. Além de escolher as músicas, os participantes discutiam temas relacionados ao envelhecimento e tecnologias de informação e comunicação. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo (parecer 449/2010). Os participantes tinham 60 anos ou mais e deveriam ter capacidade de responder e compreender as questões investigadas. Resultados: Participaram 23 idosos, sendo 69,6% mulheres com 78,1 anos em média; o grupo tinha em média 5,8 anos de estudo; 56,5% viúvos e o tempo de institucionalização médio foi de 36,6 meses. Identificaram-se as seguintes categorias temáticas para o significado da velhice: i) relação com a funcionalidade, saúde e doença; ii) alterações físicas e cognitivas; iii) mudança de papéis sociais. Em relação a velhice e sua influência na interação, observaram-se diversos aspectos positivos, tais como experiência de vida, tolerância e disponibilidade para diálogo e alguns negativos, como por exemplo, dificuldades no manuseio de tecnologias de informação e comunicação e a profundidade do conteúdo do diálogo na ILPI. Conclusão: A rádioposte possibilitou que os idosos tivessem um espaço para troca de experiências, permitindo um sentimento empático frente ao outro que também vivencia este processo. Os idosos relacionaram a velhice com perdas em diversos aspectos, porém, pareceram conseguir aproveitar os ganhos que mantém a interação dialógica. SINTOMAS DEPRESSIVOS EM IDOSO RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA Karoline Marques, Daniela de Mattos Silva, Marinês Leite, Neidiane da Rosa Universidade Federal de Santa Maria Introdução: Existe grande preocupação com os idosos que residem em Instituições de Longa Permanência (ILPI), pois este faz parte do grupo vulnerável, suscetível a desenvolver várias doenças. No processo de institucionalização o idoso sente-se excluído de seu contexto familiar e enfrenta uma série de dificuldades na adaptação. Neste período o idoso pode isolar-se dos demais, como demonstração de insatisfação, ocasionando, muitas vezes, a depressão. A depressão é uma doença psiquiátrica muito comum entre os idosos, que afeta a qualidade de vida. Objetivo: Verificar o que tem sido publicado sobre depressão em idosos asilados. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, com dados disponíveis online na Biblioteca Virtual em Saúde. Delimitou-se para a pesquisa os documentos disponíveis em texto completo, base de dados nacionais e internacionais, língua portuguesa, ano de publicação de 2010 a 2015. Para a busca dos artigos utilizou-se os descritores: Idoso, depressão, Instituição de Longa Permanência. Resultados: Foram encontrados 11 artigos que abordaram a temática relativa a sintomas depressivos nos idosos institucionalizados, os quais interferem de maneira significativa na qualidade de vida. Os sintomas depressivos são mais comuns entre as mulheres, geralmente levam ao declínio da capacidade funcional e da cognição, deixando o idoso sem autonomia e mais dependente para a realização das atividades cotidianas. Além disso, estão também relacionadas ao aumento do número de idosos acamados em ILPIs. A maioria dos idosos institucionalizados não está contente com sua situação atual, sendo o grau de bem-estar pessoal insuficiente, com o índice de satisfação global baixo e a autoestima mínima. Conclusão: A depressão em idosos é um sério e crescente problema de saúde pública, trazendo prejuízos à vida familiar e à comunidade. Não é parte normal do envelhecimento, é uma doença, e deve ser reconhecida e tratada efetivamente, em especial, entre os idosos institucionalizados. A institucionalização, pela inexistência de uma rede de apoio social eficaz, seja por falta de condições econômicas, seja por abandono familiar, pode ser considerado um importante fator desencadeante deste processo. Os altos índices constatados nos reportam a pensar em planejamentos capazes de suprir esta lacuna, proporcionando uma melhor qualidade de vida e um “envelhecer” com mais dignidade. TEMÁTICAS DO ENVELHECIMENTO DIRECIONADAS ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS CONCRETIZANDO AÇÕES INTEGRANDO SABERES ENTRE UNIVERSIDADE E GESTORES MUNICIPAIS DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO CENTRO SERRA – RS Laise Kunz, Rosane Seeger da Silva, Marco Aurélio de Figueiredo Acosta Federal de Santa Maria - UFSM RESUMO Introdução: Na região central do RS, composta por 13 municípios, possui conforme IBGE (2013), 12.049 idosos representando (14,66%) acima da média nacional, produzindo necessidades e demandas sociais que requerem respostas políticas adequadas do Estado e da sociedade referentes as temáticas do envelhecimento. Objetivo: Propor a realização de Seminários, voltados à temática do envelhecimento no âmbito das políticas públicas, a fim de informar e conscientizar os gestores que atuam diretamente com os idosos, através das Secretarias Municipais da Assistência Social, nos treze municípios que compõem a Região Central do Estado, interagindo saberes entre universidade e prefeituras. Metodologia: Para conscientizar os gestores, sobre a importância da realização do seminário, foram realizadas entrevistas e aplicado questionário (BOAS, 2008) com os 13 gestores de cada município, sobre as atividades desenvolvidas como os idosos, legalidade e fundo do idoso, conforme a Lei Federal 12.213/2010, durante o período de seis meses apresentando características qualitativas e quantitativas de perfil demográfico, sob registro no CAAE (44253915.4.0000.5346), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/UFSM). Resultados: Conforme os resultados obtidos entre 2014 e 2016, verifica-se que ocorreram variações no percentual atendimentos dos idosos nos municípios de (10,92% a 47,39% em 2014) para (08,19% a 61,53% em 2016), indicando aumento de atendimentos em 8 dos 13 municípios. Constatou-se que 4 municípios (30,76%), o percentual de atendimento de idosos no CRAS diminuiu, mantendo-se estável (7,69%) em Universidade apenas um município, houve variação nos grupos de idosos de cada CRAS, (38;46%), mantiveram o mesmo número grupos, (38;46%), aumentaram número grupos e (27;076%), diminuíram o número grupos. Quanto ao índice de legalização dos conselhos ativo em (2014 era 15,38%) passou em (2016 para (23,07%) legalizados (15,38%), e em processo de legalização (46,15%), demonstraram interesse legalizar e implantar. Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, podemos afirmar, que a realização dos Seminários sobre Questões Voltadas ao Envelhecimento em 2014 e em 2016, contribuiu de forma positiva em relação a atualização, aprimoramento e troca de saberes entre gestores e universidade, melhoria nos percentuais de atendimentos dos idosos no CRAS, legalização e implantação as das política públicas direcionadas ao idosos. Palavras chaves: Políticas Públicas; Envelhecimento; Assistência social. TEMPO DE INTERNAÇÃO EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA E A RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS Jamile Ceolin, Flavia Picoli Gheno, Vanessa Binotto, Loiva Beatriz Dallepiane Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Resumo Introdução: O ritmo acelerado do processo de transição demográfica no Brasil está associado ao aumento da procura por Instituições de Longa Permanência (ILPI). Essas instituições tem o compromisso de suprir as necessidades básicas dos idosos, proporcionando uma melhor qualidade de vida para essa população, entretanto os limites impostos pelos recursos das ILPIs interpõem-se ao alcance dos objetivos nutricionais dos idosos. Dessa forma é imprescindível uma avaliação nutricional simples e sistematizada, que permita detectar de maneira simplificada os idosos institucionalizados que estejam em risco nutricional permitindo uma intervenção precoce e de maior eficácia. Objetivo: Associar o tempo de internação em uma Instituição de Longa Permanência com o estado nutricional dos idosos. Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo e analítico. Foram incluídos idosos acima de 60 anos, moradores em uma Instituição de Longa Permanência de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Foram coletados os dados de tempo de internação no prontuário dos idosos e realizado a avaliação nutricional, classificando o Índice de Massa Corporal de acordo com os parâmetros de Nutrition Screening Initiative – NSI (1994). Resultados: Dos idosos com menos de 5 anos de internação, 47,6% apresentaram magreza, 28,6% eutrofia e 23,8% excesso de peso. Entre 5 a 10 anos de internação, 57,1% apresentaram magreza, 14,3% eutrofia e 28,6% excesso de peso. Entre os idosos com mais de 10 anos de internação, 50% apresentaram magreza, 25% eutrofia e 25% excesso de peso. Conclusão: Os idosos que permaneceram entre 5 a 10 anos na Instituição de Longa Permanência apresentaram maior percentual de magreza quando comparado aos idosos que residiam menos de 5 e mais de 10 anos. Cabe ressaltar que a porcentagem de idosos com estado nutricional de magreza esteve mais prevalente em todos os períodos de institucionalização. Palavras-chave: Idoso. Instituição de Longa Permanência. Índice de Massa Corporal. TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA HOSPITALAR DE IDOSOS COM FRATURA DE FÊMUR EM DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL Daniela de Mattos Silva, Karoline Marques, Marinês Leite, Neidiane da RosaUniversidade Federal de Santa Maria - UFSM Introdução: A fratura de fêmur está entre as lesões traumáticas mais comuns na população idosa. Ela é causada, geralmente, por traumas pequenos e não intencionais, como queda da própria altura, que ocorre em função de fatores extrínsecos e intrínsecos, representando importante causa de mortalidade e de incapacidade na população de 60 anos ou mais de idade. As quedas podem impactar na vida do idoso de forma irreversível, pela possibilidade de fratura de fêmur e, também, pelas consequências advindas da reabilitação pós-cirúrgica. Dentre as complicações se encontram morbidades, mortalidade, deterioração funcional, hospitalização, institucionalização e aumento no consumo de medicamentos e de serviços de saúde. Além disso, alguns estudos vêm demonstrando o impacto financeiro dos recursos médicohospitalares utilizados no tratamento da fratura de fêmur para o sistema de saúde e para a sociedade, devido ao tempo que o idoso necessita para sua recuperação. Objetivo: Avaliar o tempo médio de permanência hospitalar de pacientes idosos com fratura de fêmur pelo Sistema único de Saúde (SUS) nas diferentes regiões do Brasil. Metodologia: O estudo realizado com dados secundários da base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS - SIH-SUS, acessado no Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso - SISAP da fundação Fiocruz. Foram excluídos deste estudo pacientes com presença de comorbidades podendo permanecer internados por mais tempo. Resultados: A região Norte teve o maior aumento no tempo médio de internação, uma vez que passou de 11,81 dias no ano de 2010, para 12,67 dias no ano de 2012. Já na região Centro Oeste houve inversão nesses resultados, pois reduziu de 9,73 para 9,38 dias, para os mesmos anos estudados. Quanto ao número de internações verifica-se que, do ano de 2000 a 2014, as regiões Norte, Nordeste e Sul acresceram em torno de 100%, passando de 0,69, 076 e 0,84 no ano de 2000, para 1,36, 1,35 e 1,54, respectivamente. Conclusão: O tempo de internação hospitalar nas diferentes regiões do Brasil está abaixo da média proposta que é de 12 a 18 dias. Portanto, ressalta-se a importância do profissional de saúde avaliar os idosos com risco de quedas por meio de instrumentos específicos para tal. Também, propor intervenções que possam prevenir quedas, pois esse evento poderá trazer outras complicações e, consequentemente, prejuízos na qualidade de vida do idoso e gastos onerosos ao serviço público de saúde. Palavras chave: Hospitalização, Idoso, Fratura de Quadril. USO DO COLÍRIO DE ATROPINA PARA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE PNEUMONIA NO PROCESSO DE INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL E VENTILAÇÃO MECÂNICA Luciana Marcon Barbosa Stoffel, Gabriela Decol Mendonça, Jessica Cristina de Cezaro, Yolanda Peterson, Eliane Lucia Colussi, Cassiano Mateus Forcelini Bolsista CAPES, Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo/RS INTRODUÇÃO A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) na intubação orotraqueal (IOT) segue sendo frequente e uma importante causa de mortalidade em Centro de Terapia Intensiva (CTI). Durante o processo da IOT e ventilação mecânica, o índice de broncoaspiração e intervenções pulmonares são comuns. A broncoaspiração de saliva ocorre em razão da falta de proteção das vias aéreas, já que o mecanismo de defesa está prejudicado pela presença do tubo introduzido na laringe, passando pelas pregas vocais abduzidas. OBJETIVO Avaliar a eficácia e a segurança do colírio de atropina sublingual para reduzir a broncoaspiração e o índice de pneumonias no processo de ventilação mecânica, por conta de diminuição da produção de saliva. MÉTODO A pesquisa é um ensaio clínico, randomizado, duplo cego, realizado em Hospital de referência na cidade de Passo Fundo. Os sujeitos pesquisados foram adultos internados no CTI. A amostra de quarenta pacientes foi randomizada, sendo que vinte pacientes receberam o fármaco ativo (duas gotas de colírio de atropina 1%, via sublingual, de 6/6 horas) e o segundo grupo, também com vinte pacientes, recebeu placebo. Os dados quantitativos foram apresentados como mediana e intervalos interquartis e analisados com teste U de Mann-Whitney. Para avaliação dos qualitativos foi empregado o teste de qui-quadrado. RESULTADOS A média de idade dos idosos foi de 53 (31,2 - 66,7), cuja maioria era do sexo masculino (57,5 %). A incidência de pneumonia, a qual foi o desfecho de eficácia primário deste estudo, foi de 25% na amostra total. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos “Atropina” e o “Placebo” em qualquer uma das variáveis, exceto no tempo até o inicio do uso dos tratamentos. CONCLUSÃO Este é um estudo pioneiro descrevendo o uso do colírio de atropina sublingual na tentativa de redução das pneumonias. Observou-se que este fármaco não trouxe efeitos adversos identificáveis no quadro clínico dos pacientes. REFERÊNCIAS BOUZA, E. et al. Continuous Aspiration of Subglottic Secretions in the Prevention of Ventilator-Associated Pneumonia in the Postoperative Period of Major Heart Surgery. Chest, v. 134, n. 5, p. 938-946, 2008. MASELLI, D. J.; RESTREPO, M. I. Strategies in the Prevention of Ventilatorassociated Pneumonia. Therapeutic Advances in Respiratory Disease, v. 5, n. 2, p. 131-141, 2011. UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EM UMA INSTITUIÇÃO GERIÁTRICA Isadora Silva, Geniffer Cardoso, Ademar Mesquita Jr, Paulo Consoni.Universidade Luterana do Brasil - ULBRA Introdução: O envelhecimento é acompanhado de alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas, e muitas vezes, patologias concomitantes. Isso desencadeia constantemente efeitos colaterais e interações medicamentosas, as quais tornam alguns medicamentos inapropriados aos pacientes idosos. Objetivo: Avaliar a utilização de medicamentos em idosos de uma instituição de longa permanência em Canoas/RS. Identificar o uso de medicamentos considerados potencialmente inapropriados e medicamentos a serem usados com cautela, e se há relação do fármaco em uso com o diagnóstico registrado em prontuário. Método: Desenvolveu-se um estudo transversal realizado em julho de 2015, com idosos de uma instituição geriátrica. A amostra analisada constituiu-se de 38 internos, com idade a partir de 60 anos e de ambos os sexos. Foram consultados os prontuários para coleta de dados. A avaliação das informações de cada interno baseou-se nos critérios de Beers. Resultados: Da amostra dos 38 internos, 22 são mulheres (57,8%) e 16 são homens (42,1%) com idade média de aproximadamente 78 anos. Da análise, constatou-se que o consumo médio de medicamentos por interno foi 4,71 sob um total de 65 medicamentos em uso. Destes, 28 foram considerados sem relação com o diagnóstico documentado em prontuário, 20 foram considerados potencialmente inapropriados e 16 foram considerados medicamentos que devem ser usados com cautela. Das medicações sem relação com o diagnóstico, vinte e sete internos faziam uso, sendo que os mais utilizados foram o omeprazol (15,9%) e o paracetamol (14%). Das medicações a serem utilizadas com cautela, trinta e um internos faziam uso, os fármacos mais utilizados foram o AAS (28%) e a risperidona (12%). Das medicações consideradas potencialmente inapropriadas, 29 internos estavam em uso destes remédios, sendo os mais utilizados a risperidona (13,6%) e a imipramina (11,4%). Conclusão: Esse estudo demonstra que se deve ter cuidado na prescrição do idoso, a fim de evitar complicações, iatrogenia e uso de medicações sem a devida indicação, visando uma melhor segurança do uso de medicamentos na terceira idade. VIDEOFLUOROSCOPIA DA DEGLUTIÇÃO: ANÁLISE DE DADOS Analice Calegari Lusa, Lia Mara Wibelinger Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: A videofluoroscopia da deglutição é um exame dinâmico que permite identificar e classificar o grau de disfagia, assim como, avaliar o risco de aspiração laringotraqueal. Além disso, é considerado como avaliação “padrão-ouro”da deglutição. OBJETIVO: Descrever as características da deglutição em indivíduos adultos, idosos e longevos. MÉTODO: O estudo é transversal com abordagem descritiva de caráter retrospectivo. A amostra foi composta por 85 exames de videofluoroscopia da deglutição realizadas no Hospital da Cidade de Passo Fundo ano de 2015. Foi dividido entre população jovem/adulto (18 anos a 59 anos), idosos (60 a 79 anos) e longevos (>80 anos) e analisado a idade média da população, se há predominância de sexo na realização dos exames e os achados referente ao grau de disfagia. RESULTADOS: Em todas as etapas constou predomínio do sexo masculino (58,1%) x feminino (41,8%). 93,5% foram encaminhados por especialistas neurologista. Como diagnóstico do exame, entre adultos e idosos, prevaleceu a disfagia de grau moderado e para os longevos, de grau moderado/grave. CONCLUSÃO: A idade interfere na qualidade do processo de deglutição e quando vem relacionado a comorbidades há piora no quadro de disfagia. VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS NO RIO GRANDE DO SUL Bruna Borba Neves, Luisa Braga Jorge, Gabriela Guimarães Oliveira, Jéssika Cefrin Dantas Neris, Alice Kalsing, Ângelo José Gonçalves Bós Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS Introdução: Segundo o Censo de 2010, a população idosa brasileira totaliza 10,78% de pessoas. No Rio Grande do Sul, os idosos representam 13,6% da população. Com o crescimento acelerado desta faixa etária, aumentam os casos de violência doméstica. As violências mais comuns são: violência física, violência psicológica, violência por abandono e negligência e violência financeira. Objetivo: Analisar a frequência e os tipos de violência doméstica em idosos no Rio Grande do Sul. Metodologia: Os dados foram obtidos através de busca no DATASUS, em Informações de Saúde (TABNET), informações epidemiológicas e de morbidade sobre violência doméstica contra idosos (≥ 60 anos de idade) no Rio Grande do Sul, no período de 2009 a 2014. Resultados: Dos dados obtidos, predomina a violência física com 2.406 casos, seguido de violência psicológica com 1.452 casos e violência por negligência e abandono com 1.193 casos. A violência financeira obteve menor ocorrência com 375 casos. No geral, de acordo com as violências citadas, observamos no sexo feminino 2.417 casos e no sexo masculino 1.683 casos, um número relativamente menor. Ao analisar a violência física por gênero observou-se a ocorrência de 44% dos casos em homens (1.079) e 56% dos casos em mulheres (1327), proporção próxima à distribuição populacional de idosos que é de 43% de idosos e de 57% de idosas Conclusões: Acredita-se ser necessário identificar precocemente a violência doméstica e investir em ações protetivas, ao passo que o índice de violência, principalmente física mostra-se elevadíssimo nesta população. Da mesma forma, acredita-se que haja limitações quanto às notificações no geral, principalmente quanto à violência financeira. Supõe-se que construções sociais negativas criadas a cerca da velhice e do gênero feminino estejam associados ao predomínio de violência neste grupo. É necessário que profissionais da saúde estejam capacitados a identificar casos de violência e tomar providências, pois muitos casos se dão por pessoas do convívio da vítima e estão ao alcance do olhar do profissional de Palavras-chave: Violência doméstica. Longevidade. Saúde Publica.