Como Exportar - clube brasil
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COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Como Exportar Índia MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Direção-Geral de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial COLEÇÃO ESTUDOS E DOCUMENTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Coleção: Estudos e Documentos de Comércio Exterior Série: Como Exportar CEX: 108 Elaboração: Ministério das Relações Exteriores - MRE Direção-Geral de Promoção Comercial - DPR Divisão de Informação Comercial - DIC Embaixada do Brasil em Nova Delhi Setor de Promoção Comercial - SECOM Coordenação: Divisão de Informação Comercial Como Exportar Índia MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Direção-Geral de Promoção Comercial Divisão de Informação Comercial Brasília, 2003 Distribuição: Divisão de Informação Comercial Os termos e apresentação de matérias contidas na presente publicação não traduzem expressão de opinião por parte do MRE sobre o “status” jurídico de quaisquer países, territórios, cidades ou áreas geográficas e de suas fronteiras ou limites. Os termos “desenvolvidos” e “em desenvolvimento”, empregados em relação a países ou áreas geográficas, não implicam tomada de posição oficial por parte do MRE. Direitos reservados. É permitida a transcrição total ou parcial do presente estudo, desde que seja citada a fonte. O texto do presente estudo foi concluído em setembro de 2003. B823c Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Informação Comercial. Como Exportar: Índia / Ministério das Relações Exteriores. __ Brasília: MRE, 2003. 124p.; il. __ (Coleção estudos e documentos de comércio exterior.). 1. Brasil – Comércio exterior. Comércio Exterior. I. Título. II. Série. 2. Índia – CDU 339.5 (81:439) 3. O consumidor indiano .......................................................... 77 4. Promoção de vendas ............................................................ 79 5. Práticas comerciais ............................................................... 82 SUMÁRIO PÁGINA INTRODUÇÃO . ....................................................................... 7 VII- RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS . .......................................................... 89 1. Aspectos culturais ............................................................... 89 2. Oportunidades comerciais ................................................... 90 MAPA ...................................................................................... 9 DADOS BÁSICOS . ............................................................... 11 I - ASPECTOS GERAIS . .................................................. 13 ANEXOS . .............................................................................. 93 I - ENDEREÇOS .................................................................... 93 1. Missões diplomáticas do Brasil na Índia ................................. 93 2. Agências oficiais indianas para as exportações brasileiras ....... 93 3. Missões diplomáticas da Índia no Brasil ................................. 95 4. Agências oficiais no Brasil ....................................................... 95 5. Empresas brasileiras na Índia .................................................. 96 6. Câmaras de Comércio .............................................................. 96 7. Entidades de Classe indianas ................................................... 98 8. Principais bancos ..................................................................... 99 9. Principais feiras e exibições ................................................... 100 10. Meios de comunicação ........................................................ 104 11. Consultorias em marketing .................................................. 105 1. Geografia .............................................................................. 13 2. População, centros urbanos e nível de vida ......................... 14 3. Transportes e comunicações ................................................ 19 4. Organização política e administrativa .................................. 22 5. Organizações internacionais ................................................. 23 II - ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS . .......................... 25 1. Conjuntura econômica ......................................................... 25 2. Principais setores de atividade ............................................. 27 3. Moeda .................................................................................. 31 4. Sistema bancário .................................................................. 33 5. Mercado de capitais ............................................................. 35 II - INFORMAÇÕES PRÁTICAS ........................................ 107 1. Procedimentos para obtenção de visto .................................. 107 2. Horário comercial .................................................................. 108 3. Moeda ................................................................................... 108 4. Feriados ................................................................................. 108 5. Corrente elétrica .................................................................... 109 6. Relação de hotéis ................................................................... 109 7. Taxas de serviços de entrega .................................................. 112 III - COMÉRCIO EXTERIOR . ............................................ 37 1. Evolução recente .................................................................. 37 2. Direção do comércio exterior ................................................ 38 3. Composição do comércio exterior ........................................ 40 IV - RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL – ÍNDIA ........................................................... 43 1. Intercâmbio comercial bilateral ............................................. 43 2. Composição do intercâmbio comercial bilateral ................... 45 3. Financiamento às exportações .............................................. 48 4. Prinicpais acordos com o Brasil ........................................... 49 III - TRANSPORTES COM O BRASIL ............................... 114 V - ACESSO AO MERCADO . ........................................... 51 BIBLIOGRAFIA ................................................................... 117 1. Empresas de transportes no Brasil ....................................... 114 2. Empresas de transportes na Índia ......................................... 115 1. Sistema tarifário ................................................................... 51 2. Regulamentação das importações ......................................... 55 5. Documentos e formalidades ................................................. 66 6. Regimes especiais ................................................................. 70 VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO . ................... 73 1. Considerações gerais ............................................................ 73 2. Canais de distribuição .......................................................... 73 5 6 INTRODUÇÃO Descrita como um continente por si só, a Índia é o sétimo maior país do mundo e tem a segunda maior população, logo após a China. A Índia, a maior república democrática do mundo, garantiu a estabilidade de suas instituições políticas e continua pautando suas ações de acordo com os princípios democráticos, previstos em sua constituição de 1950. O seu sistema multipartidário inclui partidos nacionais e regionais. O país foi dominado durante quase 30 anos pelo Partido do Congresso, formado no início do Século para lutar pela independência, contra o domínio britânico. Na última década, no entanto, o Partido do Congresso foi forçado a dar lugar a novos partidos, como o Partido Bhartiya Janata (BJP), considerado o partido nacionalista hindu. Nos últimos anos, nenhum partido conseguiu obter uma maioria clara no parlamento e, por conseguinte, o país teve uma série de governos de coalizão, inclusive o atual, liderado pelo BJP. Apesar de suas agendas políticas diferirem em questões sensíveis, como a posição sobre a Caxemira, todos os partidos estão comprometidos com o processo de liberalização econômica em andamento. A Índia já esteve por três vezes em guerra com o Paquistão, duas das quais pelo controle da Caxemira. Em 1962 a Índia se envolveu em uma curta guerra de fronteira com a China. Durante a Guerra Fria, a Índia manteve relações estreitas com a União Soviética, a sua maior fornecedora de armas. Porém, após a ruptura do sistema prevalecente até a data atual desse país, a Índia reforçou seus laços com os Estados Unidos (sobretudo em termos de relações comerciais), apesar de manter os vínculos com Moscou. A economia indiana de hoje é uma das maiores do mundo e apresenta-se como um promissor mercado para os exportadores brasileiros. No entanto, esse mercado continua sendo muito pouco explorado, representando apenas 1,42% do total das exportações brasileiras. Nos primeiros 40 anos após a independência - em 1947, a economia indiana foi conduzida segundo os princípios socialistas, cujo objetivo era estabelecer um modelo econômico com uma forte base industrial, que oferecesse emprego e fosse auto-suficiente. No entanto, em meados dos anos oitenta, o governo iniciou uma nova abordagem, diminuindo gradualmente as restrições à iniciativa privada. 7 Após a crise do Balanço de Pagamentos em 1991, que culminou na queda das reservas cambiais para cerca de US$ 1 bilhão, o equivalente a dois meses de importações, o governo começou a implementar um programa de liberalização mais abrangente. As reformas em marcha conseguiram reverter quatro décadas de protecionismo. Desde 1991, recuperou-se a produção e o emprego, a saúde do setor externo foi restaurada e foram introduzidas amplas mudanças na agricultura, na indústria, no setor financeiro, no mercado de capitais e na estrutura tributária. A economia indiana tem resistido aos diversos choques externos dos últimos anos, como a Crise Asiática de 1997-98, o aumento do preço do petróleo em 2000-01 e a recente desaceleração econômica global na seqüência dos atentados terroristas de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Por conseguinte, tanto o crescimento das exportações indianas como a rentabilidade da sua indústria, sofreram com a queda global dos preços de mercadorias e de produtos industrializados. Apesar desses obstáculos, o crescimento do PIB real em 2001-02 foi de 5,4%, um sinal de recuperação após o baixo crescimento de 4% em 2000-01, e uma das mais altas taxas de crescimento do mundo no último ano. Esse crescimento apresenta enormes oportunidades comerciais e de investimento, sobretudo em setores-chave de infra-estrutura, como estradas, portos, energia e telecomunicações. 8 MAPA 9 10 DADOS BÁSICOS Área: 3.287.263 km² ( incluindo a Caxemira) População: 1,045 bilhão de habitantes (2002) Sistema de Governo: Parlamentarista Bicameral Principais cidades: Mumbai (Bombaim); Kolkota (Calcutá); Nova Delhi; Chennai (Madrasta); Hyderabad; Bangalore; Ahmedabad; Pune. Idioma: 18 idiomas oficiais ( entre os quais Tamil e Hindi), o inglês é usado como segunda língua. Moeda: Rúpia (Rs = 100 paisa). Taxa de Câmbio: US$ 1,00 = Rs 48,2 (dezembro de 2002) Religião: Hindu ( 82% da população) PIB a preços correntes: US$ 496,8 bilhões ( 2002) Crescimento real do PIB: 4,3 % (2002 – 2003, ano fiscal de abril a março) Composição do PIB ( 2000): Agricultura - 24,3 % Industria - 27,7 % Serviços - 48,0 % Índice de Preços ao Consumidor: 4,5 % (2002) Reservas Internacionais: US$ 82 bilhões ( junho de 2003) Comércio Exterior (2002): Exportações: US$ 49,4 bilhões Importações: US$ 61,9 bilhões Intercâmbio comercial Brasil-Índia (2002): Exportações : US$ 558 milhões Importações : US$ 536 milhões 11 12 I – ASPECTOS GERAIS 1. Geografia Com uma área total de cerca de 3,3 milhões de quilômetros quadrados, e com uma população absoluta superior a 1 bilhão de habitantes, a Índia é o segundo país mais populoso do mundo. É também bem povoado, pois apresenta uma população relativa de 324 hab/km2. A capital, Nova Delhi, fica a 680 km da capital do Paquistão, Islamabad; a 1.419 km da capital do Bangladesh, Daka; a 807 km da capital do Nepal, Kathmandu; e a 3.712 km da capital do Sri Lanka, Colombo. O país estende-se por 3.214 km de norte a sul e 2.933 km de leste a oeste. A tabela abaixo apresenta a distância entre as principais cidades: Distância entre as principais cidades Cidades Distância (km– aproximados) Nova Delhi – Bombaim (Mumbai) 1.400 Nova Delhi – Calcutá 1.300 Nova Delhi – Madrasta 1.700 A Índia faz fronteira com diversos países, a noroeste com Afeganistão e Paquistão; ao norte com a China, Nepal e Butão; a leste com Bangladesh e Mianmar; e ao Sul com Sri Lanka e Maldivas. Ao norte, a grande cordilheira do Himalaia forma uma fronteira natural separando a Índia da China, enquanto ao sul a península indiana se estende até o Mar da Arábia, a Baía de Bengala e o Oceano Índico. É um país fisicamente diverso, desde as férteis planícies do Ganges, ao norte e no centro, ao deserto no oeste, e as densas florestas tropicais ao nordeste. A Região apresenta um relevo muito simples, composto por três divisões fundamentais. Ao norte encontra-se a Cordilheira do Himalaia (“país das neves”, em sânscrito), que reúne cerca de 40 montanhas com mais de 7.500 m de altitude; por isso, é conhecida como o “teto do mundo”. Entre essas montanhas, destaca-se o Evereste, situado entre o Nepal e a China, ponto culminante do globo, com 8.882 m. Aos pés do Himalaia estende-se a planície Indo-gangética, de formação sedimentar aluvional recente, com solos férteis. Mais ao sul, ocupando metade da Índia, localiza-se o planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, responsável por fartos recursos minerais, como ferro e manganês. Na parte ocidental, esse planalto tem escarpas mais elevadas, 13 chamadas de Gates, onde nascem vários rios que correm para o Oriente (Godavari e Krishna, por exemplo). A península da Índia é um único continente e sua diversidade geográfica permite a evolução de uma fauna com cerca de 350 espécies de mamíferos e 1.200 de aves. A Região apresenta um relevo muito simples, composto por três divisões fundamentais. Ao norte encontra-se a Cordilheira do Himalaia (“país das neves”, em sânscrito), que reúne cerca de 40 montanhas com mais de 7.500 m de altitude; por isso, é conhecida como o “teto do mundo”. Entre essas montanhas, destaca-se o Evereste, situado entre o Nepal e a China, ponto culminante do globo, com 8.882 m. Aos pés do Himalaia estende-se a planície Indo-gangética, de formação sedimentar aluvional recente, com solos férteis. Mais ao sul, ocupando metade da Índia, localiza-se o planalto do Decã, de formação antiga e cristalina, responsável por fartos recursos minerais, como ferro e manganês. Na parte ocidental, esse planalto tem escarpas mais elevadas, chamadas de Gates, onde nascem vários rios que correm para o Oriente (Godavari e Krishna, por exemplo). Apesar de seu clima ser classificado como tropical de monções, a sua variada geografia gera grandes diversidades em todo o país. As planícies ao norte e no centro da Índia têm verões quentes e úmidos e invernos secos e frios, enquanto as temperaturas ao sul são relativamente constantes, mantendo-se quentes ao longo do ano. Clima Temperatura Chuva (Média máxima) (Máxima) (ºC) (mm) Nova Delhi 33 175 Calcutá 30 325 Chenai 34 350 Bombaim(Mumbai) 28 617 Srinagar 23 100 Goa 30 792 Cidades Umidade (Máxima) (%) 72 85 81 83 76 88 2. População, centros urbanos e nível de vida a) População Uma das civilizações mais antigas do nosso planeta, a Índia é um país de contrastes. A diversidade de línguas, hábitos e 14 modo de vida não impedem que haja uma grande unidade na cultura do país. Ao mesmo tempo que cada estado tem seu próprio modo de expressão, como na arte, música, linguagem ou culinária, o indiano é profundamente arraigado ao sentimento de amor à sua nação e tem orgulho de sua civilização ancestral, o que mantém vivas até hoje muitas tradições. Talvez pela profusão de deuses adorados por diferentes segmentos da sociedade, a tolerância religiosa é algo inerente aos indianos acostumados a conviver com a diversidade, como as línguas diferentes faladas muitas vezes por vizinhos. A Índia é o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes, dos quais 72% vivem em zonas rurais e 28% em áreas urbanas. Previsões indicam que a população da Índia ultrapassará a da China em 2.050, atingindo mais de 17% da população mundial. A taxa de crescimento da população foi 1,9% ao ano, no período de 1991 a 2001, demonstrando uma queda em relação ao período de 1981 a 1991 que foi de 2,1%. Os maiores centros populacionais são os estados de Uttar Pradesh (166 milhões), Maharashtra (96 milhões) e o Território Federal de Nova Delhi (13 milhões). A densidade demográfica média é de 324 habitantes por quilômetro quadrado. Análise populacional, 2001 Total (milhões de hab.) Homens Mulheres Total População total - Rural - Urbana - Abaixo dos 06 anos - Alfabetizados Força de Trabalho - Mercado formal - Mercado informal % Homens Mulheres Total 531 381 150 496 361 135 1.027 742 285 51,7 37,1 14,6 48,3 35,1 13,2 100 72,2 27,8 82 340 76 227 158 567 8,0 33,1 7,4 22,1 15,4 55,2 275 127 403 26,3 12,4 39,2 241 73 313 23,4 7,1 30,5 35 54 89 3,4 5,3 8,7 Fonte :The Economist Intelligence Unit, Country Profile 2002 A expectativa de vida da população aumentou para 62 anos de idade, para os homens, e 63 anos, para as mulheres, no período de 1996 a 2000. A taxa de mortalidade infantil (crianças até cinco anos de idade) tem caído significativamente desde a década de 80 (de 173 a cada 1.000 crianças, para 63 a cada 1.000, 15 em 1998), entretanto, a taxa de mortalidade masculina é bem menor que a feminina. A Índia demonstra um baixo nível de urbanização se comparada com outros países em desenvolvimento da Ásia; quase 67% dos indianos vivem em vilas com menos de 5.000 habitantes. No entanto, nos últimos anos a taxa de migração das áreas rurais para as cidades tem demonstrado crescimento. Em 1991, havia 51 cidades com mais de 500.000 habitantes, em comparação com apenas 36 cidades, em 1986. A população da Índia é extremamente diversa, apresentando vários idiomas, religiões, castas e classes sociais. Existe, até mesmo, uma maior participação na política por parte dos hindus (82% da população) do que outros grupos de religiosos. Entretanto o próprio hinduísmo é uma religião estratificada, e um grande número de seguidores, principalmente os pertencentes às castas mais baixas, não têm afinidade com movimentos políticos “hindu-nacionalistas”. Outras religiões praticadas incluem o islamismo (12%), o cristianismo (2,3%), o siquismo (1,9%), o budismo (0,8%) e o jainismo (0,4%). b) Cidades Nova Delhi é a capital da Índia e sede do Governo Central e do Parlamento, do Supremo Tribunal e de todos os Ministérios do Governo Central. Mumbai, anteriormente conhecida como Bombaim, é considerada a capital financeira e comercial, enquanto Bangalore é chamada de “Vale do Silício” da Índia. Hyderabad é uma das cidades em ascensão, reconhecida como o novo centro de desenvolvimento de “software”, enquanto Pune continua sendo um dos principais centros industriais do país. População das principais cidades (milhões de habitantes) Cidades 2001 Mumbai (Bombaim) 14,6 Calcutá 13,2 Nova Délhi 12,8 Chenai (Madrasta) 6,4 Hyderabad 5,5 Bangalore 5,7 Ahmedabad 4,5 Pune 3,8 Fonte: EIU. Country Profile, 2002. O estado de Goa é um dos menores da Índia, com apenas 1,34 milhão de habitantes e 3,7 milhões de km2. Goa foi colônia portuguesa até 1961, quando tornou-se parte do seu território Damão e Diu, ganhando estatuto de estado em 1987. Atualmente 16 está integrado à Índia, apesar de ainda revelar alguns vestígios de seu passado português. As principais cidades são a capital, Panaji, Marmugão e Velha Goa. A economia de Goa é altamente dependente do turismo e da extração de minério de ferro, além da agricultura e da pesca. Possui uma das mais altas taxas de alfabetização na Índia (82% em 2001) e uma grande população cristã. Os principais idiomas falados são concani, marati, inglês e português (falado por 20% da população). c) Nível de Vida Em termos de desenvolvimento humano, a Índia está em 124º lugar entre 175 países do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas de 2002. Cerca de 26% da população vive, atualmente, abaixo da linha de pobreza, ou seja, não conseguem comprar o mínimo de produtos essenciais para a sua subsistência (incluindo alimentos). As faixas mais debilitadas da sociedade, em especial certas castas e tribos e as mulheres têm prioridade em termos de assistência e emprego, por parte do Governo Indiano. A renda per capita indiana passou de US$ 340, em 1995, para US$ 475, em 2002. População 590 milhões 250 milhões 100 milhões 40 milhões 20 milhões Ensinos primário, médio e superior – número de instituições Instituições 1999-2000 1990-1991 1980-1981 Ensino primário 641.690 560.900 494.500 Ensino médio 198.090 151.500 118.600 Ensino médio / superior 116.820 79.800 51.600 Faculdades generalistas 7.782 4.862 3.421 Faculdades profissionalizantes 2.124 886 1.317 Universidades 244 184 110 Matrículas (em milhões) Primário - Total 113,6 97,4 73,8 Mulheres 49.5% 40.4% 28.5% Médio - Total 42,0 34,0 20,7 Mulheres 16.9% 12.5% 6.8% Superior - Total 28,1 19,1 11,0 Mulheres 10.9% 6.3% 3.4% Fontes: Avaliação Estatística da Índia e Relatório Anual 2000-01, Ministério do Desenvolvimento de Recursos Humanos. Classificação da população por faixa de renda (2001) Categoria Renda anual (Rs) Baixa renda Até 22.500 Renda média-baixa 22.501 a 45.000 Renda média 45.001 a 62.000 Renda média-alta 62.001 a 96.000 Renda alta Acima de 96.000 dominantemente especializadas em artes, ciências e comércio, com 6.800 faculdades e 1.128 cursos politécnicos. Existe um grande número de indianos com bom nível educacional e efetivamente bem treinados. A Índia tem se tornado o maior centro internacional para recrutamento de profissionais altamente qualificados, principalmente na área de tecnologia da informação. Percentual 59% 25% 10% 4% 2% Fonte: Ace Global Pvt. Ltd., 2002. Os gastos totais da Índia com educação atingiram, em 1998, 3% do PIB, entretanto a taxa de alfabetização é de apenas 65% (76% entre os homens e 54% entre as mulheres). Existem, no entanto, grandes disparidades regionais devido a diferenças culturais e à distribuição de renda. A taxa de alfabetização mais elevada é a do estado de Kerala, no sul do país (perto de 100%) e a mais baixa em Bihar (47%). A educação primária é obrigatória por lei e o número total de crianças matriculadas nas escolas primárias tem crescido ao longo dos anos. Cerca de 79% das crianças entre 6 e 14 anos freqüentam a escola. A Índia tem mais de 225 universidades, pre17 A Índia gastou cerca de 3,5% do PIB com o setor de saúde, em 1998, comparado com o restante da Ásia, que atingiu 4,6% do PIB, no mesmo período. Existe um médico para cada 2.460 habitantes e se concentram nas áreas urbanas. Também há um pequeno número de profissionais de apoio, cerca de um enfermeiro para cada 2.220 habitantes. Há uma grande disparidade regional nos indicadores de saúde. Kerala apresenta uma taxa de mortalidade infantil de 17 para cada 1.000 crianças, enquanto que Uttar Pradesh tem uma taxa de 93 para cada 1.000 crianças e outras cidades como Orissa, Bihar e Madhya Pradesh possuem taxas ainda piores. A Índia tem um sistema de saúde público muito rudimentar e em geral a população precisa utilizar planos de saúde privados e comprar seus próprios medicamentos. A maioria dos indicadores relacionados a saúde e nutrição são relativamente baixos. De acordo com o Bureau Nacional de Monitoramento da Nutrição (National Nutrition Monitoring Bureau), menos de 15% da população é adequadamente nutrida. 18 3. Transportes e Comunicações c) Marítimo 3.1. Transportes Os doze maiores portos da Índia são Mumbai (a oeste), Chenai (a sudeste), Kandla (a oeste), Paradip (a leste), Tuticorin (a sul), Jawaharlal Nehru (a oeste), Nova Mangalore (a sudoeste), Marmugão (a sudoeste), Vishakapatnam (a leste), Calcutá (a leste), Cochin (a sudoeste) e Haldia (a leste). Esses portos são subordinados à Administração dos Portos da Índia (Port Trust of Índia), sob o controle do governo, enquanto 148 portos menores estão sob o controle dos seus governos estaduais e representam apenas 18% do total da carga transportada. Os principais portos movimentaram, em 2001, 76% da carga total, sendo a sua capacidade estimada em 292 milhões de toneladas. Em 2001-02, a carga total movimentada nos principais portos foi de 287 milhões de toneladas, incremento de 2,7% em relação ao ano anterior. a) Rodoviário A rede rodoviária da Índia é a terceira maior do mundo, com quase 3 milhões de quilômetros. No entanto, os investimentos nesse setor, não estão conseguindo acompanhar o aumento na demanda por mais e melhores estradas, gerada pela crescente industrialização. Entre 1951 e 1995, a circulação de cargas e de passageiros aumentou 67 e 65 vezes, respectivamente, enquanto que a rede rodoviária aumentou apenas sete vezes. Nesse mesmo período, o número de veículos registrados aumentou 92 vezes. Estima-se que a taxa de crescimento médio anual no número de veículos registrados seja de 8 a 10%, para um total de 54 milhões em 2002. As estradas estão divididas entre rodovias nacionais, estaduais e estradas municipais. Apenas 48% do total de estradas são pavimentadas. As rodovias nacionais, que suportam quase 45% da circulação rodoviária, respondem por mais de 19% do total da rede. Essa concentração de tráfego gera congestionamentos e atrasos, agravados pela condição das estradas (15% das rodovias nacionais são de faixa única, 80% de faixa dupla e apenas 5% têm quatro faixas). Movimento portuário total ( milhões de toneladas) Descrição 1996-97 1997-98 1998-99 1999-00 Petróleo e derivados 98 104 107 117 Minério de ferro 33 39 32 34 Fertilizantes 7 10 9 10 Carvão 35 39 39 37 Contêineres 20 23 27 30 Outras cargas 33 36 40 46 Total 226 251 254 274 b) Ferroviário Fonte: Associação dos Portos Indianos, 2002 A rede ferroviária indiana é a maior da Ásia e a segunda maior do mundo, com cerca de 63.000 km, e emprega 1,6 milhão de trabalhadores. O transporte de carga representa 78% de todo o movimento ferroviário, sendo o restante de transporte de passageiros. O sistema é estatal mas já existem empresas do setor privado interessadas em entrar no mercado de transporte de carga. Em 2000-01, as ferrovias transportaram 475 milhões toneladas de cargas (trens comerciais), um aumento de 3,7% em relação ao período anterior. Durante esse ano, foram transportados mais de 4,8 bilhões de passageiros. O repasse orçamental do governo tem diminuído a cada plano qüinqüenal, forçando as Ferrovias a gerar seus próprios recursos para a modernização da rede. Apesar da maior parte dos produtos indianos (95%) ser transportada por via marítima, a infra-estrutura portuária é ainda insuficiente para movimentar, com eficiência, os fluxos comerciais. A Índia possui a maior frota de marinha mercante das nações em desenvolvimento, com mais de 800 navios, e a 17ª do mundo em tonelagem, entretanto os níveis de produtividade, de mão-de-obra e de equipamentos ainda são muito baixos, devido a equipamentos ultrapassados, treinamento deficiente, baixa mecanização, perda de tempo na troca de turnos e o número elevado de mão-de-obra. Foi estabelecida linha direta de navegação entre a Índia e o Brasil (vide Anexos, Item III). 19 20 d) Aéreo Na Índia existem sete aeroportos internacionais: Delhi, Mumbai, Calcutá, Chenai, Bangalore, Hyderabad e Tiruvananthapuram (Trivandrum). Além disso, existem 85 aeroportos para vôos domésticos. Os aeroportos são administrados pela Superintendência dos Aeroportos da Índia. A transportadora nacional é a Air India, e os vôos domésticos são realizados pela estatal Indian Airlines e pelas companhias aéreas privadas Sahara Airlines e Jet Airways. Está em estudo processo e calendário de alienação e privatização da participação estatal na Air India e na Indian Airlines, bem como a reestruturação dos atuais aeroportos de Nova Delhi, Mumbai, Chenai e Calcutá, através de arrendamento a longo prazo. Existem também perspectivas de construção de novos aeroportos internacionais em Bangalore, Hyderabad e Goa, com participação privada. As alfândegas dos aeroportos de Bangalore, Nova Delhi, Calcutá, Chenai e Mumbai dispõem de instalações completas, enquanto Ahmedabad, Bhubhaneshwar, Cochin, Hyderabad, Lucknow, Trivandrum e Vishakhapatnam oferecem instalações limitadas. Apenas as principais metrópoles oferecem todo o equipamento de carga e descarga e os armazéns necessários, apesar dos principais aeroportos de médio porte disporem de alguns serviços, como empilhadeiras e armazéns. Não existe vôo de passageiros direto entre o Brasil e a Índia. As melhores rotas são via os principais aeroportos de conexão na Europa, como Londres, Paris e Frankfurt, com companhias como Varig, British Airways, Air France, Lufthansa e United Airlines. 3.2. Comunicações O setor de telecomunicações indiano é um dos que mais cresce no mundo, com taxas superiores a 20%, em função, principalmente, das reformas realizadas pelo Governo, para aumentar a concorrência e o investimento externo. A Índia dispõe de rede de satélites de telecomunicações e centrais de comutação eletrônicas que dão acesso à maioria das regiões do país. No final de março de 2000, a rede de telecomunicações da Índia situava-se entre as dez maiores redes nacionais do mundo e a terceira maior entre as economias emergentes (depois da China e da República da Coréia), com capacidade de 32,6 milhões de linhas e 26,5 mi21 lhões de conexões em operação. Existe capacidade de discagem direta para cerca de 236 países/destinos internacionais. As principais cidades dispõem de sistemas de comutação eletrônica. Há um telefone público para cada 383 habitantes que vivem nas cidades. E o sistema de telefonia celular tem sido liberalizado desde 1994. Atualmente existem 51 redes de telefonia celular, que atendem a 8 milhões de consumidores em quase 1.500 cidades, cobrindo mais de 60.000 povoados, oferecendo uma mobilidade irrestrita aos assinantes. As estatísticas mostram que as tarifas na Índia estão entre as mais baixas do mundo, a US$ 16,00 mensais pelo pacote de 300 minutos, sendo que os únicos países com um custo comparável são a China com US$ 21, Brasil com US$ 77, México com US$ 96 e Argentina com US$ 115. Está previsto que o número de usuários da Internet na Índia cresça para 37,5 milhões até final de 2005. No final de 2000 existiam 4,47 milhões de usuários, equivalente a uma taxa anual de crescimento de 53%, no período de 2000 a 2003. As principais cidades também dispõem de conexões de fax e telex internacionais, além de links dedicados a satélite para a transferência de dados. O sistema estatal de correios é o maior do mundo, com sua vasta rede de postos de correio ligando as zonas urbanas e rurais. Existem serviços de entrega para o dia seguinte na maioria das localidades nacionais e internacionais, através de empresas privadas ou serviços de entregas internacionais como a DHL, a Federal Express e a TNT. 4. Organização Política e Administrativa a) Sistema Político e Judiciário A Índia é uma República Democrática, com sistema de governo parlamentar, criada após a sua independência do domínio britânico, em 15 de agosto de 1947. A Constituição que formaliza o Estado foi concluída em 1950. O Presidente é o chefe de estado e comandante supremo das forças armadas, sendo eleito por um colégio eleitoral e pelas assembléias estaduais para um mandato de cinco anos. O poder legislativo é exercido pelo Presidente e pelas duas câmaras do parlamento: Lok Sabha ou Câmara do Povo e Rajya Sabha ou Conselho dos Estados. Os deputados da Lok Sabha são eleitos por sufrágio universal para um mandato de cinco anos, enquanto os membros da Rajya Sabha são eleitos pelas assembléias estaduais ou nomeados pelo Presidente para um mandato de seis anos. 22 O Presidente nomeia o Primeiro Ministro, líder da maioria dos deputados da Lok Sabha. É o Primeiro-Ministro quem recomenda ao Presidente os nomes dos membros do Conselho de Ministros. O Poder Executivo é exercido pelo Primeiro-Ministro e pelo Conselho de Ministros, uma vez que a Constituição determina que o Presidente deve exercer suas funções de acordo com o parecer desse órgão. A Índia é uma união formada por sete territórios administrados pelo governo central e 28 estados. Cada estado tem sua própria assembléia e, de acordo com a Constituição, é responsável por várias funções administrativas. Todos os governos estaduais são chefiados pelo Ministro-Chefe, cuja função é estabelecer políticas em áreas determinadas, como a agricultura, indústria, educação, lei e ordem. O executivo estadual é chefiado por um Governador nomeado pelo Presidente. A Índia dispõe de um sistema judiciário bem estruturado e independente. O órgão judicial máximo é o Supremo Tribunal da Índia, sediado em Nova Delhi, enquanto os tribunais superiores funcionam na capital de cada um dos estados indianos e os tribunais de primeira instância atuam no âmbito dos municípios. Além disso, também existem tribunais para-judiciais com jurisdição sobre áreas específicas, como o Tribunal de Apelações do Imposto de Renda, o Tribunal de Apelações de Alfândegas e Imposto Especial sobre o Ouro. 5. Organizações Internacionais A Índia é membro das Nações Unidas e Organização Mundial de Comércio, além de fazer parte do Movimento dos Não-Aliados e da Comunidade Britânica. Também é membro, entre outras, das seguintes organizações regionais: Banco Asiático de Desenvolvimento; da Associação de Cooperação Regional da Ásia do Sul; e Tratado de Relações Preferenciais da Ásia do Sul (SAPTA). 23 24 Produto Interno Bruto (a preços de mercado) Descrição 1998 1999 2000 2001 2002 PIB( US$ bilhões) 414,5 442,7 461,1 480,6 496,8 Crescimento real (%) 6,0 7,1 3,9 5,4 4,2 II – ECONOMIA, MOEDA E FINANÇAS 1. Conjuntura Econômica Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report December 2002. A Índia posiciona-se entre as maiores economias mundiais, entretanto, existe uma forte dualidade, de um lado um país tecnologicamente desenvolvido em áreas sofisticadas e alto nível de qualificação de mão-de-obra e de outro, grande parte da população, segunda maior do mundo, sobrevive da agricultura, setor que, em conjunto com a silvicultura e mineração, responde por cerca de ¼ do Produto Interno Bruto. O processo de liberalização e as reformas econômicas iniciadas no início da década de 80 permitiram o desenvolvimento do setor privado, incentivaram o investimento estrangeiro e enfatizaram a necessidade da atuação das forças de mercado. A economia indiana expandiu significativamente nos anos 80, a uma taxa de cerca de 5,5% ao ano, após três décadas de crescimento de 3,5% ao ano. A política de substituição de importações adotada nas décadas após a independência do país, incentivou o desenvolvimento da base industrial. No entanto a falta de competitividade contribuiu para baixa qualidade e ineficiência na produção. No âmbito do programa de liberalização indiano, muitos setores estão absorvendo participação estrangeira, o que tem contribuído para uma significativa expansão da produção de consumo de bens duráveis, inclusive automóveis, produtos eletrônicos e de informática. Entretanto, em 1990-1991, no pico da crise econômica, o Produto Interno Bruto indiano apresentou tímido crescimento da ordem de 0,4%. Nesse período a Índia foi obrigada a recorrer ao FMI para sanar o déficit no Balanço de Pagamentos. Em contrapartida o país comprometeu-se a fazer um reforma fiscal e liberalização do comércio. A abertura do comércio resultou em crescimento significativo dos setores industrial e de exportação, expandindo o PIB em 7,7% no intervalo de 1995-1996. As exportações indianas cresceram em 5,5%, no mesmo período. 25 Composição do PIB em 2000 Setor Agricultura Indústria Serviços Participação (%) 24,3 27,7 48,0 Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report December 2002. Principais indicadores sócio-econômicos Indicador 2002 População (em milhões de habitantes) 1.045,8 Renda per capita (US$) 475 Índice de preços ao consumidor (%) 4,5 Reservas internacionais, exclusive ouro (US$ bilhões) 60,8 Dívida externa (US$ bilhões) 100,8 Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report December 2002. Indicadores Econômicos Comparativos, 2001 India PIB (US$ bn) China Paquistão Bangladesh Sri Lanka 58,7 46,9 15,8 471 928 418 334 810 3,7 0,7 3,2 1,6 14,2 correntes (US$ bn) -3,0 20,1 -0,1 -0,1 -0,9 % do PIB -6,0 PIB per capita (US$) 485,2 1.180,1 Índice de Preços ao Consumidor (%) Balança de conta -0,6 1,7 -0,3 -0,2 Exportações Fob (US$ bn) 44,8 264,1 8,7 6,2 4,8 Importações Fob (US$ bn) -54,9 -232,6 -9,2 -7,9 -6,0 Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report December 2002. A taxa de inflação no mercado indiano, após atingir 13,2%, em 1998, manteve performance decrescente ao longo do período de 1998-2002, com exceção do ano de 2001, quando voltou a registrar crescimento, após apresentar sua menor taxa, 3,9%, em 2000. No ano de 2002 foi registrada taxa de inflação da ordem de 4,2%. 26 2. Principais Setores Econômicos a) Agricultura O setor agrícola – incluindo a silvicultura e a pesca – ainda constitui a base da economia, respondendo por quase um quarto do PIB e empregando cerca de 60% da força de trabalho. A maior parte da produção agrícola é de subsistência e, como a maioria dessa área não é irrigada, as monções têm um papel fundamental na produção agrícola. Nesse sentido, o governo está dando prioridade à criação de potencial de irrigação e à otimização do uso dos sistemas existentes. Quanto ao consumo de fertilizantes, a Índia não possui capacidade para produzir todos os fertilizantes consumidos e, no caso de fertilizantes potássicos, todo o volume consumido é importado. A Índia produz uma grande variedade de culturas, com o predomínio da produção de alimentos (cerca de 65% da área total). As principais culturas são o arroz, trigo, leguminosas (grãos), cana-de-açúcar, algodão, juta, oleaginosas, chá, café e tabaco. A produção de alimentos no passado recente, caracterizou-se por um crescimento da oferta e um aumento substancial de estoques reguladores do governo. O arroz é o grão mais importante da Índia, com o cultivo de cerca de 44,36 milhões de hectares, principalmente em Punjab, Assam, Bihar, Madhya Pradesh, Orissa, Uttar Pradesh, Bengala Ocidental e Andhra Pradesh. O trigo ocupa cerca de 25,07 milhões de hectares, sendo cultivado, sobretudo, em Punjab, Haryana, Uttar Pradesh, Rajasthan, Bihar e Madhya Pradesh. As leguminosas também são uma importante fonte de renda, ocupando cerca de 20,03 milhões de hectares. Vários cereais secundários, tais como cevada, milho e milho painço, são cultivados nas regiões secas, não irrigadas, da Índia, predominantemente em pequenas propriedades. As principais safras comerciais são algodão, juta, oleaginosas, cana-de-açúcar e chá. A Índia é o maior produtor mundial de chá, cujas exportações geram considerável receita em divisas. As exportações indianas representaram, em 1998, cerca de 16,4% do comércio mundial de chá. As plantações de chá concentramse nos estados do nordeste de Assam e Bengala e nas montanhas do sul da Índia. O algodão e a juta são utilizados principalmente na indústria têxtil indiana. A produção de algodão está crescendo devido 27 ao aumento da área cultivada e à melhoria na produtividade. As principais regiões produtoras são Andhra Pradesh, Maharashtra, Gujarat, Rajasthan, Haryana e Karnataka. A Índia produz quase toda a borracha consumida pela sua indústria nacional. Kerala é o principal centro produtor, responsável, junto com Tamil Nadu, por mais de 75% da produção. Produção de grãos e safras comerciais (milhões de Safra Grãos Arroz Trigo Cereal Leguminosas Outros Oleaginosas Cana-de-açúcar Algodão Juta e Kénaf Chá Café toneladas) 1995-96 1996-97 1997-98 1998-99 1999-00 2000-01 77 81,7 62,1 69,4 168,1 185,2 12,3 14,2 82,5 66,3 179,3 13 86,1 71,3 188,7 14,9 89,7 76,4 196,4 13,4 84,9 68,7 185,2 10,7 22,1 24,4 281,1 277,6 12,9 14,2 8,8 11,2 0,8 0,8 0,2 0,2 21,3 279,5 10,9 11,1 0,8 0,2 24,7 288,7 12,3 9,8 0,8 0,3 20,7 299,3 11,5 10,6 0,8 0,3 18,4 299,2 9,7 10,5 0,8 0,3 Fonte: Pesquisa Econômica da Índia, 2002 A pecuária contribui substancialmente para o aumento da segurança alimentar e diminuição da pobreza, através do aumento da renda familiar. A contribuição do setor pecuário e da pesca para o PIB foi de 6,9% (5,9% - Pecuária e 1% - Pesca) em 2000-01. Estima-se que a pecuária empregue cerca de 18 milhões de pessoas. A Índia detém quase 57% da população mundial de búfalos e 16% da população de bovinos, sendo o maior produtor mundial de leite, em 2001, a produção total foi de 81 milhões de toneladas. As receitas das exportações do setor pecuário e produtos afins também têm aumentado progressivamente. O setor da pesca tem um papel vital no desenvolvimento socio-econômico de uma grande parcela da população, que vive ao longo dos 8.129 km de costa do país. Estima-se que cerca de 6 milhões de pessoas trabalhem nesse setor. As agências de desenvolvimento do governo estão treinando pescadores na melhoria de suas práticas e fornecendo suporte técnico e financeiro à criação de camarão. Cerca de 21% da superfície do país é coberta por florestas, metade das quais é reservada à produção de madeira, para exportação, e de produtos como lenha e carvão. O Conselho India28 no de Pesquisa e Educação Florestal estima que o total de área florestal para plantio atingirá 21,8 milhões de hectares. b) Mineração A Índia é rica em minério de ferro, manganês, mica e outros minerais não-ferrosos, inclusive bauxita, calcário, magnesita, cobre, linhita, chumbo, zinco, níquel e fosfato. O Governo está abrindo o setor a investidores privados e estrangeiros, a fim de captar recursos financeiros e tecnologia para aumentar a sua produtividade. As reservas de carvão são uma das maiores do mundo, com uma produção de 310 milhões de toneladas em 2000-2001. A maior parte dos depósitos de carvão encontra-se em jazidas espessas e em profundidades rasas, até 300 metros, no entanto, a Índia tem um enorme potencial não explorado de mineração subterrânea. c) Energia A geração de energia na Índia tem crescido nos últimos anos, com produção de 554,5 kwh em 2001-2002, cerca de 70% é gerada por hidrelétricas. Entretanto esses números ainda não são suficientes para garantir o crescimento da atividade econômica na indústria e agricultura, principalmente. O setor de energia requer significativas cifras de investimentos e, nesse sentido, o governo da Índia tem estimulado investidores estrangeiros na geração e distribuição de energia. Nos últimos anos, as importações de petróleo, óleo e lubrificantes cresceram de US$ 6.398 milhões para US$ 15.650 milhões, para satisfazer as necessidades da indústria indiana. O governo desfez o monopólio estatal de importação e refino em 1992 e, desde então, tem incentivado o setor privado a participar da exploração de suas jazidas de petróleo e gás, de pequeno e médio porte, além de permitir que empresas privadas participem da distribuição, de acordo com regras específicas. Além disso, este ano foi desmantelado o Mecanismo de Preço Administrado (APM) no setor petrolífero. Em 2001-02, a produção de óleo cru aumentou 1,5% em relação a 1999-2000. Em 1999-2000, a capacidade de refino do país aumentou, de 69 milhões de toneladas por ano (MMTPA) para 112 MMTPA. Essa capacidade em 01/01/01 era de 115 MMTPA. 29 Em 2001-02, todas as refinarias públicas estavam trabalhando em até 94% de sua capacidade de refino em MMTPA. O setor petrolífero empregava, em 01/04/1998, 138.009 pessoas. Os oleodutos e gasodutos indianos estendiam-se por um total de 16.361 km em 01/04/2000. d) Indústria Em 2000-01, a produção industrial, medida pelo Índice de Produção Industrial, registrou uma taxa de crescimento de 5%, mais baixa que os 6,7% de 1999-2000. O crescimento industrial global entre abril e dezembro de 2001-02, de 2,3%, é substancialmente mais baixo que os 5,8% alcançados no mesmo período do ano anterior. Desde 1991, a indústria indiana passou por grandes reestruturações, inclusive por uma ampla redução das licenças industriais, simplificação das regras de atuação e dos regulamentos, redução das áreas reservadas exclusivamente ao setor público, alienação de empresas públicas selecionadas, elevação ou eliminação dos limites de participação de capital estrangeiro em indústrias nacionais, liberalização das políticas comercial e cambial e racionalização e redução de taxas aduaneiras, impostos sobre produtos industrializados e do imposto de renda de pessoa jurídica. A indústria de transformação representa 77,1% da produção industrial. O setor têxtil é uma das principais indústrias, sendo que a produção de fibras e fios aumentou de 207 milhões kg em 1981-82 para 1.824 milhões kg em 2000-01. A demanda por tecidos está projetada em 55 bilhões de metros em 2006-07, com um taxa de crescimento de mercado de cerca de 6% no período entre 2002 e 07. A produção de aço acabado em 2000-01 foi de 29,27 milhões de toneladas, com crescimento de 7,7%. Entretanto, em 200102, foi registrada queda para 21,98 milhões de toneladas. Esse cenário deveu-se, sobretudo, ao desaquecimento da demanda de aço nos setores de consumo devido a recessão da economia, à alegação de dumping do produto pela Comunidade de Estados Independentes e outros países, à concorrência de importações baratas, à taxa reduzida sobre o aço importado para projetos de infra-estrutura e à imposição de direitos antidumping/compensatórios (CVD) contra as exportações indianas de aço, requerida pela União Européia, os EUA e o Canadá. O setor de Eletrônicos e Tecnologia da Informação (TI) cresce rapidamente na Índia. A indústria de “software” ultrapassou a produção de eletrônicos. As vendas de computadores pessoais mantiveram o ritmo de crescimento, atingindo o valor estimado de 1,6 milhão no ano 2000. 30 A Índia é reconhecida globalmente como importante parceiro no mercado de “software”, setor que mostrou ser um dos de mais rápido crescimento na economia, com receitas de US$ 8,3 bilhões em 2000-01. Atualmente mais de 260 empresas da lista Fortune 1000, ou seja, um em cada quatro gigantes globais, compra “software” indiano. O setor passou de fornecedor de mão-deobra para o desenvolvimento, integração e consultoria de TI. Entre os segmentos emergentes no setor de “software” e serviço de TI encontram-se o desenvolvimento externo de “software”, os serviços via TI e as tecnologias baseadas em WAP. A produção de automóveis deve se tornar um importante agente do crescimento industrial à medida que as montadoras estrangeiras instaladas na Índia se esforçam para satisfazer a demanda interna. Este setor deve atingir uma taxa de crescimento de mercado de 20% no período entre 2001-07. A Índia também espera tornar-se um importante fornecedor de peças para fábricas no exterior. Montadoras estrangeiras como a Hyundai e a Suzuki estudam o mercado indiano para satisfazer as demandas interna e de exportação. e) Serviços O setor de serviços tem crescido nos últimos anos, participando, em 2000, com 48% no total do PIB. O turismo na Índia tem grande potencial de crescimento, visto que o país tem muitas atrações e possui uma rica herança cultural. Em 2001, a Índia estava no 15º lugar entre os principais países com participações altas do setor de turismo no PIB, 2,5%. Em 2000, o país foi visitado por 2,64 milhões de turistas, contra 2,48 milhões no ano anterior, enquanto que em 2001, o número foi de 2,54 milhões. 3. Moeda a) Moeda A unidade de moeda é a rúpia, que é dividida em 100 centavos. É prática comum referir-se a grandes quantias de dinheiro em “lakh”, um “lakh” equivale a 100.000 rúpias, e “crore”, um “crore” equivale a 10 milhões de rúpias. A taxa oficial foi extinta e toda moeda estrangeira é convertida agora à taxa de mercado. Em agosto de 1994, a rúpia tornou-se conversível na conta corrente e atualmente é parcialmente conversível na conta de capital. As cotações médias anuais da rúpia em relação do dólar norte-americano, no período de 1998-2002, foram as seguintes: 31 Rs$ / US$ 1998 41,26 1999 43,06 2000 44,94 2001(1) 47,19 2002(1) 48,61 Fonte: EIU. The Economist Intelligence Unit, Country Report December 2002. (1) Estimativa EIU. b) Balanço de Pagamentos O ingresso líquido de capital (excluindo o FMI) no Balanço de Pagamentos totalizou US$ 9,02 bilhões em 2000-01, inferior ao fluxo de US$ 10,44 bilhões, do ano anterior. Essa redução deveu-se, sobretudo, à confluência de amortizações de financiamentos e à significativa saída líquida de capital bancário. A entrada de novos recursos na carteira de investimentos do país, através de investidores institucionais estrangeiros, em 2000-01, foi de US$ 1,85 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 2,14 bilhões registrados em 1999-2000. Os depósitos líquidos de não residentes em 2000-01 cresceram 50%, atingindo US$2,32 bilhões. Os gastos brutos com auxílio externo, no valor de US$ 2,94 bilhões, acompanharam a evolução dos últimos anos. Os financiamentos em condições de mercado (exceto FMI) totalizaram US$ 3,81 bilhões em 2000-01, muito acima dos empréstimos normais, de US$ 3.19 bilhões, no ano anterior. Durante o exercício de 2001-02, os ativos em moeda estrangeira depositados no RBI (Banco Central da Índia) cresceram cerca de US$ 7,01 bilhões, de US$ 39,55 bilhões, no final de março de 2001, para US$ 46,56 bilhões, no final de janeiro de 2002. BALANÇO DE PAGAMENTOS (US$ milhões) A. Balança comercial (líquido - fob) Exportações Importações B. Serviços (líquido) Receita Despesa C. Renda (líquido) Receita Despesa D. Transferências unilaterais (líquido) E. Transações correntes (A+B+C+D) F. Conta de capitais (líquido) G. Conta financeira (líquido) Investimentos diretos (líquido) Portfolio (líquido) Outros H. Erros e Omissões I. Saldo (E+F+G+H) Fonte: FMI. International Financial Statistics, March 2003. (1) Janeiro-Junho. 32 1999 2000 -8.679 -12.193 36.877 43.132 45.556 55.325 -2.762 -1.582 14.509 18.331 17.271 19.913 -3.710 -3.876 1.919 2.280 5.629 6.156 11.923 13.453 -3.228 -4.198 0 0 9.580 9.615 2.090 1.980 2.317 1.619 5.173 6.016 313 670 6.665 6.087 2001(1) -3.478 22.708 26.186 -1.374 10.736 12.110 -1.579 1.300 2.879 6.871 440 0 4.485 927 1.739 1.819 -348 4.577 A relação Dívida Externa/PIB tem diminuído continuamente nos últimos anos (de 38,7% no final de março de 1992 para 21% no final de setembro de 2001). O nível absoluto da dívida externa registrou um aumento marginal de US$ 99,61 bilhões, no final de março, para US$ 100,38 bilhões, no final de setembro de 2001. Nota-se que, pela primeira vez, o Banco Mundial classificou a Índia com ‘País Menos Endividado’. 4. Sistema Bancário A Índia dispõe de um sistema financeiro sólido, com uma rede de bancos comerciais, sujeitos a disposições especiais da Lei dos Bancos – como os bancos estatais, bancos privados tradicionais, novos bancos privados e bancos estrangeiros e instituições financeiras. O Banco Central da Índia supervisiona todas as operações bancárias do país. Em 2001 havia 99 Bancos Comerciais Estatutários, além de 2.241 Bancos Cooperativos, 196 Bancos Rurais Regionais e 5 Bancos Locais. Todos os principais bancos internacionais operam na Índia. Em 2001, havia 41 bancos estrangeiros, de 21 países, operando através de 194 agências. Operam atualmente no país os seguintes bancos internacionais, entre outros: Citibank, Hongkong & Shanghai Bank, Bank of Tokyo-Mitsubishi, Bank of America, Banque Nationale de Paris, Bank of Nova Scotia, Standard Chartered Grindlays, Bank of China, Deutsche Bank e ABN Amro. O Banco Estatal da Índia é uma subsidiária do Banco Central da Índia e o maior banco comercial do país. Os bancos comerciais realizam todos os tipos de operações comerciais– depósitos, empréstimos pessoais, transferências (nacionais e internacionais), emissão de cartões de crédito e débito, “e-banking”, “telebanking”. Além disso, dispõem de uma extensa rede de caixa automáticos espalhados pelo país. Os bancos comerciais são a principal fonte de financiamento de curto prazo para capital de giro, empréstimos para clientes corporativos, serviços de gestão de caixa, além de outros serviços, tais como assessoria de mercado, consultoria de investimentos, serviços bancários pessoais, “leasing” e capital de risco, financiamento de importações, etc. Os bancos também podem criar, com a aprovação prévia do RBI, subsidiárias para prestar serviços de investimentos, atividades 33 não monetárias, tais como, administração de carteiras, emissões de títulos, formação de consórcios de financiamento/leasing, intermediação de acordos e empréstimos no exterior, assessoria de fusões e aquisições, reestruturações corporativas, etc. Existem várias DFI’s (Instituição Financeira de Desenvolvimento) na Índia, tanto no âmbito estadual como federal. Elas desempenham um papel crucial na oferta de crédito de longo prazo para projetos industriais. As DFI’s fornecem o capital e os financiamentos necessários, em moeda nacional e estrangeira. Entre as DFI’s mais importantes estão a Corporação Indiana de Crédito e Investimento Industrial (ICICI), o Banco Indiano de Investimento Industrial (IIBI), o Banco Indiano de Desenvolvimento Industrial (IDBI), o Baco Indiano de Exportação e Importação (EXIM Bank), o Banco Nacional de Desenvolvimento Agrícola e Rural (NABARD) e as Corporações Financeiras Estaduais. Existe um grande número de empresas privadas, chamadas de empresas financeiras não bancárias (NBFC’s), cuja atuação principal envolve atividades como “leasing” de equipamentos, crédito a prestações, desconto de títulos, empréstimos/investimentos, financiamento de imóveis, “factoring”, créditos, participação acionária, empréstimos intercalares, finanças corporativas. Em março de 2001, existiam 1.005 NBFCs. Entre 1969 e 1980, os grandes bancos indianos foram nacionalizados e todos os bancos (estatais, privados e estrangeiros) ficaram sob a supervisão rigorosa do governo, sujeitos a compulsórios elevados, diretrizes de crédito rigorosas e à prática de juros fixos. Em 1992, o Governo reduziu o controle e concedeu licenças a bancos privados nacionais e estrangeiros. As reformas de 1995-96 incluíram a liberalização das taxas de juros, a redução dos compulsórios e a permissão para que os bancos passassem a fixar seus próprios limites de posição cambial. Em 2002, houve uma redução da carga tributária para auxiliar bancos e instituições financeiras a fazerem provisões para créditos de liquidação duvidosa. Foi criada uma nova lei para o setor bancário, de forma a reforçar os direitos do credor, através de execuções e da securitização realizada por bancos e instituições financeiras. Apesar das reformas, os bancos continuam sob o controle da política do Governo em termos do cumprimento de metas prioritárias em vários setores, tais como a pequena indústria e o setor agrícola. 34 5. Mercado de Capitais Das 23 bolsas de valores reconhecidas pelo Ministério das Finanças, as cinco maiores estão em Mumbai (Bombaim), Nova Delhi, Calcutá, Ahmedabad e Chennai, respondendo por mais de 90% das ações negociadas e da capitalização de mercado. Em julho de 1999-2000, a capitalização de mercado foi de Rs 6,83 trilhões para uma receita nacional de Rs 20,67 trilhões. O número total de investidores institucionais estrangeiros registrados na Índia, em janeiro de 2002, era de 486, equivalente a um investimento líquido de Rs. 6,99 bilhões (contra Rs. 132,92 bilhões no ano de 2001). A Bolsa de Valores de Bombaim (BSE), criada em 1875, é a mais antiga da Ásia, mantendo posição dominante em relação ao número de empresas negociadas, capitalização de mercado e negócios realizados. Em 31 de março de 2002, a capitalização de mercado total das 5.711 empresas negociadas na BSE foi de Rs. 6,12 trilhões ou US$ 127 bilhões. O volume médio diário negociado na BSE em 2001-02 foi de Rs. 12,44 bilhões ou US$ 258 milhões (contra Rs. 39,84 bilhões em 2000-01). O “Mercado de Balcão” da Índia, uma bolsa de valores nacional automatizada, que iniciou suas operações em 1992, serve para negociação de pequenas e médias empresas. A Bolsa de Valores Nacional Eletrônica da Índia está contribuindo para a integração do mercado nacional e deverá aumentar a transparência da negociação das ações através do registro completo das operações. A Comissão de Valores Mobiliários da Índia regula as bolsas e controla a emissão pública de títulos. Seu papel é estabelecer uma estrutura reguladora justa, clara, completa e forte para o funcionamento eficiente do mercado de capitais. 35 36 1999 38.410 47.712 -9.302 86.122 2000 44.304 52.794 -8.490 97.098 2001 2002 44.434 49.479 51.884 61.969 -7.450 -12.490 96.318 111.448 Fonte FMI. Direction of the Trade Statistics – Yearbook 2002 e Quarterly June 2003. 37 22,9% 5,2% 5,1% 4,6% 4,3% 3,8% 3,5% 3,1% 2,7% 2,2% 2,2% 2,1% 2,0% 1,8% 1,7% 1,6% 1,4% 1,4% 1,2% 1,2% 1,1% 1,0% 1,0% 0,8% 77,8% 22,2% 100,0% 11.318 2.554 2.543 2.287 2.132 1.888 1.716 1.521 1.357 1.091 1.091 1.053 965 866 820 807 705 688 594 589 523 510 484 387 38.489 10.990 49.479 21,1% 5,6% 3,6% 4,7% 4,6% 4,5% 3,5% 3,1% 3,1% 2,4% 2,3% 2,3% 2,4% 1,8% 1,7% 1,8% 1,4% 1,6% 1,2% 1,2% 1,1% 0,9% 1,2% 1,0% 77,9% 22,1% 100,0% 9.355 2.467 1.578 2.088 2.037 2.011 1.545 1.379 1.357 1.047 1.005 1.017 1.087 811 745 820 612 702 547 543 492 409 515 434 34.603 9.831 44.434 2002. 22,6% 5,3% 3,6% 5,7% 4,6% 5,4% 2,8% 3,3% 3,1% 2,4% 2,0% 2,2% 1,9% 1,8% 1,9% 1,7% 1,3% 1,5% 1,2% 0,8% 1,1% 1,0% 1,1% 0,9% 79,1% 20,9% 100,0% 10.031 2.358 1.585 2.509 2.033 2.397 1.230 1.463 1.363 1.063 895 978 859 780 843 760 564 659 546 344 505 426 477 393 35.061 9.243 44.304 % no total 2001 2000 % no total 38 DIREÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR (US$ milhões - fob) 1998 36.412 44.403 -7.991 80.815 2.1. Principais Mercados de Destino das Exportações da Índia COMÉRCIO EXTERIOR (US$ milhões) Exportações (fob) Importações (cif) Balança Comercial Intercâmbio Comercial 2. Direção do Comércio Exterior As exportações indianas no último qüinqüênio permaneceram estáveis, com um crescimento médio de 7,97%. O mesmo ocorreu com as importações, que em 1998 registrou um total de US$ 44.403 milhões e em 2002 cresceu em média 8,69%, totalizando US$ 61.969 milhões. A grande maioria da pauta de exportação da Índia (80%) são produtos manufaturados. “Software”, eletrônicos e máquinas constituem os setores exportadores de maior crescimento, ao passo que as exportações tradicionais incluem fios de algodão, têxteis, vestuário, pedras preciosas, produtos de couro e produtos agrícolas. A Índia necessita importar grande volume de bens intermediários, equipamentos e máquinas para aprimoramento de seu parque industrial. No último qüinqüênio as importações excederam as exportações, gerando um persistente déficit comercial, que atingiu seu nível máximo em 2002 com US$12.490 milhões, a despeito do crescimento observado nas exportações. Em março de 2002, foi lançado um Programa de Incremento do Comércio Exterior da Índia para os próximos 5 anos (20022007). Esse programa busca consolidar novas políticas de comércio e alcançar novos mercados (não tradicionais), a fim de aumentar a participação do país no comércio mundial de 0,7% para 1% até 2007. O programa inclui medidas como: uma maior liberalização do comércio, simplificação dos procedimentos de importação e exportação, redução dos custos de transações para importadores e exportadores e principalmente apoio a setores mais competitivos, tais como: agricultura, couro, têxteis, jóias e “software”. Um outro programa de incentivo ao comércio foi lançado, pelo Governo, em 2001, - “Focus LAC” - com o objetivo de acelerar as trocas comerciais da Índia com os países da América Latina. As exportações da Índia para esses países durante o período 2001-2002 cresceram cerca de 40% depois da implantação desse programa. 2002 1. Evolução recente EXPORTAÇÕES Estados Unidos Reino Unido Emirados Árabes Unidos Hong Kong Alemanha Japão China Bélgica-Luxemburgo Itália França República da Coréia Cingapura Bangladesh Países Baixos Canadá Arábia Saudita Tailândia Malásia Sri Lanka Brasil Rússia Austrália Indonésia Nepal SUBTOTAL DEMAIS PAÍSES TOTAL GERAL Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics - Yearbook 2002 e Quarterly June 2003. Países listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em % no total III – COMÉRCIO EXTERIOR 39 40 4.018 3.554 3.158 3.421 2.110 1.717 2.737 2.117 1.459 1.427 1.160 2.321 2.216 1.051 1.266 1.020 1.372 2.977 979 324 40.404 12.390 52.794 2000 7,6% 6,7% 6,0% 6,5% 4,0% 3,3% 5,2% 4,0% 2,8% 2,7% 2,2% 4,4% 4,2% 2,0% 2,4% 1,9% 2,6% 5,6% 1,9% 0,6% 76,5% 23,5% 100,0% % no total Fonte: ITC/UNCTAD/Comtrade. Divergências nas estatísticas são explicadas pelo uso de diferentes fontes. EXPORTAÇÕES (em milhões,fob) Pérolas, pedras preciosas, semi-preciosas Vestuário e seus acessórios, exceto de malha Produtos químicos orgânicos Vestuário e seus acessórios, de malha Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos Algodão Combustíveis, óleos e ceras minerais Outros artefatos têxteis confeccionados Máquinas, aparelhos e material elétricos Peixes e crustáceos, moluscos Obras de couro, artigos de correeiro ou de seleiro Minérios, escórias e cinzas Tapetes e outros revestimentos de matérias têxteis Obras de ferro fundido, ferro ou aço Calçados, polainas e artefatos semelhantes Ferro fundido, ferro e aço Café, chá, mate e especiarias Cereais Subtotal Demais Produtos Total Geral COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR 3.1. Principais Produtos Exportados 3. Composição do Comércio Exterior Fonte: FMI. Direction of Trade Statistics - Yearbook 2002 e Quarterly June 2003. Países listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002. IMPORTAÇÕES Estados Unidos Bélgica-Luxemburgo Cingapura Reino Unido Alemanha China Japão Malásia República da Coréia Hong Kong Austrália Arábia Saudita Emirados Árabes Unidos França Indonésia Itália Nigéria Kuaite Irã Brasil SUBTOTAL DEMAIS PAÍSES TOTAL GERAL DIREÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR (US$ milhões - cif) 2.2. Principais Mercados Fornecedores da Índia 4.141 2.978 3.018 2.824 2.272 2.086 2.134 1.735 1.549 1.322 1.367 2.505 2.391 1.077 1.261 1.017 1.480 3.213 1.056 314 39.740 12.144 51.884 2001 6.655 3.078 2.231 1.898 1.695 1.648 1.534 1.297 1.291 1.241 1.132 1.127 805 797 776 713 690 644 29.252 11.714 40.966 Valor 8,0% 5,7% 5,8% 5,4% 4,4% 4,0% 4,1% 3,3% 3,0% 2,5% 2,6% 4,8% 4,6% 2,1% 2,4% 2,0% 2,9% 6,2% 2,0% 0,6% 76,6% 23,4% 100,0% % no total 2001 4.508 4.237 2.914 2.913 2.406 2.316 2.055 1.784 1.681 1.601 1.489 1.400 1.236 1.173 1.080 1.079 894 647 541 340 36.294 25.675 61.969 2002 16,2% 7,5% 5,4% 4,6% 4,1% 4,0% 3,7% 3,2% 3,2% 3,0% 2,8% 2,8% 2,0% 1,9% 1,9% 1,7% 1,7% 1,6% 71,4% 28,6% 100,0% Part. % 7,3% 6,8% 4,7% 4,7% 3,9% 3,7% 3,3% 2,9% 2,7% 2,6% 2,4% 2,3% 2,0% 1,9% 1,7% 1,7% 1,4% 1,0% 0,9% 0,5% 58,6% 41,4% 100,0% % no total 41 Fonte: ITC/UNCTAD/Comtrade. Divergências nas estatísticas são explicadas pelo uso de diferentes fontes. IMPORTAÇÕES (em milhões, cif) Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos Pérolas, pedras preciosas, semi-preciosas Máquinas, aparelhos e material elétricos Combustíveis, óleos e ceras minerais Produtos químicos orgânicos Gorduras e óleos vegetais ou animais Instrumentos e aparelhos de ótica, fotografia Ferro fundido, ferro e aço Plásticos e suas obras Aeronaves e outras embarcações aéreas ou espaciais Veículos automóveis, tratores, ciclos Produtos químicos inorgânicos Algodão Adubos ou fertilizantes Minérios, escórias e cinzas Papel e cartão, obras de pasta celulósica Produtos diversos das indústrias químicas Obras de ferro fundido, ferro ou aço Subtotal Demais Produtos Total Geral COMPOSIÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR 3.2. Principais Produtos Importados 5.095 4.141 3.508 2.757 1.684 1.419 1.185 772 693 589 586 575 536 488 480 395 391 343 25.637 6.234 31.871 Valor 2001 12,4% 10,1% 8,6% 6,7% 4,1% 3,5% 2,9% 1,9% 1,7% 1,4% 1,4% 1,4% 1,3% 1,2% 1,2% 1,0% 1,0% 0,8% 62,6% 37,4% 100,0% Part. % IV – RELAÇÕES ECONÔMICO-COMERCIAIS BRASIL-ÍNDIA INTECÂMBIO COMERCIAL BRASIL-ÍNDIA(1) 2002 (US$ mil,fob) (jan/Ago) Exportações 333.532 Variação em relação ao mesmo período do ano anterior 1. Intercâmbio Comercial Bilateral O comércio bilateral entre a Índia e o Brasil tem aumentado consistentemente, como mostra a tabela abaixo. INTECÂMBIO COMERCIAL BRASIL-ÍNDIA(1) (US$ mil/Fob) Exportações (fob) Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total das exportações brasileiras para a Ásia(3) Part. (%) no total das exportações brasileiras Importações (fob) Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total do importações Brasil-Ásia(3) Part. (%) no total do intercâmbio brasileiro Intercâmbio comercial Variação em relação ao ano anterior Part. (%) no total das exportações brasileiras para a Ásia(3) Part. (%) no total das exportações brasileiras Balança comercial 39,6% Part. (%) no total das exportações brasileiras para a Ásia(2) 6,7% 6,2% Part. (%) no total das exportações brasileiras 0,9% 1,0% 398.090 328.927 Importações Variação em relação ao mesmo período do ano anterior Part. (%) no total das importações brasileiras para a Ásia(2) Intercâmbio Comercial Variação em relação ao mesmo período do ano anterior 1998 1999 2000 2001 2002 (2) 144.886 313.904 217.405 285.278 653.598 -12,9% 116,7% -30,7% 31,2% 129,1% 2,6% 5,5% 3,4% 4,1% 7,4% 0,3% 0,7% 0,4% 0,5% 1,1% 211.669 170.038 271.316 542.805 573.223 -2,1% -19,7% 59,6% 100,1% 5,6% 2,7% 2,6% 3,2% 6,1% 1,0% 7,2% 0,4% 0,3% 0,5% 1,2% 356.555 483.942 488.721 -6,8% 35,7% 1,0% 69,4% 48,2% 2,6% 4,0% 3,3% 5,2% 7,3% 828.083 1.226.821 0,3% 0,5% 0,4% 0,7% 1,1% -66.783 143.866 -53.911 -257.527 80.375 Fonte: MDIC/SECEX/Sistema ALICE (1) As discrepâncias observadas nos dados estatísticos das exportações brasileiras e das importações do país e vice-versa podem ser explicadas pelo uso de fontes distintas e também por diferentes metodologias de apuração. (2) Dados preliminares. (3) Exclusive Oriente Médio. 465.673 82,6% 9,3% 13,8% 28,6% -17,4% Part. (%) no total das importações brasileiras Comércio Brasil-Índia (em US$ mil/Fob) 2003 (jan-Ago) 1,3% 1,1% 731.622 794.600 48,6% 8,6% Part. (%) no total das intercâmbio Brasil-Ásia(2) 7,1% 6,1% Part. (%) no total das intercâmbio Brasil-Ásia 1,1% 1,0% -64.558 136.746 Balança Comercial Fonte: MDIC/SECEX/Sistema ALICE (1) Dados preliminares. (2) Exclusive Oriente Médio. Entre as áreas abertas ao estabelecimento de eventuais “joint ventures”/parcerias indo-brasileiras temos a tecnologia da informação, a agricultura e os setores químico, farmacêutico e de engenharia. A tabela abaixo apresenta dados comparativos de alguns indicadores-chave do Brasil e da Índia, oferecendo uma comparação útil entre as duas economias. Brasil-Índia: Indicadores Econômicos Comparativos Descrição Brasil PNB (atual), US$ bilhões, 2001 Renda bruta per capita, método Atlas (atual US$), 2001 PNB per capita, US$, Paridade de Poder Aquisitivo, 2000 Crescimento do PNB (anual %), Moeda Taxa de câmbio/US$1 Variação anual média do IPC, 1999-2000 Exportações (US$ bilhões) Importações (US$ bilhões) Dívida Externa (US$ bilhões) Serviço da Dívida Total (% do PNB), 2000 Serviço da Dívida Total (% das exportações), 2000 Reservas Cambiais (US$ bilhões) Investimentos Diretos Estrangeiros (US$ bi) Índia 502,5 477,6 3.060,0 460,0 7.625 2.358 1,51% (2001) 5,4% (2001-02) Real (R$) Rúpia (Rs) R$ 2,32 (31/12/2001) Rs 48,20 7,0% 4,0% 58,22 (2001) 43,99 (2001-02) 55,58 (2001) 50,65 (2001-02) 223,8 (2001) 100,35(2000-01) 10,5 2,2 90,7 12,8 38,15 65,0 22,64 (2001) 2,34 (2000-01) Fonte: Banco Mundial, Pesquisa de Desenvolvimento Humano da ONU 2002, Pesquisa Econômica 2002. 43 44 Fonte: MDIC/SECEX/Sistema ALICE. As principais exportações brasileiras para a Índia em 2002 foram óleos brutos de petróleo, representando 51% da pauta, seguidos por gorduras, óleos e ceras animais ou vegetais, veículos automóveis, tratores e ciclos, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, produtos químicos orgânicos, máquinas, aparelhos e material elétricos, açúcares e produtos de confeitaria, algodão, minérios, escórias e cinzas, entre outros. Óleo diesel representou 47% da pauta de importações originárias da Índia no ano de 2002, seguido por produtos químicos orgânicos, produtos farmacêuticos, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, filamentos sintéticos ou artificiais, máquinas, aparelhos e material elétricos, extratos tanantes ou tintoriais, plásticos e suas obras, entre outros. 45 46 1.263 0 73.928 59.525 2.439 24.410 3.587 0 18.682 18.850 3.600 10.494 2.930 6.458 4.386 1.642 1.642 0 13.803 0 13.653 8.907 9.034 3.988 4.116 181.279 36.126 217.405 0,6% 0,0% 34,0% 27,4% 1,1% 11,2% 1,6% 0,0% 8,6% 8,7% 1,7% 4,8% 1,3% 3,0% 2,0% 0,8% 0,8% 0,0% 6,3% 0,0% 6,3% 4,1% 4,2% 1,8% 1,9% 83,4% 16,6% 100,0% Exportações Brasileiras por País / Região (US$ milhões) 49 0 124.120 117.153 1.673 23.302 10.421 4.990 3.632 16.561 3.408 15.568 6.921 13.815 37 36.131 23.503 12.534 8.621 0 8.504 6.713 6.862 1.733 3.603 257.115 28.163 285.278 2001 0,0% 0,0% 43,5% 41,1% 0,6% 8,2% 3,7% 1,7% 1,3% 5,8% 1,2% 5,5% 2,4% 4,8% 0,0% 12,7% 8,2% 4,4% 3,0% 0,0% 3,0% 2,4% 2,4% 0,6% 1,3% 90,1% 9,9% 100,0% % no total 333.499 333.434 162.011 157.306 2.439 22.955 9.540 9.159 602 20.841 3.081 16.112 6.549 12.038 11.403 10.614 7.483 3.127 6.373 6.373 0 6.334 6.172 5.806 5.041 619.199 34.399 653.598 2 0 0 2(1) A Índia está entre os seis mercados prioritários das exportações brasileiras. Apesar das exportações para a Índia terem crescido de US$ 285.278 mil em 2001, para US$ 653.598 mil em 2002 (129%), elas representam apenas 1,1% do total das exportações brasileiras (contra 0,5% no ano 2001). As exportações brasileiras, anteriormente concentradas em produtos primários, incluem cada vez mais produtos manufaturados. Exemplo disso é a recente venda de dez jatos regionais à indiana Jet Airways pela Embraer. EXPORTAÇÕES: (por principais produtos e grupos de produtos) Combustíveis, óleos e ceras minerais Óleos brutos de petróleo Gorduras, óleos e ceras, animais ou vegetais Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado Óleo de algodão, refinado Veículos automóveis, tratores, ciclos Autopeças Automóveis com motor de explosão entre 1000 e 1500 cilindradas Automóveis com motor de explosão entre 1500 e 3000 cilindradas Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos Outros niveladores Produtos químicos orgânicos Acrilonitrila Máquinas, aparelhos e material elétricos Açúcares e produtos de confeitaria Algodão Outros tipos de algodão não cardado Algodão simplesmente debulhado, não cardado Minérios, escórias e cinzas Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados Sal; enxofre; terras, pedras; gesso, cal, cimento Ferro fundido, ferro e aço Borracha e suas obras Peles, exceto peleteria (peles com pelos) e couro Subtotal Demais Produtos TOTAL GERAL Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE. Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002. (1) Dados preliminares. % no total 51,0% 51,0% 24,8% 24,1% 0,4% 3,5% 1,5% 1,4% 0,1% 3,2% 0,5% 2,5% 1,0% 1,8% 1,7% 1,6% 1,1% 0,5% 1,0% 1,0% 0,0% 1,0% 0,9% 0,9% 0,8% 94,7% 5,3% 100,0% % no total a) Exportações brasileiras COMPOSIÇÃO DO INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL - ÍNDIA (US$ mil - fob) 2000 Exportações Brasileiras Exportações brasileiras por por País Bloco Econômico País 2002 Bloco Econômico 2002 Estados Unidos 15.354,0 Estados Unidos (inclusive Porto Rico) 15.534,8 Países Baixos 3.182,3 União Européia 15.113,4 Alemanha 2.536,7 Ásia (exceto Oriente Médio) 8.791,1 China 2.520,5 Associação Latino Americana de Integração – ALADI (exclusive Mercosul) 6.555,4 México 2.342,3 MERCOSUL 3.310,8 Argentina 2.341,9 África (exclusive Oriente Médio) 2.362,3 2.314,8 Japão 2.098,0 Oriente Médio 1.754,9 Bélgica 1.888,2 Europa Oriental 781,6 Itália 1.816,5 Canadá Reino Unido 1.768,9 Outros 3.842,7 Exportações Brasileiras para a Índia (US$ milhões) 2. Composição do Intercâmbio Comercial Bilateral 48,0% 47,1% 19,9% 2,2% 8,8% 2,3% 3,1% 2,5% 2,4% 2,2% 1,3% 1,2% 1,2% 1,1% 0,7% 92,6% 7,4% 100,0% 17,2% 16,1% 37,9% 9,8% 5,1% 2,7% 3,0% 1,7% 3,6% 2,7% 3,6% 2,9% 2,2% 0,6% 2,5% 83,1% 16,9% 100,0% 257.283 245.145 131.371 33.200 34.357 9.458 12.777 3.725 16.987 7.874 7.374 8.625 5.928 1.988 6.135 494.424 48.381 542.805 47,4% 45,2% 24,2% 6,1% 6,3% 1,7% 2,4% 0,7% 3,1% 1,5% 1,4% 1,6% 1,1% 0,4% 1,1% 91,1% 8,9% 100,0% 275.313 269.927 114.276 12.411 50.500 12.998 17.792 14.399 13.767 12.456 7.730 7.154 6.834 6.514 4.229 530.964 42.259 573.223 No ano de 2002, a participação da Índia no total das importações brasileiras foi de cerca de 1,2% contra 0.49% em 2000, um aumento de mais de 100% em apenas 2 anos. As principais importações brasileiras da Índia incluem óleo diesel (47%), produtos farmacêuticos, produtos químicos orgânicos, produtos de plástico e borracha, produtos de engenharia (peças de motor/máquinas/bombas), produtos eletro-eletrônicos, material de curtição e tinturaria, óleos essenciais, lacas e gomas, ferro e aço, têxteis (malhas e acessórios, algodão, fibras artificiais), chá, especiarias, óleo e gorduras vegetais (óleo de rícino), películas de poliéster, materiais de papelaria, objetos de vidro, pele em bruto, produtos agrícolas, químicos agrícolas, cosméticos, máquinas de impressão, embalagens, plástico e borracha, produtos de metal, peças de automóvel, fibra ótica, artesanatos, produtos de couro, sacos de juta. Entre as exportações indianas potenciais para o Brasil encontramos o arroz não basmati, triciclos, velocípedes e lambretas, algodão em bruto, componentes e peças eletrônicas, equipamentos para projetos de infra-estrutura. Fonte: MDIC/SECEX/ Sistema ALICE. Grupos de produtos listados em ordem decrescente, tendo como base os valores apresentados em 2002. (1) Dados preliminares. 46.583 43.778 102.927 26.616 13.942 7.399 8.235 4.691 9.816 7.458 9.703 7.757 5.898 1.538 6.781 225.329 45.987 271.316 IMPORTAÇÕES: (por principais produtos e grupos de produtos) Combustíveis, óleos e ceras minerais Óleo diesel Produtos químicos orgânicos Outras amidas cíclicas, seus derivados e sais Produtos farmacêuticos Outras vacinas para medicina humana Caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos Filamentos sintéticos ou artificiais Máquinas, aparelhos e material elétricos Extratos tanantes e tintoriais, taninos e derivados Plásticos e suas obras Veículos automóveis, tratores,ciclos Borracha e suas obras Obras de ferro fundido, ferro ou aço Vestuário e seus acessórios, exceto de malha Subtotal Demais Produtos TOTAL GERAL % no total 2 0 0 2(1) % no total 2001 % no total 2000 COMPOSIÇÃO DO INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL - ÍNDIA (US$ mil - fob) Importações Brasileiras Originárias da Índia (US$ milhões) b) Importações Brasileiras 3. Financiamento às Exportações As altas taxas de juros e a relutância dos importadores em aceitar Cartas de Crédito têm gerado vários problemas aos exportadores indianos. Uma opção seria o faturamento das exportações em reais, caso a proteção cambial não seja demasiado cara. a) Linhas de crédito para as exportações junto a bancos brasileiros As instituições financeiras registradas junto ao BNDES dispõem de financiamentos para a exportação de bens e serviços. Esses financiamentos podem ser classificados da seguinte forma: • • • 47 48 Pré-embarque – produção de bens a exportar de acordo com procedimentos de embarque específicos; Pré-embarque especial – produção nacional de bens a exportar, não relacionados a procedimentos de embarque específicos (mas com prazo de embarque definido); Pós-embarque – oferece ao exportador o financiamento da venda de bens e serviços no exterior. O exportador deve submeter a operação à avaliação da instituição financeira credenciada e seguir suas orientações. Existe financiamento disponível para produtos manufaturados e bens de capital em geral, além de serviços associados às exportações. 2. Principais Acordos com o Brasil Em agosto de 1969 foi celebrado um Acordo Comercial Bilateral destinado a incentivar o comércio entre os dois países. O Acordo prevê um tratamento preferencial nas relações comerciais entre os dois estados em comparação com países terceiros, tratamento esse que envolve impostos sobre o comércio exterior e de importação, especialmente os que incidem sobre a industrialização, a circulação e o consumo de bens importados, abrangendo também restituições e proibições, além de normas e formalidades de importação e exportação. O acordo prevê que os bens exportados por um dos países só podem ser utilizados para consumo interno ou transformação no país importador. Além disso, estabelece que a re-exportação desses bens requer a autorização expressa do país exportador, devendo ser realizada de acordo com as normas previstas em atos internacionais celebrados com outras partes contratantes. O acordo entre o Brasil e a Índia destinado a evitar a dupla tributação e a evasão fiscal foi promulgado através do Decreto Legislativo nº 214, de 12 de novembro de 1991. Esse tratado segue as normas da OCDE e abrange impostos de renda e taxas adicionais (exceto imposto de renda complementar). Em julho de 1997, os governos do Brasil e da Índia concluíram um ajuste do atual acordo comercial sobre medidas sanitárias e fitossanitárias, o qual se refere à melhoria da cooperação técnica e administrativa, de forma a controlar as atuais pragas e doenças fitozoossanitárias e a promover o comércio de produtos agrícolas e animais entre os dois países. Ambos os países assinaram, em 5 de julho de 2001, um Memorando de Entendimento para a Cooperação em Ciência e Tecnologia, cobrindo projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, o intercâmbio de especialistas, para fins exploratórios, a participação em simpósios, conferências e “workshops” conjuntos, fazendo uso de instalações de pesquisa especializadas, a organização de simpósios, conferências e “workshops” científicos e tecnológicos, além de projetos e parcerias voltados para a inovação. 49 Em abril de 2002, os dois países assinaram um Memorando de Entendimento sobre a adição de etanol aos combustíveis. Esse documento não só prevê a transferência do conhecimento técnico brasileiro no processo de fabricação de etanol, como promove a troca de experiências e a pesquisa conjunta sobre a adição de álcool ao diesel. Aduaneira), de R. K. Jain, publicado pela Centax Publications, contém detalhes sobre as mais recentes alíquotas incidentes sobre diversos produtos. O livro é publicado anualmente e é uma ferramenta útil para os futuros exportadores para a Índia. V – ACESSO AO MERCADO 1. Sistema Tarifário A Índia é um dos membros fundadores da OMC, tendo concordado em atrelar a sua Tarifa Aduaneira às taxas especificadas no Programa de Concessões, previsto no Art. II do Acordo da OMC, estando, dessa forma, impedida de aumentar as suas tarifas além do limite especificado nesse programa. A Índia tem eliminado as Restrições Quantitativas, ou quotas (QR’s), de acordo com o compromisso assumido com a OMC. Além disso, a Índia criou leis de propriedade intelectual, “antidumping”, valorização alfandegária, proteção e anti-subsídios nos termos das disposições contidas no referido Acordo. A recente redução de vários direitos alfandegários abaixo das taxas acordadas é um indicativo dos esforços do Governo da Índia para racionalizar as alíquotas com as praticadas pelos países do sudeste asiático. Além disso, o Governo comprometeu-se em adotar um regime de direitos alfandegários razoável (alíquota máxima de 20%) até 2004. A Tarifa Aduaneira (CTA), de 1975, estabelece as alíquotas incidentes sobre bens importados pelo país. Os direitos alfandegários são arrecadados pelo Governo Central e, as alíquotas, que dependem da classificação prevista na CTA, estão alinhadas com o Sistema Harmonizado de Nomenclatura (SH). A Índia também adota a Nomenclatura Internacional de Comércio - Sistema Harmonizado – ITH(HS), através de documento emitido pela Direção Geral de Comércio Exterior - DGFT. A ITH(HS) inclui os códigos de importação para itens importados pela Índia, os quais têm até oito dígitos. Além disso, existe uma Tabela de Imposto sobre Produtos Industrializados que inclui a classificação e as alíquotas desse imposto, que, de um modo geral, também seguem o (SH). a) Estrutura tarifária Em 1996-97 anunciou a criação da Comissão Tarifária, para analisar a melhor forma de redução das tarifas. Apesar dessas reformas, as alíquotas indianas continuam sendo umas das mais altas do mundo, especialmente para produtos que possam ser produzidos internamente. Na Índia, as alíquotas são regidas pelas disposições da Lei das Alfândegas, de 1975. O livro “Customs Tariff” (Tarifa 51 (i) Principais componentes dos direitos alfandegários Os principais impostos de importação são: 1. Imposto de Importação Básico (BCD) - calculado sobre o valor do produto, incluindo o valor CIF e as taxas de desembarque. 2. Adicional de Imposto de Importação (ADC) - equivale ao imposto sobre produtos industrializados. É calculado sobre o valor internalizado e o imposto de importação básico. No entanto, o imposto sobre a maioria dos bens de consumo para venda no varejo é calculado sobre o preço máximo no varejo (MRP) impresso nas embalagens, menos uma dedução permitida. 3. Adicional de Imposto de Importação Especial (SAD) cobrado cumulativamente, à taxa de 4% sobre o valor internalizado dos bens e impostos acima. (ii) Cálculo das alíquotas Os impostos de importação são arrecadados de três formas: Alíquota especial – à taxa prevista por unidade do item, ex: peso ou tamanho; Alíquota ad valorem – incidente sobre o valor; Específica e ad valorem – arrecadado de ambas as formas. Sempre que a mercadoria atrair uma alíquota especial, a valoração não constitui um grande problema. Entretanto, no caso da alíquota “ad valorem” (a mais usual), é freqüente importadores e autoridades alfandegárias se envolverem em disputas sobre o valor dos bens. A determinação desse valor deve ser feita de acordo com os princípios das Regras de Valorização Aduaneira (Determinação do Preço de Bens Importados), de 1988. As Regras de Valoração seguem as disposições do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT, segundo as quais o valor aplicável é o valor da operação ou da nota fiscal. Para que seja aceitável, o valor da nota deve corresponder a um preço de 52 mercado genuíno. Só é permitido utilizar o preço de outra nota se as importações usadas para efeitos de comparação forem contemporâneas (normalmente, realizadas num intervalo de seis meses), da mesma qualidade e especificação, do mesmo fabricante e país de origem e se o tamanho das remessas for semelhante. b) Características da estrutura tarifária atual Nos últimos anos ocorreram as seguintes mudanças: - (iii) Alíquotas do imposto de importação As alíquotas do imposto de importação encontram-se definidas no Primeiro Anexo da Legislação Aduaneira da Índia. Quando a moeda da fatura de importação não for a rúpia indiana, a alfândega fixa a taxa de câmbio para conversão em rúpias, com base na taxa diária publicada pela própria alfândega. As cinco alíquotas básicas do imposto de importação, previstas na Estrutura Tarifária de Importação são 0%, 5%, 15%, 25% e 35%. Entretanto, o Governo Central editou mais de 100 notificações concedendo isenção parcial ou total para determinados bens sujeitos ao preenchimento de condições específicas. Existem notificações que isentam do pagamento de impostos produtos dos seguintes setores: 1) refino e exploração de petróleo, metano de jazidas de carvão; 2) telecomunicações, energia solar, projetos de energia e de construção de rodovias; 3) modernização e manutenção de fábricas de fertilizantes 4) equipamento de navegação, comunicação, controle de tráfego aéreo e de terra importado por autoridade aeroportuária; 5) insumos para a fabricação de diversos produtos eletrônicos; 6) circuitos impressos e placas-mãe; 7) montagem de circuitos impressos para caixas automáticos; 8) serviços de Internet; 9) equipamento médico; 10) projetos financiados por Organizações Internacionais 11) importações do Departamento de Defesa do Governo da Índia e das Forças de Segurança Interna; 12) importações para efeitos de treinamento, educacionais, pesquisas e testes; 13) insumos para fabricação de vários tipos de produtos técnicos; 53 - - - - redução das alíquotas mais elevadas de 35% para 30%; disponibilização dos benefícios da importação de projetos a vários setores, sobretudo para projetos de infraestrutura, inclusive energia, exploração de petróleo e projetos de desenvolvimento rodoviário promovidos pela Superintendência Nacional de Rodovias da Índia; isenção total de impostos para planos, desenhos e projetos; redução substancial do imposto sobre peças de computador e placas de circuito impresso com componentes e isenção total para “software”; redução substancial do imposto sobre equipamentos de telecomunicações, peças de telefones celulares e “pagers”; redução do imposto sobre carvão em benefício do setor de energia; redução do imposto sobre bagagem de 60% para 50%; redução substancial do imposto de importação sobre equipamento específico para hotelaria, para incentivo do turismo; redução substancial, de 30% para 3%, do imposto sobre pneus de aeronaves recondicionados como incentivo ao setor aéreo. c) Outros Impostos (i) Crédito de imposto /Restituição Com o objetivo de auxiliar exportadores indianos a aumentar a sua competitividade nos mercados internacionais, a Índia concede isenção do imposto com o objetivo de importação de insumos. Os dois principais regimes são os seguintes: - Imposto sobre o Valor Agregado Modificado (MODVAT) O regime concede ao fabricante isenção do imposto sobre matérias-primas, entre outros, importadas para uso na fabricação do produto final. 54 O regime também permite o reconhecimento do crédito do imposto de importação adicional pago no momento da importação dos insumos. O crédito pode ser posteriormente utilizado para compensar o imposto sobre os produtos finais. - Regime de Restituição do Imposto de Importação (“drawback”) Qualquer importador pode beneficiar desse regime, desde que a respectiva exportação seja realizada. A restituição do imposto pago engloba não só insumos diretos ou matérias-primas e componentes utilizados na fabricação de produtos de exportação, mas também insumos utilizados na fabricação dos componentes. Também são abrangidos os impostos sobre embalagens, materiais e materiais descartáveis. Os percentuais de restituição são fixados com base na tributação média dos materiais ou dos impostos efetivamente pagos pelo fabricante. (ii) Outros impostos indiretos Os impostos indiretos são uma importante fonte de receitas do Governo. Quase 70% das receitas do Governo provêm de impostos indiretos. Os principais impostos indiretos cobrados na Índia são os seguintes: - imposto sobre produtos industrializados; imposto sobre vendas (não incide sobre importações e exportações); imposto de ingresso; imposto de alienação de bens; imposto sobre contratos de trabalho; taxa de pesquisa e desenvolvimento, e imposto sobre serviços. 2. Regulamentação das Importações O comércio exterior é regulamentado pela Legislação de Comércio Exterior e Desenvolvimento. Todo exportador ou importador deve obedecer às disposições da legislação, e quaisquer regras e normas dela emanadas, além dos princípios da política de exportação e importação (“política de EXIM”) em vigor e das condições específicas de qualquer licença concedida. 55 A Direção Geral do Comércio Exterior (DGFT) tem a responsabilidade de cuidar de todas as questões relativas ao comércio exterior na Índia. À DGFT foram conferidos amplos poderes que incluem, entre outros, conceder isenção de certas disposições da Lei. A política de EXIM está descrita na publicação “ITC(HS) Classifications of Export and Import Items” (Sistema Harmonizado de Classificação Comercial Indiana), publicada e divulgada pela DGFT. a) Classificação das Importações O Governo regulamenta as importações por vários meios. As mercadorias são classificadas de acordo com as seguintes categorias gerais: - Mercadorias de Importação Livre - a maioria das mercadorias encontra-se nessa categoria, podendo ser importada livremente, em geral sem qualquer tipo de restrição; - Listas de Bens Reservados - as listas negativas compreendem artigos proibidos, controlados através de licenças ou de outro mecanismo. A importação dos bens proibidos não é autorizada em nenhuma circunstância (inclusive animais selvagens e sebo, gorduras e óleo de origem animal), enquanto as mercadorias controladas dependem da emissão de licença específica (tais como medicamentos, bens de consumo específicos, artigos para a indústria do turismo). A restrição à importação de itens da lista negativa, exceto bens de consumo (os quais são restritos por motivos de Balanço de Pagamentos), é feita com base em acordos e políticas de saúde, segurança e proteção ambiental. - Importações através de Estatais Comerciais (STE) ou Bens Canalizados – os bens das STE, inclusive os agrícolas a granel, podem ser importados ou exportados pela agência canalizadora especificada na ITC(HS). As STE são monopólios do Governo e incluem a Corporação Comercial Estatal e a Corporação Comercial de Minerais e Metais. Entretanto, a DGFT pode conceder licença a qualquer pessoa para importar ou exportar quaisquer mercadorias canalizadas. As mercadorias canalizadas compreendem alguns produtos de petróleo, fertilizantes, sementes e cereais. O Governo pretende extinguir, progressivamente, o sistema de canalização; 56 - emitidas de acordo com o valor dos mesmos e as especificidades do regime sob o qual estejam sendo importados; Bens Proibidos: Produtos não disponíveis para importação. b) Importações sob licença d) Licença do Regime de Créditos de Direitos de Importação (DEPB): o objetivo do regime DEPB é suprimir a incidência do imposto de importação sobre importações de insumos de produtos para exportação, através da concessão de um crédito fiscal (equivalente ao percentual específico do valor FOB das exportações) apropriado no momento da exportação dos produtos. O crédito poderá ser apropriado na exportação desses produtos a taxas que devem ser especificadas na planilha emitida pela Direção Geral do Comércio Exterior. Entretanto, o crédito obtido é transferível, podendo ser utilizado no pagamento do imposto de importação de qualquer item de importação livre, exceto bens de capital. As mercadorias que não forem livremente importadas somente poderão ser adquiridas através de licença específica, de acordo com as determinações da política de comércio exterior em vigor. Quase todos os parceiros comerciais da Índia recebem tratamento de nação mais favorecida (“MFN”) na emissão de licenças de importação, com a exceção do Iraque e da Líbia. Toda licença é válida por prazo especificado na própria licença, contendo termos e condições determinados pela autoridade de licenciamento, as quais podem incluir: a) quantidade, descrição e valor dos bens; b) condição de usuário efetivo; c) obrigação de exportação; d) valor agregado a alcançar; e e) preço mínimo de exportação. c) Cotas Existem diferentes tipos de licenças, incluindo, entre outras: a) Licenças Específicas: os produtos contemplados na lista restrita da política de EXIM necessitam de uma Licença Específica, da DGFT; b) Licenças Antecipadas: os produtos importados mediante uma licença antecipada estão isentos de todos os impostos de importação e impostos adicionais. A licença antecipada é concedida para as importações de insumos, sem pagamento de imposto. Tais licenças estão sujeitas ao cumprimento da obrigação de exportação dentro de um prazo predefinido e às normas de agregação de valor previstas nas regras de ingresso e saída de capitais. As licenças antecipadas podem ser emitidas com base ad valorem ou por quantidade; c) Licenças do Regime de Bens de Capital para a promoção da exportação: nos termos desse regime específico, as licenças de importação de bens de capital são 57 O Acordo da OMC elimina barreiras e cotas de importação, mas permite a sua conversão no sistema de Cotas Tarifárias de Importações (TRQ) . Este sistema é um mecanismo comercial para a cobrança do imposto de importação sob uma quantidade específica do produto ou uma alíquota diferente quando há a importação acima da quantidade autorizada pelo Governo. A DGFT estabeleceu regras pelas quais só os organismos públicos (tais como a Corporação Comercial do Estado, a Corporação de Comércio de Minerais e Metais da Índia - MMTC, a Agência Nacional de Desenvolvimento da Exportação - NAFED, o Conselho Nacional de Desenvolvimento do Leite - NDDB, etc.) têm direito a cotas. Essas agências realizam importações em nome dos usuários efetivos. Itens abrangidos pelo sistema TRQ incluem leite em pó desnatado, milho, óleo de girassol, óleo de mostarda. d) Tipos de Importações Bens de capital, matérias-primas, produtos intermediários, partes, bens de consumo, peças (incluindo de reposição), acessórios, instrumentos e outros produtos podem ser importados sem restrição, a menos que tais importações estejam reguladas pela Lista Negativa de Importações ou outra determinação da política de EXIM. 58 - Importação de bens de capital usados O usuário efetivo pode importar bens de capital usados, com dez anos ou menos, sem necessidade de obtenção de autorização. Entretanto, sua livre importação está sujeita à condição de não serem vendidos, transferidos ou alienados durante o prazo de dois anos após a data de importação. Caso o usuário efetivo importador deseje vender os bens antes do vencimento desse prazo, deverá obter uma autorização da Direção Geral Comércio Exterior - DGFT antes de vendê-los. A DGFT é o órgão responsável pela elaboração de regras e normas da política de EXIM. Agentes autorizados podem liberar o pagamento em nome do importador para importações feitas por serviço de entrega, desde que amparadas pelos documentos necessários. - Importação de bagagem de passageiros Artigos de uso doméstico e objetos pessoais podem ser importados sem licença, como parte da bagagem de um passageiro, bem como as amostras de mercadorias, desde que sejam livremente importáveis. - Re-importação de artigos reparados - Importação de presentes A importação de presentes é autorizada conforme as disposições das Normas de Bagagem da política de EXIM, sendo permitida sem Licença de Desembaraço Aduaneiro –CCP, sendo livremente importados nos termos dessa política. Nos demais casos é exigida uma CCP, emitida caso a caso, após requerimento junto à autoridade de licenciamento. O valor limite dos presentes trazidos por turistas estrangeiros é de Rs. 4.000, além dos objetos de uso pessoal. Além disso, os presentes importados pelos correios ou por via aérea estão isentos do imposto de importação desde que seu valor não exceda Rs. 5.000. Entretanto, caso o destinatário dos bens seja uma instituição filantrópica, religiosa ou educacional, e essa instituição seja isenta de impostos, as autoridades alfandegárias poderão permitir a sua importação sem a CCP. - Importações através de serviços de entrega (“courie”) As importações feitas por um serviço de entrega (“courie”) estão sujeitas à mesma alíquota incidente sobre produtos importados por qualquer outro meio. O serviço de entrega autorizado deve registrar-se junto ao Comissariado da Alfândega competente. Foi criado um formulário mais simples de declaração para importações feitas por serviços de entrega de: Bens de capital, inclusive partes, peças e acessórios, importados ou nacionais, podem ser enviados ao exterior para reparos, testes, melhoria de qualidade ou melhoria tecnológica e re-importados sem licença. Essa disposição está sujeita à comprovação, perante às autoridades alfandegárias, de que os artigos re-importados são os mesmos que foram exportados. - Importações do Governo e de Empresas Públicas As práticas de compras do governo indiano não são transparentes e discriminam os fornecedores estrangeiros. Seus procedimentos não são padronizados e os fornecedores locais são favorecidos na maioria dos contratos, sempre que seu preço e qualidade seja aceitável, mesmo que não seja economicamente recomendável. Os contratos de importação dos governos central e estaduais e das empresas públicas devem ser realizados em condições FOB/FAS. É necessário obter um Certificado de Não Objeção do Ministério dos Transportes (MOST) para a celebração de contratos de importação com condições diferentes. Os agentes autorizados devem certificar-se que o órgão governamental envolvido obteve o Certificado de Não Objeção necessário antes de emitirem as Cartas de Crédito de Importação ou liberarem moeda estrangeira para as importações. - Isenções Gerais - documentos; amostras e brindes; e artigos tributáveis - sujeitos ao procedimento normal de tributação. 59 De acordo com a Lei Alfandegária Indiana de 1962, certas classes de importadores ou de mercadorias podem isentar-se do imposto de importação através da emissão de uma notificação 60 ou autorização. Podem existir isenções gerais ou específicas aplicáveis apenas a determinadas classes de mercadorias ou de importadores. Algumas das categorias beneficiadas por isenção geral são as seguintes: - importações realizadas por indivíduos, organizações, autoridades e estrangeiros com privilégios; - importações do Governo, inclusive para defesa e polícia; - importações para fins educacionais, de treinamento, pesquisa e testes; - importações para exploração de petróleo, programas nacionais, exposições, seminários ou expedições; - importações para deficientes físicos, para fins filantrópicos ou de segurança social; - doações e presentes; - artigos esportivos, prêmios, medalhas e troféus, etc; - amostras (Convenção Internacional para Facilitar a Importação de Amostras Comerciais e Material Publicitário, de 1952); - materiais de acondicionamento, recipientes duráveis, embalagens e sacos sobressalentes; - importações provenientes de certos países específicos ou áreas preferenciais. tos alfandegários e do IPI incidentes sobre as mercadorias exportadas pela Índia, seja em relação a insumos/matérias-primas utilizados na produção de bens para exportação, seja sobre os bens de capital utilizados nessa produção ou nas próprias mercadorias exportadas. f) Regras Específicas Além das regulamentações que afetam as categorias de importação, existem outras regulamentações referentes às importações, nomeadamente: 1. é proibida a importação de carne bovina e de produtos que contenham carne bovina; 2. toda remessa de óleos comestíveis e produtos alimentares processados, importados a granel, devem ser acompanhados de declaração do exportador, afirmando que eles não contêm qualquer forma de carne bovina; 3. as importações de carnes de aves estão sujeitas ao cumprimento das condições de fabricação, abate, acondicionamento, etiquetagem e qualidade previstas na Norma de Produtos Alimentares, de 1973. Todos os exportadores devem cumprir os requisitos sanitários previstos nessas regras. A conformidade com essas condições é essencial para o seu desembaraço na Alfândega; 4. “produtos embalados” estão sujeitos às Normas de Pesos e Medidas (Mercadorias Embaladas), de 1977, quando vendidos no mercado local. A conformidade com essas condições é essencial para o seu desembaraço; 5. a importação de alimentos também está sujeita ao cumprimento das condições previstas na Lei de Proteção contra a Adulteração de Alimentos, de 1954; 6. os alimentos embalados importados só serão admitidos se seu prazo de validade, no momento da importação dos produtos, for de pelo menos 60% do seu prazo de validade original; 7. certos itens estão sujeitos às Normas de Qualidade Indianas obrigatórias. Segundo este requisito, todos os exportadores desses produtos devem estar registrados junto ao Gabinete Indiano de Normas (BIS); e) Regimes Relevantes Previstos na Atual Política de Comércio Exterior A Legislação de Comércio Exterior (Desenvolvimento e Regulamentação), de 1992, prevê o desenvolvimento e a regulamentação do comércio exterior através da facilitação das importações e o aumento das exportações indianas. A Legislação dá ao Governo Central o poder de anunciar a Política de Exportação e Importação (política de EXIM). A política de EXIM concede vários benefícios aos exportadores, tais como Licença Antecipada, Certificado de Restituição Livre de Impostos (DFRC), Regime de Créditos de Direitos de Importação (DEPB) e Regime de Incentivo à Exportação de Bens de Capital (EPCG). O principal objetivo desse conjunto de benefícios, previstos na política de EXIM, é assegurar a minimização dos direi61 62 8. as importações de todos os produtos agrícolas primários dependem de uma licença de segurança biológica e sanitária/fitossanitária emitida pelo Departamento de Agricultura e Cooperação, nos termos da Norma de Plantas, Frutos e Grãos (Regulamentação de Importação da Índia), de 1989. A licença é baseada nos princípios de análise e científicos previstos no Acordo da OMC sobre a aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias; 9. a importação de têxteis somente é autorizada caso não contenham tinturas perigosas, cujo manuseamento, produção, transporte ou utilização sejam proibidos pelo Governo da Índia, através de regulamentação pertinente; 10. a importação de bebidas alcoólicas está sujeita à conformidade com vários requisitos estipulados pelos diversos governos estaduais; 11. a importação de todo o tipo de embarcação pode ser realizada sem licença, certificado ou autorização, nos termos das diretrizes emitidas pelo Ministério da Navegação e normas de idade/vida útil residual definidas pelo mesmo Ministério; 12. a importação de Borracha Natural também é restrita; 13. a importação de bens usados é regulamentada, enquanto a de bens de capital usados, com menos de 10 anos, é livre, quando realizada pelo usuário efetivo. Entretanto, esses bens não podem ser transferidos, vendidos ou alienados durante o prazo de dois anos após a data de importação. Bens com mais de 10 anos só podem ser importados mediante à concessão de licença, certificado ou autorização; 14. no caso de transferência de indústrias para a Índia, é permitida a livre importação do imobilizado, sempre que o seu valor depreciado seja superior a Rs. 500 milhões; 15. as condições de importação de veículos novos e usados encontram-se especificadas em Notificação do Governo Central. Esses veículos só poderão entrar por três portos específicos e caso sejam satisfeitas as condições aí estabelecidas; 16. adicionalmente, bens de capital, equipamentos, partes, peças e acessórios e “conteiners” usados para acondicionar mercadorias para exportação, novos e 63 usados, podem ser importados sem licença, certificado ou autorização com a apresentação de compromisso ou garantia bancária perante as autoridades alfandegárias; e 17. a importação de tubarão-baleia (rhincodon) e partes e produtos dessa espécie é restrita. Além das regras acima, a Seção 11 da Lei da Alfândega, de 1962, confere ao Governo Central da Índia o poder de proibir a importação de produtos. Existem cerca de 96 Notificações, editadas nos termos dessa seção, restringindo ou proibindo a importação de vários itens. Alguns desses itens incluem substâncias psicotrópicas, certos materiais de leitura e documentos, animais e partes de animais, certos tipos de rótulos, certos tipos de veículos, narcóticos, etc. g) Regulamentação Cambial O ingresso e a saída de moeda estrangeira são regidos pela Lei de Regulamentação Cambial, de 1999. O Banco Central da Índia - RBI, é o órgão responsável pela regulamentação da movimentação de moeda estrangeira, além de supervisionar o cumprimento da legislação. O RBI tem sua sede em Mumbai, com agências regionais em várias partes do país. As transações em moeda estrangeira são efetuadas por intermédio de banco autorizado, chamado de “agente autorizado”. Os negociantes têm que operar de acordo com as diretrizes estipuladas pelo RBI e são autorizados a negociar com moedas estrangeiras permitidas, ou seja, qualquer moeda livremente conversível. Um importador que remeta moeda estrangeira por intermédio de um agente autorizado precisa preencher um requerimento denominado Formulário A1. - Métodos de Pagamento Permitidos Os agentes autorizados fazem remessas a partir da Índia e remetem os reembolsos às suas filiais internacionais e correspondentes em países estrangeiros (excluindo o Nepal e o Butão), mediante pagamentos de importação em rúpias ou em moeda corrente “apropriada ao país de embarque das mercadorias”. Os agentes autorizados não podem emitir Cartas de Crédito ou permitir remessas para a importação de produtos da Lista Nega64 tiva, sem que o importador apresente uma cópia da licença de importação, emitida para fins de controle cambial. Os importadores devem também apresentar cópias de controle cambial das Declarações de Importação, como prova de que as mercadorias foram importadas. - Remessa Antecipada Os agentes autorizados podem permitir remessas antecipadas até USD 100.000, sujeitas às condições indicadas abaixo: - - o importador deve apresentar cópia da EC de licença de importação válida para produtos importados incluídos em lista negativa de importações; a remessa deve ser feita diretamente ao fornecedor. Caso o adiantamento exceda os USD 100.000, deve ser obtida garantia de banco internacional, estabelecido fora da Índia, ou de banco indiano, com contra-garantia de um banco do exterior. A importação física para a Índia deve ser feita em até três meses (12 meses no caso dos bens de capital) a partir da data da remessa e o importador deve se comprometer a providenciar prova documental da transação, no prazo de 15 dias após o vencimento do primeiro período. Para a importação de bens de capital, é necessário apresentar cópia autenticada do contrato do importador com o fornecedor ou outros documentos reveladores das condições de pagamento. Na importação de livros, deve ser apresentada a relação dos livros a importar. - Libor + 50 pontos de base para créditos até um ano; Libor + 125 pontos de base para créditos superiores a um ano e até três anos. Por vezes, a liquidação dos débitos de importação pode atrasar devido a questionamentos, dificuldades financeiras, etc. Os agentes autorizados podem fazer remessas nesses casos, mesmo que o prazo de seis meses tenha expirado, após se certificarem de que o atraso do pagamento foi por um motivo justo e legítimo. 3. Documentos e Formalidades a) Embarque no Brasil A documentação a ser providenciada pelo exportador para embarque das mercadorias no Brasil é aquela normalmente exigida no comércio internacional, designadamente: - - Prazo para a liquidação financeira da importação - A regra básica é de que as remessas contra importações devem ser concluídas em prazo não superior a seis meses, a partir da data de embarque. Os agentes autorizados podem aprovar créditos de curto prazo para o financiamento das importações, seja através de crédito ao comprador ou crédito ao fornecedor, sujeito às seguintes condições: - • • • o prazo do crédito deve ser inferior a 3 anos; o valor do crédito não pode exceder US$ 20 milhões por operação; os encargos totais anuais não podem exceder: 65 - 66 cópia da Carta de Crédito; conhecimento de Embarque (original ); romaneio de embarque (2 vias); especificação de peso; memorando de seguro de frete; certificado de teste do fabricante; certificado de origem; ordem de entrega, emitida pela companhia de navegação, seu agente ou transportadora; para peças de reposição, a fatura deverá indicar o preço unitário e o total de cada item; se a fatura for FOB, o comprovante das despesas de frete e o certificado da quantia do prêmio do seguro deverão ser anexados; catálogo, especificação ou desenho, no caso de maquinaria; número do código do importador/exportador; para maquinário usado é necessário laudo de engenheiro registrado (política de EXIM, 1997-2002); para importações de aço, certificado de análise dos fabricantes; para substâncias químicas e produtos afins, como cera de resina sintética, especificação sobre a sua composição química; e homologação do Comissário Têxtil, no caso de artigos têxteis. - Vinculados à carta de crédito Para despachos vinculados à Carta de Crédito, os documentos devem ser elaborados em total conformidade com essa carta. Após a elaboração dos documentos, o exportador apresenta-os ao seu banco, para negociação. Antes de negociar, o banco examinará os documentos para se certificar que estão redigidos em total acordo com as condições do crédito. Caso contrário, o banco no exterior dispõe das seguintes alternativas: - - - pode recusar a negociação dos documentos, aconselhando o exportador a enviá-los somente a título de cobrança; pode contatar o banco de abertura do crédito (ou seja, o banco do importador na Índia), para obter autorização para negociar nos termos do crédito; pode efetuar pagamento sob reserva, com garantia de ressarcimento pelo exportador. O banco do exportador envia os documentos ao banco do importador, na Índia. Este notifica o importador para retirar os documentos de embarque contra pagamento ou aceite, dependendo das condições do contrato. Quando os documentos são vinculados a uma Carta de Crédito, o banco emissor examina-os e, caso estejam em ordem, entrega-os ao importador, após debitar montante de sua conta ou contra o aceite, dependendo das condições do crédito. b) Desembaraço alfandegário na Índia - Número de código de importador-exportador Todos os importadores devem solicitar Código de Importador-Exportador (IEC) junto à autoridade competente. O número IEC deve constar em todas as correspondências com a DGFT ou com outras autoridades envolvidas. Após retirar os documentos do banco, o importador deverá seguir o procedimento descrito para o desembaraço das mercadorias: - Desembarque das mercadorias No momento da sua chegada, os navios ou aeronaves têm que apresentar um manifesto de importação, listando as mercadorias a desembarcar. Para apressar o desembaraço, é permiti67 do dar entrada na declaração de importação 30 dias antes da data de chegada prevista do navio ou aeronave, mesmo que o importador não tenha ainda a possibilidade de comunicar o nome do navio e outros dados pertinentes. O departamento de importação da Alfândega preencherá os dados que faltam na declaração de importação. Todos os outros documentos necessários devem ser anexados. Se o navio ou aeronave não chegar dentro de 30 dias, a declaração de importação previamente liberada deixa de ser um documento válido, devendo-se dar entrada a uma nova declaração de importação. Nesses casos, a taxa de câmbio e a alíquota do imposto, entre outros, serão ajustados de acordo com a data da apresentação da nova declaração de importação. O importador pode desembaraçar as mercadorias por conta própria ou designar um despachante aduaneiro para atuar em seu nome. Os despachantes aduaneiros estão estabelecidos nas principais cidades e portos de importação e exportação, com filiais em cidades menores. Para efetuar o desembaraço alfandegário, o importador deve preparar um conjunto de documentos e enviá-los ao despachante, com instruções de desembaraço das mercadorias. - Declaração de Importação (BoE) Os bens importados por via marítima ou aérea estão sujeitos ao imposto de importação e, a menos que não sejam destinados ao desembaraço alfandegário no porto ou aeroporto de chegada e sejam destinados a trânsito, no mesmo navio ou aeronave em que chegaram, ou sejam transferidos para outra alfândega ou qualquer local fora da Índia, os importadores devem preencher as formalidades de desembaraço alfandegário para esses bens. No que diz respeito às mercadorias em trânsito, e desde que referidas no relatório de importação/Manifesto Geral de Importação (IGM) como em trânsito e destinadas a local fora da Índia, a Alfândega permite a sua passagem sem a cobrança de quaisquer impostos. Também para mercadorias transportadas por determinado navio ou aeronave para transbordo para outra alfândega, não é necessário cumprir as formalidades de desembaraço alfandegário no porto ou aeroporto de chegada, bastando o preenchimento do simples procedimento de transbordo pela transportadora e agências envolvidas. As formalidades de desembaraço alfandegário devem ser preenchidas pelo importador na chegada das mercadorias em outra alfândega. Poderão existir casos de transbordo de mercado68 rias após o desembarque em porto fora da Índia. Também nesse caso existe um procedimento simples de transbordo, que não implica em qualquer recolhimento de impostos. Para outras mercadorias desembarcadas, os importadores podem optar por desembaraçá-las para consumo interno, após o pagamento dos impostos, ou por armazenagem, sem a incidência imediata desses impostos, de acordo com as condições de entreposto aduaneiro previstas na Lei da Alfândega. Todo o importador deve entregar a declaração de importação para consumo interno ou armazenagem conforme, previsto na legislação. Para mercadorias desembaraçadas através do sistema de Interface Eletrônico de Dados (EDI), não é necessário entregar uma declaração de importação formal, pois ela é gerada pelo sistema. No entanto, o importador deve entregar a declaração de carga contendo a descrição necessária para o processamento do desembaraço alfandegário. Quando entregue, a declaração de importação deve incluir várias vias, utilizadas para diferentes fins, e seguir um esquema de cores, além de descrever o objetivo para o qual será utilizada, o que geralmente acontece em declaração não incluídas no sistema EDI. O importador que desembaraça mercadorias para consumo interno deve entregar quatro vias da declaração de importação; o original e a segunda via ficam com a alfândega, a terceira com o importador e a quarta destina-se ao banco para efeito de remessas. Quando o sistema EDI não é utilizado, o importador ou o seu representante deve entregar os seguintes documentos junto com a declaração de importação: • • • • • • • • • • • • • fatura assinada; romaneio de embarque; conhecimento de embarque ou Ordem de Entrega/Conhecimento aéreo; declaração dos Importadores/Despachantes; licença, se for o caso; carta de Crédito/Boleto Bancário, se necessário; documento de seguro; licença de importação; licença/liberação industrial, se for o caso; laudo de testes, no caso dos produtos químicos; ordem de isenção específica; original do Livro do DEEC/DEPB; catálogo, especificação técnica, folhetos, no caso de 69 • • máquinas, peças de reposição ou produtos químicos, conforme o caso; destacar o valor das peças de reposição e partes das máquinas; certificado de Origem, se for solicitada taxa preferencial. A BoE não é necessária nos seguintes casos: • • • • • • • bagagem de passageiros; pacotes transportados gratuitamente; malotes e embalagens postais; caixas ou gaiolas contendo animais ou aves vivos; itens inutilizáveis, ex: madeira, garrafas vazias, tambores, etc., de valor razoável (abaixo de Rs 50); itens de consumo de navio em pequenas quantidades, para uso pessoal; carga de navios zarpando de Porto da Alfândega, só quando aportar de porões abertos. - Procedimento de Entrega Direta para Certos Bens Importados por Via Aérea É possível recorrer a este método de entrega no caso dos seguintes produtos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. mala Diplomática; animais vivos; frutas frescas, flores e vegetais; alimentos congelados; material radioativo; jornais e revistas atuais; materiais de companhias aéreas e peças de aeronaves; medicamentos e utensílios para salvamento de vidas; qualquer carga que requeira manuseio ou armazenagem especial; 10. filmes de televisão; 11. outras cargas, com permissão antecipada do Cobrador Delegado encarregado da Unidade de Carga Aérea. 4. Regimes especiais a) Instalações alfandegárias A Índia dispõe de vários portos e aeroportos alfandegados e depósitos internos de contêineres na maioria das principais 70 cidades. Embora os portos estejam aumentando sua capacidade, ainda não conseguem satisfazer a demanda e operar a níveis ideais. Apesar da produtividade ter melhorado, ainda há muito a ser feito para alcançarem padrões internacionais. - Zonas francas portador (ou agente) deve apresentar uma declaração de transbordo de mercadoria, com informações completas sobre a remessa. O transbordo deverá acontecer em prazo não superior a dois meses após a chegada do navio. A admissão temporária também é permitida para material utilizado em feiras e exposições aprovadas pelo Governo. A Notificação Nº 71/2000, de 22 de Maio de 2000, estabelece as diretrizes operacionais de uma Zona Franca (FTZ). Entretanto, a maioria das FTZ na Índia foram incorporadas ao regime de Zonas Econômicas Especiais (SEZ). A SEZ foi projetada como zona franca dentro da Índia, sendo considerada território estrangeiro para efeitos comerciais, tributários e tarifários. As políticas e os procedimentos das SEZ destinam-se a facilitar as exportações. As SEZ são totalmente isentas de formalidades alfandegárias, exceto em relação aos postos de entrada e saída. As FTZ e SEZ funcionam segundo os mesmos princípios, com algumas diferenças em relação à flexibilidade das suas operações. As unidades SEZ e FTZ têm flexibilidade operacional, como a possibilidade de subcontratar parte da produção ou o processo produtivo, arrendar ou tomar bens emprestados (bens de capital) e também de efetuar transferências de bens entre unidades. Uma parte do processo produtivo pode ser concluída fora da Índia. Essas unidades também podem vender parte da produção no mercado interno, após o recolhimento do imposto sobre produtos industrializados a uma alíquota especial. É importante sublinhar que as unidades fora dessas zonas, ou que não se dediquem exclusivamente à exportação mas que exportem apenas parte da sua produção, podem usufruir dos benefícios do Regime de Incentivo à Exportação de Bens de Capital (Regime EPCG) previstos na Política de Exportação e Importação da Índia. Pelo regime EPCG, as unidades de produção podem importar bens de capital após o pagamento de um imposto de importação reduzido, de apenas 5% BCD, sujeito ao cumprimento das metas de exportação no futuro. O valor dessas metas de exportação é registrado como referência ao valor CIF dos bens de capital importados. - Admissão temporária As mercadorias em trânsito, com destino a um terceiro país, podem circular pela Índia sem o pagamento de impostos, estando sujeitas, contudo, às regras de inspeção normais. O ex71 72 VI - ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO 1. Considerações Gerais Tal como no Brasil, a Índia está desenvolvendo uma base industrial diversificada, de forma que o consumidor indiano está cada vez mais familiarizado com vários produtos e serviços, disponíveis no mercado interno. Até dez anos atrás, a qualidade desses produtos era inferior aos padrões mundiais. No entanto, com o aumento da concorrência internacional, muitas empresas melhoraram os níveis de qualidade para garantir suas posições com relação a equação preço x valor. Os fabricantes locais têm estruturas de custos extremamente competitivas, uma interação significativa, competitividade, são inovadores e conhecem o território. Para enfrentar com sucesso esses concorrentes, os novos exportadores necessitam de vantagens competitivas reais, além de paciência e suporte financeiro, de “marketing” e operacional, até que seus objetivos sejam alcançados. Os principais consumidores das exportações brasileiras são as indústrias e o Governo. No primeiro caso, as importações incluem, sobretudo, matérias-primas, insumos e bens de capital, enquanto que o governo adquire produtos alimentares, que muitas vezes são sujeitos a monopólios estatais, como o açúcar. 2. Canais de distribuição A rede de distribuição indiana foi projetada, durante décadas, para a distribuição eficiente de produtos alimentares e artigos manufaturados básicos, tais como tecidos e sabão, para consumidores espalhados por um extenso território. Atualmente, a distribuição é feita através de um sistema comercial eficiente mas bastante fragmentado, formado por cerca de cinco milhões de estabelecimentos varejistas e atacadistas, espalhados por centros populacionais urbanos e rurais. As cidades metropolitanas respondem por cerca de 44% do valor gerado pelo setor de bens de consumo. A distribuição de produtos industriais, embora baseada predominantemente nos centros urbanos, segue padrão semelhante. A estratégia de distribuição dos fabricantes locais passa por várias estruturas, mas a mais comum para fazer chegar as suas mercadorias ao consumidor final é uma de três estágios: distribuidor, atacadista e varejista. A eficiência e o custo do sistema de73 pendem do papel atribuído a cada um desses três intermediários e à qualidade da gestão do processo. O sistema de distribuição usado pelos chamados fabricantes de bens de grande consumo, tende a ser ligeiramente mais complexo do que o sistema para os produtos industriais. A dimensão e o alcance desse sistema, bem como o nível de supervisão direta da empresa sobre a distribuição aos varejistas, com pessoal próprio, são variáveis. Por exemplo, o número de intermediários (distribuidores) para uma empresa operando em escala nacional poderia variar entre 500 e 2.500. A estratégia escolhida é determinante para se estabelecer o tamanho da equipe necessária e para os custos e a eficiência da distribuição. Por exemplo, o número de varejistas diretamente atingidos pelos distribuidores de uma empresa poderia ir de 300 mil a um milhão. Algumas empresas consideram necessário visitar todos os varejistas pelo menos uma vez por mês. Outras acreditam que sua responsabilidade está, sobretudo, em administrar e motivar os distribuidores, deixando a tarefa de distribuição no varejo para os atacadistas. Nas áreas rurais e mais distantes, os preços ao consumidor podem ser mais altos, devido ao custo mais elevado do transporte, além da adição de um ou dois níveis ao sistema, como o lojista da aldeia, o atacadista Mandi/Taluka ou agente e distribuidor preferencial ou ainda o atacadista distrital e o armazém da empresa ou distribuição por consignação estadual. Na última década, o varejo passou por uma maior segregação devido à introdução do varejo organizado. O setor é potencialmente grande (cerca de Rs. 7.000 bilhões), mas é pouco organizado. Estima-se que o segmento organizado gere mais de Rs. 130 bilhões, ou seja, 2% das receitas totais do varejo, mas tem apresentado uma elevada taxa de crescimento de 60% ao ano desde 1997, e emprega atualmente cerca de 15% da força de trabalho adulta da Índia. a) Canais Recomendados Os exportadores brasileiros não encontrarão dificuldades em identificar firmas indianas dispostas a distribuir seus produtos e serviços. Entretanto, a maioria desses agentes estará interessada em atender seus atuais contatos corporativos e clientes e terão pouca motivação para desenvolver novos mercados ou novos clientes. Em virtude das diferenças regionais em termos de idioma, práticas comerciais e comportamento dos consumidores, é recomendável contratar diferentes agentes para operar em áreas diferentes, em vez de buscar uma cobertura nacional através de 74 um grande agente. Entre os diferentes canais ou estratégias de distribuição utilizáveis pelas empresas destacam-se os seguintes: - - - distribuição exclusiva: determinado varejista que atende uma determinada área fica com os direitos de exclusividade de venda do produto; distribuição intensiva: essa estratégia é o oposto da distribuição exclusiva. O produto é fornecido a todos os estabelecimentos varejistas possíveis; e distribuição seletiva: é um método de compromisso entre os dois acima, em que vários, mas não todos os estabelecimentos varejistas, distribuem o produto em determinada área. Além disso, a empresa pode optar por recorrer a estratégia multicanal, tais como Canais Complementares (cada canal distribui um produto diferente, não concorrente, em um segmento de mercado não concorrente) ou Canais Competitivos (o mesmo produto é vendido por dois canais diferentes e concorrentes). Devido à extensão geográfica da Índia e à atual estrutura de distribuição, existem oportunidades para importantes economias de escalas. Entretanto, o novo participante do mercado pode enfrentar algumas desvantagens em relação a empresas estabelecidas. Para enfrentar esse dilema, as organizações devem ter várias abordagens: investir na sua própria infra-estrutura de venda e distribuição, subcontratar a distribuição junto a empresas especializadas ou formar alianças estratégicas e “joint ventures” com empresas locais estabelecidas que disponham de uma infraestrutura de distribuição bem desenvolvida. Dessas três opções, a mais dispendiosa no curto prazo é, obviamente, criar a própria infra-estrutura de distribuição. Entretanto, vários novos participantes optaram por essa alternativa, devido à importância da distribuição no contexto indiano e do papel fundamental que ela representa na consolidação de novas marcas. A utilização dos serviços de uma empresa de distribuição tem vantagens e desvantagens. Os requisitos imediatos de pessoal e dinheiro são menores. Entretanto, existem dúvidas sobre o grau de comprometimento que se pode esperar da equipe de vendas dessa empresa. Em geral, a experiência mostra que a equipe de vendas está mais interessada em vender seus próprios produtos do que aqueles que estão apenas distribuindo. Também na perspectiva da empresa de distribuição, este tipo de contrato mostrou-se insatisfatório, com casos de empresas que montaram seu 75 próprio sistema de distribuição após conquistarem participação de mercado através da empresa de distribuição. Em relação ao comércio exterior, empresas comerciais importadoras e exportadoras, possuem redes de distribuição sólidas para fornecer mercadorias importadas. Essas empresas comerciais recebem alguns benefícios do Governo, de acordo com a política de EXIM. - “Joint Ventures” No passado recente, a formação de “joint ventures” com empresas indianas estabelecidas, tem sido muito usada como forma de adquirir participação em uma rede de distribuição já existente. A expectativa é que o parceiro indiano ofereça uma série de vantagens locais, entre as quais a distribuição é uma das mais importantes. A maioria dessas parcerias é recente, portanto seu funcionamento a longo prazo precisa ser observado. - Aquisição de uma Empresa Existente Além das “joint ventures”, existe a possibilidade de adquirir uma empresa existente que disponha de uma estrutura de distribuição consolidada. - Distribuição em Rede Com a entrada das principais empresas estrangeiras envolvidas com “marketing” global de redes, o cenário da distribuição na Índia deve sofrer importantes mudanças. As empresas de distribuição em rede possuem múltiplas camadas em sua cadeia de distribuição, dispondo de um amplo e profundo potencial de penetração. - Rede Distribuição Pública O Governo tem seu próprio sistema de distribuição, com preços regulamentados. O Sistema Público de Distribuição é um componente-chave na distribuição de produtos essenciais, garantindo a disponibilidade de alimentos - sobretudo arroz, trigo, açúcar e óleo alimentar - e querosene. O sistema é a maior rede de segurança alimentar do mundo, compreendendo 177,8 milhões de lares, 981,3 milhões de pessoas, 195,9 milhões de cartões de racionamento e 460 mil estabelecimentos ou lojas de preço justo (da76 dos de 1999-2000). Um sistema alargado fornece artigos adicionais, tais como chá, sabão, leguminosas e sal iodado, a residências nas áreas tribais, montanhosas e áridas, cuja infra-estrutura é deficiente. - Compras Governamentais O Governo divulga periodicamente as regras para a aquisição de suprimentos e novos equipamentos através de licitações globais. Não existe uma fonte certa de informação sobre as licitações, sendo que detalhes podem ser encontrados nos sites dos respectivos Ministérios e nos jornais nacionais indianos. Os grandes exportadores podem entender ser mais conveniente contratar um agente de importação na Índia, com bons contatos com funcionários do governo, para obter informações sobre as próximas licitações com a maior antecedência possível. O Departamento da Receita do Ministério da Fazenda poderá oferecer isenções fiscais específicas para determinados bens ou Estados indianos, que os exportadores devem tentar acompanhar. 3. O Consumidor Indiano A Índia é um país de mais de 1 bilhão de habitantes. Uma maioria significativa (70% a 75%) vive em aldeias, onde a agricultura e atividades relacionadas representam 75% das receitas do mercado rural. De acordo com o Conselho Nacional de Pesquisa Econômica Aplicada (NCAER), 50% da população têm uma renda abaixo de Rs. 25.000 ao ano (preços de 1995-96), enquanto 5% têm uma renda entre Rs. 77.000 e Rs. 106.000. A impressão geral é que o potencial dos mercados rurais se restringe aos insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes, pesticidas, rações e máquinas agrícolas. Existe, no entanto, um crescente mercado para bens de consumo. Estima-se que os mercados rurais estão crescendo cinco vezes mais rápido que os mercados urbanos. Cerca de 40% das vendas de bens de consumo são realizadas nas áreas rurais. O mercado rural tem cerca de 600 milhões de clientes potenciais, mas a demanda nesses mercados, predominantemente agrícolas, não é estável ou regular, uma vez que a agricultura depende muito das monções para a irrigação. A economia indiana cresceu a uma taxa anual composta de 3,5 % em termos reais nas três décadas entre 1950 e 1980. Nos 20 anos seguintes, o crescimento econômico atingiu uma média de 77 5,5%, enquanto a taxa de crescimento populacional caiu na mesma proporção, o que ajudou a aumentar o percentual de crescimento da renda per capita para produtos não alimentares, conduzindo a um crescimento real da demanda por bens de consumo. Ainda assim, grande parte da classe média indiana gasta 40% da sua renda em alimentos e mercearia. A penetração da televisão foi praticamente zero no início dos anos oitenta, mas atualmente existem 40 milhões de lares com TV a cabo, num total de 260 milhões de telespectadores. Tal como no resto do mundo, o aumento da penetração deste meio levou aos indianos um novo estilo de vida na privacidade de seus lares. A rápida penetração dos canais de cabo e satélite (a TV a cabo tem uma penetração de 84,7% nas cidades e 32,7% nas aldeias) desde 1991, acrescentou uma dimensão internacional a essa visão. Todos esses fatores estão influenciando os padrões de consumo e o desenvolvimento do mercado de bens de consumo. - Mercados de Bens de Consumo O mercado de bens de consumo na Índia sofreu enormes mudanças desde meados da década de 80 e a abertura da economia nos anos noventa trouxe a oportunidade de escolha ao consumidor indiano. Essa década também marcou a crescente influência das multinacionais no segmento dos bens duráveis. O mesmo tipo de mudança ocorreu em várias categorias da linha branca, como geladeiras, máquinas de lavar e aparelhos de televisão. Os aparelhos de TV em cores dominam o setor, representando cerca de 40% em termos de valor, seguido das geladeiras (25%) e das máquinas de lavar (10%) e eletro-eletrônicos (sistemas de áudio, DVD’s, videocassetes e VCD’s), sendo o restante representado por aparelhos como condicionares de ar, fornos microondas e aspiradores. A venda livre de produtos de qualidade pela primeira vez também mudou o padrão do que é considerado como “qualidade aceitável”. Os níveis de penetração da maioria dos bens duráveis na Índia ainda são bastante baixos em comparação com mercados maduros como o dos EUA, mas a longo prazo o setor poderá testemunhar uma demanda favorável devido a essa baixa penetração, o aumento das ofertas que representam bons negócios, a redução dos impostos indiretos e o aumento do nível de vida e a procura por esses produtos. O aumento da penetração nos mercados semi-urbanos e rurais deve também impulsionar a demanda a longo prazo. No entanto, as “limitações estruturais” na linha branca, ou seja, os altos custos da energia, a falta de água, 78 venda de produtos mais baratos, produtos de baixa qualidade, mudanças no padrão de consumo urbano (em favor de bens duráveis em relação aos não duráveis) e o alto custo da publicidade podem limitar esse crescimento. A população da Índia concentra-se nas faixas etárias mais baixas, o que é um bom indicador para o mercado de bens de consumo. Cerca de 54% da população indiana está abaixo dos 24 anos. Esse percentual deve ser menor no futuro, mas ainda assim deve atingir 47% em 2013. As novas marcas que estão chegando ao mercado indiano devem equilibrar as necessidades conflitantes de ter um preço competitivo, especificações mínimas dos produtos em termos de compatibilidade internacional e uma margem que viabilize a operação. O segmento de bens duráveis exige grandes investimentos na construção da marca, capital de giro elevado e alta competitividade. Só se alcançará uma vantagem comparativa à dos concorrentes com marcas fortes, uma gestão eficiente da cadeia logística, eficiência na distribuição e “marketing” e grandes recursos financeiros. 4. Promoção de Vendas a) Considerações Gerais A promoção de vendas em nível comercial na Índia é bastante diferente da prática internacional. Enquanto os comerciantes internacionais são seletivos quanto às marcas que irão promover e buscam marcas que maximizarão seus lucros, os comerciantes indianos procuram maximizar o movimento de clientes em suas lojas, mantendo, dessa forma, uma grande variedade de mercadorias de uma determinada categoria e ocupando muito espaço. Consequentemente, o comerciante tem espaço para estocar apenas uma pequena quantidade de cada marca, ficando, assim, sem estoque mais rapidamente. É, portanto, essencial que o distribuidor esteja localizado perto e seja capaz de fazer pequenas entregas, em resposta a pedidos com pouca antecedência. A simples escala no mercado indiano é um dos problemas mais difíceis de resolver. Muitas empresas cometeram o erro de tentar entrar no mercado nacional, em vez de consolidarem antes seus produtos em mercados regionais. Isto ocorre, sobretudo, quando uma empresa está tentando maximizar os lucros de uma campanha nacional na TV ou nos jornais apesar da infra-estrutura estar consolidada apenas em mercados regionais. Com base nessas experiências, recomenda-se um crescimento orgânico: dedi79 car-se à formação de uma massa crítica em um segmento antes de atacar o próximo. Como exceção temos, conforme mencionado acima, a compra de parte de uma rede de distribuição existente, que foi o que a Proctor & Gamble fez para conquistar mercado para o seu sabão em pó Ariel. b) Feiras e Exposições Muitas das principais feiras e exposições internacionais acontecem nos meses de inverno, entre novembro e janeiro, inclusive a Feira de Comércio Internacional, em novembro, além das feiras têxteis e de couro, em dezembro e janeiro. A maioria das feiras é realizada no centro de exposições Pragati Maidan em Nova Delhi, embora várias feiras estejam sendo organizadas atualmente nas principais metrópoles. O material (inclusive materiais de construção e de decoração) para exposições e feiras pode ser importado, isento de taxas alfandegárias, por um período de seis meses, desde que reexportado. Para isso, é necessário apresentar um Certificado do Secretaria Adjunta do Ministério do Comércio ou da Organização de Comércio da Índia ao Comissário Assistente ou ao Vice-Comissário da Alfândega, no momento do desembaraço. Além disso, caso os produtos não sejam reexportados, o importador deverá pagar o respectivo imposto de importação. c) Meios Publicitários A mídia na Índia tem sofrido rápidas mudanças estruturais nos últimos anos devido à crescente penetração da televisão e à rápida expansão dos canais via satélite: enquanto que até 1991 existia um único canal de TV, atualmente, uma residência urbana pode ser conectada a uma rede de TV a cabo com acesso a mais de 100 canais. A recente introdução do sistema de Acesso Condicional, através de caixas digitais ou analógicas, deve revolucionar ainda mais o cenário da publicidade na Índia. A despesa total de publicidade, em 1998, foi de Rs. 56,25 bilhões (US$ 1,32 bilhões) contra Rs. 32,92 bilhões (US$ 1,05 bilhões) em 1994. Em 1998, jornais e revistas ficaram com 57% das receitas de veiculação de publicidade, a televisão com 36%, “outdoors” 5% e a rádio 2%. O setor de publicidade em 2000-01 gerou Rs. 85,097 bilhões. As despesas de publicidade na Índia representaram cerca de 0,4% das receitas, contra 1,3% nos EUA e 1,6% no Brasil. Espera-se que essas despesas aumentem para 0,5% do PIB nos próximos cinco anos. 80 A grande dinâmica da televisão, nos últimos anos, levou à rápida expansão da cobertura desse meio nas áreas urbana e rural da Índia. A cobertura rural continua baixa, com espaço para novas experiências e iniciativas. Enquanto a cobertura do rádio tem aumentado nos últimos anos, tanto nas áreas rurais como nas áreas urbanas, o alcance dos meios formais ainda é baixo entre os lares no campo. Por conseguinte, os publicitários devem desenvolver promoções específicas para o meio rural, tais como, participação em Feiras, Haats (mercados de aldeia), reuniões de grupos de usuários potenciais dos produtos, além de filmes e demonstrações nas aldeias. d) Serviços de Marketing e Publicidade Existem numerosas publicações disponíveis de editoras locais e internacionais para o novo exportador que procura entender o mercado indiano, as quais contêm informações e análises razoavelmente fidedignas. Além disso, existem empresas de pesquisa de mercado com experiência em algumas das técnicas mais atuais e sofisticadas capazes de realizar estudos sobre o mercado consumidor indiano, tais como a ORG-MARG e a Agência Indiana de Pesquisa de Marketing . Firmas de consultoria empresarial como a PricewaterhouseCoopers, a KPMG, a Mckenziee, a Ernst & Young, etc., também dispõem de análises de mercado detalhadas e trabalhos de estratégia, especialmente para produtos industriais. Muitas das principais agências de publicidade internacionais têm associadas na Índia, seja como subsidiárias (ex: a HTA e a O&M) ou através de alianças estratégicas com agências locais. Além disso, existem várias agências de publicidade indianas independentes de qualidade. Algumas das principais agências são a HTA, a O&M, a Mudra, a FCB-Ulka, a Rediffusion DY&R, a Lintas e a Enterprise Nexus, sendo que as primeiras cinco responderam por 47,2% do faturamento do setor na Índia no exercício de 2000-01. Geralmente, o “design” de embalagens é desenvolvido pelas agências múltiplas, mas nos últimos meses surgiram várias empresas especializadas nesse serviço. Paralelamente, também se encontram empresas especializadas em planejamento e compra de mídia. A comissão padrão das agências múltiplas é de 15% do faturamento, mas esse valor é negociável e já existem agências trabalhando abaixo desse percentual. 81 5. Práticas Comerciais Em todos as transações comerciais com a Índia, o idioma utilizado é o inglês, tanto para a comunicação verbal como para a escrita. a) Negociação de Contratos de Importação - Descrição da Mercadoria O importador descreve as especificações em inglês, utilizando os nomes e as palavras normalmente denominadas para o produto, para garantir uma cotação exata do produto e da quantidade. Exemplo: O importador de placas de aço inoxidável irá pedir o seguinte: Favor fornecer a cotação de seus preços para placas de aço inoxidável de 2mm de espessura, em bobinas na largura exigida e com a seguinte composição química, etc. O importador também poderá mencionar a forma de pagamento das mercadorias fornecidas, inclusive pedido de crédito de curto ou longo prazo. Também poderá especificar condições sobre o modo de entrega e porto de embarque. Caso a entrega seja urgente isso será mencionado. - Cotação de Exportação Caso o exportador esteja interessado em fornecer os produtos, deve elaborar uma cotação, a qual incluirá as condições pelas quais está disposto a vender a mercadoria. As condições de entrega mais comuns são as FOB. Exemplo: O importador recebeu a sua cotação de importação para o fornecimento de Placas de Aço de Alto Carbono, ao preço de R$ 400 por M.T. F.O.B. São Paulo. Isso significa que, pelo preço acima, o importador deve obter a mercadoria em São Paulo. O exportador cobre todas as suas despesas da fábrica até o porto em São Paulo. A cotação de exportação é o documento mais importante, que define as condições para o sucesso da operação. É, portanto, essencial que todas as condições sejam cuidadosamente definidas e claras. A cotação deve incluir o seguinte: 82 1. nome e endereço do exportador; 2. descrição da mercadoria; 3. quantidade; 4. preço; 5. local de embarque; 6. porto de importação; 7. calendário de entrega; 8. acondicionamento; 9. país de origem; 10. cláusula de seguro; 11. condições de pagamento; 12. impostos e taxas sobre e além dos preços cotados; 13. licenças de importação; 14. fiscalização de qualidade; e 15. cláusula de arbitragem, se for o caso. entidade e, geralmente, têm conhecimento de setores específicos para ajudar a localizar os fornecedores. São normalmente pagos com base em comissões. Os exportadores brasileiros podem contatar esses agentes através de entidades de comércio no Brasil e em feiras e exposições internacionais, além de organizações comerciais na Índia, das Páginas Amarelas e no Catálogo de Importadores disponíveis na Internet (vide Seção 7 com os endereços). c) Abertura de Escritório de Representação Comercial O importador verifica todas essas condições e se achar que alguma não foi explicitada ou não é aceitável pode pedir esclarecimentos ou alguma alteração. O exportador é contatado por escrito, via fax ou pelo telefone para negociações adicionais. Uma vez acertadas as condições, o importador faz o seu pedido nos seguintes termos: 1. no seu papel timbrado, carimbado e assinado; 2. confirmação de que a cotação é aceitável, assinando-a e carimbando-a; e 3. solicitação da fatura pró-forma do exportador, contendo todas a condições, com o reenvio de uma via devidamente carimbada e assinada. Somente quando um pedido de exportação é firmado, o mesmo se torna um documento que cria uma obrigação legal entre as partes. b) Designação de Agentes Os importadores da Índia utilizam, freqüentemente, agentes para adquirir as mercadorias. Para mercadorias pequenas não específicas, os agentes atuam como atacadistas, importando-as, armazenando-as e, posteriormente, revendendo-as aos seus clientes na Índia. Entretanto, para artigos maiores, mais especializados, os importadores indianos contratam agentes de importação, os quais não precisam estar registrados em nenhuma 83 As empresas estrangeiras podem abrir três tipos de firmas na Índia: empresa constituída nos termos da legislação indiana, um escritório de representação ou uma filial. A maioria das empresas que desejam avaliar o potencial do mercado indiano abre um escritório de representação. O Banco Central da Índia (RBI) estabelece as regras de funcionamento desses escritórios, vedandoos de qualquer atividade comercial ou industrial. Todos os recursos necessários à operação do escritório devem ser financiados através de remessas da empresa estrangeira. As empresas que desejarem abrir um escritório de representação devem solicitá-lo junto ao RBI, através do Formulário FNC 1, junto com os documentos necessários. A licença de funcionamento dessas entidades é, normalmente, de três anos, podendo ser prorrogada. Uma filial pode ser criada para representar a matriz, realizar pesquisas de mercado (desde que os resultados sejam disponibilizados às empresas indianas), prestar serviços profissionais e de consultoria, exportar ou importar mercadorias e promover cooperação técnica e/ou financeira com as empresas indianas. Seus recursos devem ser provenientes do exterior ou de renda gerada na Índia, sendo que os lucros podem ser repatriados. Os requerimentos para abrir uma filial devem ser submetidos ao RBI através do formulário FNC 1. A aprovação leva normalmente de três a quatro semanas e a firma deve, então, ser registrada no Cadastro de Empresas. Atualmente não está autorizado o investimento estrangeiro no varejo. Portanto, a criação de uma subsidiária indiana nesse setor não é possível. d) Seguro de Importação Existem muitos riscos envolvidos durante o trânsito das mercadorias entre o armazém do exportador e o armazém do im84 portador, inclusive perda devido a incêndio, dano causado por água, roubo, negligência durante o transporte ou descarga e riscos políticos, tais como guerras, etc. Visto que muitos riscos podem ser determinados com antecedência, geralmente uma das partes contrata uma apólice de seguro para cobri-los. Na prática internacional, quando as mercadorias forem vendidas em base FOB, o importador faz o seguro. Para contratos CIF, as mercadorias são normalmente de responsabilidade do exportador. Como na Índia o mercado de seguros é ainda incipiente, na maioria dos contratos de importação, o exportador estrangeiro prefere contratar o seguro para suas mercadorias com uma companhia estrangeira. A apólice de seguro é geralmente emitida com base no valor da fatura, podendo cobrir 100% do valor ou até mais, para mercadorias de qualidade superior. Normalmente, o seguro é emitido sobre 110% do valor, a menos que acordado de outra maneira. e) Supervisão de Remessas Com a crescente dependência do transporte multimodal, de entrega de mercadorias porta a porta, os exportadores brasileiros provavelmente preferirão trabalhar com um ponto de contato no Brasil responsável pela supervisão do transporte desde a fábrica do exportador até o estabelecimento do importador na Índia. Os despachantes aduaneiros na Índia são membros de organizações internacionais e fornecem esses serviços tal como seus parceiros em outros países. A maioria dos despachantes oferece serviços gerais de desembaraço, mas algumas empresas são especializadas no desembaraço de carga. Uma vez assinado o contrato de importação, o despachante aduaneiro contatará o exportador para se certificar que toda a documentação correta esteja pronta a tempo, a fim de evitar atrasos no desembaraço. Simultaneamente, acionará o importador para agilizar a sua parte no processo. As comissões para este serviço variam entre 1% e 5% do valor da remessa, líquido dos direitos alfandegários. f) Litígios comerciais e arbitragem Os tribunais indianos oferecem proteção adequada aos direitos de propriedade e contratuais, mas o elevado número de processos causa, geralmente, grande demoras. Além disso, os custo são elevados e existem muitas formalidades a superar. Por esta razão, as partes de um contrato preferem resolver as suas 85 disputas através da arbitragem, que é mais rápida e menos onerosa, além de resguardar a privacidade dos envolvidos. O Tribunal Internacional de Arbitragem da Câmara Internacional de Comércio (ICC), com sede em Paris, é o principal órgão de arbitragem para a resolução de disputas comerciais internacionais. O ICC possui comitês nacionais em todo o mundo; o comitê na Índia fica na Federação da Câmara de Comércio Indiana e Indústria, Sede da Federação, Tansen Marg, Nova Deli -110001,email: iccÍ[email protected] Também existe o Conselho Indiano de Arbitragem, responsável por disputas comerciais no âmbito nacional e internacional. O ICA financiado pelo Governo da Índia, tem acordos de cooperação mútua com o Tribunal Internacional de Arbitragem do ICC, o Tribunal de Arbitragem de Londres e órgãos superiores de arbitragem em diversos países. As principais funções do ICA são, entre outras: • fornecer condições para a resolução de todos os tipos de disputas comerciais, internas e internacionais, via arbitragem; • facilitar a conciliação no comércio internacional e examinar as reclamações recebidas das partes indianas e estrangeiras pelo não cumprimento dos contratos ou das decisões de arbitragem; • fornecer informações e assessoria às partes interessadas sobre a redação de contratos comerciais, leis de arbitragem e procedimentos de solução de disputas, além de oferecer condições para a arbitragem na Índia e em outras partes do mundo. Infelizmente, como os honorários do árbitro (fixados pelo Conselho) não são muito elevados, juízes aposentados e outros juristas relutam, muitas vezes, em atuar como árbitros nesse Conselho. A Lei de Sentenças Estrangeiras (Reconhecimento e Execução), de 1961, e a posterior Lei de Reconciliação e Arbitragem, de 1996, estipulam que qualquer sentença estrangeira é exeqüível na Índia como se fosse atribuída no país. No caso de disputas comerciais internacionais, o tribunal de arbitragem decide a questão de acordo com as regras e leis indicadas pelas partes. A nova legislação abrange os acordos de arbitragem, composição dos tribunais de arbitragem, sua jurisdição e condução dos processos de arbitragem. O recurso à conciliação também recebeu a devida atenção para assegurar que os litígios comerciais possam ser resolvidos amigavelmente sempre que possível. 86 Para evitar disputas comerciais, os exportadores devem tomar as seguintes precauções: i) O contrato deve ser feito por escrito, para melhor identificação de eventuais divergências; ii) contrato deve ser completo e preciso. Uma redação descuidada ou o uso de termos ambíguos podem mudar seu sentido, devendo ser empregados, por conseguinte, termos comerciais padronizados; iii) o contrato deve incluir uma cláusula de arbitragem, estipulando que a resolução de quaisquer eventuais disputas futuras será feita por arbitragem. 87 88 ceu em torno de um lago, que é o mais sagrado do país e que também é usado como esgoto. De acordo com a lenda, Brama caminhava pela região e deixou cair no chão uma flor de Lótus, que deu origem ao lago. VII – RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS 1. Aspectos Culturais É muito importante que antes de qualquer tentativa de negociação com essa cultura tão distinta conheça algumas de suas particularidades. Caso o novo exportador não tenha pleno conhecimento dos aspectos culturais que envolvem os consumidores nesse país, pode incorrer em erros graves e não conseguir se estabelecer no mercado. Para compreender melhor todo o contexto da vida dos indianos é necessário conhecer sua história, sua geografia, arte e como a religião e a política tem atingido fortemente a vida de seus habitantes. A principal mensagem dessa cultura é a aquisição de conhecimento. Enquanto a ignorância é como a escuridão, o conhecimento é como a luz. A lamparina, chamada de deepak tem muita importância como símbolo pois, tradicionalmente feita de cerâmica, representa o corpo humano. O óleo é queimado nela como um símbolo do poder da vida. Uma simples lamparina quando imbuída desta simbologia dá a mensagem de que toda e qualquer pessoa deve remover a escuridão da ignorância, fazendo o seu próprio trabalho. Nos templos, sempre se oferece uma chama, significando que tudo que se faz é para agradar a Deus. A democracia da Índia é a maior do mundo pela sua população, e o sistema político é parlamentar. Há duas câmaras, a câmara baixa ou “Câmara do Povo” (Lok Sabha) com 544 membros e a câmara alta ou “Conselho de Estados” (Rajya Sabha) co 245 membros . Esta última não pode ser dissolvida. Há um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, diversos partidos políticos e sindicatos. Quase tudo no país é sagrado, desde as vacas até rios. Rio Ganges, o mais sagrado, nasce no Himalaia, corta o país levando consigo misticismo e fanatismo religioso aos olhos ocidentais. Centenas de indianos se purificam nas águas do Ganges, tomam de sua água enquanto ao lado um corpo está sendo cremado e suas cinzas jogadas no rio. Os principais deuses hindus são Brama, Deus da Criação, Vishnu, Deus da Preservação e Shiva a Deusa da Destruição. Outra divindade muito popular é Ganhesh, com cabeça de elefante e corpo de homem. Buda é considerado uma reencarnação de Vishnu, o Deus da Preservação. Deuses inferiores possuem centenas de templos de adoração, enquanto Brama, um dos mais importantes tem somente um templo, em Pushkar. A cidade cres89 2. Oportunidades Comerciais O acordo assinado, em março de 2003, entre Mercosul e Índia deve dobrar o comércio entre as duas partes nos próximos cinco anos, para cerca de US$ 3 bilhões, segundo as previsões do Governo. O tipo de acordo assinado, chamado nos meios diplomáticos de acordo-quadro, é apenas uma carta de intenções. Ele deu origem a um acordo de preferência tarifária, assinado, em agosto de 2003, estabelecendo uma lista de produtos de cada lado que terá tarifa menor de importação. O Mercosul representa hoje apenas 0,83% do total das exportações indianas. A participação da Índia nas exportações do Mercosul é ainda menor: 0,7%. O comércio entre Índia e Brasil vem dobrando a cada ano desde 1999. O comércio entre os dois países representou US$ 1,2 bilhão no ano passado, com divisão praticamente equilibrada entre importações e exportações. O Brasil exporta principalmente óleo de soja e de girassol e importa medicamentos, produtos farmacêuticos e tecidos de algodão. Um grande contrato assinado no ano passado pela Embraer com a Jet Airways, a maior empresa de aviação regional da Índia, deve colocar também os aviões brasileiros na lista de importações indianas a partir de 2005, quando as aeronaves começam a ser entregues. Outro acordo entre os dois países é o de cooperação técnica para a mistura de álcool na gasolina. Para os outros parceiros brasileiros no Mercosul, a Índia exporta também carros. Apesar de as duas regiões terem produtos complementares, a distância dificulta os negócios. A distância torna o transporte e o preço final de alguns produtos muito elevado, sendo necessário algumas alternativas. Atualmente os produtos com maior potencial de inserção no mercado indiano são: - Aviação Civil - Telecomunicações - Energia - Processamento de alimentos - Produtos Farmacêuticos - Rodovias - Portos 90 - Mineração - E-business - Tecnologias de Informação - Petróleo, Gás e Etanol. Toda e qualquer empresa que deseja exportar para a Índia terá, obrigatoriamente, de contatar a Direção-Geral de Comércio Externo (DGFT), órgão do Ministério do Comércio. Deverão, além disso, entrar em contato com as associações e câmaras de comércio mais adequadas. As empresas brasileiras interessadas em investir na Índia deverão contatar o Ministério correspondente ou, dependendo do setor e nível de investimento, o Conselho para a Promoção do Investimento Estrangeiro (FIPB) ou do Banco Central da Índia (RBI), órgãos responsáveis pela aprovação do investimento externo. 91 92 Ministérios ANEXOS I. ENDEREÇOS 1. Missões Diplomáticas e Consulares do Brasil na Índia Embaixada do Brasil em Nova Delhi 8 Aurangzeb Road New Delhi 110 011 Tel.: (11) 2301 7301/ 91-11-2 379 3686 Fax: (11) 2 379 3684 E-mails: [email protected] / [email protected] Telex 31-65277 BRAS IN Consulado Honorário do Brasil em Mumbai (Bombaim) 406 Sharda Chambers No. 33 Sir Vithaldas Thakersey Marg New Marine Lines Mumbai 400 020 Tel.: (022) 200 2236/2256/7511 Fax: (22) 200 9456 Telex: 11-83449/83853 e-mail: [email protected] 2. Agências Oficiais Indianas de Interesse para os Exportadores Brasileiros Ministérios Telefones Ministério dos Produtos Químicos e Fertilizantes Departamento de Produtos Químicos e Petroquímicos Shastri Bhavan Dr. Rajendra Prasad Road-1 New Delhi 110 001 Tel: (11) 23383756/1573/2467/2 338 5131 Fax: (11) 2338 7892 Ministério da Aviação Civil Rajiv Gandhi Bhavan ‘B’ Block Safdarjung Airport New Delhi 110 003 Tel: (11) 2461 0369/0357/0358 Fax: (11) 2461 0354 93 Telefones Direção - Geral do Comércio Exterior Udyog Bhavan New Delhi Tel: (11) 2301 3419/6466/ 4801/4990/1671 Fax: (11) 301 8613 Telex: 31 66773 Ministério da Fazenda (North Block, New Delhi) O Ministério da Fazenda tem vários departamentos; os principais departamentos são os seguintes: • Departamento de Assuntos Econômicos • Divisão de Operações Bancárias • Departamento da Despesa • Departamento da Receita • Conselho Central de Impostos Diretos Tel.: (11) 2301 5510 Fax: (11) 2309 2477/7511 Conselho Central IPI e Alfândegas (CBE&C) Jeevan Deep Building New Delhi 110 001 Fax: (11) 2301 6215/6475/4793 Autoridade de Regulamentação Avançada 26108518/6105874 Ministério das Relações Exteriores - South Block, Akbar Bhavan New Delhi 110 021 - Patiala House, SIL Building, Shastri Bhavan, New Delhi. Tel.: (11) 2 301 2318/ 1127 / 7750 Ministério da Indústria de Base e Setor Público Departamento de Indústria de Base Udyog Bhavan-1 New Delhi 110 011 Tel.: (11) 2301 2433/2207/4740 Fax: (11) 2301 4633/8552 94 2374 5128 2301 1663/2929/1919 2301 2653/2611/6264 2301 2648/ 301 5831 Telex: 31-66682/66562 Fax: (11) 3010700 & 3010680 Telex:31-61876,3161878-86 3. Missões Diplomáticas e Consulares da Índia no Brasil Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) Praça Pio X, 54 -4º andar - sala 402 20.091-040-Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2216-0335/0505 Fax : (21) 2253-4040/233-1235 Site na Internet: http://www.mict.gov.br Embaixada da Índia SHIS QL 08 Conjunto 08, Casa 01 - Lago Sul 71.620-285 - Brasília-DF Tel.: (61) 248.4006 Fax: (61) 248.7849 / 248.5486 E-mail: [email protected] Telex: 61 1245 EIND BR Site: www.indianembassy.org.br 5. Empresas Brasileiras na Índia Sanmak Indústria de Máquinas Ltda. Rua Francisco Vahldirck, 3767 89058-000-Fortaleza – Blumenau (SC) Tel.: (47) 339-2700 Fax: (47) 339-2700 Email. [email protected] Consulado Geral da Índia Avenida Paulista, 925- 7º andar 01311-100 - São Paulo-SP Tel: (11) 3171.0340 / 3171.0341 Fax: (11) 3171.0342 E-mail: [email protected] ou [email protected] URL: www.indiaconsulate.org.br Compsis (atua no setor de Sistemas e Pedágio) Rua Pindamonhangaba, 160 12231-090-São José dos Campos (SP) - Brasil Tel.: (12) 3941-3966 Fax: (12) 3922-0888 www.compsisnet.com.br Consulado Honorário da Índia Avenida Venezuela, 110- 5º andar - Bairro da Saúde 20081-310 - Rio de Janeiro (RJ) Tel.: (21) 2203.3814 Fax: (21) 2233-1747 4. Agências Oficiais no Brasil Informações gerais sobre a Índia, inclusive condições de acesso ao mercado, importadores indianos e oportunidades comerciais. Divisão de Informação Comercial - DIC Ministério das Relações Exteriores Palácio do Itamaraty - Esplanada dos Ministérios 70.170-900 Brasília - DF Tel.: (61) 411 6663 Fax: (61) 322-1935 Site: http://www.mre.gov.br E-mail: [email protected] Embraer Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170 12227-901 - São José dos Campos - SP Tel: (12) 3927 - 1413 Fax: (12) 3927- 1811 Home page: www.embraer.com 6. Câmaras de Comércio e Outras Organizações Comerciais 6.1. Na Índia Emissão de licenças, controle de todas as importações e exportações, registro de todas as empresas que exportam para o Brasil: 95 Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) Organização governamental de promoção da exportação, também responsável por feiras e exposições. Pragati Bhavan, Pragati Maidan New Delhi 110001 96 Tel.: (11) 2337 1916/2331 5246/2337 1540 Fax: (11) 2331 8142/7896/2337 8142 E-mail: [email protected] Site: www.indiatradefair.com 1, Community Centre , Zamprudpur, New Delhi 110048 Tel.: (11) 2 629 2310/21 Site: www.assocham.org Centro Nacional para Informação Comercial (NCTI) Fornece informações sobre o comércio eletrônico. Membro da Rede de Comércio Global, sediada em Melbourne. NCTI Complex, Pragati Maidan New Delhi 110001 Tel.: (11) 2337 1948/50/53 Fax: (11) 2337 1979 E-mail [email protected] Site: www.tradepointindia.com Confederação da Indústria Indiana (CII) Fundada em 1895, possui mais de 2.000 membros, inclusive empresas públicas e principais empresas comerciais privadas. Organiza feiras comerciais, conferências e reuniões. Escritório Central 23-26 Institutional Area Lodhi Road New Delhi 110003 Tel.: (11) 2 462 9994-97/2 469 0071 Fax: (11) 2 462 6149/2 463 3168 E-mail: www.ciionline.org Federação das Câmaras Indianas de Comércio e Indústria (FICCI) Fundada em 1927 como organização central da indústria e do comércio. O Governo convidou a FICCI a agrupar 100 órgãos consultivos para revisão e recomendações sobre políticas. Organiza feiras comerciais, conferências e “workshops” para os seus membros. Tansen Marg New Delhi 110001 Contato: Diretor de Relações Públicas Site: www.ficci.com Tel.: (11) 2 331 4213 Federação de Organização da Exportação Indiana (FIEO) Auxilia os exportadores com informações de mercado, política governamental, organização de exposições no exterior, delegações, etc. PHD House, 3rd floor Opp. Asian Games Village New Delhi 110016 Tel.: (11) 2 686 3801/2/3/4 Site: www.fieo.com Câmara de Comércio e Indústria de Punjab, Haryana e Delhi (PHD-CCI) Representa os estados de Punjab e Haryana, e o território de Nova Delhi. PHD House, Opposite Asian Games Village, New Delhi 110 016 Tel.: (011) 2 686 3801/2 685 2416 Fax: (011) 2 686 3135/2 656 8392 e-mail: [email protected] site: www.phdcci.org 6.2. No Brasil Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Índia R. Matinore, 76, 2º Andar Rio de Janeiro - RJ 20971-000 Tel.: (21) 241 2626/2541 Fax: (21) 281 8473 7. Principais Entidades de Classe Indianas Câmara Associada de Comércio e Indústria da Índia (ASSOCHAM) A mais antiga organização nacional das câmaras de comércio da Índia. Órgão apolítico que procura estreitar relações com o Governo e organizações empresariais e comerciais. 97 A natureza incipiente e fragmentada do sistema de distribuição indiano não permite a apresentação de uma lista definida de distribuidores aos exportadores estrangeiros. Os distribuidores especializam-se por mercadoria e região. Os 98 exportadores devem contatar as diferentes organizações comerciais no Brasil e na Índia para obter a localização de um distribuidor adequado para as suas mercadorias. 8. Principais Bancos Atualmente, não existem bancos brasileiros na Índia. Entretanto, em 2002, foi criada uma linha de crédito entre o Banco EXIM da Índia e o BRADESCO. Bancos Indianos Bancos Estrangeiros Bank of Baroda 16, Parliament Street, New Delhi 110 001 ABN Amro Bank DLF Centre Sansad Marg New Delhi 110 001 Punjab National Bank (Corporate Branch) A-9, Rajiv Chowk, Cannaught Circus, Grindleys Bank Plc., 90, Mahatma Gandhi Rd., Mumbai – 400 023. New Delhi 110 001 Punjab & Sind Bank Bank House, 21, Rajendra Place, N.Delhi 110 008 Indian Bank 31, Rajaji Road, Chennai 600 001 Bank of India Express Towers 14th Floor, Nariman Point, P.B. No. 234, Mumbai 400 021 Janpath Branch New Delhi 110 001 Bancos Indianos State Bank of India State Bank Bhavan, P.B. No. 12, Madame Cama Road, Mumbai 400 021 Canara Bank 112 J.C.Road, P.Box No. 6648, Bangalore 560 002 Bancos Estrangeiros The Mitsui Bank Ltd., 6, Wallace Street, Mumbai – 400 001 Deutsche Bank Nariman Point, Mumbai – 400 021. Hongkong Bank, 52/60, Mahatma Gandhi Rd., Mumbai – 400 023. Citibank Air India Building, Nariman Point, Mumbai – 400 023. Standard Chartered Bank, P.B. 1806, New Excelsior Building, A.K. Naik Marg, Mumbai – 400 001. 9. Principais Feiras e Exposições Bank of America National Trust & Savings Association, Air India Building, 16th Floor, Nariman Point, Mumbai – 400 021. Bank of Tokyo-Ltd., Jeevan Prakash, Sir P.M. Road, Mumbai – 400 001. 99 Exposição & Local Organizador FEIRA INTERNACIONAL DE COURO DA ÍNDIA Chennai Trade Centre (Máquinas de curtimento do couro, fabricação de sapatos, secadoras, máquinas de costura, químicos de acabamento do couro, tratamento de efluentes) Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) Fax : (11) 2331 8142/7896/2337 8142 TEX-STYLES INDIA Pragati Maidan (Produtos domésticos, tecidos, fios, linhas acessórios, sistemas CAD / CAM) (Último evento: 2002; Expositores: 300; Área:16.000 m2) Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) Fax : (11) 2331 8142/7896/2337 8142 KRISHI EXPO 2003 Pragati Maidan (Agricultura e produtos afins) Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) 100 (cont. da pág. anterior) (cont. da pág. anterior) FEIRA INTERNACIONAL DE PRODUTOS DE COURO (ILGF) Netaji Indore Stadium, (Bolsas, carteiras, mochilas, pastas, malas, cintos, artigos esportivos, artigos de viagem, produtos de couro industrial) Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) AAHAR 2003 Pragati Maidan (Alimentos processados, máquinas de processamento, embalagem e refrigeração, produtos agrícolas, equipamento e suprimentos de hotelaria e restauração) Organização de Promoção Comercial da Índia (ITPO) Fax: (11) 2331 8142/7896/2337 8142 FEIRA INTERNACIONAL DE VESTUÁRIO DA ÍNDIA Pragati Maidan (Confecções). AEPC. NBCC Tower, Bhikaji cama Place , New Delhi-66, Tel.: 91-11-616 9393 Fax: 91-11-618 8584. Email:[email protected] GERAÇÃO DE ENERGIA NA ÍNDIA E ÁSIA CENTRAL Pragati Maidan (Equipamentos, serviços e tecnologias relacionadas ao setor de energia elétrica) Interads Limited,A-113, Shivalik, New Delhi-17. Tel.: 91-11-6283018/19, Fax: 91-11-622 8928/7220410. Email:[email protected] AUTOMECHANICA INDIAPragati Maidan (Peças e partes automotivas, equipamentos para oficinas, postos de serviço, acessórios, pintura automotiva, ambiente automotivo, veículos e trailers) Messe Frankfurt Trade Fairs India Pvt.Limited, AnsalBhawan, K.G.Marg New Delhi-1. Tel.: 91-11-2 3320018/19 Fax: 91-11-23320033. Email:[email protected] SUPERCOMMPragati Maidan (Tecnologia da informação, telecomunicações, etc.) Interads Limited,A-113, Shivalik, New Delhi Tel.: 91-11-628 3018/19, Fax: 91-11-622 89287220410. Email:[email protected] 101 FEIRA INDIANA DE ENGENHARIA (IETF)Pragati Maidan (Produtos, tecnologia e serviços relativos ao Setor de Engenharia) CII Gate No. 31, North Block, Jawahar lal Nehru Stadium, New Delhi-3. Tel.: 91-11-24366225, Fax: 91-11-24366271 Email:[email protected] PLASTINDIAPragati Maidan (Produtos, tecnologia e serviços relativos ao plástico) Plastindia Foundation 401,Landmark,”B”Building Suren Road, off Andheri Kurla Road, Andheri (east), Mumbai-93. Tel.: 91-22-830 2911/14, Fax: 91-22-8902915 JUTE INDIA Pragati Maidan (Produtos, tecnologia e serviços relativos à juta e ao hesain) Conselho de Desenvolvimento de Produtos de Juta 3-A,Park Plaza, 71,Park street,Kolkata-16. Tel.: 91-33-245 7540, Fax: 91-33-245 7456 CONVERGENCE- 2003 Pragati Maidan (Produtos, tecnologia e serviços relativos a TI, telecomunicações e radiodifusão) Exhibitions India A-117,DDA Office -cunshopping complex, Near Moolchand flyover, Defence Colony, New Delhi-24. Tel.: 91-11-463 8680/4 Fax: 91-11-462 3320. CVMO- 2003 Pragati Maidan (Bicicletas, ciclomotores, motocicletas, peças e acessórios e máquinas de condicionamento físico) Modern Multi Media Co. India Pvt Limited,Mehta House a-16,Naraina-II, New Delhi-28. Tel.: 91-11-570 0445/52, Fax: 91-11-570 0644. Email:[email protected] ANALYTICA –ANACON Mumbai. (Instrumentos científicos e analíticos) Messe Munchen International Câmara de Comércio IndoAlemã, Maker Tower E, 1st Floor, Cuffe Parade, Mumbai-400005 Tel.: 6878721/6111730 Fax: 6118664 102 (cont. da pág. anterior) (cont. da pág. anterior) PHARMA WORLD EXPO Mumbai. (Equipamento para a produção de fármacos, equipamento laboratorial, medicamentos a granel, etc.) M/s Jasubhai Media Pvt. Ltd. Taj Building 3rd Floor 210 D.N. Road, Fort Mumbai – 400001 Tel.: 22-2310515 Fax: 22-2310525 INTERNATIONAL FOOD TECH INDIA Hyderabad. (Processamento de alimentos, embalagem, bebidas, ingredientes, etc.) M/s Cidex Trade Fairs Pvt. Ltd. 1, Commercial Complex, 2nd Floor, Pocket H & J, Sarita Vihar,New Delhi-44 Tel.: 6971056/1066 Fax: 6971746 TUBE INDIA INTERNATIONAL Hyderabad. (Equipamento e máquinas relacionadas à indústria de tubos e canos) M/s Cidex Trade Fairs Pvt. Ltd. 1, Commercial Complex, 2nd Floor, Pocket H & J, Sarita Vihar, New Delhi -44 Tel.: 6971056/1066 Fax: 6971746 SHEET METAL INDIA Hyderabad. (Tecnologia de placas de metal, matérias-primas, acessórios, etc.) M/s Cidex Trade Fairs Pvt. Ltd. 1, Commercial Complex, 2nd Floor, Pocket H & J, Sarita Vihar, New Delhi-44 Tel.: 6971056/1066 Fax: 6971746 INDIA INTERNATIONAL CLEAN ENERGY EXPO 2003 Bangalore. (Energia solar, hidrelétrica, células de combustível, energia eólica, conservação de energia, etc.) M/s Pradeep Deviah & Associates Pvt. Ltd., PDA House, No. 32/2, Spencer Road, Frazer Town, Bangalore Tel.: 080-5547169/5547434 Fax: 080-5542258 INDIA RUBBER EXPO 2003 Mumbai. (Produtos de borracha Rubber, matérias-primas, e máquinas) Associação Indiana das Indústrias de Borracha 1009, Padma Tower-1, Rajindra Place, New Delhi110008 Tel.: 5825011 Fax: 5825012 VCCI INDIA 2003 Vadodara (Máquinas em geral, computadores, equipamento de controle da poluição, comunicação, etc.) Câmara de Comércio e Indústria de Vadodara - VCCI Commercial Complex, 73, GIDC Makarpura Vadodara-390010 Tel.: 265-642291/648547 Fax: 265-642185 AERO INDIA 2003 Bangalore (Aeronaves civis e militares, equipamento para naves espaciais, ótica eletroeletrônica, equipamento de guerra, etc.) Exposição de Defesa Organização: Ministério da Defesa, Pragati Maidan, N. Delhi Telefax: 3371509/3371987 10. Meios de comunicação 10.1. Principais Jornais Impressos em Inglês Gerais (nacionais) The Hindu Times of India Hindustan Times Pioneer Asian Age De Negócios Economic Times Financial Express Observer Business Standard 10.2. Principais Revistas Impressas em Inglês India Today Outlook Business India Business Today Business World 10.3. Canais de TV com Transmissão em Inglês Doordarshan (Channel 1) Star News British Broadcasting Channel (BBC) CNN Discovery CNBC 103 104 Cemex Investment & Services Pvt Ltd. B-2 Qutab Hotel Shaheed Jeet Singh Marg New Delhi 110 016 Tel.: (91) 11 26514520 Fax: (91) 11 26968163 Email: [email protected] 10.4. Estações de Rádio com Transmissão em Inglês FM Band, agora privatizada 11. Consultoria em Marketing As principais empresas de pesquisa de mercado são: Indian Market Research Bureau (IMRB) Nirmal, 7th Floor Nariman Point Mumbai 400 021 Tel.: (22) 285 1388/89/90 Fax: (22) 285 2122 KSA Technopak A-5 Pamposh Enclave New Delhi 110 048 Tel.: (91) 26291111 Fax: (91) 26291112 Email: www.ksa-technopak.com Marketing and Research Group (Pvt.) Ltd. (MARG) 30th Floor, Centre One, World Trade Center 1, Cuffe Parade Mumbai 400 005 Tel.: (22) 218 6922/3/4 Fax: (22) 218 3718 ORG-MARG Research Ltd. Voltas House (1st Floor), Dr. Ambedkar Road, Chinchipokhli, Mumbai 400 033 Tel.: 022-4632 700/500 Fax: 022- 4632 701/501 Site: www.org-marg.com e-mail: [email protected] Tata Economic Consultancy Services Orient House, Adi Marzban Path, Ballard Estate, Mumbai 400 001 Tel.: 91-22-261 7621/9819/7969 Fax: 91-22-261 3810 Site: www.tata.com e-mail: [email protected] 105 106 II - INFORMAÇÕES PRÁTICAS 1. Procedimentos para a Obtenção de Vistos A Embaixada da Índia no Brasil aceita pedidos de visto de brasileiros residentes em todos os estados exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul. Os residentes destes cinco estados devem solicitar o seu visto junto ao Consulado Geral da Índia em São Paulo. A validade do visto inicia-se na data de emissão e não na data de entrada da pessoa na Índia. Todas as pessoas com um visto válido por mais de 180 dias, exceto menores de 16 anos e certas categorias com vistos estipulando uma estada superior a esse prazo, devem-se registrar no Escritório de Registro de Estrangeiros mais próximo no prazo de 14 dias após a chegada à Índia. Os cidadãos estrangeiros de visita devem, igualmente, garantir a saída do país antes do vencimento do visto. Qualquer estada além do prazo deve ser regularizada e o visto prorrogado antes que a pessoa possa deixar o país, podendo haver a cobrança de uma taxa adicional por parte das autoridades de imigração da Índia. Tipos de Vistos Existem as seguintes categorias principais de vistos (existem outros tipos não cobertos no presente documento). a) Visto de Negócios - permite ao portador realizar negócios na Índia e pode ser prorrogado. b) Visto de Trabalho - necessário para aqueles que pretendam trabalhar na Índia c) Visto de Turista - visitas somente para fins de turismo, válido por no máximo seis meses após a data de emissão. Nenhuma atividade, como trabalhar, estudar ou fazer trabalho missionário é permitido. O Visto de Turista não pode ser prorrogado na Índia. d) Visto de Cônjuge - emitido quando um indivíduo precisa acompanhar seu cônjuge Documentos necessários para a emissão de Vistos 1. Passaporte com validade de pelo menos seis meses. 2. Duas fotografias (3 x 4) 3. Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela e formulário de solicitação, devidamente preenchido. 4. Taxas, pagas em cheque ou dinheiro, e custos de Sedex, caso o passaporte deva ser devolvido por esse meio. 107 5. Para vistos de Negócios, Estudo ou Trabalho, incluir carta de apresentação de empresa indiana ou parceiro comercial, no caso de estudante, carta de matrícula da escola ou universidade. Em caso de trabalho, carta de oferta de emprego, discriminando cargo, salário, condições, etc. 6. Para vistos diplomáticos ou de serviço, incluir nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 2. Horário Comercial O horário comercial é das 9:30 às 17:30 no setor privado e órgãos públicos, com uma hora de intervalo para almoço, entre as 13:00 e as 14:00 horas. Algumas empresas trabalham o período integral ou meio período aos sábados. A hora padrão indiana é cinco horas e meia mais que a hora média de Greenwich. 3. Moeda A rúpia indiana é dividida em 100 paise. As cédulas são emitidas em séries de Rs. 10, 20, 50, 100 e 500 e as moedas em valores variando de 25 paise a Rs. 5. 4. Feriados Dia da República Holi Feriado Bancário Ram Navami Idu’l Zuha Sexta-Feira da Paixão Id-e-Milad Janmashtami Dia da Independência Dussehra Dia de Mahatma Gandhi Diwali Aniversário Guru Nanak Id-Ul-Fitr Natal 108 26 de janeiro 19 de março 1 de abril 11 de abril 8 de abril 18 de abril 7 de julho 20 de agosto 15 de agosto 4 de outubro 2 de outubro 25 de outubro 4 de novembro 26 de novembro 25 de dezembro Obs.: Os feriados acima podem não coincidir necessariamente com a mesma data todos os anos e não representam uma lista exaustiva. Enquanto alguns são feriados oficiais/nacionais respeitados por todos, muitos outros são apenas respeitados de acordo com a religião (estes são chamados de feriados “estatutários”) 5. Corrente Elétrica O fornecimento de eletricidade é geralmente de 220-250 volts AC, 50 ciclos. 6. Relação de Hotéis na Índia Taj Mahal 1 Mansingh Road New Delhi 110 011 Tel.: (11) 2 301 6162 Fax: (11) 2 302 6070 e-mail: [email protected] site: www.tajhotels.com Oberoi Nariman Point Mumbai 400 021 Tel.: (22) 5632 5757 Tel.: (reservas diretas): (22) 5632 6887 Fax: (22) 5632 4142 e-mail: [email protected]/ [email protected] site: www.oberoihotels.com Leela Kempinski Sahar Mumbai 400 059 Tel.: (22) 836 3636/ 835 3535/ 5691 1234 Fax: (22) 836 0606/ 5691 1212 e-mail: leelarsv@the leela.com site: theleela.com Oberoi Grand 15 Jawaharlal Nehru Road Calcutta 700 013 Tel.: (33) 2 249 2323 Fax: (33) 2 249 1217 e-mail: reservation2oberoi-cal.com/ [email protected] site: www.oberoihotels.com Park Hotel 15 Parliament Street New Delhi 110 001 Tel.: (11) 2 374 3000 Fax: (11) 2 373 2025 e-mail: [email protected] site: www.theparkhotels.com Taj Bengal 34B Belvedre Road, Alipore, Calcutta 700 027 Tel.: (33) 223 3939 Fax: (33) 223 1766/ 8805 e-mail: [email protected] site: www.tajhotels.com Claridges 12 Aurangzeb Road New Delhi 110 011 Tel.: (11) 2 301 0211 Fax: (11) 2 379 2388 e-mail: [email protected] The Taj Mahal (5 estrelas de luxo) Apollo Bunder Colaba Mumbai 400 001 Tel.: (22) 2202 3366/ 5665 3366 Fax: (22) 2287 2711 e-mail:[email protected] / [email protected] site: www.tajhotels.com The Park 17 Park Street Calcutta 700 016 Tel.: (33) 249 7336/ 249 31321 Fax: (33) 249 7343/ 249 9457 e-mail: [email protected] site: www.theparkhotels.com 109 110 Taj Coromandel 47 Mahatma Gandhi Road Nungambakkm Chennai 600 034 Tel.: (44) 827 2827 Fax: (44) 825 7104/ 8280453 e-mail:coro,[email protected] site: www.tajhotels.com 7. Taxas de Serviços de Entregas As empresas de entregas prestam serviços entre vários países do mundo, inclusive entre várias cidades do Brasil e da Índia. As taxas da DHL para os serviços de Entrega Expressa de Encomendas e Documentos a partir da Índia são as seguintes: The Park 601, Annai Salai Road Chennai 600 006 Tel.: (44) 714 4000 Fax: (44) 714 4100 e-mail: [email protected] site: www.theparkhotels.com Welcomgroup Chola Sheraton 10, Cathedral Road, Chennai- 600 086 Tel.: (44) 827 8779/ 811 0101 Fax: (44) 811 0202 e-mail: [email protected] site: www.welcomgroup.com The Oberoi 37-39 Mahatma Gandhi Road Bangalore 560 001 Tel.: (80) 558 5858 Fax: (80) 558 5960 e-mail: [email protected]/ [email protected] The Taj West End Racecourse Road Bangalore 560 001 Tel.: (80) 225 5055 Fax: (80) 225 5580 e-mail: [email protected] Le Meridien 28, Shankey Road, Bangalore –560 052 Tel.: (080) 226 2233 Fax: (080) 226 7676/ 226 2050 e-mail: [email protected] site: www.lemeridien.com 111 112 140 225 169 140 144 144 100 144 155 140 169 140 225 100 189 189 140 144 169 149 247 174 149 162 162 100 162 155 149 174 149 247 100 221 221 149 162 174 6.406 10.421 7.416 6.406 6.931 6.931 4.470 6.931 6.693 6.406 7.416 6.406 10.421 4.470 9.302 9.302 6.406 6.931 7.416 4.916 7.951 5.676 4.916 5.311 5.311 3.470 5.311 5.143 4.916 5.676 4.916 7.951 3.470 7.092 7.092 4.916 5.311 5.676 3.426 5.481 3.936 3.426 3.691 3.691 2.470 3.691 3.593 3.426 3.936 3.426 5.481 2.470 4.882 4.882 3.426 3.691 3.936 1.936 3.011 2.196 1.936 2.071 2.071 1.470 2.071 2.043 1.936 2.196 1.936 3.011 1.470 2.672 2.672 1.936 2.071 2.196 20Kg 15Kg 10Kg 5Kg 1 Kg 1. Empresas de Transportes no Brasil 744 1035 804 744 775 775 662 775 803 744 804 744 1.035 662 904 904 744 775 804 50,5+ Kg (taxa adicional por 500 gramas) 20,5-50,0 Kg (taxa adicional por 500 gramas) III– TRANSPORTES 1.1. Marítimas Existem várias linhas de navegação diretas entre a Índia e o Brasil (a partir do porto de Mumbai), através de várias agências de serviços de carga. O tempo de viagem é de cerca de 35 dias entre Mumbai, Joanesburgo e o Brasil, sendo que os preços variam entre US$ 2.200 para contêineres de 20 pés e US$ 4.400 para contêineres de 40 pés (não incluindo taxas de estiva). As taxas variam conforme a rota do navio. NORSUL Av. Augusto Severo 20.021-040-Rio de Janeiro-RJ Tel.: (21) 292 4148 / 221 3880 Fax: (21) 507 1547 Email: [email protected] OUTRAS Transroll/Sea Ways (21) 2224 0674 Maersk Lines (21) 2557 7584 Hamburg Sud (21) 0800 177576 Zinlines (21) 2233 0827 Evergreen/Grigg (11) 257 4300 Austrália Brasil Canadá China França Alemanha Hong Kong Itália Japão Coréia (do Norte e do Sul) México Nova Zelândia Rússia Cingapura Espanha Suécia Taiwan Reino Unido EUA (In Rs.) Países 1.2. Aéreas 113 Não existe nenhuma ligação aérea direta entre o Brasil e a Índia. A maioria dos vôos passa pela Europa, com conexões em Londres, Frankfurt, Paris, Amsterdã ou Zurique, mas existe também uma conexão via Joanesburgo (apenas para Mumbai pela South African Airways). British Airways (21) 2383 7478/2393 8944 Air France (21) 2220 8661 Lufthansa (21) 2462 0733 114 2. Empresas de Transportes na Índia GAC Shipping India P. Ltd. Tel. : 0091-22-2641943 E-mail: [email protected] 2.1. Trens Hotéis Existem dois trens de luxo, que são como hotéis cinco estrelas. Estão incluídos entre os dez melhores trajetos de trem do mundo. Estes trens funcionam de setembro a maio. Nas tarifas estão incluídas todas as refeições completas, além de todas as visitas, programas culturais e excursões em camelos e elefantes, que são realizados durante o passeio: - O Palácio sobre Rodas: Reconhecido como um dos melhores do mundo, este trem possui ar condicionado e 52 cabines para 2-3 pessoas; é decorado, com antiguidades autênticas e os dethalhes mais luxuosos da atualidade. Além disso, conta com um serviço personalizado. Parte toda quarta-feira de Nova Delhi passando por Jaipur, Chittaugarh, Udaipur, Jaisalmer, Jodhpur, Bharatpur e Agra, regressando à Nova Delhi na quarta-feira seguinte. Tourist Reception Centre Bikaner House Pandara Road Nova Delhi 110003 ( Índia ) Telefone : 07-91-11-3381884 Fax : 07-91-11-3382823 - O Oriente Real : É um trem moderno totalmente decorado com artesanatos. Parte toda quarta-feira de Nova Delhi, percorre as regiões do Rajasthan e Gujarat, visitando as cidades de Chittaugarh, Uuuudaiour, Ahmedabad, Somnath, Sasangir, Ahmedpur Mandvi, Diu, Palitana, Sarkhej, Ahmedabad, Jaiupur e regressa para Nova Delhi, na quarta-feira seguinte. Tourism Corporation of Gujarat Ltd. A-6 State Emporia Building Baba Kharak Singh Marg Nova Delhi 110003 ( Índia ) Telefone : 07-91-11-3734015 Fax : 07-91-11-3732482. 115 116 BIBLIOGRAFIA Para a elaboração do presente estudo foram consultadas várias fontes de informações estatísticas sobre a Índia: Fontes oficiais indianas: - Banco Central da Índia; Associação dos Portos Indianos; Pesquisa Econômica da Índia, 2002 – Ministério da Fazenda Agência Nacional de Desenvolvimento da Exportação Fontes oficiais internacionais: - International Financial Statistics. International Monetary Fund. 2002; Country Profile: Índia, 2002, The Economist Intelligence Unit Limited; The Economist Intelligence Unit: Country Report, 2001, 2002. Fontes oficiais brasileiras: - Sistema Alice – Secretaria de Comércio Exterior/MDIC. 117 118 - Títulos publicados na Série Como Exportar 1978 - CEX / 1 : Espanha CEX / 2 : Países Baixos CEX / 3 : Nigéria CEX / 4 : Canadá CEX / 5 : Japão CEX / 6 : México CEX / 7 : França CEX / 8 : Estados Unidos da América CEX / 9 : Bélgica e Luxemburgo CEX / 10: Venezuela 1979 - CEX / 11: Reino Unido CEX / 12: Arábia Saudita CEX / 13: Suécia CEX / 14: Suíça 1980 - CEX / 15: República Popular da China CEX / 16: República Federal da Alemanha CEX / 17: Austrália CEX / 18: Kuaite CEX / 19: Chile CEX / 20: Hungria CEX / 21: Itália CEX / 22: Costa Rica 1981 - CEX / 23: Uruguai CEX / 24: Estados Unidos da América (2ª edição) CEX / 25: Equador CEX / 26: Costa do Marfim CEX / 27: Peru CEX / 28: Argentina CEX / 29: Argélia CEX / 30: Paraguai 1982 - CEX / 31: Noruega CEX / 32: Hong Kong CEX / 33: Panamá CEX / 34: Países Baixos (2ª edição) CEX / 35: Colômbia 1984 - CEX / 37: Japão (2ª edição) CEX / 38: Bélgica e Luxemburgo (2ª edição) CEX / 39: França (2ª edição) CEX / 40: Indonésia CEX / 41: Senegal CEX / 42: Cingapura CEX / 43: Venezuela (2ª edição) CEX / 44: Malásia CEX / 45: Dinamarca CEX / 46: República Federal da Alemanha (2ª edição) 1985 - CEX / 47: Hungria (2ª edição) - CEX / 48: Grécia 1986 - CEX / 49: Paraguai (2ª edição) - CEX / 50: Austrália (2ª edição) 1987 - CEX / 51: Índia - CEX / 52: Canadá (2ª edição) - CEX / 53: Cuba 1988 - CEX / 54: Chile (2ª edição) 1989 - CEX / 55: Itália (2ª edição) - CEX / 56: Coréia do Sul - CEX / 57: México (2ª edição) 1990 - CEX / 58: Reino Unido (2ª edição) 1994 - CEX / 59: Portugal (2ª edição) - CEX / 60: Brasil 1995 - CEX / 61: Reino Unido (3ª edição) CEX / 62: Panamá (2ª edição) (2) CEX / 63: Tailândia CEX / 64: Malásia (2ª edição) 1996 - CEX / 65: Costa Rica (2ª edição) (2) - CEX / 66: Chile (3ª edição) - CEX / 67: Espanha (2ª edição) (1) (2) 1997 - CEX / 68: El Salvador (2) - CEX / 69: Índia (2ª edição) (1) (2) 1983 - CEX / 36: Portugal 119 120 1998 - CEX / 70: Portugal (3ª edição) (1) (2) - CEX / 71: União Européia - CEX / 72: Colômbia (2ª edição) (1) (2) 1999 - CEX / 73: Mercosul – Acesso ao Mercado (2) CEX / 74: Reino Unido (4ª edição) (1) (2) CEX / 75: Venezuela (3ª edição) (1) (2) CEX / 76: Áustria (2) CEX / 77: Cingapura (2ª edição) CEX / 78: Equador (2ª edição) (2) CEX / 79: Austrália (3ª edição) CEX / 80: Argentina (2ª edição) (1) (2) 2000 - CEX / 81: Ucrânia (2) CEX / 82: Uruguai (2ª edição) (1) (2) CEX / 83: Paraguai (3ª edição) (1) (2) CEX / 84: México (3ª edição) (1) (2) CEX / 85: Dinamarca (2ª edição) CEX/ 86 : União Européia (2ª edição) CEX/ 87 : África do Sul (3ª edição ) (1) (2) 2001 - CEX / 88 :Chile (4ª edição) - CEX / 89 :Estados Unidos da América (3ª edição ) (1) (2) 2002 - CEX / 90: Dinamarca (3ª edição) (1) (2) CEX / 91: Finlândia (1) (2) CEX / 92: Noruega (2ª edição) (1) (2) CEX / 93: Suécia (2ª edição) (1) (2) CEX / 94: Malásia (3ª edição) (1) (2) CEX / 95: Tailândia (2ª edição) (1) (2) CEX / 96: Cingapura (3ª edição) (1) (2) CEX / 97: Alemanha (3ª edição) (1) (2) CEX / 98: Países Baixos (3{ edição) (1) (2) CEX / 99: União Européia (3ª edição) (1) (2) CEX / 100: Chile (5ª edição) (1) (2) 2003 - CEX / 101: CEX / 102: CEX / 103: CEX / 104: CEX / 105: CEX / 106: CEX / 107: CEX / 108: Obs.: (1) (2) Títulos disponíveis da seguinte forma: Impresso; e BrazilTradeNet (http://www.braziltradenet.gov.br). Informações adicionais sobre os estudos da série “Como Exportar” ou remessa de novos exemplares deverão ser solicitados a: Austrália (4ª edição) (1) (2) Nova Zelândia (1) (2) República Tcheca (1) (2) Romênia (1) (2) Hungria (3ª edição) (1) (2) Peru (3ª edição) (1) (2) Grécia (2ª edição) (1) (2) Índia (3ª edição) (1) (2) Ministério das Relações Exteriores Divisão de Informação Comercial - DIC Anexo I – Palácio do Itamaraty 5º andar – salas 513 a 518 CEP: 70170-900 – Brasília - DF Tels.: (61) 411-6390 / 411-6391 / 411-6636 Fax: (61) 322-1935 E-mail: [email protected] Home-page: http://www.braziltradenet.gov.br 121 122