O AMIGÃO do Pastor
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O AMIGÃO do Pastor
O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 18 - Nº 12 DEZ/08 COMO SERIA UM VERDADEIRO NATAL Pr. Cleber Rodarte Neves Texto: Mt. 1.18-2.3; Lc 2.1-20. Introdução: Vamos imaginar o Natal sem algumas coisas que lhe são peculiares, que são suas características inseparáveis. - Vamos tirar do natal o papai Noel - os duendes - A árvore de Natal - s presentes - o peru, o pernil e a ceia - o champangne - guirlandas - as luzes - o presépio - o amigo secreto - o “Jingle bells” - as vitrines das lojas O que é que so.brou aos olhos do mundo? Nada! Acabamos com o natal desse jeito. Se pudéssemos fazer isto de fato, seríamos linchados. Mas vamos voltar à Palavra de Deus e ver como é o Natal de verdade. O que houve no Natal de Jesus? I. HOUVE A PRÉVIA IND ENTIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO. Mt. 1.20-21,23 1.Um ser divino, gerado pelo Espírito Santo. V. 20b 2.Seu nome- Jesus (Jeová é salvação). v. 21ª 3.O Salvador. Mt. 21,b; Lc. 2.11 4.Deus encarnado. v. 23 II. HOUVE UM ESPÍRITO DE APREENSÃO. Mt. 2.3 No Natal, as pessoas que não têm salvação deveriam ficar apreensivas, preocupadas com suas almas, visto que nasceu o Salvador e ainda não O conhecem. Deveriam pensar: “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos.” Infelizmente a maioria das pessoas não relacionam o natal com a salvação que Deus trouxe ao mundo; não pensam na necessidade de suas almas, não se preocu- pam com a ameaça da condenação eterna caso não recebam a Cristo como Salvador. O que existe no Natal é uma falsa euforia. Na verdade, para os incrédulos, os que ainda não são salvos, o Natal não deveria ser motivo de alegria, mas de preocupação com as suas almas. O natal de Cristo só trouxe alegria para os salvos; os perdidos pertubaram-se. III. HOUVE UM ESPÍRITO DE SIMPLICIDADE. Mt.2.6 1.O Senhor Jesus Cristo nasceu numa humilde cidade. v.6 2.Nasceu numa manjedoura. Poderia haver um berço mais simples, mais humilde? Foi envolto em panos improvisados, não nos esquecendo que o local do seu nascimento não teve o conforto de um quarto ou de uma maternidade (nem do SUS), mas a extrema simplicidade de uma estrebaria. 3.Numa família simples. Apesar de ser descendente de família real, seus pais eram de condição financeira humilde. (Certa vez a família Rodarte saiu no jornal como família importante, mas eu não estava na foto. Não fui convidado, pois sou do lado pobre da família, e sou pastor. Não ficaria bem para o nome da família eu sair naquela foto). O Natal de Cristo não teve ostentação. O nascimento do Rei dos reis e Senhor dos Senhores se deu na mais pura simplicidade. IV. HOUVE UM ESPÍRITO DE LOUVOR E ADORAÇÃO. 1.Anjos cantaram a Cristo. Lc. 2.13-14 2.Pastores e magos adoraram a Cristo. Mt 2.1,2,11; Lc. 2.8,16 O natal é tempo de excessos em gastos e comida; mas não foi assim no Natal de Cristo. Toda a atenção dos que O adoraram, estava voltada para Ele dos que o adoraram. Mt2.9 Não foi para Maria nem para outro qualquer. Os magos abriram seus tesouros para Cristo. E nós abrimos os nossos tesouros para nós mesmo e não pensamos na obra de Deus. O 13° salário não é usado para os missionários nem para alguma obra da igreja. V. HOUVE UM ESPÍRITO DE GRANDE ALEGRIA. Mt.2.10 Lc. 2.9-10 – No meio de grande reverência surgiu grande alegria. A alegria do natal deve ser Cristo. É possível ter grande e verdadeira alegria mesmo tirando tudo o que tiramos do Natal. Lc. 2.20 VI. HOUVE UM CONHECIMENTO VERDADEIRO DE JESUS CRISTO. Mt. 2.11; Lc. 2.16 No Natal de Cristo, as pessoas conheceram pessoalmente o Salvador. O Cristo do Natal de hoje para a maioria é fictício; é apenas aquela figura de um menino deitado num manjedoura, misturado a tantos outros personagens. VII. HOUVE UM ESPÍRITO DE EVANGELISMO. Lc. 2.17,18 Divulgaram o nascimento do Salvador do mundo. NA verdade, o natal deveria ser uma época em que a igreja saísse para evangelizar. Mas o nosso costume é assistir à cantata e correr para casa para revelar o amigo secreto e comer muitas coisas gostosas. Enquanto isso, os perdidos continuam perdidos. Aproveitamos o natal para falar de Cristo pelo menos para os nossos familiares e amigos com os quais passamos o natal? Novo Rei, novo reino. CONCLUSÃO Como nos sentiríamos se nos tirassem as coisas peculiares ao Natal? Creio que devemos reconsiderar a maneira como estamos comemorando o nascimento de Jesus Cristo. (Pr. Cleber é editor do AMIGÃO e Pastor da Igreja Batista Independente em Campo Belo-MG)DE O NASCIMENTO CRISTO Mateus 1.18-23; Isaías 7.14 1. Foi físico (v.18). 2. Foi motivado pelo amor (João 3.16) 3. Foi profético (v. 22-23) 4. Foi poderoso (v. 23b) 5. Foi proposital (v. 21b) (Ministers´ Manna) O AMIGÃO do Pastor Página 2 O NATAL DOS SACOS DE COMPRA Joe McKeever Editorial Prezado leitor, Neste número temos sermões sobre o Natal, nos mostrando a importância de enfatizarmos o Natal bíblico em contraposição ao Natal sem CRISTO, que o mundo inventou. Mas, além do tema do Natal temos uma mensagem muito importante com o título: “Cântico sem vida, culto desanimado”. Os dirigentes de música hoje em grande parte, tem demonstrado que têm como objetivo agradar o povo e não a DEUS. Dão ao povo “entretenimento musical” que agrada a carne e que não prepara os corações para adorar ao SENHOR. Estão abandonando os hinários e fazendo do altar um palco e dos adoradores verdadeiras platéias, que aplaudem os “artistas” evangélicos. Mas, os verdadeiros dirigentes e adoradores continuarão a cantar hinos e cânticos espirituais, que não estimulam a carne para as danças, mas estimulam o coração a buscar a presença do SENHOR. Culto animado não significa excitação da carne. Boa leitura. Pr. Cleber Rodarte Neves. Quando pedi aos jovens casais de minha classe da EBD para compartilharem um evento favorito de Natal, Carrie Fuller se prontificou. “Minha família tem uma história que chamamos de ‘o Natal dos sacos de compra’”. Quando Carrie terminou, senti uma enorme necessidade de saber mais sobre o fato. Dois dias mais tarde, fui conversar com alguém de sua família, pois queria detalhes. Tudo aconteceu no início de 1930, época de uma terrível seca, durante a Grande Depressão americana. No estado de Kansas, a família Canaday—mãe, pai e sete filhos—mal tinham o que comer, e todos sabiam que o Natal daquele ano seria de extrema pobreza. A mãe mandou que os filhos saíssem à procura de uma árvore e depois a enfeitassem. Após muita busca, as crianças retornaram com um galho seco, a única coisa que encontraram. Enfiaram o galho num balde de areia e o decoraram com pedaços de papel amarrados num barbante. A pequena Judy, de quase quatro anos, não tinha a menor idéia de como uma árvore de Natal deveria ser, mas de algum modo a menina sabia que não era daquele jeito! À medida que o Natal se aproximava, as crianças, como fazem as crianças do mundo inteiro, começaram a importunar a mãe e o pai querendo saber que presentes estariam esperando por eles debaixo da “árvore”. O pai explicou que a despensa estava vazia, que mal tinham como sobreviver e que, certamente, não havia dinheiro para comprar DEZ/08 presentes. A mãe, porém, uma mulher de fé, disse aos filhos: “Orem. Peçam a Deus que nos mande o que Ele quer que tenhamos”. E as crianças oraram. Na véspera de Natal, as crianças ficaram à janela, esperando alguma visita, mas ninguém apareceu. “Apaguem as velas e vão para a cama”, o pai mandou. “Não vai aparecer ninguém. Ninguém nem mesmo sabe de nossa existência.” As crianças apagaram a vela e foram se deitar, porém estavam agitadas demais para dormir. Não era Natal? Não haviam pedido que Deus enviasse os presentes que Ele achava que eles precisavem? A mãe não havia dito que Deus respondia orações? Bem tarde da noite, quando uma das crianças percebeu um farol de carro na estrada, todo mundo pulou da cama e correu para a janela. O barulho acordou os pais. “Não fiquem muito animados, filhos”, o pai advertiu. “Provavelmente não é ninguém vindo pra cá. Deve ser alguém que ficou perdido.” As crianças não perderam as esperanças, e o carro continou se aproximando. O pai acabou acendendo uma vela. Todo mundo queria correr para a porta, e todos ao mesmo tempo. O pai avisou: “Fiquem aqui. Vou ver quem é”. Um senhor desceu do carro e perguntou: “Será que alguém poderia me ajudar a descarregar estes sacos de compra?” As crianças correram para fora. A mãe disse à caçula: “Fique aqui, Judy, e ajude a mamãe a abrir os sacos e retirar os presentes.” Um diácono da cidade havia ido para a cama naquela véspera de Natal, e ficou se virando de um lado para o outro, sem conseguir tirar a família Canaday da cabeça. Ele contou: “Eu não tinha a menor idéia da situação de vocês, mas eu sabia que tinham Continuação na próxima página O AMIGÃO do Pastor Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo Batista, Fundamentalista Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte, Patrícia Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assinaturas: O jornal AMIGÃO do Pastor é sustentado por assinaturas e ofertas voluntárias. Escreva para o endereço abaixo para maiores informações. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamento na conta número 295-4, agência 0103, oper. 003, da Caixa Econômica Federal ou cheque nominal à Editora Maranata. Correspondência: Caixa Postal 74, 37270-000 Campo Belo - MG. Telefone: (0xx 35) 3832-2704. Fax: (0xx 35) 3832-2455.E-mail: [email protected] Aviso: Os editores do Amigão do Pastor, somente se responsabilizam pela publicação de artigos que solicitarem previamente aos seus autores. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos seus próprios autores, não expressando necessariamente a posição dos editores deste periótico. O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata. O AMIGÃO do Pastor DEZ/08 “sacos de compra” (da página 2) muitos filhos”. O diácono havia se levantado, vestido as roupas e ido para a cidade. Lá, começou a acordar as pessoas e pedir contribuições para a família Canaday. Ele encheu o carro com sacos de comida, enlatados, brinquedos e roupas. A pequena Judy ganhou uma boneca de pano, que foi, durante muitos anos, seu brinquedo favorito. No domingo seguinte, a senhora Canaday levantou-se perante a igreja e contou o que os membros da congregação—e um diácono em particular—haviam feito por sua família. Não houve ninguém que não chorasse. Anos mais tarde, a irmã mais velha, Eva, usou a história num trabalho da escola. Eva escreveu: “Ficamos tão felizes com todas as coisas maravilhosas que estavam naqueles sacos de compra que, por um tempo, deixamos de notar o presente mais especial. O melhor presente daquele Natal não estava em nenhum daqueles sacos de compra. Ele era a fé de minha mãe, pois ela ensinou os filhos a entregar suas necessidades a Jesus e confiar que ele iria supri-las. E também era o amor de papai, que simplesmente queria proteger seus filhos de mágoas e decepções”. No final da história, Carrie explicou: “A pequena Judy se tornou uma de minhas maravilhosas avós”. No Natal, honramos as mães de oração, os pais protetores e as crianças que têm fé. Damos graças pelos diáconos sensíveis e por amigos generosos e por noites de insônia. Acima de tudo, louvamos a Deus pelos tempos difíceis que nos ensinam lições inesquecíveis, histórias de fé que são contadas e recontadas com o passar do tempo, e que inspiram as novas gerações a colocarem sua fé no Salvador amoroso. (Pulpit Helps) DOIS BEBÊS NA MANJEDOURA Autor desconhecido N OTA D O ED ITO R AM ER IC ANO : T RUTHORFICTION.COM APRESENTA O RELATO ABAIXO COMO “NÃO CONFIRMADO”, E ACRESCENTA: “NÃO DESCOBRIMOS A FONTE DESTA HISTÓRIA. É VERDADE QUE APÓS A QUEDA DO COMUNISMO, A RÚSSIA RECEBEU DE BOM GRADO MUITOS CRISTÃOS AMERICANOS QUE PARA ALI SE DIRIGIRAM COMO PROFESSORES CONVIDADOS PARA LECIONAR EM ESCOLAS RUSSAS E TAMBÉM PARA AJUDAR A RESTAURAR E COLOCAR EM PRÁ- Página 3 TICA CONCEITOS MORAIS E ÉTICOS. Em 1994, dois americanos aceitaram o convite do Departamentao de Educação da Rússia para lecionarem educação moral e ética (com base em princípios bíblicos) nas escolas públicas. Também foram convidados a ensinar em prisões, empresas, departamentos de polícia e bombeiro e num grande orfanato. Cem meninos e meninas, que haviam sido abandonados, judiados e deixados sob os cuidados de programas governamentas, vivam nesse orfanato Os professores-visitantes contaram a história abaixo. Era 1994, e as festas de fim de ano se aproximavam. Pela primeira vez os órfãos iriam ouvir a verdadeira história do Natal. Contamos sobre a chegada de Maria e José em Belém. Como não acharam quarto em nenhuma hospedaria, o casal foi para um estábulo, onde Jesus nasceu e foi colocado numa manjedoura. Durante a história, as crianças e os responsáveis pelo orfanato ouviam encantados e em completo silêncio. Alguns estavam sentados na beira dos bancos, agarrando-se a cada palavra. Quando a história acabou, entregamos às crianças três pedaços de papelão para que construíssem uma manjedoura rústica. Cada criança recebeu um quadrado pequeno de papel, recortados de guardanapos amarelos que havíamos levado conosco. Não havia papel colorido disponível na cidade. Seguindo as instruções, as crianças rasgaram os pedaços de papel e, usando-os como se fossem palha, forraram cuidadosamente a manjedoura. Pedaços de flanela (recortados de uma camisola velha que uma senhora americana ia jogar fora, enquanto se preparava para deixar a Rússia) serviram de cobertorzinhos para os nenês. Fizemos bebês com pedaços de feltro bege escuro trazidos dos Estados Unidos. Enquanto os órfãos preparavam suas manjedouras, eu caminhava entre eles oferecendo ajuda. Tudo estava nos conformes, até que cheguei à mesa onde estava o pequeno Micha. O menino parecia ter uns seis anos, e já havia terminado seu projeto. Ao observar a manjedoura do menino, fiquei perplexo ao ver não apenas um bebê, mas dois. Chamei o intérprete imediatamente para que descobrisse o motivo dos dois bebês na manjedoura. Micha cruzou os braços e, admirando a manjedoura totalmente pronta, começou a repetir a história do Natal. Para um garoto tão pequeno, que tinha ouvido a história apenas uma vez, ele estava relatando tudo com perfeição—até chegar no pedaço em que Maria colocou o menino Jesus na manContinuação na próxima página ACHO QUE ESTOU DOENTE Dr. Hugh Pyle A hipocondria—medo irracional de doença—já resultou em cerca de 20 bilhões de dólares em tratamente de pessoas que temem estar enfermas. Jerome Goodman, escrevendo no New Yorker, vai mais além e afirma que, pelo menos, um em quatro pacientes que vão se consultar, reclamam de sintomas que, aparentemente, não têm causas físicas, e que um em dez continua acreditando que está com doença fatal, mesmo depois de o médico garantir que a pessoa está saudável. O número de hipocondríacos aumenta, à medida que doenças assustadoras são descobertas (como a Síndrome Respiratória Severa Aguda, por exemplo) e anunciadas ao público. O medo de muitos é resultado das informações e má informações oferecidas pela Internet! Os “doentes bem informados” mal podem ouvir o termo “hipocondria” mencionado no consultório médico, pois se sentem ofendidos à sugestão de que seus problemas talvez sejam psicológicos. Gastam uma fortuna em exames e procedimentos, declaram as pesquisas. Os filhos de Deus têm a vantagem de descansar no Senhor, e quando o médico não consegue descobrir o que há de errado conosco, podemos “lançar sobre ele” toda a nossa ansiedade. Pedimos socorro e cura a Deus. Se a doença for imaginária, Deus nos dá paz. Se for real, ele tanto pode nos curar e garantir “minha graça te basta” (2Cor. 12.9) ou nos guiar a outra fonte de ajuda. Além de tudo, nós os que já estamos salvos, sabemos que nossas dores e sofrimentos são temporários e que logo estaremos fora do alcance de todas as aflições. (Sword of the Lord) Página 4 “dois bebês” (da página 3) jedoura. Nesse ponto, Micha usou sua imaginação e inventou seu próprio final para a história: “E quando Maria deitou o nenê na manjedoura, Jesus olhou pra mim e perguntou se eu tinha um lugar pra morar”. O garoto continuou: “Respondi que não tinha mãe nem pai, e por isso também não tinha onde morar. Então Jesus falou que eu podia ficar com ele. Eu respondi que não podia aceitar, porque não tinha nenhum presente pra lhe oferecer, como as pessoas fizeram. Mas, eu queria tanto ficar com Jesus, e então pensei no que eu tinha e que poderia ser usado como presente. Pensei que se eu mantivesse Jesus aquecido, isso seria um bom presente. Então perguntei a Jesus: ‘Se eu mantiver você quentinho, isso é um bom presente?’ Jesus me respondeu: ‘Se você me mantiver aquecido, esse será o melhor presente que alguém poderia me dar’. Então, eu me deitei na manjedoura e Jesus falou que eu poderia ficar com ele— para sempre”. Quando o pequeno Misha terminou a história, seus olhos estavam tão marejados que as lágrimas lhe banharam as faces. Cobrindo o rosto com as mãos, ele deitou a cabeça na mesa e seus ombros chacoalhavam enquanto ele soluçava sem parar. O pequeno órfão havia encontrado alguém que nunca o abandonaria nem judiaria dele e que estaria a seu lado para todo o sempre! O que aconteceu com os americanos? Aprenderam a lição que tinham ido ensinar: o que importa não é o que você possui na vida, mas Quem faz parte de sua vida. Todos nós devemos agradecer às pessoas que “nos mantêm aquecidos” na vida, e por todas as bênçãos de Deus a nós oferecidas: necessidades supridas, amor, vida, comunhão e pelo eterno amor de Jesus Cristo, a Pessoa que nos conserva aquecidos e em total segurança. (Pulpit Helps) COMO DEUS ENGANOU SATANÁS NO NATAL “sabedoria de Deus...a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (1 Coríntios 2:7-8). Satanás é um ser criado. Ele não possuiu nenhum dos atributos do Deus Poderoso. Ele não é onisciente nem onipresente nem onipontente. Ou seja, Satanás tem conhecimento, espaço e poder limitados. O AMIGÃO do Pastor Ao prever os atos de Deus, Satanás se baseia na adivinhação, nas lembranças que tem dos tempos remotos em que vivia no Céu como um dos anjos favoritos e também no que a Bíblia diz. Como o Espírito Santo não ilumina o entendimento de Satanás, ele vê as coisas da maneira que o mundo as vê, pois não tem a mente de Cristo. Quando entendemos isso, o quebra-cabeça de centenas de peças se encaixa. O apóstolo Paulo afirma que se o diabo conhecesse os planos de Deus ele jamais teria crucificado Jesus. Podemos dizer que Deus bloqueou a visão de Satanás e “passou-lhe a perna”. Naquela manhã do primeiro domingo da ressurreição, um diabinho estraga-prazeres correu à presença de sua majestade satânica e interrompeu os dois dias de celebração da morte de Cristo. O demoniozinho, quase sem fôlego, anunciou que o túmulo estava vazio, que o corpo havia sumido e que os soldados estavam com cara de quem havia visto um fantasma. Satanás tinha caído na armadilha de Deus, e sabia disso. Ele fizera exatamente o que Deus tinha planejado, e foi vencido. Em várias histórias bíblicas, vemos Deus manipular Satanás, como no caso de Jó e de José (do Egito). Às vezes, Deus lhe deu uma boa vantagem, como no Monte Carmelo, quando Elias derrotou os profetas de Baal num concurso de derramamento de fogo. Outras vezes, o Senhor usou de subterfúgio para enganar seu inimigo. O Natal foi uma dessas ocasiões. Satanás não é analfabeto. Ele sabia, por intermédio de Miquéias 5.2, que o Messias iria nascer em Belém. Porém desconhecia a data do nascimento do Salvador. Assim, em mais um de seus infinitos esforços de frustrar os planos de Deus, Satanás convocou os demônios do mundo inteiro para se concentrarem na Terra Santa, especialmente nos arredores de Belém. Este é um dos motivos da possessão demoníaca que permeia os relatos de todo o Novo Testamento. O número de demônios era praticamente o dobro do número de cidadãos. Eram espias a favor de Satanás e tinham a responsabilidade de ficar de olho nos casais jovens que estavam prestes a se tornarem pais. Satanás estava à espreita do Messias. A primeira coisa que Deus fez foi escolher um casal de Nazaré, cidade ao norte, e não um de Belém. Depois, providenciou para que a moral e pureza da jovem fossem postas em dúvida. Satanás entende de matemática. Ele sabe que a gestação humana se completa em nove meses. Ele não tinha como saber da visita de Gabriel a Maria e DEZ/08 CORAÇÃO E TESOURO Se nossos tesouros estão no Céu, nossos corações estarão lá. Se nossos investimentos estão na terra, nossos corações estarão aqui. Nosso coração e tesouro estão interligados. Conheço um senhor que investiu uma quantia muito grande de dinheiro na Bolsa. Quando as ações valorizaram, seu espírito se elevou. Mas quando as ações desvalorizaram, ele entrou em depressão. Seu tesouro e seu coração estavam juntos na montanha-russa. Ele investiu seu tesouro nas ações da Bolsa e, com toda certeza, seu coração também estava ali investido. (Extraído de “Making Today Count for Eternity”) José , e muito menos da concepção milagrosa desse Bebê. Se chegou a ouvir sobre o jovem casal de Nazaré, Satanás “não deu a mínima”, pois estava certo de que o Deus do Céu do qual se lembrava jamais se rebaixaria a ponto de usar pecadores notórios num papel tão sagrado. A terceira coisa que Deus realizou foi fazer com que Maria e José chegassem a Belém em tempo para o nascimento da criança, mas o fez discretamente. Quando César Augusto decretou o censo imperial, ele o fez movido por Deus. “Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina”, diz Provérbios 21:1. Maria e José estavam entre milhares de pessoas que se dirigiram à terra de seus ancestrais para a contagem da população. Talvez nessa época as estradas tenham sofrido uma forma primitiva de “engarrafamento humano”. Como todas as hospedarias e dormitórios estavam ocupados, o jovem casal aceitou o único lugar disponível—um estábulo. O Deus de quem Satanás se recordava Continuação na próxima página DEZ/08 O AMIGÃO do Pastor Página 5 “como Deus enganou” (da página 4) de seus tempos no Céu habitava em um nivel de glória incompreensível aos seres humanos. Satanás tinha dúvidas sobre muitos assuntos, mas de uma coisa ele estava certo—o Deus do Céu jamais permitiria que seu Filho nascesse num estábulo. Certamente Satanás havia dado ordens para que seus anjos verificassem as casas mais chiques dos bairros mais nobres das famílias mais ilustres. Deus, no entanto, o enganou direitinho. “Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias” (1 Coríntios 1:27). Este é um princípio básico da guerra espiritual e, historicamente, Satanás parece incapaz de compreendê-lo. Ainda hoje, a mente carnal não acredita nesse princípio. Quando Jesus nasceu, Deus preparou um comitê de boas-vindas composto das pessoas mais humildes do planeta—pastores de ovelhas. Sua intenção primordial era assegurar aos jovens pais que tudo estava sob controle. Satanás não conseguiu ver os anjos que apareceram aos pastores naquela noite e nem conseguiu ouvir as instruções que os ajudaram a identificar o Bebê. “E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lucas 2:12). Ninguém deu a mínima para um grupo de pastores mal ajambrados que atravessou a pequena vila à procura de um...o que mais poderia ser?...estábulo. Mais tarde, depois que José levou sua pequena família para morar numa casinha simples em Belém, uma delegação de visitantes estrangeiros apareceu. Esses “magos do oriente” criaram um alvoroço e tanto em Jerusalém quando, em toda inocência, explicaram que estavam em busca daquele que “nascera rei dos judeus” (Mateus 2). Com os presentes oferecidos pelos visitantes, José conseguiu fazer uma viagem repentina com a família para o Egito quando o execrável rei Herodes enviou soldados numa empreitada sanguinária: achem e matem todos os nenês masculinos de Belém. Satanás deve ter ficado louco da vida ao saber que os alvos de sua ira já haviam deixado a cidade e dirigiam-se na surdina para o Egito, onde permaneceriam até a morte de Herodes. Mais tarde, a família bendita voltou a seu país e foi morar em Nazaré, onde José abriu uma carpintaria. Satanás havia perdido o rastro de Jesus. Jesus teve uma infância judaica normal em Nazaré. Ele não foi um “Super-homem em Smaville” que impressionava os vizi- O JUÍZO FINAL Após gastar meses escrevendo o livro A Revolução Francesa, Tomas Carlyle levou o manuscrito para que o amigo John Stuart Mill fizesse comentários. Mill entregou o manuscrito à senhora Chapman, que o leu ao pé da lareira na tarde de 5 de março de 1834. Quando foi se deitar, ela deixou o manuscrito no aparador. Na manhã seguinte, logo cedo, a empregada foi limpar o quarto e acender a lareira. Sem saber onde havia papel, a moça usou o manuscrito para começar o fogo. O trabalho de meses queimou-se todo em questão de segundos. Alguns crentes passam a vida inteira na terra construindo com madeira, feno e palha. Diante do trono de Cristo, o trabalho de muita gente terminará em labaredas. Essas pessoas entrarão no Céu, mas serão salvas como que “pelo fogo” (1Coríntios 3.15). (Extraído de Making Today Count for Eternity) nhos com seus milagres e ensinos inspirativos. Se assim fosse, Satanás ouviria sobre o “superboy”, e daria as caras por lá. A primeira vez que o Inimigo ficou sabendo da identidade de Jesus foi no dia em que o Mestre pisou nas águas do rio Jordão e encaminhou-se para João Batista. Induzido pelo Espírito Santo, João exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” E foi assim que todos ficaram sabendo que Jesus de Nazaré era o Messias. O batismo de Jesus deu início a seu ministério e vida pública. O manto foi retirado. No Céu, Deus avisou: “Ele está aí, Satanás. Faça sua jogada mais suja. Estamos prontos!” O jogo estava acontecendo; a batalha teve início. A crise chegou ao ponto crítico três anos mais tarde, numa colina nos arredores de Jerusalém. Por uns dois dias, Satanás celebrou sua vitória. Então, naquele primeiro domingo da ressurreição, logo pela manhã, um estragaprazeres entrou correndo, quase sem fôlego... (Baptist Press) CADÊ O ANIVERSARIANTE? Duas senhoras elegantemente vestidas almoçavam num restaurante caríssimo. Uma amiga se aproximou, cumprimentou-as e perguntou: “Trata-se de alguma ocasião especial?” Uma das senhoras respondeu: “É o aniversário de meu filhinho. Ele está fazendo dois anos”. “Cadê o aniversariante?”, a amiga quis saber.A mãe expliocu: “Ah, ficou com a avó. Vou pegá-lo depois da festa. Eu não teria sossego com ele aqui”. Que tristeza. Celebrar o aniversário de uma criança que não é bem-vinda em sua própria festa. Mas pensem um pouco. Também não faz nenhum sentido festejar o Natal, comprar tantos presentes, mas não contar com a presença do Aniversariante. Todavia é exatamente assim que muita gente comemora o Natal hoje em dia. Fazem festa, compras, reuniões sociais, porém se esquecem totalmente Daquele cujo aniversário estão festejando. (Pulpit Helps) O AMIGÃO do Pastor Página 6 A CRIANÇA NATALINA DA PAZ Rubel Shelly Don e Carol Richardson foram missionaries junto à tribo Sawi, na Indonésia. Na década de 60, o casal foi viver entre esses canibais degoladoares, e labutou muito para aprender a língua nativa o suficiente para transmitir o evangelho. Certa vez, Don subiu a escadinha que levava à casa do chefe e, cercado pelas caveiras das vítimas do canibalismo, tentou envangelizá-lo usando termos e conceitos conhecidos da tribo. Richardson falou sobre Abraão e como Deus escolheu os judeus. Explicou sobre o Messias e o Cordeiro de Deus. O chefe sawi mostrou-se entediado e indiferente. Embora fiscinados com os estrangeiros, os sawis brigavam muito entre si. Facções da tribo lutavam à pouca distância da palhoça de Carol e Don. Frustrados e com medo, os missionários decidiram voltar para a terra natal. Quando os líderes dos sawis foram informados da decisão, prometeram aos Richardson: “Se vocês ficarem, faremos as pazes amanhã de manhã”. No dia seguinte, Don and Carol testemunharam uma cerimônia espetacular. Dois grupos rivais se colocaram em frente da casa dos missionários, em lados opostos de uma clareira. Um suspense tangível permeava o espaço entre eles. De repente, um homem pegou uma criança recém-nascida e correu desenfreadamente através do prado. Sua esposa corria atrás dele, gritando e implorando para que o filho lhe fosse devolvido aos braços. Incapaz de alcançá-lo, a mãe desabou ajoelhada, soluçando pelo seu bebê. O pai apresentou o bebê ao clã inimigo: “Aceite esta criança como sinal de paz entre nós “, ele disse. “Eu lhes dou meu filho e meu nome.” Logo a seguir, alguém da tribo receptora executou o mesmo ritual doloroso com uma criança deles. Mais tarde os missionários foram informados que enquanto as crianças estivessem vivas, as duas facções rivais estariam ligadas pela paz. Richardson conseguiu sua analogia da redenção! Ele subiu novamente a escadinha que levava à casado chefe dos sawis para contar a história da Criança Suprema da Paz oferecida à humanidade pelo único Deus verdadeiro. Os chefes tribais que, até então, haviam sido indiferentes ao evangelho, ouviam deslumbrados. Com o passsar do tempo, Richardson desenvolveu uma teologia para os sawis baseada em Jesus, a Criança da Paz. Um Natal inigualável aconteceu para o casal Richardson e os sawis quando alguns—poucos de início, mas depois centenas—ex-canibais briguentos aceitaram a Cristo. Um grupo grande de novos crente se reuiniu para cultuar a Deus. Um deles se levantou e leu no próprio idioma da tribo: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Ao ler este versículo no Natal, procure ouvi-lo com os ouvidos dos sawis. Veja o nenê de Belém como a Criança da Paz. E aceite o Presente de Deus. (Pulpit Helps) SAPATOS DO TAMANHO DO PÉ Não perguntei nada ao Timmy, 9 anos, nem a seu irmão Billy, 7 anos, sobre o papel marrom que passava das mãos de um para as mãos do outro enquanto entrávamos e saíamos das lojas. Na época do Natal, a organização beneficiente da qual sou membro leva as crianças pobres de nossa cidade para fazerem compras. Timmy e Billy, cujo pai estava desempregado, foram escolhidos para irem comigo. Entreguei a cada um a quantia estipulada—dez dólares—e fomos às compras. Os garotos recusavam todas as sugestões de presentes que eu fazia, não importava a loja. Finalmente perguntei: “Vocês têm alguma coisa em mente?” DEZ/08 “Senhor, podemos ir a uma loja de calçados?”, perguntou Timmy. “Queremos comprar sapatos para nosso pai usar no trabalho.” Na loja de calçados, o balconista perguntou aos meninos o que, exatamente, eles desejavam. O papel de embrulho veio à tona. “Queremos um par de sapatos do tamanho deste pé”, explicou um dos garotos. Billy explicou que o papel era o desenho do pé do pai deles. Os meninos o haviam desenhado enquando o pai dormia sentado numa cadeira. O balconista mediu o tamanho do pé, retirou-se para os fundos da loja, voltou com uma caixa destampada e perguntou: “Estes aqui servem?” Timmy e Billy examinaram o par de sapatos com muita ansiedade. “Quanto custa?”, perguntou Billy. Timmy viu o preço na caixa. “Custa 79,99”, ele explicou todo desanimado. “Nós só temos 20.” Dei uma olhada para o balconista. Ele pigarreou: “Este é o preço normal. Mas estes aí estão em promoção; custam apenas 9,99, e só hoje”. A seguir, os dois irmãos, felizes da vida com os sapatos em mãos, compraram presentes para a mãe e as duas irmãzinhas. Eles não pensaram em nada para eles mesmos. Depois do Natal, o pai dos meninos me parou na rua. Os sapatos novos enfeitavam-lhe os pés e a gratidão brilhava intensamente em seus olhos. “Sou grato a Jesus pelas pessoas que ajudam os outros”, ele disse. “E eu agradeço a Jesus por seus dois filhos”, respondi. “Em uma única tarde, eles me ensinaram mais sobre o Natal do que tudo o que aprendi a vida inteira.” (Jack Smith - Sword of the Lord) A SABEDORIA DE SALOMÃO “Melhor é um pouco com justiça,… do que a abundância de colheita com injustiça” PV. 16:8 O AMIGÃO do Pastor DEZ/08 A ENTREVISTA Vamos entrevistar alguns prisioneiros do Inferno. “Judas, por que você está aqui?” Resposta: “Amei o dinheiro mais do que amei a Cristo”. “Pilatos, por que você está aqui?” Resposta: “Minha ambição fez com que eu me agarrasse a meu cargo. Cristo disse que ele era Deus. César, meu chefe, disse que ele é que era Deus. Se eu soltasse Jesus, César teria me transformado em escravo”. “Jovem rico, por que você está aqui?” Resposta: “Meu pecado foi este—amor ao dinheiro. Escolhi o dinheiro e descartei Jesus”. “Adolfo Hitler, por que você está aqui?” Resposta: “Minha ambição me enloqueceu. Eu queria governar o mundo. Cometi assassinatos por atacado, banhando o mundo em sangue e ódio”. “Bêbado, por que você está aqui?” resposta: “Meu deus estava na garrafa”. “Apostador, por que você está aqui?” Resposta: “Eu adorava o dinheiro fácil”. “Libertino, por que você está aqui?” Resposta: “A luxúria era o meu deus”. Pecador, qual será sua resposta? (Sword of the Lord) BRINCANDO DE MANJEDOURA “Vamos brincar de manjedoura.” Era a manhã do Natal. Carolyn, 7 anos, havia ganhado uma boneca do tamanho de um bebê de verdade. Paul, 4 anos, foi persuadido a trocar os brinquedos pelo papel de José. Preparar a manjedoura exigiu talento e habilidade que testaram a capacidade de nosso filho de quatro anos. Reunir todos os bichinhos de pelúcia para serem os ocupantes do estábulo demorou um tempão. Foi divertido. Finalmente, depois que todos tomaram seus lugares, “Maria” deitou o menino Jesus nos papéis de seda que serviam de palha e que foram resgatados do lixo. Ela cantou baixinho a canção de ninar mais apropriada de que se lembrou—”Num berço de palha”. O bebê foi acariciado e mimado, alimentado, posto para arrotar, vestido e desvestido (nada de coeiros aqui, o que foi outro desvio da história real). “José” tentou entrar no espírito da coisa, mas só atrapalhava. Assim, resolveu ficar de lado, apoiando-se numa perna e depois na outra, uma vez que sua lealdade não lhe permitia “se mandar” e voltar aos brinquedos. No entanto, a impaciência com o curso dos eventos o transformou num mero espectador. Por fim, ele perdeu a paciência e explodiu: “Maria, ponha o nenê pra dormir e vamos nos divertir em outro canto”. Fiquei a pensar: quantas vezes, na vida real, encontramos pessoas cuja idéia de diversão é deixar Cristo de fora do cenário. Como cristãos, “a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1João 1.3) (Kathryn Hillen - Sword of the Lord) ÓDIO E TEMOR À BÍBLIA Apenas um livro foi banido das escolas públicas dos Estados Unidos, embora já tenha estado em todas as mesas dos professores de todas as classes e fosse lido diariamente. Apenas um livro é desprezado e temido pelos comunistas, humanistas e outros grupos ateus. Eles afirmam que se trata de um simples livro de mitos e lendas, no entanto não conseguem tolerá-lo. Algum tempo atrás, um religioso liberal atacava a Bíblia em sua coluna semanal do jornal da cidade. Ele dizia que ela estava cheia de erros, contradições, superstições, folclore e mitologia. Pedimos permissão ao jornal para responder semanalmente, linha a linha, aos ataques do escritor. Perguntamos por que, se a Bíblia não passa de um livro de lendas escritas por homens, ele não conseguia deixá-la em paz? Por que a necessidade doentia de desmentila? Quando dez mil Bíblias foram enviadas dos Estados Unidos para a Romênia, o ditador comunista Nicolas Ceausescu só permitiu sua entrada porque queria os favores do Congresso Americano. A seguir, ele mandou que as Bíblias fossem recicladas e Página 7 transformadas em papel higiênico. A reciclagem foi tão mal feita que alguns nomes, como Esaú, Jeremias e Deus, permaneceram visíveis (Reader’s Digest, julho de 1990, p.84). O perverso ditador comunista acabou tendo uma morte horrível quando seu regime desmoronou pelas mãos da população que ele havia perseguido. A bigorna da Palavra de Deus quebrou mais um martelinho humano que ousou tocá-la. Os inimigos da Bíblia serão julgados por ela, o livro que rejeitaram, odiaram e desprezaram. Os redimidos serão salvos pela Palavra que aceitaram e amaram. (De “20.000 Ilustrações Bíblicas via a Bíblia e-sword”) O DIA EM QUE ESPERANÇA NASCEU O dia, e não a data, em que Cristo nasceu é o que realmente importa. Mas por que Deus tomou medidas tão extraordinárias naquele dia? Ele o fez por você e por mim. No dia em que Cristo nasceu, a esperança também nasceu nos corações de todos os seres humanos. (Ed Rehbein - Life Line) AS LEMBRANÇAS DE UM IDOSO George Burns (1795-1890), magnata escocês, recebeu da rainha Victoria o título nobre de “sir” aos 94 anos. “As pessoas dizem que tive uma carreira bem sucedida. É verdade, e sou agradecido por isso. Mas ao refletir sobre minha vida, como faço agora, não sinto nenhuma satisfação, não tenho nenhuma tranqüilidade. No entanto, ao ler—como tenho feito ultimamente—as cartas que escrevi há setenta anos, e quando vejo que, já àquela época, eu havia decidido seguir a Jesus, esta percepção, na velhice, enche verdadeiramente meu coração de alegria.” (F. W. Boreham - Sword of the Lord) Quando descobrimos quem Jesus é de verdade, não carregamos cigarros e folhetos evangelísticos no mesmo bolso. Quando descobrimos quem Jesus é de verdade, deixamos de ter na mesma perna um joelho que ora e um pé que dança. (Tom Sexton - Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Página 8 CÂNTICO SEM VIDA, CULTO DESANIMADO David Cloud Ao viajar pelo mundo e pregar em centenas de igrejas, tenho tido o privilégio de participar de muitos cultos cuja música é verdadeiramente espiritual, inspirativa. Cultos assim abençoam muito nossa vida. Mas a triste verdade é que esses cultos fazem parte da exceção, e não da regra. Aprecio o culto congregacional desde criança, quando freqüentava uma igreja batista. Dois domingos por ano, a igreja promovia cultos o dia todo. Depois do culto da manhã, almoçávamos ao ar livre. As senhoras traziam seus pratos mais saborosos e fazíamos um piquenique e tanto! No fim da tarde, voltávamos à igreja para um culto musical. Às vezes contávamos com quartetos e conjuntos especiais. Para mim, no entanto, a melhor parte era o cântico congregacional. Os presentes escolhiam seus hinos favoritos e cantávamos, cantávamos e cantávamos. Eu ainda não havia me convertido, mas gostava muito daqueles bons e velhos hinos. Na adolescência, dei as costas ao evangelho e passei um bom tempo longe da igreja. Porém, em 1973, me arrependi e, já adulto, fiz a decisão consciente de voltar. Desde então, cantar junto com a igreja tem um lugar especial em meu coração. Muitas vezes o cântico congregacional é chato, sem vida, puro ritual, e as razões são muitas. 1. Reflexo da morte espiritual “O culto público nada mais é que uma manifestação do culto individual. Os cultos públicos são mortos porque nossa vida devocional particular está morta” (Tim Fisher, The Battle for Christian Music [Batalha pela Música Cristã], p.108). Em muitos casos, o cântico congregacional é morto porque a maioria dos crentes não canta de coração, e isso quando cantam. É fácil notar que muitos estão com os pensamentos longe enquanto a igreja canta. Às vezes, quando alguém levanta a voz para louvar a Deus de todo coração, os vizinhos de banco reagem como se a pessoa tivesse “um parafuso a menos”. Muitas vezes cantamos como se participássemos de um ritual. As palavras são ditas sem nenhuma consciência de sua mensagem maravilhosa e sem que nossos corações exultem de alegria por Deus estar em nosso meio. Essa atitude é um grande pecado e está perto demais da “forma de piedade, negan- DEZ/08 do-lhe, entretanto, o poder” (2 Timóteo 3:5). Não seria também uma evidência de termos deixado o primeiro amor (Ap 2.4)? 2. A música é vista como um ritual a “ser cumprido” Isso fica evidente de várias maneiras. Uma delas, como falamos anteriormente, é o fato de muita gente cantar só com a boca, mas não com o coração. O ritualismo de muitos cultos é evidenciado também pelo modo descuidado com que cantamos. Embora não seja obrigatório cantar todas as estrofes de todos os hinos, algumas são deixadas de lado não porque as outras foram escolhidas cuidadosamente por suas mensagens. Não são cantadas porque estamos acostumados a fazer assim; é nosso ritual! Durante uma série de conferências, agradeci ao ministro de música de uma igreja por cantar todas as estrofes de hinos e corinhos. Sua resposta foi informativa e simples: “Não temos pressa”. Amém. Por que será que, aparentemente, temos tanta pressa em terminar os hinos? Não será por acharmos que o cântico é um ritual a ser cumprido logo, e o fazemos sem emoção e envolvimento? O ritual também é comprovado no “senta e levanta” durante os cânticos. Geralmente não há uma boa razão para cantarmos em pé. “Pelo que vejo, ninguém gosta de passar o culto todo levantando para cantar, para homenagear fulano ou sicrano, para isto ou aquilo. Levantar uma ou duas vezes é o suficiente para que algumas pessoas não ‘viajem’ durante o culto. Gemidos e ais são ouvidos abertamente quando a congregação é obrigada a se levantar e sentar por tudo e por nada. Ninguém vai à igreja para fazer exercício físico. Além do mais, o senta e levanta é difícil para idosos e deficientes físicos. Algumas igrejas mandam o auditório ficar em pé para os cânticos iniciais. Talvez achem que ficar em pé melhora a qualidade do cântico e acrescenta entusiasmo ao culto. Geralmente o auditório coopera, mas é óbvio que algumas pessoas se aborrecem de ficar em pé tanto tempo. É difícil levar a Cristo alguém que esteja irritado. Precisamos tornar o culto o mais agradável possível a todos os presentes. Se fizéssemos uma pesquisa, descobriríamos que a maioria das pessoas não vê razão nenhuma para cantar em pé. Se o regente de música acha que a igreja canta melhor em pé, e se ele não consegue fazer a igreja cantar bem sentada, é melhor trocar de dirigente” (Bob Hinds, Double Your Church Attendance [Multiplique a assistência a seus cultos], p.54). THOMAS EDISON E SUA MÃE Tive mãe por pouco tempo, mas sua influência sobre mim durou a vida toda. Os bons resultados da educação que ela me deu logo cedo jamais se perderão. Não fossem sua apreciação e fé em um tempo crítico à minha vivência, possivelmente eu não seria hoje um inventor. Sempre fui um garoto despreocupado, e se minha mãe tivesse tido um calibre mental diferente, minha vida teria sido um desastre total. No entanto, sua firmeza, doçura e bondade foram poderosas em me manter no caminho certo. Minha mãe me transformou no que sou. Sua lembrança sempre me abençoará. (Sword of the Lord) Concordo. Gosto muito do cântico congregacional, mas, pessoalmente, acho que ficar em pé durante o período todo causa distração e é bastante incômodo. É muito mais gostoso sentar, cantar ao Senhor e meditar nas maravilhosas mensagens dos hinos. Sempre achei estranho os regentes insistirem em que o auditório se levante para cantar. Durante a semana, as pessoas vão cansadas à igreja, depois de trabalharem o dia inteiro. Por que não deixar que se sentem e relaxem enquanto cantam os hinos de Sião? Henry Halley, autor do Manual Bíblico Halley apresenta uma idéia instigadora a respeito do cântico congregacional: “Um período contínuo de cânticos é melhor que um continuamente interrompido por observações do líder, por leitura de estrofe e outras coisas que ocorrem nos cultos”. 3. Hinos mal escolhidos e desconhecimento de sua função nos cultos Continuação na próxima página DEZ/08 “cântico sem vida” (da página 8) Efésios 5.19 apresenta duas funções básicas para o cântico cristão: “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”. Um propósito é que os crentes se exortem, encorajem e instruam mutuamente em Cristo. Outro, é louvar a Deus. Os hinos e cânticos do hinário tradicional das igrejas batistas estão agrupados em uma destas categorias. Se queremos adorar a Deus com cânticos, temos de escolher músicas de adoração. Segundo dizem, esta é a razão para ficarmos em pé durante o cântico de alguns ou todos os hinos. Na maioria das vezes, porém, os hinos escolhidos não têm nada a ver com adoração. A escolha apropriada de cânticos e hinos é de vital importância. O dirigente do cântico congregacional precisa conhecer o tema dos cânticos e hinos e, para cada culto, escolhê-los de maneira sábia, na liderança do Espírito Santo. 4. Líderes e músicos inaptos e despreparados Ser regente de música na igreja é tarefa importante. Assim como orquestras precisam de maestros capacitados e exércitos precisam de oficiais qualificados, as igrejas necessitam de líderes apropriados para o ministério de música, se quiserem cultos com hinos e cânticos eficazes. O cristão pode, se quiser, adorar a Deus de maneira eficiente sozinho, todavia um auditório precisa ser liderado. Foi por isso que Deus ordenou a escolha de regentes de música e estabeleceu que deveriam ter altas qualificações. É bem verdade que o Novo Testamento não fala sobre o cargo de regente ou diretor de música. O Antigo Testamento, contudo, estabelece a posição claramente, tornando desnecessária a repetição no Novo Testamento. O bom senso cristão ordena sua necessidade. “Quenanias, chefe dos levitas músicos, tinha o encargo de dirigir o canto, porque era perito nisso” (1Cr 15:22; também 1Cr 25). Em Israel, a música de adoração ao Deus Poderoso era cuidadosamente preparada e apresentada com habilidade e supervisão sagrada. As igrejas de Jesus Cristo não podem deixar por menos. No entanto, muitas vezes, os hinos são conduzidos por pessoas que não têm a mínima idéia do que estão fazendo e/ou não mostram o entusiasmo nem a dedicação que o trabalho requer. É por isso que muita gente procura igrejas que oferecem música contemporânea O AMIGÃO do Pastor animada. Não é de admirar que os jovens achem as igrejas uma coisa chatíssima. Uma senhora me mandou um e-mail informando que havia deixado sua igreja batista independente porque esta era inanimada e enfadonha. Disse ainda que a família estava feliz na igreja batista contemporânea e entusiasmada. Fico a imaginar quanta gente não se afastou da verdade porque esta era apresentada de um jeito incrivelmente chato! Amigos, a igreja não tem de ser maçante, e a saída cristã não está em sermos contemporâneos! É compreensível que uma igreja nova e pequena não tenha músicos e líderes altamente capacitados. Não podemos esperar que uma igreja assim possua tudo que uma bem estabelecida possui. Sob tais circunstâncias, a igreja deve fazer o melhor que puder com o que tiver às mãos. Minha palavra é às igrejas com capacidade de operar melhor nessa área, mas não o fazem por questão de prioridade. 5. Desconhecimento musical Muitas vezes o problema com a música na igreja é causado por ignorância. O próprio pastor talvez não entenda do assunto e não oferece treinamento a alguém capacitado nesta área. Compreendo as dificuldades enfrentadas por uma igreja nova e pequena, no entanto uma das prioridades do pastor é encontrar, o quanto antes, alguém bem treinado e qualificado espiritualmente para dirigir a música na igreja. Se não houver ninguém disponível de imediato, a solução é orar e ser paciente. Na maioria das vezes, contudo, a questão é mais de indolência em relação à música na igreja, e esta não se torna, como deveria, prioridade de oração e planejamento. 6. Falta variedade e criatividade Normalmente há pouca ou nenhuma criatividade e preparação séria em relação à musica na igreja. Cantam-se os mesmos hinos e corinhos em todos os cultos. “Vencendo vem Jesus” é um hino maravilhoso, mas se for cantado todos os domingos durante cinqüenta anos, não haverá cristão que agüente! Os hinários estão repletos de hinos, porém certas igrejas se restringem a uns poucos. Variedade é o tempero da vida, meus amigos. Salmos é o maior livro da Bíblia, e Deus inspirou cento e cinqüenta salmos neste hinário. Apresentamos algumas sugestões para tornar a música mais agradável e variada na igreja. Características de um bom ministério de música Página 9 1. Liderança Os bons regentes lideram em vez de seguir. Alguns líderes de música acham que a tarefa deles é anunciar o que será cantado. Na verdade, sua tarefa é levar a igreja a cantar a Deus, e isto abrange muitos aspectos. Devem liderar com suas vozes e entusiasmo. Também lideram quando ensinam o povo a cantar corretamente ao Senhor e explicam a mensagem dos cânticos mais difíceis. Lideram quando variam os elementos dos cultos. Há muitas outras maneiras de liderar. Segundo o ditado popular, “tudo se levanta e desmorona com a liderança”, e existe muita verdade nisso. Consideremos alguns exemplos de Salmos. Observem que o salmista conclama o povo a se unir a ele no cântico e louvor a Deus. “Salmodiai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e dai graças ao seu santo nome” (Salmos 30:4). “Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome” (Salmos 34:3). “Salmodiai a Deus, cantai louvores; salmodiai ao nosso Rei, cantai louvores.Deus é o Rei de toda a terra; salmodiai com harmonioso cântico” (Salmos 47:6-7). “Exaltai ao SENHOR, nosso Deus, e prostrai-vos ante o seu santo monte, porque santo é o SENHOR, nosso Deus” (Salmos 99:9). “Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras” (Salmos 100:1). “Rendei graças ao SENHOR, invocai o Continuação na próxima página Se queremos triunfar na vida, devemos nos unir a Deus e deixar o mundo inteiro saber que estamos do lado do Senhor. Tenho grande admiração por uma senhora que, durante a guerra, saiu a lutar com um atiçador de fogo. Ela ouviu que o inimigo se aproximava. Quando lhe perguntaram o que poderia fazer com um simples atiçador, a senhora explicou que, no mínimo, o inimigo veria de que lado ela estava. É exatamente o nosso desejo. (D. L. Moody) Página 10 O AMIGÃO do Pastor sempre. Aleluia!” (Salmos 117:1-2). “Aleluia! Louvai o nome do SENHOR; louvai-o, servos do SENHOR” (Salmos 135:1). “Louvai ao SENHOR, porque é bom e amável cantar louvores ao nosso Deus; fica-lhe bem o cântico de louvor” (Salmos 147:1). “Aleluia! Cantai ao SENHOR um novo cântico e o seu louvor, na assembléia dos santos” (Salmos 149:1). “Aleluia! Louvai a Deus no seu santuário; louvai-o no firmamento, obra do seu poder. Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!” (Salmos 150:1,6). APROVEITANDO-SE DO NATAL Numa manhã de novembro, duas senhoras carregadas de pacotes de presentes, pararam em frente à vitrine de uma grande loja de departamentos. A vitrine estava decorada com a cena natalina em tamanho natural: o bebê Jesus na manjedoura, Maria e José, os pastores ajoelhados e os animais ao redor. “Onde já se viu!”, exclamou uma das senhoras. “As igrejas estão se aproveitando até mesmo do Natal!” Para ela, usar o menino Jesus em lugar do Papai Noel era uma intrusão sem tamanho por parte das igrejas da cidade. Que ironia! O mundo afastou-se tanto do significado verdadeiro do Natal que o Rei dos reis chega a ser acusado de se “aproveitar” de sua própria festa de aniversário! O mundo precisa de mais—e não de menos—desses “aproveitamentos” que os cristãos fazem. (Sword of the Lord) “cântico sem vida” (da página 9) seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos.Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas” (Salmos 105:1-2). “Aleluia! Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre” (Salmos 106:1). “Aleluia! Louvai, servos do SENHOR, louvai o nome do SENHOR” (Salmos 113:1). “Louvai ao SENHOR, vós todos os gentios, louvai-o, todos os povos. Porque mui grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do SENHOR subsiste para 2. Preparação O regente de música é representante da igreja e de Jesus Cristo; portanto deve se preparar muito bem. Ele se prepara semanalmente quando ora buscando a vontade de Deus para o culto, quando ora pela escolha dos hinos e quando entrega seu coração ao Senhor. O líder também se prepara quando não mede esforços para melhorar sua regência. Não é absolutamente necessário que saiba ler música, porém se souber, melhor ainda. Se houver boa vontade e diligência, não será tão difícil aprender. Ler atenciosamente a letra dos cânticos e hinos e procurar saber em que circunstâncias foram escritas é um bom planejamento. O líder bem preparado entende a diferença entre música sacra e mundana. 3. Edificação O tema de 1Coríntios 14 é edificação, e fala sobre cultos e dons espirituais. Os termos “edificar, conhecer e entender” aparecem vinte vezes neste capítulo. Paulo diz: “Seja tudo feito para edificação” (1 Coríntios 14:26). Isso significa que a música nos cultos não tem como objetivo distrair o auditório. Não é esse o propósito dos cultos. Seu objetivo é a edificação espiritual. De acordo com Efésios 5.29 e Colossenses 3.16, nosso cântico deveria ministrar em três direções: ao Senhor (Ef.5.19), a nós mesmos (Ef 5.19) e aos outros (Cl 3.16). Ou seja, os hinos devem ser escolhidos por causa de suas mensagens. Se a mensagem for deficiente, haverá pouca ou nenhuma edificação. Mais ainda, se a mensagem é bíblica mas seu vocabulário é incompreensível ao auditório, não haverá edificação. Muitos hinos antigos usam vocabulário que tem de ser explicado aos ouvintes. A tarefa do dirigente de música é expli- DEZ/08 car, de maneira concisa, o significado dessas coisas. Ele não precisa gastar dez minutos em cada hino. Se o fizer, matará o auditório de tédio e cansaço. O período de cânticos não é para que o líder dê explicações; é para que os presentes cantem as canções de Sião uns aos outros e ao Senhor (Ef 5.19). Os dirigentes de música devem tomar cuidado para não caírem no vício das explicações e testemunhos longos em todas as reuniões. Contudo é importante gastar uns segundos explicando vocábulo de difícil compreensão e, rapidamente, enfatizar a mensagem dos hinos. O povo deve ser ensinado e relembrado a pensar no que está cantando. Não importa o quão espiritual os hinos sejam, nenhuma edificação acontecerá se as pessoas não meditarem em suas mensagens. Uma das tarefas do regente é guiar o auditório neste caminho e ajudá-lo a prestar atenção no que canta. O regente não está ali para “dar uma lavada na turma”, mas para encorajar e direcionar. Esta tarefa é feita com uma orientação simples: “Amigos, vamos cantar ao Senhor. Coloquemos de lado todas as preocupações, e abramos nossos corações a Jesus. Pensemos nas palavras destes cânticos maravilhosos e deixemos que suas mensagens tomem conta de nossas almas”. 4. Espiritualidade O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24). O período de cânticos deve ser um momento espiritual. A música não deveria agradar à carne; não deveria ser mundana. Nesta época em que a música do mundo se infiltra na casa de Deus, os dirigentes não podem abaixar a guarda contra esse tipo de coisa. Qualquer hino ou cântico que se pareça com a dança sensual que o mundo oferece não tem lugar na casa de Deus! “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2:15-16). “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constituise inimigo de Deus” (Tiago 4:4). 5. Verdade Não devemos adorar a Deus apenas em espírito, mas em verdade também (Jo 4.24). Assim, todas as músicas devem ter doutri- DEZ/08 O AMIGÃO do Pastor Califórnia, observa: “Eu JAMAIS repreendo o auditório por não cantar como quero! Esta atitude leva as pessoas a se magoarem comigo. Temos de apresentar uma boa razão (e existem muitas!) para que cantem de coração. O regente precisa interpretar a mensagem do cântico e mostrar por que ele deve ser cantado com entusiasmo. Isso sempre produz resultados favoráveis”. MOR TES DESNECESSÁRIAS No dia 8 de maio de 1902 os residentes da maravilhosa ilha de Martinica, no Caribe, receberam a madrugada como faziam pela vida inteira, esperando ter um dia excelente. Mas havia um problema. O vulcão jovem Monte Pelée estava agindo de modo estranho. Um mês antes, um vulcanologista avisou os habitantes que eles deveriam deixar a ilha. Duas semanas mais tarde, a cratera se encheu de vapor de água sulfurosa. No dia 4 de maio, uma erupção cobriu a vila de Saint Pierre de cinzas. Alguns moradores começaram a se retirar, porém a maioria simplesmente fez uma limpeza e continuou com a rotina de costume. Às 8h02m do dia 8 de maio, o vulcão explodiu, incinerando imediatamente 28 mil pessoas. O vulcão mais mortal do século 20 ganhou este título por causa dos avisos que foram ignorados. Nosso Criador nos deixou os relatos de como agiu com os Filhos de Israel “como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Coríntios 10:11). Uma geração inteira de israelitas rebeldes morreu no deserto, nunca chegando à Terra Prometida. (J. Kenneth Bassett) “cântico sem vida” (da página 10) na sã e estar de acordo com a Palavra de Deus. O dirigente deve examinar a letra de todos os hinos e cânticos, e certificar-se de que a verdade está sendo pregada. Isso se aplica tanto aos hinos antigos quanto aos novos. 6. Entusiasmo e atitude positiva Não há razão nenhuma para nossos cultos serem enfadonhos, e o líder de música tem grande responsabilidade neste aspecto. Se lhe faltar entusiasmo, e sua regência for sonsa, o auditório vai se comportar da mesma maneira. David Earnhart, pastor veterano na 7. Sabedoria Um aspecto importante do trabalho do regente é escolher as músicas, e isto requer conhecimento sobre as diferentes categorias e os propósitos dos hinos. Efésios 5.19 apresenta dois objetivos básicos para o cântico cristão: “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais”. Um objetivo é exortar, encorajar e instruir uns aos outros em Cristo. O outro é louvar a Deus. Alguns cânticos são direcionados aos homens; outros são direcionados a Deus. 8. Discernimento Espiritual Os encarregados da música na igreja têm de ter discernimento espiritual para escolher cânticos realmente bíblicos e rejeitar o que não presta, que apela à carne. Os programas especiais são portas escancaradas à música mundana. Comprovei isto recentemente numa turnê que fiz a doze igrejas em três países. Cerca de metade das igrejas apresentaram músicas especiais que eram, no mínimo, moderadamente não-cristãs. Em todas elas, a congregação entoou hinos tradicionais, e os números especiais foram de músicas modernas. Fiquei sabendo depois que os encarregados da música naquelas igrejas não sabiam diferenciar uma coisa da outra. 9. Paciência e humildade A sugestão abaixo me foi dada por Vince Londini, um dos pastores da Igreja Batista Betel em Ontário, Canadá: “Durante dez anos como dirigente de música e, algumas vezes, regente de coro e conjuntos, descobri como é importante saber trabalhar com pessoas. Por exemplo, em vez de exigir ou pressupor coisas, o líder deve trabalhar pacientemente com o pianista. Planeje bem e, com bastante antecedência, entregue-lhe a lista de músicas do próximo culto. Encoraje o pianista. Se há elogio ou culpas a ser atribuídos, assuma a culpa e elogie os instrumentistas. Várias vezes testemunhei regentes, envergonhados por causa de erro cometido pela/o organista, interromperem o cântico e olharem feio para o músico; alguns chegaram até a fazer co- Página 11 mentários sobre o erro. Não “descarregue” sua vergonha em cima dos instrumentistas. Seja flexível, e não chame a atenção do público para o erro dos outros (parece que você quer deixar claro que o erro não foi seu). Melhor ainda, aprenda a “tirar de letra” a vergonha. Mate o orgulho e deixe que falhas e erros passem por você sem maiores conseqüências. Ser gentil em relação aos erros alheios encoraja os instrumentistas a melhorar, pois sabem que um erro ou outro não fará o mundo desabar”. 10. Liberdade e diversidade O período de hinos e cânticos de muitas igrejas é “jurássico”. Variedade é o tempero da vida. Basta uma simples olhada na natureza para ver que Deus gosta de diversidade e variedade. Sugestões para diversificar a música na igreja Ensine novos hinos regularmente e cante-os até que se tornem partes integrais do repertório crescente da igreja. O pastor Don Williams, de Indiana, ensina: “Regularmente minha família escolhe um hino desconhecido, do hinário que usamos, para aprendermos em casa. Depois de algumas semanas de ensaio, apresentamos o hino como número especial e depois o ensinamos à congregação. Nossa igreja aprendeu muitos hinos desta maneira”. Cantar versículos bíblicos é um jeito maravilhoso de louvarmos a Deus e edificarmos uns aos outros. Algumas igrejas gostam de cantar hinetos bíblicos nos cultos de domingo. Além do elemento variedade, cantar versículos da Bíblia é um dos melhores jeitos de ensinarmos a sã doutrina. Mesmo os hinos bem conhecidos podem se tornar mais interessantes se forem apresentados de modo diferente, criativo. Algumas estrofes podem ser cantadas à capela. Outra sugestão é que as mulheres cantem uma estrofe e os homens cantem outra. Conjunto coral, quartetos ou solistas podem interagir com a congregação. Modifique o compasso, e assim por diante. Há mil e uma maneiras de cantarmos os bons e velhos hinos (sem cairmos no modernismo do mundo que nos cerca). Os hinos ficarão mais atrativos com a apresentação de vários instrumentos musicais. Alguns dos períodos de louvor mais agradáveis que já vi foram acompanhados de pequenas orquestras. Continuação na próxima página Página 12 “cântico sem vida” (da página 11) Conclusão Terminarei com este comentário do pastor Doug Hammett, da Igreja Emaús, na Pensilvânia: “Mantenha o culto vivo! O dirigente de música que anseia pelo encontro com o Senhor no culto, terá o sentimento estampado no rosto, tom de voz e atitudes. A congregação também ficará entusiasmada. Incentive o povo a participar. Não se zangue com o auditório, mas encoraje-o. Mantenha o culto aconchegante! Dirija a palavra como um amigo. Não tenha medo de incentivar alguém publicamente; o auditório prestará muita atenção ao que você disser à pessoa. Mantenha uma lista dos hinos cantados nos cultos, e deixe a mesmice de lado! Talvez seja mais fácil para você repetir os mesmos hinos, mas o povo cairá no sono mental. Lembre-se de que você prepara o auditório para a mensagem! Um bom plano é iniciar o culto com música vibrante e, pouco antes da mensagem, levar as pessoas à meditação e reflexão”. (Way of Life) O DESTINO DE UM ATEU Quando eu era criança, meu pai me contou a história de um ateu convicto que foi desafiado por seus amigos a ir ao cemitério no meio da noite, enterrar uma cruz no chão e gritar três vezes: “Deus não existe!” O homem aceitou o desafio. Foi ao cemitério, ajoelhou-se e enterrou a cruz no chão. A seguir, gritou três vezes: “Deus não existe!” Ao tentar se levantar, não conseguiu se mexer. Algo o prendia ao chão. O susto foi tão grande que o fulano caiu duro, mortinho da silva. Acontece que a ponta de seu casaco havia ficado presa no chão, junto à cruz. (Howard Whitman - Pulpit Helps) Não seja como o galo que acha queo Sol nasce só para ouvi-lo cantar. (Sword of the Lord) O AMIGÃO do Pastor Caixa Postal, 74 37270-000 Campo Belo - MG IMPRESSOS O AMIGÃO do Pastor O LADO MAIS FORTE É O QUE NOS DERRUBA “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”. 1 Coríntios 10:12 Moisés foi o homem mais humilde deste mundo, porém caiu num momento de raiva, quando golpeou a rocha duas vezes ao censurar a rebeldia do povo. Elias foi um profeta de coragem monumental, todavia quando Jezabel procurou matá-lo, se escondeu debaixo de um zimbro, e pediu que Deus lhe tirasse a vida. Pedro era um apóstolo de coragem natural e impulsiva. No Jardim do Getsêmane, ele sacou a espada contra um grupo de pessoas; mas naquela mesma noite, caiu quando uma serva apontou-lhe o dedo. A antiga cidade de Sardo fronteava o extenso vale do rio Hermos e às suas costas estava a montanha Tmolos. Do lado da montanha, a cidade era considerada tão naturalmente forte e impenetrável que nenhum muro de defesa fora construído ali. No entanto, foi exatamente por aquele lado que o exército de Ciro subiu e atacou Sardo. Abraão foi um homem de fé extraordinária, porém, duas vezes na vida, recorreu à falsidade infeliz e covarde. (Sword of the Lord) O QUE ELES DEVEM DIZER? Três amigos morreram num acidente de um ônibus de viagem, e os três foram diretamente para o céu. Na sala de espera, São Pedro lhe pergunta para estes três homens: Vocês morreram, e daqui à pouco seus familiares e amigos estarão no seu velório. Quando você está no seu caixão no seu velório, e seus amigos vem para ver-lhe, o que você gostaria de ouvir deles? O primeiro homem disse: “Eu gostaria de ouvir eles dizerem que eu era um dos melhores médicos da DEZ/08 última década, e que eu era um bom homem de família.” O Segundo senhor respondeu: “Eu gostaria ouvir que eu era um marido maravilhoso e um professor que fez uma grande diferença na vida dos seus alunos.” O último homem respondeu: Eu gostaria ouvir-lhes dizer: “Olha só, ele acordou. .! Ele não morreu!” (Enviado pelo Pr. David Smith da Igreja Batista Vitória em Londrina Paraná.) QUANTO MAIS VELHO Quanto mais velho fisicamente, mais coisas eu vejo desaparecer...minhas vistas, minha força física, minha memória, meu equlíbrio, minhas pernas, minhas habilidades, meu vigor, e muito mais. Quanto mais velho espiritualmente, mais coisas eu vejo aparecer na vida...minha fé, minha esperança, meu amor, meu coração, meu espírito, minha percepção, meu entendimento, e muito mais. Oh, glória! (J. A. Gillmartin) A vida é difícil. Mas a vida no além pode ser bem mais difícil. (Pulpit Helps)