jurerê - Ronaldo Amboni
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jurerê - Ronaldo Amboni
paraná santa catarina rio gr. do sul Laguna O show dos golfinhos pescadores edição nº 46 | janeiro 2014 | R$ 8,90 Jurerê Internacional A mais falada de todas as praias Caraca, quanta craca! Como deixar seu barco livre deste problema Festança em Itajaí Como uma regata virou um espetáculo Sol de verão O que fazer para se proteger bem Já imaginou viver em um apartamento e ter seu barco a poucos andares de você? Agora você pode, no Marina Beach Towers. DO ELEVADOR, DIRETO PARA O SEU BARCO. Único com acesso pelo Apartamentos com 3 e 4 suítes ar, pela terra e pelo mar Skyfit com vista panorâmica da cidade e o único de Balneário Camboriú com heliponto autorizado pela ANAC. marinabeachtowers.com.br Coordenadas: -27° 0’ 20.00”, -48° 37’ 16.78” R. Três Mil e Setecentos, 425 • Balneário Camboriú, Santa Catarina VISITE DECORADOS NO LOCAL 47 3264.8717 Aconteceu... FESTA NÁUTICA SUL “ Em seu sétimo ano de vida, NÁUTICA SUL ganhou um novo projeto gráfico e editorial Para comemorar o lançamento da nova fase da revista, amigos e clientes foram convidados para uma pré-estreia exclusiva do filme Capitão Philips, em Curitiba programa de família Acima, a família Carvalho (Rafael, Luciana, Pedro e André), ao lado, Nayara Rupollo com Ana Cecilia e Claudia Nickel, e, abaixo, Rogério Nickel e Marcos Rupollo diversão a dois Acima, Pedro David, da MM Náutica, com sua mulher, Cristina Carvalho, e, ao lado, outro casal: Cristiane e Sergio Keinert. Todos adoraram o filme, que tem Tom Hanks no papel de um comandante cujo navio é atacado por piratas Mais de 100 pessoas prestigiaram “oprimeira evento, que exibiu o filme em mão na capital paranaense fotos rogério teodorovy filme e revista Acima, Tchello Brandão, Micheli Vaira e Joicimar Aviz; no alto, Rosane Moreiro, Newton Jr, Gomes Rocha, Cintia Vieira e Jaime Lima; à esq. Taisa e Luiz de Assis: e, à dir., André Carvalho e Francielle Fritzen, curtindo a nova NÁUTICA SUL casa cheia Acima, Luiz e Marguit Garbi, com Mariana e Allan Cechelero, mais Renato Alves, Emerson Rupollo e Altair Daru e, à esq., Carla Talhamento, Veridiane Santos e Mario Ribeiro, com Gilmar e Solange de Carvalho, à dir. Náutica Sul 13 Aconteceu... NOVA TORRE DO MARINA BEACH TOWERS Em Balneário Camboriú, uma grande festa marcou o lançamento da segunda torre do único edifício com marina integrada da cidade torres de apartamentos, com heliponto e uma marina privativa FOtos divulgação O Marina “Beach Towers terá duas grande em tudo Com duas torres de 35 andares, o Marina Beach Towers terá, além de uma sofisticada área de lazer, a primeira marina privativa em um condomínio vertical na América Latina, com mais de 100 vagas para barcos de até 60 pés de comprimento Aconteceu... PUBLIEDITORIAL Maior empreendimento da região entrega 50% das unidades Extreme Series Floripa A etapa catarinense que definiu o título mundial da empolgante Extreme Series teve muita gente na plateia e muita emoção na água “ Foi a primeira vez que Florianópolis sediou a competição. Mas, no ano que vem, ela deve voltar FOtos divulgação Para comemorar os cinco anos da entidade, a associação de marinas premiou os melhores de cada setor “ A votação foi pela internet. E a festa, no Veleiros da Ilha, em Floripa Localizado na Praia Brava, em Itajaí, uma das mais belas praias de Santa Catarina, e idealizado pela Incorporadora PROCAVE, o Brava Home Resort traz o que há de melhor em viver bem, onde o encontro entre a tecnologia e a natureza acontecem na mais perfeita harmonia. Unidades concluídas Prêmio Acatmar OS VENCEDORES Rodrigo Magrini (representando Sergio Machado, da Transpetro), categoria Amigo do Mar; Francisco Nazareno (Naza Náutica), Melhor Prestador de Serviço Náutico; Gustavo Bauer Quem nunca desejou viver perto da natureza sem precisar se afastar da cidade? Seria um sonho acreditar que existe um local onde crianças podem brincar perto de pomares e jardins, e que jovens e adultos encontram em um só lugar: diversão, tranquilidade, saúde e um grande espetáculo arquitetônico? Sonho? Não. Realidade. Este é o Brava Home Resort, o empreendimento mais ousado e bem fundamentado do sul do país. (Marina Tedesco, Balneário Camboriú), Melhor Marina e Município Náutico; Marcio Ishihara (BomBarco) Melhor Site; Mané Ferrari (Acatmar), Personalidade; Marcio Schaefer (Schaefer Yachts, também no detalhe), Melhor Estaleiro; Cláudia Schaefer (representando a Regatta), Melhor fornecedor de Equipamentos; Gustavo Ortiz (Náutica Sul), Melhor Revista Náutica Com 50% das unidades prontas para morar e com todas as licenças e alvarás em dia, o Brava Home Resort presenteia Itajaí com um novo conceito em morar bem. Suas torres foram minuciosamente planejadas para que nenhuma vista da paisagem do mar e mata atlântica se percam. Seus apartamentos com 3, 4 ou 5 suítes contam com uma arquitetura sem precedentes e apresentam uma grande diversidade de formas e unidades estéticas, capazes de reunir os elementos mais importantes para o melhor estilo de vida. Com a mais alta sofisticação, o empreendimento foi planejado para aliar o conforto de uma área residencial a altos níveis de tranquilidade, bem-estar e diversão. Um verdadeiro presente às atuais e futuras gerações. Sustentabilidade O Brava Home Resort é grandioso em todos os detalhes e prova que é possível funcionar de forma consciente, mesmo sendo um empreendimento de grande porte. Por isso, reúne uma série de tecnologias que tornam o dia a dia de seus moradores muito mais saudável e sustentável, além de preservar recursos naturais do planeta. 24 horas Mais de 60 opções de lazer, convivência e bem-estar à disposição 24 horas por dia, cuidadosamente distribuídos em um terreno de 75 mil m², onde todos os sonhos podem ser vivenciados. Os próximos 50% O Brava Home Resort irá superar as expectativas na entrega dos outros 50% das unidades e complexos de lazer, saúde e bem-estar. Surpresas serão reveladas quando o empreendimento for 100% finalizado, encantando ainda mais seus moradores. Parque das águas No Parque das Águas é possível viver em permanente estado de férias. Inclui praia artificial privada, piscinas adulto, infantil, baby e para jogos, hidrocaminhada, bar molhado e restaurante. BHR Club Hall Com dois amplos pavimentos, planta circular e uma diversidade de espaços que contemplam lazer, beleza, arte, diversão e relaxamento para todas as idades, o BHR Club Hall completa com categoria o setor de entretenimento. Vida ao ar livre Poder conciliar a rotina de trabalho, escola e outros afazeres com a incrível experiência de contato com a natureza, tem benefícios inquestionáveis. E isso você encontra nos espaços planejados, como: jardins, pomares, minigolfe e muito mais. Afinal, áreas de lazer existem para eternizar momentos. Investindo em qualidade de vida Há 35 anos, a PROCAVE vem construindo histórias de vida e transformando o mercado imobiliário de Balneário Camboriú e Itajaí. Só uma incorporadora comprometida com as relações humanas é capaz de oferecer muito mais do que empreendimentos de luxo: transformar sonhos em realidade. SHOWROOM Rua Delfim de Pádua Peixoto, nº 500 Praia Brava | Itajaí | SC 47 3349-0004 | www.procave.com.br Registro no 1º Ofício de Registro de Imóveis de Itajaí, sob o nº R-1-M-28.524. fotos divulgação e mané ferrari emoções garantidas Alguns convidados (ao lado) puderam experimentar a sensação de competir com as equipes nas regatas, que tiveram até capotagem Aconteceu... InauguraÇão Brand Stars FOtos divulgação Porto Alegre ganha sua primeira loja representante oficial das lanchas Ventura anfitrião e convidados Roger Russowski, dono da loja (ao centro), com Jorge Araújo, da Mercury (à esquerda) e Marco Garcia, da Ventura Marine (à direita): parceria visando bons negócios A nova loja “mostra a força da marca Ventura, uma das marcas de lancha que mais crescem no país fotos divulgação/Habitasul praia com balada Em Jurerê Internacional, os beach clubs levaram as festas para a beira da areia. E a praia ficou ainda mais famosa Mar limpo, areia clara, gente bonita, muitas festas e uma elegância explícita. Veja por que, no verão, JURERÊ INTERNACIONAL é... A pr a i a m a is de s e ja da jurerÊ INTERNACIONAL mariana boro A ilha de Santa Catarina, onde fica Florianópolis, tem cerca de encher os olhos A arquitetura de Jurerê Internacional é um show à parte. Seja nas casas milionárias, nos beach clubs (abaixo) ou no luxuoso hotel Il Campanario (acima) de 30 praias, cada uma mais bonita do que a outra. Mas nenhuma delas tão famosa e cobiçada quanto Jurerê Internacional, nome do empreendimento que transformou parte da tradicional praia de Jurerê num dos redutos mais seletos e sofisticados da orla brasileira. A praia é uma só, grande, bonita, em forma de meia-lua, agregado ao nome original, serve para designar a sua proposta: ser um pedacinho do Brasil onde quase tudo o que a inspirou veio de fora. As ruas lembram as de Miami, com casas sem muros e gramados que parecem cortados a tesourinha de unha. A segurança tem padrão suíço. A praia é limpa (em alguns casos, até varrida!) todos os dias. Os carros que circulam são os mesmos que costumam gerar filas nos salões de automóveis. A elegância e beleza das mulheres deixa a Côte d´Azur francesa no chinelo. E as baladas — ah, as baladas! — são cópias fiéis das de Ibiza, a famosa e badalada ilha espanhola. Não por acaso, um dos apelidos de Jurerê Internacional é “Ibiza brasileira”, embora alguns prefiram chamá-la de Saint-Tropez catarinense. Tanto faz. As duas comparações lhe caem muito bem. Nem parece mesmo Brasil. 26 Náutica Sul divulgação/habitasul com areias claras e mar transparente, mas o complemento “Internacional”, calvin harrys fotos divulgação e David Collaço jurerê internacional Ibiza inspirou muita coisa. A m Jurerê Internacional até a prosaicomeçar pelos ca cerveja gelada, uma preferência nacional, quase beach clubs não tem vez. Ali, o que mais se E típicos de lá Carrões importados diante de casas suntuosas, passeios de barco e muita animação nas baladas, que, tal qual a própria praia, reúnem uma das maiores quantidades de mulheres bonitas por metro quadrado do país 28 Náutica Sul consome (às vezes, até na areia da praia, trazido por garçons que mais parecem modelos saídos das passarelas) é champanhe. E dos bons. Tanto que Jurerê Internacional virou o ponto de venda número 1 de Veuve Clicquot no país, o que justifica a profusão de almofadas douradas com a marca da famosa bebida em quase todos os beach clubs ou “clubes de praia”, outra invenção de Ibiza, ali copiada. Dependendo da ocasião (réveillon ou festa de algum DJ figurão) uma garrafa pode passar dos R$ 5 mil e, não raro, para ser salpicada nos amigos, como uma espécie de celebração pelo prazer de estar ali, onde todo mundo gostaria de estar no verão. Especialmente solteiros e solteiras em busca de diversão. Jurerê Internacional é tudo de bom. Até os congestionamentos, bem frequentes nos fins de semana mais agitados de janeiro e fevereiro, costumam virar atrações, tal a profusão de Ferraris, Porsches, Lamborghinis, Maserattis e outros carrões, que desfilam pelas ruas do bairro, a caminho de alguma mansão, balada ou restaurante estrelado. A maioria chegou ali a bordo de caminhões-cegonha, vindos principalmente de São Paulo, enquanto seus proprietários desembarcam em jatinhos ou helicópteros particulares. Só em Jurerê Internacional existem três helipontos e o vaivém de aeronaves só não é maior do que o movimento de lanchas e iates diante da praia — que, por essas e outras, no ano passado, até ganhou uma “ilha artificial”, na qual os proprietários de barcos paravam para receber bebiNáutica Sul 29 jurerÊ internacional das geladas e petiscos vindos dos beach clubs, por meio de jet skis. Nada mais original e chique do que um delivery feito assim. 30 Náutica Sul ito cornelsen além de tudo, bonita Como se não bastasse a elegância, a praia ainda é tão linda quanto boa parte dos seus frequentadores no verão divulgação/habitasul O vai e vem de helicópteros na praia só perde para o dos iates Jorge de Souza e divulgação E m Jurerê Internacional quase nenhuma casa mede menos do que algumas centenas de metros quadrados e, no auge da temporada, muitas delas são alugadas por preços que variam entre R$ 8 a R$ 12 mil — por dia... Só depende da quantidade de suítes, do tamanho da piscina e do número de banheiras de hidromassagem. Quem quiser comprá-las, esbarrará em valores ainda mais faraônicos. Atualmente, o preço do metro quadrado de uma boa casa no bairro é o sexto mais alto do país, de acordo com uma recente pesquisa. Por ela, um mísero quadradinho de chão cercado de glamour por todos os lados ali vale cerca de R$ 7 000, mais até do que uma casa similar em Beverly Hills, o bairro preferido dos astros de Hollywood, e que, não por acaso, também é um dos apelidos desta praia. “Em apenas um ano, uma boa casa aqui chega a valorizar meio milhão de reais”, diz Tito dos Santos, da Imóveis em Jurerê, imobiliária que atua há dez anos naquele mercado supercifrado e, ainda assim, a cada dia mais valorizado. O que fez disparar o gatilho dos cifrões não foi, no entanto, a simples procura, como costuma acontecer em todas as áreas do comércio, mas sim a exclusividade de um lugar realmente excepcional — além do fato de que Jurerê Internacional logo virou sinônimo de bom gosto em geral. De certa forma, essa valorização já estava prevista desde o projeto inicial do bairro, criado nos anos de 1980, pelo grupo Habitasul, para ser um balneário de luxo e cujo slogan, “Prepare o seu passaporte”, já fazia alusão ao padrão internacional que ali seria implantado. E foi mesmo. Hoje, Jurerê Internacional tem sistema próprio de tratamento de água e esgoto (além de coleta seletiva de Náutica Sul 31 Fotos divulgação jurerÊ internacional Cerveja? Não! O lixo e central de segurança que que mais se bebe monitora todas as ruas com câmeras), casas só de alto padrão (muitas denesta praia é las habitadas por moradores e não apenas veranistas), dois excelentes hotéis (o Il champanhe. Campanario Villaggio Resort e o Jurerê Beach E dos bons Village, ambos à prova de hóspedes exigentes), um punhado de restaurantes também de ótimo nível (a começar pelos transadíssimos Donna, Second Floor e Simple on the Beach, que conseguem ser elegantes mesmo com um pé na areia) e meia dúzia de baladas e beach clubs, que, a despeito de todo o resto, são mesmo a cara e sinônimo desta praia. É na sofisticada descontração dos beach clubs, sempre repletos de almofadões, tendas com tecidos esvoaçantes e grandes camas para relaxar ao ar livre (as day beads, para usar um termo que combina bem com o estilo de Jurerê Internacional), que se pode encontrar duas das principais características desta praia, acima de tudo, moderna: as sunset parties e uma das maiores concentrações do país de mulheres bonitas por metro quadrado. A s sunset parties são animadíssimas festas que, como o nome sugere, começam nos finais de tardes e avançam até o começo da noite nos beach clubs, junto à areia da praia, aproveitando o espetáculo do pôr do sol — outra invenção de Ibiza, que funciona como uma espécie de esquenta para as baladas noturnas, que virão depois. O sofisticado Café de la Musique e o animado P12 (que oferece até uma grande piscina na beira da praia, para que as festas aconteçam também dentro d´água) são as casas mais procuradas neste quesito. Já os corpos perfeitos dos seus frequentadores também podem ser encontrados, madrugada adentro, nas baladas noturnas da Posh e do Pacha, uma das mais famosas casas noturnas do mundo e que ali tem uma filial. Sem falar nos famosos que vivem passando por lá. “A Gisele Bündchen, o Rodrigo Santoro e o Neymar, vira e mexe, aparecem por aqui”, diz Pablo Sabino, gerente do Taikô, outro desses beach clubs, que ali também são chamados de “paradores de praia”, em mais uma influên32 Náutica Sul tudo em torno da areia Em Jurerê Internacional, a praia não existe apenas para tomar sol e banhos de mar, mas também para relaxar no beach clubs (como o Taikô, no alto) e comer muito bem, como no Donna (foto maior) Fotos divulgação jurerÊ internacional cia da ilha espanhola que inventou a combinação de praia com festa — bem como a mistura de alegria com qualidade de vida, o que tem levado muita gente a gastar um dinheirão para ter as duas coisas juntas em Jurerê. Tanto que até a parte menos badalada da praia, informalmente chamada de Jurerê Tradicional, está lucrando com isso. Lá (ainda) não há baladas, beach clubs nem restaurantes finos, mas, a julgar pelo que está acontecendo no bairro vizinho, é só uma questão de tempo. Não há rua que não tenha um imóvel em reforma, muitos deles passando do status de casa para mansão. “Não dou uma década para essa região explodir, como aconteceu em Jurerê Internacional”, aposta o corretor Tito. M as nem todo mundo curte o que aconteceu e continua acontecendo em Jurerê Internacional. A associação de moradores, por exemplo, entrou com uma ação na Justiça com o objetivo de impedir que o bairro se transforme em um ponto unicamente de badalação. Dois fatores incomodam os que moram na praia mais falada de Florianópolis: o barulho das baladas e a preocupação com o meio ambiente, sem falar nos preços estratosféricos das coisas. A associação alega que os beach points estão alocados em área de preservação ambiental, junto à praia, e que as festas também diurnas acabaram de vez com o sossego de quem foi morar lá justamente em busca de paz e tranquilidade. “Não gostamos desta imagem de badalação e rasgação de dinheiro que se associou a Jurerê Internacional”, diz o presidente da entidade, João Bergamasco. “O que o nosso bairro tem de mais valioso é o padrão de vida que ele oferece’. Não só isso, por sinal. Tem, também, a praia em si, uma das mais bonitas da ilha, com cerca de dois quilômetros de extensão e um mar tranquilo, perfeito para as famílias, e a limpeza e segurança de um lugar tão bem conservado e controlado que, de novo, nem parece Brasil. Exceto — claro — pelo eterno bom humor do brasileiro, que vive cunhando expressões e definições marotas para tudo o que há de bom e ruim. Como a que diz: “Venha para Jurerê Internacional e descubra como você é pobre e sua mulher, feia”. Pode não ser verdade. Mas, a julgar pelo que se vê ali, não chega a ser um exagero. cenas de jurerê Areias brancas, casas magníficas e restaurantes que enchem também os olhos, como o Donna, (ao centro). No ano passado, a praia ganhou até uma ilha artificial para receber os barcos (acima) Casas como as de Miami, segurança suíça, praia sempre limpa. Nem parece que se está no Brasil 34 Náutica Sul por rosângela oliveira Os andarilhos das areias Dois amigos, um do norte e outro do sul do país, encararam, a pé, os 220 quilômetros da maior praia do mundo, a do Cassino, no litoral do Rio Grande de Sul, onde só existe água e areia. Aventura? Não para eles. “É uma travessia para dentro de si mesmo”, definem J oaquim Magno de Souza é o que se pode chamar de aventureiro nato e profissional. Aos 51 anos, tem fôlego de 25, e tornou as caminhadas o seu ganha- pão, depois de criar uma empresa especializada em levar turistas para subir os 2 739 metros de altura do monte mais famoso de seu estado, o monte Roraima, que já escalou 87 vezes. Mas foi justamente no lado oposto do país, no litoral do Rio Grande do Sul, que ele viveu a que considera sua maior experiência até aqui: a de vencer, a pé, os 220 quilômetros de extensão da maior praia do mundo, a do Cassino, cuja maior parte é deserta e quase inóspita. Junto com o amigo gaúcho Fernando Souza, que já havia feito esta travessia a pé e sozinho, Magno gostou tanto da experiência que resolveu criar um pacote na sua agência de turismo ecológico para levar as pessoas “a experimentarem uma viagem para dentro de si mesmas”, como define o objetivo principal da viagem, que vai do Balneário de Cassino, junto à barra da Lagoa dos Patos, ao farol do arroio Chuí, no extremo sul do país. “Caminhar limpa a alma e mantém a forma”, diz Magno, que, junto com o amigo, levou sete dias na empreitada. “Mas quando isso acontece numa paisagem inspiradora, como o vazio da praia do Cassino, ainda traz um benefício adicional, que é a reflexão e o autoconhecimento”, garante ele, na entrevista da página seguinte. fotos arquivo pessoal praião sem fim Passo a passo, o gaúcho Fernando e o roraimense Magno venceram os 220 quilômetros da praia do Cassino. No caminho, uma paisagem que pouco muda, boa para pensar na vida 36 Náutica Sul Náutica Sul 37 fotos arquivo pessoal “Uma paisagem que inspira” O litoral brasileiro tem mais de 7 000 quilômetros de extensão. Por que escolher um dos seus trechos mais desolados para caminhar? Justamente por isso: porque a praia do Cassino fica isolada e é a maior do mundo. Não existe outra igual. Foi uma travessia difícil? Caminhar sete dias nunca é fácil. Mas, ao contrário das montanhas, na praia o percurso não tem dificuldades de acesso. No Cassino, a areia é tão dura que é quase como andar numa calçada. Mesmo assim, são 220 quilômetros e a praia é praticamente deserta, especialmente a partir do terceiro até o penúltimo dia de caminhada. O que vocês viram ao longo do caminho? Vimos restos de naufrágios, muitas aves e animais marinhos mortos, como pinguins, leões marinhos, focas e até baleias. Mas é bem comum ver bichos vivos também. Mas justamente por não haver uma variedade de atrativos duran38 Náutica Sul te a caminhada, a introspecção acontece naturalmente. É uma viagem para dentro de si mesmo. O litoral do extremo sul gaúcho é famoso pelo seu clima meio inóspito. Vocês enfrentaram esse problema? Mais ou menos. Mesmo escolhendo a melhor época, durante o dia sempre fazia calor e, à noite, frio – além do vento típico de um local desabrigado, à beira-mar. Mas o clima não chegou a ser um problema. Bastava olhar para aquela paisagem única para esquecer tudo. Do lado esquerdo, havia o mar. Do direito, as dunas. E à frente, a praia sumindo na linha do horizonte. Não existe praia igual. E a solidão de caminhar neste vazio? A partir do terceiro dia, o caminho torna-se bem deserto, mas, vez por outra, passa alguém de carro ou avista-se um morador ao longe. Mas não é mesmo uma caminhada para quem quer encontrar outras pessoas. Não há gente pelo caminho e a paisagem pouco muda. Não é uma travessia monótona? Sim, sob o ponto de vista turístico, é bem monótona mesmo. Com certeza, a maioria das pessoas não veria graça alguma. Só quem já fez esta travessia compreende o valor que ela tem. O objetivo é justamente o isolamento, sem celular nem internet. Isso tira você de dentro de você mesmo. É uma viagem ao interior da alma. E faz muito bem. Sobre o que vocês conversavam, enquanto caminhavam? Eu e Fernando conversamos sobre um pouco de tudo, embora, na maioria das vezes, acabássemos abrindo nossos corações e compartilhando coisas pessoais como valores, conceitos, fé, fraquezas, sonhos, etc. No passo a passo, fomos crescendo, evoluindo e melhorando como pessoas. Vocês já se conheciam antes da travessia? Não. Nos conhecemos pouco antes, quando o Fernando foi à minha terra, fazer a subida do monte Roraima. Mas, na ocasião, nem tivemos muito contato. Depois, ele me ligou e propôs a caminhada na praia, que ele já havia feito sozinho. Achei ele meio louco, mas, ao mesmo tempo, sensível e essa combinação me agradou. E foi durante a travessia que nos tornamos grandes amigos. Foi um desses episódios interessantes da vida. Como era a rotina de caminhada? Começávamos às 6h30 e íamos até às 12h, quando parávamos para o almoço. Depois, voltávamos a caminhar, até às 17h, quando procurávamos um lugar abrigado para dormir. Às 20h já estávamos dormindo. No outro dia, começava tudo de novo. Não houve nenhum dia de descanso no meio. Nem sentimos necessidade disso. O que vocês comiam? Nosso cardápio era baseado em barrinhas de cereais durante o dia e só à noite, antes de dormir, cozinhávamos de verdade. Teve um pouco de tudo: carne seca, macarrão, arroz, farinha, até feijoada enlatada. Mas, naquelas condições, bem gostosa. A subida da maré, que ali é sempre um problema, não atrapalhava o sono e o avanço do percurso? O risco de a maré subir mais do que esperado sempre existe, mas tivemos o cuidado de consultar a tábua de marés para a semana da viagem, de for- ma que tínhamos uma ideia do que poderia acontecer. E nada de ruim aconteceu. Vocês caminhavam descalços? Não dá para caminhar descalço por causa das conchas na areia. Eu usava tênis ou sandália de dedo. Mas sempre estava calçado. cenas da travessia Ossada de baleia na areia, naufrágio na beira d´água, parada para descanso e Magno (no outro canto) finalmente chegando ao farol de Chuí, no fim do percurso, uma semana depois E na mochila, o que havia? A minha pesava uns 20 quilos e tinha um pouco de tudo: comida, roupa, panela, barraca. A partir do terceiro dia, ela passou a pesar bem mais do que antes, por causa do acúmulo do cansaço. Mas isso faz parte desse tipo de viagem. Vocês tomavam banhos de mar? Não era nossa prioridade, mas, para mim, que não era de lá, entrar no mar do Rio Grande do Sul tinha um quê de “batismo”. Então, no terceiro dia, parei e entrei na água. O lugar era tão ermo que entrei sem roupa mesmo. Para mim, foi delicioso. “ Do lado esquerdo, o mar. À direita, dunas. E à frente, a areia sumindo na linha do horizonte. Não existe praia igual Náutica Sul 39 andarilhos “ Justamente por não haver variedade de paisagens durante a caminhada, a introspecção acontece naturalmente Duas vezes o mesmo caminho O dentista gaúcho Fernando Souza, que já fez essa travessia duas vezes, conta que é no isolamento do Cassino que ouve sua voz interior A ideia da primeira travessia surgiu depois que eu li o livro As Sete Leis Espirituais do Sucesso, de Deepak Chopra. Logo no primeiro capítulo, ele fala da importância do isolamento para nos conectarmos a “algo superior”. E o isolamento que se tem ao longo da praia do Cassino é imenso. Mas é claro que o desafio pessoal de cruzar a maior praia do mundo, a pé e sozinho, também me atraiu. Em abril de 2012 fiz minha primeira travessia, sem nenhuma experiência, mas com um imenso desejo de completar aquele percurso. Levei seis dias, topando com restos de naufrágios pelo caminho, faróis isolados, aves e bichos marinhos, conchas incríveis e outras surpresas trazidas pelo mar. Mas o melhor de tudo foi a higiene mental que fiz. Se afastar da exigência absurda de atenção que os e-mails, telefonemas, propagandas, prazos, resultados e compromissos nos impõem, permite ao caminhante ouvir uma voz que fala, lá dentro, do que realmente importa. Não sei de onde ela vem, mas sei que é uma voz amiga, sábia e conselheira. Na travessia do Cassino, as coisas, primeiro, surgem lá longe, como um pontinho no horizonte e aos poucos vão se revelando, passo a passo. O caminho une a vista do mar, um abismo horizontal que parece não ter fim, à do farol mais isolado do Rio Grande do Sul, o do Albardão, e também permite, ao final do percurso, a visão da fronteira sul do Brasil, com o Uruguai, do alto do farol do Chuí. Mas o mais interessante, sem dúvida, é o que surge de dentro de você, com força e clareza, aproveitando a calmaria mental que o silêncio e o isolamento desta travessia proporciona. É um desafio físico e mental de elevação espiritual. Como dizíamos, eu e o Magno, durante a minha segunda caminhada, agora com companhia: ´Cassino-Chuí, 220 quilômetros para dentro de si´. É isso aí”. Qual a melhor época para esta travessia? As melhores são março, abril e início de maio. Depois, setembro, outubro ou novembro. Nos demais meses, não aconselho, por causa do calor ou frio excessivos. Como é o pacote de caminhada na praia do Cassino, que sua empresa passou a oferecer depois disso? É algo único. O percurso vai da barra da Lagoa dos Patos, no balneário do Cassino, até os molhes da barra do arroio Chuí, na divisa do Brasil com o Uruguai. São 220 quilômetros de uma faixa de areia contínua, sendo que cerca de 180 deles por uma região de acesso bem restrito, praticamente deserto, onde tudo está preservado. No caminho, atravessa-se a estação ecológica do Taim e a lagoa da Mangueira. E embora seja tudo à beira-mar, não há hotéis, vilas nem sinal de celular. Quem faz esta expedição experimenta a simplicidade da vida em si. Qual, afinal, o objetivo de fazer uma caminhada dessas? Cada um tem seus próprios objetivos. Para alguns, talvez seja caminhar na maior praia do mundo e, depois, poder dizer isso aos amigos. Para outros, viver uma experiência de isolamento. O certo é que, ao final, todos voltam para casa pensando que a vida poderia – e deveria – ser mais simples. Esse é o maior objetivo: o reencontro consigo mesmo, numa paisagem que inspira isso. 40 Náutica Sul arquivo pessoal “ Nos passeios de barco, o sol queima bem mais, mas as pessoas não sentem isso porque o vento mascara os efeitos. O remédio? Protetor solar e bom senso SOL Só na medida certa jorge de souza N inguém deixa de abastecer um barco com combustível, lanches e bebidas antes dos passeios. Mas ainda são poucos os que incluem o protetor solar entre os itens obrigatórios a bordo. É um esquecimento frequente, fruto de um ambiente que enxerga o sol como um amigo — mas não é bem assim. Sol é bom e até necessário. Mas só até certo ponto. Assim como os remédios, deve ser tomado na dose certa. Caso contrário, pode se transformar numa espécie de veneno para quem fica tempo demais debaixo dele e sem a proteção adequada. Especialmente na água, onde o ambiente, por si só, parece refrescante. Mas só parece... Segundo os médicos, os banhos de sol devem se resumir a duas sessões-relâmpago por semana, de cinco a 30 minutos cada, conforme o tipo de pele de cada pessoa. É tudo o que o corpo humano precisa para produzir vitamina D, a chamada “vitamina do sol”, que tem papel decisivo no fortalecimento dos ossos e na prevenção de certas doenças. Mais do que isso, torna-se desnecessário e até perigoso. Mas não é o que a grande maioria das pessoas pensa, especialmente quando sai para passear de barco. Náutica Sul 43 sol Os buracos na camada de ozônio 44 Náutica Sul 7 Onde mora o perigo Os mandamentos dos (bons) banhos de sol 1 2 3 4 5 6 7 Sentir os reflexos do sol na água Respeite os horários. Os raios solares só são benéficos antes das 10 da manhã e após as quatro da tarde. Especialmente no mar. Protetor solar é lei. Nem pense em não usar. Escolha um produto com FPS a partir de 15 para peles morenas e a Tomar sol sem protetor Achar que a capota basta Mesmo que o objetivo seja o bronzeamento, deve-se passar um protetor solar, ainda que de fator baixo, para proteger um pouco a pele. Nos barcos, isso é ainda mais sério, porque os solários não oferecem proteção alguma e a única saída é aplicar o bom senso, evitando as horas mais quentes do dia. Ainda que possa amenizar os efeitos do sol, uma cobertura de lona no barco não livra ninguém do excesso de radiação solar — você acha que está protegido, mas não está! Por isso, é importante usar filtro solar mesmo em barcos com cobertura. Até porque o mormaço também queima. A superfície da água aumenta a intensidade dos raios UV porque funciona como um espelho, refletindo cerca de 30% mais da sua radiação. Ou seja, na água, o sol age mais. E mais forte. partir de 30 para as claras. Tome muito líquido. Mas dê preferência à água, mesmo que não esteja com sede. Cuidado também porque a brisa marinha disfarça a desidratação. Não use perfumes. Produtos químicos em contato com o sol direto podem Vestir pouca roupa ou molhada provocar queimaduras ou manchas na pele. Vista roupas claras e secas. O branco reflete a luz. Já a roupa úmida deixa os raios UV ultrapassarem o tecido e não protege como deveria a pele. Não usar chapéu Use chapéu. Boné ou chapéu é tão necessário num barco quanto óculos escuros. Mas deixe-o bem preso, para não perdê-lo com o vento. Passe hidratante depois. Na volta dos passeios, aplique algum hidratante na pele. Xampus com filtro solar também ajudam bastante os cabelos. Reprodução e luiS quinta D entro de um barco, a questão da exposição excessiva ao sol torna-se ainda mais crítica porque os raios chegam potencializados pelos reflexos (o sol na água queima bem mais) e mascarados pelo vento, que tira a percepção de calor e, portanto, impede a pessoa de sentir o desconforto que serviria como sinal de alerta. Com um barco em movimento, a sensação é a de que está fresquinho, por causa do vento, mas a pele está queimando. E muito. Para complicar ainda mais, na água não existem sombras naturais, como árvores, o que praticamente expõe os ocupantes de um barco ao sol o tempo todo. Mesmo a capota, quando há, pode trazer algum alívio mas não total proteção porque os raios UV continuam agindo mesmo debaixo dela — você acha que está protegido, mas não está. Por isso, é importante usar filtro solar mesmo em barcos com capota. Junte-se a isso os refrescantes respingos de água no corpo e tem-se a receita completa de um ataque impiedoso à pele, que geralmente só se manifesta à noite ou no dia seguinte. Mesmo que o objetivo seja o bronzeamento, convém passar um protetor solar, ainda que de fator baixo, para proteger um pouco a pele. Como regra geral, os dermatologistas recomendam usar filtros solares com, no mínimo, fator 15 de proteção e reaplicá-los de duas em duas horas — ou sempre que cair na água, mesmo que os produtos afirmem ser à prova d’água. E não é só isso. É preciso também vestir alguma roupa, porque ela protege mais do que qualquer produto químico, especialmente aquelas com tratamento contra os raios ultravioleta. Qualquer camiseta e chapéu será sempre mais eficaz do que cremes e bloqueadores, mesmo que eles sejam de qualidade comprovada. Para piorar a situação, quem anda de barco costuma vestir pouca roupa, especialmente as mulheres, que adoram tomar banhos de sol no convés — o que é, de fato, gostoso, mas bem perigoso, sobretudo nos horários de pico do sol, entre dez da manhã e três da tarde, quando os raios UV são ainda mais intensos. Mas, o que fazer se ter a pele bronzeada faz parte da nossa cultura e andar de barco pressupõe um contato bem próximo com o sol? Simples: não abusar. Portanto, da próxima vez que reunir os amigos e a família num passeio de barco, não se preocupe apenas em abastecêlo com combustível e petiscos. Protetor ou bloqueador solar deve fazer parte do arsenal de bordo tanto quanto os coletes salva-vidas. Exagero? Pergunte a qualquer dermatologista. O ozônio forma um escudo natural que filtra os raios UVA e UVB. Mas a sua camada vem sendo continuamente enfraquecida pelos gases do chamado efeito estufa — calculase que o planeta já tenha perdido 4% do seu volume de ozônio, abrindo brechas para a livre passagem dos raios solares. Não é por acaso que o sol parece cada vez mais ardido. Em certos lugares, ele está mesmo. Não sentir o calor por causa do vento A bordo de um barco em movimento, a ação do sol é mascarada pelo vento, que tira a percepção de calor e, portanto, impede a pessoa de sentir o desconforto que serviria como alerta. A sensação é a de que está fresquinho, mas a sua pele está queimando. E muito. O ataque do sol começa sempre pela cabeça. E causa os maiores danos justamente. Vestir boné ou chapéu (de preferência com abas largas) é obrigatório. O calor e a água convidam a usar o mínimo de roupa possível — o que pode ser um perigo. Quando estiver navegando, vista no mínimo uma camiseta, de preferência com proteção UV, que é mais adequada e não esquenta. Já roupas molhadas deixam os raios ultrapassar o tecido e não protegem como deveriam. Embora pareçam refrescantes. Náutica Sul 45 sol Protetor solar. Tem que usar! Mas qual? Cada tipo de pele exige um protetor solar. Veja como descobrir o ideal para você À medida que se tornaram mais eficientes, os protetores solares passaram a ser identificados por números, que indicam o alcance da sua proteção. Um produto com Fator de Proteção Solar (FPS) 30, por exemplo, multiplica por 30 a resistência da pessoa ao sol. Ou seja, se você levaria cinco minutos para ficar com a pele avermelhada, passará a levar duas horas e meia para se queimar da mesma maneira. Mas — atenção! — nenhum filtro é capaz de barrar 100% dos raios solares. Pesquisas indicam que produtos com FPS 15 absorvem 93% dos raios ultravioleta do tipo B, enquanto os FPS 30 chegam a 97% e os FPS 50 a 98% — e a partir disso a capacidade de proteção dos filtros é praticamente a mesma. Como a variação de preço entre um protetor e outro costuma ser grande, qualquer economista diria que não vale a pena pagar bem mais caro por um protetor 50. Mas não é bem assim, porque o que está em jogo é a saúde e não apenas o bolso. Já os dermatologistas, de maneira geral, indicam produtos com FPS 30 para peles morenas claras e 50 para as mais brancas. Mas — de novo, atenção! — não importa qual seja o FPS ou tom da sua pele, reaplique o produto a cada duas horas, para estar devidamente protegido. Ou quase isso. Confira ao lado o tempo que deve ser tomado como referência para cada pessoa, na hora de escolher o FPS correto. O limite de cada um Tempo máximo que uma pessoa pode ficar ao sol sem nenhum tipo de proteção Pele bem branca 11 10 12 1 9 8 2 3 7 6 5 4 Pele morena clara 11 10 11 10 1 9 8 2 3 7 6 5 4 1 2 9 3 8 7 6 5 4 Pele negra Pele morena escura 12 12 11 10 12 1 9 8 2 3 7 6 5 4 Isso quer dizer que... Com a aplicação de um protetor solar, a resistência natural ao sol será multiplicada pelo número do FPS do produto. Ou seja, alguém de pele clara, ao usar um filtro com FPS 15, poderá ficar até duas horas e meia (ou 15 x 10 minutos = 150 minutos) debaixo do sol, sem grandes danos à saúde. Já depois disso... botos de laguna o artista e os malabaristas Em Laguna, o espetáculo da pesca com a ajuda dos golfinhos fica ainda mais bonito quando visto pelas lentes de Ronaldo Amboni, que de pescador virou um especialista no assunto 48 Náutica Sul Q uatro anos atrás, o então representante comercial Ronaldo Amboni ganhou uma câmera fotográfica e mudou de hobby. Em vez de pescar nas CARA A CARA horas vagas, passou a fotografar os golfinhos que COM OS BOTOS Ronaldo em ação: frequentam o canal de Laguna, ali chamados de botos, e que mais de 100 000 da interação protagonizam um curioso fenômeno: o da pesca conjunta com fotos entre golfinhos e os pescadores. Quando os cardumes de tainha entram ou saem pescadores, no canal de Laguna pelo canal, a caminho do mar ou das lagoas que batizaram a própria cidade, os botos empurram os peixes para a margem, onde estão os pescadores, com as redes. Ao cair na água, a tarrafa impede que os peixes escapem pelos lados e é aí que o boto tira proveito, porque entra debaixo das redes e pega o seu peixe — um interessantíssimo caso de trabalho em parceria, onde os dois lados saem ganhando. “Nenhum boto de Laguna foi treinado para fazer isso”, diz Ronaldo, nascido e criado na cidade. “Quem os ensinou foi a natureza, através dos ensinamentos que vêm sendo passados de um boto para outro”. Em Laguna, a pesca com botos existe há décadas, mas nunca foi documentada com tamanha beleza e dedicação quanto nas fotos de Ronaldo. Se o dia estiver bonito e dando peixe no canal, lá estará ele, deitado na margem ou dentro d´água com sua câmera, clicando o trabalho conjunto de botos e pescadores e extraindo imagens como estas, aqui comentadas por ele mesmo. Olho no olho “ Gosto de fotografar os botos do canal de Laguna deitado na margem, rente à superfície, ou dentro d´água, acompanhando os seus movimentos com a lente. Só assim dá para captar flagrantes como este olhar do boto na direção dos pescadores, que ficam à espera do seu sinal para lançarem as redes. Passo horas vendo a mesma cena e não me canso — aliás, ninguém se cansa de ficar olhando os botos de Laguna. Eles estão sempre no canal de acesso ao porto da cidade, com os pescadores nas margens, mas ambos lado a lado. O trabalho de um depende do outro. E os dois ganham com isso botos de laguna O lindo balé da captura “ Brincando na praia “ O mar de Laguna raramente é claro. A proximidade com a foz do rio Tubarão não deixa. Mas, neste dia, em abril do ano passado, ele estava excepcionalmente verde. Eu estava no alto do molhe e vi nitidamente um grupo de botos vindo na direção das ondas. Eles sempre fazem isso: chegam com velocidade e deslizam nas ondas. Como os surfistas. Gostam disso. E se divertem. Quando a onda começa a quebrar, dão um salto e voltam na direção contrária à da praia, até que surja outra ondulação. Claro que na praia também dá tainha, mas, para capturá-las, os botos de Laguna preferem o canal, porque ali é mais fácil. Praia, para eles, é como é para a gente: só para se divertir mesmo. 50 Náutica Sul Os botos frequentam o canal de Laguna todos os dias, mas são animais livres, que saem para o mar aberto quando querem. Mas, se estiver dando peixe, ficam por ali, rondando os pescadores bem de perto e praticando técnicas avançadas de captura, como girar e atacar os cardumes de barriga para cima, para que os peixes não percebam a sua aproximação, porque a parte de baixo do corpo deles é branca e não cinza. Assim, camuflados, atacam com mais facilidade e ainda produzem movimentos na água que mais parecem balés náuticos. Em Laguna, ninguém precisa de parque aquático para ver um boto de perto. botos de laguna Trabalho em conjunto “ Os botos tanto podem ´trabalhar` sozinhos, quanto em dupla ou em grupos — depende do dia e da situação. A estratégia de pesca deles muda conforme o dia e a quantidade de peixes na água. Como são animais inteligentes e com grande capacidade de comunicação, combinam entre si como irão atacar os cardumes e avisam isso aos pescadores, através de movimentos na superfície. Cabe a eles interpretar os sinais dos botos e jogar a rede na hora exata. Quando a sintonia é perfeita, é peixe na certa. Sim, eles estão fazendo o que você está pensando “ Em pelo menos um ponto, os botos são como os seres humanos: eles também fazem sexo por prazer e não apenas para procriar. Junto com os chimpanzés, são os únicos animais que fazem isso. E como fazem! No canal de Laguna, quando não estão ‘trabalhando’ e pegando tainhas junto com os pescadores, boa parte dos botos se dedica a copular. Sem parar. As folias, que, às vezes, viram verdadeiras orgias, acontecem a qualquer hora do dia e já geraram tantas crias que praticamente todos os botos do canal da cidade foram gerados e nasceram ali mesmo. E a primeira lição que as fêmeas ensinam aos filhotes é como ´trabalhar’ com os pescadores. Meu sonho é conseguir fotografar dentro d´água um desses partos, que incluem até um empurrão da mãe no filhote para fora d´água — o equivalente a nossa palmadinha na bunda dos bebês, após o nascimento. Já vi esta cena, mas não consegui fotografar. Já boto transando, como estes dois aí da foto, perdi as contas. botos de laguna O canal dos barcos e dos botos “ A barra de Laguna é uma das mais difíceis da região sul. Mesmo com o molhe de pedras, não é muito fácil entrar e sair do canal onde os botos ficam. Para complicar ainda mais, o antigo molhe tinha uma curva na entrada, que foi inundada com a construção do novo, mas continua lá, debaixo d´água, tornando o lado esquerdo de quem chega pelo mar bem raso e perigoso para os barcos. O jeito é entrar e sair sempre pelo lado do farol, o que obriga os barcos a fazer uma curva na boca da barra e, com isso, enfrentar as ondulações na diagonal. Quem conhece sabe que é só desviar do antigo molhe e pronto. Mesmo assim, nos dias de mar mais agitado, balança um bocado. Ele pula feito borracha “ “Todo boto salta bastante. Mas, alguns, saltam mais e mais alto do que os outros. Como este aqui, o Borrachinha, um dos botos mais arteiros do canal de Laguna. Ele é filho do Borracha, que era filho do Tafarel, que, por sua vez, era filho do Latinha, um dos botos mais lendários da região. Os pescadores de Laguna conhecem todos os botos pelo nome, porque acompanham as gerações. O Borrachinha, assim como seus antecedentes, é um bom pescador e, também como os demais botos adultos da sua espécie, não é nada pequeno: tem mais de três metros de comprimento e é capaz de saltar mais do que isso fora d´água. O Borrachinha pula mais do que borracha. Daí o seu nome.” 54 Náutica Sul Náutica Sul 55 botos de laguna Folia com a comida “ Depois que matam a fome, os botos brincam. Às vezes, com a própria comida. Foi o que fez este aqui abaixo, ao final de um dia de muitas tainhas no canal. Depois de perseguir um peixe desgarrado do cardume por um bom tempo, ele finalmente conseguiu capturá-lo, vindo de baixo, com velocidade, como geralmente fazem. Mas, ao contrário do que ele faria se estivesse com fome, passou a brincar com a presa, atirando-a de um lado para outro. Soltava e tornava a pegar o peixe, como se estivesse se divertindo com isso. E estava mesmo. Rede cheia “ O auge da estação da tainha é maio e junho. Em maio, no primeiro dia de vento sul em Laguna, são tantas tainhas saindo das lagoas para o mar, pelo canal, que chega a faltar espaço na areia para esvaziar as tarrafas. Já vi pescador tirar mais de 200 tainhas da água, numa só tarrafada. Mas a média, no restante dos dias bons do ano, são 50 peixes por rede — fora os que os botos comem. Quanto mais conhecedor dos botos o pescador for, mais peixes ele pegará. Em Laguna, isso é certo! Estes dois pescadores da foto, o Safico (de boné azul) e o Adriano, estão entre os mais experientes. Eles conhecem o comportamento de cada um dos mais de 20 botos que frequentam o canal, todos identificados pelas diferenças na barbatana dorsal, e se referem a eles como se fossem velhos amigos. Para os pescadores de Laguna, boto é como gente: cada um tem o seu jeito. E os bons pescadores são aqueles que conhecem bem as manias dos parceiros. botos de laguna E a gaivota levou... “ Além dos botos, os pescadores de Laguna têm a companhia constante das gaivotas. Elas ficam nas pedras do molhe, esperando as bobeadas dos pescadores. Quando eles tiram a tarrafa da água e despejam os peixes na margem, precisam ser rápidos, para não perder parte do trabalho para as aves. Como aconteceu neste caso. O pescador deu mole e a gaivota levou o peixe. Indignado, ele largou a tarrafa e foi em busca da ave, nas pedras do molhe, onde recuperou sua tainha, antes que ela fosse devorada. A gaivota perdeu o almoço. E eu ganhei esta foto. À espera do sinal “ Não é porque um boto passou na frente do pescador que isso quer dizer que ali tem peixe — daí o pescador de braços cruzados nesta imagem. Os botos ficam sempre por perto, observando os cardumes a distância, mas só na hora certa dão o sinal para os pescadores jogarem as tarrafas e assim fecharem o cerco. Que sinal é esse? Depende de cada boto. Cada um deles dá um sinal diferente com o corpo, que os pescadores já conhecem bem. Em seguida, empurram os cardumes para a margem e atacam por baixo, capturando a sua parte — quase sempre um peixe por rede atirada. Os botos não perdem a viagem. Mesmo que o pescador não pegue nada, eles sempre ficam com um peixe, porque, com a rede vindo de cima, o cardume só pode fugir por baixo, justamente onde está o boto. Eles entram debaixo da tarrafa, pegam o peixe, giram o corpo e caem fora, antes que a rede desça totalmente. São, também, malabaristas. 58 Náutica Sul Uns surfam, outros saltam “ Na praia do Mar Grosso, vizinha ao canal de Laguna, a convivência entre surfistas e botos é constante. Porque ambos querem curtir as ondas. Só que, vira e mexe, um se assusta com o outro. Já vi muito surfista sair remando feito louco para fugir das barbatanas, mas também já vi boto ´freando` na água para não bater de frente com as pranchas. Por isso, além de deslizar nas ondas, os botos também as acompanham saltando. Como fizeram estes dois, num dia de ondas boas para botos e surfistas. Náutica Sul 59 Por giselle gambiazi R ece i ta de s uce s s o A Divulgação/victor schneider Com uma perfeita combinação entre evento esportivo e festa regional, Itajaí deu uma verdadeira aula sobre como transformar uma regata em algo bem maior, na recente chegada dos barcos da Jacques Vabre à cidade grande e variada A vila da Aventura pelos Mares do Mundo, montada para receber os barcos da Jacques Vabre (ao lado): muito mais do que um simples receptivo da regata e uma lição para qualquer cidade 60 Náutica Sul pesar de ser o segundo destino turístico mais procurado no Brasil, Santa Catarina ficou fora dos dois grandes eventos internacionais que envolverão o país em breve: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Mas, em vez de ficar amargando o esquecimento, um grupo de Itajaí se apropriou do limão e fez uma bela limonada, ao transformar a chegada da regata Jacques Vabre, entre a França e a cidade, em novembro último, numa festa muito maior do que um simples evento esportivo. Como? Unindo ao evento a sua tradicional festa regional, a Marejada, e agregando uma série de outras coisas mais, como uma feira de exposições e negócios, vários shows de música ao vivo, ações culturais envolvendo crianças e adultos, estandes que recriaram a atmosfera e a gastronomia de alguns países e, principalmente, festa, muita festa, numa grande e bonita área à beira d´água. Resultado: hoje, Itajaí não só se tornou reconhecida no país pela capacidade de realizar grandes feitos, como virou referência para o mundo quando o assunto é evento náutico. Tudo começou dois anos atrás, quando estava para acontecer mais uma edição da regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race. A escala brasileira da competição estava prevista para o Rio de Janeiro mas mudou para Itajaí – uma Náutica Sul 61 festas e atividades Do lado de fora, uma vila cenográfica foi montada. Dentro do pavilhão de exposições, os visitantes aprenderam sobre vários temas. A regata foi apenas uma das atividades do evento A cidade uniu a regata com a festa da Marejada e outras coisas mais 62 Náutica Sul O que é que Santa Catarina tem? D e artesanato a apartamentos de luxo, a feira de negócios que aconteceu durante a Aventura pelos Mares do Mundo foi bem diversificada. A ideia foi mostrar a força da economia catarinense, especialmente na região de Itajaí. As 200 mil pessoas que passaram pelo Centreventos puderam conhecer estandes de entidades públicas e privadas de diversos setores, como turismo, lazer, entretenimento, imobiliário, construção civil, decoração, pesca, automotivo, arte, moda, calçados, confecção e, claro, naútico. A festa da regata Aprendendo a reciclar tudo D giselle Zambiazzi responsabilidade e tanto. O que, para muitos, seria um presente de grego (um evento internacional de um esporte pouco popular no Brasil e, ainda por cima, fora da temporada de verão) foi visto como uma oportunidade de a cidade mostrar do que era capaz. A limonada só precisava de dois ingredientes para dar certo: cachaça — ou seja, coragem de assumir o desafio — e açúcar — vontade política de apostar em algo incerto. E deu certo. O governo do estado comprou os direitos para a realização do evento, a prefeitura de Itajaí arcou com a revitalização do local, o Centreventos, onde antes acontecia a tradicional festa da Marejada, mas que estava bem degradado, e o pessoal arregaçou as mangas e foi em frente. No final, ficou muito melhor do que o esperado e os velejadores estrangeiros adoraram a acolhida e a festa da cidade. Hoje, em muitas marinas mundo afora, Itajaí está mais conhecida do que a caipirinha brasileira. Daí a virar porto de chegada de mais uma grande regata, a Jacques Vabre, foi mera consequência. “Mas, desta vez, aproveitamos a regata para revitalizar a festa da Marejada e incrementamos com outros atrativos, criando um só grande evento, que batizamos de Aventura pelos Mares do Mundo”, explica o coordenador geral, Amílcar Gazaniga, emocionado com os estimados 200 mil visitantes que a festança teve, ao longo de 15 empolgantes dias. E que, entre ações sociais, exposições, shows e intensa diversão gratuita, mostrou muito mais do que simples barcos parados numa marina, como você verá nas páginas seguintes. fotos Divulgação itajaí bom exemplo Quem chegava era recepcionado por moças e rapazes, que ali também desenvolviam outra atividade. Itajaí inovou logo de cara e casca de banana a sucata eletrônica, os estudantes que visitavam o estande do Instituto Federal Catarinense participaram de oficinas diárias, onde aprendiam a reaproveitar qualquer coisa. Uma das mais concorridas foi a de robótica sustentável, de onde eles saíram com brinquedos feitos por eles mesmos, a partir de restos de computadores velhos. Para compor o clima, a decoração do espaço foi feita com móveis do projeto Recipaletes, que reaproveita paletes de madeira para criar móveis e outras coisas mais. Cerca de mil crianças por dia chegaram a passar pelo local. A regata Jacques Vabre é um dos maiores eventos náuticos do mundo. Os barcos, divididos em quatro categorias, mas com apenas dois tripulantes cada, partem sempre da cidade francesa de Le Havre, rumo a algum país produtor de café. No Brasil, a prova já havia contemplado Salvador, no passado. Mas, em 2013, a 11ª edição da regata trouxe os barcos (alguns deles verdadeiros puro-sangues da vela) para Itajaí, onde esta festança toda os aguardava. A chegada de cada barco era comemorada como se fosse uma vitória pela população da cidade, que corria para ver as tripulações atracarem no píer do evento, após terem cruzado o Atlântico. Quem ganhou? Bem, a fita azul ficou para o trimarã Edmond de Rothschild, mas, diante de tamanha festa para todos eles, nem os adversários ficaram tristes com isso. Surpresa logo na chegada L ogo na entrada, alegres recepcionistas acolhiam os visitantes, passando orientações e dando sorridentes boas-vindas. Mas por trás desta receptividade havia um segredo que não foi revelado durante todo o evento: aquelas lindas moças e simpáticos rapazes eram internos do presídio de Itajaí. “Colocar presidiário para limpar privada é fácil, mas queríamos um projeto que realmente trabalhasse a reinserção social”, explicou, depois, Amilcar Gazaniga. Além dos presidiários-recepcionistas, outros serviços foram prestados por dependentes químicos em recuperação e menores infratores, como a montagem das estruturas do evento e guias para os visitantes. Tudo era monitorado e supervisionado, mas o sigilo foi mantido. Tanto que algumas moças até receberam convites para trabalhar em outros eventos. Sem dúvida, um ótimo exemplo. Náutica Sul 63 itajaí A Aventura pelos Mares do Mundo envolveu toda a comunidade escolar de Itajaí e não só durante o evento. Antes mesmo da abertura, estudantes de escolas públicas e privadas trabalharam na produção de arte feita com material reciclável, todas tendo o mar como tema. Tampas, garrafas, potes, calotas, isopor, tudo se transformou em peças de decoração, nas mãos dos pequenos alunos da rede escolar da cidade. muita gente Pelos cálculos dos organizadores, 200 mil pessoas visitaram a vila, durante os 15 dias do evento. O acesso era livre e gratuito fotos Divulgação Estudantes fazendo arte Muito além da raia Lições de quem chegou antes A Maré (também) artística A Fundação Cultural de Itajaí levou a 13ª edição do Salão Nacional de Artes para dentro do Centreventos. Tanto nos pavilhões quanto na parte externa, várias obras e intervenções de artistas da cidade, de Santa Catarina e de outros estados foram expostas. Ao lado da minicidade viária de Marejópolis, por exemplo, uma instalação do artista Vitor Mizael, de São Paulo, mostrava Fuscas em péssimo estado amontoados, fazendo refletir sobre os perigos do trânsito e os valores que damos aos bens materiais. 64 Náutica Sul visitantes dos dois lados Na vila, o artista preferiu usar os automóveis para uma instalação de arte (acima). Ao lado, tripulação de um dos barcos visitando um asilo da cidade N victor schneider festa de Itajaí atravessou os portões do Centreventos e invadiu outros espaços da cidade. Os velejadores participaram de diversas ações sociais, em diferentes locais. A tripulação do barco Oman Air Musandam, por exemplo, visitou o Asilo Dom Bosco e o Hospital Pequeno Anjo, onde distribuiu brindes, na companhia dos Escoteiros do Mar de Itajaí. Já a o pessoal da embarcação Vers um Monde sans Sida (que em português quer dizer “Por um Mundo Sem Aids”), participou de uma ação de conscientização sobre a doença numa escola e por aí afora. Todo mundo – visitantes e visitados – adoraram a iniciativa. dentro e fora Entre as atrações, planetário (ao lado) e exposições de trabalhos regionais, como o artesanato dos imigrantes angolanos (abaixo) a Feira de Artesanato, um pessoal que atravessou o Atlântico muito antes que os veleiros da Jacques Vabre também esteve presente, para contar sua história. Foram os integrantes da Associação dos Amigos e Naturais de Angola, que vendiam camisetas e telas que simbolizavam os 38 anos da presença dos angolanos em Itajaí — quase todos refugiados da guerra civil que então acontecia naquele país. Na ocasião, Daiana Donana contou sobre os 19 dias que seus antepassados levaram para cruzar o oceano, até aportarem na cidade que os acolheu de braços abertos. Do fundo do mar ao espaço D o fundo do mar ao espaço infinito, outras duas atrações bastante concorridas foram o Cinema 3D e o Planetário montado no local do evento. No cinema, um filme de animação narrado por um peixinho mostrava as belezas do fundo do mar e, com a ajuda de um mergulhador, explicava a importância da preservação dos corais. Dali, a plateia era convidada a passar pelo Planetário, para uma viagem pelo filme Filhos do Sol, com uma narrativa sobre cada um dos planetas do nosso sistema solar, incluindo a relação deles com a mitologia grega. Ambos divertidos e instrutivos. Náutica Sul 65 itajaí Crachá para quem ajudou os outros N fotos giselle Zambiazzi a vila Aventura pelos Mares do Mundo, ser vip era ser solidário. As pessoas que fizeram doações em dinheiro ou em produtos receberam um crachá especial Vip Solidário, que lhes dava vantagens, como prioridade nas filas e descontos nos restaurantes. Também participaram do sorteio de uma viagem para a França, outra para Portugal e de um carro. Apae, hospitais, asilo, coral e entidades assistenciais foram os contemplados pelas doações. Os sabores do mundo Teatrinho lambe-lambe arte da vila da Aventura pelos Mares do Mundo foi lindamente decorada com painéis que recriavam construções de alguns países. E, dentro deles, serviam-se pratos da culinária típica destes países, num autêntico festival gastronômico. França, Espanha, Itália e Portugal foram os países homenageados e cada um deles serviu quitutes próprios, que fizeram muito sucesso. Como os bolinhos de bacalhau na tasca portuguesa, a paella no restaurante espanhol, as pastas na cantina italiana e o salmão no bistrô francês. E teve, também, o Boteco Brasileiro, com cardápio 100% nacional, que os velejadores estrangeiros, por sinal, adoraram. A festa deixou saudades também no estômago de todos. D ebaixo deste pano, com os olhos no buraquinho de uma caixa, a aventura era outra. Durava só pouco mais de um minuto, mas levava todas as crianças à felicidade. Aliás, Felicidade era o nome do espetáculo apresentado pela artista Iná Gonçalves no seu teatrinho lambe-lambe, feito dentro de um velha câmera fotográfica. Ao som de Vivaldi nos fones de ouvido, em um lapso de tempo ela transportava sua plateia para dentro de uma singela casa em miniatura, onde mostrava a simplicidade de viver e ser feliz. Fez o maior sucesso com a garotada. Muita música para aprender e ver As crianças aprenderam sobre trânsito (acima) e assistiram a teatrinhos lambelambe na vila da Aventura (ao lado) 66 Náutica Sul fotos Divulgação P Da carteirinha para as ruas U m dos pontos mais visitados pelas crianças (e admirados pelos adultos) foi a Marejópolis — ou cidade da Marejada. Ali, os pequenos simulavam o processo de obtenção e confecção de uma carteira de habilitação, com aula teórica na autoescolinha e despachante, onde retiravam o seu “documento”. Com ele em mãos, tinham direito a dar algumas voltas pela pista, que tinha sinalização de verdade, incluindo semáforos e redutor de velocidade. Mais de 7 mil carteirinhas de habilitação foram emitidas. U m dos mais importantes eventos culturais de Itajaí também aconteceu durante a Aventura pelos Mares do Mundo. Foi a 16ª edição do Festival de Música da cidade, reconhecido em toda a região pela sua relevância e que animou os palcos e as noites da Vila da Aventura. Entre as atrações, nomes como Lenine, Céu e Monobloco. Outras apresentações de artistas locais também aconteceram durante todo o evento. E tudo de graça. sabores do mundo Quatro países foram homenageados e serviram pratos da sua culinária. A tradicional festa da Marejada, este ano, foi bem diferente Náutica Sul 67 vista da cidade O flutuante Pharol Porto Cabral fica preso ao molhe da Barra Sul, com o lindo visual da praia de Balneário Camboriú ao fundo e serve de cenário até para casamentos Como fica na água, ele balança suavemente., como um navio No balanço do mar fotos divulgação O curioso e saboroso Pharol Porto Cabral, em Balneário Camboriú, não é apenas um restaurante sobre o mar. É um restaurante que flutua na praia 68 Náutica Sul Q uem está dentro, tem a sensação de est ar jantando a bordo de um navio, com grandes janelas que dão para o mar. Já quem está do lado de fora tem a impressão de estar à mesa de um gostoso deque sobre as águas, com a paisagem da cidade ao fundo. Nos dois casos, contudo, os sentidos traem a percepção da realidade. O Pharol Porto Cabral não é um navio nem u m s i m p l e s d e qu e , m a s sim um grande restaurante flutuante (grande no tamanho, com lugar para quase 200 pessoas, e na qualidade, com elogiadíssimos sushis e frutos do mar), o primeiro do gênero em Balneário Camboriú e um dos poucos desse tipo na região sul do país. E o que causa essas duas sensações é que, por ser um flutuante, ele fica boiando no mar. Portanto, mexe um pouco... Nada, porém, que faça a clientela marear antes de a comida chegar, embora os mais sensíveis sintam, logo ao primeiro passo, que aquele não é um restaurante como outro qualquer. E não é mesmo. Toda a estrutura, da cozinha ao enorme salão, contornado por um deque ao ar livre e construído com toras de madeira à vista e telhado com bicos salientes que lembram as construções balinesas, fica sobre um gigantesco pranchão de aço, fabricado na vizinha Itajaí com este propósito: ser um restaurante que flutua na água e não apenas “sobre o mar”, como outros tantos que há. A diferença entre uma coisa e outra está justamente na sutileza de “sentir” o mar e não apenas vê-lo passar. E isso tem a ver com o suave vaivém que o corpo sente e que faz as pessoas viajar na mente. Só isso já tornaria o Pharol Porto Cabral interessante, especialmente para os que buscam jantares românticos ou experiências diferentes. Mas ele ainda reserva uma segunda surpresa – e, para muitos, bem melhor do que a primeira, é verdade: a estupenda vista da orla de Balneário Camboriú, que fica ainda mais linda à noite, com a fileira iluminada de prédios, algo só possível para quem tem um barco ou está no mar, o que é o caso. “Se eu ganhasse um real por cada foto que faço dos clientes nesta paisagem, já estaria milionário”, diz um dos garçãos, todos tematicamente grande em tudo Embora seja um flutuante, o restaurante tem capacidade para 200 pessoas e serve um cardápio variado, com destaque para os frutos do mar e sushis uniformizados com simpáticos quepes de comandantes de barco – nada mais apropriado. É difícil resistir ao apelo de um visual tão bonito. Tanto que, mais que um simples restaurante, o Pharol Porto Cabral virou um ponto turístico da cidade. Todo mundo quer entrar para ver a paisagem da orla de um ângulo oposto ao que estão acostumados. E, uma vez lá dentro, muitos acabam sentando para admirar a vista e descobrindo que, além de curioso, este inusitado restaurante, onde alguns garçãos até pescam nos intervalos entre o almoço e o jantar, também é muito gostoso. Além de bem eclético no cardápio, que vai de carnes a sushis, embora o forte da casa seja (e nem poderia ser diferente num restaurante que fica na água...) os frutos do mar — tem até king crabs, aqueles caranguejos com patas gigantescas, tão deliciosos quanto raros de se encontrar por aqui. Por ser um flutuante (mas à prova de naufrágios, diga-se de passagem, a fim de tranquilizar os mais temerosos), o Pharol Porto Cabral pode receber clientes que chegam de barco e que desembarcam bem ao lado das mesas. Também pelo mesmo motivo, fica preso ao molhe fixo da Barra Sul, o que, no entanto, só acentua a sua principal característica, depois da linda vista: o gostoso balanço do mar, que faz todo mundo imaginar que está em outro lugar. Seja num navio ou num deque. Náutica Sul 69 Você e seu barco A praga das cracas A performance do barco não anda boa? O problema pode estar nas cracas no fundo do casco C racas, você bem sabe, são eternas dores de cabeça na vida de quem tem um barco no mar. Se o casco não for limpo e bem protegido, com tinta anti-incrustante especial, de tempos em tempos, essas pequenas criaturas grudam no fundo e criam estragos, especialmente na performance. O barco fica mais pesado e com mais arrasto hidrodinâmico, o que leva à queda brutal no rendimento e ao maior consumo de combustível. E os proble- mas não se restringem à parte submersa do casco — as cracas também se fixam nos hélices, nos eixos, no leme e até no sistema de refrigeração do motor, que, com isso, pode superaquecer. Para não correr todos esses riscos por conta de algo aparentemente tão simples, a única saída é a velha e boa prevenção — trocando em miúdos, raspar o casco a cada seis meses, em média, e repintá-lo de ano em ano, com tinta anti-incrustante. RODRIGO ZORZI Que bicho é esse? As cracas são crustáceos muito comuns em todo o litoral brasileiro. Nas primeiras fases da vida, vagam pelas águas até encontrar uma superfície rígida (como o casco de um barco) para se fixar e crescer Como reparar um casco contam inado em 1 Raspe as cracas logo após o barco ser retirado da água. Quando úmidas, elas saem com mais facilidade. 2 Com uma espátula ou um raspador de cantos arredondados (para não danificar o casco) remova todas as cracas abaixo da linha d’ água. 3 Na sequência, com uma mangueira de água doce, dê um banho no casco, para tirar os últimos resíduos e facilitar o lixamento. 4 Demarque a área a ser lixada e pintada. Cole a fita adesiva um pouco acima da linha d’ água real, que, com o balanço do barco, pode variar. 10 p a s s o s 5 Esfregue toda a superfície com lixa 60-120, própria para remoção de restos de tinta. Só pare de lixar quando o gelcoat da fibra de vidro aparecer. Quanta tinta é preciso? Não é difícil calcular a quantidade exata de tinta necessária para o fundo de um barco. Primeiro, meça o comprimento da linha d’água, da boca e do calado do casco. Depois, use uma das fórmulas abaixo para determinar a área (em metros quadrados) da superfície a ser pintada. Com esse dado, você saberá quantos litros comprar. Em geral, um litro de tinta dá para cerca de cinco metros quadrados. Mas é preciso ficar atento às recomendações dos fabricantes. Cada marca de tinta costuma indicar uma quantidade diferente de demãos. Mas, em geral, são três. bichinhos infernais A ação das cracas não se limita ao casco. Elas também grudam nos hélices, eixos e leme, causando estragos ainda maiores Se for lancha: 6 Com o casco já lixado, pegue um rolo de pelos médios e aplique o primer, produto que aumenta a aderência do antiincrustante, que virá a seguir. 72 Náutica Sul 7 Três horas após a secagem, com um novo rolo, aplique a tinta anti-incrustante. Observe na embalagem o intervalo de tempo entre as demãos. 8 Não altere a composição química da tinta com solventes ou pó de cobre, que deixam a tinta mais pesada e fácil de soltar. 9 Durante a aplicação, use luvas e proteja os braços e pernas, pois a tinta pode causar irritação na pele. Use também protetor para os olhos. 10 Por fim, espere 48 horas para colocar o barco novamente na água. É o tempo exato para um acabamento de sucesso. Boca + calado x comp. da linha d’ água = área em m² a ser pintada Se for veleiro: Boca + calado x 0,75 x comp. linha d’ água = área em m² a ser pintada Náutica Sul 73 flapes Você e seu barco Mais que acessórios Os flapes equilibram o casco e melhoram o desempenho e o consumo de qualquer lancha. Mas este benefício tem preço S ua lancha não tem flapes? Tem, mas você não sabe bem como usá-los? Se a resposta a alguma destas duas perguntas despertar a sua curiosidade é sinal de que você precisa continuar a ler este texto. Basicamente, flapes são como pequenas asas de metal ou fibra de vidro, instaladas aos pares, uma em cada bordo do espelho de popa, que atuam como uma espécie de extensão do casco. E podem ser móveis ou fixos. No caso dos flapes móveis (bem mais aconselháveis, por sinal), seu acionamento pode ser elétrico ou eletro-hidráulico. Dito assim, parece algo bem simples e básico. E é mesmo. Com flapes, qualquer lancha navega melhor e mais fácil, embora esse recurso seja tão mais necessário quanto maior for o casco — lanchas abaixo de 25 pés raramente usam flapes , especialmente os móveis, porque eles não custam pouco. Um kit completo de flapes hidráulicos ou elétricos, para cascos entre 25 e 30 pés, fica em torno de R$ 4 500, e para lanchas menores, cerca de R$ 4 000, fora a instalação. Q uando fixos, os flapes mais parecem prolongamentos naturais do casco e sua única função é aumentar a sustentação na popa, corrigindo a inclinação longitudinal, ou trim, do barco, a fim de compensar algum excesso de peso nessa área, o que faz a popa abaixar e a proa levantar. Já os flapes móveis têm a vantagem de subir ou descer, controlados por botões no painel, e podem não só corrigir o trim como alterar a inclinação lateral ou o adernamento sobe e desce Flapes são como extensões do casco e, dependendo do modelo, podem ser controlados em separado D e tão úteis, os flapes móveis já fazem parte do equipamento padrão de muitos barcos, mesmo daqueles que comprovadamente possuem bons cascos, porque, com esse recurso, é possível compensar alguma eventual má distribuição de peso a bordo ou enfrentar melhor as condições de mar adversas. São, enfim, motivos mais que suficientes para você também ter um na sua lancha. Para baixar a proa Para equilibrar os bordos N E ormalmente, os flapes são usados para baixar a proa do barco e atingir o planeio mais rapidamente. Ao baixar os flapes, a proa desce junto, o que torna a navegação nas ondulações bem mais confortável e o planeio mais rápido, porque é alcançado com menor velocidade, e, portanto, com menor gasto de combustível. Eles também servem para equilibrar o barco quando a lancha estiver com o tanque cheio ou com lotação completa, o que geralmente faz com que a proa se erga acima do normal, prejudicando a navegação e a visibilidade do piloto. 74 do casco. Ao se baixar os flapes, a popa sobe e a proa desce, permitindo que o barco corte as ondulações com mais facilidade. Com flapes, sejam eles móveis ou não, qualquer casco navega menos “empinado” e, portanto, melhor. Também plana mais rápido, economizando assim combustível. Náutica Sul mbora sejam instalados aos pares, os flapes atuam de maneira independente e, se forem móveis, podem ser ajustados individualmente. Ao baixar um deles, a popa se ergue naquele mesmo lado, enquanto o casco inclina no bordo oposto. Esse recurso é especialmente útil em situações em que o casco tende a adernar, como quando há muito peso de um certo lado ou mar e vento forte de través. Nestes casos, ao se baixar o flape do lado para o qual o barco está adernando, o casco reassume o equilíbrio. Você e seu barco mecânicos Para não cair no mecaniquês Qualidade - Prazo de Entrega - Melhor Preço. Uma dúzia de dicas para saber se um mecânico entende mesmo de motores ou está apenas enrolando você P oucas coisas são mais desagradáveis do que ser enganado por alguém. Como os mecânicos, por exemplo, que vira e mexe detectam “problemas” nos motores dos barcos que nem sempre são exatamente defeitos. E como a maioria dos donos de lanchas não entende muito do assunto, fica fácil ser lesado após um breve diálogo em “mecaniquês”. Para diminuir os riscos, só mesmo fazendo uma avaliação rápida da oficina e do profissional que ali trabalha. Como esta aqui. 12 truques para saber se dá para confiar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 76 Náutica Sul Desconfie de mecânicos que trocam de oficina como quem troca de roupa. Cheque há quanto tempo ele trabalha no mesmo local. Quanto mais tempo, melhor sua reputação. Bons mecânicos sujam apenas as mãos. Se quem lhe atender tiver graxa até nos olhos, pense duas vezes antes de deixar seu motor com ele. Oficina suja é sinal de desleixo em tudo — até com o trabalho a ser feito. Peças espalhadas pelo chão e serviço acumulado nos cantos são bons indicadores disso. Se a oficina não ficar à beira d’água, precisa ter tanque de água doce para testar os motores. Se não houver um, desconfie. Qualquer serviço extra, pós-orçamento, só pode ser executado com a autorização do cliente. E mais: o preço da mão de obra, por hora, deve ser informado na ordem de serviço. Bons mecânicos ouvem atentamente os clientes para saber qual o problema do barco. Além disso, anotam tudo o que foi relatado. Fuja de lugares em que o atendente sequer olha nos seus olhos. A primeira impressão é a que fica. Se não lhe tratarem bem logo no primeiro atendimento você poderá ter problemas depois, se tiver que recorrer à garantia do serviço, por exemplo. Peças e acessórios empoeirados nas prateleiras são sinais de pouca movimentação de mercadorias e, consequentemente, baixo número de clientes. Desconfie. A maioria dos fabricantes de motores oferece cursos profissionalizantes. Confira se, na parede da oficina, há algum certificado desse tipo. No mínimo, é sinal de mecânicos bem preparados. Alguns fabricantes costumam indicar os melhores mecânicos para cada tipo de motor. Isso não significa garantia de bom serviço, mas é melhor do que procurar às cegas. Se o orçamento for muito baixo, desconfie. É bem provável que o mecânico vá usar peças recondicionadas. Há quem cobre pelo conserto de um motor de popa o mesmo que o conserto de um de centro, o que é impossível sob o ponto de vista prático. Uma boa oficina precisa abrir todos os dias da semana. Os mecânicos, no entanto, devem atender emergências, e até deixar o número do celular com os clientes. A Courotec Divisão Náutica oferece a melhor qualidade em estofaria e capotaria para seu Barco, Lancha ou Iate. Mão-de-obra qualificada, matéria-prima especial para revestimentos náuticos e o prazo de entrega, são os principais diferenciais de nossa empresa. * ESTOFAMENTOS * CAPOTARIA * REFORMAS E REPAROS * INOX Faça-nos uma visita ou solicite atendimento Vip no Litoral. Orçamento sem compromisso. 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DEBAIXO DA PONTE A nova base da Schaefer Yachts fica ao lado da famosa ponte Hercílio Luz Organizador da travessia do Canal do Varadouro é o presidente da Tribo das Águas A reportagem sobre os passeios de jet no Canal do Varadouro, na última edição de NÁUTICA SUL, deixou dúvidas sobre o organizador da travessia anual entre Paranaguá e Cananéia, que tradicionalmente é realizada pela equipe Tribo das Águas, cujo presidente é Marco Aurélio Testoni, também comodoro no Iate Clube de Balneário Camboriú. A marina By Dente, de Joicimar Aviz, o “Dentinho”, em Balneário Camboriú, citada na reportagem, é apenas o tradicional ponto de encontro dos adeptos dos passeios de jet da cidade, inclusive para a travessia anual no Varadouro. O 5º Campeonato Brasileiro de Match Race, competição de vela de um barco contra o outro, teve uma final totalmente gaúcha: a equipe de Nelson Ilha enfrentou a tripulação de Philipp Grochtmann e venceu por 2 a 1 na série de melhor de três regatas, realizadas no rio Guaíba, em Porto Alegre. Na terceira colocação ficou a tripulação argentina de Pablo Volker, que ganhou por 2 a 0 da equipe da Marinha Brasileira, comandada por Fernanda Demétrio, do Rio de Janeiro. Nelson Ilha também teve ajuda feminina para chegar ao título, pois contou com as velejadoras Ana Barbachan e Geórgia da Silva na sua tripulação. A competição teve oito equipes, do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Argentina. Deu Brasil no Sul-americano Nacra17 Clínio de Freitas e Cláudia Swan faturaram campeonato em Porto Alegre Com um beijo na linha de chegada da última prova, Clínio de Freitas e Cláudia Swan comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra17, realizado em Porto Alegre, deixando para trás os argentinos Esteban Blando e Eugenia Bosco, que ficaram na segunda colocação. Clínio e Cláudia também foram os campeões do primeiro Brasileiro da modalidade e únicos representantes do país no Mundial da Holanda, em julho último. Nas águas do Guaíba, a dupla fez bonito e derrotou outras oito tripulações, do Brasil, Argentina e Uruguai. FLY���A�� YA�A�A���S�A�������KAWASAKI ���������AII�WA�����AT �A�I�A�������A���L��A��� ��T�SKIS�����T���ATS����A���S������AS���A��SS��I�S 100 95 Fone:: +55.19.3515-5500 / Fax: +55.19.3856-4279 75 ���������������������������������������������������.�.P. ��������������������������������������������������������������������������������������� L��A����A�I�A Av.��a����n��ira���������La�oa��F�orian�po�i����S����������������������������������I��������� pronautica�pronautica.com.br������.pronautica.com.br� 25 5 0 .com.br NOVA SEDE SCHAEFER A final foi entre duas equipes do Veleiros do Sul, que sediou o campeonato Divulagção/Ricardo Pedebos fotos divulgação Sobre os passeios de jet... Onde encontrar PARANÁ Estaleiros • Bassboat Tel. 41/3029-0512 www.bassboat.com.br Lanchas para pesca Curitiba • Engetec Tel. 41/3383-0182 www.engetecbrasil.com.br Botes de alumínio, infláveis e lanchas São José dos Pinhais • Vom Wasser Tel. 41/3344-5806 www.evw.com.br Lanchas Curitiba • Way Brasil Tel. 41/3278-7433 www.waybrasil.com Lanchas Triton e Quest Curitiba • Wind Náutica Tel. 41/3383-1865 www.windnautica.com.br Veleiros Curitiba Motores e equipamentos • Britanite Tel. 41/3671-8200 [email protected] Material de salvatagem Quatro Barras • Fort Car Tel. 41/3673-2386 www.fortcarreboques. com.br Fábrica de carretas Curitiba • Mar Sul Tel. 41/3443-6024 www.marsulservicos.com.br Motores MAN Guaratuba • Nautimax Tel. 41/3333-0410 www.nautimax.com.br Motores Volvo Penta Curitiba • Piqui Naval Tel. 41/3472-1327 [email protected] Acessórios de aço inox Guaratuba 80 Náutica Sul • Retipar Tel. 41/3016-0206 www.retipar.com.br Retífica, peças e acessórios Curitiba • Separ Tel. 41/3324-7205 www.separ.com.br Carregadores de bateria, divisores e conversores Curitiba • Volvo Penta Brasil www.volvopenta.com.br Fabricante de motores Curitiba Lojas e serviços • Bankoc/Almir Capotas Tel. 41/3282-4804 www.bankoc.com.br Capotas e revestimentos São José dos Pinhais • Berneck Tel. 41/2109-1513 www.berneck.com.br Painéis de madeira teca Araucária • Centro Náutico Tel. 41/3366-7677 www.centronautico.net Barcos, motores e equipamentos Curitiba • Ciclonáutica 44/3425-1267 www.ciclonautica. com.br Lanchas Ventura e Rionáutica, jets e motores Yamaha Loanda • Despachante Marítimo JB Tel. 41/3333-6660 Legalizações, registros e cursos náuticos Curitiba • Diprofiber Tel. 41/3373-0057 www.diprofiber.com.br Material para laminação Curitiba • First Yacht Tel. 41/3333-0410 www.firstyacht.com.br Lanchas Azimut e Atlantis Curitiba • Horst Transporte Tel. 41/3275-7228 Transporte de barcos Curitiba • Interyachts Tel. 41/4102-7362 www.interyachts.com.br Lanchas Intermarine Curitiba • Kapazi Tapetes Tel. 41/3232-8282 www.kapazi.com.br Tapetes náuticos Curitiba • Kapot Capotaria Tel. 41/3333-7122 www.kapot.com.br Fábrica de capotas Curitiba • Lakshmi Tel. 41/3392-6002 www.moveislakshmi.com.br Marcenaria com teca Campo Largo • Loba do Mar Tel. 41/3027-7788 www.lobadomar.com.br Eletrônicos, despachante, cursos Curitiba • Londrináutica Tel. 43/3328-5858 www.londrinautica.com.br Lanchas, jets e motores Londrina • Marine Service Tel. 41/3665-9393 Oficina, motores, elétrica Curitiba • MM Náutica Tel. 41/3333-9011 www.mmnautica.com.br Lanchas, motores, equipamentos Curitiba • Náutica Gold Fish Tel. 43/3347-1509 www.nauticagoldfish.com.br Lanchas Mestra, Metal Glass; motores Evinrude; jets Sea Doo Londrina • Náutica Paraná Tel. 43/3336-1900 www.nauticaparana.com.br Lanchas FS e Ventura; jets e motores Mercury Londrina • Náutica Wilke Tel. 41/3442-2519 www.nauticawilke.com.br Manutenção e fabricação de peças. Representante Fischer Panda Guaratuba • Nautipar Tel. 41/3016-0020 www.nautipar.com.br Representante Ferretti Curitiba • Paraná Boats Broker Tel. 41/7819-1854 www.paranaboats.com.br Lanchas Singular Curitiba • Piçarras Tel. 41/3472-1438 Posto e equipamentos Guaratuba • Promar Tel. 41/3254-1502 www.promar.com.br Fábrica de tintas Curitiba • Rionáutica Tel. 44/3262-6365 www.rionautica.com Lanchas, jets e motores Evinrude Maringá • Sailing Shop Náutico Tel. 41/3079-3040 www.shopnautico.com.br Veleiros e acessórios Curitiba • Schneider Naval Tel. 41/3283-5893 www.schneidernaval.com.br Peças de inox e madeira Curitiba • Separ Tel. 41/3324-7205 www.separ.com.br Lanchas Singular Curitiba • SP Marine Tel. 41/3233-3636 www.spmarine.com.br Lanchas Intermarine Curitiba • Sport Náutica Foz Tel. 45/3573-3151 www.sportnauticafoz.com.br Lanchas, jets e motores Mercury Foz do Iguaçu • Vip Boat Tel. 41/9841-3838 www.vipboat.com.br Lanchas nacionais e importadas Curitiba • Yamanáutica Tel. 41/3333-3738 www.yamanautica.com.br Lanchas, motores Suzuki e Yamaha e jets Yamaha Curitiba SANTA CATARINA Estaleiros • Armada Yachts Tel. 48/3242-9600 www.armada.com.br Lanchas Palhoça • Azimut Yachts Tel. 47/3249-7700 www.azimutyachts.com.br Lanchas Itajaí • BB Barcos Tel. 48/3255-3590 www.bbbarcos.com Veleiros e catamarãs Imbituba • Blujoi Catamarãs Tel. 47/4009-0341 www.blujoi.com.br Trawlers e catamarãs Joinville • Brasboats Tel. 48/3242-4927 www.brasboats.com.br Lanchas Palhoça • Brunswick Boat Group Tel. 47/3025-4984 www.bayliner.com.br Lanchas Bayliner e Sea Ray Joinville • Catarina Yachts Tel. 47/3404-6801 www.catarinayachts.com Lanchas e veleiros Navegantes • Century Yachts Tel. 48/9119-1991 www.centuryachts.com.br Lanchas Itajaí • Dream Boats www.dreamboats.com.br Canoas de madeira Jaraguá do Sul • Fibrafort Tel. 47/3249-9958 www.fibrafort.com.br Lanchas Focker Itajaí • FS Yachts Tel. 48/3243-1990 www.fsyachts.com.br Lanchas Biguaçu • Gamper Náutica Tel. 47/3442-2456 www.gampernautica.com.br Infláveis São Francisco do Sul • Império Yachts Tel. 47/3045-3080 www.imperioyachts.com.br Lanchas DM Itajaí • Intech Boating Tel. 48/3259-0484 www.intechboating.com Lanchas São José • Kalmar Tel. 47/3348-2916 www.kalmar.com.br Lanchas e veleiros Itajaí • Krause Boats Tel. 48/4107-0260 www.estaleirokrause. com.br Lanchas Palhoça • Lancer Tel. 48/32429840 www.lanceryachts.com.br Lanchas Palhoça • Mastro d’Ascia Tel. 48/3238-2314 www.mastrodascia.com.br Lanchas Nomad Florianópolis • Ocean Life Tel. 48/3342-0204 www.evolveboats.com.br Lanchas Evolve Biguaçu • Psari Boats Tel. 47/3365-0906 www.psari.com.br Lanchas Camboriú • Sail Master Tel. 48/3343-8930 www.sail-master.com.br Infláveis São José • Schaefer Yachts Tel. 48/2106-0001 www.schaeferyachts.com.br Lanchas Phantom Palhoça • Sea Crest Tel. 48/3278-1252 www.seacrest.com.br Lanchas São José • Sessa Marine Brasil www.sessamarine.com Tel. 48/3278-1169 Lanchas São José • Singular Boats Tel. 48/3341-3343 www.singularboats.com Lanchas Palhoça • Top Line Yachts Tel. 48/4109 -0414 www.toplineyachts.com.br. Lanchas Biguaçu • Zeta Yachts Tel. 48/9982-2118 www.zetaestaleiro.com.br Lanchas Palhoça • Hoffmann Tel. 47/3348-1069 www.heliceshoffmann. com.br Fábrica de hélices Itajaí • Motor Marine Tel. 47/3264-1439 Assistência técnica de motores Balneário Camboriú • Nautcar Carretas Tel. 48/3257-6243 www.nautcar.com Fabricante de carretas Florianópolis • Optolamp – HE Tel. 47/3369-4184 www.optolamp.com Iluminação e sinalização para barcos Porto Belo • Pirâmide Reboques Tel. 47/3473-1078 www.piramidereboques. com.br Fábrica de reboques Joinville • Real Marítima Tel. 48/3348-7885 Autorizada Volvo Florianópolis • Xexeumar otores e M equipamentos • Boa Vista Reboques Tel. 47/3433-4815 www.boavistareboques. com.br Fábrica de reboques Itajaí • De Vento em Popa Tel. 47/9977-0676 Mecânica de motores Camboriú • Elber Tel. 47/3542-3000 www.elber.ind.br Geladeiras e freezers Agronômica • Formula Import Tel. 47/3473-0088 www.formulaimport. com.br Geradores, gaiutas, vigias, condicionadores de ar e equipamentos hidráulicos Joinville Tel. 48/3243-2726 www.xexeumar.com.br Fábrica de peças de inox Biguaçu Lojas e serviços • American Boat Tel. 47/3427-2143 www.americanboat.com.br Lanchas importadas Chris Craft Joinville • Acrilatec Tel. 48/3257-1038 www.acrilatec.com.br Peças em acrílico São José • AJX Tel. 48/3222-7752 www.ajxtec.com.br Torres de abastecimento e equipamentos de fibra para marinas Florianópolis • Alenáutica Tel. 48/3244-4466 www.alenautica.com.br Lanchas Ventura, oficina e loja náutica Florianópolis • Armazém Naval Tel. 48/3225-9370 www.armazemnaval.com.br Loja Yanmar e Holt Nautos; oficina Florianópolis • Beneteau Tel. 48/3066-2222 Lanchas e veleiros Biguaçu • Boat Sul Tel. 47/3367-6813 www.boatsul.com.br Lanchas importadas Sunseeker e Cobalt Biguaçu • Brasil Adventure (by Dente) Tel. 47/3366-3114 www.bydente.com.br Venda e reparo de jets Camboriú • Brisa Yachts Tel. 48/9133-7418 www.brisayachts.com.br Lanchas Singular Florianópolis • Calamar Tel. 48/3244-3863 www.calamarsc.com.br Peças e serviços náuticos Florianópolis • Cleo Muller Tel. 47/3043-0497 Lanchas Sea Gold Joinville • Cia. da Praia Tel. 48/3269-5988 www.companhiadapraia. com.br Barcos e equipamentos Florianópolis • Coltri Sub Tel. 48/3348-2114 www.coltrisub.it Compressores para recarga de ar Florianópolis • Estofatec Tel. 48/7812-6727 Revestimentos náuticos São José • First Yacht Tel. 48/3027-1038 www.firstyacht.com.br Florianópolis e Balneário Camboriú • Floripa Náutica Tel. 48/3243-2232 www.floripanautica. com.br Lanchas e motores Biguaçu • Guaíba Tel. 48/3304-7223 www.guaibanautica. com.br Barcos e equipamentos Florianópolis • Gurupés Náutica Tel. 47/3366-1410 www.gurupes.com.br Veleiros Bramador e catracas Sea Winch Balneário Camboriú • Inter Coatings Tel. 48/3349-9090 www.intercoatings.com.br Tintas marítimas Itajaí • Interyachts Tel. 48/3365-9570 www.interyachts.com.br Lanchas Intermarine Florianópolis • Jet Hause Tel. 48/3232-5451 [email protected] Venda e manutenção de jets Florianópolis • Katavento Capas Náuticas Tel. 48/3225-7600 www.kataventocapas nauticas.com.br Capas e reparos de velas Florianópolis • Jet Point Tel. 47/3361-0294 www.jetpoint.com.br Venda e manutenção de jets Camboriú • L.A. Infláveis Tel. 47/3369-4711 www.lainflaveis.net Infláveis, serviços náuticos Porto Belo Náutica Sul 81 Onde encontrar Tel. 48/3365-9570 www.maremarnautica. com.br Venda de barcos novos e usados; aluguel Florianópolis • Marina da Conceição Tel. 48/3232-0345 www.marinada conceicao. com.br Venda de lanchas Florianópolis • Marine Express Tel. 47/3367-7167 www.marinexpress.com.br Eletrônicos, geradores e equipamentos Camboriú • Mega Jet & Boats Tel. 48/3246-4546 www.megajet.net Revenda e assistência técnica de jets, lanchas e motores de popa São José • Mídia Signs Tel. 47/3367-2192 www.midiasigns.com.br Adesivos para barcos Camboriú • Moto Jeans Tel. 49/3319-2480 www.motojeans.com.br Lanchas Ventura, jets Sea Doo e motores Envirude Chapecó • Náutica Mané Ferrari • Náutica Tecnimar Tel. 47/3361-1120 e 47/9117-6622 www.tecnimar.com.br Manutenção e reparos Camboriú • Nautipar Tel. 47/3363-1336 www.nautipar.com.br Representante Ferretti Camboriú • Nautiservi Tel. 47/3369-9001 www.nautiservi.com.br 82 Náutica Sul Tel. 48/3285-3333 www.pier33.com.br Revenda Schaefer Biguaçu • Pino www.pino.com.br Roupas, botas e acessórios de neoprene Porto Belo • Paulo Marques Tel. 48/9911-9488 www.pmoyd.wordpress. com Projetos de barcos Florianópolis • Power News Baterias Tel. 48/3241-0908 Revenda de baterias São José • Pro Náutica Tel. 48/3232-1963 www.pronautica.com.br Venda e manutenção de jets Florianópolis • RC Náutica Tel. 48/3240-4731 Acessórios para lanchas Florianópolis • Real Class Sul Tel. 47/3028-1230 www.powerboats.com.br Lanchas Real Class Joinville • Rinaldi Yacht Design Tel. 47/3348-1354 www.rinaldi-yd.com Projetos de barcos Itajaí • Sailing International Tel. 47/3366-2753 www.melim.com.br Loja náutica Camboriú • Rio Marine Service Tel. 48/3236-2107 www.coppercoat.com.br Resina anti-incrustante Florianópolis • Sanautica Joinville Tel. 47/3028-0888 www.sanautica.com.br Venda e assistência BRP e Mercury Joinville Tel. 48/3222-0052 www.scyachts.com.br Lanchas Sessa Florianópolis • Sea Doo-Mega Jet Tel. 48/3246-4546 Venda e oficina de jets São José • Só Náutica Tel. 47/3361-9393 www.sonautica.com.br Venda e oficina Camboriú • SP Marine Tel. 47/3361-6139 www.spmarine.com.br Lanchas Intermarine Balneário Camboriú • Squadramarine Tel. 48/3365-9613 www.squadramarine. com.br Lanchas e veleiros, Florianópolis • Trans Acácio Tel. 48/3342-0653 www.transacacio.com.br Transporte de barcos Florianópolis • Transportadora Dois Irmãos Tel. 48/3245-5566 www.g2irmãos.com.br Transporte de barcos Santo Amaro da Imperatriz • Ultramar International Tel. 48/3236-2611 Jets e componentes para estaleiros Florianópolis • Universo Náutico Tel. 47/3361-0005 www.universonautico. com.br Lanchas Armada, Cimitarra e Ecomariner Balneário Camboriú • Velas Oceano Tel. 48/3223-6051 Velas e capas Florianópolis • Via Náutica Tel. 48/3205-1212 www.vianauticasc.com.br Lanchas FS e Brasboats e motores Mercury São José • X-Float Tel. 48/3346-0999 www.xfloat.com.br Equipamentos Florianópolis •O ne Yachts Florianópolis Tel. 48/3878-6800 www.oneyachts.com.br Lanchas Sea Ray Florianópolis •O ne Yachts Camboriú Bal. Tel. 47/3368-6870 Lanchas Sea Ray Bal. Camboriú RIO GRANDE DO SUL Estaleiros • Allfibras Tel. 51/3661-4557 [email protected] Lanchas Millenium Tramandaí • Cia. Câmara Tel. 51/3035-5080 www.ciacamara.com.br Veleiros e trawlers Porto Alegre • Delta Yachts Tel. 51/3431-3007 www.deltayachts.com.br Veleiros Porto Alegre • Estaleiro Cimitarra Tel. 51/3388-4444 www.cimitarra.com.br Lanchas Porto Alegre • HF Marine – Solara Tel. 51/3718-1838 www.hfmarine.com.br Lanchas Porto Alegre • Ilha Sul Tel. 51/3482-2010 www.ilhasulnauticas. com.br Cascos de alumínio Porto Alegre • Müller Tel. 51/9866-6755 www.estaleiromuller.com.br Lanchas e veleiros Santa Cruz do Sul • Nautiflex Tel. 51/3697-1544 www.nautiflex.com.br Botes e balsas salva-vidas Brochier • Ocean Boats Tel. 51/3627-4399 www.seagoldlanchas. com.br Lanchas Sea Gold Imbé • Quality Marine Tel. 51/3482-1697 www.qualitymarine. com.br Veleiros e lanchas Barra do Ribeiro • Skipper Tel. 51/3311-8476 www.skipper.com.br Veleiros Porto Alegre • Sunset Boats Tel. 51/3427-3566 www.sunsetboats. com.br Lanchas Intruder Canoas •V ilas Boas Náutica Tel. 53/3228-1383 www.vilasboasnautica.com.br Barcos de aço Pelotas otores e M equipamentos L ojas e serviços • Aventura Brasil Tel. 51/3341-9858 www.aventurabrasilrs. com.br Infláveis e alumínio Porto Alegre • Bica Jet Tel. 51/3375-0033 www.bicajet.com.br Jets e motores Porto Alegre • Central Náutica Tel. 51/3268-4695 www.centralnautica.org Broker e charters Porto Alegre • Emesul Tel. 51/3347-4747 Artigos de fibra de vidro Porto Alegre • Equinautic Tel. 51/3268-6675 www.equinautic.com.br Veleiros Laser e Pico e equipamentos Porto Alegre • Kali Náutica Tel. 51/3037-4872 www.kalinautica.com.br Lanchas, motores e serviços São Leopoldo •M arina das Flores Tel. 51/3203-2002 www.marinadasflores. com.br Lanchas Solara Porto Alegre • Marítima Tel. 51/3061-4261 www.maritima.eng.br Lanchas, veleiros, e vistoria Porto Alegre • Moto Sport www.motosportyamaha. com.br Jets e motores Yamaha Erechim, Passo Fundo, Sâo Luís Gonzaga, São Borja, Carazinho, Três Passos, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões • Multináutica tel. 54/3229-0405 www.multinautica.com.br Peças para estaleiros Caxias do Sul • Nautiescola Tel. 51/3203-2177 www.nautiescola.com Habilitação náutica Porto Alegre • Nautipar Tel. 51/3337-4788 www.nautipar.com.br Lanchas Ferretti Porto Alegre • Nautisul tel. 51/3264-4000 www.nautisul.com.br Lanchas e equipamentos Porto Alegre •N autiway Motoryama Tel. 51/3406-4040 [email protected] Lanchas e jets Porto Alegre • Olimpic Sails tel. 51/32666-0523 www.olisails.com.br Velas Porto Alegre • Piccolo Sails www.sulboats.com.br Lanchas Triton Porto Alegre Tel. 51/3266-7196 www.piccolosails.com.br Velas, lonas e capas Porto Alegre • Sul Náutica Tel. 51/3269-2332 Equipamentos náuticos Porto Alegre • Port Marinne Tel. 51/3337-4788 www.portmarinne.com.br Lanchas, motores e jets Porto Alegre • Turbo Moto Náutica 51/3084-7200 Lanchas Ventura Porto Alegre • P owered by Kri Kri Tel. 51/3024-3757 www.krikri.com.br Loja e oficina de jets Porto Alegre • Vascopopa 55/3312-4398 www.vascopopa.com.br Lanchas Ventura Santo Angelo • Refrináutica Tel. 51/4101-2233 www.refrinautica.com.br Refrigeração embarcada Porto Alegre • Vida Náutica Tel. 53/3278-8675 www.vidanautica.com.br Lanchas e motores Pelotas • Sanáutica Tel. 55/3412-3907 www.sanautica.com.br Lanchas e motores Uruguaiana •O ne Yachts Porto Alegre Tel. 51/3388-6800 www.oneyachts.com.br Lanchas Sea Ray • Sul Boats Tel. 51/8118-8008 • Farol Náutica Tel. 51/3242-1085 www.farolnautica.com.br Fábrica de mastros Porto Alegre • Manotaço Tel. 51/3268-4611 www.manotaco.com.br Fábrica de mastros Porto Alegre • Marnáutica O espaço certo para a sua empresa falar com o mercado náutico. Tel. 51/3476-4770 [email protected] Revenda Volvo Penta Canoas •N autiway Motoryama Tel. 51/3406-4040 [email protected] Motores Mercury e Yamaha Porto Alegre • Nautos Tel. 54/3026-1600 www.nautos.com.br Equipamentos para veleiros Caxias do Sul • Port Marinne Tel. 51/3337-4788 www.portmarinne.com.br Lanchas e equipamentos Porto Alegre Shutterstock Tel. 48/7811-8391 www.nauticamaneferrari. com.br. Lanchas, equipamentos, transporte e serviços gerais Florianópolis • Pier 33 • SC Yachts Agosto 2013 | R$ 18,00 www.nautica.com.br eDição n0 Resposta das • Mar&Mar Náutica Venda e reparo de lanchas Porto Belo Cruzadas Tel. 47/3423-3351 Loja, oficina e despachante Joinville e São Francisco do Sul Nome deste tipo de baía • Mar & Cia 300 300 & Dicas conselhos de quem sabe tudo sobre barcos Capa 300_Assinante_Final_v5.indd 1 26/07/13 16:38 Anuncie! 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Náutico Tel. 41/3455-1450 • Iate Clube de Guaratuba Tel. 41/3442-1535/3222-6813 www.iateguaratuba.com.br • Iate Clube Pontal do Sul Tel. 41/3455-1145/3264-1153 • Marina Guarapesca • • Marina Aragão Biguaçu Tel. 41/3455-1392 • Marina Central Náutica Tel. 41/3422-5622 www.icpgua.com.br 84 Náutica Sul • arina Barra da Lagoa M Tel. 48/3232-4657 • • Marina Pier 33 Tel. 48/3285-3333 Tel. 47/3366-8564 www.marinaoceano.com.br Tel. 41/3455-2187 marinalagamar.com.br • Marina Las Palmas Tel. 41/3256-1709 • Marina Terra Firme Tel. 48/3285-1524 www.marinaterrafirme.com.br • Marina 3 Mares Tel. 48/3243-1199 www.marina3mares.com.br • Marina Off Shore Tel. 47/3361-0765 • Marina Vip Tel. 47/3361-9393 marina@sonautica.com.br arina da Croa M Tel. 48/3266-1980 www.marinadacroa.com.br • arina Club M Tel. 48/3284-5080 • arina do Costão M Tel. 48/9972-2143 www.costaogolf.com.br • arina Fortaleza M Tel. 48/3232-3296 N Porto do Sol C Tel. 47/3427-2143 www.centronauticoportodosol.com.br • I ate Clube Boa Vista Tel. 47/3433-4429 • • arina Ponta da Areia M (Fedoca) Tel. 48/3232-0759 www.cheffedoca.com • arina Ponta Norte M Tel. 48/3284-1558 • I C de Porto Belo Tel. 47/3369-4333 • arina Atlântida M Tel. 47/3369-5665 • arina Costa Mansa M Tel. 47/3369-4760 marinacostaman[email protected] • arina Porto Belo M Tel. 47/3369-4570 • arina Porto do Rio M Tel. 47/3369-4000 www.marinaportodorio.com.br • arina Ribeirão da Ilha M Tel. 48/9925-9188 • arina Santo Antônio M Tel. 48/3233-0009 www.marinasantoantonio.com.br • arina Sea Escape M Tel. 48/3248-3596 www.seaescape.com.br • arina Verde Mar M Tel. 48/3232-7323 www.marinaverdemar.com.br oinville Iate Clube J Tel. 47/3434-1744 www.joinvilleiateclube.com.br SÃO FrancisCO DO SUL • Marina das Garças Tel. 47/3467-3801 www.marinadasgarcas.com.br arina Recanto da Lagoa M Tel. 48/3232-2260 arina da Conceição M Tel. 48/3232-1297 • Marina Oceano • Tel. 48/3235-2418 www.marinamarina.com.br • • • Marina Lagamar arina Blue Fox M Tel. 48/3369-0185 • Marina Camboriú • Porto Estaleiro • Iate Clube de Paranaguá arina da Âncora M Tel. 48/3269-6356 • Marina Marina Tel. 47/3367-3699 Tel. 41/3455-1528 PARANAGUÁ agoa Iate Clube L Tel. 48/3232-0088 www.lic.org.br • • • Marina Vela Mar Tel. 41/3472-2609 www.portoestaleiro.com.br • I ate Clube de Santa Catarina Tel. 48/3225-7799 www.icsc.com.br Tel. 47/3366-3114 www.bydente.com.br Tel. 41/3472-3791 www.marinaguarapesca.com.br Tel. 41/3442-1909 N Porto Belo C Tel. 47/3369-4361 [email protected]. br JOINVILLE Pro Náutica Tel. 48/3232-8457 [email protected] • Marina By Dente (só jets) SANTA CATARINA • Marina do Sol Tel. 41/3442-1178 [email protected] • Jet Point (só jets) • Porto Marina Mares do Sul Tel. 41/3455-1447 www.marinamaresdosul.com.br Itapema • Iate Clube de Camboriú Tel. 47/3361-0294 www.jetpoint.com.br Ilhas do Sul Tel. 41/3455-1380 Tel. 48/3348-7084 • Marina da Lagoa/ Tel. 47/3367-0452 • Ponta do Poço • Marina Itaguaçu FLORIANÓPOLIS • Cond. Náutico I lha do Mel Tel. 41/3455-1580 ila Maria Marina Clube V Tel. 47/3361-4721 lobodomarsc@terra.com.br • Marina Vale do Sol PONTAL DO SUL • Porto Marina Guaratuba • Itajaí • Marlim Azul Marina Clube • Marina Bali PORTO BELO Gov. Celso Ramos BOMBINHAS • ass Mariner N Tel. 47/3427-4915 • ociedade S Recreativa Marbi Tel. 47/3437-4124 • I .C. Laguna Tel. 48/3644-0551 Laguna • apri Iate Clube C Tel. 47/3444-7247 www.capriiateclube.com.br • lube Náutico C Cruzeiro do Sul Tel. 47/3444-2493 • I peroba Hangaragem Náutica Tel. 47/9922-0070 • arina Nautilus M Tel. 47/3444-7172 www.marinanautilus.com.br PIÇARRAS • arina Park M Tel. 47/3345-0338 www.marinaparksc.com.br Náutica Sul 85 S-210 Inovação em tecnologia e qualidade Fabricado em polietileno com proteção UV, o bote S-210 possui parede dupla, extremamente resistente a impactos. 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SC-408|Km 1,3|Biguaçu|SC 48 3285-5080 [email protected] www.sboats.com.br • Sava Clube Tel. 51/3269-1984 www.savaclube.com.br Inovação em botes náuticos • Clube dos Jangadeiros Tel. 51/3268-0080 www.jangadeiros.com.br • Veleiros do Sul Tel. 51/3265-1733 www.vds.com.br • Iate Clube Guaíba Tel. 51/3268-0397 www.iateclubeguaiba.com.br • Marina Sul Tel. 51/3203-1944 www.marinasul.com.br • Marina da Conga Tel. 51/9899-2894 www.marinadaconga.com.br TAPES • Clube Náutico Tapense Tel. 51/3672-1209 www.nauticotapense.com.br RIO GRANDE • Rio Grande Yacht Club Tel. 53/3232-7196 www.rgyc.com.br SÃO LOURENÇO • Marina das Flores Tel. 51/3203-2002 www.marinadasflores.com.br • Iate Clube São Lourenço do Sul Tel. 53/3251-3606 www.icsls.com.br Viamão • Marina Datelli Tel. 51/3018-1001 • Marina do Lessa Tel. 51/9967-3036 • Marina Ilha Bela Tel. 51/3211-7551 • Clube Náutico Itapuã Tel. 51/3494-1355 www.clubenauticoitapua.com.br classificados infl ável Phantom 345 2005. Motor Mercruiser, 2 x 320 hp. R$ 550.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9922-4967 c/ Cássio Focker 270 2012. Motor Mercruiser, 300 hp. R$ 210.000,00. Florianópolis, SC. Tel. 48/9621-2484 c/ Andre Fishing 185 2012. Motor Mercury, 115 hp. R$ 50.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9985-2005 c/ Flavio Phantom 290 2008. Motor Mercruiser, 320 hp. R$ 225.000,00. Blumenau, SC. Tel. 47/9101-5500 c/ Andre Armada 300M Cabrio 2008. Motor Mercuruiser, 2 x 200 hp. R$ 330.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/88692000 c/ David veleiros Cobra Canguru 18 1982. Motor Yamaha, 90 hp. R$ 25.000,00. Morretes, PR. Tel. 41/3462-1481 c/ Thomaz HORIZONTAIS 2 O de Manoel Luís fica na costa do Maranhão e é uma área de risco para a navegação • 5 Alojamento para turistas • 6 Capota de proteção sobre a gaiuta de entrada da cabine • 8 Pequena baía, bem aberta, em forma de meia-lua, onde as embarcações podem abrigar-se • 9 Vaso redondo, largo e raso, onde se deposita líquido para lavagem de roupas, de alimentos etc. • 11 O explorador irlandês Ernest (1874-1922), das expedições ao Polo Sul • 17 Outro nome do golfinho • 18 Prêmio ou coisa premiada em loteria • 20 Cidade praiana apreciada por turistas • 21 Um fruto típico do Nordeste, de polpa comestível • 22 A capital do Sul do Brasil com as praias de Campeche e Joaquina • 25 Água própria para conservar azeitonas, carnes, peixes etc. • 26 A cidade com o lago Paranoá, que possui uma das maiores frotas de barcos e lanchas do Brasil • 27 Cabo que se passa de um navio para um cais a fim de segurá-lo • 28 Conjunto de pranchas que revestem externamente as cavernas e os porões dos navios • 29 A capital do Chipre, ilha do Mediterrâneo • 30 Animal marinho de corpo esférico e coberto por longos espinhos • 31 A haste usada para assar carnes sobre um braseiro. Flexboat 17 1997. Motor Evinrude, 90 hp. R$ 20.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9997-1120 c/ Carlos Aço 36 pés 1995. Motor Yanmar, 27 hp. R$ 129.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/8884-9970 c/ Aecio JETS Jet Shark 1100cc 0km 2013. Motor Jet Motors, 102 hp. R$ 27.000,00. Florianópolis, SC. Tel. 48/9937-2332 c/ Marcelo Nome deste tipo de baía PRESIDENTE E EDITOR Ernani Paciornik Vice-Presidente Denise Godoy DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] Colaboraram nesta edição: Haroldo Rodrigues (edição de arte), Homero Letonai (imagens) e Maitê Ribeiro (revisão) publicidade Diretor comercial Afonso Palomares [email protected] Diretora de mercado náutico Mariangela Bontempo [email protected] paraná - Santa Catarina | GERENTE REGIONAL Gustavo Ortiz [email protected], tel. 41/3044-0368 e 41/7820 2931 para anunciar [email protected] Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050 redação e administração Av. Brigadeiro Faria Lima, 3 064, 10o andar, CEP 01451-000, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/2186-1080 e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050 NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. Um Editora Ltda. – ISSN 1413-1412. Novembro de 2013. Jornalista responsável: Denise Godoy (MTB 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. CTP, Impressão e Acabamento — IBEP Gráfica capa: ito Cornelsen e Ronaldo Amboni V E R T I C A I S 1 Estado brasileiro cuja capital é Campo Grande • 2 Medida correspondente a 0,22 m • 3 Peça transversal na extremidade de um eixo, uma haste ou um poste • 4 Peça cuja lâmpada de fraca luminosidade é usada para transmitir um código de sinalização • 5 O elemento químico responsável por 3/4 da massa do Sol • 7 A meta do navegador Cristóvão Colombo • 10 (Náut.) Cabo grosso, amarra • 12 Chapa posta no casco da embarcação para reduzir-lhe o balanço • 13 Comandante (na marinha de guerra da Inglaterra e dos EUA) • 14 Bêbado • 15 Ciência dos fenômenos atmosféricos • 16 Ventos de verão que sopram do mar Mediterrâneo para a terra • 19 Elevação e depressão do nível das águas • 21 Ímã • 23 Marca de luxo conhecida por seus carros esportivos, óculos etc. • 24 Terraço reservado aos banhos de sol. Respostas na página 83 Náutica Sul 89 Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br Phantom 360 2009. Motor Mercury, 2 x 320 hp. R$ 700.000,00. Curitiba, PR. Tel. 41/9926-2904 c/Anderson Phantom 360 2006. Motor Volvo, 300 hp. R$ 480.000,00. Florianópolis, SC. Tel. 48/9962-1100 c/ Michael Velamar 29 1983. Motor Volvo Penta 2002, 18 hp. R$ 85.000,00. Vitória, ES. Tel. 27/9932-9417 c/ Péricles Você entende de mar? Shutterstock l an cha s Phantom 290 2008. Motor Volvo 5.7, 300 hp. R$ 215.000,00. Canoas, RS. Tel. 51/9806-8100 c/ Mauro cruzadas náuticas arquivo pessoal 3 perguntas “Os problemaços do Caixa d´Aço” Ao escolher a mais famosa enseada de Porto Belo como tema do seu trabalho de conclusão de curso, a estudante Bruna Machado deu uma valiosa ajuda à própria cidade. E a todos que amam o Caixa d´Aço P ara concluir seu curso de oceanografia, a jovem gaúcha, radicada em Santa Catarina, Bruna Machado, escolheu a mais linda e famosa enseada de Porto Belo como tema de um trabalho de pesquisa de campo. Assim sendo, passou a visitar o Caixa d´Aço com frequência, registrando suas mazelas e entrevistando moradores, turistas e donos de barcos, que, nos fins de semana, especialmente agora, no verão, lotam suas 1 Por que o Caixa d´Aço está numa situação delicada? Por uma conjunção de fatores, como a falta de balizamento de áreas para barcos e para banhistas, o que gera uma perigosa proximidade entre ambos, e o despejo de esgoto no mar, tanto o que vem dos usuários dos barcos quanto dos moradores da encosta. Na minha pesquisa, quase 20% das casas do bairro Araçá disseram despejar o esgoto diretamente na água, porque não têm fossas nem há saneamento básico, e quase 40% dos donos de barcos admitiram que fazem o mesmo. É um problema sério, porque o Caixa d´Aço é tão abrigado que sua água mal circula. Fica parada lá dentro e vai acumulando impurezas. Só limpa mesmo depois de dois ou três dias de vento nordeste, o que não acontece sempre. rio gr. santa do sul catarina paraná edição nº 46 | 2013 | r$ 8,90 São os dois problemas mais sérios? Infelizmente, não. Há, também, o aumento no número de frequentadores da área, tanto por terra quanto pelo mar. No verão, chegam até navios de cruzeiro a Porto Belo e o número de turistas dispara — e todos, claro, querem conhecer o Caixa d´Aço. E os barcos particulares passam dos 100 por dia, sem falar nas escunas de passeios turísticos. É um movimento muito intenso, que gera, além da questão do esgoto e do risco de acidentes — especialmente envolvendo os jets, que abusam da velocidade e chegam perto demais da prainha —, também problemas de barulho. Nas minhas medições, o nível de ruído dentro do Caixa d´Aço ficou quatro decibéis acima do permitido, por causa, principalmente, do som alto demais em alguns barcos. 3 Qual é a saída, já que não se pode impedir as pessoas de frequentá-lo? Criar condições para isso. Um balizamento marítimo, que delimitasse áreas para banhistas, fundeios e movimentação dos barcos, além de restringir a velocidade, já ajudaria muito. Coibir a construção de flutuantes privados, que pertencem a certos barcos e que viram “ilhas particulares”, como parece que está virando moda por lá, também contribuiria para aumentar o espaço — bastariam os três bares flutuantes que sempre existiram. E implantar um sistema de saneamento básico para os moradores e estimular os donos de barcos a equipá-los com caixas coletoras ou de tratamento de esgoto. Um dos entrevistados me disse que não tem coragem de entrar no mar do Caixa d´Aço, nos dias mais movimentados. É triste. Um lugar tão lindo e já temido. a ores un Lag os pescad golfinh O show dezembro 2 águas. Mas o que era para ser apenas um trabalho de faculdade acabou se tornando um levantamento bem feito e completo dos riscos e problemas que assolam um dos principais pontos náuticos do litoral sul do país, e que, agora, deve ser apresentado à própria prefeitura da cidade, como uma contribuição espontânea para que o principal paraíso de Porto Belo não se torne um inferno, como ela explica nestas três respostas abaixo. dos rê Jure nal acIo as praias rn de todas Inte falada A mais a, ! CaraC a CraCa quant deixar Como livre a seu barco deste problem nça FeSta em Itajaí uma Como virou regata ulo um espetác VERSÃO ELETRÔNICA GRÁTIS Acesse www.nautica.com.br/nauticasul e baixe, de graça, esta edição de NÁUTICA SUL SoL de verão fazer O que se para r bem protege 90 Náutica Sul