Relatório Especializado 8 Rios, Explosão do Poço
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Relatório Especializado 8 Rios, Explosão do Poço
COM ORIENTAÇÃO TÉCNICA DE MARK WOOD, COORDENADOR DA AIA, DA MARK WOOD CONSULTANTS AIA REALIZADA PELA GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA Outubro 2014 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL DO PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO NO ÂMBITO DO APP E DE PRODUÇÃO DE GPL DA SASOL AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOBRE OS RIOS, EXPLOSÃO DE POÇO Relatório Especializado 8 ELABORADO POR Autor: MP Oberholzer Apresentado à: Sasol Petroleum Mozambique Limitada & Sasol Petroleum Temane Limitada Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO RISCOM (PTY) LTD A RISCOM (Pty) Ltd é uma empresa de consultoria especializada em segurança de processos. Para além disso, a RISCOM1 é uma autoridade aprovada de inspecção (Approved Inspection Authority - AIA) para a realização de avaliação do risco em Instalações de Alto Risco (Major Hazard Installation (MHI) de acordo com a Lei 85 de 1993 da África do Sul sobre Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho (OHS) e respectivo regulamento sobre Instalações de Alto Risco (de 2001). A fim de manter o nosso estatuto de autoridade aprovada de inspecção, a RISCOM é acreditada pelo Sistema Nacional de Acreditação da África do Sul (SANAS), de acordo com a Norma IEC/ISO 17020. A acreditação consiste num certo número de elementos que incluem a competência técnica e a independência de terceiros. A independência da RISCOM é comprovada pelo seguinte: A RISCOM não vende nem efectua serviços de reparação a equipamento que possa ser usado na indústria de processamento; A RISCOM não tem qualquer participação accionista em empresas de processamento ou que façam avaliações de risco; A RISCOM não desenha equipamento nem processos Mike Oberholzer é Engenheiro Profissional formado em Ciências (Bacharelato em Engenharia Química) e signatário devidamente autorizado de Avaliações de Risco em MHI, cumprindo assim os requisitos de competência da SANAS para a avaliação de materiais perigosos, incluindo incêndios, explosões e emissões tóxicas. Eng. MP Oberholzer , BSc (Eng. Quím.), membro do Instituto Internacional de Engenheiros Químicos MIChemE e do Instituto Sul-Africano de Engenheiros Químicos MSAIChE AVISO DE DIREITOS AUTORAIS Todo o conteúdo incluído no presente documento constitui propriedade da RISCOM (PTY) LTD e é protegido pelas leis sul-africanas e internacionais de direitos autorais. A recolha, organização e montagem de todo o conteúdo deste documento é propriedade exclusiva da RISCOM (PTY) LTD e protegido peals leis sul-africanas e internacionais de direitos autorais. Qualquer cópia, reprodução, distribuição, publicação, exposição, realização, modificação não autorizada ou uso de material com direitos autorais é proibida por lei. 1A RISCOM™ e o logótipo RISCOM são marcas comerciais registadas da RISCOM (PTY) LTD Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) i RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Resumo Não Técnico O projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de produção de GPL da SASOL compreende a expansão da Unidade Central de Processamento (CPF) para processar gás adicional, condensado e petróleo proveniente da área definida no Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique. O projecto vai aumentar significativamente a capacidade da SASOL de processar gás e líquidos e poderá incluir a possibilidade de produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que substituiria uma grande parte das 15.000 a 20.000 toneladas/ano, que são actualmente importadas a um custo significativo para Moçambique. O Projecto é composto por duas componentes principais: A fase 1 do APP do Projecto de Desenvolvimento de Gás (o “Projecto de Gás”), que envolve seis poços de produção no Campo de Temane e mais um Trem de Processamento de Gás (o 5º) na Unidade Central de Processamento- CPF, concebida para processar o gás e condensados adicionais provenientes dos poços e localizado dentro dos limites da planta já existente. A Fase 1 do APP do Projecto de Desenvolvimento de Líquidos (o “Projecto de Líquidos”), que envolve doze poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo de Inhassoro, assim como uma nova planta de Processamento de Líquidos e Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), localizada adjacente à parte Nordeste da CPF. A planta deverá produzir 15.000 barris de crude por dia (stbopd) e 20.000 toneladas de GPL por ano. Os poços de petróleo que vão apoiar o Projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de GPL irão incluir os reservatórios G6 e G10 de Inhassoro. O G6 é um campo de gás com uma lâmina de petróleo leve com espessura reduzida enquanto o G10 é uma acumulação de petróleo. Dado que os novos poços de petróleo vão produzir uma proporção muito maior de hidrocarbonetos líquidos do que os poços já existentes de gás e condensado, existe a preocupação sobre os possíveis impactos causados pela perda de material tanto como resultado de uma explosão de um poço ou de um vasto vazamento de uma conduta,inundação terrestre ou infiltração de águas subterrâneas em habitats aquáticos críticos, com a consequente mortalidade de espécies aquáticas. A finalidade deste estudo especializado foi modelar a provável dimensão de uma explosão e tomar em consideração as possíveis rotas de transporte, determinar a probabilidade de uma significante ameaça aos recursos aquáticos. No EPDA, o poço I-G6PX-1 foi apontado como uma preocupação especial, dado que se situa a 90m de um dos vários riachos costeiros que desaguam no mar. Ademais, o modelo foi usado para determinar o risco potencial para os seres humanos, em caso de uma situação extrema que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão. O estudo conclui que a probabilidade de explosão de um poço é muito baixa, sendo de uma frequência de cerca de 4.4x10˗4 (uma em 44.000) por poço. Em caso de ignição de uma nuvem de vapor associada a uma explosão de um poço, isso resultará em clarão de fogo e em incêndio que têm o potencial de causar letalidade na área do poço. Para fora desta área, não se prevêem ferimentos. Não é igualmente provável que a vegetação ao redor pegue fogo. Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo PHAST não prevê nenhuma precipitação, dado os fluidos do poço na nuvem de vapor acabarem por se dissiparem na atmosfera. A hipótese conservadora, dada a possibilidade de alguma lama, é que haveria muito pouca precipitação. Uma obstrução da descarga poderia resultar no desvio dos fluidos de volta ao solo e, nestas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha/depósito de líquido. Assumindo uma superfície impermeável lisa, a mancha espalhar-se-ia numa camada fina de cerca de 80m a partir do poço num período de 30 minutos. Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam orientação quanto ao tempo necessário para controlar uma explosão típica, é prática comum assumir uma emissão de 30 minutos. Se for considerada uma visão conservadora e o período de emissão descontrolada for estendido por vários dias, a área coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) ii RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO A hipótese de um solo impermeável é uma limitação do modelo EFFECTS. Tomando em consideração a natureza arenosa dos solos a Leste do Rio Govuro, a taxa provável de absorção de fluidos é alta e é provável que haja uma absorção significativa para os solos e água subterrânea, assumindo-se um período alargado de emissão. A rota que o fluxo poderá seguir está fora do âmbito deste relatório mas é considerada em maior detalhe no Estudo Especializado 3, “Avaliação de Impacto Geohidrológico”. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) iii RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS Clarão de Fogo Um clarão de fogo é a combustão de um vapor inflamável com a mistura de are onde a chama passa pela mistura a uma taxa inferior que a velocidade sónica de forma que se produz uma sobrepressão com danos insignificantes. Deflagração Deflagração é a reacção química de uma substância, em que a frente de reacção avança para a substância que não reagiu a uma velocidade menor que a do som. Detonação Detonação é a libertação de energia causada pela reacção química extremamente rápida de uma substância em que a frente de reacção de uma substância é determinada pela compressão acima da temperatura de auto-ignição. Explosão Uma explosão é a liberação de energia que causa uma interrupção da pressão ou onda de explosão. Explosão da Nuvem de Vapor A explosão resultante da ignição de uma nuvem previamente misturada de vapor inflamável, gás, ou pulverização com ar, em que as chamas sobem a velocidades suficientemente altas para produzir uma sobrepressão significativa. Frequência A frequência é o número e vezes que um resultado pode ocorrer num determinado período de tempo. Fonte de Ignição Uma fonte de ignição é a fonte de temperatura e energia suficiente para iniciar uma combustão. Jacto O jacto é o fluxo de material que sai de um orifício com um impulso significativo. Jacto de Fogo/Chama O Jacto de fogo/chama é a combustão de material que sai de um orifício com significante impulso. LFL Lower Flammable Limit (Limite Inflamável Inferior – LII) ver Limites Inflamáveis Limites inflamáveis Limites inflamáveis são um intervalo das quantidades de gás ou vapor no ar que poderão arder ou explodir caso exista chama ou outra fonte de inflamação. A parte mais baixa deste intervalo é chamada de Limite Inferior Inflamável. Da mesma forma, o ponto mais alto deste intervalo é chamado de Limite Superior Inflamável. Líquido Inflamável A Lei Sul Africana de Saúde e Segurança, (South African Occupational Health and Safety) Lei 85 de 1993, define um líquido inflamável, como qualquer líquido que produz um vapor que forma uma mistura explosiva com o ar e inclui qualquer líquido com um ponto de inflamação de menos de 55º C. Os produtos inflamáveis foram classificados de acordo com seus pontos de inflamação e pontos de ebulição, o que, em última instância determina a propensão de se inflamar. As distâncias de separação descritas nos diversos códigos dependem da classificação de inflamabilidade. Classe Descrição 0 Gás de Petróleo Liquefeito IA Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e um ponto de ebulição abaixo de 35ºC IB Líquidos que têm um ponto de inflamação abaixo de 23ºC e de ebulição de 35ºC ou mais IC Líquidos que têm um ponto de inflamação de 23ºC e mais, mas abaixo de 38ºC II Líquidos que têm um ponto de inflamação de 38ºC e mais, mas abaixo de 60.5ºC IIA Líquidos que têm um ponto de inflamação de 60.5ºC e mais, mas abaixo de 93ºC MMscfd Million standard cubic feet per day (Milhões de metros cúbicos padrão por dia) Perda de Contenção Perda de contenção é a ocorrência que resulta na emissão de material para a atmosfera Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) iv RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO stopd Barris de armazenagem de petróleo por dia. Trata-se de uma medida de petróleo tratado armazenado em depósitos de armazenagem. Um metro cúbico é de cerca de 6,29 barris de armazenagem. TVDSS In a non – deviated vertical well, measured depth is true depth (TVD). TVDSS is measured depth below well elevation and has a negative (-) associated with it. (Em um poço vertical sem desvios, a profundidade medida é a profundidade verdadeira (TVD). TVDSS é a profundidade medida abaixo da elevação do poço e tem um sinal negativo (-) associado) UFL Upper Flammable Limit (Limite Superior Inflamável (ver Limites Inflamáveis)) VCE Ver Explosão de Nuvem de Vapor Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) v RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Índice 1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1 1.1 Visão Geral do Projecto ................................................................................................................................ 1 1.2 Descrição do Projecto................................................................................................................................... 3 1.2.1 Os Poços ................................................................................................................................................ 3 1.2.2 As Linhas de Fluxo ................................................................................................................................. 3 1.2.3 O 5º Trem de Processamento de Gás (Projecto de APP de Gás) .......................................................... 3 1.2.4 O APP dos Líquidos e a Planta de GPL.................................................................................................. 3 1.2.5 Planta Autónoma de GPL ....................................................................................................................... 4 2.0 ÂMBITO DO TRABALHO.......................................................................................................................................... 5 3.0 DESCRIÇÃO DO RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO ............................................................................................... 6 3.1 Composição dos Fluidos Produzidos............................................................................................................ 6 3.2 Taxas de Produção....................................................................................................................................... 7 3.3 Pressões de Explosão do Poço .................................................................................................................... 7 4.0 METODOLOGIA ........................................................................................................................................................ 8 5.0 RESULTADOS DA MODELAGEM ............................................................................................................................ 9 5.1 Incêndios e Jactos de Fogo .......................................................................................................................... 9 5.2 Manchas Líquidas....................................................................................................................................... 11 5.2.1 Emissão desimpedida ........................................................................................................................... 11 5.2.2 Emissão Impedida ................................................................................................................................ 11 5.3 Probabilidade de Explosão de Poço ........................................................................................................... 14 6.0 CONCLUSÕES ........................................................................................................................................................ 14 7.0 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 15 TABELAS Tabela 3-1: Propriedades dos Reservatórios G6 e G10 das Areias de Inhassoro .............................................................. 6 Tabela 3-2: Propriedades dos fluidos para os reservatórios G6 e G10 ............................................................................... 6 FIGURAS Figura 1-1: Elementos do proposto Estabelecimento do APP e Projecto de GPL .............................................................. 2 Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade ................................................ 9 Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade ........................................ 9 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) vi RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante ventos de velocidades alta e baixa................................................................................................................... 10 Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10 durante ventos de velocidades alta e baixa. .................................................................................................... 10 Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço G6 ...................................................................................................................................................... 11 Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço G10 .................................................................................................................................................... 12 Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6 ......................................................................................... 13 Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10 ................................................................................. 13 ANEXOS ANEXO A Curricula Vitae ANEXO B Limitações do Documento Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) vii RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 1.0 1.1 INTRODUÇÃO Visão Geral do Projecto A Sasol Petroleum Moçambique (SPM) tem um Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos. Por sua vez, foi celebrado um Contrato de Produção de Petróleo (CPP) entre a Sasol Petroleum Temane (SPT) e seus parceiros (Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), o IFC e o Governo de Moçambique, que abrange os activos actualmente produtivos dos campos de Temane e Pande. As licenças da APP e do CPP sobrepõem-se umas às outras em grande medida, em ambas as áreas de Pande e Temane. A licença de CPP aplica-se a formações específicas com hidrocarbonetos dentro dessas áreas. A licença de APP cobre todas as outras formações nas áreas geográficas de Temane e Pande que estão neste momento a ser consideradas para desenvolvimento e incluem também outros campos e perspectivas onde foram abertos poços de exploração e avaliação, mas que ainda não foram declarados comerciais. A planta de processamento de gás da Sasol, conhecida por Unidade Central de Processamento (CPF), está situada a 40 km a Noroeste de Vilanculos. Actualmente, toda a produção da Sasol é exportada a partir da CPF por via de um gasoduto, que é em grande parte destinada para uso na África do Sul, ou como condensado, que é transportado para a Beira para posterior embarque. Uma proporção cada vez mais crescente do gás está a ser utilizada em Moçambique, tanto para fins industriais como de geração de energia. Na província de Inhambane, o gás é fornecido à Central Eléctrica da EDM, movida à gás, que gera a electricidade fornecida a Inhassoro, Vilanculos e áreas circunvizinhas. Desde que a planta foi estabelecida pela primeira vez em 2002, a Sasol ampliou a CPF e pôs em operação novos poços de gás nos campos de gás de Pande e Temane. Actualmente, a CPF é composta por quatro trens de processamento de gás, alimentados por vinte e quatro poços de produção, em terra, doze dos quais estão no campo de Temane e doze no campo de Pande. O Projecto de Desenvolvimento no âmbito do APP e Projecto de GPL (doravante aqui referido como "o Projecto") envolve a expansão da CPF para processar gás adicional, condensado e petróleo da área definida no Contrato de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique. O projecto vai aumentar significativamente a capacidade da Sasol de processar gás e líquidos e pode incluir a possibilidade de produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que substituiria uma grande parte das 15.000 a 20.000 toneladas/ano, que actualmente são importados a um custo significativo para Moçambique. O Projecto consiste em duas componentes principais: A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Gás (o "Projecto de Gás), que comporta seis poços de produção no Campo de Temane e um trem adicional (o 5º) de gás na CPF, projectado para processar o gás adicional e condensado dos poços e localizado dentro do espaço da planta existente; A Fase 1 do Desenvolvimento do APP de Líquidos (o "Projecto de Líquidos '), que comporta doze poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo Inhassoro, e uma nova Planta de Processamento de Líquidos e de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), situada do lado Nordeste da CPF. A planta deverá produzir 15 mil barris de armazenamento de petróleo por dia (stbopd) e 20.000 toneladas de GPL por ano. Alternativamente, a planta de GPL poderá ser desenvolvida como uma unidade independente dentro da área da CPF, juntamente com o Projecto de APP de Gás. Todos os poços de gás e petróleo estarão ligados à CPF por tubagem enterrada conhecida pelo termo ‘linhas de fluxo’, num desenho semelhante à tubagem que actualmente fornece gás à planta. As novas linhas de fluxo deverão, tanto quanto possível, seguir as linhas de acesso já existentes e na secção através do Rio Govuro, serão ligadas a condutas já existentes, que atravessam o canal e foram montados durante o projecto de construção em 2002, como forma de evitar mais perturbação causada por mais travessias. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 1 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO A Figura 1-1 mostra todos os elementos do Projecto do APP proposto, incluindo os novos poços de gás e petróleo, linhas de fluxo e instalações de produção. Figura 1-1: Elementos do proposto Estabelecimento do APP e Projecto de GPL Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 2 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 1.2 1.2.1 Descrição do Projecto Os Poços A localização dos propostos poços de petróleo e gás está ilustrada na Figura 1-1. Serão semelhantes aos poços de Temane e Pande já existentes, com uma infra estrutura de superfície que consiste numa cabeça do poço (ou "árvore de Natal") centrada numa área segura e limpa de cerca de 100m x 100m. Não haverá libertação de fluidos ou gases para a atmosfera (ventilação) nas cabeças dos poços durante as operações normais - todos os fluidos extraídos serão transferidos através das linhas de fluxo para a CPF para processamento O posicionamento dos poços foi determinado com base em estudos preliminares de engenharia e poderá estar sujeito a algumas mudanças durante as pesquisas detalhadas do projecto. Três dos poços de produção a serem abertos no campo de Inhassoro ainda não foram posicionados e não estão ilustrados na figura. 1.2.2 As Linhas de Fluxo Os fluidos dos poços serão canalizados para a Central Colectora em Inhassoro (Projecto de APP de Líquidos) ou para a CPF (Projecto de APP de Gás) por novas linhas de fluxo, enterradas no solo a cerca de 1m de profundidade e, principalmente seguindo canais, estradas e outras linhas de fluxo já existentes Figura 1-1. Uma estrada de acesso permanente definitiva de cascalho será construída para acesso de serviços de manutenção ao longo das linhas de fluxo nos poucos lugares onde o acesso rodoviário não existe. A (Figura 1-1 destaca onde as linhas irão cruzar o Rio Govuro, ligando-se a secções já existentes de tubagem extra que foram colocados sob o rio Govuro, em 2002, a fim de evitar a repetição de obras de construção no canal do rio. Para o projecto de gás, um poço (T-19A) fica a leste do rio Govuro e usará uma linha de fluxo livre através do rio. Para o projecto de líquidos, todos os poços de petróleo se encontram a leste do rio Govuro. Estes serão combinados na Central Colectora em Inhassoro, a partir da qual um único gasoduto vai transportar os fluidos, ligando-se a outro gasoduto de apoio já existente em todo o Rio Govuro e, em seguida, o seu encaminhamento para a frente para a nova planta ao lado da CPF. 1.2.3 O 5º Trem de Processamento de Gás (Projecto de APP de Gás) A actual provisão de separação de gás/líquido na CPF e os quatro trens de processamento serão complementados por equipamento adicional, acrescentado em paralelo e ligado ao mesmo dispositivo de distribuição. O novo equipamento estará localizado dentro dos limites da CPF. Um novo separador de produção e um novo separador de líquidos serão adicionados, da mesa forma que as unidades existentes. Um novo trem de processamento de gás será adicionado, este trem vai ser da mesma capacidade que os trens existentes (150) MMscfd e equipamentos muito semelhantes serão fornecidos. Todo o condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento na CPF. Não são fornecidos tanques adicionais. O condensado será exportado por camião cisterna. As unidades de compressão de baixa pressão (LP) e de alta pressão (HP) na CPF serão ampliadas com a adição de uma nova unidade de cada. As unidades de compressão e auxiliares serão idênticas às unidades já existentes. A grande produção de água na CPF, resultante do APP do Projecto de Desenvolvimento de gás será tratada e eliminada pelos sistemas existentes na CPF. Outros sistemas de serviços públicos, tais como água, ar e nitrogénio, serão incrementados para que a nova planta de gás não seja limitada pelo fornecimento de serviços públicos. Não são necessários novos sistemas de geração de energia para apoiar o APP da planta de gás. Não serão adicionados novos sistemas de queima. 1.2.4 O APP dos Líquidos e a Planta de GPL A Planta Integrada de Produção de Líquidos e de GPL no âmbito do APPficará baseada numa produção de 15.000 stbopd de petróleo e 40MMscfd de gás. Esta planta estará localizada numa nova área adjacente à actual CPF à Nordeste. A nova planta compreende dois trens de tratamento que funcionam em paralelo, cada um vai processar aproximadamente 50% da entrada de líquidos; um trem de 7500 stbopd de GPL que Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 3 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO fará um máximo de 20.000 tpa de GPL (para além do petróleo estabilizado) e um trem de estabilização de petróleo de 7.500 stbopd que produzirá apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL. As instalações de recepção do APP de Líquidos serão compostas de ligações para um receptor provisório do gasoduto, seguido de um receptor de Lamas de depuração. Os líquidos do depurador de lamas serão encaminhados para um separador de petróleo-água que separa o petróleo da água e remove o gás residual também. O fluxo do petróleo separado será encaminhado para dois trens de processamento de petróleo configurados de forma diferente, para a estabilização. O primeiro é um trem de GPL de 7500 stbopd, que produz 20.000 tpa de GPL para além de petróleo estabilizado. O segundo é um trem de estabilização de petróleo de 7.500 stbopd, que produz apenas petróleo estabilizado e nenhum GPL. O petróleo estabilizado será enviado para quatro novos tanques de armazenamento de petróleo de 15.000 bbl. Vão ser fornecidos quatro novos cais de carga para camiões-cisterna. O GPL será armazenado acima do nível do solo em quatro compartimentos de armazenamento de GPL e exportado a partir de dois cais de carga de camiões cisterna de GPL. O gás proveniente do depurador e separador de lamas será combinado com o gás do trem de GPL e do estabilizador para ser usado como gás combustível de baixa pressão e o remanescente encaminhado para o sistema de tratamento de gás da CPF. A água produzida será tratada num novo sistema de tratamento de água e enviada para um poço de eliminação já existente. 1.2.5 Planta Autónoma de GPL A viabilidade financeira Projecto de Desenvolvimento de Líquidos, no âmbito do APP, ainda está a ser avaliada na Fase Conceitual do Projecto de Engenharia(FEED). Uma alternativa a ser considerada na AIA é uma planta independente de GPL, localizada no 5º Trem de Processamento de Gás dentro da área da actual CPF. Os compartimentos de armazenamento de GPL e os cais de carga de GPL permaneceriam na área identificada para todo o APP da Planta de Líquidos e GPL. Neste caso, a planta de GPL iria processar, em média, 1.500 stbcpd de condensado para produzir cerca de 5.000 toneladas de GPL por ano. A planta irá processar o condensado não estabilizado proveniente da CPF. Isso vai ser encaminhado para um recipiente (flash vessel) de GPL, projectado para maximizar a recuperação do GPL. O líquido não estabilizado será então canalizado para o processo de produção de GPL que irá separar os componentes mais pesados dos mais leves, produzindo GPL a partir da camada superior e condensado a partir da camada do fundo. O condensado estabilizado será enviado para os tanques de armazenamento existentes na CPF onde será armazenado para exportação por camião cisterna. O GPL será armazenado em três tanques de armazenamento de GPL montados acima do solo, localizados fora dos limites da actual CPF, no mesmo local que os propostos tanques de armazenamento para o Projecto de Desenvolvimento de Líquidos no Âmbito do APP e a Planta de GPL descrita na Secção 2.4 acima. Um dos tanques será utilizado para depósito de GPL sem especificações. Uma parte do gás saído do processo será usada como gás combustível de baixa pressão, enquanto o remanescente será encaminhado para a CPF para tratamento e exportação. Os pequenos volumes de água separados no processo serão devolvidos para o sistema de tratamento de água produzida na CPF Os serviços de apoio serão fornecidos pelos sistemas já existentes na CPF. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 4 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 2.0 ÂMBITO DO TRABALHO Os poços de petróleo que apoiarão o Projecto de Desenvolvimento no âmbito do Acordo de Partilha de Produção (APP) e Projecto de Produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) incluem os reservatórios G6 e G10. O G6 é um campo de gás com um tipo de petróleo leve, enquanto o G10 é uma acumulação de petróleo. Uma vez que os novos poços de petróleo vão produzir uma proporção muito maior de hidrocarbonetos líquidos que os poços de gás e condensado existentes, há uma preocupação sobre os possíveis impactos causados por uma explosão de poço em áreas onde as partículas perdidas poderiam ser transmitidas, quer por vazamento, inundação terrestre ou infiltração subterrânea em habitats aquáticos críticos, com a consequente mortalidade de espécies aquáticas. O objectivo do estudo especializado é modelar o provável alcance de uma explosão e, levando em consideração as possíveis rotas de transporte, determinar a probabilidade de uma ameaça significativa para os recursos aquáticos. No EPDA, o poço I-G6PX-1 foi apontado como uma preocupação específica, uma vez que este está a 90m de um dos vários riachos costeiros que desaguam no mar. Além disso, o modelo foi utilizado para determinar o risco potencial para os seres humanos, no caso de um acidente extremo, que poderia resultar de um incêndio ou de uma explosão. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 5 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 3.0 DESCRIÇÃO DO RESERVATÓRIO DE PETRÓLEO Os aspectos relevantes da Base do Reservatório SPI (2013) encontram-se resumidos nas seguintes subsecções. Serão perfurados onze novos poços no reservatório de Inhassoro, como parte do Projecto de Desenvolvimento de um APP e GPL. Os poços estarão localizados dentro dos limites dos campos G6 e G10 cujas propriedades são fornecidas na Tabela 3-1. Tabela 3-1: Propriedades dos Reservatórios G6 e G10 das Areias de Inhassoro Propriedade Unidades Areia G6 Areia G10 Profundidade média TVDSS em m 1163 1480 Pressão inicial do reservatório psia (bara) 1613 (111.2) 2173 (150) psia (bara) 1425 (98.3) 770 (53.1) °F (°C) 124.5 (51.4) 138 (59) Pressão na cabeça da tubagem selada. Temperatura no Reservatório 3.1 Composição dos Fluidos Produzidos As propriedades dos fluidos para os horizontes G6 e G10 de Inhassoro encontram-se demonstrados na Tabela 3-2. Os fluidos com cadeias de carbono alcano de C12e inferior estão expressos em componentes verdadeiros, enquanto componentes com maior número de carbono estão representados por pseudocomponentes. Tabela 3-2: Propriedades dos fluidos para os reservatórios G6 e G10 Componente Composição do Fluido da Areia G6 (Base Seca; Mol. %) Composição do Fluido da Areia G10 (Base Seca; Mol. %) CO2 0.00 0.00 N2 0.98 0.42 C1 30.64 9.01 C2 8.08 3.02 C3 5.66 9.76 iC4 2.49 7.66 nC4 3.12 10.29 iC5 2.24 5.28 nC5 2.26 4.69 nC6 4.98 13.33 nC7 5.17 12.37 nC8 6.07 7.12 nC9 3.35 4.24 nC10 3.24 3.15 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 6 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Componente Composição do Fluido da Areia G6 (Base Seca; Mol. %) Composição do Fluido da Areia G10 (Base Seca; Mol. %) nC11 2.22 2.27 nC12 1.60 1.66 m-c-C5 1.77 Benzeno 0.16 c-C6 2.94 m-c-C6 5.00 Touleno 0.75 e-benzeno 0.21 m-xyleno 0.66 o-xyleno 0.32 C13–C16 (pseudo componente) 3.79 3.65 C17–C59 (pseudo componente) 2.30 2.08 Total 100.00 100.00 3.2 Taxas de Produção A taxa média assumida de produção de cada poço será de 1,500 stbopd de petróleo e entre 0.7 e 1.2 MMscfd de gás. 3.3 Pressões de Explosão do Poço Uma emissão descontrolada de fluidos do poço (ou “explosão”) pode ocorrer por várias razões. Para este estudo interessam a explosão de superfície, em que os vapores e líquidos são emitidos para a atmosfera. Durante a perfuração, isto deve-se essencialmente à perca de controlo da pressão do poço. As explosões de poços podem ocorrer durante a construção ou operação. Muitas razões foram registadas para estas explosões. Para a finalidade do presente estudo, aceita-se que os poços serão desenhados com a experiência e conhecimento do engenheiro do reservatório e que um considerável conjunto de evidências sobre o comportamento dos campos de Temane e Inhassoro já foi adquirido. Isto implicaria que na falta de factores externos, as explosões de poços seriam muito provavelmente associados a falhas na manga do poço ou elevador (raiser) do que de erros no desenho ou então devido a pressões inesperadas e incontroláveis. A pressão esperada nos poços está descrita no SPI (2013). A pressão inicial do reservatório é medida no reservatório, a 1-1.4km abaixo da superfície. A pressão inicial à cabeça da tubulação é a pressão máxima à superfície quando o poço está fechado. Esta é também a pressão máxima de uma explosão de um poço. Note-se que existe uma diferença de pressão entre o reservatório a cerca de 1-1,4 km abaixo da superfície e a pressão da cabeça de tubulação fechada, medida ao nível do solo. Esta diferença de pressão é principalmente devido à diferença nas alturas das pressões medidas. Com o historial dos poços à volta, bem como o conhecimento dos autores do SPI (2013), não devemos esperar grandes variações da pressão à cabeça da tubagem dos poços para o projecto em curso. Este estudo usou a pressão à cabeça da tubagem como a pressão provável do material emitido. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 7 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 4.0 METODOLOGIA O programa informático (software) usado para o estudo foi o PHAST v. 6.7 para as simulações com vários componentes, das fracções flash. Os raios da mancha de evaporação foram calculados usando o modelo EFFECTS v.9.0.18. Tomando em consideração as pressões do poço, o tamanho do furo e a natureza dos fluidos (tal como descrito na Tabela 2-2) os modelos foram usados para calcular: A dimensão de um incêndio no caso de uma ignição de uma emissão descontrolada (veja o prefácio para uma definição de incêndio); A extensão de um jacto de fogo em caso de inflamação de uma emissão descontrolada (veja o prefácio para a definição de jacto de fogo) A extensão do raio de uma mancha de líquido, assumindo uma emissão livre vertical a partir do furo do poço; e A extensão do raio de uma mancha de líquido assumindo impedimento no furo do poço ou outras obstruções. Os modelos de programas informáticos são baseados em fluxos externos, fogo, explosões e modelos de dispersões internacionalmente reconhecidos e desenvolvidos por empresas internacionalmente reconhecidas. Contudo, os modelos de programas informáticos são limitados ao 2D, a simulações estáticas sem tomar em consideração o terreno à volta. A simulação estática não considera condições transitórias nem mudanças na composição do fluido. Enquanto o modelo abrange um fluxo de duas fazes, este não cobre emissões de líquidos lamacentos intermitentes que podem alterar o tamanho e composição das manchas de líquidos que possam ser formadas como resultado de tais lamas. Os modelos assumem que o solo é plano e impermeável. Quanto à evaporação, os componentes individuais dos fluidos são considerados separadamente sem que os impactos combinados dos componentes afectem cada um deles. Estes devem ser somados. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 8 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 5.0 5.1 RESULTADOS DA MODELAGEM Incêndios e Jactos de Fogo Os hidrocarbonetos ardem numa mistura de oxigénio e só pegam fogo num intervalo muito estreito, conhecido como os limites inferiores e superiores inflamáveis. A ejecção descontrolada de gás, líquidos finos e vapor a partir do poço, sob pressões de cerca de 100 bars, resultam assim numa nuvem de vapor, que se propaga por altitudes consideráveis. Contudo, a parte inflamável desta nuvem, será limitada à parte que se situa entre os limites superior e inferior de inflamabilidade. As Figuras 5-1 e 5-2 ilustram o alcance vertical ou horizontal do incêndio que resultaria da inflamação da nuvem e sob condições de menor e maior velocidade do vento. Os gráficos mostram que a emissão é inicialmente ditada pelo ímpeto, mas que após alguma distância é inclinada consoante o vento. Dado que o buraco do poço está centrado numa área de poço que é uma área desmatada com uma dimensão de aproximadamente 100 m x 100 m, a probabiliddade de que a chama venha a pegar fogo na vegetação por trás desta área é muito reduzida Não foram previstas quaisquer explosões de nuvens de vapor. Figura 5-1: O LFL da emissão do reservatório G6 para ventos de alta e baixa velocidade Figura 5-2: O /LFL/LII da emissão do reservatório G10 para ventos de alta e baixa velocidade Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 9 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Um incêndio duraria pouco tempo e seria substituído por um jacto de fogo ao longo da emissão. O jacto de fogo normalmente segue-se a um incêndio. A radiação térmica a favor do vento a partir de um jacto de fogo a uma velocidade alta e baixa do vento para um único poço nas formações G6 e G10, respectivamente, está ilustrada na Figura 5-3 e Figura 5-4. A radiação térmica de 12,5 kW/m2 seria o limite inferior para incendiar a vegetação, que se estenderia por aproximadamente 26-28m a partir da emissão na direcção do vento. Enquanto esta se estende mais que a combustão instantânea, ela ainda fica contida bem dentro da área limpa da plataforma do poço, o que indica que a probabilidade global de propagação do fogo para além da plataforma é pequena. Figura 5-3: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir do jacto de fogo no reservatório G6 durante ventos de velocidades alta e baixa. Figura 5-4: Fluxo da radiação térmica na direcção do vento a partir de um jacto de fogo no reservatório G10 durante ventos de velocidades alta e baixa. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 10 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 5.2 5.2.1 Manchas Líquidas Emissão desimpedida O modelo estabelece que uma explosão de um poço com furo completo resulta em emissão vertical sem queda de líquidos para o solo. Isto significa que o jacto de líquido em alta pressão proveniente do poço resultará em nuvem de vapor que se dissipará na atmosfera, desde que não se incendeie. 5.2.2 Emissão Impedida O modelo de “emissão com obstrução” assume que uma obstrução impede a descarga vertical desimpedida dos fluidos do poço, o que resulta em o fluxo ser desviado de volta para o solo. Neste caso, formar-se-ia uma mancha/poça de hidrocarbonetos líquidos, que se espalharia para além do poço. O volume do fluxo seria reduzido pela evaporação das partículas mais leves do hidrocarboneto, que são altamente voláteis. O modelo toma isto em consideração. O raio estimado da mancha, assumindo-se uma dispersão concêntrica para fora do poço, nenhuma absorção dos solos e a emissão com duração de 30 minutos (1,800 segundos), seria de 36m – 36.5m para os poços G6 E G10 respectivamente. Na fase inicial da emissão o fluido deverá comportar-se como a água, como um fluxo de poucos milímetros de profundidade. A maior parte dos componentes mais leves evaporariam numa hora, enquanto alguns dos componentes mais pesados manter-se-iam no solo após 24 horas. A Figura 5-5 e Figura 5-6 ilustram o raio individual de cada componente de fluido que devem ser somados para dar a medida global da mancha. Assumindo-se que a emissão é controlada entre meia hora a uma hora, o resto dos componentes voláteis da fracção líquida evaporam e o tamanho de cada mancha reduz-se gradualmente na falta de uma fonte contínua. Figura 5-5: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço G6 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 11 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Figura 5-6: Raio estimativo de cada componente versus o tempo para o derrame de um hidrocarboneto líquido do Poço G10 Após 7 dias (assumindo-se que o fonte de emissão foi tapada após 30 minutos), apenas restariam cadeias de carbonos de alcanos C12 ou acima destes, sendo que todos os outros componentes se evaporariam, tal como ilustrado na Figura 5-7 e Figura 5-8 para um único poço G6 E G10, respectivamente. As pequenas quantidades de pseudo-componentes de C13 e acima destes iriam, muito provavelmente, formar uma fina camada de alcatrão viscoso que permaneceria na superfície e com pouca evaporação. Estas simulações assumem que os hidrocarbonetos permaneceriam na superfície para evaporação. Na realidade, este não é o caso. A hipótese de uma superfície impermeável é uma limitação do modelo EFFECTS. Tomando em consideração a natureza dos solos a Leste do Rio Govuro, a taxa provável de absorção dos fluidos é alta e não se considera provável uma grande inundação para além da plataforma do poço (mesmo assumindo uma emissão prolongada por vários dias). É também razoável assumir que o levantamento de uma berma para conter quaisquer fluxos de líquidos que escapem da plataforma poderia ser realizada de forma simples e rápida, o que significa que quaisquer fluxos que não tenham sido absorvidos pelos solos poderiam ser contidos perto da plataforma do poço. Embora os dados disponíveis sobre falhas de poços não forneçam informação sobre o tempo que leva a controlar uma explosão típica, a prática padrão é assumir 30 minutos de emissão (RIVM, 2009). Caso se faça uma análise conservadora e o período de emissão descontrolada for estendido por vários dias, a área coberta pela mancha de líquido aumentaria proporcionalmente ao tempo. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 12 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO Figura 5-7: Raio estimado para cada cadeia de grandes componentes de carbono em função do tempo para um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G6 Figura 5-8: Estimativa de raio para cada grande cadeia de componentes de carbono em função do tempo para um derrame de um hidrocarboneto líquido do poço G10 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 13 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 5.3 Probabilidade de Explosão de Poço A Alberta Energy and Utilities mantém uma extensa base de dados de incidentes internacionais de perfuração em terra relatados. De 1979-1990 a frequência de poços foi considerada como sendo 1.1x10˗3 (um em 1100) por poço. Para o período 2002-2006, a frequência de explosões de poços foi considerada como sendo 4.4x10˗4 (um em 44.000) por poço. Isto é aproximadamente 40% das explosões correspondentes de perfuração offshore. Note-se que a maioria dos poços perfurados em Alberta eram ácidos, isto é, continham sulfureto de hidrogénio que tem propriedades tóxicas e potencialmente corrosivas. A probabilidade de explosões de poços para poços contendo líquidos doces, como no caso dos poços G6 e G10, ou seja, nenhum sulfureto de hidrogénio é, provavelmente, menor do que os valores citados. 6.0 CONCLUSÕES A ignição da nuvem de vapor associada à explosão de um poço resultará num incêndio e jacto de fogo que têm o potencial para causar letalidade na plataforma do poço. Sob condições de vento forte, um jacto de fogo das emissões iniciais poderá resultar em ferimentos e na ignição da vegetação para além da área do poço de 100m x 100m. Se não houver obstrução da descarga e o poço ejectar mais ou menos verticalmente sem ignição, o modelo prevê que não haverá vazamento, dado que os fluidos do poço na nuvem de vapor irão dissipar-se na atmosfera. Uma suposição conservadora, dada a possibilidade de algum escorrimento, é que haverá uma atomização muito reduzida e sob estas circunstâncias, formar-se-ia uma mancha líquida. O raio estimado da mancha, assumindo-se uma dispersão concêntrica para fora do poço, nenhuma absorção dos solos e a emissão com duração de 30 minutos. Num espaço de algumas horas irá ocorrer a evaporação dos componentes mais leves de hidrocarbonetos, enquanto os fluidos remanescentes, com a excepção de compomente mais reduzido de óleo pesado viscoso irá evaporar dentro do prazo de 7 dias. Estas simulações são baseadas nas suposições de que os hidrocarbonetos irão permanecer na superfície. Na realidade, provavelmente não é isso o que irá acontecer. A suposição de uma superfície impermeável constitui uma limitação ao modelo EFFECTS. Tomando em consideração a natureza arenosa dos Arenossolos a este do Rio Govuro, a taxa provável de absorção dos fluidos é elevada e significante no fluxo que se alarga por terra para além da área do poço é considerada como sendo improvável (mesmo fazendo a suposição uma descarga prolongada durante vários dias). . A rota que o fluxo poderá seguir está fora do âmbito deste relatório mas é considerada em maior detalhe no Estudo Especializado 3, “Avaliação de Impacto Geohidrológico”. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 14 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO 7.0 REFERÊNCIAS OGP (2010). Blowout Frequencies. Report No. 434-2. RIVM (2009). Reference Manual BEVI Risk Assessments. Edition 3.2.Bilthoven, the Netherlands: National Institute of Public Health and the Environment (RIVM). SASOL PETROLEUM INTERNATIONAL (2013). Mozambique PSA Surface Facilities Basis of Design.Document No. MSDP1301-GEN-0000-08001-BOD- 0003 Ver. 0. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 15 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA Dr. M P Oberholzer No. de Reg. 2002/007104/07 Directores: R Hounsome, G Michau, RGM Heath A Golder, Golder Associates e o desenho do globo da GA são marcas registadas da Golder Associates Corporation. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) 16 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO ANEXO A Curricula Vitae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) CURRICULUM VITAE: LUCIAN BURGER Name: Lucian Willem Burger Company Position: Managing Director- Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd Director- Riscom (Pty) Ltd Profession: Chemical Engineer Date of birth: 24 May 1960 Nationality: South African Membership in Professional Societies: South African Institute of Chemical Engineers (Fellow: No. 4533) American Institute of Chemical Engineers (Senior Member: No. 0090107071) National Association of Clean Air (NACA) Accredited Inspectorate Authority (AIA) for completion of risk assessments as partial fulfilment of Major Hazard Installation Regulations (Reference MHI013) SANAS Risk Assessment Specialist Technical Committee (2003 - ongoing) Member of the Technical Committee on Air Quality Standards Setting (2002-2003) SABS Air Quality Standards Specialist Technical Committee (Chairman of Working Group 1) EDUCATION University 1984 - 1986 : PhD student at the University of Natal (Department of Chemical Engineering), Durban. Completed December 1986. Degree awarded March 1987 Supervisor: Prof M Mulholland 1983 - 1984 : MSc Eng student at the University of Natal (Department of Chemical Engineering), Durban. Completed April 1984. Degree awarded March 1985 Supervisor: Prof M Mulholland 1980 - 1982 : BSc Eng student at the University of Natal, Durban. Completed a BSc Eng (Chemical Engineering) - Cum Laude 1979 : BSc Eng student at the University of Port Elizabeth, 1st Year Chemical Engineering Matriculated 1978 : Cradock High School, Cradock, South Africa. Aggregate: A EMPLOYMENT RECORD 1990 - Present : 1989 : Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd and Riscom (Pty) Ltd (Previously known as Environmental Management Services 1990 to 2003) Airshed Planning Professionals (Pty) Ltd – Air Pollution and Noise Impact Assessment Consultants Riscom (Pty) Ltd – Process Risk Assessment Consultants Process Engineer. AECI Engineering Department, Modderfontein 1987 : Council for Scientific and Industrial Research (CSIR), Pretoria 1984 - 1986 : Research Assistant, Department of Chemical Engineering, University of Natal, Durban LANGUAGE SKILLS Language English Afrikaans Reading Speaking Writing Excellent Excellent Excellent Excellent Excellent Excellent KEY QUALIFICATIONS AND EXPERIENCE 28 years’ experience in: Air Pollution Dispersion Modelling Loss of Containment Simulations and Consequence Modelling (Fires, Explosions, Toxic Clouds) Process Failure Rate Analysis Micrometeorology Quantitative Risk Assessment Nuclear Site Safety Report Analysis – Meteorology and Dispersion Modelling Ambient Air Monitoring Chemical Engineering Development of Air Emissions Inventories (Mining and Ore Handling, Metal Recovery, Chemical Industry, Petrochemical Industry, Power Generation, Waste Disposal and Recycling, Transport) Air Quality Management Programmes Formulation of National Strategies Project Management A general list of projects completed in various sectors and applications is given below. Policy, Strategic Planning and Air Quality Management: As chairman of Working Group 1, Lucian Burger was involved in the development of the South African Air Quality Standards Framework (SANS 69) and the Air Quality Standards for Criteria Pollutants (SANS 1929), in conjunction with the South African Bureau of Standards (SABS). Mercury emission limits - The South African Regulations for Mercury Waste Disposal was drafted in 2001. These regulations were completed together with Infotox (Pty) Ltd, specialists in toxicology. Dispersion modelling regulations – Chairman of the Dispersion Modelling Working Group for standardizing and setting requirements for the use of dispersion models for regulatory purposes, in conjunction with the Department of Environmental Affairs. This project is current and due to be completed in 2011. Guidelines For Thermal Treatment Of Wastewater Sludge – Development of the position paper and subsequent guidelines on the air emissions impact from thermal treatment options of wastewater sludge. The Water Research Commission published the complete set of guidelines in 2009 [Herselman JE; Burger LW; Moodley P (2009) Guidelines for the utilisation and disposal of wastewater sludge Volume 5 of 5: Requirements for thermal sludge management practices and for commercial products containing sludge, ISBN No: 978-177005-711-1]. Review and Implementation of the new Air Emission License (National Environmental Management Air Quality Act) role out programme (2006-2008). This included the development of the framework, technical workshops with industry and training of local authorities. The tasks were divided between principal consultants within Airshed Planning Professionals. Lucian Burger was responsible for the Power Generation and Pulp & Paper sectors. List of Activities, Setting of Minimum Emission Standards. Served as technical advisor to the Department of Environmental Affairs for the development of air pollution emission rates for all major stationary industrial activities. Published in 2010 (Government Gazette 33064) NEDLAC 'Dirty Fuels Project' - The project undertaken for NEDLAC comprised the development of emissions inventories for several major conurbations across South Africa, the prediction of resultant air pollutant concentrations and the quantification and costing of health risks due to inhalation exposures. Project was completed in 2004. Low Smoke Fuels Standards- Served on the Technical Committee on the Low Smoke Fuels Standards Development Committee administered by the Department of Minerals and Energy (1998-2003). Projects related to Air Quality Management o Saldanha Industrial Development Zone (IDZ) – Part of an integrated team of specialists that developed the proposed development and management strategies for the IDZ. Air quality guidelines were developed and a method of determining emissions for potential developers. The investigation included the establishment of the current air emissions and air quality impacts (baseline) with the objective to further development in the IDZ and to allow equal opportunity for development without exceeding unacceptable air pollution levels. o Vaal Triangle Airshed Priority Area Air Quality Management Plan– Served as technical advisor to the Department of Environmental Affairs for the development of South Africa’s first air pollution priority area air quality management plan. This included the establishment of a comprehensive air pollution emissions inventory, atmospheric dispersion modelling, focusing on impact area “hotspots” and quantifying emission reduction strategies. The management plan was published in 2009 (Government Gazette 32263) o Cape Town - An air quality situation assessment was undertaken on behalf of the City of Cape Town in 2002 in support of their plans for the development of an air quality management plan for the City. o Johannesburg - An air quality baseline assessment was undertaken and an air quality management plan compiled for Joburg on behalf of the City. The project was completed during September 2003. o Coega - An air pollution management strategy was developed in 1997 for the Coega Industrial Development Zone. Air quality guidelines were developed and a method of determining emissions for potential developers. The objective was to allow equal opportunity for development without exceeding unacceptable air pollution levels. Developed an airshed air quality management model for application at Coega in 1999. The model was developed in-house so as to assist the Coega Development Corporation in the proactive allocation of emission limits to prospective investors in the IDZ. The purpose being to maximise development opportunities whilst ensuring the maintenance of good air quality in the long-term. o Gauteng - An air quality baseline assessment was completed for Gauteng in 1999 to inform their proposed air quality management plan. This project was funded by DANIDA. o Gauteng - Part of the Environomics/Africon project team to develop industrial buffer zones for Gauteng was undertaken by members of our project team. These buffer zones have been implemented in a GIS system for DACEL and are meant as an early o o o warning decision-support tool to indicate possible conflicts between sensitive activities (including residential development, hospitals, etc.) and pollution caused by industrial activities. Ekurhuleni – An air quality baseline study and an Air Quality Management Plan has been developed for the Ekurhuleni Metropolitan Municipality. This work was completed in 2005. UMhlathuze – An air quality situation analysis has being undertaken for the uMhlathuze District Municipality and guidance given in terms of the air quality implication of the municipality’s spatial development framework. Work is was completed in 2005. Tswane – An air quality baseline study was completed for the Tswane Metropolitan Municipality (2005). Transport Sector: Bakwena Toll Road Concession (Pretoria – Rustenburg); N1/N2 Protea Toll Road (Cape Town – Paarl – Somerset West); Protea Toll Road Tunnel Options; N14 (Germiston) On/Offramp; N3TC Toll Road Concession De Beers Pass Alternatives; Gauteng Heavy Vehicles Freeway Re-Routing Study; SAPIA Vehicle Emissions Management Strategy; Gauteng Department of Transport Air Quality Management Plan; MMT Fuel Additive Monitoring Campaign (Afton); Sasol Vehicle Emissions Ambient Air Monitoring Campaign; Cape Town International Airport Air Quality Management Plan; OR Tambo International Airport Detailed Air Emission Inventory and Air Quality Management Plan; Sir Seretse Kama (Botswana) Air Impact Assessment; Iron Ore Train Transport (Sishen Mine to Saldanha Bay Iron Ore Port); Coal Train Transport (Moatize to Nicala Port, Mozambique); Bauxite Ore Long-haul Road Transport (Bakhuis to Nickerie, Suriname); Baseline Assessment of Iron Ore Transport (Zanaga Mine to Pointe Noir, Republic of Congo (Brazzaville)). Provision of Expert Testimony: [e.g. Herbicide Contention Case: Victory Farm v HL&H Timber Products (Pty) Ltd, Rautenbach Aerial Spraying Ltd, Alan James McEwan; SAPREF Alkylation Unit Fire, Rhone-Poulenc Warehouse fire, Shell-Sasol Alcohol Reformulation Contention; Kudu Oils v Department of Environmental Affairs and Tourism), Global Forest Products (Pty) Ltd & Others v Lone Creak River Lodge (Pty) Ltd & Others; Pride Milling Company (Pty) Ltd v Klipspruit Colliery & Others; Triple S Diensstasie Edms Bpk / P Senekal; PetroSA v Langeberg Shopping Mall, PetroSA v Visigro Investments. Quantitative Risk Assessments and Consequence Modelling: Air Products Durban plant (Hydrogen); Comprehensive Risk Assessment of AECI (chlorine, ammonia, acrylonitrile, sulphur dioxide), Umbogintwini Factory Complex; Oleum Storage Tank Farm Lever Brothers. Boksburg; Ammonia Tank Farm Palabora Mining Company, Palaborwa; Ammonia Refrigeration Unit, Palabora Mining Company, Palaborwa; Chlorine Dosing facility Palabora Mining Company, Palaborwa; Accidental liquid Bromine spills and fugitive gas emissions at Delta-G Scientific, Halfway House; Accidental emissions and spills of organo-pesticides at Sanachem, Verulam. Burning of waste dumps in Botswana (Botswana Government). Chlorine Dosing Facility at mining operations (Rustenburg); Dispersion and Consequence Modelling of Toxic Liquid Spills (e.g. Acrylonitrile and Propylene Oxide), Combustion Products (e.g. Hydrogen Cyanide), Bund Fires and Vapour Cloud Explosions of a large number of storage tanks at Vopak Tank Terminals, Durban Harbour, Investigation of Fire at Sapref Refinery Alkylation Unit; Risk assessment of ammonia, hydrogen fluoride and nitric acid Columbus Stainless (Middelburg); Natural Gas Pipeline from Mozambique to Secunda (Sasol Gas). Hydrogen gas pipeline from Vanderbijlpark to Springs (Air Products), Crude oil and white product pipelines from Chevron Refinery (Cape Town) to Cape Town Harbour, Crude oil and white product pipelines from Chevron Refinery (Cape Town) to Saldanha Bay, Liquid Fuels Transportation Infrastructure from Staatsolie Refinery To Ogane, Sol And Chevron Product Storage Depots, Suriname (Staatsolie Maatschappij Suriname N.V.) – Overland and Riverbed assessments; Liquid Fuels Transportation Infrastructure From Milnerton Refinery Area To Ankerlig Power Station (Atlantis Industrial Area), Western Cape Province (Eskom). Sunrise Liquid Petroleum Gas Ship Offloading and Pipeline Transportation Saldanha Bay – Sea and Land Spillages. Mining and Ore Handling (Blasting; quarrying; grinding; crushing; conveying; vehicles; tailings dams). BHP-Billiton Bauxite Mine (Suriname), Exxaro Heavy Minerals Mine and Processing (Madagascar), Tenke Copper Mine and Processing Plant (DRC), Sari Gunay Gold Mine (Iran), Zaldivar Copper Mine (Chile); Gold Mine at Omagh (Ireland); ZCCM Luancha Copper mine (Zambia); Skorpion Zinc mine (Namibia); Rossing Uranium (Namibia); Trekkopje Uranium (Namibia); Gokwe Coal Mine (Zimbabwe); Murowa Diamond Mine (Zimbabwe); Gamsberg Zinc Mine (Aggeneys); Prieska Copper mine (Prieska); Numerous coal collieries, including Riversdale (Tete Province Mozambique, Anglo Coal, Exxaro, Xstrata); Lime Quarries (La Farge, formerly Blue Circle, East London and Otjiwarongo, Namibia); Clinker Grinding and Cement Blending Plant (La Farge, Richards Bay); Bluff Mechanical Appliances – Durban Coal Terminal; Portnet’s Saldanha Ore Port Facility; and others. Metal Recovery (Smelting; electro-wining). Samancor Air Quality Baseline for all South African Chromium Smelter and Mines (Ferroveld, Ferrometals, MFC, Columbus, Tubatsi, Western Chrome Mines, Eastern Chrome Mines), Hexavalent Chromium Air Quality Reference Document (FAPA), Hartley Platinum Smelter (Zimbabwe); Mufulira Smelter (Zambia), Nkana Smelter (Kitwe, Zimbia); Waterval Smelter (Amplats, Rustenburg); Lonrho Smelter (Brits); Ergo (Anglo American Corporation, Springs); Coega Zinc Refinery (Billiton, Port Elizabeth); Hexavalent Chrome and Lead (Winterveld Chrome Mines); Hexavalent Chrome Xstrata (Rustenburg); Pitch releases from graphite electrode (EMSA, Union Carbide, Meyerton); Copper Smelting (Palabora Mining Company, Phalaborwa); Portland Cement Plant (La Farge, East London and Otjiwarongo, Namibia); Westplats – Mooinooi Smelter (Brits), Holcim Alternative Fuels Project (Lichtenburg, Ulco and Blending Plant – Roodepoort), PPC Riebeeck West Expansion Project, Expansion projects for ArcelorMittal South Africa Vanderbijlpark Works, Expansion projects for ArcelorMittal South Africa Saldanha Bay Works Chemical Industry (bulk chemical; fertilizer; herbicides; pesticides). Comprehensive air pollution impact assessment of AECI (Pty) Ltd Operations, including Modderfontein, Umbogintwini, Somerset West, New Germany and Richards Bay; Kynoch Fertilizer plants in Milnerton and Potchefstroom; Fedmis Fertilizer Plant in Phalaborwa; Pesticides and Herbicides at Sanachem (Canelands); Chrome Impacts from various Bayer (Pty) Ltd operations (Newcastle and Durban); Fibre Production (Sasol Fibres, Durban); NCP Chloorkop Expansion project, NCP Chloorkop Contaminated Soils Recovery Petrochemical Industry (Petroleum refineries, tank farms). Baseline and Expansion of Liquid Natural Gas Refinery (Equatorial Guinea); Site Selection for New South African Petroleum Refinery (DME), Proposed new Greenfields Petroleum Refinery at Coega (PetroSA), Hydrogen sulphide and sulphur dioxide emissions from SASOL operations (Sasolburg and Secunda); Sasol Coal to Gas Conversion Project (Sasolburg), Natref Refinery Expansion Project (Sasolburg); Engen Emissions Inventory Functional Specification (Durban); Air impact of air emissions from Sapref Refinery (Durban) Odour Impact assessment at ChevronTexaco Refinery (Cape Town); StaatsOlie expansion project (Suriname); Marathon LNG Expansion (Equatorial Guinea); PetroSA (Mossel Bay), Air impact of air emissions from Killarney, Milnerton and Saldanha Bay bulk storage tanks, Ambient air sampling campaign and Health Risk Analysis at Highway, Toll Plazas, Filing Stations & Taxi Ranks (Sasol) Pulp and Paper Industry. Expansion of Mondi Richards Bay, Odour Assessment and Panel Development for Mondi Richards Bay, Multi-Boiler Impact Assessment for Mondi Merebank (Durban), Impact Assessment for Sappi Ngodwana (Nelspruit), Impact Assessment for Sappi Stanger, Air Quality Monitoring Network and Air Pollution Management Plan for Sappi Saiccor (Umkomaas), Comprehensive Emissions Inventory and Screening Health Risk Assessment for Sappi Enstra (Springs), Impact Assessment for Sappi Tugela, Expansion Project for Cape Sawmills (Stellenbosch), Comprehensive Emissions Inventory and Screening Health Risk Assessment for Global Forest (Sabie), Air Impact Assessment for Pulp United (Richards Bay), MTO George Saw Mill (George) Power Generation (stack emissions; coal and ash dump). Kelvin Power Station (Johannesburg); Athlone Power Station (Cape Town); Tatuka, Kendal, Matimba, Duvha and Majuba Power Stations, ESKOM; Open Cycle Gas Turbine Peaking Power Station (Mosselbay), Inhambane Power Station, Mozambique, Combined Cycle Gas Turbine Power Plant In Moamba, Mozambique. Waste Disposal (Incineration; landfill; evaporation; waste water treatment) All Enviroserv disposal sites (Chloorkop, Margolis, Umlazi, Vissershok, Shongweni, Aloes, Holfontein, Rosslyn), and city/district landfill facilities, including Cape Town City Council, Durban City Council, Johannesburg City Council; East London City Council; Port Elizabeth City Council, Eden District Municipality, Beluluane landfill facility [Matola, Mozambique]) Nuclear Installations. Participating member in the ATMES Phase 1 project to assess the emergency preparedness to nuclear accidents following the Chrenobyl Accident, Development and Implementation of a real-time emergency dispersion model for NECSA (Pelindaba); Development of a real-time emergency dispersion model for Koeberg Nuclear Power Station, Environmental Impact Assessment for the proposed demonstration Pebble Bed Modular Reactor (PBMR); Environmental Impact Assessment for the proposed Nuclear-1 Power Station; Meteorological monitoring and development of Meteorological Chapter of Site Safety Report for potential Nuclear-1 Power Station (Thyspunt, Bantamsklip and Duynefontein). Software Development Development of real time atmospheric dispersion model - HAWK: Atomic Energy Corporation of South Africa; CALTEX, Cape Town; NCP CHLOORKOP, Kempton Park; MOSSGAS, Mosselbay; PALABORA MINING COMPANY, Palaborwa; AECI, Umbogintwini; AECI, Modderfontein; SASOL, Secunda; SASOL, Sasolburg; SAPREF Refinery, Durban; ENGEN Refinery, Durban; ESKOM, Majuba Power Station; South Durban Air quality management system (Joint venture between major industries, authorities and community); SAPPI-SAICCOR, Umkomaas; HARTLEY PLATINUM, Zimbabwe, Richards Bay Air Quality Committee (Joint venture between major industries, authorities and community), ISCOR, Newcastle; ISCOR, Vanderbijlpark. CERTIFICATION I, the undersigned, certify that to the best of my knowledge and belief, these data correctly describe me, my qualifications and my experience. _____________________________ 22/03/2013 RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO ANEXO B Limitações do Documento Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO LIMITAÇÕES DO DOCUMENTO O presente documento foi providenciado pela Golder Associados Moçambique Lda. (Golder) sujeito às limitações seguintes: i) Por definição a AIA é um processo preditivoque ocorre na fase mais cedo possível do processo de desenvolvimento do projecto. O principal benefício de realizar uma AIA numa fase logo de início é que os resultados da AIA podem ser usados para influenciar o desenho do projecto. Ao mesmo tempo, os regulamentos aplicáveis à AIA exigem que seja obtida autorização antes de se iniciar qualquer actividade e determinam também que a AIA deve estar finalizada numa fase inicial do processo de desenvolvimento do projecto. Embora estes requisitos sejam importantes, estes impõem uma limitação importante à AIA, que é o facto de que a AIA é baseada no que é em grande parte um desenho básico e não um desenho detalhado. ii) A transição de desenho básico para desenho detalhado, e as limitações resultantes sobre a informação que se encontra disponível é um facto amplamente reconhecido no processo da AIA. Na realidade os profissionais envolvidos na Avaliação dos Impactos Ambientais irão directamente visar obter informação que é vital para a AIA, mas que tipicamente só se encontra disponível durante o desenho detalhado do projecto. Por exemplo, os dados relativos a todos os aspectos ambientais devem estar disponíveis para a realização da AIA, e estes incluem emissões atmosféricas, descarga de águas residuais, tipos e quantidades de resíduos sólidos e outra informação semelhante. Nos casos em que esta informação não se encontre directamente disponível, o profissional da AIA irá usar suposições conservadoras com base nos ‘piores casos possíveis’ a fim de assegurar que os impactos sejam exagerados em vez de serem subestimados na AIA. iii) O âmbito e o período de Serviços da Golder são conforme se encontram descritos na proposta da Golder, e estão sujeitos a restrições e a limitações. O presente Documento foi elaborado com a finalidade específica delineada na proposta da Golder, e não é aceite qualquer responsabilidade pelo uso do presente Documento, no todo ou em parte, em outros contextos ou para quaisquer outros fins. iv) Nos casos em que os dados fornecidos pelo cliente ou por outras fontes externas tenham sido usados, incluindo dados de pesquisa anterior realizada no local, foi feita a suposição de que a informação está correcta a menos que de outra forma especificado. A Golder não aceita qualquer responsabilidade por dados incompletos ou inexactos que tenham sido disponibilizados por outras partes. v) O decorrer do tempo afecta a informação e a avaliação apresentada no presente Documento. As opiniões da Golder são baseadas em informação que existia na altura em que foi elaborado este Documento. vi) Como resultado do que foi descrito acima, a informação detalhada específica ao local do projecto só se torna disponível à medida que o gasoduto vá sendo progressivamente estabelecido e é óbvio que tal limita a informação que se encontra disponível na altura da finalização da AIA. Este facto não deve ser considerado como debilitando a integralidade da AIA, mas serve simplesmente para facilitar o entendimento de que certa informação não está directamente disponível na altura em que a AIA foi finalizada. É importante sublinhar nesta altura do processo que a finalidade principal da uma AIA é a tomada de decisão. Constitui assim encargo e responsabilidade dos profissionais envolvidos na AIA certificarem-se que identificaram e avaliaram na AIA, todas as questões que são relevantes para a tomada de decisão. Foram envidados esforços significantes na recolha das fontes para fins da presente AIA, não de toda a informação, mas certamente de toda a informação necessária para proporcionar a tomada de uma decisão eficaz. vii) O Cliente concorda que só avançará com a apresentação de quaisquer reclamações e com vista a procurar recuperar perdas, danos ou outras responsabilidades da parte da Golder Associados Moçambique Lda. e não de qualquer das empresas afiliadas à Golder. Na medida do que é permitido em termos da lei, o Cliente reconhece e concorda que não terá qualquer recurso legal e renuncia a qualquer despesa, perda, reclamação, demanda ou instauração de caso contra as empresas afiliadas da Golder, seus trabalhadores, técnicos e directores. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) RISCO, EXPLOSÃO DE POÇO viii) Qualquer uso do presente Documento por uma terceira parte, ou qualquer consideração sobre o Documento ou decisões tomadas com base no mesmo, constituem a responsabilidade única das terceiras partes em questão. A Golder não aceita qualquer responsabilização por danos, caso existam alguns, incorridos por qualquer terceira parte como resultado de decisões ou acções tomadas com base no presente Documento. GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 15 (Port) Golder Associados Moçambique Limitada Avenida Patrice Lumumba Nº 577 Cidade de Maputo Moçambique T: [+258] (21) 301 292