3.10 CARANGOLA Os sistemas de abastecimento de água e de
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3.10 CARANGOLA Os sistemas de abastecimento de água e de
Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul 3.10 CARANGOLA Os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da cidade de Carangola são mantidos e operados pela autarquia municipal - Departamento de Águas e Esgotos DAE 3.10.1 Sistema Existente de Abastecimento de Água O sistema de abastecimento de água da cidade de Carangola foi implantado em 1968 e encontra-se em bom estado de conservação, operando, em média, 23 horas por dia. O sistema atende, além do núcleo urbano, o Distrito de Lacerdinha, distando aproximadamente 4 Km do centro de Carangola. Cabe ressaltar, que diversas unidades do sistema estão sendo ampliadas com recursos do próprio DAE - Departamento de Águas e Esgotos, da CEF - Caixa Econômica Federal e do Orçamento da União. O sistema ora descrito apresenta as seguintes unidades operacionais: Captação A captação de água é realizada em manancial de superfície denominado rio Carangola, mais precisamente na cachoeira do Emboque, local onde o referido rio possui 1.700 l/s de vazão mínima e distante 7 Km do centro da cidade. A estrutura de tomada constitui-se de uma barragem de concreto armado com aproximadamente 10 m de extensão (Foto 1), dotada de dispositivo de descarga de fundo, tendo como objetivo manter o nível d`água mínimo para submergência da tubulação de tomada. A tubulação de tomada, construída em manilhas de concreto armado com 500 mm de diâmetro, possui 10 m de extensão e aduz a água até uma caixa de concreto armado (Foto 2), de onde parte a adutora de água bruta. Adutora de Água Bruta A adutora de água bruta funciona por gravidade. Apresenta dois trechos distintos: o primeiro, com 5.380 m, vai da caixa de concreto armado junto à tomada d`água até uma caixa de passagem intermediária. Neste trecho a adutora apresenta parte em manilhas de concreto com 500 mm de diâmetro, parte em canaleta aérea de concreto com 144 m de extensão e parte em túnel com 240 m de comprimento; o segundo trecho, da caixa de passagem à ETA, é composto de duas linhas paralelas em FoFo, ambas com 200 mm de diâmetro e 2.080 m de extensão. O DAE vem executando uma nova adutora através de novo caminhamento, com melhor traçado, em FoFo e PVC/DE FoFo, com 250 mm de diâmetro e extensões respectivas de 5.560 m e 1.958 m. Esta linha trabalhará em paralelo com a existente e, para sua entrada em operação, necessita apenas da conclusão de alguns trechos, principalmente junto à captação. 123 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul Estação de Tratamento de Água A ETA existente é do tipo convencional, construída em concreto armado, apresentando, na entrada da água, duas calhas tipo “Parshall” (Fotos 3 e 4), que alimentam, independentemente, dois floculadores tipo "Alabama" modificados (Foto 5), que se unem a partir do canal de água floculada em dois decantadores convencionais (Foto 6) e três filtros com leitos simples de areia (Foto 7), cuja galeria de manobras está mostrada na (Foto 8). A Estação de Tratamento encontra-se em ampliação, com a construção de mais dois medidores “Parshall” (Foto 9), dois floculadores (Foto 10), um decantador (Foto 11), três filtros, laboratório e casa de química (Foto 12). A ETA existente foi projetada para uma vazão nominal de 60 l/s, estando operando em sobrecarga, o que justifica a ampliação ora em execução, passando sua capacidade para 150 l/s. A água tratada após a passagem pelos filtros é encaminhada a um reservatório de contato do tipo semi-enterrado, com 30 m3 de capacidade que serve de poço de sucção para a elevatória de água tratada cuja função é alimentar o reservatório elevado de lavagem dos filtros com 150 m3 de capacidade (Foto 13). O projeto de ampliação da ETA prevê a construção de um reservatório em concreto armado, com 600 m3 de capacidade, a ser erguido no mesmo terreno da ETA. Os produtos químicos utilizados são: o sulfato de alumínio para a coagulação, a cal para correção do pH, o hipoclorito de cálcio para desinfecção e o fluossilicato de sódio para o combate e prevenção das cáries. Elevatória de Água Tratada A Elevatória de Água Tratada situa-se no corpo da ETA, sobre e tanque de contato, tendo como função alimentar o reservatório elevado de lavagem dos filtros com o auxílio de dois conjuntos moto-bombas (Foto 14) idênticos, de operação alternada, cada um com 5 cv de potência. Adução de Água Tratada É feita através de uma tubulação de FC, com 300 mm de diâmetro e 700 m de extensão, alimentando, por gravidade, a partir do tanque de contato, um reservatório apoiado com 2.000 m3 de capacidade (Foto 15). Reservação A reserva de água tratada na cidade é de aproximadamente 2.260 m3, assim distribuídos: − Na área da ETA: um reservatório elevado, em concreto armado, com 150 m3 de capacidade que, além de permitir a lavagem dos filtros, é responsável pelo abastecimento do bairro Caixa D`Água, circunvizinho à ETA. − Fora da área da ETA: um reservatório apoiado, de forma prismática, em concreto armado, com 2.000 m3 de capacidade, responsável pelo abastecimento de grande parte 124 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul da cidade e mais três reservatórios menores que atendem aos bairros Aeroporto, Panorama e Village do Campo, com volume total de 110 m3. Considerando-se o novo reservatório que será construído na área da ETA com 600 m3 de capacidade, o volume total armazenado na cidade será de 2.860 m3 . Distribuição A rede distribuidora da cidade possui 39.000 m de extensão, contendo tubos de PVC/PBA, FC e FoFo, apresentando diâmetros variando entre 32 e 300 mm. Fazem parte das obras de ampliação do sistema, um conjunto de distribuidores troncos com 4.000 m de extensão total e diâmetros variando entre 100 e 150 mm. O sistema de distribuição conta ainda com 7 “boosters” que alimentam as zonas altas da cidade. O Distrito de Lacerdinha, situado ao Norte da cidade tem sua demanda atendida através do prolongamento da rede de distribuição da cidade, com uma vazão de 2,3 l/s. Ligações Prediais A rede de distribuição de água possui 6.411 ligações prediais, todas micromedidas, atendendo a 8.256 economias. Os valores obtidos pelas medições do sistema, com exceção da produção de água que não dispõe de macromedidor, são apresentados a seguir: volume aduzido: 187.110 m3/mês volume distribuído: 179.600 m3/mês volume medido: 128.423 m3/mês (micro-medido) volume faturado: 160.412 m3/mês Os valores acima encontrados permite que se avaliem as perdas no sistema, que são: perdas no tratamento: 3.10.2 4,0 % perdas físicas: 28,5 % perdas de faturamento: 10,7 % Sistema Existente de Esgotamento Sanitário A cidade de Carangola é dotada de rede separadora de esgotos sanitários, atendendo a 70 % da população, através de 4.712 ligações prediais. Dos 30 % restantes, 28 % lançam os efluentes sanitários diretamente nos cursos d`água que atravessam a cidade e 2 % em fossas sépticas. 125 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul O DAE pretende, a curto prazo, licitar os estudos necessários ao desenvolvimento de um projeto completo de esgotamento sanitário para a cidade, para tanto, já se encontra em fase final de elaboração, o levantamento topográfico cadastral da área urbana, com previsão de conclusão para dezembro do corrente ano. 126 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 1: Captação - Barragem de regularização de nível. Observa-se no centro da mesma o dispositivo de limpeza. FOTO 2: Captação - Caixa de concreto armado de onde parte a adutora de água bruta. 127 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 3: ETA - Entrada de água bruta, com divisão da vazão e medição através de duas calhas “Parshall” FOTO 4: ETA - Detalhe de uma das calhas “Parshall” 128 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 5: ETA - Vista de um dos floculadores laterais. A direita, percebe-se parcialmente um dos decantadores e a esquerda a construção dos novos floculadores. FOTO 6: ETA - Vista parcial dos decantadores convencionais. 129 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 7: ETA - Filtros rápidos de areia. FOTO 8: ETA - Galeria de manobras dos filtros com tubulações de entrada, saída e lavagem. 130 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 9: Ampliação da ETA - Futura calha “Parshall”. FOTO 10: Ampliação da ETA - Futuros floculadores. 131 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 11: Ampliação da ETA - Futuros decantadores convencionais. FOTO 12: Ampliação da ETA - Futuras instalações da casa de química e do laboratório. 132 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 13: ETA - Reservatório de lavagem dos filtros e de abastecimento do bairro Caixa d`Água. No fuste do mesmo situam-se o laboratório e a casa de química. FOTO 14: ETA - Elevatória de água tratada para alimentação do reservatório elevado, vendo-se ainda os dosadores de fluossilicato. 133 Projeto Preparatório para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Paraíba do Sul FOTO 15: Reservatório apoiado de 2.000 m3 de capacidade, visto a partir da ETA. 134
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