Flyer 2010-01
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Flyer 2010-01
a nossa vida é toda para diante Semana—01 Quinta 07 Bar Dexter D.I.S.C.O. Texas Titan Thursdays Disco Sexta 08 Bar Leonaldo de Almeida TRANSDISCO Zé Pedro Moura & João Peste A nostalgia é um prazer venenoso que nos embebeda de saudade e nos leva a dizer “antes é que era”. O antes já foi e o que interessa é o que vamos fazer agora. E seja o que for queremos fazê-lo convosco, na pista de dança até vermos nascer o sol de mais um dia. E aqui estamos vivos e juntos a cumprir a primeira década de um novo milénio. Vivos e juntos para por esses quintais adentro cantarmos orvalhadas e janeiras a raparigas casadas e solteiras. Vivos e juntos no início de um ano novo, ainda a acreditar no Amor e que a nossa vida é sempre para diante. Agora é altura de todos os inícios, porque Janeiro é um bom mês para começar outra vez. Disco Sábado 09 CHOCOLATE CITY Bar EIGHT YEARS OF SONIC CULTURE Na celebração do oitavo aniversário da Sonic Culture, o destaque vai para o dj set de Ben Klock e para o live de Mark Henning. O primeiro é residente do Berghain-Panorama Bar e está habituado ao hedonismo longo e negro das noites do clube alemão. Os seus dj sets traduzem a atmosfera daquela que para muitos é a mais carismática, estranha e controversa pista de dança deste início de milénio, oferecendo-nos um som hipnótico e lânguido que nos faz facilmente perder a noção do tempo, do espaço e do corpo. Aí cabe um som denso e underground, que não se confina aos caminhos do techno, espraiando-se para outras margens, onde encontramos house sombrio, som industrial e dubstep, privilegiando sempre o ambiente denso ao espartilho dos géneros. Quanto a Mark Henning, podemos dizer-vos que editou nove EP só em 2009, o que justifica plenamente que traga ao Lux o live act techno que tem apresentado um pouco por todo o mundo este ano. O seu groove mecânico tem-se dividido por editoras como a Soma, a Clink, a Freude Am Tanzen e a Trapez e cabe nas malas de consagrados como Vilallobos, Luciano e Richie Hawtin, pelo que, se precisam de referências, estamos conversados. Após oito anos de partilha sonora com a Sonic Culture, os inevitáveis representantes da aniversariante – Expander e Manu – estarão presentes, mas sem precisarem da nossa apresentação para justificar o que já sabem; o aniversário fala por si. convida Rui Vargas Disco Semana—02 Quinta 14 Bar Tiago Disco Photonz Sexta 15 GREEN RAY Bar Disco Lifelike Quinta 07 Em “Master and Servant” Dave Gahan cantou “It’s a lot like life” e Laurent Heinrich samplou as duas últimas palavras, adoptando-as como alter-ego. Lifelike aprendeu piano e tocou baixo até comprar um Commodore Amiga; daí partiu na aventura electrónica equilibrando o disco house francês entre o digital e o analógico vintage, com reflexo perfeito em temas como “Discopolis” (a meias com Kris Menace) ou “Sequencer” e nas remisturas para Chromeo, La Roux e Moby. MJC Design Gráfico: Diogo Potes (Alva DesignStudio • alva-alva.com) Textos de: Isilda Sanches, Mário João Camolas, Pedro Rodrigues, Susana Pomba, Quim Albergaria. Revisão: Marta Martins Disco Quinta 21 Sábado 16 Bar Yen Sung Dexter ADVENTURES IN WONDERLAND PR Semana—03 Quinta 21 Bar Pinkboy EIGHT YEARS OF SONIC CULTURE Disco live Bar Sexta 22 Yen Sung Disco Spank Rock, Ninjasonik e DJ Teenwolf Bar São da mesma cidade dos Animal Collective, mas talvez ninguém dissesse (a menos que vejam a série “The Wire” e possa parecer lógico…). Spank Rock são a encarnação do espírito original do hip hop transformado numa versão tecnológica e esquizoide moderna. Têm um pouco de Afrika Bambaataa e Diplo. M.I.A. ou Santigold, também alguma coisa de Pharrell, techno, baile funk, punk rock... Vemos os vídeos das actuações no Youtube e ficamos com vontade de entrar na festa, sentir a energia, deixar o suor rolar pelo corpo e perder o tino. Podemos começar por aí a treinar para o concerto no Lux. Com eles vem outro nome forte do hip hop americano mais underground: DJ Teenwolf, dos Ninjasonik, de Brooklyn. Preparem-se! Vai ser uma noite de emoções e ritmos fortes! Sábado 23 Leonaldo de Almeida A TO Z Disco IS Semana—04 Quinta 28 Bar Dexter Disco Zé Pedro Moura Sexta 29 Bar Disco Sábado 30 Leonaldo de Almeida FIASCO Rui Vargas & Zé Salvador Ginga Beat on Air Ivan Smagghe Greg Wilson e Erol Alkan Sexta 15 Piso de cima, piso de baixo. Basta percorrer as escadas com avidez. Greg Wilson sobe ao andar do bar com as bobines atrás, cheias de papelinhos entre a fita para marcar os efeitos e acrescentos que vai dando à música que passa. Wilson é uma lenda viva. Começou a sua actividade de DJ, e a fazer edits com fita magnética, lâmina e cola, na segunda parte dos anos 70. É um dos mais importantes DJs da “UK dance scene”, o primeiro residente do lendário Hacienda, só para dar um “pequeno” exemplo. Depois de um interregno, regressou em força em 2003 para contribuir para que a história da música de dança ficasse definitivamente bem escrita, pelo menos na parte que lhe toca. Erol Alkan nem precisa de subir escadas para chegar ao piso térreo da discoteca. E também não precisa de último nome. E.R.O.L. desdobra-se, desde os anos 90, em múltiplas actividades (a fazer re-works, edits ou remixes) e “personas” (como Disco 3000, Beyond The Wizards Sleeve, ou como produtor de bandas, como os Late of Pier, só para dizer algumas). Gosta mesmo de não planear nada e de deixar as coisas acontecerem, e ainda bem que é assim e que continua a gostar de viajar de um lado para o outro... “keeping everyone, not only the kids, dancing”! SP Edgar Martins, “Caminho de Circulação de Aeronaves”, 2006 Edgar Martins nasceu em Évora (em 1977), mas cresceu em Macau. Desde 1996 que vive em Inglaterra. Foi nesta primeira década do século XXI, que está mesmo agora a terminar, que começou a expor regularmente e foi reconhecido nacional e internacionalmente. No passado mês de Abril foi-lhe atribuído o Prémio BES Photo. Mas isto é apenas uma pequena parcela dos prémios e da atenção que tem recebido nos últimos tempos. Em 2010 e 2011 terá exposições individuais no Centre Culturel Calouste Gulbenkian, em Paris, e no Museu da Electricidade, em Lisboa. A obra que este mês aparece aqui em formato “poster” é “Caminho de Circulação de Aeronaves”, 2006. Faz parte da série “Aproximações”, que nas palavras do autor, “é menos um conjunto de imagens e mais uma série de momentos na qual espaços, sinais e acontecimentos na paisagem se tornaram independentes de causalidade ou de função. Ela providencia encontros com um tempo tocado pela eternidade.” Escolhemos esta fotografia porque não é necessário ver a totalidade da palavra escrita no alcatrão do aeroporto para perceber a direcção apontada. Porque, claro, nas palavras de Amadeo de Souza-Cardoso – a “nossa vida está toda para adiante”. Venha mais uma década, estamos prontos. SP Edgar Martins, “Caminho de Circulação de Aeronaves”, 2006 Aeroporto Francisco Sá Carneiro da série “Aproximações”. Prova por revelação cromogénea, colada sobre alumínio 98 x 127 cm © Edgar Martins (www.edgarmartins.com) Cortesia do artista e Galeria Graça Brandão Sexta 22 Quinta 28 Ivan Smagghe está numa espécie de undergound do underground. Independente, singular, frontal, pouco recomendável, pouco católico, inteligente, dj de djs... Uma carta fora do baralho da música de dança, com uma aura de anti-herói rock e muita vontade de continuar a ser como é: inconfundível. Dentro do universo sempre traiçoeiro e limitado das definições, o site do Fabric de Londres chama ao seu som “powerhouse”. Nós preferimos deixar a quem dança a possibilidade de adjectivar o prazer e a oportunidade invulgar de escutar e dançar um som diferente do costume. Um som que, não se parecendo com nada, nos parece familiar, quanto mais não seja porque partilhamos a vontade de descoberta e novidade que Ivan Smagghe cultiva desde os tempos em que trabalhava na loja da Rough Trade de Paris. Afinal, o que é que preferem, ou procuram, num dj? A segurança confortável do reencontro com o que já se conhece ou a inquietação de nos sentirmos levados para sensações que (ainda) não sabemos desejar? PR Edgar Martins, “Caminho de Circulação de Aeronaves”, 2006
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