2º DIA 2ª série

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2º DIA 2ª série
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
61. A História, mais ou menos
Negócio seguinte. Três reis magrinhos ouviram um plá de que tinha nascido um Guri. Viram o
cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por lá. Os profetas, que não eram
de dar cascata, já tinham dicado o troço: em Belém, da Judeia, vai nascer o Salvador, e tá falado.
Os três magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belém,
como mandava o catálogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalém. Pra
quê! Chegaram lá de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde está o rei que
acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito
mal. O velho Herodes, que era um oligão, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele é que era o dono
da praça. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde é que esse guri vai se apresentar? Em que
canal? Quem é o empresário? Tem baixo elétrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que
iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa.
VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.
Na crônica de Veríssimo, a estratégia para gerar o efeito de humor decorre do(a)
(A) linguagem rebuscada utilizada pelo narrador no tratamento do assunto.
(B) inserção de perguntas diretas acerca do acontecimento narrado.
(C) caracterização dos lugares onde se passa a história.
(D) emprego de termos bíblicos de forma descontextualizada.
(E) contraste entre o tema abordado e a linguagem utilizada.
62. Tarefa
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a não pulsar
– do amargo e injusto e falso por mudar –
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função
sintática,
(A) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
(B) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
(C) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
(D) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
(E) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
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63. Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal – eu não
fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes
também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor
mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para
reclamar: moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso
compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão
de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus
pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são
valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo – também eu
preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo
que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro,
outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério... mesmo quando parece que estou
brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua
sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a articulação entre suas partes. Quanto
à construção do fragmento, o elemento
(A) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
(B) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
(C) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
(D) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
(E) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
64.
Opportunity é o nome de um veículo explorador que aterrissou em Marte com a missão de enviar
informações à Terra. A charge apresenta uma crítica ao(à)
(A) gasto exagerado com o envio de robôs a outros planetas.
(B) exploração indiscriminada de outros planetas.
(C) circulação digital excessiva de autorretratos.
(D) vulgarização das descobertas espaciais.
(E) mecanização das atividades humanas.
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65. Na criação do texto, o chargista lotti usa
criativamente
um
intertexto:
os
traços
reconstroem uma cena de Guernica, painel de
Pablo Picasso que retrata os horrores e a
destruição provocados pelo bombardeio a uma
pequena cidade da Espanha. Na charge,
publicada no período de carnaval, recebe
destaque a figura do carro, elemento introduzido
por lotti no intertexto. Além dessa figura, a
linguagem verbal contribui para estabelecer um
diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao
explorar
(A) uma referência ao contexto, “trânsito no
feriadão”, esclarecendo-se o referente tanto do
texto de Iotti quanto da obra de Picasso.
(B) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal “é”, evidenciando-se a
atualidade do tema abordado tanto pelo pintor espanhol quanto pelo chargista brasileiro.
(C) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de mundo caótico presente
tanto em Guernica quanto na charge.
(D) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de tragédias retratadas tanto
em Guernica quanto na charge.
(E) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto à obra pictórica quanto
ao contexto do trânsito brasileiro.
66. A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a
partir do século XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de
Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de
línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil
da família real portuguesa (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal deixou de
ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal
começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira
como reagiram a elas.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.
Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do
português do Brasil porque
(A) deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração.
(B) transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as
europeias.
(C) promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena
e o europeu.
(D) guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do
português de Portugal.
(E) tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países que também
tiveram colonização portuguesa.
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67. Querô
DELEGADO — Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana.
SARARÁ — Só que tem um porém. Ele é menor.
DELEGADO — Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz.
(Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.)
REPÓRTER — E o Querô foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubículo
imundo, com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e
alma, alucinados pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos meninos, com seus
desesperos e seus ódios, empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo
cubículo do reformatório. E foi lá que o Querô cresceu.
MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo: Global, 2003 (fragmento).
No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensificação, construindo a
ideia de
(A) opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.
(B) repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.
(C) polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos.
(D) concepção educacional e carcerária, que gera comoção nos meninos.
(E) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos.
68. Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena de café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
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O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justificase pela
(A) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no mundo contemporâneo.
(B) defesa do movimento artístico da pós-modernidade, típico do século XX.
(C) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se volta para assuntos rotineiros.
(D) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de construção da própria obra.
(E) valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida.
69. Para Carr, internet atua no comércio da distração
Autor de “A Geração Superficial” analisa a influência da tecnologia na mente
O jornalista americano Nicholas Carr acredita que a internet não estimula a inteligência de
ninguém. O autor explica descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro humano e
teoriza sobre a influência da internet em nossa forma de pensar.
Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a
atenção de seus usuários.
Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro com a recente fragilidade de nossa
atenção. “Quanto mais tempo passamos on-line e quanto mais rápido passamos de uma
informação para a outra, mais dinheiro as empresas de internet fazem”, avalia.
“Essas empresas estão no comércio da distração e são experts em nos manter cada vez
mais famintos por informação fragmentada em partes pequenas. É claro que elas têm interesse
em nos estimular e tirar vantagem da nossa compulsão por tecnologia.”
ROXO, E. Folha de S.Paulo, 18 fev. 2012 (adaptado).
A crítica do jornalista norte-americano que justifica o título do texto é a de que a internet
(A) mantém os usuários cada vez menos preocupados com a qualidade da informação.
(B) torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a atenção de seus
usuários.
(C) desestimula a inteligência, de acordo com descobertas científicas sobre o cérebro.
(D) influencia nossa forma de pensar com a superficialidade dos meios eletrônicos.
(E) garante a empresas a obtenção de mais lucro com a recente fragilidade de nossa atenção.
70. Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos
povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes
histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e
sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o
ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com
as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para
eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos
indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os
verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se
pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
AZZI, R. “As razões de ser guarani-kaiowá”.
Disponível em: www.outraspalavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.
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Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”,
o autor tem como objetivo principal
(A) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e
civilizadas.
(B) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido
como especialista no assunto.
(C) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se
deve respeitar o meio ambiente e esses povos.
(D) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira
ultrapassada como vivem os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.
(E) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o
caráter desses povos como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.
71.
O sertão e o sertanejo
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz das cores, o capim
crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em vicejante tapete de relva, quando lavra o
incêndio que algum tropeiro, por acaso ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu
isqueiro. Minando à surda na touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer
aragem, por débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a
contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela. O fogo, detido
em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo, vai aos poucos morrendo até
se extinguir de todo, deixando como sinal da avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe
foi seguindo os velozes passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas
perspectivas. É cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou
por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca vistos. Entra tudo
num trabalho íntimo de espantosa atividade. Transborda a vida.
TAUNAY, A. Inocência. São Paulo: Ática, 1993 (adaptado).
O romance romântico teve fundamental importância na formação da ideia de nação.
Considerando o trecho acima, é possível reconhecer que uma das principais e permanentes
contribuições do Romantismo para construção da identidade da nação é a
(A) possibilidade de apresentar uma dimensão desconhecida da natureza nacional, marcada pelo
subdesenvolvimento e pela falta de perspectiva de renovação.
(B) consciência da exploração da terra pelos colonizadores e pela classe dominante local, o que
coibiu a exploração desenfreada das riquezas naturais do país.
(C) construção, em linguagem simples, realista e documental, sem fantasia ou exaltação, de uma
imagem da terra que revelou o quanto é grandiosa a natureza brasileira.
(D) expansão dos limites geográficos da terra, que promoveu o sentimento de unidade do
território nacional e deu a conhecer os lugares mais distantes do Brasil aos brasileiros.
(E) valorização da vida urbana e do progresso, em detrimento do interior do Brasil, formulando um
conceito de nação centrado nos modelos da nascente burguesia brasileira.
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72. [...] Volta a serenidade ao seio do guerreiro branco, mas todas as vezes que seu olhar pousa
sobre a virgem tabajara, ele sente correr-lhe pelas veias uma onda de ardente chama. Assim
quando a criança imprudente revolve o brasido de intenso fogo, saltam as faúlhas inflamadas que
lhe queimam as faces. [...] Abriram-se os braços do guerreiro adormecido e seus lábios; o nome
da virgem ressoou docemente. A juruti, que divaga pela floresta, ouve o terno arrulho do
companheiro; bate as asas, e voa a conchegar-se ao tépido ninho. Assim a virgem do sertão
aninhou-se nos braços do guerreiro. Quando veio a manhã, ainda achou Iracema ali debruçada
qual borboleta que dormiu no seio do formoso cacto. Em seu lindo semblante acendia o pejo
vivos rubores; e como entre os arrebóis da manhã cintila o primeiro raio do sol, em suas faces
incendidas rutilava o primeiro sorriso da esposa, aurora de fruído amor. [...] As águas do rio
banharam o corpo casto da recente esposa. Tupã já não tinha sua virgem na terra dos tabajaras.
ALENCAR, J. de. Iracema. São Paulo: Núcleo, 1993. p. 39-41.
A partir da leitura do texto acima e considerando o contexto do Romantismo brasileiro, assinale a
afirmativa correta.
(A) Em Iracema, os elementos humanos e naturais não se mesclam. Nas descrições que faz de
Iracema, por exemplo, Alencar evita compará-la a seres da natureza, pois isso seria contrário ao
princípio romântico de valorização de uma natureza pura, não contaminada pela presença
humana.
(B) A adjetivação abundante (“ardente chama”; “intenso fogo”; “tépido ninho”; “vivos rubores”) é
uma importante característica da prosa romântica, mas foi evitada por José de Alencar em seus
romances indianistas.
(C) Como prosa indianista, Iracema serve ao projeto nacionalista da literatura romântica
brasileira, idealizando o indígena e apresentando-o como típico representante desse povo.
(D) Entre as várias manifestações do nacionalismo romântico presentes em Iracema, está o
desejo de mostrar o povo brasileiro como híbrido, constituído pela fusão das raças negra,
indígena e branca.
(E) Como é característico da prosa romântica, não há idealização ou sentimentalismo na narração
da cena, buscando, o autor, a objetividade e o realismo típicos do Romantismo.
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O “Adeus” de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala...
E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”
Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa...
E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”
Passaram tempos... séc’los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse – “Voltarei!... descansa!...”
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”
Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!...
E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”
(CASTRO ALVES, Antonio Frederico. Espumas flutuantes. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005. p. 51.)
Castro Alves foi um dos mais importantes poetas brasileiros do século XIX, e sua obra se
enquadra na estética literária romântica. Neste poema, podemos afirmar, por suas características,
que
(A) está presente uma visão erotizada do amor e da mulher.
(B) apresenta o tom aclamatório típico de seus poemas sobre os escravos.
(C) ele confirma sua inserção na produção em prosa do Romantismo.
(D) ele revela influência do sentimentalismo amoroso do eu lírico.
(E) ele trata do sofrimento amoroso de uma escrava pelo eu lírico.
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74. O espírito nacionalista que acompanhou as reformas políticas por que o Brasil passou nas
primeiras décadas do século XIX colaborou para criar e divulgar uma concepção ufanista da
paisagem nacional e influenciou a literatura romântica, que difundiu a imagem idealizada do país,
“deitado em berço esplêndido”. Nesse contexto, seria correto afirmar que
(A) no Brasil, o Romantismo desenvolveu-se após a República. Na Europa, com o ressuscitar do
passado, o nativismo explorou figuras e cenas medievais; em nosso país, com o indianismo
romanceando as origens nacionais, o mundo indígena foi enfocado com heróis baseados em
personagens reais.
(B) José de Alencar, na prosa, criou uma galeria de heróis indígenas que se submetiam de modo
forçado ao colonizador. Por exemplo, em O Guarani, Peri é forçado a ser escravo de Ceci e,
também obrigado, converte-se ao cristianismo. Em Iracema, a personagem título também é
escravizada pelo branco Martim, entrega que implica sacrifício e abandono de sua tribo de
origem.
(C) Na produção literária indianista, apenas na poesia o índio é elevado à condição de herói e
comporta-se de acordo com os mais nobres princípios da sociedade burguesa (honestidade,
bravura, paixão, humildade, etc.) tão valorizados pelo Romantismo.
(D) Gonçalves Dias, que representa o Indianismo na poesia, propõe a divulgação da imagem do
sertanejo e da natureza do interior do país como elementos definidores da identidade brasileira,
seguindo as ideias dos europeus das missões estrangeiras que vieram para o Brasil.
(E) O guarani e outros romances indianistas, bastante afinados ao gosto popular, colaboraram
para a ampliação do público leitor dos periódicos da época, já que esses textos eram publicados
na forma de folhetins.
75.
Ideias íntimas
Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Pálida sombra de mulher formosa
Entre nuvens azuis pranteia orando.
É um retrato talvez. Naquele seio
Porventura sonhei doiradas noites.
Talvez sonhando desatei sorrindo
Alguma vez nos ombros perfumados
Esses cabelos negros, e em delíquio
Nos lábios dela suspirei tremendo.
foi-se minha visão. E resta agora
Aquela vaga sombra na parede
– Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Como de um sonho o recordar incerto.
(AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de "Idéias Íntimas". In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. Presença da Literatura Brasileira, vol.II,
São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968, p. 26).
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Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única alternativa correta.
(A) A realidade torna-se o único espaço da poesia lírica romântica, gênero privilegiado dentro
desse movimento. Assim, considerando esse aspecto temático do poema, pode-se vinculá-lo ao
primeiro momento da poesia romântica brasileira.
(B) Trata-se de um poema pertencente à segunda fase poética do Romantismo, o que se pode
perceber pela figura de mulher inacessível, virginal e erotizada: “É um retrato talvez. Naquele seio
/Porventura sonhei doiradas noites”.
(C) Trata-se de um poema pertencente à terceira fase do Romantismo, na qual prevalece a
poesia de cunho social, caracterizada pelo uso de linguagem inflamada e grandiloquente.
(D) Pela caracterização da cena, percebe-se claramente que o poema pertence à terceira
geração romântica de poetas brasileiros, que buscavam na morte a solução para o sistema
escravocrata em que viviam.
(E) Trata-se de um poema pertencente à primeira fase do Romantismo, o que se pode perceber
pelas referências à natureza brasileira ("azul primavera", "brisas de amor", "tua flor").
76. Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam
unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o
mesmo estalão.
Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes
certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço
que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho:
(A) representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata
seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma
de ascensão social.
(B) mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor
tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em
que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
(C) é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus
pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio
monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
(D) denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as
pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e o interesse com que elas se estabelecem,
como a relação entre Aurélia e Seixas.
(E) tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como
forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional
como os valores da vida urbana.
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77. O gênero "romance" surgiu no Brasil durante o Romantismo e moldou-se segundo os gostos e
preferências da burguesia em ascensão. Com uma temática diversificada, logo tornou-se o tipo
de leitura mais acessível a essa nova classe social. Em meio a encontros e desencontros dos
protagonistas, os leitores são incorporados ao texto e se divertem com o retrato de seus valores e
costumes. Pode-se dizer sobre essa produção literária brasileira que
(A) as obras românticas conhecidas como romances de "folhetins" caracterizaram-se pelo tom
realista e objetivo, pela presença de elementos pitorescos e pela profundidade de seus conflitos.
(B) as narrativas ambientadas na cidade foram rotuladas como "romances regionalistas", sendo
conhecidas como obras de "perfis femininos", como Iracema.
(C) há uma unidade no projeto literário da prosa romântica, que é apresentar o elemento nacional,
ora baseado no índio, ora no homem do interior, no sertanejo.
(D) o romance "indianista" enfatizou nossa "cor local" ao retratar as lendas, os costumes e a
linguagem do sertanejo brasileiro, acentuando ainda mais o cunho nacionalista do Romantismo.
(E) a narrativa romântica de caráter "indianista" tematizou, de forma idealizada, a vida e os
costumes do "brasileiro" do interior.
78. Era a sobrinha de Dona Maria já muito desenvolvida, porém que, tendo perdido as graças de
menina, ainda não tinha adquirido a beleza de moça: era alta, magra, pálida; andava com o
queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto; tinha os braços
finos e compridos; o cabelo, cortado, dava-lhe apenas até o pescoço, e como andava mal
penteada e trazia a cabeça sempre baixa, uma grande porção lhe caía sobre a testa e olhos,
como uma viseira.
O trecho acima é do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de
Almeida. Dele pode afirmar-se que:
(A) confirma o padrão romântico da descrição e das características da personagem feminina,
representada nesta obra por Luisinha.
(B) exemplifica a afirmação de que o referido romance estava em descompasso com os padrões
e o tom do Romantismo.
(C) não fere o estilo romântico de descrever suas heroínas que, no caso deste romance, é
Luisinha.
(D) justifica, dentro do Romantismo, a caracterização sempre idealizada do perfil feminino de
suas personagens.
(E) insere-se na estética romântica, apesar das características negativas da personagem, que
fazem dela legítima representante da estética da malandragem.
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79. A revolução industrial promoveu transformações profundas em todos os aspectos da vida na
Europa. O Realismo surgiu como uma estética cujo objetivo era analisar e criticar essa nova
sociedade sem o subjetivismo e a emoção que haviam caracterizado o Romantismo. Sobre essa
estética literária, é possível afirmar que
(A) houve uma grande mudança nos meio de circulação das obras realistas, já que o folhetim
deixa de ser seu principal meio de divulgação, ao contrário do que acontecia no Romantismo.
(B) as narrativas realistas são objetivas e absolutamente isentas de juízos de valor; o narrador em
hipótese alguma tenta conduzir o olhar do leitor às interpretações desejadas.
(C) não havia o intuito de analisar e denunciar as mazelas da sociedade, já que e os romances
realistas se propunham apenas a entreter a classe burguesa.
(D) as tradicionais histórias de amor não são substituídas, uma vez que elas tinham boa
aceitação entre o público leitor da época, ávido por finais felizes, como sempre ocorria no
Romantismo.
(E) para compreender a sociedade, os autores realistas analisavam os comportamentos e as
motivações das personagens, relacionando-os ao contexto e aos problemas da época.
80. Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Tinha uma asa de frango no prato, e
tricava-a com filosófica serenidade. Eu fiz-lhe ainda algumas subjeções, mas tão frouxas, que ele
não gastou muito tempo em destruí-las.
- Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio
universal, repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma calamidade, é
uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas; a fome (e
ele chupava filosoficamente a asa do frango), a fome é uma prova a que Humanitas submete a
própria víscera. Mas eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema, senão este
mesmo frango. Nutriu-se de milho, que foi plantado por um africano, suponhamos, importado de
Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio construído de
madeira cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens
teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu
almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executadas com o
único fim de dar mate ao meu apetite.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.
A filosofia de Quincas Borba - a Humanitas - contém princípios que, conforme a explanação do
personagem, consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de
(A) erradicar a desigualdade social.
(B) lutar pelo bem da coletividade.
(C) minimizar as diferenças individuais.
(D) atender a interesses pessoais.
(E) estabelecer vínculos sociais profundos.
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INGLÊS
A Tall Order
The Sky isn’t the limit for an architect building the
world’s first invisible skyscraper.
Charles Wee, one of the world’s leading high-rise architects, has a confession to make:
he’s bored with skyscrapers. After designing more than 20, most of which punctuate the skylines
of rapidly expanding Asian cities, he ___ struck upon a novel concept: the first invisible
skyscraper.
As the tallest structure in South Korea, his infinity Tower will loom over Seoul until
somebody pushes a button and it completely disappears.
When he entered a 2004 competition to design a landmark tower, the korean-American
architect rejected the notion of competing with Dubai, Toronto, and Shanghai to reach the summit
of man-made summits. “I thought, let’s not jump into this stupid race to build another ‘tallest’
tower,” he says in a phone conversation. “Let’s take an opposite approach – let’s make an antitower.”
The result will be a 150-story building that fades from view at the flick of a switch. The
tower will effectively function as an enormous television screen, being able to project an exact
replica of whatever is happening behind it onto its façade. To the human eye, the building will
appear to have melted away.
It will be the most extraordinary achievement of Wee’s stellar architectural career. After
graduating from UCLA, he worked under Anthony Lumsden, a prolific Californian architect who
helped devise the modern technique of wrapping buildings inside smooth glass skins.
81. Assinale a alternativa que completa o gap da linha 3 para formar o Present Perfect tense.
(A) have
(B) had
(C) did
(D) has
(E) does
82. No título e no subtítulo desse texto, as expressões A Tall Order e The Sky isn’t the limit são
usadas para apresentar uma matéria cujo tema é:
(A) Confissões de um arquiteto que busca se destacar na construção de arranha-céus.
(B) Técnicas a serem estabelecidas para a construção de edifícios altos na Califórnia.
(C) Inovações tecnológicas usadas para construção de um novo arranha-céu em Seul.
(D) Competição entre arquitetos para a construção do edifício mais alto do mundo.
(E) Construção de altas torres de apartamentos nas grandes metrópoles da Ásia.
83. Marque a alternativa que corresponde a forma da frase da linha 16 na forma negativa.
(A) It wasn’t the most extraordinary achievemen t of Wee’s stellar architectural career.
(B) It will not the most extraordinary achievement of Wee’s stellar architectural career.
(C) It wouldn’t be the most extraordinary achievement of Wee’s stellar architectural career.
(D) It won’t the most extraordinary achievment of Wee’s stellar architectural career.
(E) It won’t be the most extraordinary achievement of Wee’s stellar architectural career.
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84. Assinale a opção na qual a forma ing forma um substantivo.
(A) designing (linha 2)
(B) building (linha 14)
(C) expanding (linha 3)
(D) graduating (linha 17)
(E) wrapping (linha 18)
The Road Not Taken (by Robert Frost)
Two roads diverged in a wood, and I –
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.
85. Estes são os versos finais do famoso poema The Road Not Taken, do poeta americano
Robert Frost. Levando-se em consideração que a vida é comumente metaforizada como uma
viagem, esses versos indicam que o autor
(A) lamenta por ter sido um viajante que encontrou muitas bifurcações.
(B) viaja muito pouco e que essa escolha fez toda a diferença em sua vida.
(C) festeja o fato de ter sido ousado na escolha que fez em sua vida.
(D) reconhece que as dificuldades em sua vida foram todas superadas.
(E) percorre várias estradas durante as diferentes fases de sua vida.
86. Assinale a versão da frase sublinhada do poema no Simple Present tense.
(A) And that makes all the difference.
(B) And that had made all the difference.
(C) And that will make all the difference.
(D) And that would make all the difference.
(E) And that was making all the difference.
If you Can’t Master English, Try Globish
PARIS – It happens all the time: during an airport delay the man to the left, a Korean
perhaps, starts talking to the man opposite, who might be Colombian, and soon they are chatting
away in what seems to be English. But the native English speaker sitting between them cannot
understand a word.
They don’t know it, but the Korean and the Colombian are speaking Globish, the latest
addition to the 6,800 languages that are said to be spoken across the world. Not that its inventor,
Jean-Paul Nerrière, considers it a proper language.
“It is not a language, it is a tool,” he says. “A language is the vehicle of a culture. Globish
doesn’t want to be that at all. It is a means of communication.”
Nerrière ____ see Globish in the same light as utopian efforts such as Kosmos, Volapuk,
Novial or staunch Esperanto. Nor should it be confused with barbaric Algol (for Algorithmic
language). It is a sort of English lite: a means of simplifying the language and giving it rules so it
can be understood by all.
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87. Considerando as ideias apresentadas no texto, o Globish (Global English) é uma variedade da
língua inglesa que
(A) facilita o entendimento entre o falante nativo e o não nativo.
(B) apresenta padrões da fala idênticos aos da variedade usada pelos falantes nativos.
(C) altera a estrutura do idioma para possibilitar a comunicação internacional.
(D) tem status de língua por refletir uma cultura global.
(E) tem as mesmas características de projetos utópicos como o esperanto.
88. Marque a alternativa que completa o gap da linha 10 no Simple Present tense.
(A) doesn’t
(B) didn’t
(C) haven’t
(D) hadn’t
(E) won’t
89. A quem se refere o pronome them (linha 3)?
(A) Ao coreano e o colombiano.
(B) Ao falante de inglês e o coreano.
(C) Ao inventor do Globish e o coreano.
(D) Ao colombiano e o francês.
(E) Ao coreano e o francês.
90. Marque a melhor tradução para a expressão chatting away (linhas 2-3).
(A) discutindo agressivamente
(B) conversando sobre coisas banais
(C) cantando alegremente
(D) asssitindo a um programa de TV
(E) escutando notícias no rádio
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ESPANHOL
Texto 1
Mi perra es una ‘friki’
Tengo una perra un poco friki. La recogí de una estupenda asociación animalista, ANAA, hace
tres o cuatro meses. Tiene unos dos años, pesa veinticinco kilos y es blanca y negra como una
ternera. Buenísima y muda: jamás ha dicho ni palabra, o sea, ni guau. Se ve que, si ladraba, la
zurraban. No sé qué pasado lleva mi pobre Carlota a sus espaldas, pero, a juzgar por su
comportamiento, ha debido de ser espeluznante. Al principio ni siquiera permitía que te acercaras
a ella.
Enseguida agachaba las orejas y se escondía en el rincón más remoto de la casa.
Con los días, claro, las cosas han ido a mucho mejor. Ahora no sólo se deja acariciar, sino que,
además, cuando llegas a casa suele asomar tímidamente la cabeza como pidiendo que la sobes
un poco. Ya no se pasa la vida dando respingos ni se levanta de un asustado brinco cuando
pasas junto a ella por casualidad. Duerme en su colchoneta perruna (antes no se atrevía a
utilizarla) y en más de una ocasión hasta me ha lamido” una mano.
Cosa que, como saben bien los amantes de perros, viene a ser como darte un beso. Húmedo y
rasposo y un poco asquerosito, pero beso al fin en toda su significación afectuosa.
De modo que, como digo, ha mejorado bastante.
Pero resulta que, cuando nos las prometemos más felices, cuando estamos tan tranquilas y tan
amigas, de repente Carlota se frikea y vuelve a las andadas asustadizas. Por ejemplo:
regresamos de la salida nocturna y reparto golosinas, un ritual que los perros, tan amantes de lo
rutinario, nunca perdonan. Y así, le doy una galleta a mi vieja Bruna, una teckel redonda como
una albóndiga peluda, que la devora con un raudo golpe de quijada; y luego me dispongo a darle
la suya a Carlota, como cada noche, cuando de pronto, sin razón aparente, la pobre arría las
orejas, mete la cola entre las piernas y sale pitando aterrorizada, como si en vez de estarle
regalando su biscote de siempre le hubiera ofrecido polonio 210. Y ya hemos fastidiado por un
montón de días el momento galleta: ahora Carlota tendrá su pequeño ataque de pánico cada vez
que intente acercarme a ella con una golosina en la mano. Hasta volver a ganar la suficiente
confianza como para coger la comida de mis dedos pueden pasar semanas.
[- uesc.br/vestibular]
81. Se puede resumir el texto afirmando que la autora:
(A) defiende los derechos de los animales.
(B) explica cómo cuidar a un perro dentro de la casa.
(C) cuenta cómo llegó a querer a un animal abandonado.
(D) describe el extraño comportamiento de una perra.
(E) rechaza ciertas prácticas en el adiestramiento de perros.
82. El texto dice que la perra de la autora:
(A) fue encontrada en la calle.
(B) es mansa y cariñosa.
(C) probablemente fue maltratada.
(D) se comporta de forma un poco agresiva.
(E) es inquieta y ladra mucho.
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83. Se deduce del texto que:
(A) la autora se siente culpable por darle golosinas a Carlota.
(B) la perra Carlota es muy malcriada.
(C) los perros no le gustan a la autora de ninguna manera.
(D) la perra del texto no tiene una alimentación adecuada.
(E) la perra se queda sin la compañía de otra persona cuando la autora sale.
84. Sobre el comportamiento de Carlota, la perra de la autora, afirma el texto que:
(A) fue un animal un poco imprevisible y nervioso desde el principio.
(B) tardó un buen tiempo en confiar en su nueva dueña.
(C) ladraba cuando le daba una galleta.
(D) muerde a veces sin motivo.
(E) busca el cariño de la gente desde el primer día.
85. Se explica adecuadamente el significado de la palabra o expresión del texto en la alternativa:
(A) “espaldas” — parte delantera del cuerpo.
(B) “acercaras” — el verbo acercar significa alejarse.
(C) “brinco” — salto.
(D) “arría las orejas” — agita las orejas.
(E) “sale pitando” — saluda alegremente.
86. Se clasifica correctamente por su clase la palabra del texto en la alternativa:
(A) “Pero” — conjunción.
(B) “mucho” — adjetivo.
(C) “ni” — preposición.
(D) “sé” — pronombre personal.
(E) “Buenísima” — adverbio.
Texto 2
El Tango
Ya sea como danza, música, poesía o cabal expresión de una filosofía de vida, el tango posee
una larga y valiosa trayectoria, jalonada de encuentros y desencuentros, amores y odios, nacida
desde lo más hondo de la historia argentina.
El nuevo ambiente es el cabaret, su nuevo culto a la clase media porteña, que ameniza sus
momentos de diversión con nuevas composiciones sustituyendo el carácter malevo del tango
primitivo por una nueva poesía más acorde con las concepciones estéticas provenientes de
Londres y París.
Ya en la década del ‘20 el tango se anima incluso a traspasar las fronteras del país, recalando en
lujosos salones parisinos donde es aclamado por públicos selectos que adhieren entusiastas a la
sensualidad del nuevo baile.
Ya no es privativo de los bajos fondos porteños; ahora se escucha y se baila en salones
elegantes, clubs y casas particulares.
El tango revive con juveniles fuerzas en ajironadas versiones de grupos rockeros, presentaciones
en elegantes reductos de San Telmo, Barracas y La Boca y películas foráneas que lo divulgan por
el mundo entero.
[De: inep.gov.br - elpolvorin.over-blog.es]
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87. Sabendo-se que a produção cultural de um país pode influenciar, retratar ou, inclusive, ser
reflexo de acontecimentos de sua história, o tango, dentro do contexto histórico argentino, é
conhecido por:
(A) Manter-se inalterado ao longo de sua história no país.
(B) Influenciar os subúrbios, sem chegar a outras regiões.
(C) Sobreviver e se difundir, ultrapassando as fronteiras do país.
(D) Manifestar seu valor primitivo nas diferentes camadas sociais.
(E) Ignorar a influência de países europeus, como Inglaterra e França.
Texto 3
Es posible reducir la basura
En México se producen más de 10 millones de m3 de basura mensualmente, depositados en más
de 50 mil tiraderos de basura legales y clandestinos, que afectan de manera directa nuestra
calidad de vida, pues nuestros recursos naturales son utilizados desproporcionalmente, como
materias primas que luego desechamos y tiramos convirtiéndolos en materiales inútiles y focos
de infección.
Todo aquello que compramos y consumimos tiene una relación directa con lo que tiramos.
Consumiendo racionalmente, evitando el derroche y usando ´solo lo indispensable, directamente
colaboramos con el cuidado del ambiente.
Si la basura se compone de varios desperdicios y si como desperdicios no fueron basura, si los
separamos adecuadamente, podremos controlarlos y evitar posteriores problemas. Reciclar se
traduce en importantes ahorros de energía, ahorro de agua potable, ahorro de materias primas,
menor impacto en los ecosistemas y sus recursos naturales y ahorro de tiempo, dinero y
esfuerzo.
Es necesario saber para empezar a actuar…
Disponível em: http://www.tododecarton.com. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
88. A partir do que se afirma no último parágrafo: “Es necesario saber para empezar a actuar...”,
pode-se constatar que o texto foi escrito com a intenção de:
(A) informar o leitor a respeito da importância da reciclagem para a conservação do meio
ambiente.
(B) Indicar os cuidados que se deve ter para não consumir alimentos que podem ser focos de
infecção.
(C) denunciar o quanto o consumismo é nocivo, pois é o gerador dos dejetos produzidos no
México.
(D) ensinar como economizar tempo, dinheiro e esforço a partir dos 50 mil depósitos de lixo
legalizados.
(E) alertar a população mexicana para os perigos causados pelos consumidores de matéria
prima reciclável.
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Texto 4
Observe a tirinha a seguir e responda às questões 89 e 90.
(Disponívelem:<http://2.bp.blogspot.com/qrvGMzK4ZJQ/TI5rajXjMkI/AAAAAAAAABM/P1s1vMAtR8/s1600/Miguelitoy
Mafalda.jpg>.Acesso em: 30.jun.2011.)
89. Com relação ao exposto na tirinha, é correto afirmar:
(A) Miguelito interpreta literalmente a mensagem expressa por Mafalda.
(B) A atitude de Miguelito é compatível com o objetivo de Mafalda em sua sugestão.
(C) A fala de Mafalda é uma analogia à falta de tempo dos adultos para atender as crianças.
(D) A personificação do livro sugerida por Mafalda é uma alusão à imaginação da criança.
(E) A reação de Mafalda expressa a falta de compreensão sobre a mensagem recebida.
90. Segundo a tirinha, é correto afirmar:
(A) Há uma crítica à educação por não fomentar a leitura na infância.
(B) Há a constatação de que a leitura pode ser uma boa opção quando não se têm amigos para
brincar.
(C) As crianças estão ficando mais tempo sozinhas devido ao trabalho dos pais.
(D) As crianças consideram a leitura um tédio porque as impede de brincar.
(E) Independentemente do livro, a leitura é o melhor amigo para as crianças.
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20
CIÊNCIAS DA MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
91. Um cliente de uma videolocadora tem o hábito de alugar dois filmes por vez. Quando os
devolve, sempre pega outros dois filmes e assim sucessivamente. Ele soube que a videolocadora
recebeu alguns lançamentos, sendo 8 filmes de ação, 5 de comédia e 3 de drama e, por isso,
estabeleceu uma estratégia para ver todos esses 16 lançamentos. Inicialmente alugará, em cada
vez, um filme de ação e um de comédia. Quando se esgotarem as possibilidades de comédia, o
cliente alugará um filme de ação e um de drama, até que todos os lançamentos sejam vistos e
sem que nenhum filme seja repetido. De quantas formas distintas a estratégia desse cliente
poderá ser posta em prática?
(A) 20  8! (3!)2
(B) 8! 5! 3!
(C)
(D)
(E)
8! 5! 3!
28
8! 5! 3!
22
16!
28
92.
Um carpinteiro fabrica portas retangulares maciças, feitas de um mesmo material. Por ter
recebido de seus clientes pedidos de portas mais altas, aumentou sua altura em
1
, preservando
8
suas espessuras. A fim de manter o custo com o material de cada porta, precisou reduzir a
largura. A razão entre a largura da nova porta e a largura da porta anterior é
(A)
1
8
(B)
7
8
(C)
(D)
(E)
8
7
8
9
9
8
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21
93. Uma lata de tinta, com a forma de um paralelepípedo retangular reto, tem as dimensões, em
centímetros, mostradas na figura. Será produzida uma nova lata, com os mesmos formato e
volume, de tal modo que as dimensões de sua base sejam 25% maiores que as da lata atual.
Para obter a altura da nova lata, a altura da lata atual deve ser reduzida em
(A) 14,4%
(B) 20%
(C) 32,0%
(D) 36,0%
(E) 64,0%
94. Na alimentação de gado de corte, o processo de cortar a forragem, colocá-la no solo,
compactá-la e protegê-la com uma vedação denomina-se silagem. Os silos mais comuns são os
horizontais, cuja forma é a de um prisma reto trapezoidal, conforme mostrado na figura.
Considere um silo de 2m de altura, 6m de largura de topo e 20m de comprimento. Para cada
metro de altura do silo, a largura do topo tem 0,5m a mais do que a largura do fundo. Após a
silagem, 1 tonelada de forragem ocupa 2m3 desse tipo de silo. Após a silagem, a quantidade
máxima de forragem que cabe no silo, em toneladas, é
(A) 110.
(B) 125.
(C) 130.
(D) 220.
(E) 260.
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95. Uma criança deseja criar triângulos utilizando palitos de fósforo de mesmo comprimento.
Cada triângulo será construído com exatamente 17 palitos e pelo menos um dos lados do
triângulo deve ter o comprimento de exatamente 6 palitos. A figura ilustra um triângulo construído
com essas características. A quantidade máxima de triângulos não congruentes dois a dois que
podem ser construídos é
(A) 3.
(B) 5.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 10.
96. Para um principiante em corrida, foi estipulado o seguinte plano de treinamento diário: correr
300 metros no primeiro dia e aumentar 200 metros por dia, a partir do segundo. Para contabilizar
seu rendimento, ele utilizará um chip, preso ao seu tênis, para medir a distância percorrida nos
treinos. Considere que esse chip armazene, em sua memória, no máximo 9,5 km de
corrida/caminhada, devendo ser colocado no momento do início do treino e descartado após
esgotar o espaço para reserva de dados.
Se esse atleta utilizar o chip desde o primeiro dia de treinamento, por quantos dias consecutivos
esse chip poderá armazenar a quilometragem desse plano de treino diário?
(A) 7
(B) 8
(C) 9
(D) 12
(E) 13
97. As projeções para a produção de arroz no período de 2012–2021, em uma determinada
região produtora, apontam para uma perspectiva de crescimento constante da produção anual. O
quadro apresenta a quantidade de arroz, em toneladas, que será produzida nos primeiros anos
desse período, de acordo com essa projeção.
A quantidade total de arroz, em toneladas, que deverá
ser produzida no período de 2012 a 2021 será de
(A) 497,25.
(B) 500,85.
(C) 502,87.
(D) 558,75.
(E) 563,25.
Ano
2012
2013
2014
2015
Projeção da produção (t)
50,25
51,50
52,75
54,00
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98. Na aferição de um novo semáforo, os tempos são ajustados de modo que, em cada ciclo
completo (verde-amarelo-vermelho), a luz amarela permaneça acesa por 5 segundos, e o tempo
em que a luz verde permaneça acesa igual a
2
3
do tempo em que a luz vermelha fique acesa. A
luz verde fica acesa, em cada ciclo, durante X segundos e cada ciclo dura Y segundos.
Qual a expressão que representa a relação entre X e Y?
(A) 5X – 3Y + 15 = 0
(B) 5X – 2Y + 10 = 0
(C) 3X – 3Y + 15 = 0
(D) 3X – 2Y + 15 = 0
(E) 3X – 2Y + 10 = 0
99. Um artesão de joias tem a sua disposição pedras brasileiras de três cores: vermelhas, azuis
e verdes. Ele pretende produzir joias constituídas por uma liga metálica, a partir de um molde no
formato de um losango não quadrado com pedras nos seus vértices, de modo que dois vértices
consecutivos tenham sempre pedras de cores diferentes. A figura ilustra uma joia, produzida por
esse artesão, cujos vértices A, B, C e D correspondem às posições ocupadas pelas pedras. Com
base nas informações fornecidas, quantas joias diferentes, nesse formato, o artesão poderá
obter?
(A) 6
(B) 12
(C) 18
(D) 24
(E) 36
100. Um banco solicitou aos seus clientes a criação de uma senha pessoal de seis dígitos,
formada somente por algarismos de 0 a 9, para acesso à conta-corrente pela internet.
Entretanto, um especialista em sistemas de segurança eletrônica recomendou à direção do banco
recadastrar seus usuários, solicitando, para cada um deles, a criação de uma nova senha com
seis dígitos, permitindo agora o uso das 26 letras do alfabeto, além dos algarismos de 0 a 9.
Nesse novo sistema, cada letra maiúscula era considerada distinta de sua versão minúscula.
Além disso, era proibido o uso de outros tipos de caracteres.
Uma forma de avaliar uma alteração no sistema de senhas é a verificação do coeficiente de
melhora, que é a razão do novo número de possibilidades de senhas em relação ao antigo.
O coeficiente de melhora da alteração recomendada é
(A)
(B)
(C)
626
106
62!
10!
62! 4!
10! 56!
(D) 62!  10!
(E) 626  106
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CSP 2º DIA - 2ª série
24
101.
Um programa de edição de imagens possibilita transformar figuras em outras mais
complexas. Deseja-se construir uma nova figura a partir da original. A nova figura deve
apresentar simetria em relação ao ponto O.
A imagem que representa a nova figura é:
(A)
(C)
(B)
(D)
(E)
102. O símbolo internacional de acesso, mostrado na figura, anuncia local acessível para o
portador de necessidades especiais. Na concepção desse símbolo, foram empregados elementos
gráficos geométricos elementares. Os elementos geométricos que constituem os contornos das
partes claras da figura são
(A) retas e círculos.
(B) retas e circunferências.
(C) arcos de circunferências e retas.
(D) coroas circulares e segmentos de retas.
(E) arcos de circunferências e segmentos de retas.
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103. O dono de um sítio pretende colocar uma haste de sustentação para melhor firmar dois
postes de comprimentos iguais a 6m e 4m. A figura representa a situação real na qual os postes
são descritos pelos segmentos AC e BD e a haste é representada pelo EF, todos perpendiculares
ao solo, que é indicado pelo segmento de reta AB. Os segmentos AD e BC representam cabos de
aço que serão instalados. Qual deve ser o valor do comprimento da haste EF?
(A) 1m
(B) 2 m
(C) 2,4 m
(D) 3 m
(E) 2 6 m
104. O proprietário de um terreno retangular medindo 10 m por 31,5 m deseja instalar lâmpadas
nos pontos C e D, conforme ilustrado na figura. Cada lâmpada ilumina uma região circular de 5 m
de raio. Os segmentos AC e BD medem 2,5 m. O valor em m2 mais aproximado da área do
terreno iluminada pelas lâmpadas é
(Aproxime 3 para 1,7 e π para 3.)
(A) 30.
(B) 34.
(C) 50.
(D) 61.
(E) 69.
105. A cerâmica constitui-se em um artefato bastante presente na história da humanidade. Uma
de suas várias propriedades é a retração (contração), que consiste na evaporação da água
existente em um conjunto ou bloco cerâmico quando submetido a uma determinada temperatura
elevada. Essa elevação de temperatura, que ocorre durante o processo de cozimento, causa uma
redução de até 20% nas dimensões lineares de uma peça. Suponha que uma peça, quando
moldada em argila, possuía uma base retangular cujos lados mediam 30 cm e 15 cm. Após o
cozimento, esses lados foram reduzidos em 20%.
Em relação à área original, a área da base dessa peça, após o cozimento, ficou reduzida em
(A) 4%.
(B) 20%.
(C) 36%.
(D) 64%.
(E) 96%.
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106.
Uma fábrica de fórmicas produz placas quadradas de lados de medida igual a y
centímetros. Essas placas são vendidas em caixas com N unidades e, na caixa, é especificada a
área máxima S que pode ser coberta pelas N placas.
Devido a uma demanda do mercado por placas maiores, a fábrica triplicou a medida dos lados de
suas placas e conseguiu reuni-las em uma nova caixa, de tal forma que a área coberta S não
fosse alterada.
A quantidade X, de placas do novo modelo, em cada nova caixa será igual a:
(A)
N
9
(B)
N
6
(C)
N
3
(D) 3N
(E) 9N
107. Jogar baralho é uma atividade que estimula o raciocínio. Um jogo tradicional é a Paciência,
que utiliza 52 cartas. Inicialmente são formadas sete colunas com as cartas. A primeira coluna
tem uma carta, a segunda tem duas cartas, a terceira tem três cartas, a quarta tem quatro cartas,
e assim sucessivamente até a sétima coluna, a qual tem sete cartas, e o que sobra forma o
monte, que são as cartas não utilizadas nas colunas.
A quantidade de cartas que forma o monte é
(A) 21.
(B) 24.
(C) 26.
(D) 28.
(E) 31.
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108. O abandono escolar no ensino médio é um dos principais problemas da educação no
Brasil. Reduzir as taxas de abandono tem sido uma tarefa que exige persistência e ações
continuadas dos organismos responsáveis pela educação no país.
O gráfico apresentado a seguir mostra as taxas percentuais de abandono no ensino médio, para
todo o país, no período de 2007 a 2010, em que se percebe uma queda a partir de 2008. Com o
objetivo de reduzir de forma mais acentuada a evasão escolar são investidos mais recursos e
intensificadas as ações, para se chegar a uma taxa em torno de 5,2% ao final do ano de 2013.
Qual a taxa de redução anual que deve ser obtida para que se chegue ao patamar desejado para
o final de 2013? Considere (0,8)3  0,51.
(A) 10%
(B) 20%
(C) 41%
(D) 49%
(E) 51%
109. Uma maneira muito útil de se criar belas figuras decorativas utilizando a matemática é pelo
processo de autossemelhança, uma forma de se criar fractais. Informalmente, dizemos que uma
figura é autossemelhante se partes dessa figura são semelhantes à figura vista como um todo.
Um exemplo clássico é o Carpete de Sierpinski, criado por um processo recursivo, descrito a
seguir:
- Passo 1: Considere um quadrado dividido em nove quadrados idênticos (Figura 1). Inicia-se o
processo removendo o quadrado central, restando 8 quadrados pretos (Figura 2).
- Passo 2: Repete-se o processo com cada um dos quadrados restantes, ou seja, divide-se cada
um deles em 9 quadrados idênticos e remove-se o quadrado central de cada um, restando
apenas os quadrados pretos (Figura 3).
- Passo 3: Repete-se o passo 2.
Admita que esse processo seja executado 3 vezes, ou seja, divide-se cada um dos quadrados
pretos da Figura 3 em 9 quadrados idênticos e remove-se o quadrado central de cada um deles.
O número de quadrados pretos restantes nesse momento é
(A) 64.
(B) 512.
(C) 568.
(D) 576.
(E) 648.
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110. Um aluno registrou as notas bimestrais de algumas de suas disciplinas numa tabela. Ele
observou que as entradas numéricas da tabela formavam uma matriz 4x4, e que poderia calcular
as medias anuais dessas disciplinas usando produto de matrizes. Todas as provas possuíam o
mesmo peso, e a tabela que ele conseguiu é mostrada a seguir.
1º
bimestre
Matemática 5,9
Português
6,6
Geografia
8,6
História
6,2
2º
bimestre
6,2
7,1
6,8
5,6
3º
bimestre
4,5
6,5
7,8
5,9
4º
bimestre
5,5
8,4
9,0
7,7
Para obter essas médias, ele multiplicou a matriz obtida a partir da tabela por
1 1 1 1
(A) 

2 2 2 2
(D)
 1
2
 
 1
2
 
 1
2
 1
 
2
1 1 1 1
(B) 

4 4 4 4
(E)
(C)
1
1
 
1
 
1
 1
4
 
 1
4
 
 1
4
 1
 
4
111. O diretor de uma escola convidou os 280 alunos de terceiro ano a participarem de uma
brincadeira. Suponha que existem 5 objetos e 6 personagens numa casa de 9 cômodos; um dos
personagens esconde um dos objetos em um dos cômodos da casa. O objetivo da brincadeira é
adivinhar qual objeto foi escondido por qual personagem e em qual cômodo da casa o objeto foi
escondido.
Todos os alunos decidiram participar. A cada vez um aluno é sorteado e dá a sua resposta. As
respostas devem ser sempre distintas das anteriores, e um mesmo aluno não pode ser sorteado
mais de uma vez. Se a resposta do aluno estiver correta, ele é declarado vencedor e a
brincadeira é encerrada.
O diretor sabe que algum aluno acertará a resposta porque há
(A) 10 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
(B) 20 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
(C) 119 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
(D) 260 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
(E) 270 alunos a mais do que possíveis respostas distintas.
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112. O designer português Miguel Neiva criou um sistema de símbolos que permite que pessoas
daltônicas identifiquem cores. O sistema consiste na utilização de símbolos que identificam as
cores primárias (azul, amarelo e vermelho). Além disso, a justaposição de dois desses símbolos
permite identificar cores secundárias (como o verde, que é o amarelo combinado com o azul). O
preto e o branco são identificados por pequenos quadrados: o que simboliza o preto é cheio,
enquanto o que simboliza o branco é vazio. Os símbolos que representam preto e branco também
podem ser associados aos símbolos que identificam cores, significando se estas são claras ou
escuras. De acordo com o texto, quantas cores podem ser representadas pelo sistema proposto?
(A) 14
(B) 18
(C) 20
(D) 21
(E) 23
113. Em um terreno, deseja-se instalar uma piscina com formato de um bloco retangular de
altura 1 m e base de dimensões 20m  10m. Nas faces laterais e no fundo desta piscina será
aplicado um líquido para a impermeabilização. Esse líquido deve ser aplicado na razão de 1 L
para cada 1 m2 de área a ser impermeabilizada. O fornecedor A vende cada lata de
impermeabilizante de 10 L por R$ 100,00, e o B vende cada lata de 15 L por R$ 145,00.
Determine a quantidade de latas de impermeabilizante que deve ser comprada e o fornecedor a
ser escolhido, de modo a se obter o menor custo.
(A) Fabricante A, 26 latas.
(B) Fabricante A, 46 latas.
(C) Fabricante B, 17 latas.
(D) Fabricante B, 18 latas.
(E) Fabricante B, 31 latas.
114.
Alguns objetos, durante a sua fabricação, necessitam passar por um processo de
resfriamento. Para que isso ocorra, uma fábrica utiliza um tanque de resfriamento, como
mostrado na figura.
O que aconteceria com o nível da água se colocássemos no
tanque um objeto cujo volume fosse de 2 400 cm 3?
(A) O nível subiria 0,2 cm, fazendo a água ficar com 20,2 cm
de altura.
(B) O nível subiria 1 cm, fazendo a água ficar com 21 cm de
altura.
(C) O nível subiria 2 cm, fazendo a água ficar com 22 cm de
altura.
(D) O nível subiria 8 cm, fazendo a água transbordar.
(E) O nível subiria 20 cm, fazendo a água transbordar.
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115. Em uma aula de matemática, a professora propôs que os alunos construíssem um cubo a
partir da planificação em uma folha de papel, representada na figura a seguir. Após a construção
do cubo, apoiou-se sobre a mesa a face com a letra M.
As faces paralelas deste cubo são representadas pelos pares de letras
(A) E-N, E-M e B-R.
(B) B-N, E-E e M-R.
(C) E-M, B-N e E-R.
(D) B-E, E-R e M-N.
(E) E-N, B-M e E-R.
116. O Museu do Louvre, localizado em Paris, na França, é um dos museus mais visitados do
mundo. Uma de suas atrações é a Pirâmide de Vidro, construída no final da década de 1980. A
seguir tem-se, na Figura 1, uma foto da Pirâmide de Vidro do Louvre e, na Figura 2, uma pirâmide
reta de base quadrada que a ilustra.
Considere os pontos A, B, C, D como na Figura 2. Suponha que alguns reparos devem ser
efetuados na pirâmide. Para isso, uma pessoa fará o seguinte deslocamento: 1) partir do ponto A
e ir até o ponto B. deslocando-se pela aresta AB; 2) ir de B até C, deslocando- se pela aresta que
contém esses dois pontos; 3) ir de C até D, pelo caminho de menor comprimento; 4) deslocar se
de D até B pela aresta que contém esses dois pontos.
Disponível em: http://viagenslacoste.blogspot.com. Acesso em: 29 fev. 2012.
A projeção do trajeto da pessoa no plano da base da pirâmide é melhor representada por
(A)
(B)
(D)
(E)
(C)
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117. Durante seu treinamento, um atleta percorre metade de uma pista circular de raio R,
conforme figura a seguir. A sua largada foi dada na posição representada pela letra L, a chegada
está representada pela letra C e a letra A representa o atleta. O segmento LC é um diâmetro da
circunferência e o centro da circunferência está representado pela letra F.
Sabemos que, em qualquer posição que o atleta esteja na pista, os segmentos LA e AC são
perpendiculares. Seja θ o ângulo que o segmento AF faz com segmento FC.
Quantos graus mede o ângulo θ quando o segmento AC medir R durante a corrida?
(A) 15 graus
(B) 30 graus
(C) 60 graus
(D) 90 graus
(E) 120 graus
118. Vitor deseja revestir uma sala retangular de dimensões 3m  4m, usando um tipo de peça de
cerâmica. Em uma pesquisa inicial, ele selecionou cinco tipos de peças disponíveis, nos
seguintes formatos e dimensões:
- Tipo I: quadrados, com 0,5 m de lado.
- Tipo II: triângulos equiláteros, com 0,5 m de lado.
- Tipo III: retângulos, com dimensões 0,5m  0,6m.
- Tipo IV: triângulos retângulos isósceles, cujos catetos medem 0,5 m.
- Tipo V: quadrados, com 0,6 m de lado.
Analisando a pesquisa, o mestre de obras recomendou que Vítor escolhesse um tipo de piso que
possibilitasse a utilização do menor número de peças e não acarretasse sobreposições ou cortes
nas cerâmicas.
Qual o tipo de piso o mestre de obras recomendou que fosse comprado?
(A) Tipo l.
(B) Tipo II.
(C) Tipo III.
(D) Tipo IV.
(E) Tipo V.
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119. O número mensal de passagens de uma determinada empresa aérea aumentou no ano
passado nas seguintes condições: em janeiro foram vendidas 33 000 passagens; em fevereiro, 34
500; em março, 36 000. Esse padrão de crescimento se mantém para os meses subsequentes.
Quantas passagens foram vendidas por essa empresa em julho do ano passado?
(A) 38 000
(B) 40 500
(C) 41 000
(D) 42 000
(E) 48 000
120. Considere que um professor de arqueologia tenha obtido recursos para visitar 5 museus,
sendo 3 deles no Brasil e 2 fora do país. Ele decidiu restringir sua escolha aos museus nacionais
e internacionais relacionados na tabela a seguir.
Museus nacionais
Masp — São Paulo
MAM — São Paulo
Ipiranga — São Paulo
Imperial — Petrópolis
Museus internacionais
Louvre — Paris
Prado — Madri
British Museum — Londres
Metropolitan — Nova York
De acordo com os recursos obtidos, de quantas maneiras diferentes esse professor pode
escolher os 5 museus para visitar?
(A) 6
(B) 8
(C) 20
(D) 24
(E) 36
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PROPOSTA DE REDAÇÃO
Leia a seguir trechos de artigos sobre o tema e, considerando as posições neles apresentadas,
redija uma dissertação expositiva coerente, sensata e original, expondo seus conhecimentos sobre
o seguinte tema:
A IMPORTÂNCIA DO VOLUNTARIADO PARA A SOCIEDADE ATUAL
TEXTO 1
O estudante André Solnik, que se torna o palhaço Doutor Gravisóles para atender pacientes com câncer.
TEXTO 2
A Lei n.º 71/98 (art. 5º.) afirma que “o Estado reconhece o valor social do voluntariado
como expressão do exercício livre de uma cidadania ativa e solidária e promove e garante a sua
autonomia e pluralismo.” Também será bom não esquecer que há tipos de serviço voluntário que
exigem características e competências pessoais muito específicas. Por tudo isto, e à luz de uma
previsível massificação do voluntariado, deve recordar-se que não é voluntário quem quer, mas
quem pode, isto é, quem tem vocação para tal.
[Disponível em: http://ovelhaperdida.wordpress.com/2007/12/07/o-voluntariado-hoje]
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TEXTO 3
A maratona, quem diria, não é para conseguir um emprego ou uma bolsa de estudos: é
para fazer trabalho voluntário. Se antes bastava querer para doar seu tempo em prol de crianças
pobres, pessoas doentes, deficientes ou das florestas do planeta, hoje não é bem assim.
Organizações não governamentais estão profissionalizando o recrutamento de voluntários,
promovendo seleções e cursos de capacitação que podem durar quase um ano.
Os motivos para a mudança são muitos. A necessidade de preparar o voluntário para lidar
com a metodologia da ONG, com o público atendido e com o ambiente de atuação é um deles.
Outras razões são a tentativa de torná-lo mais comprometido -"um voluntário descompromissado
e despreparado mais atrapalha do que ajuda", dizem alguns, e a inevitabilidade de ter que
selecionar diante de uma procura maior do que a demanda.
[Sílvia Naccache, coordenadora do Centro de Voluntariado de São Paulo]
INSTRUÇÕES: • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A
redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões
terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero,
em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: • tiver até 7 (sete) linhas escritas,
sendo considerada “insuficiente”. • fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo •
apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
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01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
Boa Prova!
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