Apostila 2005s1
Transcrição
Apostila 2005s1
HISTÓRIA DO PORTUGUÊS DO BRASIL* FORMAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA PORTUGUESA: Parte 1. Do Proto-indo-europeu (ao latim e) ao português A descoberta de similaridades entre a maior parte das línguas da Europa e as línguas da Pérsia e da Índia antigas (e modernas) chamou a atenção dos filólogos já no século XVI. Com o surgimento da linguística comparativa, no início do século XIX, a noção de uma origem comum se consolidou. Atualmente, acredita-se que as línguas indo-europeias se originaram de uma língua ancestral comum, que, na falta de um nome melhor, convencionou-se chamar proto-indo-europeu. Supõe-se que essa língua foi falada por um povo que viveu numa região que compreende o que hoje é o extremo oriental da atual Ucrânia e o sudeste da parte europeia da Rússia, entre os mares Negro e Cáspio, num período que vai aproximadamente de 4.000 a.C. a 3.000 a.C. Esse povo teria migrado, em períodos diferentes da sua história, para as regiões onde se originaram as línguas indo-europeias que foram posteriormente documentadas – a maior parte da Europa, e uma região da Ásia que vai da atual Turquia até o Subcontinente Indiano. A maior parte das línguas da Europa se filia a essa família: o português e as outras línguas românicas, descendentes do latim; o inglês, o alemão, e as outras línguas germânicas; as línguas eslavas, como o polonês e o russo; e além delas o grego, o albanês e o armênio. Mas também são línguas indo-europeias a língua falada pelos antigos persas e sua descendente moderna: o fársi, a língua do Irã. Pertencem à mesma família do persa o curdo, o dári e o pashto, estas últimas duas faladas no Afeganistão. Estreitamente parentadas às línguas iranianas são as línguas arianas da Índia: o hindi, o urdu, o bengali e várias outras. Línguas indo-europeias foram faladas em regiões em que hoje são faladas línguas de outras famílias: o hitita, bem como outras línguas aparentadas (as línguas anatólicas), foi falado na maior parte do que hoje é a parte asiática da Turquia, num período que vai de 2.000 a.C. (talvez antes) até o final da Antiguidade (quando primeiro o grego, depois o turco, foram impostos às populações locais). O tocário, ou tocariano, foi falado no que hoje é a região autônoma chinesa de Xinjiang Uigur, até uns 500 da Era Comum. Na região das estepes, numa área que vai do centro da atual Ucrânia até os confins da Mongólia, já foram faladas várias línguas aparentadas com as línguas iranianas. Depois disso, essa região foi invadida por povos falando línguas aparentadas com o turco (que não é indo-europeia), para ser parcialmente reindo-europeizada pelos russos, a partir do século XVI. Apostila elaborada pelo Professor Márcio Renato Guimarães (UFPR/SCHLA/DLLCV) para uso exclusivo na disciplina HL 397 – Língua Portuguesa V – do curso de Letras. Boa parte do material aqui foi copiado de outras obras, casos em que há indicação da fonte. A apostila não resume toda a matéria da disciplina – existe uma bibliografia auxiliar, que aprofunda alguns pontos. Além disso, aquilo que é dito em sala e passado no quadro é considerado matéria dada. Não esqueçam de vir para as aulas com caderno e caneta. * Márcio Renato Guimarães Através da análise comparativa, propostas pelos primeiros linguístas do século XIX, propuseram-se formas reconstruídas de alguns morfemas-raízes na protolíngua, que podem ser vistos em comparação na tabela a seguir. Indo-europeu Sânscrito Grego Germânico Latim Português *kntm *kwis *dekm *gwom *aksis, *aksos *agrós *esti satem kim dáśa gaws áksah ájrah asti hundert (al.) Wer, Was ten (ingl.) Kuh acre ist centum quis decem boues axis ager est cem, cento quem dez boi eixo, axial agr(ícola) é *widhewā vidháva widow uidua viúva *oktāw *iugom *ptēr *matēr astāu yugám píta matār (he)katon tís déka bōs áksōn agrós esti ēítheos (“solteiro”) oktō dugón petēr mētēr acht Joch Vater Mutter octō iugum pater mater oito jugo padre, pai madre, mãe - o asterisco antes das formas do indo-europeu indica que a forma é reconstituída e não é documentada; o mácron em cima de uma vogal (ā, ē , ō) indica que ela é longa; - exemplos retirados de Krahe (1953). A Origem das Palavras – Alguns étimos indo-europeus Os estudos comparativos iniciados no Séc. XIX rastrearam as línguas indo-europeias atrás de palavras que pudessem ter uma origem em comum na língua ancestral. É claro que temos que sempre ter em consideração que as etimologias propostas pela linguística históricocomparativa se pretendem científicas, o que significa que, por um lado, elas devem seguir os procedimentos rigorosos de comparação e, por outro lado, que elas são hipóteses sobre uma realidade a que não se tem acesso direto. Como hipóteses, elas estão sempre sujeitas à crítica dos especialistas, de maneira que é possível que você vá encontrar diferenças bastante grandes, ao longo da literatura, na forma recostruída de cada étimo e mesmo na filiação de palavras a determinadas origens etimológica. Com o objetivo de abrirmos uma janela para o passado remoto da nossa língua, listo aqui alguns étimos indo-europeus, seu caminho até o português e as palavras cognatas nas outras línguas indo-europeias, derivadas dos mesmos étimos. A escolha não é aleatória e inclui alguns termos que revelam aspectos importantes do que se supõe que seja os primórdios de uma cultura indo-europeia. A Lã, o Cavalo, a Roda e o Carro O vocabulário comum das línguas indo-europeias contém termos respectivos a atividades agrícolas e pastoris, pelo que se supõe que o povo que falava o proto-indo-europeu conhecesse tanto agricultura quanto pecuária. Alguns traços específicos desse vocabulário, História do Português 1: Do Indo-europeu ao Português porém, serviram para estabelecer a cronologia da proto-língua, além de permitirem vislumbrar como deve ter sido a cultura e as relações internas na sociedade proto-indo-europeia. Os falantes do proto-indo-europeus tinham palavras específicas para designar os campos de cultivo (*agr, *agrós1, de onde o lat. ager “campo cultivado”, cf. agr-ícola), instrumentos de cultivo (*ar-, que aparece no lat. arare, aratrum), e uma distinção importante entre “semente” (*sē-, como lat. semen, seminare) e “grão (*granóm, lat. granum). Ambas as palavras representavam a mesma coisa, mas em situações bem diferentes: semente quando utilizado para plantar e grão no momento da colheita e a partir disso. A pecuária, no entanto, parecia ser mais importante: eles conheciam e criavam os bovinos (*gwóus, lat. boues), os ovinos, os equinos e os caprinos. A posse de gado, como ocorre até hoje em algumas sociedades indo-europeias, era o principal meio de acúmulo de riqueza (e, por exetensão, de poder). Tanto que o termo para designar gado, sobretudo o bovino (*pekós, lat. pecus, pecunia, peculium), significa também “fortuna, riqueza”. Entre os termos comuns encontrados na maioria das línguas indo-europeias, estão palavras para designar os ovinos, a lã e termos relativos ao processamento da lã para confecção de roupas. Essa característica é importante, do ponto de vista da cronologia, porque se sabe que, apesar de a domesticação dos ovinos ter uma longa história, a criação de ovelhas para obtenção de lã é uma atividade bem mais recente e demandou uma seleção artificial nas ovelhas, para selecionar as que tinham um pelo mais longo e sedoso, que se prestasse a confecção de fios de lã. Dado que a criação das ovelhas para a obtenção de lã não iniciou antes de 4.000 a.C., na região que se supõe ser a pátria ancestral dos falantes do proto-indo europeu, essa data foi determinada como o limite máximo do período em que a proto-língua deve ter existido. O raciocínio é simples: se as línguas possuem palavras de uma mesma origem para designar a lã, essa palavra não pode ter uma origem comum no período em que a lã não era conhecida (ou seja, antes de 4.000 a.C.). *owis, “ovelha” deu o lat. ouis, de cujo diminutivo ouicŭla originaram-se os termos de algumas línguas românicas: port. ovelha, esp. oveja, rom. oaia. Provêm da mesma raiz o a.ind. aví-, gr. οἴς, a.ir. ōi, lit. avìs,a.bulg. ovь-ca, todos significando ovelha. Muitas línguas acabaram substituindo a palavra para designar ovelha por alguma outra: as línguas germânicas, por exemplo o inglês sheep e o alemão Schaf, devem ter origem em uma língua não-indo-europeia (o inglês tem um termo arcaico para “ovelha, ewe, que provém do étimo indo-europeu. O francês utiliza mouton, que provavelmente é um empréstimo do gaulês moltone(m), ac., que aparece nas línguas célticas: a.irl. molt, gal. moltt, bretão médio mout, todos significando “carneiro”. O italiano utiliza pecora, que vem do lat. pecus, pecoris, e que era um termo genérico para “gado’ (embora preferencialmente para o gado bovino), e cuja raiz aparece em pecuária e também em pecuniário (cf. adiante). *wl-nā, “lã” deu o latim lanā, que por sua vez originou os termos para “lã” nas línguas românicas: port. lã (arc. lãa), esp. it. lana, fr. laine, rom. lână. Do mesmo étimo se originou o 1 A base das etimologias rastreadas aqui é o Proto-indo-european etymological dictionary, do indoeuropeísta tcheco Julius Pokorny, provavelmente o mais completo do gênero (cf. Pokorny, 2007). Também foi consultado Mallory & Adams (2006). 3 Márcio Renato Guimarães a.ind. ŭrnāi, av. varǝnā, gr. λῆνος, dor. λᾶνος, lit. vìlna, gal. gwlan, bret. gloan, gót. wulla, ing. wool, al. Wolle, todos significando “lã”. O termo *wl-nā parece ser derivado de uma raiz *wel- por um sufixo –nā, que levava a tonicidade para a última sílaba. Isso encurtou a vogal da raiz, a ponto de ela não ser pronunciada (um fenômeno comum em várias línguas indo-europeias antigas, conhecido como grau zero da raiz, e que certamente existiu em proto-indo europeu). O fenômeno em si é comparável ao que ocorre no português de Portugal, em que algumas vogais átonas não são pronunciadas (como os e pretônicos em menino e perdido). Da raiz *wel- temos o latim vellus, do qual originou o português velo, não muito utilizada atualmente, e que designa uma pele de ovelha que ainda contém a lã do animal (também chamada de pelego), ou mesmo a lã ainda não processada (quer ela esteja ainda na ovelha, quer ela já tenha sido retirada). Velocino é um diminutivo de velo, que aparece na expressão velocino de ouro, nome de uma lenda grega, para a qual também existe a designação pelego de ouro. De velo derivou-se o adjetivo veloso, também raro no português contemporâneo. O fato de as línguas indo-europeias preservarem um vocabulário comum com termos referentes a outro animal doméstico – o cavalo – também tem uma significação que transcende o campo do meramente linguístico. O vocabulário preservado nas línguas indo-europeias não apenas mostra indícios de que eles criavam o cavalo, mas que o criavam basicamente como animal de tração e transporte. O vocabulário comum preservado indica que eles conheciam os carros puxados por cavalo, que tinham verbos específicos para ir com veículo e transportar em veículo. O registro arqueológico mostra que o cavalo foi domesticado, primeiro para o fornecimento de carne, em seguida como animal de transporte, na região das estepes eurasiáticas, que inclui a região em que se supõe que o proto-indo-europeu foi falado. Aliás, a utilização de cavalos como meio de transporte foi um dos aspectos importantes no estabelecimento da datação do proto-indo-europeu: no período em que se supõe que o protoindo-europeu foi falado, algumas das pouquíssimas culturas cujo registro arqueológico mostra que criavam cavalos como meio de transporte existiram justamente na região das estepes entre os mares Negro e Cáspio. Se a domesticação do cavalo como fonte de carne não mais do que adicionou mais uma fonte de proteína à dieta dos habitantes das estepes eurasiáticas, sua posterior utilização como meio de transporte de pessoas e cargas parece ter literalmente mudado a história do mundo, inclusive a história linguística. Para avaliar o impacto que a domesticação do cavalo pode ter exercido nos povos das estepes há cincou ou seis mil anos, o arqueólo norte-americano David W. Anthony estudou primeiro os eventos semelhantes mais próximos de nós, historicamente, qual seja o impacto que o cavalo teve sobre as sociedades indígenas dos descampados das Américas do Sul e do Norte, após sua introdução pelos espanhóis, no século XVI2. Nessas sociedades, o que se observou é que o cavalo imediatamente foi utilizado para fins militares: guerreiros a cavalo são mais rápidos e ficam mais longe das armas dos inimigos. Quanto mais cavalos um guerreiro tinha, mais poderoso ele se tornava. Então começou a haver uma verdadeira corrida armamentista, em que surgiam líderes guerreiros com cada vez mais cavalos. 2 Para detalhes sobre o impacto da domesticação dos cavalos sobre as diferentes culturas, veja Anthony (1986). Para uma exposição mais detalhada da teoria da origem do proto-indo-europeu nas estepes pônticas, veja Anthony (2007). História do Português 1: Do Indo-europeu ao Português Essa “concentração” dos cavalos nas mãos de uns poucos guerreiros acabou levando, por um lado, à concentração dos outros elementos de poder (terras, mercadorias) nas mãos de uns poucos indivíduos, por outro, levou ao surgimento de uma sociedade mais fortemente “militarizada”, em que os valores cultivados passaram a ser os da força, da nobreza e do heroísmo. No caso específico das sociedades das estepes, essas severas mudanças sociais podem ser rastreadas nos restos materiais que essas culturas deixaram. A concentração de riquezas nas mãos de uns poucos indivíduos se refletiu, por exemplo, na mudança dos padrões de sepultamento. As primeiras sociedades agrícolas sepultavam seus mortos em covas rasas, sem nenhuma indicação externa da identidade do falecido, que era sepultado, no máximo, com alguns ornamentos pessoais e, eventualmente, com algum objeto da sua predileção. Na medida em que vão surgindo esses líderes guerreiros cada vez mais poderosos, seu poder vai se refletindo nos seus sepultamentos. Já não são mais covas rasas (em que o comum dos mortais continua a ser sepultados), mas são sepulturas mais elaboradas – os tumuli (plural do latim tumulus). Os corpos sepultados nesses túmulos não só vão acompanhados por seus objetos pessoais (onde aparecem já coisas bastante caras, como joias), mas também por suas armas, seus cavalos prediletos – e, não raro, por escravos sacrificados para prestarem seus serviços na vida além-túmulo. Aliás, a crença numa vida além-túmulo parece ter sido uma contribuição importante desse período. Além do guerreiro a cavalo, os povos indo-europeus da estepe (provavelmente os indoiranianos da região central da Ásia, entre o Pamir e o mar Cáspio) criaram uma arma ainda mais letal: o carro de combate. Extremamente leve, ele permitia que até dois ocupantes o manejassem – um guiava, enquanto o outro manejava a espada, a lança ou o arco. Da China, a E., até os agricultores construtores de menires e dólmens, a O., passando pelas antigas civilizações do Crescente Fértil, até o Egito, bárbaros falando línguas indo-europeias se expandiram, impondo suas línguas a amplas regiões da Eurásia. *ek^3wos “cavalo”, originou o lat. equus, ainda preservado na forma feminina (equa) no port. égua, esp. yegua; o étimo aparece também no a.ind. áśvaḥ, gaul. epos, a.ir. ech. O gr. ἵππος é normalmente tido como derivado desse étimo, mas não segue às regras gerais de correspondência de vogais e de consonantes. As línguas românicas apresentam palavras derivadas de uma forma latina popular ou dialetal caballus, que originou o port. cavalo, esp.it cavallo, fr. chéval, rom. cal, e que também é encontrado para as línguas célticas: irl. capall, gal. ceffyl “cavalo”. Esse étimo é um pouco obscuro, podendo (ou não) ser relacionado com o pol. kobyła, kuń, rus. kobyla, kunь, “égua”, “cavalo”. As línguas germânicas tem a forma mare-, que aparece no got. marah, ing. mare “égua”, e também em palavras derivadas do germânico, como marechal e em alguns nomes próprios de origem germânica Vilmar, Guiomar, Guimarães. O it. e o fr. derivaram sua palavra para a fêmea do cavalo do latim iumenta (fr. jument, it. giumenta), feminino de um iumentum “animal de tração (e não apenas jumento)”. *k^ers- “correr”, originou, a partir do grau zero da raiz (< *krs-ō), o lat. currō, currěre, de onde se originou o port. correr. Do particípio perfeito cursum se originou curso e seus derivados (cursar, 3 Na inexistência do sinal convencionado, utilizamos *k^ para representar a oclusiva surda palatal reconstruída no proto-indo-europeu (correspondente no IPA: [c]). 5 Márcio Renato Guimarães recurso, concurso). A passagem de r > s do latim arcaico para o latim clássico é regular e está bem documentada (p.ex. Numesio > Numerio). Da mesma raiz, no grau pleno (com a vogal pronunciada), se tem o gaulês carros, que é a origem do lat. carrus, de onde se tem o port.esp.it. carro (a raiz aparece no fr. chariot, “carruagem”), mas também o inglês car. Observe que a especialização de carro para significar “automóvel” é peculiar ao português, principalmente ao português brasileiro (os portugueses preferem auto). *wegh- “carregar, ir ou transportar em veículo”, deu o lat. ueho, uehěre, cuja raiz aparece em veículo e derivados; também a.ind. váhati, av. vazáti “liderar, atravessar, desposar”, got. wigs, al. Weg, ing. way “caminho”; a.ing. wāgan > ing. wagon “veículo”. A esse étimo está ligado o fr. vagon > port. vagão. *kwekwlóm “roda” a.ind. cakrá (skt. chakra), av. čaxrá, gr. κύκλος, a.ing. hwēol, ingl. wheel, todos “roda”. Do grego, originou-se o port. ciclo, por empréstimo erudito (primeiro registro em português: 1712). Da mesma raiz, com vocalismo em o parece derivar o lat. collum, “pescoço” donde o port. colo. *ret- “correr, rolar” aparece no a.ind. rátha “carruagem”; a raiz aparece com a vogal o no latim e nas línguas célticas. A vogal o numa raiz ocorria em algumas derivações (cf. Língua Portuguesa II: morfema processual), criando alternâncias relativamente comuns entre uma forma com e e outra com o da mesma raiz. Assim, o lat. rota, do qual se deriva o port. roda, e derivados, como redondo (< rodondo), rodar, mas também rota (e derivados, como rótula). O esp. roda e ruta, it. rota, fr. roue, rom. roată. Nas línguas célticas, a raiz predomina: irl. roth, gal. rhod, tb. no al. Rad “roda”. Abreviação dos nomes das línguas: gót. gótico a.bulg. antigo búlgaro gr. grego a.ind. antigo índico (a forma mais antiga documentada do que viria a ser a língua sânscrita irl. Irlandês a.irl. antigo irlandês lat. latim al. alemão lit. lituano av. avéstico, a forma mais antiga do persa antigo pol. polonês bret. bretão (língua da Bretanha, França) port. português dor. dórico (dialeto grego, falado em Esparta, p.ex.) rom. romeno esp. espanhol rus. russo gal. galês (país de Gales), não confundir com gaulês História do Português 1: Do Indo-europeu ao Português REFERÊNCIAS: ANTHONY, David W. et. al. 1986. The "Kurgan Culture," Indo-European Origins, and the Domestication of the Horse: A Reconsideration [and Comments and Replies]. Current Anthropology 27: 291-313. ANTHONY, DavidW. 2007. The wheel, the horse, the language: how bronze-age riders from Eurasian stepes shaped the modern world. Princeton: Princeton University Press. KRAHE, Hans. 1953. Lingüística indoeuropea. Madrid: Instituto Antonio de Nebrija. Trad. espanhola de Justo Vicuña Suberviola. MALLORY, J. P. 1991. In the search of indo-european. MALLORY, J.P.; ADAMS, D. Q. 2006. The Oxford introduction to Proto-indo-european and indo-european world. Oxford: Oxford University Press. POKORNY, Julius. 2007. Proto-indo-european etymological dictionary. Indo-european Language Revival Association. Disponível em http://dhngu.org. 7