PPC 2015 - Unifeob
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PPC 2015 - Unifeob
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA São João da Boa Vista - SP 2015 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura PROFESSORES ELABORADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIS BIOLÓGICAS LICENCIATURA DO UNIFEOB Prof. Me.Cintia de Lima Rossi – Mestre ( UNICAMP) Coordenador do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB Eliana Pereira Chagas - Doutora Leilane Barbosa Ronqui – Doutora Celina Almeida Furlaneto Mançanares – Doutora Mateus Maldonado Carriero – Mestre Glaucia Maria Mendes Liberali - Especialista Docentes do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB 2 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (Moacir Gadotti). 3 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Missão e Valores do UNIFEOB A missão do UNIFEOB é “educar gerações, atuar na comunidade com responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a ética, a cidadania, a liberdade e a participação.” Os valores que orientam o UNIFEOB são a dignidade do ser humano, o pluralismo democrático, a transparência e responsabilidade nas relações institucionais e comunitárias, o respeito à individualidade e diversidade de ideias, o espírito de equipe e criatividade, além do compromisso com o meio ambiente. 4 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 8 1 A instituição ..................................................................................................... 9 1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO .............................................................. 9 1.2 HISTÓRICO .............................................................................................. 9 1.3 ESPAÇO FÍSICO ................................................................................ 15 1.4 MISSÃO .................................................................................................. 16 1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ............................................................. 18 1.6 INSERÇÃO REGIONAL ........................................................................ 19 1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA ................... 20 2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL: ........................................... 22 FORMAÇÃO por Competências....................................................................... 22 2.1 Procedimentos Pedagógicos ............................................................... 24 2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................... 24 2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO ................... 26 2.1.2.1 DIAGNÓSTICO ............................................................................. 27 2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A ORGANIZAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES .................................................................. 28 2.1.2.3 IMPLANTAÇÃO: ATIVIDADES E METODOLOGIAS .................. 29 2.1.2.4 COORDENAÇÃO DE CURSO E CORPO DOCENTE .................. 31 2.1.2.5 Acompanhamento: Gestão Do Curso ........................................ 32 2.1.2.6 Avaliação de desempenho e da formação dos alunos ............ 33 2.1.2.7 Avaliação do desenvolvimento dos cursos .............................. 35 2.1.2.8 Trabalho de conclusão de curso (tcc) ....................................... 37 2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI .................................... 39 2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ....... 41 3. Identificação do Curso .................................................................................. 45 3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO .................................................. 45 3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO ................. 47 4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO ................................................. 51 4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO ............................................... 53 5 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS ....................................... 56 5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS .............................................. 58 6 Perfil do Docente, coordenação e nde .......................................................... 59 6.1 PERFIL DOCENTE................................................................................. 59 6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL ............................................................ 64 6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO .............................................................. 65 6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ............... 66 7 METODOLOGIA DO CURSO ....................................................................... 69 8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA................................................. 71 8.1 MATRIZ CURRICULAR ......................................................................... 71 8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR ......................................................... 73 8.2 Ementas e bibliografias básicas ........................................................ 75 8.2.1 Núcleo Específico do Curso .......................................................... 75 8.2.2 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES ......................... 88 8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................. 91 8.3.1 TUTORIA ......................................................................................... 91 8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS .......................................................................................... 92 8.3.2.1 Rede e equipamentos ................................................................. 92 8.3.2.2 Acompanhamento e Apoio aos Alunos ..................................... 93 9 As Atividades Práticas ................................................................................... 94 9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............................................................. 94 9.1.1 Objetivos do Estágio Supervisionado .......................................... 95 9.1.2 Formato dos Estágios .................................................................... 96 9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ......................................... 98 9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ................................................... 100 9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA............................................................... 102 9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE Ciências Biológicas .. 103 10 Atividades de Atendimento e Apoio Acadêmico aos discentes ................. 107 10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO ......................... 107 10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO AO ESTUDANTE .............................................................................................. 108 6 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA ...................................... 111 11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO ..... 111 11.1.1 COLEGIADO DO CURSO ........................................................... 111 11.1.2 CORPO TÉCNICO ....................................................................... 112 11.2. RECURSOS FÍSICOS ....................................................................... 113 11.2.1 LABORATÓRIOS DE Informática .............................................. 115 11.2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS.................................................... 116 11.2.3 Biblioteca ................................................................................... 117 12 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 119 12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM ................................... 119 12.2. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO ....................................................... 122 12.3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................... 123 12.4. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ................................... 124 12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIAS ..... 125 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 126 7 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura APRESENTAÇÃO O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do Centro Universitário Fundação de Ensino “Octávio Bastos” – UNIFEOB - é o documento que imprime a direção, especificidades e singularidades, além de apresentar, de forma clara, o funcionamento do curso, suas prioridades e estratégias de trabalho. O ensino de graduação, voltado para a construção do conhecimento e formação de profissionais, não pode pautar-se por uma estrutura curricular rígida. Assim, a flexibilização curricular é condição necessária à efetivação de um projeto de pedagógico de qualidade. A elaboração participativa desse Projeto Pedagógico pretende fazer com que cada um dos envolvidos no Curso de Ciências Biológicas Licenciatura se torne intrinsecamente ligado pelo desafio que representa a construção e a ação universitária. Sua caracterização, vitalidade, avaliação e atualização dependerão do compromisso coletivo com o que nele está proposto e com as transformações da universidade e da sociedade. A comunidade acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, assim como a de todos os cursos (licenciaturas, bacharelados e tecnólogos), desejando contribuir para a sustentação de prioridades educacionais e com um senso de empreendimento e determinação em pensar constantemente sobre suas próprias ações, apresenta este Projeto Pedagógico como resultado de amplos debates e reuniões acadêmicas. Tal documento norteará, a partir deste ano (2014), as ações do curso com base nas aspirações coletivas. 8 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1 A INSTITUIÇÃO 1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO FEOB – Fundação de Ensino Octávio Bastos (Mantenedora) UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos Campus I – Centro Rua General Osório, 433, Centro - São João da Boa Vista - SP - Brasil (19) 3634-3300 Campus II Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João - São João da Boa Vista - SP - Brasil (19) 3634-3200 Endereço de página na WEB: www.unifeob.edu.br 1.2 HISTÓRICO A Fundação de Ensino Octávio Bastos (FEOB) é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, mantenedora do Centro Universitário – UNIFEOB. Localizada em São João da Boa Vista - SP, a Instituição foi fundada em 04 de novembro de 1965, com o nome de Fundação Sanjoanense de Ensino, por um grupo de cidadãos liderados por Octávio da Silva Bastos, à época prefeito da cidade, conforme escritura lavrada no Livro de Notas n. 199, fls. 29/40, do 1º Cartório de Notas e Anexos, devidamente protocolada sob n. 6.790, registrada sob o n. 133, do Livro Sociedade Civil, em 23/08/1968. A primeira faculdade implantada foi a de Direito, em 1967, reconhecida em 1972, cujo diretor foi o Dr. Octávio da Silva Bastos. 9 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Em 1971, foi implantada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, com os cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências Sociais, com reconhecimento em 1977. Desde aquela época, já havia a preocupação dos dirigentes em atuar fortemente na formação de professores. Em 1973, entrou em funcionamento a Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas, cujo reconhecimento ocorreu em 1977. A Faculdade de Medicina Veterinária iniciou suas atividades em 1987, sendo reconhecida em 1992. Em outubro de 2001, foi autorizada, pela portaria nº 2201, a abertura do curso de Bacharel em Ciências Biológicas, que entrou em funcionamento em 2002. Neste mesmo ano, foram autorizados mais três cursos, que passaram a funcionar em 2003: pela portaria nº 2200, o curso de Bacharel em Enfermagem; pela portaria nº 950, o curso de Bacharel em Fisioterapia e pela portaria nº 837, o curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Ainda em 2002, com seu crescimento e a integração de seus cursos, houve mudanças em seu estatuto e, juntos, os cursos de graduação e de pósgraduação passaram a compor as FIFEOB – Faculdades Integradas da Fundação de Ensino Octávio Bastos. Em dezembro de 2003, depois de atender a todas as exigências do MEC, as FIFEOB conquistaram o status de Centro Universitário. Assim, foi adotado o nome UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos. No dia 24 de abril de 2004, o UNIFEOB passou a integrar o seleto grupo de instituições de ensino superior, reconhecido, por seu trabalho comunitário, como uma das 45 entidades filiadas à ABRUC- Associação Brasileira das Universidades Comunitárias, dentre mais de 1600 escolas de ensino superior do Brasil. Com a autonomia concedida pelo MEC, em 2005 foram oferecidos os cursos de licenciatura em História, Geografia, Química, Física e Ciências Biológicas. Em 2007, foram iniciados nove Cursos de Superiores de Tecnologia: Comércio Exterior, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, Gestão de 10 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Recursos Humanos, Gestão Pública, Logística, Marketing, Processos Gerenciais e Agronegócios. Em 2013, após uma reestruturação financeira, foram abertos os cursos de Bacharelado em Engenharia Agronômica, Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo, além da reabertura dos cursos em licenciatura que, por motivos financeiros, haviam sido encerrados entre 2011 e 2012. Em seu processo de expansão, criou, em 2013, o Núcleo de Educação a Distância (NEaD). O UNIFEOB mantém diversos cursos de Pós-Graduação nas áreas de Gestão (MBA) e Educação, além da Universidade da 3ª Idade; esta última, uma das pioneiras no Brasil, funcionando desde 1999. Em 2014, no UNIFEOB estão matriculados por volta de 5000 alunos de São João da Boa Vista e região, também de vários estados do País, distribuídos entre 28 cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e tecnólogo); 2 de pós-graduação; diversos cursos de extensão (presencial e online), além de cursos técnicos. Para atender a demanda por informações dessa comunidade acadêmica e da população em geral, o UNIFEOB possui duas bibliotecas: no Campus I, localiza-se a Biblioteca Central e, no Campus II, a Biblioteca Setorial. O acervo é formado por 46.000 títulos, entre livros, obras de referência, dicionários, enciclopédias, atlas, compêndios, periódicos nacionais e internacionais, monografias, teses, multimídia, mapas geográficos e históricos. Os serviços oferecidos pelo Sistema de Bibliotecas dispõem de acesso informatizado à base de dados, de empréstimos e renovações online, pesquisas bibliográficas, reservas de livros, pedidos de obras de comutação bibliográfica – COMUT -, além de salas de estudo e modernos computadores com internet. Ainda contemplando a busca de informações que possam melhorar o aprendizado, os alunos contam com o Sistema Pergamum, plataforma de consulta online ao acervo físico do UNIFEOB; a Biblioteca Virtual 3.0 (Pearson); a Minha Biblioteca (Saraiva) e links de periódicos on line como a Revista dos Tribunais. 11 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Com o objetivo de facilitar a inclusão social de pessoas com deficiência visual, funciona, junto à Biblioteca Central, a Biblioteca Braille, cujo espaço é adaptado ao bem estar das pessoas com deficiência visual e outros tipos de deficiência. Com apoio da Fundação Dorina Nowill e do Projeto Laura, o acervo da biblioteca conta com obras impressas em Braille e em formato digital. Também se preocupando com inserção, o UNIFEOB mantém um Núcleo de Desenvolvimento e Inovação, que tem por objetivo oferecer aos universitários um estímulo para aprimorar os conhecimentos e obter uma qualificação profissional séria e de consistente que lhe abra portas no mercado de trabalho. Para tanto, mantém convênios com empresas e entidades de toda a região, muitas delas reconhecidas nacionalmente, como o SEBRAE e a UNILEVER, para os cursos na área de Negócios, e o Complexo Damásio de Jesus, para os alunos do curso de Direito. Modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram implementadas, potencializando o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que funcionam como ferramentas facilitadoras e integradoras das estratégias metodológicas adotadas. Entre as tecnologias, destacam-se a utilização do AVA (Ambiente Virtual do Aluno), uma evolução da plataforma Moodle, para a disponibilização de materiais didáticos, exercícios e vídeo-aulas, envio e desenvolvimento de atividades. Ainda no AVA disponibilizam-se cursos de aprimoramento nas áreas de Português, Matemática, Inglês, Educação Ambiental, Africanidade, Cultura indígena, Libras e Administração do tempo. Outro grande trunfo do UNIFEOB é a parceria com a UNESP (Universidade Estadual Paulista), que utiliza as instalações do campus II, possibilitando um intercâmbio entre alunos e professores de ambas as instituições. O UNIFEOB é credenciado junto ao Novo FIES e PROUNI, assim como ao Programa do Governo Estadual – Escola da Família. Porém, sem dúvida alguma, o grande diferencial acadêmico do UNIFEOB situa-se no corpo docente, altamente qualificado e engajado no mercado de trabalho, e no novo Projeto Pedagógico, baseado na formação por competências, descrito mais adiante. 12 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Além das atividades acadêmicas, o UNIFEOB desenvolve, com participação dos docentes, discentes e colaboradores administrativos, vários projetos de extensão e de ações sociais e culturais, que atendem a comunidade extra-muro da Instituição; o que lhe confere anualmente o selo de instituição socialmente responsável, certificado pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES. Dentre eles, podem-se destacar, à guisa de exemplo: - O Projeto Laura, criado em 2002, tem por função promover a integração social de pessoas com deficiência visual, por meio do método Braile, que inclui leitura e escrita. Realiza ações como capacitação profissional com a inclusão digital, aulas de Braile, programas de divulgação, estágios, inclusão nas empresas da região, workshops de sensibilização, entre outras. Para os deficientes visuais e todos os interessados, o Projeto Laura oferece, desde 2009, o curso de Braille, que emite certificado como curso de extensão. - O Projeto Equoterapia, também iniciado em 2002, tem como sede a Fazenda Escola do UNIFEOB. Envolve alunos de Fisioterapia, Medicina Veterinária e Pedagogia que, além de receber uma bolsa-estágio, adquirem conhecimentos práticos e aperfeiçoam habilidades imprescindíveis para o mercado de trabalho, como trabalhar em equipe, comemorar avanços, ter tolerância, saber lidar com frustrações, além de desenvolver a empatia. A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas que apresentam deficiências como lesões cerebrais e raquimedular, autismo, síndrome de Down, síndrome de Rubenstein-Taybi, síndrome de Angelman, paralisia cerebral, lesões provocadas em acidentes, terceira idade, transtorno opositor e microcefalia. - O Programa de relacionamento UNIFEOB tem por objetivo contribuir, através de palestras, aplicação de testes de sondagem vocacional, visitas aos campi etc, para a orientação profissional dos alunos do Ensino Médio (principalmente 3º ano). Destaca-se o “Universo UNIFEOB”, um evento anual frequentado por alunos de escolas públicas e particulares de São João da Boa Vista e região, 13 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura ocasião em que cada curso do UNIFEOB apresenta aspectos interessantes de sua proposta de ensino-aprendizagem, no intuito de auxiliar os egressantes do Ensino Médio a decidirem sobre o prosseguimento de seus estudos. - A Universidade da Terceira Idade teve seu início no ano letivo de 1992, com a proposta de estimular e possibilitar a reinserção social da pessoa idosa, permitindo-lhe acesso à educação continuada através da participação em atividades educativas, socioculturais e de ação comunitária. Sempre levando em conta o perfil dos participantes, a Universidade da Terceira Idade, estruturada em encontros semanais, palestras, oficinas etc, caracteriza-se como um espaço onde se discutem temas da atualidade, trocam-se informações, atualizam-se conhecimentos, organizam-se teatros, confraternizações, passeios etc, permitindo ao aluno trabalhar a autoestima, integrar-se socialmente, além de experienciar novos desafios. - O Projeto Um Olhar no Amanhã iniciado em agosto de 2014, amalgamando uma proposta social de melhorar a qualidade de vida dos idosos moradores do Lar Nossa Senhora de Lourdes, situado em Águas da Prata , e uma proposta acadêmica de contribuir para a capacitação dos alunos no que se refere ao gerenciamento de um lar para idosos em todos os seus aspectos, propondo soluções para problemas e situações reais, ao mesmo tempo em que possibilita aos envolvidos se desenvolverem como cidadãos atuantes, socialmente comprometidos. Sendo uma aplicação da missão e valores preconizados pelo UNIFEOB, o projeto, que se dirige aos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia, Arquitetura, Enfermagem, Fisioterapia, Direito e Administração, almeja a multiplicação da proposta para outras instituições de cuidados aos idosos. Pela seriedade de suas propostas, - tanto para o âmbito acadêmico como fora dele - pela qualidade de seus cursos e, consequentemente, da formação de seus alunos; pelo pioneirismo de suas ações; por sua reverência à tradição, associada à busca contínua de inovação em todos os seus processos, o UNIFEOB conquistou, nestes seus quase 50 anos de história, respeito e confiança, ocupando lugar de destaque dentre as mais importantes instituições superiores da região. 14 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1.3 ESPAÇO FÍSICO A Instituição abriga dois campi. No campus I, distribuídos em quatro prédios, localizam-se a secretaria do vestibular, a biblioteca central, 04 laboratórios de informática, o escritório modelo, o fórum escola, uma quadra poliesportiva, todos os setores administrativos da instituição, além do Centro Cultural. Neles também se encontram as salas de aula de cursos superiores de graduação e pósgraduação, o estúdio do Núcleo de Educação à Distância, a Secretaria de pósgraduação e a Central de atendimento do FIES. No campus II, com área de 123 mil m2, alojados em nove edificações (15 mil m2 de área construída), estão instalados os laboratórios dos cursos da área de Saúde, laboratórios de Informática, a biblioteca setorial, um moderno hospital veterinário e a secretaria setorial. O campus II abriga cantinas, quadra poliesportiva, estacionamentos e as salas de aula de cursos superiores de graduação – licenciatura, bacharelado e tecnologia -, e dos cursos técnicos oferecidos através do Pronatec; dispondo ainda de amplo espaço para os novos cursos que a Instituição planeja oferecer. Anexa à Santa Casa de Misericórdia “Dona Carolina Malheiros”, localizada em São João da Boa Vista, o UNIFEOB mantém sua clínica-escola para os alunos do curso de Fisioterapia, equipada com os mais modernos aparelhos para as atividades práticas dos cursos e para atendimento da comunidade. Próximo ao campus II, em uma área com mais de 150 hectares, situa-se a Fazenda Escola, onde são desenvolvidas atividades práticas e interdisciplinares dos cursos de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Geografia, Gestão Ambiental, entre outros. 15 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1.4 MISSÃO Acompanhando os rápidos e profundos movimentos de transição da sociedade, em particular do mercado de trabalho e do desenvolvimento e emprego de novas tecnologias, o UNIFEOB, em diversos momentos de sua trajetória, passou por reformulações organizacionais significativas, tanto em seus aspectos administrativos como acadêmicos. Preparada para oferecer uma formação de excelência, a Instituição vem enfrentando os novos desafios ao inovar e utilizar estratégias para proporcionar, a seus alunos, a construção dos conhecimentos e das competências que o profissional de nossos dias deve demonstrar para atender às exigências crescentes da sociedade e das organizações que atuam em ambientes cada vez mais complexos. Projetos pedagógicos inovadores de seus cursos de graduação e pósgraduação, adoção de novas tecnologias educacionais, qualificação e atualização permanentes de seu quadro de funcionários em todos os níveis, de ampliação e modernização de sua infraestrutura, relacionamento intenso com a comunidade por meio de projetos de extensão e de prestação de serviços, são algumas das ações que vêm sendo continuamente realizadas. Fundamentado desde o início de sua formação nos valores de responsabilidade ética e social, o UNIFEOB tem como proposta desenvolver suas atividades educacionais num sentido amplo, contribuindo para a formação de um cidadão e profissional imbuído de valores éticos que, com competência técnica, atue no seu contexto, agindo nos mais diversos setores sociais. A missão do UNIFEOB é educar gerações, atuar na comunidade com responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a ética, a cidadania, a liberdade e a participação. Desta forma, o UNIFEOB procura pautar suas atuações com base nos valores de respeito à dignidade do ser humano, no pluralismo democrático, na transparência de suas ações internas e externas, na responsabilidade em suas relações institucionais e comunitárias, no respeito à individualidade e 16 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura diversidade de ideias, no espírito de equipe e na criatividade, além do compromisso com o meio ambiente. Em suma, as finalidades do UNIFEOB, inseridas em seu estatuto, especificamente, em seu capítulo II, artigo 5º, são: I - promover a educação integral do ser humano pelo cultivo do saber nas áreas de conhecimento dos cursos que ministra; II- incrementar, preservar e desenvolver a cultura por meio da indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa, notadamente como iniciação científica, e de extensão; III - formar e aperfeiçoar profissionais, com vistas à sua realização, valorização e ao desenvolvimento econômico, sócio-político, cultural e espiritual do País; IV - promover a pesquisa aplicada e iniciação científica; V - promover a cultura, desenvolver a vida social dos alunos e manter vivos os ideais de brasilidade e solidariedade humana; VI - contribuir para o desenvolvimento harmônico e integral da comunidade local, regional e nacional; VII - atuar no campo da extensão, como forma de levar à comunidade os valores e bens morais, culturais, científicos e econômicos, inerentes a sua atividade educacional; VIII - respeitar os valores morais, cívicos e religiosos, com vista ao aperfeiçoamento da sociedade e à promoção do bem-estar comum; IX - atuar na comunidade, assumindo postura crítica, livre e ética; X - ser uma instituição democrática, comprometida com os princípios da liberdade, responsabilidade, justiça e solidariedade humana. 17 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS Desde 1999, a comunidade das então Faculdades Isoladas e agora do UNIFEOB realiza reuniões para definir e redefinir os "Objetivos e Metas" para a Instituição. Alguns objetivos foram implantados desde então e outros são sempre revistos. A transformação em Faculdades Integradas e, posteriormente, em Centro Universitário criou os Órgãos Colegiados e estabeleceu um novo fórum de discussão. Assim, o Conselho Universitário – CONSUNI - e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE - passaram a ser os órgãos máximos de deliberação. Contando previamente com objetivos e metas traçadas, busca-se, sistematicamente consolidar os Objetivos Gerais do UNIFEOB a partir de todo o amplo processo de discussão que é sempre travado dentro da Instituição na direção da consolidação de seu PDI. Ao explicitar seus objetivos gerais, o UNIFEOB reafirma seu compromisso com sua missão e seus valores e quer ser reconhecido como uma instituição comunitária, sem fins lucrativos, inserida em seu meio e preocupada com o cidadão egresso de seus cursos. Os objetivos priorizados em seu ultimo PDI foram: 1. Proporcionar uma formação emancipatória, buscando as consciências sociais, pessoais e profissionais, valorizando as dimensões éticas, solidárias e estéticas; 2. Melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem; 3. Consolidar o Centro Universitário como referência regional; 4. Diversificar apoios educacionais; 5. Implantar de políticas para a melhoria de instalações físicas funcionais. 18 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1.6 INSERÇÃO REGIONAL A vocação regional do UNIFEOB abrange um conjunto de municípios localizados no leste do Estado de São Paulo e sul do Estado de Minas Gerais, tendo como extremos aproximados as cidades de Socorro, Itapira, Descalvado, Porto Ferreira e Santa Rosa do Viterbo, no Estado de São Paulo; e Monte Santo de Minas, Guaxupé, Alfenas, Varginha e Pouso Alegre, no Estado de Minas Gerais. O eixo da região é composto pelas cidades de São João da Boa Vista, Mogi Guaçu e Poços de Caldas. A extensão aproximada da área é de 33.000 km2, sendo que, em relação à cidade de São João da Boa Vista, a maior distância é de 200 km. O comprometimento do UNIFEOB com o desenvolvimento regional não é propriamente uma novidade na história da Instituição, pois desde sua fundação, há quase cinquenta anos, a Fundação de Ensino Octávio Bastos busca oferecer, através de sua política de inserção, benefícios sócioeconômico-culturais para a população residente na área regional de São João da Boa Vista. As ações implantadas decorrentes desta política proporcionam, entre outros: • Utilização de suas bibliotecas (central e setorial), pela comunidade; • Suporte técnico / logístico, apoiando a realização de ações de práticas acadêmicas, bem como de campanhas de esclarecimento da população, nas diferentes áreas de atuação da instituição, tais como Projeto de Castração, Saúde Coletiva, Escritório Modelo, Fórum Escola, Projeto Laura, Equoterapia, Clínica de Fisioterapia, Projeto de Reciclagem, Veterinária Solidária e muitos outros mais; • Priorização de postos de trabalho para a mão de obra local; • Realização de projetos e trabalhos na área de educação através de parcerias com prefeituras da região, Diretorias Regionais de Ensino e instituições privadas de ensino básico. • Convênios com o Sistema Único de Saúde e com a rede básica de saúde do município e o desenvolvimento de diversos projetos de extensão dentro de Centros de Convivência para dependentes químicos 19 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura e idosos. • Parceria com o SEBRAE para o desenvolvimento de práticas empreendedoras em diversas áreas e para toda a região. 1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA São João da Boa Vista dista 229 km do município de São Paulo, 123 km do município de Campinas, 224 km do município de Franca e 39 km do município de Poços de Caldas. Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), São João da Boa Vista conta com 83.312 habitantes. A economia regional é mista, possui municípios com polos tecnológicos de referência terceira nos setores industrial, agrícola, de ensino e de saúde, e municípios de pequeno porte com características eminentemente rurais. A rede de ensino básica conta com 66 instituições entre escolas públicas e privadas, além das escolas profissionalizantes e de qualificação profissional, como: Instituto Federal (antigo CEFET), SENAI e SENAC. O Índice de alfabetização do município ultrapassa 94% do total de habitantes e o IDH de São João da Boa Vista colocam-no em 15ª posição entre os 645 municípios do Estado de São Paulo e ocupa a 54ª melhor posição do IDH no Brasil. Desde a criação do curso de Pedagogia (1971) pela então Fundação Sanjoanense de Ensino, o município de João da Boa Vista vem oferecendo à região um grande número de profissionais para educação básica. Nesse sentido, a reorganização das licenciaturas vem dar continuidade a já um perfil regional, isto é, o de formar professores para toda a região em torno do município. Na área da saúde, o município é sede da Direção Regional do Sistema Único de Saúde (SUS) e atende 20 municípios. Mantém um hospital Geral (Santa Casa de Misericórdia), com 249 leitos operacionais sendo 144 deles conveniados SUS, 88 de outros convênios e 10 de UTI; além de atendimentos especializados; um Hospital Cooperado (Unimed Leste Paulista) com 54 leitos; 1 Centro de Diagnóstico e Tratamento Oncológico; e Centros Diagnósticos 20 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura privados com recursos de Tomografia Computadorizada, Mamografia, Ressonância Magnética, dentre outros. O município possui, ainda, um asilo, cinco centros de convivência de idosos, oito creches, dois Centros de convivência de dependentes químicos, um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e um Centro de Atenção Psicossocial para Dependentes Químicos (CAPSAD). A Rede Básica de Saúde municipal possui treze Unidades Prestadoras de Serviço, sendo seis UIS (Unidade Integrada de Saúde) no modelo convencional e seis Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que contam com agentes comunitários, odontologia preventiva, atendimento ao prénatal e puerpério, pacientes cardíacos e diabéticos. Tem cadastrado um Pronto Socorro Municipal, e os Serviços de Radiologia Clínica, Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Imunização, Remoção de Pacientes e Vigilância Sanitária e Epidemiológica. Na área de negócios, segundo a Associação Comercial e Empresarial e o IBGE, o município conta com aproximadamente 400 indústrias em diversos setores (metalurgia, química, álcool e açúcar, plástico, entre outros), 1.400 prestadores de serviços, 40 empresas ligadas ao agronegócio e 10 agências bancárias, além de ter mais de 2.000 estabelecimentos comerciais, num total de 4127 empresas cadastradas. São João da Boa Vista também se destaca em seu perfil agrícola, com produção de milho, café, feijão e cana-de-açúcar. Contando com 13 agropecuárias, 20 empresas cerealistas e 07 empresas de diversos produtos agrícolas (café, batata, milho entre outros) Na pecuária, o principal produto é gado de corte, mas mantém também a produção de gado leiteiro. Enfim, tais setores direcionam e mantém São João da Boa Vista como um centro regional de desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e uma constante melhora na qualidade de vida. Através de políticas de incentivo, o município vem atraindo novos empresários e novos setores não só para cidade, mas para toda a região. 21 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL: FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS Os Projetos Pedagógicos de Cursos do UNIFEOB são construídos tendo como base seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI), fundamentado na Formação por Competências, em todas as suas dimensões. Respeitando as particularidades de cada curso e a autonomia de seus coordenadores, essa estratégia garante a manutenção, em todos os cursos, da organização sistêmica da Instituição e do foco na formação integral de seus alunos, de sua Missão e de seus Valores, o que reforça, em toda a comunidade acadêmica, sua tradição, inovação e excelência no desenvolvimento de suas atividades. O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura, aqui apresentado, segue o mesmo princípio. Em capítulos próprios, posteriores à apresentação do PPI, são descritos seus objetivos, perfil profissional, organização curricular, metodologias, atividades, e outros componentes específicos. O PPI do UNIFEOB procura refletir seu projeto acadêmico, que vem sendo implantado e desenvolvido em todos os seus cursos presenciais e no planejamento de seus cursos a distância. Isto significa que ele pode ser visto como a tradução documental das ações efetivamente postas em prática, tendo, como prioridade, a formação de seus alunos. Embora paradoxal, já que a relação entre o dito e o feito deveria nortear os processos educacionais de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES), constata-se que projetos de várias IES podem ser vistos como meros documentos oficiais atrelados ao regimento e às normas institucionais a serem apresentados, em diferentes ocasiões, aos órgãos de controle e avaliação das IES como MEC/INEP/CNE. Não é o que acontece com o UNIFEOB. Corajosamente questionando seus moldes de ensino até então vigentes, o UNIFEOB lançou-se, a partir de 2012, no desafio de construir novo projeto pedagógico que fosse condizente com uma concepção de ensino superior que 22 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura mescla saber fazer, - voltado para a profissionalização -, com saber pensar, que sustenta o aprendizado do ofício. Em outras palavras, um projeto que não vê a educação superior unicamente como formação de especialistas, mas como ferramenta para aprender; possibilitando ao sujeito desenvolver suas potencialidades, conhecer melhor a si próprio e ao mundo, além de se preparar de forma mais condizente com as exigências atuais do mercado de trabalho. Para tanto, o UNIFEOB procurou, inicialmente, romper alguns obstáculos culturais, de crenças e de valores, naturalmente arraigados em membros de sua comunidade acadêmica, por meio de um processo de desconstrução gradual, alicerçada em discussões sistemáticas com professores e coordenadores de cursos, lideradas pela Reitoria da Instituição. Esse processo foi essencial, uma vez que mudanças geralmente implicam abrir mão da segurança do que se tem pronto e superar a incerteza do como inovar e do como (re)construir. A arquitetura do projeto foi planejada tendo, como concepção, a Formação por Competências. Um dos princípios básicos da Instituição é acreditar que, além da sólida formação acadêmica e profissional, formar para o desenvolvimento de competências significa, também, educar para a autonomia, capacidade de iniciativa e de autoavaliação, responsabilidade, ampliação da capacidade de trabalho, de concepção e realização de trabalhos e projetos. Ou seja, acreditar que, para desenvolver competências, é preciso promover a mobilização e organização de conhecimentos, habilidades e atitudes. Em suma, o Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB traduz o desafio que a Instituição se impôs: partindo do perfil dos ingressantes que procuram seus cursos, criar as condições mais favoráveis para que possam construir sua própria formação e expandir sua vivência profissional, tornandose aptos a se ajustar mais facilmente à dinâmica da sociedade e às exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Em outras palavras, colocar a educação a serviço das reais necessidades dos alunos, proporcionando as melhores condições de preparação para o início do exercício profissional. 23 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS 2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO As mudanças sociais, econômicas e tecnológicas do mundo contemporâneo vêm provocando, nas últimas décadas, transformações profundas; sendo seus impactos sentidos, principalmente, na atual configuração do mercado de trabalho e nas relações de emprego, o que reflete, diretamente, na exigência de um profissional com competências que o habilitem à inserção produtiva nesse novo cenário. Assim, pensar de maneira crítica e estratégica, analisar situações e planejar ações, demonstrar atitude, tomar decisões, coordenar e liderar equipes de trabalho, saber comunicar-se são algumas das competências que o profissional dos nossos dias deve demonstrar para atender às organizações que atuam em ambientes cada vez mais complexos e, acima de tudo, mutantes, o que acresce o desafio de que o profissional seja capaz de se repensar a cada instante. Tendo em vista esse paradigma, o UNIFEOB (pre)ocupa-se em organizar currículos e projetos que traduzam as competências profissionais exigidas em competências a serem trabalhadas e desenvolvidas no âmbito escolar, fugindo, assim, da mera adaptação das atividades do mercado de trabalho. E, sendo que é a qualidade educacional que determina a qualificação para o exercício profissional, assume a responsabilidade por uma aprendizagem fundamentada e significativa. A organização e a estrutura dos currículos baseiam-se em estratégias pedagógicas próprias, tendo como base a associação de conteúdos contextualizados, evitando, assim, a visão tecnicista e a dicotomia entre teoria e prática. Isso significa proporcionar aos alunos o aumento de suas potencialidades e a oportunidade de trabalhar com situações-problema, desenvolvendo capacidades relativas à cooperação, comunicação, autonomia, 24 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura criatividade etc. Além disso, é pressuposto pelo UNIFEOB que tais estratégias sejam abertas a alterações, mudanças, avaliações e adequações, garantindo a constante atualização curricular. Por sua vez, o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UNIFEOB norteia a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e de pósgraduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se com o desenvolvimento integral de cada aluno, todos seus PPCs (Projetos Pedagógicos de Cursos) estão sendo construídos dentro do modelo de Formação por Competências. Ao contrário dos currículos tradicionais, em que o professor ocupa o centro do processo, na formação por competências desloca-se o professor do centro e o aluno passa a ocupar esse espaço. Privilegia-se a organização curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com o mundo do trabalho. Formar para o desenvolvimento de competências significa, também, educar para a autonomia, para a capacidade de iniciativa e de autoavaliação, para a responsabilidade, para a ampliação da capacidade de trabalho, de concepção e realização de trabalhos e projetos. Ressalte-se que a implantação do Projeto Pedagógico Institucional requer, necessariamente, a visão sistêmica de toda a comunidade acadêmica, sem perder de vista, no entanto, a individualidade e a identidade própria de cada curso. Todo o movimento desse projeto inovador é voltado para o aluno. Utilizando metodologias dinâmicas e orientados por professores altamente capacitados, o trabalho, tanto presencial como em espaços virtuais, procura fornecer, ao longo do curso, as condições para que o aluno se torne um indivíduo motivado, comprometido e habilitado, capaz de dirigir sua própria vida profissional. Reside aí a proposta curricular inovadora do UNIFEOB, cujo design sistêmico a aproxima de uma configuração espiral de abordagem dos conhecimentos, possibilitando a prática da inter e da transdisciplinaridade. São três os pilares que sustentam o projeto UNIFEOB de ensinoaprendizagem baseado em competências: 25 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 1º) SABER, que envolve busca de conhecimento, de compreensão da realidade; 2º) SABER-FAZER, que implica desenvolver diferentes competências que habilitem o exercício de atividades; 3º) QUERER FAZER, que exige atitude para o pleno exercício de uma atividade. Com base nesses preceitos, são estruturadas as matrizes curriculares e planejadas as atividades das unidades de estudo que compõem cada curso; tendo, porém, todos eles, por objetivo que o egresso tenha desenvolvido competências e habilidades para: • analisar o campo de atuação profissional e seus desafios contemporâneos; • ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; • desenvolver capacidade de transferir conhecimento de vida e da experiência cotidiana para o âmbito do seu campo de atuação profissional, revelando-se profissional adaptável; • saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional; • exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social; • acompanhar e incorporar inovações tecnológicas no exercício da profissão. 2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO A organização da estrutura curricular e o planejamento das atividades que compõem os PPCs passam, necessariamente, por diferentes fases: diagnóstico, elaboração da estrutura, implantação, gestão, acompanhamento e 26 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura avaliação. Todas elas exigem a participação integrada dos profissionais acadêmicos. Em vários momentos, principalmente no processo de avaliação, os alunos também têm a sua participação assegurada. Para o planejamento e o desenvolvimento de cada uma dessas fases, são considerados os seguintes princípios: - o conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo e as diferenças existentes entre os alunos ingressantes; - o interesse real do aluno e a proximidade com a prática profissional; - a identificação das competências e conhecimentos prévios que o aluno já possui; - o estímulo à comunicação, ao raciocínio, à criatividade, à imaginação e à superação de dificuldades e ao enfrentamento de desafios; - o incentivo ao diálogo construtivo e à participação em grupo; - o exercício da autonomia por meio de escolhas responsáveis, autoavaliação e aceite a regras preestabelecidas em conjunto. 2.1.2.1 DIAGNÓSTICO Análise dos perfis de ingressantes e definição dos perfis dos egressos é realizada em todo o processo, dando sustentação efetiva à organização da estrutura curricular e ao planejamento das atividades que compõem os PPCs. Na definição do perfil dos egressos de cada curso, o colegiado analisa o perfil de tais alunos no momento do processo seletivo, - através dos resultados e análises obtidas pela CPA (Comissão Própria de Avaliação) -, em consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos referidos cursos. Assim, todo planejamento, desde as matrizes curriculares até as atividades que são desenvolvidas durante as aulas, tem como ponto de partida o perfil traçado para os concluintes do curso, perfil esse também definido com base na análise das ocupações - específicas e atitudinais - que compõem as áreas profissionais (ou de grupos de ocupações afins a um processo ou atividade produtiva) e das competências exigidas aos profissionais da área. 27 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Ressalte-se que, além dos referencias das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs/MEC) de cada curso, esse trabalho preocupa-se em atender, igualmente, às expectativas do indivíduo, do mercado e da sociedade, além de levar em conta as condições e as demandas locais e regionais, assim como a vocação e a capacidade de atendimento da Instituição. Assim sendo, para a definição do perfil, considera-se também a importância de o profissional, além de transitar em sua área específica, desenvolver competências diversas que lhe trarão uma visão mais sistêmica do mundo atual e suas possibilidades, garantindo-lhe poli-valência profissional. Para tanto, busca-se responder às seguintes questões: - o que esse profissional precisa saber: que conhecimentos são fundamentais? - o que ele precisa saber fazer: que competências/habilidades são necessárias para o desempenho de sua prática profissional? - o que ele precisa saber ser: que valores, atitudes, ele deve desenvolver? - o que ele precisa saber para agir: que atributos são indispensáveis à tomada de decisões? 2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A ORGANIZAÇÃO DAS MATRIZES CURRICULARES Deve-se lembrar de que um PPC baseado na Formação por Competências considera que o conteúdo é meio e não fim. Isso significa que, ao longo de todo o curso, são trabalhados temas abrangentes, utilizando metodologias e atividades teóricas e práticas fundamentadas, significativas para os alunos, o que prioriza a construção de conhecimentos e lhes dá condições para ter, desde o início do curso, contato direto com sua futura área profissional assim como uma visão da heterogeneidade constitutiva da atualidade. 28 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Ao contrário dos currículos tradicionais, a concepção do curso não prioriza o "esgotamento" de conteúdos e sim a formação integrada e significativa para os alunos, orientada por um corpo docente qualificado, constituído por profissionais altamente reconhecidos. Por questões operacionais, as Matrizes Curriculares dos cursos são organizadas em módulos semestrais e, em cada um deles, tendo como base as competências esperadas dos egressos, são delineados os eixos condutores de cada módulo. Essa organização sustenta o planejamento, as ações e a avaliação do professor. A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo (Disciplinas), com cargas horárias pré-estabelecidas. Nada impede, no entanto, que os alunos sejam continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que os limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos. Para garantir aos alunos as condições de aquisição das competências ao longo de sua formação e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento de atividades interdisciplinares significativas e o processo de avaliação, as Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas. Definidos pelo professor responsável juntamente com a equipe acadêmica, o(s) coordenador(es) do curso e os demais professores do módulo, os Temas devem privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas, abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados transversalmente. Característica importante do projeto é que, considerando as particularidades de cada curso, é recomendável que nenhuma Unidade de Estudo seja pré-requisito de outra. 2.1.2.3 IMPLANTAÇÃO: ATIVIDADES E METODOLOGIAS Como o foco principal de um projeto baseado no modelo de Formação por Competências é o aluno e seu trabalho em sala da aula ou em um ambiente virtual, um dos principais pontos do planejamento de um curso e de 29 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura suas Unidades de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das metodologias que serão empregadas. Para garantir sua integração e a constante motivação do aluno, esse passo deve ser seguido continuamente, ao longo do semestre, pelo conjunto de professores de forma participativa. Além disso, deve-se garantir a diversidade de situações e atividades de aprendizagem, sempre articuladas com as competências em construção e desenvolvimento. No planejamento das Unidades de Estudo/Disciplinas, em vez de se partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-se de situações concretas, na medida das necessidades requeridas por essas situações. Assim, elas devem contextualizar e problematizar os temas a serem trabalhados de maneira prática, tendo como estratégias, entre outras, debates, seminários, aulas expositivas dialogadas, discussões sobre filmes e obras literárias, leituras direcionadas; sendo um de seus objetivos integrar os conteúdos desenvolvidos nas outras Unidades de Estudo que compõem o módulo (trabalho interdisciplinar). O trabalho dos alunos envolve, também, visitas técnicas monitoradas, atividades complementares e estágio supervisionado que inclui a elaboração de relatórios circunstanciados. Uma ferramenta importante para o incremento do trabalho que objetiva desenvolver competências são as TICs, uma vez que, inseridos na sociedade do conhecimento e da informação, docentes e discentes podem manter, através das delas, contato direto e instantâneo, formar uma rede colaborativa de atividades em equipes, independentemente de onde os alunos e os professores estejam, tornando a aprendizagem mais significativa, flexível e perene. A comunicação instantânea com os discentes, a utilização da rede social Facebook como ambiente colaborativo e participativo para as comunicações e as discussões dos temas abordados em sala de aula, a postagem de materiais e a realização de fóruns de discussões, indicações de vídeos disponíveis no YouTube, aproximam os conhecimentos acadêmicos à interação social que os 30 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura discentes desenvolvem junto às redes sociais, em sintonia com a moderna tendência do ensino direcionado a identificar e suprir as necessidades formativas de cada aluno. Para elaborar um sistema modular por competências, é preciso aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem pautar-se pela identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e devem incluir projetos provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem o aluno diante de situações simuladas ou, preferencialmente, reais. A escolha também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de pesquisa e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou trabalhados em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais, laboratoriais e de campo. As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos. Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização. A combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada no desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse caso é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente. 2.1.2.4 COORDENAÇÃO DE CURSO E CORPO DOCENTE Para que a proposta pedagógica se concretize com níveis de excelência e a formação de seus alunos ocorra, de fato, dentro dos princípios da Formação por Competências, a coordenação dos cursos deve ser exercida por profissionais com formação acadêmica consolidada e reconhecida experiência em suas respectivas áreas de atuação. Norteado pelos princípios do Projeto Pedagógico Institucional, os Coordenadores de Curso devem desempenhar um papel estratégico e ter, como responsabilidades, o planejamento, a organização, o acompanhamento e a avaliação de todos os processos do curso sob sua gestão. Com a orientação e o suporte da equipe acadêmica e, juntamente com o corpo docente e tutores, devem, ainda, propor e desenvolver conteúdos inovadores, novas tecnologias 31 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura educacionais, estratégias, atividades práticas de trabalho, utilizando as metodologias mais adequadas e coerentes com a realidade, para que se consiga alcançar, e mesmo superar, as expectativas dos alunos. Para isso, deverá ter um perfil diferenciado. Ser líder e que contemple, além de competências acadêmico-pedagógicas, indicadores de satisfação do corpo discente, docente, e demais integrantes da equipe acadêmica. Reuniões periódicas com o corpo docente devem provocar a reflexão sobre as práticas pedagógicas adotadas, motivar a troca de experiências e acompanhar o desenvolvimento do curso e o desempenho dos alunos. O corpo docente é formado por professores titulados, especialistas ou de reconhecida capacidade técnico-profissional, invariavelmente com produção profissional/científica relevante. Devem, necessariamente, ter experiência profissional no mercado de trabalho para que os ambientes educacionais possam se transformar em um espaço de simulações e de discussões das reais demandas dos alunos e da sociedade. Além dessas características, no modelo de Formação por Competências, o professor deixa de ser, ao contrário dos currículos tradicionais, um "mero repassador de conteúdos e informações" e passa a ser um facilitador e mediador das situações de aprendizagem. Deve ter, também, os fundamentos e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das atividades e para a reflexão sobre as ações desenvolvidas. 2.1.2.5 ACOMPANHAMENTO: GESTÃO DO CURSO Em um projeto pedagógico baseado na Formação por Competências, um dos pontos fundamentais para garantir o pleno desenvolvimento do curso é a sua gestão. Em outras palavras, é o acompanhamento contínuo e a avaliação reflexiva de todas as ações que acontecem no dia a dia, desempenhadas por professores e alunos, a fim de estimular e capitalizar seus interesses. Esse processo dinâmico difere, de maneira significativa, do que acontece no desenvolvimento de cursos baseados em currículos tradicionais, 32 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura em que os professores se preocupam em cumprir, dentro de uma rígida carga horária de aulas, o programa de conteúdos de uma determinada disciplina e os alunos, por sua vez, acabam priorizando sua aprovação baseada, simplesmente, em frequência e nota. Essa prática tem, como consequência, a percepção do pouco aproveitamento do tempo de aula, uma vez que a teoria, na maioria das vezes, não é acompanhada por atividades significativas que demonstram sua aplicação prática. O resultado, muitas vezes observado, é a falta de comprometimento e o afastamento dos alunos. 2.1.2.6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E DA FORMAÇÃO DOS ALUNOS A avaliação é concebida como um processo contínuo, desenvolvido ao longo de todo o semestre letivo, priorizando aspectos qualitativos relacionados ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno, observados durante a realização das atividades propostas. Não tem caráter punitivo nem deve servir como forma de competição por melhores notas. Ao contrário, busca aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, mas também as competências e habilidades que os alunos vão adquirindo. Nesse sentido, é fundamental que o docente harmonize seu planejamento e estratégias ao desenvolvimento dos alunos, uma vez que a avaliação longe de ficar restrita a tarefas burocráticas de classificação caracteriza-se por ser uma forma de aprendizado relacionada aos objetivos de cada unidade de estudo. O processo de avaliação objetiva, também, assegurar condições para que o aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o desenvolvimento de cada módulo do curso. Para tanto, é condição que os alunos participem ativamente do processo, inclusive com formas de autoavaliação, para que possam, de maneira crítica, acompanhar a evolução de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como identificar 33 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura pontos a serem aprimorados, prática esta considerada imprescindível a uma aprendizagem com autonomia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas tradicionais, em que é medida apenas a memorização de conteúdos selecionados por um professor. Ao contrário da segmentação, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, visando ao desenvolvimento inter e multidisciplinar. Dentre os instrumentos, podem constar provas práticas e teóricas integradas, pesquisas, relatórios de atividades, visitas técnicas, estudo de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Sugere-se, também, que se privilegiem questões do tipo “situações- problema” para que o aluno tenha noção do todo, levando-o a pensar, fazendo com que, na resposta, ele demonstre saber raciocinar, compreender e interpretar. O sistema de avaliação é composto de três frentes: 1ª FRENTE- Valendo 15% do total da nota, analisa a aquisição de competências e habilidades do módulo e do curso como um todo. Compõe-se de uma avaliação diagnóstica, preparada, em conjunto, pelos professores no início do semestre. No decorrer do processo e com base no que foi decidido, o professor preenche uma ficha avaliativa em que registra o que observou a respeito de cada aluno individualmente. Várias vezes até o final do módulo, a avaliação do professor é levada para discussão coletiva do colegiado, quando se analisam o desenvolvimento de cada aluno e se propõem medidas com o objetivo sempre de incrementar o processo de aquisição de saberes e competências. 2ª FRENTE – tendo o peso de 70% da nota final, centra-se nas competências e habilidades específicas da unidade de estudo. No início do módulo, é firmado um contrato didático entre docente e discentes. A nota é dada com base nos critérios estabelecidos nesse contrato, o qual 34 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura pode conter vários indicadores, como: presença, pontualidade, participação, comprometimento, provas práticas e teóricas, pesquisas, relatórios, autoavaliação e outros mais que se fizerem pertinentes. 3ª FRENTE – Além das avaliações realizadas pelo corpo docente, existe uma preocupação institucional com o desenvolvimento completo do futuro egresso. Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, docentes e coordenação do curso. Com peso de 15% na nota final, tais avaliações têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências necessárias para posicionamento crítico diante dos acontecimentos gerais, questões sociais, políticas, econômicas e ambientais. Em suma, as práticas avaliativas devem ser vistas como um processo contínuo, tendo, como prioridade, oferecer feedback ao aluno para que ele tenha o domínio dos passos a serem seguidos, dentro de uma sequência de conteúdos e temas integrados que lhe permitam desenvolver competências e conhecimento. 2.1.2.7 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CURSOS Componente fundamental do processo de avaliação é o acompanhamento contínuo, pela equipe pedagógica, do desenvolvimento de cada curso, para garantir sua identidade e seu alinhamento aos princípios do Projeto Pedagógico Institucional. Esse acompanhamento é sustentado pela análise dos resultados dos instrumentos aplicados aos corpos docente e discente, pela avaliação institucional e pelos coordenadores de curso. Com essa dinâmica, atualizações e eventuais correções de rumo nas propostas curriculares podem ser efetivadas de forma a não comprometer a qualidade do desenvolvimento do curso e da formação dos alunos. 35 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Diversos indicadores podem auxiliar na avaliação do desenvolvimento de cada curso e a partir dos resultados obtidos, medidas de reformulação e atualização dos PPCs podem ser realizadas. Tais indicadores correspondem às informações fornecidas pelos resultados da avaliação institucional, do exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE) e relatórios das comissões avaliadoras in loco, que nos fornecem subsídios para discutirmos o PPI, avaliando desde a infraestrutura até o corpo docente da instituição. Os itens da avaliação institucional que subsidiam as discussões dos colegiados, núcleos docentes estruturantes e do Conselho Superior de Ensino e Pesquisa (CONSEPE) são: Avaliação do desempenho dos docentes pelos discentes, e autoavaliação dos docentes; Avaliação de desempenho de discentes pelos docentes, por turma, quanto a comportamentos desejáveis de estudo e pesquisa; Avaliação da Instituição por docentes e discentes; Avaliação do curso pelos egressantes. De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES/INEP), todos os cursos são submetidos aos processos de avaliação interna da instituição, de sistematização e de coleta de informações, conduzidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é composta por uma série de processos autoavaliativos que permitem o levantamento e a análise das necessidades e deficiências de toda a comunidade acadêmica. Na execução desses processos autoavaliativos são sempre considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo INEP para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo elas: o projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua interrelação com a sociedade); a infraestrutura (instalações e serviços), os recursos humanos (o corpo docente, discente e técnico-administrativo); os equipamentos e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos) e a gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos acadêmicos). 36 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se esgota na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana, vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna imprevisível, inacabada e mutável, o Projeto Pedagógico não pode ser visto como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará. Os Projetos Pedagógicos propostos para os diferentes cursos demandam constante acompanhamento a fim de assegurar a coerência necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse sentido, é imprescindível que se realize avaliação contínua, estimulando o debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um processo permanente de (re)construção do curso. 2.1.2.8 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) A elaboração e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um dos requisitos para a obtenção do certificado de conclusão de curso. Trata-se da redação de trabalho acadêmico, realizado sob orientação de um professor, escolhido pelo aluno com base nas temáticas trabalhadas nos diferentes componentes curriculares de cada curso. Os resultados obtidos deverão ser organizados e apresentados de acordo com as normas previstas nos projetos individuais de cada curso, respeitando as orientações que estão compiladas no Manual UNIFEOB para Trabalhos Acadêmicos. Foi planejado para que possa refletir, de fato, a produção dos alunos, incentivando sua criatividade, sua capacidade de estudo, seu crescimento; evidenciando, assim, as competências conquistadas ao longo do curso. Considerado como um processo para o amadurecimento do aluno que se dá ao 37 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura longo de seu curso, seja no que diz respeito à sua formação ou especialização, o objetivo primordial do TCC é proporcionar ao aluno a oportunidade de: - organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado assunto dentro das áreas estudadas; - aplicar procedimentos de análise, interpretação de texto e metodologias de pesquisa; - iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação continuada em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de elaboração de projetos, monografias e teses. Além dos objetivos formalmente estabelecidos e já citados, o TCC vem a complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos adquiridos durante o curso, tanto no que se refere à parte teórica como à prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e projetos desenvolvidos no curso, e iniciá-lo em relação à produção e transmissão de conhecimento científico na área educacional. O TCC pode ser o resultado de uma pesquisa bibliográfica apenas, em que as reflexões de diferentes autores sobre um tema são compiladas, interpretadas, comparadas e discutidas. Importante ressaltar que não se trata de mera compilação de textos, ou seja, não é uma série de cópias, resumos e opiniões pessoais, mas sim um trabalho criterioso, sério, que contrapõe e analisa pontos de vista variados a respeito de um mesmo assunto. Também pode ser fruto de uma pesquisa que envolve, além de uma base teórica, uma atividade prática no tratamento de um problema, atividade essa que pode ser desenvolvida através de pesquisa de campo, estudo de caso, entrevistas etc, implicando sempre uma análise qualitativa de dados. Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso pelos resultados que apresentam. 38 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI O UNIFEOB tem clareza de que todas as variáveis inerentes ao processo de ensino-aprendizagem no interior de uma instituição educativa vinculada a um sistema educacional é parte integrante do sistema sóciopolítico-cultural e econômico do país. Cada um destes seguimentos possui seus valores, direção, opções, preferências e prioridades que se traduzem e se impõem por meio de normas, leis, decretos, propagandas, burocracias, ministérios e secretarias. Nesse sentido, reconhecemos que a qualidade necessária e exigida sofre influências de um conjunto de determinantes que configuram os instrumentos da educação formal e informal e o perfil do alunado. É com esse entendimento que se propõe uma política consistente para o UNIFEOB, que corresponda às mudanças exigidas das instituições de ensino superior dentro do cenário mundial e do país e que demonstre uma nova postura que faça frente às expectativas e demandas sociais, concebendo um Projeto Pedagógico com currículos mais flexíveis e atualizados, com ferramentas que coloquem em ação as diversas propostas para a formação do profissional cidadão. Ao colocar a qualidade como tema central, gerador da proposta para a formação dos discentes tem-se por finalidade a construção de um processo coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente dos profissionais. Assim, torna-se imprescindível a inter-relação entre o Projeto Político Pedagógico (PPC) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), principalmente, em relação às questões de ordem didático-pedagógica, como expressão da qualidade social desejada para o cidadão a ser formado como profissional. Além das peculiaridades próprias do curso, dever-se-á construir 39 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura um conjunto de características com base nos pressupostos institucionais que confiram um perfil de identidade própria. Portanto, além de um acurado compromisso com a missão institucional, o curso deverá ter clareza a respeito de sua missão, dos mercados a que se dirige e sua dinâmica, do perfil do profissional que oferecerá a esses mercados. Isso implica uma orientação para garantir a inserção dos graduados no mercado de trabalho, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de continuar a aprender e se adaptar a novos desafios, e não mais, como no passado, a preparação para um emprego ou ocupação com um perfil rígido e determinado. Assim, o curso deve proporcionar a formação de indivíduos capazes de se ajustarem de forma flexível às mudanças no mercado de trabalho e de continuar a se aperfeiçoar, desenvolvendo o espírito empreendedor e crítico. Considerando que o egresso poderá atuar em situações adversas é importante que seja capaz de desenvolver habilidades instrumentais básicas, especialmente em comunicação e expressão, informática e nas diversas áreas do conhecimento, além das comuns ao exercício da profissão propriamente dito. Finalmente, o curso deverá ter como meta consolidar-se como o melhor no gênero, definindo seu perfil e o mercado ao qual se dirige. Isso vale tanto para a definição do perfil de alunos quanto dos docentes envolvidos e o estabelecimento da matriz curricular para que possa atender o que está preconizado nos documentos institucionais, como ser capaz de proporcionar uma formação adequada para que se formem profissionais competentes, criativos, autônomos, capazes de empresariar a si mesmos e encontrar saídas e mercados para aplicar e desenvolver seus talentos e habilidades. Nesse sentido, a criação e manutenção do curso está em consonância com os objetivos estabelecidos pelo UNIFEOB em seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI), que valoriza o desenvolvimento do livre pensar e do conhecimento como instrumentos de transformação da realidade social, bem como de seu PDI, onde se destaca como posicionamento estratégico da instituição investir no desenvolvimento da empregabilidade de seus formandos. 40 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Segundo o estatuto do UNIFEOB, as instâncias coletivas de deliberação são: Colegiado de Curso, Núcleo Docente Estruturante (NDE), Conselho Universitário (CONSUNI), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) e Reitoria. Cada curso conta com um Colegiado de Curso ao qual compete definir o perfil profissiográfico; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações; definir o conteúdo das unidades de estudo/disciplinas que constituem o currículo do curso; promover a supervisão didática do curso; decidir sobre o aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante requerimento dos interessados ou referendar decisão do coordenador; propor à coordenação providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no curso. Cabe, ainda, ao Colegiado, dentre outras, as seguintes atribuições: fixar normas gerais para o desenvolvimento dos planos de ação pedagógica das unidades de estudo, observando o perfil do profissional a ser formado e as diretrizes fixadas pelo projeto do curso; aprovar os planos de ensino elaborados pelos docentes; manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo e adaptação de disciplinas; aprovar os horários de aula do curso; manifestar-se sobre programas e atividades complementares de ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do curso; manifestar-se sobre o planejamento anual das atividades do curso. O Colegiado do curso é presidido pelo coordenador e composto por todos os professores e representante do corpo discente. A escolha do representante discente no Colegiado é realizada por seus pares. O NDE é um órgão consultivo da coordenação de curso, responsável pelo processo de concepção, consolidação e contínua atualização do Projeto Pedagógico. São atribuições do Núcleo Docente Estruturante, entre outras: contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; zelar pela 41 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso; zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação; atualizar periodicamente o projeto pedagógico do curso; conduzir os trabalhos de reestruturação curricular quando necessário; supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso definidas pelo órgãos reguladores; analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares; promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos estabelecidos pelo projeto pedagógico; acompanhar as atividades do corpo docente; exercer as demais atribuições que lhe são explícita ou implicitamente conferidas pelo Regimento da IES, bem como pela legislação e regulamentos a que se subordine. A composição do NDE deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos: ter como seu presidente o(a) coordenador(a) do curso; ser constituído por no mínimo 05 (cinco) professores pertencentes ao corpo docente do curso; ter, pelo menos, 60% de seus membros com titulação acadêmica obtida em programa de pós-graduação stricto sensu; ter todos os seus membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo menos 20% em tempo integral; ter, pelo menos 60% dos seus membros com formação acadêmica na área do curso. O NDE reunir-se-á ordinariamente duas vezes por semestre, por convocação de seu Presidente e, extraordinariamente, sempre que convocado por este ou pela maioria de seus membros titulares. O Conselho Universitário (CONSUNI), instância máxima de natureza consultiva e deliberativa, é constituído por: Reitor, seu Presidente; PróReitores; um representante da Mantenedora; cinco representantes do corpo docente; um representante do corpo técnico-administrativo; um representante do corpo discente; um representante da comunidade. Dentre as competências do CONSUNI estão: decidir sobre propostas de alteração do Estatuto e do 42 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Regimento Geral; fixar as diretrizes e políticas gerais do Centro Universitário; aprovar o plano anual de atividades do Centro Universitário; aprovar o relatório anual da Reitoria; criar e extinguir cursos de graduação e pós-graduação; regulamentar a criação e oferta de cursos de Pós-Graduação; aprovar projetos de desenvolvimento do Centro Universitário; apreciar os recursos interpostos de decisões dos demais órgãos, em matéria didático-científica, administrativa e disciplinar; aprovar o Regimento Geral e fixar normas complementares sobre as matérias de sua competência. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão central de supervisão das atividades didático-científicas de ensino, pesquisa e extensão. Tem competência deliberativa, normativa e consultiva e é integrado: pelo Reitor, seu Presidente; pelos Pró-Reitores, pelos Coordenadores de Cursos; por dois representantes do corpo docente; e por um representante do corpo discente. Dentre as competências do CONSEPE estão: elaborar as diretrizes e políticas do ensino, da pesquisa e da extensão, para aprovação do CONSUNI; fixar normas complementares ao Regimento Geral sobre as matérias de sua competência; estabelecer normas sobre a realização, e o funcionamento dos cursos de graduação, pós-graduação e extensão; expedir atos normativos referentes a assuntos acadêmicos; deliberar sobre questões acadêmicas que lhe sejam submetidas, inclusive as relativas ao pessoal docente; decidir sobre propostas, indicações ou representações, em assunto de sua esfera de ação; estabelecer critérios para elaboração e aprovação de projetos de pesquisa, de iniciação científica e programas de extensão; aprovar o currículo pleno de cada curso de graduação e de pós-graduação, bem como suas modificações; editar normas sobre processo seletivo e número de vagas para matrícula inicial nos cursos de graduação, e de extensão; propor e manifestar-se sobre proposta de criação de cursos de graduação, pós-graduação e de extensão; deliberar sobre a reforma do Estatuto e do Regimento Geral, no que se refere ao ensino, à pesquisa e à extensão; emitir, promover e coordenar seminários, grupos de estudo e outros programas para aperfeiçoamento de seus quadros docentes; e propor a criação de comissões de estudos e trabalho. 43 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura A Reitoria é o órgão executivo incumbido de coordenar e fiscalizar as atividades do Centro Universitário, e é composta pelo Reitor e pelos PróReitores. Dentre as atribuições do Reitor estão: dirigir e administrar o Centro Universitário; representar o Centro Universitário, junto a pessoas ou instituições públicas ou privadas; autorizar pronunciamentos públicos que envolvam, de qualquer forma, o Centro Universitário, bem como a realização, em seu recinto ou sob seu patrocínio, de programas culturais, artísticos ou científicos; firmar convênios, acordos ou contratos; convocar e presidir as reuniões dos colegiados superiores; baixar atos normativos e resoluções decorrentes das decisões dos colegiados superiores; apresentar o Plano de Carreira Docente e Técnico-Administrativo, submetendo-o ao CONSUNI e encaminhando-o à Mantenedora; submeter aos Colegiados Superiores representações e recursos; articular-se com os dirigentes do Centro Universitário para resolver assuntos administrativos ou pedagógicos, decidindo ad referendum dos colegiados superiores. 44 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO CURSO Ciências Biológicas Licenciatura NÚMERO DE VAGAS: 60 TURNO: NOTURNO CARGA HORÁRIA: 2890 horas MODALIDADE BACHARELADO X LICENCIATURA TECNÓLOGO Tempo máximo: 05 anos INTEGRALIZAÇÃO Tempo mínimo: 03 anos CAMPUS II ENDEREÇO Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João ANO DE IMPLANTAÇÃO DO CURSO 2013 3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO O presente projeto pedagógico foi elaborado em consonância com a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional do Brasil; com a Resolução Resolução CNE/CP nº 1/02, Resolução CNE/CP nº 2/02, Parecer CNE/CES nº1.301/01 e Resolução nº 213/10 do Conselho Federal de Biologia, que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura; com a Resolução CNE/CP n° 1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de Licenciatura e de Graduação plena; e com a resolução CNE/CP n° 2/2002, 45 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura que estabelece a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica em nível superior, curso de Graduação Plena e também com a Portaria de Reconhecimento Nº. 721, de 04 de junho de 2009. Além disso, está em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), na medida em que compartilha do princípio de que o currículo reflete a concepção do educando e da sociedade que se almeja conceber. Infere na maneira de organizar toda a estrutura de trabalho da Instituição bem como a postura dos educadores, a organização dos conteúdos e a metodologia de trabalho, buscando contemplar um ensino e formação profissional de excelência. Expressa a construção social do conhecimento e sistematiza os meios pelos quais ela se realiza. Recorre à realidade contextual em que estão inseridos seus alunos para sua organização. Preocupa-se com o perfil do profissional que se deseja formar, tendo em vista cursos e programas que possibilitem a formação profissional competente do cidadão para atuar em sua área e nos processos de transformação social, gerando alternativas eficientes para defrontar conjuntos de problemas e de questões advindas da contemporaneidade. Supera as práticas conservadoras abrigadas na rigidez dos currículos mínimos, rompendo com o paradigma da realidade de ensino decorrente de elevada carga horária e da falta de moderação com o número de disciplinas. Propõe uma formação integral que torna possível a compreensão das relações de trabalho, de propostas sociopolíticas de transformações da sociedade, de questões referentes ao meio ambiente e à saúde, objetivando a construção e o desenvolvimento de uma sociedade local e regional sustentável. Assim, esta nova proposta foi construída em conjunto com a comunidade acadêmica do curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB que tem como princípio uma ampla formação acadêmica de cunho crítico quanto ao desenvolvimento de competências necessárias ao exercício docente e à pesquisa acerca do ensino-aprendizagem nas questões que tangem a vida, processos evolutivos e aspectos sócios ambientais. 46 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO Este projeto pedagógico parte da necessidade de uma atualização curricular visando a adequar a formação de nosso aluno às novas exigências do mercado de trabalho da região de São João da Boa Vista e também às diretrizes estabelecidas pelo MEC no que tange à educação de nível superior. Para atuar nessa esfera de espaços e sociedade em transformação, há necessidade de um licenciado qualificado para interagir em situações heterogêneas e complexas; nesse aspecto, o Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB, empreendeu esforços para ofertar um curso capaz de formar profissionais preparados para a atuação na educação no contexto regional e convicto sobre as possibilidades de interação com as complexas transformações socioeconômicas e culturais contemporâneas. Hoje, tem-se clareza de que as Licenciaturas, impulsionadas não só pela voz da sociedade, que começa a se conscientizar do direito à qualidade do ensino, mas também pela rapidez dos avanços tecnológicos, e pela disseminação em tempo real dos conhecimentos, necessitam voltar-se para o alcance da “qualidade” de suas ações, uma vez que, por intermédio de seus egressos, futuros professores da educação básica, colaborarão com a melhoria da educação como um todo. Com essa preocupação, foi traçada a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica cujos objetivos estão descritos no Art. 3o. do Decreto 6.755/2009 e que, resumidamente, voltam-se para: a promoção da melhoria da qualidade da educação básica pública; o apoio à oferta e à expansão de cursos de formação inicial e continuada a profissionais do magistério pelas instituições públicas de educação superior; a busca da equalização das oportunidades em território nacional de formação inicial e continuada dos profissionais do magistério; 47 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura a valorização do docente, mediante ações de formação inicial e continuada que estimulem o ingresso, a permanência e a progressão na carreira; a ampliação de oportunidades de formação voltadas para o atendimento das políticas de educação especial, alfabetização e educação de jovens e adultos, educação indígena, educação do campo e de populações em situação de risco e vulnerabilidade social; a formação de professores na perspectiva da educação integral, dos direitos humanos, da sustentabilidade ambiental e das relações étnicoraciais, com vistas à construção de ambiente escolar inclusivo e cooperativo; a promoção da atualização teórico-metodológica nos processos de formação dos profissionais do magistério, inclusive no que se refere ao uso das tecnologias de comunicação e informação nos processos educativos; e a busca de uma real integração da educação básica com a formação inicial docente, assim como reforçar a formação continuada como prática escolar regular que responda às características culturais e sociais regionais. Assim, o Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB trabalha em sentido da missão institucional pelo fortalecimento do sistema nacional de educação e pela melhoria das condições de vida dos brasileiros, oferecendo estruturas e orientando atividades acadêmicas para a graduação de profissionais licenciados, competentes na aplicação dos conhecimentos técnico-científicos e dos métodos de ensino. Além disso, apresenta seu projeto atualizado pela discussão colegiada, pois a produção científica e a legislação educacional são parâmetros na produção dos planos de ensino para desenvolver formas de intervenção que garantam a eficácia do aprendizado, a compreensão dos processos biológicos que permeiam a vida e seu entorno. Seguindo essa realidade, as diretrizes curriculares nacionais e a filosofia e os objetivos norteadores dos projetos pedagógicos de nossa instituição, o Curso 48 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura de Ciências Biológicas Licenciatura propõe um novo currículo para o curso em vigor a partir de 2013, delineado nos próximos itens. HISTÓRICO O Curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB foi implantado em 2005, com base no Decreto DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006, que permitiu autonomia aos Centros Universitários para abertura de Cursos, sem necessidade de autorização prévia, no entanto o CONSUNI autoriza por meio da Resolução 03/2004 e Portaria da Reitoria 04/2004 a abertura da Licenciatura em Ciências Biológicas. O primeiro vestibular para Ciências Biológicas Licenciatura foi realizado em 2004, sendo que iniciou suas atividades em 2005. Sua primeira turma se formou em 2007,de acordo com o Artigo 63 da Portaria Normativa nº 40 de 12/12/2007 publicada no DOU de 13/12/2007, sendo reconhecido pela Portaria nº 721 de 06/2009. O curso foi oferecido até o ano de 2010 no formato tradicional seriado semestral, no entanto a baixa demanda para os cursos de licenciatura resultou em não oferecimento e abertura de novas turmas nos anos de 2011 e 2012. Em 2012 a Instituição entende a necessidade de se manter os cursos de Licenciatura, havendo, portanto uma reorganização do seu olhar pedagógico, implantando o Projeto Institucional de Formação por Competências, assim o Curso de Ciências Biológicas e demais cursos foram totalmente reestruturados e passaram a ser ofertados no modelo modular à partir de 2013. O curso foi concebido a partir da verificação da necessidade de se proporcionar, à comunidade da área de abrangência da região de São João da Boa Vista, a possibilidade de contar na esfera do Ensino Superior com um curso que, a par da graduação específica em Licenciatura, pudesse formar profissionais competentes na área de Biologia, visto entender ser esta uma das áreas prioritárias para alavancar o processo de desenvolvimento do país e de interesse local e regional para manter e aumentar seu nível de desenvolvimento sócio ambiental. 49 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Assim, o projeto pedagógico parte da realidade do mercado de trabalho, que cada vez mais exige profissionais criativos, autônomos, capazes de buscar a solução de problemas impostos pelo dia-a-dia; e, no caso específico dos trabalhadores em educação, que saiba atuar de maneira interdisciplinar, que transite entre várias áreas do conhecimento com propriedade e que seja capaz de buscar permanentemente sua formação. Propõe-se, então, um curso de Ciências Biológicas que não se limite a oferecer uma elevada carga horária destinada aos conteúdos específicos da área, mas, mais do que isso, que abra espaço para a formação de profissionais capazes de responder às necessidades da Educação na atualidade. O presente curso estrutura-se de maneira a garantir a formação específica na área de Biologia, oferecendo ao egresso a competência necessária para atuar como Professor de ciências e biologia, nos Ensino Fundamental e Médio, proporcionando, também, formação complementar capaz de prover os subsídios necessários à atuação interdisciplinar do profissional da Educação. JUSTIFICATIVA O desenvolvimento tecnológico e diversas ações antrópicas tem sido apontados como um das principais causas de desequilíbrios ambientais. Considerando a atual preocupação mundial com conservação e sustentabilidade ambiental, torna-se necessário formar cidadãos aptos a compreender, refletir e agir a partir de uma visão ambientalmente responsável. Assim, a implementação de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas se justifica por atender às disposições regidas pelas políticas públicas da educação nacional, bem como por contribuir para o desenvolvimento local e regional de forma sustentável. Nesse contexto regional, os profissionais da área de Ciências Biológicas atuam prioritariamente no ensino em escolas públicas e privadas, que atendem a alunos oriundos, em sua maioria, de famílias de classe trabalhadora. Os profissionais formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante 50 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura nas questões que envolvem o conhecimento da natureza”. Para tanto, este curso deverá abranger conhecimentos relativos às áreas das ciências: exatas, da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador, proporcionando o conhecimento dos processos evolutivos e organizacionais dos seres vivos através dos tempos e a possibilidade de reflexão sobre eles, visando a um futuro melhor. Desta forma, pretende-se atender à demanda regional por Biólogos Licenciados e que possam atuar nas Escolas da Rede Pública e Privada do ensino fundamental e médio, e como educadores desenvolverem o interesse pelos seres da natureza, promovendo a educação ambiental, atualmente tão necessária. Podem ainda atuar em Empresas, Prefeituras, Bosques, Parques e Jardins, Zoológicos, Organizações de Proteção à Natureza, Institutos de Pesquisa e Instituições de Ensino Superior. 4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO O curso de Ciências Biológicas proposto tem como diretriz básica a formação generalista do profissional com ênfase nas questões ambientais, de vital importância social, destacando a preservação do meio ambiente, a educação ambiental, a ecologia, a biotecnologia, a conservação e o manejo ambiental. Tem como finalidade o desenvolvimento de temas fundamentais na formação do biólogo que incluem a compreensão dos processos evolutivos, a diferenciação dos seres vivos, as relações entre os organismos e o meio ambiente e preservação ambiental, relacionando-os a aspectos econômicos, políticos, culturais e sociais. Levando-se em consideração o perfil do profissional que se pretende formar, é fundamental que a estrutura curricular seja adequada à visão generalista que o futuro Biólogo deve ter. Desta forma, o Curso de Ciências Biológicas UNIFEOB propõe a condensação de disciplinas que apresentam um conteúdo programático similar, evitando que o aluno fique com uma visão compartimentalizada das unidades de estudo apresentadas. No intuito de cimentar a visão global da Biologia para o aluno, as disciplinas serão oferecidas de forma única, não dividindo os conteúdos em unidades básicas, 51 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura especiais, aplicadas ou por tópicos. O enfoque que se pretende configurar a uma determinada unidade de estudo, será informado aos alunos durante todas as aulas, através de exemplos e trabalhos complementares. Cabe ressaltar que a estrutura curricular proposta estará vinculada à Avaliação do discente, uma vez que será imprescindível o trabalho extra-classe como revisão de literatura, confecção e elaboração de projetos de pesquisa e extensão para que o perfil do profissional a ser formado pelo curso possa ser alcançado. Todas as disciplinas propostas terão como linha diretriz a abordagem generalista dos conceitos tratados de forma relacionada aos fenômenos observados e vivenciados no cotidiano dos alunos, possibilitando a multidisciplinaridade do conhecimento, sem que o mesmo seja trabalhado de forma superficial, garantido uma sólida formação básica. Para tanto, os docentes deverão fazer uso de atividades práticas desenvolvidas em campo (áreas verdes dos campi da UNIFEOB, praças, jardins, bosques, fazendas, escolas e hospitais), a partir das quais poderão ser levantados questionamentos que fundamentarão a discussão dos conceitos pertinentes à disciplina. Desta forma, pretende-se estimular o aluno ao estudo das diversas áreas da biologia, tornando possível o intercâmbio de informações entre as diversas disciplinas do curso proposto. A proposta pedagógica abre espaço para a realização de Debates, Seminários e Projetos Temáticos, ao longo dos períodos letivos, sobre temas abrangentes e de importância social, que possam ser úteis para reforçar o papel do biólogo, discutir a importância dos assuntos tratados nas disciplinas para a formação do mesmo e reafirmar a necessidade de uma visão global da biologia e da educação ambiental. O curso pretende estimular a vivência acadêmica do futuro profissional através de atividades teórico práticas nas disciplinas, monitoria supervisionada, apresentação de trabalhos em Congressos e Reuniões Científicas, além de inserir o aluno de Ciências Biológicas em atividades de extensão em desenvolvimento no Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, como o Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos, Centro de Ciência Bioespaço e atividades na Fazenda Escola da UNIFEOB. 52 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura O Curso de Ciências Biológicas proposto deverá promover situações de interação entre docentes, discentes e a comunidade regional para o estudo da biologia de uma forma plena e integrada, propiciando a vivência em campo e laboratório dos assuntos pesquisados, buscando sempre que possível difundir os conhecimentos pela sociedade de São João da Boa Vista e região. 4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO O acesso ao curso de Ciências Biológicas, assim como aos demais cursos de graduação do UNIFEOB, depende do limite de vagas oferecidas e autorizadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE. Levando em conta a ênfase em sua missão de formar pessoas e cidadãos conscientes da importância do desenvolvimento sociocultural, o UNIFEOB inovou criando um Vestibular diferenciado, que transformou o vestibular tradicional de provas objetivas/discursivas em um processo seletivo, em que o vestibulando exercita sua capacidade de raciocínio, reflexão, leitura e criatividade por meio de questões dissertativas e redação. Estando esgotadas as listas de classificados do curso, há uma segunda avaliação do Processo Seletivo para preenchimento das vagas remanescentes, realizada em período posterior e que também classifica os candidatos inscritos pelas médias gerais do Histórico Escolar do Ensino Médio e pela nota obtida na Prova de Redação do UNIFEOB. As inscrições para o Processo Seletivo - Vestibular são abertas através de Edital da Reitoria, publicado no Diário Oficial da União e fixado nos quadros de avisos nas dependências dos dois campi e no site www.unifeob.edu.br/vestibular , constando os cursos e habilitações oferecidas com as respectivas vagas, os prazos de inscrição, a documentação exigida no ato de inscrição no processo seletivo, a relação das provas, os critérios de classificação e demais informações úteis. As condições de operacionalização do processo seletivo são disciplinadas pela Comissão Central do Processo Seletivo, ouvidas as 53 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Diretorias Executivas de Gestão do Ensino Superior e da Dinâmica Universitária da própria instituição; Os pré-requisitos mínimos para acesso à graduação são: a) Conclusão do Ensino Médio ou equivalente; b) Classificação em processo seletivo próprio ou outra forma de acesso que vier a ser estabelecida em Edital pelos órgãos educacionais competentes e/ou através do Programa Universidade para Todos – PROUNI/MEC. Na classificação obtida no processo seletivo, considerar-se-á que: a) A classificação será pela ordem decrescente dos resultados obtidos, sem ultrapassar o limite de vagas fixado, sendo eliminados os candidatos que obtiverem nota zero, bem como os que não obtiverem a nota mínima exigida na prova de redação, estabelecida pela Portaria – MEC n° 391, de 07 de fevereiro de 2002, e conforme critério de pontos aprovado pelo CONSEPE. b) A classificação obtida será válida para a matrícula no ano letivo para o qual se inscreveu, tornando-se nulos seus efeitos se o candidato classificado deixar de requerê-la ou, em o fazendo, não apresentar a documentação exigida nos prazos estabelecidos. A divulgação da classificação do processo seletivo e das chamadas subsequentes são sempre públicas. Em caso de desistência da matrícula de candidato aprovado em processo seletivo, classificado em primeira chamada, far-se-ão tantas chamadas quantas necessárias dentre os aprovados, sempre em ordem decrescente, até o preenchimento das vagas disponíveis. Para viabilizar o acesso e permanência ao candidato portador de necessidades especiais previsto na Constituição e legislação específica, e garantir a igualdade de condições para o pleno desempenho acadêmico, os candidatos portadores de algum tipo de necessidade especial (física, visual ou auditiva, e/ou sensorial) deverão comunicar suas condições e informar os recursos e o 54 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura tipo de atendimento de que necessita à Coordenação da Comissão Central do Processo Seletivo - CCPS antes de efetuar sua inscrição para quaisquer dos módulos previstos no processo seletivo. A partir deste contato, a UNIFEOB estudará alternativas para atender as reivindicações, segundo as suas possibilidades. Sem a comunicação prévia a UNIFEOB não poderá garantir a inclusão do candidato dentro do Programa Institucional de Atendimento ao Portador de Necessidades Especiais (PIADNE). 55 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS Em seu PDI, o UNIFEOB afirma que: o perfil desejado, de responsabilidade do UNIFEOB, deve estar no âmbito do perfil brasileiro, refletindo as características regionais e a potencialidade dos cursos oferecidos. O mesmo deve ser definido a partir dos fatores inerentes à realidade que permeia a profissão e que é relevante à formação profissional. Torna notável o conhecimento e a disseminação dos fundamentos da cidadania utilizando formas contemporâneas de linguagem e de competência dos princípios científicos e tecnológicos que alicerçam a realização da vida, especialmente da época em que vivemos. Logo, assume a formação cidadã e profissional de um ser humano capaz de dar continuidade a seu aprendizado de forma participativa e responsável, integrado ao intento da sociedade da qual faz parte, e crítico de suas mazelas. Desta maneira, o presente curso objetiva formar o profissional de Ciências Biológicas para atuar na Educação – Escolas de Ensino Fundamental e Médio, das redes pública e privada – e que, além disto, possa atuar como cidadão de maneira autônoma e crítica da realidade social na qual está inserido. O profissional deverá estar capacitado ao exercício do trabalho de Ciências Biológicas em todas as suas dimensões, que supõe amplo domínio da natureza e do conhecimento biológico e, deverá se tornar abrangente transformador da realidade presente, na busca de melhoria da qualidade de vida; sob parâmetros bioéticos legais. O mesmo deve ainda ser capaz de absorver novas tecnologias e a manipular mídias, estimulado pelas potencialidades das Ciências Biológicas sempre visando o atendimento às demandas da sociedade. O Licenciado deverá ter consciência de sua responsabilidade como educador, estando apto a atuar multi e interdisciplinarmente, preparado para desenvolver ideias inovadoras e ações estratégicas. Este profissional será capacitado a atender às necessidades do ensino fundamental (séries finais) e médio em escolas públicas e privadas, trabalhando o conteúdo de forma integrada, estimulando o raciocínio crítico e a criatividade dos alunos no que se refere às questões fundamentais das 56 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura ciências naturais, tendo o papel de contribuir para construção do conhecimento científico dos alunos, vinculando esse conhecimento a questões práticas da realidade local e incentivando projetos curriculares voltados para a temática científico-tecnológica da área de Ciências e Biologia. De acordo com o Parecer CNE/CES nº 1301/2001, de 06/11/2001, e demais orientações regimentais, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está estruturado de forma a qualificar os seus graduados para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem relacionados ao Ensino Fundamental e Médio. Portanto, o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas foi organizado de modo a formar o egresso: - Generalista, crítico, ético e cidadão, com espírito de solidariedade; - Detentor de adequada fundamentação teórica, como base para uma ação competente, que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos, bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis, suas relações filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e relações com o meio em que vivem; - Consciente da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em prol da conservação e manejo da biodiversidade, políticas de saúde, meio ambiente, biotecnologia, bioprospecção, biossegurança, na gestão ambiental, tanto nos aspectos técnico-científicos, quanto na formulação de políticas, e de se tornar agente transformador da realidade presente, na busca de melhoria da qualidade de vida; - Comprometido com os resultados de sua atuação, pautando sua conduta profissional por critérios humanísticos, compromisso com a cidadania e rigor científico, bem como por referenciais éticos legais; - Consciente de sua responsabilidade como educador, nos vários contextos de atuação profissional; - Apto a atuar multi e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do mercado de trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo; - Preparado para desenvolver ideias inovadoras e ações estratégicas, capazes de ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação. 57 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS O Curso de Ciências Biológicas Licenciatura concebido por este projeto pedagógico, considera o conjunto de competências e habilidades definidas pelas Diretrizes e Bases da Resolução CNE/CSE 7, 11/03/2002, integrantes do Parecer 1.301/20-01, abaixo relacionadas: - pautar-se por princípios da ética democrática social e ambiental, dignidade humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e solidariedade; - reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero, etc. que se fundem inclusive em legados pressupostos biológicos, posicionando-se diante delas de forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos coerentes e na bibliografia de referência; - atuar em pesquisa básica e aplicada nas ciências biológicas referente a conceitos/ princípios /teorias; - estabelecer relações entre ciência, tecnologia e sociedade; - aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e execução de processos e técnicas visando o desenvolvimento de projetos, perícias, consultorias, emissões de laudos, pareceres etc. em diferentes contextos; - utilizar os conhecimentos das ciências biológicas para compreender e transformar o contexto sócio-político e as relações nas quais está inserida a prática profissional, conhecendo a legislação pertinente; - desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas de atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de trabalho em contínua transformação; - orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e cultural autóctones e à biodiversidade; 58 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura - avaliar o impacto potencial ou real de novos conhecimentos/ tecnologias/ serviços e produtos resultantes da atividade profissional considerando os aspectos éticos, sociais e epistemológicos; - comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma postura de flexibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções sindicais e corporativas inerentes ao exercício profissional. A Resolução CNE/CP 1, de 18/02/2002, estabelece que todo projeto pedagógico de curso de formação de licenciados deve considerar: I. as competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrática; II. as competências referentes à compreensão do papel social da escola; III. as competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, os seus significados em diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar; IV. as competências referentes ao domínio do conhecimento pedagógico; V. as competências referentes ao conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica; VI. as competências referentes ao gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional. 6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE 6.1 PERFIL DOCENTE O docente deve atuar de forma peculiar e essencial na construção de conhecimentos e saberes que influenciarão na ação e transformação social. Deve ele trabalhar com a pluralidade de indivíduos e com a diversidade cultural. É um construtor de conhecimentos junto com os alunos, assumem compromissos sociopolíticos, éticos e educacionais para disseminação do que é considerado como novo para seus alunos. O docente deve ter domínio e responsabilidade acerca de suas atribuições, como planejamento de atividades e conteúdos, didática, organização do ambiente da 59 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura sala de aula, estruturação do complexo de conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos, além de responsabilidades profissionais referentes aos aspectos éticos, formação continuada, trabalho em equipe, relacionamento com seus pares e gerenciamento de seu próprio desenvolvimento profissional. Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da instituição (e, especificamente, do curso de Ciências Biológicas) assim como com o desenvolvimento sustentável e democrático local e regional. O professor de ciências/biologia é um educador, tem diante de si uma sociedade cheia de desafios e desigualdades acentuadas. A natureza epistemológica do papel do professor está condicionada a uma inteligibilidade ou a um saber-fazer (por isso também é intelectual) que fomenta saberes que vão além de saberes éticos, morais e técnico-científicos. Requer saberes interpessoais, pessoais e comunicacionais, para que a relação estabelecida entre alunos e professores possa favorecer o processo de ensino e de aprendizagem. No curso de Licenciatura em Ciências Biológicas estes saberes assumem importância uma vez que os professores, agindo como mediadores do conhecimento, podem desempenhar papéis de orientadores. Os orientadores são professores vinculados ao Curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB, com formação profissional na área. Que perfil deve ter um professor de ciências/biologia de forma a auxiliar o aluno a constituir-se como cidadão, dando oportunidade para que ele conheça melhor as relações que se estabelecem no interior da sociedade em que vive e na relação desta com as outras, uma vez que as relações políticas e econômicas são hoje globalizadas? Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de Ciências Biológicas estabelece um perfil para o professor da graduação ao entender que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em pesquisa de campo, de laboratório, bibliográfico, e dominado pelo professor, deve ser o instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar em saber escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso. 60 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor e os novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma: A aprendizagem é considerada como processo, jornada; O conteúdo é o meio e não fim; É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho; Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do processo educativo; A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada; A experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores importantes para potencializar a aprendizagem; Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática; A aprendizagem é vista como processo para a vida toda; O professor também é um aprendiz; Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem. À medida que o professor se assume como sujeito do seu próprio trabalho na sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se coprodutor de conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos: O professor universitário deverá ter as qualidades próprias a todo educador e as qualidades específicas próprias ao trabalho especial que ele deve realizar. Como educador, deverá aproximar-se do tipo perfeito do homem que ele aspira a realizar em seus dirigidos, tendo as qualidades físicas, intelectuais, morais e profissionais que desejaria ver reproduzidas em seus discípulos. E isto, em primeiro lugar, porque a educação se realiza, principalmente, pela virtude do exemplo que provoca a imitação, e, em segundo lugar, porque o educador necessita da atuação inteligente das mais aprimoradas qualidades humanas para bem realizar o seu trabalho. Como professor universitário, carece de qualidades muito especiais. Como a missão da Universidade, segundo Ortega y Gasset, é a de ensinar, pesquisar e divulgar a ciência, o professor universitário deverá ser perito na realização dessas operações.1 1 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.) Projeto político pedagógico. 13 ed. Campinas: Papirus, 2001. (Coleção Magistério). p.22. 61 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Para ser professor do Curso de Ciências Biológicas não é necessário apenas dominar o conteúdo a ser trabalhado, mas ter uma visão holística. Esse perfil envolve um professor que tem conhecimentos na área da psicologia de ensino e aprendizagem; de história da educação; conhecimentos de língua e linguagem e métodos a serem utilizados em sala de aula. O Curso de Biologia entende que o perfil do seu professor deverá preencher as seguintes condições: ter, ao menos, especialização na disciplina a ser lecionada; ter formação científica adequada; ter visão profissional da sua disciplina; manter contatos regulares e estágios em meios profissionais à mesma correlata; possuir adequada formação didático-pedagógica e cultura geral; possuir contatos com os demais setores da cultura; atualizar seus conhecimentos por meio de cursos, estágios e congressos em sua área de formação. Para cada unidade de estudo, o professor elabora um Plano de Ensino (plano de ação pedagógica) do qual constam ementa, conteúdo programático, competências que serão desenvolvidas, carga horária, metodologia empregada, recursos e estratégias didáticas utilizadas, bibliografia adotada e critérios de avaliação da aprendizagem. Os Planos de Ensino devem ser, no início de cada módulo, debatidos e aprovados pelo Colegiado do Curso. O professor é o responsável pela aplicação do programa de sua unidade de estudo e escolha do melhor método a ser adotado para cada aula: exposição, trabalho independente, trabalho em grupo, seminário, entre outros. O professor é também responsável pela vinculação dos conteúdos previstos no plano de ensino e aprovados pelo colegiado do curso às exigências teóricas e práticas da formação acadêmica. As atividades desenvolvidas em sala de aula pelo professor da unidade de estudo combinam quatro momentos básicos de metodologia de ensino: a. Apresentação aos acadêmicos, no início do módulo, dos objetivos de ensino e de aprendizagem, das competências que serão desenvolvidas, a bibliografia que será utilizada e onde encontrá-la; 62 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura b. Aplicação e consolidação dos conteúdos e habilidades; c. Registro de frequência dos alunos; d. Avaliação de desempenho dos alunos em relação às competências atitudinais e específicas, além da qualidade de aprendizagem; As atividades desenvolvidas em sala de aula podem contar com diferentes equipamentos didáticos à disposição do professor, como projetor de multimídia e aparelhagem de som. As aulas de caráter técnico são frequentemente desenvolvidas nos laboratórios específicos de informática. Os docentes do curso de Ciências Biológicas são graduados na área de Biologia e/ou áreas afins, com pós- graduação também na área de Biológicas e/ou áreas afins, dependendo da especialidade a que o professor está relacionado. Nosso conjunto de professores também tem, em sua maioria, ampla experiência (mais de dez anos) na educação básica, possibilitando, desse modo, que a formação dos futuros professores seja mais condizente com a realidade da sala de aula dos ensinos fundamental e médio, uma vez que os docentes da graduação são capazes de estabelecer diálogos e estratégias no processo de ensino-aprendizagem que não estão desvinculados da realidade profissional que nossos alunos irão encontrar quando ingressarem no mercado de trabalho. 63 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL DISCIPLINAS MAIOR TITULAÇÃO ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO NOME DO DOCENTE Mestre Biologia Cintia de Lima Rossi Doutor Educação Cláudia C. Hardagh Doutor Veterinária Celina Almeida Mançanares Especialista Matemática Fátima Ap. Médici Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem Mestre Psicologia Rafael Ferreira Pinto e Silva Língua Brasileira de Sinais – Libras Especialista Educação Ilza Maria Agostinho Doutor História Mestre Educação Especialista Doutor Bioquímico Farmacêutico Biologia Doutor Biologia Mestre Letras Doutora Químico Especialista Matemática Mestre Biólogo Especialista Biologia Doutor Ecologia Mestre Biólogo Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento Fisiologia Prática de Ensino Fundamental e Médio Sociedade e Educação Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento Organização da Educação Básica Metodologia Científica da Pesquisa Didática Química e Bioquímica Física e Biofísica Bioética e Biossegurança Metodologia de Projetos Botânica Microbiologia e Imunologia Com. e Expr. em Língua Portuguesa História da Ciência Matemática Estatística Parasitologia Genética e Evolução Biologia Molecular Biotecnologia Educação Ambiental Geologia e Paleontologia Ecologia Metodologia de Projetos e de F. O. João Fábio Diniz Márcia Mariza Belli Guilherme Ivan Arten Isaac Leilane Barbosa Ronqui Eliana Pereira Chagas Mariana de Carvalho Daniele Tonon Dominato Dimitrie Hristov Sobrinho Mateus Maldonado Carriero Glaucia Maria M. Liberali Fernanda Tonizza Moraes Vanessa C. Oliveira 64 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO A coordenação acadêmica do Curso de Ciências Biológicas é de responsabilidade de seu Coordenador, designado por Ato Executivo da Reitoria para mandato de 02 (dois) anos, podendo ser reconduzido. A Coordenação de Curso tem papel central no desenvolvimento das atividades ligadas ao Curso de Graduação. Entre as atribuições da Coordenação, estão as atividades administrativo-pedagógicas que oferecem suporte ao Curso, assim como o acompanhamento de todos os processos que envolvem o Curso de Graduação; sendo de fundamental importância a sua participação na elaboração e acompanhamento do desenvolvimento das atividades relacionadas ao mesmo e descritas em seu Projeto Pedagógico, bem como a integração entre professores, alunos, funcionários e coordenação. Ressalta-se o contato direto e permanente do Coordenador do curso com os docentes e discentes, no sentido de adequar situações e resolver questões que, eventualmente, surgem no decorrer do curso. O Coordenador de Curso de Graduação deve ter o seguinte perfil: Graduação de nível superior na área do curso, preferencialmente, Mestrado ou Doutorado na área de conhecimento do Curso; Visão de todas as subáreas de conhecimento do Curso; Visão técnica, administrativa e pedagógica do Curso; Conhecimento de legislação vigente; das Diretrizes Curriculares do Curso; Experiência em administração acadêmica; Participação ativa em eventos ligados à área do Curso; Publicação de artigos ligados à área do Curso; Bom relacionamento com professores, alunos e funcionários; Conhecimento das propostas metodológicas utilizadas e debatidas na 65 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Instituição. Preocupação com a formação integral de recursos humanos. A responsável pelo curso, atualmente é Professora Cintia de Lima Rossi, Mestre em mestre em Fisiologia, na área de Biologia Funcional, título obtido pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). O curso proposto é supervisionado e administrado pelo coordenador de curso e conta com o apoio do grupo técnico-administrativo, formado por profissionais qualificados em suas áreas de atuação, disponíveis na Instituição. Conta também com todo o corpo técnico-administrativo da Secretaria Geral, funcionários das áreas de limpeza e segurança e áreas de comunicação e divulgação, que já atendem os cursos existentes no UNIFEOB. A coordenadoria deve estabelecer um vínculo entre os discentes e docentes do curso, para avaliação constante do mesmo. Este trabalho em conjunto é fundamental para a verificação dos aspectos positivos da estrutura curricular proposta e modificação dos pontos necessários. 6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE O Núcleo Docente Estruturante é composto pelo Coordenador do curso que o preside, até cinco representantes do corpo docente do curso (indicados pelo Colegiado e nomeados pelo Pró Reitor Acadêmico). As decisões e sugestões do Núcleo Docente Estruturante antes da efetiva implantação são aprovadas pelo colegiado e na observância hierárquica pelo coordenador do curso e pró-reitor. O trabalho do Núcleo Docente Estruturante é desenvolvido no início de cada módulo através de reuniões presenciais ou virtuais em número suficiente para conclusão dos trabalhos. No decorrer do semestre, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do curso, o Núcleo Docente Estruturante executa de uma a duas reuniões presenciais e tantas quantas forem necessárias de maneira virtual. 66 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Compete ao Núcleo Docente Estruturante (NDE): implementar e acompanhar o desenvolvimento do projeto pedagógico, envolvendo principalmente a matriz curricular e sua aplicabilidade prática na atividade profissional; orientar e cobrar a elaboração e articulação dos programas e planos de ensino das unidades; acompanhar o desenvolvimento do plano de ensino, verificando a articulação entre objetivos, conteúdos programáticos, procedimentos de ensino e avaliação; opinar sobre os projetos de ensino, pesquisa e de extensão que forem apresentados; propor o plano e calendário anual de atividades do curso; opinar sobre a programação de ensino, das atividades de extensão e de estudos interdisciplinares ligados ao próprio curso e/ou entre os diversos cursos da instituição; sugerir normas específicas e acompanhar, sistematicamente, a revisão e atualização de projetos pedagógicos do curso, buscando o consenso entre a maioria dos membros do núcleo. Cabe ao coordenador do curso coordenar e supervisionar as atividades do Núcleo, articulando-as no que for necessário; convocar e presidir reuniões; acompanhar, cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras - federais e institucionais pertinentes ao curso -; fiscalizar a fiel execução do regime didático; exercer as demais atribuições que a função exige e elaborar; juntamente com os demais membros; o regimento do NDE que deverá ser submetido a aprovação do CONSEPE. Os membros do NDE obrigatoriamente têm formação acadêmica nas áreas específicas do curso, ou afins, e/ou experiência comprovada na disciplina ministrada. O mandado dos membros do NDE é coincidente com o mandato do coordenador do curso e a escolha dos membros do NDE é sempre regida por portaria específica da Pró reitoria Acadêmica. Item Nome Função Titulação 1 Cintia de Lima Rossi Presidente Mestre 2 Celina Almeida F. Mançanares Docente Doutora 3 Eliana Pereira Chagas Docente Doutora 4 Márcia Mariza Belli Docente Mestre 5 Glaucia Maria M Liberali Docente Especialista 67 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 68 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 7 METODOLOGIA DO CURSO O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura está em consonância com a Lei nº 9.394/96, de 20/12/1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O eixo norteador da sua concepção pedagógica prevê a articulação do ensino-pesquisa-extensão, havendo explicitação de que a educação superior realiza-se através do ensino, da pesquisa e da extensão, conforme preceitua o art. 64 da Lei citada. O ensino superior tem por objetivo aperfeiçoar a formação de pessoas para a atividade cultural, capacitá-lo para o exercício de uma profissão, e prepará-lo para o exercício da reflexão crítica e a participação na produção, sistematização e superação do saber. A pesquisa tem por objetivo o avanço do conhecimento teórico e prático, em seu caráter universal e autônomo, e deve contribuir para a solução dos problemas sociais, econômicos e políticos, nacionais e regionais. A extensão, aberta à participação da população, visa difundir as conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas no Curso. O princípio de um projeto de formação por competências privilegia a organização curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com as novas propostas pedagógicas. Assim, o foco principal do processo torna-se o aluno e seu trabalho de desenvolvimento profissional. Um dos principais pontos do planejamento do curso e de suas Unidades de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das metodologias que são empregadas. Para garantir sua integração e a constante motivação do aluno, esse passo é seguido continuamente ao longo do semestre, pelo conjunto de professores de forma participativa. Além disso, deve-se garantir a diversidade de situações e atividades de aprendizagem, sempre articuladas com as competências em construção e desenvolvimento. No planejamento das Unidades de Estudo, em vez de se partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-se de situações concretas, na medida das necessidades requeridas por essas situações. 69 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Assim, elas devem contemplar discussões estratégicas sobre temas a serem trabalhados de maneira prática, tendo como base, entre outros, debates, seminários, aulas expositivas dialogadas, discussão sobre filmes e obras literárias, leituras direcionadas, e que tenham, como um de seus objetivos, integrar os conteúdos desenvolvidos em todas as Unidades de Estudo que compõem o módulo (trabalho interdisciplinar). O trabalho dos alunos envolve, também, visitas técnicas monitoradas, atividades extracurriculares e estágio supervisionado que inclui a elaboração de relatórios de análise politico-pedagógica. Para elaborar um sistema modular por competências é preciso aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem se pautar pela identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e devem incluir projetos, provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem o aluno diante de situações simuladas. A escolha também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de pesquisa e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou trabalhados em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais, laboratoriais e de campo. As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos. Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização. A combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada no desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse caso é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente. O conceito de qualidade detém um duplo desafio: o de a Universidade comprovar-se competente e o de ser um espaço de educação, onde o acadêmico possa encontrar condições formativas e motivadoras. A conquista desse desafio resultará na formação de um profissional competente e num cidadão ativo, capaz de resolver as situações-problema. A questão da pesquisa ganha um lugar de inspiração fundamental da vida acadêmica e de todo o processo educativo que nela se desenvolve. Aparecendo como atividade educativa, a pesquisa exige uma postura metodológica, por meio da 70 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura qual o graduando toma consciência crítica da sua concepção histórica, reconhecendo a sua própria capacidade emancipatória, como estratégia básica de sua autoconstrução. Assim, para o aprendizado, os professores utilizam diferentes recursos áudios-visuais para apresentar e discutir os conteúdos teóricos e práticos quer sejam através de aulas teóricas em salas de aula e/ou laboratórios; seminários; estudo dirigido; simulações em seminários, congressos e jornadas acadêmicas. Ainda na busca do saber, de informações que possam melhorar o aprendizado, os alunos contam com um acervo de livros e periódicos na Biblioteca, onde também podem acessar informações através de periódicos on line e sites para pesquisa na internet. Através do Estágio Supervisionado os alunos têm a oportunidade de integrar as diferentes áreas de aprendizado, visando o seu crescimento pessoal e eficácia profissional; integrar e aplicar em prática os conhecimentos adquiridos nas demais disciplinas do Curso, possibilitando o aprimoramento e a complementação do ensino-aprendizagem através do desenvolvimento de atividades práticas; aprimorar as habilidades manuais e de diagnóstico contempladas nas disciplinas teóricas; adquirir os hábitos e as atitudes da profissão; desenvolver o senso analítico-crítico, baseado no exercício do questionamento e da criatividade; buscar soluções para os problemas vivenciados. 8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 8.1 MATRIZ CURRICULAR As Matrizes Curriculares dos cursos são organizadas em módulos semestrais e, em cada um deles, tendo como base as competências esperadas dos egressos, são delineados os eixos condutores de cada módulo. Essa organização orienta o planejamento, as ações e a avaliação dos professores. 71 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo, com cargas horárias préestabelecidas, o que não impede, no entanto, que os alunos sejam continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que os limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos. Para garantir aos alunos as condições de aquisição das competências ao longo de seu processo formativo e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento de atividades interdisciplinares e significativas, e o processo de avaliação, as Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas, estes por sua vez, devem privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas, abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados transversalmente. Busca-se exercitar o currículo como algo dinâmico e abrangente, envolvendo situações circunstanciais da vida acadêmica e social do aluno. Nessa perspectiva, o Curso de Ciências Biológicas não pretende ter o sentido de isolamento, vivendo apenas a relação com o aluno dentro da Universidade. Pretende isto sim, pensar o currículo para uma prática educativa contextualizada e coerente com o mundo globalizado em que atua sem perder de vista o regional. Em concordância com a Lei n° 11.645 de 10/03/2008; Resolução CNE/CP N° 01 de 17 de junho de 2004, serão trabalhadas nas unidades de estudo de Genética e Evolução e Bioética e Biossegurança a temática História e Cultura Afro-Brasileira e a Indígena. A atual matriz curricular do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura prevê uma carga horária de 2890 horas. 72 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / LICENCIATURA UNIFEOB - 2014 1º MÓDULO Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do CARGA HORÁRIA 160 Desenvolvimento Metodologia Científica 80 Organização da Educação Básica 80 Química e Bioquímica 80 TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 1º MÓDULO 2º MÓDULO 400 CARGA HORÁRIA Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 80 Didática 80 Física e Biofísica 80 Fisiologia 160 TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 2º MÓDULO 400 3º MÓDULO CARGA HORÁRIA Botânica 160 História da Ciência 80 Parasitologia 80 Psicologia do Ensino e da Aprendizagem 80 TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 3º MÓDULO 4º MÓDULO 400 CARGA HORÁRIA Genética e Evolução 160 Matemática 40 Estatística * (EAD) 80 Microbiologia e Imunologia 80 73 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Sociedade e Educação* (EAD) TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 4º MÓDULO 5º MÓDULO 80 440 CARGA HORÁRIA Geologia e Paleontologia 80 Metodologia de Projetos 80 Educação Ambiental 80 Libras* (EAD) 80 Zoologia 160 TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 5º MÓDULO 480 6º MÓDULO CARGA HORÁRIA Ecologia 160 Bioética e Biossegurança 80 Biologia Molecular e Biotecnologia 80 Prática de Ensino Fundamental e Médio 80 TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 6º MÓDULO 400 TOTAL Total de carga horária – teórica e prática 2190 Estágio Supervisionado 400 Atividades Acadêmicas Culturais 200 Trabalho de Conclusão de Curso 150 TOTAL GERAL 2890 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR MÍNIMO: 03 ANOS MÁXIMO: 05 ANOS 74 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 8.2 EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS 8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO DO CURSO Módulo 1 Disciplina: Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do C/H: 160h/a Desenvolvimento Ementa: Demonstrar de forma interdisciplinar a relação entre o estudo anatômico macroscópico e sua relação com as definições das estruturas celulares, características teciduais e a lógica da formação dos tecidos de acordo com o desenvolvimento embriológico. Bibliografia Básica JUNQUEIRA, L.C. & CARBEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2012. 299p. JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. 488p. DÂNGELO, J.G. & FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3ª ed.São Paulo: Atheneu. 2006. 763p. Bibliografia Complementar GARCIA, S.M.L., JECKEL, E. & FERNÁNDEZ, C.G. Embriologia. Porto Alegre: Artes Médicas. 2012. 350p. GARTNER, L.P. & HIATT, J.L. Tratado de Histologia em Cores. Rio de Janeiro: Guanabara koogan. 2007. 426p. De ROBERTIS, E. M.; HIB, J.De Robertis Biologia Celular e Molecular, 16ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2014 ALBERTS, B; JOHSON,A ; LEWIS, J; ROBERTS, K; Biologia Molecular da Célula, 5ª edição Porto Alegre, Artmed, 2010 Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica C/H: 80h/a Ementa: Iniciação metodológica ao trabalho intelectual. Princípios básicos para a elaboração de trabalhos acadêmicos em geral. A responsabilidade do intelectual diante da produção de conhecimento. A criticidade como forma de relação com as informações. Desenvolvimento da mediação entre a apropriação do conhecimento já produzido e o seu processo de produção. 75 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22ed. São Paulo: Cortez. 2002. CARVALHO, M.C.M (org.) Construindo o saber: metodologia científica: fundamentos e técnicas. Campinas: Papirus. 2000. MINAYO, Maria C. de Souza (org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade, 18ª ed. Petrópolis: Vozes,2003. Bibliografia Complementar ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. BIANCHETTI, Lucídio (Org.). Trama & texto: leitura crítica, escrita criativa. Vol. I. Editora Plexux. 2003. Disciplina: Química e Bioquímica C/H: 80h/a Ementa: Desenvolve uma noção geral sobre átomos, moléculas, ligações químicas, fórmulas e equações químicas. Trabalha de forma prática o equilíbrio químico das soluções, pH, concentrações e diluições de soluções, inclusive com dinâmicas aplicáveis no ambiente escolar. Aborda as funções e reações básicas da química orgânica. Enfatiza a importância dos elementos químicos nos organismos e relaciona os conceitos químicos às diversas áreas da biologia como Biologia celular e Fisiologia assim como sua aplicação na sala de aula, introduzindo a relevância da química e bioquímica. Aborda os grupos moleculares (proteínas, carboidratos e lipídeos) de forma interligada e permite a observação da bioquímica como base de todas as atividades celulares, relacionando problemas bioquímicos com alterações celulares e funcionais dos sistemas orgânicos. Bibliografia Básica KOTZ, John C.; TREICHEL JUNIOR, Paul M. Química e Reações Químicas. 5.ed. vol 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. D.L. Nelson e M.M. Cox - Lehninger - Princípios de Bioquímica. 5a. Ed. 2011. Editora Sarvier. BROWN T. L. EUGENE L.J., Química: ciência central, Ed Pearson Prentice Hall, 9ª ed. 2009. Bibliografia Complementar ATKINS, P. W.; SHRIVER, D. F. Química Inorgânica 3ª Edição, Porto Alegre: Bookman Companhia Ed, 2008 CHANG, R; Química Geral 4ª Edição, AMGH Editora LTDA, 2010. VOET, Donald; VOET, Judith G. Bioquímica. 2013. Editora Grupo A. Módulo 2 Disciplina: Fisiologia C/H: 160h/a 76 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Ementa: A disciplina deve enfocar a função dos tecidos, órgãos e sistemas orgânicos nos animais vertebrados, comparativamente. Caracterizar os mecanismos envolvidos com as funções coordenadas à curto prazo pelo sistema nervoso, constituído pela divisão sensorial (órgãos dos sentidos), o componente central e a divisão motora (somático e autonômico); o sistema de controle à longo prazo constituído pelo sistema endócrino. Aborda os sistemas vegetativos e seus mecanismos de controle. Bibliografia Básica DOUGLAS, C.R. Tratado de Fisiologia Aplicada à Ciência e Saúde, 4ª ed. Robe Editorial 2006. GUYTON, A C. Tratado de Fisiologia Médica, 12º ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2011. AIRES, M. M; Fisiologia, 4ª edição, Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2012. Bibliografia Complementar SWENSON, M. J., Dukes Fisiologia dos animais domésticos,12ª Edição, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 2006 SCHMIDT-NIELSEN, K; Fisiologia Animal - Adaptação e Meio Ambiente, 5ª edição, São Paulo, Livraria Santos Editora, 2002 RANDALl D, BURGGREN W, FRENCH K, Fisiologia animal mecanismos e adaptações, 4ª Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Disciplina: Física e Biofísica C/H: 80h/a Ementa: Esta disciplina visa a caracterização, a importância da Física e Biofísica e Campos de interesse. Bioeletricidade. Bio-óptica. Bioacústica. Biotermologia. Bioenergética. Hidrostática. Biomecânica. Biofísica das Radiações não Ionizantes. Biofísica das Radiações Ionizantes. Bibliografia Básica HEWITT P. G., Física Conceitual,9 ª Ed São Paulo, Editora Bookman, 2007 GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica - 12ª Ed. Editora: Guanabara Koogan. 2011. 1014 pp. BURGGREN, W.; FRENCH, K.; RANDALL, D. Eckert - Fisiologia Animal Mecanismos e Adaptações. 4º ed. Editora. Guanabara Koogan. 2011. 729 pp. Bibliografia Complementar ABRAMOV, D. M., MOURÃO Jr, C. A. Biofísica Essencial. Editora: Guanabara Koogan. Edição: 1. 2012. 212p. ABRAMOV, D. M., MOURÃO Jr, C. A. Curso de Biofísica. Editora: Guanabara Koogan. Edição: 1. 2009. 260p. NARDY, M. B. C.; SANCHES, J. A. G.; STELLA, M. B. Bases Da Bioquímica E Tópicos De Biofísica Um Marco Inicial. Editora: Guanabara Koogan. Edição: 1. 2012. 316p. 6- HENEINE, I. F. Biofísica Básica. 1º ed. 2002, Atheneu, 400p. 77 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Disciplina: Comunicação e Expressão da Língua Portuguesa C/H: 80h/a Ementa: A Unidade de estudo é indispensável para a formação do aluno como profissional, levando em consideração a importância da fluência em língua portuguesa, que além de possibilizar clareza na comunicação, permite ao aluno produzir textos claros e coerentes. Além disso, permite ao aluno um alto desempenho na atividade profissional. O conteúdo programático aperfeiçoará os conhecimentos em língua portuguesa dos alunos, facilitando a sua comunicação, interpretação e leitura, tanto com as outras disciplinas quanto para a sua formação pessoal. Bibliografia Básica CIPRO NETO, PASQUALE; INFANTE, ULISSES. Gramática da Língua Portugusa. Editora: SCIPIONE, 2008. Koch, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2012. KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2011. Bibliografia Complementar MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2013. GUIMARÃES, Thelma. Comunicação e linguagem. Editora Pearson, 2012. Koch, Ingedore Grunfeld Villaça. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, 2009. NADÓLSKIS, Hêndricas. Normas de comunicação em Língua portuguesa. São Paulo: Saraiva, 2009. Módulo 3 Disciplina: Botânica C/H: 160h/a Ementa: Esta disciplina enfoca a diversidade dos organismos vegetais, abordando citologia, anatomia, morfologia externa, reprodução, fisiologia, taxonomia, evolução, relações com a saúde e o meio ambiente e importância econômica. A disciplina se baseia em atividades teórico-práticas com estudo de espécies vegetais, na observação e execução de algumas técnicas utilizadas em anatomia vegetal e fisiologia como microscopia óptica, desenho científico e experimentos em laboratório, análise da estrutura floral e identificação taxonômica até família. É necessário que o aluno desenvolva o hábito da leitura de textos técnico-científicos, participe de trabalhos laboratoriais e de discussões em grupo. 78 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica KERBAUY, G. B., Fisiologia vegetal. 2ªEd. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. JOLY, A .B. Botânica (Introdução à Taxonomia Vegetal). Companhia editora nacional. EDUSP, São Paulo, .2002 161 p RAVEN, P. H., EVERT, R.F. e EICHHORN, S.E.. Biologia vegetal. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro. 2007, 728p. Bibliografia Complementar Kerbauy, G. B., Fisiologia vegetal. 2ªEd. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. CUTLER, D. F. ; BOTHA, T. ; STEVENSON, D. W.; Anatomia Vegetal: Uma Abordagem Aplicada, São Paulo, Editora Artmed, 2008. LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. Rima artes e textos, São Carlos, SP. 2006 Disciplina: Parasitologia C/H: 80h/a Ementa: Esta disciplina aborda as bases da parasitologia geral, envolvendo a evolução e a especificidade das associações entre os grupos de parasitos e seus hospedeiros (homem/animal). Enfoca a biologia e a epidemiologia das principais helmintoses, ectoparasitoses e doenças provocadas por protozoários, de importância na área de ciências biológicas. Abrange também os principais métodos empregados para a detecção de helmintos (sanguíneos, intestinais e teciduais) e artrópodes através da coleta, fixação preservação e identificação. Bibliografia Básica CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. São Paulo: Atheneu, 2001 NEVES, D.P.; MELO, A.L.; GENARO, O.;LINARD, P.M. Parasitologia humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2011. REY, L. Parasitologia. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Bibliografia Complementar FERREIRA, M. U.; Parasitologia Contemporânea, Rio de Janeiro Editora Guanabara Koogan, 2012 REY, L. Parasitologia – Parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 200. MORAES, R. G.; LEITE, I. C.; GOULART, E. G.; BRASIL, R.;Parasitologia e Micologia Humana, 5ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008. Disciplina: História da Ciência C/H: 80h/a Ementa: Aborda tópicos de História e Filosofia da ciência, com ênfase ao desenvolvimento da ciência no Ocidente até o surgimento da ciência moderna. Aspectos relacionados a visão de ciência ao longo dos tempos e a reflexão dos processos e finalidades da ciência moderna deverão permear a abordagem dos conteúdos. 79 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 1 Consequência de saberes, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2006. BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 2 Das máquinas do mundo- ao universo máquina, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2008. BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 3 Das luzes ao sonho do Dr. Frankstain, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2005. BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 4 A Belle époque da Ciência, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2008. Bibliografia Complementar MASON, L.F., História da Ciência, as principais contos do pensamento científico, São Paulo, Ed Globo, 1962 ZAMBUJA, D., Introdução à Ciência Política, Porto Alegre, Ed Globo.,1973. Módulo 4 Disciplina: Genética e Evolução C/H: 160h/a Ementa: Aborda os conceitos básicos da genética, enfocando os aspectos bioquímicos e funcionais dos ácidos nucléicos como duplicação do DNA, transcrição e tradução de proteínas, explicitando a importância do processo para a vida. Desenvolve o estudo das bases da hereditariedade e mutações. Aborda as noções de citogenética, divisão celular e de genética quantitativa. Avalia as relações do genótipo e do fenótipo através das modificações ambientais. Enfoca o processo evolutivo e os mecanismos de evolução, envolvendo a diversidade gênica e a formação da reserva gênica. Permite noções da genética de populações. Aborda a seleção natural e artificial, mecanismos de isolamento, modos de reprodução, filogenia e evolução em plantas, animais e humanos. Serão trabalhados como tema transversal História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Bibliografia Básica GRIFFTHS, A.J.G, MILLER, J.H., SUZUKI, D.T., LEWONTIN, R.C., GELBART, W.M. Introdução à genética 8ª Ed.Editora, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 2006. FUTUYMA, D.J. Biologia Evolutiva. 3ª edição, Editora Funpec. 2009 OTTO, P. A.; MINGRONI-Netto, R. C.; OTTO, P. G., Genética Médica, São Paulo: Editora Roca. 2013. 80 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Complementar DAWKINS, R. O relojoeiro cego: Da evolução contra o desígnio divino. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. DAWKINS, R. O gene egoísta. Itatiaia: Belo Horizonte, 2001. SNUSTAD, D. P.; SIMMONS, M. J.; Fundamentos de Genética, 6ª edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2013. KLUG, William S. ; CUMMINGS, Michael R. ; SPENCER, Charlotte A. ; PALLADINO, Michel A. Conceitos de Genética, 9ª edição, Porto Alegre: Grupo A, 2010. Disciplina: Matemática C/H: 80h/a Ementa: Desenvolve conteúdos básicos da Matemática, como interpretações gráficas de funções, funções exponenciais e logarítmicas, logaritmos, Trigonometria, Funções trigonométricas, considerando aspectos práticos e teóricos. A disciplina estatística aborda Estatística Descritiva, Apresentação dos Dados, Distribuições de Freqüências, Medidas de Posição e Medidas de Dispersão. Bibliografia Básica IEZZI, G e outros. Fundamentos de matemática elementar. ED. Atual, 2003. LARSON, R. e FARBER, B. Estatística Aplicada, São Paulo: Pearson, 2ª edição, 2004. SMILES, J. e McGRANE, A. Estatística Aplicada à Administração com Excel, São Paulo: Atlas, 2002. DANTE, Luiz Roberto. Matemática: volume único. São Paulo: Ática, 2009. Bibliografia Complementar LAPA, Nilton. Matemática aplicada. São Paulo: Saraiva, 2012. BONAFINI, Fernanda Cesar. Matemática. Pearson, 2012. IEZZI, Gelson. Matemática: Ciência e Aplicações v.1- Ensino Médio. 5 ed. São Paulo: Atual, 2010. Disciplina: Microbiologia e Imunologia C/H: 80h/a Ementa: Esta disciplina estuda a morfologia, a fisiologia do crescimento, a reprodução e a taxonomia de fungos, bactérias e vírus, bem como sua importância nas relações com a saúde e o meio ambiente e também a econômica e industrial. Abrange o uso de antibióticos e a análise e o cultivo desses microrganismos em laboratório. Aborda assuntos relacionados à epidemiologia de doenças infectocontagiosas em geral, estuda a imunidade passiva e ativa, as barreiras corpóreas, a regulação da resposta imune e a evolução do sistema imune. Enfoca também o sistema ABO-Rh, o mecanismo de ação de vacinas e soros em relação ao sistema imunológico e as diferentes reações encontradas nas hipersensibilidades tipos I, II, III e IV. 81 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica PELCZAR, M.J., CHAN, E.C.S. e KEIG, N. R. Microbiologia – conceitos e aplicações. São Paulo. McGraw Hill, 2008. TRABULSI, L.R., ALTERTHUM, F., GOMPERTZ, O .F. e CANDEIAS, J.A .N, Microbiologia. Ed. Atheneu, 5ª edição, São Paulo, 2008. ROIT, I.M.. Imunologia. Ed. Atheneu, 5ª edição, 2003 BLACK, J.G.. Microbiologia-fundamentos e perspectivas. Ed. Guanabara Koogan, 4ª d, Rio de Janeiro,2002. Bibliografia Complementar COICO, R.; SUNSHINE, G.; Imunologia, 6ª edição Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010. MADIGAN, M. T. ; MARTINKO, J. M. ; DUNPLAP, P.V. ; CLARK, D. P.; Microbiologia de Brock, 12ª edição, Porto Alegre editora Artmed, 2011. LEVINSON, W.; Microbiologia Médica e Imunologia, 10ª edição, Porto Alegre, Editora Artmed, 2010 TORTORA, G. J. ;FUNKE, B. R. ; CASE, C. L.; Microbiologia, 8ª edição, Porto Alegre, Editora Artmed, 2012. Disciplina: Estatística C/H: 80h/a Ementa: Estudo da estatística elementar e introdução a probabilidade. Gráficos e tabelas. Medidas de posição e de dispersão. Probabilidade. Distribuição de probabilidades. Bibliografia Básica LARSON, R. e FARBER, B. Estatística Aplicada, São Paulo: Pearson, 2ª edição, 2004. SMILES, J. e McGRANE, A. Estatística Aplicada à Administração com Excel, São Paulo: Atlas, 2002. MOORE, David. A estatística Básica e sua Prática, Editora JC, Bibliografia Complementar VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística, 3 ed, editora Campus; COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira. Estatística. 17 ed. São Paulo: Editora Edgar Blücher Ltda, 1999. CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Estatística aplicada a todos os níveis. Editora: IBPEX, 2014. Módulo 5 Disciplina: Zoologia C/H: 160h/a 82 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Ementa: Aborda a diversidade de protozoários e metazoários (acelomados, pseudocelomados e celomados: moluscos, anelídeos, lofoforados, artrópodos, equinodermos, hemicordados e cordados) sob um aspecto filogenético, enfocando sua organização filética e suprafilética e apresentando a terminologia empregada. Discute a biologia, morfologia, diversidade e filogenia dos metazoários deuterostomados (equinodermos,hemicordados e cordados). No filo dos cordados são estudados os subfilos dos urocordados, cefalocordados e vertebrados (peixes agnatos, peixes cartilaginosos e peixes ósseos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Enfatiza às relações entre origem embrionária, forma (morfologia interna e externa), função e diversidade de estruturas e de modos de vida bem como suas relações de homologia e analogia nos diferentes grupos Bibliografia Básica HICKMAN, C. P., ROBERTS, L. S. E LARSON, A. Princípios integrados de zoologia Guanabara & Koogan, 2013. RUPPERT, E,E; BARNES, D,B. Zoologia dos Invertebrados. Ed Roca. São Paulo, 1996. AMORIM, D. de S.. Fundamentos de Sistemática Filogenética. Holos Editora e Sociedade Brasileira de Entomologia, São Paulo, 2002. Bibliografia Complementar SCHMIDT-NIELSEN, Knut. Fisiologia Animal - Adaptação e Meio Ambiente, 5ª edição. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2002. HÖFLING, E., OLIVEIRA, A. M. S., RODRIGUES, M. T., TRAJANO, E. & ROCHA, P. L. B..TAUNAY, A. E. & MATOS, O. N. 1999. Zoologia Fantástica do Brasil (séculos XVI e XVII). EDUSP, São Paulo1995. TRACY I. STORER. Et. Al.. Zoologia geral. 6. ed. São Paulo: McGraw-Hill Book Company, 2000. Disciplina: Geologia e Paleontologia C/H: 80h/a Ementa: O primeiro módulo da disciplina trata dos elementos de Geologia Geral necessários ao estudo do meio físico, permitindo que no módulo dois sejam trabalhados os elementos de Paleontologia. A disciplina define o objeto de estudo da Geologia e sua evolução histórica. Trata da estrutura, composição e dinâmica do Planeta Terra. Estuda a composição, origem e características dos minerais e rochas formadoras da crosta terrestre. Discute a ação do intemperismo na formação do solo. Informa sobre a tectônica de placas e Teoria da Deriva Continental, bem como seus reflexos (falhas, dobramentos e atividade sísmica). Fornecer ao aluno a visão básica da Paleontologia e, principalmente, suas relações com a Evolução, a Biogeografia, a Botânica, a Zoologia e a Ecologia. Proporcionar ao aluno entendimento de técnicas de coleta e preparação de fósseis, além dos cuidados com sua preservação, capacitando-o a desenvolver projetos de pesquisa nesta área. 83 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica CARVALHO, Ismar de Souza (editor). Paleontologia V.1 e V.2. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. FERNANDES, A. C. S.; BORGHI, L.; CARVALHO, I. S. & ABREU, J. C. Guia dos Icnofósseis de Invertebrados do Brasil. Editora Interciências, 2002. 260 p. POPP, J. H. Geologia geral. 5ed. Rio de Janeiro: LTC. 2010, 400p. Bibliografia Complementar EICHER, D. L. Tempo Geológico. São Paulo. Edgar Blücher. 1969. 172p. ERNST , W. G. Minerais e rochas. São Paulo. Edgar Blücher. 1971. 162p. WILSON TEIXEIRA et. Al. Decifrando a terra. 2ªed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. Disciplina: Metodologia de Projetos C/H: 80h/a Ementa: Revisão e entendimento das normas da ABNT e das normas de eventos científicos; Qualidade da redação técnico-cientifica (linguagem correta e precisa; coerência na argumentação; clareza na exposição de idéias; objetividade; concisão e fidelidade às fontes citadas); Exercícios de seleção, avaliação e qualificação de artigos científicos; Ferramentas de criatividade e de seleção de ideias; Qualificação de ideia e de metodologia de produção de trabalho técnico-científico; Pesquisa e produção de trabalho – artigo técnicocientífico; Abordagem à comunicação técnico-cientifica em eventos temáticos. Bibliografia Básica DE SORDI, J. O.; Elaboração de pesquisa científica, 1ª edição, Editora Saraiva, 2013. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2013. MATIAS-PEREIRA J.; Manual de metodologia da pesquisa científica, 3ª edição, editora Atlas, 2012. Bibliografia Complementar VASCONCELLOS M.J., Pensamento sistêmico: O novo paradigma da ciência, Campinas, SP: Papiros, 2005. GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas Ciências Naturais e Sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 2004 FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2003 AZEVEDO, C. B.; Metodologia Científica ao alcance de todos, 2ªEdição, Editora Manole, 2009. 84 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Disciplina: Educação Ambiental C/H: 80h/a Ementa: Conceitos básicos da educação ambiental e todos os conteúdos pertinentes à sua prática: histórico, visões, princípios, objetivos, principais encontros internacionais e legislação. Os problemas socioambientais e consequências dos impactos causados pelo ser humano. Uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis, reciclagem, consumismo e sociedade sustentável. Noções gerais sobre conservação da biodiversidade, impactos ambientais de natureza antrópica e suas consequências. Contextualização histórica do homem e o ambiente em face das intensas alterações ambientais globais sofridas pela sociedade moderna. Tópicos em legislação ambiental e políticas públicas. O papel da Educação Ambiental nos currículos da formação formal. A Educação Ambiental e os PCNs. Educação Ambiental não formal. A mídia e a tecnologia em favor da Educação Ambiental. Análise e discussão de programas de Educação Ambiental. Bibliografia Básica DIAS, G.F. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 6 a ed. São Paulo : Gaia, 2000. REIGOTA, M. O Que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2001. LUZZI D.; Educação e meio ambiente uma relação intrínseca, Editora Manole, 2012. GUIMARÃES, M. Educação Ambiental: No consenso um debate? Campinas: Papirus, 2007. Bibliografia Complementar Arlindo Philippi Jr e Maria Cecília Focesi Pelicioni (orgs.). Educação ambiental e sustentabilidade 2ed. Editora: Manole, 2013.CASCINO, F. Educação Ambiental: princípios, história, formação de professores – 4ª ed. – São Paulo: Editora Senac, 2007. SATO M. ; CARVALHO I.; Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios, Porto Alegre,Editora Artmed, 2008. Disciplina: Libras C/H: 80h/a Ementa: Estudo de temas considerados relevantes para o exercício da função do professor. Aspectos sobre a educação de surdos, línguas de sinais, a história e a aquisição da escrita pelo surdo. A importância da LIBRAS no desenvolvimento sócio-cultural do surdo. Vocabulário básico em LIBRAS. Bibliografia Básica Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trílingue, Língua de Sinais Brasileira.Volume 1Fernando César Capovilla, Walquiria Duarte Rafael. 3.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,2001. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trílingue, Língua de Sinais Brasileira.Volume 2Fernando César Capovilla, Walquiria Duarte Rafael. 3.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,2001. QUADROS, Ronice Müller de. Educação de Surdos: A Aquisição da Linguagem. Porto Alegre: Grupo A, 2011 85 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Complementar LUCHESI, Maria Regina Chirichella. Educação de pessoas surdas: Experiências vividas, histórias narradas. Campinas, SP. Papirus, 2003. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 2000. MOURA, Maria Cecília. Educação para Surdos - Práticas e Perspectivas II. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2011. Módulo 6 Disciplina: Ecologia C/H: 160h/a Ementa: A disciplina trata da evolução histórica da Ecologia e da importância em compreender as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente como forma de garantir a conservação da natureza para as futuras gerações. Aborda a distribuição dos seres vivos no planeta e os sistemas ecológicos através do enfoque multi-escalar, de populações a ecossistemas, possibilitando a integração das informações. Fornece informações sobre a transferência de matéria e energia na natureza, o funcionamento de ciclos biogeoquímicos e das teias alimentares. No estudo de Ecologia de Populações, trata dos processos evolutivos em populações animais e vegetais abordando a dinâmica populacional, a coevolução entre animais e plantas e as características das interações ecológicas entre populações (predação, herbivoria, mutualismo e parasitismo). Aborda de forma introdutória a ecologia comportamental e os processos evolutivos que a regem bem como as vantagens e desvantagens das diferentes estratégias de vida apresentadas. A importância da conservação do meio ambiente é tratada de forma transversal ao longo do curso. Bibliografia Básica ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1988. 434p. RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: E. Rodrigues. 2001. Bibliografia Complementar SATO, Michèle ; CARVALHO, Isabel. Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Grupo A, 2011. BEGON, Michael Begon; TOWNESEND, Colin R.; HAPER, John L. Ecologia de individuos a ecossistemas, 8 ª edição. Porto Alegre: Grupo A, 2011. GUATTARI, F., As três ecologias, 19ª Ed. Campinas, Papirus, 2008. ROSA, A. H., FRACETO, L. F., MOSCHINI-CARLOS, V.; Meio Ambiente e Sustentabilidade, Porto Alegre, Editora Bookman, 2012. 86 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Disciplina: Bioética e Biossegurança C/H: 80h/a Ementa: Fundamentos da ética e bioética; Bioética: antecedentes; Aspectos históricos no desenvolvimento das biotecnologias; Códigos nacionais e internacionais de ética científica; Questões éticas em Biotecnologia; Ética e propriedade intelectual; Plágio e Fraude; Conceito de risco e biossegurança; Potencial de riscos biológicos; Gerenciamento de riscos e resíduos; Legislações, Regulamentações e Normas em Biossegurança. Serão trabalhados como tema transversal História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena Bibliografia Básica HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e Controle de Infecções, 2ª edição. Rio de janeiro: Grupo Gen,2012. PESSINI,L; BARCHIFONTAINE C. P, Problemas atuais de bioética, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2007, 581. ROBERT M. V.; Bioética, 3ªed Editora Person Education do Brasil, 2014. Bibliografia Complementar GASPARINI, B. Transgenia na agricultura: analise das legislações do Brasil, da União Europeia e dos EUA - bioética, biossegurança e biodireito - impactos sociais das novas tecnologias - aspectos ambientais, econômicos e políticos, Editora Jurua, Curitiba, 2009, 374. BRAUNER M. C. C. e DURANTE V.; Ética Ambiental e Bioética Proteção Jurídica da Biodiversidade, Editora Educs, 2012. HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança - Ações Fundamentais para Promoção da Saúde. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2012. Disciplina: Biologia Molecular e Biotecnologia C/H: 80h/a Ementa: Ácidos Nucléicos: estrutura do DNA e RNA; replicação; transcrição e tradução. Organização e controle da expressão gênica em procariontes e eucariontes. Tecnologia do DNA recombinante. Biotecnologia Animal e Biotecnologia Vegetal. Uso da biotecnologia na área ambiental. Processos biológicos de transformação de resíduos. Biorremediação. A biotecnologia nos alimentos. Bibliografia Básica KREUZER, H. ; MASSEY, A. Engenharia genética e biotecnologia, 2ª ed. Artmed, Porto Alegre, 2002, 434. ALBERTIS, B. et al. Biologia Molecular da Célula 3.ed. Artes Médicas, Porto Alegre. 2011. 294p COX, M. M., DOUDNA, J. A., O'DONNELL M.; Biologia Molecular: Princípios e Técnicas, Editora Artmed, 2012. Bibliografia Complementar BROWN, Terence A. Genética um enfoque molecular. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 1999. DE ROBERTIS, EDWARD M.; HIB, JOSÉ. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2014. OCTAVIANI, A.; Recursos genéticos e desenvolvimento, 1ª edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2013. 87 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 8.2.2 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES Disciplina: Didática C/H: 80h/a Ementa: Escola, Ensino e Didática. A construção da identidade e do trabalho docente. Tendências pedagógicas na prática educativa: implicação didática das teorias atuais e suas aplicações práticas. A Dinâmica da Sala de Aula. Planejamento e Avaliação como elementos potencializadores e organizadores do trabalho pedagógico. Recursos e Técnicas de Ensino. Projeto PolíticoPedagógico e Projetos Escolares. Bibliografia Básica HAYDT, R. C. C.; Curso de didática geral. 8. ed. São Paulo: Ática, 2006. ZABALA, A. A prática educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. SANTIAGO, Anna Rosa Fontella (Veiga, Ilma Passos Alencastro). Projeto políticopedagógico da escola: uma construção possível. 29 ed. Campinas: Papirus, 2013. Bibliografia Complementar GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 8.ed. São Paulo: Ática, 1999. ALVES, J. F.;Série Educação - Avaliação Educacional - Da Teoria à Prática, Editora LTC Grupo GEN, 2013. MALHEIROS, B. T.; Série Educação - Didática Geral, Editora LTC Grupo GEN, 2012. CORDEIRO, Jaime. Didática. São Paulo: Contexto, 2007. Disciplina: Organização da Educação Básica C/H: 80h/a Ementa: Trabalha elementos que orientam o entendimento geral da organização da educação básica brasileira em suas dimensões históricas, políticas, sociais, econômicas e educacionais. Para tanto, aborda: a educação escolar na Segunda República, com o “Manifesto dos Pioneiros da educação Básica”; as ideias educacionais dos anos de 1930; os Ideários Liberal, Católico, Integralista e Comunista; a Pedagogia de Paulo Freire, de Dermeval Saviani e o Marxismo na Educação; a LDB 394/96; os Sistemas de Exames e Diretrizes do Governo FHC. Bibliografia Básica: LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. (Pimenta, Selma Garrido). Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2012. PILETTI, N.; Educação básica: da organização legal ao cotidiano escolar. São Paulo: Ática, 2010. ROMANELLI, O. O.; Historia da educação no Brasil(1930 1973). 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. 88 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Complementar: MACEDO, Lino de. Como construir uma escola para todos? Porto Alegre: Artmed, 2007. MELO, Alessandro de. Fundamentos socioculturais da educação. Curitiba: InterSaberes, 2012. PILETTI, Nelson. História da educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010. SANTOS, Clovis Roberto dos. Educação escolar brasileira. 2ed. Sao Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. SAVIANI, Dermeval. Historia das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas-SP: Autores Associados, 2008. VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007. Disciplina: Psicologia do Ensino e da Aprendizagem C/H: 80h/a Ementa: Considerando a importância do conhecimento acerca do desenvolvimento humano para a prática profissional do Licenciado, esta unidade de estudo aborda os processos de mudanças psicológicas – de desenvolvimento da cognição das pessoas, dos processos de crescimento e suas experiências vitais significativas – que ocorrem ao longo da vida do ser humano, da infância até a velhice. Para desenvolver esse conteúdo, apresenta uma introdução à Psicologia Evolutiva, utilizando-se de uma abordagem tripla: histórica, conceitual e metodológica. Bibliografia Básica: BEE, H. A. Criança em desenvolvimento. Porto Alegre: ARTMED. 2003 BOCK, A. M. Bahia, Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999. SOUZA, Marilene Proença Rabello de. Ouvindo Crianças na escola: abordagens e desafios metodológicos para psicologia. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2010. Bibliografia Complementar: PILETTI, N., et al. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ed. Contexto, 2014. NOGUEIRA. M. O. G., LEAL D.; Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosófico, pedagógico e psicológico. Curitiba. Intersaberes, 2013. VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para professores/Lev Semionovitch Vigotski. Apresentação e comentários Ana Luiza Smolka; Tradução Zoia Prestes. São Paulo. Ática, 2009. BARROS, C. S., Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ática, 2008. CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida, Psicologia do Desenvolvimento, 2 ed, São Paulo: Ática, 2012. MENEZES, Lucianne Sant’Anna de. Desamparo. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2008. Disciplina: Sociedade e Educação C/H: 80h/a Ementa: Desenvolvimento do pensamento sociológico; pensadores basilares da Sociologia; globalização, cultura e identidade; individualismo e individualidade; dimensão cultural da educação/aprendizagem. Educação como processo e técnica social. Função conservadora versus função libertadora da educação. 89 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Bibliografia Básica: DIAS, R.; Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à sociologia da educação. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. TEDESCO, Juan Carlos. Sociologia da Educação. Campinas: Autores Associados, 1995. Bibliografia Complementar: MARQUES, Silvia. Série Educação - Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2012. BRIDI, Maria Aparecida; ARAÚJO, Silvia Maria de; MOTIM, Benilde Lenzi. Ensinar e Aprender Sociologia. Editora: contexto, 2012. FERRÉOL, Gilles; NORECK, Jean-Pierre. Introdução Sociologia. Ática,2012. FERREIRA, Delson. Manual de sociologia. São Paulo: Atlas, 2010. Disciplina: Prática de Ensino Fundamental e Médio C/H: 80h/a Ementa: O ensino da Ciência da Natureza e Biologia como difusores dos avanços da Ciência. O papel do ensino de Ciências/Biologia como agente de conscientização de problemas sociais e ecológicos. Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico e utilizá-lo no exercício da cidadania. Planejamento das atividades e preparação do material didático no ensino de Biologia. Com o objetivo de oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e prática profissional, será pedido que eles desenvolvam, juntamente com as atividades de estágio supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores. Bibliografia Básica: CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Cengage Learning, 2013. CALLUF C.C. H.; Didática e Avaliação em Biologia, Curitiba, Editora Intersaberes, 2012. MENEZES, Gilda. Como usar outras linguagens na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2006. Bibliografia Complementar: CALIL P.;O Professor Pesquisador no Ensino de Ciências, Curitiba, Intersaberes, 2014. GODEFROID, R. S.; O Ensino de Biologia e o Cotidiano. Curitiba, Intersaberes, 2014. ALVES, J.F.; Série Educação - Avaliação Educacional - Da Teoria à Prática, LTC Grupo GEN, 2013. ESPINOZA, A.; Ciências na Escola novas perspectivas para a formação dos São Paulo: Ática, 2012. Editora Editora Editora alunos, 90 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 8.3.1 TUTORIA O tutor tem um papel estratégico em todas as atividades em unidades de estudo em EaD. Uma de suas atribuições principais é a de orientar o aluno para que se conscientize de que ele estuda para seu próprio desenvolvimento profissional. Para isso, é motivado a agir de forma responsável quanto às tarefas, prazos e tempo de dedicação ao estudo e à pesquisa. A atuação do tutor é, em grande parte, responsável pelo sucesso do projeto do curso. O tutor acompanha turmas de, no máximo, 40 alunos e tem a função de complementar, apoiar e avaliar os estudantes em seu percurso, além de ser mediador entre currículo, interesses e capacidades dos alunos. Monitorando os intervalos de tempo de acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), pode estabelecer, se necessário, contato telefônico com os alunos, identificando aqueles que estão se distanciando do curso. Para dar o devido suporte aos alunos, especialmente em dúvidas e questões sobre os conteúdos dos temas abordados em aulas, o tutor conta com o apoio do professor da respectiva unidade de estudo, que atua como professor formador. É responsável pela condução e orientação nos encontros presenciais e por plantões presenciais específicos, determinados no calendário acadêmico. Deve apresentar, em seu perfil, as seguintes competências: - Atuar como mediador: conhecer a realidade de seus alunos em todas as dimensões (pessoal, social, familiar, escolar etc); - Oferecer possibilidades permanentes de diálogo, saber ouvir, ter empatia e manter uma atitude de cooperação, assim como proporcionar experiências de melhoria de qualidade de vida aos alunos; - Possuir fundamentos, metodologias e estrutura sobre a educação a distância, a fim de sustentar as bases pedagógicas da aprendizagem frente ao comportamento dos sujeitos; - Dominar procedimentos de pesquisa e de confecção de materiais didáticos nas mais diferentes mídias; 91 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura - Possuir habilidades de comunicação, relacionamento interpessoal, liderança, dinamismo, iniciativa, entusiasmo, criatividade e capacidade para trabalhar em equipes. O tutor a distância atende os alunos via ambiente virtual, podendo interagir com a turma através de chats, fóruns e e-mail. 8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS 8.3.2.1 REDE E EQUIPAMENTOS Para o efetivo desenvolvimento de unidades de estudo em EaD, embora prescinda da relação presencial em todos os momentos do processo, esta modalidade exige o diálogo constante entre alunos, professores, tutores, coordenadores de curso e equipe de apoio do NEaD. Por este motivo, é imprescindível uma organização em rede que possibilite o processo de interlocução permanente entre todos os atores da ação pedagógica. Em vista disso, para aqueles usuários que não possuem acesso próprio à Internet, o NEaD disponibiliza 8 laboratórios de informática, com um total de 200 computadores de grande capacidade, e link de Internet de 10 MB compartilhados. A gravação das web aulas é feita por profissionais altamente capacitados, em dois estúdios, construídos com isolamento acústico total e com três diferentes cenários para simular ambientes reais, além de camarins e sala para entrevistas, aulas e jornalismo. Cada estúdio é equipado com computadores; mesa de áudio Behinger; mesa de corte Roland; projetor multimídia Hitachi; lousa interativa elnstruction; câmera filmadora Panasonic; Kit de iluminação digital Mako; TV de LED 42”, entre outros equipamentos. 92 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 8.3.2.2 ACOMPANHAMENTO E APOIO AOS ALUNOS O monitoramento do percurso dos alunos é feito nos encontros presenciais e virtuais, sendo que, pela plataforma MOODLE, é possível acompanhar a quantidade e qualidade da participação dos alunos nos diferentes espaços de trabalho e de discussão. Em encontros presenciais são realizadas também avaliações de desempenho dos estudantes e, ao final de cada semestre, em tempo especificamente destinado a este fim (em consonância com o que dispõem o Parecer CNE/CNES 261/2006 e a Resolução m.º 3 de julho de 2007), é realizada uma avaliação escrita, elaborada pelo conjunto de professores das unidades de estudo, juntamente com o coordenador do Curso, observando o caráter interdisciplinar das unidades e sua correlação direta com o módulo em que a unidade está alocada. 93 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS O curso de Ciências Biológicas oferece aos acadêmicos do Curso de graduação, anualmente, atividades essenciais ao aprimoramento profissional, consagradas institucionalmente como atividades complementares. Dentro desse propósito, desde a criação do curso em são oferecidos e desenvolvidos pela comunidade acadêmica palestras, oficinas e os Encontros de Formação de Educadores. Paralelamente, também são oferecidas atividades em projetos de extensão universitária, de âmbito institucional, Cursos complementares na área educacional (oficinas pedagógicas), além de aulas realizadas nos sábados letivos. Atualmente o curso está reestruturando 2 projetos de extensão internos, que devido a não oferta dos cursos ficaram suspensos, o Projeto de Reciclagem de Resíduos e o Centro de Ciências Bioespaço, e está sendo idealizado o Centro de Biotecnologias possibilitando a atuação dos discentes, com a finalidade de promover diversas vivências, transpondo para a prática os ensinamentos teóricos. Além disso, o Curso de Ciências Biológicas firmou uma parceria com o Grupo São João Mais Verde para atuar na revitalização de Bosques e Parques do Município, a fim de que tais locais se transformem espaços para se desenvolver Educação Ambiental. 9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO O Estágio Supervisionado é uma exigência que se encontra firmada na LDBEN n.º 9394/96, dos cursos de formação de profissionais da educação dos Cursos de Licenciatura. Determinam a Lei n.º 6494/77 e o Decreto Federal n.º 87497/82 que os estágios deverão ser cumpridos por seus estudantes, futuros profissionais da educação, no decorrer do seu curso de graduação. A formação de profissionais da educação, de modo a atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço. 94 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades. (Art. 61 da Lei 9394/96) Conforme a Resolução CNE/CP 2 de 19/02/2002 que institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior é obrigatória a realização de 400 horas de Estágio Curricular Supervisionado. Entretanto, para os estudantes que exercem atividade docente regular na educação básica será possível a redução da carga horária do estágio curricular supervisionado até no máximo de 200 horas. No Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, o Estágio Curricular Supervisionado de Ensino será desenvolvido a partir do meio do curso. Em cada um dos módulos, caberá ao aluno/estagiário o desenvolvimento das atividades previstas no Regulamento de Estágio. Integrante do Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, este Projeto do Estágio Curricular Supervisionado sustenta-se na legislação que trata da formação de Professores da Educação Básica, aparato legal que traz um novo paradigma dessa formação, expresso, dentre outros, em eixos articuladores das dimensões a serem contempladas na formação docente (Resolução CNE/CP 1/2001). A legislação em vigor, conforme colocado anteriormente, traz os elementos fundamentais que deram sustentação à estruturação e organização deste Projeto, planejado a partir dos princípios e objetivos gerais propostos para o estágio, conceituado como: (...) um tempo de aprendizagem que, através de um período de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício. Assim, o estágio curricular supervisionado supõe uma relação pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. Por isso é que este momento se chama estágio curricular supervisionado. (Parecer CNE/CP 28/2001, p. 10) 9.1.1 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO Os objetivos do Estágio Supervisionado do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos - UNIFEOB são: 95 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura - Proporcionar oportunidade de vivências, que permitam aplicar conhecimentos teóricos, através da experiência em situações reais do exercício da futura profissão. - Proporcionar complementação ao ensino e à aprendizagem, sendo um instrumento de vivências significativas, aprofundamento científico, cultural e de relacionamento humano. - Contribuir para um maior aprofundamento teórico-prático do estudante do Curso de Biologia; - Proporcionar situações e vivências que aprimorem sua formação e atuação profissional; - Contribuir para que o estudante sistematize uma análise crítica a partir do confronto entre os conhecimentos e habilidades desenvolvidas no Curso de Ciências Biológicas e as atividades pedagógicas cotidianas; - Possibilitar maior interação entre o Curso de Biologia – UNIFEOB com os estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada. O Estágio Supervisionado no que diz respeito às atividades realizadas em campo, também deverá ser abordado em conteúdos específicos nas unidades de estudo de Prática de Ensino ou Pedagógica de Formação devendo: - Proporcionar ao estudante dos cursos de Licenciatura o aprimoramento teórico referente a temas da área educacional, relevando aqueles que são advindos das vivências em campo; - Desenvolver ações em distintos campos de atuação do futuro professor tendo em vista a proposta curricular de seu curso de Licenciatura em seu Projeto Político Pedagógico; - Promover a integração e interação do estudante estagiário com a Instituição onde realiza os estágios. 9.1.2 FORMATO DOS ESTÁGIOS O estágio supervisionado constitui-se em atividade obrigatória para a formação de professores. Deve ser acompanhado por um profissional habilitado para ministrar aulas de ciências/biologia nos níveis fundamental e médio do ensino e por profissionais da educação vinculados a uma instituição de ensino. 96 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Serão realizadas atividades “Observação” da escola como um todo, ou seja, nos seus aspectos físicos, humanos e pedagógicos. Deverão ser realizadas atividades “Regência” na disciplina de Português e suas respectivas literaturas, tanto no nível Fundamental como no Nível Médio, que deverão vir acompanhadas do “Plano de Aula” e da “Ficha de a Avaliação” do professor da classe em que a aula foi dada. Serão realizadas, ainda, atividades “Participação” em conjunto com os alunos das Escolas de Ensino Fundamental e Médio onde o estágio será sendo realizado como também com a comunidade. Todas as atividades de Estágio Supervisionado deverão ser devidamente registradas na “Ficha Cumulativa de Controle de Estágio” e arquivadas no setor Conexão, que integra o Núcleo de Desenvolvimento e Inovação (NDI). Nesta ficha deverá constar o carimbo do órgão e/ou Unidade Escolar, uma foto do estagiário e a assinatura do respectivo responsável, devidamente credenciado (com carimbo). A partir do 5º módulo do curso os alunos devem entregar relatórios parciais de estágio em que constem as descrições e reflexões acerca das atividades desenvolvidas, entre eles pede-se: um relatório das observações de aulas no ensino fundamental ou médio, um relatório do contexto físico-organizacional da escola onde o aluno está estagiando, um relatório das aulas de regência, o plano de aulas das aulas regidas pelo aluno, uma avaliação da aula regida feita pelo professor responsável pela turma em que a aula foi dada, projetos de aplicação pedagógica, relatório do desenvolvimento dos projetos, entre outros documentos conforme o caso. Ao final do sexto semestre é entregue o relatório final de estágio em que devem constar todos os itens mencionados acima, acrescido de texto reflexivo acerca da realidade escolar. Ressalta-se que as atividades a serem realizadas no estágio supervisionado são vinculadas às disciplinas/unidades de estudo de cada módulo, integrando as reflexões acerca dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula. Embora articuladas às disciplinas/unidades de estudo apresentadas no quadro, cabe recolocar que as atividades de estágio devem ser pensadas como intrinsecamente articuladas com a prática e com as atividades de trabalho 97 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura acadêmico, conforme Parecer CNE/CP 28/2001, implicando, portanto, responsabilidade coletiva, e não apenas do professor responsável pelo estágio, no que toca principalmente às discussões para o seu planejamento e avaliação. Caberá aos professores indicados pela coordenação do curso, face às atividades planejadas para cada momento da formação, atribuir horas para as mesmas, totalizando as horas previstas para cada etapa. Entretanto, por entendermos que as competências e conhecimentos exigidos na prática profissional devem ser aprendidos para serem colocados em ação, e sendo este um dos objetivos gerais do estágio, propomos atribuição de horas para cada etapa do Curso, com início na segunda metade do curso, para atividades intrinsecamente, relacionadas à prática docente: O relatório final de estágio deverá ser encadernado, e as fichas e o relatório final referente ao Estágio Supervisionado deverão ser entregues na data fixada pelo professor responsável. A não entrega dos mesmos no prazo estipulado antes dos dias destinados ao exame final levará o estudante a sua reprovação. A entrega deverá ser protocolada também no setor Conexão, no Campus II do Unifeob. 9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO No Curso de Ciências Biológicas da UNIFEOB, o Trabalho de Conclusão de Curso consiste na realização, pelo aluno, de uma pesquisa bibliográfica, documental ou estudo de caso, com objetivo de produzir um trabalho acadêmico na área de seu interesse, dentre os vários assuntos veiculados pelas disciplinas ministradas. O Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatório a todos os alunos matriculados no Curso, e será melhor desenvolvido durante o quinto e sexto módulos. O objetivo da elaboração deste trabalho final é proporcionar ao aluno a oportunidade de: - organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado assunto dentro da área das ciências biológicas e ciências pedagógicas estudadas ao longo do curso; 98 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura - aplicação de procedimentos de análise, interpretação de texto e aplicação metodológica para a pesquisa; - iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação continuada em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de elaboração de projetos, monografias e teses. Para o colegiado de curso, o TCC deve ser considerado como um processo de amadurecimento do aluno que se dá ao longo de seu curso, seja no que diz respeito à sua formação profissional. Além dos objetivos formalmente estabelecidos e já citados, considera-se, ainda, que o TCC vem complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos, tanto no que se refere à parte teórica como à prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e projetos desenvolvidos durante o curso, além de iniciá-lo em relação à produção e transmissão de conhecimento científico na área educacional. Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso pelos resultados que se apresentam. Os Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento do trabalho de conclusão de curso são: – Formalizar um convite de orientação Relatório Científico ao orientador de sua escolha através da entrega de carta de aceite assinada pelo orientador convidado. – Foi escolhido o artigo científico como formato de TCC, o qual deve ser elaborado mediante a um projeto desenvolvido na escola onde o aluno realiza o estágio supervisionado relacionando aos conceitos biológicos aprendidos ao longo do Curso. Os alunos deverão desenvolver pré-projeto e projeto, relativos ao trabalho de pesquisa e condução deste deve ser acompanhado pelo orientador. Após a conclusão do trabalho o aluno deverá apresentá-lo por meio de pôster a um docente escolhido, denominado de docente relator, ou ainda poderá ser submetido a uma banca examinadora, a qual deverá avaliar o Trabalho de Conclusão de Curso de acordo com os critérios abaixo: 99 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura a.) a atualidade e originalidade do tema escolhido; b.) o processo de investigação utilizado; c.) o material bibliográfico utilizado; d.) a correta utilização das normas para realização de trabalhos acadêmicos. 9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES Em relação às atividades complementares, a Resolução CNE/CP 2, de 19/02/2002, definiu que a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em licenciatura, deverá ter 200 horas destinadas às atividades acadêmico-científico-culturais. As atividades acadêmico-científico-culturais são compostas pela participação do aluno dos cursos de Licenciatura em atividades de ensino, de pesquisa, extensão e de caráter social e têm o propósito de enriquecer o conteúdo curricular proposto pelo curso, podendo ser adquiridas inclusive, fora do ambiente acadêmico. São consideradas atividades complementares, dentre outras: As Disciplinas extracurriculares ministradas nos Cursos de Licenciaturas ou em outros Cursos do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos ou, ainda, aquelas ministradas fora da Instituição, na qual será caracterizada como 10 horas por disciplina cursada. Disciplinas integrantes dos demais cursos de graduação do Unifeob - podem ser aproveitadas como Atividades Complementares, observados os critérios de afinidade definidos pela Coordenação do curso frequentado pelo aluno. Até 80 horas por atividade realizada. Atividades de monitoria - essas atividades devem estar vinculadas a um projeto acadêmico de um professor dos Cursos de Licenciatura, validado pela Coordenação do Curso frequentado pelo aluno, sendo a carga horária constante na certidão/ declaração. Até 80 horas por atividade realizada. Atividades extracurriculares - vinculadas às disciplinas curriculares ministradas nos Cursos de Licenciatura do Centro Universitário da Fundação de Ensino 100 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Octávio Bastos, realizadas fora do horário normal de aulas, correspondentes a 10 horas por atividade cursada. a) Visitas a Feiras Científicas e Culturais; b) Visitas a Empresas e Instituições que tenham relação direta ou indireta com as diversas áreas da Licenciatura cursada; c) Aula de campo através de atividades práticas de observação do meio; Atividades complementares de pesquisa, dentre outras: participação do aluno em projetos e programas de pesquisa voluntária, remunerada ou não, orientada por docentes dos Cursos de Licenciatura. Estas atividades serão examinadas pela Coordenação do Curso, para sua validação, mediante apresentação de documentação correspondente. Elaboração e editoração de publicações, cuja carga horária será a seguinte: a) publicação de resumos em horas (h): Evento Local: 15 h Evento Regional: 15 h por resumo apresentado Evento Estadual: 20 h por resumo apresentado Evento Nacional: 25 h por resumo apresentado Evento Internacional: 30 h por resumo apresentado b)publicação de trabalhos completos em: Evento Local: 20 h por resumo apresentado Evento Regional: 20 h por resumo apresentado Evento Estadual: 25 h por resumo apresentado Evento Nacional: 30 h por resumo apresentado Evento Internacional: 35 h por resumo apresentado c) publicação de artigos em revistas e periódicos: Local: 25 h por resumo apresentado Regional: 25 h por resumo apresentado Estadual: 25 h por resumo apresentado Nacional: 50 h por resumo apresentado Internacional: 50 h por resumo apresentado São consideradas atividades complementares de extensão, dentre outras: 101 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Projetos e programas de extensão - coordenados pelo Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos ou por quaisquer de seus Cursos; Eventos diversos na área das Licenciaturas - como seminários, jornadas, simpósios, palestras, congressos, conferências, cursos, minicursos e outros, validados pela Coordenação do Curso, cuja carga horária deve ser a constante nos documentos de convalidação. Estágios extracurriculares - cuja carga horária corresponde a constante no certificado, desde que não ultrapasse o limite de 40% (quarenta por cento) da carga horária total prevista para as "Atividades Complementares". São consideradas atividades complementares de cunho social, dentre outras: A representação estudantil em órgãos discentes – com comprovação mediante cópia autenticada da ata de posse ou eleição, dar-se-á da seguinte forma: a) representação oficial de turma: 10 h por ano; b) representação no Diretório Central Estudantil: 10 h por ano; c) representação em órgão regional: 20 h por ano; d) representação em órgão nacional (UNE): 30 h por ano de atividade; Participação em atividades esportivas municipais, estaduais ou nacionais – representando o Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos. 9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA O corpo docente do curso de licenciatura em Ciências Biológicas acredita ser fundamental a criação de espaços alternativos que proporcionem a ampliação do horizonte cultural e do desenvolvimento da autonomia dos nossos egressos. Nesse sentido, pretende-se criar grupos de pesquisa que promovam iniciação científica na área de Biologia, realizando pesquisas, participando de congressos, seminários e outros eventos técnico-científicos. É de grande relevância a existência de espaços nos quais professores e alunos compartilhem reflexões sobre o cotidiano da vida escolar, buscando diagnosticar problemas e apontar soluções através das práticas que aperfeiçoam e refazem as teorias. Para isso, buscaremos realizar, ao longo dos semestres letivos, 102 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura oficinas, palestras e laboratórios temáticos para que seja possível criar espaços para a formação dos alunos e, ao mesmo tempo, promover a integração com a comunidade e com os professores da escola básica. Todas essas ações visam à constituição de uma nova cultura institucional, consoante com as atuais orientações para a formação de professores em cursos superiores. De acordo com os PARECER CNE/CP 9/2001 do MEC “os cursos de preparação de futuros professores devem tomar para si a responsabilidade de suprir as eventuais deficiências de escolarização básica que os futuros professores receberam tanto no ensino fundamental como no ensino médio”. Os projetos de pesquisa poderão ser elaborados em todas as áreas da Biologia, e ficará a critério do professor o número de alunos sob sua responsabilidade. Os professores serão estimulados a encaminhar os projetos de pesquisa para órgãos de fomento à pesquisa como a FAPESP e o CNPq, além de Fundações Filantrópicas de Apoio à Pesquisa, para angariarem fundos para o desenvolvimento das atividades. 9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS O componente curricular formativo do trabalho acadêmico do Curso de Ciências Biológicas inclui, além do ensino presencial (disciplinas obrigatórias), outras atividades de caráter acadêmico, científico e cultural (ACC) e de extensão (AE), aprimorando o processo formativo do profissional biólogo. Seminários, apresentações e exposições acadêmicas, participação em eventos científicos, monitorias, projetos de ensino, relatórios de pesquisas, atividades de extensão, estágios não obrigatórios, entre outras, são modalidades desse processo formativo. O curso de Ciências Biológicas além de oferecer as atividades regulares dos próprios projetos desenvolvidos pelo curso, também oferece possibilidades de participação em diferentes atividades que são registradas como atividades complementares e inerentes à formação do futuro professor da área de Biologia. O Curso de Ciências Biológicas está reativando Projetos de Extensão, anteriormente desenvolvidos e conta com parcerias, cujas ações poderão contribuir 103 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura para a formação completa do biólogo licenciado assim como permite uma visão mais próxima do mercado de trabalho, dentre tais projetos podemos citar o Projeto Reciclagem de Resíduos, Centro Bioespaço, Centro de Biotecnologia, a ser implantado. O Projeto Reciclagem de Resíduos se preocupa em minimizar os impactos causados pelos resíduos no ambiente, desenvolvendo atividades de educação ambiental junto aos funcionários, docentes e discentes, das Faculdades dos Campi, no intuito de destinar seus resíduos sólidos às empresas recicladoras através de coleta seletiva nas dependências da Instituição. Implantado em 2001, o Projeto de Reciclagem teve como objetivo maior, sensibilizar a comunidade que utiliza as dependências da Unifeob para que, a partir das suas reflexões possa agir e acreditar que é possível mudar a realidade do espaço em que se vive, trabalha e mora tornando-o muito melhor. O Projeto de Reciclagem, implantou em todos os campi da Instituição, seguindo as orientações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Resolução 275, postos de entrega voluntária (PEVs), lixeiras coloridas, onde a pessoa pode descartar papel, plástico, metal e lixo orgânico. Além do trabalho desenvolvido na Instituição o Projeto de Reciclagem, promoveu atividades de orientação nas escolas de ensino fundamental e médio e comunidade regional, no sentido de conscientizar os alunos e demais cidadãos aos problemas ambientais, desenvolvendo atividades lúdicas de educação ambiental. Suas atividades de coleta seletiva e educação ambiental foram interrompidas, em 2010, pelo curso uma vez que a demanda de alunos no período diminuiu consideravelmente. Atualmente o projeto encontra-se em fase de reestruturação e será integrado ao Projeto de Gestão Ambiental Unifeob desenvolvido pelo Curso Superior de Tecnologias em Gestão Ambiental. Essa fusão vem complementar o Projeto de Reciclagem de Resíduos, ampliando as ações, minimizando os impactos ambientais causados nos âmbito da Instituição. O Centro de Ciências BIOESPAÇO está vinculado ao curso de Ciências Biológicas da Unifeob, em São João da Boa Vista – SP. Este centro foi criado visando um trabalho de extensão, onde os docentes do curso de Ciências Biológicas e alunos da Instituição pudessem contribuir com a comunidade regional através do 104 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura desenvolvimento de atividades dinâmicas e inovadoras relacionadas aos temas das ciências da vida. O BIOESPAÇO pretende contribuir com a qualidade do ensino de ciências, principalmente nas escolas públicas da região e difundir a popularização da ciência, através de ações inclusivas da comunidade em geral. O Centro de Ciências BIOESPAÇO utiliza as instalações e área verde do campus II da Unifeob. A maioria das atividades é realizada nos laboratórios de Ecologia, Microbiologia, Zoologia, Botânica e Biologia Aquática cujo espaço e disponibilização de equipamentos (ópticos e áudio-visuais). O Centro de Ciências BIOESPAÇO foi criado em 2002 e realizando atividades de ciências dinâmicas, mediante agendamento prévio, com alunos do ensino fundamental e médio da região de São João da Boa Vista. Estas atividades são propostas em conjunto com os professores responsáveis e alunos do curso e planejadas de maneira a atender da melhor forma possível os interesses docentes e discentes convidados. Todas as atividades estão baseadas na experimentação e discussão dos resultados obtidos pelos alunos. Realizado uma vez por ano, uma feira com o objetivo de divulgação científica intitulada BIOESPAÇO para Todos, aberta a toda a população da região de São João da Boa Vista, no intuito de divulgar as atividades realizadas no Projeto BIOESPAÇO. A feira BIOESPAÇO pra Todos é realizada desde 2002 e tem recebido mais de 2000 visitantes, inclusive população de baixa renda, uma vez que a Instituição proponente disponibiliza transporte gratuito para o evento. Em 2005 tal feira não foi realizada, sendo esta atividade retomada em 2006 com atividades e oficinas desenvolvidas pelos alunos dos diversos cursos da UNIFEOB. Os alunos de Ciências Biológicas desenvolvem oficinas práticas nas disciplinas de Práticas e Vivências. Nos últimos anos têm aumentado consideravelmente o público visitante, principalmente das escolas da rede pública e particular da região de São João da Boa Vista. Atualmente esta feira abrange todos os cursos do UNIFEOB transformando-se no UNIVERSO UNIFEOB. Este espaço atualmente vem promover onde o Curso de Ciências Biológicas e demais Cursos da Instituição expõem seus saberes e suas experiências profissionais. O Centro de Biotecnologia é um projeto de extensão está sendo articulado a desenvolver atividades multidisciplinares, envolvendo os Cursos de Ciências 105 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Biológicas, Engenharia Agronômica e Medicina Veterinária, pretende-se realizar pesquisa e serviços nas áreas de fertilização in vitro e células tronco, quanto a estas duas vertentes, diversas pesquisas já estão sendo desenvolvida no curso de Medicina Veterinária, no entanto o Curso de Ciências Biológicas contribui na manipulação de biologia molecular. Outra ação deste Centro é no desenvolvimento de biotecnologias para Micropropagação Vegetal e nesse caso ocorre integração com o curso de Engenharia Agronômica. Esse Projeto tem como finalidade promover ações multidisciplinares entre os cursos citados, abrir mais um campo de experimentação e vivências na área de Biotecnologia, permitindo o exercício profissional, prevê também o desenvolvimento de Cursos de Extensão nas áreas de conhecimento produzido por estas atividades. Para viabilizar, ainda, o acesso às atividades de Extensão, há a Semana/Encontro Acadêmico - uma Semana de Biologia / Encontro de Formação de Educadores por ano- que tem por objetivos: promover o intercâmbio entre as diferentes áreas de ensino-pesquisaextensão do curso; proporcionar discussões acerca das áreas da biologia; divulgar resultados dos projetos de pesquisa e de extensão de alunos de Graduação, de Pós-graduação e de professores. A Semana/Encontro contempla uma programação diversificada, que atende diferentes áreas do curso, destacando as seguintes modalidades: a) Apresentação de painéis b) Comunicações Individuais c) Comunicações Coordenadas d) Simpósios e) Conferências / Palestras f) Míni-cursos (e/ou Oficinas) g) Apresentação de atividades artístico-culturais, como performances teatrais, musicais etc. 106 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO ACADÊMICO AOS DISCENTES Ao considerar que o papel do educador é mediar o processo de formação acadêmica dos futuros profissionais, a coordenação sempre disponibiliza horários de atendimento acadêmico, o que facilita o aprendizado em sala de aula, esclarece dúvidas do aluno, incentiva a complementação do seu estudo, orienta trabalhos para apresentação em eventos, promove estudos dirigidos e orientação profissional, bem como desperta o espírito crítico buscando novos desafios e a integração professor/aluno. 10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO O Projeto Institucional de Nivelamento destina-se, primeiramente, aos alunos matriculados no primeiro e segundo módulos dos cursos de Graduação do UNIFEOB, visando possibilitar ao acadêmico recém-chegado à Instituição um contato com novas estratégias de atendimento e formato das atividades pedagógicas desenvolvidas para a superação de dificuldades de aprendizagem; além de ações específicas dos cursos, em razão de necessidades pontuais apresentadas no desempenho de aprendizagem do aluno. As ações institucionais de nivelamento objetivam: Possibilitar ao ingressante a revisão dos conteúdos básicos das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa, enfatizando os seus fundamentos através de estratégias de atendimento e do formato das atividades pedagógicas a serem desenvolvidas para superação de dificuldades de aprendizagem; Reduzir problemas como evasão ou reprovação já nas primeiras séries do curso, ensejando a adoção de métodos pedagógicos que permitam a reorientação do processo ensino-aprendizagem e o resgate dos conteúdos não assimilados ou mal sedimentados pelo aluno no Ensino Médio, essenciais ao aprendizado universitário. 107 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura As atividades dos projetos de nivelamento são organizadas e ofertadas de forma paralela às atividades letivas dos cursos de graduação, proporcionando ao aluno a oportunidade de superar as dificuldades à medida que se constate a insuficiência do aproveitamento, sendo realizada a distância, sob a forma de webaula, em dias e horários conforme a disponibilidade do aluno, podendo apoiar-se em textos didáticos ou gravações de áudio e vídeo ou meios eletrônicos que se encontram disponíveis. Tal programa de nivelamento está organizado em 06 módulos, com carga horária total de 40 horas, a saber: I - Módulos I, II e III – Língua Portuguesa; II - Módulos I, II e III – Matemática; 10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO AO ESTUDANTE O ingresso na Universidade pode provocar sentimentos paradoxos que vão da euforia à disforia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas tradicionais, onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao contrário, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, de forma integrada, e devem fazer parte de um Contrato Didático, pactuado entre professores e alunos, para que possam promover a integração e aumentar o grau de confiabilidade entre alunos, professores e Instituição. A auto avaliação é um importante componente do processo. Dos instrumentos devem constar provas práticas e teóricas integradas, pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Para acompanhar o desenvolvimento das competências atitudinais, os professores preenchem uma ficha de avaliação, onde pontuam a evolução de cada aluno, em dois diferentes momentos do módulo. Esse processo permite que a real situação do aluno seja acompanhada constantemente, evitando que somente seja 108 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura conhecida ao final do semestre letivo. Dessa forma, se, ao longo do semestre, forem identificadas, tanto pelos professores como pelo próprio aluno, quaisquer situações que dificultem o seu desenvolvimento, e que não possam ser solucionadas no ambiente da sala de aula, a Instituição conta com o apoio de um grupo de profissionais internos que fazem parte do NAP - Núcleo de Apoio Psicopedagógico. Dificuldades de aprendizagem, de integração e relacionamento interpessoal e profissional no ambiente acadêmico, problemas comportamentais estão entre os assuntos que competem ao Núcleo. Composto por psicólogo, pedagogo, psicopedagogo e professores, com perfis e treinamento apropriados para atender aos objetivos específicos do setor, o NAP constitui um serviço de prevenção e intervenção oferecido ao estudante para melhorar sua qualidade de vida acadêmica e, consequentemente, seu processo de aprendizagem e formação como indivíduo e profissional. Os atendimentos podem ser individuais, por busca espontânea do próprio aluno, ou por encaminhamento (de professores, coordenadores etc.), e coletivos (palestras, dinâmicas, seminários, encontros com pequenos grupos), por solicitação de professores, alunos etc. Os procedimentos realizados pelo NAP constituem-se em importante ferramenta para o atendimento ao aluno e identificação precoce de quaisquer dificuldades. Dessa forma, podem ser tomadas providências para tentar reverter o processo e evitar prejuízos que possam comprometer o seu pleno desenvolvimento. Além da avaliação realizada pelo corpo docente, é feita uma avaliação externa, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, que é aplicada para verificação das competências e habilidades predefinidas e do desenvolvimento de cada módulo. O NDI (Núcleo de Desenvolvimento e Inovação) foi criado no primeiro semestre de 2014 pela UNIFEOB com o objetivo de difundir, divulgar e aprimorar a formação e a prática empreendedora. Para isso, estarão disponíveis com o NDI novas ferramentas para o desenvolvimento da formação empreendedora no ensino superior, dentro do modelo pedagógico de formação por competências. Na criação de empresas, o NDI também concentra suas ações em estimular e incentivar a capacidade para investigar e criar soluções. Isso graças ao trabalho de 109 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura aprimoramento de um perfil proativo, inovador, entre outras qualidades evidentes em grandes empreendedores. Entre as atividades do NDI constam os contatos e parcerias acadêmicas com organizações que fomentam a pesquisa, inovação e transferência de tecnologia em benefício da comunidade regional. Para desenvolver todas estas atividades, o NDI está dividido em: Centro de empreendedorismo, Centro de tecnologia e informação e o Conexão. O Centro de Empreendedorismo visa intermediar o contato entre os alunos e o mercado de trabalho proporcionando a oportunidade de aplicarem os conhecimentos adquiridos. As atividades são estruturadas para prestação de serviços de consultorias, palestras, apresentações, treinamento sobre novas tecnologias e gestão de novos negócios. Serão utilizados materiais pedagógicos de empresas conveniadas, que dispõem aos associados, gratuitamente, um banco de informações, como: programas de treinamento, cursos de capacitação profissional nas modalidades presencial e a distância, agenda de eventos, publicações e projetos de apoio ao empreendedorismo. A parceria com o SEBRAE-SP através da assinatura do convênio de cooperação técnica contribui para o desenvolvimento de ações e para a disciplina de empreendedorismo nos cursos de graduação, além de outras ações como capacitação de professores, premiações, ciclo de palestras, Desafio Universitário Empreendedor, novas ferramentas de ensino (software) e publicações. Tudo para disseminar a Cultura Empreendedora em benefício do aluno UNIFEOB. O Centro de Tecnologia e Informação está focado no apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias e monitoramento de tendências. Por meio de programas de fomento à ciência, inovação e tecnologia, a iniciativa orienta e atrai jovens talentos científicos com qualificação para aplicar o conhecimento em âmbito nacional e internacional. Este suporte está contido nas parcerias estratégicas feitas com órgãos públicos e instituições privadas que são responsáveis por apoiar projetos de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Desta forma, o Centro de Tecnologia e Informação vai atuar de forma proativa na identificação de novas possibilidades de negócios, apoiando a cultura de inovação, com novos processos, produtos e serviços. 110 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura O Conexão é um facilitador do relacionamento entre empresas, alunos e exalunos da UNIFEOB (graduação, pós-graduação e cursos técnicos). O objetivo principal é o crescimento pessoal e profissional por meio da gestão de carreiras. Entre suas ações, o Conexão coletará informações para a Central de Inteligência, que está voltada para a avaliação de desempenho dos alunos. Os resultados obtidos serão utilizados para o contínuo aperfeiçoamento da instituição. Outro recurso de grande interesse dos universitários e das empresas parceiras é o painel de oportunidades, um ambiente virtual que possibilita uma interação efetiva entre empresa e profissional. Neste espaço, as empresas podem anunciar vagas de empregos, seleção de candidatos, os interessados podem cadastrar currículos, além de obterem informações sobre a legislação trabalhista, estágios curriculares e extracurriculares, etc.. 11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA 11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO 11.1.1 COLEGIADO DO CURSO Conforme o Regimento Geral de Colegiado de Curso, cada Curso conta com um Colegiado de Coordenação Didática, ao qual compete definir o perfil profissiográfico do Curso; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações (quando necessárias); definir o conteúdo das disciplinas que constituem o currículo do Curso e sua atribuição; organizar a lista de oferta e disciplinas em cada período letivo; observando o plano curricular; promover a supervisão didática do Curso, decidir sobre o aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante requerimento dos interessados; e propor à Coordenação providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no Curso. O Colegiado do curso e composto de professores e também é representado por um membro do corpo discente. A escolha do representante discente no Colegiado é realizada através dos acadêmicos representantes de cada série do 111 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Curso, ou seja: cada módulo elege um representante. Após informações dadas pela Coordenação do Curso quanto o que é e quais os objetivos do Colegiado, os acadêmicos de cada um dos módulos dão autonomia para que entre os seus representantes possa ser escolhido o acadêmico a participar do Colegiado. Para apoio às atividades acadêmicas é constituído um Colegiado de Curso, presidido pelo Coordenador e formado pelos docentes que nele ministrem aulas e pela representação discente prevista em lei. Cabe ao Colegiado de Curso: a. Fixar normas gerais para o desenvolvimento dos planos de ação pedagógica das unidades de estudo, observando o perfil do profissional a ser formado e as diretrizes fixadas pelo projeto do curso; b. Aprovar os planos de ensino elaborados pelos docentes; c. Manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo e adaptação de disciplinas; d. Aprovar os horários de aula do curso; e. Manifestar-se sobre programas e atividades complementares de ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do curso; f. Manifestar-se sobre o planejamento anual das atividades do curso. 11.1.2 CORPO TÉCNICO O corpo técnico-administrativo, constituído pela comunidade acadêmica interna, é composta desde a Reitoria até os diversos departamentos da instituição se encontram sempre em consonância e à disposição para o contínuo desenvolvimento da qualidade do curso. No que se trata ao cotidiano em período de aula, o pessoal técnico se encontra sempre à disposição procurando esmerar-se no atendimento aos alunos 112 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura em secretarias, laboratórios de informática, central de cópias, biblioteca, apoio de bedéis. Na organização e realização de eventos o curso também encontra apoio dos diversos departamentos, desde o pessoal de custos, compras, agendamentos de multimídia e veículos até motoristas, além dos responsáveis por áudio e vídeo. Esses profissionais recebem da instituição treinamentos de atualização adequados às suas competências, incentivo para cursar a graduação recebendo bolsas de estudo, além de palestras e cursos desenvolvidos pela Instituição sobre motivação, inter-relacionamento no ambiente de trabalho e conscientização dos riscos inerentes à profissão por meio da SIPAT – Semana Interna de Prevenção aos Acidentes de Trabalho. 11.2. RECURSOS FÍSICOS A estrutura física da UNIFEOB se compõe de três unidades utilizadas para fins educacionais, sociais e reservas de áreas para expansão. As três unidades utilizadas são: Campus I – Localizado em zona central de São João da boa Vista, conta com 23 prédios com usos administrativos e acadêmicos num total de aproximadamente 10.300,00 m2 de área construída. Campus II – Localizado no bairro Nova São João, sentido leste do município, conta com 22 prédios para uso administrativos e acadêmicos, com aproximadamente 19.000,00 m2 de área construída em terreno de 123.219,14 m 2. O curso de Ciências Biológicas proposto está alocado neste campus, entre outros cursos. Fazenda Escola Prata – distanciada em cerca de 500m do Campus II, com área de 121 há. Aproximadamente, e o fácil acesso da fazenda escola conta com estrutura rural existente desde sua aquisição pela UNIFEOB, que vem sendo adaptada gradativamente para atender projetos de pesquisas e sociais desenvolvidas por diversos cursos de graduação, inclusive o Curso de Ciências Biológicas, onde se desenvolvem os extensão, reciclagem de resíduos e o projeto reflorestar e consiste em espaço para ideal para diversas atividades de campo nas disciplinas de ecologia, botânica, zoologia entre outras. 113 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Reserva de área de propriedade da UniFEOB: Campus III - terreno - 150.139,24 m2 Campus IV - terreno - 150.024,29 m2 Com finalidade de atender as necessidades pedagógicas do curso, o Campus II possui salas de aulas teóricas, laboratórios para aulas práticas e laboratórios de informática. O investimento em infraestrutura de seus órgãos de apoio e suplementares é preocupação constante do UNIFEOB, a fim de dar condições para que seus docentes e funcionários técnico-administrativos realizem um trabalho de excelência. Da mesma forma, possibilita aos discentes condições de desenvolverem com sucesso a sua preparação/capacitação para o exercício profissional. A expansão física para atender a crescente demanda por ambientes bem dimensionados, iluminados e ventilados, tem sido feita continuamente, com a aprovação de projetos perante os órgãos competentes, proporcionando melhorias ao atendimento do corpo docente e discente. A utilização, a manutenção e a conservação da infraestrutura física, instalações e obras são administradas pelo Setor de Patrimônio e Manutenção. Assim, o espaço físico do UNIFEOB em seu atendimento geral como específico para o curso de Letras oferece: Segurança, adaptações de infraestrutura física de área externa e interna para pessoas com necessidades especiais; Prédios equipados para combate a incêndio com hidrantes, extintores e alarmes em acordo com as normas do Corpo de Bombeiros; Salas de aula e áreas de circulação com iluminação de emergência com autonomia de duas horas; Iluminação - iluminação natural e artificial; Ventilação - Ventilação Natural - acima de 1/5 da área de piso (Código Sanitário Estadual); Acústica das Salas de aula. As salas acima de 50 alunos recebem equipamentos de áudio Caixas de som e microfone; Em função de melhor conforto térmico são instalados ventiladores de parede com proteção em todas as salas; 114 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Salas equipadas com ar condicionado de acordo com as normas ABNT; Todas as salas e áreas de circulação e atendimento possuem iluminação de emergência com autonomia de duas horas; Cada Campus possui uma brigada de incêndios, treinada e habilitada a executar os primeiros socorros; Todos os prédios são equipados com alarmes monitorados por uma central, Uma equipe terceirizada faz a vigilância e segurança dos Campi durante 24 horas, munidos de rádios de comunicação e veículos para ronda; O Campus II se encontra todo cercado e, para adentrá-lo, deve-se identificar junto à guarita de entrada; Todos os campi do Unifeob possuem equipes de segurança com carros e motos que circulam regularmente durante os períodos matutino, vespertino e noturno; Há nos campi hidrantes para entrada de bombeiros e outras necessidades. 11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA Atualmente os dois campi possuem laboratórios de informática para utilização dos alunos, equipados com computadores e equipamentos de alto desempenho e de última geração. Os alunos do curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB usam, prioritariamente, os laboratórios existentes no Campus II, com um total de 130 computadores e 05 laboratórios. A utilização dos laboratórios de informática funciona através de agendamento com o monitor para os laboratórios 01, 02, 03 e 04 e o laboratório 05 fica aberto em todo o período para uso comum dos discentes, com acesso reservado a login e senha. Além dos computadores destinados à utilização por alunos e professores, nos prédios da biblioteca e cantina está disponibilizada rede wifi para uso comum dos discentes. As atualizações dos equipamentos são periódicas. Todo ano os equipamentos de ao menos um laboratório de informática são substituídos. O critério de atualização é definido pelo tempo de uso e estado de conservação dos equipamentos, ou seja, de acordo com a demanda. A UNIFEOB possui um convênio com o Dream Spark, um programa da 115 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Microsoft que dá suporte a educação técnica fornecendo acesso a software da Microsoft para fins de aprendizado, ensino e pesquisa. 11.2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS A proposta curricular do curso conta uma diversidade de atividades práticas que devem ser realizadas em ambientes adequados como laboratórios com equipamentos e as especificações necessárias para atendimento a tais atividades. Abaixo segue a relação de laboratórios didáticos utilizados: - Laboratórios de Anatomia Humana e Animal, com peças anatômicas adequadas ao estudo morfológico macroscópico, permitindo uma visão comparada dos animais e do homem. - Laboratório de Microscopia que atende as necessidades das unidades de ensino de morfologia microscópica animal e vegetal, disciplinas de microbiologia, imunologia e parasitologia. - Laboratório de Química e Bioquímica, com infraestrutura adequada a aquisição dos conhecimentos destas áreas. - Laboratório de Fisiologia e Biofísica, atendendo de forma satisfatória as aulas práticas destinadas ao conhecimento do funcionamento dos seres. - Laboratório de Biologia Aquática e Zoologia e laboratório de Botânica que atendem as necessidades das aulas e possibilita a realização de diversas atividades de pesquisa. O curso conta ainda com a Fazenda Escola, que constitui de um espaço impar para a realização de atividades de campo, que complementa as ações em sala de aula em diversas disciplinas do curso. Todos os laboratórios estão compostos por todo material necessário para que seja concretizado o projeto pedagógico do curso, havendo coerência com a proposta curricular. 116 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 11.2.3 BIBLIOTECA As Bibliotecas Central e Setorial do UNIFEOB dispõem de nove auxiliares de biblioteca e uma bibliotecária. As Bibliotecas do UNIFEOB estão diretamente subordinadas à Pró-Reitoria Acadêmica e têm como objetivo proporcionar o aprimoramento intelectual de seus usuários, graduandos, pós-graduandos, colaboradores, professores, bem como auxiliar a sociedade na busca por novos conhecimentos. Para tanto, as Bibliotecas dispõem de acervo informatizado e tombado junto ao patrimônio da instituição. Com essa estrutura, visa apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de seu acervo e dos seus serviços. Na função educativa, busca orientar seus usuários na utilização da informação e enfatizar o acesso ao conhecimento disponível para o desenvolvimento de competências informacionais e de pesquisa que são importantes para a formação profissional. Neste foco, as atividades realizadas pela biblioteca estão divididas na aquisição, processos técnicos, orientação em pesquisa e atendimento ao usuário. As requisições para aquisição de livros, CDs, DVDs e vídeos, assim como assinatura de periódicos são de fluxo contínuo, podem ser solicitadas a todo tempo, entretanto a grande concentração de pedido dá-se ao final do ano para aquisição no início do próximo ano letivo. Tal fato justifica-se, pois é nesse período que os professores fazem o planejamento e solicitam mudanças e atualizações de bibliografias. A Biblioteca Central dispõe de uma área total de 955,05m2 estruturada para atender as necessidades dos usuários. Na área destinada ao guarda-volumes, encontram-se 84 armários individuais para a guarda dos materiais dos visitantes; 1 recepção para o empréstimo com 2 computadores e 1 para devolução; ínsula com 8 computadores para pesquisa; 2 computadores com terminais para pesquisa do acervo; rede wifi; ar-condicionado; 1 sala de leitura com 12 títulos de revistas generalistas e 4 títulos de jornais; 10 estantes com materiais em Braille e 1 máquina de escrita Braille; 1 sala de projeção com tv, vídeo e dvd; área administrativa com 1 sala de processamento técnico com 4 computadores e 1 impressora a laser. Total de Materiais Bibliográficos Biblioteca Central: 117 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Biblioteca Central Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos Total de Títulos 12005 507 186 1726 252 Total de Exemplares 29374 694 222 1729 16626 Total de Títulos (Braille) 278 A Biblioteca Setorial, a ser preferencialmente utilizada pelos alunos e professores do curso proposto, conta com: Sala de Leitura, Leitura Individual, Estudo Grupo 1, Estudo Grupo 2, Atendimento, guarda volumes, Vídeo, disponibilização para Internet e um depósito. O acervo é constituído por livros e periódicos indicados pelos docentes das unidades de estudo e pela coordenação do curso, que se destina a atender as bibliografias básica e complementar. O material bibliográfico está disposto em estantes de aço, com 06 prateleiras em média. A ordem de classificação CDU (Classificação Decimal Universal), A identificação pela lateral e parte frontal das prateleiras, com sequência numérica correspondente, facilita a orientação aos usuários. Todos os serviços que a Biblioteca UNIFEOB oferece estão disponíveis aos alunos e professores de forma virtual. A consulta do acervo físico está disponível no portal institucional. Na expansão dos serviços oferecidos os usuários contam, ainda, com duas Bibliotecas Virtuais que integram uma grande variedade de livros digitais nas diferentes áreas de conhecimento: a Biblioteca Virtual Pearson e a plataforma digital Minha Biblioteca. No total, são disponibilizados mais de 9.000 títulos virtuais que podem ser acessados 24 horas por dia pelos graduandos, pós-graduandos, professores e funcionários. Pensando no pleno desenvolvimento acadêmico dos alunos do Curso de Ciências Biológicas, incorporaram-se ao acervo virtual links de periódicos on line, que vêm agregar conhecimento e proporcionar maior conforto e facilidade de acesso à comunidade acadêmica. Essas ferramentas integram as opções de serviços 118 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura oferecidos, que facilitam o acesso da comunidade acadêmica ao conhecimento intelectual. O acervo é constituído por livros e periódicos indicados pelos docentes das unidades de estudo e pela coordenação do curso. Tais livros e periódicos são utilizados como bibliografia básica e bibliografia complementar às unidades de estudo. A biblioteca dispõe de exemplares que atendem adequadamente, quanto ao número e atualizações, a demanda das unidades de estudo que constitui as áreas de conteúdo básico, como: disciplinas voltadas à biologia celular e molecular, aspectos evolutivos, disciplinas morfofuncionais, disciplinas relativas a diversidade biológica e ecológica, disciplinas correlatas às ciências exatas e do ambiente físico, bem como as unidades de estudo metodológicas que envolvem a fundamentação filosófica e ética , quanto a estruturação da ciência e sociedade. 12 AVALIAÇÃO 12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM Como princípio do Projeto Pedagógico Institucional - Formação por Competências - a avaliação do aluno não tem caráter punitivo, mas sim o de aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, como também competências e habilidades que se desenvolvem ao longo do curso. As práticas avaliativas devem ser vistas como um processo contínuo tendo, como prioridade, proporcionar feedback ao aluno para que ele tenha o domínio dos passos a serem seguidos, dentro de uma sequência de conteúdos e temas integrados que lhe permita desenvolver, priorizando os aspectos qualitativos relacionados ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento. O processo de avaliação deve, também, assegurar condições para que o aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o 119 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura desenvolvimento de cada módulo do curso. Os alunos devem participar ativamente do processo, inclusive com formas de autoavaliação, para que possam acompanhar a evolução de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como identificar pontos a serem aprimorados, prática considerada imprescindível à aprendizagem com autonomia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas tradicionais, onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao contrário, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, de forma integrada, e consta de provas práticas e teóricas, pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudos de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Para acompanhar o desenvolvimento das competências atitudinais, os professores preenchem uma ficha de avaliação, onde se pontua de 0 a 1,5, a transformação de cada aluno, em três diferentes momentos do andamento do módulo. Sugere-se aos docentes do curso de Ciências Biológicas, a adoção de diversos instrumentos de avaliação, que favoreçam o desenvolvimento inter e multidisciplinar e não a segmentação. Sugere-se ainda, que se privilegiem questões do tipo “situações-problema” para que o aluno tenha noção do todo. Ela deve levar o aluno a pensar, fazendo com que, na resposta, ele demonstre saber raciocinar, compreender e interpretar a questão proposta. Além da avaliação realizada pelo corpo docente, existe uma preocupação institucional com o desenvolvimento completo do futuro egresso. Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica e do Núcleo Docente Estruturante do curso. Tais avaliações têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências necessárias para importante posicionamento diante dos acontecimentos gerais, questões sociais, políticas, econômicas e ambientais além de debates sempre atualizados sobre a produção de conhecimento específico debatido em cada módulo (onde também se pontua de 0 a 1,5). Em síntese, o sistema de avaliação é composto de três frentes: 1ª FRENTE (15%) 120 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura Competências e habilidades dos módulos e do curso Uma avaliação diagnóstica preparada por cada professor do módulo no início do semestre. Avaliação diagnóstica coletiva do colegiado do módulo. Análise do desenvolvimento de cada aluno até o final do módulo. Novas avaliações diagnósticas para verificação de cada processo de aprendizagem. 2ª FRENTE (70%) Competências e habilidades específicas das Unidades de Estudo Contrato didático firmado entre docentes e discentes: Lembrando que tal contrato pode conter vários comprometimento; indicadores: provas práticas presença, e pontualidade; teóricas; pesquisas; participação, relatórios; autoavaliação, entre outros. 3ª FRENTE (15%) Avaliação externa aplicada para verificação do desenvolvimento do curso e das competências e habilidades gerais e específicas definidas para os módulos. Nesse sentido, as avaliações são processuais e contínuas de forma que o docente busque adequar seu planejamento e estratégias de acordo com o desenvolvimento dos alunos, além de constituir-se em momento de aprendizado, não ficando restritas a “tarefas” burocráticas para classificar os alunos, mas, ao contrário, caracteriza-se como uma forma de aprendizado relacionado aos objetivos de cada disciplina buscando desenvolver nos alunos as competências gerais e específicas que se objetiva despertar nos egressos deste curso. Ao término de cada módulo, o aluno deverá obter média igual ou superior a 7.0 (sete) e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência, para obtenção da aprovação em cada unidade de estudo, respeitadas as Resoluções do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). 121 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 12.2. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico, a avaliação do curso de Ciências Biológicas deve constituir processo de aperfeiçoamento contínuo e de crescimento qualitativo, portanto deve ser de natureza construtiva. O processo de avaliação deve pautar-se: a. Pela coerência das atividades quanto à concepção e aos objetivos do projeto pedagógico e quanto ao perfil do profissional formado pelo curso; b. Pela validação competentes; das atividades acadêmicas por colegiados c. Pela orientação acadêmica individualizada; d. Pelo reconhecimento da atuação sistemática do coordenador do curso; e. Pela aplicação de padrões reconhecidos de qualidade quanto à estruturação orgânica do currículo, quanto aos conteúdos caracterizadores ministrados, quanto à constituição do corpo docente, em termos de qualificação, regime de trabalho e produção acadêmica, e quanto à biblioteca, não só quanto à atualização do acervo, mas também à disponibilidade de obras de referência e periódicos; f. Pela adoção de instrumentos variados e avaliação interna; g. Pela disposição permanente de participar de avaliação externa. Para efetivar tal processo de avaliação sobre o desenvolvimento do curso, o colegiado de curso realiza, em todos os semestres, reuniões de debate sobre a autoavaliação do curso e define diretrizes para a melhora constante do desenvolvimento das ações de ensino, pesquisa e extensão do curso. 122 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 12.3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES/INEP), o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas é submetido aos processos de avaliação interna da instituição, de sistematização e de coleta de informações, conduzidos por sua Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é composta por uma série de processos autoavaliativos que permitem o levantamento e a análise das necessidades e deficiências da Instituição, do curso, dos docentes e alunos. Na execução desses processos autoavaliativos são sempre considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo INEP para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo estes: O projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua interrelação com a sociedade); A infraestrutura (instalações e serviços), os recursos humanos (o corpo docente, discente e técnico-administrativo) e os equipamentos e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos); A gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos acadêmicos). Os resultados são discutidos entre todos os membros da comunidade acadêmica da Instituição, incluindo o corpo discente, para que sejam adotadas soluções no sentido de vencer as dificuldades e atender às necessidades apontadas. Entre os instrumentos e procedimentos efetivados pela CPA encontram-se o diagnóstico do perfil dos ingressantes, a pesquisa entre alunos cursando o último semestre letivo e entrevistas com ex-alunos. Os resultados obtidos são importantes para orientar a organização curricular dos cursos, o planejamento das disciplinas com seus conteúdos e atividades, as competências e habilidades que deverão ser adquiridas, visando a contemplar a formação integral de seus egressos. Os resultados dessa autoavaliação, segundo as orientações da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), devem servir como 123 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura subsídios para o planejamento de novas ações voltadas ao desenvolvimento institucional e à revisão dos procedimentos acadêmicos e administrativos que, eventualmente, forem identificados como deficitários. 12.4. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO A construção de um Projeto Pedagógico para o curso não se esgota na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana, vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna imprevisível, inacabada e mutável. O Projeto Pedagógico não pode ser visto como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará. O Projeto Pedagógico proposto para o Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas demandará constante acompanhamento a fim de assegurar a coerência necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse sentido, será imprescindível que se realize avaliação permanente. Na gestão do Projeto Pedagógico, o Colegiado de Coordenação do Curso tem importante papel atuando em diferentes aspectos e estimulando o debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um processo permanente de construção, execução e avaliação do curso. Os instrumentos dessa avaliação serão as reuniões de Colegiado e os cursos e oficinas de aperfeiçoamento docente, quando professores, gestores e acadêmicos trocam informações e opiniões acerca do Projeto Pedagógico, desenvolvendo e propondo ações que contribuam para a melhoria dos cursos. 124 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIAS O sistema de progressão do curso de Ciências Biológicas Licenciatura segue os seguintes procedimentos e estão em acordo com a Portaria nº 5, 17 de dezembro de 2012. 1. Para se formar, o aluno deve conseguir aprovação nos seis módulos que compõem o curso de Ciências Biológicas Licenciatura, além de cumprir todas as obrigações e componentes curriculares estabelecidos na matriz e/ou por lei. 2. O aluno deverá seguir a ordem determinada dos módulos, obedecendo as regras de sua entrada. Assim os alunos que iniciarem no 1º semestre do ano letivo seguirão a seguinte sequência: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º módulos. 3. Os alunos que iniciarem no 2º semestre do ano letivo seguirão a seguinte sequência: 2º, 1º, 4º, 3º, 6º, 5º módulos. 4. O aluno que for reprovado em até duas unidades de ensino que compõem o respectivo módulo, será aprovado, porém, as disciplinas reprovadas deverão ser cursadas em regime de dependências nos módulos seguintes. 5. O aluno não promovido por ter sido reprovado em 3 unidades de ensino referentes a um único módulo ou a módulos anteriores, deverá cursar novamente as unidades reprovadas nos módulos que serão oferecidos. 125 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura 6. O aluno não promovido em módulos iniciais deverá cursá-lo novamente nos semestres seguintes, desde que seja ofertado, caso o mesmo não seja oferecido o aluno deverá cursá-lo assim que for ofertado. 7. Existe a possibilidade que o aluno faça o quinto módulo antes do quarto, porém o aluno deverá estar aprovado nos três módulos já cursados. 8. Casos especiais serão resolvidos pelo coordenador de curso, com a anuência do Núcleo Docente Estruturante. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este documento resulta de um trabalho consciente, coletivo e participativo de todos os envolvidos no processo educacional: professores, coordenação, PróReitoria acadêmica e alunos. Para sua elaboração foram utilizados, como referência fundamental, os seguintes documentos: Coletânea de Ordenamentos Legais Internos do Centro Universitário – UNIFEOB; Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, de 20/12/1996 e as propostas de reformulação para a educação superior em nível mundial anunciadas pela UNESCO, através do documento “Tendências da Educação Superior para o Século XXI”. Além desses referenciais, o nosso Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Ciências Biológicas/Licenciatura congrega as diversas contribuições recebidas da comunidade acadêmica interna e externa. Dessa forma, todos os envolvidos com a educação no UNIFEOB contribuem para o sucesso do processo ensinoaprendizagem ofertado pelo Curso. O Projeto Pedagógico é para o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Unifeob como referência para o desenvolvimento de uma política educacional 126 Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura voltada à formação do professor de Ciências /Biologia enquanto profissional da educação. O PPC não é o resultado finalizado, mas o horizonte delineado a partir de encontros realizados entre a comunidade acadêmica para sua construção participativa a partir de discussões e reflexões sobre a formação do professor para o mercado de trabalho com consciência política sobre sua responsabilidade como educador na transformação social. O referido projeto busca identificar e apresentar aspectos relevantes e essenciais para o desenvolvimento de um ensino superior de qualidade, apontando a concretização do mesmo, a partir dos envolvimentos de todos no que se refere às ações a serem praticadas. 127