ANÁLISE DE PROJECTOS Tabela 2: Receitas e Custos
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ANÁLISE DE PROJECTOS Tabela 2: Receitas e Custos
ANÁLISE DE PROJECTOS (1) Ano 1 2 3 4 5 Tabela 2: Receitas e Custos Operacionais do Projecto (2) (3) (4) (5) Produção Preço Receitas das Custo Vendas Unitário 5.000 20,00 € 100.000 € 10,00 € 8.000 20,40 € 163.200 € 11,00 € 12.000 20,81 € 249.720 € 12,10 € 10.000 21,23 € 212.300 € 13,31 € 6.000 21,65 € 129.900 € 14,64 € (6) Custos Totais 50.000 € 88.000 € 145.200 € 133.100 € 87.840 € Notas: (2) – esta coluna é retirada directamente do enunciado do problema, ou seja, a produção anual de bolas; (3) – esta coluna também é retirada do enunciado, e reflecte o aumento anual de 2% no preço das bolas. O valor inscrito em cada linha resulta portanto da multiplicação do valor inscrito na linha anterior por 1,02 (isto é, mais dois por cento); (4) – nesta coluna é calculado o valor total da produção, multiplicando os valores inscritos na coluna (2) pelos valores inscritos na coluna (3); (5) – esta coluna também deriva directamente do enunciado, e reflecte o aumento anual de 10% previsto para o custo unitário de produção das bolas. O valor inscrito em cada linha resulta portanto da multiplicação do valor inscrito na linha anterior por 1,10 (isto é, mais dez por cento); (6) - nesta coluna é calculado o custo total da produção, multiplicando os valores inscritos na coluna (2) pelos valores inscritos na coluna (5). Tabela 3: Pagamento de Impostos ligados ao Projecto Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Receitas das Vendas 100.000 163.200 249.720 212.300 Custos Operacionais Totais (50.000) (88.000) (145.200) (133.100) Amortizações (20.000) (32.000) (19.200) (11.520) Rendimento antes do Imposto 30.000 43.200 85.320 67.680 Imposto a 34% 10.200 14.688 29.009 23.011 Ano 5 129.900 (87.840) (11.520) 30.540 10.384 Notas: - As primeira e a segunda linhas são copiadas do quadro anterior, e a terceira é retirada directamente do enunciado. Os valores entre parêntesis representam apenas valores negativos; - A quarta linha resulta da adição dos três valores anteriores, ou seja, receitas menos custos menos amortizações. Este é o rendimento tributável, ou aquele sobre o qual vai incidir o imposto de 34%; - Por fim, a última linha resulta da multiplicação de cada valor inscrito na linha anterior por 0,34 obtendo-se desta forma o montante do imposto a pagar. Tabela 4: Cálculo dos Benefícios Incrementais ou Cash Flow do Projecto Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Receitas das Vendas Custo Operacionais Impostos Cash Flow (Operacional) Investimento Inicial (Máquina) Capital de Expl. Adicional Custo de Oportunidade Cash Flow do Investimento Cash Flow do Projecto (100.000) (10.000) (150.000) (260.000) (260.000) 100.000 (50.000) (10.200) 39.800 39.800 163.200 (88.000) (14.688) 60.512 249.720 (145.200) (29.009) 75.511 212.300 (133.100) (23.011) 56.189 (6.320) (8.650) 3.750 (6.320) 54.192 (8.650) 66.861 3.750 59.948 129.900 (87.840) (10.384) 31.676 21.760 21.220 150.000 192.980 224.656 Notas: - As primeiras três linhas retiram-se directamente dos quadros anteriores; - A quarta linha, que nos dá o Cash Flow Operacional do Projecto, isto é, sem entrar ainda em linha de conta com os investimentos propriamente ditos, não é mais que a adição dos valores das três linhas anteriores (receitas menos custos operacionais menos impostos); - As linhas seguintes dizem respeito ao próprio investimento; - A quinta linha é retirada directamente do enunciado. Na primeira coluna, no momento zero, é inscrito o valor do investimento inicial na máquina (valor negativo, claro). Na última coluna é inscrito o valor residual da mesma máquina, já deduzido do imposto sobre capitais que sobre ele pode incidir, conforme aparece calculado no próprio enunciado (valor obviamente positivo); - A sexta linha, referente ao CEA pode ser mais confusa. O princípio é sempre o de prever um fundo de maneio para os possíveis acréscimos de capital de exploração no ano seguinte. Estes valores são contudo valores atribuídos e não reais. Por isso eles devem regressar ao Cash Flow, com sinal positivo, quando deixam de ser necessários (como se optou neste problema) ou no último ano do projecto (não foi essa a opção neste caso). Assim, os valores que aqui aparecem derivam directamente do enunciado. Sabemos que no final do Ano 0, o mesmo que o início do Ano 1; necessitamos de 10.000 €. Por isso, como medida de precaução, eles aparecem como negativos imediatamente no Ano 0. No final do Ano 1 necessitamos dos mesmos 10.000. Como são o mesmo valor, não havendo qualquer acréscimo, nada se inscreve no Ano 1. No final do Ano 2 necessitamos de 16.320 €, ou seja, mais 6.320 € do que aquilo que já tínhamos previsto até aqui. Por isso, no Ano 2 se prevê a saída de mais 6.320 €. E assim sucessivamente, até os valores passarem a ser positivos, evidenciando que de um ano para o outro se necessita de menos fundo de maneio. Repare-se que nesta linha o somatório dos valores negativos é igual ao somatório dos valores positivos. Ficam assim os montantes compensados; - A sétima linha reflecte o Custo de Oportunidade do Projecto, ou seja, aquilo que deixamos de ganhar por realizar o projecto. De acordo com o enunciado, deixamos de poder dispor do direito à venda das instalações, que tinham o valor 150.000 €. Ora esse terá de ser o nosso custo de oportunidade no momento do arranque do projecto, voltando tal valor a integrar o Cash Flow, mas agora com sinal contrário, no último ano do projecto; - A oitava linha é simplesmente o somatório dos valores inscritos nas três linhas anteriores, ou seja, o total das entradas e saídas de fundos directamente relacionadas com o investimento; - Por fim, a última linha dá-nos o Cash Flow Total do Projecto, ao adicionar o Cash Flow Operacional com o Cash Flow do Investimento. Ano 0 1 2 3 4 5 Totais Tabela 5: Cálculo do Valor Líquido Actualizado Benefícios i=8% i = 12 % i = 16 % Incrementais FD VLA FD VLA FD VLA (260.000) 39.800 54.192 66.861 59.948 224.656 1,0000 0,9259 0,8573 0,7938 0,7350 0,6806 -260.000,00 36.851,85 46.460,91 53.076,42 44.063,57 152.897,10 73.349,84 € 1,0000 0,8929 0,7972 0,7118 0,6355 0,5674 -260.000,00 35.535,71 43.201,53 47.590,34 38.098,04 127.475,85 31.901,47 € 1,0000 0,8621 0,7432 0,6407 0,5523 0,4761 -260.000,00 34.310,34 40.273,48 42.835,01 33.108,75 106.961,65 -2.510,77 € Notas: - A presente Tabela serve apenas para o cálculo do VLA do projecto, considerando as várias taxas de desconto propostas no enunciado. - A coluna dos Benefícios Incrementais mais não é do que a última linha do quadro anterior, ou seja, o Cash Flow Total do Projecto. - As colunas FD seguintes representam para cada ano o Factor de Desconto a aplicar aos Benefícios Incrementais, por forma a homogeneizá-los, isto é, a torná-los comparáveis a valores actuais. - As colunas VLA resultam da multiplicação das colunas FD pela coluna Benefícios Incrementais, obtendo-se assim o valor actualizado de cada benefício incremental. - A linha dos Totais fornece os somatórios dos VLA, ou seja, fornece o VLA do projecto para cada uma das taxas de desconto utilizadas. Como se vê, se a taxa for de 16% o VLA torna-se negativo, isto é, os benefícios incrementais gerados pelo projecto não chegam para cobrir essa taxa de rentabilidade ou de remuneração dos capitais empregues. Para as demais taxas, o VLA apresenta-se como positivo, ou se, os benefícios incrementais do projecto chegam para cobrir aquelas taxas de remuneração dos capitais empregues, ainda sobrando os montantes correspondentes ao VLA Total. A TIR, a taxa de desconto para a qual o VLA se anula, deverá portanto situar-se entre 12% e 16%. Por uma interpolação linear simples pode calcular-se esse valor: 4% (a distância de 12 a 16%) corresponde a uma variação de VLA de 34.412,24 (a distância de 31.901,47 € a -2.510,77 € Logo uma taxa de x % corresponderá a uma variação de VLA de 31.901,47 € (o VLA que se quer anular). Ou seja: 4% ------- 34.412,24 x% ------- 31.901,47 x% = (4% × 31.901,47) / 34.412,24 = 3,71% Logo a TIR = 12% + 3,71% = 15,71%