eBook-Tecnologias-Colaborativas-para-a-Saude
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Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) www.socialbase.com.br 1 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) Introdução O uso da internet, a facilidade de obter informações na palma da mão, por meio de dispositivos móveis, está contribuindo à comunicação e a polarização de conteúdo. Esse compartilhamento, muitas vezes, massivo beneficia inúmeras áreas. Na Saúde, esse avanço colaborativo potencializa e aproxima profissionais e pacientes em prol de causas específicas e segmentadas. Dentro desse contexto, este e-book - desenvolvido pela SocialBase e pelo site TI Inside, especializado em tecnologia da informação - pretende levar a profissionais e consumidores algumas informações importantes à saúde e suas áreas correlacionadas projeções sobre o que ainda está por vir, quebrando, inclusive, alguns mitos. Abordaremos o e-Health como um conceito de saúde colaborativa, com o uso da internet, embora esse conceito muitas vezes extrapole essa questão. www.socialbase.com.br 2 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2. O que são tecnologias colaborativas para a saúde? O conceito de saúde colaborativa, ou e-Health, envolve a questão da relação entre personas, ou seja, médicos, enfermeiros, pacientes, parentes de pacientes, instituições de saúde além de outros profissionais e organizações. Para haver nessa comunicação um processo assertivo, existem aplicativos (APPs) e plataformas tecnológicas sociais que contribuem para amplificar a colaboração. Além disso, há softwares que possibilitam não somente a troca de informações, mas a elaboração de exames, diagnósticos, fisioterapia, consultas e todo o tipo de trabalho médico colaborativo, muitas vezes à distância - o chamado m-Health (de Mobile Health) ou saúde móvel. Segundo o expert em tecnologias para a saúde, Sean Chai (em seu blog no site Computerworld), as tecnologias sociais e colaborativas possuem inúmeras ramificações à área da saúde. Mas a potencialidade de amplificar certas qualidades fundamentais, como imediatismo, transparência, abertura e conectividade, é o que torna a tecnologia colaborativa extremamente importante à saúde e o bem-estar. www.socialbase.com.br 3 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 3. Na prática, como funcionam essas tecnologias exemplos no Brasil Existem muitas ferramentas de e-Health, algumas bastante difundidas, outras ainda em processo de inserção no segmento médico. Seguem alguns exemplos: www.socialbase.com.br 4 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.1. Prontuário Eletrônico do Paciente (Electronic Health Record - EHR) É um software que realiza uma versão digital do histórico do paciente realizado em papel. O eletronic health record (EHR) faz com que a informação esteja disponível com segurança para usuários autorizados. Um sistema de EHR pode ser distribuído entre todos os profissionais de saúde que atenderão um determinado paciente, contendo seu histórico médico, diagnoses, medicamentos utilizados, planos de tratamento, datas de vacinação, alergias, imagens radiológicas, exames de laboratórios etc. Isso auxilia os profissionais de saúde a tomarem decisões muito mais efetivas sobre uma ação para determinado paciente. www.socialbase.com.br 5 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.2. Prescrição eletrônica (e-Prescribing) Softwares que permitem acesso a opções de prescrição de medicamentos, impressão de prescrições para pacientes e transmissão eletrônica diretamente de médicos para farmacêuticos. No Estado de São Paulo, algumas instituições já oferecem esse serviço pelo SUS, com o convênio com determinadas farmácias - o projeto é chamado de Farmácia Eletrônica. www.socialbase.com.br 6 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.3. TELEMEDICINA Oferta de serviços ligados à saúde nos casos em que a distância é um fator crítico, com ampliação de assistência e cobertura. A telemedicina envolve uma série de ferramentas, softwares e aplicativos que promovem: interação entre profissionais de saúde e pacientes, profissionais de saúde e profissionais de saúde e pacientes e pacientes, através de vídeo. Essas ferramentas podem auxiliar na prevenção, e na orientação dos profissionais da saúde principalmente em locais remotos e de difícil acesso. A consulta à distância não é permitida no país, a exemplo do que acontece no exterior. Ela é usada no que se chama de segunda opinião médica. A telemedicina é um grande avanço do e-Health, possibilitando inúmeros benefícios. Pode-se destacar o acesso de comunidades carentes a informações preciosas sobre prevenção de doenças, diagnóstico e tratamento, promoção de conferências entre profissionais de saúde. Além disso, as plataformas eliminam custos de deslocamento, hospedagem e gera ganho de tempo. Com essas ferramentas, especialistas podem auxiliar cirurgiões à distância durante a realização de cirurgias e alunos podem ter aulas via videoconferência, acompanhando em tempo real um procedimento médico. www.socialbase.com.br 7 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) No Brasil, a telemedicina já é utilizada amplamente, em vários projetos. Um deles é a RUTE - Rede Universitária de Telemedicina - que conecta hospitais universitários de todo o país para a troca de informações, acompanhamento de cirurgias, colaboração em casos médicos, entre outras abordagens. A telemedicina, resumindo, transpõe barreiras geográficas, culturais e sócio-econômicas, e a necessidade é que produz novas maneiras de utilizá-la. www.socialbase.com.br 8 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.4. Gerenciamento do conhecimento médico Bibliotecas virtuais que disponibilizam o que há de mais recente em artigos acadêmicos e notícias, principalmente para profissionais, com informações divididas por especialidades. Como exemplo, há a Biblioteca Virtual em Saúde, e os sites Medscape e MDLinx, que cobram por assinatura, agregando tudo que há de mais atual em diversos segmentos da medicina. www.socialbase.com.br 9 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.5. m-Health Como já citado anteriormente, trata-se do uso de dispositivos móveis para diversos fins, como o monitoramento à distância de pacientes e a disponibilização de tratamento e cuidados via telemedicina móvel. Segundo uma pesquisa publicada no site Saúde Business 365, elaborada pelas empresas desenvolvedoras de soluções mobile GSMA e PwC, o governo O Brasil precisa investir brasileiro precisa investir em em m-Health, podendo m-Health nos próximos anos, com isso, economizar podendo, com isso, economizar US$ 14 bilhões e tornar a US$ 14 bilhões e tornar saúde pública mais eficiente, a saúde pública mais principalmente prevenindo eficiente doenças e levando informações e tratamento para comunidades pobres. Existem aplicativos móveis também que podem ser baixados nos celulares com a intenção de incrementar a saúde preventiva. Apps para controle de calorias ingeridas, da pressão arterial, da quantidade de exercício físico realizada, do nível de glicose no organismo, entre outros. Eles são bastante acessíveis por usuários de smartphones. No setor privado, o uso de tecnologias móveis já está em andamento. Um exemplo é o Sistema de reabilitação Jintronix, uma plataforma de fisioterapia disponibilizada por meio de tecnologias de capturas de movimento. O sistema, denominado JRS, é um software online de baixo custo com exercícios gameficados, clinicamente desenvolvidos por fisioterapeutas, com opcional de utilização remota. Ou seja, os pacientes podem realizar os exercícios em casa, continuando o proposto em clínica. O fisioterapeuta pode acompanhar a evolução à distância do paciente. Segundo dados da empresa, clínicas que utilizam o software receberam em média 18% de pacientes a mais, obtiveram uma redução de 45% de faltas a sessões, e aumentaram a receita em 6%. O sistema é utilizado no Brasil por organizações como a Associação Brasil Parkinson, o clube Palmeiras, a Evolua Reabilitação e a Therapies - para crianças excepcionais. 18% + Pacientes 45% Redução 6% + Receita FALTAS www.socialbase.com.br 10 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.6. Sistemas de informação de saúde Soluções de software para agendamento de consultas, gerenciamento de dados do paciente, planejamento de consultas dos profissionais e outras tarefas administrativas relacionadas à saúde. A Unimed, por exemplo, possui um sistema que permite que seus associados realizem agendamentos online com médicos cooperados. Outro exemplo é o Portal ClickVita, desenvolvido pela Pixeon, que produz tecnologias para medicina diagnóstica. As clínicas adeptas ao serviço proporcionam, via portal, uma maior facilidade na entrega de exames de imagens aos pacientes, o agendamento pela internet e a melhoria na comunicação entre médicos e pacientes. Com isso, é criada uma rede de relacionamento entre médicos, pacientes e clínica, no qual o exame pode ser compartilhado entre todos. O portal torna possível ainda que o paciente e o médico conversem entre si por meio de comentários, para tirar dúvidas, solicitar retorno ou até mesmo para o médico avisar ao paciente que não há necessidade de mais exames e/ou de uma nova consulta. O ClickVita já está sendo utilizado por diversas clínicas no Brasil, nas quais, em alguns casos, houve 50% de entrega de exames de ressonância pelo portal, 30% de tomografia e 20% de Raio-X. www.socialbase.com.br 11 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 2.7. Redes sociais privadas Dentro de uma instituição, entre profissionais e pacientes ou qualquer outra relação que se possa fazer nesse contexto, as redes sociais auxiliam a troca de experiências e a disseminação de informações, que podem ser segmentadas de acordo com a necessidade e disponibilidade dos usuários. Em clínicas, por exemplo, as redes sociais privadas podem permitir a troca de informações entre funcionários de plantões distintos, sobre determinado médico ou paciente, médicos podem requerer documentos a funcionários, e outras formas de networking que também unem os profissionais e mantém todos alinhados aos objetivos da instituição. Um exemplo bastante ilustrativo do uso de uma rede social privada é o da Rede social Amar a Vida, desenvolvida pela Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. É um canal de comunicação e colaboração especializado em leucemia, linfoma e outros cânceres www.socialbase.com.br hematológicos. A rede é baseada em comunidades definidas por temas e necessidades relevantes de colaboração entre pacientes, familiares, profissionais de saúde, pesquisadores, organizações parceiras, empresas apoiadoras, órgãos reguladores, formadores de opinião e jornalistas interessados em mudar a história da oncohematologia no Brasil e no mundo. A rede é basicamente formada por todas as funcionalidades de uma rede social pública, como o Facebook, com perfis, arquivos, comunidades, blogs, fóruns, eventos, chat, video-converência, etc. Ela propõe o encontro de pessoas com experiência nos temas, o acesso a informações sobre as doenças de fonte segura, a criação do histórico de tratamento e a organização de dúvidas que podem ser comuns, o compartilhamento de novas ideias, produtos e serviços, a publicação, edição e discussão de conteúdo sobre temas relevantes, além do ativismo. Esses são apenas alguns exemplos de possibilidades dentro do contexto de medicina colaborativa. Com a tecnologia da informação avançando cada vez mais, o crescente acesso à banda-larga e outras tecnologias, o e-Health só tem a ganhar. Criatividade, inovação e atenção às demandas de profissionais e consumidores da saúde são os pré-requisitos para atuar de forma cada vez assertiva dentro dessa realidade. 12 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 4. Para onde vamos? Quais são as prognósticos do e-Health no mundo? Algumas dificuldades enfrentadas pelas tecnologias de medicina colaborativas são relativas à regulamentação pelos órgãos de medicina e ainda alguma dificuldade das pessoas lidarem com esse novo mundo digital. Entretanto, uma pesquisa do instituto McKinsey realizada em países de diferentes continentes, com pessoas de diversas faixas etárias que acessam diferentes sistemas de saúde, revelou que talvez a maior das dificuldades esteja em saber o que as pessoas realmente esperam dessa nova “onda” digital com relação à saúde. A pesquisa destacou, ainda, que certas crenças pelas quais é embasado o desenvolvimento tecnológico na área da saúde são apenas mitos. Esse mapa atual da realidade pode guiar o desenvolvimento de novos produtos e serviços de e-Health nos próximos anos: www.socialbase.com.br 13 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 1º mito: As pessoas não querem usar serviços digitais para cuidados com a saúde Por conta de ser um processo delicado, muitos executivos da área de saúde acreditam que as pessoas não querem utilizar tecnologias colaborativas de saúde. A pesquisa, entretanto, revelou que muitos usuários demoram a se adaptar porque não existem serviços que atendam suas demandas ou porque os serviços existentes são de baixa qualidade. Entretanto, mais de 75% dos participantes da pesquisa responderam que utilizariam, sim, serviços digitais, caso supram suas demandas. Os serviços não digitais continuam sendo relevantes e importantes, mas eles podem ser utilizados em conjunto. Portanto, há, sim, demanda, e muita gente gostaria de utilizar mais serviços de e-Health. www.socialbase.com.br 2º mito: Apenas pessoas jovens querem utilizar serviços digitais Uma grande preocupação do e-Health é a aderência de pessoas mais velhas. A pesquisa, entretanto, mostra que pacientes de todas as faixas etárias gostariam de utilizar serviços digitais. Na verdade, pacientes acima de 50 anos demandam serviços digitais em saúde quase tanto quanto os mais novos. Existe, entretanto, uma diferença de demanda: as pessoas mais velhas são mais adeptas ao uso de sites e e-mails, enquanto as mais jovens têm preferência por redes sociais. 14 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 3º mito: m-Health é o futuro 4º mito: Pacientes querem aplicativos inovativos Contrariando o que muitos pensam, a demanda por mobile health não é universal. Claro que a demanda existe, principalmente por pessoas mais jovens, porém pessoas mais velhas não estão interessadas nesse segmento. Portanto, os aplicativos mobile devem ser pensados para prevenção e saúde prenatal, por exemplo, e não para doenças crônicas, observadas mais frequentemente em pessoas de mais idade. As pessoas querem serviços bem mais simples do que high-techs. Suas principais demandas, de acordo com a pesquisa, são básicas: eficiência, melhor acesso à informação, integração com outros canais, e a disponibilidade de uma pessoa “real” para ajudá-las com necessidades não supridas pelos serviços digitais. www.socialbase.com.br 15 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 5º mito: Uma grande plataforma de oferta de serviços é um prérequisito para criar valor Quando uma instituição passa a atuar na área digital, geralmente acredita que é necessário pensar grande antes de conquistar qualquer meta. Eles acreditam que criar uma plataforma com todos os serviços que podem ser adquiridos, inclusive futuramente, é o primeiro passo para o mundo digital. Entretanto, a pesquisa garante que começar com pequenos serviços e efetivos é o melhor caminho, e, assim, ir crescendo de acordo com o sucesso das primeiras ações e demandas para novas. www.socialbase.com.br 16 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) 5. CONCLUSÃO As tecnologias colaborativas para a saúde estão sendo disseminadas pouco a pouco no Brasil, assim como em todo o mundo - alguns países mais, outros menos avançados no tema. Com tecnologias simples e já acessíveis por grande parte da população, as empresas e organizações estão introduzindo o e-Health no seu modus operandi. Entretanto, é preciso parar e ouvir as demandas, saber o que as pessoas realmente necessitam, e iniciar com a oferta de serviços simples e básicos, sem a necessidade de uma grande infraestrutura de TI. A chave é a colaboração, a junção de expertises, a maior facilidade de acesso à informação, a transposição de barreiras. Qualquer iniciativa que ofereça esses benefícios estará dentro do conceito do e-Health, o presente e o futuro do segmento da saúde no Brasil e no mundo. www.socialbase.com.br 17 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) Principal fonte de consulta para quem quer saber mais sobre tendências e inovações em tecnologia e negócios do mundo digital. Sua cobertura abrange notícias e análises sobre mercados, economia, gestão, tecnologia, marketing, infraestrutura, serviços, carreira, entre outros assuntos de relevância para as empresas usuárias de tecnologias da informação e comunicações (TICs). www.socialbase.com.br 18 Tecnologias Colaborativas para a Saúde (e-Health) A SocialBase é uma empresa especializada no desenvolvimento e fornecimento de software e serviços de referência em comunicação colaborativa à empresas. Com a SocialBase, os clientes conseguem maior produtividade, com colaboradores mais integrados e engajados. www.socialbase.com.br 19
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