Snea e Fentac assinam Convenção Coletiva da categoria. Pág. 06
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Snea e Fentac assinam Convenção Coletiva da categoria. Pág. 06
Impresso Especial 050201422-9/2003-DR/RJ Sindicato Nacional dos Aeronautas Correios Informativo do Sindicato Nacional dos Aeronautas Filiado à Ano XII - Outubro / Dezembro de 2009 — Nº 533 Beneficiários do Aerus fazem protexto na praia de Copacabana. Pág. 03 www.aeronautas.org.br Snea e Fentac assinam Convenção Coletiva da categoria. Pág. 06 Editorial Prezados aeronautas A pesar de termos obtido importantes conquistas, 2009 foi um ano muito difícil para todos os aeronautas e demais trabalhadores do setor. No âmbito mundial tivemos fatores importantes que provocaram grande instabilidade. Primeiro foi a crise econômica mundial, que, apesar de ter sido branda aqui no Brasil, afetou a aviação de maneira global. Depois foi a gripe Influenza A (H1N1), que também ocasionou, por meses, uma retração no setor. Quando tudo parecia se acomodar, veio o acidente com a Air France, envolvendo dezenas de brasileiros e causando uma comoção mundial. Para nós, do SNA, foi um ano de muito trabalho. Engajamo-nos de corpo e alma na busca de um acordo para os participantes do Aerus. Foram muitas idas a Brasília, vigílias, manifestações, incansáveis reuniões e o envolvimento exaustivo daqueles que se comprometeram em buscar uma solução definitiva. Vimos, infelizmente, partir alguns dos nossos companheiros, mas isso nos deu forças para seguir lutando. Travamos uma batalha para aprovar um aumento salarial que desse a categoria mais que uma simples reposição salarial, e a duras penas conseguimos. Os 6% conquistados estão longe de ser o que pretendíamos, mas permitiu que a categoria tivesse um aumento real de 1,76%, índice que parecia impossível. No dia a dia dos aeronautas não faltaram desafios, exigências, cobranças, disputas, atrasos e pouco salário... Ou seja, há muito o que reclamar... É importante neste momento o entendimento de que todos os benefícios que temos hoje foram obtidos com muitas lutas. Nada foi dado, TUDO foi conquistado. Mas o que percebemos é que as conquistas vêm sendo desprezadas ou têm passado despercebidas, pois poucos são os aeronautas que estão empenhados em mantê-las. Esse talvez seja o momento de refletirmos sobre a necessidade de unir forças, para que possamos ser ouvidos e respeitados como a categoria merece. Entendemos a desmotivação de muitos - principalmente após os duros anos, as decepções e os constrangimentos -, mas esta é hora de virar o jogo, e a forma de conseguir isso é fortalecendo nossa representação. Um sindicato é forte quando a categoria participa e está disposta a somar esforços para enfrentar as dificuldades e desafios, construir estratégias, persistir e vencer! A aviação mundial passou e passa por grandes reestruturações. Vários conceitos estão sendo modificados e alguns derrubados. Para os trabalhadores da aviação brasileira as mudanças serão ainda mais significativas. Portanto, aeronautas, precisaram concentrar nossas forças para garantir melhores condições de trabalho, de salário, de saúde e segurança e políticas públicas que venham a garantir a consolidação das empresas brasileiras. Este é o desafio da aviação mundial, e este será o nosso. Desejamos, sinceramente, que este seja o SEU desafio para 2010, pois teremos muito trabalho pela frente. E só obteremos êxito se houver solidariedade, UNIÃO, força respeito, entendimento e espírito de luta. Vamos carregar as baterias de perseverança, amor e paz, e entrar em 2010 de cabeça erguida e dispostos a novas conquistas. Agradecemos a todos que em 2009 estiveram, incondicionalmente, a nosso lado, nos dando o apoio necessário para que pudéssemos enfrentar as dificuldades. Boas Festas! Direção Sindical Denúncias Anônimas Para onde vão as denúncias anônimas feitas ao SNA? O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informa que todas as denúncias anônimas de irregularidades, sem exceção, são encaminhadas aos órgãos de competência envolvidos no sistema aeronáutico. A formalização da denúncia é feita após análise preliminar, onde fica determinado para que órgão – Anac, Cenipa, Ministério Público, DRTs, safety das empresas, ou a quem mais couber apurar a responsabilidade dos fatos apontados – ela deve ser encaminhada. É importante salientar que a denúncia anônima é uma ferramenta de extrema valia no balizamento das ações das empresas para com os aeronautas, quer seja nas questões trabalhistas, quer nas de segurança. Por isso, continuem denunciando pelo 0800.2829493, ou enviem e-mail para: safety@ aeronautas.org.br. A diretoria agradece! Para melhor atender os aeronautas em Belo Horizonte, o SNA conta agora com a importante assessoria do Cmte. Rodrigo Ribeiro, que estará à disposição de comissários(as) e pilotos que desejam obter informações, sanar dúvidas, etc... O Cmte. Rodrigo Ribeiro poderá ser encontrado de segunda-feira a sexta-feira, nos telefones (31)9133.4563 e (31) 3223.3276. A diretoria Expediente Sede: Avenida Franklin Roosevelt, 194 – salas 802 a 805 – Castelo / CEP 20.021-120 / Rio de Janeiro – RJ – E-mail: [email protected] – Home page: www. aeronautas.org.br – Fone: (21) 2532 1163 Fax: (21) 2220 6693 – Tiragem: 3,5 mil exemplares – Presidente: Graziella Baggio – Diretor Responsável: Aguinaldo Marcolino – Conselho Editorial: Aguinaldo Marcolino, Gelson Fochesato, Graziella Baggio, Luiz Sergio de Almeida Dias e Paulo Ricardo Krepsky; – Editora: Ana Luiza Aguiar – Reportagem: Soraya Brandão e Verônica Tozzi – Revisão: Bárbara Castro e Joíra Coelho – Projeto Gráfico: Fabrício Martins – Diagramação: Rui de Paula 2 dia a dia Diretor responsável: Patrícia Cunegundes (61) 3349 2561 Manifestação Beneficiários do Aerus fazem protesto no Rio As 1.735 cruzes colocadas na areia simbolizavam os companheiros que faleceram sem ver a solução definitiva do caso B eneficiários do Fundo de Pensão Aerus fizeram um protesto, no dia 16 de dezembro, em parceria com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e a Federação dos Trabalhadores na Aviação Civil (Fentac), na praia de Copacabana, contra a lentidão do governo na assinatura do acordo que resolverá os problemas dos mais de 20 mil beneficiários (aposentados, pensionistas e da ativa) do Fundo de Pensão Aerus. Foram colocadas na areia 1.735 cruzes de madeira simbolizando os companheiros falecidos desde a implantação do Fundo em 1982. Segundo o comissário aposentado da Varig, Aluisio Fernandes Filho, o objetivo do ato foi chamar a atenção do governo federal e da população para a penúria e o sofrimento pelos quais passam os beneficiários do Fundo. “Precisamos dar visibilidade a nossa causa”, afirmou Fernandes. Para o dirigente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Sergio Dias, a manifestação pretendeu sensibilizar os gestores responsáveis, para a necessidade de celeridade na solução. “O acordo é a forma mais inteligente de resolver rápida e definitivamente o problema dos aposentados e ativos, evitando que mais cruzes venham a ser colocadas posteriormente”, afirmou Dias. A solução cobrada pelos manifestantes deveria vir da Advocacia Geral da União (AGU), que desde abril deste ano criou um Grupo de Trabalho (GT) para elaborar um acordo que pudesse solucionar o problema da redução nas aposentadorias e do passivo trabalhista. Entretanto, só agora no final de novembro - passados 268 dias - apresentou um relatório preliminar, cujo parecer aponta insuficiência de recursos para cobrir a dívida da Varig com a União e, portanto, nada sobraria para o Aerus. Triste constatação De 1982, quando foi criado o Fundo de Pensão Aerus (Varig/Transbrasil/outras empresas), até 2006, em que houve a liquidação do fundo, aconteceram, em média, 58 mortes de aposentados por ano. Nos últimos três anos, devido à tristeza, à angústia e às dificuldades financeiras em que se encontram os beneficiários, essa média subiu para 82 mortes/ano, um aumento de 41%. Estatística que não inclui o Fundo de Pensão Aeros (VASP), também em liquidação, pois, se somado ao do Aerus, o quadro seria ainda mais dramático. Conquistas Aeronautas da Vasp terminam 2009 com vitórias O ano de 2009 termina com sucessivas vitórias para os credores trabalhistas da Vasp que, após meses de disputas judiciais, estão gradativamente consolidando a posse dos bens do Grupo Canhedo, adjudicados em favor da quitação das dívidas trabalhistas. Primeiro foi a fazenda Piratininga, que no final de novembro, após decisão unânime da 2ª Seção do STJ, confirmou a competência da 14ª Vara trabalhista de São Paulo para dar continuidade a execução dos bens do Grupo Canhedo – e aguarda o leilão. Em seguida, o Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo julgou, ainda em favor dos credores trabalhistas, os recursos contra a adjudicação que estavam pendentes na segunda instância do TRT da 2ª Região, em São Paulo. Foram julgados também a favor dos trabalhadores, Embargos de Terceiro do Banco Rural, que se opôe à penhora no valor de R$ 63 Milhões, em função de decretação de fraude a credoresem negócio entabulado entre o Sr. Canhedo e o Banco, envolvendo venda de cerca de 63 Mil cabeças de gado no final do ano de 2004. Mês passado (Nov/2009) foi a vez da fazenda Santa Luzia, do empresário Wagner Canhedo, ser adjudicada em favor dos credores trabalhistas, sendo que esta última ainda aguarda julgamento de recursos para ir a leilão. Os valores levantados com a venda dos imóveis rurais serão distribuídos aos trabalhadores que já possuem decisões judiciais que reconhecem seus créditos. A Vasp teve a falência decretada no ano passado após o fim do prazo de recuperação judicial. dia a dia 3 Investimento CCJ do Senado aprova aumento de capital estrangeiro nas aéreas nacionais A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, no final de novembro, o projeto que permite o aumento de 145%, na participação estrangeira em empresas aéreas nacionais – passando de 20% para 49% a cota máxima de participação.A proposta, que tem caráter terminativo, segue para votação na Câmara dos Deputados. O relator do projeto, senador Francisco Dornelles (PP-RJ), afirmou, em entrevista dada ao G1, que a ampliação permitirá um aporte de investimentos na área. “A simples mudança do percentual, sem revogação do limite, já assume grande importância em termos de fomento ao setor de aviação civil nacional. Assim, estamos contribuindo para estimular o ingresso de investimentos estrangeiros em um setor que tem padecido com diversas crises desde a década passada, na maioria das vezes em decorrência da descapitalização das empresas aéreas”. O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), José Marcio Mollo, declarou, ao Jornal do Brasil, que, apesar de ocorrer um aumento do capital estrangeiro, o poder de decisão será mantido no mercado nacional. “Não há dúvida de que vai gerar mais empregos e mais renda. Mas temos outra questão, que é a da liberdade tarifária, na qual as companhias brasileiras ainda perdem mercado para as de fora”, afirmou. Abertura do mercado nacional pode comprometer postos de trabalho, diz estudo da UNB E studo recente realizado pelo Núcleo de Economia do Turismo da Universidade de Brasília (UnB) mostrou, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que o aumento da participação estran- geira no setor aéreo deve ser visto com cautela. Segundo declarações da coordenadora da pesquisa, Maria de Lourdes Mollo, ao jornal O Estado de São Paulo, a substituição das empresas nacionais pelas estrangeiras na prestação de serviços aéreos pode trazer Mobilização Marcha reúne mais de 50 mil trabalhadores consequências negativas para o restante da economia. Após comparativo com vários setores, a equipe concluiu que os efeitos indiretos são muito maiores do que se imaginava. Para cada R$1 milhão de receita produzida pelo transporte aéreo, são gerados em torno de sete empregos diretos e 17,23 indiretos. Na indústria automotiva, por exemplo, em que já se conhece esse efeito, o coeficiente é de 18,88.“É como se transferíssemos parte dos efeitos multiplicadores de produção, emprego e renda indiretos para o exterior”, diz a pesquisadora. Internacional A principal reivindicação deste ano foi a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. A 6ª Marcha da Classe Trabalhadora reuniu mais de 50 mil trabalhadores da cidade e do campo de todo o País, no dia 11 de novembro, em Brasília. Neste ano, a manifestação foi organizada pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT, CTB e CGTB, e teve como principal reivindicação a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95 – que estabelece a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário. Outros pontos da pauta de reivin- 4 dia a dia dicações foram: valorização do salário mínimo, controle nacional das riquezas do pré-sal, reforma agrária, ações contra a precarização do trabalho, ratificação das Convenções 151 (direito de greve e livre organização sindical dos servidores públicos) e 158 (fim da demissão imotivada) da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O diretor de Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Sérgio Dias, avaliou a marcha como um forte e eficiente instrumento de pressão para obter conquistas para a classe trabalhadora e a sociedade brasileira em geral. Para o economista do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Cláudio Toledo, o projeto que se encontra no Senado, se aprovado, permitirá a cabotagem no transporte aéreo brasileiro, ou seja, empresas estrangeiras operando em nosso mercado doméstico. Isso não é permitido em nenhum lugar do mundo. “Com o poder financeiro, aliado às vantagens comparativas em termos de custos e à escala das aéreas estrangeiras, as brasileiras não terão condições de competir e irão à bancarrota e, junto com elas, irão nossas divisas e boa parte de nossos empregos”, declarou Toledo. SNA participa de encontro da ITF em Londres O diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Sérgio Dias, participou da reunião ordinária da Seção de Aviação Civil da Federação Internacional de Transporte (ITF), realizada nos dias 11 e 12 de novembro, em Londres, Inglaterra. Durante o encontro foram discutidos vários assuntos, entre eles: segurança de voo, política de céus abertos, segurança operacional e privatização em geral. A reunião contou também com a participação do presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, e do diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schmidt. O evento contou ainda com a presença de dirigentes sindicais do setor aéreo do mundo todo. Aviação Civil Venda a Bordo ainda não decolou... A venda de lanches a bordo, serviço oferecido pela Gol Linhas Aéreas em voos de mais de três horas de duração – comum em empresas internacionais de low cost (baixo custo) –, ainda não decolou por aqui. A desinformação, o custo dos lanches e a falta de opção para os que não aderem ao serviço têm sido alvo de críticas dos passageiros, inclusive os que pagam preços promocionais. Parte dos passageiros entrevistados pelo Dia a Dia, no Aeroporto do Galeão não aprova a novidade, pois entendem que tudo que é oferecido no voo já vem embutido no valor das passagens. O argumento da empresa, de que a economia feita com essa mudança no serviço de bordo seria revertida em um aumento de assentos promocionais, não está sendo percebida pela população, garante o publicitário Walter Leis, usuário da Gol. Houve também quem, apesar de desconhecer o serviço, achasse interessante poder ter uma opção de lan- che, como o funcionário público Érico Basílio Gomes. Mas teve um ponto em que todos os passageiros ouvidos concordaram: que é absurdo a Gol usar o “venda a bordo” como fonte de renda extra. E foi justamente o que afirmou o diretor de novos negócios da Gol, Ubiratan da Motta, em entrevista dada à revista Veja. Motta disse que nos cinco meses em que a Gol passou a “cobrar pelos lanches” houve uma redução de gastos da ordem de um milhão de reais mensais. “Além da economia, a medida representa para nós uma nova fonte de renda", confirmou Motta. Para o cliente Gol Vitor Turra, que viaja Rio de Janeiro/Rio Grande do Norte/Rio de Janeiro a cada 15 dias, a questão de o serviço ser uma “renda a mais” para a empresa traz inúmeros problemas. “Acho um absurdo! Os preços cobrados são maiores que os praticados em restaurantes dos aeroportos, que pagam impostos, luz, funcionários, o que já não acontece com a companhia, que utiliza a tripulação para fazer a venda, comprometendo a qualidade e a eficiência do serviço de bordo pelo qual a maioria dos passageiros do avião pagou. Me sinto explorado”, completou Turra. Trabalho extra – A opinião da tripulação que atua nesses voos não é muito diferente. Apesar de a empresa difundir a ideia de que os comissários fazem fila para participar desses voos, a maioria deles não está confortável com a nova demanda. A prova disso é que, para garantir as escalas, recentemente, a empresa “promoveu” um treinamento pela internet, habilitando seus comissários (as) a manusear cartões de crédito, que também são aceitos na compra de lanches. Por tudo isso o Venda a bordo da Gol ainda encontra resistências. “Fazemos o serviço habitual e depois temos de voltar com outro carrinho, oferecer os lanches e rece- Sindicalismo 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil A Federação dos Trabalhadores em Aviação (Fentac) realizou, em outubro passado, o 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Conaero). O evento reuniu em Votorantim-SP, representantes dos seis sindicatos filiados à federação e convidados ligados ao setor aéreo. Dentre as resoluções aprovadas no Congresso estão o plano de lutas dos trabalhadores do setor aéreo, as estratégias da campanha salarial unificada de aeronautas e aeroviários, a defesa da renúncia da presidente da Anac, Solange Vieira, e a forma de atuação nos processos de recuperação judicial das empresas do setor. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, destacou a importância do evento como espaço de construção de bases sólidas para as lutas compartilhadas por todos os sindicatos do setor e como fórum de formação e elaboração para os dirigentes sindicais de todo o país. ber por eles... Nós fazemos todo o trabalho (inclusive ouvir as reclamações) e quem ganha é a empresa, isso não é correto”, comentou um tripulante que preferiu não se identificar. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), o uso indevido da tripulação aponta um grave desvio de função da categoria, comprometendo diversos procedimentos, inclusive a segurança do voo e dos passageiros a bordo, além de ir contra a legislação vigente. Liberada a pista principal do SDU No início de dezembro, após meses de espera, foi liberada para pousos e decolagens a pista principal do Aeroporto Santo Dumont (SDU), em obras desde setembro. Durante esse período toda a movimentação foi realizada na pista auxiliar do aeroporto, que teve a reforma concluída em agosto deste ano. O fim da interdição foi bemrecebido pelas empresas Gol e TAM, que durante a obra passaram a operar no SDU somente com o trecho Rio-São Paulo, transferindo os outros voos, provisoriamente, para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Henrique Lessa e Kalinha K. - Ag. Virya dia a dia 5 Convenção Coletiva Sindicatos assinam a Convenção Coletiva para aviação regular O A discussão sobre a concessão do benefício da cesta básica para os aeronautas será retomada em 2010 s sindicatos dos Aeronautas, Aeroviários e das Empresas Aéreas (Snea) e a Federação dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) assinaram, no dia 17 deste mês, a Convenção Coletiva do Trabalho (CCT) 2009/2010, para os itens econômicos. Os itens sociais foram renovados, passando a valer até 2011. Trabalhadores e empresas aceitaram a proposta de reajuste feita pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT/SP), que é de 6%, retroativo a 1º de dezembro. Com esse índice, extensivo aos demais itens econômicos, os aeronautas terão uma reposição da inflação (INPC) de 4,17% e um aumento real de 1,76%. A campanha salarial teve início em outubro, com a apresentação, ao Snea, da pauta de reivindicações, em que os Sindicatos (SNA e Aeroviários) e a Fentac defenderam um reajuste de 10% nos salários e demais itens econômicas da CCT. Proposta descartada pelo sindicato patronal, que manteve a posição das empresas - que era dar um reajuste equivalente ao índice integral do INPC (cerca de 4%) -, criando um impasse nas negociações, uma vez que os índices de mercado demonstravam amplo crescimento para o setor e lucro na casa do “bilhão” para as duas maiores companhias aéreas. Após atos de protesto, e por entender que a proposta do Snea não contemplava um aumento real nos salários, apenas a reposição da inflação, os trabalhadores decidiram, em assembleias, fazer greve nas vésperas do natal (23 e 24). Diante do impasse, e na tentativa de resguardar o interesse público, no dia 14 de dezembro, a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo Laura Martins de Andrade reuniu a Fentac, os sindicatos de trabalhadores e patronal, para mediar um acordo que evitasse a paralisação. A proposta obtida foi aceita pelas partes, apesar ter ficado pendente a questão das cestas básicas para os aeronautas, que voltará à mesa de negociações no dia 3/2/2010. Valores vigentes a partir de 1º de dezembro de 2009 Piso salarial - salário base / compensação orgânica Comissários de voo Mecânico de voo Pilotos R$ 1.202,04 R$ 1.803,06 R$ 2.404,08 Seguro de vida Toda a categoria R$ 9.159,00 Diárias por refeição principal (almoço, jantar ou ceia). Tida a categoria R$ 43,50 Acordo Impasse prorroga as negociações no setor de Táxi Aéreo R epresentantes sindicais dos trabalhadores do setor de Táxi Aéreo participaram no dia 22 de dezembro, de mais uma rodada de negociações para tratar os reajustes nos itens econômicos da Convenção Coletiva da categoria para 2009/2010. No último encontro o sindicato patronal apresentou uma contraproposta aumentando o índice de reajuste nos salários e para os demais itens 6 dia a dia google imagens econômicos para o valor do INPC integral, cerca de 4%, e 6% para reajustes nos pisos salariais. Índice rejeitado em assembléias - ocorridas em Macaé, Rio, São Paulo, Belém e Brasília – que propuseram um reajuste 6% para todos os itens econômicos da CCT, proposta apresentada na reunião no último dia 22/12 ao sindicato patronal. O SNA aguarda para a próxima semana uma resposta do Sneta e o fim do impasse para a categoria. Novos Aviões Brasileiros Como Santos Dumont... Jovens inventores brasileiros perseguem o sonho do pai da aviação C om ousadia, tecnologia e criatividade, universitários brasileiros constroem protótipos e aviões competitivos, como o CEA-309 Mehari, modelo de avião de acrobacias projetado e construído no Centro de Estudos Aeronáuticos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O CEA-309 fez seu primeiro voo no dia 14 de outubro, no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), no aeroporto da Pampulha (MG). O avião mineiro – projetado para executar manobras extremamente complexas, atingindo até 400° por segundo e 430 km/h – é o primeiro avião brasileiro capaz de voar na chamada classe ilimitada, a categoria mais elevada das competições de acrobacias aéreas. O piloto, e principal financiador do Mehari, Marcos Geraldi, fez o primeiro voo e declarou estar muito satisfeito com a desenvoltura do avião. “Ele tem performance mundial. E seu custo operacional é barato se comparado a outros”, avaliou, acrescentando que foi emocionante e inesquecível rasgar o céu de Belo Horizonte numa aeronave pioneira no Brasil. De acordo com o coordenador do projeto e professor de Engenharia Aeronáutica da UFMG, Paulo Iscold, os ganhos com a construção do avião são ilimitados. “Além de colocar o Brasil rumo às competições internacionais, ele tem outro aspecto positivo: por ser desenvolvido na UFMG, permite que os alunos tenham contato com esse tipo de aeronave, o que contribui para outras pesquisas, além de capacitar um número maior de pessoas para atuar nesse tipo de avião”, comentou Iscold. Universitários e suas máquinas voadoras Universitários de todo o País participaram no final de outubro da 11ª Competição SAE Brasil AeroDesign, promovida pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil), em São José dos Campos (SP). Realizado todos os anos, o evento reuniu, no interior de São Paulo, mais mil estudantes do Brasil, da Venezuela, do México e da Índia, que submeteram seus aeromodelos às provas baseadas em desafios reais da indústria aeronáutica. Na composição dessas pequenas máquinas voadoras, os estudantes recorreram a componentes de última geração, como fibra de carbono, madeira leve e materiais compostos, chamando atenção da comissão técnica para o alto nível dos projetos. “É uma tendência próxima das aplicações utilizadas pela indústria aeronáutica”, comentou o diretor da competição, André Schepop. Para Schepop, o evento é um incentivo ao aprendizado de futuros engenheiros, que, além de técnicas para a fabricação de pequenos aeromotores, desenvolvem importantes habilidades, como a convivência em equipe, a administração de despesas e de problemas e a troca de conhecimentos. “É uma competição que leva em consideração todos os aspectos relacionados à engenharia aeronáutica. É um ganho significante para esses estudantes”, diz o diretor. “Foi emocionante e inesquecível rasgar o céu de Belo Horizonte numa aeronave pioneira no Brasil”. Paul Scold E nquanto as duas maiores empresas de aviação brasileiras - TAM e Gol – brigavam pela liderança do mercado doméstico, três das empresas brasileiras de menor porte, a Webjet, a Azul e Oceanair, correram por fora e aproveitaram o momento de recuperação do setor, obtendo hoje, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as três juntas, 10,61% de par- google imagens google imagens google imagens Low Cost correndo por fora ticipação nesse mercado, o dobro do que tinham no final de 2008. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, as grandes mudanças estão no crescimento da Webjet, que dobrou o número de passageiros, na chegada da Azul e na estabilidade da Oceanair, que manteve sua fatia de mercado. A Webjet, com a política de bilhetes baratos e parcelamento, vem despontando, e já ocupa parte signi- ficativa do “espaço” da TAM nos voos domésticos. E, a exemplo da GOL, planeja seguir na linha low cost, expandindo sua operação de modo a atingir clientes das classes C e D, como foi o caso do posto de atendimento inaugurado na tradicional feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Resta saber se a contratação de aeronautas (pilotos e comissários) é compatível com esse aumento de demanda ou se tem havido sobrecarga nas escalas. Já a estratégia da Azul é outra, sem sustentar a bandeira com a qual entrou no mercado brasileiro - ser uma empresa low cost – seu diferencial, segundo o presidente, é oferecer serviços mais rápidos, em aeroportos de menor demanda e explorar novos destinos, mantendo, entretanto, as baixas tarifárias somente para quem compra o bilhete com antecedência. dia a dia 7 Entrevista Aerus: reais perspectivas A luta dos beneficiários dos Fundos de Pensão Aerus para reaver do governo a complementação de suas aposentadorias teve, desde o início, um grande e incansável aliado, o advogado da ação, Castagna Maia, ou Dr. Maia, como é carinhosamente tratado pelos aeronautas. Com tantas idas e vindas, expectativas que crescem e se frustram, fomos saber dele quais são as reais perspectivas para o acordo, como ele vê a participação dos beneficiários nessa luta e o que esperar para 2010. Dia a Dia - Qual a sua expectativa de desdobramentos das negociações pendentes? Dr. Maia - As expectativas são imensas. O acordo é a melhor solução, tanto do ponto de vista dos aposentados quanto do ponto de vista da União. Ou seja, até agora faltou tão somente frieza para analisar isso: um acordo que permite à União escapar de um pagamento multibilionário para outro de pequenas parcelas. Daí meu otimismo. Dia a Dia - O senhor acredita que ainda há possibilidade de um acordo favorável? Dr. Maia - Acredito, sem dúvida. É o mais razoável. Aposto não em favores ou simpatia, mas no que é mais razoável, mais econômico, melhor do ponto de vista da União. Dia a Dia - O que o senhor acha da postura e da atuação dos participantes durante esse período de negociações? Dr. Maia - Tenho acompanhado essas discussões, mas procuro não firmar opinião. Deixo claro, no en- tanto, que a movimentação e a manutenção do tema em evidência repercutem, sim, nos tribunais. Quanto mais apelo público, quanto mais em evidência o tema, mais atenção é prestada ao caso, e mais rápido tende a ser o julgamento. Estamos disputando a atenção dos ministros com outros tantos milhões de processos. Essas movimentações, portanto, costumam auxiliar no trabalho da condução da ação, desde que feitas de forma respeitosa, e no mesmo sentido do esforço feito pelo advogado. Durante esse período, houve um momento em que me preocupei, porque alguém resolveu tomar uma iniciativa de forçar o julgamento no STF, e aquilo não nos interessava naquela hora. Ou seja, o esforço acaba sendo duplo: o esforço normal, mais aquele destinado a anular uma manobra que colidiria com toda a estratégia que estava então montada. Repito, no entanto, que a pressão é importante, que isso dá visibilidade ao processo. Dia a Dia - Quais seriam os próximos passos? Dr. Maia - Estamos no aguardo de uma manifestação da AGU quanto à contestação que fizemos ao relatório preliminar do Grupo de Trabalho. Naquele relatório, particularmente nos impressionava a posição do representante da Casa Civil que, já segunda reunião, praticamente dava por encerrados os trabalhos. Isso ficou evidente no relatório: na primeira reunião, o grupo foi instalado; na segunda, o representante da Casa Civil dizia entender ser inviável um acordo. Ou seja, a primeira instalava o grupo, a segunda acabava o trabalho. Não sei quem é aquele senhor, não sei qual o poder que tem, mas aparentemente exercia um poder "presidencial". E eu não me lembro de o Brasil ter dois presidentes da República. Entendo que, diante dos argumentos contundentes que levantamos, a AGU poderá corrigir vários aspectos daquele relatório e caminhar para o anúncio da disposição de um acordo. Dia a Dia - Qual a mensagem que o senhor deixaria para os beneficiários (aposentados, pensionistas e os da ativa) do Fundo Aerus? Dr. Maia - A situação já é difícil por si. Não precisamos de ajuda para desanimar as pessoas, para prostrar. Ninguém disse que seria fácil. Ninguém está pedindo um otimismo pueril ou insano. O que se pede é que os atos sejam praticados com a razão. São os covardes que morrem duas vezes: na primeira, de medo; na segunda, a morte propriamente dita. É preciso levar o combate até o final, e não entregar os pontos ou, pior ainda, espalhar o desânimo. Alguém já disse que não vence o mais forte ou o mais capaz.Vence aquele que suporta um segundo a mais do que o adversário. Agradecimento ao Dr. Maia Ao amigo Dr. Maia Q uando criança temos muitos heróis: pais, professores, os das revistas em quadrinhos, dos filmes, enfim... Mas o que nós, aeronautas e aeroviários idosos jamais poderíamos imaginar é que, nesta altura da vida, teríamos um novo herói. Ele chegou de mansinho, calado e observador. Ouviu a todos e a todos conquistou. Franco, objetivo, direto, não esconde a verdade. Mas a diz e a escreve com tanto saber e com tanta segurança que nos esclarece e acalma. É o bálsamo e a esperança no coração dos aflitos e angustiados participantes do Fundo de Pensão Aerus. 8 dia a dia Caro Dr. Castanha Maia, mais que nosso advogado, hoje é nosso amigo. É aquele que de maneira íntegra e determinada cuida de nossa causa e de muitos de nós, mesmo que indiretamente. Um homem de muitas lutas, a quem devemos eternos agradecimentos. O advogado que abraçou nossa causa com tanta competência e dedicação, tornado-se importante parceiro nessa batalha. Por tudo isso, mil vezes obrigado! Que Deus e todas as forças do Universo o abençoem, o iluminem e lhe deem saúde e força para que, junto a nós, atinja sua VITÓRIA! Aprus e SNA Informe sobre os recessos de Fim de Ano O Sindicato Nacional dos Aeronautas informa a todos os associados e parceiros que, por ocasião das festividades de fim de ano, não haverá expediente na sede e subsede nos dias 24 e 31/12. Já nos dias 23 e 30/12 o atendimento será encerrado às 14h. O expediente será normalizado no dia 4/01/2010.
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