UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB FACULDADE DE AGRONOMIA DO MEDIO SÃO FRANCISCO – FAMESF DEPARTAMENTO DE SOLO E ÁGUA - DSA Roteiros de Aulas Práticas de Química e Fertilidade do Solo Prof. Paulo Augusto da Costa Pinto Engo. Agro. M. Sc. E D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas. Juazeiro – Bahia UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BANIA – UNEB FACULDADE DE AGRONOMIA DO MÉDIO SÃO FRANCISCO- FAMESF DEPARTAMENTO DE SOLO E ÁGUA - DSA ROTEIROS DE AULAS PRATICAS DE QUIMICA E FERTILIDADE DO SOLO (1) Prof. Paulo Augusto da Costa Pinto (2) (1) Roteiros Empregados nas aulas práticas da disciplina perfazendo 30 horas. (2) Engenheiro Agrônomo, M.Sc. e D.Sc. em Solos e Nutrição de Plantas, com Cursos de Especialização em Meteorologia da Pesquisa Cientifica, Fontes Alternativas de Energia para a Agricultura e Engenharia de Irrigação, Professor Titular/UNEB/DTCS. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PROGRAMA DA DISCIPLINA QUIMICA E FERTILIDADE DO SOLO AMOSTRAGEM DO SOLO PRINCIPIOS GERAIS DE TÉCNICAS E CONSELHOS ÚTEIS (AO TRABALHAR LABORATÓRIO DE ANÁLISES) DETERMINAÇÃO DE CARBONO ORGÂNICO EM AMOSTRAS DE SOLO DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO TOTAL EM AMOSTRAS DE SOLO E DE RESÍDUOS ORGÂNICOS COMPOSTAGEM ORGÂNICA E CONTROLE DA DECOMPOSICÃO DE COMPOSTO POR TESTES RÁPIDOS ADUBAÇÃO VERDE TÉCNICA DE INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM RHIZOBIUM DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO ASSIMILÁVEL EM AMOSTRAS DE SOLO DETERMINAÇÃO DE SÓDIO E DE POTÁSSIO TROCÁVEIS PELO MÉTODO COM FOTÔMETRO DE CHAMA DETERMINAÇÃO DE POTENCIOMÉTRICA de pH DETERMINAÇÃO DE CÁTIONS TROCÁVEIS (cálcio e magnésio) DETERMINAÇÃO DE HIDROGÊNIO + ALUMÍNIO E DE ALUMINIO TROCÁVEIS ANALISE DE CALCÁRIO SINTOMAS DE FOME NAS PLANTAS LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ADUBOS NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO ORIENTAÇÕES PARA MISTURA DE FERTILIZANTES PODER ACIDIFICANTE DE CERTOS ADUBOS ÍNDICE SALINO DE DIVERSOS FERTILIZANTES LISTAS DE QUESTÕES E EXERCÍCIOS É o solo um laboratório maravilhoso, onde ocorrem reações as mais diversas, como as de reciclagem de elementos animais e vegetal que já cumpriram as funções no ‘ciclo bio1ógico global’ e, assim, retornam à fase inicial, sob formas possíveis de serem absorvidas pelas plantas verdes, auspiciando a fotossíntese e reentrando no ciclo biológico global. A fertilidade do solo tem de ser preservada, pois, um repositório de elementos orgânicos e minerais para o desenvolvimento dos vegetais que irão gerar alimentos e outros materiais essenciais à vida do homem, participam do ciclo bio1ógico global, dentro de um sistema de relações que mantém o equilíbrio biológico. O sistema de relações é auto-regulável, tendendo para a estabilidade e a conservação de suas características essenciais, para poder sobreviver às possíveis modificações do meio-ambiente. Entre as características essenciais está a de que o sistema é aberto quanto à fonte de energia que vem continuamente do sol, e é fechado quanto aos materiais que dele participam. Assim, há necessidade de reciclagem dos resíduos e dos produtos de despejo de um processo, como matéria-prima para o seguinte. Por aí já se pode ter uma idéia da importância do solo para a humanidade, que, como já foi visto, é parte integrante do ciclo biológico global. (Hélio Teixeira Alves. Ministério da Agricultura, Divisão Sanitária Vegetal, Brasileira.). PROGRAMA DA DISCIPLINA: QUIMICA E FERTILIDADE DO SOLO CURSO: AGRONOMIA CREDITOS DA DISCIPLINA: 03 (02 Teóricos e 01 prático) CARGA HORÁRIA: 60 HORAS (30 Teóricas e 30 práticas) PRÉ-REQUISITOS: GÊNESE, MORFOLOGIA E FÍSICA DO SOLO AVALIACOES: 03 ESCRITAS (no mínimo) PROFESSOR: PAULO AUGUSTO DA COSTA PINTO OBJETIVOS 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. Cursando a disciplina com êxito o aluno deverá ser capaz de: Conceituar fertilidade do solo, relatar breve histórico sobre a mesma e indicar a sua posição no contexto social e econômico do Estado e do País; Relacionar nutrição mineral. Fertilid ade do solo e adubação; Enumerar e interpretar leis da fertilidade do solo; Mencionar processos de transferência de nutrientes, diferenciar fator intensidade de fator quantidade; Relacionar macro e micronutrientes e definir critérios de essencialidade; mencionar fatores de absorção; Descrever técnicas de avaliação da fertilidade do solo, interpretar resultados de análises de solo, recomendar adubação e modo de aplicação dos adubos no solo. Caracterizar a matéria orgânica, mencionar as suas propriedades, seu conteúdo e distribuição no solo, adições e perdas e o ciclo do carbono; a importância do esterco e da adubação verde. Descrever a importância do nitrogênio no solo, mencionar suas transformações, adições, fixação biológica, perdas e o ciclo do nitrogênio; respostas de culturas ao elemento. Relatar a importância dos nutrientes fósforo, potássio, magnésio e enxofre no solo, indicando suas formas, conteúdo e distribuição, disponibilidade. adições, perdas e seus ciclos; Descrever a importância do nutriente cálcio; definir alcalinidade, acidez e salinidade do solo; caracterizar importância do pH para o desenvolvimento de plantas e de microorganismos; indicar como fazer calagem bem como corrigir solos alcalinos e salinos; Mencionar os nutrientes essenciais para as plantas, caracterizar a importância dos mesmos bem como seus equilíbrios no solo; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO TEORIA: 01. O conceito de fertilidade do solo e sua posição no contexto social e econômico de Estado e do País. Breve histórico. Leis da fertilidade do solo. 02. Relações entre nutrição mineral, fertilidade do solo e adubação; 03. Elementos minerais: absorção e fatores de absorção. 04. Processos de transferência de nutrientes; fatores intensidade e capacidade. 05. Elementos essenciais às plantas: critérios de essencialidade. 06. Técnicas de avaliação da fertilidade do solo e estabelecimento de níveis de adubação. Amostragem de solo. Métodos analíticos de solo. Estudos de calibração de métodos de análise química dos solos; ensaios de adubação com plantas; análise de solo; análise de planta; interpretação dos resultados; recomendações de adubação. 07. A matéria orgânica caracterização; propriedades, conteúdo e distribuição adições e perdas; o ciclo do carbono; sanidade vegetal; adubação verde; o esterco do currral. 08. O nitrogênio: O nitrogênio no solo; transformações; adição de nitrogênio; fixação biológica; perdas de nitrogênio; o ciclo do nitrogênio; respostas de culturas ao nitrogênio. 09. O fósforo: formas, conteúdo e distribuição; disponibilidades; transformações; adições; perdas; ciclo do fósforo; respostas de culturas ao fósforo. 10. Potássio: formas, conteúdo e distribuição; disponibilidade e absorção, adições e perdas; o ciclo do potássio. 11. O magnésio e o cálcio: formas no solo; conteúdo e distribuição, disponibilidade; adições e perdas; o cálcio e o magnésio para as culturas. 12. Reações do solo: conceitos de acidez, alcalinidade e salinidade; o pH e as plantas, o pH e os microorganismos; calagem correção de solos salinos e de solos alcalinos; 13. O enxôfre: 14. formas no solo; conteúdo e distribuição; o ciclo do enxofre; adições e perdas transferência na biosfera, o enxofre e as culturas. Os micronutrientes: formas no solo; analise de solo para micronutrientes; fatores que afetam a disponibilidade; reações com a matéria orgânica; interpretação da análisede solo; respostas de culturas. PRÁTICA: 01. Cuidados no laboratório. 02. Amostragem de solo para fins de análise de fertilidade. 03. Determinações do pH do solo; método potenciométrico em laboratório. 04. Determinações de Ca++ e Mg++ trocáveis. 05. Determinação de Ca++ trocável. 06. Determinação de Al+++ trocável. 07. Determinação da eficiência de calcário. 08. Determinação de carbono orgânico. 09. Preparo de composto orgânico. 10. Adubação verde. 11. Determinação de Na+ e de K+ trocáveis. 12. Determinação de fósforo assimilável. 13. Determinação da condutividade elétrica do extrato da saturação do solo. 14. Reconhecimento de fertilizantes minerais e orgânicos. 15. Reconhecimento de algumas deficiências nutricionais em plantas cultivadas. 16. Interpretação de resultados de análises efetuadas em amostras de solo e recomendação de adubação. 17. Distribuição de fertilizantes no solo 18. Adubação foliar 19. Inoculação de sementes com bactérias do gênero Rhizobium. RECURSOS Quadro de giz, projetor de ‘slides’, vide-cassete, retroprojetor, TV e material inoculante com Rhizobium, pá reta, régua, baldes plásticos, etiquetas, vidraria de laboratório e substâncias químicas. AVALIAÇÃO Provas subjetivas com turmas definidas. Relatório de aulas práticas. BIBLIOGRAFIA 01. ANDA. Manual de adubação. 2a. ed. Associação Nacional para Difusão da Adubação. S. Paulo, 1975. 346p. 02. BLACK, C. A. Soil Plant Relatioships. 2a. ed. John Wiley & Sons, Inc. New York, Londrers Sidney, 1968. 03. BUCKMAN, H. O. & BRADY, N. C. Natureza e propriedades dos solos. São Paulo, Freitas Bastos, 1976. 549p. 04. COSTA PINTO, P. A. da. Conseqüências do Aquecimento sobre a Agregação e outras características dos materiais de Latossolos do Triângulo Mineiro. Viçosa. U.F.V. 1980. 70p. (Tese M.Sc.) 05. EMATER/BA. Recomendações de adubação para o Estado da Bahia. 1a. aproximação; trabalho coordenado por Wiston Delano Green Ingle. Salvador, 1980. 89p. 06. FASSBENDER, H. Química de suelos – com ênfase em suelos da América Latina. Instituto Interamericano de Ciências Agrícolas da O.E.A., Turialba. 1975. 07. MALAVOLTA, E. ABC da Adubação S. Paulo, Ceres 1979. 256p. 08. MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola – Nutrição de Plantas e Fertilidade do Solo. São Paulo, Ceres, 1976. 528 p. 09. MONIZ, A. C. Elementos de Pedologia. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo e Editora Polígona, 1976. 4459p. 10. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo. A agricultura em regiões tropicais. 6a. ed São Paulo, Nobel, 1985. 11. PIPAEMG. Recomendações de uso de fertilizantes para o Estado de Minas Gerais. Governo do Estado de Minas Gerais. Secretaria de Estado da Agricultura, 1972. 12. RAIJ, B. Van. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba Instituto da Potassa & Fosfato: Instituto Interamericano da Potassa, 1981. 142p. 13. RUSSEL, E. W. Soil Conditons and platgrowth. 10 th. edition. Logman, 1973, p.. 14. SEO, E. H. Unidade da Vida. 2a ed. São Paulo, edições Espada. 15. TIBAU, A. O. Matéria Orgânica e fertilidade do solo. 3a. ed. São Paulo. Nobel. 1984. ASSUNTO: AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO – AMOSTRAGEM DO SOLO OBJETIVOS: Com a presente aula prática o aluno deve tornar-se capaz de: a) Mencionar a importância da amostragem de solo para fins de fertilidade; b) Demonstrar tecnicamente a retirada de uma amostra de solo em diferentes situações. LEITURA PREPARATÓRIA A análise do solo tem como objetivos detectar: o grau de deficiência ou de suficiência de nutrientes no solo condições adversas às culturas, acidez, alcalinidade ou salinidade. Os extratores químicos utilizados durante a análise fazem: Simulação da ação das raízes e tentativa de extrair do solo o teor disponível dos nutrientes. Fatores que influem na absorção: - solo - transformações que os compostos ( nutrientes ) estão sujeitos - mecanismos de absorção - desenvolvimento do sistema radicular 1. Etapas de um programa de análise de solo: LABORATÓRIO E AMPLA EXPERIMENTAÇÃO REGIONAL - amostragem correta ensaios de adubação seleção de métodos eficientes de análise laboratórios correlação entre teores nos solos e respostas de culturas e nutrientes aplicados estabelecimento de níveis de adubação 2. Planejamento da análise do solo: - ajustar os programas de calagem e adubação a longo prazo - intervalo entre análise: 2 – 4 anos - delinear as glebas, as quais não devem ultrapassar 10 ba e identificá-las. 3. Impressos Necessários caixinha para remessa de terra folhas de informações folheto que orienta sobre amostragem 4. Amostragem do Solo O êxito ou fracasso das análises de solo, como ajuda para utilizar fertilizantes ou, qualquer outro, uso, depende de se obter ou não amostras representativas do solo, e das operações de manejo. A amostragem é uma etapa crítica de todo o processo de análise. Em geral não pode ser repetida. Um resultado de análise suspeito deve ser verificado através da repetição da análise, mas, não há possibilidade de corrigir erros de amostragem. A análise de solo é o veículo de transferência de informações sobre a adubação e calagem oriundas de pesquisa, ao agricultor, mas, a eficiência dessa transferência depende de amostras corretamente obtidas. 5. Como proceder a amostragem? Cada glega deve ser homogênea em aspecto: - da vegetação do solo - da produtividade - tratamentos passados ( calagem e fertilização) Repetir por gleba, 20 amostras simples do mesmo volume. Áreas ou manchas com aspectos excepcionais devem ser amostradas em separado Caminhamento em zigue-zague Profundidade 20 cm ( culturas perenes e anuais a serem instaladas em terreno arado ) 10 cm ( culturas perenes instaladas ) Evitar amostrar terrenos encharcados, manchas com calcário ou adubo. Quando for obtida a amostra composta (de pelo menos 20 simples) misturar bem em balde ou em local limpo e retirar 500g. 6. Envio ao laboratório: Embalar, identificar junto com a folha de informações devidamente preenchida em envelope à parte, com cheque nominal referente ao custo das análises, ou entregar em escritório de Extensão Rural. Ferramentas: • Enxadas • Pás • Tubos para amostragem • Trados: holandês ; de rosca, ... • Às vezes é importante amostrar o solo entre 60 a 80 cm de profundidade (acidez, areia, etc) BIBLIOGRAFIA CATANI, R. A.; GALLO, J. R. ; GARGANTINI, H. & CONAGIN, A. Amostragem de solo para estudos de fertilidade. Bragantia , Campinas, 14:19 – 26. 1954. RAIJ, B. Va. Avaliação da Fertilidade do Solo. Piracicaba. Instituto da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa, 1981. 142 p. FICHA PARA SER PREENCHIDA PELO AGRICULTOR OU POR QUEM COLETAR A AMOSTRA ( Enviar junto com a amostra do laboratório) Número ou letra da embalagem da amostra correspondente a esta ficha____________ Estado_________________Município____________________________________ Nome da propriedade agrícola__________________________________________ Nome do proprietário_________________________________________________ Local da fazenda onde a amostra foi coletada_______________________________ Área aproximada do terreno correspondente a esta amostra____________________ Assinale com um “X” a resposta que lhe parecer mais certa: Situação da área amostrada: plana e alta______, terraço superior de encostas_______, terraço inferior de encostas_______, baixada__________, baixada alagada_________ PROFUNDIDADE: até onde as raízes poderam penetrar no solo, sem obstáculo de pedras grandes, piçarra, lençol água: 20 cm ________, 20 a 40 cm ________, 40 a 60 cm ________, 60 a 80 cm _______, 80 a 120 cm ________, mais de 120 cm ________. MECANIZAÇÃO: o terreno onde foi retirada a amostra presta-se para o trabalho de tratores e máquinas agrícolas: Muito bem _____, razoavelmente _____, dificilmente ____, não se presta devido a _________________________________________. CHUVAS: meses mais chuvosos____________ meses mais secos______________ IRRIGAÇÃO: a área foi irrigada _______, é ou será irrigada por aspersão ______, infiltração _______. ADUBAÇÃO: a área nunca foi adubada ______, meses, anos, tipos e quantidades dos adubos ultimamente empregados: ____________________________________ CALAGEM: nunca foi feita _______, mês, ano e quantidade de calcário aplicado na ultima calagem:____________________________________________________ USO DO TERRENO: nunca foi cultivado _______, pastagem nativa, caatinga,_____, lavoura anterior _________, produção desta: baixa _____, razoável _____, alta _____ LAVOURA A SER ADUBADA: nome, idade, aspecto vegetativo e produção__________________________________________ DATA______/______/______ ASSINATURA____________________________ QUESTIONÁRIO 01. Cite os principais grupos de fatores dos quais depende o potencial de produção de qualquer área. 02. Que se entende de biocenose? 03. Que é necessário para se estimar o potencial de certa área para a agricultura e definição do melhor modo de aproveitamento? Que componentes devem ser caracterizados? 04. De que formas se procede o conhecimento de uma área onde se quer estimar os fatores edáficos condicionantes da qualidade de suas terras? 05. Com a análise da camada arável do solo o que é que se avalia de fato? Que outros mecanismos também podem ser usados? 06. Por que os valores totais dos nutrientes do solo nem sempre dão boa indicação de sua disponibilidade para as plantas? 07. Por que os valores obtidos na análise do solo, são, em si só, de pequena utilidade? Que fazer então? FONTE CONSULTADA LEPSCH, I. F. Influência dos fatores edáficos na produção. In: CASTRO, P. R. C.; FERREIRA, S. O. e YAMADA, T. Ecofisiologia da produção agrícola. Piracicaba, Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1987. 83 – 90 p. PRINCIPIO GERAIS DE TECNICAS E CONSELHOS ÚTEIS No laboratório não fale alto, para não prejudicar o raciocínio dos colegas. Locomovase o mínimo necessário, para não tumultuar o ambiente de trabalho. Os seguintes “princípios gerais” devem ser rigorosamente observados: 01. Ao tomar uma solução, agite o frasco, para homogeinizar a mistura. 02. Não coloque a tampa dos frascos sobre a mesa de trabalho. Há um modo especial de segurá-la. 03. Não gaste soluções desnecessárias. 04. Não sopre as pipetas volumétricas (pipetas de bulbo) se marcar final inferior. Há um modo especial de fazer o escoamento. 05. Pipetas graduadas (cilíndricas) sem marca final inferior sopre-as no fim do escoamento , caso tenham uma faixa fosca perto da extremidade de aspiração. 06. Quando medir soluções tóxicas ou corrosivas use uma bureta. 07. Não use uma única pipeta para medir, ao mesmo tempo soluções diferentes. 08. Não volte para os frascos restos das soluções que se foram deles retiradas. 09. Não aqueça nada em frascos volumétricos. 10. Utilize a capela quando houver desprendimento de gases tóxicos, irritantes ou de cheiro desagradável. 11. Trabalhe longe de chama quando estiver manuseando inflamáveis. 12. Se um líquido contido em um frasco se inflamar acidentalmente cubra, calmamente, a boca do frasco. 13. Quando aquecer um líquido em um tubo de ensaio segure-o com pinça e nunca mantenha a boca do mesmo dirigida contra o seu rosto ou de seu colega. 14. Em todo trabalho prático siga, rigorosamente, as instruções escritas. Em caso de dúvida, dirija-se ao professor. 15. Trabalhe sempre em ambiente ventilado e bem iluminado. 16. Não respire qualquer vapor ou gás produzido nas experiências. 17. Não aqueça bruscamente qualquer corpo sólido ou líquido. 18. Nunca perca de vista um aparelho que está em atividade, mas não aproxime muito os olhos dele. 19. Tenha cuidado com as torneiras de gás de laboratório. 20. Leia cuidadosamente o rótulo dos frascos antes de servir-se deles. 21. Tenha sempre disponível uma torneira de água e um pano para limpar as mãos. 22. Em caso de acidente, avise imediatamente o professor. 23. Seja, em todo trabalho, metódico, asseado, sereno, prudente, delicado e elegante. FONTE: AFONSO, A. Experiências de química. 2º. volume. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: Determinação de Carbono orgânico em amostras de solo. OBJETIVOS: a) b) c) d) Mediante e execução da presente prática pretende-se que o aluno se torne capaz de: determinar pelo método de Walkeley-Black, adotado pela EMBRAPA a percentagem de carbono orgânico em amostras de solo; transformar os resultados obtidos em % da matéria orgânica; interpretar os resultados obtidos sob o ponte de vista agronômico; descrever as transformações ocorridas no sistema solo (amostra) – reagenters durante a realização da prática. LEITURA PREPARATÓRIA A matéria orgânica do solo representa um grande número de materiais de origem vegetal e animal em vários estágios de decomposição. Quando o processo de decomposição atingiu o ponto em que a estrutura celular do material não pode ser reconhecida, tem-se o húmus. (BROADBENT, 1965, citado por MALAVOLTA, 1976) 12345- Níveis adequados de matéria orgânica beneficiam o solo em vários modos: melhores condições físicas maior infiltração de água melhora solos declivosos diminui as perdas por erosão supre nutrientes para as plantas. Considerando-se que o húmus tem em média 58% de carbono, costuma-se usar o fator 1,7 , fator de vam Bemmilen que, multiplicando pelo carbono dosado, dá aproximadamente o teor de matéria orgânica (JORGE, citado por MONIZ, 1975). Este fator, entretanto, é variável conforme o tipo de solo. Avaliações mais recentes indicam que o valor de 1,9 seria mais correto para amostras superficiais de slos, e 2,5 para subsolos (BROADBENT, 1953, citado por TEDESCO, et alii, 1985). O carbono orgânico do solo é constituído por microorganismos, húmus estabilizado, resíduos vegetais e animais em vários estágios de decomposição e carbono inerte (carvão vegetal e/ ou mineral). O teor de carbono do solo varia de algumas frações de % em areais, até 40-50% em tufeiras. Solos agrícolas contém em geral desde menos que 0,2 a 5,0% de C. A oxidação de compostos orgânicos do solo por dicromato em meio ácido é um método simples e rápido para avaliar o C orgânico (SCHOLLEM – BERGER, 1927, citado por TEDESCO et alii, 1985). Conforme reação: 2 Cr2O7-2 + Co + 16 H+ 4 Cr+3 + CO2 + 8 H2O Considerando-se neste método que a valência média do C do solo é igual a zero. O teor de Cr+3 formado pode ser determinado colorimetricamente, ou titula-se o dicromato adicionado em excesso (caso desta prática). Interferem substâncias que podem ser facilmente oxidadas (como Cl- e Fe+2 que causam erro positivo) ou reduzidas (como Mno2 que causam erro negativo). A oxidação dos compostos orgânicos do solo é incompleta (70-90%) se não for suprido calor externo. Ao preparar o Relatório da prática responda: 1- As percentagens de C determinadas nas amostras são baixas, médias ou altas? (ver MALAVOLTA, 1976, p. 190). Que implicações tem este fato pra produtividade agrícola? Em um cultivo racional nos solos estudados, o que você recomendaria? 2- Qual a razão do uso da prova em branco nesta prática? Que tem isto a ver com a fórmula usada no cálculo final do C orgânico? Qual seria a função do H3PO4 usado antes da titulação? 3- Qual a razão do uso de H2SO4 conc. no processo e ainda de mais um aquecimento externo? 4- Se os solos estudados estivessem cobertos com grama, que teores de C. orgânico você esperaria determinar em comparação ao caso se estivessem cobertos com floresta ou sob um cultivo qualquer? LITERATURA CITADA MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola – Nutrição de plantas e Fertilidade do Solo. São Paulo. CERES, 1976. 528 p. MONIZ, A. C. Elementos de Pedologia. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo e Editora Polígono, 1976. 459 p. TEDESCO, N. J.; VOLKWWISS, S. J. & BOHNYN, H. Análise do Solo Plantas e outros materiais. Porto Alegre, Departamento de solos, Faculdade de Agronomia, URFS, 1985. 188 p. (Boletim Técnico de sOlo, 5 ). ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO TOTAL EM AMOSTRAS DE SOLOS E DE RESÍDUOS ORGÂNICOS OBJETIVOS: Ao final desta prática o aluno deverá ser capaz de: 12- Descrever a importância do nitrogênio do ponte de vista agronômico; Descrever todos os passos necessários à determinação, em laboratório, do teor de nitrogênio total existente em amostras de solos e de resíduos orgânicos; 3Caracterizar a importância de cada procedimento adotado durante a prática; 4Interpretar os resultados obtidos e relatar como manejar o solo cuja amostra foi analisada. LEITURA PREPARATÓRIA O nitrogênio é um elemento nutriente essencial ao crescimento das plantas (POTASH & PHOPHATE INSTITUTE, 1979). Nitrogênio dá cor verde as plantas, promove rápido crescimento, melhora a qualidade das hortaliças de folhas comestíveis, aumenta o teor de proteínas das plantas alimentícias e das forrageiras, alimenta os microrganismos do solo que decompõem a matéria orgânica e quando fornecido de modo desequilibrado em relação a outros elementos pode atrasar o florescimento e a maturação, e predispor plantas ao ataque de doenças (MALAVOLTA, 1979). O Nitrogênio não é mineral. Chega ao solo através do ar ou pela adubação. As chuvas tropicais podem acrescentar, ao solo , até 50 kg/ha de nitrogênio ao ano (JOBES, M. B. et alii, citadas por PRIMAVESI, 1984). A determinação de nitrogênio total em solos e em outros materiais heterogêneos complexos contendo várias formas de N apresenta muitas dificuldades, e em solos estas dificuldades, e em solos estas dificuldades são aumentadas pelo inadequado conhecimento sobre as formas de N presentes e pelo baixo conteúdo de N do material sob análise. O conteúdo de N – total nos solos varia desde 0,02% no sub-solo até mais que 2,5% em turfas; a camada superficial de muitos solos cultivados contém entre 0,06 e 0,5% N (BREMER, 1965). O nitrogênio pode ser encontrado na matéria orgânica e nos fertilizantes orgânicos nas formas: orgânica, amoniacal e nítrica; nas formas orgânicas e amoniacal, como nas amidas e cianamidas e compostos nitrogenados complexos (proteínas, aminoácidos, etc.); a forma nítrica ocorre nos fertilizantes orgânicos humificados, em fase de mineralização, razão pela qual geralmente não é determinada. A determinação do N se faz pelo método clássico de KJELDHL, realizado em duas fases: 1- Uma digestão, onde a amostra é tratada por ácido sulfúrico concentrado para que o N orgânico e amoniacal passe à forma de protéico à amoniacal, empregam-se catalisadores como o sulfato de cobre, selênio, etc; junta-se também sulfato de potássio ou sódio, ao se proceder a digestão, o qual tem propriedade de elevar o ponto de ebulição do ácido sulfúrico, apressando o processo de oxidação. 2- Destilação do sulfato de amônia, a qual é recebida de uma solução de ácido bórico a 4% ou de um ácido padronizado, e dosado por acidimetria em presença de um indicador colorido (mistura de verde de bromocresol e vermelho de metila) (KIEHL, 1985) ( NH3 +H3 BO3 NH4+ H2BO3- = H3BO3) MATERIAIS E REAGENTES Cada grupo de alunos necessitará de: • • • • • • • • • • um balão de Kjldahl de 800 ml cacos de porcelana amostra de solo passado em peneira de 80 mesh (ou amostra de resíduo orgânico) 2,5g de catalizador ( K2SO4 + Cu SO4 + Se ) H2SO4 conc. em béquer de 50ml 01 pipeta de 25 ml com pró-pipeta 01 béquer de 50 ml cheio de água desmineralizada 01 béquer de 100 ml com 70 ml de NaOH 10 N 01 frasco com indicador misto 01 erlenmyer de 250 ml graduado com 50 ml de ácido bórico a 4% com indicador misto • 01 suporte universal com bureta de 25 ml cheia de H2SO4 N/20, bastão magnético e agitador magnético • metodologia de execução (em anexo) Todo cuidado deve ser dispensado durante esta prática. BIBLIOGRAFIA BREMNER, J. M. regular macro-Kjldahl method. In: BLACK, C. A. Ed Methods of Soil analysis, Madison, Amer. Soc. of Agronomy. 1965. p. 1162-1164. (Agronomy séries No. 9 ) KIEHL, J. E. Fertilizantes orgânicos. Piracicaba, Ceres, 1985. 492 p. MALAVOLTA, E. ABC da Adubação. 4ª. Ed. São Paulo, Ceres. 1979. 256 p. POTASH & PHOPHATE INSTITUTE. Soil Fertility manual. Atlanta, Buford Hwy., NE, 1979. PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do Solo. A agricultura em regiões tropicais. 6ª. Ed. São Paulo, Nobel, 1984. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: COMPOSTAGEM ORGÂNICA E CONTROLE DECOMPOSIÇÃO DO COMPOSTO POR TESTES RÁPIDOS. DA Com esta aula prática pretende-se que o aluno seja capaz de: a) Descrever a importância do aproveitamento de todos os resíduos animais, vegetais e outros no preparo de composto orgânico; b) Demonstrar, em condições de campo, o preparo de um composto orgânico com os resíduos disponíveis no campo de produção agrícola da FAMESF; c) Relatar todos os passos necessários ao preparo do composto orgânico, informando o porquê e a razão de cada um deles; d) Recomendar, em bases agronômicas, a forma de uso, quantidades e épocas de aplicação do composto orgânico a ser preparado, em diferentes cultivos; LEITURA PREPARATÓRIA A compostagem é uma técnica planejada para se obter mais rapidamente e em melhores condições a desejada estabilidade da matéria orgânica. A compostagem consiste em: 1) a partir de matérias-primas que contenham um balanço de relação carbono/nitrogênio favorável ao metabolismo dos organismos que vão efetuar a sua biodigestão; 2) facilitar a decomposição dessa matéria-prima dispondo-a em local adequado de acordo com o tipo de fermentação desejada, se aeróbica ou anaeróbica, controlando a umidade, a aeração, a temperatura e os demais fatores conforme o caso se requer (KIEHL, 1985). Classificação dos métodos de compostagem: a) b) c) d) quanto à aeração: aeróbico e anaeróbico quanto à temperatura: criofilo, mesófilo e termófilo quanto ao ambiente: ambiente aberto e fechado quanto ao tempo de compostagem: lento e acelerado Como preparar o adubo orgânico composto conforme Edmar José Kiehl? 1 . Matéria prima 1.1. Restos vegetais, materiais ricos em carbono e relativamente pobres em nitrogênio (folhas secas, palhas, bagaços, serragem,...) 1.2. Meios de fermentação. Materiais que entram facilmente em fermentação, servindo como inoculantes (esterco, resíduos de frigoríficos, etc.) 1.3. Quantidade e composição da matéria-prima. Juntar 2-4 (em média, 3) partes de restos ricos em C para cada parte de materiais fermentescíveis e ricos em N. 2. Condições para humificação da matéria orgânica. 2.1. Microorganismos: bactérias, fungos, actionomicetos,... 2.2. Umidade: mínimo de 30 e máximo de 70% para a decomposição aeróbica. 2.3. Aeração: o ar é necessário para a fermentação termofílica, isto é, com temperatura elevada. Bons revolvimentos nos primeiros 15 dias garantem o bom revolvimento aos 30, 60 e 90 dias após a formação da pilha de composto (no mínimo). 2.4. Temperatura: o metabolismo dos microorganismos é exotérmico. Com temperaturas entre 40 e 55ºC o estado é denominado mesófilo; entre 55 e 70ºC ou mais, é termófilo. Temperaturas acima de 60ºC são desejáveis, pois contribuem para a esterilização da massa, provocando a morte dos organismos patogênicos. 3. Fatores que influem na decomposição da matéria orgânica: 3.1. Relação C/N. Inicialmente 30/1. No final é da ordem 10/1. 3.2. Reação do meio. No inicio o pH está entre 5,0 e 5,5, ou menos. No final o pH é 8,0-9,0. 3.3. Nutrientes. Quanto maior a diversificação dos resíduos maior será o suprimento de nutrientes para os microorganismos. 3.4. Trituração da matéria-prima. Maior trituração, maior velocidade de decomposição. 3.5. Condições climáticas. Ventos fortes e chuvas intensas prejudicam a compostagem. Avaliação do composto. O composto pode ser considerado bioestabilizado, quando a relação C/N for menor que 18/1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA: a matéria orgânica deve ser maior que 40-50% nitrogênio deve ser superior a 1% pH maior que 7,0 CUSTO DE PRODUÇÃO preparo artesanal – um homem dia de trabalho por tonelada de composto (1,2 a 1,5 m3) preparo mecanizado – pode ter custo reduzido a 1/3 do valor acima. Conforme BARRETO, (1985) o composto é o mais barato de todos os adubos. EMPREGO NA AGRICULTURA O composto é empregado nas mesmas quantidades recomendadas para o esterco animal e no dobro da quantidade usada para o esterco de galinha. As dosagens variam com a quantidade de composto disponível, com o tipo da terra, com a cultura e a adubação pretendida. MATERIAIS E REAGENTES 02-03 m3 de resíduos orgânicos diversos; 01 m3 de esterco; 02 a 03 kg de calcário dolomitico em pó; 02 a 03 kg de farinha de ossos; 02 a 03 kg de farinha de sangue; pás; baldes; regadores. EXECUÇÃO “Vamos imitar a floresta e fazer o nosso próprio composto” (SEO, /s.d./) - escolher uma área com pelo menos 7 m2 - limpar a superfície - espalhar uniformemente sobre o solo os restos vegetais numa camada de 20 a 30cm de espessura - molhar bem e polvilhar sobre os materiais, calcário dolomitico - espalhar sobre essa massa 1/3 de esterco fresco - farinha de ossos - farinha de sangue. Repetir todo o processo várias vezes até que a pilha tenha no máximo 1,5 a 1,8m de altura. Recomendações: 100-200 litros/planta p/fruteiras 100 m3 /há/batatinha e outras culturas exigentes. CONTROLE DA DECOMPOSIÇÃO DO COMPOSTO POR TESTES RÁPIDOS 1. Alterações das características: redução do volume coloração e aspecto odor umidade. 2. Teste de vara da madeira: fria e molhada levemente morna e seca, filamentos brancos quente, úmida e manchada de pardo escuro livre de “barro preto”, com cheiro de mofo. 3. Teste de pH BIBLIOGRAFIA KIEHL. E. J. Fertilizantes orgânicos. São Paulo, Ceres, 1985.492p. SEO, E. H. Unidade da Vida. 2a. ed., São Paulo. Edições Espada. (s.d.) BARRET0, C. X. Prática em Agricultura Orgânica. 2a. ed. São Paulo, Ícone, 1985. 196p. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: ADUBAÇÃO VERDE I – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES A adubação verde é utilizada pelos agricultores nas diferentes regiões do mundo, há mais de mil anos, com o intuito de melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos agricultados. Denomeia-se adubo verde a planta cultivada, ou não, com finalidade de enriquecer o solo com sua massa vegetal, quer produzida no local ou importada. A essa prática de cultivo e incorporação dá-se o nome de adubação verde (Kiehl, 1959, citado por fundação cargil, 1984). A adubação verde vem-se mostrando eficiente em: - controlar nematóides; - recuperar a fertilidade dos solos; - reciclar nutrientes de camadas profundas do solo; - romper camadas compactadas sob superfícies dos solos; - substituir parcialmente os fertilizantes nitrogenados derivados do petróleo (que índices esse fenômeno pode alcançar em alguns casos? especificar e quantificar os mesmos); - controlar a erosão; - redução do número de capinas e uso de herbicidas; - limitar o desenvolvimento de pragas e moléstias; - aumentar o rendimento de culturas de adubos verdes. II – MATERIAIS NECESSÁRIOS E METODOLOGIA - Sementes de leguminosas Mucuna preta Crotalária júncea Crotolária spectábilis Enxadas Regador Trena As leguminosas serão implantadas utilizando os seguintes espaçamentos: 50 cm entre linha de 20 cm entre plantas para mucuna preta. III – PESQUISE A BIBLIOGRAFIA DE MODO A RESPONDER ÀS SEGUINTES PERGUNTAS: 1- De que modo a adubação é eficiente em cada uma das formas descritas no item I deste roteiro? 2- Que características devem ser observadas ao se escolher um adubo verde? 3- Qual a composição de matéria seca (em %) das leguminosas em uso nesta prática quanto a: N, P, K, Ca e Mg? 4- A adubação verde enriquece o solo em matéria orgânica? 5- É sempre prática rentável, no real sentido da palavra? 6- Compare o efeito da incorporação de adubos verdes ao solo com a de palha. Em clima subtropical quanto tempo dura o efeito benéfico da palha sobre a bioestrutura? OBS.: Entregar o relatório da prática acompanhada das questões respondidas. Acompanhar o desenvolvimento das culturas, tendo os devidos cuidados e anotando os dados sobre: Germinação, desenvolvimento de plantas, atividades desenvolvidas, etc. IV – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FUNDAÇÃO CARGIL. Adubação verde no Brasil. Campinas, 1984. 363p. FUNDAÇÃO CARGIL. Adubação orgânica, adubação verde e rotação de culturas no estado de São Paulo. 1984. 138p. PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo; agricultura nas regiões tropicais. São Paulo, Nobel, 1985. SEO, E. H. Unidade da Vida. 2a. ed. São Paulo, Edições Espade. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA SOBRE TECNICA DE INOCULAÇÃO DE SEMENTES COM RHIZOBIUM. 1. LEITURA PREPARATÓRIA Diversas espécies da família das leguminosas são infectadas por bactérias bastonetes, gram-negativas, do gênero Rhizobium, recentemente reclassificadas nos gêneros Rhizobium, Bradyrhizobium e Azorhizobium, formando nódulos nas raízes e, em alguns casos, no caule, fornecendo à bactéria fotossintatos e recebendo em troca produtos nitrogenados: aminoácidos e ureídeos (Franco e Solto, 1984) O potencial das leguminosas em fixar N2 atmosférico depende da presença de rizóbio eficiente, assim como da otimização dos demais fatores nutricionais e climáticos. O principal meio pelo qual as leguminosas incorporam nitrogênio é pela simbiose com bactérias do gênero Rhizobium. O rizóbio se multiplica no solo, na superfície da raiz onde penetra induzindo a multiplicação das células da base da endoderme que irão formar os nódulos (2). A importância da fixação biológica no nitrogênio (FBN) para a economia nacional, é evidenciada para o caso da soja, que no Brasil, como em outras partes do mundo, é cultivada usando principalmente o N2 obtido pela fixação em simbiose com rizóbio. Considerando a produção nacional, esse processo representa uma economia de mais de 6 milhões de toneladas de uréia, o que equivale a aproximadamente U$ 1,3 bilhão. Para o feijoeiro, tem-se uma situação bem diferente. A produtividade média brasileira está entre 400 a 600 kg/há de grãos, sendo a maior parte produzida sem adubação oxigenada (esta quando recomendada é da ordem de 40 a 60 kg N/há), havendo em muitos casos, boa nodulação com as estirpes nativas do solo. Nestas condições o N exportado nos grãos (em torno de 4% de N) é de apenas 16 kg de N, portanto, muito inferior ao que pode ser fixado por esta cultura Feijão (Phaseolus vulgares) 2,7 – 110 kg de N há / ciclo). Tem- se observado a baixa resposta do feijoeiro à adubação nitrogenada, o que pode estar ligado à presença de rizóbio eficiente no solo. A contribuição da inoculação desta cultura pode ser aumentada pela seleção de cultivares com maior capacidade para nodulação e eliminação dos estresses ambientais a do solo, que geralmente limitam a fixação de N2 nesta cultura (Siqueira & Franco, 1988). 2. MATERIAIS E MÉTODOS Inoculantes (culturas puras de rizóbio previamente selecionados, misturados a um veiculo – no caso presente, turfa) específicos para soja e feijão, enviados a FAMESF pelo Dr. Milton A. T. Vargas, pesquisador do Centro de Pesquisas Agropecuárias dos Cerrados/ EMBRAPA, Planaltina/D.F. SOJA: - Tomar 50 g de sementes - Umedecê-las com 100 ml de solução de mobilidato de sódio (0,002g) 100 ml contendo também 10 g de açúcar e 0,2g de inoculante com Rhizobium japonicum (tem-se recomendado 200g de inoculante para 60 kg de sementes) - Deixar secar à sombra e plantar no mesmo dia: espaçamento 0,60m usando 20 –25 sementes/m linear (Santos, 1975). FEIJÃO: - Tomar 50 g de sementes - Umedecê-las com 100 ml da solução de mobilidato de sódio à qual foram acrescentadas 25 gramas de açúcar e 1,25g de inoculante (tem-se recomendado 1 kg de inoculante para 40 kg de sementes) - Efetuar a operação à sombra, preferencialmente pela manhã - Plantar no mesmo dia, usando o espaçamento: entre linhas 0,50m, entre plantas 0,20m. Usar-se sementes/cova. CUIDADOS: - não usar inoculante com o prazo de validade vencido - certificar-se de que o inoculante estava em local fresco e ventilado - não expor as sementes inoculadas aos raios solares ou a altas temperaturas que matam as bactérias - não por as sementes em contato com produtos químicos nocivos ao rizóbio como Captan e Furadan - usar apenas o inoculante de turfa. (Vargas, et alii, s.d.) 3. BIBLIOGRAFIA CITADA FRANCO, A. A. & SOUTO, S. M. Contribuição da fixação biológica de N2 na adubação verde. Fundação Cargil. Adubação verde no Brasil, Campinas, 1984. 199-215 p. SANTOS, O. S. dos. Cultura da Soja. Santa Maria, UFSMa. 1975.47 a 49 p. (Boletim Técnico, DF- Nº 5). SIQUEIRA, J. O. & FRANCO, A. A. Biotecnologia do Solo. Fundamentos e Perspectivas, Brasília, MEC, ABEAS; LAVRAS, ESAL, FAEPE, 1988. 179-216 p. VARGAS, M. A. T. PERES, J. R. R. SUMET, A. R. MENDES, I. de C. Inoculação do feijoeiro cultivado sob condições irrigadas e de sequeiro. Planaltina, CPAC. 6p. (Mimeografado) ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: Determinação de Fósforo assimilável em amostras de solos; método calorimétrico pelo ácido ascórbico, utilizando-se como solução extratora o HCl 0,05 N e o H2SO4 0,025 N. OBJETIVO: Ao final desta prática o aluno deverá ser capaz de: a) Relatar sobre a importância do fósforo assimilável para as plantas; b) Descrever a marcha da determinação do fósforo assimilável em amostras de solos; c) Caracterizar cada passo empregado na determinação; d) Interpretar os resultados obtidos para fins de produtividade agrícola; e) Mencionar fatores que afetam a disponibilidade do fósforo no solo, o(s) correspondente(s) efeito(s) e possível(veis) causa(s). LEITURA PREPARATÓRIA O fósforo (P) é essencial para o crescimento das plantas. Nenhum outro nutriente pode substituí-lo. A planta deve ter P para completar o seu ciclo de produção normal (POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE, 1979). É um dos macronutrientes mais nobres do solo. Toma parte integrante no metabolismo das plantas, entrando na composição de gorduras e albuminas e em outros compostos orgânicos terciários e quaternários. Tem grande importância nos fenômenos da reprodução, na multiplicação das células e na formação dos grãos e das sementes. O P influi poderosamente no desenvolvimento e ativação das raízes, o que se reflete diretamente na produtividade das culturas. Contrabalança os maus efeitos do desequilíbrio provocado pelo excesso de Nitrogênio. O P é geralmente encontrado na natureza sob a forma de apatita, que é o seu minério (Ca5 – ClFe – PO4 ). Na Rizosfera, por ação principalmente dos pelos absorventes, que excretam substâncias solubilizantes, o fósforo se torna assimilável pelas raízes (TIBAU, 1984). As plantas absorvem a maior parte do seu P como íon ortofosfato primário (H2PO4) e, em menores quantidades como íon ortofosfato secundário (HPO-4-): P promove espetaculosamente a absorção do Molibdato pelas plantas (STOUT et. al., 1951, citado por EPSTEIN, 1975). O solos agricultáveis brasileiros, especialmente os da fronteira agrícola, são deficientes em P para as culturas, fazendo com que os fertilizantes fosfatados tenham um papel importante no sistema de produção agrícola brasileiro (GOEDERT & SOUZA , 1986). A fixação do fósforo é um dos maiores problemas das agricultura tropical (PRIMAVESI, 1984). Há diversos fatores afetando a disponibilidade de fosfato no solo, a saber: tipo e quantidade de argila, época de aplicação, aeração, compactação, umidade, “status” do fosfato no solo, temperatura, outros nutrientes, pH do solo, etc. (POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE, 1979; BUCKMAN & BRADY, 1976). Para nenhum outro nutriente, existem tantos trabalhos dedicados a métodos de extração. No Brasil são usados dois extratores para P: H2SO4 0,05 N e o duplo ácido: H2SO4 0,025 N + HCl 0,05 N. O 1º foi desenvolvido no Instituto Agronômico de Campinas, e o 2º foi desenvolvido pó Mehlich em Carolina do Norte, EUA, e passou a ser usado no Brasil a partir de 1965, com exceção do estado de São Paulo, na proporção de 10 cm3 de terra para 100 ml de solução. Tem sido chamado de método Mehlich ou Carolina do Norte. Esses extratores extraem mais P ligado a cálcio no solo e apenas as partes mais solúveis de P ligado a Fe e a Al. Apresentam um sério problema: dissolvem resíduos de fosfatos naturais, ou seja, P – fertilizante, uma forma que não se dissolveu no solo, e tem pouco a ver com P – disponível. A conseqüência é a obtenção de resultados excessivamente elevados em alguns solos que receberam aplicações recentes de fosfatos naturais. oUtro problema é o fornecimento de resultados excessivamente baixos de P em certos solos argilosos, que vem sendo adubados com fósforo e nos quais as culturas produzem bem pouco e pouco respondem à adubação fosfatada. Conforme ANGHINONI, citado por VOLKWEISS, citado por BRAGA (1980), como o pH do extrator é muito baixo (pH = 1,2) quando o mesmo é adicionado ao solo há alteração drástica do P no solo e, em conseqüência a quantidade avaliada poderá não ser parte ou não dar idéia do existente no sistema solo. Os métodos IAC E Mehlich provavelmente extraem parte dos fosfatos lábeis dos solos, mas podem extrair formas não lábeis, como é o caso de resíduos de fosfatos naturais. Do ponto de vista de nutrição de plantas, seria desejável um extrator que determinasse o P – lábil – que consiste principalmente de formas absorvidas (RAIJ, 1981). Para fins de interpretação de resultados a COMISSÃO DE FERTILIDADE DO SOLO DO ESTADO DE MINAS GERAIS apresenta: Quadro 5.3. Classes de interpretação da disponibilidade para o fósforo de acordo com o teor de argila do solo ou do valor de fósforo remanescente (P-rem) e para o potássio Característica Argila (%) 60 – 100 35 – 60 15 – 35 0 – 15 Classificação ______________________________________________________________________ Muito Baixo Baixo Médio Bom Muito bom 3 1/ ---------------------------------(mg/dm ) ----------------------------------Fósforo disponível (P)2/ ≤ 2,7 2,8 – 5,4 5,5 – 8,0 8,1 – 12,0 > 12,0 ≤ 4,0 4,1 – 8,0 8,1 – 12,0 12,1 – 18,0 > 18,0 ≤ 6,6 6,7 – 12,0 12,1 – 20,0 20,1 – 30,0 > 30,0 ≤ 10,0 10,1 – 20,0 20,1 – 30,0 30,1 – 45,0 > 45,0 Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em MG – aprox. Antonio Carlos Ribeiro, P.T.G. Guimarães, Victor H. Álvares V., editores. Viçosa, MG, 1999. conc. de P. nos padrões (ppm) leitura transmitância (%) d.o. (2-log T (%)) (Exemplo) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 100,0 66 41,5 28 18,5 0 Obter a equação y = a o + a 1 x a o = ( ∑y) . (∑x2) – (∑xy)( ∑x) ---------------------------------------N (∑x2) – (∑x)2 a 1 = N∑xy – (∑x) (∑y) ---------------------------------N (∑x2) – (∑x)2 r = N∑xy – (∑x) (∑y) -------------------------------------------------------___________________________________ √ [ N ∑x2 – (∑x)2 ] [ N ∑y2 – (∑y)2 ] Obs. Com os dados das leituras das amostras, transforma - las em d.0 e com a equação obter a conc. de P nas amostras de solos.Ao elaborar o relatório tenha em vista os objetivos propostos. Na discussão dos resultados aborde como cada fator afeta a disponibilidade de P no solo, especialmente os solos correspondentes às amostras analisadas. Quando x for considerada a variável dependente e y a independente, a equação de reta do mínimo feriredo será = x = b0 + b1y e as equações normais ∑x = b0N + b1∑y ∑xy = b0∑y + b1∑y2 b0 = (∑x) (∑y2) – (∑y) (∑xy) ------------------------------------N ∑y2 – (∑y)2 b1 = r= N∑xy – (∑x) (∑y) ------------------------------------N ∑y2 – (∑y)2 N∑xy – (∑x) (∑y) ----------------------------------------------------------___________________________________ √ [ N ∑x2 – (∑x)2 ]30 [ N ∑y2 – (∑y)2 ] BIBLIOGRAFIA BRAGA, J. M. Avaliação de Fertilidade do Solo; Análise química Viçosa, Imprensa Universitária da U.F.V., 1980. 87 p. ( I parte ) BUCKMAN , H. O. & BRANDY, N. C. Natureza e propriedades dos solos; compêndio universitário sobre edafologia. 4 ed., Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1976. 594 p. EMPRABA. SNLCS. Manual do Métodos de Análise do Solo. SNLCS, 1979. EPSTEIN, E. Nutrição Mineral das Plantas: princípios e perspectivas. Rio de Janeiro, Livros técnicos e científicos. Editora S.A. 1975. 244 p. GOEDERT, N. J. & SOUZA, D.M.G. Uso eficiente de fertilizantes fosfatados. In: Anais do Seminário Fósforo, Cálcio, Magnésio, Enxofre e Micronutrientes – Situação Atual e Perspectivas na Agricultura. Coord. Marcelo de Carvalho Silva / Assessoria Técnica/ manah S.A., 1986. 144p. POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE. Soil Fertility Manual, Atlanta, Buford Hwy., 1979. 88 p. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais 6 ed. São Paulo, Nobel, 1984. 541 p. RAIJ, B. V. Avaliação da fertilidade do solo. Piracicaba Instituto da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa, 1981. 142 p. TIBAU, A. O. Matéria Orgânica e Fertilidade do Solo. 2 ed. São Paulo, Nobel. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: Determinação de sódio e de potássio trocáveis pelo método direto com fotômetro de chama OBJETIVOS Com a ministração desta aula o aluno deverá ser capaz de: a) Descrever a importância do potássio para as plantas, bem como sobre alguns efeitos decorrentes da presença do sódio no solo. b) Relatar sobre a determinação dos teores de K e de Na em amostras de solos c) Interpretar os resultados das análises efetuadas sob o ponto de vista agronômico. LEITURA PREPARATÓRIA O elemento químico sódio, Na, é considerado não essencial às plantas. No entanto grande número de trabalhos compara os efeitos do sódio e do potássio na produção ( MUNSON, 1968, citado por MALAVOLTA, 1976). Conforme LARSON & PIERRE, 1953, citados por MALAVOLTA (1976) a beterraba absorve bastante Na, enquanto o milho praticamente o exclui. As evidências levam a crer que o efeito benéfico do Na seja satisfazer parte das exigências do potássio da planta. Assim é que LARSON & PIERRE (1953) apresentaram a seguinte classificação: (1) plantas que reagem ao Na em presença de quantidades suficientes de K – acelga, aipo, beterraba, cenoura, nabo, rábano e repolho; (2) plantas que reagem ao Na quando há falta de K – algodoeiro, alfafa, aspargo, aveia, brócolo, ervilhaca, nabo, tomateiro e trigo; (3) plantas de pouca ou nenhuma reação ao Na – alface, batata, cebola, feijão, menta, milho e soja. Plantas como o Cajueiro, diante de altas doses do Na podem apresentar deficiência de K por problemas de competição. Os sais solúveis de Na são formados durante o processo de interpretação. O elemento é mais fracamente absorvido pelos colóides do solo do que o K, Mg e Ca. O Na é geralmente constituinte principal dos solos salinos, e como tal tem efeito adverso no crescimento de muitas espécies vegetais. A correção do conteúdo de sódio; embora conceitualmente simples, pode na prática ser muito difícil. A maneira mais efetiva de remover excessos de sais solúveis é através da lixiviação. Os solos sódicos ou alcalino-não-salinos apresentam: C.E. do extrato de saturação menor que 4 mmhos/cm a 25º C, % de Na intercambiável maior que 15 e pH de 8,5 a 10,0, comumente. Nos solos fortemente sódicos a matéria orgânica em dispersão e dissolvida pode se depositar na superfície em virtude da evaporação da água, causando o enegrecimento do solo, o que deu origem ao termo ácali negro. A recuperação de um solo salino requer que se faça anteriormente a substituição do sódio absorvido pelo cálcio ou magnésio ou pela adição de gesso ou agentes acidulantes se o solo é calcáreo. Em casos extremos, poderá ser aplicado cloreto de cálcio (LUNT, 1966, citado por MLAVOLTA, 1976). POTÁSSIO O Elemento químico Potássio, K, é depois do N o mais exigido pela maioria das plantas cultivadas. Os solos brasileiros em sua maioria apresentam quantidades suficientes de K. Apenas uma 6ª parte dos solos têm quantidades insuficientes de K – disponível (PRIMAVESI, 1984). Diversos pesquisadores têm verificado que em muitos solos brasileiros a adubação de potássio não faz efeito e freqüentemente baixa o rendimento. Este efeito negativo provavelmente se deve à absorção deficiente de cálcio e magnésio; em presença de N – NH+4. A resposta à adubação com potássio ocorre quando: 1) o nível de elemento do solo for menor que 40 mg/kg; 2) a quantidade de P – disponível for adequada e; 3) ou quando a proporção co mo cálcio for menor que 6. O K é tido como um dos elementos que mais aumenta a resistência das plantas contra doenças, por aumentar a respiração e, com isso a absorção de nutrientes, contribuindo para a viscosidade maior do plasma celular. Não toma parte em substâncias vegetais, mas somente catalisa sua formação. O K é vital para a fotossíntese . É essencial à síntese de proteínas. Ajuda a planta a usar a água mais eficientemente por promover turgidez para manter a pressão interna da planta. É importante na formação do fruto, atividade de enzimas e controla as suas taxas de reação, K melhora a qualidade das produções. No solo o potássio se encontra nas formas: indisponível, ligeiramente disponível e disponível (POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE, 1979). Existem no Brasil duas jazidas de sais de potássio (Cl – ou SO4 =) no estado de Alagoas ainda inexploradas por questões administrativas (TIBAU, 1983). Em 1975 foram usados no Brasil: 384.00 ton de N, 994.000 ton de P e 507.000 ton de K. Pode-se dizer que 60% do N foram importados, 50% do e todo o K foi importado (MALAVOLTA, 1979). Fatores que alteram a fixação do K no solo: natureza dos colóides do solo; umedecimento e secagem; o congelamento e descongelamento e, a presença de calcário em excesso (BUCKMAN & BRADY, 1976). Uma adubação potássica , como qualquer outra, não é somente a adição de um elemento, mas a modificação de um sistema, alterando inúmeras reações que são capazes de tornar nulo ou negativo o efeito o efeito do adubo adicionado (PRIMAVESI, 1981). Na maioria dos países, é o K – trocável o critério mais usado para diagnosticar o estado de carência do nutriente (GRIMME & MENETH, 1978, citados por RAIJ, 1981). As correlações entre resposta à cultura e teores no solo são bastante consistentes, para que se possa aceitar o teor trocável de K trocável no solo como um critério seguro para recomendar a adubação potássica. Os teores de K – disponível podem ser considerados: baixos se de 0-30 ppm; médios se de 31-6 ppm e altos se maiores de 60 ppm – K. O teor de Na trocável é considerado baixo se de 0 a 0,1; médio de 0,11 a 0,30 e alto se maio de 0,30 e.mg/100 cc de solo (Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1978). BIBLIOGRAFIA BUCKMAN , H. O. & BRANDY, N. C. Natureza e propriedades dos solos; compêndio universitário sobre edafologia. 4 ed., Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1976. DAKER, A. A Água na Agricultura. Irrigação e Drenagem. 4ª. Ed Rio de Janeiro, Freitas Bastos./s.d./ (3º volume). EMPRABA. SNLCS. Manual do Métodos de Análise do Solo. SNLCS, 1979. MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola; Nutrição de Plantas e Fertilidade do Solo. São Paulo, CERES. 1976. MALAVOLTA, E. ABC da Adubação. 4ª. Ed. São Paulo, Ceres. 1979. POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE. Soil Fertility Manual, Atlanta, Buford Hwy., 1979. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais 6 ed. São Paulo, Nobel, 1984. RAIJ, B. V. Avaliação da fertilidade do solo. Piracicaba Instituto da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa, 1981. TIBAU, A. O. Matéria Orgânica e Fertilidade do Solo. 2 ed. São Paulo, Nobel. ROTEIRO DE AULA PRÁTICA ASSUNTO: Reação do Solo – Determinação Potenciométrica do pH OBJETIVOS Através desta prática pretende-se que o aluno se torne capaz de: A) Determinar mediante o uso de potenciômetro o pH em diferentes amostras de solos em meios líquidos distintos; B) Verificar a variação de pH (para a mesma amostra e (em comparação às demais) ao se proceder a determinação nos distintos meios líquidos; C) Explicar as possíveis causas das possíveis variações nos valores de pH obtidos, relacionando o complexo sortivo do solo, textura, etc, com a composição dos meios líquidos empregados (raios iônicos e hidratados dos cátions dos sais, concentração empregada, etc); D) Descrever o possível comportamento de determinadas(s) cultura(s) (especificar) nos solos em estudo face aos valores de pH em água obtidos com base em níveis de fertilidade considerados no país. LEITURA PREPARATÓRIA O termo pH define a relativa acidez ou basicidade de uma substância. A escala de pH cobre uma faixa de 0 a 14. O pH simplesmente mede a atividade de íon hidrogênio e é expresso em termos logarítmicos. A significância prática de relação logarítmica é que cada unidade mudada no pH do solo significa uma mudança da ordem de 10 vezes na quantidade de acidez ou basicidade. Assim, um solo com pH de 6,0 tem dez vezes mais hidrogênio ativo do que um com pH de 7,0. Alguns dos fatores que afetam o pH do solo são: material de origem do solo; chuva plantas em crescimento; remoção de bases pelas culturas fertilização; fixação de nitrogênio por bactérias em leguminosas; matéria orgânica, etc. Em laboratório determina-se o pH por meio de um potenciômetro, que consiste em um conjunto de eletrodos ligado a um voltímetro eletrônico. Uma vez mergulhados os eletrodos na solução-problema, estabelece-se entre eles uma diferença de potencial ou pH correspondente, em função da concentração de íons H da solução. Na escala do voltímetro pode-se ler, diretamente, essa diferença de potencial ou o pH correspondente. Provocam variações nos resultados de determinação de pH para determinada amostra: a) efeito da diluição; b) efeito de suspensão; c) efeito de sais; d) efeito de CO2; d) oxidação redução; f) det. Do pH em KCl. Ainda que o pH não seja algo fixo do solo, podendo assumir valores variáveis com a técnica empregada, fornece importantes indicações à pedologia e a agronomia. As correlações que podem ser feitas entre os valores de pH e fenômenos que dizem respeito a nutrição e desenvolvimento das plantas, são extremamente importantes para a exploração agrícola. Bibliografia (auxiliar) MONIZ, A. C. Elementos de Pedologia. São Paulo, editora Polígono. 1976. 156 – 160 p. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais 6 ed. São Paulo, Nobel, 1985. p.29, 30 e 78 MALAVOLTA, E. Manual de Química Agrícola; Nutrição de Plantas e Fertilidade do Solo. São Paulo, CERES. 1976. 341 DISCIPLINA : FERTILIDADE DO SOLO Roteiro de aula prática sobre : Determinação de cátions trocáveis OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: (1) Reconhecer a importância dos cátions trocáveis Cálcio e Magnésio para a nutrição vegetal; (2) Descrever sobre o alumínio no solo e o efeito da sua concentração no complexo sortido do solo para a nutrição vegetal; (3) Informar sobre todos os passos na determinação destes cátions trocáveis; (4) Interpretar os resultados analíticos para fins de adubação e correção do solo em bases agronômicas. LEITURA PREPARATÓRIA Cálcio O Cálcio é um elemento essencial para o desenvolvimento das plantas participando de várias reações fisiológicas e metabólicas (Burnstrom, 1968). O Cálcio estimula o desenvolvimento de raízes e folhas. Ativa vários sistemas de enzimas. É essencial para o desenvolvimento de nozes no amendoim. Influencia indiretamente a produção para reduzir a acidez do solo. Cálcio ajuda indiretamente a produção por propiciar condições de crescimento radicular e estimula atividade microbiana, disponibilidade de molibdênio, e absorção de outros nutrientes. Um sintoma comum da deficiência de cálcio é o pequeno crescimento radicular. Folhas jovens e outros tecidos desenvolvem sintomas porque cálcio não é translocado dentro da planta. No solo, a cálcio está presente nas formas solúveis, trocáveis e não trocáveis, as quais formam um sistema em equilíbrio dinâmico. Os solos do Brasil, em sua grande maioria, são ácidos, possuem baixa capacidade de troca de cátions (e saturação de cálcio) e alumínio em concentração tóxica para a maioria das plantas cultivadas. Outras características são as mais pronunciadas nas camadas inferiores dos solo. Assim sendo, o aumento de produção agrícola esta condicionada ao uso eficiente de fertilizantes, corretivos e outras práticas agronômicas (controle de erosão e de ervas daninhas, rotação) O CaCO3 é a forma mais eficiente da espécie Ca++ na solução do solo, a qual é prontamente disponível a absorção pelas raízes. Entretanto a ação do CaCO3 é restrita às camadas superiores do solo. A aplicação do gesso no solo, contribui para a lixiviação de bases, tais como: Ca ], Mg e K e diminui a saturação do Al. Os efeitos do gesso na lixiviação do cálcio parece ser uma forma eficiente e pratica para aumentar a saturação de Ca nas camadas inferiores do solo, principalmente na presença de Al (Pavan, 1986). Magnésio: O magnésio é um elemento essencial para todas as plantas e figura entre os seis macronutrientes, ao lado do N, P, K, Ca e S. É um constituinte da clorofila. O Mg funciona como um transportador de P dentro da planta, sendo um cofator na maioria das enzimas que ativam as reações de fosforilação. O Mg é móvel na planta e a deficiência começa sempre nas folhas mais velhas e se move para aquelas mais novas. Aparece uma clorose ou amarelecimento entre as nervuras das folhas e, em casos mais extremos as áreas se tornam necróticas (cafeeiro). Comumente os solos contém menos Mg do que Ca. Muito embora muitos solos possuam bastante Mg para suportar o crescimento de plantas, deficiências de Mg podem ocorrer mais freqüentemente em solos de textura arenosa, solos ácidos desenvolvidos sob condições da alta pluviosidade. Alumínio: O Alumínio é o 3º elemento em abundancia na crosta terrestre, vindo depois do oxigênio e do silício. Não há evidência de que o alumínio seja essencial para o desenvolvimento das plantas. Sob certas circunstâncias, pequenas quantidades de Al podem beneficiar, de maneira indireta, o seu crescimento. Entretanto, quando o Al predomina no complexo de troca, desidrata o plasma, causando “plasmólise” nas células radiculares, impossibilitando a absorção de suficiente água e nutrientes. Quando, porém somente uma pequena parte dos cátions trocáveis é ocupada por Al, este, raramente tem efeito prejudicial em culturas tropicais (PRIMAVESI, 1984). No Brasil já existem muitas variedades adaptadas a conviver com concentrações maiores de Al, como quase todas de trigo, várias de soja, milho etc. A saturação da CTC com Al suportada pela cultura, varia de espécie para espécie e de cultivar. A cevada não tolera mais que 5% enquanto que o trigo brasileiro já não se beneficia com uma saturação menor dos que 46% (Minotti Blois et.al.,1971; Salinas & Sanchy, 1975, citados por Primavesi, 1984). BIBLIOGRAFIA BURSTROM, H.G. Calcium and plant growth. Bial. Ver. , 43: 287-316, 1968 PAVAN, M. A. O Cálcio como nutriente para as culturas. In: Anais do Seminário Fósforo, Cálcio, Magnésio, enxofre micronutrientes – situação atual e perpectivas na agricultura. Coord./ Marcelo de Carvalho Silva / Assessoria Técnica/Manah S/ª 1986. 144p. EMPRABA. SNLCS. Manual do Métodos de Análise do Solo. Rio de Janeiro SNLCS, 1979. POTASH & PHOSPHATE INSTITUTE. Soil Fertility Manual, Atlanta, Buford Hwy., 1979. 88 p. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais 6 ed. São Paulo, Nobel, 1984. ROTEIRO DE PRÁTICA ASSUNTO: Determinação de H+ + A+++ trocável em amostras de solos pelo método recomendado pela EMBRAPA/SNLCS. OBJETIVO: Ao final desta prática o aluno deverá ser capaz de: a) Descrever o efeito dos íons H+ e Al+++ sobre as plantas cultivadas bem como sobre os procedimentos adotados na determinação; b) Interpretar os resultados analíticos obtidos; c) Fazer recomendação de práticas corretivas a serem adotadas conforme o caso. LEITURA PREPARATÓRIA O Alumínio tem sido bastante associado com acidez de solos e tem sido usada a afirmação de ser o Al o responsável pela acidez de solos, principalmente tropicais. Trata-se de uma idéia completamente distorcida. Existem no solo diversos minerais que contém apreciáveis teores de alumínio, principalmente os minerais de argila óxidos de alumínio. Em condições de acidez elevada, o alumínio surge em solução, na forma de cátion Al+++, às custas da dissolução daqueles minerais, conforme reação: Al (OH)3 + 3H+ Al+3 + 3H2O. Portanto, o alumínio trocável é conseqüência de acidez dos solos. Ele é responsável por parte dos efeitos desfavoráveis da acidez dos solos sobre os vegetais, mas isto já é mais um problema de nutrição vegetal não de química do solo (RAIJ, 1981). Uma verdadeira onda de histeria varre o mundo ocidental contra o alumínio. No solo é considerado inimigo numero um de todas as culturas. Entretanto, o óxido de alumínio é agente que contribui eficazmente a estrutura do solo tropical, sendo, portanto altamente benéfico. Resta portanto o Alumínio trocável que por poder causar plasmólise, isto é, a desidratação e o encolhimento do plasma nas células radiculares é seriamente prejudicial as plantas. Mas essa plasmólise é causada quando a proporção alumínio bases (Ca + Mg + K) for desfavorável. Sabemos que o equilíbrio dos íons absorvidos no plasma é de importância vital. Só Ca ou o K é tão prejudicial como só o Al. Necessita-se de íons de hidratação, como o K e o Na, e íons de desidratação, como o Ca e o Al, para estabelecer o equilíbrio e a hidratação exata do plasma celular. Todas as soluções monossalinas são tóxicas. Se o Al trocável não ultrapassar 40% dos cátions existentes na CTC efetiva geralmente não é maléfico. Muitas plantas tropicais suportam maiores concentrações de alumínio trocável no solo, como mandioca, batata-doce, cafeeiro, teeiro, a maioria das forrageiras, gramíneas como por exemplo as do gênero DIGITÁRIA como capim- pangola e os Panicum como capim-colonião. Conforme Lipmann (1938) sorgo e milho necessitam de 1mg de Al por litro de solução nutritiva, quando criados em laboratório, para o seu melhor desenvolvimento. Plântulas de cacau necessitam de 2 ppm de Al na solução nutritiva. No Brasil quase todas as variedades de trigo, varias de soja, milho, etc., estão adaptadas a viver com concentrações maiores de Al. A cevada, geralmente, não suporta uma saturação de Al maior que 5%, enquanto que o trigo brasileiro não se beneficia com uma saturação menor do que 46%. A maioria das culturas tropicais não é muito sensível ao Al trocável, suportando ao redor de 36 a 46% de saturação (PRIMAVESI, 1984). Kappen introduziu o conceito de Acidez de troca e acidez hidrolítica. A primeira corresponde a acidez extraída do solo por uma solução normal de KCL (ou por outra solução salina neutra) e seria devida essencialmente a alumínio trocável. Dada a nocividade do alumínio solúvel para as plantas a acidez de troca é comumente chamada de acidez nociva. A acidez hidrolítica era a determinada por solução de acetato de cálcio e corresponderia apenas a íons H+. Sabendo se, hoje, que o Ca Ac extrai não apenas mas, também Al+++, razão pela qual é utilizado em determinação de H+ + Al+++ (WUTKE, 1975). REFERÊNCIAS BLOISE, R. M.; MOREIRA, G. N. C. & DYNIA, J. F. Métodos de Analise de Solos e Calcários. 2 ed.rev., Rio de Janeiro, EMBRAPA/SNLCS, 1979. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do Solo: a agricultura em regiões tropicais 6 ed. São Paulo, Nobel, 1984. RAIJ, B. V. Avaliação da fertilidade do solo. Piracicaba Instituto da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa & Fosfato: Instituto Internacional da Potassa, 1981. WUTKE, A. C. P. Acidez. In. : MONIZ, A. C. Elementos de Pedologia. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos. 1975. 460p. DEPARTAMENTO DE AGUA E SOLO – DAS DISCIPLINA: FERTILIDADE DO SOLO ESTUDO DIRIGIDO CALAGEM. Os produtos considerados corretivos da acidez dos solos são aqueles que contém como contribuintes neutralizante, ou principio ativo, carbonatos, óxidos ou silistos de cálcio e/ou de magnésio. Corretivos de acidez: - Calcário moído: carbonato de cálcio – CaCO3 carbonato de magnésio – MgCO3 calcário calcítico : 1 a 2% MgO calcário magnesiano: 2,5 a 10% MgO calcário dolomitico: + 10% MgO cal virgem (CaO e MgO) - cal hidratada ou extinta (Ca(OH)2 Mg(OH)2) - calcário calcinado – obtido pela calcinação parcial do calcário. - propriedades entre as do calcário e a do cal - escória de siderurgia – sub-produto da Industria do ferro e do aço possuem CaS103 e MgS103. Comporta-se semelhantemente aos calcários. - outros materiais: margas (depósito terrestre de carbonato de cálcio) calcário marinho (corais, sambaquis). No roteiro sobre análise de calcário (um exemplar para cada equipe) e na 2 folha estão contidas informações sobre a recomendação de calagem na Bahia e em Minas Gerais. São dadas informações sobre dois calcários existentes em certo comércio. Calcário 1 CaO = 30% MgO = 15% Calcário 2 CaO = 25% MgO = 2% Granulometria (meshes) 8 - 20 - 40 20 - 60 - 20 <- 60 - 40 Granulometria 78 - 20% 8 - 20 - 30% 20 - 60 - 25% <- 60 - 25% • calcule o PRNT de cada calcário • para transformar CaO (%) e MgO (%) em CaCO3(%) e MgCO3(%) multiplique as % respectivamente por 1,78 e 2,1% • para transformar MgCO3(%) em CaCO multiplique a % por 1,19 • aplicando a formula do PRNT, você encontrará o 1º resultado que procura • a quantidade de calcário recomendada pelo laboratório refere-se a calcário c/ PRNT = 100%, quando o calcário que você vai empregar não tem esse valor. Use uma regra de três inversa e encontrará a quantidade de calcário correspondente. Supondo os solos A, B , C e D, com as respectivas analises químicas eq.mg/100 eq.mg/100 cc (Ca+Mg) cc (Al+++) Solo A 1,5 0,7 B 1,0 2,5 C 1,0 0,5 D - - 3,0 Quanto de calcário 1 e 2, aplicar em cada solo? Considere as recomendações feitas pelas Comissões de Fertilidade do Solo da Bahia e a de Minas Gerais. Verifique as observações feitas na ultima folha do roteiro em anexo. Para efetuar a Calagem: 1º) Com o resultado da análise de solo, verificar a necessidade de calagem; 2º) Verificar o PRNT do calcário a ser utilizado; 3º) Antes do plantio n mínimo 4 meses, o terreno deve ser arado e gradeado. O calcário é espalhado por todo o terreno, utilizando máquina ou aplicação manual; 4º) Após a aplicação do calcário, deve gradear o terreno para que se tenha melhor mistura solo mais calcário; 5º) O calcário é aplicado de uma só vez e de 5 em 5 pelo menos nova análise deve ser realizada. 6º) A aplicação de calcário deve ser acompanhada de adubação verde ou de adubação orgânica. ANALISE DO CALCÁRIO 1. Teste para identificação do material, antes de ser aceito para análise 1.1. Tomar pequena quantidade de material triturado e colocar sobre um vidro de relógio, umedecer ligeiramente e colocar 1 ou 2 gotas de HCl concentrado. Efervescência denota presença de calcário. 2. Determinação do Ca++ + Mg++ 2.1. 2.2. 2.3. Tomar pequena quantidade (± 2,0g) de calcário triturado e levá-la a um grau e triturar até pulverização completa. Passar exatamente 1.000g de material obtido. Passar para becher de 300 ou 400ml, adicionar 10ml de água destilada e 3ml de HCl concentrada, aquecer, para acelerar a reação de calcário com HCl (usar a capela). 2.4. 2.5. 2.6. 2.7. Esfriar, passar para balão de 1 litro, levando cuidadosamente o becher, o funil e o gargalo do balão, fazendo com que as águas de lavagem caiam no interior deste, completar o volume e homogeneizar bem. Tomar, em erlenmeyer de 125ml. • 10ml de extrato, 30ml de água destilada, 4ml de coquetel (tampão KCN e TET), 4 gotas de eriocrone black-T. Titular com E.D.T.A. (sal dissódico) 0,02N, viragem de róseo para azul puro Anotar o número de ml gastos na titulação. 3. Determinação do Ca++ 3.1. Em erlenmeyer de 125ml, tomar: • 10 ml de extrato, 30ml de água destilada, 3ml de KOH a 10% e 1 pitada de muxerida (± 50g). 3.2. Titular co mo mesmo E.D.T.A. 0,02 N. Viragem do róseo para o violeta. Anotar o número de ml gastos na titulação. 3.3. 4. Determinação do Mg++ Não é determinado diretamente. Mg++ = (Ca++ + Mg++) - Ca++ 5. Calculo relativo do Calcário % = PM X L --------------------10 onde: PM = Peso Molar do carbonato (ou óxido) L = Volume (ml) gasto na titulação correspondente Resíduo insolúvel e não dosado (%) – corresponde a diferença entre 100% e o teor de carbonatos. 6. Determinação da Granulometria (eficiência relativa) 6.1. Peneirar uma amostra de 100g do calcário, para determinar a distribuição percentual dos seguintes tamanhos de granulos: Peneiras malha/polegada 8 ou maior 8 – 20 20 – 60 60 ou menor % de atividade 0 20 60 100 7. Cálculo do poder relativo de neutralização total (PRNT) PRNT = ( 8 - 20 m/p X 0,2 ) + ( 20 - 60 m/p X (menor q/60 m/p X 1,0 ) X eq. De CaCo3 Eq. De CaCO3 (%) + [MgCo3 (%) X 1,19] 0,6) + RECOMENDAÇÕES DA CALAGEM NA BAHIA A COMISSÃO ESTADUAL DE FERTILIDADE DO SOLO RECOMENDA. 1. (Al+++ em e. mg/100ml de solo) = toneladas de calcário /há 2. (2-e. mg de Ca++ + Mg++ /100ml de solo) x 2 = ton.de calcario/ha Recomenda-se a maior quantidade obtida dos cálculos acima. Em Minas Gerais, a Comissão de Fertilidade do Estado, recomenda. 1. Para a neutralização do Al+++ trocável: Al+++ em. e. mg/100 cc de solo x 2 = ton. de calcario /ha 2. Para a correção das deficiências de Ca++ e Mg++ trocaveis, cujo nível no solo, apontado pela pesquisa, é considerado com 2,0 e. mg. Ca++ Mg++/100 cc de solo. 2 - (e.mg. Ca++ + Mg++ /100 cc de solo) = ton. de calcario /ha Recomenda-se a soma dos valores obtidos dos dois cálculos acima. Se Ca++ + Mg++ for superior a 2,00 e.mg./100 cc de solo, a calagem calculada por estes será nula. Quando a % de saturação de alumínio no solo (m = 100 X Al+++ / Ca++ + Mg++ + K+ + Al+++) for menor que 20%, dispensa-se a respectiva correção. Ao fazer o relatório, com base nos resultados obtidos nas práticas anteriores, faça a devida recomendação de calagem, caso seja necessária. Relate sobre o resultado obtido e a quantidade desse calcário a ser aplicada ao solo correspondente a cada tonelada de calcário recomendada pelo laboratório. SINTOMA DE FOME DAS PLANTAS E. MALAVOLTA ABC DA ADUBAÇÃO P. 168 – 170 SINTOMAS ELEMENTO DEFICIENTE (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Plantas fracas ; folhas de cor verde clara ou verde amarelada uniforme; as folhas mais velhas (as de baixo) são as primeiras a serem afetadas........................................................................ galhos que secam da ponta para a base, desfolhamento, plantas com galhos secos desfolhadas na porção mediana................... falta de perfilhamento nas touceiras......................................... espigas deformadas sem grão na ponta....................................... Plantas pouco desenvolvidas; folhas verde azulado; as vezes aparecem na planta tons vermelho-arroxeado; maturação na tardia dos frutos, grão chochos................................................. espigas curtas com a ponta torta.................................................. Plantas com caule ou colmos mais finos; as folhas mais velhas são as primeiras a mostrar cor de ferrugem ou marrom quase negro nas pontas e nas margens............................................... olhas que secam nas margens, espigas mais curtas com grãos descoloridos na ponta.............................................................. frutos pequeno e muito colorido................................................. Deformação nas folhas novas; a ponta deixa de crescer; aparecem manchas pardo amareladas entre nervuras; raízes pouco desenvolvidas................................................................ manchas amareladas que se unem e depois tomam cor de ferrugem..................................................................................... podridão na ponta dos frutos (fundo preto)................................ Nas folhas mais velhas em primeiro lugar só as nervuras ficam verdes, enquanto o espaço entre elas se torna amarelado, avermelhado, pardacento, encurvando as folhas........................ as folhas mais velhas mostram cor vermelha entre as nervuras. “Vermelhão”............................................................................... os sintomas aparecem nas folhas perto das cerejas em desenvolvimento; queda das folhas............................................ estrias, esbranquiçadas ao longo da folha entre as nervuras...... tonalidade azul na nervura principal........................................... amarelecimento (gema-de-ovo) e encurvamento das folhas de baixo e depois das superiores.................................................. nas folhas mais velhas surgem um “V” verde ao longo da nervura principal o vértice coincidindo com a base das mesmas As folhas mais novas são de cor verde clara, caules finos com tons avermelhados....................................................................... Deformação na folha da ponta; secamento da gema principal e desenvolvimento das laterais..................................................... Nitrogênio Cafeeiro Cana-de-açúcar Milho Fósforo Milho Potássio Milho Laranja Cálcio Cana-de-açúcar Tomateiro Magnésio Algodoeiro Cafeeiro Cana-de-açúcar Bananeira Tomateiro Laranjeira,Limoeiro Enxofre Boro galhinhos em leques nas pontas do ramo principal, folhas pequenas, deformadas, com cortiça de nervura......................... enegrecimento na “cabeça”....................................................... morte da gema terminal e formação de diversos ramos na ponta da árvore .................................................................................. enegrecimento no interior do caule .......................................... encarquilhamento das folhas novas, diminuição da área do limbo, amarelecimento e necroso das margens; hastes flácidas; fendilhamento e cancro na casca e exsudação de goma......... colombos nos frutos, exsudação de leite nos frutos novos...... encurtamento dos ramos, morte da gema terminal e super brotamento, grande queda de “maças”, folhas mais velhas muito grandes, folhas novas menores e amareladas................ amarelecimento e deformação nas folhinhas mais novas, tubérculos pequenos ................................................................ folhas mais novas esbranquiçadas com fendas na lâmina, secamento da ponta das folhas novas......................................... (8) Folhas da ponta murchas, dificuldade para o caule se manter ereto............................................................................................ folhas novas deformadas com a nervura principal curvada em “S” e a lâmina dobrada ao longo do mesmo, manchas necróticas nasa margens, nervuras salientes (costelas).......... folhas amareladas em pequenos retângulos verdes, pouco perfilhamento, colmos deitados no chão............................. folhas grande e flácidas, exsudação de goma, nos ramos que se encurvam “S”, lesões nos frutos........................................... folhas amareladas com manchas irregulares nas margens......... (9) As folhas mais novas mostram a lâmina amarelada e uma fina de nervura verdes .................................................................... as folhas mais novas podem ficar quase brancas ....................... (10) As folhas mais novas mostram-se amareladas as nervuras e uma pequena faixa de tecido ao longo delas permanecem verdes deixando um aspecto de retículo grosso......................... (11) As folhas mais novas são as primeiras a mostrar os sintomas de deformação, estrangulamento do limbo e recurvamento do mesmo......................................................................................... (12) Folhas pequenas, retorcidas, com manchas amareladas, encurtamento do internóidios; aparecimento de um tubo de folhas na ponta dos ramos ................................................... plantas anãs, broto terminal branco, folhas amareladas com Cafeeiro Couve-flor Pinheiros(pinus) Repolho Eucalipto Mamoeiro Algodoeiro Batatinha Cana-de-açúcar Cobre Cafeeiro Cana-de-açúcar Laranjeira Alface Ferro Abacaxi Manganês Molibdênio Zinco faixas brancas e roxas morto das pontas das folhas................... LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ADUBOS TIPOS DE DISTRIBUIÇÃO 1) A lanço 2) Fundo do Sulco 3) Em faixa Milho 4) 5) 6) 7) Em linha Em cobertura Nas folhas Na água de irrigação * CULTURAS ANUAIS 1, 3, faixas interrompidas, 2, 4, 5, distribuições mistas ( 1 ) Distribuição a lanço a) Riscos de fixação de P e K (maior entre fertilidade e o solo). b) Riscos de perda de N e de K (adubação precoce abrangendo área maior). c) Concentração relativamente pequena de nutrientes na zona radicular. É justamente para calcário, matéria orgânica, etc, quando se quer aplicar grandes quantidades de fertilizantes para pequeno escapamento. ( 2 ) Distribuição em faixas Adubo em 1 ou 2 faixas ao lado da linha de sementes ou das plantas o contato semente – fertilizante tende atrasar ou reprimir a germinação. Recomendação para colocação de fertilizantes 50 – 75 mm ao lado da linha. 75 – 100 mm baixo superfície do solo. Maior aproveitamento dos nutrientes Menor fixação de P e de K Bem menores perdas de N e K por erosão e lixiviação Menor competição do mato Tipo de distribuição mais indicado para o milho, algodoeiro e outros. ( 3 ) Distribuições em faixas interrompidas Adubos em faixas de 15 – 20 cm de comprimento por 2,5 de largura de um ou dois lados das sementes ou mudas. Quando a quantidade de fertilizantes é pequena este tipo de distribuição por faixas contínuas, pois resulta em maior concentração de nutrientes zona radicular. ( 4 ) Distribuição no fundo do sulco Vantagens - Adubo em zona mais úmida do solo - Reduz a fixação de P no solo - Menor risco de perda de N (sob a forma NO3-) quando o período é úmido devido à menor nutrificação. - Aplicação do fertilizante antes do período de labor mais intenso na fazenda permitindo melhor distribuição do trabalho. Desvantagens - Fertilizantes muito baixo das raízes de plantas pequenas - Em períodos frios nutrificação do N ( NH ) lenta - Interfere nas operações de aração - Arejamento deficiente, na região onde é colocado o adubo, resulta em um aproveitamento pelas plantas em alguns solos - Pouco ou nenhuma vantagem sobre os outros sistemas de distribuição ( 5 ) Distribuição em linha Adubo em linha as sementes (trigo, centeio) ou em linhas separadas das sementes 15 -25 cm. Outras vezes abre o sulco, coloca-se o adubo e sobre este a semente (Ex.: cana) ( 6 ) Adubação em cobertura É lateral – se aplicado o fertilizante ao lado da linha de plantas como no caso do algodoeiro, milho, tomateiro,.. É superior – quando o adubo é aplicado a lanço sobre plantas (Ex.: forrageiras) ( 7 ) Distribuição Mista Quando de combinam dois tipos de distribuição (EX.: adubação fundamental e em coberturas com N) * CULTURAS PERENES Aplicações localizadas – Adubo no solo por meio de um sulco, interjeição ou covas. Em sulcos – adubo em sulco coberto ao lado das plantas ou em círculo, ao redor. Fertilização superficial é mais eficiente. É indicado para adubos orgânicos e fosfatos naturais. Em covas – para mudas de plantas perenes APLICAÇÕES SUPERFICIAIS Faixas Circulares ao Redor do Tronco – Pode ou não levemente incorporado ao solo, sob a copa. Em Toda a Superfície – A incorporação é feita por meio de lavra superficial, passagem de grade de disco ou com enxada. É indicada para pomares cítricos adultos. Adubos Líquidos em Suspensão • • • • Injeção no solo Distribuição na água de irrigação Distribuição a lanço Pulverização foliar A monia anidra • Na água de irrigação • Injeção no solo Adubadores • Fertilizantes concentrados (pouca /área) • Fertilizante de baixa riqueza (muito /área) recomenda-se adubadores especiais para cada classe de fertilizante. Mecanismos Dispositivo especial que dosa a quantidade de fertilizantes no plantio de batatas. Permite a adubação acima, abaixo ou ao lado da semente. Mecanismos – Distribuidores de fertilizantes em cobertura durante a operação de cultivo (suplementação de N). O SUCESSO DE UMA ADUBAÇÃO DEPENDE DE: Fatores Estranhos – Clima, solo, granulação, composição química e quantidade de fertilizantes a ser aplicada. Cuidado co mos órgãos alimentadores. A dose correta só pode ser obtida por tentativas. Estudar minuciosamente o manual de instruções das adubadora. REGULAGEM • • • • Com a adubadora sobre calços Regular o mecanismo distribuidor Coletar e pesar o fertilizante liberado Acionar o mecanismo de regulagem de vazão CÁLCULO d = Q= e = q = S= S= S= roda matriz (m) quantidade entre condutores ativos espaçamento entre condutores ativos (m) quantidade de fertilizante que deverá criado condutores evi 10 voltas do pode matriz (Kg) (m2) = área percorrida pela adubadeira em 10 voltas da roda matriz 10 d.ne 31,4 d.n.e Em 10 voltas da roda matriz deverá cair q = Q.d.n.e 318,47 para a adubação em cobertura por esparramação, considerar a larguar da faixa indicada no manual e n = 1 FONTE: Associação Nacional para Difusão de Adubos. Manual de Adubação. Coordenadores: E. Malavolta /e/ J. Peres Romero. 2 ed. São Paulo, ANDA, 1975. 177-191 p. NÍVEIS DE FERTILIDADE DO SOLO 1. Determinações Químicas em Análise de Rotina pH (em água destilada) Acidez elevada Acidez média Acidez fraca Neutro Alcalinidade fraca Alcalinidade elevada BAIXO Al+++ e. mg/100cc de solo Ca++ + Mg++ de solo P disponível (ppmP) P disponível (ppmP) Potássio disp. (ppmK) < 5,0 5,0 - 5,9 6,0 - 6,9 7,0 7,1 - 7,8 > 7,9 MÉDIO ALTA 0 0 0 0 0 0,4 – 2,1 – 11 – 6 – 31 – – – – – – 0,3 2,0 10 5 30 1,0 5,0 20 10 60 OBS. > 1,0 > 5,0 Text.média > 20 arenosa > 10 Text.argilosa > 60 2. Outras determinações químicas utilizadas como complemento na interpretação da Fertilidade do Solo BAIXO MÉDIO ALTA MUITO ALTA Ca++ e.mg/100cc de solo Mg++ e.mg/100cc de solo H+ e.mg/100cc de solo Na++ e.mg/100cc de solo Val.S e.mg/100cc de solo Valor m (%) Valor t (ou CTC) Valor V (%) N Total (%) M. Orgânica Relação C/N 0 – 1,5 0 – 0,5 0 – 2,0 0 – 0,1 0 – 2,5 0 – 20 0,0 – 5,0 0 – 40 0 – 0,080 0 – 1,5 1,6 – 4,0 0,6 – 1,0 2,1 – 4,0 0,11 – 0,30 2,6 – 5,5 21 – 30 5,1 – 10,0 41 – 60 0,081 – 0,150 1,6 – 3,0 > 4,0 > 1,0 > 4,0 > 0,30 > 5,5 31 – 40 > 10,0 61 – 80 > 0,150 >3,0 ESTREITA MÉDIA LARGA 0 – 12 13 – 20 > 20 > 40 >80 FONTE: Comissão de Fertilidade do Estado de Minas Gerais. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais. EPAMIG, aproximação, 1978. ORIENTAÇÃO PARA A MISTURA DE FERTILIZANTES 1 1 2 2 3 4 5 6 X 7 8 9 10 11 X 12 13 14 15 X X X X 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 X X X X 0 X 0 X 0 0 X X X X 0 X X 0 0 X 0 X X X X X 0 X 0 X X 0 X X X X X X X 0 X 1 – Sulfato de amônio 2 – Nitrato de Sódio e nitrato de potássio 3 – Nitrocálcio 4 – Nitrato de amônio e sulfonitrato de amônio 5 – Uréia 6 – Calciocianamida 7 – Superfosfato simples e triplo 8 – Fosfato de amônio 9 – Fosfato bicálcico 10 – Farinha de ossos 11 – Escória de Thomas e termofosfato 12 – Fosfatos Naturais ou rochas fosfatadas 13 –Cloreto de potássio 14 – Sulfato de potássio 15 – Calcário 0 FONTE: Manual de adubação da ANDA. Pág. 118 _____________________________________________________________________ Índice salino de diversos fertilizantes calculando em relação ao NaNO3 tomando com o índice 100 _____________________________________________________________________ ADUBOS ÍNDICE SALINO _____________________________________________________________________ NaNO3 100 NH4NO3 105 (NH4)2SO4 69 Fosfato monoamônico 30 Fosfato diamônico 34 Nitro de cálcio 61 Uréia 75 Amônia anidra 47 Superfosfato simples 8 Superfosfato triplo 10 KCL 116 K2SO4 46 ___________________________________________________________________ FONTE: Manual de adubação da ANDA. Faixas de pH mais adequadas para as culturas (E. MALAVOLTA. Manual de Adubação Agric.) pág. 341 _____________________________________________________________________ CULTURA Ph MAIS FAVORÁVEL _____________________________________________________________________ Aboboreira Alface Algodoeiro Arroz Batatinha Cafeeiro Cana-de-açúcar Capins Cebola Cenoura Cítricos Feijoeiro Fumo Melancia Milho Pimentão Soja Tomateiro Videira 5,5 – 6,5 6,0 – 7,0 5,5 – 6,5 5,0 – 6,5 5,0 – 5,5 6,0 – 7,0 5,5 – 6,5 5,5 – 7,0 6,0 – 6,5 5,7 – 7,0 5,0 – 7,0 5,5 – 6,7 5,2 – 5,7 5,0 – 5,5 5,5 – 6,5 5,5 – 6,5 5,5 – 7,0 5,5 – 6,7 6,5 – 7,5 Poder acidificante de certos adubos _____________________________________________________________________ 10 kg de N na forma de. Kg de CaCO3 necess. p/ a neutarlização _____________________________________________________________________ Sulfato de amônio NH4Cl Fosfato de mono amônio NH4(h2PO4-) Uréia NH4NO3 NH3 Nitrocálcio (contém calcário dolomítico – NaNO3) KNO3 54 54 54 18 18 18 alcalino alcalino