CRoChet - Jornal C
Transcrição
CRoChet - Jornal C
1971 - 2014 QUINZEnário | 25 DE JULHO de 2014 | Nº 1570 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€ 1€ Crochet “uma moda viral” QUE INVADE RUAS E PRAÇAS DE Vila Nova de Cerveira Cerveira e Tomiño partilham lugares de estacionamento gratuito EMPREENDE Confraria de São Bento avança com “número record” de peregrinos Pág. 12/15 Moledo recebeU Windsurf&SUP Festival Arte na Leira para ver até 24 de Agosto Jorge Fão pretende “Unir e Reforçar” o PS no distrito de Viana Rally de Portugal está de regresso a Caminha PUB. Vila Praia DE ÂNCORA vai ser Capital do Espadarte Pág. 2/3 Já tem data marcada e vai decorrer de 14 a 24 de Agosto no Campo do Castelo em Vila Praia de Âncora. O Festival Gastronómico do Espadarte está de regresso à vila mais populosa do concelho de Caminha depois de já ter sido realizado há alguns anos uma primeira edição. 40 mil pessoas passaram por Caminha nos 4 dias que durou a segunda edição do Artbeerfest Festival Internacional de Cerveja Artesanal e Mestres Cervejeiros que decorreu no centro históricos da vila. Pág. 26/27 Cemitério de Vila Praia de Âncora luta com falta de espaço Os Búfalo prometem agitar os festivais do concelho II edição do ArTbeErfest Caminha foi “um sucesso” Projeto do Continente prestes a ser aprovado Executivo aprova descida da tarifa do lixo |2 EMPREENDE+ O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 EMPREENDE JORNAL semPRe Quis seR PesCadoR Nasceu filho de pescador e pescador se tornou. António cunha, 47 anos, sempre soube que essa haveria de ser a sua profissão, desde os bancos da escola quando ainda era um menino. o mar está-lhe nos genes. o avó era pescador, o pai também e ele não foi exceção. tem um filho que também se deixou seduzir pelo mar e por lá anda. É piloto no santa Mafalda, um navio de Aveiro… Natural de Vila praia de Âncora, António cunha é hoje o maior armador português de pesca ao espadarte. com 3 embarcações dedicadas exclusivamente à captura daquela espécie, dá emprego a cerca de 30 homens. Em entrevista ao Jornal c, o armador começou por recordar os tempos de infância em que, cheio de convicção, dizia à professora que o que queria mesmo era ser pescador como o pai e o avô. “Desde que me conheço como pessoa que o meu sonho foi sempre ser pescador como o meu avô e o meu pai. Eu andava na escola e quando as professoras perguntavam o que é que eu queria ser eu dizia logo que era pescador. Nunca tive dúvidas”. Aos 14 anos, depois de sair da escola, fez-se ao mar com o pai, o tio Armando e o tio Domingos, já falecidos. “Lembro-me que na altura gan- hava um quarto de um quinhão. o que é que isso representava? Imagine que o total eram 100 euros, eu ganhava 25”, explica. Andou ao mar com o pai até aos 17 anos e chegou a andar ao meixões em caminha, mas não gostava. Aos 17 anos decidiu deixar de pescar com o pai, “chateamonos” e foi pescar com o Esteves para caminha. “Estive com ele mais ou menos dois meses e depois vim para um barco de Âncora onde também estava o meu sogro”. Atingida a maior idade o pai emprestou-lhe uma gamela e um motor e foi a partir daí que António cunha começou a trabalhar por conta própria. “passados seis meses comprei um barco com motor fora de bordo na póvoa do Varzim que batizei com o nome de “Mal Amado”, um nome estanho mas eu na altura era jovem e deu-me para aquilo”, recorda. Questionado sobre se o “Mal Amado” lhe deu sorte, António cunha responde que não acredita na sorte mas sim no trabalho. “Eu acho que a sorte não existe, o que existe é trabalho e naquela altura o trabalho era mais que muito. para ter uma ideia, o meu filho nasceu, a minha mulher esteve nove dias no hospital e eu só a fui levar e bus- car. A motivação de trabalhar no “Mal Amado” era muita e eu na altura era um jovem que queria mostrar o que valia. Era uma vida dura andávamos ao polvo e íamos de manhã e à tarde. Isto não é sorte, é teimosia, persistência ”, explica. “Um aventureiro” é como António cunha se considera. “Às vezes a minha mulher até me chama o Vasco da Gama”. Aos 22 anos começou a fazer o maior barco jamais construído em Vila praia de Âncora e aos 24 anos estava pronto. “Isso hoje era impensável. Você olha para um moço de 24 anos e não o está a ver a avançar com um projeto desta envergadura. Exceções à parte, claro”. António cunha não esquece a ajuda e o apoio dado pelos pais e pelos sogros para que conseguisse levar por diante o seu projeto. “os jovens de hoje não dão valor porque têm tudo de mão beijada, aliás tinham porque hoje as coisas já não são bem assim. Vivemos durante muitos anos num arco-íris mas isso acabou”, aponta. Graças a muita teimosia, empreendedorismo, perseverança e muito trabalho, António cunha é hoje o maior armador de pesca ao espadarte do país com 3 embarcações dedicadas à captura desta espécie na costa Atlântica. Apesar de ter atingido este pa- tamar, o pescador como gosta de ser chamado, diz-se um “eterno insatisfeito, sempre à procura de saber mais”. “A verdade é que nos últimos anos a pesca sofreu uma grande evolução, a vários níveis, quer no que toca a novas tecnologias, quer mesmo dos materiais que são utilizados. Isso faz como que hoje em dia eu tenha uma visão da pesca totalmente diferente daquela que tinha há 20 anos atrás quando comecei”. Há 3 anos atrás António cunha teve um “grande percalço” com o desaparecimento do “Ana da Quinta”, uma embarcação que se encontrava à pesca do espadarte ao largo dos Açores. perdeu a embarcação e toda a tripulação que se encontrava a bordo “todos amigos, como família”, recorda. Mas apesar do golpe, o armador não baixou os braços e hoje já possui uma nova embarcação o “Nossa” que veio substituir o “Ana da Quinta”. “Foi sem dúvida o maior golpe da minha vida profissional, isso é indiscutível. Eu não perdi um barco, perdi amigos, homens que trabalhavam comigo há vinte anos”. o mar não lhe mete medo mas o respeito que lhe tem é incomensurável. Em toda a sua vida de pescador lembra-se de duas situações que lhe podiam ter custado a vida mas rejeita a palavra susto. “sustos não se apanham, não há motivo para isso. Em toda a minha vida de pescador tive duas situações de perigo. Uma foi no “Mal Amado” e porque eu, como era jovem, tinha um bocado a mania de arriscar. Estava ali em Afife e levei com duas voltas de mar. outra altura foi no barco grande à saída do porto de setúbal. o mar estava muito grande, muito alto e a sorte foi que a máquina não falhou e respondeu bem. De resto são coisas normais e quem anda nesta vida sabe que o que se passa no mar fica no mar, não pode vir para terra. o mar é a coisa que eu mais respeito e por isso é que não lhe tenho medo, respeito sim”. Depois de ter trabalhado durante alguns anos em nome individual, António cunha constituiu em 2000 a empresa “Baleeira pesca”. “No fundo trata-se de um extensão da minha atividade inicial”, explica. A “Baleeira pesca” que emprega 30 pessoas, possui como referimos 3 embarcações: o “carlos cunha” dedicado ao avô, o “Vila do Infante” e o “Nossa”, dedicado à esposa. A pesca ao espadarte é feita na costa Atlântica, desde as ilhas dos Açores para norte, “mesmo aqui em frente à nossa terra, a Vila praia de Âncora. Quanto há muito mau tempo podemos ir um pouco mais para o sul, mas geralmente fazemos aqui a costa portuguesa até quase ao canadá”. As embarcações saem do porto de Vigo e normalmente ficam no mar por um período de 60 dias. “Depende se o barco pode ou não fazer congelação a bordo. se pode fica entre 50 a 60 dias. também depende muito da pescaria se correr bem o barco vem mais cedo, se não fica mais dias. Ainda há pouco chegou um barco que ficou no mar 48 dias”. As embarcações mais pequenas essas, ficam menos dias, “podem fazer marés de 15, no máximo 20 dias”, explica. A aposta na formação dos homens que andam a bordo das embarcações é uma das preocupações do armador António cunha que ainda há pouco teve que substituir um dos seus mestres que estava em Matosinhos a fazer um curso. “Eu tenho marinheiros indonésios a trabalhar comigo que são pessoas com muita formação”. A pouca aposta no setor da pesca é algo que entristece este pescador que considera que a partir do momento em que portugal aderiu à comunidade Europeia, fez o caminho “todo ao contrário”. “Houve um grande desinvestimento neste setor e hoje estamos todos a pagar por isso”. com o objetivo de dar a conhecer o espadarte, um produto ainda pouco consumido nesta zona, António Esteves vai organizar no próximo mês de Agosto, em Vila praia de Âncora, um Festival Gastronómico dedicado a esta iguaria que já se consome em grande escala em Espanha, França, Itália e Estados Unidos. vila PRaia de ÂnCoRa vai seR CaPital do esPadaRte Já tem data marcada e vai decorrer de 14 a 24 de Agosto no campo do castelo em Vila praia de Âncora. o Festival Gastronómico do Espa- darte está de regresso à vila mais populosa do concelho de caminha depois de já ter sido realizado há alguns anos uma primeira edição. o espadarte é um peixe muito valorizado noutros países, mas ainda desconhecido em portugal, uma tendência que o proprietário da Baleeira pes- cas, António cunha, pretende contrariar com o lançamento do Festival Gastronómico do Bife de Espadarte. À mesa vão estar seis formas diferentes de confeccionar o espadarte, como garantiu ao Jornal c António cunha. “Vamos começar com uma entrada de vinagrete de espadarte, depois uma sopa, o bife de espadarte, o “swordfish burguer”, que é um hambúrguer de espadarte e ainda uma caldeirada. A ideia é juntar a gastronomia ao turismo e ao mesmo tempo divulgarmos uma pesca que já se faz em Vila praia de Âncora há 18 anos”. para além da Baleeira pesca, empresa de António cunha, existem outras embarcações em Vila praia de Âncora dedicadas à captura desta espécie. “Ao todo somos cinco barcos que andamos à pesca do espadarte sendo que a Baleeira pesca é proprietária de três”. A par da vertente gastronómica, este Festival terá também uma componente científica e por isso estão previstas algumas palestras e colóquios onde vão participar biólogos portugueses e espanhóis convidados pela organização do evento. o festival gastronómico vai contar com o apoio da Entidade regional de turismo do porto e Norte de portugal e da câmara de caminha, mas com o cunho pessoal da equipa de António cunha, principalmente da sua esposa que estará a comandar a cozinha. “Quem vai preparar é a minha mulher que é a melhor cozinheira que há aqui no concelho de caminha. Assim sendo, ninguém melhor do que ela para dar a conhecer o bife de espadarte”. E se vier muita gente como se espera, Alexandra cunha conta com uma vasta equipa para a ajudar. “são à volta de 20 pessoas que vão confecionar os seis pratos diferentes e estar ao balcão a servir as pessoas”. A gastronomia junta-se uma componente científica e por isso estão previstas algumas palestras e colóquios onde vão participar biólogos portugueses e espanhóis convidados pela organização do evento. Em debate vão estar temas relacionados com a pesca e neste momento já está garantida a presença do antigo secretário de Estado do Desenvolvimento regional, Daniel campelo. Foi também endereçado um convite ao ministro do Desenvolvimento regional, Miguel poiares Maduro, entre outras entidades. “Vamos promover mesas temáticas que contarão com a presença de algumas individualidades ligadas à biolo- grande projeto está Alexandra cunha que neste momento já se encontra a fazer experiências para que no dia da abertura do Festival tudo esteja a postos. A sua mais recente criação foi o molho para colocar sobre os hambúrgueres, a grande novidade deste Festival gastronómico. criado a pensar nos mais novos, gia, amigos com quem tenho trocado algumas impressões e que inclusive já viajaram a bordo dos meus barcos para realizarem estudos. Não queremos estar de costas voltadas para a ciência e por isso decidimos também convidar pessoas ligadas a esse ramo. É importante trabalharmos em conjunto”, sublinha. promover o espadarte e dar a conhecer este tipo de pesca é o grande objetivo do armador António cunha que entretanto já formou uma pequena empresa de distribuição desta espécie por alguns restaurantes do país. “Neste momento existem alguns restaurantes que já estão a comprar, inclusive no concelho de caminha, mas queremos ir mais longe porque de facto estamos a falar de um produto de excelência mas ainda pouco conhecido no nosso país”, remata. preparada para “abraçar” este o “swordfish burguer”, como foi batizado, será a grande estrela do festival. “Nós já estamos a desenvolver este produto há mais de um ano e neste momento ele está pronto a ser servido”, garante a cozinheira. A equipa de reportagem do Jornal c teve oportunidade de provar este hambúrguer e garante que é delicioso. comercializar o “swordfish burguer” será um dos próximos objetivos de António cunha que neste momento está a convencer a filha para avançar com o negócio. “Isto já não é para mim , é para esta malta mais jovem”. com a expetativa alta, António cunha espera que este Festival Gastronómico seja “uma mais valia” para o concelho, “principalmente para o turismo” aquela que poderá ser a grande mais valia desta região. |3 JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA exeCutivo Reuniu em vila PRaia de ÂnCoRa em dia de aniveRsáRio vila Praia de Âncora comemorou no passado dia 8 de julho o 90º aniversário de elevação a vila. as cerimónias decorreram na Praça da República e incluíram uma sessão solene promovida pela Câmara de Caminha e junta de freguesia. à tarde, e como vem sendo hábito nos últimos anos, realizou-se uma reunião de câmara onde foram debatidos diversos assuntos e onde o tema do aniversário da elevação da antiga freguesia de gontinhães a vila também foi tema. CÂmaRa de Caminha ReCusa-se PagaR dívida aos antigos donos na Quinta da BaRRosa É uma dívida com mais de duas décadas que vai continuar por pagar. A câmara de caminha há 20 anos comprometeuse a entregar dois apartamentos aos antigos donos da Quinta da Barrosa, em Vila praia de Âncora, mais uma quantia em dinheiro pela expropriação daqueles terrenos. os terrenos foram expropriados, nunca foram utilizados para o fim a que se destinavam e a totalidade da dívida ainda não foi paga. Em 1985, a autarquia celebrou com os proprietários uma escritura de compra e venda tendo em vista a construção do denominado conjunto Habitacional da Barrosa naquele local. Em 1993, na sequência do processo judicial que correu em tribunal, em que eram partes a câmara de caminha, à época liderada pelo partido socialista, e os vendedores, foi lavrado o termo de transação, no qual a autarquia se compro- |4 metia a entregar dois apartamentos de tipologia t2 e t3. por ali existir um Dólmen com valor histórico, a população de Vila praia de Âncora insurgiuse contra o projeto do conjunto habitacional da Barrosa, o que levou o executivo camarário a desistir da construção. Durante 20 anos, os proprietários dos terrenos ficaram sem a propriedade e sem os apartamentos que a câmara de caminha se comprometera a entregar. Duas décadas após a expropriação, e como os terrenos não foram utilizados para o fim que motivou essa compra forçada, os herdeiros escreveram no ano passado ao executivo camarário dizendo que desistiam da possibilidade de reversão dos terrenos a favor dos familiares – uma hipótese prevista na lei – se, em troca, a câmara de caminha cumprisse o prometido ou seja, a entrega dos referi- dos apartamentos. Agora, em vez de dois já são três apartamentos, devido à valorização que os terrenos da quinta tiveram entretanto com o passar dos anos. A câmara de caminha aprovou em 2013, por unanimidade, com votos favoráveis do psD e do ps, o pagamento da dívida, mas eis que agora o novo presidente da câmara, o socialista Miguel Alves, diz que, afinal, não vai ser possível. Miguel Alves alegou falta de capacidade financeira para cumprir o acordo anteriormente estabelecido. “Foi aprovada, em 2013, a atribuição aos proprietários da Quinta da Barrosa, de três apartamentos para fazer esse exercício de compensação. A medida era para ser cumprida até ao final do ano passado. Eu fui contactado pelos antigos proprietários daqueles terrenos e a verdade é que por muito que eu quisesse dar uma resposta às pessoas, a única coisa que lhes pude transmitir é que o município não tem capacidade financeira nenhuma para dar três apartamentos”. sem dinheiro para cumprir o acordo, Miguel Alves considera que seria “uma loucura condicionar parte importante do nosso orçamento para dar três apartamentos”. As palavras do presidente da câmara provocaram a indignação da vereadora do psD, Liliana silva, que lembrou que não se estavam a dar apartamentos, “mas sim a resolver um problema que foi deixado pelo partido socialista”. A vereadora do psD garantiu que se o seu partido tivesse ganho as eleições o acordo era para cumprir. “De certeza que tínhamos pago”. Liliana silva lamentou uma vez mais que “haja dinheiro para umas coisas e para outras não” e considerou “uma leviandade” a câmara dizer que não paga quando foi a própria câmara a deliberar por unanimidade nesse sentido. “Aquando da realização do vosso orçamento, nós tivemos oportunidade de chamar a atenção para esta situação”, lembrou a vereadora. Visivelmente incomodado com as acusações de Liliana silva o presidente da câmara lembrou que a vereadora “pisca-pisca” como lhe chamou, teve responsabilidades até ao dia 18 de outubro “e portanto deveria ter exigido aos seus colegas de executivo que tivessem pago. A senhora podia ter cumprido uma deliberação que tomou”, sublinhou. relativamente ao termo “leviandade” utilizado pela vereadora, Miguel Alves considerou que “leviano é aquele que promete sem ter condições para cumprir”, frisou. recorde-se que a vereadora Liliana silva exerceu por diversas vezes, no anterior mandato, o cargo de vereadora em substituição. Rally de PoRtugal está de RegResso a Caminha exeCutivo aPRova desCida da taRifa do lixo JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA Depois de dez anos consecutivos no Algarve, o Rali de Portugal está de volta ao norte e ao concelho de Caminha já no próximo ano. O anÚncio foi feito pelo Presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa. A última vez que o Rali de Portugal se realizou no Norte, enquanto etapa do Mundial da especialidade, foi em 2001, tendo como base a Exponor, em Matosinhos. No próximo ano Caminha está no mapa desta importante prova, pontuável para o Campeonato do Mundo de ralis, conforme foi anunciado em conferência de imprensa pelo ACP. A edição de 2015 vai acontecer no início de Junho (em 2014 foi em Abril) e vai custar entre 3,6 e 3,8 milhões de euros, mais 500 mil euros que no ano passado, um acréscimo justificado pelo presidente do ACP por necessidades maiores em termos de segurança. O percurso não foi apresentado — será divulgado em Agosto próximo —, mas Carlos Barbosa já divulgou as localidades que fazem parte da prova, todas a norte do rio Douro. Com o centro nevrálgico do rali situado na Exponor em Matosinhos, a prova irá passar por Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vieira do Minho. As tarifas do lixo vão ficar mais baratas no concelho de Caminha. A proposta apresentada pelo executivo socialista foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo. Segundo a proposta apresentada pela Câmara, o valor cobrado pela recolha, tratamento e depósito de resíduos sólidos urbanos e equivalentes e pela tarifa devida pela disponibilidade do serviço no escalão dos domésticos até 12m3 vai ser reduzido em 20%. Atualmente a tarifa cobrada é de 2,5 euros e vai passar a ser 50 cêntimos mais barata. Já a tarifa pela recolha, tratamento e depósito de resíduos sólidos urbanos e equivalentes, que para os utentes domésti- cos (por m3 de água faturada) até 12m3 é atualmente de 52 cêntimos, vai passar para os 42 cêntimos. Segundo a câmara, baixar a tarifa foi possível graças à aprovação do “Plano de Ação de Sustentabilidade e Eficiência”, documento “essencial para a gestão de recursos” e igualmente aprovado por unanimidade. Recorde-se que esta era uma promessa eleitoral de Miguel Alves, baixar a fatura da água, uma promessa que o presidente da câmara diz estar agora em condições de cumprir. Um estudo realizado pela câmara “demonstrou” que o concelho de Caminha é, não apenas a nível distrital mas mesmo no panorama nacional, um dos concelhos onde mais se paga a componente do lixo. “ Nós fizemos uma avaliação dos preços praticados no nosso concelho e percebemos que estamos no Top Ten dos concelhos de Portugal relativamente ao pagamento da tarifa dos lixos. Impunha-se por isso baixar o peso da fatura da água, que é constituída por três componentes (água, saneamento e lixos), todos com tarifa dupla, fixa e variável, sendo que o saneamento e os lixos são indexados ao consumo de água”. Miguel Alves fala num esforço “muito grande do município” que vai permitir a redução de 20% na componente dos lixos, que significará uma economia média de 5.9% na fatura da água. “A medida foi possível graças ao trabalho de planificação, mas também porque a Câmara conseguiu ainda incluir no concurso que está a decorrer (aberto pelo anterior executivo) uma cláusula que permitirá aos concorrentes baixar o preço, independentemente da empresa que vier a vencer”, explicou. Apesar desta baixa o presidente da câmara lembrou uma vez mais que o Governo, “contra a vontade das autarquias”, quer privatizar os lixos, “sendo certo que se isso acontecer o preço vai disparar”, alertou. Contas feitas, com a baixa da tarifa a câmara vai perder uma receita de cerca de 140 mil euros. Relativamente a esta proposta o PSD perguntou se ela impli- Projeto do Continente prestes a ser aprovado Está a entrar na reta final o projeto de licenciamento para a instalação de um hipermercado da marca Continente Bom-dia em Vila Praia de Âncora. Segundo informações veiculadas pelo presidente da Câmara de Caminha, na última reunião do executivo, está agora em fase de aprovação o projeto de arquitetura, devendo, depois disso, avançar a construção daquela superfície comercial em plena malha urbana de Vila Praia de Âncora, apesar dos protestos dos comerciantes locais. A informação foi dada por Miguel Alves em resposta a uma questão levantada pelo vereador do PSD, Flamiano Martins, que perguntou em que pé se encontrava o processo. Miguel Alves adiantou que ao longo do processo o projeto foi recebendo sucessivos pareceres favoráveis e que agora só falta mesmo avaliar o projeto de ar- quitetura que já deu entrada na câmara de Caminha. “O projeto foi de facto recebendo os pareceres favoráveis de todas as entidades. Neste momento posso transmitir que entrou já um projeto de arquitetura na Câmara e há alguns dias foi aprovada pela Direção Geral de Economia do Norte, numa reunião com a COMAC, a concretização deste investimento no concelho de Caminha, no Lugar de Sandia, em Vila Praia de Âncora”. Para Miguel Alves este é um assunto que está “praticamente encerrado” e neste momento “só estamos a aguardar para ver se o projeto de arquitetura está de acordo com todas as condicionantes da área. Num primeiro olhar, de leigo, julgo que se houver algum problema é de ajuste, nada de muito substancial, o que quer dizer que em breve estará aprovado o projeto de arquitetura e o Continente vai poder avançar”, rematou. cava o fim das isenções às pessoas mais carenciadas e criticou o facto de ela não vir acompanhada de um estudo económico que a sustentasse. “É obrigatório por lei”, referiu Flamiano Martins. A vereadora Liliana Silva também fez questão de deixar o seu contributo em relação à proposta, referindo que o facto de ela abranger toda a gente, os que podem e os que não podem, não lhe parecia muito justo. Para Liliana Silva a proposta apresentada pela câmara não vai ter um reflexo “assim tão considerável nas famílias”, referindo que as isenções, essas sim, tinham reflexo nas famílias mais carenciadas. Em resposta às dúvidas da ban- cada do PSD Miguel Alves explicou que a proposta apresentada pela câmara não implicava o fim das isenções às famílias mais carenciadas nem o pagamento a prestações da fatura. Na mesma reunião foi ainda aprovada a atribuição de um subsídio de 15 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora, em resposta ao pedido para comparticipação no projeto do cineteatro. Entre outros assuntos, foi também aprovada a minuta do contrato para a empreitada “Biblioteca Municipal de Caminha”, num investimento de cerca de 970 mil euros. |5 JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA Obras na praia de Moledo concluídas aTÉ AO final de Agosto As obras de consolidação da duna da praia de Moledo só vão estar concluídas no final do mês de agosto. A data foi avançada na passada semana pelo Diretor da Agencia Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, após visita às obras que estão a decorrer naquela praia. O representante da APA garantiu que a partir da primeira semana de Agosto começarão a ser libertadas algumas zonas da praia onde a intervenção já estiver concluída. Em declarações aos jornalistas Nuno Lacastra explicou que a intervenção teve que ser feita nesta altura por “motivos técnicos”. A partir da primeira semana de agosto a praia de Moledo deverá contar com um areal mais extenso e em boas condições. A intervenção que está a ser reali- zada, pioneira em Portugal, está a decorrer a bom ritmo e a primeira parcela, numa extensão de cerca de 150 metros, deverá ser libertada em breve. Na pas- sada semana decorreu uma visita técnica às obras, visita que contou com a presença dos dirigentes máximos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e do presidente da Câmara Municipal de Caminha. A obra em curso estava prometida há três anos, é estrutural e utiliza tecnologia inovadora e amiga do ambiente, constituindo a primeira intervenção do género na costa atlântica ocidental de Portugal. Em Moledo estiveram o presidente da APA, Nuno Lacasta, o diretor regional da ARH Norte, Pimenta Machado e Manuela Matos, vice-presidente da APA para a área dos recursos hídricos, assim como técnicos envolvidos nas obras, além dos presidentes e representantes da Câmara de Caminha e da Junta de Moledo e Cristelo. No final da visita o balanço acerca do andamento das obras foi positico. “Moledo é um exemplo a nível nacional e um bom exem- plo, que deverá agora ser replicado noutras praias”, referiu Nuno Lacasta. A tecnologia e os materiais que estão a ser usados são holandeses e baseiam-se na utilização de areia e água do mar para resolver os problemas de erosão que há alguns anos afetam a praia e que foram agravados pelas intempéries do último inverno. A intervenção envolve a colocação de “geotubos”, neste caso onze módulos, cada um contendo 500 metros cúbicos de areia retirada do próprio mar e acomodada numa tela que, como explicou o presidente da APA, “tem um efeito semelhante ao betão, mas nenhum dos inconvenientes a ele associados”. Decreferir que o “geotubo” é Construção de um bar em cima da duna primária de Moledo sofre revés O licenciamento da construção de um apoio de praia na Praia de Moledo, que tinha sido concedido pelo Ministério do Ambiente, sofreu um |6 novo revés. O Tribunal de Caminha conferiu razão a uma nulidade invocada pela Junta de Freguesia. Aquando do início das obras do novo bar, em Abril, a Junta de Freguesia de Moledo tinha avançado com uma providência cautelar, através do qual pediu um pré-embargo judicial e, conjuntamente, um embargo judicial da obra junto do Tribunal de Caminha. A autarquia argumentava que a obra estaria a ser edificada em terrenos pertencentes à Junta de Freguesia. Numa primeira decisão, o Tribunal não deferiu a providência. Na passada semana, e após a Junta ter requerido a nulidade da decisão anterior e ter apresentado Recurso no Tribunal da Relação, o Tribunal de Caminha veio reconhecer o erro invocado e anulou a decisão anterior. Os advogados que acompanham a Junta de Freguesia referem, em comunicado, que o mais grave neste processo é o facto de o concessionário, sem que a sentença tivesse transitado em julgado, ter avançado para a obra. A Junta já terá apresentado denúncias junto da Polícia Maríti- ma e do município. Segundo o mesmo comunicado, “embora se trate de um processo longo, a Junta de Moledo toma agora conhecimento de factos que – a confirmarse - podem indiciar vícios no processo de licenciamento. A construção que agora está a ser construída não se trata de um mero apoio de praia, mas de um bar em plena duna, o que pode configurar violação do POOC Caminha- Espinho”. João Cavaleiro, advogado, refere que a questão central uma estrutura tubular de confinamento de areias para uso em obras de proteção de praias contra a erosão costeira. São produzidos a partir de polipropileno e caracterizam-se pela alta resistência mecânica e ambiental, compatibilidade com o meio ambiente (não contaminante) e durabilidade. A técnica foi apenas usada em Portugal uma vez, há cerca de três anos, mas numa extensão muito mais reduzida. Daí que todos os olhos estejam postos em Moledo no sentido de perceber se a intervenção resulta. No final de agosto prevê-se que a intervenção, na sua totalidade, esteja concluída, mas serão gradualmente libertadas partes da praia, “não havendo por isso quaisquer razões para deixar de vir para Moledo, bem pelo contrário”, garantiu Miguel Alves, presidente da câmara de Caminha. O Diretor da APA comprometeu-se a tudo fazer para acelerar os trabalhos e explicou que a intervenção só pode realizarse nesta altura, “em parte, por motivos técnicos relacionados com o estado do mar, e também pela necessidade de procedimentos”, referiu. Miguel Alves agradeceu o empenhamento de todas as entidades nesta intervenção, referindo que a mesma era uma promessa que se arrastava há três anos. Para o autarca “esta não é uma intervenção qualquer, mas sim algo estrutural, que protege o cordão dunar a norte do paredão e protege a praia de futuras “invasões” do mar”. “A realidade mudou, a nossa costa está sujeita a muita pressão e é bom que possamos também experimentar uma técnica nova, amiga do ambiente”, sublinhou. que eventualmente estará em causa na acção principal será a propriedade da praia, assunto que voltou à ordem do dia com a publicação da Lei n.º 34/2014, de 19 de Junho. Este diploma alterou a Lei da propriedade dos recursos hídricos A nova lei eliminou a imposição de prazo para o reconhecimento de propriedade, mas mantém a obrigatoriedade de quem tenha casas ou terrenos a menos de 50 metros de mar ou 30 metros de rios ou lagos deve interpor uma acção judicial de reconhecimento de propriedade privada nos Tribunais, para ver reconhecida a sua propriedade sobre esses terrenos. JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Cemitério de Vila Praia de Âncora luta com falta de espaço Ferry deverá voltar a navegar antes do fim do mês O ferryboat Santa Rita de Cássia deverá estar prestes a navegar normalmente, garantindo assim a ligação entre Caminha e A Guarda. A reativação das carreiras da embarcação foi anunciada pela a Câmara de Caminha e deverá acontecer logo que a operação de limpeza que está a ser feita junto aos cais de atraque esteja concluída, o que deverá acontecer antes do final do mês. Segundo o presidente da câmara a intervenção “não é propriamente uma dragagem do canal é uma pequena intervenção junto ao cais de Caminha”. A operação de limpeza vai permitir a criação de um canal para acesso à zona de atra- cação do ferryboat, implica a retirada de 14 mil metros cúbicos de areia, o que corresponde a 7 mil metros quadrados e uma profundidade média de 2 metros, e a sua recolocação a jusante, ou seja, na Foz. A operação da remoção de areias só não avançou mais cedo porque foi necessário proceder à análise de sedimentos (areias), cujo objetivo foi garantir que não tinham metais pesados e não provocariam problemas de contaminação no leito do rio. A análise demorou um mês e só depois de conhecidos os resultados que garantiam que os sedimentos estavam em condições de serem removidos é que a mes- ma pôde avançar. A Câmara de Caminha aproveitou esta paragem para proceder a trabalhos de manutenção, necessários também para a renovação do certificado de navegabilidade. Logo que esta intervenção de remoção de areias esteja concluída, os percursos diários entre as duas margens do Rio Minho serão restabelecidos. Sobre as ligações regulares entre as duas margens do Rio Minho, Guilherme Lagido realçou a sua importância para a economia local e para os eventos que o município está a promover, dando como exemplo o Festival de Vilar de Vilar de Mouros. O presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, Carlos Castro, está preocupado com a falta de espaço no cemitério da vila. Aproveitando as comemorações do 90º aniversário da elevação de Via Praia de Âncora a vila, que se comemoraram no passado dia 8 de julho, o autarca fez questão de lembrar os homens que no passado contribuíram para a elevação de Gontinhães a vila. “Não posso deixar de lembrar esses ancorenses, nomeadamete o Dr. Luís Ramos Pereira que apresentou esta proposta de Lei”. Para Carlos Castro a partir do momento da elevação, Vila Praia de Âncora não parou de crescer. “Julgo que as pessoas souberam aproveitar o que Vila Praia de Âncora tem de bom e a verdade é que a vila foi crescendo de tal maneira que hoje em dia é a maior do concelho com mais população”. O presidente da Junta aproveitou para lembrar o que Vila Praia de Âncora tem de bom, “nomeadamente paisagens maravilhosas, um rio espetacular, mar e muitos locais de interesse para quem aqui vive e para quem nos visita”, sublinha. Apesar de ter crescido Vila Praia de Âncora também tem as suas carências, nomeadamente a da falta de espaço no cemitério, uma questão que está a dar algumas dores de cabeça ao autarca. “Temos um problema gravíssimo de falta de espaço no cemitério e a verdade é que daqui a muito pouco tempo vamos ficar sem espaços disponíveis para sepultar as pessoas. Julgo que é urgente começar a pensar em obras de alargamento para resolver o problema”, alerta o autarca. Ao nível dos pavimentos Carlos Castro dá conta de algumas artérias que neste momento estão a necessitar de uma intervenção ao nível do piso. “Algumas ruas têm as pedras soltas, outras estão desnivelados e a necessitar de um piso novo. Também precisávamos de fazer algumas reparações ao nível das águas pluviais”, acrescenta. Obras de grande envergadura que o autarca diz não ter capacidade para levar por diante. “Não estamos a falar de tostões mas sim de milhões e a junta não tem capacidade financeira para avançar”. Consciente de que os tempos são de vacas magras, Carlos Castro alerta no entanto para a necessidade de se fazer qualquer coisa. “Eu compreendo que não se pode fazer tudo mas alguma coisa vamos ter que fazer”, sublinha. Arte na Leira para ver até 24 de Agosto cado por momentos musicais. O fado esteve representado por Maria Cunha, acompanhada à guitarra portuguesa por Francisco Vieira. O músico Gil do Carmo foi outra das presenças. Amigo pessoal do pintor Mário Rocha, o cantor regressou à Serra de Arga, para participar na festa de inauguração da Arte na Leira. O programa do primeiro dia incluiu ainda a apresentação de um livro sobre o percurso artístico de Mário Rocha, intitulado “Retrato de uma Vida”. A Arte na Leira é uma iniciativa artística, que acontece no coração da Serra de Arga, na freguesia de Arga de Baixo, em Caminha. Quatro dezenas de artistas participam este ano na 16ª edição da Arte na Leira, certame que decorre na freguesia de Arga de Baixo, em plena Serra de Arga. A 16ª edição do certame, promovido pelo artista Mário Rocha, abriu portas no passado sábado e no arranque estiveram presentes o músico Gil do Carmo e a fadista Maria Cunha. Até 24 de agosto, dezenas de obras nas áreas de pintura, escultura, fotografia, tapeçaria, cerâmica e instalações, entre outras podem ser apreciadas na Casa do Marco. Este ano haverá também “art car”, uma novidade que promete transformar um dos modelos da Volvo numa obra de arte. Nesta 16ª edição, são cerca de 40 os artistas que reúnem as suas obras na mostra, alguns deles em representação de Espanha, Holanda, França e Irão. Como vem sendo tradição, vão também participar no evento os institutos politécnicos de Bragança. Cávado e Ave, Porto e Viana do Castelo, a que se juntam o Centro Português de Serigrafia (Carlos Calvet) e a Galeria de Arte do Casino Estoril. O primeiro dia foi ainda mar- |7 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Jorge Fão pretende “Unir e Reforçar ” o PS no distrito de Viana ENTREVISTA No próximo dia 5 de setembro realizamse as eleições para a Federação Distrital do Partido Socialista. Ao contrário do que tem sido prática nos últimos mais de 20 anos, desta vez concorrem ao cargo pelo menos dois candidatos, Jorge Fão e José Manuel Carpinteira. No caso de Jorge Fão será uma estreia, já relativamente a Carpinteira trata-se de uma recandidatura. O Jornal C lançou o desafio aos dois candidatos para que dessem a conhecer o seu projeto, os motivos da sua candidatura, bem como o seu ponto de vista em relação à situação atual vivida pelo Partido Socialista a nível nacional. Jorge Fão, militante socialista há perto de 30 anos e que neste momento desempenha as funções de deputado na Assembleia da República, defende a união e o reforço do PS no Alto Minho. Em entrevista ao Jornal C o candidato à Federação Distrital do PS manifestou a grande motivação que o move para avançar com esta candidatura. Para além da eleição do Presidente da Federação, no dia 5 de setembro serão também eleitos os delegados ao Congresso do Partido Socialista que terá lugar a 20 de Setembro. Jornal Caminhense (JC) – Jorge Fão antes de entrarmos propriamente no assunto eleições para a Federação, propomos-lhe que de forma breve nos trace uma panorâmica daquele que tem sido o seu percurso de quase 30 anos no Partido Socialista. Jorge Fão (J.F.) – Sou militante do Partido há 28 anos, no |8 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 entanto a minha relação com o Partido Socialista já dura há mais de 30 anos. Comecei bem cedo, em 1979, na Assembleia de Freguesia de Moledo, como delegado, representando o PS. J.C. Foi aí que começou a sua carreira política? J.F. – De facto foi aí verdadeiramente o início da minha participação cívica e intervenção política, foi uma ação de voluntariado sem qualquer enquadramento profissional. Atualmente as coisas não são assim na medida em que exerço funções de deputado à Assembleia da República . J.C. – Encara a política como uma profissão? J.F. – Na minha opinião julgo que a política não deve ser encarada como uma profissão mas sim como uma etapa, uma passagem na vida que às vezes é exercida a tempo inteiro e dedicação exclusiva. Como lhe dizia neste momento exerço funções de deputado já há alguns anos e naturalmente que isso sim é atividade profissional, mas que devemos sempre considerar provisória, transitória e precária. Um homem na política deve ter sempre horizontes bem claros e caminhos bem abertos. A política é uma passagem e por isso é fundamental que como cidadãos e como profissionais, tenhamos sempre salvaguardado o nosso espaço na sociedade e no regresso à vida profissional. Isso é fundamental. Já agora deixe-me agradecer a oportunidade para falar de um momento importante no Partido Socialista que é este processo da eleição de um novo Presidente da Federação Distrital do PS. Realmente o PS no distrito de Viana do Castelo, ao fim de mais de 20 anos, terá mais do que um candidato à Federação. Neste momento existem 2, mas o prazo de apresentação de listas só termina 15 dias antes do ato eleitoral e daí eu admitir, embora não seja muito crível, que possa aparecer mais alguma candidatura. Neste momento há duas candidaturas e isso eu considero que é muito importante para a vida do PS. Porquê? Porque quando há uma disputa no bom sentido, uma disputa democrática, respeitadora e digna, há sempre uma dinâmica diferente dentro da estrutura de um partido. Há uma discussão mais profunda, uma avalição dos candidatos, confronto de pontos de vista entre militantes e opiniões diferentes. Quando isto acontece há mais dinâmica e isso é uma coisa que em me deixa muito animado. Eu sinceramente acho que isto pode ser um bom momento para o Partido Socialista no distrito. É um momento de revitalização. Com a idade que tenho e com a minha experiência política e porque sentia essa vontade, sinceramente achei que tinha também a obrigação de me disponibilizar para ser candidato a líder distrital do Partido Socialista. Foi isso que fiz com sentido de colaboração com o meu partido. J.C. – Sente-se portanto preparado para desempenhar o cargo? J.F. – Eu acho que nós quando partimos para desafios desta natureza, temos que ter à partida segurança daquilo que estamos a fazer. Esta é uma candidatura responsável e livre tem por base o que dita a minha consciência. Acho que neste momento posso, devo e tenho condições para dar um contributo ao partido no distrito, no desempenho das funções de Presidente da Federação. Não é para desempenhar funções isolado dos militantes ou da estrutura do partido. É uma liderança do Partido Socialista com o objetivo de reforçar, de unir e de revitalizar o Partido Socialista no distrito. Como já disse esta minha candidatura é livre, é responsável, ponderei se deveria ou não avançar porque julgo que quando partimos para estes desafios devemos ter noção se temos ou não os pés bem assentes e se o que nos move é realmente prestar serviço e colaborar com a organização à qual pertencemos. Contrariamente ao meu adversário eu estou realmente motivado. Não me pergunte porquê? Não estamos a falar de um cargo remunerado, mas sim de uma tarefa que normalmente nos tráz problemas na gestão de expectativas e interesses políticos e de conflitos com os camaradas e com os amigos. Contudo, acho que há desafios na vida de um homem que não se explica porque é que partimos para eles. J.C. – Como é que os camaradas do seu partido re- agiram ao anúncio de duas candidaturas, pelo menos por enquanto, uma vez que outras poderão surgir? J.F.- Eu acho que o facto de existirem duas candidaturas está a causar impacto positivo. Neste momento ainda não tenho o feedback total da reação de todas as 10 estruturas do distrito, ou seja das 10 concelhias embora já tenha feito contatos com todos os seus dirigentes. Estou agora a preparar um plano de ação de contato direto com todos os militantes e por isso pedi a todas as concelhias para que me proporcionassem esse encontro para que eu possa explicar as razões da minha candidatura, bem como responder a questões que me queiram colocar. Julgo que há uma coisa que esta candidatura já está a provocar, que é a reanimação do partido, no sentido da revitalização da sua atividade. J.C. – Em que fase está a candidatura? J.F. – Neste momento estou a recolher assinaturas de apoiantes junto das estruturas do distrito para apresentar formalmente a candidatura, o que só acontece quando entreguar a moção de orientação política e, no mínimo, 100 assinaturas de militantes que declarem apoiar a minha candidatura. A noção que tenho é que neste momento há obviamente discussão sobre o assunto, o que é normal e salutar . Há gente que concorda e gente que não concorda com a minha candidatura, mas penso que o balanço é francamente positivo. J.C. – O que espera deste processo? J.F. – Espero que decorra e vai certamente decorrer com elevação. Não tenho qualquer dúvida disso porque eu próprio garantirei essa elevação e essa dignidade no processo de debate interno. Estou convencido de que o PS sairá decididamente mais reforçado depois deste processo interno de eleições para Presidente da Federação. Acho que vai ser um momento importante para o Partido, embora muito exigente para mim. J.C. – Era sua intenção candidatar-se ao cargo? J.F. – Sinceramente não tinha nenhum plano prévio feito sobre isto. Como se diz na gíria política, não tinha “arregimentado tropas, nem montado arraiais” em lado nenhum. Por uma questão de ética não o iria fazer sem saber primeiro se o atual Presidente da Federação, o meu camarada José Manuel Carpinteira, se iria recandidatar ao cargo. Através de conversas que fui mantendo com ele disse-me que não se encontrava nas melhores condições de motivação, energia e entusiasmo para se recandidatar. Disse-me isso mesmo por diversas vezes quer pessoalmente quer pelo telefone, e em função disso eu comuniquei ao partido que estava disponível e com vontade para avançar. J.C. – Esta candidatura afetou o relacionamento que tem com José Manuel Carpinteira? J.F. – Eu espero que não. Conheço o Carpinteira há muitos anos, tenho um relacionamento pessoal com ele constituído na base do respeito e da consideração, e por isso, da minha parte, nada está posto em causa. É evidente que nestes processos há sempre alguns atritos porque obviamente nos vamos confrontar no sentido do debate e do confronto de opiniões e propostas. No entanto acho que daqui poderá sair o reforço da consideração mútua e nada, no meu entender, poderá ser beliscado em termos de relações pessoais. Mal seria se assim fosse porque eu não sou candidato contra o Carpinteira, quando muito, ele é que foi candidato contra mim porque eu anunciei a minha candidatura no local próprio e antes dele decidir recandidatar-se. A primeira pessoa a quem eu comuniquei foi ao Carpinteira, de seguida ao Rui Solheiro que é o Presidente da Comissão Política Distrital, depois ao Secretário Nacional para a Organização do Partido, o Miguel Laranjeiro e, finalmente, também ao Secretário Geral. Comuniquei a todos previamente o meu estado de espírito e a decisão de me candidatar à Federação. A desmotivação repetidamente manifestada pelo Carpinteira é normal depois do que aconteceu nas autárquicas em Vila Nova de Cerveira. Foi muito penalizador para ele e eu entendo bem isso porque também já perdi eleições, sei o que isso provoca. Foi no fundo isto que acon- teceu e portanto ninguém me pode acusar de ter entrado pela porta do lado ou de não me ter apresentado de maneira frontal e clara para este desafio. A minha consciência está muito tranquila e talvez por isso mesmo esteja cheio de energia e espero sinceramente merecer a confiança dos militantes do distrito e poder liderar a Federação. J.C. – Vamos agora falar daquilo que são as linhas orientadoras da sua candidatura. Quais são as propostas do candidato Jorge Fão para a Federação Distrital do PS? J.F. – Ora bem essa é uma pergunta exigente porque pedeme o meu plano de ação. Neste momento ainda não posso pormenorizar essas propostas porque todo esse pensamento deve ser vertido na chamada Moção de Orientação Política a qual só deve ser entregue no ato formal de apresentação da candidatura. Neste momento, para ser sincero, ainda não tenho isso completamente fechado nem estabilizado. Como lhe disse quero promover encontros com os militantes do distrito para registar sensibilidades e recolher sugestões que podem e devem ser vertidas nesse programa de atividades. J.C – Mas já tem algumas ideias? J.F. – É obvio. Seria completamente inconsciente e irresponsável se eu partisse para isto sem ter noção daquilo que pode ser melhorado no funcionamento do Partido. É evidente que neste momento não nos podemos desligar da realidade atual que se vive no país e no partido. São preocupações macro que se refletem nas propostas e que qualquer líder, mesmo que seja distrital, deve ter presente. É evidente que não é um líder distrital que tem que apresentar as soluções para os problemas o país, mas cabe-lhe dinamizar o debate na sua estrutura, ouvir os camaradas e reportar à direção nacional do partido, críticas, ideias, sugestões e propostas de atuação. No que diz respeito às questões distritais ou seja, ao cargo a que eu me candidato, e eu conheço muito bem o partido e os seus militantes, o que sinto é que o partido no distrito de Viana do Castelo, progressiva- mente, tem vindo a perder três coisas que eu considero fundamentais e urgente recuperar: A primeira é a alma, alma no sentido da vontade de agir e de intervir na sociedade. Essa é, no meu entender, a motivação principal que qualquer partido deve ter com o objetivo de encontrar soluções que contribuam para o bem estar das pessoas. J.C. – Acha que essa “alma” se tem pedido? J.F. - Sinceramente acho que sim. Acho que no PS do Alto Minho essa alma, construída com a reflexão, o debate interno e a mobilização de atores de vários quadrantes da sociedade se tem vindo a perder. Temos que pensar o nosso território, ouvir opiniões, apresentar propostas porque é assim que se constrói a alma, a essência e a razão de ser de um partido político. Se os partidos políticos, se transformarem sòmente em agências de organização de listas quando há autárquicas, quando há legislativas ou qualquer outra eleição, penso que a muito curto prazo esses mesmos partidos deixarão de ter razão de existir. Repare que a sociedade está farta e cada vez mais a rejeitar os partidos como organizações que só tratam desse “jogo da vermelhinha” que é o negócio do tira um e põe outro nas listas. Isso decididamente não pode ser. Tenho noção de que ou invertemos este estado de coisas, ou cada vez mais as pessoas não acreditam nos políticos e nos partidos. Já não têm paciência para nos tolerar e compreender nestes meros jogos de poder que não resolvem nem os problemas das pessoas, nem os problemas do país. J.C. – Mas falava em mais dois aspetos. J.F. – Exatamente. Outra coisa que eu acho que o PS no distrito tem perdido e tem que recuperar rapidamente, é pensamento crítico sobre as coisas que dizem respeito no nosso território: as preocupações, os desafios, os desejos e as necessidades da região. Temos que articular este pensamento partidário com as câmaras municipais, com a comunidade intermunicipal e outras Instituições. Hoje é raro ouvir o PS de Viana do Castelo tomar posição |9 JORNAL política sobre os problemas e acontecimentos políticos. O partido não toma posição e não o faz porque está desligado da realidade, não contacta com as estruturas concelhias, não pensa nos assuntos, não debate os problemas e assim caímos naquilo que lhe falava há pouco, ou seja, seremos um partido sem projeto de intervenção na sociedade, pura e simplesmente preocupado com os lugares e protagonismos individuais e isso não pode acontecer. Isso cava o fosso da nossa credibilidade e anula-nos perante os cidadãos. J.C. Finalmente… J.F. – Finalmente eu acho que o partido tem perdido voz, voz no sentido de ser ouvida a sua opinião e de ser notada a sua existência no território. O PS tem que ter essa presença, essa marca, essa voz tecendo críticas, emitindo opinião e apresentando propostas em relação às questões do país e sobretudo do distrito. Não vou obviamente pormenorizar como é que isto se faz, tenho ideias mas isso, como compreende, só apresentarei na Moção e no Congresso. J.C. – Vai ser um verão animado… J.F. – Vai e de facto eu tinha |10 DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 pensado precisamente o contrário. Pensava que este mês de Agosto, ao contrário de outros em que antes ou depois houve eleições, iria ser mais calmo em termos de atividade, mas afinal enganei-me. A agitação é enorme, a solicitação de intervenção política surge de todos os lados e este desafio da minha candidatura obviamente me irá absorver a totalidade do tempo. Embora o mês não seja o melhor e as pessoas não estejam para nos “aturar”, vou fazer este trabalho com muito empenho e com muita vontade. Vou tentar montar um sistema que não seja maçador para os militantes mas que seja capaz de fazer chegar a minha mensagem, a minha opinião e pensamento sobre estas coisas. J.C. – Vamos agora falar da situação do partido a nível nacional. Como vê toda esta agitação à volta do PS? A existência de dois candidatos à liderança? E o seu apoio a António José Seguro. J.F. – Como é que eu vejo tudo isto? Ora bem, se estivéssemos numa situação de cumprimento das regras e dos estatutos do partido para a disputa de liderança, acharia normal. Mas a verdade é que nós não estamos em condições normais. O país não está numa situação normal, os desafios que Portugal tem não são normais e nem mesmo é normal o timing deste processo eleitoral dentro do partido. No contexto destas “anormalidades” eu sinceramente vejo esta situação interna de agitação no partido com muita preocupação . Porquê? Porque embora seja salutar discutir opiniões e testar disponibilidades, acho que o devemos fazer com um grau de elevada exigência nos procedimentos e no debate interno . Se nós não fizermos uma paragem na conflitualidade e na tensão interna, se não nos virarmos todos para a organização de umas primárias com dignidade, elevação e forte participação, onde se aceitem os resultados para logo a seguir “prosseguir o caminho”, se assim não acontecer, então acho que ninguém mais vai perceber o Partido Socialista. Ninguém mais vai acreditar que o PS pode ser a alternativa que o país necessita para combater e alterar uma série de decisões erradas que o atual Gover- no tem posto em prática. Em suma, no contexto especifico que estamos a viver, estou seriamente preocupado. J.C. – Acha que este não era portanto o momento certo para este tipo de divisão dentro do partido? J.F. - Sinceramente não. J.C. – Considera a candidatura de António Costa extemporânea? J.F. – Ora bem o António Costa é um militante do Partido Socialista que é inquestionável no que diz respeito à sua qualidade, experiência e preparação. O seu currículo e o seu percurso são a prova disso mesmo. Mas não é a competência do camarada António Costa que está em causa. É uma pessoa que respeito embora de quem não tenha a mesma proximidade que tenho com António José Seguro. Costa é um quadro com grande importância no processo de construção das respostas que o PS tem que efetivamente apresentar aos eleitores. Agora o momento em que isto foi feito e a forma como o processo foi iniciado é que me provocou discordância. A minha proximidade com o atual Secretario Geral do partido é de longa data por força de percursos que se cruzaram por diversas vezes na vida política e por isso eu alicerço essa minha proximidade com o António José Seguro sobretudo na base desse relacionamento pessoal. J.C. – O que acha que deve ser feito para ultrapassar esta situação de agitação interna do partido? J.F. – Eu acho que o PS tem rapidamente que esclarecer a situação e resolver este problema e partir para um processo de reunião de todas as sensibilidades e preparar-se para as eleições legislativas que são daqui a menos de um ano. Em suma nós temos rapidamente que arrumar a casa e naturalmente aceitar, sem turbulências internas, aquilo que forem os resultados da consulta das primárias. Sem contestações ou impugnações de resultados porque se o fizermos, penso que o partido entrará num processo de implosão que pode ser gravíssimo e irrecuperável Em suma acho que depois da escolha, quer António José Se- guro, quer António Costa poderão ser excelentes líderes do PS. E isto sinceramente não é estar nas meias tintas, é a realidade dos factos e a elevada qualidade dos protagonistas que o garantem. J.C. Seja qual for o escolhido o partido fica em boas mãos é isso? J.F. – Não tenho a menor dúvida, o partido ficará bem entregue. Mas o partido tem que ter a consciência de que depois de desenvolver este processo de debate interno, tem que muito rapidamente sarar as feridas e unir-se à volta do candidato que for escolhido. Julgo que é fundamental haver serenidade em todo o processo, todas as opiniões são respeitáveis e eu não estarei disponível para agitar mais as águas, nem agravar tensões. Eu terei a posição que a minha consciência e sentimentos ditarem mas, como candidato à liderança da Federação Distrital, embora não deixando de ter opinião neste processo, tenho noção que não posso, não devo e não quero ser um candidato de fação. J.C. – Está confiante na sua eleição? J.F. – Sinceramente e apesar de não ser, por norma, muito otimista, estou confiante. O processo, como há pouco lhe dizia, foi feito de uma forma muito transparente e responsável . Não houve aqui nenhuma entrada fora de tempo, o timing da disputa é o normal e eu limitei-me a mostrar a minha disponibilidade e a apresentar-me candidato à Federação. Fruto na minha experiência partidária, tenho a plena convicção de que posso ser útil ao Partido Socialista na sua liderança distrital. Estou sinceramente confiante porque tenho apoios declarados de muitos militantes. Tivemos ao longo dos anos pessoas que desenvolveram um bom trabalho à frente do partido, ex-autarcas, atuais autarcas, mas acho que há uma certa vontade de quebrar com este ciclo do nosso funcionamento, do nosso aparelho e do nosso sistema interno. Eu gostava sinceramente de protagonizar esse processo de abertura e modernização do funcionamento do PS de Viana do Castelo. Jovens atletas do SCC com “excelente” participação no campeonato nacional Perto de duas dezenas de atletas do Sporting Club Caminhense (SCC) participaram nos passados dias 12 e 13 de Julho, no Campeonato Nacional de Iniciados que se realizou em Montemor. Apesar dos poucos meses de treino, cerca de 3, os jovens atletas fizeram uma excelente prestação, como referiu ao Jornal C Jofre Pinto, um dos responsáveis pelas camadas de formação do clube, cargo que divide com João Afonso. “Foi uma prestação quanto a mim muito positiva na medida em que o SCC há muito que não levava miúdos às regatas. O SCC não tinha miúdos que soubessem remar e quando eu assumi este cargo disse que um dos meus objetivos era precisamente ensinar os jovens a remar à SCC. O clube estava a perder a mística das camadas jovens e neste momento, com estes atletas, estamos a conseguir recuperar essa mesma mística”. Segundo Jofre Pinto é muito importante investir nas camadas jovens “na medida em que elas são o garante do futuro do clube. Relativamente aos resultados obtidos no Campeonato Jofre Pinto explica que eles superaram as expetativas, “estiveram muito acima do que esperávamos”, sublinhou. Neste momento o SCC tem cerca de duas dezenas de jovens atletas a praticar remo, jovens que só estão a treinar há 3 meses mas que são já uma promessa. “Repare que nós só tivemos 3 meses para os treinar. A maioria dos miúdos não sabia sentar-se no barco, pegar no remo ou se cruzavam com a esquerda ou com a direita. Felizmente conseguimos leva-los ao nacional e posso dizer-lhe que fomos agraciados por todos por finalmente conseguirmos levar jovens a competir. Isso para mim é muito importante, mais do que trazer medalhas”, sublinha o responsável. Para Jofre Pinto nestes escalões mais jovens, “mais importante do que conquistar títulos é aprender a remar porque se eles forem uns bons remadores irão certamente conquistar medalhas nos escalões superiores”. No entanto a participação em provas e campeonatos é “extremamente importante porque dessa forma os jovens podem testar o que aprenderam”, acrescenta o treinador. Os jovens do SCC participaram pela primeira vez num campeonato e encheram de orgulho os treinadores que fazem questão de agradecer também aos pais toda a colaboração prestada. “Sem eles este trabalho e estes resultados nunca seriam possíveis e por isso temos que lhes agradecer. O espírito do Caminhense “está de volta” garante Jofre Pinto, que vê nestes jovens atletas e noutros que se possam captar, o futuro do clube. “Se nós continuarmos à frente das camadas jovens tanto eu como o João Afonso temos perspectivas para a próxima época. Queremos desenvolver um trabalho muito mais vasto, trabalhar com as escolas e, se assim for, no próximo campeonato, em vez de levarmos 19 atletas, podemos levar meia centena de atletas ou mais”. Se continuar no cargo, Jofre Pinto quer começar já em Setembro a treinar os jovens sem prejuízo dos seus estudos. “Estamos a falar de um desporto perfeitamente compatível com a atividade escolar. Para ter uma ideia nós temos JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Cães atacam idosa em Moledo Já se encontra em recuperação a idosa que na passada semana foi atacada por dois cães, um deles arraçado de pilbull, numa rua da freguesia de Moledo. A mulher, de 85 anos, circulava perto de sua casa quando foi surpreendida por dois cães que a atacaram na zona da cabeça e do pescoço ferindo-a com gravidade. Transportada para o Hospital de Viana do Castelo a senhora foi submetida a uma intervenção cirúrgica. Delfim Moreira, filho da vitima, disse ao Jornal C que a mãe tinha ficado bastante mal tratada. “Ficou bastante rasgada na zona do crânio, pescoço e membros e na idade dela estes ferimentos podem ser complicados. Neste momento ela está no hospital de Viana em observações, à espera para ser operada”. Segundo Delfim Moreira não foi a primeira vez que aqueles cães atacaram pessoas. “Eu tive conhecimento que isso já aconteceu mais vezes embora com menos gravidade. Os cães andam soltos na via pública sem qualquer proteção e depois acontecem situações como esta. Inclusive tenho uma pessoa da minha família que também foi atacada”. Os cães foram entretanto recolhidos e transportados para o canil intermunicipal de Ponte de Lima. Estádio Morber assaltado por jovens uma atleta, a Mafalda Almeida, que apara além de ser uma excelente remadora, é uma aluna de 4 e 5. Isto prova que o remo é de facto um desporto muito completo”. Jofre Pinto aproveitou para agradecer a todas as pessoas e entidades que tornaram possível a participação dos Jovens atletas nesta competição. “Nomeadamente à Luísa Esteves e à sua mãe que cozinhou e em- Resultados: prestou uma carrinha para transporte de material. Tudo isto foi 2x Infantis - Leonardo Marum trabalho de equipa que nós temos que enaltecer e agrade- tins e José Fernandes 4º lugar (17 participantes) cer”, sustentou. 1x Iniciado F - Mafalda Almeida 5º lugar (12 participantes) 1x Iniciado M – Leonardo Gomes 10º lugar (28 participações) 2x Iniciado F – Raquel Simões e Marta Brito 2º na Final (5 participantes) 2x Iniciado M – Claudio Martins e João Peres 1º na Final B (17 participantes) 4x Juvenil M – Rafael Gonçalves; Daniel Sobral; João Lima e João Mina 4º (13 participantes 1x Juvenil M – André Silva 13º (30 participantes) 2x Juvenil F – Rita Silva e Adriana Guerreiro 5º (10 participantes) 4x Juvenil M – António Bezerra, Eduardo Gonçalves; Valentim Veiga e Pedro Mina 5º lugar (12 participantes). Já foram localizados os quatro indivíduos sobre quem recai a suspeita de serem os autores de um assalto às instalações do Atlético Clube de Caminha, no Estádio Municipal Morber, localizado na mata nacional do Camarido. Os jovens, três homens e uma mulher, com idades entre os 17 e os 22 anos, são naturais de Vila Praia de Âncora e de Viana do Castelo. Segundo fonte da GNR, os indivíduos terão entrado dentro do estádio na madrugada de quinta-feira por uma das janelas que dá acesso à sala de troféus do Atlético Clube de Caminha. Desta passaram para o bar e foi aí de onde levaram vários objetos. Ainda não é conhecido o valor do montante roubado nem dos prejuízos provocados. As autoridades intercetaram os quatro jovens por volta das 5h30 do dia 10 na zona da Amorosa, em Viana do Castelo. Depois de revistarem o carro em que se deslocavam, detetaram alguns objetos do clube e alguns gramas de droga: haxixe. ANCORENSIS TEM NOVA DIREÇÃO A Ancorensis, Cooperativa de Ensino, realizou no passado dia 16 de junho eleições para os Órgãos Sociais daquele estabelecimento de ensino Assim, para o triénio 2014-2016, foi eleita a lista composta pelos seguintes elementos: Assembleia-geral - Presidente: João Manuel Vilas; Vice-presidente: Adélia Moreira Dantas Rio; Secretário: Maria Goreti Ranhada Fernandes. Direção - Presidente: Octávio Luís Presa Pinheiro; Secretário: Maria Isabel Rodrigues Cerqueira Fernandes Seco da Fonte; Tesoureiro: Maria Celeste Garrido Pais de Sousa Taxa Araújo. Conselho Fiscal - Presidente: Carlos de Jesus Moreira Cunha No cumprimento do seu programa de ação, e com o objetivo de melhor operacionalizar o funcionamento das suas diversas vertentes, a Direção da Ancorensis nomeou uma nova Direção Pedagógica, constituída pelos seguintes elementos. Diretor pedagógico: Teodoro Afonso da Fonte; Diretora pedagógica adjunta: Rosa Palmira Lomba Morais; Assessora pedagógica: Maria Celeste Pais de Sousa Taxa Araújo |11 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMI Confraria de São Bento avança com “número record” de peregrinos Milhares de romeiros assistiram no passado dia 11 de Julho à Missa Campal e Procissão em honra de São Bento. A Confraria fala de um “número record” de peregrinos que este ano assistiu às cerimónias religiosas, confirmando desta forma a fé e devoção a São Bento não só por parte da população local, mas também de gente de outros locais, inclusive da vizinha Galiza. José Emílio, membro da Confraria, garantiu ao Jornal C que não se lembra de ter visto tanta gente a assistir às cerimónias como este ano. “Eu creio que este é o record de sempre. Com esta panorâmica que temos daqui de cima eu atrevo-me a dizer que este é sem dúvida o ano com mais gente a assistir à missa campal”, assegurou. |12 Milhares de devotos que no final da missa acompanharam a procissão que este ano contou com a participação dos pescadores, um momento que José Emílio fez questão de destacar. “Os pescadores de Seixas estão de parabéns pelo trabalho magnífico que tiveram a decorar as suas embarcações. Deu um brilho diferente e ainda maior a esta procissão e acho que os pescadores capricharam na sua participação. Esta é uma tradição secular da nossa terra que estava a morrer e graças à colaboração da comunidade piscatória, foi possível resgatar”. Relativamente às novidades introduzidas este ano José Emílio considera que resultaram muito bem. “Tivemos sempre casa cheia todos os dias. A festa iniciouse no dia 5 com um encontro de Coros que decorreu na Capela. Foi um espetáculo muito bonito que encheu a capela. Na quinta-feira, dia 10, tivemos a Banda do Rosal a atuar aqui no largo com o seu coral. Foi um magnifico espetáculo. Depois dedicamos também um dia ao Folclore porque consideramos ser importante preservar as nossas raízes e tradições. No sábado terminámos em grande com o conjunto Roconorte que proporcionou um espetáculo magnífico. O Largo esteve sempre cheio e isso para nós é muito gratificante”, explica. A Romaria de São Bento promete voltar para o ano renovada mas sem esquecer a tradição. JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 INHA Meio dia de fogo e entrada da banda marcam início DA ROMARIA DE SÃO BENTO À porta da capela de São Bento algumas centenas de romeiros e devotos daquele santo aguardam a entrada da banda de música que durante a tarde vai animar a Romaria. No ar ouvem-se estalar os foguetes do tradicional meio dia de fogo. Quanto mais barulho melhor, para que as freguesias vizinhas percebam que a festa vai ser boa. “Antigamente dizia-se que uma festa era melhor ou pior consoante a quantidade de fogo que se deitava”, conta-nos um seixense que, tal como muitos outros, desceu ao Largo para assistir ao meio dia de fogo. Mas afinal o que leva tanta gente ao largo para ouvir o es- talar dos foguetes? “Não sei, é uma tradição. Já no tempo dos meus pais era assim. Vinha-se para baixo antes do meio-dia e ali ficávamos junto à estrada nacional a ver as bombas estoirar junto ao cemitério. A seguir lá íamos para o largo ver a entrada das bandas de música conduzidas pelo pai do Rogério que fumava aquele grande charuto. Era um momento especial”, conta-nos este seixense que prefere não divulgar o nome. Este ano a tradição voltou uma vez mais a cumprir-se e embora com menos gente do que noutros tempos, ainda foram muitos os que ali se dirigiram para assistir a um dos primeiros grandes momentos desta Romaria. No interior da capela pagamse promessas, fazem-se pedidos e reza-se ao santo. Sentada num dos bancos da capela, Maria de Fátima Santos “confessa” a sua devoção pelo São Bentinho que garante fazer muitos milagres. “Adoro São Bento. É um verdadeiro vizinho e um protetor que nós temos muito querido. É o nosso São Bentinho a quem pedimos muitas graças”. Tal como muitos também Maria já recorreu à proteção deste santo que todos os anos é visitado por milhares de peregrinos. “Há muita gente que vem aqui pedir proteção a São Bento e ajuda para momentos mais difíceis. Eu, por exemplo, neste momento estou a pedir-lhe ajuda”. As novenas são outra das grandes manifestações de fé em São Bento, explica Maria Santos. “Vêm pessoas de todo o lado, algumas vêm a pé. Eu acho que este ano foram muitas porque a capela esteve sempre cheia até à porta”. Por esta altura veêm-se caras menos conhecidas, “pessoas de Seixas mas que estão a viver em Lisboa ou no estrangeiros e que por altura da festa aproveitam para rever a família e os amigos”. Fomos descobrir algumas dessas pessoas. Fernanda Pereira nasceu em Lisboa mas as suas origens estão todas em Seixas. “Os meus avós eram de cá, os meus pais também e eu desde pequenina que me habituei a vir ao São Bento. Atualmente já sou avó e sempre que podemos não falhamos esta festa”. A vinda de Fernanda Pereira a Seixas por esta altura tem muito de fé, mas também é uma homenagem aos pais. “Principalmente ao meu pai que gostava e tinha muita fé em São Bento. Ele fazia questão de estar sempre presente na altura da festa e eu faço-o por ele e também por mim”. A fé a São Bento está no coração desta seixense, uma fé que faz questão de dividir com Santo António de Lisboa. “Chega para os dois”, garante Fernanda Pereira conta que quando a filha esteve grávida teve necessidade de recorrer à proteção de São Bento “e correu tudo bem. A partir desse momento venho sempre à procissão”. De Lisboa para assistir à romaria veio também Orlando Vieira, mais um filho da terra a viver há muitos anos na capital. “Todos os aos, sempre que posso, venho ao São Bento. É uma tradição que gosto de cumprir porque acho que é uma festa muito interessante e muito bonita”. A despedida da banda na capela é o momento mais apreciado por este seixense. “Para mim é um momento magnífico e um dos mais interessantes desta festa. Destaco este, mas também gosto dos outros. São momentos que me fazem recordar a minha infância onde eu vivia tudo isto com muita intensidade”. Com o passar dos anos Orlando Vieira admite que algumas coisas mudaram na festa “mas basicamente o mais importante mantem-se. As barra- cas continuam a encher o Largo e ainda se vendem aqueles assobios de barro que nós em pequenos tanto gostávamos. Achei muito curioso que ao fim destes anos ainda seja possível encontrar estas pequenas coisas que guardamos na nossa memória”, explica. Como muitos outros, também Orlando Vieira admite já ter recorrido à proteção de São Bento em momentos menos bons da vida. “Acho que isso é transversal a todos os filhos da terra”. O foguetório já terminou e ao longe já se ouvem os acordes da Banda. Este ano só houve uma porque a Confraria decidiu apostar num formato diferente, como explicou ao Jornal C Rui Ramalhosa. “Este ano decidimos fazer algo diferente e em vez de apostarmos na atuação de duas bandas durante o dia, decidimos deixar uma a atuar durante a tarde e uma outra à noite. Vamos ver como corre”. Correu bem e à noite o largo encheu-se para ouvir a Banda do Rosal que com os seus 80 componentes proporcionou um espetáculo “brilhante”. A acompanhar o maestro da Banda de Lanhelas vem, como não podia deixar de ser, o Rogério Cacais com o seu charuto gigante. À chegada à porta da Capela fazem-se os tradicionais cumprimentos, a banda toca e assim se cumpre mais uma tradição desta festa, a primeira grande romaria do concelho de Caminha. Antes de regressar a casa ainda há tempo para passar na tendinha da Tia Maria e levar para casa as tradicionais roscas, papudos, doce sortido e para quem tem bons dentes, a grade, que só aparece por esta altura. São os doces tradicionais da Romaria. Mas para casa não vão só os doces, vão também os alhos de São Bento que, garantem as vendedoras que vêm dos lados de Viana, duram o ano inteiro |13 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Pescadores de Seixas homenageados na Romaria de São Bento Uma homenagem “singela” mas “muito sentida” aos pescadores da freguesia, foi um dos momentos altos da Romaria de São Beto que se realizou na freguesia de Seixas de 10 a 14 de Julho. A confraria lançou o desafio para que a comunidade piscatória local se envolvesse nas festividades, recuperando assim uma antiga tradição de enfeitarem as suas embarcações. |14 O Jornal C acompanhou os preparativos junto ao ancoradouro entre o cais de São Bento e São Sebastião. O entusiasmo era evidente e mesmo aqueles que a principio se mostraram mais relutantes, acabaram por dizer “sim” e no dia seguinte lá estavam as embarcações embandeiradas a acompanhar a procissão no seu derradeiro percurso junto ao rio. “Foi bonito de se ver” comentava a maioria. Alguns ainda se lembravam de ver, há muitos anos atrás, os barcos enfeitados por esta altura. António Cacais, um dos pescadores que fez questão de participar na iniciativa, ainda se lembra de ver o barco do pai engalanado por altu- ra do São Bento. “O do meu pai e de muitos outros pescadores. É uma tradição que já tem muitos anos mas que ultimamente deixou de se praticar”, recorda. António Cacais diz ter uma grande “orgulho” em participar e dedicou a sua participação aos pescadores já falecidos. Devoto de Sâo Bento, este pescador considerou o desafio lançado pela Confraria “uma proposta muito bonita” e por isso desafiou os pescadores que não participaram, a fazerem-no para o ano. Aurélio Rego, outro dos pescadores que aderiu, considera que para o ano o envolvimento dos pescadores pode ir ainda mais longe. “Nós gostávamos que São Bento pudesse entrar numa das embarcações e a bênção, em vez de ser feita em terra, pudesse ser feita no barco de um pescador sorteado para o efeito. Era uma iniciativa bonita que eu já propus à Confraria. É evidente que isso tem que ser pensado com algum tempo. Vamos ver se para o ano isso é possível”. Ilídio Pita, que também se encontrava no ancoradouro a enfeitar o barco, considerou a iniciativa “uma boa ideia” e por isso também decidiu participar. “Acho que se deve melhorar e esta ideia de recuperar uma tradição antiga parece-me muito interessante. É o primeiro ano que es- tamos a participar e acredito que para o ano que vem vai ser muito melhor”. Como forma de incentivo a Confraria decidiu realizar uma espécie de concurso para escolher qual a embarcação mais original. Na sexta-feira à tarde a Confraria, acompanhada da Banda de Lanhelas, desceu ao cais para anunciar os vencedores do concurso. Rui Ramalhosa, presidente da Confraria de São Bento, agradeceu a colaboração dos pescadores que tornaram possível reativar uma tradição que estava um pouco esquecida. “A vossa participação só veio engradecer ainda mais a procissão. Obrigada, vocês estão de parabéns pelo excelente trabalho e empenhamento que tiveram”, frisou. Tal como estava previsto foram distinguidas 3 embarcações e a todos foi distribuído um prémio de participação. O primeiro lugar foi atribuído à embarcação de Aurélio Rego, considera pelo júri a mais original. Para além de enfeitar o barco com as tradicionais bandeiras e um cartaz de São Bento, este pescador fez também questão de mostrar alguns dos produtos pescados e transformados de forma artesanal pelos pescadores, como é o caso do peixe seco, da solha e da lampreia seca. “O que fiz foi criar uma espécie de fumeiro para mostrar às pessoas os peixes que são pescados pelos pescadores do rio Minho, produtos que podem ser consumidos frescos ou secos”, explicou. No próximo ano os pescadores prometem voltar ainda com mais força e para isso vão reunir brevemente com a Confraria no sentido de, em conjunto, definirem estratégias para a próxima romaria.. JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 |15 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 VILA NOVA DE CERVEIRA Começou por ser uma iniciativa em que o objetivo era cobrir 3 ou 4 troncos de árvore no centro da vila mas, o “Crochet sai à Vila”, um desafio lançado pela Câmara de Cerveira à população, instituições e comerciantes, depressa se tornou viral, invadindo ruas e praças da vila. Árvores, edifícios públicos, habitações, monumentos, candeeiros, postes de eletricidade e sinais de trânsito, são poucos os locais da vila onde a presença do “crochet”, essa arte que parece querer ressurgir dos baús das avós, não se faz notar. |16 DISTRITOCERVEIRA Croc “uma moda viral” Q E PRAÇAS DE Vila No O contágio foi galopante e tem vindo a crescer de forma exponencial e neste momento é possível dizer que Cerveira está vestida de crochet. Inserido no evento da BIA – Artes e Ofícios Tradicionais, ‘O Crochet Sai à Rua’ visa promover Vila Nova de Cerveira como ‘Vila das Artes’ através da arte secular do crochet, para além de sensibilizar os participantes e visitantes para a preservação desta tradição. A concretização deste projeto resultou de uma “efusiva” colaboração de algumas entidades do concelho, como é o caso dos centros de dia das IPSS do concelho, o Lar Maria Luísa, a Unisénior, a Casa do Artesão e o comércio local. A população também aderiu e poucas são as janelas ou varandas das habitações do centro histórico onde a presença da iniciativa não se faz sentir. Fernando Nogueira, presidente da Câmara de Cerveira, explicou ao Jornal C que está foi uma iniciativa lançada pelo Turismo de Cerveira. “Numa primeira fase era para ser uma ideia mais localizada, apenas para enfeitar o centro histórico da vila, mas rapidamente tornou-se numa moda viral, tal foi o entusiasmo quer dos funcionários, comerciantes e comunidade em geral”. Um envolvimento e entusiasmo que o presidente da autarquia cerveirense faz questão de salientar e sem o qual o resultado não seria certamente o que está à vista. “Estamos perante uma iniciativa que tem vindo a crescer de dia para dia e que temos a certeza que não vai parar por aqui”, assegurou. O balanço da iniciativa, que se realiza este ano pela primeira vez, é portanto muito positivo como fez questão de notar. “É uma balanço muito positivo e uma iniciativa que certamente Vila Nova de Cerveira não vai deixar perder no futuro. É uma experiência a repetir e que queremos agarrar não só pelo entusiasmo que suscitou na população, mas também pelo respeito pela sua colaboração”, sublinhou. Reabilitar uma iniciativa com mais de 30 anos, dedicada às artes e ofícios é o objetivo da BIA, um projeto que pretende ser uma alternativa aos anos em que a Bienal Internacional de Arte não se realiza. “Por enquanto acho que ainda não lhe podemos chamar Bienal de Artes e Ofícios, no entanto não quer dizer que de futuro isso não possa acontecer. Neste momento é apenas uma mostra de artes e ofícios tradicionais”, apontou. A Câmara Municipal disponibilizou o material para a confecção das peças, planificando o que cada grupo ficaria encarregue de ornamentar, de modo a criar uma sequência de material e cores para cada espaço. “Uma arte nobre” é como Fernando Nogueira considera o “crochet”, “uma arte que já era dos nossos avós e bisavós e que parece estar a querer ressurgir”, garante o presidente da Câmara de Cerveira. Associado ao ‘O Crochet Sai à Rua’ está ainda a organização de um Desfile de Moda em crochet, no próximo dia 14 de agosto, com peças de vestuário e assessórios criadas para o efeito. O ‘Cerveira Fashion em Crochet’ vai decorrer em frente à Câmara Municipal e integra um desfile, um show de penteados e ainda uma intervenção artística com a pintura ao vivo de um corpo de modelo, para além de muita música, dança e teatro. Manuela Duro, funcionaria do Turismo de Cerveira e uma das grandes entusiastas deste projeto, ao qual se entregou de corpo e alma nas últimas semanas, explicou ao Jornal C que ao princípio a ideia era enfeitar meia dúzia de árvores e o edifício da câmara, mas depois tudo se multiplicou. “Olhe isto funcionou como um vírus. Nós a principio tínhamos pensado enfeitar alguns troncos de árvores, o edifício da câmara e o do turismo JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 chet QUE INVADE RUAS ova de Cerveira e nada mais. Agora é o que se vê, foi alargando, alargando, a comunidade começou a aderir, o comércio também e neste momento a vila está cheia de crochet”. Desde Março que as agulhas não param em Vila Nova de Cerveira, um trabalho que se intensificou um pouco mais nas últimas semanas como revela Manuela Duro. “A ideia foi lançada em março, começamos a trabalhar em Abril mas em pequena escala e nas últimas semanas a comunidade envolveu-se e o trabalho intensificou bastante”. Mas desenganem-se aqueles que pensam que só os mais velhos adeririam à iniciativa, segundo a funcionaria do Turismo os jovens também se envolveram neste projeto e para alguns foi mesmo uma oportunidade para aprenderem uma arte que parecia estar adormecida. “Os que não sabiam foram aprendendo e muitos ainda estão a aprender porque isto é um evento que come- çou agora mas que vai ter continuidade durante todo o verão”. Manuela Duro aproveitou para dar os parabéns a toda a comunidade pela forma “apaixonada” como agarraram este projeto. “Estão todos de parabéns porque com a ajuda de todos foi possível pôr a vila impecável, esta muito linda”. A reação dos visitantes não podia ser melhor, garante entusiasmada Manuela Duro. “As pessoas estão a adorar. Param para tirar fotografias, fazem perguntas e aplaudem a iniciativa” garante. Maria Lemos Costa é outra das fãs desta iniciativa na qual tem participado ativamente. Faz crochet desde os seis anos e neste momento está a preparar uma série de modelos que irão ser apresentados no ‘Cerveira Fashion em Crochet’. “Mal soube desta iniciativa fui logo ao turismo falar com a Manuela que me convidou para participar e ajudar a coordenar o evento, um desafio que aceitei de imediato”. Para Maria Lemos o trabalho da população e da comunidade cerveirense “é notável e sem ele este resultado não teria sido possível”, garante. Até 14 de agosto esta amante do crochet vai estar muito ocupada a confeccionar os modelos que irão ser apresentados no desfile, uma moda que parece estar a querer ressurgir segundo explica. “Eu acho que o crochet está outra vez na moda. Cada vez se nota mais que as pessoas optam por fazer coisas pelas suas próprias mãos em casa porque a economia também se alterou. As pessoas têm menos dinheiro para comprar e por isso optam por confeccionar as suas próprias peças de vestuário”. A curiosidade dos mais novos é algo que Maria Lemos salienta. “Nota-se um crescimento muito grande do interesse dos jovens pelo artesanato e o crochet não é exceção”, garante. Segundo Maria Lemos através do crochet é possível confeccionar uma infindável quantidade de peças. “É possível fazer quase tudo, desde ponchos, saias, topes, calções, biquínis, vestidos e até bijuteria”. Aplicar o crochet noutros materiais é outra das propostas, tudo para conferir no desfile do próximo dia 14 de agosto, pelas 22 horas. Comerciantes aderem à iniciativa Poucos são os estabelecimentos da vila que não aderiram à moda do crochet. Guarda-sóis, arranjos nas esplanadas ou mesmo uma fatiota a rigor, tudo serve para assinalar a inicitiva. “Temos que aderir porque é uma iniciativa é muito engraçada que desperta curiosidade nas pessoas”, explica a proprietária de um dos restaurantes da vila que decorou a fachada do estabelecimento a rigor. Na praça principal da vila, num dos cafés ali existentes, os funcionários estão vestidos a rigor. Coletes feitos em crochet assinalam a iniciativa que Vila Nova de Cerveira abraçou e que por estes dias tem dado que falar, principalmente nas redes sociais. Cerveira e Tomiño partilham lugares de estacionamento gratuito O município de Vila Nova de Cerveira já tem a funcionar, desde o passado dia 15 de Julho, um sistema de estacionamento gratuito comum a Tomiño, na Galiza, potenciando uma maior mobilidade. O dístico-horário foi apresentado em Vila Nova de Cerveira, numa conferência de imprensa promovida pelos dois autarcas, no âmbito da Carta da Amizade.? Numa fase inicial, este “novo conceito” vai disponibilizar cerca de 40 lugares de estacionamento distribuídos por três ruas do centro urbano cerveirense – Praça Alto Minho, Praça D. Dinis e Rua 25 de Abril. O objetivo passa por conferir uma maior rotatividade a toda a zona histórica, facilitando o estacionamento pontual dos automobilistas e promovendo o tecido comercial existente.? Na prática, o dístico, já em vigor há algum tempo em Tomiño com cerca de 100 lugares de estacionamento, permite a qualquer portador usufruir de mais possibilidades de estacionamento ‘à porta’ dos estabelecimentos comerciais e de outros fornecedores de serviços, por um período limitado de uma hora ou hora e meia, totalmente gratuito em dias úteis, entre as 08h00 e as 19h00. A introdução deste sistema vai implicar algumas obras pontuais para sinalizar os locais de utilização exclusiva dos portadores do dístico. Durante a apresentação deste dispositivo de rotatividade, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira ressalvou que o estacionamento no concelho vai continuar a ser gratuito, lembrando que não existem quaisquer problemas de estacionamento prolongado, dispon- do a vila de um local privilegiado – Praça da Galiza – que comporta uma capacidade para 400 viaturas, localizado a cinco minutos a pé do centro da vila. A adoção desta modalidade permite a existência de lugares de estacionamento pontual junto ao comércio durante todo o dia.? Partilhar o sistema de Tomiño serve, segundo Fernando Nogueira, para criar melhores condições de mobilidade no casco histórico, cenário reclamado há algum tempo. “Acredito que esta medida vai ser sucesso, convencendo utilizadores passivos e ativos, e que até pode ser agilizada, no futuro, entre outros municípios, constituindo-se como uma boa aposta de cooperação transfronteiriça”, disse.? A alcaldesa de Tomiño partilhou a experiência da introdução do dístico no concelho galego, confirmando uma boa recetividade e a existência de pedidos de alargamento desta medida a outras zonas comerciais.?Sandra Gonzalez não tem dúvidas de que a dinâmica de estacionamento das duas vilas é muito similar, pelo que a rotatividade pretendida vai ser bem conseguida. “Quando assinamos a Carta da Amizade, o objetivo era conferir-lhe um caráter iminentemente prático, fazer projetos e coisas reais, e não apenas filosofia. E este é mais um exemplo”, assegurou.? O dístico, redigido em apenas uma língua, será de fornecimento gratuito e servirá os dois municípios, sendo identificado com o logotipo de Cerveira-Tomiño. Vai estar disponível para aquisição nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, Câmara Municipal, entre outros espaços. |17 JORNAL DESPORTOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA No passado fim de semana, 19 e 20 de julho, decorreu em Moledo a segunda Edição do Moledo Windsurf&SUP Festival. Apesar das condições atmosféricas adversas durante o dia de sexta feira e de sábado, que obrigaram a organização da Escola Lalo&Wind a alterar o programa do Moledo Windsurf&SUP Festival de 2014, tudo decorreu da melhor forma, contando com a presença de aproximadamente 40 atletas que disputaram as duas classes da Minho SUP Race. O percurso escolhido para a Minho SUP Race foi muito apreciado e elogiado por todos os atletas que estiveram presentes durante todo o dia, tendo aproveitado, ainda, as atividades lúdicas para experimentar o material das diversas marcas/lojas/escolas de todo o País e da Galiza. A Minho SUP Race, Prova do Circuito Nacional de Stand Up Paddle Surf, teve início no cais entre pontes de Caminha e terminou na beirada do rio Minho, em Lanhelas. A prova contou com duas classes de competição: a Classe All Around, cujo percurso era de 6km, tendo como local de partida o cais entre pontes de Caminha e de chegada a acolhedora freguesia de Lanhelas, fazendo no seu decorrer, um circuito entre duas ilhas ao longo do rio Minho; já a Classe Pro, contou com um acréscimo de 4 km no rio Coura, sendo que o restante circuito foi igual ao da Classe All Around, já referida. Os primeiros lugares da Classe Pro foram alcançados pelo português José Cirilo e pela espanhola Marta Salaberri. Na Classe All Around os primeiros lugares do pódio foram alcançados pelo Edgar Ezequiel e pela atleta da casa Cláudia Figueiredo. |18 Moledo recebeU Windsurf&SUP Festival JORNAL DESPORTOCERVEIRA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 adCjC BRilha em montemoR nas Camadas jovens PUB. CMTS Clínica de Fisioterapia COM NOVAS ISTALAÇÕES EM CAMINHA Acordos com: Serviço Nacional de Saúde - Sams - CGD - IASFA - ADM - Multicare CENTRO COMERCIAL DA ESTAÇÃO - AV. MANUEL XAVIER, Nº 16 Telf. 918571617 - 968432863 HORÁRIO: 08H-19H (segunda a sexta ) xxxiv Regata inteRnaCional de gondomaR Decorreram, nos passados dias 12 e 13 de julho, em Montemor-o-Velho os campeonatos Nacionais do remo Jovem, com a participação de 30 atletas da Associação Desportiva e cultural da Juventude de cerveira, tendo a ADcJc conquistando diversos lugares no pódio. No primeiro dia de regatas nacionais, sábado, a ADcJc participou com Benjamins, Infantis e Iniciados num total de 11 atletas, tendo obtido os seguintes resultados: 1x-BEN F. - Bárbara pereira - 4º lugar 1x-BEN M. - tomás Dias - 7º lugar 2x-INF. M. - rodrigo ramalhosa e Duarte Ferreira 1x-INF. M. - Eduardo pereira - 7º lugar 1x-INF. M. - tiago castro Fernandes - 4º lugar 1x-INF. F. - Beatriz Fernandes - 4º lugar 2x-INI. M. - Bruno Matos e João rocha - 11º lugar 1x-INI. M. - Gabriel Araújo 1x-INI. M. - José romeu - 4º lugar De destacar que, nos escalões mais jovens, temos tido vários quartos lugares, o que promete para o futuro Já no Domingo, a ADcJc participou com as camadas juvenis e veteranos, com o total de 19 atletas, apresentando os seguintes resultados: 8+ JUV. M. - André Marques, Nuno Ferreira, David cerqueira, João carvalho, ruben paulo, José Machado, Nuno Gonçalves, rafael carvalho (tim.) – 1º lugar 2x-JUV. M. - João ávida e Bruno Duro 1x-JUV. M. - rafael carvalho 2x-JUV. F. - Márcia ribeiro e raquel oliveira - 9º lugar 1xJUV.F. - cláudia Figueiredo - 1º lugar 1xJUV.F. - Adriana Lages - 2º lugar 4+VEt. M. - Márcio Lopes, Excelso Malheiro, carlos cunha, Ernesto costa, rafael carvalho (tIM) - 4º lugar r UI raMaLHOSa A Associação Desportiva e cultural da Juventude de cerveira bateu mais um record nacional conquistando o 1º lugar com o 8+ juvenil masculino, no passado dia 8 junho, em Melres, na XXXIV edição da regata Internacional de Gondomar. A ADcJc participou com 13 atletas: no 8+ juvenil masculino - Davide cerqueira, pedro Gomes, André Marques, João carvalho, ruben paulo, Bruno correia, Nuno Gonçalves, José Machado, t:rafael carvalho; e no 4x sénior masculino - Márcio Vieira, Filipe Melo, sérgio Barbosa e tiago ponte, tendo estes últimos conquistado o 4º lugar. No total, estiveram presentes na regata Internacional de Gondomar 21 clubes portugueses e espanhóis, num total de 509 atletas. o presidente da ADcJc, carlos Bouça, congratula-se com os excelentes resultados alcançados, agradecendo o esforço e dedicação de todos os seus jovens atletas e técnicos, na defesa do clube de Vila Nova de cerveira. Em nome da ADcJc agradece, ainda, aos pais dos atletas que acompanharam a prova e ao Município de Vila Nova de cerveira, pela cedência de transporte para a prova. Economia - Gestão Contabilidade Fiscalidade Técnico Oficial de Contas Avª Manuel Xavier, 88 - C.C.Estação Lj BC 4910-105 Caminha tlm 968 022 369 Email.: [email protected] De salientar que nos Juvenis, numa comitiva de 15 atletas, 11 foram medalhados com primeiros e segundos lugares. o presidente da ADcJc, carlos Bouça, congratula-se com os excelentes resultados alcançados, agradecendo o esforço e dedicação de todos os seus jovens atletas e treinadores, na defesa do clube de Vila Nova de cerveira. Em nome da ADcJc agradece, ainda, aos pais dos atletas que acompanharam a prova e ao Município de Vila Nova de cerveira, pela cedência de transporte para a prova. |19 JORNAL CULTURACAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA José Roda - A proposta para o SonicBlast surgiu durante uma conversa com o Ricardo Rios, ouviu um ensaio nosso e gostou. Já Vilar de Mouros foi por iniciativa da produção do festival, que ouviu o que tínhamos e ao sermos também do concelho, decidiram apostar. Jornal Caminhense - Projectos para o futuro? Marco Lima - Angariação de fundos para edição do nosso primeiro álbum em vinil e começar a promover o disco. Já temos agendada um tournée Galega e ainda estamos a fe- char datas para Portugal. Encontramo-nos em contacto uma editora alemã que se mostrou interessada em promover o nosso trabalho. Os Búfalo vão actuar três vezes no mês de Agosto no concelho de Caminha sendo a primeira vez no Palco Secundário do Festival de Vilar de Mouros no dia 2. Marcam presença na quarta edição do SonicBlast em Moledo do Minho no dia 16 e voltam a Vilar de Mouros para actuar no Encontro Motard no sábado dia 23 Festival Sinsal arranca hoje na ilha de San Simón Os Búfalo prometem agitar os festivais do concelho A banda Caminhense Búfalo promete surpreender o público nos festivais do concelho. Com um parco percurso, contam com menos de quatro meses de actividade, contudo já estiveram em várias salas do país, chegando mesmo a fazer o Warm-Up do FIGAC. O Jornal Caminhense esteve à conversa com os quatro elementos da banda: Marco Lima, José Roda, Marco Mourão e Ricardo Pereira. Para desvendar um pouco do que poderemos contar nos próximos concertos. Jornal Caminhense - A formação da banda é composta por quatro elementos que surgiram de outras formações, como foi o início da banda? Marco Lima - A banda começou por uma conversa infor- mal que eu tive com o Marco Mourão, amigo de longa data que fazia parte dos Seldom de Vila Nova de Cerveira, e que tinha vontade de continuar a tocar. Como já tínhamos duas guitarras, convidei o José Roda para tocar baixo, elemento que já fazia parte da banda que eu tinha desde 2001 os Spincity. E de mútuo acordo com ambos, convidamos o José Ribeiro para integrar este projecto. Devido à indisponibilidade por parte do José Ribeiro convidamos o Ricardo Pereira. E é esta a formação actual da banda. Jornal Caminhense - O primeiro concerto foi uma espécie de quinto ensaio, mas as criticas foram muito positivas, desde então a banda tem vindo a crescer, como tem sido PUB. essa receptividade por parte do público? Ricardo Pereira: O nosso primeiro concerto foi um convite por parte João Alves, depois de termos apresentado uma gravação do nosso primeiro ensaio. E foi uma coisa orgânica. Esse primeiro registo levou a uma simpatia por parte do João e fomos convidados a tocar logo no fim-de-semana seguinte. Foi uma coisa muito rápida, o convite veio numa terça-feira e fomos tocar no sábado seguinte. O nosso primeiro espectáculo foi inserido no Warm-Up do FIGAC. E apesar de ser uma curta apresentação, foi acolhida com grande entusiasmo por parte do público presente. E desde aí surgiram mais alguns convites com PUB. bandas nacionais e internacionais. E demos o nosso primeiro concerto internacional ao final de dois meses. Jornal Caminhense - Para quando está agendado a edição do primeiro álbum? Marco Mourão: Neste momento estamos concentrados em gravar o primeiro EP. Que irá sair no mês de Agosto antes do SonicBlast. Vai ser uma edição especial em suporte analógico com edição limitada a cinquenta exemplares. Dedicada aos primeiros fãs da banda. Jornal Caminhense - Ao final de pouco mais de quatro meses de banda estão agendados dois concertos em festivais como o Vilar de Mouros e o SonicBlast, como surgiram esses convites? OCULISTA IDEAL DE CAMINHA José Augusto Fernandes Oliveira ( òptico desde 1967) |20 Existe um conceito básico: “Três dias, um barco e água”. Uma fórmula simples para um dos festivais de música mais carismáticos da Galiza. O agora denominado SinSal Son Estrella Galicia, é um evento que ocorre já neste fim-de-semana de Julho, mais concretamente nos dias 25, 26 e 27, na ilha de San Simón, perto de Redondela, província de Pontevedra. O acesso tem de ser feito obrigatoriamente de barco, na compra do bilhete está incluída a viagem. A pequena ilha transforma-se num espaço de lazer, onde a música forma parte integrante. O factor surpresa é o mote deste festival, isto é, o cartaz do evento não é anunciado, só à chegada do primeiro barco à ilha é que se torna publico os artistas que irão actuar durante o dia. Mas isso é um factor acessório. Só a paisagem que a ilha proporciona e o facto de estarmos num dos locais mais paradisíacos da Galiza é mote mais que suficiente para marcar presença no Sinsal San Simón. O festival que teve noutras edições artistas como os ainda desconhecidos Alt—J, o inglês Denis Jones, os franceses Baden Baden ou os já consagrados Triangulo de Amor Bizarro, fazem deste evento um local de referencia para descobertas sonoras. Uma recomendação para o final de Julho que certamente irá surpreender a quem for assistir. Miguel Estima PUB. metalocaminha Sócio Gerente Sergio Meira - Telf. 919 983 235 Distriâncora-Supermercados, lda tel 258959140-fax 258912955 TÉCNICA . PERFEIÇÃO . QUALIDADE A sua visita o comprovará AUTOMATISMOS | SERRALHARIA DE FERRO E INOX | MONTAGEM DE PORTAS SECCIONADAS |MOTORES DE TODO O TIPO | SERVIÇO DE CORTE E QUINAGEM DE CHAPA Superareosa-Supermercaods, lda tel 258808090-fax 258838534 C.C. Camicentro, Lj. 23 (ao lado dos Bombeiros) Rua Visconde Rego 4910-156 Caminha | Telf./ Fax: 258 721 028 Telf. 258 727 399 | Fax. 258 727 382 | E-mail: [email protected] web:www.metalocaminha.pt | Lugar do Couto | 4910-201 Lanhelas |Caminha JORNAL DISTRITOCAMINHA O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CAMINHA Selva dos Animais Domésticos promove Cãominhada Com mais de 400 animais à sua responsabilidade e a gestão do canil/ gatil municipal por sua conta, a Selva dos Animais Domésticos, associação de defesa dos animais abandonados de Caminha, agendou para o próximo dia 2 de Agosto, um sábado aquela que vai ser a segunda Cãominhada concelhia. O objetivo da iniciativa é, como referiu Idalina Torres, presidente da Direção da Selva dos Animais, “ajudar os animais abandonados”. Os interessados em participar nesta iniciativa terão que pagar 2 euros de inscrição, verba que reverterá integralmente a favor da associação. “O dinheiro que conseguirmos angariar com as inscrições dos participantes será para comprar comida para os animais e também fazer face às despesas que temos como vete-rinário”, explica. No final cada participante terá direito a um diploma de participação. A concentração para a segunda edição da Cãominhada está marcada para o Largo da Feira e o percurso a efetuar será até ao Camarido, ida e volta. “As pessoas que quiserem podem levar os seus animais. Os nossos infelizmente não podem ir porque como são animais que estão quase sempre fechados, é muito complicado levá-los”, explica Idalina Torres. Para a presidente da direção da Selva dos Animais Domésticos este tipo de iniciativas é muito importante “porque nos vai ajudar a tratar dos cerca de 200 cães e cento e muitos gatos que neste momento abrigamos no canil/gatil. Temos que trabalhar muito e desenvolver iniciativas para conseguirmos fazer face às despesas”. Mas as necessidades do canil/gatil de Caminha não passam apenas pela alimentação e pelos cuidados veteri- nários. Voluntários precisamse para ajudar a cuidar dos animais e também para lhes dar algum carinho. “Temos muitos animais a precisar de atenção e eu peço a todas as pessoas que gostem de animais para que passem por lá. Infelizmente as pessoas não estão muito sensibilizadas para esta questão e é pena. Nós estamos sempre a pedir a ajuda dos voluntários mas não tem sido fácil”. O voluntariado é de resto uma questão que Idalina Torres diz que é preciso trabalhar, “até porque temos animais que precisam de carinho. Repare, eles fome não passam mas precisam de algo mais, precisam de sentir que há que goste deles, que há quem os leve a passear, lhes escove o pelo, enfim essas coisas que os funcionários do canil não têm tempo porque têm que desempenhar outras tarefas. É para isso que nós precisamos da ajuda dos voluntários”. Com apenas sete pessoas a trabalhar no abrigo, Idalina Torres diz ser impossível dar atenção a todos os animais. “Por isso aproveito esta oportunidade para apelar a todas as pessoas que gostam dos animais que nos ajudem a cuidar melhor deles”, remata. PUB. Casa de petiscos | Gelataria | Creparia Praça Conselheiro Silva Torres . 4910 Caminha [email protected] |21 JORNAL SAÚDE O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 homossexuais devem tomaR mediCamentos de PRevenção ContRa o vih/sida medida iria reduzir incidência do vírus em cerca de 25% entre os homossexuais masculinos os progressos na luta mundial contra a sida estão a ser ameaçados pelos comportamentos de cinco grupos de risco fundamentais, de acordo com o alerta feito pela organização Mundial de saúde (oMs) na semana passada. Homens homossexuais, prostitutas, homens transsexuais, toxicodependentes que usam drogas injetáveis e pessoas que estão em prisões ou estabelecimentos fechados sao os cinco maiores grupos de risco.. A oMs salienta que, apesar do maior risco de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), estes grupos são menos propensos a adotar medidas de prevenção, a realizarem testes ou a efetuarem tratamentos. cerca de 50 por cento dos novos casos de infeção ocorrem nestes grupos. ”Assistimos ao aparecimento de epidemias neste grupos-chave”, declarou Gottfried Hirns- chall, diretor do departamento do vírus da imunodeficiência humana (VIH) da oMs, citado pela reuters. “E essa epidemia está a disparar”, advertiu. A evolução da medicação e o facto de atualmente ser possível viver com sida fizeram com que as campanhas de prevenção diminuíssem e as infeções voltassem a aumentar, segundo relata. Nas novas recomendações publicadas na sexta-feira, a oMs recomenda que os homossexuais “considerem tomar antirretrovirais como método preventivo contra o VIH”. porém Gottfried Hirnschall ressalva: “se têm uma relação estável, ou se as duas pessoas são VIH negativo e não há risco, não há nenhuma razão para tomar”. ”caso seja uma relação na qual uma das pessoas é VIH positivo e a outra VIH negativo, é uma opção que deve ser considerada”, acrescentou. ”os estudos realizados não mostram efeitos colaterais muito grandes, mas são medicamentos, tratamentos e, portanto, este aspeto deve ser levado em consideração antes de tomar uma decisão”, acrescentou. recomendação já feita nos Estados Unidos Em maio, as autoridades de saúde americanas recomendaram que todos os grupos de risco tomassem antirretrovirais, especialmente os homossexuais, com a esperança de reduzir o número de novas infeções, que não muda há 20 anos. tomar regularmente um comprimido que combina dois antirretrovirais, além do uso de preservativos, pode diminuir o risco de contágio entre 20% e 25%, ou seja, evitar “um milhão de novas infeções neste grupo em 10 anos”, indica a oMs.??profilaxia pré-expo- sição (prEp) é o nome dado a qualquer procedimento médico que visa prevenir uma doença e, no caso do VIH, exige a toma de um único comprimido, diariamente. Quando adotado de forma consistente, o prEp tem demonstrado reduzir o risco de infeção até 92 por cento. os especialistas acreditam que a incidência do vírus entre homens homossexuais poderia ser reduzida entre 20 a 25 por cento com o prEp, evitando até um milhão de novos casos em 10 anos. Estima-se que cerca de 35,3 milhões de pessoas, em todo o mundo, estejam infetadas com VIH. o número anual de vítimas mortais de sida também está a diminuir. Em 2005 foram registadas 2,3 milhões de mortes por causa da doença e, em 2012, verificaram-se 1,6 milhões. linha CanCRo da mama atendeu 1.000 Pessoas num ano e o Balanço é Positivo A Linha cancro da Mama – 21 243 05 04 - é um serviço de apoio da União Humanitária dos Doentes com cancro (UHDc) que fornece informação essencial sobre o cancro da mama e a partilha da experiência pessoal de uma doente sobre a doença. ??É uma linha gratuita e diariamente aberta a toda a população, entre as 08h00 e as 22h00, que ao fim de um ano de atividade conta com perto de mil apoios prestados e uma afluência de chamadas maior de mês para mês.??raquelinda Magalhães, voluntária da UHDc, não se deixa surpreender pelo sucesso deste serviço “a crescente procura registada é facilmente justificável. Estamos a falar de um serviço que dá resposta a uma necessidade que existia em portugal a nível de apoio telefónico direcionado aos familiares e doentes com cancro da mama”.??segunda [email protected] T/F: 258 722 523 Tlm: 936 002 538 Estrada das Faias, Nº 41/43 Coura de Seixas 4910-339 CAMINHA |22 causa de morte por cancro em portugal??o cancro da mama é um dos tipos de cancro mais comum entre as mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em portugal, anualmente são detetados cerca de 4500 novos casos de cancro da mama e cerca de 1500 mulheres acabam por morrer com a doença.??“Mulheres recentemente diagnosticadas são as que mais procuram a Linha cancro da Mama. Afetadas pelo receio do impacto que a doença poderá ter nas suas vidas, procuram respostas sobre o que podem fazer para enfrentarem da melhor maneira a doença. o esclarecimento sobre os diferentes tratamentos é bastante frequente, principalmente no que respeita à quimioterapia e à radioterapia”, refere raquelinda Magalhães.??A voluntária da UHDc avança que “é interessante notar que, após um ano de funcionamento da Linha, verificámos que existe uma continuidade na procura de apoio após a primeira chamada. saber que a UHDc é um ponto de referência para as dúvidas das pessoas e que contribuímos para que o doente olhe o cancro de frente, colocanos um sorriso neste primeiro aniversário da Linha cancro da Mama.”? novo mediCamento PaRa tRatamento da infeção vih A ViiV Healthcare anuncia que o comité de Medicamentos de Uso Humano, da Agência de Medicamentos Europeia (EMA), emitiu um parecer positivo que recomenda a comercialização do medicamento (dolutegravir/abacavir/lamivudina) para o tratamento de adultos e adolescentes com 12 anos ou mais, e com um peso mínimo de 40kg, infetados com o VIH. De acordo com Dr. John pottage, Diretor científico e Diretor Médico da ViiV Healthcare, “este parecer positivo constitui um avanço importante na aproximação dos profissionais de saúde e das pessoas que vivem com o VIH à combinação terapêutica de um comprimido de toma única diária que inclui dolutegravir”. “Esta recomendação demonstra o potencial dos regimes terapêuticos que contêm dolutegravir, assim como a importância da nossa investigação contínua, que está a ser feita sobre novas opções terapêuticas de regime de comprimido único”, acrescenta. o parecer do comité de Medicamentos de Uso Humano é baseado nos resultados de dois estudos: • Estudo de Fase III de dolutegravir (sINGLE), realizado com dolutegravir e abacavir/lamivudina em comprimidos separados1; • Estudo de bio equivalência da combinação de dose fixa de dolutegravir / abacavir / lamivudina, quando tomado como um único comprimido, em comparação com a administração de dolutegravir e abacavir / lamivudina em comprimidos separados2. o parecer positivo do comité de Medicamentos de Uso Humano é um dos passos finais antes de alcançar a autorização para a comercialização, pela comissão Europeia, mas nem sempre resulta nessa mesma autorização. A decisão final da comissão Europeia está prevista para o terceiro trimestre de 2014. sobre o medicamento (dolutegravir/abacavir/lamivudina) Este medicamento não está atualmente aprovado em nenhum país e é apenas um fármaco investigacional de um regime terapêutico de toma única diária, contendo o inibidor de integrasse dolutegravir que já foi aprovado pela EMA, em janeiro deste ano. o pedido de autorização para o novo medicamento já foi submetido a aprovação nos EUA pela FDA, em outubro de 2013, estando atualmente em processo de revisão. Já foram igualmente iniciados os processos regulamentares de submissão e revisão para este novo medicamento no canadá, Austrália, Brasil e Japão. JORNAL OPINIÃO O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Diamantino Bártolo PODER LOCAL DEMOCRÁTICO 23 . juventude, criatividade, novas oportunidades Abordar, pelo método reflexivo, ou pela análise objetiva, uma qualquer situação da sociedade contemporânea, ignorando o papel que as atuais gerações de jovens, devem vir a desempenhar no futuro, significa uma apreciação parcial com conclusões insuficientes e, eventualmente, inadequadas, se não mesmo erradas. As crianças, adolescentes e a juventude constituem o mais valioso património dos recursos disponíveis em qualquer parte do mundo. Nenhum governante, dirigente: público, privado, cooperativo, formal ou informal, pode dispensar esta força imensa de vitalidade, voluntarismo, generosidade, irreverência e de conhecimentos teóricos, ao nível, por exemplo, das mais avançadas tecnologias. Pelo contrário, convocar os jovens à participação na vida ativa das comunidades em que se inserem, revela-se uma decisão do maior alcance, quanto às consequências positivas que, num futuro não muito distante, se farão sentir, justamente, quando eles estiverem nos diversos poderes. Com efeito: «O homem, em geral, já nasce como membro de um grupo: a família. À medida que vai vivendo, passa a pertencer a outros, como: grupos de amizade, de vizinhança, escola, igreja, cidade, grupos profissionais, expandindo assim seu mundo individual. (…) Vivendo em sociedade, o homem, que ao nascer possui apenas a natureza biopsiquica, adquire a natureza social, formando e desenvolvendo sua personalidade. Além disso, o homem cria cultura e, através desta, satisfaz suas necessidades e adapta-se ao meio ou adapta o meio a si, modificando-o.» (TORRE, 1983:44). Preparar as novas gerações com as ferramentas da integração plena, numa sociedade em permanente competição e mutação, é um desígnio universal que, sendo cumprido, vai beneficiar a humanidade em geral, em qualquer parte do mundo onde existam seres humanos. Naturalmente que nenhuma entidade pública ou privada, se deve sobrepor às instituições tradicionais, com mais autoridade moral, com mais influência na educaçãoformação dos jovens, ainda que, os responsáveis por tais instituições, provavelmente, nem sempre tenham especialização adequada para educar-formar em certas atividades, o que a verificar-se, terão de intervir, em tempo oportuno, as organizações públicas e privadas, especializadas nos diversos domínios da socialização. Considerando o tempo biocronológico, que vai decorrendo ao longo do desenvolvimento ontogenético e da evolução filogenética, naturalmente que a primeira grande instituição, em que a pessoa humana fica integrada, durante cerca de um quarto da sua vida, (este tempo tende a alargar, devido à profunda crise que atinge a sociedade em geral e os jovens em particular) é a família, no seio da qual decorre a primeira fase da socialização da criança, do adolescente, do jovem e em certos aspectos, também do adulto, embora, sequencialmente, surjam novas instituições. Isto mesmo se aceita porque: «É na família que cada ser adquire as bases do comportamento, da identidade sexual, das noções de direitos e deveres e ainda dos modos pelos quais lida com afectos e emoções (amor, ódio, desprendimento, egoísmo …) Outra função básica da família é a de preencher as necessidades amorosas e de ajuda mútua entre adultos. Daí a importância do casamento, da união, que por mais dificuldades que apresente na vida em comum dos cônjuges, nunca pessoa alguma conseguiu descobrir melhor substituto para ele.» (RAMAZZINI, in CARVALHO, 1994:79-80). Simultaneamente com a família, ainda bem cedo na vida da criança, outras instituições, igualmente importantes e fundamentais na formação da personalidade da pessoa humana, na sua socialização e consequente integração na comunidade, surgem com uma intervenção específica: a escola para a educaçãoformação para o mundo material do trabalho e das atividades sócio-culturais, profissionais, políticas e outras; a Igreja vocacionada para a formação moral, espiritual e também ética, através da transmissão de valores essenciais como são a fé, a religião, Deus, caridade, o dever, entre outros. Na verdade: «A Igreja se oferece para colaborar com os homens de boa-vontade a serviço do homem. (…) Todos os esforços são insuficientes sem a Igreja. A técnica moderna, as descobertas científicas, as filosofias racionalistas, a sociologia empírica, os sistemas económicos, as associações internacionais não solucionarão o problema enquanto não incluírem em suas aspirações a realidade total que é o homem, ser social dependente de Deus com um destino eterno.» (GALACHE-GINERARANZADI, 1969:178-79). A intervenção política, na preparação dos jovens, para a sociedade do futuro, mais tarde ou mais cedo, ela far-se-á sentir: seja pela passividade com que o jovem-cidadão vai recebendo a informação, sobre o sistema político, económico, educativo, social, cultural e outras vertentes; seja pela sua própria atividade profissional e cívica, que o conduz a participar na vida ativa da comunidade em que se integra. Poderá ser neste contexto que a atração por uma força portadora de determinada axiologia, sob a influência de uma ideologia, consentânea com os princípios, valores e sentimentos que o jovem defende, que o levem a decidir participar na vida pública. Neste ponto, várias instituições, desde logo as forças sociais e políticas, podem (e devem) prepará-lo para uma colaboração eficaz. Valorizar as capacidades dos jovens, a sua criatividade e colocá-las ao serviço dos seus próprios interesses, bem como da comunidade, poderá, também, ser uma função de outras instituições, nestas se incluindo as Autarquias Locais, sob a coordenação das Câmaras Municipais. Igualmente, criar um conjunto de novas oportunidades, em vários domínios, complementando as que a nível governamental já foram (ou vão ser) lançadas, constitui uma política que, certamente, beneficiará os jovens, revelando uma estratégia para o futuro e contribuindo para uma sociedade mais humana, generosa e tolerante, criativa e produtiva, que resulta, justamente, de faculdades idênticas, latentes nos jovens. Com tal desiderato, as Câmaras Municipais, na sua política para a juventude, podem rentabilizar todo o potencial da mocidade, conjugando as sinergias desta com a experiência dos próprios funcionários autárquicos, estabelecendo parcerias com as associações de jovens, de estudantes e outras instituições próprias da juventude, obviamente, com o apoio técnico e financeiro dos departamentos da Administração Central para este estrato da população. Colocar os jovens, por exemplo, nos seus tempos livres, a realizarem trabalhos diversos nas freguesias, aqui com o apoio das respetivas Juntas, nomeadamente, atualizar estudos sobre situações sociais, de indivíduos e famílias, sobre o património arquitetónico, gastronómico, cultural, aqui se incluindo usos, costumes, tradições, a história da aldeia (monografias), organizar os arquivos das próprias Juntas de Freguesias, das comissões fabriqueiras, apoiar em diversas atividades as associações e coletividades locais. Na organização políticoadministrativa da Câmara, a inclusão de um Pelouro, ou pelo menos um Gabinete para os assuntos da juventude, será o mínimo que se pode fazer, porque para além dos direitos, e correlativos deveres, que assistem aos jovens, não se pode ignorar a importância crescente que eles têm, na medida em que constituem, já não só em potência, mas principalmente em ato, o capital humano mais valioso que a sociedade dispõe para o futuro, para além do total respeito que lhes é devido, enquanto pessoas humanas com dignidade. Recordar os jovens, apenas em determinados períodos cíclicos da vida política dos responsáveis pela governação é negar as capacidades, os direitos e os valores que caraterizam a juventude, destes inícios de século e de milénio. Pela generosidade, voluntarismo, irreverência educada, faculdades intelectuais e axiológicas, pela criatividade e dinamismo, da mocidade, devem também as Autarquias Locais criar novas oportunidades para a juventude. Consignar aos jovens a responsabilidade por uma sociedade melhor, será um orgulho para eles, a prova de que a atual população, dirigente e adulta, confia neles e nas suas capacidades. Bibliografia CARNEGIE, Dale & ASSOCIADOS, (1978). Administrando Através das Pessoas. Trad. Ivan Zanoni Hausen. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército – Editora CARVALHO, António César Perri de, (Org.). (1994). A Família, o espírito e o tempo. São Paulo: Edições USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo GALACHE – GINER – ARANZADI, (1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São Paulo: Edições Loyola TORRE, Della, (1983). O Homem e a Sociedade. Uma Introdução à Sociologia. 11ª Edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo |23 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 CLASSIFICADOS INFO POEMA Publicado no Jornal Caminhense de 27 de Julhos de 2014 CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA NOVA DE CERVEIRA Maria Gabriela Correia Pereira Baptista NOTÁRIA EXTRACTO Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de onze de Julho de dois mil e catorze, lavrada de fls. 81 a fls. 82 verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Noventa e Oito-E, deste Cartório, Alberto Daniel dos Passos Gonçalves Ferreira, N.I.F. 117 686 506, titular do B.I. nº 1791235, emitido em 06.03.1987, pelo C.I.C.C. de Lisboa e mulher, ;Maria Carminha Correia Fernandes, N.I.F. 117 686 492, titular do B.I. nº 1684880, emitido em 22.01.1985, pelo C.I.C.C. de Lisboa, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Amonde, concelho de Viana do Castelo, onde residem, na Estrada de Santa Maria de Amonde, nº 282, código postal 4925-303 declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: Prédio rústico, composto por terreno de pinhal, com a área de quatrocentos e vinte e quatro metros quadrados, sito no lugar de Mariola, União das Freguesias de Gondar e Orbacém, concelho de Caminha, a confrontar do norte com terreno baldio, do sul e do nascente com Presa da Mariola e do poente com Paulo Manuel Pires Veiga, OMISSO na Conservatória do Registo Predial de Caminha, inscrito na respetiva matriz da União das Freguesias de Gondar e Orbacém sob o artigo 2619, com o valor patrimonial tributário de 90,00€, a que atribuem igual valor. Que o referido imóvel se encontrava omisso na extinta freguesia de Orbacém e que desconhecem o artigo da anterior matriz rústica, o que declaram sob sua inteira responsabilidade. Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e setenta e quatro por compra feita a Júlio Rodrigues Batista e mulher, Maria Leocádia Martins Costa Batista, residentes que foram em Amonde, compra essa que não chegou a ser titulada, mas desde esse ano que estão na posse do mesmo, pelo que há mais de vinte anos que o possuem, sem interrupção, nem ocultação de quem quer que seja. Que tal posse tem sido mantida e exercida em nome próprio, de boa-fé, ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento da generalidade das pessoas e sem oposição, nem violência de quem quer que seja, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, cortando a lenha e procedendo à limpeza, custeando todas as despesas, agindo assim, quer quanto aos encargos, quer quanto à fruição por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, ao praticarem os diversos actos de uso, fruição, posse e defesa da propriedade, na convicção de que não lesam, nem nunca lesaram quaisquer direitos de outrem. Que, assim, tem a sua posse sobre o indicado prédio vindo a ser contínua, pública e pacífica, factos que integram a figura jurídica de usucapião, que invocam. Que, nestes termos, adquiriram o mencionado prédio por usucapião, não tendo, dado o modo de aquisição, título que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita. Vinho verde Verde encarnadinho Quem te bebe, bem se perde Por terras do Minho Ai! Maduro, ai! Verde Nascido nas cepas tortas Quem sabe; o que o padre bebe Quando p’ra nós está de costas Que sejas maduro ou verde Escorregas como lodo Quando me matas a sede Ou que de tristes amores me morro Ai! branquinho, ai! tintinho Sois a luz e a alegria Das sombrias adegas do Minho Dos festins e romarias Agora bebo eu Agora bebe tu Bebemos os dois E os outros depois. Les Pavillons-sous-Bois 1983 Maria Rocha de Vasconcelos ESTÁ CONFORME E CONFERE COM O ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA. In: No Poente incendiado Cartório Notarial, onze de Julho de dois mil e catorze. Lanhelas 1997 A Notária, Assinatura Ilegível AGENDA VENDE-SE Aliança das Artes até 31 de Agosto É uma espécie de room art exibition, em que cada quarto do Hotel Aliança, em Viana do Castelo se transforma numa pequena galeria de arte. O “Aliança das Artes”, mostra artística onde estão representados diferentes artistas emergentes está a decorrer até ao próximo dia 31 de Julho e reúne trabalhos de jovens artistas emergen- tes e que, de alguma forma, têm uma ligação emocional a Viana do Castelo, isto é, são vianenses ou a sua obra trata Viana. O programa divide-se em três fases já que em cada quinzena estarão artistas diferentes e na última haverá uma mostra final com os trabalhos de todos os participantes. Assim, a primeira mostra é dedicada à pin- tura, design gráfico, ilustração, desenho, fotografia, body art, cinema, audiovisual, dança, literatura, música; a segunda é para música, pintura, ilustração, dança, fotografia, representação, concertos, projeções, performances; e a terceira a todas as artes plásticas e performativas presentes nas mostras anteriores. 34.ª Feira do Livro de Viana do Castelo decorre até 3 de Agosto Está a decorrer até 3 de agosto, no Jardim Público, a 34ª edição da Feira do Livro de Viana do Castelo O programa, para além da presença dos diversos editores que proporcionam |24 VINHO VERDE ao público vianense o contacto com as mais recentes edições, é preenchido com encontros com escritores e animação infantil na Tenda da Pequenada e música junto à marina. Ao todo, estão representados 14 livreiros com 54 stands, 21 editoras, dois alfarrabistas e o grupo AL- Antunes Livreiros, com 24 representações de editoras diversas. POR MOTIVO DE AUSÊNCIA TODO O RECHEIO DE CASA PARA MAIS INFORMAÇÕES CONTATAR: 917 540 450 SERVIÇOS DE SAÚDE Rua Engº Luís Agostinho Pereira de Castro Bloco 6 – Loja 1 4910-102 Caminha Tel. 258 721444 RUA ALMADA NEGREIROS 4910-458 VILA PRAIA DE ÂNCORA TEF.: 258 911 502 258 911 093 FAX: 258 911 082 E.mail: poliancora.saude@sapo:pt HOSPITAIS | CENTROS DE SAÚDE ENFERMAGEM Centro Hospitalar do Alto Minho Viana do Castelo | T. 258802100 Centro de Saúde de caminha Rua Eng.º Agostinho Perreira de Castro | T. 258719300 Centro de Saúde de Vila Praia de Âncora Av. Pontault Combault | T. 258 911318 BOMBEIROS Caminha Rua das Flores | T. 258719500(1) Vila Praia De Âncora Rua 5 de Outubro | T. 258 911125 GNR Caminha R. da Trincheira | T. 258719030 Vila Praia de Âncora Rua Miguel Bombarda | T. 258959260 CAPITANIA DO PORTO DE CAMINHA T. geral: 258719070 T. piquete da PM: 258719079 FARMÁCIAS Farmácia Torres Praça Conselheiro Silva Torres, Caminha | T. 258922104 Farmácia Beirão Rendeiro Rua da Corredoura, Caminha | T. 258722181 CÂMARA MUNICIPAL DE CAMINHA T. 258710300 BIBLIOTECA CAMINHA Rua Direita segunda a sexta: 10h00 às 18h30 sábado: 10h00 às 13h00 MUSEU CAMINHA terça a sexta: 10h00 às 19h30 / 14h30 às 18h00 sábado e domingo: 11h00 às 13h00 / 14h00 às 17h30 POSTOS DE TURISMO Caminha Rua Direita | T. 258921952 Moledo Av. da Praia (em época balnear) Vila Praia de Âncora Av. Ramos Pereira | T. 258911384 CENTRO CULTURAL VILA PRAIA DE ÂNCORA segunda a sexta: 10h00 às 12h30 / 13h30 às 18h30 sábado: 11h00 às 13h00 RESIDÊNCIA PAROQUIAL Largo. Dr. B. Coelho Rocha T. 258921413 FEIRAS E MERCADOS Caminha Largo Pontault Combault semanal 4ª feira Vila Praia de Âncora Largo do Mercado semanal 5ª feira TAXIS Caminha Largo do Terreiro | T. 258921401 Vila Praia de Âncora Praça da República | T. 258911295 Venade TM. 965643481 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Nome Morada Andar Nº / Lote Letra C. Postal Localidade Cupão Assinatura Rua da Corredoura nº117 4910-133 Caminha, Portugal tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054 [email protected] País telf. / telm. Indica. tel. Portugal - 30€ Pagamento: Resto do Mundo 65€ Email Europa 55€ Cheque N.º Cheque à ordem de Jornal “O Caminhense” 0018 0003 13172853020 13 transf. Bancária - NIB: ................................................................... PT50 0018 0003 13172853020 13 Numerário IBAN: ................................................................ Propriedade: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa | administração: Maria teresa Gomes Cepa | director: Elsa Guerreiro Cepa | sub-director: Cristiano Guerreiro Cepa | Chefe de Redacção: Cidália Cacais Aldeia | Corpo Redactorial: Susana Ramos Martins | Cartonista: Cristiano Guerreiro Cepa | Colaboradores: Miguel Cepa | editor: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa. Rua da Corredoura, nº117, 4910-133 Caminha | telefones: +351 258921754 , +351 258922754 | fax: +351 258721041 | Paginação: Cristiano Cepa | design gráfico: Mário Rego | impressão: Empresa Diário do Minho Ldª | Registo de imprensa: nº 201448 | depósito legal nº 84483/94 | tiragem desta edição: 5.000 exemplares | número de Contribuinte: 900777117 | nº Registo eRC: 101449 | Periodicidade: quinzenal (Sexta-Feira) | endereços electrónicos: [email protected] PUB. Nova Gerência Venda e assistência de pequenos e grandes electrodomésticos, material electrico, som e imagem, instalações e reparaçoes electricas. Efectuamos montagem de antenas, motores de água, esquentadores, cilindros e aquecimento electrico. Somos representantes de gás BP, com entrega ao domicilio. Rua da Corredoura, nº55 4910-133 Caminha - Telf. 258 921 110 Centro Oculista 20% de desconto em cartão 65+ e brinde Lugar do Corgo, Lote 3-A r/c - Vilarelho 4910 - 603 Caminha - Tel: 258 721457 / 441-Fax 258 721 445 Telemóvel: 968581398 - [email protected] Rua da Corredoura, 121 Tlf. 258 921 558- 4910 Caminha CASA FUNDADA EM 1976 Praça da República, 26 Tlf. 258 951 240 - 4910 V.P Âncora Cursos de línguas: diurnos e nocturnos, em grupos e individuais, para adultos e estudantes, em: Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano, Russo, Português (para estrangeiros) TRADUÇÕES: de toda a espécie, por tradutores ajuramentados! Informe-se: INStItUtO DE LíNGUAS EIRAS, LDA Rua de Santo António, 120-2º 4900-492 Viana do Castelo Tel. 258 826636 - Fax: 258 823093 e-mail:[email protected] www.linguaseiras.pt |25 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 ii edição do aRtBeeRfest Caminha foi “um suCesso” 40 mil pessoas passaram por caminha nos 4 dias que durou a segunda edição do artbeerfest, Festival Internacional de cerveja artesanal e Mestres cervejeiros que decorreu no centro históricos da vila. Segundo números avançados pela organização, foram consumidos 38 mil litros de cerveja produzidos por cerca de 28 cervejeiros vindos de toda a Europa. Octávio costa, membro da organização, fala em “sucesso” e já pensa na terceira edição do evento em caminha. “nós pensamos que aumentou consideravelmente o número de visitantes e pelos dados que temos pensamos que cerca de 40 mil pessoas estiveram aqui em caminha durante os 4 dias”. a II edição do evento em caminha contou com muita animação de rua protagonizada pelos “Farra Fanfarra”, uma presença habitual neste certame e que uma vez mais levou ao rubro a assitência espalhada pelo centro histórico da vila caminhense. Outra das Bandas presentes foi os “pas de problème”, uma banda ambulante multi-instrumental que propocinou momentos divertidos ao público que encheu por completo as praças e artérias da vila. palestras, show cooking, e armonizações completaram o cartaz com destque para apresença Steve Huxley, apelidado de “druida” cervejeiro de Liverpool a viver há alguns anos em Barcelona. trata-se de uma referência dos cerve- jeiros artesanais que proporcionou, segundo a organização, momentos “muito interessantes aos cervejeiros e público em geral”. a segunda edição do “artbeerfest” ficou ainda marcada pela apresentação de duas cervejas totalmente produzidas em caminha e que foram dadas a conhecer ao apreciadores pela primeira vez. Depois de Vigo e caminha, o artbeerfest vai em Setembro até Lisboa, e as expetativas para a realização desta primeira edição do evento na capital são grandes. aRtBeeR |26 JORNAL O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014 Rfest |27 JORNAL |28 O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014