Van Gogh - Max Krieger Brasil | Home
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Bracher in front of Van Gogh’s Self-Portrait / Bracher em frente ao AutoRetrato de Van Gogh Van Gogh - The Church in Auvers / A Igreja de Auvers 94 x 74 cm, 1890 - Col. Museu d’Orsay, Paris 78 79 “Van Gogh is the color yellow, the pursuit of yellow, the pursuit of the sun. He longed for the sun in himself, the self-encounter with nature, between him and life. The sun is, for him, a kind of self-redemption, of resurgence. In this Series that I dedicated to him, I believed that I would also enter in yellows and oranges, which did not occur. I am decisively a painter of blue shades. And strong red shades, sometimes dark, obscure.” Carlos Bracher. “Carlos Bracher: Tribute to Van Gogh” book, 1990 Landscape at Les Baux VIII / Paisagem de Les Baux VIII 89 x 116 cm, 1990 - Col. Olívio Tavares de Araújo, São Paulo 80 “(...) Van Gogh é o amarelo, o exercício do amarelo, o exercício do sol. Ele ansiava pelo sol de si mesmo, o auto-encontro com a natureza, entre ele e a vida. O sol é, para ele, uma espécie de auto-resgate, de ressurgimento. Nessa Série, que lhe dediquei acreditava que também entraria nos seus amarelos e laranjas, o que não ocorreu. Sou, decisivamente, um pintor dos azuis. E vermelhos fortes, por vezes escuros, obscuros. (...)” Carlos Bracher. Livro “Carlos Bracher: Homenagem a Van Gogh”, 1990 Tree and Mountains at Saint-Rémy / Árvores e Montanhas de Saint - Rémy 89 x 130 cm, 1990 - Col. do Artista 81 Van Gogh, letter to Théo, referring to “The Sower”, a painting after Millet / Van Gogh, carta a Théo, referindo-se ao quadro “O Semeador”, um d’après Millet Wheatfields VI, Auvers-sur-Oise / Trigais VI 89 x 116 cm, 1990 - Col. Larissa Bracher, Rio de Janeiro 82 The Sower (after Van Gogh) / O Semeador (d’après Van Gogh) 73 x 92 cm, 1990 - Col. Blima Bracher, Ouro Preto 83 84 85 “Bracher painted day and night, re-establishing with Van Gogh the same excessive electricity that marked the relationship between the Dutchman and Gauguin. A high-speed short-circuit with the St Matthew’s Passion by Johann Sebastian Bach on full volume, the only music Bracher listened to during this time. ‘Every brush stroke was painful, a strong impact, and un-describable vibration. I went out in search of my obsession. The series of painting sent me back to my beginnings, showed me the path of redemption, promoted a reconciliation with my innermost ego’, said Bracher.” “(...) Bracher pintou dia e noite, restabelecendo com Van Gogh a mesma eletricidade excessiva que marcou o relacionamento do holandês com Gauguin. Um curto-circuito embalado, em altíssimo volume, pela Paixão Segundo São Mateus, de Johann Sebastian Bach, a única música que Bracher ouviu durante todo o tempo. ‘Cada pincelada era uma dor, um impacto forte, uma vibração indescritível. Eu partira em busca de minha obsessão. A série de telas me remontou ao início de mim, mostrou-me o caminho da redenção, promoveu a reconciliação com meu eu profundo’, revelou Bracher. (…)” Hélio Carneiro. “Carlos Bracher: Tribute to Van Gogh” book, 1991 Hélio Carneiro. Livro “Carlos Bracher: Homenagem a Van Gogh”, 1991 The House of the Hanged Person, Auvers-sur-Oise / A Casa do Enforcado 81 x 100 cm, 1990 - Col. Jayme Bieler, Rio de Janeiro Details of the previous page / Legenda da página anteior Wheatfields I, Auvers-sur-Oise / Trigais I 89 x 116 cm, 1990 - Col. Particular 86 Houses in Auvers / Casas em Auvers 89 x 116 cm, 1990 - Col. do Artista 87 “Ah my dear Théo, at times I well know what I want! i can very well in my life and in my painting deprive myself of God, but I cannot, in my suffering, deprive myself of something larger than I am, which is my power: to create.” “Ah, meu caro irmão, às vezes sei tão bem o que quero! Posso muito bem na vida e também na pintura me privar de Deus, mas não posso, mesmo sofrendo, privar-me de algo maior que eu, que é minha potência de criar.” Van Gogh. Letter to / Carta a Théo Van Gogh - “The Room” / “O Quarto”, 1888. The Bedroom (after Van Gogh) / O Quarto (d’après Van Gogh) 73 x 92 cm, 1990 - Col. Valentim Bracher Araujo, Rio de Janeiro 88 Vincent and Théo’s Tombstones, Auvers-sur-Oise / Lápides de Vincent e Théo 81 x 100 cm, 1990 - Col. do Artista 89 Siderurgic Series Série Siderúrgica 1990 “The ship of the factory, the chimney-towers, the putting-arches, the domes and pinnacles, warheads, arrows and cornices, all are transplanted to Bracher’s painting with the majesty of a temple. The industrial hangar seduced the artist’s eye with its machine-of-the-world gears, its instigating majesty, its cresset announcing the flame of human ingenuity. Bracher let himself become entangled by the images that teased him. A strange mystery was offered to the creator. He looked at the factory, penetrated it, rambling by himself through its immense volcanic areas. The painter of the churches of gold consecrated the iron forge […] Jacques Brel saw in Belgian cathedrals his unique mountains. The artist from Minas Gerais sees in large factories glimpses of the mountains that he had not yet painted. Minas, which had in Carlos Bracher the great interpreter of scenes of gold and abyssal hills, now in him also identifies the painter of grand steel cathedrals.” “(...) A nave da fábrica, as torres-chaminés, os arcos-botantes, abóbodas e zimbórios, ogivas, flechas e cornijas, tudo se transplantou para a pintura de Bracher com a majestade de um templo. O hangar industrial seduziu o olhar do artista, com suas engrenagens máquina-do-mundo, sua grandiosidade instigante, seu fogaréu anunciando a flama do engenho humano. Bracher deixou-se enredar pelas imagens que o provocavam. Estranho mistério se oferecia ao criador. Olhou a fábrica, penetrou-a, deambulando por suas imensas áreas vulcânicas. O pintor das igrejas do ouro consagrou a forja do ferro (...). Jacques Brel via nas catedrais belgas suas únicas montanhas. O artista mineiro vislumbra nas grandes fábricas as montanhas que ainda não havia pintado. Minas, que tinha em Carlos Bracher o grande intérprete dos cenários do ouro e das serras abissais, nele agora também identificará o pintor das grandiosas catedrais siderúrgicas(...).” Ângelo Oswaldo de Araújo Santos. “Carlos Bracher: from Gold to Iron” book / Livro “Carlos Bracher: do Ouro ao Aço”, 1992 90 91 Drawing the steel plant yard of Belgo Mineira in João Monlevade / Desenhando o pátio da Siderúrgica Belgo Mineira em João Monlevade 92 Stacks and Blast Furnaces I / Chaminés e Altos-Fornos I 81 x 100 cm, 1992 93 The Steel Industry Landscape of Belgo Mineira / Paisagem Siderúrgica da Belgo Mineira 93 x 162 cm, 1992 - Col. Particular Stacks and Blast Funaces II, in Sabará / Chaminés e Altos- Fornos II, Sabará 97 x 130 cm, 1992 94 95 96 General View of Blast Furnaces II, in Sabará / Vista Geral dos Altos-Fornos II, Sabará 93 x 162 cm, 1992 - Col. do Artista 97 Pipes, Stacks and Blast Funaces I, in Sabará / Tubos, Chaminés e Altos-Fornos I, Sabará 81 x 100 cm, 1992 98 Pipes, Stacks and Blast Funaces VI, in Sabará / Tubos, Chaminés e Altos-Fornos VI, Sabará 97 x 130 cm, 1992 - Col. Blima Bracher 99 Train in the Steel Plant Yard, in João Monlevade / Locomotiva no Pátio da Siderúrgica, João Monlevade 81 x 100 cm, 1992 Usiminas in Ipatinga / Usiminas, Ipatinga 114 x 146 cm, 2000 - Col. Particular 100 101 Andrade Mine III, in João Monlevade / Mina do Andrade III, João Monlevade 97 x 130 cm, 1992 Main Entrance of Belgo Mineira I, in João Monlevade / Entrada Principal da Belgo Mineira I, João Monlevade 89 x 116 cm, 1992 102 103 Brasilia Series Série Brasília 2006/2007 “An impressed Brasilia observed, during the first semester of this year, Bracher’s creations. Ambassadors, journalists, simple passers-by, diplomats, indigenous peoples, claimants of the MST (Landless Workers Movement), circus performers: in short, the city shared, with the artist, his moment of creation, always outdoors. To watch from beginning to end, at the pulse of every stroke, to feel the artist in trance, puffy, holding the space, it was like watching a maestro with a baton in hand conducting the entire esplanade. I lived these moments many times. I was thrilled with the images that were slowly born. I witnessed Bracher’s intensity and vibrancy that, suddenly, injected even more excitement and passion in the people around him”. (...) Brasília assistiu comovida, neste desenrolar do primeiro semestre, às criações de Bracher. Embaixadores, jornalistas, simples transeuntes, diplomatas, índios, reivindicantes do MST, artistas de circo, enfim, a cidade compartilhou com o artista seu momento de criação sempre ao ar livre. Assistir, do início ao fim, ao pulsar de cada pincelada, sentir o artista em transe, ofegante, abraçando o espaço era como assistir a um maestro de batuta em punho regendo em plena Esplanada. Vivi muitas vezes esses momentos. Emocionei-me com as imagens que lentamente nasciam. Testemunhei a intensidade e a vibração de Bracher que, intempestivo, injetava ainda mais emoção e paixão nas pessoas ao seu redor (...)” Silvestre Gorgulho. “Bracher Brasília” book/ Livro “Bracher Brasília”, 2007 104 105 The JK Bridge at Twilight / A Ponte JK ao Entardecer 130 x 220 cm, 2007 - Col. Larissa Bracher, Rio de Janeiro 106 107 “As fast as Brasilia’s conception, with the same enthusiasm and love with which the people built the dream city of Juscelino, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro and Bernardo Sayão, remarkable Carlos Bracher painted each monument of this town (...). Carlos Bracher reinvents Brasilia, showing us the beauty of a city owned by us, where so many people worked with enthusiasm and love, expecting from each of us who live here the same spirit of greatness, determination, courage, pride and generosity with which it was generated”. “(...) Na mesma rapidez com que Brasília foi gerada, com o mesmo entusiasmo e amor com que os candangos construíram a cidade do sonho de Juscelino, Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro e Bernardo Sayão, o extraordinário Carlos Bracher pintou cada monumento dessa cidade (...). Carlos Bracher reinventa Brasília, mostrando-nos a beleza de uma cidade que possuímos, onde tanta gente trabalhou com entusiasmo e amor, esperando de cada um de nós que aqui vivemos o mesmo espírito de grandeza, determinação, coragem, altivez e generosidade com que foi gerada.” Vera Brant. Livro “Bracher Brasília”, 2009 Vera Brant. “Bracher Brasília” book, 2009 TV Tower at Twilight / Torre de TV ao Entardecer 93 x 162 cm, 2006 - Col. Paulo Delgado, Brasília Aerial View of the Esplanade / Vista Aérea da Esplanada 105 x 150 cm, 2007 - Col. Agnelo Queiroz, Brasília 108 109 “Niemeyer is the white, the purity of the forms that are released into space in search of freedom; I’m almost the black of things that suddenly lay, like that fatal hue when the disclosure of puzzles is played by the storming of the gesture, the luxuriance of oppositions of beauty in itself, in my aesthetic”. “(...) Niemeyer é o branco, a pureza das formas que se soltam no espaço em busca de liberdade; eu sou o quase-negro das coisas que se assentam bruscas, como aquela tonalidade fatal quando a revelação dos enigmas se toca pela tempestuosidade do gesto, pelas oposições da beleza, em si, em minha estética.” Carlos Bracher. “Bracher Brasília” book, 2007 Carlos Bracher. Livro “ Bracher Brasília”, 2007 The Candangos / Os Candangos 130 x 220 cm, 2007 - Col. Blima Bracher, Ouro Preto Cathedral and the Four Evangelists / Catedral e os Quatro Evangelistas 105 x 150 cm, 2006 - Col. Elmar Koenigkan, Brasília 110 111 112 113 Details of the previous page / Legenda da página anteior Interior of the Cathedral / Interior da Catedral 120 x 180 cm, 2006 - Col. Sérgio Pereira Silva, Belo Horizonte Supreme Court / Supremo Tribunal Federal 93 x 162 cm, 2007 - Col. Marcos Koenigkan, Brasília Great Clouds and the Esplanade / Grandes Nuvens e Esplanada 105 x 150 cm, 2006 - Col. Particular 114 115 Watercolors of Brasília / Aquarelas de Brasília 116 117 Petrobras Series Série Petrobrás 2012 “No compromise of loyalty to objective reality exists in Bracher’s work, nor to reality’s inter-relations of volume and space, of color and luminous sensations. Much to the contrary, the ‘motifs’ he paints are only pretexts for his visionary adventure in painting, for the dive into an unsettled universe of shapes and lights from which will emerge the work of art—the transfigured world. Bracher learned this magic. He does not possess its theory, but he knows it with his hands. And he can transform the world’s impenetrable matter into colorful pastes and poetic calligraphy. In short, into a language created by humankind, which is called Painting.” “(...) Não há em Bracher esse compromisso de fidelidade à realidade objetiva, com suas relações de volume e espaço, de cor e sensação luminosa. Muito pelo contrário, os motivos que pinta são pretextos para a aventura pictórica (visionária?), para o mergulho num universo indeterminado de formas e luzes, de onde surgirá o quadro, a obra de arte, que é o mundo transfigurado. Bracher aprendeu essa magia. Não tem dela a teoria, não será capaz de aprendêla analiticamente. Mas sabe-a com as mãos. E a produz, transformando a matéria impenetrável do mundo em pasta colorida e caligrafia poética. Em suma, numa linguagem criada pelo homem e que se chama pintura.” Ferreira Gullar. Book / Livro “Bracher”, 1989 118 119 Alberto Pasqualini Refinery, in Canoas, Rio Grande do Sul / Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP) 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 120 121 SIX Refinery, in São Mateus do Sul, Paraná / Refinaria SIX 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 122 President Bernardes Refinery, in Cubatão, São Paulo / Refinaria Presidente Bernardes Cubatão (RPBC) 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 123 President Getúlio Vargas Refinery, in Araucária, Paraná / Refinaria Presidente Getúlio Vargas (REPAR) 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 124 125 Duque de Caxias Refinery, in Duque de Caxias, Rio de Janeiro / Refinaria Duque de Caxias (REDUC) 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 126 Gabriel Passos Refinery, in Betim, Minas Gerais / Refinaria Gabriel Passos (REGAP) 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 127 LUBNOR Refinery, in Fortaleza, Ceará / Refinaria LUBNOR 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 128 REVAP Refinery, in Sao José dos Campos, Sao Paulo / Refinaria REVAP 130 x 230 cm, 2012 - Col. Petrobras 129 Petrobras series of watercolors / Aquarelas da Série Petrobras 130 131 Portrait and Self-Portrait Series Série Retratos e Auto-retratos 1961 a 2013 “These admirable portraits of him are no different, as paintings, from his landscapes. Before them, I think of Kokoschka, Soutine, and Flávio de Carvalho as well. He developed in his portraiture what he called the ‘line of psychological strength’, which depends on a subjective insight between the model and the artist. This is what seems to also occur with Carlos Bracher. His portraits are, in a sense, self-portraits. After all, his portraits are neither ‘realistic’ nor lovely, but deeply disturbing.” “(...) Estes seus retratos, admiráveis, não são em nada diferentes, enquanto pintura, de suas paisagens. Diante deles, penso em Kokoschka, Soutine, como também em Flávio de Carvalho. Este desenvolveu em sua retratística o que denominou de “linha de força psicológica”, cuja captação depende de uma introspecção subjetiva entre o modelo e o artista. É o que parece ocorrer também com Carlos Bracher. Seus retratos são, de certa maneira, auto-retratos. Afinal, eles não são nem “realistas” nem amáveis, mas profundamente perturbadores. (...)” Frederico Morais. Book / Livro “Bracher”, 1989 132 133 Portrait of / Retrato de Walmir Ayala 61 x 46 cm, 1968 - Col. Paiva Neto e Wilson Piran, Rio de Janeiro 134 Portrait of / Retrato de Olívio Tavares de Araújo 62 x 47 cm, 1968 - Col. Olívio Tavares de Araújo, São Paulo 135 Portrait of / Retrato de Fernando Solanas 100 x 81 cm, 1999 136 Portrait of / Retrato de Belchior 92 x 73 cm, 2002 - Col. Belchior, Fortaleza 137 To Carlos Bracher Your hand, painter, and your fury while painting my face, your hand, painter, and your eyes in fury as you painted hills and houses upon my face, your fury, painter, and one in your hands, in your hills, gates and face I had never seen, except in books and movies, such entrancing passion in an artist you resembled a Quixote—your spears and brushes and windmill sails moving the paints of the night. The fluster of your gestures illuminated creation in the month of August yes, we meet again on a canvas in August Painting and talking about the colors of our remote childhood. Within the frame of this August we are now exposed and there is fury and wonder on the faces of the poet and the painter confronting what we are. Para Carlos Bracher A tua mão, pintor, e a fúria tua pincelando meu rosto, a tua mão, pintor, e os olhos teus em fúria pincelando morros e casas dentro do meu rosto, a tua fúria, pintor, e eu em tuas mãos, em teus morros, casas, portões e rosto. Eu nunca tinha visto, só nos livros e filmes um tal arrebatamento de artista: parecias um Quixote com lanças, pincéis e as pás dos teus moinhos movendo a tinta das noites. O alvoroço dos teus gestos iluminava a criação no mês de agosto Sim, numa tela de agosto nos revemos pintando na conversa as cores da remota infância. Na moldura deste agosto agora nos expomos: _ há fúria e espanto na face do poeta e do pintor ante o que somos. Portrait of / Retrato de Affonso Romano de Sant’Anna 61 x 46 cm, 1979 - Col. Affonso Romano de Sant’Anna, Rio de Janeiro Affonso Romano de Sant’Anna Book / Livro “Bracher”, 1989 138 139 Portrait of / Retrato de Leon Kossovitch 92 x 73 cm, 1998 - Col. Leon Kossovitch, São Paulo 140 Chico Buarque Playing Guitar / Chico Buarque ao Violão 146 x 114 cm, 1999 - Col. Chico Buarque de Hollanda, Rio de Janeiro 141 Portrait of / Retrato de Guilherme Mansur 100 x 81 cm, 1995 142 Portrait of / Retrato de Peter Burke 100 x 81 cm , 2006 - Col. Peter Burke, London / Londres 143 Portrait of / Retrato de Tizuka Yamazaki 92 x 73 cm, 1994 - Col. Tizuka Yamazaki, Rio de Janeiro 144 Portrait of / Retrato de Walter Sebastião 130 x 97 cm, 1995 145 “What magic comes from you who managed to find an angel inside me? Beethoven’s music in a hotel room in the city of Juiz de Fora. His heavy breathing on the window indicated to me that something full of spirituality would come out of his brushes. Child, Erê, son of Earth, love, seed. Colors with hues that blend a framework which reflects Catholicism, Spiritualism, Candomblé, Buddhism, and all entities that baptized me through his hands. Thank you very much, lots of health. Keep gracing the look of men with their awakening of beauty. All human beings need this. From the true beauty: Soul. It all comes back to you”. “Que magia vem de você que conseguiu encontrar um anjo dentro de mim? Música de Beethoven num quarto de hotel na cidade de Juiz de Fora. Sua respiração forte na janela me dizia que algo cheio de espiritualidade sairia de seus pinceis. Criança, Erê, filho da Terra, amor, semente. Cores com tonalidades que se misturam num quadro que traduz o católico, o espiritismo, o candomblé, o budismo, e todas as entidades que me batizaram através de suas mãos. Muito obrigado, muita saúde. Continue enfeitando o olhar dos homens com seu despertar da beleza. Todo ser humano necessita disso. Da verdadeira beleza: a Alma. Isso tudo volta pra você.” Milton Nascimento, 26/5/2010 146 Portrait of / Retrato de Milton Nascimento 100 x 81 cm, 2000 - Col. Milton Nascimento 147 “Bracher painted me the way I think God sees me.” “O Bracher me pintou como eu acho que é como que Deus me vê.” Bibi Ferreira. 1999 Portrait of / Retrato de Bibi Ferreira 92 x 73 cm, 2000 - Col. Bibi Ferreira, Rio de Janeiro 148 149 “in the background the passionate music by Ludwig van Beethoven as an inspiration for the quick brushes of Carlos Bracher, two geniuses between music, colors and passion. It is a great honor to have my countenance painted by a master hand in a colorful composition which will regale me with remembrance of a special encounter with the brilliant artist for eternity.” “...como fundo musical a música apaixonante de Ludwig von Beethoven, como inspiração o rápido pincel de Carlos Bracher, dois gênios entre música, cores epaixão, como grande honra, meu retrato a ser pintado em uma composição colorida pelas mãos do mestre, para me presentear, e assim deixar pela eternidade a lembrança de um encontro especial com o grande artista Carlos Bracher.” Max Krieger, 3/12/2012 Portrait of / Retrato de Max Krieger 81 x 60 cm, 2012 - Col. Max Krieger, Eschweiler, Alemanha 150 151 “My friend Carlos Bracher always gave me a sense of talent and intellectual security, along with a force of friendship above all else. What excites me most in this privileged being, which sensitizes us by the human kindness and the creative explosion, is the fact that he is so obviously simple; this disarms us in any circumstance. Minas Gerais culture can have the privilege of saying that among its most expressive breed is a person named Carlos Bracher. And his brush”. Inimá Inimá Brother Inimá united to the veins and paints we are background man of the air millenarian nocturnal suns Inimá irmão uno às veias e tintas somos fundo homem dos ares noturnos sóis milenares plant sap faith from herald times you are magnus coming star Planta seiva fé dos tempos arauto és magna estrela vinda amplas ondas geras sonoras sombras provindas large waves you generate stemmed sonic shadows in your soul you have color blood gestures moans volcanic artist you wash them all in scream mad red senses We bleed to you mater master unique work done trinity warm lights give us, friend, the summit of life. Tens na alma cor sangue gestos gemidos vulcânico artista lavas todas em grito vermelhos loucos sentidos Sagramos-te mater mestre obra una finda cálidas luzes trinas dá-nos, amigo, vértice vida. Carlos Bracher Ouro Preto, 1999 Portrait of / Retrato de Inimá 90 x 70 cm, 1997 - Col. do Artista “O meu amigo Carlos Bracher sempre me repassou um sentimento de segurança intelectual e de talento, a par de uma força de amizade que está acima de qualquer coisa. O que me emociona mais nesse ser privilegiado, que nos sensibiliza pela delicadeza humana e pela explosão criativa, é o fato de ser tão obviamente simples a ponto de nos desarmar em qualquer circunstância. Minas Gerais cultural pode ter o privilégio de dizer que entre os seus filhos mais expressivos está uma pessoa chamada Carlos Bracher. E o seu pincel”. Inimá de Paula, 1987 152 153 Triple Portrait of / Tríplice Retrato de Gutinho, Virgínia e Diná 90 x 115 cm, 2004 - Col. Diná e Virgínia Batista de Oliveira, Belo Horizonte 154 Triple Portrait of / Tríplice Retrato de Belinha, Cláudio e Larissa 97 x 130 cm, 1993 - Col. Cláudio Baeta, São Paulo 155 Painting the Four Drummers / Pintando os Quatro Bateristas Ouro Preto, 2000 156 Rufo Herrera and his Bandoneon / Rufo Herrera e seu Bandoneon 130 x 150 cm, 2005 The Four Drummers / Os Quatro Bateristas 134 x 271 cm, 2000 - Col. Instituto Cultural Francisca de Souza Peixoto, Cataguases 157 Painting Isolda, at Tina Zappoli Gallery / Pintando Isolda, na Galeria Tina Zappoli Porto Alegre, 1998 158 Portrait of / Retrato de Isolda 196 x 130 cm, 1998 159 Portrait of / Retrato de Fernanda Martins Costa 81 x 60 cm, 1996 - Col. Fernanda Martins Costa, Porto Alegre 160 Aquarelas Drawing Vera da Série Sobral, Brasília at Tina Zappoli Gallery / Desenhando Vera Sobral na Galeria Tina Zappoli Porto Alegre, 1996 161 Initial moments of the Portrait of Marinho Neto and Tina Zappoli, at Tina Zappoli Gallery / Momentos iniciais do Retrato de Marinho Neto e Tina Zappoli na Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre, 1998 Waiting for the Model, at Tina Zappoli Gallery / À espera do Modelo na Galeria Tina Zappoli Porto Alegre, 1998 162 163 Self-Portrait at 28 / Auto-Retrato aos 28 anos 55 x 46 cm, 1968 - Col. Blima Bracher, Ouro Preto 164 Self-Portrait of Unfinished Hand / Auto-Retrato da Mão Inacabada 73 x 50 cm, 1961 - Col. do Artista 165 Double Self-Portrait of Paris / Duplo Auto-Retrato de Paris 41 x 27 cm (each / cada), 1969 - Col. Gilberto Chateaubriand / MAM, Rio de Janeiro 166 Self-Portrait Without Glasses / Auto-Retrato sem Óculos 92 x 65 cm, 1984 - Col. Larissa Bracher, Rio de Janeiro 167 Texts, Photos, Curriculum, Editorial Data and Acknowledgements Textos, Fotos, Currículo, F icha Técnica e Agradecimentos “That’s why I’m sad proud: iron made. Ninety percent iron in the sidewalks. Eighty percent iron in souls. And this estrangement from what in life is porosity and communication.” “Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.” Carlos Drummond de Andrade 168 “His art is his feeling, and this is his experience in the world. This is how we can see how much talent is attributed to what we might call ‘deep human’. His vision of the world, man and society, life and death, the relations in political and economic orders are conditioners of his ‘enchantment’. He does not understand the cold, indifferent artist. He does not see art as a result of eternal suffering. Emotion, whether sad or happy, takes place through experiential condition, spiritual involvement, the ability to see, to engage, to perceive things in the world. The greatest danger is the depletion of sensitivity and humanism, of brutalization, disbelief […]”. (...) Sua arte é o seu sentimento e esta vem da sua experiência no mundo. É por aí que pode ver o quanto o talento é atributo do que poderíamos chamar de “humano profundo”. A sua visão do mundo, do homem e da sociedade, vida e morte, as relações nas ordens política e econômica, condicionam seu “encantamento”. Não compreende o artista frio, indiferente. Não vê a arte como resultante de um eterno sofrimento. A emoção, triste ou alegre, se dá pela condição vivencial, pelo envolvimento espiritual, pela capacidade de ver e envolver, de perceber as coisas do mundo. O perigo maior é o empobrecimento da sensibilidade e do humanismo, o embrutecimento, a descrença (...).” Mauro Werkema Magazine of / Revista da “Academia Mineira de Letras”, 2008 169 “Between this South American painter and French painter that I am, what is the reason for our fellowship? The answer is simple and heavy: - earth. I hesitated to write these lines: it is not the occupation of a painter, but among these churches, these rosettes, these arches, these stones, this Carlos Bracher’s light, and the farms, the land and the metaphysical nature that involve and seduce me, there is the same silence, the same joy, the same love and the same simplicity before what is natural and human. A cathedral points to the sky, Carlos Bracher follows it with his eyes, contemplates it, then questions it and guesses its architecture in its smallest corners, his eyes hiding with the light, playing with it, so as to rest in a blue sky coppered with metal.He leaves the earth for the stone, the stone for the sky, but it is not the earth, the stone and the sky, God. Thank you very much, Carlos Bracher for this gravity, for this strong and real poetry, for this not-misused painting”. “… Entre este pintor sul-americano e o pintor francês que sou eu, qual a razão de nossa comunhão? A resposta é simples e pesada: – a terra. Eu hesitei em escrever estas linhas: não é o mister de um pintor, mas entre essas igrejas, essas rosáceas, esses arcos, essas pedras, essa luz de Carlos Bracher, e as fazendas, a terra e a natureza metafísica que me envolvem e seduzem, existe o mesmo silêncio, a mesma alegria, o mesmo amor e a mesma simplicidade, diante do que é natural e humano. Uma catedral aponta para o céu, Carlos Bracher segue-a com os olhos, a contempla, depois a interroga e adivinha sua arquitetura nos mínimos recantos, seu olho se esconde com a luz, brinca com ela, para repousar em seguida num céu alzul acobreado com o metal. Ele deixa a terra pela pedra, a pedra pelo céu, mas não é a terra, a pedra e o céu, Deus. Muito obrigado, Carlos Bracher, por essa gravidade, por essa poesia forte e real, por essa pintura não usurpada”. Yves Lévêque. Paris, setembro de 1970 “From the friendship between wise persons, the bridge to the agreement”. “Coming directly from a sunny country, this artist is seduced by the filtered and sweet light of lle-de-France, by the rigorous poetry of their cathedrals. From this intense love came a series of paintings dominated by the blue shades of stained glass windows, gray, black, white stone. His work, at the same time discreet and strong, reflects a reality connected to its essential dimensions that is expressed in large vigorous ‘aplats’, almost severe, seeking a truth stripped of the adornments of the flamboyant style. Carlos Bracher is an austere painter, full of intransigences on easy effects, said Cristiano Lima, a Portuguese journalist. It is about defining him very well.His austerity seduces by the transposition on the screen of the great works of French architecture, knowing, at the same time, how to respect human dimensions”. “(...) Vindo diretamente de um país do sol, é este artista seduzido pela luz tamisada e doce da lle-de-France, pela poesia rigorosa de suas catedrais. Deste amor intenso, brotou uma série de quadros dominados pelos azuis dos vitrais, o cinza, o preto, o branco da pedra. Sua obra, ao mesmo tempo discreta e forte reflete uma realidade conduzida às suas dimensões essenciais, se exprime em grandes ‘aplats’ vigorosos, quase severos, procura uma verdade despojada dos adornos do estilo flamboyant. Carlos Bracher é um pintor austero, cheio de instransigências diante dos efeitos fáceis, dizia Cristiano Lima, jornalista português. É defini-lo muito bem. Sua austeridade seduz pela transposição sobre a tela das grandes obras da arquitetura francesa, sabendo ao mesmo tempo respeitar as dimensões humanas” Francine Poirier. “Le Figaro”, Paris, 3/9/70 “Monsaraz. The essence of the landscape. The green moonlight. A winter of love. The sad innocence of a time purged of screams, cries, revolt. Times of bare stones, magical churches, voiceless walls dripping a caste pain. And the castle. And the sculptural olive of nocturnal blue. The paleness of the bells. Ouro Preto revived in Monsaraz. (...) No one comes in the pictures of Carlos Bracher, except the sweat of transmuted people in moonlight wound, in green skin of the cold night, square of the flesh, salt and juice of poetry mixed in oil and loneliness. Streets without eyes, livid and sweet, of green mucous, where the darkness cries, runs and settles down over the doors. Carlos Bracher, you stripped Monsaraz of every accident, restored to us the secret slip of every minute, the duration of the Alentejo nostalgia of a lost village, where silence was made, with all its desert prestiges”. “Monsaraz. A essência da paisagem. O luar verde. Um inverno de amor. A triste inocência de um tempo expurgado de gritos, de lamentos, de revoltas. Tempo de pedras nuas, de igrejas mágicas, de paredes sem voz escorrendo uma dor casta. E o castelo. E as oliveiras escultóricas, de azul noturno. A palidez dos sinos. Ouro Preto redivivo em Monsaraz. (...) Ninguém surge nos quadros de Carlos Bracher, a não ser o suor do povo transnudado em chaga de luar, em pele verde da noite fria, adro da carne viva, sal e sumo de uma poesia amassada em óleo e solidão. Ruas sem olhos, lívidas e doces, de verdes mucosas, onde a treva chora, escorre e se aquieta ao longo das portas. Carlos Bracher, você despiu Monsaraz de todo acidente, restituiu-nos o secreto deslize de cada minuto, a duração alentejana da nostalgia de um lugarejo perdido, onde o silêncio se fez, com todos os seus prestígios desertos”. Urbano Tavares Rodrigues. “O Século”, Lisboa, 16/6/69 170 Compliments of Lau Kai Yau, Deputy Minister of Culture of China (Because Carlos Bracher was the first Brazilian artist to exhibit in China, in an official exhibition of the Chinese government at the Imperial Palace of the Forbidden City, Beijing, 1993) Translation from Mandarin by Helder do Carmo Guimarães “Da amizade entre os sábios, a ponte para o entendimento”. Cumprimentos de Lau Kai Yau, Vice-ministro da Cultura da China (Pelo fato de Carlos Bracher ter sido o primeiro artista brasileiro a expor na China, em exposição oficial do governo chinês, no Palácio Imperial da Cidade Proibida, Pequim, em 1993) Tradução do Mandarim por Helder do Carmo Guimarães “Thus, I hope that an ever greater number of people can come into contact with the works of an unparalleled art, from Bracher’s excellence, and may the numerous visitors also be aware of the activities of the UN and the University of the United Nations, in order to encourage international understanding and cooperation, as well as world peace.” “(...) Deste modo, espero que um número sempre maior de pessoas possa entrar em contato com as obras de arte sem paralelo, da excelência de Bracher e que os inúmeros visitantes igualmente possam tomar conhecimento das atividades da ONU e da Universidade das Nações Unidas, de maneira a estimular o entendimento e a cooperação internacional, bem como a paz mundial.” Hiroshi Ueki. Director of the Museum of Modern Art, Tokyo, Japan / Diretor do Museu de Arte Moderna de Tóquio, Japão, 1992 171 “Yes, the light causes shapes and colors to shine out—gives them splendor. Although colors seem enlivened by a heaven-sent gift, light exists in its own right. By emphasizing this everlasting freedom Bracher can gather the murmuring mystery which the world entrusts us. Light. A subtle but all-encompassing glow, a fleeting but no less glorious aura, the misty brilliance evoking the scent of our lost dreams (but so real), the beauty of our vanished childhood, the faded-gray memory of time, an imponderable dimension we feel has been diluted in the midst of our days. Fog and light composes the halo which consecrates both the detail and the totality of things. Soaring across the heavens or docilely settling in the contour of churches set in the past, in spent and crooked streets, light possesses (especially during the first phase of Bracher’s work) a power evoking silence, nostalgia, evasion.” “(...) Sim, a luz faz refulgir, traz esplendor às formas e ao colorido. As cores são acordadas por esse dom do céu. No entanto, a luz possui valimento próprio, e só assim, destacando-a em sua liberdade subsistente, Bracher pode recolher o múrmuro mistério que o mundo a pouco e pouco nos confia. Halo sutil mas soberano, aura fugaz mas não menos gloriosa, rebrilho brumoso evocando os sumos de nossos sonhos perdidos ( mas tão verdadeiros), a vanidade fremosa de nossa infância delida, a memória e o cinzento esmaecido do tempo, a dimensão de imponderabilidade que sentimos estar diluídas nas frinchas dos dias. Luz. Névoa e luz compondo a auréola que consagra seja a minudência, seja o ror das coisas. Pervagando ares ou assentando-se mansamente no contorno das igrejas ainda engastadas no passado ou nos módulos das ruas gastas e torcidas, a luz possui ( principalmente na primeira fase de sua obra) um poder evocativo de silêncio, de nostalgia, de evasão. (...)” Moacyr Laterza, Book / Livro “Bracher”, 1989 “Painting does not fully satisfy the expressional needs of Carlos Bracher, who also makes use of written language. He writes poems and texts inquiring into art, seeking to define the intentions and aspirations of his pictorial practice. The surveys on the canvas have, thus, been developments in the plan of speculative inquiry, which reveals the amount of intellectualism that permeates his plastic creations.” (...) A pintura não satisfaz inteiramente as necessidades expressionais de Carlos Bracher, que também faz uso da linguagem escrita. Escreve poemas e textos de indagação sobre a arte, buscando definir as intenções e aspirações da sua prática pictórica. A pesquisa realizada na tela tem, desta forma, desdobramentos no plano da indagação especulativa, o que revela o contingente de intelectualismo que permeia as suas criações plásticas. (...)” Rui Mourão, 1987 friendship conjures loneliness a amizade conjura a solidão to carlos bracher para carlos bracher solitude is a solitude the gem from the gemstone loneliness é a pedra lapidada do minério solidão a amizade é o engaste que resgata essa pedra friendship is the setting which rescues that stone aqui jaz: solidão when it fades loneliness jade-green friendship gleams aqui jade: amizade “This, the friend who is, who was like the city was. This, the friend who opened the door in the agonized night of the stray poet, exorcising the unreasons of his conquered and unconquered city, rescued it in a portrait of blue and transparency. Brothers: here we talk, in parable, of a unique artist and a unique city, both anointed: Carlos Bracher and Ouro Preto. A story to be sang like I once sang the baroque song”. “(...) Este o amigo que fica, que ficará como a cidade ficou. Este o amigo que abriu a porta na noite agoniada do poeta desgarrado e, como que exorcizando as desrazões de sua conquistada e inconquistada cidade, o resgatou em retrato de azul e transparência. Irmãos: aqui se fala, em parábola, de um artista único e uma cidade única, ungidos: Carlos Bracher e Ouro Preto. Uma história a ser cantada como outrora cantei a cantaria barroca”. Affonso Ávila, 1987 172 haroldo de campos ouro preto, august / agosto, 1988 (translation by the author) 173 With his siblings Nívea and Décio, also painters, in an exhibition at the city of Juiz de Fora, 1960 / Com seus irmãos Nívea e Décio, também pintores, em exposição na cidade de Juiz de Fora, 1960 174 My Brush Meu Pincel O broad brush that chases me wandering strong emulator from these veins my struck I shed you the rude saps of thy hunched hair thus landed In the granite palette of mythical pores and covered times how I do hear you, darling and I ravish you in our struggles breaking united indelible populated oceans indecipherable pleasures transited by us gouged with tears and love either the same white spaces wounded vertiginous of dreams sudden galloping colored quest of wild mills frenzied of blood and darkness virgin plots of my illusions it is all life that passes that flicks and in these canvases I splinter myself Ó vasto pincel que me persegues êmulo forte movediço dessas veias minhas desferidas verto-te as seivas rudes de teus pêlos debruçados assim pousados na granítica paleta de poros míticos e tempos recobertos como te ouço, querido e te violento nas lutas nossas rompendo unidos indeléveis oceanos povoados volúpias indecifráveis a transitarmos adentrados com lágrimas e amor tanto os mesmos brancos espaços feridos vertiginosos de sonhos bruscas buscas coloridas galopantes de ermos moinhos desvairados de sangue e trevas tramas virgens de ilusões minhas é toda vida que passa se esvoaça e nessas telas me estilhaço Carlos Bracher. Ouro Preto, 19/12/1987 175 1969 - Stockholm / Estocolmo 2011 - Grand Place, Brussels / Grande Praça de Bruxelas 2011 - Cologne Cathedral / Catedral de Colônia 2011 - Museum d’Orsay, Paris / Museu d’Orsay, Paris 2012 - Zurich / Zurique 1970 - At Chenonceaux Castle, in the Val-de-la-Loire, France / No Castelo de Chenonceaux, Vale do Loire, França 176 1970 - Painting in Honfleur / Pintando em Honfleur 1970 - At the British Museum, London / No Museu Britânico, Londres 177 2007 - Exhibition at the Luxembourg Abbey / Exposição na Abadia de Luxemburgo 2009 - Exhibition at the Tuscany Palace, Prague / Exposição no Palácio Toscano, Praga 178 2011 - Exhibition at the Stiftung Brasilea, Basel / Exposição no Instituto Cultural Brasilea, Basilea 2012 - Exhibition at the Paffendorf Castle, Bergheim / Düsseldorf / Alemanha / Exposição no Castelo Paffendorf, Bergheim / Düsseldorf / Alemanha 179 Carlos Bracher Descendant of Swiss immigrants arriving in Brazil in 1880, he was born in Juiz de Fora in 1940, in a family of musicians and artists. As an autodidact, he presented his first exhibition in his hometown in 1960, along with his siblings Nívea and Décio, also painters. Throughout the first half of the decade, he sent paintings to the National Salon of Fine Arts in Rio, when, in 1967, he received the Award for Foreign Travel, the largest of the Country. He married Fani Bracher, also a painter, and both departed together for a two year trip to Europe, settling primarily in Paris. His study journeys led him to Lisbon, St. Petersburg and Moscow, enabling him to widely know the tradition of Western art. In 1964, traveling with his sister Nívea to paint in nature, he discovered Ouro Preto, which he soon elected as his city of residence and main theme. He naturally became interested by and also approached other classic painting themes, like still life, flowers, portraits and seascapes. Due to his restless temperament and great energy, Bracher is one of the artists who made many exhibitions and other related activities, both in Brazil and abroad. Interestingly, his shows were more often individual rather than collective exhibitions, confirming the uniqueness and supra-temporality of his work, with an essentially expressionist nature and language. Descendente de suíços chegados em 1880 ao Brasil, nasceu em Juiz de Fora em 1940, numa família de músicos e artistas. Autodidata, fez sua primeira exposição na cidade natal em 1960, junto com seus irmãos Nívea e Décio, ambos pintores. Ao longo da primeira metade da década, participou do Salão Nacional de Belas Artes, no Rio, até que, em 1967, obteve o Prêmio de Viagem ao Exterior, o maior do país. Casou-se com Fani Bracher, também pintora, e partiram juntos para dois anos na Europa, fixando-se principalmente em Paris. Suas viagens de estudos o levaram de Lisboa a São Petersburgo e Moscou, possibilitando-lhe a conhecer amplamente a tradição da arte ocidental. Em 1964, viajando com sua irmã Nívea para pintar do natural, descobriu Ouro Preto, que logo elegeu como sua cidade de residência e tema principal. Naturalmente se interessa por e aborda, também, os demais temas clássicos da pintura, como naturezas-mortas, flores, retratos e marinhas. Devido ao temperamento inquieto e à grande energia, Bracher é um dos artistas brasileiros que mais realizaram exposições e outras atividades correlatas, tanto aqui como no exterior. Curiosamente, são mais individuais do que participações em coletivas, o que apenas confirma a singularidade e supra-temporalidade de sua obra, de natureza e linguagem essencialmente expressionistas. In 1980, Bracher was selected for the Hilton Prize for Painting as one of 10 the most outstanding artists from Brazil in the Em 1980 Bracher foi um dos escolhidos para o Prêmio Hilton de Pintura como um dos 10 artistas que mais se destacaram 1970s, alongside João Câmara, Siron Franco, Tomie Ohtake and others. Entitled Pintura Sempre (Painting Always) and curated by Olívio Tavares de Araújo, his first retrospective took place in 1989, traveling to seven Brazilian cities. Although not used to it, he completed three series of paintings. “Homenagem a Van Gogh” (“Tribute to Van Gogh”) was the first one, with no less than 100 canvases painted in 1990 (the centenary of the artist’s death), to give vent to a passion of adolescence. Following, “Do Ouro ao Aço” (“From Gold to Steel”), about the steel industry in Minas Gerais (1992). Finally, in “Brasilia” (2006/2007), he made tribute to Juscelino Kubistcheck, to whose family he was related. Currently, a retrospective of 47 paintings, from 1961 to 2006, is traveling to several European cities and has already been in Luxembourg, Brussels, Bruges, Frankfurt, Moscow, Prague, Dusseldorf, Basel and Estocolmo. The series “Tribute to Van Gogh” toured Rotterdam, Paris, London, Tokyo and Beijing. no Brasil na década de 1970, ao lado de João Câmara, Siron Franco, Tomie Ohtake e outros. Intitulada Pintura Sempre e com curadoria de Olívio Tavares de Araújo, sua primeira retrospectiva ocorreu em 1989, percorrendo sete cidades do país. Embora não lhe seja habitual, realizou três grandes séries de pinturas. A primeira foi Homenagem a Van Gogh com nada menos de 100 telas pintadas em 1990 (ano do centenário de morte do artista), para dar vazão a uma paixão de adolescência. Depois, Do Ouro ao Aço, sobre a siderurgia em Minas Gerais (1992). Enfim, Brasília (2006/2007), uma homenagem a Juscelino Kubistchek, cuja família a sua teve relação. Atualmente uma retrospectiva com 47 quadros, de 1961 a 2006, percorre diversas cidades européias e já esteve em Luxemburgo, Bruxelas, Bruges, Frankfurt, Moscou, Praga, Dusseldorf, Basilea e Estocolmo. A Série Homenagem a Van Gogh, chegou ainda a Rotterdam, Paris, Londres, Tóquio e Pequim. 2 1 180 Five books were published and, including the programs carried out by open TVs, more than 40 documentary videos about his work have already been recorded, as well as a film in 35 mm, “Pintura e Paixão Segundo CB” (“Painting and Passion according to CB”). He received the title of Doctor Honoris Causa from the Federal University of Ouro Preto (UFOP). Bracher is an active supporter of causes linked to the preservation of Ouro Preto, has two daughters, Blima (journalist) and Larissa (actress) and a grandchild, Valentim. Publicaram-se cinco livros e, contando os programas realizados pelas TVs abertas, já foram gravados mais de 40 documentários em vídeos sobre sua obra, além do filme em 35 mm, Pintura e Paixão Segundo CB. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Bracher é um ativo defensor das causas ligadas à preservação de Ouro Preto, tem duas filhas, Blima (jornalista) e Larissa (atriz) e um neto, Valentim. 5 3 6 4 1 - Christian Jörg’s family, the first Bracher in Brazil, in photo circa 1890; Frederico, Carlos’ grandfather is the first on the left. 2 - of Carlos (right bottom) with his siblings Paulo, Nívea, Décio and Celina, mid-1940s. 3 - Waldemar Bracher, the artist’s father, by the piano, 1930s. 4 - Carlos with his daughter Blima in Ouro Preto. 5 - Waldemar and Hermengarda Bracher, the artist’s parents, in Juiz de Fora, 1986. 6 - Carlos with his wife Fani and his daughter Larissa, 1976. 1 - Família de Christian Jörg, o primeiro Bracher no Brasil, em foto de cerca de 1890; Frederico, avô de Carlos é o primeiro à esquerda. 2 - Carlos (à direita embaixo) com seus irmãos Paulo, Nívea, Décio e Celina, meados da década de 1940. 3 - Waldemar Bracher, pai de Carlos, tocando piano, década de 1930. 4 - Carlos com sua filha Blima em Ouro Preto. 5 - Waldemar e Hermengarda Bracher, pais do artista, em Juiz de Fora, 1986. 6 - Carlos e Fani com a filha Larissa em Ouro Preto, 1976. 181 Main Individual Exhibitions in Brazil Principais Exposições Individuais no Brasil Main Individual Exhibitions Abroad Principais Exposições Individuais no Exterior Main Videos and Movies Principais Videos e Filmes Main Collections Principais Coleções 1968 - Galeria OCA, Rio 1968 - Galeria Azul, Goiânia 1968 - Galeria Guignard, Belo Horizonte 1968 - Galeria Itália, São Paulo 19 68 e 1971 - Galeria Celina, Juiz de Fora 1971 - Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora 1971, 73 e 78 - Galeria Portal, São Paulo 1974, 76, 77, 79, 82, 84 e 89 - Galeria Bonino, Rio 1975, 78, 80 e 82 - Galeria Oscar Seraphico, Brasília 1976, 79, 82, 97, 04 e 08 - Pró-Música, Juiz de Fora 1985 e 1990 - Galeria Época, Salvador 1987 e 1990 - Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba 1989 - “Pintura Sempre”, retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba), Palácio das Artes (Belo Horizonte), Teatro Nacional (Brasília), Espaço Cultural Bernardo Mascarenhas (Juiz de Fora), Museu da Inconfidência (Ouro Preto), Museu Nacional de Belas Artes (Rio) 1989 - Galeria Ranulpho, Recife 1989 e 1990 - Galeria Sadalla, São Paulo 1990 e 2000 - Museu da Pampulha, Belo Horizonte 1991 - Museu Mineiro, Belo Horizonte 1995 - Galeria Pace Arte, Belo Horizonte 1993 e 1996 - Galeria Tina Zappoli, Porto Alegre 1996 - Centro Cultural Banco do Brasil (com Fani Bracher), Rio 1996 - Galeria Matiz, Belo Horizonte 1997 - Centro Cultural Murilo Mendes, Juiz de Fora 1997 - Fundação Jaime Câmara, Goiânia 1998 - Galeria MCR, Salvador 1998 - Instituto de Estudos Brasileiros / USP, São Paulo 1998, 99, 2000, 01, 03 e 08 - Câmara dos Deputados, Brasília 2000 - Centro Cultural Usiminas, Ipatinga 2001 e 2006 - Instituto Francisca de Souza Peixoto, Cataguases 2002 - Centro Cultural Oboé, Fortaleza 2004 - Casa de Cultura Estácio de Sá, Belo Horizonte 2005 - Museu da Inconfidência, Ouro Preto 2007 - Museu Nacional, Brasília 2008 - Casa dos Contos, Ouro Preto 2010 - “Um Resistente da Pintura”, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba (retrospectiva) 1969 - Palácio da Foz, Lisboa 1970 - Museu Regional de Évora, Portugal 1970 e 1992 - Galeria Debret, Paris 1987 e 1985 - Palácio Doria Pamphili, Roma 1978 - Galeria de Arte Ítalo / Brasiliana, Milão 1983 - Museu de Arte Contemporânea, Santiago 1985 - Galeria da Casa do Brasil, Madri 1991 - World Trade Center, Rotterdam 1992 - Atrium Gallery, Londres 1992 - Museu d’Aubigny, Auvers-sur-Oise, França 1993 - Palácio Real de Pequim (Cidade Proibida), Pequim 1993 - Universidade das Nações Unidas, Tóquio 1994 - Museu de Arte Moderna, Bogotá 1995 - Cynthia Bourne Gallery (com Fani Bracher), Londres 2002 - Galeria Lívio Abramo, Assunção (retrospectiva) 2005 - Museu Nacional de Artes Visuais, Montevidéu (retrospectiva) 2005 - Kingston Gallery, Kingston, Jamaica 2007 - Abadia de Neümunster, Luxemburgo (retrospectiva) 2008 - Palácio dos Governadores, Bruges (retrospectiva) 2008 - Galeria Marcantonio Vilaça, Bruxelas (retrospectiva) 2008 - Palácio Bolongaro, Frankfurt (retrospectiva) 2008 - Museu de Arte Moderna, Moscou (retrospectiva) 2009 - Palácio Toscano, Praga (retrospectiva) 2011 - Palácio Paffendorf, Dusseldorf (retrospectiva) 2012 - Stiftung Brasilea, Basilea (retrospectiva) 2013 - SO Stockholm Gallery, Estocolmo (retrospectiva) Carlos Bracher: Intense Portrait / Carlos Bracher: Retrato Intenso Aníbal Serralta Acauan, Santana do Livramento Antônio Carlos Lopes de Figueiredo, Belo Horizonte Bob Broughton, Londres Carlos Monforte, Brasília Casa Jorge Amado, Salvador Casa Rosada, Buenos Aires Cézar Amaral, Frankfurt Chico Buarque de Holanda, Rio de Janeiro Coleção Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro Coleção Roberto Marinho, Rio de Janeiro Elmar e Marcos Koenigkan, Brasília Evandro Carneiro, Rio de Janeiro Fernando Márcio Queiroz, Brasília Giovanni Agnelli, Turim Hassan Gebrin, Brasília Hebe Guimarães, Brasília Henry Kissinger, New York Instituto Cultural Francisca de S. Peixoto, Cataguases Jack Correa, Brasília Jean Boghici, Rio de Janeiro Jorge Gerdau Johannpeter, Porto Alegre José Antônio Martins, Caxias do Sul José Celso Gontijo, Brasília José Paulo Sepúlveda Pertence, Brasília Lady Biesus, São Paulo Marcelo Ribeiro, Brasília Maria Elvira Salles Ferreira, Belo Horizonte Milton Nascimento, Rio de Janeiro Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte Museu de Arte Contemporânea, Santiago do Chile Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro Museu de Arte Moderna, São Paulo Museu de Arte Murilo Mendes, Juiz de Fora Museu do Vaticano, Roma Museu Inimá de Paula, Belo Horizonte Museu Mariano Procópio, Juiz de Fora Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro Museu Oscar Niemeyer, Curitiba Norberto Geyerhan, Rio de Janeiro Olívio Tavares de Araújo, São Paulo Orandi Momesso, São Paulo Palácio do Itamaraty, Brasília Paul Mazurski, Los Angeles Paulo Delgado, Brasília Peter Burke, Londres Ralph Camargo, Rio de Janeiro Renato Sampaio, Belo Horizonte Roberto Senna, Rio de Janeiro Robson Andrade, Belo Horizonte Sérgio Pereira Silva, Belo Horizonte Silvestre Gorgulho, Brasília Simão Lacerda, Belo Horizonte Tina Zappoli e Marinho Neto, Porto Alegre Tony Bennett, New York Vallourec & Mannesmann do Brasil, Belo Horizonte Vera Brant, Brasília Waldyr Simões de Assis Filho, Curitiba Books About His Work Livros sobre a sua Obra Bracher Directed by / Direção de Olívio Tavares de Araújo, 1988 The Light Comes from Within / A Luz vem de Dentro Directed by / Direção de Moacyr Laterza, 1989 Bracher Pays Tribute to Van Gogh / Bracher Homenageia Van Gogh Directed by / Direção de Vanessa Tamietti, 1990 Bracher: Tribute to Van Gogh / Bracher Homenagem a Van Gogh Directed by / Direção de Nagay, 1990 Bracher / Van Gogh Directed by / Direção de Rodolfo Magalhães, 1991 Bracher and Van Gogh / Bracher e Van Gogh Directed by / Direção de Olívio Tavares de Araújo, TV Cultura, São Paulo, 1993 The Most Extraordinary Adventure that Ever Happened to Me / A Mui Extraordinária Aventura Acontecida Comigo Directed by / Direção de Almir Wildehagen, 1993 The Art of Carlos Bracher / A Arte de Carlos Bracher Directed by / Direção de João Augusto Beirão, TV Nacional, Lisboa, 1994 Carlos Bracher: Self-Portrait / Carlos Bracher: Auto-Retrato Directed by / Direção de Sônia Garcia, TVE Rio, 1994 Painting and Passion According to CB / Pintura e Paixão Segundo CB Directed by / Direção de Olívio Tavares de Araújo, 1995 Carlos Bracher Directed by / Direção de Moacyr Laterza, 1995 Tactics, Expressions: Bracher’s Portraits / Processos, Expressões: Retratos de Bracher Directed by / Direção de Marcelo Brum, 1995 Mutations: Bracher’s Portraits / Mutações: Retratos de Bracher Directed by / Direção da TAKE 1 Vídeos, 1996 Texts by / Textos de Moacyr Laterza, Ferreira Gullar and/e Olívio Tavares de Araújo. Poems of / Poemas de Affonso Romano de Sant’Anna, Haroldo de Campos and/e Carlos Drummond de Andrade. Métron Editora, São Paulo, 1989 Bracher’s Portraits / Retratos de Bracher Texts by / Textos de Hélio Carneiro, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos and/e Carlos Bracher. Fragments of texts / Fragmentos de textos de Van Gogh. Empresa das Artes, São Paulo, 1991 Steelmakers Cathedrals / Catedrais Siderúrgicas Texts by / Textos de Francisco Iglesias and/e Ângelo Oswaldo de Araújo Santos. Editora Salamandra, Rio, 1992 Anchors to Heaven / Âncoras aos Céus Bracher: Tribute to Van Gogh / Bracher: Homenagem a Van Gogh Carlos Bracher From Gold to Iron / Carlos Bracher: Do Ouro ao Aço Directed by / Direção de Paulo Lessa, TV Minas, 1996 Carlos Bracher in Brasília / Carlos Bracher em Brasília Directed by / Direção de Aluízio de Oliveira, TV Senado, Brasilia, 1999 Directed by / Direção de Marcelo Brum, 2000 Bracher and Ouro Preto / Bracher e Ouro Preto Directed by / Direção de Gidian Bouting, BBC London, 2002 Directed by / Direção de Blima Bracher, 2007 Carlos Bracher: Mining the Soul / Carlos Bracher: da Mineração da Alma Carlos Bracher in Luxembourg / Carlos Bracher em Luxemburgo Bracher Brasília Bracher in Bruges / Bracher em Bruges By / Por João Adolfo Hansen. Editora Edusp, São Paulo,1998 By / Por Carlos Bracher. Introductions by / Apresentações de Silvestre Gorgulho and/e Vera Brant. Editora Rona, Belo Horizonte, 2007 Bracher: Petrobras Series (forthcoming) / Bracher: Série Petrobras (a publicar) Directed by / Direção de Hans Schmit, 2007 Directed by / Direção de Adrian Jurado, 2008 Ouro Preto - A Lyrical View / Ouro Preto - Olhar Poético Directed by / Direção de Blima Bracher, 2013 Texts by / Textos de Carlos Bracher, Ferreira Gullar and/e Andrea Belo As an author, Carlos Bracher has published two books: Bracher Brasília and Ouro Preto - A Lyrical View, with four more to be published. Como autor, Carlos Bracher publicou dois livros: Bracher Brasília e Ouro Preto - Olhar Poético (Editora Graphar), e tem mais quatro a serem publicados. 182 www.carlosbracher.com Fanpage in/no Facebook: Carlos Bracher 183 Carlos Bracher Copyright 2013 - Carlos Bracher All rights reserved to Nicolai Verlag, Berlin / Todos os direitos reservados à Editora Nicolai, Berlim Editorial Data / Dados Editoriais Overall Coordination and Research / Coordenação Geral e Pesquisa: Blima Bracher Production / Produção: Larissa Bracher Final Art / Arte Final: Pollyanna Assis e Editora Graphar Translations / Traduções: Cia das Traduções Copyediting / edição de texto: Sylee Gore Photographs of Paintings / Fotografias das Obras: Cristiano Quintino e Miguel Aun Carlos with his daughters Larissa and Blima and his wife, the artist Fani Bracher Carlos com suas filhas Larissa e Blima e sua mulher, a artista Fani Bracher Acknowledgments This is truly a book of affection. Affection and gratitude to many, so many. To those who initiated me, those who opened the paths and dreams to me, those who lent me the glint of their deep eyes: masters, relatives and friends. It is the product of many people, people from the origin, middle and end. That is, of life. Of lives. Common commonalities, of essences and consensual symbioses, of art intercalated to illuminate my own soul, the unfolding of my own destiny. Other photographs / Outras Fotografias: Marinho Neto (158, 160, 161, 162, 163) Sérgio Pereira Silva (106a, 106b, 178a, 184a) Rômulo Fialdini (98, 168) Márcio Brigatto (40, 44, 146) Cris Isidoro (120d, 121, 122, 124) Cláudia Dantas (120a, 123, 126, 127) Rui Fachini (52) Cristiano Quintino (8, 24, 186) Estevam Avellar (147, 166) Sylvio Coutinho (Capa) Pedro Motta (148) Lincohn Continentino (137) Wilson Piran (134) Paulo Carvalho (51, 187) Max Krieger (42, 151) Fani Bracher (78, 176a, 176c, 176d, 181) Blima Bracher (38, 54, 76, 90, 118, 106c, 177, 179, quarta-capa) Larissa Bracher (120c, 178b) Paulinho Moska (184b) Ricardo Correia de Araújo (2, 4, 13, 175) Antônio Laia (150) Dimas Guedes (140) Eduardo Trópia (136) Germano Neto (157a, 157b) Paulo Pirex (56) Ricardo Mendes (5) Renata Scheffler (143) Juliano Carvalho (157c) Carlos Xavier de Miranda (67) Alexandre Dornelas (182) Seung (46) Adriano Leal (121) Eder de Souza (129) Igor Grazziano (128) Personnel File / Arquivo Pessoal (174, 176b, 180, 181-5) Agradecimentos Verdadeiramente , este é um livro de afetos. Afetos e gratidões, a muitos , a tantos. Dos que me iniciaram, dos que me abriram sendas e sonhos, dos que me emprestaram o brilho de seus olhos fundos: os mestres, parentes e amigos. Ele é o fruto de muita gente, gente de origem do meio e do fim. Enfim, da vida. De vidas. Partilhamentos comuns, de essências e simbioses consentidas, da arte intercalada a alumbrar-me a própria alma, o desdobrar do meu próprio destino. The technique of all the paintings reproduced in this book is oil on canvas. Todas as pinturas reproduzidas neste livro são a óleo sobre tela. This book was launched at the International Book Fair, Frankfurt, 2013. Este livro foi lançado na Feira Internacional do livro de Frankfurt, em 2013. d DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) _____________________________________________________________________________________ Bracher, Carlos Carlos Bracher /Carlos Bracher – Berlim: Editora Nicolai, 2013 ISBN 978-3-89479-831-4 To “Bibiu”, my grandson Valentim Ao querido “Bibiu”, meu neto Valentim 184 185 Sponsor / Patrocinador
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