Como criamos valor - Standard Bank
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Como criamos valor - Standard Bank
www.standardbank.co.ao Standard Bank Angola Relatório Anual 2013 Índice O Banco Os nossos valores Como criamos valor Estrutura de Negócios, Produtos e Serviços Uma estratégia sustentável Angola - Um país de oportunidades 02 04 05 06 08 Introdução Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO) Principais Indicadores da Actividade Estrutura Accionista e Órgãos Sociais Governo da Sociedade 10 11 13 15 Enquadramento Macroeconómico Conjuntura Macroeconómica Global Conjuntura Macroeconómica em Angola 21 25 Síntese da Actividade Marcos históricos do Banco Marketing e Comunicação Principais Segmentos de Negócio Rede de Distribuição Qualidade de Atendimento ao Cliente Capital Humano Gestão de Riscos Compliance 33 35 39 41 43 45 49 55 Análise Financeira Análise de Balanço Análise de Resultados Fundos Próprios Proposta de Aplicação de Resultados 61 63 65 67 Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras e Notas Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 70 110 113 2 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão O Banco Os nossos valores Os nossos valores são a base do nosso crescimento de longo prazo e o que determina o nosso sucesso. 1 Servir os nossos clientes 2 Desenvolver os nossos colaboradores 3 Criar valor para os nossos accionistas 4 Ser proactivo 5 Trabalhar em equipa 6 Lutar contra a arrogância 7 Respeitarmo-nos mutuamente 8 Defender os mais altos níveis de integridade 3 SBA Introdução Enquadramento macroeconónico >AOA 148 mil milhões Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Prémios Total de Activos 2012: >AOA 61 mil milhões 498 Revista Global Banking & Finance Review Banco mais inovador em Angola 2013 Empregados 2012: 352 EMEA Finance Africa Awards 2013 111% Melhor Banco de Investimento em Angola Rácio cost-to-income 2012: 140% >16.000 Clientes Global Finance Melhor Banco de Investimento em Angola 2013 2012: >10.000 >AOA 134 mil milhões Depósitos de clientes 2012: >AOA 52 mil milhões 26 Agências 2012: 15 Internacional Finance Magazine Banco mais inovador em Angola 2013 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão O Banco Como criamos valor Prestamos serviços e produtos de banca transaccional e assessoria em banca de investimento aos nossos clientes, com base na experiencia e conhecimento de mercado. Resultados de prestação de serviços financeiros Oferecemos o acesso ao mercado cambial e a produtos de cobertura de risco para apoiar os nossos clientes na gestão dos riscos inerentes às suas actividades, nomeadamente risco cambial e risco taxa de juro. Activos Capital social e relacionamento Envolvente Resultados de negociação Investimos em desenvolver e manter as nossas pessoas, de forma a executar a nossa estratégia e acrescentar valor aos nossos clientes. Custos com pessoal Investimos nos nossos sistemas e processos, no sentido de aumentar o nível de eficiência e a oferta de produtos e serviços de excelência para os nossos clientes. Gastos gerais Resultado líquido Dividendos Risco de Crédito Capital humano Resultados transitados que serão reinvestidos para manter e crescer a actividade Risco de negócio e reputacional Juros e encargos similares Risco de Liquidez Captamos recursos de cliente sob a forma de depósitos para aplicar em crédito a clientes. Isto cria passivos que dão origem e geram juros e encargos similares ao longo do tempo. Risco operacional Capital financeiro Juros e Rendimentos similares e Imparidades de Crédito Risco Taxa de juro O Banco cria valor através de várias áreas de negócio que dispõem dos capitais investidos pelos accionistas. Resultado de Intermediação financeira Emprestamos dinheiro aos nossos clientes dentro dos limites dos capitais disponíveis e de acordo com o apetite do Banco pelo risco e com o ambiente regulamentar em que operamos. Isto cria activos para o Banco os quais geram juros e rendimentos similares ao longo do tempo. Riscos inerentes à actividade Risco de Mercado Impacto nas demonstrações financeiras Risco de Crédito Áreas de negócio Inputs Custos 4 5 SBA Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Estrutura de Negócios, Produtos e Serviços Crédito hipotecário Crédito à habitação direccionado para os clientes particulares Outros empréstimos Outros empréstimos direccionados quer para clientes particulares quer para empresas Produtos transaccionais Serviços e produtos transaccionais, poupanças e produtos de investimento, nomeadamente banca electrónica, cartões de débito, depósitos a prazo Bancassurance Mediação de seguros para diversas coberturas Leasing financeiro Personal & Business Banking (PBB) Presta serviços bancários e outros serviços financeiros a clientes particulares e a pequenas e médias empresas. Leasing financeiro para financiar a aquisição de viaturas por clientes particulares Leasing financeiro para financiar a aquisição de viaturas e equipamentos por empresas Cartões Cartões de crédito para particulares e empresas Mercado de Capitais Banca de Investimento Operações cambiais Assessoria financeira Investimentos financeiros Produtos de dívida de médio e longo prazo Produtos de gestão de risco Montagem e estruturação de operações de financiamento Produtos e serviços transaccionais Banca transaccional Cartas de crédito, Remessas documentárias, Créditos documentários, Garantias Bancárias Financiamentos em modalidades de “Project Finance”, para aquisição de empresas, e estruturas híbridas à medida das necessidades dos clientes Empréstimos sindicados Corporate & Investment Banking (CIB) Presta serviços bancários transaccionais, assessoria financeira e soluções cambiais e de gestão de risco ao Estado, grandes empresas e instituições financeiras. 6 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão O Banco 7 SBA Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Uma estratégia sustentável A nossa estratégia é criar um Banco líder em Angola fazendo uso de todas as nossas vantagens competitivas. A experiência de fazer parte do maior Grupo financeiro Africano permite-nos um posicionamento privilegiado para capitalizar todo o conhecimento adquirido nas oportunidades de negócio disponíveis em Angola. Focados na criação sustentada de valor para os accionistas Dependemos das nossas pessoas oferecendo aos nossos clientes uma gama alargada de produtos e serviços de excelência direccionados às suas necessidades. Procurando desta forma, ser reconhecidos pela nossa experiência e inovação. que acreditam e estão empenhadas na aplicação da nossa estratégia. O SBA tem feito um investimento significativo em capital humano, criando equipas equilibradas, compostas por jovens profissionais Angolanos. Procuramos compreender as necessidades dos nossos clientes e adequar a nossa estratégia à estratégia de crescimento dos nossos clientes. Como Banco Angolano temos experiência e equipas dedicadas aos sectores estratégicos do país. O SBA tem feito e continuará a focar-se num investimento significativo em formação e desenvolvimento do capital humano. Queremos ser reconhecidos pela nossa Excelência de Serviço e a Inovação. Desenvolver os nossos colaboradores Servir os nossos clientes Defender os mais altos níveis de Integridade Criar valor para os nossos accionistas Valores subjacentes à nossa estratégia Ser proactivo Trabalhar em equipa Respeitarmo-nos mutuamente Lutar contra a arrogância 8 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão O Banco Angola - um país de oportunidades O SBA está comprometido em prestar um serviço de excelência aos seus clientes em Angola, com o objectivo de demonstrar um crescimento de longo prazo, sustentável, que nos permita ser reconhecidos como uma referência no mercado financeiro Angolano. As oportunidades em Angola são enormes, tendo em conta o potencial de crescimento do país. A posição competitiva única do SBA permite-nos apoiar e contribuir para esta tendência de crescimento económico e social, através da criação de emprego, formação e desenvolvimento de talentos angolanos. Queremos oferecer um conjunto de soluções inovadoras e eficazes para os nossos clientes, que irá suportar o nosso crescimento, solidez e sustentabilidade, como instituição financeira angolana. As principais oportunidades futuras para investidores Sector petrolífero Sem prejuízo dos esforços recentes das autoridades no sentido de diversificar a economia, o sector petrolífero ainda corresponde a quase metade da produção interna. O sector petrolífero é responsável por mais de 90% das receitas de exportação e 80% das receitas do governo. Este sector abrange um elevado número de empresas desde operadoras a prestadores de serviços, com necessidades muito específicas em termos de investimento, financiamento, serviços financeiros e serviços bancários de excelência. O SBA posiciona-se no mercado como o parceiro privilegiado do sector petrolífero dada a dimensão, risco de crédito e reputação internacional do grupo financeiro em que está inserido. Recursos naturais Angola é um país rico em recursos naturais, tem petróleo, diamantes, ferro, fosfatos, cobre, ouro, urânio, potencial hidroeléctrico e terrenos agrícolas variados. O Executivo tem efectuado um esforço relevante no sentido de conhecer, mapear e estruturar os restantes sectores de recursos naturais, com o natural propósito de extrair valor para o país da riqueza potencial de que dispõe, reduzindo simultaneamente a dependência do petróleo. Infra-estruturas Assiste-se a um forte investimento no sector da energia e infra-estruturas. As autoridades continuam a mostrar-se empenhadas em aumentar o investimento público de forma a melhorar as infra-estruturas, cujo desenvolvimento parece estar a acelerar, contribuindo para colocar Angola como um destino cada vez mais atraente para investidores estrangeiros. O investimento em infra-estruturas de transporte é crítico para desbloquear limitações ao crescimento económico e à criação de emprego. 9 SBA Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Com um crescimento económico superior a 5% ao ano, Angola retomou o caminho de crescimento económico sólido, com inflação a um dígito, uma forte posição em termos de reservas internacionais e uma taxa de câmbio estável. Crescimento económico estimado de 2013 5,6% De acordo com o FMI, o sector não-petrolífero continua a apresentar um forte crescimento, com investimentos em infraestruturas rodoviárias a impulsionar o crescimento na construção civil e indústria. 2012: 5,2% Estabilização da inflação e do mercado cambial Angola deve aproveitar a tendência dos preços do petróleo em alta para continuar a implementar as reformas necessárias que permitam um maior crescimento e desenvolvimento económico futuro. De acordo com o FMI, são visíveis os progressos no fortalecimento de algumas áreas, nomeadamente ao nível das políticas fiscal e monetária. Energia O sector energético tem crescido a um ritmo robusto (mais de 20% ao ano), tendo sido feitos investimentos significativos para construir e reabilitar infra-estruturas de energia (para produção e distribuição). Este é um dos sectores não petrolíferos com mais potencial de crescimento em Angola, tendo em conta os fortes investimentos públicos destinados à criação de oportunidades, nomeadamente no sector da energia eléctrica. Sector dos serviços O sector dos serviços representa já mais de 30% do Valor Acrescentado Bruto de Angola e o sector financeiro deverá ser um vector-chave para o contínuo crescimento deste sector. Este é um dos sectores com mais peso na distribuição do crédito concedido pelas instituições financeiras à economia Angolana. Com a crescente diversificação da economia nacional e o aumento da produção em Angola, é expectável que o sector dos serviços venha a ter um peso ainda maior. Serviços financeiros Tem-se observado um crescimento contínuo do sector financeiro Angolano, em resposta ao investimento realizado pelos agentes do sector nos últimos anos. A actividade bancária tem vindo a expandir-se com a abertura de agências e dependências a nível nacional revelando uma melhoria nos níveis de bancarização e financiamento à economia. Angola já é hoje um dos mercados com o maior sector bancário na África subsahariana e as perspectivas são muito positivas de um continuado crescimento nos próximos anos, tendo em conta o nível de bancarização da população. Introdução Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO) Principais Indicadores da Actividade Estrutura Accionista e Órgãos Sociais Governo da Sociedade 12 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Introdução Presidente da Comissão Executiva “O SBA também é visto já como uma referência em termos da oferta de soluções de gestão de risco, em especial a exposições de câmbios.” Pedro Pinto Coelho Mensagem do Presidente da Comissão Executiva O exercício de 2013 foi um ano de consolidação, e tendo este sido apenas o terceiro ano completo de actividade do Standard Bank de Angola, S.A. (“SBA” ou “Banco”), o Banco é já uma referência no Sistema Financeiro Angolano. Em 2013, o balanço do Banco apresenta um total de AOA 148.492 milhões de activos líquidos, evidenciando um crescimento de 140% face ao ano anterior. Este crescimento foi sustentado pelo crescimento dos depósitos de clientes que atingiram os AOA 134.737 milhões (crescimento de 159%), demonstrando a confiança dos clientes no SBA. O crescimento dos depósitos verificou-se sobretudo em moeda nacional, em consequência das alterações legislativas verificadas no mercado cambial Angolano, mas os depósitos de moeda estrangeira também evidenciaram um aumento significativo, pelo facto do Standard Bank de Angola ser visto como o Banco preferencial para muitas das empresas multinacionais do sector do petróleo e do gás natural. Focado na estratégia de apoiar a economia Angolana, o SBA tem assinado diversos protocolos institucionais, com o objectivo de apoiar o Governo Angolano na estruturação de operações de grande dimensão ou na concessão de crédito ao Estado, a pequenas, médias e grandes empresas Angolanas ou multinacionais com actividade económica local. O resultado desta estratégia aparece reflectido no crescimento na carteira de crédito concedido, que atingiu em 2013 os AOA 34.677 milhões (um crescimento superior a 250%), e nos resultados de prestações de serviços financeiros com um aumento de 67% face ao ano anterior. O SBA também é visto já como uma referência em termos da oferta de soluções de gestão de risco, em especial a exposições de câmbios. Durante o ano de 2013, a Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank de Angola movimentou mais de USD 2,2 mil milhões em transacções no mercado cambial, tendo participado activamente na dinamização do mercado monetário interbancário e nos leilões de títulos tanto do Banco Nacional de Angola como do Ministério das Finanças. Os resultados em operações cambiais evidenciam um crescimento de 110% face a 2012. O SBA tem vindo a desenvolver um significativo programa de expansão de modo a aumentar a sua presença no mercado Angolano. Com o objectivo de oferecer um crescente acesso aos serviços bancários, o programa de alargamento da sua rede comercial em Angola resultou na abertura de 11 novas agências em 2013 e o objectivo é terminar 2014 com um total de 30 agências distribuídas por todo o país. O Banco mantém em curso um programa de crescimento acelerado, sustentado por políticas de gestão de risco rigorosas e eficazes que permitirá ao Banco ambicionar estar entre os 7 maiores bancos em total de activos em 2014, sendo ao mesmo tempo um Banco reconhecidamente estável, sólido, que garante os depósitos dos clientes. O Banco pretende manter indicadores de solidez fortes, tendo para isso previsto para 2014 um novo aumento do seu Capital Social no montante de USD 100 milhões. Este aumento de capital permitirá também elevar o limite regulamentar do Banco possibilitando continuar a apoiar a economia Angolana através da concessão de crédito. O SBA encara o capital humano com um dos principais factores críticos de sucesso do negócio. A qualidade do serviço ao cliente resulta de um investimento significativo em capital humano Angolano, onde mais de 65% dos colaboradores concluiu ou se encontra a frequentar o ensino universitário. Através de um processo de selecção rigoroso e uma forte aposta na formação interna e externa dos seus colaboradores, o Banco tem dotado a sua rede comercial e os seus serviços centrais com jovens profissionais Angolanos com qualificações adequadas às exigências dos seus clientes: em final de 2013, o SBA contava já com 498 colaboradores, o que representa um crescimento de 41% face ao ano anterior. O crescimento do SBA no mercado Angolano não teria sido possível sem o esforço e dedicação dos nossos colaboradores bem como o apoio dos nossos clientes, instituições do Governo da República de Angola e do Banco Nacional de Angola, aos quais endereço o nosso agradecimento. Pedro Pinto Coelho (Presidente da Comissão Executiva) 13 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Principais Indicadores da Actividade do Standard Bank de Angola (Valores expressos em milhares, excepto informação estatística) AOA USD (Valores não auditados) 2013 2012 Variação 2013 2012 Variação 2.836.342 2.907.818 1.717.738 7.500.820 (1.039.330) 1.698.563 1.384.071 1.028.323 4.201.742 (982.618) 67% 110% 67% 79% 6% 29.393 30.133 17.800 77.729 (10.770) 17.803 14.507 10.778 44.040 (10.300) 65% 108% 65% 76% 5% 148.492.063 45.864.949 31.426.615 34.677.371 34.101.852 134.737.361 142.067.937 6.424.126 61.977.008 14.514.987 14.123.603 9.881.866 9.527.811 52.022.327 54.537.396 7.439.612 140% 216% 123% 251% 258% 159% 160% -14% 1.521.144 469.838 321.933 355.234 349.338 1.380.244 1.455.337 65.807 646.767 151.473 147.388 103.123 99.428 542.883 569.130 77.637 135% 210% 118% 244% 251% 154% 156% -15% Rácio de Solvabilidade Regulamentar Rácio de conversão Nº de Balcões Nº de ATMs Nº de POS Nº de Cartões de Débito Nº de Cartões de Crédito 14,89% 25,31% 26 32 99 39.911 460 21,01% 18,31% 15 23 59 14.204 - -29% 38% 73% 39% 68% 181% 100% Nº de Clientes 16.316 10.264 59% 498 352 41% Margem Financeira Resultados de operações cambiais Resultados de prestação de serviços financeiros Produto Bancário Resultado Líquido Total do Activo líquido Aplicações de Liquidez Títulos e Valores Mobiliários Crédito Bruto Crédito Líquido Depósitos Total do Passivo Fundos Próprios Nº de Funcionários 14 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Introdução 15 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Estrutura Accionista e Órgãos Sociais Estrutura Accionista Accionistas % Capital Standard Bank Group Limited 51% AAA Activos, Lda. 49% Órgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Conselho Fiscal Presidente Tiago Ferraz Contente Presidente Octávio Manuel de Castro Castelo Paulo Vice-presidente Natacha Sofia da Silva Barradas Secretário Randina Wezatusissi de Oliveira Rangel Vogais Alberto Manuel Freitas da Silva Miguel da Silva Alves Conselho de Administração Comité de Auditoria Presidente Dominic Bruynseels Vogais Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho António Caroto Coutinho Ivo Emanuel Neto de São Vicente Carlos Manuel de São Vicente Comissão Executiva Presidente Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho Vogais António Caroto Coutinho Ivo Emanuel Neto de São Vicente Auditores Externos PricewaterhouseCoopers 16 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Introdução 17 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Governo da Sociedade O Standard Bank de Angola concentrou-se em definir um modelo de governo societário com uma estrutura e princípios bem definidos, de modo a reflectir o compromisso claro com a regulamentação Angolana, as melhores práticas internacionais e as linhas orientadoras do Grupo. Objectivo Estabelecer uma linha clara de distribuição de responsabilidades no interior da hierarquia e na existência de processos de monitorização, fiscalização e de compliance, tanto interna como externa, que contribuam para o enriquecimento da transparência da sua gestão, aumentando, assim, o seu valor como Instituição Financeira. Em 2013, o Banco Nacional de Angola (BNA) publicou o Aviso nº 1/2013 de 19 de Abril, que regula a obrigação das Instituições Financeiras no âmbito da governação corporativa no que se refere à estrutura de capital, estratégia, modelo de organização societária, transparência das estruturas orgânicas e de capital, políticas e processos de gestão de risco, política de remuneração e conflito de interesses. Esta alteração regulamentar teve como principal propósito estimular e induzir as Instituições Financeiras Angolanas na adopção das boas práticas de Governação. A publicação desta legislação despoletou um processo interno de actualização do modelo de governo societário do SBA, com impacto na gestão a partir de 2014, garantindo a manutenção das melhores práticas que asseguram o equilíbrio de direitos entre accionistas, prestação de contas, ética e a sustentabilidade do negócio. As principais actividades desenvolvidas durante o ano de 2013 no âmbito deste novo normativo foram as seguintes: Definição da Política de Remuneração e Benefícios; Actualização do Código de Ética. Desafios Os principais desafios que se colocam em 2014 para implementação efectiva do Aviso nº 1/2013 são os que se seguem: Nomear um Administrador Independente; Elaborar a Política de Transparência e Divulgação de Informação e a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais; Criar um Comité de Remuneração; Divulgar no site institucional do Banco a seguinte informação mínima/obrigatória: (i) Estrutura de capital da instituição com identificação dos detentores de participações qualificadas; (ii) Actos societários respeitantes a alterações relevantes nos objectivos globais estratégicos e nas estruturas orgânicas e funcionais; (iii) Informação Financeira do Banco; (iv) Informação sobre os membros dos órgãos sociais: (i) Política de remuneração; (ii) qualificações e experiência profissional; (iii) categorização dos membros do órgão de administração em executivo e não executivo (independentes ou não independentes); (v) Política de Governação Corporativa; (vi) Política de formação. Principais políticas e processos no âmbito da governação corporativa Conflito de interesses Implementação da Política de Identificação e Gestão de Conflito de Interesses; Definição de uma Política de Transacções com Entidades Relacionadas, como parte integrante de uma política de transparência e divulgação de informação; O SBA implementou uma Política de Identificação e Gestão de Conflito de Interesses, que tem por objectivo evitar conflitos de interesses de cada colaborador, intermediário ou prestador de serviços (“Pessoas Afectadas”) do Banco de forma a não se colocarem a si próprias em posição onde os seus interesses pessoais entrem em conflito com os interesses do Banco ou do cliente. 18 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Introdução A referida política existe para (i) determinar o enquadramento dentro do qual são identificados e geridos os conflitos de interesses; (ii) assegurar que a legislação, normas e regulamentos relacionados com conflito de interesses são observados; (iii) proteger o Banco e os seus colaboradores de dano reputacional, multas que possam vir a ser impostas pelos diversos reguladores em resultado de não ter sido identificado e devidamente gerido o conflito de interesses. Comissão Executiva, composta por três membros eleitos por mandatos de quatro anos, com possibilidade de reeleição. A Comissão Executiva compreende todos os poderes de gestão necessários ou convenientes para o exercício da actividade bancária nos termos e com a extensão com que a mesma é configurada no regimento deste órgão e na lei. Comité de Auditoria Transacções com partes relacionadas A presente política tem por objectivo estabelecer e definir o enquadramento de governação, gestão de risco e comunicação de transacções e empréstimos com partes associadas e relacionadas. Política de Remuneração e Benefícios A Política de Remuneração e Benefícios foi criada para assegurar o crescimento sustentável do Banco, bem como para oferecer boas oportunidades de remuneração e benefícios aos seus colaboradores. O seu papel no SBA é importante na contratação e retenção de quadros com grande capacidade de desempenho, visando, desta forma, garantir a motivação dos seus colaboradores. Código de Ética O SBA está empenhado em marcar, verdadeiramente, a diferença no mercado Angolano. Este compromisso implica um crescimento sem percalços e uma melhoria contínua do negócio no país. De forma a poder conduzir a sua actividade de forma coerente, foram identificados um determinado número de directrizes comuns, tais como a visão de valores e a identidade da marca Standard Bank, que implica um quadro comum de tomada de decisões. Este quadro está definido com maior clareza no “Código de Ética”, que foi concebido para facilitar (i) uma maior descentralização e (ii) a tomada de decisões mais rápida e eficiente em todos os níveis do Banco. Estrutura do Governo Societário A função primária deste Comité é supervisionar a actividade da Comissão Executiva e consequentemente da gestão do Banco assegurando a salvaguarda dos activos do Banco, a avaliação da eficácia do sistema de controlo interno do Banco, o cumprimento da legislação a que o Banco está sujeito, bem como de todo o normativo dos órgãos de supervisão. O Comité de Auditoria é composto por três membros não administradores sendo ainda convidados permanentes as áreas de Auditoria Interna, Risco, Compliance, Jurídico, Finance, os Auditores Externos e o Presidente da Comissão Executiva do Banco. Comité de Gestão de Risco de Crédito O Comité Gestão de Risco de Crédito corresponde à função de tomada de decisão ao nível de gestão de Risco de Crédito, com delegação de poderes bem definida, conforme determinado pelo Conselho de Administração. O objectivo deste Comité é estabelecer e definir os princípios para a aceitação de Risco de Crédito e ao quadro geral para a gestão consistente e uniformizada de identificação, avaliação, gestão e comunicação de Risco de Crédito. Comité de Activos e Passivos O objectivo deste Comité é a análise à evolução do balanço do Banco, quer em termos de saldos de crédito e recursos de clientes, quer de margens, facultando à Comissão Executiva os elementos necessários para a definição de objectivos estratégicos em matéria de crescimento da actividade creditícia e de captação de recursos de Clientes, estratégia de financiamento (gestão do mismatch do balanço) e de preços/margens. Comité de Gestão de Risco Operacional e Compliance Assembleia Geral – Membros da Mesa A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-presidente e um Secretário. Os membros da Mesa – que podem ser accionistas ou não – são eleitos por períodos de quatro anos, sendo permitida a sua reeleição. Conselho de Administração O Conselho de Administração, composto por cinco administradores nomeados em Assembleia Geral por quatro anos, é o órgão decisório máximo do Banco e pertencem-lhe as responsabilidades últimas em matéria de governação. Os administradores têm acesso irrestrito à equipa de gestão e às informações sobre o Banco, bem como aos recursos necessários para desempenharem as suas responsabilidades. Comissão Executiva O Conselho de Administração delega a gestão corrente do Banco numa Este Comité assegura a monitorização do Risco Operacional do Banco, em conformidade com a política de gestão de risco definida pelo Grupo, incluindo o risco da informação e continuidade de negócio. Deve garantir a definição da estratégia, modelos operacionais e planos, bem como estruturas de gestão, padrões e políticas, para garantir uma abordagem coerente para a identificação, avaliação, monitorização e comunicação de Risco Operacional. Fiscalização Para além da supervisão exercida pelo Comité de Auditoria, a função de fiscalização interna do SBA está a cargo do Conselho Fiscal, composto por 3 membros nomeados para um mandato de 4 anos. A fiscalização externa do Banco é exercida pela empresa de Auditoria PricewaterhouseCoopers, bem como pelas autoridades de supervisão a que está sujeito no exercício da sua actividade em Angola. 19 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Conjuntura Macroeconómica Global Conjuntura Macroeconómica em Angola 22 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico 23 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Conjuntura Macroeconómica Global Crescimento global Crescimento Mundial do PIB: O ano de 2013 foi de recessão na Zona Euro e de abrandamento económico na generalidade das principais economias. A economia mundial terá crescido 2,9%, segundo os dados preliminares do FMI, um valor mais baixo que o ano 2012 e substancialmente menor que a média de 3,8% da década de 2000. 7 Apesar de se ter registado uma recuperação a nível mundial na segunda metade do ano, os riscos para o crescimento futuro ainda são significativos. Na Zona Euro, os riscos advêm em particular das restrições ao crédito em alguns países, da deficiente transmissão da política monetária ao resto da economia, da continuada contenção orçamental e das dificuldades de implementação de algumas reformas estruturais. Nos Estados Unidos da América (EUA), existem riscos relacionados com a política orçamental e o tecto de dívida para os quais ainda não se vislumbra uma solução bipartidária de longo prazo. No resto do mundo, os países emergentes já estão a sofrer com a redução do estímulo monetário por parte da Reserva Federal. No entanto, nos próximos meses, deverá notar-se uma maior diferenciação entre os países com políticas económicas que promovem um crescimento mais sustentado e os restantes países. 3 Depois de um crescimento do PIB mais moderado em 2012 e 2013, comparativamente à década anterior em quase todas as regiões do mundo, o produto deverá crescer mais em 2014, ainda que de um modo geral se mantenha abaixo do crescimento potencial. De acordo com as estimativas, o PIB mundial deverá crescer 3,7%, 0,7 pontos percentuais acima de 2013. Em Angola, depois de um crescimento do PIB em 2012 de 5,2%, o FMI estima que 2013 tenha fechado com um crescimento de 5,6%, valor ligeiramente superior à taxa de 5,1% estimada pelo Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial. Para 2014, apesar das projecções mais optimistas do Banco Mundial e da OCDE, com taxas de crescimento na ordem dos 8,0% e 8,2%, respectivamente, o FMI prevê um crescimento mais modesto de 6,3%. 6 5 4 2 1 0 2013 2014 Mundo Estados Unidos Ásia Economias Avanç. Zona Euro Angola Fonte: FMI, Eurostat, Bureau of Econ. Analysis Instabilidade na Zona Euro A Zona Euro voltou a ter um decréscimo do PIB no ano 2013 de 0,4% após uma queda de 0,6% em 2012. Ainda assim, a recuperação parece estar em curso. Em particular, destacam-se os dados do último trimestre de 2013 que já evidenciam algum crescimento, tendo a Zona Euro registado uma variação positiva do PIB de 0,3% em cadeia (0,5% de variação homóloga), embora as previsões antecipem uma retoma lenta e frágil. A contracção da procura interna, sobretudo no primeiro semestre, atingiu também a inflação, que caiu de 2,2% em Dezembro de 2012 para 0,8% em Dezembro de 2013, bem abaixo da meta do Banco Central Europeu (BCE) de 2%. Isso ajudou o BCE a justificar a flexibilização da política monetária durante todo o ano de 2013. 24 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico No que diz respeito ao sector financeiro, a UE acordou em 2013 passar a responsabilidade de supervisão, dos bancos comerciais de maior dimensão, dos bancos centrais nacionais para o BCE. Esta alteração deverá tornar-se efectiva já em 2014. Adicionalmente, o BCE anunciou que serão realizados novos testes de stress aos bancos em 2014, sendo provável que alguns bancos falhem nesses testes e que tenham de recorrer ao apoio dos respectivos Governos. No entanto, esta medida permitirá aumentar a confiança no sector financeiro Europeu. que os EUA entrassem em default. A primeira metade do ano foi igualmente marcada pela recuperação lenta do mercado de trabalho, que é um importante motor de crescimento da economia americana. As finanças públicas continuam a ser uma fonte de preocupação, não só nas economias periféricas, como Portugal ou Grécia, mas também em Itália e França. Embora a política monetária deva manter-se expansionista, vários países terão de implementar mais medidas de austeridade orçamental, com impactos previsíveis no crescimento desses países. O tecto da dívida foi aumentado em Fevereiro de 2014, de forma a assegurar o financiamento das despesas públicas até ao primeiro trimestre de 2015, eliminando assim o risco de default nos doze meses subsequentes. No entanto, Republicanos e Democratas mantêm-se divididos relativamente à necessidade de reduzir a despesa e o défice, pelo que este tema deverá manter-se no centro das atenções. O Presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou já perto do final do ano um prolongamento, até pelo menos meados de 2015, da provisão de liquidez ilimitada aos bancos da Zona Euro nas suas operações de mercado aberto. Draghi tinha já alertado que a inflação iria provavelmente permanecer reduzida durante um período prolongado antes de voltar a aumentar progressivamente para o objectivo do BCE. Neste contexto, o BCE também voltou a mexer nas taxas de juro durante o ano de 2013. Depois de, em Julho de 2012, ter reduzido a taxa de absorção de liquidez (taxa de depósito dos bancos comerciais junto do BCE) para 0%, o que se manteve durante 2013, em Maio de 2013 cortou a principal taxa de refinanciamento de 0,75% para 0,5%, e depois para 0,25% em Novembro. Também a taxa de crédito aos bancos do Eurosistema (Marginal Lending Facility) sofreu cortes em 2013, primeiro para 1% em Maio e depois para 0,75% em Novembro. Este ano chegou a equacionar-se uma taxa de depósitos negativa a fim de “obrigar” os bancos a emprestarem mais dinheiro, no entanto, o BCE não chegou a avançar com esta hipótese. O BCE tem revelado preocupação pelo facto da política monetária não estar a ser totalmente transmitida ao resto da economia. No entanto, tendo em conta os dados mais recentes que indicam que a recuperação está a ganhar alguma força, o BCE poderá evitar novas políticas expansionistas. Depois de uma apreciação significativa face ao Dólar dos Estados Unidos na segunda metade de 2012, o Euro apresentou valorizações ligeiras durante o ano de 2013, fechando o ano perto de USD 1,38. Isto ficou a dever-se à implementação de políticas monetárias menos restritivas noutros pontos do globo, nomeadamente nos EUA e, mais recentemente, no Japão. Um Euro mais fraco poderá ajudar a Europa a sair da recessão graças às exportações. EUA O crescimento nos EUA manteve-se modesto no início do ano, em parte devido à crise provocada pela falta de acordo entre as duas principais forças políticas, sobre os limites da dívida pública e a aprovação do Orçamento do Estado. Esta situação conduziu ao encerramento provisório de vários serviços públicos em meados de 2013 e causou alguma instabilidade nos mercados, devido a receios No segundo semestre, os indicadores de actividade e de emprego melhoraram, o que permitiu uma recuperação mais rápida. No quarto trimestre de 2013, o crescimento do PIB foi de 3,2% relativamente ao trimestre anterior (variação homóloga de 2,8%), em linha com o crescimento potencial estimado. Outro aspecto relevante foi a redução dos estímulos monetários por parte da Reserva Federal. A Reserva Federal confirmou que irá reduzir gradualmente as suas compras de activos mensais e que o programa deverá manter-se até Dezembro de 2014. A redução do estímulo monetário por parte da Reserva Federal tem tido um impacto significativo nos mercados emergentes, nomeadamente nos mercados cambiais, o que obrigou vários bancos centrais em toda a América Latina, África e Ásia a aumentar as taxas de referência. Os Bancos Centrais esperam que a subida das taxas-limite às saídas de capital, prejudiciais ao investimento, pode conduzir ao aumento da inflação através da subida dos preços dos bens importados. No entanto, nos próximos meses, é provável que os investidores comecem a diferenciar entre as economias que têm bases sólidas para o crescimento das restantes, levando à redução da saída de capital nos países mais eficientes. Ásia e economias emergentes De um modo geral, na Ásia o crescimento desapontou, em parte devido ao efeito das políticas monetárias dos EUA. No Japão, a política monetária aplicada em 2013, apelidada de “Abenomics”, ajudou a relançar a economia e a apoiar o crescimento. Nas economias emergentes, uma combinação entre factores internos e internacionais deverá limitar uma aceleração da actividade no próximo ano. Algumas economias, como a Índia, permanecerão bastante vulneráveis à reversão dos fluxos de capitais, à medida que a Reserva Federal reduzir os estímulos monetários. É provável que o crescimento na China continue a abrandar na medida em que os decisores políticos começam a aceitar que uma taxa de crescimento da actividade mais lenta, mas mais sustentável, terá melhores resultados no longo prazo. Ao mesmo tempo, em 2013, a China anunciou que implementará reformas no sentido de uma maior abertura à economia de mercado, o que poderá sustentar uma subida na tendência do crescimento. 25 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Preços do petróleo O preço do petróleo bruto (Brent crude oil) esteve bastante volátil durante o ano de 2013. Em Janeiro os preços chegaram perto dos USD 120 por barril, devido à melhoria das perspectivas na China e nos EUA, mas logo baixaram significativamente, primeiro para os USD 110 e no segundo trimestre para o patamar dos USD 100, possivelmente como reflexo de um abrandamento na procura mundial, mas também devido ao esperado aumento da oferta nos EUA, que, de acordo com o IEA, deverá tornar-se auto-suficiente em energia em 2030. No segundo semestre, os preços voltaram a subir para perto dos USD 120 por barril, como reflexo das tensões mundiais devidas à situação na Síria, mas com o apaziguar da situação os preços desceram e terminaram o ano a oscilar à volta dos USD 110. A incerteza sobre a recuperação mundial e sobre a situação política de alguns países produtores ou de importância estratégica para o comércio do petróleo deverá promover a persistência da volatilidade nos próximos meses. Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 26 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico 27 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Conjuntura Macroeconómica em Angola Crescimento e decomposição do PIB A produção de petróleo em Angola atingiu uma média de 1,73 milhões de barris por dia (MBD) em 2013, ficando abaixo do valor previsto de 1,75 MBD. Importa destacar que as autoridades Angolanas estimam que a produção nacional atinja os 2 MBD entre 2015 e 2017. % 25 20 15 10 5 2015 P 2014 P 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 0 2013 P O Banco Mundial aponta, no entanto, que as previsões estão bastante sensíveis a alguns choques. Entre os principais riscos apontam-se a descida estrutural no preço das matérias-primas, que segundo cálculos do Banco Mundial afectará em primeiro lugar e de modo mais vincado a África subsaariana. Naturalmente os exportadores de petróleo, como Angola, serão os mais afectados, sobretudo se não têm um produto suficientemente diversificado, como é o caso de Angola. Angola: Crescimento do PIB 2000 Em Angola, depois de um crescimento em 2012 de 5,2%, o FMI estima que o PIB tenha aumentado 5,6% em 2013, valor ligeiramente superior à taxa de 5,1% projectada pelo Ministério do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial. O crescimento estimado para o sector não-petrolífero em 2013 é de 6,5%, referindo-se ainda que, de acordo com estas projecções, a estrutura percentual do PIB se alterou, tendo o petróleo diminuído a sua contribuição para 43% do PIB, 3,9 p.p. abaixo do valor estimado para 2012, enquanto os serviços mercantis registaram um aumento da sua contribuição de 22,1% para 23,4%. Apesar das projecções mais optimistas do Banco Mundial e da OCDE para 2014 (8,0% e 8,2%), o FMI prevê um crescimento mais modesto de 6,3%, em particular devido a possíveis “atrasos na execução do orçamento”. Fonte: FMI. Inflação A inflação em Angola continua a diminuir progressivamente. Em Dezembro de 2013, a taxa de inflação atingiu os 7,69%. Pela primeira vez na história recente, a taxa de inflação desceu abaixo dos 8%, valor que já tinha cruzado em Novembro. Ao longo do ano 2013, a taxa média de inflação homóloga foi de 8,8%, uma melhoria de 1,5 pontos percentuais em relação a 2012. O país tem conseguido uma redução significativa da sua taxa de inflação desde 2011, uma contribuição positiva para um cenário macroeconómico estável. No entanto, são necessários esforços suplementares para Angola conseguir competir com os seus pares em termos de custos nas indústrias não-petrolíferas. 28 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico Comércio internacional No primeiro trimestre de 2013, a balança comercial de Angola cresceu 78,79% comparando com o trimestre anterior, mas diminuiu 17,5% comparado com o período homólogo. As exportações registaram uma variação homóloga de 11%, enquanto as importações cresceram 10%. O aumento das exportações veio sobretudo da agricultura. As importações aumentaram sobretudo ao nível dos têxteis e do calçado. Já no segundo trimestre, as exportações diminuíram 3,9% em termos homólogos (-5,8% em relação ao trimestre anterior); as importações aumentaram 18,1% em termos homólogos (45,1% em relação ao trimestre anterior). No terceiro trimestre, as exportações registaram uma subida homóloga de 4,9% e as importações diminuíram 0,7%. O detalhe por produto mostra que as exportações de combustível (petróleo bruto) representam 98% do total das exportações. Quanto às importações, a maior parcela é constituída por máquinas e equipamento (23%), seguido por combustível (produtos petrolíferos) com 15%. Os produtos agrícolas aparecem em terceiro lugar, com 12%. A principal fonte das importações Angolanas continua a ser Portugal, que representa 17,3% do total. Segue-se a China com cerca de 12%. Em Angola, os fluxos de comércio internacional são muito voláteis, embora tendendo a estabilizar-se nos últimos anos. Esta volatilidade é principalmente resultado da alta dependência do país das exportações de petróleo, que ocupa uma parte considerável do volume de exportações. Isso gera um problema económico chamado de dutch disease: uma economia rica e dependente da exploração de matérias-primas (petróleo, neste caso), sujeita à volatilidade dos preços internacionais, acaba por ter um fraco desempenho nos restantes sectores económicos, nomeadamente nos sectores agrícola e industrial. Isto sucede, porque à medida que aumentam as receitas das exportações, aumentam os salários médios, o que gera uma pressão nos preços, resultante numa perda de competitividade nos outros sectores de actividade. Para atenuar este problema, é frequente os países ricos em matériasprimas separarem as receitas provenientes das exportações desses bens da restante economia (esterilização), frequentemente através da criação de um fundo soberano, que é o que se está a fazer em Angola. Investimento Privado e Competitividade O investimento em termos de formação bruta de capital fixo está de um modo geral em crescimento, embora seja claro que não acompanha o ritmo de crescimento da economia, essencialmente conduzido pela exportação de petróleo. Ainda assim, de um modo geral, tanto o investimento público como privado têm crescido na última década. O investimento total tem rondado os 10-15% do PIB, enquanto a fatia do investimento privado, que chegou a ter mais peso que o investimento público, representa agora menos de 5% do PIB. O investimento público tem como base o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), o mais recente refere-se ao período 2013-2017. O PND baseia-se na Estratégia Nacional de Desenvolvimento a longo prazo “Angola 2025” e visa impulsionar as reformas estruturais em Angola para contribuir para o maior desenvolvimento do país, do ponto de vista social e económico. O plano passa pela estabilidade macroeconómica e recuperação de infra-estruturas, desenvolvimento do sector privado e promoção do empreendorismo; gerar um mercado de trabalho mais dinâmico e aumentar a produtividade, aumento da competitividade do país. No PND para o período 2013-2017 existem um total de 390 projectos em todo o país. Em termos de valor do investimento, os projectos envolvem o investimento de cerca USD 63 mil milhões. É positivo o empenho do Executivo em lançar tantos projectos para desenvolver o país, mas é crucial para o desenvolvimento económico e social que o faça de modo subsidiário, promovendo a iniciativa de investimento estrangeiro e sobretudo o empreendorismo regional e local que melhorarão as condições de vida da população, diminuirá a pobreza e gerará o dinamismo económico necessário para o desenvolvimento das diversas regiões. Esta preocupação por ensinar a fazer e promover a capacidade dos cidadãos livremente garantirem a sua subsistência e adequado nível de vida é crucial para o próprio desenvolvimento humano. Contas Públicas A última estimativa do FMI para o défice de 2013 aponta para 1,2% do PIB, abaixo da previsão em meados do ano de 3,4% do PIB. O défice é frequentemente difícil de prever visto que as receitas vêm sobretudo dos impostos sobre a actividade petrolífera, sujeita à volatilidade dos preços do crude. Um dos principais desafios para o Governo está relacionado com a despesa no sector social. Uma vez que a sustentabilidade das contas públicas depende crucialmente das receitas do petróleo, através dos impostos e do seu peso no crescimento, o Governo deveria promover a diversificação da economia e reduzir o peso da economia informal para conseguir obter receitas fiscais de actividades não-petrolíferas. O Governo aprovou em 2013 a proposta de Orçamento para 2014. Relativamente ao cenário macroeconómico, o Governo prevê um crescimento do PIB de 8,8% depois dos 5,1% de 2013, graças ao aumento da produção de petróleo. As projecções para o preço do petróleo subjacentes ao Orçamento apontam para USD 98 por barril. A despesa deverá atingir AOA 5,375 biliões e as receitas AOA 4,745 biliões. Assim, a previsão do Governo aponta para um défice de AOA 690 mil milhões, que segundo os nossos cálculos deverá representar entre 6 e 7% do PIB. Prevê-se que o défice não-petrolífero atinja 45% do PIB. A despesa com a defesa, a segurança e a ordem pública deve atingir 16,5% da despesa total, enquanto com a educação e a saúde deverá representar 10,5%. Embora reconhecendo que a produção pode aumentar em resultado da abertura de novos campos petrolíferos, o crescimento de 8,8% no PIB situa-se acima da maioria das previsões internacionais, principalmente num contexto de recuperação muito moderada da actividade económica mundial. 29 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Mercado cambial A taxa de câmbio AOA/USD sofreu uma desvalorização ligeira na primeira metade de 2013, tendo-se mantido relativamente estável no resto do ano, fruto da política do BNA. Ao mesmo tempo, a taxa de câmbio real, indicador da competitividade da economia, continua prejudicada pela alta inflação de Angola, que combinada com uma depreciação pouco significativa, e ainda mais com a desinflação registada em vários pontos do Ocidente, torna difícil promover a competitividade do país. Em 2013 foi implementada uma nova fase da lei cambial aprovada pelo Governo, que exige que as empresas petrolíferas paguem aos seus fornecedores locais e funcionários em Kwanzas. Esta nova fase entrou em vigor em Julho de 2013. Como resultado, muitos montantes em Dólares Americanos que anteriormente eram pagos aos fornecedores, quer nas contas nacionais quer nas estrangeiras, têm agora de ser convertidos em Kwanzas através dos bancos locais. Esta lei faz parte de um programa mais amplo para reduzir a taxa de dolarização da economia e promover o uso do Kwanza. Os riscos associados com o uso de duas moedas numa economia estão sobretudo relacionados com as possíveis consequências de uma forte desvalorização da moeda nacional nos balanços dos bancos. A necessidade de converter Dólares Americanos no sistema financeiro também deve promover o desenvolvimento de um mercado de câmbio na economia. A medida parece ter entrado sem grandes perturbações ao nível macroeconómico e é já patente a redução do peso da moeda estrangeira nos depósitos e créditos. Taxas de Juro O BNA mexeu na taxa de juro de referência 3 vezes ao longo de 2013. Em Janeiro a taxa diminuiu de 10,25% para 10% ao ano. Já no segundo semestre de 2013, a taxa diminuiu por mais duas vezes, primeiro para 9,75% em Agosto, e depois para 9,25% em Novembro. Esta redução tem acompanhado a desinflação na economia. Sector bancário: Crédito e depósitos Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras e 63%, um valor relativamente sustentável. Na primeira metade do ano o rácio diminuiu mas recuperou para níveis próximos dos iniciais. Isto mostra uma maior disponibilidade do sector financeiro em conceder crédito, fruto de um fortalecimento do sistema bancário em Angola, que pretende fomentar o crescimento com mais liquidez. Ainda assim, ao concluir sobre o aumento da concessão de créditos será pertinente avaliar as situações de crédito mal parado, que começa a afectar diversas instituições financeiras. O sector bancário, e o sector financeiro em geral, tem crescido bastante em Angola nos últimos anos, mas há vários pontos onde poderá melhorar, em concreto na existência de mais informação tanto para os consumidores como para os prestadores de serviços bancários, na concessão de créditos e avaliação de riscos, na existência ou melhoria de tratamento estatístico e de contabilidade a auditoria. Recentemente, o Banco Angolano de Investimento tornou-se no primeiro Banco Angolano a ser classificado pela Moody’s, com a classificação de B1 e um outlook de estabilidade. Este poderá ser um primeiro passo para que haja mais bancos em Angola avaliados pelas agências internacionais. O Governo está a tentar resolver algumas das lacunas nos mercados financeiros. A criação de um registo público do crédito é um desenvolvimento bastante positivo. A Central de Informação de Riscos de Crédito (CIRC), actualmente em fase embrionária, é gerida pelo BNA e a sua função é compilar e partilhar informações sobre a exposição dos clientes ao crédito no sector financeiro angolano, que pratica numa base de reciprocidade: apenas os bancos que declaram as suas transacções ao sistema podem ter acesso às informações. Mesmo nesta fase inicial, o BNA reporta que 95% dos bancos já estão a participar no sistema CIRC. As autoridades também continuam a ampliar os serviços básicos de informação pública e de manutenção de registos. Procurar que os direitos de propriedade estejam bem definidos e verificar, de modo independente, os valores das propriedades será útil para as pequenas empresas que tentem conseguir empréstimos usando os seus activos como colateral. Reforma fiscal O ano de 2013 foi de crescimento significativo da percentagem de moeda nacional tanto nos depósitos como nos montantes de crédito concedidos. Isto é também reflexo da nova lei cambial. Os depósitos em moeda nacional representavam cerca de 54% do total em Janeiro e em Dezembro constituíam 62%. Já o crescimento na percentagem do total de crédito foi também de 8 pontos percentuais, de 59% em Janeiro para 67% em Dezembro. Em 2012, entrou em vigor um conjunto de leis que iniciam a reforma do sistema fiscal Angolano. O processo de reforma foi inicialmente estabelecido como um projecto de cinco anos, com o objectivo de revisão do sistema fiscal, passando pela redução das taxas de imposto e alargamento da base fiscal. As principais alterações que se esperavam prendiam-se com um sistema de tributação global para substituir os vários impostos sobre o rendimento e um imposto sobre o consumo mais abrangente. Em relação ao montante total, crédito e depósitos, de um modo geral, continuam em trajectória ascendente. Em média, os depósitos registaram uma variação homóloga de 13,2% em 2013, e o crédito de 12,4%. Estes comportamentos são também visíveis no rácio crédito/depósitos, que tem oscilado nos últimos anos entre os 60% No imposto sobre capitais, é de notar o alargamento da base de incidência a juros de depósitos, títulos do BNA, bilhetes e obrigações do tesouro e a mais-valias mobiliárias. De um modo geral as taxas variam entre 5 e 15%. 30 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Enquadramento Macroeconómico O imposto de selo sofreu uma profunda reforma, através da supressão de muitos factos tributários que se encontravam obsoletos e da clarificação de normas de incidência e de liquidação do encargo do imposto e sobre isenções e obrigações acessórias. No imposto sobre o consumo também se alargou significativamente a base de incidência a diversas prestações de serviços até então não previstas. As taxas são geralmente de 5% e 10%. Perspectivas futuras macroeconómicas Num contexto de retoma global moderada, prevê-se que o PIB Angolano registe uma subida de 5,1% em 2013 para 5,8% em 2014, abaixo das previsões de 8,8% do Governo inscritas no Orçamento do Estado para 2014. Do lado positivo, Angola deverá beneficiar dos esforços do Governo de diversificação da economia, nomeadamente, através da melhoria da produção e distribuição de água e electricidade. O espaço para os investimentos previstos no PND e para o investimento privado é amplo e deverá contribuir para o crescimento do peso do sector não-petrolífero no PIB. Do mesmo modo poderá contribuir para uma melhoria das condições sociais e económicas de grande parte da população. Prevê-se que a produção de petróleo em Angola também deverá registar um ligeiro aumento tendo em conta a previsão de início de produção de novos campos petrolíferos em meados de 2014. É ainda esperado que as pressões inflacionárias continuem a diminuir durante 2014, em parte graças às políticas desenvolvidas pelo BNA, mas também aos preços de importação controlados, uma vez que a inflação nos principais países exportadores para Angola permanece baixa. Prevemos que a taxa de câmbio se mantenha globalmente estável em relação ao Dólar Americano ao longo do ano. Entre os factores negativos, prevê-se que os preços do petróleo continuem a diminuir em 2014 tendo um crescimento global menos dinâmico do que nas anteriores retomas. O mercado de trabalho deverá continuar também com poucos avanços, sendo um sector que mais tarde ou mais cedo carecerá de uma reforma profunda. Do lado dos mercados financeiros, a emissão de dívida pública nos mercados financeiros internacionais deverá ocorrer em 2014, naquele que será um importante passo para desenvolver o mercado financeiro angolano. 31 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Síntese da actividade Marcos históricos do Banco Marketing e Comunicação Principais Segmentos de Negócio Rede de Distribuição Qualidade de Atendimento ao Cliente Capital Humano Gestão de Riscos Compliance 34 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade 35 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Marcos históricos do Banco O ano de 2013 foi o terceiro ano completo de actividade do Standard Bank de Angola. O SBA continua a demarcar-se como uma referência no sistema financeiro Angolano, tendo sido distinguido novamente este ano com vários prémios internacionais que reconheceram o SBA como o melhor Banco de Investimento e Banco Mais Inovador de Angola. Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 15 agências abertas, 352 colaboradores e 10.264 Clientes. Durante este ano, o Banco ultrapassou o milestone de AOA 130 mil milhões em depósitos de clientes, os quais procurou canalizar para o financiamento da economia angolana tendo atingido os AOA 35 mil milhões em crédito a Clientes, com um rácio de conversão de 25,31%. Em Outubro, o Capital Social do SBA foi aumentado para AOA 9,530 milhões (USD 100 milhões). Este aumento de capital foi subscrito por meio de novas entradas em dinheiro, realizadas pelo Standard Bank Group Limited e pela AAA Activos, Lda., tendo esta última passado a deter 49% do Capital Social do Banco. Este aumento de capital foi um marco importante, não só em termos do reforço dos Fundos Próprios do Banco, mas sobretudo pela entrada de um accionista angolano no capital do SBA, o que permitirá o desenvolvimento de uma parceria estratégica. Durante 2012, o SBA recebeu vários prémios e distinções, dos quais se destacam: 2013 Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 26 agências abertas, 1 centro de empresas e 5 postos de atendimento, 498 colaboradores e mais de 16.000 Clientes. Em Maio, os Fundos Próprios Qualificados do SBA cresceram em USD 30 milhões, por via da colocação de dívida subordinada junto do Standard Bank Group Limited. Este reforço de Fundos Próprios foi um marco significativo uma vez que permite o alargamento de limites regulamentares importantes ao crescimento da sua actividade, possibilitando nomeadamente manter a estratégia de crescimento através do financiamento da economia Angolana com operações de montante mais elevado. Durante 2013, o SBA recebeu novamente vários prémios e distinções, dos quais se destacam: Banco mais Inovador em Angola 2013 pela Revista Global Banking & Finance Review; Melhor Banco de Investimento em Angola pela EMEA Finance Africa Awards 2013; Melhor Banco de Investimento em Angola 2013 pela Global Finance; Banco Mais Inovador em Angola 2013 pela International Finance Magazine. 2012 Melhor Trade Finance Bank da África Subsariana e Deal of the Year para Angola; Melhor Banco de Angola pela Revista Global Banking & Finance Review; Melhor Banco Universal em Angola pela Revista Capital Finance Internacional; Melhor Banco de Investimento em Angola pela EMEA Finance Africa Awards; Melhor Banco de Investimento em Angola pela Global Finance Magazine. 2011 Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 3 agências abertas, 166 colaboradores e 1.955 Clientes. 36 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Abertura das três primeiras agências do Banco em Luanda. Em 11 de Agosto, foi efectuado um aumento do Capital Social do Banco para AOA 4.599 milhões (USD 50 milhões), totalmente subscrito e realizado pelo Standard Bank Group Limited, que manteve a sua participação de 99,99%. 2010 Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 45 colaboradores e 82 Clientes. Em 27 de Setembro, o SBA deu início à sua actividade. Em 30 de Março, o Banco foi constituído por escritura pública, com um Capital Social de AOA 2.301 milhões (USD 25,5 milhões). Em 9 de Março, o Banco obteve a autorização do BNA para operar no mercado nacional. 37 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Marketing e Comunicação Ao longo destes primeiros anos de actividade, a política de Comunicação e Marketing do Banco teve como foco o reconhecimento da marca Standard Bank em Angola, destacando a sua experiência, credibilidade e presença expressiva em África. A estratégia de Marketing e Comunicação do Standard Bank de Angola durante o ano de 2013 assentou no contínuo desenvolvimento da marca. Para consolidar o trabalho que tem sido feito no que respeita à marca, foi também feita uma aposta relevante na promoção de produtos e serviços tendo como objectivo ir cada vez mais de encontro às necessidades dos clientes SBA. Para suportar esta estratégia foram desenvolvidas várias campanhas Below the Line e Above the Line, que se basearam em comunicação de produtos através dos principais meios de comunicação, tais como outdoors, imprensa escrita, merchandising, marketing digital, entre outros. Campanha de Produtos Durante o ano de 2013 foram desenvolvidas as seguintes campanhas de produtos: Adicionalmente, foi dada a devida relevância a cada um dos segmentos do Banco, sendo criadas campanhas de produtos que são direcionadas para segmentos específicos. 38 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Campanha de Vendas Ainda em 2013, foi criada uma campanha de vendas com o objectivo de impulsionar a angariação de novos clientes e promover a utilização das contas da actual carteira de clientes. Ao fazê-lo qualquer cliente particular estaria habilitado a ganhar uma viagem a Cape Town, para duas pessoas, com tudo incluído. Como Banco inovador, temos apostado fortemente no Marketing Digital pois acreditamos que é sem dúvida um dos meios mais assertivos na comunicação com os segmentos que o Banco pretende trabalhar. Assim sendo, reforçámos a comunicação através dos seguintes canais: Facebook Através da nossa página do Facebook comunicamos de uma forma muito dinâmica e proactiva todas as nossas iniciativas, tais como novos produtos, serviços, eventos, campanhas promocionais, podendo os nossos clientes pronunciarem-se sobre essas mesmas iniciativas, reforçando proximidade. 39 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras E-mail marketing & SMS Marketing Standard Bank Day O e-mail marketing e o SMS têm sido dos canais mais utilizados para comunicar com os Clientes Standard Bank de Angola durante o ano de 2013. O Standard Bank Day consiste na visita a empresas que têm protocolo com o SBA, com o intuito de apresentar de forma detalhada os produtos e serviços que temos disponíveis bem como dar um apoio personalizado aos colaboradores destas empresas no acto de adesão aos mesmos. Estas acções são realizadas ao longo do ano, mediante acordo prévio com a Direcção de cada empresa. Através destes, efectuámos diversas comunicações, tanto genéricas para toda a nossa carteira de Clientes, como para segmentos específicos. Alguns dos exemplos de comunicações realizadas foram: Newsletter endereçada aos clientes Private; Evento de Promoção do Crédito Automóvel Comunicação aos segmentos dando ao conhecer os serviços personalizados que estão disponíveis para cada um deles; Em parceria com a empresa TDA, e durante a apresentação de um novo modelo de veículos, o SBA aproveitou a oportunidade de estar presente neste evento para promover o seu produto de Automóvel. Este tipo de iniciativas continuará a ser um dos focos do SBA durante o ano de 2014. Comunicação de novos produtos e serviços; Notas informativas sobre o sector bancário ou informação relevante sobre o mercado; Outras promoções pontuais. Banners No ano 2013 iniciámos a promoção de produtos e serviços através do motor de busca da Sapo Angola e através de alguns jornais e revistas online. Eventos Durante 2013, o Banco realizou várias campanhas de comunicação e promoção da marca e participou em alguns eventos sociais, culturais e desportivos, com destaque para os seguintes: Inauguração de Novas Agências Por forma a dar a conhecer as novas agências que foram abertas nas diferentes províncias durante 2013, o Banco organizou a inauguração das mesmas, convidando clientes, comunicação social e membros do Governo para poderem participar e celebrar estes feitos, destacamos nomeadamente: Inauguração da Agência Namibe: 28 de Março 2013 Inauguração da Agência Ondjiva: 11 de Agosto 2013 Inauguração da Agência Maxi - Porto Amboim: 25 de Março 2013 Inauguração da Agência Torre Elysée: 28 de Outubro 2013 Inauguração da Agência Cabinda: 29 de Outubro 2013 Prova de Vinhos Aproveitando a oportunidade de inaugurar nossa primeira agência Private e Centro de Empresas, foi realizada uma prova de vinhos para os nossos clientes Private e clientes Empresa. 40 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Fórum Poupança Fórum sobre o Mercado Financeiro em Angola O Standard Bank de Angola marcou presença no 1º Fórum Poupança promovido pelo BNA, que decorreu de 31 de Outubro a 5 de Novembro, tendo como principal objectivo incentivar a população Angolana à poupança e dar a conhecer os produtos e serviços disponíveis no mercado. Durante este Fórum foi sorteado um Ipad por todos os clientes que procederam à abertura de conta naquele momento ou aderiram a qualquer um dos produtos de poupança do SBA. O encontro organizado pela Comissão de Mercados e Capitais e o Standard Bank de Angola, abordou os desafios e as oportunidades no mercado angolano. Campanha de vacinação contra a paralisia infantil 5º Fórum de Negócios Alemanha-Angola Evento organizado pela Embaixada de Alemanha e patrocinado pelo Standard Bank, com o pacote Ouro. O primeiro painel com o tema “Investir em Angola” foi apresentado pelo Banco. Dia nacional da África do Sul O Standard Bank patrocinou a celebração do dia nacional da África do Sul, o acto decorreu nas instalações da embaixada daquele país e permitiu a reafirmação dos laços entre Angolanos e sul-africanos. Missão empresarial do Reino Unido em Angola Evento organizado pela Embaixada do Reino Unido em Angola com o patrocínio do Standard Bank, o encontro teve como principal objectivo o estreitamento das relações entre investidores britânicos e empresários angolanos com vista a identificação de oportunidades de negócios. Acção desenvolvida no âmbito da luta para erradicação de um dos maiores males da saúde em África. Contou com a participação de voluntários do Standard Bank de Angola em benefício das crianças com idades até aos 5 anos. 41 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Dia Internacional – Nelson Mandela Natal Azul Evento cíclico, promovido pela embaixada da África do Sul, com objectivo de ajudar fundamentalmente crianças e idosos necessitados. O Standard Bank contribuiu com bens de primeira necessidade e foi passada uma mensagem de acolhimento aos moradores e trabalhadores do lar. Este evento contou com a participação do Standard Bank de Angola e outras empresas Sul-africanas, e reverteu a favor dos idosos acolhidos pelo lar da Terceira Idade Beiral. Evento realizado por voluntários Standard Bank de Angola no Centro de Acolhimento de Meninas Horizonte Azul, no dia de Natal. O Standard Bank doou bens de primeira necessidade, materiais escolares e brinquedos às meninas em regime de internato e outras crianças da comunidade convidadas para a confraternização de Natal. Fórum de comércio Estados Unidos da América - Angola O evento foi promovido pela Câmara de Comércio EUA – Angola e reuniu vários investidores e potenciais investidores para o mercado angolano. Para além do patrocínio, o Standard Bank foi um dos principais oradores, representado pelo Eng.º. Pedro Pinto Coelho. Conferência Internacional de Petróleo e Gás O Evento promovido pela AOIGACE (Angola International Oil & Gas Conference and Exhibition). Participação do Standard Bank de Angola, contando também com a presença do Ministério dos petróleos, de empresas do sector petrolífero, energia e do sector financeiro. 42 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade O modelo organizacional de negócios do STANDARD BANK DE ANGOLA encontra-se dividido em dois segmentos principais: Personal & Business Banking (Particulares e Pequenas e Médias Empresas) e Corporate & Investment Banking (Banca de Investimento e Grandes Empresas). O modelo de negócio adoptado privilegia o Cliente, procurando construir relacionamentos de longo prazo e oferecendo soluções de negócios inovadoras e individualizadas para cada Cliente. Alinhando a sua estratégia com a do Grupo e com as melhores práticas na abordagem aos Clientes, o SBA adoptou uma estratégia centrada no Cliente procurando soluções que vão ao encontro das suas exigências. Este foco estratégico originou a segmentação da base de Clientes a fim de melhorar a visão sobre as suas necessidades, a alteração dos seus comportamentos ao longo do tempo e a forma como o Banco poderá responder a essas necessidades e mudanças, de modo mais eficiente e ao mesmo tempo acrescentando valor para os seus Clientes. 43 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Personal & Business Banking Presta serviços bancários e outros serviços financeiros a clientes particulares e a pequenas e médias empresas. Produto Bancário Crédito concedido (Bruto) AOA 1.993 milhões AOA 10.179 milhões 2012 2012 AOA 750 milhões AOA 3.736 milhões Taxa de crescimento do crédito Taxa de crescimento dos depósitos Número de agências Número de clientes 2013 2012 172% 5,426% 42% 308% 26 15 16.316 10.264 Prioridades Prestar um serviço de de excelência aos clientes A revolução digital está a alterar a forma como clientes e empresas interagem: Simplificar tecnologias e uniformizar processos Oferecer um conjunto de canais de distribuição integrados e tecnologia de nível superior, em termos de eficiência Investimento nos sistemas informáticos de negócio Focados no controlo de custos Presença estratégica nos principais centros económicos do País 44 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade O segmento de Particulares e Pequenas e Médias Empresas do Standard Bank de Angola está direccionado para Particulares (Personal Markets) e Pequenas e Médias Empresas (Business Banking). Personal Markets inclui os segmentos de Private Banking, Executive Banking e Personal Banking. Business Banking inclui os segmentos de Banca Comercial e Pequenas e Médias Empresas. A Direcção de Particulares é responsável pela definição da estratégia, formulação, alinhamento e implementação de soluções para os Clientes Particulares do mercado Angolano. O relacionamento com estes Clientes é liderado por gestores de contas, capazes de estruturar as necessidades financeiras de cada Cliente, a fim de avaliar correctamente quais os produtos e serviços disponibilizados pelo Standard Bank de Angola mais adequados à satisfação das necessidades e expectativas dos Clientes. A Direcção de Pequenas e Médias Empresas tem como objectivo oferecer soluções financeiras apropriadas e eficazes para as empresas através de uma equipa de gestores focados nos negócios e especialistas na definição e estruturação de operações para cada negócio. Para servir as necessidades financeiras destes Clientes, o Standard Bank de Angola oferece uma gama diversificada de produtos, que se destinam a responder às necessidades de curto, médio e de longo prazo do Cliente, por meio do comércio internacional, investimento e soluções próprias. A nossa estratégia é servir a cadeia de valor dos Clientes, desde o mais básico ao mais sofisticado serviço financeiro, e manter elevados padrões de qualidade do serviço ao Cliente mantendo sempre a eficiência de custos. As Direcções de Private Banking e Executive Banking oferecem uma gama completa de soluções de gestão de fortunas, tanto para Clientes privados como para Clientes institucionais. Estes segmentos dispõem de soluções personalizadas, incluindo serviços de gestão de activos, administração de fundos, serviços bancários institucionais, serviços bancários offshore e serviços de Clientes privados. Oferece ainda serviços fiduciários para o estabelecimento de veículos de investimentos e holdings de investimento. A nossa presença em mercados desenvolvidos e emergentes permite-nos diagnosticar e explorar as novas oportunidades de negócio para os nossos Clientes e para o Banco. Em 2013, o SBA assistiu ao ritmo elevado de crescimento iniciado em 2012, tendo chegado aos 16.000 Clientes. A rede de agências cresceu para um total de 26 agências, 9 das quais localizadas fora de Luanda estando distribuídas ao longo do país, contando ainda com um centro de empresas e cinco postos de atendimento. A expansão da oferta de produtos prosseguiu com a criação e desenvolvimento de um leque de produtos tais como cartão de crédito, leasing (VAF), depósitos a prazo, trade finance e bancassurance. Adicionalmente, assistiu-se à expansão dos canais tradicionais, tais como rede de agências e ATM’s, terminais de pagamento automático, Internet Banking e Call Center. Os protocolos estabelecidos com as empresas para oferta de produtos com condições vantajosas aos colaboradores dessas entidades e domiciliação dos ordenados pagos, contribuiu também para o aumento significativo do número de Clientes e transacções. Para 2014, o SBA pretende manter o ritmo de crescimento sustentado no desenvolvimento de novos produtos, serviços e canais de comunicação, bem como no reforço da equipa de vendas. Existirá um grande foco em prestar um serviço premium aos Clientes do Banco assim como manter o nível de excelência operacional. 45 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Corporate & Investment Banking Presta serviços bancários transaccionais, assessoria financeira e soluções cambiais e de gestão de risco ao Estado, grandes empresas e instituições financeiras. Produto Bancário Crédito concedido (Bruto) AOA 5.507 milhões AOA 24.498 milhões 2012 2012 AOA 3.452 milhões AOA 6.146 milhões 2013 2012 299% 1,228% Taxa de crescimento dos depósitos 58% 51% ROE 11% 1% Cost-to-income ratio 76% 104% Taxa de crescimento do crédito Prioridades Foco no serviço ao cliente Manter a performance financeira Manter a disciplina em termos de ponderação de activos: Alocação eficiente do capital Criar valor para os accionistas Gestão activa do risco operacional, de crédito e de mercado Oferta de um conjunto de canais de distribuição integrados com base em tecnologias internacionais eficientes Capital humano motivado e dedicado 46 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade O segmento de Banca Corporativa e de Investimento do Standard Bank de Angola oferece aos seus clientes uma gama alargada de serviços de excelência direccionada às suas necessidades de financiamento, trading, investimentos e assessoria financeira. A estratégia deste segmento tem por base a abordagem à cadeia de valor do Cliente CIB, servindo os seus colaboradores, clientes e fornecedores, procurando ser reconhecidos pela nossa Excelência de Serviço e a Inovação. A especialização sectorial em recursos naturais, a nossa capacidade de interligar mercados Africanos e internacionais, complementada por uma sólida reputação e fortes conhecimentos especializados dos vários produtos, colocam o Standard Bank numa posição competitiva única em Angola. Banca Corporativa e de Investimento Global Markets Banca de Investimento Financiamento Estruturação financeira Empréstimos MLP Advisory Avaliações de empresas Trading Instrumentos de Dívida Pública: BT OT Fusões & Aquisições Project Finance Debt Capital Markets Mercado Monetário Soluções integradas e inovadoras de pagamentos e transferências Forex Taxa de Juro Crédito Global Markets Research Capital Raisings Client Coverage Mercado Monetário & derivados FX Leveraged & Acquisition Finance Produtos e Serviços Transaccionais Originação, acompanhamento e gestão da relação com os clientes de grandes empresas Gestão de fluxos de tesouraria Trade Finance Garantias Bancárias Property Finance Assessoria de Rating Recolha de valores Produtos Serviços 47 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico A Direcção de Grandes Empresas tem a responsabilidade de originar, acompanhar e fidelizar os Clientes Corporate do SBA utilizando para tal o conhecimento, presença e credenciais de experiência do Grupo Standard Bank. A abordagem do Standard Bank tem o cliente como entidade central do serviço prestado. As Direcções de negócio da divisão de Banca Corporativa e de Investimento desenvolveram uma actividade intensa durante o ano de 2013 que resultou num elevado crescimento da divisão. As receitas totais (Produto Bancário) cresceram 65%, tendo a Margem Financeira evoluído 63% em 2013. Tanto a carteira de crédito como o total de depósitos da Banca Corporativa e de Investimento mais do que duplicaram face a 2012 reflectindo a confiança dos nossos clientes e a credibilidade do Standard Bank no mercado. A Banca de Investimento disponibiliza aos seus Clientes um serviço completo de soluções, desde montagem e tomada firme de financiamentos de longo prazo à estruturação de produtos complexos e especializados. Os nossos produtos incluem: Financiamentos Estruturados, Leveraged and Acquisition Finance, Project Finance, Reestruturação Financeira, Assessoria Financeira e Corporate Finance, Fusões e Aquisições, Dívida de Mercado de Capitais e Financiamento Imobiliário, entre outros. O Standard Bank de Angola dispõe de uma equipa de profissionais especializados em sectores relevantes como Petróleo e Gás, Indústria Mineira, Energia e Infra-Estruturas, Telecomunicações e Media, Governo e Sector Público. Pelo contínuo processo de aprofundamento do conhecimento de todos os intervenientes na cadeia de valor dos mais variados sectores, encontramo-nos aptos a desenvolver e a oferecer soluções abrangentes e globais adaptadas às necessidades individuais e específicas de cada transacção e de cada Cliente. A presença internacional do Standard Bank permite-nos coordenar e executar todos os serviços bancários e necessidades de financiamento dos nossos Clientes dentro do continente africano, bem como entre diferentes continentes. O ano de 2013 ficou marcado pela atribuição ao Standard Bank de Angola de diversos prémios internacionais por três reputadas publicações da área, que reconheceram o Standard Bank de Angola como o melhor banco de investimento de Angola. Os prémios recebidos foram o Best Investment Bank in Angola pela EmeaFinance Africa Banking 2013, Most Innovative Bank 2013 pela Global Banking & Finance Review e o Best Investment Bank in Angola 2013 pela Global Finance Magazine nos seus prémios anuais ao sector bancário internacional. Durante 2013 o segmento de Banca Corporativa e de Investimento participou em várias operações de grande dimensão com entidades públicas e privadas em Angola, e completou 8 operações de crédito totalizando mais de USD 200 milhões bem como operações de assessoria financeira. A Direcção mais do que duplicou a sua carteira de crédito face ao ano anterior, pretendendo continuar a desenvolver a actividade para consolidar a imagem de rigor, excelência de conhecimento e inovação financeira no mercado Angolano. Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras A Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank de Angola oferece aos seus Clientes actividades de Trading bem como soluções de gestão de risco a exposições de câmbios, taxas de juros, crédito e commodities, com o foco nas estratégicas de investimento e de cobertura de risco dos Clientes. O Standard Bank de Angola está numa posição única para fornecer serviços e produtos de gestão de tesouraria aos Clientes, tanto em produtos estandardizados como produtos personalizados, apoiados num sólido conhecimento de mercados emergentes em particular dos mercados africanos. Durante o ano de 2013, a Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank Angola movimentou mais de USD 2,2 mil milhões em transacções no mercado cambial, tendo participado activamente na dinamização do mercado monetário interbancário e nos leilões de títulos tanto do Banco Nacional de Angola como do Ministério das Finanças. A Direcção de Banca Transaccional oferece produtos que têm como objectivo acrescentar valor à forma como os nossos Clientes lidam com o ciclo de gestão de caixa dos seus respectivos negócios. Cada vez mais os nossos Clientes têm feito uso da nossa intermediação face os desafios vividos pelos mesmos durante a gestão de liquidez. Esforçámo-nos para introduzir continuamente soluções que permitam tanto uma melhor gestão de liquidez, bem como uma circulação cada vez mais eficiente de fundos. Os novos desafios que se colocam à divisão de Banca Corporativa e de Investimento centram-se em soluções automáticas de pagamento para clientes, continuação do investimento em ferramentas de internet e mobile Banking e novos conceitos para cobertura de risco de taxa de juro e cambial. O Mercado de Capitais em Angola é outro tema de grande relevo no qual o Standard Bank tem vindo a trabalhar e que se estima venha a sofrer grandes desenvolvimentos nos próximos anos. O Standard Bank de Angola pretende posicionar-se como um Banco líder nesta área. 48 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade 49 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Rede de Distribuição Com o objectivo de oferecer uma qualidade de serviço e um crescente acesso aos serviços bancários, o Standard Bank de Angola tem em curso um programa de alargamento da rede comercial do país. Em 2013 foram abertas 11 novas agências, totalizando 26 agências, 1 centro de empresas e 5 postos de atendimento. O objectivo é terminar 2014 com um total de 30 agências distribuídas por todo o país. Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 50 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Em 31 de Dezembro de 2013, a distribuição das agências do Banco era a seguinte: Agências Morada Amílcar Cabral Luanda 226 433 491 Rua Lenine, 58 R/C Esq. Luanda, Edifício AAA Luanda 226 433 194 Avenida António Agostinho Neto S/N Luanda 226 433 200 Rua Ginga Mbandi S/N Luanda 226 433 203 Condomínio Belas Business Park - Edif. Cuando Cubango R/C Luanda 226 432 659 Condomínio - Dolce Vita,Via S/8,Lote F1 | Av. Talatona, Luanda Sul Luanda 226 433 242 Estrada Camama Viana nº 94 e 95 Luanda 226 432 685 Largo 4 Fevereiro, n.º 7 Luanda 226 432 668 Rua Marien Ngouabi Nº85 Luanda 226 432 234 Edifício “Boavista”, junto ao Terminal de Contentores n.º II Luanda 939 474 531 Rua Rei Katyavala e Rua Liga Africana, Ingombotas Luanda 226 433 227 Intersecção com o desvio para o Sanatório Luanda 226 432 683 Edifício Torre Ambiente - Travessa Joaquim Figueira R/C - Loja 4 Luanda 226 432 684 Rua Ho Chi Minh Luanda 226 434 881 AAA-Praia do Bispo AAA-Viana Belas Business Park Ginga Shopping Hotel Presidente Maianga Mateba Rei Katyavala Shoprite Palanca Torre Ambiente Número de telefone Rua Amílcar Cabral, 21 R/C AAA-Lenine Dolce Vita Província Gika Loja E Torre Elysée Rua Rainha Ginga Nº29 Luanda 226 434 886 Rua Direita de Viana, km 25 Luanda 226 434 847 Centro Comercial Belas Shopping - Av. Talatona S/N Luanda 226 433 184 Rua Garcia da Orta, S/N Huambo 226 433 254 Bloco 26, Bairro de São Luís, Zona da Avenida do Aeroporto Huambo 226 432 687 Avenida Libertadores de Angola - Lobito, Benguela Benguela 226 432 688 Rua Cdte Kussuma S/N , Porto Amboim Kwanza Sul 226 433 248 Avenida do Lubango, S/N Edifício AAA Huíla 226 433 245 Plot 254, Bairro Comandante Cowboy Huíla 226 433 101 AAA-Ondjiva Rua Angelina Tavares Carina S/N, Edifício AAA Cunene 226 433 239 AAA-Cabinda Zona do Tafe Edifício AAA Cabinda 226 434 876 AAA-Namibe Rua Comandante Cowboy S/N, Edifício AAA Namibe 226 433 251 Sogepower Shoprite Belas Shopping AAA-Huambo Shoprite Huambo Shoprite Lobito Maxi Porto Amboim AAA-Lubango Shoprite Lubango Outros meios de distribuição O Banco tem investido ainda noutros meios de distribuição como parte da sua estratégia de reforço da sua rede comercial, nomeadamente através da instalação de ATM’s e de um serviço de Internet Banking. Em 31 de Dezembro de 2013 o SBA tinha já 32 ATM’s activos e 99 TPA’s em funcionamento, concentrados sobretudo em Luanda, mas o Banco tem o objectivo de expandir a sua distribuição por todo o país. Adicionalmente, o número de subscritores do serviço de Internet Banking ascendia já a 6.497. 51 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Qualidade de Atendimento ao Cliente O principal objectivo do Banco é a qualidade do atendimento e dos serviços prestados aos Clientes, garantindo que estes tenham uma experiência de excelência junto do SBA. Para além da gestão e controlo de reclamações, que dá seguimento às solicitações dos Clientes, a área de Qualidade de Atendimento faz uma análise detalhada de todos os processos e procedimentos que geraram cada reclamação, redesenhando-os sempre que necessário, de modo a evitar que haja reincidência das ocorrências. Adicionalmente, esta área juntamente com a equipa de Formação e Desenvolvimento de Talentos, definem formações e acções de renovação de conhecimentos dirigidas a todas as equipas do SBA. Durante 2013, o SBA realizou um inquérito de satisfação de Clientes com os seguintes resultados: Clientes Empresas: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 60% dos 36 Clientes entrevistados; Clientes Private: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 63% dos 46 Clientes entrevistados; Clientes Particulares: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 79% dos 311 Clientes entrevistados. A média das pesquisas realizadas apontou para um índice de aprovação de 68% dos Clientes, que classificaram o SBA como excelente, resultando numa pontuação global de 7,20 em 10 nos diversos critérios avaliados, sendo eles: Atendimento e receptividade das Equipas; Apresentação e postura das Equipas; Acessibilidade e conhecimentos dos Gestores de Relacionamento para com seus Clientes; Preçário, produtos e ofertas; Organização, limpeza, acessibilidade e apresentação das Agências. Através deste inquérito foram ainda identificados pontos de melhoria que necessitam ser implementados, o que impulsionou a optimização de processos, prioritizando a agilidade na entrega de produtos e serviços aos nossos Clientes com maior qualidade e eficiência. Outro factor relevante em 2013 foi a identificação da importância da introdução de um processo mais eficiente de abertura de contas, que permita maior rapidez e eficiência na gestão de pedidos de produtos associados a conta-corrente/poupanças/investimentos. Foi ainda identificada a necessidade de implementar melhorias no sistema de Internet Banking, com mais opções disponíveis para os nossos Clientes, reduzindo a necessidade de estes se deslocarem fisicamente às agências e aumentando, desta forma, o seu conforto e segurança. Estes projectos tiveram início em 2013, estando prevista a sua implementação efectiva no decorrer de 2014. Em 2013 foi ainda realizado um trabalho de Cliente Mistério que permitiu uma avaliação mais precisa dos profissionais do Banco. Para 2014, o desafio para o Standard Bank de Angola é reduzir o número de reclamações e com isto aumentar o nível de satisfação dos nossos Clientes. Acreditamos que este resultado será alcançado em breve com a introdução dos novos projectos já mencionados. 52 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade 53 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Capital Humano A fim de construir uma instituição financeira sólida, rentável e que seja um modelo de excelência, o Standard Bank de Angola desenvolveu a capacidade de atrair e reter novos talentos. O SBA tem feito um investimento significativo em capital humano, criando equipas equilibradas, compostas principalmente por jovens profissionais Angolanos. Em 31 de Dezembro de 2013, a distribuição etária dos efectivos do Banco comprova a aposta clara em profissionais jovens, até aos 30 anos: 5% 13 % < 25 anos 25 - 30 anos 36 % O Banco tem implementado um processo de selecção rigoroso, que observa os seguintes passos: análise curricular da experiência e adequação à função; realização de testes de aptidão recomendados para a função; e entrevistas individuais com a Direcção de Recursos Humanos e a Direcção da função que se pretende preencher. Com o crescimento continuado do negócio, o Standard Bank de Angola tem vindo a criar mais postos de trabalho, tendo proporcionado um recrutamento directo crescente de pessoal nacional jovem. Em 31 de Dezembro de 2013, o quadro de pessoal do Banco era composto por 498 colaboradores. 46 % > 40 anos A distribuição dos efectivos do Banco por nível de escolaridade, em 31 de Dezembro de 2013, demonstra o investimento do Banco em profissionais com formação superior: Apresentamos de seguida a evolução do número de colaboradores: Licenciatura Bacharelato 35 % 50 % 498 600 500 253 245 187 88 78 45 17 100 28 200 165 166 300 0 2010 F 2011 M 2012 Total 2013 Pré-Universitário Frequência Universitária 4% 4% 352 400 31 - 40 anos 7% Curso Médio 54 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Recrutamento O mercado de trabalho Angolano, pelas suas características e especificidades, tem colocado alguns desafios ao Banco, nomeadamente a escassez de recursos qualificados, grande competitividade entre as empresas pelos recursos existentes, risco permanente de saída de quadros qualificados dada a riqueza de vagas em aberto no mercado, o que exige uma estratégia de capital humano focada na formação e motivação profissional de forma a reter os melhores quadros. O compromisso com o projecto de Angolanização e a escassez de quadros no mercado local incentivam o SBA a participar em eventos de recrutamento dedicados a candidatos de nacionalidade angolana a residir no estrangeiro. O Banco assumiu o compromisso de auxiliar a sua reintegração na sociedade e mercado de trabalho angolano através de acções de suporte específico. Seguem alguns dos eventos nos quais o SBA marcou presença durante 2013: O SBA aposta fortemente em programas de formação e desenvolvimento inovadores e alinhados com os objectivos e necessidades de cada departamento do Banco, estabelecendo parcerias com instituições credíveis e reconhecidas e desenhando programas de desenvolvimento com a dupla vertente técnica e comportamental. Durante o ano de 2013 foram ministradas 30.206 horas de formação para um total de 2.294 formandos. As principais iniciativas a nível do desenvolvimento do capital humano do Banco foram: Programa de recorrência mensal que visa facilitar a integração dos novos colaboradores dando-lhes uma visão geral da história do Standard Bank a nível global e local, missão, valores, estrutura organizacional, objectivos gerais de cada Direcção, produtos e serviços e objectivos estratégicos do Banco. Dá igualmente oportunidade aos novos colaboradores de conhecerem os principais interlocutores de todas as Direcções do Banco facilitando desta forma a adaptação à cultura e modus operandi do Banco. Elite Angolan Careers – Lisboa, Março 2013 Elite Angolan Careers – Luanda, Junho 2013 Elite Angolan Careers – Cape Town, Novembro 2013 Programa de Acolhimento para novos colaboradores Programas de Liderança Programa de desenvolvimento de competências comportamentais essenciais para o desempenho de excelência, promove relações interpessoais positivas que contribuem para o alcance dos objectivos individuais e de equipa e realça a importância da comunicação como meio fundamental para o sucesso das equipas e desenvolvimento individual. Para além destes eventos, o Banco estabelece ainda protocolos e relações próximas com as Universidades nacionais, tendo participado nos seguintes eventos durante o ano de 2013: Universidade Católica de Angola – Julho 2013 Primeiro Executive Master em Gestão Bancária, com a Universidade Católica do Porto e de Luanda, como estratégia de retenção de talento. Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais CIS – Outubro 2013 Universidade Metodista de Angola – Outubro 2013 Formação A prioridade do Banco é a participação activa na formação dos seus colaboradores, com particular ênfase na evolução da carreira pessoal, de modo a continuar a justificar o reconhecimento como Banco de referência em Angola. Ainda neste âmbito, o SBA continua a implementar uma cultura de transferência de conhecimentos da sua equipa mais experiente e com mais qualificações, para os colaboradores mais jovens. O SBA acredita que a liderança assenta em valores sólidos mas também, e fundamentalmente, num Capital Humano com o potencial necessário para entregarmos a excelência de serviço a que nos propusemos. Desta forma, e com o compromisso permanente de identificar atrair e seleccionar talento local que possa contribuir para a missão e plano estratégicos, o Banco procura sustentar esta estratégia com base na criação de um ambiente de aprendizagem e oportunidades de desenvolvimento constantes. Executive Master em Gestão Bancária 55 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Formações Técnicas Específicas Diversas formações realizadas pelo Banco direccionadas às necessidades específicas de cada área: Formação Localização Total de Horas Total de participações Executive Master: Gestão Bancária No país 5.600 20 Customer Experience No país 1.968 123 Risco de Crédito para Empresas No país 1.600 40 Fundamentos do Negócio Bancário No país 1.160 29 Vendas The Standard Bank Way No país 976 61 AML & KYC (Formação de Compliance) No país 626 161 Employee Performance Management (EPM) - Acolhimento No país 608 152 Especialização em Negócio Bancário No país 560 29 Operações internacionais e Noções gerais de crédito No país 520 13 Acolhimento: Call Center No país 512 outsourcing Lançamento do Cartão de Crédito No país 350 70 Produtos Financeiros e Bancários No país 336 14 Produtos de Seguros - workshop No país 252 45 Credit Application Management System (CAMS) No país 216 30 Contas Poupança - Workshop No país 214 107 No estrangeiro 200 5 Fundamentos do Negócio Bancário No país 160 10 Customer Experience - Coaching for Excellence No país 160 10 Flawless Consulting No estrangeiro 96 3 Business Profile No estrangeiro 48 1 SABA - Workshop No país 44 6 Windows 7 Enterprise Desktop Support Technician No país 40 7 Vendas The Standard Bank Way Basics of Group Physical Security No estrangeiro 40 1 Calypso System No estrangeiro 40 1 Platinum Programme for Private Bankers No estrangeiro 32 1 Conferência de Recursos Humanos No estrangeiro 32 2 CIB Sales and Relationship Management Development Programme No estrangeiro 24 1 CIB Credit Conference No estrangeiro 16 1 U.S. Currency Training Seminar No país 16 2 Salesforce para Banca de Empresas No país 8 6 Vendas para consultores WPB No país 5 10 Ferramenta de vendas (CRM) No país 2 24 Outras No país 408 60 56 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Programa de Integração e Mentoring para Estagiários Programa de integração e acompanhamento para jovens recémlicenciados, com 12 meses de duração e rotatividade por várias áreas do Banco de forma a permitir uma preparação abrangente e genérica do negócio. O Estagiário tem um mentor que o acompanha durante todo o período de estágio, definindo objectivos, avaliando e alinhando o desempenho ao longo do estágio. Se a avaliação final for positiva é oferecido ao Estagiário um posto efectivo no Banco numa das áreas que integrou durante o período de estágio. A visão do Banco para 2014 é dar continuidade ao forte investimento na formação do seu capital humano, promovendo em especial os seguintes aspectos: Manter o foco em programas de formação inovadores, alinhados com os objectivos das diferentes áreas; Apoiar a continuidade do Projecto Executive Master em Gestão Bancária a fim de desenvolver e reter talento; Desenvolver e implementar um programa de acolhimento específico por área; Deslocações a áreas de Excelência do Standard Bank Group: Viagens a diferentes geografias onde o Banco está presente que permitem períodos de observação, exposição e partilha de práticas de excelência existentes dentro do grupo. Programas de Desenvolvimento na Academia de Liderança do Grupo: Destes programas destacam-se o Foundation Leadership Training, o Management Essentials Programme, o Team Leader Programme e o Branch/Regional Management Development Programme. Programa de Mobilidade Internacional de quadros Angolanos: O objectivo deste programa é o de permitir que quadros do painel de talento Angolano possam passar períodos de 12 a 24 meses em “expatriação” de maneira a optimizar as suas competências e experiência para que no regresso possam assumir postos de maior responsabilidade. Deter um espaço para formação capaz de dar resposta às necessidades do Banco. 57 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Gestão de Riscos O Standard Bank Group dispõe de uma estrutura organizativa que, assente em princípios de uma gestão de riscos avançada, preserva a independência da função, mantendo a proximidade às áreas de negócio onde os riscos geralmente têm origem. De acordo com a estrutura do Grupo, o Presidente da Comissão Executiva é responsável pelo Sistema de Gestão de Riscos do Banco, garantindo um desenho adequado e a operacionalidade dos controlos, com base nos requisitos e orientações do Grupo. O Presidente da Comissão Executiva é apoiado nesta responsabilidade pelo Chief Risk Officer (CRO), que é um órgão independente responsável pela Função de Gestão de Riscos do Banco, tendo como principais objectivos o acompanhamento e avaliação do Sistema de Gestão de Riscos e o aconselhamento ao Conselho de Administração em matéria de Risco. Esta função é responsável essencialmente pelos Riscos de Crédito, Mercados, Taxa de Juro, Cambial, Liquidez, Operacional, Estratégico, Reputacional, Cumprimento e Sistemas de Informação. Para garantir a independência desta função, o CRO reporta ao Presidente da Comissão Executiva do Banco e ao CRO do Standard Bank Group. Legenda 1 Função da Gestão de Risco A função da Gestão de Risco promove, coordena, facilita e apoia o desenvolvimento dos processos de gestão de risco. Nestes termos, tem como principais objectivos o acompanhamento e avaliação do Sistema de Gestão de Riscos e o aconselhamento ao Conselho de Administração em matéria de Risco. O Standard Bank de Angola serve-se da gestão de riscos como instrumento que permite a optimização do uso do capital e a selecção das melhores oportunidades de negócio, optimizando a relação entre o Risco/Retorno para melhor responder às necessidades dos nossos accionistas. A política de gestão de riscos no SBA tem por objectivo gerir e controlar activamente a exposição à incerteza e está alinhada com os objectivos globais do Standard Bank Group. Neste sentido, o Banco tem-se dotado de elementos qualitativos (estrutura, sistemas e procedimentos), e quantitativos (metodologias e ferramentas) considerados necessários para maior eficácia da gestão. 58 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Modelo de Gestão de Risco O Standard Bank de Angola adoptou como modelo três linhas de actuação, o qual consideramos eficiente face aos riscos inerentes no negócio. A responsabilidade pela gestão de risco dentro de cada linha de defesa encontra-se no nível funcional e dos comités. As linhas de reporte garantem a segregação de funções e independência do modelo. As três linhas de actuação são descritas de seguida: Descrição Responsabilidades Gestão das Unidades de Negócio e de Suporte O principal responsável pela gestão de risco do Banco. A apreciação, avaliação e mensuração de riscos é um processo contínuo que está integrado nas actividades quotidianas do negócio. Este processo inclui a implementação de estrutura de gestão do grupo de risco, identificação de problemas e tomada de medidas correctivas sempre que necessário. A gestão de unidade de negócios também é responsável por informar os órgãos de gestão dentro do grupo. Grupo e unidade de negócio com funções de gestão de risco que são adequadamente independentes da gestão de negócios As funções de gestão de risco do grupo são primariamente responsáveis pela definição da estrutura do grupo de gestão de risco e políticas, proporcionando a supervisão e informação independente para a gestão executiva através da Comissão de Supervisão de Risco do Standard Bank Group, e para o Conselho de Administração através do comité de crédito, do risco, e do Comité de Gestão de Capital. Primeira linha de actuação Segunda linha de actuação As funções de gestão de risco das unidades de negócios visam implementar o modelo de gestão de risco do grupo, e política nas unidades de negócio, aprovar os riscos dentro de mandatos específicos e fornecer uma visão geral independente da eficácia da gestão de risco pela primeira linha de defesa. Terceira linha de actuação Função de Auditoria Interna Fornece uma avaliação independente da adequação e eficácia do quadro global de gestão de risco e estruturas de gestão de risco e relatórios para o Conselho de Administração através do Comité de Auditoria No que respeita à segunda linha de actuação, ela é composta por quatro funções que se passa a definir: c. Área Jurídica: Responsável pela Gestão prudencial por região e transaccional por tipos de produtos. a.Finanças: Responsável pela gestão de capital (TCM), Risco de liquidez, Carteira bancária, Risco de taxa de juro, Risco de negócio, Gestão fiscal e Controlo financeiro. d. Compliance: Responsável por assegurar o cumprimento de Leis e regulamentos existentes no Banco. b. Gestão de Riscos: Responsável pela gestão do Risco de crédito e país, Risco de mercado, Risco operacional incluindo Continuidade dos negócios, Confidencialidade, Gestão de coberturas (garantias e seguros) e Gestão integrada de riscos. Cada uma destas quatro funções é dotada de recursos, tanto a nível central como ao nível das linhas de negócio. Os recursos destinados às linhas de negócio suportam a gestão de negócio para garantir que os riscos são geridos de forma eficaz e o mais próximo da fonte de risco possível. 59 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Descrição da Gestão dos Riscos Descrição da Gestão dos Riscos Risco de Crédito A gestão do Risco de Crédito no SBA fundamenta-se numa abordagem global que abrange cada uma das fases do processo: análise, autorização, seguimento e, quando necessário, a recuperação. A gestão do Risco de Crédito no Banco baseia-se ainda nas normas, políticas, procedimentos, metodologias, ferramentas e sistemas, que constituem um suporte básico para uma gestão prudente. Com o objectivo de assegurar uma adequada gestão do risco, o modelo de gestão do Risco de Crédito é suportado por uma organização matricial, integrada na estrutura geral de controlo do Standard Bank Group, e que envolve todos os níveis que intervêm na tomada de decisão de risco mediante a atribuição de funções, definição de procedimentos, circuitos de decisão e ferramentas que delimitam claramente as responsabilidades. Um dos principais pilares na gestão rigorosa do Risco de Crédito é a correcta avaliação de risco dos clientes e das operações em todo o processo desde a concessão, seguimento e recuperação de crédito. Esta avaliação é baseada em procedimentos de análise bem definidos e atribuição de um rating de crédito. Nos termos do Aviso n.º 3/2012, emitido pelo BNA, as operações de crédito são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com as seguintes classes: Nível A: Risco nulo Nível B: Risco muito reduzido Nível C: Risco reduzido Nível D: Risco moderado Nível E: Risco elevado Nível F: Risco muito elevado Nível G: Risco de perda A classificação de cada operação de crédito é revista, no mínimo, anualmente, através de uma re-aferição/avaliação dos critérios que determinaram a sua classificação inicial: perfil económico e padrão comportamental do proponente/cliente, e eventuais garantias associadas, bem como o seu tipo, qualidade e montante de cobertura. A classificação de todos os créditos da carteira, ou daqueles cujos devedores actuem em determinado sector da actividade económica ou área geográfica, é revista sempre que a Comissão Executiva entende que existe risco de alterações significativas na conjuntura económica afectarem o risco das suas operações. Não obstante, o Banco revê mensalmente a classificação de cada crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela de capital ou dos encargos, observando-se a classificação de todas as operações de crédito de um mesmo cliente, para efeitos de constituição de provisões, na classe que apresentar maior risco. Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Risco de Mercado O departamento de Risco de Mercado é o responsável pela monitorização das exposições assumidas pela sala de Mercados, garantindo que estão de acordo com princípios definidos em políticas internas do Grupo. O controlo das operações diárias efectuado pela área de Risco de Mercado inclui todos os riscos de mercado relevantes à actividade do Banco, incluindo a avaliação de determinadas exposições a sensibilidades de risco futuras. São utilizadas várias metodologias, tais como o Value-at-Risk normal e Value-at-Risk sob stress, controlo dos ganhos e perdas, e a agregação de riscos idênticos de múltiplas unidades de negócio. Os princípios da gestão dos riscos de mercado necessários para quantificar, monitorizar e controlar a exposição ao Risco de Mercado são os seguintes: Identificação; Medição; Especificação da apetência pelo risco sob a forma de limites e alarmes; Backtesting; Validação do modelo; Validação dos preços e política de reconhecimento de proveitos. As unidades de negócio aprovam periodicamente as posições e contas de resultados. A distinção entre um limite e um alarme é a seguinte: Limites: Servem para controlar o perfil de risco do Banco e para garantir que o negócio opera dentro da apetência de risco do Banco. O CGAP ou uma parte autorizada pelo CGAP aprova os limites definidos. O incumprimento dos limites é remetido para a parte autorizada a definir o limite e exige a tomada imediata de acções correctivas sob a forma de alargamento ou redução do risco. Alarmes: Os alarmes são utilizados para monitorização; alertam a gestão quando são excedidos os limites definidos. O CGAP ou uma parte autorizada pelo CGAP aprova os alarmes. O incumprimento dos alarmes é remetido para a parte autorizada a definir o alarme. A gestão do Risco de Mercado no Standard Bank de Angola preconiza a política seguida pelo Grupo e assenta actualmente em seis pilares: a. Política de Risco de Mercado b. Teste de stress c. Princípio de Valor em Risco (VaR) d. Backtesting e. Risco taxa de juro da carteira de crédito f. IPV (Verificação independente do preçário) 60 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade a.Política de Risco de Mercado d.Backtesting O Standard Bank Group classifica o Risco de Mercado da seguinte forma: O departamento de Risco Mercado testa o rigor da métrica VaR através de um processo de backtesting, ou seja, uma comparação ex-post da medida do risco gerado pelo modelo VaR com as alterações diárias efectivas do valor da carteira atribuíveis a alterações das variáveis do mercado e reporta as excepções e respectivas justificações com periodicidade mensal ao ALCO. Risco de Mercado relacionado com instrumentos financeiros valorizados ao justo valor (MTM) e com matérias-primas. Risco de Mercado relacionado com o risco da taxa de juro da carteira de operações bancárias, que é coberto pela política de risco da taxa de juro da carteira de operações bancárias. Risco de Mercado relacionado com o risco de investimento na carteira de operações bancárias, monitorizado pelo Comité de activos e passivos (ALCO). f. Independent Price Validation (IPV) b.Teste de stress Os testes de stress são um complemento às outras medidas de análise de risco utilizadas pelo Banco, como o VaR e a sensibilidade a factores de Risco de Mercado. Estes cenários de stress são normalmente utilizados para evidenciar exposições que podem não estar explicitamente incorporadas nos cálculos do VaR e da sensibilidade local, tais como riscos de base ou de correlação a posições de opções out of the money que podem dar origem a perdas materiais em caso de ocorrência de movimentos anormais de mercado. Os testes de stress também procuram indicar a dimensão das perdas provocadas por um número improvável mas possível de eventos de choque face às actuais posições detidas. São conduzidos testes de stress a todas as carteiras para as quais foi calculado um VaR, destacando as variáveis de mercado a que cada uma das carteiras é particularmente vulnerável. c. Princípios VaR O Banco adoptou a metodologia de simulação histórica do VaR, com a seguinte base de monitorização das suas exposições: Regra geral, e de acordo com os princípios e procedimentos sobre cálculo do VaR, os dados históricos utilizados no cálculo são observáveis no mercado e, por conseguinte, defensáveis na perspectiva de um operador. Este cálculo também tem em consideração, implicitamente, a correlação de dados. Para operações em que existem posições não-lineares consideráveis, este tipo de cálculo é mais rigoroso que a variação/co-variação, porque tem explicitamente em conta efeitos de segunda e de terceira ordem. As questões de desempenho são menos significativas quando se utilizam VaR históricos, do que quando se adopta a simulação de Monte Carlo. São efectuadas simulações de Monte Carlo, no entanto, para apenas complementar o cálculo do VaR e auxiliar na análise de novas transacções sempre que necessário. A verificação de preços é o processo de comparação do justo valor dos activos e passivos financeiros, decorrente da inscrição de todas as variáveis de fecho do mercado nos sistemas oficiais do SBA pelo Front Office, com os valores determinados por partes independentes para garantir que o processo de avaliação global cumpra as políticas contabilísticas do Standard Bank. Risco Cambial No SBA, a gestão do Risco Cambial é da responsabilidade da Direcção de Mercado de Capitais, para a qual são transferidas, em tempo real, todas as posições originadas nas restantes áreas de negócio. Estão definidos e são diariamente controlados, os limites para posições abertas (NOP). Risco de Taxa de juro O Risco de Taxa de Juro diz respeito ao impacto que movimentos nas taxas de juro têm nos resultados e no valor patrimonial do Banco. Este risco deriva dos diferentes prazos de vencimento ou de reavaliação dos activos, passivos e posições fora de balanço da entidade (risco de reavaliação), face a alterações na inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva), face a variações na relação entre as curvas de mercado que afectam as distintas actividades bancárias (risco de base). O Risco de Taxa de Juro corresponde ao risco do valor actual dos cash-flows futuros de um instrumento financeiro sofrer flutuações em virtude de alterações nas taxas de juro de mercado. Risco de Liquidez A gestão do Risco de Liquidez é da responsabilidade da área de Gestão de Activos e Passivos (ALM) que monitoriza, mede e reporta o Risco de Liquidez do Banco. A área de ALM reporta os resultados de cada medida de Risco de Liquidez ao Comité de Activos e Passivos (ALCO). A área de Gestão de Activos e Passivos monitoriza o cumprimento dos requisitos regulamentares de liquidez e dos requisitos internos definidos na Política de Risco de Liquidez. Os limites, directrizes e 61 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico requisitos adicionais aplicam-se separadamente a cada moeda com peso significativo no balanço do Banco. Síntese de actividade Análise Financeira Identifique informações de gestão essenciais; Demonstrações Financeiras Forneça um mecanismo para a monitorização de sinais de alerta; O Banco analisa ainda as exposições ao Risco de Liquidez em conjunto com outros riscos, nomeadamente os riscos de crédito, de mercado, operacionais e legais. Registe os tipos e potenciais fontes de uma crise de liquidez; e A gestão do Risco de Liquidez do Banco está formalmente definida na Norma de Risco de Liquidez e na Política de Risco de Liquidez. Incorpore o princípio do mutuante de último recurso, no caso de o Banco falhar nos seus esforços em lidar eficazmente com uma crise de liquidez, visto que a causa pode ser muito grande ou que o Banco pode não ter capital suficiente. A Norma de Risco de Liquidez estabelece e define os princípios para exposição ao Risco de Liquidez por parte do Banco, bem como o quadro geral para uma gestão consistente e homogénea de identificação, medição, monitorização e reporte do Risco de Liquidez. A Norma de Risco de Liquidez está alinhada aos requisitos da Norma abrangente de Governação de Risco e define directrizes orientadoras para a gestão de Risco de Liquidez. Risco Operacional De acordo com a Norma de Risco de Liquidez, os princípios para gestão do Risco de Liquidez adoptados pelo Banco são os seguintes: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. Gestão do Desfasamento estrutural de liquidez Rácio de financiamento a longo prazo Manutenção de níveis mínimos de activos líquidos Restrições à concentração de depósitos Testes de stress e análises de cenário Planos de contingência de liquidez Rácio de transformação dos depósitos em moeda local Rácio de transformação dos depósitos em moeda estrangeira Dependência do mercado interbancário Gestão de liquidez intradiária Gestão de garantias (Colaterais) Gestão do Fluxo de caixa diário Preços de transferência de fundos (FTP) Planos de financiamento Quantificação do risco de financiamento A definição do perfil comportamental face ao Risco de Liquidez consta de documento anexo à Política de Risco de Liquidez. Neste documento é definido o perfil comportamental que deve ser aplicado às principais rubricas do balanço e extrapatrimoniais para ajudar a compilar o desfasamento de liquidez em condições normais de negócio, o desfasamento estrutural da liquidez, bem como os desfasamentos de financiamento dinâmicos e os desfasamentos estáticos de liquidez do Banco com base nos testes de stress de liquidez e nas análises de cenário. O SBA tem ainda definido um Plano de Contingência de Liquidez (LCP), que tem como objectivo atenuar, tanto quanto possível, o impacto de uma crise de liquidez estabelecendo uma estrutura de governação que: O Banco tem uma preocupação crescente com a mitigação do Risco Operacional, efectuando um investimento contínuo para aplicação das melhores práticas internacionais. A gestão do Risco Operacional no SBA preconiza a política seguida pelo Grupo e assenta actualmente em três pilares: a.Política de Gestão de Incidentes; b.Indicadores-chave de Risco Operacional (KRI); c. Sistema de Auto-Avaliação de controlos internos (RCSA). a.Política de Gestão de Incidentes A presente política envolve a identificação, registo, investigação, quantificação e reporte dos incidentes de Risco Operacional e a subsequente implementação de medidas correctivas. De acordo com esta política, os incidentes identificados por qualquer membro do SBA devem ser reportados em 48 horas, existindo uma consciencialização de todos os colaboradores para o nível de exposição a perdas financeiras e não financeiras que o Banco tem de gerir. Em consequência da identificação e captura dos incidentes operacionais, o Banco deve analisar e procurar melhorar os procedimentos e controlos internos, bem como procurar quantificar as perdas com base em modelos internos. b.Indicadores-chave de Risco Operacional A implementação de indicadores-chave de Risco Operacional é obrigatória em todo o Banco e é essencial para uma gestão do Risco Operacional numa base continuada. Estes indicadores permitem a definição de um perfil de risco e uma adequação das práticas de gestão de Risco Operacional ao nível do Banco. c. Sistema de Auto-Avaliação de controlos internos Indique a resposta do Banco a um problema de liquidez, incluindo a identificação precoce, escalonamento e directrizes para a gestão do Banco durante uma crise de liquidez; Permita compreender o impacto que uma crise de liquidez pode ter em todas as partes interessadas; De forma a identificar, avaliar e mitigar o Risco Operacional o Banco preconiza uma metodologia da auto-avaliação dos controlos internos, com base na qual são analisados os processos de negócio para identificar os riscos envolvidos, bem como as actividades de controlo necessárias à mitigação desses riscos. Periodicamente, deve ser 62 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade avaliada a operacionalidade das actividades de controlo identificadas. Esta avaliação é efectuada de acordo com um conjunto de passos e escalas de avaliação definidas globalmente para todo o grupo Standard Bank. Todas estas políticas e directrizes encontram-se formalmente definidas e divulgadas no SBA, criando um ambiente e um sistema de controlo adequado, de forma a garantir: A avaliação de risco utiliza medidas quantitativas e qualitativas é baseada na seguinte matriz de Categoria de Risco (representado pelas esferas coloridas apresentadas): Escala de Impacto Outros aspectos Impacto Financeiro Escalas A identificação dos riscos com base em ferramentas analíticas. Atenção dos órgãos internacionais de comunicação social 1. A avaliação com base em medidas quantitativas e qualitativas, que permitem definir a probabilidade, gravidade e a exposição ao risco. Medidas eficazes de controlo para reduzir ou eliminar o risco. Ter em conta os custos globais e os benefícios de acções correctivas proporcionando, sempre que possivel, escolhas alternativas. (Impactos complementares à avaliação de impacto financeiro) Incumprimento legal e regulamentar com processos Catastrófico ≥ 10M USD judiciais e aplicação de multas e penalidades (contraordenação muito grave) Interrupção parcial/total da actividade Perda de vidas humanas Incumprimento legal e regulamentar com obrigação de esclarecimentos ao governo 2. 3M ≤ I < 10M USD Alto Análise eficaz sobre qual o controlo, ou combinação de controlos, mais adequados à formulação de um plano de mitigação de riscos. Após a definição e implementação dos controlos adequados, deve ser mantido um acompanhamento periódico, para garantir a eficácia e acompanhar a evolução. Distúrbios ou interrupções significativas na actividade normal Danos graves ao nível de saúde pública e segurança nacional Incumprimento legal e regulamentar com processos judiciais e aplicação de multas e penalidades (contraordenação leve) 3. Médio Atenção dos orgãos nacionais de comunicação social Relatório escalado do perfil de risco residual e quaisquer alterações destacadas pelo processo de acompanhamento. 500K ≤ I < 3M USD Atenção dos orgãos locais de comunicação social Atrasos que comprometem a actividade normal Redução do nível de saúde pública e segurança nacional 4. Baixo I < 500K USD Incumprimento legal e regulamentar/aplicação de multas Danos ligeiros na saúde pública e segurança da sociedade Negligenciável 5. Muito Baixo I < 100K Atrasos ou trabalho adicional que não comprometem a actividade normal Incumprimento legal e regulamentar/aplicação de multas O cálculo da exposição efectiva baseia-se na avaliação qualitativa do impacto e da probabilidade. O impacto é definido como a perda média esperada no caso de materialização de um evento de risco, já considerando o ambiente de controlo existente. A avaliação do impacto deve considerar a diminuição de receitas, o aumento de custos e as despesas. Nível de Probabilidade Intervalo Descrição (qualitativa) Descrição (quantitativa) ]90 - 100%] Quase certo que ocorra Ocorrência semanal ou mais frequente 2. Provável ]70 - 90%] Mais provável que ocorra do que não ocorra Ocorrência mensal 3. Possível ]30 - 70%] Pode acontecer Ocorrência quadrimestral 4. Remota ]10 - 30%] Pouco provável Ocorrência anual ]0 - 10%] Muito pouco provável, mas não impossível Ocorrência inferior a uma vez por ano 1. Muito provável 5. Muito Remota 63 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Compliance A Função de Compliance do Banco foi criada desde o início de actividade do SBA em 2010. Esta Função tem como objectivo assegurar, em conjunto com as demais áreas do Banco a adequação, consolidação e funcionamento do sistema de controlo interno do Banco, com o intuito de mitigar os riscos de acordo com a complexidade dos negócios, bem como, disseminar um ambiente de controlo adequado para assegurar o cumprimento de Leis e regulamentos existentes no Banco. Em 31 de Dezembro de 2013 as principais políticas de actuação da Função de Compliance eram as seguintes: Política de Risco de Compliance Esta política tem na sua base a gestão da actividade do Banco de forma prudente, com vista a reduzir o risco de Compliance. Para efeito desta política e da respectiva Norma de apoio, o “risco de Compliance”, define-se como o risco de sanções legais ou regulamentares, perda financeira ou perda reputacional que o Banco possa sofrer em resultado do incumprimento das leis, regulamentos, códigos e normas de conduta e de boas práticas aplicáveis à sua actividade. Manual de Compliance O objectivo deste manual é fornecer um quadro conceptual para a Função de Compliance, servindo como fonte de referência para os colaboradores responsáveis pelo Compliance e dando orientações à administração das Unidades de Negócio (UN). Política de Combate ao Branqueamento de Capitais (“BC”) e Financiamento ao Terrorismo (“FT”) Esta política visa: (i) proteger a reputação e integridade do Banco, adoptando todas as medidas necessárias para evitar que o Banco seja usado por terceiros envolvidos em actividades de BC/FT; (ii) definir as medidas necessárias para responder às exigências regulamentares sobre esta matéria; (iii) estabelecer um processo que permita reconhecer, investigar e denunciar as actividades suspeitas às autoridades competentes. Política de Sanções Esta política destina-se a (i) dar execução ao compromisso de o Banco não se envolver com pessoas sujeitas a sanções; (ii) estabelecer um quadro de controlo de risco que garanta uma gestão eficaz pelo Banco dos riscos relacionados com sanções; e (iii) definir funções e responsabilidades para todas as pessoas envolvidas no processo. Para o efeito, o Banco reconhece (i) as sanções impostas pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), pelo Her Majesty’s Treasury (HMT), pelas Nações Unidas (NU) e pela União Europeia (UE); (ii) outro regime de sanções que a todo o momento o Banco venha a considerar aplicável; e bem como (iii) as sanções em vigor impostas pelas autoridades em Angola. Política de Gratificações A actividade do Banco deve ser exercida de forma profissional, lícita e em conformidade com o seu Código de Ética. O Banco pretende gerir, de forma adequada, qualquer tipo de conflito ou aparente conflito entre o interesse de um colaborador e a sua responsabilidade perante os seus clientes. A referida política estabelece a permissão, proibição, razão, limite, excepção, requisito de registo e aprovação necessários para aceitar ou oferecer gratificações ou entretenimento. Política e Procedimento de Safewatch É um sistema automático de verificação da lista de sanções e da lista negra de terroristas, que permite prevenir transferências interbancárias transfronteiriças via SWIFT, para ou de contas de particulares e entidades (incluindo os bancos correspondentes), constantes nessas listas. O sistema Safewatch para mensagens SWIFT é o sistema defensivo de vigilância do Grupo destinado a detectar infracções de sanções ou situações de financiamento do terrorismo, susceptíveis de causar a apreensão e confisco de fundos dos nossos clientes, ou até gerar um prejuízo financeiro. 64 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Síntese da Actividade Matriz de Risco O objectivo deste documento é o de: Ajudar a determinar o perfil ou categoria de risco de um potencial cliente, de acordo com a Lei Angolana, as Políticas internas do Banco e linhas orientadoras do Grupo. As categorias de risco baseiam-se nas políticas do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) e de outras entidades internacionais, no que diz respeito ao possível envolvimento em processos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo; Proteger a reputação e integridade do Banco e do Grupo, ao adoptar todas as medidas relevantes, no sentido de evitar que o Banco seja envolvido por terceiros em actividades de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo; Esta matriz permite identificar, verificar, determinar e atribuir o perfil de risco ao cliente. Adicionalmente, todos os clientes são classificados, em termos de perfil, de acordo com vários factores de risco, nomeadamente (i) Limites monetários (parâmetros mensais de rendimento individual ou proveitos de empresas); (ii) Origem geográfica (quer em termos singulares, quer em termos de entidades legais); (iii) Estatuto pessoal/jurídico; (iv) Tipo de negócio/organização ou ocupação; e (v) Produtos e serviços/ transacções. Política de Interesses Comerciais Externos O interesse comercial externo dos colaboradores pode originar um potencial conflito de interesse. Os colaboradores devem dedicar o seu tempo de trabalho às actividades do Banco. Os interesses que se afastem deste princípio não são permitidos. A presente política define a forma de mitigação do risco potencial para a reputação do Banco, que pode decorrer de interesses comerciais externos dos seus colaboradores. 65 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Análise Financeira Análise de Balanço Análise de Resultados Fundos Próprios Proposta de Aplicação de Resultados 68 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Análise Financeira 69 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Análise de Balanço Milhares de AOA 2013 2012 Var% ACTIVO Disponibilidades 31.113.533 17.399.988 79% Aplicações de liquidez 45.864.949 14.514.987 216% Títulos e valores mobiliários 31.426.615 14.123.603 123% 182.713 1.302.825 -86% 5.979 - 100% 34.101.852 9.527.811 258% Outros valores 2.630.603 2.625.571 0% Imobilizações 3.165.819 2.482.223 28% 148.492.063 61.977.008 140% 134.737.361 52.022.327 159% 691.349 315.528 119% 2.971 1.438 107% Outras captações 3.920.673 - 100% Outras obrigações 2.534.458 2.170.835 17% 181.125 27.268 564% 142.067.937 54.537.396 160% 9.530.007 9.530.007 0% Reservas 52.030 52.030 0% Resultados potenciais 86.989 63.145 38% Resultados transitados (2.205.570) (1.222.952) 80% Resultado líquido do exercício (1.039.330) (982.618) 6% 6.424.126 7.439.612 -14% 148.492.063 61.977.008 140% Créditos no sistema de pagamentos Operações cambiais Créditos Total do Activo PASSIVO Depósitos Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais Provisões para responsabilidades prováveis Total do Passivo FUNDOS PRÓPRIOS Capital social Total dos Fundos Próprios Total do Passivo + Fundos Próprios 70 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Análise Financeira Em 31 de Dezembro de 2013, o activo líquido total do Banco ascendia a AOA 148.492 milhões, traduzindo um aumento significativo de 140% face ao exercício anterior. O crescimento verificado no activo deve-se ao aumento favorável dos recursos captados de clientes e teve reflexo ao nível de praticamente todas as rubricas de activos, em especial disponibilidades, aplicações de liquidez, títulos e valores mobiliários e créditos. O elevado valor das rubricas de disponibilidades e aplicações de liquidez, num total de AOA 76.978 milhões, destina-se a ser aplicado na concessão de crédito a clientes, mediante os critérios internos de aceitação de risco. O crédito concedido apresenta em 2013 um crescimento de 258% face a 2012. A carteira de crédito em 31 de Dezembro de 2013 é composta maioritariamente por operações contratadas com empresas, que representam cerca de 73% do total. A carteira de crédito do SBA em 31 de Dezembro de 2013 é composta por 56% de operações em moeda estrangeira e 44% de operações em moeda nacional. Composição dos depósitos por moeda (em milhares de AOA) 80.000.000 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2013 Em Moeda Nacional 2012 Em Moeda Externa Composição da carteira de crédito por sector de actividade (valores em milhares de USD) Particulares Sector petrolífero e de gás 28 % 19 % Comércio por grosso e de retalhe Indústrias transformadoras 3% 4% Construção 7% 27 % 12 % Sector financeiro Outras empresas de serviços Outros O total do passivo também apresenta um crescimento significativo atingindo os AOA 142.068 milhões no final de 2013, o que representa um aumento de 160% face ao ano anterior. Neste aumento destaca-se o crescimento dos depósitos de clientes, resultado de um esforço continuado do Banco na captação de recursos, em especial de empresas. Em 2013 assistiu-se ao maior crescimento, tanto em termos absolutos como em termos percentuais, dos depósitos em moeda nacional, face àqueles em moeda estrangeira, devido sobretudo às alterações na legislação cambial em Angola, que obriga as empresas petrolíferas a efectuar os pagamentos, aos seus funcionários e aos seus fornecedores locais, em moeda nacional. Os depósitos em moeda nacional ascenderam a AOA 71.921 milhões. Apesar do crescimento atrás mencionado, a captação com depósitos em USD verificou também um crescimento assinalável pelo facto do Standard Bank de Angola ser visto como o Banco preferencial para muitas das empresas multinacionais do sector do petróleo e do gás natural. 71 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Análise de Resultados Milhares de AOA 2013 2012 Var% 2.836.342 1.698.563 67% 38.922 90.785 -57% Resultados de operações cambiais 2.907.818 1.384.071 110% Resultados de prestação de serviços financeiros 1.717.738 1.028.323 67% Produto Bancário 7.500.820 4.201.742 79% Margem financeira Resultados de negociações e ajustes ao justo valor (7.247.601) (5.227.614) 39% Amortizações Gastos administrativos (470.964) (246.328) 91% Provisões (549.381) (340.482) 61% (48.443) - 100% Resultados operacionais (815.569) (1.612.682) -49% Resultado não operacional 22.700 - Resultados antes de Impostos (792.869) (1.612.682) -51% Impostos sobre resultados (246.461) 630.064 -139% (1.039.330) (982.618) 6% Outros proveitos e custos operacionais Resultados Líquidos A demonstração de resultados do Banco evidencia o significativo crescimento em termos de actividade, quer actividade de Balanço, com a margem financeira a atingir os AOA 2.836 milhões (67% acima de 2012), quer operações cambiais e prestação de serviços financeiros, com aumentos de 110% e 67%, respectivamente. O produto bancário do Banco em 2013 atingiu os AOA 7.501 milhões, evidenciando um crescimento de 79%. No entanto, o exercício de 2013 tendo sido o terceiro ano completo de actividade do Banco, foi mantido o foco no investimento, de modo a dar continuidade ao plano de crescimento acelerado que se encontra em curso. Neste sentido, os gastos administrativos continuam a ser uma rubrica com peso relevante nos resultados do Banco, a qual teve um crescimento de 39% em 2013, cifrando-se nos AOA 7.248 milhões. No final do exercício de 2013, o prejuízo antes de impostos fixou-se em AOA 793 milhões, o que representa uma diminuição no prejuízo antes de impostos de 51% em relação a 2012, tendo como principal factor o forte crescimento da actividade do Banco e a poupança verificada ao nível dos custos operacionais. 72 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Análise Financeira 73 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Fundos Próprios O capital social manteve-se, no decurso do ano de 2013, em AOA 9.530 milhões. Contudo, o Banco procedeu à colocação de dívida subordinada no montante de USD 30 milhões contribuindo para o aumento dos Fundos Próprios Regulamentares. Este aumento influenciou positivamente a liquidez e permitiu ainda elevar o limite regulamentar do Banco. O rácio de solvabilidade regulamentar, no final de 2013, foi de 14,89%, acima do limite de solvabilidade exigido pelo BNA. Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 74 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Análise Financeira 75 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Proposta de aplicação de resultados Em conformidade com suas obrigações estatutárias, o Conselho de Administração apresentará à Assembleia Geral a proposta de transferir as perdas líquidas de 2013 (no montante de AOA 1.039.330.876) para Resultados Transitados. Pelo Standard Bank de Angola, SA Pedro Pinto Coelho (Presidente da Comissão Executiva) Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras e Notas Relatório de Auditoria Relatório e parecer do Concelho Fiscal 78 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Demonstrações Financeiras e Notas BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Notas Activo bruto Imparidade e amortizações Activo líquido Activo líquido Activo líquido Activo líquido 4 31.113.533 - 31.113.533 17.399.988 318.726 181.579 - Operações no mercado monetário interfinanceiro 5 34.350.999 - 34.350.999 9.013.943 351.890 94.066 - Operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda 5 11.513.950 - 11.513.950 5.501.044 117.948 57.407 - Mantidos para negociação 6 2.019.177 - 2.019.177 1.984.837 20.684 20.713 - Disponíveis para venda 6 29.407.438 - 29.407.438 12.138.766 301.249 126.675 Créditos no sistema de pagamentos 7 182.713 - 182.713 1.302.825 1.872 13.596 Operações cambiais 8 5.979 - 5.979 - 61 - Créditos 9 34.677.371 (575.519) 34.101.852 9.527.811 349.338 99.428 10 2.768.039 (137.436) 2.630.603 2.625.571 26.946 27.399 - Imobilizações financeiras 11 44.290 - 44.290 44.290 454 462 - Imobilizações corpóreas 12 2.605.326 (587.022) 2.018.304 1.365.956 20.675 14.255 - Imobilizações incorpóreass 13 1.405.163 (301.938) 1.103.225 1.071.977 11.301 11.187 150.093.978 (1.601.915) 148.492.063 61.977.008 1.521.144 646.767 ACTIVO Disponibilidades Aplicações de liquidez Títulos e valores mobiliários Outros valores Imobilizações Total de activo As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. 79 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. USD (Valores não auditados) AOA PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS 2013 2012 2013 2012 Notas Depósitos - Depósitos à ordem 13 127.974.350 44.989.317 1.310.964 469.490 - Depósitos a prazo 13 4.820.758 5.032.428 49.384 52.516 - Outros depósitos 13 1.942.253 2.000.582 19.896 20.877 Obrigações no sistema de pagamentos 7 691.349 315.528 7.082 3.293 Operações cambiais 8 2.971 1.438 30 15 Outras captações 14 3.920.673 - 40.163 - Outras obrigações 15 2.534.458 2.170.835 25.963 22.654 Provisões para responsabilidades prováveis 16 181.125 27.268 1.855 285 142.067.937 54.537.396 1.455.337 569.130 100.000 Total de passivo Capital social 17 9.530.007 9.530.007 100.000 Reservas e fundos 17 52.030 52.030 562 562 Resultados potenciais 17 86.989 63.145 (567) 493 Resultados transitados 17 (2.205.570) (1.222.952) (23.418) (13.118) (1.039.330) (982.618) (10.770) (10.300) 6.424.126 7.439.612 65.807 77.637 148.492.063 61.977.008 1.521.144 646.767 Resultado do exercício Total do capital próprio Total do passivo e do capital próprio As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. 80 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 USD (Valores não auditados) AOA Notas 2013 2012 2013 2012 - Proveitos de aplicações de liquidez 19 460.513 - Proveitos de títulos e valores mobiliários 19 965.570 915.648 4.772 9.597 695.510 10.006 7.290 - Proveitos de créditos 19 1.825.735 514.499 18.920 5.393 - - Proveitos de instrumentos financeiros activos Custos de instrumentos financeiros passivos - Custos de depósitos 19 (309.039) (427.416) (3.202) (4.480) - Custos de captações para liquidez 19 (34.693) 322 (360) 3 - Custos de outras captações 19 (71.744) - (743) - 2.836.342 1.698.563 29.393 17.803 Margem financeira Resultados de negociações e ajustes ao justo valor 20 38.923 90.785 403 952 Resultados de operações cambiais 21 2.907.818 1.384.071 30.133 14.507 Resultados de prestação de serviços financeiros 22 1.717.738 1.028.323 17.800 10.778 Provisões para créditos de liquidação duvidosa 16 (341.932) (256.638) (3.543) (2.690) 7.158.889 3.945.104 74.186 41.350 Resultado de intermediação financeira Custos administrativos e de comercialização Pessoal 23 (4.126.592) (2.727.777) (42.763) (28.591) Fornecimentos de terceiros 24 (3.121.009) (2.499.837) (32.342) (26.202) (3.087) - (32) - 12 (470.964) (246.328) (4.880) (2.582) Provisões sobre outros valores e responsabilidades prováveis 16 (137.436) - (1.424) - Provisões para prestação de garantias 16 3.034 (83.844) 31 (879) Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras Depreciações e amortizações Provisões para responsabilidades prováveis com pessoal 16 (73.047) - (757) - Outros proveitos e custos operacionais 25 (45.357) - (470) - (7.974.458) (5.557.786) (82.637) (58.254) (815.569) (1.612.682) (8.451) (16.904) Outros proveitos e custos operacionais Resultado operacional Resultado não operacional 26 22.700 - 235 - Resultado antes de impostos e outros encargos Encargos sobre o resultado corrente 27 (792.869) (246.461) (1.612.682) 630.064 (8.216) (2.554) (16.904) 6.604 (1.039.330) (982.618) (10.770) (10.300) Resultado líquido do exercício As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. 81 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DOS FUNDOS PRÓPRIOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 AOA Saldos em 31 de Dezembro de 2011 Apropriação do resultado líquido de 2011 Capital social Reservas e Fundos Resultados potenciais Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total dos fundos próprios 4.598.597 52.030 (90.464) (479.258) (743.694) 3.337.211 - - - (743.694) 743.694 - 4.931.410 - - - - 4.931.410 Variações do justo valor dos títulos disponíveis para venda - - 153.609 - - 153.609 Resultado líquido do exercício de 2012 - - - - (982.618) (982.618) Saldos em 31 de Dezembro de 2012 9.530.007 52.030 63.145 (1.222.952) (982.618) 7.439.612 Apropriação do resultado líquido de 2012 - - - (982.618) 982.618 - Variações do justo valor dos títulos disponíveis para venda - - 23.844 - - 23.844 Resultado líquido do exercício de 2013 - - - - (1.039.330) (1.039.330) Saldos em 31 de Dezembro de 2013 9.530.007 52.030 86.989 (2.205.570) (1.039.330) 6.424.126 Aumento de capital por entrada de dinheiro USD (Valores não auditados) Saldos em 31 de Dezembro de 2011 Apropriação do resultado líquido de 2011 Capital social Reservas e Fundos Resultados potenciais Resultados transitados Resultado líquido do exercício Total dos fundos próprios 50.000 562 (2.419) (5.192) (7.926) 35.025 - - - (7.926) 7.926 - 50.000 - - - - 50.000 Variações do justo valor dos títulos disponíveis para venda - - 5.036 - - 5.036 Resultado líquido do exercício de 2012 - - - - (10.300) (10.300) Variação cambial - - (2.124) - - (2.124) Aumento de capital por entrada de dinheiro Saldos em 31 de Dezembro de 2012 100.000 562 493 (13.118) (10.300) 77.637 Apropriação do resultado líquido de 2012 - - - (10.300) 10.300 - Variações do justo valor dos títulos disponíveis para venda - - 232 - - 232 Resultado líquido do exercício de 2013 - - - - (10.770) (10.770) Variação cambial - - (1.292) - - (1.292) 100.000 562 (567) (23.418) (10.770) 65.807 Saldos em 31 de Dezembro de 2013 As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. 82 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Recebimentos provenientes de: - Proveitos de aplicações de liquidez 531.661 829.220 5.509 8.692 - Proveitos de títulos e valores mobiliários 303.583 681.675 3.146 7.145 1.634.431 343.467 16.937 - - 3.600 - Proveitos de créditos Pagamentos de: (298.519) (509.899) (3.093) (5.345) - Custos de captações para liquidez - Custos de depósitos (34.693) 322 (360) 3 - Custos de dívidas subordinadas (41.728) - (432) - 2.094.735 1.344.785 21.707 14.095 - 90.785 - 952 Margem financeira Resultados de negociações e ajustes ao justo valor Resultados de operações cambiais 2.907.818 1.385.509 25.170 14.522 Resultados de prestação de serviços financeiros 1.717.738 1.028.323 17.800 10.778 Fluxos de caixa da intermediação financeira Pagamentos de custos administrativos e de comercialização Pagamento de encargos sobre o resultado Liquidação de operações no sistema de pagamentos Fluxos de caixa das operações 6.720.291 3.849.402 64.677 40.348 (7.296.044) (4.690.379) (75.607) (49.163) (36.114) - (374) - 1.495.933 (1.046.880) 15.502 (10.973) 884.066 (1.887.857) 4.198 (19.788) Investimentos em aplicações de liquidez (31.421.110) (9.676.689) (325.607) (102.322) Investimentos em títulos e valores mobiliários activos (16.565.420) 4.206.949 (171.662) 44.095 (5.979) - (62) - (24.640.825) (9.131.311) (255.345) (95.711) Investimentos em operações cambiais Investimentos em créditos Investimentos em outros valores (307.554) - (3.187) - (1.154.561) (1.948.930) (11.964) (20.428) 22.700 - 235 - (74.072.749) (16.549.981) (767.592) (174.365) 82.704.514 25.431.607 857.041 266.563 - (1.478.251) - (15.494) 3.890.657 - 40.318 - 1.533 - 16 - 305.524 - 3.166 - - 4.931.410 - 51.689 Fluxos de caixa dos financiamentos 86.902.228 28.884.766 900.541 302.758 Total de fluxos de caixa 13.713.545 10.446.928 137.147 108.605 Investimentos em imobilizações Outros ganhos e perdas não operacionais Fluxos de caixa dos investimentos Financiamentos com depósitos Financiamentos com captações para liquidez Financiamentos com dívidas subordinadas Financiamentos com operações cambiais Financiamentos com outras obrigações Aumento de capital Disponibilidades no início do exercício 17.399.988 6.953.060 181.579 72.974 Disponibilidades no fim do exercício 31.113.533 17.399.988 318.726 181.579 Variações em disponibilidades 13.713.545 10.446.928 137.147 108.605 As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras. 83 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 84 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 1. Nota Introdutória O Standard Bank Angola, S.A. (doravante também designado por “Banco” ou “SBA”), é um Banco de capitais privados com sede em Talatona, Luanda. O Banco foi autorizado a operar pelo Banco Nacional de Angola em 9 de Março de 2010, tendo iniciado a sua actividade operacional em 27 de Setembro de 2010. O Banco tem como objectivo o exercício da actividade bancária nos termos permitidos por lei, que inclui a obtenção de recursos de terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica, juntamente com seus recursos próprios, na concessão de empréstimos, depósitos no Banco Nacional de Angola (BNA), aplicações em instituições de crédito, aquisição de títulos e em outros activos, para os quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os câmbios de AOA face às divisas relevantes para a actividade do Banco eram os seguintes: USD EUR ZAR 2013 2012 97,62 134,39 9,31 95,83 126,38 11,26 Adicionalmente, o Conselho de Administração divulga as suas demonstrações financeiras em Dólares dos Estados Unidos. As demonstrações financeiras expressas em AOA foram convertidas para USD para efeitos de apresentação através da utilização das seguintes taxas de câmbio: i. Histórica: para as rubricas de capitais próprios; ii. De fecho: para a totalidade dos activos e passivos; iii.Média ponderada: para a demonstração de resultados de acordo com as seguintes taxas: Em 31 de Dezembro de 2013, o Banco dispõe de vinte e seis balcões, onze dos quais inaugurados durante o exercício de 2013. No que se refere à estrutura accionista e conforme detalhado na Nota 17, o Banco é detido maioritariamente pelo Standard Bank da África do Sul. Na Nota 28 encontram-se detalhados os principais saldos e transacções com accionistas e outras entidades do Grupo. As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2013 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de Março de 2014, e estão pendentes de aprovação pela Assembleia Geral. No entanto, o Conselho de Administração do Banco admite que venham a ser aprovadas sem alterações significativas. 2. Bases de apresentação e resumo das principais políticas contabilisticas 2.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras apresentadas neste relatório foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos pelo Banco de acordo com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano Contabilístico das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no Instrutivo nº 09/07 de 19 de Setembro, do Banco Nacional de Angola (adiante igualmente designado por “BNA”), e na Directiva n.º 04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das normas internacionais de contabilidade IAS/IFRS em todas as matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos que não se apresentem estabelecidos no CONTIF. As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 encontram-se expressas em milhares de Kwanzas Angolanos (AOA), conforme Aviso nº 15/2007, artigo 5º do BNA, tendo os activos e passivos denominados em moeda estrangeira sido convertidos para a moeda nacional, com base no câmbio médio indicativo publicado pelo BNA na data do balanço. Taxa de Encerramento Taxa média Ponderada 2013 2012 97,62 96,50 95,83 95,41 A diferença cambial resultante da conversão das demonstrações financeiras foi incluída na rubrica de Balanço “Resultados Potenciais”. 2.2 Principais Políticas Contabilísticas 2.2.1. Especialização dos Exercícios Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de vigência das operações de acordo com o princípio da especialização de exercícios, sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento. Os proveitos são considerados realizados quando: a) nas transacções com terceiros, o pagamento for efectuado ou assumido firme compromisso de efectiva-lo; b) na extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento simultâneo de um activo de valor igual ou maior; c) na geração natural de novos activos, independentemente da intervenção de terceiros; ou d) no recebimento efectivo de doações e subvenções. Os custos, por sua vez, são considerados incorridos quando: a) deixar de existir o correspondente valor activo, por transferência da sua propriedade para um terceiro; b) pela diminuição ou extinção do valor económico de um activo; ou c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente activo. 85 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 2.2.2. Proveitos com Serviços Prestados Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma: a) rendimentos de serviços e comissões que resultam de um acto significativo são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído; b) rendimentos de serviços e comissões reconhecidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem. 2.2.3. Operações em Moeda Estrangeira As operações de compra e venda de moeda estrangeira, quando liquidadas na data da sua contratação, são registadas nas contas patrimoniais do Banco. Caso a liquidação seja posterior à data de contratação, as mesmas são adicionalmente registadas em contas extrapatrimoniais. As operações em moeda estrangeira são registadas nas respectivas moedas, de acordo com os princípios do sistema multicurrency, com base na taxa de câmbio de referência do dia da operação, divulgada pelo BNA. Os proveitos e os custos não realizados decorrentes de operações activas e passivas indexadas à variação cambial, são registados nas contas representativas do proveito ou custo da aplicação ou captação efectuada. As variações e diferenças de taxas relativos à compra e venda de moedas estrangeiras a liquidar, ocorridas entre a data de contratação e de liquidação do contrato de câmbio, são contabilizadas na conta Resultados de Operações Cambiais, por contrapartida da conta patrimonial de Proveitos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras a Receber ou Custos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras a Pagar, conforme seja aplicável. 2.2.4. Títulos e Valores Mobiliários Atendendo às suas características e intenção aquando da sua aquisição, os títulos e valores mobiliários adquiridos pelo Banco são classificados numa das seguintes categorias: a)Títulos para negociação Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem activa e frequentemente negociados. Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são registados inicialmente pelo valor efectivamente pago. Posteriormente, são valorizados ao valor de mercado (justo valor), sendo a respectiva valorização ou desvalorização registada em contrapartida do resultado do exercício. b)Títulos mantidos até o vencimento Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários para os quais o Banco tem a intenção e capacidade financeira para os manter em carteira até à respectiva data de vencimento. Essa capacidade financeira é comprovada com base em projecção de fluxo de caixa, não considerando a possibilidade de venda dos títulos antes do vencimento. Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são registados pelo valor efectivamente pago, acrescido dos rendimentos obtidos pela fluência do prazo até ao vencimento, incluindo periodização do juro e do prémio/desconto. c)Títulos disponíveis para venda Nesta categoria são registados os títulos adquiridos com o propósito de serem eventualmente negociados e, por consequência, não se enquadram nas demais categorias. Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são registados inicialmente pelo valor efectivamente pago. Posteriormente, são ajustados pelo valor de mercado, sendo a respectiva valorização ou desvalorização registada em contrapartida da conta de fundos próprios, pelo valor líquido dos efeitos tributários, devendo ser transferidos para o resultado do período somente no momento da sua venda definitiva. A metodologia de apuramento do valor de mercado dos títulos utilizada pelo Banco é estabelecida com base em critérios consistentes e passíveis de verificação que levam em consideração as taxas praticadas na sala de mercados, correspondendo ao valor líquido provável de realização obtido mediante um modelo interno de valorização. Rendimentos de títulos e valores mobiliários Os rendimentos produzidos pelos títulos e valores mobiliários, relativos a juros auferidos pela fluência do prazo até ao vencimento ou dividendos declarados, são considerados directamente no resultado do período, independentemente da categoria em que tenham sido classificados. As perdas de carácter permanente em títulos e valores mobiliários são reconhecidas imediatamente no resultado do período, observado que o valor ajustado decorrente do reconhecimento das referidas perdas passa a constituir a nova base de valor para efeito de apropriação de rendimentos. Essas perdas não são revertidas em exercícios posteriores. Operações de compra de títulos com acordo de revenda Nos exercícios de 2013 e 2012, o Banco realizou operações de compra de liquidez temporária no mercado interfinanceiro com o Banco Nacional de Angola em que foram aplicados recursos recebendo Obrigações do Tesouro em garantia. Estas operações têm subjacente um acordo de revenda dos títulos numa data futura, por um preço previamente estabelecido entre as partes. Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados na carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de liquidação, no activo na rubrica “Aplicações de liquidez – Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda”, sendo periodizado o valor de juros na mesma rubrica (Nota 5). Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros com acordos de revenda correspondem à diferença entre o valor da revenda e o valor da compra dos títulos. O reconhecimento do proveito foi realizado conforme o princípio da especialização em razão da fluência do prazo das operações na rubrica “Proveitos de instrumentos financeiros activos” (Nota 19). 86 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 2.2.5. Operações de Crédito Os créditos são activos financeiros e devem ser registados pelos valores contratados, quando originados na própria instituição financeira, com as respectivas actualizações previstas nos contratos. Os juros associados a operações de crédito são periodizados ao longo da vida das operações por contrapartida de rubricas de resultados, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos. As responsabilidades por garantias e avales são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de resultados ao longo da vida das operações. Provisões para crédito de liquidação duvidosa e prestação de garantias O regime descrito encontra-se em vigor desde Março de 2008, em consequência do Aviso n.º 9/2007 de 12 de Setembro. Com o Aviso n.º 4/2009 de 18 de Junho, o BNA introduz uma alteração ao nível da classificação por arrastamento (art. 3º), restringindo o seu âmbito a critérios objectivos. Em 28 de Março, o BNA publicou o Aviso n.º 3/2012 que revoga o Aviso n.º 4/2009. Apesar deste Aviso manter as regras de aprovisionamento, veio colocar restrições à concessão de crédito em moeda estrangeira. Deste modo, a metodologia de apuramento das provisões para crédito concedido a Clientes, genericamente, mantém-se face ao exercício anterior. Nos termos do Aviso nº 3/2012, as operações de crédito são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com as seguintes classes: Nível A: Risco nulo Nível B: Risco muito reduzido Nível C: Risco reduzido Nível D: Risco moderado Nível E: Risco elevado Nível F: Risco muito elevado Nível G: Risco de perda A classificação de cada operação de crédito é revista, no mínimo, anualmente, através de uma re-aferição/avaliação dos critérios que determinaram a sua classificação inicial: perfil económico e padrão comportamental do proponente/cliente, e eventuais garantias associadas, bem como o seu tipo, qualidade e montante de cobertura. A classificação de todos os créditos da carteira, ou daqueles cujos devedores actuem em determinado sector da actividade económica ou área geográfica, é revista sempre que a Comissão Executiva entende que existe risco de alterações significativas na conjuntura económica afectarem o risco das suas operações. Não obstante, o Banco revê mensalmente a classificação de cada crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela do principal ou dos encargos, observando-se que a classificação das operações de crédito a um mesmo cliente, para efeitos de constituição de provisões, é efectuada na classe que apresentar maior risco. O crédito é classificado nos níveis de risco em função do tempo decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento, sendo os níveis mínimos de aprovisionamento calculados de acordo com o Aviso nº4/2011 conforme descrevemos: % Provisão tempo Tempo decorrido desde a entrada em incumprimento A B C D E F G 0% 1% 3% 10% 20% 50% 100% até 15 dias de 15 a 30 dias de 30 a 36 dias de 60 a 90 dias de 90 a 150 dias de 150 a 180 dias mais de 180 dias Para os créditos com prazo residual superior a 24 (vinte e quatro) meses é efectuada a contagem em dobro dos prazos previstos para a classificação do crédito em cada um dos respectivos de risco. As operações de crédito sem incumprimento são classificadas com base nos seguintes critérios definidos pelo Banco: Classe A: Créditos com garantia de contas bancárias cativas junto do SBA e/ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo total das garantias recebidas seja igual ou superior ao valor das responsabilidades; Classe B: Créditos com garantia de contas bancárias cativas junto do SBA e/ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do Tesouro, e Títulos do Banco Central), cujo total das garantias recebidas seja superior a 75% e inferior a 100% do valor das responsabilidades; e Classe C: Restantes créditos incluindo operações com outro tipo de garantias reais e operações apenas com garantia pessoal. As provisões para crédito concedido à data do balanço são classificadas no activo a crédito, na rubrica Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 9). Em 31 de Dezembro de 2013, as provisões para garantias e avales prestados e créditos documentários de importação não garantidos são classificadas no passivo, na rubrica “Provisões para responsabilidades prováveis na prestação de garantias” (Notas 16 e 18). O Banco procede à anulação de juros, calculados sobre o capital vencido, cujo vencimento tenha ocorrido há mais de 90 dias. 2.2.6. Imobilizações financeiras Participações em Outras Sociedades Nesta rubrica são consideradas as participações em sociedades nas quais o Banco detém, directa ou indirectamente, uma percentagem inferior a 10% do respectivo capital votante. Estes activos são registados pelo custo de aquisição, deduzido de eventuais provisões para perdas. 87 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 2.2.7. Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas correspondem sobretudo a equipamento informático, edifícios e terrenos e material de transporte, e incluí os custos acessórios indispensáveis, ainda que anteriores à escritura, tais como emolumentos notariais, corretagens, impostos pagos na aquisição e outros. As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição, sendo permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis. Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base na matéria colectável apurada de acordo com as regras fiscais em vigor e utilizando a taxa de imposto acima referida. A depreciação do imobilizado é calculada pelo método das quotas constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos seguintes anos de vida útil estimada: Os impostos diferidos activos e passivos são registados quando existe uma diferença temporária entre o valor de um activo ou passivo e a sua base de tributação. O seu valor corresponde ao valor do imposto a recuperar ou pagar em períodos futuros. Os impostos diferidos activos e passivos são calculados com base nas taxas fiscais em vigor para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo. Descrição 2.2.11. Provisões e Contingências Edifícios e Terrenos Equipamento: - Mobiliário e material - Equipamento informático - Material de transporte - Máquinas e ferramentas Anos de Vida Útil 50 10 3 3 6e7 2.2.8. Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas do Banco correspondem essencialmente aos custos de aquisição e desenvolvimento de software e às benfeitorias em imóveis de terceiros. As Imobilizações Incorpóreas são registadas ao custo de aquisição e são amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos, com excepção das benfeitorias em imóveis de terceiros, que correspondem a obras em imóveis arrendados, em que o prazo de amortização corresponde ao do contrato de arrendamento. Os gastos incorridos na fase da pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos não são reconhecidos como activos intangíveis, mas directamente como custos do exercício. 2.2.9. Operações Cambiais Em 2013 e 2012 o Banco contratou operações de compra e venda de moeda estrangeira (Spot e Forwards Cambiais), cujo valor de mercado foi registado na respectiva rubrica de Balanço “Operações cambiais”. As variações e diferenças de taxas sobre os valores relativos a compra e venda de moedas estrangeiras a liquidar, ocorridas entre a data de contratação e de liquidação do contrato de câmbio são reconhecidas na demonstração de resultados. 2.2.10. Impostos sobre lucros O SBA encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto. São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação. São reconhecidas contingências passivas em contas extrapatrimoniais quando (i) o Banco tem uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros, que não estejam sob o controlo da instituição, (ii) uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é reconhecida porque não é provável que a instituição tenha de a liquidar ou o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança. As contingências passivas são reavaliadas periodicamente para determinar se a avaliação anterior continua válida. Se for provável que uma saída de recursos seja exigida para um item anteriormente tratado como uma contingência passiva, é reconhecida uma provisão nas demonstrações contabilísticas do período no qual ocorre a mudança na estimativa de probabilidade. As contingências passivas são apenas objecto de divulgação. 2.2.12. Responsabilidades com pensões de reforma De acordo com a Lei nº 2/2000 e com os artigos 218º e 262º da Lei Geral do Trabalho, a compensação a pagar pelo Banco no caso de caducidade do contrato de trabalho por reforma do trabalhador determina-se multiplicando 25% do salário base mensal praticado na data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma pelo número de anos de antiguidade. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Banco tinha constituído provisões no montante de AOA 73.047 milhares (Nota 16) para fazer face a tais responsabilidades. Por outro lado, a Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma a todos os trabalhadores Angolanos inscritos na Segurança Social. O valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores. 88 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 3. Principais estimativas e incertezas associadas à aplicação das políticas contabilísticas Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, não existia qualquer compromisso formal do Banco quanto ao pagamento de complementos de reforma aos seus trabalhadores. As contas do Banco integram estimativas realizadas em condições de incertezas contudo, não foram criadas reservas ocultas ou provisões excessivas ou, ainda, uma quantificação inadequada de activos e proveitos ou de passivos e custos. 2.2.13. Reserva de actualização monetária dos fundos próprios Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do Banco Nacional de Angola sobre actualização monetária, o qual revogou o Aviso nº 10/2007, de 12 de Setembro, as instituições financeiras devem, em caso de existência de inflação, considerar mensalmente os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no Índice de Preços ao Consumidor. O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese que resulte em menor património líquido, quando se apresentarem opções igualmente válidas diante dos demais princípios contabilísticos. Determina a adopção do menor valor para os componentes do activo e maior para os do passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o património líquido. O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido mensalmente, a débito na demonstração de resultados, por contrapartida da reserva de actualização monetária dos fundos próprios. Na elaboração das demonstrações financeiras o Banco efectuou estimativas e utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas dos activos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são apreciados regularmente e baseiam-se em diversos factores incluindo expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis nas circunstâncias. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as demonstrações financeiras do Banco não consideraram os efeitos da modificação no poder de compra da moeda nacional, no valor contabilístico das contas de Imobilizações e dos Fundos Próprios, uma vez que Angola deixou de ser considerada uma economia hiper-inflacionária. Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas áreas significativas de Outras Provisões e Impostos Correntes e Diferidos e Modelo de Valorização de Títulos e Valores Mobiliários. 4. Disponibilidades Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 2.597.672 2.290.591 26.610 23.904 687.808 876.498 7.046 9.147 3.285.480 3.167.089 33.656 33.051 11.389.195 3.816.704 116.670 39.830 9.768.402 4.868.038 100.067 50.801 21.157.597 8.684.742 216.737 90.631 6.670.456 5.548.157 68.333 57.897 31.113.533 17.399.988 318.726 181.579 Valores em tesouraria Valores em moeda nacional Valores em moeda estrangeira Disponibilidades no Banco Central Valores em moeda nacional Valores em moeda estrangeira Disponibilidades em Instituições Financeiras Valores em moeda estrangeira 89 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. As disponibilidades no Banco Central dizem respeito a reservas obrigatórias não remuneradas que visam cumprir o disposto no instrutivo nº 3/2013, de 1 de Julho, do BNA que estabelece que as reservas obrigatórias devem ser constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função da respectiva denominação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem. De acordo com este instrutivo, a exigibilidade para a base de incidência, em moeda nacional e estrangeira, é de 15%, exceptuando os depósitos do Governo Local, em que se aplica uma taxa de 50% e Governo Central em que se aplica uma taxa de 100%. As disponibilidades em Instituições Financeiras correspondem a depósitos à ordem não remunerados, denominados em moeda estrangeira e domiciliados em instituições de crédito fora do país. 5. Aplicações de liquidez Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 14.111.340 - 144.556 - 289 - 3 - 20.238.369 9.012.107 207.321 94.047 1.001 1.836 10 19 34.350.999 9.013.943 351.890 94.066 Valore aplicado 11.499.957 3.816 704 117.805 56.524 Juros a receber 13.993 84.595 143 883 11.513.950 5.501.044 117.948 57.407 45.864.949 14.514.987 469.838 151.473 Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Banco Central (Depósito Overnight) - Valor aplicado - Juros a receber Outras instituições financeiras - Valor aplicado - Juros a receber Operações de Compra de títulos de Terceiros com Acordo de Revenda Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda com o BNA venciam juros à taxa média anual de 2,68% e 4,19%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2012, as operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda incluíam dois empréstimos adquiridos em mercado secundário, com vencimento inferior a três meses e uma taxa de remuneração de 6,22%. 90 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as aplicações de liquidez apresentavam o seguinte detalhe por prazos residuais de vencimento: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 34.345.510 7.092.381 351.834 74.013 5.489 1.921.562 56 20.053 34.350.999 9.013.943 351.890 94.066 Até um mês 3.013.950 2.084.641 30.875 21.755 Entre um e três meses 8.500.000 3.416.403 87.073 35.652 11.513.950 5.501.044 117.948 57.407 45.864.949 14.514.987 469.838 151.473 Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro Até um mês Entre um e três meses Operações de Compra de títulos de Terceiros com Acordo de Revenda Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as operações no Mercado Monetário Interfinanceiro venciam juros às seguintes taxas médias anuais por moeda: USD (Valores não auditados) AOA Taxas médias 2013 2012 2013 2012 2013 2012 14.111.629 - 144.559 - 0,75% n.a. 19.524.426 8.626.347 200.007 90.021 0,26% 0,36% 558.720 - 5.724 - 4,70% n.a. 5.491 5.162 56 54 0,40% 0,21% 150.733 382.434 1.544 3.991 0,65% 0,95% 34.350.999 9.013.943 351.890 94.066 Banco Central (Depósito Overnight) Kwanza Outras instituições financeiras Dólar Americano Rand Sul Africano Euros Coroas Suecas 91 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 6. Títulos e Valores Mobiliários Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição por categorias, tipo, moedas e indexantes: 2013 AOA Moeda Indexante Taxa média Valor nominal Custo de aquisição USD Actualização valor nominal Juros corridos Prémio/ Desconto Ajuste do justo valor Valor de Balanço Valor de Balanço 2.019.177 20.684 (Nota 17 e 20) (Nota 20) Títulos e valores mobiliários - Mantidos para Negociação Obrigações do Tesouro AOA USD 7,12% 1.972.176 1.921.348 50.820 50.857 10 (3.858) - Disponíveis para Venda Títulos do Banco Central AOA n.a. n.a. 5.500.000 5.465.450 - - 548 (1.247) 5.464.751 55.981 Bilhetes do Tesouro AOA n.a. n.a. 7.621.459 7.486.275 - - 34.424 (19.511) 7.501.188 76.842 Obrigações do Tesouro emitidas fora do país USD Taxa fixa 7,00% 2.830.756 3.120.054 - 24.769 (32.022) 18.497 3.131.298 32.077 Obrigações do Tesouro em moeda nacional AOA Taxa fixa 7,06% 6.139.100 6.142.600 - 104.129 (490) (6.836) 6.239.403 63.916 Obrigações do Tesouro em moeda estrangeira USD Libor 3,14% 7.321.425 6.278.121 - 77.781 571.971 142.925 7.070.798 72.433 29.412.740 28.492.500 - 206.679 574.431 133.828 29.407.438 301.249 31.384.916 30.413.848 50.820 257.536 574.441 129.970 31.426.615 321.933 2012 AOA Moeda Indexante Taxa média Valor nominal Custo de aquisição USD Actualização valor nominal Juros corridos Prémio/ Desconto Ajuste do justo valor Valor de Balanço Valor de Balanço 1.984.837 20.713 (Nota 17 e 20) (Nota 20) Títulos e valores mobiliários - Mantidos para Negociação Obrigações do Tesouro AOA USD 7,12% 1.935.951 1.926.067 9.765 50.731 - (1.726) - Disponíveis para Venda Títulos do Banco Central AOA n.a. n.a. 5.500.000 5.415.725 - - 34.446 - 5.450.171 56.876 Obrigações do Tesouro USD Libor 3,42% 7.171.178 7.186.500 - 84.803 (679.854) 97.146 6.688.595 69.799 12.671.178 12.602.225 - 84.803 (645.408) 97.146 12.138.766 126.675 14.607.129 14.528.292 9.765 135.534 (645.408) 95.420 14.123.603 147.388 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os títulos que compõem a carteira do Banco são na sua totalidade, títulos emitidos pelo BNA ou pelo Tesouro Angolano, classificados com o nível de risco A - Nulo. Esta política de investimento, centrada na rentabilidade e baixo risco, encontra-se em conformidade com os padrões de investimento do sistema bancário angolano. A forma de gestão de riscos e metodologias para a sua quantificação encontram-se descritas no capítulo de gestão de risco do relatório de gestão do Banco. Conforme descrito na Nota 2.2.4, o valor de mercado dos títulos corresponde ao valor líquido provável de realização, obtido com base num modelo interno de valorização. De acordo com esse modelo, as obrigações do tesouro emitidas fora do país e as obrigações denominadas em moeda estrangeira, são valorizadas considerando os seguintes inputs: (i) taxas médias da curva swap USD Libor, (ii) um spread de risco de crédito que corresponde à diferença entre a curva de mercado das Eurobonds e a curva de referência das obrigações em USD. É considerada a taxa de compra para determinar este spread, e (iii) um prémio de risco de liquidez de 200 pbs (crítico), uma vez que não existe um mercado activo para estes títulos. 92 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os títulos e valores mobiliários apresentavam a seguinte distribuição, de acordo com os prazos residuais de vencimento: USD (Valores não auditados) AOA Até um mês Entre um e três meses Entre três e seis meses Entre seis meses e um ano Entre um e cinco anos Superior a cinco anos 2013 2012 2013 2012 1.253.047 8.961.184 1.952.454 1.821.314 14.307.319 3.131.297 5.562.313 2.085.355 6.475.935 - 12.836 91.798 20.001 18.657 146.564 32.077 58.046 21.762 67.580 - 31.426.615 14.123.603 321.933 147.388 7. Créditos no sistema de pagamentos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA Recursos de terceiros em trânsito Outras operações pendentes de liquidação Recursos de terceiros em trânsito Compensação de cheques Compensação em ATM’s Relações com correspondentes Outras operações pendentes de liquidação Compensação de cartões de crédito Valores suspensos de operações de Leasing Outros 2013 2012 2013 2012 130.173 52.540 1.302.825 - 1.334 538 13.596 - 182.713 1.302.825 1.872 13.596 (390.470) (54.326) (35.487) (163.766) (147.504) - (4.000) (557) (364) (1.709) (1.539) - (178.349) (31.802) (915) (3.869) (389) (1.827) (326) (8) (40) (5) (691.349) (315.528) (7.082) (3.293) (508.636) 987.297 (5.210) 10.303 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os recursos de terceiros em trânsito no activo correspondem a pagamentos efectuados através do sistema bancário do Banco, mas cuja contrapartida ainda não foi reflectida no módulo de gestão de fornecedores. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo na rubrica “Compensação em ATM’s” refere-se a movimentos efectuados em ATM’s e POS do Banco nos últimos dias do ano e que aguardam compensação por parte da EMIS. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo na rubrica “Compensação de cartões de crédito” refere-se a pagamentos efectuados com cartões de crédito emitidos pelo Banco nos últimos dias do ano e que aguardam compensação por parte da EMIS. 93 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 8. Operações Cambiais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 69 - 1 - 5.910 - 60 - 5.979 - 61 - Proveitos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras De operações com entidades do Grupo De operações com outras entidades Proveitos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras De operações com entidades do Grupo De operações com outras entidades (4) - - - (2.967) (1.438) (30) (15) (2.971) (1.438) (30) (15) 3.008 (1.438) (31) (15) Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo desta rubrica corresponde a operações a aguardar liquidação financeira, tendo as mesmas sido liquidadas nos primeiros dias de 2014 e 2013, respectivamente, para as demonstrações de 31 de Dezembro de 2013 e 2012. 94 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 9. Crédito Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 18.858.043 4.964.798 193.181 51.811 685.653 2.502.965 7.024 26.120 388.928 365.045 3.984 3.809 4.167.365 1.562.275 42.690 16.303 132.532 43.768 1.358 457 Empréstimos Empresas Particulares Crédito em Conta Corrente Empresas Descobertos Empresas Particulares Crédito ao Consumo Empresas Particulares Crédito à Habitação 464.648 - 4.760 - 7.739.660 - 79.285 - 941.177 164.428 9.641 1.716 Leasing Empresas 838.406 48.603 8.589 507 Particulares 2.939 45.676 30 477 Cartões de Crédito 67.842 - 695 - Capital e juros vencidos Proveitos a receber Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 16) 26.697 12.131 273 127 363.481 172.177 3.724 1.796 34.677.371 9.881.866 355.234 103.123 (575.519) (354.055) (5.896) (3.695) 34.101.852 9.527.811 349.338 99.428 Em 31 de Dezembro de 2013, o conjunto dos vinte maiores clientes do Banco representava, aproximadamente, 70% do total da carteira de crédito. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido em moeda nacional vencia juros a uma taxa média anual de 12,77% e 14,3%, respectivamente, e o crédito concedido em moeda estrangeira vencia juros a uma taxa média anual de 9,24% e 14,9%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a totalidade da carteira de crédito concedido era remunerada a taxas de juro fixas, não existindo indexantes associados às operações. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o capital e juros vencidos indicados no quadro anterior representam apenas o valor das prestações de capital e juros em atraso. O valor total das operações em incumprimento é apresentado no quadro com a distribuição nos correspondentes níveis de risco. 95 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido apresentava a seguinte composição por moeda: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Kwanza 15.152.036 7.570.350 155.217 79.001 Dólar Americano 19.525.335 2.311.516 200.017 24.122 34.677.371 9.881.866 355.234 103.123 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o prazo residual do crédito concedido, apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 À vista 406.131 - 4.160 - Até três meses 586.064 9.039.663 6.004 94.334 Entre três e seis meses 772.730 - 7.916 - Entre seis meses e um ano 867.970 195.135 8.891 2.036 Entre um e cinco anos 21.038.022 611.326 215.513 6.380 Mais de cinco anos 6.265.739 35.742 64.186 373 Indeterminado 4.740.715 - 48.564 - 34.677.371 9.881.866 355.234 103.123 96 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido apresentava a seguinte composição por sector de actividade: USD (Valores não auditados) AOA 2013 Capital vincendo Capital vencido Particulares 9.664.271 Extracção de petróleo, gás natural e actividades relacionadas 9.483.738 Total 2012 2013 2012 26.697 9.690.968 - 9.483.738 2.796.714 99.274 29.185 902.042 97.151 9.413 Comércio por grosso e agentes de comércio 4.130.855 - 4.130.855 1.907.809 42.316 19.909 Construção 1.451.130 - 1.451.130 2.640.677 14.865 27.557 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 1.055.389 - 1.055.389 - 10.811 - 870.255 - 870.255 - 8.915 4.016 Actividades auxiliares de intermediação financeira Fabricação de máquinas e aparelhos eléctricos, N.E. 857.054 - 857.054 384.876 8.780 Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados 308.791 - 308.791 - 3.163 - Indústrias alimentares e de bebidas 125.459 - 125.459 - 1.285 - Pesca, aquacultura e actividades relacionadas 98.534 - 98.534 - 1.009 - Intermediação financeira 49.762 - 49.762 73.908 510 771 Comércio a retalho 13.000 - 13.000 - 133 - Transportes terrestres e transportes por condutas (Pipelines) 7.933 - 7.933 - 81 - Educação 5.586 - 5.586 - 57 - Actividades informáticas e conexas 2.017 - 2.017 - 21 - Actividades imobiliárias 1.981 - 1.981 - 20 - 6.524.919 - 6.524.919 1.175.840 66.843 12.272 34.650.674 26.697 34.677.371 9.881.866 355.234 103.123 Outras actividades de serviços, N.E. A distribuição dos créditos, incluindo os respectivos proveitos a receber, por classe de risco e respectivas provisões para créditos de liquidação duvidosa em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 era como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 Taxa de Provisão Operações regulares Operações em incumprimento Crédito Total Provisão Constituída Crédito Total (Nota 16) Provisão Constituída (Nota 16) Nível A - Nulo 0% 17.167.787 - 17.167.787 - 175.866 - Nível B - Muito Reduzido 1% 1.107.099 - 1.107.099 11.071 11.341 113 4.996 Nível C - Reduzido 3% 16.129.138 127.712 16.256.850 487.705 166.534 Nível D - Moderado 10% 4.772 19.308 24.080 2.408 247 25 Nível E - Elevado 20% 4.911 42.729 47.640 9.528 488 98 Nível F - Muito Elevado 50% 2.154 16.063 18.217 9.109 187 93 Nível G - Risco de Perda 100% 12.408 43.290 55.698 55.698 571 571 34.428.269 249.102 34.677.371 575.519 355.234 5.896 97 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. USD (Valores não auditados) AOA 2012 Taxa de Provisão Capital vincendo Capital vencido Total Provisão Constituída Crédito Total (Nota 16) Provisão Constituída (Nota 16) Nível A - Nulo 0% 520.962 - 520.962 - 5.437 - Nível B - Muito Reduzido 1% 889.381 - 889.381 8.894 9.281 93 Nível C - Reduzido 3% 8.450.814 5.888 8.456.702 253.702 88.251 2.648 Nível D - Moderado 10% 54 - 54 5 1 19 Nível E - Elevado 20% 8.521 425 8.946 1.789 93 Nível F - Muito Elevado 50% - - - - - - Nível G - Risco de Perda 100% 3 5.818 5.821 5.821 61 61 9.869.735 12.131 9.881.866 270.211 Provisão para a Prestação de Garantias 103.123 2.820 83.844 875 354.055 3.695 Tal como referido na Nota Introdutória, o SBA iniciou actividade em Setembro de 2010, pelo que a carteira de crédito é ainda muito recente, apresentando um reduzido nível de incumprimento e, consequentemente, encontrando-se concentrada nos níveis de risco mais baixos. Neste sentido, não existem ainda operações de crédito renegociadas. De 31 de Dezembro de 2012 para 31 de Dezembro de 2013, a migração do risco dos tomadores de crédito pode ser apresentado como se segue: 2012 2013 Nível A Nível B Nível C Nível D Nível E Nível G Nivel A Nivel B Nivel C Nivel D Nivel E Nivel F Nivel G Abates Liquidações Total 0,00% 8,32% 0,80% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 49,30% 0,00% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,15% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,35% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,16% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,50% 0,00% 0,08% 0,00% 0,00% 0,00% 0,05% 0,00% 0,00% 0,05% 5,28% 0,68% 29,76% 0,00% 0,01% 0,00% 5,28% 9,00% 85,57% 0,00% 0,10% 0,05% 9,12% 4,50% 49,31% 0,15% 0,35% 0,16% 0,58% 0,10% 35,73% 100,00% Da análise da evolução do nível de risco dos tomadores de crédito, verificamos que do total dos créditos em 31 de Dezembro de 2012, no montante de AOA 9.881.866 milhares, 35,73% foram liquidadas durante o exercício de 2013. As movimentações entre os níveis de risco indicam também que 49,30% não sofreram mudança de nível, 13,63% das operações diminuiu de nível de risco e apenas 1,24% migraram para níveis de risco mais gravosos. Durante os exercícios de 2013 e 2012, o Banco efectuou um reforço líquido das provisões para crédito de liquidação duvidosa de AOA 341.932 milhares e AOA 256.638 milhares, respectivamente (Nota 16). 98 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 10. Outros Valores Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, estas rubricas apresentam a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Créditos fiscais Por diferenças temporárias - (34.001) - (355) 1.466.869 1.665.956 15.027 17.385 1.466.869 1.631.955 15.027 17.030 Rendas e Alugueres 549.271 383.767 5.627 4.005 Adiantamentos e antecipações Salariais 286.010 314.178 2.930 3.279 46.750 101.866 479 1.063 241.493 50.405 2.474 526 Economato 94.778 126.625 971 1.321 Outros 73.713 16.775 752 175 1.292.015 993.616 13.233 10.369 Comissões de assessoria financeira 6.500 - 67 - Outros 2.655 - 27 - Por prejuízos fiscais (Nota 27) Despesas com custo diferido LISA School Certificates Seguros Proveitos diferidos 9.155 - 94 - Outros valores activos 2.768.039 2.625.571 28.354 27.399 Provisões Específicas para Perdas (Nota 16) (137.436) - (1.408) - 2.630.603 2.625.571 26.946 27.399 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de créditos fiscais por prejuízos fiscais corresponde ao imposto diferido activo resultante dos benefícios decorrentes do artigo 23 ponto 1 da alínea d) da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, de acordo com o qual os prejuízos fiscais apurados pelo Banco poderão ser deduzidos em exercícios futuros (Nota 27). 99 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 11. Imobilizações Financeiras Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica inclui apenas a participação do Banco no capital da EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, S.A.R.L. (EMIS), com sede em Luanda, a qual se encontra valorizada pelo custo de aquisição uma vez que o Banco detém uma participação inferior a 10% do capital votante. A EMIS foi constituída em Angola com a função de gestão dos meios electrónicos de pagamentos e serviços completares. Adicionalmente, à data de emissão deste relatório ainda não se encontravam disponíveis as contas desta participada, referentes ao exercício de 2013. Durante os exercícios de 2013 e 2012 esta entidade não distribuiu dividendos. A última informação financeira disponível desta participada é a seguinte (valores em milhares de AOA): Demonstrações financeiras da EMIS Participação EMIS 2012 2011 % Valor Activo Líquido Fundos próprios Resultado do exercício 1,97% 44.290 4.973.606 1.387.605 92.970 Activo Líquido Fundos próprios Resultado do exercício 4.124.483 737.942 87.711 12. Imobilizações Incorpóreas, Corpóreas e em Curso Em 2013 e 2012, esta rubrica apresentou o seguinte movimento: 31-12-2012 Reclassificações Aquisições Abates Transferências Amortizações do Exercício 31-12-2013 USD (valores não auditados) - 655.733 132.616 - 31.919 - 820.268 8.403 Imobilizações Corpóreas Imóveis de uso Equip. Mobiliário e Material 171.598 - 209.999 (52.155) 177.071 (35.932) 470.581 4.821 Equip. Informático 280.978 - 148.028 - 28.842 (160.636) 297.212 3.045 Material de Transporte Máquinas e Ferramentas 35.058 - 30.732 - - (19.142) 46.648 478 123.070 - 154.727 - 41.046 (25.000) 293.843 3.010 Património Artístico - - 2.249 - - - 2.249 23 Outros - - - - - - - - 755.252 5.978 73.838 - (747.565) - 87.503 895 1.365.956 661.711 752.189 (52.155) (468.687) (240.710) 2.018.304 20.675 - 120.254 116.750 - 22.935 (66.770) 192.169 1.969 1.065.999 (775.987) 358.286 (20.510) 445.752 (162.484) 911.056 9.332 5.978 (5.978) - - - - - - 1.071.977 (661.711) 475.036 (20.510) 468.687 (230.254) 1.103.225 11.301 2.437.933 - 1.227.225 (72.665) - (470.964) 3.121.529 31.976 Imobilizações Corpóreas em curso Imobilizações Incorpóreas Software Benfeitorias em Imóveis de Terceiros Imobilizações Incorpóreas em curso 100 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Amortizações do Exercício Transferências 31-12-2012 USD (valores não auditados) 31-12-2011 Aquisições Abates 23.535 156.783 (1.304) - (7.416) 171.598 1.791 363.707 62.006 - 3.695 (148.430) 280.978 2.932 Imobilizações Corpóreas Equip. Mobiliário e Material Equip. Informático Material de Transporte 15.854 30.187 - - (10.983) 35.058 366 Máquinas e Ferramentas 34.146 96.676 - - (7.752) 123.070 1.284 - - - - - - - Outros Imobilizações Corpóreas em curso - 755.252 - - - 755.252 7.882 437.242 1.100.904 (1.304) 3.695 (174.581) 1.365.956 14.255 298.089 863.862 (20.510) (3.695) (71.747) 1.065.999 11.125 Imobilizações Incorpóreas Benfeitorias em Imóveis de Terceiros Imobilizações Incorpóreas em curso - 5.978 - - - 5.978 62 298.089 869.840 (20.510) (3.695) (71.747) 1.071.977 11.187 735.331 1.970.744 (21.814) - (246.328) 2.437.933 25.442 Em 2013 as reclassificações dizem essencialmente respeito a agências anteriormente arrendadas que foram entretanto adquiridas pelo Banco. 13. Depósitos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Em moeda nacional 68.267.601 14.637.751 699.330 152.753 Em moeda estrangeira 59.706.749 30.351.566 611.634 316.737 127.974.350 44.989.317 1.310.964 469.490 Em moeda nacional 2.477.240 1.749.838 25.376 18.260 Em moeda estrangeira 2.323.709 3.273.301 23.804 34.159 19.809 9.289 204 97 4.820.758 5.032.428 49.384 52.516 1.176.591 - 12.053 - 765.662 2.000.582 7.843 20.877 1.942.253 2.000.582 19.896 20.877 134.737.361 52.022.327 1.380.244 542.883 Depósitos à ordem Depósitos a prazo Custos a pagar Outros depósitos Em moeda nacional Em moeda estrangeira 101 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros depósitos” refere-se a montantes depositados por clientes, que se encontram cativos para garantia de crédito concedido e cartas de crédito emitidas. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo em moeda nacional venciam juros a uma taxa média anual de 4,28% e 2,72% e os depósitos a prazo em moeda estrangeira venciam juros a uma taxa média anual de 0,40% e 0,52%, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos apresentavam a seguinte distribuição por sector de actividade: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Indústrias transformadoras 53.885.095 14.348.841 551.997 149.739 Prestação de serviços 50.504.296 15.029.113 517.364 156.838 Particulares 7.859.731 960.097 80.515 10.019 Comércio por grosso e retalho 6.339.973 5.864.493 64.946 61.197 Construção 3.992.923 4.577.460 40.903 47.769 Actividades informáticas e conexas 2.725.015 - 27.915 - Seguros, fundos de pensões 2.055.622 - 21.058 - Aluguer de máquinas e de equipamentos 1.499.130 - 15.357 - Educação 1.490.130 964.413 15.265 10.064 Indústrias extractivas 1.437.943 2.547.616 14.730 26.586 Transportes 1.337.906 151.669 13.705 1.583 Organismos internacionais e outras instituições 630.657 - 6.460 - Intermediação financeira 511.502 4.725.148 5.240 49.310 Outros 467.403 2.853.477 4.789 29.778 134.737.361 52.022.327 1.380.244 542.883 Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo apresentavam a seguinte distribuição por prazo residual de maturidade: USD (Valores não auditados) AOA Até três meses 2013 2012 2013 2012 3.857.866 3.815.337 39.520 39.815 Entre três e seis meses 321.645 245.594 3.295 2.563 Entre seis meses e um ano 630.260 518.400 6.456 5.410 10.987 453.097 113 4.728 4.820.758 5.032.428 49.384 52.516 Entre um e cinco anos 102 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 14. Outras Captações Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA Dívidas subordinadas Em moeda estrangeira Outras captações contratadas Em moeda estrangeira 2013 2012 2013 2012 - - - - 2.958.586 - 30.308 - 2.958.586 - 30.308 - - - - 962.087 - 9.855 - 962.087 - 9.855 - 3.920.673 - 40.163 - Durante 2013, o Banco tomou do Standard Bank South Africa no montante de USD 30 milhões, a qual se destinou ao aumento dos fundos próprios regulamentares de forma a alargar limites importantes para a actividade do Banco. Em 31 de Dezembro de 2013, o valor da dívida subordinada ascendia a AOA 2.958.586 milhares, incluindo AOA 30.016 milhares de juros a pagar. A esta data, a dívida subordinada é remunerada à taxa de juro Libor mais um spread de 3,6% (4,6% a partir do quinto ano). A dívida subordinada tem um prazo de 10 anos com possibilidade de reembolso antecipado a partir do quinto aniversário, em todas as datas de vencimento de juros com aviso prévio de 10 dias antes do reembolso. Em 31 de Dezembro de 2013, as outras captações contratadas correspondem a descobertos em depósitos à ordem domiciliados em instituições de crédito fora do país, não remunerados. 103 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 15. Outras Obrigações Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 80.557 11.260 46.839 40.729 - 825 115 480 425 - 1.163.732 68.921 1.322.930 - 11.921 706 13.806 - 591.376 465.733 6.058 4.860 21.233 15.999 218 167 525.862 12.839 - 5.387 134 - 24.678 312.605 253 3.262 2.534.458 2.170.835 25.963 22.654 Obrigações fiscais Encargos fiscais a pagar - retidos de terceiros Provisão para encargos fiscais a pagar (Nota 27) Impostos diferidos por diferenças temporárias (Nota 27) Saldos com entidades relacionadas Participações e contribuições sobre os resultados a pagar Obrigações com pessoal Contribuição Segurança Social Honorários a pagar Fornecedores Outros Os saldos com entidades relacionadas respeitam a valores pagos pelo Standard Bank da África do Sul por conta do SBA, para posterior reembolso por parte deste último. Estes valores incluem essencialmente o valor dos activos do escritório de representação do Standard Bank da África do Sul em Angola que passaram para propriedade do SBA quando este iniciou actividade, incluem ainda custos incorridos com pessoal cedido ao SBA. O saldo da rubrica “Obrigações com pessoal” inclui a provisão para férias e subsídio de férias dos colaboradores e o aprovisionamento do prémio anual de produtividade do Banco em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo da rubrica “Fornecedores” diz respeito ao valor de serviços prestados e bens adquiridos cujas facturas ainda não foram recepcionadas pelo Banco. 104 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 16. Provisões O movimento nas provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte: AOA 31-12-2011 Reclassificações Reforços Reversões 31-12-2012 Reforços Reversões Utilizações 31-12-2013 (Nota 18) Provisões para risco de crédito Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 9) 13.573 - 256.638 - 270.211 479.233 (137.301) (36.624) 575.519 13.573 - 256.638 - 270.211 479.233 (137.301) (36.624) 575.519 - - - - - 137.436 - - 137.436 - - 83.844 - 83.844 70.942 (73.976) - 80.810 337.950 (337.950) - - - - - - - - - - - - 73.047 - - 73.047 Outras provisões no activo Provisões específicas para perdas (Nota 10) Outras provisões Provisões para responsabilidades prováveis na prestação de garantias (Nota 18) Responsabilidades prováveis de natureza administrativa e de comercialização Provisões para compensação por reforma Outras provisões para responsabilidades prováveis 34.218 (6.950) - - 27.268 - - - 27.268 372.168 (344.900) 83.844 - 111.112 143.989 (73.976) - 181.125 385.741 (344.900) 340.482 - 381.323 760.658 (211.277) (36.624) 894.080 105 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. USD (Valores não auditados) 31-12-2011 Reclassificações Reforços Reversões Variação cambial 31-12-2012 Reforços Reversões Utilizações Variação cambial 31-12-2013 (Nota 18) Provisões para risco de crédito Provisão para créditos de liquidação duvidosa (Nota 9) 142 - 2.690 - (12) 2.820 4.966 (1.423) (380) (88) 5.896 142 - 2.690 - (12) 2.820 4.966 (1.423) (380) (88) 5.896 - - - - - - 1.424 - - (16) 1.408 Provisões para Responsabilidades Prováveis na Prestação de Garantias (Nota 18) - - 879 - (4) 875 735 (767) - (16) 828 Outras provisões para responsabilidades prováveis com pessoal 3.547 (3.547) - - - - - - - - - - - - - - - 757 - - (9) 748 359 (72) - - (2) 285 - - - (6) 279 3.906 (3.619) 879 - (5) 1.160 1.492 (767) - (30) 1.855 4.048 (3.619) 3.569 - (18) 3.980 7.882 (2.189) (380) (135) 9.159 Outras provisões no activo Provisões Específicas para Perdas Outras provisões Provisões para compensação por reforma Outras provisões para responsabilidades prováveis No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Banco tinha constituído provisões no montante de AOA 73.046 milhares, para fazer face a responsabilidades eventuais com reformas, de acordo com a Lei nº 2/2000 e com os artigos 218º e 262º da Lei Geral do Trabalho (Nota 2.2.12). Em 31 de Dezembro de 2013, o Banco tinha registado uma provisão específica para perdas operacionais, no montante de AOA 137.436 milhares, relacionada com falhas operacionais no processamento de instruções de clientes. Durante o exercício de 2013, o Banco abateu ao activo operações de crédito totalmente provisionadas, no montante de AOA 36.624 milhares, classificadas na classe de risco G há mais de seis meses e com prazo de incumprimento superior a 180 dias. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2012, as provisões para responsabilidades prováveis na prestação de garantias apareciam deduzidas ao valor do crédito concedido. Em 2013 essas provisões foram registadas na respectiva rubrica do passivo. Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Responsabilidades prováveis com pessoal” dizia respeito ao subsídio de férias dos colaboradores e ao aprovisionamento do prémio anual de produtividade do Banco. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 estes saldos estão registados em na rubrica de “Outras obrigações passivas”. Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Responsabilidades prováveis de natureza administrativa e de comercialização” incluía honorários a pagar a auditores. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esses valores foram registados na rubrica “Outras obrigações passivas”. 106 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 17. Fundos Próprios Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o capital social do Banco era composto por 1.000.000 acções com o valor nominal de USD 100 (equivalente a AOA 9.530.007), integralmente subscritas e realizadas pelos seguintes accionistas: 2013 2012 Valor Nominal Número de acções AOA Valor Nominal USD % AOA USD % Standard Bank Group Limited 509.996 4.860.265 51.000 51,00% 4.860.265 51.000 51,00% AAA Activos, Lda. 490.000 4.669.703 49.000 49,00% 4.669.703 49.000 49,00% Outros accionistas 4 39 - 0,00% 39 - 0,00% 1.000.000 9.530.007 100.000 100,00% 9.530.007 100.000 100,00% Reservas e Fundos O Capital para constituição do Banco foi recebido previamente pelo escritório de representação, que fez a sua aplicação em títulos do Tesouro Público de Angola. A remuneração destes títulos foi reconhecida nesta rubrica no momento da constituição do Banco, uma vez que não se tratou de resultados da sua actividade. Resultados potenciais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Reservas de reavaliação dos títulos disponíveis para venda Variação do valor de mercado (Nota 6) 133 828 97.146 1.371 1.014 Impostos diferidos (Nota 27) (46.839) (34.001) (480) (355) 86.989 63.145 891 659 Variação Cambial - - (1.458) (166) - - (1.458) (166) 86.989 63.145 (567) 493 107 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Resultados transitados Em 31 de Dezembro de 2013 e 201, os resultados transitados correspondem à apropriação dos resultados dos exercícios anteriores, com o seguinte detalhe: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Resultado do exercício de 2010 (479.258) (479.258) (5.192) (5.192) Resultado do exercício de 2011 (743.694) (743.694) (7.926) (7.926) Resultado do exercício de 2012 (982.618) - (10.300) - (2.205.570) (1.222.952) (23.418) (13.118) 18. Rubricas Extrapatrimoniais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Garantias prestadas 1.995.346 1.854.114 21.206 19.349 Créditos documentários abertos 2.863.131 2.354.559 29.495 24.571 4.858.477 4.208.673 50.701 43.920 34.677.371 9.881.866 355.234 103.123 36.624 - 380 - 34.713.995 9.881.866 355.614 103.123 Responsabilidades perante terceiros Valor actual dos créditos Créditos mantidos no Activo (Nota 9) Créditos transferidos para prejuízos (Nota 16) Operações cambiais Compras de moedas estrangeiras a liquidar Vendas de moedas estrangeiras a liquidar 3.334 - 34 - (3.334) - (34) - - - - - Em 2013 e 2012, o Banco constituiu provisões para garantias prestadas no montante de AOA 80.810 milhares e AOA 83.844 milhares, respectivamente (Nota 16). 108 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 19. Margem Financeira Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 De Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 224.928 882.738 2.331 9.252 De Operações de Compra de Título com acordo de revenda 235.585 32.910 2.441 345 460.513 915.648 4.772 9.597 Mantidos para Negociação 135.459 104.327 1.404 1.094 Disponíveis para Venda 830.111 591.184 8.602 6.196 965.570 695.510 10.006 7.290 1.825.735 514.499 18.920 5.393 3.251.818 2.125.657 33.698 22.280 (309.039) (427.416) (3.202) (4.480) (34.693) 322 (360) 3 Proveitos de Instrumentos Financeiros - Proveitos de Aplicações de Liquidez - De Títulos e Valores Mobiliários - De Créditos - Custos de Instrumentos Financeiros Custos de Depósitos Custos de Captações para Liquidez Custos de Outras Captações (71.744) - (743) - (415.476) (427.094) (4.305) (4.477) 2.836.342 1.698.563 29.393 17.803 20. Resultados de Negociações e Ajustes ao Justo Valor Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo desta rubrica incluía AOA 2.132 milhares relativos à desvalorização do justo valor dos títulos mantidos para negociação e AOA 41.055 milhares relativos aos ganhos resultantes da actualização do valor nominal das obrigações do tesouro denominadas em moeda nacional, mas indexadas ao dólar americano (Nota 6). 109 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 21. Resultados de Operações Cambiais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 Resultados de operações de compra e venda de moeda Resultados da reavaliação de activos e passivos 2012 2013 2012 Lucro Prejuízo Líquido Líquido Líquido Líquido 4.219.358 (1.734.012) 2.485.346 1.384.071 25.755 14.507 422.472 - 422.472 - 4.378 - 4.641.830 (1.734.012) 2.907.818 1.384.071 30.133 14.507 22. Resultados de Prestação de Serviços Financeiros Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Por transferências 349.539 218.626 3.622 2.292 Por operações de crédito 326.687 64.967 3.385 681 Por mediação 252.666 74.465 2.618 781 Por créditos documentários 143.668 70.455 1.489 738 Por consultoria financeira 131.693 14.267 1.365 150 Por compensação electrónica 125.192 89.980 1.297 943 Por levantamentos 113.642 56.364 1.178 591 Por operações cambiais 85.078 17.379 882 182 Por reembolso de despesas 91.132 62.250 944 652 Por garantias prestadas 45.521 43.562 472 457 Por manutenção de conta 26.054 9.882 270 104 Por compromissos com terceiros 19.199 3.275 199 34 Por emissão de cheques 16.163 4.931 167 52 Outras 20.067 311.786 208 3.266 1.746.301 1.042.189 18.096 10.923 (28.563) (13.866) (296) (145) 1.717.738 1.028.323 17.800 10.778 Proveitos de prestação de serviços Custos de comissões, corretagens e custódias 110 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 23. Pessoal Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 Custos indirectos 2012 2013 2012 78.209 26.536 810 278 Salários e subsídios 3.383.325 1.826.993 35.060 19.150 Pensões e reformas 172.650 133.196 1.789 1.396 Bónus de Performance 492.330 396.002 5.102 4.151 78 345.051 2 3.616 4.048.383 2.701.241 41.953 28.313 4.126.592 2.727.777 42.763 28.591 Outros Custos directos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Salários e subsídios” inclui diversas despesas de colaboradores a cargo do Banco, nomeadamente despesas de alojamento no montante de AOA 281.479 milhares e AOA 205.098 milhares, respectivamente. 24. Fornecimentos de Terceiros Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Alugueres 665.399 672.690 6.895 7.051 Comunicações 531.614 413.121 5.509 4.330 Auditorias, Consultorias e Outros Serviços 396.813 438.670 4.112 4.598 Segurança, Conservação e Reparação 373.987 164.519 3.876 1.724 Transporte, Deslocações e Alojamentos 294.793 169.977 3.055 1.782 Comissão de Franchising 221.037 125.511 2.291 1.316 Materiais diversos 200.172 81.661 2.074 856 Publicações, Publicidade e Propaganda 178.807 185.379 1.853 1.943 Seguros 297 138.428 28.302 1.434 Água e Energia 23.854 71.850 247 753 Outros Fornecimentos de Terceiros 96.105 148.157 996 1.553 3.121.009 2.499.837 32.342 26.202 111 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 25. Outros Proveitos e Custos Operacionais Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA Outros proveitos 2013 2012 2013 2012 1.100 - 11 - (43.364) - (449) - (3.093) - (32) - (46.457) - (481) - (45.357) - (470) - Outros custos Perda operacional em agências Custos de processamento 26. Resultado Não Operacional No decorrer do exercício de 2013, o Banco procedeu à inventariação da totalidade dos bens que compõem o seu imobilizado. No decurso deste trabalho, o qual contou com o apoio de uma empresa de consultoria externa, foram identificados e regularizados bens que, pela sua natureza, correspondem a imobilizado corpóreo e cujas facturas foram reconhecidas anteriormente como custos do Banco. A referida regularização, no montante de AOA 22.700 milhares foi efectuada na rubrica contabilística “Ganhos e perdas nas imobilizações”. 112 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 27. Impostos Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue: USD (Valores não auditados) AOA 2013 2012 2013 2012 Resultados antes de Impostos (792.869) (1.612.682) (8.216) (16.904) Benefícios Fiscais (773.017) (1.012.510) (8.011) (10.613) 21 - 0 - (1.565.865) (2.625.192) (16.227) (27.517) Outros valores a acrescer Prejuízo fiscal Taxa nominal de imposto Imposto industrial apurado Reversão de imposto diferido activo 35% 35% 35% 35% 548.053 918.817 5.679 9.631 (747.140) (288.753) (7.742) (3.027) (199.087) 630.064 (2.063) 6.604 (11.260) - (117) - (210.347) 630.064 (2.180) 6.604 (36.114) - (374) - (246.461) 630.064 (2.554) 6.604 31,08% -39,07% 31,09% -39,07% Provisão para Imposto sobre aplicação de capitais Sobre proveitos a receber de REPOS e títulos Imposto sobre aplicação de capitais pago sobre rendimentos recebidos Taxa efectiva de imposto O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado fiscalmente contribuinte do Grupo A. A tributação dos seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de 35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto. O valor referente a benefícios fiscais é referente aos juros dos Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos pelo Estado. Este montante encontra-se isento de imposto industrial, conforme Decretos Regulamentares números 51/03 e 52/03, de 8 de Julho. Assim, na determinação do lucro tributável em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, tais proveitos encontram-se deduzidos ao resultado antes de imposto. Em 31 de Dezembro de 2013, o valor de imposto sobre aplicação de capitais respeita ao valor do imposto retidos sobre os rendimentos de títulos emitidos após 1 de Janeiro de 2013 e sobre os rendimentos dos REPOS. O Banco decidiu registar Imposto Diferido Activo relacionado com o prejuízo do período de actividade uma vez que é expectativa do Banco, com base no orçamento para os próximos anos, que venha a gerar nos próximos 3 anos lucro tributável suficiente para absorver os prejuízos fiscais do exercício. 113 O Banco Enquadramento macroeconónico Introdução Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os créditos e encargos fiscais apresentaram o seguinte movimento: 2011 Capital próprio Resultados 2012 Transferências (Nota 17) Capital próprio Resultados 2013 (199.087) 1.466.869 - - (Nota 17) Créditos fiscais (Nota 10) Prejuízos fiscais reportáveis Valorização de activos financeiros disponíveis para venda 1.035.892 - 630.064 1.665.956 48.711 (82.712) - (34.001) 34.001 - Obrigações fiscais (Nota 15) Valorização de activos financeiros disponíveis para venda - - - - (34.001) (12.838) - (46.839) Provisão para encargos fiscais a pagar (IAC) - - - - - - (11.260) (11.260) 1.084.603 (82.712) 630.064 1.631.955 - (12.838) (210.347) 1.408.770 Está em curso em Angola uma reforma tributária que abrangerá a tributação em sede de Imposto Industrial, não tendo até à data sido emitido o novo Código. Neste sentido, não é possível estimar, a esta data, o impacto que as alterações legislativas poderão ter na recuperabilidade do activo por imposto diferido registado pelo Banco. Em 2013 e 2012, o Banco efectuou a reversão do imposto diferido activo relativo ao prejuízo fiscal de 2011 e 2010, respectivamente, uma vez que não era expectável gerar em 2014 e 2013 lucro tributável suficiente para absorver os referidos prejuízos fiscais. 114 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 28. Saldos e Transações com Entidades relacionadas Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas são os seguintes: USD (Valores não auditados) AOA ACTIVO 2013 2012 2013 2012 705 Disponibilidades Standard Bank South Africa 518.707 67.523 5.314 Standard Bank Mauricias 856 - 9 - Stanbic Ibtc Bank Plc 287 286 3 3 18 - - - 18.553.632 8.631.459 190.063 90.074 558.720 - 5.724 - 69 - 1 - 19.632.289 8.699.268 201.114 90.782 40.995 99.947 430 1.043 - 32.819 - 342 38.074 181.748 400 1.897 2.958.586 - 31.051 - 4 - - - 1.163.732 1.322.930 12.214 13.806 4.201.391 1.637.444 44.094 17.088 Standard Bank Namibia Aplicações de Liquidez Standard Bank Isle of Man Standard Bank South Africa Operações cambiais Standard Bank South Africa PASSIVO Depósitos AAA Activos, Lda AAA Pensões, SARL AAA Seguros, SA Outras captações Standard Bank South Africa Operações cambiais Standard Bank South Africa Outras Rubricas do Passivo Standard Bank South Africa 115 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 2013 USD (Valores não auditados) AOA RESULTADOS Proveitos de Aplicações de Liquidez Standard Bank Isle of Man 56.114 581 Standard Bank South Mauritius 15.136 157 Standard Bank South Africa 14.399 149 (690) (7) (5) - (71.744) (743) Custos de Captações para Liquidez Standard Bank Isle of Man Standard Bank South Africa Custos de Outras Captações Standard Bank South Africa Proveitos de Prestação de Serviços AAA Activos, Lda 583 6 AAA Seguros, SA 62 1 (377.330) (3.910) (85.080) (882) (1.867) (19) (283) (3) (450.705) (4.670) Fornecimentos de terceiros Standard Bank South Africa AAA Activos, Lda Standard Bank - Moçambique CFC Stanbic Bank 116 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado. 29. Balancete por Moeda Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o balanço por moeda do Banco apresenta a seguinte estrutura: 2013 ACTIVO 2012 AOA USD Outros Total AOA USD Outros Total 13.986.867 14.876.375 2.250.291 31.113.533 6.107.295 10.309.200 983.493 17.399.988 - Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro 14.117.120 19.524.426 709.453 34.350.999 - 8.626.347 387.596 9.013.943 - Operações de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda 11.513.950 - - 11.513.950 3.528.426 1.584.971 387.647 5.501.044 Disponibilidades Aplicações de liquidez Títulos e valores mobiliários - Mantidos para Negociação - Disponíveis para Venda Créditos no sistema de pagamentos Créditos Operações cambiais Outros valores 2.019.177 - - 2.019.177 1.984.837 - - 1.984.837 19.205.342 10.202.096 - 29.407.438 5.547.318 6.591.448 - 12.138.766 182.713 - - 182.713 4.438 1.298.387 - 1.302.825 14.576.517 19.525.335 - 34.101.852 7.318.853 2.224.047 (15.089) 9.527.811 5.979 - - 5.979 - - - - 2.630.603 - - 2.630.603 2.625.571 - - 2.625.571 Imobilizações 44.290 - - 44.290 44.290 - - 44.290 - Imobilizações corpóreas - Imobilizações financeiras 2.018.304 - - 2.018.304 1.365.956 - - 1.365.956 - Imobilizações incorpóreas 1.103.225 - - 1.103.225 1.071.977 - - 1.071.977 81.404.087 64.128.232 2.959.744 148.492.063 29.598.961 30.634.400 1.743.647 61.977.008 44.989.317 Total de activo PASSIVO Depósitos - Depósitos à Ordem 68.267.601 57.470.801 2.235.948 127.974.350 14.637.751 29.148.589 1.202.977 - Depósitos a Prazo 2.495.063 2.325.695 - 4.820.758 1.756.132 3.271.166 5.130 5.032.428 - Outros depósitos 1.176.591 765.662 - 1.942.253 1.511.236 489.346 - 2.000.582 Obrigações no sistema de pagamentos Operações cambiais 691.349 - - 691.349 149.850 165.678 - 315.528 2.971 - - 2.971 1.438 - - 1.438 3.920.115 558 3.920.673 - - - - 2.534.458 - - 2.534.458 847.904 - 1.322.931 2.170.835 181.125 - - 181.125 27.268 - - 27.268 75.349.158 64.482.273 2.236.506 142.067.937 18.931.579 33.074.779 2.531.038 54.537.396 6.054.929 (354.041) 723.238 6.424.126 10.667.382 (2.440.379) (787.391) 7.439.612 Outras captações Outras obrigações Provisões para responsabilidades prováveis Total de passivo Activo/(Passivo) líquido 117 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 30. Eventos Subsequentes Está em curso um processo de transmissão de acções do actual accionista AAA Activos, Lda. para um novo accionista, que irá também subscrever o aumento de capital a realizar durante o exercício de 2014. Este processo está pendente de aprovação por parte do Banco Nacional de Angola. Não temos conhecimento de quaisquer outros factos ou acontecimentos posteriores a 31 de Dezembro de 2013 que justifiquem ajustamentos ou divulgação adicional nas Notas às demonstrações financeiras. 118 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras Relatório de Auditoria 119 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 120 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras 121 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Relatório e parecer do Conselho Fiscal Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras 122 Standard Bank de Angola, S.A. Relatório de Gestão Demonstrações Financeiras 123 O Banco Introdução Enquadramento macroeconónico Síntese de actividade Análise Financeira Demonstrações Financeiras