atendimento psicológico às mulheres com gestação molar

Transcrição

atendimento psicológico às mulheres com gestação molar
ATENDIMENTO PSICOLÓGICO ÀS MULHERES COM GESTAÇÃO MOLAR
Cissa Marcondes de Lima, Marina Herdeiro Lopes, Maria José Navarro Vieira, Paula Renata Dias Simonetti
Resultados e Discussão
Resumo
Mola Hidatiforme consiste em crescimento anormal do tecido placentário,
seu diagnóstico causa grande impacto para a mulher e seus familiares.
Esse trabalho é um relato de experiência da atividade profissional das
psicólogas que atuam no ambulatório de doença trofoblástica gestacional
CAISM. O atendimento psicológico é realizado em grupo e individual. A
gravidez molar gera um impacto no estado emocional, na vida sexual,
reprodutiva e na qualidade de vida da mulher. A atuação da psicologia tem
contribuído para amenizar o sofrimento psíquico.
A gravidez molar gera um impacto no estado emocional, na vida sexual,
reprodutiva e na qualidade de vida da mulher, podendo desencadear quadros
depressivos. O atendimento psicológico em grupo tem auxiliado a minimizar o
impacto do diagnóstico e adesão ao tratamento, através do estabelecimento do
vínculo terapêutico e de um trabalho informativo, educativo e preventivo. O
grupo propicia um espaço de identificação entre mulheres e trocas de
experiências.
O
psicólogo
colabora
no
processo
de
compreensão
e
enfrentamento, diminuindo o nível de ansiedade, estresse, medos e fantasias
das pacientes frente à doença.
Introdução / Objetivo
Mola Hidatiforme, cujo nome científico é Doença Trofoblástica Gestacional
(DTG), é uma adulteração reprodutiva relativamente infrequente na gestação
com potencial maligno. Consiste em crescimento anormal e exagerado do tecido
placentário. O diagnóstico de mola causa grande impacto para a mulher e seus
familiares, por ser uma doença grave, de baixa incidência na população e
desconhecida. Mulheres diagnosticadas com uma gravidez molar submetem-se
ao estresse da perda da gravidez, do procedimento cirúrgico, possível
tratamento com quimioterapia e atrasos no plano reprodutivo até a remissão
completa da Gonadotrofina Coriónica Humana (HCG). É um momento em que a
mulher imagina estar gestando um bebê normal, quando se depara com doença
que pode levá-la a morte. Talvez, essa seja uma das situações em que o início
da vida e a morte estejam mais próximos. A intervenção psicológica pode
auxiliar no enfrentamento e compreensão do diagnóstico e tratamento, assim
como, na elaboração do luto pela perda gestacional. Esse trabalho tem o
objetivo de apresentar a atuação do psicólogo no Ambulatório de DTG
CAISM/UNICAMP.
Conclusões
Material e Métodos
Relato de experiência da atividade profissional das psicólogas que atuam no
ambulatório de doença trofoblástica gestacional do Hospital Da Mulher Prof. Dr.
José Aristodemo Pinotti CAISM/UNICAMP, um hospital estadual, público,
universitário, de assistência terciária e quaternária. As mulheres diagnosticadas
com mola realizam seguimento até que o nível de HCG permaneça negativo por
A atuação da psicologia tem contribuído para amenizar o sofrimento psíquico
das mulheres, que vivenciam a perda de uma gestação e, ao mesmo tempo,
as preocupações de enfrentar uma doença potencialmente fatal. Promovendo
melhoria da qualidade de vida, desfazendo mitos e fantasias existentes diante
do diagnóstico
Referências Bibliográficas
no mínimo um ano. As pacientes que não tem a remissão espontânea da
doença são encaminhadas para tratamento quimioterápico. O atendimento
ANDARDE, J.M. Mola hidatiforme e doença trofoblástica gestacional. Rev.
psicológico é realizado, primeiramente, a partir de um grupo psicoeducativo,
Bras. Ginecol. Obstet., v.31, n.2, p. 94-101,fev. 2009. BELFORT, P.; BRAGA, A.
que ocorre semanalmente antes da consulta médica. Caso haja demanda da
Doença trofoblástica gestacional recorrente. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., v.25,
paciente são agendadas consultas individuais. A equipe multiprofissional do
n.1, p. 61-66, fev. 2003. PETERSEN, R.W.;UNG, K.; HOLLAND, C.;
ambulatório desenvolveu um informativo impresso para as pacientes com intuito
QUINLIVAN,
de esclarecer as dúvidas sobre a doença, tratamento e principais repercussões
symptomatology, sexual function, and quality of life. Gynecol Oncol. V.97, n.2,
emocionais.
p. 535-542, may. 2005.
CAISM/UNICAMP
J.A.
The
impact
of
molar
pregnancy
OUTUBRO/2011
on
psychological