Parecer da leasing dezembro2012
Transcrição
Parecer da leasing dezembro2012
Safra Leasing S.A Arrendamento Mercantil Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2012 Relatório dos auditores independentes Aos Administradores e Acionistas Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil Examinamos as demonstrações contábeis individuais da Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil ("Instituição"), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado e das mutações do patrimônio líquido para o exercício e semestre findos nessa data e a demonstração dos fluxos de caixa para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis A Administração da Instituição é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil - BACEN e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis da Instituição para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia dos controles internos da Instituição. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva. 2 Safra Leasing S.A - Arrendamento Mercantil. Base para opinião com ressalva A Instituição registra as suas operações e elabora suas informações contábeis com a observância das práticas contábeis estabelecidas pelo Banco Central do Brasil – BACEN, que requerem o ajuste ao valor presente da carteira de arrendamento mercantil como provisão para superveniência (ou insuficiência) de depreciação, classificada no ativo permanente (nota 7(a)). Essas práticas não requerem a reclassificação das operações, que permanecem registradas de acordo com a disposição da Lei n° 6.099/74, para as rubricas de ativos circulante, realizável a longo prazo e rendas/despesas de operações de arrendamento mercantil, mas propiciam a apresentação do resultado e do patrimônio líquido em conformidade com as práticas contábeis aplicáveis. Opinião com ressalva Em nossa opinião, exceto pela não reclassificação descrita no parágrafo "Base para opinião com ressalva", as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil em 31 de dezembro de 2012, o desempenho de suas operações para o exercício e semestre findos nessa data e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Examinamos também as demonstrações individuais do valor adicionado (DVA) para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012, preparadas sob a responsabilidade da Administração, cuja apresentação está sendo efetuada de forma voluntária. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, exceto pela não reclassificação descrita no parágrafo "Base para opinião com ressalva", estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. São Paulo, 25 de fevereiro de 2013 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 3 Luiz Antonio Fossa Contador CRC 1SP196161/O-8 4 SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO EM MILHARES DE REAIS Notas ATIVO CIRCULANTE 31.12.2012 31.12.2011 14.041.178 18.512.100 142 Disponibilidades 3 (b) e 4 1.927 Aplicações interfinanceiras de liquidez - aplicações em depósitos interfinanceiros 3(c) e 5 10.592.274 18.071.575 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos Carteira própria Instrumentos financeiros derivativos 3(d) e 6 3(e) e 6 3.431.670 3.431.670 - 413.457 413.443 14 Operações de arrendamento mercantil Operações de arrendamento a receber - setor privado (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) Outros créditos - diversos 3(g) e 7 9 (c-I e II) e 10(b-I) Outros valores e bens - despesas antecipadas NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 6.864 136.057 (121.834) (7.359) (59.879) 305.374 (289.577) (75.676) 8.126 86.486 317 319 2.365.150 4.223.082 667.124 889.165 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos - Carteira própria 3(d) e 6 663.407 872.405 Operações de arrendamento mercantil Operações de arrendamento a receber - setor privado (Rendas a apropriar de arrendamento mercantil) (Provisão para créditos de liquidação duvidosa) 3(g) e 7 (27.129) 64.823 (58.047) (33.905) (9.908) 159.650 (159.346) (10.212) 9 (c-I e II) e 10(b-I) 30.846 26.668 4 4 Outros créditos - diversos INVESTIMENTOS - participações em coligadas no país IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO Bens arrendados (Depreciações acumuladas) TOTAL DO ATIVO As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 3(h) 3(g-II) e 11 1.698.022 2.106.889 (408.867) 16.406.328 3.333.913 3.808.722 (474.809) 22.735.182 SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO EM MILHARES DE REAIS Notas PASSIVO CIRCULANTE 31.12.2012 31.12.2011 1.118.213 1.726.387 Obrigações por repasses - FINAME 3(j) e 8 96.524 189.383 Instrumentos financeiros derivativos 3(e) e 6 8.759 8.591 1.012.930 155.839 852.115 4.976 1.528.413 138 122.064 1.403.602 2.609 14.544.066 20.409.743 Outras obrigações Sociais e estatutárias Fiscais e previdenciárias Credores por antecipação de valor residual - VRG Diversas 10(c) 3(g-III) e 7(a) NÃO CIRCULANTE - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Recursos de aceites e emissão de títulos - obrigações por emissão de debêntures 3(j) e 8 Obrigações por repasses - FINAME 3(j) e 8 44.795 134.941 Instrumentos financeiros derivativos 3(e) e 6 2.868 6.210 880.907 387.272 480.063 13.572 1.626.426 726.304 875.305 24.817 744.049 599.052 384.205 359.844 384.205 214.847 16.406.328 22.735.182 Outras obrigações Fiscais e previdenciárias Credores por antecipação de valor residual - VRG Diversas PATRIMÔNIO LÍQUIDO 10(c) 3(g-III) e 7(a) 9(c-I) 12 Capital Reservas de lucros TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 13.615.496 18.642.166 SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM MILHARES DE REAIS Notas RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 2º Semestre 2012 2011 1.437.988 3.011.202 4.219.583 Operações de arrendamento mercantil 825.693 1.499.245 2.174.707 Resultado de operações com títulos e valores mobiliários 610.892 1.510.527 2.044.876 1.403 1.430 - Outras receitas financeiras DESPESAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA (1.364.481) (2.836.147) Resultado com instrumentos financeiros derivativos (1.170) (6.760) (10.086) (561.843) (1.396.365) (1.946.922) Operações de captação no mercado (3.918.457) Operações de empréstimos e repasses (3.790) (10.502) (23.879) Operações de arrendamento mercantil (791.833) (1.409.781) (1.937.570) (5.845) (12.739) Outras despesas financeiras 9(c-I e II) - RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA ANTES DOS CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 73.507 175.055 RESULTADO DE CREDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 17.085 15.171 301.126 (43.235) Despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa 7(c) 5.417 (5.376) (64.830) Receita de recuperação de créditos baixados como prejuízo 7(d) 11.668 20.547 21.595 90.592 190.226 257.891 206.260 146.514 38 54 RESULTADO BRUTO DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas de prestação de serviços Despesas de pessoal Despesas administrativas Despesas tributárias Outras receitas operacionais Outras despesas operacionais 10(a-II) LUCRO LÍQUIDO Lucro por lote de mil ações - R$ (7.668) (5.646) (8.549) (10.028) (3.548) (7.722) (12.292) 9(c-I e II) 48.168 RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (7.465) 171.253 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 10(a-I) 138 (4.005) 9(a) e (c-I e II) RESULTADO OPERACIONAL (995) 171.426 (1.230) 84.913 (56.058) 296.852 336.740 256.896 5 5 15 296.857 336.745 256.911 (24.705) (53.742) (114.926) 272.152 283.003 141.985 1.892,70 1.968,17 987,45 - Lucro líquido do período 384.205 - As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações contábeis. SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Reserva especial Destinações: - 384.205 SALDOS EM 1º DE JULHO DE 2012 Lucro líquido do período 384.205 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 Reserva especial - - Lucro líquido do período Destinações: - Dividendos pagos 384.205 - Dividendos SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 - Reserva legal Reserva especial Destinações: 19.411 Dividendos pagos 364.794 Aumento de capital SALDOS EM 1º DE JANEIRO DE 2011 Capital realizado - - - - - - - - - - - - - - (19.411) 19.411 Reservas de capital 359.844 272.152 - 87.692 359.844 283.003 - (138.006) 214.847 - 138.006 3.841 - (328.931) - 401.931 Reservas de lucros DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (NOTA 12) EM MILHARES DE REAIS SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL - (272.152) 272.152 - - (283.003) 283.003 - - (138) (138.006) (3.841) 141.985 - - - Lucros acumulados 744.049 - 272.152 471.897 744.049 - 283.003 (138.006) 599.052 (138) - - 141.985 (328.931) - 786.136 Total SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM MILHARES DE REAIS 2012 FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO Lucro líquido dos períodos Ajustes ao lucro líquido: Despesas de provisão para crédito de liquidação duvidosa Provisões para contingências cíveis e trabalhistas Provisões para obrigações legais, fiscais e previdenciárias Provisão para impostos sobre o lucro corrente e diferido VARIAÇÕES DOS ATIVOS E OBRIGAÇÕES (Aumento) Redução em aplicações interfinanceiras de liquidez (Aumento) Redução em títulos e valores mobiliários - para negociação (Aumento) Redução em instrumentos financeiros derivativos (ativos/passivos) (Aumento) Redução em operações de arrendamento mercantil (Aumento) Redução em outros créditos Aumento (Redução) em obrigações por empréstimos e repasses Aumento (Redução) em recursos de aceites e emissão de títulos Aumento (Redução) em outras obrigações Impostos pagos Transferência de recursos da operação para caixa e equivalente de caixa CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 2011 182.352 372.399 283.003 141.986 5.376 (11.244) (148.525) 53.742 64.830 10.074 40.583 114.926 (339.721) 1.152.596 16.950.548 (3.180.453) (3.160) 634.265 74.185 (183.006) (5.026.670) 1.682 (209.931) (9.397.181) (157.369) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS Títulos disponíveis para venda Aquisições Vendas/Resgates Títulos mantidos até o vencimento Aquisições Resgates 60.316 (49.283) 109.599 236.844 (31.924) 268.768 CAIXA LÍQUIDO GERADO (APLICADO) NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS 297.160 (9.389.816) 2.060.467 2.901 1.228.279 (12.199) (285.311) 1.951.574 (83.763) (258.964) 5.939.428 1.524.995 (878.836) (878.836) (250.436) (250.436) (1.129.272) FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS Juros sobre capital próprio e dividendos pagos (138.006) (395.806) CAIXA LÍQUIDO (APLICADO) NAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS (138.006) (395.806) AUMENTO (REDUÇÃO) EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA Caixa e equivalentes a caixa no início dos períodos Transferido de recursos da operação para caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalentes a caixa no final dos períodos AUMENTO (REDUÇÃO) EM CAIXA E EQUIVALENTE A CAIXA As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 1.785 (83) 456.154 9.397.181 9.855.120 1.785 6.395.665 (5.939.428) 456.154 (83) SAFRA LEASING S.A. - ARRENDAMENTO MERCANTIL DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM MILHARES DE REAIS Receitas Intermediação financeira Receitas de prestação de serviços Outras receitas operacionais Resultado não operacional Despesas Intermediação financeira Resultado de créditos de liquidação duvidosa Outras despesas operacionais Despesas de insumos adquiridos 2012 2011 3.182.687 3.011.202 54 171.426 5 4.294.563 4.209.497 138 84.913 15 (2.822.206) (2.836.147) 15.171 (1.230) (4.007.664) (3.908.371) (43.235) (56.058) (8.463) (9.775) Valor adicionado líquido a distribuir 352.018 277.124 Distribuição do valor adicionado 352.018 277.124 7.465 5.548 1.917 6.623 5.416 1.207 61.464 61.261 203 128.400 128.293 107 86 116 283.003 138.006 144.997 141.985 138 141.847 Pessoal Remuneração Outros Impostos, taxas e contribuições Federais Outros Remuneração de capital de terceiros - Aluguéis Remuneração de capital próprio - Lucro retido do período Dividendos Lucro retido dos períodos As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis SAFRA LEASING S.A. ARRENDAMENTO MERCANTIL AVENIDA BRASIL, 78 – POÁ – SP C.N.P.J.: 62.063.177/0001-94 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Submetemos à apreciação de V.S.as., às Demonstrações Contábeis da Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil, relativas aos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e de 2011. 1. CONJUNTURA ECONÔMICA E O SISTEMA FINANCEIRO O ano de 2012 foi marcado pela desaceleração da economia brasileira, com a expansão do PIB de apenas 0,9% nos quatro trimestres encerrados no 3T12, abaixo do verificado tanto em 2011 (2,7%) quanto na média da última década (3,6%). Essa dinâmica da atividade ocorreu a despeito dos diversos estímulos fiscais e monetários empregadas pelas autoridades. O governo implementou uma série de desonerações tributárias, enquanto o Banco Central reduziu a taxa básica de juros para o menor valor histórico (7,25% ao ano). Além da consolidação de um cenário de baixo crescimento da economia global, contribuíram para o fraco desempenho da economia brasileira em 2012 fatores internos, tais como a desaceleração do mercado de crédito, a fraqueza dos investimentos e da atividade industrial. Além do cenário externo mais negativo, aspectos da própria economia brasileira prejudicaram o quadro da atividade econômica, notadamente a desaceleração do mercado de crédito. Ao longo de 2011, a inadimplência nas carteiras de empréstimos para a pessoa física (sobretudo no segmento para aquisição de veículos) mostrou tendência de aumento, estabilizando-se em patamares historicamente elevados em 2012. Outro fator que explica a forte desaceleração da economia em 2012 é o comportamento do investimento, que nos quatro trimestres encerrados no 3T12 teve queda de 2,4% (em 2011, a formação bruta de capital fixo cresceu 4,7%). Ademais, importantes setores da indústria de transformação nacional apresentaram crescente dificuldade em competir com a forte concorrência vinda do exterior. 2. ATIVOS, PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO A Safra Leasing atingiu em 31 de dezembro de 2012 um total de ativos de R$ 16,4 bilhões representado basicamente por aplicações interfinanceiras de liquidez, títulos e valores mobiliários e operações de arrendamento mercantil. O funding das operações é composto por debêntures simples, não conversíveis, no montante de R$ 13,6 bilhões, com vencimento em até 2017, além de recursos captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES no montante de R$ 0,1 bilhão. A Companhia declara, para atender a exigência da Circular Bacen nº 3.068/2001 ter capacidade financeira e intenção de manter até o vencimento os títulos classificados na categoria “Mantidos até o vencimento”, no montante de R$ 35,6 milhões. O Patrimônio Líquido da Safra Leasing, em 31 de dezembro de 2012, atingiu R$ 744,0 milhões. 3. AUDITORIA INDEPENDENTE – INSTRUÇÃO CVM 381 A política de atuação da Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa se fundamenta na regulamentação aplicável e nos princípios internacionalmente aceitos que preservam a independência do auditor. Estes princípios consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. No período de janeiro a dezembro de 2012 e de 2011, não foram prestados pelos auditores independentes e partes a eles relacionadas, serviços não relacionados à auditoria externa. Aprovado pelo CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Poá, 31 de janeiro de 2013. SAFRA LEASING S.A. – ARRENDAMENTO MERCANTIL NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011 EM MILHARES DE REAIS _____________________________________________________________________________________________________________ 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A Safra Leasing S.A. - Arrendamento Mercantil (“Companhia”) é uma sociedade anônima aberta, que tem como objeto social a prática de operações de arrendamento mercantil. A Companhia é registrada na Comissão de Valores Mobiliários – CVM como companhia aberta para negociação de títulos valores mobiliários de sua emissão no mercado de balcão organizado (Categoria B nos termos da Instrução CVM Nº 480/2009). 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis da Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e com observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e incorporam as alterações trazidas pelas Leis nº 11.638/2007 e nº 11.941/2009, associadas às normas e instruções do Conselho Monetário Nacional (CMN), do BACEN e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no que forem aplicáveis. As demonstrações contábeis da Safra Leasing S.A. foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 31.01.2013. 3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência, ou seja, as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem, independentemente do efetivo recebimento ou pagamento. b) Fluxo de Caixa Demonstração do fluxo de caixa: é elaborada com base nos critérios estabelecidos pelo Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos fluxos de caixa, aprovado pela Deliberação CVM nº 547/2008, que prevê a apresentação dos fluxos de caixa gerados pela entidade como aqueles decorrentes de atividades operacionais, de investimento e de financiamento, sendo que: • Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento, • Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa, e • Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e no capital de terceiros da entidade. Os fluxos de caixa das atividades operacionais são apresentados pelo método indireto. Já os fluxos de caixa das atividades de investimento e de financiamento são apresentados com base nos pagamentos e recebimentos brutos. c) Aplicações interfinanceiras de liquidez Demonstradas pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e auferidos até a data do balanço, calculados “pro rata temporis”. cambiais d) Títulos e valores mobiliários De acordo com a Circular BACEN n.º 3.068/2001, os títulos e valores mobiliários são classificados de acordo com a intenção da Administração em três categorias específicas: • Negociação: classificam-se nesta categoria aqueles títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem ativa e frequentemente negociados. Por isso, são apresentados no ativo circulante, independentemente do seu prazo de vencimento. São ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; • Disponíveis para venda: classificam-se nesta categoria aqueles títulos e valores mobiliários que podem ser negociados, porém não são adquiridos com o propósito de serem frequentemente negociados ou de serem mantidos até o seu vencimento. Os rendimentos intrínsecos (“accrual”) são reconhecidos na demonstração de resultado e as variações no valor de mercado ainda não realizados em contrapartida a conta destacada do patrimônio líquido, líquido dos efeitos tributários; • Mantidos até o vencimento: nesta categoria são classificados aqueles títulos e valores mobiliários para os quais o banco tem a intenção e capacidade financeira de mantê-los em carteira até seu vencimento. São contabilizados ao custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos intrínsecos. A reavaliação quanto à classificação dos títulos e valores mobiliários é efetuada por ocasião da elaboração dos balanços semestrais, levando em conta a intenção e a capacidade financeira, observado os procedimentos estabelecidos pela Circular BACEN nº 3.068/2001. 1 e) Instrumentos financeiros derivativos Os instrumentos financeiros derivativos efetuados por solicitação de clientes ou por conta própria, que não atendam aos critérios de hedge contábil estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, principalmente derivativos utilizados para administrar a exposição global de risco, são contabilizados pelo valor de mercado, com as valorizações ou desvalorizações reconhecidas diretamente no resultado do período. f) Mensuração do valor de mercado A metodologia aplicada para mensuração do valor de mercado (valor provável de realização) dos títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos é baseada nos modelos de precificação desenvolvidos pela Administração, que inclui a captura de preços médios praticados no mercado, aplicáveis para a data-base do balanço. Assim, quando da efetiva liquidação financeira destes itens, os resultados poderão vir a ser diferentes dos estimados. g) Operações de arrendamento mercantil e provisão para créditos de liquidação duvidosa A carteira de arrendamento mercantil é constituída por contratos celebrados ao amparo da Portaria MF n.º 140/1984, do Ministério da Fazenda, contabilizados de acordo com as normas estabelecidas pelo BACEN, conforme descrito a seguir: I- Arrendamentos a Receber e Rendas a Apropriar de Arrendamento Mercantil Arrendamentos a receber refletem o saldo das contraprestações a receber, atualizadas de acordo com índices e critérios estabelecidos contratualmente. Rendas a apropriar de arrendamento mercantil representam a contrapartida do valor das contraprestações a receber e são atualizadas na forma dos arrendamentos a receber, sendo apropriadas ao resultado quando dos vencimentos das parcelas contratuais. II - Imobilizado de Arrendamento É registrado pelo custo de aquisição, deduzido das depreciações acumuladas. A depreciação é calculada pelo método linear, com os benefícios de redução de 30% na vida útil normal do bem para as operações de arrendamento realizadas com pessoas jurídicas, previstos na legislação vigente. As principais taxas anuais de depreciação utilizadas, base para esta redução, são as seguintes: (i) veículos e afins, 20% a 28,5%; (ii) máquinas e equipamentos e outros bens - 10% a 20%; e (iii) aeronaves – 10% a 20%, sendo que 10% para aviões a jato de carreira, 14,3% avião a jato executivo e 20% avião convencional, bimotor, monomotor e multimotor. III - Valor residual garantido – VRG O VRG é registrado pelo valor contratual, em contrapartida a conta retificadora de valor residual a balancear. As parcelas de VRG recebidas antecipadamente são registradas na rubrica Outras obrigações – Credores por antecipação de valor residual - VRG. IV - Perdas em Arrendamentos Os prejuízos apurados na venda de bens arrendados, quando efetuados aos próprios arrendatários, são diferidos e amortizados pelo prazo de 70% da vida útil normal dos bens, deduzido o período contratual da operação, sendo demonstrados juntamente com o Imobilizado de Arrendamento. V- Superveniência (insuficiência) de depreciação Os registros contábeis da Companhia são mantidos conforme exigências legais, específicas para sociedades de arrendamento mercantil. Os procedimentos adotados e sumariados nos itens “II” a “IV” acima diferem das práticas contábeis adotadas no Brasil, principalmente no que concerne ao regime de apropriação das receitas e despesas relacionadas aos contratos de arrendamento mercantil. Em consequência, de acordo com a Circular BACEN nº 1.429/1989, foi calculado o valor atual das contraprestações em aberto, utilizando-se a taxa interna de retorno de cada contrato, registrando-se o valor do ajuste apurado em receita ou despesa de arrendamento mercantil, em contrapartida às rubricas de superveniência ou insuficiência de depreciação, respectivamente, no imobilizado de arrendamento, com o objetivo de adequar a apropriação das receitas e despesas das operações de arrendamento mercantil às práticas contábeis adotadas no Brasil. VI - Provisão para operações de arrendamento de liquidação duvidosa Demonstradas a valor presente com base no indexador e na taxa de juros contratuais, calculadas “pro rata temporis” até a data do balanço. As receitas relativas a operações que apresentam atraso igual ou superior a 60 dias são reconhecidas no resultado somente quando recebidas, independentemente do seu nível de classificação de risco. A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa - PDD é constituída mensalmente em conformidade com os níveis mínimos de provisionamento estabelecidos pela Resolução CMN nº 2.682/1999, que requer a classificação das operações em nove níveis de risco, sendo “AA” (risco mínimo) e “H” (risco máximo), e também fundamentada na análise quanto ao risco de realização dos créditos, efetuada e revisada periodicamente pela Administração, que leva em conta, entre outros elementos, a experiência histórica com os tomadores de recursos, a conjuntura econômica e os riscos globais e específicos das carteiras. 2 Para fins de apresentação nas notas explicativas, as operações de crédito e suas respectivas provisões são classificadas em dois grupos: i) Curso normal e PDD genérica - operações sem atraso e/ou com parcelas vencidas até 14 dias, e ii) Curso anormal e PDD específica - operações que apresentam parcelas vencidas há mais de 14 dias. As operações classificas como nível “H” são baixadas do Ativo após decorridos seis meses da sua classificação neste nível, passando a ser controladas em contas de compensação pelo prazo mínimo de cinco anos e enquanto não esgotados todos os procedimentos de cobrança. As operações renegociadas são mantidas, no mínimo, no mesmo nível em que estavam classificadas. As renegociações que já haviam sido baixadas são classificadas como nível “H” e as eventuais receitas provenientes da renegociação somente são reconhecidas quando efetivamente recebidas. Quando houver amortização significativa da operação ou quando novos fatos relevantes justificarem a mudança do nível de risco, poderá ocorrer a reclassificação da operação para categoria de menor risco. h) Investimentos em coligadas e controladas Os investimentos em empresas coligadas e controladas onde haja influência significativa ou a participação seja igual ou superior a 20% do capital votante são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. i) Redução ao valor de recuperável – ativos não financeiros A Resolução nº 3.566/2008, do Conselho Monetário Nacional (CMN), dispõe sobre procedimentos aplicáveis no reconhecimento, mensuração e divulgação de perdas no valor recuperável de ativos, e determina o atendimento ao Pronunciamento Técnico CPC nº 01, de 14.09.2007, do Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros (“impairment”) é reconhecida como perda quando o valor de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa registrado contabilmente for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. Uma unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que gera fluxos de caixa, substanciais, independentemente de outros ativos ou grupos de ativos. As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas no resultado do período em que foram identificadas. Os valores dos ativos não financeiros são objeto de revisão periódica, no mínimo anual, para determinar se existe alguma indicação de perda no valor recuperável ou de realização destes ativos. Em atendimento aos normativos relacionados, a Administração não tem conhecimento de quaisquer ajustes relevantes que possam afetar a capacidade de recuperação dos ativos não financeiros em 31.12.2012 e 2011. j) Recursos de aceites e emissão de títulos, obrigações por empréstimos e repasses São demonstrados pelos valores das exigibilidades e consideram, quando aplicável, os encargos incorridos até a data do balanço, reconhecidos em base “pro rata” dia. Os custos de transação incorridos, referentes basicamente por valores pagos a terceiros pelo serviço de intermediação, colocação e distribuição de títulos de emissão própria são contabilizados como redutores dos títulos e são apropriadas mensalmente, “pro rata temporis”, para a adequada conta de despesa. k) Provisões, ativos e passivos contingentes e obrigações legais, fiscais e previdenciárias O reconhecimento, a mensuração e a divulgação dos ativos e passivos contingentes e das obrigações legais são efetuados de acordo com os critérios definidos no CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, aprovados pela Resolução CMN nº 3.823/2009 e Carta Circular BACEN nº 3.429/2010, da seguinte forma: I- Ativos Contingentes - são possíveis ativos que resultam de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos e não totalmente sob controle da entidade. O ativo contingente não é reconhecido nas demonstrações contábeis, e sim divulgado caso a realização do ganho seja provável. Porém, quando existem evidências de que a realização do ganho é praticamente certa, o ativo deixa de ser contingente e passa a ser reconhecido. II - Passivos Contingentes: uma obrigação presente (legal ou não formalizada) resultante de evento passado, na qual seja provável uma saída de recursos para sua liquidação e que seja mensurada com confiabilidade, deve ser reconhecida pela entidade como uma provisão. Caso a saída de recursos para liquidar a obrigação presente não seja provável ou não possa ser confiavelmente mensurada, ela não se caracteriza como uma provisão, mas sim como um passivo contingente, não devendo ser reconhecida mas divulgada, a menos que a saída de recursos para liquidar a obrigação seja remota. Também se caracteriza como passivo contingente as possíveis obrigações resultantes de eventos passados e cuja existência seja confirmada apenas pela ocorrência de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sobre controle da entidade. Essas obrigações possíveis também devem ser divulgadas. As obrigações são avaliadas pela Administração, com base nas melhores estimativas e levando em consideração o parecer dos assessores jurídicos, que reconhece uma provisão quando a probabilidade de perda é considerada provável; e divulga sem reconhecer provisão quando a probabilidade de perda é considerada possível. As obrigações cuja probabilidade de perda é considerada remota não requerem provisão ou divulgação. 3 III - Obrigações legais (fiscais e previdenciárias) - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. O montante discutido é quantificado, provisionado e atualizado mensalmente. Os depósitos judiciais não vinculados às provisões para contingências e às obrigações legais são atualizados mensalmente. l) Tributos Calculados às alíquotas abaixo demonstradas, consideram, para efeito das respectivas bases de cálculo, a legislação vigente pertinente a cada encargo. Imposto de Renda Adicional de Imposto de Renda Contribuição Social PIS COFINS ISS 15,00% 10,00% 15,00% 0,65% 4,00% Até 5,00% m) Uso de estimativas contábeis A preparação das demonstrações contábeis exige que a Administração efetue certas estimativas e adote premissas, no melhor de seu julgamento, que afetam os montantes de certos ativos e passivos, financeiros ou não, receitas e despesas e outras transações, tais como: (i) as taxas de depreciação dos itens do ativo imobilizado; (ii) amortizações de itens diferidos; (iii) provisões necessárias para absorver eventuais riscos decorrentes dos passivos contingentes; e (iv) provisão para perdas com operações de arrendamento mercantil de liquidação duvidosa. Os valores de eventual liquidação destes ativos e passivos, financeiros ou não, podem vir a ser diferentes dos valores apresentados com base nessas estimativas. 4 - CAIXA E EQUIVALENTES A CAIXA 31.12.2012 Disponibilidades Aplicações em depósitos interfinanceiros Cotas de fundo de investimento exclusivo (1) Total (1) Recursos aplicados em operações compromissadas – Nota 6(a). 31.12.2011 1.927 9.770.683 82.510 142 299.437 156.575 9.855.120 456.154 5 - APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ Até 90 dias Aplicações em depósitos interfinanceiros Total em 31.12.2012 Total em 31.12.2011 31.12.2012 De 91 a 365 dias 31.12.2011 Total Total 9.874.990 717.284 10.592.274 18.071.575 9.874.990 717.284 10.592.274 18.071.575 13.592.057 4.479.518 18.071.575 4 6 - CARTEIRA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS a) Composição da carteira 31.12.2012 Custo Contábil Títulos para negociação - Cotas de fundos de investimento (1) Títulos disponíveis para venda – Títulos privados Debêntures Certificados de recebíveis imobiliários Títulos mantidos até o vencimento – Títulos privados - Notas Promissórias Instrumentos financeiros derivativos – Swap valor a receber Total do Ativo em 31.12.2012 Total do Ativo em 31.12.2011 Ajuste a Mercado Valor de Mercado Sem Vencimento 31.12.2011 Até 90 dias De 91 a 365 dias Acima de 365 dias Valor de Mercado 3.358.139 701.333 701.333 35.605 - 3.358.139 701.333 701.333 35.605 3.358.139 - 24.403 24.403 20.427 13.523 13.523 15.178 663.407 663.407 - 156.575 878.837 877.937 900 250.436 4.095.077 1.285.900 (38) 4.095.077 1.285.862 3.358.139 156.575 44.830 14 28.701 256.868 663.407 872.405 14 1.285.862 872.405 (8.237) (3.390) (11.627) (2.613) (6.146) (2.868) (8.237) (3.390) (11.627) (2.613) (6.146) (2.868) (9.471) (5.330) (14.801) (1.752) (6.839) (6.210) do Grupo Safra, administrado pela JS Administração de Recursos S.A., cuja carteira está assim distribuída: (14.801) (14.801) Instrumentos financeiros derivativos – Swap valor a pagar Total do Passivo em 31.12.2012 Total do Passivo em 31.12.2011 (1) Representados por cotas de fundo de investimento exclusivo das empresas Títulos para negociação Letras do Tesouro Nacional Operações Compromissadas – Títulos Públicos Total 31.12.2012 3.275.629 82.510 3.358.139 31.12.2011 156.575 156.575 b) Composição da carteira de instrumentos financeiros derivativos por Valor Referencial Os instrumentos financeiros derivativos são utilizados pela Safra Leasing na administração diária dos riscos assumidos em suas operações. Os principais riscos relacionados aos instrumentos financeiros são: risco de crédito, risco de mercado e risco de liquidez, abaixo definidos: • Risco de crédito é o risco decorrente da possibilidade de perda devido ao não recebimento de operações contratadas junto a clientes ou contrapartes. • Risco de mercado é a exposição criada pela potencial flutuação nas taxas de juros, taxas de câmbio, cotação de mercadorias, preços cotados em mercado de ações e outros valores, e em função do tipo de produto, do volume de operações, prazo e condições do contrato e da volatilidade subjacente. • Define-se como risco de liquidez a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis decorrentes de operações com instrumentos financeiros derivativos que possam afetar a capacidade de pagamento da Companhia, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. 5 As posições da Safra Leasing são monitoradas por área de controle independente, que utiliza sistema específico para administração de risco, com cálculo do VaR (valor em risco) com intervalo de confiança de 99%, testes de estresse, back testing e demais recursos técnicos. O Grupo possui um Comitê de Risco de Mercado, composto por executivos do alto escalão, que se reúne semanalmente, com foco principal na discussão de conjuntura econômica, e um Comitê de Riscos e Tesouraria, com participação de membros do Comitê Executivo, que se reúne mensalmente para discutir de forma detalhada aspectos da gestão de Risco de Mercado, bem como revisar limites de risco, estratégias e resultados. Swap – Taxa de juros Locais de Negociação CETIP 31.12.2012 De 91 a Até 90 dias 365 dias 37.695 62.792 Acima de 365 dias 19.686 Total Referencial 120.173 31.12.2011 Total Referencial 466.526 c) Análise de sensibilidade De acordo com os critérios de classificação de operações previstos na Resolução nº 3.464/2007 e na Circular nº 3.354/2007 do BACEN e no Novo Acordo de Capitais – Basileia II, os instrumentos financeiros são segregados em Carteira de Negociação (Trading) e Carteira Estrutural (Banking). A Carteira Trading consiste em todas as operações, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros desta estratégia. São operações destinadas à revenda, obtenção de benefícios dos movimentos de preços, efetivos ou esperados ou realização de arbitragens. Esta carteira tem limites rígidos definidos pelas áreas de risco e é diariamente controlada. A Carteira Banking abriga as operações que não se enquadram no conceito de Carteira Trading e são, tipicamente, operações estruturais das linhas de negócio da instituição e seus respectivos hedges, que podem ou não ser realizados com instrumentos financeiros derivativos. Portanto, os derivativos desta carteira não são utilizados para fins especulativos. Em cumprimento à Instrução CVM nº 475/2008, a análise de sensibilidade foi aplicada sobre as operações classificadas da carteira “Banking”, excluindo-se certos instrumentos financeiros ativos e passivos que não possuem instrumentos financeiros derivativos atrelados a estes: • Debêntures emitidas pela Companhia por serem captações indexadas ao CDI cujos recursos não aplicados nas operações de arrendamento são aplicados em aplicações interfinanceiras e títulos e valores mobiliários que produzem rendimento semelhante ao CDI, nessa linha quaisquer variações nos cenários econômicos resultariam em efeitos irrelevantes para a Companhia; • Operações de arrendamento com recursos de repasses do Finame e as respectivas obrigações junto ao Finame, sendo que as operações de arrendamento possuem as mesmas taxas dos repasses do Finame, acrescidas da taxa de spread cobrado nas operações de repasse. Nessa linha quaisquer variações nos cenários econômicos resultariam em efeitos irrelevantes para a Companhia. A análise de sensibilidade consiste em uma simulação que não considera o poder de reação da Administração frente aos cenários apresentados, o que certamente mitigaria as perdas que seriam incorridas. Além disso, os impactos apresentados não representam potencial prejuízo contábil, pois a metodologia utilizada não se baseia em práticas contábeis da Safra Leasing. Carteira Banking 31.12.2012 Fatores de Risco Risco de Variação em: Cenários 2 1 Renda Fixa Taxas de juros pré-fixadas, cupons de taxas de juros e cupons de índices de preços Total A análise de sensibilidade foi efetuada a partir dos seguintes cenários: • • • Cenário 1: Aplicação de choque de 1 ponto-base para taxa de juros; Cenário 2: Aplicação de choque de 25% na taxa de juros; e Cenário 3: Aplicação de choque de 50% na taxa de juros. 6 (1) (1) (1.609) (1.609) 3 (3.111) (3.111) 7 - OPERAÇÕES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL a) A carteira de arrendamento a valor presente era composta por: 31.12.2012 Arrendamento a receber Rendas a apropriar de arrendamento mercantil Valores residuais a realizar Valores residuais a balancear Imobilizado de arrendamento – Nota 11 Credores por antecipação de valor residual – VRG Total 31.12.2011 200.880 (179.881) 381.240 (381.240) 1.698.022 (1.332.178) 386.842 465.023 (448.923) 859.340 (859.340) 3.333.913 (2.278.907) 1.071.106 b) Distribuição da carteira de crédito por nível de risco: 31.12.2012 Níveis de risco Finame Arrendamento Arrendamento Mercantil Total da carteira em 31.12.2012 Provisão em 31.12.2012 Total da carteira em 31.12.2011 Provisão em 31.12.2011 AA 116.681 149.215 265.896 753.493 - A 6.839 19.922 26.761 (265) 106.719 (1.056) B 1.243 4.487 5.730 (171) 37.276 (1.115) C D 8.666 1.601 26.254 18.156 34.920 19.757 (3.489) (5.925) 57.711 41.016 (5.765) (12.301) E 1.151 2.188 3.339 (1.669) 14.488 (7.242) 31.12.2011 F 104 2.207 2.311 (1.617) 6.647 (4.653) G 401 1.678 2.079 (2.079) 1.210 (1.210) H Total 2.599 23.450 26.049 (26.049) 52.546 (52.546) 139.285 247.557 386.842 (41.264) 1.071.106 (85.888) Total 322.761 748.345 1.071.106 (85.888) c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa 31.12.2012 Saldo no início do período 31.12.2011 85.888 96.875 5.376 64.830 Mínimo Obrigatório (Resolução CMN nº 2.682/1999) 15.073 46.745 Adicional (9.697) 18.085 (50.000) (75.817) 41.264 85.888 32.876 67.803 8.388 18.085 Constituição de provisão Baixas a prejuízo Saldo no final do período Provisão mínima requerida (Resolução CMN nº 2.682/1999) Provisão adicional A Administração da Companhia, para a constituição da provisão acima, considera não somente os níveis mínimos de provisionamento definidos através da Resolução CMN nº 2.682/1999, como também realiza uma apurada análise quanto ao risco de realização dos créditos, suportada por metodologia interna de classificação de risco amplamente testada e periodicamente reavaliada e aprovada pela Administração. 7 d) Operações renegociadas e recuperação de arrendamento mercantil As operações renegociadas em 31.12.2012 totalizam R$ 8.883 (R$ 11.266 em 31.12.2011), cuja provisão monta a R$ 7.125 (R$ 10.032 em 31.12.2011). As recuperações de arrendamento mercantil no período foram de R$ 20.547 (R$ 21.595 em 2011). e) Distribuição da carteira por prazo de vencimento das operações: 31.12.2012 Curso anormal Operações Vencidas em Dias: 15 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 Acima de 180 Curso normal Parcelas Vencidas em Dias: Vencidos até 14 Parcelas Vincendas em Dias: 01 a 30 31 a 60 61 a 90 91 a 180 181 a 365 Acima de 365 31.12.2011 46.884 94.510 6.056 13.029 10.765 7.809 9.225 21.154 20.985 8.027 20.754 23.590 339.958 976.596 1.715 2.710 29.151 36.962 15.477 70.171 89.449 97.033 73.357 70.091 65.915 176.800 269.690 318.033 Total 386.842 1.071.106 O saldo das operações vencidas há mais de 60 dias, não atualizadas (“Non Accrual”), montam em 31.12.2012 R$ 27.799 52.371 em 31.12.2011). f) (R$ Distribuição da carteira por ramo de atividade: 31.12.2012 Setor Privado Indústria Comércio Serviços Pessoas Físicas Outros Total 31.12.2011 114.398 45.987 215.400 10.027 1.030 386.842 282.959 149.592 613.663 21.620 3.272 1.071.106 8 - CAPTAÇÕES DE RECURSOS E OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES 31.12.2012 Até 90 dias Recursos de aceites e emissões de títulos (a) Repasses – FINAME Total em 31.12.2012 Total em 31.12.2011 De 91 a 365 dias 38.600 38.600 56.783 57.924 57.924 132.600 31.12.2011 Acima de 365 dias 13.615.496 44.794 13.660.290 18.777.107 Total Total 13.615.496 141.318 13.756.814 18.966.490 (a) Recursos de aceites e emissões de títulos: Saldo contábil 31.12.2012 31.12.2011 Datas Emissão Vencimento 2005 2007 2007 2007 Total (1) 2015 2016 2017 2017 Quantidade 4.635 448 512 725 6.320 10.674.009 826.353 890.634 1.224.500 13.615.496 (1) Em 31.12.2012, do montante emitido R$ 6.603.384 encontra-se em carteira. 8 10.622.038 1.698.045 3.203.444 3.118.639 18.642.166 Indexador 100% 100% 102% 102% do do do do CDI CDI CDI CDI 18.642.166 324.324 18.966.490 9 - ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES E OBRIGAÇÕES LEGAIS – FISCAIS E PREVIDENCIÁRIAS a) Ativos Contingentes Em 31.12.2011, a Safra Leasing S.A. Arrendamento Mercantil requereu à Secretaria da Receita Federal a habilitação de Créditos Fiscais no montante de R$ 84.218, originados com o trânsito em julgado do processo judicial que pleiteava a repetição do indébito decorrente de pagamentos indevidos a titulo de CPMF sobre as operações de captação e aplicação de recursos da companhia – no período de 2002 a 2007. O imposto a compensar foi registrado em dezembro de 2011 em outros créditos diversos em contrapartida a outras receitas operacionais. b) Passivos Contingentes São quantificados conforme segue: I - Ações Cíveis Estão representadas, substancialmente, por pleitos de indenização por danos materiais e/ou morais, versando, principalmente, sobre questões atinentes a crédito direto ao consumidor, cobrança e empréstimos, protestos de títulos, inclusão de informações no cadastro de restrições ao crédito e expurgos inflacionários em Planos Econômicos. As ações cíveis são avaliadas quando do recebimento da notificação judicial, revisadas periodicamente e quantificadas com base na fase processual, nas provas apresentadas e na jurisprudência de acordo com a avaliação da Administração quanto ao grau de risco de perda da ação judicial. A provisão é constituída quando a probabilidade de perda é considerada provável. II - Ações Trabalhistas Buscam o pagamento de pretensos direitos trabalhistas, relativos à legislação trabalhista específica da categoria profissional, em especial horas extras. São quantificadas e provisionadas quando do recebimento da notificação judicial, estimando-se o valor do principal pedido deduzido nas ações trabalhistas e provisionadas com base no percentual histórico de perdas, relativos a causas consideradas semelhantes e usuais. III - Ações Fiscais e Previdenciárias Representadas, principalmente, por processos administrativos e judiciais relacionados a tributos municipais e federais. Quantificadas individualmente quando do recebimento da notificação dos processos administrativos, com base no valor de autuação e atualizados mensalmente. A provisão é constituída pelo valor integral para os processos classificados como risco de perda provável. c) As provisões constituídas e as respectivas movimentações estão assim demonstradas: I. Cíveis e Trabalhistas Saldo Inicial Atualização / Encargos (1) Movimentação do período Refletida no Resultado Pagamento Saldo Final (3) 01.01 a 31.12.2012 Cíveis Trabalhista Total 24.494 322 24.816 1.470 1.470 (12.086) 334 (11.752) (893) (69) (962) 12.985 587 13.572 4.734 199 4.933 6.426 6.426 (2) 01.01 a 31.12.2011 Total 14.743 11.115 (1.041) 24.817 Depósitos em Garantia de Recursos em 2012(4) Depósitos em Garantia de Recursos em 2011(4) (1) Registradas em outras despesas financeiras. (2) Cíveis registradas em outras receitas operacionais em 2012 e outras despesas operacionais em 2011 e trabalhistas em despesas de pessoal. (3) Registradas em outras obrigações. (4) Registradas em outros créditos. II. Contingências Fiscais e Previdenciárias Saldo Inicial Atualização/ Encargos (1) Movimentação do período Refletida no Resultado Constituição Reversão (4) Outras movimentações Saldo Final – Nota 10(c) (2) 01.01 a 31.12.2012 207.288 10.639 (159.164) 50.007 (209.171) 84 58.847 (5) 01.01 a 31.12.2011 163.651 11.062 32.575 32.575 207.288 Depósitos em Garantia de Recursos (3) 13.040 6.554 (1) Em 31.12.2012, registrado em outras despesas financeiras e em 31.12.2011, registrado em outras despesas operacionais. (2) Registrado em outras obrigações. (3) Registrado em outros créditos diversos. (4) Representado por reversão da contingência de ISS sobre operações de Leasing, cuja classificação da probabilidade de perda foi alterada para remota em função do julgamento da tese no STJ. (5) Registrado em outras receitas operacionais em 2012 e em outras despesas operacionais em 2011. 9 III. As principais ações Fiscais e Previdenciárias são: ICMS-Versa sobre exigência do ICMS supostamente incidente sobre as operações de importação realizadas por conta e ordem da Safra Leasing no montante de R$ 43.235. 10 - TRIBUTOS a) Composição das Despesas com Impostos e Contribuições I. Conciliação das despesas de Imposto de Renda e Contribuição Social 31.12.2012 336.745 (134.698) 80.956 (998) 81.954 (53.742) Resultado Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social Encargos (Imposto de Renda e Contribuição Social) às alíquotas vigentes – Nota 3(l) (Inclusões) Exclusões Permanentes Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributadas Crédito tributário não reconhecido no período e ajuste de períodos anteriores Imposto de Renda e Contribuição Social do período 31.12.2011 256.911 (102.764) (12.162) (5.101) (7.061) (114.926) II. Composição das Despesas Tributárias As despesas tributárias estão compostas substancialmente por PIS/COFINS no montante de R$ 7.506 (R$ 11.906 em 2011). b) Tributos Diferidos I. Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos: Saldo em 31.12.2011 Provisões para contingências Cíveis Trabalhistas Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos Outros Total dos créditos tributários (1) (1) Registradas em Outros créditos. II. Constituição 9.927 9.798 129 2.297 1.474 13.698 Saldo em 31.12.2012 Realização (3.817) (4.010) 193 7.096 3.279 (681) (594) (87) (847) (2.589) (4.117) 5.429 5.194 235 1.450 5.981 12.860 Obrigações fiscais diferidas: 31.12.2012 Superveniência de depreciação, líquido do crédito tributário oriundo do prejuízo fiscal ocasionado pela exclusão da receita de superveniência de depreciação Ajuste a valor de mercado de instrumentos financeiros derivativos Total – Nota 10(c) 327.939 486 328.425 31.12.2011 518.851 165 519.016 Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social e impostos diferidos sobre superveniência. Exercício de Crédito Tributário sobre Provisão para Impostos e Tributos Diferidos Diferenças Temporárias Contribuições Diferidos Líquidos realização 2013 3.811 (215.727) (211.916) 2014 2.361 (75.535) (73.174) 2015 2.361 (30.681) (28.320) 2016 2.293 (6.385) (4.092) 2017 2.034 (97) 1.937 Total 12.860 (328.425) (315.565) Valor Presente (*) 11.409 (306.445) (295.036) (*) Para o ajuste a valor presente, foi utilizada a taxa de CDI projetada para os períodos futuros, líquida dos efeitos fiscais. Em 31.12.2012 o saldo de crédito tributário, sobre diferenças temporárias, não reconhecido, monta a importância de R$ 49.721 (R$ 95.074 em 31.12.2011). c) As obrigações fiscais e previdenciárias estão assim demonstradas: Impostos e contribuições sobre o lucro a pagar Impostos e contribuições a recolher Provisões para impostos e contribuições diferidos – Nota 10(b-II) Contingências fiscais e previdenciárias e obrigações legais - Nota 9(c-II) Total (1) (1) Registradas em Outras obrigações. 10 31.12.2012 155.177 662 328.425 58.847 543.111 31.12.2011 120.604 1.460 519.016 207.288 848.368 11 - ATIVO PERMANENTE – IMOBILIZADO DE ARRENDAMENTO Veículos e afins Máquinas e equipamentos Aeronaves Outros Perdas em arrendamentos a amortizar Total de bens arrendados Depreciação acumulada de bens arrendados Superveniência de depreciação Total de depreciação acumulada de bens arrendados Total do imobilizado de arrendamento 31.12.2012 1.101.996 779.574 104.717 9.447 111.154 2.106.888 (1.720.571) 1.311.704 (408.867) 31.12.2011 2.088.201 1.415.124 155.049 20.435 129.913 3.808.722 (2.761.900) 2.287.091 (474.809) 1.698.021 3.333.913 12 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Ações O capital social da Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, está representado por 143.790.014 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b) Dividendos Os acionistas têm direito ao dividendo mínimo obrigatório anual estabelecido no estatuto social equivalente a 0,1% sobre o valor do lucro líquido do semestre correspondente às ações. Em 30.04.2012, foram pagos dividendos no montante de R$ 138, debitados da rubrica “Sociais e Estatutárias”. Em 08.05.2012, foram declarados dividendos no montante de R$ 138.006, debitados da rubrica “Reserva Especial”, e pagos em 09.05.2012, por conta e ordem do dividendo mínimo obrigatório para o exercício de 2012. c) Reservas de Capital e de Lucros 31.12.2012 Reservas de lucros Legal Especial (1) 31.12.2011 359.844 76.841 283.003 214.847 76.841 138.006 (1) A referida reserva foi constituída objetivando possibilitar a formação de recursos para futuras incorporações desses recursos ao capital social, pagamento de dividendos intermediários, manutenção de margem operacional compatível com desenvolvimento das operações da Companhia e/ou expansão de suas atividades. 13 - OPERAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS a) Remuneração da Administração Em Reunião do Comitê de Remuneração, realizada em 15.03.2012, foi estabelecida a remuneração máxima total anual para a Diretoria Executiva no montante de R$ 6.000, vigente até a data-base, tendo sido pago no período o montante de R$ 2.067 (R$ 2.209 em 2011). A Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil não possui benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho ou remuneração baseada em ações para o seu pessoal-chave da Administração. b) Participação Acionária integral do Banco Safra S.A. c) Transações com Partes Relacionadas: As operações realizadas entre partes relacionadas são divulgadas em atendimento a Resolução CMN nº 3.750/2009. Essas operações são efetuadas a valores, prazos e taxas médias usuais de mercado, vigentes nas respectivas datas. Ativo/(Passivo) 31.12.2012 31.12.2011 Disponibilidades (1) 1.927 142 Aplicações em depósitos interfinanceiros 10.471.089 18.071.575 Banco Safra S.A. (1) 700.406 9.171.851 Banco J Safra S.A. (2) 9.770.683 8.899.724 Instrumentos financeiros derivativos (1) (11.627) (14.801) Dividendos e JCP a pagar (1) (138) Recursos de aceites e emissão de títulos (13.615.496) (18.642.166) Banco Safra S.A. (1) (13.039.596) (17.969.676) Demais Empresas (2) (575.900) (672.490) (1) Refere-se a transações integralmente relacionadas ao Banco Safra S.A. (controlador). (2) Parte relacionada. 11 Receitas/(Despesas) 2012 2011 1.184.108 1.781.770 488.551 905.611 695.557 876.159 (6.760) (10.087) (1.393.137) (1.943.952) (1.340.841) (1.904.871) (52.296) (39.081) 14 - OUTRAS INFORMAÇÕES a) Gestão de riscos A Safra Leasing mantém através de seu controlador (Banco Safra S.A.), um conjunto de normas e procedimentos para assegurar o cumprimento das determinações legais, regulamentares, das melhores práticas de mercado e de suas políticas internas. O Banco concentra na Diretoria Executiva de Riscos Corporativos as estruturas responsáveis pela gestão dos riscos de mercado, liquidez e operacional e na Diretoria de Análise de Crédito a gestão do risco de crédito, formando a base necessária para atendimento da regulamentação vigente. No site do Banco Safra (www.safra.com.br) estão disponíveis as informações relativas às estruturas de gerenciamento de riscos de crédito, mercado e operacional. O relatório de gestão de risco será disponibilizado nesse endereço no prazo estabelecido pela Circular BACEN nº 3.477/2009. b) Comitê de auditoria Conforme previsto na Resolução CMN nº. 3.198/2004, o resumo do Relatório do Comitê de Auditoria, compreendendo a Safra Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, foi divulgado em conjunto com as demonstrações contábeis da Companhia líder do Conglomerado, o Banco Safra S.A., e encontram-se disponíveis no site (www.safra.com.br). c) Exposição cambial Em 31.12.2012 e 2011, a Companhia não detinha operações indexadas em moedas estrangeiras. **** 12
Documentos relacionados
BV LEASING - ARRENDAMENTO MERCANTIL
iii. Títulos mantidos até o vencimento - Títulos adquiridos com a intenção e capacidade (Em milhares de Reais) financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento. São registrados pelo cus...
Leia mais