Texto (2)
Transcrição
Texto (2)
190 A IMPORTANCIA DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL SOUZA, Marivanda de Oliveira1 CAVALARI, Nilton2 RESUMO Este artigo aborda questões relativas à inclusão na Educação infantil, não apenas uma questão inclusiva de conteúdos curriculares, mas uma inclusão que se faz com a lógica de aceitação social, considerando a importância da criança como um ser capaz em todos os sentidos, para tanto ser oferecido a ela a estrutura completa para exercitar suas habilidades. Assim como a educação é um direito de toda criança e cada uma com sua singularidade, a Escola por sua vez irrompe suas barreiras no sentido de atender as necessidades de cada uma delas, sendo as necessidades físicas como pedagógicas. A Educação inclusiva necessita de dispositivos diferenciados, propostas de atendimento à criança portadora de necessidade e que busque um melhor aprendizado uma melhor interação, uma busca de didática e de conhecimento pedagógico mais aprofundado e que vise o desenvolvimento ou que possibilite uma interação melhor com a sociedade. Nesta busca para uma sociedade mais aceitativa e receptiva dos seus problemas social, esquece dos profissionais que uma vez colocado a disposição do atendimento de uma criança com necessidades especiais,não se compromete a modificar os costumes e sim que valorize as diferenças físicas , psicológicas, mentais e etc., para que possibilite o aluno com necessidade participar de uma sociedade que o veja como uma pessoas que apesar de suas limitações busca uma vida sem preconceito. Palavras-chave: Inclusiva. Singularidade. Interação. Aceitativa. Diferenças. 1 INTRODUÇÃO 1.1 PROBLEMA Esta apresentação aborda o tema um tanto discutível e que se tem muito a aprender e a estudar que é a “A Inclusão de aluno com deficiência” ou como tratamos, Educação Inclusiva, o desenvolvimento deste artigo vai discorrer na área da Inclusão na Educação Infantil, com a apresentação deste artigo o maior dos objetivos é o de conhecer as principais características desta realidade buscando entender como se deu o processo de inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. 1 Marivanda de Oliveira Souza, graduada em Pedagogia, pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Paraná e cursando pósgraduação em Educação Especial pela UCP e Instituto Rhema Educação em Munhoz de Mello - Paraná. 2 Nilton Cavalari, professor orientador, mestre em Matemática, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) – Paraná e ex-docente da Universidade Estadual de Londrina(UEL).Universidade Paranaense(UNIPAR), Universidade Norte do Paraná e Professor do Instituto Rhema educação. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 191 A educação, a atenção e os cuidados na primeira infância são amplamente reconhecidos como fatores fundamentais do desenvolvimento e crescimento da criança, sendo assim, os sistemas de ensino é desafiado a organizar projetos pedagógicos que promovam a inclusão de todas as crianças. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional fez com que a educação crescesse em relação ao desenvolvimento e o compromisso com uma educação de qualidade, introduzindo um capítulo específico que orienta para o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, que deve ter início na educação infantil. O Ministério da Educação, coloca nacionalmente o desenvolvimento e amparo à política de educação inclusiva e tem implementado ações que colocam como prioridade a ampliação do acesso e do atendimento educacional especializado, criando as condições necessárias para a inclusão nas escolas de ensino regular, propiciando assim participação e aprendizagem de todos os alunos e possibilitando avanço as demais etapas e níveis de ensino. O Ministério da Educação e Cultura, neste segmento apóia a realização de programas de formação continuada de professores e demais profissionais ligados a educação disponibiliza os sistemas de ensino a Coleção Saberes e Práticas da Inclusão Educação Infantil que traz temas específicos sobre o atendimento educacional de crianças com necessidades educacionais especiais, do nascimento aos seis anos de idade. É um dos temas mais discutidos da atualidade, o que nos leva a pensar e discutir o contexto da educação em geral, objetivando uma escola mais justa e que respeite as diferenças físicas, mentais, culturais de todas as pessoas, oferecendo a elas a inserção e participação social com qualidade de vida. Definimos inclusão como sendo a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes entre nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Na escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente ensina: respeitar diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma sociedade mais justa. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 192 o termo ‘pessoas deficientes’, refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência congênita ou não em suas capacidades físicas ou mentais”, ( Ribas,1996,p 44). Incluir não se trata apenas de inserir na sociedade pessoas ou algo de novo ou diferente, mas sim uma necessidade e um direito dos das pessoas com alguma deficiência, que pode com a inclusão ter seus direitos de cidadão garantidos. 1.2 HIPÓTESE Este estudo objetiva buscar e registrar como ocorrem as interações nos processos de inclusão das crianças com necessidades educacionais especiais, no aprendizado e da aceitação do “ser diferente”, da convivência e aproximação, da interação entre sociedades, alunos, docência e demais agentes que se envolvem na educação da criança com de necessidades educacionais especiais, como o, psicólogo, psicopedagogo, profissionais da educação física e demais pessoas envolvidas para que esse desenvolvimento seja completo, uma vez que a própria Carta Magna, prevê, que a educação é direito de todos é dever do Estado e da família. Art. 205. da Constituição Federal : A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III – atendimento a educação especializada aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede publica de ensino. IV – educação infantil, em creche e pré escola, ás crianças até 5(cinco) anos de idade. A inclusão faz parte de um processo mutável é concebida através de ações articuladas, que se modifica através de constantes análises e novas reflexões, instituir política publicas que permitam á clientela que se pretende atender o exercício da cidadania, garantindo assim o direito a Educação para todos. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 193 1.3 OBJETIVO Em meados da década de 90, toma grande expansão o movimento em prol dos direitos da criança e do adolescente, com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, de acordo com a lei 8.069/90, promulga-se a lei, os parâmetros, brada-se que deverá ser cumprida a legislação e atender as crianças com alguma deficiência e ser inserida na comunidade escolar. Surge então um questionamento, estaria nossas escolas e professores preparados para receber estas crianças?, como tornar estas escolas aptas a acomodar todas estas crianças, cada qual com sua necessidades, físicas, emocionais?. Em 94, é publicado um documento que regulamenta a integração do aluno com deficiência no contexto escolar que seria a freqüência do ensino comum, fundamentado na Política Nacional de Educação Especial, mas neste período ainda não fora adequado as disciplinas a esta clientela, não havendo portando nenhum progresso, nesta inserção. Estudos foram desenvolvidos através de então para melhor acolher na rede publica os alunos com necessidades educacionais especiais, além das disciplinas, depararam também com a falta de materiais e o despreparo do corpo docente e do espaço físico na maioria das escolas. Como corrigir séculos de atraso no atendimento destas pessoas que há muito tempo não eram vistas. Até o século XV as crianças eram jogadas nos esgotos da Roma Antiga. Na Idade Média, deficientes encontram abrigos nas igrejas, na mesma época ganham à função de bobos da corte. Martinho Lutero defendia que deficientes mentais eram seres diabólicos que mereciam castigos para serem purificados. Do século XVI ao XIX as pessoas com deficiência física e mental continuam isoladas do resto da sociedade, mas agora em asilos, conventos e albergues. Surge o primeiro hospital psiquiátrico na Europa, mas todas as instituições dessa época não passam de prisões, sem tratamento especializado e nem programas educacionais. Do século XX os portadores de deficiências passam a ser vistos como cidadãos que têm direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma ótica assistencial e caritativa. A primeira diretriz política dessa nova visão aparece em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nos anos 60 teóricos defendem a normalização, ou seja, a adequação do deficiente a sociedade para permitir sua integração. A Educação Especial no Brasil aparece pela primeira Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 194 vez na LDB 4024, de 1961. A lei aponta que a educação dos excepcionais deve no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação. Em 1978 pela primeira vez, uma emenda à Constituição Brasileira, integrada ao projeto Escola Viva trata do direito da pessoa deficiente: “É assegurada aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante educação especial e gratuita” (PROJETO ESCOLA VIVA, 2000, p. 34) Nos anos 80 e 90 declarações e tratados mundiais passam a defender a inclusão em larga escala. Em 1985, a Assembléia Geral das Nações Unidas lança o Programa de Ação Mundial para as Pessoas deficientes, que recomenda em um dos fragmentos do Projeto Escola Viva: “Quando for pedagogicamente factível, o ensino de pessoas deficientes deve acontecer dentro do sistema normal” (PROJETO ESCOLA VIVA 2000, p. 34) Já em 1989 a Lei Federal 7853, no item da Educação, prevê a oferta obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino e prevê crime punível de um a quatro anos e multa para os dirigentes de ensino público ou particular que recusarem e suspenderem, sem justa causa, a matrícula de um aluno. Nos anos 90 a Conferencia Mundial sobre Educação para Todos, prevê que as atividades educacionais básicas sejam oferecidas para todos (mulheres, camponeses, refugiados, negros, índios, presos e deficientes) pela universalização do acesso, promoção da igualdade, ampliação dos meios de conteúdos da Educação Básica e melhoria do ambiente de estudo. Em junho de 1994 dirigentes de mais de oitenta países se reuniram na Espanha e assinaram a Declaração de Salamanca, um dos mais importantes documentos de compromisso de garantia de direitos educacionais. Ela proclama as escolas regulares inclusivas como meio eficaz de combate à discriminação. E determina que as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou linguísticas. Tal declaração aborda em seus textos que... - toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter um nível adequado de aprendizagem; - escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combates atitudes discriminatórias, criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; alem disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em ultima instancia, o custo da eficácia de todo o sistema educacional. (declaração de Salamanca, 94) Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 195 Só se considera em comum acordo uma Educação Especial Inclusiva de acordo com a da Lei 7583/89, CF, e do Plano Decenal de Educação para Todos conforme determina a Lei 9394/96 Diretrizes e bases da Educação Nacional e o Decreto 3298/99 que regulamenta a Lei 7853/89. Onde esta claro que na descrição dos seus artigos que; intenções de uma educação igualitária para todos, é inserir, abranger, acolher alunos com déficits de toda ordem a um ensino de qualidade. Outro recurso importante é a comunicação através das – LIBRAS - Língua a Brasileira de Sinais, lei sancionada em 24 de abril de 2002, e é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão. Entretanto, é primordial que todas essas ações e acontecimentos marcantes que apontam para a inclusão dos indivíduos com necessidades educativas especiais, sejam muito bem planejadas e estruturadas, a fim de que seus direitos sejam respeitados. É preciso proceder a uma avaliação responsável quando se levanta a bandeira da inclusão de pessoas que historicamente foram e ainda são, infelizmente, excluídas da nossa sociedade, praticamente em todos os segmentos. Nesse sentido, fica clara a urgência dos educadores e pesquisadores ligados principalmente à educação juntarem seus esforços para pesquisar e discutir essa temática, em todos os níveis e modalidades de ensino. 2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO 2.1 ÁREA DE ESTUDO Abordamos a formação dos professores para o trabalho com a educação inclusiva iniciada na educação infantil e verificamos, também, se esses profissionais estão se sentindo preparados para lidar com essa nova realidade educacional. Primeiramente, devemos colocar que, antes mesmo da formação, o professor inclusivo deve ser trabalhado no rompimento dos seus próprios preconceitos. Ele deve lutar para que o educando com necessidades educativas especiais seja visto antes do rótulo ou do diagnóstico, assim como batalhar para que ele seja bem recebido pelo grupo. A formação profissional é o ponto de convergência que, na reorganização da prática de educação infantil, deve ser priorizado. O exame desse tema poderá favorecer a formação destes profissionais para que atuem junto às crianças cujas necessidades são Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 196 especiais, independentemente de apresentarem ou não uma deficiência, de modo a respeitar, apoiar e estimular seu desenvolvimento global. A perspectiva da criação de uma nova escola inclusiva, que seja aberta para todos, uma escola real que saia dos papeis e dos belos discursos como sempre ouvimos, que rompa com já taxada realidade que acompanhamos de inclusão que seja aberta a aprendizagem das diferentes pessoas a que se deve atender. O grande desafio é a construção de uma escola organizada para atender a todos os que dela necessitar independente das diferenças, ao elaborar e implementar novos projetos não se deve pensar de uma maneira geral as deficiências e sim projetos construídos a partir das diversas deficiências que é diferente atender um aluno surdo, cego e dos portadores de deficiências físicas e mentais. Em um contexto de interações educativas construtivistas, o professor, principalmente, deve voltar-se a um processo de pesquisa e descobertas para não ultrapassados limites do desenvolvimento da criança em nome do conhecimento que só tem utilidades enquanto facilitadores do entendimento das coisas e do mundo. Cabe ainda ao professor saber agir a partir do conhecimento pedagógico, para saber organizar didaticamente e enquanto recurso de adaptação ao conhecimento prévio do sujeito com objetivo de criação do novo conhecimento. Uma escola para todos nunca existiu, esta é uma realidade que esta sempre implementada aos poucos, com a consciência de que mudanças há e para que elas existam terá que idéias e preceitos, a serem mudados e discutidos, é necessário que se pense numa escola inclusiva acessível a todos , inclusive garantindo a interação de professores capacitados e especializados, com formação inicial e continuada , para atendes as necessidades especiais. 2.2 METODOLOGIA. A inclusão escolar cresce a cada ano e, com ela, o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. Na escola inclusiva, os alunos e professores aprendem a conviver com a diferença e se tornam cidadãos solidários. E, neste contexto, o respeito às diferenças é pedra basilar para o sucesso da escola, onde a oportunidade de acesso e permanência é igual, mas estratégias, métodos, currículos e avaliações são diferenciados e adaptados de acordo com as especificidades de cada aluno. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 197 O que foi possível observar na análise dos resultados desta pesquisa, é que a educação infantil do município de Santa Fé ainda se mantém à parte do movimento da inclusão escolar de alunos com necessidades educativas especiais. Os conceitos relacionados à educação inclusiva que são expressos pelos sujeitos não demonstram fundamentação teórica, do que se deduz não haver um estudo e uma reflexão sobre o tema por parte deles. Também foi possível observar que muitos não acreditam na eficácia de uma educação que englobe a todos. A questão da formação e capacitação dos professores para o trabalho com essa escola inclusiva e com os alunos com necessidades educativas especiais foi outro foco de análise do nosso trabalho, considerando que atuar com a diversidade exige um complexo rol de conhecimentos e disponibilidade para lidar com o novo. Em se tratando da capacitação de profissionais que atuem de forma efetiva na educação de crianças com necessidades especiais, a formação deve incluir conteúdos que permitam compreender os diferentes problemas que levam à deficiência e às necessidades desta população. Mas o que se verificou com a análise dos resultados é que os professores não possuem formação específica ou sequer capacitação, e não se sentem preparados para trabalhos com alunos que apresentem necessidades educativas especiais. 2.2.1 Brinquedos e Brincadeiras. Brincar é uma necessidade para desenvolvimento infantil é um direito assegurado pelo ECA. Cabe ao educador infantil dar a oportunidade a todas as crianças com necessidades especiais escolher ou não as brincadeiras, coordenar e organizar brincadeiras, crias espaços e oferecer oportunidades de compartilha das brincadeiras. Compartilhando as brincadeiras as crianças teem oportunidades de viver várias experiências com; disputar, aprender a perder e ganhar, compreender seu papel no grupo e entender as relações entre outras pessoas. Ao brincar as crianças aprimora seus sentidos como visão, audição, tato e seus movimentos, reconhece os objetos e suas utilidades, desenvolve a linguagem e pensamento, aprende os costumes dos adultos. O educador infantil deve criar sempre oportunidades , promover a defender as brincadeiras livres ou dirigidas dando mais atenção e oportunidades as crianças com necessidades especiais sem esquecer que todas as brincadeiras tem regras , objetivos e são direcionadas a algum tipo de aprendizado e que a criança gosta da brincar sendo ela com de Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 198 necessidade ou não,e o educador não deve esquecer nunca de adaptar a brincadeira à criança que brinca. 2.2.2 Metodologia da Intervenção. A intervenção precoce na área do desenvolvimento é uma forma de prevenção, criar situações e desenvolver materiais diferenciados, podem facilitar os comportamentos funcionais e adaptativos dos alunos com necessidade especial. Seguindo as principais teorias do desenvolvimento que são linguagem, motricidade e comportamento adaptativo podemos avaliar a criança, sempre por ela mesma e mapear onde apresentam maior dificuldade, a partir daí adaptar currículo ou atividades para ela usando a intervenção e suas fases que são; identificação e implementação do currículo, avaliação do progresso, adoção do sistema de reforço, planificação das tarefas, sequencialização do objetivo e avaliação do programa. As crianças com necessidade especial podem se desenvolver mais do que podem esperar desde que recebam uma intervenção apropriada e sistemática e não devemos esquecer que o papel principal é do educador que passa a exercer a função de coordenador, gestor, organizador, criador e assume a função de sintetizador de informação de estratégias educacionais e efetivas. 2.2.3 Educação Física Adaptada. Toda criança precisa contar com um ambiente que a prepare e estimule para usar suas capacidades, ela sente necessidades de se movimentar por meio de exercício, pois a criança que não se exercita não adquire experiência de movimento, a falta de oportunidade é um dos diversos problemas enfrentados por toda criança com deficiência por ser limitada de exploração de movimentos e privada na sua vivencia motora. Os testes de coordenação motora de avaliação são novos no nosso país e ainda são alvos de critica para muitos, mas nos permite conhecer e promover intervenções a fim de minimizar as dificuldades decorrentes de defasagens motoras. Para avaliar a capacidade motora corporal podemos utilizar o teste composto de quatro tarefas da bateria KTK (Korperkoordinaionstest Fur Kinder), que visa a Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 199 caracterização de facetas da coordenação corporal total e o domínio corporal o qual é utilizado para várias idades. O teste KTK trazido da Alemanha para nosso país, pelo Professor José Irineu Gorla é feito de material simples e medidas exatas e quando usada com precisão juntamente com a ficha de coleta de dados do teste permite ao professor avaliar e analisar seu aluno mostrando onde ele tem maior habilidades e necessidades, podendo assim o professor trabalhar mais onde há maior necessidade para seu desenvolvimento. É muito importante e urgente que os sistemas governamentais, como um todo, propiciem e garantam incentivos e condições aos profissionais da educação para que desenvolvam pesquisas, ou seja, para que possam frequentar cursos de capacitação, graduação e pós-graduação sem serem onerados e/ou prejudicados em sua vida funcional, sob pena de não conseguir a efetivação de uma educação de qualidade para todos. 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA 3.1 Inclusão na Educação Infantil No enfoque deste trabalho envolve o conhecimento das políticas públicas que apoiam a inclusão, por acreditar que apenas o texto legal não garante a prática do direito, mas sem a previsão legal nem sequer existe o direito. Portanto, o conhecimento destas políticas é fundamental para que possamos lutar pela efetivação da inclusão escolar. Entretanto, o que se observou nesta pesquisa é que a maioria dos sujeitos não possui conhecimento destas políticas, nem ao menos da proposta de inclusão da própria secretaria de educação do município. É importante salientar que a comunicação e articulação entre as secretarias de educação e suas instituições educacionais são o ponto primordial para a realização de um trabalho qualitativo. 4 CONCLUSÃO A escola inclusiva é aquela que acomoda todos os alunos independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 200 incluir além dos alunos que apresentem necessidades educativas especiais, aquelas que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas, as que vivem em extrema pobreza, as que são vitimas de abusos, as que estão fora da escola, as que apresentam altas habilidades/superdotação, pois inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência. Por isso, faz-se necessário conhecer a trajetória da Educação Inclusiva, pois a formação dos educadores não será para prepará-los para a diversidade, mas para a inclusão. Uma vez que as diferenças não são sinônimos de incapacidade ou doença, mas de equidade humana. THE IMPORTANCE OF INCLUSION IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION ABSTRACT This article discusses issues concerning the inclusion in early childhood education, not just an issue inclusive curriculum content, but an inclusion that makes the logic of social acceptance, considering the importance of the child as a be able in every way, to both be offered her the complete structure to exercise your skills. As well as education is a right for every child and every one with its uniqueness, the school in turn breaks out their barriers in order to meet the needs of each one of them, being physical as pedagogical needs. The inclusive education requires differentiated devices, proposals for child care and need carrier that seeks a better learning better interaction, a search for didactic and pedagogical knowledge and aimed at further development or enabling a better interaction with society. This search for a society more aceitativa and receptive of their social problems, forgets the professionals who once placed the provision of care of a child with special needs, makes no commitment to modify customs and yes that values differences physical, psychological, mental and etc, for enabling the wearer to need participate in a society that see it as a people that despite its limitations seeks a life without prejudice. Keyword: Inclusive. Singularity; Interaction. Aceitativa. Differences. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010. 201 REFERENCIA ALTOÉ, Anair. Didática: processos de trabalho em sala de aula. EAD, n. 14. BRASIL. Constituição (1988). Art. 208, inciso III. Da educação e do desporto. Brasília: Senado Federal, 2001. BRASIL. Secretaria de educação especial. Declaração de Salamanca. In:______. Subsídios para organização e funcionamento de serviços de educação especial. Ministério da educação e do desporto. Brasília: MEC/SEESO, 1995. BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional, n. 9394, 20 dez. 1996. BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades especiais. Gorla, José Irineu, Paulo F. de Araújo, José Rodrigues, 2. ed. São Paulo, 2009. LEI FEDERAL 8069/1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Santa Maria: Palotti, , 1996. MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. PASTORAL DA CRIANÇA. Guia do líder da Pastoral da Criança, 9 ed. Curitiba, 2005. PASTORAL DA CRIANÇA. Brinquedos e Brincadeiras na Comunidade, Pastoral da Criança. Curitiba, 2005. PROJETO ESCOLA VIVA. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: Ministério da Educação, v.1, 2000. RIBAS,João Batista Cintra.Viva as Diferenças, 2.ed. São Paulo: Moderna,1996. SILVA, Ana Cristina Teodoro da. Iniciando à Ciência e à Pesquisa, EAD n. 1. Caderno Multidisciplinar de Pós-Graduação da UCP, Pitanga, v. 1, n.2 , p. 190 – 2 01, fe v. 2 010.