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A EDUCAÇÃO FÍSICA NA INCLUSÃO DO DEFICIÊNTE VISUAL: JOGOS BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS. MATTAS, Eduardo Henrique 1 RESUMO Este artigo tem como finalidade conceitualizar o leitor sobre os principais autores que discutem o referido tema, isso irá contribuir para identificação e para compreensão das necessidades decorrentes presentes no ambiente escolar que dificultam ou impedem a participação das pessoas com deficiência visual mais especificamente nas aulas de educação física. Esse estudo discorre também sobre a visão de alguns autores sobre jogos brinquedos e brincadeira, trazendo um breve conceito e resgate histórico. No último tópico traz possibilidades de ações para melhorar as aulas de educação física com aluno deficiente visual, as condições destacadas no artigo são apresentadas dentro de uma revisão da literatura não tendo a pretensão de esgotar as condições sobre o assunto, a educação física adaptada é um assunto vasto e ainda carente de publicações, visto que ainda existem muitas barreiras a serem superadas, porém todas essas barreiras passam obrigatoriamente pela busca do conhecimento dos profissionais bem intencionados, e bem informados para lidar com essas diferenças. Palavras-chave: Educação física, inclusão, jogos. ABSTRACT This article aims to conceptualize the reader of the main authors discuss the said topic , this will contribute to identifying and understanding the needs arising present in the school environment that impede the participation of people with visual disabilities specifically in education classes physics. This study also discusses about the view of some authors on toys and play games , bringing a brief concept and historical recovery . In the last topic brings actions possibilities to improve physical education classes with disabled student , the conditions outlined in the article are presented in a review of the literature has not intend to exhaust the conditions on the subject, the adapted physical education is a subject vast and still lacking in publications , as there are still many barriers to be overcome , but all these barriers must pass through the pursuit of knowledge of well-meaning professionals and knowledgeable to handle these differences. Key-words: Physical education, inclusion , games. Eduardo Henrique Mattas. Graduação Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina- UEL, Pós Graduado em Educação Física Escolar pela Universidade Federal de Lavras UFLA,MG, Pós Graduado em Educação Especial com ênfase em Deficiência Visual pelo Instituto RHEMA , participante do GEPAMA- Grupo de Estudo em Atividade Física Adaptada- UNICAMP,SP. Estudante de Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto RHEMA. Professor de Educação Física do Município de Jataizinho e Tutor Eletrônico da Universidade Norte do Paraná UNOPAR. 1 1 INTRODUÇÃO Ao pensarmos em jogos brinquedos e brincadeira devemos ter bem claro como conceituar, e seu entendimento dentro de um resgate histórico. Ao pensarmos no brinquedo é algo palpável, finito e materialmente construído, diferenciando do jogo e brincadeira, que se manifestam principalmente através de uma ação. É importante dizer, que a utilização de um brinquedo implica em uma determinada ação, assim como um jogo ou uma brincadeira podem requerer ou não o uso de instrumentos. É difícil determinar que tipo de comportamento é jogo ou delimitar que tipo de objeto é brinquedo, já que um chinelo ou um sapato, nas mãos de uma criança, podem ser transformados em brinquedos, assim como uma disputa eleitoral pode ser encarada como um jogo. Portanto, toda diferenciação entre jogo e brinquedo costuma ser despótica e envolver aspectos não tão objetivo. De qualquer maneira, podemos estabelecer algumas referências. Jogos e brincadeiras podem ocorrer em qualquer momento, em qualquer lugar, em qualquer classe social e em qualquer idade. MELO (2004), conceitua jogos e brincadeiras dizendo que são elementos que se inserem no chamado universo lúdico, composto por atividades caracterizadas por serem espontâneas, não obrigatórias, com fim em si mesmas, e que trazem sempre uma promessa de prazer. Pode-se também observar o significado que historicamente o brincar assumiu, ou melhor, como alguns autores qualificaram os jogos, os brinquedos e as brincadeiras junto ao deficiente visual (D.V) dentro de um âmbito educacional. Observa-se também como o brinquedo tem sido convertido em objeto de sentidos ambíguos isto é a maneira como eram vistas e sentidas essas formas de expressões lúdicas, e como elas mudaram significativamente com o passar do tempo. O presente estudo não quer somente analisar a situação do D.V dentro da aula de Educação Física mais sim buscar possibilidades de inclusão e também fazer uma reflexão sobre os jogos brinquedos e brincadeiras nesse contexto, buscando assim fundamentação teórica dentro de um levantamento bibliográfico, caracterizando o estudo como uma revisão de literatura de acordo com a conceitualização de Marconi e Lakatos (2006), que afirmam que “A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc [...]” (LAKATOS, MARCONI, 2006, p. 71). 2 CONCEITUALIZANDO A DEFICIÊNCIA VISUAL Refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clínico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. Ao pensar em deficiência visual, e caracteriza-la , não remete uma tranquilidade ou seja sua definição não é tão fácil como pensamos, existe na literatura uma gama gigantesca de acepções e terminologias que são citadas para esse público. Mas afinal o que é deficiência visual? As pessoas que usam óculos podem ser deficientes visuais? Ou quem enxerga de um olho só, podemos disser que são deficientes? GORGATTI E COSTA (2008), caracterizam deficiência visual pela perda total ou parcial da capacidade visual em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual. A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica. A utilização de lentes de contatos ou óculos, não são suficientes para caracterizar a deficiência visual, porém, mesmo após um procedimento cirúrgico ou utilizando recursos ópticos alguns indivíduos continuam com sua capacidade visual comprometida, aí sim podemos considera-las deficientes visuais. Podemos estabelecer alguns parâmetros quando falamos de D.V, isto é aquele que possui baixa visão ou a cegueira, GORGATTI E COSTA (2008,pg 37) Cegueira - há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita. Baixa visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais. A pessoa cega terá seu processo de ensino-aprendizagem baseado no sistema Braille (figura 1), sistema esse que permite leitura e escrita tátil a partir de combinações chamada de células Braille, uma combinação de seis pontos, que permite obter 63 sinais gráficos diferentes, proporcionando assim o acesso direto á leitura e a escrita à pessoa cega. Figura 1- Alfabeto Braille 3 EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO Sassaki (1997), Stainback e Stainback (1999) descrevem que o processo de inclusão vem sendo discutido e implementado desde a década de 90. O objetivo principal desse movimento é promover a participação social concreta das pessoas com necessidades especiais. O princípio da inclusão defende que a sociedade deve fornecer as condições para que todas as pessoas tenham a possibilidade de ser um agente ativo na sociedade. As ações inclusivas devem estar presentes em todos os aspectos da vida do indivíduo, tais como no campo educacional, laboral, esportivo, recreativo, entre outros. Assim sendo, o processo de inclusão do D.V se mostra uma necessidade. A deficiência visual como já vimos, acarreta grande perda de informações sobre o meio, prejudicando a interação social e possíveis oportunidades de uma participação plena nos diversos aspectos da vida cotidiana. A escassez de informações visuais pode ocasionar, caso a criança não seja adequadamente estimulada, prejuízos em diversos aspectos de seu desenvolvimento, tais como atrasos no campo motor, cognitivo, emocional e social. Dessa forma, é de suma importância que a criança cega ou com baixa visão seja amplamente estimulada para que possa alcançar níveis de desenvolvimento semelhantes aos seus pares não deficientes. Esse estímulo deve preceder o período escolar, porém a escola e, consequentemente a disciplina Educação Física, exercem papel fundamental nesse processo (CRAFT, 1990; CONDE, 1994; ALMEIDA, 1995; COBO, 2003; BUENO, 2003). O entendimento sobre o tema pode trazer novas possibilidades para a prática pedagógica do profissional de Educação Física, além de possibilitar a revisão de suas estratégias e metodologias empregadas na educação do aluno D.V. Esse conhecimento representa um ponto primordial para a concretização do processo inclusivo. É apenas com o conhecimento sobre as necessidades, as capacidades, as potencialidades e as habilidades de seu aluno que o educador inclusivo será capaz de desenvolver práticas eficazes para a inserção desse aluno cego ou com baixa visão. Sabe-se que o educador deve sair da sua zona de conforto com objetivo de alicerçar ainda mais os saberes relacionados a esse tema. 4 JOGOS BRIQUEDOS E BRINCADEIRAS 4.1 Jogos Quando pensamos em jogos buscamos primeiramente iniciar com um mergulho na história dessas manifestações para a partir dela, elencar elementos para a compreensão desse fenômeno na atualidade. Os jogos ocuparam um lugar muito importante nas mais diversas culturas. Segundo Huizinga (1996), na sociedade antiga, o trabalho não tinha o valor que lhe atribuímos, há pouco mais de um século ele nem ocupava tanto tempo do dia. Os jogos e os divertimentos eram um dos principais meios que dispunha a sociedade para estreitar seus laços coletivos e se sentir unida. Isso se aplicava a quase todos os jogos, e esse papel social era evidenciado principalmente em virtude da realização das grandes festas sazonais. O referido autor também fala em características comuns que são encontradas entre jogos e cultos ou rituais como ordem, tensão, mudança, movimento, solenidade e entusiasmo. Além disso, segundo ele, ambos têm o poder de transferir aos participantes, por um espaço de tempo, para um mundo diferente da vida cotidiana. Adultos, jovens e crianças se misturavam em toda a atividade social, ou seja, nos divertimentos, no exercício das profissões e tarefas diárias, no domínio das armas, nas festas, cultos e rituais. O cerimonial dessas celebrações não fazia muita questão em distinguir claramente as crianças dos jovens e estes dos adultos. Até porque esses grupos sociais estavam pouco claros em suas diferenciações. 4.2 Brinquedos A história dos brinquedos também é bem diferente do que vemos atualmente. Havia certa margem de ambiguidade em torno dos brinquedos, principalmente na sua origem. A maioria deles era compartilhada tanto por adultos quanto por crianças, tanto por meninos quanto por meninas, nas mais diversas situações do cotidiano. Conforme Benjamin, (1984), muitos dos mais antigos brinquedos (a bola, o papagaio, o arco, a roda de penas) foram de certa forma impostos às crianças como objetos de culto e somente mais tarde, devido à força de imaginação das crianças, transformados em brinquedos. O mesmo autor, também fala que os brinquedos, no início, não eram invenções de fabricantes especializados, pois surgiram primeiro nas oficinas de entalhadores de madeira, de fundidores de estanho, entre outros. Por isso, no início, a venda dos brinquedos não era prerrogativa de comerciantes específicos. Segundo Benjamin (1984, p. 245), os animais de madeira entalhada podiam ser encontrados no carpinteiro, os soldadinhos de chumbo no caldeireiro, as figuras de doce nos confeiteiros, e as bonecas de cera no fabricante de velas. Essa forma de produção começou a desaparecer, principalmente com o inicio da especialização dos brinquedos, que passou a ocorrer no século XVIII. Com o desenvolvimento do capitalismo, o brinquedo passou a ser comercializado com fins lucrativos. A partir daí, os objetivos do brinquedo começam a se afastar da sua origem. Nesse sentido, uma emancipação do brinquedo começa a se impor; quanto mais a industrialização avança, mais decididamente o brinquedo subtrai-se ao controle da família, tornando-se cada vez mais estranho não só às crianças, mas também aos pais, mudando de cunho lúdico para influência exacerbada da mídia e dos meios de produção. A pessoa portadora de necessidades especiais deve ter o seu lugar garantido nas aulas de Educação Física. Dentro do contexto educacional, deverá ser proposto atividades educativas que possam respeitar as suas diferentes características e insuficiências motoras. Portanto, o profissional de Educação Física deve atuar junto a essa população especial, com atividades dinâmicas, alegres e motivadoras, buscando constantemente renovar suas práticas pedagógicas por meio de atividades que venham elucidar o ato de jogar, tornando possível, assim, a transformação dos jogos em um aprendizado significativo. 4.3 Brincadeiras Brincadeira é a ação de brincar, de entreter, de distrair. Pode ser uma brincadeira recreativa ou um gracejo, como trocadilhos ou insinuações. "O brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa". (ALMEIDA, M. T. P, 2000). A brincadeira contribui muito para o desenvolvimento da criança, onde através dela, o professor estimula a autonomia em cada indivíduo. Ainda, quando a criança encontra-se no Pré-Operatório (caráter lúdico do pensamento simbólico), segundo alguns autores, ela é extremamente egocêntrica, centrada em si mesma e para tudo deve haver uma explicação. A brincadeira nessa etapa da educação passa a ser fundamental, pois ela consegue lidar com os diferentes pontos de vista de seus colegas e tenta resolver diferentes problemas de diferentes formas, sempre com o auxílio da professora e respeitando as regras/combinados. A importância de brincar na educação infantil é essencial e necessária, pois ajuda na construção da identidade, na formação de indivíduos e na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem. Para Barreto (1998), brincadeira é a atividade lúdica livre, separada, incerta, governada por regras e caracterizada pelo faz de conta. É uma atividade bastante consciente, mas fora da vida rotineira e não séria, que absorve a pessoa intensamente. Ela se processa dentro de seus próprios limites de tempo e espaço de acordo com regras fixas e de um modo ordenado. A brincadeira, entendida em seu aspecto livre ou sob a forma de jogo com regras, possui uma função simbólica e funcional. Para Brougère (1995,18) elas se fundem, o valor simbólico é a função. Ainda para esse autor, a brincadeira só existe na liberdade que a criança tem de iniciativa, opinião compartilhada por Vygotsky, que acredita na atividade imaginária como critério de diferenciação do brincar em relação a outras atividades realizadas pela criança. As crianças entram em contato o tempo todo, durante a brincadeira, com signos produzidos pela cultura à qual pertencem. Para BROUGÉRE (1997), a brincadeira de casinha, os brinquedos de guerra, os heróis da televisão ou a sandaliazinha da dançarina de axé são elementos que encerram em si significados e ideologias. Neste sentido, é que ocorre a bi-direcionalidade da transmissão cultural, pois a atividade de brincar da criança é estruturada conforme os sistemas de significado cultural do grupo a que ela pertence. Mas, ao mesmo tempo, esta atividade é reorganizada no próprio ato de brincar da criança, de acordo com o sentido particular por ela atribuído às suas ações, em interação com seus pares ou com os membros mais competentes de sua cultura. Nesse processo, tanto os significados coletivos quanto os sentidos pessoais são remodelados e redefinidos continuamente. 5 ATIVIDADES FÍSICAS E O D.V As atividades físicas como jogos brinquedos e brincadeiras são de grande importância e permitem que os educadores descubram as capacidades, e potencialidades dos educandos portadores de deficiência visual. Essas atividades fazem parte da vida de qualquer criança, pois propicia um universo de descobertas e, segundo alguns autores, ao realizar essas atividades a criança assimila e pode transformar a realidade. Desta forma, com a criança cega e baixa visão o repertório não é diferente. É através dessas atividades elas se movimentam e se sentem independentes, desenvolvem os sentidos, adquirem habilidades para usar o corpo e as mãos, interagem com o outro e o ambiente, reconhecem objetos e suas características (textura, forma, tamanho, cor e som) e as tornam mais ativas e curiosas. Também não podemos deixar de falar que o ato de jogar e brincar pode favorecer momentos de integração entre a família. Portanto, tudo isso é de extrema importância para o desenvolvimento de qualquer criança, seja quanto aos aspectos motores, o físico, a mente, a autoestima, a afetividade, a sociabilidade. Diversas dessas atividades podem ser realizadas com a criança D.V, porém devemos adaptálas para que possam aproveitar o momento da melhor maneira possível devese respeitar a faixa etária da criança. Como por exemplo, para a criança cega se faz necessário o uso de determinados materiais nos brinquedos como guizos, diferentes sons e texturas, luzes, que chamem a atenção e despertem o interesse da criança. Assim como devemos auxiliá-las a contornar os objetos com as mãos, o que possibilita a exploração do brinquedo. Já nas crianças com baixa visão pode-se fazer o uso de brinquedos com cores contrastantes (amarelo com preto, preto com branco) e/ou de cores intensas, com desenhos de fácil compreensão e de tamanhos favoráveis, isto possibilita estimular a visão e de forma mais tranquila, adaptações simples facilitarão ainda mais as aulas de educação física com os alunos D.V. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema da inclusão requisita contínuo estudo e deve ser lembrado e refletido por aqueles que estão diante da prática, seja na sala de aula, seja nas aulas de Educação Física com a presença de alunos com deficiências. A realidade da inclusão é contrária à acomodação, não se pode o professor se contentar com o conhecimento que se possui. É verdade que mesmos os que estão nas escolas ainda encontram muitas dificuldades, bem como não participaram de um processo formativo voltado para inclusão, mas uma coisa é certa, os professores que trabalham com esse público se manifestam em razão de suas necessidades pedagógicas, na busca de soluções de dificuldades que acontecem em seu cotidiano. Estar ciente desse movimento é reconhecer o processo de contínuo melhoramento que requisita a educação e a formação dos professores. Deve-se aguardar também que essas reflexões sobre os jogos brinquedos e brincadeiras levem a conexões, novas ideias, discussões, sobretudo do aprofundamento, contemplando também a atuação do professor visando cada vez mais autonomia profissional, na busca de uma formação acadêmica mais coerente com a realidade do processo educativo e social. REFERÊNCIAS ALMEIDA, J.J.G. 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