Educaçao Crista_Portugués.indd - Seminario Biblico de las Américas
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1. EDUCAÇÃO CRISTÃ por Christina Clifford de Dueck SEMINÁRIO BÍBLICO DAS AMÉRICAS Colônia 1243 (quase Jí) Montevidéu, URUGUAI Tel.: (+598) 2903 1875 E-mail: [email protected] Copyright © 2006 por Seminário Bíblico das Américas Todos os direitos reservados. ISBN 9974-7935-5-6 Dep. Legal 339 299. Impresso em Montevidéu. Proíbida a reprodução total ou parcial deste manual sem prévia autorização escrita do Seminário Bíblico das Américas. 2. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 3. EDUCAÇÃO CRISTÃ PROPÓSITO O propósito deste estudo é conhecer mais a Deus, para assim amar-lo mais! Durante uma conferência, um estudante perguntou ao teólogo suíço Karl Barth: “Dr. Barth, o que tem apreendido de mais profundo nos seus estudos de teologia? Barth pensou por um momento e logo respondeu: “Cristo me ama, isso eu sei bem, a Bíblia diz assim afirma. “Os estudantes riram da sua resposta são simples, mas sua risada se tornou nervosa quando logo o advertiram de que Barth havia falado de maneira séria. Barth deu uma resposta simples a uma pergunta muito profunda. Quando a fez estava chamando atenção à pelo menos duas noções fundamentalmente importantes sobre Deus: 1. Na mais simples das verdades cristãs reside uma profundidade que pode ocupar as mentes das pessoas mais brilhantes durante toda sua vida. 2. Que ainda dentro da sofisticação teológica mais acadêmica nunca poderemos levar mais adiante do entendimento de uma criança para compreender as profundidades misteriosas e as riquezas do caráter de Deus. Deuteronômio 29:29 “As coisas secretas pertencem a Jeová nosso Deus, mais as reveladas são para nós e para nossos filhos para sempre”. Martin Lutero fez referência aos dois aspectos de Deus, o secreto e o relevado. Uma porção do conhecimento Divino permanece ainda oculta aos nossos olhos! Trabalharemos e estudaremos a luz do que Deus já nos revelou. 4. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 5. CONTEÚDO Lição 1 A importância da Educação Cristã ................................................................................... 7 Lição 2 A Vida Pessoal do Professor ...........................................................................................11 Lição 3 Conhecendo ao Aluno .....................................................................................................15 Lição 4 As sete Leis do Ensino ....................................................................................................27 Lição 5 O Evangelismo da Criança ..............................................................................................35 Lição 6 O Melhor amigo do Professor .........................................................................................43 Lição 7 A apresentação da Lição .................................................................................................47 Lição 8 Métodos de Aprendizagem .............................................................................................53 Lição 9 Conta-me uma história! ...................................................................................................65 Lição 10 Sugestões Práticas ...........................................................................................................73 Palavras Finais .................................................................................................................................79 Apêndice ............................................................................................................................................80 Bibliografia .......................................................................................................................................84 6. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 7. LIÇÃO 1 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ “E Ele mesmo constitui a uns... mestres, a fim de aperfeiçoar aos santos para a obra do ministério...” Efésios 4:11-12 Sem dúvida você já tem uma idéia do que é aprender e ensinar. Escreva uma simples definição destes termos como os compreende agora. Ensinar é ___________________________________________________________________. Aprender é _________________________________________________________________. O que é Ensinar? Ensinar é transmitir conhecimentos. Ensinar é despertar a mente do aluno para receber e reter uma verdade. O que é aprendizagem? O aprender é muito mais que a simples aquisição de dados e informação. É necessário compreender a informação, integrar-la as nossas crenças e transformar nosso comportamento de acordo ela. Não pode haver educação sem aprendizagem. Instruir: Ensinar, doutrinar. Comunicar sistematicamente idéias, conhecimentos ou doutrinas. A educação é um processo de desenvolvimento contínuo e aperfeiçoamento da vida. A educação cristã é a formação do cristão em um processo de desenvolvimento contínuo e aperfeiçoamento para alcançar a meta disposta por Deus, a qual é ser semelhante a imagem de Jesus Cristo. Dentro deste processo de desenvolvimento cristão existem dois modelos de educação. Um é a educação formal que se trata com informação, atos, conceitos e princípios. A aprendizagem do conteúdo bíblico a informação doutrinária e o material que pode ser classificado como conhecimento podem ser adquiridos através do ensino formal. Outro é a educação informal que consiste na compreensão de valores, atitudes, motivos, consciência, comportamentos cristãos apropriados. Esta educação informal é aprendida através de interações íntimas e a identificação pessoal do aluno com os demais. Uma educação cristã eficaz inclui tanto modelos informais como formais. Nenhum destes dois modelos é suficiente por si só. É necessário usar ambos. O professor que está ajudando a outro crente a crescer espiritualmente, com certeza desejará estabelecer uma relação íntima com ele. Desejará ser exemplo da vida de Cristo de tal maneira que, ao observar a sua vida, ele possa ver como se deve viver. Também desejará ajudar a esta pessoa a compreender a verdade bíblica e doutrinária. 8. Seminário Bíblico das Américas EDUCAÇÃO RELIGIOSA NO ANTIGO TESTAMENTO A. OS LÍDERES ESPIRITUAIS E A TAREFA DO ENSINO Depois do tempo da escravidão no Egito, Deus delegou a Moisés, junto aos anciãos e sacerdotes para ensinar seus mandamentos a todo seu povo. “Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam, e aprendam, e temam o Senhor, vosso Deus e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei”. Deuteronômio 31:12 B. OS PAIS COMO PROFESSORES Deus também deu responsabilidade aos pais na tarefa de ensinar aos seus filhos o temor de Deus. “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos e levantando-vos. Escreveis-as nos umbrais de vossa casas nas vossas portas”. Deuteronômio 11:19-20 C. NOS TEMPOS DE JOSUÉ Quando Josué assumiu a liderança ele não descuidou do ensino bíblico ao povo de Deus. Seguiu o exemplo de Moisés. Josué 8:34-35 D. A GERAÇÃO QUE NÃO CONHECEU A DEUS Existe uma etapa na vida de Israel que demonstra a importância do Líder em incentivar o ensino bíblico. Depois que Josué morreu, levantou-se outra geração que não conhecia a Deus. Juízes 2:10-12, 14 E. A ÉPOCA DOS JUÍZES E REIS Durante a época dos juízes e dos reis, a vida espiritual dos israelitas se caracterizou por momentos de alta e baixa espiritualidade. Quando descuidavam de sua educação religiosa se afastavam de Deus e Ele os entregava nas mãos dos seus inimigos. F. NO TEMPO DE JOSAFÁ Quando Josafá chegou ao trono de Israel, o povo estava totalmente debilitado e afastado de Deus. O primeiro que fez foi enviar seus príncipes às cidades de Judá. II Crônicas 17-9-10 G. NO CATIVEIRO BABILÔNICO Seguindo a linha da história de Israel, a nação foi levada cativa a Babilônia. Depois de 70 anos de cativeiro, quando regressaram a Jerusalém, Esdras e Neemias leram e explicaram ao povo a Lei do Senhor. O livro de Neemias é um testemunho do avivamento que sucedeu depois. H. DO TEMPO DO CATIVEIRO EM DIANTE No tempo do cativeiro e, mais tarde a sinagoga foi criada para chegar com o ensino a todo o povo. Em algumas cidades contavam com várias sinagogas que eram usadas, além de lugar de culto, também como escolas religiosa e secular. • Nas reuniões leiam a lei, os profetas e os demais Escritos Sagrados que eram comentados pelos anciãos com um esquema determinado. • Demoravam aproximadamente 3 anos estudando todos os Escritos Sagrados durante esta época. Seminário Bíblico das Américas 9. EDUCAÇÃO CRISTÃ NO NOVO TESTAMENTO A. A EDUCAÇÃO NO TEMPO DE JESUS Segundo a história, sabemos que junto a cada sinagoga se estabelecia uma escola primária. A assistência era obrigatória. A criança judia começava sua educação religiosa aos seis anos de idade. Estudava a lei, os profetas, a poesia, e a história do seu povo, além dos ritos e as cerimônias. Dos dez a quinze anos completava sua educação religiosa estudando as interpretações orais da lei e das tradições dos anciãos. Vemos isto na vida de Saulo. Atos 22:3 Através da história do povo de Deus notamos a grande importância atribuída ao ensino bíblico. Como pais e como igreja, temos esta grande responsabilidade assumida com Deus e com nossos filhos. O que estou fazendo com respeito a este desafio? B. JESUS, O GRANDE MESTRE Jesus é chamado “mestre” pelo menos 45 vezes nos evangelhos. Ele mesmo se chamou mestre (João 13:13) 1. Jesus ensinava a: • Indivíduos (João 3-4) • Grupos pequenos (Mateus 13:36). • Grupos grandes (Mateus 13:2) • Seguidores (João 14:5-14). • Céticos (Mateus 12:38-45). 2. Ensinava com autoridade, clareza, convicção e poder. Marcos 1:22 3. Ele era a personificação viva da verdade. João 1:14, João 14:6. Era genuíno. Ele vivia 100% do que ensinava. Sua via reforçava e dava peso ao que dizia. 4. Conhecia as escrituras. Mateus 4:2-11, Lucas 4:16-21, Lucas 24:27. 5. Conhecia a natureza humana. João 2:25 6. Utilizou abundantes métodos de ensino: a. Perguntas para provocar discussão. Marcos 8:27-29, 10:3 b. Instrução a não convertidos. João 3-4 c. O sermão do monte é um maravilhoso exemplo de um discurso bem ilustrado. Mateus 5-7, 24-25, João 14-17 d. Mostrando uma verdade com seu exemplo. Lições objetivas ao vivo. João 13:18-17; Lucas 11:1-13 e. Colocou seus seguidores para trabalhar, ajudando-os a pôr em prática o que lhes havia ensinado. Lucas 9:1-6, 10:1-17. f. Escutava o que seus discípulos lhe contavam sobre o que havia sucedido em suas viagens missionárias. Lucas 9:10. Com certeza, depois de ouvi-los, conduzia-os para longe a fim de incentivá-los, corrigi-los e aprofundar a base do que eles haviam vivido. g. Muitas vezes ensinou por parábolas que tirou da natureza ou histórias da vida cotidiana para explicar ou ilustrar. • O semeador. Marcos 4:1-9 • Os lírios do campo. Mateus 6:28-30 • As aves do céu. Mateus 6:25-26 • Daí a César o que é de Cesar. Mateus 22:15-22 Seminário Bíblico das Américas 10. 7. Seu ensino exigia uma resposta Mateus 9:1-8; 10:5-15; 10:32-33; 14:22-33; 16:13, 19:16-22 8. Ensinou através de relações interpessoais O ensino de Jesus envolvia relações interpessoais. Com um grupo seleto, seus doze discípulos, ele viveu. Compartilhavam as experiências da vida. Interagiam sobre as lições que foram ensinadas, e reagiam continuamente a situações da vida que exigiam a aplicação do seu conhecimento. Em certas ocasiões ensinou como se estivesse numa aula. Jesus ensinava e os doze escutavam enquanto ele introduzia e explicava a verdade. Faziam perguntas, pediam esclarecimentos sobre o seu ensino e respondia a suas perguntas. Nesse ambiente de confiança, Jesus fomentava um espírito aberto entre seus discípulos. Com quem estou “vivendo” para seguir o modelo do discipulado que Jesus nos deixou? C. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA IGREJA PRIMITIVA Em Atos 2:42 nos diz que os recém-convertidos perseveravam na doutrina dos apóstolos. Os apóstolos mesmos ensinavam. Todo o livro de Atos está repleto de relatos onde encontramos os apóstolos ensinando. Paulo e Barnabé estiveram pelo período de um ano em Antioquia ensinando na Igreja (Atos 11:26). Em Éfeso Paulo esteve três anos (Atos 20:31) e em Corinto estabeleceu residência um ano e meio para ensinar a Palavra de Deus (Atos 18:11) Paulo foi um dos maiores e mais querido mestres de todos os tempos. Em suas epístolas apresenta com clareza toda a doutrina cristã. D. A MISSÃO DA IGREJA Cristo deu uma missão aos seus seguidores chama “A grande comissão”. Em Mateus 28:19-20 vemos três partes desta missão: 1. A evangelização v.19a (Marcos 16:15 “Ide por todo mundo e pregai...”) 2. A incorporação v.19b 3 A educação v.20 O evangelismo e a educação são as duas faces da mesma moeda. Ambas fazem parte de um ministério de educação cristã equilibrada que possui dupla finalidade: • Conduzir as pessoas, sejam crianças, jovens ou adultos ao conhecimento de Deus. • Instruir no desenvolvimento perfeito do cristão (II Pedro 3:18) Resumindo, a educação cristã prepara o cristão para viver bem sobre a terra, e através da conversão e da santificação prepara-o para uma eternidade com Deus. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Preencha as lacunas: “Não pode haver _________________sem _____________________”. Explique a diferença entre os dois modelos de educação. Resuma brevemente o conceito de educação religiosa no Antigo Testamento. Resuma brevemente o conceito de educação religiosa no Novo Testamento. Quais são os aspectos do ensino de Jesus Cristo que mais chama a sua atenção? Quais são as três partes da missão da igreja que encontramos em Mateus 28:19-20? Descreva com suas palavras cada parte e sua relação com a educação cristã. Seminário Bíblico das Américas 11. LIÇÃO 2 A VIDA PESSOAL DO PROFESSOR “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus... antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo...” Filipenses 2:5-6 “O factor mais importante que influi sobre a aprendizagem é a vida e personalidade do maestro.” Finley B. Edge Por que ensino? Qual motivo me impulsiona? Ensino por que comecei a fazer alguns anos atrás e ainda não pude me retirar (aposentar)? Porque me faz sentir como um bom cristão? Ensino porque há falta de professores? Porque é uma obrigação que tenho que cumprir? Ensino como um favor pessoal ao Pastor ou Líder? Ensino porque amo ao Senhor com todo o meu ser, e quero servi-lo e obedecer a ordem de Mt. 28:19-20? Ensino porque amo aos meus alunos e desejo ajudar-los a crescer até alcançar a maturidade cristã? O motivo que inspira o professor a ensinar afeta: • Sua atitude para com a classe. • Sua preparação e apresentação da lição. • Sua fidelidade ao cargo que ocupa. • O resultado ou produto do seu ensino. AS PRIORIDADES DO PROFESSOR A. O COMPROMISSO COM CRISTO Antes de buscar servos que trabalhe para Ele, o Senhor busca santos que lhe amem e tenham comunhão com Ele. • Uma relação com Cristo é nossa maior prioridade. • Mais do que com a família. • Mais do que com a igreja. • Mais do que com o trabalho. • Mais do que com nós mesmos. Mateus 6:33; Marcos 10:21 B. O COMPROMISSO COM O CORPO DE CRISTO “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns com outros.” João 13:35 1. As relações familiares devem ser a primeira prioridade para o obreiro. Eli - Sacerdote e devoto - Pai deficiente Samuel - Profeta de Deus - Pai ocupado Davi - Rei ungido - Pai negligente Deve haver um equilíbrio entre o compromisso com a obra e o compromisso com a família. Seminário Bíblico das Américas 12. 2. Relações com os demais. • Com graça (Colossenses 4:6). • Demonstrando o fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). • Devemos nos colocar na “pele” do outro. C. O COMPROMISSO COM A OBRA DE CRISTO • O amor que temos para com o Senhor nos guia a obedecer-lo. João 14:15 • Jesus veio fazer o trabalho que seu Pai lhe havia confiado. João 9:4 • Jesus disse que seus seguidores fariam ainda coisas maiores do que Ele fez.João 14:12 • Paulo disse que a igreja cresce quando cada membro faz sua parte na obra de Deus. Efésios 4:16 • Não esqueçamos o compromisso com os não-convertidos. Romanos 1:14-16 O professor deve sempre se esforçar em manter o equilíbrio quanto às prioridades da sua vida, levando em consideração, que o que pode ser correto para uma pessoa pode ser diferente para outra. Que mudanças você pode fazer para atingir um maior equilíbrio na sua vida? A VIDA DO PROFESSOR Quais foram seus professores favoritos durante seus anos de crescimento? O que mais recorda deles? “Ensinamos algo com o que dizemos, um pouco mais com o que fazemos, mas a maior parte de nosso ensino está no que somos.” • O ensino não é o que fazemos, mas quem somos. • O ensino consume nossos pensamentos. • O ensino é um estilo de vida. A. PERFIL DE UM PROFESSOR 1. Uma pessoa chamada ao ministério do ensino (Efésios 4:11-12) • Não escolhemos ser professores, Deus nos escolheu. • Alguns de nós não descobrimos de imediato que possuímos o dom do ensino. • Ainda que o professor tenha um chamado de Deus para ensinar, necessita continuar crescendo e deve seguir desenvolvendo seu dom. 2. Uma pessoa com visão do que Deus deseja fazer na vida dos seus alunos (I Coríntios 15:58) Seminário Bíblico das Américas 13. 3. Uma pessoa de oração (I Tessalonicenses 5:17) A eficiência do seu ministério sempre dependerá da sua vida de oração. A eficácia com que o Espírito Santo pode te usar para formar vidas cristãs estará na proporção direta com a qualidade de sua vida de oração e com a quantidade de tempo que você dedica a oração. 4. Um leitor e estudante da Bíblia (II Timotéo 2:15; 3:16, Salmos 119:105, Hebreus 4:12). Tudo que o professor cristão irá ensinar está na Bíblia, portanto, é muito importante que cada dia você esteja mais familiarizado com ela, independentemente de utilizar materiais já elaborados para ensinar a lição. Temas importantes que o professor deve estudar são: Os livros da Bíblia, suas divisões, seus grandes personagens, os grandes eventos, doutrina bíblica, geografia bíblica e histórias da Bíblia, leis de interpretação bíblica, etc. Não é necessário, no princípio, ser um erudito nisso tudo, mas se você procurar estudar e se capacitar cada vez mais será um professor mais preparado em seu ministério. 5. Uma pessoa dependente do Espírito Santo (Efésios 5:18) O professor deve buscar ser guiado pelo Espírito Santo de Deus, e estar aberto a sua disciplina na sua vida. Sobre tudo, deve buscar ser cheio do Espírito Santo. 6. Uma pessoa disposta a ser ensinada (Marcos 10:13-16). O professor deve continuar se reciclando com a leitura de bons livros, a participar de boas conferências e oficinas, etc. Em humildade deve estar disposto a aprender de outras pessoas, seja quem for: um amigo, um membro da família, um não-convertido, um aluno ou uma criança Lucas 2:52 diz que Jesus crescia: • Em sabedoria (desenvolvimento intelectual) • Em estatura (desenvolvimento físico • Em graça diante de Deus (desenvolvimento espiritual) • Em graça diante dos homens (desenvolvimento emocional e social) B. O CARATER DO PROFESSOR 1. O fruto do Espírito – Gálatas 5:22-23. 2. Integridade 3. Pontualidade 4. Persistência 5. Esforço 6. Flexibilidade O que faz de um professor um “BOM” professor? 1. BONS PROFESSORES SE PREOCUPAM COM SEUS ALUNOS 2. Bons professores conhecem a matéria que vão dar. 3. Bons professores ensinam com segurança e confiança. 4. Bons professores conhecem a metodologia. 14. Seminário Bíblico das Américas C. A REPRODUÇÃO DE UM BOM PROFESSOR 1. Uma tarefa de grande importância “E o que da minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.” II Timóteo 2:2 2. O treinamento de professores 1. Que cada um ensine a outro. “O que também aprendestes... isso praticai...” Filipenses 4:9 2. Classes de treinamento na Igreja. 3. Cursos ou seminário sobre educação cristã. 4. Cursos por correspondência 5. Cursos para professores. 6. Leitura Individual. 3. Trabalhando em equipe No ministério de educação cristã existe a necessidade de líderes, professores que ensinem, professores ajudantes, professores de música, encarregados de atividades artesanais, etc. Deve haver uma direção adequada para cada pessoa que deseja servir ao Senhor. D. PROPÓSITOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ • Cada aluno um CRISTÃO • Cada cristão um OBREIRO • Cada obreiro PREPARADO “Prefiro observar a um maestro que ouvir a um em qualquer dia; prefiro ter a um caminhando comigo que simplesmente me mostrando a via. O olho é melhor discípulo e está mais disposto que o ouvido; um bom conselho confunde, mas sempre é claro o exemplo vivido. Melhore-los mestre são aqueles que praticam o que crêem; porque ver a verdade de Deus em acção é o que todos realmente querem. Posso aprender prontamente como o fazer se tu mo mostras facto. Posso ver tua vida em acção, mas talvez não compreenda todo o que dizes. Tuas conferências e narrações podem ser muito acertadas; mas prefiro aprender minhas lições observando o que fazes. Quiçá malentienda um grande conselho; mas não há malentendidos em como actuas e vives. Prefiro observar a um maestro que ouvir a um em qualquer dia!” 1. Com suas próprias palavras descreva quais devem ser as prioridades na vida do professor. 2. Abaixo do título “Perfil de um professor”, existem 6 qualidades mencionadas. Escolha uma e escreva sobre a importância desta qualidade. 3. Transcreva textualmente II Timóteo 2:2. Explique sua importância quanto ao treinamento de professores. 4. Abaixo do título “O que faz de professor um “BOM” professor”, existe um ponto ressaltado. Escreva esse ponto e explique sua importância. 5. Comente sobre sua experiência de trabalho em equipe e sua importância. Seminário Bíblico das Américas 15. LIÇÃO 3 CONHECENDO O ALUNO “E que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. “ II Timóteo 3:15 Para o professor, é de grande importância conhecer aos seus alunos. A instrução cristã é para as pessoas de todas as idades, as quais possuem diferentes etapas de crescimento e características gerais. Cada uma destas épocas apresenta diferentes características, interesses, necessidades e problemas. O professor prudente adaptará seus métodos de maneira que o ensino seja mais aceitável e benéfico para seus alunos. Entretanto, não devemos nos esquecer que cada aluno é um indivíduo diferente dos outros, e a cada um merece um tratamento especial. Para poder ensinar bem, o professor além de entender as características das diferentes idades, necessita conhecer o que interessa aos alunos de diferentes etapas. Visitas as várias classes, e um pouco de prática, ajudará a você saber onde poderá servir melhor ao Senhor. Se sentir uma simpatia especial por certo grupo, é provável que você atinja seu maior êxito trabalhando com alunos dessa idade. No entanto, poderá ser chamado a qualquer momento para ensinar a outro grupo que não seja aquele ao qual está acostumado, ou para ensinar a todos em uma Escola Dominical onde não exista divisão de classes por idade, ainda. Portanto, o professor deve estar preparado para poder ensinar a alunos de qualquer idade. A. CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES (2 - 4 ANOS) Nesta etapa a criança é um “imitador”. O que vê fazer os maiores fazerem trata de fazer também. Também é como uma esponja que absorve todo o que lhe ensina. As bases que se formem durante este período formarão o cimento sobre o qual a criança edificará o resto da sua vida. Por tanto, esta etapa apresenta excelentes oportunidades de começar a formar nele o caráter de Cristo e atitudes positivas que predominaram durante toda a sua vida. 1. Características Físicas Desfrutam de muita atividade com os músculos maiores. Estão crescendo rapidamente e assim sempre se movem. Apesar de serem inquietos, se cansam com facilidade. Dentro da atividade e variedade, é bom que a classe esteja arrumada e tranqüila. Seu sistema nervoso é muito sensível. 2. Características Mentais REGRA PARA LEMBRAR: A criança atende com interesse a quantidade (mais ou menos) de minutos que correspondem aos anos que tem. Por exemplo, uma criança de cinco anos tem um limite de atenção aproximado de 5 minutos. Seminário Bíblico das Américas 16. Seu limite de atenção é de 2 a 4 minutos. Seu mundo é muito estreito. Entendem muito melhor a ação e os objetos do que as palavras. Apenas entendem o número, o tempo e o espaço. Confundem o imaginário com o real. 3. Características Sociais Pouco sentido de grupo. Centrados em si mesmos. Tímidos e dependentes. Gostam da rotina. Usam a palavra “não” como uma expressão de independência. Gostam de jogar sozinhos ainda que estejam em companhia de outros. A experiência familiar é de grande importância por ser o círculo de relações que está crescendo. 4. Características Espirituais – Emocionais Deus está relacionado com as coisas boas que desejam. O livro de Deus é algo muito especial. Pode-se repetir algumas vezes certas palavras do livro de Deus. O atuar bem está relacionado com o agradar a Deus. Podem pensar em Jesus como seu melhor amigo. 5. Como Ensinar-los • Como são imitadores, seja um professor digno de ser imitado em tudo. Coloque ênfase na parte boa das histórias porque as crianças gostam de imitar o que mais lhes impressionam, seja bom ou ruim. • Tem uma memória curta. Para que eles aprendam é importante a repetição. • Planeje a lição para permitir liberdade de movimentos. Utilize jogos simples com os dedos e cânticos de atividade para abraçar, pular e bater palmas. • Use quebra-cabeças simples, grandes blocos, lápis de cera grandes e folhas grandes de papel. • Providencie materiais com textura, cheiros e gosto, etc. interessantes para que a criança explore usando seus cinco sentidos. • Use histórias simples, literais sem simbolismo. Seja breve e use sempre ilustrações visuais ou figuras de flanelógrafos. Anota V ou F ao lado de cada afirmação indicando se for Verdadeira ou Falsa. 1. 2. 3. 4. 5. 6. Os cinco sentidos das crianças pré-escolares estão em pleno desenvolvimento. ____ Um pré-escolar pode prestar atenção até por 10 minutos. ____ Diferenciam perfeitamente entre o imaginário e real. ____ São muito egoístas. ____ Nesta idade pode-se ensinar mediante palestras. ____ Crianças desta idade necessitam muito afeto. ____ Seminário Bíblico das Américas 17. B. CRIANÇAS INICIANTES (5-7 ANOS) 1. Características Físicas Continuam crescendo com rapidez, de modo que desejam atividades físicas. Seus músculos maiores são os únicos com coordenação. Podem cortar com tesouras sobre uma linha curva e desenhar retratos reconhecíveis de pessoas ou objetos. Cansam-se facilmente. Aprendem muito pelos sentidos. 2. Características Mentais Limite de atenção entre cinco e dez minutos. Seu mundo se abre um pouco mais do que com relação aos pré-escolares. Entendem o pessoal ou particular mais que o geral. Tem sua imaginação toda em seu desenvolvimento. Não entendem simbolismo consideram tudo literal. Possuem abundância de curiosidade, imaginação e fantasia. Sua palavra favorita é “por que”? 3. Características Sociais São mais conscientes do sentido de grupo. Continuam principalmente centrados em si mesmos. Imitam aos adultos. Podem começar aprender a dividir com os outros. 4. Características Espirituais – Emocionais O Pai celestial pode se associar com pais fortes e amorosos. O livro de Deus ensina como agradar-lo. Alguns versículos para aprender de memória podem ser utilizados na conversa. Aprendem a se doer pelo pecado. Podem perceber que Jesus sempre está com eles. 5. Como Ensinar-los • Planejar atividades variadas. • Gostam de atividades recreativas, feitas a mão. • Podem usar quebra-cabeças com 10-10 peças. • Mantenha a ordem dando instruções claras, específicas e positivas, disciplinando com amor. • Gostam de brincar com acessórios reais da vida doméstica (roupas de brincar, utensílios de cozinha, pacotes de comida, etc. • Como a criança pensa de uma forma textual, evite usar palavras simbólicas como “nascer de novo”, “abra seu coração” ou “pescadores de homens”. Ao ensinar-lhes, pense em ilustrações simples e textuais. • Aproveite a oportunidade de ensinar-los através de suas próprias perguntas. • Ensinar-los a dividir com outros. • Exagere um pouco ao dar a lição. Leia várias vezes todos os itens que abrange as características das crianças de 4-6 anos e anote com suas próprias palavras o que mais chama a sua atenção nestas crianças e o que você considera importante levar em consideração para ensinar-los com eficiência. 18. Seminário Bíblico das Américas C. CRIANÇAS PRIMÁRIAS (8-9 ANOS) 1. Características Físicas São tremendamente ativos e necessitam que lhes dê oportunidade de fazer coisas úteis. Crescem de forma irregular com explosões repentinas de energia. Começam a utilizar seus músculos pequenos. São frágeis com relação a doenças. Tendem a se exceder em tudo. Necessitam manipular e examinar os objetos. 2. Características Mentais Limite de atenção de 15-20 minutos. A escola amplia muito seu mundo. São concretos e literais. Tem pouco sentido de tempo. Gostam de relatos fantasiosos. Características Sociais Preocupam-se em não serem aceitos pelo grupo. Começam a ser altruístas (menos egoístas). Gostam de brincar de adultos. Normalmente preferem atividades individuais. 3. Características Espirituais – Emocionais Deus é amoroso e forte, mas também santo. A Bíblia contém os relatos mais lindos. As palavras bíblicas recordam-se mais que os pensamentos bíblicos. Entendem e aceitam a verdade de que Cristo pagou o castigo que merecemos por nossos pecados. Podem perceber a ajuda diária de Deus. 5. Como Ensinar-los • São capazes de experimentar uma verdadeira conversão. Guiando os a conhecer e entregar suas vidas ao Senhor. • Ajudar-lhes a dirigir sua energia ao serviço do Senhor com atividade proveitosas e positivas. • Ensiná-los como compartilhar sua fé com outros. • Ensiná-los por meio do trabalho em classe e outras atividades a serem participativos. • Nesta idade memorizam muito bem, mas necessitam ajuda na aplicação dos versículos bíblicos a sua vida. • Ensiná-los como orar a Deus usando suas próprias palavras através de frases curtas e simples. Podem entender que suas orações são escutadas e serão respondidas. Escreva as diferenças entre os alunos primários com relação aos iniciantes. Características Físicas Características Mentais Características Sociais Características Espirituais Nessa faixa etária, que trabalho importante na obra de Deus as crianças já podem começar a realizar? Seminário Bíblico das Américas 19. D. CRIANÇAS PRÉ-ADOLESCENTES (10-11 ANOS) 1. Características Físicas Crescem com lentidão e tem energia ilimitada. Desenvolvem habilidades no uso de seus músculos pequenos. É o período mais saudável da vida. Tem muita resistência. Estão as portas da puberdade. 2. Características Mentais Interessam-se em resolver problemas. Seu limite de atenção é de 30 minutos. Podem entender a História e a Geografia. São engenhosos e críticos. Entendem perfeitamente os conceitos de número, tempo e espaço. Desejam relatos verídicos. É a idade da “memória de ouro” e possuem uma memória maior que o adulto. 3. Características Sociais Gostam das atividades em grupo. Preocupam-se muito com as opiniões de seus amigos. Começam a aceitar que às vezes necessitam sacrificar-se. Respeitam autoridade. Gostam das competições (Se podem ganhar muitas vezes!). 4. Características Espirituais – Emocionais Deus é Juiz de tudo. A Bíblia contém as respostas de Deus. É a “idade de ouro” para aprender de memória. Ao se entregar a Cristo, estão dispostos a formar parte da Igreja e assumir algumas responsabilidades nela. Tem uma grande admiração pelos heróis bíblicos. 5. Como Ensinar-los • Apresentam heróis bíblicos que podem admirar e imitar, como Paulo, Davi ou Daniel, e acima de tudo levá-los a conhecer a Cristo. • É necessário ser um exemplo para este aluno. Ele se lembrará mais do modo que é tratado, a sinceridade e a fé em Deus que é apresentada, do que a própria lição. O exemplo do professor contradiz ou ratifica a lição para o aluno. • Devido a possibilidade de prestarem a atenção durante mais tempo, pode-se utilizar mais do ensino em forma de palestra, mas sempre sem abusar dela. Deve-se combinar está ferramenta com o ensino mediante dinâmica de grupos na qual todos participem. • O ensino a base de perguntas é muito interessante para eles nesta etapa. Gostam de resolver problemas já que são rápidos e críticos. • Estes alunos têm perguntas acerca do cristianismo, as quais se devem responder de maneira verdadeira, ajudando-os a encontrar a resposta na Bíblia por si mesmo. • São muito criativos. Ocasionalmente pode-se encarregá-los de preparar a lição para expor eles mesmos. Podem enfeitar a sala de aula. Podem fazer mapas, cartazes, murais, etc. • É necessário preparar-los para sua entrada na adolescência, falando sobre as mudanças físicas e emocionais. Temos de falar de uma maneira positiva, mas ao mesmo tempo advertindo-os de certos perigos. Seminário Bíblico das Américas 20. Anote V ou F ao lado de cada afirmação indicando se for Verdadeira ou Falsa. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Os alunos pré-adolescentes em geral tem pouca energia. ____ Gostam de escutar relatos verídicos. ____ Podem prestar atenção até por 90 minutos. Preocupam-se sobre o que os outros pensam deles. ____ São pouco eficientes para memorizar. ____ Eles prestam mais atenção na vida do professor do que na lição. ____ Não é necessário falar sobre as mudanças físicas na adolescência. ____ E. ADOLESCENTES (12-14 ANOS) “As idades de 13 a 14 anos são as mais críticas para o desenvolvimento da saúde mental do menino. Nestas idades podem-se causar danos irreparable facilmente.” Dr. James Dobson Para ministrar ao adolescente é necessário compreender-lo. Já não estão desfrutando os privilégios da infância. Ao mesmo tempo, se está longe de ter a liberdade de um adulto. Onde “cabem” os adolescentes? Em muitas igrejas existem ministérios especiais para crianças e um ministério desenvolvido para os jovens. Mas o que há para aqueles que estão “no meio”? Eles se sentem “grandes” no meio das crianças, e não se acham nem estão confortáveis com os jovens. Será por isso que nessa fase muitos daqueles que foram nossos alunos desde pequenos abandonam a igreja? Ainda que a adolescência (compreende o período de 12-15 anos) é conhecida como a idade de maior risco, Deus pode nos dar a visão e sabedoria necessária para edificar, guiar e afirmar a nossos adolescentes em sua caminhada espiritual. 1. Características Físicas É a idade dos grandes câmbios físicos. Estão absorvidos nas perplexidades da puberdade, na qual as meninas amadurecem mais rapidamente. Crescem depressa e de maneira desigual, o que os torna desajeitados. Experimentam momentos de energia seguidos por momentos de cansaço. Necessitam tempo de repouso extra. 2. Características Mentais Rápidos no intelectual, ainda, que o trabalho de memorizar pode se tornar cansativo. Precipitam-se em tirar conclusões e julgamentos imaturos. Desejam encontrar respostas para seus muitos problemas pessoais, mas muitas vezes parecem indiferentes. Os adolescentes têm uma capacidade intelectual que nos desafia. Estão cheios de perguntas. Desejam raciocinar e conhecer o “por quê?” das coisas. Seminário Bíblico das Américas 21. 3. Características Sociais O humorismo normalmente alivia certas situações difíceis. Gostam de fazer brincadeiras. Almejam experiências novas. Em especial almejam ser adulto para poder decidir por si mesmo. São inclinados a transferir sua lealdade de casa a algum herói idealizado. Desejam ser assimilados por seu grupo de amigos de tal maneira que não se perceba suas debilidades. Possuem altos ideais. As injustiças lhes incomodam. 4. Características Espirituais – Emocionais Almejam experiências emotivas e reagem com excesso em ambos extremos (tristeza, alegria). São dolorosamente sensíveis, brutalmente francos, caprichosos, inconstantes e rebeldes. Necessitam reconhecer a Cristo como o único que os entende quando ninguém mais os pode entender. Necessitam experimentar o poder estabilizador do Espírito Santo para enfrentar seus altos e baixos. 5. Como Ensinar-los • É necessário ter cuidado de nunca se rir de uma estupidez que cometam ou de alguma característica física que apresentem. • É necessário ter muita paciência diante dos seus altos e baixos. • É importante ajudar-los a aprender mediante a investigação e lhes permitir tirar suas próprias conclusões. • Evite ser muito sério e solene ao dar aula. Deve-se dar a aula emotivamente. • A igreja deve providenciar atividades onde os adolescentes possam formar amizades sólidas com outros cristãos da sua idade. Possuem necessidade de pertencer a um grupo onde são aceitos. Assim poderão enfrentar melhor a realidade ser diferente em outros círculos cujos princípios são distintos. • O ensino da Bíblia deve ser suficientemente claro e próximo a sua realidade, para usar-lo como ferramenta contra as pressões que enfrentam na escola, na televisão, na música, nas amizades, etc. Marque a afirmação correta: 1. Os alunos adolescentes, falando fisicamente são: a. Muito desajeitados b. Muito inteligentes 2. Intelectualmente falando são: a. Desajeitados b. Rápidos 3. No seu comportamento são: a. Sérios b. Brincalhões 4. Para expressar suas opiniões os adolescentes são: a. Cuidadosos b. Francos 5. Gostam que seu professor seja: a. Emotivo b. Sério Seminário Bíblico das Américas 22. F. JOVENS (15-18 ANOS) 1. Características Físicas Crescem devagar e já superaram a etapa difícil do crescimento. Quando se interessam por algo, são capazes de empregar uma grande energia. 2. Características Mentais São perceptivos, inquisitivos e ousados criadores quanto à elaboração de suas próprias idéias. Estão desenvolvendo a razão, a qual necessita de clareza e segurança. Possui uma boa memória. Muitas vezes duvidam e desejam comprovar idéias aceitadas anteriormente. Por isso discutem. È necessário entender que questionam para buscar uma explicação que satisfaça suas inquietudes. 3. Características Sociais Captam com rapidez o lado engraçado da situação. Possuem uma inclinação a se rebelar contra o exercício direto da autoridade. Tendem a ser individualistas, a formar grupos exclusivos em torno de um interesse comum. 4. Características Espirituais – Emocionais Os transtornos emocionais são mais profundos e duradouros. Estão interessados em experimentar todos os aspectos da vida. Necessitam a Cristo como o grande edificador que tem um plano ideal para cada vida. São bombardeados por tentações juvenis de prazeres mundanos. Necessitam experimentar uma vida diária vitoriosa em Cristo. Desejam independência, o que lhes pode trazer conflitos com os pais. São idealistas. Começam a pensar e decidir pelo futuro. 5. Como Ensinar-los • Fazer todo o possível para despertar-lhes o interesse no que está sendo ensinado. O professor deve escolher assuntos que dão respostas ao que os jovens estão perguntando. • Ensinar-lhes a base de perguntas que não se respondem com um simples sim ou não, mas que requeira pensar suas respostas, que utilizem o raciocínio. • Procurar fazer com o ensino se aplique as suas vidas e motivar-los para que experimentem esta aplicação. • Em lugar de apresentar-lhes uma religião negativa que proíbe tudo, é necessário apresentar o evangelho de uma maneira positiva, levando-os a experimentar o gozo verdadeiro que se experimenta no serviço ao Senhor. Os jovens que lutam para livrar os outros do pecado não caem tão facilmente nele. • É necessário ajudar-los a se encontrar consigo mesmo, em relação aos seus dons e talentos, ao chamado de Deus para suas vidas, e quanto à aceitação de si mesmo como pessoa única e amada por Deus. Anote V ou F ao lado de cada alternativa indicando Verdadeiro ou Falso. 1. 2. 3. 4. 5. Os jovens são incapazes de fazer as coisas com grande energia. ____ Nunca duvidam acerca das coisas que já haviam aceitado antes. ____ Não gostam que a autoridade lhe seja aplicada diretamente. ____ Desejam constantemente ter novas experiências na sua vida. ____ O método de interrogatório é adequado para esta faixa etária. ____ Seminário Bíblico das Américas 23. G. JOVENS MAIORES (18-24) 1. Características Mentais A razão está totalmente desenvolvida. Devem estudar mais profundamente as doutrinas cristãs e as profecias e seu cumprimento. Atribua-lhes temas para desenvolver na apresentação da lição. Devem fazer estudos bíblicos sistemáticos e se preparar para o serviço cristão. Estão tomando rumo. Escolhem sua carreira e se preparam para ela. Apresente-lhes o chamado de Cristo. Mantenha o espírito missionário na classe mediante informações freqüentes de diferentes campos, pedidos de oração, relatos da obra missionária e estudos sobre a necessidade nas diferentes esferas da obra evangelística. 2. Características Sociais Existe uma relação social ampla e coletiva. O amor para com aqueles do sexo oposto é natural. Espera-se a formação de lares cristãos. O maestro deve lhes ajudar a formar ideais altos para quem aquele que será seu esposo, ou esposa e a reconhecer aquilo que é de verdadeiro valor na vida. Deve prevenir aos seus alunos de amores cegos e das paixões impetuosas que com tanta freqüência resultam em julgo desigual, acompanhado pelo fracasso espiritual e quase sempre seguido pelo divórcio ou separação. Necessitam e esperam apoio da família. 3. Características Espirituais – Emocionais São mais estáveis emocionalmente do que os adolescentes. Podem ser responsáveis por cargos que exigem mais responsabilidade. Buscam uma independência no sentido pessoal. Os adultos devem facilitar a independência dando apoio e amor. Ensine-os a necessidade de depender do Senhor. São altruístas. Essa é a época da vida onde estão dispostos a fazer qualquer sacrifício pela causa que amam. É preciso dar muitas oportunidades no serviço cristão, trabalhos de visitação, apresentação de musicais, evangelismo pessoal, responsabilidade com escolas dominicais de bairro ou cultos infantis, e muitas outras atividades. 4. Metas que o jovem deveria atingir A independência familiar. A identidade sexual. A maturidade social – a escolha do grupo de companheiros. O desenvolvimento econômico. Uma maneira de pensar própria, junto com suas próprias convicções. A boa administração do tempo livre. 24. Seminário Bíblico das Américas H. ADULTOS Chamamos a uma pessoa “adulta” quando atingiu certo nível de maturidade. Um adulto deve ter atingido um desenvolvimento pleno nas seguintes áreas da sua vida: a. Alcançou uma independência familiar. Sabe solucionar seus problemas de maneira correta. b. Adquiriu seu pleno desenvolvimento sexual. Possui uma aparência final de um homem ou de uma mulher. c. Alcançou a maturidade social. Tem habilidade de se relacionar com muitas pessoas. d. Tem se desenvolvido na área econômica e na social. Escolheu um tipo de tarefa que quer realizar. Pode ajudar economicamente. e. Tem alcançado a independência de espírito. Pode tomar suas próprias decisões. Adquiriu uma escala de valores. f. Sabe dirigir seu tempo livre. 1. Características Físicas Alcançou um total desenvolvimento do seu potencial. 2. Características Mentais Possui capacidade plena de raciocínio. Mede, julga e se determina. Toma grandes decisões e compromissos sérios. Tem uma capacidade tremenda de aprendizagem. 3. Características Sociais O adulto possui três etapas: - O adulto jovem. - A etapa madura. - A terceira idade. 4. Características Espirituais – Emocionais É estável emocionalmente. Não muda sua fé ou seus sentimentos tão rapidamente. Cumpre com suas responsabilidades. 5. Como Ensinar-los • O professor deve ser um adulto • Deve ser honesto e transparente • Deve mostrar as características de um diácono: bom testemunho, cheio do Espírito Santo e de sabedoria. • O adulto também necessita um modelo. Alguém que faz o que diz • Possui muito conhecimento e experiência. O professor deve extrair e usar estas experiências • O adulto deve participar na classe. O ensino se produz entre adultos e não a adultos. O professor aprende com os alunos. • As relações entre adultos se aprofundam, requerendo assim, tempo para atividade social • O adulto pode ter tido experiências negativas. É necessário transformar-las em experiências positivas. • É preciso ensinar sobre o fruto e a plenitude do Espírito Santo. A meta é que os adultos se desenvolvam cada dia mais, tornando-se pessoas cheias de graça e do Espírito Santo. Seminário Bíblico das Américas 25. Responda as seguintes perguntas: 1. Como se pode definir uma pessoa adulta? 2. Quais são as etapas do adulto? 3. Por que o ensino ao adulto deve ser diferente do ensino para as crianças e adolescentes? 4. Por que a aula com o adulto deve ser bem participativa? 5. Quais são as características necessárias para um professor de adultos? 26. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 27. LIÇÃO 4 AS 7 LEIS DO ENSINO “Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.” Daniel 12:3 *Extraído e modificado das Sete Leis do Ensino, por J. Milton Gregory. Se qualquer ato completo de ensino fosse submetido a uma analise, seria possível ver que contém sete diferentes elementos. A definição de cada um deles é o que nos dá uma definição completa do que é ensino. As sete leis, ainda que tenham sido formuladas há mais de 100 anos atrás por Milton Gregory, são princípios sem tempo. A aplicação destas leis ao ensino resultará em aprendizagem. PRIMEIRA LEI: A LEI DO PROFESSOR “O professor necessita CONHECER a lição, assunto ou verdade que irá ensinar.” A. O PROFESSOR DEVE COMPREENDER BEM A MATERIA QUE IRÁ ENSINAR “O conhecimento imperfecto reflete-se no ensino imperfecta.” Milton Gregory Os quatro graus do conhecimento: • • • • Um pobre conhecimento. A habilidade de recordar ou explicar aos outros em forma geral o conhecimento. O poder explicar, provar, ilustrar e aplicar nosso conhecimento. Um conhecimento tão profundo que tudo o que fazemos é modificado por esta verdade. Vivemos nele quase sem ter que pensar ou concentrar muito. Exemplo: Jesus x fariseus (Marcos 1:21, 22). Os fariseus tinham um conhecimento exterior. O de Cristo era interior. Por tanto Ele ensinou com clareza, convicção e poder. B. O PROFESSOR DEVE ESTUDAR PARA QUE SUA MENTE E SEU CORAÇÃO ESTEJAM CHEIOS DO ASSUNTO QUE IRÁ ENSINAR. 1. Separe tempo para estudar. 2. Seja um estudante constante da Bíblia. 3. Adquira bons livros sobre o assunto que irá ensinar e leia-os, pensando no que lê. Sublinhe. Marque. Tome notas. 28. Seminário Bíblico das Américas C. O PROFESSOR NECESSITA SE PREPARAR PARA SABER: 1. Como explicar a lição • Busque a ordem natural nas diferentes partes da lição. • Busque ilustrações. 2. Como aplicar a lição • Busque a relação entre a lição e a vida dos seus alunos. SEGUNDA LEI: A LEI DO DISCÍPULO “ O aluno é aquele ATENDE com INTERESSE a lição.” A. GANHE A ATENÇÃO E O INTERESSE DOS ALUNOS SOBRE A LIÇÃO. Não comece a ensinar sem antes obter a atenção. Tenha certeza que estão mentalmente presentes ou não irão aprender. B. SE ESTIMULA O INTERESSE APLICANDO OS 5 SENTIDOS Os cinco sentidos constituem portas pelas quais as pessoas experimentam fisicamente seu ambiente. Cada aluno aprende mais através de um sentido do que outros. Como Aprendemos: Vendo.......................................................... 83% Ouvindo....................................................... 11% Cheirando.................................................... 3,5% Tocando....................................................... 1,5% Degustando.................................................. 1% Os sentidos da vista e ouvido se consideram como os mais eficazes para a aprendizagem. Este aumenta significativamente quando a informação se vê e se ouve. A retenção é consideravelmente maior quando a informação é percebida por mais de um dos cinco sentidos. O que retemos 10%..................................................... do que lemos 20%..................................................... do que ouvimos 30%..................................................... do que vemos 50%..................................................... do que vemos e ouvimos 70%..................................................... do que ouvimos e dizemos 90%..................................................... do que ouvimos e fazemos Para facilitar a aprendizagem e aumentar a retenção, as atividades em classe devem envolver mais de um dos sentidos. Quando o aluno responde ao que ouviu, seja verbalmente ou através da prática em ação, é maior seu aprendizado. Ultimamente educadores tem identificado três inclinações básicas na aprendizagem. Existem pessoas que aprendem mais pelo ouvir, outros mais pela visão e uma terceira categoria de pessoas que necessitam pegar, tocar e até quebrar para aprender. Em uma ocasião Jesus usou uma lição objetiva para ensinar uma verdade. Essa lição maravilhosa apelou aos sentidos do ouvir, ver e tocar para ter certeza de que as pessoas não ficaram com dúvidas do que ele queria dizer. Seminário Bíblico das Américas 29. “Então, retirando-se os fariseus, consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra. E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens. Dize-nos, pois: que te parece? É licito pagar tributo a César ou não? Jesus, porém, conhecendo-lhes a malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. Trouxeram-lhe um denário. E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. Então, lhes disse: Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Ouvindo isto, se admiraram e, deixando-o, foram-se.” Mateus 22: 15-22 Com esta lição Jesus se dirigia aos que estão inclinados a aprender pelo que escutavam dizendo: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Os que aprendem mais pelo sentido visual viram a moeda com a imagem de César, e os que aprendem pelo tato pegaram a moeda em suas mãos para entregar ao professor que havia pedido para dar sua lição. A maior lição desta ilustração e o que podemos aplicar ao nosso ensino é, incluir uma variedade de métodos que apelam a mais de um sentido, levando em conta que CADA ALUNO APRENDE DE UMA FORMA DIFERENTE. C. PODE MANTER A ATENÇÃO DOS ALUNOS POR: 1. Diminuir as causas da distração. 2. Estar preparado com todas as partes da aula. 3. Ter material que seja interessante para eles. • Entenda a idade dos alunos. Lições curtas para crianças pequenas. • Use criatividade e imaginação. Exemplo: Fazer uma viagem imaginária a Palestina. Como legariam ali? Como vivem, trabalham, se vestem e comem ali? • Use um elemento surpresa. As crianças gostam de surpresas. • Use lições objetivas. TERCEIRA LEI: A LEI DO IDIOMA “A linguagem usada deve ser a mesma entre o professor e o aluno.” A. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO A importância da comunicação é tão grande que é impossível exagerar. Primeiro os alunos necessitam entender o que o professor esta ensinando para depois aplicar o ensino as suas vidas. Como sabemos que estão entendendo corretamente a mensagem que temos comunicado? B. A MENSAGEM Deve ser compreendida por cada um na mesma forma com idêntico significado para ambos. Exemplo: “cara” (um termo usado para o rosto); “cara” (um termo usado para alguém da rua) C. USE PALAVRAS QUE TODOS ENTENDAM Seminário Bíblico das Américas 30. D. ENSINE PALAVRAS NOVAS Ensine a idéia antes da palavra. EXEMPLO: “Deus disse a Noé que deveria fazer um barco muito grande. Tão grande a ponto de que todos os animais do mundo pudessem entrar nela... este barco se chama “a arca”. E. COMUNIQUE COM EMOÇÃO E CONVICÇÃO, NÃO EM TOM MONOTONO Deve ser uma mensagem “com vida”. Realmente é necessário crer e sentir a mensagem. “Fale pouco e fale bem” QUARTA LEI: A LEI DA LIÇÃO “A informação nova necessita ser apreendida por meio da informação conhecida”. A. O DESCONHECIDO DEVE SER EXPLICADO PELO CONHECIDO De preferência algo que já tenham experimentado. Toda aprendizagem se baseia em um prévio conhecimento. Por isso, é cada lição deve se relacionar com algo já conhecido do aluno e acrescentar novos conceitos. O conhecido do aluno pode ser algo de sua experiência pessoal, de sua vida, ou pode ser alguma informação das lições anteriores que o aluno se lembre. Investigue o que os alunos sabem acerca do assunto; este é o ponto de partida. EXEMPLO: Quando se ensina sobre Deus como Pai, necessita-se explicar primeiro como é um pai natural. Lembre-se que existem crianças com um pano de fundo em que não tem um pai amoroso. B. O APRENDER NOVOS CONCEITOS SE DÃO POR PASSOS Como uma escada, um passo leva ao outro. Cada um dos passos deve guiar naturalmente aos seguintes passos. QUINTA LEI: A LEI DO PROCESSO DO ENSINO “Estimule e dirija as atividades do aluno. A verdadeira função do professor é criar as condições mais favoráveis para que o aluno possa aprender por si mesmo.” O principal papel do professor O principal papel do aluno Estimular Motivar Dirigir e animar Investigar Descobrir Atuar A. ESTIMULE A MENTE DO ALUNO A AÇÃO, COLOCANDO-O A TRABALHAR Aprendemos a caminhar, caminhando. Aprendemos a andar de bicicleta pela prática, assim, como nadando aprendemos a nadar. É necessário fazer-lo! Seminário Bíblico das Américas B. FAÇA COM QUE SEUS ALUNOS PENSEM POR SI MESMOS Ensine-lhes a usar perguntas como: O que? Por quê? Como? Onde? Quando? Que tenham a atitude de um descobridor. C. SE É POSSÍVEL RESPONDA SUAS PERGUNTAS COM NOVAS PERGUNTAS O mais profundo os fará pensar. D. ADAPTE AS LIÇÕES A IDADE DOS ALUNOS Exemplos: 1. Crianças pequenas. • Se interessam em coisas que chamam a atenção dos sentidos. • Se interessam na atividade. 2. Crianças maiores. • Se interessam nos raciocínios. • Se interessam em resolver problemas. 31. Seminário Bíblico das Américas 32. SEXTA LEI: A LEI DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM “Procure fazer com que o aluno reproduza na sua mente o que está aprendendo.” A. QUE PENSE EM SUAS VÁRIAS FASES E APLICAÇÕES, ATÉ QUE POSSAM EXPRESSÁR-LA COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS. “O que pode dar razões das coisas que crê, é melhor estudante e crente mais firme, que o que crê sem saber por que crê.” Milton Gregory B. QUE LIÇÃO POSSA SER REPRODUZIDA EM: Sua mente (pensamento), seu coração (sentimentos) e a sua vida (comportamento). Que diz esta lição? Qual é seu significado? Como poderei o expressar em minhas palavras? Posso crer o que diz? Por que? Qual é o bem que posso sacar dela?, e como poderei aplicar e usar o conhecimento que me dá? SÉTIMA LEI: A LEI DA REVISÃO E A APLICAÇÃO Revisa, Revisa, Revisa! Isto é o processo final para comprovar o ensino e verificar o resultado. É a prova do ensino que foi dado. A. A REVISÃO • É necessário planejar tempo para isso. • Uma boa revisão sempre acrescenta algo ao conhecimento do estudante. B. O RECONHECIMENTO C. A REPRODUÇÃO D. A APLICAÇÃO Sobre tudo, queremos que os alunos VIVAM as lições. A prova final são as vidas transformadas pelo ensino. Seminário Bíblico das Américas 33. DEFINIÇÃO DAS LEIS EM FORMA DE REVISÃO 1. Conheça completamente e se familiarize com a lição que irá ensinar, ensine com uma mente (e vida!) cheia de uma completa compreensão do assunto. 2. Ganhe e retenha a atenção e o interesse dos alunos sobre a lição. Não trate de ensinar sem antes obter a atenção desejada. 3. Use palavras que sejam compreendidas pelos alunos no mesmo sentido que as usa, uma linguagem clara e objetiva para ambos (professor e aluno). 4. Relacione a lição com algo que já seja bem conhecido pelos alunos sobre o assunto que se trata algo sobre o qual já tenham experimentado. Ensine a nova matéria de forma gradual, simples, fácil, natural, fazendo com que o conhecido ensine o desconhecido. 5. Estimule a mente da criança a ação. Faça com que seus pensamentos estejam sempre adiante de sua expressão, colocando-os em uma atitude de descobridor. 6. Procure fazer com que o aluno reproduza na sua mente a lição que está aprendendo; até que possa expressar em sua própria linguagem. 7. Revise, revise, revise, reproduzindo o antigo, fazendo mais profunda a impressão com novas idéias, unindo com novos significados, encontrando novas aplicações, corrigindo os falsos conceitos e completando os verdadeiros. Fazer com este conhecimento esteja pronto para ser usado, e que tenha utilidade. Resuma brevemente as 7 leis do ensino em suas próprias palavras. 1. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 4. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 5. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 6. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 7. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 34. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 35. LIÇÃO 5 O EVANGELISMO DA CRIANÇA “Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais; porque deles é o reino de Deus.” Lucas 18:16 Algumas pessoas têm dito que devemos deixar que as crianças decidam por sua conta “quando sejam maduros” nos assuntos que se referem a sua relação com Deus. Estes adultos perguntam se não estamos forçando nossa religião às vidas das crianças quando dizemos em que necessitam crer. O Dr. James Dobson usa uma ilustração da natureza para responder esta inquietude. “Um patinho tem uma característica interessante. Ao sair do ovo tem uma tendência a seguir a primeira coisa que se move perto dele. A partir daí, segue este objeto particular quando se move perto dele. O comum é que o primeiro objeto que vê seja a mãe. Mas quando se aparta da mãe, seguirá a qualquer outro objeto móvel, por exemplo, uma bola puxada por um cordão. Uma semana depois ainda seguirá seguindo a bola. Mas o fator tempo é essencial: esta implantação da imagem que irá seguir só dura um breve tempo, segundos depois de sair da casca, uma vez passados já não se pode conseguir este resultado. Em outras palavras, existe um período crítico na vida do patinho durante o qual este ensino é possível de modo instintivo. Pouco depois desaparece essa possibilidade.” Podemos aplicar esta ilustração à instrução da criança. Sabemos que existe um período na infância quando as crianças estão bem abertas ao ensino cristão. Temos experimentado que é mais fácil ganhar uma criança para Cristo do que um adulto já que seu coração está terno. Como o patinho a criança será influenciada pelos modelos que recebe na idade onde mais se impressiona, sejam bons ou ruins. De uma forma ou outra a criança irá aprender. Assim que, por não “doutrinar” a criança o que os pais devem fazem é “decidir” no sentido negativo e não deixar que ele decida. Dizem que um líder comunista disse uma vez: “dá-nos uma criança aos sete anos e será nosso definitivamente.” “Instrui a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” Provérbios 22:6 É indispensável que instruamos as crianças no caminho da salvação, e que lhe ajudemos a fazer sua decisão por Cristo numa idade inicial. A promessa é que ainda quando forem pessoas maduras, seguirão sendo de Cristo. Seminário Bíblico das Américas 36. O LAR COMO LUGAR DE INSTRUÇÃO “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentando em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” Deuteronômio 6: 6-9 A criança que vive em um lar cristão tem uma oportunidade maravilhosa para ver a fé cristã em ação todos os dias desde manhã até a noite. O lar deve ser um lugar de ensino onde o amor de Deus flui, a aceitação se percebe, e as verdades Bíblicas são pacientemente explicadas e vividas. Os pais cristãos têm a responsabilidade enorme de educar seus filhos nos caminhos do Senhor. Devem estar sempre alertas as oportunidades naturais de apresentar o plano da salvação e orar com seus filhos levando em consideração a idade das crianças e aproveitando momentos de sensibilidade espiritual. Se falarmos aos filhos desde bem pequenos sobre Deus e a sua palavra, e se a vida dos pais garante o que se lhes foi dito, é bem natural que as crianças aceitem ao Deus de seus pais. Como podemos inspirar confiança em nossos filhos? A. AS 4 CARAS DA CONFIANÇA 1. Minha honestidade O que eu falo é verdade. Exemplo: Se digo que estarei em um lugar em certa hora, ali estarei. 2. Minha autenticidade Eu sou o que vêem. 3. Minha integridade Exemplo: Se me empresta dinheiro, eu irei devolver. 4. Minha fidelidade Juízo moral. Faço o correto ainda quando ninguém me vê. Seminário Bíblico das Américas 37. B. 6 COISAS QUE DEVEMOS ENSINAR A NOSSOS FILHOS Baseado na Enciclopédia de problemas familiares (Pág. 37 e 38) 1. Devoção a Deus. “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração.” Marcos 12:30 • Estão aprendendo sobre o amor de Deus por meio do amor, a ternura e a misericórdia de seus pais? • Estão aprendendo a ir a Jesus quando necessitam de ajuda sempre que estão temerosos, ansiosos ou se sentem sozinhos? • Estão aprendendo a ler a bíblia e orar? • Estão aprendendo o significado da fé a confiança? • Estão aprendendo sobre o gozo da vida cristã? • Estão aprendendo sobre a beleza do nascimento, morte e ressurreição de Jesus? 2. Amar (considerar) a outros. “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” Marcos 12:31 • • • • • Estão aprendendo a levar em consideração os sentimentos dos outros? Estão aprendendo a não serem egoístas e exigentes? Estão aprendendo a compartilhar as coisas? Estão aprendendo a não criticar nem murmurar dos outros? Estão aprendendo a aceitar-se a si mesmo. 3. Respeitar autoridade: “Filhos obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.” Efésios 6:1 • Estão aprendendo a obedecer aos seus pais como preparação a obedecer a Deus mais tarde na sua vida? • Estão aprendendo que existem muitas formas de autoridade benevolente as quais necessitam submeter-se? • Estão aprendendo o significado do pecado e suas conseqüências inevitáveis? 4. Obediência a Palavra de Deus. “Bem-aventurados os que guardam seus testemunhos...” Salmos 119:2 • • • • Estão aprendendo a serem honestos e sinceros? Estão aprendendo que as posses materiais possuem somente uma importância relativa? Estão aprendendo o significado e a importância da família cristã? Estão aprendendo a seguir os ditames de sua própria consciência? 5. Domínio próprio (disciplina). “Mas o fruto do Espírito é... domínio próprio.” Gálatas 5:22-23 • Estão aprendendo a controlar seus impulsos? • Estão aprendendo a dar sua oferta e dízimo a Deus? • Estão aprendendo a trabalhar e ter responsabilidade? 6. Humildade de espírito. “Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes”. I Pedro 5:5 • Estão aprendendo a diferença entre o sentido do próprio valor e o orgulho egoísta? • Estão aprendendo a adorar a Deus? 38. Seminário Bíblico das Américas C. EVANGELISMO NA IGREJA? 1. Lições da Escola Dominical que enfatizam salvação. De vez em quando deve haver lições que criem a oportunidade para fazer um convite para receber a Cristo. Se não aparece esta ênfase no material que se está usando, o professor terá que adaptar a lição para a necessidade dos alunos. 2. Reuniões Especiais As escolas de verão ou outros programas evangelísticos para crianças normalmente tem a finalidade de alcançar as crianças da vizinhança que vem de lares cristãos. É uma maneira muito eficaz de semear a semente do evangelho e colher o fruto. O programa tem que ser bem planejado e dinâmico com visuais, cor, cânticos alegres e novos para crianças e objetivos claros e bem comunicados. 3. Ministração pessoal do professor aos seus alunos. O professor deve conhecer seus alunos por igual, aqueles que entregaram suas vidas a Cristo e aqueles que, todavia, não fizeram sua decisão pessoal. Assim se é possível buscar oportunidades para conversar com cada um sobre a salvação a nível pessoal. D. EVANGELISMO EM REUNIÕES NOS LARES 1. Classes semanais da Bíblia Normalmente são parecidas a uma Escola Dominical, mas são mais informais e com crianças de uma variedade de idades. As crianças podem se reunir de tarde depois da escola, ou um sábado de manhã. Podem-se ensinar as mamães da igreja como dirigir e ensinar tais classes. 2. Classes de 5 dias É parecido a uma escola de verão onde é necessário um esforço evangelístico especial por 5 dias seguidos. As lições bíblicas giram em torno do tema da salvação das crianças. Este é um meio muito eficaz de evangelismo para crianças e ocorre naturalmente com o acompanhamento ou discipulado após o termino dos 5 dias. E. EVANGELISMO AO AR LIVRE 1. Nos parques Pode-se juntar rapidamente um grupo de crianças que se aproximariam para ouvir cânticos alegres de crianças e uma história visualizada ou dramatizada. 2. Terrenos vazios ou campos de futebol Depois de uma partida pode ser feita a distribuição de folhetos infantis ou fazer uma classe improvisada e informal. 3. Na rua ou em uma esquina Pode-se montar uma plataforma não muito alta e levar a escolinha de verão à rua. Seminário Bíblico das Américas 39. F. SUGESTÕES PARA CLASSE AO AR LIVRE 1. Formar uma equipe de pessoas com visão, com amor pelas crianças e com a capacidade de ajudar em diferentes áreas como: música, organização de brincadeiras, dramatização de histórias, etc. 2. É melhor que não fiquem adultos como observadores. Todos devem participar de alguma maneira. 3. Trabalhar com jovens se é possível. As crianças gostam que os jovens tenham interesse por eles. 4. Recrutar pessoas que se comprometam a orar pelo esforço. 5. Escolher um lugar para classe onde tenham muitas crianças. 6. Lembre-se que ao ar livre existem muitas distrações para as crianças. Prepare bem o programa e tenha certifique-se de que cada ajudante está cumprindo bem sua tarefa. 7. Cantar cânticos com um violão ou outro instrumento. Se as classes são feitas com regularidade em um parque, por exemplo, as crianças virão correndo sozinhas ao escutar a música. 8. Os coros dos cânticos devem ser fáceis e cativantes para que depois de 2 ou 3 vezes cantando, as crianças saibam cantar. 9. Visualiza ou dramatiza a lição. 10. Pode-se ensinar um texto bíblico, mas deve ser curto. 11. Convide as crianças a tomar a decisão de receber a Jesus. G. COMO GUIAR UMA CRIANÇA A CRISTO Fale individualmente com a criança que manifestar interesse em querer fazer parte da família de Deus, para ter certeza de que ele entende claramente como pode ser salvo. Existem crianças que por haver feito algo ruim, ou por não estar completamente seguros da salvação sentem a necessidade de aceitar a Cristo de novo. Seja qual for a situação, o Espírito de Deus dará a convicção e revelação necessária para que a criança entregue toda sua vida ao Senhor Jesus. H. PONTOS BÁSICOS DA SALVAÇÃO Com clareza e de maneira simples explique como se tornar um cristão. Não é necessário usar vários versículos de uma vez com a criança. Onde se sugerem dois ou mais, use somente um. Seja sensível a direção do Espírito Santo em cada oportunidade que Ele lhe dá para ministrar a salvação. É bom buscar os versículos na sua Bíblia e permitir que a criança leia. Compartilhe estes pontos lentamente para permitir que a criança tenha tempo para pensar e compreender. 1. Ensine a criança que Deus lhe ama. João 3:16 2. Demonstre a criança a necessidade da salvação. • Todos pecaram. (Romanos 3:23, Tiago 4:17) • O pecado nos separa de Deus. • O pecado necessita ser castigado. (Romanos 6:23) 3. Ensine que há boas novas. • O Senhor Jesus morreu na cruz para tomar o castigo de nossos pecados, e venceu a morte com a ressurreição (Romanos 6:23b; I Coríntios 15: 3-4; Atos 4:12; João 14:6; I Pedro 2:24). • Jesus Cristo oferece o presente da vida eterna. Ele pode nos dar este presente da salvação porque pagou o preço com sua vida. Não podemos comprar este presente, mesmo que nos portemos bem, muito bem para ganhar-lo, temos que recebê-lo por fé. 4. Conduza-o agora para que receba a salvação (Apocalipses 3:20; João 1:12) 40. Seminário Bíblico das Américas I. O LIBRO SEM PALAVRAS Uma ferramenta que se tem usado com muito êxito ajudando as crianças a entenderem a mensagem da salvação e entregar suas vidas ao Senhor é “O Livro Sem Palavras”. O que se segue é um breve esboço de como se pode usar-lo PAGINA DOURADA: Esta cor de ouro nos lembra o céu. A Bíblia nos diz que no céu há ruas de ouro! Mas o melhor sobre o céu é que Deus que criou a você e a mim vive ali. A Bíblia diz: (ler João 3:16) . Jesus está no céu preparando um lugar para todos os que confiam Nele. (João 14:2-3) Deus é Santo e Perfeito. Ele não pode permitir coisa alguma no céu que não seja perfeita, assim que existe uma coisa que nunca pode estar no céu. Você consegue adivinhar que coisa seria? PÁGINA ESCURA: É o pecado! Sobre isso nos lembra essa cor escura. O pecado é qualquer coisa que fazemos que não agrade a Deus, como mentir, enganar, ser egoísta, ou machucar aos outros. A Bíblia diz (ler Romanos 3:23). Quer dizer todos, grandes e pequenos, jovens ou velhos! Não importa onde viva ou quem é, você tem pecado. Deus diz que é necessário castigar o pecado (Romanos 3:23), e que o castigo pelo pecado é ser separado para sempre de Deus num lugar de sofrimento...um lugar que se chama inferno. Mas Deus tem um plano maravilhoso para que não tenhas que ser castigado por seu pecado! Deus enviou a Jesus Cristo seu Filho Perfeito, para nascer como um bebe. Jesus viveu uma vida perfeita. Nunca pecou. Aos 33 anos de idade, foi cravado numa cruz. PAGINA VERMELHA: Esta cor vermelha nos faz lembrar o sangue de Jesus. A Bíblia diz que (ler Hebreus 9:22). Assim que Jesus Cristo voluntariamente morreu para levar o castigo por seu pecado. (I Coríntios 15: 3-4). Agora, por meio do que Jesus fez por ti, podes receber perdão de seus pecados. A Bíblia diz: (ler João 1:12)... PÁGINA BRANCA: A cor branca nos lembra um coração limpo. Como você pode ter um coração limpo? - Confessar a Deus que é um pecador e que deseja se afastar desses pecados. - Crer em Jesus Cristo, que Ele é o Filho perfeito de Deus, e que morreu por seus pecados, que foi sepultado e que ressuscitou dos mortos. - Clamar a Ele para que te salve dos seus pecados. Deseja fazer isso agora mesmo? Ele prometeu escutar sua oração, e uma vez que se torna seu filho Ele nunca te deixará (Hebreus 13:5). Você pode falar com Deus agora mesmo. Ele mudará sua vida para sempre. PÁGINA VERDE: A cor verde representa as coisas que crescem. Quando você pede a Deus que te perdoe e te salve, ele faz com que você se torne seu filho. Deus quer você o conheça melhor e que cresças para chegar a ser mais parecido com Ele. Quatro coisas que irão te ajudar a crescer: • Orar. Falar com Deus diariamente. • Ler e Obedecer a Bíblia para saber o que Ele diz e depois fazer. • Freqüentar uma igreja que crê na Bíblia onde você vai aprender mais sobre como agradar-lo. Seminário Bíblico das Américas 41. J. O DISCIPULADO DE UMA CRIANÇA RECEM CONVERTIDA Depois que uma criança entrega sua vida a Cristo, começa em seguida o processo de crescimento espiritual. Pergunte a criança: Onde está o Senhor Jesus agora? Ajude-lhe a compreender que sim está no céu, mas também vive nele (Apocalipses 3:20). Não diga a criança que ela já é salva. Deixe que o Espírito Santo faça a obra através de sua palavra. Mostre-lhe a promessa de Hebreus 13:5: “Não te desampararei, nem te deixarei”. Dar breves instruções sobre a necessidade de orar, ler a Bíblia, e que necessita congregar para seguir crescendo. Se for possível, lhe dê de presente uma Bíblia e algum material de acompanhamento ou de estudo que tenha disponível na igreja. K. ENSINAMENTOS CHAVES PARA O DISCIPULADO DA CRIANÇA 1. Ensine-lhe que seu corpo é templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19-20) e por isso é chamado a viver em santidade espiritual. Efésios 1:4; Filipenses 2:12-15; Pedro 2:9. 2. Ensine-lhe o que deve fazer se pecar depois de haver recebido a Cristo. É importante que a criança entenda que Deus não deixa de lhe amar quando fizer coisas más. Deve confessar seu pecado especificamente, mencionando o pecado por seu nome e pedindo perdão por ele. Quando ele confessa seu pecado, Deus lhe perdoa. I João 1:7-10; I João 2:1 3. Anime-o a ler a Bíblia. Desenvolva nele um amor profundo para com a Palavra de Deus. Salmo 119:9, 11, 105; Josué 1:8; Jeremias 15:16; Hebreus 4:12; 2 Timóteo 3:16. 4. Ensine-o a orar e adorar ao Senhor. Salmos 34:1; Salmos 100; Salmos 150; 1 Tessalonicenses 5:17-18; Salmo 105:4; Lucas 18:1-8; Lucas 11:1-4. 5. Incentive-o a compartilhar sua fé com outros. Pode usar “O livro sem Palavras” para testificar aos outros, se compreendeu bem a história. Se não, incentive-o a compartilhar seu testemunho falando do que Deus tem feito em sua vida. Romanos 10: 13-15; Atos 1:8; Mateus 28: 19-20. 6. Incentive-o a congregar em uma igreja. I Pedro 10: 24-25. 7. Fale sobre o batismo nas águas. Mateus 28:19; Atos 2:38; 16:33 8. Ensine-o a ofertar. 2 Coríntios 9: 6-7; Lucas 6:38 9. Ensine-o a servir. Tiago 2:15-16; Efésios 2:10; Hebreus 13:16; João 13:35 L. APRENDEMOS DO PESCADOR Um pescador necessita conhecer os costumes do peixe que irá pescar para saber escolher a isca e o anzol e para medir a linha. Para o professor, como pescador de almas, é muito importante conhecer aos pequeninos que irão ganhar para o Senhor; conhecer seus gostos, seus problemas, sua vida familiar e seus elementos culturais e amar-los como são. Agindo assim, isso lhe ajudará a ganhar só a confiança deles, mas também suas vidas para Jesus. Que o Senhor lhes dê graça com as crianças! 42. Seminário Bíblico das Américas Nesta semana, ore ao Senhor para que Ele lhe dirija a uma ou mais crianças com quem possa compartilhar as boas novas da salvação. Use como guia o método do “Livro sem Palavras”, ou escolha e memorize alguns versículos mencionados acima para ajudar-lhes em seu diálogo com a criança. Esteja preparado para compartilhar esta experiência na próxima aula do seminário. Seminário Bíblico das Américas 43. LIÇÃO 6 O MELHOR AMIGO DO PROFESSOR – O OBJETIVO “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4:13 Um fazendeiro velho certa vez: “ A razão pela qual algumas pessoas não chegam a nenhum lado é que na realidade não estão indo a nenhuma parte.” Alguns professores tem o mesmo problema: seu ensino não leva a nenhum parte. Os alunos não aprenderão muito se o professor não tem claro o que desejam que aprendam. Existem professores que dedicam tempo para estudar a lição, preparar um plano, recolher materiais para sua lição e escolher métodos adequados, coisas necessárias e boas, mas fracassam em não ter um objetivo para a lição. Antes que o professor planeje a aprendizagem, deve saber com clareza o fim que deseja alcançar. Quanto mais claro seja o objetivo, mais fácil será fazer o planejamento para atingir-lo. Maestros efectivos conhecem que “o objectivo de ensinar” é a ferramenta mais efectiva para produzir aprendizagem na cada aluno. A. O QUE É UM OBJETIVO? De acordo com o dicionário, um objetivo é “uma atividade dirigida de forma ordenada para a realização ou obtenção de algum fim”. No ensino cristão, o objetivo é uma descrição do que o professor deseja que aconteça na vida dos seus alunos como resultado do aprendizado da lição. Simplesmente, é uma declaração clara e concisa do propósito principal de uma lição. Os objetivos do ensino cobrem um grande campo de ação e em cada lição pode haver mais que um. Ao formular nossos objetivos de aprendizagem, é bom considerar como regra geral: “menos é mais”. Como professores, podemos nos emocionar de todas as verdades tão preciosas que temos descoberto. Queremos que nossos alunos entendam e aprendam tudo de uma vez, que mudem e cresçam. E que façam já! A tendência pode ser dar informação demasiada em uma só lição. Que tal se nossa meta fosse ensinar claramente uma só verdade em cada aula e ensinar de tal forma que cada semana os alunos aprendessem essa verdade aplicando-as em suas vidas. Se você ensina desta maneira a cada semana em um ano, seus alunos terão aprendido 52 princípios bíblicos que transformarão suas vidas! Exemplos bíblicos de objetos principais: • • • • • A meta que Jesus tinha segundo João 10:10 “Uma coisa faço...” Filipenses 3:13 “Com este propósito é que trabalho...” Colosensses 1:28-29 “ O propósito deste mandamento...” 1 Timóteo 1:5 O propósito ou objetivo de Paulo diante do Rei Agripa foi evangelístico. Atos 26:29 Seminário Bíblico das Américas 44. B. OBJETIVO FINAL O objetivo final para a vida de cada cristão é produzir um crescimento para a maturidade e Cristo. “Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Efésios 4:13 É uma meta para toda a vida! Para alcançar esse objetivo final que é de longo prazo, necessitamos estabelecer objetivos gerais de educação cristã que podem ser de longo ou médio prazo. Entretanto, temos que buscar objetivos mais imediatos que podem ser alcançados em cada lição. C. OBJETIVO GERAL O formular um objetivo geral para o conjunto de série de lições ajudará ao professor a ver como cada lição contribui no todo. D. OBJETIVOS PARA CADA LIÇÃO Funções dos objetivos de aprendizagem 1. Direção. Onde vamos com a lição? Que objetivos devem ser alcançados? 2. Orientação. Ajuda com o planejamento de cada classe, e protege de desvios temáticos. 3. Resultados. Ajuda para que os alunos saibam que comportamento devem alcançar como conseqüência da aprendizagem. 4. Avaliação. Assegura que os resultados da aprendizagem concordem com os objetivos. D. AS TRES ÁREAS DE CONDUTA QUE OS OBJETIVOS DEVEM CONSIDERAR Os educadores têm identificado três áreas nas que ocorre a mudança da aprendizagem. Estas são: 1. Conhecimento o domínio do conteúdo bíblico. Exemplo: Que o aluno conheça... ou que o aluno compreenda... 2. Atitudes ou Valores ou uma mudança de valores, sentimentos e desejos. Exemplo: Que o aluno sinta... ou que o aluno deseje... ou que o aluno adote a atitude de... 3. Ações ou uma mudança de comportamento. Exemplo: Que o aluno... (testifique, reconheça, ore, perdoe, avalie, ajude, dê, louve, divida, assista, confesse, planeje, oferte, organize, convide, análise, etc.). Seminário Bíblico das Américas 45. Em determinar os objetivos da aprendizagem, é necessário incluir um equilíbrio entre estas três áreas, levando em consideração que o CONHECER e o SENTIR são parte da resposta do FAZER. Uma mudança no comportamento geralmente é precedida por uma transformação do conhecimento e atitude. O ensinar para produzir mudanças no comportamento é o tipo de ensino que produz vidas transformadas. O APRENDER PRODUZ MUDANÇAS EM: E. CARACTERÍSTICAS DE UM BOM OBJETIVO DE APRENDIZAGEM 1. Deve ter seu enfoque no aluno Ao escrever o objetivo, é bom enfocar na aprendizagem do aluno e no que ele irá captar da lição. Exemplo: Ao terminar a lição, o aluno poderá descrever o valor das provas em nossas vidas. 2. Deve ser expresso como comportamento O que desejo que o aluno faça com o resultado da lição? 3. Deve ser claro e conciso. 4. Deve ser específico para ser alcançado. F. DESENVOLVENDO O OBJETIVO Formular um objetivo em cada lição é a parte mais importante do planejamento da lição. Ao escrever o objetivo, é necessário ter em mente dois fatores: 1. O objetivo deve vir do significado da passagem ou história bíblica que irá ensinar. É necessário levar em consideração o contexto do texto ou história bíblica, e estar seguro de que o objetivo está em harmonia com os princípios da interpretação bíblica. 2. O objetivo deve ter relação com as necessidades dos alunos. Em cada passagem ou história bíblica ensinada pode ter uma ênfase diferente. O professor deve conhecer as necessidades de seus alunos e em que aspecto a verdade ensinada na lição atinge suas vidas. Os alunos são motivados a aprender quando é possível ver a relação das verdades ensinadas com as necessidades que estão vivendo. Seminário Bíblico das Américas 46. G. ESCREVENDO O OBJETIVO Ao descrever os objetivos de aprendizagem, lembre-se que o enfoque são os alunos. Os objetivos devem declarar o que os alunos poderão fazer depois de receber a instrução que antes não podiam fazer. O uso das palavras de ação como: comentar, descrever, definir, escrever, explicar, discutir, identificar, reconhecer, distinguir, confessar, dar, orar, etc. facilitará em alcançar o objetivo, produzindo transformação na vida dos alunos. Suponhamos que a lição que irá ensinar está baseada em Tiago 1:2-8. Usando o que temos aprendido sobre os objetivos de aprendizagem, como podemos formular objetivos para aprendizagem desta passagem? EXEMPLO: Ao terminar a lição os alunos seriam capazes de: 1. Descrever o valor das provas em nossas vidas. 2. Enumerar os passos necessários para enfrentar as provas. 3. Explicar o perigo de ser de animo doble. Um último pensamento sobre os objetivos de aprendizagem. Depois que tenha escrito seu objetivo, memorize-o. Ao ensinar, comunique o objetivo claramente aos alunos. É bom que eles o conheçam ainda antes de começar a lição. Assim como o objetivo lhe ajuda como professor em enfocar quais verdades você necessita comunicar, ajudará do mesmo modo aos alunos em concentrar-se na lição enquanto as verdades estão sendo gravadas nas suas mentes e vidas. 1. 2. 3. 4. 5. O que é um objetivo de aprendizagem? Qual é o fim do ensinamento cristão? Para que servem os objetivos de aprendizagem? Os objetivos devem atingir quais áreas de conduta na vida do aluno? Para refletir sobre sua maneira de ensinar, faça a si mesmo essas perguntas: a. Formulo objetivos para minhas lições? b. Conheço as necessidades específicas do meu grupo de alunos? c. Conheço meus alunos de forma pessoal? Conheço a situação familiar, sua situação social, suas necessidades afetivas, suas capacidades e dons, e etc.? d. Formulo os objetivos levando em consideração as necessidades e interesses dos meus alunos? 6. Levando em consideração suas respostas em relação às perguntas anteriores, que passos específicos você dará para ensinar melhor a partir de agora? Seminário Bíblico das Américas 47. LIÇÃO 7 A APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO “Toda escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino...” II Timóteo 3:16 Existem muitas formas diferentes usadas na preparação de uma lição assim como existem professores. Cada professor com o tempo desenvolverá um sistema que funciona para ele e para as necessidades do seu grupo de alunos. Alguns planos enfatizam o conteúdo e a organização da matéria. Outros enfatizam as necessidades dos alunos. Outros enfatizam nos materiais e métodos que o professor irá usar. Planos para lições de crianças são diferentes dos planos para uma classe de jovens ou adultos, mas para o grupo que seja, ou na forma que seja, é indispensável que o professor siga uma guia para planejar cada aula. O plano de aula é como um mapa de caminho que lhe guarda do perigo de se perder e lhe ajudará a chegar ao seu destino. O plano que segue é uma amostra de como se pode desenvolver uma aula. A. DETERMINAR O OBJETIVO PRINCIPAL Para determinar o objetivo para a aula é necessário considerar as necessidades dos alunos. Uma vez decidido, escreva-o. Lembre-se que deve ser conciso, claro e específico; algo que o aluno possa cumprir. B. ESCOLHER A PASAGEM BÍBLICA OU HISTÓRIA DA BÍBLICA Em muitas igrejas se usa materiais trimestrais. Podem ser muito úteis e servem de guia para o professor. Normalmente estes manuais têm um objetivo escrito e um esboço claro que se pode seguir. Se for assim, use-o e adapte-o as necessidades dos seus alunos. Se você não conta com materiais escritos, ou se a lição no manual trimestral não se aplica as necessidades de seus alunos, não se preocupe! Nosso manual de manuais é a Bíblia! O Espírito Santo pode te guiar a passagem bíblica ou história que seus alunos necessitam. Ao escolher a passagem bíblica ou a história considere: 1. A idade e o desenvolvimento da classe. As crianças pequenas não entendem o simbolismo. Jovens e adultos podem apreciar a relação entre idéias abstratas e a vida real. Se há uma classe de novos crentes o enfoque da lição será distinto da classe de crentes maduros. Com um grupo de alunos se pode fazer um estudo bíblico tomando uma passagem bíblica como texto principal e usando outras referências bíblicas para esclarecer ou aprofundar o tema. Com outro grupo, crianças, por exemplo, um texto só é melhor. 2. A necessidade de seus alunos Quais são os ensinos bíblicos que ainda lhe fazem falta? Quais são as lutas espirituais? Quais são as brechas no seu conhecimento bíblico? Quais atitudes necessitam ser mudadas? Em quais áreas necessitam amadurecer? Sobre qual assunto estão interessados pela etapa que estão vivendo? Existem estas e muitas outras perguntas mais que poderíamos perguntar sobre as necessidades dos alunos. Às vezes possuem necessidades que são muito profundas, e só por meio do Espírito Santo podemos ser dirigidos em mencionar o tema “justo quando se necessita”. Seminário Bíblico das Américas 48. C. ESTUDAR A LIÇÃO 1. Leia o texto ou a história várias vezes até que esteja familiarizado com ele. 2. Leia e estude todo o livro onde se encontra a lição para inserir o ensino no seu contexto. Quem é o autor? Quando e em que circunstâncias foi escrito? A quem foi escrito? Em que data? Qual o propósito do autor. 3. Busque outros versículo referentes ao tema. 4. Leia o texto em outras versões. 5. Busque a definição das palavras principais em um dicionário bíblico. 6. Consulte mapas, livros auxiliares, concordância, etc. D. SELECIONE O VERSÍCULO QUE SERÁ MEMORIZADO Se você vai usar um versículo para ser memorizado com seus alunos, considere a idade dos alunos e o propósito da lição. Por exemplo, se escolheu Atos 1:8b “... e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra...” como texto usado para memorizar a lição, os primários poderão memorizar todo o verso, mas os pré-escolares compreenderão somente: “...e sereis minhas testemunhas...” Para crianças pequenas, os versos breves poderão ser repetidos uma e outra vez com eles, enquanto brincam, em conversas ou no momento da revisão. Os maiores podem ser desafiados a memorizar porções mais longas... até capítulos inteiros da Bíblia. Memorizar a Bíblia NÃO É CHATO. Podem ser usados vários métodos divertidos para ajudar a guardar a Palavra de Deus nos seus corações! E. ESCOLHA OS MÉTODOS QUE USARÁ Seja criativo e escolha vários! F. DETERMINE OS MATERIAIS QUE IRÁ NECESSITAR Os métodos que você escolheu determinarão os materiais que você necessitará para a aula. Organizar-se e ter todos os materiais em ordem e com tempo lhe ajudará a se sentir preparado e seguro ao começar a aula. A continuação segue algumas idéias práticas que se podem implantar para tornar seu ensino mais claro e mais interessante. Selecione as ajudas visuais que facilitarão a aprendizagem dos alunos. Se for ensinar cânticos, devem ser visualizados. Da mesma forma um versículo de memória. Pense no material que usará na introdução, uma caixa de surpresa, um teatro de fantoches, uma lição objetiva ou simples perguntas para estimular a conversa. Tudo deve ser pensado e organizado com antecedência. Seminário Bíblico das Américas 49. Se escolher debate como método, necessitará preparar perguntas chaves para iniciar o debate e para guiar a lição até a meta. Uma lição sobre as viagens de Paulo ou o povo de Israel no deserto requer o uso de mapas e outras ilustrações visuais. Não se esqueça de papel e lápis ou giz de cera e outros materiais didáticos para a hora da tarefa. G. PREPARE UM ESBOÇO DA CLASSE E DA LIÇÃO Um esboço facilitará ao professor recordar “aonde vai”. Deve ser simples, claro e colocado numa ordem cronológica. Com o tempo, cada professor desenvolverá uma formula própria que funcione bem para ele. A continuação segue um exemplo de um esboço que pode ajudar-lhe a planejar e a dar sua aula. INSTRUÇÕES PARA PREPARAÇÃO DE UMA AULA Título da lição: Passagem Bíblica: Idade dos alunos: OBJETIVO PRINCIPAL: VERDADE CENTRAL: MÉTODOS DIDÁTICOS: MATERIAIS: ESBOÇO DA LIÇÃO: - Introdução: - Desenvolvimento: - Conclusão: - Aplicação: - Tarefa ou deveres: AVALIAÇÃO PESSOAL DO PROFESSOR H. INSTRUÇÃO EXPLICADA Título da lição: Passagem Bíblica: Idade dos alunos: OBJETIVO PRINCIPAL: Ao escrever o objetivo principal, leve em consideração as necessidades e idade dos alunos. Para ajudar-lhe a localizar o objetivo para a lição, faça a si mesmo estas perguntas: O QUE QUERO QUE APRENDAM? O que quero que saibam? O que quero que sintam? O que quero que façam? Seminário Bíblico das Américas 50. VERDADE CENTRAL: Qual é a verdade central que deseja ensinar? Escreva uma frase breve, clara e concreta que tenha relação com o assunto que ensinará. MÉTODOS DIDÁTICOS: Escolha os métodos segundo o material, a idade, a compreensão do grupo, o caráter da lição e o tempo disponível. MATERIAIS: Faça uma lista dos materiais necessários para a lição segundo os métodos que usará. ESBOÇO DA LIÇÃO: a. Introdução: Selecione uma atividade de entrada que ajudará aos alunos a fazer a transição de suas atividades no mundo a fora até a classe; algo que lhes prepare para se concentrar na lição. Deve ser algo que capte a atenção rapidamente: algo breve, interessante e centrado na vida dos alunos. Existem muitas aulas que começam com um tempo de louvor e adoração ou oração. Depois deste tempo, comece com a introdução da lição. Idéias: • Oração por necessidades específicas em grupos. • Boas perguntas que estimulam a conversa e de alguma forma serve para introduzir o tema da lição. • Ler um artigo de uma revista ou um jornal que demonstre uma necessidade na vida real pela verdade enfocada na lição. • Caixa de surpresas. • Perguntas usando fantoches. • Ilustrações • Lição objetiva • Os alunos ainda podem contestar uma boa pergunta por escrito. b. Desenvolvimento: Todos os pontos ordenados e segundo o método escolhido. Através do desenvolvimento, e dependendo do método que está usando, é bom fazer perguntas específicas de compreensão aos alunos para assegurar que estai entendendo a lição. Se não podem contestar as perguntas, pare, volte e explique de novo o ponto em outras palavras. NÃO SE ESQUEÇA DE SUAR VISUAIS! c. Conclusão: Deve ser breve a ágil; algo que deixe todos os atos concluídos. d. Aplicação: Os momentos finais de sua aula são os mais importantes quanto à produção de vidas transformadas. É quando os alunos devem ser guiados para uma aplicação pessoal da lição as suas vidas. A aplicação pode estar entrelaçada com o desenvolvimento da lição, mas ao finalizar a aula, deve ser algo que impulsione o aluno a decidir aplicar na sua vida o que aprendeu. Seminário Bíblico das Américas 51. e. Tarefa ou deveres (parte da aplicação): Sabemos que a aprendizagem maior é o resultado de uma combinação do ver, escutar e FAZER. O ato de fazer um dever serve para APLICAR e REFORÇAR o ensino. Ajuda ao aluno a “tomar posse” da lição e fazer-lo como seu. As tarefas também servem para avaliar a aprendizagem dos alunos. O seguinte diagrama pode ser um guia pela quantidade de tempo que se necessita para aplicação da lição em cada um dos quatro grupos de idade. I. AVALIAÇÃO PESSOAL DO PROFESSOR: 1. Este estudo atendeu as necessidades dos meus alunos? 2. Consegui captar o interesse deles? 3. Algo foi produzido nos seus sentimentos, intelecto e vontade? (Nem sempre é algo que sucede rapidamente) 4. Em que aspecto devo melhorar? Usando o esboço dado, ou usando seu próprio esboço, faça o planejamento e desenvolvimento para uma aula. Escolha a idade dos alunos, o tema, etc. Escolha um plano e desenvolvimento que você poderia usar para ensinar a um grupo de alunos. 52. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 53. LIÇÃO 8 MÉTODOS DE APRENDIZAGEM “Provai e vede que o Senhor é bom...” Salmo 34:8 O propósito desta lição é ajudar o professor a pensar em idéias novas e criativas para a apresentação do seu estudo ou lição. Existem métodos sem fim a sua disposição! Como exemplo, vamos fazer uma lista breve de alguns métodos que se podem usar para apresentar uma lição. Não leva muito tempo pensar em algumas idéias, talvez 5 ou 10 minutos. Vejamos: Leitura. Mostrar um vídeo. Convidado Especial. Debate. Encenação. Dividir em grupos e discutir o tema. Projetos em grupos. Dividir em grupos e apresentar um tema a classe. Folhas com atividades (perguntas, palavras cruzadas, etc.). Cada um leia um versículo e comente o que entendeu. Histórias com finais sem conclusão. Comparação de personagens. Estudos bíblicos em grupos. Veja a lista que fizemos! Em poucos minutos enumeramos 13 métodos diferentes, um para cada domingo durante 3 meses. Se continuarmos a “pensar”, talvez possamos chegar a enumerar 52 métodos diferentes, um método para cada domingo do ano. Ao decidir usar novos métodos, o professor terá que superar duas tendências: A primeira é “a herança”. Muitos professores ensinam como eles foram ensinados. Em outras palavras, “herdaram” sua metodologia. Em segundo lugar, é difícil para alguns professores sair do conforto de “sempre fizemos assim”. Cada professor usa métodos quando ensina. Alguns empregam uma ampla variedade de métodos com grande eficiência. Outros só usam alguns métodos com certo grau de resultados. Os métodos são uma parte indispensável em qualquer prática de ensino e aprendizagem. Sem eles um professor não pode ensinar. A maneira como a lição é apresentada influencia grandemente sobre os alunos aprendem. Se não se faz interessante e agradável o descobrimento de verdades bíblicas, seus alunos considerarão que a Bíblia é chata e irrelevante. Os métodos que os professores usam afetam o impacto do seu ensino. 54. Seminário Bíblico das Américas A. QUAL É O MELHOR MÉTODO? Simplesmente, o melhor método é aquele que produz maior aprendizagem. Melhor ainda, é uma combinação de métodos. O uso de três métodos diferentes ou mais em cada aula seria uma boa meta. Quando você escolher métodos para sua aula, pense nestes fatores: 1. Objetivos O método deve ajudar-lhe a alcançar seus objetivos para a aula. 2. Idade e habilidades dos alunos Estar seguro que o método não é nem muito infantil nem muito complicado para essa idade. 3. Lugar e equipamento Alguns métodos requerem um espaço adicional ou meios especiais. Se for um bom método, busque formas criativas para adicionar no seu ensino. Você pode experimentar ajustando ou adaptando a aula segundo a necessidade. É algo simples, mas pode fazer toda a diferença no ambiente e disposição dos alunos em aprender. Os alunos sentem e respondem de forma distinta com uma mudança de ambiente. 4. Tempo disponível Alguns métodos requerem mais tempo que outros. Vale à pena investir tempo adicional? Sem dúvida que sim! Seus alunos recordaram muito mais a coisas que façam do que as coisas que só escutam. B. MÉTODOS QUE FAVORECEM A PARTICIPAÇÃO DO ALUNO SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Existe um ditado que diz: “A necessidade é a mãe dos inventos”. Em relação ao ensino o professor pode dirigir os alunos a Bíblia e até outros recursos para que encontrem soluções significativas. O professor dirige aos alunos em situações que resultam na solução de problemas, mas ele não dá a solução aos problemas. Quando o aluno considera as possíveis alternativas e decidir sobre o curso de ação, ocorre a aprendizagem. Desta forma suas habilidades de pensar criticamente começam a desenvolver-se e começam a solucionar problemas por si só na vida real. PERGUNTAS E RESPOSTAS Possui também o nome de “método socrático” pelo ato de que Sócrates ensinava perguntando. Jesus também usou o método das perguntas. Vejamos um exemplo em Mateus 16:13-16. Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” Seminário Bíblico das Américas 55. Esta pergunta é a de um “jornalista”. Responder esse tipo de pergunta requer simplesmente um relatório de informação. Mas depois Jesus pergunta: “ Mas vós, continuou ele, quem dizeis quem eu sou?” Esta pergunta requer pensamento, reflexão e talvez um pouco de criatividade. É necessário incluir dois tipos de perguntas em sua lição. As perguntas de um “jornalista” servem para começar a discussão porque são mais fáceis de responder. Uma vez que haja participação no grupo você pode incluir as perguntas de pensamento e reflexão. Se a discussão começa a vacilar, regresse as perguntas do “jornalista” para começar de novo. Um conselho: Cuidado com sua resposta as respostas dos alunos. Sua graça ao responder pode ser mais significativa para a qualidade da discussão ainda que as próprias perguntas. Alunos que foram humilhados por dar certa resposta temem repetir a experiência. Considere com animar, guiar e envolver em sua maneira de responder aos alunos. PERGUNTAS QUE FAZ O ALUNO Existe outra área onde se usam efetivamente as perguntas. São as perguntas que faz o aluno. Há um ditado que diz: “Quem tem boca vai a Roma”. Quando o aluno participa com perguntas mostra que está interessado na lição e possui desejos de aprender. O professor não deve considerar uma pergunta como uma interrupção, senão como um meio natural de aprender. Ao mesmo tempo deve controlar para que as perguntas sejam boas e evitar que a lição se desvie do tema central. Às vezes surgem perguntas fora do tema. O que fazer com elas? Levar em conta quem fez a pergunta e por quê? Às vezes é necessário gastar um pouco mais de tempo se notar que existem inquietudes reais. CÂNTICO E ADORAÇÃO Uma das formas mais agradáveis de aprender é através da música. O cântico e a adoração ocupam um lugar muito especial no ensino cristão. Através do cântico aprendemos a expressar nossa adoração a Deus e através de nossa adoração sentimos a presença de Deus em nosso meio. No ensino as crianças o professor pode usar a música para alcançar muitos objetivos. A continuação enumeramos alguns deles, mas não se olvide que os jovens e adultos podem beneficiar-se de um tempo de adoração em suas classes também. A música é uma ferramenta que deve ser usada para realizar uma meta específica na aprendizagem da Bíblia. Em vez de pergunta-lhes as crianças, “o que querem cantar?” selecione você mesmo os cânticos que tenham em vista um propósito definido. Como se pode usar os cânticos? 1. Para ensinar e reforçar verdades bíblicas Cada semana à medida que a criança canta a Palavra de Deus, aquelas palavras chegam a formar parte do seu entendimento. As palavras que se cantam têm uma impressão mais profunda do que as que se falam. 2. Para relacionar a Palavra de Deus à experiência cotidiana das crianças As crianças necessitam ver com clareza como a Palavra de Deus fala a sua situação do dia a dia. Um cântico sobre os membros da família, por exemplo, dá a criança a oportunidade de contar e depois cantar sobre as pessoas que Deus fez para amar-lo e cuidar-lo. 3. Para proporcionar atividades significativas O uso dos gestos com os cânticos, os cânticos onde as crianças necessitam ficar de pé, sentar, ficar em duplas, etc. ajuda não somente a criança a recordar melhor o que está cantando, senão proporciona uma oportunidade de mudar sua posição, movimentar-se um pouco e gastar algo de sua energia tremenda para depois poder entrar em outra atividade mais tranqüila. Seminário Bíblico das Américas 56. 4. Para indicar uma mudança de atividade Por exemplo, quando é tempo de guardar os brinquedos ou materiais, o professor pode cantar um cântico sobre a limpeza várias vezes. A letra do cântico dirige as crianças a limpar e guardar os materiais da atividade anterior. 5. Para memorizar versículos da Bíblia. 6. Para adorar A adoração é para cada crente de cada idade. Mesmo os menores podem expressar seu amor e devoção a Deus por meio dos cânticos. Nunca é cedo demais para introduzir cânticos simples de adoração para as crianças. No meio da adoração o Espírito Santo toca corações, preparando os alunos para receber sua palavra, confirmando sua palavra e gravando-a em suas vidas. 7. Para celebrar As crianças gostam de cantar e tocar instrumentos que eles mesmos tenham fabricado. A continuação seguem algumas idéias de como fazer instrumentos musicais simples. C. COMO FAZER INSTRUMENTOS MUSICAIS CAIXINHAS DE LIXA Materiais: 2 carretéis de linha 2 caixas pequenas Papel de lixa Fita adesiva Cola Instruções: 1. Feche as caixas e cole a tampa. 2. Corte a lixa na medida da cada tampa. 3. Cole a lixa na tampa e deixe secar. 4. Cole um carretel de linha no centro da base de cada e deixe secar. Uso: Esfregue as tampas no compasso da música. Procure fazer ritmos diferentes. CHOCALHO Materiais: Um pedaço de madeira ou papelão de aprox. 2,5x5x20 cm Tampinha de garrafas Espaçadores (bolinhas de madeira, botões) 6 pregos de aprox. 4 cm de largura Martelo Prego Cola (opcional) Seminário Bíblico das Américas Instruções: 1. Faça um furo em cada tampinha de garrafa com um martelo e um prego. 2. Alterne as tampinhas de garrafa com espaçadores em cada prego. 3. Pregue os pregos na extremidade da madeira ou do papelão. Uso: Agite o chocalho no compasso da música. PRATOS PARA DEDOS Materiais: 2 tampas de garrafas Elástico Martelo Prego Instruções: 1. Esmague as tampas da garrafa com um martelo. 2. Com um martelo e o prego faça dois furos no centro de cada tampa. 3. Coloque o elástico através dos buracos e amarre as pontas. Uso: Coloque o dedo polegar (indicador) no elástico para bater os pratos. PANDEIRO Materiais: Um recipiente de alumínio. Arame ou fio. Tampas de garrafas. Martelo Prego. Tinta ou papel colorido para decorar. Instruções: 1. Faça um furo no centro de cada tampa com um martelo e um prego. 2. Faça furos ao redor da borda do recipiente do alumínio. 3. Amarre cada tampa com o arame ou fio para cada furo do recipiente. 4. Se desejar, decore a tampa do pandeiro com tinta ou forre com papel. Uso: Mantenha o pandeiro com uma mão. Agite ou bata com a outra mão no compasso da música. 57. Seminário Bíblico das Américas 58. SOM DE GARRAFAS Materiais: 8 garrafas de vidro da mesma medida. Garfo Água Instruções: 1. Encha as garrafas com quantidades diferentes de água. 2. Bata nas garrafas com um garfo. Cada um fará um tom diferente. 3. Ajuste a quantidade de água em cada garrafa de modo que possa tocar as notas da escala musical. Uso: Marque a garrafa que produza a nota mais alta e a garrafa que produza a nota mais baixa. Ponha as garrafas em ordem e toque a escala. Procure uniformizar os tons com as notas do piano. Logo marque o nível de água em cada garrafa e escreva a nota musical correspondente. D. MÉTODOS VISUAIS Temos visto que o aluno retém melhor o ensino que escuta e vê ao mesmo tempo. Vale à pena levar em consideração quando você está ensinando. Você verá que seus alunos recordarão os princípios visualizados por muitos anos. LIÇÃO OBJETIVA A lição objetiva é uma das formas mais antigas de ajuda visual conhecida pelo homem. É uma forma única de ensinar uma verdade eterna fazendo uso de um objeto com o qual estamos familiarizados. Os profetas usaram uma corda (Isaías 28:17), um jugo (Jeremias 28:14) e uma vasilha (Jeremias 48:38; Oséias 8:8) para nos ensinar sobre o juízo de Deus. Jesus usou flores (Mateus 6:28), ovelhas (Mateus 12:12) e crianças (Mateus 18:3) para dar lições sobre seu reino. Podemos seguir seu exemplo e usar este método na nossa instrução bíblica. Olhe ao redor. Quais as lições que podemos aprender dos diferentes objetos que nos rodeiam? Note alguns exemplos: Uma lanterna......................... Uma corda............................. Uma calculadora................... Uma cesta cheia de frutas..... Um telefone.......................... Cola....................................... Um martelo e um prego........ Uma flor................................ Uma cobra............................. Um relógio............................ Jesus a luz do mundo. Uma vez estive amarrado ao pecado. Devo contar minhas bênçãos. Deixemos que Jesus nos ajude a dar frutos. Falemos com Deus por meio da oração. Fidelidade, apeguemo-nos a Cristo. A crucificação. Floresce no lugar onde Deus a coloque. Satanás no Jardim do Edén. Aceite a salvação de Cristo agora, o tempo está terminando! Seminário Bíblico das Américas 59. Usando os objetos com eficiência 1. Tenha em mente um propósito. Qual é a verdade que eu quero ilustrar? 2. Use objetos tirados de sua experiência pessoal, objetos com os quais Deus tem falado. Existem milhares de experiências pessoais as quais se pode tirar proveito... Use-as! 3. Se a lição está sendo ensinada a crianças, permita que eles toquem o objeto e façam parte da demonstração. As crianças recordarão melhor a lição se podem usar o sentido do tato. 4. Não permita que os alunos vejam o objeto antes da apresentação. Se olharem antes perderá o elemento surpresa. 5. Ensaie a lição até que saiba com segurança como apresentar-la. E. AJUDAS VISUAIS 1. Mapas A bíblia cobre uma área geográfica muito ampla e variada. O uso adequado dos mapas pode esclarecer muito para o aluno quando lhe é mostrado a localização dos lugares onde sucedeu uma história. O estudo dos mapas no ensino sempre resulta interessante tanto para professores como para alunos. Os mapas podem ser usados para: a. Mostrar a localização de uma cidade ou pais que está na lição. Talvez esteja perto do oceano, ou é uma ilha, ou está localizada perto de outra cidade importante, etc. Todos estes e outros detalhes podem ajudar ao aluno a formar uma melhor idéia da realidade destes lugares e das pessoas que viveram ali. b. Mostrar a topografia dos lugares. Indicar montanhas, rios, lagos, desertos, vales, etc. c. Mostrar as distâncias e fronteiras entre regiões e países. Quando se fala das viagens missionárias de Paulo, as viagens de Jesus ou de Abraão, é muito interessante ver no mapa onde caminharam ou viajaram de barco. d. Estabelecer uma relação entre a geografia bíblica e a geografia moderna. e. Enfeitar a classe e deixar com que os alunos estudem em algum momento. Os estudos dos mapas atuais podem estimular o espírito missionário nos alunos. Seminário Bíblico das Américas 60. 2. O Quadro-Negro O quadro-negro é talvez a ajuda visual mais usada e prática. É conveniente para todas as idades, é barato e muito versátil. Diversos usos do Quadro-Negro a. Noticias ou Quadro de Avisos: • Pedidos de oração. • Anúncios especiais. • O texto para memorizar. • Um lema especial. • Um bom texto bíblico ou pensamento. • Um programa de trabalho. • Lista de alunos ausentes para serem visitados. • Perguntas para o estudo. b. Notas sobre a lição. • Palavras novas ou destaques da lição podem ser escritos com ou sem sua definição. • Pontos destacados da lição. • O objetivo da lição. • Um esboço simples da lição. Exemplo: A sanidade de um coxo (Atos 3) - O Milagre. - O sermão. - O resultado. Abaixo de cada seção se fazem anotações. É mais fácil conseguir a cooperação dos alunos quando a lição é apresentada ponto a ponto, para sua discussão. Além disso, é mais fácil ver a lição como um quadro completo, e o aluno é acostumado a uma ordem cronológica na apresentação da verdade que o ajudará mais tarde em seu ministério com outros. c. Listas, comparações e contrastes. Existem muitas lições que se prestam para esta classe de apresentação, e por parte dos alunos há uma participação muito entusiasmada. Por exemplo: se a aula se trata do céu, faça uma lista das bênçãos celestiais, se for tratar de valor, faça uma lista dos personagens mais valentes da Bíblia. Em quanto a comparações, pode-se comparar com Moisés era uma figura de Cristo ou comparar os contrastes entre dois personagens bíblicos como Davi e Saul, Abel e Caim, Abraão e Ló. Exemplos de uma comparação: Moisés Livrado de Faraó em sua infância. Poderoso em palavra e atos. Nasceu para salvar aos israelitas da escravidão. Renunciou aos direitos do trono para defender aos seus irmãos. Jesus Livrado de Herodes em sua infância. “Nenhum homem falou com este homem”, diziam as pessoas. Fez muitos milagres. Nasceu para salvar a humanidade da escravidão do pecado. Abandonou seu trono para que por sua pobreza nos fossemos enriquecidos. d. Lições Ilustradas Seminário Bíblico das Américas F. ENSINE COM OS PALITOS SIMPÁTICOS Os desenhos podem ser usados como uma lição objetiva desenhada para ilustrar um ponto da lição, o professor pode desenhar enquanto faz as explicações. Podem-se usar os bonecos de pau para variar a maneira de ilustrar sua lição. Não necessita ser um artista para ilustrar a lição, mas é necessário praticar com antecedência. Para desenhar e ensinar ao mesmo tempo, deve ser possível desenhar as figurinhas rapidamente e em forma automática, para não perder o raciocínio do que se está dizendo. Se alguém interrompe sua narração para concentrar na forma que você vai a dirigir o boneco, sua classe inteira estará mais atenta a como o desenho vai sair do que o que ensina a ilustração. Lembre-se fazer o possível para não dar as costas a sua classe, e falar forte para que possam ouvir ainda que você não mostre o rosto. É necessário lembrar sempre que a ilustração deve ser vista pela maioria sem grande esforço. Desenhe os bonecos grandes e com linhas grossas. A cabeça e o tronco medem um pouco menos da metade de todo o corpo. Os braços são longos. Procure dar “personalidade”, ou seja, que os braços especialmente mostrem alguma ação. Para distinguir uma mulher de um homem desenhe uma saia e faça-a um pouquinho mais baixa. As crianças necessitam ser menores do que os adultos. Guardadas as proporções indicadas ao pé você poderá sempre realizar bons desenhos. Mas não esqueça que o boneco é para ilustrar, por isso, é simples e se desenha rapidamente. 61. Seminário Bíblico das Américas 62. G. MÉTODOS PARA TRABALHAR EM GRUPOS Não há um método mais eficaz para ajudar aos alunos a formar amizades dentro da classe e se sentir como “parte do grupo” como os grupos de estudo. Além disso, este método favorece o envolvimento de todos os alunos na lição. Numa discussão para toda a classe, talvez a metade do grupo participe, mas o dividir em grupos menores, as pessoas mais reservadas se sentem mais a vontade e para nossa surpresa, ainda podem ser os que mais contribuem na discussão. O método de grupos pequenos é tão flexível que pode ser usado apenas para uma parte ou para aula toda. ORAÇÃO EM GRUPOS Divida os alunos em grupos de 2 e 4 para orar pelas necessidades pessoais entre eles e por alguns pedidos que você mencionar. ACTIVIDADES POR GRUPO As atividades em grupo funcionam melhor quando o professor dá as direções específicas. Os grupos podem trabalhar com todos fazendo a mesma atividade, ou se pode dar instruções específicas a cada grupo. Por exemplo: suponhamos que você tem suficientes alunos para dividir-los em três grupos, e que e querem estudar Tiago 1:2-11. Os versículos podem ser divididos para estudar em três seções. Dar o versículo 2-4 a um grupo, versículo 5-8 ao segundo grupo e 9-11 ao último grupo. Instrua os alunos para que desenhem um quadro que ilustre as verdades destes versículos. Para conseguirem terão que conhecer bem o que diz os versículos, terão que conversar com os companheiros sobre o significado do versículo, terão que determinar uma aplicação e imagine quão divertido é o processo! APRESENTAÇÕES POR GRUPO Se continuarmos com o exemplo de acima, uma ou duas pessoas de cada grupo apresentarão seus desenhos, e o que descobriram dos versículos atribuídos a toda a classe. Em vez de fazer desenhos, outra idéia seria planejar um drama sobre as verdades dos versículos e depois apresentar-lo a classe. ALGUNS CONSELHOS: 1. Visite cada grupo para ver como estão progredindo, para responder perguntas, para animar ou simplesmente para estar à disposição deles. 2. Observe o tempo. O trabalho em grupos perde sua eficiência quando se deixa demasiado tempo para o projeto. É melhor chamar os grupos um pouco antes que todos terminem sua tarefa, do que todos tenham que esperar um grupo lento. Seminário Bíblico das Américas 63. SUGESTÕNES DE MÉTODOS PARA USAR COM IDADES DIFERENTES Método Deveres Investigações (grupos) Grupos de Charla Pizarrón Gráficos Conversas Debates Estudo Bíblico Chuva de Ideias Dramatizaciones Excursiones Videos Franelógrafo Manualidades Entrevistas O Discurso Mapas Memorización Modelos, Objectos Mesa Redonda Desenhos (Ilustrações) Resolver Problemas Projectos Fantoches Jogos de Repaso Actuar a História Histórias Especiais Ilustrações Moldar em Varro Desenhar Narração de Histórias Jogos Cantos Perguntas e Respostas Mesa de Areia 2-3anos x 4-5anos 6-8anos 9-11anos 12-14anos 15-17anos 18-21anos 25+anos x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x 64. Seminário Bíblico das Américas 1. Quais são os 4 fatores que o professor necessita considerar quando for escolher os métodos para a aula? 2. Quais são as vantagens em usar o quadro-negro como ajuda visual? 3. Faça um esboço simples que se possa anotar no quadro-negro usando Mateus 4 como exemplo? 4. Seguindo com o exemplo de Mateus 4, existem algumas comparações que se podem anotar no quadro-negro, alguns contrastes? Quais são? 5. Mencione 3 usos para os mapas no ensino bíblica. 6. Qual a importância dos mapas do mundo atual no ensino cristão? 7. Tendo Mateus 8 como exemplo, escreva 3 perguntas de “jornalista” e 3 perguntas que requer pensamento e reflexão sobre esta lição. 8. Pense numa lição simples e objetiva que você pode usar. Escreva o objetivo da lição, mencione o objeto que deseja usar e uma explicação simples de como quer apresentar a lição. 9. Quais são as vantagens de dividir a classe para trabalhar em grupos pequenos? Seminário Bíblico das Américas 65. LIÇÃO 9 CONTA-ME UMA HISTÓRIA! “E de muitas coisas que falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear...” Mateus 13:3 “A narração, em suas varias formas: mitos, lendas, tradições, histórias, fábulas, parábolas, contos, anedotas, etc. têm sido desde os tempos antigos uma das maneiras mais importantes e eficazes de transmitir ensinos e memórias de atos” Gonzalo Báez-Camargo Através das escrituras, Deus utiliza a forma da história para provocar mudanças nas vidas dos ouvintes. A história da criação, histórias como a vida de Rebeca, Rute, Débora e os heróis como Abraão, Moisés e Davi tem inspirado e dado exemplos por séculos. O Senhor ensinou por parábolas. Quem nunca escutou sobre o filho pródigo, do bom samaritano, ou sobre dar a outra face? Dois mil anos depois que Jesus deu suas lições, as pessoas seguem recordando suas ilustrações. Isto é o ensino eficaz! Na educação cristã de hoje, as narrações continuam sendo uma das formas mais eficientes para ensinar as crianças. Sem dúvida, é um método excelente para apresentar verdades bíblicas a todas as idades. Quem não gosta de uma história bem narrada? Com uma história podemos ilustrar os resultados de decisões boas ou más feitas pelos personagens. Uma boa história pode tocar as emoções profundamente, contribuindo na mudança de atitudes e ações, um desenvolvimento da imaginação e cultivo de bons hábitos para ouvir. 66. Seminário Bíblico das Américas A. HISTÓRIAS PARA DIFERENTES IDADES 1. Pré-escolares Crianças de 3 a 5 anos tem interesse na coisas do seu mundo; os animais, um bebê, outras crianças, sua família, os brinquedos e outras coisas que eles conhecem. Eles se alegram com histórias realistas que ensinam as coisas de Deus. Para esta idade, as histórias devem durar só de 2 a 5 minutos. 2. Escolares Crianças de 6 a 8 anos tem uma imaginação muito desenvolvida e gostam de histórias de fadas, gigantes, princesas, príncipes e o sobrenatural. Já sabem diferenciar o real do imaginário ou exagerado. Interessam-se por história de anjos, os milagres e todo o que se relaciona com o sobrenatural. 3. Primários Crianças entre 9 e 11 anos estão vivendo em um período aventureiro. Gostam de ouvir histórias de ação e de valor físico, mas que valor moral. Eles admiram aos heróis com a coragem que fazem coisas valentes. Desejam ação e conflitos com muito suspense. 4. Adolescentes Adolescentes entre 12-14 anos estão interessados em histórias de valor moral. São atraídos pelos heróis jovens e adultos que tem força de caráter e não somente aventureiros. Eles admiram a luta e o sacrifício. Gostam de ação, suspense e conflito. Histórias verídicas das vidas de missionários são excepcionais para esta idade. 5. Jovens Jovens de 15 anos em diante estão interessados em histórias de romance, emoção e decisão. Histórias de amor influenciarão muito na formação de seus ideais, pela qual devem ser fundamentadas nos princípios da palavra de Deus para evitar opiniões deformadas do amor e do sexo. Os sentimentos são muitos importantes pela sua relação com a conduta. É o poder que existe por trás da vontade e a vontade por trás da ação. Histórias de decisão são de muito interesse para o jovem, já que está vivendo uma etapa de decisões importantes que afetarão seu futuro. Identificam-se com histórias em que jovens ou adultos tomaram decisões que resultaram em triunfo ou derrota como conseqüência de escolher bem ou mal. 6. Adultos Existe uma variedade de temas que podem interessar o adulto, mas deve existir uma aplicação a vida real. Podem aprender e ser inspirados por histórias de sacrifícios e serviço, por histórias de triunfo ou biografias; histórias verídicas de pessoas que tiveram que enfrentar lutas na vida, no lar, no trabalho e na vida social. Não esqueça que existem histórias bíblicas como Ester, Rute, Jonas, Oséias e Gomer, porções da vida de Jesus ou dos apóstolos e muitas outras que podem ser de muita inspiração e aplicação para o adulto. Seminário Bíblico das Américas 67. B. PREPARANDO A HISTÓRIA Contar histórias de uma maneira eficiente é uma habilidade que qualquer um pode desenvolver com a prática, levando em consideração alguns princípios básicos. 1. Conheça bem a história Leia a história várias vezes. Se for uma história bíblica, leia-a em seu contexto. Familiarize-se com os eventos e a mensagem da história até que os saiba bem. Ore enquanto estuda. 2. Busque informação adicional Consultar livros de costumes bíblicos, dicionários, comentários, etc. para encontrar detalhes interessantes da história. Se for dramatizar a história, busque livros com desenhos ou fotos para saber a maneira em que o personagem principal se veste. 3. Decida qual é o ponto principal da história. Escreva-o. 4. Decida quais são os eventos principais e qual é o clímax. Escreva-os. 5. Leve em consideração as cinco partes componentes de uma boa narração. a. Introdução A introdução apresenta ao personagem principal, o cenário e uma idéia do que seguirá. Algo tem que acontecer para colocar o personagem em ação e interessar aos que escutam no que ele ou ela fará. Desde as primeiras frases da narração os ouvintes determinam se o relato será interessante ou não, e se vale a pena ouvir-lo. • Deve despertar o interesse • Deve apresentar ao personagem principal e localizá-lo no seu ambiente. • Deve ter pouca descrição e muita ação. b. Desenvolvendo o problema Logo da introdução segue o desenvolvimento da história com toda ação e suspense do conflito. Cada boa história possui um problema ou uma luta, seja entre pessoas ou entre o bem e o mal. Os ouvintes já estão dispostos a seguir o personagem principal passo a passo até que encontre solução do problema que tem. • Deve ter muita ação e suspense. • Deve enfatizar o problema principal da narração. • O personagem principal deve estar sempre presente. • Devem estar incluídos aqueles detalhes que darão vida ao relato e servirão para que os ouvintes compreendam melhor os atos narrados e o ensino principal. Seminário Bíblico das Américas 68. c. Clímax O ponto máximo que determina o resultado do problema. É o momento mais importante, pois resolve o problema principal da narração. O clímax é mais eficaz, quando mais inesperado é. d. Conclusão Logo depois do desenvolvimento da história vem a conclusão. Completa a ação e deixa os personagens numa situação concluída. Até o clímax o interesse vai aumentando; mas desde o clímax o interesse também vai diminuindo. Por tanto, a conclusão deve ser breve; não é tempo de descrição nem de tratar de novos aspectos da história. e. Aplicação Não deixe tudo para o final, a aplicação deve ser entrelaçada por toda narração; mas aqui deverá haver algo que une a narração com a vida real. Se sente que é o momento oportuno para uma oração de consagração e arrependimento, não deixe para mais tarde. Seja flexível ao mover e a direção do Espírito Santo. 6. Faça um esboço colocando os eventos principais em ordem cronológica Algumas pessoas recomendam que escreva a narração com os detalhes que vão ser incluídos na apresentação da história. Outros preferem fazer só um esboço e o relatar espontaneamente. 7. Considere a idade dos ouvintes O seguinte é um exemplo de como adaptar a mesma história as diferentes idades, baseada na história de Daniel. (por Luisa Walker) a. Para Pré-Escolares, Escolares e Primários Deus nos protege • • • • Daniel era bom, amava a Deus e orava muito. Uns homens maus o jogaram numa cova de leões. Deus cuidou de Daniel. Deus cuida de nós também. Seminário Bíblico das Américas 69. b. Para Pré-Adolescentes O valor de Daniel • • • • Daniel se mostrou valente em não se contaminar. Cumpriu com Deus apesar das provocações e perseguições. Foi fiel frente à morte e Deus o livrou. Sejamos valentes como Daniel. c. Para Adolescentes e Jovens Na comunhão com Deus achamos valor para sermos vencedores • Foi consagrado a Deus no meio de uma corte corrompida. • A perseguição, sua constância e a libertação. • A importância da oração. d. Para Adultos A importância de ser fiel a Deus • • • • Traçar a ascensão de Daniel até chegar a ser primeiro ministro. Teve a oportunidade e responsabilidade de servir a sua geração. Assinalar sua comunhão com Deus três vezes ao dia, em meio há muito trabalho. Para ele o testemunho era mais importante do que a própria vida; foi fiel na oração e venceu a tentação. • Como resultado de sua libertação o rei se convence, e todo o império é mandado a temer o Deus de Daniel. • Seus companheiros foram inspirados a confiar mais em Deus, e logo conseguiram a permissão para regressar a Jerusalém e reedificar-la. • Mostrar os tremendos resultados de nossa fidelidade e de nossa reação diante das provas. 8. Pratique a história. Gaste tempo para praticar a história contando-a em voz alta. C. CONTANDO A HISTÓRIA 1. Viver a história. Ao contar a história, esqueça de si mesmo, concentre-se na história e identifique-se com ela. Assim os ouvintes poderão captar e sentir os eventos apresentados como se fossem experiências pessoais. Poderão sentir o que sente o herói: amor, ódio, frustração, tristeza, vitória, gozo, etc. 2. Comunique-se com todo seu corpo. • • • • Fale claramente e com expressão. Seja expressivo com seu olhar. Faça mímica e use gestos. Mude seu tom de voz para indicar diferentes personagens. Seminário Bíblico das Américas 70. 3. Faça pausas. Para obter efeito dramático é bom fazer pausas de vez em quando. Devem ser naturais, como parte natural da narração. 4. Olhe diretamente aos ouvintes Concentre-se em comunicar a sua audiência. Não olhe para fora. Olhe fixamente para todos, não só em 2 ou 3 ouvintes. 5. Contar a história sem anotações. Deve ser narrada espontaneamente, mas é necessário memorizar os pontos chaves para poder desenvolver a história na sua ordem cronológica. 6. Use uma linguagem apropriada para sua audiência. Para crianças use termos simples: palavras claras e frases curtas. Leia a seguinte narração escrita por Betty de Constance e responda as seguintes perguntas: 1. Qual o objetivo da narração? Escreva-o. 2. Que é o personagem principal? 3. Qual é o problema principal? 4. Escreva a estrutura da narração. • • • • Qual a introdução? Qual é o clímax? Qual é a conclusão? Qual é a explicação? Zaqueu era um homem que ninguém gostava dele. Quando caminhava pelas ruas as pessoas atravessavam para o outro lado para não ter que cumprimentar-lo. Ninguém queria convidar-lo para sua casa. Era homem muito rico, mas muito sozinho. Trabalhava para o governo cobrando dinheiro das pessoas. Ele ia até as casas das pessoas, batia na porta (Toc! Toc!) e quando a pessoa abria a porta, ele dizia: “Você deve pagar R$ 500 ao governo.” Mas era mentira. Essa pessoa devia muito menos dinheiro ao governo, mas como não podiam fazer nada, e tinham medo do governo, pagavam o dinheiro que Zaqueu cobrava. E Zaqueu? Ele voltava contente para casa para gastar todo esse dinheiro que havia cobrado a mais e que não lhe pertencia. Com toda razão as pessoas não gostavam dele. Seminário Bíblico das Américas 71. Um dia Zaqueu caminhava pela cidade quando viu um grupo grande de pessoas. Era curioso e foi ver o que estava acontecendo. Mas havia um problema! Zaqueu era muito baixinho e quando chegou onde estavam às pessoas, não podia ver. Ele escutou que alguém falava e ele gostou muito do que dizia essa pessoa. Quando perguntou quem era aquele que falava as pessoas lhe diziam: “S-s-s-s-s-s-s! Não sabes que é Jesus?” Jesus? Zaqueu havia ouvido falar dele e sabia que era uma pessoa muito boa que fazia coisas maravilhosas ajudando as pessoas. Viu uma árvore grande ao lado do caminho e pensou: “Se eu vou rápido e subo nessa árvore antes que alguém me veja? Dali posso perfeitamente ver Jesus!” Isso foi o que ele fez. Foi bem quieto ao pé da árvore e enquanto todos olhavam a Jesus, Zaqueu subiu bem rápido na árvore e se escondeu entre os galhos. Era verdade! Dali podia ver Jesus perfeitamente! Que coisas belas ensinava! Nunca havia escutado algo assim. De repente Jesus deixou de falar. Com grande surpresa Zaqueu viu que Jesus vinha caminhando na direção da árvore onde ele estava. Zaqueu tinha vergonha de que as pessoas o vissem e se escondia cada vez mais. Mas Jesus parou no pé da árvore, olhou para cima e o chamou. Zaqueu não podia acreditar no que estava escutando! Como Jesus sabia seu nome? Nunca o conheceu? Mas Jesus o estava chamando. E lhe disse: “Zaqueu, desce daí porque quero ir na sua casa.” Zaqueu desceu depressa da árvore. Ainda não acreditava no que estava ouvindo. Como Jesus iria à casa de uma pessoa como ele? Mas assim foi. Jesus e Zaqueu conversaram sobre muitas coisas. Estando com Jesus, Zaqueo começou a ver que tipo de pessoa ele era. Ele percebeu que não podia seguir vivendo de forma tão desonesta, tirando dinheiro das pessoas. Pediu perdão a Deus por haver feito tantas coisas ruins. Disse a Jesus que iria devolver as pessoas todo o dinheiro que havia cobrado e muito mais. Depois as pessoas comentavam: “Como Zaqueu mudou! Agora é um homem honesto porque esteve com Jesus.” 5. Leia de novo os pontos abaixo do título PREPARANDO A HISTÓRIA. Levando em consideração os pontos, prepare um esboço para apresentar uma narração. 72. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 73. LIÇÃO 10 SUGESTÕES PRÁTICAS “...Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos...” João 8:31 Você já se perguntou alguma vez, por que alguns professores têm êxito? As seguintes sugestões são algumas idéias práticas que podem lhe ajudar a ser um professor bem-sucedido. A. ANTES DA AULA Esteja preparado. Estude a lição e junte os materiais que necessita para a aula. Prepare sua lição como se tudo dependesse de você e ore como se tudo dependesse de Deus. Orar sem Cessar. Ore por cada aluno através da semana. Peça a Deus que lhe dê as palavras e a atitude necessária para chegar a cada aluno. Chegue cedo. Chegue antes dos alunos. Prepare o salão e ponha seus materiais para a lição em ordem. Esteja pronto para receber seus alunos enquanto vão chegando, gastando tempo para conversar com eles. Isso ajuda a estabelecer um bom ambiente na classe. Cuide de sua aparência. A aparência do professor como sua forma de ser deve refletir o amor de Cristo para aqueles que lhe rodeiam se sintam atraídos a Ele. Tome um interesse pessoal em cada um dos alunos de sua classe. Reconheça suas qualidades positivas; todos possuem algumas. Seja um amigo fiel. Alegre-se com eles e chore com eles. Visite-os. Mantenha contato pessoal com seus alunos, seja por telefone, cartão postal, email ou visita pessoal. Isto lhe permitirá estabelecer contato com as famílias de seus alunos. Junte objetos tais como rolos de papel higiênico, arames, tecido, lã, revistas velhas, caracóis, pedaços de madeira, etc. que possam servir pra projetos de aprendizagem. Seja organizado. Ao saber que vai fazer durante a aula, tenha tudo o que se necessita a mão: ajudas visuais, livros, lápis ou giz de cera, mapas, cânticos, etc. Prepare um arquivo para guardar seus visuais, ilustrações, lições objetivas, mapas, etc. 74. Seminário Bíblico das Américas B. DURANTE A AULA Mantenha-se alerta. Procure estar genuinamente interessado em cada aluno. Escute com atenção. O que estão dizendo realmente? O que Deus está fazendo em suas vidas? Que mensagem você está transmitindo? Seja natural. Seus alunos rapidamente detectarão qualquer superficialidade. Não imite outra pessoa. Peça a Deus que lhe ajude a descobrir suas habilidades pessoais e a desenvolver confiança em si mesmo. Peça Ele que lhe dê de sua sabedoria e do seu amor. Seja interessante. Manter atenção da classe é sua responsabilidade. Estude bem sua lição; emocione-se com mensagem. Seja criativo em escolher os métodos de aprendizagem. Seja claro. Use palavras que seus alunos conheçam. Explique o significado daquelas palavras que são novas para eles. Use criatividade na sua forma de apresentar idéias novas. Aplique a mensagem bíblica na vida dos seus alunos. Cada membro da sua classe é um individuo e possui diferentes necessidades espirituais. Saiba quais são. Seja sincero. Apresente-se aos seus alunos como você realmente é. Deixe-os saber que você também possui necessidades. Seja paciente. É uma virtude tão importante. Sentido de humor também ajuda. Seja animado. Anime seus alunos com as verdades bíblicas, mas não se esqueça de apresentar-las de forma simples para que os alunos possam entender. Lembre-se que ensinar sobre Jesus é a sua meta mais importante. Seja firme. Ganhe o respeito dos seus alunos pela forma como se comportam. Mantenha o tema como centro da discussão, mas seja flexível ao mesmo tempo. Não se esqueça de ser carinhoso se está ensinando a crianças. Demonstre alegría. Ensinar a Palavra de Deus é uma alegria. O tempo dedicado ao ensino dos caminhos de Deus deve ser um momento de regozijo. Crie um um ambiente que os alunos sintam o desejo de retornar. Encerre no horário. No estenda a aula mais do que o tempo permitido. A maioria dos alunos tem alguem que os espera, ou outros compromissos depois da classe. Seminário Bíblico das Américas 75. C. DEPOIS DA AULA Mantenha uma atitude oração. Entregue nas mãos do Senhor os resultados da aula. Dê graças! Ore para que a lição produza cambios positivos na vida de cada um dos seus alunos. Considere a aula, seja como uma conquista ou um fracasso, aprenda com ela. Prepare-se. Comece a preparar para a próxima lição já que suas ideias estão frescas. Tire vantagens dos seus erros. Busque ser um professor mais eficiente para Cristo. D. SUGESTÕES PARA O CONTROLE DA CLASSE Parece que alguns professores possuem um dom especial de poder manter a tranquilidade e a ordem entre seus alunos. Existem outros que amam seus alunos, mas se sentem desanimados porque sua classe está fora de controle. Seja qual for a situação em que você se encontre como professor, todos podemos nos beneficiar com alguma sugestões para melhorar a ordem e respeito em nossas aulas. 1. Como evitar os problemas de Comportamento a. Dividindo os grupos segundo as idades. Entre as crianças, quando as classes são pequenas, sempre se pode dar um melhor ensino e atenção individual que cada aluno necessita. Isso evita os problemas de disciplina que possam ocorrer pela falta de atenção individual. Assim que, recomenda-se que quando a média de assistência de uma classe de crianças seja de doze ou mais, se divida em dois grupos. Isso não só melhora o ensino, como também, geralmente aumenta a assistência. b. Usando um ou dois ajudantes por cada grupo. • Um ajudante pode ajudar a conservar a ordem e disciplina, cuidando de uma criança inquieta aparte, para que o professor possa seguir dando a lição aos demais. • É uma boa oportunidade de preparar novos professores. c. Desenvolvendo um ambiente de amor e aceitação. Cada criança que entra na sala de aula deve se sentir amada e desejada. Deve ser respeitada como individuo. Conheça seu nome. Escute com atenção o que quer dizer. Se esta fazendo algo fora dos limites, mude a direção da criança com amor e firmeza. d. Proporcionando suficientes atividades As crianças às vezes se comportam mal simplesmente porque estão entediados quando não há algo novo ou algo que possa ocupar suas mentes. Não podem estar muito tempo sentados sem ter atividades que lhes permitam mover-se. Planeje atividades que permitam eles esgotem o excesso de sua energia. Mantenha os alunos ocupados desde a hora da chegada até a hora da saída. Para recuperar a atenção, não grite com as crianças, mas: • Diga: “levantem as mãos, destape os ouvidos e ponham um zíper na boca.” Faça com gestos. • Cante um cântico com gestos. • Jogue um jogo curto, como “morto vivo” ou “mamãe mandou”. 76. Seminário Bíblico das Américas e. Colocando normas reais que possam cumprir segundo cada idade. • O respeito aos demais e a obediência ao professor são duas regras importantes que as crianças podem e devem cumprir. • Estar completamente quieto sempre, sem se mexer, seria quase impossível de uma criança cumprir. f. Reconhecendo alcances de metas e o bom comportamento. • Comente sobre as áreas fortes dos alunos em vez de enfocar em suas fraquezas. • Anime as crianças quando se comportam bem. Diga-lhes quão orgulhoso você se sente quando lhe obedecem. • Dê prêmios por bom comportamento. E. COMO SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO 1. Tratando com o problema de maneira individual. Não corrija a criança diante dos seus amigos. Quando for possível, fale com ele sozinho. 2. Fazendo com que a criança admita o que fez. Não pergunte a criança porque se comportou dessa maneira. Este tipo de pergunta só convida a criança a tentar justificar seu ato. Você pode dizer que você viu o que aconteceu e então perguntar: “Foi isso que aconteceu?” Procure tratar só com a situação atual, não traga a luz atos do passado. 3. Mudando a direção da criança até um comportamento positivo. Enfoque o bom comportamento. Pode perguntar: “você pode pensar em algo melhor que poderia ter feito?” ou “o que você pode fazer agora?”. Isso ajudará a criança a ter responsabilidade pelo seu comportamento e comece a mudar positivamente. 4. Permitindo que a criança experimente as conseqüências do seu comportamento. Tente ligar as ações da criança as conseqüências naturais. Quando os materiais são usados indevidamente em aula, podemos tirar da criança, ou tirar a criança de perto dos materiais. Conduzir uma criança a aprender o domínio próprio e demonstrar obediência para com os pais e para com os professores é o primeiro passo até a meta final de ajudar a criança a aprender a obedecer ao Senhor. Em todos os tratamentos com as crianças, seja uma pessoa amorosa. 5. Dando a criança uma responsabilidade Existem crianças que usam o mau comportamento para chamar a atenção. Dando uma responsabilidade, como ajudar com os visuais, recolher as ofertas, ou ajudar com os gestos em um cântico são maneiras em que a criança pode receber uma boa atenção. Seminário Bíblico das Américas 77. F. O INGREDIENTE SECRETO O professor mais capacitado e inteligente, que sempre tem sua lição em ordem, escolhe os métodos mais interessantes e dinâmicos, mas falta oração na sua vida, não verá os resultados desejados pelo seu ensino. A tarefa e a responsabilidade de ensinar é muito maior do que o melhor professor. Entretanto o professor mais novo e temeroso pode orar ao Senhor e receber a ajuda, direção, sabedoria e confiança necessária para ministrar aos seus alunos. Ao estar em comunhão com o Professor dos professores, você pode ter certeza que não estará trabalhando só! G. CADA PROFESSOR DEVE ORAR: 1. Pelos alunos do seu grupo • Que todos aqueles que não são salvos reconheçam seu pecado e aceitem ao Senhor. • Que todos cresçam no conhecimento de Deus e em obediência aos seus mandamentos. • Que suas vidas sejam um testemunho para outros. • Que o Senhor os abençoe e os livres de toda maldade. • Outros pedidos individuais e específicos do grupo (problemas, enfermidades, etc.) • Procure orar por cada aluno individualmente. 2. Pela família dos alunos • Pelos não convertidos, que se salvem. Que os alunos possam dar testemunho com seu comportamento e possam ter uma porta aberta para compartilhar sua fé. • Por prosperidade em todos os aspectos de suas vidas. 3. Por sua capacitação como professor • Que você tenha um espírito humilde e aberto a ser ensinado. • Que o Senhor lhe dê sabedoria para este ministério. • Que Deus lhe dê imaginação, criatividade e novas idéias. • Que Deus lhe dê discernimento para saber as necessidades espirituais das crianças. • Que Deus siga formando seu caráter e os frutos do Espírito na sua vida. • Ore também para que todos esses pedidos possam se cumprir na vida de outros professores. 4. Pela preparação de cada aula • Que o Senhor lhe mostre a palavra que Ele deseja que você ensine. • Que Ele lhe ajude a preparar a lição e atividades segundo o tema que lhe mostre. • Que a lição seja clara, interessante e apropriada para seu grupo. 5. Antes da aula Cada professor deve estar ensinando com o fim de ver vidas transformadas no Senhor, mas mesmo assim, não podemos forçar nem pressionar ninguém para mudar. Da mesma forma os alunos não mudaram da mesma maneira, com a mesma intensidade ou num mesmo momento. O que podemos fazer é ORAR e confiar na obra do Espírito Santo na vida de cada aluno. 6. Antes de dar sua aula, ore: • Que o Espírito prepare os corações das crianças. • Que Deus lhe ajude com seu Espírito a apresentar a lição. • Que a paz e a presença do Senhor reinem durante a aula. 78. Seminário Bíblico das Américas Usando os pontos da oração acima como guia, separe um tempo agora para orar. Deixe que o Espírito Santo lhe dirija e lhe use a se colocar na brecha pelos outros. Seminário Bíblico das Américas 79. PALAVRAS FINAIS Este manual foi escrito com o propósito de animar e ajudar a todos os professores de todos os níveis em seu maravilhoso ministério de ensino cristão. Sem dúvida, este último pensamento está especialmente dirigido aos professores que tem a enorme tarefa de ensinar as crianças e adolescentes. Li uma história verídica que vem da América Central. Em uma igreja, um professor teve que tomar forte decisão de expulsar a uma criança, por causa das suas contínuas travessuras infantis. Depois de uns anos teve a necessidade de solicitar autorização para sair da sua cidade para outra do mesmo estado. Como o lugar estava dominado por terroristas, se viu obrigado a pedir permissão ao comandante guerrilheiro. A surpresa foi bastante grande quando viu que se encontrava diante dele um adolescente com chefe, que disse: Pastor eu teria que expulsá-lo como você fez comigo, mas para que você veja quanta autoridade eu tenho, vou te deixar sair da cidade. Como professores, temos o futuro de muitas pequenas vidas em nossas mãos. Cada uma delas vale mais que todas as riquezas do mundo aos olhos de Deus. O Senhor pode nos dar a visão, o amor, a criatividade, e a sabedoria para ensiná-los de maneira que quando cresçam não se apartem Dele. Não queremos perder nem ao menos um Para os professores que ninam e cantam para os bebes no berço,os que animam pacientemente aos futuros artistas de 4 ou 5 anos, os que tem sabedoria de orientar ao crianças de 6-8 para que entreguem as suas vidas a Jesus, os que brincam com as crianças cheias de energia de 9-11 e são seus heróis, os que escutam aos adolescentes e os levam a passeios divertidos e educativos, os que dão o exemplo de como servir a Deus com todo o seu coração aos jovens, e os que se preparam fielmente, semana a semana, para motivar aos adultos a seguir crescendo e buscando mais profundamente o amor e a obediência a Palavra de Deus... Obrigado! Seu trabalho não é vão! Para o futuro professor... Ânimo!!! Você pode ser um fazedor de história, inspirando e passando a tocha a próxima geração. 80. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 81. 82. Seminário Bíblico das Américas Seminário Bíblico das Américas 83. 84. Seminário Bíblico das Américas BIBLIOGRAFIA Dobson, James. Enciclopedia de Problemas Familiares, España: Libros CLIE, 1983. Towns, Elmer. What every Sunday school teacher should know, Ventura California: Regal Books, 2001. Schimmels, Cliff. The last minute Sunday school teacher, Ohio: The Standard Publishing Company, 1997. Schimmels, Cliff. Teaching that works, Cincinnati, Ohio: The Standard Publishing Company, 1999. Saint de Berberián, Martha. Como enseñar con eficacia, Barcelona: Libros CLIE, 1988. Gregory, John Milton. Las Siete Leyes de la Enseñanza, 17ªEd. El Paso, Texas: Ed. Mundo Hispano, 1995. Hendricks, Howard. Enseñando para cambiar vidas, Miami, Florida: Editorial Unilit, 1997. Edge, Findley B. Metodología Pedagógica, 11ª ed. El Paso, Texas: Casa Bautista de Publicaciones, 1998. Jeter de Walker, Luisa. Métodos de Enseñanza, 9ª ed. Deerfield, Florida: Editorial Vida, 1996. Martínez, Hugo. Educación Cristiana, 2ª ed. Buenos Aries : Editorial IETE, 1999. Turner, Dwayne. 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