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ÔP) m fttOX*!. O.eCl,
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Durante 15 anos, Antônio Ferreira Pacheco, industrial de visão, presidiu os destinos da
indústria goiana. Foi presidente da Federação
das Indústrias de Goiás até que, em 1967, a
morte súbita o transformou em patrono da indústria daquele estado. Em reconhecimento à sua
obra, seus companheiros industriais criaram o
Clube Antônio Ferreira Pacheco, em benefício
dos trabalhadores.
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I
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A política do SESI tem dado grande relevo
à criação desses Clubes de Trabalhadores em
todo o Brasil. Neles, através do intercâmbio de
experiências e emoções, os operários aprendem
importantes lições de convivência. Dentro dessa
diretriz, o SESI de Goiás, sob o comando do
industrial José Aquino Porto, construiu em dois
alqueires o seu Clube do Trabalhador. Localizado próximo ao centro de Goiânia (Bairro de
Santa Genoveva), possui piscinas, campos de
esportes, bosque repousante, que representam
para os operários um esfôrço-pilôto na maior
compreensão entre capital e trabalho.
x
Na festa inaugural
o Presidente José
Aquino Porto, da FIEG, afirmou: "O trabalhador,
o homem que, ao lado do empresário, impulsiona a riqueza e a grandeza do país. deve ser
olhado e tratado com dignidade. Seus filhos e
suas famílias devem receber o mesmo conforto
e respeito que se dispensa aos associados dos
grandes clubes." Representando o Sr. Thomas
Pompeu Netto. presidente da CNI. o Sr. Zulfo de Freitas Mallmann asseverou que "com
mais esse Clube de Trabalhador se abrem novas
perspectivas para a amizade e a compreensão
entre todos os que realizam a meritória e benemérita obra do Serviço Social da Indústria,
traduzida no lema da paz social no Brasil".
Construído numa área de dois alqueires, o Clube dos Trabalhadores de Goiás tem 1.473 m2
cobertos. Além de modernas piscinas, tem biblioteca com livros doados por industriais.
O SESI remodela assim suas bases programaticas, quais sejam as da pesquisa, saúde,
recreação, habitação e educação, abrangendo
economia, família, moral e cívica, formando o
indivíduo para a vida grupai, intergrupal e
comunitária, É a forma de promover bem-estar
social do trabalhador, através do que será possível condicionar a elevação da produtividade.
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No meio de um belo bosque, o playground faz
a alegria das crianças que o freqüentam.
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Mais uma atriz de cinema vai se divorciar
de marido famoso para tentar
fazer carreira por conta própria
escolheu a liberdade
Do nosso Bureau de Nova forque
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I
Entre Peter Sellers e Britt
Eklund tudo está acabado. O
casamento do cômico inglês
com a linda sueca chegou ao
fim. Isso, pelo menos é o que
se comenta em Hollywood,
onde o mau humor de Peter
agravou-se tremendamente nos
últimos dias. Ele agora passa
semanas trancado em casa sem
querer ver ninguém. Enquanto isso, em Nova Iorque, Britt
mostra-se radiante, freqüenta
todas as boates, sendo vista
nas mais variadas companhias.
O fato é que desde quando se
separaram, há mais de dois
meses, para trabalharem em
filmes diferentes — um em
Nova Iorque, outro em Hollywood — foi que as coisas
começaram a esfriar.
Na verdade, muitos já haviam previsto essa separação.
Talvez tudo não passe de uma
crise do quinto ano de matrimônio, mas a opinião mais generalizada é a de que Britt,
depois de ter sido encaminhada por Peter nos primeiros
passos de sua carreira cinematográfica, sentiu necessidade
de começar a voar com suas
próprias asas. E sob o ponto
de vista profissional tal pretexto não faltou. De repente,
Britt viu-se alçada à altura de
principal estrela do filme Uma
Natti de Minsky onde interpreta o papel de uma menina
de provincia que chega em
Nova Iorque e se torna artista
de strip-tease. No seu primeiro
grande papel, é sintomático
que a atriz tenha feito questão de trabalhar sem a assistência, o apoio e a supervisão
do marido. Há quem diga que
êle fêz tudo para evitar esse
momento, tendo insistido junto
aos grandes do cinema para
que só entregassem papéis de
menor importância à mulher.
O casamento de Peter Sellers com
Britt Eklund tol o primeiro trampolim para que ela se lançasse
na grande aventura do cinema.
Antigamente, ela só entrava num
estúdio (à esquerda) para observar o traba*ho do marido. Hoje, é
uma estrela de primeira grandeza.
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esta de Táscoa
so e
alegre quando esta
em cena. Em casa é
triste e m a l - h u m o r a d o .
E s t a foi u m a d a s
causas da separação
Uma cena Que não se repetirá mais: o beijo carinhoso na esposa. Há dois meses que eles não
se talam e tudo indica que o casamento será desfeito, depois de terem vivido cinco anos felizes.
Alguns meses atrás, Britt ainda pensava em
conciliar o casamento com a carreira. Interrogada sobre esse assunto: respondeu: "£ um
problema que não existe, porque eu e Peter
trabalharemos sempre juntos."
A realidade se encarregou de desmentir
suas palavras. Hoje, sabe-se que era muito
comum que as chamadas telefônicas — em
tom desesperado — que Peter fazia para o
apartamento da mulher obtivessem uma
única resposta: "A Senhora Eklund saiu."
e Leite Moca *
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As relações de Britt com o marido passaram por diversas fases. No início, ela desempenhou o papel da mulher obediente,
inteiramente devotada ao lar; depois surgiu
a atriz desprotegida, que necessitava do marido para ensinar como se interpreta um papel. Ela não se envergonhava de confessar
que devia tudo a ele. Era o comportamento
ideal que uma jovem de 26 anos poderia ter
para com um marido quarentão, famoso, rico
— e sobretudo ciumento. Mas Peter Sellers,
como a maioria dos atores, é brilhante em
cena e enfadonho na vida real. Em casa, não
sorri e não diverte ninguém: passa o tempo
todo lendo. Britt foi começando a reclamar
disso tudo, a dizer que não queria mais ficar
trancada em casa, que queria sair à noite,
dançar, ir aos lugares da moda, divertir-se.
As declarações de Britt Eklund não deixam margens a dúvidas. Com apenas vinte e seis anos
e uma carreira brilhante pela frente, ela decidiu sacrificar
o lar pelo êxito no cinema.
134
•
de verdade
Vfaz com carinho
Como as coisas puderam chegar a esse
ponto? Que teria acontecido a Britt Eklund?
Antigamente cia dizia: "Quando encontrei
Peter toda a minha fortuna consistia em
duas valises de mão. Devo tudo a ele." Talvez o dinheiro, forçando uma verdadeira
dependência econômica, tenha sido o grande
cio de união entre os dois. Mas as contas
bancárias de Peter Sellers não sSo as maiores
do mundo do cinema. Há outras, bem mais
atraentes. (As do produtor Zanuck, por
exemplo.)
Peter Sellers tinha consciência de que
casara com uma mulher bela e jovem. Por
isso, nos primeiros anos do casamento, procurava distraí-la como podia, com viagens,
passeios e noitadas alegres. Depois, veio o
tédio. As ambições de Britt Eklund não se
limitavam a uma vida conjugai feliz. Em
Nova Iorque, cia já comprou um apartamento luxuosíssimo na Sétima Avenida e
mandou buscar sua mãe na Suécia. E já assinou vários contratos para novos filmes.
Para se ter uma idéia de como mudou a outrora dócil mulher de Peter Sellers, basta ler
suas últimas declarações: "Ê melhor falar
claro. Entre o casamento e a carreira artística, aquela que escolher o marido vai se arrepender. Quem quiser subir tem que trabalhar; especialmente se é jovem como e u . "
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PASCOALINAS-Leve ao fogo 1 latade Leite
Moça, a m e s m a medida de açúcar e de cast a n h a s do Pará moídas. Mexa até desprender do fundo da panela. Passe para u m a
tigela. Q u a n d o frio, j u n t e aos poucos 4 colheres (sopa) de farinha de trigo. Amasse
até soltar das m ã o s . Faça bolinhas e ponha
e m forminhas aluminizadas. Decore c o m
castanha picada. Doure ao forno.
Dá 50 docinhos.;
TORTA DE COCO - Peneire 1 1/2 xícaras
(chá) de farinha de trigo e 1 colher (chá)
de fermento, j u n t e 1 ovo, 3/4 de xícara
(chá) de açúcar e 3/4 de xícara (chá) de
manteiga. Amasse b e m . Leve à geladeira
por 30 m i n u t o s . Abra e forre o fundo e
os lados de u m a fôrma. Asse e m forno
q u e n t e por 10 m i n u t o s . Retire, espalhe 1
coco ralado e despeje aos poucos 1 lata de
Leite Moça. Volte ao forno até dourar.
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4
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T O R T I N H A S DE AMEIXA-Forre formin h a s para e m p a d a s c o m m a s s a e asse.
Recheio: Bata n o liqüidificador 1 lata de
Leite Moça, a m e s m a medida de leite, 2
g e m a s e 1 colher (sobremesa) d e Maizena.
Leve ao fogo a t é engrossar. Recheie a s t o r t i nhas,decore c o m chantilly e ameixa preta.
CENOURINHAS DE PÁSCOA - Leve ao fogo
1 kg de cenoura ralada, 1 lata de Leite
Moça, 2 vezes a m e s m a medida d e açúcar.
Mexa até soltar do fundo da panela. Deixe
esfriar, enrole as cenourinhas, passe e m
açúcar refinado. Enfeite c o m galhinhos de
melindre ou folhinhas de papel. Prepare
na véspera. (Dá 30 cenourinhas.)
Receba receitas do produto Nestlé de sua
preferência, enviando u m rótulo do m e s m o para: Depto. MH Caixa Postal 8118 - SP
E lembre-se: pudim-de-Ieite de verdade, e gostoso m e s m o , só c o m Leite Moça!
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Que
idéias
Vtem
com
Leite
Moca!
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Os melhores
exemplares da pecuária
brasileira são expostos anualmente em
C u r i t i b a num certame de
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Fotos de Sérgio Jorge
Tudo começou com um moço chamado Paulo Pimentel. Em 1961 êle era secretário da Agricultura. O Estado do
Paraná tinha, então, um rebanho bovino quase todo formado de raças brasileiras do século passado. A raça caracu
predominava e o estado não figurava como produtor de carne e leite. Conhecedor dos problemas agropecuários
paranaenses, isso não lhe agradava. Empossado no cargo de governador do estado, lançou imediatamente o Plano
de Fomento à Pecuária de Corte, que se resumia no seguinte: o estado entregava aos criadores reprodutores de
alta linhagem, de raças indianas — gir, nelore e guzerá — exigindo apenas, em troca, o reprodutor improdutivo.
Era a primeira tentativa séria que se fazia depois da morte do interventor federal Manoel Ribas, na década de 40.
Hoje, oito anos depois, o Paraná tem um dos melhores rebanhos do país e caminha rapidamente para o primeiro lugar.
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O Parque Castelo Branco, em Curitiba, transforma-se num mundo de luz e Côr durante os oito dias das grandes exposições que o governo do Paraná promove anualmen
Reprodutores charoteses premiados.
corte, que está sendo introduzida
138
Trata-se de uma raça francesa, para
na região sul do Estado do Paraná.
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V
Choveu no dia da inauguração, porém, milhares viram
o governador, o ministro e o secretário da Agricultura (ã esquerda) inaugurarem a mostra.
Magnífico exemplar da raça gir. Milhares desses reprodutores foram distribuídos aos criadores, de acordo com o programa de incremento à pecuária.
139
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Nao há, mais
bilhete branco
* ^
O Governador
Paulo Pimentel
jã a n u n c i o u q u e e m
1970 a Exposição
Agropecuária
d e Curitiba será
internacional
Loteria Federal
TÚDfl VEZ QUE V. COMPM UM BILHETE 01 LOTERU FEOERIL, V. ESTl PRESTIMDO flUOSI UUDI I QUEM PRECISI. PIRI CERTIS PESSOAS, ISSO Já É UM PRÊMIO.
A Loteria Federal n ã o existe a p e n a s p a r a
dar g r a n d e s prêmios e m dinheiro. Ela c o n tribui, diretamente, p a r a o bem-estar social
d o País, c o m s u a r e n d a líquida anual. A L o teria Federal criou e m a n t é m o F u n d o Especial d e Financiamento d a Assistência Médica, o F u n d o Especial d e Serviços Públicos
e Investimentos Municipais e o F u n d o Especial d e D e s e n v o l v i m e n t o d a s o p e r a ç õ e s das
Caixas E c o n ô m i c a s Federais. Parte d o dinheiro q u e você e m p r e g a n a c o m p r a d e
c a d a bilhete é aplicada nesses fundos. P a r a
prestar auxílio à s S a n t a s C a s a s d e Misericórdia e outras instituições hospitalares. P a r a
dar, a populações longínquas, oportunidade
d e construírem u r n a rede d e á g u a e esgoto.
O u outra o b r a f u n d a m e n t a l e indispensável.
Para. ampliar o s recursos d a s C a i x a s Econ ô m i c a s Federais, possibilitando a aquisição
d a c a s a própria a u m maior n ú m e r o d e famílias. E m s u m a : t o d a v e z q u e v o c ê c o m p r a
UO
u m bilhete d a Loteria Federal, v o c ê está
p r e s t a n d o u m auxílio importante a q u e m necessita. P a r a certas pessoas, esse j á é u m
prêmio a q u e t o d o s t ê m direito, n a Loteria
Federal. O outro prêmio, b e m . . . j á imaginou
o q u e é tirar a sorte g r a n d e ? Ficar milionário d a noite p r o d i a ? C o n v e n h a m o s : isso
n ã o f a z m a l a ninguém, n a o é m e s m o ?
Portanto, nós lhe d e s e j a m o s b o a sorte.
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e s t a m o s lhe dizendo
t u d o isso p o r q u e
v o c ê precisava.
conhecer
00UTRÕ1
LADO DA
LOTERIA
FEDERAL,
Dentro de poucos anos passará a ser exportador
de touros de raça nobre, retribuindo dessa forma
a ajuda que recebeu de outros estados onde foi
buscar os reprodutores necessários à execução do
plano. Isso o Paraná — embora em pequena escala — já vem fazendo há alguns anos Precisamente,
desde 1964, quando o então secretário da Agricultura criou a I Exposiçâo-Feira de Animais e Produtos Derivados de Curitiba. A finalidade era a mesma:
estimulo à pecuária. Em 66 Pauto Pimentel foi eleito
governador do estado, e em 66 aquela pequena
mostra transformou-se na Grande Feira. Pecuaristas
de sete estados — inclusive da Guanabara — expuseram, este ano. seus melhores exemplares, e ao
final centenas foram leiloados Isto representa novas
injeções de sangue novo na pecuária brasileira e
em especial na paranaense. Os números mostram
a veracidade da afirmativa. Em 66. a soma total dos
leilões atingiu a importância de 120 mil cruzeiros
novos, enquanto na última exposição subiu para
326 mil cruzeiros novos.
A IV Exposiçào-Feira de Animais e Produtos Derivados de Curitiba e a II Exposição-Feira Governador Paulo Pimentel, de caráter nacional, numa homenagem prestada pelos pecuaristas contra a vontade do governador, terminaram no último dia 24
com sucesso que não teve precedentes. Um milhão
de pessoas compareceram ao Parque Castelo Branco,
em Curitiba, onde as exposições são realizadas, e
já não viram apenas gado bovino. Observaram uma
nova etapa do desenvolvimento da economia paranaense, representada na indústria de transformação
de produtos agropecuários, implantada graças às
estradas asfaltadas, energia elétrica, comunicações,
fomento e assistência técnica permanente que o
governo do Paraná presta aos agricultores e pecuaristas.
O secretário da Agricu!tura. Sr. Oscar Felipe
Loureiro do Amaral, bem definiu as últimas exposições como sendo um serviço que o Paraná presta
ao resto do pais. Netas foram colocadas à disposição de todos os criadores a experiência vitoriosa
dos paranaenses no campo técnico. Trata-se de
uma outra forma de retribuição. Por outro lado.
conforme o critério do Sr. Oscar Felipe Loureiro do
Amaral, as Exposiçôes-Feiras transformaram-se numa
grande festa popular, onde, a par dos progressos na
bovinocultura e suinocultura. as crianças ocupam
lugar de destaque: podem divertir-se livremente enquanto seus pais tomam conhecimento do que o estado está fazendo em todos os setores da administração pública. Peta amplitude atingida, inclusive, a
Grande Feira está para ser incluída no Calendário
Turístico Nacional. Será mais um impulso que receberá.
O governo do Paraná não pretende parar ai.
Dentro de uma mentalidade jovem, simbolizada pelo
Governador Paulo Pimentel. e do atual secretário da
Agricultura. Oscar Amaral, a Grande Feira vai crescer conjuntamente com a economia paranaense. Se
o Sr. Paulo Pimentel. quando secretário, distribuiu
seis mil reprodutores, no seu governo, em dois
anos, outros seis mil foram entregues. Agora o plano
passará para uma nova etapa, a do "Touro em Ampòla" Sêmen de gado de alta linhagem, e não só
indiano, mas também charolés e holandês, estará à
disposição dos pecuaristas nos 200 postos que a Secretaria da Agricultura do Paraná mantém em todo
o estado.
Para 1970 o Governador Paulo Pimentel pretende
muito mais e já anunciou que realizará em Curitiba
uma Exposição Internacional da Agropecuária.
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PIMENTEL
iniciada em 1964, a Exposição-Feira de Curitiba acabou transtormando-se
numa grande
testa popular. Este ano. mais de um mifhào de ocssoas visitaram o Parque Castelo Branco
Além dos produtos pecuários, o Paraná produz grande quantidade de trigo. O governador examina o produto funtamente com o Ministro ivo Arzua e o Secretário Oscar Amaral
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Um sábio francês, modesto e retraído,
devassa os segredos da partenogênese e proclama que,
em breve, o homem de gênio poderá ser produzido em séries de até
cem milhões. De suas mãos mágicas, surgem coisas espantosas, como
sapos albinos e rãs de cinco patas. Filho de um dramaturgo famoso e
enriquecido pelo cinema, nunca vai ao tçatro e despreza os filmes.
Para êle, os maiores dramas são os que observamos
diretamente na natureza, a olho nu ou ao microscópio.
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w ean Rostand é um dos sábios mais extraordinários e mais modestos do mundo contemporâneo. Êle não procura a publicidade, mas a
imprensa não se esquece de pôr em relevo o
seu nome. Há repórteres constantemente a zrssediá-lo, em seu retiro de Ville d'Avray. Já
houve quem o comparasse ao lendário Dr.
Fausto. A um Dr. Fausto do século XX, que faz
maravilhas mesmo sem a ajuda de Mefistófeles.
A quem o visita, êle pode mostrar coisas que
estariam perfeitamente bem num Museu de
Fenômenos: sapos inteiramente brancos, por
efeito do albinismo provocado, e rãs de cinco
patas, em conseqüência de mutação também
provocada.
Membro da Academia Francesa a que também pertenceu seu ilustre pai, o poeta e dramaturgo Edmond Rostand, êle não tem problemas de dinheiro. Todos os dias, em algum lugar
do mundo, uma companhia teatral representa
alguma peça de seu pai, como o famoso Cyrano
de Bergerac ou Os Romanescos, ainda há pouco
convertida num musical de êxito, em língua
inglesa, sob o título de The Fantastiks. Jean
Rostand é hoje o herdeiro único dos direitos
autorais dessas peças, por morte do autor e de
seu outro filho, o poeta e dramaturgo Maurice
Rostand. Além disso, o cinema já filmou várias
vezes Cyrano de Bergerac e ainda voltará a
filmar a grande peça, pagando de cada vez
somas fabulosas por sua utilização.
Tudo isso dá a Jean Cyrus Rostand uma
segurança financera que lhe permite dedicarse tranqüilamente a pesquisas biológicas desinteressadas. Êle é um dos únicos sábios do
mundo que trabalham sem assistentes, tudo
fazendo pessoalmente. "Sou o último dos individualistas e um verdadeiro artesão da ciência",
disse êle, recentemente, a um jornalista que
o entrevistou. Não é que o governo francês
não esteja disposto a lhe abrir os seus laboratórios, a pôr à sua disposição instrumentos de
precisão, a dar-lhe uma subvenção. Êle mesmo
é que recusa qualquer auxilio dessa espécie,
para permanecer livre, para não ser um cientista oficial, para não ace;tar limites ou orientações impostas à sua ação.
Muitos acham que se trata de um selvagem,
que não sai quase de sua toca e que, embora
filho de um grande dramaturgo, não comparece
nunca aos teatros, nem se interessa por cinema.
Êie se justifica, dizendo, sem nenhum desapreço pela obra paterna: "Não há drama tão
absorvente como o da observação direta da
vida, quer a Olho nu, quer ao microscópio."
Como equipamento êle tem dois microscópios,
uma geladeira de modelo antigo e meia dúzia
de outros instrumentos. Esse velho selvagem,
com bigodes de leão marinho, é adorado pelas
crianças da vizinhança, por estar sempre disposto a comprar todos os sapos e rãs que
elas consigam capturar.
A vocação de Jean Rostand para a ciência
se revelou quando, no curso primário, lhe deram um caderno escolar, em cuja capa havia
Em Ville-d'Avray, enquanto o filho toca piano, o sábio Jean Rostand joga xadrez com sua esposa.
SEGUE
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145
6 ?> AAI , p, t o x<=). o. £sr.Acz.. hjs?,j>m
O BANCO NACIONAL DO NORTE. DENTRO DE SEU ESPIRITO DE SERVIÇO. INFORMA:
talvez sua firma esteja
pagando imposto de renda
demais.faça um teste
com estes 10 itens
Declaração de imposto de renda de pessoas jurídicas varia de firma para firma,
de atividade para atividade. Apresentamos aqui apenas alguns lembretes atualizados sôbrededuções que a lei
permite e que são, por vezes, esquecidas ou desconhecidas.
se estão de
1Verifique
duzidos corretamente os valores máximos
creditados a sócios,
diretores etc. de vez
que esses valores
são deduzidos do
lucro operacional.
Para pequenas
empresas, de capital realizado até
NCr$ 54.571.00 os
limites para desconto mensal são:
firma individual
NCr$ 437.00 e colegiado, com limite nor
mal de 3 beneficiários,
NCr$ t.311.00 mensais
Se o capital de sua empresa for maior, confira a tabela de limites
de remuneração
ser computada como custo
2 ouPoderá
encargo, a importância correspondente à diminuição do valordos bens
do Ativo, resultantedodesgastepelouso,
ação da natureza e obsolescência normal de móveis, máquinas e imóveis utilizados na produção. Algumas firmas
são beneficiadas com depreciação acelerada, tais como metalurgia primária de
chumbo, zinco e alumínio, fiação e tecelagem, calçados, produtos alimentares,
cimento e pre-fabrícados para habitação, papel e artes gráficas, materiais de
construção civil.
ser deduzidas do lucro ope3 Podem
racional, as gratificações pagas a
empregados até o limite de
NCr$ 3.300,00 por cada um.
também ser deduzidas do
Igualmente podem ser utilizados os
8 Podem
4 adicionais
lucro operacional as doações e conrestituíveis pagos em
1957. mas exclusivamente pelos contribuintes que os recolheram nos estados
da Guanabara, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, excetuando a cidade de São Paulo.
Da mesma maneira o
5 empréstimo
compulsó-
rio do artigo 72 da Lei n.°
4242 de 17dejulhode 1963
poderá servir como compensação para pagamento de seu i m p o s t o de
renda.
monetá6 Ariacorreção
das "Obrigações
Reajustáveis do Tesouro
Nacional", poderá ser incorporada ao capital de
sua empresa, não incidindo sobre ela o imposto de
renda.
Mais da metade do imposto
que V. pagaria normalmente
poderá ser aplicada em investimentos lucrativos para sua empresa. Por exemplo, 50% do imposto poderá ser destinado a empreendimentos nas áreas da
SUDAM ou da SUDENE, E mais 5% V.
poderá destinar á compra de certificados de ações
fornecidos
por Bancos ou
Companhias de
Investimentos autorizadas pelo Banco
Central.
v
-..
tribuições feitas a instituições filantrópicas, de educação, pesquisas científicas
e-tecnológícas, desenvolvimento cultural ou artístico, que preencham os requisitos legais.
9
Verifique cuidadosamente se sua firma está fazendo uso dos incentivos
fiscais a que porventura tenha direito,
tais c o m o e s t a b i l i z a ç ã o de p r e ç o s
(CONEP), estimulo à exportação, ao desenvolvimento da indústria química, de
fiação e tecelagem, indústria de produtos alimentares, de papéis de artes gráficas, empreendimentos florestais, indústria da pesca, indústrias instaladas na
área da SUDENE ou da SUDAM que
gozam de isenções especiais e que podem ir até 100% como no caso da Amazônia.
1 0 ^ aquisição de Letras Imobiliárias
• W e todo o estímulo a empreendimento dentro do Plano Nacional de Habitação gozam também de isenções especiais. Assim como. empreendimentos
de estímulo ao turismo, ligados à EM BRATUR.
É função social da empresa recolher
corretamente os impostos devidos, de
modo especial o Imposto de Renda,
que dá ao país os recursos necessários ao seu desenvolvimento.
Prestando esses esclarecimentos,
o Banco Nacional do Norte S.A.
procura contribuir para que as
empresas possam apresentar declarações dentro do maior critério, gozando com isso, de todos
os favorecimentos que a lei permite.
É mais um serviço de seu "amigo na
praça".
N i BANCO NACIONAL 00 NORTE S.A
um amigo na praça
A figura de um
escaravelho bastou para
deflagrar uma
vocação científica
V
a figura de um escaravelho rolando u m a bola
de excremento. N a página interna, havia u m a
descrição d o inseto extraída de um livro d o
naturalista J . H. Fabre. Imediatamente, o j o v e m
Jean Rostand escreveu uma carta ao autor, p e dindo-lhe um exemplar d a obra. O livro e r a
sério e não fora escrito para crianças, mas o
menino o devorou, c o m o se fosse u m romance.
Continuou a ser péssimo aluno para tudo quanto
não se relacionasse c o m as ciências naturais.
Quando terminava os preparatórios, u m professor, querendo ajudá-lo n o exame de história,
perguntou-lhe se sabia alguma coisa sobre o
rei de Roma, também conhecido c o m o Duque
de Reichstadt. A resposta f o i : " N ã o sei n a d a . "
O examinador supunha t e r feito u m a pergunta
fácil, pois o p a i d o estudante e r a autor d e
uma célebre peça criada e m travesti por Sarah
Bernhardt, c o m o titulo d e L'Aiglon
(O Filhote
de Águia), cuja figura central era precisamente
tal personagem, filho d e Napoleão Bonaparte e
d e Maria Luísa. . .
Jean Rostand não se envergonha d e recordar esse episódio d e sua juventude, Êle acha
O sábio francês
de Ville-d Avray,
Jean Rostand, no
laboratório
examina uma criação
de rãs.
que um estudante d e biologia o u de medicina
não deve cansar a memória c o m matérias q u e
não se entendem c o m o seu campo. Lembra,
t a m b é m , q u e um secretário d e seu p a i , chamado Labate, deu-lhe, a seu pedido, u m livro
d e ciências naturais, mas sendo um meticuloso
moralista, examinara antes se o volume era
" c o n v e n i e n t e " e colara, cuidadosamente, as
páginas q u e falavam sobre sexo e procriação.
Menino obediente, Jean Rostand não descolou
as páginas, mas fêz malabarismos para conseguir ler o conteúdo das mesmas, envíezando o
olhar. Tais páginas foram precisamente as d e
maior interesse para o futuro sábio.
Quando êle iniciou suas pesquisas biológicas, Ville-d'Avray c o m e ç o u a se encher d e
sapos. Chegou a receber 70 m i l batráquios num
único a n o . A l é m d a s crianças, q u e o s forneciam e ainda fornecem, êle encontrou outro
g r a n d e fornecedor num laboratório farmacêutico
que, s e m matá-los, extrai d e suas glândulas
u m veneno e m p r e g a d o na cura d o s males reumáticos. Logo q u e terminou os estudos superiores, Jeap Rostand j á estava d e c i d i d o a
dedicar-se ao ramo da partenogènese,
isto é, ao
problema d a reprodução d e plantas e d e espécies animais, independentemente da fecundação
ovular. A palavra é uma fusão d e dois vocábulos
gregos: parthénos,
q u e quer dizer virgem, e
gênesis,
isto é , geração. E m outras palavras:
trata-se da reprodução d a vida s e m a intervenção d o macho, o u d a fabricação d e filhos
sem p a i . Trata-se, é claro, de u m a anomalia
d a natureza, existente n ã o só n o reino vegetal,
em que é c o m u m uma planta " p e g a r d e g a l h o " ,
mas ainda, e m muitos casos, no reino animal.
Entre as abelhas, a partenogènese preside a o
nascimento das operárias e d a s rainhas. Entre .
os pulgões, a espécie, durante uma estação d o
ano, se reproduz apenas graças às fêmeas.
Mas noutra estação, a d o outono, o s machos
reassumem os seus direitos e as suas funções.
Em certas espécies d o m u n d o dos insetos, o
macho desapareceu totalmente. As fêmeas se
encarregam, sozinhas, d e perpetuar a espécie.
É um campo fascinante, cujas possibilidades
serão extraordinárias. " M a s eu m e limito a f a zer experiências c o m animais inferiores. Não
pretendo chegar ao h o m e m " , d i z Jean Rostand.
O sábio francês muito adiantou as pesquisas nesse domínio, mas não foi o seu pioneiro.
Antes dele, um norte-americano, Jacques Loeb,
professor d e Biologia d a s Universidades d e
Chicago e d a Califórnia, e diretor d a Divisão de
Biologia Experimental da Fundação Rockefeller.
ao lado de outras experiências famosas, conseg u i u pela primeira vez, h á mais d e 50 anos,
fecundar ovos virgens de um invertebrado marinho, o o u r i ç o , submetendo-os a tratamentos
químicos, por meio d e soluções ácidas e alcalinas. Depois, e m 1910, o francês Bataillon c o n seguiu provocar a partenogènese em animais
veiteorados, perfurando, c o m u m fino estilete
de vidro, ovos d e rãs e d e sapos. A principio,
acreditara q u e a incisão e r a responsável pela
fecundação. Mas não tardou a perceber q u e
o motivo fora o u t r o : o estilete, d e q u e se servira, estava embebido e m sangue fresco e as
goticulas sangüíneas d o s batráquios é q u e t i nham provocado a fecundação. Jean Rostand
levou muito mais longe os seus estudos, e n trando no campo d a he^editariedade e n o das
pesquisas sobre os cromossomos — partículas
constituídas sobretudo de macromoléculas de
ácido desoxirribonucléico. Os cromossomos é
que contêm toda a carga hereditária. " S ã o eles.
diz Jean Rostand, numa c o m p a r a ç ã o cheia d e
pitoresco, q u e fazem c o m q u e um homem seja
diferente d e um elefante e d e um pé de c o u v e . "
O estudo d o s cromossomos c o m e ç o u , precisamente, pelo d o s insetos. Mas, j á em 1957, o
c r o m o s s o m o humano podia ser fotografado,
identificado, classificado e contado. Dois estudiosos, um norte-americano, Levan, e um sueco, Tjio, verificaram que o homem t e m não
24 pares d e cromossomos, c o m o antes se
pensava, mas apenas 23. Há cromossomos normais e cromossomos anormais, o u mal formados, que são responsáveis por uma série de
doenças o u defeitos congênitos.
Cromossomos defeituosos são
responsáveis pelos casos de mongolismo
E s t á nesse caso, por exemplo o m o n g o lismo — deciara Jean Rostand. — A s crianças
portadoras desse defeito são assim chamadas
por terem os olhos amendoados, c o m o as pessoas d a raça mongólica. Todos os q u e são
afetados p o r esse mal apresentam sempre c o n siderável retardamento mental. Foi o Dr. Jerôme
Lejeune q u e m , juntamente c o m o Professor Turpin, da Faculdade de Medicina d e Paris, desc o b r i u recentemente q u e há n o s mongolóides
um dos cromossomos que. em vez d e ser duplo,
c o m o nas pessoas normais, é triplo. Trata-se
de u m a descoberta da maior importância, porq u e essa terrível moléstia ataca u m a criança
em cada seiscentas que nascem. Existem também anomalias sexuais que resultam d e aberrações cromossomáticas. Em média, uma criança e m cada mil apresenta características hermafroditas, isto é, possui simultaneamente c a racterísticas masculinas e femininas.
Desco-
M
j.
m
Jean
logia
Rostand diz que as relações entre a bioe a moral são cada vez mais
intimas.
briu-se q u e , em alguns casos, essas pessoas
possuíam, e m vez de 46 cromossomos (23 pares), 47 o u , então, 45, sendo essa diferença, ora
para mais, o r a para menos, responsável por
tal anomalia.
Jean Rostand d á grande ênfase aos estudos sobre os cromossomos. Afirma q u e pesquisadores norte-americanos já afirmaram que certas formas de leucemia têm o r i g e m em deficiências cromossomáticas. E pergunta: " Q u e m
sabe se por esse caminho n ã o chegaremos
t a m b é m a d e s c o b r i r as origens d o c â n c e r ? "
Uma d e suas paixões é o jogo de xadrez,
q u e absorve as suas horas livres. T e m na
própria esposa uma constante parceira. Jogam
longamente, enquanto o filho. François Rostand.
grande matemático, toca piano para os pais. O
velho sábio, d e quando e m quando, acede em
fazer uma conferência, para homens d e ciência,
o u e m escrever u m livro, a pedido d e uma e d i tora. Na juventude, fêz literatura, c o m o o pai
e o irmão. E m 1920, publicou Le Retour des
Pauvres e, depois, Pendant quon Souftre
Encore,
Le Mariage
(um panfleto contra a "opressão
do c a s a m e n t o " ) , La Dispute (com o título m u d a d o , na segunda edição, para Valère, ou (Exaspere) e, finalmente, Journal dun Caractère.
A
partir d a i , s ó s e o c u p o u , c o m o escritor, d e
assuntos científicos. Um de seus livros, A Vida
e Seus Problemas,
foi editado no Brasil, e m
1943, pela Casa Editora Vecchi Ltda.. em tradução d e Lívio d e Almeida. Nessa obra, uma d a s
MATRIZ: Recife -.DEPARTAMENTOS: Aracaju, Arcoverde, Belém, Belo Horizonte, Campina Grande, Caruaru, Curitiba, Fortaleza,
Garanhuns, João Pessoa, Limoeiro, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina,
Timbaúba, Vitória e mais 13 agências urbanas.
147
BP) MJ,P>'0
X í ?.O.e£». I 4CL.4/tt,j>.<l6
O progresso
científico a c a b a r á
controlando, por m e i o s
químicos, o comportamento h u m a n o
verdade, é aquela luta desapiedada que Charles
Darwin descreveu no século passado. Luta de
todos contra todos, num ambiente cego e encamiçado, em que a força bruta triunfa. A biologia justifica e, de certo modo, aprova essa
batalha cruel e incessante, pois nela identifica
a condição primeira do progresso vital. Afinal
de contas e sentimentalismos à parte, náo foi
através da eliminação dos débeis, da extirpação
dos inadaptados, por via da concorrência e da
seleção natural, que se realizou o grande fenômeno da evolução, responsável, no espaço
de alguns milhões de séculos, pelo aperfeiçoamento da nossa espécie?"
Meheran Goulian e Arthur Kornberg, biólogos americanos, na mesma linha das pesquisas de Loeb,
Bataillon e Jean Rostand, criaram um virus vivo no laboratório: o DNA, prodígio de partenogénese.
coisas mais interessantes é a sua definição do
que é o homem:
— "Como todo animal superior, o homem
é um agregado de muitos trilhões de células,
cada uma das quais representa uma reunião
de moléculas diversas. Em última análise, dá
a impressão de um edifício prodigiosamente
complexo de elétrons, que devem à forma
particular do seu agrupamento o singular privilégio de poder afirmar a sua existência. No que
toca à ordenação do pensamento, orgulho principal do homem, as peças-mestras da arquitetura biológica são constituídas pelas células do
cortex cerebral, É aqui, nessa película, que se
produzem as reações químicas e as transformações de energia que dão lugar ao que chamamos de consciência, da qual nada sabemos,
a não ser que ela está indissolúvelmente ligada
a essas reações e transformações. É aí que se
elaboram as mais altas manifestações do espírito, o gênio de Sir Isaac Newton e as angústias de Blaise Pascal... Encontrem-se as células do cérebro, durante alguns minutos, privadas de oxigênio, e a consciência infalívelmente desfalece..."
Ninguém, antes dele, definiu o homem de
tal forma. A consciência, como as virtudes
humanas, para Jean Rostand estão na dependência de fatores que náo são apenas éticos
ou morais, mas igualmente orgânicos e químicos. Tendo uma vasta experiência cientifica,
iniciada aos 16 anos, em 1910. quando começou
a se interessar pela partenogénese, no ano de
1946 Jean Rostand conseguia conservar o sêmen animal — a semente da vida — em glicehna. Êle chegou, depois disso, a sustentar
que se poderia, graças à inseminação artificial,
produzir homens de gênio em série, com o
sêmen humano em conserva, ou congelado.
"Por esse meio — disse êle — pode-se obter
cem milhões de exemplares de um grande
homem." Isto no caso de seus filhos conservarem as características hereditárias responsá-
148
veis pela grandeza paterna. Jean Rostand, aos 74
anos, continua a estudar a natureza, a provocar
mutações, a mudar as características sexuais
dos animais, a produzir monstros da natureza
e filhos sem pai. Êle diz:
"Amanhã, os biólogos poderão influir na
formação do embrião humano. E de tal forma
que poderão ativar o desenvolvimento daqueles
preciosos lobos frontais, que são a sede do
que há de mais humano no homem: os centros
determinantes das boas ações. Ou usaremos,
ainda mais simplesmente, para ajudar o exercício da virtude, alguns produtos químicos sabiamente dosados nos laboratórios. Quem duvidará, nos dias de hoje, independentemente do
preconceito filosófico sobre as relações entre
o físico e o moral, de que todos os nossos sentimentos, temperamentos, estados-d'a!ma e emoções, não estejam diretamente ligados às condições de nossas secreções internas? Está na
linha direta do progresso científico o controle,
por meios químicos, do nosso comportamento,
assim como de outros fenômenos da vida. Atualmente, com o emprego de um hormônio, de
um oligo-etemento, ou até mesmo de uma vitamina, exaltamos a coragem, desenvolvemos o
amor materno e acentuamos a força de vontade.
Depois dos "tranqüilizantes", hoje tão numerosos, virão os produtos farmacêuticos que Chamaremos de "moralizantss".
Para Jean Rostand, o homem
descende de um mamífero desaparecido
^ * ontinua o bruxo de Vil!e-d'Avray: "Os
amigos da virtude sempre olharam para a biologia com algum temor, como se dela nada de
bom pudesse a humanidade esperar. É que o
espetáculo da natureza em movimento não é
de molde a confirmar, pelo menos na aparência,
as nossas convicções éticas. O que vemos, na
Esse rasgo darwinista, numa conferência
recente, não surpreendeu os conhecedores de
sua obra. Em A Vida e Seus Problemas êle já
havia dito: "O problema da origem do homem
foi resolvido em teoria, de uma vez por todas,
pela doutrina da evolução. Não podemos hoje
duvidar de que a espécie humana, como qualquer outra espécie viva, deriva de uma espécie
menos complexa, a qual derivava de outra espécie ainda menos complexa e assim sucessivamente, retrogradando até os entes rudimentares das primeiras idadas". Entretanto. Jean
Rostand não acredita que o homem descenda,
necessariamente, do macaco. E então já escrevia: "Repete-se a miúdo que o homem descende dos símios. Essa asserção não tem
sentido exato. O homem não pode descender
de nenhum dos símios que vivem hoje sobre
a terra. O que sabemos, ao certo, é que êle
tem por antepassado um mamífero desaparecido,
que devia parecer-se muito com os antropóides
atuais." Isto é, que devia parecer-se com os
símios de maior estatura, os macacos catarríneos e sem cauda, ou seja, com os gorílas,
orangotangos e chimpanzés.
Naquela conferência recente, Jean Rostand
disse: Se pusermos de parte os preconceitos
sentimentais, não é forçoso concluirmos que o
homem deve imitar a natureza e, desse modo,
sacrificar os imperativos convencionais da moral, — altruísmo, solidariedade, caridade e,
numa palavra, tudo quanto de São Paulo ao
Dr. Albert Schweitzer, convencionou-se chamar
virtudes? No século passado, um filósofo germânico, Friedrich Nietzsche, revolucionando a
velha tábua de valores, lançou um anátema
contra essas virtudes, denunciando-as com o
pecado biológico por excelência, inimigo de
todo o progresso e de toda a grandeza. Segundo o autor de Assim Falou Zaratustra, o
homem virtuoso não era senão uma fera domesticada e degenerada, um doente e um débil de espírito, um prisioneiro irremediável dos
preconceitos. Condenando por inútil toda a piedade, sustentava Nietzsche que se devia ajudar os fortes a se desembaraçarem dos que
tombam. Mas, na mesma época, Thomas Huxley, discípulo de Darwin, dizia que a teoria
evolucionista é mora.mente perversa". Essa
confissão êle a fêz a contragosto, com a lealdade do homem de ciência, que não pode sufocar a verdade, ainda que isso muito lhe custe.
Um pouco mais tarde, Féiix Le Dantec fazia denúncia idêntica, dizendo que a biologia não
ensina aos homens senão a detestável "lei do
mais forte". Será, porém, apenas essa a mensagem da biologia? Há realmente um desacordo entre as lições dos fatos e as aspirações do nosso sentimento ? Um biólogo que cultive a moral tradicional será obrigado a dividir-se entre os anseios de seu coração e o respeito à verdade positiva?"
"Essas interrogações — diz Jean Rostand
— são hoje respondidas por homens de ciência de alto gabarito, por especialistas que rejeitam formaimente. em nome da própria disciplina, as conc.usões de um bio.ogismo intemperante. E, não satisfeitos em refutar o imoralismo nietzschiano, propõem até, diz Jean
a gente
pensa, anda, procura,
fica chateada
e anda e pensa e procura
e fica chateada...
até que u m dia a g e n t e . . .
$9> 4*Jt Pão x^.0.€Sl,/rCL,4/í$ ; p.ttV
Dentro de
alguns anos,
será fabricada a
'pílula da virtude'
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SYPHON
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Rostand, uma "moral biológica", inteiramente
contrária à que se pretendia extrair da ciência da vida. Uma moral biológica que, aliás,
muito se avizinha da moral comum, como nós
a entendemos. Cm primeiro lugar, o biólogo de
hoje compreendeu que o homem não devia
buscar o seu modelo nos animais inferiores.
Ao contrário devia procurar em si mesmo a
sua lei. Uma lei animai, é certo, mas não
igual à dos outros animais. "O homem é um
ser único", disse Julian Huxley. E Simpson
acrescentou: "O homem é um animal moral."
E Dobzhansky: "É o senso moral do homem
que o toma verdadeiramente humano". Por
isso, a verdade antropológica se opõe à verdade zoológica. O homem segue a sua própria
natureza, e não a natureza, em geral. Tudo
o smgulariza e o distancia do grande rebanho
animal. A conduta moral entra em sua definição do mesmo modo que a atitude vertical e o
dom da linguagem articulada."
A ciência desenvolverá a
inteligência e outras qualidades do homem
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'mar
mm rossegue o famoso sábio francos: "Ser
virtuoso, segundo os biólogos, consiste em
utilizar corretamente as funções do cérebro,
evitando que permaneçam inativas as suas células mais preciosas e mais nobres. Significa
exigir o pleno emprego do ser, fazer honra à
própria totalidade orgânica, elevar-se da maneira mais Completa acima da animalidade,
abundar no sentido da evolução desfrutando
os bens supremos recebidos das gerações anteriores, fazer com que primem as qualidades
que fizeram a excelência da nossa espécie e.
em suma, preferir viver no mais alto plano humano. Um estudo do desenvolvimento do ser
humano mostra que êle começa afetado pelo
egoísmo para chegar, por fim, ao altruísmo, à
faculdade do sacrifício. O egoísmo é, portanto,
um infantilismo. uma paralisação do crescimento na ordem moral, um sinal de imaturidade,
qualquer coisa de semelhante à persistência dos
dentes de leite ou do amolecimento da moleira.
O indivíduo virtuoso é um ser maduro, o melhor de sua espécie. Representa o estado
perfeito, o oposto daquelas larvas humanas
que são os seres imorais. Aquisição tardia, a
virtude é uma conquista, uma promoção ao
estágio superior do ser. Não existe virtude
sem virilidade. Bem entendido: as mulheres
podem, igualmente, aspirar a essa maturidade
da alma, tal qual os homens.
co no ser humano. E, então, todos os homens
se sentirão naturalmente inclinados ao altruísmo. Preferir o próximo a si mesmo será coisa
comum: não como aquele trevo de quatro folhas, de que fala Schopenhauer, mas tão vulgar como um trevo de três folhas. E um dia
não será impossível que a ciência possa intervir diretamente na evolução da virtude. Uma
seleção metódica do sêmen, dirigida no sentido
de afirmar as faculdades morais, já foi sugerida
por alguns biólogos. Mas a sua realização
levantaria graves objeçôes. Diriam muitos que
estaríamos tentando criar o homem como os
veterinários selecionam o gado. E provável,
porém, que o códice dos elementos hereditários em breve seja finalmente decifrado e assim
possamos alterar a nosso talante a estrutura
mesma do "genes", nele introduzindo felizes
mutações, capazes de produzir virtudes. Graças a um nivelamento no plano superior, todos
atingiriam e decerto superariam o quociente
moral dos melhores homens que existem em
nosso tempo. Mais breve do que se pensa,
surgirão as pílulas que moderarão a inveja,
acalmarão a ambição, reduzirão a mania de
conquistar honrarias, ou podères.
Quando
as "drágeas da abnegação", os "comprimidos
da mansuetude". as "pastilhas de dedução"
afinal chegarão ao mercado? Por enquanto,
ainda não podemos dizer. Mas a ciência não
tardará muito a descobrir essa técnica, a técnica de uma verdadeira alquimia espiritual,
através da qual transformara o vitriolo do vício
no açúcar-cande da virtude. O pensamento
de tornar o homem mais humano através da
química desumana tanto suscita entusiasmos
como revoltas. Naturalmente, preferiríamos todos a virtude integral, natural e espontânea, a
essa virtude sintética, que teremos que ir buscar nas farmácias. Mas, por certo, as formas
da sociedade humana mudarão, com a aplicação da virtude, natural ou fabricada. Nenhum
sistema filosófico, nenhum "parti-pris" doutrinário poderão desprezar uma vida de paciência
e de sacrifício. Tudo passará: a nossa filosofia, a nossa estética, a nossa moral. E até
mesmo a própria moral biológica. Mas uma
dedicação continuará a ser uma dedicação,
uma fidelidade será ainda uma fidelidade.
Através do curso dos séculos e das transformações que eles acarretarem, o homem permanecerá- E, com êle, a virtude, condição de sua
existência, essência de seu próprio ser"
..encontra tudo de mais bacaninha em
estidos, malhas e lingerie nas vitrines
a nova Etam. A Etam está lançando
oda antes de todo m u n d o . E isso nao
nada difícil para quem tem fábricas e
ojas na França, Inglaterra, Alemanha,
olanda etc. Você nao acha?
Em latôes de leite, Jean Rostand conduz sapos
e rãs por ê/e capturados em sua propriedade.
Quem medita sobre a virtude sabe que o
egoísmo é incompatível com a perfeita saúde
do espirito. "O amor ao próximo — escreve
o psicólogo De Greef — corresponde a funções delicadas mas indispensáveis do nosso
equilíbrio interior." Sob este aspecto, o egoísmo é um defeito, uma carência, um sintoma.
Matar em si mesmo a besta, superar a infância,
fugir às nevroses — esses serão, em breve, os
imperativos cardeais da moral biológica. A
primeira vista, parecem pouco exigentes. Mas
têm extraordinária amplitude. Fala-se hoje na
pluralidade dos mundos habitados. Mas, se em
algum outro planeta existirem seres como nós,
eles não merecerão o nome de homens se não
forem capazes de altruísmo. Mesmo que eles
fossem dotados da mais alta inteligência, não
seriam nossos semelhantes se não tivessem
amor ao próximo. É bem verdade que ainda
são débeis e rudimentares as nossas tendências inatas ao altruísmo. E que muitas vezes
cedemos aos instintos de egoísmo e de domínio, mais poderosos em nós, porque mais antigos. Mas um dia virá em que aquelas nobres
tendências se afirmarão vencedoras, através da
hereditariedade, que as encarnará pouco a pou-
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São Paulo Rio de Janeiro
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GALEÃO OU
SANTA CRUZ
Em 1970 um ilustre visitante virá ao Brasil.
Trata-se do Concorde, o primeiro avião supersônico a operar nas linhas comerciais do mundo.
Até lá deverá estar concluído um moderno aeroporto supersônico onde o gigantesco aparelho
irá aterrissar. Neste sentido, o governo federal
designou uma Comissão Coordenadora do Projeto do Aeroporto Supersônico Internacional. Doze grandes firmas brasileiras e treze estrangeiras concorreram para a realização dos estudos
de viabilidade da obra, cujo contrato será firmado com um dos três grandes consórcios internacionais classificados na seleção inicial. A
Comissão é presidida peto Tenente-Brigadeiro
Joelmar Campos de Araripe e tais estudes estão
orçados em cerca de um milhão de dólares.
Pesquisas feitas em todo o mundo indicam
que em 1980 os 25 principais aeroportos terão
um movimento superior a 20 milhões de passageiros — cerca de 120 mil por dia — grande
parte dos quais viajando em aviões supersônicos. A esta altura, para ser incluído nas rotas
das grandes companhias, o Brasil deverá ter,
pelo menos, um aeroporto supersônico em pleno
funcionamento.
O avião supersônico será empregado apenas
nos percursos longos, geralmente intercontinentais, dada a grande altitude em que voa —
cerca de 25 mil metros — e a necessidade de
economia com os gastos de operação e decolagem. Há aspectos curiosos na operação de um
supersônico tipo Concorde, velocidade Mach 3.
Aliás, as velocidades supersônicas não são contadas em km/h, mas pelo número Mach. Assim, com Mach 1, o avião está voando com a
velocidade do som; com Mach 2 temos duas
vezes a velocidade do som; acima de Mach 5
atingimos a velocidade hipersônica. Ora, se um
aparelho, voando à velocidade Mach 3 quiser
fazer uma curva de 15 graus de inclinação, o
diâmetro desta curva será de 600 km. Se a
curva fôr iniciada em São Paulo, a aeronave passará em cima de Vitória e Belo Horizonte...
Além disso, os supersônicos deverão operar em
qualquer tempo, exigindo sempre
aeroportos
descongestionados.
Para o tráfego dos grandes jatos, o comprimento e a largura de pista não constituem o
principal problema. Ao nível do mar, eles ne-
BP> M,P>to*q.o,eci,4CL.tr
BK M,
UMA PISTA
cessitam de 3.200 m de pista com um mínimo
de 45 m de largura.
Dentre os vários locais que a Comissão Coor
denadora cogita para a construção do aeroporto
supersônico, destacam-se: Viracopos, Santa Cruz
e Galeão.
Viracopos, que no momento tem 3.240 metros
de pista, fica a 14 km de Campinas e 85 km
de São Paulo. Sua temperatura de referência
é de 24,8° C, considerada favorável, pois quanto
mais alta a temperatura mais rapidamente cai
o rendimento das turbinas. Não há obstrução
nas cabeceiras das pistas e suas condições meteorológicas são excelentes. Analisando a possibilidade da localização do Aeroporto Supersônico em São Paulo, o Governador Abreu Sodré
declara:
— "Parece-me que, em se tratando de um
empreendimento que deve ser fundamentalmente analisado sob critérios técnicos e econômicos,
não há porque falar em reivindicações regionais. O governo de São Paulo, através de órgãos
como a Secretaria de Transportes, está à disposição da Comissão Coordenadora para o que se
fizer necessário. Segundo elementos que já colhemos, a título de cooperação, a localização
de um aeroporto supersônico necessita levar em
conta:
1 Relação com as áreas econômicas geradoras de tráfego, passageiros e carga. É importante o potencial econômico da região que gera a
necessidade do transporte.
2 As pistas devem ser mais longas, os pa
vimentos mais resistentes, as superfícies mais
ásperas, a fim de aumentar a capacidade de
frenagem dos aviões.
3 Os espaços aéreos de aproximação devem
ser maiores e mais livres, destinando-se o tráfego doméstico para aeroportos secundários.
4 Facilidades para carga e descarga rápida
dos aviões.
5 Abastecimento rápido, com todas as instalações embutidas nos pátios de estacionamento.
6 Múltiplas estações de passageiros.
7 Rápida comunicação com os grandes centros urbanos.
8 Uma distância razoável dos grandes centros habitados, em virtude do problema do ruído. O avião supersônico, em cruzeiro, voa a qua-
se três vezes a velocidade do som. Depois da
decolagem dá-se o fenômeno da formação de
uma onda de choque, que caminha à frente do
avião. O ruído é de tal violência, que não pode
verificar se sobre área habitada.
— "Com o propósito de contribuir para o
levantamento de dados objetivos sobre tão importante problema, creio que Viracopos enquadra-se satisfatoriamente nas condições e requisitos de um projeto de aeroporto supersônico.
No Brasil, Sao Paulo é o estado que tem a
maior capacidade geradora de tráfego aéreo, seja
doméstico ou internacional. Viracopos está fora
das linhas domésticas de maior movimentação;
situa-se em região de ondulações leves, sem
obstáculos; nele não existem construções nas
proximidades que possam ressentir se do ruído
des aviões; a região é argi Io arenosa, com excelentes condições de suporte para o pavimento
das pistas. Finalmente, não há problemas nas
ligações de Viracopos a São Paula"
Outro que poderá ser transformado em aeroporto supersônico é o Galeão, cuja pista de concreto mede 3300 metros por 47 de largura. Está
situado a 12 quilômetros do centro urbano do
Rio e sua temperatura de referência é de 29 ° C.
O fato de estar muito próximo ao Rio coloca-o
em posição desfavorável para grandes jatosr
que na fase de desaceleração
necessitam
de 200 km.
Também a Base Aérea de Santa Cruz está
nos cálculos da Comissão. A pista de concreto
tem 1.950 metros e está situada a 50 km do Rio
e 320 de São Paulo. Santa Cruz tem uma das cabeceiras livres — a do lado do mar — mas a
outra apresenta — a 15 km — o morro de Nova Iguaçu, que tem 900 m de altitude. Mais
adiante está a ponta da serra do Mar, com
altitudes maiores. Além disso, no momento. Santa Cruz é um aeroporto militar.
O Governador Negrão de Lima mostra-se entusiasmado com a possibilidade da criação do
Rio-Supersônico. £le argumenta:
— "A nessa posição é no sentido de que
a decisão técnica a ser tomada petos órgãos
federais competentes não ignore os fatores que
militam em favor da Guanabara. Deverá ser levada em conta uma série de razões de caráter
político, econômico e financeiro. Um aeroporto
não é ia um campo de pouso. Êle é parte de
Reportagem de Sebastião Aguiar e Muniz Sodré • Fofo de Mituo Shiguihara
um complexo. E o Rio continua sendo o complexo mais importante para receber o aeroporto
supersônico. Eis algumas razões:
1 O Rio, desde a perda da capital, não recebeu qualquer compensação peta perda da situação que ostentava. Essa é uma razão de
ordem política, que interessa à manutenção do
status guanabarino na convivência federativa.
2 O centro administrativo e financeiro do
país, ainda por muitos anos, continuará sendo o
Rio. E assim permanecerá desde que, ao lado
de outras facilidades de comunicação, ofereça
mais essa — a de sede do futuro aeroporto
supersônico.
3 O próprio aeroporto será um grande investimento, vital e necessário à economia da Guanabara, cuja posição relativa se enfraqueceu
depois que a política de industrialização, de
1957 para cá, concentrou investimentos em São
Paulo e no Nordeste.
— "Como os estudos estão sendo realizados
na esfera federal, não cabe ao Estado da Guanabara interferir na decisão das alternativas.
Mas o governador está atento, e tem revelado
absoluto empenho pela localização do aeroporto
no Rio. O meu governo obriga-se a colaborar irrestritamente com as autoridades federais, fornecendo os recursos e as facilidades para a
execução do projeto. A cooperação será total.
— "Não desejo entrar no mérito técnico do
problema e analisar as condições de sede do
aeroporto. Saliento, por evidentes, os argumentos favoráveis à localização: a circunstância do
Rio ser o centro do país; o tato de dois aero-
- - -» i * ~ -
Qualquer que sela a localização
do futuro aeroporto supersônico, um
fator terá que ser levado em
conta: o ruído dos gigantescos aviões
é Incompatível com os
grandes aglomerados habitacionais.
P>iOX^.O. ésij&U <\
portos da Guanabara poderem ser utilizados, potencialmente, como supersônicos: o Galeão e
Santa Cruz. Ambos estão próximos do mar:
o bang da barreira sônica dar-se-ia sobre as
águas, sem criar problema urbanístico."
O Tenente Brigadeiro Joelmar Araripe de Macedo, presidente da Comissão Coordenadora do
Projeto do Aeroporto Supersônico Internacional,
fornece alguns ciados sobre os critérios que presidirão à escolha do local. Diz êle:
— "O estudo de viabilidade técnica e econômica abordará, prioritariamente, os seguintes
pontos fundamentais:
1 A localização do principal aeroporto internacional do Brasil.
2 O dímensionamento do aeroporto, para
atender ao tráfego aéreo previsto para os próximos 20 anos bem como ao desenvolvimento
tecnológico dos grandes aviões comerciais, neste
período.
3 As melhorias a serem introduzidas em outros aeroportos, objetivando complementar ao
atendimento ao tráfego aéreo internacional.
Quanto aos critérios que presidirão à escolha do local, posso apenas adiantar que o estudo da viabilidade visa, precisamente, identificar, ponderar e analisar as inter-relações entre
os múltiplos fatores que intervém no problema. Todavia, precisamos ter em mente que o
principal aeroporto internacional do Brasil representará uma peça importante no sistema aeroviário intercontinental, sem o que estaria o
nosso país investindo milhões numa espécie de
elefante branco. Nessas condições, os critérios
que venham a ser estabelecidos terão que considerar as características do tráfego aéreo internacional, sem desprezar, entretanto, os parâmetros de todo o sistema viário nacional e os
demais fatores geo-econômicos intervenientes.
1
— "Para se localizar adequadamente um aeroporto supersônico, desde que já tenha sido
definida a região geográfica a ser servida, é
necessário, ainda, localizá-lo topogràficamente.
Esta é a tarefa mais difícil, pois, de um modo
geral, os fatores em jogo são conflitantes entre
si. Um aeroporto, em princípio, não pode ser
muito distante do centro gerador de transporte
aéreo a que serve. Por outro lado, o problema do
ruído torna o aeroporto moderno incompatível
com os grandes aglomerados habitacionais, hospitais, escolas e outras atividades
humanas.
Suas dimensões desproporcionadas tomam ainda
mais difícil a escolha do local, não só face à
topografia do terreno, mas também pelas vultosas desapropriações que se fazem necessárias.
— "Por outro lado, a disputa entre as grandes indústrias de aviação é grande. Até o momento, em matéria de supersônicos, ganha o
Concorde que estará voando comercialmente em
1970. Êle tem uma velocidade de 2330 km/h,
150 toneladas de peso, com capacidade para
140 passageiros. A Inglaterra está aprontando o
Boeing 733 para o ano de 1973. Sua velocidade
é de 2.900 km/h, tem 260 toneladas de peso,
com capacidade para 250 passageiros. Os russos prometem o TU-144, ainda para 1970. Voará a 2.400 km/h, terá 130 toneladas, com capacidade para 120 passageiros.
— "Por fim, o aeroporto supersônico não
poderá ser dissociado, de maneira alguma,
dos demais aeroportos convencionais. Qualquer
que seja a sua localização, será necessário uma
reformulação completa da infra-estrutura aeroportuária nacional. Cabe-me alertar que o problema mais importante e urgente não é o do
avião supersônico propriamente dito, mas sim
o dos superjatos para 500 passageiros e milhares de toneladas de carga, cujo impacto nas
estações terminais de aeroportos já está provocando uma radical reformulação dos conceitos
operacionais que têm ditado os projetos convencionais ainda hoje em uso."
SP>
AKJ,P)IO
W, O. BSi, 4CL.4-jl*,p-l'
3f>>
Inaugurado um novo
trecho da
- 050 que
diminuirá em
km a distância
entre São Paulo e a
capital do país
MAIS PERTO DO MAR
Vencendo etapas, a estrada se aproxima de Brasília, ligando pela rota mais curta o maior
porto brasileiro a capital do país. A BR-050 passa por São Paulo e pelo maior parque
industrial da América Latina, vence o interior paulista e chega ao Triângulo Mineiro. Ela
não se limita, assim, a encurtar em quase 200 km a distância entre Brasília e São Paulo:
também integra a economia industrial paulista a outros centros consumidores, que por sua
vez retêm um potencial agropecuário cios mais importantes, exportando toda a produção
de arroz de Minas Gerais e Goiás. A inauguração da ligação Uberlândia—Araguari — que,
pela sua importância, reuniu o presidente da República, cr governador de Minas e altas autoridades do país — ressalta a determinação do governo federai de concluir nos prazos previstos a BR-050, ligando Santos a Brasília, segundo o programa executado pelo ministro
dos Transportes, Mário Andreazza, e pelo diretor do D N E R ,
Eliseu
Resende.
O Presidente
Costa e Silva, o Gov. Israel
Pinheiro
e o Ministio
Andreazza
e Rondon
Pacheco
chegam
para
a
solenidade.
AKJ,?>IO
W.O.
6C\,ACL.^ÍI?A^
8P> 4AJ( P>IQ X<?. 0.6SI-^CL.4/W,p.^
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velocidade ou a abertura do diafragma sendo
ajustado a outra componente a o fazer coincidir
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com o marcador.
A economia d o Triângulo
Mineiro p a s s a a ficar melhor
entrosada c o m outras regiões
e c o n ô m i c a s . Esta integração
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da nova estrada
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O presidente
da República
descerra
a placa comemorativa
da
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FAZ
A
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esta é uma Indústria
que está produzindo
no Bahia
COMPANHIA DE CARBONOS C0L0I0AIS
u
cec
V i s U parcial da f i b n c » de Negro de Fumo, com o ftltro de s»cos e m primeiro
//
Um monumento de linhas simples marca a ligação Uberland:i)--Acaguart.
plano
PRODUÇÃO DE: Negro de Fumo dos tipos FEF E HAF
LOCALIZAÇÃO: Candeias — Bahia
CAPITAL SOCIAL: NCr$ 12.000.000,00, que representam
3.243.000 ações ordinárias e 8.757.000 ações preferenciais,
todas no valor de NCr$ 1,00 cada.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA DA PHILLIPS PETROLEUM COMPANY
FINANCIADA PELA U.S.A.I.D. E APOIADA PELA
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OS PNEUMATICOS DO BRASIL SERÃO FABRICADOS COM 0
NEGRO DE FUMO DA BAHIA
156
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MEDICO DE URGÊNCIA
NA VIA DUTRA
•
A fim de lhes serem assegurados os serviços a que têm
direito (inclusive socorro mecânico), queiram trazer consigo,
enquanto não receberem o Talão de Pagamentos mensais,
o recibo de protocolo que lhes é fornecido ao pagarem a
entrada. S e m esses documentos, os sócios não poderão usufruir os referidos serviços,
A o longo de toda a Rodovia Dutra, de ambos os lados e
distantes uma da outra vinte quilômetros o T O U R I N G C L U B
D O B R A S I L já instalou Caixas de Socorro Médico de Urgência.
T r a t a - s e de mais um serviço de utilidade pública que a tradicional Entidade instituiu em favor dos automobilistas em geral.
Cada uma das Caixas contém material medico-cirúrgico indispensável para socorros de urgência em casos de acidente, e
um manual com indicações para uso dos materiais e medicamentos, bem como instruções sobre os cuidados que devem
ser tomados de acordo com a natureza dos acidentes.
As caixas são facilmente localizadas e identificadas. Às chaves se
encontram e m poder da Polícia Rodoviária e nos seguintes locais:
Posto Shell Senador - K m 3 9 3 - pista de S . Paulo; Posto
Atlantic Bonsucesso - K 3 7 1 - pista de S . Paulo; Churrascaria Galeto de Ouro - K m 3 4 0 - pista do Rio; Posto Esso
M e i a - L u a - K m 3 2 3 - pista de S . Paulo; Posto Petrominas Caçados - K m 2 3 9 - pista de S . Paulo; Posto Atlantic Soares & Cia. - K m 2 7 7 - pista do Rio; Posto Shell - K m
2 5 8 - pista do Rio; Posto Petrominas Paineiras - K m 2 4 5 pista do Rio; Posto Shell Clube dos 5 0 0 - K m 2 2 5 - pista
de S . Paulo: Posto Shell Amarelinho - K m 2 0 3 - pista do Rio;
Posto Atlantic - São João Pioneiro - K m 176 - pista de S .
Paulo; Posto Shell - Nova Era - K m 153 - pista do Rio;
Posto Fernão Dias - K m 1 3 4 - pista de S . Paulo; Posto Shell
São Silvestre - K m 1 0 9 - pista de S. Paulo; Posto PetrobrásPlanalto K m 8 2 - pista de S . Paulo; Posto Esso - Dominante
•
T r a g a m , sempre, consigo o documento de quitação com o
T O U R I N G (recibo do protocolo ou o último recibo mensal).
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das vistas aos pontos turísticos locais, também refeições típicas nos melhores Clubes do Norte e Nordeste, assim como 'Shows'' - folclóricos regionais.
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Na trajetória da BR-050, uma das mais importantes radiais do
sistema rodoviário brasileiro, a etapa entre Uberlândia e Araguari
acaba de ser vencida. As duas cidades lideram, com Uberaba, a
economia de vasta e próspera região, e estão agora mais próximas,
acentuando, conforme a expressão do Governador Israel Pinheiro,
a importância de Minas como eixo de convergência do fluxo comercial e da produção do Centro-Oeste brasileiro para os grandes
mercados do Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
Além disso, aquela ligação vem demonstrar, mais uma vez, os
bons resultados alcançados na conjugação de esforços do DNER e
do DER de Minas, sob a orientação do engenheiro Eduardo Bambirra. O trecho faz parte das obras delegadas pelo órgão federal ao
Departamento de Estradas de Rodagem de Minas. Ao inaugurá-lo,
o Ministro Andreazza deu início também ao prosseguimento das
obras de asfaltamento da BR-050 a partir de Araguari, em direção
a Catalão, passando pelos limites entre Minas e Goiás — obra
também delegada, a ser construída com recursos do DNER e supervisão do DER, pela firma Coenge S. A. — Engenharia e
Construções, que foi a responsável pela ligação Uberlândia—Araguari, trecho que teve um ano e seis meses como prazo de execução.
- K m 6 - pista do Rio; Posto Atlantic - São Miguel - K m 4 4
- pista do Rio; Posto Petrominas - T i o Luiz - K m 2 0 pista de S . Paulo; Posto Shell - 13 - K m 13 - pista do R i o .
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A tradução brasileira, recentemente lançada, de O
/// Retch e o Brasil baseia-se no texto inglês editado pelo
governo dos Estados Unidos e foi efetuada com autorização do Departamento de Estado. Os documentos são extraídos da série D, volume V da edição original. Esta
resulta das pesquisas nos arquivos alemães, principalmente
do Ministério do Exterior e da Chancelaria do Reich,
capturados na II Guerra Mundial e microfilmados pelos
aliados. A Editora Laudes, responsável pela edição em
português, apresenta a matéria dentro da seguinte seqüência: * A correspondência entre Berlim e suas Embaixadas no Rio de Janeiro e em outras capitais do continente. * O que o embaixador alemão dizia a Hitler sobre o
Brasil, Vargas e os integralistas. * Os brasileiros de origem
alemã no sul do país, * As instruções de Hitler a seu embaixador no Rio.
Nosso potencial humano e estratégico foi subestimado
Dentro desse quadro, começa a mover-se, nas 160
páginas do livro, a comparsaria graúda e miúda que gravitava em torno da embaixada alemã e suas intrigas no
Rio e no resto do país, nos idos de 1938. Entre outros,
desfilam Gustavo Barroso, Plínio Salgado e Francisco
Campos. Getúlio Vargas e Osvaldo Aranha também são
citados várias vezes, mas aparecem em ângulos históricos
positivos. O primeiro, desmontando preventivamente a
máquina nazista de subversão e expansionismo, montada
no sul do país de parceria com os integralistas. Já Osvaldo
Aranha é apanhado pelo flash da História quando repelia
a ousadia do Embaixador Ritter e este era obrigado a desculpar-se junto ao governo brasileiro, por ordem de
Berlim .
Como foi desmontada preventivamente a máquina nazista
Em cada página,
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atração. Totalmente n<
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espetacular fotonovela completa, a cores, com seu
artista preferido. Sétimo Céu abre um mundo novo de
emoções para você. Ef isso que queremos, agradar cad<
vez mais, para que você leia Sétimo Céu com bons olhos.
S 6 t í m O
53
c e u
A REVISTA CADA VEZ MAIS JOVEM I
Aliás, esse Ritter, embaixador de carreira mas nazista convicto, resulta numa curiosa e desamparada figura
histórica. Enquanto, com a maior desenvolvutra, escondia
líderes nazistas procurados pelas forças armadas brasileiras, na própria embaixada alemã, encaminhava a seu
governo sucessivos memorandos que refletem uma espantosa incapacidade de compreender o momento histórico
que estava vivendo. Por exemplo: a tomada de posição da
opinião pública brasileira em favor da causa democrática
internacional parecia a Ritter, em 1938, puro reflexo "de
artigos de imprensa, em sua maioria, atribuídos a judeus,
'emigres*, padres católicos irados, e a seus seguidores,
alemães descontentes e desafetos". Também o potência!
humano e estratégico do Brasil, para o caso de uma
guerra entre o Eixo e as democracias, era grosseiramente
subestimado pelo Embaixador Ritter, quando escrevia; "O
único oponente militar potencial do Brasil é a Argentina.
Mas o Brasil é decididamente inferior à Argentina, sob
o ponto de vista militar, e continuará a sê-lo por muito
tempo." Quatro anos depois dessa gafe histórica, o Brasil,
lutando na Europa ao lado dos aliados, provava que Herr
Ritter estava redondamente enganado.
H. H.
Foi assim que Carybé
viu a mais moderna
fábrica de produtos
de cimento amianto
do Brasil:
6ft Akl, ^OX^-O.tC^ftCL.^ÍipB
O a u t o r d e A Sansrue-Frio
assistiu a o
f i l m e e x t r a í d o d e s e u f a m o s o livro, p e l a
primeira vez, na s e m a n a
p a s s a d a , e m Rarls
quando o crime compensa
Do nosso dureau em Paris. Fotos Apis. Via VARtG
Truman Capote chega a Paris, com o diretor
Richard Brooks, para a estreia de A Sangue-Frio.
Para assistir em Paris à estréia
do filme A Sangue-Frio, extraído
de seu livro In Cold Blood, Truman Capote desembarcou, há dias,
no Aeroporto de Orly, juntamente
com o diretor Richard Brooks. O
traje informal do cineasta contrastava com a elegância um tanto equívoca do escritor, pequenino, de
óculos escuros, com um estranho
boné enfeitado com pompom sobre
a cabeça e vestindo um cosmocoat
(casaco cósmico), de Cardin.
Truman Capote desmente a frase feita, segundo a qual o crime
não compensa. Pode não compensar para quem o pratica. E não
compensou para os jovens Perry
Smith e Richard Hickock, que a 15
de abril de 1959 exterminaram, no
Estado de Kansas, o fazendeiro
Herbert Clutter, juntamente com
toda a sua família. Mas pode compensar para quem o descreva num
estilo vigoroso como o de Truman
Capote. No livro A Sangue-Frio èle
nada inventou. Apenas reconstituiu o crime, literàriamente, com o
auxílio dos próprios assassinos, a
quem demorada e repetidamente
entrevistou antes àâ execução.
— Mas não se trata de uma
simples reportagem — diz Truman Capote. — O que eu escrevi,
na verdade, foi um romance. Baseado em fatos, mas um romance.
Em Paris, ele escreveu há pouco
um artigo, publicado na revista
Paris-Match, no qual lembrou os
seus contatos com os jovens assassinos. Um deles, Perry Smith.
queria saber quais eram as suas
qualificações literárias. Qut tinha
èle escrito, até então? Já fizera alguma coisa para o cinema?
MM.W no.esijKL
'r
Perfeitos sósias personificam na tela os assassinos de Kansas
cigarro mistura fina
realmente o melhor
E NÃO HÁ E X A G E R O :
• Porquê os fumos sáo rigorosamente selecionados, desde
a sua plantação e cultivo
• Porquê os fumos são industrializados conforme
as técnicas mais modernas
• Porquê os fumos sáo combinados em
mistura ideal após longos anos de
experiência de laboratório
• Porquê a produção é submetida
a testes permanentes de qualidade
• Porquê o cigarro é suave e
uniforme, agrada ao paladar
e não irrita
• Porquê é o cigarro adequado ao
homem e à mulher elegante
• Porquê é o cigarro da juventude de
ontem e de hoje.
• Porquê mantém rigorosamente seus elevados
padrões de gosto e apresentação
• Porquê, apesar de seu baixo preço, é cigarro
da mais alta qualidade
• Porquê, numa só palavra, é um produto da Flórida S/A.
F Á B R I C A D E C I G A R R O S F L Ó R I D A S. A. 162
FABRICANTES DE CIGARROS DE ALTA
QUALIDADE
Uma longa doença desenvolveu o
Truman Capote lembrou-se de que
trabalhara, anos antes, no argugosto do menino Truman pela leitura
mento e diálogos de O Diabo Ri
por Ultimo CBeat the Deva), filAinda menino, com menos de
mado por John Houston na Itália,
dez anos, adorava Poe, Dickcns,
com Humphrey Bogart. Isso inspiMark Twain. Uma doença, aos
rara confiança ao criminoso, que
oito anos, prendeu-o ao leito, ledissera: "Bogart! Era o meu ator
vando-o a ler incessantemente. E
favorito. Vi O Tesouro de Sierra
o desejo obsessivo de escrever coMadre uma porção de vezes. E
meçou a dominá-lo. Um dos seus
uma das coisas que me faziam gosprimeiros brinquedos apaixonantes
tar do filme era aquele velho... Cofoi
uma máquina datilográfica, em
mo era mesmo o nome dele? Walque batia os seus primeiros escriter Houston, não? Êle representava
tos. Lia cada vez mais: Oscar
um garimpeiro meio doido..."
Wilde, Guy de Maupassant, Henry
Essa associação com o cinema
James, Nathaniel Hawthorne, Gustornou as coisas mais fáceis para
tave Flaubert, Jane Austen. . . E,
Truman Capote. Vencer obstáainda, Tchekhov, Turguenev, Emiculos sempre foi, para êle, um
ly Bronte c, por fim, Mareei
estímulo. Êle mesmo se espanta
Proust. Quando, aos 18 anos,
com as coisas que lhe aconteceram
arranjou
o seu primeiro emprego,
e que o transformaram em milio- Em Kansas, Truman Capote entre Scott Wilson i Robert Blake, escolhidos para
na
contabilidade
da revista The
nário, dono de um luxuosíssimo interpretar os dois assassinos Perry Smith e Richard HickocK na película.
Neu* Yorker, uma das mais sofisapartamento em Manhattan, onde
ticadas do mundo, ninguém ali
só vivem pessoas muito ricas e
tantos
e tão importantes autores.
poderia imaginar que conhecesse
ilustres. ( O seu vizinho do lado é o Senador Robert F. Kennedy.)
O reconhecimento de seus méritos literários começou quando seu
A Sangue-Frio rendeu-lhe mais dinheiro e tornou-o mais conhecido do
livro Other Voices, Other Rooms foi entusiàsticamente recebido pela
que todas as suas obras anteriores, incluindo, mesmo, Breakfast at
crítica.
Mas os seus êxitos eram, quase sempre, o que os franceses
Tiffany'sT que vimos no cinema com Audrey Hepburn (Bowe<?wi«/j<* de
chamam
de "sucessos de estima". Nada que abalasse o mundo literário
Luxo'). Essas obras anteriores incluem novelas, peças de teatro, poemas,
e
lhe
desse,
uma massa considerável de leitores em todos os continentes.
impressões de viagem, contos (ganhou com uma história intitulada
Isso
só
viria
realmente a acontecer com A Sangue-Trio. Vendo o filme
Míriam o Prêmio O. Henry de 1939) e páginas de memórias. Além
pela primeira vez — numa cabina privada de projeção da Colúmbia
de ter ficado milionário, projetou-se, também, no international set.
Pictures, em Paris — Truman Capote, que recusara ofertas de vários
Antigamente, Capote era convidado para festas do alto mundo
produtores
e decidira que somente o diretor Richard Brooks poderia ser
elegante, por influência de um grupo seleto de amigos, apreciadores de
o
intermediário
entre o seu texto e o cinema, declarou: .
seu talento e de sua arte de conversador espirituoso e, não raro, sarcástico. Mas, depois, passou a ser um generoso anfitrião. Das despesas de
publicidade de seu livro, saiu o recente baile de máscaras que ofereceu
De início, o autor achou que ao longo filme faltavam certas cenas
a centenas de celebridades internacionais do grande salão do Plaza Hotel,
gastando numa só noite, regada a champanha, o que muitos de seus
— Ao iniciar-se o filme, vi a superfície branca da t?la se transforcolegas jamais ganharam em toda uma existência dedicada às letras. Lá
mar numa estrada de rodagem sob a luz do crepúsculo. Era a rodovia
estavam personalidades como Lynda Bird Johnson, chegada diretamente
50 estirando-se sob um céu chuvoso, em meio de uma campina vazia e
da Casa Branca; Rose Kennedy e sua concunhada, a Princesa Lee
desolada. Ao fundo do horizonte, começou a aparecer a silhueta de um
Radziwill; Sr. e Sra. Henry Ford II; Princesa d'Arenberg e Condêssa
ônibus da Greyhound. O ruído de seu motor aumentou e, depois, o
Gianni Agnelli (do império da Fiat); Margaret Truman Daniels, filha
veículo passou, rápido. A imagem mudou e, em seguida, via-se o interior
do ex-presidente que sucedeu a Franklin D. Roosevelt; Alfrcd G. Vando ônibus. Um sono pesado esmagava os passageiros. A objetiva focaliderbilt; Condêssa Crespi e Sra. Stavros Niarchos, para falar só de alguns.
zava Dick e Perry. . . E ia de Dick e Perry a Kansas City e, por fim,
Se alguém profetizasse tal coisa, no início da carreira de Truman
a Holcomb, mostrando Herbert Clutter no momento em que fazia a
Capote, ninguém acreditaria. Antes de usar o nom° atual, êle se
última refeição de sua vida. Depois, voltavam à tela as imagens de
chamava Truman (contração de true man, isto é, de verdadeiro homem*)
seus futuros executantes, que até aquele momento não o conheciam.
Streckfus Persons. Em 1924, quando tinha quatro anos, sua mãe se Brooks usara a mesma técnica de contraponto, que utilizei em meu livro.
iivorciou de seu pai, modesto caixeiro-viajante, para se casar com um
As cenas se desenrolavam com uma fluidez notável, mas ao fim de
ibastado cubano, de ascendência italiana. Truman (verdadeiro homem,
algum tempo comecei a me deixar dominar pela sensação de que faltava
mas não fanático) mudou de nome, adotando o do padrasto. Mas não alguma coisa na narrativa cinematográfica. Tive a impressão de que um
viveu nunca em companhia deste, ficando entregue a umas tias, a quem
anel metálico se apertava sobre o meu coração. Não em razão do que
o novo marido de sua mãe enviava o dinheiro necessário para mantê-lo
eu via e que era muito belo, mas em razão do que eu não via. Porque tal
c educá-lo.
e qual pormenor tinham sido omitidos? Onde estava Bobby Rupp? E
Susan Kidwell? E a moça do correio e sua mãe? Quando eu pensava
Isso tudo êle próprio explicou, há pouco, numa entrevista dada a
nessas
coisas, o filme pegou fogo e a projeção foi interrompida. Brooks
uma revista norte-americana. Disse que abandonou a escola, na terceira
declarou: "Não foi nada de grave. Um simples acidente." Mas um
iérie, por achá-la aborrecida e por lhe darem sempre notas más. Na
acidente afortunado, porque interrompeu a corrente do meu pensamento.
lécada de 1930, apareceram pesquisadores sociais e pedagógicos, man"Escuta — disse-me então uma voz interior — esse filme já dura duas
dados à sua cidade pelo Governo Roosevelt para aplicar testes de intehoras e não seria razoável quereres encompridá-lo. Se Brooks tivesse
igêncía nos alunos das escolas. Ele, que era tido como um retardado
nental, saiu desses testes com tão alto índice de inteligência que os colocado nele tudo quanto queres, o filme duraria nove horasl Não te
atormentes. Aceita-o assim." Foi o que fiz e, então, senti que nadava em
pesquisadores, intrigados, arranjaram meios de mandá-lo estudar em
águas familiares, nas quais, de repente, me surprecnclia uma vaga turbiNova Iorque, com tudo pago. Na Universidade de Colúmbia, passou
lhonante
que me precipitava nas profundezas oceânicas... Depois de
também brilhantemente por uma série de testes. Porquê? Porque
muito rolar, cheguei a uma praia deserta... Seria eu vítima de um pesaf-èle o instinto literário despertara muito cedo e lhe dera um nível
delo, ou de um simples filme? Não,,. Era vítima da brutal realidade.
cultural que a escola não lhe poderia ter dado.
163
£3
Georgette Plana, cantora que encerrou a carreira
obscuramente,
do 150 mil discos de canções da décodo de 20, que ela regravou
•
Um médico chinês acaba de descobrir um método
ponto da nuca. O D i á r i o d o Povo anunciou
assim:
em 1947, é a nova sensação francesa,
vendenno ano passado. Georgette está com 50 anos.
de curo para os surdos-mudos,
mediante
estímulos
"Os
surdos ouvirão o voz de Mão; os mudos vão
Detetives de todo o mundo morcoram
encontro em Oberlond,
Conon Doyle matou seu herói Sherlock Holmes. Os peregrinos
•
^.aiO^.O.eSI.^CL.^p.^
num
certo
aclamá-lo-"
Suíça, onde, a 4 de maio de 1891, Sir
vão rememorar
os últimos passos do seu
Arthur
pastor.
O mistério de Adolf Hitler continua.
Para Albert Wallner,
que acaba de lançar suas pesquisas,
o führer
morreu não em 1945, mas em 1947, e num lugar que
ninguém
suspeitava:
o Tibé. O livro tem 500
páginas.
A vida de Porfirio
com um iugoslavo,
Rubirosa, o p l a y b o y morto em 1965, num desastre de carro, será cinebiografada
este ano
Berkim Fehmiu, no papel principal.
O diretor é Lewis Gilbert, que filmará em vários
países.
QUE VAIEM
H
• ALEXANDRE TAVERNE, de 62 anos, barbeiro parisiense, é
o herdeiro de todos os bens do compositor Maurice Ravel,
com o qual não tem nenhum parentesco. Sua mulher, Jeanne,
já falecida, cuidara de um irmão de Ravel, muitos anos atrás,
e o compositor fez dela sua herdeira. Jeanne não viveu bastante
para ser nomeada, pois a disputa com os parentes de Ravel
foi muito longa.
• RINGO STARR foi o primeiro beatle a romper o retiro com
o Maharishi Yoga, na índia. Depois de dez dias de meditações,
Ringo começou a achar o lugar muito barulhento (havia fãs
com radinho de pilha em volta do templo) e preferiu meditar
sozinho, na sua mansão em Londres.
i:
• "PROFETA VENAL", eis como a imprensa cubana se refere a
Muhammad Ali, coincidindo com a exibição, em Havana, do
filme Cassius the Great, sua biografia. É que um jornalista
cubano telefonou a Muhammad, pedindo-lhe uma entrevista, e
este respondeu que "teria que ser breve, pois não vai me
render um tostão".
• A IMPRENSA BRITÂNICA condena, unanimemente, a "brutalidade extrema" dos estudantes que se manifestaram contra a
guerra do Vietnã, em Grosvenor Square, e entraram em luta
com a polícia. Segundo o Daily Express, os policiais foram
"gentis", evitaram "usar cavalaria" e mesmo assim 117 deles
saíram feridos, contra somente 44 do lado estudantil.
• COCO CHANEL, aos 84 anos, procura manter a língua afiada.
Numa entrevista à televisão francesa, ela falou mal de praticamente tudo e todos, incluindo um rival (Saint-Laurent, "um
razoável imitador de Chanel"), a moda moderna ("a moda Mao
é de gosto duvidoso por importar hábitos de uma civilização
aterrorizante") e os cantores modernos ("não têm voz, não
sabem cantar, não sabem compor e só querem ganhar dinheiro").
• A EDUCAÇÃO SEXUAL, obrigatória nos países nórdicos,
será incluída no programa de 70 por cento das escolas americanas, dentro de dois anos. Na França, um inquérito revelou
que 80% dos pais gostariam que tais cursos fossem dados a
seus filhos. A tevê francesa está apresentando, com grande sucesso, o programa Zoom, no qual a mãe responde com "precisão e pudor" às perguntas de seu filho de 9 anos sobre
"fatos da vida".
• RUDOLPH HESS, o último dos auxiliares diretos de Hitler
que ainda está preso, ocupando sozinho um cárcere em Spandau,
custa 6 mil libras por ano às autoridades alemãs. Um deputado
oposicionista alemão sugeriu, na tribuna, que esse dinheiro
fosse poupado e que se organizasse uma "bela fuga" para Hess.
• A ACADEMIA DE CIÊNCIAS de Moscou está estudando um
novo princípio de aceleração, capaz de permitir a construção
de máquinas com potência de um bilhão de eletronvolts. Com
esta potência e segundo a forma tradicional, uma máquina não
poderia ser fabricada, pois ocuparia a área equivalente à de uma
cidade de 50 mil habitantes. A URSS possui uma máquina de
75 milhões de eletronvolts e seu anel de magnetos tem um quilômetro de circunferência.
• CAI A MASCARA DE TUTANKAMON, o faraó egípcio cuja
múmia está sendo exposta em Paris. Fotografada com raios
gama, a múmia do faraó deixou escapar dois segredos: é feita
de centenas de pequenas peças articuladas (e não num único
bloco, como se pensava) e o rosto que oculta, o do faraó, tem
uma feia cicatriz na face esquerda.
• O-RETORNO AO ÉDEM, eis como o cientista Buckminster
Fuller, de 72 anos, define a tendência da moda em colocar as
mulheres cada vez mais despidas. No número da revista McCalCs
dedicado à mulher do futuro, êle escreve: " 0 desnudamento
através da moda continuará até que a mulher reconquiste o
Paraíso terrestre da liberdade. A nudez geral trará uma redução
dos índices de natalidade. Só quando Eva vestiu a sua folha de
parreira è que começou a reprodução intensiva."
• MICHAEL KAZ10V, de 42 anos, é o último laureado em filosofia pela severa Universidade de Poznan, Polônia, e ainda gaJihou a medalha Herói da Juventude em 1967 conferida
por agremiações estudantis polonesas. Kaziov perdeu a vista
e os dois braços durante a guerra e estudou através do alfabeto
Braille, que lê com os lábios.
• VIAJANTE WANG, nas redações japonesas de jornal, é
toda pessoa que chega a Hong-Kong vinda da China, trazendo
as mais incríveis notícias sobre Mao e sua Guarda Vermelha.
0 que êtes informam é publicado sob reserva, pois é impossível
confirmar junto a fontes chinesas. A última de um viajante
Wang, porém, só um jornal — o japonês de extrema-direita
Tin Tin Yat Pao — teve coragem de publicar. A 2 de fevereiro,
segundo o jornal, Mao teria sido derrubado por um golpe liderado por Lin Pião, raptado e executado. Isso não aconteceu
porque a vigilância do Palácio onde mora Mao deteve os
invasores na porta, derrotando-os.
• O NÚMERO DE ANIMAIS sacrificados em testes científicos
cresce todos os anos. Em 1966, só na França, foram mortos nos
laboratórios dez mil cães, 500 mil ratos, 110 mil porquinhosda-índia e 10 mil macacos.
• EM VEZ DE BRANCO, todas as enfermeiras inglesas vestirão
roupa azul-claro, sem mangas, e um capote azul marinho nos
dias frics. O azul-claro é considerado mais próprio para as
funções de enfermagem, segundo os médicos que estudaram o
novo uniforme.
• LÂMINAS DE BARBEAR quentes são a última novidade lançada nos Estados Unidos pela Gillete. As lâminas são expulsas
de um invólucro ao contato com o ar, adquirindo a temperatura que, segundo a Gillette, é a ideal para se fazer a barba.
• A BULGÁRIA começa uma grande campanha nacional:
"Bulgária Jovem". A Assembléia Nacional acaba de criar novas
taxas de auxilio a casais com muitos filhos, ao mesmo tempo
em que cobrará impostos de casais sem filhos, "por vontade
própria", e dos solteiros de um modo geral.
• O PRIMEIRO FILME que é, de fato, um happening vai ser
projetado em Roma. Foi feito por um documentarista, Marc
Bcureac, em vários países e, por motivos de censura, é de nacionalidade luxemburguesa. O filme se passa todo na festa
de um rico advogado parisiense, onde aparecem Hitler, Eva
Braun, vietcongues, misturados com cenas pornográficas, de
campos de concentração e de guerra. Eichmann é interpretado
por um ator judeu. Na França, o filme foi proibido "por fazer
apologia do sadismo e do nazismo." Título: The Happening.
Um lançamento em homenagem ao aniversário da dinâmica administração ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES
Incorporação e Vendas
MOTO-CINE
MATA
(DRIVE-IN)
Construção :
CONSTRUTORA ATALAIA LTDA,
Instalação:
6
»WAÇÕES
EMPREENDIMENTOS
ELETRÔNICA ELSANCO LTDA.
Resp. Técnico: Dr. Jorge Coutinho
Ed.
Bráulio Xavier - l l . o . s/1103 -
3-7167
Ed. Martins Catharino - gr. 3 0 3 - fone
COM O APOIO DA PREFEITURA MUNICIPAL DO SALVADOR
3-7787
Ela iá está rodando as
primeiras cenas de uma espetacular
superprodução ítalo-soviética
missão em Moscou
A mais espetacular associação
internacional
cinematográfica
— uma co-produção ítalo-soviética — contará com uma atração não menos espetacular.
Cláudia Cardinale vai iniciar
esse degelo, estrelando um filme que, entre outros dados surpreendentes, mostra os russos
dedicados de corpo e alma a
uma superprodução — A Tenda Vermelha, a história de Umberto Nobile e sua dramática
expedição com o dirigível Itália
ao Pólo Norte, em 1928.
Embora o produtor seja o
italiano Franco Cristaldi (marido da Cardinale), o diretor é
o russo M i k a i 1 Kalatozov
(Quando Voam as Cegonhas*),
O filme será falado em inglês
e o elenco inclui, entre outros,
o inglês Peter Finch e os alemães Hardy Kruger e Mario
Adorf. Para completar esta salada foi necessário um ano inteiro de entendimentos: Moscou
leu e releu o roteiro, pesando
prós e contras até concluir que
tinha um bom negócio pela
frente, capaz de lhe abrir melhor as portas do mercado internacional. E o seu convencimento foi táo completo que
o papel principal acabou entregue a Edward Marzevich,
primeiro ator do teatro estatal
de Moscou, onde está habituado
a declamar Tchekov e Shakespeare.
Cláudia Cardinale teve de
enfrentar o inverno russo para
as primeiras cenas, já que o roteiro exige exteriores de Moscou
a Roma. O diretor Kalatozov
escolheu a Estônia para esta
parte do trabalho, que, segundo
as previsões mais otimistas, deverá durar muito tempo. Marzevich é o mais satisfeito do
elenco: além das férias no palco, poderá dedicar-se com paixão
a desempenhar o encantador
papel de noivo da Cardinale.
< /
Fotos AP
Na sua mais recente- aparição
em público — a pré-estréla L
0 Dia da Coruja —, Cláudia
estava acompanhada do produtor
filme, Ascanlo Clcogna.
Ao chegar a Taltin, na Estônia, para iniciar
Franco
Cristaldi,
marido
e produtor,
as filmagens,
a atriz
usava boina à moda
Bonnie
está certo de que a união com os russos renderá bem.
167
8P>
/W,»'OX^.Í3.«/^CL.4
José Severino da Silva, brasileiro, 50 quilos, é o novo campeão sul-americano de boxe, pêso-môsca.
Conquistou esse título dias atrás no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo, ao derrotar por pontos
o argentino Nelson Alarcón. Desde o início da luta a superioridade de Severino revelou-se nítida
e ao fim dos doze assaltos a decisão dos jurados foi unânime a seu favor. Agora, êle deverá ir a
Buenos Aires, em maio, para tentar arrebatar de Horácio Acavallo o título mundial de moscas.
Ainda eufórico com o resultado da luta contra Alarcón, Severino narrou ao repórter Henrique Nunes todos os lances do combate que lhe valeu o título sul-americano. Nesta descrição
os detalhes técnicos, os golpes certeiros, as defesas repentinas misturam-se ao lado humano de
uma luta de boxe: aqueles angustiosos momentos de espera que antecedem o soar do gongo.
0 brasileiro José Severino,
novo campeio sul-americano de boxe na
categoria de pesos-môscas, narra os
12 rounds da sua vitória
COMO
CONQUISTEI
MEU TITULO
Fotos de C\nira Arruda
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EM sei quem foi, mas um sujeito da Federação Paulista de Pugilismo chegou à porta
do camarim e me disse: "Severino, agora é a sua
vez de mostrar quem é o legítimo campeão sulamericano." Assim, como se bastasse eu subir ao
ringue e ser aclamado. E não era nada simples,
não. Eu é que sabia. Nem mesmo Kid Jofre —
êle é o técnico — andando ao meu lado, e a
torcida gritando meu nome faziam esquecer que
dali a pouco eu teria um adversário perigoso
pela frente, e que então estaríamos apenas eu
e éle, um contra o outro, numa luta infernal, em
que toda a habilidade e treinamento acumulados
em anos a fio de suor e dedicação seriam postos à prova. Uma prova final, que, vencida, poderia me levar a enfrentar Horácio Acavallo pelo
título mundial. Mas agora não era a vez de Acavallo. Era a vez de Nelson Hugo Alarcón, que
já me derrotara em Buenos Aires, em 1966. Não
que eu tenha perdido realmente aquela luta, mas
os juizes deram mais pontos a êle. Eram todos
argentinos, não houve nem discussão.
Estavam tocando os hinos brasileiro e argentino. Quando acabou, o juiz Wladimir Baricelli nos chamou ao centro do ringue, para as
explicações de praxe, e aí voltamos ao canto. É
o momento mais terrível de qualquer luta, aquele em que a gence fica aguardando a batida inicial do gongo. Lernbrei-me de Toninha — Toninha é minha esposa —, e de todos os anos que
ela passou pedindo-me para não lutar, dizendo
que não valia a pena ficar por aí dando e levando socos, para não ganhar nada a não • » cicatrizes. Olhei para ela, Toninha estava na primeira
fila, apertando as mãos, disfarçando a aflição.
Eu sabia que ela estava aflita, meu pai também,
ao lado dela. Aí o gongo tocou: começava a luta.
PRIMEIRO ROUND
Momento decisivo: Severino golpeia
com precisão. 0 argentino Alarcón ainda tenta reagir,
mas está apenas queimando os últimos cartuchos. A luta aproxima-se
do fim. Vai nascer um novo campeéo.
É uma gentileza meio besta, o cumprimento
que a gente troca no centro do ringue, no início da luta, antes de começar a bater um no outro, mas é comum no pugilismo e ninguém deixa de cumprimentar o adversário. Alarcón, à minha frente, era uma massa enorme — todo mundo cresce quando está de braços erguidos e mãos
fechadas — e que durante 36 minutos — os 3 minutos de cada um dos 12 rounds — tentaria me
nocautear, Pois bem, eu também ia tentar. Fiquei
estudando-o, lancei alguns jabs de esquerda, não
acertei nenhum. Êle se guardava bem, mas senti que eu estava na ofensiva, e êle se defendendo. Não trocamos golpes, o primeiro round escoou
rápido, terminou e comecei a pensar que talvez
a luta não apresentasse muitos problemas. Mas
não poderia facilitar, o argentino é manhoso: éle
também estava me estudando.
SEGUNDO ROUND
Um minuto de intervalo. A gente nem sente
esse minuto. Os três minutos de luta parecem
três horas. Todo pugilista diz isso. E é verdade,
é mais verdade ainda quando se está perdendo.
Mas, naquele minuto, enquanto o Kid me recomendava calma, dizia onde ir colocando os golpes e buscando precisão, eu pensava em meu
filho. Ricardo José está com dois anos, e su sabia que naquele' exato momento êle estava dormindo na casa de meu sogro, na Vila Schmidt,
em Itaberaba. Deixei-o lá, antes de vir para o
Ibirapuera. Uma perua foi nos buscar às sete
e meia, demoramos uma hora pelo trânsito da
cidade. Ricardo me perguntou, na despedida:
"Papai, você vai ganhar?" £ eu respondi que ia,
sim. Não podia perder.
Eu e Alarcón levantamo-nos ao mesmo tempo, como se estivéssemos assustados com a nova
batida do gongo. Nesse segundo round empenhamo-nos mais. Eu cruzava seguidamente com a
direita, e Alarcón desviava-se para os lados, com
um bom jogo de pernas. Êle se desloca muito.
é difícil acertá-lo. Persisti nos golpes, o que eu
queria realmente era diminuir a distância entre
nós. para poder bater de cheio. O diabo é que
bater num sujeito que sabe brigar não é o mesmo que socar o saco de areia. Se a gente bate.
tem de estar preparado para se defender, e isso
impõe mais cuidados. Mas consegui fazer Alarcón ficar próximo, e terminamos o round trocando
bons golpes. Nenhum definitivo. Mas já estava
esquentando.
TERCEIRO
ROUND
Lá na Vila Schmidt todo mundo me olha
com respeito. Não é por eu saber brigar, não,
que pugilista não pode brigar na rua. Mas sou
respeitado, aquela é umá gente simples que forma multidão à f.ente de minha casa quando, por
169
B9> Mi, %>0 W.O.&Zi./tCL.^jV
A técnica do argentino
não resistiu ã agressividade de Severino, que
garra
exemplo, lá vai o carro de algum jornal e os repórteres ficam para o cafezinho e para a entrevista. Meu pai, o Seu João, quando isso acontece, sempre faz questão de oferecer saque aos
visitantes. Pegou esse hábito desde que fui ao
Japão e enfrentei o Takeshe Nakamura. Na volta,
trouxe-lhe saque. Foi uma festa. O Seu João quer
aprender agora a fermentar o arroz, fazer êle
mesmo o saque em vez de comprá-lo feito. Mas
não sei se êle vai acertar.
Duros golpes no estômago. Era o terceiro
assalto, mais violento do que o segundo. É sempre nesse assalto que a gente tenta ganhar, bater
de verdade, fazer o adversário fraquejar. Fiquei
sem fôlego, estendi o braço, senti que Alarcón
tinha levado a dele, mas aí êle revidou com vontade, me acertou a cabeça, com a direita. É a
sua melhor arma, aquela direita. Se acerta firma
é difícil de agüentar. Cruzei também com a direita, e depois ainda lhe acertei uma série de
jabs no rosto. Alarcón suava, mas era por animação, não estava nem um pingo derrotado. Estava animado, sentindo o combate. Eu sabia que
êle voltaria mais perigoso no quarto assalto.
QUARTO
ROUND
É engraçado: eu tinha onze anos e trabalhava na roça, lá em Pernambuco. Em Bezerros, uma cidadezinha vizinha a Caruaru. Em Pernambuco a gente trabalha desde criança, todos
precisam ajudar no sustento. Eu nunca poderia
imaginar que seria um pugilista, e que disputaria
títulos. Esta vida é mesmo engraçada. Só comecei a treinar aos vinte anos, tarde demais, como me diziam os técnicos. Faz seis anos isso, e
nesse tempo lutei 54 vezes: 25 como amador, 29
como profissional. Destas, ganhei 23, empatei <
e perdi 2 contra o Nakamura e contra esse mesmo Alarcón que está no outro canto. Cada luta
é como a primeira. Todo round é sempre um início. A gente tem de começar tudo de novo, em
cada assalto.
Alarcón saltou de seu canto pulando bastante, móvel e elástico como uma idéia que a
gente não consegue pensar. Êle movimentava
bem os braços, tentava me acertar o fígado.
Guardei-me bem guardado, não deixei que chegasse muito perto. O Kid tinha me dito: "Não vá
atrás dele, não adianta, você só vai se cansar.
Cerque-o." Era o que eu estava tentando fazer.
Levá-lo às cordas, cercá-io. Quando o consegui,
pude colocar bons golpes dentro de sua guarda.
Especialmente no rosto. Era isso que eu estava
fazendo quando soou o gongo.
QUINTO ROUND
De
Ue agora em diante, você assiste
programa que você quer. Quando quer.
Onde quer. Sem ficar frustrado, nem forçar
ninguém a ver o que não quer:
Telefunken apresenta o televisor individual,
que põe fim às guerrinhas domésticas.
A tela é de 41 cm. Caixa de madeira. Um TV completo,
mas compacto. Pra pouca gente ver. Em pequenos
ambientes. Visite um revendedor e ouça, veja o novo
TV TELEFUNKEN. É o televisor individual.
O Pacificador
Vinte e nove lutas como profissional. Acho
que ganhei uns seis ou sete milhões de cruzeiros (velhos), no total. Quase nada, e a maior parte
veio das duas lutas em Tóquio: uns 2.400 dólares. E a luta em Buenos Aires rendeu um m i lhão. Esta de hoje vai dar 800 cruzeiros novos. Está fixado no contrato. Se eu quisesse viver
do pugilismo, ia morrer de fome. Só deu mesmo
para pagar a entrada da compra de minha casa
em Itaberaba. Toninha sempre me dizia: " ô ,
Zuca, você fica se estragando de graça, é melhor largar dessa mania e se contentar com o emprego na COBRAFE, onde sou calculista e datilografo. Nunca larguei o boxe, ela é que parece ter mudado de opinião.
Continuei seguindo as instruções de Kid. Êle
sabia o que dizia. Soltei os braços em cima do
Alarcón, mas a verdade é que não acertei muito.
0 argentino ficou na defensiva, apenas contragolpeando e me abraçando para evitar um cast go maior. Kíd é assim: o que êle fala, se a
gente segue, dá certo. Mas é preciso dosar a ener6 a, não acabar com a força no início e ficar sem
t a para os assaltos finais.
SEXTO ROUND
TELEFUNKEN
é outra categoria
Rua Aurora, 730. Lembro-me perfeitamente do
derêço. Era uma papelaria, e eu, que trabalhava de office-boy na Eletromar, sempre ia lá
a serviço. Um prédio pequeno, velho, em que o
teto era o assoalho do pavimento superior. E,
sempre que ia lá, eu sentia que o mundo estava
& abando, parecia que o prédio ia cair. Um dia
Perguntei ao cara da papelaria o que era aquela
barulheira no andar de cima, e êle me contou
que afi funcionava uma academia de boxe. A
academia de boxe do Manuel Soares. Os pugilistas treinavam corda o dia inteiro. E o prédio
tremia. Foi assim que descobri a existência do
boxe.
Alarcón não está com o mesmo ritmo dos
primeiros assaltos. Está ficando cansado, sua cabeça está mais baixa. Isso é proibido. O combate vai ser meu. Golpeio com a direita e a esquerda, uma variação danada de golpes, mas se
não tomar cuidado êle ainda pode me acertar
com a cabeça. Recuo um pouco, agora solto-lhe
um direito no rosto, êle se protege. Bato-lhe no
fígado — este êle sentiu. Mas está se mantendo
muito bem, não quer se dar por vencido, e faz
aquilo que todo mundo teme: contra-ataca com
toda a energia, com um pouco de desespero. Eu
recuo, cedo espaço, vou maneirando, e o round
termina.
SÉTIMO ROUND
Caracu Box Club, era o nome o'icíal da academia do Manuel Soares. O que aprendi no início, aprendi com êle. Foi muito, bastou inclusive para obter o título brasileiro. Só que tive
de mudar de caõagoria. Eu era galo, desci para
mosca, para controlar o peso. Foi a melhor coisa
que fiz. A outra coisa boa em minha carreira foi
mudar para a academia do Kid Jofre, por recomendação do próprio Manuel Soares. Kid alterou
meu jogo, alterou para melhor, tanto que passei
a fazer combates com pessoal do ranking mundial. E a^ora estou disputando o título sul-americano.
Alarcón está mesmo ficando cansado. Doulhe cruzado com a direita, na cabeça, e com a
mesma mão golpeio de baixo para cima, mas
sempre na cabeça. Kid me disse para fazer isso,
estou fazendo. A cabeça de Alarcón sacode, agora também o público já acredita que estou ganhando. Alarcón quer fugir, e foge me agarrando,
o juiz está toda hera nes separando. O argentino
é esperto, porém, e estou perdendo muitos de
meus golpes. Êle dá um show de saídas e esquivas nas cordas, acho que perdi mais da matade dos golpes que desferi. Mas estou ganhando.
OITAVO ROUND
O boxe é ingrato. Naquela viagem ao Japão
tive de pagar tudo, as despesas são enormes, e
o que sobra é apenas isso: uma sobra. Queria
levar a Toninha, mas pensei direito e não levei.
Já tinha a compra da casa em meus planos,
precisava economizar. Quando se é pobre, a genDona Toninha — esposa de Severino — fem
assistido com coragem aos combates do manoo.
-'22.
te passa mais tempo economizando do que ganhando dinheiro, e sempre preocupado com as
contas. Mas, de qualquer forma, ainda é melhor
do que a roça em Bezerros.
Acho que as coisas estão ficando pretas para
o argentino. Cerco-o, e êle não consegue escapar, bato-lhe, e êle não consegue se esquivar. Mas
o diabo agora contragolpeou, me acertou justo o
fígado. Senti a pancada, mas o negócio é não
demonstrar. A gente fica firme e o adversário
fica em dúvida. É a tática. Agora a platéia está
gritando outra vez: acertei de cheio o queixo dele, que tremeu inteiro. Só que êle me segura,
para evitar o nocaute, e o round termina.
NONO ROUND
Lá onde trabalho, o pessoal é legal mesmo.
Todos torcem por mim, me incentivam, me dão
facilidades para o treinamento. Antes de uma
luta a gente passa duas semanas treinando com
sparring, em vez do treinamento normal com saco de areia e punching-ball. O diretor da empresa, Sr. João Breviglieri, sempre me dá licença
de quinze dias, e o gerente, Sr. Roberto Andréa
Patava, chega a ir me buscar de carro em casa,
para me levar ao médico e à academia.
O argentino defende-se como pode, mas dá
sinal de que está sofrendo o castigo. Êle recua,
ergue os braços, abaixa o corpo, e me acerta um
golpe baixo, o desgraçado. Reclamei ao juiz,
Wladimir parou o combate.
— Que foi, Severino?
— Golpe baixo, seu j u i z . . .
Wladímir chama a atenção de Alarcón, a luta
prossegue, em ritmo acelerado, o argentino parece que está se agigantando outra vez. Sinto que
até o público está preocupado, porque está em
silêncio. O round termina, começam os sussurros. Lá embaixo, Toninha rói as unhas.
DÉCIMO ROUND
Depois desta luta terei de reiniciar o treinamento. É puxado o negócio: 40 minutos de manhã,
na pista do Pacaembu, fazendo footing, duas horas à tarde, na academia, com o saco de areia,
a corda, o punching-ball, "sombra" e ginástica
de solo e em pé. Se nada falhar, antes de ir ao
Acavallo, terei de enfrentar o campeão colombiano, Mário de León, em 31 de abril. O titulo mundial poderá vir em fins de maio, começos de
junho. Vamos ver.
Fiz hora no décimo assalto: queria reservar
energias para os dois ú'timos. os decisivos. Fiquei parado, e acho que perdi na contagem.
Mas também não levei nenhum golpe sério. Os
últimos Deis minutos de luta é que serão para
valer.
DÉCIMO PRIMEIRO ROUND
Toninha ficou olhando para mim : muito séria,
e meu pai ergueu o polegar para me incentivar.
Ali, parado em meu canto, pressentia a dureza
dos assaltos finais. A expectativa de ganhar no
fim, por nocaute, o medo de perder tudo numa
bobeada, jogando fora o esforço de meia hora
de pancadaria. Mas eu sabia o que tinha de fazer, e o Kid lembrou outra vez: saia batendo.
Saí batendo, golpeando sem dó; sem me descuidar também. A'arcón sentiu o efeito, nem teve chance de me segurar como tinha feito antes.
Bati como quis, e a platéia delirava, todos de pé,
gritando meu nome, gritando Severino é o campeão, continua assim que você o derruba! Nem
sei o que mais eles gritavam. Só sei que o
Alarcón também é um autêntico campeão. Não
se entregou em momento algum, conseguiu revidar muito. Foi o assalto mais movimentado do
combate, e a luta e?tava praticamente decidida.
DÉCIMO SEGUNDO ROUND
I
è
A prefeitura asfaltou a minha rua, lá na Vila
Schmidt, no ano passado. Fiquei muito sati:feito.
Antes, quando chovia, era só barro, a gente afundava até os calcanhares. Agora não, está uma
beleza. Nos finsde-semana, quando não treino,
fico em casa. Gosto de cuidar do jardinzinho, regar as plantas, ver aquilo crescendo como gente
viva.
Alarcón está batido. Sinto isso. Êle golpeia,
mas está apenas queimando os últimos cartuchos.
Reanimo-me, vou ganhar, basta um esforço maior
agora. Sinto as pernas leves, os braços se estendem com facilidade, e a cada momento acelero
mais o ritmo do combate. Esta vai ser por pontos,
o nocaute não foi possível, nem vai sair. Mas
continuo batendo, e Alarcón continua se defendendo. A multidão grita, e grita, e grita, mas não
dá para entender nada. Só dá para ouvir o gongo
encerrando a luta. Falta a decisão do: juízas.
Mas não tenho dúvidas: Eu, José Severino da Silva, sou o novo campeão sul-americano de boxe,
na categoria de pêso-môsca.
171
170
O IVIUIMDO EIVI
W
MVOtf.O.èSXfiCLAJte,:
Todos são atendidos nos hospitais do Vietnã
No Vietnã do Sul, os médicos civis e militares enfrentam uma
situação que dia a dia se torna mais dramática: a falta de leitos
para os feridos, nos hospitais. Neste ambulatório de Danang, dois
rapazes compartilham a mesma cama, enquanto uma 3.* pessoa
aguarda a sua vez. O atendimento aos feridos prossegue, mesmo
quando se trata de vietcongues, como os jovens desta foto. '
>
Há um pequeno varão na família de Eusébio
Já hà um herdeiro para o trono do melhor craque de futebol
da Europa: o primeiro filho do famoso Eusébio nasceu hé dias,
numa maternidade de Lisboa. Houve grande festa no Benfica.
0 discutido gesto do bailarino Nureiev
Marcelo e Sofia recordam o tango de Valentino
Na semana passada, Marcelo Mastroiani reviveu diante das câmaras
da televisão italiana algumas cenas da comédia musical Rudy
(biografia teatral de Rodolfo Valentino), por ê/e interpretada hà
dois anos na Broadway. A célebre cena do tango foi recriada
com uma sensacional atração a mais: a presença de Sofia Loren.
Esta fotografia causa polêmica na Inglaterra. De
acordo com as normas protocolares, o bailarino Rudolf
Nureiev tinha, ou não, o direito de segurar no braço
da Princesa Margaret, para ajudá-la a descer um
lance de escadas? O fato aconteceu após uma visita
da princesa, dias atrás, à Real Academia de Dança,
em Knightsbridge, Londres. Ao fundo, Margot Fonteyn.
0 apelo de Onganía à sua equipe de governo
Mármore de Carrara para Bruno Giorgi
Reunido, há dias, nas proximidades de Buenos Aires com as
mais destacadas autoridades de seu governo, o Presidente Onganía,
da Argentina, solicitou de todos o máximo empenho no cumprimento de
suas funções. Cerca de duzentas pessoas acompanharam a fala do
general, *cu/'a maior preocupação á restabelecer a ordem em seu paia*
Na cidade italiana de Carrara, o famoso escultor Bruno
Giorgi conduz um bloco de mármore que lhe servirá
de matéria-prima para novas obras artísticas. Esses trabalhos se destinam para a sede de MANCHETE, cujo
novo prédio está sendo concluído no Rio de Janeiro.
172
173
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um^o no.esiMiMi^^
O casal partiu em lua-de-mel
para Punta dei Este,
depois deve ir à Bahia e já tem
viagem marcada
para
os Estados Unidos, em junho
amor a
primeira vista!
A/o casamento civil, assistido apenas pelos lamiliares, os noivos, muito
alegres, comportaram-se o tempo todo como um casal de namorados.
Realmente nossos produtos
apaixonam... e dispensam enfeites,
pois a t r a e m pela s u a qualidade,
durabilidade, utilidade e beleza.
Exija, s e m p r e a m a r c a m a i s
procurada
Quanto mais usadas, melhor e
mais gostosas de serem usadas.
Fim
Camisas Torre: seis tamanhos de manga para cada
número de colarinho, um deles exatamente o seu.
390
• 3 TZsfnatuTdn
ra da assinatura
*«*»"»*>.*
* * Carlos de clnza-escuro. A/a
do hvro o noivo ficou sério, mas a noiva sorria
te
oire
camisas
173
CONFECCIONADAS COM TECIDO DE ALGODÃO 'JANFORIZADO'
Com a colaboração da Sudene e BNB - Cann
DO PRÓPRIO COTONIFJCIO DA TORRE S A
3P>
AAjfP>toX^.O.-e5hACL-4-'-
- <38
© casal Atanásio vai fixar
residência em Porto .Alegre, onde
pretende ser feliz pelo
resto da rida, "com uns dois ou três
filhos, no máximo"
À
toJ
4tA
TV Gaúcha dá mais um grande salto
A opinião de todos Que a vêem é de que leda está hoie mais
bonita ainda do aue no tempo em que foi miss. Bonita e elegante.
Entre os padrinhos estavam
o governador do Rio Grande
do Sul e Sra. Peracchi Barcelos, o ex-Governador e
Sra. lido Meneghetti — do
qual José Carlos foi oficial
de gabinete, e a Sra. Maria
Teresa Goulart com seu filho João Vicente, representando o pai. D. Maria Teresa é muito amiga de leda,
tendo interferido para que
sua família ficasse com ela
nos Estados Unidos, durante
o reinado da Miss Universo
No dia do casamento civil,
leda disse que se candidataria novamente a Miss Brasil, "pela experiência, sem
saber se seria ou não eleita", mas José Carlos afirma
que, se tiverem uma filha,
ela não acompanhará o exemplo, "por pena do noivo".
A Sr. Ana Maria Cunha, brasileira residente em Miami e
que foi sua acompanhante
durante o concurso de Miss
Universo, veio ao Brasil somente para o casamento.
Na véspera do casamento, para diminuir
o nervosismo, passaram o dia passeando.
ARRANC
Gaúcha muito mais!
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sabe que a cera é Parquetina, pensa até que deu
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1 como se faz u m censor
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